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1 COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS DUMONT” ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO APUCARANA - PARANÁ 2011

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1

COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS DUMONT”

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

APUCARANA - PARANÁ

2011

2

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 04

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................05

3. Identificação .............................................................................................................. .06

3.1. Histórico......................................................................................................... .07

3.2. Cursos e Modalidades Ofertadas.................................................................... .09

4. MARCO SITUACIONAL................................................................................................ .12

4.1. Visão Geral..................................................................................................... .12

4.2. Análise das Contradições e Conflitos da Prática Docente ........................... .13

4.3. Características do Bairro ................................................................................ 14

4.4. Recursos Humanos......................................................................................... 15

4.5. Organização do Espaço Físico.........................................................................16

4.6. Resultados Educacionais .................................................................................17

4.7. Avaliação Institucional.................................................................................. .17

4.8. Avaliação Institucional Externa................................................................. .... .19

5. MARCO CONCEITUAL ................................................................................................ . 22

5.1. Elementos do Ato Conceitual ........................................................................ ..22

5.1.1. Princípios de Gestão.................................................................................... ..22

5.2. Visão geral ..................................................................................................... ..24

5.3. Concepções .................................................................................................... ..24

6. MARCO OPERACIONAL .............................................................................................. 33

6.1. Visão Geral..................................................................................................... 33

6.2. Decisões Operacionais ................................................................................... 34

6.3. Sociedade Civil Organizada........................................................................... 36

6.4. Processo de Avaliação da Aprendizagem, da recuperação de Estudos e da

Promoção .............................................................................................................. 36

6.5. Instrumentos da Ação Colegiada.................................................................... 38

7. PROPONENTES ...................................................................................................... . 40

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. .. 43

9. ESTÁGIO .................................................................................................................. 45

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................................ 54

3

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .................................................................................... 54

Arte ............................................................................................................................................ 54

Biologia ......................................................................................................................................... 83

Ciências ......................................................................................................................................... 99

Educação Física.............................................................................................................................107

Ensino Religioso ...........................................................................................................................119

Filosofia.........................................................................................................................................129

Física ............................................................................................................................................136

Geografia.......................................................................................................................................140

História .........................................................................................................................................149

L.E.M. – Inglês..............................................................................................................................158

Língua Portuguesa.........................................................................................................................169

Matemática....................................................................................................................................194

Química .........................................................................................................................................208

Sociologia......................................................................................................................................212

ENSINO PROFISSIONAL.........................................................................................................217

Análise Ambiental.........................................................................................................................217

Físico-Química..............................................................................................................................219

Fundamentos Do Trabalho............................................................................................................220

Legislação E Normas ....................................................................................................................221

Matemática Aplicada.....................................................................................................................222

Microbiologia Industrial................................................................................................................224

Português Técnico.........................................................................................................................226

Processos Industriais .....................................................................................................................228

Química Analítica .........................................................................................................................229

Química Geral ..............................................................................................................................232

Química Inorgânica.......................................................................................................................234

Química Orgânica .........................................................................................................................236

Plano De Estágio ...........................................................................................................................239

SALA DE RECURSOS MUNLTIFUNCIONAL TIPO I – EDUCAÇÃO BÁSICA .............258

CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO - EM DEFICIÊNCIA VISUAL

(CAEDV) .....................................................................................................................................279

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1. APRESENTAÇÃO

A EDUCAÇÃO é um fenômeno próprio dos seres humanos, sendo ao mesmo tempo

uma exigência do e para o processo de trabalho, sendo ela própria, um processo de trabalho.

Trabalho não-material, ou seja, a produção de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos,

atitudes, habilidades. Saviani afirma que:

“o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada

indivíduo, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto dos homens. Desse modo, o objeto da educação é, por um lado, a

identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos

indivíduos a fim de que se tornem parte da humanidade; por outro lado, diz

respeito à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.”

(2000, p.23)

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) tem como objetivo expressar o produto da

reflexão, realizado pela comunidade escolar, com vistas a: (a) promover a melhoria da

qualidade do ensino, (b) organizar integralmente o trabalho pedagógico e (c) inserir a

instituição escolar no contexto educacional em nível nacional, estadual e municipal.

Nesta reflexão coletiva promovida pelo processo de elaboração do PPP, almeja-se

construir uma nova organização para a escola, à luz do estado da arte do conhecimento

acadêmico e científico na área de educação. Tal conhecimento ajudará a concretizar os

compromissos assumidos e, partindo da prática social, a estabelecer o pacto de solução dos

problemas da educação e do ensino em nossa escola.

Este projeto vai muito além de um simples agrupamento de planos de ensino e

atividades diversas. Não será construído e arquivado, ou simplesmente encaminhado às

instâncias superiores como prova de cumprimento de tarefas administrativas. Este projeto será

colocado em prática na vivência diária, em todos os momentos e por todos os envolvidos,

como um processo educativo na escola, muitas vezes necessitando ser repensado em reuniões

coletivas, e modificado constantemente.

5

Alguns conceitos básicos perpassam a elaboração deste projeto, tais como: a finalidade

da escola, a estrutura organizacional, o currículo, o tempo escolar, o processo de decisão, as

relações de trabalho e a avaliação.

Neste processo de construção coletiva, alguns pressupostos são incontornáveis, como a

definição da finalidade da escola, a inclusão e observação da legislação vigente, a constância

de preparação cultural dos atores – para que estes tenham uma melhor compreensão da

sociedade em que vivem –, além da participação de todos os indivíduos no contexto político e

social, assegurando os direitos e deveres da cidadania.

A construção do projeto político-pedagógico deve ser vista como um instrumento de

democratização e de luta política, contrapondo-se à fragmentação do trabalho pedagógico,

superando a dependência e os efeitos negativos do poder autoritário e centralizador.

Assim, almejando uma gestão efetiva, novos horizontes e direções para esta

comunidade educativa, nossa intenção é a de transformar o que sonhamos coletivamente em

ações, alicerçando o trabalho pedagógico em um processo contínuo, refletindo criticamente os

problemas da sociedade e do setor, possibilitando, deste modo, a intervenção consciente na

realidade em que estamos inseridos.

E é com esta visão que nossa instituição busca ampliar a oferta de ensino, dando

maiores condição e oportunidade à nossa comunidade. Sendo assim, a partir do próximo ano,

contaremos com o ensino profissionalizante. Fazendo parte, neste momento, do Projeto Brasil

Profissionalizado.

2. JUSTIFICATIVA

Sendo o projeto político pedagógico de extrema relevância, fomos nos apoiar

nas falas de Paulo Freire, no seu livro Pedagogia da Autonomia (1996), quando a obra

explicita que: Ensinar exige consciência de algo inacabado. Exige ainda, respeito à autonomia

do educando, sua curiosidade, sua inquietude e sua identidade. Ensinar também requer,

segundo o autor no que coletivo concorda com ele, bom senso, apreensão da realidade alegria

e a convicção que a mudança é possível.

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Buscamos também apoio em Dermeval Saviani, quando ele salienta que “a escola em

princípio, tem que ser de ordem democrática, visando a liberdade de expressão de todos, uma

instituição que vislumbre o consenso no ponto de partida e no ponto de chegada, que seja

capaz de produzir transformações em favor de uma sociedade igualitária”. Concordamos com

Saviani no que foi explicitado, e ainda ao que ele se refere, sobre reflexão, ressaltando que: É

a assimilação de conteúdos, provimento dos meios necessários para que os alunos não

assimilem apenas o saber objetivo enquanto resultado, mas aprenda o processo de sua

produção, bem como as tendências de sua transformação.

Para melhores resultados, fomos emprestar a fala de Gandin (1983), quando ele diz:

“A identificação e a caracterização dos problemas é fundamental para uma tomada de decisão,

visto que esta é a melhor maneira de superá-los. Sabemos que todo o coletivo da escola deve

estar unido na busca de solução de problemas de toda ordem, tendo em vista a superação

destes.

A escola busca adotar uma perspectiva pedagógica progressista, que avance rumo à

superação dos velhos e atuais problemas que a educação vem apresentando.

Novamente nos reportamos a Saviani, quando ele afirma que “os profissionais da

educação precisam estar sempre em processo de reflexão, reconsiderando os dados

disponíveis, vasculhando, numa busca constante, que ele chama de (re)pensar”. (SAVIANI,

1987)

3. Identificação

Colégio Estadual Alberto Santos Dumont – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

Endereço: Rua Erasto Gaertner, nº 64.

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Código da Escola – 0666 Código do Município: 0140

Telefone: 43 34221425 Localização: Centro

Site: www.apusantosdumont.seed.pr.gov.br email: [email protected]

[email protected]

Entidade Mantenedora: Estado do Paraná Dependência Administrativa: Estadual

Possui as seguintes Instâncias Colegiadas: Associação de Pais, Mestres e Funcionários

(APMF), Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe. Conta também com o

apoio da Sociedade Civil Organizada.

3.1. Histórico

Em fevereiro de 1943, foi inaugurada em Apucarana a primeira escola, denominada

“Grupo Escolar de Apucarana”, atendendo aos educandos de 1ª a 4ª séries, sob a direção da

professora Maria de Lourdes Cherubin Consentino.

No dia 12 de março de 1949, às 09h30m, instalou-se o “Curso Normal Regional de

Apucarana”, conforme Decretos nº 6.165 de 12 de fevereiro de 1949, o que foi, na época, um

marco para a Educação do Paraná e de nossa cidade.

No mesmo ano, com a presença de autoridades da época, sob o governo estadual de

Moisés Lupion e a gestão do primeiro Prefeito de Apucarana, Carlos Massaretto, foi

oficialmente inaugurado, em sede própria, o “Grupo Escolar de Apucarana”, situado à Rua

Erasto Gaertner, nº 64.

O “Grupo Escolar de Apucarana” passou-se a chamar, em 1956, “Grupo Escolar

Alberto Santos Dumont”.

Através do Decreto nº 2.429/76, o “Grupo Escolar Alberto Santos Dumont” e o

“Grupo Escolar Alberto Santos Dumont – Noturno” reuniram-se em um único

estabelecimento, sob a denominação de “Escola Alberto Santos Dumont” – Ensino Regular e

Supletivo de 1º Grau.

Pela Resolução nº 2.881/81, de 02 de dezembro de 1981, publicada no “Diário

Oficial” de 04 de janeiro de 1982, foram reconhecidos os atos do Decreto 2.429/76.

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Em 1983, a Resolução nº 65/83, publicada no Diário Oficial de 06 de abril de 1983,

cria o “Complexo Escolar Estadual Pestalozzi – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo”,

composto pelas seguintes escolas: Alberto Santos Dumont, Pestalozzi, Papa João XXIII e

Ébano Pereira.

Em 27 de julho de 1983, realizou-se uma reunião no Salão Nobre da Escola “Alberto

Santos Dumont”, sob a presidência da Inspetora Auxiliar de Ensino, professora Ilda Felizardo

Soni, e presentes as Diretoras da Escola “Alberto Santos Dumont”, professora Marlene Maria

Biachi Capelari, e da Escola “Pestalozzi”, professora Marly Riva Cardoso, e ainda professores

de ambos os estabelecimentos, para analisaram a possibilidade de unificação das duas

Escolas.

A Resolução nº 2.932/83, publicada no Diário Oficial de 29 de agosto de 1983,

determinou que as duas Escolas passassem a constituir um único estabelecimento de ensino,

com uma única Direção e sob a denominação de “Escola Estadual Alberto Santos Dumont” -

Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.

Em 19 de julho de 1990, devido à municipalização do ensino de 1ª a 4ª séries, a

Resolução nº 1.706/90 determinou que este segmento da Escola, em funcionamento no

período vespertino, recebesse a denominação de Escola Municipal “Durval Pinto”.

Em 1999, foi implantado na instituição o Ensino Médio, passando então a Escola a

denominar-se “Colégio Estadual Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio.

Figura 2. Fachada do Grupo Escolar “Alberto Santos Dumont” cerca de1950.

Atualmente, o Colégio compreende aproximadamente 1179 (hum mil, cento e setenta

e nove) alunos, dos quais 757 (setecentos e cinqüenta e sete) estão matriculados no Ensino

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Fundamental, sendo 422 (quatrocentos e vinte e dois) no período matutino, 197 (cento e

noventa e sete) no período vespertino e 247 (duzentos e quarenta e sete) no período noturno;

no Ensino Médio, encontram-se matriculados 383 (trezentos e oitenta e três) alunos, sendo

199 (cento e noventa e nove) no período matutino e 184 (cento e oitenta e quatro) no período

noturno. No Ensino Profissional Subsequente “Técnico em Química” autorizado pela

Resolução nº 2365/10 – DOE de 20/08/2010, encontram-se matriculados 118 (cento e

dezoito) alunos. Adicionalmente, o Colégio abriga em suas instalações o Centro de Estudos

de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), que conta com Secretaria própria e oferece o

curso de Espanhol, em regime semestral, com 200 (duzentos) alunos matriculados.

3.2. Cursos e Modalidades Ofertadas

3.2.1. Ensino Fundamental (6º ao 9º anos)

As turmas estão organizadas por séries anuais.

• Período Manhã: 12 (doze) turmas

• Período Tarde: 06 (seis) turmas

1. Período Noite: 01 (uma) turma de 9ºano

3.2.2. Educação Especial

Sala Multifuncional DI, TFE, TGD e DFN e Sala de Recursos para as séries finais do

Ensino fundamental na área de deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos,

que é um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o

atendimento educacional realizados em Classes Comuns no Ensino Fundamental de 6º ao 9º

anos, seguindo os critérios:

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96;

• Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica - Parecer n°17/01

– CNE;

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• Resolução 02/01 – CNE;

• Deliberação 02/03 _ CEE _ PR;

• Instrução 05/04 _ DEE

3.2.3. CELEM

4 (quatro) turmas de espanhol no período vespertino.

3.2.4 . Ensino Médio

No Ensino Médio as turmas estão organizadas em blocos de seis disciplinas

semestrais.

Período Manhã: 07 (sete) turmas

Período Noite: 03 (três) turmas

3.2.5. Ensino Profissionalizante

Período - Noite:

a) Técnico em Química (Modalidade Subseqüente) – 04 turmas no período

noturno em 2011. Com previsão na modalidade integrada em 2012.

3.2.5. Ensino Profissionalizante

Período - Noite:

b) Técnico em Química (Modalidade Subseqüente) – 04 turmas no período

noturno em 2011. Com previsão na modalidade integrada em 2012.

3.3 Atividades/Projetos Desenvolvidas no contra turno

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3.3.1 CELEM – Centro Educacional de Língua Estrangeira Moderna

4 (quatro) turmas no período vespertino de:

� Espanhol

3.3.2 Atividades Complementares de Artes Visuais e Esportes

01 (uma) turma no período vespertino (artes visuais)

01 (uma) turma no período vespertino (tênis de mesa)

3.3.3 Sala de Apoio à Aprendizagem

01 (uma) turma de Língua Portuguesa – 6º ano – Período Vespertino

01(uma) turma de Matemática – 6º ano – Período Vespertino.

3.3.4. Atividades Culturais Complementares

Com a participação de toda a comunidade escolar, incluindo as famílias, o Grupo de

Teatro “Juntando Cacos”, torna-se motivo de orgulho para a escola, tendo em vista que

propicia aos alunos desenvolverem suas potencialidades e melhoria no aspecto da

sociabilização, tornando-os mais expansivos.

A Fanfarra Escolar é outra importante atividade, onde o alunado se empenha e

participa com entusiasmo, representando o colégio em diversos eventos, inclusive fora do

município.

Outro evento que envolve todo o coletivo escolar e suas famílias vem a ser o Dumont

Fest, onde cada um dos participantes procura se empenhar com seriedade nas diversas

atividades que são desenvolvidas, dentre elas, podemos destacar: a Gincana Cultural e

Esportiva. Com esta atividade, buscamos a integração dos alunos, pais, educadores e

comunidade, na busca da integralização de todos os envolvidos.

12

4. MARCO SITUACIONAL

4.1. Visão Geral

A sociedade moderna fomenta múltiplos processos de desumanização, que geram

degradação, opressão e alienação da pessoa humana. O trabalho, atividade essencial para a

produção e reprodução no sistema econômico capitalista, torna-se o lugar e a causa da

instituição de uma existência degradada, humilhante produtor de condições deterioradas de

vida. A inserção num grupo social, fundamental para o homem, pode se caracterizar em um

processo de opressão, na prevalência de relações de poder e de dominação entre as pessoas,

seja no âmbito dos pequenos ou dos grandes grupos sociais.

A adoção do ideário neoliberal como vestimenta contemporânea do capitalismo tenta

radicalizar os mecanismos de obtenção do máximo lucro inerentes a este sistema econômico.

Seus processos e conseqüências (individualismo exacerbado, atomização e anomia social,

enfraquecimento do Estado nacional, burocratização das relações sociais, questionamento e

relativização das Luzes) criam vácuos econômicos, políticos e sociais, gerando necessidades

insatisfeitas e tensões não resolvidas.

Este cenário apresenta, inevitavelmente, conseqüências sociais, como o desemprego, o

salário defasado, encarecimento dos itens básicos e dos bens e serviços sociais essenciais, o

aprofundamento da barbárie social e familiar. A escola, como elemento integrante desta

sociedade, recebe os reflexos desta situação, o que resulta em degeneração das relações na

escola.

Na articulação entre desagregação social e desmonte do Estado, os sistemas

educacionais enfrentam uma profunda crise e enfrentam a emergência de um falso conceito de

cidadania, que leva os atores sociais presentes na escola a encararem a instituição somente

pelo que podem extrair dela de vantagens individuais. Isso tira o foco do real papel da escola,

desorienta e desmotiva os atores, ao mesmo tempo em que cria ansiedades sobre o

cumprimento de seus respectivos papéis.

Em nossa instituição, a desigualdade social brasileira tem seu reflexo. Essa situação

faz com que a vivência de problemas relacionados à permanência dos alunos na escola seja

uma constante, principalmente no período noturno.

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Os maiores determinantes dos problemas relativos ao ensino no período noturno são:

a) Falta de motivação para o estudo, devido ao esgotamento produzido pela jornada de

trabalho;

b) Dificuldades cognitivas para a apreensão dos conteúdos;

c) Carência de transporte entre a escola e o domicílio;

d) Calendário letivo até o mês de dezembro, que coincide com o período de vendas

noturnas, compulsório para os alunos comerciários;

e) Obrigatoriedade ou necessidade de cumprimento de horas-extras, com periodicidade

regular ou irregular (campanhas políticas, eventos esportivos, Natal e Ano Novo), pelos

alunos empregados nas manufaturas de bonés (que representa uma grande oferta de postos de

trabalho no município);

f) Priorização do trabalho para a garantia de subsistência;

g) Falta de uma maior adequação da escola para atender às necessidades do aluno

trabalhador. Causa grande preocupação a evasão escolar. Os aspectos acima abordados para o

ensino fundamental noturno podem ser aqui aplicados, ao que se acrescentam os seguintes

determinantes:

h) Necessidade de ingresso no mercado de trabalho, o que ocorre com alunos

adolescentes de famílias de baixa renda;

i) Ineficiência da sociedade e do setor público de educação em conscientizar o aluno e

a família em relação a importância da educação formal e para a cidadania;

j) Ausência de recursos didáticos e práticas pedagógicas mais estimulantes que

proporcionem um ambiente escolar mais motivador.

Os dados consolidados relativos ao aproveitamento dos alunos têm demonstrado que

uma parcela significativa dos alunos tem obtido resultados insuficientes nas avaliações. Esse

cenário levanta alguns pontos a serem repensados, ressaltando que o planejamento de reuniões

constantes (pelo menos bimestrais) é primordial para analisar estas situações e outras, visando

a melhoria contínua da qualidade no ensino.

4.2. Análise das Contradições e Conflitos da Prática Docente

14

A análise dos problemas encontrados deve estar pautada na cobertura das seguintes

questões:

a) A forma avaliativa está adequada ou está excludente? Ela está sendo avaliada em

termos de sua adequação, visando demonstrar aspectos do processo de ensino-aprendizado

que precisam ser reforçados, nos quais o professor irá nortear seu trabalho em sala de aula?

Ou, simplesmente, tem uma função punitiva e autoritária?

b) Qual a intensidade da rotatividade dos professores no decorrer do ano letivo? A

substituição, muitas vezes lenta, dos vários professores que entraram em licença (médica ou

prêmio), ou que se deslocam para participar de cursos de capacitação prejudicou a

temporalidade do processo ensino-aprendizado em nossa escola?

c) Nossa escola está preparada para trabalhar o Desenvolvimento Sócio Educacional?

d) A mudança constante de horário para a adequação de professores substitutos é

prejudicial ao processo ensino-aprendizado?

e) A retirada excessiva dos alunos da sala de aula pelos professores, muitas vezes por

motivos de fácil resolução, é uma prática didático-pedagógica recomendável?

f) As ações para propiciar o processo de inclusão de alunos com necessidades

especiais, em nossa escola, são adequadas em função da demanda?

g) A organização da hora-atividade está sendo viabilizada a contento?

Estes tópicos, entre outros, são o ponto de partida para o reconhecimento da

necessidade de melhorias na educação de forma geral, na qual a prática seja intencional,

fecundada na real construção e formação dos nossos alunos em cidadãos conscientes e

dotados de conhecimentos para as práticas diárias de suas vidas.

4.3 Características do bairro, população e alunos

O bairro onde a escola está inserida, fica na área central da cidade, em frente ao Paço

Municipal tendo ao seu redor diversos tipos de comércio e residências.

15

A principal ocupação dos pais dos alunos resume-se em facções, fábricas de bonés,

confecções, na reciclagem e nos diversos tipos de comércio da cidade, sendo uma grande

parte na informalidade, com renda média de dois salários mínimos, incluindo horas extras.

As empresas não oferecem alimentação ou tempo hábil para as refeições.

O nível de escolaridade da maioria dos familiares dos alunos é o Fundamental

incompleto.

4.4. Recursos Humanos

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental, Médio e

Profissional, conta com recursos humanos para os setores: administrativo, pedagógico e

funcional, corpos docente e discente,

4.4.1. Setor Pedagógico

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio possui

uma equipe técnico-pedagógica, composta por 1 diretor, 1 diretor auxiliar, 8 pedagogos,

1coordenador de estágio e 1 coordenador do curso técnico.

4.4.2. Setor Funcional

A instituição conta com um quadro funcional composto de 13 (treze) Agentes

Educacionais I, sendo que alguns, já concluíram o Ensino Médio, três concluiu Pró

Funcionário e dois estão cursando. Uma Agente Educacional I é Pós Graduada na área de

Pedagogia. Temos presente em nossa instituição 10 (dez) Agentes Educacionais II, quatro

possuem Graduação, quatro Pós Graduação, um está concluindo o curso superior e uma

com Ensino Médio completo.

4.4.3. Corpo Docente

16

Todo o corpo docente é habilitado para a função que exerce. A maior parte tendo

formação em nível de pós-graduação, PDE, sendo com vínculo QPM 45 (quarenta e cinco)

professores e com vínculo PSS 45 (quarenta e cinco) professores. Todos tem acesso à

formação continuada e dos cursos de atualização propostos pela Secretaria Estadual de

Educação.

4.4.4. Corpo Discente

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio é

procurado por alunos de várias classes sociais, oriundos de diferentes pontos do município,

especialmente as seguintes localidades: Barra Funda, Distrito de São Domingos, Jardim

Trabalhista, Km 10, Núcleo da Fraternidade, Núcleo Dom Romeu Alberti, Patrimônio do

Barreiro, Vale Verde, Vila Apucaraninha, Vila Capanema, Vila Regina e Vila São Carlos. A

demanda descentralizada pela instituição dá-se pela sua localização central e pela grande

oferta de vagas de ensino fundamental e médio. Há ainda alunos de outros pontos extremos do

município que, ao término da 4ª série do ensino fundamental em outras escolas municipais,

procuram esta instituição, a fim de prosseguirem seus estudos em ambiente de maiores

recursos pedagógicos e didáticos.

4.5. Organização do Espaço Físico

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental, Médio e

Profissional é um dos maiores estabelecimentos de ensino público do município, tanto em

termos de território quanto de área construída, possuindo 21 (vinte e uma) salas de aula com

48m² (quarenta e oito metros quadrados) em média. No decorrer do ano de 2005, o Colégio

sofreu reformas de suas instalações, aprimorando significativamente sua estrutura física.

Possui, adicionalmente, salão nobre, secretaria, salas de direção, laboratórios de

ciências biológicas e de informática, biblioteca, vídeo, refeitório, cantina, pátios calçados,

áreas cobertas, instalações sanitárias completas, ginásio de esportes, quadra de vôlei e de

basquete.

17

4.6. Resultados Educacionais – Ano Letivo de 2010

SÉRIE APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO TRANSFERÊNCIA

ADMITIDA

TRANSFERÊNCIA

EXPEDIDA

5ª séries 138 26 4 11 14

6ª séries 109 43 6 11 10

7ª séries 132 22 24 05 07

8ª séries 109 18 35 12 06

1ª séries

EM

116 23 13 01 00

2ªséries

EM

69 17 14 00 02

3ª séries

EM

72 06 05 00 00

4.6.1. IDEB – Resultados e Metas

Metas Projetadas IDEB Observado

2007 2009 2011 2007 2009 2011

3,9 4,1 4,4 3,4 3,4

O Colégio possui muitos casos de distorção idade/série inseridos em todas as turmas,

principalmente nas séries finais do Ensino Fundamental.

4.7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

4.7.1. Fundamentos

18

A busca pela qualidade, elemento fundamental no processo de avaliação pressupõe

que esta deve ter um caráter participativo, auto-reflexivo, contextual, plural, processual e

transformador.

Para Luckesi:

“a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se

articula a um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino, não

possuindo uma finalidade em si. (2003, p.85)

Ela subsidia decisões a respeito da aprendizagem do educando, visando a

garantia do resultado que estamos construindo, articulado e delineado num projeto coletivo.

A proposta de Avaliação Institucional (AI) implica na mobilização da escola em

processos participativos. Esse processo deve ser alimentado por diferentes dados procedentes

da realidade da escola, inclusive ações que acompanhem o desempenho dos alunos de forma

contínua e sistemática, garantindo, assim, que as melhorias introduzidas nas escolas também

tenham como destinatário final o aluno.

Neste sentido, é importante que se recupere o espírito de serviço público como base para

o compromisso moral e ético da escola pública com a qualidade da assistência ao público de

forma equânime. Assim, pode-se obter o comprometimento da comunidade escolar em um

processo de AI, à luz do seu projeto pedagógico, como uma forma de estabelecer um pacto

pela melhoria da qualidade, tendo como contrapartida a assunção de responsabilidades pela

comunidade interna da escola, com reflexos positivos na sua organização.

Um aspecto essencial na produção de qualidade é a definição, seleção e produção de

indicadores, compreendidos como significados compartilhados, ou seja, sinalizações, linhas

que indicam um percurso possível de realização de objetivos que os diferentes atores sociais

se empenham em buscar, contribuindo, para isso, cada um de acordo com o próprio nível de

responsabilidade.

Criticados pelo ideário neoliberal como instrumentos de corporativismo e lentidão dos

processos de trabalho no setor público, os indicadores são importantes, muito mais pelo

significado de compartilhamento entre os atores da escola, do que pelo valor numérico ou de

análise que possam gerar.

O AI, articulada à avaliação dos alunos, deve criar as condições necessárias para

mobilizar a comunidade local das escolas na construção da sua qualidade e na melhoria de sua

19

organização. É essa comunidade local que tem melhores condições para se erguer como um

coletivo que faça com que as forças vivas do serviço público pense sobre si, sobre a ética de

suas condutas, sobre a responsabilidade na denúncia da falta de condições de trabalho e sobre

a responsabilidade do bom uso das condições de trabalho quando elas são atendidas.

Uma negociação ampla e responsável com os atores da escola – acerca do seu projeto

pedagógico e das suas demandas, incluindo um sistema público de monitoramento de

qualidade, construído coletivamente – pode ser a maneira de fazer alguma diferença. As

justificativas para o AI são as seguintes: em primeiro lugar, a população atendida tem direito à

melhor qualidade possível oferecida pelo serviço público; segundo, porque o exercício de

novas formas de participação na instituição se constitui em um importante meio para

desenvolver a contra-regulação, quando o serviço público sofre a ação predatória das políticas

públicas neoliberais e conservadoras.

Sendo assim, visando a participação permanente de toda a comunidade escolar na vida

da instituição, a AI será implementada de forma constante, analisando, criticando e

atualizando o conteúdo do PPP, produzindo indicadores, compilando relatos e promovendo,

assim, o verdadeiro diagnóstico em educação, através da definição do marco situacional. Este

processo será balizado pela incorporação das reflexões contidas no marco conceitual, e as

metas previstas no marco operacional.

4.8. Avaliação Institucional Externa

4.8.1. Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi instituído em 1998 pelo

Ministério da Educação para ser aplicado, em caráter voluntário, aos estudantes e egressos

deste nível de ensino. Realizado anualmente, tem como objetivo principal avaliar o

desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento de

competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania.

Também são objetivos do ENEM: (a) oferecer uma referência para que cada cidadão

possa proceder à sua auto-avaliação com vistas às suas escolhas futuras, tanto em relação ao

mundo de trabalho quanto em relação à continuidade dos estudos; (b) estruturar uma

20

avaliação ao final da educação básica que sirva como modalidade alternativa ou

complementar aos processos de seleção nos diferentes setores do mundo de trabalho; (c)

estruturar uma avaliação ao final da educação básica que sirva como modalidade alternativa

ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-médios e à

Educação Superior; (d) possibilitar a participação e criar condições de acesso a programas

governamentais.

A estrutura do Exame tem como base uma matriz com a indicação de competências e

habilidades associadas ao conteúdo do Ensino Fundamental e Médio que são próprias ao

sujeito na fase de desenvolvimento cognitivo, correspondente ao término da escolaridade

básica. O ENEM é constituído por uma prova única contendo 63 questões objetivas de

múltipla escolha e uma proposta para redação.

O colégio vem preparando os alunos para que participem de todos os ENEM ofertado

pelo MEC e incentivando-os, tendo em vista que, mesmo sendo em caráter opcional,

representam na atualidade a oportunidade de adentrar numa Instituição de Ensino Superior e

para obtenção de bolsas de estudos, pois o ENEM é pré-requisito para o aluno inscrever-se no

PROUNI.

4.8.2. Prova Brasil

A Prova Brasil expandiu a avaliação feita, desde 1995, pelo Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica (Saeb). Enquanto o Saeb é feito por amostragem e oferece

resultados no âmbito dos estados e redes de ensino, a Prova Brasil é aplicada a todos os

estudantes das séries avaliadas e apresenta médias de proficiência por unidade escolar. Ela foi

idealizada com o objetivo de auxiliar os gestores nas decisões e no direcionamento de

recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de

metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da qualidade

do ensino.

O resultado do desempenho da escola na Prova Brasil não pôde ser apresentado, pois a

página do endereço eletrônico do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep) que contém os resultados encontra-se em manutenção.

21

4.8.3. Olimpíadas de Matemática

O Governo Federal lançou em conjunto com os Ministérios de Ciência e Tecnologia e

Educação, Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e pela Sociedade brasileira de

Matemática as Olimpíadas de Matemática para as Escolas Públicas de todo o país. A

olimpíada é dividida em três níveis, sendo o primeiro de 5ª e 6ª série, o segundo de 7ª e 8ª

série e o terceiro para os alunos do ensino médio. Em média, cinco milhões de alunos de todo

o Brasil participam do desafio, configurando a segunda maior olimpíada de matemática do

mundo, só perdendo para os Estado Unidos. As provas são realizadas em duas fases. A

primeira apresenta 20 questões de múltipla escolha e a segunda contém entre seis e oito

questões discursivas. Os prêmios vão desde medalhas para os alunos que apresentam melhor

desempenho até quadras de esportes para os colégios e estágios de 15 dias para os professores

no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

4.8.4. Olimpíadas de Língua Portuguesa

Esta olimpíada é um programa de caráter bienal e contínuo. Constitui uma estratégia

de mobilização, que proporciona oportunidades de formação. Acontece de forma

diferenciada: em anos impares, atende diversos agentes educacionais (técnicos da Secretaria

de Educação, que atuam como formadores, diretores, professores). Em anos pares, promovem

um Concurso de Produção de Textos para alunos da 5ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano

do Ensino Médio.

Esta é uma iniciativa do MEC e da Fundação Itaú Social. Neste ano de 2010, acontece

a segunda edição, com o propósito de contribuir para a melhoria da escrita do alunado.

4.8.5. IDEB

Foi criado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira), em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE), do

Governo Federal, calculado como base na taxa de rendimento escolar e ainda, no rendimento

22

dos alunos no SAEB e na Prova Brasil, que são aplicados a cada dois anos. O colégio

alcançou a média 3,4 neste último IDEB.

5. MARCO CONCEITUAL

5.1. Elementos do Ato Conceitual

5.1.1. Princípios de Gestão

Uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de alunos,

sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas educacionais. A

escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas, ao

comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito e

fracasso escolar.

A partir das leituras e discussões, a comunidade escolar defende como valores e

princípios da gestão democrática:

a) O aluno é o sujeito do processo, razão de ser da escola.

b) O Projeto Político-Pedagógico define as políticas de educação da escola.

c) O Conselho Escolar pauta-se por uma gestão democrática participativa.

d) Abertura de espaços para a implementação de experiências inovadoras,

para o espírito científico criador e para a livre expressão da pluralidade.

e) A coerência entre o discurso e a prática.

f) A cultura do querer fazer em lugar do dever fazer.

g) O cultivo do clima organizacional positivo que leva as pessoas ao desafio

da construção coletiva e à valorização profissional e afetiva, que gera o

prazer de freqüentar o ambiente de trabalho.

h) O compromisso com a democracia, com a defesa dos direitos humanos,

com a não-discriminação e com a preservação do meio ambiente.

A partir destes princípios, alguns elementos são essenciais à prática da gestão democrática:

23

a) Autonomia: luta para resgatar o papel e o lugar da escola como eixo do

processo educativo autônomo, não sendo a escola uma mera

reprodutora de ordens e decisões elaboradas fora do seu

contexto.

b) Participação: a participação é condição para a gestão democrática, uma não

é possível sem a outra. Participar é todos contribuírem com

igualdade de oportunidades de algo que pertence a todos: a

escola pública. Requer a repartição coletiva do sucesso, não

apenas da responsabilidade. A participação não diz respeito

somente à comunidade interna, mas à comunidade externa a

quem a escola serve.

c) Clima organizacional: determina a vontade dos membros de participar ou

alienar-se do processo educativo. É importante que as

pessoas gostem do que fazem e sintam prazer em estar ali.

Para isso é fundamental que:

d) A finalidade e os objetivos estejam claramente definidos e sejam

conhecidos de todos os participantes.

e) As responsabilidades e ações de cada um estejam claramente

atribuídas pelo coletivo.

f) A direção seja concebida como a coordenação das “alteridades”,

das diferenças entre os iguais.

g) As pessoas sejam situadas como sujeitos, porque somente sujeitos

são cidadãos, capazes de se comprometer e participar com

autonomia.

h) Os conflitos não sejam negados, mas mediados dialeticamente, pois

são inerentes à condição humana emancipada e resultam da

pluralidade dos saberes e visões de mundo, que constituem a

riqueza da instituição.

i) A informação flua límpida e transparente, pois é a matéria-prima da

gestão.

j) O respeito profissional seja cultivado acima das divergências.

24

5.2. Visão Geral

A Filosofia do Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e

Médio baseia-se na busca de uma educação consciente, direcionada para a formação do

cidadão com direito de expressão livre e responsável, ético, crítico e criativo, cooperativo e

otimista, sujeito de sua própria evolução, que integre, transfigurando, uma sociedade mais

justa e mais humana.

Construir a cidadania, atualmente, é: (a) tornar viável a existência dos homens, na

realidade histórica e social em que estes estejam inseridos, (b) garantir a todos os indivíduos

humanos, sem qualquer discriminação, as condições para o exercício pleno de todos os

aspectos da vida, (c) prover o benefício universal dos produtos do trabalho humano, dos bens

sociais e dos bens culturais de uma sociedade. Assim, para acontecer a plena cidadania, é

necessário que todos compartilhem da consecução destes três processos.

Baseando-se nestes conceitos, a construção do Projeto Político-Pedagógico, de forma

coletiva e democrática, deve buscar valorizar todos os atores vinculados à instituição, para,

assim, construir uma educação de caráter transformador, que compreenda as contradições,

limites e também as possibilidades existentes, dentro de uma prática reflexiva.

Esta participação coletiva amplia o debate sobre as práticas sociais e culturais,

desmascarando as diversas formas da manifestação das relações autoritárias estabelecidas na

prática escolar vigente, e amplia a contribuição coletiva para a construção de novas formas de

organização escolar.

5.3. Concepções

Inclusão e Diversidade

Uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de alunos,

sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas educacionais. A

escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas, ao

25

comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito e

fracasso escolar.

Ensino-aprendizagem

É um processo coletivo e integrador, quando elaborado, executado e avaliado, requer o

desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a cooperação, a

negociação e o direito das pessoas de intervirem na tomada de decisões que afetam a vida da

instituição educativa e de comprometerem-se com a ação. O processo ensino-aprendizado não

é apenas perpassado por sentimentos, emoções e valores. Um processo de construção coletiva

fundada no princípio da gestão democrática reúne diferentes vozes, dando margem para a

construção da hegemonia da vontade comum. A gestão democrática nada tem a ver com a

proposta burocrática, fragmentada e excludente; ao contrário, a construção coletiva do

processo ensino-aprendizado inovador procura ultrapassar as práticas sociais alicerçadas na

exclusão, na discriminação, que inviabilizam a construção histórico-social dos sujeitos.

Há a necessidade da consciência em relação ao vínculo muito estreito entre autonomia

e processo ensino-aprendizagem. A autonomia possui o sentido sócio-político e está voltada

para o delineamento da identidade institucional. A identidade representa a substância de uma

nova organização do trabalho pedagógico. A autonomia anula a dependência e assegura a

definição de critérios para a vida escolar e acadêmica. Autonomia e gestão democrática fazem

parte da especificidade do processo pedagógico.

A legitimidade de um processo ensino-aprendizagem está estreitamente ligada ao grau

e ao tipo de participação de todos os envolvidos com o mesmo, o que requer continuidade de

ações.

Educação

O processo educativo deve se configurar com unicidade e coerência ao deixar claro

que a preocupação com o trabalho pedagógico enfatiza não só a especificidade metodológica

e técnica, mas volta-se também para as questões mais amplas, ou seja, a das relações da

26

instituição educativa com o contexto social. Para Saviani, educação “é uma atividade

mediadora no seio da prática social”. (SAVIANI, 1985, p. 77).

Uma educação comprometida com o processo da prática social global, que não seja

reprodutora da situação vigente, e sim, transformadora da sociedade. Urge, portanto, uma

educação, visando a liberdade de expressão de todos. “Uma desigualdade no ponto de partida

e uma igualdade no ponto de chegada”. (SAVIANI, 1985, p.77).

O CONHECIMENTO – como construção histórica é matéria- prima (objeto de

estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos

conhecimentos, dando lhes condições de entender o viver, propondo, modificações para a

sociedade em que vive, permitindo ao cidadão _ “produtor, chegar ao domínio intelectual do

técnico e das formas de organização social sendo, portanto, capaz de criar soluções originais

para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento”.

(Kuenzer, p.1985, p33 e 35)

O TRABALHO _ é uma atividade que está na base de todas as relações humanas

condicionando e determinando a vida. “É (… uma atividade humana intencional que envolve

forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida”) (Andrery, 1998,

p13).

Nesta perspectiva entender o trabalho como ação intencional, o homem em suas

relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém é preciso compreender

que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado pelas relações de

poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os bens

materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos bens não

materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.

No trabalho educativo o fazer o pensar entrelaça-se dialeticamente e é nesta dimensão

que está posta a formação do homem.

27

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que

o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve,

formas de organização necessária para formação do ser humano.

A CIÊNCIA – nasce de necessidade de explicar os fatos observados de forma

sistematizada utilizando métodos

Para Andery (1980) “ A ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo

homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é determinada pelas

necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que nela

interfere.”

Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento será a

concepção da ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para produzir ou transformar.

Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual,

estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não

atingindo a totalidade da população.

A escola tem a função de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos

pela humanidade. Nereide Saviane afirma que a ciência merece destacado no ensino como

meio de cognição enquanto objeto de conhecimento, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o

nível de pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é

indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem,

mas com isto saibam nele atuar e transformá-lo.

A TECNOLOGIA – os avanços da tecnologia, trouxeram novas formas de trabalho

(Gasparin – UEM) e possibilitaram às escolas e, consequentemente aos profissionais da

educação, uma nova forma de ensinar, com inovações nas suas práticas, no intuito de

transformação do cotidiano escolar, para um alunado que, muitas vezes, já convive com toda a

tecnologia disponível no mercado. Entretanto, há que se pensar no encorajamento de todo o

coletivo, para que se busque a preparação e se faça o uso adequado e eficaz das tecnologias

que estão disponibilizadas na escola.

28

O HOMEM – ou ser humano, para não usarmos uma linguagem sexista – “é um ser

inacabado, que se constitui ao longo de sua existência social,” (Pinto, 1994) sendo, portanto

“um sujeito histórico, que se diferencia dos outros animais pelo trabalho.” (Saviani, 1992, p.

19). É capaz de assimilar conhecimento e reproduzi-lo, bem como produzir conhecimento. É

capaz de transformar a sociedade em que está inserido. Esta visão se aplica ao entendimento

de educando.

A ESCOLA para Saviani “é uma instituição que tem o papel de socializar o saber

sistematizado”. É ela que propicia a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a tal

saber. “O que torna necessária a sua existência é a exigência de apropriação deste

conhecimento pelas novas gerações”. (Saviani, 1992. p. 22-23). A cultura da escola moderna

pode ser concebida como um projeto de organização da sociedade. Definir a identidade da

escola como instituição requer indagar dela seu projeto, mas, requer como contraponto,

interrogar também o meio social onde a instituição se coloca, ou seja, identificar o que

esperam da escola seus diferentes atores e seus contemporâneos.

O MUNDO – vivenciamos um período histórico em que o ter perpassa o ser, num

mundo capitalista, no contexto da sociedade global, dentro das grandes transformações que

estão se processando em todos os cantos. (GASPARIN, EDUCERE, 2009). Uma sociedade

com grupos sociais desiguais. O caráter humanista educacional de Paulo Freire, centraliza

seus esforços na desmistificação do mundo e da realidade, onde os homens não são coisas,

objetos, mas pessoas que podem vir a transformar o mundo. Para ele, o homem não pode ser

neutro frente ao mundo, um homem à luz da humanização ou desumanização. (Paulo Freire).

O homem, na sua função social tem que fazer opção, e que esta venha ao encontro das

mudanças que ocorrem no sentido da verdadeira humanização do homem, do seu ser mais.

Revelar a estrutura formal da instituição não é suficiente para apreender as operações

intelectuais e rituais das quais ela se vale para conferir significado ao mundo. Na vida escolar,

observam-se os sentidos sociológicos das formas e do traçado de um dado ritual que confere

lugares, posições e jogos de linguagens, tanto verbais quanto gestuais e corporais.

29

A CULTURA ESCOLAR enfrenta e incorporam simultaneamente outras culturas,

expressas pelo impacto dos meios de comunicação de massa, pela família, além de,

especialmente, pelo que se tem hoje caracterizado como cultura infanto-juvenil.

Cultura escolar é, portanto, uma dada distribuição do espaço e do tempo escolares:

mas compõe-se também dos espaços e dos tempos de inscrição das transgressões. Cultura

escolar é a ordenação de comportamentos prescritos pelos adultos; mas é, sobretudo, a

apropriação diferenciada que novas e sempre novas gerações farão com aquilo que se

pretende fazer delas.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente de sua

função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura

erudita, assume um papel político fundamental, “(Saviani, apud, Frigotto, 1994p, 189)”.

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe à

escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e

democrático.

O CURRÍCULO observa, para além da norma, os procedimentos efetivamente usados

na rotina de sala de aula. As práticas didáticas que prescrevem os modos autorizados por meio

dos quais a escolarização deverá fazer uso do texto estarão, contudo, sempre para além

daquela orientação normativa que pretende defini-la, descrevê-la e circunscrevê-la.

As teorias do currículo há tempos já referenciam a acepção de currículo – que, a

princípio, correspondia à idéia de ordem e de disciplina – como o conjunto das ações e

interações – manifestas ou implícitas – que acontecem na escola.

Os currículos, elaborados através de propostas curriculares e projetos, compreendem,

portanto, um conjunto de conhecimentos, centrado nos eixos da interdisciplinaridade e da

indissociabilidade dos eixos prático-conceitual e teórico-demonstrativo, ou seja, as disciplinas

têm que estar integradas e o aspecto teórico não podem estar dissociados da prática.

Essa concepção pedagógica coloca o aluno no centro da dinâmica do processo de

ensino e aprendizagem e submete a organização do trabalho escolar e a proposta curricular à

formação e vivência sócio-cultural própria de cada idade ou ciclo de formação dos educandos.

30

O desenvolvimento dos conteúdos curriculares por meio dos projetos e a definição de

diretrizes e requisitos essenciais devem garantir a unidade, quanto aos níveis adequados de

output a serem desenvolvidos em todas as crianças.

A construção do saber anda a par com a reconstituição do campo do poder dentro das

escolas. Neste espaço, os atores lutam pelo poder sobre a regulação dos instrumentos de

diagnóstico e avaliação, pois há consciência de que a avaliação é indispensável para a

mudança.

A AVALIAÇÃO – qualitativa formativa e includente – requer o questionamento de

formas punitivas de resposta aos eventos insatisfatórios do processo ensino-aprendizagem

(como a repetência) e um novo ordenamento dos tempos escolares.

Os maiores desafios para a incorporação, ao habitus institucional, de uma avaliação

mais formativa e democrática deve-se ao aspecto decisório da avaliação, que é sócio-

historicamente construído. Ou seja, avaliar sempre implicou fundamentar uma decisão sobre o

prosseguimento do processo ensino-aprendizado e, de forma muito sensível, sobre a

certificação. Para enfrentar este desafio, a ênfase avaliativa, centrada nos resultados da

aprendizagem, é superada pela priorização do processo educativo formativo e igualitário.

O colégio utilizará a avaliação diagnóstica, formativa e somativa, realizada

cooperativamente, visando determinar até que nível os objetivos curriculares previamente

estabelecidos, foram ou deixaram de ser alcançados pelos alunos.

A sistemática da avaliação de desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será

contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de

acordo com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados

expressos em nota de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), organizado

bimestralmente; onde a média necessária para aprovação deverá ser igual ou superior a 6,0

(seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).

Para os alunos de baixo rendimento escolar, será proporcionada a recuperação de

estudos, de forma paralela, durante o processo ensino-aprendizagem ao longo da série ou do

período letivo, na medida que forem constatadas dificuldades ou falhas de aprendizagem.

Na aplicação de uma segunda ou terceira avaliação na unidade de estudos, a(s) nota(s)

será (ao) considerada(s) como recuperação, prevalecendo sempre a maior.

31

De acordo com este pressuposto, a reunião pedagógica é parte integrante do processo

de avaliação, desenvolvido pela escola. É um momento privilegiado para se redefinir práticas

pedagógicas no intuito de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas

diferenciadas de ensino, que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem, tendo em

vista que todos os critérios devem ter como único foco a aprendizagem destes.

Por fim, entende-se que democratizar a gestão das escolas implica gerar condições de

autonomia para que as escolas possam administrar seu projeto educativo com

responsabilidade. Exige-se a instalação de um processo de discussão da avaliação, não apenas

da aprendizagem dos alunos, mas também do processo de trabalho na escola. Assim, a

avaliação supera a orientação por princípios da racionalidade técnica, que acabam servindo à

regulação e à manutenção do status quo sob diferentes formas. Este é o desafio a ser

enfrentado: compreender a educação no interior das políticas públicas para buscar novas

trilhas.

O conselho de classe deve propiciar a discussão coletiva sobre o processo de Ensino e

Aprendizagem e favorecer a integração em seqüência dos conteúdos curriculares de cada

série, constituindo-se assim num importante momento de reflexão de ação da escola que gera

ações em benefício do processo de ensino e aprendizagem. Estas ações são registradas em atas

pertinentes aos Conselhos de Classe.

A SOCIEDADE - para Severino (1998), sociedade é um agrupamento tecido por uma

série de relações diferenciadas e diferenciadoras. È configurada pelas experiências individuais

do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens,

garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo

que: “A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe

resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as

contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece à sua comunidade. Nesse

sentido a sociedade cria o homem para si”.

A CIDADANIA - de acordo com Boff (2000,p.51) “é um processo histórico-social

que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de

32

elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser

povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.

Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, p. 53) diz: “ ... a construção da

cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de

reconhecimento desse processo em termos de direito e deveres”.

O LETRAMENTO é o resultado da ação de ensinar e aprender a ler bem como o

resultado de usar essas habilidades em práticas sociais ou seja, estado ou condição que um

grupo adquire em determinada cultura. O letramento é o desenvolvimento de competências

para o uso da tecnologia da escrita. Cabe ao professor oferecer ao aluno a apropriação do

sistema alfabético ortográfico e condições que possibilitem o uso da linguagem como prática

social vivenciada de forma significativa.

Na INFÂNCIA segundo Zabalza, a criança hoje é vista como um sujeito de direitos,

situado historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas,

emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança.

Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas.

ADOLESCÊNCIA - Nunes de Souza (1997) considera que o período da adolescência

se caracteriza por ser um período difícil para os adolescentes não apenas pelas transformações

físicas a que estão sujeitos nesta fase da vida, como também considera que este período

constitui um período de crise para toda a família. Durante esse processo, o adolescente sente

necessidade de contestar os valores que lhe foram incutidos pela família, numa tentativa de se

afirmar enquanto individuo com existência e características próprias.

33

6. MARCO OPERACIONAL

6.1. Visão Geral

A escola é uma instituição que demanda um projeto educacional que englobe o agir

humano, articulando o projeto político coletivo da sociedade e os projetos pessoais dos

sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizado.

Todo projeto implica uma intencionalidade de condições reais, objetivas e concretas.

Todo educador constrói sua prática em valores sociais e em ideologia, o que o faz optar pelo

reforço de valores alienantes ou transformadores em sua prática.

Assim, a especificidade do trabalho pedagógico exige uma institucionalização de

meios que vincule educadores e educandos. Assim, a escola se empodera para enfrentar os

sistemas de informação e comunicação de massa, pretensamente educativos – pois toda a

relação pedagógica depende de um relacionamento humano direto.

Sabendo que, ao investir na construção da cidadania dos indivíduos, a educação

escolar está articulando o projeto político da sociedade, que precisa ter seus membros como

cidadãos e, assim, os projetos pessoais desses indivíduos encontram um espaço para existir

humanamente.

Dessa forma, os instrumentos de que dispõem os educadores são, prioritariamente,

aqueles fornecidos pelo conhecimento que, aliado à crítica, à competência e à criatividade,

permite aos educadores exercer seu papel de atores políticos de modo integral.

Desta maneira, verifica-se que os projetos educativos vêm ao encontro da melhoria do

ensino, mediante a utilização de recursos metodológicos diferenciados, que enriqueçam a

prática docente e motivem o querer aprender dos alunos.

6.1.1. Hora Atividade

A hora atividade do professor é cumprida dentro da escola, para preparação de aulas,

de atividades, avaliações, correções, preenchimento do Livro Registro de Classe e reuniões

com a Equipe Pedagógica. Dentro do possível a hora atividade é organizada em blocos de

disciplinas.

34

6.1.2. Forma de atendimento aos pais

No início do ano letivo os pais são convocados para uma reunião especial, onde

recebem orientações sobre: o termo de responsabilidade para o cuidado com o livro didático,

o regulamento interno, horários de funcionamento da escola, uso do uniforme escolar, sistema

de avaliação, faltas e atestados médicos dos alunos.

Aproveitando a presença da maioria dos pais, os policiais da Patrulha Escolar

comparecem à reunião e esclarecem a importância da presença dessa corporação no colégio e

suas funções.

Durante o ano letivo os pais são convocados para reuniões bimestrais, onde recebem

os boletins escolares, conversam com os professores e equipe pedagógica e esclarecem

possíveis dúvidas quanto ao desempenho escolar de seus filhos.

Quando necessário a equipe pedagógica entra em contato com os pais que são

atendidos individualmente.

6.2. Decisões Operacionais

Apresentamos algumas ações que, implementadas, apresentam potencial de superação

dos principais desafios situacionais da nossa escola, tais como: a evasão escolar, baixa

motivação do binômio professor-aluno, os transtornos de comportamento e as ações docentes.

Estas são ações de implementação a médio e longo prazo, pois dependem do engajamento

político da comunidade escolar e da instituição de um processo continuado de discussão com

professores, equipe pedagógica, pais e instâncias colegiadas para o aprimoramento das

propostas. As propostas são elencadas a seguir:

a) Desenvolvimento de projetos que englobem maneiras diversificadas de ensinar e

aprender, com a utilização de recursos com grande potencial didático, como a música, a

poesia, dança, entre outros, que manipulando os objetivos e os conteúdos curriculares,

nortearão as atividades educativas a serem desenvolvidas;

b) A equipe pedagógica possibilitará momentos de estudos para revisão da linha

teórica das ações educativas, procurando, de forma inovadora, despertar no professor e no

35

aluno a busca de sentido na construção do conhecimento. As ações propostas como formação

continuada para os professores, equipe pedagógica, direção, funcionários e pais

compreendem: cursos de capacitação, Semana Pedagógica, grupos de estudos, Livro Didático

e Projeto Folhas, reuniões pedagógicas, reuniões das instâncias colegiadas, palestras e

informes de periodicidade regular (semanal, mensal) ou irregular, sendo eles, em sua maioria,

ofertados pela SEED.

c) Estímulo ao querer e ao buscar a melhoria e ao aprendizado constante, mediante o

desenvolvimento de atividades atrativas e significativas;

d) Capacitação e motivação do professor, de modo a modificar e aprimorar

continuadamente suas atividades educativas, buscando a formação pedagógica permanente;

e) Estímulo à organização interna da escola, com a definição das funções, papéis

específicos e atribuições;

f) Promoção do relacionamento institucional entre os aspectos administrativos e

pedagógicos, na vigência de dificuldades pedagógicas que demandem ações administrativas,

de acordo com o diagnóstico realizado no marco situacional.

g) Atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, para integrá-los

no ensino regular, promovendo assim a inclusão; bem como os alunos da zona rural, criando

condições para que freqüentem assiduamente as salas de apoio e recursos, uma vez que as

mesmas funcionam em contra turno e esses alunos ficam impossibilitados de irem às suas

casas para o almoço e retornarem ao colégio, necessitando, portanto, realizarem suas refeições

no colégio, além dos horários de transportes que não coincidem com suas necessidades.

h) Promover a consciência e difusão das relações étnicos raciais, indígenas e afro-

brasileira e Africana; baseado nas disposições contidas nas Leis nº 10.639/03, 11645/08,

9795/99, visto que a relevância do estudo de temas contidos nessas leis dizem respeito a todos

os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática; - Política

Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal;

Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao uso Indevido de Drogas.

1) História e Cultura dos Povos Indígena – Lei 11 645/08;

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10 639/03.

Educação do Campo, Gênero e Sexualidade.

36

2) Desenvolvimento Sócio Educacional – enfrentamento à violência, educação fiscal,

educação ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, direitos humanos e cidadania.

Programa bolsa família;

i) Encaminhamento de alunos ao mundo do trabalho através de parcerias com

empresas por intermédio do CIEE e outras entidades.

6.3. Sociedade Civil Organizada

A Sociedade Civil representa importante parcela de contribuição, na preparação dos

alunos, quando nos auxilia, ministrando palestras com temas relevantes, como: água,

sexualidade, drogas, fumo, álcool, valores humanos, AIDS e DSTs e outros. Trata-se,

portanto, de contribuição essencial, visto que, repassam orientações de forma clara e sucinta,

prendendo a atenção do alunado em geral, pois além de palestras, acontecem também

oficinas.

6.4. Processo da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da

Promoção

A Avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem

com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.

A Avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento

global do aluno, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A Avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0

(zero) a 10,0 (dez vírgula zero) no final dos períodos bimestrais, resultante da somatória dos

valores atribuídos em cada instrumento de avaliação.

A Recuperação de estudos é direito dos alunos, independente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos.

37

A recuperação de estudos dar-se á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem.

A Promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à

apuração de sua frequência. A média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero) e

freqüência mínima de 75% do total das horas letivas.

6.4.1. Processo de Classificação, Reclassificação e Progressão Parcial

A Classificação no ensino fundamental e médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com

a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais e informais.

A Reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de

experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as

normas curriculares gerais, a fim de encaminha-lo à etapa de estudos compatível com sua

experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

O estabelecimento não oferta a Progressão Parcial, no entanto os alunos recebidos e

que estão em Regime de Dependência serão atendidos em forma de Adaptação de Estudos.

6.4.2. Conselho de Classe

Importante instância avaliativa, órgão colegiado, de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didáticos-pedagógicos, tendo como foco norteador, analisar as ações

educacionais, indicando alternativas que venham ao encontro da efetivação do processo

ensino-aprendizagem. Neste pressuposto, acontece anteriormente o Pré-Conselho, com todo o

colegiado, para que haja tempo de intervir no processo de ensino e aprendizagem,

oportunizando aos alunos, formas diferenciadas de apreensão dos conteúdos. Então, a partir

desta retomada de conteúdos, acontece o Conselho de Classe, com a participação da Direção,

Equipe Pedagógica, Corpo Docente, representação facultativa de alunos e pais, objetivando

respaldar as discussões e a tomada de decisões, com critérios previstos e estabelecidos pela

escola.

38

Torna-se, portanto, um espaço asseguradamente coletivo, de articulação das ações,

referendadas pelo Conselho Escolar e expressas no Regimento Escolar. Dando continuidade,

acontece o Pós-Conselho de Classe, que vem complementar o que está posto no Conselho de

Classe, as ações e encaminhamentos, com o fim de minimizar os problemas de aprendizagem

e a reorganização do trabalho pedagógico. Deste modo, torna-se importante, discutir não

apenas a aprovação ou reprovação do aluno, mas, o que se pode fazer por ele, em relação

à superação ou diminuição das suas dificuldades educacionais.

6.4.3. FORMAÇÃO CONTINUADA – deve estar fundamentada em bases teóricas,

sólidas, apoiadas na reflexão filosófica e no conhecimento científico. (SAVIANI, 1995). São

necessárias reflexões permanentes, aos profissionais da educação, acerca de sua práxis

educativa, visando melhores resultados junto aos alunos, tendo em vista as constantes

transformações da realidade. Uma grande conquista aos educadores paranaenses, tem sido a

oferta do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), que os afasta do exercício e

propicia uma capacitação fora do ambiente escolar.

A educação continuada será tanto mais efetiva, quanto maior for o envolvimento do

próprio professor, na busca de solução dos problemas educacionais. (CELANI, 1988, p. 160).

A formação continuada para a comunidade escolar segue calendário escolar e carga

horária determinados pela SEED, em datas específicas.

Quando organizada pela equipe pedagógica, é realizada aos sábados e início dos

semestres com os professores, em reuniões pedagógicas e quando possível durante as horas

atividades, para o enriquecimento teórico e pedagógico, porém, essas horas não são

computadas na titulação dos professores.

6.5. Instrumentos de Ação Colegiada

A ação de projetar, buscando transformar o real, procura assegurar a plena qualidade

do processo de ensino-aprendizagem. O processo decisório da gestão escolar deve assegurar o

conflito de idéias e de valores – que é a essência das relações democráticas – bem como a

interlocução permanente nas instâncias de controle sociais legitimadas e reconhecidas dentro

39

do setor da educação: Conselho Escolar, Associação de Pais e Mestres e Funcionários,

Grêmios Estudantis e todos os sujeitos da comunidade escolar, o que inclui as autoridades

públicas.

A escola deve traçar seu próprio caminho educativo, através de uma proposta escolar

autônoma, que ressalte a importância da participação dos profissionais da educação e da

comunidade escolar nos conselhos escolares, para estimular a autonomia da escola, e para

superar a gestão dos meios e produtos, apelando para iniciativas inovadoras, orientadas por

valores mais humanos e que levem em conta vivências e sentimentos, condições de vida e de

trabalho, a cultura e o processo de trabalho na escola.

A autonomia escolar deve ser assegurada pela destinação de recursos diretos, a serem

geridos pelo conselho escolar. A autonomia financeira fortalece a identidade da escola e

incentiva a participação da comunidade em seu apoio. A melhoria da qualidade do ensino

também pode ser assegurada por este mecanismo de alocação dos recursos, que podem ter sua

utilização otimizada, incluindo o investimento em insumos e inovações, como materiais

didáticos e tecnológicos. Paralelamente, a dimensão relativa ao processo de arrecadação e

aplicação de recursos para o funcionamento do setor de educação deve ser amplamente

debatida, no âmbito das instâncias colegiadas, de modo que os conselhos municipais e os

conselhos escolares tenham a competência para supervisionar o processo de administração

dos recursos orçamentários e extra-orçamentários, estabelecendo-se, portanto, procedimentos

de controle social sobre as ações do setor de educação, em nível local, regional e nacional.

A ação colegiada implica planejamento e avaliação contínuos e sua implementação

depende dos limites e das potencialidades humanas e materiais historicamente determinados.

Por considerar a comunidade escolar como construtora de política, nos espaços formais e

informais, a ação colegiada libertária é local e universalista, em intenção e abrangência, pois a

educação para a liberdade só se efetivará no processo de lutas sociais globais, que

conquistem, para todos os indivíduos, condições de auto-emancipação intelectual, política e

econômica.

Na prática da escola, tem-se buscado discutir, no coletivo, a Gestão Democrática,

através das formas de participação consolidadas para o setor da educação. Assim, garante-se a

eleição dos dirigentes escolares, a participação colegiada no Conselho da escola, e na

construção coletiva do Roteiro de Atividades da Semana Pedagógica. No entanto, há a

percepção de que tais iniciativas somente serão integralmente bem sucedidas se contarem com

o apoio da comunidade escolar e das instâncias superiores da gestão da educação.

40

7. PROPONENTES:

Equipe

Função Assinatura

Edson Plath Diretor

Orzolina Siqueira Diretora Auxiliar

Denise Cristina M. F. Pires Diretora Auxiliar

Alteni Lauer Fegury Pedagoga

Kátia Ordálio Pedagoga

Magda Marília Tricai Cavalini Pedagoga

Marcos José Ferreira Pedagogo

Neide Dias Pedagoga

Vera Lucia Nahirny Bueno Pedagoga

Professores

Inglês Matutino

Alice Hiroko Fujita Ciên./ Bio. Matutino

Ana Rosa Mangolin Geo./ Hist. Mat. Vesp.

Port./ Fran. Vespertino

Aparecida Mercadante Ed. Física Matutino

Claudete H. B. Chemoune Ciências Matutino

Claudia Medeiros Ed. Física PDE

Conceição Geni Nicoli Matemática Matutino

Denise C. M. Facio Pires Ed. Física Mat./Vesp./

Not.

Ens. Rel. Licença

Edson Plath Física Mat / Not

41

Inglês Noturno

Port / Inglês Mat./ Not

Evilma L. da Cunha Glovascki Afast. de função Matutino

Franciele Cristina Leuche Arte Mat /

Glaci Cecícilia Machado Biologia PDE

Ilza Maria Gomes Ceranto Port. Mat./Vesp./

Not

Iolanda Cirino de Jesus Sanches Port / Inglês Vesp./ Not

Irene Martins História Mat./ Not

Port. Matutino

Isabel Sanches Martines Prof° da lei

15308/06

Vesp / Not

Química Mat./ Not

José Pecorari Mat. Mat. / Not

Lea Plaza Pomin Afast. da função Mat. / Vesp

Leila de L. Sanches Lacerda Arte Mat./Vesp./

Not

Lúcia Rodrigues Nogueira História Mat./ Not

Mara Lúcia M. Yamada Química Mat.

Marines Guerra da Silva Prof° da lei

15308/06

Mat./ Not.

Melissa C. Furtado Matemática Matutino

Mirna Sandra de Santis Biologia Noturno

Neusa Aparecida Geografia Mat./ Not.

Ciências Matutino

Geografia Mat. / Vesp

Nilvia Inês de Godoi CELEM

(espanhol)

Vespertino

Orzolina Siqueira Português Matutino

Patrícia H. H. Canezin Arte Mat./ Not.

Sala de apoio Mat. / vesp.

42

(mat.)

Romilda Ferraz dos Passos Ciências Matutino

Port. Inglês Matutino

Rosangela B. Macedo Beje Sala de

Recursos

Vespertino

História Mat. / Vesp.

Santa Vantini Ciências PDE

Biologia Mat./Not

Sonia Marilea C. Pereira Sala de Recurso Matutino

Matemática Mat. / Not

Sala de apoio

Vânia Suzi R. B. Cilião Port. Mat./ Not

Ciências Mat./ Not

Agente Educacional I

Eli Dias de Oliveira

Joanice dos Reis Bevilaqua

Maria Aparecida Batista da Silva

Maria Madalena Carvalho Laverdi

Neusa Almeida da Silva

Rosangela Apª Camargo G. de Souza

Vanilda Pontes de Almeida

Vilma Ferreira da Silva

Zenilda Costa de Oliveira

Agente Educacional II

Andreia Ross Biazeto de Souza

Benilde Colombo

Cleonice de Lourdes Belan dos Santos

Juliano Delgado

Maria de Lourdes Vidal

Neusa Maria Pedro

43

Solange Aparecida Peres (Secretária)

Solanje Laurentino Kovalchuk

Wilson Aparecido Ghizellini

Yayeko Tashima Endo

Membros da APMF

Rosely Penharbel Presidente

Paulo Sergio Clemente da Silva

Vice-Presidente

Membros do Conselho

Marina Angeluci Lima Repres. dos alunos

Maria Aparecida de Souza Repres.dos Pais- Ens.Med.

Luis Fernando Stuchi Locilha

Repres. do Grêmio Estudantil

“A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo” (Paulo Freire)

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDERY, M. A. et al. Para compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. São Paulo: Educ, 1988, p. 11-18 e p. 435-446. ARCO-VERDE. Yvelise Freitas de Souza. Reformulação Curricular no Estado do Paraná: um trabalho coletivo. Curitiba: SEED, 2005. ASSIS, R. A . (Relatora). Parecer nº CEB 04/98: CEB/ Aprovado em: 29/01/98. Brasília: 1998. BOFF, Leonardo.Cidadania,com - cidadania,cidadania Nacional e cidadania terrenal.In: Depois de 500 anos:que Brasil queremos?/ Leonardo Boff.Petrópolis,RJ:Vozes,2000,p51-84. CAPELO, Maria Regina Clivati. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais:primeiras aproximações.Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE).Apostila. CELANI, M. A. A. Debates e Pesquisas no Brasil sobre a formação docente. Ciência e Cultura. São Paulo. Ed. SBPC. 1988. FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Lingüística textual: uma introdução. São

44

Paulo: Cortez, 1988. FEIGES, M. M. F . Projeto Político Pedagógico da Escola Pública. Construção Coletiva da Qualidade da Aprendizagem. Curitiba: UFPR, 2005. FREIRE, Paulo. Não há docência sem discência. In Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz eterna, 1996. GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2002. GASPARIN, J. L. – UEM. O trabalho como fundamento para uma nova didática. IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE – PUCPR (26 a 29/10/2009) – ([email protected]). KUENZER, A . Planejamento e Educação no Brasil. São Paulo: Autores associados, 1990. LUCK, H. Ação Integrada. 21ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2003. MELO, Márcia Maria de Oliveira. O Currículo na Educação Básica no Contexto de Crises da Sociedade. In Revista de Educação AEC, ano 32 n129, out/dez. 2003. Brasília: Editora Salesiana, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: História e Cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais-Curitiba: SEED, 2006. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 32ª Edição. Campinas: Autores Associados, 1999. SAVIANI, D.Pedagogia Histórico- Crítico:Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1988. SEED/ PR. Capacitação Descentralizada. Curitiba: 2005. SEED/ PR. Fica- Ficha de Comunicação de Aluno Ausente.Curitiba:UFPR,2005. SEED/SUED. Instrução nº 4/2005. Curitiba:2005. SEED/PR. Roteiro de Estudos para a Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: 2005. SEED/PR. Superintendente da Educação. Drª Yvelise F. de S. A . V. Reformulação Curricular nas Escolas Públicas do Paraná. Curitiba: 2005. SEVERINO, A . J. O Projeto Político Pedagógico, a Saída para a Escola. Revista AEC. Brasília: V. 27, nº 107, p. 81 – 91, abr/jun/1998. VEIGA, T. P. A .. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico. VEIGA. I. P. A . RESENDEE, L. M. G. de (ORGS) : Escola: espaço do Projeto Político pedagógico.: Campinas, S, P. Papirus, 1998, p. 9- 32.

45

9. Estágio

Sendo o estagio obrigatório ou não-obrigatório, concedido como procedimento

didático pedagógico e como ato educativo intencional. É uma atividade pedagógica, de

competência da instituição de ensino e será planejado, executado e avaliado em conformidade

com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, de acordo a Lei nº.

11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, da Instrução nº. 006/2009 –

SUED/SEED e da Deliberação nº. 02/2009 do Conselho Estadual de Educação, como os

previstos no Projeto Político Pedagógico e descritos no Plano de Estágio em anexo.

PLANO DE ESTÁGIO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT –

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.

ENDEREÇO: RUA ERASTO GAERTNER, 64 - CENTRO.

ENTIDADE MANTENEDORA: SEED - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

MUNICÍPIO: APUCARANA - Paraná

NRE: APUCARANA

Nome do Professor Orientador de Estágio:

MAGDA MARILIA CAVALINI

NEIDE DIAS

Ano Letivo: 2010

46

JUSTIFICATIVA

O Estágio não obrigatório é uma atividade curricular, um ato educativo assumido

intencionalmente pela instituição de ensino, que propicia a integração dos estudantes com a

realidade do mundo do trabalho. Sendo um ato pedagógico, permite ao aluno o confronto

entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática adquirida por meio do currículo

que oportuniza a formação do aluno com percepção crítica da realidade e capacidade de

análise das relações técnicas de trabalho.

O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho e as atividades a serem

executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao

desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre os diferentes

aspectos condicionadores no processo de formação humana, devendo também, atender a

legislação vigente, conforme segue abaixo.

• a Lei n- 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

• a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

• a Lei N9 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em

especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelecem os princípios de proteção ao

educando;

• o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, que

estabelece que as partes envolvidas devem tomar os cuidados necessários para a promoção da

saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando, principalmente, os riscos decorrentes

de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho;

• A Deliberação N° 02/2009 - do Conselho Estadual de Educação.

• Instrução N9 006/2009 - SUED/SEED

47

O Estágio Profissional não obrigatório do Ensino Médio, Médio Integrado e

Aproveitamento de Estudos (Curso de Formação de Docentes) deverá ser por meio de

execução de atividades inerentes a proposta curricular do curso. No caso do Curso de

Formação de Docentes será permitido apenas apos o termino do segundo ano no caso do nível!

Médio Integrado e apos o término do primeiro semestre no caso do nível Aproveitamento de

Estudos, visando uma formação previa em relação aos conhecimentos básicos.

O Plano de Estágio e o instrumento que norteia e normatiza os estágios não-

obrigatórios dos alunos do nível Médio e do Curso de Formação de Docentes.

OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO

- Desenvolver atividades conforme a Proposta Curricular do curso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO

- Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao mundo do trabalho;

- Oportunizar experiência profissional diversificada;

- Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das experiências

realizada no ambiente de Estágio;

LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O Estágio será realizado em locais que oportunizem o conhecimento aos alunos, e

que atenda os objetivos propostos. As instituições poderão ser públicas ou privadas.

48

ATIVIDADES DO ESTÁGIO

O Estágio não obrigatório como ato educativo representa o momento de inserção

do aluno à realidade do mundo do trabalho, permitindo que sejam colocados em prática os

conhecimentos adquiridos e produzidos no decorrer do curso, bem como a troca de

experiências com seus colegas de turma, propiciando um contato maior com esta realidade do

mundo do trabalho.

ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Estágio não obrigatório, concebido como procedimento didático-pedagógico e

como ato educativo, é uma atividade pedagógica de competência da instituição de ensino,

sendo planejado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos e previstos no

Projeto Político-Pedagógico e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é

responsável pelo desenvolvimento do Estágio nas condições estabelecidas no Plano de

Estágio.

• elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu

representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições adequadas

do Estágio a proposta pedagógica do curso, a etapa e modalidade da formação escolar do

estudante e ao horário e calendário escolar;

• respeitar legislação vigente para Estágio não obrigatório;

• celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos;

com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de

assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se a for idade inferior a 16 anos e com o

49

ente concedente, seja ele privado ou público; elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado

para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico;

• contar com o professor orientador de Estágio, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades;

• realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do Estágio

previstas no Plano de Estágio.

O desenvolvimento do Estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao

estudante, vedadas atividades:

• incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

• noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de um dia

às cinco horas do outro dia;

• realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;

• perigosas, insalubres ou penosas.

PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO

O Estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador de Estágio,

especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo acompanhamento e

avaliação das atividades.

COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR

• solicitar juntamente a parte concedente, relatório, que integrara o Termo de Compromisso,

sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de Estágio; agentes físicos, biológicos e

50

químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as operações

e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades

de Estágio;

• exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo não

superior a 6 (seis) meses;

• esclarecer juntamente com a parte concedente do Estágio, o Plano de Estágio e o

Calendário Escolar;

• proceder às avaliações que indiquem se as condições para a realização do Estágio se estão

de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante

relatório;

• zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

• conhecer o campo de atuação do Estágio;

• orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios

• orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos a

prática pedagógica;

• orientar os estagiários quanto às condições de realização do Estágio, ao local,

procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento;

• atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no Estágio;

• manter o registro de classe com freqüência e avaliações em dia.

ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com

serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições

acordadas em instrumento jurídico apropriado.

51

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade

jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente

registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

Uma vez firmado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos

citados anteriormente, estará criada a condição legal e necessária para a realização do estágio.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao

estagiário, contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas

atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).

Fica a critério da instituição concedente, a concessão de benefícios relacionados a

transporte, alimentação e saúde, entre outros, por si só, não caracterizando vinculo

empregatício.

A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar

acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades educativas

especiais.

A documentação referente ao estágio deverá ser mantida a disposição para

eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

• celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

• a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de

aprendizagem social, profissional e cultural;

ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

A Jornada de Estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar

no Termo de Compromisso, considerando:

• a anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente

legal, se menor;

• a concordância da instituição de ensino;

52

• a concordância da parte concedente;

• o Estágio não pode comprometer a freqüência às aulas e o cumprimento dos demais

compromissos escolares;

• a eventual concessão de benefícios relacionados ao auxilio-transporte, alimentação e

saúde, entre outros, não caracteriza vinculo empregatício;

• fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação, sempre

que o Estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de recesso de 30

(trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

• ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua

implementação de responsabilidade da parte concedente do Estágio.

ANTES DA REALIZAQAO DO ESTÁGIO, O ESTAGIARIO DEVE:

• estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

• elaborar Plano Individual de Estágio juntamente o Professor Orientador do Estágio;

• zelar pela documentação do Estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio.

DURANTE A REALIZAÇÃO:

• conhecer a organização da Unidade Concedente;

• acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

• zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

• manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

• cumprir o Plano individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado com a

Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.

53

• manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão do

andamento do Estágio;

• zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos

danos pessoais e materiais causados;

DEPOIS DA REALIZAÇÃO:

• elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;

FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas

e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou experiência na

área.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do

Estágio, podendo ser por meio de visitas, relatórios, contatos telefônicos e documentação de

Estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as

partes envolvidas, oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem

aplicadas no âmbito do trabalho.

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

54

A avaliação do Estágio não obrigatório é concebida como um processo contiínuo e

como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente em todas as fases do

planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial para a análise do

desempenho do aluno e da escola em relação à proposta. Sendo realizada mediante a

apresentação de:

a) Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio, pelo estagiário;

� Avaliação do Professor Orientador do Estágio;

� Avaliação do Supervisor responsável da Unidade Concedente.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Arte

1-Apresentação da Disciplina

A arte possibilita uma dimensão artística que é fruto de uma relação específica do ser

humano com o mundo e o conhecimento. Essa relação é materializada pela e na obra de arte.

A dimensão histórica, apresentada nestas diretrizes, destaca alguns marcos do

desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. Serão analisadas as concepções de alguns artistas

e teóricos que preocuparam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para atender

esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história permitirá aprofundar a

compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país.

O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho criador. A

arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística, pois criar “é fazer

algo inédito, novo, singular, que expressa o sujeito criador e simultaneamente, transcende-o,

pois o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto , é uma

nova realidade social” ( PEIXOTO, 2003,p.39)

55

Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para a humanização

dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e repressão à qual os sentidos

humanos foram submetidos.

Sendo assim, o ensino da Arte na escola desempenha o papel social, na medida em que

democratiza o conhecimento, características de cada indivíduo, através da sensação de se estar

contido num espaço e de se conter esse espaço dentro de nós, criando, ampliando,

enriquecendo, transformando o mundo e o homem, numa ação conjunta do fazer, do olhar e

do pensar e articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre

os indivíduos e a sociedade.

A atividade criadora é uma necessidade humana, através da qual o indivíduo descobre sua

integridade. Sua função consiste, assim, em aplicar o conhecimento no que se refere aos

conteúdos específicos das áreas, aliando Ver, o Pensar, o Fazer e o Criar. Consiste também a

pretensão de analisar o espaço da arte na escola a partir de uma perspectiva histórica, que visa

desenvolver no educando uma percepção exigente, ativa em relação à realidade;

proporcionando a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão dessa realidade

expressa na arte, bem como as possibilidades de expressão nas atividades artísticas, tendo

como elementos norteadores as quatro áreas do ensino da arte: artes visuais, dança, música,

teatro.

2- Conteúdos Estruturantes/ Básicos da Disciplina

Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica, terão em seus

conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como conhecimento

histórico. Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos a ser trabalhados

por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e permanentes da disciplina quanto

pelos que se apresentam em função do movimento histórico e das atuais relações sociais.

Esses conteúdos, articulados entre si e fundamentados nas respectivas orientações teórico-

metodológicas, farão parte da proposta curricular das escolas.

Considera-seque a disciplina de Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento

sistematizado em arte. Por isso, propõe-se uma organização curricular a partir dos conteúdos

estruturantes que constituem uma identidade para a disciplina de Arte e possibilitam uma

prática pedagógica que articula as quatro áreas de Arte, sendo eles:

Elementos formais;

Composição;

56

Movimentos e períodos.

Outra dimensão de tempo e espaço relaciona-se ao seu caráter histórico e social,

fundamentais no trabalho com alunos para que compreendam as relações sociais em que

interagem.

3-Metodologia da Disciplina

Nestas diretrizes, as disciplinas escolares são entendidas como campos de

conhecimento, identificam-se pelos respectivos conteúdos estruturantes e por seus quadros

teóricos conceituais.

Considerando esse construção teórico, as disciplinas são as pressupostas para a

interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem

quando:

Conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados á discussão e auxiliam a

compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;

Ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros conceituais de

outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente

desse objeto.

A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica como

princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma articulação que vá além

dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no entanto, recair no relativismo

epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas ao se fundamentarem em

aproximações conceituais coerentes e nos contextos sócio-históricos, possibilitando as condições

de existência e constituição dos objetos dos conhecimentos disciplinares. Ramos (p. 01,2004)

“Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, é compreendida como

inserção do conhecimento disciplinar em uma realidade plena de vivências, buscando o

enraizamento do conhecimento explicito na dimensão do conhecimento tácito. Tal

enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações

vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na trama de relações

em que a realidade é tecida.”

O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é um importante meio de

estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está

condicionada à possibilidade de ter consciência sobre seus modelos de explicação e

compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a determinados

57

contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução

de conceitos e reconstrução/apropriação de outros.

Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes,

em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

Educação Básica. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três

momentos da organização pedagógica.

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de

arte.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte.

A prática artística- o trabalho criador- é expressão privilegiada, é o exercício da

imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa

prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De

fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os

processos artísticos e humaniza seus sentidos.

3.1 - Artes Visuais

Sugere-se que a prática pedagógica parta da análise e produção de trabalhos artísticos

relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:

Imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, propaganda visual;

Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas;

Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a

discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a

realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.

3.2- Dança

A dança tem seus conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,

uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão estética da

arte.

58

Os elementos formais da dança, são:

Movimento Corporal: movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo

e espaço;

Espaço: é onde os movimentos acontecem, com a utilização total ou parcial do

espaço;

Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração)

3.3- Música

Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons

com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as

variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição

musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.

A música é formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo.

3.4- Teatro

Para o trabalho de sentir e perceber é essencial que os alunos assistam a peças teatrais

de modo a analisá-las a partir de questões como:

Descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local atores, período histórico de

representação;

Análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões

usadas com mais ênfase e outros conteúdos trabalhados em aula;

Análise da peça sob o ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade

em relação á peça assistida.

O Teatro oportunizará aos alunos a análise, a investigação e a composição de

personagens, de enredos e de espaços de cena, permitidas a interação crítica dos

conhecimentos trabalhados com outras realidades socioculturais.

Essas relações estão presentes, também, em manifestações cênicas como: danças,

jogos e brincadeiras, rituais folguedos folclóricos como o Maracatu, a Festa do Boi, a

Congada, a Cavalhada, a Folia de Reis, entre outras. Tais manifestações podem ser

apreendidas como conhecimento e experimento cênico que podem contribuir para integrar e

desenvolver o conhecimento estético e artístico do aluno, bem como para ampliar seu modo

de pensar e recompor representações de mundo, a partir dos diferentes meios socioculturais.

59

4- Avaliação

A disciplina de Arte apresenta-se como componente curricular responsável por

viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em arte, por meio das diferentes

áreas artísticas.

Assim sendo, o objetivo da arte no ensino é propiciar o aluno o acesso aos

conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes, permitindo

que utilize esses conhecimentos na compreensão das realidades levando em conta as relações

estabelecidas pelos alunos entre conhecimentos em arte e a sua realidade que se tornam

evidentes tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva.

Dessa forma, a avaliação em Arte será diagnóstica e processual e não estabelecer

parâmetros comparativos entre alunos; estará, portanto, discutindo dificuldades e progressos

de cada um a partir de sua própria produção.

Sendo diagnóstica a avaliação será referência do professor para o planejamento das

aulas e de avaliação dos alunos. Sendo processual abrange todos os momentos da prática

pedagógica . A avaliação será feita por meio de observação e registro, considerando aspectos

experiências (prática) e conceituais ( teóricos), buscando o desenvolvimento do pensamento

estático e a sistematização do conhecimento para a leitura da realidade.

O planejamento deve ser constantemente direcionado, utilizando a avaliação do

professor, da turma, sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos

alunos.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e,

ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor abordagens

diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como:

Trabalhos artísticos individuais e em grupo

Pesquisas bibliográficas e de campo

Debates em forma de seminários e simpósios

Provas teóricas e práticas

Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

60

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às

seguintes expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a

sociedade contemporânea;

A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular

e social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas

e mídias relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos

selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir

em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente

isso: o esforço de retomar, de volta ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos

metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação

de nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão

metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar

para intervir. A seleção de conteúdo, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos

critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de

instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e

maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos

seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.

Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser

uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da

escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais,alunos) assumam seus papéis e se

concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.

61

5- Conteúdos Estruturantes

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura Gêneros: erudita, folclórica... Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...

Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo, Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Word Music, Arte Latino-Americana...

ARTES VISUAIS

Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor

Figurativa Abstrata Figura-fundo Bidimensional Tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta... Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Egito, Arte Greco- Romana, Arte Pré-Colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-art, Pop-art, Arte Naïf, Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino- Americana, Muralismo...

TEATRO

Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais) Ação Espaço

Representação Texto Dramático Dramaturgia Roteiro Espaço Cênico, Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagem Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, monólogo,

Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino- Americana...

62

jogos dramáticos, direção, produção...

DANÇA

Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros: folclóricas, de salão, étnica... Técnicas: improvisação, coreografia...

Arte Pré-Histórica, Arte Greco- Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular, Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip HOP, Arte Latino-Americana....

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ARTE - ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação

Greco-Romana Oriental Ocidental Africana

Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos ele-mentos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

64

6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, ins-trumental e mista Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

65

7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, ins-trumental e mista

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo

66

8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, ins-trumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música Engajada.

Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade

67

5ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...

Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica

Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

68

6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco

Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teorias das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

69

7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista...

Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

70

8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das artes visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

71

5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento

Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

72

6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell’

arte

Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano

Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.

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7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

74

8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino

Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social.

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

75

5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular

Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica

Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

76

6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal Tempo Espaço

Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena

Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

77

7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Saltos Aceleração e desace-leração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

78

8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna

Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea

Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

79

ARTE - ENSINO MÉDIO

ÁREA MÚSICA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação

Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana

No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Teoria da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

80

ÁREA ARTES VISUAIS

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...

Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino- Americana

No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias. Teoria das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

81

ÁREA TEATRO

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção

Teatro Greco- Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista Teatro Simbolista

No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

82

ÁREA DANÇA

COTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃ

O MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e mo-derado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão

Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea

No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

83

6- Referências Bibliográficas

FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7.ed.Rio de Janeiro: Guanabara,1991.

PARANÁ, Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares Da Educação Básica, Arte, Secretaria da Educação do

Paraná, 2008

BOSI, A. Reflexões sobre a arte.São Paulo: Ática, 1991.

AZEVEDO,F. A cultura brasileira. 5. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1971.

PINTO, I. C. Folclore: aspectos gerais. Ibpex: Curitiba, 2005.

BOURCIER,P.História da dança ocidental. São Paulo:Martins Fontes, 2001.

FISCHER, E. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

MARCUSE,H. Eros e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.

MARQUES,I.Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2005.

- Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. - Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.

BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DE DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da

história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa

tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Para entender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes

concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-se, na história da

Ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e

sociais impulsionaram essa construção.

Essa mesma história mostra tentativas de definir VIDA desde a antiguidade, como no

caso de Platão e Aristóteles a.C, que contribuíram à classificação e organização dos seres

vivos através de filosofias criadas para explicar e compreender a natureza, até o período da

84

Renascença, onde Carl Von Linné (1707-1778), propôs uma organização mais linear,

levando em consideração características estruturais, anatômicas e comportamentais. Mesmo

assim manteve em sua obra -Systema Naturae (1735)- o princípio da criação divina.

E assim, o pensamento biológico foi sendo organizado, partindo de uma tendência

descritiva, sob uma perspectiva da história naturalista, que se caracterizava, segundo

BERTONI (2007 p. 60), na descrição e identificação dos seres vivos, onde a atenção maior

restringia-se ao conhecimento sobre os seres vivos da escala natural e a forma de organização

destes, baseada em critérios influenciados por ideias de uma natureza estática e imutável e

por questões de natureza teológica.

Já a proposição mecanicista era baseada no método científico, questionando-se a

origem da vida e evidenciando o domínio do homem sobre a natureza, substituindo o místico

pelo controle metódico e sistemático da observação. Nesse contexto aparece o pensamento de

Francis Bacon (1561-1626) e o seu método indutivo de investigação, que era baseado na

observação rigorosa dos fenômenos naturais.

Contrapondo-se ao pensamento baconiano, René Descartes considera que “[...] o

domínio e a compreensão do mundo requerem a aceitação de um poder especial na mente que

assegurava a verdade: a razão humana [...]” (FEIJÓ, 2003, p. 20). O uso da razão é a

faculdade máxima do conhecimento e para isto, o uso do método permite “a ampliação ou o

aumento dos conhecimentos e procedimentos seguros que permitem passar do já conhecido ao

desconhecido” (CHAUÍ, 2005, p. 128).

Ainda dentro dessa perspectiva mecanicista, houve questionamentos sobre o a origem

da vida, onde ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas até o século XIX,

começaram a ser contrariadas a partir dos trabalhos executados por Francesco Redi (1626-

1698) sobre a biogênese.

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de

instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica, onde o

desenvolvimento, das ciências microscópicas, possibilitava o avanço na descrição de um

mundo vivo até então não explorado. Tal entendimento da natureza a partir de leis mecânicas

somente fora possível com a apropriação de técnicas e instrumentos. Portanto, verifica-se

nesse contexto que a Biologia fracionava os organismos vivos em partes cada vez menores,

com o propósito de compreender melhor seu funcionamento e de sistematizar o conhecimento

científico.

Entre o final do século XVIII e o início do século XIX, a imutabilidade da VIDA e a

ideia de mundo estático e que não admitia evolução, foi cada vez mais confrontada. Visto que

85

evidências sobre processos evolutivos foram apresentados principalmente por Erasmus

Darwin (1731-1802) que acreditava na herança das características adquiridas e a e Jean-

Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829), que se fundamentava na existência

de uma sequência natural para a origem de todas as criaturas vivas.

No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) valendo-

se de evidências evolutivas, consideradas como provas e suporte para a teoria da evolução das

espécies, como o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e

embriologia, buscava superar as explicações fixistas, porém, diante de tantas evidências,

faltavam-lhe explicações de caráter hereditário. Com Darwin, a concepção teológica

criacionista, deu lugar à reorganização temporal de várias espécies, inclusive a humana.

Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje é conhecido como

método hipotético-dedutivo, onde, a partir de uma observação, geram-se hipóteses e posterior

experimentação, onde se podem encontrar evidências sobre determinado fato.

As leis que regulam a hereditariedade, tal qual foi proposto por Gregor Mendel (1822-

1884), eram desconhecidas por Charles Darwin. Mendel apresentou sua pesquisa sobre a

transmissão de características entre os seres vivos, porém não conhecia ainda os mecanismos

de divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários.

Em pleno século XX, conhecimentos genéticos, associados aos conhecimentos e

avanços a partir da teoria celular, possibilitavam o reconhecimento dos trabalhos de Mendel,

contribuindo para a apresentação de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos

vinculados aos mecanismos que envolviam o material genético, marcando a influência para a

constituição e consolidação do pensamento biológico evolutivo e a transição do pensamento

mecanicista para o da manipulação genética.

Diante do pensamento biológico da manipulação genética e de uma ressignificação do

darwinismo e da unificação das ciências biológicas, a Biologia começou a ser vista como

utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas,

diversificando-se na biologia molecular, na biofísica e na bioquímica, onde, tais avanços

permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento

biológico evolutivo. Nesse contexto, iniciou as práticas de biologia molecular voltadas à

manipulação genética entre os organismos da mesma espécie e de espécies diferentes.

Ao mesmo tempo em que o desenvolvimento das pesquisas moleculares propicia o

avanço da biotecnologia, o pensamento biológico evolutivo passa a se estabilizar e ceder

espaços diante das mudanças por conta da manipulação genética.

86

Nos tempos atuais, essas mudanças provocadas na estrutura genética também geram

conflitos filosóficos, científicos, teológicos e sociais, bem como, coloca em discussão o

fenômeno vida sob a perspectiva do estilo de pensamento biológico da manipulação genética,

o qual se constitui num período em que os estilos de pensamento biológico predominantes em

outros momentos históricos não se extinguiram e ainda se mantém, porém permanecem

sujeitos à interferência dessa nova forma de pensar o fenômeno vida (BERTONI, 2007,

p.143)

O breve histórico apresentado por essas Diretrizes pretende mostrar como se deu a

construção do pensamento biológico, cujos recortes mais relevantes fundamentam a escolha

dos conteúdos estruturantes da disciplina.

Para a Ciência, em especial para a Biologia, esta construção ocorre em movimentos

não-lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas e de busca constante por

explicações do fenômeno VIDA e a partir dos conhecimentos biológicos historicamente

construídos, é que devemos organizá-los e adequá-los ao nosso sistema de ensino.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Sendo os conteúdos estruturantes, saberes e conhecimentos amplos que identificam e

organizam os campos de estudo da disciplina escolar e considerados fundamentais para

abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos, eles devem considerar diferentes

realidades regionais.

Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar

sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento historicamente

construído, correspondente à concepção de Ciência de cada época e à maneira de conhecer a

natureza (método).

Nestas Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos interpretativos do

fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no Ensino Médio. Cada

um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar VIDA em distintos

momentos da história e, desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da

contemporaneidade sejam entendidas como construção humana.

Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:

• organização dos seres vivos;

• mecanismos biológicos;

• biodiversidade;

87

• manipulação genética.

Os conteúdos propostos evidenciam de que modo a ciência biológica tem

influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações

sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais.

Nessas DCE's, a Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos

específicos entre si e com outras áreas de conhecimento e também priorizar o

desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, propiciando reflexão constante

sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes.

Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem

hierarquizados e os conteúdos específicos não devem ficar limitados à compreensão dada por

esse conteúdo estruturante e sim que sejam abordados de forma integrada, com ênfase nos

aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos das

diversas ciências de referência da Biologia.

Organização dos seres vivos:

Partir da observação e descrição para a comparação permitindo estudar os seres vivos

relacionando as características comuns e sua ancestralidade, utilizando-se da classificação

para entender a diversidade e baseando-se na proposta de Robert Whittaker (1920-1980), onde

nesse sistema, o estudo dos organismos – vírus, bactérias, protozoários, fungos, animais e

vegetais –possibilita compreender a vida como manifestação de sistemas organizados e

integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico.

Sendo assim, o propósito deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo

para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto,

desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes.

Mecanismos Biológicos:

Nesse conteúdo estruturante, parte-se de uma visão mecanicista para uma visão

evolutiva a fim de compreender a construção de conceitos científicos da Biologia;

privilegiando o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres

vivos funcionam, seu processo evolutivo e de extinção.

Devemos abordar aqui, assuntos que vão desde o funcionamento dos sistemas que

constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e

a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções, fazendo uma

88

análise comparativa entre organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva

evolutiva, como relata a História da Ciência.

Biodiversidade

A biodiversidade como conteúdo estruturante é um complexo sistema dos

conhecimentos biológicos que interagem num processo integrado e dinâmico que envolve a

variabilidade genética, a diversidade dos seres vivos, suas relações ecológicas e os processos

evolutivos que sofrem. Aqui partimos da construção do pensamento evolutivo considerando

também os pensamentos mecanicistas e descritivos, objetivando a discussão entre os

processos de modificações pelas quais os seres vivos passaram garantindo sua diversidade.

Entende-se então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve

abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos,

interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a

diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza,

além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações.

Manipulação genética Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da biologia

molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da biologia, com possibilidade de

manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da

VIDA como fato natural, independente da ação do homem.

Essa necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de características

específicas dos seres vivos são controlados constitui um modelo teórico explicativo que

permite apresentar e discutir o pensamento biológico da manipulação do material genético

(DNA). Desse modo, a manipulação do material genético em microorganismos, que traz

importantes contribuições para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas,

alimentos, medicamentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui

fato histórico importante para este Conteúdo

Estruturante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do ponto de vista

biológico.

Devemos analisar aqui, que essas contribuições, por sua vez, têm suscitado reflexões

acerca das implicações éticas, morais, políticas e econômicas dessas manipulações. Assim, o

trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os avanços da biologia

89

molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos

que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do homem na

diversidade biológica.

CONTEÚDOS BÁSICOS – BIOLOGIA Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da

etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para

a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica.

Os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem ser tomados como ponto

de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.

Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos nem

reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta

pedagógica.

O quadro a seguir indica como os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos

estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica deve receber e,

finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atreladas.

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

90

Manipulação genética

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e

interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Estando a ciência diretamente ligada às relações sociais e presente em cada momento

histórico, ela sofre e provoca interferências no processo de construção dos conceitos sobre o

fenômeno VIDA.

Em meio às necessidades do homem, a ciência visa encontrar explicações sobre os

fatos através de uma construção de conhecimento, e nessa busca por entender os fenômenos

naturais e a explicação da natureza, o ser humano foi levado a propor concepções de mundo e

interpretações que influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria

humanidade.

A ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais,

políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos, não apenas acumulando

teorias, fatos, noções científicas, mas criando modelos paradigmáticos que nasceram da

utilidade em resposta às necessidades da sociedade promovendo mudanças significativas.

Nessa DCE apresenta-se os paradigmas do pensamento biológico que compõem os

conteúdos estruturantes, que a partir, dos quais, abordam-se os conteúdos básicos e

específicos. Essa abordagem é capaz de levar o aluno a um pensamento crítico do ensino da

Biologia em consonância com as práticas sociais para romper com o relativismo cultural e a

pedagogia das competências.

Partindo dessas reflexões, entende-se que a Biologia contribui para formar sujeitos

críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do fenômeno

VIDA e sua complexidade de relações, ou seja:

Na organização dos seres vivos;

No funcionamento dos fenômenos biológicos;

91

No estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas;

Na análise da manipulação genética.

No processo pedagógico, recomenda-se que se adote o método experimental como

recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos biológicos, entretanto faz-se

necessário considerar os aspectos éticos da experimentação animal que são amparados pela lei

n. 14.037, que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais. Devemos também,

oportunizar a observação e a investigação, dada sua importância como responsável pelos

avanços da pesquisa no campo da Biologia, como o estudo de OGM (organismos

geneticamente modificados), as células-tronco, os farmacogenéticos e os mecanismos de

preservação ambiental, amparados pela Lei de Biossegurança, Resolução do Conama/MMA e

Política Nacional da Biodiversidade.

Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao ensino em

relação à divulgação dos resultados do processo de produção do conhecimento científico, e

apontar soluções que permitam a construção racional do conhecimento em sala de aula, sem

separá-las das implicações éticas.

Cabe ressaltar que as aulas experimentais devem conceber momentos de reflexão

teórica com base no diálogo e na possibilidade de superar modelos tradicionais de aulas

práticas dissociadas das aulas teóricas, promovendo a relação interativa entre o professor e o

aluno.

O papel do professor é de direcionar o processo pedagógico, interferir e criar

condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno, na busca por superação de

concepções anteriores, visto que, ambos, são sujeitos sócio-históricos situados numa classe

social.

Nessa DCE, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos,

articulados à cultura científica, formando um sujeito crítico, reflexivo e analítico em

consolidação, por meio do trabalho do professor, da necessidade de superar concepções

pedagógicas anteriores a favor de uma nova compreensão do fenômeno VIDA.

Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que o ensino dos conteúdos, neste caso

conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se num processo pedagógico em que:

A prática social (concepções anteriores dos alunos) como ponto de partida.

A problematização: detectar e apontar questões a serem resolvidas na prática social.

A instrumentalização: onde se apresentam conteúdos sistematizados.

92

A catarse: onde haverá a aproximação entre conhecimento adquirido pelo aluno e o

problema em questão, promovendo um entendimento e elaboração de novas estruturas

de conhecimento, passando da ação para a conscientização.

O retorno à prática social: apropriação do saber concreto e pensado para a atuação e

transformação para uma construção de sociedade mais igualitária.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para compreender o fenômeno VIDA na sua complexidade, cabe à disciplina de

Biologia, analisar a ciência em transformação, possibilitando reavaliar os conceitos e teorias

elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

Objetiva-se, nessas DCE’s, trazer os conteúdos, antes visto como a-históricos e

enciclopédicos, para os currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada, em que se

retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus

determinantes políticos, sociais e ideológicos.

Devemos aqui, selecionar e relacionar conteúdos específicos, propiciando reflexão

constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões emergentes.

Diante dos quatro paradigmas metodológicos, tais como, o descritivo, o mecanicista, o

evolutivo e o da manipulação genética, que representaram um marco conceitual na construção

do pensamento biológico, define-se um conteúdo estruturante e destacam-se metodologias de

pesquisas utilizadas na época, para compreender o fenômeno VIDA, e cuja preocupação está

em estabelecer critérios para seleção de conhecimentos desta disciplina a serem abordados no

decorrer do ensino médio.

Embora os conteúdos estruturantes sejam identificados como concepções

paradigmáticas, eles são interdependentes e permitem que um mesmo conteúdo específico

seja estudado sob o ponto de vista que considera a abordagem histórica pela qual ele foi

construído.

Com a introdução dos elementos da história, torna-se possível compreender que há

uma ampla rede de relações entre a produção científica e o contexto social, econômico,

político e o cultural e que a validade ou não das teorias científicas, estão ligadas ao momento

histórico em que foram propostas.

A partir de então, nosso trabalho deve ser norteado respeitando a diversidade social,

cultural e as ideias primeiras do aluno, como elementos que constituem obstáculos para a

compreensão do conceito VIDA.

93

O recomendável é favorecer o debate, oportunizando análise e contribuição para a

formação de um sujeito investigativo e interessado em compreender a realidade e promover

ações pedagógicas que permitam uma superação de concepções anteriores.

O ensino dos conteúdos estruturantes de Biologia aponta para as seguintes estratégias,

a saber: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno a prática

social. Desta maneira para cada conteúdo estruturante a metodologia descritiva, utilizada no

momento histórico em que foi sistematizado o pensamento biológico, propõe a observação e

descrição dos seres vivos, utilização de situações que propiciem a problematização, superação

das concepções alternativas visando a aproximação das concepções científicas.

Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes aspectos:

Organização dos Seres Vivos:

• Abordagem da classificação dos seres vivos com intenção de conhecer e compreender

a diversidade biológica, inclusive sua história biológica da VIDA.

• Considerar as contribuições do estudo da classificação dos seres vivos na filogenia.

Mecanismos Biológicos:

i) Considerar o aprofundamento, a especialização e o conhecimento dos mecanismos

biológicos.

j) Estabelecer relações entre os sistemas vivos e seus elementos e sua interação com o

meio e sua importância no funcionamento e na manutenção da vida.

Biodiversidade

• Abordar as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias fixistas.

• Superar as concepções alternativas dos alunos com a aproximação das concepções

científicas.

• Relacionar conceitos da genética, da evolução e da ecologia como forma de explicar a

diversidade dos seres vivos.

Manipulação Genética

Propor que esse conteúdo estruturante seja permeado por uma concepção que permita

analisar implicações dos avanços biológicos, como princípios éticos, religiosos,

sociais e econômicos.

Diante da problematização dos quatro conteúdos estruturantes, podemos provocar e

mobilizar o aluno no sentido de buscar conhecimentos necessários para que ele possa resolver

94

problemas do seu cotidiano atuando de forma crítica, utlizando-se de recursos pedagógicos

que também requerem a problematização em torno da demonstração e da interpretação.

Devemos ainda, analisar quais os objetivos e expectativas que queremos atingir utilizando

destes recursos.

A aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, os jogos didáticos, o estudo do

meio devem fazer parte das estratégias de ensino, na intenção de compreender, refletir,

interagir e atuar no objetivo da compreensão de seu objeto de estudo, ou seja, devem

favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções, significações,

interpretações.

Cada uma dessas ações levará a um conhecimento de significados, procedimentos

experimentais de observação, troca de informações, novas interpretações e desafios e

resolução de problemas.

Os recursos didáticos são considerados elementos essenciais e mediadores no trabalho

dos conteúdos escolares, já que possibilitam uma efetiva relação pedagógica de ensino-

aprendizagem, sendo que são mediadores tanto no trabalho dos educadores nos momentos em

que expõem os conteúdos, como nos trabalhos de grupos e de reflexões sobre os conteúdos

abordados na aula.

Recursos pedagógicos/tecnológicos:

Leitura de textos do livro didático, jornais,revistas, artigos, etc.;

Trabalhos em grupo, buscando relacionar fatos do cotidiano com o conteúdo científico;

Debates sobre assuntos científicos e novas descobertas;

Uso da internet como fonte de pesquisa;

Pesquisas com intenção de relacionar o conhecimento científico com a prática;

Aulas teóricas relacionando teoria com a prática;

Aula dialogada, para possibilitar a expressão dos pensamentos e confronto de idéias;

Trabalhos com filmes;

Experimentação prática e/ou demonstrativa a fim de levar a compreensão e a elaboração

de conhecimentos;

Uso de som e imagem como: vídeo, transparências, fotos, musicas, data-show;

Jogos didáticos com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas;

Utilização de recursos disponíveis pela SEED como: Portal dia-a-dia da educação, TV

Paulo Freire, TV Pendrive, Computador, etc.

Recursos instrucionais

95

k) Uso e análise de mapas conceituais e organogramas com objetivo de potencializar o

aprendizado;

l) Verificação de gráficos e infográficos com finalidade de desenvolver a interpretação

de dados;

A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira Africana e Indígena

(leis nº. 10639/03 e nº. 11645/08), será desenvolvida por meio de conteúdos que privilegiem

análises sobre a constituição genética da população brasileira de forma contextualizada.

Favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural. Quanto ao trabalho

envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9795/99 que institui a

Política Nacional de Educação Ambiental, esta deverá ser uma prática educativa

contextualizada, integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos

específicos.

Tendo em vista a formação de alunos capacitados através do conhecimento adquirido,

e passar do conhecimento e da conscientização para a ação na sociedade onde esta inserido,

atuando como agente transformador, oportunamente serão introduzidos os temas que abordam

o desenvolvimento socioeducacional, tais como:

• Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola,

Programa Bolsa Família; Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI,

Programa Escola Aberta);

c) Enfrentamento à Violência (Programa de Educação das Unidades Socioeducativas –

PROEDUSE)

d) Prevenção ao uso indevido de Drogas;

e) Comemoração ao centenário de Helena Kolodi.

f) Educação Ambiental (Lei 9795/99);

Inclusão e Diversidade:

O PPP contempla uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de

alunos, sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas

educacionais. A escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas,

ao comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito

e fracasso escolar.

g) Educação Escolar Indígena; (Lei 11645/08)

96

h) Gênero e Diversidade Sexual;

i) Educação do Campo.

j) História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei 10639/03).

AVALIAÇÃO

A avaliação em Biologia, deve ser um instrumento de aprendizagem que forneça um

feedback adequado para promover o avanço dos alunos, e quanto ao professor, deve incentivar

a reflexão sobre sua própria prática.

Nessas DCE´s, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma

abordagem crítica para o Ensino da Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se

perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção. (PARANÁ, 2008,

p.68).

Deste modo, em Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e

reformular os processos de ensino-aprendizagem. O aluno também deverá tomar

conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organizar-se para mudanças necessárias.

Destacamos aqui, que esse processo deve atender aos critérios de verificação do

rendimento escolar previstos na LDB n.9394/96 que considera a prevalência de aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação deve decorrer como um instrumento analítico e que se configura em um

conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do período letivo, onde os

professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades para posterior

superação dos obstáculos.

No processo educativo, a avaliação deve ter caráter diagnóstico e servir como

instrumento de investigação da prática pedagógica. Devendo possibilitar uma compreensão

das dificuldades de aprendizagem dos alunos, para que essa aprendizagem se concretize de

maneira significativa, visando à formação de sujeitos que se apropriem do conhecimento para

as relações humanas em suas contradições e conflitos. Portanto a avaliação é contínua,

processual e transformadora.

Segundo Fenato (2007), a avaliação deve garantir uma análise mais ampla envolvendo

aluno, professor e escola. Deve dar subsídios para o planejamento das ações pedagógicas,

chegando até o projeto político pedagógico direcionando-o para suprir as lacunas do fracasso

escolar e efetivando o sucesso dos alunos. Ou seja, a avaliação transcende a escola, já que está

associada à visão de mundo de cada pessoa, seja ela profissional da educação ou não. E nesse

97

processo de questionamento sobre o mundo fora da escola, a avaliação deixa de ser apenas um

ato de avaliar alunos e torna-se um exercício de ação-reflexão-ação (GASPARI, 2008, p.4).

Assim como a avaliação deve estar estreitamente vinculada aos objetivos da

aprendizagem, a sua principal finalidade é fazer um julgamento dos resultados apresentados

pelos alunos e uma análise do processo de aprendizado a partir de parâmetros mais

específicos da disciplina.

Na sala de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa, como um

projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão do conhecimento do aluno

como referência uma aprendizagem continuada. Para tanto é significativo que:

• A avaliação situe-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencie da atividade

de ensino;

• No PTD devem-se definir conteúdos específicos, critérios estratégias e instrumentos

de avaliação para posterior reorganização do trabalho;

• Critérios se articulem com as ações pedagógicas;

• Enunciados sejam claros e objetivos;

• Instrumentos de avaliação pensados e definidos de acordo com as possibilidades

teórico-metodológicas;

• Que existam tipos variados de instrumentos de avaliação;

• A atividade avaliativa represente aquele momento e não todo o processo;

RECUPERAÇÃO

No sistema de ensino do Paraná, a Deliberação no 007/99 em seu capitulo II, artigos

10 a 13, normatiza a recuperação de estudos pontuando questões sobre a obrigatoriedade do

estabelecimento de ensino em proporcionar a oferta. Ressalta a legalidade do instrumento,

indicando seu registro no regimento escolar, bem como o período que deve ser realizada.

Enfatiza a recuperação como um processo contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento

insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Sendo assim, a recuperação de estudos deverá contemplar todas as estratégias e

recursos possíveis, bem como novos encaminhamentos metodológicos.

Valores de Avaliação e Recuperação de Estudos

1º Bimestre + 2º Bimestre = ou > 6,0 (modalidade bloco)

2

98

E com possibilidade de recuperação em sua totalidade, ou seja, 10,0

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTONI, Danislei. Um estudo dos estilos de pensamento biológico sobre o fenômeno

vida. Curitiba, 2007. Disponível em:

<http://http://pt.scribd.com/Danislei%20Bertoni/d/6382114-Em-estudo-dos-estilos-de-

pensamento-biologico-sobre-o-fenomeno-vida#page=72>. Acesso em: 09 de maio de 2012.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro

de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

GASPARI, Márcia Aparecida de Mello; PESSOA, Mara Peixoto. Recuperação de estudos:

DESVELANDO SUA REALIZAÇÃO NO DESVELANDO SUA REALIZAÇÃO NO

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM. , 2008. Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1777-8.pdf>. Acesso em: 22 de

maio de 2012.

_______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Ciências da Natureza,

Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação

Básica, 2008.

FENATO, M. A. B. Caminho do Saber. PDE 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba, SEED/DEM, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Alberto Santos Dumont. Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante. Apucarana, 2010.

99

CIÊNCIAS

1 - Apresentação da disciplina

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao

ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes

das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,

campo, energia e vida.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que

influencia e sofre influência de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas, por

outro lado ela não revela a verdade, mas propões modelos explicativos construídos a partir da

aplicabilidade de métodos científicos. Tais modelos são construções humanas que permitem

interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos

fundamentais que compõem a Natureza.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o

produzem e as instituições que as apóiam. Para Gaston Bachelard existem três grandes

períodos do desenvolvimento do conhecimento científico: o estado pré-científico, o estado

científico e o novo espírito científico.

O estado pré-científico compreenderia tanto Antiguidade clássica quanto os séculos de

renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. É um período

marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico, aqui se buscou a

superação das explicações míticas, com base em sucessivas observações empíricas e

descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos

científicos.

O estado científico, fim do século XVIII, e estenderia por todo o século XIX e início

do século XX. Esse período é marcado buscou-se a universalidade do método cartesiano de

investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento científico

em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.

No estado do novo espírito científico, a partir de 1905, momento em que a

Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para

100

sempre, é o período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a

necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofre influências dos avanços

científicos.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na

socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes

profissões.

Do início do século XX, aos anos de 1950, a sociedade brasileira passou por

transformações significativas rumo á modernização, isso resultou em alterações no currículo

de ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola. Em 1931 a Reforma

Francisco Campos, iniciou a consolidação da disciplina de Ciências, no currículo das escolas,

com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências

naturais de referência já consolidadas no currículo escolar brasileiro. Na década de 40, o

Reforma Capanema, objetivava a preparação de uma elite, mesmo que em minoria, para

ingresso na universidade. Em 1946 surgiu o IBECC (Instituto Brasileiro de Educação,

Ciências e Cultura), com isso a realidade do ensino de ciências sofreu mudanças

significativas, pois foram estimuladas discussões sobre os livros didáticos de Ciências, que até

então refletiam o pensamento pedagógico europeu para essa disciplina. Em meados da década

de 1950, o ensino de ciências passou por um processo de transformação no âmbito escolar,

sob a justificativa da necessidade do conhecimento científico para a superação da dependência

tecnológica, isso tinha como objetivo tornar o país autossuficiente. A LDB nº. 4024/61,

apontou para o fortalecimento, ampliação e consolidação do ensino de Ciências no currículo

escolar. Com a Lei nº. 5692/71, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso de

suporte de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau visando

às necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do

país.

Apesar da consolidação da disciplina de ciências no currículo escolar e dos

investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na década de 1980 o ensino de

Ciências orientava-se por um currículo centrado nos conteúdos e atrelado a discussões sobre

problemas sociais, ambientais, que se avolumavam no mundo, o que mudava

substancialmente os programas vigentes, que determinaram profundas transformações nas

propostas das disciplinas científicas.

Com isso o objetivo primordial do ensino de Ciências, antes focado na formação do

futuro cientista, ou na qualificação do trabalhador, volta-se à análise das implicações da

101

produção científica, com vistas a preparar o cidadão para viver melhor e participar do

processo de redemocratização iniciado em 1985.

O método científico, até então utilizado como estratégia de investigação no ensino de

Ciências, cedeu espaço para aproximações entre ciência e sociedade, com vistas a

correlacionar a investigação científica a aspectos políticos, econômicos e culturais, com isso

houve uma valorização dos conteúdos científicos mais próximos do cotidiano, no sentido de

identificar problemas e propor soluções.

No final da década de 1980, no Estado do Paraná, a SEED, propôs o Currículo Básico

para o ensino de 1º grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica.

Esse currículo, ainda sob a LDB nº. 5692/71, apresentou avanços consideráveis para o ensino

de Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento

histórico vigente, pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três

eixos norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau.

Com o advento da LDB n 9394/96, foram produzidos os Parâmetros Curriculares

Nacionais, cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina de ciências,

uma vez que os conteúdos sofreram interferência dos projetos curriculares e extracurriculares.

A ênfase no desenvolvimento de atitudes e valores, bem como no trabalho pedagógico com os

temas transversais, esvaziaram o ensino dos conteúdos científicos da disciplina de Ciências.

A partir de 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo

de produzir novas diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade

para o ensino de Ciências, tendo a versão final editada em 2008. Considerando a partir de

então um posicionamento contrário a um único método cientifico, propõe como recurso

metodológico o pluralismo metodológico, que permita aos estudantes superarem os

obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cotidiana, com isso considera-se que no

processo ensino-aprendizagem a construção de conteúdos pelo estudante não difere, em

nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que traz de sua vida

cotidiana.

Ao professor cabe o papel de realizar a mediação entre o que o estudante já sabe

(conhecimento cotidiano) e que se pretende que ela aprenda (conhecimento científico), para

que isso ocorra é importante destacar o conceito de zona de desenvolvimento proximal, para

Vygostky esse conceito representa a distância entre o que o estudante já sabe e consegue

efetivamente fazer e resolver por ele mesmo e o que o estudante ainda não sabe, mas pode vir

a saber, com a mediação de outras pessoas. O professor quando toma esse conceito como

102

fundamento do processo pedagógico propicia que o estudante realize sozinho, aquilo que hoje

realiza com a ajuda do professor (mediação).

O conhecimento cientifico mediado para o contexto escolar sofre um processo de

didatização, mas não se confunde como conhecimento cotidiano, nesse processo de mediação

o conhecimento científico sofre uma adequação para o ensino, na forma de conteúdos

escolares, tanto em termos de especificidade conceitual como de linguagem.

Com isso o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão de

conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de conceitos

científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos estudantes e o

enriquecimento de sua cultura científica. Essa superação ocorrerá de fato quando a

aprendizagem for significativa no ensino de ciências, isso implica no entendimento de que o

estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. O

estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não-

arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de novo.

Para Moreira, as relações que se estabelecem entre o que o estudante já sabe e o

conhecimento científico a ser ensinado pela mediação do professor não são arbitrárias, pois

dependem da organização dos conteúdos; de estratégias metodológicas adequadas; de material

didático de apoio potencialmente significativo; e da ancoragem em conhecimentos

especificamente relevantes já existentes na estrutura cognitiva do estudante. Com isso a

construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede de interações

composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos científicos escolares e o

professor de Ciências como mediador do processo de ensino-aprendizagem.

No ensino de Ciências, portanto deve-se trabalhar com os conteúdos científicos

escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a zona de

desenvolvimento proximal do estudante, permitindo que ele possa estabelecer uma

aprendizagem significativa.

2 - Conteúdos Estruturantes e Básicos

Nesta Proposta Pedagógica Curricular são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a

disciplina de Ciências no ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia – propicia condições para o conhecimento sobre a dinâmica dos

corpos celestes, sobre os fenômenos celestes e sobre os modelos geocêntrico e

heliocêntrico.

103

• Matéria – permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptívies

como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro

momento vemos, sentimos ou tocamos.

• Sistemas biológicos – aborda a constituição dos sistemas do organismo, suas

características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e

suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os

diferentes grupos de seres vivos.

• Energia – possibilita a discussão do conceito de energia a partir de um modelo

explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representa as mudanças

de temperatura entre objetos ou sistemas.

• Biodiversidade – visa a compreensão do conceito de biodiversidade e demais

conceitos interrelacionados proporcionando condições de entendimento sobre a

diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas

estabelecidadas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,

viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies tem

sofrido transformações.

Os contéudos básicos apresentados são essenciais na disciplina de Ciências. No Plano

de Trabalho Docente esses conteúdos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a

serem abordados em função de interesses regionais e locais e do avanço na produção do

conhecimento científico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos Básicos 6º ano

Conteúdos Básicos 7º ano

Conteúdos Básicos 8º ano

Conteúdos Básicos 9ºano

ASTRONOMIA

Universo Sistema Solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros

Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes

Origem e evolução do Universo

Astros Gravitação universal

104

MATÉRIA

Constituição da matéria

Constituição da matéria

Constituição da matéria

Propriedades da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Níveis de organização

Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética

ENERGIA

Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia

Formas de energia Transmissão de energia

Formas de energia

Formas de energia Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos

Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática

Evolução dos seres vivos

Interações ecológicas

3 - Metodologia da disciplina

As DCEs propõem uma prática pedagógica que leve à integração dos conceitos

científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para tanto é necessário que alguns

elementos da prática pedagógica sejam valorizados no ensino de Ciências, tais como: a

abordagem problematizadora; a relação contextual; a relação interdisciplinar, a pesquisa; a

leitura científica; a atividade em grupo; a observação; a atividade experimental; os recursos

instrucionais; e o lúdico, entre outros.

O encaminhamento metodológico deve levar em consideração: os interesses da

realidade local e regional na qual a escola está inserida; a análise do livro didático; as

informações atualizadas sobre os avanços da produção científica; uma abordagem integradora

associando os conhecimentos químicos, físicos e biológicos; o estabelecimento de relações

interdisciplinares e contextuais envolvendo conceitos de outras disciplinas e questões

tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas; a abordagem da cultura e história afro-

brasileira (Lei 10.639/03); história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08); a educação

105

ambiental (Lei 9795/99); cidadania e direitos humanos; educação fiscal; enfrentamento à

violência na escola; relações étnico-raciais e afro-descendência; educação escolar indígena;

relações de gênero e diversidade sexual, educação do campo; a prevenção ao uso indevido de

drogas; a construção de conhecimentos científicos significativos e três aspectos essências: a

história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.

Mediante o exposto faz-se necessário proporcionar ao aluno: recursos pedagógico-

tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de

jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa

(geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,

esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio,

lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; recursos

instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas

V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; articulação com o Portal Educacional

Dia-a-dia Educação, Projeto FERA COM CIÊNCIA, TV Paulo Freire, Parque das

Aves, Parque da Raposa, Parque das Araucárias, Lago Jaboti, dentre outros; alguns

espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

4 - Avaliação

A avaliação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve ser contínua e

cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos, deve ter um caráter negociável, participativo, auto-

reflexivo, contextual, plural, processual e transformador. O colégio utilizará a avaliação

diagnóstica, formativa e somativa, realizada cooperativamente, visando determinar até que

nível os objetivos curriculares previamente estabelecidos, foram ou deixaram de ser

alcançados pelos alunos.

A sistemática da avaliação de desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será

contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de

acordo com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados

expressos em nota de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), organizado

bimestralmente; onde a média necessária para aprovação deverá ser igual ou superior a 6,0

(seis vírgula zero).

106

É importante respeitar o estudante como ser humano inserido no contexto das relações

que permeiam a construção do conhecimento científico escolar, sendo necessário para tanto a

valorização dos conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas

atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos

pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama

de “erro”, de modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de diversos

instrumentos de ensino e de avaliação. Em Ciências o principal critério de avaliação é a

fixação de conceitos científicos.

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de

problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, jogos

educativos, e também através do confronto de textos, trabalhos de pesquisa (bibliográfica, de

campo), realização de experimentos, produção de textos, maquetes, modelos, provas com

questões discursivas, provas com questões objetivas, provas com consulta em textos,

participação em seminários e sínteses de filmes, dentre outros. É por meio desses

instrumentos avaliativos diversificados que os alunos podem expressar os avanços na

aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem,

analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

Na possibilidade do estudante não alcançar o mínimo esperado na compreensão dos

conceitos científicos, onde a aprendizagem significativa não ocorreu, há de se procurar

corrigir os “erros” para a necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados

por meio de uma recuperação de estudos, de forma paralela, durante o processo ensino-

aprendizagem ao longo do ano ou do período letivo, na medida que forem constatadas

dificuldades ou falhas de aprendizagem e que contemple os conteúdos específicos, permitindo

que sejam superadas as concepções alternativas.

O professor fará uma revisão de sua prática e uma retomada do ensino dos conceitos

ainda não apropriados diversificando recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem

dos conceitos que envolvam: a origem e evolução do universo; constituição e propriedades da

matéria; sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos; conservação e transformação

de energia; diversidade de espécie em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem

como os processos evolutivos envolvidos. Na aplicação de uma segunda ou terceira avaliação

na unidade de estudos, a(s) nota(s) será (ao) considerada(s) como recuperação, prevalecendo

sempre a maior.

107

5 - Referências

COLÉGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Projeto Político Pedagógico,

Apucarana, 2011.

COLÉGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Regimento Escolar, Apucarana,

2011.

DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de

Ciências: fundamentos e métodos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

Lei Nº. 9394/96 – LDB – lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Lei Nº. 9795/99 – dispõe sobre o ensino da educação ambiental.

Lei Nº. 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileiras.

Lei Nº. 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.

PARANÁ, Sec. de Est. da Educação – Superintendência da Educação – Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências, Curitiba, 2008.

TORRES, Rosa Maria. Que (e como) é necessário Aprender? 7. ed. Campinas: Papirus, 2005.

EDUCAÇÃO FÍSICA Ensino Fundamental

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento e a

escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas

diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar

a importância ao intelecto e o físico do homem, tinha a função higienista. Com a tentativa de

buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com ditadura militar, a educação

baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais,e como meta a eficiência e

produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.

Nos tempos atuais a Educação Física Escolar, entendida como área de conhecimento

que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como máxima

proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,

108

contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar

as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,

cognitivas, sociais e econômicas.

Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser

reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas

aulas de Educação Física.

Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores

conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,

orientação sexual e relações de trabalho e consumo.

Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para

o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda a comunidade escolar

a assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso

da educação formal.

Somente assim a Educação Física Escolar, dará sua parcela de contribuição, na

formação dos aspectos bio/psico/sócio/econômico dos educandos.

Objetivos Gerais

� Contribuir para desenvolvimento geral do educando, dimensionando a Educação

Física Escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva, valorizando os

aspectos afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômico dos alunos.

� Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido.

� Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens

centradas na motricidade.

� Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e

estejam de acordo com a capacidade congniscitiva do aluno.

� Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o desenvolvimento do

sujeito omnilateral.

� Promover a inclusão

� Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.

109

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

110

8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Dança Danças criativas

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira.

9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Dança Danças criativas

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

3 – Metodologia da Disciplina

O professor de Educação Física tem a responsabilidade de sistematizar,organizar e

produzir uma cultura escolar ,que mobilize práticas corporais que possibilitem a comunicação

e o diálogo com diferentes culturas.

111

Ao tratar dos conteúdos propostos,as aulas têm como objeto de ensino as manifestações

corporais e sua potencialidade formativa,para firmar valores e sentidos que melhorem a formação

do aluno e evitem discriminação,produzindo um espaço pedagógico repleto de significados.

Todos estes elementos ,de forma direta ou indireta estão pautados na corporalidade,

entendida como expressão criativa e consciente do conjunto de manifestações culturais, políticas,

econômicas e sociais, possibilitando a comunicação e a interação do sujeito com o outro ,com seu

meio social e natural.

4- AVALIAÇÃO

Processo contínuo e sistemático de obter informações , de diagnosticar

progressos,de orientar os alunos para a superação de suas dificuldades.

Serão utilizados instrumentos e técnicas diversificadas como trabalhos em grupos ,

participação em atividades extraclasse, discussões debates e avaliações teóricas e práticas.

Avaliação no dia a dia a participação ,o acato as regras .

A recuperação dos conteúdos será paralela,e equivalente ao peso das avaliações

bimestrais previstas no PPP e conforme o regimento escolar.

5- REFERÊNCIAS

BRACHT, Valter . A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física, Cadernos

CEDES, v. 19, n. 48 Campinas, 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação, Diretrizes

curriculares da EducaçãoBásica - Educação Física ; 2008. Introdução às diretrizes

curriculares. Profª Yvelise F. S. Arco-Verde (org), Curitiba. SEED, 2006.

GONÇALVES, Maria Cristina. Aprendendo a Educação Física, Curitiba: Bolsa Nacional

do Livro, 1996.

EDUCAÇÃO FÍSICA – Ensino Médio

Apresentação Geral da Disciplina

112

A educação física escolar, entendida como área de conhecimento que introduz e

integra o aluno na cultura corporal, tem como máxima proporcionar aos educandos atividades

diversificadas das manifestações corporais, contribuindo desta forma na construção de uma

autonomia que possibilitará ao aluno adaptar as atividades às realidades e possibilidades de

suas características físicas, psíquicas, cognitivas, sociais e econômicas.

Sendo assim as diversas formas de manifestações da cultura corporal podem ser

produzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas aulas

de Educação Física.

Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores

conceituais entre eles; a ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,

orientação sexual e relação de trabalho e consumo.

Percebe-se que a Educação Física escolar, pode contribuir de forma significativa para

o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda comunidade escolar a

assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da

educação formal.

Somente assim a educação física escolar, dará sua parcela de contribuição, na

formação dos aspectos bio/ psico/sócio/econômico dos educadores.

Objetivos Gerais

• Contribuir para o desenvolvimento geral do educando, dimensionando a educação física

escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva, valorizando os aspectos

afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômico dos alunos.

• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;

113

• Ampliar o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens

centradas na motricidade;

• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e

estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno;

• Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o desenvolvimento do

sujeito unilateral;

• Promover a inclusão;

• Superar da Educação Física o caráter de mera atividade de prática pela prática;

• Proporcionar a potencialização das formas de expressão do corpo;

• do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;

• do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;

• do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi

proposto pelo próprio grupo, levando à reflexão das formas já naturalizadas de

preconceito, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.

• Utilizar-se da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar conceitos

próprios a partis do sue entendimento da realidade bem como relata-los com clareza e

coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas de Educação Física e

associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de analises próximas e suas

relações com o mundo globalizado;

114

• Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.

Conteúdos Estruturantes

A Expressividade Corporal

Conteúdos Específicos

Manifestações esportivas

• Princípios básicos dos esportes (fundamentos)

• História dos diferentes esportes

• Jogos pré –desportivos

• Regras oficiais

• Regras negociadas

• Materiais e equipamentos utilizados e alternativos na prática dos esportes

• Diferença entre jogo e esporte

• O sentido da competição esportivo

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal (objetivos e importância

• Jogos de salão (xadrez, dama , dominó, etc.)

• Tática nos vários esportes

Manifestações ginásticas

- Histórico e origem da ginástica-

115

• Ginástica como condicionamento físico, preparação para outras atividades e

como forma de aquecimento

- Cultura de circo: malabares e movimentos acrobáticos (rolamentos, roda,

parada de mão)

- Diferentes tipos de ginástica (teoria e prática)

Brincadeiras, brinquedos e jogos

• Jogos e brincadeiras com e sem material

• Por que brincamos? Objetivos da brincadeiras e seu valor

• Oficina de construção de brinquedos

• Brincadeiras tradicionais, cantadas , de roda etc.;

4 ) Manifestações estético-corporais

Dança : - objetivos da dança

• importância da música na coreografia (reflexão sobre as letras)

• Montagem de danças populares , tradicionais e folclóricas (com e sem ajuda do

professor)

• Apreciação de coreografias

Teatro: - atividades envolvendo mímica , imitação e representação,

• expressão corporal com e sem materiais

Elementos Articuladores

O CORPO QUE BRINCA E APRENDE – Manifestações lúdicas

116

• Todos podem brincar independente de sua raça, etnia, gênero ou classe social

(direito);

• Necessidade ou não de materiais para a prática de brincadeiras (comércio x

diversão x movimento corporal humano x mundo moderno);

• Brincando descobrimos nossos limites e os limites do outros;

• Entender e respeitar o diferente

• Formas particulares que o brinquedo e brincadeira toma em distintos contextos

e momentos históricos;

• Através da brincadeira e possível a construção da autonomia

• Reflexão sobre as formas já naturalizadas de preconceito, domesticação e

violência sobre o corpo.

O Desenvolvimento Corporal e a Construção da Saúde

• Conceituação sobre saúde

• Hábitos posturais corretos, higiene pessoal e saúde

• Todos tem direito ao desenvolvimento corporal independente de serem

portadores de necessidades educativas especiais

• Saúde e prática de atividade física

• O corpo como sujeito e vítima da violência

• Atividade física e alimentação

• Atividade física, educação e informação

• Atividade física e preservação ambiental

117

• Controle e freqüência cardíaca

• Produção de energia através dos alimentos

• Saúde x prática de atividade física x direito a condições mínimas para uma

vida digna

• Obesidade , anorexia males de nosso tempo

• A busca pelo corpo perfeito

• O corpo , sua natureza e a cultura (preconceitos, tabus, moda ,consumo)

• Elementos sociais, culturais ,políticos e econômicos que interferem na

construção social da saúde para todos.

A Relação do Corpo com o Mundo do Trabalho

• O que é qualidade de vida?

• O que é preciso para se ter qualidade de vida?

• O que é lazer?

• Possibilidades corporais e mundo do trabalho

• A vida dos atletas de alto-nível

• 0 que é ginástica laboral? O por que da ginástica laboral?

Será possível uma vida com qualidade?

Metodologia da Disciplina

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em

conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as

118

estratégias: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática

social.

• PRÁTICA SOCIAL , caracteriza´se com uma preparação ( aluno ) para a construção

do conhecimento escolar.

• PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio,e o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

• INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado

é colocado disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao incorpora-lo,

transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional.

• CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou.

• RETORNO À PRÁTICO SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico na

perspectiva histórico-crítica.

Critérios de Avaliação

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual

ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas, que serão

registradas no livro de classe ( PPP ).

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para revisitar o

processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas

manifestação corporais, evidenciadas nas : brincadeiras, jogos, ginástica, esporte e dança.

119

BIBLIOGRAFIA

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos CEDES, v. 19. n.18 Campinas, 1999. PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar, junho de 2006. ______________Introdução à Diretrizes Curriculares. Profª. Yvelise F. S. Arco- Verde (org.) Curitiba: SEED, 2006-10-25

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso é uma disciplina que há muito tempo vem fazendo parte dos

currículos escolares, percebemos que ao longo do tempo assumiu diversas características

pedagógicas e foi ministrado nos diversos períodos da história do Brasil.

No período do Brasil colônia foi quando se incluiu os temas religiosos na educação

brasileira com a Companhia de Jesus, com o objetivo de catequizar os indígenas fazendo com

que eles deixassem suas crenças e aderissem aos ensinamentos da Igreja Católica Apostólica

Romana.

Já no advento da república, devido os ideais positivistas de separação de estado e

igreja, e com o critério de laicidade a educação tende a uma certa neutralidade.

Em 1934, com o Estado Novo foi instituída a disciplina de Ensino Religioso nos

currículos da educação pública, mas com o direito individual de liberdade de credo. Para elas,

uma vez que estivesse, legalmente, garantindo o direito de não participar do ensino religioso,

a liberdade de credo do cidadão já estaria garantida.

Isto, no entanto, não significava um respeito às liberdades religiosas, a questão

religiosa desse período era restritiva, pois aquele quenão pertencia à religião hegemônica

(cristã), frequentando ou não as aulas de Ensino Religiosos, não tinha o privilégio de ter sua

religião estudada na escola pública.

Contrário do que acontecia no Brasil com a DeclaraçãoUniversal dos Direitos

Humanos, que declara que toda pessoa tem direito de pensamento, consciência e religião, este

120

direito inclui a liberdade de e manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo

culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

No Brasil, este posicionamento foi sentido na década de 60, porém as aulas de Ensino

Religioso ainda eram ministradas por professoresvoluntários ligados às denominações

religiosas, com isso a responsabilidade pelos docentes não era do estado.

Somente com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua

correção, em 1997 pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33da LDBEN, o Ensino Religioso

recebeu a seguinte caracterização:

Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação

básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

Educação básica assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer

formas de proselitismo.

Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos

conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de

professores.

Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas

diferentesdenominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Com isso houve na história do Brasil um modelo laico e pluralista dos temas religiosos

na educação impedindo qualquer forma de prática catequética nas escolas públicas.

Houve a imposição aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso

a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar aos conteúdos a serem

trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada etc.

No Estado do Paraná houve debates constituídos por grupos de educadores ligados às

escolas, às entidades religiosas, às universidades e às Secretarias de Educação permitiram

rever aspectos relativos ao Ensino Religioso preocupando-se em elaborar materiais

pedagógicos e cursos de formação continuada.

Após algum tempo com a mudança do artigo 33 da LDBEN 9.394/96 e finalmente

com a elaboração dos PCN feita pelo MEC do ano de 1997, chega-se a conclusão que o

Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de suma importância para a

formação do cidadão, para seu pleno desenvolvimento como pessoa.

É vetada qualquer forma de doutrinação ou proselitismo, bem como propunha o

respeito as diversidade cultural e religiosa do Brasil. E é por consequência, é parte do dever

constitucional do estado em matéria educativa.

121

Podemos destacar os notáveis avanços obtidos na contemporaneidadeem relação ao

Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná como:

O repensar do objetivo de estudo da disciplina;

O compromisso com a formação continuada dos docentes;

A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das tradicionais

aulas de religião;

A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras do Sagrado

na sociedade;

O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das diferentes

manifestações culturais e religiosas.

Todas essas mudanças mencionadas foram se aperfeiçoando ao longo do tempo, tudo

isso para mostrar ao educando que religião e conhecimento religioso são patrimônios da

humanidade, pois se constituíram historicamente na inter-relação dos aspectos culturais,

sociais, econômicos e políticos.

Com isso a disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos

saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversidades culturais na sua relação

com outros campos do conhecimento. Superando preconceitos e consolidando o respeito à

diversidade cultural e religiosa.

OBJETIVOS

A disciplina de Ensino Religioso vai oferecer subsídios para que os estudantes

entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

Sagrado. Com isso possibilitará estabelecer relações entre culturas e espaços por elas

produzidos, em suas marcas de religiosidade.

A partir desse enfoque o Ensino Religioso contribuirá para:

Superar desigualdades étnico-religiosas;

Garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por

consequência, o direito à liberdade individual e política;

Atenderá os objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o

desenvolvimento da cidadania;

Superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de

preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe

um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e excludente, ela impede o

exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de novos valores.

122

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

O conteúdo estruturante em termos metodológicos propõe-se, um processo de ensino a

de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento do educando através de

abordagens de conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações religiosas e

culturais, dos seus ritos, das suas paisagens e dos seus símbolos, e formas diversas de

religiosidade.

Por tanto no Ensino Religioso qualquer religião deve ser tratada como conteúdo

escolar, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural das pessoas e faz parte de

diferentes modelos de sociedades.

A disciplina de Ensino Religioso propiciará ao educando uma compreensão e análise

das diferentes manifestações do Sagrado e a interpretação de seus múltiplos significados,

ainda a forma de como a sociedade éinfluenciada pelas tradições religiosas. Isso promoverá a

ele a oportunidade de se tornarem capazes de entender os movimentos específicos das

diversas culturas e como o elemento religioso colabora parta a construção do sujeito.

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que

contribui para o desenvolvimento humano, envolve conceitos, teorias e práticas de uma

disciplina escolar.

Os conteúdos Estruturantes da disciplina de Ensino Religioso propostos são:

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico Religioso;

Texto Sagrado

PAISAGEM RELIGIOSA

Define-se paisagem religiosa por uma combinação de elementos culturais e naturais

que remetem experiência com o Sagrado sobre uma série de representaçõessobre o

transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais e religiosas. Assim, a

paisagem religiosa é parte do espaço social e cultural construído historicamente pelos grupos

humanos, é uma imagem social. Ela se dá pela representação do espaço, da história e do

trabalho humano. São as paisagens religiosas que remetem às manifestações culturais e nelas

agrega um valor que conduz o imaginário à consagração.

123

A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por elementos naturais

(astros, montanhas, florestas, rios, grutas, etc.) estes lugares expressão a fé do homem e

também estão, essencialmente, carregadas de um valor Sagrado.

Todas estas paisagens se transformam temporariamente num universo especialmente

simbólico, resultante das crenças existentes na tradição religiosa. Porsua vez, em lugares

Sagrados são realizados, regularmente, ritos, festas e homenagens em prol da manifestação de

fé de determinados grupos.

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Universo Simbólico Religioso é um conjunto de linguagens que expressam sentidos,

comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e para a construção das diferentes

religiões no mundo.

Sua complexa realidade configura o Universo Simbólico Religioso tem como chave de

leitura as diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam

em determinados símbolos religiosos que têm como função resgatar e representar as

experiências das manifestações religiosas.

De modo geral, a cultura sustenta por meio de símbolos, que são criações humanas

cuja função é comunicar ideias. Por tanto sãoparte essencial da vida humana, todo sujeito se

constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, não só no que diz respeito

ao Sagrado, mas em todo o imaginário humano.

Estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano das

pessoas.

TEXTO SAGRADO

Os textos Sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidade à disseminação e

à preservação de diferentes tradições e manifestações religiosas, o que ocorre de diversas

maneiras.

Sua característica é o reconhecimento feito pelo grupo, ele transmite uma mensagem

originada do ente sagrado.

Ao serem articulados Textos Sagrados e Ritos como festas religiosas, situações de

nascimento e morte, as diferentes tradições e manifestações buscam criar mecanismos de

124

unidade e de identidade do grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos

sejam consolidados e transmitidos às novas geraçõese novos adeptos.

Os textos Sagrados registram fatos relevantes da tradição e manifestação religiosa,

sendo entre eles: as orações, a doutrina, a história, que constituem sedimento no substrato

social de seus seguidores e lhes orientam as práticas.

Os textos Sagrados se tornam muito importantes para a disciplina de Ensino Religioso,

pois permite identificar como a tradição e as manifestações atribuem às práticas religiosas o

caráter sagrado e em que medida orienta ou estão presentes nos ritos, nas festas, na

organização das religiões, nas explicações da vida e morte.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 6.º ANO

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Símbolos Religiosos

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundacionais legitimando a

intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim estabelecem fundamentos, normas e

funções a fim de compor elementos mais ou menos determinados que unam os adeptos

religiosos e definem o sistema religioso.

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo

institucionalizado. Serão tratadas com conteúdos, sob a ênfase das principais características,

estruturas e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de

compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser destacados:

Os fundadores e/ou líderes religiosos;

As estruturas hierárquicas.

Ao tratar de líderes o professor enfatizará as implicações da relação que eles

estabelecem com o Sagrado, quando a sua visão de mundo, atitudes, produções religiosas

mundiais e regionais e seus respectivos líderes estão: o Budismo (Sidarta Gautama), o

Cristianismo (Cristo), Confucionismo (Confúcio), o Espiritismo (Allan Kardec), o Taoímo

(Tão Tse), etc.

LUGARES SAGRADOS

125

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência,

de culto, de identidade. As principais praticam de expressão do sagrado nestes locais:

Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeira, etc.

Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, cemitérios, etc.

No processo pedagógico o professor e o aluno podem identificar Lugares Sagrados

para as diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais como

morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso.

As peregrinações os cultos, os templos, as sinagogas, as igrejas, as mesquitas, os

cemitérios, as catacumbas, as criptas e os mausoléus, também se tornam lugares Sagrados.

TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS

Entende-se por ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas

diferentes culturas religiosas, como cantos, narrativas, poemas, orações, pinturas rupestres,

tatuagens, histórias contadas pelos mais velhos como: escritas cuneiformes, hieróglifos

egípcios, etc. Entre eles destacam-se Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Tora, o Al

Corão e textos sagrados das culturas africanas e indígenas.

SIMBOLOS RELIGIOSOS

São linguagens que expressam sentimentos pode ser uma palavra, um som, um gesto,

um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros que

podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:

Dos ritos;

Dos mitos;

Do cotidiano.

Entre eles estão representados como a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos,

os objetos, etc.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 7.º ANO

TEMPORALIDADE SAGRADA

O tempo da revelação do Sagrado constitui, privilegio em que o humano se liga ao

divino. Enquanto o tempo profano onde o homem experimenta a passagem do tempo em que,

basicamente, um momento é igual ao outro.

126

Ao homem religioso esta sempre aberta à possibilidade de parar a duração temporal

profana é, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o Sagrado. Essa ideia é o

que fundamenta a vida após a morte e marca as religiões.

Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada na disciplina de Ensino Religioso como: o

evento da criação, os calendários, seus templos sagrados, (nascimento de líder religioso,

passagem de ano, data de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos).

Ex: O natal (cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano),

etc.

FESTAS RELIGIOSAS

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:

Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

Peregrinações

Festas familiares

Datas comemorativas

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena),

Festa de lemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

RITOS

São praticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um

conjunto de rituais. Pode ser compreendido como a recapitulação de um acontecimento

sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas e também podem remeter as possibilidades futuras a partir

de transformações presentes.

Ritos de passagem

Mortuários

Propiciatórios

Outros

Exemplos: Dança (Xire), Candomblé, Kiki (Kaigang – ritual fúnebre), Via Sacra,

Festejo indígena de colheita, etc.

VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para além da morte as diversas tradições/manifestações

religiosas e sua relação com o sagrado.

127

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

Reencarnação

Ressureição – ação de voltar à vida

Além Morte

Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se torna

presentes

Outras interpretações

METODOLOGIA

O encaminhamento teórico metodológico da disciplina pressupõe um constante

repensar das ações que subsidiarão o trabalho, focando sempre o respeito às diversas

manifestações religiosas com o objetivo de ampliar e valorizar o universo cultural dos

educandos. Para tanto, é fundamental aproximar as disciplinas com as demais áreas do

conhecimento.

Todo o conhecimento trabalhado nas aulas de Ensino Religioso tem como

intencionalidade contribuir para a superação do preconceito à ausência ou à presença de

qualquer crença religiosa, bem como da discriminação de qualquer expressão do Sagrado,

para isso torna-se fundamental colocar o aluno em contato com a diversidade cultural

religiosa, buscando compreender cada uma delas no contexto dos diferentes povos e/ou

grupos.

Nesse contexto as aulas serão encaminhadas por intermédio da leitura de textos

escritos e/ou imagéticos, análise de recortes de filmes depoimentos discussões e produções de

textos individuais ou em grupos. Outro encaminhamento utilizado é o da pesquisa individual

e/ou em grupo via internet, entrevistas, materiais impressos sobre conhecimentos que

compões o conteúdo programático. O material disponível na página eletrônica da Secretaria

de Estado da Educação e do NRE também contribuem para o encaminhamento das análises e

explicações por meio da TV pen drive. Além desses recursos é possível utilizar materiais e/ou

jogos e atividades online. Propõe-se aula dialogada a partir da experiência religiosa do

educando e dos seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo a ser

trabalhado.

RECURSOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICO E TECNOLÓGICO

128

- TV multimídia

- DVD

- CD

- Cartaz

- Livro didático

- Filmes

- Revistas

- Pen drive

- Textos de apoio

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Atividades em sala de aula

Interpretação de textos

Trabalhos em grupos abordando temas dados

Ilustrações, leituras de textos, confecções de cartazes, poemas.

REFERÊNCIAS

- Parâmetros Curriculares Nacionais – Editora Ave Maria – São Paulo 1997

- Cartilha Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Gráfica da Assembleia

Legislativa da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEE d1 2006.

- Ensino religioso Capacitação para um Novo Milênio, Fórum Nacional Permanente

do Ensino Religioso.

- Lei n 10.639, 9 de janeiro de 2003.

- Dialogo – Revista de Ensino Religioso Edições Paulinas

- Apontando Novos Caminhos para o Ensino Religioso

- Subsídios para 5 série SEED/DEF/ASSINTEC. 2003

- África e Brasil! Africano – Editora Ática 2006

- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –

SEED/D1 2006.

- Ensino Religioso Capacitação para um novo milênio.

- Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso.

- O Sagrado no Ensino Religioso – SEED.

129

FILOSOFIA

01 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos

escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo do

general Emílio Garrastazu Médici, a Lei 5692/71 substituiu essa disciplina por outras que

interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de cidadãos não

questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia oficial.

O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e

redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu reconduzir

a disciplina de Filosofia à grade curricular de nível básico, apesar da compreensão por parte

da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da democracia era necessária uma reforma

educacional. Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A

Filosofia) ... é importante para a formação integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a

elaboração do pensamento abstrato, a filosofia ajuda a promover a passagem do mundo

infantil ao mundo adulto. Se a condição do amadurecimento esta na conquista da autonomia

no pensar e no agir, muitos adultos permanecem infantilizados quando não exercitam desde

cedo o olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo.(ARANHA,2002, pg 01)

A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do Brasil do

século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque Zimmerman

propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade, proposta que

estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos

governantes parecia cômodo “silenciar a crítica dos pensadores, a fim de garantir a obediência

passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves reapresentou o projeto, com

algumas alterações, ao Congresso nacional, como medida paliativa, o CNE publicou em 2006

resolução orientando as redes estaduais de educação a oferecer Filosofia no ensino médio,

enquanto a LDB , no art. 36, determina que, no final do Ensino Médio, o estudante deverá

“dominar os conhecimentos de filosofia (...) necessários ao exercício da cidadania” , na

pratica no entanto, a filosofia é tratada como tema transversal retirando-lhe o caráter de

disciplina.

Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca deveria ter

perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não conseguiu

130

garantir, a sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta de resgatar tais

valores e eis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como disciplina obrigatória

para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o presidente em exercício,

José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do parágrafo 1º do artigo 36 da

LDB. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o aluno deveria demonstrar “domínio

dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao exercício da cidadania”, agora se lê “IV –

serão incluídas a Filosofia e a (...) como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino

médio.” Conferindo obrigatoriedade legal aquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter

de parecer. Entendemos ser esta uma grande conquista para a educação brasileira que precisa

urgentemente ser repensada para atender as lacunas que se verifica na formação humana. A

Filosofia contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a atividade

profissional futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da reflexão

filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da capacidade humana

de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive, além de um

posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo tecnológico

apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as transformações

cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas da convivência e

tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e integra diversidades.

O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais dificuldades deste

momento de transição, como carência de material didático e dificuldades na formação

acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono oferecendo ao sistema educacional um

filosofar de qualidade, pois, “Quando uma civilização atinge seu auge sem coordená-la com

uma filosofia, difunde-se por toda a comunidade períodos de decadência e monotonia,

seguidos pela estagnação de todos os esforços. O caráter de uma civilização é enormemente

influenciado por sua concepção geral da vida e da realidade.

O ensino de filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando fundamentação

teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a humanidade e

proporcionando a apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura de mundo como

sujeito e agente de transformação.

Possibilitar ao estudante do ensino médio uma reflexão clara do ensino-aprendizagem

em filosofia com uma peculiaridade que faz diferente de todas as outras disciplinas. Numa

reflexão que se concretizara na experiência na relação docente e com texto filosófico.

Superar através da filosofia a passividade, o senso comum e os preconceitos que os

alunos trazem do seu dia-a-dia que destoa da linguagem filosófica. Levar a filosofia no ensino

131

médio com uma problemática central, a preocupação com o posicionamento teórico e pratico

dos agentes inseridos no processo visando esclarecer, sair da menoridade como pessoas

autônomas e conscientes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS:

Serão contemplados os três eixos básicos da disciplina no ensino médio, a saber, a

Teoria do conhecimento ou Gnosiologia (constitui-se de questões relativas ao conhecimento

humano e à Filosofia da Ciência ou Epistemologia), Ética-Política( moral e sociabilidade) e

Estética.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS:

1-Do mito (cosmogonia) ao Logos (cosmologia)

2-Período pré-socrático:

Tales de Mileto, Anaxímenes, Pitágoras, Anaxágoras, Heráclito e Parmênides.

3-Período Antropológico:

Sócrates, de Atenas

Os sofistas: Protágoras e Górgias

4-Período Sistemático: Platão e Aristóteles

Platão: Sistema filosófico, metafísica platônica, Teoria dos dois mundos, dualismo, Teoria da

Reminiscência metafísica, Ética, Divisão da Republica ideal, Alegoria da caverna, estética.

Aristóteles: Metafísica (teoria do ato e potência, teoria das quatro causas) divisão

aristotélica das ciências, justa medida, felicidade, divisão do caráter ( vicio, incontinência,

continência, virtude), a natureza altruísta do Homem (zoon politikon), sistemas de governo,

5-Filosofia Helenista:

Epicurismo, Estoicismo, Cinismo, Ceticismo e Pirronismo.

6-Filosofia Medieval

Distinção entre patrística e escolástica.

a-Patrística: Agostinho de Hipona

Teoria da Iluminação

Assimilação do Neo-platonismo

A cidade de Deus: desprezo pelas coisas mundanas.

b-Escolástica:

132

A questão dos universais

A assimilação do aristotelismo no período escolástico

Tomás de Aquino

Revalorização do conhecimento sensível e das coisas deste mundo

Concepção de Estado e Direito

Guilherme de Okhan: Escolástica tardia

A questão dos universais

7-Renascimento

Recuperação do acervo cultural greco-romano.

Período de transição entre a idade média e modernidade.

8-Renascimento: Recuperação da cultura greco-romana.

Transição entre medievo e modernidade.

Maquiavel, Erasmo de Roterdã, Dante.

9-Revolução cientifica

Nicolau Copérnico: heliocentrismo

Galileu Galilei: A matemática como fundamento do conhecimento filosófico e científico

Montaigne, Bacon, Descartes

10-Filosofia Moderna

Racionalismo: Descartes, Leibnz, Espinosa

Empirismo: Bacon, Hobbes, Locke, Berkeley, e Hume.

11-Contratualismo e Jus naturalismo

Thomas Hobbes: Leviatã

John Locke: Contrato social – liberalismo

Montesquieu: O espírito das leis

Jean Jacques Rousseau: Contrato social, Vontade geral

12-O Iluminismo: Rousseau, Voltaire, Diderot, Kant.

13-Immanuel Kant.

Criticismo: limites da razão pura, processo de conhecimento.

Ética (imperativo categórico).

Política: Cosmopolitismo político, o ideal kantiano de esclarecimento (Aufklarüng).

14-Idealismo Alemão

Hegel: Teoria da História, Dialética, Estado

Karl Marx:Materialismo dialético, ideologia, mais valia

Soren Kierkgaard

133

Arthur Shoppenhauer: o mundo como vontade e representação.

15-Positivismo:

Auguste Comte.

16-Fenomenologia:

Edmund Russerl

17-Existencialismo:

Heidegger e Sartre.

18-Círculo de Viena (neo-positivismo):

Karnap, Shillick, Wittgenstein (1ª fase), Bertrand Russel.

19-Escola de Frankfurt:

Adorno, Horkeimer, Benjamim, Habbermas

20-Filosofia da ciência:

Karl Popper, Thomas Khun , Quine, Wittgenstein( as duas fases).

21-Filosofia pós-moderna:

Michel Foucault, Jack Derrida, Jean Baudrillard, entre outros

Observação I: No terceiro ano, no caso das turmas que não tiveram filosofia ao longo

dos três anos do ensino médio, recomenda-se uma abordagem menos pormenorizada( o que

de forma alguma significa uma banalização do conteúdo), dado o curto espaço de tempo

disponível .

Observação II: Os conteúdos referentes à Cultura Afro e às sua influência na formação

cultural brasileira serão amplamente abordados nas aulas de Ética e Política ao longo dos três

anos do Ensino Médio.

04- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Diante do desafio de regatar uma proposta de ensino de filosofia para o Ensino Médio

propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo tempo

domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão sobre os

problemas que perpassam sua própria existência. Para tanto entendemos que se faz necessário

abordar os grandes temas da filosofia numa perspectiva histórica, primeiro compreendendo os

temas em seu tempo para posteriormente contextualizá-lo; é necessário ir ao texto filosófico

ou à história da filosofia sem, contudo tratar os conteúdos como a única preocupação do

ensino de filosofia.

134

Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva com a

utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, tv etc, garantir o

domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do

pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da analise e

da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que

o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,

tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando.

Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim livres

pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e

lógicos.

05- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções

diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando fornece

subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem e também

classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita quantificar o

resultado obtido pelo educando

Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto

não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças

quantitativas e qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é

representada por seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme estabelecido no projeto

político pedagógico da escola corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação

escrita bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa, seminários, debates,

relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando

no inicio de cada período.

6- REFERENCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição SP. ed

Moderna, 1993.

CAVALCANTI, Afonso de Souza. Procura e Discernimento. Mandaguari. Ed. Científico.

2007.

135

CHAUÍ, M. 2000. Convite à filosofia. São Paulo, Ática.

CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,

1999.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.

DESCARTES e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.

DIRETRIZES Curriculares de Filosofia para Educação Básica.

FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2010.

GOMES, Morgana. PLATÂO. Coleção Iluminados da Humanidade. Rio de Janeiro. 2004.

HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em dicussão(I): Platão, Maquiavel,

Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.

MARX, Karl, ENGELS, Fredrich. Manifesto do Partido Comunista. Trad. Marcos Aurélio

Nogueira e Leandro Konder. Petrópolis, Vozes, 1993.

MENDONÇA, Sonia Regina de e FONTES, Virginia Maria. História do Brasil Recente 1904-

1980. São Paulo. Ática, 1988.

MODIM, Battista, Introdução à Filosofia, 2ª Edição Edições Paulinas São Paulo, 1980.

PLATÂO, A Republica. Trad. Enrico corvisieri. São Paulo. Nova Cultural, 1997.

136

ROUSSEAU, J.J. Contrato social. Trad. B.L. Viana. Rio de Janeiro, Organizações Simões,

1951.

FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações sociais. É a parte

de ciências que estuda os fenômenos da natureza, despertando o espírito crítico do educando,

levando a questionar, refletir e estudar o mundo que o rodeia, preparando para o exercício da

cidadania e ao trabalho. Ressalte que os conhecimentos de Física apresentados ao educando

do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou próprias da natureza, mas modelos

elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender a natureza.

O Ensino de física no Ensino Médio deve estar voltado para a formação de jovens,

independente da sua escolaridade futura. Os jovens devem apropriar dos objetos da Física

para a vida e o raciocínio, compreender as causas e razões das coisas, exercerem seus direitos,

cuidar de sua saúde, participar das discussões em que está envolvido, atuar, transformar,

enfim, realizar, viver. Sendo assim, uma educação para a cidadania.

A Física, portanto, atua como um campo estruturado de conhecimentos que permite a

compreensão dos fenômenos físicos que cercam o nosso mundo macroscópico e

microscópico. O universo como objeto de estudo da Física: sua evolução, suas transformações

e as interações que se apresentam, auxiliando no desenvolvimento do cidadão.

• Estudar o Universo em sua complexidade e historicidade, envolvendo a cultura afro:

Como o conhecimento cientifico não tem cor, raça e não discrimina, apenas tem como

o objetivo o conhecimento e a evolução do ser

• Acompanhar o contexto em que vivemos e compreender os fenômenos ligados ao

cotidiano dos alunos .

• Conhecer novas fontes de energia, utilizando diferentes materiais, produtos e

tecnologias;

• Estabelecer relações entre a tecnologia e o desenvolvimento da Física, destacando os

benefícios para a humanidade;

137

• Apropriar do conhecimento físico e compreender que ele é e foi historicamente e

socialmente construído;

Perceber as relações deste conhecimento com as estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais da sociedade capitalista;

• Perceber a beleza filosófica e artística revelada nos grandes princípios e nos conceitos

científicos.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

MOVIMENTOS

-Momentum e Inercia

-Conservação de quantidade de movimento (momentum)

-Variação da quantidade de movimento

-Impulso

-2º Lei de Newton

-3º Lei de Newton

-Condições de equilíbrio

-Energia e principio da conservação da energia

-Gravitação

TERMODINÂMICA

-Leis da termodinâmica

-Lei zero da termodinâmica

-1º Lei da termodinâmica

-2º Lei da termodinâmica

ELETROMAGNETISMO

1. Carga, Corrente elétrica

2. Campo e ondas eletromagnéticas

3. Força eletromagnética

4. Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/ Lei Coulomb,

Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday

5. A natureza da luz e suas propriedades.

138

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção do processo de

ensino e de aprendizagem. Têm a possibilidade de fazer exatamente o ponto de partida e o

ponto de chegada de cada tema abordado no Curso.

Sendo o ensino e a aprendizagem um processo ativo e coletivo, deve estar baseado nas

interações aluno – aluno, aluno – professor, professor – aluno.

O Ensino de Física considera a ciência uma produção cultural, objeto humano

construído e produzido nas e pelas relações sociais, sendo que o processo de ensino-

aprendizagem deve partir do conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas

experiências de vida em seu contexto social.

O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento

trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais.

Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que

influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;

• A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino

que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor

interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no

ambiente escolar;

• Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para

essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender

Física. É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos

aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre os temas centrais,

trabalho de campo com observações: usos de vídeo; sites da internet; jornais com temas

abordando notícias científicas; aulas práticas; interpretações de textos; resoluções de

problemas e exercícios; realização de simulados de físicas com o intuito de estimular a sua

compreensão.

Segundo a educadora Zuleika Muriê, professora-doutora pela escola de Educação da

USP, que trabalhou no ENEM, os simulados preparam o olhar do estudante para questões

objetivas, prática regular em concursos, ENEM e vestibulares.

139

AVALIAÇÃO

O resultado, a observação e a concepção do conhecimento devem ser diagnosticados

durante avaliação, um processo contínuo e cumulativo.

A avaliação compreendida como na prática reflexiva e diagnóstica que orienta a

intervenção pedagógica, bem como dar indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o processo

ensino-aprendizagem, buscando utilizar técnicas e instrumentos diversificados, com as

finalidades educativas expressas na proposta pedagógica.

Entende como instrumentos de avaliação: confronto de textos, trabalhos em grupos,

avaliações escritas, experimentações e relatos.

Tendo como finalidade o crescimento do educando e consequentemente o

aperfeiçoamento da práxis pedagógica. A avaliação se caracteriza como um processo que

objetiva explicitar o grau de compreensão da realidade, emergentes na construção do

conceito. Isto ocorre com o confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas,

experimentações e etc., servindo também para que o professor avalie seu trabalho. Do ponto

de vista quantitativo, o professor deve orientar pelo estabelecido no regimento escolar, qual

prevê no caso do educando, não ter alcançado o conhecimento que seja oportunizado a ele a

revisão do conteudo ou seja oferecido uma recuperação .

Quanto aos critérios de avaliação em Física, devesse verificar:

• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis

e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de experimentação,

pode-se pedir ao estudante um relatório individual, com questões abertas que permitam a

exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. No

caso de uma prática demonstrativa, isto é, realizada pelo professor, pode-se pedir um relato

explicativo, por escrito, da experiência. O relatório individual e o relato explicativo são, nesse

140

caso, os instrumentos de avaliação. Nas questões que estruturam esses instrumentos estarão os

critérios de avaliação.

Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes e, se

for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento. Por fim,

reiterasse, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento pelos estudantes

e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato educativo, a

avaliação potencializa o papel da escola cria condições reais para condução do trabalho

pedagógico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARENGA, B. e MÁXIMO, A. Física, Vol. Único – São Paulo: Scipione, 2003 – Coleção de olho no mundo do trabalho. GREF. Física 1/ 2/ 3. EDUSP: 1991. Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. – versão preliminar, SEED: 2008. PAULO C. M. Penteado e CARLOS M. A. Torres. FÍSICA CIÊNCIA E TECNOLOGIA- São Paulo: Moderna, 2005. Vários autores. FISICA- Curitiba: SEED- PR, 2006.- 232

GEOGRAFIA Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

A Geografia sempre fez parte da vida dos humanos como um recurso relacionado à

sobrevivência ou como elemento determinante da organização social. Com o avanço das

141

navegações e o advento do capitalismo, o mundo passa a ser ocupado por uma classe

determinante para a modificação do espaço geográfico. A geografia passa a ser estudada nas

escolas francesa e alemã, descrevendo em várias linhas do pensamento geográfico da Terra,

Homem, Natureza e Espaço. Contudo sem sombra de dúvida a geografia deixou de ser apenas

um instrumento de descobertas de novas terras e mapas e passou a ter um papel fundamental

no cotidiano.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, o objeto de

estudo é o espaço geográfico, independente do sujeito que o constrói. Neste espaço

geográfico está inserido lugar, ações humanas, natureza, o contexto político, que passa por

modificações de acordo com os interesses humanos.

A geografia oportuniza subsídios para que o aluno consiga desvendar o mundo, pela

investigação e análise crítica, tornando participativo, levando-o a conhecer a organização

social, bem como relacionar-se na sociedade, ressaltando a cidadania e necessidade da

conquista do seu próprio espaço seno capaz de transformar a natureza, no entanto ao mesmo

tempo conservando-a para que as próximas gerações possam usufruir de seus benefícios.

2) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos da Geografia são importantes para a vida em sociedade, em particular,

para o desempenho das funções da cidadania: cada cidadão ao conhecer as características

sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como os de outros lugares, poder

comparar, explicar, compreender e especializar as múltiplas relações que diferentes

sociedades, em épocas variadas estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção do

seu espaço geográfico. A aquisição desses conhecimentos permite maior consciência dos

limites e responsabilidades da ação individual e coletiva com relação ao seu lugar e a

contexto mais amplos da escala nacional a mundial. Portanto, a seleção dos conteúdos da

Geografia deve contemplar temáticas de relevância social, cuja compreensão por parte dos

alunos, mostra-se essenciais em sua formação como cidadão.

6º ano

Conteúdos estruturantes. - Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;

- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;

142

- Dimensão Política do Espaço Geográfico

Conteúdos Básico - Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

- A formação , localização exploração e utilização dos recursos naturais;

- Dinâmica da natureza e suas alterações pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico:

atividade econômica;

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;

- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ano

Conteúdos estruturantes.

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;

- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;

- Dimensão Política do Espaço Geográfico

Conteúdos Básico

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

- A formação e as diversas regionalizações do espaço brasileiro;

- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatístico da

população;

- Movimentos migratórios e suas motivações;

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;

143

- O espaço rural e a modernização da agricultura;

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;

- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8º ano

Conteúdos estruturantes.

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;

- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;

- Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Conteúdos Básico

- As diversas regionalizações do espaço geográfico;

- A circulação de mão-de-obra , do capital, das mercadorias e informações;

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano;

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

- O espaço rural e a modernização da agricultura;

- Os Movimentos migratórios e suas motivações;

- A distribuição espacial das atividades produtivas, e (re) organização do espaço geográfico;

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9 º ano

Conteúdos estruturantes.

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfica;

- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico;

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico;

144

- Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Conteúdos Básico

- As diversas regionalizações do espaço geográfico;

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

- A revolução técnico científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção;

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

- A formação, mobilidade das fronteiras e a (re)configuração dos territórios;

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população;

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização

do espaço geográfico;

- Os Movimentos migratórios e suas motivações;

3) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de geografia deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais

da geografia e compreendam o processo de transformação do espaço geográfico. Os conteúdos devem

ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligando com a realidade próxima e distante dos

alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos pelas Diretrizes Curriculares do estado

do Paraná. Levar em consideração o conhecimento espacial do aluno vivida, situando-se

historicamente nas relações politicas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais

concretas nas diversas escalas geográficas.

De acordo com a legislação vigente no país, a Geografia contempla conteúdos chamados

Desafios Educacionais Contemporâneos, contemplando História e Cultura dos Povos

Indígenas, baseado na Lei Nº11645/08, História e Cultura Afro-brasileira e Africana, baseado

na Lei Nº 10639/03; Politica Nacional de Educação Ambiental, baseada na Lei Nº 9795/99;

Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal: Enfrentamento a Violência na Escola e

145

Prevenção ao Uso das Drogas. Os educandos precisam entender o valor desses conteúdos

para que de fato possa se efetivar s construção da sua autonomia e cidadania plena.

Para o educador alcançar os desafios propostos citados, os conteúdos serão abordados e

tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica – signos, orientação,

convenções, e a realidade local e paranaense serão considerados sempre que possível.

Como forma prática da trabalhar em sala de aula, o professor poderá utilizar-se de:

Texto: preferencialmente utilizados como introdução, síntese ou leitura complementar.

O aluno deve ser estimulado a ler além das palavras, contraporem ideias e compreender

diferentes interpretações sobre um mesmo tema, analisando e argumentando.

Experimentos: não deve consistir apenas numa forma de constatação, mas sim de

interpretação dos resultados obtidos e comparação com os previstos.

Visitas orientadas: as excursões devem ser preparadas com antecedência e o ambiente

reconhecido. É necessária a elaboração de um roteiro de trabalho para a organização da

pesquisa. É importante a discussão sobre a preservação do ambiente explorado, não sendo

necessárias coletas sem propósito. Podem ser utilizadas ilustrações ou fotografias para

documentar a expedição.

Debates: devem ser precedidos pelo domínio do tema proposto para que a

argumentação seja significativa e possibilite a interação da turma através de júri simulado.

Trata-se de uma excelente estratégia de ampliação do universo do aluno, devendo o professor

selecionar aspectos relevantes ao assunto.

Aulas expositivas: através delas o professor transfere os conteúdos aos seus alunos.

São muito úteis para fornecer informações prévias para um debate, jogo ou até experimento.

Porém, serão adequadas se estiverem baseadas no diálogo, na participação efetiva dos alunos

e na construção coletiva do conhecimento.

Recursos Tecnológicos: adequados quando utilizados como complementação ou

introdução. Um filme, um software, uso da TV pen drive, utilização do laboratório de

informática e internet, um slide ou uma música podem contemplar tanto a necessidade

concreta quanto a cognitiva, uma vez que o aluno terá que estabelecer conexões com o

conteúdo estudado e aprofundar suas relações.

Jogos: são caracterizados pelo cunho desafiador, estimulando os alunos à superação de

um problema.

Pesquisas: solicitadas como complemento do tema estudado, para anteceder uma

discussão. O professor orientará o aluno, desde as fontes bibliográficas até o objetivo da

146

pesquisa, delimitando ao máximo o assunto, uma vez que a Geografia é caracterizada pela

riqueza de informações e relações.

Projetos: em geral são executados por uma equipe, Avaliar-se-a desde sua organização

até o resultado final. É uma estratégia mais elaborada, apresentando várias fases: seleção do

assunto, elaboração de um pleno de trabalho, desenvolvimento do projeto e resultado final.

Aulas práticas: sua função maior é proporcionar autonomia ao aluno para analisar

resultados e inferir conclusões, quando os mesmos são diferentes daqueles previstos, o que

não significa que seja desnecessária uma orientação, um roteiro de trabalho ou relatório.

4) AVALIAÇÃO

Os alunos devem constantemente avaliar suas conquistas em uma perspectiva de

continuidade de seus estudos. Avaliação pode ser planejada, assim, relativamente aos

conhecimentos que serão utilizados em estudos posteriores. Trabalharemos tanto com os

conteúdos conceituais quanto com os procedimentos e atitude dos alunos Por isso, é

necessário estabelecer alguns critérios como: a operacionalização dos conceitos; bem como,

os critérios procedimentares e critérios atitudinais .

A avaliação dos conceitos permite que se identifique o desempenho quanto ao domínio

e utilização do conhecimento geográfico: conceitos, categorias, informações e dados o que

pode ser operacionalizado com a realização de pesquisas, debates, elaboração e interpretação

de textos e com a realização de provas mensais e bimestrais. É importante que esse critério

seja utilizado de forma a valorizar o desenvolvimento cognitivo e não a simples memorização.

Quantos aos critérios procedimentais, trata-se de perceber se os alunos estão

compreendendo e utilizando de forma adequada os instrumentos da disciplina( como

produção e leitura de mapas, gráficos e tabelas, análises e interpretação de imagens,

compreensão de textos ) e desenvolvendo um método de interpretação da realidade durante o

processo de aprendizagem.

E com relação aos critérios atitudinais, trata-se de considerar como o grupo de alunos

se situa diante da compreensão mais aprofundada da realidade que os cerca para a, partir de

então, desenvolver uma postura solidária, participativa e crítica.(como pontualidade e

assiduidade, a participação dos alunos nas atividades individuais e de grupo, o cumprimento

dos compromissos assumidos, o interesse pelos novos conteúdos da área e a compreensão do

conhecimento como socialmente construído e patrimônio de todos). Esse critério é

147

fundamental para que a relação ensino –aprendizagem possa acontecer em um clima de

respeito pelo próprio trabalho e pelo trabalho do outro e reforçando a necessidade de uma

postura responsável, ética e favorável à democracia nas relações sociais.

A avaliação da aprendizagem será formativa e continuada, com base no desempenho

de cada aluno. Comparando o seu desenvolvimento individual e coletivo, além de sua

participação nas atividades realizadas pela escola. As notas serão registradas em uma escala

de 0(zero) a 10,0(dez), levando em consideração o regimento escolar que prevê no mínimo

três instrumentos diferenciados avaliativos, e que serão 6,0(seis pontos) referentes atividades

diversificadas e 4,0(quatro pontos) referente a prova.

Referências Bibliográficas

SEED.Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs).Geografia.2008.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

• A dimensão econômica da produção do/no espaço;

• Dimensão geopolítica;

• Dimensão sócioambiental;

• Dimensão dinâmica cultural e demográfica.

Conteúdos (Básicos e Específicos) por Série

Ensino médio Conteúdos estruturantes. - Dimensão Econômica do Espaço Geográfica; - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico; - Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico; - Dimensão Política do Espaço Geográfico. Conteúdos Básico - O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

148

- A revolução técnico científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção; - A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; - A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. - A formação e transformação das paisagens; - A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; - As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; - O espaço rural e a modernização da agricultura; - O comércio e as implicações socioespaciais; - As implicações socioespaciais do processo de mundialização; - A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; - A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado; - A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; - A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; - As diversas regionalizações do espaço geográfico; - As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; - Os Movimentos migratórios e suas motivações;

REFERÊNCIAS

• AB'SABER. Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas, São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

• BRORY, David Eliot. As sete maiores descobertas científicas da história e seus autores. São Paulo: Companhia das Letras, l999.

• CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.) . A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, l999

• MOREIRA, I.A.G. Construindo o espaço. São Paulo: Ática, 2004. • PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Geografia – Ensino Médio: SEED,

2006. • PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.

• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superitendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental.

• PROJETO ARARIBÁ. 1ª edição. São Paulo. 2006. • SEED.Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs).Geografia.2010. • TÉRCIO, L. M. Geografia. São Paulo: Ática, 2004. • TV pen-drive • TV Paulo Freire.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Geografia – Ensino Médio: SEED, 2006.

149

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superitendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais – Curitiba: SEED, 2006. Educação Ambiental. Meio Ambiente. Sustentabilidade. Ecologia. Legislação ambiental. Agenda 21. Clima. Poluição. Conferências ambientais. Curitiba: SEED, 2008. Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008. Enfrentamento à violência. Curitiba: SEED, 2008. Educação no Campo. Curitiba: SEED, 2008.

História ENSINO FUNDAMENTAL

1- Apresentação Geral da Disciplina

A disciplina de História foi incluída nos currículos escolares brasileiros a partir do

século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino em virtude das

influências teóricas e correntes de organização do pensamento.

Nesse processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vem considerando

como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia visões factuais e

desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo do passado em

concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como transmissor de

informações e o estudante como receptor passivo .

Em vista do complexo vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos da

ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de novas

concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da disciplina.

Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da

História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a reestruturação de novas diretrizes

curriculares.

150

No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de discussão sobre

o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a proposta de formação continuada de

professores também no contexto de produção coletiva das Diretrizes Curriculares da

Secretaria de Estado da Educação – SEED nos propomos a repensar o ensino de História,

estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatar finalidades para que essa

disciplina possa assumir sua contribuição e responsabilidade com a produção do

conhecimento e a formação da consciência critica e cidadã.

Dessa forma buscamos ampliar e melhorar os fundamentos e o desenvolvimento da

disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com as

produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e temas

pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no

Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, os conteúdos de História do Paraná,

pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino obrigatoriedade da

temática História e Cultura Afro-Brasileira, pela Lei nº 11645/08, que inclui História e cultura

dos povos Indígenas, pela Lei nº 9795/99-Política Nacional de Educação Ambiental;

Cidadania e Direitos Humanos, Educação fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso indevido de Drogas, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para

Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana.

2- Conteúdos

5ª Série Conteúdos

estruturantes Conteúdos

básicos

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As Culturas Locais e a cultura comum.

151

6ª Série Conteúdos

estruturantes Conteúdos

básicos

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

As relações de propriedade A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

7ª Série Conteúdos

estruturantes Conteúdos

básicos

Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª Série Conteúdos

estruturantes Conteúdos

básicos

Relações de trabalho

A constituição das instituições sociais.

152

Relações de poder Relações culturais

A formação do estado. Sujeitos, Guerras e Revoluções.

3- Metodologia da disciplina

Para que o ensino de História contribua com a construção da consciência histórica é

imprescindível à retomada constante da pratica pedagógica do professor junto aos seus alunos.

Para tanto a pratica pedagógica partirá de alguns procedimentos metodológicos:

-Aula expositiva, problematização do conteúdo que se propões a tratar, partindo da

experiência cotidiana e do interesse do educando.

-Aguçar a curiosidade e o desenvolvimento da prática da investigação, através de

pesquisas e leitura do livro.

-Utilizar-se do livro didático, mas apontando suas limitações buscando outros

referenciais de diferentes interpretações. Incrementar o uso de novas linguagens e tecnologias

(documentos, imagens, vídeos, etc...). Desenvolver o espaço para debates, discussões,

interpretações e opiniões através de seminários, produção de texto, entrevistas, etc...

4- Avaliação

A avaliação propõe reflexões da prática pedagógica bem como do aprendizado do

ensino de História. A avaliação objetiva a democratização do ensino utilizando da prática

diagnostica compreendida num encaminhamento formativo, contínuo processual, permanente

e diversificado evitando a avaliação seletiva excludente e autoritária.

Recorrendo a diversas atividades como leitura interpretação e análise de textos, mapas,

imagens e documentos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,

apresentação de seminários, resolução de exercícios, provas com questões objetivas e

subjetivas e outros.

Os valores que simbolizam as avaliações perfazem um total de 10,0 pontos somatórios

para cada um dos bimestres letivos, sendo os mesmos divididos em atividades diversas no

valor 6,0 pontos e 4,0 pontos em uma ou mais avaliações subjetiva e ou subjetiva.

153

O processo de recuperação de conteúdos ocorrerá em caráter paralelo. No final de cada

bimestre será realizada uma avaliação para recuperação de notas e conteúdos no valor 10,0

pontos.

5- Referências Bibliográficas COTRIM, Gilberto, Saber e Fazer História, São Paulo, Saraiva, 2005. Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. PARANÁ/SEED. Diretrizes curriculares de História para o ensino fundamental. Versão preliminar, junho de 2009. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnicas Raciais e para o Ensino de História da cultura Afro-Brasileira e africana – Lei 10 639/03. Cadernos temáticos SEED, Pr. PARANÁ/SEED. Representações, Memórias, Identidades, Caderno Pedagógico de História do Paraná, 2008. PROJETO ARARIBÁ, História São Paulo: Editora Moderna, 2006. SHIMIDT, Maria. Nova História Crítica, São Paulo, Nova Geração, 2003.

Ensino Médio

1-Apresentação da disciplina

A disciplina de História foi incluída nos currículos escolares brasileiros a partir do

século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino em virtude das

influências teóricas e correntes de organização do pensamento.

Nesse processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vem considerando

como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia visões factuais e

desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo do passado em

concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como transmissor de informações

e o estudante como receptor passivo.

Em vista do complexo vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos da

ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de novas

concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da disciplina.

Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da

154

História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a reestruturação de novas diretrizes

curriculares. No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de discussão sobre

o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a proposta de formação continuada de

professores também no contexto de produção coletiva das Diretrizes Curriculares da

Secretaria de Estado da Educação – SEED nos propomos a repensar o ensino de História,

estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatar finalidades para que essa

disciplina possa assumir sua contribuição e responsabilidade com a produção de

conhecimento e a formação da consciência critica e cidadã.

Dessa forma buscamos ampliar e melhorar fundamentar o desenvolvimento da

disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com as

produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e temas

pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no

Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná,

pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino obrigatoriedade da

temática História e Cultura Afro-Brasileira, pela Lei nº 11645/08, que inclui História e cultura

dos povos Indígenas, pela Lei nº 9795/99-Política Nacional de Educação Ambiental,

Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao uso indevido de Drogas; seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para

Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e

Africana.

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2- Conteúdos Estruturantes/Básicos da disciplina

1º Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e Religiosidade.

2º Ensino Médio CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O estado e as relações de poder.

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Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e Religiosidade.

3º Ensino Médio CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais

Tema 1 Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e Religiosidade.

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3- Metodologia da disciplina

Conforme orientação as diretrizes Curriculares da SEED-PR faremos recortes

temáticos com espaço-temporal definidos pelo professor e articulados com os conteúdos

estruturantes: relações de trabalho, relações de poder e relações culturais, privilegiando a

construção e a apropriação de conceitos históricos para o ensino de História.

Utilizaremos a narrativa histórica e interpretação de documentos como forma de

comunicação e abstração dos temas abordados.

Entre os princípios encaminhados para as aulas selecionamos: aula expositiva; leitura

e interpretação de imagens e filmes, debates, seminários, estudo de textos e documentos,

produção de textos, entrevistas, pesquisas.

4- Avaliação

A avaliação do ensino de história nessa Diretriz Curricular considera três aspectos

importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos

estruturantes e indissociáveis.

Propondo superar a avaliação meramente classificatória e realizando-as em caráter

processual, diagnostica continuada e valorizando a produção de conhecimento avaliaremos

por meio de narrativas históricas, leituras, interpretação de documentos, leituras diferenciadas,

trabalhos em grupos, seminários, pesquisas, avaliações subjetivas e objetivas, debates e

produções de texto.

Os valores que simbolizam as avaliações perfazem um total de 10,0 pontos somatórios

para cada um dos bimestres letivos, sendo os mesmos divididos nas diversas atividades no

valor de 6,0 pontos e 4,0 pontos em uma ou mais avaliações subjetivas e/ou objetivas.

O processo de recuperação ocorrerá em caráter paralelo. No final de cada bimestre

será realizada uma avaliação para recuperação de notas e conteúdos valor 10,0.

5- Referências Bibliográficas BENSI, Luis Donisete Grupioni, Índios no Brasil, Global Editora, 4ª Edição. São Paulo, 2000. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História Novo Ensino Médio, Editora Ática. São Paulo, 2005. HOBSBAWM, Eric J. Sobre História. Trad.Cid Knipel, Moreira, São Paulo: Companhia das letras, 1998.

158

LE GOFF, Jacques. História e Memória, Trad.Bernardo Leitão. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. MOTA, Myriam B.Braik, Patricia R. História das Cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2005. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar, junho 2009. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnicas raciais e para o ensino de História da cultura Afro – Brasileira e Africana –Lei nº 10.639/03. Cadernos Temáticos SEED, PR. PARANÁ/SEED. História/vários autores – Curitiba SEED, PR, 2006. PINSKY, Jaime e Carla Bassanezi Pinsky História e Cidadania, Editora Contato. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, Editora Ática, 2ª Edição, São Paulo, 2008.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois da chegada

da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em

nível secundário no Brasil, apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês

e três de alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Linguística a Génebre por

Ferdinand Saussure, inauguraram- se os estudos da linguagem em caráter científico. Em,

1924, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter patriótico e as línguas

privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido no lugar do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em

relação aos Estados Unidos intensificou- se e, com isso, a necessidade de aprender inglês

tornou- se cada vez maior. Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único

idioma ensinado nas escolas, criou- se em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio

Estadual do Paraná, que posteriormente, expandiu- se em todo o estado.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, determinou a

oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida pela comunidade

escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino Médio, a Lei determina que seja

159

incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela

comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo dependendo das disponibilidades da

instituição.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, tem a língua como objeto de estudo,

contemplando as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

O professor deverá possibilitar aos alunos que usem a língua estrangeira em situações de

comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – inseri- los na

sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes

de se relacionarem com outras comunidades e outros conhecimentos.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar, uma consciência sobre o

que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana.

Ao estudar uma língua estrangeira o aluno / sujeito aprende também como atribuir

significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto da cultura do outro,

torna- se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuar sobre os

sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.

1.1 - Objetivos Gerais da Disciplina

O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve oportunizar o desenvolvimento da

consciência crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e

no cenário internacional, para que os alunos possam analisar as questões da nova ordem

global e suas implicações, bem como, construir identidades, aprender percepções de mundo e

maneiras de atribuir sentidos e formar subjetividades.

A Língua Estrangeira Moderna deve também, contribuir para formar alunos

críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera- se

que o aluno:

Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita:

Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas;

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social;

Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

160

Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para

o desenvolvimento do país.

Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais devam ser

contempladas.

A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais ampla, para

que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas maneiras de construir

sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a Língua

Estrangeira e a inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na

sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das

identidades transformadoras.

Um outro objetivo da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no

processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em situações significativas e

relevantes. Além disso, o ensino de Língua Estrangeira Moderna deve contemplar os

discursos sociais que a compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente maneiras de

construção de sentidos, de relação com os textos, comunicar- se com eles, interagindo

ativamente, sendo capaz de comunicar- se de diferentes formas, com os diferentes tipos de

texto, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.

O Ensino de Língua Estrangeira Moderna favorecerá o contato com os discursos

diversos da língua manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando alargar a

compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos interpretativos, tornando

possível a construção de significados, ampliando suas possibilidades de entendimento de

mundo para contribuir na sua transformação.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDO BÁSICOS

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico - social. Ao

tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou- se um

conteúdo que atendesse a essa perspectiva, contemplando assim o Discurso como prática

social.

A Língua será tratada de forma dinâmica por meio de leitura, oralidade e escrita.

Tendo o professor como mediador o aluno poderá perceber a interdiscursividade, as

condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e

de poder, utilizando a organização lingüística – fonética – fonológico, léxico – semântico e

161

de síntese chegando ao uso da linguagem para a compreensão e para a produção verbal e não

– verbal.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos além de elementos

linguísticos – discursivos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais:

Ensino Fundamental

6º Ano:

- Adivinhas

- Álbum de família

- Bilhetes

- Cantigas de roda

- Cartão

- Comunicado

- Músicas

- Quadrinhos

- Fábulas

7ºAno:

- Mapa

- Anúncio

- Diálogo

- Entrevista

- Poemas

- Folder

- webpage

- Cartazes

- Música

162

- Pôster

- Carta

- Diário

_ Blog

8º Ano:

- Biografia

- Artigo

- Músicas

- Diálogo

- Cartazes

- Charge

- Diário

- Chat

- Resenha

- Blog

- Sinopse

- Resumo

- Mapa

9º ano :

- Anúncio

- Webpage

- Diálogo

- Cartazes

- E-mail

- Blog

- Poema

- Chat

- Resenha

163

- Biografia

- Entrevista

- Histórias em quadrinhos

- Verbete

- Relatório histórico

- Haicai

Ensino Médio

- Bilhetes

- Carta Pessoal

- Cartão postal

- Biografia

- Fábulas

- Cartazes

- Texto informativo

- Poemas

- Receitas

- Letras de música

- Provérbios

- Diário

- Curriculum vitae

- Crônicas

- Histórias em quadrinho

- Anúncio de emprego

- Cartum, charge

- Tiras

- E-mail

- Chat

- Blog

- Texto de opinião

164

- Regulamentos

- Anúncio publicitário

- Slogan

- Gráficos

Leitura:

. Identificação do tema;

. Intertextualidade;

. Vozes sociais presentes no texto;

. Léxico;

. Coesão e coerência;

. Marcadores do discurso;

. Funções das classes gramaticais do texto;

. Elementos semânticos;

. Discurso direto e indireto;

. Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

. Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

. Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito);

. Variedade linguística;

. Ortografia.

Escrita:

. Tema do texto;

. Interlocutor;

. Finalidade do texto;

. Intencionalidade do texto;

. Intertextualidade;

. Condições de produção;

. Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

. Vozes sociais presentes no texto;

. Vozes verbais;

165

. Discurso direto e indireto;

. Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

. Léxico;

. Coesão e coerência;

. Funções das classes gramaticais no texto;

. Elementos semânticos;

. Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

. Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos ( como aspas,

travessão, negrito);

. Variedade linguística;

. Ortografia.

Oralidade:

. Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

. Adequação do discurso ao gênero;

. Turnos de fala;

. Vozes sociais presentes no texto;

. Variações linguísticas;

. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

. Adequação da fala ao contexto;

. Pronúncia.

3– METOLOGIA DA DISCIPLINA

A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas

questões linguísticas, sócio- pragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso

da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula será o texto, verbal e não-

verbal como unidade de linguagem em uso.

Serão abordados vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, usa composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos e a coerência.

166

A análise linguística estará subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as

reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de

que se expressem ou construam sentidos aos textos.

A prática pedagógica partirá de alguns procedimentos como textos diversos, recortes

de jornais, revistas, embalagens de produtos, músicas, trabalhos individuais e em grupo,

anedotas, vídeos, entrevistas. O livro didático público da Língua Estrangeira será um suporte

valoroso para o trabalho em sala de aula.

A abordagem teórico – Metodológica contemplará as três práticas discursivas da

Língua Estrangeira Moderna:

Leitura:

É importante que o professor:

. Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

. Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

. Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

. Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

. Proporcione análises para estabelecer a referência textual;

. Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;

. Contextualize a produção: suporte / fonte, interlocutores, finalidade, época;

. Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

. Relacione o tema com o contexto atual;

. Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

. Instigue o entendimento / reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e

humor;

. Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes

gêneros.

Escrita:

É importante que o professor:

167

. Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia;

. Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

. Conduza à utilização adequada das partículas conectivas;

. Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

. Acompanhe a produção do texto;

. Acompanhe e encaminhe e re-escrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõem o gênero.

. Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotem ironia e humor;

. Estimule produções em diferentes gêneros;

. Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

Oralidade:

É importante que o professor:

. Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração

a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

. Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

. Estimule a contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando- se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação , expressões- facial, corporal e gestual, pausas e outros;

. Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

4 – AVALIAÇÃO A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a

construção de saberes.

168

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996, determina que a

avaliação seja continua e cumulativa, e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os

quantitativos.

Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,

principalmente, para que o professor repense sua metodologia e planeje as suas aulas de

acordo com às necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são

os conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio- pragmáticos ou culturais; e as práticas –

leitura, escrita ou oralidade, que ainda não foram suficientemente trabalhados, e que, precisam

ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os

discursos em língua estrangeira.

5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se

realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para educandos quanto para educadores e

deve ser estendida pelo professor como processo de acompanhamento e compreensão dos

avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os objetivos dos conteúdos,

quando forem trabalhados.

A avaliação tem que ser contínua, processual, diagnóstica e formativa, priorizando os

aspectos qualitativos sobre os quantitativos .

A recuperação paralela será quando se fizer necessária, baseada na revisão dos

conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito/ oral, trabalhos. Cabe ao

professor o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos

metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Logo a recuperação da nota

é simples recuperação de conteúdos.

6- OBSERVAÇÃO

Tendo em vista a formação de alunos capacitados através do conhecimento adquirido,

passar do entendimento e da conscientização para a ação na sociedade onde está inserido,

atuando como agente transformador, oportunamente serão inseridos os desafios educacionais

Contemporâneos:

Educação Ambiental- LEI 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental

169

Cidadania e Educação Fiscal-

Enfrentamento à violência na Escola

História e Cultura Afro-brasileira africana e indígena- LEI 10.639/03 e LEI 11.645/08

Prevenção ao uso indevido de drogas

Sexualidade

Educação em/para os direitos humanos.

Para desenvolver as atividades sobre cultura afro-brasileira serão desenvolvidas

atividades como:

- estudo sobre as teorias antropológicas

- desmitificação das teorias racistas

- contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da ciência e

tecnologia.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica- Língua Estrangeira Moderna. Curitiba,2008. COLÉGIO ALBERTO SANTOS DUMONT. Projeto Político Pedagógico. ???

COLÉGIO ALBERTO SANTOS DUMONT. Regimento Escolar.???? MARQUES,Amadeu ,SANTOS, Denise. English for Teens -Links(para o ensino Fundamental).1ª Edição. São Paulo: Editora Ática, 2011. FARIA,Raquel, DIAS, Reinildes, JUCÁ,Leina. Prime: inglês para o ensino médio. 2ª Edição. São Paulo: Editora Macmillan, 2010

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR (PPC) LÍNGUA PORTUGUESA 1-Apresentação da disciplina

Historicamente,o processo de ensino de Língua português no Brasil iniciou-se com a educação dos Jesuítas.Essa educação era instrumento fundamental para a formação da burguesia colonial,mas também se propunha em “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas.

170

A concepção de educação e o trabalho de escolarização doa índios estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar.

Pensava-se numa concepção filosófica intelectualista,que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.

Nesse período,partia-se de práticas restritas a alfabetização,mantendo discursos hegemônicos da metrópole e da igreja.Os Jesuítas usavam uma pedagogia baseada na catequese indígena visando a expansão católica com um modelo econômico de subsistência da comunidade.

Já na constituição da escola e do ensino no Brasil,o acesso à educação letrada era determinante na estrutura social,portanto a educação era destinada a elite colonial.

As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao latim,essas práticas visavam a construção de uma civilização com base numa educação “reprodutivista”,voltada para a perpetuação de ordem matriarcal,estamental e colonial.Priorizavam uma não- pedagogia,aplicando no cotidiano o aparato repressivo com obediência à fé,ao rei e à lei.

No período colonial, a linguagem mais usada era o tupi.A interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua Geral(Tupi –Guarani),utilizada pelos portugueses com vistas na dominação da nova terra.

Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por grande parte da populção não escolarizada.

A partir do séc.XVIII a unificação e padronização linguística tornaram-se fatores de relevância.

Em 1758,um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua portuguesa idioma oficial do Brasil,proibindo o uso da Língua Geral.No ano seguinrte, os Jesuítas que haviam catequizado índios e produzido literatura em língua indígena foram expulsos do Brasil.Assim,a Língua portuguesa em todo Território Nacional tornou-se hegemônica e com decretos, proibições,expulsões,prisões,perseguições e massacres.

A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais.

O ensino, até dominado pelos Jesuítas, não se limitava mais às escolas de ler e contar,dirigidas aos indígenas.

Na época da expulsão os Jesuítas contavam com 25 residências,36 missões e 17 colégios e seminários.Toda essa organização foi substituída por aulas régias,ministradas por profissionais de várias áreas,com indicação política ou religiosa.

Dentro dessas medidas,em 1772,foi criado o subsídio literário,imposto sobre a carne,o vinho e a cachaça,direcionado a manutenção do ensino primário e secundário.Dessa maneira,o ensino público passou a ser financiado pela Metrópole.

Tal situação permaneceu até 1808 com a vinda da família real,sendo instaladas as primeiras instituições de ensino superior no Brasil,mas as classes populares que precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever, continuaram nigligenciadas.

Somente nas últimas décadas do séc.XIX,a disciplina da Língua português passou a integrar os currículos escolares brasileiros.

Ainda no final do séc.XIX, com o advento da República,com a nascente da industrialização ,influencionou a estrutura curricular,tendo em vista a formação profissional.

Nesse momento, a escola se abria a camadas maiores da população. Houve a tentativa de uma aprendizagem hierarquizada e seletiva.No entanto,a

multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos a disciplina que fornecia AA classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhes permitia assegurar-se da propriedade da linguagem.

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871.Nesse período o latim passou a perder o prestígio.O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica

171

elitista até meados do séc.XX,quando se inciou, no Brasil a partir da década de 1960 um processo de expansão do qual incluiu,entre outras ações,a ampliação de vagas e em 1971 a eliminação dos chamados exames de admissão.

Com a expansão da escolarização, o ensino da Língua Portuguesa não poderia dispensar prpostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos,dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola.

A partir da LEI 5692/71 no primeiro grau,Comunicação e Expressão(nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa(nas quatro útimas séries)com base em estudos posteriores a SAUSSURE em especial nos estudos de JAKOBSON referentes a comunicação.

Na década de 70 outras teorias a respeito da lin guagem passaram a ser debatidas: A sociolinguística;

A análise do discurso;

A semântica;

A linguística textual.

Ainda na década de 70,houve uma tentativa de rompimento com essas práticas.Entretanto,a abordagem do texto literário mudou apenas para uma metodologia que se centrava numa análise literária simplificada,com ênfase em questionários sobre personagens principais e secundários,tempo e espaço da narrtiva.

Na disciplina da Língua Portugues essa pedagogia se revelou nos estudos liguísticos centrados no texto / contexto e na interação social das práticas discursivas.

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação Básica Brasileira e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional de dificuldade de leitura compreensiva pelos alunos.

Segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo,de pesquisas acadêmicas as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem nesse momento histórico novos posicionamentos em relação as práticas de ensino.Essas considerações resultaram nas DCE,numa proposta que dá ênfase a linguagem dialçógica,em constante movimentação permanentemente reflexiva e produtiva.

Para alcaçar tal objetivo é importante pensar sobre a metodologia.se o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,a partir disso,seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso ao conhecimento para os multiletramentos.

È tarefa da escola possibilitar aos alunos diferentes práticas sociais que utilizem a leitura a escrita e a oralidade,com finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação.

Portanto,dessa maneira,será posível o contato de todos que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa,assim,marcando suas vozes no contexto que estão inseridos na língua.

LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

172

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

173

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal. ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

ENSINO FUNDAMENTAL 7º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o

Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

*Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

174

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica.

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNEROS DISCURSIVOS Autobiografia Letras de Músicas

175

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos

176

• Partículas conectivas do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

• Progressão referencial no texto;

LITERÁRIA / ARTÍSTICA ESCOLAR Ata

Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas

Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo

177

Palestra Pesquisas

Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras

PUBLICITÁRIA Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan

Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

178

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto;; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e

Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos

179

humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre

180

o discurso oral e o escrito.

• Progressão referencial no texto;

LITERÁRIA / ARTÍSTICA

ESCOLAR Ata Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas Palestra Pesquisas

Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras

PUBLICITÁRIA Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail

Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional

181

Folder Fotos Slogan

Publicidade Oficial Texto Político

182

Metodologia da disciplina de língua Portuguesa – Ensino Fundamental

Encaminhamento Metodológico

Em todo os ambientes e espaços, inclusive na sala de aula os alunos e professores

de língua Portuguesa e Literatura tem o compromisso de promover e amadurecer o

domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita para que os educandos

compreendam e apliquem em seu cotidiano, interferindo em suas relações com seu próprio

ponto de vista e assim conquistem sua emancipação e autonomia em relação ao

pensamento e às práticas da linguagem ao convívio social.

O mesmo deve apresentar a compreensão da língua como “um conjunto aberto e

múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas”, segundo Bakltin. “Pensar a

linguagem desse modo é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no

contexto das relações sociais e o elemento dessas múltiplas relações”. (Faraco,2003)

Além disso, o aprimoramento linguistico possibilitará ao educando a leitura dos textos que

circulam socialmente, identificando neles a intenção do autor e assim instrumentalizando-o

em sua vida.

ORALIDADE

Compreendendo que, a fala é a prática discursiva mais utilizada o que no entanto,

as atividades orais precisam ser praticadas e estimuladas em sala de aula e demais espaços.

Portanto, adequar a línguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto e

intenções), aproveitar ao máximo os recursos expressivos da língua , praticar e aprender a

convivência democrática do falar e de ouvir.

Na prática da oralidade, estas Diretrizes reconhecem tais linguísticas como

legítimas em relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.

Isso contraria o mito de que a língua é uniforme e não deve variar, conforme o contexto de

interação (Bagno 2003, pg 17).

Cabe, reconhecer que a norma padrão, além de variante social e uso das classes

dominantes, é fator de agregação social e cultural, portanto é direito de todo cidadão. É por

meio do aprimoramento linguistico e das atividades escolares que o aluno será capaz de

dominar e transitar pelas mais diferentes esferas sociais (Bakltin, 1992).

183

As possibilidades de trabalhos com gêneros orais estão presentes, tanto no ensino

fundamental, quanto no ensino médio. Quanto as formas e os meios de apresentar são

diversificados e variados, podendo ser utilizados: histórias pessoais, familiar, comunitário,

filmes, livros, jornais... através de: explicações, leituras, dramatização, teatro,

declamações, debates, seminários, juris simulados, entre outros tantos.

A literatura oral, valoriza a potência dos textos literários como arte, e isto prioriza a

oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e sua força política.

É preciso esclarecer os objetivos, a finalidade dessa aprensentação é explicar “ que

apresentar um seminário não é meramente ler em voz alta um texto previamento escrito.

Também não é só colocar à frente da turma e “bater um papo” (CAVALCANTE, &

MELLO, 2006, p.184).

O professor deve peviamente selecionar seus objetivos de gêneros escritos e orais,e

a partir de então propor um seminário, um debate , narração de um fato, entrevista, mesa

redonda, porém sempre abordando a estrutura formal, a argumentação que deve ser

empregada no contexto, e reflexão que deve ser feito através dos gêneros empregados,

preocupar-se com o emprego de linguagens diversificadas, como a gíria, os tiques

linguísticos, os elementos conectivos e empregar corretamento ao grau de formalidade ou

informalidade, entre outros pontos. Além disso, pode também analisar a linguagem em

programas televisivos, como em jornais, novelas e propagandas. Em programas

radiofônicos e suas diferentes instâncias: público aberto ou privado, e ou nas mais

diversas realizações do discurso oral exigidos na norma padrão (CAVALCANTE &

MELLO, 2006).

Nessa variante diversidade de atividades pode explorar a sociolinguistica, as

expressões da fala, como os sotaques, característicos das regiões geográficas, pois um

professor de Lingua Portuguesa e Literatura educa e criatividade, para a liberdade.

PRÁTICA DA LEITURA

Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista como

um ato dialógico, interlocutivo, tem um papel ativo no processo de formar leitor, e para se

efetivar comol co-produtor, procura pistas e fórmula e reformula hipóteses, aceita ou

rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no conhecimento linguístico, nas experiências e

na vivência sócio-cultural.

184

Ler é familiarizar-se com diversidades de textos em diversas esferas sociais:

jornalísticas, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, literária, publicitária,

etc. Também é preciso considerar as linguagens não-verbais, a leitura de imagens, como:

fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com

intensidade crescente nosso universo. Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é

capaz de enxergar os implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada

texto traz. Sabe-se das reais pressões uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo

ou para não reflexão sobre problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias. Essa

pressão deve ser explicitasa a partir de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno

“percepção e reconhecimento, mesmo que inconscientemente, dos elementos de linguagem

que o texto manipula” (LAJOLO, 2001, p.45) .

Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de leitura são

mais restritas.

Desse modo, para a prática de leitura é preciso considerar o texto que se quer

trabalhar e, então planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem os

gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, histórias em quadrinhos, entrevistas,

etc), conforme variem a finalidade pretendida com a leitura, variam o suporte( jornal,

televisão, revista, livro, computador), variam também as estratégias.

É preciso ter em mente, ainda que o “grau de familiaridade do leitor com o

conteúdo veiculado pelo texto intrerfere, também, no modo de realizar a leitura”

(ANTUNES, 2003, p.77).

De acordo com o exposto, para o encaminhamento da prática de leitura é relevante

que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o

gênero a ser lido, do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis interlocutores, das

vozes presentes no discurso e o papel social que eles representam, das ideologias

apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade.

O ensino da prática de leitura requer um professor que “além de posicionar-se como

um leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler”

(SILVA, 2002, p.22).

Acredita-se que “A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das

séries escolares colocam-se como uma garantia de acesso ao saber sistematizado, aos

conteúdos do conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes”

(SILVA, 2002, p.07)

185

A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de ensinar, independente de

cor, raça ou credo, é que a partir de então é OBRIGATÓRIO incluir nos planejamentos de

aula e ou qualquer tipo de projeto as seguintes leis

. A Lei 10.639/03- História e Cultura Afro-Brasileira e Africana:

. A Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas: valorizando a história

e cultura de seus povos;

. A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;

. Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e

Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à

Violência; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Educação Ambiental; e a Diversidade:

Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; educação Escolar Indígena; Relações de

Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

AVALIAÇÃO

As atividades de avaliação nunca se esgotam e consiste em saber se houve

aprendizagem, se os objetivos foram alcançados ou não.É um processo contínuo onde há

uma cumplicidade entre professor e aluno e permite que o professor também faça parte

desse processo. As avaliações são oportunidades de reflexão do processo de ensino que

visa resultados positivos ou negativos.Quando os resutados são positivos é porque houve

desenvolvimento do aluno, mas quando os resultados são negativos faz-se necessário uma

readequação de conteúdos para que haja interação. Esse processo de avaliaçao deve ser

contínuo e nunca deve servir de exclusão, mas sim de promoção.As práticas pedagógicas

onde está inserida a avaliação, devem dar suporte ao professor para ajustes na programação

e na metodologia onde se permita que o educando:

_Compreenda,conheça,se posicione diante de textos;

_Elabore textos com coerência;

_Utilize,discuta,analise, organize e apresente ideias de forma clara

Instrumentos de Avaliação:

Provas objetivas e subjetivas

Pesquisa bibliográfica

186

Produção de textos

Análise de textos

Produção de narrativas

Apresentação de leituras

Dinâmicas de grupo

Debates

Seminários

Trabalho em grupo

Elaboração de murais

Reescrita de textos,

A recuperação paralela de estudos deverá ser tomada sempre que houver

necessidade com novos métodos que visam auxiliar para que haja uma assimilação que

propiciem o respeito aos conteúdos,cuidando para que esses sejam repassados aos

educandos como forma de reforço e motivação

De acordo com os artigos 58 e 59 da LDB 9394/96,os alunos com necessidades

educacionais especiais ou que apresentem um rendimento menor do que o esperado,serão

avaliados de acordo com suas especificidades.

Língua Portuguesa - Ensino Médio

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS DO 1° ANO

Textos diversos

. As sequências textuais

.Os gêneros textuais

.As variedades linguísticas e os níveis de linguagem

* Conteúdo temático

* Finalidade dos textos

* Papel do locutor e interlocutor]

187

* Variedades linguísticas( lexicais, semânticas e prosódicas)

*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições.

*Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos:gírias, repetições .

*Diferenças e semelhanças entre discurso orla e escrito.

. O conto : (texto narrativo)

*Conteúdo temático

*Interlocutor

*Finalidade do conto

*Elementos composicionais do gênero- conto

. A crônica:

*Esfera literária

*Conteúdo temático

*Elementos composicionais

* Intencionalidade

*Contexto de produção

*Discurso/narrador

*Temporalidade

*Vozes presentes no texto

. Os textos icônico-verbais:

*Conteúdo temático

*Intencionalidade

*Ideologia presente no texto icônico-verbal

*Elementos composicionais

*Marcas linguísticas: pontuação e recursos gráficos e seus efeitos de sentido.

. A ambiguidade:

*Sentido ambíguo das palavras e frases.

*Situcionalidade

*Finalidade

*Intencionalidade

. Entrevista:

*Conteúdo temático

188

*Finalidade do gênero

*Elementos composicionais da entrevista.

. Homonímia/ paronímia e ortografia

*Distinção entre os homônimos e os parônimos

*Relação ortográfica entre os termos

*Novo acordo ortográfico

. Crase

*Marca linguística:acento grave

*Uso da crase em modalizadores

. A Literatura ; os gêneros textuais

*Intencionalidade

*Finalidade do texto

*Vozes sociais presentes no texto

* Temporalidade

. Literatura: teoria e história;

. Imagens do Brasil na Literatura: do século XVI até o início do século XXI

*Vozes sociais presentes nos períodos literários

*Finalidade

*Intencionalidade

. Literatura: O Barroco

*Textos de Gregório de Matos

*O padre Antônio Vieira: Sermões

. Literatura: O Arcadismo

*Poemas de Tomás Antônio Gonzaga

*Poemas de Cláudio Manuel da Costa

CONTEÚDOS BÁSICOS DO 2º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

189

. Textos diversos:

.A coesão e a coerência presentes nos textos.

.O texto instrucional:

*Conteúdo temático

*Interlocutor

*Finalidade do texto

* Intencionalidade

*Informatividade.

.Ortografia; novo acordo ortográfico:

*Finalidade da nova ortografia

*Informatividade

.O artigo científico:

*Conteúdo temático

*Elementos composicionais deste texto

*Finalidade

*Intencionalidade

*Informatividade

*Interlocutor

.Autores da Literatura Portuguesa e Brasileira: biografias;obras;poemas:

*Finalidade

*Informatividade

*Intencionalidade

*Conteúdo temático das obras

Acentuação:

*Informatividade

*Finalidade: motivo das palavras receberem acentos gráficos

* Intencionalidade

.Entrevista:

*Conteúdo temático da entrevista

*Intencionalidade

190

*Finalidade do texto

*Elementos composicionais da entrevista

.Concordância verbal:

*Diferenças entre linguagem oral e escrita

*Debate sobre o uso da língua padrão.

*Importância da concordância verbal na produção textual.

.O anúncio publicitário:

*Adequação da linguagem ao interlocutor

*uso e sentido de efeito de verbos no modo imperativo.

.A reportagem:

*Conteúdo temático

*Elementos composicionais da reportagem ( esfera da imprensa)

*Legenda;título;lead;imagens;data;organização

*Marcas linguísticas: pontuação e recursos gráficos e seus efeitos de sentido

*O suporte e o contexto social de produção da notícia-reportagem

*Diferenças entre notícia e reportagem

.Literatura: teoria e história:

.O Romance

.Surgimento

.A literatura no romantismo brasileiro/prosa

.Características

*Argumentos do texto

*Contextos de produção das obras do movimento literário:Romantismo

*Finalidade

*Intencionalidade

*Vozes presentes no texto

.Literatura africana:

.Instrumentos musicais

.Culinária

191

.Palavras portuguesas com origem afro

.Musica;dança

.Contos (Mia Couto)

*Conteúdo temático

*Finalidade

*Intencionalidade

*Informatividade

*Interpretação dos contos

*Produção de texto

*Elementos composicionais do conto.

.Romance:

.Tipos de romance

.A poesia no Romantismo: memória e nacionalismo

*Elementos composicionais da poesia( romântica

*Contexto de produção dos poemas

*Intencionalidade

*Situcionalidade

*Temporalidade

.Realismo/Naturalismo no Brasil:

*Ideologia presente nos textos

*Intencionalidade

*Temporalidade

.Simbolismo no Brasil:

*Informatividade

*Situcionalidade

*Temporalidade

*Aceitabilidade

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

192

CONTEÚDOS BÁSICOS DO 3º ANO

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade serão adotados como conteúdos

básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros , nas diferentes esferas , de acordo com o

Projeto Político Pedagógico , com a Proposta Pedagógica Curricular , com o Plano de Trabalho

docente,ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada série.

Leitura

-figuras de linguagem

-operadores argumentativos

-Argumentos

-Coesão e coerência

-Contexto de produção

-Discurso ideológico presente no texto

-Elementos de composição do texto

-Finalidade do texto

-Intencionalidade

-Intertextualidade

-Relação causa e conseqüência

-Semântica

Escrita:

- Função das classes gramaticais

- Vícios de linguagem

- Marcas lingüística

- Progressão referencial

- Gramática no texto

- Sintaxe de concordância

193

- Pontuação

- Vozes sociais presentes no texto

- Finalidade do texto

- Interlocutor

- Relação de causa e conseqüência entre as parte e elementos do texto

- Contexto

- Semântica

- Operadores argumentativos

-Função das classes gramaticais no texto

- Síntese de concordância

-Vícios de linguagem

-Marcas lingüísticas

- Recursos gráficos

-Tipos de discursos

Oralidade

- Finalidade

- Conteúdo Temático

- Argumentos

- Papel do locutor e interlocutor

- Elementos extralingüísticos ( entonação,expressões facial , corporal e gestual)

- Adequação do discurso ao gênero

- Intencionalidade

- Turnos da fala

- Adequação ao gênero

- Variações lingüísticas ( lexicais,semânticas, prosódicas, outras

- Coesão e coerência

- Gírias

- Repetições

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUMONT, Colégio Estadual Alberto Santos. Regimento Escolar, 2008.

194

DUMONT, Colégio Estadual Alberto Santos. Projeto Político Pedagógico.

Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Lei Nº. 10639/03 – dispões sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira.

Lei Nº. 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.

PARANÁ, Governo do Estado. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua

Portuguesa, 2008.

MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O objetivo de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático e envolve o estudo de processos que investigam como o

estudante compreende e se apropria da própria matemática concebida como um conjunto

de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,

desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como

cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os

conceitos são apresentados, discutidos, construídos reconstruídos, influenciando na

formação do pensamento do aluno.

O conhecimento do indivíduo é constantemente transformado pelas novas

informações que ele recebe e, pelas experiências pelas quais ele passa. A escola é a

instituição que propicia ao indivíduo a formação integrada, transmitindo-lhe valores

práticos e morais, aliados ao conhecimento científico e cultural, tendo como agente

formador, o professor, elemento de ligação entre a realidade do educando e o nível de

evolução que se ambiciona.

O ensino fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante o

desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da

leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,

habilidades e a formação de atitudes e valores.

195

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir,

calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,

argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar

criticamente as informações, localizar, representar, etc.

Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso

que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a

distância entre a matemática da escola e a matemática da vida.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que

vieram compor a matemática conhecida hoje. Com os platôneos buscava-se, pela

matemática, um instrumento que, para eles instigaria o pensamento do homem. Pelo estudo

da matemática tentava-se justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto

na natureza como na sociedade. Aos sofistas devemos a popularização do ensino da

matemática, o seu valor formativo e sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos.

Atualmente acreditamos que a aprendizagem da matemática consiste e, cria estratégias que

possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas e o

papel do professor é de ser articulador do processo pedagógico, baseado numa

fundamentação teórica e metodológica.

A educação matemática é uma área que engloba diversos saberes, onde só o

conhecimento em matemática não é o suficiente para a atuação profissional, mas como o

aluno por intermédio do conhecimento matemático desenvolve valores e atitudes de

natureza diversa. Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência

de suas teorias, mas, para que, a partir dela o homem amplie seu conhecimento. Cabe ao

professor, fazer a ligação entre a matemática como campo de conhecimento r disciplina

escolar, superando uma perspectiva utilitarista sem perder o caráter científico da disciplina

e de seu conteúdo.

Pela educação matemática almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes

análises, discussões conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de idéias. É

necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para que o estudante tenha

condições para constatar regularidades, generalizações e apropriações da linguagem

adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do

conhecimento. Formando deste modo sujeitos que construam sentidos para o mundo, que,

compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo

acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na

sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

196

6ª ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

-Sistema de numeração;

-Números Naturais;

-Múltiplos e divisores;

-Potenciação e radiciação;

-Números fracionários;

-Números decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

-Medidas de comprimento;

-Medidas de Massa;

-Medidas de Área;

-Medidas de volume;

-Medidas de tempo;

-Medidas de ângulos;

-Sistema Monetário.

GEOMETRIAS

-Geometria Plana;

-Geometria espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

-Dados, tabelas e gráficos;

-Porcentagem.

7º ANO

NÚMEROS E ALGEBRA

- Números Inteiros;

-Números racionais;

-Equação e inequação do 1º Grau;

-Razão e proporção;

-Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS

-Medidas de temperatura;

197

-Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

-Geometria Plana;

-Geometria Espacial;

-Geometria não euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

-Pesquisa Estatística;

-Média Aritmética;

-Moda e Mediana;

-Juros simples.

8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Racionais e Irracionais;

- Sistemas de Equações do 1º Grau;

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis;

GRANDEZAS E MEDIADAS

- Medidas de comprimento;

-Medidas de área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de ângulos;

GEOMETRIA

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não-Euclidiana;

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Gráfico e informação;

- População e amostra;

198

9º ANO

NÚMERO E ALGEBRA

-Números reais;

-Propriedades dos radicais;

-Equação do 2º Grau;

-Teoria de Pitágoras;

-Equações irracionais;

-Equações Biquadradas;

-Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

-Relações Métricas no triângulo;

-Trigonometria no triângulo Retângulo.

FUNÇÕES

-Noção intuitiva de Função Afim;

-Noção intuitiva de Função Quadrática

GEOMETRIAS

-Geometria Plana;

-Geometria Espacial;

-Geometria Analítica;

-Geometria não euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

-Noções de Análise Combinatória;

-Noções de Probabilidade;

-Estatística;

-Juros Compostos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Escola não é a única instância de transmissão, do conhecimento científico, mas

por excelência é a instituição incumbida disso. A posse desses conhecimentos ,

199

historicamente acumulados, oportuniza pessoas. São as relações que estabelecem entre

professor-aluno, em seu contexto escolar.

A definição de conteúdos é considerada fator fundamental para o conhecimento

matemático, anteriormente fragmentado, seja agora visto na sua totalidade, em necessidade

de desenvolvimento conjunto.

O conhecimento não é construído de um dia para o outro, de uma situação para

outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo reelabora as informações recebidas, daí a

necessidade de se considerar, no processo, não somente o produto, mas sim o próprio.

Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer

interpretações significativas, para isso podemos articular os conteúdos utilizando a

modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso de tecnologias e história da

matemática e a investigação matemática.

A teoria deve ser distribuída em seções, de modo equilibrado; e os temas devem ser

abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecer um diálogo com o

aluno, permitindo que se progrida sem dificuldades e sempre que necessário retomar

assuntos que fazem parte do conhecimento do aluno, isto é, assuntos que são relacionados

a prática cotidiana do aluno com o intuíto de atrai-lhes a atenção e o consequente interesse.

Os textos complementares devem enriquecer os temas, para que a leitura fique prazerosa.

Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as estratégias de

ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o conhecimento

matemático e reflitam sobre o conhecimento adquirido. Os principais recursos que poderão

ser utilizados para isso são:

- Diálogo e troca de idéias entre aluno e professor; - Vídeos, jornais e

revistas;

- Livro didático e paradidáticos; - Quadro e giz;

- Atividades de pesquisa; - Trabalhos em grupo;

- Jogos em sala de aula; - Computador e calculadora;

- TV multimídia

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para

que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e

inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.

A Educação matemática propõe um ensino voltado ao estudo de como o estudante

compreende e se apropria da própria matemática. A disciplina deverá ser abordada sob

uma visão histórica.

200

Nas diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos que

possibilita ao professor avaliar a sua ação docente fundamentando numa ação crítica que

conceba a matemática como atividade humana em construção.

A metodologia procura dar condições aos nossos alunos para que esses saibam

exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos o que se refere a proteção

individual, educação, saúde e bem estar. Sendo assim, serão debatidos assuntos ligados ao

Desenvolvimento Socioeducacional da comunidade escolar, oferecendo subsídios

teórico-metodológicos e propondo ações interdisciplinares para conscientizar e garantir o

direito de nossos alunos.

A nossa proposta, na disciplina de Matemática, a Educação Ambiental, Lei

Federal nº. 979/99 – Dec.nº.4201/02, procura estimular a reflexão de consciência aos

aspectos que envolvem as questões ambientais emergentes, locais e mundiais, para que

sejam desenvolvidos uma compreensão crítica por parte dos educandos, numa perspectiva

social, cultural e econômica.

Atendendo à Lei nº.10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, serão desenvolvidas atividades

diversificadas que propiciem o contato com a cultura Africana dentro da Matemática: o

resgate da contribuição do negro e índio ( Lei 11645/08 ) nas áreas econômicas e políticas.

No que se refere à Sexualidade, Enfrentamento à Violência e Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas serão trabalhados de acordo com as ações contempladas no PPP, um

trabalho interdisciplinar com o objetivo de prevenir e promover a autoestima dos alunos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como

está se realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para educandos quando para

educadores e deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e

compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os

objetivos dos conteúdos, quando forem trabalhados.

No entanto, a avaliação tem que ser contínua, processual, diagnóstica e formativa,

diversificada, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A concepção de

avaliação tem que estar coerente com o artigo 24 da LDB nº9394/96, com as DCEs, com o

Regimento Escolar e com o PPP.

201

Segundo as DCEs a avaliação deve ser diagnóstica no processo de ensino

aprendizagem, no qual deve ser entendida como um instrumento da prática pedagógica do

educador.

Em decorrência da necessidade de alterações no ensino da matemática, na forma

de avaliar o aluno devemos dar ênfase:

- ao que os alunos sabem e pensam matematicamente;

-na compreensão dos conceitos e se desenvolveu atitudes positivas em relação a

matemática;

-no processo e grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno;

-nas situações-problema que envolvem aplicações de conjunto de idéias matemáticas;

-nas várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos, auto-

avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais);

-num processo avaliativo contínuo olhando o educando como todo deste o início da sua

aprendizagem até a formação de conceitos apropriados à disciplina.

Quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como um

meio para analisar se juntamente com os alunos está conseguindo alcançar os objetivos

propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os

sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.

A recuperação paralela será quando se fizer necessária, baseada na revisão dos

conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito/oral, trabalhos ou

pesquisas.

A recuperação tem que estar de acordo com o Regimento Escolar, lembrando que é

direito dos alunos, independente de seu nível de apropriação de conhecimentos básicos, de

forma permanente.

Sendo assim, a avaliação é compreendida como uma questão metodológica, na

intenção de investigar, para intervir a meio de verificar o nível de assimilação de

conhecimentos adquiridos naquele período.

E por fim, a avaliação concentra-se o currículo que não pode ser somente por um

único professor, ela deve ter o envolvimento de toda a equipe pedagógica, pais e alunos,

para que todos possam assumir seu papel, para que assim seja realizado um trabalho

pedagógico satisfatório.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

202

ANDRINI, Álvaro Novo Praticando Matemática/Ávaro Andrini , Maria José C.de V.

Zampirolo, São Paulo: Editora Brasil 2002.

COLEGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Projeto Político Pedagógico.

Apucarana,????? _____

COLEGIO ESTADUAL ALBERTOSANTOS DUMONT. Regimento Escolar.

Apucarana.2011 _?????__

DANTE, Luis Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo: Ed. Ática, 2004.

IMENDES, Luis Márcio Pereira. Matemática/Imenes & Lellis. São Paulo: Scipione, 2002.

- Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. - Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação superintendência da Educação.

Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a

Educação básica, Curitiba, 2008.

ENSINO MÉDIO

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Através da história da Matemática podemos observar que ela surgiu por

necessidade da vida cotidiana por volta de 2.000 a.C, porém como ciência iniciou-se de

forma organizada através dos gregos nos séculos VI e V a.C, através dos pitagóricos, mas

somente por volta do século I a.C, a Matemática configurou-se como disciplina básica na

formação das pessoas.

Já no século XV o desenvolvimento da Matemática se deu através das escolas

voltadas para atividades práticas que eram exigidas pela navegação, comércio e indústria,

possibilitando novas descobertas, contribuindo para uma fase de grande progresso

científico e econômico.

203

Os Jesuítas, na metade do século XVI, instalaram uma educação clássico-

humanística, mas os conteúdos matemáticos como disciplina escolar não alcançaram

destaque nas práticas pedagógicas.

No Brasil, por volta do século XVIII, o ensino da Matemática tinha caráter técnico

objetivando preparar os estudantes para as academias militares.

O seu ensino passou por muitos períodos sempre acompanhando as mudanças que

ocorriam em outros países consequentemente passou por várias transformações que até

hoje influenciam na educação Matemática, tais como a Formalista Clássica, Formalista

Moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica.

Com este breve histórico percebemos que a Matemática está presente no nosso

cotidiano com maior ou menor complexidade propiciando ao homem, compreender o

mundo a sua volta poder assim atuar nele. E a todos deve ser dada essa oportunidade de

compreensão e atuação como cidadão, pois ela está presente em inúmeras situações num

saber informal e cultural.

A Educação Matemática na prática pedagógica, utiliza diferentes métodos de

ensino e aprendizagem, que investigam como o estudante se apropria do conhecimento

matemático. E por intermédio deste conhecimento desenvolve valores e atitudes de

natureza diversa, que visam a sua formação como cidadão pleno.

Neste contexto, o processo de avaliação revela-se por diversos instrumentos como

um importante marco preferencial para uma reflexão sobre o que se ensina e o que se

aprende na Matemática.

Conceber a Matemática no campo do conhecimento, que proporciona elaborar por

diversos caminhos ações que busquem descobrir soluções de problemas que apontem

novos desafios é pensar a Matemática como disciplina, cuja importância está nos aspectos

cognitivos e sociais.

Em um mundo globalizado onde a comunicação está em evidência, se faz

necessário que os educandos saibam comunicar idéias, desenvolvendo atitudes

matemáticas preparando-se para o terceiro milênio.

Os conteúdos devem ser trabalhados com relevância social envolvendo

conhecimentos básicos para qualquer cidadão que possam ser articulados entre si e

conectados com outras áreas do conhecimento e através deste possibilitar a criação de

relações sociais.

A apropriação do conhecimento de um determinado conteúdo matemático não pode

se estabelecer de forma isolada, fragmentada e dissociada de qualquer significado para o

aluno. Toda e qualquer apropriação precisa visar a sua formação de cidadão pleno, que

204

busca compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos. E é neste

sentido que se pretende que o aluno ao aprender a matemática amplie o seu conhecimento,

para que seja um agente ativo na contribuição para o desenvolvimento da sociedade.

Com isso cabe ao professor refletir sua prática pedagógica trabalhando de maneira

diferenciada, tomando assim um educador matemático num contexto amplo, onde o ensino

da Matemática possa levar a busca de transformações que possibilitem minimizar

problemas de ordem social.

É necessário que nossos alunos percebam que são pessoas mergulhadas no seu

tempo histórico, em sua sociedade, pesquisando e criando o conhecimento matemático que

conhecemos.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO

NÚMEROS E ÁGEBRRA

- Números Reais;

- Números Complexos;

- Sistemas Lineares;

- Matrizes e Determinantes;

- Polinômios;

- Equações e inequações exponenciais, Logarítmicas e Modulares;

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Grandezas Vetoriais;

- Medidas de Informática;

-Medidas de Energia;

- Trigonometria;

FUNÇÕES

- Função Afim;

- Função Quadrática;

- Função Polinomial;

- Função Exponencial;

205

- Função Logarítmica;

- Função Trigonométrica;

- Função Modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica;

GEOMETRIAS

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não-eucledianas;

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Análise Combinatória;

- Binômio de Newton;

-Estudo das Probabilidades;

- Estatística;

- Matemática Financeira;

3 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Com metodologias alternativas e estratégias adequadas para não fragmentar os

conteúdos ensinados, possibilita uma relação de interdependência no processo de ensino e

aprendizagem.

O uso dos recursos pedagógicos, associados as novas tecnologias da informação na

educação, aproxima a relação entre o saber e o aprender. Neste campo de atuação docente

é essencial a formação do professor para um domínio das novas técnicas em sua prática.

Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer

interpretações significativas, para isso podemos articular os conteúdos utilizando a

modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso de tecnologias, história da

matemática e a investigação matemática.

A teoria deve ser distribuída em seções de modo equilibrado; e os temas devem ser

abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecendo um diálogo

com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades e sempre que necessário

206

retomar assuntos que fazem parte do conhecimento do aluno, isto é, assuntos que são

relacionados a prática cotidiana do aluno com o intuito de atrair-lhe a atenção e o

conseqüente interesse. Os textos complementares devem enriquecer os temas, para que a

leitora fique prazerosa.

Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as estratégias de

ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o conhecimento

matemático e reflitam sobre o conhecimento adquirido. Os principais recursos que podem

ser utilizados para isso são:

# Livro didático e paradidáticos; # Diálogo e troca de idéias

aluno/professor;

# Atividades de pesquisa; # Jogos em sala de aula;

# TV multimídia; # Quadro e giz;

# Trabalhos em grupo; # Computador e calculadora

# Sólidos Geométricos; # Geoplano;

A metodologia empregada procura dar condições para que nossos alunos saibam

exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos no que se refere à proteção

individual, educação saúde e bem estar. Assim, em todas as oportunidades serão debatidos

assuntos ligados as Desenvolvimento Socioeducacional da comunidade escolar,

oferecendo subsídios teóricos metodológicos e propondo ações interdisciplinares para

conscientizar e garantir o direito de nossos alunos.

A nossa proposta, na disciplina de matemática, a Educação Ambiental, Lei

Federal nº.979/99 – Dec.nº.4201/02, procura estimular a reflexão e tomada de consciência

quanto aos aspectos que envolvem as questões ambientais emergentes, locais e mundiais,

para que sejam desenvolvidos uma compreensão crítica por parte dos educandos, numa

perspectiva social, histórica, cultural e econômica.

Atendendo à Lei nº.10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e

Cultura Afro-Brasileira e Afriacana na escola, serão desenvolvidas atividades que

propiciem o contato com a cultura africana dentro da matemática: o resgate da

contribuição do negro e do índio (Lei 11645/08) nas áreas econômica e econômica,

pertinentes a História do Brasil.

No que se refere a Sexualidade, Enfrentamento a Violência e Prevenção ao Uso

Indevido de drogas serão trabalhados de acordo com as ações contempladas no PPP, um

trabalho interdisciplinar, com o objetivo de prevenir e promover a autoestima dos alunos.

207

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para

que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e

inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.

4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo que se utiliza de instrumentos para fornecer

informações sobre como está se realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para

educandos quanto para educadores e deve ser entendida pelo professor como processo de

acompanhamento e compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos

para atingirem os objetivos dos conteúdos e quando se ver necessário estabelecer

retomadas de ações.

Visto a necessidade de mudança no ensino da Matemática na forma de avaliar o

aluno, devemos dar ênfase:

- ao que os alunos sabem e pensam matematicamente;

- na compreensão dos conceitos e se desenvolveu atitudes positivas em relação a

matemática;

- no processo e grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno;

- nas situações - problema que envolvam aplicações de conjunto de idéias matemáticas;

- nos instrumentos de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos, auto-

avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais);

- num processo avaliativo contínuo olhando o educando como todo desde o início da sua

aprendizagem até a formação de conceitos apropriados a disciplina.

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE 2008, p 69) alguns critério

devem orientar as atividades avaliativas propostos pelo professor. Essas práticas devem

possibilitar ao professor verificar se o aluno:

- comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

- compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

- elabora um plano que possibilite a solução do problema;

- encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

- realiza o retrospecto da solução de um problema.

Conforme o artigo 24 da LDB nº 9394/96, letra a. “a avaliação deve ser

contínua e cumulativa, em relação a aprendizagem do estudante, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os

de eventuais provas finais.” Assim, quanto mais o professor diversificar a avaliação e

208

conseguir interpretá-la como um meio para analisar se juntamente com o aluno se ele está

conseguindo alcançar os objetivos propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de

avaliação que leva em conta os sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.

A recuperação paralela acontece de forma processual e contínua, ocorrendo

durante todo o processo de ensino e aprendizagem, com procedimentos metodológicos

diferenciados, preferencialmente dos que foram utilizados anteriormente no processo da

avaliação.

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- COLEGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMONT. Regimento Escolar - COLEGIO ESTADUAL ALBERTO SANTOS DUMENTO. Projeto Político Pedagógico.

- Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. - Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. - LONGEN, Adilson. Matemática Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004. - PAIVA.Manoel. Matemática. 2ª edição. São Paulo: Moderna - PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação – Departamento da Educação Básica - Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. - SMOLE, Kátia STOCCO, DINIZ, Maria Ignez. Matemática – Ensino Médio - 5ª Ed.- São Paulo: Saraiva, 2005. - YOUSSEF, Antonio Nicolau; SOARES, Elisabeth; FERNANDES, Vicente Paz. Matemática: volume único para o Ensino Médio – São Paulo: Scipione, 2004.

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

209

A química é fundamental para preparar o educando para a democracia e elevar sua

capacidade de compreensão em relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais

que regem a sociedade em determinado período histórico, para atuar no mundo, com

consciência de seu papel de cidadão participativo. Possibilitando novos direcionamentos e

abordagens da prática docente no processo ensino-aprendizagem, para formar um aluno

que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o

meio em que está inserido.

Ao desenvolver o conteúdo, cabe ao educador dar-lhe os fundamentos teóricos

para que se aproprie dos conceitos da química e do conhecimento científico e que

desenvolva atitudes de comprometimento com a vida no planeta.

Nessas diretrizes propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento

químico aconteçam por meio do contato do educando com o objeto de estudo da Química

que são as substâncias e os materiais, que será contemplado através dos conteúdos

estruturantes, e desdobrado em conteúdos básicos, os quais serão abordados durante a

prática pedagógica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A partir das discussões realizadas no Encontro do Ensino Médio, os conteúdos

estruturantes para o estudo da Química foram colocados de forma que fossem

representativos do campo de conhecimento da disciplina, constituído historicamente.

Selecionaram-se, então, os seguintes conteúdos estruturantes:

Matéria e sua natureza: É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho

pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de

estudos: a matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento

dos demais conteúdos estruturantes.

Biogeoquímica: Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a

influência dos seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas

interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a

partir dos ciclos biogeoquímicos.

Química Sintética: Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de

novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da

indústria alimentícia, fertilizantes e dos agrotóxicos .

CONTEÚDOS BÁSICOS:

210

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação

conceitual dos estudantes nas diversas disciplina da Educação Básica.

MATÉRIA

SOLUÇÃO

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

EQUILÍBRIO QUÍMICO

LIGAÇÃO QUIMICA

REAÇÕES QUÍMICAS

RADIOATIVIDADE

GASES

FUNÇÕES QUÍMICAS

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A proposta pedagógica curricular é inovadora. Ela contribui para o

desenvolvimento, promovendo um ensino voltado a uma formação sólida e ampla.

As aulas de química serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o

interesse dos educandos pelos assuntos abordados, pois uma sala de aula reúne pessoas

com diferentes costumes, tradições e idéias. Desta forma considerando os conhecimentos

que o educando traz, é necessário proporcionar condições para a construção de

conhecimentos científicos, através de uma linguagem clara, o educador deve abordar

assuntos referentes à cultura e história, sempre respeitando e valorizando a diversidade.

Os conhecimentos difundidos no ensino de química permitem a construção de

uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada, contribuindo para que o

educando se veja como participante de um mundo em constante transformação.

211

É importante salientar que a química possui um caráter experimental e

interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e

compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e prática. Muitas vezes,

para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com outras

ciências.

Pode-se apontar que as melhores estratégias de ensino-aprendizagem são aquelas

que desenvolvam a participação do educando. Para isso, são citadas atividades, como:

discussão e debates, estudo de caso, análise de dados, leitura de textos, experimentações,

pesquisas de campo e ações comunitárias. Estas atividades propiciam ao educando

compreender problemas locais, levando em conta vários fatores envolvidos, para se tornar

uma decisão. Desse modo, solicita-se aos educandos, cálculos que estejam relacionados

com problemas sociais, os quais, poderão auxiliar na compreensão da natureza daqueles

problemas. É fundamental, também que a discussão dos temas sociais envolva diversos

aspectos para a resolução da problemática em questão, incluindo valores entre alunos de

diferentes pertencimentos étnico-raciais, no sentido do respeito e da correção de posturas,

atitudes e palavras preconceituosas.

Para isso, são citadas atividades como: exibição de vídeos, leitura de textos

informativos, matéria de reportagens sobre o racismo e discriminação, pesquisa, entrevista

e debate sobre o assunto, proporcionando ao educando atos de valorização e

conscientização sobre atitudes de respeito e solidariedade com o outro. Não se pode negar

que a Química tem um papel fundamental na vida das pessoas, na verdade esta só pode

evoluir apoiando-se as outras ciências. Estas ciências fazem parte do dia-a-dia das pessoas

e é importante para o equilíbrio da vida no planeta. Portanto, ao observar o mundo à sua

volta os participantes do processo educativo devem compreender como é frequente, intensa

e contínua, a aplicação do conhecimento químico na sociedade atual. E perceber ainda

como esse conhecimento tem sido constantemente reformulado ao longo da história da

humanidade.

Desafios Contemporâneos: Considerando a lei nº 10.639/2003; a deliberação nº 04/06

CEE e a instrução nº 017/2006 SUED que estabelece a obrigatoriedade da temática

“história e cultura afro-brasileira”, propomos: abordagem de conhecimentos e

instrumentalização sobre alimentos, remédios, corantes e outros produtos, utilizados no

nosso cotidiano advindos da cultura “afro”. Dentro do conteúdo estruturante o educador

deve abordar a educação ambiental com base na Lei 9795/99, que institui a Política

Nacional de Educação Ambiental e a prevenção ao uso indevido de drogas

212

Avaliação:

A avaliação deve ser formativa, contínua e processual, vista como um instrumento

dinâmico. O processo de avaliação pode ser descrito a partir da observação contínua de

sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupo, da elaboração de relatórios

de atividades e experiências vivenciadas em classe ou no laboratório, ou mesmo de provas

e testes que sintetizem um determinado assunto.

A observação permite ao educador obter informações tanto sobre as habilidades

cognitivas como também sobre os procedimentos utilizados pelos alunos para resolver

diferentes situações, cabe ao educador identificar os progressos e as dificuldades dos

educandos, utilizando essas informações para recuperar ou avançar o processo de ensino-

aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

BAIRD, C.Química Ambiental. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2002 COVRE,G.J. Química total. São Paulo. FTD.2001 FELTRE, Ricardo. Química vol. 1, 2 e 3, São Paulo:Moderna 2004. MORTIMER, F. e ANDREA, H. Machado. Química para o Ensino Médio. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. SARDELLA, A; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo:Ática, 2004. TERUKO, Y. Utimura e MARI Linguanoto . Química Fundamental , vol. Único – São Paulo : FTD. VIDAL,B.História da química. Lisboa: Edições 70, 1986

SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A partir da clareza e objetividades dos teóricos e as problematizações que se

apresentam, os educandos passam a ver a sociedade por novas vias e acaba entendendo que

de fato a sociedade pode ser estudada, deve ser estudada e com isso, vem a proposta de

213

uma nova consciência social, pois cada educando precisa se portar como indivíduo social e

tem em si a responsabilidade histórica, ou seja, ele contribuirá para a formatação de sua

nação, aquilo que ela irá se tornar.

O objetivo da disciplina é mais que uma simples apresentação histórica, é pois uma

provocação pessoal e coletiva, pessoal por entender que sou responsável pelos meus atos e

coletiva por entender que o outro precisa ser visto como co-autor neste processo social

(consciência das mudanças ), e que sozinho não posso atingir grandes metas, tais como tem

nos mostrado os “movimentos sociais organizados”. Por fim, a sociologia é uma disciplina

clara em seus objetivos e os educandos são orientados para esta realidade..

Em linhas gerais, a sociologia é uma forma de pensar e interpretar a história, ou

seja, o homem e sua caminhada social. A partir dos teóricos, temos elementos que

sustentam nossa investigação sobre os fatos sociais, e assim obter conceitos claros da nossa

história, estudá-la e nos projetarmos nela.

Os educandos entendem que estudar sociologia significa se posicionar enquanto

cidadãos, enquanto estudantes, tendo consciência das realidades que se formam ao nosso

redor, de toda estrutura de governo administrativo, do papel social que cada qual possui e

isto é inegável. Neste sentido, apresentamos a importância do voto, e da responsabilidade

perante a política e outras iniciativas de caráter popular...

As idéias que as DCEs trazem são fundamentadas em teóricos que precisam ser

levados em conta, pois os mesmos apontam caminhos para se seguir numa investigação

sociológica participativa e bem contextualizada.

Autores como Karl Marx, Max Weber, nos comunicam suas maneiras de pensar,

criticar e projetar a sociedade a partir de suas pesquisas e interpretações. Por fim, a

sociologia é apresentada de forma determinada, fazendo sempre ligação com os clássicos

da sua origem, aqueles que fizeram estudos, esboços e aos quais tivemos acesso, nos

proporcionando assim, uma nova visão de mundo, de sociedade e de homem de forma

geral.

Nos primeiros contatos com a disciplina e ressaltada a sua importância, sua história,

as lutas pela volta aos currículos escolares, sua influência em época passadas, enfim, a

sociologia é importante como saber escolar pois forma opiniões, abre horizontes e

proporciona um senso crítico mais apurado, “comparado ao da filosofia”..

Neste processo de formação dos educandos, a sociologia contribui para a formação

da consciência social, a partir dos conteúdos, debates e todo material didático utilizado. O

desejo de conhecimento é característica dos jovens e a sociologia o apresenta de forma

crítica, estrutural e fiel ao contexto histórico.

214

Os conteúdos programados exercem o papel de consciência histórica e prática nos

educandos, sendo estes extraídos e trabalhados a partir do livro didático e outros recursos

(apostilas, pesquisas), que são propostas aos educandos como material de apoio.

Os textos seguem as diretrizes do PPP e PTD constituído e a partir dos temas

propostos pelo livro didático e a proposta acima citada, os educandos são conduzidos à

uma leitura dinâmica e crítica. Sempre com objetividades e levado em conta as

contribuições dos alunos durantes a leitura e questionamentos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; - Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. - O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais

- Processo de Socialização; - Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas; - Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

3.Cultura e Indústria Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; - Diversidade cultural; - Identidade; - Indústria cultural; - Meios de comunicação de massa; - Sociedade de consumo; - Indústria cultural no Brasil; - Questões de gênero; - Cultura afro-brasileira e africana; - Culturas indígenas.

4.Trabalho, Produção e Classes Sociais

- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; - Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; - Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; - Globalização e Neoliberalismo; - Relações de trabalho; - Trabalho no Brasil.

5. Poder, Política e Ideologia

- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; - Democracia, autoritarismo, totalitarismo - Estado no Brasil; - Conceitos de Poder; - Conceitos de Ideologia; - Conceitos de dominação e legitimidade;

215

- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. - Direitos: civis, políticos e sociais; - Direitos Humanos;

6. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

- Conceito de cidadania; - Movimentos Sociais; - Movimentos Sociais no Brasil; - A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; -A questão das ONG's.

METODOLOGIA

Numa perspectiva crítica que contemple diferentes linhas interpretativas, a análise

sociológica da categoria trabalho, na contemporaneidade, deve problematizar o lugar da

mulher, do negro e do índio, das denominadas minorias.

É importante que o aluno do Ensino Médio conheça as formas pelas quais essas

minorias e parte considerável dos trabalhadores, vivenciam a discriminação, a exploração,

a opressão, o assédio moral. Pela apropriação e reconstrução do conhecimento

sistematizado, cabe à educação escolar garantir ao aluno a compreensão crítica das

mudanças nas relações de trabalho, problematizando a precarização do emprego que

amplia o quadro de exclusão e de instabilidade sociais.

Neste sentido a metodologia objetiva uma melhor compreensão dos conteúdos

aplicados, também as práticas pedagógicas são claras e ambas procuram fazer co que os

educandos entendam e assimilem cada conteúdo trabalhado. Por fim a sociologia é

apresentada como uma disciplina essencial na formação dos educandos para uma melhor

compreensão da sociedade em que vivemos e suas mudanças, revoluções e características

específicas, sempre com o objetivo de fazê-los compreender que cada um dele é parte

fundamental da sociedade. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino

são propostos: aulas expositivas, exercícios escritos e orais, leitura de textos: clássicos,

teóricos, contemporâneos, literários e jornalísticos, debates, seminários, pesquisas, análises

de filmes, músicas e outros.

AVALIAÇÕES

Por fim, as avaliações são conforme o entendimento dos educandos, sempre com

instrumentos diversificados, como, interpretação de textos, questões objetivas, provas com

exercícios que proporcionem uma leitura do conteúdo trabalhado em sala, associe

corretamente, pesquisas. A sociologia é compreendida como disciplina formadora de

conceitos, senso crítico e visão do todo e não de parcialidade no universo social.

216

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa

concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os

critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a

aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise

“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o

melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a

avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção

da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. A avaliação em

Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a

definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teóricos metodológicos

claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de aplicação direta,

pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos

fenômenos sócio-históricos.

Qual a concepção de avaliação de acordo com o PPP e as DCEs – Sociologia?

Conforme Luchesi (2005), alguns critérios básicos devem ser considerados no ensino da

sociologia:

a apreensão dos critérios básicos da ciência, articulados com a prática social.

A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente

A clareza e a coerência na exposição das idéias sociológicas

A mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais

A recuperação de conteúdos será realizada ao durante de cada bimestre, sendo

precedida por revisões e participações efetivas dos educandos, apresentando suas dúvidas

sobre os conteúdos...

REFERENCIAS: ADORNO, Theodor. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural.

BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo

Brasileiro,1968.

217

BAUMAN, Zigmunt. Por uma sociologia crítica; um ensaio sobre o senso comum e

emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 11.ed.

Petrópolis: Vozes, 1994.

BOTTOMORE, Tom (Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Editor, 1988.

COHN, Gabriel (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de janeiro: Livros Técnicos

e Científicos, 1977.

COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. In: Os Pensadores. v. XXXIII, São Paulo:

Editor Victor Civita, 1973.

COSTA PINTO, Luiz. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora

DOMINGUES, José. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2001.

Lei Nº. 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Lei Nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Sites: http://sociologianreapucarana.pbworks.com/

ENSINO PROFISSIONAL

1. ANÁLISE AMBIENTAL

Carga horária total: 80 h/a – 67h

EMENTA: Tratamento de águas e efluentes industriais e domésticos. Controle da

qualidade da água e efluentes. Destinação de resíduos químicos e impactos ambientais.

Legislação sobre o uso e destinação da água e efluentes.

CONTEÚDOS:

• Histórico ambiental dos acidentes decorrentes da poluição hídrica e atmosférica;

• Poluição do ar e do solo;

• Geração de resíduos na Indústria Química e a importância do seu tratamento;

• Classificação dos tipos de matéria orgânica e outras substâncias presentes no esgoto,

autodepuração de rios e processos de eutrofização;

218

• Amostragem, análise microbiológica e físico-química de água e esgoto

(DQO,DBO,OD, nitrogenados, fosforados, sólidos, alcalinidade, dureza, óleos,

microbiológico, poluentes tóxicos, turbidez, cor, condutividade e pH.);

• Noções de legislação de água, esgoto e resíduos;

• Aspecto de funcionamento, operação e filosofia de tratamento de água, esgoto e lodo;

• Etapas de tratamento de águas: potável, de processos, caldeiras e torres de resfriamento

(ETA) (Coagulação, Decantação, Filtração, Cloração, Fluoretação, Correção de pH.

Resinas e Carvão Ativado);

• Etapas de tratamento de esgoto: físico, físico-químico e biológico (Gradeamento,

remoção de óleos, remoção de metais, remoção de substâncias tóxicas, correção de pH,

tanques de equalização, tratamento biológico, correção de nutrientes, remoção de

nitrogênio) de esgotos urbanos e industriais (ETE);

• Diferenciação dos tratamentos biológicos;

• Etapas de tratamento de lodo e resíduos químicos;

• Diferenciação das técnicas de disposição e diferenciação das operações envolvidas;

• Cálculos envolvendo eficiência de tratamentos, dosagem de produtos químicos, ação

do despejo nos corpos hídricos e dimensionamento simplificado de equipamentos de

tratamento de água e esgoto;

• Impactos ambientais. Abordagem conceitual do meio ambiente e do desenvolvimento

sustentável;

• Sistemas naturais;

• Fluxos de energia e fluxos bioquímicos;

• Recursos naturais.

BIBLIOGRAFIA

BAIRD, C. Química ambiental. Tradução da 2ª edição norte-americana. Porto Alegre : Bookman, 2002.

HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979

KOBAL, JUNIOR & JÚNIOR, L. SARTORIO. Química analítica quantitativa. São Paulo: Moderna, 1981.

MAHAN, Bruce H. Química um curso universitário. São Paulo: Edgard Blücher Ltda,1975.

PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1996.

219

RICHTER, C.A. ., AZEVEDO NETTO, J.M. Tratamento de Água. São Paulo: Edgard Blucher Editora Ltda., 1995.

ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004.

RODRIGUES, Jayme F. Química analítica quantitativa. São Paulo: Hemus Editora Limitada, s.d.

RUSSELL, John Blair. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1982.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústrias de processos químicos. Rio de Janeiro: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1980.

SEIZI, O. Fundamentos de Toxicologia, Atheneu Editora São Paulo Ltda., 1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

VIANNA, Marcos Rocha. Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de Água. Belo Horizonte: Instituto de Engenharia Aplicada, 1992.

VOGEL, Arthur Israel. Química analítica quantitativa. São Paulo: Mestre Jou, 1981.

2. FÍSICO-QUÍMICA

Carga horária total: 240h/a - 200h

EMENTA: Dispersões. Colóides. Curvas de solubilidade. Volumetria. Propriedades

físico-químicas da matéria: eletroquímica, corrosão, tratamento de superfícies.

CONTEÚDOS:

- Estudo das dispersões, características, classificações e mecanismo de dissolução;

- Colóides: classificação, preparação, purificação, propriedades, estabilidade e

precipitação.

- Montagem de curvas de solubilidade;

- Preparo de soluções, suas técnicas, nas diversas formas de expressar concentração de

soluções.

- Diluição de soluções.

- Formas de mistura de soluções que não reagem entre si.

- Princípio da equivalência para os cálculos de misturas que reagem entre si;

- Padronização de soluções;

- Identificação dos materiais e reagentes utilizados nas técnicas de Analise Volumétrica;

- Fundamentos teóricos e aplicação das Análises Volumétricas;

220

- Fenômenos de Oxi-redução;

- Estudo do funcionamento das pilhas e eletrólises;

- As leis da Eletroquímica;

- Formas de corrosão e meios corrosivos;

- Métodos de proteção contra a corrosão;

- Etapas do processo de Pré Tratamento e Eletrodeposição;

- Tipos de revestimento superficial e aplicações.

- Análise de materiais utilizados em recobrimentos de superfície.

BIBLIOGRAFIA

CASTELLAN, G. W.. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

BERRY, R. S.. Physical Chemistry. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2000.

BERRY, R. S.. Matter in Equilibrium, Statistical Mechanics and Thermodynamics. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2001.

COVRE, Geraldo J.. Química – O Homem e a Natureza. v.2. São Paulo: Editora FTD, 2000.

DE PAULA, J.; ATKINS, P.W.. Physical Chemistry. 7th Ed. Oxford: Oxford University Press, 2001.

FELTRE, Ricardo. Química. v.2. 4.ed .São Paulo: Editora Moderna, 1994.

LEE, J. D. Química Inorgânica não tão Concisa. São Paulo:Editora Edgard Blucher, data

LEMBO, Antônio. Química – Realidade e Contexto. V.2. Editora Ática. São Paulo: Editora Ática 1999.

LEVINE, I. N.. Quantum Chemistry. 5th ed. New York: Prentice Hall, 1999.

REIS, Marta. Completamente Química. São Paulo: Editora FTD. São Paulo. Data

3. FUNDAMENTOS DO TRABALHO

Carga horária total: 40 h/a – 33 h

EMENTA: O Trabalho Humano nas perspectivas ontológica e histórica: o trabalho como

realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura: o trabalho como

221

mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no mundo do

trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador.

CONTEÚDOS:

• Dimensões do trabalho humano;

• Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;

• Trabalho como mercadoria: processo de alienação;

• Emprego, desemprego e sub-emprego;

• Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;

• Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do trabalho;

• Qualificação do trabalho e do trabalhador;

• Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.

ARANHA, M. L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.

DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1965.

FERNANDES, Florestam. Fundamentos da explicação sociológica – 3 ed. Rio de Janeiro:

MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2002.

NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 3. ed. Série: Fundamentos. N.38. São Paulo: Ática, 1991.

SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

4. LEGISLAÇÃO E NORMAS

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Normas regulamentadoras e legislação. Organização industrial.

CONTEÚDO:

- Legislações NBR e NRs;

222

- Higiene industrial e segurança no trabalho.

- Acidente.

- Incidentes.

- Atos e condições inseguras.

- Prevenção e combate de incêndios, extintores, EPIs, ergonomia, primeiros socorros,

choque elétrico e seus efeitos, mapa de risco;

- Princípios básicos de organização, controle e direção nos diversos setores da empresa; -

Documentação para abertura de microempresa; aspectos físico-legais das pequenas e

microempresas.

- Processo de dimensionamento e controle de estoque;

- Conceito de layout e a sua importância para a vida organizacional da empresa.

- Planejamento, elaboração, a administração e o cumprimento das etapas nos processos de

fabricação.

- Sistemas de Produção.

- Teorias motivacionais: liderança, espírito de equipe, capital intelectual.

- Relações humanas no trabalho: relacionamento interpessoal e intrapessoal, princípios

morais e éticos.

- Trabalho em equipe. Comportamento humano.

- Fenômenos Psicossociais (relações sociais).

- Ética.

BIBLIOGRAFIA

Normas ISO 9001, 14000, 17025

PACHECO, Jr Valdemar Gestão. da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.

TUBINO, D. F. . “Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica VIM – vocabulário internacional de metrologia

5. MATEMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Números. Equações. Funções. Unidades. Logaritmo. Tratamento de dados e

informações. Probabilidades. Regressões.

223

CONTEÚDOS:

• Revisão com aplicação na área de química de:

• Equações de 1o e 2o graus;

• Sistema de equações de 1o grau;

• Função de 1o grau;

• Estudo da reta (interpolação de dados, adição de linhas de tendência); potenciação;

• Exponenciação;

• Logaritmo;

• Regra de três simples e composta;

• Conversão das principais unidades (matemáticas, físicas e químicas);

• Erros e tratamentos dos dados analíticos:

• Algarismos significativos;

• Erro de uma medida;

• Desvio;

• Exatidão e precisão;

• Tipos de erros;

• Precisão de uma medida;

• Limite de confiança da média;

• Teste F para comparar conjuntos de dados;

• Propagação de erros;

• Rejeição de resultados;

• Manuseio de calculadoras científicas e computadores;

• Estatística descritiva:

• Conceitos estatísticos (variável, população e amostra);

• Distribuição de frequência;

• Apresentação de dados (tabelas e gráficos);

• Medidas de tendência central (médias e mediana);

• Medidas de dispersão (desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de

variação);

• Correlações lineares simples;

• Probabilidades;

• Analise de regressão linear simples.

224

BIBLIOGRAFIA

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.

D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione,1988.

DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na Matemática escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo: Atual,1997.

LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. 3vols. (Coleção do Professor de Matemática.)

LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e ensinando

Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1994.

Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa: Publicações Dom Pixote,1982. (Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso)

POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas.

Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de Matemática.

6. MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL

Carga horária total: 120h/a - 100h

EMENTA: Microorganismos. Fermentações. Bioquímica.

CONTEÚDOS:

m) Introdução a microbiologia.

n) Evolução do estudo dos microorganismos.

o) Microorganismos:

p) Classificação (reinos);

q) Taxonomia;

r) Morfologia e estrutura;

s) Ciclo de vida;

t) Metabolismo e nutrição (metabolismo aeróbio e anaeróbio);

u) Reprodução;

v) Principais classes de interesse econômico e ambiental;

225

w) Principais métodos para o desenvolvimento de culturas;

x) Técnicas de esterilização;

y) Uso do microscópio ótico;

z) Emprego da fermentação alcoólica, acética e láctica;

aa) Pasteurização e análise de leite;

bb) Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção

industrial dos derivados da Fermentação Láctea: queijo, iogurte e achocolatados;

cc) Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção

industrial dos derivados da Fermentação alcoólica: de vinhos, cervejas e bebidas

destiladas;

dd) Ação de microorganismos na deterioração de alimentos, matéria orgânica, de

máquinas e equipamentos;

ee) Estudo de água;

ff) Eletrólitos;

gg) Glicídios;

hh) Ácidos nucléicos;

ii) Lipídios;.

jj) Aminoácidos;

kk) Proteínas;

ll) Enzimas:

mm) Degradações e biossínteses;

nn) Oxidações biológicas.

BILIOGRAFIA

ALBERTS, B.; Bray, D.; LEWIS, J.; Ratt, M.; ROBERTS, K; WATSON, J. D.; Molecular Biology of the Cell; 3th ed.; U.S.A: Garland Publishing, 1994.

ALCÂNTARA, F.; CUNHA, M.A.; ALMEIDA, M.A.; Microbiologia: Práticas Laboratoriais; Portugal, Edições Universidade de Aveiro, 1996.

AZEVEDO, C.; Biologia Celular e Molecular; 3. ed..; Portugal: Lidel, 1999.

BROCK, M. et al. Biology of Microorganisms. 7 ed. Prentice Hall, 1994.

BRODY T: Nutritional Biochemistry, 2nd Ed, Academic Press, San Diego, 1999.

CAMPBEL, M.K. Bioquímica. Ed. Artmed, 2000.

CHAMPE, Pamela C. & HARVEY, Richard A. - Bioquímica Ilustrada.Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

CHAMPE, P.C. & HARVEY,R.A. Bioquímica Ilustrada. 2.ed. Porto Alegre: Artes MédicasSul (Artmed). 1996, 2002.

226

DEVLIN, Thomas M. – Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas – tradução da 4ª edição americana, 1998, Ed. Edgard Blucher Ltda;

DEVLIN, T.M. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. Ed. Edgard Blücher LTDA. 5ª edição americana, 2004.

JAWETZ, E. et. al. Microbiologia básica. 18. ed. 1991. Artes Médicas.

KRAUSE, M. V. Alimentos, nutrição e dietoterapia. São Paulo : Livraria Roca Ltda. 1991.

LEHNINGER, A. L. & NELSON, D. L. & COX, M. M. - Princípios de Bioquímica. São Paulo, Sarvier, 1995. pp 33-34; 238.

MARZZOCO, A. & TORRES, B. B. Bioquímica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.

MONTGOMERY, R. & CONWAY, T. W. & SPECTOR, A. A. Bioquímica - Uma abordagem dirigida por casos. Artes Médicas, 1994. pp 158-159.

MURRAY R K, GRANNER D K, MAYES P A, RODWELL V W: Harper's Biochemistry. 25th London: Ed, Prentice-Hall Internacional Inc, 2000.

PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1996.

SALIENS, A.A.; WHITT, D.D. Bacterial pathogenesis: a molecular approach. 1994.

STRYER L: Biochemistry. 4th Ed. New York :International Student Edition. W H Freeman and Company, 1995.

MCKEE T, MCKEE J R: Biochemistry. An Introduction. Wm. C. Brown Publishers, London: 1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

TORTORA, G.J. Microbiology: an introduction. 6. ed. 1998.

VOET, D. & VOET, J.G; PRATT, C. Fundamentos de Bioquímica . Porto Alegre: Artmed, 2000.

7. PORTUGUÊS TÉCNICO

Carga horária total : 40h/a - 33h

EMENTA: Linguagem. Escrita. Oralidade.

CONTEÚDOS:

k) Linguagem: coloquial, formal, técnica e científica;

l) Escrita:

m) Redação;

227

n) Análise e interpretação de textos;

o) Importância dos elementos de coesão e coerência na construção de textos;

p) Domínio da língua padrão (acentuação gráfica, ortografia, crase e pontuação);

q) Narração;

r) Técnica de resumo (síntese e resenha);

s) Relatórios (relatório técnico-científico, relatório de estágio);

t) Dissertação;

u) Redação oficial (procuração, requerimento, ofício, Currícullum Vitae redação

comercial, contrato, ata, solicitação de emprego, demissão e reclamação);

v) Estrutura de projetos;

w) Normas da ABNT para apresentação de trabalhos e confecção de relatórios;

x) Oratória;

y) Seminários.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Vera Teixeira de. A literatura infantil no compasso da sociedade brasileira. In:

ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. 5. ed. São Paulo: Martins, 1974.

ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1968.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. São Paulo: Cultrix; Brasília: INL, 1977.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1980.

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96.

BUESCU, Maria Leonor Carvalhão. História da literatura. 2. ed. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1994.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.17.ed. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1997.

FARACO, Carlos Alberto e Tezza, Cristovão. Práticas de texto Língua Portuguesa para nossos estudantes. Petrópolis: Vozes, 1992.

FARACO, Carlos Alberto; Madryk, David. Língua Portuguesa Práticas de redação para estudantesn universitários. Petrópolis: Vozes, 1994.

GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.

HOUAISS,A. Dicionário Houaiss da Língua Protuguesa. Rio de Janeiro;Objetiva, 2001.

KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. 6. ed. Coimbra: Armênio Amado, 1976.

LAPA, M. Rodrigues. Estilística da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1982.

Língua Portuguesa/ Varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

228

TERRA, Ernani & NICOLA, José De. Práticas de linguagem – leitura e produção de textos – ensaios. São Paulo: Scipione, 2001.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11 ed. São Paulo: Global, 2003.

8. PROCESSOS INDUSTRIAIS

Carga horária total: 140h/a - 117h

EMENTA: Operações unitárias de uma indústria. Instalações industriais e

dimensionamento de equipamentos. Montagem de projeto. Balanço de Massa. Balanço de

Energia.

CONTEÚDOS:

1. Propriedades físicas da matéria;

2. Conversão de unidades;

3. Conceituação de operações unitárias e aplicação industrial tais como:

4. Agitação e mistura (sistemas de agitação de fluxo e rotativo);

5. Filtração (meios filtrantes, filtros prensas, filtro a vácuo);

6. Transferência de calor (trocadores de calor, evaporadores, secadores e

fornos, destiladores, geradores de vapor, sistemas de refrigeração, torres de

resfriamento);

7. Absorção (lavadores de gases, colunas de extração);

8. Transporte de matéria (bombas, correias transportadoras);

9. Cominuição (britadores e moinhos);

10. Classificação Granulométrica (peneiras);

11. Noções de cálculo de balanço de massa e energia em fluxogramas de

processos;

12. Montagem de projeto de uma indústria na área da química contemplando:

13. Descrição de processo,

14. Balanço de massa,

15. Balanço de energia,

16. Dimensionamento de equipamentos,

17. Custos e Índices econômicos;

229

18. Leitura e interpretação de simbologia de tubulações e equipamentos e

confecção de layout.

BIBLIOGRAFIA

BENNET, Carrol O.; MYERS, John E. Fenômenos de transporte: quantidade de movimento, calor e massa. São Paulo: McGraw-Hill, 1978.

BROWN, George G. Operaciones básicas de la ingenieria química. Barcelona: Manuel Marín, 1955.

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Teconologia química, v.II: operações unitárias. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1968.

PERRY and SHILTON. Manual do Engenheiro Químico.

TUBINO, D. F. . Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica.

9. QUÍMICA ANALÍTICA

Carga horária total: 280h/a - 233h

EMENTA: Normas de segurança em laboratório Químico. Materiais e equipamentos de

laboratório. Periculosidade de reagentes. Análise qualitativa. Reações. Princípio da

equivalência. Padronização. Analise Volumétrica. Análises Gravimétricas. Análise

instrumental.

CONTEÚDOS:

- Reconhecimento da dinâmica do ambiente laboratorial: usos de equipamentos individuais

de segurança (EPI’s),

- noções de primeiros socorros em casos de acidentes envolvendo produtos químicos,

- leitura de rótulos de reagentes químicos e interpretação da simbologia química para a

identificação da sua periculosidade,

- incompatibilidade de armazenamento de reagentes químicos.

- Obtenção, organização e interpretação dos dados relevantes da prática para a elaboração

do relatório.

- Propriedades gerais da matéria.

-Mudanças de estado físico.

- Separação de misturas.

230

- Características das substâncias puras e misturas: pontos de fusão e ebulição, densidade,

solubilidade e condutividade elétrica.

- Indicadores ácido-base e sua aplicabilidade.

- Reações de síntese, decomposição, simples troca e dupla-troca.

- Análise por via úmida de cátions e ânions, teste de chama e pérola de bórax;

- Elaboração e redação de fluxogramas.

- Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Volumétricas de Complexação,

Precipitação e Oxi-redução.

- Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Gravimétricas.

- Coleta e preparo de amostras.

- Cálculos químicos envolvidos nos Métodos Analíticos Quantitativos;

- Compilação de dados obtidos na análise através de cálculos de análises nas diversas

concentrações e da pureza dos produtos.

- Técnicas modernas de análise qualitativa e quantitativa para compostos orgânicos e

inorgânicos através de equipamentos de: Ultravioleta – Visível, Absorção atômica,

Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa, Plasma, Infravermelho.

BIBLIOGRAFIA

BACCAN, N. Química Analítica Quantitativa Elementar . 3. ed. 2001.

BACCAN, N.; GODINHO, O. E. S.: ALEIXO, LM.; STEIN, E. Introdução à Semi-microanálise Qualitativa., Campinas: Editora da Unicamp, 1987.

COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L. B. Introdução a métodos cromatográficos. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.

EWING, G. Métodos instrumentais de Análise Química, v.I.. São Paulo: Universidade de São Paulo, edição Edgard-Blucher, São Paulo, 1972.

EWING, G. W. Instrumental methods of chemical analysis. New York : McGraw-Hill Book, 1985.

EWING, G. W. Métodos instrumentais de analise química. São Paulo : Edgard Blucher , 1990.

FELTRE, Ricardo. Química – Volumes 2. Ed. Moderna. 4a edição. São Paulo. 1994.

HARRIS, D. Exploring Chemical Analysis. Library of Congress Catologing. In.: Publication Data, 1996.

HARRIS, D. C. Quantitative chemical analysis. New York : W.H. Freeman, 1991.

231

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC, 5. ed. 2001.

KING, E. J . Análise Qualitativa . Rio de Janeiro: Interamericana, 1981.

KING, R.D. Development in food analysis. New York: Elsevier, vol. 3, 1984. 217 p.

KOBAL, Junior & SARTÓRIO Júnior, L. Química Analítica Quantitativa. São Paulo. Moderna,1981.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 2. Ed. Ática. São Paulo: Ed. Ática, 1999.

MACLEOD, A.J. Instrumental methods of analysis. New York: John Wiley & Sons, 1973.

OHLWEILER, O. A. - "Fundamentos de Análise Instrumental", Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos 1981, 486 pp.

Harris D.C. - Análise Química Quantitativa, 5th. ed., (Carlos A. S. Riehl e Alcides W.S. Guarino - trads.), Rio de Janeiro, LTC-W.H. Freeman 2001.

RODRIGUES, Jayme F. Química Analítica Quantitativa. São Paulo: Hemus Editora Ltda, s.d.

SKOOG, D. A. Principles of instrumental analysis. New York : Holt , c 1971.

SKOOG, D. A., LEARY, J. J. Principles of instrumentation analysis. Orlando : Saunders College Publishing , 1990.

SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J. Analytical chemistry : an introduction. Philadelphia : Saunders College , c1990.

SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental analysis. Philadelphia : Saunders College Publishing , c1998.

SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; MIEMAN, T. A.- Princípios de Análise Instrumental, 5. ed., (Ignez Caracelli, Paulo C. Isolani et al. - trads., Célio Pasquini, supervisão e revisão), Porto Alegre/São Paulo, Artmed - Bookman (2002).

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.. Fundamentos de Química Analítica. Tradução da 8. ed. norte-americana. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

TYSON, J. Analysis - What Analyitical Chemists DO Royal Society of Chemistry Paperbacks. London, 1988.

VAITSMAN, Delmo S., BITTENCOURT, Olymar A. Análise Química Qualitativa. Rio de Janeiro: Campos , 1981.

VOGEL; BASSET; DENNEY; JEFFERY; MEDHAM - Análise Inorgânica Quantitativa. Ed, Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro,1981.

VOGEL, A. Química Analítica Quantitativa. São Paulo. Mestre Jou, 1981.

232

10. QUÍMICA GERAL

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Tabela Periódica. Ligações químicas. Gases.

Propriedades coligativas. Cinética e equilíbrio Químico.

CONTEÚDOS:

• Introdução ao estudo da química;

• A química na abordagem do cotidiano;

• Definições de química;

• Estrutura da matéria;

• Substâncias simples e compostas;

• Métodos de separação de misturas;

• Fenômenos físicos e químicos;

• Modelos atômicos;

• Diagrama de energia e distribuição eletrônica;

• Tabela periódica: classificação, propriedades;

• Ligações químicas;

• Química descritiva (obtenção e aplicação das principais elementos e substâncias

químicas);

• Estudo dos gases – propriedades e funções de estado;

• Transformações gasosas;

• Volume molar e condições normais de temperatura e pressão (CNTP);

• Equação de Clapeyron;

• Misturas gasosas – pressões e volumes parciais;

• Cálculos estequiométricos envolvendo gases;

• Densidade e efusão de gases;

• Propriedades coligativas: definição, classificação, tonometria, ebuliometria,

criometria, propriedades coligativas em soluções iônicas, osmometria;

• Cinética das reações químicas e seus efeitos;

• Função dos catalisadores e seus principais mecanismos de ação;

• Equilíbrio nas reações químicas;

• Deslocamento de equilíbrio;

233

• Conceitos de pH e pOH;

• Efeitos da hidrólise de sais;

• Solução tampão e suas aplicações;

• Produto de solubilidade.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96. Química/ Vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.

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FELTRE, Ricardo. Química Geral. V. 1. Ed. Moderna. 4. ed. São Paulo. 1994

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity. 2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th ed., New York: Harper Collins College Publishers, 1993.

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LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição inglesa 1999 Ed. Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. V. 1. Ed. São Paulo. 1999.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1993.

OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, vol. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.

PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.

PADILHA, A.F. Materiais de Engenharia - Microestrutura e Propriedades, Ed. Hemus, 2000.

PIMENTEL, G. Chem Study Química, uma ciência experimental. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno, vol. I e II. São Paulo: Edgard Blücher, 1974.

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RIOS, E.G.; Química inorgânica; Editorial Reverte: Barcelona, 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, vol. 1 e 2, 2ª Ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química, Ed. Ática, São Paulo, 1981

SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-química, Química Orgânica, Ed. Ática.

SHACKELFORD. Introduction to Materials Science, Pearson Education do Brasil Ltda, 2000.

SHREVE, R. N. BRINK, J. A. Jr., Indústrias de Processos Químicos, trad.. Horácio Macedo, 4a. ed., Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1980

SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry, third edition 1999 Oxford

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna. 1996, São Paulo.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3.2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996,.

VAN VLACK, L. H. Princípios de Ciência dos Materiais, Editora Edgar Blücher, 1970.

11. QUÍMICA INORGÂNICA

Carga horária total: 180h/a - 150h

EMENTA: Materiais e equipamentos de laboratório. Funções químicas. Neutralização.

Unidades de grandezas. Cálculos estequiométricos. Estrutura materiais. Processos

industriais inorgânicos.

CONTEÚDOS:

- Identificação, manipulação e adequação ao uso de materiais, vidrarias e equipamentos

utilizados no laboratório de Química.

- Funções químicas: ácido, base, sal e óxido.

- Propriedades das substâncias de acordo com as funções químicas,

- Utilização de indicadores acido-base e sua aplicabilidade.

- Reações de neutralização.

- Equações de ionização e dissociação iônica.

- Grandezas químicas: massa atômica e molecular.

235

- Conceito de mol;

- Constante de Avogadro.

- Volume molar.

- Leis Ponderais das Reações Químicas;

- Cálculos estequiométricos: relações entre massa, mol e volume molar, rendimento, grau

de pureza, reações consecutivas e reagentes em excesso.

- Termoquímica: Entalpia: princípios das termodinâmicas, energia interna, medida da

entalpia, lei de Hess, definição de diversos calores de reação.

- Entropia.

- Energia Livre.

- Radioatividade

- Estrutura de sólidos cristalinos amorfos.

- Estruturas e processos de materiais metálicos.

- Estruturas e processos de materiais cerâmicos.

- Processos industriais de produção de Ácidos: Clorídrico, Nítrico e Sulfúrico.

- Processos industriais de produção de fertilizantes.

- Processos industriais de produção de aglomerantes hidráulicos: cal e gesso.

- Processos industriais de produção de Cimento.

- Processos industriais de produção de vidros.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96. Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.

CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.

COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New York: John Wiley, 1988.

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Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. v. 1.. 4. ed. São Paulo: Ed. Moderna. 1994

HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th edition, New York: Harper Collins College Publishers, 1993.

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity. 2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

236

KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, 3.ed. v.1 .2. Editora LTC, 1998.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 1. ed. São Paulo, 1999.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição inglesa 1999 Ed. Degard Blucher Ltda.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1993.

OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, v. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.

PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.

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RIOS, E.G.; Química inorgânica. Barcelona, Editorial Reverte: 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, v.. 1 e 2, 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

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SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry. 3.ed. 1999. Oxford 1996.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 1996.

12. QUÍMICA ORGÂNICA

Carga horária total: 320h/a - 267h

EMENTA: Química orgânica e sintética. Reações orgânicas e mecanismos. Polímeros.

Cosméticos. Domissanitários. Análise orgânica.

CONTEÚDOS:

- Introdução a Química Orgânica.

- Estudo do Carbono: Tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do carbono.

- Classificação de cadeias carbônicas.

237

- Identificação, caracterização, nomenclatura e elaboração de formulas das Funções

Orgânicas: Hidrocarbonetos, Oxigenados, Nitrogenados e outras funções.

- Aplicação dos conceitos de isomeria no reconhecimento dos compostos orgânicos.

- Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-Lowry e

Lewis.

- Identificação dos tipos de rupturas de ligações em compostos orgânicos.

- Identificação e classificação dos principais intermediários de reações químicas orgânicas.

- Identificação dos compostos que reagem por adição, substituição, eliminação e previsão

dos produtos formados.

- Aplicação de conceitos de oxi-redução em reações orgânicas.

- Fundamentos de compostos poliméricos: forças de ligação nos polímeros, mecanismos de

polimerização, reações de polimerização, matérias primas, síntese de polímeros e

principais processos de sínteses poliméricas.

- Classificação, propriedades físico-químicas, fabricação, transformação, usinagem e

colagem de plásticos.

- Comportamento dos plásticos em relação às variações de formas, com dependência do

tempo.

- Reciclagem de produtos plásticos.

- Produtos, processos e controle de qualidade (viscosidade e refração) para obtenção em

laboratório e produção industrial de tintas, vernizes, pasta celulósica e papel.

- Normas regulamentadoras de produtos industrializados, segundo a ABNT.

- Açucares: identificação dos principais açúcares, sua origem e aplicação; extração da

sacarose da cana-de-açúcar, caracterizando através de análise orgânica a glicose, sacarose e

frutose; distinção entre açúcar redutor e não redutor; extração da lactose do leite.

- Identificação por meio de nomenclatura e formulação dos ácidos carboxílicos superiores.

- Extração de óleos e gorduras pelo método de solvente.

- Extração de essências.

- Tensoativos: tensão superficial, matéria prima, produtos e aplicações.

- Produtos, processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção

industrial de sabões, detergentes, material de limpeza e cosméticos.

- Identificação de propriedades físicas de um composto orgânico puro e a presença de

halogênios, nitrogênio e enxofre no mesmo.

- Identificação de funções orgânicas por meio de reações químicas específicas. Obtenção

de um derivado de um composto puro.

238

BIBLIOGRAFIA

ALLCOCK, H., LAMPE, F. Contemporary Polymer Chemistry. 1990.

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VOGUEL, Arthur Israel. Química Analítica Orgânica. São Paulo: Mestre Jou, 1981.

PLANO DE ESTÁGIO:

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

• Identificação da Instituição de Ensino:

Nome do estabelecimento: Col.Est.Alberto Santos Dumont - EFM Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná Endereço: Rua Erasto Gaertner nº 64 Centro Município: Apucarana NRE: Apucarana

• Identificação do curso:

Habilitação: Técnico em Química

Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais

Carga horária total:

Do curso: 1720h/a (1433 horas)

Do estágio: 80h/a (67horas)

Carga horária total com o Estágio Supervisionado: 1800h/a ( 1500 horas)

• Coordenação de Estágio:

240

• Justificativa O Estágio Profissional Supervisionado, é uma atividade curricular, um ato educativo

assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração dos

estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso pedagógico que

permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática

adquiridas nos estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais

com percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas de

trabalho.

O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem

executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao

desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre o aspecto

produtivo.

O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está presente por

ser o momento de inserção do aluno na realidade do trabalho, para o entendimento do

mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer formas

de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método de modo que propicie um

desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que os

alunos tenham acesso as conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.

O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na legislação

vigente, atende as exigências do curso, decorrentes da área industrial do eixo tecnológico

Controle e Processos Industriais, do qual faz parte o Curso Técnico em Química. Devendo

ser planejado, executado e avaliado de acordo com o perfil profissional exigido para

conclusão do curso considerando os dispositivos da legislação específica, quais sejam:

• a Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

• a Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

• a Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em

especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao

educando;

• o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que

estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a

promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando principalmente,

os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de

organização do trabalho e a;

241

O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em Química, Forma

Integrada e Subsequente, deverá ser realizado através da execução de atividades inerentes

aos conteúdos teórico-práticos desenvolvidos nas séries/semestres cursadas ou em curso

pelo aluno.

O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos Alunos

do Curso Técnico em Química.

3.3.3.3. Objetivos do Estágio 5.1. Objetivo Geral do Estágio

Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,

propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando.

5.2. Objetivos Específicos do Estágio

3. Proporcionar ao aluno o contato com as atividades químicas relacionadas a área da

indústria no mundo do trabalho.

4. Oportunizar experiência profissional diversificada na área de química na abrangência

do curso.

5. Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das experiências

realizadas.

6. Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos setores do

campo de estágio.

• Local (ais) de realização do Estágio

O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde que

qualificados para este fim, conforme legislação vigente:

10. Sanepar;

242

11. Secretaria do Meio Ambiente;

12. Empresas que trabalham com produtos Químicos;

13. Instituições de Ensino Superior;

14. Comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades próximas.

• Distribuição da Carga Horária:

A carga horária do Estágio Supervisionado será de 80 horas/aula ou 67 horas, sendo

cumpridas preferencialmente em igual proporção na área da Indústria, subdividida da

seguinte forma:

10. sendo 40 horas\aula – 34 horas no 3º Semestre;

11. 40 horas\aula – 34 horas no 4º Semestre.

• Atividades do Estágio

O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de inserção

do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os conhecimentos

construídos ao longo dos semestres em reflexão e compreenda as relações existentes entre

a teoria e a prática.

Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de seleção,

organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita ao estudante

contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão crítico e ético,

dentro de uma organização concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a

desempenhar.

O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social,

profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação em situações

reais de vida e trabalho em meio às atividades ligadas à indústria, listadas abaixo:

• Trabalhos de pesquisas de temas do curso com apresentações em sala de

aula;

• Seminários e palestras para uma melhor integração com o ambiente

industrial;

• Pesquisas visando melhorias do próprio curso;

243

• Atividades práticas identificando elementos de riscos no ambiente de

trabalho;

• Oficinas de processos industriais;

• Análises em laboratório de química;

• Elaboração de um projeto de final de curso;

• Utilização de vídeos sobre as tecnologias englobadas no curso;

• Visitas técnicas supervisionadas;

• Debates realizados com profissionais de área da química;

• Utilização de recursos audiovisuais para uma melhor explanação de

conteúdos, dentre outras.

• Atribuições da Mantenedora/Estabelecimento de Ensino

O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento didático-

pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de competência

da instituição de ensino, sendo planejado, executado e avaliado em conformidade com

os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no Projeto

Político-Pedagógico, Plano de Curso e descrito no Plano de Estágio. A instituição de

ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no

Plano de Estágio, observado:

• realizar Termo de Cooperação técnica para estágio com o ente público ou

privado e concedente de estágio, de acordo com o Decreto nº 897/07 de

31/05/07, para a formalização do Termo de Convênio será necessário a

prévia e expressa autorização do Governador do Estado do Paraná;

� elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com

seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as

condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e

244

modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário

escolar;

� submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente

com o Projeto Político-Pedagógico;

� respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;

� celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18

anos; com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade

contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se

idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou

público;

� celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou

privado concedente do estágio;

� elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente com

o Projeto Político Pedagógico;

� contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades;

� exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;

245

� realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio

previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica

e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo

professor orientador de estágio;

� elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de

estágio;

� reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando houver

descumprimento das normas pela Unidade concedente;

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao

estudante, vedadas atividades:

a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de

um dia às cinco horas do outro dia;

8. realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;

d) perigosas, insalubres ou penosas.

9.9.9.9. Atribuições do Coordenador de Estágio

� promover junto ás Instituições Públicas e Privadas parcerias visando a

realização do estágio;

� firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso junto à

Direção do Estabelecimento e o ente concedente;

246

� coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;

� elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de

distribuições de alunos nos locais de estágios;

� manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo estágio

procurando dinamizar e aperfeiçoar as condições de funcionamento do

estágio;

� promover reuniões com as instituições de estágio;

� coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o

cumprimento, pelo estagiário, da assiduidade, responsabilidade,

compromisso e desempenho pedagógico;

� coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões de

avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de acordo

com o sistema de avaliação;

� coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);

� providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso nas

empresas;

247

� informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas

do estágio;

� acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação,

supervisão e avaliação de sua execução;

� comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;

� disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão realizados

os estágios, os modelos de relatórios, fichas, etc;

� entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.

11. Professor Orientador de Estágio

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador de

estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades.

� Compete ao professor orientador:

3. solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente relatório, que

integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta:

local de estágio; agentes químicos, físicos e biológicos ; o equipamento de trabalho e

sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a

formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;

248

4. exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo não

superior a 6 (seis) meses;

5. elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e instrumentos de

avaliação dos estágios de seus estudantes;

6. esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente do estágio o

Plano de Estágio e o Calendário Escolar;

7. planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário;

8. proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de

acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante

relatório;

9. zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

10. elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;

11. conhecer o campo de atuação do estágio;

12. orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;

13. esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação técnica e Termo

de Compromisso;

249

14. orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos à

prática pedagógica;

15. orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio, relatórios e

demais atividades pertinentes;

16. orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,

procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;

17. atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário determinado pelos

Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;

18. propor alternativas operacionais para realização do estágio;

19. orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa científica e produção

das atividades (Planos, Relatórios) conforme normas ABNT, coordenar o

desenvolvimento das mesmas;

20. motivar o interesse do aluno para a realização do estágio e mostrar a importância do

mesmo para o exercício profissional;

21. avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e apresentação

de relatórios do mesmo;

250

22. atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no estágio;

23. promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos

estagiários, encaminhando ao final de período à coordenação de estágio, as fichas de

acompanhamento das atividades, avaliação e frequências;

24. comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações do estágio;

25. levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades que venham

ocorrer no desenvolvimento dos trabalhos;

26. comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e Coordenação de

estágio;

27. manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.

12. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com serviços

auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas

em instrumento jurídico apropriado.

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade jurídica

pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em

seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de Compromisso de

Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente estará criada a condição legal e

251

necessária para a realização do estágio curricular supervisionado na organização

concedente de estágio.

A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir condições

mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e participar das

atividades, durante a execução do estágio curricular supervisionado, ofertando instalações

que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de aprendizagem social,

profissional e cultural.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao

estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas

atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).

Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios relacionados a

transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não caracterizando vínculo

empregatício.

A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar

acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades

educativas especiais.

A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para eventual

fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

28. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

29. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades

de aprendizagem social, profissional e cultural;

252

30. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar

e supervisionar o desenvolvimento das atividades de estágio;

31. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice

seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso

de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do

seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela

mantenedora/instituição de ensino;

32. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do

desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos

períodos e da avaliação de desempenho;

33. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário

responsável pela orientação e supervisão de estágio;

34. zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.

35. conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de ensino;

36. orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;

37. preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de Estágio;

38. orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;

253

39. manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;

40. oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que permitam

uma visão real da profissão;

41. avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de estágio;

− propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.

− deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para supervisionar e

acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou experiência na área.

13.Atribuições do Estagiário

A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no

Termo de Compromisso, considerando:

3. a anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente

legal, se menor;

4. a concordância da instituição de ensino;

− a concordância da parte concedente;

254

− o estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais

compromissos escolares;

− no estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra forma de

contraprestação acordada;

− a eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação e

saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

− fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação,

sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de

recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

− ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo

sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.

− o aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar paralelamente o estágio

não-obrigatório, sem prejuízo do aprendizado.

• Antes da realização do estágio, o estagiário deve:

• estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

• elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor Orientador do

Estágio;

255

• participar de atividades de orientação sobre o estágio;

• observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;

• zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio.

oo) Durante a realização:

z) conhecer a organização da Unidade Concedente;

� respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga horária no

período estabelecido pela Coordenação de Estágio;

� acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

k) zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

l) manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

m) cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado com a

Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.

� manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão

do andamento do estágio;

ter postura e ética profissional;

256

� zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos

danos pessoais e materiais causados;

• Depois da realização:

� elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;

� entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da realização

do Estágio assinados e em tempo hábil;

� apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;

� entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela

Coordenação de Estágio;

� apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .

14.Forma de acompanhamento do Estágio

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas e/ou

Privadas e Industrias, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou

experiência na área.

Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de encaminhamento:

1 - Coordenador de Estágio, que será o elo de ligação entre a Escola e o local de

realização do Estágio.

257

2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano Individual

de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o estagiário e deverá ser

instrumento de base ao Supervisor do local de realização do Estágio.

3 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do

Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano estabelecido

pelo Aluno e pelo Professor Orientador.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do

estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos, documentação de

estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as

partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a

serem aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.

15. Avaliação do Estágio

A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um

processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente

em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial

para análise do desempenho do aluno e da escola em relação à proposta.

Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:

Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada pelo Professor

Orientador;

Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;

Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio Profissional

Supervisionado;

Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio .

O Relatório de Estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas a serem

definidas pela Coordenação de Estágio.

O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é expresso

através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula zero)

através de uma média aritmética das avaliações definidas pela Coordenação de Estágio.

Será considerado reprovado o aluno que:

6. não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período letivo;

7. aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final;

258

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I, NA EDUCAÇÃO

BÁSICA

APRESENTAÇÃO

O Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica, se caracteriza por ser uma ação do sistema de ensino no sentido de acolher a diversidade ao longo do processo educativo, constituindo-se num serviço disponibilizado pela escola para oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de sua potencialidade, o que é indispensável ao sucesso nas atividades acadêmicas.

Essa modalidade de ensino cujo a programação a ser desenvolvida atende alunos com necessidades educativas especiais, que frequentam o Ensino Fundamental do 6° ao 9° ano, não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição de conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula comum, mas deve ser constituído por um conjunto de procedimentos específicos, onde o professor da Sala de Recursos irá intervir como mediador utilizando procedimentos educacionais didáticos, com métodos, atividades diversificada e extra curriculares, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio afetivo-emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos, com ações definidas de acordo com as necessidades individuais do aluno.

As pessoas com necessidades educacionais especiais têm assegurado pela Constituição Federal de 1988, o direito à educação (escolarização) realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica, na escola onde estejam matriculados, em outras escolas, ou em centros de atendimento educacional especializado. Esse direito também está assegurado na LDBEN – Lei nº 9.394/96, no parecer do CNE/CEB nº 17/01, na Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, na lei nº 10.436/02 e no Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.

No Paraná o funcionamento da SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I, NA EDUCAÇÃO BÁSICA para o Ensino Fundamental nas séries finais, segue INSTRUÇÃO Nº 016/2011- SUED/SEED, considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial como: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N º 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE Nº 17/01; a Resolução CNE N ° 02/01; e a Deliberação N ° 02/03 – CEE – PR. DEFINIÇÃO Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos

259

globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculadas na rede pública de Ensino.

ALUNADO • Para efeito de atendimento educacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na Educação Básica, são considerados os educandos regularmente matriculados no Ensino Fundamental nas series finais que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiências Intelectual, Fisica Neuromotora, Transtornos Globais de Desenvolvimentos e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

• Destinada ao atendimento de alunos com limitações significativas do funcionamento intelectual e do comportamento social; são pessoas que apresentam prejuízos na organização, na estruturação e na re-elaboração do conhecimento, dificultando o processo de identificação, construção e assimilação de conceitos, ou seja, possuem dificuldade em abstrair por meio da projeção das ações práticas em pensamento (processo natural das pessoas que tem Deficiência Mental).

• Atende alunos da própria escola e escolas da região, nas quais ainda não exista esse atendimento.

ORGANIZAÇAO DE ATENDIMENTO

Na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma, podendo ser atendidos de forma individualizada ou em grupos, organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas, com cronograma de atendimento com vistas ao progresso global, adoção de estratégias funcionais na busca de alternativas para potencializar o cognitivo, emocional, social, motor e / ou neurológico. A carga horária não deverá ultrapassar duas (2) horas de efetivo trabalho, podendo ser de duas (2) a quatro (4) vezes por semana, variando de acordo com as necessidades e condições de cada aluno. O atendimento na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica, é complementar ao trabalho da classe comum, na qual o aluno está matriculado, pois sua aprendizagem deve acontecer nessa classe, sendo a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica, um local de apoio didático e pedagógico à construção dessa aprendizagem e não reforço escolar, que muitas vezes é confundido por professores que não entendem o que é uma sala de recursos e qual a sua proporção.

O educando freqüenta essa sala durante o tempo que for necessário, para superação das dificuldades.

TRABALHO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO NA SALA DE RECURSOS

260

O atendimento Educacional Especializado, de natureza pedagógica na Sala de Recursos multifuncional tipo I, na Educação Básica, deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para a apropriação e produção do conhecimentos.

261

ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO

O aluno que apresenta comprometimento nas áreas de desenvolvimento, apresenta dificuldades de aprendizagem, necessitando de um atendimento educacional adequado, visando garantir o seu desenvolvimento integral.

Indicamos, a seguir, áreas do desenvolvimento humano, a serem trabalhadas em crianças com dificuldades de aprendizagem, nesta modalidade de atendimento, que são essenciais no processo ensino-aprendizagem.

Área Psicomotora Área Cognitiva Área Sócio-Afetivo Emocional • Esquema Corporal • Lateralidade • Estruturação e Organização

Espacial • Estruturação e Organização

Temporal • Equilíbrio, Tônus e Postura • Coordenação Dinâmica

Manual/Visomotora

• Percepções: Visual, Auditiva, Gustativa, Olfativa, Tátil e Temporal.

• Memória: Visual, Auditiva, Gustativa, Olfativa, Tátil e Temporal.

• Atenção/Concentração • Raciocínio • Conceituação • Linguagem

• Respeito as diferenças • Relações e emoções positivas

(alegria, respeito,...). • Respeito de regras, limites... • Bons hábitos sociais e pessoais. • Reforço positivo. • Elevação da auto-estima. • Respeito ao erro como processo

para aquisição do conhecimento. • Autoconhecimento • Limites

ÁREA PSICOMOTORA – PSICOMOTRICIDADE Entende-se por psicomotricidade a integração das funções motoras e mentais, comandadas pelo Sistema Nervoso Central. A psicomotricidade destaca a conexão íntima dos aspectos afetivos com a motricidade, com o simbólico e com o cognitivo. Segundo Piaget, a realização do movimento leva à assimilação, pois favorece a formação das imagens mentais (Pensamento Simbólico), que serão utilizadas quando do ingresso no processo de alfabetização.

262

� Objetivo geral : Promover a integração entre corpo, mente, tempo, espaço e afeto, contribuindo para mudanças e aquisição de novos

conhecimentos, melhorando suas condições de aprendizagem. O desenvolvimento psicomotor abrange os itens didaticamente distintos:

Conceito Básicos/Conteúdos

Objetivos Específicos Encaminhamentos metodológicos Recursos

Imagem e Esquema Corporal

Adquirir consciência do próprio corpo e de suas possibilidades.

*Consciência e educação da respiração: explorando todos os tipos de exercícios respiratórios onde envolvam inspiração, expiração, ritmos, esforço, movimento.

* Conhecimento e consciência das diferentes partes do corpo: explorando exercícios que envolvam o corpo nas mais diferentes posições ( sentado, deitado, em pé, de joelho, encostado na parede.....). * Relação da criança com objetos, com o mundo e com o outro. * Sonorização: explorar sons diversos: música, cantiga, sons ambientais, corporais.... * Sensibilidade: explorar o toque, sempre usando objetos intermediários ( bola, tecido de diferentes texturas, algodão, lenço perfumado, talco, perfumes,......) * Espelhamento: exercício frente ao outro, onde a criança imita o movimento. * Liberação da agressividade: explorar objetos de bater, chutar, estourar

- Próprio corpo - Sala de aula - radio/CD - bola - tecidos - algodão - lenços perfumados - perfumes - objetos com texturas diversas - espelho - bola - bexigas...

263

Lateralidade

Ser capaz de olhar e agir para todas as direções com equilíbrio, com coordenação mínima e noção de espaço, descobrindo aos poucos os sentidos laterais

* Desenvolvimento dos conceitos básicos de direita e esquerda explorando todos os tipos de exercícios que: - envolvam deslocamento para direita e esquerda, ( rolar, andar, correr....) - movimento de cabeça, braço, perna, tronco, para a direita e esquerda; * Relaxamento dos lados direito e esquerdo do corpo; * Exploração de texturas em um lado do corpo, depois do outro; * Pegar, chutar, jogar bola de um lado e depois do outro, com um lado do corpo, depois com o outro;

- próprio corpo - bola - pátio

Estruturação e

Organização Temporal

Situar-se no tempo, tomando consciência da sucessão de periodicidade e ritmo dos acontecimentos

*Desenvolvimento da “ apreensão perceptiva motora do tempo, realizando atividades que explorem: • ritmos internos ( respiração, pulsação, batimentos cardíacos...) • ritmos externos ( simples, fortes, suaves) • ritmos cadenciados( cadencias codificadas com diferentes tempos). • Acompanhamentos de ritmos ( tambor, chocalhos, clavas...) • Andar, correr, engatinhar, rolar em diferentes ritmos ( ritmo lento e rápido). • Ordenação temporal ( antes, depois, agora) • Ordenação do sentido de duração do tempo, explorando sons contínuos e interrompidos, associados ou não ao deslocamento (andar, correr...)

- bandinha: - tambor - chocalho - pandeiro...

Estruturação e

Organização Espacial Situar o próprio corpo, na

relação com o meio ambiente

* Orientação do corpo no espaço explorando as mais diferentes formas de deslocamentos: caminhar, engatinhar, rolar, arrastar, pular ( rápido, lento, perto, longe, em cima,

- corpo - espaço (ambiente dentro e fora da sala)

264

partindo do “eu” como

referência, depois com relação

ao outro, aos objetos e dos

objetos entre si.

próximo, em baixo......) * Orientação no espaço imediato explorando deslocamentos que envolvam posições do corpo (dentro-fora, acima, em baixo, entre....), ex: andar entre as carteiras, passar por baixo da mesa, entrar na caixa ou pular dentro do arco.... * Sentido de distância: explorar deslocamentos que envolvam distâncias com relação ao corpo e dos objetos entre si ( andar perto da parede, longe dos colegas, ocupar com o corpo o máximo de espaço possível, o mínimo possível...) * Desenvolvimento de noções de direita e esquerda: explorando movimentos corporais o lado direito e esquerdo ( de seu corpo, do colega, andar, correr, saltar, pular, rolar....)

Equilíbrio, Tônus e Postura

Melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global do deslocamento do corpo no espaço.

* Exercícios de equilíbrio estático ( parado) e dinâmico( em movimento), ex: ficar parado num pé só ( ambos os pés, com olhos aberto, fechados...), pular com um pé só ( ambos os pés, para frente, para trás, em cima de linhas retas, linhas curvas....) * Movimentos pendulares do corpo, ex: balançar o corpo de um lado, do outro, num pé só ir para frente, para trás.... * Passar o peso do corpo de um lado para outro. * Exercícios de relaxamento. * Subir e descer escadas. * Pular amarelinha. - Marchas. - Pular corda.

- radio/CD - corda - giz

� Coordenação Dinâmica Manual

Dominar o campo visual, associado à motricidade fina,

* Exploração das atividades de movimentos coordenados de mão e olho ( lançar bola, jogar bolinha de gude, rasgar,

- bola - bola de gude

265

facilitando a escrita, grafismo.

abrir, fechar....); * movimento dos olhos ( direito, esquerdo, para cima, para baixo....) * movimento das mãos e dedos ( amassar argila, massa de modelar, manipular, enfiar contas, cortar, separar grãos, pintura a dedo, movimentos de abrir e fechar as mãos, os dedos....)

-jornal - argila - massa de modelar - tinta - alinhavos - tesoura - grãos e sementes

� Coordenação Visomotora

Integrar os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.

* Realização de dobradura explorando diferentes tipos de papel ( seda, sulfite, jornal....); * Colagem sobre linhas ( barbantes, lã, palitos de sorvete, palitos de fósforo...) * modelagem ( massinha, argila, ...) * cópias de desenhos, pinturas, contornos de desenho... * alinhavos; * encaixes; * colagem; * seriação; * classificação; * Desenvolvimento de atividades de: - recorte – explorando materiais de diferentes texturas ( cartolina, tecido, lixa, cortiça, espuma....)

- papéis diversos - barbantes - lã - palitos de sorvete e fósforo - alinhavos - encaixes - blocos lógicos - objetos variados: tampinhas,contas,clips... - espuma - lixa

ÁREA COGNITIVA Cognição é o ato ou ação de conhecer ou de adquirir conhecimentos. Crianças com dificuldades nesta área, costumam ser distraídas e vagarosas, com a abstração prejudicada e o pensamento lento e concreto. São lentas para aprender e armazenar conhecimentos formais.

266

� Objetivo geral: Desenvolver no educando a capacidade para adquirir, interpretar, organizar e empregar o conhecimento, através de estímulos recebidos, levando-o a pensar e julgar o melhor.

O desenvolvimento desta área requer a estimulação da:

Conceitos Básicos/Conteúdos

Objetivos Específicos Procedimentos/Encaminhamentos metodológicos Recursos

Percepções:

Visual

Estabelecer o contato com o mundo exterior, através dos órgãos dos sentidos, organizando e compreendendo os estímulos.

*Mobilização ocular: pedindo que a criança acompanhe com os olhos movimentos de diferentes objetos (bola, pião, borboletas....). * Discriminação de cores, formas, tamanhos, quantidades, direções, semelhanças e diferenças. Iniciando com jogos ou exercícios com objetivos concretos (blocos lógicos, diferentes sucatas, botões, tampas coloridas, pedras....), partindo para exercícios semi-concretos, como por exemplo: * Ordenação de figuras de acordo com tamanho, comprimento e de acordo com uma sequência lógica; * Relação Figura x Fundo: quando a criança tem dificuldade de dirigir sua atenção e selecionar um determinado objeto de uma cena. Realização de identificação de símbolos escondidos em várias posições; Focalização de diferentes elementos que compõe um quadro. *Organização através de gravuras e histórias sequenciadas; * Trabalho com calendário. * Montagem de quebra-cabeças. * Jogos de 7 erros. * Completar desenhos. * Listagem de diferenças e semelhanças entre dois ou

- bola - pião - blocos lógicos - tampas coloridas - botões - sucatas - gravuras - figuras - material pedagógico - calendário - quebra-cabeças - material impresso

267

mais objetos, de acordo com a cor, forma, tamanho, textura.....

Auditiva * Com objetos sonoros (chocalhos, latas com pedrinhas, sons onomatopaicos, ruído do ambiente, músicas), treinar e localizar, identificação, reprodução e execução dos diferentes sons. * Jogos de rimas. * Treinamento de ritmo (através de marcha, palmas e dança...). * Jogos de palavras que iniciam com o mesmo som.

- chocalhos - pedrinhas - radio/CD - sons do ambiente

Gustativa *Reconhecimento de sabores: (doces, salgados, azedo, amargo, picantes...).

- sal - açúcar, doce - limão...

Olfativa *Reconhecimento à discriminação de odores. - Comparação de cheiros.

- perfume - vinagre

Tátil *Desenvolvimento da sensibilidade das mãos e dedos. * Manipulação de objetos explorando suas formas, tamanhos diferentes, texturas 9 madeira, espuma, lixa, tecido...) e temperaturas (quente e frio).

- objetos de texturas diferentes: lixa, espuma, tecido, gelo...

Temporal *Identificação dos conceitos temporais como: ontem, hoje, amanhã, dias, meses, anos, estações, etc. * Narração de história à vista de figuras, obedecendo à sequência lógica (iniciar com duas figuras e aumentar a dificuldade gradativamente); * Exploração do fenômeno natural-dia (claro, tem sol...,) noite (escuro, lua, estrelas...), meio dia;

- calendário - figuras com fenômenos da natureza

268

* Planejamento, das atividades da aula, juntamente com o aluno; * Organização da linha do tempo (com fatos principais de sua vida); * Trabalho com ritmos;

Memória

Visual

Reter e recordar com precisão uma série de estímulos apresentados visualmente.

*Compreensão de estímulos visuais ( apresentar figuras simples e pedir que a criança descreva, aumentando gradativamente às dificuldades). * Reprodução de situações ocorridas em filmes, desenhos animados, passeios,.. * Reprodução de desenhos. * Trabalho com rótulos e logotipos. * Apresentação de diferentes objetos, retirar um, indicar qual foi retirado. * Jogos de memória e de completar figuras.

Auditiva

Fixar e reproduzir oralmente ou por escrito, as informações recebidas auditivamente.

* Identificação de sons onomatopaicos ( de animais, de objetos..). * Memorizacão de músicas, poesias, versos... * Trabalho com séries de sons ( ex: 2 batidas de palmas, 1 batida de pé...). * Repetição da ideia principal de uma história, trecho lido, frases, etc.

- radio/computador/CD - aluno - professor - livros - textos

Visomotora

Reproduzir com movimentos de partes corporais, experiências visuais anteriores.

* Apresentação de modelos de desenhos ou dobraduras, retirar o modelo, e pedir para que reproduza. * Reprodução de movimentos com o corpo: Levantar: 1º o braço direito 2º o braço esquerdo 3º levantar a cabeça. * Sequência de palmas, com diferentes intervalos;

- desenhos - papel dobradura - figuras

269

* Saltitar para diferentes lados; * Reconstrução da memória, em situações da vida diária (como: ir às compras, à escola, à festas, à igreja....)

Atenção

Relacionar e fixar determinados estímulos por um período de tempo variável.

* Estimulação através de jogos de peças, quebra-cabeça, completarem figuras, seqüência de cores, formas e tamanhos, de 7 erros... * Brincadeiras: lenço atrás, dança das cadeiras, passa anel, bola-bobo, dominó, xadrez, vídeo-game... * Relaxamento e equilíbrio.

- encaixes de madeira, EVA... - construtor xalingo - blocos lógicos - dominó - cadeira/ rádio

Raciocínio

Compreender e resolver as situações problemas da vida diária, através da coleta de dados, levantamento de hipóteses, levando-o a pensar e julgar o melhor.

Algumas atividades que despertam a motivação do aluno para pensar, analisar situações, criar... * Solucionando quebra-cabeças, tangram; classificando objetos segundo determinados critérios; *Identificando relações de igualdade, semelhanças e diferenças, entre objetos e situações; * Estabelecendo nexos históricos causais (usando-se, por exemplo, quadrinhos para historia em suas sequências lógicas); * Inventando histórias e jogos; * Criticando; * Tirando conclusões lógicas de enunciados inconclusos; * analisando e sintetizando configurações gráficas ou contextuais, dentre outras.

- quebra-cabeça - tangram - objetos: tampinhas, peças, botões, ... - histórias em sequência - livros - gráficos - tabelas

Conceituação

Conceituar, ou seja, classificar objetos através da abstração de suas características, seguindo

*Organização de conjuntos de objetos ( blocos lógicos, por ex.), segundo critérios de classificação( cor, forma, natureza, tamanho, posição, quantidade, isolados ou

- blocos lógicos - objetos variados - brinquedos

270

critérios. combinados); * Emparelhamento de objetos por semelhanças, por equivalência de uso; * Conversação em grupos sobre gravuras, brinquedos e objetos, destacando suas características, utilidades e importância; * Leituras de histórias seguidas de debates sobre seu tema, e outras.

- gravuras

Linguagem oral e

escrita

Vocabulário

Fluência e decodificação

Desenvolver a habilidade para falar, ler e escrever com correção. Estimular a expressão verbal, a comunicação, para aquisição do domínio linguístico.

Para desenvolver o vocabulário: * imitações, usando todos os tipos de linguagens; * reprodução de historias, narração de viagens, passeios e outras situações da vida; * descrição de gravuras, quadros, cenas....; * introdução de palavras novas referentes à saúde, segurança, sinais de trânsito, animais.... em situações lúdicas; * introdução de dicionários ( ensinar como utilizá-lo); Para o desenvolvimento da fluência e codificação ( facilidade de expressão e comunicação que uma pessoa tem) , são sugeridas as seguintes atividades: *lúdicas ( dramatizações, fantoches, pantomimas,gestos); passeios, levar um animalzinho para a escola, atividades com plantas...; * canções infantis; * dizer e escutar poesias; * narrações;

- figuras - gravuras - sinais de trânsito - dicionário - fantoches - rádio/computador - CD - livros de histórias

271

Articulação

Compreensão da Leitura e Escrita

Ser capaz de pronunciar palavras corretamente, de modo inteligível. Decodificar símbolos e sinais gráficos

* inventar história, e outras ... Desenvolvimento de atividades utilizando historias, gravuras, brinquedos, animais, jogos, etc.) baseadas em: * imitação de movimentos (gestos, mímicas..); - identificação de sons (esconde o objeto, faz-se o som e a criança descobre); * repetição de rimas e poesias infantis; * reprodução e prática de sons diante de um espelho para o aluno observar sua verbalização e, aos, poucos, imitarem o professor, aprendendo o som correto; * classificação de objetos e figuras, para perceber e discriminar semelhanças e diferenças; * uso do gravador, tendo o aluno à oportunidade de ouvir e controlar sua própria voz e articulação; * Consciência fonológica (rimas e aliteração) * Participação em situações que as crianças leiam, ainda que não façam de maneira convencional. * Prática de leitura de rótulos, palavras e frases: silenciosa e oral coletiva e individual. * Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos, placas, rótulos, etc..., previamente apresentados para o grupo. * Introdução progressiva da correspondência entre fonema som letra e grafema escrita letra de todas as letras

- rótulos - embalagens - panfletos - jornais - revistas - livros de histórias - textos - figuras - cartazes - material impresso

272

(transcrição da letra de imprensa para manuscrita). * Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento. * Leitura de textos dos gêneros previstos para o ano/série. * Buscas de informações e consultas a fontes de diferentes tipos (jornais, revistas, enciclopédias, etc.) com ajuda. * Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita. * Identificação e escrita do alfabeto. * Escrita do próprio nome em situações em que isso é necessário. * Exploração a partir de textos, histórias e palavras para verificação de composição silábica (análise linguística) * Compreensão do sentido nas mensagens orais e escritas. * Produção de textos coesos e coerentes utilizando a escrita alfabética. * Separação entre palavras, divisão de texto em frases, utilizando recursos do sistema de pontuação: maiúscula inicial, exclamação, interrogação e reticências. * Acentuação e suas interferências no som das letras, estabelecimento das regularidades ortográficas (interferência das regras) e constatação de regularidades (ausência de regras). Utilização, com ajuda, de dicionário, e outras fontes escritas impressas para resolver duvidas ortográficas. * Produção de: textos, frase, listas, auto-ditado, ditado, rimas, histórias em seqüência, descrição a partir de figuras, recados, bilhetes, convites, narrativas e entrevistas.

273

ÁREA AFETIVO-EMOCIONAL

É preciso construir o conhecimento, tendo como via de acesso a afetividade, através do respeito e aceitação das diferenças, dos limites e a busca das potencialidades.

O educando certamente encontrara maior motivação para aprender a partir do momento em que o processo educacional levar em consideração suas necessidades, interesses, afetividade, modo de ver a vida e de se expressar, descartando todo tipo de discriminação e preconceito.

Sendo assim o professor da Sala de Recursos deverá respeitar alguns pressupostos básicos relacionados a área afetiva, que devem ser trabalhados e considerados essenciais para o sucesso desta modalidade de atendimento.

Conceito Básicos/Conteúdos Objetivos Específicos Encaminhamentos metodológicos Recursos • Desenvolvimento Emocional � Obter equilíbrio emocional

diante de diversas situações � Desenvolvimento de emoções positivas, auto-estima (alegria, respeito, limites...) � Noções do próprio espaço e do grupo, promovendo atividades que envolvam relacionamento humano � Favorecimento de um ambiente agradável � Formação de bons hábitos sociais participando de entrevistas, visitas, festas comemorativas, feiras... � Valorização das atividades diárias � Desenvolvimento de uma avaliação que respeite o erro como processo para aquisição do conhecimento. � Atividades da vida prática � Valores

� CD´s � Revistas � Jornais � Ambientes diversos

274

ÁREA ACADÊMICA Lingua Portuguesa – Discurso como prática social

Prática da Lingua Oral Pratica da Leitura Prática da Escrita • Relatos (experiências pessoais,

histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV (filmes, entrevistas, etc))

• Debates assuntos lidos, acontecimentos (situações polêmicas, contemporâneas, filmes, programas, etc)

• Criação (histórias, quadrinhos, piadas, adivinhações, etc)

No que se refere a atividade da fala: • Clareza na exposição de idéias; • Sequência na exposição de idéias; • Objetividade na exposição de idéias; • Consistência argumentativa na

exposição de idéias; • Adequação vocabular No que se refere à fala do outro; • Reconhecer as intenções e os

objetivos; • Julgar a fala do outro na perspectiva

da adequação a circunstâncias, da clareza e consistência

• Prática da leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.

No que se refere a interpretação: • Identificar as idéias básicas

apresentadas no texto; • Reconhecer nos textos as suas

especificidades ( texto narrativo ou informativo);

• Identificar o processo e o conteúdo de produção;

• Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;

• Atribuir significados que extrapolam o texto lido;

• Proceder a leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema em linguagem diferente, o mesmo tema tratado em épocas diferentes, o mesmo tema sob perspectivas diferentes);

No que se refere a análise de textos lidos: • Avaliar o nível argumentativo; • Avaliar o texto na perspectiva da

No que se refere a produção de textos: • Produção de textos ficcionais

(narrativos), produção de textos informativos;

• Produção de textos dissertativos; No que se refere ao conteúdo: • Clareza; • Coerência; • Argumentação; No que se refere a estrutura: • Processo de coordenação e

subordinação na construção das orações;

• Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);

• A organização de parágrafos; • A pontuação; No que se refere a expressão; • Adequação a norma padrão

(concordância verbal e nominal); No que se refere a organização gráfica dos textos: • Ortografia; • Acentuação;

275

argumentativa. No que se refere ao domínio da norma padrão: • Concordância verba e nominal; • Regência verbal e nominal; • Conjugação verbal; • Emprego de pronomes, advérbios,

conjunções.

unidade temática, avaliar o texto da perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

No que se refere a mecânica da leitura: • Ler com fluência, entonação e ritmo,

percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com sinais de pontuação.

• Recursos gráficos visuais (margem, título, etc);

MATEMÁTICA Números e Operações:

CLASSIFICAÇÃO, SERIAÇÃO E NÚMEROS

OPERAÇÕES MEDIDAS GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Seriação numérica, contagem de 1 em 1, 2 em 2, etc;

• Registro de quantidades; • Leitura e escrita em

números; • Noções de: antecessor,

sucessor, pares, ímpares, igualdade, desigualdade, ordem crescente e decrescente;

• Agrupamentos e trocas: formação de dezena, centena, etc;

• Operações: Adição e Subtração, multiplicação e divisão, construção de algoritmos, cálculo de metades e dobro;

• As 4 operações com os números decimais;

• Classes de equivalência e as

• Tempo: dia e noite, antes, durante e depois;

• Dia, semana, mês e anos: construção de calendário, uso do relógio;

• Sequência temporal: logo após, muito depois, muito antes, um pouco

• Semelhança e diferença entre as formas geométricas encontradas nos objetos deste espaço;

• Classificação dos sólidos geométricos e figuras planas;

• Planificação dos sólidos, através dos contornos

• Construção de gráficos e colunas;

• Leitura de tabelas;

276

• Valor posicional, • Números racionais e

medidas; • Relações entre frações

do inteiro, parte menor, parte maior, partes iguais;

• Contagens de meios, quartos, etc:

• Registro de frações do inteiro e maiores que o inteiro;

• Leitura e escrita de números fracionários;

• Noções de inteiros, parte, igualdade, desigualdade, equivalência;

• Números mitos: Registro de frações decimais com o uso da vírgula;

• Interpretação geométrica de equações e inequações e sistemas de equações;

• O ângulo como mudança de direção de um segmento;

• Noções de plano, reta e ponto e segmentos a

4 operações com frações;

• Cálculo de porcentagem e as relações: 50% metade, 25% um quarto, e 20% um quinto;

antes; • Medida de

valor: identificação e uso de cédulas e moedas;

• Composição e decomposição de valore; comprimento, massa e capacidade;

• Unidades: pé, palmo, pitada, xícara, etc;

• Unidade padrão de comprimento, massa;

• Capacidade e tempo;

• Noções de múltiplo; noção de perímetro e área;

das faces; • Semelhanças e

diferenças entre sólidos geométricos e figuras planas;

• Classificação da figuras planas;

• Quadrados, retângulos e círculos;

• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;

• Construção de sólidos geométricos;

277

partir de poliedros regulares;

• Os polígonos regulares e os poliedros: semelhanças e diferenças (nº de faces, arestas e vértices);

• Congruência: principais propriedades relativas a triângulos;

278

AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá de forma diagnóstica, processual, entendida como um processo contínuo de informações, análises e reflexão do desempenho dos alunos na apropriação do conhecimento.

Os “erros” constatados no trabalho devem ser interpretados e os conteúdos retomados, muitas vezes, de outra forma. É preciso verificar a natureza desses erros: conceitual, de atenção, de raciocínio, de linguagem, ou domínio dos algoritmos. Devemos, sobretudo, trabalhar os raciocínios envolvidos, levando-os a escolher procedimentos mais adequados que diminuam os erros. A avaliação deve ocorrer ao longo do processo ensino-aprendizagem, proporcionando aos alunos múltiplas possibilidades de se expressar, rever e aprofundar a sua visão dos conteúdos trabalhados.

O desempenho dos alunos será registrado em Relatório Bimestral pela professora da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I na Educação Básica.

A decisão sobre a permanência ou desligamento do aluno do programa será feita em comum acordo com a Equipe Pedagógica da escola e os professores, através de relatório. OBS. Este programa foi elaborado a fim de abranger todos os níveis de atendimento, pois são pressupostos e conceitos básicos importantes que devem ser retomados para melhor desenvolvimento do educando. Porém faz-se necessário a elaboração de um programa individualizado dos alunos atendidos com os aspectos a serem trabalhados.

Goleman afirma”: “ A cabeça e o coração precisam um do outro”.

Professora: Sonia Marilea Canezin Pereira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa oficial, 1988. BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96. Brasília, 1996. BRASIL. Ministério da Educação, Conselho Nacional da Educação, Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 17/2001.

279

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para Construção de Currículos Inclusivos. 2006, Curitiba – SEED. Resolução CNE/CEB nº 02/2001; Deliberação nº02/3 – CEE – PR. Instrução nº 016/2011 – SEED/SUED. Áreas do Desenvolvimento – Estado do Paraná Secretária de Estado da Educação. Departamento de Educação Especial DEE, abril 1998. http//: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO – Área DEFICIÊNCIA VISUAL

Proposta Pedagógica Curricular do Centro de Atendimento Especializado (CAEDV)

Apresentação

Partindo da perspectiva fundamentada no materialismo histórico-dialético, cuja

essência é a de produzir em cada homem a humanidade de forma histórica e coletiva,

buscou desenvolver ações concretas em potencial no contexto uma prática social, na qual

as formas e os métodos possam assimilar e garantir a universalização das mais diversas

possibilidades de viver e estabelecer relações de convivência, partindo da reflexão e do

conhecimento de múltiplas determinações e vinculações do trabalho educativo.

Tais ações procuram superar a incoerência e fragmentação para, de modo articulado

e intencional, produzir relações capazes de dar entendimento a um fenômeno de totalidade.

Considerando a realidade de cada um, suas raízes, problemas e condicionantes, há

necessidade de relembrar a cada ação o que já dissera Hermann Hesse:"Nada lhe posso dar

que já não existam em você mesmo, não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além

daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o

impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isto é tudo."

Neste contexto percebemos que a educação especial passou a integrar a organização

das Secretarias do Estado da Educação, como parte da estrutura e funcionamento dos

sistemas de ensino na década de 60, sendo que no ano de 1963 é o marco histórico de

280

ensino da Educação Especial no Paraná. A atenção específica aos alunos com deficiência

deu lugar a uma concepção mais ampla em torno da noção de alunos com necessidades

educativas especiais. A partir dessa concepção, propôs-se uma reforma da educação

especial que tornasse possível a integração dos alunos com deficiência e que, ao mesmo

tempo, desse resposta a todos os outros alunos que apresentavam atrasos ou problemas de

aprendizagem durante a sua escolarização.

As escolas inclusivas não surgem da noite para o dia, mas são gestadas mediante as

atitudes positivas e ação eficaz do conjunto da sociedade. É a própria sociedade que aceita

com maior ou menor facilidade o fato de que todos os alunos se eduquem durante o ensino

obrigatório nas mesmas escolas. São as administrações dos sistemas educacionais que

podem criar as melhores condições para que existam escolas inclusivas. São as escolas e a

comunidade educativa que podem considerar que a educação na diversidade é um de seus

principais critérios de qualidade.

Os serviços ofertados pela Rede Pública do Estado do Paraná ao educando com

deficiência visual são contemplados na instrução normativa nº 020/2010 que orienta a

organização e o funcionamento do Atendimento Educacional Especializado na Área da

Deficiência Visual:

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento

Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV é um Atendimento

Educacional Especializado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos

visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), que

funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes: estadual,

municipal e particular de ensino, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo

às classes comuns, podendo, ser realizado também em instituições comunitárias ou

filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão

equivalente. (INSTRUÇÃO. Nº 020/2010 - SUED/SEED).

O deficiente visual em situação de inclusão no ensino regular é atendido na

Educação de Jovens e Adultos/EJA e na classe comum da Rede Regular de Ensino com

apoio em turno contrário de atendimentos especializados em Salas de Recursos

Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional Especializado

destinado à área visual - CAE-DV, com apoio do Serviço Itinerante ou Itinerância.

Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por

professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para trabalhar com os

alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e com seus respectivos

281

professores de classe comum da rede regular de ensino. (Diretrizes Nacionais p/ Ed. Esp.

Na Educação Básica, p.50, 2001).

Para uma maior compreensão faz-se necessário mencionar o que significa Centro

de Atendimento Especializado/CAE e em que consiste, segundo a legislação do Estado do

Paraná.

Serviço de natureza pedagógica, desenvolvido por professor habilitado ou

especializado em educação especial ofertado a alunos com necessidades educacionais

especiais matriculados na educação básica. A finalidade desse serviço será a de oferecer

apoio à escolarização formal do aluno e/ou possibilitar o acesso a línguas, linguagens e

códigos aplicáveis, bem como a utilização de recursos técnicos, tecnológicos e materiais,

equipamentos específicos, com vistas a sua maior inserção social. O atendimento nesse

serviço tem início na faixa etária de zero a seis anos e realiza-se em escolas, em salas

adequadas, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista

esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos

que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em turno contrário, caso

freqüentem a classe comum (Del. 02/03, PORTARIA N.º 22/00-CEE).

Cabe ressaltar, no entanto a finalidade e o objetivo do Centro de Atendimento

Especializado (CAEDV) para alunos cegos, e baixa visão ou outros acometimentos visuais

(ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), contemplados na

Resolução 020/2010, que funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação

Básica, das redes: Estadual, Municipal e Particular de ensino, no turno inverso da

escolarização não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado também em

instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a

Secretaria de Educação ou órgão equivalente.

Os alunos que freqüentarão o CAEDV serão pessoas cegas ou com baixa visão ou

outros acometimentos visuais, com faixa etária de zero a cinco anos, preferencialmente,

matriculados na Educação Infantil, alunos cegos e de baixa visão, a partir de seis

regularmente matriculados na Educação básica e ou outras modalidades, também pessoas

com cegueira adquiridas ou baixa visão que necessitam de atendimento complementar e

suplementar como Orientação e Mobilidade, Sistema Braille, Atividades da Vida

Autônoma, Sorobã e estimulação visual por tempo determinado, com o funcionamento no

turno contrário ao da escolarização, a garantia de oferta do atendimento Educacional

Especial, a organização e disponibilização de recursos, serviços pedagógicos e de acesso

para o atendimento às necessidades educacionais específicas, do aluno com deficiência

282

visual, desde a educação infantil, conforme prevê a legislação.

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

Braille Leitura e escrita

Pontuação

Gramática

Código Matemático

Sorobã Cálculos matemáticos

As quatro operações

Orientação e Mobilidade Técnica com guia vidente

Técnica com auxílio da bengala longa

Técnica para subir e descer escadas

rolantes

Mobilidade independente

Atividade da Vida

Autônoma

Alimentação

Higiene corporal

Vestuário

Segurança e saúde

Atividades domésticas

Estimulação Visual Funções ópticas e perceptivas

Funções viso perceptivas

Informática Ter o domínio do computador e

dos softwares que estão disponíveis para

os deficientes visuais

283

Metodologia

O atendimento educacional aos portadores de deficiência visual compreende a

definição do aluno de acordo com o comprometimento visual, a faixa etária do educando.

O CAEDV proporciona os programas de Educação Infantil Especializada de 0 a 6

anos; Educação Preparatória e do Apoio à Escolaridade de pessoas com Deficiência

Visual. Destacando-se sua instrumentalização no Braille, Sorobã, Orientação e Mobilidade

e Estimulação Visual. Atendimentos Complementares Específicos: atividades da vida

autônoma, ampliação de materiais em relevos, recursos tecnológicos, e outras necessidades

à sua perfeita integração no Ensino Regular; Apoio à Educação Básica; Ensino Itinerante.

Em Educação Infantil são realizadas atividades para desenvolver as habilidades

neuro-psico-sociais, inclusive orientação para a família.

Aos alunos com baixa visão serão oferecidas atividades ao treinamento das funções

ópticas, treinamento do uso correto de auxílios ópticos, trabalhos manuais e apoio

pedagógico especializado. A estimulação visual precoce é importante porque tenta resgatar

os potenciais perceptivos existentes e estimulá-los para que haja um melhor

desenvolvimento global.

No CAEDV também são atendidos alunos do Ensino Médio abrangendo até a

terceira idade.

Além do atendimento no Centro Especializado, faz-se também o serviço itinerante,

dando apoio no Ensino Regular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Preparando

a escola e a comunidade escolar para a inclusão do aluno; auxiliando o professor regente

na operacionalização do conteúdos curriculares, por meio de apoio técnico pedagógico

especializado, orientando a realização das adaptações curriculares necessárias ao processo

ensino-aprendizagem do portador com deficiência visual.

A oferta de Atendimento Especializado ocorre sempre em período alternado ao que

o aluno está estudando. Para participar do CAEDV é necessário: Exame oftalmológico

para diagnóstico e prognóstico; Avaliação Funcional, realizada professor especializado.

Estimulação Visual á a estimulação do resíduo visual para a melhoria da qualidade

do seu potencial visual, sendo que o oftalmologista é que definirá se o resíduo é treinável e

284

orientará a forma de estimulação visual que poderá ser através da oclusão, prescrição de

auxílios ópticos como óculos, lentes, lupas ou tele lupas, acrescidos da indicação de

treinamento visual para perto e/ou para longe do diagnóstico responsável pela baixa visão.

Fica a cargo do professor o atendimento pedagógico especializado que prevê a elaboração

e execução de atividades segundo as necessidades indicadas pelo oftalmologista para o

treinamento e para atuar sobre as possíveis defasagens do desenvolvimento global do

educando.

O sistema Braille de leitura e escrita são pontos distinguíveis ao tato que

representam os elementos da linguagem. Constam da combinação de seis pontos em

relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. A diferente disposição desses pontos

permite a formação de sessenta e três símbolos Braille, produzindo a leitura e escrita em

qualquer língua e símbolos técnico-científicos como: letras, numerais e sinais diversos,

para o mesmo é necessário a máquina Braille Perkins, reglete de mesa e de bolso e punção.

Conforme método de alfabetização utilizado, podem ser trabalhadas palavras

inteiras ou sílabas soltas, além de método de palavras que correspondem à realidade de

aprendizado, levando em conta as necessidades e diferenças individuais e realidade social

vigente.

A criança ou o adulto com Deficiência Visual Total deve apresentar na leitura de

Braille um desenvolvimento treinado de tato, pois embora, tanto a escrita como a leitura

Braille sejam processos mecânicos, exigirá uma condição motora, cognitivas e sociais

muito desenvolvidas.

O Sorobã e um ábaco japonês adaptado para o Deficiente Visual onde este realiza

operações matemáticas.

Através da prática do Sorobã, os alunos atingem objetivos como:

Por em funcionamento do cérebro, aguçando a inteligência.

Ajuda o aluno a resolver problemas de matemática com rapidez e perfeição,

desenvolve a memória e autoconfiança.

O professor e o aluno não deverão ter como objetivo a rapidez, mas sim a perfeição

dos movimentos, para chegar a resultados corretos.

A informática é um dos instrumentos de fundamental importância na educação de

285

pessoas com deficiência visual, pois objetiva o ingresso e permanência dos mesmos no

mercado de trabalho, inserção social e melhoria da qualidade de vida.

O progresso tecnológico permite oferecer melhores condições de vida às pessoas

com deficiência, favorecendo sua inserção no mercado de trabalho e integração social

viabilizando a realização trabalhos escolares e profissionais num sistema de comunicação

acessível a todos e com abrangência universal. O computados e periféricos como Scanners,

placas de som, impressora Braille, softwares específicos para deficientes visuais( Virtual

Vision, Jaws, Dosvox, Mecdaisy, etc.),Softwares educativos e utilitários ajudam a

minimizar as barreiras entre o deficiente visual e todo o acervo do conhecimento impresso,

permitindo que de maneira independente, leia, pesquise, comunique-se enriquecendo sua

capacidade intelectual,seu sentido de auto estima, levando-o a expandir a sua capacidade

de aprender e de se desenvolver cognitiva e emocionalmente.

Para o professor realizar um bom trabalho em todas as áreas com o Deficiente

Visual tem estabelecer um ambiente de confiança e liberdade, condições para a expressão

espontânea.

Avaliação

A avaliação do grau de perda visual apresentado pela criança deficiente visual deve

ser feita em dois níveis diferentes, mas ao mesmo tempo complementares (Espinosa e

Ochaíta, no prelo; Rosa, 1993). Por um lado, deve-se fazer um bom exame oftalmológico,

e também, deve-se avaliar o grau de visão funcional, isto é, os resquícios visuais de que

essa criança dispõe para seu desenvolvimento e sua aprendizagem. Somente dispondo dos

dois tipos de informação, será possível elaborar um informe visual completo, que sirva

para prescrever as correções e as ajudas técnicas necessárias e para planejar programas de

intervenção educacional adequados.

Avaliação também será permanente, através da observação e por ter atingido o

objetivo proposto pela avaliação diagnóstica, o que permitirá, conseqüentemente, revisar e

realimentar o processo educativo. Os relatórios de acompanhamento da aprendizagem do

aluno serão os documentos oficiais e será atualizado periodicamente (bimestral), pelo

professor conforme indicado no Projeto Político- Pedagógico do Estabelecimento.

286

Referências

Martin, Manual Bueno, Bueno, Salvador, Toro, Deficiência Visual- Aspectos psicoevolutivos e Educativos, São Paulo, Santos Editora, 2003.

MEC/SEESP, A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar- Os alunos com Deficiência Visual: Baixa Visão e Cegueira. Brasília, 2010.

Instrução N° 020/2010- SUED/SEED Assunto; orientações para orientação e funcionamento do Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual.

LDB (Lei de Diretrizes e Bases) 96- Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996. Brasília, 2002. Disponível em http://www.mec.gov.br/ibc/hist.htn Acesso em Março de 2012.

LEMOS, Edison Ribeiro; CERQUEIRA, Jonir Bechara. O sistema Braille no Brasil. Revista Benjamim Constant- Ministério da Educação e do Desporto, n° 2 – Janeiro de 1996, p. 13-17.

Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para educação especial na educação básica- Secretaria de Educação Especial- MEC, SEESP, 2001.

Proposta Pedagógica Curricular do Centro de Atendimento Especializado Deficiência Visual ... Ora, não percebeis que com os olhos alcançais toda a beleza do mundo? O olho é o

senhor da astronomia e o autor da cosmografia; ele desvenda e corrige toda a arte da

humanidade; conduz os homens as partes mais distantes do mundo; é o príncipe da

matemática, e as ciências que o têm por fundamento são perfeitamente corretas.

O olho mede a distância e o tamanho das estrelas; encontra os elementos e suas

localizações; ele... deu origem a arquitetura, a perspectiva, e a divina arte da pintura.

...Que povos, que línguas poderão descrever completamente sua função! O olho é a janela

do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo.

LEONARDO DA VINCI