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1_1 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem LÍNGUA - FALA - NÍVEIS DE FALA - LINGUAGEM Língua é o sistema de signos vocais de uma comunidade. Signo é o complexo sonoro (por exemplo, "casa") e o significado que esse complexo comunica (a idéia de casa). Assim, o signo jato,385 tem duas partes que formam um todo, como as duas páginas de uma folha: o significante (na palavra, a imagem acústica) e o significado (o conceito). Os signos de uma língua substituem os objetos e os representam. O conjunto dos signos, organizados em sistema, forma a língua -um verdadeiro código social à disposição dos indivíduos da comunidade, para a comunicação. Um código criado pela própria comunidade e que espelha a sua cultura e se transforma num importante fator de unidade nacional. Cada indivíduo seleciona, no código da língua, os elementos que lhe convêm, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sócio-cultural em que vive, etc. Dessa maneira, dentro da unidade da língua, encontramos uma expressiva diversificação, nos mais variados níveis de fala: infantil ou adulta, coloquial ou formal, comum ou literária, etc. E cada um de nós também conhece não apenas o que fala, como também muita coisa do que os outros falam; esse é o motivo por que podemos participar do diálogo com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas confira exatamente com a nossa. De todas as falas a língua recebe sugestivas criações que, gradativamente assimiladas pela comunidade, a vão vitalizando e enriquecendo. Linguagem é a utilização oral (fala) ou escrita da língua. Em tal sentido é que empregamos a palavra nas expressõeses linguagem oral e linguagem escrita. Trata-se de uma acepção estrita. Num sentido mais genérico, linguagem seria qualquer sistema de sinais de que se valem os indivíduos para comunicar-se. Autor: Hildebrando A. de André. 2_11 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (1 of 68) [05/10/2001 23:38:11]

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    LNGUA - FALA - NVEIS DE FALA - LINGUAGEMLngua o sistema de signos vocais de uma comunidade. Signo o complexo sonoro (por exemplo,"casa") e o significado que esse complexo comunica (a idia de casa). Assim, o signo jato,385 tem duaspartes que formam um todo, como as duas pginas de uma folha: o significante (na palavra, a imagemacstica) e o significado (o conceito). Os signos de uma lngua substituem os objetos e os representam. Oconjunto dos signos, organizados em sistema, forma a lngua -um verdadeiro cdigo social disposiodos indivduos da comunidade, para a comunicao. Um cdigo criado pela prpria comunidade e queespelha a sua cultura e se transforma num importante fator de unidade nacional.Cada indivduo seleciona, no cdigo da lngua, os elementos que lhe convm, conforme seu gosto e suanecessidade, de acordo com a situao, o contexto, sua personalidade, o ambiente scio-cultural em quevive, etc. Dessa maneira, dentro da unidade da lngua, encontramos uma expressiva diversificao, nosmais variados nveis de fala: infantil ou adulta, coloquial ou formal, comum ou literria, etc. E cada um dens tambm conhece no apenas o que fala, como tambm muita coisa do que os outros falam; esse omotivo por que podemos participar do dilogo com pessoas dos mais variados graus de cultura, emboranem sempre a linguagem delas confira exatamente com a nossa. De todas as falas a lngua recebesugestivas criaes que, gradativamente assimiladas pela comunidade, a vo vitalizando e enriquecendo.Linguagem a utilizao oral (fala) ou escrita da lngua. Em tal sentido que empregamos a palavra nasexpresseses linguagem oral e linguagem escrita. Trata-se de uma acepo estrita. Num sentido maisgenrico, linguagem seria qualquer sistema de sinais de que se valem os indivduos para comunicar-se.

    Autor: Hildebrando A. de Andr.

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  • FUNES DE LINGUAGEM / FIGURAS DA LINGUAGEMChamamos linguagem verbal possibilidade que tem o Homem de processar comunicao atravs do usode signos lingsticos. por meio de tais signos que remete a outrem uma mensagem, a qual, por sua vez, portadora daquilo que ele (o emissor) pretende.Na dependncia dessa inteno ou pretenso que se conforma a linguagem que, ora enfatiza o assunto,ora destaca o prprio emissor ou se volta para o receptor; expressa interesse no canal de comunicao,centraliza-se no prprio cdigo ou vislumbra a possibilidade do jogo artstico. Desta forma, possveldestacar 6 (seis) funes da linguagem no texto.Essas funes praticamente no ocorrem individualizadas, mas mesclam-se no contedo do texto.Vejamos:1) FUNO REFERENCIALA mensagem de natureza informativa, centrada no objeto ou no assunto de que trata. Procura deixar oreceptor informado, ciente de fatos e ocorrncias.

    EXEMPLO:

    O Iraque prometeu ontem que vai revidar o bombardeio dos EUA e do Reino Unido, ocorridos prximoa Bagd anteontem, que teriam matado dois civis e ferido mais de 20, de acordo com o Ministrio deSade do pas. Folha de S.Paulo, 18/02/01

    2) FUNO EMOTIVA OU EXPRESSIVAA mensagem fica centrada no prprio emissor, expressando suas particularidades, paixes, sentimentos epontos de vista.

    EXEMPLOS:

    Oh! Que saudades que tenho/Da aurora da minha vida,/Da minha infncia querida/Que os anos notrazem mais! (...) Meus oito anos, Casimiro de AbreuQuando eu nasci/um anjo louco muito louco/veio ler a minha mo/no era um anjo barroco/era um anjomuito louco, torto... Lets play that. Torquato Neto.

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  • 3) FUNO CONATIVA OU PRESSIVANeste caso a mensagem carregada de interesse sobre o receptor, j que pretende persuadi-lo, conquist-lopara a aquisies de interesse do emissor. a linguagem prpria da propaganda comercial, dos sermesreligiosos, das aulas argumentativas.

    EXEMPLOS:

    Beba Coca-Cola.; Fumar prejudicial sade. Toma jeito, menina!4. FUNO FTICARegistra-se nos trechos em que o emissor pretende dar incio a um processo de comunicao, esfora-sepor manter tal processo e interessa-se em encerr-lo.

    EXEMPLOS:

    Bom dia, senhores!; Ol, como vai voc?; No desliga, no, eu explico...; Vocs entenderam tudo?; Bem,at logo!

    5. FUNO METALINGSTICAAqui o emissor expressa-se a respeito da prpria expresso; usa o cdigo para referir-se ao prprio cdigo.Apresentam a predominncia dessa funo as definies, conceitos etc.

    EXEMPLO:

    A palavra Geografia formada de dois radicais de origem grega.; Chama-se sujeito o termo com oqual o verbo concorda.

    6. FUNO POTICACaso em que o emissor usa o cdigo de forma artstica ou ldica. O signo material importante em siprprio. Poemas, romances, contos e algumas crnicas so produtos textuais em que est normalmentepresente essa funo.

    EXEMPLO:

    beba coca colababe colabeba cocababe cola cacocaco

    colac l o a c a

    Dcio Pignatari

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    DENOTAO E CONOTAONo exerccio da atividade verbal, o usurio da lngua pode optar, de acordo com a situao que perfaz ocontexto, por expressar-se de modo claro, explcito, objetivo ou por uma linguagem particular, subjetiva,implcita, em que as palavras e expresses se revestem de novos significados, distantes daqueles que lhesso peculiares. objetividade de expresso chamamos denotao ou linguagem denotativa. Tal o queocorre nos textos de natureza informativa, nos noticirios, por exemplo; uma vez que a informao no sepode dar o luxo de exigir manobras intelectuais do receptor.

    Chama-se denotativa a expresso objetiva do contedo.Exemplo:

    Os Estados Unidos bombardearam o Iraque.

    A expresso subjetiva chama-se conotativa.Exemplo:

    A suja guerra ceifa futuros brilhantes.A conotao se vale da linguagem figurada, caso em que se atribui palavra um sentido novo, impressonuma suprarealidade, calcado na fora expressiva.

    A linguagem figurada pode ser examinada nos seguintes aspectos, chamados figuras:FIGURAS DE PALAVRAS OU TROPOS1. FIGURAS DE PENSAMENTO2. FIGURAS DE SINTAXE OU DE CONSTRUO E SONORAS3.

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  • 1. FIGURAS DE PALAVRAS OU TROPOS

    Consiste na alterao semntica, no desvio do sentido peculiar da palavra ou expresso, como se pode verno seguinte exemplo: As nuvens so cabelos/crescendo como rios. Joo Cabral de Melo Neto. Aqui, opoeta atribui s nuvens um sentido que extrapola o fenmeno meteorolgico. Ele as v como cabeloscrescendo... De acordo com a expressividade as figuras de palavras denominam-se:

    a) Metfora:Processo em que o usurio, baseado numa comparao implcita, subjetiva, emocional transfere o sentidode um termo para outro. Alguns exemplos:

    Disse o poeta: Sou de ferro. O cho era um braseiro.

    Que flor essa menina!b) Metonmia:Ocorre ao se efetuar a substituio de um termo por outro, tendo em vista uma relao interna, depertinncia ou de contigidade entre eles. Neste caso, alguns preferem chamar sindoque. Assim, possvel empregar-se:

    O autor em lugar de sua obra: Conhecer Machado de Assis renova o intelecto.1. A regio por aquilo que l se produz: Um havana carssimo!2. O objeto por seu usurio: Nunca param as foices no campo.3. A causa em lugar do efeito: Mantm-se de trabalhos espordicos.4. O abstrato em lugar do concreto: Era maravilhoso conviver com aquela bondade.5. O efeito em lugar da causa: O inverno matara a plantao.6. O continente pelo contedo: Voc j bebeu seis copos?7. O smbolo por aquilo que representa: Muitos infiis aceitaram a cruz.8.

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  • c) Perfrase ou antonomsia:Expresso que substitui o nome real, dando idia de uma caracterstica marcante.

    Exemplos:

    O Cisne negro comps belos poemas simbolistas.

    Pel, o Rei do Futebol, fez muitssimo pelo esporte.A Cidade Luz encantou geraes.

    O rei dos animais j perdeu muito de sua fama.c) Catacrese:A rigor uma metfora que perdeu o carter expressivo, vulgarizou-se, tornando-se praticamentelinguagem denotativa.

    Exemplos:

    Um dente de alho; o cu da boca; este brao de mar etc.

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    2. FIGURAS DE PENSAMENTO

    A alterao de significado ocorre num plano que envolve o raciocnio, o pensamento e no,necessariamente, o contedo semntico do vocbulo empregado.

    As principais figuras de pensamento so:

    a) Anttese:Expressa uma oposio de significados, de conceitos.

    Exemplo:

    Tive ouro, tive gado, tive fazendas.Hoje sou funcionrio pblico. Carlos Drummond de AndradeOuro, gado, fazendas = vida abastada/ Funcionrio pblico = vida modesta.

    Nota: Quando a oposio se d entre significados de palavras, chamamos antonmia. Exemplo: A vida e amorte fazem o homem.

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  • b) Paradoxo ou oxmoro:Expresso que rene idias absolutamente incompatveis, logicamente impossveis.

    Exemplo:

    Um fogo glido cortava-lhe a medula.c) Ironia:Figura que sugere desagrado: um termo quer dizer exatamente o contrrio do que expressa.

    Exemplo:

    Menina, voc um primor; no arruma nem sua prpria cama!

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    d) Eufemismo: o mesmo que suavizao ou abrandamento. Trata-se do uso de uma expresso menos spera, menoschocante com relao a uma realidade.

    Exemplo:

    Minha me descansou da luta diria.

    e) Hiprbole:Ocorre nas expresses entusisticas, exageradas.

    Exemplo:

    J te avisei milhes de vezes.

    f) Gradao:Disposio de termos em ordem crescente (clmax) ou decrescente (anticlmax) de intensidade.Exemplos:

    A chuva, o vento, a tempestade, a tormenta a tudo destruiu. (clmax). A tormenta, a tempestade, o vento,a chuva deixaram sua marca de devastao.

    g) Prosopopia:O mesmo que personificao. Trata de atribuir fala ou atitudes humanas a outros elementos.

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  • Exemplos:

    A Lua espia-nos atravs da vidraa.

    h) Apstrofe:figura de chamamento, apelo, interpelao, confere fora expressiva frase ou verso.

    Exemplo:

    Ofendi-vos, meu Deus, bem verdade. (Gregrio de Matos) Eu, Marlia, no sou algum vaqueiro,...(Toms Antnio Gonzaga)

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    FIGURAS DE CONSTRUO OU DE SINTAXE E SONORASEssas figuras realizam-se por meio de estratgias relativas construo da frase, seja por uma desordemou por omisso de certos termos. Incluem-se nesses casos, tambm as figuras que, explorando a sintaxedos fonemas, opera na busca de expresses sonoras. Muitos gramticos e estilistas as separam comofiguras de som.a) Elipse: a omisso de um termo previsvel, subentendido. Esse termo deixa de ser expresso por ser bvio, mastambm confere elegncia frase.

    Exemplo:

    Na rua, um malvado; em casa, um santo. Isto quer dizer: Na rua era um malvado; em casa era um santo.

    b) Zeugma:Omisso de um termo anteriormente expresso, ainda que em flexo diferente. Exemplo: Eu jogo futebol;ela, basquete. Isto quer dizer: Ela joga basquete.c) Assndeto:Omisso da conjuno coordenativa entre elementos de uma orao ou entre oraes coordenadas.Exemplo:

    Avental branco, pincen vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto dumacriancinha um estetoscpio. (Paulo Mendes Campos)

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    d) Polissndeto:Nesse processo o que se repete a conjuno aditiva e.Exemplo:

    E voava e zumbia, e zumbia, e voava... Mosca azul, Machado de Assis.

    e) Pleonasmo:O mesmo que repetio. Pode-se repetir a idia j contida num termo, o que se pode chamar de pleonasmogramatical, ou repetir-se uma funo sinttica: o pleonasmo sintagmtico ou sinttico. O pleonasmogramatical pode ser uma virtude da linguagem, quando empregado com inteno enftica. Caso contrrio, um defeito: pleonasmo vicioso.

    Exemplos de bons pleonasmos:de idia ou gramatical: A msica exige ouvidos de ouvir!1. sinttico: As malas, devo guard-las no armrio. Ao inconveniente, nunca lhe dou ateno.

    2.

    f) Silepse: uma espcie de erro ou um processo no concorde com o que preceituam as regras gramaticais. , semdvida, uma licena intelectualidade. Tal erro pode contrariar a sintaxe de concordncia verbal.

    Exemplo:

    Os estudantes ramos inquietos. Tem-se, nesse caso, uma silepse de pessoa, j que o sujeito Os estudantesexige o verbo na terceira pessoa do plural. Ocorre que o emissor inclui-se no grupo de estudantesinquietos!

    Casos h em que a silepse atinge a concordncia numrica, como ocorre em: A multido corriam pela rua.Usou-se, aqui, um verbo no plural, procurando uma concordncia ideolgica, mas no gramatical. Poroutro lado, pode haver a silepse de gnero, como se v em: Vossa Majestade continua bondoso!. Note queo termo Majestade gramaticalmente feminino e isto obrigaria o adjetivo feminino (bondosa). Todavia,por tratar-se do rei (masculino), fez-se a concordncia agramatical, mas ideolgica.

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    g) Hiprbato:O mesmo que inverso. Trata da inverso da ordem direta dos termos constituintes de uma orao. Se ainverso for muito acentuada, chama-se snquise.

    Exemplo de hiprbato:

    gua no bebo, nem vinho provo.Exemplo de snquise:

    Ouviram do Ipiranga as margens plcidas/De um povo herico o brado retumbante.... Nesse caso, aordem direta seria a que segue: As margens plcidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povoherico. Ufa! E para entender o Hino de nossa Ptria!

    h) Aliterao:Consiste na repetio de fonemas consoantes, a fim de que seja construdo um resultado sonoro especfico.Exemplo:

    Velho vento vagabundo... Cruz e Souza.

    i) Assonncia:Agora, o que se repete so fonemas vogais.

    Exemplo:

    Raia sangnea e fresca a madrugada. (...) Raimundo Correia.

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  • j) Anacoluto:Figura em que se faz a quebra, a desconcatenao da estrutura da orao ou do perodo. Um dos termosfica sintaticamente desligado, assim, meio desconexo e sua validade s se efetiva no contexto.

    Exemplo:

    Ela, j nem ligo para o que ouo!k) Anfora: a repetio de uma palavra no incio, em geral, de cada verso de uma estrofe.Exemplo:

    Olho a cidade que amanhece.

    Olho o homem que dorme.

    Olho a criana que nasce.

    Olho a luz que se acende.

    Olho, na esperana de esperana.

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    TONICIDADE DAS PALAVRAS, REGRAS DE ACENTUAO GRFICA E ORTOGRAFIAI. TONICIDADE

    Chama-se tonicidade o grau de fora dispensado na pronncia das slabas do vocbulo; assim, existemslabas tnicas e slabas tonas. So tnicas as que recebem maior intensidade na pronncia; as tonas sepronunciam com menos intensidade. A prosdia parte da Fontica que determina a posio da slabatnica em um vocbulo. Desta forma, de acordo com a quantidade de slabas de um vocbulo, possvelhaver a seguinte distribuio:

    1. Monosslabos:

    Tm uma nica slaba e dividem-se em:

    a) Tnicos:Tm autonomia de pronncia, a intensidade de slaba tnica.

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  • Exemplos:

    p, no, teu, pneu, n, tu, ti, mim, bis etc.

    b) tonos:Sem autonomia de pronncia, a intensidade de slaba tona.

    Exemplos:

    me, te, se, lhe, o, a, de, com etc.

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    2. Polisslabas:

    Tm mais de uma slaba e alguns gramticos os selecionam em disslabos, trisslabos, chamando apenasos demais de polisslabos. Para esse caso, preferimos agrup-los, todos, como polisslabos, a fim defacilitar a compreenso. Os polisslabos podem, de acordo com a posio da slaba tnica, classificar-secomo:

    a) Oxtonas:A slaba tnica a ltima.

    Exemplos:

    a-ca-ra-j, u-ru-bu, ci-po-al, de-ci-so, con-dor, No-bel etc.b) Paroxtonas:A slaba tnica a penltima.

    Exemplos:

    ca-mi-sei-ro, re-cor-de, me-tro, ci-bra, pu-di-co, fi-lan-tro-po, for-tui-to, gra-tui-to etc.

    c) Proparoxtonas:A slaba tnica a antepenltima.

    Exemplos:

    -clo-ga, a-e-r-li-to, e-s-fa-go etc.Nota: H vocbulos que admitem dupla prosdia: Ocenia/Oceania; hierglifo/hieroglifo etc.

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    II. ACENTUAO GRFICAEmbora todos os vocbulos tenham o acento tnico grau de intensidade das slabas nem todos usamos acentos grficos: circunflexo/agudo. Assim, necessrio saber-se aplicar as regras de acentuaogrfica, depois de se verificar a prosdia do vocbulo. Para que se facilite o estudo dessa parte, bomaceitar a seguinte distribuio das regras:

    a) Casos gerais:1) Monosslabos:Acentuam-se apenas os monosslabos tnicos realizados em a, as, e, es, o, os.

    Exemplos:

    p, ps, p, ps, p, ps, ps, f, v, (tu) vs, etc.2) Oxtonos:Acentuam-se os oxtonos terminados em a, as, e, es, o, os, em, ens.

    Exemplos:

    sof, Carajs, caf, voc, vocs, japons, cip, carijs, contraps, disps, armazm, vintns, etc.3) Paroxtonos:Acentuam-se aqueles que terminam em:

    l: mvel, imvel, til, fcil, retrtil, fusvel etc.l r: reprter, revlver, carter, etc.l n: hfen, abdmen, plen, regmen etc.l x: trax, nix, fnix etc.l ps: bceps, frceps etc.l i/is: jri, lpis, tnis; etc.l um/uns: mdium, lbum, mdiuns, lbuns etc.l os que terminam em ditongo crescente: colgio, relgio, farmcia, tnue, stio etc.l o: enjo, vo, coro etc.l

    Nota: Do exposto, possvel concluir que so acentuados os vocbulos paroxtonos, exceto os queapresentem terminao coincidente com os oxtonos acentuados.

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    b)Casos especiais:Nem todas as palavras recebem acento grfico devido posio das slaba tnica, mas por inclurem-se emcasos especficos, a saber:

    Recebem acento grfico as slabas tnicas formadas por i, is, i, is, u, us: a-ssem-bli-a,ge-li-a, Pom-pi-a, co-ro-nis, he-ri, he-ris, fo-ga-ru, cus etc.

    1.

    Acentuam-se o i e o u, quando forem a Segunda vogal tnica em hiato, desde que sozinhos na slabae no seguidos de nh: sada, sade, rene, (eu) atra, atribu, bas, balastre etc. Assim, no sedevem acentuar: juiz, raiz, Raul, rainha, bainha, fuinha etc.

    2.

    Emprega-se o trema nos grupos silbicos ge, gi, qe, qi, desde que o u seja pronunciado etono (semivogal) Exemplos: ge, enxge, ungento, lingia, (eu) argi, freqncia, cinqenta(nunca se grafa cincoenta), tranqilo, etc.

    3.

    ACENTUAO DE ALGUMAS FORMAS VERBAIS

    ele

    l

    eles

    lem

    ele

    eles

    ele

    eles

    d dem tem tm contm contmcr crem v vem vem vm convm convm

    Nota: Apenas os verbos ler, dar, crer e ver e seus derivados dobram o e na terceira pessoa do plural, nopresente do indicativo!

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  • ACENTOS DIFERENCIAIS

    Atualmente, vigora o acento diferencial de intensidade nas palavras homgrafas e homfonas, cuja nicadiferena seja a da intensidade, isto , uma tnica outra tona. So tnicos os verbos e os substantivos. Sotonas as preposies e as conjunes. Assim, veja o quadro seguinte:VERBO/SUBSTANTIVO FORMAS PREPOSICIONAISpr porpra paraeu plo peloo plo peloo plo poloo plo polotu cas coaele ca coa

    Foi abolido o acento diferencial de timbre nas palavras homgrafas e heterfonas, excetuando-se a formapde pretrito , em oposio a pode presente. Exemplos:

    Ontem ele no pde comparecer ao escritrio. Hoje ele pode comparecer ao escritrio.

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    FONTICA: FONEMAS E LETRASUm idioma pode manifestar-se de duas maneiras: falado ou escrito. O processo da fala utilizadeterminados sons a que chamamos fonemas. J o processo escrito serve-se das letras. Assim, a fala umprocesso oral-auditivo e a escrita um processo visual (ou tctil). No se podem confundir os dois casos!Fonema

    Tcnicamente, fonemas so sinais sonoros, mnimos, distintivos entre dois vocbulos como se observa napronncia de pata, bata e lata, em que ocorrem os fonemas [p], [b] e [l], respectivamente. A lnguaportuguesa tem, aproximadamente 33 fonemas.

    De uma forma menos terica, possvel dizer que um fonema um som mnimo que se agrega a outrospara produzir uma palavra falada.

    Letra

    O alfabeto da lngua portuguesa rene 23 letras, maisculas e minsculas, podendo ser cursivas ou de

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  • imprensa. As letras so sinais grficos, portanto no audveis, que servem para representar os fonemas sinais audveis; uma vez que a escrita substitui a fala, embora com algumas desvantagens. importanteque se note a diferena entre o nmero de fonemas (33) e o de letras (23). Esse fenmeno um dos fatoresde dificuldades da grafia das palavras.

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    Classificao dos fonemas

    1. Vogais:

    so pronunciados livremente, ou seja, no h interferncia de nenhum rgo da cavidade bucal (dentes,lingua, lbios). So naturais, da voz, propriamente dita, por isto vocais ou voclicos.Exemplos:

    /a/ = Amrica; /e/ = eltrica.

    2. Consoantes:

    s podem ser emitidos quando h a interferncia de algum elemento da boca (dentes, lngua, lbios), aoserem pronunciados, somam-se aos fonemas /a/ ou /e/, por isto ditos consoantes (com + soantes).Exemplos:

    /b/ = beleza; /t/ = Teresa.

    3. Semivogais:

    so fonemas intermedirios, nem totalmente livres como os vogais), nem totalmente obstrudos (como osconsonantais). Geralmente so o /w/ e o /y/, quando formam slaba com os fonemas vogais. O fonemasemivogal sempre tono, quer dizer, pronunciado com menos intensidade que o vogal com o qual formaa slaba.

    Exemplos:

    cau-te-la = /kaw/; rui-vo = /ruy/.

    Nota: No h letra vogal, essa classificao pertence ao fonema! A letra simplesmente representa umfonema que seja vogal, consoante ou semivogal. A representao universal do fonema utiliza o chamadoalfabeto fontico internacional e sempre marca os elementos entre duas barras.

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    Encontros voclicos

    a) ditongo:Uma slaba em que ocorre encontro de vogal com semivogal e vice-versa. Por isto o ditongo pode sercrescente (semivogal + vogal) ou decrescente (vogal + semivogal).Exemplos:

    -gua; he-ri, en-can-tam.

    Nota: Nunca se diz que haja duas vogais na mesma slaba. O fonema vogal o centro de toda slaba.Os ditongos, assim como os tritongos, so inseparveis na diviso silbica.

    b) tritongo: a ocorrncia em que uma slaba apresenta um fonema vogal ladeado por dois fonemas semivogais.Exemplos:

    Pa-ra-guai; en-x-guam.

    c) Hiato:Neste caso h duas slabas contguas, formadas, logicamente, por vogais.

    Exemplos:

    Ce-a-r, co-o-pe-rar.

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  • Dgrafos e dfonos

    Existem casos em que se utilizam duas letras para representar um s fonema: so os dgrafos. Exemploschuva [x], an-jo [], queijo [k]. Outros casos h em que ocorre o emprego de uma s letra, para representardois fonemas. So chamados dfonos.

    Exemplos:

    t-xi /c/ /s/, sin-ta-xe /c/ /s/.

    Encontros consonantais

    Neste caso, a slaba se forma com o encontro de dois fonemas consoantes.

    Exemplos:

    pre-o /p/ /r/, blo-co /b/ /l/.

    Classificao das palavras quanto ao nmero de slabas

    Dependendo do nmero de slabas as palavras dividem-se em:

    Monosslabas:

    formadas por uma nica slaba. Tal slaba pode ser tnica ou tona.

    Exemplos:

    p. s, me, v, si, pneu, trs, mais, pois etc.

    Disslabas:

    Formadas por duas slabas. Sempre so oxtonas ou paroxtonas.

    Exemplos:

    ca-f, li-tro, pei-xe, Cei-lo, mai-o, etc.

    Trisslabas:

    Formadas de trs slabas. Podem ser oxtonas, paroxtonas ou proparoxtonas.

    Exemplos:

    j-ca-r, ca-mi-sa, tc-ni-co etc.Polisslabas:

    Apresentam quatro ou mais slabas. Podem ser paroxtonas ou proparoxtonas.

    Exemplos:

    his-t-ri-co, ca-fe-i-cul-tu-ra, de-sen-vol-ve etc.

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    Noes de ortografia

    A ortografia define a escrita correta das palavras. Como j se viu na parte de fontica, existem muitosproblemas para a fixao das regras ortogrficas. Alguns devidos no correspondncia constante entreletras e fonemas, outros devidos prpria formao da lngua portuguesa, oriunda do Latim e miscigenadacom muitas outras influncias. Embora os gramticos tenha formulado algumas regras prticas, o bomdesempenho ortogrfico depende sempre da convivncia que o usurio tem com a leitura e com a prticada escrita. Vejamos algumas regras:Emprego de S ou Z nos sufixos.

    a) Grafam-se com z as palavras que, sendo substantivos abstratos, derivados de adjetivos, usam os sufixosez ou eza. Assim, tem-se:

    Adjetivo Substantivolimpo limpezacerto certeza

    claro clarezaestpido estupidezntido nitidez

    b) Grafam-se com s as palavras masculinas, indicadoras de ttulos nobres, origem ou procedncia e asrespectivas formas femininas, j que usam os sufixos s, -esa/-essa e isa. Assim, tem-se:Marqus, libans, calabrs, marquesa, libanesa, princesa, condessa, papisa, poetisa etc.

    c) Grafam-se com s as formas verbais que usam a terminao /-izar/, quando o fonema /z/, representadopela letra s j se encontra no radical. Em outras palavras, fica mais fcil verificar o que segue: se a palavracorrelata apresentar a seqncia IS + VOGAL, emprega-se a letra s. Exemplos: analise > analisar; friso >frisar etc. Caso no ocorra a mencionada seqncia, o verbo passa a utilizar o sufixo verbal izar, o qualsempre se escreve com a letra z. Exemplos: real > realizar, catequese > catequizar etc.

    d) Grafam-se com a letra s palavras que usam o sufixo formador de adjetivos oso/-osa. Exemplos:bondoso, bondosa, orgulhoso, orgulhosa etc.

    Outros usos da letra sAps ditongos: Exemplos: coisa, pousa etc.m Os verbos querer e pr nunca usam a letra z. Exemplos: quiser, puser etc.m

    l

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    Emprego da letra J

    a) Em verbos com infinitivo em jar.Exemplos:

    enferrujar, viajar etc.b) Em palavras que derivem de outras que usem j.Exemplos:

    cerejeira, laranjeira etc.c) Na grafia de palavras em o original g no confere com a pronncia.Exemplos:

    anjo, frijo etc.Emprego da letra G

    a) Na grafia de anglico, angelical, frigir, fugir.b) Nas palavras que usem as terminaes: gio, -gio, -gio, -gio e gioExemplos:

    pedgio, colgio, litgio, relgio, refgio.

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  • Alguns empregos da letra X

    a) Nas palavras iniciadas por en, exceto quando derivadas de outra que comece por ch.Exemplos:

    enxoval, enxurrada, enxovia etc. encher, enchente etc.

    b) Nas palavras que comeam com me, exceto mecha e mechoao.Exemplos:

    mexer, Mxico etc.

    c) Aps ditongos: caixa, caixote, frouxo etc. muito importante ressaltar que a verdadeira prtica ortogrfica depende de intenso convvio com aspalavras, atravs de leitura e escrita constantes. Pratique!

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    SIGNIFICAO DAS PALAVRASO significado de uma palavra est sempre relacionado ao contexto em que se insere. Palavras isoladas someros vocbulos e no prendem a si um sentido especfico talvez genricos. Por isto que se deve darmuita ateno ao estudo da denotao e da conotao.

    No mbito do significado importante verificar-se o que segue:

    1. Palavras homnimas.

    Apresentam coincidncia na grafia, na pronncia ou em ambas. Observe:

    a) coincidncia na grafia (homgrafas):Tragam-me uma colher.

    Vou colher bons frutos.

    O substantivo e o verbo apresentam a mesma grafia, embora se pronunciem de forma diferente.

    b) coincidncia na pronncia (homfonas):Quero o conserto do carro imediatamente!

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  • O Brasil fez um concerto com o FMI.

    O substantivo conserto (= reforma) tem a mesma pronncia do substantivo concerto (= acordo), emborasejam grafados diferentemente.Nota: A palavra concerto tambm pode significar espetculo musical.

    a)coincidncia de grafia e de pronncia (homnimas perfeitas):Ele vende mangas e laranjas.A costureira vai reformas as mangas da camisa.

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    2. Palavras parnimas.

    Nunca apresentam coincidncia grfica ou fontica; apenas so semelhantes. Confira!Palavra Significado Palavra Significadoabsorver perdoar absorver reteracender pr fogo ascender elevar-seacento sinal grfico assento lugaracurado feito com esmero apurado finoaferir conferir auferir obter lucroamoral indiferente moral imoral devassocomprimento extenso cumprimento saudaoconjetura hiptese conjuntura situaodeferir atender diferir diferenciar

    Nota: Convm que o interessado consulte vasta relao dessas palavras nas boas gramticas de quedispe.

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  • Existem expresses parnimas que devem chamar a ateno do usurio da lngua, uma vez que seu mauemprego denota despreparo quanto ao vocabulrio da lngua. Eis mais alguns:

    A PAR:

    Sugere estar bem informado, Ter conhecimento de algo.

    Exemplo:

    Estou a par de sua situao.

    AO PAR:

    Emprega-se relativamente cotao monetria.

    Exemplo:

    O real e o dlar hoje esto ao par.AFIM:

    Aquilo que igual, semelhante, anlogo.

    Exemplo:

    Voc tem Coca-Cola ou um refrigerante afim?A FIM (DE):Expressa idia de finalidade.

    Exemplo:

    No estou a fim de sair hoje.

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  • MEDIDA QUE:Expressa relao de proporcionalidade; equivale expresso proporo que.

    Exemplo:

    medida que estudo, progrido.NA MEDIDA EM QUE:Corresponde a tendo em vista que. Expressa uma noo causal.

    Exemplo:

    Na medida em que estava despreparado, tive problemas na prova.

    SENO:Equivale s expresses do contrrio ou a no ser.

    Exemplos:

    Beba o remdio, seno pode ficar pior. Voc nada faz, seno interromper o trnsito.

    SE NO:Trata-se de duas palavras: conjuno condicional se e advrbio no. Equivale conjuno caso.Exemplo:

    S irei cidade, se no chover. (caso no chova.).

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  • CLASSIFICAO E USOS DA PALAVRA QUE.a) Substantivo:desde que haja determinante (artigo, numeral ou pronome adjetivo). Aparece sempre com acentocircunflexo.

    Exemplos:

    Ela sempre tem um qu de felicidade nos olhos.

    Naquela prova, dois qus salvaram a minha pele. Este qu sempre causa algum problema.

    b) Interjeio:seguido de ponto de exclamao. Exprime emoo ou admirao. Tambm acentuado.

    Exemplo:

    Qu! Voc por aqui?!c) Advrbio:denota intensidade. Equivale a quo. Precede um adjetivo em frases exclamativas.Exemplo:

    Que lindo est o dia!d) Pronome adjetivo:em oraes interrogativas (pronome interrogativo) e exclamativas (pronome indefinido).Exemplos:

    Que horas so?Que trabalho espetacular!

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  • e) Pronome substantivo:em oraes interrogativas (interrogativo) e em oraes exclamativas (indefinido).Exemplos:

    Que disseste?Que preguia!f) Pronome relativo:inicia oraes subordinadas adjetivas; sempre retoma o termo antecedente posto na orao principal.Exemplo:

    Nunca comprei o livro que eu quero. (= eu quero o livro). Neste caso a palavra que refere-se aoantecedente o livro.

    g) Conjuno:pode ser coordenativa (aditiva: = e), (adversativa: = mas) (explicativa: = pois).Exemplos:

    Fala que fala e no o entendemos. Outro que no eu ir ao escritrio. Volte rpido que tenho pressa. Podeser subordinativa. Vejam-se as oraes subordinadas substantivas e as subordinadas adverbiais.h) Preposio:Equivale a de.

    Exemplo:

    Tenho que sair mais cedo. (= Tenho de sair mais cedo.).Notas:

    Na expresso que, funciona como partcula de realce (expletiva). Exemplo: Isto que trabalho!1. Em final de frase sempre se acentua a palavra que.2.

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  • CLASSIFICAO E USOS DA PALAVRA SEa) Conjuno:pode ser integrante, quando introduz as oraes subordinadas substantivas, ou subordinativa, caso em queintroduz oraes subordinadas adverbiais. Para melhores esclarecimentos bom estudar o perodocomposto por subordinao.

    b) Pronome apassivador: tambm chamado de partcula apassivadora. Emprega-se com verbos transitivos diretos e seu papel transformar o objeto direto em sujeito paciente.Exemplo:

    VENDER CASA (v.t.d.) (o.d.) (SE) (pronome apassivador) VENDE SE CASA (v.t.d.) (suj. paciente)c) Indice de indeterminao do sujeito:Ocorre nos casos em que o sujeito da orao deve estar indeterminado, ou seja, o processo faz aluso a umfato genrico, sem que se esclarea o agente. O indice de indeterminao do sujeito no ocorre com verbostransitivos diretos, exceto quando o objeto direto estiver preposicionado.Exemplos:

    Vive-se bem aqui em So Paulo. Necessita-se de bons polticos. Era-se muito feliz na infncia. Admira-sea Vieira.

    Nota: Havendo ndice de indeterminao do sujeito, o verbo permanece na terceira pessoa do singular.d) Pronome reflexivo e recproco:Casos em que a partcula se denota um processo reflexivo, isto , a ao indicada pelo verbo recai noprprio sujeito (= a si mesmo). Ser recproco sempre que o verbo denotar reciprocidade de ao. Denotaa expresso um ao outro.

    Exemplos:

    O rapaz considerou-se ( = a si mesmo) timo aluno. Os jogadores agrediram-se (= uns aos outros)durante a partida de futebol.

    e) Partcula de realce:Em desuso na linguagem atual, serve para enfatizar o processo verbal.

    Exemplo:

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  • As meninas sorriam-se felizes.

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    CLASSIFICAO E USOS DA PALAVRA A.1. Artigo definido feminino:

    Corresponde ao indefinido uma. palavra determinante de um substantivo.Exemplo:

    Comprei a casa. (= Comprei uma casa.).2. Preposio:

    Elemento de relao entre dois termos. Operar nas relaes de regncia nominal ou verbal. Muitas vezesequivale preposio para.

    Exemplos:

    muito fcil ir daqui a Santos. Refiro-me a todos os alunos. A menina est a namorar.3. Pronome pessoal oblquo tono:

    Corresponde, na forma oblqua, ao pronome reto ela.

    Exemplo:

    Nunca a vi mais gorda. (Nunca vi ela mais gorda.).4. Pronome demonstrativo:

    Equivale a esta, aquela.

    Exemplos:

    Tenho duas camisas novas, a que uso hoje est manchada, mas a que guardei no apresenta defeitos.Nota: A forma H corresponde ao presente do indicativo do verbo haver e empregada para expressar:

    fato j ocorrido: Cheguei da Europa h dois meses.l Fato que se desenvolve: Estou aqui h duas horas.l Existncia: H rvores em toda a extenso do caminho.l

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  • Ocorrncia: s vezes h desastres horrveis.l Permanncia: H, ainda, muitas pessoas na sala de espera.l

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    EMPREGO DAS FORMAS POR QUE, PORQUE.Por que

    Incio de frase interrogativa. Exemplo: Por que h tantos buracos na rua?1. Nas frases interrogativas indiretas (equivale a por qual motivo). Exemplo: Diga-me por que existempessoas ruins.

    2.

    Como pronome relativo, precedido de preposio por. Equivale s formas pelo qual, pela qual etc.

    Exemplo:

    No sabemos os motivos por que ela desistiu do noivado.

    3.

    Por qu

    Empregado apenas em final de frase. O acento indica ser um monosslabo tnico.

    Exemplo:

    Ela desistiu do noivado por qu?

    Porque

    Classifica-se como conjuno. Expressa causa, explicao ou finalidade.Exemplos:

    Traga-me os documentos porque devo lev-los ao advogado. Morreu porque bebeu veneno.

    Estuda muito porque te saias bem nas provas.

    Porqu

    Deve ser acentuado graficamente: um substantivo formado por derivao imprpria. Neste caso virprecedido de artigo ou de outro determinante.

    Exemplos:

    O porqu de sua mgoa no ficou muito claro. Todo porqu causa um certo desconforto. Dois porqus

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  • salvaram-me da reprovao no exame.

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    MORFOLOGIA I - ESTRUTURA E FORMAO DAS PALAVRASOs vocbulos da lngua portuguesa so, normalmente, constitudos de um elemento fundamental, bsicopara a significao ao qual se d o nome de radical ou semantema. Esse elemento portador do sentidoprimeiro da palavra, desprovido de elementos flexionais, indicadores de gnero e nmero nos nomes e deconjugao, tempo, modo e pessoa nos verbos. A estes estes elementos chamamos desinncias oumorfemas. H, tambm as vogais temticas. Observe os exemplos seguintes:Menin + a

    os

    radical desinncias

    ama + a + sse + mos

    radical vogal temtica desinncia desinncia

    Existem, ainda, elementos que servem para formar novas palavras, a partir do radical: so os afixos(prefixos, quando postos antes do radical e sufixos, quando postos depois do radical.Exemplos:

    infeliz; felizmente.

    A partir da anlise desses elementos designam-se os processos de formao das palavras. Basicamente sodois os processos: derivao e composio.

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  • Processos de derivao

    a) prefixal ou prefixao:Adio de um prefixo ao radical.

    Exemplo:

    desleal.

    b)sufixal ou sufixao:Adio de um sufixo ao radical.

    Exemplo:

    lealdade.

    c) prefixal e sufixal:Adio de um prefixo e de um sufixo ao radical.

    Exemplo:

    deslealdade.

    Nota: Nos casos de derivao prefixal e sufixal sempre se formar uma palavra com qualquer dos afixos.Verifique: desleal/lealdade.

    d) derivao parassinttica:Na parassntese ocorrem dois afixos simultaneamente. Assim, no se pode us-los separadamente.Exemplo: envelhecer. Note que no possvel formar envelh nem velhecer.

    e) derivao regressiva ou deverbal:Geralmente forma substantivos abstratos indicadores de ao. Consiste no aproveitamento do radical deum verbo ao qual se acrescenta uma vogal temtica de nomes: a, e ou o .

    Exemplos:

    a luta (de lutar + a); o combate (de combater + e); o choro (de chorar + o).f) derivao imprpria:Caso em que se faz a mudana de classe da palavra: verbos passam a substantivos, adjetivos passam asubstantivos, nomes comuns passam a prprios e assim por diante.

    Exemplos:

    O fumar prejudica a sade.No conhecamos o falecido. (particpio do verbo falecer passou a substantivo). Procure o Sr. Leito.(substantivo comum passou a substantivo prprio).

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    Processos de composio

    a) justaposio:forma palavras por meio da juno de radicais, sem que haja neles alterao morfolgica. Alguns dessesnomes tm seus ncleos separados por hfen, outros no.

    Exemplos:

    couve-flor; passatempo, girassol.

    b) aglutinao:forma palavras por meio da juno de radicais que sofrem alterao morfolgica.Exemplos:

    fidalgo (filho+de+algo); vinagre (vinho+acre); petrleo (pedra+leo).Nota: Chama-se hibridismo o processo que rene elementos mrficos de origens diferentes. Exemplo:televiso (tele = grego + viso + latim)Outros processos de formao de palavras

    a) onomatopia:formao de palavras que sugerem rudos, barulhos, sons de animais.

    Exemplos:

    reco-reco; teco-teco; chibum!, tilintar, farfalhar, urrar, arrulhar, berrar.

    b) Sigla ou siglonimizao:Muito freqentes em nossa lngua, principalmente na esfera governamental.

    Exemplos:

    INSS, IPVA, IPTU.

    c) Reduo ou abreviao:Consiste em utilizar apenas parte da palavra.

    Exemplos:

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  • tev (por televiso); fone (por telefone); nibus (por auto-nibus).

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    MORFOLOGIA II - CLASSES GRAMATICAIS

    Os vocbulos da lngua portuguesa renem-se em classes ou categorias gramaticais. So dez. Seischamadas classes variveis e quatro chamadas classes invariveis. Deve-se observar que a classificaomorfolgica de uma palavra sempre est relacionada com o contexto em que estiver empregada. Bem poristo convm atentar para o processo de derivao imprpria. So classes variveis:

    SUBSTANTIVO:

    O nome por excelncia. Palavra com que se denominam seres, coisas, atos, enfim, tudo quanto o serhumano percebe. Muitos substantivos expressam idia de um conjunto de entes. Classificam-se em:prprios:

    aqueles que particularizam um ente no meio de sua espcie.

    Exemplos:

    Pedro; Curitiba; Casa Silva.

    comuns:

    aqueles que nomeiam todos os elementos de uma mesma espcie.

    Exemplos:

    homem; cidade, loja.concretos:

    os que indicam elementos reais ou imaginrios com existncia prpria, independentes dois sentimentos oujulgamentos do ser humano.Exemplos:

    Deus; fada; esprito; mesa; pedra.

    abstratos:

    os que nomeiam entes que s existem na conscincia humana, indicam atos e sentimentos.

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  • Exemplos:

    dor; saudade; beijo; pontap; chute; resoluo; resposta etc.coletivos:

    aqueles que nomeiam conjuntos.Exemplos:

    manada; bando; biblioteca; discoteca; pinacoteca etc.

    Nota: H coletivos especficos, como cfila (conjunto de camelos), e no-especficos, como bando (deaves, de marginais etc.).primitivos:

    substantivos que do origem a outros, atravs dos processos de derivao.

    derivados:

    so os substantivos formados por processos de derivao, exceto a imprpria.

    Os substantivos podem, ainda, ser simples ou compostos.

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    Flexes dos substantivos

    Os substantivos flexionam-se em gnero, nmero e grau.

    a)gnero:Relativamente flexo de gnero, os substantivos podem ser biformes ou uniformes. Osbiformes, tambm chamados heternimos, apresentam formas distintas para masculino oufeminino.

    Exemplo:

    homem/mulher.

    Os substantivos uniformes separam-se em:

    Epicenos:

    Neste caso o gnero se indica com a adio dos designativos macho/fmea.

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  • Exemplos:

    jacar macho; jacar fmea.Comuns-de-dois-gneros:

    Caso em que o gnero indicado pelo artigo ou pronome que o determinem.

    Exemplos:

    O/A estudante; O/A motorista etc.

    Sobrecomuns:

    O gnero s se revela no contexto, independentemente do artigo que os precede.

    Exemplos:

    O cnjuge (marido ou mulher); o carrasco (homem ou mulher); o caixa (homem ou mulher).Existem substantivos que, sendo masculinos tm um significado, sendo femininos, tm outro.Alguns exemplos:

    O guia (indivduo esperto)

    A guia (ave de rapina)O cabra (homem valente, rude) A cabra (animal)O caixa (tesoureiro/tesoureira) A caixa (recipiente)O moral (o nimo) A moral (tica, dignidade)O rdio (aparelho receptor) A rdio (estao transmissora)

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  • b) nmero:Trata de singular ou plural. A flexo de nmero no causa problema a usurios da lngua compreparo mediano, entretanto, sempre convm observar certas particularidades. H, porexemplo, substantivos que s se empregam na forma de plural; chama-se pluralia tantum: osafazeres; as algemas; os anais; as bodas; as condolncias; as custas (de um evento judicial);Os Estados Unidos; os idos; os parabns etc.

    conveniente observar o plural dos substantivos compostos, embora haja discordnciaterica entre muitos gramticos.

    1.Nos compostos sempre variam os elementos substantivos, adjetivos e numerais ordinais.Exemplos: couves-flores; amores-perfeitos; segundas-feiras.

    Notas:

    1. Se os compostos tm os ncleos unidos por preposio, apenas o primeiroelemento ir para o plural. Exemplos: ps-de-moleque; guas-de-colnia;marias-sem-vergonha.

    Muitas vezes a preposio est implcita: cavalos-vapor ( = cavalos-de-vapor)2. Se o segundo elemento do composto indicar espcie ou semelhana, apenas oprimeiro elemento ir para o plural. Exemplos: navios-escola; licenas-prmio;cafs-concerto; canetas-tinteiro; macacos-prego, peixes-boi.

    2. Nunca variam compostos formados por verbos, advrbios e preposies.

    Exemplos:

    Os quero-quero; os leva-e-traz. Os abixo-assinados; os sem-terra.

    b) grau:Quanto ao grau, os substantivos podem se flexionar no aumentativo ou diminutivo, paraexpressar idia de grandeza, afeto ou menosprezo. Exemplos: casaro, casinha, casebre,pobreto, menininha.

    Deve-se observar que, apesar da forma aumentativa ou diminutiva, muitas palavras perderama noo de grandeza. Exemplos: porto; carto; flautim; caderneta e outros.

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  • ADJETIVO:

    Classe de palavras que servem para caracterizar um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, um estado,uma condio ou uma origem. Exemplos: homem honesto; moa triste; mulher pobre; cidado coreano.

    Flexes dos adjetivosOs adjetivos se flexionam em gnero, nmero e grau. Quanto ao gnero e nmero, concordam com o substantivo a que se referem. Relativamente ao grau, necessrio algum cuidado.

    Grau comparativo:

    a) igualdade:Esta cidade to importante quanto aquela.

    b) Inferioridade:Esta cidade menos importante que (do que) aquela.c) Superioridade:Esta cidade mais importante que (do que) aquela.

    Grau superlativo:

    Trata de atribuir ao substantivo uma caracterstica elevada ao grau mximo. Pode ser:

    - superlativo absoluto analtico: quando se acrescenta um advrbio de intensidade ao adjetivo, semflexion-lo.

    Exemplo:

    Esta garota muito linda.

    - superlativo absoluto sinttico: Forma-se com o emprego dos sufixos superlativos.

    Exemplo:

    Esta garota lindssima.

    - superlativo relativo de superioridade: Destaca as caracterstica de um ente em relao a um grupo.

    Exemplo:

    Esta garota a mais bela da classe. Note-se, ele a mais bela dentro do grupo: a classe.

    - Superlativo relativo de inferioridade: Destaca a inferioridade do ente no conjunto em que se insere.Exemplo:

    Esta garota a menos bela da classe.

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    Nota:

    As formas bom, grande e pequeno fazem comparativos e superlativos de modo irregular. Assim:Normal Comparativo de superioridadde Superlativo absoluto Superlativo relativoBomMalGrandePequeno

    melhorpior

    maiormenor

    timopssimomximomnimo

    o melhoro pior

    o maioro menor

    Locues adjetivasExpresses geralmente formadas de preposio e substantivo equivalentes a um adjetivo. Exemplo: Moado Rio. (carioca).

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    Table de locues adjetivas:Locues Adjetivasfratura do fmur = r. femoralunhas de fera = u. ferinasconfigurao semelhante a ferradura = c.hipocrepiformevontade de ferro (fig.) = v. frrea ou ferrenharesduos de fezes = r. fecaismal do fgado = m. hepticoinimigo do fgado (fig.) = i. figadalbola semelhante a figo = b. ficiformeamor de filho = a. filialpedra de fogo = p. gneainstrumento semelhante a foice = i. falciformepaixo sem freio (fig.) = p. desenfreada ou infrene

    plipos do intestino = p. celacosventos de inverno = v. hibernaiscolorao da ris = c. iridianaatitude de irmo = a. fraternalinflamao do joelho = i. geniculardeciso de juiz = d. judicialentrada do lado = e. lateralporto de lago = p. lacustreurro de leo = u. leoninorapidez de lebre = r. leporinaprodutos de leite = p. lcteospenugem semelhante a leque = p.jlabeliforme

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  • nuvem de gafanhotos = n. acrdiavos de gaivota = v. larideosarrogncia de galo = a. alectriapasso de ganso = p. anserinosom da garganta = s. guturalveia da garganta = v. jugularagilidade de gato = a. felinazona de gelo = z. glacialmsica de guerra = m. marcialzona de guerra = z. blicafaixa de idade = f. etriacostumes da Idade Mdia = c. medievaistribunal da Igreja = t. eclesisticopssaros de ilha = p. insulares

    rastros de lesma = r. limacdeoscido de limo = . ctricouivos de lobo = u. lupinosnota de louvor = n. laudatriafase da lua = r. lunarexpresso de macaco = e. simiescaatitude de macho = a. msculadureza de madeira = d. lgnea ou lenhosacorao de madrasta = c. novercalamor de me = a. materno ou maternalpartido da maioria = p. majoritrioar da manh = a. matinal ou matutinoanimais do mar = a. marinhosnavegao por mar = n. martima

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    dente de marfim = d. ebreo ou ebrneopopulao das margens dos rios = p. ribeirinhadentes do maxilar inferior = d. mandibularesgolpe de mestre = g. magistralPartido da minoria = p. minoritriocorreo da moeda = c. monetrialeis de Moiss = I. mosaicashbitos de monge = h. monocaiscanto da morte = c. fnebredose de morte = d. letalregio das ndegas = r. glteafossa do nariz = f. nasalregio do Norte = r. boreal ou setentrionalregio da nuca = r. occipitalglobo do olho = g. ocularcombustvel sem odor = c. inodoroandar de orangotango = a. pitecidepavilho da orelha = p. auricularfratura do osso do brao = f. umeralpoca de ouro = . ureanervo do ouvido = n. auditivoamor de pai = a. paterno ou paternal

    vegetao do prado = v. pratensevoz de prata (fig,) = v. argentinapessoa sem probidade = p. mprobagreve de professores = g. docentecarga de protena = c, proticamal do pulmo = m. pulmonarruptura do pulso = r. crpticaferida com pus = f. purulentanervo dos quadris = n, citicoconsistncia de queijo = c. caseosaesperteza de raposa = e. vulpinachiado de rato = ch murinocoroa de rei = c. realbrilho de raio ou de relmpago = b. fulguralclica de rim = c. renalnavegao por rio = n. fluvialplantas de rocha = p. rupestresalimento sem sal = a. inspidodepsito de sal = d. salinocomida sem sal = c. insulsa ou insossaexposio de selos = e. filatlica

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  • suco do pncreas = s. pancreticoplantas de pntano = p. palustresbula do Papa = b. papalproduto do paraso = p. paradisacofesta da Pscoa = f. pascalsindicato dos patres = s. patronalgente sem pavor = g. impvidaescamas de peixe = e. psceasmanchas da pele = m, epidrmicastecido da pele = t. epitelialave sem penas = a. impeneveias do pnis = v. penianasregio do pescoo = r. cervicaldepilao das pestanas = d. ciliaratos de pirata = a. predatriosfilosofia de Plato = f. platnicaarrulhos de pombo = a. columbinospeste de porco = p. Suna

    solidariedade de abade = s. abacialdistncia de abismo = d. abissalplantao de abboras = p. cucurbitceasentena de absolvio = s. absolutriavoracidade de abutre = v. vulturinarea de acampamento militar = a. castrenseteor de acar = t. sacarinotempos de Ado = t. admicoshonorrios de advogado = h. advocatciosplanta da gua = p. aquticagarra de guia = g. aquilinaobjeto semelhante a agulha = o. aciculararroubos da alma = a. anmioshorizonte do alto mar = h. equreoreivindicao de aluno = r. discentegro semelhante a ameixa = g. pruniformeinflamao das amdalas = i. tonsilar

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    cenas de amor = c. erticaspedra semelhante a amora = p. rubiformehbitos de andorinha = h. hirundinosplantaes semelhantes a anel = p. anelaresdoura de anjo = d. angelicalpoder de aquisio = p. aquisitivopoder de arcebispo = p. arquiepiscopalsoldados sem armas = s. inermesgro semelhante a arroz = g. orizideopraga de rvore = p. arbreaanimal de asas = a. aladoconcha semelhante a asa = c. ansiformeteimosia de asno = t. asininabrilho dos astros = b. sideralhbitos de ave de rapina = h. acipitrinos

    tnico do cabelo = t. capilarleite de cabra = l. caprinoapetrechos de caa = a. venatriosarte da caa com ces = a. cinegticaobjeto semelhante a cacho = o. racemiformeprodutos de cal = p. calcriosfratura de calcanhar = f. talarvida no campo = v. agreste ou campestre ou campesinaou ruralplantao de cana = p. arundinceafria de co = f. caninafolha semelhante a capuz = f. cuculiformepoca de Carlos Magno = e. carolngiapele de carneiro = p. arietinapriso em casa = p. domiciliarfestas de casamento = f. conjugaisesttua de cavalo = e. eqestregripe de cavalo = g. eqina

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  • tradio dos avs = t. avoengador no bao = d. esplnicahomem sem barba = h. imberbemal da bexiga = m. vesicaldor no baixo-ventre = d. alvinapao do bispo = p. episcopalpapel de bobo = p. truanescobarba de bode = b. hircinafora de boi = f. bovinaasas de borboleta = a. papilionceasosso do brao = o. braquialesttua de bronze = e. brnzea ou neamassa da cabea = m. ceflica

    hbitos de cegonha = h. cicondeosolhos em chamas = o. flamejanteslquido sem cheiro = I. inodoroestatueta de chumbo = e. plmbeaguas da chuva = . pluviaispermetro da cidade = p. urbanomaterial de cobre = m. cpricoagilidade de coelho = a. cunicularnuvem semelhante a cogumelo = n. fungiformepaz de convento = p. monstica ou monacalataque do corao = a. cardacoamigo do corao (fig.) = a. cordialcaixa do Correio = c. postalpios de coruja = p. estrigdeosregio da costa = r. costeirodores nas costas = d. lombares

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    Direito findado nos costumes = D. consuetudinrioarte de cozinha = a. culinriaosso da coxa = o. aurolhomem sem crena = h. incrduloatitudes de criana = a. infantis ou pueristerra sem culturo = t. rida ou inculta ou estrilespetculo de dana = e. coreogrficoimpresses de dedo = i. digitaisteorema de Descartes = t. cartesianoatitudes do diabo = a. diablicasbrilho de diamante = b. adamantinobens em dinheiro = b. pecuniriosobra de Direito = o. jurdicatrabalho de escravo = t. servilruptura do eixo = r. axialcido de enxofre = . sulfricogua de enxofre = . sulfurosaespasmos do esfago = e. esofgicosfragmento de espelho = f. especularplanta de muitos espinhos = p. poliacanta

    regio da sobrancelha = r. superciliarcaracterstica do som = c. fonticalembranas de sonhos = I. onricasnoites sem sono = n. insonesregio do Sul = r. austral ou meridionalprazeres da terra = p. terrestres ou terrenosseres da Terra (planeta) = s. terrqueosfora da terra (solo) = f. telricaosso da testa = o. frontalcaixa do trax = c. torcicafora de touro = f. taurinaconselho de tio ou de tia = c. avuncularde cobra = viperinode cinza = cinreode abelha = apcolade abdmen = abdominalde abutre = vulturinode guia = aquilinode aluno = discentede andorinha = hirundino

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  • responsabilidade de esposa = r. uxorianaresponsabilidade de esposo = r. esponsalhbitos de esquilo = h. ciurdeossuco do estmago = s. gstrico ou estomacalbrilho das estrelas = b. estelarzona de fbrica = z. fabrilregio da face = r. facial ou genalvarinha de fada = v. fericaDireito de Falncia = D. falimentaraspecto de fantasma = a. espectral ou lemuralmistura de farelo = m. furfreamassa de farinha = m. farinceahomem sem f = h. incrdulo ou descrenteclculo semelhante a feijo = c. fasecolarmudana de sentido = m. semntica

    de asno = asininode boca = bucalde bao = esplnicomassa de trigo = m. tritceacordo do umbigo = c. umbilicalmanchas da unha = m. ungueaisligeireza de veado = I. cervina ou elafianasangue da veia = s. venosofora do vento = f. eliaventos de vero = v. estivaislngua de vbora = I. viperinabrilho de vidro = b. vtreo ou hialinodor na virilha = d. inguinalanomalia da viso = a. pticacordas da voz = c. vocais

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    Concordncia dos adjetivos compostosOs adjetivos compostos flexionam normalmente o ltimo elemento do composto, concordando com osubstantivo a que se referem. Exemplos: Clnicas mdico-cirrgicas; Projetos mdico-cirrgicos.Quando se referem a cores, sendo formado de palavra que indica cor + substantivo, ficar invarivel.Exemplo: Vestidos amarelo-ouro; blusas amarelo-ouro. Entretanto se se forma com adjetivo, este faz aconcordncia: Vestidos amarelo-claros; blusas amarelo-claras.

    Nota: Azul-marinho e azul-celeste so formas invariveis.

    ARTIGO

    o determinante de um substantivo, j que este, isolado, tem apenas uma idia genrica. Desta forma, oartigo serve para selecionar um referente entre outros da espcie, particularizando-o, tornando-oespecfico, conhecido, determinado. Pode tambm o artigo fazer referncia a um ente qualquer, noespecfico no conjunto. Por isto que se dividem os artigos em definidos (o, a) e indefinidos (um, uma).Exemplos: Empreste-me a caneta! (trata-se de uma caneta j conhecida do emissor e do receptor).Empreste-me uma caneta. (trata-se de qualquer caneta de que o receptor disponha.Alm desses papis, o artigo pode:

    a) determinar o gnero do substantivo.

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  • Exemplo:

    O caixa; A caixa.

    b) Determinar o nmero do substantivo: O nibus; Os nibus.c) Expressar idia de intimidade.Exemplos:

    O Joo est dormindo. A Camila est na casa da av.

    d) Determinar nomes de alguns pases, estados e cidades.Exemplos:

    O Brasil; A Alemanha; O Rio de Janeiro.

    Notas:

    1. H nomes locativos que no admitem artigo.

    Exemplos:

    Roma; Paris; Braslia.

    2. Os locativos Minas Gerais, Alagoas e Recife podem ter artigo ou no, indiferentemente.

    3. Nos nomes ilustres das Artes, das Cincias e da Religio no se emprega o artigo. Exemplos: Machadode Assis; Rousseau; Einstein; So Mateus.

    4. No se emprega o artigo antes do nome de Deus e de Jesus, exceto se modificados. Exemplos: O Deusdos cristos, O Jesus dos gentios.

    5. A palavra ambos classificada como numeral substantivo.

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  • NUMERAL

    Classe de palavras que expressa noes quantitativas ou de seqncia. Podem ser cardinais: 1,2,3,...;ordinais: 1, 2, 3 ...; multiplicativos: o dobro, o triplo, o qudruplo... e fracionrios: tero, quarto (1/3;). conveniente consultar boas gramticas, relativamente aos usos dos numerais. Um caso, pormmerece destaque:

    Na numerao de reis, papas, captulos, sculos, artigos emprega-se o numeral ordinal at dcimo; da emdiante, passa-se a usar o numeral cardinal.

    Exemplos:

    Papa Joo Paulo II (Segundo); Papa Joo XXIII (vinte e trs).PRONOME

    Classe de palavras que podem substituir o nome ou a ele referir-se. O pronome faz referncia s pessoasdo discurso, assim, flexiona-se em pessoa e nmero. Quando um pronome substitui o nome, chama-sepronome substantivo.

    Exemplo:

    Ele no est na sala.

    Caso o pronome faa referncia a um nome expresso, chama-se pronome adjetivo.Exemplo:

    Este Jos um problema srio.

    Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos erelativos.

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  • A seguir, observe a lista dos pronomes chamados pessoais.

    N Pessoa Retos Oblquos tonos(usados sem preposio)Oblquos tnicos (usados

    com preposio)

    SINGULAR

    1Eu Devolveram-me vida Ela quer falar contra mim

    Ela fala com todos excetocomigo

    2Tu Tu te feres ? Junto a Ti ela feliz

    Contigo h Alegria e emoo

    3

    Ele/Ela Eu o vi semana passada Eles falam sempre de si

    Ele a ajudou muito V at ele e faa-o saber averdade

    Eu disse-lhe um segredo A ela deram tudo: amor,sade e proteo

    Carla e Cristina Enganaram-se Consigo h paz e plenitude

    PLURAL

    1Ns Pes-nos ali Perante ns a vidadesenrolou -se calmamente

    At conosco eles foram rudes

    2 Vs podeis confiar emmim Vs vos quereis muito Estava com vs outros

    3

    Eles/Elas Soube inspirar-lhes f Em respeito a elesmantive-me quieto

    Eu avisei-os ElasAntonio dominava-as a todas

    vencia-asEle critica todo mundo

    exceto si mesmoSe Consigo

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  • VERBO

    O verbo palavra que expressa fatos, aes, fenmenos e estados, relativamente s pessoas gramaticais,no tempo e de algum modo (indicativo, subjuntivo, imperativo). Normalmente os verbos tm um sujeito(agente de um processo), mas h verbos que no tm sujeito.Classificao dos verbos:

    a) Conjugao: Depende da terminao do infinitivo: os que terminam em AR, -ER/-OR eIR so, respectivamente, da 1, 2 e 3 conjugaes. Exemplos: amar; vender e pr, partir.b) Regulares: Nunca alteram o radical e usam as mesmas terminaes dos paradigmas (=modelos) de sua conjugao. Normalmente so paradigmas de conjugaes: amar, vender,partir.

    c) Irregulares: Podem alterar a forma do radical. Veja o presente do indicativo de fazer:fao, fazes etc. Notou a alterao no radical? Podem, tambm alterar a terminao, nocoincidindo com o verbo paradigma. Exemplo: Estou. Verifique que o verbo estar, mesmosendo da primeira conjugao, termina diferente do verbo amar, que modelo da primeiraconjugao.d) Defectivos: So verbos aos quais faltam formas em alguns modos e/ou pessoas. Exemplos:chover, precaver-se, reaver etc.

    e) Anmalos: Apenas os verbos ser e ir. So assim chamados devido s profundas alteraesde formas. Eles so mais deformados que os verbos irregulares.

    f) Abundantes: Esses verbos possuem mais de uma forma para a mesma flexo. EmPortugus, a abundncia muito importante nas formas de particpio.

    g) Auxiliares: Ajudam os verbos principais, quanto conjugao. Exemplo: Estvamosfalando muito!

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  • Flexes dos verbos.

    Verbos flexionam-se em:

    1. tempo:

    presente; pretrito perfeito, imperfeito ou mais-que-perfeito e futuro do presente e dopretrito.

    Presente:

    Expressa o momento em que se enuncia o fato.

    Exemplo:

    Eu continuo aqui na sala.

    Nota: O uso da lngua inmeras vezes utiliza um tempo verbal para enunciar fatos que no seinserem naquilo que a flexo ordinariamente impe. So variaes que trazem novo colorido expresso ou servem para denotar um falar coloquial, informal. Entenda-se que nisto no herro!

    Exemplo:

    Amanh eu vou...

    A forma vou, embora expressa no tempo presente, alude a um processo no futuro; equivale airei.

    Pretrito perfeito:

    Normalmente expressa um processo j realizado, concludo.Exemplo:

    Eu j estudei toda a lio.

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  • Pretrito imperfeito:

    Denota a interrupo de um processo, como se v no seguinte exemplo: Ela chegava aoescritrio, quando foi assaltada. Tambm pode o imperfeito denotar um fato habitual emtempo j passado.Exemplo:

    Ela fazia bordados quando era mocinha.

    Pretrito mais-que-perfeito:

    Denota que um fato passado e mais antigo do que outro tambm passado. Atualmente alinguagem coloquial aposentou essa forma verbal.

    Exemplo:

    Eu estivera em sua casa, antes da reforma que patrocinei.

    Futuro do presente:

    Denota os episdios vindouros, o referencial o momento presente: tudo quanto ainda vaiocorrer.

    Exemplo:

    Em breve terminarei este trabalho.

    Futuro do pretrito:

    Marca um processo futuro com referencial no passado.

    Exemplo:

    Eu terminaria este trabalho hoje, se o tivesse comeado antes.

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  • 2.Modo:

    indicativo, subjuntivo e imperativo.Indicativo:

    Serve para expressar um fato certo, crvel, decidido, seja no presente ou no passado.Exemplos:

    Em leio bons livros.

    Subjuntivo:Modo em que o processo hipottico, fica no campo da possibilidade; no da certeza.

    Exemplos:

    Talvez eu leia bons livros; possvel que ela v ao cinema; Se eu refizer os exerccios...;quando ns remontarmos os mveis...

    Imperativo:

    Denota solicitao, ordem, pedido, splica.

    Exemplos:

    Deixe-me em paz!; No chegue aqui!

    3. Voz:

    ativa, passiva, reflexiva e recproca.

    4. Pessoa e nmero:

    Forma assumida pelo verbo, para concordar com o sujeito. (Ver estudo do sujeito).Formas nominais

    Relativamente s formas nominais, isto , no conjugadas em tempo, modo, pessoa e nmero, o verbopode apresentar-se no infinitivo impessoal (quando pessoal o infinitivo se diz flexionado), gerndio eparticpio.

    Nota:

    Nas conjugaes h tempos simples: o verbo se expressa em uma s palavra: Eu falo. , ou numconjunto de dois ou mais verbos (com verbo auxiliar): Eu tinha falado.

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  • Matrias > Portugus > Gramtica > Morfologia > Classes Gramaticais

    ADVRBIO.Classe de palavra, dada como invarivel, que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advrbio. Commodificar quer-se dizer que o advrbio sempre acrescenta um dado novo, no dizer de Celso Cunha. Oadvrbio expressa uma circunstncia em que se d o processo verbal, intensifica um adjetivo ou outroadvrbio. So vrias as circunstncias expressas pelo advrbio: tempo, modo, lugar, causa, condio,concesso, finalidade etc., compreendidas no contexto em que estiver o advrbio.

    Exemplo:

    A esttua foi feita em bronze. O termo em bronze, nesse contexto expressa idia de matria. Trata-se,assim, de adjunto adverbial de matria.INSTRUMENTOS RELACIONAIS: PREPOSIES E CONJUNES.Chamamos preposio palavra que estabelece uma relao de subordinao entre dois termos e umaorao. Enfim, a preposio serve para fechar o sentido entre dois termos. Se observarmos dois vocbulos: casa e pes, notaremos que no h qualquer relao de significado entre eles. Vejamos, agora,a seqncia: casa de pes. preciso dizer mais? As preposies dividem-se em essenciais (sempre sopreposies) e acidentais (palavras e expresses que podem funcionar, eventualmente, como preposies.H, tambm expresses que se chamam locues prepositivas: duas ou mais palavras com valor depreposio. Observe os quadros seguintes:

    Preposies Simples

    Formada por uma s palavra.A Com Em Por (Per)Ante Contra Entre SemAps De Para SobAt Desde Perante Sobre Trs

    Locues Prepositivas

    A cerca de Abaixo de Ao lado de Perto deA Respeito de Embaixo de Ao lado de Por trs deDe acordo com Acima de Em frente a Junto aGraas a Em cima de Em redor de Junto dePara com Por cima de Por causa de

    Conjunes, tambm chamadas conectivos, servem para relacionar dois termos, numa relao de adio:Jos e Antnio saram cedo. Relacionam tambm as oraes coordenadas (sindticas) e as oraes

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  • subordinadas (substantivas e adverbiais).Exemplos:

    Ela estuda muito mas no progride. (conjuno coordenativa sindtica adversativa).Disse-nos que no tinha interesse na compra do carro. (conjuno subordinativa integrante).Fico feliz com o resultado, embora esperasse coisa melhor. (conjuno subordinativa adverbialconcessiva).A identificao e a classificao das conjunes assunto que se esclarece melhor no estudo do perodocomposto.

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    SINTAXE I - PERODO SIMPLESFrase ou sentena:

    Qualquer expresso falada ou escrita que estabelea comunicao completa entre duas pessoas. As frasessem verbo chamam-se frases nominais. H diferena entre frase e orao: uma orao pode ser frase,desde que preencha tal requisito: estabelecer comunicao completa entre duas pessoas.

    Perodo:

    Segmento do texto que inicia com letra maiscula, tem processo verbal (um ou mais de um) e termina componto final, ponto de interrogao, ponto de exclamao e, s vezes, com reticncias.

    Exemplos:

    Chove.; Chove?; Chove!; Chove...

    Quando o perodo tem apenas um verbo, diz-se perodo simples ou orao absoluta. Com mais de umverbo, o perodo ser composto (por subordinao ou por coordenao).Perodo simples (orao).Daqui para a frente preferimos chamar o perodo simples apenas de orao. Isto deve facilitar acompreenso.

    ORAO UMA ESTRUTURA QUE APRESENTA, NORMAMLMENTE, DUAS PARTES: SUJEITO EPREDICADO.

    Nota:

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  • Existem oraes sem sujeito, pois seus verbos so impessoais. O verbo sempre compe o predicado daorao.

    OraoSujeito

    GatoGatos

    +

    Predicado

    miamiam

    Note-se que o verbo concorda com o sujeito, em nmero e pessoa. Isto sujeito singular tem verbo nosingular; sujeito plural tem verbo no plural. Esta observao a nica segura para se identificar o termosujeito de uma orao.

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    Estudo e classificao do sujeito

    DeterminadoSimples: apenas um ncleoComposto: mais de um ncleoOculto/elptico: H um sujeito inexpresso, mas identificvel.

    Exemplos:

    Raia sangnea e fresca a madrugada. Sujeito simples: a madrugada.Raimundo Correia.

    Com isso Pai e Me davam de zangar-se. Sujeito composto: Pai e Me.Guimares Rosa.

    Z Bon, com efeito, regulava de papalvo./ Sem fazer conta de companhia ou conversas, varava... Naorao que aparece depois da barra, o sujeito (Z Bon) est oculto, por vir expresso na orao precedente.

    Indeterminado

    - ocorre com verbos na terceira pessoa do plural, sem referncia a um agente. Importaapenas o fato em si. "Assaltaram o banco."- ocorre com os verbos na terceira pessoa do singular, acompanhados de "se", a quechamamos ndice de indeterminao do sujeito. Neste caso os verbos no tm objetodireto; exceto preposicionado.

    Exemplos:

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  • Vive-se muito bem no Brasil. (verbo intransitivo)Necessita-se de bons pintores. (verbo transitivo indireto)Ama-se a Vieira. (verbo transitivo direto comobjeto preposicionado).Notas:

    1. Quando o verbo tem objeto direto, o se partcula apassivadora e o objeto direto passa aser sujeito paciente.2. Orao sem sujeito ocorre com verbos impessoais, os quais permanecem na terceira pessoado singular, com exceo dos casos em que o verbo ser indique datas, horas ou distncias.Os principais verbos impessoais so:

    Haver = existir, ocorrer, estar.

    Exemplos:

    Haver homens na Lua?Houve alguns acidentes na estrada.H alunos nesta sala?

    Fazer: quando indica tempo decorrido ou clima.

    Exemplos:

    Faz dez anos que...

    Aqui faz veres incrveis!

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    Estudo e classificao do predicado

    J se sabe que no predicado h verbo. O estudo dessa parte da orao sempre deve partir da observao doprocesso verbal, que pode ser intransitivo, transitivo ou de ligao. Disto trata a predicao verbal.

    PREDICAO VERBALPara decidir bem a predicao dos verbos necessrio verificar que h verbos indicadores de aes:comprar, vender, alugar; h verbos indicadores de sentimentos: amar, gostar, odiar; h verbos indicadoresde fenmenos: chover, nevar, cair etc. Este verbos sempre se classificam como intransitivos (norequerem objeto) ou como transitivos (requerem objeto direto ou indireto). Os verbos de ligao formamgrupo parte. So chamados no-nocionais e servem apenas para ligar uma informao no-verbal aosujeito (predicativo do sujeito).

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  • Exemplo:

    A garota permanece triste. (O termo triste uma informao no-verbal, atribuda ao sujeito. O verbo nodenota fato ou ao).Termos relacionados ao verbo da orao

    a) objeto: denota o receptor do processo indicado pelo verbo ou o elemento em que se processa a ao.Exemplos:

    amo > meus pais. Limpo > a mesa. Gosto > de meus pais.

    O objeto direto no exige preposio. O objeto indireto tem preposio necessria.b) adjunto adverbial: termo que expressa diversas circunstncias em que os fatos se processam,indicando tempo, modo, lugar, causa, condio, conformidade, concesso etc. A noo do adjuntoadverbial sempre observada no contexto em que ocorre. Assim, no h classificao fixa nem apossibilidade de uma lista de adjuntos adverbiais. O bom leitor detecta a circunstncia.c) Agente da passiva: ocorre com verbos na voz passiva analtica. Caso em que o sujeito paciente doprocesso expresso pelo verbo. normalmente introduzido pelas formas preposicionais: por, pelo, pela. svezes apresenta a preposio de com valor de por. Exemplo: A terra era povoada de selvagens.

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    Classificao do predicado

    Quando os verbos so intransitivos ou transitivos, sem presena de predicativo, o predicado se classificacomo verbal. Neste caso o verbo o ncleo do predicado.

    Caso ocorra a presena de predicativo, o predicado verbo-nominal; haver, ento dois ncleos: verbo epredicativo.

    Os verbos de ligao nunca so ncleos de predicado. O ncleo ser sempre o predicativo do sujeito,formando, assim, um predicado nominal.

    Termos relacionados aos nomes na orao

    So nomes os substantivos, adjetivos e advrbios, aos quais se agregam outros termos da orao. Essestermos exercem funo sinttica, relativamente a seus ncleos nominais.

    a) adjuntos adnominais: termos que sempre se prendem a um ncleo substantivo, caracterizando-o,ampliando-lhe o significado. Exercem sempre a funo de adjuntos adnominais; artigos, pronomesadjetivos, numerais adjetivos. Os adjetivos e as locues adjetivas tambm podem exercer essa funo,

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  • desde que remetam sempre a um substantivo.

    Exemplo:

    Os meus dois belos ces de caa comeram muita carne ontem.

    b) predicativo: uma informao no-verbal, constituinte do predicado, atribuda ao sujeito da orao(independentemente de ser ncleo substantivo) ou ao objeto.Exemplos:

    Os marinheiros esto cansados. (= Eles esto cansados.) No gosto de ver Camila triste. No gosto dev-la triste.

    Nota:

    Observe que o predicativo no desaparece, mesmo que se substitua o ncleo substantivo por um pronome.

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    c) complementos nominais: so termos regidos de preposio, ligados a um adjetivo, a um advrbio ou aum substantivo que no seja concreto. Os substantivos abstratos derivados de verbos podem ter nessetermo preposicionado um complemento nominal (noo passiva) ou um adjunto adnominal (noo ativa).Os substantivos concretos s podem Ter adjuntos adnominais.Exemplos:

    A resposta ao aluno enfureceu a classe. (ao aluno: noo passiva). A resposta do aluno enfureceu aclasse. (do aluno: noo ativa).d) Aposto: termo que, equivalendo a um antecedente, explica-o, enumera-o, resume-o, especifica-o.Exemplo:

    Rui Barbosa, o guia de Haia, foi brasileiro eminente.Nota:

    H um termo que se anexa orao, com a finalidade de convocar a ateno do receptor para uma melhorrecepo da mensagem. Chama-se vocativo. Exemplo: Brasileiros, pretendo dizer-lhes a verdade.

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    SINTAXE II - PERODO COMPOSTOChama-se composto o perodo que apresenta mais de uma orao, isto , h nele mais de um processoverbal. O periodo pode se composto por subordinao, por coordenao e misto.

    Perodo composto por subordinao

    Apresenta o que se chama de orao subordinada: aquela que exerce funo sinttica em relao a outradita orao principal. As oraes subordinadas, dependendo da funo sinttica que exercem, podem ser:

    Substantivas: Mostram-se como um pedao que falta orao principal. Tm valor sinttico de umsubstantivo, por isto podem ser:

    Subjetivas: Funcionam como sujeito da orao principal.Exemplos:

    bom/vires aula hoje. Espera-se/que haja aula hoje.Objetivas diretas: Funcionam como objeto direto do verbo da orao principal.Exemplo:

    Os alunos sabem/que houve aula.

    Objetivas indiretas: Funcionam como objeto indireto do verbo da orao principal.Exemplo:

    Necessitamos/de que voltes hoje.Completivas nominais: Funcionam como complementos nominais, presas por preposio a um nomeconstituinte da orao principal.

    Exemplos:

    Temos certeza/de que haver aula hoje.Nota:

    No h possibilidade de confuso entre as oraes objetivas indiretas e as completivas nominais. Estas tma preposio regida por um nome (substantivo, adjetivo, advrbio), aquelas tm a preposio regida porum verbo.

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    Predicativas: Funcionam como predicativo do sujeito da orao principal. Sucedem, normalmente, aoverbo de ligao ser, quando o sujeito a ele estiver anteposto.Exemplo:

    A misria /que existem pobres no mundo.

    Nota:

    H grande problema na deciso da orao predicativa, j que se pode confundir com uma subjetiva.Preferimos achar que o antecedente do verbo ser lhe seja o sujeito; conseqentemente, o termo seguinte predicativo do sujeito.Apositivas: Funcionam como aposto enumerativo, relativamente orao principal.

    Exemplo:

    A nica verdade esta:/que todos morreremos.

    Adjetivas: Oraes caracterizadoras, introduzidas por um pronome relativo ou por um advrbiorelativo: como, onde, quando atravs de que fazem referncia ao termo antecedente na orao principal.As oraes adjetivas evitam a repetio do antecedente na nova orao.Exemplo:

    No encontramos a mulher. A mul