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PORTO ALEGRE / RS 27/09/2017
eSocial e o Seu Impacto na SST e Como as Empresas Devem se
Preparar
Eng. Rogério Luiz Balbinot [email protected]
eSocial e Software em SST Gestão dos Riscos Ocupacionais
Sua empresa está preparada?
P.P.R.A. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
MTE INSS Portaria 3214/78 Decreto 3048/99
Insalubridade / Periculosidade Atividade Especial
* NR-15 e 16 * Anexo IV
* Laudo de Insalubridade/ * LTCAT
Periculosidade
Ações Trabalhistas PP (PPP)
P.P.R.A. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
MTE INSS Portaria 3214/78 Decreto 3048/99
* Óleos e Graxas igual * Óleos e Graxas
* Ruído diferente * Ruído
* Umidade não * ???
* ??? não * n-Hexano
* ??? não * LINACH
P.P.R.A. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
MTE INSS Portaria 3214/78 Decreto 3048/99
* Habitual/Permanente * Habitual/Permanente
* Habitual/Intermitente * Habitual/Intermitente
* Ocasional * Ocasional
Qual a diferença do LTCAT (INSS) para o “Laudo
do PPRA” (MTE)?
A diferença destes dois laudos é basicamente:
* relação dos agentes nocivos
* finalidade de cada laudo
Qual a importância do PPRA para os LAUDOS?
O PPRA é um programa que dá SUSTENTAÇÃO ao
LTCAT (INSS – Atividade Especial) e ao “Laudo do
PPRA” (Insalubridade/Periculosidade).
Ex:
Se nos LAUDOS constar que foi fornecido:
* Protetor Auricular
No PPRA teremos registrado os procedimentos:
* Fornecimento, Treinamento, Registro, ...
PPRA pode substituir o LTCAT?
INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE
21 DE JANEIRO DE 2015 - DOU DE 22/01/2015
Atualizada em 13/06/2017
Seção V
Da Aposentadoria Especial
O que é PPP?
O PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), um
documento HISTÓRICO-LABORAL do
trabalhador, apresentado em formulário instituído
pelo INSS, contendo informações detalhadas sobre:
* Atividades do Trabalhador
* Setores e Cargos
* Exposição a Agentes Nocivos
* ...
O PPP deverá ser impresso para simples conferência
por parte do trabalhador, pelo menos uma vez ao
ano, quando da avaliação global anual do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, até que
seja implantado o PPP em meio magnético
“(eSocial)” pela Previdência Social.
A empresa é obrigada a fornecer uma cópia autêntica
do PPP ao trabalhador, sob pena de multa, caso não
o faça.
APOSENTADORIA
ESPECIAL
Evolução dos Limites de Ruído para o INSS
> 80 dB Até 05/03/97 (Decreto 53.831/64)
> 90 dB Até 13/12/98 (Decreto 83.080/79)
> 90 dB(A) De 14/12/98 a 18/11/03
> 85 dB(A) A partir de 19/11/03
Agente Nocivo
RUÍDO
ESCALA DE AUDIÇÃO
As curvas de avaliação (Lin, A, B, C e D) - ESCALA DE AUDIÇÃO – são as curvas utilizadas nas medições de níveis de ruído, de acordo com o critério adotado.
Quando, nos deparamos com um critério, onde apenas conste “dB”, devemos interpretar como dB(Lin), ou seja: dB = dB(Lin).
3 MEDIÇÕES
1. (baixas) MOTORISTA – ÔNIBUS
2. (médias) METALÚRGICA – CORTE DE TUBOS
3. (altas) CONFECÇÃO – PASSAR À VAPOR C/
PRANCHA E SOPRO
MOTORISTA – ÔNIBUS
Leq (A) = 80,9 dBA Leq (Lin) = 106,1 dB
ONIBUS Leq 1s A dB15/09/99 10h30m07 80,9 15/09/99 10h43m52
ONIBUS Leq 1s Lin dB15/09/99 10h30m07 106,1 15/09/99 10h43m52
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
10h32 10h34 10h36 10h38 10h40 10h42
METALÚRGICA – CORTE DE TUBOS
Leq (A) = 84,8 dBA Leq (Lin) = 86,0 dB
TUBO-1 Leq 15s A dB15/09/99 14h39m18 84,8 15/09/99 15h41m18
TUBO-1 Leq 15s Lin dB15/09/99 14h39m18 86,0 15/09/99 15h41m18
70
75
80
85
90
95
100
14h40 14h50 15h00 15h10 15h20 15h30 15h40
CONFECÇÃO – PASSAR À VAPOR C/
PRANCHA E SOPRO
Leq (A) = 72,5 dBA Leq (Lin) = 78,3 dB
PASSA-1 Leq 5s A dB15/09/99 13h43m17 72,5 15/09/99 14h04m47
PASSA-1 Leq 5s Lin dB15/09/99 13h43m17 78,3 15/09/99 14h04m47
60
65
70
75
80
85
90
13h45 13h50 13h55 14h00
As diferenças que existem entre o “A” e o “Lin”, à maior ou à menor, depende dos locais de medição e das frequências.
Como podemos observar, a diferença do “A” para o “Lin” no motorista de ônibus, se deve ao fato dos níveis elevados, estarem em baixa frequência e, se verificarmos no gráfico “ESCALA DE AUDIÇÃO” , entenderemos o porquê desta diferença.
AUDIODOSIMETRIA
A audiodosimetria tem por objetivo verificar a dose dos níveis equivalentes de ruído que os trabalhadores estão expostos durante a jornada de trabalho;
Com relação ao ruído, faremos um pequeno comentário;
Quanto a Dose de Ruído, temos, que se durante uma jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a diferentes níveis de ruído, deve-se considerar os seus efeitos combinados, de forma que se a soma das seguintes frações:
.. C1 C2 C3 Cn..
.. D = --- + --- + --- + --- + ---..
.. T1 T2 T3 Tn.. exceder a (1), a exposição estará acima do limite de tolerância. onde: D = Dose de ruído; C = Tempo real de exposição ao ruído, sob um determinado nível; T = Tempo máximo permitido a esse nível de ruído determinado, segundo o critério de avaliação adotado.
Assim, a dose de ruído pode ser expressa em valores decimais ou em porcentagens, onde a unidade (1) corresponde a 100%.
.. C1 C2 C3 Cn..
.. D = --- + --- + --- + --- + ---..
.. T1 T2 T3 Tn.. Tempo Exposto Intensidade Qto pode ficar (tabela)
Ficou 3 horas, exposto a 88 dBA, pode ficar 5 horas Ficou 2 horas, exposto a 92 dBA, pode ficar 3 horas Ficou 1 horas, exposto a 86 dBA, pode ficar 7 horas Ficou 2 horas, exposto a 82 dBA, pode ficar ? horas .. 3 2 1 2 .. D = --- + --- + --- + --- = .. 5 3 7 ?
Atualmente, temos 3 critérios de avaliação adotados no Brasil,
ou seja:
1. o da Portaria 3214/78;
2. o do INSS;
3. o da FUNDACENTRO (mesmo da ACGIH).
Todos estabelecem que a exposição a 85 dB, por 8 horas,
corresponde a uma dose de ruído igual a 1 (100%) e, que a
medição deverá ser feita na resposta LENTA e na curva “A”.
INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77,
DE 21 DE JANEIRO DE 2015
DOU DE 22/01/2015
Seção V
Da aposentadoria especial
Art. 279. Os procedimentos técnicos de levantamento
ambiental, ressalvada disposição em contrário, deverão
considerar:
I - a metodologia e os procedimentos de avaliação dos
agentes nocivos estabelecidos pelas Normas de Higiene
Ocupacional - NHO da FUNDACENTRO; e
II - os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do
MTE.
Portaria 3214/78 INSS Fundacentro (ACGIH)
Grupos Homogêneos / Similares de Exposição GHEs GSEs
• Avaliar os Agentes Agressivos (GHE) • Lançar os dados dos Agentes Agressivos (Cargo / CargoD)
COMITÊ DIRETIVO DO ESOCIAL
RESOLUÇÃO No. 2, DE 30 DE AGOSTO DE 2016
Dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
(eSocial).
Art. 2o O início da obrigatoriedade de utilização do eSocial dar-se-á:
I - em 1o de janeiro de 2018, para os empregadores e contribuintes com faturamento no ano de
2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais); e
II - em 1o de julho de 2018, para os demais empregadores e contribuintes.
Parágrafo único. Fica dispensada a prestação das informações dos eventos relativos a saúde e
segurança do trabalhador (SST) nos 6 (seis) primeiros meses depois das datas de início da
obrigatoriedade de que trata o caput
Art. 5o Os empregadores e contribuintes obrigados a utilizar o eSocial que deixarem de prestar as informações no prazo fixado ou que as apresentar com incorreções ou omissões ficarão sujeitos às penalidades previstas na legislação específica.
TABELA 7
Tabela de Fatores de Riscos Ambientais
2014 (?)
TABELAS
21 Fatores de Riscos Ambientais
22 Fator de Risco para Insalubridade/
Periculosidade/Penosidade - MTE
23 Aposentadoria Especial - INSS
2015
TABELA 21
Fatores de Riscos Ambientais
TABELA 22
Fator de Risco para Insalubridade/ Periculosidade/Penosidade - MTE
TABELA 23
Aposentadoria Especial - INSS
TABELA 23
Fatores de Risco do
Meio Ambiente do Trabalho
ATUAL – Tabela Única - 2016
NOVA TABELA SUGESTÃO
O Uso de
Assinatura Eletrônica
em SST
(Segurança e Saúde do Trabalho)
NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)
CONCEITO
Mecanismo eletrônico, não necessariamente criptográfico,
para identificar alguém, seja por meio de escaneamento de
uma assinatura, identificação por impressão digital ou simples
escrita do nome completo para identificar o remetente de uma
mensagem eletrônica ou partes em um contrato ou
documento.
COMO FUNCIONA
1. O leitor captura a imagem da impressão digital/palma;
2. A imagem é processada por um software especializado
para extrair alguns pontos característicos, denominados
minúcias.
3. O conjunto de minúcias extraídas da impressão
digital/palma é chamado de template.
4. Este template é armazenado na base de dados e será
utilizado para IDENTIFICAR o indivíduo.
EXTRAÇÃO DO TEMPLATE
Veias da Palma da Mão Template extraído
TRIANGULAÇÃO
A. Minúcias extraídas para verificação;
B. Template armazenado na base de dados;
C. Triangulação para identificação do indivíduo;
RECONHECIMENTO
O reconhecimento é feito por um processo de triangulação e
relação geométrica entre as minúcias. Cruzando as minúcias
do template armazenado na base de dados com o template
gerado após o indivíduo colocar a digital/palma no leitor.
SEGURANÇA
Para garantir que os dados não sejam adulterados:
1. Todo o template armazenado na base de dados é único e
criptografado. Não podendo assim ser utilizado por outro
cadastro. Caso ocorra, o mesmo é invalidado pelo sistema, e
não poderá mais ser utilizado. (Ctrl+c / Ctrl+v entre cadastro
de empregados)
2. É armazenado um histórico de alterações de templates,
identificando o usuário que realizou o processo de alteração.
3. Bloqueio de assinaturas retroativas. Caso a data do
computador seja alterado para uma data mais antiga, o
software ficará travado e nenhum registro poderá ser assinado
até que a data seja corrigida.
SEGURANÇA
Para garantir que os dados não sejam adulterados:
4. A assinatura eletrônica de um registro é única (igual ao
template), não podendo ser utilizada em outro registro.
Caso um EPI seja confirmado por um empregado, não
será possível utilizar esta assinatura para forjar
assinatura de entrega de outro EPI.
SEGURANÇA
• Exemplo de template criptografado armazenado no banco de
dados:
Encr°'-2ì=±m(3 ;µ!*a¡i¶s)3¤i°()7ò5´&+1¤;à$/1
• Sendo o template alterado ou copiado para outro empregado,
o sistema irá impedir que a validação ocorra apresentando a
seguinte mensagem:
SEGURANÇA
• O mesmo ocorre para as assinaturas eletrônicas. Caso sejam
alteradas ou movidas, as mesmas poderão ser investigadas
através do Relatório de Assinaturas Inconsistentes
PARAMETRIZAÇÕES
ACONSELHÁVEIS
SOFTWARE
DESCRIÇÃO DE RISCOS - UMIDADE
DESCRIÇÃO DE RISCOS - RUÍDO
DIFERENCIAÇÃO DOS VALORES
PORTARIA 3214/78 E INSS
ENQUADRAMENTO DOS RISCOS – RUÍDO
ENQUADRAMENTO DOS RISCOS – RUÍDO
DEMANDAS JUDICIAIS
Risco Elétrico
e
Falha na Elaboração
“PPP”
Publicado em 25 de Junho de 2014 às 11h46
TRT3 - Empresa que sonegou informações sobre riscos no
trabalho retificará Perfil Profissiográfico de ex-empregado Um trabalhador ajuizou ação contra a sua ex-empregadora pedindo a retificação
do seu Perfil Profissiográfico Previdenciário (formulário PPP). Isto porque a
empresa sonegou informações acerca das condições perigosas que envolviam o
trabalho dele, pela exposição a RISCOS ELÉTRICOS. É fato que, ao
preencher o Perfil Profissiográfico do empregado, as empresas devem fazer
constar nele todas as informações referentes ao empregado durante o contrato de
trabalho, como as atividades exercidas por ele, se esteve exposto a agentes
nocivos a sua saúde, além de exames médicos clínicos. Mas, em defesa, a
empregadora negou a acusação, sustentando que o Perfil Profissiográfico do
reclamante reflete a correta avaliação das condições de segurança e higiene no
trabalho, enquanto este foi seu empregado.
Ao analisar o caso na 2ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano, o juiz Edson
Ferreira de Souza Júnior determinou a realização de PERÍCIA TÉCNICA para
apuração da PERICULOSIDADE. E o perito concluiu que o reclamante esteve
exposto a risco de descarga elétrica em condições de periculosidade, nos
termos do Decreto nº 93.412/1986, e isso não foi registrado no formulário PPP
do ex-empregado.
A reclamada não concordou com a conclusão do perito e sustentou que o
reclamante, atuando na manutenção e reparo, trabalhava em fontes consumidoras
e com equipamentos desernegizados, o que afastaria tanto o risco de descarga
elétrica, quanto o enquadramento do ex-empregado como eletricitário. Mas, de
acordo com os esclarecimentos do perito, o conceito de eletricitário abrange todo
empregado que se envolva em atividades no sistema elétrico de potência, de forma
permanente ou intermitente, e não apenas aqueles que trabalham em empresas do
setor de geração e distribuição de energia, nos termos da Orientação
Jurisprudencial nº 324 da SDI-I do Tribunal Superior do Trabalho.
Acolhendo as conclusões do laudo pericial, o juiz sentenciante CONDENOU a
reclamada a RETIFICAR os dados do Perfil Profissiográfico Previdenciário do
reclamante, determinando o registro das condições de risco de descarga elétrica a
que o trabalhador esteve exposto, por todo o período contratual, sob pena de
MULTA DIÁRIA de cem reais, limitada a dez mil reais, atualizada com
juros e correção monetária quando da liquidação da sentença. A ré interpôs
recurso ordinário, mas o TRT-MG manteve a decisão de 1º Grau.
( 0002051-53.2012.5.03.0034 RO )
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região
PPP MAL ELABORADO GERA PREJUÍZOS À EMPRESA QUE ARCOU COM
O PAGAMENTO DA APOSENTADORIA ESPECIAL
Fonte: TRT/MG - 25/04/2016 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
Uma FALHA NA ELABORAÇÃO do Perfil Profissiográfico Previdenciário
(PPP) pela usina siderúrgica empregadora gerou um prejuízo ao trabalhador, que não
conseguiu receber o benefício da aposentadoria especial pelo INSS durante certo tempo.
Inconformado, ele recorreu à Justiça do Trabalho e conseguiu obter a condenação da
ré ao pagamento da indenização substitutiva equivalente aos valores que deixou de
receber. A decisão foi proferida pelo juiz José Barbosa Neto Fonsceca Suett, em sua
atuação na 3ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano.
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um documento que registra o histórico
do trabalhador. Nele, a empresa deve anotar as atividades exercidas, todas as substâncias
químicas nocivas às quais esteve exposto, a intensidade e concentração destes agentes,
exames médicos clínicos, além de outros dados pertinentes. Por meio desse documento,
o trabalhador terá condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários,
inclusive a aposentadoria especial.
No caso, o reclamante trabalhou na empresa no período de 06/08/1979 a 17/10/2008,
quando foi dispensado sem justa causa. Segundo alegou, embora tenha exercido as
mesmas atividades de Operador de Empilhadeira, sem alteração das condições de
trabalho, a empregadora forneceu o PPP sem informar a exposição ao agente insalubre
"poeira de carvão" no período de 01/01/1999 a 26/05/2008. Como consequência, o
órgão previdenciário concedeu a aposentadoria por tempo de contribuição, na data de
05/06/2008, em valor inferior ao devido se a aposentadoria fosse especial.
De acordo com o trabalhador, em 25/10/2013 a siderúrgica emitiu novo formulário
PPP, reconhecendo a exposição ao agente poeira de carvão nesse período. Com o
documento, pediu a revisão do benefício, o que foi acolhido com a conversão para
aposentadoria especial. Mas as diferenças só foram pagas no período a partir de
26/11/2013, uma vez que, segundo relatou, o pedido de revisão é tratado como novo
benefício.
Ao analisar o caso, o juiz reconheceu que o trabalhador sofreu prejuízos. Isto porque,
além de a empresa ter apresentado defesa sem pertinência ou correlação com os termos
da reclamação, os fatos ficaram provados também por meio de documentos.
Para o julgador, não há dúvidas de que se a ré tivesse fornecido o formulário Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP) preenchido corretamente, a aposentadoria especial
teria sido concedida ao ex-empregado. A DIFERENÇA MENSAL devida era
SUPERIOR a R$ 1.000,00. "O reclamante sofreu o dano material consubstanciado na
falta de pagamento do benefício de aposentadoria no valor ao qual fazia jus", constou da
sentença.
Com base na legislação aplicável ao caso, a usina siderúrgica foi condenada a pagar ao
reclamante indenização substitutiva, equivalente aos valores das diferenças de benefício
previdenciário que o autor deixou de receber a título de benefício de aposentadoria
especial, conforme valores mencionados pelo trabalhador, com correção monetária.
Foi declarada a prescrição das parcelas cuja lesão tenha ocorrido anteriormente a
18/09/2009, em razão da data do ajuizamento da reclamação. Houve recurso, mas o TRT
de Minas manteve a condenação. (0001688-27.2014.5.03.0089 RO).