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POTENCIALIDADES DE ADENSAMENTO POPULACIONAL POR VERTICALIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E QUALIDADE
AMBIENTAL URBANA NO MUNICÍPIO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL.
Programa de Pós-Graduação em GeografiaUniversidade Federal do Paraná Orientação: Prof. João Carlos Nucci (UFPR)Orientando: Prof. Emerson Luis Tonetti (IFPR)
Mancha urbana do Município de Paranaguá
Prof. Emerson L. Tonetti
QUESTÕES DE “PARTIDA”!
Prof. Emerson L. Tonetti
O número de pessoas e de edificações na área urbana de Paranaguá vai aumentar?
Como isso vai acontecer?
Onde vai acontecer?
Qual é a proposta do plano diretor de Paranaguá?
E a qualidade do ambiente para a vida humana como vai ficar?
Quais locais não possuem condições para o adensamento populacional?
CONTEXTO TEÓRICO DA PESQUISA
Prof. Emerson L. Tonetti
Ciência da Paisagem;
Ecologia e Planejamento da Paisagem - uma teoria do planejamento que incorpora os princípios ecológicos na avaliação das potencialidades (limites e aptidões) da natureza e da paisagem para acolher os usos humanos;
ASPECTOS TEÓRICOS
Prof. Emerson L. Tonetti
Conceito de Paisagem;
“Entidade espacial delimitada segundo um nível de resolução do geógrafo (pesquisador), a partir dos objetivos centrais da análise, de qualquer modo sempre resultando da integração dinâmica e, portanto, instável dos elementos de suporte, forma e cobertura (físicos, biológicos e antrópicos) e expressa em partes delimitáveis infinitamente, mas individualizadas através das relações entre elas, que organizam um todo complexo (sistema), verdadeiro conjunto solidário e único, em perpétua evolução” (MONTEIRO, 2001, p 39).
Unidades de Paisagem: ocupam determinado espaço e duram certo tempo. Sua existência e sua forma são condicionadas pelo funcionamento de seus elementos. Assim, pode-se reconhecer essas unidades a partir das suas formas como resultados das suas funções (MONTEIRO, 2001, p. 90-94).
Esquema Genérico de um Processo de Planejamento.FONTE: GÓMEZ OREA, 1978; ORGANIZAÇÃO: NUCCI, 2002)
ASPECTOS TEÓRICOS
AMBIENTE – aspectos físicos, químicos e biológicos.
QUALIDADE AMBIENTAL é um conceito “container” - diferentes teorias e/ou áreas da ciência abordam diferentes aspectos da qualidade ambiental. (van KAMP, 2003)
Pode ter muitas definições.
Prof. Emerson L. Tonetti
ASPECTOS TEÓRICOS
SEGURANÇA
DESENVOLVI-MENTO
PESSOAL
COMUNIDADE
BENS E SERVIÇOS
AMBIENTE
SAÚDE
QUALIDADEDE
VIDA
QUALIDADE AMBIENTAL X QUALIDADE DE VIDA
Modelo conceitual dos elementos da qualidade de vida.FONTE: Mitchell (2000), modificado de van Kamp et al. (2003).
ASPECTOS TEÓRICOS
Prof. Emerson L. Tonetti
Localização dos Municípios no Litoral do Paraná
Prof. Emerson L. Tonetti
Mancha urbana do Município de Paranaguá
Prof. Emerson L. Tonetti
Detalhe da mancha urbana do município de Paranaguá
Prof. Emerson L. Tonetti
Setores especiais de adensamento propostos no PDDIP (2007)
Prof. Emerson L. Tonetti
Verde, laranja e azul - Setores Especiais de Adensamento I, II e III, respectivamente.
Localização da área de estudo
Prof. Emerson L. Tonetti
Fluxograma dos procedimentos para a elaboração da pesquisa
Prof. Emerson L. Tonetti
POTENCIALIDADE DE ADENSAMENTO POPULACIONAL POR VERTICALIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E QUALIDADE AMBIENTAL URBANA NO MUNICÍPIO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL
BASE TEÓRICAEcologia e Planejamento da paisagemEcologia urbanaQualidade ambiental
Observações pessoais preliminaresCrescimento populacional, expansão das atividades e da área portuária.
Lei Orgânica, Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Paranaguá, Legislação Ambiental e as
Unidades de Conservação
1- conflito entre as atividades portuárias e os residentes locais; 2- perda da qualidade do ambiente; 3- migração intra-urbana dos residentes; 4- expansão da área urbanizada sobre habitats naturais em bom estado de conservação.
1- indicações para o adensamento por verticalização para atender a demanda; 2- muitas APPs, UCs e florestas em bom estado de conservação.
1- o alto índice de alterações do meio físico pode reduzir a qualidade ambiental; 2- além da infra-estrutura outras variáveis do meio são necessidades humanas; 3- o ambiente tem limites de exploração; 4- o planejamento restritivo pode auxiliar a manter a qualidade do ambiente.
HIPÓTESE: Não há potencialidade para o adensamento por verticalização na área urbana do município, considerando os princípios do planejamento da paisagem.
OBJETIVO: Avaliar a potencialidade de adensamento por verticalização tendo como base os princípios do planejamento da paisagem.
Discutir o conceito de qualidade ambiental urbana e seus critérios como indicadores das necessidades humanas.
Selecionar e descrever os critérios para a determinação da qualidade ambiental urbana e seus respectivos parâmetros.
Discutir o modelo de Cidade Compacta e listar suas vantagens e suas desvantagens.
Revisar o escopo teórico e metodológico da ecologia e do planejamento da paisagem.
Aplicar o método de avaliação da qualidade ambiental urbana e utilizá-lo, conjuntamente com outros critérios restritivos do adensamento, na identificação das áreas não adensáveis.
CONCLUSÕES, PROPOSTAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONCLUSÕES PARCIAIS
CONCLUSÕES PARCIAIS
CONCLUSÕES PARCIAIS
CONCLUSÕES PARCIAIS CONCLUSÕES PARCIAIS
Prof. Emerson L. Tonetti
Qualidade do ambiente urbano
Áreas de preservação permanente
Áreas de Interesse Patrimonial e Turístico
Residências próximas a usos com risco de explosão
Ausência de esgotamento sanitário
Critérios selecionados para testar a hipóteseHIPÓTESE
A área urbana do município de Paranaguá não apresenta possibilidades de adensamento populacional por meio de verticalização das edificações, considerando-se os princípios do Planejamento da Paisagem.
Fluxograma dos procedimentos para testar a hipótese
Prof. Emerson L. Tonetti
Unidades de PaisagemQuadro de Correlações
Qualidade Ambiental Urbana
Área de Preservação Permanente
Interesse Patrimonial e Turístico
ÁREAS NÃO ADENSÁVEIS
Residências próximas a usos com risco de explosão
Ausência de esgotamento sanitário
Fluxograma dos procedimentos para construção da carta da Qualidade Ambiental Urbana (QAU)
Prof. Emerson L. Tonetti
QUALIDADE AMBIENTAL URBANA
Imagem de satéliteSoftware AutoCAD
Espaços de uso público livres de edificações e sua área de influência
Áreas com inundações frequentes
Cobertura vegetal
Coleta de dados no trabalho de campo
Mapeamento do uso e ocupação do solo
Densidade acima de quatrocentos habitantes por hectare.
Setores sensitários IBGE
Verticalidade acima de quatro pavimentos
Potencialidade para o deslocamento a pé ou de bicicleta
CARTA DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA
Potencialidade da arborização viária
Áreas potencialmente poluídas
Atribuição de valores para cada classe dos critérios selecionados para a “sobreposição”no software ArcView Gis 3.2
Coleção de cartas da Qualidade Ambiental Urbana
Carta da Qualidade Ambiental Urbana
Prof. Emerson L. Tonetti
Prof. Emerson L. Tonetti
Áreas de Preservação Permanente – consultas as normativas do Código Florestal Brasileiro (BRASIL, 1965) conjuntamente com a Carta de Terras da União da Prefeitura Municipal de Paranaguá que indica a faixa de preamar da área urbana do Município nas margens da Baía de Paranaguá e do Rio Itiberê.
Áreas de Preservação Permanente (APP): procedimentos
Prof. Emerson L. Tonetti
Carta das Áreas de Preservação Permanente
Prof. Emerson L. Tonetti
Áreas de Interesse Patrimonial e/ou Turístico – consulta ao Diário Oficial da União (DOU, 2009) e a lista de áreas e imóveis tombados e de interesse turístico da Prefeitura Municipal de Paranaguá;
Áreas de Interesse Patrimonial e/ou Turístico: procedimentos
Prof. Emerson L. Tonetti
Carta das áreas de Interesse Patrimonial e/ou Turístico
Prof. Emerson L. Tonetti
Residências Próximas a Atividades com Risco de Explosão – consulta aos dados coletados durante o trabalho de campo. Entraram na composição dessa carta as residências que estavam localizadas a até duas quadras de distância da potencial fonte de risco de explosão;
Residências Próximas a Atividades com Risco de Explosão: procedimentos
Prof. Emerson L. Tonetti
Carta das áreas com Residências próximas a usos com risco de explosão
Prof. Emerson L. Tonetti
Áreas Desprovidas de Esgotamento Sanitário – consulta ao Mapa Municipal número 24 (Rede de Esgotamento Sanitário) do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Paranaguá (PDDIP, 2007).
Áreas Desprovidas de Esgotamento Sanitário: procedimentos
Prof. Emerson L. Tonetti
Carta das Áreas Desprovidas de Esgotamento Sanitário
Fluxograma dos procedimentos para testar a hipótese
Prof. Emerson L. Tonetti
Unidades de PaisagemQuadro de Correlações
Qualidade Ambiental Urbana
Área de Preservação Permanente
Interesse Patrimonial e Turístico
ÁREAS NÃO ADENSÁVEIS
Residências próximas a usos com risco de explosão
Ausência de esgotamento sanitário
Prof. Emerson L. Tonetti
Carta das Unidades de Paisagem
Prof. Emerson L. Tonetti
CRITÉRIOS UP-I UP-IIa UP-IIb UP-IIIa UP-IIIb UP-IIIc UP-IVa UP-IVb
1 Cobertura vegetal 7.28 8.64 40.0 31.48 44.0 16.66 4.45 4.87
2a Arborização viária Alta 1,6 3,8 14,3 0 10,4 0 6 0
2b Arborização viária Média 13,1 22 28,6 21,2 31 10 29,6 15,6
2c Arborização viária Baixa 85,3 74,2 57,1 78,8 58,6 90 64,4 84,4
3a Uso residencial 9.42 19.75 20.0 35.18 24.0 35.41 43.06 56.09
3b Terreno Baldio 3.21 1.23 0.66 0.55 4.0 2.08 3.46 1.21
3d Usos com menor potencial de causar poluição 3.64 33.33 4.0 1.11 1.33 16.66 14.35 10.97
3e Usos com maior potencial de causar poluição 61.02 8.64 4.0 0.37 8.0 1.25 5.94 2.43
Quadro de correlações dos critérios para identificação das restrições ao adensamento nas UPs
Prof. Emerson L. Tonetti
Carta de Restrições ao Adensamento nas Unidades de Paisagem
Prof. Emerson L. Tonetti
Apesar da baixa densidade demográfica e do pequeno número de edificações com mais de quatro pavimentos no local de estudo indicarem uma potencialidade para o adensamento, os resultados deste trabalho, realizado em uma escala que valoriza o cotidiano do cidadão, demonstram que nas atuais condições tal adensamento não é possível por causa das inúmeras restrições relacionadas a qualidade ambiental, ao uso das Áreas de Preservação Permanente, as medidas para a proteção ao patrimônio de interesse cultural e turístico, a presença de atividades com risco de explosão e a deficiências na infra-estrutura para o esgotamento sanitário. Considerando que a ocorrência do adensamento na presença de pelo menos um destes critérios compromete a integridade do ambiente e de seus habitantes, todas as Unidades de Paisagem avaliadas neste estudo possuem restrições ao processo de adensamento populacional.
CONCLUSÃO
1º Seminário Internacional de Qualidade Ambiental de Antonina: O
desafio do Desenvolvimento Local em Territórios Costeiros Ambientalmente
Vulneráveis
OBRIGADO
Prof. Emerson L. Tonetti
FONTE: TONETTI, E. L. http://200.17.203.155/index.php?codigo_sophia=285569