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PPC PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES CASTURINA CAMPANHARO BONFIM PITANGA 2017

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PPC

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES

CASTURINA CAMPANHARO BONFIM

PITANGA

2017

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Parecer do NRE de aprovação do Projeto Político Pedagógico e Propostas

Pedagógicas Curriculares

nº __________________de _____/_____/_______.

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ARTE

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

Apresentação da Disciplina

A arte é o produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas

diversas culturas. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência

individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de

conhecimento. Sendo assim, a Arte é um processo de humanização e

transformação. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das

diferentes linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço

escolar, possibilita a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da

sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos

estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa razão se faz necessário

a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados. Nesta

área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e

compreender os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas

diferentes realidades culturais.

O objeto de estudo da disciplina de Arte é o conhecimento estético e

conhecimento das produções artísticas e tem como características centrais a criação

e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão

artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito

criador e simultaneamente, transcende-o, pois o objeto criado é portador de

conteúdo social e histórico e como objeto concreto é uma nova realidade social”

(PEIXOTO, 2003, p. 39). Esta característica da arte ser criação é um elemento

fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do

conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de

novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. Assim, o

desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão artística,

tem uma direta relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas.

Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para

humanização dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e

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repressão à qual os sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua

especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre

as disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade no trabalho

pedagógico. Por isso, essa dimensão do conhecimento deve ser entendida para

além da disciplina de Arte, bem como as dimensões filosófica e científica não se

referem exclusivamente à disciplina de Filosofia e às disciplinas científicas. Essas

dimensões do conhecimento constituem parte fundamental dos conteúdos nas

disciplinas do currículo da Educação Básica, tendo como objetivos:

Propiciar uma aproximação e uma reflexão sobre a diversidade de

manifestações culturais, desvelando o que foi produzido pelo homem para dar

significado as suas ações e ao mundo que o rodeia e o envolve;

Expressar e saber comunicar-se em Arte mantendo uma atitude de

busca pessoal e coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a

sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em

Arte (Artes visuais, dança, música, teatro), experimentando-os e conhecendo-os de

modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;

Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística

pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas,

no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções;

Compreender e saber identificar a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar

as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e

do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e

estéticos;

Observar as relações entre homem e a realidade com interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte

de modo sensível;

Buscar e saber organizar informações sobre a arte em contato com

vários artistas, documentos, acervos nos espaços da escola e fora dela (livros,

jornais, ilustrações, vídeos, CD, cartazes,...) e acervos públicos (museus, bibliotecas,

videotecas, centros culturais), reconhecendo e compreendendo a variedade dos

produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes

culturas e etnias;

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Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens

como meio de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados,

expressão, comunicação e informação;Confrontar opiniões e pontos de vista sobre

diferentes linguagens e suas manifestações específicas;

Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens,

relacionando textos com os seus contextos, mediante a natureza, função,

organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção

e recepção;

Respeitar e preservar as diferentes manifestações das linguagens

utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização, usufruir do

patrimônio nacional e internacional, com suas diferentes visões de mundo, e

construir categorias de diferenciação, apreciação e criação;

Utilizar-se de linguagens como meio de expressão, informação e

comunicação em situações intersubjetivas;

Recuperar pelo estudo, as formas instituídas do imaginário coletivo,

patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas no

eixo temporal e espacial;

Desenvolver projetos buscando o conhecimento científico e social para

que o aluno sinta-se sujeito histórico, crítico, no meio em que está inserido;

Articular as redes: diferenças e semelhanças entre as linguagens e

seus códigos; e considerar as linguagens e suas manifestações como fonte de

legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como

forma de expressão dos sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida

social.

Conteúdos básicos, específicos e estruturantes para a Disciplina de Arte no

Ensino Fundamental séries finais

6° Ano

Artes Visuais

Elementos Formais

Ponto – Tipologia

Linha – Conceito e Tipologia

Formas Básicas – Regulares e Irregulares

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Cor – pigmento

Textura – Tátil e Gráfica

Gêneros:

Paisagem

Natureza morta

Retratos

Cenas históricas

Movimentos e Períodos:

Arte Rupestre

Arte Indígena

Arte Africana

Arte Paranaense

Música

Elementos Formais:

Altura – grave/agudo

Duração – longo/curto

Timbre – “cor” do som

Intensidade – forte/fraca

Densidade – muitos/poucos sons

Composição:

Ritmo

Melodia

Escalas: ditatônica, pentatônica, cromática e improvisação.

Movimentos e Períodos: Pré-histórica, Greco-romana, Oriental, Ocidental e

Africana.

Teatro:

Elementos Formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

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Composição:

Enredo, roteiro.

Espaço cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscaras...

Gênero: tragédia, comédia, circo.

Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Teatro Ocidental, Teatro

Medieval, Renascimento.

Dança:

Elementos Formais:

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Composição: kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo (livre,

interrompido), rápido e lento, formação, níveis (alto, médio e baixo), deslocamento

(direto e indireto), dimensões (pequeno e grande).

Técnica: improvisação, direções.

Gênero: circular, folclórico, popular e étnica.

Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Renascimento e Dança

Clássica.

7º Ano

Artes Visuais

Elementos Formais:

Linha – Figurativo/Fundo

Forma – Imagens bidimensionais e tridimensionais

Ponto

Linha

Cores quentes e frias, complementares.

Textura

Luz

Composição:

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Proporção, tridimensional, figura fundo, abstrata, perspectiva, ritmo visual.

Técnicas: pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura...

Gêneros:

Natureza morta, fotografia,

Retrato e paisagem.

Movimentos e períodos:

Arte indígena, Arte Popular Brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco,

Indústria Cultural e Arte Contemporânea.

Música

Elementos Formais:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição:

Ritmo

Melodia

Escalas

Gênero: folclórico, indígena, popular e étnico.

Técnicas: vocal, instrumental, mista e improvisação.

Movimentos e Períodos:

Música Popular étnica (ocidental e oriental).

Teatro

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição: representação leitura dramática, cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

Gêneros: rua, arena, caracterização.

Movimentos e Períodos:

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Comédia de dell „arte, Teatro Popular, Brasileiro, Paranaense, Indígena e Africano.

Dança

Elementos Formais:

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição:

Ponto de Apoio, Rotação, coreografia, salto e queda, peso (leve, pesado, fluxo livre,

interrompido e conduzido, lento, rápido e moderado, níveis alto, médio e baixo,

formação, direção.

Gêneros: folclórica, popular e étnica.

Movimentos e Períodos: Dança Popular Brasileira, Paranaense, Africana e

Indígena.

8º Ano

Artes Visuais

Elementos Formais:

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição:

Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação.

Técnicas: desenho, Grafite, fotografia, áudio visual, mista.

Movimentos e Períodos:

Indústria Cultural, Arte no século XX, Arte Contemporânea.

Música

Elementos formais:

Altura

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Duração

Timbre

Densidade

Intensidade

Composição:

Ritmo, melodia e harmonia.

Tonal, modal e afusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Movimentos e Períodos:

Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock e Tecnológica.

Teatro:

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição: representação no cinema e mídias, texto dramático, maquiagem,

figurino, sonoplastia e roteiro.

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica....

Movimentos e Períodos:

Indústria cultural

Realismo, expressionismo, Cinema Novo: Vanguardas.

Dança

Elementos Formais:

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição:

Giro, rolamento, saltos.

Aceleração, desaceleração, direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)

Improvisação, coreografia, figurino e sonoplastia.

Gêneros:

Indústria Cultura e espetáculo.

Movimentos e Períodos:

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Hip Hop, musicais, Expressionismo, Indústria Cultural e Dança Moderna, Dança

Clássica e Circense.

9º Ano

Artes Visuais

Elementos Formais:

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição:

Bidimensional, Tridimensional, figura fundo, ritmo visual

Técnicas: pintura, instalação, grafite, performance...

Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano.

Movimentos e Períodos:

Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-Americana, Hip Hop.

Música

Elementos formais:

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Intensidade

Composição:

Ritmo, melodia e harmonia.

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Gêneros: Popular, Folclórico e Étnico.

Movimentos e Períodos:

Música engajada, Música Popular Brasileira, Música Contemporânea.

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Teatro:

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição:

Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro Fórum...

Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.

Movimentos e Períodos

Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo e

Vanguardas.

Dança

Elementos Formais:

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição:

Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos, extensão

(perto e longe), coreografia, deslocamento.

Gênero: performance, dança de salão, de espetáculo e moderna.

Movimentos e Períodos:

Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea.

Conteúdos básicos para a Disciplina de Arte no Ensino Médio

No Ensino Médio a proposta é uma retomada dos conteúdos do Ensino

fundamental e aprofundamento destes outro conteúdos de acordo com a experiência

escolar e cultural dos alunos do Ensino Médio (DCE'S). Os conteúdos do 1° e 2º

Ano do ensino médio, estão selecionado em todas as áreas, relacionando o

conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.

1º ANO

ARTES VISUAIS

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Elementos Formais:

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Cor

Composição:

Bidimensional, Tridimensional, Figurativo, Abstrato, Perspectiva...

Técnica: pintura, desenho, gravura, escultura, história em quadrinhos...

Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas históricas...

Movimentos e Períodos: Arte Pré-histórica, Arte Ocidental, Oriental, Arte Africana,

Arte Brasileira e Paranaense.

MÚSICA:

Elementos formais:

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Intensidade

Composição:

Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas: diatônica, pentatônica,

Técnicas: Vocal, Instrumental e mista.

Gêneros: Clássico, Popular, Folclórico.

Movimentos e Períodos:

Música Popular Brasileira, Africana e Indígena, Ocidental, Oriental, Popular,

Paranaense.

TEATRO:

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição:

Page 15: PPC PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES · repressão à qual os sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando

Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mímica, Pantomima...

Gêneros: Tragédia, comédia...sonoplastia, figurino, caracterização, iluminação,

direção produção.

Movimentos e Períodos

Teatro Greco-romano, Teatro Essencial, Teatro Popular, Commédia Dell' arte, Teatro

Paranaense e brasileiro, Popular , Industria cultural.

DANÇA:

Elementos Formais:

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição:

Kinesfera, Ponto de Apoio, Movimentos Articulares: Lento, Rápido e Moderado,

Aceleração, Desaceleração, rolamento, lento, médio e rápido, níveis, deslocamento,

direções, planos, coreografia.

Gênero: Folclórico, Étnica e Popular.

Movimentos e Períodos:

Pré-história, Greco-Romana, Medieval, Dança Popular, Dança Paranaense, Dança

Brasileira, Dança Africana, Dança Indígena.

2º ANO ENSINO MÉDIO

ARTES VISUAIS

Elementos Formais:

Linha

Forma

Superfície

Volume

Luz

Cor

Composição:

Figura e fundo, semelhanças, contrastes, ritmo visual, simetria, deformação e

estilização.

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Técnica: modelagem, instalação, performance, escultura e arquitetura.

Gênero: natureza morta, religiosa, da mitologia.

Movimentos e Períodos: Arte Popular e de vanguarda, Indústria Cultural,

Contemporânea e Latino Americana

MÚSICA:

Elementos formais:

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Intensidade

Composição:

Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas modal, tonal e fusão de ambos.

Técnicas: Eletrônica, informática e mista, improvisação.

Gêneros: Clássico, Popular, Folclórico, étnico e pop

Movimentos e Períodos

Indústria cultural, engajada, vanguarda, africana e latino americana.

TEATRO:

Elementos formais:

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição:

Técnicas: Jogos teatrais, Ensaio, Teatro Fórum, roteiro, encenação e leitura

dramática.

Gêneros: Tragédia, comédia...sonoplastia, figurino, caracterização, iluminação,

direção produção, drama e épico, dramaturgia, representação nas mídias, cenografia

e sonoplastia.

Movimentos e Períodos

Teatro de vanguarda, dialético, oprimido, pobre, engajado e latino-americano.

DANÇA:

Elementos Formais:

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Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição:

Kinesfera, Ponto de Apoio, Movimentos Articulares: Lento, Rápido e Moderado,

Aceleração, Desaceleração, rolamento, lento, médio e rápido, níveis, deslocamento,

direções, planos, coreografia, improvisação, fluxo, peso, eixo, salto e queda, giro.

Gênero: Espetáculo, Indústria cultural e salão.

Movimentos e Períodos:

Renascimento, Hip Hop, Indústria cultural, moderna, vanguardas e contemporânea.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam

presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas, como, por que e o que será trabalhado. Dessa forma, devem-se

contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização

pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte.

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou

pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

O encaminhamento dos conteúdos deverá considerar alguns pontos

norteadores da prática do ensino de arte como as produções e manifestações

artísticas presentes na comunidade e demais dimensões da cultura em seus bens

materiais e imateriais, contemplando a História Cultura Afro-brasileira, africana e

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indigena (Lei n°11.645/08), Prevenção ao uso indevido de drogas;Sexualidade

humana;Educação Ambiental L.F (Lei n°9795/99) Dec.4201/02; Programa Nacional

de Educação Fiscal (Portaria 413/2002);Enfrentamento á violência contra a criança e

o adolescente;Direito das crianças e adolescentes L.F no 11525/07;Educação

tributária Dec.Nº 1143/99 portaria nº 413/02, e Educação em direitos Humanos -

Resolução nº 01 de 30/05/2012 do Conselho Nacional de Educação,serão

trabalhados sempre que possível em aulas que possibilitem a inserção de temáticas

que abordem estes assuntos na busca da ampliação de seus saberes; a viabilização

de situações de aprendizagem.

Por meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artística e de

reflexões sobre as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver

saberes que os levam a compreender e envolver-se com decisões estéticas,

apropriando-se, nessa área, de saberes culturais e contextualizadas referentes ao

conhecer e comunicar em arte e seus códigos. Nas aulas de Arte, há diversos

modos de aprender sobre as elaborações estéticas presentes nos produtos artísticos

de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais e sobre as possibilidades

de apreciação desses produtos artísticos nas diferentes linguagens.

Sendo assim, é importante o trabalho com as mídias, que fazem parte do

cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública, bem como

o uso de recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como: imagens, audio

visuais, TV Multimídia,multi- mídia revistas, rádio, laboratório informática, internet,

música, cinema....

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com

o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar

as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer

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emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é

parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para

as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve

professor e aluno no acesso ao conhecimento.

Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa

como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de

conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No

cotidiano das aulas, isso significa que: é importante a compreensão de que uma

atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se

diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm o intuito de ensinar; no Plano

de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele

período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação

por série, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades,

tendo em vista a reorganização do trabalho docente; os critérios de avaliação devem

ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a

dimensão do que se avalia.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

ARTES VISUAIS:

Identificar as formas geométricas nos planos bidimensional e tridimensional

contidos no seu cotidiano.

Compreender as cores na sua totalidade, tanto no ponto do vista físico como

na pigmentação, relacionando com o espectro solar.

Relacionar as dimensões nos planos bidimensional e tridimensional em

imagens e formas diversas nos períodos históricos, contextualizando com a

modernidade.

Conceituar e compreender o papel da arte ao longo da história.

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de

transformação social.

Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular

e social.

Apropriação teórica e prática de técnicas, tecnologias e modos de

composição visual nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e

consumo.

Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua

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função social e ideológica de veiculação e consumo.

MÚSICA:

Identificar os elementos sonoros e os diversos sons da realidade.

Reconhecer os elementos que compõem a música, a partir da análise das

músicas.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua

relação com o movimento artístico no qual se originaram, bem como, com a

sociedade contemporânea.

Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos

e harmônicos.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas

culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

TEATRO:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua

relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da

representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo

presentes no cotidiano.

Reconhecer e interpretar histórias.

Interpretar histórias, observando os elementos formais do teatro.

Improvisar e compreender o espaço cênico, os sonoros e visuais.

Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

DANÇA:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua

relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da

dança nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e

práticas contemporâneas.

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Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

trabalhos artísticos individuais e em grupo;

leitura e composição crítica de imagens audiovisuais;

pesquisas bibliográficas e de campo;

pesquisa no laboratório de informática:

debates em forma de seminários e simpósios;

provas orais, escritas teóricas e práticas;

exposição dos trabalhos

registros em forma de audiovisuais, desenhos, imagens, montagens,

recorte, colagens, bidimensionais e tridimensionais e outros.

Registros em forma de relatórios, portfólio, caderno, observando

adaptações curriculares.

É preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que o

aluno aprenda, dentre elas, a recuperação paralela é de fundamental importância,

que é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os

encaminhamentos metodológicos, critérios e instrumentos avaliativos para assegurar

a possibilidade de aprendizagem.

A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão

metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de

investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos

e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino,

enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos

estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao

professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento

dos processos cognitivos.

A disciplina de Arte trabalha com processos de contextualização histórica,

comparação, discussões, observação, análise, leituras, releituras e composição. A

avaliação também pode ser realizada ao término de um conjunto de atividades que

compõem uma unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu. Por

outro lado, é de fundamental importância que o professor discuta seus instrumentos

avaliativos, métodos e procedimentos de avaliação junto com todas as pessoas

envolvidas no processo.

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Referências Bibliográficas CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história & produção: arte brasileira. São Paulo: FTD, 1997. COCCO, Maria Fernandes; HAILER, Marco Antonio. Análise, linguagem e pensamento: a diversidade de textos numa proposta sócioconstrutivista. São Paulo: FTD, 1993. PARANÁ. REGIMENTO ESCOLAR. CEEBJA – PITANGA. SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. Histórias do cotidiano paranaense. Curitiba: Letraviva, 1996. SCHIMIDT, Mário. Nova História crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999 KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica, Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006. Ferrrari, Solange Santos dos Utuari, Libâneo, Daniela L., Sardo Fabio e Ferrrari, Fernando Pascoal. Por toda Parte - Livro Didático Público de Arte volume único ( ensino médio) - São Paulo. Editora FDT, 2013.

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BIOLOGIA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

Baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos do Estado do

Paraná, elaborada por professoras da rede Estadual do NRE de Pitanga.

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A disciplina de Biologia é a ciência que têm como objeto de estudo o

fenômeno “VIDA”.

A história da Ciência não é recente, e muitos foram os conceitos elaborados

para tentar definir o Fenômeno Vida. Desde a antiguidade vários foram os

estudiosos que desenvolveram teorias na tentativa de explicar tal fenômeno. Um dos

primeiros pensadores foi Aristóteles, que deixou contribuições no que diz respeito à

organização dos seres vivos. Nessa época vigorava a concepção teocêntrica que

preconizava Deus como responsável por aquilo que não podia ser explicado. Nesse

contexto, conceitua-se Vida a expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional

numa atitude contemplativa pautada pelo método da observação e descrição,

caracterizando o pensamento biológico descritivo.

Na sequência histórica surge uma nova visão, substituindo contemplação pela

investigação, visando com isso a explicação sobre a origem da Vida. Muito se

discutiu a respeito, não sendo possível entretanto o estabelecimento de conclusões,

pois os conhecimentos desenvolvidos até então não permitiam definições sobre a

natureza evolutiva. Nesse período a Biologia fracionou os organismos vivos em

partes menores, tentando compreender o funcionamento de cada parte. É o período

chamado de pensamento biológico mecanicista.

As ideias anteriores foram confrontadas a partir de evidências sobre a

extinção de espécies. Percebeu-se que o mundo não era estático, que havia

evolução entre os seres vivos. Ideias apresentadas por Darwin e Lamarck, e mais

tarde por Mendel, contribuíram para se chegar a conclusões de que haveria

ancestralidade comum entre os seres vivos e que as características seriam

transmitidas de pais para filhos, e o progresso da Biologia se firmou com a

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proposição da teoria celular e a constatação de que todos os seres vivos eram

formados por células. Mais tarde há a confirmação por novos geneticistas, dos

trabalhos de Mendel, contribuindo para a construção de um modelo explicativo dos

mecanismos evolutivos, ligados ao material genético, sob a influência do

pensamento biológico evolutivo.

A partir das ideias anteriores caminha-se para o pensamento biológico da

manipulação genética. Verifica-se então a ampliação da área de atuação da Biologia,

trazendo, por exemplo, a biologia molecular como centro de interesse da atualidade.

Esses avanços permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e

interferiram no pensamento biológico evolutivo, pois ao conhecer, por exemplo, a

estrutura e função dos cromossomos e possibilidade de desenvolver novas técnicas,

permitindo compreender, manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres

vivos e as consequentes alterações biológicas.

Há que se considerar que tais conhecimentos geram conflitos filosóficos,

sociais e científicos e trazem a tona discussões sobre a manipulação genética e

suas implicações sobre o fenômeno Vida, mas toda essa discussão contribui para o

progresso do pensamento biológico da manipulação genética.

Esse breve contexto histórico, pretende mostrar a construção do pensamento

biológico, o qual contribuiu para a escolha dos Conteúdos Estruturantes da disciplina

de Biologia: Organização dos Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e

Manipulação Genética, sendo estes interdependentes e não passiveis de seriação e

hierarquização. Pretende-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada,

destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando -

os a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia.

Diante de todo o exposto objetiva-se com o estudo da disciplina de Biologia:

Oportunizar o estudo da Vida em toda sua diversidade de manifestações,

caracterizada por um conjunto de processos organizados e integrados, no nível

celular de um indivíduo, ou ainda do organismo no seu meio.

Permitir ao aluno, lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las,

refleti-las, quando for o caso, enfim interagir no mundo com autonomia, fazendo uso

dos conhecimentos adquiridos da Biologia.

Compreender os conhecimentos biológicos, como produto histórico,

indispensáveis à prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e

explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação

desta realidade.

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Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Organização dos Seres Vivos

Classificação dos seres vivos e

critérios taxonômicos e

filogenéticos.

Mecanismos Biológicos

Teoria celular, mecanismos

celulares, biofísicos e

bioquímicos;

Mecanismos de

desenvolvimento embriológico;

Sistemas biológicos: anatomia,

morfologia e fisiologia.

Biodiversidade

Dinâmica dos ecossistemas:

relações entre seres vivos e a

interdependência com o

ambiente;

Teorias evolutivas.

Manipulação Genética

Transmissão de características

hereditárias;

Organismos geneticamente

modificados.

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

Propõe a descrição dos seres vivos buscando ampliar as discussões para a

comparação das características estruturais, anatômicas e comportamentais dos

seres, partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo

em constante mudança.

Classificação dos seres vivos

Estudos microscópicos

Avanços da Biologia no campo celular

Funcionamento dos órgãos e sistemas

Genética evolutiva e ecológica

Manipulação do material genético

Diversidade biológica, aparecimento ou extinção.

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MECANISMOS BIOLÓGICOS

O paradigma mecanicista fundamenta em explicar os mecanismos biológicos,

permitindo analisar como os sistemas biológicos funcionam.

Sistemas orgânicos dos seres vivos

Teoria celular, atividades, estrutura e funções

Componentes celulares

Funções e funcionamento dos sistemas dos seres vivos

Organismos unicelulares e pluricelulares

BIODIVERSIDADE

Fundamenta-se no paradigma evolutivo caracterizando a diversidade da vida

como um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma

célula, de um indivíduo, ou, ainda de organismos no seu meio, baseado em

compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como forma de

explicar a diversidade dos seres vivos.

Variabilidade genética e diversidade

Teoria sintética da evolução

Seleção natural

Ecologia

MANIPULAÇÃO GENÉTICA

Caracteriza-se no paradigma da manipulação genética garantindo a reflexão

sobre tais para o desenvolvimento da sociedade tendo uma visão crítica.

Engenharia genética sobre a vida

Biologia molecular

Genética molecular

Biotecnologia, fertilização in vitro, células tronco, clonagem, eutanásia,

transgênicos;

Leis 10649 e 11645- Cultura afro-brasileira, africana e indígena;

Gênero e diversidade sexual;

Teoria celular, mecanismos celulares, biofísicos e bioquímicos.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre seres vivos e a

interdependência com o ambiente.

Classificação dos seres vivos e critérios taxonômicos e filogenéticos

Transmissão de características hereditárias

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Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

Teorias evolutivas

Organismos geneticamente modificados.

METODOLOGIA

É de fundamental importância fazer com que o aluno entenda-se como ser

vivo que faz parte do Universo científico e tecnológico, inter-relacionando-se com

fatores bióticos e abióticos para a compreensão do Fenômeno Vida. Dessa forma

cabe aos professores, levar os alunos a compreender a sua relação com a

biodiversidade do planeta, relacionando-o com o meio, acompanhando as mudanças

que ocorrem, respeitando a realidade de cada um.

Destacam-se então os currículos escolares que visem uma perspectiva

diferenciada para produção do conhecimento científico tendo como base a disciplina

escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos, sempre respeitando os

eixos articuladores da EJA: Trabalho, Cultura e Tempo.

É necessário ressaltar a relação professor-aluno através de trocas de

experiências que engrandeçam o ensino aprendizagem no sentido de educar para

vida, tomando o aluno um cidadão crítico de seus direitos e deveres com autonomia.

O trabalho com os Conteúdos Estruturantes deve se desenvolver de uma

forma integrada dentro de cada conteúdo específico não devendo ocorrer de forma

fragmentada. Consideram-se essenciais os conhecimentos sobre Organização dos

Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e Manipulação Genética, de

maneira que tenham abordagens várias e permitam a contextualização histórica,

social e política, fazendo sentido para os alunos nas realidades regionais, culturais e

econômicas, colaborando com a formação cidadã.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes

estratégias metodológicas de ensino sendo: Prática social que objetiva-se em

identificar, e dar significado as concepções alternativas do aluno partindo deste

pressuposto detectar-se-á e apontar-se-á problematizações que sejam sanadas no

âmbito da prática social para que se possa resolver questões exigidas sobre este

conhecimento. A instrumentalização contribui para que o aluno assimile e transforme

os conteúdos sistematizados em instrumentos de construção pessoal e profissional,

desta forma à aproximação e o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em

questão, torna-se uma ação de conscientização. O professor fará uso de recursos

tecnológicos audiovisuais como: Internet, vídeo, TV, projetor multimídia, som,

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microscópio, lupas, modelos pedagógicos, mapas, etc.

Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e

racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e

do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei

11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-brasileira e Indígena ao Currículo

de Ensino Fundamental e Médio.

Ainda, serão trabalhados os desafios educacionais contemporâneos:

Enfrentamento à violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas e

também o tema gênero e diversidade sexual.

Quanto a Educação do Campo, os temas a serem trabalhados nessa escola

devem ser ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do campo, e as

diferentes disciplinas, (Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia,

Ciências, etc.), devem preparar os estudantes em habilidades humanas comuns a

todas as escolas e conteúdo específicos, de acordo com as características regionais,

locais, econômicas e culturais da comunidade onde a escola está inserida.

Muitas vezes, a escola trabalha conteúdos fragmentados, ideias soltas, sem

relação entre si e muito menos com a vida concreta; são muitos estudos e atividades

sem sentido, fora de uma abordagem mais ampla, que deveria ser exatamente a de

um projeto de formação humana.

Para que a escola cumpra essa tarefa, é necessário que a escolha dos

conteúdos de estudo e a seleção de aprendizados a serem trabalhados em cada

momento não seja aleatória, mas feita dentro de uma estratégia mais ampla de

formação humana.

Estas ações contribuirão para uma prática social, com o saber concreto e

pensado para atuar e transformar as relações de produção. Buscam-se a formação

do sujeito crítico, reflexivo e analítico, superando concepções pedagógicas

anteriores, visando a compreensão do Fenômeno Vida.

AVALIAÇÃO

Será diagnóstica e contínua utilizando-se de atividades práticas, participativas,

descritivas (orais e escritas), levando-se em conta a participação e a

responsabilidade, reelaborando sua visão de questionar, assegurando o domínio da

realidade. Utilizar a avaliação como instrumento de aprendizagem que permita

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fornecer um feedback, adequado para promover o avanço na aprendizagem, bem

como favorecer para que efetivamente ocorram as mudanças necessárias no

processo avaliativo dos alunos. A avaliação deverá ser usada como instrumento

reflexivo de ações pedagógicas, possibilitando observar avanços e dificuldades a fim

de promover a superação dos obstáculos. Com alunos especiais inclusos serão

ofertadas atividades diferenciadas de acordo com o nível de cada um, respeitando a

sua individualidade.

No decorrer do processo serão realizadas atividades de recuperação

concomitante, garantindo o direito de aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares de Biologia do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Jovens e adultos do Estado do Paraná. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias / Ministério da Educação – Brasília. Ministério da Educação / Secretaria da Educação Média e Tecnológica, 1999. Livro Didático Público – Biologia Ensino Médio – Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná. SANTOS, Maria Ângela dos. Biologia Educacional. Editora Ática, 17ª edição. 4ª impressão, 2005. JUNQUEIRA, Luiz C., CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular. Editora Guanabara Koogan, 8ª edição. KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. Editora Edusp, 4ª edição. JOLY, Aylthon Brandão. Botânica, Introdução à Taxonomia Vegetal. Campanhia Editora Nacional, 13ª edição. LOPES, Sônia. Biologia, Volume I, II, III e IV. Ed. Saraiva – 5ª edição, 1996. SILVA JÚNIOR, César da e SASSON, Sezar. Biologia. Volume I, II, III. E. Saraiva. São Paulo; 2005. Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar do CEEBJA. Caderno de Expectativas da Aprendizagem.

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CIÊNCIAS

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

1.FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,

entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os

fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e

vida.

A Natureza legitima então, os objetos de estudo das ciências naturais e da

disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma

maneira de enunciar tal forma de legitimação (LOPES, 2007). Chauí (2005)

corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos

franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como:

tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido.

Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber

distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas,

bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As

relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a

interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos

seus recursos.

A disciplina de Ciências se constitui em um conjunto de conhecimentos

científicos necessários para compreender o que resulta da investigação da natureza

e suas interferências no mundo. Por isso estabelece relações entre os diferentes

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conhecimentos físicos,químicos e biológicos e biológicos e o cotidiano. Organiza-se

como um processo de construção humana, provisória, falível e intencional dentro

dos conteúdos estruturantes; astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e

biodiversidade, que desdobram em conteúdos específicos.

Nas Diretrizes Curriculares 2008 são apresentados cinco conteúdos

estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração

conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

ASTRONOMIA: É uma das ciências de conhecimento sobre a dinâmica dos

corpos celestes, traz discussões sobre os modelos geocêntricos e heliocêntricos,

bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos que

envolvem tais discussões. Possibilita estudos e discussões sobre a origem e

evolução do Universo.

MATÉRIA: Este conteúdo propõe abordagem de conteúdos específicos que

privilegiam o estudo da constituição dos corpos entendidos tradicionalmente como

objetos materiais quaisquer que se apresentem a nossa percepção. Envolvem

conteúdos com conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição

e propriedade da matéria e suas relações como objeto de estudo da disciplina de

Ciências.

SISTEMAS BIOLÓGICOS: Aborda a constituição dos sistemas orgânicos e

biológicos, suas características especificas de funcionamento, desde os

componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos

sistemas que constituem os diferentes tipos de seres vivos. Amplia-se a discussão

para uma visão evolutiva permitindo a comparação e inter-relações entre os

sistemas dos seres vivos.

ENERGIA: Possibilita a discussão do conceito de energia dentro da história

da ciência, propondo a busca de novos conhecimentos no que se refere as suas

várias manifestações.

BIODIVERSIDADE: Compreender a biodiversidade em toda sua

complexidade implica compreendê-la não só enquanto número de variedade de

espécies viventes, mas um processo integrado e dinâmico envolvendo essas

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espécies em suas múltiplas inter-relações, inseridas no ambiente ao qual se

adaptaram, bem como os processos evolutivos, das espécies extintas àquelas que

têm sofrido mutações ao longo do tempo para se adaptarem.

Segundo as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a

Rede Estadual de Ensino, o trabalho pedagógico é fundamentado pela Pedagogia

Histórico – Crítica, na qual o método é a Prática Social dos Conteúdos,

fundamentada pela especificidade da disciplina de Ciências fundamentada em

Krasilchik (1987).

Krasilchik (1987) fundamenta a prática docente ressaltando que o

encaminhamento metodológico para a disciplina de Ciências abre possibilidades de

métodos diversificados, portanto não pode ficar restrito a um único método,

superando desta forma as práticas pedagógicas centradas na memorização ou em

aulas de laboratório que visam somente à comprovação de teorias e leis

apresentadas previamente ao educando através da exposição dos conteúdos.

Considerando a diversidade de métodos, a organização metodológica da

aula seguirá os passos da Didática da Prática Social dos Conteúdos (GASPARIN,

2005): Prática Social Inicial (Diagnóstico do conhecimento prévio do estudante sobre

o conteúdo); Problematização (apresentação de questionamentos de

situações/exigências sociais do conteúdo/conhecimento em diferentes dimensões –

social, cultural, econômica, histórica, outros); Instrumentalização (momento de

construção de conceitos do conteúdo/conhecimento); Catarse (fase de elaboração

de novos conhecimentos/avaliação); Prática Social Final (aplicabilidade do

conhecimento construído na vida social), ou seja, prática docente desenvolvida pela

perspectiva da prática – teoria – prática.

Assim, ao valorizar o pluralismo metodológico enquanto recurso

metodológico no ensino de Ciências considera-se necessário ampliar os

encaminhamentos na abordagem dos conteúdos de modo que os estudantes

superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência cotidiana,

internalizando novos conceitos na sua estrutura cognitiva, fazendo da aprendizagem

dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento

de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui um

significado. Essa aprendizagem também pressupõe que o material a ser aprendido

seja potencialmente significativo e que o aprendiz manifeste uma disposição de

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relacionar o novo material de maneira substantiva e não arbitrária a sua estrutura

cognitiva

Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de

Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo

estruturante, de acordo com o encaminhamento e metodologias, garantindo a

articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da

disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações,

envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de

conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações

conceituais, interdisciplinares e contextuais.

Serão inseridos ainda conteúdos obrigatórios conforme Instrução nº 009/2011

– SUED/SEED: História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena (Lei nº

11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas; Sexualidade humana. Educação

ambiental LF nº 9795/99, Dec. 4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à violência

contra criança e o adolescente; Direito das crianças e adolescentes, LF nº 11525/07;

Educação Tributária Dec. nº 1143/99, Portaria nº 413/02, e Educação em Direitos

Humanos – Resolução nº 01 de 30/05/12 do Conselho Nacional de Educação, serão

trabalhados no decorrer dos anos do Ensino Fundamental Fase II e sempre que

possível nas aulas que possibilitem a inserção dessas temáticas.

Quanto a Educação do Campo, os temas a serem trabalhados nessa escola

devem ser ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do campo. Mas as

diferentes disciplinas, ( Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia,

Ciências, etc.), que preparam os estudantes em habilidades humanas comuns a

todas as escolas e conteúdos específicos, de acordo com as características

regionais, locais, econômicas e culturais da comunidade onde a escola está inserida.

Muitas vezes, a escola trabalha conteúdos fragmentados, ideias soltas, sem

relação entre si e muito menos com a vida concreta; são muitos estudos e atividades

sem sentido, fora de uma abordagem mais ampla, que deveria ser exatamente a de

um projeto de formação humana.

Para que a escola cumpra essa tarefa, é necessário que a escolha dos

conteúdos de estudo e a seleção de aprendizados a serem trabalhados em cada

momento não seja aleatória, mas feita dentro de uma estratégia mais ampla de

formação humana.

Não se trata de propor algum modelo pedagógico para as escolas do campo,

mas sim de construir coletivamente referências para processos pedagógicos a

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serem desenvolvidos pela escola, que lhe permitam ser obra e identidade dos

sujeitos que ajuda a formar, com traços que a identifiquem com a concepção da

Educação do Campo, proposta no Projeto Político Pedagógico da escola.

A disciplina de Ciências propõem encaminhamentos metodológicos que

estabeleçam uma articulação entre os conteúdos trabalhados nas relações

conceituais, relações interdisciplinares e contextuais. Para tanto, as práticas

pedagógicas do professor devem estar pautadas no pluralismo metodológico.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o

professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político

Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está

inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações

atualizadas sobre os avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de

Ciências reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos,

dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser

utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final, partindo

da prática social dos alunos, do que eles já trazem de conhecimentos.

No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto

para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica. Abordar, assim

três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a

atividade experimental.

O professor de Ciências, no momento da seleção dos conteúdos, das

estratégias e dos recursos instrucionais, dentre outros critérios, precisa levar em

consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

Entretanto, outras variáveis interferem no processo ensino-aprendizagem de

conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as

apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a

qualidade de sua prática de ensino.

O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:

- recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,

música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,

modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre

outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, multimídias, entre

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outros;

- de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

- de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,

laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.

As estratégias de ensino e os recursos bibliotecnológicos e instrucionais são

fundamentais para a prática do professor de Ciências, que atua como mediador do

conhecimento, contribuem de forma significativa para melhorar as condições de

aprendizagem aos estudantes.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico.

Torna-se importante dentro da metodologia do ensino de Ciências a

articulação do conhecimento com alguns projetos desenvolvidos pela SEED ou com

a qual mantém parcerias, como: Portal Educacional Dia-a-dia Educação, TV Paulo

Freire, Jogos Escolares e Feira do Conhecimento. Quanto às demandas

socioeducativas (cidadania e direitos humanos, saúde na escola, abordagem sobre

gênero e sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas e enfrentamento a

violência), as mesmas deverão ser abordadas em forma de recortes quando da

apresentação e inter-relação com o conteúdo ministrado. Ainda assim, a escola

conta com a intervenção de profissionais da saúde habilitados que complementam

esses conhecimentos através de palestras, debates, informações e depoimentos, e

também participando de mobilizações de diversos níveis.

Deve-se dar grande importância aos registros que os estudantes fazem no

decorrer das atividades em aula, para que o professor possa analisar a própria

prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, pode-se divulgar

a produção dos estudantes com o objetivo de promover a socialização de saberes,

a interação entre os educandos e destes com a produção cientifico - tecnológica.

2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Levar o educando a se apropriar do conhecimento científico historicamente

acumulado, estabelecendo relações conceituais, contextuais e interdisciplinares,

instrumentalizando-o para a construção de novas formas de compreender o mundo,

interpretar os fenômenos da natureza, diagnosticar e propor soluções para

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problemas reais a nível local e global, contribuindo com construção de uma

sociedade sustentável.

CONTEÚDOS

O Ensino no CEEBJA é ofertado de forma coletiva e individual, por isso os

conteúdos não são necessáriamente distribuídos por série, mas obedecendo uma

sequência semelhante com a utilizada no Ensino Fundamental Regular. Aqui é

apresentado por série para dar mais clareza quais serão os conteúdos que deverão

ser trabalhados em cada série. Entretanto, na modalidade de EJA primordialmente

deve-se adequar os conteúdos de acordo com a realidade da turma, dos educandos

que dela fazem parte e da forma coletiva ou individual.

6º Ano – Ensino Fundamental

Conteúdo

Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia - Origem e evolução do universo;

- Universo;

- Sistema Solar; - Movimentos

celestes e

terrestres.

- História da astronomia;

- Teoria sobre origem e evolução do Universo;

- Instrumentos astronômicos;

- Galáxias;

- Teoria heliocêntrica e geocêntrica;

- Estrutura do sistema solar;

- Astros do sistema solar;

- Constelações;

- Rotação e translação;

- Dias e noites;

- Fases da lua; - Eclipse Solar e lunar.

Matéria -Constituição da

matéria;

-Propriedades da

matéria.

- Formação do planeta Terra;

- Rochas: origem, constituição, tipos;

-Solo: característica, constituição, importância e tipos;

- Minerais;

-Erosão: tipos;

- Vulcões, tsunamis;

-Água: característica, constituição, importância e propriedades, composição atômica;

-Ar: característica, constituição, importância

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e propriedades; -Lixo e ambiente

Sistemas

Biológicos

-Níveis de

organização

celular;

-Célula.

- Características gerais dos seres vivos;

- Células;

-Seres unicelulares e pluricelulares; - Fotossíntese.

Energia - Formas de

energia;

- Conversão de

energia;

- Transmissão de

energia.

- Energia Térmica;

- Energia Luminosa;

- Energia Química ;

- Energia Eólica;

- Ciclo da água e carbono;

-Interferência da energia luminosa nos seres vivos; - Mudanças de estados físicos.

Biodiversidade - Organização dos seres vivos;

- Ecossistemas;

- Interações ecológicas; - Origem da vida.

- Comunidade;

- População;

- Efeito estufa;

- Cadeia alimentar;

-Seres autótrofos e heterotróficos;

- Sucessões ecológicas; - Conceito de biodiversidade

7º Ano – Ensino Fundamental

Conteúdo Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia - Sistema Solar;

- Movimentos celestes e terrestres.

- Localização do Sistema Solar em nossa Galáxia;

- Idade e dimensões do Sistema Solar;

- Nascimento, vida e morte de estrelas;

- O Sol – composição físico-química, radiação;

- Hipóteses da origem da Lua;

- Estações do ano : Solstícios e Equinócios.

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Matéria - Constituição da matéria.

- A Terra antes do surgimento da vida;

- Constituição do planeta Terra – atmosfera primitiva;

- Surgimento da vida na Terra.

Sistemas Biológicos

- Níveis de organização dos seres vivos;

- Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

- Célula: Teoria Celular;

- Tipos celulares: seres eucariontes e procariontes/fotossíntese;

- Mecanismos celulares;

- Níveis de organização dos seres vivos;

- Vírus;

- Reino Monera;

- Reino protista;

- Reino Fungi;

- Reino Vegetal;

- Reino Animal.

Energia - Formas de energia;

- Conversão de energia;

-Transmissão de energia.

- Energia Térmica;

- Energia Luminosa;

- Energia Química;

- Endotermia e ectotermia;

- Fontes de energia;

- Irradiação.

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Biodiversidade - Origem da vida;

- Sistemática;

- Ecossistemas;

- Relações ecológicas.

- Conceito de biodiversidade;

- Processos evolutivos;

- Classificação dos seres vivos: Taxonomia e Filogenia;

-Teorias sobre origem da vida: Geração espontânea e biogênese;

- Eras geológicas;

- Ecossistemas;

-Proteção e conservação os ecossistemas: poluição e contaminação; uso de agrotóxicos;

- Populações;

- Interações e sucessões ecológicas;

- Cadeia alimentar;

- Seres autótrofos e heterótrofos

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9º Ano – Ensino Fundamental

8º Ano – Ensino Fundamental

Conteúdo Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia - Origem e evolução do Universo.

- Origem e Evolução do Universo;

-Teorias da Evolução do universo: Big Bang;

-Teorias que consideram o Universo inflacionário e cíclico;

-Classificação cosmológica ( galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros, Lei Hubble, idade do universo, escala do universo);

- Teorias evolutivas.

Matéria - Constituição da Matéria. - Estrutura atômica;

- Compostos orgânicos;

- Estrutura química da célula.

Sistemas Biológicos - Níveis de organização dos seres vivos;

- Célula;

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

- Mecanismos de Herança Genética.

- Estrutura morfofisiológica da Célula;

-Sistema Digestório; Sistema Cardiovascular;Sistemas respiratório; excretor; urinário; sensorial; reprodutor; endócrino; nervoso; esquelético e muscular - - Cromossomos – Genes; DNA e RNA;

- Mitose e Meiose.

Energia - Formas de energia - Energia Química - fontes, modo de transmissão, armazenamento;

- Energia química e a célula -ATP e ADP;

- Respiração celular.

Biodiversidade - Evolução dos seres vivos.

- Interações entre a espécie humana e demais seres vivos.

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Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia - Universo;

- Astronáutica;

- Gravitação Universal.

- Fontes de energia do Universo;

- Densidade do Universo;

- Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações;

- Telecomunicação: satélites, internet, ondas, fibra óptica;

- Utilização de satélites na investigação do espaço sideral, além do uso de foguetes, sondas, ônibus e estação espacial.;

- Leis de Newton.

Matéria - Constituição da matéria;

-Propriedades da matéria.

- Conceito de matéria;

- Átomos: modelos atômicos;

- Elementos Químicos;

- Íons;

- Ligações químicas;

- Reações químicas;

- Lei da conservação da massa;

- Funções químicas inorgânicas; - Ácidos;

- Bases, Sais, Óxidos;

- Propriedades da matéria;

- Divisibilidade; Flexibilidade;

-Permeabilidade;Condutibilidade

- Massa;Volume;Densidade;

- Compressibilidade;

- Elasticidade, Ductibilidade;

- Indestrutibilidade;

- Impenetrabilidade;

- Maleabilidade, dureza;

- Tenacidade, cor, brilho, sabor, textura e odor.

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Energia - Formas de energia;

- Conversão de energia;

- Transmissão de Energia.

- Energia Elétrica, Mecânica e Química: fontes, modo de transmissão e armazenamento;

- Eletromagnetismo;

- Conversão de energia potencial em cinética;

- Movimentos e Velocidade;

- Aceleração;

- Trabalho e Potência;

- Fontes de energia renováveis e não renováveis;

- Convecção e Condução;

- Leis de Newton;

- Sistemas mecânicos;

- Equilíbrio de forças;

- Energia Nuclear - fontes, modo de transmissão e armazenamento.

Biodiversidade - Evolução dos seres vivos;

- Mecanismos de Herança Genética.

- A geração dos seres vivos e a hereditariedade.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve

ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada

à concepção de avaliação contínua .

Se a avaliação contínua, diagnóstica e formativa visa a aprendizagem, a

formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas

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diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Para

tanto, é necessário contar com os meios, recursos e instrumentos avaliativos

diversos, como; atividades de leitura compreensiva de textos, projeto de pesquisa

bibliográfica, produção de texto, palestras, apresentação oral, atividades

experimentais, projeto de pesquisa de campo, relatórios, seminários, debates,

atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais,

trabalhos em grupos, questões discursivas, questões objetivas.

O professor de Ciências estabelecerá critérios e selecionará instrumentos a

fim de investigar a aprendizagem significativa conforme a série.

O regimento escolar prevê avaliação e média trimestral de valor 60

(sessenta) com recuperação concomitante, ocorrendo a cada conteúdo não

apreendido, com a utilização de formas variadas de instrumentos avaliativos, não

priorizando somente a nota, mas também a aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS

BARROS FILHO, J.; SILVA, D. da. Algumas reflexões sobre a avaliação dos estudantes no ensino de Ciências. Ciência & Ensino, n.9, p. 14-17, dez. 2000.

BRASIL. Educação em Direitos Humanos – Resolução nº 01 de 30/05/12 do Conselho Nacional de Educação.

BRASIL. Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, Portaria nº 413/02.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/1996.

BRASIL. Lei Federal nº 9.795/99, Dec. 4201/02; Educação ambiental.

BRASIL. Lei Federal nº 10.639/03, História e Cultura Afro-Brasileira.

BRASIL. Lei Federal nº 10.741/03, Estatuto do Idoso.

BRASIL. Lei Federal nº 11.525/07, Direito das crianças e adolescentes.

BRASIL. Lei Federal nº 11.645/08, História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena.

BRASIL. Lei Federal nº 17.505/13; Educação ambiental.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005

Companhia das Ciências, 7º ano/ João Usberco...[et al.] – 4 ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp, 1987.

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MACEDO, E. F. de; LOPES, A. C. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das Ciências. In: LOPES, A. C; MACEDO, E. (Org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 73 – 94

PARANÁ. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná - Ciências. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Instrução nº 009/2011 – SUED/SEED:

PARANÁ. Parecer CEE/PR N.º 130, de 11 de fevereiro de 2010. Apreciação das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. CEE/PR, Curitiba, 2010.

PARANÁ. Lei Estadual nº 17.858/13, Política de Proteção ao Idoso.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Educação do Campo – 2008.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho na área de Educação Física tem seus fundamentos na concepção

do corpo e do movimento, concretizando-se nos seus conteúdos estruturantes, os

quais sejam: esporte, ginástica, jogos e brincadeiras, lutas e dança.

Integrada a proposta pedagógica da escola, a Educação Física é componente

curricular obrigatório da educação básica, garantida pela lei nº 10.793/2003.

Historicamente, as práticas pedagógicas escolares da Educação Física foram

fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos

séculos XVII e XIX. Os sistematizados nesses moldes foram reelaborados pelo

conhecimento médico numa perspectiva pedagógica, para atender objetivos de

adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde. O corpo é alvo de estudo das

ciências biológicas, igualada a uma estrutura mecânica, numa visão mecanicista do

corpo e seu funcionamento. (BRACHT, 1999)

Para este fim, foram importadas teorias oriundas da Europa, como o modelo

de saúde e os métodos ginásticos. As prescrições de exercícios tinham como

objetivos o aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como força,

destreza, agilidade, resistência, visando à formação do caráter, autodisciplina,

hábitos higiênicos, respeito à hierarquia e sentimento patriótico. (PARANÁ, 2008)

Rui Barbosa, em 1982 emitiu o parecer nº 224 sobre a Reforma Leôncio de

Carvalho, decreto nº 7.247/1879. Afirmou a importância da ginástica para a formação

de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a pátria, equiparando-a em

reconhecimento às demais disciplinas. (SOARES, 2004 apud PARANÁ, 2008)

A institucionalização da disciplina e a influência da ginástica aparecem em

vários marcos da história da Brasil: a criação em 1921 do “Regulamento da Instrução

Física Militar” (Método Francês), em 1929 a obrigatoriedade da prática da ginástica

nas instituições de ensino, a adoção oficial do Método Francês em 1931 no ensino

secundário, a criação da Escola de Educação Física do Exército em 1933 e a

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criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do

Brasil em 1939. (PARANÁ, 2008).

Ao final da década de 1930, início de 1940 e fim da Segunda Guerra Mundial

ocorreu um processo de desmilitarização da Educação Física brasileira, ocorrendo

em 1941 a criação do Conselho Nacional de Desportos. Bracht, 1922, comenta que

as escolas tornaram-se celeiros de atletas, sendo a base da pirâmide esportiva. As

aulas assumem os códigos esportivos do rendimento, competição, comparação de

recordes e regulamentação rígida. O presidente Getulio Vargas, entre os anos de

1937 e 1945, institui o Estado Novo e a obrigatoriedade da prática de exercícios

físicos em todos os estabelecimentos de ensino. (PARANÁ, 2008)

Em meados de 1980, com o fim da ditadura militar, o sistema educacional

brasileiro passou por um processo de reformulação. Houve um movimento de

renovação do pensamento pedagógico da Educação Física que trouxe várias criticas

aos paradigmas da aptidão física e da esportivização. (BRACHT, 1999)

No contexto das teorizações criticas em Educação e consequentemente

Educação Física, ao final da década de 1980 e início da década de 1990, um

momento significativo para o Estado do Paraná foi a elaboração do Currículo Básico.

Esse processo deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e

resultou de um trabalho coletivo de profissionais comprometidos com a Educação

Pública do Paraná, para responder às demandas sociais e históricas da educação

brasileira. Fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica, mas apresentava uma

listagem de conteúdos, vinculando-se ao materialismo histórico dialético, matriz

teórico que fundamentava a proposta de ensino-aprendizagem de todas as

disciplinas do currículo. (PARANÁ, 2008)

Na década de 1990 após a aprovação da LDB nº 9394/96, o Ministério da

Educação apresenta os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o que caracteriza

um retrocesso nos avanços históricos da Educação Física, ocasionando um

esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina, pois prioriza temas transversais

como ética, meio ambiente, saúde e educação sexual, em detrimento do

conhecimento historicamente produzido. (PARANÁ, 2008)

A partir de um longo processo de discussão coletiva, ocorrido em 2004 e

2008, que envolveu os professores da rede estadual de ensino, foram elaboradas as

Diretrizes Curriculares da Educação Básica, que nos dias atuais, fundamentam o

trabalho pedagógico da Educação Física, contribuindo de maneira decisiva para o

seu fortalecimento.

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Assim a área da Educação Física contempla múltiplos conhecimentos

produzidos e reproduzidos pela sociedade a respeito da cultura corporal. Entre eles,

considera-se fundamentais as atividades culturais de movimento com finalidade de

lazer, expressão de sentimentos, emoções e com possibilidade de promoção.

Partindo da Cultura Corporal, objeto de estudo e de ensino da Educação

Física, deve-se garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras

manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, de

forma democrática tendo em vista a formação do ser humano crítico e reflexivo,

sujeito que é produto e agente histórico, político social e cultural. (PARANÁ, 2008)

Deve ser vivenciada na escola de forma diversificada, proporcionando um

amplo conhecimento de seus diferentes aspectos, mesmo aqueles que não fazem

parte de seu cotidiano.

Visando romper com a maneira tradicional de trabalhar a Educação Física, as

Diretrizes Curriculares Estaduais apresentam os Elementos Articuladores. Para isso,

se faz necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada. Tais elementos não são conteúdos, nem tampouco deve ser

trabalhados apenas teoricamente e isoladamente. (PARANÁ, 2008)

Os elementos articuladores alargam a compreensão das praticas corporais,

indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que

surgem no cotidiano escolar. São eles:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

• Cultura Corporal – Técnicas e Táticas;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia. (PARANÁ, 2008)

É necessário considerar as características de maturação, diferenças

individuais, necessidades e limitações do aluno. Por meio dos conteúdos

estruturantes e da contribuição dos elementos articuladores, o aluno pode se

relacionar com o próprio corpo, com o outro e com o meio social, desenvolver o

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senso crítico, preparar-se para a convivência social e política, dentro de um contexto

onde possa compreender e respeitar as diferenças e as diferentes culturas.

Neste sentido, o professor de Educação Física, sempre que oportuno, deve

prever a abordagem dos desafios contemporâneos, contemplando aspectos

inerentes à disciplina, a Cultura e História Afro-Brasileira (Lei 10.639/03), História e

Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11.645/08), Educação Ambiental (Lei 9.795/99),

História do Paraná (Lei 13.381/01) e Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03 e Lei Estadual

11.863/97).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais, Paraná, 2008, os conteúdos

estruturantes para a Educação Física, Dança, Esporte, Jogos e Brincadeiras,

Ginástica e Lutas, devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque,

em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências

relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo

de ensino-aprendizagem.

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivo

Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individuais Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; eslástico; 5 Marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida do saco; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão; jogos africanos, afrobrasileiros e indígenas.

Brincadeiras e cantigas de roda

Gato e rato, adoletá, capelinha de melão; carangueijo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de Jô; lenço atrás; dança das cadeiras.

Jogos de tabuleiro

Dama; trilha; resta um e xadrez.

Jogos cooperativos

Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um

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abraço

DANÇA Dança folclórica

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonzalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuiá fubá; ciranda; carimbó; danças africanas e indígenas.

Dança de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.

Danças Criativas

Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

GINÁSTICA Ginástica Rítmica

Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica Circense

Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.

Ginástica Geral

Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS Lutas de Aproximação

Judô; luta olímpica; jiu-jitso; sumô.

Capoeira Angola; regional.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individual Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; eslástico; 5 Marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida do saco; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão; jogos africanos, afrobrasileiros e indígenas.

Brincadeiras e cantigas de roda

Gato e rato; adoleta; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de Jô; lenço atrás; dança das cadeiras.

Jogos de tabuleiro

Dama; trilha; resta um; xadrez

Jogos cooperativos

Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço

DANÇA

Danças Folclóricas

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonzalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuiá fubá; ciranda; carimbó; danças africanas e

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indígenas.

Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.

Danças Criativas

Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças Circulares

Contemporâneas; folclóricas; sagradas; afrobarsileiras; africanas e indígenas.

GINÁSTICA Ginástica Rítmica

Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica circense

Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.

Ginástica Geral

Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS Lutas com aproximação

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô

Capoeira Angola; regional.

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Radical Skate; rappel; rafting; trekking; bungee jumping; surf.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; eslástico; 5 Marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida do saco; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão; jogos africanos, afrobrasileiros e indígenas.

Jogos de tabuleiro

Dama; trilha; resta um; xadrez

Jogos dramáticos

Improvisação; imitaçãi e mímica.

Jogos cooperativos

Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço

DANÇA

Danças Criativas

Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças Circulares

Contemporâneas; folclóricas; sagradas; afrobarsileiras; africanas e indígenas.

GINÁSTICA Ginástica Rítmica

Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica Malabares; tecido; trapézio; acrobacias;

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circense trampolim.

Ginástica Geral

Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS Lutas de instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Radical Skate; rappel; rafting; trekking; bungee jumping; surf.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos de tabuleiro

Dama; trilha; resta um; xadrez

Jogos dramáticos

Improvisação; imitaçãi e mímica.

Jogos cooperativos

Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço

DANÇA

Danças Criativas

Elementos de movimentos (tempo, espaço, peso e fluência); qualiades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças Circulares

Contemporâneas; folclóricas; sagradas; afrobarsileiras; africanas e indígenas.

GINÁSTICA Ginástica Rítmica

Corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica circense

Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.

Ginástica Geral Jogos gimnicos; movimentos gimnicos (balancinha, vela, rolantes, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS Lutas de instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDO ESPECÍFICO

ESPORTE Coletivo Futebol; voleibol; basquetebol; punhobol;

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handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individual Atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

Radical Skate; rappel; rafting; trekking; bungee jumping; surf.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez

Jogos dramáticos Improvisação; imitaçãi e mímica.

Jogos cooperativos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço

DANÇA Danças Folclóricas

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonzalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuiá fubá; ciranda; carimbó; danças africanas e indígenas.

Dança de salão Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.

Danças de rua Break; funk; house; locking; popping; ragga.

GINÁSTICA Ginástica artistica/olímpica

Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica condicionamento físico

Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates.

Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS Lutas com aproximação

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm distância

Karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação Física, tendo como objetivo de estudo a Cultura Corporal, por

meio dos conteúdos estruturantes: Dança; Ginástica; Jogos e Brincadeiras; Lutas,

tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e

refletir criticamente sobre as práticas corporais. Com isso, espera-se ampliar a visão

de mundo dos educandos de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo

e na desportivização das práticas corporais. (PARANÁ, 2008)

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As mudanças que ocorrem no de decorrer dos anos e que configuram a atual

concepção de Educação Física defendida nas Diretrizes Estaduais, foi resultado de

ampla participação da comunidade acadêmica e escolar. Esta fundamentada nas

reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação

de contradições e na valorização da educação. Considerar os contextos e

experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.

(PARANÁ, 2008)

O encaminhamento proposto nas Diretrizes Estaduais é desenvolver nas

aulas de Educação Física uma metodologia que tenha como eixo central a

construção do conhecimento pela práxis, proporcionar ao mesmo tempo, a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e

a reflexão sobre o movimento corporal, segundo o principio da complexidade

crescente em que o mesmo conteúdo é discutido tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio.

Como ponto de partida é a verificação daquilo que o aluno traz como

referência acerca do conteúdo proposto, isto é, partir do conhecimento do aluno para

organizar o encaminhamento metodológico. A partir desta leitura, propor desafios

para aguçar seus questionamentos, tornando-o motivado para assimilar o conteúdo

sistematizado e ter condições de recriar o mesmo.

Buscar desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação as

diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e

acumuladas pelo ser humano. Priorizar o conhecimento sistematizado, como

oportunidade para reelaborar idéias e atividades que ampliem a compreensão do

estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a

vida. (PARANÁ, 2008)

Contemplar a interlocução com outras disciplinas que permitam entender a

Cultura Corporal em sua complexidade, na relação com as múltiplas dimensões da

vida humana, no desenvolvimento de ações de trabalho voltadas para a utilização

das tecnologias disponíveis no ambiente escolar.

Na EJA há de se respeitar os eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo.

Estes eixos serão articuladores de toda ação pedagógico-curricular. Assim,

metodologicamente eles deverão permear todos os conteúdos trabalhados em sala

de aula.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, de

acordo com os objetivos e a metodologia adotados, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Deve-se

caracterizar como um processo contínuo, permanente e cumulativo, que permitirá ao

professor organizar e reorganizar seu trabalho. (PARANÁ, 2008)

Será realizada em função da totalidade dos conhecimentos do aluno, voltados

para o julgamento qualitativo resultado do trabalho desenvolvido através dos

conteúdos, ginástica, dança, esportes, lutas, jogos e brincadeiras, possibilitando

assim, que os alunos reflitam e se posicionem, criticamente, com o intuito de

construir uma suposta relação com o mundo.

A realização de provas e trabalhos escritos podem ser utilizados para a

avaliação das aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente

para hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou piores, aprovados e

reprovados, mas que sirva também, como referência para redimensionar sua ação

pedagógica.

Instrumentos de avaliação que podem nortear o processo avaliativo seriam a

observação através da participação do aluno, dinâmicas de grupo, seminários,

debates, pesquisa em grupos, (re)criação de jogos, apresentação de trabalhos

individuais e em grupos, avaliação escrita através de provas e trabalhos elaborados,

autoavaliação e a recuperação de estudos, concomitante e contínua.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cad. CEDES, vol.19, n48. Campinas, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=S0101-32621999000100005, acesso em 03/05/2017. BRASIL. Lei 10.793/2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L 10.793.htm. Acesso em 03/02/2012. PARANÁ. SEED. Diretrizes curriculares da educação básica/educação física. Curitiba, 2008.

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FILOSOFIA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

APRESENTAÇÃO A disciplina de Filosofia no Ensino Médio visa desenvolver o senso crítico dos

alunos objetivando um cidadão preparado para enfrentar o dia-a-dia da sociedade

em que vivemos. Isto se faz necessário devido à inclusão de novos desafios

educacionais contemporâneos que deverão ser trabalhados em consonância com as

demais disciplinas, visando desenvolver uma consciência filosófica, um senso crítico

ético e voltado para a cidadania. Isto tudo em função dos novos paradigmas que nos

desafiam, em especial a globalização e o modelo neoliberal.

A filosofia na EJA em sua dimensão pedagógica significa espaço de

experiência filosófica. O espaço da criação e provocação do pensamento original, da

busca da compreensão da imaginação da investigação e da criação de conceitos.

De acordo com as reflexões feitas no processo de elaboração das Diretrizes

Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos, identificaram-se os

eixos norteadores que permearão todo trabalho pedagógico curricular como: cultura,

trabalho e tempo, orientando toda a ação, expressando os interesses dos

educadores e educandos em oferecer os conhecimentos necessários para a

compreensão histórica e filosófica da sociedade dando voz a todos os envolvidos

nesse processo, adotando uma pedagogia que encaminhe para a emancipação.

Visamos uma formação integral aos nossos alunos, viabilizando

oportunidades de igualdade para todos e todas. Desta forma estaremos contribuindo

para os saberes escolares e sua constituição que se da através das relações entre

educadores e educandos, através dos conhecimentos que se estabelecem em sala

de aula e na prática cotidiana, de modo especial no processo de ensino-

aprendizagem na área de Filosofia. A disciplina de Filosofia sempre esteve inserida nos conteúdos escolares de

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uma forma indireta. No entanto em função de mudanças de governo e de políticas

educacionais, que nem sempre primam pela autêntica formação do indivíduo, do

cidadão, a disciplina foi por muito tempo excluída enquanto cátedra específica no

interior de nossas escolas de Ensino Médio. Hodiernamente a Filosofia é reconhecida novamente dentro do Núcleo

Comum, tornando-se parte integrante nos Currículos Escolares de Ensino Médio (Lei

15228/2006).

A Filosofia procura despertar no educando uma visão geral, uma leitura crítica

do mundo que o cerca, facilitando o direcionamento para sua vida, seu futuro, bem

como a conviver em sociedade diante do pluralismo cultural e ideológico que a

sociedade nos apresenta.

A Filosofia não se apresenta como um conhecimento acabado e pré

determinado, mas sim como algo aberto, sempre em busca de novos

conhecimentos. Ela não se intitula a portadora de grandes verdades, mas se

apresenta como um instrumento de conhecimento com uma concepção de saber

elaborado que ultrapassa os 2500 anos. Embora o paradigma de mundo atual seja

extremamente racional (cartesiano), a Filosofia não prestigia ou desmerece esta ou

aquela visão de mundo, porém está sempre investigando, buscando contribuir com a

evolução e o conhecimento da humanidade na busca de novas formas de ver e de

se explicar o mundo que nos cerca.

O processo Ensino / Aprendizagem é “lento e gradual”, o mesmo acontece

com a elaboração da consciência filosófica que vai sendo adquirida com as primeiras

noções nas séries iniciais do Ensino Médio, mas que na realidade é uma caminhada

eterna de aprendizagem de nossos neófitos.

A Filosofia é um grande instrumento de formação de cidadania, busca de

sentido para a vida, autonomia, liberdade, formação e conscientização ética, política

e social que vai contribuir para a formação integral do educando e auxiliá-lo a agir e

interagir local e globalmente, contribuindo para a construção de um mundo mais

justo para todos.

OBJETIVO GERAL

A Filosofia tem como objetivos gerar a reflexão, o questionamento, a

autonomia de pensamento e ação, a responsabilidade social, partindo do

conhecimento do mundo que se nos apresenta em nossas circunstâncias. Procura

partir do senso comum para despertar a consciência filosófica, criando um cidadão

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sujeito de sua história e não um objeto repassador de conhecimentos, decorador de

conteúdos (quer seja físico ou intelectual).

CONTEÚDOS

Os conteúdos a serem trabalhados serão de muita importância para o

desenvolvimento do ser humano, para que ele possa sentir-se inserido na realidade

do mundo em que vive e contribuir de forma significativa para melhorá-lo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado, os conteúdos de

Filosofia serão divididos por Ano do Ensino Médio.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

MITO E FILOSOFIA 1º

ANO

Saber mítico;

Saber

filosófico;

Relação Mito e

Filosofia;

Atualidade do

mito;

O que é

Filosofia?

1. O que é mito; Mito e Filosofia: O nascimento da Filosofia ou Surgimento da Filosofia;

2. Os deuses da Mitologia grega;

3. As funções do Mito / A

consciência mítica

4. Filosofia, mito e senso

comum;

5. O que é Filosofia;

6. O mito da Filosofia,

continuidade e ruptura;

7. A contradição do mito;

8. O mito como forma de

explicação da realidade;

9. Do mito para o logos;

10. Mitos contemporâneos;

11. Do senso comum ao pensamento filosófico: Ironia e maiêutica;

12. A filosofia e o conhecimento

em si;

13. O deserto do real;

14. Cosmogonia e Cosmologia (Filósofos pré- socráticos);

15. Diferentes modos de

conhecer;

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS

TEORIA DO

CONHECIMENTO

1º ANO

Possibilidade do

conhecimento;

As formas de

conhecimento

O problema da

verdade;

A questão do

método;

Conhecimento e

lógica;

1. O problema do

conhecimento

2. Filosofia e método

3. Perspectivado conhecimento

4. A Filosofia e o conhecimento

em si

5. Gnosiologia;

6. Epistemologia;

7. Metodologia da Pesquisa

Filosófica;

8. Da possibilidade do

conhecimento;

9. O valor do conhecimento

10. A verdade;

11. A extensão do conhecimento;

12. Entre a teoria e a prática;

13. A cosmologia dos gregos pré-socráticos;

14. O relativismo antropológico

dos sofistas;

15. Os socráticos e a busca de um saber universalmente válido;

16. A filosofia medieval e a questão dos universais;

17. Racionalismo cartesiano;

18. Empirismo inglês;

19. O criticismo kantiano;

20. O positivismo de comte;

21. O idealismo hegeliano e o materialismo marxista.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

ÉTICA 2º ANO

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e

vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

1. Concepções éticas;

2. Os problemas da ação ética;

3. A existência da ética;

4. Ética ou filosofia moral;

5. O objeto da ética;

6. Doutrinas éticas

a) concepção grega;

b) Ética Cristã (patrística e

medieval);

c) O problema ético na

modernidade;

d) Ética contemporânea

7. A virtude em Aristóteles e Sêneca

a) Amizade;

b) Liberdade;

c) Liberdade em Sartre

8. Juízos de valor, juízos morais.

9. As relações éticas: autonomia e

heteronomia

10. A essência moral;

11. Senso comum e consciência

moral;

12. A moral e outras formas de comportamento humano;

13. A identidade do sujeito moral;

14. A responsabilidade moral, determinismo e liberdade;

15. A moral na história;

16. A tolerância como virtude;

17. Constituinte do campo ético;

18. Movimento Feminista - Lei

Maria da Penha;

19. A Cultura Afro-brasileira/cotas;

20. O caso brasileiro.

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CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS

FILOSOFIA

POLÍTICA 2º ANO

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e

igualdade política;

Política e

Ideologia;

Esfera pública e

privada;

Cidadania formal e/ou participativa;

1. Invenção da Política/ Introdução

à Política

2. Antiguidade grega e Política normativa;

3. A ágora e a Assembléia: igualdade nas leis e no direito à palavra

4. Platão e a República;

5. O pensamento político de Aristóteles e as formas de governo;

6. Idade Média: a vinculação da Política à Religião;

7. Estado e Igreja: A cidade de Deus (Santo Agostinho).

8. A utopia de Thomas Morus;

9. Hobbes e o poder absoluto;

10. A teoria política de Locke

11. Liberalismo Político

12. Montesquieu: a autonomia dos

poderes;

13. Rosseau e a democracia direta;

14. A política em Maquiavel

15. O socialismo utópico e o

marxismo;

16. A crise do socialismo real

17. Em busca da essência da Política

18. A Política como categoria

autonomia

19. A crítica ao Estado Burguês: as teorias socialistas

20. Os problemas da ação Política

21. Política e Poder;

22. Política e Violência;

23. Os desvios do poder:

totalitarismo e terrorismo

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24. Jusnaturalismo/contratualismo e Materialismo;

25. Liberalismo /Socialismo/

Neoliberalismo;

26. Estruturas de governo;

27. Os Partidos Políticos no Brasil (breve histórico);

28. O caso brasileiro;

29. Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;

30. Imperialismo político hoje;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

FILOSOFIA DA CIÊNCIA 3º ANO

Concepções de

ciência;

A questão do

método científico;

Contribuições e

limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética;

1. Do Senso comum e ciência

2. Pensar a ciência;

3. Progresso da ciência;

4. A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia;

5. O mito da neutralidade científica;

6. Característica do método

cientifica;

7. A ciência antiga e Medieval;

8. A revolução científica do

século XVII

9. O método da ciência e da

natureza;

10. Bioética;

11. Atitude científica.

12. Cientificismo;

13. Caráter provisório da ciência.

14. Clonagem.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS

ESTÉTICA 3º

ANO

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias da estética – feia, bela, sublime, trágica, cômica, grotesco, gosto, etc.

Estética e sociedade;

1. Concepções de Estética

2. Pensar a Beleza;

3. A poética é mais verdadeira que

a história?

4. A beleza da cultura afro e indígena;

5. A Universidade do gosto;

6. O universo da arte;

7. Necessidade ou fim da arte;

8. Os diversos tipos de valores e funções da arte: Cinema e uma nova percepção;

9. A arte como forma de conhecer o

mundo;

10. Arte e sociedade;

11. Arte e Filosofia

12. Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação

13. A indústria cultural e a cultura

de massa;

14. Os problemas da ação estética;

15. Necessidade ou fim da arte.

16. A questão da arte e da indústria cultural (Benjamim e Adorno).

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia a ser aplicada para as aulas de Filosofia deve ser a mais

diversificada possível. Temos que mobilizar, problematizar e investigar a partir da

realidade do meio em que o aluno está inserido, levando-o a perceber e valorizar o

estudo e o conhecimento através da Filosofia, apropriar e re-elaborar conceitos.

Para tanto é necessário que a disciplina tenha o seu espaço e o seu devido valor

dentro do contexto do currículo do Ensino Médio.

- Uso do livro didático e demais recursos que a escola venha disponibilizar

(vídeo, TV, Internet, revistas, Jornais, etc)

- Motivação pessoal e do grupo através de pesquisas de assuntos particulares

por parte do aluno e do professor

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

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específicos dar-se-á em quatro momentos:

- A sensibilização (narrativas fatos atuais da mídia);

- A problematização;

- A investigação (pesquisas em livros, internet);

- A criação de conceitos (Elaboração de textos, debates, discussões temáticas,

questionamentos oral e escrito);

Articular a Filosofia com os desafios educacionais contemporâneos como: a

cultura Afro-brasileira, étnico racial e o enfrentamento à violência, educação fiscal, a

sexualidade, educação ambiental e a inclusão social de modo que os alunos reflitam

sobre estas temáticas e a partir delas desenvolvam uma consciência crítica, capaz

de modificar a sociedade na qual estão inseridos.

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÃNEOS

Educação Ambiental e o sistema de Educação Ambiental - Lei Nº 9.795/99 -

Deliberação Nº 04/2013 do CEE/PR que estabelece as normas estaduais para a

Educação Ambiental no Sistema Estadual de Ensino do Paraná ; Decreto 4201/02

Educação Fiscal - Educação Tributária Dec. no 1.143/99; Enfrentamento à Violência

contra a criança e adolescente; Direito das crianças e dos adolescentes - Lei

11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; As Relações Étnico-Raciais e o

ensino de História e cultura Afro-brasileira e africana; Lei 10.639/03; Cidadania e

Direitos Humanos; Gênero e Diversidade Sexual, Diversidade Educacional e

Inclusão; As leis:13.381/01; História do Paraná; Lei 9.795/99; Educação do Campo

(DCE do Campo); História e cultura Afro-Brasileira e Indígenas; Lei 11.645/08;

Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável; Lei 11.863/97; Institui a Política

Estadual dos direitos do Idoso; CEDI/PR; Lei 10.741/2003; Estatuto do Idoso que

reafirma e ratifica a tarefa educacional.

OBS: Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão inseridos no currículo

sempre que o conteúdo Básico e/ou Específico chamar o assunto dentro de um

contexto histórico e filosófico, conforme os conteúdos listados e trabalhados, sendo

estes considerados parte da totalidade na formação dos sujeitos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é vista por ângulos diferentes, procurando considerar o que há de

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importante em cada questionamento, sendo processual e formativa, respeitando o

Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da Instituição. As avaliações

devem ser variadas: Trabalhos, pesquisas, provas individuais e coletivas, com

consulta interpretativa. Tendo como critérios: argumentação, raciocínio lógico e

domínio do tema, bem como comentários pessoais fundamentados na leitura.

É importante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar

e criar conceitos sob os pressupostos:

qual discurso tinha antes;

qual conceito trabalhou;

qual discurso tem após;

qual conceito trabalhou.

A recuperação paralela/concomitante será ofertada à todos os alunos, sendo

o conteúdo não apreendido, retomado com novas explicações e metodologias, as

quais devem propiciar aos alunos a recuperação dos conteúdos não apropriados,

com o amparo legal do Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar desta

instituição escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-Filosofia

2. Curitiba, 1999. ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como

experiência filosófica. CEDES. Campinas. N. 64, 2004. BACHELARD, G. O ar e os sonhos: Ensaios sobre a imaginação do movimento.

São Paulo: Martins Fontes, 1990. BRASIL. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília, MEC/SEB, 2006. CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1986, v.1. FERRATER MORA. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. FRANCISCO BELTRÃO, Colégio Estadual Mário de Andrade - EFM. Projeto

Político Pedagógico. Francisco Beltrão, 2008. FRANCISCO BELTRÃO, Colégio Estadual Mário de Andrade - EFM. Regimento

Escolar. Francisco Beltrão, 2007. GALLO, S; KOHAN, W. O. (ORGS). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes,

2000.

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KOHAN; WAKSMAN . Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil . In:

FÁVERO, A; Kohan, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí:

Ed. Da UNUJUÍ, 2002. LANGON M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.;

DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova-1932. in: História da Educação no

Brasil. Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm. Acessado

em 03/maio/2006. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de

Educação Básica do Paraná - Filosofia. Curitiba. 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação Básica. Cadernos de Expectativas

de Aprendizagem - Filosofia. Curitiba. 2012.

Projeto Político Pedagógico da EJA.

Filosofia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p

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FÍSICA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FÍSICA – ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Há milhões de anos atrás, antes do conhecimento científico existir, os homens

faziam rituais e oferendas para ”Deuses” na tentativa de garantir a sua

sobrevivência, achavam que assim estariam livres de vulcões, furacões e

tempestades. Essas relações tinham também uma função social, com valores morais

e éticos que eram fundamentais para a coesão do grupo. A curiosidade sobre a

origem das “coisas” levou ao surgimento de dogmas, que em sua maioria eram

essencialmente religiosos, mas chegou um momento na história que esses dogmas

não eram suficientes para responder sobre esses mistérios, principalmente o da

origem do Universo.

Os Gregos antigos foram os mais importantes para a descoberta da ciência,

Tales de Mileto (640 – 546 a.C) é considerado o primeiro filósofo e o primeiro

cientista, devido as suas indagações e sua maneira de compreender o mundo, foi

ele que pela primeira vez previu um eclipse, Pitágoras (582 – 500 a.C) se destacou

com sua teoria de que o mundo pode ser compreendido em termos matemáticos,

Euclides (300 a.C) com seus análises geométricos, Aristarco (260 a.C) considerado

um ótimo astrônomo, conseguiu calcular o tamanho real da lua, Arquimedes (287 –

212 a.C) é citado como criador dos primeiros equipamentos experimentais destinado

à demonstração científica, Aristóteles (384 – 322 a.C) um filósofo muito influente na

época, o universo para ele era formado por 4 elementos terra, água, ar e fogo, isso

da lua pra baixo, pois a lua, as estrelas e os outros planetas seriam feitos de uma

substância chamado éter, Nicolau Copérnico ( 1473 – 1543) foi o primeiro a

contrariar o modelo geocêntrico de Aristóteles, Galileu Galilei ( 1564 – 1642) foi o

primeiro a confirmar a teoria heliocêntrica de Copérnico, Isaac Newton (1642 – 1727)

foi um cientista brilhante, seu grande mérito foi ter explicado a física do nosso dia-a-

dia, criou leis que transformação alguma da ciência poderá ignorar, só em 1905 que

apareceu alguém que se destacou como Galileu, Albert Einstein (1879 – 1955) que

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com apenas 26 anos publicou três artigos com reflexões sobre tempo, espaço,

massa e energia, sua maior obra é a teoria da Relatividade.

A pesquisa em ensino de ciências no Brasil vem se consolidando como uma

intensa área de investigação desde a década de 40, com a criação do IBECC

(Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), e intensificou-se, após a

criação dos dois primeiros Programas de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, na

Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS), no início dos anos 70. A partir de então um número crescente de trabalhos

vem sendo realizados, como podemos observar nos trabalhos da área de ensino de

física, de VILLANI, 1981 E 1982; SARAIVA 1986; VILLANI ET ALII, 1982 na década

de 80, nos anos 90, surgem outros estudos abrangendo o ensino de Ciências

FRACALANZA, 1993; LEMGRUBER, 1999; e MEGID NETO. Na mesma década em

1990 surge o GREF-Grupo de Reelaboração do Ensino de Física, do Instituto de

Física da USP, que tem como característica a utilização de elementos vivenciais do

aluno. A proposta do GREF procura fugir tanto do tratamento tecnicista, como do

formalismo, priorizando os princípios gerais da física.

Em 1987 na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas,

deu-se início a um processo continuado de recuperação e análise de documentos

relativos à pesquisa educacional sobre o ensino de ciências no Brasil. Em 1997, esta

intensa pesquisa resultou na criação do Cedoc - Centro de Documentação em

Ensino de Ciências.

Um dos aspectos fundamentais do Ensino de Física é conhecer como os

alunos percebem e compreendem a física que os cerca, para compreender como

eles vêm e explicam os fenômenos fundamentais e qual é a lógica usada na

formação dos seus conceitos. Trata-se de transformar a física e seu ensino de forma

a tornasse mais próximos do mundo cotidiano, promovendo sua participação na

aprendizagem desde o primeiro dia de aula. Com base nestas informações

pretende-se construir um ensino mais dinâmico que procure facilitar o entendimento

dos fenômenos físicos pelos alunos, ou seja, essa disciplina deve contribuir para a

formação do estudante, através de conteúdos que possibilitem a compreensão do

universo, a sua evolução, suas transformações e as interações que nele se

apresentam, partindo do conhecimento prévio dos estudantes.

Os conteúdos estruturantes de Física são: Movimento, Termodinâmica e

Eletromagnetisrno, escolhidos a partir da história da Física enquanto campo de

conhecimento, devidamente constituído ao longo do tempo,onde o professor deverá

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mostrar ao aluno a relação entre a Física e a História da humanidade.

● CONTEÚDOS ESTRUTURANTE E BÁSICOS

ENSINO MÉDIO – Física

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Movimento

Momentum e inércia

Conservação da quantidade

de movimento (momentum)

Variação da quantidade de

Movimento = impulso

Segunda lei de Newton

Terceira Lei de Newton e

condições de equilíbrio

Introdução ao estudo dos

movimentos (Aristóteles a

Newton);

Velocidade e aceleração

escalar média;

Classificação dos movimentos;

Relatividade dos movimentos

(Galileu e Einstein);

Forças e interações (Forças de

contato e de ação à distância,

Força resultante e as condições

de equilíbrio);

Princípio da inércia (Primeira lei

de Newton);

Quantidade de movimento e

impulso;

Conservação da quantidade de

movimento;

Variação da quantidade de

movimento;

Colisões;

Segunda Lei de Newton;

Campo Gravitacional e força

peso;

Força de atrito e resistência do

ar;

Terceira Lei de Newton;

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Gravitação

Modelo Geocêntrico e

Heliocêntrico;

Leis de Kepler;

Lei da Gravitação Universal de

Newton;

Movimento de projéteis e

satélites;

Movimento Rotacional (inércia

rotacional, torque, centro de

massa, força centrípeta e

momentum angular);

Teoria da Relatividade Geral de

Einstein.

Estática dos Fluidos

(densidade e pressão, Principio

de Pascal e de Arquimedes);

Energia

Princípio da Conservação de

Energia

Trabalho e Potência

Energia e suas

Transformações;

Trabalho e Potência;

Energia Potêncial elástica;

Energia Cinética e energia

Potêncial gravitacional;

Teorema trabalho – energia;

Energia Mecânica;

Princípio da conservação de

energia;

Energia Relativística (Einstein);

Acústica.

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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ESTRUTURANTES

Termodinâmica

Leis da Termodinâmica:

Lei Zero da

Termodinâmica

1º Lei da Termodinâmica

2º Lei da Termodinâmica

Temperatura, calor e energia interna;

Dilatação térmica;

Processos de transferência de calor;

Calorimetria:calor específico,

conservação de energia mudança de

estado físico e o calor latente);

Teoria Cinética dos Gases e

transformações gasosas;

Primeira lei da termodinâmica;

Segunda lei da termodinâmica e

Entropia.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Eletromagnetismo

Carga, corrente Elétrica,

campo e ondas

Eletromagnéticas

Força Eletromagnética

Equações de Maxwell

(Lei de Gauss para

Eletrostática,

Lei de Coulomb,

Lei de Ampére,

Lei de Gauss para

Magnetismo,

Lei de Faraday)

Estrutura da matéria (modelo atômico

de Rutherford e de Bohr);

Carga elétrica;

Força Elétrica (lei de Coulomb)

Campo Elétrico e Potencial Elétrico;

Corrente Elétrica

Tensão e Resistência elétrica;

Leis de Ohm;

Potência e Consumo de Energia;

Circuitos elétricos;

Campo Magnético (Lei de Gauss);

Corrente elétrica e Campo magnético

(Lei de Ampère);

Força Magnética;

Indução Eletromagnética ( Lei de

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Ondas

A Natureza da Luz e suas

Propriedades

Faraday);

Geração e distribuição de energia;

Ondas eletromagnéticas e radiação

de corpo negro;

Luz, Visão e Fenômenos Luminosos;

Espelhos e lentes;

Dualidade onda – partícula;

Quantização de energia e o efeito

fotoelétrico;

Partículas elementares e as quatro

interações fundamentais;

Teoria da Relatividade Restrita.

Observações importantes: 1) Uma unidade de medida, dada a importância que

representa para a Física, deve estar, sempre, presente no trabalho pedagógico da

disciplina, conforme o conteúdo tratado. Ou seja, não é trabalhar sistemas de

unidades em separado, mas a unidade de medida para o conteúdo planejado. 2) Na

tabela acima colocou-se vetores para todos os conteúdos que envolvem grandezas

vetoriais. Mas, devemos lembrar que vetor não é um conteúdo físico e sim uma

ferramenta matemática para o trabalho com grandezas que tenham módulo, direção

e sentido. Portanto, não é um conteúdo físico. Os conteúdos específicos deste

quadro são sugestões , pois a seleção é feita pelo professor a partir dos conteúdos

básicos. Devem ser vinculados à realidade e às diferentes necessidades de suas

turmas de atuação.

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Sobre os Desafios Sócioeducacionais e Legislação Obrigatória:

“ É importante salientar que muitos destes desafios são expressões de lutas

históricas e demandas existentes na sociedade, as quais encontram respaldo legal e

devem ser trabalhadas como parte do currículo sempre que o conteúdo CHAMAR,

fazendo parte da totalidade de um conteúdo. (Professor Tiago, 25/08/16)

TEMÁTICAS LEGISLAÇÃO

1 - DIREITOS HUMANOS

Plano Nacional de Educação em Direitos

Humanos 2006 (PNE em DH)

Decreto 7.037 de 2009 (Programa

Nacional de Direitos Humanos)

Plano Estadual de Educação em Direitos

Humanos 2015 (PARANÁ)

2 - HISTÓRIA DA CULTURA

AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

Lei 10.639 de 2003 (História e Cultura

Afro-Brasileira)

Lei 11.645 de 2008 (História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena)

3 - HISTÓRIA DO PARANÁ Lei 13.381 de 2001 (História do

Paraná)

4 - DIVERSIDADE SEXUAL

Resolução 12 de 2015 (Garantia de

Acesso dos GLBT no ensino …)

Lei 16.454 de 2010 (Dia de Combate

a Homofobia) (PARANÁ)

5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Lei 9.795 de 1999 (Institui a Política

Nacional de Educação Ambiental)

Decreto 4281 de 2002 (Política

Nacional de Educação Ambiental)

Lei 17.505 de 2013 (Política e o

Sistema Estadual de Educação

Ambiental) (PARANÁ)

6 - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

Lei 11.947 de 2009 (Educação

Alimentar e Nutricional)

7 - EDUCAÇÃO PARA O Lei 9.503 de 1997 (Código de Trânsito

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TRÂNSITO Brasileiro - CTB)

8 - EDUCAÇÃO FISCAL

Portaria Interministerial nº 413 de 2002

(Programa Nacional de Educação Fiscal)

Decreto 5.739 de 2012 (Programa

Estadual de Educação Fiscal) (PARANÁ)

9 - POLÍTICA DE PROTEÇÃO

AO IDOSO

Lei 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso)

Lei 17.858 de 2013 (Política de proteção

ao Idoso) (PARANÁ)

10 - DROGAS E VIOLÊNCIA

Lei 11.343 de 2006 (Prevenção ao uso

indevido de drogas)

Lei 17.650 de 2013 (Programa Educação

e Resistência as Drogas…) (PARANÁ)

11 - VIOLÊNCIA CONTRA A

CRIANÇA

Lei 11.525 de 2007 (Incluir os direitos das

Crianças no EF)

Lei 17.335 de 2012 (Programa de

Combate ao Bullyng) (PARANÁ)

12 - VIOLÊNCIA CONTRA A

MULHER

Lei 11.340 de 2006 (Coibir a violência

contra a mulher…)

Lei 18.447 de 2015 (Semana Est. Maria

da Penha nas escola) (PARANÁ)

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O processo de ensino-aprendizagem de física utiliza o cotidiano como uma

busca de um novo sentido para o ensino de física, curiosamente esta busca traz um

consenso entre o caráter natural em aproximar o dia-a-dia do aluno ao processo de

ensino e aprendizagem, utilizando a vivência do aluno não como ilustração de um

conteúdo apresentado ou elemento de motivação para o aprendizado, a experiência

diária surge como espaço onde se organiza o próprio conteúdo a ser ensinado.

Outro fator de importância no ensino da Física é a experimentação, a qual

deve ser entendida como uma metodologia de ensino que pode contribuir para fazer

a ligação entre elas, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos

estudantes, respeitando sempre os eixos norteadores da EJA: cultura, trabalho e

tempo.

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Existe ainda o momento de reflexão acerca dos desafios contemporâneos, o

estudo das culturas afro-descendentes, africana e indígena bem como as

contribuições geradas por cada uma delas. Para tal intuito utilizasse o uso de

pesquisas sobre destaques científicos, estudo de artefatos produzidos

principalmente as máquinas simples e invenções práticas, instrumentos musicais e

suas notas na parte da ondulatória, filmes e documentários a respeito dos temas

para proporcionar um maior conhecimento do assunto.

Ressalta-se que no desenvolvimento do ensino da física, é possível ainda

estabelecer ligações entre os aspectos que permeiam a sociedade atual,

promovendo a conexão, com diferentes mobilizações sociais, Dessa forma

compreender que os conceitos de física, estão envolvidos em culturas e politicas,

mesmo que de forma implícita, mostra o quão os conteúdos dessa disciplina se

fazem presente nos mais variados e amplos aspectos da vida cotidiana de qualquer

cidadão. Essa prática de ligação conteudista com as referidas leis será estabelecida

por meio de consultas bibliográficas, utilizando livros revistas, jornais, ou por meio de

filmes, vídeos, páginas específicas da internet e outros meios de informação que

visem um maior aprofundamento no assunto, acontecendo concomitante aos

assuntos estudados da disciplina.

A disciplina também contempla, o atendimento a educandos com

necessidades educacionais especiais na modalidade EJA (ensino de jovens e

adultos). Considerando sua singular situação, deve ser priorizado com metodologias

educacionais específicas que possibilitem o acesso, a permanência e o seu êxito no

espaço escolar.

Serão utilizadas as seguintes formas metodológicas para o ensino de Física:

aulas expositivas, aulas práticas, trabalhos de pesquisas, utilização de recursos

como: TV Pendrive, DVD, quadro negro, giz, apostila, laboratório de informática,

livros, revistas, artigos científicos e materiais para realização de experimentos, os

quais serão realizados dentro da sala de aula, pois a mesma não possui laboratório

de Física.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser compreendida com a finalidade de obter informações

sobre o que o educando aprendeu, de que forma e em quais condições, visa tanto

um ensino quanto uma aprendizagem de melhor qualidade. Ela deve ser

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diagnóstica, contínua e cumulativa, respeitando os diversos tipos de inteligência, sendo

reflexiva e mediadora.

A avaliação deve ter caráter diversificado, levando em consideração alguns

aspectos importantes:

- a compreensão dos conceitos físicos;

- a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro

evento que envolva a Física;

- a capacidade de resolver problemas, de construir experimentos e explicá-los.

Em cada etapa serão realizadas no mínimo duas avaliações escritas e dois

trabalhos tais como: confecções de experimentos e relatórios destes referentes aos

assuntos estudados, pesquisas de cunho cientifico, entre outros. Para os alunos que

não atingirem a média ou aqueles queiram melhorá-la será proposta uma avaliação

concomitante conforme consta no PPP e no Regimento da Escola.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cadernos do CEEBJA.

Cadernos temáticos dos Desafios Educacionais Contemporanêos

DEWEY, John. Democracia e Educação: Introdução à Filosofia da Educação. São Paulo: Nacional, 1959. http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm.

LUZ, Antonio Máximo Ribeiro da; ALVARES, Beatriz Alvarenga. Física – Volume 1. São Paulo: Scipione, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de expectativas de aprendizagem. 2012. Projeto Político Pedagógico do CEEBJA – Casturina C. Bonfim

PIERSON, Alice Helena Campos. O Cotidiano e a Busca de Sentido para o Ensino de Física. São Paulo, 1997.

POZO, Juan Ignácio. Investigações em Ensino de Ciências. Porto Alegre, v. 1, n. 2, ago. 1996. Revista virtual acessível pelo endereço http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm.

Regimento Escolar do CEEBJA - Casturina C. Bonfim

SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Universo da Física. 2. ed., São Paulo: Atual, 2005.

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GEOGRAFIA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Ao longo da história a natureza foi sendo transformada pelo trabalho do homem

que passou a produzir um espaço com o objetivo de garantir sua subsistência. Esse

processo de humanização tornou a natureza cada vez mais artificializada, graças ao

desenvolvimento de técnicas. As novas técnicas foram sendo incorporadas ao

espaço geográfico de modo que poucos lugares da superfície terrestre ainda não

sofreram transformações. E mesmo esses lugares estão sujeitos à influência política,

neles atuam interesses ligados aos que buscam sua preservação e aos que desejam

explorá-los.

Assim, a paisagem é somente a aparência da realidade, aquilo que nossa

percepção capta. As paisagens estão impregnadas de relações que não são

facilmente percebidas por todas as pessoas, sendo necessário desvendá-las para

que o espaço geográfico possa ser aprendido em sua essência. Isso requer estudos,

pesquisas.

Desde a Antiguidade foram elaborados estudos que podem ser considerados

geográficos embora estivessem vinculados a outras ciências. Na Grécia Antiga,

Heródoto, Hipócrates e Aristóteles, além de outros, analisaram a dinâmica dos

fenômenos naturais, elaboraram descrições de paisagens e estudaram a relação

homem-natureza. Na Idade Média, Ptolomeu fez importantes estudos geográficos e

cartográficos. A expansão marítima europeia também proporcionou grandes avanços

aos estudos geográficos.

Em meados do século XIX, Humboldt e Ritter – pesquisadores alemães –

fundaram a Geografia como ciência que passou a ser pesquisada e ensinada nas

universidades. No final do século XIX, Ratzel, outro pesquisador alemão, definiu a

Geografia como ciência humana e considerou a influência que as condições naturais

exercem sobre a humanidade como objeto de estudo da disciplina, dando origem ao

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“determinismo geográfico”.

No início do século XX, o geógrafo francês, La Blache passou a defender que a

geografia se preocupasse com a relação sociedade-natureza, colocando os seres

humanos como agentes que sofrem influência do meio, mas também agem sobre

ele, transformando-o. Ele inaugurava uma corrente conhecida como “possibilismo”.

Assim, até meados do século XX a grande maioria dos geógrafos limitava-se a

descrever as características físicas, humanas e econômicas das diversas formações

socioespaciais, procurando estabelecer comparações e diferenciações entre elas. A

Geografia tradicional foi importante para o desenvolvimento da Geografia como

ciência, mas era centrada na memorização de mapas e dados estatísticos sobre

população e economia, juntamente com as características físicas de clima, relevo,

vegetação e hidrografia. Na segunda metade do século XX, quando a descrição das

paisagens, com seus fenômenos naturais e sociais, passou a ser realizada de forma

mais eficiente e atraente pela televisão, os geógrafos se viram obrigados a buscar

novos objetos de estudo que permitissem a sobrevivência da Geografia como

disciplina escolar.

Um marco desse período foi o geógrafo Yves Lacoste, autor de brilhantes

trabalhos a respeito do ensino da Geografia na França e também do livro “A

Geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra”, uma forte denúncia contra

o uso dessa ciência pelos Estados poderosos para expandir sua área de influência.

Pouco a pouco a comunidade geográfica assumiu a Geografia como a ciência

que se preocupa com tudo o que ocorre no espaço geográfico, já que este espaço

constitui o seu objeto de estudo. As mudanças infinitas e constantes que nele

ocorrem são estudadas, mas essa ciência também se preocupa em entender as

causas dessas transformações.

Após a renovação do pensamento geográfico e com o avanço da globalização, o

crescimento de problemas como os conflitos étnicos, a questão ambiental, os

movimentos terroristas, as crises financeiras, etc., consolida-se a certeza de que a

Geografia é uma disciplina fundamental para a compreensão do mundo

contemporâneo nas escalas local, nacional e mundial.

Por isso, ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que os alunos tenham

noções básicas sobre as relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas

(do local ao global) e condições de aplicar seus conhecimentos na interpretação e

crítica de espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou não. Esses

conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a ampliar as

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relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior capacidade de

abstração do aluno e sua possibilidade de formações conceituais mais amplas.

Essa compreensão do mundo permite à Geografia apontar tendências futuras e

propor formas mais racionais para a relação dos seres humanos com a natureza.

Afinal, o espaço geográfico nada mais é do que o resultado dessa relação.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Segundo as Diretrizes curriculares orientadoras da Educação Básica

conteúdos estruturantes são:

“conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os

campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais

para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste caso,

dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos

específicos devem ser abordados.”

Os conteúdos estruturantes da Geografia são:

• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – enfatiza a apropriação

do meio natural pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para

construção de objetos técnicos que compõem as redes de produção e circulação de

mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa

mudança na construção do espaço;

• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – engloba os interesses

relativos aos territórios e as relações de poder, que os envolvem;

• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – abordagem

complexa do temário geográfico, porque não se restringe aos estudos da fauna e da

flor, mas a interdependência das relações entre sociedade, elementos naturais,

aspectos econômicos, sociais e culturais;

• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – permite

a análise do espaço geográfico sob a ótica das relações culturais, bem como da

constituição distribuição e mobilidade demográfica.

Tais conteúdos estabelecem relações permanentes entre si e devem ser

tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações

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Espaço/Temporais e relações Sociedade/Natureza a fim de que o aluno compreenda

os conceitos geográficos e o objeto de estudo da geografia em suas amplas e

complexas relações.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

A dinâmica da natureza e alteração pelo emprego de tecnologias de exploração da produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo a cidade na sociedade capitalista.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A transformação demográfica a

distribuição espacial e indicadores estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

A distribuição espacial das atividades

- O que é Geografia? Qual a sua importância? - As transformações nas paisagens - Os elementos da paisagem - Conceitos de espaço geográfico, paisagem, lugar, espaço, território, natureza e sociedade - Formação do planeta * Placas tectônicas - A representação do Espaço geográfico * Localização e orientação - Brasil: territórios e paisagens - A dinâmica do Planeta * Terra: forma e movimentos - O campo: agricultura tradicional, modernização da produção e luta pela terra. - Cidades: diversidade e convivência * O processo de urbanização * As metrópoles brasileiras * Problemas urbanos - Energia e questões ambientais no Brasil * Fontes renováveis e não renováveis * As fontes alternativas - A industrialização no Brasil * As indústrias nas regiões brasileiras - Diversidade étnica e cultural do Brasil * A população brasileira * A imigração

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produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das

mercadorias e das informações.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações

socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

Formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço em rede: produção,

transporte e comunicações na atual configuração territorial.

- Comércio e serviços * Comércio internacional * Blocos econômicos - Transportes e telecomunicações - Sistemas socioeconômicos *Desigualdade/exclusão social - Globalização: atual fase do capitalismo - Regionalizações e a nova ordem mundial - Conflitos regionais

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A formação e transformação das

paisagens.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do

Estado.

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

- Espaço geográfico, lugar e paisagem

- Localização e representação do

espaço geográfico

- Evolução da Terra e fenômenos

geológicos

- Estrutura geológica e formas de

relevo

* Agentes endógenos e exógenos

* Erosão e contaminação do solo

- Dinâmica climática

* Elementos e fatores do clima;

* Tipos de clima

* Poluição atmosférica/Mudanças

climáticas

- Hidrosfera e a dinâmica das águas

continentais e oceânicas

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Formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração dos

territórios.

A revolução técnico-científica-

informacional e os novos arranjos

no espaço da produção.

As implicações socioespaciais do

processo de mundialização

O espaço em rede: produção,

transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

O comércio e as implicações

socioespaciais.

A circulação de mão-de-obra, do

capital, das mercadorias e das

informações.

A distribuição espacial das

atividades produtivas e a

(re)organização do espaço

geográfico

O espaço rural e a modernização

da agricultura

As relações entre campo e a

cidade na sociedade capitalista

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial da população

e os indicadores estatísticos da

população.

Os movimentos migratórios e suas

motivações.

As manifestações socioespaciais

- As grandes paisagens naturais da

Terra

- A regionalização do espaço

geográfico mundial

- Do mundo bipolar à multipolaridade

- Grandes atores da geopolítica no

mundo atual

- A globalização

* Revolução técnico-científica

* A atual DIT

- O avanço das telecomunicações e

dos meios de transporte

- A expansão das multinacionais

- Comércio global e organismos

internacionais

- Blocos econômicos

- Os fluxos da rede global

- Indústria no mundo atual

- Fontes de energia

- Agropecuária no mundo atual e as

políticas agrícolas no mundo

desenvolvido

- Espaço agrário no mundo em

desenvolvimento

- As cidades e o fenômeno da

urbanização

- A urbanização nos países

desenvolvidos e subdesenvolvidos

- Rede e hierarquia urbana

- Conurbação, metrópoles e

megalópoles

- Metropolização e problemas urbanos

- As teorias demográficas

- A distribuição e o crescimento da

população mundial e brasileira

- A estrutura da população mundial e

brasileira

- A estrutura econômica

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da diversidade cultural.

- Os fluxos migratórios no Brasil e no

mundo

* Migração e xenofobia

* Os fluxos de refugiados

- Conflitos étnicos

- Terrorismo

4. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS:

Temas que tratem sobre os Desafios Educacionais Contemporâneos:

Educação Ambiental; Educação Fiscal; Drogas e violência; Enfrentamento à

Violência contra a criança e adolescente e contra a mulher; História e cultura Afro-

brasileira e indígena; Cidadania e Direitos Humanos; História do Paraná; Política de

Proteção ao Idoso; Diversidade Sexual; Educação Alimentar Nutricional e Educação

Para o Trânsito serão trabalhados ao longo do ano letivo sempre que determinado

conteúdo assinalar a possibilidade de abordagem e serão detalhados no Plano de

Trabalho Docente.

4. METODOLOGIA

Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e

dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em

coerência com os fundamentos teóricos propostos, embasados nos eixos trabalho,

cultura e tempo.

A partir dos conteúdos estruturantes, recomenda-se que se amplie a

abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em

diferentes materiais didáticos.

Ao iniciar seus estudos no ensino fundamental, espera-se que o aluno amplie

suas noções espaciais. Por isso, o professor trabalhará os conhecimentos

necessários para o entendimento das inter-relações entre as paisagens naturais e

artificiais.

O espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração

entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social. Os diferentes níveis de

análise podem transitar entre o local, regional, nacional e global ou o oposto. Torna-

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se interessante promover um domínio da linguagem cartográfica para mostrar com

os fenômenos se distribuem e se relacionam nesse espaço.

Ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas

sobre os continentes, os países e os elementos físicos e humanos que os compõem.

Caberá à Geografia abordar os conteúdos específicos de maneira a articular

aspectos naturais, econômicos e sociais, nas diversas escalas geográficas,

contemplando os três eixos.

No Ensino Médio os quatro conteúdos estruturantes serão o ponto de partida e

de chegada para a seleção e organização dos conteúdos específicos. Recomenda-

se que os conteúdos específicos sejam organizados numa sequência que parta da

atual ordem mundial e problematize as relações de poder, as relações sociedade

natureza, e as relações espaço-temporais que contribuíram para essa constituição

do espaço geográfico.

As diretrizes também propõem que o professor deve considerar e envolver

nos estudos aspectos sobre o Paraná.

É importante que seja preservada a dinâmica do fazer pedagógico por meio

da qual os quatro conteúdos estruturantes serão fundamentais para compreender o

maior número de aspectos que constituem o espaço geográfico.

Outros encaminhamentos são interessantes para o trabalho pedagógico da

Geografia, tais como: aula de campo, uso de recursos audiovisuais, cartografia como

linguagem entre outros.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar

a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou um

conceito. É imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o processo de

aprendizagem; ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A LDBN

determina a avaliação formativa, considerada um avanço em relação à avaliação

tradicional somativa ou classificatória.

A avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada, porque considera

que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem diferentes, aponta

dificuldades e possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.

Devem-se desenvolver as duas formas de avaliação – formativa e somativa. Ela

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também permite que o professor procure caminhos para que todos os alunos

aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de

ensino e de aprendizagem.

Assim sendo, as avaliações devem ser registradas de maneira organizada e

criteriosa, seguindo às normas estabelecidas no Regimento Escolar do

Estabelecimento de Ensino.

Os principais critérios que devem nortear a avaliação são: a formação dos

conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais. O

professor deve observar, então, se os alunos formaram os conceitos geográficos e

assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

O professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias

formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, fotos,

imagens, tabelas e mapas, produção de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios

de aulas de campo, apresentação de seminários entre outros.

Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e

objetivo de ensino.

A recuperação de estudos deverá ser concomitante e oportunizada a todos os

alunos.

Ao final do percurso, o aluno também poderá avaliar melhor a realidade em

que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja.

7. BIBLIOGRAFIA

KAISER, Maurício Oliveira e Werner Zotz. Atlas Paraná. Letras Brasileiras, 2012. MARTINEZ, Rogério/ VIDAL, Vanessa Pires Garcia. Novo Olhar: Geografia. 1ª Ed. São Paulo: FTD, 2013. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Geografia, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. 2012. TEIXEIRA, Maria Angélica Tozarini. Caminhar e transformar – Geografia: Geografia: Anos Finais do Ensino Fundamental: Educação de Jovens e Adultos – 1ª Ed. São Paulo: FTD, 2013.

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HISTÓRIA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua

existência nas realizações dos seus antepassados. A História como disciplina no

Brasil, surge no século XIX com a história acadêmica iniciada pelo IHGB ( Instituto

Histórico Geográfico Brasileiro) que serviu de inspiração para a organização

disciplina de História no nível escolar, posta em prática, primeiramente, no Colégio

Pedro II, no Rio de Janeiro, dedicado especialmente naquela época à elite carioca

.Essas produções foram elaboradas sobre influência da história metódica e do

positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, pela História política, orientada pela

linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e

verdade histórica e, por fim, pela valorização dos heróis.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista

como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade

expressa na síntese das raças branca, índia e negra, com o predomínio da ideologia

do branqueamento. O modelo de ensino de História foi mantido no inicio da

República (1889) e o Colégio Pedro II continuava a ter papel de referência para a

organização educacional brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do

colégio e propôs que a História do Brasil passasse a compor a cadeia de História

Universal.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu se apenas no

período autoritário do governo Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político

nacionalista do Estado Novo. Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de

História manteve seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes

oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram se os grandes heróis

como sujeito da História narrada.

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Ainda no Regime Militar, com a lei n. 5692/71, no Primeiro Grau, as disciplinas

de historia e geografia foram condensadas como área de estudos sociais, dividindo

ainda a carga horária com o ensino de educação moral e cívica (EMC). Com a

adoção dessas medidas, o Estado objetivava obter

maior controle ideológico sobre o corpo docente, porque retirava o instrumental

intelectual politizador e centrava a formação numa pratica pedagógica pautada na

transmissão de conteúdos selecionados, sedimentados pelos livros e manuais

didáticos.

Posteriormente, na segunda metade da década de 1980 e no inicio dos 1990,

cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,

processo que repercutiu nas novas

propostas de ensino de história. Essa discussão entre educadores e outros setores

da sociedade foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no

país. Muitas foram as propostas de mudanças, algumas expressavam a

preocupação em situar o conhecimento histórico do Brasil como central e a partir da

história do Brasil estabelecer um vinculo com a História geral. Debate se e critica se

a história eurocêntrica. Insiste se que a história do Brasil deve ser o núcleo central

dos estudos históricos nas escolas e jamais um apêndice da historia geral. Isto,

contemplando experiências sociais.

A questão que permanece e a que mais nos interessa para este trabalho é

saber o papel que a história, especialmente a do Brasil, deve ter na formação das

novas gerações, sobretudo considerando que a escola tornou se um espaço mais

democrático, atendendo a jovens de todas as camadas sociais.

Portanto, o que ensinar e como ensinar a História são questões que

permanecem. Conhecer a historia significa estudar a vida das sociedades em seus

múltiplos aspectos, tendo em vista que, cada

sociedade tem culturas e formas diferentes de pensar. O estudo da história leva o

educando a despertar a sua curiosidade para que, ele assuma a posição de

questionador e explicador da realidade histórica. Possibilitando assim, que o aluno

valorize a diversidade cultural, reflita sobre temas históricas e questões do presente,

compreendendo a importância da preservação do patrimônio sócio cultural,

acreditando no debate como forma de crescimento intelectual.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos as

ações e relações humanas, praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.

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A produção do conhecimento histórico possui um método especifico baseado

na explicação e na interpretação de fatos do passado, a partir de documentos que

possibilitem a produção de narrativas históricas, contemplando experiências sociais,

culturais e políticas.

No ensino Fundamental e Médio, o ensino da historia nortear se á pelo estudo

de Conteúdos Estruturantes: as Relações de Trabalho, as Relações de Poder e

as Relações Culturais, os quais serão abordados nos diferentes estudos, refletindo

as ações e as relações humanas no tempo.

As correntes historiográficas apresentadas nas DCEs: Nova História, Nova

História Cultural e Nova Esquerda Inglesa, deverão dialogar entre si e todas

trazem contribuições para a formação do pensamento histórico racionalizado. A

contribuição da Nova História foi a abertura para novos problemas, novas

perspectivas teóricas, se contrapõe a uma racionalidade linear, com a introdução de

novas temporalidades e estruturas. A Nova história Cultural abre para a leitura

dialógica das fontes, busca identificar as diferentes vozes, valoriza a diversidade de

documentos, isto tudo sem abandonar o rigor do conhecimento. A Nova esquerda

Inglesa considera a subjetividade, as relações

entre as classes e a cultura. Defendem que a consciência de classe se constrói nas

experiências cotidianas. Adotam conceitos materialistas sob uma nova perspectiva

(luta no interior de uma mesma classe e não somente entre classes), privilegiam as

ações dos múltiplos sujeitos na construção sócio histórica. Pautam seus estudos na

experiência do historiador, na sua dimensão social e investigativa, valorizam as

possibilidades do pensa, da luta e da transformação social. Todas as correntes

apresentam limites e possibilidades, mas fornecem alguns caminhos – “pontes

teórico-metodológicas que relacionam esse novo modo do pensamento histórico e a

aprendizagem da história” (Jörn Rüssen)

Espera se que ao longo do Ensino Básico, os alunos gradativamente possam

ampliar a compreensão de sua realidade e formação de sua consciência histórica, e

assim conhecer os conjuntos de significados que os homens conferiram a sua

realidade para explicar o mundo.

Possibilita também a compreensão de que os fenômenos históricos não são

naturais e irreversíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos de forma dialética em

seus contextos históricos. A finalidade expressa no processo de produção do

conhecimento humano sob forma da consciência histórica dos sujeitos, levando os a

construir a capacidade critica da própria cidadania a partir do conhecimento de

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sociedades no presente e no passado.

Enfim, as contribuições da história para as novas gerações são inúmeras,

promove a construção do conhecimento humano e a formação de uma consciência

histórica, além de ser indispensável para a formação da cidadania.

OBJETIVOS GERAIS:

Compreender que os fenômenos não são naturais, mas produzidos por

sujeitos coletivos em constante construção e transformação;

Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos

como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo- se o

respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades, considerando a

diversidade cultural e a memória paranaense de acordo com as Leis

vigentes.

Situar os momentos históricos nos diversos ritmos de duração

comparando problemáticas atuais com a de outros tempos;

Entender o processo de produção do conhecimento humano sob a forma

de consciência histórica dos sujeitos, voltada para a interpretação dos

sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da

provisoriedade desse conhecimento;

Incentivar procedimentos de pesquisa e produção de textos para a

formação da consciência histórica.

ENSINO FUNDAMENTAL II

OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

A experiência Humana no tempo

A formação do pensamento histórico;

O historiador e a produção do conhecimento histórico;

Fontes históricas As diferentes temporalidades

nas sociedades; O processo de formação da

humanidade

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RELAÇÕES TRABALHO RELAÇÕES DE PODER

Os sujeitos e suas relações om o outro no tempo

- Teorias do surgimento do homem na América; - Mitos e lendas da origem do homem; - Desconstrução do conceito de Pré-história; - Povos ágrafos, memória e história oral; - Organização política, social: hebraica, gregas e romanas; civilizações pré-colombianas; - As primeiras civilizações africanas ( mali, Gana, Núbia, Egípcia);

RELAÇÕES CULTURAIS

As culturas locais e a cultura comum.

- Ameríndios do território brasileiro (pinturas comum rupestres); - Povos indígenas do Paraná, suas culturas e mitos: kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng; - Contribuições científicas e culturais dos hebreus, gregos e romanos; - (Des) encontros entre culturas no Brasil: indígenas/ negros/ europeus ;

A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES DE TRABALHO/

As relações de Propriedade

- América portuguesa: propriedade coletiva e indígena; - Organização político-administrativa colonial: capitanias hereditárias, sesmarias- formação dos latifúndios; - Organização social : família patriarcal, escravismo e indígena; - Economia: pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios ;

RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade

- Colonização do território paranaense e brasileiro - Península Ibérica: estado europeu - A ruralização do Império

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Romano e a formação do colonato; - A formação da Europa Feudal; - África: sociedades tribais e impérios; -Europa: o crescimento das cidades e do comércio;

RELAÇÕES DE PODER E DE TRABALHO

As relações entre o campo e a cidade

- Relações econômicas entre campo e cidade cidade (período feudal/ modernidade/ atualidade) - Êxodo Rural.

RELAÇÕES CULTURAIS

Os conflitos e resistências Produção cultural campo e cidade

- Conquista do Sertão: missões jesuíticas, bandeiras e expedições militares; - Crises e rebeliões na colônia; - Religiosidade e manifestações culturais: nativistas, africanas e indígenas;

O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER

História das relações da Humanidade com o trabalho

- O trabalho nas sociedades: indígenas, patriarcal e escravocrata; - O trabalho nas primeiras sociedades: Europa, África e América; - A transição do trabalho escravo para o trabalho livre; - Os imigrantes no Brasil e o trabalho assalariado;

RELAÇÕES DE PODER/ RELAÇÕES DE TRABALHO/ RELAÇÕES CULTURAIS

O trabalho e a vida em sociedade

- Emancipação política do Paraná (1853) ; - Organização social, econômica e manifestações culturais; - Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres e pobres) e externas (europeus); - Os povos indígenas e a política de terras.

RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER

O trabalho e as contradições da modernidade

- Chegada da Família Real ao Brasil: mudanças e consequências - Revolução Industrial: mudanças sociais, econômicas, ambientais e

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inovações tecnológicas. - Industrialização e urbanização no Brasil. - A vida nas fábricas e o início da organização operária no Brasil - A mão-de- obra feminina - Exploração do trabalho Infantil no Brasil ;

RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

Os trabalhadores e as conquistas de direitos

- O processo de abolição da escravidão ; - Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabana- gem, Revolução Farroupilha; - O processo de Independência das Américas (Brasil, Haiti, Colônias espanholas...; - A Guerra do Paraguai e/ou Guerra da Tríplice Aliança) - Lutas Operárias e a Formação dos sindicatos (Ludismo...) - As Leis Trabalhistas - A conquista das mulheres no mundo do trabalho; O movimento sufragista feminino; - O Movimento Negro: surgimento e ações/ e o combate ao racismo; - Influências e manifestações culturais da etnia negra no Brasil: símbolo de resistência; - MST e a questão agrária. - Cultura e valores campesinos: luta pela terra.

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIAS: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES DE TRABALHO

A Constituição das Instituições sociais

- A organização de poder nas sociedades: indígena e africana; - A Igreja: enquanto instituição política e social no Império Romano/ Medieval e Modernidade (ordens religiosas, inquisição, reforma e contra reforma, reduções jesuíticas...); - Corporações de Ofícios;

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- Formações de Associações e Sindicatos.

RELAÇÕES DE PODER/ RELAÇÕES CULTURAIS

A formação do Estado

- A instituição da República; - Os poderes do estado Brasileiro; - As Constituições do Brasil - Democracia e Ditadura no Brasil; - Construção do Paraná moderno ; - O regime Militar no Paraná; - Repressão e Censura; - Repensar da nacionalidade: semana da arte moderna – mudanças de mentalidade/ movimentos de Contra-cultura.

RELAÇÕES DE PODER

Sujeitos, Guerras e Revoluções

- As guerras de independências latino- americanas e africanas (Guerra do Paraguai, Inconfidência Mineira...); - Movimentos sociais da república: Canudos e Contestado... - Movimentos nacionalistas: Tenentismo, Revolução de 30 e Revolução Federalista; - Revolução Russa; - A crise de 29. - As Guerras mundiais; - O Brasil nas Guerras; - Movimento pela redemocratização: etno- raciais, estudantis e agrárias.

PROPOSTA DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES DE PODER DE TRABALHO CULTURAIS

A construção do sujeito histórico

- Relações de Gênero na história local; - Homem e Mulher: sujeitos históricos e transformadores

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do espaço econômico e sócio-cultural ;

RELAÇÕES DE PODER, DE TRABALHO CULTURAIS

A produção do conhecimento histórico

- A ciência histórica; - O tempo cronológico e o tempo histórico; - As diferentes cronológicas entre Ocidente e Oriente; - Fontes históricas; - Patrimônio histórico e cultural paranaense e brasileiro;

RELAÇÕES DE TRABALHO

Trabalho escravo, servil, assalariado e livre

- Conceito e divisão do trabalho em diferentes sociedades; - Mundo do trabalho nas sociedades teocráticas: Pré-colombianas; Antiguidade Clássicas e sociedade feudal;

RELAÇÕES DE PODER O Estado e as Relações de Poder

- Conceito de Estado: Política - Poder político e religioso na Antiguidade Clássica e no período Feudal ;

RELAÇÕES CULTURAIS

Urbanização Industrialização

- As cidades na História; Industrialização - Relações culturais nas sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres, plebeus e escravos; - Relações culturais na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes; - Surgimento das cidades: urbanização; - Organização, relação e contribuições culturais: antiguidade e medieval; - Sociedades medievais: resistência e dominação ;

RELAÇÕES DE PODER

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

- Colonização: domínio, submissão e resistência dos povos indígenas e dos povos africanos; - Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres, plebeus e escravos; - Guerras e Revoltas na Antiguidade clássica ;

RELAÇÕES CULTURAIS

Cultura e

- Formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus;

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Religiosidade - Os mitos e a arte greco-romana; - Formação das grandes religiões: Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.

RELAÇÕES DE TRABALHO

Trabalho escravo, servil assalariado e livre

- Corporações de ofício; - A construção do trabalho assalariado; - Revolução Industrial: sistema fabril; - Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão-de-obra no contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense; - Trabalho infantil e trabalho feminino

RELAÇÕES DE PODER, DE TRABALHO E CULTURAIS

O Estado e as Relações de Poder

- Formação dos Estados Nacionais; - As metrópoles Europeias e as relações de poder sobre as colônias e a expansão do capitalismo; - Democracia - concepções - A formação do Estado Nacional Brasileiro; - O Paraná no contexto de sua emancipação.

RELAÇÕES DE

PODER

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

- Movimentos revolucionários; - Greves e manifestações femininas; - Organizações operárias: Ludismo/ Cartismo; - Anarquismo/ marxismo; - As greves operárias no Brasil.

RELAÇÕES DE PODER, DE TRABALHO E CULTURAIS

Urbanização Industrialização

- Consumismo em massa; - Exploração da mão-de-obra infantil; - Os meios de comunicação a serviço das grandes empresas; - Urbanização e industrialização no Brasil: as cidades na história do Brasil e a vida urbana; - Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais; - Tempo, trabalho e lucro: suas relações.

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RELAÇÕES CULTURAIS

Cultura e religiosidade Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções - modernas

- Reforma religiosa / Protestantismo; - Revolução Gloriosa; - Iluminismo (as novas ideias e a contestação políticos, culturais e as dos trabalhadores) - Mudanças políticas e sociais: Séc XVIII, modernas XIX e XX; - Conflitos no Brasil: movimentos sociais messiânicos.

RELAÇÕES DE PODER

O Estado e as relações de poder

- Imperialismo; - Disputas coloniais; - A formação dos regimes totalitários; Socialismo e Capitalismo: bipolaridade do mundo contemporâneo; - A situação da África na atualidade; - Corrida Imperialista.

RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PDER

Trabalho escravo, servil assalariado e livre

- Urbanização e industrialização no Paraná; - O Porto de Paranaguá no contexto da exploração do capitalismo; - Trabalho assalariado; - Sistema capitalista – suas teorias (Taylorismo, Fordismo, Toyotismo, Volvismo); - O mundo do trabalho no Brasil: início do século XX;

RELAÇÕES DE TRABALHO E DE PODER

Urbanização e Industrialização

- Urbanização e industrialização no século XIX; - Formação das cidades no Paraná ( ocupação, poder e ciclos econômicos...); - Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea.

RELAÇOES DE PODER

O Estado e as relações de poder

- O Estado e as doutrinas sociais ( anarquismo, socialismo e positivismo); - O populismo e as ditaduras na América Latina; - O sistema capitalista e socialista; - O neoliberalismo na América Latina; - Globalização (economia globalizada) - Brasil globalizado e neoliberal; - Globalização e cultura; - Reforma Agrária e êxodo rural

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- O Paraná no contexto atual. - Movimentos governamentais atuais ;

RELAÇÕES DE PODER CULTURAIS

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

- Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea; - Era da informação - Negros e índios no Brasil atual; -Movimentos feministas, movimento negro, movimento jovem...

RELAÇÕES DE PODER E CULTURAIS

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

- As revoltas sociais na América Portuguesa - Movimentos sociais, políticos, culturais e as guerras e revoluções: Guerras mundiais, Guerra Fria, Revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental partirá

da história local/Brasil para o mundo. Deverão ser considerados os contextos

relativos à história local, da América Latina, da África e da Ásia, numa tentativa de

rompimento com a visão eurocêntrica. Para que os alunos ampliem o conhecimento

do conteúdo apresentado nos livros didáticos, o uso da biblioteca será fundamental

com a orientação e incentivo para a leitura e a pesquisa, de acordo com o que se

pretende ensinar e a seleção de temas será adequado a realidade dos educandos,

de acordo com o projeto político pedagógica da escola.

O trabalho também será desenvolvido fazendo estudos de diversos

documentos, como: textos imagens, fotografias, músicas, filmes, revistas,

documentários e outros, garantindo assim o aprendizado efetivo.

Será também proposto estudos individuais e coletivos, interpretações e

análise de textos, sistematização de conceitos históricos, apresentações de

seminários e debates. Os alunos com dificuldades de aprendizagem serão

atendidos de acordo com suas necessidades com a utilização de metodologias de

acordo com as especificidades de cada um.

O uso da TV Multimídia, Portal dia-a-dia, TV Paulo Freire, e outros recursos

disponíveis serão utilizados pelo professor na hora da preparação e explicações dos

conteúdos, possibilitando o acesso a informações culturais e sociais oralmente e

através de pesquisas na internet e livros de apoio.

A prática metodológica envolverá ainda debates, seminários, discussões e

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análises, buscando o aprofundamento dos conteúdos estudados.

No Ensino Médio a proposta é um ensino por temas históricos, os conteúdos

serão problematizados por meio da contextualização espaço temporal, e de

situações relacionadas as relações econômico-social, política e cultural, com

diferentes formas de atividades. Será proposto estudos individuais e coletivos,

leitura, interpretação e análise de textos iconográficos, pesquisas bibliográficas,

sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, filmes que

enfoquem o tema abordado. Será realizado ainda estudo de documentos

relacionados à música, poesia, imagens, filmes, jornais e revistas, que levem o aluno

a compreensão do processo de construção do próprio conhecimento histórico.

A História do Paraná (Lei no 13.381/01) será contemplada, correlacionada

aos conteúdos de História Geral e do Brasil. A regionalização é fundamental na

compreensão de uma história global.

Assuntos relacionados a cultura afro-brasileira e indígena estarão presentes

de maneira contínua, sempre promovendo o respeito para com afro-descendentes e

indígenas, valorizando os costumes, que também herdamos. ( Lei nº 10.639/03 e

Lei 11.645/08 História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena).

O respeito para com a diversidade será promovido através de intervenções

por parte do professor, sempre que houver algum vestígio de preconceito em

relação a cor, sexo, orientação sexual ou condição sócio econômica.

No decorrer das aulas não será priorizada a vida urbana em detrimento à vida

no campo, enfatizando às questões ambientais (Lei nº 9.795/99).

Serão abordados ainda questões referentes à : Educação Fiscal (Portaria

413/2002); Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Diversidade Educacional; Violência contra a

Mulher (Lei Maria da Penha); Política de proteção ao Idoso; direitos das crianças

(Programa de Combate ao Bullyng) (PARANÁ) de acordo com a legislação vigente,

nos conteúdo específicos que contemplarem a temática.

AVALIAÇÃO

A avaliação, tanto para o Ensino Fundamental como para o Médio, será

diagnóstica, dando oportunidade ao professor e alunos reverem as práticas

desenvolvidas, identificando lacunas na aprendizagem e assim, planejar e propor

outras atividades que sanem as dificuldades constatadas. De acordo com o

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Regimento Escolar a avaliação também será contínua, processual, diversificada,

qualitativa, através de atividades individuais e coletivas, trabalhos de pesquisa,

debates, testes escritos, participação nas atividades desenvolvidas de acordo com

as necessidades e realidade do aluno.

Para o Ensino Médio, a avaliação da disciplina de História deve considerar a

apropriação de conceitos históricos, a compreensão das dimensões e relações da

vida humana e o aprendizado dos conteúdos específicos, por meio de diferentes

instrumentos avaliativos tais como: leitura, interpretação e análises de textos

historiográficos, filmes, mapas, documentários históricos, produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, apresentação de trabalhos e seminários.

O processo avaliativo terá o acompanhamento do trabalho diário, a participação em

trabalhos individuais e coletivos, que serão registrados no livro registro, assim como

todas as verificações.

No final do trabalho da disciplina de História, os alunos devem ser capazes

de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder

neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que

vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria História. A Recuperação

será Concomitante com o processo de ensino aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS : Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. História – SEED – Estado do Paraná: 2009. DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994. DREGUER, Ricardo. & TOLEDO, Eliete. Coleção História: cotidiano e mentalidades. São Paulo: Atual, 2000. FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996. História Viva – temas brasileiros. Presença Negra. São Paulo: Duetto, 2006. HOBSBAWN, Eric. A era dos Extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1995. LDP – HISTÓRIA. Vários autores, Curitiba: SEED – PR, 2006. LE GOFF, Jacques e BNORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Franscisco Alves, 1979.

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MARX, Karl. O 18 Brumário de Luis Bonaparte e Cartas Kugelmann. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1997. MÉSZÁROS, István. O poder da Ideologia. São Paulo: Boitempo, 2004. NOSSA HISTÓRIA: A guerra do Paraguai. São Paulo – Ano 2, n.13, nov: 2004. NOSSA HISTÓRIA: É carnaval. São Paulo – Ano 2, n.16, fev: 2005. NOSSA HISTÓRIA: Pra frente Brasil. São Paulo – Ano 2, n.14, dez: 2004. NOSSA HISTÓRIA: Pré –História do Brasil. São Paulo – Ano 2, n.22, ago: 2005. NOVAES, Adauto (org) A descoberta do homem no mundo. São Paulo: Companhia das letras, 1998. OLIVEIRA, Ricardo Costa de (org) A construção do Paraná Moderna: políticos e política no governo do Paraná de 1930 a 1980. Curitiba: SETI, 2004

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INGLÊS

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM

“A vida social contemporânea exige que cada um de nós desenvolva habilidades comunicativas que possibilitem a interação participativa e crítica no mundo de forma que possamos tentar intervir positivamente na dinâmica social. O conhecimento sobre práticas discursivas e sociais torna-se, consequentemente, um pré-requisito para ingressarmos nessa dinâmica com menos ingenuidade e mais capacidade de prever, perceber, produzir e negociar sentidos por intermédio da linguagem. Cada vez mais, reconhecemos a necessidade de desenvolvermos novas perspectivas educacionais relativas à linguagem e ao seu uso.” (MEURER; MOTTA-ROTH – Orgs. Gêneros Textuais e Práticas Discursivas, 2002).

LÍNGUA INGLESA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização

social e histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às

comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo.

De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram

considerados pelos espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que

culminou com a expulsão da Ordem dos territórios portugueses na América. A partir

de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A

língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados

eram não-religiosos.

O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da

família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a

oferecer o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o

Colégio Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas

ali eram o francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi

ofertada neste colégio.

Com a Reforma Francisco Campos, em 1931, o Método Direto foi

estabelecido como o primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira no

Brasil. Este apregoava que para adquirir fluência em Língua Estrangeira deve-se

evitar a tradução e o uso da língua materna, o significado deve ser construído por

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meio de figuras e gestos e a gramática aprendida de forma indutiva.

A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e

da gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco

Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função

de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava

exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.

A língua inglesa foi valorizada como língua estrangeira porque representava

um modelo de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo

espanhol às suas tradições.

A partir do governo Vargas, o país foi tomado por uma política nacionalista.

Nesta conjuntura o MEC autorizava o ensino das Línguas Estrangeiras que não

tivessem um número relevante de imigrantes no país, pois assim evitaria o

fortalecimento de suas línguas e de suas culturas. Como a presença de imigrantes

da Espanha era restrita no Brasil, o Espanhol foi introduzido, no curso secundário,

como matéria obrigatória alternativa ao ensino de Alemão.

Outro fator que influenciou para a valorização da Língua Inglesa foi o fim do

prestígio das línguas alemã, japonesa e italiana, em função da Segunda Guerra

Mundial.

[…] o espanhol, que até então não havia configurado como componente curricular,é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. […] Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que […] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais […], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO ,2003 apud DCE , 2008, p.42).

Na década de 1950, para atender à demanda do mercado de trabalho, o

currículo passou a ser mais técnico. Isso culminou na retirada da obrigatoriedade do

ensino de LEM no colegial pela LDB n.4.024, promulgada em 1961.

Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de formar falantes em

LEM rapidamente, o que ocasionou o surgimento de novos métodos: audiovisual e

audio-oral.

Nestes, a língua era ensinada pela observação e repetição. A língua era

concebida como um conjunto de hábitos a serem automatizados. O ganho destes

métodos foram os recursos didáticos.

Na época da ditadura militar as Línguas Estrangeiras deixaram de ser

obrigatórias tanto no currículo do primeiro quanto do segundo grau (Lei N. 5692/71),

numa tentativa exacerbada de impedir a entrada de outras culturas e ideologias no

país. Em 1976 a disciplina voltou a ser obrigatória ao segundo grau, porém o parecer

n.581/76 do Conselho Federal determinou que esta fosse ensinada por acréscimo,

conforme as condições de cada estabelecimento. Essa abertura fez com que muitas

escolas reduzissem o ensino de Língua Estrangeira para uma hora semanal, por

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apenas um ano, de um único idioma. Isso gerou um descontentamento por parte dos

professores, que se mobilizaram para protestar contra o parecer n.581/76. Estas

mobilizações culminaram na criação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM), em 15 de agosto de 1986.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, a

partir da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar.

(Art.26, 5º). Já para o Ensino Médio, a lei determinou que uma LEM , escolhida pela

comunidade escolar, seja disciplina obrigatória e uma segunda seja ofertada em

caráter optativo, dentro das disponibilidades de cada estabelecimento de ensino (Art.

36, Inciso III).

Em função do Mercosul, foi assinada em 5 de agosto de 2005 a lei n.11.161,

que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de

Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno; tendo os estabelecimentos de

ensino 5 anos para implementável.

Na década de 80 ganhou força no Brasil um novo método de ensino: a

Abordagem Comunicativa, que concebia a língua como um sistema de escolhas de

acordo com o contexto de uso. Nesta os alunos deveriam comunicar-se em Língua

Estrangeira por meio de jogos e dramatizações. O trabalho com esta abordagem é a

proposta que fundamenta os Parâmetros Curriculares Nacionais. Porém, com o

crescimento da pedagogia histórico-crítica no Brasil, a Abordagem Comunicativa

começou a ser criticada, pois está centrada em funções da linguagem no cotidiano,

sem considerar as diferentes vozes que permeiam as relações sociais, o que

esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua.

Atualmente o ensino de LEM na rede pública de ensino do Paraná tem como

referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de

Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram construídas com a

colaboração dos professores da rede. As DCE, fundamentadas na pedagogia crítica

e na teoria do Discurso proposta pelo Círculo de Bakhtin, consideram que tanto o

idioma quanto a opção teórico metodológica são marcados por questões político-

econômicas e ideológicas, logo não são neutros.

Nesta perspectiva, segundo as Diretrizes (2008, p.53),

Propõem-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

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As Diretrizes adotam a língua como objeto de estudo da disciplina de Língua

Estrangeira Moderna. Esta concebida como espaço de construções discursivas e

indissociável dos contextos em que adquire sua materialidade. Ela é heterogênea,

ideológica e opaca. Ainda, apresentam como Conteúdo Estruturante o Discurso

como prática social. Isto pressupõe um trabalho com a língua viva, em uso, que vai

além da simples decodificação, porque

“[...] a língua não pode ser vista tão simplistamente como uma questão, apenas, de certo e errado, ou como um conjunto de palavras que pertencem à determinada classe e que se juntam para formar frases, à volta de um sujeito e de um predicado. A língua é muito mais que isso tudo. É parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural, histórica, social. É por meio dela que nos socializamos, que interagimos, que desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo, a uma comunidade. É a língua que nos faz sentir pertencendo a um espaço. É ela que confirma nossa declaração: Eu sou daqui. Falar, escutar, ler, escrever reafirma, cada vez, nossa condição de gente, de pessoa histórica, situada em um tempo e um espaço. Além disso, a língua mexe com valores. Mobiliza crenças. Institui e reforça poderes.” (ANTUNES, 2007, p.22)

De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o ensino da

Língua Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que ensinar e

aprender língua é ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir

sentido, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os

diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência

atingido.

Mais do que formar para o mercado de trabalho ou para o uso das

tecnologias, o ensino de LEM proposto deve contribuir para formar alunos críticos e

transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo

em situações de comunicação.

Espera-se que o aluno use a língua em situações de comunicação oral e

escrita e compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

O Colégio CEEBJA – Casturina C Bonfim - EFM está localizado na cidade de

Pitanga. Por ser uma cidade interiorana e nossos alunos serem de classe baixa e

média e a única oportunidade de aquisição da língua Inglesa e conhecimento de

novas culturas, é na rede pública. Neste sentido, o principal objetivo de ofertar o

ensino de Língua Inglesa, é oportunizar aos alunos o acesso a novos

conhecimentos, culturas, a fim de que percebam que aprender uma segunda língua

hoje em dia é fundamental.

Sobre o trabalho com gêneros, Cristóvão e Santos dizem que o domínio por

parte do aluno de uma determinada informação poderá inserí-lo e engajá-lo

discursivamente na sociedade.

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“A partir da retenção do conhecimento e da reflexão de como o assunto do texto foi tratado, os alunos estarão aptos a participar da vida social e discutir com maior propriedade a respeito das questões relacionadas a este texto, assim como a própria utilização destas informações e reflexões para suas experiências pessoais enquanto cidadão em construção.” (CRISTÓVÃO; SANTOS)

Portanto, ensinar e aprender LEM (inglês) é também ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é

permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de LEM (inglês) devem se configurar como espaços de interações

entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se

revelam no dia-a-dia. As aulas de LEM têm ainda como objetivos que os alunos

analisem as questões da nova ordem global, suas implicações e que possam

desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Ensinar LEM não é apenas ter como objetivo ensinar linguística. Embora a

aprendizagem de LEM muita vezes sirva como meio para progressão no trabalho e

estudos posteriores, tem de ser pensada num forte instrumento que deve também

contribuir para a formação de alunos críticos e transformadores.

Da mesma forma, essa Proposta Curricular está comprometida com o resgate

da função social e educacional que a LEM (inglês) pode oferecer, de modo a superar

os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que tem marcado o ensino da LEM

(inglês).

FUNDAMENTAÇÃO

Para elaborarmos a presente Proposta Curricular na disciplina de LEM,

tomamos como parâmetros o Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico do

CEEBJA Casturina C Bonfim, Conteúdos Básicos de Língua Estrangeira Moderna e

as Diretrizes Curriculares de LEM para os anos finais do Ensino Fundamental e para

o Ensino Médio das Escolas Públicas do Estado do Paraná, seguindo os eixos

articuladores que norteiam a Educação de Jovens e Adultos que são: Cultura,

Trabalho e Tempo.

A partir da leitura, entendimento e reflexão sobre esses documentos,

principalmente sobre os fundamentos teórico-metodológicos que referenciam as

Diretrizes, e tomando como base alguns princípios educacionais, os quais orientarão

nosso trabalho na construção dessa Proposta Pedagógica Curricular e

consequentemente nas atividades a serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo,

destacamos:

O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira;

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Garantia de equidade no tratamento da disciplina em relação às demais

obrigatórias no currículo;

O resgate da função social e educacional do ensino da Língua Estrangeira nos

currículos das escolas que ofertam Educação Básica;

Respeito à Diversidade Cultural, Identitária e Linguística, pautado na

heterogeneidade cultural;

O referencial teórico da Pedagogia Crítica, referenciada nas Diretrizes, onde a

escola é valorizada como um espaço social democrático, responsável pela

apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de

compreensão dos valores sociais e para a transformação da realidade;

Que escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários

para assimilarem o saber como resultado, o processo de sua produção e as

tendências de sua transformação;

Que a escola tem o papel de informar, desnudar, ensinar regras, que além de

serem seguidas possam ser modificadas;

Que a prática pedagógica deve ser vista e prevista pelo docente com dedicação,

pautado num planejamento detalhado e um currículo claro, com início, meio e

fim para que o ensino seja desenvolvido com qualidade;

Que o processo de ensino e de aprendizagem devem ter como base o conteúdo,

o aluno e o professor ou ainda como Meurer refere-se sobre a tríade didática:

aluno, professor e objeto do conhecimento a fim de justificar suas escolhas e

guiar suas atividades;

Que a Proposta elaborada se baseia na corrente sociológica e nas teorias do

Círculo de Bakthin, que concebem a língua como discurso; onde a língua

além de transmitir, constrói significados e seu sentido está no contexto de

interação verbal e não no sistema linguístico.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Tendo as Diretrizes como referencial, o ensino da LEM (Língua Estrangeira

Moderna) será norteado para um propósito maior de educação. Portanto, é

fundamental que os professores reconheçam a importância da relação entre língua e

pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na

medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da

cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se separam.

Propõe-se que a aula de LEM (Língua Estrangeira Moderna) constitua um

espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e

cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de

construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o

aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

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portanto, passíveis de transformação na prática social.

A presente proposta pedagógica curricular se baseia na corrente sociológica e

nas teorias do Círculo de Bakthin, que concebem a língua como discurso, portanto

cabe ao professor estabelecer os objetivos de ensino de língua inglesa e resgatar a

função social e educacional da disciplina.

Diante disso, espera-se que os alunos:

Usem a língua em situações de comunicação oral e escrita;

Vivenciem, nas aulas de LEM (inglês), formas de participação que lhes

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Compreendam que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

Tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

A disciplina de LEM (inglês) também tem como objetivo envolver os alunos

num processo pedagógico fazendo uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas e relevantes, não ficando balizado somente em práticas de

formas linguísticas, soltas e descontextualizadas, mas que a língua contribua num

processo de inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e

complexa através do comprometimento mútuo. A fim de contemplar as diferenças

regionais, os objetivos propostos são flexíveis, porém numa especificidade clara

quanto à seleção de conteúdos específicos. É importante considerar que o aluno traz

para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura, as quais

devem ser respeitadas.

Além disso, ao conceber a língua como discurso, como foi mencionado

anteriormente, conhecer e ser capaz de usar uma língua inglesa permite-se aos

sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do

mundo. Ao estudar a língua inglesa, o aluno aprende também como atribuir

significados para entender melhor a sua realidade e a partir do confronto com uma

outra cultura, tornar-se capaz de entender sua própria identidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos marcado por relações de poder, o conteúdo estruturante Discurso como

prática social deve ser tratada de forma dinâmica, seja por meio da leitura, da

oralidade e da escrita.

Os conteúdos específicos, por sua vez contemplam os diversos gêneros

discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades

linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da

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posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou

finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero,

e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos

pertencentes a um gênero (BAKTHIN, 1992).

Apresentamos a seguir, o quadro de conteúdos sugeridos para serem

desenvolvidos no ano letivo de 2016, de acordo com o Livro Didático adotado pela

escola enviado pelo MEC, onde servirá de um apoio importante no desenvolvimento

do Plano de Trabalho do Docente.

Dentro da esfera social de circulação serão contemplados diversos gêneros

textuais tais como os que seguem relacionados no material didático que será

utilizado nesse ano letivo, são eles: artigo acadêmico, mapa, artigos informativos,

história em quadrinhos, introdução de livro, biografia, capas de revistas, extrato de

romance, crítica literária, artigo opinativo, gráficos, conto, resenha, depoimento,

anúncio publicitário, citações, artigo de divulgação científica, trecho de um guia

turístico, artigo institucional, entrevista, notícia jornalística, receita culinária, letra de

música, fábula, diagrama, tabela, outdoor, piadas entre outros. É preciso ressaltar

ainda, que a aula de LEM deve ser um espaço onde o educando possa vivenciar

formas de participação estabelecendo relações entre ações individuais e coletivas,

para isso, deve-se prestar atenção para a escolha de textos que envolvam temas

que tratem da diversidade cultural a fim de que o educando tenha uma visão ampla

de cultura.

6º ANO - PERÍODO: – Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos

GÊNEROS TEXTUAIS: página da web; anúncio classificado; folder; receita; gráfico;

texto informativo; ticket; música.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções

das classes gramaticais no texto e Elementos semânticos;

Oralidade: Pronúncia, Elementos extralinguísticos: (entonação, pausa, gesto),

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito e Adequação do discurso

ao gênero;

Escrita: Tema, Finalidade do texto, intencionalidade do texto, intertextualidade,

Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia;

Análise Linguística: Plural dos substantivos, Imperativo, Some/Any, Caso Genitivo,

Can (habilidade) e Can (permissão).

OBJETIVOS

Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,

oralidades e escrita;

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Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo

dos alunos;

Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;

Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao

conhecimento sistêmico ativo dos alunos;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;

Trabalhar as características dos gêneros textuais;

Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;

Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,

considerando;

Seu contexto de produção e sua esfera de circulação;

Realizar leitura linear e não linear.

7º ANO - PERÍODO: Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos

GÊNEROS TEXTUAIS: fórum; capa de livro; poster; artigo; flyer, campanha de

vacinação; programação TV; programação de camping.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções

das classes gramaticais no texto, Elementos semânticos.

Oralidade: Pronúncia, Elementos extralinguísticos (entonação, pausa, gesto),

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito, Adequação do discurso

ao gênero.

Escrita: Tema, Finalidade do texto, Intencionalidade do Texto, Intertextualidade,

Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia.

Análise Linguística: Presente contínuo, Preposições de Tempo, have/has, Pronomes

(me, his, her, us, them), advérbios de frequência e presente simples.

OBJETIVOS:

Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,

oralidades e escrita;

Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo

dos alunos;

Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;

Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao

conhecimento sistêmico ativo dos alunos;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;

Trabalhar as características dos gêneros textuais;

Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;

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Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,

considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;

Realizar leitura linear e não linear.

8º ANO - PERÍODO: Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos

GÊNEROS TEXTUAIS: texto informativo; propaganda (encarte); texto informativo;

pintura (tela); classificado (anúncio); descrição de quartos de hotel; biografia;

prefácio de livro.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções

das classes gramaticais no texto e Elementos semânticos.

Oralidade: Pronúncia, Elementos extralinguísticos (entonação, pausa, gesto),

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito e Adequação do discurso

ao gênero.

Escrita: Tema, Finalidade do texto, Intencionalidade do texto, Intertextualidade,

Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia.

Análise Linguística: Comparativo dos adjetivos, Superlativo dos adjetivos, Passado

simples regular, (used to) e Passado simples irregular.

OBJETIVOS

Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,

oralidades e escrita;

Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo

dos alunos;

Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;

Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao

conhecimento sistêmico ativo dos alunos;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;

Trabalhar as características dos gêneros textuais;

Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas.

Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,

considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação.

Realizar leitura linear e não linear.

9º ANO - Caminhar e Transformar – Educação de Jovens e Adultos

GÊNEROS TEXTUAIS: Texto informativo, Folder/Flyer acampamento, Guia de

viagem, Artigo de Opinião, Mito, Testemunho e depoimento.

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Leitura: Identificação do tema, Intencionalidade, Intertextualidade, Léxico, Funções

das classes gramaticais no texto e Elementos semânticos. Oralidade: Pronúncia,

Elementos Extralinguísticos (entonação, pausa, gesto), Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o escrito e Adequação do discurso ao gênero.

Escrita: Tema, Finalidade do texto, Intencionalidade do texto, Intertextualidade,

Coesão e coerência, Funções das classes gramaticais e Ortografia.

Análise Linguística: Pronomes reflexivos, Pronomes Relativos, Must/Have to/Should

e Verbos Modais.

OBJETIVOS:

Apresentar o conteúdo sistêmico e as práticas discursivas de leitura,

oralidades e escrita;

Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo

dos alunos;

Praticar o vocabulário novo por escrito e oralmente;

Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao

conhecimento sistêmico ativo dos alunos;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;

Trabalhar as características dos gêneros textuais;

Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas.

Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,

considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;

Realizar leitura linear e não linear.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos marcado por relações de poder, o conteúdo estruturante Discurso como

prática social deve ser tratada de forma dinâmica, seja por meio da leitura, da

oralidade e da escrita.

Os conteúdos específicos, por sua vez contemplam os diversos gêneros

discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades

linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da

posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou

finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero,

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e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos

pertencentes a um gênero (BAKTHIN, 1992).

Apresentamos a seguir, o quadro de conteúdos sugeridos para serem

desenvolvidos no ano letivo de 2016, de acordo com as Diretrizes Estaduais e

podem ser trabalhados através do Livro Didático adotado pela escola, como apoio

importante no desenvolvimento do Plano de Trabalho Docente.

Dentro da esfera social de circulação serão contemplados diversos gêneros

textuais tais como os que seguem relacionados no material didático que será

utilizado nesse ano letivo, são eles: artigo acadêmico, mapa, artigos informativos,

história em quadrinhos, introdução de livro, biografia, capas de revistas, extrato de

romance, crítica literária, artigo opinativo, gráficos, conto, resenha, depoimento,

anúncio publicitário, citações, artigo de divulgação científica, trecho de um guia

turístico, artigo institucional, entrevista, notícia jornalística, receita culinária, letra de

música, fábula, diagrama, tabela, outdoor, piadas entre outros.

1º ANO DO ENSINO MÉDIO – English for all

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros textuais: artigo de jornal (on-line), cartum, verbete, tabelas, anúncios

de emprego, quiz, trecho de livro, nuvem de palavras.

Práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita.

Análise linguística

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Vocabulário: sufixo -less e -ful, profissões, cognatos, números;

Gramática: presente simples, presente contínuo, pronomes, there is, there

are, some/any, passado (regular e irregular), passado progressivo,

adjetivo+substantivo.

OBJETIVOS/ EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,

considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;

Identificar as características dos gêneros abordados;

Apresentar os conteúdos abordando as práticas discursivas de leitura,

oralidades e escrita;

Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo

dos alunos por escrito e oralmente ;

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Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao

conhecimento sistêmico ativo dos alunos;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;

Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;

Compreenda, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais

- como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc.

-, e suas funções dentro do texto; e aproprie-se do conhecimento linguístico

necessário para a compreensão e produção do gênero textual

estudado;Realizar leitura linear e não linear;

Compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto

(palavras transparentes; processos de formação de palavras: prefixação,

sufixação e composição, marcas de gênero e número; significado de palavras

desconhecidas, com base no contexto; reconhecimento de

tempos/aspectos/modos verbais com relação ao seu propósito);

Perceba a intencionalidade presente no texto (quem escreveu o texto, por

quê, para quê, de que forma, etc.);

Identifique nos textos sua tipologia (narrativo, instrutivo, argumentativo, etc.);

Pronuncie adequadamente as palavras em apresentações orais ou em

leituras de textos.

ANO: 2º ANO DO ENSINO MÉDIO – English for all

CONTEÚDOS BÁSICOS • Texto Informativo on-line; (jornal);

• Cartum;

• Poema;

• Diálogo Informal;

• Cartões de Aniversário;

• Artigo On-line;

• Hqs;

• Sites;

• Textos expositivos: oral e escrito;

• Website;

• Folhetos;

• Conversas;

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• Trechos de livros;

• Textos literários;

• Vocabulário.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Verbos: Simple Present; Present Progressive; Simple Past; Past Progressive;

Modal Verbs;

• Adjetivos e Preposições;

• Reflexive Pronouns;

• Compound Adjectives;

• Comparativos e Superlativos;

• Presente Perfeito; Passado Perfeito;

• Enough; Too;

• Relative Pronouns: who, that, which, whom, whose;

• Present Perfect Progressive; fillers: um, er, erm, uh;

• Tag Questions; -ing forms;

OBJETIVOS/ EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Usar dicionário bilíngue;

Expressar gostos e preferências;

Refletir sobre estratégias aplicáveis e aplicadas ao ouvir e falar;

Usar e-mails;

Usar textos como referência ao falar;

Descrever problemas;

Propor soluções para problemas oralmente e por escrito;

Refletir sobre o gênero textual que ouvimos;

Tomar nota ao ouvir;

Lidar com problemas de comunicação;

Gerar ideias antes de escrever;

Fazer apresentações usando slides;

Identificar false friends ao ouvir;

Usar again para pedir esclarecimentos;

Compreender e escrever comentários on-line;

Trabalhar textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,

considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação;

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Identificar as características dos gêneros abordados;

Apresentar os conteúdos abordando as práticas discursivas de leitura,

oralidades e escrita;

Apresentar o conteúdo lexical que deverá ser incorporado ao vocabulário ativo

dos alunos por escrito e oralmente;

Apresentar o conteúdo gramatical que deverá ser incorporado ao

conhecimento sistêmico ativo dos alunos;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção oral;

Desenvolver a prática discursiva de compreensão e produção escrita;

Promover a reflexão sobre questões relacionadas aos temas;

Compreenda, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais

- como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc.

-, e suas funções dentro do texto; e aproprie-se do conhecimento linguístico

necessário para a compreensão e produção do gênero textual

estudado;Realizar leitura linear e não linear;

Compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto

(palavras transparentes; processos de formação de palavras: prefixação,

sufixação e composição, marcas de gênero e número;

significado de palavras desconhecidas, com base no

contexto;reconhecimento de tempos/aspectos/modos verbais com relação ao

seu propósito);

Perceba a intencionalidade presente no texto (quem escreveu o texto, por

quê, para quê, de que forma, etc.);

Identifique nos textos sua tipologia (narrativo, instrutivo, argumentativo, etc.);

Pronuncie adequadamente as palavras em apresentações orais ou em

leituras de textos.

ANO - 3º ANO DO ENSINO MÉDIO – English for all

CONTEÚDOS BÁSICOS Texto Técnico;

Cartum;

Chat on-line;

Sincripta de seriado de TV;

Artigo on-line;

Texto expositivo oral;

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Conversa informal;

Folheto informativo;

Texto expositivo oral;

Apresentação oral;

Artigo de jornal on-line;

Hqs;

Diálogos expressando oferecimentos e reações a eles;

Extrato de Livros didáticos;

Homepage em website; Podcast;

Planilha;

Piada;

Conversas – professor e aluno em sala de aula;

Reações orais expressando concordância, discordância, opiniões,...

Folheto promocional;

Script de filmes;

Texto Informativo;

Depoimento oral;

Poema; Anúncio;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Discourse markers for concession: even though; although, though;

Discourse markers for condition: if, whether;

Expressões com keep;

Intersifiers: quite, rather, pretty,...

Sufixo -ide;

Sufixo -ous;

Abreviações (i.e., e.g., p.m., etc.);

Abreviações e siglas nacionais e internacionais;

Phrasal verbs with call;

Political, Policy, Polician, Politics, Police;

Sufixo -ee;

Sufixo -ment;

Phrasal verbs with break;

Vocabulário relativo a dinheiro, (Money, monetary system, banknotes and

coins);

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Hard, hardly;

Miss, lose, loose;

Phrasal verbs with look;

Sufixo -ship;

Sufixo -hood;

Discourse Markers: such, such as, as such;

Expressões com word;

Lie, Lay; Otherwise, Unless,...

OBJETIVOS/ EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Identificar informação contextual a partir do que se ouve;

Identificar o que é e o que não é dito num texto oral;

Reagir às sentenças oralmente para concordar, discordar, ou expressar

opinião;

Escrever piadas;

Usar uma planilha para organização de informações;

Reagir ao ouvir, falar e/ou escrever;

Identificar quem diz o quê?;

Refletir sobre o processo de produção oral;

Observar e analisar a organização e a linguagem utilizada em textos similares

ao que escrevemos;

Usar websites de vídeos;

Identificar fronteiras entre palavras ao ouvir;

Usar websites para gerenciamento de fotografias;

Dar feedback e aplicar feedback recebido no processo de revisão de um

texto,...

METODOLOGIA

Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da

disciplina, Propõem-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das

práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de

Língua Estrangeira Moderna (2008, p.53): “[…] a língua concebida como discurso,

não como estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os

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transmite. O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no

sistema linguístico”.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou não

verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as

atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões

linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar

estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como construir

significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.

Para Antunes (2007), restringir o estudo da língua à gramática é limitar-se a

um de seus componentes, é perder de vista sua totalidade. A gramática regula muito,

mas não regula tudo. Para ser eficaz comunicativamente, não basta saber apenas

as regras específicas da gramática; isso é necessário, mas não suficiente.

Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do aluno de

agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas as

relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que cada situação exige um

agir específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros

discursivos.

De acordo com as Diretrizes (2008, p.66), “ao interagir com textos diversos, o

educando perceberá que as formas linguísticas não são idênticas, não assumem

sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a

situação em que a prática social de uso da língua ocorre”.

O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau

de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,

somente depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa

concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre

quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as

atitudes, valores e crenças subjacentes ao texto. Estes questionamentos são

importantes para que o aluno compreenda que a língua não é neutra.

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em conta:

Gênero – explorar o gênero escolhido;

Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde,quando

e por que (contexto de produção e circulação);

Variedade Linguística – formal ou informal;

Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se

sentidos;

Atividades- de pesquisa, discussão e produção.

Segundo as orientações das DCE (2008) a prática discursiva oralidade tem

como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos.

As atividades deverão oportunizar ao aluno expressar suas ideias, ainda que com

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limitações.

Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento discursivo.

As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem os alunos com

os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite desenvolver a capacidade

de adequar as diferentes variedades linguísticas conforme as situações de

comunicação.

Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar para

o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para quem

se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) estabelecer

um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para

a legitimidade desta interação. Neste processo, o professor deverá ser solícito para

oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais

para auxiliá-lo na produção. Ainda, será feita a refacção dos textos sempre que

necessário.

Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos

diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas não

serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva

leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.

Conforme orientam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o

ensino de Línguas Estrangeiras Modernas (2008), as discussões poderão acontecer

em Língua Materna quando os alunos não possuírem léxico suficiente para engajar-

se discursivamente por meio da LEM. Quando possível, poderão mesclar as duas

línguas.

Esta abertura para que a Língua Portuguesa contribua com o ensino de

Língua Estrangeira não significa barateá-lo, pelo contrário, oferece subsídios para

que o aluno produza em LEM.

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Trabalharemos Gêneros Textuais, temas e práticas pedagógicas diversas, que

tratem sobre Desafios os Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental e o

sistema de Educação Ambiental – Deliberação Nº 04/2013 do CEE/PR que

estabelece as normas estaduais para a educação ambiental no Sistema Estadual de

Ensino do Paraná; Decreto 4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência

contra a criança e adolescente; Direito das crianças e dos adolescentes, LF L. nº

11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educando para as Relações

Étnico-Raciais e ensino de História e cultura Afro-brasileira e africana – Lei nº

10.639/03; Cidadania e Direitos Humanos e as leis: Lei nº 13.381/01 “História do

Paraná”, Lei nº 9.795/99 “História e cultura Afro-Brasileira e Indígenas – Lei

11.645/08; Educação para o envelhecimento digno e saudável – Lei nº 11.863/97 –

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institui a política estadual dos direitos do idoso – CEDI/PR; Lei nº 10.741/2003 –

Estatuto do idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional”. Educação Tributária

Dec. nº 1.143/99. Essas temáticas serão contempladas em todas as práticas

discursivas. Esses temas serão abordados nas três práticas discursivas: leitura,

oralidade e escrita. Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o discurso, e este não é

algo pronto, à disposição dos falantes, mas como diz Stam, apud DCE (2008) “a

linguagem, em Bakhtin, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de

vir a ser”, os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries e trabalhados,

por vezes, de forma não linear, posto que serão decorrentes das necessidades

específicas dos alunos para que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de Língua

Inglesa/ Português, a TV multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais

na língua-alvo para leitura e para recorte, CD e CD-room.

PRÁTICAS DISCURSIVAS

Nessa Proposta, o ensino de Língua Inglesa contemplara os discursos sociais

que a compõem manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas

discursivas. Trabalhar com textos para comunicar-se com eles, para lhes conferir

sentidos e travar batalhas pela significação. É perceber a língua como “arena de

conflitos” (BAKTHIN, 1992).

Nessa batalha, ao ensinar e aprender a língua inglesa, tanto alunos como

professores poderão perceber que é possível construir significados além daqueles

que a língua permite. Professor e aluno imbuídos num processo pedagógico, além

de aprender a construir significados e reproduzí-los, poderão aprender outras formas

de construir sentidos, outras maneiras de interpretar alargando seus horizontes e

seus entendimentos do mundo.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a

partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das diretrizes curriculares

de LEM. A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira se configura como

processual e contínua utilizando os seguintes procedimentos: observação,

participação, avaliação teórico-prática (avaliação oral), trabalhos desenvolvidos em

pares e em grupos, trabalhos individuais. A recuperação será realizada no final do

trimestre.

“A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

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professor estuda, interpreta dados da aprendizagem, com a finalidade de

acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar os resultados e atribuir-lhes valor.”

A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira se configura como

diagnóstica, contínua e cumulativa.

Critérios de avaliação

Avaliação processual e contínua de acordo com a Deliberação 007/99, art.1. A

avaliação deverá ser articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das

concepções e encaminhamentos metodológicos das diretrizes curriculares de LEM.

Instrumentos de avaliação

A avaliação contemplará as atividades escritas, orais e de apresentação,

individuais ou em grupos. utilizando os seguintes instrumentos: observação,

participação, avaliação teórico-prática (avaliação oral), pesquisas, trabalhos

desenvolvidos individualmente, em pares e/ou em grupos. Provas escritas que

proporcionem a análise de diversos gêneros textuais com até 60% da nota.

Trabalhos de apresentações, pesquisas e tarefas com até 40% da nota.

Recuperação de estudos

A recuperação será oportunizada com aqueles conteúdos com os quais não

ocorreram uma aprendizagem efetiva, concomitante e contínua. A recuperação de

nota será no final do trimestre através de uma avaliação sistematizada,

contemplando o que preceitua o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar

do estabelecimento de ensino.

A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB

n.9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua

Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será

formativa, diagnóstica e processual.

Uma vez que nosso conteúdo é língua numa concepção discursiva e discurso

não é algo pronto, acabado, à disposição dos falantes, mas é construído passo a

passo, interação a interação, engajamento a engajamento, a avaliação processual é

a concepção de avaliação que melhor se ajusta a esta prática pedagógica.

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A opção pela avaliação processual representa o respeito à diversidade, uma

vez que os alunos têm ritmos de aprendizagem diferentes e devem ser respeitados

em sua individualidade. Nesse sentido, O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes. Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a progredir sempre. (HOFFMANN, 1991,p. 47)

De acordo com as DCE (2008) é importante que o professor observe

diariamente a participação dos alunos e o engajamento discursivo entre eles, deles

para com ele e com o material didático, tanto nas discussões em Língua Estrangeira

Moderna quanto em Língua Portuguesa.

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-

discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento

diante do que está sendo lido.

Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua

Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da

variedade linguística para diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para

resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu

explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve planejamento,

adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da variedade linguística

adequada na atividade de produção. É importante considerar o erro como efeito da

própria prática.

Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura, debates,

pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações orais, seminários,

trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de peças teatrais, jograis

e cantos.

O principal objetivo da avaliação será verificar os avanços e dificuldades dos

alunos para rever a prática pedagógica e intervir quando necessário. Neste sentido,

é que se propõe a avaliação diagnóstica:

“[...] a avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o meio pelo qual A e B avaliam juntos uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros e equívocos por ventura cometidos. Daí o seu diálogo. (...) Neste sentido, em lugar de ser um instrumento de fiscalização, a avaliação é a problematização da própria ação.” (FREIRE, 1997, p.26)

A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo medida de

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observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e

consideradas como subsídios.

Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os

objetivos propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico

da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais

e em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de

articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que atingir resultado

satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo.

A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no

PPP e Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação:

Os alunos que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e

médias conforme a carga horária da disciplina de LEM (Língua Estrangeira

Moderna) sendo 256 H/A e 04 médias, com o valor igual ou superior a 6,0 serão

aprovados. Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão

ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24, alínea

e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados “com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados anotados em Livro

Registro de Classe (Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED , Item 6, subitem

10).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Apostila de LEM – Inglês, CEEBJA Casturina C. Bonfim. AUN, Eliana English for all Volumes:1,2,3/Eliana Aun,Maria Clara Prete de Moraes,Neuza Bilia Sansanovicz – 1 ed. - São Paulo: Saraiva, 2010. Educação de Jovens e Adultos- 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental,ABE Mirtes Lamani, CHIMIM Renata. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1997. HOFFMANN, Jussara. Avaliação, mito e desafio: uma perspectiva construtiva. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1991. HOLDEN,Susan; ROGERS Micckey. O ensino da língua inglesa. São Paulo, 2001. LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. MAGALHÃES, V, AMORIM,V, Cem aulas, sem tédio. Porto Alegre: Instituto Padre Réus, 2005.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de expectativas de aprendizagem. 2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna, 2008. PARANÁ, SUED/ SEED. Instrução Normativa Nº 019/2008. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, CEEBJA Casturina C. Bonfim. REGIMENTO ESCOLAR, CEEBJA Casturina C. Bonfim

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MATEMÁTICA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

Segundo as DCEs, é necessário compreender a Matemática desde suas

origens até sua constituição como campo científico e como disciplina no currículo

escolar brasileiro para ampliar a discussão acerca dessas duas dimensões. Embora

o objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático; e envolve o estudo de processos que

investigam como o estudante compreende e se apropria da própria matemática.

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,

desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral

como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de

modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,

influenciando na formação do pensamento do aluno.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos

que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Esses acumulavam registros do

que hoje podem ser classificados como álgebra elementar.

Mais tarde, em solo grego, a matemática emergiu regras, princípios e exatidão

de resultados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a

importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Os platônicos viam a Matemática como um instrumento que instigaria o

pensamento do homem. No século XVII d. C. aconteceu a sistematização das

matemáticas estáticas, ou seja, desenvolveram-se a aritmética, a geometria, a

álgebra e a trigonometria.

Entre os séculos IV a II a. C. a Matemática estava reduzido a contar números

naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição. O

grego Euclides foi um profissional que influenciou (e influencia até os dias atuais) o

ensino e a aprendizagem de Matemática devido a sistematização do conhecimento

matemático de então, por volta de 330 e 320 a. C., na obra Elementos.

A obra de Euclides contempla a geometria plana, teoria das proporções

aplicadas às grandezas em geral, geometria de figuras semelhantes, a teoria dos

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números incomensuráveis e esteriometria – que estuda as relações métricas da

pirâmide, do prisma, do cone e do cilindro, polígonos regulares, especialmente do

triângulo e do pentágono. Hoje, tais conteúdos estão presentes e sendo abordados

na Educação Básica.

A partir do século V d. C., início da Idade Média, até o século VII, a

matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e

determinar as datas religiosas. Outras aplicações práticas e o caráter empírico da

Matemática só passaram a ser explorados no final deste período.

Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Nesse período

surgiram as primeiras idéias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática.

Nos séculos X e XV, os estudos de Matemática mantiveram-se atrelados às

constatações empíricas.

O século XVI demarcou um novo período, denominado de matemática de

grandezas variáveis. Isso ocorreu pelos estudos referentes à geometria analítica e à

projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações

diferenciais.

As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de

grande progresso científico e econômico aplicado na construção. O ensino da

Matemática objetivava preparar os jovens ao exercício de atividades ligadas ao

comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da

medicina e da guerra.

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,

desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar

engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de

estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens

para a prática da guerra. Com a revolução industrial, evidenciaram-se diferenças

entre classes sociais e a necessidade de educação para essas classes, de modo a

formar tanto trabalhadores quanto dirigentes do processo produtivo.

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado matemáticas

contemporâneas. Nesse período houve uma reconsideração crítica do sistema de

axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas e, também, a

sistematização e hierarquização das diversas geometrias, entre elas as geometrias

não-euclidianas.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi

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discutido em encontros internacionais de matemáticos, nos quais se elaboraram

propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como

disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e exigências advindos

das transformações sociais, econômicas e capitalistas dos últimos séculos.

Essas idéias contribuíram para caracterizar um movimento organizado por

meio de uma ação coletiva que propôs um ensino de Matemática baseado em

princípios que deveriam orientar-se pela eliminação da organização excessivamente

sistemática e lógica dos conteúdos, consideração da intuição como um elemento

inicial importante para futura sistematização, introdução de conteúdos mais

modernos, como as funções, valorização das aplicações da Matemática para a

formação dos estudantes e percepção da importância da “fusão” ou

descompartimentalização dos conteúdos ensinados.

Tais concepções trouxeram a necessidade de pensar um ensino de

matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a

Geometria, a Trigonometria, etc. A disciplina de matemática, nesse período,

incorporava apenas a trigonometria e a Mecânica que atentos a discussões

promoveu a junção das disciplinas aritmética, álgebra, geometria e trigonometria

numa única, denominada Matemática.

O início da modernização do ensino da matemática aconteceu no

desenvolvimento das idéias reformadoras do ensino da Matemática nas discussões

do movimento da escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma

concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o

desenvolvimento em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de

problemas, jogos e experimentos que além de contribuir para formulação de

metodologia que influenciou alguns materiais didáticos de matemática dentro da

prática pedagógica.

A proposta básica no desenvolvimento da criatividade influenciaram nas

tendências: formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista,

socioetnocultural e histórico-crítica.

A matemática era vista como uma construção formada por estruturas e

relações abstratas entre formas e grandezas. A interação entre os estudantes e o

professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um

momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente e a troca

entre ambos.

Essa tendência é expressada como um saber vivo, dinâmico para atender às

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necessidades sociais, econômicas e teóricas capaz de estabelecer relações,

justificar, analisar, discutir e criar para desenvolver habilidades.

Aprender Matemática é interpretar, criar significados, construir seus próprios

instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber o fruto da

globalização econômica e apresentar novas interpretações para o ensino da

matemática.

A formação do ensino da matemática desenvolve um instrumento no campo

da compreensão e investigação para aumentar a formação de conhecimento dentro

do ambiente para fazer a modificação da natureza, provocando no individuo o

conhecimento técnico e científico de interpretar criar e construir instrumento de

qualidade e quantidade de valores adquiridos nas idéias em algoritmos que contribui

para analisar e resolver problemas.

Portanto, é necessário que o processo pedagógico em matemática contribua

para que o estudante tenha condições de constatar regularidades para descrever e

interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

Tendo em vista a necessidade de o educando realizar análises, discussões,

conjecturas, e de se apropriar de conceitos e formulação de ideias, surgem

propostas de um Ensino de Matemática baseado em explorações indutivas e

intuitivas.

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, estando

centrado no envolvimento com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático, buscando desenvolvê-la no campo de investigação e de

produção de conhecimento.

Através desta área de conhecimento se buscará a formação de um estudante

crítico, autônomo e com consciência social, influenciando a formação do

pensamento humano através de ideias e tecnologias.

Sendo a ciência matemática uma atividade humana que se encontra em

construção, é uma ação reflexiva onde devemos “olhar o ensinar e o aprender

Matemática, buscando compreendê-los”, através dos conteúdos estruturantes,

Números, Operações e Álgebra, Medidas, Geometria e Tratamento da Informação.

Explorar a matemática como campo de conhecimento em construção,

relacionando-a com as outras áreas de saberes, através da aplicação de

conhecimentos previamente adquiridos, em situações onde o estudante possa optar

por alternativas de solução, compreendendo os argumentos matemáticos e

utilizando-os no processo de ensino aprendizagem. Cabe ao professor a

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sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das aplicações,

superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e

de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica,

cujo papel é oferecer condições, de constatar regularidades, generalizações e

apropriação de linguagem adequada, descrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas do conhecimento, priorizando um ensino que valorize

a história dos estudantes, respeitando suas raízes culturais, relacionando o ambiente

do individuo com relações de produção e trabalho.

“Aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou

marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios

instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos

problemas, desenvolve o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e

transcender o imediatamente sensível.”

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICOS/ESPECÍFICOS

Conteúdos Estruturantes são os conhecimentos de grande amplitude, os

conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudo de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para sua compreensão. Constituem-

se historicamente e são legitimados as relações sociais.

Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a

Educação Básica da Rede Pública Estadual, são:

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

Tratamento da Informação

ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Sistemas de numeração; - Números Naturais; - Múltiplos e divisores; - Potenciação e radiciação; - Números fracionários; - Números decimais.

- Sistemas de numeração mais importantes; - Conjuntos de números naturais e racionais; - Seis operações nos conjuntos numéricos estudados; - Problemas e situações envolvendo todas as operações estudadas; - Mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum; - Frações equivalentes a outras, a inteiros e ou números mistos - Potências e raiz quadrada exata de números quadrados perfeitos; - Propriedades de operações.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de comprimento; - Medidas de massa; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de tempo; - Medidas de ângulos; - Sistema monetário.

- Unidades de medida usuais e transformação se necessário; - Ângulos retos, agudos e obtusos; - Área, volume e capacidade.

GEOMETRIAS - Geometria Plana; - Geometria Espacial.

- Ponto, reta e plano; - Perímetro e área de figuras geométricas planas; - Circunferência e círculo; - Sólidos geométricos entre poliedros e corpos redondos.

TRATAMENTO DA INFORMÇÃO

- Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem.

- Números nas formas fracionária decimal e porcentual; - Tabelas, gráficos de colunas e em setores .

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Inteiros; - Números Racionais; - Equação e Inequação do 1º grau; - Razão e proporção; - Regra de três simples.

- Conjunto dos números inteiros e racionais; - Operações com números inteiros e racionais; - Escalas, plantas, mapas , grandezas diretamente e inversamente proporcionais; - Princípios aditivo e multiplicativo na resolução de equações e inequações; - Resolução de situação problemas usando a linguagem algébrica.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de temperatura;

- Congruência de ângulos, ângulos opostos pelo vértice, grau e subdivisões do grau,

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- Medidas de ângulos.

suplementares, complementares e ângulos em triângulos e propriedades.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometrias não-euclidianas.

- Poliedros e corpos redondos, medida de superfície e relações entre as unidades de volume e de capacidade, área de polígonos, noções topológicas,

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

- Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; - Moda e mediana; - Juros simples.

-Gráficos, porcentagem, taxa, tempo, capital, média moda e mediana;

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Racionais e Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º Grau; - Potências; - Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis.

- Representação dos números na reta numérica; Operações com números racionais e irracionais; Raiz quadrada; Potenciação; - Expressões algébricas; Operações com monômios; Operações com polinômios; Produtos notáveis; Fatoração; - Equações do 1º grau com uma incógnita; Equações do 1º grau com duas incógnitas; Resolução de sistemas de equações do 1º grau com duas incógnitas.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de comprimento; - Medidas de área; - Medidas de volume; - Medidas de ângulos.

- Distância entre dois pontos; Entre ponto e reta; Perímetro. - Área do quadrado, retângulo, paralelogramo, trapézio, losango e triângulo; - Volume de um prisma; Volume de uma pirâmide. - Medida de ângulos; Ângulo oposto pelo vértice; ângulos formados por retas paralelas e transversais.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não- euclidianas.

- Estudos dos triângulos; Casos de congruências; - Vistas laterais e frontais de sólidos geométricos. - Circunferências e círculos; Posição de um ponto em relação a uma circunferência; Posição relativa entre duas circunferências; ângulos na circunferência.

TRATAMENTO DA - Gráfico e - Leitura e interpretação de gráficos de

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INFORMAÇÃO Informação; - População e amostra.

linhas, histogramas, polígonos de freqüência e demais gráficos; - Médias aritmética simples e ponderada; Mediana e moda. - Variáveis quantitativas e qualitativas; - Frequencias absolutas e relativas.

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Reais; - Propriedades dos radicais; - Equação do 2º grau; - Equações Irracionais; - Equações Biquadradas; - Regra de Três Composta.

- Potenciação; Propriedades da potenciação; - Radiciação; Propriedades; Operações com radicais. - Resolução de equações do 2º grau completa e incompleta com uma incógnita; - Sistemas de equações do 2º grau. - Resolução de equações biquadradas e irracionais.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo; - Trigonometria no Triângulo Retângulo.

- Teorema de Pitágoras; - Outras relações métricas no triangulo retângulo; - Razões trigonométricas no triângulo retângulo;

FUNÇÕES

- Noção intuitiva de Função Afim. - Noção intuitiva de Função Quadrática.

- Ideia de função; Notação; Representação gráfica; - Análise do gráfico de uma função afim. - Função quadrática; Estudo do gráfico de uma função quadrática.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não- euclidianas.

Semelhança: Figuras semelhantes; Polígonos semelhantes; Triângulos semelhantes; Teorema de Tales. - Áreas de figuras geométricas planas. - Área do círculo e suas partes. - Volume dos cilindro e do cone.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade; - Estatística; - Juros Compostos.

- Problemas de contagem. - Construção do espaço amostral utilizando o princípio fundamental da contagem. - Cálculo de probabilidades. - Juros simples e composto.

ENSINO MÉDIO

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Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdo Específico

Números e álgebra

Conjuntos dos números reais; Equações e Inequações: Exponenciais, logarítmicas e Modulares.

Igualdade de Conjuntos; Subconjuntos; Operações com conjuntos; Problemas envolvendo conjuntos; Conjuntos numéricos e Intervalos. Inequações do 1° e 2° grau; Notação científica; Equações exponenciais; Inequações exponenciais; Equações e inequações logarítmicas, propriedades dos logaritmos e Equação e inequação modular, modulo de um número real.

Grandezas e Medidas

Medidas de Tempo; Medidas de

Informática; Trigonometria no

triângulo.

Teorema de Tales; Teorema de Pitágoras; Trigonometria no triângulo retângulo e trigonometria em um triângulo qualquer.

Medidas de tempo comercial e normal.

Byte, megabyte, quilobyte, gigabyte...

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Funções Função afim; Função quadrática; Função exponencial; Função logarítmica; Função modular; Progressão

aritmética; Progressão

geométrica.

Gráfico da função afim, Função crescente e decrescente, estudo do sinal de uma Função afim Proporcionalidade e Função Linear.

Gráfico de Função quadrática, valor máximo ou mínimo da função quadrática e estudo do sinal de uma função quadrática.

Estudando Função exponencial. Função Logarítmica; Função modular; Sequencias; Formula do termo

geral de uma PA,PA e função afim, PA e função quadrática, soma dos n primeiros termos de uma PA;

Formula do termo geral de uma PG, PG e função; Soma dos n primeiros termos de uma PG; Situações envolvendo PA e PG.

Geometrias Geometria Plana; Geometria Espacial.

Os polígonos e polígonos regulares;

Estudando geometria de posição; posições relativas entre duas retas;

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Tratamento

da

informação

Estatística Variáveis estatísticas; população e amostra estatística; Gráficos e tabelas.

Números e álgebra

-Sistemas lineares; -Matrizes e determinantes;

- Identificação de elementos de uma matriz e nomenclatura das matrizes; - Operações com matrizes - Cálculo do determinante conforme a matriz; - Resolução de sistemas e classificação.

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de

grandezas vetoriais.

- Trigonometria na circunferência; - Seno, cosseno e tangente de um arco; - Fórmulas de transformação - Relações trigonométricas; - Equações trigonométricas;

Funções -Função trigonométrica

- Trigonometria na circunferência; - Seno, cosseno e tangente de um arco; - Fórmulas de transformação ; - Relações trigonométricas;

- Equações trigonométricas

Geometrias

- Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias Não- Euclidianas

- Figuras geométricas espaciais ( áreas e volumes); - Elipse, hipérbole; - Fractais

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Tratamento

da

informação

-Análise combinatória; -Probabilidade; -Binômio de Newton.

- Princípio fundamental da contagem; -Permutações arranjos e combinações (problemas com estes tipos de agrupamentos); - Números binomiais; -Triângulo de Pascal; - Binômio de Newton.

Números e álgebra

Números complexos; Polinômios.

- Equações algébricas

- Forma algébrica, conjugado,divisão de números complexos,representação de números complexos, módulo, forma trigonométrica e aplicação à geometria.

Grandezas e Medidas

Medidas de energia. conferir

Funções Função Polinomial -Definição , função polinomial,valor numérico, igualdade, raiz e operações; -Equações polinomiais,Teorema fundamental da álgebra, relações de Girard, raízes racionais e complexas

Geometrias Geometria analítica; Geometria não-

euclidiana.

- Ponto e reta; - A circunfererência - Secções cônicas

Tratamento

da

informação

Probabilidade; Matemática

financeira;

- Porcentagem, fator de atualização, juros compostos,equivalência de taxas e conexão entre juros e funções;

- Termos de uma pesquisa estatística, representação gráfica, medidas de tendência central e de dispersão e estatística e probabilidade

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TEMÁTICAS LEGISLAÇÃO

1 - DIREITOS HUMANOS

Plano Nacional de Educação em Direitos

Humanos 2006 (PNE em DH)

Decreto 7.037 de 2009 (Programa Nacional

de Direitos Humanos)

Plano Estadual de Educação em Direitos

Humanos 2015 (PARANÁ)

2 - HISTÓRIA DA CULTURA

AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

Lei 10.639 de 2003 (História e Cultura Afro-

Brasileira)

Lei 11.645 de 2008 (História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena)

3 - HISTÓRIA DO PARANÁ ● Lei 13.381 de 2001 (História do Paraná)

4 - DIVERSIDADE SEXUAL

Resolução 12 de 2015 (Garantia de Acesso

dos GLBT no ensino …)

Lei 16.454 de 2010 (Dia de Combate a

Homofobia) (PARANÁ)

5 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Lei 9.795 de 1999 (Institui a Política

Nacional de Educação Ambiental)

Decreto 4281 de 2002 (Política Nacional de

Educação Ambiental)

Lei 17.505 de 2013 (Política e o Sistema

Estadual de Educação Ambiental)

(PARANÁ)

6 - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

Lei 11.947 de 2009 (Educação Alimentar e

Nutricional)

7 - EDUCAÇÃO PARA O

TRÂNSITO

Lei 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro

- CTB)

8 - EDUCAÇÃO FISCAL

Portaria Interministerial nº 413 de 2002

(Programa Nacional de Educação Fiscal)

Decreto 5.739 de 2012 (Programa Estadual de

Educação Fiscal) (PARANÁ)

9 - POLÍTICA DE

PROTEÇÃO AO IDOSO

Lei 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso)

Lei 17.858 de 2013 (Política de proteção ao

Idoso) (PARANÁ)

10 - DROGAS E VIOLÊNCIA

Lei 11.343 de 2006 (Prevenção ao uso indevido

de drogas)

Lei 17.650 de 2013 (Programa Educação e

Resistência as Drogas…) (PARANÁ)

11 - VIOLÊNCIA CONTRA A

CRIANÇA

Lei 11.525 de 2007 (Incluir os direitos das

Crianças no EF)

Lei 17.335 de 2012 (Programa de Combate ao

Bullyng) (PARANÁ)

12 - VIOLÊNCIA CONTRA A Lei 11.340 de 2006 (Coibir a violência contra a

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MULHER mulher…)

Lei 18.447 de 2015 (Semana Est. Maria da

Penha nas escola) (PARANÁ)

3- FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O desenvolvimento dos conteúdos se dará de modo articulado, partindo de

relações com contextos históricos, sociais e culturais, levando o aluno a desenvolver

o pensamento e a produzir conhecimentos.

As tendências metodológicas da educação matemática que fundamentam a

pratica docente são:

Resolução de Problemas: Consiste em uma metodologia pela qual o

estudante tem a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos

adqueridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta, por

meio de etapas como: compreender o problema, destacar informações, dados

importantes do problemas para a sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia,

se necessário.

Modelagem Matemática: é um ambiente de aprendizagem no qual os alunos

são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações

oriundas de outras áreas da realidade.

Mídias Tecnológicas: são a utilização de softwares, televisão, calculadoras,

aplicativos de internet entre outros, tem favorecido as experimentações

matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.

Etnomatemática: o papel da etnomatemática é reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. É

uma importante fonte de investigação da Educação Matemática por meio de

um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e

respeito a suas raízes culturais.

História da Matemática: é um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problemas, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos.

Investigações Matemáticas: as investigação matemáticas envolve, conceito,

procedimentos e representações matemáticas. O aluno é chamado a agir

como um matemático, principalmente, porque formula conjecturas a respeito

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do que está investigado.

O trabalho se dará principalmente por meio de situações-problema, fazendo

correlações com o cotidiano do aluno e estimulando os cálculos por estimativas,

fazendo uso de diferentes instrumentos de Tratamento da Informação (textos

jornalísticos, notícias, informações de diferentes naturezas).

Levando em conta os conceitos de etno matemática, deve-se priorizar um

ensino que valorize a história dos estudantes através do reconhecimento e respeito

às suas raízes culturais, abordando atividades matemáticas com os recursos

tecnológicos (software, televisão, calculadoras, aplicativos da Internet, entre outros)

através da experimentação.

A história da matemática deverá ser usada como caminho para compreender

a natureza da matemática e sua relevância na vida da humanidade.

Será proposta uma metodologia diferenciada, que atenda aos alunos com

necessidades educacionais especiais, sempre que se fizer necessário.

Ao desenvolver os conteúdos de matemática, o professor deverá sempre que

possível, dar condições para que sejam debatidas e levantadas opiniões relativas a

questões sociais, tais como: cultura afro, sexualidade, reciclagem de lixo e

tabagismo, considerando que esses temas são de suma importância para a

formação integral de nosso aluno. Tais questões, serão abordadas através de

situações problemas, projetos, discussões, debates e seminários, utilizando

diferentes fontes de pesquisa.

A Educação ambiental será trabalhada no momento em que se trabalhar

geometria, no cálculo de áreas, a questão da reserva legal e as APPs (áreas de

preservação permanente), além dos problemas causados por agrotóxicos nas

lavouras e o destino que é dado ao lixo reciclável nas propriedades.

A diversidade de gênero será abordado quando trabalhar o tratamento da

informação, pesquisas estatísticas, a valorização da mulher, e a questão da

igualdade em direitos e deveres entre homens e mulheres. O problema social

causado pelo fato de mulheres receberem menos para realizar o mesmo trabalho

que os homens. Também serão trabalhado através de palestras os problemas

discriminatórios, raciais ou de diversidade sexual.

Itens da Educação Fiscal serão trabalhados, fazendo análise dos recursos

recebidos pelo próprio colégio, procurando-se fazer pesquisas para se saber quais

os recursos arrecadados pela prefeitura municipal, e sua aplicação.

A Sala de Apoio à Aprendizagem de Matemática é oferecida como um

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oportunidade a mais aos alunos que apresentam defasagens de aprendizagem de

conteúdos dos anos anteriores, prevalecendo a ludicidade e respeitando as

particularidades de cada aluno.

Na Sala de Recursos Multifuncional: destaca-se a alfabetização matemática,

trabalhando as lacunas de aprendizagens apresentadas pelos alunos, com a

utilização de jogos que exigem e contribuem para a concentração e memorização.

4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação faz parte integrante do processo educativo, não sendo

considerada etapa de finalização. O conhecimento prévio dos alunos deve ser

respeitado, valorizado e compartilhado, reforçando o desenvolvimento de suas

capacidades e competências.

As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, atividades,

participação em atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem

contemplar explicações, justificativas e argumentações orais, uma vez que revela

aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes em avaliações

escritas.

A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhos-problemas ou

relatórios de atividades e pesquisas, trabalhos em grupo, tarefas individuais e provas

– constituem elementos importantes no processo da avaliação da aprendizagem do

aluno.

A avaliação terá pôr objetivo verificar o aprendizado dos educandos, e servirá

para que o educador altere suas metodologias e / ou estratégias de ensino, caso

sejam necessárias.

Serão utilizadas avaliações escritas (provas descritivas ou objetivas),

trabalhos de pesquisa e resolução de exercícios, individual ou em grupos.

Também poderá ser utilizada, como forma de avaliação, as observações do

professor quanto ao desempenho do educando durante as aulas.

Salientamos que a avaliação deverá servir como indicativo aos professores na

conduta de sua prática docente. Caberá ao professor buscar diversos

encaminhamentos e métodos avaliativos, desde o uso de materiais manipuláveis até

o conhecimento de vida do aluno, para poder dar condições de desenvolver suas

capacidades e ao mesmo tempo, respeitar suas limitações.

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Será oferecida a recuperação paralela concomitante aos conteúdos

trabalhados. Prevalecendo sempre a nota mais alta.

5 - BIBLIOGRAFIA

DANTE, Luiz Roberto; Matemática – Contexto & Aplicações - Ensino Medio - 2º Edição – São Paulo : Ática, 2013. IEZZI, Gelson [et al.]. Matemática: ciência e aplicações: Ensino Médio. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática do Estado do Paraná. Projeto Araribá: Matemática- Ensino Fundamental - obra coletiva. Editora Moderna. Editora responsável Mara Regina Garcia Gay- 4º edição- São Paulo 2014. SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática: Ensino médio. – 2 ed. – São Paulo: FTD, 2013. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do CEEBJA Casturina C. Bonfim

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PORTUGUÊS

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

PORTUGUÊS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Qualquer aprendizagem só é possível por meio da linguagem, já que é com

ela que se formaliza todo o conhecimento produzido nas diferentes áreas e que se

explica a maneira como o universo se organiza.

É com o domínio da linguagem e da língua materna que o indivíduo terá

condições de interagir, constituindo-se como ser histórico capaz de atuar e

transformar a sociedade em que vive.

Língua é, portanto, um sistema de signos específicos, históricos e sociais, que

possibilita significar o mundo e a sociedade, pois é através dela que o ser humano

se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista.

A proposta curricular desta disciplina traz como conteúdo estruturante o

discurso como prática social e se realiza pelas práticas da oralidade, leitura e a

escrita, nas suas diversas situações de uso funcional, valorizando as variedades

linguísticas, bem como a norma culta, nas circunstâncias em que esse conhecimento

seja necessário.

Tem como objeto de estudo a língua, como ponto de partida para a efetivação

das práticas discursivas, a análise linguística, a literatura (instrumento de

aprendizagem), servem de mediação para que o leitor adquira informações a serem

elaboradas para explicação prática na vida cotidiana, constituindo um espaço

dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho, levando o educando a

compreender as relações entre os textos literários e o contexto histórico, social,

político e cultural, valorizando-a como patrimônio cultural.

Dessa forma, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que

se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na

disciplina de língua, busca:

empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

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do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica

da oralidade, da leitura e da escrita;

aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais.

HISTÓRICO DA DISCIPLINA

As transformações dos estudos da língua e da linguagem, no Brasil e no

exterior, assim como dos estudos especificamente vinculados ao processo de ensino

e de aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna provocaram, nos

últimos anos, a reflexão e o debate acerca da necessária revisão dos objetos de

ensino em nossas salas de aula.

Num primeiro momento, por volta dos anos 1970, o debate centrou-se em

torno dos conteúdos de ensino. Tratava- se de integrar, às práticas de ensino e em

torno dos conteúdos de aprendizagem na escola, novos conteúdos além daqueles

tradicionalmente priorizados em sala de aula.

Essa primeira mudança de paradigma preconizava a importância de

compreender as dificuldades vivenciadas pelos alunos no processo de

aprendizagem à luz dos fatores envolvidos na variação linguística. Defendia- se,

portanto, que o planejamento, a execução e a avaliação dos resultados das práticas

de ensino e de aprendizagem levassem em conta fatores como classe social,

espaço regional, faixa etária, gênero sexual. Tais fatores, dizia- se, deveriam, ainda,

ser considerados em relação às situações de uso da língua que determinam tanto o

grau de formalidade e o registro utilizado quanto a modalidade de uso, se falada ou

escrita.

O que se defendia nesse momento, em síntese, era uma descoberta dos

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estudos científicos, de cujos efeitos apenas recentemente a Linguística se deu

efetivamente conta. Tratava-se, especificamente, de promover o debate sobre o fato

de que, se as línguas variam no espaço e mudam ao longo do tempo, então o

processo de ensino e de aprendizagem de uma língua – nos diferentes estágios da

escolarização – não pode furtar- se a considerar tal fenômeno. Ao mesmo tempo,

assumia- se que era necessário trazer à sala de aula textos que circulassem na

sociedade, não apenas os literários.

Não se pode dizer, entretanto, que tenha havido, nesse período, uma alteração

de fato significativa em termos de objetos de ensino, até porque, muitas vezes,

compreendeu-se que a defesa do respeito ao modo de usar a língua pelos diferentes

sujeitos e nas diferentes situações significava enfatizar o ensino de variedades

linguísticas não padrão. Abrir a escola para reflexões dessa natureza era

considerado como ameaça ao conhecimento sobre a língua que até então imperava

nas salas de aula.

Em outras palavras, no debate que então se estabeleceu, tais questões não

foram avaliadas por muitos em sua efetiva importância, a saber: a de que considerar

a variação e a mudança linguísticas como fatos intrínsecos aos processos sociais de

uso da língua deveria contribuir para que a escola entendesse as dificuldades dos

alunos e pudesse atuar mais pontualmente para que eles viessem a compreender

quando e onde determinados usos têm ou não legitimidade e pudessem, tendo

alcançado essa consciência social e linguística, atuar de forma também mais

consciente nas interações de que participassem, fossem elas vinculadas às práticas

orais ou às práticas escritas de interação. Pode- se complementar dizendo que

faltava uma certa convicção quanto à importância das questões relativas à variação

e à mudança linguísticas, como efeito, inclusive, da abordagem estruturalista nos

estudos linguísticos, que ainda vigorava, valorizando excessivamente o estudo da

forma.

É certo, também, que não se pode dizer que o estágio em que se

encontravam os estudos acerca da língua e da linguagem, naquela época,

apresentava sustentação teórica e metodológica que desse aos professores

condições para, em sua formação inicial e continuada, construírem os caminhos que

apenas se anteviam.

Isso porque, se o texto estava na sala de aula, o conhecimento sobre seu

funcionamento e, mais precisamente, sobre os usos da língua e da linguagem pelos

quais os textos se configuram eram ainda um dos grandes problemas dos estudos

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científicos e das abordagens pedagógicas até então propostas.

Não se trata, aqui, como já dito, de detalhar as razões pelas quais os estudos

da Linguística – de abordagem teórica ou aplicada – foram identificando a

necessidade de rever e redimensionar seus objetos de estudo. Mas o fato é que o

desenvolvimento do campo levou, posteriormente, mais especificamente nos anos

1980, a que se considerasse, grosso modo, que a variação dos usos da língua –

sendo afeita a variações individuais dos produtores e dos receptores bem como a

variações das situações de interação – só seria efetivamente compreendida (e isso

pelos professores, pelos alunos e pelos próprios linguistas) quando considerada na

materialidade do texto e em relação ao contexto de produção de sentido, o que

envolve tanto o contexto imediato em que se dá a interação quanto a esfera social

de que ela emerge.

Dizendo de outra maneira, esse período foi marcado, junto à comunidade

acadêmica, por um relativo consenso sobre o fato de que entender os usos da

língua significa considerar os recursos e os arranjos pelos quais se constrói um

texto, num dado contexto. Foi, então, que ganharam força os estudos acerca da

construção da configuração textual, particularmente sobre os mecanismos pelos

quais se manifesta a coesão dos textos bem como sobre os elementos que

concorrem para a coerência textual.

Isso produz uma mudança sensível de paradigma: o texto passa a ser visto

como uma totalidade que só alcança esse status por um trabalho conjunto de

construção de sentidos, no qual se engajam produtor e receptor. Ressalte-se, aliás,

que essa nova perspectiva passa a ser essencial para o amplo desenvolvimento dos

estudos dos gêneros discursivos no momento atual. Não se pode dizer, porém, que

houvesse, naquela ocasião, condições efetivas para que se compreendessem, de

forma plena, as variações encontradas no processo de produção e/ou recepção dos

textos em suas múltiplas dimensões:

(a) linguística, vinculada, portanto, aos recursos linguísticos em uso

(fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais);

(b) textual, ligada, assim, à configuração do texto, em gêneros discursivos ou

em sequências textuais (narrativa, argumentativa, descritiva, injuntiva, dialogal);

(c) sociopragmática e discursiva, relacionada, por conseguinte:

• aos interlocutores;

• a seus papéis sociais (por exemplo, pai/filho, professor/aluno,

médico/paciente, namorado/namorada, irmãos, amigos, etc., que envolvem relações

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assimétricas e/ou simétricas);

• às suas motivações e a seus propósitos na interação (como produtores e/ou

receptores do texto);

• às restrições da situação (instituição em que ocorre, âmbito da interação

(privado ou público), modalidade usada (escrita ou falada), tecnologia implicada,

etc.);

• ao momento social e histórico em que se encontram engajados não só os

interlocutores como também outros sujeitos, grupos ou comunidades que

eventualmente estejam afeitos à situação em que emerge o texto.

(d) cognitivo-conceitual, associada aos conhecimentos sobre o mundo –

objetos, seres, fatos, fenômenos, acontecimentos, etc. – que envolvem os conceitos

e suas inter-relações.

Não se está dizendo, naturalmente, que os estudos linguísticos não haviam

investigado tais questões. Esses aspectos eram de interesse já há algum tempo;

alguns deles já haviam sido amplamente investigados, mas estava sendo construída

uma compreensão mais clara acerca das relações entre as dimensões que

efetivamente interferem e orientam a produção e a recepção de um texto.

Deve-se ressaltar, aliás, que, quanto mais se aprofunda a compreensão

desses aspectos, mais ganha força a ideia de que a existência de um texto depende

de que alguém o processe em algum contexto; por isso estudar os fatores que

concorrem para a textualização é uma atividade que exorbita o espaço da

materialidade textual, mas, inegavelmente, nela se ampara.

O risco em relação à apropriação dos estudos que desde então têm sido

desenvolvidos é o de que sua abordagem em sala de aula se limite à mera

identificação e classificação dos fenômenos linguísticos num dado texto. Isso porque

o que se tem nessa forma de abordagem dos fenômenos é a duplicação de práticas

classificatórias e prescritivas vinculadas às gramáticas pedagógicas tradicionais,

adotando-se apenas uma nova nomenclatura, agora vinculada à Linguística Textual,

às Teorias da Enunciação e/ou à Análise do Discurso.

Findo o percurso aqui focalizado e destacando-se as consideráveis

transformações de enfoque na disciplina Língua Portuguesa a partir dos anos 1970,

os conteúdos mínimos devem ser pensados em termos do desenvolvimento da

capacidade de ação de linguagem dos sujeitos.

METODOLOGIA

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A prática do ensino de Língua Portuguesa deve proporcionar aos alunos

oportunidades diversas de se expressar tanto oralmente como por escrito,

permitindo que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios

pontos de vista, numa parceria real em sala de aula, dando voz, escutando o que

eles têm a dizer em experiência de uso concreto da língua.

Entendemos que o ensino da Língua Portuguesa deve pautar-se em uma

concepção de linguagem que privilegie a história, o sujeito e o contexto, uma vez

que os significados, são sociais, e historicamente construídos. Em se tratando do

estudante da EJA, não podemos deixar de considerar suas vivências, o

conhecimento adquirido no mundo do trabalho e os eixos: cultura, trabalho e tempo,

tendo o trabalho como base para toda a ação pedagógica.

Sendo assim procuraremos ampliar o conhecimento linguístico e discursivo

dos alunos para que eles possam entender os discursos que os cercam e tenham

condições de interagir com esses discursos, seja por meio da leitura, da oralidade e

da escrita. Nas aulas de Língua Portuguesa serão proporcionadas atividades que

contribuam para que os estudantes tenham condições de atuar na sociedade,

demarcar sua voz no contexto social.

As possibilidades com a oralidade são muito ricas e nos apontam diferentes

caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, troca de

opiniões, contação de histórias, causos, piadas, declamações de poemas,

representação teatral, relatos de experiências, entrevistas, etc. Assim estarão

refletindo sobre o quê e como dizer, realizando um processo de elaboração do

pensamento e da linguagem.

Quanto à leitura, o trabalho se dará a partir de uma ampla variedade de

textos em suas diversas épocas e situações sociais como: notícias, crônicas, piadas,

poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações,

charges, romances, contos, etc..

É importante considerar que o leitor atribui sentidos ao texto, utilizando o que

já conhece e lançando hipóteses a respeito do que vai ler, num processo ativo e

reflexivo. Além do texto em si, o leitor leva em conta fatores extralinguísticos. Cabe

então, ao professor, considerar as diferentes interpretações, usando do bom senso

de observador e leitor, para definir se a interpretação feita pelo aluno é procedente

ou não.

No que se refere à escrita será pensada e trabalhada em uma perspectiva

discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através

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da prática textual. O aluno precisará compreender os mecanismos de funcionamento

de um texto, que são diversos da oralidade, e, depois internalizar essas diferenças,

amadurecendo gradativamente na produção de textos, cuja intenção é provocar

uma ação no mundo. Para que isso aconteça, tanto o aluno quanto o professor,

necessitam planejar o que será produzido.

Em seguida, escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e,

finalmente, revisar, reestruturar e reescrever esse texto. Também vale lembrar que é

importante saber quem será o leitor do texto, quem será o seu destinatário, para que

se possa adequar a linguagem utilizada. E por último, é relevante que se garanta a

socialização da produção, seja através de um mural ou um rodízio, ou uma

coletânea para que todos leiam todas as produções.

O ensino da literatura acontecerá a partir dos pressupostos teóricos da

estética da recepção e também da perspectiva rizomática, levando o aluno a

valorizar a leitura, a fruição, sem perder de vista a dimensão histórica da obra,

desenvolvendo, assim, o gosto e o hábito pela leitura. Para atingir esse objetivo, o

trabalho será desenvolvido a partir dos mais variados tipos de textos.

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com esses alunos deve

voltar-se para a observação e análise da língua em uso o que inclui morfologia,

sintaxe, semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações e diferenças

entre língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível

textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema

linguístico.

O ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou regras a serem

construídas, com a mediação do professor, deve ocorrer somente após o aluno ter

realizado a experiência e interação com o texto.

Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios

tradicionais, e passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto,

como é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases,

parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor, além disso, o

aluno refletirá e analisará a adequação do discurso, considerando o destinatário e o

contexto de produção e os efeitos de sentido provocados pelos recursos linguísticos

utilizados no texto.

Além dessa dimensão mais voltada às práticas sociais do uso da linguagem, o

estudo da Língua Portuguesa envolve, também, a reflexão acerca de seu

funcionamento, isto é, dos recursos estilísticos que mobiliza e dos efeitos de sentido

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que produz.

Participamos de um mundo que fala, escuta, lê, escreve e discute os usos

desses atos de comunicação. Os estudantes da EJA, jovens, adultos e idosos são

diariamente expostos às mais diversas situações comunicativas. Sendo assim é

imprescindível que estes cidadãos, atuantes na sociedade, entendam a dinâmica de

organização que rege a sociedade, bem como interpretem as sutilezas de seu

funcionamento.

O trabalho com a oralidade e a escrita precisa animar a vontade de explicar,

criticar e contemplar a realidade, pois as palavras são instrumentos essenciais para

a compreensão e o maravilhamento.

Em uma série de circunstâncias, a necessidade do uso da linguagem se

manifesta: da leitura do nome das placas à leitura de jornais, textos científicos,

poemas e romances; da elaboração de um bilhete à comunicação e expressão de

pensamentos próprios e alheios. Daí a importância de uma disciplina que possibilite

ao aluno da EJA ter uma experiência ativa na elaboração de textos, um ensino que

discuta o papel da linguagem verbal, tanto no plano do conteúdo como no plano da

expressão. É importante a percepção de que a língua é um instrumento vivo,

dinâmico, facilitador, com o qual é possível participar ativamente, expressar ideias

oralmente e por escrito, antes de tudo, uma prática social que se dá na interação

com o outro.

Tendo como conteúdo estruturante: O discurso como prática social, para o

trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como essenciais, os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,

de acordo com o Projeto Político Pedagógico, ou seja, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

etapas.

A seguir, listamos os conteúdos básicos do Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes na disciplina,

ressaltando que estes serão devidamente detalhados no Plano de Trabalho Docente.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ENSINO FUNDAMENTAL:

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frase, oração, período, sujeito, tipos de sujeito, predicado, os verbos no predicado,

vozes verbais e tipos de período, adjunto, complemento, aposto, vocativo, ortografia,

período composto por coordenação, orações coordenadas, período composto por

subordinação, regência verbal e nominal, crase, semântica: mas e mais, há e a,

porque, porquê, por que e por quê... fonemas e sílabas, classes gramaticais.

Gêneros: carta, selos postais, cordel em versos, biografia, autobiografia, mito,

crônica, conto, poema, propaganda, reportagem, charge, tirinha, paródia, entrevista,

currículo, pintura, debate, seminário, artigo de opinião, fotos, músicas, provérbios,

relatos de experiências, esculturas, fábulas, haicai, histórias em quadrinhos,

memórias, narrativas: de aventura de humor, de terror, fantásticas, míticas, pinturas,

Letras de músicas, textos dramáticos, exposição oral, pesquisas, resenha, resumo,

texto argumentativo, texto de opinião, verbetes de enciclopédia, anúncio de

emprego, classificados, crônica jornalística, editorial, notícia, e-mail, folder,

publicidades, filmes, dentre outros textos pertencentes as esferas sociais: cotidiana,

literária e artística, escolar, imprensa, publicitária, política, jurídica, produção e

consumo e midiática.

Práticas discursivas:

Leitura: conteúdo temático; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade;

argumentos do texto; contexto de produção; intertextualidade; vozes sociais

presentes no texto; elementos composicionais do gênero; contexto de produção da

obra literária; marcas linguísticas: coesão coerência, função das classes gramaticais,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, itálico; progressão

referencial; semântica, operadores argumentativos; modalizadores; figuras de

linguagem.

Escrita: conteúdo temático; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade;

contexto de produção; intertextualidade; vozes sociais presentes no texto;

elementos composicionais do gênero; progressão referencial; relação de causa e

consequência entre as partes e elementos do texto; semântica; operadores

argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; marcas linguísticas; coesão;

coerência; função das classes gramaticais nos textos; conectores, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; vícios de linguagem; sintaxe

de concordância; sintaxe de regência.

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Produção de texto: carta, poema, autobiografia, biografia, mito, crônica, conto,

propaganda, charge, tirinha, paródia, currículo, debate, seminário, entrevista,

reportagem, artigo de opinião...

Oralidade: conteúdo temático; finalidade, intencionalidade; papel locutor e

interlocutor; elementos extralinguísticos: entonação, expressões - facial, corporal, e

gestual, pausas...; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala, variações

linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias, repetição; elementos semânticos; adequação da fala ao

contexto; diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; discurso

ideológico presente no texto.

CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ENSINO MÉDIO

Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de

comunicação e informação – modos de organização da composição textual;

atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas

sociais – públicas e privadas.

Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social,

concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos –

produção literária e processo social; processos de formação literária e de formação

nacional; produção de textos literários, sua recepção e a constituição do patrimônio

literário nacional; relações entre a dialética cosmopolitismo/localismo e a produção

literária nacional; elementos de continuidade e ruptura entre os diversos momentos

da literatura brasileira; associações entre concepções artísticas e procedimentos de

construção do texto literário em seus gêneros (épico/narrativo, lírico e dramático) e

formas diversas; articulações entre os recursos expressivos e estruturais do texto

literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção;

representação literária: natureza, função, organização e estrutura do texto literário;

relações entre literatura, outras artes e outros saberes.

Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da

língua, procedimentos de construção e recepção de textos – organização da

macroestrutura semântica e a articulação entre ideias e proposições (relações

lógico-semânticas).

Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos:

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argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa – formas de

apresentação de diferentes pontos de vista; organização e progressão textual;

papéis sociais e comunicativos dos interlocutores, relação entre usos e propósitos

comunicativos, função sociocomunicativa do gênero, aspectos da dimensão espaço-

temporal em que se produz o texto.

Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma

culta e variação linguística – uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto

em que o texto é constituído: elementos de referência pessoal, temporal, espacial,

registro linguístico, grau de formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais;

uso dos recursos linguísticos em processo de coesão textual: elementos de

articulação das sequências dos textos ou a construção da microestrutura do texto.

Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação: impacto e

função social – o texto literário típico da cultura de massa: o suporte textual em

gêneros digitais; a caracterização dos interlocutores na comunicação tecnológica; os

recursos linguísticos e os gêneros digitais; a função social das novas tecnologias.

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS:

Trabalharemos Gêneros Textuais, temas e práticas pedagógicas diversas, que

tratem sobre Desafios os Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental e o

sistema de Educação Ambiental – Deliberação Nº 04/2013 do CEE/PR que

estabelece as normas estaduais para a educação ambiental no Sistema Estadual de

Ensino do Paraná -; Decreto 4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência

contra a criança e adolescente; Direto das crianças e dos adolescentes, LF L. no

11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educando para as Relações

Étnico-Raciais e ensino de História e cultura Afro-brasileira e africana – Lei

10.639/03; Cidadania e Direitos Humanos e as leis: Lei 13.381/01 “História do

Paraná”, Lei 9.795/99 “História e cultura Afro-Brasileira e Indígenas – Lei 11.645/08;

Educação para o envelhecimento digno e saudável – Lei 11.863/97 – institui a

política estadual dos direitos do idoso – CEDI/PR; Lei 10.741/2003 – Estatuto do

idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional”. Educação Tributária Dec. no

1.143/99. Essas temáticas serão contempladas em todas as práticas discursivas:

leitura, oralidade e escrita.

POSSIBILIDADE DE RELAÇÃO COM AS TEMÁTICAS DA DIVERSIDADE

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Variedades linguísticas / preconceito linguístico; autobiografia – identidade:

preconceito de idade gráficos e indicadores: mulher e trabalho, diferenças entre

homens e mulheres no trabalho – músicas e textos literários: o papel da mulher na

sociedade, a influência africana na cultura brasileira e características ortográficas;

palavras de origem indígena; cultura popular, fala e provérbios... além de gêneros

textuais variados (literários e não literários), que possibilitem discussões, reflexões,

debate e produção escrita sobre: a luta dos negros; diversidade étnica e cultural;

diversidade religiosa; necessidades especiais; desigualdade econômica...

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

A carga horária de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental é de 336

H/A. O aluno com aproveitamento de 25% (6º ano) eliminará os conteúdos que

compõem a primeira e a 2ª avaliação e terá que frequentar 252 h/a (63 h/a por

avaliação) ; com aproveitamento de 50% (7º ano), eliminará a 1ª, 2ª e 3ª

avaliações, a carga horária será 168 h/a (aproximadamente 34 h/a por avaliação);

com aproveitamento de 75% (8º ano) eliminará 4 avaliações e terá que frequentar

84 horas (42 h/a por avaliação) e fazer as atividades do livro 9,

A carga horária de Língua Portuguesa para o Ensino Médio é de 208 H/A e o

aluno deverá ter 6 médias. Cada média será obtida pela soma de 3 instrumentos de

avaliação, sendo: 3,0+3,0+4,0=10,0 - 2 trabalhos e uma avaliação. O aluno com

aproveitamento de estudos de 25% eliminará os conteúdos que compõem a primeira

e a 2ª avaliação e reduzirá 52 h/a; com aproveitamento de 50%, eliminará a 1ª, 2ª e

3ª avaliações. A carga horária será aproximadamente 36 h/a por avaliação).

ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Levando em consideração a inclusão aos alunos com dificuldades de

aprendizagem e deficiência intelectual, será feita a flexibilidade do currículo e

adaptações pedagógicas, tendo como perspectiva, o reconhecimento e a atenção à

adversidade do alunado. Esta ação deve oferecer atividades diferenciadas, como por

exemplo: avaliações e trabalhos para garantir a aprendizagem destes alunos.

AVALIAÇÃO

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A avaliação será contínua e dará prioridade à qualidade e ao desempenho do

aluno ao longo do ano letivo.

Adotaremos, portanto a avaliação formativa – avaliação contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre

os quantitativos e do resultado ao longo do período sobre os de eventuais provas

finais -, esse procedimento de avaliação considera que os alunos possuem ritmos e

processos de aprendizagens e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Sob estas

perspectivas os alunos serão avaliados das seguintes formas:

Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de

ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala

são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o

professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação

que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se

posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários,

discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou

informais, tendo em vista o resultado esperado.

Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,

relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de

posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor

em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,

o argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os

conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a

partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte

textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de

se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.

Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de

mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do

horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões,

debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a

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partir do texto.

Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,

nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto

escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo- textuais, verificando: a

adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o

contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência

textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se

posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No

momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do

texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de

cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou

conectivos.

Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em

todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática

pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser

avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem

compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá

avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a

percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e

estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e

modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,

tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem

incluí-los em outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

RECUPERAÇÃO PARALELA

Considerando as peculiaridades da EJA, A recuperação será organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

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diversificados, e se dará da seguinte forma: serão realizadas entre 4 a 5 atividades e

destas, optaremos por aquelas nas quais o estudante demonstre maior

desempenho, assim não haverá necessidade de momentos específicos para a

recuperação, pois ela ocorrerá de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados

durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as

necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

REFERÊNCIAS: ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003._____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007. BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001. BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. SILVA, Cicero de oliveira, Elizabeth Gavioli de Oliveira silva, Greta Nascimento Marchetti - EJA – Coleção Tempo de Aprender – volumes 1, 2, 3, 4 São Paulo, 2009, 2ª Edição IBEP. _____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Ceebja Casturina C. Bonfim - Projeto Político Pedagógico, 2016 Estado do Paraná - Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa. _____ - Caderno de Expectativas de Aprendizagem Faraco, Carlos Emílio – Língua Portuguesa: Linguagem e Interação Carlos Emílio Faraco, Francisco Marto de Moura, José Hamilton Maruxo Júnior – São Paulo, Ática, 2010.

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QUÍMICA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

QUÍMICA – ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA ANO 2017

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A proposta para a organização metodológica das práticas pedagógicas de

EJA, deve levar em consideração os três eixos articuladores propostos para as

Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar,

intrinsecamente, ligados. Tais eixos foram definidos tendo em vista a concepção de

currículo como um processo de seleção da cultura, bem como pela necessidade de

se atender ao perfil do educando da EJA. A cultura compreende toda forma de

produção da vida material e imaterial e compõe um sistema de significações

envolvido em todas as formas de atividade social. DCEs, ( 2005 ).

O trabalho compreende, assim, uma forma de produção da vida material a

partir do qual se produzem distintos sistemas de significação. É a ação pela qual o

homem transforma a natureza e, nesse processo, transforma-se a si mesmo. É,

portanto, produção histórico-cultural que atribui à formação de cada novo indivíduo,

também, essa dimensão histórica. A ênfase no trabalho como princípio educativo

não deve ser reduzida à preocupação em preparar o trabalhador apenas para

atender às demandas do industrialismo e do mercado de trabalho, nem apenas

destacar as dimensões relativas à produção e às suas transformações técnicas. E

na dimensão escolar, o tempo de cada educando compreende um tempo definido

pelo período de escolarização e um tempo singular de aprendizagem, que no caso

dos educandos da EJA é bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa

modalidade de ensino que busca atender, ainda, o tempo de que o educando dispõe

para se dedicar aos estudo. DCEs, ( 2005).

A proposta curricular de Química para o Ensino Médio, contempla o estudo da

matéria, sua composição e transformação, bem como a forma de energia para

transformá-la, suas implicações sociais e uso. Sendo assim o conhecimento químico

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deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor de forma que a

aprendizagem dos conceitos químicos saia do senso comum para o conhecimento

científico mais elaborado. Inserir o aluno na cultura científica, com práticas

experimentais, observações, aulas investigativas, análise de situações cotidianas,

faz com o os mesmos relacionem a Química com o seu cotidiano e construam

conhecimentos científicos mais significativos.

A busca de uma explicação para a matéria e suas transformações foi objeto

de preocupação de alguns pensadores desde antes de cristo. Com o domínio do

fogo aprenderam algumas técnicas que colaboraram para a melhoria da qualidade

de vida na época. Em 1500 a.C. os egípcios já utilizavam técnicas como a

fabricação de objetos cerâmicos por meio do cozimento da argila, a extração de

corantes de certos animais e vegetais, a obtenção do vinagre e bebidas alcoólicas

não-destilada, a produção de vidro e alguns metais e a conservação de múmias. Por

volta de 478 a.C. o filósofo grego Leucipo apresentou a primeira teoria atômica de

que se tem notícia. Mais tarde então surge a alquimia uma mistura de ciência, arte e

magia, que floresceu durante a idade média, tendo uma dupla preocupação, a busca

do “elixir da longa vida” que garantia a imortalidade e a cura das doenças do corpo e

a descoberta de um método para a transformação de metais comuns em ouro,

conhecido como “pedra filosofal”. Na China as especulações dos alquimistas

conduziram ao domínio de muitas técnicas de metalurgia e a descoberta da pólvora.

No início do sec. XVIII o químico Lavoisier desenvolve a experimentação e no

início do sec. XIV impulsionado pela indústria surge a química moderna uma ciência

que procura através de técnicas específicas, desenvolve formas de sintetizar,

purificar e manipular os elementos químicos. Muitas substâncias químicas são

criadas a partir da união de determinados elementos naturais.

Ao longo da História a química vem sofrendo transformações, no intuito de

melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ela está presente em todos os lugares e

em todas as coisas que podemos ou não visualizar. Tudo em nosso planeta é

formado por partículas, substâncias e elementos químicos. A indústria química

trabalha no sentido de colocar os conhecimentos e procedimentos para a elaboração

de produtos, alimentos e materiais de usos diversos. Em fim é por isso que a

química se faz necessário cada dia mais ser compreendida para que possamos lutar

para que os benefícios trazidos por ela ultrapassem de longe os prejuízos que ela

possa causar. Daí a importância do estudo da química em nossos dias, pois ela

procura viabilizar o relacionamento harmonioso entre seres vivos incluindo o homem

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e o meio ambiente.

É essencial que os alunos conheçam a história e saibam lidar com a

linguagem química, que compreendam e utilizam os conhecimentos científicos e

tecnologias. Observando que a vida do ser humano e o equilíbrio do meio ambiente

dependem desse conhecimento, e que a partir daí sejam capazes de tomar decisões

na busca da melhoria da qualidade de vida, em respeito aos interesses coletivos e

individuais.

JUSTIFICATIVA:

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação

Básica do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008) o objetivo do ensino de química é

formar alunos que se apropriem dos conhecimentos químicos e sejam capazes de

refletir criticamente sobre o meio em que estão inseridos. Já o art. 37 da LDB

9.394/96 destaca que “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que

não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria” (BRASIL, 1996).

Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, não basta apenas passar

informações aos educandos, é necessário capacitá-los para aquisição de

competências, preparando-os para enfrentar os novos desafios, com linguagens e

tecnologias mais adequadas ao mundo globalizado (Piconez, 2002).

Desse modo é necessário valorizar o que o aluno traz de suas vivências e

envolve- los em práticas ou situações cotidianas despertando um maior interesse

dos mesmos (Cavalcanti, 2010), permitindo assim construir os conhecimentos

científicos. Dessa forma, o ensino de química deixa de ser visto como conteudista

para ser compreendido como processo de formação de conceitos científicos,

possibilitando a sua interação com o mundo, formando cidadãos conscientes e

críticos, os quais podem intervir na sociedade em que vivem.

Mostrar a química a partir do cotidiano do aluno transforma em um sujeito

mais crítico e apto para enfrentar uma nova realidade. Aplicando atividades

experimentais e da observação o aluno sai do senso comum para um conhecimento

cientifico mais elaborado fazendo relação da disciplina de química com o seu

cotidiano torna o conteúdo mais significativo (Chassot , 2004).

Estudar química e conhecer-se a si mesmo, entrar em um mundo minúsculo e

transportar para o mundo real compreendendo os fenômenos que ocorrem com a

matéria. Quando o aluno entender essas ideias, compreenderá e a utilizará em sua

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vida cotidiana e social, podendo viver e sobreviver numa sociedade cientifica e

tecnológica.

OBJETIVOS GERAIS

Oferecer condições ao educandos para participarem da construção de seus

conhecimentos científicos e sejam capazes de refletir criticamente sobre o

período histórico atual e atuem de maneira mais crítica e consciente.

Proporcionar a compreensão dos conceitos da disciplina de química de forma

integral e contextualizada, de maneira que o educando se veja participante de um

mundo em constante mudança e desperte o interesse em contribuir para melhorar a

comunidade onde está inserido(a)

Desenvolver a capacidade crítica e investigativa, observando a evolução da

ciência, juntamente com seus benefícios e prejuízos e assim formar indivíduos

pensantes em busca da melhoria da qualidade de vida.

Desse modo, a disciplina de Química na EJA, pode

a partir de conhecimentos prévio dos educandos, possibilitar a construção do

conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que

possa argumentar e se posicionar criticamente na sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com as DCE os conteúdos estruturantes devem estabelecer

relação com os conteúdos básicos e ao cotidiano da comunidade onde a escola está

inserida. Tendo como conteúdos estruturantes matéria e sua natureza,

biogeoquímica, química sintética.

Matéria e sua natureza: é o conteúdo estruturante que identifica a disciplina

de Química, por se tratar da essência da matéria. É ele que abre caminho para um

melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes. A abordagem da história

da Química é necessária para a compreensão de teorias e, em especial, dos

modelos atômicos. A concepção de átomo é imprescindível para que se possam

entender os aspectos macroscópicos dos materiais com que o ser humano está em

contato diário e perceber o que ocorre no interior das substâncias, ou seja, o

comportamento microscópico.

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Biogeoquímica: este conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações

existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera. Historicamente, constitui-se a

partir de uma sobreposição de biologia, Geologia e Química.

Química sintética: este conteúdo estruturante foi consolidado a partir da

apropriação da Química na síntese de novos produtos e novos materiais, e permite o

estudo que envolve produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia (conservantes,

acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes e agrotóxicos.

MÉDIAS CONTEÚ

DOS ESTRUTURAN

TES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA

NATUREZA BIOGEOQUÍMICA

MATÉRIA

- Introdução Química; - Constituição da matéria; - Propriedades e transformações; - Modelos atômicos - Configuração Eletrônica; - Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

- Substancias simples e compostas; - Misturas; - Métodos de separação.

QUÍMICA SINTÉTICA

LIGAÇÃO QUÍMICA

- Tabela periódica; - Propriedades dos materiais; - Tipos de ligações químicas; - Ligação Metálica;

MATERIA E SUA NATUREZA

FUNÇÕES QUIMICAS

- Funções Inorgânicas; - Ácidos; - Bases; - Sais; - Óxidos.

SOLUÇÃO

- Tabela periódica; - Solubilidade; - Concentração; - Dispersão e Suspensão;

BIOGEOQUÍMICA

VELOCIDADE

DAS REAÇÕES

- Relações Químicas; -Representações das reações químicas;

QUÍMICA SINTÉTICA

REAÇÕES QUÍMICAS

- Princípios da termodinâmica; - Calorias; -Reações exotérmicas e endotérmicas; - Equações termoquímicas;

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MATERIA E SUA

NATUREZA BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTIC

A

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

EQUILIBRIO QUIMICO

RADIOATIVIDADE

FUNÇÕES QUIMICAS

ÓXIDO-REDUÇÃO

- Condições fundamentais para Ocorrência d a s r e a ç õ e s ; - Cálculo da velocidade da reação; - Fatores que influenciam a velocidade da reação. - Lei da velocidade das reações químicas - Reações químicas reversíveis; - Relações matemáticas e o equilíbrio químico; - Deslocamento de equilíbrio - Concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores; - Elementos químicos radioativos; - Emissões radioativas - Leis da radioatividade; - Fenômenos radioativos (fusão e fusão nuclear); - Funções orgânicas; - Isometria. - Reações químicas; - Número de oxidação; - Reações de oxido- redução; -Pilhas, Baterias e eletrólise.

METODOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUIMICA

Para que a aprendizagem em química aconteça é necessário valorizar o que

o aluno traz de suas vivências e envolve-los em práticas ou situações cotidianas

despertando um maior interesse dos mesmos (Cavalcanti, 2010), permitindo assim

construir os conhecimentos científicos. Dessa forma, o ensino de química deixa de

ser visto como conteudista para ser compreendido como processo de formação de

conceitos científicos, possibilitando a sua interação com o mundo, formando

cidadãos conscientes e críticos, os quais podem intervir na sociedade em que vivem.

Com isso será utilizado de múltiplas modalidades didáticas, para dinamizar as aulas

e, sobretudo motivar e facilitar a aprendizagem dos alunos. Dentre elas: aulas

expositivas, práticas laboratoriais que busquem explicar fenômenos observados,

aulas investigativas, utilização de mídias disponíveis na escola, utilização do

laboratório de informática, livro didático público, realização de trabalhos em grupo e

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individual, leituras de textos e artigos científicos, exercícios de fixação, pesquisas e

projetos desenvolvidos durante o ano letivo.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos : Educação Ambiental e o

sistema de Educação Ambiental - Lei Nº 9.795/99 - Deliberação Nº 04/2013 do

CEE/PR que estabelece as normas estaduais para a Educação Ambiental no

Sistema Estadual de Ensino do Paraná ; Decreto 4201/02 Educação Fiscal -

Educação Tributária Dec. no 1.143/99; Enfrentamento à Violência contra a criança e

adolescente; Direito das crianças e dos adolescentes - Lei 11525/07; Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas; As Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e cultura

Afro-brasileira e africana – Lei 10.639/03; Cidadania e Direitos Humanos – Gênero e

Diversidade Sexual, Diversidade Educacional e Inclusão; As leis:13.381/01 “História

do Paraná”, Lei 9.795/99; Educação do Campo (DCE do Campo); História e cultura

Afro-Brasileira e Indígenas – Lei 11.645/08; Educação para o Envelhecimento Digno

e Saudável – Lei 11.863/97 – Institui a PolíticaEstadual dos direitos do Idoso –

CEDI/PR; Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso que reafirma e ratifica a tarefa

educacional”.Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99); Educação Fiscal (Portaria

413/2002) e Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99). Educação Fiscal (Portaria

413/2002). Dentre estes Desafios Educacionais Contemporâneos citados acima os

que serão contemplados na disciplina de química durante o ano letivo são:

- Lei 11645/08- História e cultura dos povos indígenas – preparo de soluções

e os elementos químicos

- Lei 9795/99 – Educação ambiental; metais pesados no ambiente e suas

consequências ao organismo humano, óxidos produtores do aquecimento global e a

chuva ácida.

- Lei 10639/03- História e cultura Africana e Afrodescendente- sais

(conservação e preparação dos alimentos) e química orgânica - a melanina

- Lei 11.863/1997 e 10.741/2003 Educação para o envelhecimento saudável e

estatuo do idoso -quantidade de calorias para pessoas idosas e informações dos

rótulos dos alimentos para evitar sobrepeso, excesso de sódio, gorduras, açucares e

outros aditivos causadores de problemas de saúde

- Lei 17.5051/2013 educação ambiental- Problemas ocasionados pela

radiação. Alimentos irradiados bom ou ruim, poluição provocada pelo vazamento do

petróleo, consumismo, reciclagem e consumo sustentável.

- Decreto 4201/02 Educação Fiscal - Educação Tributária - termoquímica-

rótulos dos alimentos (calorias, informação nutricional e taxas).

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- Lei 11525/07; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – funções orgânicas

nitrogenadas.

AVALIAÇÃO:

A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do

processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática

pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja

uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve

usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos

alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, pesquisas

bibliográficas, relatórios de aula em laboratório, apresentação de seminários,

questionários e avaliações entre outros.

Será diagnosticada possibilitando ao aluno a re-elaboração de sua visão de

questionar, assegurando o domínio da realidade. Portanto, deve ser feita de forma

processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade.

Esse processo será no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,

portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. O processo de

recuperação de estudos do aluno seguirá paralela ao longo da série do período

letivo. Assumindo o mesmo caráter de continuidade para que apresente um bom

aproveitamento com que esteja encontrando a dificuldade. A recuperação realizar-

se-á durante todo o processo de aprendizagem, a mesma será paralela e simultânea

às atividades e avaliações que o aluno desenvolve, no momento que detecta

dificuldades na aprendizagem.

Serão (04) quatro médias (no valor de 10,0). Sendo usado no mínimo (03)

três atividades avaliativas (duas no valor de 3,5 e uma no valor de 3,0) e o somatório

destas atividades iguais a 10,0.

As adaptações curriculares (MEC/SEESP/SEP 919980), serão realizadas

visando à flexibilização do currículo, contemplando as necessidades individuais

especiais de todos os alunos. A avaliação segue o regimento escolar e a

recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino aprendizagem.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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BRASIL. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna. Volume único. São Paulo:Editora Scipione, 1997.

CAVALCANTI, Jaciene Alves; FREITAS, Juliano Carlo Rufino de; MELO, Nascimento de; FILHO, João R. de Freitas. Agrotóxicos: Uma Temática para o Ensino de Química, Química Nova na Escola, v. 32, nº 1, fevereiro, 2010, p. 31-36.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2º ed. São Paulo: Moderna, 2004.

FELTRE, RICARDO, Físico- Química, v. 2.São Paulo, Moderna.2004 _________________ Química Geral, v. 1.São Paulo, Moderna.2004 _________________ Química Orgânica, v. 3. São Paulo, Moderna.2004 _________________ 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004

LISBOA, F.C.J Química. Ser Protagonista. Vol 1,2,3. São Paulo, SM.2010

MACEDO, U.M. & CARVALHO A. Química. Vol. Único. Novo horizonte.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: Professor/Pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do estado do Paraná, 2008. ________________ Diretrizes curriculares da educação de jovens e adultos no estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED – PR, jan. de 2005. _____________________________________ LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. Química: Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PERUZZO, T. M. & CANTU, E. L. QUIMICA. Vol. Único. São Paulo, Moderna.

PICONEZ, S. C. B. Educação Escolar de Jovens e Adultos. Campinas, São Paulo: Papirus, 2002.

RUSSEL, JB. Química Geral. São Paulo: Editora McGraw – Hill, 1981.

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SANTOS, Wildson Luiz Pereira; MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. Volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005.

SARDELLA, ANTONIO, Química, volume único, 2000.

__________________ Química volume único, série novo ensino médio. TERUKO Y. UTIMURA & MARIA LINGUANOTO, Química fundamental, v. único. USBERCO & SALVADOR, Química, volume único.

VANIN J.A. Alquimistas e Químicos. O passado, o presente e o futuro. São Paulo: Editora Moderna, 1994.

VIDAL, B. História da Química. Lisboa. Edições 70, 1986.

PPP – PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO CEEBJA CASTURINA C.BONFIM REGIMENTO ESCOLAR DO CEEBJA CASTURINA C.BONFIM.

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SOCIOLOGIA

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim

ANO: 2017

CONCEPÇÃO DO ENSINO Historicamente a sociedade tem assumido características capitalistas e a

busca da compreensão destas entre outras coisas, tem sido a preocupação da

Sociologia para sua consolidação como ciência.

O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas

mudanças na organização social que fizeram com que seus contemporâneos

buscassem explicações para os fenômenos sociais com os quais convivem.

As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente alteradas

pelas experiências da modernidade que propõe entre outras coisas, a utilização da

razão como formatadora da realidade. Sendo assim, várias relações sociais

cotidianas foram transformadas neste processo.

O capitalismo com sua nova forma de organização das relações sociais e de

trabalho, traz em seu bojo questões econômicas/culturais que precisam de

respostas. Surgem então os pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas

questões através da elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob

diferentes olhares e posicionamentos políticos.

Com Auguste Comte (1798–1857) surge o termo Sociologia, este autor

buscará criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava

que a ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a

ordem levaria ao progresso.

Émile Durkheim (1858–1917) irá utilizar-se de conceitos de Comte na

elaboração e consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as

relações sociais. Para Durkheim o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o

compõe, então a mesma só faz sentido se “compreendida como um conjunto cuja

existência própria, independentemente de manifestações individuais, exerce sobre

cada ser humano uma coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades

porque, de alguma forma ela não cabe na sua totalidade, na mente de cada

indivíduo” (SEED, 2006, p.21). Sendo assim, a precedência da sociedade sobre os

indivíduos faz com que a cooperação seja necessária à organização social. Tal

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cooperação só pode existir no consenso, daí caber à educação papel fundamental

neste processo.

Em Max Weber (1864-1920) a orientação vai num outro sentido, para ele o

indivíduo prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva

que vai buscar entender a sociedade partindo da compreensão das ações

individuais. Para ele “compreender a sociedade é analisar os comportamentos

movidos pela racionalidade dos sujeitos com relação aos outros , é compreender o

agir dos homens que se relacionam uns com os outros, de acordo com um cálculo e

uma finalidade que tem por base as regras”. (SEED, 2006, p.22).

A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da racionalidade,

rumando a “burocratização”. Caberia, pois, a educação o papel de “(...) prover os

sujeitos de conteúdos especializados, eruditos e de disposições que os

predisponham a ter condições – conduta de vida e conhecimento especializados –

necessárias para realizar suas funções de perito na burocracia profissional” (SEED,

2006, p22).

Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (1818-

1883). Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma

ciência, suas reflexões são importantes para a compreensão das sociedades.

Buscando compreender a sociedade capitalista e apontar uma direção para sua

transformação. Marx desvenda os mecanismos de exploração e manutenção das

relações sociais apontando para o fato das sociedades estarem divididas em

classes, enunciou “(...) como lei de validade geral- que a história das sociedades é

movida pela luta entre as classes sociais (SEED, 2006, p21). Ainda de acordo com o

autor, a educação é um mecanismo que, conforme seu conteúdo de classe, pode

oprimir ou emancipar o homem.

Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem sido

a principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e questionar os

mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder institucionalizados

ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou

igualdade, possibilitando aos indivíduos compreender e atuar de forma efetiva sobre

a totalidade que os cercam.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na

Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o compromisso

com a formação humana e o acesso à cultura geral, a sociologia contribuirá no

desempenho de tal tarefa, na medida em que propicia aos educandos a

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possibilidade de uma maior compreensão da sociedade onde o mesmo vive e sua

atuação sobre a mesma.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos da

realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. É preciso

entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de Jovens e Adultos,

que tem por base o reconhecimento do educando como sujeitos do aprendizado, um

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral. Sendo assim,

os conteúdos específicos deverão estar articulados à realidade, considerando sua

dimensão sócio-histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, ás novas

tecnologias, dentre outras coisas.

Neste sentido, destacam-se os conteúdos específicos da disciplina não

precisam ser trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao

último conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas

para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua

apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.

Sugere-se no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida

contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a presentação de suas

principais teorias na análise/ compreensão da realidade.

No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos objetivos

pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos

conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e

discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é

que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a

rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É

tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas

sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e

preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia

intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.

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ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS 1. Conteúdo Estruturante: O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas Conteúdos Específicos: Modernidade ( Renascimento – Reforma Protestante – Iluminismo – Revolução Francesa e Revolução Industrial). Desenvolvimento das Ciências; Senso Comum e Conhecimento Científico; Teóricos da Sociologia: Comte, Durkheim, Weber, Engels e Marx; Produção Sociológica Brasileira.

2. Conteúdo Estruturante: O Processo de Socialização e as Instituições Sociais Conteúdos Específicos: Instituições Familiares – Instituições Escolares – Instituições Religiosas – Instituições Políticas - Instituições de Reinserção dentre outras. 3. Conteúdo Estruturante: Cultura e Indústria Cultural

Conteúdos Específicos : Conceitos antropológicos de Cultura – Diversidade Cultural - Relativismo – Etnocentrismo – Identidade – Sociedade de Consumo – Cultura de Massa: cultura erudita e cultura popular; Questões de gênero e outras minorias.

4. Conteúdo Estruturante: Trabalho, Produção e Classe Sociais Conteúdos Específicos: Salário e Lucro – Desemprego – desemprego conjuntural e desemprego estrutural – Subemprego e Informalidade – Terceirização – Voluntariado Cooperativismo – Empreendedorismo – Agronegócios – Empregabilidade e Produtividade – Capital Humano – Reforma Trabalhista e Organização Internacional do Trabalho – Economia Solidária – Flexibilização – Neoliberalismo – Reforma Agrária – Reforma Sindical – Toyotismo e Fordismo – Estatização e Privatização – Parcerias público/privadas – Relações de mercado, entre muitos outros.

5. Conteúdo Estruturante: Poder, - Política e Ideologia Conteúdos Específicos: Estado moderno – Tipos de Estados – Conceito de Poder – Conceito de Dominação – Conceito de Política – Conceito de Ideologia.

6. Conteúdo Estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos Específicos: Conceito Moderno de Direito – Conceito de Movimento Social – Cidadania – Movimentos Sociais Urbanos – Movimentos Sociais Rurais – Movimentos Sociais Conservadores.

AVALIAÇÃO A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida com um

processo técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os instrumentos

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utilizados, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no

desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa

perspectiva marcada pela autonomia do educando.

Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as

próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja de reflexão crítica

em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa

bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como

perspectiva, ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no

sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo educando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBORNOZ. S. O que é trabalho. São Paulo. Brasiliense, 1989. ANTUNES , R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Mrax e Engels. São Paulo. Expressão popular, 2004. AZEVEDO, F. Princípios de Sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. São Paulo. Duas Cidades, 1973. BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1990. BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981. COELHO, T. O que é indústria cultural. 15ª ed. São Paulo. Brasiliense, 1993. COMTE, Auguste. Sociologia. São Paulo. Ática, 1978. DURKHEIM, Émile. Sociologia. São Paulo; Ática, 1978. GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro; Zahar, 1973. GIDDENS, A . Sociologia. 6ª ed. Porto Alegre; Artmed, 2005. GOHN, M. G. (Org.) Movimentos Sociais no início do Século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis, Vozes, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED/DEB – PR, 2008.