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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 16.fev.2016 N.669 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO A disputa entre o governo britânico e a BBC AGENDA O negócio de partilhar “Innovating in Emerging Markets: 7-Eleven Indonesia” vence 6.º concurso de casos 3.º Encontro do PRME Capítulo Ibérico Quando refletir culpabiliza “Charlie Hebdo”, a corrente e o macaco Negócios na América Latina Lisboa, 23 de fevereiro de 2016 Passagem de PME a grande empresa Lisboa, 18 de fevereiro de 2016 A IFD e o acesso das PME a financiamento Porto, 18 de fevereiro de 2016 LinkedIn e a Inteligência Conectiva A gestão de riscos como fator de diferenciação Lisboa, 1 de março de 2016 Ver televisão, mas pela Internet A Economia na UE: perspetivas e desafios Lisboa, 25 de fevereiro de 2016 PGL Porto , 23 de fevereiro a 14 de junho de 2016 Lisboa, 25 de fevereiro a 16 de junho de 2016 “A tanto mal só se responde com o bem absoluto” “La resistencia íntima”

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NOTÍCIAS

16.fev.2016N.669

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

A disputa entre o governo britânico e a BBC

AGENDA

O negócio de partilhar

“Innovating in Emerging Markets: 7-Eleven Indonesia” vence 6.º concurso de casos

3.º Encontro do PRME Capítulo Ibérico

Quando refletir culpabiliza

“Charlie Hebdo”, a corrente e o macaco

Negócios na América LatinaLisboa, 23 de fevereiro de 2016

Passagem de PME a grande empresaLisboa, 18 de fevereiro de 2016

A IFD e o acesso das PME a financiamentoPorto, 18 de fevereiro de 2016

LinkedIn e a Inteligência Conectiva

A gestão de riscos como fator de diferenciaçãoLisboa, 1 de março de 2016

Ver televisão, mas pela Internet

A Economia na UE: perspetivas e desafiosLisboa, 25 de fevereiro de 2016

PGLPorto , 23 de fevereiro a 14 de junho de 2016Lisboa, 25 de fevereiro a 16 de junho de 2016

“A tanto mal só se responde com o bem absoluto”

“La resistencia íntima”

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“O Ano da Misericórdia, a vida e asempresas” foi a sessão organizadapelo Agrupamento de Alumni daAESE, que teve por oradorconvidado o Cardeal Patriarca deLisboa, D. Manuel Clemente. Asessão realizou-se no dia 4 defevereiro de 2016, em Lisboa.

O sal que tempera a vida“Gratidão, vida e compromisso”foram as palavras que Maria deFátima Carioca, Dean da AESE,escolheu para dar o tom naintrodução desta conferência.

Fazendo uma revisão histórica dafundação do IESE e da AESE e damissão de serviço impregnada nasescolas associadas por inspiraçãode S. Josemaría Escrivá, a Profes-sora definiu o trabalho de formaçãode líderes e executivos como “o salda sociedade”, que visa impactarde forma positiva todas as pessoasem seu redor.

“Um oásis de misericórdia”“Jesus apresenta-se como anúncioprofético do Jubileu em que oespírito de Deus desce sobre Si”,como recorda D. Manuel Clementereferindo-se a uma passagem deIsaías. “Assim nasce o cristianismo.Jesus é o ungido que vem realizarVida e anunciar a Boa Nova.”“Como empresários católicos esta-mos aqui porque acreditamos queJesus cumpriu este programa.” E “oJubileu continua naqueles que talcomo Cristo são o Messias. OEvangelho cumpre-se assim.”

Ao convocar o Jubileu, o PapaFrancisco partilha duas fortespreocupações: o clima muitocomplicado e perigoso em que sevive, com problemas graves quetardam a ser resolvidos na raiz; ena capacidade de resolução dosmesmos que depende da vontade“de todos para todos”. “Não chegaa justiça, pois é preciso benevo-

2 CAESE fevereiro 2016

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“A tanto mal só se responde com o bem absoluto”

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Lisboa, 4 de fevereiro de 2016D. Manuel Clemente fala para os Alumni

»»D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa

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lência, bem querer e misericórdia.”É preciso “não desistir na recu-peração”, vencer o mal com o bem,cuidar dos pobres com o coração.Estar voltado para a fragilidadehumana de modo a resgatá-la. “Istopara sermos verdadeiros atores damisericórdia de Deus, atuando nomundo. “Esta ação começa nascomunidades cristãs: A primeiraverdade é o amor de Cristo, que vaidesde o perdão até fazer do mal obem e oferecer-Se.” Os católicossão chamados, portanto, a serem“um oásis de misericórdia”, nãojulgando e sem a pretensão desaber tudo.

D. Manuel Clemente concluiu a suaexposição reforçando a ideia deque “a tanto mal só se respondecom o Bem absoluto.”

O encontro terminou através de umdebate com os Alumni da AESE.

AESE nos mediaD. Manuel Clemente espera quedeputados reconsiderem leis doaborto e adoçãoRÁDIO RENASCENÇA ONLINE -4.2.2016

Patriarca apela à misericórdiaCORREIO DA MANHÃ - 5.2.2016

3 CAESE fevereiro 2016

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Auditório José Ramalho Fontes (AESE), D. Manuel Clemente, e José Luís Simões (Alumni AESE e 15.º PADE)

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Mais de 400 milhões de utilizadoresrecorrem atualmente ao LinkedIn.Mas saberão como utilizá-lo daforma mais eficiente? O Agrupa-mento de Alumni da AESE convi-dou Pedro Caramez, para ser ora-dor numa conferência que procuroufocar os aspetos nevrálgicos destarede social profissionalizada. Espe-cialista em LinkedIn, Caramez ex-plicou como fazer desta plataforma“ferramenta de desenvolvimentopessoal e profissional”. A sessãorealizou-se em Lisboa, a 28 dejaneiro, e trouxe à AESE mais de200 Alumni e participantes.

O cartão pessoal e o curriculumtradicional foram ultrapassados pe-lo LinkedIn, que funciona comouma montra, capaz de criar umasegunda oportunidade de causaruma boa impressão entre os con-tactos, a nível pessoal e institucio-nal. Da mesma forma, negligenciara apresentação da sua página ou a

qualidade dos post publicados, po-de prejudicar a imagem e as poten-ciais oportunidades de negócio.

Apesar de ser reconhecida pormuitos como tal, esta rede deixoude ter como objetivo capital a pro-cura de emprego. “Hoje, é no Lin-kedIn que melhoramos as nossasrelações profissionais e aumenta-mos a nossa inteligência conectiva,isto é, a capacidade de nos ligarnos ecossistemas em que funciona-mos. Diz-me quem conheces e eudir-te-ei quem és".

Em síntese, o LinkedIn estimula oapoio e a capacitação de recruta-mento de talento (social recruiting),as vendas (social selling), as estra-tégias de comunicação e ainda osprogramas de Employee advocacy.

Ter sucesso com o LinkedInO LinkedIn domina como redesocial privilegiada entre os CEO.

4 CAESE fevereiro 2016

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LinkedIn e a Inteligência Conectiva

Lisboa, 28 de janeiro de 2016Pedro Caramez, especialista em LinkedIn

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Pedro Caramez

Auditório

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Daqueles que dispõem apenas deuma rede social, 73 % utilizam oLinkedIn.

Dada a sua relevância, importa,segundo Pedro Caramez, atentarpara a otimização e o ajustamentoda presença na rede e para oposicionamento em face dos de-mais contactos e organizações re-presentadas. Com base numa es-tratégia de desenvolvimento daatividade profissional, importa terclaros os critérios de conexão e aassociação a grupos no LinkedIn,fundamentais para a sua trajetória.

“O segredo está em ganhar visibi-lidade e confiança. Haverá utiliza-dores que mantêm uma presençaativa nas redes, apostando ememployment branding, social sellinge social recruiting.” No panoramageral, poder-se-ia concluir que hápessoas que gerem os seus ativosnas redes sociais, reservando osamigos no Facebook, os contactosno LinkedIn e os seguidores noTwitter.

Pedro Caramez defende que uma

presença de alto impacto no Lin-kedIn pede um plano de ação, comobjetivos que resume da seguinteforma: “Find, connect, engage”.

Os resultados surgem criando rela-ção com as pessoas certas e ocompromisso nos momentos daverdade.

AESE nos mediaSaiba como arranjar emprego noLinkedInEconómico.pt, 1-2-2016

5 CAESE fevereiro 2016

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A Prof.ª Ana Machado participou no3.º Encontro do PRME CapítuloIbérico, que teve lugar no dia 1 defevereiro, na Porto BusinessSchool.

O encontro teve como ponto departida as concretizações e obje-tivos estabelecidos no 1.º Encontrodo PRME Capítulo Ibérico e no 2.ºEncontro do PRME Capítulo Ibé-rico, que se realizou na ESADE ena Universidade Pontifícia deComillas, respetivamente, no senti-do de incorporar a sustentabilidadee a responsabilidade corporativa naeducação em gestão.

Durante a manhã, numa sessãoaberta a todos os interessados,promoveu-se a reflexão sobre osmodos em que a região Ibéricapode contribuir para a Agenda 2030das Nações Unidas para o Desen-volvimento Sustentável. Neste sen-

tido, apresentaram-se os “Objetivosde Desenvolvimento Sustentável”(ODS), recentemente estabeleci-dos. Estes objetivos são significa-tivamente mais abrangentes, deta-lhados e ambiciosos que os “Obje-tivos de Desenvolvimento do Milé-nio” criados no ano 2000. Nestecontexto, o papel dos gestores

como agentes de mudança é de-cisivo, pelo potencial impacto quetêm nas suas organizações, nacomunidade alargada, e nas ca-deias de valor e mercados em queatuam. As escolas de negóciostêm, por conseguinte, uma especialmissão de proporcionar aos diri-gentes as ferramentas necessárias

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3.º Encontro do PRME Capítulo Ibérico

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Lisboa, 1 de fevereiro de 2016AESE, membro do Capítulo Ibérico, participou no evento

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para os novos desafios que secolocam ao desenvolvimento dasorganizações que lideram.

À tarde, decorreu a reunião dosrepresentantes de business schoolse outras instituições educa-tivas portuguesas e espanholassignatárias dos PRME. Apresentou--se o ponto da situação dosprojetos em curso no CapítuloIbérico, com especial destaquepara o projeto Indicadores, pelopotencial impacto em todas asinstituições signatárias dos PRME –atualmente, mais de 600,localizadas em perto de 90 países– e para o Inspirational Guide forthe Implementation of PRME –Spain and Portugal, que mostrou osprimeiros resultados.

7 CAESE fevereiro 2016

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Objetivos definidos em agosto de 2015, aquando da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável

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Já estão identificados os vence-dores do 6.º Concurso de casos daAESE.

“Innovating in Emerging Markets: 7-Eleven Indonesia”, da autoria deMarleen Dieleman, Ishtiaq PashaMahmood e Peter Darmawan, daNUS Business School, é o casoganhador.

Foi atribuída uma menção honrosaao melhor caso redigido sobre umaempresa portuguesa. “Back to theFooture: The Changing PortugueseFootwear Industry, de Pedro Sena--Dias, Miguel Pina e Cunha eArménio Rego, da NovaSBE.

Da short list selecionada pelo juricontam-se os seguintes casossubmetidos a concurso:• “Duolingo: A De facto Language

Tutor?” de Punithavathi Srikant,do Amity Research Centers

• “Airbnb – A Disruptive Innovator”de Indu Perepu and Geeta Singhdo IBS Case Research Center

• “Philips’ Transition to CircularEconomy: Can the InnovationSustain?” de Doris RajakumariJohn do Amity Research Centers

• “City Football Group: Crafting anInnovative Business Model” deJoel Sarosh Thadamalla andNilosha Sharma do AmityResearch Centers

• “HousingAnywhere.com” deWillem Hulsink, Tao Yue e ArefehGhahvechi da Rotterdam Schoolof Management

• “Practo: Transforming HealthcareDynamics with Technology” deSuchitra Mohanty e AzmalHussain do Amity ResearchCenters.

A 6.ª edição do Concurso de Casoscontou com a participação de 24candidaturas ao prémio, provenien-

tes de 9 escolas nacionais einternacionais: AESE BusinessSchool (Portugal), Al AkhawaynUniversity (Marrocos), AmityResearch Centers (Índia), IBS CaseResearch Center (Índia), IBSHyderabad (Índia), NovaSBE(Portugal), NUS Business School(Singapura), Rotterdam School ofManagement (Holanda) e Universi-dade de Aveiro (Portugal).

8 CAESE fevereiro 2016

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“Innovating in Emerging Markets: 7-Eleven Indonesia” vence 6.º concurso de casos

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Lisboa, 1 de fevereiro de 2016Iniciativa da AESE premeia casos de estudo

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9 CAESE fevereiro 2016

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Saiba como usar o Linkedin para ter sucesso na sua carreira

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In “Económico Tv”, 27 de janeiro de 2016

AESE nos Media

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“Com mais de 400 milhões deprofissionais inscritos em todo omundo, o Linkedin é uma ferra-menta poderosa que pode serusada para o ajudar a progredir nacarreira ou encontrar oportunidadesde emprego.”

Entrevista de Madalena Queirós aPedro Caramez, a propósito dasessão de continuidade realizadana AESE, a 28 de janeiro de 2016.

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Patriarca apela à misericórdia CORREIO DA MANHÃ - 5.2.2016

D. Manuel Clemente espera que deputados reconsiderem leis do aborto e adopção RÁDIO RENASCENÇA ONLINE - 4.2.2016

Saiba como arranjar emprego com o LinkedinECONÓMICO ONLINE - 1.2.2016

Farmácias EXPRESSO /ECONOMIA - 30.1.2016

AESE nos Media

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De 29 de janeiro a 12 de fevereiro de 2016

10 CAESE fevereiro 2016

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AGENDASessões de continuidade

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11 CAESE fevereiro 2016

Sessão de continuidadeA gestão de riscos como fator de diferenciaçãoLisboa, 1 de março de 2016Saiba mais >

ProgramaPGLPorto, 23 de fevereiro a 14 de junho de 2016Lisboa, 25 de fevereiro a 16 de junho de 2016Saiba mais >

Programa

Sessão de continuidadeA IFD e o acesso das PME a financiamentoPorto, 18 de fevereiro de 2016Saiba mais >

Sessão de continuidadePassagem de PME a grande empresaLisboa, 18 de fevereiro de 2016Saiba mais >

Sessão de continuidadeA Economia na UE: perspetivas e desafiosLisboa, 25 de fevereiro de 2016Saiba mais >

Evento

Business Development ConferenceNegócios na América LatinaLisboa, 23 de fevereiro de 2016Saiba mais >

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Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni.Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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12 CAESE janeiro 2016

Filipe Assoreira (5.º Executive MBA AESE), é o Presidente na P--Bio, Portugal’s biotechnology Industry Organization.

Vítor Rodrigues (38.º PADE), é o novo Diretor Executivo responsável pelo segmento de grandes clientes da Microsoft Portugal.

Vasco Anjos (7.º Executive MBA AESE), é atualmente Senior Project Manager na Consultant.

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PANORAMA

O negócio de partilharA economia de colaboração éuma realidade com milhões deutentes em todo o mundo aoabrigo de um guarda-chuva ondese refugiam modelos de negóciomuito diferentes. A falta de legis-lação faz com que todos nospareçam iguais, mas alguns de-les estão a converter em multi-milionários os poucos que sou-beram aproveitar a onda, en-quanto que outros preferemmanter-se fiéis ao espírito dosprincípios.

A economia de colaboração apa-recia há alguns anos comomodelo idílico de consumo: parti-lhar e trocar bens e serviçosentre cidadãos, de modo gratui-to. Teoricamente, não era neces-

sário desenvolver legislação pararegulamentar este comércio, vis-to que se tratava de uma trocaentre particulares, que não tinhapor objetivo o lucro económicopara nenhuma das partes. Con-tudo, parece que a passagem dotempo converteu esses ideaisnoutros mais “egoístas”.

O boom do consumo de cola-boração dos últimos anos deumuita força a algumas das plata-formas que permitem pôr emcontacto os utentes. Entre elas,existem as que se juntaram aesta atividade da partilha esque-cendo que o objetivo original nãoé obter um lucro económico; pelomenos, não o único nem o maisimportante. Desta maneira, algu-

mas apps converteram-se emempresas que, hoje, não estão aser regulamentadas como tais.

Os setores mais afetados poreste novo modelo (hotéis, trans-portes e terceiro setor em geral)têm vindo a pedir aos governosque apliquem as leis da mesmamaneira para todos. Nas pala-vras de Jonathan Askin, profes-sor da Brooklyn Law School: “Éirónico que falemos de um novoconceito da economia da partilhaquando, na realidade, estamos acriar a forma mais pura de ferozcapitalismo”.

Além disso, embora pareça quesomente se fala do que embol-sam as grandes plataformas, os

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13 CAESE fevereiro 2016

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utentes individuais também po-dem fazer negócio graças a elas.Segundo a revista “Forbes”, houvelucros superiores a 3500 milhõesde dólares em 2013 e provavel-mente mais 25 % em 2014.

Embora as plataformas de consu-mo de colaboração estejam aenvolver muitos setores, possivel-mente, o caso mais paradigmáticoserá o dos automóveis partilha-dos. A Uber é uma empresa demotoristas não profissionais queentraram em confronto contra asassociações de taxistas (tal comooutras similares: a Lyft ou aSideCar). Diversamente de appscomo a Blablacar ou a Amovens,a Uber não põe em contacto osutentes que venham a fazer amesma rota, permitindo sim quequalquer pessoa com um automó-vel se ofereça para ser motorista

de quem o necessitar, por umpreço inferior ao que cobraria umprofissional. A Uber cobra 20 % docusto de cada trajeto. Os seuscondutores não têm taxímetronem licença e, como todos osmodelos desta nova economia,baseia-se na confiança e naspontuações dos utentes. A Uberfunciona em 250 cidades de 50países e está avaliada em 40 000milhões de dólares.

O estado da Califórnia foi oprimeiro a regumentar este tipo deserviços em 2013, através daCalifornia Public Utilities Commis-sion (CPCU), que, no entanto, noano anterior havia decidido proibi--los. Para a CPCU, os utentesdestes serviços são agora “passa-geiros charter” e, tanto as empre-sas como os seus clientes ficamsujeitos a uma lista de 28 normas

básicas, entre as quais, a compro-vação dos antecedentes criminaisdo condutor, ou um seguro míni-mo de acidentes que cubra osutentes.

A verdade é que, embora à pri-meira vista possa parecer que anão intervenção por parte doEstado irá proporcionar apenasvantagens, a realidade é que “ostrabalhadores da ‘economia departilha à la carte’ [condutoresUber ou anfitriões do Airbnb, porexemplo] estão a operar em con-dições similares às do século XIX,quando os trabalhadores não ti-nham poder nem direitos legais”,como afirma Robert Reich, profes-sor de Política Pública da EscolaGoldman da Universidade da Ca-lifórnia, em Berkeley.

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Na Europa, o processo é maislento, mas ao que parece caminhana mesma direção. De momento,apesar das muitas críticas feitaspor parte dos setores profissionaisque se dedicam aos transportes -especialmente dos taxistas -, aComissão Europeia recusou proi-bir este tipo de empresas, porconsiderar que se trata de umacordo livre entre cidadãos; masproibiram-no alguns países, entreos quais, Espanha, França eAlemanha.

A Uber apresentou uma queixaperante a União Europeia pelasrestrições que está a sofrer. A suaposição foi exposta num docu-mento de 38 páginas onde sedefine a si própria como empresaque atua através de um “negóciode software que é tecnologica-

mente inovador” e não como umaempresa “transportadora”. A UEnão tomou ainda medidas, masrecordou que as competênciasdos serviços de táxi não recaemsobre ela, mas sobre cada Estadomembro.

Em Espanha, por exemplo, já senota a pressão: assim, em Madrid,baixou a tarifa de táxi de 45municípios da comunidade, igua-lando-a à da capital. Tambémlevou a que surjam outras inicia-tivas dirigidas não a competir comos taxistas, mas a facilitar-lhes umsistema alternativo de contactocom os clientes. Por exemplo, aaplicação MyTaxi, surgida em2009, de origem alemã, que jáestá presente em vários países(Alemanha, Áustria, Espanha,Polónia, Itália), e na qual partici-

pam 45 000 automóveis. Condi-ção necessária para oferecer oveículo próprio é ser taxista comlicença. Os utentes inscrevem-sena app e utilizam-na para pedir otáxi, especificar eventuais prefe-rências e pagar também atravésdo telefone, pela prévia inserçãodos próprios dados bancários nomomento da inscrição. A socieda-de atua na Alemanha com umacomissão que oscila entre os 3 %e os 15 %; em Espanha, existeuma comissão fixa de 0,99 cên-timos por corrida.

Entretanto, um juiz espanhol soli-citou que o Tribunal Europeu deJustiça determine se a Uber éuma mera atividade de transporte,ou um serviço eletrónico de inter-mediação de serviços de socie-dade.

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Apesar disto tudo, os mais puris-tas defensores do consumo decolaboração continuam a defenderque só se pode considerar essaatividade caraterística como tal,quando se tratar de intercâmbiosentre particulares. Albert Cañigue-ral, um dos maiores especialistasno tema que há em Espanha,refletia numa entrevista a necessi-dade de regulamentar a atividadedas empresas que se refugiamdebaixo do guarda-chuva da cola-boração, mas não com as mes-mas condições que uma empresatradicional. Todavia, ao falar daUber, afirmava: “coloca sobre amesa o debate sobre o sistema dotransporte, mas não cumpre osvalores da colaboração”.

Por isso, surgiu, há poucos me-ses, a plataforma Sharing España,que agrupa 36 empresas que que-

rem “divulgar e fomentar a econo-mia de colaboração e as ativida-des peer to peer como modelo dedesenvolvimento económico aber-to e sustentável”, distinguindo-sede outras que procuram só o lucroeconómico. Nos EUA, começouum movimento similar, dirigido porRanan Lachman, ex-banqueiro deWall Street e fundador da Pley,uma empresa que aluga brinque-dos Lego a famílias.

Lachman entende que este mode-lo é também uma aproximaçãoaos chamados Millennials, a gera-ção de jovens que, entre outrascoisas, não tem nenhum desejode começar uma qualquer ativida-de nem de possuir, mas que pre-fere desfrutar de experiências comos outros: “as novas geraçõesquerem ser parte de algo que vápara lá do ganhar dinheiro. As em-

presas que desejem chegar aesses Millennials deveriam prestaratenção ao que lhes interessa”.

Para os seus defensores, a ex-pansão da economia de colabo-ração não se deve apenas a ummotivo económico e não devepromover-se somente como maisum negócio. Afirmava um jorna-lista do diário “El País”: “40 % dosalimentos do planeta são desper-diçados; os automóveis particula-res passam 95 % do seu tempoparados; nos EUA, há 80 milhõesde berbequins cujos donos só osusam 13 minutos em média, e umcondutor inglês desperdiça 2549horas da sua vida a circular pelasruas à procura de estacionamen-to. Será que podemos consentiresse desperdício?”.

C. G. H.

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PANORAMA

“Charlie Hebdo”, a corrente e o macacoA publicação satírica aprendeumuito bem contra quem nãocriticar. Agora volta-se contraDeus.

Um refrão das Caraíbas aconse-lha, à pessoa demasiado atrevida,que se abstenha de ultrapassar oslimites num assunto delicado, poisisso pode gerar-lhe graves conse-quências. “Brinca com a corrente,mas deixa em paz o macaco”,costuma dizer-se, e um ano de-pois do ataque terrorista contra osemanário francês “CharlieHebdo”, verifica-se a validade doditado.

Para assinalar o aniversário dosassassínios, a revista satíricaanunciou a publicação de uma pri-

meira página singular: uma cari-catura de Deus, um Deus carran-cudo, armado com uma espingar-da e com as vestes ensanguen-tadas. Na base da caricatura, umasentença: “Um ano depois, oassassino continua à solta”.

Poderia aplaudir-se a “coragem”do pessoal do “Charlie Hebdo”, asua persistência em não se deixaramedrontar, em defender a liber-dade de expressão e continuar acriticar as religiões, que é, ao quese vê, a sua “religião” particular…Mas não. No seu questionávelzelo pela defesa das liberdades,erraram ligeiramente o culpado.Ou será talvez um “descuido”, ofacto da divindade representadase assemelhar tanto à maneira

como a iconografia católica temrepresentado desde há mais de17 séculos Deus Pai: um ancião,de barba prolixa, vestido com umalonga túnica e com o símbolo daSantíssima Trindade sobre a suacabeça branca?

Pois bem: será assim, na base dafacilidade, que os bravos sobre-viventes da matança se vingarãodos fanáticos que metralharam osseus colegas: insultando terceiros,mais exatamente os que se sabenão irão responder armados comkalashnikovs. Por tal motivo, nasredes sociais, alguns ficaramsurpreendidos com a nova ocor-rência, mesmo que longe de mos-trar cumplicidade, o denominadorcomum de vários tweets seja uma

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17 CAESE fevereiro 2016

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alusão à cobardia da publicação:“O ‘Charlie Hebdo’ faz da troça oseu modus vivendi, isso sim,mudando de ícone, com o passardo tempo”, escreve um. E outro:“Continuem cobardes: mancharama memória da anterior redação”.

Além disso, este ataque gratuitochama a atenção porque, noverão passado, o editor da revista,Laurent Sourisseau, informou quenão se publicariam novamentecaricaturas de Maomé. Com o quetinham feito até esse momento,assegurava, já se havia defendidoo “direito à caricatura”. Daí que jánão haja lugar para mais umMaomé nu ou em poses ridículas.Embora em nome deste, continue

a haver pessoas a ser flageladas,lapidadas ou decapitadas em di-versos pontos do mapa islâmico,para o pessoal do “Charlie Hebdo”o tema estava “esgotado”. Talvezseja uma estranha coincidênciaque tenham declarado “cumprido”o seu objetivo somente algunsmeses depois do massacre emParis.

Hoje, a direção do semanáriofrancês orgulha-se de manter abarra “bem elevada” e lamentaque outras publicações não te-nham seguido o seu exemplo.“Ninguém se juntou a este com-bate, porque é perigoso: pode-mos morrer”, confessa EricPortheault, um dos acionistas da

publicação, que de vendas comapenas 30 000 exemplares, pas-sou a vender mais de 100 000.Bons números, embora talvez sejadifícil gabá-los a partir de umaincómoda clandestinidade de meiotermo: o novo paradeiro da reda-ção em Paris é quase um secretd’État, um verdadeiro paradoxonuma sociedade democrática naqual os jornalistas, mesmo osmais linguarudos, podem levar osseus filhos à escola e seguir deautocarro para o seu escritório, dedireção conhecida, sem maiorreceio; ou, pelo menos, não comaquele que hoje mostram os“valentes” e “transgressores”…

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E há outro paradoxo: com a novaprimeira página, que lança umsoco a quem não teve qualquerparticipação nos tristes aconte-cimentos de um ano atrás, oseditores e caricaturistas do sema-nário revelam um modo de pensarassombrosamente parecido com odos extremistas islâmicos, inca-pazes de mostrar tolerância e de

evitar ferir as pessoas de credodiferente, o mesmo se passandonas cidades cativas do EI na Síriae no Iraque e nos imaculadospalácios das monarquias teocrá-ticas do Golfo.

Talvez por isso, porque tenhamosreconhecido a gravidade do in-sulto, e porque agora estamos

advertidos para as tintas deoportunismo de quem aprendeuseletivamente contra quem atacare contra quem não o fazer, é que“nem todos fomos ‘Charlie’” àscegas. Nem o seremos.

L. L.

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PANORAMA

Quando refletir culpabilizaNo âmbito da saúde, cada vez sereforça mais o consentimentoinformado. Antes de qualquerintervenção, há que assegurar-sede que o paciente compreendecomo se realizará o ato, queconsequências terá e que riscosse correm. A reflexão nunca é demais, e é dado tempo para pen-sar, embora muitas vezes tudo seresolva com a assinatura de al-guns papéis.

No entanto, contra esta tendência,a Assembleia Nacional francesaaprovou em dezembro último, asupressão do período de reflexãoobrigatório de sete dias antes dapessoa se submeter a uma inter-rupção voluntária da gravidez. Amaioria dos deputados considera-

ram que impor este período dereflexão “infantilizava” e “culpabili-zava” as mulheres. O argumen-to não deixa de ser curioso. Nor-malmente aquilo que se considerauma reação mais própria deadolescente é seguir o impulso domomento, para dar uma satisfa-ção rápida a uma preocupação.Pelo contrário, sempre se con-siderou uma caraterística dohomem e da mulher responsáveisassumirem um período de refle-xão antes de uma decisão im-portante, seja para assinar umahipoteca, ou comprar um auto-móvel. Mas talvez o que se quei-ra transmitir é que o aborto não éum assunto importante, mas umaintervenção normal e corrente.

O período de reflexão sugeretambém a ideia de um debateinterior, de uma deliberação emconsciência, com a possibilidadede que surja um sentimento deculpa. Daí que se procure eliminá--lo, porque como será possívelque o exercício de um direitoprovoque um mal-estar interior? Oimportante é andar rapidamente:não pensar nisso duas vezes, nãoprocurar alternativas, não olharpara a ecografia, não inverter oque fica para trás.

Nesta mesma legislatura, tinha si-do suprimida também a exigêncialegal de que a mulher se encon-trasse numa situação de détresse(angústia), algo que ninguémcomprovava mas que ainda fazia

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recordar que o aborto devia seralgo excecional, um último re-curso. Agora, disse a ministra daSaúde, Marisol Touraine, “a so-ciedade evoluiu. O aborto não sebanalizou, normalizou-se” (o mi-nistro da Economia poderia dizero mesmo em relação ao desem-prego, que se mantém em firmes10 %, apesar dos esforços dogoverno socialista).

Esta normalidade significa que, 40anos depois da legalização em1975, o número de abortos semantém a um nível estável e alto:

todos os anos se praticam entre210 000 e 220 000 abortos, contra800 000 nascimentos. Isto é, umaem cada cinco gravidezes terminaem aborto. E isto num país onde,segundo relatórios oficiais, 72 %dos abortos se realizam emmulheres que utilizam métodosanticoncecionais. Se a princípio seesperava que a educação sexuale a contraceção reduziriam oaborto, agora apenas se pretendeapresentá-lo como algo normal.

Cumpre-se assim a evolução nor-mal na regulamentação do aborto.

O que, de início, é apresentadocomo excecional, converte-se emdireito, e o que se exigia fizesse ocontrapeso dos direitos da mãe edo filho transforma-se em decisãounilateral. Se depois se estranhaque o número de abortos é tãoelevado, é porque há quem acre-dite que basta mudar as palavraspara que mude a realidade.

I. A.

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PANORAMA

“La resistencia íntima”Autor: Josep Maria Esquirol Acantilado. Barcelona (2015) 178 págs.

Não é frequente encontrar umensaio que converta a vida cor-riqueira do ser humano em ma-téria filosófica. Menos ainda épropor essa vida comum comoobjeto principal da filosofia. Mas éisso o que faz Josep MariaEsquirol: afirmar que o ser huma-no compreende quem é e em queconsiste a sua existência, nãoatravés de abstratas especu-lações, mas reparando no caráterconstitutivo das realidades que lhesão mais próximas, a começar porsi mesmo. Como ele próprio diz,“o fundo – ou a substância – daexistência não permanece escon-

dido para lá da proximidade, masnela, no seu seio”.

Esquirol, professor de filosofia daUniversidade de Barcelona, parteda experiência humana, universale quotidiana em simultâneo, da“constante desagregação do ser”.Diante dessa constatação da mor-te, só há lugar para duas atitudes:deixar-se levar ou resistir. A pri-meira conduz a instalar-se naabsolutização do presente e nafatalidade do futuro: não há nadamais do que o atual ou um futuroque escapa por completo à nossaliberdade.

Pelo contrário, quem opta porfazer da resistência o seu modode existir, descobre de imediato

que a sua vida consiste em am-parar a vulnerabilidade humanaem si próprio e nos outros, acomeçar pelos mais próximos, eem empenhar-se por compreen-der o sentido da existência. Daíque o cuidado (de si mesmo e dosoutros) e a linguagem apareçamcomo as dimensões essenciais dacondição humana.

Para tecer a sua proposta que,não sendo absolutamente inova-dora, é apresentada de modo ori-ginal, alimenta-se sobretudo defilósofos europeus do século XX.É chamativo que alguns deles sãofilósofos pós-modernos (JacquesDerrida, Michel Foucault, GillesDeleuze) nos quais Esquirol des-cobre aspetos que são contrários

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ao decadentismo e pensamentofraco com que costumam serassociados.

Com um estilo cuidado que roça opoético, Esquirol vai desenvol-vendo a sua reflexão e aplica-a amuitos aspetos da vida humana edo tempo presente. Ao fazê-losem ceder um milímetro ao queele chama o dogmatismo daatualidade (e outros, a ditadura dopoliticamente correto), vai se-meando o livro de afirmações tãoacertadas como contrárias aoespírito do tempo. Assim, porexemplo, reivindica a caluniada

ação de aguentar, “condição depossibilidade de qualquer açãoposterior”; destaca a necessidadedo “silêncio como condição daproximidade e da escuta”; abo-mina a “bisbilhotice e a demago-gia (que) são o veneno de qual-quer comunidade”; defende amemória que “não é memória dotempo passado, mas ampliação eenriquecimento do presente” ; cri-tica “o império da atualidade (que)é o império das imagens e aausência da imaginação”; insurge--se contra “instituições, como auniversidade, que, em vez depermanecerem num espaço que

se situe fora da atualidade, serendem e se submetem a essaatualidade com solícita servidão” ;assegura que “a firmeza moral sevincula com a epiqueia e a dutili-dade, não com o rigorismo e oimobilismo”; ou adverte para oerro, tão frequente, de “identificara oportunidade com o excecional;quando se faz assim, a frustraçãoestá assegurada. Há que iden-tificá-la com o dia a dia”.

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Numa reflexão sobre a condiçãohumana como a erguida porEsquirol, que nos apresenta ohomem como um ser que ésolícito em face do outro e queaprecia a palavra, está ausenteuma referência à transcendência;e, especialmente, o facto de nãoentrar em diálogo com o cristia-nismo, que é precisamente areligião que anuncia que “o Verbose fez carne e habitou entre nós”.Mas, para lá desta carência, olivro constitui uma das contri-buições mais atrativas da filosofiaespanhola do momento.

V. B. C.

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DOCUMENTAÇÃO

A disputa entre o governo britânico e a BBCO governo de David Cameronapresentou propostas para alteraro modelo da BBC, o meio decomunicação público britânico detelevisão, rádio e Internet. A favorda reforma estão os outros meiosde comunicação (privados), queacusam a BBC de distorcer o livremercado. Contra, os que atribuemintenções políticas ao plano. Maso debate também fez destacar otema dos novos formatos jornalís-ticos e do financiamento do jorna-lismo de qualidade.

“Ninguém gostaria de ver a BBC aafastar por completo os jornaisnacionais. A web da BBC é umbom produto, mas as suas ambi-ções são cada vez mais impe-riais”. Esta frase do ministro da

Economia, George Osborne, éuma boa exposição de motivos doplano previsto pelo governo paramudar o estatuto jurídico da BBC,cujo decreto regulamentar expirano final de 2016.

Para o governo de Cameron, aBBC cresceu demasiado, ao pon-to de tirar espaço (e negócio) aoutros meios de comunicação. Porisso, defende que deveria centrar--se mais nos conteúdos e audiên-cias a que o mercado nem semprepresta atenção.

Para equilibrar as coisas, Osborneanunciou a 8.7.2015, uma altera-ção no financiamento da BBC,baseada na taxa que pagam osproprietários de um televisor. A

partir de 2020, a empresa vaiassumir a taxa correspondenteaos idosos a partir dos 75 anos,quantia que era até agora subsi-diada pelo Ministério do Trabalhocom o dinheiro dos contribuintes.Com isso, a BBC perderá 650milhões de libras por ano.

Quatro áreas de reforma

Pouco depois, o governo apresen-tou um Livro Verde que servirá deguia nas negociações com a BBC.O processo de revisão concluir--se-á com um projeto de estatutoque se debaterá e votará noParlamento.

O documento expõe, a título deconsulta, propostas sobre quatro

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áreas que devem ser revistas:“Qual é a finalidade geral da BBC;que serviços e conteúdos deveoferecer; como se deve financiar;e como deve ser governada eregulamentada”, explicou JohnWhittingdale, ministro da Cultura,na apresentação.

O Livro Verde concretiza mais, erefere que a oferta informativa daBBC online “tem dificultado a ca-pacidade de outros meios de co-municação britânicos para desen-volver modelos de negócio rentá-veis”. Daí que, entre as suas pro-postas para alterar o modelo atualde financiamento, seja possíveladotar um a combinar os fundospúblicos com um sistema de assi-naturas para a versão na Internet.

A mudança é coerente com osnovos hábitos de consumo refleti-

dos num estudo recente daOfcom, a entidade que regula-menta as comunicações na Grã--Bretanha. Agora que as pessoasveem menos televisão em direto epreferem ver os programas emi-tidos através do telemóvel ou dostablets, faz sentido que as receitasnão tenham apenas origem noque paguem os donos de televi-sores (145 libras por ano).

Em relação aos conteúdos, o LivroVerde elogia a qualidade dosprogramas da BBC sobre História,Arte, Ciência, Natureza. Mas tam-bém critica a deriva “demasiadocomercial” de outros. Não lhe pe-de que prescinda do entreteni-mento, mas sim que se centre noque a distingue dos seus concor-rentes, dada a missão de serviçopúblico que a BBC deve cumprir.

O Livro Verde vincula o tema dosvalores que deveriam reger a BBC(independência, qualidade, efici-ência, transparência…) com o dasua administração. Referindo-seàs “excessivas indemnizações”cobradas por executivos que saí-ram da empresa e ao presumívelencobrimento sobre os abusos se-xuais a menores por JimmySavile, o documento lamenta tersido “este um dos períodos maistumultuosos na história da empre-sa”. E propõe três alternativas: do-tar com maiores poderes de con-trolo o atual conselho supervisorindependente (BBC Trust); substi-tuí-lo por um novo; ou encomen-dar a vigilância à Ofcom.

Uma BBC mais pequena

Num breve comunicado, a empre-sa replicou que as propostas do

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Livro Verde tornariam a “BBCmais limitada e menos popular”.Mas o seu diretor-geral, Tony Hall,não se importou de recorrer a umdiscurso parecido com o do go-verno, quando anunciou, a 2 dejulho, a sua intenção de despedirmais de 1000 empregados.

Atualmente, a BBC dá emprego a18 000 pessoas distribuídas em10 canais de televisão nacionais,também disponíveis online atravésda sua plataforma iPlayer; 10emissoras de rádio nacionais e 40locais; um serviço mundial denotícias que oferece informaçõesem mais de 20 idiomas através darádio e da Internet; e várias websde notícias, também em diversaslínguas.

Na lista dos 20 sítios webs maisvisitados na Grã-Bretanha, publi-cada em junho de 2015 pelo

comScore, prestigiado medidor deaudiências digitais, as da BBCaparecem em terceiro lugar (40,5milhões de visitantes diferentespor mês), somente atrás doGoogle (46,3 milhões) e doFacebook (40,8).

O meio informativo digital seguinteque aparece na lista é o MailOnline / “Daily Mail” (27,3 mi-lhões). Seguem-se de perto aswebs de notícias da cadeia detelevisão Sky (26,6). E, a maiordistância, as do Trinity MirrorGroup (24,3), com títulos como“The Daily Mirror” e “The SundayMirror”; a web do “The Guardian”(21,9) e a do “The Telegraph”(18,9).

Pescar onde estão os peixes

Um exemplo das “ambições im-periais” da BBC seria o seu recen-

te investimento em plataformasmóveis para chegar a audiênciascada vez mais globais. Segundoexplica Damian Radcliffe em TheMedia Briefing, o interesse daBBC para passar a uma estratégiade “em primeiro lugar, o que émóvel”, está a levá-la a explorarnovos formatos jornalísticos: ví-deos informativos de 15 segundospara o Instagram (“BBC Shorts”);vídeos de 60 segundos dirigidosprincipalmente para os jovens(“BBC Minute”); infografias para oFacebook e para o Twitter (“BBCGo Figure”)…

A lógica destes novos formatos éa de “pescar onde estão os pei-xes”, explica Trushar Ballot, res-ponsável pela edição global da“BBC News” para móvel. Em vezde esperar que os leitores che-guem à sua web, a BBC vaiprocurá-los onde sabe que os vai

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encontrar: nas redes sociais. É aíque as pessoas podem expe-rimentar “um aperitivo” que aseguir as faça ir à web em buscade “um menu completo”, acres-centa Ballot.

O debate equivocado

Num momento em que as em-presas jornalísticas se interrogamsobre como se poderão reinventarpara chegar a mais leitores, qual éo problema em a BBC também ofazer? Não será uma boa notíciaque uma empresa pública seinteresse – e, inclusivamente, lide-re – o processo de inovaçãojornalística?

Des Freedman, professor de co-municação na Universidade deLondres, reflete nesta linha quan-do escreve em ”The Conversa-tion”: “Em vez de encorajar a BBCa chegar a todas as plataformas eservir todas as audiências, oponto de partida do Livro Verde éque o sucesso da BBC agora é oseu problema”.

Freedman está convencido deque, com efeito, a BBC necessitade “uma cirurgia radical”. O temadas indemnizações ou o casoSavile, entre outros temas, bemvaliam um debate mais profundosobre o futuro da BBC. Mas ogoverno errou a abordagem: “A

dimensão, não a independência,nem a exatidão, nem a qualidade,converteu-se no tema central”.

Além disso, Freedman mergulhano terreno perigoso das intençõesnão declaradas. Com esta refor-ma, Cameron poderia estar acastigar a BBC pela sua coberturafavorável aos trabalhistas nasúltimas eleições gerais – interpre-tação com a qual concorda o ”TheTelegraph”, de tendência conser-vadora –, e “a pagar o tributo aosbarões da imprensa que oapoiaram”.

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A favor do mercado ou deMurdoch?

Noutro artigo, Julian Petly, profes-sor na Brunel University London,acusa os tories de assumiremcomo própria a campanha contraa BBC que há vários anos é pro-movida pelos jornais de RupertMurdoch, como o “The Times” e o“The Sun”, ambos com conteúdosde pagamento. O magnata tam-bém possui a ITV e a Sky, cadeiasde televisão rivais da BBC.

A mensagem central dessa cam-panha poderia sintetizar-se nasseguintes palavras de Murdoch,pronunciadas em 2009: “É es-sencial para o futuro do jornalismodigital independente, que se pos-sa cobrar um preço justo pelasnotícias dadas às pessoas que asvalorizem. Parece que decidimosque a pluralidade e a indepen-dência definhem, deixando que aBBC estrangule o mercado infor-mativo”.

Mas a estreita relação de Murdochcom os tories desvirtua o seuapelo à independência. Segundouma investigação de Peter Jukescitada por Petly, entre as eleiçõesde maio de 2010 e o começo dasrevelações sobre o caso dasescutas ilegais em julho de 2011,realizaram-se mais de 60 reuniõesentre funcionários do governo edois editores de diários proprie-dade do magnata.

J. M.

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DOCUMENTAÇÃO

Ver televisão, mas pela InternetA forma de consumir conteúdostelevisivos mudou, facilitando omodelo de negócio das cadeiasde vídeo online.

Os hábitos de consumo televisivoestão a mudar rapidamente. Oespectador já não está disposto aver “o que lhe despejam” nem“quando o despejem”. Quer con-teúdos muito concretos, aos quaispossa aceder à hora que prefira ea partir de vários dispositivos… e,evidentemente, sem anúncios.

A audiência está cada vez maisfragmentada, e as cadeias televi-sivas que não sabem adaptar-seaos novos tempos (ou não podem,porque dependem das receitaspublicitárias), estão a perder es-

pectadores rapidamente. Os gran-des canais, de conteúdos genera-listas, observam como os seusantigos consumidores emigrampara outros canais temáticos,onde sabem que vão encontraraquilo que procuram. Nos EstadosUnidos, a Fox perdeu 19 % deaudiência no último ano, e a NBC,13 %. Isso embora nem toda atelevisão temática esteja a sabernavegar bem nestes tempos demudança.

Um dos grandes problemas domodelo tradicional são os anún-cios. No entanto, perante a perdade receitas, muitas cadeias televi-sivas estão a aumentar o volumede publicidade por hora, levando aque mais público abandone estes

canais. Todavia, a televisão de pa-gamento, cujas receitas não de-pendem dos anúncios, muitomenos se está a salvar dos pro-blemas. Pelo menos não aquelaque se continua a parecer dema-siado com a televisão “antiga”, emconteúdos e experiência para oespectador.

O modelo Netflix

E a verdade é que o modelo querealmente está a ganhar especta-dores é o de empresas comoNetflix, Hulu, HBO ou AmazonVideo, que funcionam mais comoum clube de vídeo online, do quecomo a televisão tradicional. Oespectador, em troca de umamensalidade que não costuma ser

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demasiado alta, tem acesso a umcatálogo muito amplo de séries efilmes. Pode vê-los quando quisere em vários dispositivos; se tiverde interromper o que está a ver,mais tarde começará exatamenteonde o tinha deixado, e sem osincómodos anúncios.

A Netflix é talvez o melhor exem-plo de como têm mudado ostempos no setor televisivo. Por umlado, não pretende oferecer tudo;centra-se no setor da ficção, fil-mes e séries. O seu lema é: “Sófazemos algumas coisas, masfazemo-las muito bem”. As audi-ências dão-lhe razão. Já contacom 45 milhões de assinantes,isto é, quase um terço dos laresdos EUA. Além dos espectadoresque acumulou graças a uma boaseleção de conteúdos, produziu

séries próprias, algumas de tantosucesso como “House of Cards”,protagonizada pelo ator premiadocom Óscares, Kevin Spacey.

Para desenhar este produto, anali-saram os hábitos de consumo demilhares dos seus utentes atéencontrar a “série perfeita”. Este éoutro dos segredos da Netflix.Conta com uma numerosa equipade engenheiros cuja única funçãoé melhorar a experiência do es-pectador. Por um lado, rastrean-do os seus gostos. Por outro,resolvendo rapidamente qualquerproblema de ligação que possaacontecer. Assim, a empresa ga-nhou a reputação de apesar dosconteúdos serem oferecidos emstreaming, a qualidade ser sempreexcelente.

Outra das razões do êxito é opreço. Nos Estados Unidos, amensalidade é de oito dólares,enquanto que o custo médio dasubscrição da televisão por caboou por satélite é de 123 dólares,segundo cálculos da sociedade deanálise de mercado NPD. A Netflixpode cobrar pouco aos seus uten-tes, porque graças à tecnologia,elimina intermediários. Os conteú-dos viajam diretamente, atravésda Internet, do catálogo para oconsumidor. Assim, depois podemgastar o dinheiro nos seus produ-tos, por exemplo, na contrataçãode uma estrela de Hollywood parauma das suas séries.

E a pirataria? Na Netflix, respon-dem com um certo desdém àpergunta: o seu consumidor estádisposto a pagar, porque valoriza

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a qualidade dos produtos e daemissão que proporcionam. A pi-rataria não é rival.

A luta em Espanha

Um exemplo aqui na Europa, é ocaso da Espanha. A Netflix estánesse país desde outubro último,após meses de rumores. Um dosgrandes obstáculos que encontraé a escassa penetração do mo-delo de pagamento no mercadoespanhol. Enquanto nos EstadosUnidos ou no vizinho Portugal,mais de 80 % dos lares têm con-tratado um destes serviços, emEspanha atinge só 25 %. Mas, osdiretores da Netflix confiam emconvencer os espectadores espa-nhóis pela qualidade dos conteú-

dos e pelos baixos preços, poisdeverão ser parecidos com os dosEUA ou de França.

A Vodafone diz que incluirá aNetflix no pacote de “tudo num”(televisão, Internet, telefone).Também poderá contratar-se demodo independente, mas deveráser mais caro. A MoviStar Plus, oserviço de televisão por assinaturada Telefónica, será o principalconcorrente da Netflix em Espa-nha. Aglutina hoje a grande maio-ria dos lares que pagam porconteúdos televisivos, mas a suaposição de domínio pode alterar--se após a jogada da Vodafone.

Por isso, a empresa da Telefónicaprocurará explorar os dois pontos

fracos da Netflix: não incluir des-portos, e só oferecer as sériesquando deixaram de ser emitidasno país de estreia. A MoviStarPlus comprou os direitos de quasetodo o futebol (está a negociar aChampions League) e prometedar as séries de maior sucessoenquanto estão a estrear-se.Anunciou também, seguindo aNetflix, que produzirá conteúdosde ficção próprios com destaca-dos realizadores espanhóis. Ver--se-á quem ganha a batalha daqualidade e da comodidade, osdois campos onde hoje decorre aluta para ficar com a galinha dosovos de ouro.

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