escola estadual vale do saber – ensino fundamental · município: 0140- apucarana – paraná....
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Colégio Estadual Vale do Saber Ensino
Fundamentale Médio
Projeto PolíticoPedagógico
Ano 2012
INDICE
I- APRESENTAÇÃO .....................................................................................................06
II- INTRUDUÇÃO..........................................................................................................06
a) Identificação............................................................................................07
b) Aspectos Históricos.................................................................................07
c) Organização Espaços Físicos...................................................................08
d) Oferta de Cursos e Modalidades..............................................................09
e) Quadro de Pessoal..................................................................................10
Pessoal Técnico Administrativo..............................................................11
Pessoal Administrativo (apoio)................................................................11
Docentes..................................................................................................14
f) Recursos Materiais..................................................................................14
Equipamento Para Audiovisuais..............................................................14
Mobiliário e Equipamentos que atendem as finalidades do Projeto
Pedagógico.......................................................................................................................15
QUADRO COM NÚMEROS DE ALUNOS
FISOLOFIA DA ESCOLA.............................................................................................16
III- OBJETIVOS..............................................................................................................16
MARCO SITUCIONAL..................................................................................................17
A SOCIEDADE E A EDUCAÇÃO
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS
MARCO CONCEITUAL
a) Concepção de Sociedade.........................................................................28
b) Concepção de Mundo..............................................................................28
c) Concepção de Homem.............................................................................29
d) Concepção de Aprendizagem..................................................................30
e) Concepção de Escola e Educação ...........................................................31
f) Concepção de Ciências............................................................................32
g) Concepção de Cidadania.........................................................................33
h) Concepção de cultura...............................................................................34
i) Concepção de Tecnologia........................................................................35
j) Concepção de Infância.............................................................................36
k) Concepção de Adolescência....................................................................38
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA..............................................................40
INSTRUMENTOS DE AÇÃO COLEGIADA.............................................42
Concepção de Avaliação ..............................................................................44
Concepção dos Sujeitos com Necessidades Educacionais Especiais e
Concepção de Inclusão..................................................................................47
MARCO OPERACIONAL.............................................................................................49
PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO................................................................................49
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS DOCENTES E FUNCIONÁRIOS
ESTUDOS E FORMAÇÃO CONTINUADA................................................................51
QUALIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E DOS ESPAÇOS
DA ESCOLA...................................................................................................................53
FAMÍLIA/ESCOLA........................................................................................................53
REUNIÕES DA APMF...................................................................................................54
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA APMF..........................................................................54
INSTANCIAS COLEGIADAS.......................................................................................55
Conselho de Classe........................................................................................55
Conselho de Classe Participativo..................................................................55
Avaliação......................................................................................................56
Avaliação Institucional..................................................................................56
Avaliação Rendimentos Escolar....................................................................57
Recuperação de Estudos................................................................................60
Hora Atividade.............................................................................................60
PROJETOS/PROGRAMAS/CURSOS EXTRACURRICULARES..............................61
Baú da Leitura...............................................................................................61
Projeto Junior Achievement..........................................................................62
Festa Julina....................................................................................................62
Semana Cultural............................................................................................63
Projeto Construindo a Paz.............................................................................64
SALA DE RECURSOS..................................................................................................66
SALA DE APOIO...........................................................................................................66
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO................................................................................66
CURSOS EXTRACURRICULARES.............................................................................67
CELEM – ESPANHOL...................................................................................................67
EVASÃO ESCOLAR......................................................................................................68
AS HORAS DE ESTUDOS............................................................................................69
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO...........................................................................69
PROBLEMAS OU NECESSIDADES DA ESCOLA.....................................................70
REUNIÕES DE PAIS.....................................................................................................70
CONSELHO ESCOLAR................................................................................................70
RENDIMENTO ESCOLAR...........................................................................................70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................71
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Proposta Pedagógica Curricular de Artes......................................................72
Proposta Pedagógica Curricular de Biologia................................................87
Proposta Pedagógica Curricular de Ciências.................................................98
Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física..................................109
Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso...............................114
Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia....................................
Proposta Pedagógica Curricular de Física...................................................125
Proposta Pedagógica Curricular de Geografia.............................................130
Proposta Pedagógica Curricular de História...............................................138
Proposta Pedagógica Curricular de LEM – Inglês......................................147
Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa..............................163
Proposta Pedagógica Curricular de Matemática.........................................192
Proposta Pedagógica Curricular de Química..............................................204
Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia..........................................214
ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Proposta Pedagógica Curricular de CELEM – Espanhol............................222
Programa Mais Educação............................................................................237
APRESENTAÇÃO
O projeto político pedagógico é um projeto de intenções sendo o elo
Educacional das práticas pedagógicas e das reflexões paradigmáticas das relações
teóricas conceituais.
Ele é uma importante opção metodológica com várias possibilidades da
organização do trabalho da escola. Ele deve ser concebido com base nas reflexões
dos professores, equipe técnico administrativa, pais alunos e representantes da
comunidade local, pois exige profunda reflexão sobre finalidades da escola,
explicitando seu papel social e suas ações a serem empreendidas por todos os
envolvidos com o processo educativos.
A construção do Projeto Político Pedagógico é a autenticação da autonomia,
cujo processo entende-se o espaço de cada escola no atendimento aos seus problemas
específicos, rompendo assim com os modelos centralizadores. Tal autonomia deve estar
amparada no arcabouço da Legislação em vigor compreendendo entre as que regem a
educação especificamente em concernência com as que regem a sociedade em geral.
Durante a elaboração do projeto algumas dificuldades se apresentam no âmbito
de mobilização de toda a comunidade escolar. Em primeiro enfoca-se a dificuldade de
criar momentos de encontros e discussões dos vários segmentos envolvidos: pais,
alunos, corpo docente e discente, membros representativos da comunidade social. Além
de criar estímulos e motivações para que se enquadrem como responsáveis pelo
processo educativo escolar. Outra grande dificuldade é a de criar ou inovar mecanismos,
estratégias e procedimentos para o trabalho em grupo. Porém esses encontros tornam-se
significativos e constituem um grande passo para a redemocratização do ambiente
escolar, da gestão escolar, da consciência e compromisso com a Educação que
culminam na elaboração de projetos, sugestões de atividades diversificadas, regimento
interno e normas que favorecem ao bom funcionamento da unidade escolar.
II INTRODUÇÃO
Presente trabalho visa contemplar a situação da instituição de ensino no que
tange as suas condições, contradições e aponta caminhos para melhoria contínua
através do trabalho e da reflexão do mesmo, já que sua ação tem caráter político e
pedagógico. Sendo assim, está estruturado nos marcos situacional, conceitual e
operacional. A partir do diálogo e decisões fundamentadas nos princípios da gestão
democrática o espaço educativo torna-se mais dialético e a escola desenvolve-se
mais. O grande mestre Paulo Freire afirma que a escola sozinha não muda a
sociedade e sem ela tampouco a sociedade muda. Nessa perspectiva contemplamos
a realidade da escola que faz parte de um contexto ainda maior porém tem seu papel
transformador a medida que luta pelas oportunidades tanto no que se refere ao
acesso ao conhecimento historicamente construído quanto ao crescimento
socioeconômico. A medida que o ser humano adquire conhecimento e vai se
tornando mais sensível com aqueles que estão à sua volta, também vai
transformando a si e ao meio em que vive.
a) IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio
Código: 01980,
Endereço: Avenida Aviação, 2100 – Jardim Monções
Município: 0140- Apucarana – Paraná.
NRE: 001-Apucarana
CEP: 86.807-000
Telefone/ fax (43) 3423-8170
E-mail: [email protected] e
Site: apuvaledosaber.seed.pr.gov.br
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Localização: Zona Urbana
Organização curricular utilizada: por Disciplinas
b) ASPECTOS HISTÓRICOS
O Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio, começou a
funcionar com a nomenclatura Escola Municipal Vida Nova – sob a autorização
4.696/93, instalada em fevereiro de 1993, reconhecida pela Resolução 643/96 de
16/12/1996 e estadualizada como Escola Estadual Vale do Saber – Ensino
Fundamental. Esse nome se deve ao fato de sua localização ser em um vale e ter por
objetivo maior o saber num sentido holístico.
Em setembro de 1998, com a adequação à nova LDB passou a denominar-
se ESCOLA ESTADUAL “VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL”.
Em 2011, conforme resolução n.º................ passou a denominar-se
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
O Estabelecimento tem como Entidade Mantedora o Governo do Estado do
Paraná/SEED – localizada na Avenida Água Verde, n.º 1682, Curitiba – Paraná.
O Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio, que
inicialmente chamava-se Escola Municipal Vida Nova, fundada em 1993, teve como
sua primeira Diretora a Professora Maria Dolores Ramires Tibério, que permaneceu
na direção até 1995. A partir do ano de 1996, passa a ter como diretora a Professora
Norma Salomão Castilho, que ficou no cargo até o final do ano de 2001.
Passou pela gestão os seguintes professores:
- Norma Salomão Castilho – 1996 A 2001
- Milton Gabriel de Oliveira – 2002 A 2005
- Aparecida Malavazzi – 2006 – 2011
Todos os diretores tiveram sua linha de trabalho voltada aos alunos e suas
famílias, desenvolvendo assim várias atividades que ficaram marcadas na comunidade
pela menção Social como: Palestras, com temas relevantes, atividades incentivadoras à
leitura de diversos assuntos envolvendo higiene, sexualidade humana, valores morais e
outros.
c) ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual “Vale do Saber” – Ensino Fundamental, foi construído
pelo Governo Federal, sendo a princípio um subprograma do Centro de Atenção
Integral Wallace Thadeu de Mello e Silva.
Possui uma área construída de 6.390 m², distribuídos em:
- 10 salas de aula com 36.5 m² cada;
- 01 sala de direção;
- 01 sala de coordenação;
- 01 sala dos professores
- 01 laboratório de informática
- 01 biblioteca
- 02 salas pequenas ocupadas como almoxarifado e depósito de material
de limpeza.
- 01 sala para secretaria e atendimento ao público, no térreo;
- 01 banheiro (masculino) com 05 vasos sanitários, 03 pias coletivas com
03 torneiras;
- 01 banheiro (feminino) com 08 vasos sanitários, 03 pias coletivas com
03 torneiras;
- 01 banheiro (masculino) para os professores;
- 01 banheiro (feminino) para as professoras
- Complexo para abastecimento de água;
- Sistema de escoamento de esgoto.
d) OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES
O Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio - conta
com professores que atendem de 5ª a 8ª série e Ensino Médio, oferecendo ensino de
tempo integral, através do Programa Mais Educação e também oferta Sala de
Recursos.
Período da Manhã : 9 turmas
Horário de Funcionamento: 7h e 30 min a 11h e 50min.
Ensino Fundamental:
5ª série: 02 turmas - 70 alunos
6ª série: 01 turma - 36 alunos
7ª série; 03 turmas - 92 alunos
8ª série: 02 turmas - 61 alunos
Ensino Médio:
1º ano: 01 turma - 35 alunos
Período da tarde : 11 turmas
Horário de Funcionamento: 13h a 17h e 20min.
Ensino Fundamental:
5ª série: 02 turmas - 70 alunos
6ª série: 02 turmas - 70 alunos
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: 4 Turmas, sendo a turma A com 10 alunos, a
turma B com 18 alunos, Turma C com 16 alunos e turma D com 12 alunos
Atividades Ofertadas no Programa Mais Educação:
Letramento
Flauta doce
Tênis de Mesa
Informática
Dança
SALA DE RECURSOS:
O colégio possui 1 turma com 06 alunos.
Período de funcionamento: Vespertino
CELEM – ESPANHOL ( 2 turmas)
Período de funcionamento: Vespertino
Série: 1ª - 25 alunos
Série: 2ª - 21 alunos
e) QUADRO DE PESSOAL
Pessoal Técnico Administrativo
DESCRIÇÃO QUANTIDADE TOTAL/HORASDiretor 01 40Professor(a) Pedagogo(a) 03 60Secretária 01 40
Pessoal Administrativo ( Nível de Apoio)
DESCRIÇÃO QUANTIDADE TOTAL HORAS/ TRABALHO Agente Educacional I 04 200Agente Educacional II 03 120
O agente educacional I tem suas atribuições definidas na Lei 123/2008, nas
áreas de concentração:
I – Manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;
II – Alimentação Escolar;
III – Interação com o educando
Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente
físico escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer,
encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços
utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da
educação, conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar
pequenos consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou similares e
aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer
máquinas e equipamentos efetuando limpeza periódica para garantir a
segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola; efetuar
serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo
acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras
em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva
de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na
escola para tal. Coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo destino correto;
executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela
escola; racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos
materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; comunicar com
antecedência à direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para
que a compra seja providenciada; abrir fechar portas e janelas nos horários
estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de
ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola;
guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso,
ou deixar as chaves nos locais, previamente estabelecidos; zelar pela
segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências
da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como
identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário,
atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de
emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia
imediata; controlar o movimento de pessoas nas dependências do
estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades
desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público aos
diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em
atividades extra classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua
rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou
outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado;
agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção
do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolas; efetuar outras
tarefas correlatas às ora descritas; preparar a alimentação escolar sólida e
líquida observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar
local, programando e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo
acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da
alimentação escolar, verificar a data de validade dos alimentos estocados,
utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos
mesmos, atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e
dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como
recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos
alimentares e ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação
escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o
desperdício; acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e
extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência de
médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o
procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de
trabalho; comunicar ao(à) diretor(a), com antecedência, a falta de algum
componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o
mesmo seja adquirido. Efetuar outras tarefas correlatas à ora descritas.
O agente educacional II tem suas atribuições definidas na Lei 123/2008, nas
áreas de concentração:
Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde
trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando
como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicações e
tecnologia; manter em dia a escrituração escolar; boletins estatísticos; redigir e
digitar documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir
correspondências em geral, juntamente com a direção da escola; emitir e
assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares;
classificar, protocolar e arquivar documentos, prestar atendimento ao público,
de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e
esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades
desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e encerramento
de livros de escrituração;manter atualizados dados funcionais de profissionais
docentes e não docentes do estabelecimento de ensino;manter atualizada lista
telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; comunicar à
direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; manter organizado e em local
acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento de ensino;
executar trabalho de mecanografia de reprografia; acompanhar os alunos,
quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; participar de
reuniões escolares sempre que necessário; participar de eventos de
capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de
expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de
material de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos
sejam realizados; executar outras atividades correlatas às ora descritas;
catalogar e registrar livros, fitas DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material
didático existente na biblioteca e no laboratório de informática; manter a
organização da biblioteca, laboratório de informática; restaurar e conservar
livros e outros materiais de leitura; atender aos alunos e professores,
administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; zelar pelo controle
e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca, conservar,
conforme orientação do fabricante, materiais existentes no laboratório de
informática; reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou
arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar
empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de
espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e
outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais,
auxiliando na sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do
conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na
escola; quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou
outras de interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos
recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; executar outras
atividades correlatas à ora descritas.
Docentes
DESCRIÇÃO nºEfetivos 14Extraordinário 07Contratados Consolidação das Leis do Trabalho 11
f) RECURSOS MATERIAIS
Equipamentos para Audiovisuais
DESCRIÇÃO nºRetroprojetor 01Videocassete 03Televisão em cores 03Televisões Pen drives 11Aparelho de Som 01Caixa de Som 02 Antena Parabólica 01
Aparelho de Fax 01Aparelho de DVD 01Aparelho de Data Show 01Câmera filmadora 01
Mobiliário e equipamento que atendam as finalidades do Projeto
Pedagógico
Especificação do Material QuantidadeEstante para a biblioteca Máquina de escrever 03Arquivo de aço com quatro gavetas 06Armário de aço – duas portas 06Armário de madeira -0-Cadeiras estofadas 03Conjunto de carteira escolar 400Escrivaninha 07Armário de aço 16 p 02Freezer (300 L e 310 L) 02Mesa do Professor 12Bebedouro elétrico 01Bandeira do Brasil 01Micro-computador 03Micro-computador PRD 27Impressora 06Televisor 20 pol. 03Tv Pen drive 29 pol. 11Data show 01Rádio (toca fitas e CD) 01Mimeógrafo a álcool 02Antena parabólica digital 01
FILOSOFIA DA ESCOLA
Coerente com seu objetivo a Escola Estadual Vale do Saber, propõe-se
a trabalhar com seus educandos visando a formar seres humanos plenamente
desenvolvidos, capazes de compreender os direitos e deveres da pessoa
humana, do Estado e dos diferentes organismos da sociedade, desenvolvendo
o seu senso crítico e espírito comunitário que os libertem das imposições do
meio e os tornem responsáveis por aquilo que escolhem e realizam.
Transmitir aos educandos, um conjunto de conhecimentos, formando
habilidades e hábitos, adquirindo convicções da solidariedade, igualdade entre
os seres humanos como hábitos de convivência, de luta, do trabalho, de
conquista individual e coletiva.
Desenvolver nos educandos, qualidade de caráter como honradez,
dignidade, o respeito aos outros, a lealdade, a disciplina, a verdade, a civilidade
e cortesia.
Instruir e formar o indivíduo para que ele adquira conhecimentos que
lhe proporcionem meios de subsistência, um conjunto de normas de convívio e
comportamento social e o pleno desenvolvimento de seu caráter e de suas
potencialidades.
Propiciar aos educandos a aquisição da cultura elaborada, cultura
cotidiana, resultante da atividade humana, buscando intencional e
sistematicamente compreender a realidade e possibilitar formas de ação
crítica, consistente e orgânica.
Atender a diversidade da clientela escolar, levando-se em conta as
experiências de vida, as características psicológicas e sócio-culturais dos
educandos, buscando-se um adequada ação pedagógica-didática, que
possibilite aos educandos, um processo de aprendizagem realmente
significativo.
III OBJETIVOS
Embasar o trabalho didático pedagógico desenvolvido neste
estabelecimento buscando a cooperação de todos na tarefa educativa que
estará centrada em princípios e valores que possibilitem o desenvolvimento
integral dos educandos, conscientes da sua cidadania e críticos, responsáveis
para construírem nas diferentes situações sociais uma identidade autônoma.
Intensificar a parceria entre as diferentes instâncias governamentais e
da sociedade; para assistir a escola na complexa tarefa de educar.
Assegurar a participação da comunidade na escola, de forma que o
conhecimento aprendido venha gerar maior compreensão, integração e
inserção no mundo.
Estimular nos alunos o compromisso e a responsabilidade com a
própria aprendizagem; na apropriação dos conhecimentos socialmente
elaborados que alicerçam a construção da cidadania.
Propor melhores técnicas de atividades decentes, métodos e
processos de ensino que favoreçam o trabalho dos docentes e melhore a
qualidade de ensino.
Estimular a filosofia de trabalho da escola, especificando as normas
vigentes de cada setor, através de união entre os funcionários em exercício.
Proporcionar condições ao pessoal administrativo, pedagógico e
docentes de desenvolvimento do seu trabalho no sentido de dar cumprimento a
todas as solicitações emanadas dos órgãos da SEED, do Núcleo Regional de
Educação.
MARCO SITUACIONAL
A SOCIEDADE E A EDUCAÇÃO
Em meio a grandes transformações sociais a escola se vê diante da
crescente necessidade de voltar sua ação para o desenvolvimento
sócioeducacional de seu alunado. Diante de uma realidade social onde
milhares de pessoas analfabetas e desescolarizadas em todo Brasil capitalista
que acaba excluindo através de diversos mecanismos, pessoas pertencentes
às camadas populares, a escola vem procurando modificar suas formas de
organização para atender esta população.
Nesse sentido, o Paraná tem se mobilizado para atender às demandas
sociais que buscam solução desde a Educação a distância até a Educação de
Jovens e Adultos, implementando ações que possibilitem a escolarização de
toda a população excluída da escola por alguns mecanismos.
Em contrapartida, o Estado, também criou outros mecanismos que
propiciam a implementação da política educacional que atendem todo tipo de
educação, como exemplo as Salas de Recursos e de Apoio.
A educação básica pode proporcionar o mínimo dessa capacitação.
Existem atualmente programas organizados pelos governos estaduais e
municipais, por empresas privadas e por outras organizações da sociedade
civil, com ações nacionais e locais voltadas a minimização do analfabetismo
jovem e adulto. Vários programas de alfabetização são oferecidos para que
cada pessoa possa se livrar do estigma do analfabetismo.
Um dos desafios presentes nesse amplo espectro de ofertas é a
sistematização dos processos educativos desenvolvidos e, a investigação dos
resultados efetivos de aprendizagem positivamente produzidos.
Outro é a elaboração de programas, currículos e materiais
paradidáticos e didáticos voltados às especificidades e necessidades de
aprendizagem. Têm-se aqui outros dois grandes desafios. O primeiro refere-se
a formação contínua dos educadores no sentido de promover aprendizagens
relevantes para sua atuação profissional e para o desenvolvimento de práticas
pedagógicas, que respondam com eficiência às demandas educativas desses
grupos. O outro se refere à revisão das condições de trabalho e
profissionalização do professor.
Os desafios propõem inúmeras implicações sendo uma delas a
consideração de que o alunado é portador de uma bagagem cultural rica e
diversa, construída em diferentes âmbitos de suas vidas, sendo, por isso, o
ponto de partida para novas aprendizagens
Outra é que as novas aprendizagens internalizadas durante os
programas devem contribuir para o desenvolvimento pleno das pessoas e para
que as mesmas possam ser inseridas na sociedade, colaborando para os
questionamentos e busca de soluções para problemas do contexto em que
vivem e para a participação em atividades relacionadas ao mundo do trabalho,
ao ambiente doméstico, até as esferas da cultura.
Os dados do Censo do IBGE indicam que a distribuição das taxas de
analfabetismo reflete a desigualdade que reina no País, ignorando fronteiras
geográficas. Assim é que a taxa de analfabetismo nos domicílios com renda
de até um salário mínimo é dez vezes maior do que aquela encontrada nos
domicílios com renda superior a dez salários mínimos.
No mesmo sentido, a taxa entre negros e pardos é duas vezes maior
do que aquela obtida entre os brancos e amarelos. Por último, há que se
comentar o fato de que boa parte dos programas destinados ao combate do
analfabetismo marcaram a história do país e acabaram caindo no paradigma
dos “serviços ruins destinados aos pobres ”.
É preciso incrementar as políticas de distribuição de renda(como uma
política ativa de reforma agrária e fortalecimento de programas como o Bolsa-
Escola), assim como de ações afirmativas orientadas aos grupos mais
fragilizados, social e economicamente.
É preciso investir na qualidade dos programas de escolarização,
assegurando-se formação dos alfabetizadores material didático adequado e
articulação com os sistemas regulares de ensino, de tal forma que os alunos
que passarem por estes programas sejam encaminhados ao ensino regular.
Outro caso a se rever dentro do marco situacional é a condição em que se encontra o processo de inclusão das pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais com direitos garantidos por leis. Sendo assim, tanto aqueles que estão aquém quanto aqueles que estão além do previsto nos currículos devem ter seu potencial respeitado e valorizado, sobre isso a LDB destaca no Artigo 59:
“Os sistemas de ensino assegurarão aos
educandos com necessidades especiais:I -
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos
e organização específicos, para atender às suas
necessidades; II - terminalidade específica para
aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para conclusão do ensino fundamental, em virtude
de suas deficiências, e aceleração para concluir
em menor tempo o programa escolar para os
superdotados”.
Estas determinações constitucionalmente garantidas que têm o
objetivo de eliminar o preconceito intrínseco na sociedade brasileira, de que
pessoas com limites físicos e mentais deveriam ser institucionalizadas para
serem protegidas de humilhações, explorações e de outros incidentes
desagradáveis tanto para elas quanto para seus familiares.
Em outras palavras, deve-se às situações de inclusão e exclusão ou
marginalização do ser humano enquanto ser que pensa e age.
A eles, além dos dispositivos, educacionais foram assegurados direitos
trabalhistas (artigos 7°, inciso XXXI e 37, VII), à saúde e à assistência social
(artigos 24, XIV e 203, IV e V), bem como condições garantidoras de acesso
aos bens e serviços sociais, ai incluídos os meios de transporte, os logradouros,
entre outros (artigos 227 e 244).
Durante a Conferência dos Direitos Humanos realizada em Jotien, nas
Indonésia foi assinada a “ A Declaração de Salamanca”, firmada na
Conferência espanhola denominada Conferência Mundial sobre Necessidades
Educacionais Especiais, ocorrida na Espanha, referenda o princípio da
integração e pauta-se no reconhecimento das necessidades de ação para
conseguir escolas para todos, isto é, instituições que incluam todo mundo,
reconheçam as diferenças, promovam a aprendizagem e atendam às
necessidades de cada um.
Mesmo contando com todos esses dispositivos ainda está longe de
atingir a quantidade total e a qualidade social no atendimento escolar
dispensado aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Na literatura brasileira existem referências variadas sobre o
atendimento em educação especial para crianças com deficiências. Na
apresentação das informações revela que, na melhor das hipóteses, o índice
de atendimento escolar dessa população não ultrapassa a 10%. Essa variação
nos dados, revela a necessidade de se investir na construção de instrumentos
que permitam melhorar esse atendimento.
A constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com
necessidades especiais receberem educação preferencialmente na rede
regular de ensino. A organização Mundial de Saúde (OMS) informa que 10%
da população apresentam necessidades especiais e não deficiência, termo
utilizado pela referida Organização.
Entretanto, é fato que a educação no mundo contemporâneo encontra-
se às voltas com inúmeros temas sociais, cuja preocupação ultrapassa o
exercício da transmissão do conteúdo das várias ciências, mas com a formação
integral do ser humano em construção.
As dificuldades da escola em trabalhar o saber historicamente
construído se somam ao saber lidar com a diversidade cultural , as rápidas
mudanças as inversões de valores, entre outros que por conseqüência se
constitui fatores importantes no impedimento do desenvolvimento pleno da
criança.
Assim, considerando que toda prática pedagógica corresponde a uma
ação que reflete no educando e ainda, que o educando sente principalmente
os reflexos da educação familiar e as reproduzem em outros contextos , cabe
à escola contribuir com suas práticas educativas para propiciar o equilíbrio que
o educando precisa para se desenvolver.
O que a escola procura não esquecer é a necessidade de manter a
criança, o adolescente e o jovem sintonizados com todas as evoluções que
estão acontecendo no mundo educacional e na sociedade em geral.
Esse mundo da informática e da comunicação está criando um
ambiente mental, afetivo e comportamental bem diferente das gerações
passadas: estreitando relacionamento entre pessoas, povos e culturas, fontes
de esperanças para a humanidade.
No dia a dia da escola docentes e gestores lutam com uma infinidade
de dificuldades que vão desde as questões sociais, envolvendo as famílias até
a falta de interesse da criança pela aquisição do saber.
O conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de
emoções, sentimentos e paixões, acompanhadas sempre da impressão de dor
ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou
tristeza tomam conta do educando moderno fazendo dele um ser de difícil
compreensão o que deixa as relações conturbadas em sala de aula.
O professor precisa ter uma formação continuada, e se preocupar em
aperfeiçoar-se, atualizar-se buscar uma visão ampla do mundo viver a realidade
e estar preparado para, com seus conhecimentos, enriquecer também os seus
alunos.
Além do conhecimento de sua disciplina, procura entender de
psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho,
afeto, ética, política, família, amor, projetos. Conhecer o cotidiano do aluno, ter
interesse pela sua vida, porque ninguém ama o que não conhece. A falta de
estrutura familiar acarreta problemas de ordem afetiva e comportamental que
acabam por comprometer a vida escolar do aluno. Os pais se fazem ausentes
da escola dificultando o trabalho pedagógico.
O professor moderno procura conquistar o seu aluno, enxergá-lo e amá-
lo, pois só assim consegue manter o aluno estimulado. Quando o professor é
displicente e não tem uma boa formação, o aluno se torna prejudicado.
Outro fator preponderante é a falta de valorização do professor, que não
recebe o salário merecido. Uma frustração particular deixa-o sem forças pra
buscar a solução para os problemas encontrados no dia-a-dia escolar.
Sendo este o ponto de vista da Escola Estadual Vale do Saber –
Ensino Fundamental, uma escola que se localiza numa região periférica do
município de Apucarana, abrangendo aproximadamente dez ou mais bairros
residenciais, sendo os principais: Jardim Monções, onde a escola está
construída, Jardim Trabalhista, Jardim Paraíso, Jardim Paraná, Residencial
Parque da Raposa I, II e III. Jardim Central, Núcleo Habitacional João Goulart,
Núcleo Habitacional Tancredo Neves, Vila Guarujá, Vila Nova e Outros.
Além das imediações, a escola atende alunos de outras regiões, por
motivos diversos, incluindo a zona rural (opção, transporte, falta de vagas).
Atualmente a escola atende cerca de (325) alunos distribuídos nos dois
períodos, no curso Fundamental.
É um alunado que apresenta nível sócio-econômico pouco favorecido,
sendo filhos de pais assalariados, e até desempregados, com pouca instrução,
carentes de acompanhamentos por parte dos mesmos, tanto na escola quanto
nos aspectos sociais.
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS
A lei 9394/96 exara, no artigo 12, que “os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino terão a
incubência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Esse preceito
legal responsabiliza a escola pelo seu plano de trabalho em consonância com
sua especificidade. Outro aspecto relevante é o direito assegurado na
Constituição brasileira, expresso no artigo 205: “ A educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração
da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa..”.
Nessa perspectiva evidencia-se o fato de que a educação é direito de
todos e que sua efetivação ocorre a partir do envolvimento do Estado e da
família comprometidos com o real desenvolvimento sócio-educacional de
nossas crianças e nossos jovens.Como a lei vigente pede a
interdisciplinaridade e contextualização, o professor que ainda se encontra em
transição da linha tradicionalista para a progressista deverá se adequar,
estudando e apoiando sua prática pedagógica na visão histórico crítica, com
devido destaque a Demerval Saviani e Paulo Freire – educadores estudiosos
no tema.
Nas teorias crítico-reprodutivistas, estão as teorias que entedem ser a
educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginali -
zação. Para as teorias não-críticas como a pedagogia tradicional, a causa da
marginalidade é identificado como a ignorância do saber do educando. A esco-
la surge como se fosse um antídoto a ignorância, tendo o papel de difundir a
instrução, transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e siste-
matizados logicamente. Todavia não consegue a universalização, nem todos
que nela ingressavam e mesmo os que ingressavam nem sempre eram bem
sucedidos. Na pedagogia nova fica a crença de que o ignorante é o rejeitado e
que o importante é aprender a aprender, no entanto aprimorou a educação vol -
tada ás elites. Na pedagogia tecnicista o que não aprende é ineficiente e impro-
dutivo. Enfim, acaba-se por conceber a educação como um mero produto e fica
de lado a necessidade de produção e criação do conhecimento.
Saviani mostra que para a formulação de uma nova teoria, os
conteúdos escolares devem ser tratados como uma necessidade pes-
soal e social de modo que depois de serem aprendidos possam ser
um instrumentos de mudanças sociais, devendo ser incorporados
dentro de uma totalidade.
Diante disso, cabe ao professor na tendência histórico-crítica
trabalhar cinco
passos com o educando propostos por Saviani: a prática social inicial
(1º passo) que é comum ao professor e aluno, sendo a bagagem cul-
tural que ambos trazem de sua realidade para dentro da escola. A
problematização (2º passo) trata-se de detectar que questões preci-
sam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência
que conhecimento é necessário dominar (SAVIANI, 1992, p.80). A ins-
trumentalização (3º passo) trata-se da apropriação pelas camadas po-
pulares das ferramentas culturais necessárias a luta social que tra-
vam diuturnamente para se libertar das condições de abuso em que
vivem. A “Catarse” (4º passo) que é a incorporação dos instrumentos
culturais, transformando agora em elementos ativos de transforma-
ção social e por último a prática social final (5º passo) sendo a nova
postura que o educando deve assumir perante a sociedade.
De acordo com Saviani o ensino não deve ser trabalhado
como produto, desse modo estaria a serviço da mera transmissão
assimilação dos conteúdos, aprendizagem repetitiva, abstrata e des-
vinculada das relações sociais concretas, logo de caráter elitista, des-
compromissada das reais condições históricas, sociais e humanas e
contrária ao espírito crítico.
Portanto fica deixa evidente a importância da educação en-
quanto ferramenta para transformação social - concepção seguida pela
escola
CRONOGRAMAS DE FUNCIONAMENTO
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
MATUTINO VESPERTINOENTRADA 7:30 13:00INTERVALO 10:00 15:25SAÍDA 11:50 17:20
CRONOGRAMA DE TRABALHO
PESSOAL TÉCNICO ADMINISTRATIVO
Função Entrada Descanso SaídaDiretor 7:30 11:30 ás 13:00 17:00Secretária 7:30 11:30 ás 13:00 17:00Aux de Secretaria 7:30 11:30 ás 13:00 17:00Pedagoga 7:30 11:30 ás 13:00 17:00
PESSOAL DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO (AGENTE
EDUCACIONAL I)
Entrada Descanso Saída7:30 11:30 às 13:00 17:00
COZINHEIRA E AJUDANTE DE COZINHA (AGENTE EDUCACIONAL
I)
Função Entrada Descanso SaídaCozinheira 7:00 11:00 às 12:00 16:00Ajudante 7:00 11:00 às 12:00 16:00
CRONOGRAMA DE HORA ATIVIDADE
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
História Matemática Geografia Ciências L. Portuguesa
ArteEns.
ReligiosoL. E. M. Inglês
Ed. Física
CRONOGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA
Período Matutino Período Vespertino2ª feira
5ª A 2ª feira 5ª B
3ª feira6ª A 3ª feira 5ª C
4ª feira7ª A, B,C 4ª feira 6ª B
5ª feira8ª A, B 5ª feira 6ª C
6ª feiraSala de Apoio 6ª feira Sl de Recursos
CRONOGRAMA DE CANTO DE HINOS
Horário no início das aulas
2ª feira Hino Nacional Brasileiro
3ª feira Hino do Paraná
4ª feira Hino de Apucarana
5ª feira Hino à Bandeira
6ª Feira Hino ao Estudante
*O cronograma é desenvolvido na Semana da pátria.
CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES CÍVICAS
1º TRIMESTRE
DATA08/03 Dia Internacional da Mulher18/04 Dia do Livro/Monteiro Lobato22/03 Dia Mundial da Água21/04 Tiradentes22/04 Descobrimento do Brasil
* Páscoa01/05 Dia do Trabalho
* Dia das Mães13/05 Abolição dos Escravos
* Festa Julina
2º TRIMESTRE
DATA* Dia dos Pais
11/08 Dia do Estudante25/08 Dia do Soldado07/09 Semana da Pátria21/09 Dia da Árvore22/09 Início da Primavera25/09 Semana doTrânsito
3º TRIMESTRE
DATA12/10 Dia das Crianças15/10 Dia do Professor15/11 Proclamação da República19/11 Dia da Bandeira20/11 Dia Nacional da Consciência Negra25/12 Natal
Obs.:
Todas as turmas serão mobilizadas a participarem destas datas.
Na semana pedagógica serão feitos os primeiros estudos para
organização do Planejamento Anual, na ocasião as professoras irão fazer a
proposta dos conteúdos a serem trabalhados (de acordo com as Diretrizes
Curriculares), levando em conta a realidade meio e os saberes que os alunos já
adquiriram no sue dia-a-dia de modo que ocorra bom desenvolvimento sócio-
educacional.
MARCO CONCEITUAL
a) CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade é o espaço de interação humana, no qual se reflete a
maneira de ser, agir e pensar de um povo. Local onde deve-se primar pela
solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade de direitos e liberdade de
expressão, considerando as diversidades como parte da condição humana.
Mesmo vivendo em uma sociedade capitalista, competitiva baseada
nas ações e resultados, é necessário ações que desenvolvam o senso crítico e
reflexivo para a construção de uma sociedade libertadora, igualitária,
democrática e integradora, consequentemente fruto das relações entre as
pessoas, caracterizadas, pela interação de diversas culturas em que cada
cidadão construa a sua existência e a do coletivo.
Pode-se inferir que a sociedade é uma organização repleta de conflitos
que refletem interesses antagônicos das classes sociais que nela existem,
sendo que tais conflitos estão presentes em todos os aspectos da vida social,
inclusive na escola.
Segundo Paulo Freire, Educação não é um processo de adaptação dos
indivíduos à sociedade. O homem deve transformar a realidade para ser mais,
isto é, em sua busca constante pela humanização.
Portanto podemos constatar a emergência em encontrar proposições
que dêem conta ou, ao mesmo amenize a problemática dos conflitos ensino-
aprendizagem, evasão escolar, desinteresse na aprendizagem, desigualdade
sócio-econômica, dentre outras questões que permeiam o ambiente escolar, ou
seja, fatores que circundam a sociedade como em todo.
b) CONCEPÇÃO DE MUNDO
O mundo é o espaço físico constantemente modificado pelo homem
que tem em sua dimensão histórica e cultural um perfil em construção.
Encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, também em
evolução, que é capaz de fazer o mundo sentir os efeitos de sua própria
transformação.
O mundo tem locais populosos e outros desertos, locais avançados e
outros atrasados em tecnologias. Toda essa indução conduziu o ser humano a
grandes descobertas e os povos optaram pela globalização do mundo.
Esse fenômeno moderno que faz o mundo um só país e do homem um
ser cosmopolita, também tem seus ponto negativos. O emprego está
desaparecendo, o mundo está ficando populoso demais em algumas partes e
vazio demais em outras.
Somente o saber organizado onde a autocrítica governa as ações,
qualifica o homem à competição nesse mundo. Por isso, para exercer a
cidadania no novo mundo, o homem precisa antes de tudo ser um novo
homem, que só se fará estudando e ampliando seus conhecimentos.
c) CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem, sujeito ativo da história tem buscado inúmeras formas de
aproveitar melhor os recursos naturais e com eles melhorar seu usufruto.
Entretanto, ele mal tem sabido se organizar nos espaços ocupados na terra.
O homem por ser dotado de autonomia tem a vocação ontológica de
‘ser mais’ que está associada com a capacidade de transformar o mundo. Sua
busca incessante da felicidade faz dele um ser totalmente diferente dos demais
animais.
O homem tem sua história, ao contrário do animal que se torna finito
por não deixar para suas gerações futuras um legado de feitos.
A formação ou deformação humana está arraigada ao meio sócio-
cultural em que vive e à sua base biológica. Ele é capaz de se constituir como
pessoa para transformação do mundo, pois ao mesmo tempo em que o ser
humano modifica o meio para atender suas necessidades básicas, transforma-
se a si próprio.
Possui uma atividade mental que se processa por meio da mediação
de outros seres humanos entre si e entre eles, o mundo. Copia de seus
antecessores a sua cultura e através disso adquire sua autonomia. Tem a
capacidade de utilizar-se dela para realizar-se pessoalmente e chegar à sua
plenitude.
Com o amadurecimento físico e emocional o homem organiza
interiormente os saberes que vai adquirindo, por esse meio desenvolve a
autocrítica que o favorece no governo das próprias ações e o capacita para
exercer a sua cidadania e realizar sua chamada ontológica.
d) CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM
O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que
realiza num determinado grupo cultural, a partir da interação com outros
indivíduos da sua espécie. O aprendizado depende das condições biológicas
do indivíduo e da dimensão social que fornecem instrumentos e símbolos que
medeiam a relação do indivíduo do organismo humano e, como dimensão
social, o ambiente humano e natural impregnados de significado cultural. A
aprendizagem é que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento.
Segundo Vygostsky, o aprendizado pressupõe uma natureza social
específica e um processo, através do qual os indivíduos penetram na vida
intelectual daqueles que o cercam. Desse ponto de vista, o aprendizado é o
aspecto necessário e universal é uma garantia de desenvolvimento das
características psicológicas específicas e culturalmente organizadas.
O aprendizado se processa informalmente fora da escola, no entanto é
na escola que se introduzem elementos novos no desenvolvimento do ser
humano, de forma sistematizada.
O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados. Através
da interação com o meio físico e social o ser humano realiza seu aprendizado,
como membro de um grupo sociocultural determinado, vivencia um conjunto de
experiências e opera todo o material cultural, como conceitos, valores, idéias,
objetos concretos, concepção de mundo a que tem acesso, construindo seu
conhecimento, desenvolvendo suas funções psicológicas.
Vygotsky ressalta que, se o meio ambiente não desafiar, exigir e
estimular o intelecto do adolescente, o processo de desenvolvimento poderá
atrasar ou mesmo não se completar, ou seja, poderá não chegar a conquistar
estágios mais elevados de raciocínio. Isto quer dizer que o pensamento
conceitual é uma conquista, que depende não somente do esforço individual,
mas principalmente do contexto em que o indivíduo se insere, que define, aliás,
o seu “ponto de chegada”.
O aprendizado escolar exerce significativa influência, no
desenvolvimento das funções psicológicas, através dos processos de formação
de conceitos, envolvendo operações intelectuais, atenção deliberada, memória
lógica, reflexão, abstração, capacidade de comparar e diferenciar, além de
outras informações recebidas do exterior, desencadeando uma intensa
atividade mental no educando.
Aprender é muito mais que compreender e conceitualizar: é querer,
compartilhar, dar sentido, interpretar, expressar e viver. Os sistemas educativos
tradicionais privilegiaram a dimensão racional como a forma mais importante de
conhecimento. A nova educação deve apoiar-se também em outras formas de
percepção e conhecimento.
Torna-se urgente renovar o olhar sobre os propósitos da ciência para
reverter o drástico quadro de insustentabilidade do modelo atual de relação do
homem consigo mesmo. Gadotti nos orienta com um paradigma para a prática
pedagógica, juntamente com os novos e definitivos conceitos sobre os
caminhos da educação com exemplos concretos de experiências e reflexões
para ver o mundo.
Muito ainda se tem a fazer pela educação brasileira. No seu interior há
vários problemas, vícios e carências que precisam ser enfrentados abrindo
maiores possibilidades pra a educação que despreza a existência. Podemos
aproveitar as possibilidades criativas diante de nós e inaugurar uma era de
renovada esperança pela realização dos compromissos de cooperação na
resolução dos problemas globais pelo manejo pacífico de mudanças.
e) CONCEPÇÃO DE ESCOLA E EDUCAÇÃO
A escola deve fazer parte integrante da comunidade e deve propiciar
condições para que se tenha liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. Deve também divulgar junto
à sociedade, trabalhos desenvolvidos de participação na busca de soluções
para os problemas comunitários.
A valorização das atividades extraclasse mostra que toda ação
pensada e organizada pelos educadores dentro do projeto, faz com que o
aluno cresça e se desenvolva na dimensão pessoal. Qualquer avanço depende
da participação de uma ação educativa articulada entre a escola e outros
espaços de aprendizagem, unidos na perspectiva de compor um projeto
pedagógico consistente.
A escola deve ensinar o domínio dos instrumentos da cultura letrada
através da alfabetização, fazendo com que os educandos dominem a prática
dos conceitos aplicados, como forma de preparação para vida social política e
para o trabalho.
Dessa forma a escola além de promover a disseminação de suas
atividades deve abordar os conteúdos como veículos que farão cumprir seus
objetivos.
Com tudo isso a escola estará se firmando como instituição social
necessária e significativa para a vida dos alunos e da comunidade em que está
inserida.
Educação é um processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual e moral do ser humano, visando à sua melhor integração individual e
social. Ela se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas organizações civil, militar e eclesiástica, nas entidades culturais e políticas
e principalmente, nas instituições escolares.
A educação escolar, no nível básico, do qual faz parte tem o objetivo
de formar indivíduos para o exercício pleno da cidadania proporcionando a
formação ética, autonomia intelectual, inserção do homem no mercado de
trabalho e a prática social.
f) CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA
Ciências é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no
decorrer de sua história para compreensão do mundo em todos os seus
aspectos.
O desenvolvimento de postura e valores envolve muitos aspectos
de vida social cultural, do sistema produtivo e das relações entre o ser
humano e a natureza. A valorização da vida em sua diversidade, a
responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente bem como a
consideração de variáveis, que envolvem um fato, o respeito obtido através
de investigação, a diversidade de opiniões e a interação nos grupos de
trabalho são elementos que contribuem para o aprendizado de atividades.
Nesse sentido, é responsabilidade da escola e do professor
promoverem o questionamento, o debate, a investigação, visando o
entendimento da ciência como construção histórica e como saber prático,
superando limitações do ensino passivo, dando condições aos alunos de uma
compreensão do mundo e de atuação em seu meio social.
g) CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Cidadania é um processo histórico-social que diz respeito a
capacidade do indivíduo de exercer os seus direitos nas escolhas e nas
decisões políticas, de assegurar a sua total dignidade no contexto das
estruturas sociais mais amplas.
Deste modo, o exercício da cidadania implica autonomia e liberdade
responsável, participação na esfera política democrática e na vida social.
Cabe a escola desenvolver um trabalho de construção de atitudes e
valores pré-definidos como socialmente válidos, contribuindo para o
desenvolvimento da compreensão intercultural e de capacidades de tomada
de decisão e resolução de problemas, sobretudo através da prática e da
experiência. Lutar pela integração social, conservação do ambiente,
solidariedade, segurança e tolerância. No entanto o grande desafio histórico é
dar condições ao aluno a se tornar cidadão consciente, sabendo usufruir seus
direitos, mas cumprindo com seus deveres organizados e participativos do
processo da construção político-social e cultural.
A realidade social e educacional em que vivemos hoje, em nosso país,
necessita repensar a estrutura constitucional devido a contradição que
enfrentamos dentre os direitos sociais e o não cumprimento desses direitos. É
indispensável que se escute e se tome consciência do sentido e do conteúdo
dos saberes prévios dos jovens e dos seus pontos de vista acerca dos
problemas que os afetam.
Para que a educação se traduza na modificação de mentalidades e
contribua para a formação de cidadãos participativos e conscientes, deve-se
levar em conta, não só à crescente diversidade cultural da população, como as
realidades ambientais.
h) CONCEPÇÃO DE CULTURA
O homem busca extrair da natureza os meios para sua subsistência,
com isso colabora diretamente com a transformação da mesma.
Cultura vem a ser todo conhecimento embasado num sistema de
significação vinculado com relações de poder.
A função da escola é proporcionar um conjunto de práticas
preestabelecidas com o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva.
Objetivando a formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade
na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino, conteúdos que estejam
em consonância com as questões sociais que marca cada momento histórico,
cuja aprendizagem e assimilação são consideradas essenciais para que os
alunos possam exercem seus direitos e deveres.
É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu
próprio grupo e, ao mesmo tempo busque ultrapassar seus limites, propiciando
aos alunos pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, no
que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura
brasileira no âmbito nacional e regional.
A escola é uma instituição especializada para operar a paisagem do
saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita,
sem deixar de lado o respeito a diversidade cultural, aproveitando para fazer
dela, um espaço motivador e democrático.
i) CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
O mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia
está presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A escola
faz parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a formação de
indivíduos que possa exercer plenamente sua cidadania. É importante que a
instituição escolar integre a cultura tecnológica extra-escolar dos alunos e
professores ao seu cotidiano, sendo necessário desenvolver nos alunos
habilidades para utilizar os instrumentos de sua cultura.
A pouca familiaridade com a tecnologia também pode constituir-se um
problema para as pessoas, pois no cotidiano são muitas as situações que
exigem conhecimento tecnológico. O pouco conhecimento pode levar algumas
pessoas a se sentirem discriminadas ou constrangidas por não serem capazes
de realizar algumas atividades nesse sentido.
A questão não é deixar de usar os recursos tecnológicos, mas
aprender a utilizá-los e a conviver com as mudanças de hábitos e
comportamentos na sociedade atual.
O desenvolvimento das tecnologias da informação permite que a
aprendizagem ocorra em diferentes lugares e por diferentes meios. Portanto,
cada vez mais as capacidades para criar, inovar, imaginar, questionar,
encontrar soluções e tomar decisões com autonomia assumem uma grande
importância.
A escola tem um importante papel a desempenhar ao contribuir para a
formação de indivíduos ativos e agentes criadores de novas formas culturais.
No ambiente escolar, a tecnologia deve ser utilizada para ampliar as
opções de ação didática, com o objetivo de criar ambientes de ensino e
aprendizagem que favoreça a postura crítica, a curiosidade, a observação,
análise, a troca de ideias, de forma que o aluno possa ter autonomia no seu
processo de aprendizagem, buscando e ampliando conhecimentos.
A tecnologia é instrumento capaz de aumentar a motivação dos alunos,
se a sua utilização estiver inserida num ambiente de aprendizagem desafiador.
É necessária uma cuidadosa reflexão por parte de todos que compõem a
comunidade escolar, para que a tecnologia possa de fato contribuir para a
formação de indivíduos competentes, críticos, conscientes e preparados para a
realidade em que vivem. Necessariamente, o uso de tecnologias na escola está
vinculado a uma concepção de ser humano, de mundo, de educação e seu
papel na sociedade moderna.
j) CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Acerca da infância existem várias conceituações que apesar de
convergirem em muitos aspectos acabam por apresentar determinadas
peculiaridades já que os aspectos culturais levam a diferentes posições – o que
torna clara a existência de diversas concepções de infância. Conforme o
dicionário AURÉLIO (2001, p.387), Infância é o período de crescimento, do ser
humano, que vai do nascimento à puberdade.
Na antiguidade a criança era considerada um ser incompleto e, portanto,
vista como inferior aos demais. Após o renascimento a criança passou a ser
vista como uma espécie de adulto em miniatura, a exemplo disso observa-se a
exploração infantil nos trabalhos de minas de carvão da época. No século XIX
a infância começou, aos poucos, a ir ganhando mais importância e respeito a
medida em que foram criadas as primeiras escolas de educação básicas
acessíveis á população. Nesse período surgem diversos estudos acerca da
formação e inteligência humana que são permeados por diversas pesquisas
que tem seus estudos iniciais voltados a infância.
Dentre os diversos estudos apresentados cabe ressaltar o trabalho de
Jean Piaget, biólogo suísso, que é considerado um dos pilares da psicologia
genética do século XX. Em seus estudos e pesquisas Piaget analisou o desen-
volvimento humano levando em consideração que o ser humano é resultado da
interação do inato com o ambiente adquirido. Em sua teoria sobre o desenvolvi-
mento cognitivo, o estudioso classifica o desenvolvimento humano nas fases
Sensório motor, pré-operacional, operatório concreto e operatório formal. Se-
gundo ele a criança passa pelas fases Sensório motor, pré-operacional, opera-
tório concreto. No período sensório motor (que vai de 0 a cerca de 2 anos) a
criança tem seu desenvolvimento psicomotor e imita aquilo que vê. No período
pré-operacional (que vai dos 2 aos 6 anos) a criança desenvolve o pensamento
simbólico (cria símbolos mentais para determinados conceitos), tem pensamen-
to egocêntrico e não reversível (não possui abstração de quantidades, cálculos
matemáticos, etc). No período das operações concretas (que vai, em média,
dos 6 aos 11 anos) a criança tem melhor estruturação do pensamento, desen-
volve cálculos com maior abstração (compreende classificação, seriação, con-
servação de massa e de volume) e apresenta aumento da capacidade de con-
centração.
Para Sigmund Freud, médico neurologista fundador da psicanálise
(1856 – 1939), a infância importância da infância tem sua importância na cons-
tituição psíquica do ser humano, o que é fundamental na psicanálise. Ele é au-
tor da teoria das fases desenvolvimento infantil: oral, anal, fálico edipiana e la-
tência:
- Fase oral (nascimento a 1 ano): principal ponto de tensão e gratificação
é a boca, a língua e lábios (morde e sugar/mamar são importantes nessa fase).
-Fase anal: (1 - 3 anos): ânus e área vizinha são a maior fonte de inte-
resse; aquisição de controle voluntário de esfincter (treinamento da toa-
lete).
-Fase fálico-edipiana (3-5 anos): Foco genital de interesse, estimulação e
excitação; pênis é o órgão de interesse de ambos os sexos; masturbação geni-
tal é comum; Intensa preocupação com ansiedade de castração ( temor de per-
da ou danos aos genitais); inveja do pênis (insatisfação com os próprios geni-
tais e desejo de possuir genitais masculinos), vista em meninas, nesta fase;
Complexo de Édipo é universal. Criança deseja ter relações sexuais e casar
com o membro parental do sexo oposto e, simultanea livrar-se do membro do
mesmo sexo.
- Fase de latência ( dos 5-6 anos a 11 - 12 anos): Estado de relativa inativi -
dade da pulsão sexual, com resolução do complexo de Édipo; Pulsões sexuais
canalizadas para objetivos mais apropriados socialmente; Formação do supe-
rego; uma das três estruturas psiquicas da mente responsável pelo desenvolvi-
mento moral e ético
k) CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
A adolescência ou puberdade inicia-se por volta dos dez ou onze anos e
marca um período de grandes transformações biopsicossociais no indivíduo No
entanto, necessário se faz observá-la tendo em vista a puberdade fisiológica
como ponto de referência.
É valido ressaltar que o amadurecimento dos órgãos genitais e o
surgimento dos caracteres sexuais são fundamentais no desenvolvimento
psicológico nesta fase. Porém, a transição entre as diferentes etapas é muito
flexível, de modo que fica difícil traçar limites precisos já que podem conduzir a
erros, se for levado em consideração as diferenças individuais. Diante disso, a
personalidade está sujeita a organizar-se em busca de um novo equilíbrio de
maneira que não como restringir-se apenas ás etapas apresentadas mas
também ao desenvolvimento de forma individualizada já que apresenta-se num
período conflituoso e de constantes transformações.
Segundo D’andrea (1980), ela subdivide-se me três períodos distintos:
pré-puberdade, puberdade e pós-puberdade. A pré-puberdade ou pré-
adolescência é uma fase muito importante e não deve passar desapercebida
pelos pais e pela escola pois ela marca o início de grandes mudanças no
desenvolvimento do jovem. No tocante a essas transformações, D’andrea
(1980, p. 85) destaca:
Nos dois ou três anos que antecedem a puberdade, a criança aumenta cerca de 6 quilos e cresce, em média 10 centímetros por ano, sendo que o desenvolvimento das meninas é um pouco maior que o dos meninos. Esse ritmo de desenvolvimento continua durante os quatro ou cinco anos seguintes e é responsável pelas mudanças de comportamento e da auto-imagem da criança. Sua orientação e visão de mundo alteram-se por causa de seu crescimento físico. Está saindo definitivamente da infância e aproximando-se dos adultos que vão lhe parecendo cada vez menos assustadores.
Nessa fase as interações fora do contexto familiar passam a se
intensificar. Vigotski (2003, p. 118) afirma que vê um significativo “quando a
criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com
seus companheiros”. Todavia não se deve negar que essas relações podem se
espelhar em marginais ou colegas mais velhos com indesejáveis traços de
caráter. A puberdade ou adolescência propriamente dita tem seu início por
volta dos treze anos e é caracterizada pela maturação dos órgãos reprodutores
embora ocorra diferentes reações desenvolvimentais e comportamentais em
meninos e meninas. As meninas observam mudanças logo a partir da menarca
e os meninos com as primeiras poluções noturnas. Ambos apresentam o
surgimento de pelos pubianos nas regiões íntimas e ficam sensíveis ás
mudanças que ocorrem com seus corpos.
Piaget trata da adolescência no que ele define com fase como período
das operações formais (que vai, em média, dos 11 aos 16 anos) e caracteriza-
se pelo desenvolvimento da identidade pessoal do jovem através do
desenvolvimento do estruturadas por argumentos e autonomia na resolução
de problemas que podem surgir a sua volta.
Para Freud a adolescência é caracterizada pela Fase genital que se
inicia por volta dos 11 -12 anos e é determinada pelo estágio final do
desenvolvimento sexual - começa com a puberdade e a capacidade para a
verdadeira intimidade.
Surgem outras preocupações que vão muito além dos aspectos
biológicos, como as interações, construção da identidade, relações com o sexo
oposto, desenvolvimento da independência, desenvolvimento da identidade e
orientação profissional. O jovem tem a integração de sua personalidade ao final
da adolescência e essa integração se dá no emaranhado de experiências e
identificações passadas com familiares, amigos, professores, etc. Ao perder
sua noção de identidade pessoal o jovem tende a deliquência e a
marginalização, pois critica a ordem social sem nada fazer para melhorá-la e
apresentar comportamentos regressivos e libidinos. D’andrea (1996, p. 106) diz
que “numa cultura em que os valores são tão variados e contraditórios, ter
consciência plena de ‘quem sou eu e qual papel devo desempenhar’ torna-se
um imperiosa necessidade”.
A escola e a família precisam assumir seu papel em orientar os jovens,
tendo em vista que essa responsabilidade precisa ser dividida entre ambas. A
partir dessa concepção surge o real compromisso e a co-responsabilidade. A
partir daí podem surgir também as consistentes de superação já que os
desafios passam a ser encarados com mais coragem e com mais condições de
êxito, ou seja, o jovem passa a ter plenas condições de ter seu
desenvolvimento sócio-educacional.
Diante disso fica evidente o papel da família, especialmente dos pais, e
da escola no desenvolvimento do jovem e, principalmente, na construção de
sua identidade. A sociedade não precisa apenas de bons profissionais, mas de
pessoas que realmente se preocupam coma a família e com a sociedade.
Valores como a ética e o amor ao próximo devem, portanto, ser alicerces da
educação do jovem que deve ser orientado com compreensão e amor.
PRINCIPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO
O gestor escolar é alguém tecnicamente formado para ser uma pessoa
presente, atenta, participativa e motivadora no ambiente escolar. Ter ciência e
capacidade para estabelecer o sentido de unidade e mobilizar a participação
dos demais profissionais e da comunidade para efetuarem juntas as ações que
movem a escola.
Na gestão é preciso saber “aparar as arestas”, ter equilíbrio para
propiciar a superação das tensões e conflitos.
Gestão democrática compreende uma visão global da escola, que
ultrapassa a ótica fragmentada estabelecida pelo senso comum. Intervém nos
processos que a escola desenvolve, tais como: planejamento, avaliação,
currículo numa perspectiva de participação, interação e formação dos sujeitos
sociais.
A pessoa gestora é definida pelo seu espírito de liderança, pelo fato de
demonstrar facilidade de relacionamento com o grupo, promovendo união e
organização deste, ela deve demonstrar confiabilidade e responsabilidade, indo
ao encontro das necessidades de todos os envolvidos.
Gestão democrática é a administração que proporciona a participação
de todos que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem, num trabalho
em equipe onde se ouvem todas as opiniões, procurando na ação conjunta a
realização de um objetivo comum.
Deve ser uma ação orientada na busca de soluções de problemas que
acontecem no dia-a-dia da escola que deve se dar em todos os momentos,
desde a decisão de qualquer questão, seja ela administrativa ou pedagógica,
até a decisão de proteger mesmo que judicialmente o educando ou alguma
proposta da escola que esteja sob riscos de prejuízo.
A gestão escolar democrática deve basear-se em princípios de reflexão
e participação.
O Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio está
avançando neste sentido. Essa perspectiva de trabalho de gestão democrática,
é atualmente uma das propostas que possibilita contemplar os novos
paradigmas educacionais, que apostam no desenvolvimento do ser humano
enquanto parte de um todo.
Cabe à escola buscar a união entre os diversos segmentos para uma
ação integrada e participativa para que a prática educativa seja
responsabilidade de todos e, que o crescimento e desenvolvimento seja de
toda a comunidade escolar.
A gestão é uma prática social e política, e , por isso contraditória e
parcial, podendo gerar formas autoritárias ou participativas. No sentido restrito
da gestão, seu caráter é reforçado pelo confronto dos interesses de classe no
interior dos processos de trabalho coletivo.
Define o perfil de uma administração, se autoritária ou democrática, se
reiterativa e conservadora ou criativa e progressista, será a qualificação de
seus fins e a escolha dos objetivos almejados.
Quando se delimita a gestão apenas à coordenação de elementos
específicos ou atribuí-la a “alguém” ou a “algum setor”, é descomprometer os
membros da instituição, promovendo a alienação e a exclusão destes sujeitos
do processo de formação ética, impedindo a interferência qualificada na
dinâmica social.
Dentro da trama de relações, gerir exige a superação de uma ação
hierárquica e burocrática para a constituição de uma coordenação referenciada
na capacidade de organizar, mobilizar e planejar as ações, isto possibilitaria a
construção da autonomia e a consolidação da gestão democrática e
emancipadora.
A participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na
área da educação e têm um papel fundamental na democratização da gestão
estadual.
Democratizar a gestão da educação é permitir que a sociedade exerça
seu direito à informação e à participação, deve fazer parte dos objetivos de um
governo que permita e se comprometa com a consolidação da democracia.
Democratizar gestão escolar não é só permitir que a educação receba
donativos, requerer fundamentalmente, que a sociedade possa participar no
processo de formulação e avaliação da política de educação e na fiscalização
de sua execução, através de mecanismos institucionais.
Esta presença da sociedade é notada por meio da incorporação de
categorias e grupos sociais envolvidos direta ou indiretamente no processo
educativo, e que, normalmente, estão excluídos das decisões (pais, alunos,
funcionários, professores), ou seja, significa tirar dos governantes e dos
técnicos na área o monopólio de determinar os rumos da educação.
A democratização da gestão principalmente quando se dá através de
ações estruturadas, possibilita aos setores interessados participarem da
elaboração da política estadual de educação. Gerando, assim, ganhos em
qualidade das decisões, pois estas podem refletir a pluralidade de interesses e
visões que existem entre os diversos setores sociais envolvidos.
As ações empreendidas passam a um nível de legitimidade mais
elevado. A democratização da gestão da educação torna-se um reforço da
cidadania, constituindo-se em fator de democratização da gestão estadual
como um todo.
INSTRUMENTOS DE AÇÃO COLEGIADA
Somente quando é democrática a gestão se faz por meio de
mecanismos institucionais. Não privilegiada os organismos permanentes, que
sobrevivem às mudanças de direção no governo estadual. Os órgãos
colegiados, como conselhos, grêmios estudantis e associações de pais,
mestres e funcionários são os principais instrumentos.
Esses instrumentos facilitam a implantação de medidas de
democratização da gestão: a educação é uma política de muita visibilidade,
atingindo diretamente grande parte das famílias e não é difícil mobilizar
profissionais, pais e alunos.
Existem instâncias de participação popular junto à secretaria estadual
de educação, junto a escolas e, onde for o caso, em nível regional.
Também é possível imaginar instâncias de participação especializadas,
correspondentes aos diferentes serviços de educação oferecidos (creches,
ensino de primeiro e segundo graus, alfabetização de adultos, ensino
profissionalizantes). Em qualquer instância, os mecanismos institucionais
criados devem garantir a participação do mais amplo leque de interessados
possível. Quanto mais representatividade houver, maior será a capacidade de
intervenção e fiscalização da sociedade civil.
No Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio os
instrumentos de ação colegiada se firmam na:
Criação dos Conselhos Escolar;
Manutenção da Associação de Pais, Mestres e Funcionários;
Parceria com Organizações não-governamentais, sindicatos e
associações;
Coordenação das atividades praticadas pelas instituições parcerias.
As atividades se dão por meio de promoções, reuniões, relatórios,
ações cívicas e outras.
Dizer que é importante a participação dos pais na escola não é
novidade alguma. Toda escola busca essa integração. Decidimos que nas
reuniões, os pais ouviram muito elogio sobre seus filhos. E os problemas
disciplinares resolveríamos, trabalhando pais e alunos e coordenação
pedagógica.
Nessa interação equipe escolar, alunos, pais e parceiros poderá ser
construídos projetos para melhorar a disciplina e a formação mais completa do
aluno.
O colégio sempre tem colocado suas dependências à disposição da
comunidade para a realização de Palestras, Reuniões, Congressos,
Seminários, Encontros e Cultos Religiosos, Eventos Culturais e Esportivos.
A A.P.M.F. da escola recebe os recursos PDDE, PDE Escola, Mais
Educação, para a manutenção e despesas relacionadas com a atividade
educacional. A A.P.M.F. também recebe do programa Dinheiro Direto na
Escola, esses recursos são liberados pelo MEC/FNDE, em parcela
única,destinando-se ao custeio de despesas correntes e capital, para a
aquisição de material permanente, consumo e outros serviços, ajudando a
escola a se tornar um lugar agradável, bonito.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação enquanto processo e diagnóstico oportuniza
planejar e replanejar ações norteando significativamente a aprendizagem. A
mudança da avaliação é fundamental para que deixe de atrapalhar a prática
pedagógica e ajude a qualificá-la, tirando seu caráter punitivo e negativo, para
transformá-la em mecanismo de crescimento de todos os envolvidos no
processo de ensino-aprendizagem.
Neste sentido, é preciso criar outro tipo de poder: o vínculo, o
partilhar um projeto, a admiração, a curiosidade, a autoridade, o desejo de
aprender, a competência, a ética e o respeito, assim o educando se apropriará
da (auto) avaliação como instrumento de crescimento e comprometimento com
a superação de suas eventuais limitações, em um autêntico automovimento.
A concepção básica da avaliação, em um enfoque libertador, é
de formulação simples: a partir da percepção da necessidade, colher dados
significativos do processo, julgar com base nos referenciais assumidos, tomar
decisão e agir. São as várias dimensões que só podem ser chamadas de
avaliação quando integradas em processo complexo. (VASCONCELOS, 2005)
Para Vasconcelos (2005), “considerando que o ser humano
sempre aprende, conforme contribuições da Neurociência, ao afirmar que os
alunos não estão aprendendo, quer dizer, que não estão se apropriando
daqueles elementos indispensáveis da cultura, ou que não estão aprendendo
tudo o que podem e têm direito.” Assim, o autor revela que o professor deve
considerar no processo as dimensões básicas da avaliação:
Sensibilidade
Sentir necessidade de avaliar, demonstrar percepção aguçada
e abertura. Não avaliar porque é exigido exteriormente ou julgar o que “já se
sabe” antes de conhecer melhor a realidade.
Análise da Realidade
Conhecer, obter dados significativos, isto é, revelantes,
essenciais e verdadeiros, sem preconceitos e induções, de forma transparente
e com objetivos definidos na prática pedagógica.
Clareza da Finalidade
Retomar, fazer memória da finalidade e dos objetivos.
Julgamento
Realizar juízo de valor/qualidade sobre o produto ou a
atividade, e não sobre a pessoa. Valorizando dessa forma, o ser e não o poder
que do capitalismo emerge.
Tomada de Decisão
Decidir o que fazer, dar continuidade à prática ou elaborar um
novo plano de ação, de forma individual e compartilhada com o aluno e demais
sujeitos do ensino-aprendizagem.
Ação
Agir de acordo com a decisão tomada, intervir
pedagogicamente, elaborando mecanismos que correspondam a toda análise
realizada nesse processo.
Todo processo, todo passo da vida humana deve ser
avaliado.Deve-se assim retomar sempre os passos que foram dados e em um
sentido sempre positivo rever o que foi bom,o que pode melhorar e até onde
podemos chegar.A avaliação não se constitui como prática em si mesma, pois
coexiste na relação com os demais elementos do processo educativo, deve
formar sujeitos conscientes de sua ação histórica na construção de uma
sociedade mais justa e humana, instrumentalizando-os culturalmente.
Neste sentido, a preocupação nesse enfoque progressista é
garantir a qualidade da aprendizagem enquanto expressão do processo de
apropriação-construção do saber e compreensão da realidade social.Ela deve
possibilitar ao professor diagnosticar e acompanhar o processo de
aprendizagem e ao mesmo tempo retomar conteúdos para reorganizá-los na
seqüência lógica ,isto é do dia a dia em sala de aula .Nesse sentido o professor
pode replaneja-la de acordo com as necessidades dos educandos e encontrar
a forma de superá-las.
Este trabalho deverá ser contínuo sendo priorizada a
qualidade e o processo de aprendizagem,ou seja , o desempenho do aluno ao
longo do ano letivo,devendo ser direcionada para atividades contextualizadas à
realidade do aluno, por meio de instrumentos avaliativos diversificados onde
possam expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam
produzem, discutem,vivenciam,exploram, se manifestam,argumentam em
defesa do seu próprio ponto de vista.
Através dessa interação diária caberá ao professor tomar as
medidas cabíveis sempre atento para verificar os avanços e as dificuldades dos
alunos de cada turma,planejando diferentes formas de trabalho e de avaliação
dos resultados desse trabalho com seus alunos..
A escola adotando em seu projeto pedagógico a visão
progressista de educação ,segue uma linha histórica na forma de pensar a
ação educativa da qual é responsável e por isso está buscando uma forma
mais participativa de avaliação do processo de ensino/aprendizagem.Nesse
sentido está buscando conhecer a realidade de seus educandos por meio de
maior interação família/escola ,para se ter dados que permitam uma atuação
mais eficaz a partir de um planejamento de ensino que atenda as necessidades
por eles apresentadas .
Nesse sentido procura utilizar metodologias de ensino que
contemplem a aprendizagem de conhecimentos científicos ,tecnológicos
voltados para a formação intelectual,social,afetiva,espiritual do educando.
O entendimento que se tem de avaliação não se limita a
somente aos resultados quantitativos apresentados ,mas o processo como um
todo.
O total mínimo de pontos anual que representa a soma das
médias dos quatro bimestres ,que os alunos deverão atingir parta serem
aprovados é 6,0 (sessenta que representa o domínio de pelo menos 60% do
conteúdo ensinado e apreendido pelos alunos ) .Este resultado é construído
durante o processo por meio de diferentes instrumentos : Simulados(um por
trimestre) trabalhos, gincanas, maratona,ou participação em projetos e
atividades nas quais a escola estiver envolvida, como: participação em
concursos e testes promovidos por instituições recomendadas pelo NRE de
Apucarana; testes, provas, simulados , maratonas, trabalhos que são
realizados na /ou extra-classe.
As atividades realizadas no trimestre terão valor quantitativo
de 6,0 e a prova trimestral valor 4,0 pontos.Em cada trimestre a nota máxima
é 10,0 que representa a soma de todas as atividades desenvolvidas e das
provas e testes realizados.
Os alunos que passaram pelo processo de recuperação farão
provas substitutivas com valor 10,0 permanecendo a maior nota.
CONCEPÇÃO DOS SUJEITOS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS E CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
Cada pessoa é única no sentido de apresentar características e
necessidades próprias carregando em si suas potencialidades, suas
experiências e seus sonhos. Diante disso também fica evidente que cada um
possui diferentes condições e necessidades no que diz respeito a
aprendizagem cabendo á família e á escola oportunizar as condições
necessárias a cada indivíduo.
O processo de educação inclusiva passa pela capacidade de entender
e reconhecer o outro com diferente,respeitando essas diferenças e sabendo
atuar com a diversidade ,visando a inclusão educacional; e social de cada
individuo enquanto sujeito , tendo o privilégio de conviver e compartilhar com
pessoas diferentes A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem
exceção.É para o estudante com deficiência física, para os que têm
comprometimento mental,para as surdas,cegas,todas as que pertencem a
minorias étnicas,credos,raças ,cor diferente da maioria ,para as que
apresentam déficit de aprendizagem ou de atenção.
A Constituição Brasileira de 1988, garante o acesso ao Ensino
Fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção.Assim
deixa claro que a criança com necessidade educacional especial deve receber
atendimento especializado.A inclusão ganhou reforços com a LDB de 1996 e
com a Convenção da Guatemala, de 2001.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos
problemas de desenvolvimento da aprendizagem, apresentados pelo aluno em
caráter temporário ou permanente, bem como, pelos recursos e apoios que a
escola deverá proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a
aprendizagem e compreendem
I ) Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no
processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das
atividades curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica específica ou
relacionadas a distúrbios, limitações ou deficiência;
II) Dificuldades de comunicação e sinalização , demandando a
utilização de outras línguas , linguagens e códigos aplicáveis;
III) Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos;
IV) Superdotação /Altas Habilidades;Os principais dispositivos legais,
políticos e filosóficos que possibilitam estabelecer os horizontes das políticas
educacionais asseguram o atendimento educacional especializado,com oferta
preferencial na rede regular de ensino,de modo a promover a igualdade de
oportunidade e a valorização da diversidade no processo educativo.
A oferta de atendimento educacional aos educandos com necessidades
educacionais especiais no Estado, vem sendo orientada de acordo com a
legislação vigente com destaque aos documentos:
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,nº 9394/96-Capítulo 5,
art.58,59 e 60;
• Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica-
Parecer nº 17/01-CNEnº 02/01;
• Deliberação nº 02/03-CEE.
• Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos inclusivos .
MARCO OPERACIOAL
GESTÃO DEMOCRÁTICA
PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
A gestão da educação escolar se realiza a cada momento da vida
escolar, por todos profissionais da educação. A administração da escola deve
estar sintonizada com as necessidades de toda a sociedade, acreditando no
trabalho coletivo, no diálogo, na democracia. A administração terá que estar
voltada para a articulação e coordenação das ações pedagógicas, e dos
recursos para que se evitem a improvisação tão prejudicial ao trabalho escolar.
Nessa perspectiva a gestão escolar pauta-se nos princípios da gestão
democrática, já que sem co-responsabilidade não há efetivação do trabalho
planejado. Cada segmento da instituição tem suas especificidades em sua
prática, como serão descritas a seguir, mas todos tem uma única finalidade – a
educação - fato que torna-os interdependentes na efetivação de seu trabalho.
A equipe técnico-administrativa tem como função precípua coordenar
todos os esforços no sentido de que a escola, como um todo, produza os
melhores resultados possíveis no sentido de atendimento às necessidades dos
educandos e promoção do seu desenvolvimento.
Dentro de uma concepção de educação integral, e tendo em vista a
relevância e a problemática do papel do professor no processo educativo,
conforme analisado anteriormente, devem revestir-se de sentido e natureza
especiais os esforços de coordenação e assistência aos professores.
Esse sentido e natureza devem estar voltadas para o desenvolvimento
de conhecimentos, habilidades e atitudes no professor, afim de que a sua
situação junto ao aluno torne-se gradativamente mais eficaz.
O papel do diretor da escola é de responsabilidade máxima quanto à
consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno
dos objetivos educacionais organizando, dinamizando e coordenando todos os
esforços nesse sentido, e controlando todos os recursos necessários para tal.
O diretor assume uma série de funções, tanto de natureza
administrativa, quanto pedagógica sendo as principais:
- Organizar e articular todas as unidades componentes da escola;
- Controlar os aspectos materiais e financeiros da escola;
- Supervisionar e orientar a todos aqueles a quem são delegadas
responsabilidades.
- Dinamizar e assistir aos membros da escola para que promovam
ações condizentes com os objetivos e princípios educacionais
propostos;
- Liderar e inspirar no sentido de enriquecimento dos objetivos e
princípios;
- Manter o processo de comunicação clara e aberta entre os
membros da escola e entre a escola e a comunidade;
- Estimular a filosofia de trabalho da escola, especificando as
normas vigentes de cada setor, através de reunião com os
funcionários em exercício;
- Ser aberta ao diálogo, respeitando o direito de cada um
procurando ser justa, sabendo discernir o certo do errado;
- Analisar o que se passa dentro da escola e direcionar as
inovações necessárias ao bom desempenho de toda as funções;
- Estabelecer normas para melhorar a disciplina dos alunos coma
participação de toda a comunidade escolar;
- Proporcionar condições ao pessoal administrativo, pedagógico e
docentes, em desenvolvimento ao seu trabalho, no sentido de
dar cumprimento a todas as solicitações emanadas dos órgãos
da SEED, do Núcleo Regional da Educação e dos alunos.
- Proceder,quando necessário, advertência e determinações a
quem couber;
- Incentivar o desempenho e as atividades pela A.P.M.F., Grêmio
Estudantil, Biblioteca, participações desportivas e outras para
atender as necessidades do aluno e para maior entrosamento
entre comunidade e escola;
- Organizar e apoiar excursões culturais e recreativas, dentro das
possibilidades da escola e com devida autorização dos pais ou
responsáveis.
- Incentivar às aulas práticas para melhor compreensão do
conteúdo a ser estudando pelo educando.
- Montar projetos e executá-los de acordo com as possibilidades
da escola, envolvendo a comunidade escolar, com a finalidade
de valorizar o ensino-aprendizagem e na tentativa de acabar
com a evasão e a repetência.
- Programar reuniões gerais e específicas com os pais sempre
que houver necessidade.
- Saber os melhores critérios de avaliação do trabalho escolar,
renovando ou modificando recomendações junto aos
professores sempre que necessário e documentado de forma
sistemática todo o trabalho que a escola realiza.
- Dinamizar o ambiente da escola, integrando professor-aluno-
comunidade, com objetivo de integração.
- Apoiar e incentivar os professores no seu aperfeiçoamento
constante, visando melhor ensino-aprendizagem.
- Fazer prestação de conta de todo dinheiro arrecadado pela
escola.
- Organizar e ampliar o acervo de livros na biblioteca escolar,
incentivando a leitura de bons livros.
Favorecer condições ao aluno para seu desenvolvimento no campo
intelectual, religioso e social como parte integrante do meio em que vive
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS DOCENTES E FUNCIONÁRIOS
ESTUDOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA
O Colégio Estadual Vale do Saber – Ensino Fundamental e Médio tem
suas atividades sistêmicas vinculadas ao programa de atividades da Secretaria
de Estado de Educação, tendo assim presença obrigatória nas reuniões,
palestras, conferencia e projetos desenvolvidos pelo Núcleo Regional de
Educação, mas, mantém paralelamente suas atividades sistêmicas dentro da
própria unidade escolar com reuniões de pais, reuniões pedagógicas e
conselhos de classe feitos bimestralmente. E ainda mantém um cronograma de
palestras; em parceria com a Associação de Pais e Mestres e Funcionários
propiciando aos pais, alunos e professores informações técnicas com
profissionais habilitados sobre:
- Relações Humanas;
- Higiene coletiva, corporal e bucal;
- Gravidez na Adolescência;
- Controle de Pedículose;
- Educação para o Trânsito;
- Combate ás drogas;
- Combate à Dengue e outras.
ESTUDOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA
- Além das reuniões pedagógicas, os professores da Escola
Estadual Vale do Saber, têm sua formação continuada
participando dos cursos de capacitação, dos cursos promovidos
pelo Núcleo Regional de Educação, das palestras contidas no
cronograma estadual e de eventuais cursos e seminário e
grupos de estudo que ocorram durante ao ano letivo.
QUALIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E DOS
ESPAÇOS DA ESCOLA
Os equipamentos e espaços da escola são conservados e sua
manutenção é realizada em conformidade com as determinações e recursos da
SEED – também oriundos de recursos da APMF. A conservação se dá a partir
do trabalho de conscientização do cuidado com o patrimônio público e uso
devido dos materiais e espaços disponíveis na escola.
FAMÍLIA / ESCOLA
A família é um dos principais alicerces da sociedade. A constituição
brasileira deixa claro que a educação é de responsabilidade da família, do
Estado e da escola, ficando evidente a importância da família. O Estatuto da
Criança e do adolescente exara no artigo 19 que “toda criança ou adolescente
tem o direito de ser criado e educado no seio de sua família”. O artigo 22
também destaca que “ao pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação
dos filhos menores...”. Diante disso fica claro o papel da família. Esta por sua
vez deve ser parceira da escola já que ambas tem a mesma preocupação: o
desenvolvimento sócio-educativo do educando. Na escola, tanto a criança
quanto o adolescente possuem a necessidade de acompanhamento
pedagógico e cabe aos pais assumirem suas responsabilidades. A instituição
busca mecanismos de maior aproximação entre família e escola através de
reuniões, apresentações e eventos voltados a essa finalidade. É importante
orientar os pais quanto ao acompanhamento pedagógico mas também é
importante ouvi-los quanto aos seus anseios e expectativas colocadas na
escola. Infelizmente a maioria dos pais tem pouca disponibilidade para
participar ativamente da vida escolar dos filhos, já que a maioria trabalha muito
e são grandes as dificuldades socioeconômicas, a renda salarial da maioria
não ultrapassa 3 salários mínimos e o ritmo de trabalho da maioria é extenso já
que trabalham como operários (muitos em fábricas de confecção e construção
civil). Apesar disso ainda existem pais participativos e atuantes na escola –
participando ativamente na educação dos filhos, vindo nas reuniões e até
participando das instâncias colegiadas (APMF e Conselho Escolar). Quando
os pais valorizam a escola e apóiam os filhos nos estudos constata-se o óbvio:
o sucesso escolar.
REUNIÕES DE APMF
As reuniões com os membros da APMF ocorrerão todas as vezes que
se fizer necessário, tendo em vista a importância desta parceria com esse
órgão, que existe pra auxiliar a escola em todos os eventos.
A A.P.M.F. funciona em comum acordo com a escola em tudo que é
realizado.
Foi eleita por aclamação, por professores, Pais e Funcionários que
fazem parte desta comunidade escolar. Realiza reuniões periódicas ou sempre
que necessário para a busca conjunta de soluções para eventuais problemas,
ou mesmo com o intuito de auxiliar e organizar eventos promocionais
desenvolvidas em prol dos educandos.
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA APMF
a) Discutir, colaborar sobre as ações de assistência ao educando, para
o aprimoramento do ensino e integração da família – escola – comunidade;
b) integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política
educacional, visando sempre a realidade dessa mesma comunidade.
c) Representar os reais interesses da comunidade e dos pais dos
alunos junto à escola, contribuindo para a melhoria do ensino e para a
adequação efetiva dos planos curriculares.
d) Promover o entrosamento entre pais, alunos e membros da
comunidade, através de atividades educacionais, culturais, sociais e esportivas;
e) Contribuir para a conservação das instalações e equipamentos do
estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade e tendo em
vista o benefício dos educandos;
f) Contribuir para a elaboração e implementação da Proposta
Pedagógica da escola, acompanhando os resultados obtidos e contribuindo
para sua melhoria.
É através da APMF que a gestão de recursos financeiros pode se
tornar um processo efetivo de discussão e decisão democrática, uma vez que é
através da associação que a maior parte dos recursos destinados à escola é
movimentada, pois a aplicação desses recursos só pode ser feita depois de
aprovação em Assembléia Geral.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe reúne os professores titulares de turma e
auxiliares, coordenadoras, secretária e diretor. É presidido pelo diretor e equipe
pedagógica, tendo como objetivo o levantamento de problemas, a troca de
idéias e sugestões para resolução dos problemas detectados.
Acontece no final de cada trimestre do ano letivo e no final deste.
Contando em número de três ao longo do ano letivo. Sua necessidade se deve
ao fato de procurar resolver os problemas enfrentados pelos alunos para que
tais situações não os induzam ao fracasso escolar.
CONSELHOS DE CLASSE
Os conselhos de classe acontecerão nos dias previstos no calendário
escolar, levando em consideração a aprendizagem e os avanços que o aluno
obteve. A participação é ampla e atua como colaborador no processo
pedagógico, com intervenções necessárias para garantir a organização da
prática educativa, onde são discutidas formas de avaliação, critérios a serem
adotados para obter melhorias na aprendizagem assim como na relação
professor-aluno, refletindo sobre as dificuldades encontradas no processo
ensino-aprendizagem buscando em conjunto possíveis soluções.
Vem sendo discutido pela escola de tornar o conselho de classe mais
democrático, possibilitando uma maior abertura para a participação de
representante do pais e dos alunos.
CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO
Ocorrem de acordo com o calendário escolar, com professores, direção
e pedagogas, é observado o educando e solucionado os problemas gerais
relacionados a notas, aprendizagem, disciplinas fazendo o que for melhor para
o aluno.
AVALIAÇÃO
A avaliação consubstancia-se em um dos principais instrumentos para
diagnóstico e possibilita estruturar e reestruturar ações. Segundo Cervi (2003:
p. 25) “a partir do diagnóstico, tornam-se visíveis as oportunidades
estratégicas”. Presente no regimento escolar e no Projeto Polítíco Pedagógico
a avaliação é devidamente regulamentada e implementada nas instituições
escolares.
A avaliação é uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino
e a aprendizagem, subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho
e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou adequados
para o processo de aprendizagem. Para o aluno, é o instrumento de tomada de
consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para
reorganização de seus investimentos na tarefa de aprender na busca da
construção de sua autonomia.
Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos
das ações educacionais demandam maior apoio, sempre em busca de solução
e reorganização quando necessário da prática educativa.
Devidamente regimentados, os conteúdos e componentes curriculares
estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, em conformidade com as
Diretrizes Nacionais e Estaduais. Os conteúdos curriculares estão organizados
por disciplinas para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O sistema de avaliação da escola está organizado por trimestre, sendo
realizada mediante um processo contínuo, diagnóstico, com critério somativo
de notas de 0 (zero) a 10 (dez) e a média mínima para aprovação é 6,0 (seis
vírgula zero).
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
No que se refere a avaliação da instituição, esta deve ser analisada
diferentemente dos demais instrumentos apesar de muitos deles serem
norteadores para planejamento em termos de gestão escolar. Dentre os vários
instrumentos avaliativos em termos de avaliação institucional destacam-se a
Prova Brasil e ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) – ainda não foi
realizado ENEM, porque o Ensino Médio teve inicio em 2011. Quanto a Prova
Brasil foi observado crescimento no desempenho com pontuação de 245,80 em
Português e 241,74 em Matemática. Quanto ao IDEB observa-se ótimo
desempenho, já que em 2007 apresentava 3,0 pontos e, em 2009 passou a
apresentar 4,0 no IDEB – o PDE de superação (de 2009) foi importante para
melhoria desse índice que superou a meta estipulada pelo governo.
AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
A Constituição Federal do Brasil declara a educação como direito de
todos e como dever do Estado e da Família, a ser promovida e incentivada pela
Sociedade. A educação como direito de todo cidadão, tem como finalidade o
pleno desenvolvimento da pessoa com vistas à emancipação humana e social,
bem como sua qualificação para o trabalho, isto é, a formação do cidadão
conhecedor e capaz de praticar seus direitos e deveres em uma sociedade que
se pretende democrática.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação assegura como dever da
União, em colaboração com os Sistemas Estaduais e Municipais, o processo
de Avaliação da Educação Básica, tendo como objetivo a melhoria da
qualidade de ensino. Essa mesma Lei no Art. 24 assegura: A verificação do
rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) Avaliação contínua e cumulativa dos desempenhos do aluno,
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
b) Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
c) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a
serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos:
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
Esforços de vários e de diversas ordens são feitos para contribuir na
construção de alternativas que venham produzir mudanças estruturais na
escola como um todo e na prática pedagógica. Várias pesquisas indicam novos
paradigmas educacionais, que se centram na garantia das aprendizagens do
alunos e das alunas para constituição de suas cidadanias, de suas
emancipações.
O processo de avaliação carrega em si uma força transformadora que
deve ser reconhecida e explorada. Não pode ser aceita como simples
instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção de
aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha
incorporar todos os resultados obtidos durante o período letivo.
É necessário que a teoria e a prática, presentes nas salas de aula,
caminhem juntas, para que permitam avanços tanto no procedimento
metodológico da escola, como no programa social da educação, que passa
necessariamente para a avaliação, capaz de apontar caminhos para toda a
construção e reconstrução dos currículos, da atuação dos professores e enfim
do conjunto da escola.
Apesar de ser a escola o lugar onde se aprende, a valorização está nos
acertos, sendo estimulada a competição. Como conseqüência da preocupação
constante com a nota o aluno estuda apenas para obter resultados
convenientes, para passar de ano. Isto pode deixá-lo cada vez dependente do
professor. Esta é a avaliação classificatória, ou normativa. É a visão
mecanicista da educação, ainda muito usada na escola, para comparar,
reforçar as desigualdades e estimular a competição e a busca pelo poder.
Neste caso o processo de avaliação passa a ser um instrumento de medida e a
avaliação focaliza os testes, as escalas de classificação, os instrumentos
técnicos.
Novas abordagens pedagógicas exigem uma prática educativa que
considere as diferenças dos alunos e alunas que, consequentemente,
desenvolvem formas e ritmos diversos de aprendizagens. Reconhecer a
historicidade do educando é comprometer-se em resgatá-la, como referência
para elaboração do trabalho pedagógico. Surge, então, a necessidade de
novas maneiras de sistematizar a avaliação. Levando-se em conta que tanto os
educadores como os alunos são seres pensantes, com suas histórias de vida e
com direito de errar e acertar. Portanto a avaliação deve ser reflexiva e
dialógica.
A avaliação deve ser entendida como um meio de se obter informações
e subsídios para favorecer o desenvolvimento do aluno e a ampliação de seus
conhecimentos. Ao dispor dessas informações, é possível adotar
procedimentos para correções e melhorias no processo, melhorando o trabalho
pedagógico. É necessário ter em mente que a avaliação não se destina
puramente a medir e julgar os alunos. No final das contas, está se medindo a
própria capacidade e a da escola.
Numa proposta construtivista de educação, a avaliação deve ter por
função diagnosticar e estimular o avanço do conhecimento. Seus resultados
devem servir para orientação da aprendizagem “a fim de que seja possível
tomar decisões” que permitam criar e recriar competências, nas mais diversas
áreas: social, técnica, política e educacional” (Vasconcellos). Essa postura e
disposição, da sociedade, buscam uma consolidação de tudo o que faz e se
produz. A avaliação vem ao encontro desta necessidade. Em todas as áreas,
nas quais se recorre à avaliação, o objetivo deve servir para melhorar o
processo ensino-aprendizagem.
Na análise dos resultados da avaliação, acertos, erros, dificuldades ou
dúvidas que o aluno apresenta são evidências significativas de como ele está
interagindo com o conhecimento e da adequação da metodologia adotada.
Se mudarmos nossa concepção de educação, de mecanicista para
sócio-interacionista, passamos a ver o educando como sujeito de sua própria
aprendizagem.
Nesse sentido Vygotsky, com pesquisas realizadas em países da
antiga URSS, trouxe-nos uma nova visão sobre o desenvolvimento humano
que modificam o papel do professor passando de transmissor do saber para
mediador no processo ensino/aprendizagem, fazem com que ele transforme
seu trabalho na sala de aula, oferecendo atividades produtivas e desafiadoras.
Nessa perspectiva, a avaliação é centrada no processo e não no produto. O
erro passa ser encarado como indicador dos caminhos para nova intervenção.
Esta é a avaliação diagnóstica, utilizada por quem acredita que a pessoa
humana é sempre capaz de crescer. Esta avaliação antecede a elaboração de
um projeto, de um plano de curso, de unidade ou qualquer outra atividade.
Pode acontecer também após a definição de objetivos.
Se quisermos um conhecimento que se quer em construção e ao
mesmo tempo, reconheça os parceiros dessa construção como co-
responsáveis do saber construído é necessário que cada um, individual e
coletivamente, busque seus próprios caminhos e encontre as melhores
soluções para desenvolver práticas avaliativas. Faz-se necessário uma
avaliação diagnóstica, mediadora, criteriosa e formativa.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
De acordo com o regimento escolar, a recuperação de estudos é
direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos
conhecimentos básicos eocorrerá de duas formas:
a) com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido
pelos instrumentos de avaliação;
b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de
aula.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Ela será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os
conteúdos não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser
proporcional as avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de
apreensão e retomada dos conteúdos – em conformidade com a LDB. Os estudos
de Recuperação não poderão ser considerados como um adendo a nota.
HORA ATIVIDADE
A escola procurará adequar os horários dos professores de mesmas
disciplinas, nos mesmos dias, para troca de experiências e também deverá
oportunizar encontros de professores de disciplinas diferentes, visando trocas e
trabalho multidisciplinar, como também interdisciplinar.
PROJETOS/PROGRAMAS/CURSOS EXTRACURRICULARES
OFERTADOS PELO COLÉGIO
PROJETO BAÚ DA LEITURA
Público alvo: alunos de 6º e 7º ano do Ensino Fundamental (período
vespertino)
Justificativa
Em um mundo de crescentes transformações é imprescindível
desenvolver a leitura já que ela possibilita o acesso e produção de
conhecimento bem como torna-se importante ferramenta de comunicação.
Objetivos
- Estimular o gosto pela leitura;
-desenvolver o senso crítico através da leitura crítica;
-conhecer diferentes gêneros textuais;
Desenvolvimento
Nas quartas-feiras, na primeira aula, as turmas receberão o Baú da
Leitura (caixa decorada que vem repleta de livros de diferentes gêneros
textuais). Os alunos irão ler os livros e discutir o que aprenderam com
professores e colegas. A cada encontro ficam as expectativas das “surpresas”
que chegam nos “baús”.
Avaliação
Durante a realização das atividades será observado o envolvimento e
aproveitamento que os alunos apresentam e conforme necessário serão feitas
as mudanças necessárias para maior envolvimento dos alunos.
PROJETO JUNIOR ACHIEVEMENT
O projeto faz parte do Programa de introdução ao mundo dos negócios,
desenvolvido pelo SESI APUCARANA na qual fornece informações práticas
sobre organização de negócios em um mercado de livre iniciativa. Dentre os
vários ensinamentos realizados através de dinâmicas aplicadas por monitores
do SESI (estudantes universitários devidamente capacitados) estão os de
empreendedorismo, educação financeira e incentivos para que os alunos
façam cursos universitários.
Objetivos do aprendizado
- identificar as formas mais comuns de organização de uma empresa;
- dar exemplos de recursos necessários ao iniciar um negócio;
-identificar as decisões típicas de um empresário;
-listar qualidades desejáveis de um empregado;
-reconhecer os passos necessários para conseguir um emprego;
- identificar as atividades relacionadas ao marketing.
-importância dos estudos;
-educação financeira.
As atividades são desenvolvidas, sendo agendados os dias da visita dos
monitores do SESI, para aplicação das atividades nas turmas, sendo realizados
2 encontros por turma. Cada aluno recebe certificado emitido pelo SESI ao final
das atividades.
FESTA JULINA
Durante o mês de julho são desenvolvidas atividades voltadas ao
resgate das tradições que envolvem o respeito e valorização do homem do
campo.
São desenvolvidas atividades como ensaio da Quadrilha (dança típica)
e ensaio de teatro (casamento caipira) e é realizada confraternização com
pratos típicos (pipoca, bolo de fubá, etc).
SEMANA CULTURAL
Na semana que precede o feriado do dia 12 de outubro (dia das
crianças) e dia 15 de outubro (dia do professor) são realizadas atividades
recreativas e culturais.
Objetivos
- Estimular maior interação entre alunos e profissionais da escola;
-comemorar o dia das crianças e o dia do professor;
- valorizar a cultura local;
-desenvolver atividades recreativas voltadas ao bem estar e saúde dos
educandos;
-valorizar a individualidade de cada educando, contribuindo assim para
constr ução da identidade do adolescente.
Atividade Descrição da atividade
1º Dia
Dia do diferente
Os alunos e professores virão trajados
com roupas diferentes, celebrando a
diversidade e combatendo o
consumismo desenfreado que é exercido
pela mídia. Haverá desfile e premiação
para as roupas mais originais. O lema é
“estar na moda não tem graça porque
ser diferente é legal”
2º Dia
Campeonato de futsal e bola queimada
Haverá competição interclasses que
será organizado pelos professores de
educação física
3º Dia
Campeonato de futsal e bola queimada
Haverá competição interclasses que será
organizado pelos professores de
educação física
4º dia - Show de talentos e exposição
de trabalhos
Apresentações artísticas de dança e
música. Exposição de trabalhos (painéis
e murais) voltadas a temas atuais.
PROJETO CONSTRUINDO A PAZ
O projeto está em desenvolvimento e foi elaborado pelo Dr Oscar Ivan
Prux, advogado e professor coordenador do curso de direito da UNOPAR. O
projeto é uma parceria entre Núcleo Regional de Ensino de Apucarana,
UNOPAR – Universidade Norte do Paraná e Colégio Estadual Vale do Saber.
Proposta para mudança de paradigma:
* Afastar certos mitos.
* Entender que a paz se constrói por uma mudança cultural e um
conjunto de ações que envolvem exatamente todas as pessoas.
* Adotar uma transformação na mentalidade, colocar ciência nessa
questão e objetividade nas iniciativas.
* Fazer da paz, um objetivo de Estado (e de todos nós)
Subprojetos na esfera cível:
NA ESFERA CÍVEL
Equacionamento do super-endividamento do consumidor;
Mediação (judicial, escolar e familiar);
“Ser Legal”;
Sustentabilidade (proteção ambiental e consumo sustentável);
NA ESFERA CRIMINAL
Análise científica da criminalidade.
OBJETIVOS DO PROJETO
- Gerar conhecimento e ações para ensinar as pessoas, através da
informação e alteração de hábitos, a conviver em uma sociedade mais
organizada, pacífica e solidária.
Mudança de mentalidade
Afastar a cultura do relativismo e do fato sem consequências. O contexto
do meio interage para dar ensejo a criminalidade;
Dar um choque de ordem e respeito a regras;
O Estado, todas as Instituições e todas as pessoas contra o crime;
Integração
Envolvimento, postura e atitude proativa
A FÓRMULA FUNDAMENTAL DE FUNDAMENTO
CONTRA: - avalanche de crimes, crime organizado ou crimes isolados
ou interligados
AÇÕES DE:
Todos os órgãos estatais;
Todas as organizações sociais;
Todas as pessoas físicas e jurídicas.
Grau de envolvimento dos poderes Estatais:
* EXECUTIVO
- todos os departamentos;
- todas as secretarias;
- as polícias integradas.
* LEGISLATIVO: aprovação do arcabouço legal, fiscalização iniciativas
para que o Executivo implemente medidas necessárias;
* JUDICIÁRIO:
- Adoção de medidas restritivas;
- A forma de aplicação da lei;
- A colaboração para aplicação do dilema do prisioneiro;
- A participação do Ministério Público e dos advogados.
-
- Judiciário (cobrar algo para........)
- Executivo
- Legislativo
Através de atividades conjuntas mediadas pelos profissionais da escola
e acadêmicos do curso de Direito da UNOPAR serão realizadas voltados ao
desenvolvimento sócio-educacional dos discentes da instituição de ensino
que vão desde orientações quanto a preservação do meio ambiente quanto
a mediação de conflitos.
SALA DE RECURSOS
Os alunos com necessidades educacionais especiais são atendidos em
sala de Recursos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries na área de
Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem.
É trabalhada com os alunos a área do desenvolvimento humano, pois
são educandos com dificuldades de aprendizagem.
O trabalho envolve: Psicomotricidade;
Cognição;
Desenvolvimento-afetivo-emocional;
Conteúdos acadêmicos .
Oferecendo assim condições de aprendizagem para que os educandos
se desenvolvam integralmente e tenham sucesso no Ensino Fundamental.
SALA DE APOIO
É ofertado aos alunos de 5ª série com déficit de aprendizagem, aulas
de Língua Portuguesa e Matemática em contraturno. Onde os professores
desta sala desenvolvem atividades diferenciadas para que estes alunos
consigam vencer dificuldades e acompanhar os demais.
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Em 2010 a escola começou a ofertar o Programa Mais Educação. Os
alunos matriculados no programa freqüentam ensino regular no período
matutino, eles almoçam na escola e no contraturno fazem atividades de:
Letramento, Dança, Tênis de Mesa, Musicalização.
O Programa Mais Educação criado pela Portaria Interministerial n.º
17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de
atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como
acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos
humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde,
educomunicação, educação cientifica e educação econômica.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de
Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE). O programa visa fomentar atividades para melhorar o
ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova
Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de efeito Escola –
IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do
estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município em que a
escola está localizada. Por esse motivo a área de atuação do programa foi
demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que
apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),
situadas em capitais e regiões metropolitanas.
As atividades tiveram início em 2008, com a participação de 1380
escolas, em 55 municípios, nos 27 estados para beneficiar 386 mil estudantes.
Em 2009, houve a ampliação para 5 mil escolas, 126 municípios, de todos os
estados e no Distrito Federal com o atendimento previsto a 1,5 milhão de
estudantes, inscritos pela redes de ensino, por meio de formulário eletrônico de
captação de dados gerados pelo Sistema Integrado de Planejamento,
Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC). Em 2010, a meta é
atender a 10 mil escolas nas capitais, regiões metropolitanas – defenidas pelo
IBGE e cidades com mais de 163 mil habitantes, para beneficiar três milhões
de estudantes. Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal
repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de
apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem
conjuntos de instrumentos musicais dentre outros; e referência de valores para
equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com
os recursos repassados.
CURSOS EXTRACURRICULARES
CELEM
A partir do ano letivo de 2009, a Escola Estadual Vale do Saber passou a
ofertar o CELEM (Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras Modernas), como um
ensino extracurricular, plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica,
matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação
Profissional e Educação de Jovens e Adultos, sendo também extensivo à comunidade,
professores e agentes educacionais.
De acordo com reunião realizada com o Conselho Escolar, será ofertado o
Curso Básico de Língua Espanhola.
O CELEM é regulamentado pela resolução n.º 3904/2008, além de ser
subordinado às determinações do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Interno
da Escola
EVASÃO ESCOLAR
Quanto a evasão escolar o que se propõe é uma preocupação mais
efetiva para com os alunos faltosos através de acompanhamento diário da
freqüência escolar procurando contato com a família buscando conhecer os
motivos das faltas. Não havendo o retorno o aluno será encaminhado ao
Conselho Tutelar através do preenchimento da ficha FICA.
Com o objetivo de combater a evasão e o índice de repetência é
proposta aos professores pela equipe pedagógica uma freqüente reflexão
sobre sua prática a fim de que as aulas se tornem mais atraentes e mais
agradáveis com atividades diferenciadas para que se sintam mais motivados
em aprender e permanecer na escola. Bem como estar atentos às dificuldades
apresentadas pelos alunos, realizando recuperação paralela de conteúdo
durante todo o período. Outros encaminhamentos no combate à evasão
escolar são a inserção de alunos nos Programas Mais Educação, Sala de
Recursos e Salas de Apoio à Aprendizagem.
AS HORAS DE ESTUDO
As Horas de Estudo acontecem dentro das reuniões pedagógicas
quando são feitos planejamentos, os miniprojetos e as trocas de experiência.
São orientadas pelas coordenadoras pedagógicas tendo o endosso da
Equipe Municipal de Ensino, da Secretaria de Desenvolvimento Humano.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A finalidade da avaliação numa abordagem sócio interacionistas , é
ajudar a escola cumprir sua função social e emancipadora, ou seja, favorecer
que os alunos possam aprender mais e melhor, tendo em vista o compromisso
com a sociedade mais solidária. A preocupação do professor deve ser com o
desenvolvimento geral do aluno, como um todo, desde o momento em que
entra na escola. No entanto pra efeito de atribuição de nota, esta deve vir das
diversas atividades dos alunos, sendo mais adequados os instrumentos que
apresentam precisão e validade:
* Responder pergunta, explicar a um colega um certo
procedimento; ao fazer um comentário e outros (com anotação e registro);
* Realização de tarefas, trabalhos colaborativos em sala de aula
ou fora, em aplicações ou interferências feitas na sala de aula.
* Participação em seminários e nas resoluções de questões.
É fundamental a transparência no processo de avaliação. Dados e
informações são importantes. Para obtê-los é necessário os instrumentos de
medida, por exemplo: Questionários, fichas de observação, provas, exercícios.
Mas os instrumentos são recursos, são meios que utilizamos para alcançar
determinados objetivos. Se, são meios, sua escolha e construção devem ser
orientados pelos objetivos.
A avaliação é realizada ao longo de cada trimestre letivo, através de
estratégias de aprendizagem como pesquisas, trabalhos colaborativos
culturais, sociais, científicos, testes, tarefas propostas e participação diária,
tudo isto, valorizando o crescimento do aluno;
Os resultados do rendimento são expressões de zero a dez o
registrados pelo professor em fichas de observação ou no próprio livro do
professor.
PROBLEMAS OU NECESSIDADES DA ESCOLA
Falta de funcionários, pais descomprometidos, alunos desinteressados,
apesar das nossas tecnologias.
REUNIÃO DE PAIS
As reuniões de pais, para que as famílias fiquem cientes do
desenvolvimento de seus filhos acontecem no final de cada trimestre.
Tem sempre uma abertura feita pela diretora e pedagogas onde são
tratadas as questões de ordem geral da escola.
Em seguida os pais ou responsáveis se encaminham cada qual à sala
de seu filho, onde são tratadas questões de ordem específicas (rendimentos,
comportamento, saúde e características das crianças).
CONSELHO ESCOLAR
Os membros deste importante órgão reunir-se-ão todas as vezes que
se fizer necessário, incluindo professores, funcionários, equipe pedagógica e
direção, na busca de possíveis soluções de problemas, principalmente os que
dizem respeito ao: bem estar do aluno e professores, processo ensino-
aprendizagem, situações diversas e outras.
RENDIMENTO ESCOLAR
O Rendimento Escolar foi bom, o processo de ensino-aprendizagem é
contínuo, dando assim várias oportunidades para os alunos, sendo que
dependemos muito do interesse dos alunos e a participação dos pais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Lei n.º 9394/96 – LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 20/12/1996.
- PARANÁ ,Textos Produzidos pela Equipe dos N.R.E.s CADEP
em ( 2004 e 2005).
- BRASIL,Constituição – República Federativa do Brasil Ministério
da Educação – 1988.
- D’ANDREA. Flávio Fortes. Desenvolvimento da personalidade:
enfoque psicodinâmico. São Paulo: Difel, 1980.
- FREIRE, Paulo – Pedagogia da autonomia: Saberes
Necessários à Prática Educativa / Coleção Leitura, São Paulo,
Paz e Terra 1996.
- BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnicos-raciais e para o ensino da História e Cultura
Afro-brasileira e Africana, Brasília, 1996.
- VIGOTSKI,Lev Seminovicht. A formação social da mente. São
Paulo: Martins Fontes, 1996.
- INSTRUÇÃO N. 008/2011 SUED/SEED
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
ARTE
Professora:
Milene Mayumi Makita
Apucarana – 2012
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Para a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no
Paraná, faz-se necessário conhecer sua trajetória histórica no Brasil.
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação
católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem
portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros
revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos
indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica,
literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte
ibérica da Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações
artísticas locais (BUDASZ, in NETO, 2004, p. 15).
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de
obras e ações foram iniciadas para atender, em termos materiais e culturais, a corte
portuguesa. Entre essas ações, destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses
encarregado da fundação da Academia de Belas Artes, na qual os alunos poderiam
aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão
Francesa, cuja concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no
culto à beleza clássica.
Em termos metodológicos, propunham exercícios de cópia e reprodução de
obras consagradas, o que caracterizou o pensamento pedagógico tradicional de arte.
Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas características,
como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e pintura das obras de Antônio
Francisco Lisboa (Aleijadinho); na música do Padre José Maurício e nas obras de outros
artistas, em sua maioria mestiços de origem humilde que ao contrário dos estrangeiros,
não recebiam remuneração pela sua produção.
Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com o fim dos colégios
seminários e sua transformação em estabelecimentos públicos como o Colégio Pedro II,
no Rio de Janeiro, ou exclusivamente eclesiásticos, como o Colégio Caraça, em Minas
Gerais. Nos estabelecimentos públicos houve um processo de dicotomização do ensino
de Arte: Belas Artes e música para a formação estética e o de artes manuais e
industriais.
Com a proclamação da República, em 1890, ocorreu a primeira reforma
educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias
positivistas e liberais. Os positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte
valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento
científico. Os liberais preocupados com o desenvolvimento econômico e industrial
defendiam a necessidade de um ensino voltado para a preparação do trabalhador.
Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionou o ensino para
a valorização da ciência e da geometria e propagou o ideário positivista no Brasil. Essa
proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção capitalista e
secundarizou o ensino de Arte, que passou a abordar, tão somente, as técnicas e artes
manuais.
Na década de 60, no período de repressão política e cultural imposta pelo regime
ditatorial, o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no
Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades
e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte.
Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que
seriam utilizados na sua expressão.
No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de
conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua
vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de artes
plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas, e o ensino de música
enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela
redemocratização. Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros,
passeatas e eventos que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas
educacionais para propor novos fundamentos políticos para a educação.
Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia
histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação,
com experiências de educação popular realizadas por Organizações e movimentos
sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham
oferecer aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social
transformadora, pretendo, assim, fazer da escola um instrumento para a transformação
social e nelas o ensino de Arte retomou a formação do aluno pela humanização dos
sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a
1999, inclui a Arte, no Ensino Médio, na área de Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias junto com as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
Moderna e Educação Física. Os encaminhamentos metodológicos apresentados pelos
PCN sugerem que o planejamento curricular seja centrado no trabalho com temas e
projetos, o que relega a segundo plano os conteúdos específicos da arte.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da
Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de
Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção
coletiva de diretrizes curriculares estaduais.
Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua
disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares
concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e científica e
articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de arte, ressaltamos ainda que
foi sancionada pelo Presidente da República a lei que estabelece no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e
Indígena”. Para o ensino desta disciplina significa uma possibilidade de romper com
uma hegemonia da cultura européia, ainda presente em muitas escolas.
Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a
compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a
um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e
terapia. Assim, o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
O ensino da arte como disciplina escolar, possibilita o estudo como campo de
conhecimento constituído de saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais
– locais, nacionais e globais – o contexto histórico social e o repertório de conhecimento
do aluno, visando estimular no educando dos ensinos fundamental e médio a liberdade
de expressão, a criatividade e espontaneidade e a apropriação do conhecimento
científico.
A atividade criadora é uma necessidade humana, através da qual o indivíduo
descobre sua integridade. Sua função consiste assim, em aplicar o conhecimento no que
se refere aos conteúdos específicos das línguas artísticas, aliando o ver, o pensar o fazer
e o criar. Consiste também a pretensão de analisar o espaço da arte na escola a partir de
uma perspectiva histórica, que visa desenvolver no educando uma percepção exigente,
ativa em relação a realidade; proporcionando a aquisição de instrumentos necessários
para a compreensão dessa realidade expressa na arte, bem como as possibilidades de
expressão nas atividades artísticas, tendo como elementos norteadores os quatro eixos
do ensino da arte: artes visuais, dança, música, e teatro, os quais são organizados a partir
de conteúdos estruturantes, articulados entre si: elementos básicos das linguagens
artísticas, produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores.
B. OBJETIVOS GERAIS
Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que lhe
permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações
culturais.
Observar as relações entre a arte e a realidade, investigando, indagando
interesse e curiosidade, exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e
apreciando a arte de modo criativo.
Desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivas, estruturando seu
conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive, aliando o
ver o pensar, o fazer e o criar.
Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus
posicionamentos e tomadas de atitudes.
Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção,
imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.
Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos
movimentos artísticos, patrimoniais e seus precursores.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS
6º ano
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Ponto Bidimensional Arte Pré-Histórica
Linha Tridimensional Arte Grego-Romana
Textura Figuração/Abstração Arte Africana
Forma Geometria Arte Oriental
Superfície . TÉCNICAS: Pintura, desenho Idade Média
Volume baixo e alto relevo, escultura, Arte Popular (folclore)
Cor Arquitetura
Luz . GÊNEROS: paisagem, retrato,
cenas da mitologia
MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura Ritmo Grego-Romana
Duração Melodia Oriental
Densidade . ESCALAS: diatônica, pentatônica Ocidental
Timbre cromática, maior, menor, Idade Média
Intensidade Improvisação Arte popular (folclore)
Densidade . GÊNEROS: erudito e popular
TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
. PERSONAGEM: expressões . TÉCNICAS: jogos teatrais, teatro Grego-Romana
corporais, vocais, gestuais e indireto e direto, improvisação, Teatro Oriental
Faciais manipulação, máscara Africano
. Ação . GÊNERO: tragédia, comédia, Teatro Medieval
. Espaço enredo, roteiro, espaço cênico. Teatro Popular
. Adereços
DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
. Movimento corporal . Eixo . Pré-história
. Tempo . Deslocamento . Grego-Romana
. Espaço . Ponto de Apoio . Medieval
. Formação . Idade Média
. TÉCNICA: Improvisação . Arte Popular (folclore)
7º ano
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Ponto Bidimensional . Arte Indígena
Linha Tridimensional . Arte Popular Brasileira e
D. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Linha Bidimensional Arte EuropéiaForma Tridimensional Arte OcidentalTextura Figurativo Arte OrientalSuperfície Geométrica Arte AfricanaVolume Figura-Fundo Arte BrasileiraCor Semelhanças Arte ParanaenseLuz Contrastes Arte Popular Ritmo Visual Arte de Cenografia Vanguarda Técnica: Pintura, desenho, Indústria Cultural performance. Arte Gêneros: paisagem urbana Contemporânea idealizada, cenas do cotidiano. Arte Latino-Americano
MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura Ritmo Música Popular BrasileiraDuração Melodia Timbre Harmonia Paranaense PopularIntensidade Estrutura Indústria Cultural Engajada
DensidadeTécnicas: vocal, instrumental,
Vanguarda mista. Ocidental Oriental Gêneros: popular, folclórico, Africana
étnico.
Latino-Americano
TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
PERSONAGEM: Técnicas: monólogo, Teatro Greco-Romanoexpressões cor jogos teatrais, direção, Teatro Medievalporais, vocais, ensaio, teatro-fórum, Teatro Brasileirogestuais e faciais Teatro Imagem Teatro Paranaense Representação Teatro PopularAção Roteiro, enredo Indústria Cultural Dramaturgia Teatro EngajadoEspaço Cenografia Teatro Dialético Sonoplastia Teatro Essencial Iluminação Figurino Teatro do Oprimido Teatro Pobre
DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Movimento corporal Ponto de apoio Pré-históriaNíveis alto, médio e Greco-Romana
Baixo MedievalTempo Rotação Renascimento Deslocamento Dança ClássicaEspaço Dança Popular Gênero: Salão, espetáculo Brasileira Moderna Paranaense Africana Coreografia Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna
E. METODOLOGIA
Como orientam as DCEs(2008), nas aulas de Arte é necessária a unidade de
abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico
orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em
todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para
preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que
e o que será trabalhado, tomando se a escola como espaço de conhecimento. Dessa
forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da
organização pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra
de arte.
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos
três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o
aluno tenha vivenciado cada um deles.
Sendo a educação básica um processo que se inicia no Ensino Fundamental e se
conclui no Ensino Médio, é necessário considerar nesta proposta pedagógica, as
características e necessidades dos alunos destas duas modalidades de ensino. A partir de
um aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte e
conhecimento, da arte e trabalho criador e da arte e ideologia. Dessa forma, o aluno
deste Colégio terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes formas de relação
da arte com a sociedade, de acordo com as proximidades das mesmas como o seu
universo.
O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos que irá
desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade com maior ou
menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos estruturantes.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a articulação entre
os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Nessa proposta,
pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento, apreender e
expandir suas potencialidades criativas.
No Ensino Fundamental e Médio, o enfoque cultural permeia as discussões em
Arte, pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se dar as reflexões sobre a
diversidade cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem.
Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar idéias com o
grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e análises para que se
possa entrar em contato não com as formas e linguagens técnicas, mas também com
idéias e reflexões propostas pelas diferentes linguagens artísticas.
Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da leitura
da produção de arte com a familiarização cultural e com o exercício artístico.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu
entorno. Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e bens
culturais da região, bem como outras produções de caráter universal.
Assim, é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano das
crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública. Os recursos tecnológicos
disponíveis na escola serão amplamente utilizados: TV multimídia, laboratório de
informática, CDs e DVDs, retroprojetor, aparelhos de som, máquina fotográfica, entre
outros.
De modo geral para todas as áreas da disciplina recomenda-se, no
encaminhamento metodológico, o enfoque nos seguintes trabalhos com os alunos:
• manifestação das formas de trabalho artístico que os alunos já executam, para
que sistematizem com mais conhecimentos suas próprias produções;
• produção e exposição de trabalhos artísticos, a considerar a formação do
professor e os recursos existentes na escola.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atitude de produção
artística pelos alunos, mas também, compreender o que fazer e o que os outros fazem;
pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato com o fenômeno artístico, visto
como objeto de cultura na história humana e como conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos de
aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o
mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades que podem contribuir para a
consciência de seu lugar no mundo, e para compreensão de conteúdos das outras áreas
do conhecimento.
F. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Educação ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história da
cultura afro-brasileira, africana e indígena, prevenção ao uso de drogas e sexualidade
serão contemplados nas aulas de Arte por meio de textos, músicas, filmes,
pinturas/gravuras que propiciem reflexões sempre que surgir uma situação oportuna
como datas comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum motivo que o exija
e em situações de pesquisas, apresentações, produções artísticas e de textos.
G. AVALIAÇÃO
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação deve ser
“contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais”.
Em consonância com a LDB e as DCEs, propomos que a avaliação ocorra de
maneira processual e contínua e leve em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre
os conhecimentos em arte e a sua realidade evidenciadas tanto no processo, quanto na
produção individual e coletiva, desenvolvidas a partir desses saberes, permitindo ao
aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. O
sistema da avaliação consistirá também na observação e registro dos caminhos
percorridos por cada aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os
avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções, sem estabelecer
comparações entre o desempenho dos alunos.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para
o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos,
discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que
leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da
realidade.
Para possibilitar essa avaliação individual, é necessário utilizar vários
instrumentos de avaliação, como trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e
práticas, entre outras.
Conforme o regimento interno, as notas serão atribuídas da seguinte forma: 4,0
pontos para avaliação trimestral, 2,0 pontos para o simulado e 4,0 pontos ficando a
critério de cada professor aplicar em trabalhos diversidificados.
A recuperação de conteúdos acontecerá de forma paralela e processual,
realizando-se sempre que o docente diagnosticar a deficiência na aprendizagem dos
conteúdos trabalhados em sala. Ao final de cada trimestre será proporcionada a
recuperação de notas, no valor de 0,00 a 10,0, para todos os alunos.
H. REFERÊNCIAS
• BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: lei de diretrizes e bas-
es da educação nacional, LDB. Brasília, 1996.
• NETO, M.J. de S.(Org). A (des)construção da Música na Cultura
Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.
• PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência
da Educação. Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de
História e Cultura Afrobrasileira e africana nos currículos escola-
res. Curitiba: SEED-PR, 2009.
• PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curri-
culares da Educação Básica - Disciplina Artes - Ensino Médio.
Curitiba: SEED, 2008.
• PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático
Público. Arte. Curitiba:SEED- PR, 2006
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
Proposta Pedagógica Curricular
Biologia
Professora: Nilcélia F. Broering da Silva
Apucarana2012
Apresentação da disciplina
Dimensão histórica da disciplina
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno
VIDA.Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos
elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo
tempo, compreendê-lo.
Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações
dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas
foram registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua
curiosidade em explorar a natureza.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm
origem na antiguidade. Idéias desse período, que contribuíram para o
desenvolvimento da Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o
filósofo Aristóteles (384a.C. – 322 a.C.). Este filósofo deixou contribuições
relevantes quanto à organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas
que buscavam, dentre outras,explicações para a compreensão da natureza.
Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no
aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre
o universo,vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que
o transformou em dogma.
A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento
produzido pelo ser humano fez surgir as primeiras universidades medievais,
nos séculos IX e X, como as de Bolonha e Paris.
A história da ciência, na renascença, também foi marcada pelo
confronto de idéias. Ao mesmo tempo em que alguns naturalistas utilizaram o
pensamento matemático como instrumento para interpretar a ordem mecânica
da natureza (ROSSI, 2001), outros, como os botânicos, realizavam seus
estudos sob o enfoque descritivo.
Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu, porém,
de modo diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma
comparativa,com atenção maior à sua organização na scala naturae e com
base no que hoje se denomina de comportamento e ecologia.
Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o
questionamento sobre a origem da VIDA. As idéias sobre a geração
espontânea, aceitas pelos naturalistas até o século XIX, começaram a ser
contrariadas no século XVII, quando o físico italiano Francesco Redi (1626-
1698), entre outros, apresentou estudos sobre abiogênese.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o
aperfeiçoamento de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e
fisiológica.
Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento
científico
europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em
confronto com as idéias anteriores. A idéia de mundo estático, que não admitia
a evolução biológica, cada vez mais foi confrontada.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA
foi questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres
vivos.Estudos sobre
a mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados principalmente
por Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e por Jean-
Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829).
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos
de divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários.
No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da
teoria celular, a partir de descrições feitas por naturalistas como os alemães
Matthias Schleiden (1804-1881), em 1838, e Theodor Schwann (1810-1882),
em 1839, ao afirmarem que todas as coisas vivas – animais e vegetais – eram
compostas por células. O aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida
contribuiu para a refutação do vitalismo e da idéia de geração espontânea.
No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos
de Mendel e provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu
para construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos,
vinculados ao material genético, sob influência do pensamento biológico
evolutivo.
A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma
delas é a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos
interesses biológicos na atualidade.
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da
história da
humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos
contextos
em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino
correspondente ao
atual ensino médio foi a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em
1838.
Na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de ciências
naturais,os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos
biológicos,considerando também os fatores sociais e econômicos.
Na década de 1950, a tendência da abordagem pedagógica em
ciências era tratar os conteúdos considerando os vários grupos de organismos
separadamente,e as suas relações filogenéticas (KRASILCHIK, 2004, p. 14).As
aulas práticas tinham como meta tão somente ilustrar as aulas teóricas.
Destaca-se, nesse período, a incorporação curricular de conteúdos decorrentes
da produção científica após a Segunda Guerra Mundial.
Na década de 1960, os Estados Unidos produziram o material
curricular Biological Sciences Curriculum Study (BSCS) para a disciplina de
Biologia.
Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as
questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova
concepção sobre o ensino de ciências e passou-se a discutir as implicações
sociais do desenvolvimento tecnológico e científico.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a
promulgação da Lei n. 5.692/71 que reformulou o ensino (básico) estruturando
o primeiro e segundo graus.
Nos anos de 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta
pesquisas sobre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a
psicogênese desses conceitos e suas implicações na aprendizagem das
ciências.
Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-
aprendizagem em ciências foram “prioritariamente desenvolvidas a partir dos
modelos de mudança conceitual. [...] visando à construção de metodologias
que (permitiam) a apropriação de conceitos científicos por parte dos alunos, a
partir de diferentes enfoques construtivistas” (LOPES, 1999, p. 201). No campo
da mudança conceitual,as concepções prévias dos alunos, de início
consideradas erradas, passaram a ser consideradas como concepções
alternativas.
Ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado do Paraná,
a Secretaria de Estado da Educação propôs o Programa de Reestruturação do
Ensino
de Segundo Grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na
qual o conteúdo é visto como produção histórica e social, a educação escolar
tem a obrigação de oferecer e o aluno tem o direito de conhecer. A abordagem
desses conteúdos deve se dar na interação com a realidade concreta do aluno.
Esse novo programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.
O documento tinha por finalidade buscar uma alternativa metodológica
para o ensino e também, dar oportunidade aos professores e alunos de uma
visão tão ampla quanto possível da Biologia.
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB n. 03/98), para normatizar a
LDB n. 9.394/96.
Nas Diretrizes Curriculares resgata a dimensão histórica da disciplina
de Biologia, onde foram identificados os marcos conceituais da construção do
pensamento lógico biológico. Estes marcos foram adotados como critérios para
escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.
Conteúdos estruturantes
São os saberes, conhecimentos de grande amplitude,que identificam e
organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar,considerados
fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e
consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:
g) Organização dos seres vivos:
• Mecanismos Biológicos;
• Biodiversidade;
Manipulação genética.
Conteúdos básicos
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais
para cada série da etapa final do ensino fundamental e para o ensino
médio,considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas
disciplina da Educação Básica.O acesso a esses conhecimentos é direito do
aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico
com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
• Sistemas biológicos : anatomia, morfologia, fisiologia.
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
• Teorias evolutivas.
• Transmissão das características hereditárias.
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
• Organismos Geneticamente Modificados.
Metodologia da Disciplina
Para compreender o fenômeno VIDA na sua complexidade, cabe à
disciplina de Biologia, analisar a ciência em transformação, possibilitando
reavaliar os conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico, social,
político, econômico e cultural.
Os objetivos das diretrizes é trazer os conteúdos para o currículo numa
perspectiva em que se retoma a história da produção do conhecimento
científico da disciplina.
Os quatro paradigmas metodológicos do conhecimento biológico,
abordados
anteriormente, o descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação
genética representam um marco conceitual na construção do pensamento
biológico identificado historicamente. De cada marco define-se um conteúdo
estruturante e destacam-se metodologias de pesquisa utilizadas, à época, para
compreender o fenômeno VIDA.
Também é objetivo das DCE`s , discutir, através da História da Ciência
como se deu o processo do pensamento biológico , e reconhecer que a
Ciência é uma construção humana; propor novos modelos interpretativos;
compreender as relações entre produção científica e o contexto social,
econômico, político e cultural, verificando a associação entre teorias científicas
e o momento histórico as quais foram propostas e sob qual interesse
dominante do período.
Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as
idéias primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir
obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão
do conceito VIDA.
Como apoio à esse processo pedagógico, temos como apoio os
apontamentos abaixo, segundo Saviani (1.997 ) e Gasparin (2.002 ).
• A prática social (concepções anteriores dos alunos) como ponto de
partida.
• A problematização: detectar e apontar questões a serem resolvidas
na prática social.
• A instrumentalização: onde se apresentam conteúdos
sistematizados.
• A catarse: onde haverá a aproximação entre conhecimento
adquirido pelo aluno e o problema em questão, promovendo um entendimento
e elaboração de novas estruturas de conhecimento, passando da ação para a
conscientização.
• O retorno à prática social: apropriação do saber concreto e pensado
para a atuação e transformação para uma construção de sociedade mais
igualitária.
Para estimular a participação ativa do educando no processo de
construção do seu conhecimento, oportunizando a apropriação dos saberes
numa perspectiva de totalidade, o ensino de Biologia deverá abordar
estratégias diversas pelo professor como:
d) Aula dialogada, a leitura, a escrita, aula experimental, a
demonstração, o estudo do meio, e jogos didáticos, entre tantas outras.
As tecnologias merecem estar presentes no cotidiano escolar porque
estão presentes na vida do aluno, tais como laboratório de informática, TV
Multimídia, Data Show e outros.
Serão utilizados recursos pedagógicos como: Livro didático, revistas
científicas e jornais,microscópio trinocular, estereomicroscópio, câmera, lupas,
etc.
* Referente a legislação vigente ( Lei 11645/08- História e Cultura dos
Povos Indígenas, Lei 10639/03- História e Cultura Afro- brasileira e Africana e
Lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental; e os Desafios
Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos; Educação
Fiscal; Enfrentamento à violência na escola; Prevenção ao uso indevido de
Drogas; Educação Ambiental ( Já citada-Lei ) e a temática Gênero e
Diversidade Sexual, esses temas serão incorporados de acordo com o
contexto do conteúdo trabalhado, tendo em vista a formação de alunos
capacitados através do conhecimento adquirido e passar do entendimento e da
conscientização para a ação na sociedade onde está inserido, atuando como
agente transformador.
Avaliação
A avaliação implica em um processo diagnóstico e cumulativo, cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Nesse contexto, que a figura do professor deve aparecer como mediador da
prática educativa e pedagógica.
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-
aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também
tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as
mudanças necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para
a verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera
a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento
analítico do processo de ensino aprendizagem que se configura em um
conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo,
de modo que professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e
dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.
Para um mesmo período de avaliação, o professor pode selecionar
alguns instrumentos para obter uma avaliação mais consistente sobre a
aprendizagem de cada aluno. Tais como :
- Auto-avaliação;
- Provas;
- Pesquisa bibliográfica;
- Pesquisa de campo;
- Produção de texto;
- Seminários;
- Exposições de trabalhos;
- Relatórios de aulas em laboratório;
- Dinâmicas em grupo;
- Debates;
- Desenho;
- Elaboração de painéis;
- Atividades individuais ou em grupos em sala de aula e outros.
A avaliação é um conjunto de atividades que devem ser coerentes entre
si, promovendo sempre uma revisão e uma reavaliação, ou seja a recuperação
dos conteúdos ocorrerá simultaneamente quando o aluno não conseguir atingir
os objetivos estabelecidos, a este será dada uma nova oportunidade de
assimilação do conteúdo.
Nesse colégio a avaliação é trimestral.
1º Trim. + 2º Trim. + 3º Trim. = ou > 6,0 ( seis vírgula zero )
3
A avaliação da disciplina de Biologia deverá contemplar alguns critérios
, onde o aluno :
Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres
vivos;
Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-
organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus;
Classifique os seres vivos quanto ao número de células ( unicelular e
pluricelular ), tipo de organização celular ( procarionte e eucarionte ), forma de
obtenção de energia ( autótrofo e heterótrofo ) e tipo de reprodução ( sexuada
e assexuada );
Reconheça e compreenda a classificação filogenética ( morfológica,
estrutural e molecular ) dos seres vivos;
Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos
sistemas biológicos ( digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório,
endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso );
Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas
citoplasmáticas;
Reconheça a importância e identifique os mecanismos de
funcionamento de uma célula : digestão, reprodução, respiração, excreção,
sensorial, transporte de substâncias;
Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares
mais frequentes nos sistemas biológicos ( histologia ) ;
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a
evolução das espécies;
Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da
diversidade dos seres vivos;
Compreenda o processo de transmissão das características
hereditárias entre os seres vivos;
Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os
ecossistemas e as relações existentes entre estes;
Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;
Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e
destes com o meio em que vivem;
Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à
solução de problemas sócio-ambientais;
Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas
pelo homem na diversidade biológica;
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e
bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
Referências Bibliográficas
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba, 2008.
REGIMENTO ESCOLAR, Colégio Estadual Vale do Saber . Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2009.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
CIÊNCIAS
Professoras:
Solange Cristina Bertasso
Carla Angélica Ferreira Caracanha
Elsa Teresinha da Cunha Maranho
Apucarana - 2012
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciência tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo, em toda sua
complexibilidade.
Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influência de questões sociais, tecnológicas, culturais,
éticas e políticas, por outro lado ela não revela a verdade, mas propões modelos
explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos. Tais modelos
são construções humanas que permitem interpretações a respeito de fenômenos
resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõem a Natureza.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,
mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam. Para Gaston Bachelard
existem três grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento científico: o estado
pré-científico, o estado científico e o novo espírito científico.
O estado pré-científico compreenderia tanto Antiguidade clássica quanto os
séculos de renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. É
um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico,
aqui se buscou a superação das explicações míticas, com base em sucessivas
observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso
dos conhecimentos científicos.
O estado científico, fim do século XVIII, e estenderia por todo o século XIX e
início do século XX. Esse período é marcado pela busca da universalidade do método
cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do
conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais
compreensível.
No estado do novo espírito científico, a partir de 1905, momento em que a
Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados
para sempre, é o período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a
necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofre influências dos
avanços científicos.
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões.
Do início do século XX, aos anos de 1950, a sociedade brasileira passou por
transformações significativas rumo á modernização, isso resultou em alterações no
currículo de ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola. Em 1931 a
Reforma Francisco Campos, iniciou a consolidação da disciplina de Ciências, no
currículo das escolas, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos
provenientes de diferentes ciências naturais de referência já consolidadas no currículo
escolar brasileiro. Na década de 40, o Reforma Capanema, objetivava a preparação de
uma elite, mesmo que em minoria, para ingresso na universidade. Em 1946 surgiu o
IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura), com isso a realidade do
ensino de ciências sofreu mudanças significativas, pois foram estimuladas discussões
sobre os livros didáticos de Ciências, que até então refletiam o pensamento pedagógico
europeu para essa disciplina. Em meados da década de 1950, o ensino de ciências
passou por um processo de transformação no âmbito escolar, sob a justificativa da
necessidade do conhecimento científico para a superação da dependência tecnológica,
isso tinha como objetivo tornar o país autossuficiente. A LDB nº. 4024/61, apontou para
o fortalecimento, ampliação e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar.
Com a Lei nº. 5692/71, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso de suporte
de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau visando às
necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do
país.
O método científico, até então utilizado como estratégia de investigação no
ensino de Ciências, cedeu espaço para aproximações entre ciência e sociedade, com
vistas a correlacionar a investigação científica a aspectos políticos, econômicos e
culturais, com isso houve uma valorização dos conteúdos científicos mais próximos do
cotidiano, no sentido de identificar problemas e propor soluções.
No final da década de 1980, no Estado do Paraná, a SEED, propôs o Currículo
Básico para o ensino de 1º grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia
histórico-crítica. Esse currículo, ainda sob a LDB nº. 5692/71, apresentou avanços
consideráveis par ao ensino de Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de
sua identidade para o momento histórico vigente, pois valorizou a reorganização dos
conteúdos específicos escolares em três eixos norteadores e a integração dos mesmos
em todas as séries do 1º Grau.
Com a promulgação da LDB n 9394/96, foram produzidos os Parâmetros
Curriculares Nacionais, cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da
disciplina de ciências, uma vez que os conteúdos sofreram interferência dos projetos
curriculares e extracurriculares. A ênfase no desenvolvimento de atitudes e valores, bem
como no trabalho pedagógico com os temas transversais, esvaziaram o ensino dos
conteúdos científicos da disciplina de Ciências com a versão final editada em 2008.
A partir de 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com
objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma
nova identidade para o ensino de Ciências.
Na Diretriz Curricular de Ciências afirma que o professor deve desenvolver o
papel de mediação entre o que o estudante já sabe (conhecimento cotidiano) e que se
pretende que ela aprenda (conhecimento científico), para que isso ocorra é importante
destacar o conceito de zona de desenvolvimento proximal, para Vygostky esse conceito
representa a distância entre o que o estudante já sabe e consegue efetivamente fazer e
resolver por ele mesmo e o que o estudante ainda não sabe, mas pode vir a saber, com a
mediação de outras pessoas. O professor quando toma esse conceito como fundamento
do processo pedagógico propicia que o estudante realize sozinho, aquilo que hoje
realiza com a ajuda do professor (mediação).
Dessa forma o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera
transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação
de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos
estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica. Ele constrói significados cada
vez que estabelece relações “substantivas e não-arbitrárias” entre o que conhece de
aprendizagens anteriores e o que aprende de novo.
Para Moreira, as relações que se estabelecem entre o que o estudante já sabe e
o conhecimento científico a ser ensinado pela mediação do professor, dependem da
organização dos conteúdos; de estratégias metodológicas adequadas; de material
didático de apoio potencialmente significativo; e da ancoragem em conhecimentos
especificamente relevantes já existentes na estrutura cognitiva do estudante. Com isso a
construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede de
interações composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos
científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-
aprendizagem.
No ensino de Ciências, portanto deve-se trabalhar com os conteúdos científicos
escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a
zona de desenvolvimento proximal do estudante, permitindo que ele possa estabelecer
uma aprendizagem significativa.
2) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
Nesta proposta pedagógica curricular são apresentados cinco conteúdos
estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de ciências no ensino fundamental. São eles:
- Astronomia;
- Matéria;
- Sistemas Biológicos;
- Energia;
- Biodiversidade.
Astronomia
Possibilitar estudos, observações e discussões sobre a origem e evolução do
Universo que permitam a construção do conhecimento envolvendo conceitos essenciais
para o entendimento de questões astronômicas.
Matéria
Privilegiar o estudo da realidade constitutiva dos corpos, sob o ponto de vista
científico, permitindo o entendimento não somente sobre as coisas perceptivas como
também sobre sua constituição.
Sistemas Biológicos
Compreender a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos bem como
suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e
suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes
grupos de seres vivos.
Energia
Provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o
conceito energia no que se refere às suas várias manifestações (energia mecânica,
térmica, elétrica, luminosa, nuclear), bem como os mais variados tipos de conversão de
uma forma em outra.
Biodiversidade
Permitir o entendimento do sistema complexo de conhecimentos científicos
que interagem num processo integrado e dinâmico e que envolve principalmente a
diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecida entre essas
espécies e com o ambiente em que se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos
evolutivos pelos quais tais espécies tem sofrido transformações.
ConteúdosEstruturantes
ConteúdosBásicos 5ª série6º Ano
Conteúdos Básicos 6ª série7º Ano
ConteúdosBásicos 7ª série8º Ano
ConteúdosBásicos 8ª série9º Ano
AS
TR
ON
OM
IA UniversoSistema SolarMovimentos terrestresMovimentos celestesAstros
AstrosMovimentos terrestresMovimentos celestes
Origem e evolução do Universo
AstrosGravitação universal
MA
TÉ
RIA Constituição
da matériaConstituição da matéria
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
SIS
TE
MA
SB
IOL
ÓG
ICO
S
Níveis de organização
CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos
CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos
Morfologia e fisiologia dos seres vivosMecanismos de herança genética
EN
ER
GIA Formas de
energiaConversão de energiaTransmissão de energia
Formas de energiaTransmissão de energia
Formas de energia
Formas de energiaConservação de energia
BIO
DIV
ER
SID
AD
E Organização dos seres vivosEcossistemasEvolução dos seres vivos
Origem da vidaOrganização dos seres vivosSistemática
Evolução dos seres vivos
Interações ecológicas
3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As DCEs propõem uma prática pedagógica que leve à integração dos conceitos
científicos e valorize o pluralismo metodológico. A seleção de conteúdos e o
encaminhamento metodológico devem levar em consideração o tempo de trabalho, o
Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional na qual
a escola está inserida; a análise do livro didático; as informações atualizadas sobre os
avanços da produção científica.
A abordagem destes conteúdos deve ser de forma integradora associando os
conhecimentos químicos, físicos e biológicos, deve-se fazer uso de estratégias que
estabeleçam relações interdisciplinares e contextuais envolvendo conceitos de outras
disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas; a abordagem da
cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas
(Lei 11.645/08) e a educação ambiental (Lei 9795/99); cidadania e direitos humanos;
educação fiscal; enfrentamento à violência na escola; e a prevenção ao uso indevido de
drogas, bem como o uso de diferentes abordagens e recursos que permitam que o
estudante internalize novos conceitos na sua estrutura cognitiva.
Mediante o exposto faz-se necessário propiciar ao aluno o acesso aos Recursos
pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático,
texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz,
mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,
esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa,
jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, vídeos, DVDs, pen drive, internet
entre outros; Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; Articulação com o
Portal Educacional Dia-a-Dia Educação, Parque das Aves, Parque da Raposa, Parque
das Araucárias, Lago Jaboti, TV Paulo Freire, dentre outros; alguns espaços de
pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, exposições de
ciência, seminários e debates, os quais contemplarão o desenvolvimento de algumas
estratégias de ensino como:
– Organizar atividades interessantes que permitam a exploração e a sistematização dos
conteúdos, enfatizando as relações no âmbito da vida, do universo, do homem.
– A atuação do professor, informando, apontando relações, questionando a classe com
perguntas e problemas desafiadores, trazendo exemplos, organizando o trabalho
com diferentes materiais;
– Variar a forma de se buscar, organizar e comunicar os conhecimentos, fazendo uso
da observação, da experimentação, da comparação, da elaboração de hipóteses, o
debate oral, o estabelecimento de relações entre fatos e fenômenos e ideias, a leitura
e a escrita de textos informativos, a elaboração de pesquisa bibliográfica, a busca de
informações variadas, a elaboração de perguntas e problemas, a proposição para a
solução de problemas;
– Auxiliar o aluno na construção de explicações, mediado pela interação com o
professor e outros alunos e pelos instrumentos culturais próprios do conhecimento
científico;
– Realizar atividades de valores morais, étnicos, religiosos, culturais, etc. voltada a
uma formação humana permanente, contínua e interdisciplinar, abordando temas
polêmicos indiretamente: olimpíadas, fóruns, seminários, campanhas de
conscientização (doação de sangue, de medula, de agasalhos, de alimentos, material
reciclável), mostras de trabalhos coletivos e individuais com material reciclável;
– Valorizar e resgatar os valores culturais do campo enfatizando a qualidade de vida e
a importância do papel da produção do campo para a viabilização na cidade,
garantindo sua permanência no espaço em que vive.
– Estabelecer parcerias com: órgãos e instituições ligadas a área de saúde ou que
prestem serviços a comunidade como laboratórios, postos de saúde, COPEL,
SANEPAR, EMATER, I.A.P., etc.
– Participar de teatro, dramatização e gincana cultural;
– Elaborar, participar e ministrar aulas prática em sala de aula e em Laboratório de
Ciências;
Estas abordagens fundamentam-se em três aspectos importantes como: a
história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental, cujas extensões
propõe elementos essenciais como abordagem problematizadora, relação contextual,
interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, atividade em grupo, a observação, a
atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico entre outros que devem
permear no processo de desenvolvimento e exploração dos conteúdos, relacionando-se
de forma significativa com o objetivo de complementar a prática pedagógica.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária (diagnóstica) com os
alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam
dos conteúdos específicos tratados nesse processo. Para tanto o professor fará uma
revisão de sua prática e se necessário uma retomada de conceitos e metodologias. A
investigação de aprendizagem significativa se dará através do confronto de textos
problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais ou
através de trabalhos de pesquisa, realização de experimentos, produção de textos,
maquetes, modelos, provas dissertativas e de múltipla escolha, provas com consulta em
textos, organização de mapas conceituais, jogos educativos, seminários, aplicação de
projetos, palestras, observação direta e indireta, participação e execução das mais
diversas atividades escolares.
É por meio desses instrumentos avaliativos diversificados que os alunos podem
expressar os avanços na aprendizagem, bem como na formação de conceitos científicos,
à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam,
justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
Esse instrumento deverá ser entendido como uma alavanca que impulsiona o
êxito dos alunos e da escola como um todo. Portanto de acordo com a Lei de Diretrizes
e Bases n°9394/96, a avaliação deve ser contínua e cumulativa, prevalecendo os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, o que dará ao professor subsídios para
percepção de que esta prática compõe a mediação didática para compreender as
dificuldades bem como os avanços dos alunos. Dessa forma o processo ensino-
aprendizagem ocorrerá como um meio auxiliador da ação pedagógica considerando a
série e o nível cognitivo dos alunos, visando uma aprendizagem realmente significativa
para sua vida.
Na possibilidade do aluno não atingir os objetivos propostos, ou seja, caso a
aprendizagem significativa não ocorra, será necessária a recuperação dos conteúdos de
acordo com as dificuldades encontradas pelos alunos. A cada avaliação ela será paralela,
preventiva e imediata, ou seja, será no decorrer do trimestre para os alunos que não
atingirem média igual ou superior a nota estabelecida no Regimento Escolar. Será feita
a recuperação de conteúdos e notas com nova avaliação , oportunizando aos mesmos
que consigam atingir os objetivos pré-estabelecidos pelo professor, sendo contemplado
conforme as normas regidas pelo estabelecimento
Para tanto o professor fará uma revisão de sua prática e uma retomada do
ensino dos conceitos ainda não apropriados diversificando recursos e estratégias para
que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvam: a origem e evolução do
universo; constituição e propriedades da matéria; sistemas biológicos de funcionamento
dos seres vivos; conservação e transformação de energia; diversidade de espécie em
relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem como os processos evolutivos
envolvidos.
Enfim, avaliar no ensino de Ciências implicará intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida.
5 – BIBLIOGRAFIA
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Projeto Político Pedagógico
disponível em www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br.
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Regimento Escolar disponível em
www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências, 2008
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Cadernos Temáticos Desafios
Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Lei n.º 9394/96 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Lei n.º 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileiras.
Lei nº 11645/08 – dispõe sobre a história e cultura dos povos indígenas.
Lei nº 9795/99 – dispõe sobre a educação ambiental.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
Professores: Donizeti Aparecido de Campos
Fabiano André BarbosaJosé Marcelo Prado
Marcelo Sachelli de OliveiraMichelle Haeitmann
Nayara de Cássia Araújo Cavalini
Apucarana - 2012
Apresentação
Sabemos da importância da Educação Física na Escola, não para
aperfeiçoamento físico, mas um momento especial dentro da escola onde alunos tem a
possibilidade de extravasar suas emoções através de atividades corporais e mentais.
Mas isto deve ser trabalhado já na infância, aliando a educação física à educação moral
e intelectual, formando o indivíduo como um todo
A Educação física escolar vem sendo motivo de evolução, principalmente por
novos conceitos e costumes de crianças e jovens adquiridos por tendencias culturais no
meio em que vivem. A educação física não deve ser vista como atividade física, mas
educação física e mental.
A OMS trata a saúde como “um completo bem-estar físico, mental e social, e
não apenas a ausência de doenças.
Essa filosofia deve ser levada para a Educação Física como essencial, pois
nossos alunos vivem em um mundo cheio de modismos alimentares prejudiciais, o
stress relacionado ao social, dificuldade financeira, pouco discernimento de perspectiva
profissional.
A Escola tem como objetivo transformar a sociedade buscando dentre os
problemas a pratica pedagógica da Educação Física bem como os temas transversais
diversos que estão cada vez mais em nosso cotidiano,alimentando nosso imaginário e
influenciando nossa interpretação.
2. Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Básicos
5*Série/ 6*Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosEsporte -Coletivos
-IndividuaisJogos e Brincadeiras -Jogos e brincadeiras Populares
-Brincadeiras e Cantigas de Roda-Jogos de Tabuleiro-Jogos Cooperativos
Dança -Danças Folclóricas-Danças de Salão -Danças de Rua-Danças Criativas-Danças Afro
Ginástica -Ginástica Artística -Ginástica Olímpica -Ginástica Rítmica-Ginástica Circense
-Ginástica GeralLutas -Lutas de Aproximação
-Lutas que mantêm a distância-Lutas como instrumento mediador-Capoeira-Afro
6*Série/ 7*Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosEsporte -Coletivos
-IndividuaisJogos e Brincadeiras -Jogos e brincadeiras Populares
-Brincadeiras e Cantigas de Roda-Jogos de Tabuleiro-Jogos Cooperativos
Dança -Danças Folclóricas -Danças de Rua-Danças Criativas -Danças Circulares-Danças Afro
Ginástica -Ginástica Rítmica -Ginástica Circense-Ginástica geral
Lutas -Lutas de Aproximação -Capoeira
8 * Série/9 * Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosEsporte -Coletivos
-RadicaisJogos e Brincadeiras -Jogos de Tabuleiro
-Jogos Dramáticos-Jogos Cooperativos
Dança -Danças Criativas -Danças Circulares-Danças Afro
Ginástica -Ginástica Rítmica -Ginástica geral
Lutas -Lutas de Aproximação -Capoeira
3. Metodologia da Disciplina
A Educação Física é proposta para que seja fundamento das nossas
reflexões sobre as necessidades atuais do ensino perante os alunos, na superação
de contradições e na valorização da educação, então é importante considerar os
contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da
comunidade.
Deve ser trabalhado em interlocução com outras disciplinas que
permitam entender a cultura corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com
as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas,
sociais, da saúde e da natureza.
Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao
conhecimento produzido pela humanidade , relacionados às praticas corporais, ao
contexto histórico, político, econômico e social.
Devemos repensar que a noção de corpo e de movimento
historicamente dicotomizados pelas ciências positivistas, isto é, alem da idéia que o
movimento é predominante um comportamento motor, visto que é histórico e social,
assim as conseqüências na pratica pedagógica vão alem da preocupação com a
aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc.
A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão
sobre as formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,
exteriorizados pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,
ginástica e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de
representação simbólica de realidades vividas pelo homem.
4. Avaliação
- Avaliação direta: participativa.
- Avaliação de performance.
- Prova escrita.
- Pesquisa.
- Estudo de texto.
- Vivência de atividades esportivas e organização de eventos.
- Criação e apresentação de coreografias.
- Vivência em atividade dinâmica de grupo.
Os valores que simbolizam a avaliação perfazem um total de 100
pontos somatórios em cada trimestre: distribuídas em três avaliações:
avaliação direta ( participação nas dinâmicas, vivência e criação): 40 pontos;
avaliação de performance: 30 pontos; e avaliação teórica (pesquisa e trabalho
escrito) 30 pontos.
A recuperação de conteúdos acontece a partir de uma lógica simples:os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para formação do
aluno,então é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis
para que ele aprenda.A recuperação é o esforço de retomar os conteúdos,de
modificar os encaminhamentos metodológicos,para assegurar a possibilidade
de aprendizagem nesse sentido,a recuperação da nota é simples decorrência
da recuperação de conteúdo.
A discussão sobre a avaliação envolve o coletivo da escola,para que todos
(direção,equipe pedagógica,pais,alunos) assumam seus papeis e se concretize
um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.
5. Referências
DCEs – Diretrizes Curriculares de Ensino do Paraná/SEED- ano
2008.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUND. E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000
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APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO RELIGIOSO
Professores: Adolfo de Souza RibeiroAparecida Macedo Barbosa
Siumara Elisabete FidelisTatiani Moreira dos Santos
APUCARANA – 2012
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso é uma disciplina que há muito tempo vem
fazendo parte dos currículos escolares, percebemos que ao longo do
tempo assumiu diversas características pedagógicas e foi ministrado
nos diversos períodos da história do Brasil.
No período do Brasil colônia foi quando se incluiu os temas
religiosos na educação brasileira com a Companhia de Jesus, com o
objetivo de catequizar os indígenas fazendo com que eles deixassem
suas crenças e aderissem aos ensinamentos da Igreja Católica
Apostólica Romana.
Já no advento da república, devido os ideais positivistas de
separação de estado e igreja, e com o critério de laicidade a
educação tende a uma certa neutralidade.
Em 1934, com o Estado Novo foi instituída a disciplina de Ensino
Religioso nos currículos da educação pública, mas com o direito
individual de liberdade de credo. Para elas, uma vez que estivesse,
legalmente, garantindo o direito de não participar do ensino religioso,
a liberdade de credo do cidadão já estaria garantida.
Isto, no entanto, não significava um respeito às liberdades
religiosas, a questão religiosa desse período era restritiva, pois aquele
que não pertencia à religião hegemônica (cristã), frequentando ou
não as aulas de Ensino Religiosos, não tinha o privilégio de ter sua
religião estudada na escola pública.
Contrário do que acontecia no Brasil com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que declara que toda pessoa tem
direito de pensamento, consciência e religião, este direito inclui a
liberdade de e manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela
prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em
público ou em particular.
No Brasil, este posicionamento foi sentido na década de 60,
porém as aulas de Ensino Religioso ainda eram ministradas por
professores voluntários ligados às denominações religiosas, com isso
a responsabilidade pelos docentes não era do estado.
Somente com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
de 1996 e sua correção, em 1997 pela Lei 9.475. De acordo com o
artigo 33da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte
caracterização:
Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte
integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos
horários normais das escolas públicas de Educação básica
assegurando o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.
Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a
definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão
as normas para a habilitação e admissão de professores.
Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas
diferentes denominações religiosas, para a definição dos
conteúdos do ensino religioso.
Com isso houve na história do Brasil um modelo laico e
pluralista dos temas religiosos na educação impedindo qualquer
forma de prática catequética nas escolas públicas.
Houve a imposição aos profissionais responsáveis pela
disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a
fundamentação teórica sobre a qual se apoiar aos conteúdos a
serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada etc.
No Estado do Paraná houve debates constituídos por
grupos de educadores ligados às escolas, às entidades
religiosas, às universidades e às Secretarias de Educação
permitiram rever aspectos relativos ao Ensino Religioso
preocupando-se em elaborar materiais pedagógicos e cursos de
formação continuada.
Após algum tempo com a mudança do artigo 33 da LDBEN
9.394/96 e finalmente com a elaboração dos PCN feita pelo MEC
do ano de 1997, chega-se a conclusão que o Ensino Religioso é
componente curricular da Educação Básica e de suma
importância para a formação do cidadão, para seu pleno
desenvolvimento como pessoa.
É vetada qualquer forma de doutrinação ou proselitismo,
bem como propunha o respeito as diversidade cultural e
religiosa do Brasil. E é por consequência, é parte do dever
constitucional do estado em matéria educativa.
Podemos destacar os notáveis avanços obtidos na
contemporaneidade em relação ao Ensino Religioso no Sistema
Estadual de Ensino do Paraná como:
O repensar do objetivo de estudo da disciplina;
O compromisso com a formação continuada dos docentes;
A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à
superação das tradicionais aulas de religião;
A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as
diferentes leituras do Sagrado na sociedade;
O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão
das diferentes manifestações culturais e religiosas.
Todas essas mudanças mencionadas foram se
aperfeiçoando ao longo do tempo, tudo isso para mostrar ao
educando que religião e conhecimento religioso são patrimônios
da humanidade, pois se constituíram historicamente na inter-
relação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos.
Com isso a disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se
para a apropriação dos saberes sobre as expressões e
organizações religiosas das diversidades culturais na sua
relação com outros campos do conhecimento. Superando
preconceitos e consolidando o respeito à diversidade cultural e
religiosa.
OBJETIVOS
A disciplina de Ensino Religioso vai oferecer subsídios
para que os estudantes entendam como os grupos sociais se
constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado.
Com isso possibilitará estabelecer relações entre culturas e
espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.
A partir desse enfoque o Ensino Religioso contribuirá para:
Superar desigualdades étnico-religiosas;
Garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de
expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e
política;
Atenderá os objetivos da educação básica que, segundo a LDB
9394/96, é o desenvolvimento da cidadania;
Superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um
determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na
medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe um
modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e
excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de
contestação e até mesmo de criação de novos valores.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
O conteúdo estruturante em termos metodológicos
propõe-se, um processo de ensino a de aprendizagem que
estimule a construção do conhecimento do educando através
de abordagens de conteúdos escolares que tratem das diversas
manifestações religiosas e culturais, dos seus ritos, das suas
paisagens e dos seus símbolos, e formas diversas de
religiosidade.
Por tanto no Ensino Religioso qualquer religião deve ser
tratada como conteúdo escolar, uma vez que o sagrado compõe
o universo cultural das pessoas e faz parte de diferentes
modelos de sociedades.
A disciplina de Ensino Religioso propiciará ao educando
uma compreensão e análise das diferentes manifestações do
Sagrado e a interpretação de seus múltiplos significados, ainda
a forma de como a sociedade é influenciada pelas tradições
religiosas. Isso promoverá a ele a oportunidade de se tornarem
capazes de entender os movimentos específicos das diversas
culturas e como o elemento religioso colabora parta a
construção do sujeito.
Entende-se por conteúdos estruturantes os
conhecimentos de grande amplitude que contribui para o
desenvolvimento humano, envolve conceitos, teorias e práticas
de uma disciplina escolar.
Os conteúdos Estruturantes da disciplina de Ensino
Religioso propostos são:
Paisagem Religiosa;
Universo Simbólico Religioso;
Texto Sagrado
PAISAGEM RELIGIOSA
Define-se paisagem religiosa por uma combinação de
elementos culturais e naturais que remetem experiência com o
Sagrado sobre uma série de representações sobre o
transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições
culturais e religiosas. Assim, a paisagem religiosa é parte do
espaço social e cultural construído historicamente pelos grupos
humanos, é uma imagem social. Ela se dá pela representação
do espaço, da história e do trabalho humano. São as paisagens
religiosas que remetem às manifestações culturais e nelas
agrega um valor que conduz o imaginário à consagração.
A paisagem religiosa pode ser constituída,
predominantemente, por elementos naturais (astros,
montanhas, florestas, rios, grutas, etc.) estes lugares expressão
a fé do homem e também estão, essencialmente, carregadas de
um valor Sagrado.
Todas estas paisagens se transformam temporariamente
num universo especialmente simbólico, resultante das crenças
existentes na tradição religiosa. Porsua vez, em lugares
Sagrados são realizados, regularmente, ritos, festas e
homenagens em prol da manifestação de fé de determinados
grupos.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Universo Simbólico Religioso é um conjunto de linguagens
que expressam sentidos, comunica e exerce papel relevante
para a vida imaginativa e para a construção das diferentes
religiões no mundo.
Sua complexa realidade configura o Universo Simbólico
Religioso tem como chave de leitura as diferentes
manifestações do Sagrado no coletivo, cujas significações se
sustentam em determinados símbolos religiosos que têm como
função resgatar e representar as experiências das
manifestações religiosas.
De modo geral, a cultura sustenta por meio de símbolos,
que são criações humanas cuja função é comunicar ideias. Por
tanto são parte essencial da vida humana, todo sujeito se
constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens
simbólicas, não só no que diz respeito ao Sagrado, mas em todo
o imaginário humano.
Estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e
também no cotidiano das pessoas.
TEXTO SAGRADO
Os textos Sagrados expressam ideias e são o meio de dar
viabilidade à disseminação e à preservação de diferentes
tradições e manifestações religiosas, o que ocorre de diversas
maneiras.
Sua característica é o reconhecimento feito pelo grupo,
ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado.
Ao serem articulados Textos Sagrados e Ritos como festas
religiosas, situações de nascimento e morte, as diferentes
tradições e manifestações buscam criar mecanismos de
unidade e de identidade do grupo de seguidores, de modo a
assegurar que os ensinamentos sejam consolidados e
transmitidos às novas gerações e novos adeptos.
Os textos Sagrados registram fatos relevantes da tradição
e manifestação religiosa, sendo entre eles: as orações, a
doutrina, a história, que constituem sedimento no substrato
social de seus seguidores e lhes orientam as práticas.
Os textos Sagrados se tornam muito importantes para a
disciplina de Ensino Religioso, pois permite identificar como a
tradição e as manifestações atribuem às práticas religiosas o
caráter sagrado e em que medida orienta ou estão presentes
nos ritos, nas festas, na organização das religiões, nas
explicações da vida e morte.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 6.º
ANO
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Símbolos Religiosos
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas estão baseadas nos princípios
fundacionais legitimando a intenção original do fundador e os
seus preceitos. Assim estabelecem fundamentos, normas e
funções a fim de compor elementos mais ou menos
determinados que unam os adeptos religiosos e definem o
sistema religioso.
As organizações religiosas compõem os sistemas
religiosos de modo institucionalizado. Serão tratadas com
conteúdos, sob a ênfase das principais características,
estruturas e dinâmica social dos sistemas religiosos que
expressam as diferentes formas de compreensão e de relações
com o Sagrado. Poderão ser destacados:
Os fundadores e/ou líderes religiosos;
As estruturas hierárquicas.
Ao tratar de líderes o professor enfatizará as implicações
da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quando a sua
visão de mundo, atitudes, produções religiosas mundiais e
regionais e seus respectivos líderes estão: o Budismo (Sidarta
Gautama), o Cristianismo (Cristo), Confucionismo (Confúcio), o
Espiritismo (Allan Kardec), o Taoímo (Tão Tse), etc.
LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de
peregrinação, de reverência, de culto, de identidade. As principais
praticam de expressão do sagrado nestes locais:
Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeira,
etc.
Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, cemitérios,
etc.
No processo pedagógico o professor e o aluno podem identificar
Lugares Sagrados para as diferentes tradições religiosas em função
de fatos considerados relevantes, tais como morte, nascimento,
pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso.
As peregrinações os cultos, os templos, as sinagogas, as igrejas,
as mesquitas, os cemitérios, as catacumbas, as criptas e os
mausoléus, também se tornam lugares Sagrados.
TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS
Entende-se por ensinamentos sagrados transmitidos de forma
oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas, como cantos,
narrativas, poemas, orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias
contadas pelos mais velhos como: escritas cuneiformes, hieróglifos
egípcios, etc. Entre eles destacam-se Vedas, o Velho e o Novo
Testamento, o Tora, o Al Corão e textos sagrados das culturas
africanas e indígenas.
SIMBOLOS RELIGIOSOS
São linguagens que expressam sentimentos pode ser uma
palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte,
uma notação matemática, cores, textos e outros que podem ser
trabalhados conforme os seguintes aspectos:
Dos ritos;
Dos mitos;
Do cotidiano.
Entre eles estão representados como a arquitetura religiosa, os
mantras, os paramentos, os objetos, etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA 7.º ANO
TEMPORALIDADE SAGRADA
O tempo da revelação do Sagrado constitui, privilegio em que o
humano se liga ao divino. Enquanto o tempo profano onde o homem
experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um
momento é igual ao outro.
Ao homem religioso esta sempre aberta à possibilidade de parar
a duração temporal profana é, por meio de ritos e celebrações, entrar
em contato com o Sagrado. Essa ideia é o que fundamenta a vida
após a morte e marca as religiões.
Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada na disciplina de
Ensino Religioso como: o evento da criação, os calendários, seus
templos sagrados, (nascimento de líder religioso, passagem de ano,
data de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos).
Ex: O natal (cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do
ano tibetano), etc.
FESTAS RELIGIOSAS
São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos,
com objetivos diversos: Confraternização, rememoração dos
símbolos, períodos ou datas importantes.
Peregrinações
Festas familiares
Datas comemorativas
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada
(Islâmica), Kuarup (indígena), Festa de lemanjá (Afro-brasileira),
Pessach (Judaísmo), etc.
RITOS
São praticas celebrativas das tradições/manifestações
religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Pode ser
compreendido como a recapitulação de um acontecimento sagrado
anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade
de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem
remeter as possibilidades futuras a partir de transformações
presentes.
Ritos de passagem
Mortuários
Propiciatórios
Outros
Exemplos: Dança (Xire), Candomblé, Kiki (Kaigang – ritual
fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.
VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para além da morte as diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
Reencarnação
Ressureição – ação de voltar à vida
Além Morte
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos
antepassados se torna presentes
Outras interpretações
METODOLOGIA
O encaminhamentoteórico metodológico da disciplina
pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão o
trabalho, focando sempre o respeito às diversas manifestações
religiosas com o objetivo de ampliar e valorizar o universo cultural
dos educandos. Para tanto, é fundamental aproximar as disciplinas
com as demais áreas do conhecimento.
Todo o conhecimento trabalhado nas aulas de Ensino Religioso
tem como intencionalidade contribuir para a superação do
preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa,
bem como da discriminação de qualquer expressão do Sagrado, para
isso torna-se fundamental colocar o aluno em contato com a
diversidade cultural religiosa, buscando compreender cada uma delas
no contexto dos diferentes povos e/ou grupos.
Nesse contexto as aulas serão encaminhadas por intermédio da
leitura de textos escritos e/ou imagéticos, análise de recortes de
filmes depoimentos discussões e produções de textos individuais ou
em grupos. Outro encaminhamento utilizado é o da pesquisa
individual e/ou em grupo via internet, entrevistas, materiais
impressos sobre conhecimentos que compões o conteúdo
programático. O material disponível na página eletrônica da
Secretaria de Estado da Educação e do NRE também contribuem para
o encaminhamento das análises e explicações por meio da TV pen
drive. Além desses recursos é possível utilizar materiais e/ou jogos e
atividades online. Propõe-se aula dialogada a partir da experiência
religiosa do educando e dos seus conhecimentos prévios para, em
seguida, apresentar o conteúdo a ser trabalhado.
RECURSOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICO E TECNOLÓGICO
- TV multimídia
- DVD
- CD
- Cartaz
- Livro didático
- Filmes
- Revistas
- Pen drive
- Textos de apoio
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Atividades em sala de aula
Interpretação de textos
Trabalhos em grupos abordando temas dados
Ilustrações, leituras de textos, confecções de cartazes, poemas.
REFERÊNCIAS
- Parâmetros Curriculares Nacionais – Editora Ave Maria – São Paulo
1997
- Cartilha Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Gráfica da
Assembleia Legislativa da Rede Pública de Educação Básica do Estado
do Paraná SEE d1 2006.
- Ensino religioso Capacitação para um Novo Milênio, Fórum Nacional
Permanente do Ensino Religioso.
- Lei n 10.639, 9 de janeiro de 2003.
- Dialogo – Revista de Ensino Religioso Edições Paulinas
- Apontando Novos Caminhos para o Ensino Religioso
- Subsídios para 5 série SEED/DEF/ASSINTEC. 2003
- África e Brasil! Africano – Editora Ática 2006
- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná – SEED/D1 2006.
- Ensino Religioso Capacitação para um novo milênio.
- Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso.
- O Sagrado no Ensino Religioso – SEED.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
FÍSICA
Professor:
Donizete Aparecido Timoteo
APUCARANA- PR
2012
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de física tem como importância total tornar a ciência mais próxima da realidade do aluno, pretendendo por meio deste levar o aluno a perceber e identificar os fenômenos da natureza. Desta forma, é possível promover a autonomia social e pessoal em relação ao aprendizado, tendo como ponto de partida a reflexão, o raciocínio, a organização e a consolidação de hábitos de estudo, através de fundamentos teóricos-metodológicos em sala de aula. Neste contexto, a natureza e toda sua complexidade, ocorre por meio da inserção do aluno na cultura cientifica, através do desenvolvimento de praticas experimentais associando-as a situações cotidianas, e ainda estimular o aluno ao pensamento científico-físico na busca de relações da física com a sociedade e a tecnologia em que o mesmo esteja inserido, isso implica compreender o conhecimento cientifico e tecnológico para alem do domínio estrito dos conceitos de física. Desenvolve a cidadania por meio de uma mudança de hábito e/ou de postura mediante aos problemas sociais e econômicos. Amplia as possibilidades de representações servindo-se da linguagem física, exercitando a representação simbólica das transformações físicas e traduzindo, para esta linguagem, os fenômenos e as transformações químicas da natureza.
Esta proposta está fundamentada nas Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) da disciplina de física e ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola.
OBJETIVO DA DISCIPLINA
Criar situações de aprendizagens, possibilitando o desenvolvimento crítico de novas idéias. Levar o aluno a entender as implicações sociais da física de modo a desenvolver valores e atitudes para uma ação social responsável. Desenvolver a cidadania por meio de uma mudança de hábito ou postura diante dos problemas ambientais, sociais e econômicos. Reconhecer o papel da física nos diversos sistemas de produção. Trabalhar de maneira contextualizada de modo a contribuir para a formação de um cidadão crítico. Propiciar ao aluno condições para que determine os conhecimentos básicos, a partir dos quais poderá entender os fenômenos naturais e reconhecer a aplicação destes conhecimentos no seu cotidiano. Desenvolver o conteúdo de física como uma ferramenta nos dados quantitativos físicos, tanto na construção quanto na análise e na interpretação de gráficos e tabelas. Promover autonomia em relação ao aprendizado, tendo como ponto de partida à reflexão, o raciocínio, a organização e a consolidação de hábitos de estudo.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Cinemática escalar• Cinemática vetorial• Dinâmica• Gravitação• Estática• Hidrostática• Termologia
• Estudo dos gases e termodinâmica
• Óptica geométrica
• Ondas
• Cargas elétricas em repouso
• Cargas elétricas em movimento
• Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Movimento uniforme
• Movimento uniformemente variado
• Lançamento vertical
• Vetor
• Velocidade e aceleração vetorial
• Movimento circular
• Principio da dinâmica
• Atrito
• Força centrípeta
• Trabalho e potencia
• Energia mecânica
• Leis de Kleper e de Newton
• Estática de um ponto material
• Estática de um ponto extenso
• Pressão e empuxo
• Termometria
• Dilatação térmica de sólidos e líquidos
• Calorimetria
• Mudanças de fase
• Propagação de calor
• Estudo dos gases
• As leis da termodinâmica
• Óptica geométrica
• Reflexão da luz
• Espelhos planos
• Espelhos esféricos
• Refração luminosa
• Lentes esféricas delgadas
• Instrumentos ópticos
• Movimento harmônico simples
• Ondas
• Som
• Eletrização. Força elétrica
• Campo elétrico
• Trabalho e potencial elétrico
• Capacidade eletrostática
• Corrente elétrica
• Resistores
• Associação de resistores
• Medidas elétricas
• Geradores elétricos
• Receptores elétricos
• As leis de Kirchhoff
• Capacitores
• Campo magnético
• Força magnética
• Indução eletromagnética
• Noções de corrente alternada
• Radiação eletromagnética
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as idéias pré concebidas sobre o conhecimento da física, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico. Utilização de textos para que consigam ter um reconhecimento da física como um campo teórico, no contexto social, suas concepções, seu cotidiano. A história da evolução dos conceitos, idéia físicas para possíveis pontos de partida para a problematização. A partir do entendimento de que a ciência se constitui de um real construído por homens, os quais estão inseridos sem uma realidade histórica, e que não é alheia às outras atividades humanas, pretende-se discutir o conhecimento cientifico como produto da cultura cientifica, sujeito ao contexto sócio-econômico, político e cultural. Desta forma, diversos recursos podem ser utilizados, como aulas teórico-expositivas, giz, quadro negro, leitura e análise de textos históricos, de divulgação cientifica ou literários, apresentação e análise de filmes de curta duração (recortes de filmes) e documentários na TV pendrive, vídeos aulas, atividades práticas experimentais ou de pesquisa.
DESAFIOS CONTEMPORANEOS:
Estudar os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Discussão envolvendo problemas relacionados a química serão abordados no decorrer doa no.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento fundamental para se obterem informações sobre o andamento do processo ensino aprendizagem. Podem ser mobilizados vários recursos para tal, mas é importante que ela seja feita da maneira contínua, ocorrendo varias vezes durante o processo ensino-aprendizagem e não apenas ao final de cada bimestre. A avaliação praticada em intervalos breves e regulares serve como Feedback constante do trabalho do professor, possibilitando reflexões e reformulações nos procedimentos e nas estratégias, visando sempre ao sucesso efetivo do aluno. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008), a avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, visando às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO * Provas*Pesquisa de campo* seminários* debates* construção de tabelas e gráficos*trabalhos em grupo
REFERENCIAS
KAZUHITO, FUKE, CARLOS. Os Alicerces da física , volume 1 . São Paulo: Editora Saraiva1998..
RAMALHO, NICOLAU, TOLEDO,Os fundamentos da física, volume 2, São Paulo, Ed. Moderna, 1996RAMALHO, NICOLAU, TOLEDO, Os fundamentos da física volume 3 , São Paulo, Ed. Moderna1996.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
GEOGRAFIA
PROFESSORES: Dirlane Grein Mariano
Roseli Aparecida Kremer
Toni Rodolfo Gimenes
APUCARANA 2012.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – ENSINO
FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde o surgimento da espécie humana, houve a necessidade de se conhecer e
estabelecer formas de relacionamento com a natureza, com o objetivo de sobrevivência.
Quanto mais a humanidade evoluía e utilizava o espaço, adquiria mais conhecimentos e
domínio sobre o mesmo, utilizando-o e transformando-o conforme suas necessidades.
No decorrer da historia, conhecer o espaço foi essencial para o sucesso das atividades
humanas, como explorar o planeta, traçar rotas de comércio e conquistar povos e terras.
No século XIX, com a intenção de conhecer as riquezas das colônias, motivados
pelo capitalismo emergente, alguns países europeus criaram sociedades geográficas.
Através das pesquisas dessas sociedades, surgiram as escolas nacionais de pensamento
geográfico. Motivado pela sobrevivência ou por fatores econômicos e político, o
conhecimento geográfico foi evoluindo, ampliando e tornando-se indispensável nos dias
atuais.
A Geografia já teve vários objetos de estudo, sempre enfocando a análise do
espaço geográfico. Consta nas Diretrizes Curriculares (pág. 51): “o objeto de estudo da
Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela
sociedade (LEFEVRE, 1974), composto pela inter-relação entre sistemas de objetos –
naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas
e econômicas (SANTOS, 1996).
Para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu
tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas
dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e contradições sociais,
econômicas, culturais e políticas, que formam um determinado espaço.
A Geografia é importante como saber escolar ao oportunizar o desenvolvimento
de uma visão mais ampla do mundo, oferecendo momentos propícios para o tratamento
das questões sociais, econômicas, ecológicas, entre outras, que estão presentes na vida
prática do estudante. Dessa forma, a Geografia contribui para a formação de um aluno
capaz de exercer sua cidadania, pois possibilita a discussão e o aprofundamento dos
problemas reais do mundo. Leva o estudante a desenvolver uma visão crítica dos fatos,
compreendendo que também está inserido nesse mundo e pode contribuir para a
transformação do mesmo. Segundo Visentini, “Ser cidadão pleno em nossa época
significa antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade, participando
ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir sobre o nosso mundo,
compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos nacional e planetário. E a Geografia é
um instrumento indispensável para empreendermos essa reflexão, que deve ser a base
de nossa atuação no mundo em que vivemos.
Portanto, é intenção dessa disciplina é possibilitar uma melhor percepção das
diferenças que existem dentro da sociedade, levando o aluno a refletir sobre a realidade
tanto local como em escala global, interagindo com essa realidade e exercendo a sua
cidadania, visando a melhoria da qualidade de vida e o combate das injustiças sociais.
ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AN0
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográficoDimensão política do espaço geográficoDimensão cultural e demográfica do espaço geográficoDimensão socioambiental do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.As transformações demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.As diversas regionalizações do espaço geográfico.
ENSINO FUNDAMENTAL - 7º ANOCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográficoDimensão política do espaço geográficoDimensão cultural e demográfica do espaço geográficoDimensão socioambiental do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.As diversas regionalizações do espaço brasileiro.As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.As transformações demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.Movimentos migratórios e suas motivações.O espaço rural e a modernização da agricultura.A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
ENSINO FUNDAMENTAL - 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográficoDimensão política do espaço geográficoDimensão cultural e demográfica do espaço geográficoDimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico.A formação, mobilidade das fronteiras e a configuração dos territórios do continente americano.A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.O comércio em suas implicações socioespaciais.A circulação da mãode- obra, do capital, das mercadorias e das informações.A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.O espaço rural e a modernização da
agricultura.A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.Os movimentos migratórios e suas motivações.As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico.A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.A revolução técnico-científico- informacional e os novos arranjos no espaço da produção.O comércio mundial e as implicações socioespaciais.A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
A metodologia do ensino de Geografia contempla conceitos fundamentais como:
região, território, paisagem, lugar, sociedade e natureza. Para os conteúdos serem
apresentados aos alunos, cabe ao professor conduzir esse trabalho de forma crítica e
dinâmica, interligando sempre o conteúdo com a realidade e a experiência vivida,
interagindo historicamente nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, da
transformação do espaço geográfico. Torna-se importante partir de uma situação
problema, isto é, levantar questionamentos ao tema, conduzindo e dialogando de forma
que a reflexão aconteça, tornando a aprendizagem mais atraente e inovadora.
De acordo com a legislação, a Geografia deve contemplar os chamados
Desafios Educacionais Contemporâneos; História e Cultura dos Povos Indígenas
(baseado na lei 11645/08); História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (baseado na lei
10639/03), visando o respeito na formação étnica e cultural de nosso país. A Política
Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795/99) também é tema que estará presente
durante a execução das atividades, visando uma conscientização cada vez maior da
importância de preservar nosso planeta. Outros temas também serão abordados, como
Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa de Saúde na Escola);
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Relação
de Gêneros e Diversidade Sexual e Educação no Campo, uma vez que estes temas são
de extrema importância na construção da cidadania.
Considerando a metodologia proposta, os conteúdos devem ser trabalhados de
variadas formas: aulas expositivas, dialogadas e interativas; análise e interpretação de
mapas, gráficos e diferentes formas de texto; seminários; projeções de vídeos e
discussões; produção de texto; pesquisa em jornais, revistas, bibliotecas, internet e em
outros veículos de informação.
Serão utilizados recursos como: quadro negro e giz; televisão pendrive; mapas,
computadores; livros didáticos, entre outros meios disponíveis e adequados.
Todos esses procedimentos tem como finalidade colaborar para a formação de
um cidadão mais consciente e atuante dentro da sociedade.
AVALIAÇÃO
A aprendizagem é a meta final do processo educativo. Durante todo esse
processo, a avaliação deve estar presente, tanto como meio de diagnóstico do processo
ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógico.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), propõe que a
avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual.
À avaliação cabe verificar não só os resultados, mas as práticas adotadas, sua eficácia
ou ineficácia, proporcionando reflexões de como sanar as deficiências dentro do
processo de aprendizagem. É um instrumento indispensável tanto para acompanhar o
desenvolvimento do aluno quanto para nortear o trabalho do professor.
Durante o processo ensino-aprendizagem a avaliação deve contribuir para a
formação de um aluno crítico, capaz de desempenhar seu papel dentro da sociedade e
gerar transformações que venham em benefícios próprio e dos outros. Em Geografia, os
principais critérios de avaliação são a formação dos conceitos geográficos básicos e o
entendimento das relações socioespaciais para a compreensão e intervenção na
realidade. Espera-se que o aluno forme os conceitos geográficos e assimilem as relações
Espaço/Temporais e Sociedade/Natureza para compreender o espaço nas diversas
escalas geográficas.
Para uma avaliação capaz de abranger a totalidade do processo de aprendizagem,
torna-se necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação, sendo
utilizados diversos critérios:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• Pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
•provas escritas e orais; •construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
Consta no Regimento Escolar que a recuperação dos estudos é direito dos
alunos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, de forma
permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A recuperação de
estudos se dará desde o momento em que for detectada a deficiência do aluno na
aprendizagem, devendo ser entendida como consequência do processo de avaliação
continuada, tendo como objetivo atingir as expectativas de aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Projeto Político Pedagógico
disponível em www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Regimento Escolar disponível em
www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia
para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008
SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL
Professoras:Ivone Cirino de Jesus CraccoLidemar Carmelo Rocha Lobo
Tatiane Moreira dos Santos
APUCARANA - PR2012
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de História foi introduzida nos currículos escolares brasileiros a
partir do século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino
em virtude das influências teóricas e correntes de organização do pensamento.
Neste processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vêm
considerando como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia
visões factuais e desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo
do passado em concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como
transmissor de informações e o estudante como receptor passivo.
Em vista do contexto vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos
da ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de
novas concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da
disciplina. Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes
vinham tendo da História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a
reestruturação de novas diretrizes curriculares.
No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de
discussão sobre o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando o projeto de
formação continuada de professores também no contexto de produção coletiva das
Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da Educação - SEED nos propomos a
repensar o ensino de História, estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e
resgatar finalidades para que essa disciplina possa assumir sua contribuição e
responsabilidade com a produção de conhecimento e a formação da consciência crítica e
cidadã.
Dessa forma buscamos ampliar e melhorar fundamentar o desenvolvimento da
disciplina relacionando-o como uma História crítica da realidade vivida de acordo com
as produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos
e temas pertinentes, especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna
obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, os conteúdos de
História do Paraná, pela Lei nº 9795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-
brasileira e Africana.
Para nortear o processo ensino aprendizagem da disciplina de História, para o
Ensino Fundamental, registramos nesta proposta pedagógica os seguintes princípios:
OBJETIVOS
O objetivo geral da disciplina de História é a compreensão dos diferentes
processos e sujeitos históricos e das relações que se estabelecem entre os grupos
humanos nos diferentes tempos e espaços.
Para o encaminhamento desta proposta pedagógica definimos como objetivos
específicos:
• Compreender o processo histórico como resultado dos fatores
econômicos, sociais, políticos e culturais, vivenciados pela sociedade;
• Relacionar as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais de
diferentes épocas históricas;
• Compreender-se como sujeito histórico protagonista das relações de
trabalho, das relações de poder e as relações culturais.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE/6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas
Histórias
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Relações de trabalho
A experiência humana no tempo.
Produção do conhecimento Histórico: • Introdução ao ensino da História.• Produção do conhecimento histórico. • Tempo, Temporalidade. • Fontes, documentos, patrimônio material e imaterial. • Pesquisa.
A Humanidade e a História: • De onde viemos, quem somos, como sabemos?
Relaçõesde poder
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
Articulação da História com outras áreas do conhecimento: • Arqueologia no Brasil e antropologia do Brasil: - Lagoa Santa Luzia - MG.- Serra da Capivara - PI.- Sambaquis - PR.
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações: • Teorias do surgimento do homem na América. • Mitos e lendas da origem do homem. • Povos ágrafos-memória-história oral.
Relações Culturais
As culturas locais e a cultura comum.
Povos indígenas no Brasil e no Paraná: • Ameríndios do território brasileiro. • Ameríndios do território paranaense.
As primeiras civilizações na América: • Maias. • Incas. • Astecas. • Ameríndios da América do
• Chegada dos europeus na América. • Resistência e dominação. • Escravização. • Catequização.
Norte.
As 1ªs civilizações na África, Europa e Ásia: • Egito – Núbia – Gana e Mali. • Mesopotâmia. • Hebreus. • Persas – Fenícios. • Gregos. • Romanos.Mineração e a pecuária no Sul do Brasil: • Surgimento das 1ªs
cidades paranaenses.• Contribuição cultural africana no Brasil. • Quilombos – Brasil e Paraná.
6ª SÉRIE / 7º ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e
Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Relações de trabalho
As relações de propriedade.
Brasil no processo de expansão mercantil européia: • Grandes navegações. • Brasil – ciclos econômicos.• Nordeste açucareiro.• Negro – mãos e pés do Brasil. • Ocupação territorial. • Missões. • Bandeiras / Estradas. • Invasões estrangeiras. • Religião no Brasil Colonial. • Cultura no Brasil Colonial.
Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma Pombalina: • Formação dos reinos ibéricos.• Mercantilismo. • Reforma. • Contra-Reforma. • Diáspora africana. • Mundo Árabe. • Economia feudal.
Relaçõesde poder
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
Colonização do Território paranaense: • Economia – Ciclos econômicos. • Organização Social – política e administração.
• Revoltas ocorridas no Paraná.
Relações Culturais
As relações entre o campo e a cidade.
Movimentos e Contestação: • Revoltas nativistas e nacionalistas. • Inconfidência Mineira. • Conjuração Baiana.• Revolta da Cachaça.• Revolta dos Mascates.
• Independência das treze colônias inglesas na América do Norte.
Conflitos e Chegada da Família Real no • Invasão napoleônica na
resistências e produção cultural campo/cidade.
Brasil: • Da vinda de D. João VI a emancipação. • De Colônia a Reino Unido. • Governo de D. Pedro I. • Constituição Outorgada. • Unidade Territorial. • Confederação do Equador.
Península Ibérica. • Independência das colônias Espanholas.
7ª SÉRIE / 8º ANO – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de
Resistência
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Relações de trabalho
História das relações da humanidade com o trabalho.
Construção: • Governo de D. Pedro II. • Lei de Terras.• Lei Eusébio de Queiroz – Início da imigração européia. • Movimentos abolicionistas.
• Grécia – aspectos econômicos – política social e cultural. • Antiga Roma e a República. • Sistema Feudal.
Relaçõesde poder
O trabalho e a vida em sociedade.
Emancipação política do Paraná: • Organização política e administrativa. • Migrações internas e externas.
Relações Culturais
O trabalho e as contradições da modernidade.
Guerra do Paraguai: • O processo de abolição da escravatura. • Imigração – miscigenação.
• Colonização da África e da Ásia.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
República:• Idéias positivistas.• Imigração asiática.• Coronelismo / Oligarquias / Clientelismo.• Movimentos de Constatação: campo e cidade.
• Movimentos messiânicos.• Revoltas urbanas e rurais – movimento operário. • Guerra Contestada. • Revolução Federalista. • Acontecimentos de grande importância do Paraná no final do século XIX e XX.
• Revolta Mexicana. • 1ª Guerra. • Revolta da Rússia.
8ª SÉRIE / 9º ANO – Relações de Dominação e Resistência: A
Formação do Estado e as Instituições Sociais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Relações de trabalho
A constituição das instituições sociais.
O repensar no Brasil: • Semana de Arte Moderna. • Coluna Prestes. • Revolução de 30 – Período Vargas. • Leis Trabalhistas. • Voto. • Participação do Brasil na II Guerra Mundial.
• Crise de 29.• Entre-guerras. • 2ª Guerra Mundial.
Relaçõesde poder
A formação do Estado.
• Populismo no Brasil e na América Latina.
Relações Culturais
Sujeitos, Guerras e revoluções.
• Governo Vargas. • Governo J. K. • Jânio Quadros. • João Goulart.
• Movimentos populares da América Latina.
Construção do Paraná Moderno: • Governos do Paraná. • Frentes de Colonização do Estado. • Criação da Estrutura Administrativa. • Copel – Banestado – Sanepar – Codepar. • Movimentos culturais. • Movimentos sociais no campo e na cidade.
• Política da Boa Vizinhança.• Revolução Cubana. • Ásia e África Contemporânea.
Regime militar no Brasil e no Paraná: • Governos Militares. Modernização do Paraná. Movimentos de Contestação no Brasil:• Resistência armada. • Tropicalismo. • Jovem-Guarda. • Novo Sindicalismo. Movimento estudantil.
• Movimentos de Contestação no Mundo. • Movimento Negro. • Movimento Hippie. • Movimento Homossexual.• Movimento Feminista.• Movimento Punk.• Movimento Ambiental.
Redemocratização: • Constituição de 1988.• Movimentos populares rurais e urbanos. • Zumbi dos palmares. • Mercosul. • ALCA.
• Fim da Bipolarização Mundial.• Desintegração do Bloco Socialista. • Neoliberalismo. • Globalização. • 11 de Setembro nos EUA. • África e América Latina no contexto atual.
• O Brasil e o Paraná no contexto atual.
METODOLOGIA
Enfatizamos em nosso encaminhamento metodológico a abordagem de
conteúdos estruturantes a partir das dimensões políticas, econômico-sociais e culturais
da História da sociedade e o direcionamento para a compreensão do processo de
construção do conhecimento histórico.
Tratamos os conteúdos numa perspectiva cronológica privilegiando a História
do Brasil e integrando-a a História Geral, para desta forma, segundo orientações das
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
(DCE) (PARANÁ, 2008), auxiliar na preparação do aluno para o tratamento temático
dos conteúdos no Ensino Médio.
Priorizamos no tratamento dos conteúdos, a problematização da construção do
conhecimento histórico e procuramos desenvolver o estudo por meio da prática da
investigação em diversas fontes e documentos. Valorizamos as narrativas históricas e a
interpretação de documentos como exercício de compreensão e produção de
conhecimento histórico.
Para o êxito desta proposta curricular registramos a necessidade de superar os
limites dos livros didáticos e atentar para que não sejam materiais e referências únicas
para os alunos. Nosso universo de investigação pode ser ampliado com o uso de novas
linguagens e tecnologias como textos de outros autores, músicas, imagens, documentos,
textos disponíveis nos meios eletrônicos, documentários, filmes, folhas e produções
disponíveis no portal www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.
Em nossa metodologia de trabalho pretendemos consolidar a sala de aula como
espaço de comunicação e troca para que alguns alunos e professores se reconheçam
como produtores do conhecimento histórico e agentes e transformação da realidade em
que vivem.
TEMAS CONTEMPORÂNEOS
Os temas abaixo relacionados serão abordados durante o processo letivo,
visando amenizar os problemas existentes na nossa sociedade e comunidade escolar.
Levando o aluno a uma reflexão crítica com relação aos fatos sociais que permeiam a
sociedade, bem como a diversidade cultural do nosso país.
Tendo como objetivo primordial o respeito ao próximo e despertar o
sentimento de solidariedade.
Metodologia: abordagem através de filmes, textos, imagens, jornais, músicas e
outros recursos.
- Cultura Afro-brasileira;
- Cultura indígena;
- Relações étnico-raciais;
- Sexualidade;
- Drogatição;
- Meio ambiente e sustentabilidade;
- Enfrentamento à violência.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Pretendemos realizar uma avaliação coerente a proposta estabelecida pelas
DCE, pertinente à concepção e metodologia que permeiam o conjunto de ações
pedagógicas da disciplina de História e respeitando as dimensões políticas, culturais e
econômico-sociais que são os conteúdos que estruturam nosso trabalho.
Desconsideramos as práticas avaliativas que reforçam o modelo excludente
classificatório, individualista e de competição.
Nossos critérios avaliativos serão estabelecidos por meio do diálogo entre
professores e alunos, a fim de que a avaliação esteja a serviço da aprendizagem de
todos, considerando as habilidades destes de: aproximação de conteúdos e conceitos
históricos, dimensões de tempo e espaço e contexto.
Para tanto estabelecemos avaliações formativas, diagnósticas, contínuas,
processuais e diversificadas. Entre as diversas situações de avaliação, propomos:
compreensão e problematização de diferentes fontes documentais, trabalhos de
pesquisas, interpretações de textos, diálogos e debates a respeito das diversidades e a
produção de narrativas históricas.
REFERÊNCIAS
FREIRE, José Ribamar Bessa. Cultura indígena.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - História. Curitiba: SEED, 2008.
__________. O ensino de história e cultura afro-brasileira e africana no Paraná: Legislação, políticas afirmativas e formação docente. Curitiba: SEED, 2008.
PARRAZZO, Silvia; VAZ, Maria Luísa. Navegando pela História. São Paulo: FTD, 2002.
SILVA, Lúcia Helena Oliveira (Cad. II); FERNANDES, Frederico Augusto Garcia. Cultura afro-brasileira, expressões religiosas e questões escolares. Londrina: Universidade Estadual de Londrina. 2006.
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APUCARANA - PARANÁ
Proposta Pedagógica Curricular
Língua Estrangeira Moderna –
Inglês
Professora: Joelma Parra Medina
APUCARANA
2012
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois
da chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 e, com a criação do Colégio
Pedro II passou a contemplar o ensino de Francês, Inglês e Alemão. A partir de 1906,
com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter científico.
Com a Reforma Capanema em 1942 foi atribuído ao ensino secundário um
caráter patriótico privilegiando as línguas francesa, inglesa e a espanhola.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil
em relação aos Estados Unidos intensificou-se e com isso a necessidade de aprender
inglês tornou-se cada vez maior.
No Estado do Paraná a partir da década de 70, no Colégio Estadual do Paraná
em 1982, criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras, que posteriormente, expandiu-se
em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394,
determinou o oferecimento obrigatório de pelo menos uma língua estrangeira moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Já para o Ensino Médio,
poderia haver uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da
instituição, permanecendo apenas o inglês, até 2005, pelo fato de este ter sido escolhido
como língua universal.
Como resultado de um processo que se arrastou por anos e atendendo a
interesses políticos e econômicos, em 2005, 05 de agosto, foi criada a Lei 11.161, que
decreta obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino
Médio, porém a matrícula é facultativa para o aluno.
1.1. Concepção da Disciplina:
Nesta propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça, ao estudante, a
formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade
social, econômica e política de seu tempo, dentro de uma perspectiva humanista e
tecnológica, possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade
do conhecimento e sua relação com o cotidiano.
Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre os
conhecimentos sistematizados e os conhecimentos da cultura popular, conscientizando-
se que uma ciência e uma disciplina escolar são históricas, portanto não estanque, nem
cristalizada, caracterizando a natureza dinâmica e processual de todo e qualquer
currículo. Segundo Meurer, é preciso desenvolver formas de incentivar práticas
pedagógicas que contestem ou destruam o círculo do senso comum, recriando e
reforçando formas de desigualdades e discriminação e assim, desmistificando aquilo
que parece natural e não problemático.
De acordo com as DCEs, reconhece-se que, além de seus conteúdos estanques,
“mais estáveis”, as disciplinas escolares incorporem e atualizem conteúdos decorrentes
do movimento das relações de produção e dominação que determinam relações sociais,
geram pesquisas científicas e trazem para o debate questões políticas e filosóficas
emergentes.
A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas públicas,
faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidade que os alunos oriundos das
classes sociais menos favorecidas têm. Com isso a escola, muitas vezes, apresenta-se
como o único espaço de aprender e conhecer uma Língua Estrangeira. Além disso,
aprender uma Língua Estrangeira é oportunizar aos nossos alunos o conhecimento de
outra cultura, possibilitando a construção de significados além daqueles permitidos pela
Língua Materna, bem como alargando as possibilidades de entendimento do mundo e
assim contribuindo para a formação de um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio,
transformando a realidade social.
1.2. Objeto de Estudo:
Toda língua é uma construção histórica e cultural em transformação constante.
Ela não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico, vez que é
heterogênea, ideológica e opaca. No ensino da Língua Estrangeira o objeto de estudo é a
Língua, portanto contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
É no engajamento discursivo que damos forma ao que dizemos e ao que
somos. Por isso a Língua Estrangeira apresenta-se como um espaço que propicia
discussão e interação com o meio social e pode ser ampliado e confrontado com outras
formas de conhecer. Igualmente pode ser confrontado com outros procedimentos
interpretativos de construção da realidade. A língua é concebida como discurso, não
como estrutura ou código a ser decifrado, ela constrói significados e não apenas os
transmite. O sentido está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico.
A cultura deve ser concebida como um processo dinâmico e conflituoso de
produção de significados sobre a realidade e que se dá em qualquer contexto social. A
língua se apresenta como espaço de construções discursivas, indissociável dos contextos
em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que
as constróem, e, são construídas por ela. A língua deixa de lado suas supostas
neutralidades e transparências para adquirir uma carga ideológica e passa ser vista como
um fenômeno carregado de significados culturais. Ilustrando: a palavra está sempre
carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico. É assim que compreendemos as
palavras e somente reagimos àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou
concernentes à vida.
Todo discurso está vinculado à história e ao mundo social, desta forma, para
nós, professores, é fundamental a compreensão de que ensinar e aprender língua, é
também ensinar e aprender percepções de mundo, seus sentidos, as subjetividades e
reconhecer no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos.
1.3 Objetivos Gerais da Disciplina:
O ensino de LEM-Inglês deve oportunizar o desenvolvimento da consciência
crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no
cenário internacional, para que os alunos possam analisar as questões da nova ordem
global e suas implicações, bem como construir identidades, aprender percepções de
mundo, maneiras de atribuir sentidos e formar subjetividades.
No Ensino Fundamental, a LEM deve também, contribuir para formar alunos
críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do Ensino Fundamental,
espera-se que o aluno:
• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento do país.
Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais
devem ser contempladas.
A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais
ampla, para que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas
maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser
estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social. Ademais, deve oportunizar
o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento
da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
Um outro objetivo da disciplina de LEM-Inglês no Ensino Fundamental é que
os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em
situações significativas e relevantes. Além disso, o ensino de LEM deve contemplar os
discursos sociais que o compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente maneiras de
construção de sentidos, de relação com os textos, comunicar-se com eles, interagindo
ativamente, sendo capaz de comunicar-se de diferentes formas, com os diferentes tipos
de textos, desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O Ensino de LEM-Inglês favorecerá o contato com os discursos diversos da
língua manifestados em forma de textos de diferentes naturezas, buscando alargar a
compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos interpretativos,
tornando possível a construção de significados, ampliando suas possibilidades de
entendimento de mundo para contribuir na sua transformação.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE – BÁSICOS DA DISCIPLINA
O conteúdo Estruturante de Língua Estrangeira é o “Discurso” enquanto prática
social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura,
oralidade e escrita.
Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas diferentes
relações sociais, é preciso que os níveis de organização linguística sirvam ao uso da
linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.
De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho pedagógico
recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente com o discurso, sendo
capazes de comunicar-se com e em diferentes textos, os quais definirão os conteúdos
linguísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
A escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados no Ensino
Fundamental, devem articular-se com o Discurso como prática social, contemplando as
práticas discursivas: Leitura, Oralidade e Escrita, dependendo do nível dos alunos e da
realidade local.
É importante ressaltar que, para os alunos perceberem as condições de
produção dos diferentes discursos e das vozes que permeiam as relações sociais e de
poder, é preciso trabalhar em sala de aula os níveis de organização linguística-fonético-
fonológico, léxico-semântico e de sintaxe e que isso sirva ao uso da linguagem na
compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal.
2.1. Conteúdos Básicos:
6º ANO
Conteúdos BásicosGÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise adotados como conteúdosbásicos os gênerosdiscursivos conforme suasesferas sociais de circulação.Ficha de RegistroAdivinhasÁlbum de FamíliaBilhetesCantigas de RodaCarta PessoalCartão Exposição OralFotosMúsicasParlendasProvérbiosQuadrinhasCartazesDiálogoEntrevistaE-mail
LEITURA· Tema do texto;· Interlocutor;· Finalidade;· Aceitabilidade do texto;· Informatividade;·Elementos composicionais do gênero;· Léxico;· Repetição proposital de palavras;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão,negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA· Tema do texto ;· Interlocutor;· Finalidade do texto;· Informatividade;·Elementos composicionais dogênero;·Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão,negrito), figuras de linguagem;· Ortografia;·Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE· Tema do texto;· Finalidade;·Papel do locutor e interlocutor;·Elementos extralinguísticos:entonação,pausas, gestos...;· Adequação do discurso ao gênero;
· Turnos de fala;· Variações linguísticas;·Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição,recursos semânticos.
7º ANOConteúdos BásicosGÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise adotados como conteúdosbásicos os gênerosdiscursivos conforme suasesferas sociais de circulação.Ficha de RegistroAdivinhasÁlbum de FamíliaBilhetesCantigas de RodaCarta PessoalCartão Exposição OralFotosMúsicasParlendasProvérbiosQuadrinhasCartazesDiálogoEntrevistaE-mailManual TécnicoPlacas
LEITURA-Tema do texto;-Interlocutor;-Finalidade do texto;-Informatividade;-Situacionalidade;-Informações explícitas-Discurso direto e indireto;-Elementos composicionais dogênero;-Repetição proposital de palavras;-Léxico;-Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão,negrito), figuras de linguagem. ESCRITA-Tema do texto;-Interlocutor;-Finalidade do texto;-Discurso direto e indireto;-Elementos composicionais dogênero;-Marcas linguísticas: coesão,coerência,função das classesgramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem;-Acentuação gráfica; ORALIDADE-Tema do texto;-Finalidade;-Papel do locutor e interlocutor;-Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos...;-Adequação do discurso ao gênero;-Turnos de fala;-Variações linguísticas;-Marcas linguísticas: coesão,coerência,gírias, repetição,recursos semânticos.
8º ANO
Conteúdos BásicosGÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise adotados como conteúdosbásicos os gênerosdiscursivos conforme suasesferas sociais de circulação.Ficha de RegistroAdivinhasÁlbum de FamíliaBilhetesCantigas de RodaCarta PessoalCartão Exposição OralFotosMúsicasParlendasProvérbiosQuadrinhasCartazesDiálogoEntrevistaE-mailManual TécnicoPlacasRótulos/EmbalagensRelatos de Experiências VividasPropagandasReceitas
LEITURA· Conteúdo temático;· Interlocutor;· Finalidade do texto;· Aceitabilidade do texto;· Informatividade;· Situacionalidade;· Intertextualidade;· Vozes sociais presentes no texto;·Elementos composicionais dogênero;·Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos como: (aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem.· Semântica:operadores argumentativos;- ambiguidade;- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;-expressões que denotam ironia e humor no texto.Léxico.ESCRITA· Conteúdo temático;· Interlocutor;· Finalidade do texto;· Informatividade;· Situacionalidade;· Intertextualidade;· Vozes sociais presentes no texto;·Elementos composicionais dogênero;·Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito);· Concordância verbal e nominal;· Semântica:-operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- figuras de linguagem;- sentido conotativo e denotativo;-expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE· Conteúdo temático;· Finalidade;
· Aceitabilidade do texto;· Informatividade;· Papel do locutor e interlocutor;·Elementos extralinguísticos:entonação, expressões facial,corporal e gestual, pausas ...;· Adequação do discurso ao gênero;· Turnos de fala;· Variações linguísticas·Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;· Elementos semânticos;· Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições, etc);·Diferenças e semelhanças entreo discurso oral e o escrito.
9º ANO
Conteúdos BásicosGÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise adotados como conteúdosbásicos os gênerosdiscursivos conforme suasesferas sociais de circulação.Ficha de RegistroAdivinhasÁlbum de FamíliaBilhetesCarta PessoalCartão Exposição OralFotosMúsicasProvérbiosQuadrinhasCartazesDiálogoEntrevistaE-mailManual TécnicoPlacasRótulos/EmbalagensRelatos de
LEITURA· Conteúdo temático;· Interlocutor;· Finalidade do texto;· Aceitabilidade do texto;· Informatividade;· Situacionalidade;· Intertextualidade;· Vozes sociais presentes no texto;· Elementos composicionais dogênero;· Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos como: (aspas,travessão, negrito), figuras delinguagem.· Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- sentido conotativo e denotativodas palavras no texto;-expressões que denotam ironiae humor no texto.Léxico.ESCRITA· Conteúdo temático;· Interlocutor;· Finalidade do texto;· Informatividade;
Experiências VividasPropagandasReceitasNarrações de histórias
· Situacionalidade;· Intertextualidade;· Vozes sociais presentes no texto;· Elementos composicionais do gênero;·Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito);· Concordância verbal e nominal;· Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- figuras de linguagem;- sentido conotativo e denotativo;- expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE· Conteúdo temático;· Finalidade;· Aceitabilidade do texto;· Informatividade;· Papel do locutor e interlocutor;· Elementos extralinguísticos:entonação, expressões facial,corporal e gestual, pausas ...;· Adequação do discurso aogênero;· Turnos de fala;· Variações linguísticas· Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;· Elementos semânticos;· Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições, etc);· Diferenças e semelhanças entreo discurso oral e o escrito.
3. METODOLOGIA DE LEM-INGLÊS ENSINO FUNDAMENTAL
A partir do entendimento do papel das línguas na sociedade, mais do que um
meio de acesso à informação, é importante compreender que o trabalho docente com a
LEM-Inglês é uma possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de
entender o mundo e de construir significados. Baseado nesses pressupostos, o texto deve
ser apresentado como princípio gerador de toda unidade temática e de desenvolvimento
das práticas linguístico-discursivas. É um espaço para a discussão de temáticas
fundamentais para o desenvolvimento intelectual manifestado por um pensar e agir
críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e
valores.
Portanto, é importante trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros
discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional
ou no mundo editorial, tarefa esta pertinente entre as atribuições da disciplina de LEM-
Inglês.
Assim, a Língua deve ser abordada como espaço de construção de significados,
porque o falante/escritor tem papel ativo na construção de significados na interação,
assim como seu interlocutor. Desse modo, a Língua deve ser entendida como prática
sociocultural.
A aula de LEM deve ser um momento de discussão da linguagem oral, escrita e
ou visual a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas nesse processo.
Ressaltamos aqui, a importância dos recursos visuais no trabalho pedagógico,
para que os alunos com deficiência auditiva possam participar da aula de Língua
Estrangeira Moderna.
Os alunos serão encorajados a levantar questionamentos durante as aulas e a ter
uma posição crítica frente aos textos acerca das visões de mundo, tais como:
Que pressupostos estão por trás de tal discurso?
Qual é o seu propósito?
Aos interesses de quem serve?
Como o autor compreende a realidade?
Quais as implicações de sua posição e afirmação?
Isso posto, o trabalho em sala, será pautado no texto em seu contexto social de
produção e nos itens gramaticais que indiquem a estrutura da língua. Portanto, serão
apresentados em sala de aula os diversos gêneros textuais, em atividades diversificadas,
tais como:
Comparação das unidades temáticas, linguísticas e com posicionais de um texto com
outros textos;
Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;
Leitura e análise de textos de outros países que falam o mesmo idioma estudado na
escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam;
Leitura e análise de textos publicados (nacionais e internacionais) sobre o mesmo
tema e as abordagens de tais publicações;
Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e
morfológicas da língua estrangeira estudada como língua materna.
O trabalho será desenvolvido a partir de diferentes gêneros textuais, apoiando-
se em textos autênticos, procurando valorizar o conhecimento sócio-historicamente
construído, bem como as práticas de linguagem oral, escrita e visual.
Considera-se importante a contextualização do ensino, confrontando e
dialogando com conhecimentos do cotidiano popular, conhecimentos de mundo e
linguísticos prévios para facilitar a apropriação do conhecimento, abrindo espaços para
o desenvolvimento do pensamento abstrato e para a sistematização. Observando-se a
complexidade crescente.
O ensino deverá procurar a articulação com outras disciplinas, sempre que
possível, com o objetivo de enriquecer a compreensão e ampliar a abordagem,
estabelecendo uma relação de interdisciplinaridade.
Considerar a inclusão de alunos e acesso ao conhecimento por meio do uso de
materiais diversos e emprego de técnicas diferenciadas, tais como recursos visuais para
atender alunos com deficiência auditiva. Destaca-se que nenhuma língua é neutra, e as
línguas podem representar diversas culturas e maneiras de viver, inclusive, podem
passar a ser um espaço de comunicação intercultural, por serem usadas em diversas
comunidades, muitas vezes até por falantes que não as têm como língua materna. Passa
a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos valores culturais
estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar. Ao mesmo tempo, o
professor propiciará situações de aprendizagem que favoreçam um olhar crítico sobre
essas mesmas comunidades.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo,
mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles
há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da
comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser instigado a buscar
respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relativos à
aprendizagem.
Dessa forma, será valorizado no espaço da sala de aula, o conhecimento de
mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões dos temas abordados, como
também, subsidiar os alunos para que eles se posicionem em relação ao texto,
contemplando as práticas discursivas, de modo a desenvolver o próprio sentido acerca
do contexto que o perpassa.
Resumindo:
Partir do conteúdo estruturante: Discurso como prática social;
Ter o texto como ponto de partida;
Explorar gêneros textuais diversos;
Valorizar conhecimentos sócio-historicamente construído;
Usar a contextualização para facilitar a aprendizagem de conteúdos abstratos e
sistematizados, observando-se a complexidade crescente;
Articular com outras disciplinas;
Fundamentar-se na pedagogia crítica.
3.1 Leis Vigentes no país:
Lei 11645/08 – Contempla a História e Cultura dos Povos Indígenas;
Lei 10639/03 – Contempla a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
Lei 9795/99 - Contempla a Política Nacional de Educação Ambiental;
Temáticas Sociais – Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao uso de Drogas.
Para que tais desafios sejam alcançados serão utilizados: aulas expositivas,
seminários, filmes, instrumentos tecnológicos, vídeos, músicas, TV pen-drive e seus
correlatos.
4. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA LEM- INGLÊS
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir
para a construção de saberes.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação
seja contínua e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Ela deve
nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão
do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
A avaliação, além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos,
servirá, também, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas
de acordo com as necessidades de seus alunos. A partir do ato avaliativo, é possível
perceber quais os conhecimentos (linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou
culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade) que merecem mais atenção, ou
seja, que ainda não foram suficientemente trabalhados e que necessitam ser abordados
para garantir a efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.
As intervenções pedagógicas devem ultrapassar o conteúdo trabalhado. É
importante neste processo que o professor: organize um ambiente pedagógico, observe a
participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de aula se faz
pela interação verbal a partir da escolha de textos consistentes e de diferentes formas.
Tais formas se caracterizam entre os alunos e o professor, entre os alunos e a turma, na
interação com o material didático, nas conversas em língua materna e estrangeira.
A avaliação deve obedecer critérios de entendimento reflexivo, conectado,
compartilhado e que permita autonomia no processo ensino/aprendizagem, com isso
oportunizar a formação de cidadão conscientes, criativos, críticos, solidários e
autônomos.
Em LEM deve-se avançar além da avaliação enquanto instrumento de medição
da apreensão de conteúdos. É preciso fomentar discussões concernentes às dificuldades
e avanços dos alunos, a partir de suas produções.
Na avaliação da produção em Língua Estrangeira deve-se pensar o erro como
uma conseqüência da própria prática. Ele deve ser entendido não como um obstáculo,
mas sim enquanto elemento que também facilita ou propicia o ato de aprendizagem.
Refletir a produção do aluno pode leva-lo à superação, ao enriquecimento do saber e
desta forma, ação avaliativa reflexiva cumprirá sua função. Ela pressupõe o
conhecimento como apropriação tanto pelo professor quanto pelo aluno, um processo de
ação-reflexão-ação, resultado da interação em sala de aula desses dois agentes.
Entretanto, esse conhecimento não deve restringir-se à sala de aula, devendo de algum
modo alcançar a comunidade, para que esta igualmente julgue como importante o
conhecimento da Língua Estrangeira (seu valor).
A avaliação será diagnóstica e contínua, observando todas as melhorias dos
alunos em suas mais diversas produções e práticas discursivas, seguindo a Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional, será disposto ao aluno 10,0 (dez vírgula zero)
pontos distribuídos da seguinte forma: 2,0 (dois vírgula zero) pontos para o Simulado;
4,0 (quatro vírgula zero) pontos para a Avaliação trimestral; e o restante de 4,0 (quatro
vírgula zero) pontos serão distribuídos a critério do professor, através de instrumentos
como: provas, trabalhos, debates, seminários, discussões, simulados, jogos e atividades
orais e escritas dentre outras, proporcionando aos alunos, os quais não tenham atingido
os objetivos propostos, a oportunidade de recuperação de estudos, conforme
estabelecido no Projeto Político Pedagógico, no Regimento da escola e no Plano de
Trabalho Docente.
A recuperação não se prenderá apenas a um instrumento ou data previamente
organizados, constituindo-se também num processo contínuo, onde cada conteúdo
ministrado deverá ser objeto de discussão e reflexão, portanto oportunizando a todo e
qualquer momento que o aluno possa repensar o que aprendeu, eventualmente aquilo
que havia assimilado equivocadamente e assim podendo reformular o aprendido. Isto
posto, ao final de cada trimestre, será aplicada a todos os alunos uma avaliação de
recuperação no valor de 10,0 (dez vírgula zero) pontos.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Projeto Político Pedagógico
disponível em www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br.
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Regimento Escolar disponível em
www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br.
HIGASHI, A.H.H.; COSTA, E. F. M.; TOSCHI, I. P.; ALMEIDA, M. M.;
SANTOS, S. L.Genre in Context. Londrina, 2008.
LEFFA, Vilson J. O Professor de Línguas: Construindo a profissão.
Pelotas: Educat, 2006.
MULLER, Vera; SARMENTO, Simona Org. O Ensino do Inglês como
Língua Estrangeira: Estudos e reflexões. Porto Alegre:APIRS5, 2004.
PAIVA, Vera Lúcia M.O. O ensino da Língua Inglesa: Reflexões e
Experiências. 3ª ed. Campinas:Pontes Editores, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua
Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Identidade do Ensino
Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000 e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORES:
APARECIDA MALAVAZZI,
JOELMA PARRA MEDINA,
LUCEMIR MATILDE DA SILVA,
MARCOS VINÍCIUS CARRAZEDO
APUCARANA
2012
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudante do Ensino Fundamental necessita, dentro do processo de
comunicação, interagir com o meio social que o cerca. A disciplina Língua Portuguesa
coloca o aluno em contato com os fenômenos da língua e o instrumentará no uso da
comunicação da linguagem oral ou escrita. O enfoque na leitura, na oralidade e na
produção de textos é uma forma de sanar possíveis deficiências no trato com a língua,
uma vez que, a linguagem é visto como fenômeno social, pois nasce da necessidade de
interação (política, social, econômica) entre os homens.
O planejamento realizado, bem como, todos os aspectos aqui abordados visam
auxiliar o trabalho equipe pedagógica/professor/pais/alunos para êxito e realização dos
objetivos acima citados.
As diretrizes traçadas para a escola exprimem o desejo dos educandos de torná-
la uma instituição capaz de refletir igualdade de oportunidade para todos os alunos e a
sua permanência na escola.
Seguir a ação transformadora da Pedagogia Histórico Crítica, destacar os valores
éticos, patrióticos e culturais, juntamente com o acesso ao conhecimento científico.
Que se desenvolva ao máximo a capacidade do educando, segundo os conteúdos
necessários ao desempenho das funções para as quais está sendo formado. A instituição
se preocupa com o desenvolvimento de toda a personalidade do educando, a fim de que
ele possa vir a participar eficientemente da vida em sociedade e contribuir para o bem
comum, que o ajude a compreender a necessidade de educar-se ao longo da vida e os
instrumentos necessários para este continuo crescimento.
Todas as atividades da escola devem estar assim orientadas no sentido de
proporcionar aos alunos, meios para desenvolver o senso crítico, conceitos e valores de
cidadania, assim como atitudes numa linha de mudança positiva de comportamento
compatível como a Pedagogia Sócio-Interacionista.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou
com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da
elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os
indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização
dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o
modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista,
que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava
o pensamento.
Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas
pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da
metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-se, então, a partir de
dois objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da catequese indígena visava à
expansão católica e a um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo,
esse sistema objetivava a formação de elites subordinadas à metrópole, “favorecendo o
modelo de sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do
país colonizador” (LUZ-FREITAS, 2007 s/p).
Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de
ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram
de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O
português “era a língua da burocracia” (ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das
transações comerciais, dos documentos legais. A interação entre colonizados e
colonizadores resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos
portugueses, num primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a
dominação da nova terra. Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na
comunicação informal por grande parte da população não escolarizada. Entretanto, a
partir do século XVIII, época que coincide com as expedições bandeirantes e a
descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa situação de bilinguismo passou a
não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e,
para isso, a unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância.
A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a
Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. No ano
seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e produzido literatura em língua
indígena, foram expulsos do Brasil.
Essa foi uma das primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua
Portuguesa em todo o território. Essa hegemonia foi “conseguida, historicamente, a
ferro e fogo: com decretos e proibições, expulsões e prisões, perseguições e massacres”
(BAGNO, 2003, p. 74). O Laboratório de Estudos Urbanos (Labeurb) da UNICAMP,
quando trata da colonização linguística, relata que: Delimitando os espaços e as funções
de cada língua, a política linguística dá visibilidade à já pressuposta hierarquização
lingüística e, como decorrência dessa organização hierárquica entre as línguas e os
sujeitos que as empregam, seleciona quem tem direito à voz e quem deve ser silenciado.
(LABEURB, 2002, s/p)
Foi nesse contexto, e influenciado por alguns ideais iluministas, que o Marquês
de Pombal tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. A
partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais. O
ensino, até então dominado pelos jesuítas, não se limitava mais às escolas de ler e
contar, ou escolas elementares, dirigidas à população indígena.
Eles também mantinham cursos de Letras e de Filosofia, que eram
considerados secundários, e o curso de Teologia para a formação de sacerdotes (MOLL,
2006). Na época da expulsão, os jesuítas contavam com 25 residências, 36 missões e 17
colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras
instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus (SODRÉ, 1984,
p. 27-28). Toda essa organização foi substituída por aulas régias1 ministradas por
profissionais de várias áreas (nomeados por indicação política ou religiosa). Essas aulas
atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se preparava para estudos
posteriores na Europa.
Dentro dessas medidas, em 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto
que insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção
dos ensinos primário e secundário. Dessa forma, o ensino público (que atendia a
alfabetização e catequese dos índios), anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a
ser financiado pela Metrópole. A intenção, com essas medidas, era modernizar a
educação, tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da Coroa
Portuguesa. No entanto, a falta da infraestrutura e de professores especializados acabou
por gerar uma lacuna, que as aulas régias tentaram preencher. Além disso, a
escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação
permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil.
Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de
ensino superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia
estatal que emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas
superiores da sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava à
manutenção do status quo. As classes populares, que precisavam do ensino primário
para aprender a ler e escrever a língua portuguesa continuaram negligenciadas.
A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma-
base do ensino, entre outras medidas que visavam à modernização do sistema
educacional, a cargo dos jesuítas por mais de dois séculos. Tal reforma era reflexo do
Iluminismo, que trazia em seu bojo ideias de reorganização da sociedade por meio de
princípios racionais decorrentes do cartesianismo e do empirismo do século XVII. A
Língua Portuguesa passa, então, com a Reforma Pombalina, a fazer parte dos conteúdos
curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. (LUZFREITAS,
2004, s/p)
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa
passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava
as disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem
relevância (LUZ-FREITAS, 2004).
Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa
fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. Os professores eram
“estudiosos autodidatas da língua e de sua literatura, com sólida formação humanística,
que, a par de suas atividades profissionais (...) e do exercício de cargos públicos, que
quase sempre detinham, dedicavam-se também ao ensino” (SOARES, 2001, s/p).
O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em
que foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
Contudo, a mudança de denominação não significou que o objetivo do ensino de língua
havia mudado também: [...] de um lado essa persistência se explica por fatores externos
às próprias disciplinas: manteve-se essa tradição (da gramática, da retórica e da poética)
porque fundamentalmente continuaram a ser os mesmos aqueles a quem a escola servia:
os grupos sociais e economicamente privilegiados, únicos a ter acesso à escola,
pertencentes a contextos culturais letrados, chegavam às aulas de português já com um
razoável domínio do dialeto de prestígio (a chamada “norma padrão culta”), que a
escola usava e queria ver usado, e já com práticas sociais de leitura e escrita frequentes
em seu meio social. A função do ensino de português era, assim, fundamentalmente,
levar ao conhecimento talvez mesmo apenas o reconhecimento das normas e regras de
funcionamento desse dialeto de prestígio: ensino da gramática, isto é, ensino a respeito
da língua, e análise de textos literários, para estudos de retórica e poética. (SOARES,
2001, s/p)
Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da
língua nacional. Esse declínio teve início já no contexto do movimento romântico,
integrado, em sua maioria, por jovens burgueses que, entre outros princípios, defendiam
uma língua brasileira que garantisse a unidade nacional, estabelecida conforme ideais de
civilização e de ordem. Não se deve esquecer, porém, que o contexto romântico, no
Brasil, coincidiu com a Proclamação da Independência, e seus ideais eram os ideais
burgueses de consolidação do poder em uma nação recém-constituída.
A literatura veiculada na variedade brasileira da língua portuguesa foi
retomada, depois, pelos modernistas, os quais, em 1922, defendiam a necessidade de
romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro. O
modernismo, embora não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu
para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do Brasil. O ensino de Língua
Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando se
iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de expansão do ensino primário
público, o qual incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e, em 1971, a
eliminação dos chamados exames de admissão (FREDERICO E OSAKABE, 2004).
Como consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e
pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem
diferentes. [...] com a expansão quantitativa da rede escolar, passaram a frequentar a
escola em números significativos falantes de variedades do português muito distantes do
modelo tradicionalmente cultivado pela escola. Passou a haver um profundo choque
entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes: choque entre a língua da
maioria das crianças (e jovens) e o modelo artificial de língua cultuado pela educação da
linguística tradicional; choque entre a fala do professor e a norma escolar; entre a norma
escolar e a norma real; entre a fala do professor e a fala dos alunos. (FARACO, 1997, p.
57)
No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não
poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades
trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros
linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola.
Nesse contexto, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma
concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de
memorização, no qual “a visão de reforço é acentuada, pois a aprendizagem é entendida
como processada pela internalização inconsciente de hábitos (teoria
comportamentalista/behaviorista)” (PERFEITO, 2007, p. 827). A pedagogia da
formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao contexto autoritário que
cerceava a reflexão e a crítica no ambiente escolar, impondo uma formação a crítica e
passiva. A Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o
ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a
instituição de uma pedagogia tecnicista2 que, na disciplina de Língua Portuguesa,
pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a
língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do
aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Essa concepção baseou-se nos
estudos de Saussure, o qual se preocupou com a organização interna da língua ao elegê-
la como objeto de estudo. Os seguidores de Saussure denominaram essa organização de
estrutura.
Nessa visão de ensino, continua a valer a tese que privilegia, no aprendizado e
acesso ao uso competente da língua, o aluno oriundo das classes letradas. O viés
utilitário e pragmático do trabalho pedagógico afastava o aluno vindo das classes menos
favorecidas, da norma culta da língua portuguesa. A disciplina de Português passou a
denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas
quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas
séries), com base em estudos posteriores a Saussure, em especial nos estudos de
Jakobson, referentes à teoria da comunicação3. Na década de 70, além disso, outras
teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas:
• a Sóciolinguísticas, que se volta para as questões das variações linguísticas;
• a Análise do Discurso, que reflete sobre a relação sujeito-linguagem-história,
relaciona-se à ideologia;
• a Semântica, que se preocupa com a natureza, função e uso dos significados;
• a Linguística Textual, que apresenta como objeto o texto, considerando o
sujeito e a situação de interação, estuda os mecanismos de textualização.
Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia das
aulas de gramática no ensino. Porém, apesar das discussões acadêmicas, os livros
didáticos continuavam porta-vozes da concepção tradicional de linguagem, reforçando
metodologias que não possibilitavam a todos os estudantes o aprimoramento no uso da
Língua Materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho com a
literatura.
As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto
(compreendida como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida como
um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em
exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Com relação à literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do
trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do
texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua,
com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais
e cívicos. O objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos
respeitadores da ordem estabelecida.
Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com
abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto
poético, por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do
texto conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc.
Cabia ao professor a condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros
ouvintes. A historiografia literária, que ainda hoje resiste em algumas salas de aula,
direcionava e limitava as leituras dos alunos.
Em muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos,
desconsiderando o papel ativo do aluno no processo de leitura e, em outros, os textos
eram levados para sala como pretexto para se ensinar gramática. Essa abordagem da
literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da época: no vigor da
ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o
espírito crítico e criador dos alunos. A leitura literária era compreendida como
subversiva, pois levava o sujeito à reflexão e à compreensão de si mesmo e do mundo.
Ainda na década de 1970, houve uma tentativa de rompimento com essas
práticas. Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma
metodologia que se centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em
questionários sobre personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.
Com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento de
cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e pesquisadores,
possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as
discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação
social, política e econômica da sociedade brasileira. A consolidação da abertura política
resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia histórico-crítica, propiciando uma
rede de outras pesquisas, inserindo, no pedagógico dos anos 80, uma vertente
progressista. A pedagogia histórico crítica vê a educação como mediação da prática
social. “A prática social, põe- se, portanto, como ponto de partida e ponto de chegada da
prática educativa” (SAVIANI, 2007, p. 420).
Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos
linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas.
As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final
da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin4
passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram para
fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu
espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o
texto como unidade fundamental de análise. Deve-se aos teóricos do Círculo de
Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O
Círculo criticava a reflexão lingüística de caráter formal-sistemático por considerar tal
concepção incompatível com uma abordagem histórica e viva da língua, uma vez que “a
língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da
interação verbal social dos locutores” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.127).
O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderley Geraldi, em
1984, marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo
artigos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e
o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Nessa
coletânea, os autores citados dialogam com os professores, mobilizando-os para a
discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o
trabalho realizado nas salas de aula. Geraldi, em seu artigo, defende uma abordagem
com as unidades básicas de ensino de português (leitura, produção textual e análise
linguística), tendo como ponto de partida o texto.
Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do
Ensino de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o
ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no
repasse de conteúdos gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 02) e valorizavam o direito à
educação linguística. O Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um
trabalho de sala de aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino
tradicionalista: “optamos por um ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao
reconhecimento de algumas formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar,
ler e escrever” (PARANÁ, 1990, p. 56).
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também
fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção
interacionista5, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
Contudo, [...] as indicações dos PCNs podem ser coerentes e produtivas, e de fato o são
em vários aspectos, mas, encerrando o trabalho com o texto em modelos
preestabelecidos, afastam-se da proposta do dialogismo bakhtiniano diante do texto, dos
discursos, da vida, do conhecimento. (BRAIT, 2000, p. 24)
Essa restrição, de acordo com Brait (2000, p. 24) “impede um trabalho mais
aberto e histórico com os textos e seus leitores”. O trabalho com modelos
preestabelecidos enfatiza os aspectos formais do texto, deixando de considerar que todo
texto é um elo na cadeia da interação social, sempre é uma resposta ativa a outros textos
e pressupõe outras respostas. A abordagem apenas formal exclui o texto de seu contexto
social.
Referente aos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio (PCNEM), no que se
aplica especificamente à Literatura, Frederico e Osakabe (2004) observam que os
PCNEM “temendo parecer tradicionais e pretendendo-se modernos, alijam a
experiência literária para uma vala comum na qual se mesclam produções literárias e
não-literárias equiparando-as. Temendo afirmar, não propõem” (2004, p. 75). A
contundência dessa crítica se remete a uma experiência relatada nos PCNEM que delega
aos alunos a definição do que é literário ou não-literário em um conjunto de textos,
como se os alunos já tivessem conhecimento suficiente para elaborarem esse critério. Os
autores defendem que a escola precisa trabalhar o texto literário na peculiaridade da sua
elaboração linguística e das suas significações. Nesse sentido,
A experimentação literária torna-se assim uma exigência ética da escola. É um
momento do exercício de percepção e de incorporação de um tipo de discurso ou
comportamento linguísticos que correspondem ao exercício pleno da liberdade criadora.
Por seu acesso, o aluno conseguirá perceber e exercitar as possibilidades mais remotas e
imprevistas a que a sua Língua pode remeter. (FREDERICO; OSAKABE, 2004, p. 79)
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de
analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos
apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e,
mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua
Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às
práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento
direto dos professores na construção de alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à
língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e
produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central
do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se
abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o
trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao
ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes
necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os
multiletramentos6, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das
aptidões linguísticas dos estudantes.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas
sociais7 que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas
diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à
margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma
sociedade letrada. Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a
escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e
políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem
inseridos.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Discurso como prática social
Sugestões de Gêneros Textuais:
6º ano
Adivinhas
• Anedotas
• Cantigas de roda
• Cartão
• Convites
• Aviso
• Biografias
• Autobiografia
• Contos de fadas
• Tirinhas
• Lendas
• Cartazes
• Músicas
• Piadas
• Quadrinhas
• Receitas
• Trava-línguas
• Poemas
• Cartum
• Tiras
• Classificados
• Regras de Jogo
• Rótulos / embalagens
• Fábulas
• História em Quadrinho
• Narrativas de Enigmas
Práticas Discursivas
Escrita, leitura e oralidade – Análise Linguística
Tema do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Elementos extralinguísticos; entonação, pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafo;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos,
função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
7º ano – Gêneros textuais
• Narrativa de aventura/fantásticas/míticas
• Narrativas de humor
• Crônica de ficção
• Fábulas
• Músicas/Letras de Música
• Paródias
• Lendas
• Diário
• Exposição oral
• Debate
• Causos
• Comunicado
• Provérbios
• Notícia
• Reportagem
• Horóscopo
• Manchete
• Classificados
• Fotos
• Placas
• Pinturas
• Propagandas/slogan
• Histórias em quadrinhos
• Bulas
Escrita, leitura e oralidade – Análise Linguística
Tema do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Finalidade do Texto;
Argumentos do texto;
Intertextualidade;
Ambiguidade;
Informações explícitas e implícitas;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Contexto de produção;
Informatividade;
Divisão do texto em parágrafo;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica/ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição, gírias, recursos e semânticos,
função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos( como aspas,
travessão, negrito) figuras de linguagem.
Semântica.
8º ano – Gêneros textuais
- Contos Populares
- Contos
- Memórias
- Resumo
- Debate
- Palestras
- Pesquisa
- Relatório
- Exposição oral
- Mesa redonda
- Abaixo-assinado
- Entrevista (oral e escrita)
- Seminário
- Carta ao leitor
- Depoimento
- Artigo de opinião
- Cartum
- Charge
- Classificados
- Anúncios
- Crônica jornalística
- Diálogo/discussão argumentativa
- Cartazes
- Comercial para TV
- Filmes
- Resenha Critica
- Sinopses de filmes
- Vídeo Clip
- Blog
- Chat
- Fotoblog
Escrita, leitura e oralidade – Análise Linguística
h) Conteúdo temático
i) Papel do locutor e interlocutor;
j) Finalidade do texto;
k) Argumentos do texto;
l) Intertextualidade;
m) Vozes sociais presentes no texto;
n) Ambiguidade;
o) Informações explícitas e implícitas;
p) Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;
q) Discurso direto e indireto;
r) Elementos composicionais do gênero;
s) Relações de causa e consequência entres as partes e elementos do texto;
t) Léxico;
u) Adequação do discurso ao gênero;
v) Turnos de fala;
w) Variações linguísticas;
x) Contexto de produção;
y) Informatividade;
z) Divisão do texto em parágrafos;
aa) Processo de formação de palavras;
bb)Acentuação gráfica/ortografia;
cc) Concordância verbal/nominal;
dd)Marcas linguísticas:coesão, coerência, repetição, gírias, recursos
semânticos,função das classes gramaticais, pontuação, recursos
gráficos(como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ee) Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto.
ff) Semântica.
e) Operadores argumentativos;
f) ambiguidade;
g) sentido figurado;
h) significado das palavras
i) expressões que denotam ironia e humor no texto.
9º ano Gêneros textuais
• Crônicas de ficção
• Literatura de cordel
• Memórias
• Pinturas
• Romances
• Poesias
• Músicas
• Resumo
• Paródias
• Relatório
• Cartazes
• Resenha
• Seminário
• Texto de opinião
• Diálogo/discussão argumentativa
• carta ao leitor
• Editorial
• Entrevista
• Notícia/reportagem
• Carta de reclamação
• Carta de solicitação
• Depoimentos
• Ofício
• Procuração
• Leis
• Requerimento
• Telejornal
• Telenovela
• Teatro
Escrita, leitura e oralidade – Análise Linguística
• Conteúdo temático
• Papel do locutor e interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentos do texto;
• Conteúdo de produção;
• Intertextualidade;
• Discurso ideológico no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos e outros;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódias entre outras)
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto em parágrafo;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica/ortografia;
• Concordância verbal/nominal;
• Sintaxe de regência;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição, recursos,
semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos
( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
• Semântica
operadores argumentativos;
modalizadores;
polissemia
• Adequação da fala ao contexto ( uso de gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de
interação (política, social, econômica) entre os homens. Tendo como base teórica as
reflexões do Circulo de Bakhtin a respeito da linguagem, defende-se que: A verdadeira
substancia da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas lingüísticas
nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua
produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da
enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade verbal da
língua. (BAKHTIN/VOLOCHONOV, 1999, p. 123). É no processo de interação social
que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKHTIN/VOLOCHONOV,
1999, p. 109). Isso significa dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser
usada, eles “penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando
mergulham nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula
Bakhtin/Volochinov (1999, p. 108). Ensinar a língua materna, a partir dessa concepção,
requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido,
bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus significados são
sociais e historicamente construídos. A palavra significa na relação com o outro, em seu
contexto de produção (...) Toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto
pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém. Ela
constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve
de expressão a um em relação ao outro (...). A palavra é território comum do locutor e
do interlocutor. (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 113). Enunciado: de acordo com
Bakhtin (1992), é através dos enunciados que o emprego da língua se efetua, sejam eles
orais e/ou escritos. As palavras estão carregadas de conteúdo ideológico, elas “são
tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as
relações sociais em todos os domínios” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 41).
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa
aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam
compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses
discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena em que
diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões. A esse respeito,
Bakhtin/Volochinov (1999, p.66) defende: “(...) cada palavra se apresenta como uma
arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam com os valores sociais de orientação
contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua expressão, como produto de
relação viva das forças sociais.”
Promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e
da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de
poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em
direção a outras significações que permitam os mesmos estudantes, a sua emancipação e
a autonomia em Português. Relação ao pensamento e às praticas de linguagem
imprescindíveis ao convívio social, possibilitando que o aluno modifique, aprimore,
reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Isso significa a compreensão
critica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na língua: o rotulo de erro atribuído
às variantes que diferem da norma padrão: a excessiva formatação em detrimento da
originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos, dependendo do local de onde
são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade dado aos discursos que
emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico. Entender criticamente
essas cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do poder configurado
pelas diferentes práticas discursivo-sociais que se concretizam em todas as instancias
das relações humanas. Além disso, o aprimoramento lingüístico possibilitará ao aluno a
leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o
pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta,
no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e
singularidade discursiva.
A ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção
oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse
modo, sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais: Apresentação
do conteúdo programático por meio de aulas expositivas, com incentivo nas discussões
e na busca de soluções para problemas práticos e teóricos propostos em sala de aula.
Indicação de leituras gerais e específicas, bem como, promoção de trabalhos e
seminários sobre temas concernentes ao programa.
Práticas discursivas: Oralidade, Escrita e Leitura
No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior
o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de
entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica
referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades
planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a
reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse modo, sugere-se um
trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.
Tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita fosse a língua, ou como
se todos os que nela ingressam falassem da mesma forma. No ambiente escolar, a
racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a oralidade, em alguns contextos
educacionais, não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite muitas possibilidades
de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e na produção de
discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do processo interativo.
Oralidade
Se a escola, constitucionalmente, é democrática e garante a socialização do
conhecimento, deve, então, acolher alunos independentemente de origem quanto à
variação linguística de que dispõem para sua expressão e compreensão do mundo.
A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de
partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover situações que os
incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em
suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem, científica
e legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas
diferentes instâncias discursivas. Devemos lembrar que a criança, quando chega à
escola, já domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das
cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos
falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias.
Ao apresentar a hegemonia da norma culta, a escola muitas vezes desconsidera
os fatores que geram a imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa
etária e situação socioeconômica, escolaridade, etc. (Posenti,1996). O professor precisa
ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem
diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas. A Sociolinguística não
classifica as diferentes variações linguísticas como boas ou ruins, melhores ou piores,
primitivas ou elaboradas, pois constituem sistemas linguísticos eficazes, falares que
atendem a diferentes propósitos comunicativos, dadas as práticas sociais e os hábitos
culturais das comunidades.
Escrita
Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece
determinam o texto. Antunes (2003) salienta a importância de o professor desenvolver
uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um
destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo visto que
“a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente
específicas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p. 47). Além disso, cada gênero discursivo
tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam conforme se
produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico. Essas e
outras composições precisam circular na sala de aula em ações de uso, e não a partir de
conceitos e definições de diferentes modelos de textos.
O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros,
por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. O que se
sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de subjetividades, podendo
ter um papel de resistência aos valores prescritos socialmente. A possibilidade da
criação, no exercício desta prática, permite ao educando ampliar o próprio conceito de
gênero discursivo.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria
do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz
de si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p. 289) afirma que “todo enunciado é um
elo na cadeia da comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele
campo do objeto de sentido.” A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione,
tenha voz em seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.
Leitura
Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve
demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de
determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus
conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias
vozes que o constituem.
A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que
ela possui, “[...] depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma
potencialidade significativa, mas necessita da mobilização do universo de conhecimento
do outro - o leitor - para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p. 54-55). Esse processo
implica uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico, acontece num tempo e num
espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de
singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos
significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida. Para
Silva (2005, p. 24), [...] a prática de leitura é uma princípio de cidadania, ou seja, o
leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas
obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas
de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz.
Praticar a leitura em diferentes contextos requer que se compreendam as
esferas discursivas em que os textos são produzidos e circulam, bem como se
reconheçam as intenções e os interlocutores do discurso. É nessa dimensão dialógica,
discursiva que a leitura deve ser experienciada, desde a alfabetização. O
reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso, tomadas nas
teorizações de Bakhtin, ajudam na construção de sentido de um texto e na compreensão
das relações de poder a ele inerentes.
Literatura
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social.
O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas,
portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações
dialógicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o contexto de
produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros.
Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que transforma/humaniza o homem e
a sociedade. O autor atribui à literatura três funções: a psicológica, a formadora e a
social.
A primeira, função psicológica permite ao homem a fuga da realidade,
mergulhando num mundo de fantasias, o que lhe possibilita momentos de reflexão,
identificação e catarse. Na segunda, Candido (1972) afirma que a literatura por si só faz
parte da formação do sujeito, atuando como instrumento de educação, ao retratar
realidades não reveladas pela ideologia dominante. A função social, por sua vez, é a
forma como a literatura retrata os diversos segmentos da sociedade, é a representação
social e humana. Candido cita o regionalismo para exemplificar essa função. Eagleton
(1983) comenta sobre a dificuldade em definir literatura, uma vez que depende da
maneira como cada um atribui o significado a uma obra literária, tendo em vista que
esta se concretiza na recepção. Segundo esse teórico (1983, p.105), “Sem essa constante
participação ativa do leitor, não haveria obra literária”.
A partir desse conceito, propõe-se, nestas Diretrizes, que o ensino da literatura
seja pensado a partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do
Efeito, visto que essas teorias buscam formar um leitor capaz de sentir e de expressar o
que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de
subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação
que está presente na prática de leitura. A escola, portanto, deve trabalhar a literatura em
sua dimensão estética. Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a
representação de mundo do autor que se confronta com a representação de mundo do
leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura. Aquele que lê amplia seu
universo, mas amplia também o universo da obra a partir da sua experiência cultural.
O leitor nem sempre teve seu papel respeitado na leitura. Hans Robert Jauss, na
década de 1960, questionou os estudos relativos à história da literatura – apenas
historiográfica – e a função do leitor no momento da recepção. Teceu, ainda, uma crítica
aos métodos de ensino da época, que consideravam apenas o texto e o autor numa
perspectiva formalista e estruturalista.
Esses questionamentos contribuíram para que Jauss (1994) elaborasse a teoria
conhecida como Estética da Recepção. Nela, o autor apresenta sete teses com a
finalidade de propor uma metodologia para (re)escrever a história da literatura: Na
primeira tese, aborda a relação entre leitor e texto, afirmando que o leitor dialoga com a
obra atualizando-a no ato da leitura. A segunda tese destaca o saber A literatura pode
formar; mas não segundo a pedagogia oficial. [...] Longe de ser um apêndice da
instrução moral e cívica, [...], ela age com o impacto indiscriminado da própria vida e
educa como ela. [...] Dado que a literatura ensina na medida em que com toda a sua
gama, é artificial querer que ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta. E
a sociedade não pode senão escolher o que em cada momento lhe parece adaptado aos
seus fins, pois mesmo as obras consideradas indispensáveis para a formação do moço
trazem frequentemente àquilo que as convenções desejariam banir. [...] É um dos meios
porque o jovem entra em contato com realidades que se tenciona escamotear-lhe. [...]
Ela não corrompe nem edifica, portanto; mas, trazendo livremente em si o que
chamamos o bem o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo, porque faz
viver. (CANDIDO, 1972, p. 805-806) prévio do leitor, o qual reage de forma individual
diante da leitura, influenciado, porém, por um contexto social.
A terceira enfatiza o horizonte de expectativas, o autor apresenta a ideia de que
é possível medir o caráter artístico de uma obra literária tendo como referência o modo
e o grau como foi recebida pelo público nas diferentes épocas em que foi lida (distância
estética)12. A quarta tese aponta a relação dialógica do texto, uma vez que, para o leitor,
a obra constitui-se respostas para os seus questionamentos. Na quinta, Jauss discute o
enfoque diacrônico, que reflete sobre o contexto em que a obra foi produzida e a
maneira como ela foi recebida e (re)produzida em diferentes momentos históricos.
Trata-se do processo histórico de recepção e produção estética. A sexta tese refere-se ao
corte sincrônico, no qual o caráter histórico da obra literária é visto no viés atual. Jauss
defende que a historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho
conjunto do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.
Na última tese, o caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência
estética com a atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio de sua
emancipação, desempenhar um papel atuante no contexto social. Contemporâneo a
Jauss e compartilhando de sua teoria, Wolfgang Iser apresenta a Teoria do Efeito, a qual
reflete sobre o resultado estético da obra literária no leitor durante a recepção. Ao
desenvolver esse estudo, Iser trabalha com os conceitos de “leitor implícito”; “estruturas
de apelo” e “vazios do texto”. Para Iser (1996, p. 73) “[...] a concepção de leitor
implícito designa [...] uma estrutura do texto que antecipa a presença do receptor”.
Sendo assim, no ato da escrita ocorre uma previsão, por parte do autor, de quem será o
seu interlocutor, aquele que dará vida/sentido ao seu texto. Trata-se de um leitor ideal,
que nem sempre será o real.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção
que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é
carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o para
uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos
conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças,
os valores, etc., que o leitor carrega consigo. Feitas essas considerações, é importante
pensar em que sentido a Estética da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como
suporte teórico para construir uma reflexão válida no que concerne à literatura, levando
em conta o papel do leitor e a sua formação.
3.1. Leis Vigentes no país:
• Lei 11645/08 – Contempla a História e Cultura dos Povos Indígenas;
• Lei 10639/03 – Contempla a História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana;
• Lei 9795/99 - Contempla a Política Nacional de Educação Ambiental;
• Temáticas Sociais – Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao uso de Drogas.
4. AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do
aluno ao longo do ano letivo. Em uma concepção tradicional, a avaliação da
aprendizagem é vivenciada como o processo de toma-lá-dá-cá. Ou seja, o aluno precisa
devolver ao professor o que dele recebeu e, de preferência, exatamente como recebeu.
No entanto, a Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), destaca a chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item
a: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais”), vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e
como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao
somativo ou classificatório. Realizada geralmente ao final de um programa ou de um
determinado período, a avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer
um conceito. Não se quer dizer com isso que ela deva ser excluída do sistema escolar,
mas que as duas formas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para
diferentes finalidades. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o
professor deve usar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo
com cada conteúdo e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferente e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao
professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de
estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa
perspectiva, estas Diretrizes recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal
de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala
são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o
professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza
que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que
apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como
avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos,
programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o
resultado esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em
textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o
argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os
conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a partir
do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual.
Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar
diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais
lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação
do horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões,
debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir
do texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são
as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo textuais, verificando: a adequação à
proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido,
a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização
dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto
dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é
pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação
entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário
substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática
pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser
avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá
avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a
percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,
comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-los
em outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento. O trabalho com a língua oral e
escrita supõe uma formação inicial e continuada que possibilite ao professor estabelecer
as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a
reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa
ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.
A avaliação será diagnóstica e contínua, observando todas as melhorias dos
alunos em suas mais diversas produções e práticas discursivas, seguindo a Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional, será disposto ao aluno 10,0 (dez vírgula zero)
pontos distribuídos da seguinte forma: 2,0 (dois vírgula zero) pontos para o Simulado;
4,0 (quatro vírgula zero) pontos para a Avaliação trimestral; e o restante de 4,0 (quatro
vírgula zero) pontos serão distribuídos a critério do professor, através de instrumentos
como: provas, trabalhos, debates, seminários, discussões, simulados, jogos e atividades
orais e escritas dentre outras, proporcionando aos alunos, os quais não tenham atingido
os objetivos propostos, a oportunidade de recuperação de estudos, conforme
estabelecido no PPP da escola e no PTD do professor.
Ao final de cada trimestre será aplicada a todos os alunos uma avaliação de
recuperação no valor de 10,0 (dez vírgula zero) pontos.
5. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Projeto Político Pedagógico disponível
em www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br.
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER. Regimento Escolar disponível em
www.apuvaledosaber.seed.pr.gov.br.
CAMARA, Jr. Joaquim Mattoso, Manual de Expressão Oral e Escrita, Petrópolis,
Vozes, sd.
CUNHA, Celso, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 1986.
DCE – Língua Portuguesa, Governo do Paraná, Secretaria de Estado da Educação
do Paraná, Departamento de educação Básica, 2008.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Novo Dicionário da Língua Portuguesa,
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986.
GARCIA, Othon, Comunicação em Prosa Moderna, Rio de Janeiro, FGV, 1986.
BARTHES, Roland. O Prazer do Texto. São Paulo: Perpesctiva,1996.
DAMIÃO, Regina Toledo, Curso de Português Jurídico, 8 ed., São Paulo, Atlas,
2000.
KOCH, I.V. Argumentação e Linguagem, São Paulo, Ed. Cortez, 1984.
POSSENTI, Sirius, Por que (não) Ensinar Gramática na Escola , São Paulo,
Ed.Cortez, 1994.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUND. E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000
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APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
PROFESSORAS:
Deise Cristina Brito
Marlene Garcia Alves
APUCARANA
2012
1. CONCEPÇÃO DE MATEMÁTICA
Matemática é uma ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e
social. “Um bem cultural construído nas relações do homem com o mundo em que vive
no interior das relações sociais”. ( Paraná,1992, p.65)
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros
conhecimentos que vieram compor a matemática conhecida hoje. Há menções na
historia da matemática de que os babilônios, por volta de 200 a.C., acumulavam
registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. A matemática se
configurou como disciplina básica na formação de pessoas a partir do século I a. c.
Contudo entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o
surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Embora a ênfase fosse
dada ao estudo do latim, surgiram as primeiras idéias que privilegiavam o aspecto
empírico da Matemática.
As descobertas matemática desse período contribuíram para uma fase de
grande progresso cientifico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso
produtivo de maquinas e equipamentos, tais como: armas de fogo, imprensa,moinhos de
vento, relógio e embarcações.Em meados do século XIX o ensino da matemática foi
discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas
que contribuíram para legitimar a matemática como disciplina escola e para vincular seu
ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas
dos últimos séculos. Com o desenvolvimento histórico a matemática deixou de ser vista
como um conjunto de conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou
a ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. Assim a relação do
professor-estudante, nesta concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de
conhecimentos entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas
significativos no seu contexto cultural.
Tem se como objetivo desenvolver a capacidade de identificar, formular, ler
e resolver situações problemas. Garantir a compreensão de diferentes formas de
raciocínio e habilidades, estabelecendo elos de significação entre idéias matemáticas e a
vida cotidiana do educando,estimular a curiosidade e a criatividade do aluno para que
ele explore novas idéias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos
adquiridos e na resolução de problemas.
Devemos então possibilitar ao aluno o reconhecimento da inter-relação entre
vários campos da matemática e desta com outras áreas. Assim desenvolver no aluno o
pensamento, a elaboração de hipóteses, a descoberta de soluções e a formação de
conclusões. Por meio do ensino de matemática possibilita aos alunos a analise,
discussões, conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de idéias. Logo
aprende-se matemática não só pela beleza ou pela consistência de suas teorias, mas,
para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua
para o desenvolvimento da sociedade.
Os objetivos específicos são formados em termos de ação em que o aluno
deverá ser capaz de exercer no final de todas as ações como: identificar, nomear,
calcular, desenhar, resolver e etc.Contudo o objeto de estudo desse conhecimento ainda
esta em construção, porem, esta centrado na pratica pedagógica e engloba as relações
entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemática.(FIORENTINI &
LORENZO,2001) Envolve o estudo de processos que investigam como o estudante
compreende e se apropria da própria matemática “concebida como um conjunto de
resultados métodos, procedimentos, algoritmo etc.”(MIGUEL & MIOTIM, 2004, p. 70)
“(...) o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de
apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo se articulam”(Machado,1993,
p.28)
No Ensino Fundamental, por exemplo, ao trabalhar os conteúdos de
geometria plana, vinculado ao Conteúdo Estruturante Geometrias, o professor pode
buscar em números e álgebra, mais precisamente no conteúdo especifico
equações,elementos para abordá-los.
De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo
especifico proporcionalidade, pode-se articulá-lo a outro conteúdo especifico, geometria
plana e introduzir a idéia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e
redução de figuras geométricas
A escola embora não seja a única instancia de conhecimento cientifico
é por excelência, a instituição incumbida disso.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada por meio de
situações que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum
conhecimento sobre o assunto e a partir desse saber, que a escola promoverá a difusão
do conhecimento matemático já organizado.
Em função desta situação propomos um trabalho mais voltado para o real
do que para o abstrato dando ênfase à correlação disciplinar resgatando para o cotidiano.
2. Conteúdos Estruturantes/ Básicos da Disciplina
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA: Os Conteúdos
Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados de forma articulada, que
possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à
disciplina de Matemática. As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes
Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de
aporte teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa
perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em
séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes
das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, ampliando-os e
generalizando-os. É importante a utilização de
recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
SÉRIE/
NAMATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE/
ANO
CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁ-SICOS
AVALIAÇÃO
5ª SÉRIE/ 6o ANO NÚMEROS E ÁLGE-BRA
• Sistemas de nume-ração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e diviso-res;
• Potenciação e radi-ciação;
• Números fracioná-rios;
• Números decimais.
• Conheça os dife-rentes sistemas de numeração;
• Identifique o con-junto dos naturais, comparando e reco-nhecendo seus ele-mentos;
• Realize operações com números natura-is;
• Expresse matemati-camente, oral ou por escrito, situações-problema que envo-lvam (as) operações com números natura-is;
• Estabeleça relação de igualdade e trans-formação entre: fra-ção e número deci-mal; fração e número misto;
• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números natura-is;
• Reconheça as po-tências como multipli-cação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa;
• Relacione as potên-cias e as raízes qua-dradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.
GRANDE-ZAS E ME-
DIDAS
• Medidas de com-primento;
• Medidas de mas-sa;
• Medidas de área;
• Medidas de volu-me;
• Identifique o me-tro como unidade-padrão de medida de comprimento;
• Reconheça e com-preenda os diversos sistemas de medi-das;
• Opere com múlti-
• Medidas de tem-po;
• Medidas de ângu-los;
• Sistema monetá-rio.
plos e submúltiplos do quilograma;
• Calcule o períme-tro usando unidades de medida padroni-zadas;
• Compreenda e uti-lize o metro cúbico como padrão de me-dida de volume;
• Realize transfor-mações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúl-tiplos;
• Reconheça e clas-sifique ângulos (re-tos, agudos e obtu-sos);
• Relacione a evolu-ção do Sistema Mo-netário Brasileiro com os demais sis-temas mundiais;
• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfí-cie padronizada;
GEOME-TRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espa-cial.
• Reconheça e re-presente ponto, reta, plano, semi-re-ta e segmento de reta;
• Conceitue e classi-fique polígonos;
• Identifique corpos redondos;
• Identifique e rela-cione os elementos geométricos que en-volvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas;
• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
• Reconheça os sóli-dos geométricos em sua forma planifica-da e seus elemen-tos.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná
SÉRIE/ ANO CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSI-COS
AVALIAÇÃO
TRATAMENTO DA INFORMA-ÇÃO
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
• Interprete e identifique os di-ferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;
• Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracioná-ria.
6ª SÉRIE/ 7o ANO NÚMEROS E ÁLGE-BRA
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequa-ção do 1º grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três sim-ples.
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
• Realize operações com números inteiros;
• Reconheça números racionais em dife-rentes contextos;
• Realize operações com números racio-nais;
• Compreenda o prin-cípio de equivalência da igualdade e desi-gualdade;
• Compreenda o con-ceito de incógnita;
• Utilize e interprete a
linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;
• Compreenda a razão como uma compara-ção entre duas gran-dezas numa ordem de-terminada e a propor-ção como uma igual-dade entre duas ra-zões;
• Reconheça suces-sões de grandezas di-reta e inversamente proporcionais;
• Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de tempe-ratura;
• Medidas de ângu-los.
• Compreenda as medidas de tempera-tura em diferentes contextos;
• Compreenda o con-ceito de ângulo;
• Classifique ângulos e faça uso do trans-feridor e esquadros para medi-los;
GEOME-TRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espa-cial;
• Geometrias não-eu-clidianas.
• Classifique e cons-trua, a partir de figu-ras planas, sólidos geométricos;
• Compreenda no-ções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhan-ça, conexidade, cur-vas e conjuntos abertos e fechados.
TRATAMEN-TO DA IN-
FORMAÇÃO
• Pesquisa Estatísti-ca;
• Média Aritmética;
• Analise e interpre-te informações de pesquisas estatísti-cas;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
• Leia, interprete, construa e analise gráficos;
• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísti-cos;
• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
7ª SÉRIE/ 8o ANO NÚMEROS E ÁLGE-BRA
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equa-ções do 1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinô-mios;
• Produtos Notáveis.
• Extraia a raiz qua-drada exata e aproxi-mada de números ra-cionais;
• Reconheça números irracionais em dife-rentes contextos;
• Realize operações com números irracio-nais;
• Compreenda, identi-fique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial;
• Compreenda o obje-tivo da notação cientí-fica e sua aplicação;
• Opere com sistema de equações do 1º grau;
• Identifique monô-mios e polinômios e efetue suas operações;
• Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver proble-mas que envolvam ex-pressões algébricas.
Matemática
SÉRIE/ ANO CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSI-COS
AVALIAÇÃO
7ª SÉRIE/ 8o ANO GRANDEZAS E MEDI-DAS
• Medidas de compri-mento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
• Calcule o compri-mento da circunferên-cia;
• Calcule o compri-mento e área de polí-gonos e círculo;
• Identifique ângulos formados entre retas paralelas intercepta-das por transversal.
• Realize cálculo de área e volume de poli-edros.
GEOME-TRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espa-cial;
• Geometria Analíti-ca;
• Geometrias não-euclidianas.
• Reconheça triân-gulos semelhantes;
• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regula-res;
• Desenvolva a no-ção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano;
• Compreenda o Sis-tema de Coordena-das Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e anali-se seus elementos sob diversos contex-tos;
• Conheça os fra-ctais através da vi-sualização e mani-pulação de mate-riais e discuta suas propriedades.
TRATAMEN-TO DA IN-
FORMAÇÃO
• Gráfico e Informa-ção;
• População e amos-tra.
• Interprete e repre-sente dados em dife-rentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para le-vantamento de da-
dos.
8ª SÉRIE/ 9o ANO NÚMEROS E ÁL-GEBRA
• Números Reais;
• Propriedades dos ra-dicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágo-ras;
• Equações Irracio-nais;
• Equações Biquadra-das;
• Regra de Três Com-posta.
• Opere com expoen-tes fracionários;
• Identifique a potên-cia de expoente fra-cionário como um ra-dical e aplique as pro-priedades para a sua simplificação;
• Extraia uma raiz usando fatoração;
• Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhe-cendo seus elemen-tos;
• Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando dife-rentes processos;
• Interprete proble-mas em linguagem gráfica e algébrica;
• Identifique e resolva equações irracionais;
• Resolva equações bi-quadradas através das equações do 2º-grau;
• Utilize a regra de três composta em si-tuações-problema.
GRANDE-ZAS E ME-
DIDAS
• Relações Métricas no Triângulo Retân-gulo;
• Trigonometria no Triângulo Retângulo.
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
• Utilize o Teorema de Pitágoras na de-terminação das me-didas dos lados de um triângulo retân-
gulo;
FUNÇÕES • Noção intuitiva de Função Afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
• Expresse a depen-dência de uma variá-vel em relação à ou-tra;
• Reconheça uma função afim e sua re-presentação gráfica, inclusive sua declivi-dade em relação ao sinal da função;
• Relacione gráficos com tabelas que des-crevem uma função;
• Reconheça a fun-ção quadrática e sua representação gráfi-ca e associe a conca-vidade da parábola em relação ao sinal da função;
• Analise grafica-mente as funções afins;
• Analise grafica-mente as funções quadráticas.
4. AVALIAÇÃO
A escola embora não seja a única instancia de conhecimento cientifico
é por excelência, a instituição incumbida disso.
A construção de um conceito matemática deve ser iniciada por meio
de situações que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum
conhecimento sobre o assunto e a partir desse saber, que a escola promoverá a difusão
do conhecimento matemático já organizado.
Na avaliação deve ser adotada uma postura que considere os caminhos percorridos
pelos alunos, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e a
partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar a sua visão, o seu saber sobre o
conteúdo em estudo, levando a um maior rendimento.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
- comunica-se matematicamente, oral ou escrito;
-compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
-Elabora um plano que possibilite a solução de problemas;
-Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
-Realiza o retrospecto da resolução de um problema matemático;
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
- partir de situações-problemas internas ou externas à matemática;pesquisar acerca
de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
-elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
-Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
-Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
- socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
- argumentar a favor ou contra os resultados (Pavanello& Nogueira, 2006, p. 29)
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que
essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão
inseridos.
Durante a revisão dos conteúdos, antes de cada avaliação, serão colocadas
situações problemas e atividades que exigirão atenção e conhecimento do aluno. A
recuperação será constante.
Caso o aluno não consiga o desempenho necessário, ele deverá apresentar
um trabalho sobre os conteúdos dados para que recupere a nota da avaliação
diagnóstica.
Será considerada a nota que ele conseguir o melhor resultado.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares da Matemática para o Ensino Fundamental. Secretaria de
Estado da Educação-Superintendência da Educação. Curitiba, 2009.
ANDRINI, Álvoro; VASCONCELLOS, Maria José. Coleção “Praticando a
matemática” . São Paulo, ed. BRASIL, 2006.
NETTO, Scipione Di Pierrô. Matemática em atividades. São Paulo, Scpione,
2002.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo, ed. Ática, 2007.
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e realidade.
São Paulo. Ed. Atual, 2005.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUND. E MÉDIO
AV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000
e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
Proposta Pedagógica Curricular
QUÍMICA
Professora: Claudia Regiane Soato
APUCARANA
2012
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A química influência a nossa vida sendo, contudo, complexo para o aluno devido aos conceitos de que necessita e ao rápido crescimento do conjunto de conhecimento que envolve.
Como a aprendizagem, depende em boa parte, da formação ou compreensão de conceitos, é necessário cuidar de sua perfeição. Esta exige que conceitos sejam adequados, claros e distintos.
É importante nesse contexto, esclarecer o aluno que tudo a nossa volta é química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação (objeto de estudo da Química). Desta forma percebemos que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bem estar para a vida. A aprendizagem será promovida através da compreensão e prática dos conteúdos estruturantes (Química Sintética, Matéria e sua Natureza e Biogeoquímica) propostos pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, buscando assim sentido aos conceitos químicos.
A Química possui caráter experimental e interdisciplinar. Desse modo, o objetivo das diretrizes é subsidiar reflexões sobre o ensino de Química, bem como possibilitar novos direcionamentos e abordagens da prática docente no processo ensino-aprendizagem, para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
“A abordagem dos conteúdos no ensino de química será norteada pela construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em resultados de pesquisa sobre o ensino de ciências, tendo como alguns de seus representantes: Chassot (1995, 1998, 2003, 2004); Mortimer (2002, 2006); Maldaner (2003); Bernardelli (2004).
Secretaria de Estado da Educação do Paraná Departamento de Educação Básica.
A experimentação desempenha uma função importante na consolidação e compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a pratica no processo ensino-aprendizagem.
Cabe ao professor criar situações de aprendizagem, partindo do conhecimento prévio do aluno, de modo que o aluno desenvolva um olhar crítico sobre os problemas atuais e relacione os conhecimentos adquiridos com o cotidiano.
A Disciplina de Química, baseada nas DCES, visa à formação abrangente do educando, os temas trabalhados propiciam a reflexão crítica sobre cidadania, ética,
responsabilidade, solidariedade, pregando -se os conceitos de “matéria” e “interdisciplinaridade”.
Objeto de Estudo da Disciplina
- A matéria; - Transformações da matéria; - A energia envolvida nessas transformações. Objetivos Gerais da Disciplina
-Formar um aluno que ao se apropriar de conhecimentos científicos apresente a capacidade de refletir criticamente sobre o período histórico atual em analise de textos, documentários, internet, jornais e outros;
-Possibilitar ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento cientifico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente;
- Identificar produtos naturais utilizados no cotidiano; - Aprimorar os conceitos e zelar pelos materiais de laboratório; -Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o indivíduo seja agente de transformação;
- Levar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar; - Desenvolver habilidades de raciocínio lógico; – Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões sociais relativas à ciência e a tecnologia. Matéria – Espera - se que o aluno: – Entenda e questione a ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área de Química; – Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; – Problematize a construção dos conceitos químicos; – Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico; – Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria. Soluções – Espera - se que o aluno: – -Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc. Velocidade das reações
– Espera -se que o aluno: – Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores. – Equilíbrio químico – Espera -se que o aluno: – Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos, concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso. Ligação química – Espera -se que o aluno: – Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e sua eletrosfera e de outro a partir dos desdobramentos destes conteúdos básicos.
Reações químicas – Espera -se que o aluno: – Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico.
Radioatividade
– Espera -se que o aluno: – Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõem esse conteúdo básico.
Gases – Espera -se que o aluno: – Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de particular e as leis dos gases.
Funções químicas – Espera -se que o aluno: Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em relação à outra espécie com a qual estabelece interação.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
- Matéria e sua natureza; - Biogeoquímica; - Química sintética.
Conteúdos Básicos
- Matéria; - Solução; - Velocidades das reações; - Equilíbrio químico; - Ligação química; - Reações químicas; - Radioatividade; - Gases; - Funções químicas. Os conteúdos específicos relacionados abaixo estão inseridos nos conteúdos básicos: Matéria
- Estados de agregação; - Natureza elétrica da matéria; - Modelos atômicos (Rutherford, Thompson, Dalton, Bohr...) - Estudos de metais; - Tabela Periódica. Solução
- Substância: simples e composta; - Misturas; - Métodos de separação; - Solubilidade; - Concentração; - Forças inter moleculares; - Temperatura e pressão; - Densidade; - Dispersão e suspensão; – Tabela Periódica, Velocidade das reações
- Reações químicas; - Leis das reações químicas; - Representação das reações químicas; - Condições fundamentais para ocorrência que interferem na velocidade das reações; - Lei da velocidade das reações químicas;
- Tabela Periódica. Equilíbrio químico
- Reações químicas reversíveis;
- Concentração; - Relações matemáticas e o equilíbrio químico; - Deslocamento de equilíbrio; - Equilíbrio químico em meio aquoso; - Tabela Periódica. Ligação química
- Tabela Periódica; - Propriedade dos materiais; - Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais; - Solubilidade e as ligações químicas; - Interações entre moleculares e as propriedades das substâncias moleculares; - Ligações de hidrogênio; - Ligações metálicas; - Ligações sigma e PI; - Ligações polares e apolares; - Alotropia. Reações químicas
- Reações de oxi-redução; - Reações endotérmicas e exotérmicas; - Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; - Variação de entalpia; - Calorias; - Equações termoquímicas;
- Lei de Hess; - Entropia e energia livre; - Calorimetria; - Tabela Periódica. Radioatividade
- Modelos Atômicos Químicos (Radioativos); - Tabela Periódica; - Velocidade das reações; - Emissões radiativas; - Leis das reações químicas; - Cinética das reações químicas; - Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear); Gases
- Estados físicos da matéria; - Tabela periódica; -Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão X temperatura, pressão X volume e temperatura X volume);
- Modelo de partículas para os materiais gasosos; - Misturas gasosas; - Diferenças entre gás e vapor; - Leis dos Gases.
Funções químicas
- Funções orgânicas; - Funções inorgânicas; – Tabela Periódica.
METODOLOGIA
A Química será tratada com os alunos de modo a possibilitar entendimento do mundo e sua interação, proporcionando a compreensão e a apropriação do conhecimento químico a partir do conhecimento prévio que os alunos possuem, concepções espontâneas adquiridas no cotidiano sobre o conhecimento da Química pelos quais será elaborado um conhecimento científico.
O Ensino da Química deve ser contextualizado para que os alunos adquiram seus conceitos, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem. A resolução de problemas deve estar presente em todos os momentos, devendo se fazer uso, também, das demais tendências da Educação Química, como utilização da Tabela Periódica, o uso de mídias tecnológicas e a História da Química.
Desenvolver a habilidade para resolver problemas é necessário em todos os níveis de ensino e para isso não existe uma receita pronta. Cada professor, conhecendo seus alunos e, de acordo com suas experiências constrói a sua prática. É importante destacar não só a resposta correta, mas o aparecimento de diversas soluções, comparações, verbalizações, discussões e justificações do raciocínio.
São várias as mídias tecnológicas disponíveis. Entre elas, o computador, o vídeo, TV, pendrive, o uso de softwares, aplicativos da internet e a TV Paulo Freire. É através desses recursos que a disciplina de Química tentará aprimorar os conteúdos básicos da mesma, possibilitando a experimentação, a observação e a investigação, potencializando formas de resolução de problemas.
Os Desafios Educacionais, Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99-Portaria nº 413/02), Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção do uso Indevido de Drogas, Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08) História Cultura Afro Brasileira (Lei nº 10.639/03) Educação Sexual (Gênero e Diversidade Sexual) Música (Lei nº 11.769/08),História do Paraná.(Lei nº 13.181/01),Direito da Criança e do Adolescente(Lei nº 11525/07) serão contemplados no decorrer do ano letivo. Estes serão trabalhados de acordo com a necessidade, ou seja, na medida relevante em cada conteúdo.
Por exemplo: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Educação Sexual (incluindo Gênero e Diversidade Sexual) poderá ser aplicado no conteúdo das Funções Orgânicas e nas Funções Inorgânicas, Educação Ambiental.
Percebemos a importância, quanto ao envolvimento do conteúdo de Química em relação às questões ambientais, políticas econômicas, éticas, sociais e culturais, possibilitaremos
aos alunos leituras de textos e pesquisas, promovendo discussões e reflexões, condições para que eles desenvolvam uma postura crítica em relação ao mundo em que vivem.
AVALIAÇÃO
-A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre de forma recíproca, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e, não apenas de modo pontual. Portanto, está sujeito a alterações durante o processo da avaliação. - O professor deve usar instrumentos que contemplem cada conteúdo e o objetivo de ensino. – Os alunos serão avaliados através de provas, testes, leitura e interpretação de textos, pesquisas bibliográficas, interpretação de Tabela Periódica e relatórios das aulas práticas. O sistema de avaliação será semestral,por Blocos de Disciplinas divididos em três trimestres. Cada bimestre terá 10,0 pontos sendo 6,0 pontos para provas orais e escritas, individuais ou coletivas e 4,0 pontos para atividades pedagógicas diversas (trabalhos,pesquisas,atividades extra classe ,relatórios,etc.)
– A média para a aprovação ao final do trimestre por Blocos de Disciplinas de acordo com a legislação vigente é 6,0 pontos com no mínimo 75% de frequência. -As atividades avaliativas do dia-a-dia (tarefas,relatórios,testes,cadernos,trabalhos,lista de exercícios,experimentos,cartazes,desenhos,entre outros,terão valor 4,0 pontos em cada bimestre,sendo que esse valor poderá ser dividido em quantas atividades o professor desejar / planejar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN 9394/96 Deliberação 07/99 do CEE) assegurará a qualidade do processo educacional no coletivo da escola buscando assim, direcionar e redirecionar a ação do professor no processo da avaliação.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação dos trabalhos será concomitante, preventiva e imediata, ou seja, ela ocorrerá no decorrer do trimestre. Após cada trabalho,prova ou atividade realizada, de acordo com a necessidade, será feito à recuperação de conteúdos, por meio de atividades diferenciadas que levem o aluno a refletir e, em consequência, construir o conceito, ou conteúdo científico em questão.
Instrumentos de avaliação
- Anotações (registros das atividades elaboradas); - Exercícios de aprendizagem, desenvolvidas no decorrer das aulas; - Relatório das aulas práticas; - Pesquisas bibliográficas; - Provas escritas; - Apresentação oral de trabalhos e exercícios propostos.
Esses instrumentos serão adequados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
Critérios de avaliação
1– Matéria – constituição da matéria – estados de agregação – natureza elétrica da matéria – modelos atômicos – Tabela Periódica – ligações químicas – funções químicas:
- Perceber que a Química está presente no dia-a-dia; - Perceber que a energia sempre acompanha as transformações da matéria; -Perceber como as pesquisas cientificas se entrelaçam, tendo como consequências novos modelos e novas teorias;
- Entender os diferentes modelos atômicos; -Entender o histórico da evolução dos modelos atômicos e saber dar valor a cada um deles na constituição atômica;
- Reconhecer a importância dos elementos químicos no cotidiano; - Entender, diferenciar e caracterizar as ligações químicas; -Entender a necessidade em classificar substâncias com propriedades funcionais semelhantes e reuni -las em grupos ou famílias; -Compreender a importância e a nomenclatura das funções inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos); -Reconhecer ácidos e bases mediante alterações de cores de alguns indicadores químicos e determinação do ph;
- Reconhecer tipos de drogas. 2 – Soluções – termoquímica – cinética química – equilíbrio químico – eletroquímica – radioatividade:
- Compreender as formas pelas qual a Química influência no dia-a-dia; -Notar a importância no calculo das substâncias químicas que são utilizadas, ou produzidas nas reações, e definir esses cálculos; - Entender os conceitos químicos associando -os aos processos químicos inseridos no cotidiano; - Reconhecer novas fontes de energia; -Perceber que os estudos das quantidades de calor, liberados ou absorvidos durante as reações químicas, auxiliam na compreensão de fatos observados no dia-a-dia;
- Entender o conceito de velocidade de uma reação química;
-Compreender as condições necessárias para a ocorrência de uma reação química por meio dos conceitos de contato e afinidade química entre os reagentes;
- Entender o que é equilíbrio químico, por meio dos conceitos de velocidades diretas e inversas de uma reação química; - Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha dos que ocorre na eletrolise; -Compreender a corrosão como processo eletroquímico, entendendo a necessidade prática e a importância na proteção ou retardamento na corrosão de alguns materiais; -Conhecer os processos químicos relativos ao funcionamento das pilhas e baterias, relacionando -os ao descarte correto desses materiais e suas consequências ambientais;
- Conhecer, por meio de exemplos, os principais efeitos provocados pelas emissões radioativas; -Refletir sobre os avanços tecnológicos, ressaltando o compromisso com a vida e com o ambiente.
Química Orgânica
- Perceber a evolução da Química Orgânica por meio de sínteses e analises; - Compreender que o átomo de carbono tem características que o destacam dos demais elementos. -Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da observação de seu uso e suas aplicações;
- Nomear e formular um composto orgânico; - Identificar e definir as diversas funções orgânicas; - Conhecer as aplicações e obtenções das principais funções orgânicas; -Compreender os aspectos químicos das drogas e de sua interação com o organismo, envolvidas em questões psicológicas, sociais e econômicas; -Perceber e compreender que a estrutura e as características das moléculas influem diretamente nas propriedades físicas;
- Entender como e quando as reações químicas orgânicas ocorrem; - Definir e classificar os glicídios, lipídios, aminoácidos e proteínas na vida diária; - Definir e identificar um polímero; -Reconhecer que a utilização e a aplicação dos polímeros estão diretamente relacionadas com as propriedades deles;
- Perceber a importância dos polímeros na vida diária, identificar as principais reações orgânicas;
-Associar o estudo de polímeros e as sínteses orgânicas com a importância destes na indústria química.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Química / vários autores – Curitiba: SEED / PR – 2006 -FELTRE, Ricardo, 1928 -Química / Ricardo Feltre – 6ª edição. São Paulo: Moderna, 2004. Vol. I,II e III . -MATEUS, L, Alfredo. Químico na cabeça – 3ª reimpressão – Belo Horizonte – ed. -UFMG. -DCES -ROSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo. M. C. Grawhil, 1981. -SARDELA, A; MATEUS, E. Dicionário escola de química. 3ª ed. São Paulo. Ática, 1992. -Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná-2007.
-Diretrizes Curriculares Nacionais: Ensino Médio –Ministério da Educação,Secretaria da Educação Média e Tecnológica .Brasília MEC 2002. -Orientações Curriculares: Departamento de Ensino Médio Semana Pedagógica Química (Fevereiro 2006). -PEQUIS- Wildson Santos e Gerson Mól (coords.)Química Cidadã – Volumes I,II e III .
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUND. E MÉDIOAV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000
e-mail: [email protected]
APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
SOCIOLOGIA
Professora:
Silmara Elisabete Fidelis
APUCARANA 2012
Justificativa
O ensino de Sociologia está relacionado com o desenvolvimento de uma compreensão
dinâmica e complexa sobre a realidade social. Sua especificidade no ensino médio
refere-se à formação de um código de leitura do mundo capaz de despertar junto aos
alunos e alunas uma postura crítica e reflexiva sobre o funcionamento das coletividades
humanas, seus múltiplos contextos de vida e interação. Por isso, trata-se de uma
referência central para debater os principais problemas que interessam e afetam o
conjunto das sociedades atuais, contribuindo para a permanente busca por caminhos
solidários e responsáveis na efetivação das cidadanias. Tais caminhos, entretanto,
apenas serão alcançados no exercício autônomo da curiosidade, do estranhamento e da
desnaturalização frente às vivências e desigualdades sociais. Para tanto, faz-se
indispensável a mobilização de conteúdos inerentes ao pensamento social que permitam
ao educando (re)conhecer tanto os mecanismos de produção da ordem, quanto as
práticas e saberes que emergem do tecido social oferecendo alternativas aos processos
de dominação e exclusão vigentes nas sociedades contemporâneas.
A Sociologia como disciplina curricular no ensino médio tem como uma de suas
mais importantes propostas o desenvolvimento do que Wright Mills (1972) denomina
de “imaginação sociológica”. Por meio dela o indivíduo consegue estabelecer relações
entre sua biografia pessoal e o que acontece na sociedade de seu tempo, levando-o a
perceber de que modo a organização social influencia suas possibilidades de ação.
Assim, ao tomar consciência das relações existentes entre a forma como a sociedade se
organiza e os acontecimentos individuais cotidianos, abre-se espaço para que os
educandos possam interpretar, compreender e atuar em sociedade. Portanto, a proposta é
questionar o sentido e o significado de todas as relações sociais, percebendo a
constituição histórica, política e cultural da organização social e o caráter social do
conhecimento humano, seja ele científico ou não. A partir daí, busca-se explicitar e
explicar problemáticas sociais concretas, de maneira contextualizada para a
desconstrução de prenoções e preconceitos que acabam refletindo em práticas sociais. É
na busca de fornecer subsídios para compreensão e possível intervenção no real que a
disciplina de Sociologia tem trabalhado no ensino médio.
Fundamentos Teóricos Metodológicos
Compreender a especificidade do pensamento sociológico no ensino médio é
indispensável para revitalizar o papel da Sociologia na educação básica, assim como
para construir um espaço legítimo e diferenciado para o ensino desta disciplina escolar.
Tal tarefa perpassa o desenvolvimento de uma sensibilidade particular para
compreensão do mundo social que não é explorada por outras disciplinas, mas revela-se
necessária para o fortalecimento de uma sociedade consciente, democrática e
participativa. Este trabalho diz respeito a própria fundamentação teórica e metodológica
do ensino de Sociologia na medida em que está orientado para a formação de modos de
perceber, compreender e raciocinar que são disciplinados pela teoria social; ou como
diria Flávio Sarandy, que “possuem uma intencionalidade (...) e, portanto, são seletivos”
(2004).
Divididos em seis grandes campos temáticos (denominados Conteúdos
Estruturantes) as Diretrizes Curriculares de Sociologia buscam instrumentalizar
educadores e educandos para trilharem juntos alguns caminhos que levam à descoberta
de fenômenos e dimensões antes insuspeitas da vida social. Um movimento através do
qual a complexidade do social, em suas múltiplas e indeterminadas teias, releva-se
como produto da atuação das coletividades humanas – contribuindo para desvelar as
representações sociais estabelecidas e reconstruí-las na descoberta de novas práticas,
saberes e relações. Assim, os pressupostos que devem nortear nossa discussão sobre a
seriação por Blocos precisam enfrentar e superar os desafios historicamente instaurados
no ensino de Sociologia e relacionados com o caráter fragmentário com que esta
disciplina foi trabalhada na educação pública brasileira, desarmando visões
preconceituosas sobre o conhecimento e os fenômenos sociais para construir novos
modos de perceber e compreender as sociedades contemporâneas.
Nesse sentido, esta proposta visa seriar o ensino de sociologia por Conteúdos
Estruturantes. Tais conteúdos encerram discussões e apresentam conceitos que podem
ser tratados de modo articulado (com outros conteúdos) ou individualizado (para um
fim específico). Entretanto, é importante notar que os Conteúdos Estruturantes
(Instituições Sociais; Cultura e Indústria Cultural; Trabalho, Produção e Classes Sociais;
Poder, Política e Ideologia; e Direito, Cidadania e Movimentos Sociais) devem ser
organizados para facilitar e potencializar a formação da percepção sociológica,
auxiliando no desenvolvimento da curiosidade e da refletividade acerca da experiência
social.
Para dar conta deste intento, a temática “O Surgimento da Sociologia e Teorias
Sociológicas” objetiva um trabalho introdutório que está relacionado com o debate e
reflexão sobre a produção social do conhecimento, do modo como construímos nosso
olhar e interpretamos a realidade envolvente. Trata-se de um modo sistemático de
apresentar a emergência de uma preocupação com o social e das principais teorias que
configuram esta disciplina, auxiliando a treinar nosso olhar e prepará-lo para ver e
explicar o como e o porquê os fenômenos sociais ocorrem.
Os cinco Conteúdos Estruturantes (conforme a proposta para seriação em
anexo) e objetivam aprofundar o desenvolvimento dessa percepção sociológica a partir
do contato com diferentes perspectivas sobre as principais dimensões (sociais, culturais,
produtivas, políticas e participativas) das sociedades contemporâneas. Explorando temas
e teorias variadas, o professor deve buscar evitar a simplificação das questões sociais no
resgate de problemáticas e na visibilização de práticas e sujeitos fundamentais, embora
frequentemente negligenciadas, para a co-produção de uma sociedade mais livre e
emancipada das formas de opressão e exclusão. Tal heterogeneidade, que marca a
própria especificidade da Sociologia no ensino médio, corrobora para a descoberta da
pluralidade de projetos políticos e sociais que hoje configuram as sociedades ocidentais
e apenas podem ser compreendidos se lançarmos mão de um olhar complexo, múltiplo e
aberto ao risco, à incerteza e à indeterminação. A expectativa é que o encaminhamento
destes conteúdos não seja apenas adaptado, mas também sirva de inspiração a novas
práticas pedagógicas e enriqueça o estudo da Sociologia.
A disciplina de Sociologia busca, então, propiciar aos educandos a oportunidade
de reflexão, compreensão e atuação sobre a realidade social. Assim, partir de suas
realidades mais próximas pode ser bastante proveitoso no processo de desenvolvimento
da “imaginação sociológica”. Nesse sentido, o professor pode levar o educando a fazer
perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no
bairro, na escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de
História, etc. Assim, é possível despertar no aluno o sentimento de integração com a
realidade que lhe cerca, desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas
brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis soluções para problemas
diagnosticados.
Conteúdo Básico por série
1ª Série:
O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. O conteúdo: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas estará presente em todas as séries. Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes para discussão dos conteúdos do bloco, bem como, quais os conceitos mais importantes dos teóricos clássicos podem ser utilizados nas discussões propostas para do bloco. Aqui também é o momento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende trabalhar os conteúdos apresentados.O processo de socialização e as instituições sociais: Instituições familiares.Instituições escolares.Instituições religiosasInstituições de reinserção.
Trabalho, produção e classes sociais:O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedadeDesigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.Globalização e Neoliberalismo.Trabalho no Brasil.Relações de trabalho.
2ª Série
O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.Poder, politica e ideologia: Formação e Desenvolvimento do Estado moderno; sociológicas clássicas.conceitos de poder,conceitos de ideologia, conceitos de dominação e legitimidade Estado no Brasil. Desenvolvimento da sociologia no Brasil. Democracia, autoritarismo, totalitarismo.As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, cidadania e movimentos sociais:Conceitos de cidadania.Direitos civis, políticos e sociais.Direitos humanos.Movimentos sociais. Movimentos sociais no Brasil. Questões ambientais e movimentos ambientalistas.Questão das ONGs.
Seriação
1º ano
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.
Conteúdos específicos: Discussão do processo de modernidade – renascimento, reforma protestante, iluminismo, revoluções burguesas. Encaminhamento: Aqui o importante é buscar articular momentos históricos com o desenvolvimento do pensamento social. Quais são as mudanças significativas na forma de pensar, entender e explicar o mundo a partir destes momentos e como isto reflete na organização das relações sociais e mesmo na produção teórica do pensamento social.
Teorias sociológicas (clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.
Conteúdos específicos: Teoria de Comte – explicação dos problemas sociais – teoria dos 3 estágios, características do pensamento científico, a ciência da sociedade – características e problemáticas, o papel das instituições. Teoria de Durkheim - relação indivíduo x sociedade, definição do objeto e método, conceitos mais importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série. Teoria de Max Weber – relação indivíduo x sociedade, definição de método e objeto, relação entre o conhecimento sociológico e o conhecimento histórico, conceitos mais importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série. Teoria de Karl Marx – compreensão do papel da história para Marx, explicação do processo de desenvolvimento do capitalismo, proposta para solução dos problemas sociais que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série.Encaminhamentos: Aqui o interessante é articular as questões apresentadas no contexto histórico e como estes autores propõem solucioná-las por meio de suas teorias. Apontar como a forma de organização do pensamento científico, que hoje tomamos como natural, está sendo reforçada pela orientação positivista dada pela teoria comtiana e, quais elementos de diálogo entre a teoria de Comte e Durkheim. Em Durkheim, ao trabalhar com seus conceitos, é preciso tornar claro com quem o autor está dialogando, quais questões ele busca responder, qual sua forma de entender a sociedade e portanto, quais caminhos ele aponta para sua transformação. Articular as questões apresentadas no contexto histórico e como estes autores propõe discuti-las e/ou solucioná-las por meio de suas teorias. Em Max Weber, ao trabalhar os conceitos, é preciso tornar claro com quem o autor está dialogando, quais questões ele busca responder, qual sua forma de entender a sociedade e portanto, quais caminhos ele aponta para sua transformação. O mesmo vale para Marx. Cabe ao professor ressaltar que, Marx, ao contrário dos outros dois autores, não está preocupado em construir e legitimar uma nova ciência, mas em explicar o capitalismo, apontando sua superação.
Pensamento social brasileiro
Conteúdos específicos: entre os diversos autores apontados abaixo, cabe a escolha de alguns autores (considerados importantes pelo o professor) e o trabalho com os conceitos e teorias explicativas desenvolvidas por estes autores buscando apontar com quem eles dialogam, qual a relevância desta obra no cenário nacional, como eles pensam a sociedade, que propostas apresentam para solução das problemáticas apontadas (quando isto estiver presente na obra). Alguns autores sugeridos : Gilberto Freyre, Oliveira Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antônio Candido, Octavio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique Cardoso, dentre outros. Encaminhamentos: Aqui o interessante é articular as questões apresentadas no contexto histórico e como estes autores propõem solucioná-las por meio de suas teorias.
Processo de socialização. Instituições familiares. Instituições escolares. Instituições religiosas, Instituições de reinserção.
Conteúdos específicos: A socialização – socialização primária, secundária, contato, relação, interação, grupos sociais. Conceito de instituições sociais. Instituições familiares – perspectivas teóricas sobre a família, diversidade familiar, novos arranjos familiares, papéis de gênero e família, violência e abuso na vida familiar. Instituições escolares: perspectiva teórica sobre a escola em Durkheim, Marx, Weber, Bourdieu, Gramsci, dentre outros; teorias sobre a educação escolar e a desigualdade social, educação e industrialização (relação), educação e novas tecnologias, privatização da educação. Instituições religiosas: definição de religião; diversidade religiosa; perspectivas teóricas sobre a religião em Durkheim, Max Weber, Marx, dentre outros; gênero e religião; novos movimentos religiosos; fundamentalismo religioso; milenarismo. Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos, dentre outros. Encaminhamentos: Sugere-se que o professor apresente a idéia de que os indivíduos são construídos socialmente, passando, portanto, pelo processo de socialização que pode ser pensado como socialização primária e secundária, ou ainda apresente as formas como se organizam as relações sociais – como o contato, as relações sociais, as interações sociais, e os grupos sociais. Instituições familiares/ instituições escolares/ Instituições religiosas/ instituições de reinserção: Aqui o interessante é que o professor trabalhe de maneira a não apresentar as instituições de forma a-históricas, metafísicas ou naturalizadas. É preciso que se desenvolva o olhar crítico, apresentando os processos históricos que articulam as mudanças internas a estas instituições. Desta forma, não importa quais dos conteúdos específicos estejam sendo mobilizados, mas que eles possam ser trabalhados de maneira a propiciar a compreensão da “função social” destas instituições. Sugere-se ao professor, sempre que possível, buscar, também, ao trabalhar estes conteúdos, referenciais teóricos nacionais (isto é, como se discutem, no cenário nacional, os conteúdos apresentados).
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades.Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais. Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.
Conteúdos específicos: Modos de produção, desemprego, desemprego conjuntural e desemprego estrutural, subemprego e informalidade, fordismo e toyotismo, reforma agrária, reforma sindical. Estatização e privatização, flexibilização, terceirização, agronegócios, voluntariado e cooperativismo, economia solidária, parcerias público-privadas, capital humano, empregabilidade e produtividade, relações de mercado.
Encaminhamentos: Sugere-se que ao trabalhar com estes conteúdos o professor apresente aos educandos outras formas de pensar e organizar o trabalho além da capitalista. Ao fazer isto, poderá articular esta discussão com a das várias formas de desigualdades sociais que estão presentes em outras sociedades, desta forma, desmistificando a idéia de que as sociedades capitalistas são as únicas nas quais existem
Globalização e Neoliberalismo; Trabalho no Brasil; Relações de trabalho.
desigualdades. Na sequência, o professor poderá trabalhar especificamente com a organização do trabalho nas sociedades capitalistas, apontando assim, para as desigualdades específicas desta forma de organização do trabalho. A sugestão aqui é que o professor articule as discussões feitas acerca do modelo capitalista de produção e a organização do trabalho com o cenário atual, ou seja, a globalização e o neoliberalismo, mostrando como as relações de trabalho têm se alterado. Propõe-se que, ao fazer isto, o professor volte os olhos para o Brasil, mostrando como isto se reflete no país. Aqui o importante é não esquecer dos vários cenários nacionais (entre eles campo/cidade), e como eles moldam a forma como se organiza o trabalho, ainda que estejamos todos pautados pelo capitalismo.
2º ano
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.
O conteúdo: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas estará presente em todas as séries. Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes para discussão dos conteúdos anuais, bem como quais os conceitos mais importantes dos teóricos clássicos podem ser utilizados nas discussões propostas para o ano. Aqui também é o momento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende trabalhar os conteúdos apresentados.
Formação e desenvolvimen-to do Estado Moderno; Conceitos de poder, conceitos de ideologia, conceitos de dominação e legitimidade; Estado no Brasil; Democracia, autoritarismo, totalitarismo; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdos específicos: Processo de modernidade, formação do capitalismo; conceito de Estado, Estado moderno, formas de organização do Estado ( absolutismo, liberal, bem-estar social, socialismo), conceito de política, conceito de alienação, partidos políticos, conceito de Estado weberiano, violência legítima, violência urbana, violência contra “minorias”, violência simbólica, criminalidade, narcotráfico, crime organizado.Encaminhamentos: Propõe-se aqui que o professor discuta o surgimento do Estado moderno e suas especificidades articulando isto às maneiras como ele tem se organizado e mobilizando, nestas análises, os vários conceitos de política, ideologia, alienação, dominação e legitimidade. Aqui propõe-se que o professor traga a discussão para o cenário nacional, articulando os conteúdos trabalhados no bloco anterior e analise então, o cenário nacional, pensando como o Estado brasileiro tem se organizado, quais suas especificidades. Ao final, sugere-se que o professor parta da conceituação weberiana sobre Estado para iniciar a discussão sobre a violência. O cuidado é o de não apresentar a discussão de violência atrelada diretamente à pobreza, à criminalidade, ao narcotráfico, ou ao crime organizado, dificultando a percepção das outras formas que podem assumir a violência cotidianamente.
Direitos civis, políticos e sociais, Direitos humanos, conceitos de cidadania. movimentos sociais, movimentos sociais no Brasil, a questão ambiental e os movimentos ambientalistas, a questão das ONGs.
Conteúdos específicos: Construção moderna dos direitos, histórico dos direitos humanos - alcances e limites -, cidadania, políticas afirmativas, políticas de inclusão, definição de minorias. Definição de movimentos sociais, movimentos sociais urbanos, movimentos sociais rurais, movimentos conservadores, neoliberalismo, redefinição das funções do Estado, problemas ambientais.Encaminhamentos: A proposta aqui é articular as discussões iniciadas no primeiro bimestre (poder, política e ideologia), com a construção de alguns elementos considerados a - históricos. A discussão da construção dos direitos pode passar pela discussão da mobilização social em busca de respostas para demandas específicas. Propõem-se aqui que os professores trabalhem, num primeiro momento, com a construção dos movimentos sociais modernos, deixando claro que, esta forma de organização das demandas sociais só é possível após a constituição dos Estados nacionais modernos. A partir daí, sugere-se que os professores apresentem as várias formas como os movimentos sociais têm-se organizado, trazendo a discussão, principalmente, para o cenário nacional. Por fim, a discussão dos problemas ambientais articulada aos movimentos sociais e a redefinição das funções do Estado pode fechar a discussão.
Avaliação
Uma vez que o ensino de Sociologia está voltado para a formação ética, social e
reflexiva através das quais alunos e alunas devem ser preparados para falar, escrever e
se expressar (interpretando com clareza seu cotidiano e a sociedade que os envolve), a
avaliação configura um processo particular do ensino e aprendizado, pois permite
constatar se os objetivos propostos foram atingidos. Nesse sentido, a avaliação revela-se
como mais um elemento na construção do conhecimento sociológico – e não como
mecanismo de controle, punição ou medição. Para isto, entretanto, não basta apenas
criar instrumentos avaliativos, mas transformá-los em instrumentos de crescimento e
reflexão contínua. Portanto, a avaliação é dinâmica, progressiva e versátil, porque diz
respeito ao cotidiano escolar e deve estar integrada aos processos de ensino de modo
abrangente.
A avaliação pode ser também um mecanismo de transformação social,
articulando-se à intencionalidade do ensino. Esse caráter diagnóstico da avaliação, ou
seja, a avaliação percebida como instrumento dialético da identificação de novos rumos,
não significa menos rigor na prática de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia,
o rigor almejado na avaliação formativa, conforme Luckesi (2005) significa considerar
como critérios básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência articulados com
a prática social; b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a
clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de
olhar e compreender os problemas sociais. Portanto, pretende-se, por meio da prática
avaliativa, mobilizar o que foi discutido, trabalhado, exercitado em sala de aula, visando
“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis, propiciando o
melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Vale lembrar ainda que a avaliação também é uma ferramenta que possibilita ao
professor verificar a efetividade de suas práticas pedagógicas, propiciando a
reorientação e reformulação das mesmas quando se perceber sua inadequação.
A forma avaliativa é trimestral, sendo 4,0 pontos de trabalhos e atividades, 2,0 pontos
de simulado e 4,0 da prova trimestral. A recuperação é uma avaliação no valor de 10,0
pontos.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Sociologia. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, 2008.
Mills, Wright . A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1972
Sarandy, Flávio. Reflexões Acerca do Sentido da Sociologia no Ensino Médio. In:
Sociologia e Ensino em Debate. (org. Carvalho, L. M. G.). Ijui: Ed. Ijui, 2004.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUND. E MÉDIOAV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000
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APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
– LEM / ESPANHOL CELEM
Professora: Amábile Piacentine Drogui
APUCARANA 2012
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA – LEM / ESPANHOL
O ensino de línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado
no Brasil com a chegada da família real portuguesa. Desde então o processo
de ensino/aprendizagem de línguas passa por diversos momentos de reflexão
e mudanças.
O espanhol ganhou espaço a partir da Reforma Capanema, 1942, que
solidificava os ideais nacionalistas da época. A língua espanhola representava
um modelo de patriotismo e respeito, uma língua de autores consagrados como
Cervantes, Becker e Lope de Veiga.
Contudo, devido à dependência econômica e cultural do Brasil em
relação aos Estados Unidos, intensificou-se o ensino de inglês e este garantiu
seu espaço no currículo escolar brasileiro.
No Paraná, com a criação do Celem em1982, passou-se a valorizar a
diversidade étnica que marca a história do estado. Hoje, está presente em mais
de 300 escolas e oferece, entre outros idiomas, o espanhol, língua alvo de
Celem de Apucarana no momento.
Em 2005 foi criada a Lei n. 11116, esta decreta a obrigatoriedade da
oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio, contudo
de matrícula facultativa para o aluno, sendo que os estabelecimentos têm cinco
anos, a partir da data de criação da lei, para implementá-la.
O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo,
de avaliar paradigmas já existentes e criar novas possibilidades de construir
sentidos do e no mundo. Tem por objetivo proporcionar a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
Além de ser idioma oficial em 21 países, o espanhol é estudado em
várias outras nações, ganha a cada dia um espaço maior nas negociações
comerciais, apresenta uma riquíssima diversidade cultural e uma prestigiada
literatura. Colocar os alunos em contato com este idioma é proporcionar-lhes
crescimento cultural e oportunidade de melhor integração a um mundo
globalizado. “Aprender uma língua estrangeira é um meio de superação
individual e de crescimento profissional que favorece a inserção social.”
(SEED).
Objetivos Gerais
• Contemplar relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade.
• Ensinar sobre percepções de mundo e maneiras de construir sentidos.
• Formar subjetividades.
• Promover a interação professor/aluno através de representações e
visões de mundo que vão sendo reveladas no dia-a-dia.
• Conduzir os alunos a uma análise das questões da nova ordem global,
suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito do
papel das línguas na sociedade.
• Voltar-se para a formação básica do cidadão no Ensino Fundamental e
para a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos do Ensino
Médio, visando o prosseguimento de seus estudos.
• Compreender criticamente a sociedade, com vistas à sua transformação,
de forma a superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que
historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.
• Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as
possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e
novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as
relações que podem ser estabelecidas entre a LE e a inclusão social, o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
• Possibilitar aos alunos uma comunicação que atravesse fronteiras
geopolíticas e culturais, pois as sociedades contemporâneas não podem
sobreviver isoladas.
Incluir socialmente os alunos, através de situações significativas de
produção.
- Proporcionar a consciência sobre o que é língua e suas potencialidades
na interação humana, alargando horizontes e expandindo as capacidades
interpretativas e cognitivas.
Objeto de estudo da disciplina
Esta disciplina tem por objeto de estudo a língua espanhola,
considerando todas as imbricações que a envolvem: questões históricas,
sociais, culturais e lingüísticas. Levando também em conta a pluralidade étnica
que a representa: oficial na Espanha e em mais vinte países; reconhecida em
todos os continentes e segunda em importância nas relações comercias.
Metodologia da disciplina
Como sabemos, Discurso é prática social, o professor aparece como
mediador dessa prática, permitindo ao aluno o acesso às questões
linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, assim como as
práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.
Para tanto, o ponto de partida para essa prática será o texto, verbal e
não verbal, pois segundo Antunes (2007, p. 130), o texto é a única forma de
se usar a língua, ao passo que ele permite constituir a atividade da
linguagem; enquanto a gramática, constitui apenas o texto.
Dessa forma, espera-se que numa aula de língua estrangeira sejam
abordados, pelo professor, vários gêneros textuais, permitindo diferentes
atividades de acordo com o gênero apresentado, focando sempre uma
análise da função de tal gênero, sua composição, informações presentes,
intertextualidade, recursos coesivos e coerência e finalmente, após o
esgotamento dessa exploração, a verificação da gramática em si.
Nesse sentido espera-se que a aula de língua estrangeira seja o espaço
em que se desenvolvam atividades significativas, as quais explorem
diferentes recursos e fontes, para que o aluno associe o que é estudado ao
seu contexto de vida, seu mundo real. O aluno desenvolverá ainda seu
senso critico, ao passo que ampliará seus conhecimentos linguístico-
culturais, desvendando em outras culturas as diferenças culturais, crenças e
valores.
Devemos ressaltar que ao trabalhar cada uma das práticas discursivas
(leitura, escrita e oralidade), torna-se importante levar o aluno a perceber
que nenhuma língua é neutra pois elas podem representar diversas culturas
e maneiras de viver e por isso mesmo pode acabar sendo um espaço de
comunicação intercultural, podendo até encontrar traços de sua própria
cultura em uma outra ou o contrário.
Assim, o objetivo da leitura é a transmissão de um conhecimento de
mundo que pode permitir a quem o lê um novo modo de ver a realidade.
Porém, para que essa leitura seja eficaz e se transforme em uma situação
de interação é preciso que o aluno tenha suas ferramentas necessárias que
consistem em conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
Já para a prática da escrita é importante que a atividade tenha
significado para o aluno, seja de fato uma atividade sociointeracional. Deve-
se deixar claro ao aluno o que se espera com essa produção, ou seja, qual
aspecto trabalhado anteriormente deverá ser abordado nesse momento e
qual será seu interlocutor, para que ele possa sentir-se em uma situação
real, mesmo que o ambiente necessite ser criado ou imaginado.
Finalmente, na prática da oralidade, é preciso sempre deixar claro aos
alunos que não se busca o uso funcional da língua, mas sim uma real
interação social em que cada um possa expor suas ideias na língua
estrangeira estudada, lembrando da importância da adequação de
determinado discurso à situação, já que há uma diversidade de gêneros no
uso da linguagem, podendo ser ela formal ou informal.
.
Recursos
Livro didático, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDS, fitas de
áudio, CD-ROOMS, data show, internet, entre outros, poderão ser usados
para contemplar as múltiplas inteligências presentes em uma sala de aula.
.
Conteúdo Estruturante e Conteúdos Básicos
Conteúdo Estruturante
O conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o Discurso
como prática social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados
nas práticas sociais de leitura, escrita e oralidade, permeados pela análise
linguística.
Sabemos que a língua é tomada como interação verbal, momento em que
ocorre a produção de sentidos que se relaciona com o momento histórico-
social, daí o discurso como objeto principal do conteúdo estruturante.
Nesse sentido, a língua deve ser tratada de forma dinâmica, efetivando o
discurso através da leitura, oralidade e da escrita, já que ele tem como foco o
trabalho com os enunciados (orais ou escritos).
Tudo o que envolve um texto deve ser considerado no momento de sua
seleção e leitura. A ideologia dominante, o contexto histórico e o fundo social
são fatores que, quando bem percebidos, mobilizam o interdiscurso e
promovem a interação entre os interlocutores: autor, professor e alunos.
Não se tem como ênfase o ensino da gramática, esta está subordinada
aos usos que se faz da língua estrangeira. A ênfase do trabalho pedagógico
recai sobre a necessidade dos sujeitos interagirem ativamente com o discurso,
sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes textos, os quais definirão
os conteúdos linguísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a
serem trabalhadas.
Vale explicitar que de acordo com a Lei 10.639/03, referente à “História da
Cultura Afro-Brasileira e Africana”, esta será trabalhada continuamente nos
conteúdos do LEM – Espanhol, visto que sempre surgem textos referentes a
esse assunto em distintos materiais e, o mesmo, abre portas para debates
críticos construtivos.
Conteúdos Básicos
1º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS
ESFERA COTIDIANAADIVINHASFOTOSANEDOTABILHETECARTÃO POSTALCARTÃOCOMUNICADOSESPOSIÇÃO ORALMÚSICASPARLENDASPROVÉRBIOSQUADRINHASRECEITASTRAVA LÍNGUAS
ESFERA DA IMPRENSAANÚNCIO DE EMPREGOCARTUMCHARGECLASSIFICADOSMANCHETESNOTÍCIASSINOPSETIRAS
ESFERA PUBLICITÁRIAANÚNCIOSCOMERCIALSLOGANSPLACASFILMESVÍDEO CLIP
ESFERA LITERÁRIAAUTOBIOGRAFIABIOGRAFIACONTOSFÁBULASHISTÓRIAS EM QUADRINHOSCRÔNICASPOEMAS
ESFERA CIENTÍFICARESUMOVERBETES
ESFERA ESCOLARCARTAZESDIÁLOGOSMAPASRELATOS DE EXPERIÊNCIAS
LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia.
ESCRITA • Tema do texto ; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica.
ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.
2º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS
ESFERA COTIDIANAADIVINHASMÚSICASPARLENDASANEDOTASPROVÉRBIOSCOMUNICADOSCARTA PESSOALRECEITASTRAVA-LÍNGUASEXPOSIÇÃO ORALCONVITEQUADRINHASCURRICULUM VITAEDIÁRIOPREENCHIMENTO DE CHEQUES
ESFERA DA IMPRENSAANÚNCIO DE EMPREGOCARTUMCHARGEMANCHETENOTÍCIASINOPSE DE FILMESTIRASREPORTAGENS
ESFERA PUBLICITÁRIAANÚNCIOS COMERCIAL PARA TVE-MAILPARÓDIASCARTA DE EMPREGOPANFLETOS
ESFERA LITERÁRIABIOGRAFIACONTOSFÁBULASHISTORIA EM QUADRINHOSCRÔNICASPOEMASLENDAS
ESFERA CIENTÍFICARESUMOVERBETESARTIGO
ESFERA ESCOLARCARTAZESDIÁLOGOSMAPASRELATOS DE EXPERIÊNCIATEXTOS ARGUMENTATIVOS
ESFERA MIDIÁTICAFILMESBLOGSVÍDEO CLIPSCHAT
ESFERA DE PRODUÇÃO E CONSUMOBULA MANUALRÓTULOSEMBALAGENSREGRAS DE JOGO
LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia.
ESCRITA • Tema do texto ; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica.
ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.
Avaliação
A avaliação deve superar o aspecto punitivo e de controle já que ela deve
ser vista pelo aluno como uma evolução em seu processo de aprendizado e
como uma forma de situá-lo em seu percurso pedagógico.
Assim, de acordo com Luckesi (1995, p. 166), a avaliação só terá
significado se assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem
bem-sucedida assim como assumir o papel de auxiliar o crescimento.
Nesse contexto a avaliação será contínua para que o aluno nunca perca de
vista sua atual situação em seu percurso pedagógico e ela também será
cumulativa, ou seja, o aluno deverá ser avaliado sob vários aspectos desde sua
simples participação em sala de aula.
Para tanto, o aluno será preparado no decorrer dos períodos para todas as
práticas discursivas como já vimos anteriormente, leitura, escrita e oralidade.
Considerando-se que é de suma importância que o aluno reconheça os
gêneros discursivos estudados, ou seja, os elementos que os compõem.
Ao final de cada período, o aluno terá a oportunidade e possibilidade de
alterar sua nota, caso seja necessário, através de uma recuperação.
Quanto à leitura, será levado em consideração o conhecimento prévio do
aluno acerca do gênero apresentado. O texto servirá de apoio para as
reflexões e análises do aluno.
Para a escrita é importante que o aluno produza um texto de acordo com o
gênero lido e estudado anteriormente. Em seguida o texto deverá ser corrigido
e devolvido ao aluno para que ele possa refazê-lo sempre no intuito de seu
progresso.
Já para a oralidade, serão criadas situações em que o aluno possa, seja
livremente ou baseando-se em algum texto, expressar-se na língua
estrangeira. Nesse momento poderá ser solicitado um diálogo ou outras
atividades apropriadas, de acordo com o gênero.
Avaliar, além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos,
servirá para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas
aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. A partir do ato
avaliativo, é possível perceber quais os conhecimentos (lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e
oralidade) merecem mais atenção, ou seja, que ainda não foram
suficientemente trabalhados e que necessitam ser abordados para garantir a
efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.
A avaliação é uma das questões cruciais da educação, e não pode ser
vista como algo que se realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do
processo educacional”. Portanto, deve ser diagnóstica para que o professor
identifique como seus alunos estão aprendendo. Assim, o trabalho docente
pode ser redirecionado para planejar e propor outros encaminhamentos para
superar as dificuldades encontradas no processo ensino/aprendizagem.
Como o sistema de avaliação do Colégio é trimestral, assim também são
avaliados os alunos do CELEM; não há um critério rigoroso quanto a
distribuição das notas entre trabalhos e provas, cabendo ao professor avaliar
cada sala de aula de acordo com sua disciplina. Opta-se aqui por realizar as
avaliações passo a passo, percebendo a evolução do aluno na leitura, na
escrita e na oralidade. De acordo com o gênero abordado, atribui-se peso
maior ou menor à determinada prática discursiva.
De acordo com as diretrizes curriculares, avaliamos buscando os seguintes
objetivos em cada prática:
LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;\
ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc;
• Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc; • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
LEFFA, Vilson J. O Professor de Línguas: Construindo a Profissão. Pelotas: Educat,2006.
LIPSKI, John M. El Español de América. 4 Ed. Madrid: Catedra, 2005.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo : Cortez, 1995
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol – Inglês. Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Identidade do Ensino Médio. Curitiba, SEED-PR. 2006.
PICANÇO, D.C.L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990). Curitiba: UFPR, 2003
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL VALE DO SABER – ENSINO FUND. E MÉDIOAV. AVIAÇÃO, 2100 JD. MONÇÕES FONE/FAX (43) 3423-8170 CEP 86.807-000
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APUCARANA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
PROGRAMA MAIS
EDUCAÇÃO
ESPORTE – TÊNIS DE MESA
DANÇA
MÚSICA- FLAUTA
MÍDIA - INFORMÁTICA
LETRAMENTO
ESPORTE – TÊNIS DE MESA
JUSTIFICATIVA
O esporte ocupa atualmente um lugar de enorme importância na vida do
educando. Até pouco tempo seu acesso era restrito a uma pequena minoria. Há um
reconhecimento de que essas atividades representam um fato de promoção social, pois
são considerados fundamentos de uma melhor qualidade de vida.A atividade prática
esportiva: de Tênis de mesa, futsal e Xadrez, deverá propor em contra turno, as
condições necessárias para a prática esportiva. Atendendo às necessidades
socioeducativas dos participantes, alunos com vulnerabilidade social, e maior
participação garantindo a sua permanência na escola. Contribuindo assim para a
melhoria da qualidade de vida de nossos alunos.
CONTEÚDO
Ao trabalhar com esporte, devemos considerar os determinantes histórico-
sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos anos, considerando a
possibilidade de recriação dessa prática corporal.Portanto, o esporte é entendido como
uma atividade teórica e prática, um fenômeno social que, em suas várias manifestações
e abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o
aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.
Sendo assim,sugere-se uma abordagem que privelegie o esporte da escola e não
o esporte na escola. Isso pressopõe que as aulas de esporte sejam um espaço de
produção de uma cultura esportiva, de ressignificação daquilo que Bracht (2005)
denominou como "esporte moderno", isto é, a expressão hegêmonica atual do esporte
competitivo de alto rendimento, espetacularizado e profissionazado.O esporte deve
propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e politíca.
OBJETIVOS
Promover o desporto educacional através de jogos que envolvam várias
modalidades esportivas dando oportunidade de participação aos alunos, despertando o
gosto pela prática dos esportes com fins educativos e formativos.
Congregar alunos da escola de várias séries proporcionando o estímulo
recíproco, inter-cambio social, a vivência e reflexo sobre os aspectos positivos do
esporte. Contribuindo para situar a escola como centro cultural dos esportes e formativo.
Conhecer e compreender as regras dos esportes.
ENCAMINHAMENTO
O ensino dos esportes no Programa Viva a Escola são trabalhados em
complexidade crescente, começando com jogos cooperativos, pré desportivos e com
regras vivenciadas através de abordagem que contemple os fundamentos básicos de
cada modalidade em articulação com os aspectos políticos, históricos, sociais
econômicos e culturais na valorização do trabalho coletivo, na convivência das
diferenças e na formação social, crítica e autônoma, privilegiando assim o esporte da
escola e não somente o esporte na escola.Estas atividades serão consideradas para
avaliação, os seguintes instrumentos. Registros de atitudes e técnicas de observação, o
que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os
(pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações
problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados.
Realizar, com seus alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado.
Isso pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a
expressão corporal. Neste momento, é fundamental desenvolver estratégias que
possibilitem aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que
mais lhes chamou a atenção, como dinâmicas em grupo.
INFRAESTRUTURA
Ginásio de esportes, cancha poliesportiva, laboratório de informática,
biblioteca,É necessário a construção de 3 mesas de concreto para a prática de tênis de
mesa.É necessário a construção de 10 mesas de concreto para a prática de xadrez.
RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que o aluno conheça a origem dos diferentes esportes: - O
surgimento de cada esporte com suas primeiras regras. - Suas relações com jogos
populares. – Experimentação de jogos com regras adaptadas.Conhecer as regras básicas
das diferentes modalidades.Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas
no tempo e no espaço de lazer.Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas
esportivas.Reconhecer o contexto social,cultural, e econômico em que os diferentes
esportes se desenvolvam.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Ser aluno matriculado na escola. Alunos com vulnerabilidade social. Alunos
que precisam de medidas socioeducativas.
DANÇA
JUSTIFICATIVA
A atividade pretendida enriquece as experiências corporais, a libertação do ser,
promove a expressão de sentimentos. A dança está presente no cotidiano escolar e atrai
os alunos fazendo que ocupem seu tempo ocioso.
CONTEÚDO
Segundo nosso projeto pedagógico a educação busca a construção de novos
pressupostos, tanto teóricos como metodológicos que permitam fazer uma análise da
qualidade em termos de desafios e perspectiva.
Optou-se por uma metodologia qualitativa que articulam a lógica formal e a
lógica dialética.
Segundo as diretrizes a dança será abordada, em sua dimensão cultural, social e
histórica de modo a ressignificar valores, sentidos e códigos sociais e transceder formas
arraigadas e equivocadas a essa prática.
Incentivando o grupo a desenvolver gestos e movimentos que valorizam a
subjetividade e a experiência sensorial do nosso corpo.
OBJETIVOS
Contribuir para que os alunos participantes se tornem sujeito capazes de
reconhecer o próprio corpo e adquiram um expressividade consciente.
ENCAMINHAMENTO
A cultura corporal difundida na Educação Física contribui na construção do
conhecimento tornando os alunos sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,
adquirindo expressividade corporal com técnicas e reflexões cerca ao movimento.
De acordo com o objetivo proposto, colocaremos em prática os seguintes
encaminhamentos metodológicos:
- Pesquisas e discussões sobre a origem e história dos diversos estilos de dança;
- Aulas práticas com demostração e execuções de coreografia;
-Criação e adaptação de coreografias;
-Análise dos elementos técnicos de dança;
-Organização de festivais;
Estudo e criação de figurinos.
INFRAESTRUTURA
No colégio existem salas ociosas no período , pátio e quadra que podem ser
utilizados.
RESULTADOS ESPERADOS
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e
seu contexto histórico.
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento entre outros elementos dos presentes nos diferentes tipos de dança.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Ser aluno Da Escola, principalmente aqueles com maior vulnarebilidade social
MUSICA - FLAUTA
JUSTIFICATIVA
A musicalização , por si só, já se inicia no lar, com a oferta de ferramentas à
criança para que ela descubra os sons e seu universo (discos, canções, instrumentos,
objetos sonoros variados, gravuras relacionadas, etc). Na escola, no entanto, deverá se
realizar o direcionamento deste interesse para o desenvolvimento de outros aspectos
ligados à criança (criatividade, coordenação motora, lateralidade, lógica, estética, etc).
Não aconselhamos que se inicie nesta idade o aprendizado musical, que difere da
musicalização pelo fato de que, no primeiro, tratamos da aprendizagem de manuseio
técnico de um instrumento musical, que deverá aparecer numa segunda etapa, com
aproveitamento da musicalização já trabalhada e com a criação do vínculo e do gosto
entre a música e a criança.
A educação musical pretende desenvolver na criança uma atitude positiva para este tipo
de manifestação artística, capacitando-a para expressar seus sentimentos de beleza e
captar outros sentimentos, inerentes a toda criação artística.
Assim como se utiliza da palavra ou gestos para manifestar suas idéias, terá como meio
de expressão mais uma forte ferramenta na construção de seus argumentos - a música.
As crianças tendem a pensar na música como sendo sobre "coisas", isto é, como
contando histórias, expressando idéias, vivendo situações.
Durante o processo de criação e depuração dos elementos musicais, ou mesmo no
processo de expressão, busca-se aí o equilíbrio e a crítica sobre o conceito do belo, do
pleno, do satisfatório.
CONTEÚDO
Para Bréscia (2003) a musicalização é um processo de construção do
conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical,
favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer
de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, auto-disciplina, do
respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma
efetiva consciência corporal e de movimentação.
As atividades de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si
mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permitem a
comunicação com o outro. Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que atividades
podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo/
lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança, da seguinte forma:
Desenvolvimento cognitivo/ lingüístico: a fonte de conhecimento da criança
são as situações que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Dessa
forma, quanto maior a riqueza de estímulos que ela receber melhor será seu
desenvolvimento intelectual. Nesse sentido, as experiências rítmico musicais que
permitem uma participação ativa (vendo, ouvindo, tocando) favorecem o
desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve
sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a
coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela esta descobrindo suas
capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
Desenvolvimento psicomotor: as atividades musicais oferecem inúmeras
oportunidades para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar
seus músculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na
formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age
sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e aliviando as
tensões.
OBJETIVO
- Conhecer um pouco sobre música .
- transmitir nossa herança cultural.
- descobrir a aptidão inerente nas pessoas que merece ser desenvolvida.
- permitir a expressão de nossos pensamentos e sentimentos mais nobres.
- ensinar aos alunos sobre seus relacionamentos com os outros, tanto em sua própria
cultura quanto em culturas estrangeiras.
- oferecer aos alunos rotas de sucesso que eles podem não encontrar em parte alguma do
currículo.
- melhorar a aprendizagem em todos os aspectos.
- ajudar os alunos a aprenderem que nem tudo na vida é quantificável.
- exaltar o espírito humano.
- conhecer um instrumento musical
ENCAMINHAMENTO
As atividades de exploração sonora devem partir do ambiente familiar da
criança, passando depois para ambientes diferentes. Por exemplo, o educador pode pedir
para que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor, depois elas
podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram. Também podem fazer um passeio
pelo pátio da escola para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora da escola
e descobrir sons característicos de cada lugar.
O educador também pode gravar sons e pedir para que as crianças identifiquem
cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos utilizados e pedir para que
elas os identifiquem, ou descubram de que material é feito o objeto (metal, plástico,
vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado, esfregado, rasgado, jogado no
chão). Assim como são de grande importância as atividades onde se busca localizar a
fonte sonora e estabelecer a distância em que o som foi produzido (perto ou longe). Para
isso o professor pode pedir para que as crianças fiquem de olhos fechados e indiquem
de onde veio o som produzido por ele, ou ainda, o professor pode caminhar entre os
alunos utilizando um instrumento ou outro objeto sonoro e as crianças vão
acompanhando o movimento do som com as mãos.
Posteriormente o educador pode trabalhar os atributos do som:
Altura: agudo, médio, grave.
Intensidade: forte, fraco.
Duração: longo, curto.
Timbre: é a característica de cada som, o que nos faz diferenciar as vozes e os
instrumentos.
Os atributos do som podem ser trabalhados por meio de comparação,
diferenciando um som agudo de um grave, forte de um fraco, ou longo de um curto.
Mas é mais interessante o uso de jogos musicais, como por exemplo, o Jogo do Grave e
Agudo (baseado no Morto Vivo, só que usa um som agudo para ficar em pé e um grave
para abaixar, o som pode ser produzido por um instrumento, por apitos com alturas
diferentes ou pela voz). O jogo de Esconde-Esconde onde as crianças escolhem um
objeto a ser escondido, e uma delas se retira da classe enquanto as outras escondem o
objeto. A criança que saiu retorna para procurar o objeto e as outras devem ajudá-la a
encontrar produzindo sons com maior intensidade quando estiver perto, e menor
intensidade quando estiver longe. O som poderá ser produzido com a boca, palmas, ou
da forma que acharem melhor. Essa brincadeira leva a criança a controlar a intensidade
sonora e desenvolve a noção de espaço.
Para trabalhar a noção de duração o educador pode pedir para que as crianças
desenhem o som. Não é desenhar a fonte sonora, mas sim descrever a impressão que o
som causou, se foi demorado ou breve, ascendente ou descendente. Por fim, para se
trabalhar o timbre o educador pode pedir para que uma criança fique de costas para a
turma enquanto estes cantam uma canção, ao sinal do professor todos param de cantar e
apenas uma criança continua, a que estava de costas deve adivinhar quem continuou.
Estas são apenas sugestões, existem diversos outros jogos que podem ser realizados.
Através dessas atividades o educador pode perceber quais os pontos fortes e
fracos das crianças, principalmente quanto à capacidade de memória auditiva,
observação, discriminação e reconhecimento dos sons, podendo assim vir a trabalhar
melhor o que está defasado.
INFRAESTRUTURA
O projeto será realizado na Escola , onde usaremos a sala de artes para execução do
mesmo.
RESULTADOS
Com o ensino da música, principalmente através da flauta, queremos incutir em
nossos alunos um gosto mais refinado de música, transmitindo nossa cultura. Mostrando
um pouco sobre música, desenvolver a aptidão pela a música, permitindo a expressão de
nossos pensamentos, ensinado aos alunos sobre seus relacionamentos, melhorando o seu
aprendizado, e fazendo com que ele tenha um espírito mais humano.
CRITÉRIOS
Os participantes deverão ser alunos da escola, devidamente matriculados.
INFORMÁTICA
JUSTIFICATIVA
A nossa escola, como muitas atende alunos oriundos de famílias de baixa renda
e de zona rural,que tem a escola como fonte de referência ao aprendizado e ao lazer ao
mesmo tempo. A tecnologia com a qual a escola está equipada é para a grande maioria,
para não dizer todos, além da que possuem em casa, o único acesso ao conhecimento
globalizado e de recurso tecnológicos,este momento se faz necessários aos alunos uma
vez que aos seus olhos se torna interessante, agradável e divertido o conhecimento.
Ainda reforçamos que este projeto é de suma importância para o colégio, pois o mesmo
possibilitará maior integração dos alunos com o conhecimento e com o próprio
Colégio. Para os alunos este momento é muito esperado , pois alguns tem o contato com
a informática somente na escola.
CONTEÚDO
Mídia educacional é um meio através do qual se transmite ou constrói
conhecimentos. O processo de incorporação das mídias como instrumentos para
sistematizar a relações de ensino-aprendizagem e a organização educacional, esta
fazendo dos professores os principais agentes de transformação por meio do
desenvolvimento de projetos que sejam significativos para o aluno. com a evolução das
mídias e a penetração de veículos de comunicação multimídias,não podemos deixar
nossos alunos de fora deste processo,por isto estamos comprometidos com este processo
de ensino-aprendizagem comprometidos com a formação global do nossos alunos que
devem analisar
OBJETIVO
A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta proposta pedagógica
será a produção de recursos midiáticos, como jornais, murais, vídeos com informações
científicas, culturais e notícias de nossa comunidade escolar; a utilização do laboratório
de informática para pesquisas científicas, literárias, filosóficas, necessárias para
produção de trabalhos. Todos esses encaminhamentos serão distribuídos durante o ano
letivo conforme sua necessidade.
ENCAMINHAMENTOS
Levar para sala de aula ou local de estudos vários textos pertencentes ao gênero
a ser trabalhado, buscando primeiramente a informação, a tecnologia ao que eles têm
acesso livres. Utilizar os recursos midiáticos possíveis para a leitura, proporcionando ao
aluno contato com o texto escolhido. Promover discussões acerca das especificadas dos
assuntos tratados. Explorar os temas tratados pelos textos para aprofundar e socializar
conhecimentos, envolvendo os alunos e a expor opiniões, comentar e avaliar. Produzir
textos em oficinas nas quais os próprios alunos realizarão as correções necessárias,
mediante observação do professor, em etapas, até chegar-se a versão final, a qual deverá
ser exposta para a comunidade escolar em mural próprio confeccionado pelos alunos ou
entregue por eles mesmos à comunidade escolar.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta proposta pedagógica
será a produção de recursos midiáticos, como jornais, murais, vídeos com informações
científicas, culturais e notícias de nossa comunidade escolar; a utilização do laboratório
de informática para pesquisas científicas, literárias, filosóficas, necessárias para
produção de trabalhos. Todos esses encaminhamentos serão distribuídos durante o ano
letivo conforme sua necessidade.
INFRAESTRUTURA
Sala de aula, laboratório de informática, TV pen drive, DVD, internet, rádio...
RESULTADOS
Participação ativa dos alunos já que será uma atividade de extraclasse que os
envolverá, mais freqüentemente com recursos midiáticos, os quais chamam a atenção do
aluno por ser uma atividade considerada prazerosa por eles. Maior interação dos alunos
e familiar na comunidade escolar, principalmente daqueles que apresentem dificuldade
de adaptação às regras escolares. Progresso significativo no processo de aprendizagem
dos alunos.
CRITÉRIOS
Alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental que apresentam
dificuldade na aprendizagem e vulnerabilidade social.
LETRAMENTO
JUSTIFICATIVA
Necessitamos como educadores, buscar estratégia para melhoria da
aprendizagem no que se refere ao letramento, junto com os dos alunos, alternativas de
trabalhar num mundo em constante transformação e nos desacomodarmos, ousarmos o
“fazer diferente”. Em acreditar que a leitura e as escrita são uma atividades
deflagradoras da produção textual e do aumento da bagagem cultural, buscamos
alternativas de trabalho pata essas aulas que, conjugadas às modernas tecnologias, hoje
implantadas nas escolas paranaenses é necessário transformar o ato passivo frente ao
texto literário em atividades participativa da criação. O cuidado em transmitir cultura,
bons costumes, sinceridade, respeito, dignidade, perseverança, dedicação aos estudos,
amor à família, à escola, à natureza, ao nosso país e a Língua Materna, leva-nos a
produzir o projeto “Fabulosas Manias”, com Ensino Fundamental, o qual será
desenvolvido através da literatura contida nas fábulas. A fábula é uma das mais antigas
formas de narrativa e suas origens se perdem no tempo. Existente em quase todas as
culturas, geralmente retrata situações humanas abrangendo aspectos lingüísticos,
culturais e afetivos, antes citado. A linguagem simples, direta faz com que os alunos
sejam instigados a opinar, refletir,, discutir, analisar as circunstâncias, as ações e as
razões vividas nas fábulas, facultando um posicionamento crítico, ético e intercultural
frente aos conflitos apresentados. Por ser constituída de narrativas curtas que se
relacionam com a vida cotidiana, possibilita a interação dos participantes do projeto.
CONTEÚDO
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa cita que: a literatura como
produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social. O letramento é
imprescindível já que a leitura e escrita se fazem necessários a todos os campos do
conhecimento. Assim, para que isto aconteça os objetivos a serem desenvolvidos foram
traçados e entrelaçados. A Atividade de retextualização envolvida no projeto abarca
relações entre fala e escrita, que são duas modalidades pertencentes ao mesmo sistema
lingüístico: o sistema da Língua Portuguesa. Considera-se que entre elas há diferenças
estruturais, porque diferem nos seus modos de aquisição, nas suas condições de
produção, transmissão, recepção e uso, e nos meios através dos quais os elementos de
estrutura são organizados. Tem-se evidenciado que há contextualização e
descontextualização, tanto na comunicação oral como na escrita, e isto é determinado
pelo maior ou menor envolvimento que se tem com aquilo de que se está falando ou
sobre o que se está escrevendo. É possível ter uma mesma narrativa de formas bem
diferenciadas: no oral, ela pode apresentar-se altamente envolvente e contextualizada;
na escrita, porém apresentar-se distanciada, explícita, descontextualizada. As diferenças
entre fala e escrita não se esgotam, pois entre a fala e a escrita há diversos processos de
construção. Muitos autores como Maruchi (2001) e Fávero et al (2003), dedicaram–se a
observar a escola do vocabulário e da estrutura léxica como método para distinguir a
linguagem falada da escrita. Na verdade, tanto a fala como a escrita, vai do nível mais
informal ao mais formal, passando por graus intermediários. As marcas pretendidas aqui
ocorrerão de formas variadas e, de acordo com o tema focalizado na fábula em que as
equipes estiverem desenvolvendo suas pesquisas. A elaboração transcorrerá em uma
seqüência.
OBJETIVOS:
Desenvolver a leitura, a escrita e a oralidade tendo vista a importância da
língua portuguesa enquanto ferramenta de comunicação e base para aquisição do
conhecimento nas demais disciplinas. Despertar o gosto pela leitura de maneira que o
aluno também desenvolva o gosto pela escrita. Estimular o senso crítico de maneira que
o aluno se transforme em um ser pensante e atuante no meio em que vive.
ENCAMINHAMENTOS
Professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os
estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras
significações que permitiam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia
em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio
social, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. Nesse intuito cabe a nós,
incentivar, possibilitar aos alunos a reflexão e ao entendimento e que a leitura é fonte de
informações, de prazer e de conhecimento. Que possa lhes proporcionar momentos
prazerosos, na complexa tarefa do ensino e aprendizagem da linguagem em escrita e que
estabeleça uma relação harmoniosa entre professor, aluno e texto. Que este, contato do
aluno com a língua escrita não ocorra apenas pela codificação, mas que favoreçam o
desenvolvimento intelectual e emocional de cada participante. Construindo o senso
crítico e a capacidade de concentração e acima de tudo, assimile hábitos de valorização
da vida.
INFRAESTRUTURA
Biblioteca. Tv pen drive, laboratório de informática,01 máquina fotográfica
digital para filmagens e fotos, 01 data show cd ROM rádio cd.
RESULTADOS
Considerando esses processos, na contemporaneidade, o desafio do professor
de Língua Portuguesa e Literatura é tornar a leitura atrativa quanto os meios de
comunicação e meios de entretenimento. A escola, hoje, tornou-se um ambiente
centralizador de informações, pois nela reúnem-se alunos e professores que assistem a
programas de televisão, ouvem rádio, conectam-se na web e, por conseqüências, tem
muito que discutir sobre as informações acumuladas, neste prisma esperamos a
participação e principalmente que o aprendizado dos alunos sejam condizentes com o
que está sendo proposto e que a leitura e a escrita tornem-se fundamentais à
aprendizagem. Espera se também a colaboração e participação dos professores e equipe
pedagógica e dos pais.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Alunos cujos pais permaneçam no trabalho tempo integral, deixando os filhos a
sós. Acreditamos que além de necessitarem de atenção precisam de maior apoio nas
atividades inerentes a oralidade, escrita e leitura. Ideal sua permanência na escola,
cercados de cuidados, atenção e cultura.
Assiduidade, interesse, perspicácia, honestidade, perseverança, educação
moral, intelectual e cívica.
Boa convivência com todos os turnos, professores, equipe pedagógica,
secretaria, serviços gerais.