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COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS DUMONT”
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
APUCARANA - PARANÁ
2011
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ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 04
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................05
3. Identificação .............................................................................................................. .06
3.1. Histórico......................................................................................................... .07
3.2. Cursos e Modalidades Ofertadas.................................................................... .09
4. MARCO SITUACIONAL................................................................................................ .12
4.1. Visão Geral..................................................................................................... .12
4.2. Análise das Contradições e Conflitos da Prática Docente ........................... .13
4.3. Características do Bairro ................................................................................ 14
4.4. Recursos Humanos......................................................................................... 15
4.5. Organização do Espaço Físico.........................................................................16
4.6. Resultados Educacionais .................................................................................17
4.7. Avaliação Institucional.................................................................................. .17
4.8. Avaliação Institucional Externa................................................................. .... .19
5. MARCO CONCEITUAL ................................................................................................ . 22
5.1. Elementos do Ato Conceitual ........................................................................ ..22
5.1.1. Princípios de Gestão.................................................................................... ..22
5.2. Visão geral ..................................................................................................... ..24
5.3. Concepções .................................................................................................... ..24
6. MARCO OPERACIONAL .............................................................................................. 33
6.1. Visão Geral..................................................................................................... 33
6.2. Decisões Operacionais ................................................................................... 34
6.3. Sociedade Civil Organizada........................................................................... 36
6.4. Processo de Avaliação da Aprendizagem, da recuperação de Estudos e da
Promoção .............................................................................................................. 36
6.5. Instrumentos da Ação Colegiada.................................................................... 38
7. PROPONENTES ...................................................................................................... . 40
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. .. 43
9. ESTÁGIO .................................................................................................................. 45
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................................ 54
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .................................................................................... 54
Arte ............................................................................................................................................ 54
Biologia ......................................................................................................................................... 83
Ciências ......................................................................................................................................... 99
Educação Física.............................................................................................................................107
Ensino Religioso ...........................................................................................................................119
Filosofia.........................................................................................................................................129
Física ............................................................................................................................................136
Geografia.......................................................................................................................................140
História .........................................................................................................................................149
L.E.M. – Inglês..............................................................................................................................158
Língua Portuguesa.........................................................................................................................169
Matemática....................................................................................................................................194
Química .........................................................................................................................................208
Sociologia......................................................................................................................................212
ENSINO PROFISSIONAL.........................................................................................................217
Análise Ambiental.........................................................................................................................217
Físico-Química..............................................................................................................................219
Fundamentos Do Trabalho............................................................................................................220
Legislação E Normas ....................................................................................................................221
Matemática Aplicada.....................................................................................................................222
Microbiologia Industrial................................................................................................................224
Português Técnico.........................................................................................................................226
Processos Industriais .....................................................................................................................228
Química Analítica .........................................................................................................................229
Química Geral ..............................................................................................................................232
Química Inorgânica.......................................................................................................................234
Química Orgânica .........................................................................................................................236
Plano De Estágio ...........................................................................................................................239
SALA DE RECURSOS MUNLTIFUNCIONAL TIPO I – EDUCAÇÃO BÁSICA .............258
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO - EM DEFICIÊNCIA VISUAL
(CAEDV) .....................................................................................................................................279
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1. APRESENTAÇÃO
A EDUCAÇÃO é um fenômeno próprio dos seres humanos, sendo ao mesmo tempo
uma exigência do e para o processo de trabalho, sendo ela própria, um processo de trabalho.
Trabalho não-material, ou seja, a produção de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos,
atitudes, habilidades. Saviani afirma que:
“o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada
indivíduo, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens. Desse modo, o objeto da educação é, por um lado, a
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos
indivíduos a fim de que se tornem parte da humanidade; por outro lado, diz
respeito à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.”
(2000, p.23)
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) tem como objetivo expressar o produto da
reflexão, realizado pela comunidade escolar, com vistas a: (a) promover a melhoria da
qualidade do ensino, (b) organizar integralmente o trabalho pedagógico e (c) inserir a
instituição escolar no contexto educacional em nível nacional, estadual e municipal.
Nesta reflexão coletiva promovida pelo processo de elaboração do PPP, almeja-se
construir uma nova organização para a escola, à luz do estado da arte do conhecimento
acadêmico e científico na área de educação. Tal conhecimento ajudará a concretizar os
compromissos assumidos e, partindo da prática social, a estabelecer o pacto de solução dos
problemas da educação e do ensino em nossa escola.
Este projeto vai muito além de um simples agrupamento de planos de ensino e
atividades diversas. Não será construído e arquivado, ou simplesmente encaminhado às
instâncias superiores como prova de cumprimento de tarefas administrativas. Este projeto será
colocado em prática na vivência diária, em todos os momentos e por todos os envolvidos,
como um processo educativo na escola, muitas vezes necessitando ser repensado em reuniões
coletivas, e modificado constantemente.
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Alguns conceitos básicos perpassam a elaboração deste projeto, tais como: a finalidade
da escola, a estrutura organizacional, o currículo, o tempo escolar, o processo de decisão, as
relações de trabalho e a avaliação.
Neste processo de construção coletiva, alguns pressupostos são incontornáveis, como a
definição da finalidade da escola, a inclusão e observação da legislação vigente, a constância
de preparação cultural dos atores – para que estes tenham uma melhor compreensão da
sociedade em que vivem –, além da participação de todos os indivíduos no contexto político e
social, assegurando os direitos e deveres da cidadania.
A construção do projeto político-pedagógico deve ser vista como um instrumento de
democratização e de luta política, contrapondo-se à fragmentação do trabalho pedagógico,
superando a dependência e os efeitos negativos do poder autoritário e centralizador.
Assim, almejando uma gestão efetiva, novos horizontes e direções para esta
comunidade educativa, nossa intenção é a de transformar o que sonhamos coletivamente em
ações, alicerçando o trabalho pedagógico em um processo contínuo, refletindo criticamente os
problemas da sociedade e do setor, possibilitando, deste modo, a intervenção consciente na
realidade em que estamos inseridos.
E é com esta visão que nossa instituição busca ampliar a oferta de ensino, dando
maiores condição e oportunidade à nossa comunidade. Sendo assim, a partir do próximo ano,
contaremos com o ensino profissionalizante. Fazendo parte, neste momento, do Projeto Brasil
Profissionalizado.
2. JUSTIFICATIVA
Sendo o projeto político pedagógico de extrema relevância, fomos nos apoiar
nas falas de Paulo Freire, no seu livro Pedagogia da Autonomia (1996), quando a obra
explicita que: Ensinar exige consciência de algo inacabado. Exige ainda, respeito à autonomia
do educando, sua curiosidade, sua inquietude e sua identidade. Ensinar também requer,
segundo o autor no que coletivo concorda com ele, bom senso, apreensão da realidade alegria
e a convicção que a mudança é possível.
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Buscamos também apoio em Dermeval Saviani, quando ele salienta que “a escola em
princípio, tem que ser de ordem democrática, visando a liberdade de expressão de todos, uma
instituição que vislumbre o consenso no ponto de partida e no ponto de chegada, que seja
capaz de produzir transformações em favor de uma sociedade igualitária”. Concordamos com
Saviani no que foi explicitado, e ainda ao que ele se refere, sobre reflexão, ressaltando que: É
a assimilação de conteúdos, provimento dos meios necessários para que os alunos não
assimilem apenas o saber objetivo enquanto resultado, mas aprenda o processo de sua
produção, bem como as tendências de sua transformação.
Para melhores resultados, fomos emprestar a fala de Gandin (1983), quando ele diz:
“A identificação e a caracterização dos problemas é fundamental para uma tomada de decisão,
visto que esta é a melhor maneira de superá-los. Sabemos que todo o coletivo da escola deve
estar unido na busca de solução de problemas de toda ordem, tendo em vista a superação
destes.
A escola busca adotar uma perspectiva pedagógica progressista, que avance rumo à
superação dos velhos e atuais problemas que a educação vem apresentando.
Novamente nos reportamos a Saviani, quando ele afirma que “os profissionais da
educação precisam estar sempre em processo de reflexão, reconsiderando os dados
disponíveis, vasculhando, numa busca constante, que ele chama de (re)pensar”. (SAVIANI,
1987)
3. Identificação
Colégio Estadual Alberto Santos Dumont – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.
Endereço: Rua Erasto Gaertner, nº 64.
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Código da Escola – 0666 Código do Município: 0140
Telefone: 43 34221425 Localização: Centro
Site: www.apusantosdumont.seed.pr.gov.br email: [email protected]
Entidade Mantenedora: Estado do Paraná Dependência Administrativa: Estadual
Possui as seguintes Instâncias Colegiadas: Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF), Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe. Conta também com o
apoio da Sociedade Civil Organizada.
3.1. Histórico
Em fevereiro de 1943, foi inaugurada em Apucarana a primeira escola, denominada
“Grupo Escolar de Apucarana”, atendendo aos educandos de 1ª a 4ª séries, sob a direção da
professora Maria de Lourdes Cherubin Consentino.
No dia 12 de março de 1949, às 09h30m, instalou-se o “Curso Normal Regional de
Apucarana”, conforme Decretos nº 6.165 de 12 de fevereiro de 1949, o que foi, na época, um
marco para a Educação do Paraná e de nossa cidade.
No mesmo ano, com a presença de autoridades da época, sob o governo estadual de
Moisés Lupion e a gestão do primeiro Prefeito de Apucarana, Carlos Massaretto, foi
oficialmente inaugurado, em sede própria, o “Grupo Escolar de Apucarana”, situado à Rua
Erasto Gaertner, nº 64.
O “Grupo Escolar de Apucarana” passou-se a chamar, em 1956, “Grupo Escolar
Alberto Santos Dumont”.
Através do Decreto nº 2.429/76, o “Grupo Escolar Alberto Santos Dumont” e o
“Grupo Escolar Alberto Santos Dumont – Noturno” reuniram-se em um único
estabelecimento, sob a denominação de “Escola Alberto Santos Dumont” – Ensino Regular e
Supletivo de 1º Grau.
Pela Resolução nº 2.881/81, de 02 de dezembro de 1981, publicada no “Diário
Oficial” de 04 de janeiro de 1982, foram reconhecidos os atos do Decreto 2.429/76.
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Em 1983, a Resolução nº 65/83, publicada no Diário Oficial de 06 de abril de 1983,
cria o “Complexo Escolar Estadual Pestalozzi – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo”,
composto pelas seguintes escolas: Alberto Santos Dumont, Pestalozzi, Papa João XXIII e
Ébano Pereira.
Em 27 de julho de 1983, realizou-se uma reunião no Salão Nobre da Escola “Alberto
Santos Dumont”, sob a presidência da Inspetora Auxiliar de Ensino, professora Ilda Felizardo
Soni, e presentes as Diretoras da Escola “Alberto Santos Dumont”, professora Marlene Maria
Biachi Capelari, e da Escola “Pestalozzi”, professora Marly Riva Cardoso, e ainda professores
de ambos os estabelecimentos, para analisaram a possibilidade de unificação das duas
Escolas.
A Resolução nº 2.932/83, publicada no Diário Oficial de 29 de agosto de 1983,
determinou que as duas Escolas passassem a constituir um único estabelecimento de ensino,
com uma única Direção e sob a denominação de “Escola Estadual Alberto Santos Dumont” -
Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.
Em 19 de julho de 1990, devido à municipalização do ensino de 1ª a 4ª séries, a
Resolução nº 1.706/90 determinou que este segmento da Escola, em funcionamento no
período vespertino, recebesse a denominação de Escola Municipal “Durval Pinto”.
Em 1999, foi implantado na instituição o Ensino Médio, passando então a Escola a
denominar-se “Colégio Estadual Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio.
Figura 2. Fachada do Grupo Escolar “Alberto Santos Dumont” cerca de1950.
Atualmente, o Colégio compreende aproximadamente 1179 (hum mil, cento e setenta
e nove) alunos, dos quais 757 (setecentos e cinqüenta e sete) estão matriculados no Ensino
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Fundamental, sendo 422 (quatrocentos e vinte e dois) no período matutino, 197 (cento e
noventa e sete) no período vespertino e 247 (duzentos e quarenta e sete) no período noturno;
no Ensino Médio, encontram-se matriculados 383 (trezentos e oitenta e três) alunos, sendo
199 (cento e noventa e nove) no período matutino e 184 (cento e oitenta e quatro) no período
noturno. No Ensino Profissional Subsequente “Técnico em Química” autorizado pela
Resolução nº 2365/10 – DOE de 20/08/2010, encontram-se matriculados 118 (cento e
dezoito) alunos. Adicionalmente, o Colégio abriga em suas instalações o Centro de Estudos
de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), que conta com Secretaria própria e oferece o
curso de Espanhol, em regime semestral, com 200 (duzentos) alunos matriculados.
3.2. Cursos e Modalidades Ofertadas
3.2.1. Ensino Fundamental (6º ao 9º anos)
As turmas estão organizadas por séries anuais.
• Período Manhã: 12 (doze) turmas
• Período Tarde: 06 (seis) turmas
1. Período Noite: 01 (uma) turma de 9ºano
3.2.2. Educação Especial
Sala Multifuncional DI, TFE, TGD e DFN e Sala de Recursos para as séries finais do
Ensino fundamental na área de deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos,
que é um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o
atendimento educacional realizados em Classes Comuns no Ensino Fundamental de 6º ao 9º
anos, seguindo os critérios:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96;
• Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica - Parecer n°17/01
– CNE;
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• Resolução 02/01 – CNE;
• Deliberação 02/03 _ CEE _ PR;
• Instrução 05/04 _ DEE
3.2.3. CELEM
4 (quatro) turmas de espanhol no período vespertino.
3.2.4 . Ensino Médio
No Ensino Médio as turmas estão organizadas em blocos de seis disciplinas
semestrais.
Período Manhã: 07 (sete) turmas
Período Noite: 03 (três) turmas
3.2.5. Ensino Profissionalizante
Período - Noite:
a) Técnico em Química (Modalidade Subseqüente) – 04 turmas no período
noturno em 2011. Com previsão na modalidade integrada em 2012.
3.2.5. Ensino Profissionalizante
Período - Noite:
b) Técnico em Química (Modalidade Subseqüente) – 04 turmas no período
noturno em 2011. Com previsão na modalidade integrada em 2012.
3.3 Atividades/Projetos Desenvolvidas no contra turno
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3.3.1 CELEM – Centro Educacional de Língua Estrangeira Moderna
4 (quatro) turmas no período vespertino de:
� Espanhol
3.3.2 Atividades Complementares de Artes Visuais e Esportes
01 (uma) turma no período vespertino (artes visuais)
01 (uma) turma no período vespertino (tênis de mesa)
3.3.3 Sala de Apoio à Aprendizagem
01 (uma) turma de Língua Portuguesa – 6º ano – Período Vespertino
01(uma) turma de Matemática – 6º ano – Período Vespertino.
3.3.4. Atividades Culturais Complementares
Com a participação de toda a comunidade escolar, incluindo as famílias, o Grupo de
Teatro “Juntando Cacos”, torna-se motivo de orgulho para a escola, tendo em vista que
propicia aos alunos desenvolverem suas potencialidades e melhoria no aspecto da
sociabilização, tornando-os mais expansivos.
A Fanfarra Escolar é outra importante atividade, onde o alunado se empenha e
participa com entusiasmo, representando o colégio em diversos eventos, inclusive fora do
município.
Outro evento que envolve todo o coletivo escolar e suas famílias vem a ser o Dumont
Fest, onde cada um dos participantes procura se empenhar com seriedade nas diversas
atividades que são desenvolvidas, dentre elas, podemos destacar: a Gincana Cultural e
Esportiva. Com esta atividade, buscamos a integração dos alunos, pais, educadores e
comunidade, na busca da integralização de todos os envolvidos.
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4. MARCO SITUACIONAL
4.1. Visão Geral
A sociedade moderna fomenta múltiplos processos de desumanização, que geram
degradação, opressão e alienação da pessoa humana. O trabalho, atividade essencial para a
produção e reprodução no sistema econômico capitalista, torna-se o lugar e a causa da
instituição de uma existência degradada, humilhante produtor de condições deterioradas de
vida. A inserção num grupo social, fundamental para o homem, pode se caracterizar em um
processo de opressão, na prevalência de relações de poder e de dominação entre as pessoas,
seja no âmbito dos pequenos ou dos grandes grupos sociais.
A adoção do ideário neoliberal como vestimenta contemporânea do capitalismo tenta
radicalizar os mecanismos de obtenção do máximo lucro inerentes a este sistema econômico.
Seus processos e conseqüências (individualismo exacerbado, atomização e anomia social,
enfraquecimento do Estado nacional, burocratização das relações sociais, questionamento e
relativização das Luzes) criam vácuos econômicos, políticos e sociais, gerando necessidades
insatisfeitas e tensões não resolvidas.
Este cenário apresenta, inevitavelmente, conseqüências sociais, como o desemprego, o
salário defasado, encarecimento dos itens básicos e dos bens e serviços sociais essenciais, o
aprofundamento da barbárie social e familiar. A escola, como elemento integrante desta
sociedade, recebe os reflexos desta situação, o que resulta em degeneração das relações na
escola.
Na articulação entre desagregação social e desmonte do Estado, os sistemas
educacionais enfrentam uma profunda crise e enfrentam a emergência de um falso conceito de
cidadania, que leva os atores sociais presentes na escola a encararem a instituição somente
pelo que podem extrair dela de vantagens individuais. Isso tira o foco do real papel da escola,
desorienta e desmotiva os atores, ao mesmo tempo em que cria ansiedades sobre o
cumprimento de seus respectivos papéis.
Em nossa instituição, a desigualdade social brasileira tem seu reflexo. Essa situação
faz com que a vivência de problemas relacionados à permanência dos alunos na escola seja
uma constante, principalmente no período noturno.
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Os maiores determinantes dos problemas relativos ao ensino no período noturno são:
a) Falta de motivação para o estudo, devido ao esgotamento produzido pela jornada de
trabalho;
b) Dificuldades cognitivas para a apreensão dos conteúdos;
c) Carência de transporte entre a escola e o domicílio;
d) Calendário letivo até o mês de dezembro, que coincide com o período de vendas
noturnas, compulsório para os alunos comerciários;
e) Obrigatoriedade ou necessidade de cumprimento de horas-extras, com periodicidade
regular ou irregular (campanhas políticas, eventos esportivos, Natal e Ano Novo), pelos
alunos empregados nas manufaturas de bonés (que representa uma grande oferta de postos de
trabalho no município);
f) Priorização do trabalho para a garantia de subsistência;
g) Falta de uma maior adequação da escola para atender às necessidades do aluno
trabalhador. Causa grande preocupação a evasão escolar. Os aspectos acima abordados para o
ensino fundamental noturno podem ser aqui aplicados, ao que se acrescentam os seguintes
determinantes:
h) Necessidade de ingresso no mercado de trabalho, o que ocorre com alunos
adolescentes de famílias de baixa renda;
i) Ineficiência da sociedade e do setor público de educação em conscientizar o aluno e
a família em relação a importância da educação formal e para a cidadania;
j) Ausência de recursos didáticos e práticas pedagógicas mais estimulantes que
proporcionem um ambiente escolar mais motivador.
Os dados consolidados relativos ao aproveitamento dos alunos têm demonstrado que
uma parcela significativa dos alunos tem obtido resultados insuficientes nas avaliações. Esse
cenário levanta alguns pontos a serem repensados, ressaltando que o planejamento de reuniões
constantes (pelo menos bimestrais) é primordial para analisar estas situações e outras, visando
a melhoria contínua da qualidade no ensino.
4.2. Análise das Contradições e Conflitos da Prática Docente
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A análise dos problemas encontrados deve estar pautada na cobertura das seguintes
questões:
a) A forma avaliativa está adequada ou está excludente? Ela está sendo avaliada em
termos de sua adequação, visando demonstrar aspectos do processo de ensino-aprendizado
que precisam ser reforçados, nos quais o professor irá nortear seu trabalho em sala de aula?
Ou, simplesmente, tem uma função punitiva e autoritária?
b) Qual a intensidade da rotatividade dos professores no decorrer do ano letivo? A
substituição, muitas vezes lenta, dos vários professores que entraram em licença (médica ou
prêmio), ou que se deslocam para participar de cursos de capacitação prejudicou a
temporalidade do processo ensino-aprendizado em nossa escola?
c) Nossa escola está preparada para trabalhar o Desenvolvimento Sócio Educacional?
d) A mudança constante de horário para a adequação de professores substitutos é
prejudicial ao processo ensino-aprendizado?
e) A retirada excessiva dos alunos da sala de aula pelos professores, muitas vezes por
motivos de fácil resolução, é uma prática didático-pedagógica recomendável?
f) As ações para propiciar o processo de inclusão de alunos com necessidades
especiais, em nossa escola, são adequadas em função da demanda?
g) A organização da hora-atividade está sendo viabilizada a contento?
Estes tópicos, entre outros, são o ponto de partida para o reconhecimento da
necessidade de melhorias na educação de forma geral, na qual a prática seja intencional,
fecundada na real construção e formação dos nossos alunos em cidadãos conscientes e
dotados de conhecimentos para as práticas diárias de suas vidas.
4.3 Características do bairro, população e alunos
O bairro onde a escola está inserida, fica na área central da cidade, em frente ao Paço
Municipal tendo ao seu redor diversos tipos de comércio e residências.
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A principal ocupação dos pais dos alunos resume-se em facções, fábricas de bonés,
confecções, na reciclagem e nos diversos tipos de comércio da cidade, sendo uma grande
parte na informalidade, com renda média de dois salários mínimos, incluindo horas extras.
As empresas não oferecem alimentação ou tempo hábil para as refeições.
O nível de escolaridade da maioria dos familiares dos alunos é o Fundamental
incompleto.
4.4. Recursos Humanos
O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional, conta com recursos humanos para os setores: administrativo, pedagógico e
funcional, corpos docente e discente,
4.4.1. Setor Pedagógico
O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio possui
uma equipe técnico-pedagógica, composta por 1 diretor, 1 diretor auxiliar, 8 pedagogos,
1coordenador de estágio e 1 coordenador do curso técnico.
4.4.2. Setor Funcional
A instituição conta com um quadro funcional composto de 13 (treze) Agentes
Educacionais I, sendo que alguns, já concluíram o Ensino Médio, três concluiu Pró
Funcionário e dois estão cursando. Uma Agente Educacional I é Pós Graduada na área de
Pedagogia. Temos presente em nossa instituição 10 (dez) Agentes Educacionais II, quatro
possuem Graduação, quatro Pós Graduação, um está concluindo o curso superior e uma
com Ensino Médio completo.
4.4.3. Corpo Docente
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Todo o corpo docente é habilitado para a função que exerce. A maior parte tendo
formação em nível de pós-graduação, PDE, sendo com vínculo QPM 45 (quarenta e cinco)
professores e com vínculo PSS 45 (quarenta e cinco) professores. Todos tem acesso à
formação continuada e dos cursos de atualização propostos pela Secretaria Estadual de
Educação.
4.4.4. Corpo Discente
O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio é
procurado por alunos de várias classes sociais, oriundos de diferentes pontos do município,
especialmente as seguintes localidades: Barra Funda, Distrito de São Domingos, Jardim
Trabalhista, Km 10, Núcleo da Fraternidade, Núcleo Dom Romeu Alberti, Patrimônio do
Barreiro, Vale Verde, Vila Apucaraninha, Vila Capanema, Vila Regina e Vila São Carlos. A
demanda descentralizada pela instituição dá-se pela sua localização central e pela grande
oferta de vagas de ensino fundamental e médio. Há ainda alunos de outros pontos extremos do
município que, ao término da 4ª série do ensino fundamental em outras escolas municipais,
procuram esta instituição, a fim de prosseguirem seus estudos em ambiente de maiores
recursos pedagógicos e didáticos.
4.5. Organização do Espaço Físico
O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental, Médio e
Profissional é um dos maiores estabelecimentos de ensino público do município, tanto em
termos de território quanto de área construída, possuindo 21 (vinte e uma) salas de aula com
48m² (quarenta e oito metros quadrados) em média. No decorrer do ano de 2005, o Colégio
sofreu reformas de suas instalações, aprimorando significativamente sua estrutura física.
Possui, adicionalmente, salão nobre, secretaria, salas de direção, laboratórios de
ciências biológicas e de informática, biblioteca, vídeo, refeitório, cantina, pátios calçados,
áreas cobertas, instalações sanitárias completas, ginásio de esportes, quadra de vôlei e de
basquete.
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4.6. Resultados Educacionais – Ano Letivo de 2010
SÉRIE APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO TRANSFERÊNCIA
ADMITIDA
TRANSFERÊNCIA
EXPEDIDA
5ª séries 138 26 4 11 14
6ª séries 109 43 6 11 10
7ª séries 132 22 24 05 07
8ª séries 109 18 35 12 06
1ª séries
EM
116 23 13 01 00
2ªséries
EM
69 17 14 00 02
3ª séries
EM
72 06 05 00 00
4.6.1. IDEB – Resultados e Metas
Metas Projetadas IDEB Observado
2007 2009 2011 2007 2009 2011
3,9 4,1 4,4 3,4 3,4
O Colégio possui muitos casos de distorção idade/série inseridos em todas as turmas,
principalmente nas séries finais do Ensino Fundamental.
4.7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
4.7.1. Fundamentos
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A busca pela qualidade, elemento fundamental no processo de avaliação pressupõe
que esta deve ter um caráter participativo, auto-reflexivo, contextual, plural, processual e
transformador.
Para Luckesi:
“a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se
articula a um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino, não
possuindo uma finalidade em si. (2003, p.85)
Ela subsidia decisões a respeito da aprendizagem do educando, visando a
garantia do resultado que estamos construindo, articulado e delineado num projeto coletivo.
A proposta de Avaliação Institucional (AI) implica na mobilização da escola em
processos participativos. Esse processo deve ser alimentado por diferentes dados procedentes
da realidade da escola, inclusive ações que acompanhem o desempenho dos alunos de forma
contínua e sistemática, garantindo, assim, que as melhorias introduzidas nas escolas também
tenham como destinatário final o aluno.
Neste sentido, é importante que se recupere o espírito de serviço público como base para
o compromisso moral e ético da escola pública com a qualidade da assistência ao público de
forma equânime. Assim, pode-se obter o comprometimento da comunidade escolar em um
processo de AI, à luz do seu projeto pedagógico, como uma forma de estabelecer um pacto
pela melhoria da qualidade, tendo como contrapartida a assunção de responsabilidades pela
comunidade interna da escola, com reflexos positivos na sua organização.
Um aspecto essencial na produção de qualidade é a definição, seleção e produção de
indicadores, compreendidos como significados compartilhados, ou seja, sinalizações, linhas
que indicam um percurso possível de realização de objetivos que os diferentes atores sociais
se empenham em buscar, contribuindo, para isso, cada um de acordo com o próprio nível de
responsabilidade.
Criticados pelo ideário neoliberal como instrumentos de corporativismo e lentidão dos
processos de trabalho no setor público, os indicadores são importantes, muito mais pelo
significado de compartilhamento entre os atores da escola, do que pelo valor numérico ou de
análise que possam gerar.
O AI, articulada à avaliação dos alunos, deve criar as condições necessárias para
mobilizar a comunidade local das escolas na construção da sua qualidade e na melhoria de sua
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organização. É essa comunidade local que tem melhores condições para se erguer como um
coletivo que faça com que as forças vivas do serviço público pense sobre si, sobre a ética de
suas condutas, sobre a responsabilidade na denúncia da falta de condições de trabalho e sobre
a responsabilidade do bom uso das condições de trabalho quando elas são atendidas.
Uma negociação ampla e responsável com os atores da escola – acerca do seu projeto
pedagógico e das suas demandas, incluindo um sistema público de monitoramento de
qualidade, construído coletivamente – pode ser a maneira de fazer alguma diferença. As
justificativas para o AI são as seguintes: em primeiro lugar, a população atendida tem direito à
melhor qualidade possível oferecida pelo serviço público; segundo, porque o exercício de
novas formas de participação na instituição se constitui em um importante meio para
desenvolver a contra-regulação, quando o serviço público sofre a ação predatória das políticas
públicas neoliberais e conservadoras.
Sendo assim, visando a participação permanente de toda a comunidade escolar na vida
da instituição, a AI será implementada de forma constante, analisando, criticando e
atualizando o conteúdo do PPP, produzindo indicadores, compilando relatos e promovendo,
assim, o verdadeiro diagnóstico em educação, através da definição do marco situacional. Este
processo será balizado pela incorporação das reflexões contidas no marco conceitual, e as
metas previstas no marco operacional.
4.8. Avaliação Institucional Externa
4.8.1. Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi instituído em 1998 pelo
Ministério da Educação para ser aplicado, em caráter voluntário, aos estudantes e egressos
deste nível de ensino. Realizado anualmente, tem como objetivo principal avaliar o
desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento de
competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania.
Também são objetivos do ENEM: (a) oferecer uma referência para que cada cidadão
possa proceder à sua auto-avaliação com vistas às suas escolhas futuras, tanto em relação ao
mundo de trabalho quanto em relação à continuidade dos estudos; (b) estruturar uma
20
avaliação ao final da educação básica que sirva como modalidade alternativa ou
complementar aos processos de seleção nos diferentes setores do mundo de trabalho; (c)
estruturar uma avaliação ao final da educação básica que sirva como modalidade alternativa
ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-médios e à
Educação Superior; (d) possibilitar a participação e criar condições de acesso a programas
governamentais.
A estrutura do Exame tem como base uma matriz com a indicação de competências e
habilidades associadas ao conteúdo do Ensino Fundamental e Médio que são próprias ao
sujeito na fase de desenvolvimento cognitivo, correspondente ao término da escolaridade
básica. O ENEM é constituído por uma prova única contendo 63 questões objetivas de
múltipla escolha e uma proposta para redação.
O colégio vem preparando os alunos para que participem de todos os ENEM ofertado
pelo MEC e incentivando-os, tendo em vista que, mesmo sendo em caráter opcional,
representam na atualidade a oportunidade de adentrar numa Instituição de Ensino Superior e
para obtenção de bolsas de estudos, pois o ENEM é pré-requisito para o aluno inscrever-se no
PROUNI.
4.8.2. Prova Brasil
A Prova Brasil expandiu a avaliação feita, desde 1995, pelo Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica (Saeb). Enquanto o Saeb é feito por amostragem e oferece
resultados no âmbito dos estados e redes de ensino, a Prova Brasil é aplicada a todos os
estudantes das séries avaliadas e apresenta médias de proficiência por unidade escolar. Ela foi
idealizada com o objetivo de auxiliar os gestores nas decisões e no direcionamento de
recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de
metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da qualidade
do ensino.
O resultado do desempenho da escola na Prova Brasil não pôde ser apresentado, pois a
página do endereço eletrônico do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) que contém os resultados encontra-se em manutenção.
21
4.8.3. Olimpíadas de Matemática
O Governo Federal lançou em conjunto com os Ministérios de Ciência e Tecnologia e
Educação, Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e pela Sociedade brasileira de
Matemática as Olimpíadas de Matemática para as Escolas Públicas de todo o país. A
olimpíada é dividida em três níveis, sendo o primeiro de 5ª e 6ª série, o segundo de 7ª e 8ª
série e o terceiro para os alunos do ensino médio. Em média, cinco milhões de alunos de todo
o Brasil participam do desafio, configurando a segunda maior olimpíada de matemática do
mundo, só perdendo para os Estado Unidos. As provas são realizadas em duas fases. A
primeira apresenta 20 questões de múltipla escolha e a segunda contém entre seis e oito
questões discursivas. Os prêmios vão desde medalhas para os alunos que apresentam melhor
desempenho até quadras de esportes para os colégios e estágios de 15 dias para os professores
no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
4.8.4. Olimpíadas de Língua Portuguesa
Esta olimpíada é um programa de caráter bienal e contínuo. Constitui uma estratégia
de mobilização, que proporciona oportunidades de formação. Acontece de forma
diferenciada: em anos impares, atende diversos agentes educacionais (técnicos da Secretaria
de Educação, que atuam como formadores, diretores, professores). Em anos pares, promovem
um Concurso de Produção de Textos para alunos da 5ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano
do Ensino Médio.
Esta é uma iniciativa do MEC e da Fundação Itaú Social. Neste ano de 2010, acontece
a segunda edição, com o propósito de contribuir para a melhoria da escrita do alunado.
4.8.5. IDEB
Foi criado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira), em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE), do
Governo Federal, calculado como base na taxa de rendimento escolar e ainda, no rendimento
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dos alunos no SAEB e na Prova Brasil, que são aplicados a cada dois anos. O colégio
alcançou a média 3,4 neste último IDEB.
5. MARCO CONCEITUAL
5.1. Elementos do Ato Conceitual
5.1.1. Princípios de Gestão
Uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de alunos,
sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas educacionais. A
escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas, ao
comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito e
fracasso escolar.
A partir das leituras e discussões, a comunidade escolar defende como valores e
princípios da gestão democrática:
a) O aluno é o sujeito do processo, razão de ser da escola.
b) O Projeto Político-Pedagógico define as políticas de educação da escola.
c) O Conselho Escolar pauta-se por uma gestão democrática participativa.
d) Abertura de espaços para a implementação de experiências inovadoras,
para o espírito científico criador e para a livre expressão da pluralidade.
e) A coerência entre o discurso e a prática.
f) A cultura do querer fazer em lugar do dever fazer.
g) O cultivo do clima organizacional positivo que leva as pessoas ao desafio
da construção coletiva e à valorização profissional e afetiva, que gera o
prazer de freqüentar o ambiente de trabalho.
h) O compromisso com a democracia, com a defesa dos direitos humanos,
com a não-discriminação e com a preservação do meio ambiente.
A partir destes princípios, alguns elementos são essenciais à prática da gestão democrática:
23
a) Autonomia: luta para resgatar o papel e o lugar da escola como eixo do
processo educativo autônomo, não sendo a escola uma mera
reprodutora de ordens e decisões elaboradas fora do seu
contexto.
b) Participação: a participação é condição para a gestão democrática, uma não
é possível sem a outra. Participar é todos contribuírem com
igualdade de oportunidades de algo que pertence a todos: a
escola pública. Requer a repartição coletiva do sucesso, não
apenas da responsabilidade. A participação não diz respeito
somente à comunidade interna, mas à comunidade externa a
quem a escola serve.
c) Clima organizacional: determina a vontade dos membros de participar ou
alienar-se do processo educativo. É importante que as
pessoas gostem do que fazem e sintam prazer em estar ali.
Para isso é fundamental que:
d) A finalidade e os objetivos estejam claramente definidos e sejam
conhecidos de todos os participantes.
e) As responsabilidades e ações de cada um estejam claramente
atribuídas pelo coletivo.
f) A direção seja concebida como a coordenação das “alteridades”,
das diferenças entre os iguais.
g) As pessoas sejam situadas como sujeitos, porque somente sujeitos
são cidadãos, capazes de se comprometer e participar com
autonomia.
h) Os conflitos não sejam negados, mas mediados dialeticamente, pois
são inerentes à condição humana emancipada e resultam da
pluralidade dos saberes e visões de mundo, que constituem a
riqueza da instituição.
i) A informação flua límpida e transparente, pois é a matéria-prima da
gestão.
j) O respeito profissional seja cultivado acima das divergências.
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5.2. Visão Geral
A Filosofia do Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e
Médio baseia-se na busca de uma educação consciente, direcionada para a formação do
cidadão com direito de expressão livre e responsável, ético, crítico e criativo, cooperativo e
otimista, sujeito de sua própria evolução, que integre, transfigurando, uma sociedade mais
justa e mais humana.
Construir a cidadania, atualmente, é: (a) tornar viável a existência dos homens, na
realidade histórica e social em que estes estejam inseridos, (b) garantir a todos os indivíduos
humanos, sem qualquer discriminação, as condições para o exercício pleno de todos os
aspectos da vida, (c) prover o benefício universal dos produtos do trabalho humano, dos bens
sociais e dos bens culturais de uma sociedade. Assim, para acontecer a plena cidadania, é
necessário que todos compartilhem da consecução destes três processos.
Baseando-se nestes conceitos, a construção do Projeto Político-Pedagógico, de forma
coletiva e democrática, deve buscar valorizar todos os atores vinculados à instituição, para,
assim, construir uma educação de caráter transformador, que compreenda as contradições,
limites e também as possibilidades existentes, dentro de uma prática reflexiva.
Esta participação coletiva amplia o debate sobre as práticas sociais e culturais,
desmascarando as diversas formas da manifestação das relações autoritárias estabelecidas na
prática escolar vigente, e amplia a contribuição coletiva para a construção de novas formas de
organização escolar.
5.3. Concepções
Inclusão e Diversidade
Uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de alunos,
sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas educacionais. A
escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas, ao
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comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito e
fracasso escolar.
Ensino-aprendizagem
É um processo coletivo e integrador, quando elaborado, executado e avaliado, requer o
desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a cooperação, a
negociação e o direito das pessoas de intervirem na tomada de decisões que afetam a vida da
instituição educativa e de comprometerem-se com a ação. O processo ensino-aprendizado não
é apenas perpassado por sentimentos, emoções e valores. Um processo de construção coletiva
fundada no princípio da gestão democrática reúne diferentes vozes, dando margem para a
construção da hegemonia da vontade comum. A gestão democrática nada tem a ver com a
proposta burocrática, fragmentada e excludente; ao contrário, a construção coletiva do
processo ensino-aprendizado inovador procura ultrapassar as práticas sociais alicerçadas na
exclusão, na discriminação, que inviabilizam a construção histórico-social dos sujeitos.
Há a necessidade da consciência em relação ao vínculo muito estreito entre autonomia
e processo ensino-aprendizagem. A autonomia possui o sentido sócio-político e está voltada
para o delineamento da identidade institucional. A identidade representa a substância de uma
nova organização do trabalho pedagógico. A autonomia anula a dependência e assegura a
definição de critérios para a vida escolar e acadêmica. Autonomia e gestão democrática fazem
parte da especificidade do processo pedagógico.
A legitimidade de um processo ensino-aprendizagem está estreitamente ligada ao grau
e ao tipo de participação de todos os envolvidos com o mesmo, o que requer continuidade de
ações.
Educação
O processo educativo deve se configurar com unicidade e coerência ao deixar claro
que a preocupação com o trabalho pedagógico enfatiza não só a especificidade metodológica
e técnica, mas volta-se também para as questões mais amplas, ou seja, a das relações da
26
instituição educativa com o contexto social. Para Saviani, educação “é uma atividade
mediadora no seio da prática social”. (SAVIANI, 1985, p. 77).
Uma educação comprometida com o processo da prática social global, que não seja
reprodutora da situação vigente, e sim, transformadora da sociedade. Urge, portanto, uma
educação, visando a liberdade de expressão de todos. “Uma desigualdade no ponto de partida
e uma igualdade no ponto de chegada”. (SAVIANI, 1985, p.77).
O CONHECIMENTO – como construção histórica é matéria- prima (objeto de
estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando lhes condições de entender o viver, propondo, modificações para a
sociedade em que vive, permitindo ao cidadão _ “produtor, chegar ao domínio intelectual do
técnico e das formas de organização social sendo, portanto, capaz de criar soluções originais
para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento”.
(Kuenzer, p.1985, p33 e 35)
O TRABALHO _ é uma atividade que está na base de todas as relações humanas
condicionando e determinando a vida. “É (… uma atividade humana intencional que envolve
forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida”) (Andrery, 1998,
p13).
Nesta perspectiva entender o trabalho como ação intencional, o homem em suas
relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém é preciso compreender
que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado pelas relações de
poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os bens
materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos bens não
materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer o pensar entrelaça-se dialeticamente e é nesta dimensão
que está posta a formação do homem.
27
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que
o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve,
formas de organização necessária para formação do ser humano.
A CIÊNCIA – nasce de necessidade de explicar os fatos observados de forma
sistematizada utilizando métodos
Para Andery (1980) “ A ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo
homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é determinada pelas
necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que nela
interfere.”
Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento será a
concepção da ciência.
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para produzir ou transformar.
Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual,
estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não
atingindo a totalidade da população.
A escola tem a função de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos
pela humanidade. Nereide Saviane afirma que a ciência merece destacado no ensino como
meio de cognição enquanto objeto de conhecimento, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o
nível de pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é
indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem,
mas com isto saibam nele atuar e transformá-lo.
A TECNOLOGIA – os avanços da tecnologia, trouxeram novas formas de trabalho
(Gasparin – UEM) e possibilitaram às escolas e, consequentemente aos profissionais da
educação, uma nova forma de ensinar, com inovações nas suas práticas, no intuito de
transformação do cotidiano escolar, para um alunado que, muitas vezes, já convive com toda a
tecnologia disponível no mercado. Entretanto, há que se pensar no encorajamento de todo o
coletivo, para que se busque a preparação e se faça o uso adequado e eficaz das tecnologias
que estão disponibilizadas na escola.
28
O HOMEM – ou ser humano, para não usarmos uma linguagem sexista – “é um ser
inacabado, que se constitui ao longo de sua existência social,” (Pinto, 1994) sendo, portanto
“um sujeito histórico, que se diferencia dos outros animais pelo trabalho.” (Saviani, 1992, p.
19). É capaz de assimilar conhecimento e reproduzi-lo, bem como produzir conhecimento. É
capaz de transformar a sociedade em que está inserido. Esta visão se aplica ao entendimento
de educando.
A ESCOLA para Saviani “é uma instituição que tem o papel de socializar o saber
sistematizado”. É ela que propicia a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a tal
saber. “O que torna necessária a sua existência é a exigência de apropriação deste
conhecimento pelas novas gerações”. (Saviani, 1992. p. 22-23). A cultura da escola moderna
pode ser concebida como um projeto de organização da sociedade. Definir a identidade da
escola como instituição requer indagar dela seu projeto, mas, requer como contraponto,
interrogar também o meio social onde a instituição se coloca, ou seja, identificar o que
esperam da escola seus diferentes atores e seus contemporâneos.
O MUNDO – vivenciamos um período histórico em que o ter perpassa o ser, num
mundo capitalista, no contexto da sociedade global, dentro das grandes transformações que
estão se processando em todos os cantos. (GASPARIN, EDUCERE, 2009). Uma sociedade
com grupos sociais desiguais. O caráter humanista educacional de Paulo Freire, centraliza
seus esforços na desmistificação do mundo e da realidade, onde os homens não são coisas,
objetos, mas pessoas que podem vir a transformar o mundo. Para ele, o homem não pode ser
neutro frente ao mundo, um homem à luz da humanização ou desumanização. (Paulo Freire).
O homem, na sua função social tem que fazer opção, e que esta venha ao encontro das
mudanças que ocorrem no sentido da verdadeira humanização do homem, do seu ser mais.
Revelar a estrutura formal da instituição não é suficiente para apreender as operações
intelectuais e rituais das quais ela se vale para conferir significado ao mundo. Na vida escolar,
observam-se os sentidos sociológicos das formas e do traçado de um dado ritual que confere
lugares, posições e jogos de linguagens, tanto verbais quanto gestuais e corporais.
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A CULTURA ESCOLAR enfrenta e incorporam simultaneamente outras culturas,
expressas pelo impacto dos meios de comunicação de massa, pela família, além de,
especialmente, pelo que se tem hoje caracterizado como cultura infanto-juvenil.
Cultura escolar é, portanto, uma dada distribuição do espaço e do tempo escolares:
mas compõe-se também dos espaços e dos tempos de inscrição das transgressões. Cultura
escolar é a ordenação de comportamentos prescritos pelos adultos; mas é, sobretudo, a
apropriação diferenciada que novas e sempre novas gerações farão com aquilo que se
pretende fazer delas.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua
prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente de sua
função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura
erudita, assume um papel político fundamental, “(Saviani, apud, Frigotto, 1994p, 189)”.
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe à
escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e
democrático.
O CURRÍCULO observa, para além da norma, os procedimentos efetivamente usados
na rotina de sala de aula. As práticas didáticas que prescrevem os modos autorizados por meio
dos quais a escolarização deverá fazer uso do texto estarão, contudo, sempre para além
daquela orientação normativa que pretende defini-la, descrevê-la e circunscrevê-la.
As teorias do currículo há tempos já referenciam a acepção de currículo – que, a
princípio, correspondia à idéia de ordem e de disciplina – como o conjunto das ações e
interações – manifestas ou implícitas – que acontecem na escola.
Os currículos, elaborados através de propostas curriculares e projetos, compreendem,
portanto, um conjunto de conhecimentos, centrado nos eixos da interdisciplinaridade e da
indissociabilidade dos eixos prático-conceitual e teórico-demonstrativo, ou seja, as disciplinas
têm que estar integradas e o aspecto teórico não podem estar dissociados da prática.
Essa concepção pedagógica coloca o aluno no centro da dinâmica do processo de
ensino e aprendizagem e submete a organização do trabalho escolar e a proposta curricular à
formação e vivência sócio-cultural própria de cada idade ou ciclo de formação dos educandos.
30
O desenvolvimento dos conteúdos curriculares por meio dos projetos e a definição de
diretrizes e requisitos essenciais devem garantir a unidade, quanto aos níveis adequados de
output a serem desenvolvidos em todas as crianças.
A construção do saber anda a par com a reconstituição do campo do poder dentro das
escolas. Neste espaço, os atores lutam pelo poder sobre a regulação dos instrumentos de
diagnóstico e avaliação, pois há consciência de que a avaliação é indispensável para a
mudança.
A AVALIAÇÃO – qualitativa formativa e includente – requer o questionamento de
formas punitivas de resposta aos eventos insatisfatórios do processo ensino-aprendizagem
(como a repetência) e um novo ordenamento dos tempos escolares.
Os maiores desafios para a incorporação, ao habitus institucional, de uma avaliação
mais formativa e democrática deve-se ao aspecto decisório da avaliação, que é sócio-
historicamente construído. Ou seja, avaliar sempre implicou fundamentar uma decisão sobre o
prosseguimento do processo ensino-aprendizado e, de forma muito sensível, sobre a
certificação. Para enfrentar este desafio, a ênfase avaliativa, centrada nos resultados da
aprendizagem, é superada pela priorização do processo educativo formativo e igualitário.
O colégio utilizará a avaliação diagnóstica, formativa e somativa, realizada
cooperativamente, visando determinar até que nível os objetivos curriculares previamente
estabelecidos, foram ou deixaram de ser alcançados pelos alunos.
A sistemática da avaliação de desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será
contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de
acordo com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados
expressos em nota de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), organizado
bimestralmente; onde a média necessária para aprovação deverá ser igual ou superior a 6,0
(seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).
Para os alunos de baixo rendimento escolar, será proporcionada a recuperação de
estudos, de forma paralela, durante o processo ensino-aprendizagem ao longo da série ou do
período letivo, na medida que forem constatadas dificuldades ou falhas de aprendizagem.
Na aplicação de uma segunda ou terceira avaliação na unidade de estudos, a(s) nota(s)
será (ao) considerada(s) como recuperação, prevalecendo sempre a maior.
31
De acordo com este pressuposto, a reunião pedagógica é parte integrante do processo
de avaliação, desenvolvido pela escola. É um momento privilegiado para se redefinir práticas
pedagógicas no intuito de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas
diferenciadas de ensino, que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem, tendo em
vista que todos os critérios devem ter como único foco a aprendizagem destes.
Por fim, entende-se que democratizar a gestão das escolas implica gerar condições de
autonomia para que as escolas possam administrar seu projeto educativo com
responsabilidade. Exige-se a instalação de um processo de discussão da avaliação, não apenas
da aprendizagem dos alunos, mas também do processo de trabalho na escola. Assim, a
avaliação supera a orientação por princípios da racionalidade técnica, que acabam servindo à
regulação e à manutenção do status quo sob diferentes formas. Este é o desafio a ser
enfrentado: compreender a educação no interior das políticas públicas para buscar novas
trilhas.
O conselho de classe deve propiciar a discussão coletiva sobre o processo de Ensino e
Aprendizagem e favorecer a integração em seqüência dos conteúdos curriculares de cada
série, constituindo-se assim num importante momento de reflexão de ação da escola que gera
ações em benefício do processo de ensino e aprendizagem. Estas ações são registradas em atas
pertinentes aos Conselhos de Classe.
A SOCIEDADE - para Severino (1998), sociedade é um agrupamento tecido por uma
série de relações diferenciadas e diferenciadoras. È configurada pelas experiências individuais
do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,
desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens,
garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo
que: “A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe
resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as
contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece à sua comunidade. Nesse
sentido a sociedade cria o homem para si”.
A CIDADANIA - de acordo com Boff (2000,p.51) “é um processo histórico-social
que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
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elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser
povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, p. 53) diz: “ ... a construção da
cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de
reconhecimento desse processo em termos de direito e deveres”.
O LETRAMENTO é o resultado da ação de ensinar e aprender a ler bem como o
resultado de usar essas habilidades em práticas sociais ou seja, estado ou condição que um
grupo adquire em determinada cultura. O letramento é o desenvolvimento de competências
para o uso da tecnologia da escrita. Cabe ao professor oferecer ao aluno a apropriação do
sistema alfabético ortográfico e condições que possibilitem o uso da linguagem como prática
social vivenciada de forma significativa.
Na INFÂNCIA segundo Zabalza, a criança hoje é vista como um sujeito de direitos,
situado historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas,
emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança.
Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas.
ADOLESCÊNCIA - Nunes de Souza (1997) considera que o período da adolescência
se caracteriza por ser um período difícil para os adolescentes não apenas pelas transformações
físicas a que estão sujeitos nesta fase da vida, como também considera que este período
constitui um período de crise para toda a família. Durante esse processo, o adolescente sente
necessidade de contestar os valores que lhe foram incutidos pela família, numa tentativa de se
afirmar enquanto individuo com existência e características próprias.
33
6. MARCO OPERACIONAL
6.1. Visão Geral
A escola é uma instituição que demanda um projeto educacional que englobe o agir
humano, articulando o projeto político coletivo da sociedade e os projetos pessoais dos
sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizado.
Todo projeto implica uma intencionalidade de condições reais, objetivas e concretas.
Todo educador constrói sua prática em valores sociais e em ideologia, o que o faz optar pelo
reforço de valores alienantes ou transformadores em sua prática.
Assim, a especificidade do trabalho pedagógico exige uma institucionalização de
meios que vincule educadores e educandos. Assim, a escola se empodera para enfrentar os
sistemas de informação e comunicação de massa, pretensamente educativos – pois toda a
relação pedagógica depende de um relacionamento humano direto.
Sabendo que, ao investir na construção da cidadania dos indivíduos, a educação
escolar está articulando o projeto político da sociedade, que precisa ter seus membros como
cidadãos e, assim, os projetos pessoais desses indivíduos encontram um espaço para existir
humanamente.
Dessa forma, os instrumentos de que dispõem os educadores são, prioritariamente,
aqueles fornecidos pelo conhecimento que, aliado à crítica, à competência e à criatividade,
permite aos educadores exercer seu papel de atores políticos de modo integral.
Desta maneira, verifica-se que os projetos educativos vêm ao encontro da melhoria do
ensino, mediante a utilização de recursos metodológicos diferenciados, que enriqueçam a
prática docente e motivem o querer aprender dos alunos.
6.1.1. Hora Atividade
A hora atividade do professor é cumprida dentro da escola, para preparação de aulas,
de atividades, avaliações, correções, preenchimento do Livro Registro de Classe e reuniões
com a Equipe Pedagógica. Dentro do possível a hora atividade é organizada em blocos de
disciplinas.
34
6.1.2. Forma de atendimento aos pais
No início do ano letivo os pais são convocados para uma reunião especial, onde
recebem orientações sobre: o termo de responsabilidade para o cuidado com o livro didático,
o regulamento interno, horários de funcionamento da escola, uso do uniforme escolar, sistema
de avaliação, faltas e atestados médicos dos alunos.
Aproveitando a presença da maioria dos pais, os policiais da Patrulha Escolar
comparecem à reunião e esclarecem a importância da presença dessa corporação no colégio e
suas funções.
Durante o ano letivo os pais são convocados para reuniões bimestrais, onde recebem
os boletins escolares, conversam com os professores e equipe pedagógica e esclarecem
possíveis dúvidas quanto ao desempenho escolar de seus filhos.
Quando necessário a equipe pedagógica entra em contato com os pais que são
atendidos individualmente.
6.2. Decisões Operacionais
Apresentamos algumas ações que, implementadas, apresentam potencial de superação
dos principais desafios situacionais da nossa escola, tais como: a evasão escolar, baixa
motivação do binômio professor-aluno, os transtornos de comportamento e as ações docentes.
Estas são ações de implementação a médio e longo prazo, pois dependem do engajamento
político da comunidade escolar e da instituição de um processo continuado de discussão com
professores, equipe pedagógica, pais e instâncias colegiadas para o aprimoramento das
propostas. As propostas são elencadas a seguir:
a) Desenvolvimento de projetos que englobem maneiras diversificadas de ensinar e
aprender, com a utilização de recursos com grande potencial didático, como a música, a
poesia, dança, entre outros, que manipulando os objetivos e os conteúdos curriculares,
nortearão as atividades educativas a serem desenvolvidas;
b) A equipe pedagógica possibilitará momentos de estudos para revisão da linha
teórica das ações educativas, procurando, de forma inovadora, despertar no professor e no
35
aluno a busca de sentido na construção do conhecimento. As ações propostas como formação
continuada para os professores, equipe pedagógica, direção, funcionários e pais
compreendem: cursos de capacitação, Semana Pedagógica, grupos de estudos, Livro Didático
e Projeto Folhas, reuniões pedagógicas, reuniões das instâncias colegiadas, palestras e
informes de periodicidade regular (semanal, mensal) ou irregular, sendo eles, em sua maioria,
ofertados pela SEED.
c) Estímulo ao querer e ao buscar a melhoria e ao aprendizado constante, mediante o
desenvolvimento de atividades atrativas e significativas;
d) Capacitação e motivação do professor, de modo a modificar e aprimorar
continuadamente suas atividades educativas, buscando a formação pedagógica permanente;
e) Estímulo à organização interna da escola, com a definição das funções, papéis
específicos e atribuições;
f) Promoção do relacionamento institucional entre os aspectos administrativos e
pedagógicos, na vigência de dificuldades pedagógicas que demandem ações administrativas,
de acordo com o diagnóstico realizado no marco situacional.
g) Atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, para integrá-los
no ensino regular, promovendo assim a inclusão; bem como os alunos da zona rural, criando
condições para que freqüentem assiduamente as salas de apoio e recursos, uma vez que as
mesmas funcionam em contra turno e esses alunos ficam impossibilitados de irem às suas
casas para o almoço e retornarem ao colégio, necessitando, portanto, realizarem suas refeições
no colégio, além dos horários de transportes que não coincidem com suas necessidades.
h) Promover a consciência e difusão das relações étnicos raciais, indígenas e afro-
brasileira e Africana; baseado nas disposições contidas nas Leis nº 10.639/03, 11645/08,
9795/99, visto que a relevância do estudo de temas contidos nessas leis dizem respeito a todos
os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma
sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática; - Política
Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal;
Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao uso Indevido de Drogas.
1) História e Cultura dos Povos Indígena – Lei 11 645/08;
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10 639/03.
Educação do Campo, Gênero e Sexualidade.
36
2) Desenvolvimento Sócio Educacional – enfrentamento à violência, educação fiscal,
educação ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, direitos humanos e cidadania.
Programa bolsa família;
i) Encaminhamento de alunos ao mundo do trabalho através de parcerias com
empresas por intermédio do CIEE e outras entidades.
6.3. Sociedade Civil Organizada
A Sociedade Civil representa importante parcela de contribuição, na preparação dos
alunos, quando nos auxilia, ministrando palestras com temas relevantes, como: água,
sexualidade, drogas, fumo, álcool, valores humanos, AIDS e DSTs e outros. Trata-se,
portanto, de contribuição essencial, visto que, repassam orientações de forma clara e sucinta,
prendendo a atenção do alunado em geral, pois além de palestras, acontecem também
oficinas.
6.4. Processo da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da
Promoção
A Avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem
com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
A Avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A Avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0
(zero) a 10,0 (dez vírgula zero) no final dos períodos bimestrais, resultante da somatória dos
valores atribuídos em cada instrumento de avaliação.
A Recuperação de estudos é direito dos alunos, independente do nível de apropriação
dos conhecimentos básicos.
37
A recuperação de estudos dar-se á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem.
A Promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à
apuração de sua frequência. A média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero) e
freqüência mínima de 75% do total das horas letivas.
6.4.1. Processo de Classificação, Reclassificação e Progressão Parcial
A Classificação no ensino fundamental e médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com
a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais e informais.
A Reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de
experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as
normas curriculares gerais, a fim de encaminha-lo à etapa de estudos compatível com sua
experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
O estabelecimento não oferta a Progressão Parcial, no entanto os alunos recebidos e
que estão em Regime de Dependência serão atendidos em forma de Adaptação de Estudos.
6.4.2. Conselho de Classe
Importante instância avaliativa, órgão colegiado, de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didáticos-pedagógicos, tendo como foco norteador, analisar as ações
educacionais, indicando alternativas que venham ao encontro da efetivação do processo
ensino-aprendizagem. Neste pressuposto, acontece anteriormente o Pré-Conselho, com todo o
colegiado, para que haja tempo de intervir no processo de ensino e aprendizagem,
oportunizando aos alunos, formas diferenciadas de apreensão dos conteúdos. Então, a partir
desta retomada de conteúdos, acontece o Conselho de Classe, com a participação da Direção,
Equipe Pedagógica, Corpo Docente, representação facultativa de alunos e pais, objetivando
respaldar as discussões e a tomada de decisões, com critérios previstos e estabelecidos pela
escola.
38
Torna-se, portanto, um espaço asseguradamente coletivo, de articulação das ações,
referendadas pelo Conselho Escolar e expressas no Regimento Escolar. Dando continuidade,
acontece o Pós-Conselho de Classe, que vem complementar o que está posto no Conselho de
Classe, as ações e encaminhamentos, com o fim de minimizar os problemas de aprendizagem
e a reorganização do trabalho pedagógico. Deste modo, torna-se importante, discutir não
apenas a aprovação ou reprovação do aluno, mas, o que se pode fazer por ele, em relação
à superação ou diminuição das suas dificuldades educacionais.
6.4.3. FORMAÇÃO CONTINUADA – deve estar fundamentada em bases teóricas,
sólidas, apoiadas na reflexão filosófica e no conhecimento científico. (SAVIANI, 1995). São
necessárias reflexões permanentes, aos profissionais da educação, acerca de sua práxis
educativa, visando melhores resultados junto aos alunos, tendo em vista as constantes
transformações da realidade. Uma grande conquista aos educadores paranaenses, tem sido a
oferta do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), que os afasta do exercício e
propicia uma capacitação fora do ambiente escolar.
A educação continuada será tanto mais efetiva, quanto maior for o envolvimento do
próprio professor, na busca de solução dos problemas educacionais. (CELANI, 1988, p. 160).
A formação continuada para a comunidade escolar segue calendário escolar e carga
horária determinados pela SEED, em datas específicas.
Quando organizada pela equipe pedagógica, é realizada aos sábados e início dos
semestres com os professores, em reuniões pedagógicas e quando possível durante as horas
atividades, para o enriquecimento teórico e pedagógico, porém, essas horas não são
computadas na titulação dos professores.
6.5. Instrumentos de Ação Colegiada
A ação de projetar, buscando transformar o real, procura assegurar a plena qualidade
do processo de ensino-aprendizagem. O processo decisório da gestão escolar deve assegurar o
conflito de idéias e de valores – que é a essência das relações democráticas – bem como a
interlocução permanente nas instâncias de controle sociais legitimadas e reconhecidas dentro
39
do setor da educação: Conselho Escolar, Associação de Pais e Mestres e Funcionários,
Grêmios Estudantis e todos os sujeitos da comunidade escolar, o que inclui as autoridades
públicas.
A escola deve traçar seu próprio caminho educativo, através de uma proposta escolar
autônoma, que ressalte a importância da participação dos profissionais da educação e da
comunidade escolar nos conselhos escolares, para estimular a autonomia da escola, e para
superar a gestão dos meios e produtos, apelando para iniciativas inovadoras, orientadas por
valores mais humanos e que levem em conta vivências e sentimentos, condições de vida e de
trabalho, a cultura e o processo de trabalho na escola.
A autonomia escolar deve ser assegurada pela destinação de recursos diretos, a serem
geridos pelo conselho escolar. A autonomia financeira fortalece a identidade da escola e
incentiva a participação da comunidade em seu apoio. A melhoria da qualidade do ensino
também pode ser assegurada por este mecanismo de alocação dos recursos, que podem ter sua
utilização otimizada, incluindo o investimento em insumos e inovações, como materiais
didáticos e tecnológicos. Paralelamente, a dimensão relativa ao processo de arrecadação e
aplicação de recursos para o funcionamento do setor de educação deve ser amplamente
debatida, no âmbito das instâncias colegiadas, de modo que os conselhos municipais e os
conselhos escolares tenham a competência para supervisionar o processo de administração
dos recursos orçamentários e extra-orçamentários, estabelecendo-se, portanto, procedimentos
de controle social sobre as ações do setor de educação, em nível local, regional e nacional.
A ação colegiada implica planejamento e avaliação contínuos e sua implementação
depende dos limites e das potencialidades humanas e materiais historicamente determinados.
Por considerar a comunidade escolar como construtora de política, nos espaços formais e
informais, a ação colegiada libertária é local e universalista, em intenção e abrangência, pois a
educação para a liberdade só se efetivará no processo de lutas sociais globais, que
conquistem, para todos os indivíduos, condições de auto-emancipação intelectual, política e
econômica.
Na prática da escola, tem-se buscado discutir, no coletivo, a Gestão Democrática,
através das formas de participação consolidadas para o setor da educação. Assim, garante-se a
eleição dos dirigentes escolares, a participação colegiada no Conselho da escola, e na
construção coletiva do Roteiro de Atividades da Semana Pedagógica. No entanto, há a
percepção de que tais iniciativas somente serão integralmente bem sucedidas se contarem com
o apoio da comunidade escolar e das instâncias superiores da gestão da educação.
40
7. PROPONENTES:
Equipe
Função Assinatura
Edson Plath Diretor
Orzolina Siqueira Diretora Auxiliar
Denise Cristina M. F. Pires Diretora Auxiliar
Alteni Lauer Fegury Pedagoga
Kátia Ordálio Pedagoga
Magda Marília Tricai Cavalini Pedagoga
Marcos José Ferreira Pedagogo
Neide Dias Pedagoga
Vera Lucia Nahirny Bueno Pedagoga
Professores
Inglês Matutino
Alice Hiroko Fujita Ciên./ Bio. Matutino
Ana Rosa Mangolin Geo./ Hist. Mat. Vesp.
Port./ Fran. Vespertino
Aparecida Mercadante Ed. Física Matutino
Claudete H. B. Chemoune Ciências Matutino
Claudia Medeiros Ed. Física PDE
Conceição Geni Nicoli Matemática Matutino
Denise C. M. Facio Pires Ed. Física Mat./Vesp./
Not.
Ens. Rel. Licença
Edson Plath Física Mat / Not
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Inglês Noturno
Port / Inglês Mat./ Not
Evilma L. da Cunha Glovascki Afast. de função Matutino
Franciele Cristina Leuche Arte Mat /
Glaci Cecícilia Machado Biologia PDE
Ilza Maria Gomes Ceranto Port. Mat./Vesp./
Not
Iolanda Cirino de Jesus Sanches Port / Inglês Vesp./ Not
Irene Martins História Mat./ Not
Port. Matutino
Isabel Sanches Martines Prof° da lei
15308/06
Vesp / Not
Química Mat./ Not
José Pecorari Mat. Mat. / Not
Lea Plaza Pomin Afast. da função Mat. / Vesp
Leila de L. Sanches Lacerda Arte Mat./Vesp./
Not
Lúcia Rodrigues Nogueira História Mat./ Not
Mara Lúcia M. Yamada Química Mat.
Marines Guerra da Silva Prof° da lei
15308/06
Mat./ Not.
Melissa C. Furtado Matemática Matutino
Mirna Sandra de Santis Biologia Noturno
Neusa Aparecida Geografia Mat./ Not.
Ciências Matutino
Geografia Mat. / Vesp
Nilvia Inês de Godoi CELEM
(espanhol)
Vespertino
Orzolina Siqueira Português Matutino
Patrícia H. H. Canezin Arte Mat./ Not.
Sala de apoio Mat. / vesp.
42
(mat.)
Romilda Ferraz dos Passos Ciências Matutino
Port. Inglês Matutino
Rosangela B. Macedo Beje Sala de
Recursos
Vespertino
História Mat. / Vesp.
Santa Vantini Ciências PDE
Biologia Mat./Not
Sonia Marilea C. Pereira Sala de Recurso Matutino
Matemática Mat. / Not
Sala de apoio
Vânia Suzi R. B. Cilião Port. Mat./ Not
Ciências Mat./ Not
Agente Educacional I
Eli Dias de Oliveira
Joanice dos Reis Bevilaqua
Maria Aparecida Batista da Silva
Maria Madalena Carvalho Laverdi
Neusa Almeida da Silva
Rosangela Apª Camargo G. de Souza
Vanilda Pontes de Almeida
Vilma Ferreira da Silva
Zenilda Costa de Oliveira
Agente Educacional II
Andreia Ross Biazeto de Souza
Benilde Colombo
Cleonice de Lourdes Belan dos Santos
Juliano Delgado
Maria de Lourdes Vidal
Neusa Maria Pedro
43
Solange Aparecida Peres (Secretária)
Solanje Laurentino Kovalchuk
Wilson Aparecido Ghizellini
Yayeko Tashima Endo
Membros da APMF
Rosely Penharbel Presidente
Paulo Sergio Clemente da Silva
Vice-Presidente
Membros do Conselho
Marina Angeluci Lima Repres. dos alunos
Maria Aparecida de Souza Repres.dos Pais- Ens.Med.
Luis Fernando Stuchi Locilha
Repres. do Grêmio Estudantil
“A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo” (Paulo Freire)
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDERY, M. A. et al. Para compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. São Paulo: Educ, 1988, p. 11-18 e p. 435-446. ARCO-VERDE. Yvelise Freitas de Souza. Reformulação Curricular no Estado do Paraná: um trabalho coletivo. Curitiba: SEED, 2005. ASSIS, R. A . (Relatora). Parecer nº CEB 04/98: CEB/ Aprovado em: 29/01/98. Brasília: 1998. BOFF, Leonardo.Cidadania,com - cidadania,cidadania Nacional e cidadania terrenal.In: Depois de 500 anos:que Brasil queremos?/ Leonardo Boff.Petrópolis,RJ:Vozes,2000,p51-84. CAPELO, Maria Regina Clivati. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais:primeiras aproximações.Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE).Apostila. CELANI, M. A. A. Debates e Pesquisas no Brasil sobre a formação docente. Ciência e Cultura. São Paulo. Ed. SBPC. 1988. FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Lingüística textual: uma introdução. São
44
Paulo: Cortez, 1988. FEIGES, M. M. F . Projeto Político Pedagógico da Escola Pública. Construção Coletiva da Qualidade da Aprendizagem. Curitiba: UFPR, 2005. FREIRE, Paulo. Não há docência sem discência. In Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz eterna, 1996. GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2002. GASPARIN, J. L. – UEM. O trabalho como fundamento para uma nova didática. IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE – PUCPR (26 a 29/10/2009) – ([email protected]). KUENZER, A . Planejamento e Educação no Brasil. São Paulo: Autores associados, 1990. LUCK, H. Ação Integrada. 21ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2003. MELO, Márcia Maria de Oliveira. O Currículo na Educação Básica no Contexto de Crises da Sociedade. In Revista de Educação AEC, ano 32 n129, out/dez. 2003. Brasília: Editora Salesiana, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: História e Cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais-Curitiba: SEED, 2006. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 32ª Edição. Campinas: Autores Associados, 1999. SAVIANI, D.Pedagogia Histórico- Crítico:Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1988. SEED/ PR. Capacitação Descentralizada. Curitiba: 2005. SEED/ PR. Fica- Ficha de Comunicação de Aluno Ausente.Curitiba:UFPR,2005. SEED/SUED. Instrução nº 4/2005. Curitiba:2005. SEED/PR. Roteiro de Estudos para a Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: 2005. SEED/PR. Superintendente da Educação. Drª Yvelise F. de S. A . V. Reformulação Curricular nas Escolas Públicas do Paraná. Curitiba: 2005. SEVERINO, A . J. O Projeto Político Pedagógico, a Saída para a Escola. Revista AEC. Brasília: V. 27, nº 107, p. 81 – 91, abr/jun/1998. VEIGA, T. P. A .. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico. VEIGA. I. P. A . RESENDEE, L. M. G. de (ORGS) : Escola: espaço do Projeto Político pedagógico.: Campinas, S, P. Papirus, 1998, p. 9- 32.
45
9. Estágio
Sendo o estagio obrigatório ou não-obrigatório, concedido como procedimento
didático pedagógico e como ato educativo intencional. É uma atividade pedagógica, de
competência da instituição de ensino e será planejado, executado e avaliado em conformidade
com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, de acordo a Lei nº.
11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, da Instrução nº. 006/2009 –
SUED/SEED e da Deliberação nº. 02/2009 do Conselho Estadual de Educação, como os
previstos no Projeto Político Pedagógico e descritos no Plano de Estágio em anexo.
PLANO DE ESTÁGIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT –
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.
ENDEREÇO: RUA ERASTO GAERTNER, 64 - CENTRO.
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
MUNICÍPIO: APUCARANA - Paraná
NRE: APUCARANA
Nome do Professor Orientador de Estágio:
MAGDA MARILIA CAVALINI
NEIDE DIAS
Ano Letivo: 2010
46
JUSTIFICATIVA
O Estágio não obrigatório é uma atividade curricular, um ato educativo assumido
intencionalmente pela instituição de ensino, que propicia a integração dos estudantes com a
realidade do mundo do trabalho. Sendo um ato pedagógico, permite ao aluno o confronto
entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática adquirida por meio do currículo
que oportuniza a formação do aluno com percepção crítica da realidade e capacidade de
análise das relações técnicas de trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho e as atividades a serem
executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao
desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre os diferentes
aspectos condicionadores no processo de formação humana, devendo também, atender a
legislação vigente, conforme segue abaixo.
• a Lei n- 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
• a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
• a Lei N9 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em
especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelecem os princípios de proteção ao
educando;
• o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, que
estabelece que as partes envolvidas devem tomar os cuidados necessários para a promoção da
saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando, principalmente, os riscos decorrentes
de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho;
• A Deliberação N° 02/2009 - do Conselho Estadual de Educação.
• Instrução N9 006/2009 - SUED/SEED
47
O Estágio Profissional não obrigatório do Ensino Médio, Médio Integrado e
Aproveitamento de Estudos (Curso de Formação de Docentes) deverá ser por meio de
execução de atividades inerentes a proposta curricular do curso. No caso do Curso de
Formação de Docentes será permitido apenas apos o termino do segundo ano no caso do nível!
Médio Integrado e apos o término do primeiro semestre no caso do nível Aproveitamento de
Estudos, visando uma formação previa em relação aos conhecimentos básicos.
O Plano de Estágio e o instrumento que norteia e normatiza os estágios não-
obrigatórios dos alunos do nível Médio e do Curso de Formação de Docentes.
OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO
- Desenvolver atividades conforme a Proposta Curricular do curso.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO
- Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao mundo do trabalho;
- Oportunizar experiência profissional diversificada;
- Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das experiências
realizada no ambiente de Estágio;
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
O Estágio será realizado em locais que oportunizem o conhecimento aos alunos, e
que atenda os objetivos propostos. As instituições poderão ser públicas ou privadas.
48
ATIVIDADES DO ESTÁGIO
O Estágio não obrigatório como ato educativo representa o momento de inserção
do aluno à realidade do mundo do trabalho, permitindo que sejam colocados em prática os
conhecimentos adquiridos e produzidos no decorrer do curso, bem como a troca de
experiências com seus colegas de turma, propiciando um contato maior com esta realidade do
mundo do trabalho.
ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Estágio não obrigatório, concebido como procedimento didático-pedagógico e
como ato educativo, é uma atividade pedagógica de competência da instituição de ensino,
sendo planejado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos e previstos no
Projeto Político-Pedagógico e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é
responsável pelo desenvolvimento do Estágio nas condições estabelecidas no Plano de
Estágio.
• elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu
representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições adequadas
do Estágio a proposta pedagógica do curso, a etapa e modalidade da formação escolar do
estudante e ao horário e calendário escolar;
• respeitar legislação vigente para Estágio não obrigatório;
• celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos;
com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de
assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se a for idade inferior a 16 anos e com o
49
ente concedente, seja ele privado ou público; elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado
para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico;
• contar com o professor orientador de Estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
• realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do Estágio
previstas no Plano de Estágio.
O desenvolvimento do Estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estudante, vedadas atividades:
• incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
• noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de um dia
às cinco horas do outro dia;
• realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;
• perigosas, insalubres ou penosas.
PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
O Estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador de Estágio,
especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e
avaliação das atividades.
COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR
• solicitar juntamente a parte concedente, relatório, que integrara o Termo de Compromisso,
sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de Estágio; agentes físicos, biológicos e
50
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as operações
e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades
de Estágio;
• exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo não
superior a 6 (seis) meses;
• esclarecer juntamente com a parte concedente do Estágio, o Plano de Estágio e o
Calendário Escolar;
• proceder às avaliações que indiquem se as condições para a realização do Estágio se estão
de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante
relatório;
• zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
• conhecer o campo de atuação do Estágio;
• orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios
• orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos a
prática pedagógica;
• orientar os estagiários quanto às condições de realização do Estágio, ao local,
procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento;
• atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no Estágio;
• manter o registro de classe com freqüência e avaliações em dia.
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com
serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições
acordadas em instrumento jurídico apropriado.
51
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade
jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente
registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
Uma vez firmado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos
citados anteriormente, estará criada a condição legal e necessária para a realização do estágio.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estagiário, contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas
atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente, a concessão de benefícios relacionados a
transporte, alimentação e saúde, entre outros, por si só, não caracterizando vinculo
empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades educativas
especiais.
A documentação referente ao estágio deverá ser mantida a disposição para
eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:
• celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;
• a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural;
ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
A Jornada de Estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar
no Termo de Compromisso, considerando:
• a anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente
legal, se menor;
• a concordância da instituição de ensino;
52
• a concordância da parte concedente;
• o Estágio não pode comprometer a freqüência às aulas e o cumprimento dos demais
compromissos escolares;
• a eventual concessão de benefícios relacionados ao auxilio-transporte, alimentação e
saúde, entre outros, não caracteriza vinculo empregatício;
• fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação, sempre
que o Estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de recesso de 30
(trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.
• ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua
implementação de responsabilidade da parte concedente do Estágio.
ANTES DA REALIZAQAO DO ESTÁGIO, O ESTAGIARIO DEVE:
• estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
• elaborar Plano Individual de Estágio juntamente o Professor Orientador do Estágio;
• zelar pela documentação do Estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio.
DURANTE A REALIZAÇÃO:
• conhecer a organização da Unidade Concedente;
• acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
• zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
• manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
• cumprir o Plano individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado com a
Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
53
• manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão do
andamento do Estágio;
• zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos
danos pessoais e materiais causados;
DEPOIS DA REALIZAÇÃO:
• elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas
e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou experiência na
área.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do
Estágio, podendo ser por meio de visitas, relatórios, contatos telefônicos e documentação de
Estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as
partes envolvidas, oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem
aplicadas no âmbito do trabalho.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
54
A avaliação do Estágio não obrigatório é concebida como um processo contiínuo e
como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente em todas as fases do
planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial para a análise do
desempenho do aluno e da escola em relação à proposta. Sendo realizada mediante a
apresentação de:
a) Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio, pelo estagiário;
� Avaliação do Professor Orientador do Estágio;
� Avaliação do Supervisor responsável da Unidade Concedente.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Arte
1-Apresentação da Disciplina
A arte possibilita uma dimensão artística que é fruto de uma relação específica do ser
humano com o mundo e o conhecimento. Essa relação é materializada pela e na obra de arte.
A dimensão histórica, apresentada nestas diretrizes, destaca alguns marcos do
desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. Serão analisadas as concepções de alguns artistas
e teóricos que preocuparam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para atender
esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história permitirá aprofundar a
compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país.
O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho criador. A
arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística, pois criar “é fazer
algo inédito, novo, singular, que expressa o sujeito criador e simultaneamente, transcende-o,
pois o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto , é uma
nova realidade social” ( PEIXOTO, 2003,p.39)
55
Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para a humanização
dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e repressão à qual os sentidos
humanos foram submetidos.
Sendo assim, o ensino da Arte na escola desempenha o papel social, na medida em que
democratiza o conhecimento, características de cada indivíduo, através da sensação de se estar
contido num espaço e de se conter esse espaço dentro de nós, criando, ampliando,
enriquecendo, transformando o mundo e o homem, numa ação conjunta do fazer, do olhar e
do pensar e articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre
os indivíduos e a sociedade.
A atividade criadora é uma necessidade humana, através da qual o indivíduo descobre sua
integridade. Sua função consiste, assim, em aplicar o conhecimento no que se refere aos
conteúdos específicos das áreas, aliando Ver, o Pensar, o Fazer e o Criar. Consiste também a
pretensão de analisar o espaço da arte na escola a partir de uma perspectiva histórica, que visa
desenvolver no educando uma percepção exigente, ativa em relação à realidade;
proporcionando a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão dessa realidade
expressa na arte, bem como as possibilidades de expressão nas atividades artísticas, tendo
como elementos norteadores as quatro áreas do ensino da arte: artes visuais, dança, música,
teatro.
2- Conteúdos Estruturantes/ Básicos da Disciplina
Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica, terão em seus
conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como conhecimento
histórico. Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos a ser trabalhados
por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e permanentes da disciplina quanto
pelos que se apresentam em função do movimento histórico e das atuais relações sociais.
Esses conteúdos, articulados entre si e fundamentados nas respectivas orientações teórico-
metodológicas, farão parte da proposta curricular das escolas.
Considera-seque a disciplina de Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento
sistematizado em arte. Por isso, propõe-se uma organização curricular a partir dos conteúdos
estruturantes que constituem uma identidade para a disciplina de Arte e possibilitam uma
prática pedagógica que articula as quatro áreas de Arte, sendo eles:
Elementos formais;
Composição;
56
Movimentos e períodos.
Outra dimensão de tempo e espaço relaciona-se ao seu caráter histórico e social,
fundamentais no trabalho com alunos para que compreendam as relações sociais em que
interagem.
3-Metodologia da Disciplina
Nestas diretrizes, as disciplinas escolares são entendidas como campos de
conhecimento, identificam-se pelos respectivos conteúdos estruturantes e por seus quadros
teóricos conceituais.
Considerando esse construção teórico, as disciplinas são as pressupostas para a
interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem
quando:
Conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados á discussão e auxiliam a
compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;
Ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros conceituais de
outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente
desse objeto.
A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica como
princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma articulação que vá além
dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no entanto, recair no relativismo
epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas ao se fundamentarem em
aproximações conceituais coerentes e nos contextos sócio-históricos, possibilitando as condições
de existência e constituição dos objetos dos conhecimentos disciplinares. Ramos (p. 01,2004)
“Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, é compreendida como
inserção do conhecimento disciplinar em uma realidade plena de vivências, buscando o
enraizamento do conhecimento explicito na dimensão do conhecimento tácito. Tal
enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações
vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na trama de relações
em que a realidade é tecida.”
O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é um importante meio de
estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está
condicionada à possibilidade de ter consciência sobre seus modelos de explicação e
compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a determinados
57
contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução
de conceitos e reconstrução/apropriação de outros.
Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes,
em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição
artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da
Educação Básica. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três
momentos da organização pedagógica.
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
A prática artística- o trabalho criador- é expressão privilegiada, é o exercício da
imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa
prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De
fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os
processos artísticos e humaniza seus sentidos.
3.1 - Artes Visuais
Sugere-se que a prática pedagógica parta da análise e produção de trabalhos artísticos
relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:
Imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, propaganda visual;
Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas;
Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a
discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a
realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.
3.2- Dança
A dança tem seus conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,
uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão estética da
arte.
58
Os elementos formais da dança, são:
Movimento Corporal: movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo
e espaço;
Espaço: é onde os movimentos acontecem, com a utilização total ou parcial do
espaço;
Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração)
3.3- Música
Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons
com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as
variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição
musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.
A música é formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo.
3.4- Teatro
Para o trabalho de sentir e perceber é essencial que os alunos assistam a peças teatrais
de modo a analisá-las a partir de questões como:
Descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local atores, período histórico de
representação;
Análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões
usadas com mais ênfase e outros conteúdos trabalhados em aula;
Análise da peça sob o ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade
em relação á peça assistida.
O Teatro oportunizará aos alunos a análise, a investigação e a composição de
personagens, de enredos e de espaços de cena, permitidas a interação crítica dos
conhecimentos trabalhados com outras realidades socioculturais.
Essas relações estão presentes, também, em manifestações cênicas como: danças,
jogos e brincadeiras, rituais folguedos folclóricos como o Maracatu, a Festa do Boi, a
Congada, a Cavalhada, a Folia de Reis, entre outras. Tais manifestações podem ser
apreendidas como conhecimento e experimento cênico que podem contribuir para integrar e
desenvolver o conhecimento estético e artístico do aluno, bem como para ampliar seu modo
de pensar e recompor representações de mundo, a partir dos diferentes meios socioculturais.
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4- Avaliação
A disciplina de Arte apresenta-se como componente curricular responsável por
viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em arte, por meio das diferentes
áreas artísticas.
Assim sendo, o objetivo da arte no ensino é propiciar o aluno o acesso aos
conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes, permitindo
que utilize esses conhecimentos na compreensão das realidades levando em conta as relações
estabelecidas pelos alunos entre conhecimentos em arte e a sua realidade que se tornam
evidentes tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva.
Dessa forma, a avaliação em Arte será diagnóstica e processual e não estabelecer
parâmetros comparativos entre alunos; estará, portanto, discutindo dificuldades e progressos
de cada um a partir de sua própria produção.
Sendo diagnóstica a avaliação será referência do professor para o planejamento das
aulas e de avaliação dos alunos. Sendo processual abrange todos os momentos da prática
pedagógica . A avaliação será feita por meio de observação e registro, considerando aspectos
experiências (prática) e conceituais ( teóricos), buscando o desenvolvimento do pensamento
estático e a sistematização do conhecimento para a leitura da realidade.
O planejamento deve ser constantemente direcionado, utilizando a avaliação do
professor, da turma, sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos
alunos.
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e,
ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor abordagens
diferenciadas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários
instrumentos de verificação tais como:
Trabalhos artísticos individuais e em grupo
Pesquisas bibliográficas e de campo
Debates em forma de seminários e simpósios
Provas teóricas e práticas
Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
60
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às
seguintes expectativas de aprendizagem:
A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a
sociedade contemporânea;
A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular
e social;
A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas
e mídias relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos
selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir
em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente
isso: o esforço de retomar, de volta ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos
metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação
de nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar
para intervir. A seleção de conteúdo, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos
critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e
maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos
seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser
uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da
escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais,alunos) assumam seus papéis e se
concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.
61
5- Conteúdos Estruturantes
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
MÚSICA
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura Gêneros: erudita, folclórica... Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo, Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Word Music, Arte Latino-Americana...
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor
Figurativa Abstrata Figura-fundo Bidimensional Tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta... Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...
Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Egito, Arte Greco- Romana, Arte Pré-Colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-art, Pop-art, Arte Naïf, Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino- Americana, Muralismo...
TEATRO
Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais) Ação Espaço
Representação Texto Dramático Dramaturgia Roteiro Espaço Cênico, Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagem Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, monólogo,
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino- Americana...
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jogos dramáticos, direção, produção...
DANÇA
Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros: folclóricas, de salão, étnica... Técnicas: improvisação, coreografia...
Arte Pré-Histórica, Arte Greco- Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular, Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip HOP, Arte Latino-Americana....
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ARTE - ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos ele-mentos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
64
6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, ins-trumental e mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
65
7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, ins-trumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo
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8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, ins-trumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música Engajada.
Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
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5ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
68
6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teorias das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
69
7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista...
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das artes visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
71
5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
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6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Comédia dell’
arte
Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.
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7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
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6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
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7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desace-leração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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ARTE - ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Teoria da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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ÁREA ARTES VISUAIS
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino- Americana
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias. Teoria das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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ÁREA TEATRO
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção
Teatro Greco- Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista Teatro Simbolista
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
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ÁREA DANÇA
COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃ
O MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e mo-derado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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6- Referências Bibliográficas
FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7.ed.Rio de Janeiro: Guanabara,1991.
PARANÁ, Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares Da Educação Básica, Arte, Secretaria da Educação do
Paraná, 2008
BOSI, A. Reflexões sobre a arte.São Paulo: Ática, 1991.
AZEVEDO,F. A cultura brasileira. 5. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1971.
PINTO, I. C. Folclore: aspectos gerais. Ibpex: Curitiba, 2005.
BOURCIER,P.História da dança ocidental. São Paulo:Martins Fontes, 2001.
FISCHER, E. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
MARCUSE,H. Eros e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
MARQUES,I.Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2005.
- Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. - Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DE DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da
história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa
tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
Para entender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-se, na história da
Ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e
sociais impulsionaram essa construção.
Essa mesma história mostra tentativas de definir VIDA desde a antiguidade, como no
caso de Platão e Aristóteles a.C, que contribuíram à classificação e organização dos seres
vivos através de filosofias criadas para explicar e compreender a natureza, até o período da
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Renascença, onde Carl Von Linné (1707-1778), propôs uma organização mais linear,
levando em consideração características estruturais, anatômicas e comportamentais. Mesmo
assim manteve em sua obra -Systema Naturae (1735)- o princípio da criação divina.
E assim, o pensamento biológico foi sendo organizado, partindo de uma tendência
descritiva, sob uma perspectiva da história naturalista, que se caracterizava, segundo
BERTONI (2007 p. 60), na descrição e identificação dos seres vivos, onde a atenção maior
restringia-se ao conhecimento sobre os seres vivos da escala natural e a forma de organização
destes, baseada em critérios influenciados por ideias de uma natureza estática e imutável e
por questões de natureza teológica.
Já a proposição mecanicista era baseada no método científico, questionando-se a
origem da vida e evidenciando o domínio do homem sobre a natureza, substituindo o místico
pelo controle metódico e sistemático da observação. Nesse contexto aparece o pensamento de
Francis Bacon (1561-1626) e o seu método indutivo de investigação, que era baseado na
observação rigorosa dos fenômenos naturais.
Contrapondo-se ao pensamento baconiano, René Descartes considera que “[...] o
domínio e a compreensão do mundo requerem a aceitação de um poder especial na mente que
assegurava a verdade: a razão humana [...]” (FEIJÓ, 2003, p. 20). O uso da razão é a
faculdade máxima do conhecimento e para isto, o uso do método permite “a ampliação ou o
aumento dos conhecimentos e procedimentos seguros que permitem passar do já conhecido ao
desconhecido” (CHAUÍ, 2005, p. 128).
Ainda dentro dessa perspectiva mecanicista, houve questionamentos sobre o a origem
da vida, onde ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas até o século XIX,
começaram a ser contrariadas a partir dos trabalhos executados por Francesco Redi (1626-
1698) sobre a biogênese.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de
instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica, onde o
desenvolvimento, das ciências microscópicas, possibilitava o avanço na descrição de um
mundo vivo até então não explorado. Tal entendimento da natureza a partir de leis mecânicas
somente fora possível com a apropriação de técnicas e instrumentos. Portanto, verifica-se
nesse contexto que a Biologia fracionava os organismos vivos em partes cada vez menores,
com o propósito de compreender melhor seu funcionamento e de sistematizar o conhecimento
científico.
Entre o final do século XVIII e o início do século XIX, a imutabilidade da VIDA e a
ideia de mundo estático e que não admitia evolução, foi cada vez mais confrontada. Visto que
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evidências sobre processos evolutivos foram apresentados principalmente por Erasmus
Darwin (1731-1802) que acreditava na herança das características adquiridas e a e Jean-
Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829), que se fundamentava na existência
de uma sequência natural para a origem de todas as criaturas vivas.
No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) valendo-
se de evidências evolutivas, consideradas como provas e suporte para a teoria da evolução das
espécies, como o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e
embriologia, buscava superar as explicações fixistas, porém, diante de tantas evidências,
faltavam-lhe explicações de caráter hereditário. Com Darwin, a concepção teológica
criacionista, deu lugar à reorganização temporal de várias espécies, inclusive a humana.
Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje é conhecido como
método hipotético-dedutivo, onde, a partir de uma observação, geram-se hipóteses e posterior
experimentação, onde se podem encontrar evidências sobre determinado fato.
As leis que regulam a hereditariedade, tal qual foi proposto por Gregor Mendel (1822-
1884), eram desconhecidas por Charles Darwin. Mendel apresentou sua pesquisa sobre a
transmissão de características entre os seres vivos, porém não conhecia ainda os mecanismos
de divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários.
Em pleno século XX, conhecimentos genéticos, associados aos conhecimentos e
avanços a partir da teoria celular, possibilitavam o reconhecimento dos trabalhos de Mendel,
contribuindo para a apresentação de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos
vinculados aos mecanismos que envolviam o material genético, marcando a influência para a
constituição e consolidação do pensamento biológico evolutivo e a transição do pensamento
mecanicista para o da manipulação genética.
Diante do pensamento biológico da manipulação genética e de uma ressignificação do
darwinismo e da unificação das ciências biológicas, a Biologia começou a ser vista como
utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas,
diversificando-se na biologia molecular, na biofísica e na bioquímica, onde, tais avanços
permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento
biológico evolutivo. Nesse contexto, iniciou as práticas de biologia molecular voltadas à
manipulação genética entre os organismos da mesma espécie e de espécies diferentes.
Ao mesmo tempo em que o desenvolvimento das pesquisas moleculares propicia o
avanço da biotecnologia, o pensamento biológico evolutivo passa a se estabilizar e ceder
espaços diante das mudanças por conta da manipulação genética.
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Nos tempos atuais, essas mudanças provocadas na estrutura genética também geram
conflitos filosóficos, científicos, teológicos e sociais, bem como, coloca em discussão o
fenômeno vida sob a perspectiva do estilo de pensamento biológico da manipulação genética,
o qual se constitui num período em que os estilos de pensamento biológico predominantes em
outros momentos históricos não se extinguiram e ainda se mantém, porém permanecem
sujeitos à interferência dessa nova forma de pensar o fenômeno vida (BERTONI, 2007,
p.143)
O breve histórico apresentado por essas Diretrizes pretende mostrar como se deu a
construção do pensamento biológico, cujos recortes mais relevantes fundamentam a escolha
dos conteúdos estruturantes da disciplina.
Para a Ciência, em especial para a Biologia, esta construção ocorre em movimentos
não-lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas e de busca constante por
explicações do fenômeno VIDA e a partir dos conhecimentos biológicos historicamente
construídos, é que devemos organizá-los e adequá-los ao nosso sistema de ensino.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Sendo os conteúdos estruturantes, saberes e conhecimentos amplos que identificam e
organizam os campos de estudo da disciplina escolar e considerados fundamentais para
abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos, eles devem considerar diferentes
realidades regionais.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar
sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento historicamente
construído, correspondente à concepção de Ciência de cada época e à maneira de conhecer a
natureza (método).
Nestas Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos interpretativos do
fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no Ensino Médio. Cada
um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar VIDA em distintos
momentos da história e, desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da
contemporaneidade sejam entendidas como construção humana.
Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:
• organização dos seres vivos;
• mecanismos biológicos;
• biodiversidade;
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• manipulação genética.
Os conteúdos propostos evidenciam de que modo a ciência biológica tem
influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações
sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais.
Nessas DCE's, a Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos
específicos entre si e com outras áreas de conhecimento e também priorizar o
desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, propiciando reflexão constante
sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes.
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados e os conteúdos específicos não devem ficar limitados à compreensão dada por
esse conteúdo estruturante e sim que sejam abordados de forma integrada, com ênfase nos
aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos das
diversas ciências de referência da Biologia.
Organização dos seres vivos:
Partir da observação e descrição para a comparação permitindo estudar os seres vivos
relacionando as características comuns e sua ancestralidade, utilizando-se da classificação
para entender a diversidade e baseando-se na proposta de Robert Whittaker (1920-1980), onde
nesse sistema, o estudo dos organismos – vírus, bactérias, protozoários, fungos, animais e
vegetais –possibilita compreender a vida como manifestação de sistemas organizados e
integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico.
Sendo assim, o propósito deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo
para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto,
desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes.
Mecanismos Biológicos:
Nesse conteúdo estruturante, parte-se de uma visão mecanicista para uma visão
evolutiva a fim de compreender a construção de conceitos científicos da Biologia;
privilegiando o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres
vivos funcionam, seu processo evolutivo e de extinção.
Devemos abordar aqui, assuntos que vão desde o funcionamento dos sistemas que
constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e
a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções, fazendo uma
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análise comparativa entre organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva
evolutiva, como relata a História da Ciência.
Biodiversidade
A biodiversidade como conteúdo estruturante é um complexo sistema dos
conhecimentos biológicos que interagem num processo integrado e dinâmico que envolve a
variabilidade genética, a diversidade dos seres vivos, suas relações ecológicas e os processos
evolutivos que sofrem. Aqui partimos da construção do pensamento evolutivo considerando
também os pensamentos mecanicistas e descritivos, objetivando a discussão entre os
processos de modificações pelas quais os seres vivos passaram garantindo sua diversidade.
Entende-se então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve
abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos,
interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a
diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza,
além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações.
Manipulação genética Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da biologia
molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da biologia, com possibilidade de
manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da
VIDA como fato natural, independente da ação do homem.
Essa necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de características
específicas dos seres vivos são controlados constitui um modelo teórico explicativo que
permite apresentar e discutir o pensamento biológico da manipulação do material genético
(DNA). Desse modo, a manipulação do material genético em microorganismos, que traz
importantes contribuições para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas,
alimentos, medicamentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui
fato histórico importante para este Conteúdo
Estruturante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do ponto de vista
biológico.
Devemos analisar aqui, que essas contribuições, por sua vez, têm suscitado reflexões
acerca das implicações éticas, morais, políticas e econômicas dessas manipulações. Assim, o
trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os avanços da biologia
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molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos
que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do homem na
diversidade biológica.
CONTEÚDOS BÁSICOS – BIOLOGIA Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da
etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para
a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica.
Os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem ser tomados como ponto
de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.
Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos nem
reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta
pedagógica.
O quadro a seguir indica como os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos
estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica deve receber e,
finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atreladas.
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e
filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
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Manipulação genética
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Estando a ciência diretamente ligada às relações sociais e presente em cada momento
histórico, ela sofre e provoca interferências no processo de construção dos conceitos sobre o
fenômeno VIDA.
Em meio às necessidades do homem, a ciência visa encontrar explicações sobre os
fatos através de uma construção de conhecimento, e nessa busca por entender os fenômenos
naturais e a explicação da natureza, o ser humano foi levado a propor concepções de mundo e
interpretações que influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria
humanidade.
A ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais,
políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos, não apenas acumulando
teorias, fatos, noções científicas, mas criando modelos paradigmáticos que nasceram da
utilidade em resposta às necessidades da sociedade promovendo mudanças significativas.
Nessa DCE apresenta-se os paradigmas do pensamento biológico que compõem os
conteúdos estruturantes, que a partir, dos quais, abordam-se os conteúdos básicos e
específicos. Essa abordagem é capaz de levar o aluno a um pensamento crítico do ensino da
Biologia em consonância com as práticas sociais para romper com o relativismo cultural e a
pedagogia das competências.
Partindo dessas reflexões, entende-se que a Biologia contribui para formar sujeitos
críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do fenômeno
VIDA e sua complexidade de relações, ou seja:
Na organização dos seres vivos;
No funcionamento dos fenômenos biológicos;
91
No estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,
hereditariedade e relações ecológicas;
Na análise da manipulação genética.
No processo pedagógico, recomenda-se que se adote o método experimental como
recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos biológicos, entretanto faz-se
necessário considerar os aspectos éticos da experimentação animal que são amparados pela lei
n. 14.037, que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais. Devemos também,
oportunizar a observação e a investigação, dada sua importância como responsável pelos
avanços da pesquisa no campo da Biologia, como o estudo de OGM (organismos
geneticamente modificados), as células-tronco, os farmacogenéticos e os mecanismos de
preservação ambiental, amparados pela Lei de Biossegurança, Resolução do Conama/MMA e
Política Nacional da Biodiversidade.
Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao ensino em
relação à divulgação dos resultados do processo de produção do conhecimento científico, e
apontar soluções que permitam a construção racional do conhecimento em sala de aula, sem
separá-las das implicações éticas.
Cabe ressaltar que as aulas experimentais devem conceber momentos de reflexão
teórica com base no diálogo e na possibilidade de superar modelos tradicionais de aulas
práticas dissociadas das aulas teóricas, promovendo a relação interativa entre o professor e o
aluno.
O papel do professor é de direcionar o processo pedagógico, interferir e criar
condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno, na busca por superação de
concepções anteriores, visto que, ambos, são sujeitos sócio-históricos situados numa classe
social.
Nessa DCE, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos,
articulados à cultura científica, formando um sujeito crítico, reflexivo e analítico em
consolidação, por meio do trabalho do professor, da necessidade de superar concepções
pedagógicas anteriores a favor de uma nova compreensão do fenômeno VIDA.
Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que o ensino dos conteúdos, neste caso
conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se num processo pedagógico em que:
A prática social (concepções anteriores dos alunos) como ponto de partida.
A problematização: detectar e apontar questões a serem resolvidas na prática social.
A instrumentalização: onde se apresentam conteúdos sistematizados.
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A catarse: onde haverá a aproximação entre conhecimento adquirido pelo aluno e o
problema em questão, promovendo um entendimento e elaboração de novas estruturas
de conhecimento, passando da ação para a conscientização.
O retorno à prática social: apropriação do saber concreto e pensado para a atuação e
transformação para uma construção de sociedade mais igualitária.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para compreender o fenômeno VIDA na sua complexidade, cabe à disciplina de
Biologia, analisar a ciência em transformação, possibilitando reavaliar os conceitos e teorias
elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.
Objetiva-se, nessas DCE’s, trazer os conteúdos, antes visto como a-históricos e
enciclopédicos, para os currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada, em que se
retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus
determinantes políticos, sociais e ideológicos.
Devemos aqui, selecionar e relacionar conteúdos específicos, propiciando reflexão
constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões emergentes.
Diante dos quatro paradigmas metodológicos, tais como, o descritivo, o mecanicista, o
evolutivo e o da manipulação genética, que representaram um marco conceitual na construção
do pensamento biológico, define-se um conteúdo estruturante e destacam-se metodologias de
pesquisas utilizadas na época, para compreender o fenômeno VIDA, e cuja preocupação está
em estabelecer critérios para seleção de conhecimentos desta disciplina a serem abordados no
decorrer do ensino médio.
Embora os conteúdos estruturantes sejam identificados como concepções
paradigmáticas, eles são interdependentes e permitem que um mesmo conteúdo específico
seja estudado sob o ponto de vista que considera a abordagem histórica pela qual ele foi
construído.
Com a introdução dos elementos da história, torna-se possível compreender que há
uma ampla rede de relações entre a produção científica e o contexto social, econômico,
político e o cultural e que a validade ou não das teorias científicas, estão ligadas ao momento
histórico em que foram propostas.
A partir de então, nosso trabalho deve ser norteado respeitando a diversidade social,
cultural e as ideias primeiras do aluno, como elementos que constituem obstáculos para a
compreensão do conceito VIDA.
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O recomendável é favorecer o debate, oportunizando análise e contribuição para a
formação de um sujeito investigativo e interessado em compreender a realidade e promover
ações pedagógicas que permitam uma superação de concepções anteriores.
O ensino dos conteúdos estruturantes de Biologia aponta para as seguintes estratégias,
a saber: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno a prática
social. Desta maneira para cada conteúdo estruturante a metodologia descritiva, utilizada no
momento histórico em que foi sistematizado o pensamento biológico, propõe a observação e
descrição dos seres vivos, utilização de situações que propiciem a problematização, superação
das concepções alternativas visando a aproximação das concepções científicas.
Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes aspectos:
Organização dos Seres Vivos:
• Abordagem da classificação dos seres vivos com intenção de conhecer e compreender
a diversidade biológica, inclusive sua história biológica da VIDA.
• Considerar as contribuições do estudo da classificação dos seres vivos na filogenia.
Mecanismos Biológicos:
i) Considerar o aprofundamento, a especialização e o conhecimento dos mecanismos
biológicos.
j) Estabelecer relações entre os sistemas vivos e seus elementos e sua interação com o
meio e sua importância no funcionamento e na manutenção da vida.
Biodiversidade
• Abordar as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias fixistas.
• Superar as concepções alternativas dos alunos com a aproximação das concepções
científicas.
• Relacionar conceitos da genética, da evolução e da ecologia como forma de explicar a
diversidade dos seres vivos.
Manipulação Genética
Propor que esse conteúdo estruturante seja permeado por uma concepção que permita
analisar implicações dos avanços biológicos, como princípios éticos, religiosos,
sociais e econômicos.
Diante da problematização dos quatro conteúdos estruturantes, podemos provocar e
mobilizar o aluno no sentido de buscar conhecimentos necessários para que ele possa resolver
94
problemas do seu cotidiano atuando de forma crítica, utlizando-se de recursos pedagógicos
que também requerem a problematização em torno da demonstração e da interpretação.
Devemos ainda, analisar quais os objetivos e expectativas que queremos atingir utilizando
destes recursos.
A aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, os jogos didáticos, o estudo do
meio devem fazer parte das estratégias de ensino, na intenção de compreender, refletir,
interagir e atuar no objetivo da compreensão de seu objeto de estudo, ou seja, devem
favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções, significações,
interpretações.
Cada uma dessas ações levará a um conhecimento de significados, procedimentos
experimentais de observação, troca de informações, novas interpretações e desafios e
resolução de problemas.
Os recursos didáticos são considerados elementos essenciais e mediadores no trabalho
dos conteúdos escolares, já que possibilitam uma efetiva relação pedagógica de ensino-
aprendizagem, sendo que são mediadores tanto no trabalho dos educadores nos momentos em
que expõem os conteúdos, como nos trabalhos de grupos e de reflexões sobre os conteúdos
abordados na aula.
Recursos pedagógicos/tecnológicos:
Leitura de textos do livro didático, jornais,revistas, artigos, etc.;
Trabalhos em grupo, buscando relacionar fatos do cotidiano com o conteúdo científico;
Debates sobre assuntos científicos e novas descobertas;
Uso da internet como fonte de pesquisa;
Pesquisas com intenção de relacionar o conhecimento científico com a prática;
Aulas teóricas relacionando teoria com a prática;
Aula dialogada, para possibilitar a expressão dos pensamentos e confronto de idéias;
Trabalhos com filmes;
Experimentação prática e/ou demonstrativa a fim de levar a compreensão e a elaboração
de conhecimentos;
Uso de som e imagem como: vídeo, transparências, fotos, musicas, data-show;
Jogos didáticos com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas;
Utilização de recursos disponíveis pela SEED como: Portal dia-a-dia da educação, TV
Paulo Freire, TV Pendrive, Computador, etc.
Recursos instrucionais
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k) Uso e análise de mapas conceituais e organogramas com objetivo de potencializar o
aprendizado;
l) Verificação de gráficos e infográficos com finalidade de desenvolver a interpretação
de dados;
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira Africana e Indígena
(leis nº. 10639/03 e nº. 11645/08), será desenvolvida por meio de conteúdos que privilegiem
análises sobre a constituição genética da população brasileira de forma contextualizada.
Favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural. Quanto ao trabalho
envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9795/99 que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental, esta deverá ser uma prática educativa
contextualizada, integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos
específicos.
Tendo em vista a formação de alunos capacitados através do conhecimento adquirido,
e passar do conhecimento e da conscientização para a ação na sociedade onde esta inserido,
atuando como agente transformador, oportunamente serão introduzidos os temas que abordam
o desenvolvimento socioeducacional, tais como:
• Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola,
Programa Bolsa Família; Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI,
Programa Escola Aberta);
c) Enfrentamento à Violência (Programa de Educação das Unidades Socioeducativas –
PROEDUSE)
d) Prevenção ao uso indevido de Drogas;
e) Comemoração ao centenário de Helena Kolodi.
f) Educação Ambiental (Lei 9795/99);
Inclusão e Diversidade:
O PPP contempla uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de
alunos, sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas
educacionais. A escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas,
ao comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito
e fracasso escolar.
g) Educação Escolar Indígena; (Lei 11645/08)
96
h) Gênero e Diversidade Sexual;
i) Educação do Campo.
j) História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei 10639/03).
AVALIAÇÃO
A avaliação em Biologia, deve ser um instrumento de aprendizagem que forneça um
feedback adequado para promover o avanço dos alunos, e quanto ao professor, deve incentivar
a reflexão sobre sua própria prática.
Nessas DCE´s, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma
abordagem crítica para o Ensino da Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se
perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção. (PARANÁ, 2008,
p.68).
Deste modo, em Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e
reformular os processos de ensino-aprendizagem. O aluno também deverá tomar
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organizar-se para mudanças necessárias.
Destacamos aqui, que esse processo deve atender aos critérios de verificação do
rendimento escolar previstos na LDB n.9394/96 que considera a prevalência de aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação deve decorrer como um instrumento analítico e que se configura em um
conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do período letivo, onde os
professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades para posterior
superação dos obstáculos.
No processo educativo, a avaliação deve ter caráter diagnóstico e servir como
instrumento de investigação da prática pedagógica. Devendo possibilitar uma compreensão
das dificuldades de aprendizagem dos alunos, para que essa aprendizagem se concretize de
maneira significativa, visando à formação de sujeitos que se apropriem do conhecimento para
as relações humanas em suas contradições e conflitos. Portanto a avaliação é contínua,
processual e transformadora.
Segundo Fenato (2007), a avaliação deve garantir uma análise mais ampla envolvendo
aluno, professor e escola. Deve dar subsídios para o planejamento das ações pedagógicas,
chegando até o projeto político pedagógico direcionando-o para suprir as lacunas do fracasso
escolar e efetivando o sucesso dos alunos. Ou seja, a avaliação transcende a escola, já que está
associada à visão de mundo de cada pessoa, seja ela profissional da educação ou não. E nesse
97
processo de questionamento sobre o mundo fora da escola, a avaliação deixa de ser apenas um
ato de avaliar alunos e torna-se um exercício de ação-reflexão-ação (GASPARI, 2008, p.4).
Assim como a avaliação deve estar estreitamente vinculada aos objetivos da
aprendizagem, a sua principal finalidade é fazer um julgamento dos resultados apresentados
pelos alunos e uma análise do processo de aprendizado a partir de parâmetros mais
específicos da disciplina.
Na sala de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa, como um
projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão do conhecimento do aluno
como referência uma aprendizagem continuada. Para tanto é significativo que:
• A avaliação situe-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencie da atividade
de ensino;
• No PTD devem-se definir conteúdos específicos, critérios estratégias e instrumentos
de avaliação para posterior reorganização do trabalho;
• Critérios se articulem com as ações pedagógicas;
• Enunciados sejam claros e objetivos;
• Instrumentos de avaliação pensados e definidos de acordo com as possibilidades
teórico-metodológicas;
• Que existam tipos variados de instrumentos de avaliação;
• A atividade avaliativa represente aquele momento e não todo o processo;
RECUPERAÇÃO
No sistema de ensino do Paraná, a Deliberação no 007/99 em seu capitulo II, artigos
10 a 13, normatiza a recuperação de estudos pontuando questões sobre a obrigatoriedade do
estabelecimento de ensino em proporcionar a oferta. Ressalta a legalidade do instrumento,
indicando seu registro no regimento escolar, bem como o período que deve ser realizada.
Enfatiza a recuperação como um processo contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento
insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
Sendo assim, a recuperação de estudos deverá contemplar todas as estratégias e
recursos possíveis, bem como novos encaminhamentos metodológicos.
Valores de Avaliação e Recuperação de Estudos
1º Bimestre + 2º Bimestre = ou > 6,0 (modalidade bloco)
2
98
E com possibilidade de recuperação em sua totalidade, ou seja, 10,0
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTONI, Danislei. Um estudo dos estilos de pensamento biológico sobre o fenômeno
vida. Curitiba, 2007. Disponível em:
<http://http://pt.scribd.com/Danislei%20Bertoni/d/6382114-Em-estudo-dos-estilos-de-
pensamento-biologico-sobre-o-fenomeno-vida#page=72>. Acesso em: 09 de maio de 2012.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro
de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.
GASPARI, Márcia Aparecida de Mello; PESSOA, Mara Peixoto. Recuperação de estudos:
DESVELANDO SUA REALIZAÇÃO NO DESVELANDO SUA REALIZAÇÃO NO
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM. , 2008. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1777-8.pdf>. Acesso em: 22 de
maio de 2012.
_______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação
Básica, 2008.
FENATO, M. A. B. Caminho do Saber. PDE 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba, SEED/DEM, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Alberto Santos Dumont. Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante. Apucarana, 2010.
99
CIÊNCIAS
1 - Apresentação da disciplina
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao
ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
campo, energia e vida.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que
influencia e sofre influência de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas, por
outro lado ela não revela a verdade, mas propões modelos explicativos construídos a partir da
aplicabilidade de métodos científicos. Tais modelos são construções humanas que permitem
interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos
fundamentais que compõem a Natureza.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas
também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o
produzem e as instituições que as apóiam. Para Gaston Bachelard existem três grandes
períodos do desenvolvimento do conhecimento científico: o estado pré-científico, o estado
científico e o novo espírito científico.
O estado pré-científico compreenderia tanto Antiguidade clássica quanto os séculos de
renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. É um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico, aqui se buscou a
superação das explicações míticas, com base em sucessivas observações empíricas e
descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos
científicos.
O estado científico, fim do século XVIII, e estenderia por todo o século XIX e início
do século XX. Esse período é marcado buscou-se a universalidade do método cartesiano de
investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento científico
em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
No estado do novo espírito científico, a partir de 1905, momento em que a
Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para
100
sempre, é o período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a
necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofre influências dos avanços
científicos.
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na
socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes
profissões.
Do início do século XX, aos anos de 1950, a sociedade brasileira passou por
transformações significativas rumo á modernização, isso resultou em alterações no currículo
de ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola. Em 1931 a Reforma
Francisco Campos, iniciou a consolidação da disciplina de Ciências, no currículo das escolas,
com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências
naturais de referência já consolidadas no currículo escolar brasileiro. Na década de 40, o
Reforma Capanema, objetivava a preparação de uma elite, mesmo que em minoria, para
ingresso na universidade. Em 1946 surgiu o IBECC (Instituto Brasileiro de Educação,
Ciências e Cultura), com isso a realidade do ensino de ciências sofreu mudanças
significativas, pois foram estimuladas discussões sobre os livros didáticos de Ciências, que até
então refletiam o pensamento pedagógico europeu para essa disciplina. Em meados da década
de 1950, o ensino de ciências passou por um processo de transformação no âmbito escolar,
sob a justificativa da necessidade do conhecimento científico para a superação da dependência
tecnológica, isso tinha como objetivo tornar o país autossuficiente. A LDB nº. 4024/61,
apontou para o fortalecimento, ampliação e consolidação do ensino de Ciências no currículo
escolar. Com a Lei nº. 5692/71, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso de
suporte de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau visando
às necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do
país.
Apesar da consolidação da disciplina de ciências no currículo escolar e dos
investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na década de 1980 o ensino de
Ciências orientava-se por um currículo centrado nos conteúdos e atrelado a discussões sobre
problemas sociais, ambientais, que se avolumavam no mundo, o que mudava
substancialmente os programas vigentes, que determinaram profundas transformações nas
propostas das disciplinas científicas.
Com isso o objetivo primordial do ensino de Ciências, antes focado na formação do
futuro cientista, ou na qualificação do trabalhador, volta-se à análise das implicações da
101
produção científica, com vistas a preparar o cidadão para viver melhor e participar do
processo de redemocratização iniciado em 1985.
O método científico, até então utilizado como estratégia de investigação no ensino de
Ciências, cedeu espaço para aproximações entre ciência e sociedade, com vistas a
correlacionar a investigação científica a aspectos políticos, econômicos e culturais, com isso
houve uma valorização dos conteúdos científicos mais próximos do cotidiano, no sentido de
identificar problemas e propor soluções.
No final da década de 1980, no Estado do Paraná, a SEED, propôs o Currículo Básico
para o ensino de 1º grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica.
Esse currículo, ainda sob a LDB nº. 5692/71, apresentou avanços consideráveis para o ensino
de Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento
histórico vigente, pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três
eixos norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau.
Com o advento da LDB n 9394/96, foram produzidos os Parâmetros Curriculares
Nacionais, cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina de ciências,
uma vez que os conteúdos sofreram interferência dos projetos curriculares e extracurriculares.
A ênfase no desenvolvimento de atitudes e valores, bem como no trabalho pedagógico com os
temas transversais, esvaziaram o ensino dos conteúdos científicos da disciplina de Ciências.
A partir de 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo
de produzir novas diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade
para o ensino de Ciências, tendo a versão final editada em 2008. Considerando a partir de
então um posicionamento contrário a um único método cientifico, propõe como recurso
metodológico o pluralismo metodológico, que permita aos estudantes superarem os
obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cotidiana, com isso considera-se que no
processo ensino-aprendizagem a construção de conteúdos pelo estudante não difere, em
nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que traz de sua vida
cotidiana.
Ao professor cabe o papel de realizar a mediação entre o que o estudante já sabe
(conhecimento cotidiano) e que se pretende que ela aprenda (conhecimento científico), para
que isso ocorra é importante destacar o conceito de zona de desenvolvimento proximal, para
Vygostky esse conceito representa a distância entre o que o estudante já sabe e consegue
efetivamente fazer e resolver por ele mesmo e o que o estudante ainda não sabe, mas pode vir
a saber, com a mediação de outras pessoas. O professor quando toma esse conceito como
102
fundamento do processo pedagógico propicia que o estudante realize sozinho, aquilo que hoje
realiza com a ajuda do professor (mediação).
O conhecimento cientifico mediado para o contexto escolar sofre um processo de
didatização, mas não se confunde como conhecimento cotidiano, nesse processo de mediação
o conhecimento científico sofre uma adequação para o ensino, na forma de conteúdos
escolares, tanto em termos de especificidade conceitual como de linguagem.
Com isso o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão de
conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de conceitos
científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos estudantes e o
enriquecimento de sua cultura científica. Essa superação ocorrerá de fato quando a
aprendizagem for significativa no ensino de ciências, isso implica no entendimento de que o
estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. O
estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não-
arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de novo.
Para Moreira, as relações que se estabelecem entre o que o estudante já sabe e o
conhecimento científico a ser ensinado pela mediação do professor não são arbitrárias, pois
dependem da organização dos conteúdos; de estratégias metodológicas adequadas; de material
didático de apoio potencialmente significativo; e da ancoragem em conhecimentos
especificamente relevantes já existentes na estrutura cognitiva do estudante. Com isso a
construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede de interações
composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos científicos escolares e o
professor de Ciências como mediador do processo de ensino-aprendizagem.
No ensino de Ciências, portanto deve-se trabalhar com os conteúdos científicos
escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a zona de
desenvolvimento proximal do estudante, permitindo que ele possa estabelecer uma
aprendizagem significativa.
2 - Conteúdos Estruturantes e Básicos
Nesta Proposta Pedagógica Curricular são apresentados cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a
disciplina de Ciências no ensino Fundamental. São eles:
• Astronomia – propicia condições para o conhecimento sobre a dinâmica dos
corpos celestes, sobre os fenômenos celestes e sobre os modelos geocêntrico e
heliocêntrico.
103
• Matéria – permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptívies
como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro
momento vemos, sentimos ou tocamos.
• Sistemas biológicos – aborda a constituição dos sistemas do organismo, suas
características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e
suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos.
• Energia – possibilita a discussão do conceito de energia a partir de um modelo
explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representa as mudanças
de temperatura entre objetos ou sistemas.
• Biodiversidade – visa a compreensão do conceito de biodiversidade e demais
conceitos interrelacionados proporcionando condições de entendimento sobre a
diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas
estabelecidadas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,
viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies tem
sofrido transformações.
Os contéudos básicos apresentados são essenciais na disciplina de Ciências. No Plano
de Trabalho Docente esses conteúdos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a
serem abordados em função de interesses regionais e locais e do avanço na produção do
conhecimento científico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos Básicos 6º ano
Conteúdos Básicos 7º ano
Conteúdos Básicos 8º ano
Conteúdos Básicos 9ºano
ASTRONOMIA
Universo Sistema Solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros
Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes
Origem e evolução do Universo
Astros Gravitação universal
104
MATÉRIA
Constituição da matéria
Constituição da matéria
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de organização
Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia
Formas de energia Transmissão de energia
Formas de energia
Formas de energia Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos
Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática
Evolução dos seres vivos
Interações ecológicas
3 - Metodologia da disciplina
As DCEs propõem uma prática pedagógica que leve à integração dos conceitos
científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para tanto é necessário que alguns
elementos da prática pedagógica sejam valorizados no ensino de Ciências, tais como: a
abordagem problematizadora; a relação contextual; a relação interdisciplinar, a pesquisa; a
leitura científica; a atividade em grupo; a observação; a atividade experimental; os recursos
instrucionais; e o lúdico, entre outros.
O encaminhamento metodológico deve levar em consideração: os interesses da
realidade local e regional na qual a escola está inserida; a análise do livro didático; as
informações atualizadas sobre os avanços da produção científica; uma abordagem integradora
associando os conhecimentos químicos, físicos e biológicos; o estabelecimento de relações
interdisciplinares e contextuais envolvendo conceitos de outras disciplinas e questões
tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas; a abordagem da cultura e história afro-
brasileira (Lei 10.639/03); história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08); a educação
105
ambiental (Lei 9795/99); cidadania e direitos humanos; educação fiscal; enfrentamento à
violência na escola; relações étnico-raciais e afro-descendência; educação escolar indígena;
relações de gênero e diversidade sexual, educação do campo; a prevenção ao uso indevido de
drogas; a construção de conhecimentos científicos significativos e três aspectos essências: a
história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.
Mediante o exposto faz-se necessário proporcionar ao aluno: recursos pedagógico-
tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de
jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa
(geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,
esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio,
lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; recursos
instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas
V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; articulação com o Portal Educacional
Dia-a-dia Educação, Projeto FERA COM CIÊNCIA, TV Paulo Freire, Parque das
Aves, Parque da Raposa, Parque das Araucárias, Lago Jaboti, dentre outros; alguns
espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,
exposições de ciência, seminários e debates.
4 - Avaliação
A avaliação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos, deve ter um caráter negociável, participativo, auto-
reflexivo, contextual, plural, processual e transformador. O colégio utilizará a avaliação
diagnóstica, formativa e somativa, realizada cooperativamente, visando determinar até que
nível os objetivos curriculares previamente estabelecidos, foram ou deixaram de ser
alcançados pelos alunos.
A sistemática da avaliação de desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será
contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de
acordo com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados
expressos em nota de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), organizado
bimestralmente; onde a média necessária para aprovação deverá ser igual ou superior a 6,0
(seis vírgula zero).
106
É importante respeitar o estudante como ser humano inserido no contexto das relações
que permeiam a construção do conhecimento científico escolar, sendo necessário para tanto a
valorização dos conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas
atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos
pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama
de “erro”, de modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de diversos
instrumentos de ensino e de avaliação. Em Ciências o principal critério de avaliação é a
fixação de conceitos científicos.
A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de
problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, jogos
educativos, e também através do confronto de textos, trabalhos de pesquisa (bibliográfica, de
campo), realização de experimentos, produção de textos, maquetes, modelos, provas com
questões discursivas, provas com questões objetivas, provas com consulta em textos,
participação em seminários e sínteses de filmes, dentre outros. É por meio desses
instrumentos avaliativos diversificados que os alunos podem expressar os avanços na
aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem,
analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
Na possibilidade do estudante não alcançar o mínimo esperado na compreensão dos
conceitos científicos, onde a aprendizagem significativa não ocorreu, há de se procurar
corrigir os “erros” para a necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados
por meio de uma recuperação de estudos, de forma paralela, durante o processo ensino-
aprendizagem ao longo do ano ou do período letivo, na medida que forem constatadas
dificuldades ou falhas de aprendizagem e que contemple os conteúdos específicos, permitindo
que sejam superadas as concepções alternativas.
O professor fará uma revisão de sua prática e uma retomada do ensino dos conceitos
ainda não apropriados diversificando recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem
dos conceitos que envolvam: a origem e evolução do universo; constituição e propriedades da
matéria; sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos; conservação e transformação
de energia; diversidade de espécie em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem
como os processos evolutivos envolvidos. Na aplicação de uma segunda ou terceira avaliação
na unidade de estudos, a(s) nota(s) será (ao) considerada(s) como recuperação, prevalecendo
sempre a maior.
107
5 - Referências
COLÉGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Projeto Político Pedagógico,
Apucarana, 2011.
COLÉGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Regimento Escolar, Apucarana,
2011.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Lei Nº. 9394/96 – LDB – lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Lei Nº. 9795/99 – dispõe sobre o ensino da educação ambiental.
Lei Nº. 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileiras.
Lei Nº. 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.
PARANÁ, Sec. de Est. da Educação – Superintendência da Educação – Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências, Curitiba, 2008.
TORRES, Rosa Maria. Que (e como) é necessário Aprender? 7. ed. Campinas: Papirus, 2005.
EDUCAÇÃO FÍSICA Ensino Fundamental
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento e a
escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas
diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar
a importância ao intelecto e o físico do homem, tinha a função higienista. Com a tentativa de
buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com ditadura militar, a educação
baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais,e como meta a eficiência e
produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.
Nos tempos atuais a Educação Física Escolar, entendida como área de conhecimento
que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como máxima
proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,
108
contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar
as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,
cognitivas, sociais e econômicas.
Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser
reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas
aulas de Educação Física.
Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores
conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,
orientação sexual e relações de trabalho e consumo.
Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para
o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda a comunidade escolar
a assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso
da educação formal.
Somente assim a Educação Física Escolar, dará sua parcela de contribuição, na
formação dos aspectos bio/psico/sócio/econômico dos educandos.
Objetivos Gerais
� Contribuir para desenvolvimento geral do educando, dimensionando a Educação
Física Escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva, valorizando os
aspectos afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômico dos alunos.
� Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido.
� Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens
centradas na motricidade.
� Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade congniscitiva do aluno.
� Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o desenvolvimento do
sujeito omnilateral.
� Promover a inclusão
� Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.
109
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
7º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
110
8º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira.
9º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos Radicais
Jogos e Brincadeiras
Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira
3 – Metodologia da Disciplina
O professor de Educação Física tem a responsabilidade de sistematizar,organizar e
produzir uma cultura escolar ,que mobilize práticas corporais que possibilitem a comunicação
e o diálogo com diferentes culturas.
111
Ao tratar dos conteúdos propostos,as aulas têm como objeto de ensino as manifestações
corporais e sua potencialidade formativa,para firmar valores e sentidos que melhorem a formação
do aluno e evitem discriminação,produzindo um espaço pedagógico repleto de significados.
Todos estes elementos ,de forma direta ou indireta estão pautados na corporalidade,
entendida como expressão criativa e consciente do conjunto de manifestações culturais, políticas,
econômicas e sociais, possibilitando a comunicação e a interação do sujeito com o outro ,com seu
meio social e natural.
4- AVALIAÇÃO
Processo contínuo e sistemático de obter informações , de diagnosticar
progressos,de orientar os alunos para a superação de suas dificuldades.
Serão utilizados instrumentos e técnicas diversificadas como trabalhos em grupos ,
participação em atividades extraclasse, discussões debates e avaliações teóricas e práticas.
Avaliação no dia a dia a participação ,o acato as regras .
A recuperação dos conteúdos será paralela,e equivalente ao peso das avaliações
bimestrais previstas no PPP e conforme o regimento escolar.
5- REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter . A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física, Cadernos
CEDES, v. 19, n. 48 Campinas, 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação, Diretrizes
curriculares da EducaçãoBásica - Educação Física ; 2008. Introdução às diretrizes
curriculares. Profª Yvelise F. S. Arco-Verde (org), Curitiba. SEED, 2006.
GONÇALVES, Maria Cristina. Aprendendo a Educação Física, Curitiba: Bolsa Nacional
do Livro, 1996.
EDUCAÇÃO FÍSICA – Ensino Médio
Apresentação Geral da Disciplina
112
A educação física escolar, entendida como área de conhecimento que introduz e
integra o aluno na cultura corporal, tem como máxima proporcionar aos educandos atividades
diversificadas das manifestações corporais, contribuindo desta forma na construção de uma
autonomia que possibilitará ao aluno adaptar as atividades às realidades e possibilidades de
suas características físicas, psíquicas, cognitivas, sociais e econômicas.
Sendo assim as diversas formas de manifestações da cultura corporal podem ser
produzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas aulas
de Educação Física.
Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores
conceituais entre eles; a ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,
orientação sexual e relação de trabalho e consumo.
Percebe-se que a Educação Física escolar, pode contribuir de forma significativa para
o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda comunidade escolar a
assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da
educação formal.
Somente assim a educação física escolar, dará sua parcela de contribuição, na
formação dos aspectos bio/ psico/sócio/econômico dos educadores.
Objetivos Gerais
• Contribuir para o desenvolvimento geral do educando, dimensionando a educação física
escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva, valorizando os aspectos
afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômico dos alunos.
• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;
113
• Ampliar o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens
centradas na motricidade;
• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;
• Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o desenvolvimento do
sujeito unilateral;
• Promover a inclusão;
• Superar da Educação Física o caráter de mera atividade de prática pela prática;
• Proporcionar a potencialização das formas de expressão do corpo;
• do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;
• do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;
• do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi
proposto pelo próprio grupo, levando à reflexão das formas já naturalizadas de
preconceito, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.
• Utilizar-se da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar conceitos
próprios a partis do sue entendimento da realidade bem como relata-los com clareza e
coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas de Educação Física e
associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de analises próximas e suas
relações com o mundo globalizado;
114
• Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.
Conteúdos Estruturantes
A Expressividade Corporal
Conteúdos Específicos
Manifestações esportivas
• Princípios básicos dos esportes (fundamentos)
• História dos diferentes esportes
• Jogos pré –desportivos
• Regras oficiais
• Regras negociadas
• Materiais e equipamentos utilizados e alternativos na prática dos esportes
• Diferença entre jogo e esporte
• O sentido da competição esportivo
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal (objetivos e importância
• Jogos de salão (xadrez, dama , dominó, etc.)
• Tática nos vários esportes
Manifestações ginásticas
- Histórico e origem da ginástica-
115
• Ginástica como condicionamento físico, preparação para outras atividades e
como forma de aquecimento
- Cultura de circo: malabares e movimentos acrobáticos (rolamentos, roda,
parada de mão)
- Diferentes tipos de ginástica (teoria e prática)
Brincadeiras, brinquedos e jogos
• Jogos e brincadeiras com e sem material
• Por que brincamos? Objetivos da brincadeiras e seu valor
• Oficina de construção de brinquedos
• Brincadeiras tradicionais, cantadas , de roda etc.;
4 ) Manifestações estético-corporais
Dança : - objetivos da dança
• importância da música na coreografia (reflexão sobre as letras)
• Montagem de danças populares , tradicionais e folclóricas (com e sem ajuda do
professor)
• Apreciação de coreografias
Teatro: - atividades envolvendo mímica , imitação e representação,
• expressão corporal com e sem materiais
Elementos Articuladores
O CORPO QUE BRINCA E APRENDE – Manifestações lúdicas
116
• Todos podem brincar independente de sua raça, etnia, gênero ou classe social
(direito);
• Necessidade ou não de materiais para a prática de brincadeiras (comércio x
diversão x movimento corporal humano x mundo moderno);
• Brincando descobrimos nossos limites e os limites do outros;
• Entender e respeitar o diferente
• Formas particulares que o brinquedo e brincadeira toma em distintos contextos
e momentos históricos;
• Através da brincadeira e possível a construção da autonomia
• Reflexão sobre as formas já naturalizadas de preconceito, domesticação e
violência sobre o corpo.
O Desenvolvimento Corporal e a Construção da Saúde
• Conceituação sobre saúde
• Hábitos posturais corretos, higiene pessoal e saúde
• Todos tem direito ao desenvolvimento corporal independente de serem
portadores de necessidades educativas especiais
• Saúde e prática de atividade física
• O corpo como sujeito e vítima da violência
• Atividade física e alimentação
• Atividade física, educação e informação
• Atividade física e preservação ambiental
117
• Controle e freqüência cardíaca
• Produção de energia através dos alimentos
• Saúde x prática de atividade física x direito a condições mínimas para uma
vida digna
• Obesidade , anorexia males de nosso tempo
• A busca pelo corpo perfeito
• O corpo , sua natureza e a cultura (preconceitos, tabus, moda ,consumo)
• Elementos sociais, culturais ,políticos e econômicos que interferem na
construção social da saúde para todos.
A Relação do Corpo com o Mundo do Trabalho
• O que é qualidade de vida?
• O que é preciso para se ter qualidade de vida?
• O que é lazer?
• Possibilidades corporais e mundo do trabalho
• A vida dos atletas de alto-nível
• 0 que é ginástica laboral? O por que da ginástica laboral?
Será possível uma vida com qualidade?
Metodologia da Disciplina
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em
conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as
118
estratégias: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática
social.
• PRÁTICA SOCIAL , caracteriza´se com uma preparação ( aluno ) para a construção
do conhecimento escolar.
• PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio,e o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
• INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado
é colocado disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao incorpora-lo,
transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional.
• CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou.
• RETORNO À PRÁTICO SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico na
perspectiva histórico-crítica.
Critérios de Avaliação
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual
ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas, que serão
registradas no livro de classe ( PPP ).
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para revisitar o
processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas
manifestação corporais, evidenciadas nas : brincadeiras, jogos, ginástica, esporte e dança.
119
BIBLIOGRAFIA
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos CEDES, v. 19. n.18 Campinas, 1999. PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar, junho de 2006. ______________Introdução à Diretrizes Curriculares. Profª. Yvelise F. S. Arco- Verde (org.) Curitiba: SEED, 2006-10-25
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso é uma disciplina que há muito tempo vem fazendo parte dos
currículos escolares, percebemos que ao longo do tempo assumiu diversas características
pedagógicas e foi ministrado nos diversos períodos da história do Brasil.
No período do Brasil colônia foi quando se incluiu os temas religiosos na educação
brasileira com a Companhia de Jesus, com o objetivo de catequizar os indígenas fazendo com
que eles deixassem suas crenças e aderissem aos ensinamentos da Igreja Católica Apostólica
Romana.
Já no advento da república, devido os ideais positivistas de separação de estado e
igreja, e com o critério de laicidade a educação tende a uma certa neutralidade.
Em 1934, com o Estado Novo foi instituída a disciplina de Ensino Religioso nos
currículos da educação pública, mas com o direito individual de liberdade de credo. Para elas,
uma vez que estivesse, legalmente, garantindo o direito de não participar do ensino religioso,
a liberdade de credo do cidadão já estaria garantida.
Isto, no entanto, não significava um respeito às liberdades religiosas, a questão
religiosa desse período era restritiva, pois aquele quenão pertencia à religião hegemônica
(cristã), frequentando ou não as aulas de Ensino Religiosos, não tinha o privilégio de ter sua
religião estudada na escola pública.
Contrário do que acontecia no Brasil com a DeclaraçãoUniversal dos Direitos
Humanos, que declara que toda pessoa tem direito de pensamento, consciência e religião, este
120
direito inclui a liberdade de e manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
No Brasil, este posicionamento foi sentido na década de 60, porém as aulas de Ensino
Religioso ainda eram ministradas por professoresvoluntários ligados às denominações
religiosas, com isso a responsabilidade pelos docentes não era do estado.
Somente com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua
correção, em 1997 pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33da LDBEN, o Ensino Religioso
recebeu a seguinte caracterização:
Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
Educação básica assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer
formas de proselitismo.
Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos
conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de
professores.
Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas
diferentesdenominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Com isso houve na história do Brasil um modelo laico e pluralista dos temas religiosos
na educação impedindo qualquer forma de prática catequética nas escolas públicas.
Houve a imposição aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso
a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar aos conteúdos a serem
trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada etc.
No Estado do Paraná houve debates constituídos por grupos de educadores ligados às
escolas, às entidades religiosas, às universidades e às Secretarias de Educação permitiram
rever aspectos relativos ao Ensino Religioso preocupando-se em elaborar materiais
pedagógicos e cursos de formação continuada.
Após algum tempo com a mudança do artigo 33 da LDBEN 9.394/96 e finalmente
com a elaboração dos PCN feita pelo MEC do ano de 1997, chega-se a conclusão que o
Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de suma importância para a
formação do cidadão, para seu pleno desenvolvimento como pessoa.
É vetada qualquer forma de doutrinação ou proselitismo, bem como propunha o
respeito as diversidade cultural e religiosa do Brasil. E é por consequência, é parte do dever
constitucional do estado em matéria educativa.
121
Podemos destacar os notáveis avanços obtidos na contemporaneidadeem relação ao
Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná como:
O repensar do objetivo de estudo da disciplina;
O compromisso com a formação continuada dos docentes;
A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das tradicionais
aulas de religião;
A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras do Sagrado
na sociedade;
O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das diferentes
manifestações culturais e religiosas.
Todas essas mudanças mencionadas foram se aperfeiçoando ao longo do tempo, tudo
isso para mostrar ao educando que religião e conhecimento religioso são patrimônios da
humanidade, pois se constituíram historicamente na inter-relação dos aspectos culturais,
sociais, econômicos e políticos.
Com isso a disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos
saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversidades culturais na sua relação
com outros campos do conhecimento. Superando preconceitos e consolidando o respeito à
diversidade cultural e religiosa.
OBJETIVOS
A disciplina de Ensino Religioso vai oferecer subsídios para que os estudantes
entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado. Com isso possibilitará estabelecer relações entre culturas e espaços por elas
produzidos, em suas marcas de religiosidade.
A partir desse enfoque o Ensino Religioso contribuirá para:
Superar desigualdades étnico-religiosas;
Garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por
consequência, o direito à liberdade individual e política;
Atenderá os objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o
desenvolvimento da cidadania;
Superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de
preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe
um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e excludente, ela impede o
exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de novos valores.
122
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
O conteúdo estruturante em termos metodológicos propõe-se, um processo de ensino a
de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento do educando através de
abordagens de conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações religiosas e
culturais, dos seus ritos, das suas paisagens e dos seus símbolos, e formas diversas de
religiosidade.
Por tanto no Ensino Religioso qualquer religião deve ser tratada como conteúdo
escolar, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural das pessoas e faz parte de
diferentes modelos de sociedades.
A disciplina de Ensino Religioso propiciará ao educando uma compreensão e análise
das diferentes manifestações do Sagrado e a interpretação de seus múltiplos significados,
ainda a forma de como a sociedade éinfluenciada pelas tradições religiosas. Isso promoverá a
ele a oportunidade de se tornarem capazes de entender os movimentos específicos das
diversas culturas e como o elemento religioso colabora parta a construção do sujeito.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que
contribui para o desenvolvimento humano, envolve conceitos, teorias e práticas de uma
disciplina escolar.
Os conteúdos Estruturantes da disciplina de Ensino Religioso propostos são:
Paisagem Religiosa;
Universo Simbólico Religioso;
Texto Sagrado
PAISAGEM RELIGIOSA
Define-se paisagem religiosa por uma combinação de elementos culturais e naturais
que remetem experiência com o Sagrado sobre uma série de representaçõessobre o
transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais e religiosas. Assim, a
paisagem religiosa é parte do espaço social e cultural construído historicamente pelos grupos
humanos, é uma imagem social. Ela se dá pela representação do espaço, da história e do
trabalho humano. São as paisagens religiosas que remetem às manifestações culturais e nelas
agrega um valor que conduz o imaginário à consagração.
123
A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por elementos naturais
(astros, montanhas, florestas, rios, grutas, etc.) estes lugares expressão a fé do homem e
também estão, essencialmente, carregadas de um valor Sagrado.
Todas estas paisagens se transformam temporariamente num universo especialmente
simbólico, resultante das crenças existentes na tradição religiosa. Porsua vez, em lugares
Sagrados são realizados, regularmente, ritos, festas e homenagens em prol da manifestação de
fé de determinados grupos.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Universo Simbólico Religioso é um conjunto de linguagens que expressam sentidos,
comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e para a construção das diferentes
religiões no mundo.
Sua complexa realidade configura o Universo Simbólico Religioso tem como chave de
leitura as diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam
em determinados símbolos religiosos que têm como função resgatar e representar as
experiências das manifestações religiosas.
De modo geral, a cultura sustenta por meio de símbolos, que são criações humanas
cuja função é comunicar ideias. Por tanto sãoparte essencial da vida humana, todo sujeito se
constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, não só no que diz respeito
ao Sagrado, mas em todo o imaginário humano.
Estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano das
pessoas.
TEXTO SAGRADO
Os textos Sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidade à disseminação e
à preservação de diferentes tradições e manifestações religiosas, o que ocorre de diversas
maneiras.
Sua característica é o reconhecimento feito pelo grupo, ele transmite uma mensagem
originada do ente sagrado.
Ao serem articulados Textos Sagrados e Ritos como festas religiosas, situações de
nascimento e morte, as diferentes tradições e manifestações buscam criar mecanismos de
124
unidade e de identidade do grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos
sejam consolidados e transmitidos às novas geraçõese novos adeptos.
Os textos Sagrados registram fatos relevantes da tradição e manifestação religiosa,
sendo entre eles: as orações, a doutrina, a história, que constituem sedimento no substrato
social de seus seguidores e lhes orientam as práticas.
Os textos Sagrados se tornam muito importantes para a disciplina de Ensino Religioso,
pois permite identificar como a tradição e as manifestações atribuem às práticas religiosas o
caráter sagrado e em que medida orienta ou estão presentes nos ritos, nas festas, na
organização das religiões, nas explicações da vida e morte.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 6.º ANO
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Símbolos Religiosos
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundacionais legitimando a
intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim estabelecem fundamentos, normas e
funções a fim de compor elementos mais ou menos determinados que unam os adeptos
religiosos e definem o sistema religioso.
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo
institucionalizado. Serão tratadas com conteúdos, sob a ênfase das principais características,
estruturas e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de
compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser destacados:
Os fundadores e/ou líderes religiosos;
As estruturas hierárquicas.
Ao tratar de líderes o professor enfatizará as implicações da relação que eles
estabelecem com o Sagrado, quando a sua visão de mundo, atitudes, produções religiosas
mundiais e regionais e seus respectivos líderes estão: o Budismo (Sidarta Gautama), o
Cristianismo (Cristo), Confucionismo (Confúcio), o Espiritismo (Allan Kardec), o Taoímo
(Tão Tse), etc.
LUGARES SAGRADOS
125
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência,
de culto, de identidade. As principais praticam de expressão do sagrado nestes locais:
Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeira, etc.
Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, cemitérios, etc.
No processo pedagógico o professor e o aluno podem identificar Lugares Sagrados
para as diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais como
morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso.
As peregrinações os cultos, os templos, as sinagogas, as igrejas, as mesquitas, os
cemitérios, as catacumbas, as criptas e os mausoléus, também se tornam lugares Sagrados.
TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS
Entende-se por ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas
diferentes culturas religiosas, como cantos, narrativas, poemas, orações, pinturas rupestres,
tatuagens, histórias contadas pelos mais velhos como: escritas cuneiformes, hieróglifos
egípcios, etc. Entre eles destacam-se Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Tora, o Al
Corão e textos sagrados das culturas africanas e indígenas.
SIMBOLOS RELIGIOSOS
São linguagens que expressam sentimentos pode ser uma palavra, um som, um gesto,
um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros que
podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:
Dos ritos;
Dos mitos;
Do cotidiano.
Entre eles estão representados como a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos,
os objetos, etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 7.º ANO
TEMPORALIDADE SAGRADA
O tempo da revelação do Sagrado constitui, privilegio em que o humano se liga ao
divino. Enquanto o tempo profano onde o homem experimenta a passagem do tempo em que,
basicamente, um momento é igual ao outro.
126
Ao homem religioso esta sempre aberta à possibilidade de parar a duração temporal
profana é, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o Sagrado. Essa ideia é o
que fundamenta a vida após a morte e marca as religiões.
Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada na disciplina de Ensino Religioso como: o
evento da criação, os calendários, seus templos sagrados, (nascimento de líder religioso,
passagem de ano, data de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos).
Ex: O natal (cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano),
etc.
FESTAS RELIGIOSAS
São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:
Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
Peregrinações
Festas familiares
Datas comemorativas
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena),
Festa de lemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
RITOS
São praticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um
conjunto de rituais. Pode ser compreendido como a recapitulação de um acontecimento
sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem remeter as possibilidades futuras a partir
de transformações presentes.
Ritos de passagem
Mortuários
Propiciatórios
Outros
Exemplos: Dança (Xire), Candomblé, Kiki (Kaigang – ritual fúnebre), Via Sacra,
Festejo indígena de colheita, etc.
VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para além da morte as diversas tradições/manifestações
religiosas e sua relação com o sagrado.
127
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
Reencarnação
Ressureição – ação de voltar à vida
Além Morte
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se torna
presentes
Outras interpretações
METODOLOGIA
O encaminhamento teórico metodológico da disciplina pressupõe um constante
repensar das ações que subsidiarão o trabalho, focando sempre o respeito às diversas
manifestações religiosas com o objetivo de ampliar e valorizar o universo cultural dos
educandos. Para tanto, é fundamental aproximar as disciplinas com as demais áreas do
conhecimento.
Todo o conhecimento trabalhado nas aulas de Ensino Religioso tem como
intencionalidade contribuir para a superação do preconceito à ausência ou à presença de
qualquer crença religiosa, bem como da discriminação de qualquer expressão do Sagrado,
para isso torna-se fundamental colocar o aluno em contato com a diversidade cultural
religiosa, buscando compreender cada uma delas no contexto dos diferentes povos e/ou
grupos.
Nesse contexto as aulas serão encaminhadas por intermédio da leitura de textos
escritos e/ou imagéticos, análise de recortes de filmes depoimentos discussões e produções de
textos individuais ou em grupos. Outro encaminhamento utilizado é o da pesquisa individual
e/ou em grupo via internet, entrevistas, materiais impressos sobre conhecimentos que
compões o conteúdo programático. O material disponível na página eletrônica da Secretaria
de Estado da Educação e do NRE também contribuem para o encaminhamento das análises e
explicações por meio da TV pen drive. Além desses recursos é possível utilizar materiais e/ou
jogos e atividades online. Propõe-se aula dialogada a partir da experiência religiosa do
educando e dos seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo a ser
trabalhado.
RECURSOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICO E TECNOLÓGICO
128
- TV multimídia
- DVD
- CD
- Cartaz
- Livro didático
- Filmes
- Revistas
- Pen drive
- Textos de apoio
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Atividades em sala de aula
Interpretação de textos
Trabalhos em grupos abordando temas dados
Ilustrações, leituras de textos, confecções de cartazes, poemas.
REFERÊNCIAS
- Parâmetros Curriculares Nacionais – Editora Ave Maria – São Paulo 1997
- Cartilha Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Gráfica da Assembleia
Legislativa da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEE d1 2006.
- Ensino religioso Capacitação para um Novo Milênio, Fórum Nacional Permanente
do Ensino Religioso.
- Lei n 10.639, 9 de janeiro de 2003.
- Dialogo – Revista de Ensino Religioso Edições Paulinas
- Apontando Novos Caminhos para o Ensino Religioso
- Subsídios para 5 série SEED/DEF/ASSINTEC. 2003
- África e Brasil! Africano – Editora Ática 2006
- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
SEED/D1 2006.
- Ensino Religioso Capacitação para um novo milênio.
- Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso.
- O Sagrado no Ensino Religioso – SEED.
129
FILOSOFIA
01 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos
escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo do
general Emílio Garrastazu Médici, a Lei 5692/71 substituiu essa disciplina por outras que
interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de cidadãos não
questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia oficial.
O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e
redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu reconduzir
a disciplina de Filosofia à grade curricular de nível básico, apesar da compreensão por parte
da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da democracia era necessária uma reforma
educacional. Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A
Filosofia) ... é importante para a formação integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a
elaboração do pensamento abstrato, a filosofia ajuda a promover a passagem do mundo
infantil ao mundo adulto. Se a condição do amadurecimento esta na conquista da autonomia
no pensar e no agir, muitos adultos permanecem infantilizados quando não exercitam desde
cedo o olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo.(ARANHA,2002, pg 01)
A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do Brasil do
século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque Zimmerman
propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade, proposta que
estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos
governantes parecia cômodo “silenciar a crítica dos pensadores, a fim de garantir a obediência
passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves reapresentou o projeto, com
algumas alterações, ao Congresso nacional, como medida paliativa, o CNE publicou em 2006
resolução orientando as redes estaduais de educação a oferecer Filosofia no ensino médio,
enquanto a LDB , no art. 36, determina que, no final do Ensino Médio, o estudante deverá
“dominar os conhecimentos de filosofia (...) necessários ao exercício da cidadania” , na
pratica no entanto, a filosofia é tratada como tema transversal retirando-lhe o caráter de
disciplina.
Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca deveria ter
perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não conseguiu
130
garantir, a sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta de resgatar tais
valores e eis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como disciplina obrigatória
para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o presidente em exercício,
José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do parágrafo 1º do artigo 36 da
LDB. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o aluno deveria demonstrar “domínio
dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao exercício da cidadania”, agora se lê “IV –
serão incluídas a Filosofia e a (...) como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino
médio.” Conferindo obrigatoriedade legal aquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter
de parecer. Entendemos ser esta uma grande conquista para a educação brasileira que precisa
urgentemente ser repensada para atender as lacunas que se verifica na formação humana. A
Filosofia contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a atividade
profissional futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da reflexão
filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da capacidade humana
de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive, além de um
posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo tecnológico
apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as transformações
cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas da convivência e
tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e integra diversidades.
O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais dificuldades deste
momento de transição, como carência de material didático e dificuldades na formação
acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono oferecendo ao sistema educacional um
filosofar de qualidade, pois, “Quando uma civilização atinge seu auge sem coordená-la com
uma filosofia, difunde-se por toda a comunidade períodos de decadência e monotonia,
seguidos pela estagnação de todos os esforços. O caráter de uma civilização é enormemente
influenciado por sua concepção geral da vida e da realidade.
O ensino de filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando fundamentação
teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a humanidade e
proporcionando a apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura de mundo como
sujeito e agente de transformação.
Possibilitar ao estudante do ensino médio uma reflexão clara do ensino-aprendizagem
em filosofia com uma peculiaridade que faz diferente de todas as outras disciplinas. Numa
reflexão que se concretizara na experiência na relação docente e com texto filosófico.
Superar através da filosofia a passividade, o senso comum e os preconceitos que os
alunos trazem do seu dia-a-dia que destoa da linguagem filosófica. Levar a filosofia no ensino
131
médio com uma problemática central, a preocupação com o posicionamento teórico e pratico
dos agentes inseridos no processo visando esclarecer, sair da menoridade como pessoas
autônomas e conscientes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS:
Serão contemplados os três eixos básicos da disciplina no ensino médio, a saber, a
Teoria do conhecimento ou Gnosiologia (constitui-se de questões relativas ao conhecimento
humano e à Filosofia da Ciência ou Epistemologia), Ética-Política( moral e sociabilidade) e
Estética.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS:
1-Do mito (cosmogonia) ao Logos (cosmologia)
2-Período pré-socrático:
Tales de Mileto, Anaxímenes, Pitágoras, Anaxágoras, Heráclito e Parmênides.
3-Período Antropológico:
Sócrates, de Atenas
Os sofistas: Protágoras e Górgias
4-Período Sistemático: Platão e Aristóteles
Platão: Sistema filosófico, metafísica platônica, Teoria dos dois mundos, dualismo, Teoria da
Reminiscência metafísica, Ética, Divisão da Republica ideal, Alegoria da caverna, estética.
Aristóteles: Metafísica (teoria do ato e potência, teoria das quatro causas) divisão
aristotélica das ciências, justa medida, felicidade, divisão do caráter ( vicio, incontinência,
continência, virtude), a natureza altruísta do Homem (zoon politikon), sistemas de governo,
5-Filosofia Helenista:
Epicurismo, Estoicismo, Cinismo, Ceticismo e Pirronismo.
6-Filosofia Medieval
Distinção entre patrística e escolástica.
a-Patrística: Agostinho de Hipona
Teoria da Iluminação
Assimilação do Neo-platonismo
A cidade de Deus: desprezo pelas coisas mundanas.
b-Escolástica:
132
A questão dos universais
A assimilação do aristotelismo no período escolástico
Tomás de Aquino
Revalorização do conhecimento sensível e das coisas deste mundo
Concepção de Estado e Direito
Guilherme de Okhan: Escolástica tardia
A questão dos universais
7-Renascimento
Recuperação do acervo cultural greco-romano.
Período de transição entre a idade média e modernidade.
8-Renascimento: Recuperação da cultura greco-romana.
Transição entre medievo e modernidade.
Maquiavel, Erasmo de Roterdã, Dante.
9-Revolução cientifica
Nicolau Copérnico: heliocentrismo
Galileu Galilei: A matemática como fundamento do conhecimento filosófico e científico
Montaigne, Bacon, Descartes
10-Filosofia Moderna
Racionalismo: Descartes, Leibnz, Espinosa
Empirismo: Bacon, Hobbes, Locke, Berkeley, e Hume.
11-Contratualismo e Jus naturalismo
Thomas Hobbes: Leviatã
John Locke: Contrato social – liberalismo
Montesquieu: O espírito das leis
Jean Jacques Rousseau: Contrato social, Vontade geral
12-O Iluminismo: Rousseau, Voltaire, Diderot, Kant.
13-Immanuel Kant.
Criticismo: limites da razão pura, processo de conhecimento.
Ética (imperativo categórico).
Política: Cosmopolitismo político, o ideal kantiano de esclarecimento (Aufklarüng).
14-Idealismo Alemão
Hegel: Teoria da História, Dialética, Estado
Karl Marx:Materialismo dialético, ideologia, mais valia
Soren Kierkgaard
133
Arthur Shoppenhauer: o mundo como vontade e representação.
15-Positivismo:
Auguste Comte.
16-Fenomenologia:
Edmund Russerl
17-Existencialismo:
Heidegger e Sartre.
18-Círculo de Viena (neo-positivismo):
Karnap, Shillick, Wittgenstein (1ª fase), Bertrand Russel.
19-Escola de Frankfurt:
Adorno, Horkeimer, Benjamim, Habbermas
20-Filosofia da ciência:
Karl Popper, Thomas Khun , Quine, Wittgenstein( as duas fases).
21-Filosofia pós-moderna:
Michel Foucault, Jack Derrida, Jean Baudrillard, entre outros
Observação I: No terceiro ano, no caso das turmas que não tiveram filosofia ao longo
dos três anos do ensino médio, recomenda-se uma abordagem menos pormenorizada( o que
de forma alguma significa uma banalização do conteúdo), dado o curto espaço de tempo
disponível .
Observação II: Os conteúdos referentes à Cultura Afro e às sua influência na formação
cultural brasileira serão amplamente abordados nas aulas de Ética e Política ao longo dos três
anos do Ensino Médio.
04- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Diante do desafio de regatar uma proposta de ensino de filosofia para o Ensino Médio
propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo tempo
domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão sobre os
problemas que perpassam sua própria existência. Para tanto entendemos que se faz necessário
abordar os grandes temas da filosofia numa perspectiva histórica, primeiro compreendendo os
temas em seu tempo para posteriormente contextualizá-lo; é necessário ir ao texto filosófico
ou à história da filosofia sem, contudo tratar os conteúdos como a única preocupação do
ensino de filosofia.
134
Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva com a
utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, tv etc, garantir o
domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do
pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da analise e
da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que
o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,
tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando.
Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim livres
pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e
lógicos.
05- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções
diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando fornece
subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem e também
classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita quantificar o
resultado obtido pelo educando
Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto
não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças
quantitativas e qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é
representada por seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme estabelecido no projeto
político pedagógico da escola corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação
escrita bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa, seminários, debates,
relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando
no inicio de cada período.
6- REFERENCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição SP. ed
Moderna, 1993.
CAVALCANTI, Afonso de Souza. Procura e Discernimento. Mandaguari. Ed. Científico.
2007.
135
CHAUÍ, M. 2000. Convite à filosofia. São Paulo, Ática.
CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,
1999.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.
DESCARTES e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.
DIRETRIZES Curriculares de Filosofia para Educação Básica.
FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2010.
GOMES, Morgana. PLATÂO. Coleção Iluminados da Humanidade. Rio de Janeiro. 2004.
HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em dicussão(I): Platão, Maquiavel,
Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.
MARX, Karl, ENGELS, Fredrich. Manifesto do Partido Comunista. Trad. Marcos Aurélio
Nogueira e Leandro Konder. Petrópolis, Vozes, 1993.
MENDONÇA, Sonia Regina de e FONTES, Virginia Maria. História do Brasil Recente 1904-
1980. São Paulo. Ática, 1988.
MODIM, Battista, Introdução à Filosofia, 2ª Edição Edições Paulinas São Paulo, 1980.
PLATÂO, A Republica. Trad. Enrico corvisieri. São Paulo. Nova Cultural, 1997.
136
ROUSSEAU, J.J. Contrato social. Trad. B.L. Viana. Rio de Janeiro, Organizações Simões,
1951.
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações sociais. É a parte
de ciências que estuda os fenômenos da natureza, despertando o espírito crítico do educando,
levando a questionar, refletir e estudar o mundo que o rodeia, preparando para o exercício da
cidadania e ao trabalho. Ressalte que os conhecimentos de Física apresentados ao educando
do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou próprias da natureza, mas modelos
elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender a natureza.
O Ensino de física no Ensino Médio deve estar voltado para a formação de jovens,
independente da sua escolaridade futura. Os jovens devem apropriar dos objetos da Física
para a vida e o raciocínio, compreender as causas e razões das coisas, exercerem seus direitos,
cuidar de sua saúde, participar das discussões em que está envolvido, atuar, transformar,
enfim, realizar, viver. Sendo assim, uma educação para a cidadania.
A Física, portanto, atua como um campo estruturado de conhecimentos que permite a
compreensão dos fenômenos físicos que cercam o nosso mundo macroscópico e
microscópico. O universo como objeto de estudo da Física: sua evolução, suas transformações
e as interações que se apresentam, auxiliando no desenvolvimento do cidadão.
• Estudar o Universo em sua complexidade e historicidade, envolvendo a cultura afro:
Como o conhecimento cientifico não tem cor, raça e não discrimina, apenas tem como
o objetivo o conhecimento e a evolução do ser
• Acompanhar o contexto em que vivemos e compreender os fenômenos ligados ao
cotidiano dos alunos .
• Conhecer novas fontes de energia, utilizando diferentes materiais, produtos e
tecnologias;
• Estabelecer relações entre a tecnologia e o desenvolvimento da Física, destacando os
benefícios para a humanidade;
137
• Apropriar do conhecimento físico e compreender que ele é e foi historicamente e
socialmente construído;
Perceber as relações deste conhecimento com as estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais da sociedade capitalista;
• Perceber a beleza filosófica e artística revelada nos grandes princípios e nos conceitos
científicos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
MOVIMENTOS
-Momentum e Inercia
-Conservação de quantidade de movimento (momentum)
-Variação da quantidade de movimento
-Impulso
-2º Lei de Newton
-3º Lei de Newton
-Condições de equilíbrio
-Energia e principio da conservação da energia
-Gravitação
TERMODINÂMICA
-Leis da termodinâmica
-Lei zero da termodinâmica
-1º Lei da termodinâmica
-2º Lei da termodinâmica
ELETROMAGNETISMO
1. Carga, Corrente elétrica
2. Campo e ondas eletromagnéticas
3. Força eletromagnética
4. Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/ Lei Coulomb,
Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday
5. A natureza da luz e suas propriedades.
138
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção do processo de
ensino e de aprendizagem. Têm a possibilidade de fazer exatamente o ponto de partida e o
ponto de chegada de cada tema abordado no Curso.
Sendo o ensino e a aprendizagem um processo ativo e coletivo, deve estar baseado nas
interações aluno – aluno, aluno – professor, professor – aluno.
O Ensino de Física considera a ciência uma produção cultural, objeto humano
construído e produzido nas e pelas relações sociais, sendo que o processo de ensino-
aprendizagem deve partir do conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas
experiências de vida em seu contexto social.
O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento
trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais.
Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que
influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;
• A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino
que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor
interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no
ambiente escolar;
• Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para
essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender
Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos
aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.
Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre os temas centrais,
trabalho de campo com observações: usos de vídeo; sites da internet; jornais com temas
abordando notícias científicas; aulas práticas; interpretações de textos; resoluções de
problemas e exercícios; realização de simulados de físicas com o intuito de estimular a sua
compreensão.
Segundo a educadora Zuleika Muriê, professora-doutora pela escola de Educação da
USP, que trabalhou no ENEM, os simulados preparam o olhar do estudante para questões
objetivas, prática regular em concursos, ENEM e vestibulares.
139
AVALIAÇÃO
O resultado, a observação e a concepção do conhecimento devem ser diagnosticados
durante avaliação, um processo contínuo e cumulativo.
A avaliação compreendida como na prática reflexiva e diagnóstica que orienta a
intervenção pedagógica, bem como dar indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o processo
ensino-aprendizagem, buscando utilizar técnicas e instrumentos diversificados, com as
finalidades educativas expressas na proposta pedagógica.
Entende como instrumentos de avaliação: confronto de textos, trabalhos em grupos,
avaliações escritas, experimentações e relatos.
Tendo como finalidade o crescimento do educando e consequentemente o
aperfeiçoamento da práxis pedagógica. A avaliação se caracteriza como um processo que
objetiva explicitar o grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do
conceito. Isto ocorre com o confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas,
experimentações e etc., servindo também para que o professor avalie seu trabalho. Do ponto
de vista quantitativo, o professor deve orientar pelo estabelecido no regimento escolar, qual
prevê no caso do educando, não ter alcançado o conhecimento que seja oportunizado a ele a
revisão do conteudo ou seja oferecido uma recuperação .
Quanto aos critérios de avaliação em Física, devesse verificar:
• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis
e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de experimentação,
pode-se pedir ao estudante um relatório individual, com questões abertas que permitam a
exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. No
caso de uma prática demonstrativa, isto é, realizada pelo professor, pode-se pedir um relato
explicativo, por escrito, da experiência. O relatório individual e o relato explicativo são, nesse
140
caso, os instrumentos de avaliação. Nas questões que estruturam esses instrumentos estarão os
critérios de avaliação.
Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes e, se
for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento. Por fim,
reiterasse, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes
e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato educativo, a
avaliação potencializa o papel da escola cria condições reais para condução do trabalho
pedagógico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, B. e MÁXIMO, A. Física, Vol. Único – São Paulo: Scipione, 2003 – Coleção de olho no mundo do trabalho. GREF. Física 1/ 2/ 3. EDUSP: 1991. Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. – versão preliminar, SEED: 2008. PAULO C. M. Penteado e CARLOS M. A. Torres. FÍSICA CIÊNCIA E TECNOLOGIA- São Paulo: Moderna, 2005. Vários autores. FISICA- Curitiba: SEED- PR, 2006.- 232
GEOGRAFIA Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
A Geografia sempre fez parte da vida dos humanos como um recurso relacionado à
sobrevivência ou como elemento determinante da organização social. Com o avanço das
141
navegações e o advento do capitalismo, o mundo passa a ser ocupado por uma classe
determinante para a modificação do espaço geográfico. A geografia passa a ser estudada nas
escolas francesa e alemã, descrevendo em várias linhas do pensamento geográfico da Terra,
Homem, Natureza e Espaço. Contudo sem sombra de dúvida a geografia deixou de ser apenas
um instrumento de descobertas de novas terras e mapas e passou a ter um papel fundamental
no cotidiano.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, o objeto de
estudo é o espaço geográfico, independente do sujeito que o constrói. Neste espaço
geográfico está inserido lugar, ações humanas, natureza, o contexto político, que passa por
modificações de acordo com os interesses humanos.
A geografia oportuniza subsídios para que o aluno consiga desvendar o mundo, pela
investigação e análise crítica, tornando participativo, levando-o a conhecer a organização
social, bem como relacionar-se na sociedade, ressaltando a cidadania e necessidade da
conquista do seu próprio espaço seno capaz de transformar a natureza, no entanto ao mesmo
tempo conservando-a para que as próximas gerações possam usufruir de seus benefícios.
2) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos da Geografia são importantes para a vida em sociedade, em particular,
para o desempenho das funções da cidadania: cada cidadão ao conhecer as características
sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como os de outros lugares, poder
comparar, explicar, compreender e especializar as múltiplas relações que diferentes
sociedades, em épocas variadas estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção do
seu espaço geográfico. A aquisição desses conhecimentos permite maior consciência dos
limites e responsabilidades da ação individual e coletiva com relação ao seu lugar e a
contexto mais amplos da escala nacional a mundial. Portanto, a seleção dos conteúdos da
Geografia deve contemplar temáticas de relevância social, cuja compreensão por parte dos
alunos, mostra-se essenciais em sua formação como cidadão.
6º ano
Conteúdos estruturantes. - Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;
- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;
142
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
Conteúdos Básico - Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
- A formação , localização exploração e utilização dos recursos naturais;
- Dinâmica da natureza e suas alterações pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico:
atividade econômica;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ano
Conteúdos estruturantes.
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;
- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
Conteúdos Básico
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- A formação e as diversas regionalizações do espaço brasileiro;
- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatístico da
população;
- Movimentos migratórios e suas motivações;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;
143
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8º ano
Conteúdos estruturantes.
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;
- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;
- Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Conteúdos Básico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A circulação de mão-de-obra , do capital, das mercadorias e informações;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- Os Movimentos migratórios e suas motivações;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, e (re) organização do espaço geográfico;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9 º ano
Conteúdos estruturantes.
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;
- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;
144
- Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Conteúdos Básico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
- A revolução técnico científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção;
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a (re)configuração dos territórios;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização
do espaço geográfico;
- Os Movimentos migratórios e suas motivações;
3) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de geografia deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais
da geografia e compreendam o processo de transformação do espaço geográfico. Os conteúdos devem
ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligando com a realidade próxima e distante dos
alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos pelas Diretrizes Curriculares do estado
do Paraná. Levar em consideração o conhecimento espacial do aluno vivida, situando-se
historicamente nas relações politicas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais
concretas nas diversas escalas geográficas.
De acordo com a legislação vigente no país, a Geografia contempla conteúdos chamados
Desafios Educacionais Contemporâneos, contemplando História e Cultura dos Povos
Indígenas, baseado na Lei Nº11645/08, História e Cultura Afro-brasileira e Africana, baseado
na Lei Nº 10639/03; Politica Nacional de Educação Ambiental, baseada na Lei Nº 9795/99;
Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal: Enfrentamento a Violência na Escola e
145
Prevenção ao Uso das Drogas. Os educandos precisam entender o valor desses conteúdos
para que de fato possa se efetivar s construção da sua autonomia e cidadania plena.
Para o educador alcançar os desafios propostos citados, os conteúdos serão abordados e
tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica – signos, orientação,
convenções, e a realidade local e paranaense serão considerados sempre que possível.
Como forma prática da trabalhar em sala de aula, o professor poderá utilizar-se de:
Texto: preferencialmente utilizados como introdução, síntese ou leitura complementar.
O aluno deve ser estimulado a ler além das palavras, contraporem ideias e compreender
diferentes interpretações sobre um mesmo tema, analisando e argumentando.
Experimentos: não deve consistir apenas numa forma de constatação, mas sim de
interpretação dos resultados obtidos e comparação com os previstos.
Visitas orientadas: as excursões devem ser preparadas com antecedência e o ambiente
reconhecido. É necessária a elaboração de um roteiro de trabalho para a organização da
pesquisa. É importante a discussão sobre a preservação do ambiente explorado, não sendo
necessárias coletas sem propósito. Podem ser utilizadas ilustrações ou fotografias para
documentar a expedição.
Debates: devem ser precedidos pelo domínio do tema proposto para que a
argumentação seja significativa e possibilite a interação da turma através de júri simulado.
Trata-se de uma excelente estratégia de ampliação do universo do aluno, devendo o professor
selecionar aspectos relevantes ao assunto.
Aulas expositivas: através delas o professor transfere os conteúdos aos seus alunos.
São muito úteis para fornecer informações prévias para um debate, jogo ou até experimento.
Porém, serão adequadas se estiverem baseadas no diálogo, na participação efetiva dos alunos
e na construção coletiva do conhecimento.
Recursos Tecnológicos: adequados quando utilizados como complementação ou
introdução. Um filme, um software, uso da TV pen drive, utilização do laboratório de
informática e internet, um slide ou uma música podem contemplar tanto a necessidade
concreta quanto a cognitiva, uma vez que o aluno terá que estabelecer conexões com o
conteúdo estudado e aprofundar suas relações.
Jogos: são caracterizados pelo cunho desafiador, estimulando os alunos à superação de
um problema.
Pesquisas: solicitadas como complemento do tema estudado, para anteceder uma
discussão. O professor orientará o aluno, desde as fontes bibliográficas até o objetivo da
146
pesquisa, delimitando ao máximo o assunto, uma vez que a Geografia é caracterizada pela
riqueza de informações e relações.
Projetos: em geral são executados por uma equipe, Avaliar-se-a desde sua organização
até o resultado final. É uma estratégia mais elaborada, apresentando várias fases: seleção do
assunto, elaboração de um pleno de trabalho, desenvolvimento do projeto e resultado final.
Aulas práticas: sua função maior é proporcionar autonomia ao aluno para analisar
resultados e inferir conclusões, quando os mesmos são diferentes daqueles previstos, o que
não significa que seja desnecessária uma orientação, um roteiro de trabalho ou relatório.
4) AVALIAÇÃO
Os alunos devem constantemente avaliar suas conquistas em uma perspectiva de
continuidade de seus estudos. Avaliação pode ser planejada, assim, relativamente aos
conhecimentos que serão utilizados em estudos posteriores. Trabalharemos tanto com os
conteúdos conceituais quanto com os procedimentos e atitude dos alunos Por isso, é
necessário estabelecer alguns critérios como: a operacionalização dos conceitos; bem como,
os critérios procedimentares e critérios atitudinais .
A avaliação dos conceitos permite que se identifique o desempenho quanto ao domínio
e utilização do conhecimento geográfico: conceitos, categorias, informações e dados o que
pode ser operacionalizado com a realização de pesquisas, debates, elaboração e interpretação
de textos e com a realização de provas mensais e bimestrais. É importante que esse critério
seja utilizado de forma a valorizar o desenvolvimento cognitivo e não a simples memorização.
Quantos aos critérios procedimentais, trata-se de perceber se os alunos estão
compreendendo e utilizando de forma adequada os instrumentos da disciplina( como
produção e leitura de mapas, gráficos e tabelas, análises e interpretação de imagens,
compreensão de textos ) e desenvolvendo um método de interpretação da realidade durante o
processo de aprendizagem.
E com relação aos critérios atitudinais, trata-se de considerar como o grupo de alunos
se situa diante da compreensão mais aprofundada da realidade que os cerca para a, partir de
então, desenvolver uma postura solidária, participativa e crítica.(como pontualidade e
assiduidade, a participação dos alunos nas atividades individuais e de grupo, o cumprimento
dos compromissos assumidos, o interesse pelos novos conteúdos da área e a compreensão do
conhecimento como socialmente construído e patrimônio de todos). Esse critério é
147
fundamental para que a relação ensino –aprendizagem possa acontecer em um clima de
respeito pelo próprio trabalho e pelo trabalho do outro e reforçando a necessidade de uma
postura responsável, ética e favorável à democracia nas relações sociais.
A avaliação da aprendizagem será formativa e continuada, com base no desempenho
de cada aluno. Comparando o seu desenvolvimento individual e coletivo, além de sua
participação nas atividades realizadas pela escola. As notas serão registradas em uma escala
de 0(zero) a 10,0(dez), levando em consideração o regimento escolar que prevê no mínimo
três instrumentos diferenciados avaliativos, e que serão 6,0(seis pontos) referentes atividades
diversificadas e 4,0(quatro pontos) referente a prova.
Referências Bibliográficas
SEED.Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs).Geografia.2008.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
• A dimensão econômica da produção do/no espaço;
• Dimensão geopolítica;
• Dimensão sócioambiental;
• Dimensão dinâmica cultural e demográfica.
Conteúdos (Básicos e Específicos) por Série
Ensino médio Conteúdos estruturantes. - Dimensão Econômica do Espaço Geográfica; - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico; - Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico; - Dimensão Política do Espaço Geográfico. Conteúdos Básico - O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;
148
- A revolução técnico científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção; - A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; - A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. - A formação e transformação das paisagens; - A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; - As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; - O espaço rural e a modernização da agricultura; - O comércio e as implicações socioespaciais; - As implicações socioespaciais do processo de mundialização; - A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; - A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado; - A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; - A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; - As diversas regionalizações do espaço geográfico; - As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; - Os Movimentos migratórios e suas motivações;
REFERÊNCIAS
• AB'SABER. Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas, São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
• BRORY, David Eliot. As sete maiores descobertas científicas da história e seus autores. São Paulo: Companhia das Letras, l999.
• CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.) . A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, l999
• MOREIRA, I.A.G. Construindo o espaço. São Paulo: Ática, 2004. • PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Geografia – Ensino Médio: SEED,
2006. • PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superitendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental.
• PROJETO ARARIBÁ. 1ª edição. São Paulo. 2006. • SEED.Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs).Geografia.2010. • TÉRCIO, L. M. Geografia. São Paulo: Ática, 2004. • TV pen-drive • TV Paulo Freire.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Geografia – Ensino Médio: SEED, 2006.
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PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superitendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais – Curitiba: SEED, 2006. Educação Ambiental. Meio Ambiente. Sustentabilidade. Ecologia. Legislação ambiental. Agenda 21. Clima. Poluição. Conferências ambientais. Curitiba: SEED, 2008. Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008. Enfrentamento à violência. Curitiba: SEED, 2008. Educação no Campo. Curitiba: SEED, 2008.
História ENSINO FUNDAMENTAL
1- Apresentação Geral da Disciplina
A disciplina de História foi incluída nos currículos escolares brasileiros a partir do
século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino em virtude das
influências teóricas e correntes de organização do pensamento.
Nesse processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vem considerando
como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia visões factuais e
desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo do passado em
concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como transmissor de
informações e o estudante como receptor passivo .
Em vista do complexo vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos da
ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de novas
concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da disciplina.
Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da
História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a reestruturação de novas diretrizes
curriculares.
150
No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de discussão sobre
o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a proposta de formação continuada de
professores também no contexto de produção coletiva das Diretrizes Curriculares da
Secretaria de Estado da Educação – SEED nos propomos a repensar o ensino de História,
estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatar finalidades para que essa
disciplina possa assumir sua contribuição e responsabilidade com a produção do
conhecimento e a formação da consciência critica e cidadã.
Dessa forma buscamos ampliar e melhorar os fundamentos e o desenvolvimento da
disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com as
produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e temas
pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no
Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, os conteúdos de História do Paraná,
pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino obrigatoriedade da
temática História e Cultura Afro-Brasileira, pela Lei nº 11645/08, que inclui História e cultura
dos povos Indígenas, pela Lei nº 9795/99-Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso indevido de Drogas, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana.
2- Conteúdos
5ª Série Conteúdos
estruturantes Conteúdos
básicos
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As Culturas Locais e a cultura comum.
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6ª Série Conteúdos
estruturantes Conteúdos
básicos
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
As relações de propriedade A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
7ª Série Conteúdos
estruturantes Conteúdos
básicos
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª Série Conteúdos
estruturantes Conteúdos
básicos
Relações de trabalho
A constituição das instituições sociais.
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Relações de poder Relações culturais
A formação do estado. Sujeitos, Guerras e Revoluções.
3- Metodologia da disciplina
Para que o ensino de História contribua com a construção da consciência histórica é
imprescindível à retomada constante da pratica pedagógica do professor junto aos seus alunos.
Para tanto a pratica pedagógica partirá de alguns procedimentos metodológicos:
-Aula expositiva, problematização do conteúdo que se propões a tratar, partindo da
experiência cotidiana e do interesse do educando.
-Aguçar a curiosidade e o desenvolvimento da prática da investigação, através de
pesquisas e leitura do livro.
-Utilizar-se do livro didático, mas apontando suas limitações buscando outros
referenciais de diferentes interpretações. Incrementar o uso de novas linguagens e tecnologias
(documentos, imagens, vídeos, etc...). Desenvolver o espaço para debates, discussões,
interpretações e opiniões através de seminários, produção de texto, entrevistas, etc...
4- Avaliação
A avaliação propõe reflexões da prática pedagógica bem como do aprendizado do
ensino de História. A avaliação objetiva a democratização do ensino utilizando da prática
diagnostica compreendida num encaminhamento formativo, contínuo processual, permanente
e diversificado evitando a avaliação seletiva excludente e autoritária.
Recorrendo a diversas atividades como leitura interpretação e análise de textos, mapas,
imagens e documentos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
apresentação de seminários, resolução de exercícios, provas com questões objetivas e
subjetivas e outros.
Os valores que simbolizam as avaliações perfazem um total de 10,0 pontos somatórios
para cada um dos bimestres letivos, sendo os mesmos divididos em atividades diversas no
valor 6,0 pontos e 4,0 pontos em uma ou mais avaliações subjetiva e ou subjetiva.
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O processo de recuperação de conteúdos ocorrerá em caráter paralelo. No final de cada
bimestre será realizada uma avaliação para recuperação de notas e conteúdos no valor 10,0
pontos.
5- Referências Bibliográficas COTRIM, Gilberto, Saber e Fazer História, São Paulo, Saraiva, 2005. Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. PARANÁ/SEED. Diretrizes curriculares de História para o ensino fundamental. Versão preliminar, junho de 2009. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnicas Raciais e para o Ensino de História da cultura Afro-Brasileira e africana – Lei 10 639/03. Cadernos temáticos SEED, Pr. PARANÁ/SEED. Representações, Memórias, Identidades, Caderno Pedagógico de História do Paraná, 2008. PROJETO ARARIBÁ, História São Paulo: Editora Moderna, 2006. SHIMIDT, Maria. Nova História Crítica, São Paulo, Nova Geração, 2003.
Ensino Médio
1-Apresentação da disciplina
A disciplina de História foi incluída nos currículos escolares brasileiros a partir do
século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino em virtude das
influências teóricas e correntes de organização do pensamento.
Nesse processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vem considerando
como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia visões factuais e
desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo do passado em
concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como transmissor de informações
e o estudante como receptor passivo.
Em vista do complexo vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos da
ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de novas
concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da disciplina.
Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da
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História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a reestruturação de novas diretrizes
curriculares. No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de discussão sobre
o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a proposta de formação continuada de
professores também no contexto de produção coletiva das Diretrizes Curriculares da
Secretaria de Estado da Educação – SEED nos propomos a repensar o ensino de História,
estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatar finalidades para que essa
disciplina possa assumir sua contribuição e responsabilidade com a produção de
conhecimento e a formação da consciência critica e cidadã.
Dessa forma buscamos ampliar e melhorar fundamentar o desenvolvimento da
disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com as
produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e temas
pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no
Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná,
pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino obrigatoriedade da
temática História e Cultura Afro-Brasileira, pela Lei nº 11645/08, que inclui História e cultura
dos povos Indígenas, pela Lei nº 9795/99-Política Nacional de Educação Ambiental,
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao uso indevido de Drogas; seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africana.
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2- Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina
1º Ensino Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e Religiosidade.
2º Ensino Médio CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O estado e as relações de poder.
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Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e Religiosidade.
3º Ensino Médio CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e Religiosidade.
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3- Metodologia da disciplina
Conforme orientação as diretrizes Curriculares da SEED-PR faremos recortes
temáticos com espaço-temporal definidos pelo professor e articulados com os conteúdos
estruturantes: relações de trabalho, relações de poder e relações culturais, privilegiando a
construção e a apropriação de conceitos históricos para o ensino de História.
Utilizaremos a narrativa histórica e interpretação de documentos como forma de
comunicação e abstração dos temas abordados.
Entre os princípios encaminhados para as aulas selecionamos: aula expositiva; leitura
e interpretação de imagens e filmes, debates, seminários, estudo de textos e documentos,
produção de textos, entrevistas, pesquisas.
4- Avaliação
A avaliação do ensino de história nessa Diretriz Curricular considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e indissociáveis.
Propondo superar a avaliação meramente classificatória e realizando-as em caráter
processual, diagnostica continuada e valorizando a produção de conhecimento avaliaremos
por meio de narrativas históricas, leituras, interpretação de documentos, leituras diferenciadas,
trabalhos em grupos, seminários, pesquisas, avaliações subjetivas e objetivas, debates e
produções de texto.
Os valores que simbolizam as avaliações perfazem um total de 10,0 pontos somatórios
para cada um dos bimestres letivos, sendo os mesmos divididos nas diversas atividades no
valor de 6,0 pontos e 4,0 pontos em uma ou mais avaliações subjetivas e/ou objetivas.
O processo de recuperação ocorrerá em caráter paralelo. No final de cada bimestre
será realizada uma avaliação para recuperação de notas e conteúdos valor 10,0.
5- Referências Bibliográficas BENSI, Luis Donisete Grupioni, Índios no Brasil, Global Editora, 4ª Edição. São Paulo, 2000. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História Novo Ensino Médio, Editora Ática. São Paulo, 2005. HOBSBAWM, Eric J. Sobre História. Trad.Cid Knipel, Moreira, São Paulo: Companhia das letras, 1998.
158
LE GOFF, Jacques. História e Memória, Trad.Bernardo Leitão. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. MOTA, Myriam B.Braik, Patricia R. História das Cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2005. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar, junho 2009. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnicas raciais e para o ensino de História da cultura Afro – Brasileira e Africana –Lei nº 10.639/03. Cadernos Temáticos SEED, PR. PARANÁ/SEED. História/vários autores – Curitiba SEED, PR, 2006. PINSKY, Jaime e Carla Bassanezi Pinsky História e Cidadania, Editora Contato. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, Editora Ática, 2ª Edição, São Paulo, 2008.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois da chegada
da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em
nível secundário no Brasil, apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês
e três de alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Linguística a Génebre por
Ferdinand Saussure, inauguraram- se os estudos da linguagem em caráter científico. Em,
1924, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter patriótico e as línguas
privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em
relação aos Estados Unidos intensificou- se e, com isso, a necessidade de aprender inglês
tornou- se cada vez maior. Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único
idioma ensinado nas escolas, criou- se em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio
Estadual do Paraná, que posteriormente, expandiu- se em todo o estado.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, determinou a
oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida pela comunidade
escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja
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incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela
comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo dependendo das disponibilidades da
instituição.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna, tem a língua como objeto de estudo,
contemplando as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
O professor deverá possibilitar aos alunos que usem a língua estrangeira em situações de
comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – inseri- los na
sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes
de se relacionarem com outras comunidades e outros conhecimentos.
O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar, uma consciência sobre o
que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana.
Ao estudar uma língua estrangeira o aluno / sujeito aprende também como atribuir
significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto da cultura do outro,
torna- se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuar sobre os
sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.
1.1 - Objetivos Gerais da Disciplina
O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve oportunizar o desenvolvimento da
consciência crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e
no cenário internacional, para que os alunos possam analisar as questões da nova ordem
global e suas implicações, bem como, construir identidades, aprender percepções de mundo e
maneiras de atribuir sentidos e formar subjetividades.
A Língua Estrangeira Moderna deve também, contribuir para formar alunos
críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera- se
que o aluno:
Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita:
Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social;
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
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Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para
o desenvolvimento do país.
Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais devam ser
contempladas.
A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais ampla, para
que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas maneiras de construir
sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a Língua
Estrangeira e a inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
Um outro objetivo da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no
processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em situações significativas e
relevantes. Além disso, o ensino de Língua Estrangeira Moderna deve contemplar os
discursos sociais que a compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente maneiras de
construção de sentidos, de relação com os textos, comunicar- se com eles, interagindo
ativamente, sendo capaz de comunicar- se de diferentes formas, com os diferentes tipos de
texto, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O Ensino de Língua Estrangeira Moderna favorecerá o contato com os discursos
diversos da língua manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando alargar a
compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos interpretativos, tornando
possível a construção de significados, ampliando suas possibilidades de entendimento de
mundo para contribuir na sua transformação.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDO BÁSICOS
O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico - social. Ao
tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou- se um
conteúdo que atendesse a essa perspectiva, contemplando assim o Discurso como prática
social.
A Língua será tratada de forma dinâmica por meio de leitura, oralidade e escrita.
Tendo o professor como mediador o aluno poderá perceber a interdiscursividade, as
condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e
de poder, utilizando a organização lingüística – fonética – fonológico, léxico – semântico e
161
de síntese chegando ao uso da linguagem para a compreensão e para a produção verbal e não
– verbal.
Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos além de elementos
linguísticos – discursivos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais:
Ensino Fundamental
6º Ano:
- Adivinhas
- Álbum de família
- Bilhetes
- Cantigas de roda
- Cartão
- Comunicado
- Músicas
- Quadrinhos
- Fábulas
7ºAno:
- Mapa
- Anúncio
- Diálogo
- Entrevista
- Poemas
- Folder
- webpage
- Cartazes
- Música
162
- Pôster
- Carta
- Diário
_ Blog
8º Ano:
- Biografia
- Artigo
- Músicas
- Diálogo
- Cartazes
- Charge
- Diário
- Chat
- Resenha
- Blog
- Sinopse
- Resumo
- Mapa
9º ano :
- Anúncio
- Webpage
- Diálogo
- Cartazes
- Blog
- Poema
- Chat
- Resenha
163
- Biografia
- Entrevista
- Histórias em quadrinhos
- Verbete
- Relatório histórico
- Haicai
Ensino Médio
- Bilhetes
- Carta Pessoal
- Cartão postal
- Biografia
- Fábulas
- Cartazes
- Texto informativo
- Poemas
- Receitas
- Letras de música
- Provérbios
- Diário
- Curriculum vitae
- Crônicas
- Histórias em quadrinho
- Anúncio de emprego
- Cartum, charge
- Tiras
- Chat
- Blog
- Texto de opinião
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- Regulamentos
- Anúncio publicitário
- Slogan
- Gráficos
Leitura:
. Identificação do tema;
. Intertextualidade;
. Vozes sociais presentes no texto;
. Léxico;
. Coesão e coerência;
. Marcadores do discurso;
. Funções das classes gramaticais do texto;
. Elementos semânticos;
. Discurso direto e indireto;
. Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
. Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
. Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas,
travessão, negrito);
. Variedade linguística;
. Ortografia.
Escrita:
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Intencionalidade do texto;
. Intertextualidade;
. Condições de produção;
. Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);
. Vozes sociais presentes no texto;
. Vozes verbais;
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. Discurso direto e indireto;
. Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
. Léxico;
. Coesão e coerência;
. Funções das classes gramaticais no texto;
. Elementos semânticos;
. Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
. Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas,
travessão, negrito);
. Variedade linguística;
. Ortografia.
Oralidade:
. Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
. Adequação do discurso ao gênero;
. Turnos de fala;
. Vozes sociais presentes no texto;
. Variações linguísticas;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
. Adequação da fala ao contexto;
. Pronúncia.
3– METOLOGIA DA DISCIPLINA
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas
questões linguísticas, sócio- pragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso
da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula será o texto, verbal e não-
verbal como unidade de linguagem em uso.
Serão abordados vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, usa composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos e a coerência.
166
A análise linguística estará subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as
reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de
que se expressem ou construam sentidos aos textos.
A prática pedagógica partirá de alguns procedimentos como textos diversos, recortes
de jornais, revistas, embalagens de produtos, músicas, trabalhos individuais e em grupo,
anedotas, vídeos, entrevistas. O livro didático público da Língua Estrangeira será um suporte
valoroso para o trabalho em sala de aula.
A abordagem teórico – Metodológica contemplará as três práticas discursivas da
Língua Estrangeira Moderna:
Leitura:
É importante que o professor:
. Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
. Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
. Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
. Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
. Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
. Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;
. Contextualize a produção: suporte / fonte, interlocutores, finalidade, época;
. Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
. Relacione o tema com o contexto atual;
. Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
. Instigue o entendimento / reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e
humor;
. Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros.
Escrita:
É importante que o professor:
167
. Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
. Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência
textual;
. Conduza à utilização adequada das partículas conectivas;
. Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
. Acompanhe a produção do texto;
. Acompanhe e encaminhe e re-escrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõem o gênero.
. Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotem ironia e humor;
. Estimule produções em diferentes gêneros;
. Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Oralidade:
É importante que o professor:
. Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
. Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;
. Estimule a contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando- se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação , expressões- facial, corporal e gestual, pausas e outros;
. Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
4 – AVALIAÇÃO A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a
construção de saberes.
168
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996, determina que a
avaliação seja continua e cumulativa, e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os
quantitativos.
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,
principalmente, para que o professor repense sua metodologia e planeje as suas aulas de
acordo com às necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são
os conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio- pragmáticos ou culturais; e as práticas –
leitura, escrita ou oralidade, que ainda não foram suficientemente trabalhados, e que, precisam
ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os
discursos em língua estrangeira.
5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se
realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para educandos quanto para educadores e
deve ser estendida pelo professor como processo de acompanhamento e compreensão dos
avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os objetivos dos conteúdos,
quando forem trabalhados.
A avaliação tem que ser contínua, processual, diagnóstica e formativa, priorizando os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos .
A recuperação paralela será quando se fizer necessária, baseada na revisão dos
conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito/ oral, trabalhos. Cabe ao
professor o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos
metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Logo a recuperação da nota
é simples recuperação de conteúdos.
6- OBSERVAÇÃO
Tendo em vista a formação de alunos capacitados através do conhecimento adquirido,
passar do entendimento e da conscientização para a ação na sociedade onde está inserido,
atuando como agente transformador, oportunamente serão inseridos os desafios educacionais
Contemporâneos:
Educação Ambiental- LEI 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental
169
Cidadania e Educação Fiscal-
Enfrentamento à violência na Escola
História e Cultura Afro-brasileira africana e indígena- LEI 10.639/03 e LEI 11.645/08
Prevenção ao uso indevido de drogas
Sexualidade
Educação em/para os direitos humanos.
Para desenvolver as atividades sobre cultura afro-brasileira serão desenvolvidas
atividades como:
- estudo sobre as teorias antropológicas
- desmitificação das teorias racistas
- contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da ciência e
tecnologia.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica- Língua Estrangeira Moderna. Curitiba,2008. COLÉGIO ALBERTO SANTOS DUMONT. Projeto Político Pedagógico. ???
COLÉGIO ALBERTO SANTOS DUMONT. Regimento Escolar.???? MARQUES,Amadeu ,SANTOS, Denise. English for Teens -Links(para o ensino Fundamental).1ª Edição. São Paulo: Editora Ática, 2011. FARIA,Raquel, DIAS, Reinildes, JUCÁ,Leina. Prime: inglês para o ensino médio. 2ª Edição. São Paulo: Editora Macmillan, 2010
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR (PPC) LÍNGUA PORTUGUESA 1-Apresentação da disciplina
Historicamente,o processo de ensino de Língua português no Brasil iniciou-se com a educação dos Jesuítas.Essa educação era instrumento fundamental para a formação da burguesia colonial,mas também se propunha em “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas.
170
A concepção de educação e o trabalho de escolarização doa índios estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar.
Pensava-se numa concepção filosófica intelectualista,que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.
Nesse período,partia-se de práticas restritas a alfabetização,mantendo discursos hegemônicos da metrópole e da igreja.Os Jesuítas usavam uma pedagogia baseada na catequese indígena visando a expansão católica com um modelo econômico de subsistência da comunidade.
Já na constituição da escola e do ensino no Brasil,o acesso à educação letrada era determinante na estrutura social,portanto a educação era destinada a elite colonial.
As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao latim,essas práticas visavam a construção de uma civilização com base numa educação “reprodutivista”,voltada para a perpetuação de ordem matriarcal,estamental e colonial.Priorizavam uma não- pedagogia,aplicando no cotidiano o aparato repressivo com obediência à fé,ao rei e à lei.
No período colonial, a linguagem mais usada era o tupi.A interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua Geral(Tupi –Guarani),utilizada pelos portugueses com vistas na dominação da nova terra.
Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por grande parte da populção não escolarizada.
A partir do séc.XVIII a unificação e padronização linguística tornaram-se fatores de relevância.
Em 1758,um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua portuguesa idioma oficial do Brasil,proibindo o uso da Língua Geral.No ano seguinrte, os Jesuítas que haviam catequizado índios e produzido literatura em língua indígena foram expulsos do Brasil.Assim,a Língua portuguesa em todo Território Nacional tornou-se hegemônica e com decretos, proibições,expulsões,prisões,perseguições e massacres.
A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais.
O ensino, até dominado pelos Jesuítas, não se limitava mais às escolas de ler e contar,dirigidas aos indígenas.
Na época da expulsão os Jesuítas contavam com 25 residências,36 missões e 17 colégios e seminários.Toda essa organização foi substituída por aulas régias,ministradas por profissionais de várias áreas,com indicação política ou religiosa.
Dentro dessas medidas,em 1772,foi criado o subsídio literário,imposto sobre a carne,o vinho e a cachaça,direcionado a manutenção do ensino primário e secundário.Dessa maneira,o ensino público passou a ser financiado pela Metrópole.
Tal situação permaneceu até 1808 com a vinda da família real,sendo instaladas as primeiras instituições de ensino superior no Brasil,mas as classes populares que precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever, continuaram nigligenciadas.
Somente nas últimas décadas do séc.XIX,a disciplina da Língua português passou a integrar os currículos escolares brasileiros.
Ainda no final do séc.XIX, com o advento da República,com a nascente da industrialização ,influencionou a estrutura curricular,tendo em vista a formação profissional.
Nesse momento, a escola se abria a camadas maiores da população. Houve a tentativa de uma aprendizagem hierarquizada e seletiva.No entanto,a
multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos a disciplina que fornecia AA classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhes permitia assegurar-se da propriedade da linguagem.
O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871.Nesse período o latim passou a perder o prestígio.O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica
171
elitista até meados do séc.XX,quando se inciou, no Brasil a partir da década de 1960 um processo de expansão do qual incluiu,entre outras ações,a ampliação de vagas e em 1971 a eliminação dos chamados exames de admissão.
Com a expansão da escolarização, o ensino da Língua Portuguesa não poderia dispensar prpostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos,dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola.
A partir da LEI 5692/71 no primeiro grau,Comunicação e Expressão(nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa(nas quatro útimas séries)com base em estudos posteriores a SAUSSURE em especial nos estudos de JAKOBSON referentes a comunicação.
Na década de 70 outras teorias a respeito da lin guagem passaram a ser debatidas: A sociolinguística;
A análise do discurso;
A semântica;
A linguística textual.
Ainda na década de 70,houve uma tentativa de rompimento com essas práticas.Entretanto,a abordagem do texto literário mudou apenas para uma metodologia que se centrava numa análise literária simplificada,com ênfase em questionários sobre personagens principais e secundários,tempo e espaço da narrtiva.
Na disciplina da Língua Portugues essa pedagogia se revelou nos estudos liguísticos centrados no texto / contexto e na interação social das práticas discursivas.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação Básica Brasileira e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional de dificuldade de leitura compreensiva pelos alunos.
Segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo,de pesquisas acadêmicas as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem nesse momento histórico novos posicionamentos em relação as práticas de ensino.Essas considerações resultaram nas DCE,numa proposta que dá ênfase a linguagem dialçógica,em constante movimentação permanentemente reflexiva e produtiva.
Para alcaçar tal objetivo é importante pensar sobre a metodologia.se o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,a partir disso,seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso ao conhecimento para os multiletramentos.
È tarefa da escola possibilitar aos alunos diferentes práticas sociais que utilizem a leitura a escrita e a oralidade,com finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação.
Portanto,dessa maneira,será posível o contato de todos que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa,assim,marcando suas vozes no contexto que estão inseridos na língua.
LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
172
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste documento.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
173
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal. ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
ENSINO FUNDAMENTAL 7º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste documento
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
174
• Léxico;
• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNEROS DISCURSIVOS Autobiografia Letras de Músicas
175
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias
Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos
176
• Partículas conectivas do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
• Progressão referencial no texto;
LITERÁRIA / ARTÍSTICA ESCOLAR Ata
Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas
Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo
177
Palestra Pesquisas
Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)
Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras
PUBLICITÁRIA Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan
Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político
178
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e
Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias
Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos
179
humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre
180
o discurso oral e o escrito.
• Progressão referencial no texto;
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
ESCOLAR Ata Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas Palestra Pesquisas
Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)
Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras
PUBLICITÁRIA Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail
Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional
182
Metodologia da disciplina de língua Portuguesa – Ensino Fundamental
Encaminhamento Metodológico
Em todo os ambientes e espaços, inclusive na sala de aula os alunos e professores
de língua Portuguesa e Literatura tem o compromisso de promover e amadurecer o
domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita para que os educandos
compreendam e apliquem em seu cotidiano, interferindo em suas relações com seu próprio
ponto de vista e assim conquistem sua emancipação e autonomia em relação ao
pensamento e às práticas da linguagem ao convívio social.
O mesmo deve apresentar a compreensão da língua como “um conjunto aberto e
múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas”, segundo Bakltin. “Pensar a
linguagem desse modo é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no
contexto das relações sociais e o elemento dessas múltiplas relações”. (Faraco,2003)
Além disso, o aprimoramento linguistico possibilitará ao educando a leitura dos textos que
circulam socialmente, identificando neles a intenção do autor e assim instrumentalizando-o
em sua vida.
ORALIDADE
Compreendendo que, a fala é a prática discursiva mais utilizada o que no entanto,
as atividades orais precisam ser praticadas e estimuladas em sala de aula e demais espaços.
Portanto, adequar a línguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto e
intenções), aproveitar ao máximo os recursos expressivos da língua , praticar e aprender a
convivência democrática do falar e de ouvir.
Na prática da oralidade, estas Diretrizes reconhecem tais linguísticas como
legítimas em relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.
Isso contraria o mito de que a língua é uniforme e não deve variar, conforme o contexto de
interação (Bagno 2003, pg 17).
Cabe, reconhecer que a norma padrão, além de variante social e uso das classes
dominantes, é fator de agregação social e cultural, portanto é direito de todo cidadão. É por
meio do aprimoramento linguistico e das atividades escolares que o aluno será capaz de
dominar e transitar pelas mais diferentes esferas sociais (Bakltin, 1992).
183
As possibilidades de trabalhos com gêneros orais estão presentes, tanto no ensino
fundamental, quanto no ensino médio. Quanto as formas e os meios de apresentar são
diversificados e variados, podendo ser utilizados: histórias pessoais, familiar, comunitário,
filmes, livros, jornais... através de: explicações, leituras, dramatização, teatro,
declamações, debates, seminários, juris simulados, entre outros tantos.
A literatura oral, valoriza a potência dos textos literários como arte, e isto prioriza a
oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e sua força política.
É preciso esclarecer os objetivos, a finalidade dessa aprensentação é explicar “ que
apresentar um seminário não é meramente ler em voz alta um texto previamento escrito.
Também não é só colocar à frente da turma e “bater um papo” (CAVALCANTE, &
MELLO, 2006, p.184).
O professor deve peviamente selecionar seus objetivos de gêneros escritos e orais,e
a partir de então propor um seminário, um debate , narração de um fato, entrevista, mesa
redonda, porém sempre abordando a estrutura formal, a argumentação que deve ser
empregada no contexto, e reflexão que deve ser feito através dos gêneros empregados,
preocupar-se com o emprego de linguagens diversificadas, como a gíria, os tiques
linguísticos, os elementos conectivos e empregar corretamento ao grau de formalidade ou
informalidade, entre outros pontos. Além disso, pode também analisar a linguagem em
programas televisivos, como em jornais, novelas e propagandas. Em programas
radiofônicos e suas diferentes instâncias: público aberto ou privado, e ou nas mais
diversas realizações do discurso oral exigidos na norma padrão (CAVALCANTE &
MELLO, 2006).
Nessa variante diversidade de atividades pode explorar a sociolinguistica, as
expressões da fala, como os sotaques, característicos das regiões geográficas, pois um
professor de Lingua Portuguesa e Literatura educa e criatividade, para a liberdade.
PRÁTICA DA LEITURA
Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista como
um ato dialógico, interlocutivo, tem um papel ativo no processo de formar leitor, e para se
efetivar comol co-produtor, procura pistas e fórmula e reformula hipóteses, aceita ou
rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no conhecimento linguístico, nas experiências e
na vivência sócio-cultural.
184
Ler é familiarizar-se com diversidades de textos em diversas esferas sociais:
jornalísticas, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, literária, publicitária,
etc. Também é preciso considerar as linguagens não-verbais, a leitura de imagens, como:
fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com
intensidade crescente nosso universo. Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é
capaz de enxergar os implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada
texto traz. Sabe-se das reais pressões uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo
ou para não reflexão sobre problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias. Essa
pressão deve ser explicitasa a partir de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno
“percepção e reconhecimento, mesmo que inconscientemente, dos elementos de linguagem
que o texto manipula” (LAJOLO, 2001, p.45) .
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de leitura são
mais restritas.
Desse modo, para a prática de leitura é preciso considerar o texto que se quer
trabalhar e, então planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem os
gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, histórias em quadrinhos, entrevistas,
etc), conforme variem a finalidade pretendida com a leitura, variam o suporte( jornal,
televisão, revista, livro, computador), variam também as estratégias.
É preciso ter em mente, ainda que o “grau de familiaridade do leitor com o
conteúdo veiculado pelo texto intrerfere, também, no modo de realizar a leitura”
(ANTUNES, 2003, p.77).
De acordo com o exposto, para o encaminhamento da prática de leitura é relevante
que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o
gênero a ser lido, do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis interlocutores, das
vozes presentes no discurso e o papel social que eles representam, das ideologias
apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade.
O ensino da prática de leitura requer um professor que “além de posicionar-se como
um leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler”
(SILVA, 2002, p.22).
Acredita-se que “A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das
séries escolares colocam-se como uma garantia de acesso ao saber sistematizado, aos
conteúdos do conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes”
(SILVA, 2002, p.07)
185
A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de ensinar, independente de
cor, raça ou credo, é que a partir de então é OBRIGATÓRIO incluir nos planejamentos de
aula e ou qualquer tipo de projeto as seguintes leis
. A Lei 10.639/03- História e Cultura Afro-Brasileira e Africana:
. A Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas: valorizando a história
e cultura de seus povos;
. A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;
. Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e
Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à
Violência; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade:
Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; educação Escolar Indígena; Relações de
Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.
AVALIAÇÃO
As atividades de avaliação nunca se esgotam e consiste em saber se houve
aprendizagem, se os objetivos foram alcançados ou não.É um processo contínuo onde há
uma cumplicidade entre professor e aluno e permite que o professor também faça parte
desse processo. As avaliações são oportunidades de reflexão do processo de ensino que
visa resultados positivos ou negativos.Quando os resutados são positivos é porque houve
desenvolvimento do aluno, mas quando os resultados são negativos faz-se necessário uma
readequação de conteúdos para que haja interação. Esse processo de avaliaçao deve ser
contínuo e nunca deve servir de exclusão, mas sim de promoção.As práticas pedagógicas
onde está inserida a avaliação, devem dar suporte ao professor para ajustes na programação
e na metodologia onde se permita que o educando:
_Compreenda,conheça,se posicione diante de textos;
_Elabore textos com coerência;
_Utilize,discuta,analise, organize e apresente ideias de forma clara
Instrumentos de Avaliação:
Provas objetivas e subjetivas
Pesquisa bibliográfica
186
Produção de textos
Análise de textos
Produção de narrativas
Apresentação de leituras
Dinâmicas de grupo
Debates
Seminários
Trabalho em grupo
Elaboração de murais
Reescrita de textos,
A recuperação paralela de estudos deverá ser tomada sempre que houver
necessidade com novos métodos que visam auxiliar para que haja uma assimilação que
propiciem o respeito aos conteúdos,cuidando para que esses sejam repassados aos
educandos como forma de reforço e motivação
De acordo com os artigos 58 e 59 da LDB 9394/96,os alunos com necessidades
educacionais especiais ou que apresentem um rendimento menor do que o esperado,serão
avaliados de acordo com suas especificidades.
Língua Portuguesa - Ensino Médio
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 1° ANO
Textos diversos
. As sequências textuais
.Os gêneros textuais
.As variedades linguísticas e os níveis de linguagem
* Conteúdo temático
* Finalidade dos textos
* Papel do locutor e interlocutor]
187
* Variedades linguísticas( lexicais, semânticas e prosódicas)
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições.
*Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos:gírias, repetições .
*Diferenças e semelhanças entre discurso orla e escrito.
. O conto : (texto narrativo)
*Conteúdo temático
*Interlocutor
*Finalidade do conto
*Elementos composicionais do gênero- conto
. A crônica:
*Esfera literária
*Conteúdo temático
*Elementos composicionais
* Intencionalidade
*Contexto de produção
*Discurso/narrador
*Temporalidade
*Vozes presentes no texto
. Os textos icônico-verbais:
*Conteúdo temático
*Intencionalidade
*Ideologia presente no texto icônico-verbal
*Elementos composicionais
*Marcas linguísticas: pontuação e recursos gráficos e seus efeitos de sentido.
. A ambiguidade:
*Sentido ambíguo das palavras e frases.
*Situcionalidade
*Finalidade
*Intencionalidade
. Entrevista:
*Conteúdo temático
188
*Finalidade do gênero
*Elementos composicionais da entrevista.
. Homonímia/ paronímia e ortografia
*Distinção entre os homônimos e os parônimos
*Relação ortográfica entre os termos
*Novo acordo ortográfico
. Crase
*Marca linguística:acento grave
*Uso da crase em modalizadores
. A Literatura ; os gêneros textuais
*Intencionalidade
*Finalidade do texto
*Vozes sociais presentes no texto
* Temporalidade
. Literatura: teoria e história;
. Imagens do Brasil na Literatura: do século XVI até o início do século XXI
*Vozes sociais presentes nos períodos literários
*Finalidade
*Intencionalidade
. Literatura: O Barroco
*Textos de Gregório de Matos
*O padre Antônio Vieira: Sermões
. Literatura: O Arcadismo
*Poemas de Tomás Antônio Gonzaga
*Poemas de Cláudio Manuel da Costa
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 2º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
189
. Textos diversos:
.A coesão e a coerência presentes nos textos.
.O texto instrucional:
*Conteúdo temático
*Interlocutor
*Finalidade do texto
* Intencionalidade
*Informatividade.
.Ortografia; novo acordo ortográfico:
*Finalidade da nova ortografia
*Informatividade
.O artigo científico:
*Conteúdo temático
*Elementos composicionais deste texto
*Finalidade
*Intencionalidade
*Informatividade
*Interlocutor
.Autores da Literatura Portuguesa e Brasileira: biografias;obras;poemas:
*Finalidade
*Informatividade
*Intencionalidade
*Conteúdo temático das obras
Acentuação:
*Informatividade
*Finalidade: motivo das palavras receberem acentos gráficos
* Intencionalidade
.Entrevista:
*Conteúdo temático da entrevista
*Intencionalidade
190
*Finalidade do texto
*Elementos composicionais da entrevista
.Concordância verbal:
*Diferenças entre linguagem oral e escrita
*Debate sobre o uso da língua padrão.
*Importância da concordância verbal na produção textual.
.O anúncio publicitário:
*Adequação da linguagem ao interlocutor
*uso e sentido de efeito de verbos no modo imperativo.
.A reportagem:
*Conteúdo temático
*Elementos composicionais da reportagem ( esfera da imprensa)
*Legenda;título;lead;imagens;data;organização
*Marcas linguísticas: pontuação e recursos gráficos e seus efeitos de sentido
*O suporte e o contexto social de produção da notícia-reportagem
*Diferenças entre notícia e reportagem
.Literatura: teoria e história:
.O Romance
.Surgimento
.A literatura no romantismo brasileiro/prosa
.Características
*Argumentos do texto
*Contextos de produção das obras do movimento literário:Romantismo
*Finalidade
*Intencionalidade
*Vozes presentes no texto
.Literatura africana:
.Instrumentos musicais
.Culinária
191
.Palavras portuguesas com origem afro
.Musica;dança
.Contos (Mia Couto)
*Conteúdo temático
*Finalidade
*Intencionalidade
*Informatividade
*Interpretação dos contos
*Produção de texto
*Elementos composicionais do conto.
.Romance:
.Tipos de romance
.A poesia no Romantismo: memória e nacionalismo
*Elementos composicionais da poesia( romântica
*Contexto de produção dos poemas
*Intencionalidade
*Situcionalidade
*Temporalidade
.Realismo/Naturalismo no Brasil:
*Ideologia presente nos textos
*Intencionalidade
*Temporalidade
.Simbolismo no Brasil:
*Informatividade
*Situcionalidade
*Temporalidade
*Aceitabilidade
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
192
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 3º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros , nas diferentes esferas , de acordo com o
Projeto Político Pedagógico , com a Proposta Pedagógica Curricular , com o Plano de Trabalho
docente,ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada série.
Leitura
-figuras de linguagem
-operadores argumentativos
-Argumentos
-Coesão e coerência
-Contexto de produção
-Discurso ideológico presente no texto
-Elementos de composição do texto
-Finalidade do texto
-Intencionalidade
-Intertextualidade
-Relação causa e conseqüência
-Semântica
Escrita:
- Função das classes gramaticais
- Vícios de linguagem
- Marcas lingüística
- Progressão referencial
- Gramática no texto
- Sintaxe de concordância
193
- Pontuação
- Vozes sociais presentes no texto
- Finalidade do texto
- Interlocutor
- Relação de causa e conseqüência entre as parte e elementos do texto
- Contexto
- Semântica
- Operadores argumentativos
-Função das classes gramaticais no texto
- Síntese de concordância
-Vícios de linguagem
-Marcas lingüísticas
- Recursos gráficos
-Tipos de discursos
Oralidade
- Finalidade
- Conteúdo Temático
- Argumentos
- Papel do locutor e interlocutor
- Elementos extralingüísticos ( entonação,expressões facial , corporal e gestual)
- Adequação do discurso ao gênero
- Intencionalidade
- Turnos da fala
- Adequação ao gênero
- Variações lingüísticas ( lexicais,semânticas, prosódicas, outras
- Coesão e coerência
- Gírias
- Repetições
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUMONT, Colégio Estadual Alberto Santos. Regimento Escolar, 2008.
194
DUMONT, Colégio Estadual Alberto Santos. Projeto Político Pedagógico.
Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Lei Nº. 10639/03 – dispões sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira.
Lei Nº. 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.
PARANÁ, Governo do Estado. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua
Portuguesa, 2008.
MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objetivo de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático e envolve o estudo de processos que investigam como o
estudante compreende e se apropria da própria matemática concebida como um conjunto
de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como
cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento do aluno.
O conhecimento do indivíduo é constantemente transformado pelas novas
informações que ele recebe e, pelas experiências pelas quais ele passa. A escola é a
instituição que propicia ao indivíduo a formação integrada, transmitindo-lhe valores
práticos e morais, aliados ao conhecimento científico e cultural, tendo como agente
formador, o professor, elemento de ligação entre a realidade do educando e o nível de
evolução que se ambiciona.
O ensino fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da
leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
habilidades e a formação de atitudes e valores.
195
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir,
calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,
argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar
criticamente as informações, localizar, representar, etc.
Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso
que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a
distância entre a matemática da escola e a matemática da vida.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que
vieram compor a matemática conhecida hoje. Com os platôneos buscava-se, pela
matemática, um instrumento que, para eles instigaria o pensamento do homem. Pelo estudo
da matemática tentava-se justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto
na natureza como na sociedade. Aos sofistas devemos a popularização do ensino da
matemática, o seu valor formativo e sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos.
Atualmente acreditamos que a aprendizagem da matemática consiste e, cria estratégias que
possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas e o
papel do professor é de ser articulador do processo pedagógico, baseado numa
fundamentação teórica e metodológica.
A educação matemática é uma área que engloba diversos saberes, onde só o
conhecimento em matemática não é o suficiente para a atuação profissional, mas como o
aluno por intermédio do conhecimento matemático desenvolve valores e atitudes de
natureza diversa. Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência
de suas teorias, mas, para que, a partir dela o homem amplie seu conhecimento. Cabe ao
professor, fazer a ligação entre a matemática como campo de conhecimento r disciplina
escolar, superando uma perspectiva utilitarista sem perder o caráter científico da disciplina
e de seu conteúdo.
Pela educação matemática almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de idéias. É
necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para que o estudante tenha
condições para constatar regularidades, generalizações e apropriações da linguagem
adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do
conhecimento. Formando deste modo sujeitos que construam sentidos para o mundo, que,
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo
acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
196
6ª ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
-Sistema de numeração;
-Números Naturais;
-Múltiplos e divisores;
-Potenciação e radiciação;
-Números fracionários;
-Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
-Medidas de comprimento;
-Medidas de Massa;
-Medidas de Área;
-Medidas de volume;
-Medidas de tempo;
-Medidas de ângulos;
-Sistema Monetário.
GEOMETRIAS
-Geometria Plana;
-Geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
-Dados, tabelas e gráficos;
-Porcentagem.
7º ANO
NÚMEROS E ALGEBRA
- Números Inteiros;
-Números racionais;
-Equação e inequação do 1º Grau;
-Razão e proporção;
-Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
-Medidas de temperatura;
197
-Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria não euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
-Pesquisa Estatística;
-Média Aritmética;
-Moda e Mediana;
-Juros simples.
8º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Racionais e Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º Grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis;
GRANDEZAS E MEDIADAS
- Medidas de comprimento;
-Medidas de área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de ângulos;
GEOMETRIA
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não-Euclidiana;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Gráfico e informação;
- População e amostra;
198
9º ANO
NÚMERO E ALGEBRA
-Números reais;
-Propriedades dos radicais;
-Equação do 2º Grau;
-Teoria de Pitágoras;
-Equações irracionais;
-Equações Biquadradas;
-Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
-Relações Métricas no triângulo;
-Trigonometria no triângulo Retângulo.
FUNÇÕES
-Noção intuitiva de Função Afim;
-Noção intuitiva de Função Quadrática
GEOMETRIAS
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria Analítica;
-Geometria não euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
-Noções de Análise Combinatória;
-Noções de Probabilidade;
-Estatística;
-Juros Compostos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Escola não é a única instância de transmissão, do conhecimento científico, mas
por excelência é a instituição incumbida disso. A posse desses conhecimentos ,
199
historicamente acumulados, oportuniza pessoas. São as relações que estabelecem entre
professor-aluno, em seu contexto escolar.
A definição de conteúdos é considerada fator fundamental para o conhecimento
matemático, anteriormente fragmentado, seja agora visto na sua totalidade, em necessidade
de desenvolvimento conjunto.
O conhecimento não é construído de um dia para o outro, de uma situação para
outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo reelabora as informações recebidas, daí a
necessidade de se considerar, no processo, não somente o produto, mas sim o próprio.
Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer
interpretações significativas, para isso podemos articular os conteúdos utilizando a
modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso de tecnologias e história da
matemática e a investigação matemática.
A teoria deve ser distribuída em seções, de modo equilibrado; e os temas devem ser
abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecer um diálogo com o
aluno, permitindo que se progrida sem dificuldades e sempre que necessário retomar
assuntos que fazem parte do conhecimento do aluno, isto é, assuntos que são relacionados
a prática cotidiana do aluno com o intuíto de atrai-lhes a atenção e o consequente interesse.
Os textos complementares devem enriquecer os temas, para que a leitura fique prazerosa.
Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as estratégias de
ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o conhecimento
matemático e reflitam sobre o conhecimento adquirido. Os principais recursos que poderão
ser utilizados para isso são:
- Diálogo e troca de idéias entre aluno e professor; - Vídeos, jornais e
revistas;
- Livro didático e paradidáticos; - Quadro e giz;
- Atividades de pesquisa; - Trabalhos em grupo;
- Jogos em sala de aula; - Computador e calculadora;
- TV multimídia
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para
que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e
inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.
A Educação matemática propõe um ensino voltado ao estudo de como o estudante
compreende e se apropria da própria matemática. A disciplina deverá ser abordada sob
uma visão histórica.
200
Nas diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos que
possibilita ao professor avaliar a sua ação docente fundamentando numa ação crítica que
conceba a matemática como atividade humana em construção.
A metodologia procura dar condições aos nossos alunos para que esses saibam
exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos o que se refere a proteção
individual, educação, saúde e bem estar. Sendo assim, serão debatidos assuntos ligados ao
Desenvolvimento Socioeducacional da comunidade escolar, oferecendo subsídios
teórico-metodológicos e propondo ações interdisciplinares para conscientizar e garantir o
direito de nossos alunos.
A nossa proposta, na disciplina de Matemática, a Educação Ambiental, Lei
Federal nº. 979/99 – Dec.nº.4201/02, procura estimular a reflexão de consciência aos
aspectos que envolvem as questões ambientais emergentes, locais e mundiais, para que
sejam desenvolvidos uma compreensão crítica por parte dos educandos, numa perspectiva
social, cultural e econômica.
Atendendo à Lei nº.10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, serão desenvolvidas atividades
diversificadas que propiciem o contato com a cultura Africana dentro da Matemática: o
resgate da contribuição do negro e índio ( Lei 11645/08 ) nas áreas econômicas e políticas.
No que se refere à Sexualidade, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas serão trabalhados de acordo com as ações contempladas no PPP, um
trabalho interdisciplinar com o objetivo de prevenir e promover a autoestima dos alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como
está se realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para educandos quando para
educadores e deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e
compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os
objetivos dos conteúdos, quando forem trabalhados.
No entanto, a avaliação tem que ser contínua, processual, diagnóstica e formativa,
diversificada, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A concepção de
avaliação tem que estar coerente com o artigo 24 da LDB nº9394/96, com as DCEs, com o
Regimento Escolar e com o PPP.
201
Segundo as DCEs a avaliação deve ser diagnóstica no processo de ensino
aprendizagem, no qual deve ser entendida como um instrumento da prática pedagógica do
educador.
Em decorrência da necessidade de alterações no ensino da matemática, na forma
de avaliar o aluno devemos dar ênfase:
- ao que os alunos sabem e pensam matematicamente;
-na compreensão dos conceitos e se desenvolveu atitudes positivas em relação a
matemática;
-no processo e grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno;
-nas situações-problema que envolvem aplicações de conjunto de idéias matemáticas;
-nas várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos, auto-
avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais);
-num processo avaliativo contínuo olhando o educando como todo deste o início da sua
aprendizagem até a formação de conceitos apropriados à disciplina.
Quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como um
meio para analisar se juntamente com os alunos está conseguindo alcançar os objetivos
propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os
sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.
A recuperação paralela será quando se fizer necessária, baseada na revisão dos
conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito/oral, trabalhos ou
pesquisas.
A recuperação tem que estar de acordo com o Regimento Escolar, lembrando que é
direito dos alunos, independente de seu nível de apropriação de conhecimentos básicos, de
forma permanente.
Sendo assim, a avaliação é compreendida como uma questão metodológica, na
intenção de investigar, para intervir a meio de verificar o nível de assimilação de
conhecimentos adquiridos naquele período.
E por fim, a avaliação concentra-se o currículo que não pode ser somente por um
único professor, ela deve ter o envolvimento de toda a equipe pedagógica, pais e alunos,
para que todos possam assumir seu papel, para que assim seja realizado um trabalho
pedagógico satisfatório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
202
ANDRINI, Álvaro Novo Praticando Matemática/Ávaro Andrini , Maria José C.de V.
Zampirolo, São Paulo: Editora Brasil 2002.
COLEGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Projeto Político Pedagógico.
Apucarana,????? _____
COLEGIO ESTADUAL ALBERTOSANTOS DUMONT. Regimento Escolar.
Apucarana.2011 _?????__
DANTE, Luis Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo: Ed. Ática, 2004.
IMENDES, Luis Márcio Pereira. Matemática/Imenes & Lellis. São Paulo: Scipione, 2002.
- Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. - Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a
Educação básica, Curitiba, 2008.
ENSINO MÉDIO
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Através da história da Matemática podemos observar que ela surgiu por
necessidade da vida cotidiana por volta de 2.000 a.C, porém como ciência iniciou-se de
forma organizada através dos gregos nos séculos VI e V a.C, através dos pitagóricos, mas
somente por volta do século I a.C, a Matemática configurou-se como disciplina básica na
formação das pessoas.
Já no século XV o desenvolvimento da Matemática se deu através das escolas
voltadas para atividades práticas que eram exigidas pela navegação, comércio e indústria,
possibilitando novas descobertas, contribuindo para uma fase de grande progresso
científico e econômico.
203
Os Jesuítas, na metade do século XVI, instalaram uma educação clássico-
humanística, mas os conteúdos matemáticos como disciplina escolar não alcançaram
destaque nas práticas pedagógicas.
No Brasil, por volta do século XVIII, o ensino da Matemática tinha caráter técnico
objetivando preparar os estudantes para as academias militares.
O seu ensino passou por muitos períodos sempre acompanhando as mudanças que
ocorriam em outros países consequentemente passou por várias transformações que até
hoje influenciam na educação Matemática, tais como a Formalista Clássica, Formalista
Moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica.
Com este breve histórico percebemos que a Matemática está presente no nosso
cotidiano com maior ou menor complexidade propiciando ao homem, compreender o
mundo a sua volta poder assim atuar nele. E a todos deve ser dada essa oportunidade de
compreensão e atuação como cidadão, pois ela está presente em inúmeras situações num
saber informal e cultural.
A Educação Matemática na prática pedagógica, utiliza diferentes métodos de
ensino e aprendizagem, que investigam como o estudante se apropria do conhecimento
matemático. E por intermédio deste conhecimento desenvolve valores e atitudes de
natureza diversa, que visam a sua formação como cidadão pleno.
Neste contexto, o processo de avaliação revela-se por diversos instrumentos como
um importante marco preferencial para uma reflexão sobre o que se ensina e o que se
aprende na Matemática.
Conceber a Matemática no campo do conhecimento, que proporciona elaborar por
diversos caminhos ações que busquem descobrir soluções de problemas que apontem
novos desafios é pensar a Matemática como disciplina, cuja importância está nos aspectos
cognitivos e sociais.
Em um mundo globalizado onde a comunicação está em evidência, se faz
necessário que os educandos saibam comunicar idéias, desenvolvendo atitudes
matemáticas preparando-se para o terceiro milênio.
Os conteúdos devem ser trabalhados com relevância social envolvendo
conhecimentos básicos para qualquer cidadão que possam ser articulados entre si e
conectados com outras áreas do conhecimento e através deste possibilitar a criação de
relações sociais.
A apropriação do conhecimento de um determinado conteúdo matemático não pode
se estabelecer de forma isolada, fragmentada e dissociada de qualquer significado para o
aluno. Toda e qualquer apropriação precisa visar a sua formação de cidadão pleno, que
204
busca compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos. E é neste
sentido que se pretende que o aluno ao aprender a matemática amplie o seu conhecimento,
para que seja um agente ativo na contribuição para o desenvolvimento da sociedade.
Com isso cabe ao professor refletir sua prática pedagógica trabalhando de maneira
diferenciada, tomando assim um educador matemático num contexto amplo, onde o ensino
da Matemática possa levar a busca de transformações que possibilitem minimizar
problemas de ordem social.
É necessário que nossos alunos percebam que são pessoas mergulhadas no seu
tempo histórico, em sua sociedade, pesquisando e criando o conhecimento matemático que
conhecemos.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO
NÚMEROS E ÁGEBRRA
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas Lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios;
- Equações e inequações exponenciais, Logarítmicas e Modulares;
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
-Medidas de Energia;
- Trigonometria;
FUNÇÕES
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
205
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica;
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não-eucledianas;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
-Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira;
3 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Com metodologias alternativas e estratégias adequadas para não fragmentar os
conteúdos ensinados, possibilita uma relação de interdependência no processo de ensino e
aprendizagem.
O uso dos recursos pedagógicos, associados as novas tecnologias da informação na
educação, aproxima a relação entre o saber e o aprender. Neste campo de atuação docente
é essencial a formação do professor para um domínio das novas técnicas em sua prática.
Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer
interpretações significativas, para isso podemos articular os conteúdos utilizando a
modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso de tecnologias, história da
matemática e a investigação matemática.
A teoria deve ser distribuída em seções de modo equilibrado; e os temas devem ser
abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecendo um diálogo
com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades e sempre que necessário
206
retomar assuntos que fazem parte do conhecimento do aluno, isto é, assuntos que são
relacionados a prática cotidiana do aluno com o intuito de atrair-lhe a atenção e o
conseqüente interesse. Os textos complementares devem enriquecer os temas, para que a
leitora fique prazerosa.
Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as estratégias de
ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o conhecimento
matemático e reflitam sobre o conhecimento adquirido. Os principais recursos que podem
ser utilizados para isso são:
# Livro didático e paradidáticos; # Diálogo e troca de idéias
aluno/professor;
# Atividades de pesquisa; # Jogos em sala de aula;
# TV multimídia; # Quadro e giz;
# Trabalhos em grupo; # Computador e calculadora
# Sólidos Geométricos; # Geoplano;
A metodologia empregada procura dar condições para que nossos alunos saibam
exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos no que se refere à proteção
individual, educação saúde e bem estar. Assim, em todas as oportunidades serão debatidos
assuntos ligados as Desenvolvimento Socioeducacional da comunidade escolar,
oferecendo subsídios teóricos metodológicos e propondo ações interdisciplinares para
conscientizar e garantir o direito de nossos alunos.
A nossa proposta, na disciplina de matemática, a Educação Ambiental, Lei
Federal nº.979/99 – Dec.nº.4201/02, procura estimular a reflexão e tomada de consciência
quanto aos aspectos que envolvem as questões ambientais emergentes, locais e mundiais,
para que sejam desenvolvidos uma compreensão crítica por parte dos educandos, numa
perspectiva social, histórica, cultural e econômica.
Atendendo à Lei nº.10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Afriacana na escola, serão desenvolvidas atividades que
propiciem o contato com a cultura africana dentro da matemática: o resgate da
contribuição do negro e do índio (Lei 11645/08) nas áreas econômica e econômica,
pertinentes a História do Brasil.
No que se refere a Sexualidade, Enfrentamento a Violência e Prevenção ao Uso
Indevido de drogas serão trabalhados de acordo com as ações contempladas no PPP, um
trabalho interdisciplinar, com o objetivo de prevenir e promover a autoestima dos alunos.
207
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para
que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e
inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.
4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo que se utiliza de instrumentos para fornecer
informações sobre como está se realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para
educandos quanto para educadores e deve ser entendida pelo professor como processo de
acompanhamento e compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos
para atingirem os objetivos dos conteúdos e quando se ver necessário estabelecer
retomadas de ações.
Visto a necessidade de mudança no ensino da Matemática na forma de avaliar o
aluno, devemos dar ênfase:
- ao que os alunos sabem e pensam matematicamente;
- na compreensão dos conceitos e se desenvolveu atitudes positivas em relação a
matemática;
- no processo e grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno;
- nas situações - problema que envolvam aplicações de conjunto de idéias matemáticas;
- nos instrumentos de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos, auto-
avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais);
- num processo avaliativo contínuo olhando o educando como todo desde o início da sua
aprendizagem até a formação de conceitos apropriados a disciplina.
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE 2008, p 69) alguns critério
devem orientar as atividades avaliativas propostos pelo professor. Essas práticas devem
possibilitar ao professor verificar se o aluno:
- comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
- compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
- elabora um plano que possibilite a solução do problema;
- encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
- realiza o retrospecto da solução de um problema.
Conforme o artigo 24 da LDB nº 9394/96, letra a. “a avaliação deve ser
contínua e cumulativa, em relação a aprendizagem do estudante, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais.” Assim, quanto mais o professor diversificar a avaliação e
208
conseguir interpretá-la como um meio para analisar se juntamente com o aluno se ele está
conseguindo alcançar os objetivos propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de
avaliação que leva em conta os sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.
A recuperação paralela acontece de forma processual e contínua, ocorrendo
durante todo o processo de ensino e aprendizagem, com procedimentos metodológicos
diferenciados, preferencialmente dos que foram utilizados anteriormente no processo da
avaliação.
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- COLEGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Regimento Escolar - COLEGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMENTO. Projeto Político Pedagógico.
- Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. - Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. - LONGEN, Adilson. Matemática Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004. - PAIVA.Manoel. Matemática. 2ª edição. São Paulo: Moderna - PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação – Departamento da Educação Básica - Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. - SMOLE, Kátia STOCCO, DINIZ, Maria Ignez. Matemática – Ensino Médio - 5ª Ed.- São Paulo: Saraiva, 2005. - YOUSSEF, Antonio Nicolau; SOARES, Elisabeth; FERNANDES, Vicente Paz. Matemática: volume único para o Ensino Médio – São Paulo: Scipione, 2004.
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
209
A química é fundamental para preparar o educando para a democracia e elevar sua
capacidade de compreensão em relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais
que regem a sociedade em determinado período histórico, para atuar no mundo, com
consciência de seu papel de cidadão participativo. Possibilitando novos direcionamentos e
abordagens da prática docente no processo ensino-aprendizagem, para formar um aluno
que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o
meio em que está inserido.
Ao desenvolver o conteúdo, cabe ao educador dar-lhe os fundamentos teóricos
para que se aproprie dos conceitos da química e do conhecimento científico e que
desenvolva atitudes de comprometimento com a vida no planeta.
Nessas diretrizes propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento
químico aconteçam por meio do contato do educando com o objeto de estudo da Química
que são as substâncias e os materiais, que será contemplado através dos conteúdos
estruturantes, e desdobrado em conteúdos básicos, os quais serão abordados durante a
prática pedagógica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
A partir das discussões realizadas no Encontro do Ensino Médio, os conteúdos
estruturantes para o estudo da Química foram colocados de forma que fossem
representativos do campo de conhecimento da disciplina, constituído historicamente.
Selecionaram-se, então, os seguintes conteúdos estruturantes:
Matéria e sua natureza: É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho
pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de
estudos: a matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento
dos demais conteúdos estruturantes.
Biogeoquímica: Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a
influência dos seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas
interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a
partir dos ciclos biogeoquímicos.
Química Sintética: Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de
novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da
indústria alimentícia, fertilizantes e dos agrotóxicos .
CONTEÚDOS BÁSICOS:
210
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação
conceitual dos estudantes nas diversas disciplina da Educação Básica.
MATÉRIA
SOLUÇÃO
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
EQUILÍBRIO QUÍMICO
LIGAÇÃO QUIMICA
REAÇÕES QUÍMICAS
RADIOATIVIDADE
GASES
FUNÇÕES QUÍMICAS
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A proposta pedagógica curricular é inovadora. Ela contribui para o
desenvolvimento, promovendo um ensino voltado a uma formação sólida e ampla.
As aulas de química serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o
interesse dos educandos pelos assuntos abordados, pois uma sala de aula reúne pessoas
com diferentes costumes, tradições e idéias. Desta forma considerando os conhecimentos
que o educando traz, é necessário proporcionar condições para a construção de
conhecimentos científicos, através de uma linguagem clara, o educador deve abordar
assuntos referentes à cultura e história, sempre respeitando e valorizando a diversidade.
Os conhecimentos difundidos no ensino de química permitem a construção de
uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada, contribuindo para que o
educando se veja como participante de um mundo em constante transformação.
211
É importante salientar que a química possui um caráter experimental e
interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e
compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e prática. Muitas vezes,
para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com outras
ciências.
Pode-se apontar que as melhores estratégias de ensino-aprendizagem são aquelas
que desenvolvam a participação do educando. Para isso, são citadas atividades, como:
discussão e debates, estudo de caso, análise de dados, leitura de textos, experimentações,
pesquisas de campo e ações comunitárias. Estas atividades propiciam ao educando
compreender problemas locais, levando em conta vários fatores envolvidos, para se tornar
uma decisão. Desse modo, solicita-se aos educandos, cálculos que estejam relacionados
com problemas sociais, os quais, poderão auxiliar na compreensão da natureza daqueles
problemas. É fundamental, também que a discussão dos temas sociais envolva diversos
aspectos para a resolução da problemática em questão, incluindo valores entre alunos de
diferentes pertencimentos étnico-raciais, no sentido do respeito e da correção de posturas,
atitudes e palavras preconceituosas.
Para isso, são citadas atividades como: exibição de vídeos, leitura de textos
informativos, matéria de reportagens sobre o racismo e discriminação, pesquisa, entrevista
e debate sobre o assunto, proporcionando ao educando atos de valorização e
conscientização sobre atitudes de respeito e solidariedade com o outro. Não se pode negar
que a Química tem um papel fundamental na vida das pessoas, na verdade esta só pode
evoluir apoiando-se as outras ciências. Estas ciências fazem parte do dia-a-dia das pessoas
e é importante para o equilíbrio da vida no planeta. Portanto, ao observar o mundo à sua
volta os participantes do processo educativo devem compreender como é frequente, intensa
e contínua, a aplicação do conhecimento químico na sociedade atual. E perceber ainda
como esse conhecimento tem sido constantemente reformulado ao longo da história da
humanidade.
Desafios Contemporâneos: Considerando a lei nº 10.639/2003; a deliberação nº 04/06
CEE e a instrução nº 017/2006 SUED que estabelece a obrigatoriedade da temática
“história e cultura afro-brasileira”, propomos: abordagem de conhecimentos e
instrumentalização sobre alimentos, remédios, corantes e outros produtos, utilizados no
nosso cotidiano advindos da cultura “afro”. Dentro do conteúdo estruturante o educador
deve abordar a educação ambiental com base na Lei 9795/99, que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e a prevenção ao uso indevido de drogas
212
Avaliação:
A avaliação deve ser formativa, contínua e processual, vista como um instrumento
dinâmico. O processo de avaliação pode ser descrito a partir da observação contínua de
sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupo, da elaboração de relatórios
de atividades e experiências vivenciadas em classe ou no laboratório, ou mesmo de provas
e testes que sintetizem um determinado assunto.
A observação permite ao educador obter informações tanto sobre as habilidades
cognitivas como também sobre os procedimentos utilizados pelos alunos para resolver
diferentes situações, cabe ao educador identificar os progressos e as dificuldades dos
educandos, utilizando essas informações para recuperar ou avançar o processo de ensino-
aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
BAIRD, C.Química Ambiental. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2002 COVRE,G.J. Química total. São Paulo. FTD.2001 FELTRE, Ricardo. Química vol. 1, 2 e 3, São Paulo:Moderna 2004. MORTIMER, F. e ANDREA, H. Machado. Química para o Ensino Médio. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. SARDELLA, A; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo:Ática, 2004. TERUKO, Y. Utimura e MARI Linguanoto . Química Fundamental , vol. Único – São Paulo : FTD. VIDAL,B.História da química. Lisboa: Edições 70, 1986
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A partir da clareza e objetividades dos teóricos e as problematizações que se
apresentam, os educandos passam a ver a sociedade por novas vias e acaba entendendo que
de fato a sociedade pode ser estudada, deve ser estudada e com isso, vem a proposta de
213
uma nova consciência social, pois cada educando precisa se portar como indivíduo social e
tem em si a responsabilidade histórica, ou seja, ele contribuirá para a formatação de sua
nação, aquilo que ela irá se tornar.
O objetivo da disciplina é mais que uma simples apresentação histórica, é pois uma
provocação pessoal e coletiva, pessoal por entender que sou responsável pelos meus atos e
coletiva por entender que o outro precisa ser visto como co-autor neste processo social
(consciência das mudanças ), e que sozinho não posso atingir grandes metas, tais como tem
nos mostrado os “movimentos sociais organizados”. Por fim, a sociologia é uma disciplina
clara em seus objetivos e os educandos são orientados para esta realidade..
Em linhas gerais, a sociologia é uma forma de pensar e interpretar a história, ou
seja, o homem e sua caminhada social. A partir dos teóricos, temos elementos que
sustentam nossa investigação sobre os fatos sociais, e assim obter conceitos claros da nossa
história, estudá-la e nos projetarmos nela.
Os educandos entendem que estudar sociologia significa se posicionar enquanto
cidadãos, enquanto estudantes, tendo consciência das realidades que se formam ao nosso
redor, de toda estrutura de governo administrativo, do papel social que cada qual possui e
isto é inegável. Neste sentido, apresentamos a importância do voto, e da responsabilidade
perante a política e outras iniciativas de caráter popular...
As idéias que as DCEs trazem são fundamentadas em teóricos que precisam ser
levados em conta, pois os mesmos apontam caminhos para se seguir numa investigação
sociológica participativa e bem contextualizada.
Autores como Karl Marx, Max Weber, nos comunicam suas maneiras de pensar,
criticar e projetar a sociedade a partir de suas pesquisas e interpretações. Por fim, a
sociologia é apresentada de forma determinada, fazendo sempre ligação com os clássicos
da sua origem, aqueles que fizeram estudos, esboços e aos quais tivemos acesso, nos
proporcionando assim, uma nova visão de mundo, de sociedade e de homem de forma
geral.
Nos primeiros contatos com a disciplina e ressaltada a sua importância, sua história,
as lutas pela volta aos currículos escolares, sua influência em época passadas, enfim, a
sociologia é importante como saber escolar pois forma opiniões, abre horizontes e
proporciona um senso crítico mais apurado, “comparado ao da filosofia”..
Neste processo de formação dos educandos, a sociologia contribui para a formação
da consciência social, a partir dos conteúdos, debates e todo material didático utilizado. O
desejo de conhecimento é característica dos jovens e a sociologia o apresenta de forma
crítica, estrutural e fiel ao contexto histórico.
214
Os conteúdos programados exercem o papel de consciência histórica e prática nos
educandos, sendo estes extraídos e trabalhados a partir do livro didático e outros recursos
(apostilas, pesquisas), que são propostas aos educandos como material de apoio.
Os textos seguem as diretrizes do PPP e PTD constituído e a partir dos temas
propostos pelo livro didático e a proposta acima citada, os educandos são conduzidos à
uma leitura dinâmica e crítica. Sempre com objetividades e levado em conta as
contribuições dos alunos durantes a leitura e questionamentos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; - Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. - O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais
- Processo de Socialização; - Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas; - Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
3.Cultura e Indústria Cultural
- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; - Diversidade cultural; - Identidade; - Indústria cultural; - Meios de comunicação de massa; - Sociedade de consumo; - Indústria cultural no Brasil; - Questões de gênero; - Cultura afro-brasileira e africana; - Culturas indígenas.
4.Trabalho, Produção e Classes Sociais
- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; - Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; - Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; - Globalização e Neoliberalismo; - Relações de trabalho; - Trabalho no Brasil.
5. Poder, Política e Ideologia
- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; - Democracia, autoritarismo, totalitarismo - Estado no Brasil; - Conceitos de Poder; - Conceitos de Ideologia; - Conceitos de dominação e legitimidade;
215
- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. - Direitos: civis, políticos e sociais; - Direitos Humanos;
6. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
- Conceito de cidadania; - Movimentos Sociais; - Movimentos Sociais no Brasil; - A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; -A questão das ONG's.
METODOLOGIA
Numa perspectiva crítica que contemple diferentes linhas interpretativas, a análise
sociológica da categoria trabalho, na contemporaneidade, deve problematizar o lugar da
mulher, do negro e do índio, das denominadas minorias.
É importante que o aluno do Ensino Médio conheça as formas pelas quais essas
minorias e parte considerável dos trabalhadores, vivenciam a discriminação, a exploração,
a opressão, o assédio moral. Pela apropriação e reconstrução do conhecimento
sistematizado, cabe à educação escolar garantir ao aluno a compreensão crítica das
mudanças nas relações de trabalho, problematizando a precarização do emprego que
amplia o quadro de exclusão e de instabilidade sociais.
Neste sentido a metodologia objetiva uma melhor compreensão dos conteúdos
aplicados, também as práticas pedagógicas são claras e ambas procuram fazer co que os
educandos entendam e assimilem cada conteúdo trabalhado. Por fim a sociologia é
apresentada como uma disciplina essencial na formação dos educandos para uma melhor
compreensão da sociedade em que vivemos e suas mudanças, revoluções e características
específicas, sempre com o objetivo de fazê-los compreender que cada um dele é parte
fundamental da sociedade. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino
são propostos: aulas expositivas, exercícios escritos e orais, leitura de textos: clássicos,
teóricos, contemporâneos, literários e jornalísticos, debates, seminários, pesquisas, análises
de filmes, músicas e outros.
AVALIAÇÕES
Por fim, as avaliações são conforme o entendimento dos educandos, sempre com
instrumentos diversificados, como, interpretação de textos, questões objetivas, provas com
exercícios que proporcionem uma leitura do conteúdo trabalhado em sala, associe
corretamente, pesquisas. A sociologia é compreendida como disciplina formadora de
conceitos, senso crítico e visão do todo e não de parcialidade no universo social.
216
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa
concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os
critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a
aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise
“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o
melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a
avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção
da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. A avaliação em
Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a
definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.
Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teóricos metodológicos
claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade
apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de aplicação direta,
pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos
fenômenos sócio-históricos.
Qual a concepção de avaliação de acordo com o PPP e as DCEs – Sociologia?
Conforme Luchesi (2005), alguns critérios básicos devem ser considerados no ensino da
sociologia:
a apreensão dos critérios básicos da ciência, articulados com a prática social.
A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente
A clareza e a coerência na exposição das idéias sociológicas
A mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais
A recuperação de conteúdos será realizada ao durante de cada bimestre, sendo
precedida por revisões e participações efetivas dos educandos, apresentando suas dúvidas
sobre os conteúdos...
REFERENCIAS: ADORNO, Theodor. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural.
BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro,1968.
217
BAUMAN, Zigmunt. Por uma sociologia crítica; um ensaio sobre o senso comum e
emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 11.ed.
Petrópolis: Vozes, 1994.
BOTTOMORE, Tom (Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1988.
COHN, Gabriel (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de janeiro: Livros Técnicos
e Científicos, 1977.
COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. In: Os Pensadores. v. XXXIII, São Paulo:
Editor Victor Civita, 1973.
COSTA PINTO, Luiz. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora
DOMINGUES, José. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Sites: http://sociologianreapucarana.pbworks.com/
ENSINO PROFISSIONAL
1. ANÁLISE AMBIENTAL
Carga horária total: 80 h/a – 67h
EMENTA: Tratamento de águas e efluentes industriais e domésticos. Controle da
qualidade da água e efluentes. Destinação de resíduos químicos e impactos ambientais.
Legislação sobre o uso e destinação da água e efluentes.
CONTEÚDOS:
• Histórico ambiental dos acidentes decorrentes da poluição hídrica e atmosférica;
• Poluição do ar e do solo;
• Geração de resíduos na Indústria Química e a importância do seu tratamento;
• Classificação dos tipos de matéria orgânica e outras substâncias presentes no esgoto,
autodepuração de rios e processos de eutrofização;
218
• Amostragem, análise microbiológica e físico-química de água e esgoto
(DQO,DBO,OD, nitrogenados, fosforados, sólidos, alcalinidade, dureza, óleos,
microbiológico, poluentes tóxicos, turbidez, cor, condutividade e pH.);
• Noções de legislação de água, esgoto e resíduos;
• Aspecto de funcionamento, operação e filosofia de tratamento de água, esgoto e lodo;
• Etapas de tratamento de águas: potável, de processos, caldeiras e torres de resfriamento
(ETA) (Coagulação, Decantação, Filtração, Cloração, Fluoretação, Correção de pH.
Resinas e Carvão Ativado);
• Etapas de tratamento de esgoto: físico, físico-químico e biológico (Gradeamento,
remoção de óleos, remoção de metais, remoção de substâncias tóxicas, correção de pH,
tanques de equalização, tratamento biológico, correção de nutrientes, remoção de
nitrogênio) de esgotos urbanos e industriais (ETE);
• Diferenciação dos tratamentos biológicos;
• Etapas de tratamento de lodo e resíduos químicos;
• Diferenciação das técnicas de disposição e diferenciação das operações envolvidas;
• Cálculos envolvendo eficiência de tratamentos, dosagem de produtos químicos, ação
do despejo nos corpos hídricos e dimensionamento simplificado de equipamentos de
tratamento de água e esgoto;
• Impactos ambientais. Abordagem conceitual do meio ambiente e do desenvolvimento
sustentável;
• Sistemas naturais;
• Fluxos de energia e fluxos bioquímicos;
• Recursos naturais.
BIBLIOGRAFIA
BAIRD, C. Química ambiental. Tradução da 2ª edição norte-americana. Porto Alegre : Bookman, 2002.
HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979
KOBAL, JUNIOR & JÚNIOR, L. SARTORIO. Química analítica quantitativa. São Paulo: Moderna, 1981.
MAHAN, Bruce H. Química um curso universitário. São Paulo: Edgard Blücher Ltda,1975.
PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1996.
219
RICHTER, C.A. ., AZEVEDO NETTO, J.M. Tratamento de Água. São Paulo: Edgard Blucher Editora Ltda., 1995.
ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004.
RODRIGUES, Jayme F. Química analítica quantitativa. São Paulo: Hemus Editora Limitada, s.d.
RUSSELL, John Blair. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1982.
SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústrias de processos químicos. Rio de Janeiro: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1980.
SEIZI, O. Fundamentos de Toxicologia, Atheneu Editora São Paulo Ltda., 1996.
TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.
VIANNA, Marcos Rocha. Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de Água. Belo Horizonte: Instituto de Engenharia Aplicada, 1992.
VOGEL, Arthur Israel. Química analítica quantitativa. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
2. FÍSICO-QUÍMICA
Carga horária total: 240h/a - 200h
EMENTA: Dispersões. Colóides. Curvas de solubilidade. Volumetria. Propriedades
físico-químicas da matéria: eletroquímica, corrosão, tratamento de superfícies.
CONTEÚDOS:
- Estudo das dispersões, características, classificações e mecanismo de dissolução;
- Colóides: classificação, preparação, purificação, propriedades, estabilidade e
precipitação.
- Montagem de curvas de solubilidade;
- Preparo de soluções, suas técnicas, nas diversas formas de expressar concentração de
soluções.
- Diluição de soluções.
- Formas de mistura de soluções que não reagem entre si.
- Princípio da equivalência para os cálculos de misturas que reagem entre si;
- Padronização de soluções;
- Identificação dos materiais e reagentes utilizados nas técnicas de Analise Volumétrica;
- Fundamentos teóricos e aplicação das Análises Volumétricas;
220
- Fenômenos de Oxi-redução;
- Estudo do funcionamento das pilhas e eletrólises;
- As leis da Eletroquímica;
- Formas de corrosão e meios corrosivos;
- Métodos de proteção contra a corrosão;
- Etapas do processo de Pré Tratamento e Eletrodeposição;
- Tipos de revestimento superficial e aplicações.
- Análise de materiais utilizados em recobrimentos de superfície.
BIBLIOGRAFIA
CASTELLAN, G. W.. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
BERRY, R. S.. Physical Chemistry. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2000.
BERRY, R. S.. Matter in Equilibrium, Statistical Mechanics and Thermodynamics. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2001.
COVRE, Geraldo J.. Química – O Homem e a Natureza. v.2. São Paulo: Editora FTD, 2000.
DE PAULA, J.; ATKINS, P.W.. Physical Chemistry. 7th Ed. Oxford: Oxford University Press, 2001.
FELTRE, Ricardo. Química. v.2. 4.ed .São Paulo: Editora Moderna, 1994.
LEE, J. D. Química Inorgânica não tão Concisa. São Paulo:Editora Edgard Blucher, data
LEMBO, Antônio. Química – Realidade e Contexto. V.2. Editora Ática. São Paulo: Editora Ática 1999.
LEVINE, I. N.. Quantum Chemistry. 5th ed. New York: Prentice Hall, 1999.
REIS, Marta. Completamente Química. São Paulo: Editora FTD. São Paulo. Data
3. FUNDAMENTOS DO TRABALHO
Carga horária total: 40 h/a – 33 h
EMENTA: O Trabalho Humano nas perspectivas ontológica e histórica: o trabalho como
realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura: o trabalho como
221
mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no mundo do
trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador.
CONTEÚDOS:
• Dimensões do trabalho humano;
• Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;
• Trabalho como mercadoria: processo de alienação;
• Emprego, desemprego e sub-emprego;
• Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;
• Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do trabalho;
• Qualificação do trabalho e do trabalhador;
• Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.
BIBLIOGRAFIA
AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.
ARANHA, M. L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1965.
FERNANDES, Florestam. Fundamentos da explicação sociológica – 3 ed. Rio de Janeiro:
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2002.
NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 3. ed. Série: Fundamentos. N.38. São Paulo: Ática, 1991.
SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.
4. LEGISLAÇÃO E NORMAS
Carga horária total: 80h/a - 67h
EMENTA: Normas regulamentadoras e legislação. Organização industrial.
CONTEÚDO:
- Legislações NBR e NRs;
222
- Higiene industrial e segurança no trabalho.
- Acidente.
- Incidentes.
- Atos e condições inseguras.
- Prevenção e combate de incêndios, extintores, EPIs, ergonomia, primeiros socorros,
choque elétrico e seus efeitos, mapa de risco;
- Princípios básicos de organização, controle e direção nos diversos setores da empresa; -
Documentação para abertura de microempresa; aspectos físico-legais das pequenas e
microempresas.
- Processo de dimensionamento e controle de estoque;
- Conceito de layout e a sua importância para a vida organizacional da empresa.
- Planejamento, elaboração, a administração e o cumprimento das etapas nos processos de
fabricação.
- Sistemas de Produção.
- Teorias motivacionais: liderança, espírito de equipe, capital intelectual.
- Relações humanas no trabalho: relacionamento interpessoal e intrapessoal, princípios
morais e éticos.
- Trabalho em equipe. Comportamento humano.
- Fenômenos Psicossociais (relações sociais).
- Ética.
BIBLIOGRAFIA
Normas ISO 9001, 14000, 17025
PACHECO, Jr Valdemar Gestão. da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.
TUBINO, D. F. . “Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica VIM – vocabulário internacional de metrologia
5. MATEMÁTICA APLICADA
Carga horária total: 80h/a - 67h
EMENTA: Números. Equações. Funções. Unidades. Logaritmo. Tratamento de dados e
informações. Probabilidades. Regressões.
223
CONTEÚDOS:
• Revisão com aplicação na área de química de:
• Equações de 1o e 2o graus;
• Sistema de equações de 1o grau;
• Função de 1o grau;
• Estudo da reta (interpolação de dados, adição de linhas de tendência); potenciação;
• Exponenciação;
• Logaritmo;
• Regra de três simples e composta;
• Conversão das principais unidades (matemáticas, físicas e químicas);
• Erros e tratamentos dos dados analíticos:
• Algarismos significativos;
• Erro de uma medida;
• Desvio;
• Exatidão e precisão;
• Tipos de erros;
• Precisão de uma medida;
• Limite de confiança da média;
• Teste F para comparar conjuntos de dados;
• Propagação de erros;
• Rejeição de resultados;
• Manuseio de calculadoras científicas e computadores;
• Estatística descritiva:
• Conceitos estatísticos (variável, população e amostra);
• Distribuição de frequência;
• Apresentação de dados (tabelas e gráficos);
• Medidas de tendência central (médias e mediana);
• Medidas de dispersão (desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de
variação);
• Correlações lineares simples;
• Probabilidades;
• Analise de regressão linear simples.
224
BIBLIOGRAFIA
BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.
D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione,1988.
DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.
KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na Matemática escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo: Atual,1997.
LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. 3vols. (Coleção do Professor de Matemática.)
LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e ensinando
Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1994.
Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.
Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.
PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa: Publicações Dom Pixote,1982. (Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso)
POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas.
Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de Matemática.
6. MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL
Carga horária total: 120h/a - 100h
EMENTA: Microorganismos. Fermentações. Bioquímica.
CONTEÚDOS:
m) Introdução a microbiologia.
n) Evolução do estudo dos microorganismos.
o) Microorganismos:
p) Classificação (reinos);
q) Taxonomia;
r) Morfologia e estrutura;
s) Ciclo de vida;
t) Metabolismo e nutrição (metabolismo aeróbio e anaeróbio);
u) Reprodução;
v) Principais classes de interesse econômico e ambiental;
225
w) Principais métodos para o desenvolvimento de culturas;
x) Técnicas de esterilização;
y) Uso do microscópio ótico;
z) Emprego da fermentação alcoólica, acética e láctica;
aa) Pasteurização e análise de leite;
bb) Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção
industrial dos derivados da Fermentação Láctea: queijo, iogurte e achocolatados;
cc) Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção
industrial dos derivados da Fermentação alcoólica: de vinhos, cervejas e bebidas
destiladas;
dd) Ação de microorganismos na deterioração de alimentos, matéria orgânica, de
máquinas e equipamentos;
ee) Estudo de água;
ff) Eletrólitos;
gg) Glicídios;
hh) Ácidos nucléicos;
ii) Lipídios;.
jj) Aminoácidos;
kk) Proteínas;
ll) Enzimas:
mm) Degradações e biossínteses;
nn) Oxidações biológicas.
BILIOGRAFIA
ALBERTS, B.; Bray, D.; LEWIS, J.; Ratt, M.; ROBERTS, K; WATSON, J. D.; Molecular Biology of the Cell; 3th ed.; U.S.A: Garland Publishing, 1994.
ALCÂNTARA, F.; CUNHA, M.A.; ALMEIDA, M.A.; Microbiologia: Práticas Laboratoriais; Portugal, Edições Universidade de Aveiro, 1996.
AZEVEDO, C.; Biologia Celular e Molecular; 3. ed..; Portugal: Lidel, 1999.
BROCK, M. et al. Biology of Microorganisms. 7 ed. Prentice Hall, 1994.
BRODY T: Nutritional Biochemistry, 2nd Ed, Academic Press, San Diego, 1999.
CAMPBEL, M.K. Bioquímica. Ed. Artmed, 2000.
CHAMPE, Pamela C. & HARVEY, Richard A. - Bioquímica Ilustrada.Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
CHAMPE, P.C. & HARVEY,R.A. Bioquímica Ilustrada. 2.ed. Porto Alegre: Artes MédicasSul (Artmed). 1996, 2002.
226
DEVLIN, Thomas M. – Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas – tradução da 4ª edição americana, 1998, Ed. Edgard Blucher Ltda;
DEVLIN, T.M. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. Ed. Edgard Blücher LTDA. 5ª edição americana, 2004.
JAWETZ, E. et. al. Microbiologia básica. 18. ed. 1991. Artes Médicas.
KRAUSE, M. V. Alimentos, nutrição e dietoterapia. São Paulo : Livraria Roca Ltda. 1991.
LEHNINGER, A. L. & NELSON, D. L. & COX, M. M. - Princípios de Bioquímica. São Paulo, Sarvier, 1995. pp 33-34; 238.
MARZZOCO, A. & TORRES, B. B. Bioquímica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
MONTGOMERY, R. & CONWAY, T. W. & SPECTOR, A. A. Bioquímica - Uma abordagem dirigida por casos. Artes Médicas, 1994. pp 158-159.
MURRAY R K, GRANNER D K, MAYES P A, RODWELL V W: Harper's Biochemistry. 25th London: Ed, Prentice-Hall Internacional Inc, 2000.
PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1996.
SALIENS, A.A.; WHITT, D.D. Bacterial pathogenesis: a molecular approach. 1994.
STRYER L: Biochemistry. 4th Ed. New York :International Student Edition. W H Freeman and Company, 1995.
MCKEE T, MCKEE J R: Biochemistry. An Introduction. Wm. C. Brown Publishers, London: 1996.
TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.
TORTORA, G.J. Microbiology: an introduction. 6. ed. 1998.
VOET, D. & VOET, J.G; PRATT, C. Fundamentos de Bioquímica . Porto Alegre: Artmed, 2000.
7. PORTUGUÊS TÉCNICO
Carga horária total : 40h/a - 33h
EMENTA: Linguagem. Escrita. Oralidade.
CONTEÚDOS:
k) Linguagem: coloquial, formal, técnica e científica;
l) Escrita:
m) Redação;
227
n) Análise e interpretação de textos;
o) Importância dos elementos de coesão e coerência na construção de textos;
p) Domínio da língua padrão (acentuação gráfica, ortografia, crase e pontuação);
q) Narração;
r) Técnica de resumo (síntese e resenha);
s) Relatórios (relatório técnico-científico, relatório de estágio);
t) Dissertação;
u) Redação oficial (procuração, requerimento, ofício, Currícullum Vitae redação
comercial, contrato, ata, solicitação de emprego, demissão e reclamação);
v) Estrutura de projetos;
w) Normas da ABNT para apresentação de trabalhos e confecção de relatórios;
x) Oratória;
y) Seminários.
BIBLIOGRAFIA
AGUIAR, Vera Teixeira de. A literatura infantil no compasso da sociedade brasileira. In:
ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. 5. ed. São Paulo: Martins, 1974.
ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1968.
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 1977.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1980.
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96.
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão. História da literatura. 2. ed. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1994.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.17.ed. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1997.
FARACO, Carlos Alberto e Tezza, Cristovão. Práticas de texto Língua Portuguesa para nossos estudantes. Petrópolis: Vozes, 1992.
FARACO, Carlos Alberto; Madryk, David. Língua Portuguesa Práticas de redação para estudantesn universitários. Petrópolis: Vozes, 1994.
GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.
HOUAISS,A. Dicionário Houaiss da Língua Protuguesa. Rio de Janeiro;Objetiva, 2001.
KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. 6. ed. Coimbra: Armênio Amado, 1976.
LAPA, M. Rodrigues. Estilística da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
Língua Portuguesa/ Varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.
228
TERRA, Ernani & NICOLA, José De. Práticas de linguagem – leitura e produção de textos – ensaios. São Paulo: Scipione, 2001.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11 ed. São Paulo: Global, 2003.
8. PROCESSOS INDUSTRIAIS
Carga horária total: 140h/a - 117h
EMENTA: Operações unitárias de uma indústria. Instalações industriais e
dimensionamento de equipamentos. Montagem de projeto. Balanço de Massa. Balanço de
Energia.
CONTEÚDOS:
1. Propriedades físicas da matéria;
2. Conversão de unidades;
3. Conceituação de operações unitárias e aplicação industrial tais como:
4. Agitação e mistura (sistemas de agitação de fluxo e rotativo);
5. Filtração (meios filtrantes, filtros prensas, filtro a vácuo);
6. Transferência de calor (trocadores de calor, evaporadores, secadores e
fornos, destiladores, geradores de vapor, sistemas de refrigeração, torres de
resfriamento);
7. Absorção (lavadores de gases, colunas de extração);
8. Transporte de matéria (bombas, correias transportadoras);
9. Cominuição (britadores e moinhos);
10. Classificação Granulométrica (peneiras);
11. Noções de cálculo de balanço de massa e energia em fluxogramas de
processos;
12. Montagem de projeto de uma indústria na área da química contemplando:
13. Descrição de processo,
14. Balanço de massa,
15. Balanço de energia,
16. Dimensionamento de equipamentos,
17. Custos e Índices econômicos;
229
18. Leitura e interpretação de simbologia de tubulações e equipamentos e
confecção de layout.
BIBLIOGRAFIA
BENNET, Carrol O.; MYERS, John E. Fenômenos de transporte: quantidade de movimento, calor e massa. São Paulo: McGraw-Hill, 1978.
BROWN, George G. Operaciones básicas de la ingenieria química. Barcelona: Manuel Marín, 1955.
COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Teconologia química, v.II: operações unitárias. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1968.
PERRY and SHILTON. Manual do Engenheiro Químico.
TUBINO, D. F. . Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica.
9. QUÍMICA ANALÍTICA
Carga horária total: 280h/a - 233h
EMENTA: Normas de segurança em laboratório Químico. Materiais e equipamentos de
laboratório. Periculosidade de reagentes. Análise qualitativa. Reações. Princípio da
equivalência. Padronização. Analise Volumétrica. Análises Gravimétricas. Análise
instrumental.
CONTEÚDOS:
- Reconhecimento da dinâmica do ambiente laboratorial: usos de equipamentos individuais
de segurança (EPI’s),
- noções de primeiros socorros em casos de acidentes envolvendo produtos químicos,
- leitura de rótulos de reagentes químicos e interpretação da simbologia química para a
identificação da sua periculosidade,
- incompatibilidade de armazenamento de reagentes químicos.
- Obtenção, organização e interpretação dos dados relevantes da prática para a elaboração
do relatório.
- Propriedades gerais da matéria.
-Mudanças de estado físico.
- Separação de misturas.
230
- Características das substâncias puras e misturas: pontos de fusão e ebulição, densidade,
solubilidade e condutividade elétrica.
- Indicadores ácido-base e sua aplicabilidade.
- Reações de síntese, decomposição, simples troca e dupla-troca.
- Análise por via úmida de cátions e ânions, teste de chama e pérola de bórax;
- Elaboração e redação de fluxogramas.
- Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Volumétricas de Complexação,
Precipitação e Oxi-redução.
- Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Gravimétricas.
- Coleta e preparo de amostras.
- Cálculos químicos envolvidos nos Métodos Analíticos Quantitativos;
- Compilação de dados obtidos na análise através de cálculos de análises nas diversas
concentrações e da pureza dos produtos.
- Técnicas modernas de análise qualitativa e quantitativa para compostos orgânicos e
inorgânicos através de equipamentos de: Ultravioleta – Visível, Absorção atômica,
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa, Plasma, Infravermelho.
BIBLIOGRAFIA
BACCAN, N. Química Analítica Quantitativa Elementar . 3. ed. 2001.
BACCAN, N.; GODINHO, O. E. S.: ALEIXO, LM.; STEIN, E. Introdução à Semi-microanálise Qualitativa., Campinas: Editora da Unicamp, 1987.
COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L. B. Introdução a métodos cromatográficos. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.
EWING, G. Métodos instrumentais de Análise Química, v.I.. São Paulo: Universidade de São Paulo, edição Edgard-Blucher, São Paulo, 1972.
EWING, G. W. Instrumental methods of chemical analysis. New York : McGraw-Hill Book, 1985.
EWING, G. W. Métodos instrumentais de analise química. São Paulo : Edgard Blucher , 1990.
FELTRE, Ricardo. Química – Volumes 2. Ed. Moderna. 4a edição. São Paulo. 1994.
HARRIS, D. Exploring Chemical Analysis. Library of Congress Catologing. In.: Publication Data, 1996.
HARRIS, D. C. Quantitative chemical analysis. New York : W.H. Freeman, 1991.
231
HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC, 5. ed. 2001.
KING, E. J . Análise Qualitativa . Rio de Janeiro: Interamericana, 1981.
KING, R.D. Development in food analysis. New York: Elsevier, vol. 3, 1984. 217 p.
KOBAL, Junior & SARTÓRIO Júnior, L. Química Analítica Quantitativa. São Paulo. Moderna,1981.
LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 2. Ed. Ática. São Paulo: Ed. Ática, 1999.
MACLEOD, A.J. Instrumental methods of analysis. New York: John Wiley & Sons, 1973.
OHLWEILER, O. A. - "Fundamentos de Análise Instrumental", Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos 1981, 486 pp.
Harris D.C. - Análise Química Quantitativa, 5th. ed., (Carlos A. S. Riehl e Alcides W.S. Guarino - trads.), Rio de Janeiro, LTC-W.H. Freeman 2001.
RODRIGUES, Jayme F. Química Analítica Quantitativa. São Paulo: Hemus Editora Ltda, s.d.
SKOOG, D. A. Principles of instrumental analysis. New York : Holt , c 1971.
SKOOG, D. A., LEARY, J. J. Principles of instrumentation analysis. Orlando : Saunders College Publishing , 1990.
SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J. Analytical chemistry : an introduction. Philadelphia : Saunders College , c1990.
SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental analysis. Philadelphia : Saunders College Publishing , c1998.
SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; MIEMAN, T. A.- Princípios de Análise Instrumental, 5. ed., (Ignez Caracelli, Paulo C. Isolani et al. - trads., Célio Pasquini, supervisão e revisão), Porto Alegre/São Paulo, Artmed - Bookman (2002).
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.. Fundamentos de Química Analítica. Tradução da 8. ed. norte-americana. São Paulo: Thomson Learning, 2005.
TYSON, J. Analysis - What Analyitical Chemists DO Royal Society of Chemistry Paperbacks. London, 1988.
VAITSMAN, Delmo S., BITTENCOURT, Olymar A. Análise Química Qualitativa. Rio de Janeiro: Campos , 1981.
VOGEL; BASSET; DENNEY; JEFFERY; MEDHAM - Análise Inorgânica Quantitativa. Ed, Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro,1981.
VOGEL, A. Química Analítica Quantitativa. São Paulo. Mestre Jou, 1981.
232
10. QUÍMICA GERAL
Carga horária total: 160h/a – 133h
EMENTA: Matéria e sua natureza; Tabela Periódica. Ligações químicas. Gases.
Propriedades coligativas. Cinética e equilíbrio Químico.
CONTEÚDOS:
• Introdução ao estudo da química;
• A química na abordagem do cotidiano;
• Definições de química;
• Estrutura da matéria;
• Substâncias simples e compostas;
• Métodos de separação de misturas;
• Fenômenos físicos e químicos;
• Modelos atômicos;
• Diagrama de energia e distribuição eletrônica;
• Tabela periódica: classificação, propriedades;
• Ligações químicas;
• Química descritiva (obtenção e aplicação das principais elementos e substâncias
químicas);
• Estudo dos gases – propriedades e funções de estado;
• Transformações gasosas;
• Volume molar e condições normais de temperatura e pressão (CNTP);
• Equação de Clapeyron;
• Misturas gasosas – pressões e volumes parciais;
• Cálculos estequiométricos envolvendo gases;
• Densidade e efusão de gases;
• Propriedades coligativas: definição, classificação, tonometria, ebuliometria,
criometria, propriedades coligativas em soluções iônicas, osmometria;
• Cinética das reações químicas e seus efeitos;
• Função dos catalisadores e seus principais mecanismos de ação;
• Equilíbrio nas reações químicas;
• Deslocamento de equilíbrio;
233
• Conceitos de pH e pOH;
• Efeitos da hidrólise de sais;
• Solução tampão e suas aplicações;
• Produto de solubilidade.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96. Química/ Vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.
CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.
COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New York: John Wiley, l988.
COTTON, F.A.; Wilkinson, G.; GAUS, P.L.; Basic Inorganic Chemistry, 3rd ed., Wiley, 1994.
Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in Inorganic Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.
FELTRE, Ricardo. Química Geral. V. 1. Ed. Moderna. 4. ed. São Paulo. 1994
HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity. 2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.
HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th ed., New York: Harper Collins College Publishers, 1993.
KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, V.1 e V.2., Editora LTC. 3. ed., 1998.
LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição inglesa 1999 Ed. Degard Blucher Ltda.
LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. V. 1. Ed. São Paulo. 1999.
MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1993.
OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, vol. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.
PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.
PADILHA, A.F. Materiais de Engenharia - Microestrutura e Propriedades, Ed. Hemus, 2000.
PIMENTEL, G. Chem Study Química, uma ciência experimental. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno, vol. I e II. São Paulo: Edgard Blücher, 1974.
234
RIOS, E.G.; Química inorgânica; Editorial Reverte: Barcelona, 1978.
RUSSELL, J. B. Química Geral, vol. 1 e 2, 2ª Ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química, Ed. Ática, São Paulo, 1981
SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-química, Química Orgânica, Ed. Ática.
SHACKELFORD. Introduction to Materials Science, Pearson Education do Brasil Ltda, 2000.
SHREVE, R. N. BRINK, J. A. Jr., Indústrias de Processos Químicos, trad.. Horácio Macedo, 4a. ed., Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1980
SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry, third edition 1999 Oxford
TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna. 1996, São Paulo.
USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3.2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996,.
VAN VLACK, L. H. Princípios de Ciência dos Materiais, Editora Edgar Blücher, 1970.
11. QUÍMICA INORGÂNICA
Carga horária total: 180h/a - 150h
EMENTA: Materiais e equipamentos de laboratório. Funções químicas. Neutralização.
Unidades de grandezas. Cálculos estequiométricos. Estrutura materiais. Processos
industriais inorgânicos.
CONTEÚDOS:
- Identificação, manipulação e adequação ao uso de materiais, vidrarias e equipamentos
utilizados no laboratório de Química.
- Funções químicas: ácido, base, sal e óxido.
- Propriedades das substâncias de acordo com as funções químicas,
- Utilização de indicadores acido-base e sua aplicabilidade.
- Reações de neutralização.
- Equações de ionização e dissociação iônica.
- Grandezas químicas: massa atômica e molecular.
235
- Conceito de mol;
- Constante de Avogadro.
- Volume molar.
- Leis Ponderais das Reações Químicas;
- Cálculos estequiométricos: relações entre massa, mol e volume molar, rendimento, grau
de pureza, reações consecutivas e reagentes em excesso.
- Termoquímica: Entalpia: princípios das termodinâmicas, energia interna, medida da
entalpia, lei de Hess, definição de diversos calores de reação.
- Entropia.
- Energia Livre.
- Radioatividade
- Estrutura de sólidos cristalinos amorfos.
- Estruturas e processos de materiais metálicos.
- Estruturas e processos de materiais cerâmicos.
- Processos industriais de produção de Ácidos: Clorídrico, Nítrico e Sulfúrico.
- Processos industriais de produção de fertilizantes.
- Processos industriais de produção de aglomerantes hidráulicos: cal e gesso.
- Processos industriais de produção de Cimento.
- Processos industriais de produção de vidros.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96. Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.
CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.
COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New York: John Wiley, 1988.
COTTON, F.A.; Wilkinson, G.; GAUS, P.L.; Basic Inorganic Chemistry, 3rd edition, Wiley, 1994.
Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in Inorganic
Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.
FELTRE, Ricardo. Química Geral. v. 1.. 4. ed. São Paulo: Ed. Moderna. 1994
HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th edition, New York: Harper Collins College Publishers, 1993.
HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity. 2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.
236
KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, 3.ed. v.1 .2. Editora LTC, 1998.
LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 1. ed. São Paulo, 1999.
LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição inglesa 1999 Ed. Degard Blucher Ltda.
MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1993.
OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, v. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.
PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.
PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno. v. I e II. São Paulo: Edgard Blücher, 1974.
PIMENTEL, G. Chem Study Química, uma ciência experimental. Lisboa: Ed. Fundação Calouste Gulbenkian.
RIOS, E.G.; Química inorgânica. Barcelona, Editorial Reverte: 1978.
RUSSELL, J. B. Química Geral, v.. 1 e 2, 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. São Paulo: Ed. Ática, 1981.
SARDELLA, A. Curso de Química. v1,2, e 3. Química Geral, Físico-química, Química Orgânica, Ed. Ática.
SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry. 3.ed. 1999. Oxford 1996.
USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 1996.
12. QUÍMICA ORGÂNICA
Carga horária total: 320h/a - 267h
EMENTA: Química orgânica e sintética. Reações orgânicas e mecanismos. Polímeros.
Cosméticos. Domissanitários. Análise orgânica.
CONTEÚDOS:
- Introdução a Química Orgânica.
- Estudo do Carbono: Tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do carbono.
- Classificação de cadeias carbônicas.
237
- Identificação, caracterização, nomenclatura e elaboração de formulas das Funções
Orgânicas: Hidrocarbonetos, Oxigenados, Nitrogenados e outras funções.
- Aplicação dos conceitos de isomeria no reconhecimento dos compostos orgânicos.
- Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-Lowry e
Lewis.
- Identificação dos tipos de rupturas de ligações em compostos orgânicos.
- Identificação e classificação dos principais intermediários de reações químicas orgânicas.
- Identificação dos compostos que reagem por adição, substituição, eliminação e previsão
dos produtos formados.
- Aplicação de conceitos de oxi-redução em reações orgânicas.
- Fundamentos de compostos poliméricos: forças de ligação nos polímeros, mecanismos de
polimerização, reações de polimerização, matérias primas, síntese de polímeros e
principais processos de sínteses poliméricas.
- Classificação, propriedades físico-químicas, fabricação, transformação, usinagem e
colagem de plásticos.
- Comportamento dos plásticos em relação às variações de formas, com dependência do
tempo.
- Reciclagem de produtos plásticos.
- Produtos, processos e controle de qualidade (viscosidade e refração) para obtenção em
laboratório e produção industrial de tintas, vernizes, pasta celulósica e papel.
- Normas regulamentadoras de produtos industrializados, segundo a ABNT.
- Açucares: identificação dos principais açúcares, sua origem e aplicação; extração da
sacarose da cana-de-açúcar, caracterizando através de análise orgânica a glicose, sacarose e
frutose; distinção entre açúcar redutor e não redutor; extração da lactose do leite.
- Identificação por meio de nomenclatura e formulação dos ácidos carboxílicos superiores.
- Extração de óleos e gorduras pelo método de solvente.
- Extração de essências.
- Tensoativos: tensão superficial, matéria prima, produtos e aplicações.
- Produtos, processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção
industrial de sabões, detergentes, material de limpeza e cosméticos.
- Identificação de propriedades físicas de um composto orgânico puro e a presença de
halogênios, nitrogênio e enxofre no mesmo.
- Identificação de funções orgânicas por meio de reações químicas específicas. Obtenção
de um derivado de um composto puro.
238
BIBLIOGRAFIA
ALLCOCK, H., LAMPE, F. Contemporary Polymer Chemistry. 1990.
ALLINGER, Norman, CAVA, Michael P. & at all . Química Orgânica . Rio
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VOGUEL, Arthur Israel. Química Analítica Orgânica. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
PLANO DE ESTÁGIO:
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
• Identificação da Instituição de Ensino:
Nome do estabelecimento: Col.Est.Alberto Santos Dumont - EFM Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná Endereço: Rua Erasto Gaertner nº 64 Centro Município: Apucarana NRE: Apucarana
• Identificação do curso:
Habilitação: Técnico em Química
Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais
Carga horária total:
Do curso: 1720h/a (1433 horas)
Do estágio: 80h/a (67horas)
Carga horária total com o Estágio Supervisionado: 1800h/a ( 1500 horas)
• Coordenação de Estágio:
240
• Justificativa O Estágio Profissional Supervisionado, é uma atividade curricular, um ato educativo
assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração dos
estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso pedagógico que
permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática
adquiridas nos estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais
com percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas de
trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem
executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao
desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre o aspecto
produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está presente por
ser o momento de inserção do aluno na realidade do trabalho, para o entendimento do
mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer formas
de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método de modo que propicie um
desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que os
alunos tenham acesso as conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na legislação
vigente, atende as exigências do curso, decorrentes da área industrial do eixo tecnológico
Controle e Processos Industriais, do qual faz parte o Curso Técnico em Química. Devendo
ser planejado, executado e avaliado de acordo com o perfil profissional exigido para
conclusão do curso considerando os dispositivos da legislação específica, quais sejam:
• a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
• a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
• a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em
especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao
educando;
• o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que
estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a
promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando principalmente,
os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de
organização do trabalho e a;
241
O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em Química, Forma
Integrada e Subsequente, deverá ser realizado através da execução de atividades inerentes
aos conteúdos teórico-práticos desenvolvidos nas séries/semestres cursadas ou em curso
pelo aluno.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos Alunos
do Curso Técnico em Química.
3.3.3.3. Objetivos do Estágio 5.1. Objetivo Geral do Estágio
Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,
propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando.
5.2. Objetivos Específicos do Estágio
3. Proporcionar ao aluno o contato com as atividades químicas relacionadas a área da
indústria no mundo do trabalho.
4. Oportunizar experiência profissional diversificada na área de química na abrangência
do curso.
5. Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das experiências
realizadas.
6. Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos setores do
campo de estágio.
• Local (ais) de realização do Estágio
O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde que
qualificados para este fim, conforme legislação vigente:
10. Sanepar;
242
11. Secretaria do Meio Ambiente;
12. Empresas que trabalham com produtos Químicos;
13. Instituições de Ensino Superior;
14. Comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades próximas.
• Distribuição da Carga Horária:
A carga horária do Estágio Supervisionado será de 80 horas/aula ou 67 horas, sendo
cumpridas preferencialmente em igual proporção na área da Indústria, subdividida da
seguinte forma:
10. sendo 40 horas\aula – 34 horas no 3º Semestre;
11. 40 horas\aula – 34 horas no 4º Semestre.
• Atividades do Estágio
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de inserção
do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os conhecimentos
construídos ao longo dos semestres em reflexão e compreenda as relações existentes entre
a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de seleção,
organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita ao estudante
contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão crítico e ético,
dentro de uma organização concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a
desempenhar.
O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social,
profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação em situações
reais de vida e trabalho em meio às atividades ligadas à indústria, listadas abaixo:
• Trabalhos de pesquisas de temas do curso com apresentações em sala de
aula;
• Seminários e palestras para uma melhor integração com o ambiente
industrial;
• Pesquisas visando melhorias do próprio curso;
243
• Atividades práticas identificando elementos de riscos no ambiente de
trabalho;
• Oficinas de processos industriais;
• Análises em laboratório de química;
• Elaboração de um projeto de final de curso;
• Utilização de vídeos sobre as tecnologias englobadas no curso;
• Visitas técnicas supervisionadas;
• Debates realizados com profissionais de área da química;
• Utilização de recursos audiovisuais para uma melhor explanação de
conteúdos, dentre outras.
• Atribuições da Mantenedora/Estabelecimento de Ensino
O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento didático-
pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de competência
da instituição de ensino, sendo planejado, executado e avaliado em conformidade com
os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no Projeto
Político-Pedagógico, Plano de Curso e descrito no Plano de Estágio. A instituição de
ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no
Plano de Estágio, observado:
• realizar Termo de Cooperação técnica para estágio com o ente público ou
privado e concedente de estágio, de acordo com o Decreto nº 897/07 de
31/05/07, para a formalização do Termo de Convênio será necessário a
prévia e expressa autorização do Governador do Estado do Paraná;
� elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com
seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as
condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e
244
modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário
escolar;
� submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente
com o Projeto Político-Pedagógico;
� respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;
� celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18
anos; com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade
contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se
idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou
público;
� celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou
privado concedente do estágio;
� elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente com
o Projeto Político Pedagógico;
� contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
� exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
245
� realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio
previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica
e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo
professor orientador de estágio;
� elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de
estágio;
� reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando houver
descumprimento das normas pela Unidade concedente;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estudante, vedadas atividades:
a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de
um dia às cinco horas do outro dia;
8. realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;
d) perigosas, insalubres ou penosas.
9.9.9.9. Atribuições do Coordenador de Estágio
� promover junto ás Instituições Públicas e Privadas parcerias visando a
realização do estágio;
� firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso junto à
Direção do Estabelecimento e o ente concedente;
246
� coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;
� elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de
distribuições de alunos nos locais de estágios;
� manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo estágio
procurando dinamizar e aperfeiçoar as condições de funcionamento do
estágio;
� promover reuniões com as instituições de estágio;
� coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o
cumprimento, pelo estagiário, da assiduidade, responsabilidade,
compromisso e desempenho pedagógico;
� coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões de
avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de acordo
com o sistema de avaliação;
� coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);
� providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso nas
empresas;
247
� informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas
do estágio;
� acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação,
supervisão e avaliação de sua execução;
� comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;
� disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão realizados
os estágios, os modelos de relatórios, fichas, etc;
� entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.
11. Professor Orientador de Estágio
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador de
estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades.
� Compete ao professor orientador:
3. solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente relatório, que
integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta:
local de estágio; agentes químicos, físicos e biológicos ; o equipamento de trabalho e
sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a
formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
248
4. exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo não
superior a 6 (seis) meses;
5. elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e instrumentos de
avaliação dos estágios de seus estudantes;
6. esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente do estágio o
Plano de Estágio e o Calendário Escolar;
7. planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de
atividades a serem realizadas pelo estagiário;
8. proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de
acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante
relatório;
9. zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
10. elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;
11. conhecer o campo de atuação do estágio;
12. orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;
13. esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação técnica e Termo
de Compromisso;
249
14. orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos à
prática pedagógica;
15. orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio, relatórios e
demais atividades pertinentes;
16. orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,
procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;
17. atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário determinado pelos
Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;
18. propor alternativas operacionais para realização do estágio;
19. orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa científica e produção
das atividades (Planos, Relatórios) conforme normas ABNT, coordenar o
desenvolvimento das mesmas;
20. motivar o interesse do aluno para a realização do estágio e mostrar a importância do
mesmo para o exercício profissional;
21. avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e apresentação
de relatórios do mesmo;
250
22. atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no estágio;
23. promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos
estagiários, encaminhando ao final de período à coordenação de estágio, as fichas de
acompanhamento das atividades, avaliação e frequências;
24. comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações do estágio;
25. levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades que venham
ocorrer no desenvolvimento dos trabalhos;
26. comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e Coordenação de
estágio;
27. manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
12. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com serviços
auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas
em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade jurídica
pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em
seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de Compromisso de
Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente estará criada a condição legal e
251
necessária para a realização do estágio curricular supervisionado na organização
concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir condições
mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e participar das
atividades, durante a execução do estágio curricular supervisionado, ofertando instalações
que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de aprendizagem social,
profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas
atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios relacionados a
transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não caracterizando vínculo
empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades
educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para eventual
fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:
28. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;
29. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades
de aprendizagem social, profissional e cultural;
252
30. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência
profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar
e supervisionar o desenvolvimento das atividades de estágio;
31. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice
seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso
de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do
seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela
mantenedora/instituição de ensino;
32. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do
desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos
períodos e da avaliação de desempenho;
33. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário
responsável pela orientação e supervisão de estágio;
34. zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.
35. conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de ensino;
36. orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;
37. preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de Estágio;
38. orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;
253
39. manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;
40. oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que permitam
uma visão real da profissão;
41. avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de estágio;
− propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.
− deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para supervisionar e
acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou experiência na área.
13.Atribuições do Estagiário
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no
Termo de Compromisso, considerando:
3. a anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente
legal, se menor;
4. a concordância da instituição de ensino;
− a concordância da parte concedente;
254
− o estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais
compromissos escolares;
− no estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra forma de
contraprestação acordada;
− a eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação e
saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
− fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação,
sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de
recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.
− ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo
sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.
− o aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar paralelamente o estágio
não-obrigatório, sem prejuízo do aprendizado.
• Antes da realização do estágio, o estagiário deve:
• estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
• elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor Orientador do
Estágio;
255
• participar de atividades de orientação sobre o estágio;
• observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
• zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio.
oo) Durante a realização:
z) conhecer a organização da Unidade Concedente;
� respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga horária no
período estabelecido pela Coordenação de Estágio;
� acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
k) zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
l) manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
m) cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado com a
Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
� manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão
do andamento do estágio;
ter postura e ética profissional;
256
� zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos
danos pessoais e materiais causados;
• Depois da realização:
� elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
� entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da realização
do Estágio assinados e em tempo hábil;
� apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;
� entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela
Coordenação de Estágio;
� apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .
14.Forma de acompanhamento do Estágio
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas e/ou
Privadas e Industrias, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de encaminhamento:
1 - Coordenador de Estágio, que será o elo de ligação entre a Escola e o local de
realização do Estágio.
257
2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano Individual
de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o estagiário e deverá ser
instrumento de base ao Supervisor do local de realização do Estágio.
3 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do
Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano estabelecido
pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do
estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos, documentação de
estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as
partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a
serem aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.
15. Avaliação do Estágio
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um
processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente
em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial
para análise do desempenho do aluno e da escola em relação à proposta.
Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:
Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada pelo Professor
Orientador;
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio Profissional
Supervisionado;
Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .
O Relatório de Estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas a serem
definidas pela Coordenação de Estágio.
O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é expresso
através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula zero)
através de uma média aritmética das avaliações definidas pela Coordenação de Estágio.
Será considerado reprovado o aluno que:
6. não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período letivo;
7. aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final;
258
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I, NA EDUCAÇÃO
BÁSICA
APRESENTAÇÃO
O Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica, se caracteriza por ser uma ação do sistema de ensino no sentido de acolher a diversidade ao longo do processo educativo, constituindo-se num serviço disponibilizado pela escola para oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de sua potencialidade, o que é indispensável ao sucesso nas atividades acadêmicas.
Essa modalidade de ensino cujo a programação a ser desenvolvida atende alunos com necessidades educativas especiais, que frequentam o Ensino Fundamental do 6° ao 9° ano, não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição de conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula comum, mas deve ser constituído por um conjunto de procedimentos específicos, onde o professor da Sala de Recursos irá intervir como mediador utilizando procedimentos educacionais didáticos, com métodos, atividades diversificada e extra curriculares, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio afetivo-emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos, com ações definidas de acordo com as necessidades individuais do aluno.
As pessoas com necessidades educacionais especiais têm assegurado pela Constituição Federal de 1988, o direito à educação (escolarização) realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica, na escola onde estejam matriculados, em outras escolas, ou em centros de atendimento educacional especializado. Esse direito também está assegurado na LDBEN – Lei nº 9.394/96, no parecer do CNE/CEB nº 17/01, na Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, na lei nº 10.436/02 e no Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
No Paraná o funcionamento da SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I, NA EDUCAÇÃO BÁSICA para o Ensino Fundamental nas séries finais, segue INSTRUÇÃO Nº 016/2011- SUED/SEED, considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial como: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N º 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE Nº 17/01; a Resolução CNE N ° 02/01; e a Deliberação N ° 02/03 – CEE – PR. DEFINIÇÃO Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos
259
globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculadas na rede pública de Ensino.
ALUNADO • Para efeito de atendimento educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica, são considerados os educandos regularmente matriculados no Ensino Fundamental nas series finais que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiências Intelectual, Fisica Neuromotora, Transtornos Globais de Desenvolvimentos e/ou Transtornos Funcionais Específicos.
• Destinada ao atendimento de alunos com limitações significativas do funcionamento intelectual e do comportamento social; são pessoas que apresentam prejuízos na organização, na estruturação e na re-elaboração do conhecimento, dificultando o processo de identificação, construção e assimilação de conceitos, ou seja, possuem dificuldade em abstrair por meio da projeção das ações práticas em pensamento (processo natural das pessoas que tem Deficiência Mental).
• Atende alunos da própria escola e escolas da região, nas quais ainda não exista esse atendimento.
ORGANIZAÇAO DE ATENDIMENTO
Na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma, podendo ser atendidos de forma individualizada ou em grupos, organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas, com cronograma de atendimento com vistas ao progresso global, adoção de estratégias funcionais na busca de alternativas para potencializar o cognitivo, emocional, social, motor e / ou neurológico. A carga horária não deverá ultrapassar duas (2) horas de efetivo trabalho, podendo ser de duas (2) a quatro (4) vezes por semana, variando de acordo com as necessidades e condições de cada aluno. O atendimento na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica, é complementar ao trabalho da classe comum, na qual o aluno está matriculado, pois sua aprendizagem deve acontecer nessa classe, sendo a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica, um local de apoio didático e pedagógico à construção dessa aprendizagem e não reforço escolar, que muitas vezes é confundido por professores que não entendem o que é uma sala de recursos e qual a sua proporção.
O educando freqüenta essa sala durante o tempo que for necessário, para superação das dificuldades.
TRABALHO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO NA SALA DE RECURSOS
260
O atendimento Educacional Especializado, de natureza pedagógica na Sala de Recursos multifuncional tipo I, na Educação Básica, deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para a apropriação e produção do conhecimentos.
261
ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO
O aluno que apresenta comprometimento nas áreas de desenvolvimento, apresenta dificuldades de aprendizagem, necessitando de um atendimento educacional adequado, visando garantir o seu desenvolvimento integral.
Indicamos, a seguir, áreas do desenvolvimento humano, a serem trabalhadas em crianças com dificuldades de aprendizagem, nesta modalidade de atendimento, que são essenciais no processo ensino-aprendizagem.
Área Psicomotora Área Cognitiva Área Sócio-Afetivo Emocional • Esquema Corporal • Lateralidade • Estruturação e Organização
Espacial • Estruturação e Organização
Temporal • Equilíbrio, Tônus e Postura • Coordenação Dinâmica
Manual/Visomotora
• Percepções: Visual, Auditiva, Gustativa, Olfativa, Tátil e Temporal.
• Memória: Visual, Auditiva, Gustativa, Olfativa, Tátil e Temporal.
• Atenção/Concentração • Raciocínio • Conceituação • Linguagem
• Respeito as diferenças • Relações e emoções positivas
(alegria, respeito,...). • Respeito de regras, limites... • Bons hábitos sociais e pessoais. • Reforço positivo. • Elevação da auto-estima. • Respeito ao erro como processo
para aquisição do conhecimento. • Autoconhecimento • Limites
ÁREA PSICOMOTORA – PSICOMOTRICIDADE Entende-se por psicomotricidade a integração das funções motoras e mentais, comandadas pelo Sistema Nervoso Central. A psicomotricidade destaca a conexão íntima dos aspectos afetivos com a motricidade, com o simbólico e com o cognitivo. Segundo Piaget, a realização do movimento leva à assimilação, pois favorece a formação das imagens mentais (Pensamento Simbólico), que serão utilizadas quando do ingresso no processo de alfabetização.
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� Objetivo geral : Promover a integração entre corpo, mente, tempo, espaço e afeto, contribuindo para mudanças e aquisição de novos
conhecimentos, melhorando suas condições de aprendizagem. O desenvolvimento psicomotor abrange os itens didaticamente distintos:
Conceito Básicos/Conteúdos
Objetivos Específicos Encaminhamentos metodológicos Recursos
Imagem e Esquema Corporal
Adquirir consciência do próprio corpo e de suas possibilidades.
*Consciência e educação da respiração: explorando todos os tipos de exercícios respiratórios onde envolvam inspiração, expiração, ritmos, esforço, movimento.
* Conhecimento e consciência das diferentes partes do corpo: explorando exercícios que envolvam o corpo nas mais diferentes posições ( sentado, deitado, em pé, de joelho, encostado na parede.....). * Relação da criança com objetos, com o mundo e com o outro. * Sonorização: explorar sons diversos: música, cantiga, sons ambientais, corporais.... * Sensibilidade: explorar o toque, sempre usando objetos intermediários ( bola, tecido de diferentes texturas, algodão, lenço perfumado, talco, perfumes,......) * Espelhamento: exercício frente ao outro, onde a criança imita o movimento. * Liberação da agressividade: explorar objetos de bater, chutar, estourar
- Próprio corpo - Sala de aula - radio/CD - bola - tecidos - algodão - lenços perfumados - perfumes - objetos com texturas diversas - espelho - bola - bexigas...
263
Lateralidade
Ser capaz de olhar e agir para todas as direções com equilíbrio, com coordenação mínima e noção de espaço, descobrindo aos poucos os sentidos laterais
* Desenvolvimento dos conceitos básicos de direita e esquerda explorando todos os tipos de exercícios que: - envolvam deslocamento para direita e esquerda, ( rolar, andar, correr....) - movimento de cabeça, braço, perna, tronco, para a direita e esquerda; * Relaxamento dos lados direito e esquerdo do corpo; * Exploração de texturas em um lado do corpo, depois do outro; * Pegar, chutar, jogar bola de um lado e depois do outro, com um lado do corpo, depois com o outro;
- próprio corpo - bola - pátio
Estruturação e
Organização Temporal
Situar-se no tempo, tomando consciência da sucessão de periodicidade e ritmo dos acontecimentos
*Desenvolvimento da “ apreensão perceptiva motora do tempo, realizando atividades que explorem: • ritmos internos ( respiração, pulsação, batimentos cardíacos...) • ritmos externos ( simples, fortes, suaves) • ritmos cadenciados( cadencias codificadas com diferentes tempos). • Acompanhamentos de ritmos ( tambor, chocalhos, clavas...) • Andar, correr, engatinhar, rolar em diferentes ritmos ( ritmo lento e rápido). • Ordenação temporal ( antes, depois, agora) • Ordenação do sentido de duração do tempo, explorando sons contínuos e interrompidos, associados ou não ao deslocamento (andar, correr...)
- bandinha: - tambor - chocalho - pandeiro...
Estruturação e
Organização Espacial Situar o próprio corpo, na
relação com o meio ambiente
* Orientação do corpo no espaço explorando as mais diferentes formas de deslocamentos: caminhar, engatinhar, rolar, arrastar, pular ( rápido, lento, perto, longe, em cima,
- corpo - espaço (ambiente dentro e fora da sala)
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partindo do “eu” como
referência, depois com relação
ao outro, aos objetos e dos
objetos entre si.
próximo, em baixo......) * Orientação no espaço imediato explorando deslocamentos que envolvam posições do corpo (dentro-fora, acima, em baixo, entre....), ex: andar entre as carteiras, passar por baixo da mesa, entrar na caixa ou pular dentro do arco.... * Sentido de distância: explorar deslocamentos que envolvam distâncias com relação ao corpo e dos objetos entre si ( andar perto da parede, longe dos colegas, ocupar com o corpo o máximo de espaço possível, o mínimo possível...) * Desenvolvimento de noções de direita e esquerda: explorando movimentos corporais o lado direito e esquerdo ( de seu corpo, do colega, andar, correr, saltar, pular, rolar....)
Equilíbrio, Tônus e Postura
Melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global do deslocamento do corpo no espaço.
* Exercícios de equilíbrio estático ( parado) e dinâmico( em movimento), ex: ficar parado num pé só ( ambos os pés, com olhos aberto, fechados...), pular com um pé só ( ambos os pés, para frente, para trás, em cima de linhas retas, linhas curvas....) * Movimentos pendulares do corpo, ex: balançar o corpo de um lado, do outro, num pé só ir para frente, para trás.... * Passar o peso do corpo de um lado para outro. * Exercícios de relaxamento. * Subir e descer escadas. * Pular amarelinha. - Marchas. - Pular corda.
- radio/CD - corda - giz
� Coordenação Dinâmica Manual
Dominar o campo visual, associado à motricidade fina,
* Exploração das atividades de movimentos coordenados de mão e olho ( lançar bola, jogar bolinha de gude, rasgar,
- bola - bola de gude
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facilitando a escrita, grafismo.
abrir, fechar....); * movimento dos olhos ( direito, esquerdo, para cima, para baixo....) * movimento das mãos e dedos ( amassar argila, massa de modelar, manipular, enfiar contas, cortar, separar grãos, pintura a dedo, movimentos de abrir e fechar as mãos, os dedos....)
-jornal - argila - massa de modelar - tinta - alinhavos - tesoura - grãos e sementes
� Coordenação Visomotora
Integrar os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.
* Realização de dobradura explorando diferentes tipos de papel ( seda, sulfite, jornal....); * Colagem sobre linhas ( barbantes, lã, palitos de sorvete, palitos de fósforo...) * modelagem ( massinha, argila, ...) * cópias de desenhos, pinturas, contornos de desenho... * alinhavos; * encaixes; * colagem; * seriação; * classificação; * Desenvolvimento de atividades de: - recorte – explorando materiais de diferentes texturas ( cartolina, tecido, lixa, cortiça, espuma....)
- papéis diversos - barbantes - lã - palitos de sorvete e fósforo - alinhavos - encaixes - blocos lógicos - objetos variados: tampinhas,contas,clips... - espuma - lixa
ÁREA COGNITIVA Cognição é o ato ou ação de conhecer ou de adquirir conhecimentos. Crianças com dificuldades nesta área, costumam ser distraídas e vagarosas, com a abstração prejudicada e o pensamento lento e concreto. São lentas para aprender e armazenar conhecimentos formais.
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� Objetivo geral: Desenvolver no educando a capacidade para adquirir, interpretar, organizar e empregar o conhecimento, através de estímulos recebidos, levando-o a pensar e julgar o melhor.
O desenvolvimento desta área requer a estimulação da:
Conceitos Básicos/Conteúdos
Objetivos Específicos Procedimentos/Encaminhamentos metodológicos Recursos
Percepções:
Visual
Estabelecer o contato com o mundo exterior, através dos órgãos dos sentidos, organizando e compreendendo os estímulos.
*Mobilização ocular: pedindo que a criança acompanhe com os olhos movimentos de diferentes objetos (bola, pião, borboletas....). * Discriminação de cores, formas, tamanhos, quantidades, direções, semelhanças e diferenças. Iniciando com jogos ou exercícios com objetivos concretos (blocos lógicos, diferentes sucatas, botões, tampas coloridas, pedras....), partindo para exercícios semi-concretos, como por exemplo: * Ordenação de figuras de acordo com tamanho, comprimento e de acordo com uma sequência lógica; * Relação Figura x Fundo: quando a criança tem dificuldade de dirigir sua atenção e selecionar um determinado objeto de uma cena. Realização de identificação de símbolos escondidos em várias posições; Focalização de diferentes elementos que compõe um quadro. *Organização através de gravuras e histórias sequenciadas; * Trabalho com calendário. * Montagem de quebra-cabeças. * Jogos de 7 erros. * Completar desenhos. * Listagem de diferenças e semelhanças entre dois ou
- bola - pião - blocos lógicos - tampas coloridas - botões - sucatas - gravuras - figuras - material pedagógico - calendário - quebra-cabeças - material impresso
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mais objetos, de acordo com a cor, forma, tamanho, textura.....
Auditiva * Com objetos sonoros (chocalhos, latas com pedrinhas, sons onomatopaicos, ruído do ambiente, músicas), treinar e localizar, identificação, reprodução e execução dos diferentes sons. * Jogos de rimas. * Treinamento de ritmo (através de marcha, palmas e dança...). * Jogos de palavras que iniciam com o mesmo som.
- chocalhos - pedrinhas - radio/CD - sons do ambiente
Gustativa *Reconhecimento de sabores: (doces, salgados, azedo, amargo, picantes...).
- sal - açúcar, doce - limão...
Olfativa *Reconhecimento à discriminação de odores. - Comparação de cheiros.
- perfume - vinagre
Tátil *Desenvolvimento da sensibilidade das mãos e dedos. * Manipulação de objetos explorando suas formas, tamanhos diferentes, texturas 9 madeira, espuma, lixa, tecido...) e temperaturas (quente e frio).
- objetos de texturas diferentes: lixa, espuma, tecido, gelo...
Temporal *Identificação dos conceitos temporais como: ontem, hoje, amanhã, dias, meses, anos, estações, etc. * Narração de história à vista de figuras, obedecendo à sequência lógica (iniciar com duas figuras e aumentar a dificuldade gradativamente); * Exploração do fenômeno natural-dia (claro, tem sol...,) noite (escuro, lua, estrelas...), meio dia;
- calendário - figuras com fenômenos da natureza
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* Planejamento, das atividades da aula, juntamente com o aluno; * Organização da linha do tempo (com fatos principais de sua vida); * Trabalho com ritmos;
Memória
Visual
Reter e recordar com precisão uma série de estímulos apresentados visualmente.
*Compreensão de estímulos visuais ( apresentar figuras simples e pedir que a criança descreva, aumentando gradativamente às dificuldades). * Reprodução de situações ocorridas em filmes, desenhos animados, passeios,.. * Reprodução de desenhos. * Trabalho com rótulos e logotipos. * Apresentação de diferentes objetos, retirar um, indicar qual foi retirado. * Jogos de memória e de completar figuras.
Auditiva
Fixar e reproduzir oralmente ou por escrito, as informações recebidas auditivamente.
* Identificação de sons onomatopaicos ( de animais, de objetos..). * Memorizacão de músicas, poesias, versos... * Trabalho com séries de sons ( ex: 2 batidas de palmas, 1 batida de pé...). * Repetição da ideia principal de uma história, trecho lido, frases, etc.
- radio/computador/CD - aluno - professor - livros - textos
Visomotora
Reproduzir com movimentos de partes corporais, experiências visuais anteriores.
* Apresentação de modelos de desenhos ou dobraduras, retirar o modelo, e pedir para que reproduza. * Reprodução de movimentos com o corpo: Levantar: 1º o braço direito 2º o braço esquerdo 3º levantar a cabeça. * Sequência de palmas, com diferentes intervalos;
- desenhos - papel dobradura - figuras
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* Saltitar para diferentes lados; * Reconstrução da memória, em situações da vida diária (como: ir às compras, à escola, à festas, à igreja....)
Atenção
Relacionar e fixar determinados estímulos por um período de tempo variável.
* Estimulação através de jogos de peças, quebra-cabeça, completarem figuras, seqüência de cores, formas e tamanhos, de 7 erros... * Brincadeiras: lenço atrás, dança das cadeiras, passa anel, bola-bobo, dominó, xadrez, vídeo-game... * Relaxamento e equilíbrio.
- encaixes de madeira, EVA... - construtor xalingo - blocos lógicos - dominó - cadeira/ rádio
Raciocínio
Compreender e resolver as situações problemas da vida diária, através da coleta de dados, levantamento de hipóteses, levando-o a pensar e julgar o melhor.
Algumas atividades que despertam a motivação do aluno para pensar, analisar situações, criar... * Solucionando quebra-cabeças, tangram; classificando objetos segundo determinados critérios; *Identificando relações de igualdade, semelhanças e diferenças, entre objetos e situações; * Estabelecendo nexos históricos causais (usando-se, por exemplo, quadrinhos para historia em suas sequências lógicas); * Inventando histórias e jogos; * Criticando; * Tirando conclusões lógicas de enunciados inconclusos; * analisando e sintetizando configurações gráficas ou contextuais, dentre outras.
- quebra-cabeça - tangram - objetos: tampinhas, peças, botões, ... - histórias em sequência - livros - gráficos - tabelas
Conceituação
Conceituar, ou seja, classificar objetos através da abstração de suas características, seguindo
*Organização de conjuntos de objetos ( blocos lógicos, por ex.), segundo critérios de classificação( cor, forma, natureza, tamanho, posição, quantidade, isolados ou
- blocos lógicos - objetos variados - brinquedos
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critérios. combinados); * Emparelhamento de objetos por semelhanças, por equivalência de uso; * Conversação em grupos sobre gravuras, brinquedos e objetos, destacando suas características, utilidades e importância; * Leituras de histórias seguidas de debates sobre seu tema, e outras.
- gravuras
Linguagem oral e
escrita
Vocabulário
Fluência e decodificação
Desenvolver a habilidade para falar, ler e escrever com correção. Estimular a expressão verbal, a comunicação, para aquisição do domínio linguístico.
Para desenvolver o vocabulário: * imitações, usando todos os tipos de linguagens; * reprodução de historias, narração de viagens, passeios e outras situações da vida; * descrição de gravuras, quadros, cenas....; * introdução de palavras novas referentes à saúde, segurança, sinais de trânsito, animais.... em situações lúdicas; * introdução de dicionários ( ensinar como utilizá-lo); Para o desenvolvimento da fluência e codificação ( facilidade de expressão e comunicação que uma pessoa tem) , são sugeridas as seguintes atividades: *lúdicas ( dramatizações, fantoches, pantomimas,gestos); passeios, levar um animalzinho para a escola, atividades com plantas...; * canções infantis; * dizer e escutar poesias; * narrações;
- figuras - gravuras - sinais de trânsito - dicionário - fantoches - rádio/computador - CD - livros de histórias
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Articulação
Compreensão da Leitura e Escrita
Ser capaz de pronunciar palavras corretamente, de modo inteligível. Decodificar símbolos e sinais gráficos
* inventar história, e outras ... Desenvolvimento de atividades utilizando historias, gravuras, brinquedos, animais, jogos, etc.) baseadas em: * imitação de movimentos (gestos, mímicas..); - identificação de sons (esconde o objeto, faz-se o som e a criança descobre); * repetição de rimas e poesias infantis; * reprodução e prática de sons diante de um espelho para o aluno observar sua verbalização e, aos, poucos, imitarem o professor, aprendendo o som correto; * classificação de objetos e figuras, para perceber e discriminar semelhanças e diferenças; * uso do gravador, tendo o aluno à oportunidade de ouvir e controlar sua própria voz e articulação; * Consciência fonológica (rimas e aliteração) * Participação em situações que as crianças leiam, ainda que não façam de maneira convencional. * Prática de leitura de rótulos, palavras e frases: silenciosa e oral coletiva e individual. * Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos, placas, rótulos, etc..., previamente apresentados para o grupo. * Introdução progressiva da correspondência entre fonema som letra e grafema escrita letra de todas as letras
- rótulos - embalagens - panfletos - jornais - revistas - livros de histórias - textos - figuras - cartazes - material impresso
272
(transcrição da letra de imprensa para manuscrita). * Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento. * Leitura de textos dos gêneros previstos para o ano/série. * Buscas de informações e consultas a fontes de diferentes tipos (jornais, revistas, enciclopédias, etc.) com ajuda. * Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita. * Identificação e escrita do alfabeto. * Escrita do próprio nome em situações em que isso é necessário. * Exploração a partir de textos, histórias e palavras para verificação de composição silábica (análise linguística) * Compreensão do sentido nas mensagens orais e escritas. * Produção de textos coesos e coerentes utilizando a escrita alfabética. * Separação entre palavras, divisão de texto em frases, utilizando recursos do sistema de pontuação: maiúscula inicial, exclamação, interrogação e reticências. * Acentuação e suas interferências no som das letras, estabelecimento das regularidades ortográficas (interferência das regras) e constatação de regularidades (ausência de regras). Utilização, com ajuda, de dicionário, e outras fontes escritas impressas para resolver duvidas ortográficas. * Produção de: textos, frase, listas, auto-ditado, ditado, rimas, histórias em seqüência, descrição a partir de figuras, recados, bilhetes, convites, narrativas e entrevistas.
273
ÁREA AFETIVO-EMOCIONAL
É preciso construir o conhecimento, tendo como via de acesso a afetividade, através do respeito e aceitação das diferenças, dos limites e a busca das potencialidades.
O educando certamente encontrara maior motivação para aprender a partir do momento em que o processo educacional levar em consideração suas necessidades, interesses, afetividade, modo de ver a vida e de se expressar, descartando todo tipo de discriminação e preconceito.
Sendo assim o professor da Sala de Recursos deverá respeitar alguns pressupostos básicos relacionados a área afetiva, que devem ser trabalhados e considerados essenciais para o sucesso desta modalidade de atendimento.
Conceito Básicos/Conteúdos Objetivos Específicos Encaminhamentos metodológicos Recursos • Desenvolvimento Emocional � Obter equilíbrio emocional
diante de diversas situações � Desenvolvimento de emoções positivas, auto-estima (alegria, respeito, limites...) � Noções do próprio espaço e do grupo, promovendo atividades que envolvam relacionamento humano � Favorecimento de um ambiente agradável � Formação de bons hábitos sociais participando de entrevistas, visitas, festas comemorativas, feiras... � Valorização das atividades diárias � Desenvolvimento de uma avaliação que respeite o erro como processo para aquisição do conhecimento. � Atividades da vida prática � Valores
� CD´s � Revistas � Jornais � Ambientes diversos
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ÁREA ACADÊMICA Lingua Portuguesa – Discurso como prática social
Prática da Lingua Oral Pratica da Leitura Prática da Escrita • Relatos (experiências pessoais,
histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV (filmes, entrevistas, etc))
• Debates assuntos lidos, acontecimentos (situações polêmicas, contemporâneas, filmes, programas, etc)
• Criação (histórias, quadrinhos, piadas, adivinhações, etc)
No que se refere a atividade da fala: • Clareza na exposição de idéias; • Sequência na exposição de idéias; • Objetividade na exposição de idéias; • Consistência argumentativa na
exposição de idéias; • Adequação vocabular No que se refere à fala do outro; • Reconhecer as intenções e os
objetivos; • Julgar a fala do outro na perspectiva
da adequação a circunstâncias, da clareza e consistência
• Prática da leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.
No que se refere a interpretação: • Identificar as idéias básicas
apresentadas no texto; • Reconhecer nos textos as suas
especificidades ( texto narrativo ou informativo);
• Identificar o processo e o conteúdo de produção;
• Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
• Atribuir significados que extrapolam o texto lido;
• Proceder a leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema em linguagem diferente, o mesmo tema tratado em épocas diferentes, o mesmo tema sob perspectivas diferentes);
No que se refere a análise de textos lidos: • Avaliar o nível argumentativo; • Avaliar o texto na perspectiva da
No que se refere a produção de textos: • Produção de textos ficcionais
(narrativos), produção de textos informativos;
• Produção de textos dissertativos; No que se refere ao conteúdo: • Clareza; • Coerência; • Argumentação; No que se refere a estrutura: • Processo de coordenação e
subordinação na construção das orações;
• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);
• A organização de parágrafos; • A pontuação; No que se refere a expressão; • Adequação a norma padrão
(concordância verbal e nominal); No que se refere a organização gráfica dos textos: • Ortografia; • Acentuação;
275
argumentativa. No que se refere ao domínio da norma padrão: • Concordância verba e nominal; • Regência verbal e nominal; • Conjugação verbal; • Emprego de pronomes, advérbios,
conjunções.
unidade temática, avaliar o texto da perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);
No que se refere a mecânica da leitura: • Ler com fluência, entonação e ritmo,
percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com sinais de pontuação.
• Recursos gráficos visuais (margem, título, etc);
MATEMÁTICA Números e Operações:
CLASSIFICAÇÃO, SERIAÇÃO E NÚMEROS
OPERAÇÕES MEDIDAS GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Seriação numérica, contagem de 1 em 1, 2 em 2, etc;
• Registro de quantidades; • Leitura e escrita em
números; • Noções de: antecessor,
sucessor, pares, ímpares, igualdade, desigualdade, ordem crescente e decrescente;
• Agrupamentos e trocas: formação de dezena, centena, etc;
• Operações: Adição e Subtração, multiplicação e divisão, construção de algoritmos, cálculo de metades e dobro;
• As 4 operações com os números decimais;
• Classes de equivalência e as
• Tempo: dia e noite, antes, durante e depois;
• Dia, semana, mês e anos: construção de calendário, uso do relógio;
• Sequência temporal: logo após, muito depois, muito antes, um pouco
• Semelhança e diferença entre as formas geométricas encontradas nos objetos deste espaço;
• Classificação dos sólidos geométricos e figuras planas;
• Planificação dos sólidos, através dos contornos
• Construção de gráficos e colunas;
• Leitura de tabelas;
276
• Valor posicional, • Números racionais e
medidas; • Relações entre frações
do inteiro, parte menor, parte maior, partes iguais;
• Contagens de meios, quartos, etc:
• Registro de frações do inteiro e maiores que o inteiro;
• Leitura e escrita de números fracionários;
• Noções de inteiros, parte, igualdade, desigualdade, equivalência;
• Números mitos: Registro de frações decimais com o uso da vírgula;
• Interpretação geométrica de equações e inequações e sistemas de equações;
• O ângulo como mudança de direção de um segmento;
• Noções de plano, reta e ponto e segmentos a
4 operações com frações;
• Cálculo de porcentagem e as relações: 50% metade, 25% um quarto, e 20% um quinto;
antes; • Medida de
valor: identificação e uso de cédulas e moedas;
• Composição e decomposição de valore; comprimento, massa e capacidade;
• Unidades: pé, palmo, pitada, xícara, etc;
• Unidade padrão de comprimento, massa;
• Capacidade e tempo;
• Noções de múltiplo; noção de perímetro e área;
das faces; • Semelhanças e
diferenças entre sólidos geométricos e figuras planas;
• Classificação da figuras planas;
• Quadrados, retângulos e círculos;
• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
• Construção de sólidos geométricos;
277
partir de poliedros regulares;
• Os polígonos regulares e os poliedros: semelhanças e diferenças (nº de faces, arestas e vértices);
• Congruência: principais propriedades relativas a triângulos;
278
AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá de forma diagnóstica, processual, entendida como um processo contínuo de informações, análises e reflexão do desempenho dos alunos na apropriação do conhecimento.
Os “erros” constatados no trabalho devem ser interpretados e os conteúdos retomados, muitas vezes, de outra forma. É preciso verificar a natureza desses erros: conceitual, de atenção, de raciocínio, de linguagem, ou domínio dos algoritmos. Devemos, sobretudo, trabalhar os raciocínios envolvidos, levando-os a escolher procedimentos mais adequados que diminuam os erros. A avaliação deve ocorrer ao longo do processo ensino-aprendizagem, proporcionando aos alunos múltiplas possibilidades de se expressar, rever e aprofundar a sua visão dos conteúdos trabalhados.
O desempenho dos alunos será registrado em Relatório Bimestral pela professora da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica.
A decisão sobre a permanência ou desligamento do aluno do programa será feita em comum acordo com a Equipe Pedagógica da escola e os professores, através de relatório. OBS. Este programa foi elaborado a fim de abranger todos os níveis de atendimento, pois são pressupostos e conceitos básicos importantes que devem ser retomados para melhor desenvolvimento do educando. Porém faz-se necessário a elaboração de um programa individualizado dos alunos atendidos com os aspectos a serem trabalhados.
Goleman afirma”: “ A cabeça e o coração precisam um do outro”.
Professora: Sonia Marilea Canezin Pereira
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa oficial, 1988. BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96. Brasília, 1996. BRASIL. Ministério da Educação, Conselho Nacional da Educação, Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 17/2001.
279
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para Construção de Currículos Inclusivos. 2006, Curitiba – SEED. Resolução CNE/CEB nº 02/2001; Deliberação nº02/3 – CEE – PR. Instrução nº 016/2011 – SEED/SUED. Áreas do Desenvolvimento – Estado do Paraná Secretária de Estado da Educação. Departamento de Educação Especial DEE, abril 1998. http//: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO – Área DEFICIÊNCIA VISUAL
Proposta Pedagógica Curricular do Centro de Atendimento Especializado (CAEDV)
Apresentação
Partindo da perspectiva fundamentada no materialismo histórico-dialético, cuja
essência é a de produzir em cada homem a humanidade de forma histórica e coletiva,
buscou desenvolver ações concretas em potencial no contexto uma prática social, na qual
as formas e os métodos possam assimilar e garantir a universalização das mais diversas
possibilidades de viver e estabelecer relações de convivência, partindo da reflexão e do
conhecimento de múltiplas determinações e vinculações do trabalho educativo.
Tais ações procuram superar a incoerência e fragmentação para, de modo articulado
e intencional, produzir relações capazes de dar entendimento a um fenômeno de totalidade.
Considerando a realidade de cada um, suas raízes, problemas e condicionantes, há
necessidade de relembrar a cada ação o que já dissera Hermann Hesse:"Nada lhe posso dar
que já não existam em você mesmo, não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além
daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o
impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isto é tudo."
Neste contexto percebemos que a educação especial passou a integrar a organização
das Secretarias do Estado da Educação, como parte da estrutura e funcionamento dos
sistemas de ensino na década de 60, sendo que no ano de 1963 é o marco histórico de
280
ensino da Educação Especial no Paraná. A atenção específica aos alunos com deficiência
deu lugar a uma concepção mais ampla em torno da noção de alunos com necessidades
educativas especiais. A partir dessa concepção, propôs-se uma reforma da educação
especial que tornasse possível a integração dos alunos com deficiência e que, ao mesmo
tempo, desse resposta a todos os outros alunos que apresentavam atrasos ou problemas de
aprendizagem durante a sua escolarização.
As escolas inclusivas não surgem da noite para o dia, mas são gestadas mediante as
atitudes positivas e ação eficaz do conjunto da sociedade. É a própria sociedade que aceita
com maior ou menor facilidade o fato de que todos os alunos se eduquem durante o ensino
obrigatório nas mesmas escolas. São as administrações dos sistemas educacionais que
podem criar as melhores condições para que existam escolas inclusivas. São as escolas e a
comunidade educativa que podem considerar que a educação na diversidade é um de seus
principais critérios de qualidade.
Os serviços ofertados pela Rede Pública do Estado do Paraná ao educando com
deficiência visual são contemplados na instrução normativa nº 020/2010 que orienta a
organização e o funcionamento do Atendimento Educacional Especializado na Área da
Deficiência Visual:
As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento
Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV é um Atendimento
Educacional Especializado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos
visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), que
funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes: estadual,
municipal e particular de ensino, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo
às classes comuns, podendo, ser realizado também em instituições comunitárias ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão
equivalente. (INSTRUÇÃO. Nº 020/2010 - SUED/SEED).
O deficiente visual em situação de inclusão no ensino regular é atendido na
Educação de Jovens e Adultos/EJA e na classe comum da Rede Regular de Ensino com
apoio em turno contrário de atendimentos especializados em Salas de Recursos
Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional Especializado
destinado à área visual - CAE-DV, com apoio do Serviço Itinerante ou Itinerância.
Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por
professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para trabalhar com os
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e com seus respectivos
281
professores de classe comum da rede regular de ensino. (Diretrizes Nacionais p/ Ed. Esp.
Na Educação Básica, p.50, 2001).
Para uma maior compreensão faz-se necessário mencionar o que significa Centro
de Atendimento Especializado/CAE e em que consiste, segundo a legislação do Estado do
Paraná.
Serviço de natureza pedagógica, desenvolvido por professor habilitado ou
especializado em educação especial ofertado a alunos com necessidades educacionais
especiais matriculados na educação básica. A finalidade desse serviço será a de oferecer
apoio à escolarização formal do aluno e/ou possibilitar o acesso a línguas, linguagens e
códigos aplicáveis, bem como a utilização de recursos técnicos, tecnológicos e materiais,
equipamentos específicos, com vistas a sua maior inserção social. O atendimento nesse
serviço tem início na faixa etária de zero a seis anos e realiza-se em escolas, em salas
adequadas, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista
esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos
que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em turno contrário, caso
freqüentem a classe comum (Del. 02/03, PORTARIA N.º 22/00-CEE).
Cabe ressaltar, no entanto a finalidade e o objetivo do Centro de Atendimento
Especializado (CAEDV) para alunos cegos, e baixa visão ou outros acometimentos visuais
(ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), contemplados na
Resolução 020/2010, que funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação
Básica, das redes: Estadual, Municipal e Particular de ensino, no turno inverso da
escolarização não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado também em
instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a
Secretaria de Educação ou órgão equivalente.
Os alunos que freqüentarão o CAEDV serão pessoas cegas ou com baixa visão ou
outros acometimentos visuais, com faixa etária de zero a cinco anos, preferencialmente,
matriculados na Educação Infantil, alunos cegos e de baixa visão, a partir de seis
regularmente matriculados na Educação básica e ou outras modalidades, também pessoas
com cegueira adquiridas ou baixa visão que necessitam de atendimento complementar e
suplementar como Orientação e Mobilidade, Sistema Braille, Atividades da Vida
Autônoma, Sorobã e estimulação visual por tempo determinado, com o funcionamento no
turno contrário ao da escolarização, a garantia de oferta do atendimento Educacional
Especial, a organização e disponibilização de recursos, serviços pedagógicos e de acesso
para o atendimento às necessidades educacionais específicas, do aluno com deficiência
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visual, desde a educação infantil, conforme prevê a legislação.
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Braille Leitura e escrita
Pontuação
Gramática
Código Matemático
Sorobã Cálculos matemáticos
As quatro operações
Orientação e Mobilidade Técnica com guia vidente
Técnica com auxílio da bengala longa
Técnica para subir e descer escadas
rolantes
Mobilidade independente
Atividade da Vida
Autônoma
Alimentação
Higiene corporal
Vestuário
Segurança e saúde
Atividades domésticas
Estimulação Visual Funções ópticas e perceptivas
Funções viso perceptivas
Informática Ter o domínio do computador e
dos softwares que estão disponíveis para
os deficientes visuais
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Metodologia
O atendimento educacional aos portadores de deficiência visual compreende a
definição do aluno de acordo com o comprometimento visual, a faixa etária do educando.
O CAEDV proporciona os programas de Educação Infantil Especializada de 0 a 6
anos; Educação Preparatória e do Apoio à Escolaridade de pessoas com Deficiência
Visual. Destacando-se sua instrumentalização no Braille, Sorobã, Orientação e Mobilidade
e Estimulação Visual. Atendimentos Complementares Específicos: atividades da vida
autônoma, ampliação de materiais em relevos, recursos tecnológicos, e outras necessidades
à sua perfeita integração no Ensino Regular; Apoio à Educação Básica; Ensino Itinerante.
Em Educação Infantil são realizadas atividades para desenvolver as habilidades
neuro-psico-sociais, inclusive orientação para a família.
Aos alunos com baixa visão serão oferecidas atividades ao treinamento das funções
ópticas, treinamento do uso correto de auxílios ópticos, trabalhos manuais e apoio
pedagógico especializado. A estimulação visual precoce é importante porque tenta resgatar
os potenciais perceptivos existentes e estimulá-los para que haja um melhor
desenvolvimento global.
No CAEDV também são atendidos alunos do Ensino Médio abrangendo até a
terceira idade.
Além do atendimento no Centro Especializado, faz-se também o serviço itinerante,
dando apoio no Ensino Regular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Preparando
a escola e a comunidade escolar para a inclusão do aluno; auxiliando o professor regente
na operacionalização do conteúdos curriculares, por meio de apoio técnico pedagógico
especializado, orientando a realização das adaptações curriculares necessárias ao processo
ensino-aprendizagem do portador com deficiência visual.
A oferta de Atendimento Especializado ocorre sempre em período alternado ao que
o aluno está estudando. Para participar do CAEDV é necessário: Exame oftalmológico
para diagnóstico e prognóstico; Avaliação Funcional, realizada professor especializado.
Estimulação Visual á a estimulação do resíduo visual para a melhoria da qualidade
do seu potencial visual, sendo que o oftalmologista é que definirá se o resíduo é treinável e
284
orientará a forma de estimulação visual que poderá ser através da oclusão, prescrição de
auxílios ópticos como óculos, lentes, lupas ou tele lupas, acrescidos da indicação de
treinamento visual para perto e/ou para longe do diagnóstico responsável pela baixa visão.
Fica a cargo do professor o atendimento pedagógico especializado que prevê a elaboração
e execução de atividades segundo as necessidades indicadas pelo oftalmologista para o
treinamento e para atuar sobre as possíveis defasagens do desenvolvimento global do
educando.
O sistema Braille de leitura e escrita são pontos distinguíveis ao tato que
representam os elementos da linguagem. Constam da combinação de seis pontos em
relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. A diferente disposição desses pontos
permite a formação de sessenta e três símbolos Braille, produzindo a leitura e escrita em
qualquer língua e símbolos técnico-científicos como: letras, numerais e sinais diversos,
para o mesmo é necessário a máquina Braille Perkins, reglete de mesa e de bolso e punção.
Conforme método de alfabetização utilizado, podem ser trabalhadas palavras
inteiras ou sílabas soltas, além de método de palavras que correspondem à realidade de
aprendizado, levando em conta as necessidades e diferenças individuais e realidade social
vigente.
A criança ou o adulto com Deficiência Visual Total deve apresentar na leitura de
Braille um desenvolvimento treinado de tato, pois embora, tanto a escrita como a leitura
Braille sejam processos mecânicos, exigirá uma condição motora, cognitivas e sociais
muito desenvolvidas.
O Sorobã e um ábaco japonês adaptado para o Deficiente Visual onde este realiza
operações matemáticas.
Através da prática do Sorobã, os alunos atingem objetivos como:
Por em funcionamento do cérebro, aguçando a inteligência.
Ajuda o aluno a resolver problemas de matemática com rapidez e perfeição,
desenvolve a memória e autoconfiança.
O professor e o aluno não deverão ter como objetivo a rapidez, mas sim a perfeição
dos movimentos, para chegar a resultados corretos.
A informática é um dos instrumentos de fundamental importância na educação de
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pessoas com deficiência visual, pois objetiva o ingresso e permanência dos mesmos no
mercado de trabalho, inserção social e melhoria da qualidade de vida.
O progresso tecnológico permite oferecer melhores condições de vida às pessoas
com deficiência, favorecendo sua inserção no mercado de trabalho e integração social
viabilizando a realização trabalhos escolares e profissionais num sistema de comunicação
acessível a todos e com abrangência universal. O computados e periféricos como Scanners,
placas de som, impressora Braille, softwares específicos para deficientes visuais( Virtual
Vision, Jaws, Dosvox, Mecdaisy, etc.),Softwares educativos e utilitários ajudam a
minimizar as barreiras entre o deficiente visual e todo o acervo do conhecimento impresso,
permitindo que de maneira independente, leia, pesquise, comunique-se enriquecendo sua
capacidade intelectual,seu sentido de auto estima, levando-o a expandir a sua capacidade
de aprender e de se desenvolver cognitiva e emocionalmente.
Para o professor realizar um bom trabalho em todas as áreas com o Deficiente
Visual tem estabelecer um ambiente de confiança e liberdade, condições para a expressão
espontânea.
Avaliação
A avaliação do grau de perda visual apresentado pela criança deficiente visual deve
ser feita em dois níveis diferentes, mas ao mesmo tempo complementares (Espinosa e
Ochaíta, no prelo; Rosa, 1993). Por um lado, deve-se fazer um bom exame oftalmológico,
e também, deve-se avaliar o grau de visão funcional, isto é, os resquícios visuais de que
essa criança dispõe para seu desenvolvimento e sua aprendizagem. Somente dispondo dos
dois tipos de informação, será possível elaborar um informe visual completo, que sirva
para prescrever as correções e as ajudas técnicas necessárias e para planejar programas de
intervenção educacional adequados.
Avaliação também será permanente, através da observação e por ter atingido o
objetivo proposto pela avaliação diagnóstica, o que permitirá, conseqüentemente, revisar e
realimentar o processo educativo. Os relatórios de acompanhamento da aprendizagem do
aluno serão os documentos oficiais e será atualizado periodicamente (bimestral), pelo
professor conforme indicado no Projeto Político- Pedagógico do Estabelecimento.
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Referências
Martin, Manual Bueno, Bueno, Salvador, Toro, Deficiência Visual- Aspectos psicoevolutivos e Educativos, São Paulo, Santos Editora, 2003.
MEC/SEESP, A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar- Os alunos com Deficiência Visual: Baixa Visão e Cegueira. Brasília, 2010.
Instrução N° 020/2010- SUED/SEED Assunto; orientações para orientação e funcionamento do Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual.
LDB (Lei de Diretrizes e Bases) 96- Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996. Brasília, 2002. Disponível em http://www.mec.gov.br/ibc/hist.htn Acesso em Março de 2012.
LEMOS, Edison Ribeiro; CERQUEIRA, Jonir Bechara. O sistema Braille no Brasil. Revista Benjamim Constant- Ministério da Educação e do Desporto, n° 2 – Janeiro de 1996, p. 13-17.
Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para educação especial na educação básica- Secretaria de Educação Especial- MEC, SEESP, 2001.
Proposta Pedagógica Curricular do Centro de Atendimento Especializado Deficiência Visual ... Ora, não percebeis que com os olhos alcançais toda a beleza do mundo? O olho é o
senhor da astronomia e o autor da cosmografia; ele desvenda e corrige toda a arte da
humanidade; conduz os homens as partes mais distantes do mundo; é o príncipe da
matemática, e as ciências que o têm por fundamento são perfeitamente corretas.
O olho mede a distância e o tamanho das estrelas; encontra os elementos e suas
localizações; ele... deu origem a arquitetura, a perspectiva, e a divina arte da pintura.
...Que povos, que línguas poderão descrever completamente sua função! O olho é a janela
do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo.
LEONARDO DA VINCI