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PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES
CASTURINA CAMPANHARO BONFIM
PITANGA
2017
Parecer do NRE de aprovação do Projeto Político Pedagógico e Propostas
Pedagógicas Curriculares
nº __________________de _____/_____/_______.
ARTE
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
Apresentação da Disciplina
A arte é o produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas
diversas culturas. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência
individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de
conhecimento. Sendo assim, a Arte é um processo de humanização e
transformação. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das
diferentes linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço
escolar, possibilita a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da
sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos
estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa razão se faz necessário
a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados. Nesta
área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e
compreender os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas
diferentes realidades culturais.
O objeto de estudo da disciplina de Arte é o conhecimento estético e
conhecimento das produções artísticas e tem como características centrais a criação
e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão
artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito
criador e simultaneamente, transcende-o, pois o objeto criado é portador de
conteúdo social e histórico e como objeto concreto é uma nova realidade social”
(PEIXOTO, 2003, p. 39). Esta característica da arte ser criação é um elemento
fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do
conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de
novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. Assim, o
desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão artística,
tem uma direta relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas.
Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para
humanização dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e
repressão à qual os sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua
especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre
as disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade no trabalho
pedagógico. Por isso, essa dimensão do conhecimento deve ser entendida para
além da disciplina de Arte, bem como as dimensões filosófica e científica não se
referem exclusivamente à disciplina de Filosofia e às disciplinas científicas. Essas
dimensões do conhecimento constituem parte fundamental dos conteúdos nas
disciplinas do currículo da Educação Básica, tendo como objetivos:
Propiciar uma aproximação e uma reflexão sobre a diversidade de
manifestações culturais, desvelando o que foi produzido pelo homem para dar
significado as suas ações e ao mundo que o rodeia e o envolve;
Expressar e saber comunicar-se em Arte mantendo uma atitude de
busca pessoal e coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em
Arte (Artes visuais, dança, música, teatro), experimentando-os e conhecendo-os de
modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;
Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística
pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas,
no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções;
Compreender e saber identificar a arte como fato histórico
contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar
as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e
do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e
estéticos;
Observar as relações entre homem e a realidade com interesse e
curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte
de modo sensível;
Buscar e saber organizar informações sobre a arte em contato com
vários artistas, documentos, acervos nos espaços da escola e fora dela (livros,
jornais, ilustrações, vídeos, CD, cartazes,...) e acervos públicos (museus, bibliotecas,
videotecas, centros culturais), reconhecendo e compreendendo a variedade dos
produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes
culturas e etnias;
Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens
como meio de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados,
expressão, comunicação e informação;Confrontar opiniões e pontos de vista sobre
diferentes linguagens e suas manifestações específicas;
Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com os seus contextos, mediante a natureza, função,
organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção
e recepção;
Respeitar e preservar as diferentes manifestações das linguagens
utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização, usufruir do
patrimônio nacional e internacional, com suas diferentes visões de mundo, e
construir categorias de diferenciação, apreciação e criação;
Utilizar-se de linguagens como meio de expressão, informação e
comunicação em situações intersubjetivas;
Recuperar pelo estudo, as formas instituídas do imaginário coletivo,
patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas no
eixo temporal e espacial;
Desenvolver projetos buscando o conhecimento científico e social para
que o aluno sinta-se sujeito histórico, crítico, no meio em que está inserido;
Articular as redes: diferenças e semelhanças entre as linguagens e
seus códigos; e considerar as linguagens e suas manifestações como fonte de
legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como
forma de expressão dos sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida
social.
Conteúdos básicos, específicos e estruturantes para a Disciplina de Arte no
Ensino Fundamental séries finais
6° Ano
Artes Visuais
Elementos Formais
Ponto – Tipologia
Linha – Conceito e Tipologia
Formas Básicas – Regulares e Irregulares
Cor – pigmento
Textura – Tátil e Gráfica
Gêneros:
Paisagem
Natureza morta
Retratos
Cenas históricas
Movimentos e Períodos:
Arte Rupestre
Arte Indígena
Arte Africana
Arte Paranaense
Música
Elementos Formais:
Altura – grave/agudo
Duração – longo/curto
Timbre – “cor” do som
Intensidade – forte/fraca
Densidade – muitos/poucos sons
Composição:
Ritmo
Melodia
Escalas: ditatônica, pentatônica, cromática e improvisação.
Movimentos e Períodos: Pré-histórica, Greco-romana, Oriental, Ocidental e
Africana.
Teatro:
Elementos Formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Composição:
Enredo, roteiro.
Espaço cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,
máscaras...
Gênero: tragédia, comédia, circo.
Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Teatro Ocidental, Teatro
Medieval, Renascimento.
Dança:
Elementos Formais:
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Composição: kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo (livre,
interrompido), rápido e lento, formação, níveis (alto, médio e baixo), deslocamento
(direto e indireto), dimensões (pequeno e grande).
Técnica: improvisação, direções.
Gênero: circular, folclórico, popular e étnica.
Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Renascimento e Dança
Clássica.
7º Ano
Artes Visuais
Elementos Formais:
Linha – Figurativo/Fundo
Forma – Imagens bidimensionais e tridimensionais
Ponto
Linha
Cores quentes e frias, complementares.
Textura
Luz
Composição:
Proporção, tridimensional, figura fundo, abstrata, perspectiva, ritmo visual.
Técnicas: pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura...
Gêneros:
Natureza morta, fotografia,
Retrato e paisagem.
Movimentos e períodos:
Arte indígena, Arte Popular Brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco,
Indústria Cultural e Arte Contemporânea.
Música
Elementos Formais:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição:
Ritmo
Melodia
Escalas
Gênero: folclórico, indígena, popular e étnico.
Técnicas: vocal, instrumental, mista e improvisação.
Movimentos e Períodos:
Música Popular étnica (ocidental e oriental).
Teatro
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Composição: representação leitura dramática, cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
Gêneros: rua, arena, caracterização.
Movimentos e Períodos:
Comédia de dell „arte, Teatro Popular, Brasileiro, Paranaense, Indígena e Africano.
Dança
Elementos Formais:
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição:
Ponto de Apoio, Rotação, coreografia, salto e queda, peso (leve, pesado, fluxo livre,
interrompido e conduzido, lento, rápido e moderado, níveis alto, médio e baixo,
formação, direção.
Gêneros: folclórica, popular e étnica.
Movimentos e Períodos: Dança Popular Brasileira, Paranaense, Africana e
Indígena.
8º Ano
Artes Visuais
Elementos Formais:
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição:
Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação.
Técnicas: desenho, Grafite, fotografia, áudio visual, mista.
Movimentos e Períodos:
Indústria Cultural, Arte no século XX, Arte Contemporânea.
Música
Elementos formais:
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Intensidade
Composição:
Ritmo, melodia e harmonia.
Tonal, modal e afusão de ambos
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Movimentos e Períodos:
Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock e Tecnológica.
Teatro:
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Composição: representação no cinema e mídias, texto dramático, maquiagem,
figurino, sonoplastia e roteiro.
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica....
Movimentos e Períodos:
Indústria cultural
Realismo, expressionismo, Cinema Novo: Vanguardas.
Dança
Elementos Formais:
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição:
Giro, rolamento, saltos.
Aceleração, desaceleração, direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)
Improvisação, coreografia, figurino e sonoplastia.
Gêneros:
Indústria Cultura e espetáculo.
Movimentos e Períodos:
Hip Hop, musicais, Expressionismo, Indústria Cultural e Dança Moderna, Dança
Clássica e Circense.
9º Ano
Artes Visuais
Elementos Formais:
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição:
Bidimensional, Tridimensional, figura fundo, ritmo visual
Técnicas: pintura, instalação, grafite, performance...
Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano.
Movimentos e Períodos:
Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-Americana, Hip Hop.
Música
Elementos formais:
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Intensidade
Composição:
Ritmo, melodia e harmonia.
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Gêneros: Popular, Folclórico e Étnico.
Movimentos e Períodos:
Música engajada, Música Popular Brasileira, Música Contemporânea.
Teatro:
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Composição:
Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro Fórum...
Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.
Movimentos e Períodos
Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo e
Vanguardas.
Dança
Elementos Formais:
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição:
Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos, extensão
(perto e longe), coreografia, deslocamento.
Gênero: performance, dança de salão, de espetáculo e moderna.
Movimentos e Períodos:
Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea.
Conteúdos básicos para a Disciplina de Arte no Ensino Médio
No Ensino Médio a proposta é uma retomada dos conteúdos do Ensino
fundamental e aprofundamento destes outro conteúdos de acordo com a experiência
escolar e cultural dos alunos do Ensino Médio (DCE'S). Os conteúdos do 1° e 2º
Ano do ensino médio, estão selecionado em todas as áreas, relacionando o
conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.
1º ANO
ARTES VISUAIS
Elementos Formais:
Linha
Forma
Superfície
Volume
Luz
Cor
Composição:
Bidimensional, Tridimensional, Figurativo, Abstrato, Perspectiva...
Técnica: pintura, desenho, gravura, escultura, história em quadrinhos...
Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas históricas...
Movimentos e Períodos: Arte Pré-histórica, Arte Ocidental, Oriental, Arte Africana,
Arte Brasileira e Paranaense.
MÚSICA:
Elementos formais:
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Intensidade
Composição:
Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas: diatônica, pentatônica,
Técnicas: Vocal, Instrumental e mista.
Gêneros: Clássico, Popular, Folclórico.
Movimentos e Períodos:
Música Popular Brasileira, Africana e Indígena, Ocidental, Oriental, Popular,
Paranaense.
TEATRO:
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Composição:
Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mímica, Pantomima...
Gêneros: Tragédia, comédia...sonoplastia, figurino, caracterização, iluminação,
direção produção.
Movimentos e Períodos
Teatro Greco-romano, Teatro Essencial, Teatro Popular, Commédia Dell' arte, Teatro
Paranaense e brasileiro, Popular , Industria cultural.
DANÇA:
Elementos Formais:
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição:
Kinesfera, Ponto de Apoio, Movimentos Articulares: Lento, Rápido e Moderado,
Aceleração, Desaceleração, rolamento, lento, médio e rápido, níveis, deslocamento,
direções, planos, coreografia.
Gênero: Folclórico, Étnica e Popular.
Movimentos e Períodos:
Pré-história, Greco-Romana, Medieval, Dança Popular, Dança Paranaense, Dança
Brasileira, Dança Africana, Dança Indígena.
2º ANO ENSINO MÉDIO
ARTES VISUAIS
Elementos Formais:
Linha
Forma
Superfície
Volume
Luz
Cor
Composição:
Figura e fundo, semelhanças, contrastes, ritmo visual, simetria, deformação e
estilização.
Técnica: modelagem, instalação, performance, escultura e arquitetura.
Gênero: natureza morta, religiosa, da mitologia.
Movimentos e Períodos: Arte Popular e de vanguarda, Indústria Cultural,
Contemporânea e Latino Americana
MÚSICA:
Elementos formais:
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Intensidade
Composição:
Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas modal, tonal e fusão de ambos.
Técnicas: Eletrônica, informática e mista, improvisação.
Gêneros: Clássico, Popular, Folclórico, étnico e pop
Movimentos e Períodos
Indústria cultural, engajada, vanguarda, africana e latino americana.
TEATRO:
Elementos formais:
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Composição:
Técnicas: Jogos teatrais, Ensaio, Teatro Fórum, roteiro, encenação e leitura
dramática.
Gêneros: Tragédia, comédia...sonoplastia, figurino, caracterização, iluminação,
direção produção, drama e épico, dramaturgia, representação nas mídias, cenografia
e sonoplastia.
Movimentos e Períodos
Teatro de vanguarda, dialético, oprimido, pobre, engajado e latino-americano.
DANÇA:
Elementos Formais:
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição:
Kinesfera, Ponto de Apoio, Movimentos Articulares: Lento, Rápido e Moderado,
Aceleração, Desaceleração, rolamento, lento, médio e rápido, níveis, deslocamento,
direções, planos, coreografia, improvisação, fluxo, peso, eixo, salto e queda, giro.
Gênero: Espetáculo, Indústria cultural e salão.
Movimentos e Períodos:
Renascimento, Hip Hop, Indústria cultural, moderna, vanguardas e contemporânea.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam
presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da
Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas, como, por que e o que será trabalhado. Dessa forma, devem-se
contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização
pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos.
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte.
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou
pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,
espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
O encaminhamento dos conteúdos deverá considerar alguns pontos
norteadores da prática do ensino de arte como as produções e manifestações
artísticas presentes na comunidade e demais dimensões da cultura em seus bens
materiais e imateriais, contemplando a História Cultura Afro-brasileira, africana e
indigena (Lei n°11.645/08), Prevenção ao uso indevido de drogas;Sexualidade
humana;Educação Ambiental L.F (Lei n°9795/99) Dec.4201/02; Programa Nacional
de Educação Fiscal (Portaria 413/2002);Enfrentamento á violência contra a criança e
o adolescente;Direito das crianças e adolescentes L.F no 11525/07;Educação
tributária Dec.Nº 1143/99 portaria nº 413/02, e Educação em direitos Humanos -
Resolução nº 01 de 30/05/2012 do Conselho Nacional de Educação,serão
trabalhados sempre que possível em aulas que possibilitem a inserção de temáticas
que abordem estes assuntos na busca da ampliação de seus saberes; a viabilização
de situações de aprendizagem.
Por meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artística e de
reflexões sobre as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver
saberes que os levam a compreender e envolver-se com decisões estéticas,
apropriando-se, nessa área, de saberes culturais e contextualizadas referentes ao
conhecer e comunicar em arte e seus códigos. Nas aulas de Arte, há diversos
modos de aprender sobre as elaborações estéticas presentes nos produtos artísticos
de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais e sobre as possibilidades
de apreciação desses produtos artísticos nas diferentes linguagens.
Sendo assim, é importante o trabalho com as mídias, que fazem parte do
cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública, bem como
o uso de recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como: imagens, audio
visuais, TV Multimídia,multi- mídia revistas, rádio, laboratório informática, internet,
música, cinema....
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com
o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar
as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é
parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para
as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve
professor e aluno no acesso ao conhecimento.
Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa
como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de
conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No
cotidiano das aulas, isso significa que: é importante a compreensão de que uma
atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se
diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm o intuito de ensinar; no Plano
de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele
período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação
por série, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades,
tendo em vista a reorganização do trabalho docente; os critérios de avaliação devem
ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a
dimensão do que se avalia.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
ARTES VISUAIS:
Identificar as formas geométricas nos planos bidimensional e tridimensional
contidos no seu cotidiano.
Compreender as cores na sua totalidade, tanto no ponto do vista físico como
na pigmentação, relacionando com o espectro solar.
Relacionar as dimensões nos planos bidimensional e tridimensional em
imagens e formas diversas nos períodos históricos, contextualizando com a
modernidade.
Conceituar e compreender o papel da arte ao longo da história.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de
transformação social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular
e social.
Apropriação teórica e prática de técnicas, tecnologias e modos de
composição visual nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e
consumo.
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua
função social e ideológica de veiculação e consumo.
MÚSICA:
Identificar os elementos sonoros e os diversos sons da realidade.
Reconhecer os elementos que compõem a música, a partir da análise das
músicas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua
relação com o movimento artístico no qual se originaram, bem como, com a
sociedade contemporânea.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos
e harmônicos.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
TEATRO:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua
relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo
presentes no cotidiano.
Reconhecer e interpretar histórias.
Interpretar histórias, observando os elementos formais do teatro.
Improvisar e compreender o espaço cênico, os sonoros e visuais.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
DANÇA:
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua
relação com o movimento artístico no qual se originaram.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
dança nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e
práticas contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:
trabalhos artísticos individuais e em grupo;
leitura e composição crítica de imagens audiovisuais;
pesquisas bibliográficas e de campo;
pesquisa no laboratório de informática:
debates em forma de seminários e simpósios;
provas orais, escritas teóricas e práticas;
exposição dos trabalhos
registros em forma de audiovisuais, desenhos, imagens, montagens,
recorte, colagens, bidimensionais e tridimensionais e outros.
Registros em forma de relatórios, portfólio, caderno, observando
adaptações curriculares.
É preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que o
aluno aprenda, dentre elas, a recuperação paralela é de fundamental importância,
que é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os
encaminhamentos metodológicos, critérios e instrumentos avaliativos para assegurar
a possibilidade de aprendizagem.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de
investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos
e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino,
enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos
estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao
professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento
dos processos cognitivos.
A disciplina de Arte trabalha com processos de contextualização histórica,
comparação, discussões, observação, análise, leituras, releituras e composição. A
avaliação também pode ser realizada ao término de um conjunto de atividades que
compõem uma unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu. Por
outro lado, é de fundamental importância que o professor discuta seus instrumentos
avaliativos, métodos e procedimentos de avaliação junto com todas as pessoas
envolvidas no processo.
Referências Bibliográficas CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história & produção: arte brasileira. São Paulo: FTD, 1997. COCCO, Maria Fernandes; HAILER, Marco Antonio. Análise, linguagem e pensamento: a diversidade de textos numa proposta sócioconstrutivista. São Paulo: FTD, 1993. PARANÁ. REGIMENTO ESCOLAR. CEEBJA – PITANGA. SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. Histórias do cotidiano paranaense. Curitiba: Letraviva, 1996. SCHIMIDT, Mário. Nova História crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999 KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica, Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006. Ferrrari, Solange Santos dos Utuari, Libâneo, Daniela L., Sardo Fabio e Ferrrari, Fernando Pascoal. Por toda Parte - Livro Didático Público de Arte volume único ( ensino médio) - São Paulo. Editora FDT, 2013.
BIOLOGIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
Baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos do Estado do
Paraná, elaborada por professoras da rede Estadual do NRE de Pitanga.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A disciplina de Biologia é a ciência que têm como objeto de estudo o
fenômeno “VIDA”.
A história da Ciência não é recente, e muitos foram os conceitos elaborados
para tentar definir o Fenômeno Vida. Desde a antiguidade vários foram os
estudiosos que desenvolveram teorias na tentativa de explicar tal fenômeno. Um dos
primeiros pensadores foi Aristóteles, que deixou contribuições no que diz respeito à
organização dos seres vivos. Nessa época vigorava a concepção teocêntrica que
preconizava Deus como responsável por aquilo que não podia ser explicado. Nesse
contexto, conceitua-se Vida a expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional
numa atitude contemplativa pautada pelo método da observação e descrição,
caracterizando o pensamento biológico descritivo.
Na sequência histórica surge uma nova visão, substituindo contemplação pela
investigação, visando com isso a explicação sobre a origem da Vida. Muito se
discutiu a respeito, não sendo possível entretanto o estabelecimento de conclusões,
pois os conhecimentos desenvolvidos até então não permitiam definições sobre a
natureza evolutiva. Nesse período a Biologia fracionou os organismos vivos em
partes menores, tentando compreender o funcionamento de cada parte. É o período
chamado de pensamento biológico mecanicista.
As ideias anteriores foram confrontadas a partir de evidências sobre a
extinção de espécies. Percebeu-se que o mundo não era estático, que havia
evolução entre os seres vivos. Ideias apresentadas por Darwin e Lamarck, e mais
tarde por Mendel, contribuíram para se chegar a conclusões de que haveria
ancestralidade comum entre os seres vivos e que as características seriam
transmitidas de pais para filhos, e o progresso da Biologia se firmou com a
proposição da teoria celular e a constatação de que todos os seres vivos eram
formados por células. Mais tarde há a confirmação por novos geneticistas, dos
trabalhos de Mendel, contribuindo para a construção de um modelo explicativo dos
mecanismos evolutivos, ligados ao material genético, sob a influência do
pensamento biológico evolutivo.
A partir das ideias anteriores caminha-se para o pensamento biológico da
manipulação genética. Verifica-se então a ampliação da área de atuação da Biologia,
trazendo, por exemplo, a biologia molecular como centro de interesse da atualidade.
Esses avanços permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e
interferiram no pensamento biológico evolutivo, pois ao conhecer, por exemplo, a
estrutura e função dos cromossomos e possibilidade de desenvolver novas técnicas,
permitindo compreender, manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres
vivos e as consequentes alterações biológicas.
Há que se considerar que tais conhecimentos geram conflitos filosóficos,
sociais e científicos e trazem a tona discussões sobre a manipulação genética e
suas implicações sobre o fenômeno Vida, mas toda essa discussão contribui para o
progresso do pensamento biológico da manipulação genética.
Esse breve contexto histórico, pretende mostrar a construção do pensamento
biológico, o qual contribuiu para a escolha dos Conteúdos Estruturantes da disciplina
de Biologia: Organização dos Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e
Manipulação Genética, sendo estes interdependentes e não passiveis de seriação e
hierarquização. Pretende-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada,
destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando -
os a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia.
Diante de todo o exposto objetiva-se com o estudo da disciplina de Biologia:
Oportunizar o estudo da Vida em toda sua diversidade de manifestações,
caracterizada por um conjunto de processos organizados e integrados, no nível
celular de um indivíduo, ou ainda do organismo no seu meio.
Permitir ao aluno, lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las,
refleti-las, quando for o caso, enfim interagir no mundo com autonomia, fazendo uso
dos conhecimentos adquiridos da Biologia.
Compreender os conhecimentos biológicos, como produto histórico,
indispensáveis à prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e
explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação
desta realidade.
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Organização dos Seres Vivos
Classificação dos seres vivos e
critérios taxonômicos e
filogenéticos.
Mecanismos Biológicos
Teoria celular, mecanismos
celulares, biofísicos e
bioquímicos;
Mecanismos de
desenvolvimento embriológico;
Sistemas biológicos: anatomia,
morfologia e fisiologia.
Biodiversidade
Dinâmica dos ecossistemas:
relações entre seres vivos e a
interdependência com o
ambiente;
Teorias evolutivas.
Manipulação Genética
Transmissão de características
hereditárias;
Organismos geneticamente
modificados.
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Propõe a descrição dos seres vivos buscando ampliar as discussões para a
comparação das características estruturais, anatômicas e comportamentais dos
seres, partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo
em constante mudança.
Classificação dos seres vivos
Estudos microscópicos
Avanços da Biologia no campo celular
Funcionamento dos órgãos e sistemas
Genética evolutiva e ecológica
Manipulação do material genético
Diversidade biológica, aparecimento ou extinção.
MECANISMOS BIOLÓGICOS
O paradigma mecanicista fundamenta em explicar os mecanismos biológicos,
permitindo analisar como os sistemas biológicos funcionam.
Sistemas orgânicos dos seres vivos
Teoria celular, atividades, estrutura e funções
Componentes celulares
Funções e funcionamento dos sistemas dos seres vivos
Organismos unicelulares e pluricelulares
BIODIVERSIDADE
Fundamenta-se no paradigma evolutivo caracterizando a diversidade da vida
como um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma
célula, de um indivíduo, ou, ainda de organismos no seu meio, baseado em
compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como forma de
explicar a diversidade dos seres vivos.
Variabilidade genética e diversidade
Teoria sintética da evolução
Seleção natural
Ecologia
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Caracteriza-se no paradigma da manipulação genética garantindo a reflexão
sobre tais para o desenvolvimento da sociedade tendo uma visão crítica.
Engenharia genética sobre a vida
Biologia molecular
Genética molecular
Biotecnologia, fertilização in vitro, células tronco, clonagem, eutanásia,
transgênicos;
Leis 10649 e 11645- Cultura afro-brasileira, africana e indígena;
Gênero e diversidade sexual;
Teoria celular, mecanismos celulares, biofísicos e bioquímicos.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
Classificação dos seres vivos e critérios taxonômicos e filogenéticos
Transmissão de características hereditárias
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Teorias evolutivas
Organismos geneticamente modificados.
METODOLOGIA
É de fundamental importância fazer com que o aluno entenda-se como ser
vivo que faz parte do Universo científico e tecnológico, inter-relacionando-se com
fatores bióticos e abióticos para a compreensão do Fenômeno Vida. Dessa forma
cabe aos professores, levar os alunos a compreender a sua relação com a
biodiversidade do planeta, relacionando-o com o meio, acompanhando as mudanças
que ocorrem, respeitando a realidade de cada um.
Destacam-se então os currículos escolares que visem uma perspectiva
diferenciada para produção do conhecimento científico tendo como base a disciplina
escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos, sempre respeitando os
eixos articuladores da EJA: Trabalho, Cultura e Tempo.
É necessário ressaltar a relação professor-aluno através de trocas de
experiências que engrandeçam o ensino aprendizagem no sentido de educar para
vida, tomando o aluno um cidadão crítico de seus direitos e deveres com autonomia.
O trabalho com os Conteúdos Estruturantes deve se desenvolver de uma
forma integrada dentro de cada conteúdo específico não devendo ocorrer de forma
fragmentada. Consideram-se essenciais os conhecimentos sobre Organização dos
Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e Manipulação Genética, de
maneira que tenham abordagens várias e permitam a contextualização histórica,
social e política, fazendo sentido para os alunos nas realidades regionais, culturais e
econômicas, colaborando com a formação cidadã.
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes
estratégias metodológicas de ensino sendo: Prática social que objetiva-se em
identificar, e dar significado as concepções alternativas do aluno partindo deste
pressuposto detectar-se-á e apontar-se-á problematizações que sejam sanadas no
âmbito da prática social para que se possa resolver questões exigidas sobre este
conhecimento. A instrumentalização contribui para que o aluno assimile e transforme
os conteúdos sistematizados em instrumentos de construção pessoal e profissional,
desta forma à aproximação e o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em
questão, torna-se uma ação de conscientização. O professor fará uso de recursos
tecnológicos audiovisuais como: Internet, vídeo, TV, projetor multimídia, som,
microscópio, lupas, modelos pedagógicos, mapas, etc.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e
racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e
do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei
11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-brasileira e Indígena ao Currículo
de Ensino Fundamental e Médio.
Ainda, serão trabalhados os desafios educacionais contemporâneos:
Enfrentamento à violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas e
também o tema gênero e diversidade sexual.
Quanto a Educação do Campo, os temas a serem trabalhados nessa escola
devem ser ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do campo, e as
diferentes disciplinas, (Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia,
Ciências, etc.), devem preparar os estudantes em habilidades humanas comuns a
todas as escolas e conteúdo específicos, de acordo com as características regionais,
locais, econômicas e culturais da comunidade onde a escola está inserida.
Muitas vezes, a escola trabalha conteúdos fragmentados, ideias soltas, sem
relação entre si e muito menos com a vida concreta; são muitos estudos e atividades
sem sentido, fora de uma abordagem mais ampla, que deveria ser exatamente a de
um projeto de formação humana.
Para que a escola cumpra essa tarefa, é necessário que a escolha dos
conteúdos de estudo e a seleção de aprendizados a serem trabalhados em cada
momento não seja aleatória, mas feita dentro de uma estratégia mais ampla de
formação humana.
Estas ações contribuirão para uma prática social, com o saber concreto e
pensado para atuar e transformar as relações de produção. Buscam-se a formação
do sujeito crítico, reflexivo e analítico, superando concepções pedagógicas
anteriores, visando a compreensão do Fenômeno Vida.
AVALIAÇÃO
Será diagnóstica e contínua utilizando-se de atividades práticas, participativas,
descritivas (orais e escritas), levando-se em conta a participação e a
responsabilidade, reelaborando sua visão de questionar, assegurando o domínio da
realidade. Utilizar a avaliação como instrumento de aprendizagem que permita
fornecer um feedback, adequado para promover o avanço na aprendizagem, bem
como favorecer para que efetivamente ocorram as mudanças necessárias no
processo avaliativo dos alunos. A avaliação deverá ser usada como instrumento
reflexivo de ações pedagógicas, possibilitando observar avanços e dificuldades a fim
de promover a superação dos obstáculos. Com alunos especiais inclusos serão
ofertadas atividades diferenciadas de acordo com o nível de cada um, respeitando a
sua individualidade.
No decorrer do processo serão realizadas atividades de recuperação
concomitante, garantindo o direito de aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Biologia do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Jovens e adultos do Estado do Paraná. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias / Ministério da Educação – Brasília. Ministério da Educação / Secretaria da Educação Média e Tecnológica, 1999. Livro Didático Público – Biologia Ensino Médio – Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná. SANTOS, Maria Ângela dos. Biologia Educacional. Editora Ática, 17ª edição. 4ª impressão, 2005. JUNQUEIRA, Luiz C., CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular. Editora Guanabara Koogan, 8ª edição. KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. Editora Edusp, 4ª edição. JOLY, Aylthon Brandão. Botânica, Introdução à Taxonomia Vegetal. Campanhia Editora Nacional, 13ª edição. LOPES, Sônia. Biologia, Volume I, II, III e IV. Ed. Saraiva – 5ª edição, 1996. SILVA JÚNIOR, César da e SASSON, Sezar. Biologia. Volume I, II, III. E. Saraiva. São Paulo; 2005. Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar do CEEBJA. Caderno de Expectativas da Aprendizagem.
CIÊNCIAS
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
1.FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os
fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida.
A Natureza legitima então, os objetos de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma
maneira de enunciar tal forma de legitimação (LOPES, 2007). Chauí (2005)
corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos
franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como:
tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido.
Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber
distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas,
bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As
relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas
formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos
seus recursos.
A disciplina de Ciências se constitui em um conjunto de conhecimentos
científicos necessários para compreender o que resulta da investigação da natureza
e suas interferências no mundo. Por isso estabelece relações entre os diferentes
conhecimentos físicos,químicos e biológicos e biológicos e o cotidiano. Organiza-se
como um processo de construção humana, provisória, falível e intencional dentro
dos conteúdos estruturantes; astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e
biodiversidade, que desdobram em conteúdos específicos.
Nas Diretrizes Curriculares 2008 são apresentados cinco conteúdos
estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
ASTRONOMIA: É uma das ciências de conhecimento sobre a dinâmica dos
corpos celestes, traz discussões sobre os modelos geocêntricos e heliocêntricos,
bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos que
envolvem tais discussões. Possibilita estudos e discussões sobre a origem e
evolução do Universo.
MATÉRIA: Este conteúdo propõe abordagem de conteúdos específicos que
privilegiam o estudo da constituição dos corpos entendidos tradicionalmente como
objetos materiais quaisquer que se apresentem a nossa percepção. Envolvem
conteúdos com conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição
e propriedade da matéria e suas relações como objeto de estudo da disciplina de
Ciências.
SISTEMAS BIOLÓGICOS: Aborda a constituição dos sistemas orgânicos e
biológicos, suas características especificas de funcionamento, desde os
componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos
sistemas que constituem os diferentes tipos de seres vivos. Amplia-se a discussão
para uma visão evolutiva permitindo a comparação e inter-relações entre os
sistemas dos seres vivos.
ENERGIA: Possibilita a discussão do conceito de energia dentro da história
da ciência, propondo a busca de novos conhecimentos no que se refere as suas
várias manifestações.
BIODIVERSIDADE: Compreender a biodiversidade em toda sua
complexidade implica compreendê-la não só enquanto número de variedade de
espécies viventes, mas um processo integrado e dinâmico envolvendo essas
espécies em suas múltiplas inter-relações, inseridas no ambiente ao qual se
adaptaram, bem como os processos evolutivos, das espécies extintas àquelas que
têm sofrido mutações ao longo do tempo para se adaptarem.
Segundo as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a
Rede Estadual de Ensino, o trabalho pedagógico é fundamentado pela Pedagogia
Histórico – Crítica, na qual o método é a Prática Social dos Conteúdos,
fundamentada pela especificidade da disciplina de Ciências fundamentada em
Krasilchik (1987).
Krasilchik (1987) fundamenta a prática docente ressaltando que o
encaminhamento metodológico para a disciplina de Ciências abre possibilidades de
métodos diversificados, portanto não pode ficar restrito a um único método,
superando desta forma as práticas pedagógicas centradas na memorização ou em
aulas de laboratório que visam somente à comprovação de teorias e leis
apresentadas previamente ao educando através da exposição dos conteúdos.
Considerando a diversidade de métodos, a organização metodológica da
aula seguirá os passos da Didática da Prática Social dos Conteúdos (GASPARIN,
2005): Prática Social Inicial (Diagnóstico do conhecimento prévio do estudante sobre
o conteúdo); Problematização (apresentação de questionamentos de
situações/exigências sociais do conteúdo/conhecimento em diferentes dimensões –
social, cultural, econômica, histórica, outros); Instrumentalização (momento de
construção de conceitos do conteúdo/conhecimento); Catarse (fase de elaboração
de novos conhecimentos/avaliação); Prática Social Final (aplicabilidade do
conhecimento construído na vida social), ou seja, prática docente desenvolvida pela
perspectiva da prática – teoria – prática.
Assim, ao valorizar o pluralismo metodológico enquanto recurso
metodológico no ensino de Ciências considera-se necessário ampliar os
encaminhamentos na abordagem dos conteúdos de modo que os estudantes
superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cotidiana,
internalizando novos conceitos na sua estrutura cognitiva, fazendo da aprendizagem
dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento
de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui um
significado. Essa aprendizagem também pressupõe que o material a ser aprendido
seja potencialmente significativo e que o aprendiz manifeste uma disposição de
relacionar o novo material de maneira substantiva e não arbitrária a sua estrutura
cognitiva
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de
Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo
estruturante, de acordo com o encaminhamento e metodologias, garantindo a
articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da
disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações,
envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de
conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais.
Serão inseridos ainda conteúdos obrigatórios conforme Instrução nº 009/2011
– SUED/SEED: História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas; Sexualidade humana. Educação
ambiental LF nº 9795/99, Dec. 4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à violência
contra criança e o adolescente; Direito das crianças e adolescentes, LF nº 11525/07;
Educação Tributária Dec. nº 1143/99, Portaria nº 413/02, e Educação em Direitos
Humanos – Resolução nº 01 de 30/05/12 do Conselho Nacional de Educação, serão
trabalhados no decorrer dos anos do Ensino Fundamental Fase II e sempre que
possível nas aulas que possibilitem a inserção dessas temáticas.
Quanto a Educação do Campo, os temas a serem trabalhados nessa escola
devem ser ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do campo. Mas as
diferentes disciplinas, ( Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia,
Ciências, etc.), que preparam os estudantes em habilidades humanas comuns a
todas as escolas e conteúdos específicos, de acordo com as características
regionais, locais, econômicas e culturais da comunidade onde a escola está inserida.
Muitas vezes, a escola trabalha conteúdos fragmentados, ideias soltas, sem
relação entre si e muito menos com a vida concreta; são muitos estudos e atividades
sem sentido, fora de uma abordagem mais ampla, que deveria ser exatamente a de
um projeto de formação humana.
Para que a escola cumpra essa tarefa, é necessário que a escolha dos
conteúdos de estudo e a seleção de aprendizados a serem trabalhados em cada
momento não seja aleatória, mas feita dentro de uma estratégia mais ampla de
formação humana.
Não se trata de propor algum modelo pedagógico para as escolas do campo,
mas sim de construir coletivamente referências para processos pedagógicos a
serem desenvolvidos pela escola, que lhe permitam ser obra e identidade dos
sujeitos que ajuda a formar, com traços que a identifiquem com a concepção da
Educação do Campo, proposta no Projeto Político Pedagógico da escola.
A disciplina de Ciências propõem encaminhamentos metodológicos que
estabeleçam uma articulação entre os conteúdos trabalhados nas relações
conceituais, relações interdisciplinares e contextuais. Para tanto, as práticas
pedagógicas do professor devem estar pautadas no pluralismo metodológico.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo
disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações
atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de
Ciências reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos,
dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser
utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final, partindo
da prática social dos alunos, do que eles já trazem de conhecimentos.
No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto
para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica. Abordar, assim
três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a
atividade experimental.
O professor de Ciências, no momento da seleção dos conteúdos, das
estratégias e dos recursos instrucionais, dentre outros critérios, precisa levar em
consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Entretanto, outras variáveis interferem no processo ensino-aprendizagem de
conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as
apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a
qualidade de sua prática de ensino.
O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:
- recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,
música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,
modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre
outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, multimídias, entre
outros;
- de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
- de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos bibliotecnológicos e instrucionais são
fundamentais para a prática do professor de Ciências, que atua como mediador do
conhecimento, contribuem de forma significativa para melhorar as condições de
aprendizagem aos estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a
problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura
científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico.
Torna-se importante dentro da metodologia do ensino de Ciências a
articulação do conhecimento com alguns projetos desenvolvidos pela SEED ou com
a qual mantém parcerias, como: Portal Educacional Dia-a-dia Educação, TV Paulo
Freire, Jogos Escolares e Feira do Conhecimento. Quanto às demandas
socioeducativas (cidadania e direitos humanos, saúde na escola, abordagem sobre
gênero e sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas e enfrentamento a
violência), as mesmas deverão ser abordadas em forma de recortes quando da
apresentação e inter-relação com o conteúdo ministrado. Ainda assim, a escola
conta com a intervenção de profissionais da saúde habilitados que complementam
esses conhecimentos através de palestras, debates, informações e depoimentos, e
também participando de mobilizações de diversos níveis.
Deve-se dar grande importância aos registros que os estudantes fazem no
decorrer das atividades em aula, para que o professor possa analisar a própria
prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, pode-se divulgar
a produção dos estudantes com o objetivo de promover a socialização de saberes,
a interação entre os educandos e destes com a produção cientifico - tecnológica.
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Levar o educando a se apropriar do conhecimento científico historicamente
acumulado, estabelecendo relações conceituais, contextuais e interdisciplinares,
instrumentalizando-o para a construção de novas formas de compreender o mundo,
interpretar os fenômenos da natureza, diagnosticar e propor soluções para
problemas reais a nível local e global, contribuindo com construção de uma
sociedade sustentável.
CONTEÚDOS
O Ensino no CEEBJA é ofertado de forma coletiva e individual, por isso os
conteúdos não são necessáriamente distribuídos por série, mas obedecendo uma
sequência semelhante com a utilizada no Ensino Fundamental Regular. Aqui é
apresentado por série para dar mais clareza quais serão os conteúdos que deverão
ser trabalhados em cada série. Entretanto, na modalidade de EJA primordialmente
deve-se adequar os conteúdos de acordo com a realidade da turma, dos educandos
que dela fazem parte e da forma coletiva ou individual.
6º Ano – Ensino Fundamental
Conteúdo
Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia - Origem e evolução do universo;
- Universo;
- Sistema Solar; - Movimentos
celestes e
terrestres.
- História da astronomia;
- Teoria sobre origem e evolução do Universo;
- Instrumentos astronômicos;
- Galáxias;
- Teoria heliocêntrica e geocêntrica;
- Estrutura do sistema solar;
- Astros do sistema solar;
- Constelações;
- Rotação e translação;
- Dias e noites;
- Fases da lua; - Eclipse Solar e lunar.
Matéria -Constituição da
matéria;
-Propriedades da
matéria.
- Formação do planeta Terra;
- Rochas: origem, constituição, tipos;
-Solo: característica, constituição, importância e tipos;
- Minerais;
-Erosão: tipos;
- Vulcões, tsunamis;
-Água: característica, constituição, importância e propriedades, composição atômica;
-Ar: característica, constituição, importância
e propriedades; -Lixo e ambiente
Sistemas
Biológicos
-Níveis de
organização
celular;
-Célula.
- Características gerais dos seres vivos;
- Células;
-Seres unicelulares e pluricelulares; - Fotossíntese.
Energia - Formas de
energia;
- Conversão de
energia;
- Transmissão de
energia.
- Energia Térmica;
- Energia Luminosa;
- Energia Química ;
- Energia Eólica;
- Ciclo da água e carbono;
-Interferência da energia luminosa nos seres vivos; - Mudanças de estados físicos.
Biodiversidade - Organização dos seres vivos;
- Ecossistemas;
- Interações ecológicas; - Origem da vida.
- Comunidade;
- População;
- Efeito estufa;
- Cadeia alimentar;
-Seres autótrofos e heterotróficos;
- Sucessões ecológicas; - Conceito de biodiversidade
7º Ano – Ensino Fundamental
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia - Sistema Solar;
- Movimentos celestes e terrestres.
- Localização do Sistema Solar em nossa Galáxia;
- Idade e dimensões do Sistema Solar;
- Nascimento, vida e morte de estrelas;
- O Sol – composição físico-química, radiação;
- Hipóteses da origem da Lua;
- Estações do ano : Solstícios e Equinócios.
Matéria - Constituição da matéria.
- A Terra antes do surgimento da vida;
- Constituição do planeta Terra – atmosfera primitiva;
- Surgimento da vida na Terra.
Sistemas Biológicos
- Níveis de organização dos seres vivos;
- Célula
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
- Célula: Teoria Celular;
- Tipos celulares: seres eucariontes e procariontes/fotossíntese;
- Mecanismos celulares;
- Níveis de organização dos seres vivos;
- Vírus;
- Reino Monera;
- Reino protista;
- Reino Fungi;
- Reino Vegetal;
- Reino Animal.
Energia - Formas de energia;
- Conversão de energia;
-Transmissão de energia.
- Energia Térmica;
- Energia Luminosa;
- Energia Química;
- Endotermia e ectotermia;
- Fontes de energia;
- Irradiação.
Biodiversidade - Origem da vida;
- Sistemática;
- Ecossistemas;
- Relações ecológicas.
- Conceito de biodiversidade;
- Processos evolutivos;
- Classificação dos seres vivos: Taxonomia e Filogenia;
-Teorias sobre origem da vida: Geração espontânea e biogênese;
- Eras geológicas;
- Ecossistemas;
-Proteção e conservação os ecossistemas: poluição e contaminação; uso de agrotóxicos;
- Populações;
- Interações e sucessões ecológicas;
- Cadeia alimentar;
- Seres autótrofos e heterótrofos
9º Ano – Ensino Fundamental
8º Ano – Ensino Fundamental
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia - Origem e evolução do Universo.
- Origem e Evolução do Universo;
-Teorias da Evolução do universo: Big Bang;
-Teorias que consideram o Universo inflacionário e cíclico;
-Classificação cosmológica ( galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros, Lei Hubble, idade do universo, escala do universo);
- Teorias evolutivas.
Matéria - Constituição da Matéria. - Estrutura atômica;
- Compostos orgânicos;
- Estrutura química da célula.
Sistemas Biológicos - Níveis de organização dos seres vivos;
- Célula;
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
- Mecanismos de Herança Genética.
- Estrutura morfofisiológica da Célula;
-Sistema Digestório; Sistema Cardiovascular;Sistemas respiratório; excretor; urinário; sensorial; reprodutor; endócrino; nervoso; esquelético e muscular - - Cromossomos – Genes; DNA e RNA;
- Mitose e Meiose.
Energia - Formas de energia - Energia Química - fontes, modo de transmissão, armazenamento;
- Energia química e a célula -ATP e ADP;
- Respiração celular.
Biodiversidade - Evolução dos seres vivos.
- Interações entre a espécie humana e demais seres vivos.
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia - Universo;
- Astronáutica;
- Gravitação Universal.
- Fontes de energia do Universo;
- Densidade do Universo;
- Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações;
- Telecomunicação: satélites, internet, ondas, fibra óptica;
- Utilização de satélites na investigação do espaço sideral, além do uso de foguetes, sondas, ônibus e estação espacial.;
- Leis de Newton.
Matéria - Constituição da matéria;
-Propriedades da matéria.
- Conceito de matéria;
- Átomos: modelos atômicos;
- Elementos Químicos;
- Íons;
- Ligações químicas;
- Reações químicas;
- Lei da conservação da massa;
- Funções químicas inorgânicas; - Ácidos;
- Bases, Sais, Óxidos;
- Propriedades da matéria;
- Divisibilidade; Flexibilidade;
-Permeabilidade;Condutibilidade
- Massa;Volume;Densidade;
- Compressibilidade;
- Elasticidade, Ductibilidade;
- Indestrutibilidade;
- Impenetrabilidade;
- Maleabilidade, dureza;
- Tenacidade, cor, brilho, sabor, textura e odor.
Energia - Formas de energia;
- Conversão de energia;
- Transmissão de Energia.
- Energia Elétrica, Mecânica e Química: fontes, modo de transmissão e armazenamento;
- Eletromagnetismo;
- Conversão de energia potencial em cinética;
- Movimentos e Velocidade;
- Aceleração;
- Trabalho e Potência;
- Fontes de energia renováveis e não renováveis;
- Convecção e Condução;
- Leis de Newton;
- Sistemas mecânicos;
- Equilíbrio de forças;
- Energia Nuclear - fontes, modo de transmissão e armazenamento.
Biodiversidade - Evolução dos seres vivos;
- Mecanismos de Herança Genética.
- A geração dos seres vivos e a hereditariedade.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve
ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada
à concepção de avaliação contínua .
Se a avaliação contínua, diagnóstica e formativa visa a aprendizagem, a
formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas
diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Para
tanto, é necessário contar com os meios, recursos e instrumentos avaliativos
diversos, como; atividades de leitura compreensiva de textos, projeto de pesquisa
bibliográfica, produção de texto, palestras, apresentação oral, atividades
experimentais, projeto de pesquisa de campo, relatórios, seminários, debates,
atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais,
trabalhos em grupos, questões discursivas, questões objetivas.
O professor de Ciências estabelecerá critérios e selecionará instrumentos a
fim de investigar a aprendizagem significativa conforme a série.
O regimento escolar prevê avaliação e média trimestral de valor 60
(sessenta) com recuperação concomitante, ocorrendo a cada conteúdo não
apreendido, com a utilização de formas variadas de instrumentos avaliativos, não
priorizando somente a nota, mas também a aprendizagem.
5. REFERÊNCIAS
BARROS FILHO, J.; SILVA, D. da. Algumas reflexões sobre a avaliação dos estudantes no ensino de Ciências. Ciência & Ensino, n.9, p. 14-17, dez. 2000.
BRASIL. Educação em Direitos Humanos – Resolução nº 01 de 30/05/12 do Conselho Nacional de Educação.
BRASIL. Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, Portaria nº 413/02.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/1996.
BRASIL. Lei Federal nº 9.795/99, Dec. 4201/02; Educação ambiental.
BRASIL. Lei Federal nº 10.639/03, História e Cultura Afro-Brasileira.
BRASIL. Lei Federal nº 10.741/03, Estatuto do Idoso.
BRASIL. Lei Federal nº 11.525/07, Direito das crianças e adolescentes.
BRASIL. Lei Federal nº 11.645/08, História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena.
BRASIL. Lei Federal nº 17.505/13; Educação ambiental.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005
Companhia das Ciências, 7º ano/ João Usberco...[et al.] – 4 ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp, 1987.
MACEDO, E. F. de; LOPES, A. C. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das Ciências. In: LOPES, A. C; MACEDO, E. (Org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 73 – 94
PARANÁ. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná - Ciências. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Instrução nº 009/2011 – SUED/SEED:
PARANÁ. Parecer CEE/PR N.º 130, de 11 de fevereiro de 2010. Apreciação das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. CEE/PR, Curitiba, 2010.
PARANÁ. Lei Estadual nº 17.858/13, Política de Proteção ao Idoso.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Educação do Campo – 2008.
EDUCAÇÃO FÍSICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O trabalho na área de Educação Física tem seus fundamentos na concepção
do corpo e do movimento, concretizando-se nos seus conteúdos estruturantes, os
quais sejam: esporte, ginástica, jogos e brincadeiras, lutas e dança.
Integrada a proposta pedagógica da escola, a Educação Física é componente
curricular obrigatório da educação básica, garantida pela lei nº 10.793/2003.
Historicamente, as práticas pedagógicas escolares da Educação Física foram
fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos
séculos XVII e XIX. Os sistematizados nesses moldes foram reelaborados pelo
conhecimento médico numa perspectiva pedagógica, para atender objetivos de
adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde. O corpo é alvo de estudo das
ciências biológicas, igualada a uma estrutura mecânica, numa visão mecanicista do
corpo e seu funcionamento. (BRACHT, 1999)
Para este fim, foram importadas teorias oriundas da Europa, como o modelo
de saúde e os métodos ginásticos. As prescrições de exercícios tinham como
objetivos o aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como força,
destreza, agilidade, resistência, visando à formação do caráter, autodisciplina,
hábitos higiênicos, respeito à hierarquia e sentimento patriótico. (PARANÁ, 2008)
Rui Barbosa, em 1982 emitiu o parecer nº 224 sobre a Reforma Leôncio de
Carvalho, decreto nº 7.247/1879. Afirmou a importância da ginástica para a formação
de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a pátria, equiparando-a em
reconhecimento às demais disciplinas. (SOARES, 2004 apud PARANÁ, 2008)
A institucionalização da disciplina e a influência da ginástica aparecem em
vários marcos da história da Brasil: a criação em 1921 do “Regulamento da Instrução
Física Militar” (Método Francês), em 1929 a obrigatoriedade da prática da ginástica
nas instituições de ensino, a adoção oficial do Método Francês em 1931 no ensino
secundário, a criação da Escola de Educação Física do Exército em 1933 e a
criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do
Brasil em 1939. (PARANÁ, 2008).
Ao final da década de 1930, início de 1940 e fim da Segunda Guerra Mundial
ocorreu um processo de desmilitarização da Educação Física brasileira, ocorrendo
em 1941 a criação do Conselho Nacional de Desportos. Bracht, 1922, comenta que
as escolas tornaram-se celeiros de atletas, sendo a base da pirâmide esportiva. As
aulas assumem os códigos esportivos do rendimento, competição, comparação de
recordes e regulamentação rígida. O presidente Getulio Vargas, entre os anos de
1937 e 1945, institui o Estado Novo e a obrigatoriedade da prática de exercícios
físicos em todos os estabelecimentos de ensino. (PARANÁ, 2008)
Em meados de 1980, com o fim da ditadura militar, o sistema educacional
brasileiro passou por um processo de reformulação. Houve um movimento de
renovação do pensamento pedagógico da Educação Física que trouxe várias criticas
aos paradigmas da aptidão física e da esportivização. (BRACHT, 1999)
No contexto das teorizações criticas em Educação e consequentemente
Educação Física, ao final da década de 1980 e início da década de 1990, um
momento significativo para o Estado do Paraná foi a elaboração do Currículo Básico.
Esse processo deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e
resultou de um trabalho coletivo de profissionais comprometidos com a Educação
Pública do Paraná, para responder às demandas sociais e históricas da educação
brasileira. Fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica, mas apresentava uma
listagem de conteúdos, vinculando-se ao materialismo histórico dialético, matriz
teórico que fundamentava a proposta de ensino-aprendizagem de todas as
disciplinas do currículo. (PARANÁ, 2008)
Na década de 1990 após a aprovação da LDB nº 9394/96, o Ministério da
Educação apresenta os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o que caracteriza
um retrocesso nos avanços históricos da Educação Física, ocasionando um
esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina, pois prioriza temas transversais
como ética, meio ambiente, saúde e educação sexual, em detrimento do
conhecimento historicamente produzido. (PARANÁ, 2008)
A partir de um longo processo de discussão coletiva, ocorrido em 2004 e
2008, que envolveu os professores da rede estadual de ensino, foram elaboradas as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, que nos dias atuais, fundamentam o
trabalho pedagógico da Educação Física, contribuindo de maneira decisiva para o
seu fortalecimento.
Assim a área da Educação Física contempla múltiplos conhecimentos
produzidos e reproduzidos pela sociedade a respeito da cultura corporal. Entre eles,
considera-se fundamentais as atividades culturais de movimento com finalidade de
lazer, expressão de sentimentos, emoções e com possibilidade de promoção.
Partindo da Cultura Corporal, objeto de estudo e de ensino da Educação
Física, deve-se garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, de
forma democrática tendo em vista a formação do ser humano crítico e reflexivo,
sujeito que é produto e agente histórico, político social e cultural. (PARANÁ, 2008)
Deve ser vivenciada na escola de forma diversificada, proporcionando um
amplo conhecimento de seus diferentes aspectos, mesmo aqueles que não fazem
parte de seu cotidiano.
Visando romper com a maneira tradicional de trabalhar a Educação Física, as
Diretrizes Curriculares Estaduais apresentam os Elementos Articuladores. Para isso,
se faz necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e
contextualizada. Tais elementos não são conteúdos, nem tampouco deve ser
trabalhados apenas teoricamente e isoladamente. (PARANÁ, 2008)
Os elementos articuladores alargam a compreensão das praticas corporais,
indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que
surgem no cotidiano escolar. São eles:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnicas e Táticas;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia. (PARANÁ, 2008)
É necessário considerar as características de maturação, diferenças
individuais, necessidades e limitações do aluno. Por meio dos conteúdos
estruturantes e da contribuição dos elementos articuladores, o aluno pode se
relacionar com o próprio corpo, com o outro e com o meio social, desenvolver o
senso crítico, preparar-se para a convivência social e política, dentro de um contexto
onde possa compreender e respeitar as diferenças e as diferentes culturas.
Neste sentido, o professor de Educação Física, sempre que oportuno, deve
prever a abordagem dos desafios contemporâneos, contemplando aspectos
inerentes à disciplina, a Cultura e História Afro-Brasileira (Lei 10.639/03), História e
Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11.645/08), Educação Ambiental (Lei 9.795/99),
História do Paraná (Lei 13.381/01) e Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03 e Lei Estadual
11.863/97).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais, Paraná, 2008, os conteúdos
estruturantes para a Educação Física, Dança, Esporte, Jogos e Brincadeiras,
Ginástica e Lutas, devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque,
em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências
relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo
de ensino-aprendizagem.
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESPORTE Coletivo
Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares
Amarelinha; eslástico; 5 Marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida do saco; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão; jogos africanos, afrobrasileiros e indígenas.
Brincadeiras e cantigas de roda
Gato e rato, adoletá, capelinha de melão; carangueijo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de Jô; lenço atrás; dança das cadeiras.
Jogos de tabuleiro
Dama; trilha; resta um e xadrez.
Jogos cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um
abraço
DANÇA Dança folclórica
Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonzalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuiá fubá; ciranda; carimbó; danças africanas e indígenas.
Dança de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.
Danças Criativas
Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica
Corda; arco; bola; maças; fita.
Ginástica Circense
Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.
Ginástica Geral
Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS Lutas de Aproximação
Judô; luta olímpica; jiu-jitso; sumô.
Capoeira Angola; regional.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Individual Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares
Amarelinha; eslástico; 5 Marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida do saco; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão; jogos africanos, afrobrasileiros e indígenas.
Brincadeiras e cantigas de roda
Gato e rato; adoleta; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de Jô; lenço atrás; dança das cadeiras.
Jogos de tabuleiro
Dama; trilha; resta um; xadrez
Jogos cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço
DANÇA
Danças Folclóricas
Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonzalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuiá fubá; ciranda; carimbó; danças africanas e
indígenas.
Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.
Danças Criativas
Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Danças Circulares
Contemporâneas; folclóricas; sagradas; afrobarsileiras; africanas e indígenas.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica
Corda; arco; bola; maças; fita.
Ginástica circense
Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.
Ginástica Geral
Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS Lutas com aproximação
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô
Capoeira Angola; regional.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Radical Skate; rappel; rafting; trekking; bungee jumping; surf.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares
Amarelinha; eslástico; 5 Marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida do saco; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão; jogos africanos, afrobrasileiros e indígenas.
Jogos de tabuleiro
Dama; trilha; resta um; xadrez
Jogos dramáticos
Improvisação; imitaçãi e mímica.
Jogos cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço
DANÇA
Danças Criativas
Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Danças Circulares
Contemporâneas; folclóricas; sagradas; afrobarsileiras; africanas e indígenas.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica
Corda; arco; bola; maças; fita.
Ginástica Malabares; tecido; trapézio; acrobacias;
circense trampolim.
Ginástica Geral
Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS Lutas de instrumento mediador
Esgrima; kendô.
Capoeira Angola; regional.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Radical Skate; rappel; rafting; trekking; bungee jumping; surf.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de tabuleiro
Dama; trilha; resta um; xadrez
Jogos dramáticos
Improvisação; imitaçãi e mímica.
Jogos cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço
DANÇA
Danças Criativas
Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Danças Circulares
Contemporâneas; folclóricas; sagradas; afrobarsileiras; africanas e indígenas.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica
Corda; arco; bola; maças; fita.
Ginástica circense
Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.
Ginástica Geral Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS Lutas de instrumento mediador
Esgrima; kendô.
Capoeira Angola; regional.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol;
handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Individual Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.
Radical Skate; rappel; rafting; trekking; bungee jumping; surf.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez
Jogos dramáticos Improvisação; imitaçãi e mímica.
Jogos cooperativos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço
DANÇA Danças Folclóricas
Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonzalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuiá fubá; ciranda; carimbó; danças africanas e indígenas.
Dança de salão Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.
Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.
GINÁSTICA Ginástica artistica/olímpica
Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.
Ginástica condicionamento físico
Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates.
Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS Lutas com aproximação
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.
Lutas que mantêm distância
Karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
Lutas com instrumento mediador
Esgrima; kendô.
Capoeira Angola; regional.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Física, tendo como objetivo de estudo a Cultura Corporal, por
meio dos conteúdos estruturantes: Dança; Ginástica; Jogos e Brincadeiras; Lutas,
tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e
refletir criticamente sobre as práticas corporais. Com isso, espera-se ampliar a visão
de mundo dos educandos de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo
e na desportivização das práticas corporais. (PARANÁ, 2008)
As mudanças que ocorrem no de decorrer dos anos e que configuram a atual
concepção de Educação Física defendida nas Diretrizes Estaduais, foi resultado de
ampla participação da comunidade acadêmica e escolar. Esta fundamentada nas
reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação
de contradições e na valorização da educação. Considerar os contextos e
experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.
(PARANÁ, 2008)
O encaminhamento proposto nas Diretrizes Estaduais é desenvolver nas
aulas de Educação Física uma metodologia que tenha como eixo central a
construção do conhecimento pela práxis, proporcionar ao mesmo tempo, a
expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e
a reflexão sobre o movimento corporal, segundo o principio da complexidade
crescente em que o mesmo conteúdo é discutido tanto no Ensino Fundamental
quanto no Ensino Médio.
Como ponto de partida é a verificação daquilo que o aluno traz como
referência acerca do conteúdo proposto, isto é, partir do conhecimento do aluno para
organizar o encaminhamento metodológico. A partir desta leitura, propor desafios
para aguçar seus questionamentos, tornando-o motivado para assimilar o conteúdo
sistematizado e ter condições de recriar o mesmo.
Buscar desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação as
diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e
acumuladas pelo ser humano. Priorizar o conhecimento sistematizado, como
oportunidade para reelaborar idéias e atividades que ampliem a compreensão do
estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a
vida. (PARANÁ, 2008)
Contemplar a interlocução com outras disciplinas que permitam entender a
Cultura Corporal em sua complexidade, na relação com as múltiplas dimensões da
vida humana, no desenvolvimento de ações de trabalho voltadas para a utilização
das tecnologias disponíveis no ambiente escolar.
Na EJA há de se respeitar os eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo.
Estes eixos serão articuladores de toda ação pedagógico-curricular. Assim,
metodologicamente eles deverão permear todos os conteúdos trabalhados em sala
de aula.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, de
acordo com os objetivos e a metodologia adotados, considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Deve-se
caracterizar como um processo contínuo, permanente e cumulativo, que permitirá ao
professor organizar e reorganizar seu trabalho. (PARANÁ, 2008)
Será realizada em função da totalidade dos conhecimentos do aluno, voltados
para o julgamento qualitativo resultado do trabalho desenvolvido através dos
conteúdos, ginástica, dança, esportes, lutas, jogos e brincadeiras, possibilitando
assim, que os alunos reflitam e se posicionem, criticamente, com o intuito de
construir uma suposta relação com o mundo.
A realização de provas e trabalhos escritos podem ser utilizados para a
avaliação das aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente
para hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou piores, aprovados e
reprovados, mas que sirva também, como referência para redimensionar sua ação
pedagógica.
Instrumentos de avaliação que podem nortear o processo avaliativo seriam a
observação através da participação do aluno, dinâmicas de grupo, seminários,
debates, pesquisa em grupos, (re)criação de jogos, apresentação de trabalhos
individuais e em grupos, avaliação escrita através de provas e trabalhos elaborados,
autoavaliação e a recuperação de estudos, concomitante e contínua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cad. CEDES, vol.19, n48. Campinas, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=S0101-32621999000100005, acesso em 03/05/2017. BRASIL. Lei 10.793/2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L 10.793.htm. Acesso em 03/02/2012. PARANÁ. SEED. Diretrizes curriculares da educação básica/educação física. Curitiba, 2008.
FILOSOFIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO A disciplina de Filosofia no Ensino Médio visa desenvolver o senso crítico dos
alunos objetivando um cidadão preparado para enfrentar o dia-a-dia da sociedade
em que vivemos. Isto se faz necessário devido à inclusão de novos desafios
educacionais contemporâneos que deverão ser trabalhados em consonância com as
demais disciplinas, visando desenvolver uma consciência filosófica, um senso crítico
ético e voltado para a cidadania. Isto tudo em função dos novos paradigmas que nos
desafiam, em especial a globalização e o modelo neoliberal.
A filosofia na EJA em sua dimensão pedagógica significa espaço de
experiência filosófica. O espaço da criação e provocação do pensamento original, da
busca da compreensão da imaginação da investigação e da criação de conceitos.
De acordo com as reflexões feitas no processo de elaboração das Diretrizes
Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos, identificaram-se os
eixos norteadores que permearão todo trabalho pedagógico curricular como: cultura,
trabalho e tempo, orientando toda a ação, expressando os interesses dos
educadores e educandos em oferecer os conhecimentos necessários para a
compreensão histórica e filosófica da sociedade dando voz a todos os envolvidos
nesse processo, adotando uma pedagogia que encaminhe para a emancipação.
Visamos uma formação integral aos nossos alunos, viabilizando
oportunidades de igualdade para todos e todas. Desta forma estaremos contribuindo
para os saberes escolares e sua constituição que se da através das relações entre
educadores e educandos, através dos conhecimentos que se estabelecem em sala
de aula e na prática cotidiana, de modo especial no processo de ensino-
aprendizagem na área de Filosofia. A disciplina de Filosofia sempre esteve inserida nos conteúdos escolares de
uma forma indireta. No entanto em função de mudanças de governo e de políticas
educacionais, que nem sempre primam pela autêntica formação do indivíduo, do
cidadão, a disciplina foi por muito tempo excluída enquanto cátedra específica no
interior de nossas escolas de Ensino Médio. Hodiernamente a Filosofia é reconhecida novamente dentro do Núcleo
Comum, tornando-se parte integrante nos Currículos Escolares de Ensino Médio (Lei
15228/2006).
A Filosofia procura despertar no educando uma visão geral, uma leitura crítica
do mundo que o cerca, facilitando o direcionamento para sua vida, seu futuro, bem
como a conviver em sociedade diante do pluralismo cultural e ideológico que a
sociedade nos apresenta.
A Filosofia não se apresenta como um conhecimento acabado e pré
determinado, mas sim como algo aberto, sempre em busca de novos
conhecimentos. Ela não se intitula a portadora de grandes verdades, mas se
apresenta como um instrumento de conhecimento com uma concepção de saber
elaborado que ultrapassa os 2500 anos. Embora o paradigma de mundo atual seja
extremamente racional (cartesiano), a Filosofia não prestigia ou desmerece esta ou
aquela visão de mundo, porém está sempre investigando, buscando contribuir com a
evolução e o conhecimento da humanidade na busca de novas formas de ver e de
se explicar o mundo que nos cerca.
O processo Ensino / Aprendizagem é “lento e gradual”, o mesmo acontece
com a elaboração da consciência filosófica que vai sendo adquirida com as primeiras
noções nas séries iniciais do Ensino Médio, mas que na realidade é uma caminhada
eterna de aprendizagem de nossos neófitos.
A Filosofia é um grande instrumento de formação de cidadania, busca de
sentido para a vida, autonomia, liberdade, formação e conscientização ética, política
e social que vai contribuir para a formação integral do educando e auxiliá-lo a agir e
interagir local e globalmente, contribuindo para a construção de um mundo mais
justo para todos.
OBJETIVO GERAL
A Filosofia tem como objetivos gerar a reflexão, o questionamento, a
autonomia de pensamento e ação, a responsabilidade social, partindo do
conhecimento do mundo que se nos apresenta em nossas circunstâncias. Procura
partir do senso comum para despertar a consciência filosófica, criando um cidadão
sujeito de sua história e não um objeto repassador de conhecimentos, decorador de
conteúdos (quer seja físico ou intelectual).
CONTEÚDOS
Os conteúdos a serem trabalhados serão de muita importância para o
desenvolvimento do ser humano, para que ele possa sentir-se inserido na realidade
do mundo em que vive e contribuir de forma significativa para melhorá-lo.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado, os conteúdos de
Filosofia serão divididos por Ano do Ensino Médio.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
MITO E FILOSOFIA 1º
ANO
Saber mítico;
Saber
filosófico;
Relação Mito e
Filosofia;
Atualidade do
mito;
O que é
Filosofia?
1. O que é mito; Mito e Filosofia: O nascimento da Filosofia ou Surgimento da Filosofia;
2. Os deuses da Mitologia grega;
3. As funções do Mito / A
consciência mítica
4. Filosofia, mito e senso
comum;
5. O que é Filosofia;
6. O mito da Filosofia,
continuidade e ruptura;
7. A contradição do mito;
8. O mito como forma de
explicação da realidade;
9. Do mito para o logos;
10. Mitos contemporâneos;
11. Do senso comum ao pensamento filosófico: Ironia e maiêutica;
12. A filosofia e o conhecimento
em si;
13. O deserto do real;
14. Cosmogonia e Cosmologia (Filósofos pré- socráticos);
15. Diferentes modos de
conhecer;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
TEORIA DO
CONHECIMENTO
1º ANO
Possibilidade do
conhecimento;
As formas de
conhecimento
O problema da
verdade;
A questão do
método;
Conhecimento e
lógica;
1. O problema do
conhecimento
2. Filosofia e método
3. Perspectivado conhecimento
4. A Filosofia e o conhecimento
em si
5. Gnosiologia;
6. Epistemologia;
7. Metodologia da Pesquisa
Filosófica;
8. Da possibilidade do
conhecimento;
9. O valor do conhecimento
10. A verdade;
11. A extensão do conhecimento;
12. Entre a teoria e a prática;
13. A cosmologia dos gregos pré-socráticos;
14. O relativismo antropológico
dos sofistas;
15. Os socráticos e a busca de um saber universalmente válido;
16. A filosofia medieval e a questão dos universais;
17. Racionalismo cartesiano;
18. Empirismo inglês;
19. O criticismo kantiano;
20. O positivismo de comte;
21. O idealismo hegeliano e o materialismo marxista.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ÉTICA 2º ANO
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e
vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;
1. Concepções éticas;
2. Os problemas da ação ética;
3. A existência da ética;
4. Ética ou filosofia moral;
5. O objeto da ética;
6. Doutrinas éticas
a) concepção grega;
b) Ética Cristã (patrística e
medieval);
c) O problema ético na
modernidade;
d) Ética contemporânea
7. A virtude em Aristóteles e Sêneca
a) Amizade;
b) Liberdade;
c) Liberdade em Sartre
8. Juízos de valor, juízos morais.
9. As relações éticas: autonomia e
heteronomia
10. A essência moral;
11. Senso comum e consciência
moral;
12. A moral e outras formas de comportamento humano;
13. A identidade do sujeito moral;
14. A responsabilidade moral, determinismo e liberdade;
15. A moral na história;
16. A tolerância como virtude;
17. Constituinte do campo ético;
18. Movimento Feminista - Lei
Maria da Penha;
19. A Cultura Afro-brasileira/cotas;
20. O caso brasileiro.
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS
BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
FILOSOFIA
POLÍTICA 2º ANO
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e
igualdade política;
Política e
Ideologia;
Esfera pública e
privada;
Cidadania formal e/ou participativa;
1. Invenção da Política/ Introdução
à Política
2. Antiguidade grega e Política normativa;
3. A ágora e a Assembléia: igualdade nas leis e no direito à palavra
4. Platão e a República;
5. O pensamento político de Aristóteles e as formas de governo;
6. Idade Média: a vinculação da Política à Religião;
7. Estado e Igreja: A cidade de Deus (Santo Agostinho).
8. A utopia de Thomas Morus;
9. Hobbes e o poder absoluto;
10. A teoria política de Locke
11. Liberalismo Político
12. Montesquieu: a autonomia dos
poderes;
13. Rosseau e a democracia direta;
14. A política em Maquiavel
15. O socialismo utópico e o
marxismo;
16. A crise do socialismo real
17. Em busca da essência da Política
18. A Política como categoria
autonomia
19. A crítica ao Estado Burguês: as teorias socialistas
20. Os problemas da ação Política
21. Política e Poder;
22. Política e Violência;
23. Os desvios do poder:
totalitarismo e terrorismo
24. Jusnaturalismo/contratualismo e Materialismo;
25. Liberalismo /Socialismo/
Neoliberalismo;
26. Estruturas de governo;
27. Os Partidos Políticos no Brasil (breve histórico);
28. O caso brasileiro;
29. Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;
30. Imperialismo político hoje;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
FILOSOFIA DA CIÊNCIA 3º ANO
Concepções de
ciência;
A questão do
método científico;
Contribuições e
limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética;
1. Do Senso comum e ciência
2. Pensar a ciência;
3. Progresso da ciência;
4. A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia;
5. O mito da neutralidade científica;
6. Característica do método
cientifica;
7. A ciência antiga e Medieval;
8. A revolução científica do
século XVII
9. O método da ciência e da
natureza;
10. Bioética;
11. Atitude científica.
12. Cientificismo;
13. Caráter provisório da ciência.
14. Clonagem.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
ESTÉTICA 3º
ANO
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias da estética – feia, bela, sublime, trágica, cômica, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade;
1. Concepções de Estética
2. Pensar a Beleza;
3. A poética é mais verdadeira que
a história?
4. A beleza da cultura afro e indígena;
5. A Universidade do gosto;
6. O universo da arte;
7. Necessidade ou fim da arte;
8. Os diversos tipos de valores e funções da arte: Cinema e uma nova percepção;
9. A arte como forma de conhecer o
mundo;
10. Arte e sociedade;
11. Arte e Filosofia
12. Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação
13. A indústria cultural e a cultura
de massa;
14. Os problemas da ação estética;
15. Necessidade ou fim da arte.
16. A questão da arte e da indústria cultural (Benjamim e Adorno).
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia a ser aplicada para as aulas de Filosofia deve ser a mais
diversificada possível. Temos que mobilizar, problematizar e investigar a partir da
realidade do meio em que o aluno está inserido, levando-o a perceber e valorizar o
estudo e o conhecimento através da Filosofia, apropriar e re-elaborar conceitos.
Para tanto é necessário que a disciplina tenha o seu espaço e o seu devido valor
dentro do contexto do currículo do Ensino Médio.
- Uso do livro didático e demais recursos que a escola venha disponibilizar
(vídeo, TV, Internet, revistas, Jornais, etc)
- Motivação pessoal e do grupo através de pesquisas de assuntos particulares
por parte do aluno e do professor
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
específicos dar-se-á em quatro momentos:
- A sensibilização (narrativas fatos atuais da mídia);
- A problematização;
- A investigação (pesquisas em livros, internet);
- A criação de conceitos (Elaboração de textos, debates, discussões temáticas,
questionamentos oral e escrito);
Articular a Filosofia com os desafios educacionais contemporâneos como: a
cultura Afro-brasileira, étnico racial e o enfrentamento à violência, educação fiscal, a
sexualidade, educação ambiental e a inclusão social de modo que os alunos reflitam
sobre estas temáticas e a partir delas desenvolvam uma consciência crítica, capaz
de modificar a sociedade na qual estão inseridos.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÃNEOS
Educação Ambiental e o sistema de Educação Ambiental - Lei Nº 9.795/99 -
Deliberação Nº 04/2013 do CEE/PR que estabelece as normas estaduais para a
Educação Ambiental no Sistema Estadual de Ensino do Paraná ; Decreto 4201/02
Educação Fiscal - Educação Tributária Dec. no 1.143/99; Enfrentamento à Violência
contra a criança e adolescente; Direito das crianças e dos adolescentes - Lei
11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; As Relações Étnico-Raciais e o
ensino de História e cultura Afro-brasileira e africana; Lei 10.639/03; Cidadania e
Direitos Humanos; Gênero e Diversidade Sexual, Diversidade Educacional e
Inclusão; As leis:13.381/01; História do Paraná; Lei 9.795/99; Educação do Campo
(DCE do Campo); História e cultura Afro-Brasileira e Indígenas; Lei 11.645/08;
Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável; Lei 11.863/97; Institui a Política
Estadual dos direitos do Idoso; CEDI/PR; Lei 10.741/2003; Estatuto do Idoso que
reafirma e ratifica a tarefa educacional.
OBS: Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão inseridos no currículo
sempre que o conteúdo Básico e/ou Específico chamar o assunto dentro de um
contexto histórico e filosófico, conforme os conteúdos listados e trabalhados, sendo
estes considerados parte da totalidade na formação dos sujeitos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é vista por ângulos diferentes, procurando considerar o que há de
importante em cada questionamento, sendo processual e formativa, respeitando o
Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da Instituição. As avaliações
devem ser variadas: Trabalhos, pesquisas, provas individuais e coletivas, com
consulta interpretativa. Tendo como critérios: argumentação, raciocínio lógico e
domínio do tema, bem como comentários pessoais fundamentados na leitura.
É importante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar
e criar conceitos sob os pressupostos:
qual discurso tinha antes;
qual conceito trabalhou;
qual discurso tem após;
qual conceito trabalhou.
A recuperação paralela/concomitante será ofertada à todos os alunos, sendo
o conteúdo não apreendido, retomado com novas explicações e metodologias, as
quais devem propiciar aos alunos a recuperação dos conteúdos não apropriados,
com o amparo legal do Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar desta
instituição escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-Filosofia
2. Curitiba, 1999. ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como
experiência filosófica. CEDES. Campinas. N. 64, 2004. BACHELARD, G. O ar e os sonhos: Ensaios sobre a imaginação do movimento.
São Paulo: Martins Fontes, 1990. BRASIL. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília, MEC/SEB, 2006. CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1986, v.1. FERRATER MORA. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. FRANCISCO BELTRÃO, Colégio Estadual Mário de Andrade - EFM. Projeto
Político Pedagógico. Francisco Beltrão, 2008. FRANCISCO BELTRÃO, Colégio Estadual Mário de Andrade - EFM. Regimento
Escolar. Francisco Beltrão, 2007. GALLO, S; KOHAN, W. O. (ORGS). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes,
2000.
KOHAN; WAKSMAN . Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil . In:
FÁVERO, A; Kohan, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí:
Ed. Da UNUJUÍ, 2002. LANGON M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.;
DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova-1932. in: História da Educação no
Brasil. Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm. Acessado
em 03/maio/2006. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de
Educação Básica do Paraná - Filosofia. Curitiba. 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação Básica. Cadernos de Expectativas
de Aprendizagem - Filosofia. Curitiba. 2012.
Projeto Político Pedagógico da EJA.
Filosofia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p
FÍSICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FÍSICA – ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Há milhões de anos atrás, antes do conhecimento científico existir, os homens
faziam rituais e oferendas para ”Deuses” na tentativa de garantir a sua
sobrevivência, achavam que assim estariam livres de vulcões, furacões e
tempestades. Essas relações tinham também uma função social, com valores morais
e éticos que eram fundamentais para a coesão do grupo. A curiosidade sobre a
origem das “coisas” levou ao surgimento de dogmas, que em sua maioria eram
essencialmente religiosos, mas chegou um momento na história que esses dogmas
não eram suficientes para responder sobre esses mistérios, principalmente o da
origem do Universo.
Os Gregos antigos foram os mais importantes para a descoberta da ciência,
Tales de Mileto (640 – 546 a.C) é considerado o primeiro filósofo e o primeiro
cientista, devido as suas indagações e sua maneira de compreender o mundo, foi
ele que pela primeira vez previu um eclipse, Pitágoras (582 – 500 a.C) se destacou
com sua teoria de que o mundo pode ser compreendido em termos matemáticos,
Euclides (300 a.C) com seus análises geométricos, Aristarco (260 a.C) considerado
um ótimo astrônomo, conseguiu calcular o tamanho real da lua, Arquimedes (287 –
212 a.C) é citado como criador dos primeiros equipamentos experimentais destinado
à demonstração científica, Aristóteles (384 – 322 a.C) um filósofo muito influente na
época, o universo para ele era formado por 4 elementos terra, água, ar e fogo, isso
da lua pra baixo, pois a lua, as estrelas e os outros planetas seriam feitos de uma
substância chamado éter, Nicolau Copérnico ( 1473 – 1543) foi o primeiro a
contrariar o modelo geocêntrico de Aristóteles, Galileu Galilei ( 1564 – 1642) foi o
primeiro a confirmar a teoria heliocêntrica de Copérnico, Isaac Newton (1642 – 1727)
foi um cientista brilhante, seu grande mérito foi ter explicado a física do nosso dia-a-
dia, criou leis que transformação alguma da ciência poderá ignorar, só em 1905 que
apareceu alguém que se destacou como Galileu, Albert Einstein (1879 – 1955) que
com apenas 26 anos publicou três artigos com reflexões sobre tempo, espaço,
massa e energia, sua maior obra é a teoria da Relatividade.
A pesquisa em ensino de ciências no Brasil vem se consolidando como uma
intensa área de investigação desde a década de 40, com a criação do IBECC
(Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), e intensificou-se, após a
criação dos dois primeiros Programas de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, na
Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), no início dos anos 70. A partir de então um número crescente de trabalhos
vem sendo realizados, como podemos observar nos trabalhos da área de ensino de
física, de VILLANI, 1981 E 1982; SARAIVA 1986; VILLANI ET ALII, 1982 na década
de 80, nos anos 90, surgem outros estudos abrangendo o ensino de Ciências
FRACALANZA, 1993; LEMGRUBER, 1999; e MEGID NETO. Na mesma década em
1990 surge o GREF-Grupo de Reelaboração do Ensino de Física, do Instituto de
Física da USP, que tem como característica a utilização de elementos vivenciais do
aluno. A proposta do GREF procura fugir tanto do tratamento tecnicista, como do
formalismo, priorizando os princípios gerais da física.
Em 1987 na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas,
deu-se início a um processo continuado de recuperação e análise de documentos
relativos à pesquisa educacional sobre o ensino de ciências no Brasil. Em 1997, esta
intensa pesquisa resultou na criação do Cedoc - Centro de Documentação em
Ensino de Ciências.
Um dos aspectos fundamentais do Ensino de Física é conhecer como os
alunos percebem e compreendem a física que os cerca, para compreender como
eles vêm e explicam os fenômenos fundamentais e qual é a lógica usada na
formação dos seus conceitos. Trata-se de transformar a física e seu ensino de forma
a tornasse mais próximos do mundo cotidiano, promovendo sua participação na
aprendizagem desde o primeiro dia de aula. Com base nestas informações
pretende-se construir um ensino mais dinâmico que procure facilitar o entendimento
dos fenômenos físicos pelos alunos, ou seja, essa disciplina deve contribuir para a
formação do estudante, através de conteúdos que possibilitem a compreensão do
universo, a sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresentam, partindo do conhecimento prévio dos estudantes.
Os conteúdos estruturantes de Física são: Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetisrno, escolhidos a partir da história da Física enquanto campo de
conhecimento, devidamente constituído ao longo do tempo,onde o professor deverá
mostrar ao aluno a relação entre a Física e a História da humanidade.
● CONTEÚDOS ESTRUTURANTE E BÁSICOS
ENSINO MÉDIO – Física
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Movimento
Momentum e inércia
Conservação da quantidade
de movimento (momentum)
Variação da quantidade de
Movimento = impulso
Segunda lei de Newton
Terceira Lei de Newton e
condições de equilíbrio
Introdução ao estudo dos
movimentos (Aristóteles a
Newton);
Velocidade e aceleração
escalar média;
Classificação dos movimentos;
Relatividade dos movimentos
(Galileu e Einstein);
Forças e interações (Forças de
contato e de ação à distância,
Força resultante e as condições
de equilíbrio);
Princípio da inércia (Primeira lei
de Newton);
Quantidade de movimento e
impulso;
Conservação da quantidade de
movimento;
Variação da quantidade de
movimento;
Colisões;
Segunda Lei de Newton;
Campo Gravitacional e força
peso;
Força de atrito e resistência do
ar;
Terceira Lei de Newton;
Gravitação
Modelo Geocêntrico e
Heliocêntrico;
Leis de Kepler;
Lei da Gravitação Universal de
Newton;
Movimento de projéteis e
satélites;
Movimento Rotacional (inércia
rotacional, torque, centro de
massa, força centrípeta e
momentum angular);
Teoria da Relatividade Geral de
Einstein.
Estática dos Fluidos
(densidade e pressão, Principio
de Pascal e de Arquimedes);
Energia
Princípio da Conservação de
Energia
Trabalho e Potência
Energia e suas
Transformações;
Trabalho e Potência;
Energia Potêncial elástica;
Energia Cinética e energia
Potêncial gravitacional;
Teorema trabalho – energia;
Energia Mecânica;
Princípio da conservação de
energia;
Energia Relativística (Einstein);
Acústica.
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTES
Termodinâmica
Leis da Termodinâmica:
Lei Zero da
Termodinâmica
1º Lei da Termodinâmica
2º Lei da Termodinâmica
Temperatura, calor e energia interna;
Dilatação térmica;
Processos de transferência de calor;
Calorimetria:calor específico,
conservação de energia mudança de
estado físico e o calor latente);
Teoria Cinética dos Gases e
transformações gasosas;
Primeira lei da termodinâmica;
Segunda lei da termodinâmica e
Entropia.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Eletromagnetismo
Carga, corrente Elétrica,
campo e ondas
Eletromagnéticas
Força Eletromagnética
Equações de Maxwell
(Lei de Gauss para
Eletrostática,
Lei de Coulomb,
Lei de Ampére,
Lei de Gauss para
Magnetismo,
Lei de Faraday)
Estrutura da matéria (modelo atômico
de Rutherford e de Bohr);
Carga elétrica;
Força Elétrica (lei de Coulomb)
Campo Elétrico e Potencial Elétrico;
Corrente Elétrica
Tensão e Resistência elétrica;
Leis de Ohm;
Potência e Consumo de Energia;
Circuitos elétricos;
Campo Magnético (Lei de Gauss);
Corrente elétrica e Campo magnético
(Lei de Ampère);
Força Magnética;
Indução Eletromagnética ( Lei de
Ondas
A Natureza da Luz e suas
Propriedades
Faraday);
Geração e distribuição de energia;
Ondas eletromagnéticas e radiação
de corpo negro;
Luz, Visão e Fenômenos Luminosos;
Espelhos e lentes;
Dualidade onda – partícula;
Quantização de energia e o efeito
fotoelétrico;
Partículas elementares e as quatro
interações fundamentais;
Teoria da Relatividade Restrita.
Observações importantes: 1) Uma unidade de medida, dada a importância que
representa para a Física, deve estar, sempre, presente no trabalho pedagógico da
disciplina, conforme o conteúdo tratado. Ou seja, não é trabalhar sistemas de
unidades em separado, mas a unidade de medida para o conteúdo planejado. 2) Na
tabela acima colocou-se vetores para todos os conteúdos que envolvem grandezas
vetoriais. Mas, devemos lembrar que vetor não é um conteúdo físico e sim uma
ferramenta matemática para o trabalho com grandezas que tenham módulo, direção
e sentido. Portanto, não é um conteúdo físico. Os conteúdos específicos deste
quadro são sugestões , pois a seleção é feita pelo professor a partir dos conteúdos
básicos. Devem ser vinculados à realidade e às diferentes necessidades de suas
turmas de atuação.
Sobre os Desafios Sócioeducacionais e Legislação Obrigatória:
“ É importante salientar que muitos destes desafios são expressões de lutas
históricas e demandas existentes na sociedade, as quais encontram respaldo legal e
devem ser trabalhadas como parte do currículo sempre que o conteúdo CHAMAR,
fazendo parte da totalidade de um conteúdo. (Professor Tiago, 25/08/16)
TEMÁTICAS LEGISLAÇÃO
1 - DIREITOS HUMANOS
Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos 2006 (PNE em DH)
Decreto 7.037 de 2009 (Programa
Nacional de Direitos Humanos)
Plano Estadual de Educação em Direitos
Humanos 2015 (PARANÁ)
2 - HISTÓRIA DA CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Lei 10.639 de 2003 (História e Cultura
Afro-Brasileira)
Lei 11.645 de 2008 (História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena)
3 - HISTÓRIA DO PARANÁ Lei 13.381 de 2001 (História do
Paraná)
4 - DIVERSIDADE SEXUAL
Resolução 12 de 2015 (Garantia de
Acesso dos GLBT no ensino …)
Lei 16.454 de 2010 (Dia de Combate
a Homofobia) (PARANÁ)
5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Lei 9.795 de 1999 (Institui a Política
Nacional de Educação Ambiental)
Decreto 4281 de 2002 (Política
Nacional de Educação Ambiental)
Lei 17.505 de 2013 (Política e o
Sistema Estadual de Educação
Ambiental) (PARANÁ)
6 - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
Lei 11.947 de 2009 (Educação
Alimentar e Nutricional)
7 - EDUCAÇÃO PARA O Lei 9.503 de 1997 (Código de Trânsito
TRÂNSITO Brasileiro - CTB)
8 - EDUCAÇÃO FISCAL
Portaria Interministerial nº 413 de 2002
(Programa Nacional de Educação Fiscal)
Decreto 5.739 de 2012 (Programa
Estadual de Educação Fiscal) (PARANÁ)
9 - POLÍTICA DE PROTEÇÃO
AO IDOSO
Lei 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso)
Lei 17.858 de 2013 (Política de proteção
ao Idoso) (PARANÁ)
10 - DROGAS E VIOLÊNCIA
Lei 11.343 de 2006 (Prevenção ao uso
indevido de drogas)
Lei 17.650 de 2013 (Programa Educação
e Resistência as Drogas…) (PARANÁ)
11 - VIOLÊNCIA CONTRA A
CRIANÇA
Lei 11.525 de 2007 (Incluir os direitos das
Crianças no EF)
Lei 17.335 de 2012 (Programa de
Combate ao Bullyng) (PARANÁ)
12 - VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER
Lei 11.340 de 2006 (Coibir a violência
contra a mulher…)
Lei 18.447 de 2015 (Semana Est. Maria
da Penha nas escola) (PARANÁ)
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O processo de ensino-aprendizagem de física utiliza o cotidiano como uma
busca de um novo sentido para o ensino de física, curiosamente esta busca traz um
consenso entre o caráter natural em aproximar o dia-a-dia do aluno ao processo de
ensino e aprendizagem, utilizando a vivência do aluno não como ilustração de um
conteúdo apresentado ou elemento de motivação para o aprendizado, a experiência
diária surge como espaço onde se organiza o próprio conteúdo a ser ensinado.
Outro fator de importância no ensino da Física é a experimentação, a qual
deve ser entendida como uma metodologia de ensino que pode contribuir para fazer
a ligação entre elas, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos
estudantes, respeitando sempre os eixos norteadores da EJA: cultura, trabalho e
tempo.
Existe ainda o momento de reflexão acerca dos desafios contemporâneos, o
estudo das culturas afro-descendentes, africana e indígena bem como as
contribuições geradas por cada uma delas. Para tal intuito utilizasse o uso de
pesquisas sobre destaques científicos, estudo de artefatos produzidos
principalmente as máquinas simples e invenções práticas, instrumentos musicais e
suas notas na parte da ondulatória, filmes e documentários a respeito dos temas
para proporcionar um maior conhecimento do assunto.
Ressalta-se que no desenvolvimento do ensino da física, é possível ainda
estabelecer ligações entre os aspectos que permeiam a sociedade atual,
promovendo a conexão, com diferentes mobilizações sociais, Dessa forma
compreender que os conceitos de física, estão envolvidos em culturas e politicas,
mesmo que de forma implícita, mostra o quão os conteúdos dessa disciplina se
fazem presente nos mais variados e amplos aspectos da vida cotidiana de qualquer
cidadão. Essa prática de ligação conteudista com as referidas leis será estabelecida
por meio de consultas bibliográficas, utilizando livros revistas, jornais, ou por meio de
filmes, vídeos, páginas específicas da internet e outros meios de informação que
visem um maior aprofundamento no assunto, acontecendo concomitante aos
assuntos estudados da disciplina.
A disciplina também contempla, o atendimento a educandos com
necessidades educacionais especiais na modalidade EJA (ensino de jovens e
adultos). Considerando sua singular situação, deve ser priorizado com metodologias
educacionais específicas que possibilitem o acesso, a permanência e o seu êxito no
espaço escolar.
Serão utilizadas as seguintes formas metodológicas para o ensino de Física:
aulas expositivas, aulas práticas, trabalhos de pesquisas, utilização de recursos
como: TV Pendrive, DVD, quadro negro, giz, apostila, laboratório de informática,
livros, revistas, artigos científicos e materiais para realização de experimentos, os
quais serão realizados dentro da sala de aula, pois a mesma não possui laboratório
de Física.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser compreendida com a finalidade de obter informações
sobre o que o educando aprendeu, de que forma e em quais condições, visa tanto
um ensino quanto uma aprendizagem de melhor qualidade. Ela deve ser
diagnóstica, contínua e cumulativa, respeitando os diversos tipos de inteligência, sendo
reflexiva e mediadora.
A avaliação deve ter caráter diversificado, levando em consideração alguns
aspectos importantes:
- a compreensão dos conceitos físicos;
- a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva a Física;
- a capacidade de resolver problemas, de construir experimentos e explicá-los.
Em cada etapa serão realizadas no mínimo duas avaliações escritas e dois
trabalhos tais como: confecções de experimentos e relatórios destes referentes aos
assuntos estudados, pesquisas de cunho cientifico, entre outros. Para os alunos que
não atingirem a média ou aqueles queiram melhorá-la será proposta uma avaliação
concomitante conforme consta no PPP e no Regimento da Escola.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cadernos do CEEBJA.
Cadernos temáticos dos Desafios Educacionais Contemporanêos
DEWEY, John. Democracia e Educação: Introdução à Filosofia da Educação. São Paulo: Nacional, 1959. http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm.
LUZ, Antonio Máximo Ribeiro da; ALVARES, Beatriz Alvarenga. Física – Volume 1. São Paulo: Scipione, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de expectativas de aprendizagem. 2012. Projeto Político Pedagógico do CEEBJA – Casturina C. Bonfim
PIERSON, Alice Helena Campos. O Cotidiano e a Busca de Sentido para o Ensino de Física. São Paulo, 1997.
POZO, Juan Ignácio. Investigações em Ensino de Ciências. Porto Alegre, v. 1, n. 2, ago. 1996. Revista virtual acessível pelo endereço http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm.
Regimento Escolar do CEEBJA - Casturina C. Bonfim
SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Universo da Física. 2. ed., São Paulo: Atual, 2005.
GEOGRAFIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Ao longo da história a natureza foi sendo transformada pelo trabalho do homem
que passou a produzir um espaço com o objetivo de garantir sua subsistência. Esse
processo de humanização tornou a natureza cada vez mais artificializada, graças ao
desenvolvimento de técnicas. As novas técnicas foram sendo incorporadas ao
espaço geográfico de modo que poucos lugares da superfície terrestre ainda não
sofreram transformações. E mesmo esses lugares estão sujeitos à influência política,
neles atuam interesses ligados aos que buscam sua preservação e aos que desejam
explorá-los.
Assim, a paisagem é somente a aparência da realidade, aquilo que nossa
percepção capta. As paisagens estão impregnadas de relações que não são
facilmente percebidas por todas as pessoas, sendo necessário desvendá-las para
que o espaço geográfico possa ser aprendido em sua essência. Isso requer estudos,
pesquisas.
Desde a Antiguidade foram elaborados estudos que podem ser considerados
geográficos embora estivessem vinculados a outras ciências. Na Grécia Antiga,
Heródoto, Hipócrates e Aristóteles, além de outros, analisaram a dinâmica dos
fenômenos naturais, elaboraram descrições de paisagens e estudaram a relação
homem-natureza. Na Idade Média, Ptolomeu fez importantes estudos geográficos e
cartográficos. A expansão marítima europeia também proporcionou grandes avanços
aos estudos geográficos.
Em meados do século XIX, Humboldt e Ritter – pesquisadores alemães –
fundaram a Geografia como ciência que passou a ser pesquisada e ensinada nas
universidades. No final do século XIX, Ratzel, outro pesquisador alemão, definiu a
Geografia como ciência humana e considerou a influência que as condições naturais
exercem sobre a humanidade como objeto de estudo da disciplina, dando origem ao
“determinismo geográfico”.
No início do século XX, o geógrafo francês, La Blache passou a defender que a
geografia se preocupasse com a relação sociedade-natureza, colocando os seres
humanos como agentes que sofrem influência do meio, mas também agem sobre
ele, transformando-o. Ele inaugurava uma corrente conhecida como “possibilismo”.
Assim, até meados do século XX a grande maioria dos geógrafos limitava-se a
descrever as características físicas, humanas e econômicas das diversas formações
socioespaciais, procurando estabelecer comparações e diferenciações entre elas. A
Geografia tradicional foi importante para o desenvolvimento da Geografia como
ciência, mas era centrada na memorização de mapas e dados estatísticos sobre
população e economia, juntamente com as características físicas de clima, relevo,
vegetação e hidrografia. Na segunda metade do século XX, quando a descrição das
paisagens, com seus fenômenos naturais e sociais, passou a ser realizada de forma
mais eficiente e atraente pela televisão, os geógrafos se viram obrigados a buscar
novos objetos de estudo que permitissem a sobrevivência da Geografia como
disciplina escolar.
Um marco desse período foi o geógrafo Yves Lacoste, autor de brilhantes
trabalhos a respeito do ensino da Geografia na França e também do livro “A
Geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra”, uma forte denúncia contra
o uso dessa ciência pelos Estados poderosos para expandir sua área de influência.
Pouco a pouco a comunidade geográfica assumiu a Geografia como a ciência
que se preocupa com tudo o que ocorre no espaço geográfico, já que este espaço
constitui o seu objeto de estudo. As mudanças infinitas e constantes que nele
ocorrem são estudadas, mas essa ciência também se preocupa em entender as
causas dessas transformações.
Após a renovação do pensamento geográfico e com o avanço da globalização, o
crescimento de problemas como os conflitos étnicos, a questão ambiental, os
movimentos terroristas, as crises financeiras, etc., consolida-se a certeza de que a
Geografia é uma disciplina fundamental para a compreensão do mundo
contemporâneo nas escalas local, nacional e mundial.
Por isso, ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que os alunos tenham
noções básicas sobre as relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas
(do local ao global) e condições de aplicar seus conhecimentos na interpretação e
crítica de espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou não. Esses
conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a ampliar as
relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior capacidade de
abstração do aluno e sua possibilidade de formações conceituais mais amplas.
Essa compreensão do mundo permite à Geografia apontar tendências futuras e
propor formas mais racionais para a relação dos seres humanos com a natureza.
Afinal, o espaço geográfico nada mais é do que o resultado dessa relação.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Segundo as Diretrizes curriculares orientadoras da Educação Básica
conteúdos estruturantes são:
“conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os
campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais
para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste caso,
dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos
específicos devem ser abordados.”
Os conteúdos estruturantes da Geografia são:
• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – enfatiza a apropriação
do meio natural pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para
construção de objetos técnicos que compõem as redes de produção e circulação de
mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa
mudança na construção do espaço;
• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – engloba os interesses
relativos aos territórios e as relações de poder, que os envolvem;
• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – abordagem
complexa do temário geográfico, porque não se restringe aos estudos da fauna e da
flor, mas a interdependência das relações entre sociedade, elementos naturais,
aspectos econômicos, sociais e culturais;
• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – permite
a análise do espaço geográfico sob a ótica das relações culturais, bem como da
constituição distribuição e mobilidade demográfica.
Tais conteúdos estabelecem relações permanentes entre si e devem ser
tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações
Espaço/Temporais e relações Sociedade/Natureza a fim de que o aluno compreenda
os conceitos geográficos e o objeto de estudo da geografia em suas amplas e
complexas relações.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
A dinâmica da natureza e alteração pelo emprego de tecnologias de exploração da produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo a cidade na sociedade capitalista.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A transformação demográfica a
distribuição espacial e indicadores estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
A distribuição espacial das atividades
- O que é Geografia? Qual a sua importância? - As transformações nas paisagens - Os elementos da paisagem - Conceitos de espaço geográfico, paisagem, lugar, espaço, território, natureza e sociedade - Formação do planeta * Placas tectônicas - A representação do Espaço geográfico * Localização e orientação - Brasil: territórios e paisagens - A dinâmica do Planeta * Terra: forma e movimentos - O campo: agricultura tradicional, modernização da produção e luta pela terra. - Cidades: diversidade e convivência * O processo de urbanização * As metrópoles brasileiras * Problemas urbanos - Energia e questões ambientais no Brasil * Fontes renováveis e não renováveis * As fontes alternativas - A industrialização no Brasil * As indústrias nas regiões brasileiras - Diversidade étnica e cultural do Brasil * A população brasileira * A imigração
produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das
mercadorias e das informações.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações
socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
Formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicações na atual configuração territorial.
- Comércio e serviços * Comércio internacional * Blocos econômicos - Transportes e telecomunicações - Sistemas socioeconômicos *Desigualdade/exclusão social - Globalização: atual fase do capitalismo - Regionalizações e a nova ordem mundial - Conflitos regionais
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A formação e transformação das
paisagens.
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do
Estado.
As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
- Espaço geográfico, lugar e paisagem
- Localização e representação do
espaço geográfico
- Evolução da Terra e fenômenos
geológicos
- Estrutura geológica e formas de
relevo
* Agentes endógenos e exógenos
* Erosão e contaminação do solo
- Dinâmica climática
* Elementos e fatores do clima;
* Tipos de clima
* Poluição atmosférica/Mudanças
climáticas
- Hidrosfera e a dinâmica das águas
continentais e oceânicas
Formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.
A revolução técnico-científica-
informacional e os novos arranjos
no espaço da produção.
As implicações socioespaciais do
processo de mundialização
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
O comércio e as implicações
socioespaciais.
A circulação de mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das
informações.
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a
(re)organização do espaço
geográfico
O espaço rural e a modernização
da agricultura
As relações entre campo e a
cidade na sociedade capitalista
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
A transformação demográfica, a
distribuição espacial da população
e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas
motivações.
As manifestações socioespaciais
- As grandes paisagens naturais da
Terra
- A regionalização do espaço
geográfico mundial
- Do mundo bipolar à multipolaridade
- Grandes atores da geopolítica no
mundo atual
- A globalização
* Revolução técnico-científica
* A atual DIT
- O avanço das telecomunicações e
dos meios de transporte
- A expansão das multinacionais
- Comércio global e organismos
internacionais
- Blocos econômicos
- Os fluxos da rede global
- Indústria no mundo atual
- Fontes de energia
- Agropecuária no mundo atual e as
políticas agrícolas no mundo
desenvolvido
- Espaço agrário no mundo em
desenvolvimento
- As cidades e o fenômeno da
urbanização
- A urbanização nos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos
- Rede e hierarquia urbana
- Conurbação, metrópoles e
megalópoles
- Metropolização e problemas urbanos
- As teorias demográficas
- A distribuição e o crescimento da
população mundial e brasileira
- A estrutura da população mundial e
brasileira
- A estrutura econômica
da diversidade cultural.
- Os fluxos migratórios no Brasil e no
mundo
* Migração e xenofobia
* Os fluxos de refugiados
- Conflitos étnicos
- Terrorismo
4. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS:
Temas que tratem sobre os Desafios Educacionais Contemporâneos:
Educação Ambiental; Educação Fiscal; Drogas e violência; Enfrentamento à
Violência contra a criança e adolescente e contra a mulher; História e cultura Afro-
brasileira e indígena; Cidadania e Direitos Humanos; História do Paraná; Política de
Proteção ao Idoso; Diversidade Sexual; Educação Alimentar Nutricional e Educação
Para o Trânsito serão trabalhados ao longo do ano letivo sempre que determinado
conteúdo assinalar a possibilidade de abordagem e serão detalhados no Plano de
Trabalho Docente.
4. METODOLOGIA
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e
dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos, embasados nos eixos trabalho,
cultura e tempo.
A partir dos conteúdos estruturantes, recomenda-se que se amplie a
abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em
diferentes materiais didáticos.
Ao iniciar seus estudos no ensino fundamental, espera-se que o aluno amplie
suas noções espaciais. Por isso, o professor trabalhará os conhecimentos
necessários para o entendimento das inter-relações entre as paisagens naturais e
artificiais.
O espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração
entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social. Os diferentes níveis de
análise podem transitar entre o local, regional, nacional e global ou o oposto. Torna-
se interessante promover um domínio da linguagem cartográfica para mostrar com
os fenômenos se distribuem e se relacionam nesse espaço.
Ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas
sobre os continentes, os países e os elementos físicos e humanos que os compõem.
Caberá à Geografia abordar os conteúdos específicos de maneira a articular
aspectos naturais, econômicos e sociais, nas diversas escalas geográficas,
contemplando os três eixos.
No Ensino Médio os quatro conteúdos estruturantes serão o ponto de partida e
de chegada para a seleção e organização dos conteúdos específicos. Recomenda-
se que os conteúdos específicos sejam organizados numa sequência que parta da
atual ordem mundial e problematize as relações de poder, as relações sociedade
natureza, e as relações espaço-temporais que contribuíram para essa constituição
do espaço geográfico.
As diretrizes também propõem que o professor deve considerar e envolver
nos estudos aspectos sobre o Paraná.
É importante que seja preservada a dinâmica do fazer pedagógico por meio
da qual os quatro conteúdos estruturantes serão fundamentais para compreender o
maior número de aspectos que constituem o espaço geográfico.
Outros encaminhamentos são interessantes para o trabalho pedagógico da
Geografia, tais como: aula de campo, uso de recursos audiovisuais, cartografia como
linguagem entre outros.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar
a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou um
conceito. É imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o processo de
aprendizagem; ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A LDBN
determina a avaliação formativa, considerada um avanço em relação à avaliação
tradicional somativa ou classificatória.
A avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada, porque considera
que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem diferentes, aponta
dificuldades e possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.
Devem-se desenvolver as duas formas de avaliação – formativa e somativa. Ela
também permite que o professor procure caminhos para que todos os alunos
aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de
ensino e de aprendizagem.
Assim sendo, as avaliações devem ser registradas de maneira organizada e
criteriosa, seguindo às normas estabelecidas no Regimento Escolar do
Estabelecimento de Ensino.
Os principais critérios que devem nortear a avaliação são: a formação dos
conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais. O
professor deve observar, então, se os alunos formaram os conceitos geográficos e
assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
O professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias
formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, fotos,
imagens, tabelas e mapas, produção de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios
de aulas de campo, apresentação de seminários entre outros.
Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
A recuperação de estudos deverá ser concomitante e oportunizada a todos os
alunos.
Ao final do percurso, o aluno também poderá avaliar melhor a realidade em
que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja.
7. BIBLIOGRAFIA
KAISER, Maurício Oliveira e Werner Zotz. Atlas Paraná. Letras Brasileiras, 2012. MARTINEZ, Rogério/ VIDAL, Vanessa Pires Garcia. Novo Olhar: Geografia. 1ª Ed. São Paulo: FTD, 2013. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Geografia, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. 2012. TEIXEIRA, Maria Angélica Tozarini. Caminhar e transformar – Geografia: Geografia: Anos Finais do Ensino Fundamental: Educação de Jovens e Adultos – 1ª Ed. São Paulo: FTD, 2013.
HISTÓRIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua
existência nas realizações dos seus antepassados. A História como disciplina no
Brasil, surge no século XIX com a história acadêmica iniciada pelo IHGB ( Instituto
Histórico Geográfico Brasileiro) que serviu de inspiração para a organização
disciplina de História no nível escolar, posta em prática, primeiramente, no Colégio
Pedro II, no Rio de Janeiro, dedicado especialmente naquela época à elite carioca
.Essas produções foram elaboradas sobre influência da história metódica e do
positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, pela História política, orientada pela
linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e
verdade histórica e, por fim, pela valorização dos heróis.
A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista
como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade
expressa na síntese das raças branca, índia e negra, com o predomínio da ideologia
do branqueamento. O modelo de ensino de História foi mantido no inicio da
República (1889) e o Colégio Pedro II continuava a ter papel de referência para a
organização educacional brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do
colégio e propôs que a História do Brasil passasse a compor a cadeia de História
Universal.
O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu se apenas no
período autoritário do governo Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político
nacionalista do Estado Novo. Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de
História manteve seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes
oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram se os grandes heróis
como sujeito da História narrada.
Ainda no Regime Militar, com a lei n. 5692/71, no Primeiro Grau, as disciplinas
de historia e geografia foram condensadas como área de estudos sociais, dividindo
ainda a carga horária com o ensino de educação moral e cívica (EMC). Com a
adoção dessas medidas, o Estado objetivava obter
maior controle ideológico sobre o corpo docente, porque retirava o instrumental
intelectual politizador e centrava a formação numa pratica pedagógica pautada na
transmissão de conteúdos selecionados, sedimentados pelos livros e manuais
didáticos.
Posteriormente, na segunda metade da década de 1980 e no inicio dos 1990,
cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,
processo que repercutiu nas novas
propostas de ensino de história. Essa discussão entre educadores e outros setores
da sociedade foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no
país. Muitas foram as propostas de mudanças, algumas expressavam a
preocupação em situar o conhecimento histórico do Brasil como central e a partir da
história do Brasil estabelecer um vinculo com a História geral. Debate se e critica se
a história eurocêntrica. Insiste se que a história do Brasil deve ser o núcleo central
dos estudos históricos nas escolas e jamais um apêndice da historia geral. Isto,
contemplando experiências sociais.
A questão que permanece e a que mais nos interessa para este trabalho é
saber o papel que a história, especialmente a do Brasil, deve ter na formação das
novas gerações, sobretudo considerando que a escola tornou se um espaço mais
democrático, atendendo a jovens de todas as camadas sociais.
Portanto, o que ensinar e como ensinar a História são questões que
permanecem. Conhecer a historia significa estudar a vida das sociedades em seus
múltiplos aspectos, tendo em vista que, cada
sociedade tem culturas e formas diferentes de pensar. O estudo da história leva o
educando a despertar a sua curiosidade para que, ele assuma a posição de
questionador e explicador da realidade histórica. Possibilitando assim, que o aluno
valorize a diversidade cultural, reflita sobre temas históricas e questões do presente,
compreendendo a importância da preservação do patrimônio sócio cultural,
acreditando no debate como forma de crescimento intelectual.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos as
ações e relações humanas, praticadas no tempo, bem como os sentidos que os
sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
A produção do conhecimento histórico possui um método especifico baseado
na explicação e na interpretação de fatos do passado, a partir de documentos que
possibilitem a produção de narrativas históricas, contemplando experiências sociais,
culturais e políticas.
No ensino Fundamental e Médio, o ensino da historia nortear se á pelo estudo
de Conteúdos Estruturantes: as Relações de Trabalho, as Relações de Poder e
as Relações Culturais, os quais serão abordados nos diferentes estudos, refletindo
as ações e as relações humanas no tempo.
As correntes historiográficas apresentadas nas DCEs: Nova História, Nova
História Cultural e Nova Esquerda Inglesa, deverão dialogar entre si e todas
trazem contribuições para a formação do pensamento histórico racionalizado. A
contribuição da Nova História foi a abertura para novos problemas, novas
perspectivas teóricas, se contrapõe a uma racionalidade linear, com a introdução de
novas temporalidades e estruturas. A Nova história Cultural abre para a leitura
dialógica das fontes, busca identificar as diferentes vozes, valoriza a diversidade de
documentos, isto tudo sem abandonar o rigor do conhecimento. A Nova esquerda
Inglesa considera a subjetividade, as relações
entre as classes e a cultura. Defendem que a consciência de classe se constrói nas
experiências cotidianas. Adotam conceitos materialistas sob uma nova perspectiva
(luta no interior de uma mesma classe e não somente entre classes), privilegiam as
ações dos múltiplos sujeitos na construção sócio histórica. Pautam seus estudos na
experiência do historiador, na sua dimensão social e investigativa, valorizam as
possibilidades do pensa, da luta e da transformação social. Todas as correntes
apresentam limites e possibilidades, mas fornecem alguns caminhos – “pontes
teórico-metodológicas que relacionam esse novo modo do pensamento histórico e a
aprendizagem da história” (Jörn Rüssen)
Espera se que ao longo do Ensino Básico, os alunos gradativamente possam
ampliar a compreensão de sua realidade e formação de sua consciência histórica, e
assim conhecer os conjuntos de significados que os homens conferiram a sua
realidade para explicar o mundo.
Possibilita também a compreensão de que os fenômenos históricos não são
naturais e irreversíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos de forma dialética em
seus contextos históricos. A finalidade expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob forma da consciência histórica dos sujeitos, levando os a
construir a capacidade critica da própria cidadania a partir do conhecimento de
sociedades no presente e no passado.
Enfim, as contribuições da história para as novas gerações são inúmeras,
promove a construção do conhecimento humano e a formação de uma consciência
histórica, além de ser indispensável para a formação da cidadania.
OBJETIVOS GERAIS:
Compreender que os fenômenos não são naturais, mas produzidos por
sujeitos coletivos em constante construção e transformação;
Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos
como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo- se o
respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades, considerando a
diversidade cultural e a memória paranaense de acordo com as Leis
vigentes.
Situar os momentos históricos nos diversos ritmos de duração
comparando problemáticas atuais com a de outros tempos;
Entender o processo de produção do conhecimento humano sob a forma
de consciência histórica dos sujeitos, voltada para a interpretação dos
sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da
provisoriedade desse conhecimento;
Incentivar procedimentos de pesquisa e produção de textos para a
formação da consciência histórica.
ENSINO FUNDAMENTAL II
OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
RELAÇÕES TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS
A experiência Humana no tempo
A formação do pensamento histórico;
O historiador e a produção do conhecimento histórico;
Fontes históricas As diferentes temporalidades
nas sociedades; O processo de formação da
humanidade
RELAÇÕES TRABALHO RELAÇÕES DE PODER
Os sujeitos e suas relações om o outro no tempo
- Teorias do surgimento do homem na América; - Mitos e lendas da origem do homem; - Desconstrução do conceito de Pré-história; - Povos ágrafos, memória e história oral; - Organização política, social: hebraica, gregas e romanas; civilizações pré-colombianas; - As primeiras civilizações africanas ( mali, Gana, Núbia, Egípcia);
RELAÇÕES CULTURAIS
As culturas locais e a cultura comum.
- Ameríndios do território brasileiro (pinturas comum rupestres); - Povos indígenas do Paraná, suas culturas e mitos: kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng; - Contribuições científicas e culturais dos hebreus, gregos e romanos; - (Des) encontros entre culturas no Brasil: indígenas/ negros/ europeus ;
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
RELAÇÕES DE TRABALHO/
As relações de Propriedade
- América portuguesa: propriedade coletiva e indígena; - Organização político-administrativa colonial: capitanias hereditárias, sesmarias- formação dos latifúndios; - Organização social : família patriarcal, escravismo e indígena; - Economia: pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios ;
RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
- Colonização do território paranaense e brasileiro - Península Ibérica: estado europeu - A ruralização do Império
Romano e a formação do colonato; - A formação da Europa Feudal; - África: sociedades tribais e impérios; -Europa: o crescimento das cidades e do comércio;
RELAÇÕES DE PODER E DE TRABALHO
As relações entre o campo e a cidade
- Relações econômicas entre campo e cidade cidade (período feudal/ modernidade/ atualidade) - Êxodo Rural.
RELAÇÕES CULTURAIS
Os conflitos e resistências Produção cultural campo e cidade
- Conquista do Sertão: missões jesuíticas, bandeiras e expedições militares; - Crises e rebeliões na colônia; - Religiosidade e manifestações culturais: nativistas, africanas e indígenas;
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER
História das relações da Humanidade com o trabalho
- O trabalho nas sociedades: indígenas, patriarcal e escravocrata; - O trabalho nas primeiras sociedades: Europa, África e América; - A transição do trabalho escravo para o trabalho livre; - Os imigrantes no Brasil e o trabalho assalariado;
RELAÇÕES DE PODER/ RELAÇÕES DE TRABALHO/ RELAÇÕES CULTURAIS
O trabalho e a vida em sociedade
- Emancipação política do Paraná (1853) ; - Organização social, econômica e manifestações culturais; - Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres e pobres) e externas (europeus); - Os povos indígenas e a política de terras.
RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER
O trabalho e as contradições da modernidade
- Chegada da Família Real ao Brasil: mudanças e consequências - Revolução Industrial: mudanças sociais, econômicas, ambientais e
inovações tecnológicas. - Industrialização e urbanização no Brasil. - A vida nas fábricas e o início da organização operária no Brasil - A mão-de- obra feminina - Exploração do trabalho Infantil no Brasil ;
RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS
Os trabalhadores e as conquistas de direitos
- O processo de abolição da escravidão ; - Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabana- gem, Revolução Farroupilha; - O processo de Independência das Américas (Brasil, Haiti, Colônias espanholas...; - A Guerra do Paraguai e/ou Guerra da Tríplice Aliança) - Lutas Operárias e a Formação dos sindicatos (Ludismo...) - As Leis Trabalhistas - A conquista das mulheres no mundo do trabalho; O movimento sufragista feminino; - O Movimento Negro: surgimento e ações/ e o combate ao racismo; - Influências e manifestações culturais da etnia negra no Brasil: símbolo de resistência; - MST e a questão agrária. - Cultura e valores campesinos: luta pela terra.
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIAS: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES DE TRABALHO
A Constituição das Instituições sociais
- A organização de poder nas sociedades: indígena e africana; - A Igreja: enquanto instituição política e social no Império Romano/ Medieval e Modernidade (ordens religiosas, inquisição, reforma e contra reforma, reduções jesuíticas...); - Corporações de Ofícios;
- Formações de Associações e Sindicatos.
RELAÇÕES DE PODER/ RELAÇÕES CULTURAIS
A formação do Estado
- A instituição da República; - Os poderes do estado Brasileiro; - As Constituições do Brasil - Democracia e Ditadura no Brasil; - Construção do Paraná moderno ; - O regime Militar no Paraná; - Repressão e Censura; - Repensar da nacionalidade: semana da arte moderna – mudanças de mentalidade/ movimentos de Contra-cultura.
RELAÇÕES DE PODER
Sujeitos, Guerras e Revoluções
- As guerras de independências latino- americanas e africanas (Guerra do Paraguai, Inconfidência Mineira...); - Movimentos sociais da república: Canudos e Contestado... - Movimentos nacionalistas: Tenentismo, Revolução de 30 e Revolução Federalista; - Revolução Russa; - A crise de 29. - As Guerras mundiais; - O Brasil nas Guerras; - Movimento pela redemocratização: etno- raciais, estudantis e agrárias.
PROPOSTA DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
RELAÇÕES DE PODER DE TRABALHO CULTURAIS
A construção do sujeito histórico
- Relações de Gênero na história local; - Homem e Mulher: sujeitos históricos e transformadores
do espaço econômico e sócio-cultural ;
RELAÇÕES DE PODER, DE TRABALHO CULTURAIS
A produção do conhecimento histórico
- A ciência histórica; - O tempo cronológico e o tempo histórico; - As diferentes cronológicas entre Ocidente e Oriente; - Fontes históricas; - Patrimônio histórico e cultural paranaense e brasileiro;
RELAÇÕES DE TRABALHO
Trabalho escravo, servil, assalariado e livre
- Conceito e divisão do trabalho em diferentes sociedades; - Mundo do trabalho nas sociedades teocráticas: Pré-colombianas; Antiguidade Clássicas e sociedade feudal;
RELAÇÕES DE PODER O Estado e as Relações de Poder
- Conceito de Estado: Política - Poder político e religioso na Antiguidade Clássica e no período Feudal ;
RELAÇÕES CULTURAIS
Urbanização Industrialização
- As cidades na História; Industrialização - Relações culturais nas sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres, plebeus e escravos; - Relações culturais na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes; - Surgimento das cidades: urbanização; - Organização, relação e contribuições culturais: antiguidade e medieval; - Sociedades medievais: resistência e dominação ;
RELAÇÕES DE PODER
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- Colonização: domínio, submissão e resistência dos povos indígenas e dos povos africanos; - Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres, plebeus e escravos; - Guerras e Revoltas na Antiguidade clássica ;
RELAÇÕES CULTURAIS
Cultura e
- Formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus;
Religiosidade - Os mitos e a arte greco-romana; - Formação das grandes religiões: Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
RELAÇÕES DE TRABALHO
Trabalho escravo, servil assalariado e livre
- Corporações de ofício; - A construção do trabalho assalariado; - Revolução Industrial: sistema fabril; - Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão-de-obra no contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense; - Trabalho infantil e trabalho feminino
RELAÇÕES DE PODER, DE TRABALHO E CULTURAIS
O Estado e as Relações de Poder
- Formação dos Estados Nacionais; - As metrópoles Europeias e as relações de poder sobre as colônias e a expansão do capitalismo; - Democracia - concepções - A formação do Estado Nacional Brasileiro; - O Paraná no contexto de sua emancipação.
RELAÇÕES DE
PODER
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- Movimentos revolucionários; - Greves e manifestações femininas; - Organizações operárias: Ludismo/ Cartismo; - Anarquismo/ marxismo; - As greves operárias no Brasil.
RELAÇÕES DE PODER, DE TRABALHO E CULTURAIS
Urbanização Industrialização
- Consumismo em massa; - Exploração da mão-de-obra infantil; - Os meios de comunicação a serviço das grandes empresas; - Urbanização e industrialização no Brasil: as cidades na história do Brasil e a vida urbana; - Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais; - Tempo, trabalho e lucro: suas relações.
RELAÇÕES CULTURAIS
Cultura e religiosidade Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções - modernas
- Reforma religiosa / Protestantismo; - Revolução Gloriosa; - Iluminismo (as novas ideias e a contestação políticos, culturais e as dos trabalhadores) - Mudanças políticas e sociais: Séc XVIII, modernas XIX e XX; - Conflitos no Brasil: movimentos sociais messiânicos.
RELAÇÕES DE PODER
O Estado e as relações de poder
- Imperialismo; - Disputas coloniais; - A formação dos regimes totalitários; Socialismo e Capitalismo: bipolaridade do mundo contemporâneo; - A situação da África na atualidade; - Corrida Imperialista.
RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PDER
Trabalho escravo, servil assalariado e livre
- Urbanização e industrialização no Paraná; - O Porto de Paranaguá no contexto da exploração do capitalismo; - Trabalho assalariado; - Sistema capitalista – suas teorias (Taylorismo, Fordismo, Toyotismo, Volvismo); - O mundo do trabalho no Brasil: início do século XX;
RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER
Urbanização e Industrialização
- Urbanização e industrialização no século XIX; - Formação das cidades no Paraná ( ocupação, poder e ciclos econômicos...); - Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea.
RELAÇOES DE PODER
O Estado e as relações de poder
- O Estado e as doutrinas sociais ( anarquismo, socialismo e positivismo); - O populismo e as ditaduras na América Latina; - O sistema capitalista e socialista; - O neoliberalismo na América Latina; - Globalização (economia globalizada) - Brasil globalizado e neoliberal; - Globalização e cultura; - Reforma Agrária e êxodo rural
- O Paraná no contexto atual. - Movimentos governamentais atuais ;
RELAÇÕES DE PODER CULTURAIS
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
- Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea; - Era da informação - Negros e índios no Brasil atual; -Movimentos feministas, movimento negro, movimento jovem...
RELAÇÕES DE PODER E CULTURAIS
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- As revoltas sociais na América Portuguesa - Movimentos sociais, políticos, culturais e as guerras e revoluções: Guerras mundiais, Guerra Fria, Revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental partirá
da história local/Brasil para o mundo. Deverão ser considerados os contextos
relativos à história local, da América Latina, da África e da Ásia, numa tentativa de
rompimento com a visão eurocêntrica. Para que os alunos ampliem o conhecimento
do conteúdo apresentado nos livros didáticos, o uso da biblioteca será fundamental
com a orientação e incentivo para a leitura e a pesquisa, de acordo com o que se
pretende ensinar e a seleção de temas será adequado a realidade dos educandos,
de acordo com o projeto político pedagógica da escola.
O trabalho também será desenvolvido fazendo estudos de diversos
documentos, como: textos imagens, fotografias, músicas, filmes, revistas,
documentários e outros, garantindo assim o aprendizado efetivo.
Será também proposto estudos individuais e coletivos, interpretações e
análise de textos, sistematização de conceitos históricos, apresentações de
seminários e debates. Os alunos com dificuldades de aprendizagem serão
atendidos de acordo com suas necessidades com a utilização de metodologias de
acordo com as especificidades de cada um.
O uso da TV Multimídia, Portal dia-a-dia, TV Paulo Freire, e outros recursos
disponíveis serão utilizados pelo professor na hora da preparação e explicações dos
conteúdos, possibilitando o acesso a informações culturais e sociais oralmente e
através de pesquisas na internet e livros de apoio.
A prática metodológica envolverá ainda debates, seminários, discussões e
análises, buscando o aprofundamento dos conteúdos estudados.
No Ensino Médio a proposta é um ensino por temas históricos, os conteúdos
serão problematizados por meio da contextualização espaço temporal, e de
situações relacionadas as relações econômico-social, política e cultural, com
diferentes formas de atividades. Será proposto estudos individuais e coletivos,
leitura, interpretação e análise de textos iconográficos, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, filmes que
enfoquem o tema abordado. Será realizado ainda estudo de documentos
relacionados à música, poesia, imagens, filmes, jornais e revistas, que levem o aluno
a compreensão do processo de construção do próprio conhecimento histórico.
A História do Paraná (Lei no 13.381/01) será contemplada, correlacionada
aos conteúdos de História Geral e do Brasil. A regionalização é fundamental na
compreensão de uma história global.
Assuntos relacionados a cultura afro-brasileira e indígena estarão presentes
de maneira contínua, sempre promovendo o respeito para com afro-descendentes e
indígenas, valorizando os costumes, que também herdamos. ( Lei nº 10.639/03 e
Lei 11.645/08 História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena).
O respeito para com a diversidade será promovido através de intervenções
por parte do professor, sempre que houver algum vestígio de preconceito em
relação a cor, sexo, orientação sexual ou condição sócio econômica.
No decorrer das aulas não será priorizada a vida urbana em detrimento à vida
no campo, enfatizando às questões ambientais (Lei nº 9.795/99).
Serão abordados ainda questões referentes à : Educação Fiscal (Portaria
413/2002); Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Diversidade Educacional; Violência contra a
Mulher (Lei Maria da Penha); Política de proteção ao Idoso; direitos das crianças
(Programa de Combate ao Bullyng) (PARANÁ) de acordo com a legislação vigente,
nos conteúdo específicos que contemplarem a temática.
AVALIAÇÃO
A avaliação, tanto para o Ensino Fundamental como para o Médio, será
diagnóstica, dando oportunidade ao professor e alunos reverem as práticas
desenvolvidas, identificando lacunas na aprendizagem e assim, planejar e propor
outras atividades que sanem as dificuldades constatadas. De acordo com o
Regimento Escolar a avaliação também será contínua, processual, diversificada,
qualitativa, através de atividades individuais e coletivas, trabalhos de pesquisa,
debates, testes escritos, participação nas atividades desenvolvidas de acordo com
as necessidades e realidade do aluno.
Para o Ensino Médio, a avaliação da disciplina de História deve considerar a
apropriação de conceitos históricos, a compreensão das dimensões e relações da
vida humana e o aprendizado dos conteúdos específicos, por meio de diferentes
instrumentos avaliativos tais como: leitura, interpretação e análises de textos
historiográficos, filmes, mapas, documentários históricos, produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, apresentação de trabalhos e seminários.
O processo avaliativo terá o acompanhamento do trabalho diário, a participação em
trabalhos individuais e coletivos, que serão registrados no livro registro, assim como
todas as verificações.
No final do trabalho da disciplina de História, os alunos devem ser capazes
de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder
neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que
vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria História. A Recuperação
será Concomitante com o processo de ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS : Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. História – SEED – Estado do Paraná: 2009. DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994. DREGUER, Ricardo. & TOLEDO, Eliete. Coleção História: cotidiano e mentalidades. São Paulo: Atual, 2000. FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996. História Viva – temas brasileiros. Presença Negra. São Paulo: Duetto, 2006. HOBSBAWN, Eric. A era dos Extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1995. LDP – HISTÓRIA. Vários autores, Curitiba: SEED – PR, 2006. LE GOFF, Jacques e BNORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Franscisco Alves, 1979.
MARX, Karl. O 18 Brumário de Luis Bonaparte e Cartas Kugelmann. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1997. MÉSZÁROS, István. O poder da Ideologia. São Paulo: Boitempo, 2004. NOSSA HISTÓRIA: A guerra do Paraguai. São Paulo – Ano 2, n.13, nov: 2004. NOSSA HISTÓRIA: É carnaval. São Paulo – Ano 2, n.16, fev: 2005. NOSSA HISTÓRIA: Pra frente Brasil. São Paulo – Ano 2, n.14, dez: 2004. NOSSA HISTÓRIA: Pré –História do Brasil. São Paulo – Ano 2, n.22, ago: 2005. NOVAES, Adauto (org) A descoberta do homem no mundo. São Paulo: Companhia das letras, 1998. OLIVEIRA, Ricardo Costa de (org) A construção do Paraná Moderna: políticos e política no governo do Paraná de 1930 a 1980. Curitiba: SETI, 2004
INGLÊS
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM
“A vida social contemporânea exige que cada um de nós desenvolva habilidades comunicativas que possibilitem a interação participativa e crítica no mundo de forma que possamos tentar intervir positivamente na dinâmica social. O conhecimento sobre práticas discursivas e sociais torna-se, consequentemente, um pré-requisito para ingressarmos nessa dinâmica com menos ingenuidade e mais capacidade de prever, perceber, produzir e negociar sentidos por intermédio da linguagem. Cada vez mais, reconhecemos a necessidade de desenvolvermos novas perspectivas educacionais relativas à linguagem e ao seu uso.” (MEURER; MOTTA-ROTH – Orgs. Gêneros Textuais e Práticas Discursivas, 2002).
LÍNGUA INGLESA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização
social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às
comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo.
De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram
considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que
culminou com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses na América. A partir
de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A
língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados
eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da
família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a
oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o
Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas
ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi
ofertada neste colégio.
Com a Reforma Francisco Campos, em 1931, o Método Direto foi
estabelecido como o primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira no
Brasil. Este apregoava que para adquirir fluência em Língua Estrangeira deve-se
evitar a tradução e o uso da língua materna, o significado deve ser construído por
meio de figuras e gestos e a gramática aprendida de forma indutiva.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e
da gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco
Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função
de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava
exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
A língua inglesa foi valorizada como língua estrangeira porque representava
um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo
espanhol às suas tradições.
A partir do governo Vargas, o país foi tomado por uma política nacionalista.
Nesta conjuntura o MEC autorizava o ensino das Línguas Estrangeiras que não
tivessem um número relevante de imigrantes no país, pois assim evitaria o
fortalecimento de suas línguas e de suas culturas. Como a presença de imigrantes
da Espanha era restrita no Brasil, o Espanhol foi introduzido, no curso secundário,
como matéria obrigatória alternativa ao ensino de Alemão.
Outro fator que influenciou para a valorização da Língua Inglesa foi o fim do
prestígio das línguas alemã, japonesa e italiana, em função da Segunda Guerra
Mundial.
[…] o espanhol, que até então não havia configurado como componente curricular,é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. […] Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que […] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais […], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO ,2003 apud DCE , 2008, p.42).
Na década de 1950, para atender à demanda do mercado de trabalho, o
currículo passou a ser mais técnico. Isso culminou na retirada da obrigatoriedade do
ensino de LEM no colegial pela LDB n.4.024, promulgada em 1961.
Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de formar falantes em
LEM rapidamente, o que ocasionou o surgimento de novos métodos: audiovisual e
audio-oral.
Nestes, a língua era ensinada pela observação e repetição. A língua era
concebida como um conjunto de hábitos a serem automatizados. O ganho destes
métodos foram os recursos didáticos.
Na época da ditadura militar as Línguas Estrangeiras deixaram de ser
obrigatórias tanto no currículo do primeiro quanto do segundo grau (Lei N. 5692/71),
numa tentativa exacerbada de impedir a entrada de outras culturas e ideologias no
país. Em 1976 a disciplina voltou a ser obrigatória ao segundo grau, porém o parecer
n.581/76 do Conselho Federal determinou que esta fosse ensinada por acréscimo,
conforme as condições de cada estabelecimento. Essa abertura fez com que muitas
escolas reduzissem o ensino de Língua Estrangeira para uma hora semanal, por
apenas um ano, de um único idioma. Isso gerou um descontentamento por parte dos
professores, que se mobilizaram para protestar contra o parecer n.581/76. Estas
mobilizações culminaram na criação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM), em 15 de agosto de 1986.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, a
partir da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar.
(Art.26, 5º). Já para o Ensino Médio, a lei determinou que uma LEM , escolhida pela
comunidade escolar, seja disciplina obrigatória e uma segunda seja ofertada em
caráter optativo, dentro das disponibilidades de cada estabelecimento de ensino (Art.
36, Inciso III).
Em função do Mercosul, foi assinada em 5 de agosto de 2005 a lei n.11.161,
que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de
Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno; tendo os estabelecimentos de
ensino 5 anos para implementável.
Na década de 80 ganhou força no Brasil um novo método de ensino: a
Abordagem Comunicativa, que concebia a língua como um sistema de escolhas de
acordo com o contexto de uso. Nesta os alunos deveriam comunicar-se em Língua
Estrangeira por meio de jogos e dramatizações. O trabalho com esta abordagem é a
proposta que fundamenta os Parâmetros Curriculares Nacionais. Porém, com o
crescimento da pedagogia histórico-crítica no Brasil, a Abordagem Comunicativa
começou a ser criticada, pois está centrada em funções da linguagem no cotidiano,
sem considerar as diferentes vozes que permeiam as relações sociais, o que
esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua.
Atualmente o ensino de LEM na rede pública de ensino do Paraná tem como
referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de
Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram construídas com a
colaboração dos professores da rede. As DCE, fundamentadas na pedagogia crítica
e na teoria do Discurso proposta pelo Círculo de Bakhtin, consideram que tanto o
idioma quanto a opção teórico metodológica são marcados por questões político-
econômicas e ideológicas, logo não são neutros.
Nesta perspectiva, segundo as Diretrizes (2008, p.53),
Propõem-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
As Diretrizes adotam a língua como objeto de estudo da disciplina de Língua
Estrangeira Moderna. Esta concebida como espaço de construções discursivas e
indissociável dos contextos em que adquire sua materialidade. Ela é heterogênea,
ideológica e opaca. Ainda, apresentam como Conteúdo Estruturante o Discurso
como prática social. Isto pressupõe um trabalho com a língua viva, em uso, que vai
além da simples decodificação, porque
“[...] a língua não pode ser vista tão simplistamente como uma questão, apenas, de certo e errado, ou como um conjunto de palavras que pertencem à determinada classe e que se juntam para formar frases, à volta de um sujeito e de um predicado. A língua é muito mais que isso tudo. É parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural, histórica, social. É por meio dela que nos socializamos, que interagimos, que desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo, a uma comunidade. É a língua que nos faz sentir pertencendo a um espaço. É ela que confirma nossa declaração: Eu sou daqui. Falar, escutar, ler, escrever reafirma, cada vez, nossa condição de gente, de pessoa histórica, situada em um tempo e um espaço. Além disso, a língua mexe com valores. Mobiliza crenças. Institui e reforça poderes.” (ANTUNES, 2007, p.22)
De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o ensino da
Língua Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que ensinar e
aprender língua é ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir
sentido, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os
diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência
atingido.
Mais do que formar para o mercado de trabalho ou para o uso das
tecnologias, o ensino de LEM proposto deve contribuir para formar alunos críticos e
transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo
em situações de comunicação.
Espera-se que o aluno use a língua em situações de comunicação oral e
escrita e compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
O Colégio CEEBJA – Casturina C Bonfim - EFM está localizado na cidade de
Pitanga. Por ser uma cidade interiorana e nossos alunos serem de classe baixa e
média e a única oportunidade de aquisição da língua Inglesa e conhecimento de
novas culturas, é na rede pública. Neste sentido, o principal objetivo de ofertar o
ensino de Língua Inglesa, é oportunizar aos alunos o acesso a novos
conhecimentos, culturas, a fim de que percebam que aprender uma segunda língua
hoje em dia é fundamental.
Sobre o trabalho com gêneros, Cristóvão e Santos dizem que o domínio por
parte do aluno de uma determinada informação poderá inserí-lo e engajá-lo
discursivamente na sociedade.
“A partir da retenção do conhecimento e da reflexão de como o assunto do texto foi tratado, os alunos estarão aptos a participar da vida social e discutir com maior propriedade a respeito das questões relacionadas a este texto, assim como a própria utilização destas informações e reflexões para suas experiências pessoais enquanto cidadão em construção.” (CRISTÓVÃO; SANTOS)
Portanto, ensinar e aprender LEM (inglês) é também ensinar e aprender
percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é
permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau de proficiência atingido.
As aulas de LEM (inglês) devem se configurar como espaços de interações
entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se
revelam no dia-a-dia. As aulas de LEM têm ainda como objetivos que os alunos
analisem as questões da nova ordem global, suas implicações e que possam
desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.
Ensinar LEM não é apenas ter como objetivo ensinar linguística. Embora a
aprendizagem de LEM muita vezes sirva como meio para progressão no trabalho e
estudos posteriores, tem de ser pensada num forte instrumento que deve também
contribuir para a formação de alunos críticos e transformadores.
Da mesma forma, essa Proposta Curricular está comprometida com o resgate
da função social e educacional que a LEM (inglês) pode oferecer, de modo a superar
os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que tem marcado o ensino da LEM
(inglês).
FUNDAMENTAÇÃO
Para elaborarmos a presente Proposta Curricular na disciplina de LEM,
tomamos como parâmetros o Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico do
CEEBJA Casturina C Bonfim, Conteúdos Básicos de Língua Estrangeira Moderna e
as Diretrizes Curriculares de LEM para os anos finais do Ensino Fundamental e para
o Ensino Médio das Escolas Públicas do Estado do Paraná, seguindo os eixos
articuladores que norteiam a Educação de Jovens e Adultos que são: Cultura,
Trabalho e Tempo.
A partir da leitura, entendimento e reflexão sobre esses documentos,
principalmente sobre os fundamentos teórico-metodológicos que referenciam as
Diretrizes, e tomando como base alguns princípios educacionais, os quais orientarão
nosso trabalho na construção dessa Proposta Pedagógica Curricular e
consequentemente nas atividades a serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo,
destacamos:
O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira;
Garantia de equidade no tratamento da disciplina em relação às demais
obrigatórias no currículo;
O resgate da função social e educacional do ensino da Língua Estrangeira nos
currículos das escolas que ofertam Educação Básica;
Respeito à Diversidade Cultural, Identitária e Linguística, pautado na
heterogeneidade cultural;
O referencial teórico da Pedagogia Crítica, referenciada nas Diretrizes, onde a
escola é valorizada como um espaço social democrático, responsável pela
apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de
compreensão dos valores sociais e para a transformação da realidade;
Que escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários
para assimilarem o saber como resultado, o processo de sua produção e as
tendências de sua transformação;
Que a escola tem o papel de informar, desnudar, ensinar regras, que além de
serem seguidas possam ser modificadas;
Que a prática pedagógica deve ser vista e prevista pelo docente com dedicação,
pautado num planejamento detalhado e um currículo claro, com início, meio e
fim para que o ensino seja desenvolvido com qualidade;
Que o processo de ensino e de aprendizagem devem ter como base o conteúdo,
o aluno e o professor ou ainda como Meurer refere-se sobre a tríade didática:
aluno, professor e objeto do conhecimento a fim de justificar suas escolhas e
guiar suas atividades;
Que a Proposta elaborada se baseia na corrente sociológica e nas teorias do
Círculo de Bakthin, que concebem a língua como discurso; onde a língua
além de transmitir, constrói significados e seu sentido está no contexto de
interação verbal e não no sistema linguístico.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Tendo as Diretrizes como referencial, o ensino da LEM (Língua Estrangeira
Moderna) será norteado para um propósito maior de educação. Portanto, é
fundamental que os professores reconheçam a importância da relação entre língua e
pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na
medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da
cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se separam.
Propõe-se que a aula de LEM (Língua Estrangeira Moderna) constitua um
espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e
cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o
aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
A presente proposta pedagógica curricular se baseia na corrente sociológica e
nas teorias do Círculo de Bakthin, que concebem a língua como discurso, portanto
cabe ao professor estabelecer os objetivos de ensino de língua inglesa e resgatar a
função social e educacional da disciplina.
Diante disso, espera-se que os alunos:
Usem a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciem, nas aulas de LEM (inglês), formas de participação que lhes
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreendam que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
Tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
A disciplina de LEM (inglês) também tem como objetivo envolver os alunos
num processo pedagógico fazendo uso da língua que estão aprendendo em
situações significativas e relevantes, não ficando balizado somente em práticas de
formas linguísticas, soltas e descontextualizadas, mas que a língua contribua num
processo de inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e
complexa através do comprometimento mútuo. A fim de contemplar as diferenças
regionais, os objetivos propostos são flexíveis, porém numa especificidade clara
quanto à seleção de conteúdos específicos. É importante considerar que o aluno traz
para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura, as quais
devem ser respeitadas.
Além disso, ao conceber a língua como discurso, como foi mencionado
anteriormente, conhecer e ser capaz de usar uma língua inglesa permite-se aos
sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do
mundo. Ao estudar a língua inglesa, o aluno aprende também como atribuir
significados para entender melhor a sua realidade e a partir do confronto com uma
outra cultura, tornar-se capaz de entender sua própria identidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS
Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de
sentidos marcado por relações de poder, o conteúdo estruturante Discurso como
prática social deve ser tratada de forma dinâmica, seja por meio da leitura, da
oralidade e da escrita.
Os conteúdos específicos, por sua vez contemplam os diversos gêneros
discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades
linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da
posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou
finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero,
e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos
pertencentes a um gênero (BAKTHIN, 1992).
Apresentamos a seguir, o quadro de conteúdos sugeridos para serem
desenvolvidos no ano letivo de 2016, de acordo com o Livro Didático adotado pela
escola enviado pelo MEC, onde servirá de um apoio importante no desenvolvimento
do Plano de Trabalho do Docente.
Dentro da esfera social de circulação serão contemplados diversos gêneros
textuais tais como os que seguem relacionados no material didático que será
utilizado nesse ano letivo, são eles: artigo acadêmico, mapa, artigos informativos,
história em quadrinhos, introdução de livro, biografia, capas de revistas, extrato de
romance, crítica literária, artigo opinativo, gráficos, conto, resenha, depoimento,
anúncio publicitário, citações, artigo de divulgação científica, trecho de um guia
turístico, artigo institucional, entrevista, notícia jornalística, receita culinária, letra de
música, fábula, diagrama, tabela, outdoor, piadas entre outros. É preciso ressaltar
ainda, que a aula de LEM deve ser um espaço onde o educando possa vivenciar
formas de participação estabelecendo relações entre ações individuais e coletivas,
para isso, deve-se prestar atenção para a escolha de textos que envolvam temas
que tratem da diversidade cultural a fim de que o educando tenha uma visão ampla
de cultura.
6º ANO - PERÍODO: – Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos
GÊNEROS TEXTUAIS: página da web; anúncio classificado; folder; receita; gráfico;
texto informativo; ticket; música.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções
das classes gramaticais no texto e Elementos semânticos;
Oralidade: Pronúncia, Elementos extralinguísticos: (entonação, pausa, gesto),
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito e Adequação do discurso
ao gênero;
Escrita: Tema, Finalidade do texto, intencionalidade do texto, intertextualidade,
Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia;
Análise Linguística: Plural dos substantivos, Imperativo, Some/Any, Caso Genitivo,
Can (habilidade) e Can (permissão).
OBJETIVOS
Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,
oralidades e escrita;
Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo
dos alunos;
Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;
Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao
conhecimento sistêmico ativo dos alunos;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;
Trabalhar as características dos gêneros textuais;
Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;
Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando;
Seu contexto de produção e sua esfera de circulação;
Realizar leitura linear e não linear.
7º ANO - PERÍODO: Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos
GÊNEROS TEXTUAIS: fórum; capa de livro; poster; artigo; flyer, campanha de
vacinação; programação TV; programação de camping.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções
das classes gramaticais no texto, Elementos semânticos.
Oralidade: Pronúncia, Elementos extralinguísticos (entonação, pausa, gesto),
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito, Adequação do discurso
ao gênero.
Escrita: Tema, Finalidade do texto, Intencionalidade do Texto, Intertextualidade,
Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia.
Análise Linguística: Presente contínuo, Preposições de Tempo, have/has, Pronomes
(me, his, her, us, them), advérbios de frequência e presente simples.
OBJETIVOS:
Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,
oralidades e escrita;
Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo
dos alunos;
Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;
Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao
conhecimento sistêmico ativo dos alunos;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;
Trabalhar as características dos gêneros textuais;
Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;
Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;
Realizar leitura linear e não linear.
8º ANO - PERÍODO: Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos
GÊNEROS TEXTUAIS: texto informativo; propaganda (encarte); texto informativo;
pintura (tela); classificado (anúncio); descrição de quartos de hotel; biografia;
prefácio de livro.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções
das classes gramaticais no texto e Elementos semânticos.
Oralidade: Pronúncia, Elementos extralinguísticos (entonação, pausa, gesto),
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito e Adequação do discurso
ao gênero.
Escrita: Tema, Finalidade do texto, Intencionalidade do texto, Intertextualidade,
Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia.
Análise Linguística: Comparativo dos adjetivos, Superlativo dos adjetivos, Passado
simples regular, (used to) e Passado simples irregular.
OBJETIVOS
Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,
oralidades e escrita;
Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo
dos alunos;
Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;
Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao
conhecimento sistêmico ativo dos alunos;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;
Trabalhar as características dos gêneros textuais;
Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas.
Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação.
Realizar leitura linear e não linear.
9º ANO - Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos
GÊNEROS TEXTUAIS: Texto informativo, Folder/Flyer acampamento, Guia de
viagem, Artigo de Opinião, Mito, Testemunho e depoimento.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções
das classes gramaticais no texto e Elementos semânticos. Oralidade: Pronúncia,
Elementos Extralinguísticos (entonação, pausa, gesto), Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o escrito e Adequação do discurso ao gênero.
Escrita: Tema, Finalidade do texto, Intencionalidade do texto, Intertextualidade,
Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia.
Análise Linguística: Pronomes reflexivos, Pronomes Relativos, Must/Have to/Should
e Verbos Modais.
OBJETIVOS:
Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,
oralidades e escrita;
Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo
dos alunos;
Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;
Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao
conhecimento sistêmico ativo dos alunos;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;
Trabalhar as características dos gêneros textuais;
Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas.
Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;
Realizar leitura linear e não linear.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS
Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de
sentidos marcado por relações de poder, o conteúdo estruturante Discurso como
prática social deve ser tratada de forma dinâmica, seja por meio da leitura, da
oralidade e da escrita.
Os conteúdos específicos, por sua vez contemplam os diversos gêneros
discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades
linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da
posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou
finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero,
e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos
pertencentes a um gênero (BAKTHIN, 1992).
Apresentamos a seguir, o quadro de conteúdos sugeridos para serem
desenvolvidos no ano letivo de 2016, de acordo com as Diretrizes Estaduais e
podem ser trabalhados através do Livro Didático adotado pela escola, como apoio
importante no desenvolvimento do Plano de Trabalho Docente.
Dentro da esfera social de circulação serão contemplados diversos gêneros
textuais tais como os que seguem relacionados no material didático que será
utilizado nesse ano letivo, são eles: artigo acadêmico, mapa, artigos informativos,
história em quadrinhos, introdução de livro, biografia, capas de revistas, extrato de
romance, crítica literária, artigo opinativo, gráficos, conto, resenha, depoimento,
anúncio publicitário, citações, artigo de divulgação científica, trecho de um guia
turístico, artigo institucional, entrevista, notícia jornalística, receita culinária, letra de
música, fábula, diagrama, tabela, outdoor, piadas entre outros.
1º ANO DO ENSINO MÉDIO – English for all
CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros textuais: artigo de jornal (on-line), cartum, verbete, tabelas, anúncios
de emprego, quiz, trecho de livro, nuvem de palavras.
Práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita.
Análise linguística
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Vocabulário: sufixo -less e -ful, profissões, cognatos, números;
Gramática: presente simples, presente contínuo, pronomes, there is, there
are, some/any, passado (regular e irregular), passado progressivo,
adjetivo+substantivo.
OBJETIVOS/ EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;
Identificar as características dos gêneros abordados;
Apresentar os conteúdos abordando as práticas discursivas de leitura,
oralidades e escrita;
Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo
dos alunos por escrito e oralmente ;
Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao
conhecimento sistêmico ativo dos alunos;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;
Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;
Compreenda, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais
- como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc.
-, e suas funções dentro do texto; e aproprie-se do conhecimento linguístico
necessário para a compreensão e produção do gênero textual
estudado;Realizar leitura linear e não linear;
Compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto
(palavras transparentes; processos de formação de palavras: prefixação,
sufixação e composição, marcas de gênero e número; significado de palavras
desconhecidas, com base no contexto; reconhecimento de
tempos/aspectos/modos verbais com relação ao seu propósito);
Perceba a intencionalidade presente no texto (quem escreveu o texto, por
quê, para quê, de que forma, etc.);
Identifique nos textos sua tipologia (narrativo, instrutivo, argumentativo, etc.);
Pronuncie adequadamente as palavras em apresentações orais ou em
leituras de textos.
ANO: 2º ANO DO ENSINO MÉDIO – English for all
CONTEÚDOS BÁSICOS • Texto Informativo on-line; (jornal);
• Cartum;
• Poema;
• Diálogo Informal;
• Cartões de Aniversário;
• Artigo On-line;
• Hqs;
• Sites;
• Textos expositivos: oral e escrito;
• Website;
• Folhetos;
• Conversas;
• Trechos de livros;
• Textos literários;
• Vocabulário.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Verbos: Simple Present; Present Progressive; Simple Past; Past Progressive;
Modal Verbs;
• Adjetivos e Preposições;
• Reflexive Pronouns;
• Compound Adjectives;
• Comparativos e Superlativos;
• Presente Perfeito; Passado Perfeito;
• Enough; Too;
• Relative Pronouns: who, that, which, whom, whose;
• Present Perfect Progressive; fillers: um, er, erm, uh;
• Tag Questions; -ing forms;
OBJETIVOS/ EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Usar dicionário bilíngue;
Expressar gostos e preferências;
Refletir sobre estratégias aplicáveis e aplicadas ao ouvir e falar;
Usar e-mails;
Usar textos como referência ao falar;
Descrever problemas;
Propor soluções para problemas oralmente e por escrito;
Refletir sobre o gênero textual que ouvimos;
Tomar nota ao ouvir;
Lidar com problemas de comunicação;
Gerar ideias antes de escrever;
Fazer apresentações usando slides;
Identificar false friends ao ouvir;
Usar again para pedir esclarecimentos;
Compreender e escrever comentários on-line;
Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;
Identificar as características dos gêneros abordados;
Apresentar os conteúdos abordando as práticas discursivas de leitura,
oralidades e escrita;
Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo
dos alunos por escrito e oralmente;
Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao
conhecimento sistêmico ativo dos alunos;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;
Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;
Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;
Compreenda, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais
- como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc.
-, e suas funções dentro do texto; e aproprie-se do conhecimento linguístico
necessário para a compreensão e produção do gênero textual
estudado;Realizar leitura linear e não linear;
Compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto
(palavras transparentes; processos de formação de palavras: prefixação,
sufixação e composição, marcas de gênero e número;
significado de palavras desconhecidas, com base no
contexto;reconhecimento de tempos/aspectos/modos verbais com relação ao
seu propósito);
Perceba a intencionalidade presente no texto (quem escreveu o texto, por
quê, para quê, de que forma, etc.);
Identifique nos textos sua tipologia (narrativo, instrutivo, argumentativo, etc.);
Pronuncie adequadamente as palavras em apresentações orais ou em
leituras de textos.
ANO - 3º ANO DO ENSINO MÉDIO – English for all
CONTEÚDOS BÁSICOS Texto Técnico;
Cartum;
Chat on-line;
Sincripta de seriado de TV;
Artigo on-line;
Texto expositivo oral;
Conversa informal;
Folheto informativo;
Texto expositivo oral;
Apresentação oral;
Artigo de jornal on-line;
Hqs;
Diálogos expressando oferecimentos e reações a eles;
Extrato de Livros didáticos;
Homepage em website; Podcast;
Planilha;
Piada;
Conversas – professor e aluno em sala de aula;
Reações orais expressando concordância, discordância, opiniões,...
Folheto promocional;
Script de filmes;
Texto Informativo;
Depoimento oral;
Poema; Anúncio;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Discourse markers for concession: even though; although, though;
Discourse markers for condition: if, whether;
Expressões com keep;
Intersifiers: quite, rather, pretty,...
Sufixo -ide;
Sufixo -ous;
Abreviações (i.e., e.g., p.m., etc.);
Abreviações e siglas nacionais e internacionais;
Phrasal verbs with call;
Political, Policy, Polician, Politics, Police;
Sufixo -ee;
Sufixo -ment;
Phrasal verbs with break;
Vocabulário relativo a dinheiro, (Money, monetary system, banknotes and
coins);
Hard, hardly;
Miss, lose, loose;
Phrasal verbs with look;
Sufixo -ship;
Sufixo -hood;
Discourse Markers: such, such as, as such;
Expressões com word;
Lie, Lay; Otherwise, Unless,...
OBJETIVOS/ EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Identificar informação contextual a partir do que se ouve;
Identificar o que é e o que não é dito num texto oral;
Reagir às sentenças oralmente para concordar, discordar, ou expressar
opinião;
Escrever piadas;
Usar uma planilha para organização de informações;
Reagir ao ouvir, falar e/ou escrever;
Identificar quem diz o quê?;
Refletir sobre o processo de produção oral;
Observar e analisar a organização e a linguagem utilizada em textos similares
ao que escrevemos;
Usar websites de vídeos;
Identificar fronteiras entre palavras ao ouvir;
Usar websites para gerenciamento de fotografias;
Dar feedback e aplicar feedback recebido no processo de revisão de um
texto,...
METODOLOGIA
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da
disciplina, Propõem-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das
práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de
Língua Estrangeira Moderna (2008, p.53): “[…] a língua concebida como discurso,
não como estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os
transmite. O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no
sistema linguístico”.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou não
verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as
atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões
linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar
estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como construir
significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.
Para Antunes (2007), restringir o estudo da língua à gramática é limitar-se a
um de seus componentes, é perder de vista sua totalidade. A gramática regula muito,
mas não regula tudo. Para ser eficaz comunicativamente, não basta saber apenas
as regras específicas da gramática; isso é necessário, mas não suficiente.
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do aluno de
agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas as
relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que cada situação exige um
agir específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros
discursivos.
De acordo com as Diretrizes (2008, p.66), “ao interagir com textos diversos, o
educando perceberá que as formas linguísticas não são idênticas, não assumem
sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a
situação em que a prática social de uso da língua ocorre”.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau
de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,
somente depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa
concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre
quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as
atitudes, valores e crenças subjacentes ao texto. Estes questionamentos são
importantes para que o aluno compreenda que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em conta:
Gênero – explorar o gênero escolhido;
Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde,quando
e por que (contexto de produção e circulação);
Variedade Linguística – formal ou informal;
Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se
sentidos;
Atividades- de pesquisa, discussão e produção.
Segundo as orientações das DCE (2008) a prática discursiva oralidade tem
como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos.
As atividades deverão oportunizar ao aluno expressar suas ideias, ainda que com
limitações.
Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento discursivo.
As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem os alunos com
os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite desenvolver a capacidade
de adequar as diferentes variedades linguísticas conforme as situações de
comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar para
o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para quem
se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) estabelecer
um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para
a legitimidade desta interação. Neste processo, o professor deverá ser solícito para
oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais
para auxiliá-lo na produção. Ainda, será feita a refacção dos textos sempre que
necessário.
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos
diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas não
serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva
leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.
Conforme orientam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o
ensino de Línguas Estrangeiras Modernas (2008), as discussões poderão acontecer
em Língua Materna quando os alunos não possuírem léxico suficiente para engajar-
se discursivamente por meio da LEM. Quando possível, poderão mesclar as duas
línguas.
Esta abertura para que a Língua Portuguesa contribua com o ensino de
Língua Estrangeira não significa barateá-lo, pelo contrário, oferece subsídios para
que o aluno produza em LEM.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Trabalharemos Gêneros Textuais, temas e práticas pedagógicas diversas, que
tratem sobre Desafios os Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental e o
sistema de Educação Ambiental – Deliberação Nº 04/2013 do CEE/PR que
estabelece as normas estaduais para a educação ambiental no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná; Decreto 4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência
contra a criança e adolescente; Direito das crianças e dos adolescentes, LF L. nº
11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educando para as Relações
Étnico-Raciais e ensino de História e cultura Afro-brasileira e africana – Lei nº
10.639/03; Cidadania e Direitos Humanos e as leis: Lei nº 13.381/01 “História do
Paraná”, Lei nº 9.795/99 “História e cultura Afro-Brasileira e Indígenas – Lei
11.645/08; Educação para o envelhecimento digno e saudável – Lei nº 11.863/97 –
institui a política estadual dos direitos do idoso – CEDI/PR; Lei nº 10.741/2003 –
Estatuto do idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional”. Educação Tributária
Dec. nº 1.143/99. Essas temáticas serão contempladas em todas as práticas
discursivas. Esses temas serão abordados nas três práticas discursivas: leitura,
oralidade e escrita. Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o discurso, e este não é
algo pronto, à disposição dos falantes, mas como diz Stam, apud DCE (2008) “a
linguagem, em Bakhtin, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de
vir a ser”, os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries e trabalhados,
por vezes, de forma não linear, posto que serão decorrentes das necessidades
específicas dos alunos para que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de Língua
Inglesa/ Português, a TV multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais
na língua-alvo para leitura e para recorte, CD e CD-room.
PRÁTICAS DISCURSIVAS
Nessa Proposta, o ensino de Língua Inglesa contemplara os discursos sociais
que a compõem manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas
discursivas. Trabalhar com textos para comunicar-se com eles, para lhes conferir
sentidos e travar batalhas pela significação. É perceber a língua como “arena de
conflitos” (BAKTHIN, 1992).
Nessa batalha, ao ensinar e aprender a língua inglesa, tanto alunos como
professores poderão perceber que é possível construir significados além daqueles
que a língua permite. Professor e aluno imbuídos num processo pedagógico, além
de aprender a construir significados e reproduzí-los, poderão aprender outras formas
de construir sentidos, outras maneiras de interpretar alargando seus horizontes e
seus entendimentos do mundo.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a
partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das diretrizes curriculares
de LEM. A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira se configura como
processual e contínua utilizando os seguintes procedimentos: observação,
participação, avaliação teórico-prática (avaliação oral), trabalhos desenvolvidos em
pares e em grupos, trabalhos individuais. A recuperação será realizada no final do
trimestre.
“A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda, interpreta dados da aprendizagem, com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar os resultados e atribuir-lhes valor.”
A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira se configura como
diagnóstica, contínua e cumulativa.
Critérios de avaliação
Avaliação processual e contínua de acordo com a Deliberação 007/99, art.1. A
avaliação deverá ser articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das
concepções e encaminhamentos metodológicos das diretrizes curriculares de LEM.
Instrumentos de avaliação
A avaliação contemplará as atividades escritas, orais e de apresentação,
individuais ou em grupos. utilizando os seguintes instrumentos: observação,
participação, avaliação teórico-prática (avaliação oral), pesquisas, trabalhos
desenvolvidos individualmente, em pares e/ou em grupos. Provas escritas que
proporcionem a análise de diversos gêneros textuais com até 60% da nota.
Trabalhos de apresentações, pesquisas e tarefas com até 40% da nota.
Recuperação de estudos
A recuperação será oportunizada com aqueles conteúdos com os quais não
ocorreram uma aprendizagem efetiva, concomitante e contínua. A recuperação de
nota será no final do trimestre através de uma avaliação sistematizada,
contemplando o que preceitua o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar
do estabelecimento de ensino.
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB
n.9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua
Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será
formativa, diagnóstica e processual.
Uma vez que nosso conteúdo é língua numa concepção discursiva e discurso
não é algo pronto, acabado, à disposição dos falantes, mas é construído passo a
passo, interação a interação, engajamento a engajamento, a avaliação processual é
a concepção de avaliação que melhor se ajusta a esta prática pedagógica.
A opção pela avaliação processual representa o respeito à diversidade, uma
vez que os alunos têm ritmos de aprendizagem diferentes e devem ser respeitados
em sua individualidade. Nesse sentido, O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes. Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a progredir sempre. (HOFFMANN, 1991,p. 47)
De acordo com as DCE (2008) é importante que o professor observe
diariamente a participação dos alunos e o engajamento discursivo entre eles, deles
para com ele e com o material didático, tanto nas discussões em Língua Estrangeira
Moderna quanto em Língua Portuguesa.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-
discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento
diante do que está sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua
Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da
variedade linguística para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para
resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu
explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve planejamento,
adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da variedade linguística
adequada na atividade de produção. É importante considerar o erro como efeito da
própria prática.
Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura, debates,
pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações orais, seminários,
trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de peças teatrais, jograis
e cantos.
O principal objetivo da avaliação será verificar os avanços e dificuldades dos
alunos para rever a prática pedagógica e intervir quando necessário. Neste sentido,
é que se propõe a avaliação diagnóstica:
“[...] a avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o meio pelo qual A e B avaliam juntos uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros e equívocos por ventura cometidos. Daí o seu diálogo. (...) Neste sentido, em lugar de ser um instrumento de fiscalização, a avaliação é a problematização da própria ação.” (FREIRE, 1997, p.26)
A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo medida de
observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e
consideradas como subsídios.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os
objetivos propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico
da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais
e em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de
articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que atingir resultado
satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo.
A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no
PPP e Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação:
Os alunos que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e
médias conforme a carga horária da disciplina de LEM (Língua Estrangeira
Moderna) sendo 256 H/A e 04 médias, com o valor igual ou superior a 6,0 serão
aprovados. Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24, alínea
e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados “com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados anotados em Livro
Registro de Classe (Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED , Item 6, subitem
10).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Apostila de LEM – Inglês, CEEBJA Casturina C. Bonfim. AUN, Eliana English for all Volumes:1,2,3/Eliana Aun,Maria Clara Prete de Moraes,Neuza Bilia Sansanovicz – 1 ed. - São Paulo: Saraiva, 2010. Educação de Jovens e Adultos- 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental,ABE Mirtes Lamani, CHIMIM Renata. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1997. HOFFMANN, Jussara. Avaliação, mito e desafio: uma perspectiva construtiva. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1991. HOLDEN,Susan; ROGERS Micckey. O ensino da língua inglesa. São Paulo, 2001. LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. MAGALHÃES, V, AMORIM,V, Cem aulas, sem tédio. Porto Alegre: Instituto Padre Réus, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de expectativas de aprendizagem. 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna, 2008. PARANÁ, SUED/ SEED. Instrução Normativa Nº 019/2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, CEEBJA Casturina C. Bonfim. REGIMENTO ESCOLAR, CEEBJA Casturina C. Bonfim
MATEMÁTICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
Segundo as DCEs, é necessário compreender a Matemática desde suas
origens até sua constituição como campo científico e como disciplina no currículo
escolar brasileiro para ampliar a discussão acerca dessas duas dimensões. Embora
o objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático; e envolve o estudo de processos que
investigam como o estudante compreende e se apropria da própria matemática.
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de
modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos
que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Esses acumulavam registros do
que hoje podem ser classificados como álgebra elementar.
Mais tarde, em solo grego, a matemática emergiu regras, princípios e exatidão
de resultados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a
importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Os platônicos viam a Matemática como um instrumento que instigaria o
pensamento do homem. No século XVII d. C. aconteceu a sistematização das
matemáticas estáticas, ou seja, desenvolveram-se a aritmética, a geometria, a
álgebra e a trigonometria.
Entre os séculos IV a II a. C. a Matemática estava reduzido a contar números
naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição. O
grego Euclides foi um profissional que influenciou (e influencia até os dias atuais) o
ensino e a aprendizagem de Matemática devido a sistematização do conhecimento
matemático de então, por volta de 330 e 320 a. C., na obra Elementos.
A obra de Euclides contempla a geometria plana, teoria das proporções
aplicadas às grandezas em geral, geometria de figuras semelhantes, a teoria dos
números incomensuráveis e esteriometria – que estuda as relações métricas da
pirâmide, do prisma, do cone e do cilindro, polígonos regulares, especialmente do
triângulo e do pentágono. Hoje, tais conteúdos estão presentes e sendo abordados
na Educação Básica.
A partir do século V d. C., início da Idade Média, até o século VII, a
matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e
determinar as datas religiosas. Outras aplicações práticas e o caráter empírico da
Matemática só passaram a ser explorados no final deste período.
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o
surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Nesse período
surgiram as primeiras idéias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática.
Nos séculos X e XV, os estudos de Matemática mantiveram-se atrelados às
constatações empíricas.
O século XVI demarcou um novo período, denominado de matemática de
grandezas variáveis. Isso ocorreu pelos estudos referentes à geometria analítica e à
projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações
diferenciais.
As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de
grande progresso científico e econômico aplicado na construção. O ensino da
Matemática objetivava preparar os jovens ao exercício de atividades ligadas ao
comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da
medicina e da guerra.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de
estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens
para a prática da guerra. Com a revolução industrial, evidenciaram-se diferenças
entre classes sociais e a necessidade de educação para essas classes, de modo a
formar tanto trabalhadores quanto dirigentes do processo produtivo.
O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado matemáticas
contemporâneas. Nesse período houve uma reconsideração crítica do sistema de
axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas e, também, a
sistematização e hierarquização das diversas geometrias, entre elas as geometrias
não-euclidianas.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi
discutido em encontros internacionais de matemáticos, nos quais se elaboraram
propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como
disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e exigências advindos
das transformações sociais, econômicas e capitalistas dos últimos séculos.
Essas idéias contribuíram para caracterizar um movimento organizado por
meio de uma ação coletiva que propôs um ensino de Matemática baseado em
princípios que deveriam orientar-se pela eliminação da organização excessivamente
sistemática e lógica dos conteúdos, consideração da intuição como um elemento
inicial importante para futura sistematização, introdução de conteúdos mais
modernos, como as funções, valorização das aplicações da Matemática para a
formação dos estudantes e percepção da importância da “fusão” ou
descompartimentalização dos conteúdos ensinados.
Tais concepções trouxeram a necessidade de pensar um ensino de
matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a
Geometria, a Trigonometria, etc. A disciplina de matemática, nesse período,
incorporava apenas a trigonometria e a Mecânica que atentos a discussões
promoveu a junção das disciplinas aritmética, álgebra, geometria e trigonometria
numa única, denominada Matemática.
O início da modernização do ensino da matemática aconteceu no
desenvolvimento das idéias reformadoras do ensino da Matemática nas discussões
do movimento da escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma
concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o
desenvolvimento em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de
problemas, jogos e experimentos que além de contribuir para formulação de
metodologia que influenciou alguns materiais didáticos de matemática dentro da
prática pedagógica.
A proposta básica no desenvolvimento da criatividade influenciaram nas
tendências: formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista,
socioetnocultural e histórico-crítica.
A matemática era vista como uma construção formada por estruturas e
relações abstratas entre formas e grandezas. A interação entre os estudantes e o
professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um
momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente e a troca
entre ambos.
Essa tendência é expressada como um saber vivo, dinâmico para atender às
necessidades sociais, econômicas e teóricas capaz de estabelecer relações,
justificar, analisar, discutir e criar para desenvolver habilidades.
Aprender Matemática é interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber o fruto da
globalização econômica e apresentar novas interpretações para o ensino da
matemática.
A formação do ensino da matemática desenvolve um instrumento no campo
da compreensão e investigação para aumentar a formação de conhecimento dentro
do ambiente para fazer a modificação da natureza, provocando no individuo o
conhecimento técnico e científico de interpretar criar e construir instrumento de
qualidade e quantidade de valores adquiridos nas idéias em algoritmos que contribui
para analisar e resolver problemas.
Portanto, é necessário que o processo pedagógico em matemática contribua
para que o estudante tenha condições de constatar regularidades para descrever e
interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
Tendo em vista a necessidade de o educando realizar análises, discussões,
conjecturas, e de se apropriar de conceitos e formulação de ideias, surgem
propostas de um Ensino de Matemática baseado em explorações indutivas e
intuitivas.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, estando
centrado no envolvimento com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático, buscando desenvolvê-la no campo de investigação e de
produção de conhecimento.
Através desta área de conhecimento se buscará a formação de um estudante
crítico, autônomo e com consciência social, influenciando a formação do
pensamento humano através de ideias e tecnologias.
Sendo a ciência matemática uma atividade humana que se encontra em
construção, é uma ação reflexiva onde devemos “olhar o ensinar e o aprender
Matemática, buscando compreendê-los”, através dos conteúdos estruturantes,
Números, Operações e Álgebra, Medidas, Geometria e Tratamento da Informação.
Explorar a matemática como campo de conhecimento em construção,
relacionando-a com as outras áreas de saberes, através da aplicação de
conhecimentos previamente adquiridos, em situações onde o estudante possa optar
por alternativas de solução, compreendendo os argumentos matemáticos e
utilizando-os no processo de ensino aprendizagem. Cabe ao professor a
sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das aplicações,
superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e
de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica,
cujo papel é oferecer condições, de constatar regularidades, generalizações e
apropriação de linguagem adequada, descrever e interpretar fenômenos
matemáticos e de outras áreas do conhecimento, priorizando um ensino que valorize
a história dos estudantes, respeitando suas raízes culturais, relacionando o ambiente
do individuo com relações de produção e trabalho.
“Aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou
marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos
problemas, desenvolve o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e
transcender o imediatamente sensível.”
CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICOS/ESPECÍFICOS
Conteúdos Estruturantes são os conhecimentos de grande amplitude, os
conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudo de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para sua compreensão. Constituem-
se historicamente e são legitimados as relações sociais.
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a
Educação Básica da Rede Pública Estadual, são:
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da Informação
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Sistemas de numeração; - Números Naturais; - Múltiplos e divisores; - Potenciação e radiciação; - Números fracionários; - Números decimais.
- Sistemas de numeração mais importantes; - Conjuntos de números naturais e racionais; - Seis operações nos conjuntos numéricos estudados; - Problemas e situações envolvendo todas as operações estudadas; - Mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum; - Frações equivalentes a outras, a inteiros e ou números mistos - Potências e raiz quadrada exata de números quadrados perfeitos; - Propriedades de operações.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de comprimento; - Medidas de massa; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de tempo; - Medidas de ângulos; - Sistema monetário.
- Unidades de medida usuais e transformação se necessário; - Ângulos retos, agudos e obtusos; - Área, volume e capacidade.
GEOMETRIAS - Geometria Plana; - Geometria Espacial.
- Ponto, reta e plano; - Perímetro e área de figuras geométricas planas; - Circunferência e círculo; - Sólidos geométricos entre poliedros e corpos redondos.
TRATAMENTO DA INFORMÇÃO
- Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem.
- Números nas formas fracionária decimal e porcentual; - Tabelas, gráficos de colunas e em setores .
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Inteiros; - Números Racionais; - Equação e Inequação do 1º grau; - Razão e proporção; - Regra de três simples.
- Conjunto dos números inteiros e racionais; - Operações com números inteiros e racionais; - Escalas, plantas, mapas , grandezas diretamente e inversamente proporcionais; - Princípios aditivo e multiplicativo na resolução de equações e inequações; - Resolução de situação problemas usando a linguagem algébrica.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de temperatura;
- Congruência de ângulos, ângulos opostos pelo vértice, grau e subdivisões do grau,
- Medidas de ângulos.
suplementares, complementares e ângulos em triângulos e propriedades.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometrias não-euclidianas.
- Poliedros e corpos redondos, medida de superfície e relações entre as unidades de volume e de capacidade, área de polígonos, noções topológicas,
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
- Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; - Moda e mediana; - Juros simples.
-Gráficos, porcentagem, taxa, tempo, capital, média moda e mediana;
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Racionais e Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º Grau; - Potências; - Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis.
- Representação dos números na reta numérica; Operações com números racionais e irracionais; Raiz quadrada; Potenciação; - Expressões algébricas; Operações com monômios; Operações com polinômios; Produtos notáveis; Fatoração; - Equações do 1º grau com uma incógnita; Equações do 1º grau com duas incógnitas; Resolução de sistemas de equações do 1º grau com duas incógnitas.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de comprimento; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de ângulos.
- Distância entre dois pontos; Entre ponto e reta; Perímetro. - Área do quadrado, retângulo, paralelogramo, trapézio, losango e triângulo; - Volume de um prisma; Volume de uma pirâmide. - Medida de ângulos; Ângulo oposto pelo vértice; ângulos formados por retas paralelas e transversais.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não- euclidianas.
- Estudos dos triângulos; Casos de congruências; - Vistas laterais e frontais de sólidos geométricos. - Circunferências e círculos; Posição de um ponto em relação a uma circunferência; Posição relativa entre duas circunferências; ângulos na circunferência.
TRATAMENTO DA - Gráfico e - Leitura e interpretação de gráficos de
INFORMAÇÃO Informação; - População e amostra.
linhas, histogramas, polígonos de freqüência e demais gráficos; - Médias aritmética simples e ponderada; Mediana e moda. - Variáveis quantitativas e qualitativas; - Frequencias absolutas e relativas.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Reais; - Propriedades dos radicais; - Equação do 2º grau; - Equações Irracionais; - Equações Biquadradas; - Regra de Três Composta.
- Potenciação; Propriedades da potenciação; - Radiciação; Propriedades; Operações com radicais. - Resolução de equações do 2º grau completa e incompleta com uma incógnita; - Sistemas de equações do 2º grau. - Resolução de equações biquadradas e irracionais.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo; - Trigonometria no Triângulo Retângulo.
- Teorema de Pitágoras; - Outras relações métricas no triangulo retângulo; - Razões trigonométricas no triângulo retângulo;
FUNÇÕES
- Noção intuitiva de Função Afim. - Noção intuitiva de Função Quadrática.
- Ideia de função; Notação; Representação gráfica; - Análise do gráfico de uma função afim. - Função quadrática; Estudo do gráfico de uma função quadrática.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não- euclidianas.
Semelhança: Figuras semelhantes; Polígonos semelhantes; Triângulos semelhantes; Teorema de Tales. - Áreas de figuras geométricas planas. - Área do círculo e suas partes. - Volume dos cilindro e do cone.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade; - Estatística; - Juros Compostos.
- Problemas de contagem. - Construção do espaço amostral utilizando o princípio fundamental da contagem. - Cálculo de probabilidades. - Juros simples e composto.
ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
Números e álgebra
Conjuntos dos números reais; Equações e Inequações: Exponenciais, logarítmicas e Modulares.
Igualdade de Conjuntos; Subconjuntos; Operações com conjuntos; Problemas envolvendo conjuntos; Conjuntos numéricos e Intervalos. Inequações do 1° e 2° grau; Notação científica; Equações exponenciais; Inequações exponenciais; Equações e inequações logarítmicas, propriedades dos logaritmos e Equação e inequação modular, modulo de um número real.
Grandezas e Medidas
Medidas de Tempo; Medidas de
Informática; Trigonometria no
triângulo.
Teorema de Tales; Teorema de Pitágoras; Trigonometria no triângulo retângulo e trigonometria em um triângulo qualquer.
Medidas de tempo comercial e normal.
Byte, megabyte, quilobyte, gigabyte...
Funções Função afim; Função quadrática; Função exponencial; Função logarítmica; Função modular; Progressão
aritmética; Progressão
geométrica.
Gráfico da função afim, Função crescente e decrescente, estudo do sinal de uma Função afim Proporcionalidade e Função Linear.
Gráfico de Função quadrática, valor máximo ou mínimo da função quadrática e estudo do sinal de uma função quadrática.
Estudando Função exponencial. Função Logarítmica; Função modular; Sequencias; Formula do termo
geral de uma PA,PA e função afim, PA e função quadrática, soma dos n primeiros termos de uma PA;
Formula do termo geral de uma PG, PG e função; Soma dos n primeiros termos de uma PG; Situações envolvendo PA e PG.
Geometrias Geometria Plana; Geometria Espacial.
Os polígonos e polígonos regulares;
Estudando geometria de posição; posições relativas entre duas retas;
Tratamento
da
informação
Estatística Variáveis estatísticas; população e amostra estatística; Gráficos e tabelas.
Números e álgebra
-Sistemas lineares; -Matrizes e determinantes;
- Identificação de elementos de uma matriz e nomenclatura das matrizes; - Operações com matrizes - Cálculo do determinante conforme a matriz; - Resolução de sistemas e classificação.
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento;
Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de
grandezas vetoriais.
- Trigonometria na circunferência; - Seno, cosseno e tangente de um arco; - Fórmulas de transformação - Relações trigonométricas; - Equações trigonométricas;
Funções -Função trigonométrica
- Trigonometria na circunferência; - Seno, cosseno e tangente de um arco; - Fórmulas de transformação ; - Relações trigonométricas;
- Equações trigonométricas
Geometrias
- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias Não- Euclidianas
- Figuras geométricas espaciais ( áreas e volumes); - Elipse, hipérbole; - Fractais
Tratamento
da
informação
-Análise combinatória; -Probabilidade; -Binômio de Newton.
- Princípio fundamental da contagem; -Permutações arranjos e combinações (problemas com estes tipos de agrupamentos); - Números binomiais; -Triângulo de Pascal; - Binômio de Newton.
Números e álgebra
Números complexos; Polinômios.
- Equações algébricas
- Forma algébrica, conjugado,divisão de números complexos,representação de números complexos, módulo, forma trigonométrica e aplicação à geometria.
Grandezas e Medidas
Medidas de energia. conferir
Funções Função Polinomial -Definição , função polinomial,valor numérico, igualdade, raiz e operações; -Equações polinomiais,Teorema fundamental da álgebra, relações de Girard, raízes racionais e complexas
Geometrias Geometria analítica; Geometria não-
euclidiana.
- Ponto e reta; - A circunfererência - Secções cônicas
Tratamento
da
informação
Probabilidade; Matemática
financeira;
- Porcentagem, fator de atualização, juros compostos,equivalência de taxas e conexão entre juros e funções;
- Termos de uma pesquisa estatística, representação gráfica, medidas de tendência central e de dispersão e estatística e probabilidade
TEMÁTICAS LEGISLAÇÃO
1 - DIREITOS HUMANOS
Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos 2006 (PNE em DH)
Decreto 7.037 de 2009 (Programa Nacional
de Direitos Humanos)
Plano Estadual de Educação em Direitos
Humanos 2015 (PARANÁ)
2 - HISTÓRIA DA CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Lei 10.639 de 2003 (História e Cultura Afro-
Brasileira)
Lei 11.645 de 2008 (História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena)
3 - HISTÓRIA DO PARANÁ ● Lei 13.381 de 2001 (História do Paraná)
4 - DIVERSIDADE SEXUAL
Resolução 12 de 2015 (Garantia de Acesso
dos GLBT no ensino …)
Lei 16.454 de 2010 (Dia de Combate a
Homofobia) (PARANÁ)
5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Lei 9.795 de 1999 (Institui a Política
Nacional de Educação Ambiental)
Decreto 4281 de 2002 (Política Nacional de
Educação Ambiental)
Lei 17.505 de 2013 (Política e o Sistema
Estadual de Educação Ambiental)
(PARANÁ)
6 - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
Lei 11.947 de 2009 (Educação Alimentar e
Nutricional)
7 - EDUCAÇÃO PARA O
TRÂNSITO
Lei 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro
- CTB)
8 - EDUCAÇÃO FISCAL
Portaria Interministerial nº 413 de 2002
(Programa Nacional de Educação Fiscal)
Decreto 5.739 de 2012 (Programa Estadual de
Educação Fiscal) (PARANÁ)
9 - POLÍTICA DE
PROTEÇÃO AO IDOSO
Lei 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso)
Lei 17.858 de 2013 (Política de proteção ao
Idoso) (PARANÁ)
10 - DROGAS E VIOLÊNCIA
Lei 11.343 de 2006 (Prevenção ao uso indevido
de drogas)
Lei 17.650 de 2013 (Programa Educação e
Resistência as Drogas…) (PARANÁ)
11 - VIOLÊNCIA CONTRA A
CRIANÇA
Lei 11.525 de 2007 (Incluir os direitos das
Crianças no EF)
Lei 17.335 de 2012 (Programa de Combate ao
Bullyng) (PARANÁ)
12 - VIOLÊNCIA CONTRA A Lei 11.340 de 2006 (Coibir a violência contra a
MULHER mulher…)
Lei 18.447 de 2015 (Semana Est. Maria da
Penha nas escola) (PARANÁ)
3- FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O desenvolvimento dos conteúdos se dará de modo articulado, partindo de
relações com contextos históricos, sociais e culturais, levando o aluno a desenvolver
o pensamento e a produzir conhecimentos.
As tendências metodológicas da educação matemática que fundamentam a
pratica docente são:
Resolução de Problemas: Consiste em uma metodologia pela qual o
estudante tem a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos
adqueridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta, por
meio de etapas como: compreender o problema, destacar informações, dados
importantes do problemas para a sua resolução; elaborar um plano de
resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia,
se necessário.
Modelagem Matemática: é um ambiente de aprendizagem no qual os alunos
são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações
oriundas de outras áreas da realidade.
Mídias Tecnológicas: são a utilização de softwares, televisão, calculadoras,
aplicativos de internet entre outros, tem favorecido as experimentações
matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.
Etnomatemática: o papel da etnomatemática é reconhecer e registrar
questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. É
uma importante fonte de investigação da Educação Matemática por meio de
um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e
respeito a suas raízes culturais.
História da Matemática: é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problemas, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos.
Investigações Matemáticas: as investigação matemáticas envolve, conceito,
procedimentos e representações matemáticas. O aluno é chamado a agir
como um matemático, principalmente, porque formula conjecturas a respeito
do que está investigado.
O trabalho se dará principalmente por meio de situações-problema, fazendo
correlações com o cotidiano do aluno e estimulando os cálculos por estimativas,
fazendo uso de diferentes instrumentos de Tratamento da Informação (textos
jornalísticos, notícias, informações de diferentes naturezas).
Levando em conta os conceitos de etno matemática, deve-se priorizar um
ensino que valorize a história dos estudantes através do reconhecimento e respeito
às suas raízes culturais, abordando atividades matemáticas com os recursos
tecnológicos (software, televisão, calculadoras, aplicativos da Internet, entre outros)
através da experimentação.
A história da matemática deverá ser usada como caminho para compreender
a natureza da matemática e sua relevância na vida da humanidade.
Será proposta uma metodologia diferenciada, que atenda aos alunos com
necessidades educacionais especiais, sempre que se fizer necessário.
Ao desenvolver os conteúdos de matemática, o professor deverá sempre que
possível, dar condições para que sejam debatidas e levantadas opiniões relativas a
questões sociais, tais como: cultura afro, sexualidade, reciclagem de lixo e
tabagismo, considerando que esses temas são de suma importância para a
formação integral de nosso aluno. Tais questões, serão abordadas através de
situações problemas, projetos, discussões, debates e seminários, utilizando
diferentes fontes de pesquisa.
A Educação ambiental será trabalhada no momento em que se trabalhar
geometria, no cálculo de áreas, a questão da reserva legal e as APPs (áreas de
preservação permanente), além dos problemas causados por agrotóxicos nas
lavouras e o destino que é dado ao lixo reciclável nas propriedades.
A diversidade de gênero será abordado quando trabalhar o tratamento da
informação, pesquisas estatísticas, a valorização da mulher, e a questão da
igualdade em direitos e deveres entre homens e mulheres. O problema social
causado pelo fato de mulheres receberem menos para realizar o mesmo trabalho
que os homens. Também serão trabalhado através de palestras os problemas
discriminatórios, raciais ou de diversidade sexual.
Itens da Educação Fiscal serão trabalhados, fazendo análise dos recursos
recebidos pelo próprio colégio, procurando-se fazer pesquisas para se saber quais
os recursos arrecadados pela prefeitura municipal, e sua aplicação.
A Sala de Apoio à Aprendizagem de Matemática é oferecida como um
oportunidade a mais aos alunos que apresentam defasagens de aprendizagem de
conteúdos dos anos anteriores, prevalecendo a ludicidade e respeitando as
particularidades de cada aluno.
Na Sala de Recursos Multifuncional: destaca-se a alfabetização matemática,
trabalhando as lacunas de aprendizagens apresentadas pelos alunos, com a
utilização de jogos que exigem e contribuem para a concentração e memorização.
4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação faz parte integrante do processo educativo, não sendo
considerada etapa de finalização. O conhecimento prévio dos alunos deve ser
respeitado, valorizado e compartilhado, reforçando o desenvolvimento de suas
capacidades e competências.
As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, atividades,
participação em atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem
contemplar explicações, justificativas e argumentações orais, uma vez que revela
aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes em avaliações
escritas.
A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhos-problemas ou
relatórios de atividades e pesquisas, trabalhos em grupo, tarefas individuais e provas
– constituem elementos importantes no processo da avaliação da aprendizagem do
aluno.
A avaliação terá pôr objetivo verificar o aprendizado dos educandos, e servirá
para que o educador altere suas metodologias e / ou estratégias de ensino, caso
sejam necessárias.
Serão utilizadas avaliações escritas (provas descritivas ou objetivas),
trabalhos de pesquisa e resolução de exercícios, individual ou em grupos.
Também poderá ser utilizada, como forma de avaliação, as observações do
professor quanto ao desempenho do educando durante as aulas.
Salientamos que a avaliação deverá servir como indicativo aos professores na
conduta de sua prática docente. Caberá ao professor buscar diversos
encaminhamentos e métodos avaliativos, desde o uso de materiais manipuláveis até
o conhecimento de vida do aluno, para poder dar condições de desenvolver suas
capacidades e ao mesmo tempo, respeitar suas limitações.
Será oferecida a recuperação paralela concomitante aos conteúdos
trabalhados. Prevalecendo sempre a nota mais alta.
5 - BIBLIOGRAFIA
DANTE, Luiz Roberto; Matemática – Contexto & Aplicações - Ensino Medio - 2º Edição – São Paulo : Ática, 2013. IEZZI, Gelson [et al.]. Matemática: ciência e aplicações: Ensino Médio. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática do Estado do Paraná. Projeto Araribá: Matemática- Ensino Fundamental - obra coletiva. Editora Moderna. Editora responsável Mara Regina Garcia Gay- 4º edição- São Paulo 2014. SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática: Ensino médio. – 2 ed. – São Paulo: FTD, 2013. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do CEEBJA Casturina C. Bonfim
PORTUGUÊS
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
PORTUGUÊS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Qualquer aprendizagem só é possível por meio da linguagem, já que é com
ela que se formaliza todo o conhecimento produzido nas diferentes áreas e que se
explica a maneira como o universo se organiza.
É com o domínio da linguagem e da língua materna que o indivíduo terá
condições de interagir, constituindo-se como ser histórico capaz de atuar e
transformar a sociedade em que vive.
Língua é, portanto, um sistema de signos específicos, históricos e sociais, que
possibilita significar o mundo e a sociedade, pois é através dela que o ser humano
se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista.
A proposta curricular desta disciplina traz como conteúdo estruturante o
discurso como prática social e se realiza pelas práticas da oralidade, leitura e a
escrita, nas suas diversas situações de uso funcional, valorizando as variedades
linguísticas, bem como a norma culta, nas circunstâncias em que esse conhecimento
seja necessário.
Tem como objeto de estudo a língua, como ponto de partida para a efetivação
das práticas discursivas, a análise linguística, a literatura (instrumento de
aprendizagem), servem de mediação para que o leitor adquira informações a serem
elaboradas para explicação prática na vida cotidiana, constituindo um espaço
dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho, levando o educando a
compreender as relações entre os textos literários e o contexto histórico, social,
político e cultural, valorizando-a como patrimônio cultural.
Dessa forma, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que
se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na
disciplina de língua, busca:
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica
da oralidade, da leitura e da escrita;
aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais.
HISTÓRICO DA DISCIPLINA
As transformações dos estudos da língua e da linguagem, no Brasil e no
exterior, assim como dos estudos especificamente vinculados ao processo de ensino
e de aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna provocaram, nos
últimos anos, a reflexão e o debate acerca da necessária revisão dos objetos de
ensino em nossas salas de aula.
Num primeiro momento, por volta dos anos 1970, o debate centrou-se em
torno dos conteúdos de ensino. Tratava- se de integrar, às práticas de ensino e em
torno dos conteúdos de aprendizagem na escola, novos conteúdos além daqueles
tradicionalmente priorizados em sala de aula.
Essa primeira mudança de paradigma preconizava a importância de
compreender as dificuldades vivenciadas pelos alunos no processo de
aprendizagem à luz dos fatores envolvidos na variação linguística. Defendia- se,
portanto, que o planejamento, a execução e a avaliação dos resultados das práticas
de ensino e de aprendizagem levassem em conta fatores como classe social,
espaço regional, faixa etária, gênero sexual. Tais fatores, dizia- se, deveriam, ainda,
ser considerados em relação às situações de uso da língua que determinam tanto o
grau de formalidade e o registro utilizado quanto a modalidade de uso, se falada ou
escrita.
O que se defendia nesse momento, em síntese, era uma descoberta dos
estudos científicos, de cujos efeitos apenas recentemente a Linguística se deu
efetivamente conta. Tratava-se, especificamente, de promover o debate sobre o fato
de que, se as línguas variam no espaço e mudam ao longo do tempo, então o
processo de ensino e de aprendizagem de uma língua – nos diferentes estágios da
escolarização – não pode furtar- se a considerar tal fenômeno. Ao mesmo tempo,
assumia- se que era necessário trazer à sala de aula textos que circulassem na
sociedade, não apenas os literários.
Não se pode dizer, entretanto, que tenha havido, nesse período, uma alteração
de fato significativa em termos de objetos de ensino, até porque, muitas vezes,
compreendeu-se que a defesa do respeito ao modo de usar a língua pelos diferentes
sujeitos e nas diferentes situações significava enfatizar o ensino de variedades
linguísticas não padrão. Abrir a escola para reflexões dessa natureza era
considerado como ameaça ao conhecimento sobre a língua que até então imperava
nas salas de aula.
Em outras palavras, no debate que então se estabeleceu, tais questões não
foram avaliadas por muitos em sua efetiva importância, a saber: a de que considerar
a variação e a mudança linguísticas como fatos intrínsecos aos processos sociais de
uso da língua deveria contribuir para que a escola entendesse as dificuldades dos
alunos e pudesse atuar mais pontualmente para que eles viessem a compreender
quando e onde determinados usos têm ou não legitimidade e pudessem, tendo
alcançado essa consciência social e linguística, atuar de forma também mais
consciente nas interações de que participassem, fossem elas vinculadas às práticas
orais ou às práticas escritas de interação. Pode- se complementar dizendo que
faltava uma certa convicção quanto à importância das questões relativas à variação
e à mudança linguísticas, como efeito, inclusive, da abordagem estruturalista nos
estudos linguísticos, que ainda vigorava, valorizando excessivamente o estudo da
forma.
É certo, também, que não se pode dizer que o estágio em que se
encontravam os estudos acerca da língua e da linguagem, naquela época,
apresentava sustentação teórica e metodológica que desse aos professores
condições para, em sua formação inicial e continuada, construírem os caminhos que
apenas se anteviam.
Isso porque, se o texto estava na sala de aula, o conhecimento sobre seu
funcionamento e, mais precisamente, sobre os usos da língua e da linguagem pelos
quais os textos se configuram eram ainda um dos grandes problemas dos estudos
científicos e das abordagens pedagógicas até então propostas.
Não se trata, aqui, como já dito, de detalhar as razões pelas quais os estudos
da Linguística – de abordagem teórica ou aplicada – foram identificando a
necessidade de rever e redimensionar seus objetos de estudo. Mas o fato é que o
desenvolvimento do campo levou, posteriormente, mais especificamente nos anos
1980, a que se considerasse, grosso modo, que a variação dos usos da língua –
sendo afeita a variações individuais dos produtores e dos receptores bem como a
variações das situações de interação – só seria efetivamente compreendida (e isso
pelos professores, pelos alunos e pelos próprios linguistas) quando considerada na
materialidade do texto e em relação ao contexto de produção de sentido, o que
envolve tanto o contexto imediato em que se dá a interação quanto a esfera social
de que ela emerge.
Dizendo de outra maneira, esse período foi marcado, junto à comunidade
acadêmica, por um relativo consenso sobre o fato de que entender os usos da
língua significa considerar os recursos e os arranjos pelos quais se constrói um
texto, num dado contexto. Foi, então, que ganharam força os estudos acerca da
construção da configuração textual, particularmente sobre os mecanismos pelos
quais se manifesta a coesão dos textos bem como sobre os elementos que
concorrem para a coerência textual.
Isso produz uma mudança sensível de paradigma: o texto passa a ser visto
como uma totalidade que só alcança esse status por um trabalho conjunto de
construção de sentidos, no qual se engajam produtor e receptor. Ressalte-se, aliás,
que essa nova perspectiva passa a ser essencial para o amplo desenvolvimento dos
estudos dos gêneros discursivos no momento atual. Não se pode dizer, porém, que
houvesse, naquela ocasião, condições efetivas para que se compreendessem, de
forma plena, as variações encontradas no processo de produção e/ou recepção dos
textos em suas múltiplas dimensões:
(a) linguística, vinculada, portanto, aos recursos linguísticos em uso
(fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais);
(b) textual, ligada, assim, à configuração do texto, em gêneros discursivos ou
em sequências textuais (narrativa, argumentativa, descritiva, injuntiva, dialogal);
(c) sociopragmática e discursiva, relacionada, por conseguinte:
• aos interlocutores;
• a seus papéis sociais (por exemplo, pai/filho, professor/aluno,
médico/paciente, namorado/namorada, irmãos, amigos, etc., que envolvem relações
assimétricas e/ou simétricas);
• às suas motivações e a seus propósitos na interação (como produtores e/ou
receptores do texto);
• às restrições da situação (instituição em que ocorre, âmbito da interação
(privado ou público), modalidade usada (escrita ou falada), tecnologia implicada,
etc.);
• ao momento social e histórico em que se encontram engajados não só os
interlocutores como também outros sujeitos, grupos ou comunidades que
eventualmente estejam afeitos à situação em que emerge o texto.
(d) cognitivo-conceitual, associada aos conhecimentos sobre o mundo –
objetos, seres, fatos, fenômenos, acontecimentos, etc. – que envolvem os conceitos
e suas inter-relações.
Não se está dizendo, naturalmente, que os estudos linguísticos não haviam
investigado tais questões. Esses aspectos eram de interesse já há algum tempo;
alguns deles já haviam sido amplamente investigados, mas estava sendo construída
uma compreensão mais clara acerca das relações entre as dimensões que
efetivamente interferem e orientam a produção e a recepção de um texto.
Deve-se ressaltar, aliás, que, quanto mais se aprofunda a compreensão
desses aspectos, mais ganha força a ideia de que a existência de um texto depende
de que alguém o processe em algum contexto; por isso estudar os fatores que
concorrem para a textualização é uma atividade que exorbita o espaço da
materialidade textual, mas, inegavelmente, nela se ampara.
O risco em relação à apropriação dos estudos que desde então têm sido
desenvolvidos é o de que sua abordagem em sala de aula se limite à mera
identificação e classificação dos fenômenos linguísticos num dado texto. Isso porque
o que se tem nessa forma de abordagem dos fenômenos é a duplicação de práticas
classificatórias e prescritivas vinculadas às gramáticas pedagógicas tradicionais,
adotando-se apenas uma nova nomenclatura, agora vinculada à Linguística Textual,
às Teorias da Enunciação e/ou à Análise do Discurso.
Findo o percurso aqui focalizado e destacando-se as consideráveis
transformações de enfoque na disciplina Língua Portuguesa a partir dos anos 1970,
os conteúdos mínimos devem ser pensados em termos do desenvolvimento da
capacidade de ação de linguagem dos sujeitos.
METODOLOGIA
A prática do ensino de Língua Portuguesa deve proporcionar aos alunos
oportunidades diversas de se expressar tanto oralmente como por escrito,
permitindo que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, numa parceria real em sala de aula, dando voz, escutando o que
eles têm a dizer em experiência de uso concreto da língua.
Entendemos que o ensino da Língua Portuguesa deve pautar-se em uma
concepção de linguagem que privilegie a história, o sujeito e o contexto, uma vez
que os significados, são sociais, e historicamente construídos. Em se tratando do
estudante da EJA, não podemos deixar de considerar suas vivências, o
conhecimento adquirido no mundo do trabalho e os eixos: cultura, trabalho e tempo,
tendo o trabalho como base para toda a ação pedagógica.
Sendo assim procuraremos ampliar o conhecimento linguístico e discursivo
dos alunos para que eles possam entender os discursos que os cercam e tenham
condições de interagir com esses discursos, seja por meio da leitura, da oralidade e
da escrita. Nas aulas de Língua Portuguesa serão proporcionadas atividades que
contribuam para que os estudantes tenham condições de atuar na sociedade,
demarcar sua voz no contexto social.
As possibilidades com a oralidade são muito ricas e nos apontam diferentes
caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, troca de
opiniões, contação de histórias, causos, piadas, declamações de poemas,
representação teatral, relatos de experiências, entrevistas, etc. Assim estarão
refletindo sobre o quê e como dizer, realizando um processo de elaboração do
pensamento e da linguagem.
Quanto à leitura, o trabalho se dará a partir de uma ampla variedade de
textos em suas diversas épocas e situações sociais como: notícias, crônicas, piadas,
poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações,
charges, romances, contos, etc..
É importante considerar que o leitor atribui sentidos ao texto, utilizando o que
já conhece e lançando hipóteses a respeito do que vai ler, num processo ativo e
reflexivo. Além do texto em si, o leitor leva em conta fatores extralinguísticos. Cabe
então, ao professor, considerar as diferentes interpretações, usando do bom senso
de observador e leitor, para definir se a interpretação feita pelo aluno é procedente
ou não.
No que se refere à escrita será pensada e trabalhada em uma perspectiva
discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através
da prática textual. O aluno precisará compreender os mecanismos de funcionamento
de um texto, que são diversos da oralidade, e, depois internalizar essas diferenças,
amadurecendo gradativamente na produção de textos, cuja intenção é provocar
uma ação no mundo. Para que isso aconteça, tanto o aluno quanto o professor,
necessitam planejar o que será produzido.
Em seguida, escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e,
finalmente, revisar, reestruturar e reescrever esse texto. Também vale lembrar que é
importante saber quem será o leitor do texto, quem será o seu destinatário, para que
se possa adequar a linguagem utilizada. E por último, é relevante que se garanta a
socialização da produção, seja através de um mural ou um rodízio, ou uma
coletânea para que todos leiam todas as produções.
O ensino da literatura acontecerá a partir dos pressupostos teóricos da
estética da recepção e também da perspectiva rizomática, levando o aluno a
valorizar a leitura, a fruição, sem perder de vista a dimensão histórica da obra,
desenvolvendo, assim, o gosto e o hábito pela leitura. Para atingir esse objetivo, o
trabalho será desenvolvido a partir dos mais variados tipos de textos.
O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com esses alunos deve
voltar-se para a observação e análise da língua em uso o que inclui morfologia,
sintaxe, semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações e diferenças
entre língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível
textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema
linguístico.
O ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou regras a serem
construídas, com a mediação do professor, deve ocorrer somente após o aluno ter
realizado a experiência e interação com o texto.
Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios
tradicionais, e passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto,
como é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases,
parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor, além disso, o
aluno refletirá e analisará a adequação do discurso, considerando o destinatário e o
contexto de produção e os efeitos de sentido provocados pelos recursos linguísticos
utilizados no texto.
Além dessa dimensão mais voltada às práticas sociais do uso da linguagem, o
estudo da Língua Portuguesa envolve, também, a reflexão acerca de seu
funcionamento, isto é, dos recursos estilísticos que mobiliza e dos efeitos de sentido
que produz.
Participamos de um mundo que fala, escuta, lê, escreve e discute os usos
desses atos de comunicação. Os estudantes da EJA, jovens, adultos e idosos são
diariamente expostos às mais diversas situações comunicativas. Sendo assim é
imprescindível que estes cidadãos, atuantes na sociedade, entendam a dinâmica de
organização que rege a sociedade, bem como interpretem as sutilezas de seu
funcionamento.
O trabalho com a oralidade e a escrita precisa animar a vontade de explicar,
criticar e contemplar a realidade, pois as palavras são instrumentos essenciais para
a compreensão e o maravilhamento.
Em uma série de circunstâncias, a necessidade do uso da linguagem se
manifesta: da leitura do nome das placas à leitura de jornais, textos científicos,
poemas e romances; da elaboração de um bilhete à comunicação e expressão de
pensamentos próprios e alheios. Daí a importância de uma disciplina que possibilite
ao aluno da EJA ter uma experiência ativa na elaboração de textos, um ensino que
discuta o papel da linguagem verbal, tanto no plano do conteúdo como no plano da
expressão. É importante a percepção de que a língua é um instrumento vivo,
dinâmico, facilitador, com o qual é possível participar ativamente, expressar ideias
oralmente e por escrito, antes de tudo, uma prática social que se dá na interação
com o outro.
Tendo como conteúdo estruturante: O discurso como prática social, para o
trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como essenciais, os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
etapas.
A seguir, listamos os conteúdos básicos do Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes na disciplina,
ressaltando que estes serão devidamente detalhados no Plano de Trabalho Docente.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ENSINO FUNDAMENTAL:
frase, oração, período, sujeito, tipos de sujeito, predicado, os verbos no predicado,
vozes verbais e tipos de período, adjunto, complemento, aposto, vocativo, ortografia,
período composto por coordenação, orações coordenadas, período composto por
subordinação, regência verbal e nominal, crase, semântica: mas e mais, há e a,
porque, porquê, por que e por quê... fonemas e sílabas, classes gramaticais.
Gêneros: carta, selos postais, cordel em versos, biografia, autobiografia, mito,
crônica, conto, poema, propaganda, reportagem, charge, tirinha, paródia, entrevista,
currículo, pintura, debate, seminário, artigo de opinião, fotos, músicas, provérbios,
relatos de experiências, esculturas, fábulas, haicai, histórias em quadrinhos,
memórias, narrativas: de aventura de humor, de terror, fantásticas, míticas, pinturas,
Letras de músicas, textos dramáticos, exposição oral, pesquisas, resenha, resumo,
texto argumentativo, texto de opinião, verbetes de enciclopédia, anúncio de
emprego, classificados, crônica jornalística, editorial, notícia, e-mail, folder,
publicidades, filmes, dentre outros textos pertencentes as esferas sociais: cotidiana,
literária e artística, escolar, imprensa, publicitária, política, jurídica, produção e
consumo e midiática.
Práticas discursivas:
Leitura: conteúdo temático; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade;
argumentos do texto; contexto de produção; intertextualidade; vozes sociais
presentes no texto; elementos composicionais do gênero; contexto de produção da
obra literária; marcas linguísticas: coesão coerência, função das classes gramaticais,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, itálico; progressão
referencial; semântica, operadores argumentativos; modalizadores; figuras de
linguagem.
Escrita: conteúdo temático; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade;
contexto de produção; intertextualidade; vozes sociais presentes no texto;
elementos composicionais do gênero; progressão referencial; relação de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto; semântica; operadores
argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; marcas linguísticas; coesão;
coerência; função das classes gramaticais nos textos; conectores, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; vícios de linguagem; sintaxe
de concordância; sintaxe de regência.
Produção de texto: carta, poema, autobiografia, biografia, mito, crônica, conto,
propaganda, charge, tirinha, paródia, currículo, debate, seminário, entrevista,
reportagem, artigo de opinião...
Oralidade: conteúdo temático; finalidade, intencionalidade; papel locutor e
interlocutor; elementos extralinguísticos: entonação, expressões - facial, corporal, e
gestual, pausas...; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala, variações
linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição; elementos semânticos; adequação da fala ao
contexto; diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; discurso
ideológico presente no texto.
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ENSINO MÉDIO
Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de
comunicação e informação – modos de organização da composição textual;
atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas
sociais – públicas e privadas.
Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social,
concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos –
produção literária e processo social; processos de formação literária e de formação
nacional; produção de textos literários, sua recepção e a constituição do patrimônio
literário nacional; relações entre a dialética cosmopolitismo/localismo e a produção
literária nacional; elementos de continuidade e ruptura entre os diversos momentos
da literatura brasileira; associações entre concepções artísticas e procedimentos de
construção do texto literário em seus gêneros (épico/narrativo, lírico e dramático) e
formas diversas; articulações entre os recursos expressivos e estruturais do texto
literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção;
representação literária: natureza, função, organização e estrutura do texto literário;
relações entre literatura, outras artes e outros saberes.
Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da
língua, procedimentos de construção e recepção de textos – organização da
macroestrutura semântica e a articulação entre ideias e proposições (relações
lógico-semânticas).
Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos:
argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa – formas de
apresentação de diferentes pontos de vista; organização e progressão textual;
papéis sociais e comunicativos dos interlocutores, relação entre usos e propósitos
comunicativos, função sociocomunicativa do gênero, aspectos da dimensão espaço-
temporal em que se produz o texto.
Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma
culta e variação linguística – uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto
em que o texto é constituído: elementos de referência pessoal, temporal, espacial,
registro linguístico, grau de formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais;
uso dos recursos linguísticos em processo de coesão textual: elementos de
articulação das sequências dos textos ou a construção da microestrutura do texto.
Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação: impacto e
função social – o texto literário típico da cultura de massa: o suporte textual em
gêneros digitais; a caracterização dos interlocutores na comunicação tecnológica; os
recursos linguísticos e os gêneros digitais; a função social das novas tecnologias.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS:
Trabalharemos Gêneros Textuais, temas e práticas pedagógicas diversas, que
tratem sobre Desafios os Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental e o
sistema de Educação Ambiental – Deliberação Nº 04/2013 do CEE/PR que
estabelece as normas estaduais para a educação ambiental no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná -; Decreto 4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência
contra a criança e adolescente; Direto das crianças e dos adolescentes, LF L. no
11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educando para as Relações
Étnico-Raciais e ensino de História e cultura Afro-brasileira e africana – Lei
10.639/03; Cidadania e Direitos Humanos e as leis: Lei 13.381/01 “História do
Paraná”, Lei 9.795/99 “História e cultura Afro-Brasileira e Indígenas – Lei 11.645/08;
Educação para o envelhecimento digno e saudável – Lei 11.863/97 – institui a
política estadual dos direitos do idoso – CEDI/PR; Lei 10.741/2003 – Estatuto do
idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional”. Educação Tributária Dec. no
1.143/99. Essas temáticas serão contempladas em todas as práticas discursivas:
leitura, oralidade e escrita.
POSSIBILIDADE DE RELAÇÃO COM AS TEMÁTICAS DA DIVERSIDADE
Variedades linguísticas / preconceito linguístico; autobiografia – identidade:
preconceito de idade gráficos e indicadores: mulher e trabalho, diferenças entre
homens e mulheres no trabalho – músicas e textos literários: o papel da mulher na
sociedade, a influência africana na cultura brasileira e características ortográficas;
palavras de origem indígena; cultura popular, fala e provérbios... além de gêneros
textuais variados (literários e não literários), que possibilitem discussões, reflexões,
debate e produção escrita sobre: a luta dos negros; diversidade étnica e cultural;
diversidade religiosa; necessidades especiais; desigualdade econômica...
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
A carga horária de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental é de 336
H/A. O aluno com aproveitamento de 25% (6º ano) eliminará os conteúdos que
compõem a primeira e a 2ª avaliação e terá que frequentar 252 h/a (63 h/a por
avaliação) ; com aproveitamento de 50% (7º ano), eliminará a 1ª, 2ª e 3ª
avaliações, a carga horária será 168 h/a (aproximadamente 34 h/a por avaliação);
com aproveitamento de 75% (8º ano) eliminará 4 avaliações e terá que frequentar
84 horas (42 h/a por avaliação) e fazer as atividades do livro 9,
A carga horária de Língua Portuguesa para o Ensino Médio é de 208 H/A e o
aluno deverá ter 6 médias. Cada média será obtida pela soma de 3 instrumentos de
avaliação, sendo: 3,0+3,0+4,0=10,0 - 2 trabalhos e uma avaliação. O aluno com
aproveitamento de estudos de 25% eliminará os conteúdos que compõem a primeira
e a 2ª avaliação e reduzirá 52 h/a; com aproveitamento de 50%, eliminará a 1ª, 2ª e
3ª avaliações. A carga horária será aproximadamente 36 h/a por avaliação).
ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Levando em consideração a inclusão aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e deficiência intelectual, será feita a flexibilidade do currículo e
adaptações pedagógicas, tendo como perspectiva, o reconhecimento e a atenção à
adversidade do alunado. Esta ação deve oferecer atividades diferenciadas, como por
exemplo: avaliações e trabalhos para garantir a aprendizagem destes alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua e dará prioridade à qualidade e ao desempenho do
aluno ao longo do ano letivo.
Adotaremos, portanto a avaliação formativa – avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e do resultado ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais -, esse procedimento de avaliação considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagens e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Sob estas
perspectivas os alunos serão avaliados das seguintes formas:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de
ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala
são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o
professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação
que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se
posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários,
discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou
informais, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,
o argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os
conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a
partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte
textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de
se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do
horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões,
debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a
partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo- textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência
textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se
posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No
momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do
texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de
cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou
conectivos.
Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática
pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser
avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá
avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a
percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,
tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem
incluí-los em outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Considerando as peculiaridades da EJA, A recuperação será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados, e se dará da seguinte forma: serão realizadas entre 4 a 5 atividades e
destas, optaremos por aquelas nas quais o estudante demonstre maior
desempenho, assim não haverá necessidade de momentos específicos para a
recuperação, pois ela ocorrerá de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados
durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
REFERÊNCIAS: ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003._____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007. BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001. BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. SILVA, Cicero de oliveira, Elizabeth Gavioli de Oliveira silva, Greta Nascimento Marchetti - EJA – Coleção Tempo de Aprender – volumes 1, 2, 3, 4 São Paulo, 2009, 2ª Edição IBEP. _____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Ceebja Casturina C. Bonfim - Projeto Político Pedagógico, 2016 Estado do Paraná - Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa. _____ - Caderno de Expectativas de Aprendizagem Faraco, Carlos Emílio – Língua Portuguesa: Linguagem e Interação Carlos Emílio Faraco, Francisco Marto de Moura, José Hamilton Maruxo Júnior – São Paulo, Ática, 2010.
QUÍMICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA ANO 2017
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A proposta para a organização metodológica das práticas pedagógicas de
EJA, deve levar em consideração os três eixos articuladores propostos para as
Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar,
intrinsecamente, ligados. Tais eixos foram definidos tendo em vista a concepção de
currículo como um processo de seleção da cultura, bem como pela necessidade de
se atender ao perfil do educando da EJA. A cultura compreende toda forma de
produção da vida material e imaterial e compõe um sistema de significações
envolvido em todas as formas de atividade social. DCEs, ( 2005 ).
O trabalho compreende, assim, uma forma de produção da vida material a
partir do qual se produzem distintos sistemas de significação. É a ação pela qual o
homem transforma a natureza e, nesse processo, transforma-se a si mesmo. É,
portanto, produção histórico-cultural que atribui à formação de cada novo indivíduo,
também, essa dimensão histórica. A ênfase no trabalho como princípio educativo
não deve ser reduzida à preocupação em preparar o trabalhador apenas para
atender às demandas do industrialismo e do mercado de trabalho, nem apenas
destacar as dimensões relativas à produção e às suas transformações técnicas. E
na dimensão escolar, o tempo de cada educando compreende um tempo definido
pelo período de escolarização e um tempo singular de aprendizagem, que no caso
dos educandos da EJA é bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa
modalidade de ensino que busca atender, ainda, o tempo de que o educando dispõe
para se dedicar aos estudo. DCEs, ( 2005).
A proposta curricular de Química para o Ensino Médio, contempla o estudo da
matéria, sua composição e transformação, bem como a forma de energia para
transformá-la, suas implicações sociais e uso. Sendo assim o conhecimento químico
deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor de forma que a
aprendizagem dos conceitos químicos saia do senso comum para o conhecimento
científico mais elaborado. Inserir o aluno na cultura científica, com práticas
experimentais, observações, aulas investigativas, análise de situações cotidianas,
faz com o os mesmos relacionem a Química com o seu cotidiano e construam
conhecimentos científicos mais significativos.
A busca de uma explicação para a matéria e suas transformações foi objeto
de preocupação de alguns pensadores desde antes de cristo. Com o domínio do
fogo aprenderam algumas técnicas que colaboraram para a melhoria da qualidade
de vida na época. Em 1500 a.C. os egípcios já utilizavam técnicas como a
fabricação de objetos cerâmicos por meio do cozimento da argila, a extração de
corantes de certos animais e vegetais, a obtenção do vinagre e bebidas alcoólicas
não-destilada, a produção de vidro e alguns metais e a conservação de múmias. Por
volta de 478 a.C. o filósofo grego Leucipo apresentou a primeira teoria atômica de
que se tem notícia. Mais tarde então surge a alquimia uma mistura de ciência, arte e
magia, que floresceu durante a idade média, tendo uma dupla preocupação, a busca
do “elixir da longa vida” que garantia a imortalidade e a cura das doenças do corpo e
a descoberta de um método para a transformação de metais comuns em ouro,
conhecido como “pedra filosofal”. Na China as especulações dos alquimistas
conduziram ao domínio de muitas técnicas de metalurgia e a descoberta da pólvora.
No início do sec. XVIII o químico Lavoisier desenvolve a experimentação e no
início do sec. XIV impulsionado pela indústria surge a química moderna uma ciência
que procura através de técnicas específicas, desenvolve formas de sintetizar,
purificar e manipular os elementos químicos. Muitas substâncias químicas são
criadas a partir da união de determinados elementos naturais.
Ao longo da História a química vem sofrendo transformações, no intuito de
melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ela está presente em todos os lugares e
em todas as coisas que podemos ou não visualizar. Tudo em nosso planeta é
formado por partículas, substâncias e elementos químicos. A indústria química
trabalha no sentido de colocar os conhecimentos e procedimentos para a elaboração
de produtos, alimentos e materiais de usos diversos. Em fim é por isso que a
química se faz necessário cada dia mais ser compreendida para que possamos lutar
para que os benefícios trazidos por ela ultrapassem de longe os prejuízos que ela
possa causar. Daí a importância do estudo da química em nossos dias, pois ela
procura viabilizar o relacionamento harmonioso entre seres vivos incluindo o homem
e o meio ambiente.
É essencial que os alunos conheçam a história e saibam lidar com a
linguagem química, que compreendam e utilizam os conhecimentos científicos e
tecnologias. Observando que a vida do ser humano e o equilíbrio do meio ambiente
dependem desse conhecimento, e que a partir daí sejam capazes de tomar decisões
na busca da melhoria da qualidade de vida, em respeito aos interesses coletivos e
individuais.
JUSTIFICATIVA:
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008) o objetivo do ensino de química é
formar alunos que se apropriem dos conhecimentos químicos e sejam capazes de
refletir criticamente sobre o meio em que estão inseridos. Já o art. 37 da LDB
9.394/96 destaca que “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria” (BRASIL, 1996).
Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, não basta apenas passar
informações aos educandos, é necessário capacitá-los para aquisição de
competências, preparando-os para enfrentar os novos desafios, com linguagens e
tecnologias mais adequadas ao mundo globalizado (Piconez, 2002).
Desse modo é necessário valorizar o que o aluno traz de suas vivências e
envolve- los em práticas ou situações cotidianas despertando um maior interesse
dos mesmos (Cavalcanti, 2010), permitindo assim construir os conhecimentos
científicos. Dessa forma, o ensino de química deixa de ser visto como conteudista
para ser compreendido como processo de formação de conceitos científicos,
possibilitando a sua interação com o mundo, formando cidadãos conscientes e
críticos, os quais podem intervir na sociedade em que vivem.
Mostrar a química a partir do cotidiano do aluno transforma em um sujeito
mais crítico e apto para enfrentar uma nova realidade. Aplicando atividades
experimentais e da observação o aluno sai do senso comum para um conhecimento
cientifico mais elaborado fazendo relação da disciplina de química com o seu
cotidiano torna o conteúdo mais significativo (Chassot , 2004).
Estudar química e conhecer-se a si mesmo, entrar em um mundo minúsculo e
transportar para o mundo real compreendendo os fenômenos que ocorrem com a
matéria. Quando o aluno entender essas ideias, compreenderá e a utilizará em sua
vida cotidiana e social, podendo viver e sobreviver numa sociedade cientifica e
tecnológica.
OBJETIVOS GERAIS
Oferecer condições ao educandos para participarem da construção de seus
conhecimentos científicos e sejam capazes de refletir criticamente sobre o
período histórico atual e atuem de maneira mais crítica e consciente.
Proporcionar a compreensão dos conceitos da disciplina de química de forma
integral e contextualizada, de maneira que o educando se veja participante de um
mundo em constante mudança e desperte o interesse em contribuir para melhorar a
comunidade onde está inserido(a)
Desenvolver a capacidade crítica e investigativa, observando a evolução da
ciência, juntamente com seus benefícios e prejuízos e assim formar indivíduos
pensantes em busca da melhoria da qualidade de vida.
Desse modo, a disciplina de Química na EJA, pode
a partir de conhecimentos prévio dos educandos, possibilitar a construção do
conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que
possa argumentar e se posicionar criticamente na sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
De acordo com as DCE os conteúdos estruturantes devem estabelecer
relação com os conteúdos básicos e ao cotidiano da comunidade onde a escola está
inserida. Tendo como conteúdos estruturantes matéria e sua natureza,
biogeoquímica, química sintética.
Matéria e sua natureza: é o conteúdo estruturante que identifica a disciplina
de Química, por se tratar da essência da matéria. É ele que abre caminho para um
melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes. A abordagem da história
da Química é necessária para a compreensão de teorias e, em especial, dos
modelos atômicos. A concepção de átomo é imprescindível para que se possam
entender os aspectos macroscópicos dos materiais com que o ser humano está em
contato diário e perceber o que ocorre no interior das substâncias, ou seja, o
comportamento microscópico.
Biogeoquímica: este conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações
existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera. Historicamente, constitui-se a
partir de uma sobreposição de biologia, Geologia e Química.
Química sintética: este conteúdo estruturante foi consolidado a partir da
apropriação da Química na síntese de novos produtos e novos materiais, e permite o
estudo que envolve produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia (conservantes,
acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes e agrotóxicos.
MÉDIAS CONTEÚ
DOS ESTRUTURAN
TES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1°
MATÉRIA E SUA
NATUREZA BIOGEOQUÍMICA
MATÉRIA
- Introdução Química; - Constituição da matéria; - Propriedades e transformações; - Modelos atômicos - Configuração Eletrônica; - Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
- Substancias simples e compostas; - Misturas; - Métodos de separação.
QUÍMICA SINTÉTICA
LIGAÇÃO QUÍMICA
- Tabela periódica; - Propriedades dos materiais; - Tipos de ligações químicas; - Ligação Metálica;
2º
MATERIA E SUA NATUREZA
FUNÇÕES QUIMICAS
- Funções Inorgânicas; - Ácidos; - Bases; - Sais; - Óxidos.
SOLUÇÃO
- Tabela periódica; - Solubilidade; - Concentração; - Dispersão e Suspensão;
BIOGEOQUÍMICA
VELOCIDADE
DAS REAÇÕES
- Relações Químicas; -Representações das reações químicas;
3º
QUÍMICA SINTÉTICA
REAÇÕES QUÍMICAS
- Princípios da termodinâmica; - Calorias; -Reações exotérmicas e endotérmicas; - Equações termoquímicas;
4º
MATERIA E SUA
NATUREZA BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTIC
A
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
EQUILIBRIO QUIMICO
RADIOATIVIDADE
FUNÇÕES QUIMICAS
ÓXIDO-REDUÇÃO
- Condições fundamentais para Ocorrência d a s r e a ç õ e s ; - Cálculo da velocidade da reação; - Fatores que influenciam a velocidade da reação. - Lei da velocidade das reações químicas - Reações químicas reversíveis; - Relações matemáticas e o equilíbrio químico; - Deslocamento de equilíbrio - Concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores; - Elementos químicos radioativos; - Emissões radioativas - Leis da radioatividade; - Fenômenos radioativos (fusão e fusão nuclear); - Funções orgânicas; - Isometria. - Reações químicas; - Número de oxidação; - Reações de oxido- redução; -Pilhas, Baterias e eletrólise.
METODOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUIMICA
Para que a aprendizagem em química aconteça é necessário valorizar o que
o aluno traz de suas vivências e envolve-los em práticas ou situações cotidianas
despertando um maior interesse dos mesmos (Cavalcanti, 2010), permitindo assim
construir os conhecimentos científicos. Dessa forma, o ensino de química deixa de
ser visto como conteudista para ser compreendido como processo de formação de
conceitos científicos, possibilitando a sua interação com o mundo, formando
cidadãos conscientes e críticos, os quais podem intervir na sociedade em que vivem.
Com isso será utilizado de múltiplas modalidades didáticas, para dinamizar as aulas
e, sobretudo motivar e facilitar a aprendizagem dos alunos. Dentre elas: aulas
expositivas, práticas laboratoriais que busquem explicar fenômenos observados,
aulas investigativas, utilização de mídias disponíveis na escola, utilização do
laboratório de informática, livro didático público, realização de trabalhos em grupo e
individual, leituras de textos e artigos científicos, exercícios de fixação, pesquisas e
projetos desenvolvidos durante o ano letivo.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos : Educação Ambiental e o
sistema de Educação Ambiental - Lei Nº 9.795/99 - Deliberação Nº 04/2013 do
CEE/PR que estabelece as normas estaduais para a Educação Ambiental no
Sistema Estadual de Ensino do Paraná ; Decreto 4201/02 Educação Fiscal -
Educação Tributária Dec. no 1.143/99; Enfrentamento à Violência contra a criança e
adolescente; Direito das crianças e dos adolescentes - Lei 11525/07; Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas; As Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e cultura
Afro-brasileira e africana – Lei 10.639/03; Cidadania e Direitos Humanos – Gênero e
Diversidade Sexual, Diversidade Educacional e Inclusão; As leis:13.381/01 “História
do Paraná”, Lei 9.795/99; Educação do Campo (DCE do Campo); História e cultura
Afro-Brasileira e Indígenas – Lei 11.645/08; Educação para o Envelhecimento Digno
e Saudável – Lei 11.863/97 – Institui a PolíticaEstadual dos direitos do Idoso –
CEDI/PR; Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso que reafirma e ratifica a tarefa
educacional”.Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99); Educação Fiscal (Portaria
413/2002) e Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99). Educação Fiscal (Portaria
413/2002). Dentre estes Desafios Educacionais Contemporâneos citados acima os
que serão contemplados na disciplina de química durante o ano letivo são:
- Lei 11645/08- História e cultura dos povos indígenas – preparo de soluções
e os elementos químicos
- Lei 9795/99 – Educação ambiental; metais pesados no ambiente e suas
consequências ao organismo humano, óxidos produtores do aquecimento global e a
chuva ácida.
- Lei 10639/03- História e cultura Africana e Afrodescendente- sais
(conservação e preparação dos alimentos) e química orgânica - a melanina
- Lei 11.863/1997 e 10.741/2003 Educação para o envelhecimento saudável e
estatuo do idoso -quantidade de calorias para pessoas idosas e informações dos
rótulos dos alimentos para evitar sobrepeso, excesso de sódio, gorduras, açucares e
outros aditivos causadores de problemas de saúde
- Lei 17.5051/2013 educação ambiental- Problemas ocasionados pela
radiação. Alimentos irradiados bom ou ruim, poluição provocada pelo vazamento do
petróleo, consumismo, reciclagem e consumo sustentável.
- Decreto 4201/02 Educação Fiscal - Educação Tributária - termoquímica-
rótulos dos alimentos (calorias, informação nutricional e taxas).
- Lei 11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – funções orgânicas
nitrogenadas.
AVALIAÇÃO:
A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do
processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática
pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve
usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos
alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, pesquisas
bibliográficas, relatórios de aula em laboratório, apresentação de seminários,
questionários e avaliações entre outros.
Será diagnosticada possibilitando ao aluno a re-elaboração de sua visão de
questionar, assegurando o domínio da realidade. Portanto, deve ser feita de forma
processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade.
Esse processo será no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,
portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. O processo de
recuperação de estudos do aluno seguirá paralela ao longo da série do período
letivo. Assumindo o mesmo caráter de continuidade para que apresente um bom
aproveitamento com que esteja encontrando a dificuldade. A recuperação realizar-
se-á durante todo o processo de aprendizagem, a mesma será paralela e simultânea
às atividades e avaliações que o aluno desenvolve, no momento que detecta
dificuldades na aprendizagem.
Serão (04) quatro médias (no valor de 10,0). Sendo usado no mínimo (03)
três atividades avaliativas (duas no valor de 3,5 e uma no valor de 3,0) e o somatório
destas atividades iguais a 10,0.
As adaptações curriculares (MEC/SEESP/SEP 919980), serão realizadas
visando à flexibilização do currículo, contemplando as necessidades individuais
especiais de todos os alunos. A avaliação segue o regimento escolar e a
recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Brasil. Presidência da República. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em : http:/lwww.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
BRASIL. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.
CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna. Volume único. São Paulo:Editora Scipione, 1997.
CAVALCANTI, Jaciene Alves; FREITAS, Juliano Carlo Rufino de; MELO, Nascimento de; FILHO, João R. de Freitas. Agrotóxicos: Uma Temática para o Ensino de Química, Química Nova na Escola, v. 32, nº 1, fevereiro, 2010, p. 31-36.
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2º ed. São Paulo: Moderna, 2004.
FELTRE, RICARDO, Físico- Química, v. 2.São Paulo, Moderna.2004 _________________ Química Geral, v. 1.São Paulo, Moderna.2004 _________________ Química Orgânica, v. 3. São Paulo, Moderna.2004 _________________ 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004
LISBOA, F.C.J Química. Ser Protagonista. Vol 1,2,3. São Paulo, SM.2010
MACEDO, U.M. & CARVALHO A. Química. Vol. Único. Novo horizonte.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: Professor/Pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do estado do Paraná, 2008. ________________ Diretrizes curriculares da educação de jovens e adultos no estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED – PR, jan. de 2005. _____________________________________ LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. Química: Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PERUZZO, T. M. & CANTU, E. L. QUIMICA. Vol. Único. São Paulo, Moderna.
PICONEZ, S. C. B. Educação Escolar de Jovens e Adultos. Campinas, São Paulo: Papirus, 2002.
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SANTOS, Wildson Luiz Pereira; MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. Volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005.
SARDELLA, ANTONIO, Química, volume único, 2000.
__________________ Química volume único, série novo ensino médio. TERUKO Y. UTIMURA & MARIA LINGUANOTO, Química fundamental, v. único. USBERCO & SALVADOR, Química, volume único.
VANIN J.A. Alquimistas e Químicos. O passado, o presente e o futuro. São Paulo: Editora Moderna, 1994.
VIDAL, B. História da Química. Lisboa. Edições 70, 1986.
PPP – PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO CEEBJA CASTURINA C.BONFIM REGIMENTO ESCOLAR DO CEEBJA CASTURINA C.BONFIM.
SOCIOLOGIA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim
ANO: 2017
CONCEPÇÃO DO ENSINO Historicamente a sociedade tem assumido características capitalistas e a
busca da compreensão destas entre outras coisas, tem sido a preocupação da
Sociologia para sua consolidação como ciência.
O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas
mudanças na organização social que fizeram com que seus contemporâneos
buscassem explicações para os fenômenos sociais com os quais convivem.
As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas
pelas experiências da modernidade que propõe entre outras coisas, a utilização da
razão como formatadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais
cotidianas foram transformadas neste processo.
O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais e de
trabalho, traz em seu bojo questões econômicas/culturais que precisam de
respostas. Surgem então os pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas
questões através da elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob
diferentes olhares e posicionamentos políticos.
Com Auguste Comte (1798–1857) surge o termo Sociologia, este autor
buscará criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava
que a ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a
ordem levaria ao progresso.
Émile Durkheim (1858–1917) irá utilizar-se de conceitos de Comte na
elaboração e consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as
relações sociais. Para Durkheim o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o
compõe, então a mesma só faz sentido se “compreendida como um conjunto cuja
existência própria, independentemente de manifestações individuais, exerce sobre
cada ser humano uma coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades
porque, de alguma forma ela não cabe na sua totalidade, na mente de cada
indivíduo” (SEED, 2006, p.21). Sendo assim, a precedência da sociedade sobre os
indivíduos faz com que a cooperação seja necessária à organização social. Tal
cooperação só pode existir no consenso, daí caber à educação papel fundamental
neste processo.
Em Max Weber (1864-1920) a orientação vai num outro sentido, para ele o
indivíduo prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva
que vai buscar entender a sociedade partindo da compreensão das ações
individuais. Para ele “compreender a sociedade é analisar os comportamentos
movidos pela racionalidade dos sujeitos com relação aos outros , é compreender o
agir dos homens que se relacionam uns com os outros, de acordo com um cálculo e
uma finalidade que tem por base as regras”. (SEED, 2006, p.22).
A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da racionalidade,
rumando a “burocratização”. Caberia, pois, a educação o papel de “(...) prover os
sujeitos de conteúdos especializados, eruditos e de disposições que os
predisponham a ter condições – conduta de vida e conhecimento especializados –
necessárias para realizar suas funções de perito na burocracia profissional” (SEED,
2006, p22).
Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (1818-
1883). Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma
ciência, suas reflexões são importantes para a compreensão das sociedades.
Buscando compreender a sociedade capitalista e apontar uma direção para sua
transformação. Marx desvenda os mecanismos de exploração e manutenção das
relações sociais apontando para o fato das sociedades estarem divididas em
classes, enunciou “(...) como lei de validade geral- que a história das sociedades é
movida pela luta entre as classes sociais (SEED, 2006, p21). Ainda de acordo com o
autor, a educação é um mecanismo que, conforme seu conteúdo de classe, pode
oprimir ou emancipar o homem.
Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem sido
a principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e questionar os
mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados
ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou
igualdade, possibilitando aos indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre
a totalidade que os cercam.
É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na
Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o compromisso
com a formação humana e o acesso à cultura geral, a sociologia contribuirá no
desempenho de tal tarefa, na medida em que propicia aos educandos a
possibilidade de uma maior compreensão da sociedade onde o mesmo vive e sua
atuação sobre a mesma.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos da
realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. É preciso
entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de Jovens e Adultos,
que tem por base o reconhecimento do educando como sujeitos do aprendizado, um
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral. Sendo assim,
os conteúdos específicos deverão estar articulados à realidade, considerando sua
dimensão sócio-histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, ás novas
tecnologias, dentre outras coisas.
Neste sentido, destacam-se os conteúdos específicos da disciplina não
precisam ser trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao
último conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas
para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua
apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.
Sugere-se no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida
contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a presentação de suas
principais teorias na análise/ compreensão da realidade.
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos objetivos
pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos
conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e
discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é
que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a
rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,
descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É
tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e
preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia
intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS 1. Conteúdo Estruturante: O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas Conteúdos Específicos: Modernidade ( Renascimento – Reforma Protestante – Iluminismo – Revolução Francesa e Revolução Industrial). Desenvolvimento das Ciências; Senso Comum e Conhecimento Científico; Teóricos da Sociologia: Comte, Durkheim, Weber, Engels e Marx; Produção Sociológica Brasileira.
2. Conteúdo Estruturante: O Processo de Socialização e as Instituições Sociais Conteúdos Específicos: Instituições Familiares – Instituições Escolares – Instituições Religiosas – Instituições Políticas - Instituições de Reinserção dentre outras. 3. Conteúdo Estruturante: Cultura e Indústria Cultural
Conteúdos Específicos : Conceitos antropológicos de Cultura – Diversidade Cultural - Relativismo – Etnocentrismo – Identidade – Sociedade de Consumo – Cultura de Massa: cultura erudita e cultura popular; Questões de gênero e outras minorias.
4. Conteúdo Estruturante: Trabalho, Produção e Classe Sociais Conteúdos Específicos: Salário e Lucro – Desemprego – desemprego conjuntural e desemprego estrutural – Subemprego e Informalidade – Terceirização – Voluntariado Cooperativismo – Empreendedorismo – Agronegócios – Empregabilidade e Produtividade – Capital Humano – Reforma Trabalhista e Organização Internacional do Trabalho – Economia Solidária – Flexibilização – Neoliberalismo – Reforma Agrária – Reforma Sindical – Toyotismo e Fordismo – Estatização e Privatização – Parcerias público/privadas – Relações de mercado, entre muitos outros.
5. Conteúdo Estruturante: Poder, - Política e Ideologia Conteúdos Específicos: Estado moderno – Tipos de Estados – Conceito de Poder – Conceito de Dominação – Conceito de Política – Conceito de Ideologia.
6. Conteúdo Estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos Específicos: Conceito Moderno de Direito – Conceito de Movimento Social – Cidadania – Movimentos Sociais Urbanos – Movimentos Sociais Rurais – Movimentos Sociais Conservadores.
AVALIAÇÃO A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida com um
processo técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os instrumentos
utilizados, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no
desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa
perspectiva marcada pela autonomia do educando.
Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as
próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja de reflexão crítica
em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa
bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como
perspectiva, ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no
sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo educando.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBORNOZ. S. O que é trabalho. São Paulo. Brasiliense, 1989. ANTUNES , R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Mrax e Engels. São Paulo. Expressão popular, 2004. AZEVEDO, F. Princípios de Sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. São Paulo. Duas Cidades, 1973. BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1990. BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981. COELHO, T. O que é indústria cultural. 15ª ed. São Paulo. Brasiliense, 1993. COMTE, Auguste. Sociologia. São Paulo. Ática, 1978. DURKHEIM, Émile. Sociologia. São Paulo; Ática, 1978. GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro; Zahar, 1973. GIDDENS, A . Sociologia. 6ª ed. Porto Alegre; Artmed, 2005. GOHN, M. G. (Org.) Movimentos Sociais no início do Século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis, Vozes, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED/DEB – PR, 2008.