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Page 1: Portifolio digital TASSIA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASILFACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES I

ACADÊMICA: TASSIA TURCATTO

PORTFÓLIO DIGITAL

ATIVIDADES SEMANAIS REALIZADAS NO EIXO

Page 2: Portifolio digital TASSIA

1ª SEMANA

HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DOS MÉTODOS

MEMÓRIAS DA MINHA ALFABETIZAÇAO

A grande parte da minha alfabetização aconteceu na escola Municipal de Ensino

Fundamental São Valentim em Campestre- Sobradinho. Entrei na escola com quatro anos,

permaneci até os seis anos na pré-escola. Com sete anos ingressei na primeira serie do ensino

fundamental. Nesta época, ir para escola era muito bom e era difícil eu faltar às aulas.

Lembro-me das seguintes professoras, estas marcaram minha vida, pois foi nas séries

iniciais eu me alfabetizei, foram as seguintes: Victoria Puntel Festinalli e Leonara Dors Bolfe,

na verdade não sei qual das professoras foi a primeira a me alfabetizar, não consegui entrar

em contato com elas, mas fizeram um belo trabalho com nossa turma e pra mim me deixaram

um marco para vida toda.

O que é básico na alfabetização:

É um processo do sujeito que aprende:

O objeto do conhecimento (leitura e escrita);

O outro (dimensão social);

Um processo de aprendizagem que acontece a partir de um problema e tem origem

quando o sujeito vivencia experiências que envolvem um campo conceitual.

O ambiente deve produzir no aluno e o desejo ali de ficar, de apossar-se daquele saber

impregnador; Leitura e Escrita.

Na minha sala de aula, onde eu estudava lembro o seguinte: Havia cartaz com letras do

alfabeto, contendo figuras que representasse cada letra, e painéis de números também

contendo o mesmo esquema do alfabeto, com imagens representando números, para melhor

visualização e aprendizagem dos alunos. Assim era de fácil compreensão para nós.

Page 3: Portifolio digital TASSIA

Voltando a minha alfabetização, eu me alfabetizei em diversas maneiras, com, por

exemplo: cantando cantigas e musicas brincadeiras e cantigas de roda, naquele tempo era o

que nós mais fazia, era a nossa diversão, além disso, fazendo atividades de leitura e escrita

na sala de aula, lendo livrinhos de historias infantis, reconhecendo as letras do alfabeto,

números e cores, tudo isso foram d métodos que as professoras utilizaram para nos

alfabetizar.

A aprendizagem do sistema da escrita percorre uma longa trajetória. A criança pensa

constrói hipóteses, age sobre o real e apropria-se do real. Ela é sujeito na construção do seu

conhecimento. A esse processo denomina-se psicogênese da alfabetização. A psicogênese no

aprendizado da leitura e da escrita caracteriza-se por um processo progressivo de elaboração e

reelaborarão e, segundo Emilia Ferreiro, define-se em três níveis: pré-silábico, silábico e

alfabético.

Abaixo, está algumas das atividades realizadas no nível pré-silabico:

Diferenciar letras de algarismos;

Formar palavras grandes e pequenas com certos números de letras previamente

estabelecidos;

Identificar semelhanças e diferenças entre palavras observando a letra inicial ou a

final;

Recortar de revistas ou jornais palavras com determinada letra inicial ou final;

Fazer mosaico com papel colorido, e colagem com um barbante ou fio de lã, isso eu

fazia com as letras do alfabeto, uma a uma;

Reconhecer e reproduzir letras apresentadas pelo professor ou por um colega;

Agrupar embalagens ou rótulos nos quais aparece determinada letra;

Algumas atividades de trabalho com o nome:

Formar o próprio nome com letras movéis na carteira;

Ordenar as letras do próprio nome;

Identificar e agrupar nomes com a mesma letra inicial e final;

Fazer advinhas (começa com a letra I e termina com a letra A);

Identificar nomes com diferentes grafias;

Colorir as letras do seu nome no alfabeto apresentado;

Ordenar e copiar as letras do seu nome;

Page 4: Portifolio digital TASSIA

Trabalhinho realizado na primeira série com os nomes, até hoje guardo os trabalhinhos, são muitos tenho todos em uma pasta.

Algumas atividades de Leitura:

Criar espaço para participar de diversos aptos de leitura;

Contar acompanhando sua letra em cartaz ou no quadro;

Participar de coro falado seguindo o texto;

Formar frases com as crianças e escrevê-las no quadro ou em tiras de papel;

Ler cartazes, calendários, propagandas;

Brincar de ler;

Algumas atividades para o nível silábico:

Apresentar fichas, ler o nome e entrega-lo ao dono;

Colocar as fichas com os nomes do meio da roda, cada um localiza o seu e coloca no

fichário;

Advinhas;

Trabalhar nomes de personagens e outros presentes em diferentes objetos;

Produção de texto:

Page 5: Portifolio digital TASSIA

Ler, um texto produzindo diversas reescritas;

Colocar títulos em fotos ou gravuras;

Escrever frases ou listas sobre um tema sorteado;

Trabalhar com rimas;

Leitura:

Tentar ler palavras que recortou;

Ler o que acabou de escrever;

Leitura de jornais;

Algumas atividades realizadas no nível silábico alfabético:

Ordenar listas telefônicas, agendas, fichários e dicionário.

Formar frases recortando palavras de revistas.

Recortar personagens de historias em quadrinhos e em duplas criar diálogos para as

historias.

Criar rimas de palavras oferecidas pela professora.

Pesquisar palavras com e sem acento.

Pesquisar palavras que terminam em e ou i.

Numa linha do texto, o professor pede para o aluno pintar cada palavra de uma cor.

Em seguida conta-las, compará-las e concluir.

A concluir este trabalho percebo a grande importância destas atividades para minha

alfabetização. Ferreiro destaca que, tradicionalmente, a alfabetização é considerada em função

da relação entre o método utilizado e o estado de 'maturidade' ou de 'prontidão' da criança. Os

dois polos do processo de aprendizagem - quem ensina e quem aprende - têm sido

considerados sem levar em consideração o terceiro elemento da relação que é a natureza do

objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem.

A partir desta constatação, a autora aborda de que maneira este objeto de conhecimento

intervém no processo utilizando uma relação tríade: de um lado, o sistema de representação

alfabética da linguagem com suas características específicas: por outro lado as concepções

Page 6: Portifolio digital TASSIA

de quem aprendem (crianças) e as concepções dos que ensinam (professores),  sobre este

objeto de conhecimento.

BIBLIOGRAFIA:

FERREIRO, Emilia, Reflexões sobre Alfabetização disponível em:

<http://www.professorefetivo.com.br/resumos/Reflexoes-Sobre-Alfabetizacao.html>;

CONCEITOS ENTRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

O termo alfabetização faz referencia ao processo mediante o qual uma pessoa pode

aprender a ler e a escrever, duas funções ou atividades que lhe permitirão se comunicar com o

resto dos seres humanos a um nível mais profundo e abstrato. A alfabetização é muito

importante para que uma pessoa possa desenvolver ao máximo suas capacidades e isto não

quer dizer que e uma pessoa analfabeta não possa levar adiante sua vida, sim é verdade que

lhe custará bem mais conseguir um bom trabalho, mas principalmente poder se comunicar

com outros já que não saberá ler nem expressar por escrito suas ideias.

A alfabetização deve começar desde a etapa inicial das crianças, ao redor dos 5 a 6 anos,

quando se considera que já têm passado por etapas de aprendizagem de símbolos,formas,

senhas, etc. e podem agora se dedicar a compreender palavras e inclusive alguns termos mais

abstratos. A alfabetização pode começar em casa, mas é sem duvida a escola a responsável

por ensinar à crianças a ler e a escrever nos primeiros anos de escola. Isto se tornará mais

complexo à medida que a pessoa desenvolve mais habilidades e possa compreender textos

mais complexos.

Hoje, sabe-se que o processo de aprendizagem é contínuo e nos acompanha sempre, da

infância à velhice. Assim também ocorre com o processo de alfabetização, sendo este,

Page 7: Portifolio digital TASSIA

considerado um processo permanente, que não se restringe à aprendizagem da leitura e da

escrita e que tem forte influência na vida social das pessoas.

Ao contrário do tradicional conceito de alfabetização, em que os alunos deveriam

dominar as habilidades de leitura e escrita de forma mecânica, sem a preocupação com a

capacidade de interpretar, compreender, criticar; o Letramento apresenta-se como um

processo em que o ensino da leitura e da escrita acontece dentro de um contexto social e que

essa aprendizagem faça parte da vida dos alunos efetivamente. As habilidades adquiridas na

escola devem fazer parte das relações comunicativas dos indivíduos.

Soares (1998) aponta que o Letramento tem um sentido ampliado da alfabetização, pois

consiste em práticas de leitura e escrita, que vão além da alfabetização funcional, em que

indivíduos são alfabetizados, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita; muitos não têm

habilidade sequer para preencher um requerimento.

O processo de alfabetização pode acontecer a partir de outros suportes, como jornais e

revistas, não ficando restrito apenas ao livro didático, para que as habilidades de leitura e

escrita aconteçam dentro de situações reais de comunicação, sem falar na riqueza de imagens

e diversidade de gêneros textuais que esses suportes apresentam o que poderia contribuir com

a visão crítica e cidadã dos envolvidos no processo de aprendizagem.

  O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da

leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a

importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a

criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa

inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir

socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por

isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal

absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o

aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização.

BIBLIOGRAGIA:

Conceitos de alfabetização, disponível em: <http://queconceito.com.br/alfabetizacao>;

Page 8: Portifolio digital TASSIA

PASTORELI, Ricardo, Programa Educacional ‘O Diário na Escola’, Educando a criança,

formando o cidadão, disponível em:

<http://blogs.odiario.com/odiarionaescola/2012/07/02/especial-o-conceito-de-letramento-e-a-

educacao-escolar/>;

Canal do educador, Alfabetização Trabalho Docente, disponível em:

<http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/alfabetizacao.htm>;

2ª SEMANA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

SÍNTESE DO TEXTO: LEITURA E ALFABETIZAÇÃO: AS MUITAS FACETAS

Sobre o texto, a autora inicia destacando as diferenças entre países distantes mais com a

mesma necessidade de reconhecer a leitura e a escrita como algo além dessa capacidade do

simples ato de ler e escrever. Comenta ainda a desinvenção da alfabetização

especificadamente no Brasil, e aponta o fracasso na aprendizagem como principal fator.

A grande preocupação destes países era em saber se quem dizia ler e escrever, era capaz

de raciocinar e colocar em ordem as ideias apresentadas no texto. Houve a necessidade de

diferencia-se a alfabetização de letramento para que assim, houvesse como trabalhar melhor,

pois, constatado em países de primeiro mundo que grande parte da população, embora

soubesse ler, não tinham o domínio das habilidades de leitura e escritas fundamentais para as

práticas sociais que englobam a linguagem escrita.

A desinvenção da alfabetização seria o atual fracasso na aprendizagem, e no ensino da

língua escrita nas escolas brasileiras, e há décadas vem ocorrendo isso, pois várias causas

podem ser apontadas para essa perda de especificidade do processo de alfabetização;

limitando-me às causas de natureza pedagógica, cito, entre outras, a reorganização do tempo

escolar com a implantação do sistema de ciclos, que, ao lado dos aspectos positivos que sem

dúvida tem, pode trazer – e tem trazido – uma diluição ou uma preterição de metas e objetivos

Page 9: Portifolio digital TASSIA

a serem atingidos gradativamente ao longo do processo de escolarização; o princípio da

progressão continuada, que, mal concebido e mal aplicado, pode resultar em descompromisso

com o desenvolvimento gradual e sistemático de habilidades, competências, e conhecimentos.

Segundo Gaffney e Anderson (2000, p. 57), as últimas três décadas assistiram a mudanças

de paradigmas teóricos no campo da alfabetização que podem ser assim resumidas: um

paradigma behaviorista, dominante nos anos de 1960 e 1970, é substituído, nos anos de 1980,

por um paradigma cognitivista, que avança, nos anos de 1990, para um paradigma

sociocultural. Segundo eles, estas transições de paradigmas provocaram uma radical mudança

das teorias. Sem negar a incontestável contribuição que essa mudança paradigmática, na área

da alfabetização, trouxe para a compreensão da trajetória da criança em direção à descoberta

do sistema alfabético, é preciso, entretanto, reconhecer que ela conduziu a alguns equívocos e

a falsas inferências, que podem explicar a desinvenção da alfabetização, de que se fala neste

tópico – podem explicar a perda de especificidade do processo de alfabetização.

Por outro lado, os componentes essenciais do processo de alfabetização – consciência

fonêmica, (relações fonema–grafema), fluência em leitura (oral e silenciosa), vocabulário e

compreensão –, as evidências a que as pesquisas conduziam mostravam que têm implicações

altamente positivas para a aprendizagem da língua escrita o desenvolvimento da consciência

fonêmica e o ensino explícito, direto e sistemático das correspondências fonema–grafema. A

concepção de aprendizagem da língua escrita, em ambos, é mais ampla e multifacetada que

apenas a aprendizagem do código, das relações grafofônicas; o que ambos postulam é a

necessidade de que essa faceta recupere a importância fundamental que tem na aprendizagem

da língua escrita; sobretudo, que ela seja objeto de ensino direto, explícito e sistemático.

Já em nosso país, considerava-se alfabetizado aquele que soubesse ler e escrever, mas com

o tempo seria quem fosse capaz de ler e escrever um bilhete, embora pouco, mas existisse

uma leve diferença entre as duas, possibilitando assim distinguir alfabetizados de letrados, de

forma que o segundo já tinha condições de fazer uso da leitura e escrita. Grande parte desse

problema esta na forma como o material para “aprender a ler” é colocado na sala de aula,

colocando a criança como um produto pronto para a alfabetização, ao passo que se fosse

trabalhado alfabetização e letramento no mesmo processo, lado a lado, colocaria nas mãos da

criança um material “para ler”, e assim a mesma, aos poucos construiria o conhecimento, pois

existiria uma interação com língua escrita há ao mesmo tempo com a leitura.

Page 10: Portifolio digital TASSIA

Soares cita Ferreiro como opositora da necessidade de existir duas vertentes tão

parecidas ao ponto de se confundirem às vezes no processo educacional, “uma vez que uma

estar contida dentro da outra” (Emília Ferreiro, revista nova escola, ano XVIII, n.162). Essas

multes facetas como a imersão na cultura escrita, diferentes tipos e gêneros de material

escrito, habilidades de decodificação e decodificação de língua escrita, segundo Soares, se

fosse permitida as crianças, não haveria um grande e precário resultado de uma má

aprendizagem nas series iniciais se estendendo ate o ensino médio , provocando uma seria

reflexão de se trabalhar a alfabetização simultaneamente com o letramento. A autora finaliza

o texto explicitando de forma clara a fundamental necessidade de fazer essa interação entre

alfabetizar e letrar, sendo que cada uma com suas especificidades, mas que não podem agir de

forma isolada, como se cada uma tivesse uma vertente e um interesse particular no processo

educacional, e uma vez que a alfabetização é uma aquisição e apropriação do sistema da

escrita e o letramento é desenvolvimento das habilidades de uso da leitura e escrita, e se

ambas convergem para um mesmo paralelo, não pode existir separadas.

REFERÊNCIAS:

SOARES, Magda. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Disponível em:

http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7630/mod_resource/content/1/letramento%20e

%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%2C%20as%20muitas%20facetas.pdf;

SOARES, Magda. O que é letramento? Disponível em: <

http://www.verzeri.org.br/artigos/003.pdf>;

SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Disponível em: <

http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/a-reivencao-alfabetizacao.pdf>;

3ª SEMANA

REIVENTANDO A ALFABETIZAÇÃO

Page 11: Portifolio digital TASSIA

TAREFA PARA SER REALIZADA EM CASA (PRAZO 30/04 A 14/05):

Verificar o nível de escrita de uma criança

4ª SEMANA

NÍVEIS DA ESCRITA E MATERIAIS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA

ESCRITA

VERIFICANDO O NÍVEL DE ESCRITA DA CRIANÇA OBSERVADA

Muito antes de iniciar o processo formal da aprendizagem da leitura e escrita, as

crianças constroem hipóteses sobre este objeto de conhecimento. Segundo Emilia Ferreiro, a

grande maioria das crianças na faixa dos seis anos faz corretamente a distinção entre texto e

desenho, sabendo que se pode ler é aquilo que contém letras, embora algumas ainda persistam

na hipótese de que tanto se podem ler as letras quanto os desenhos. Contudo, todas as

crianças passam pelo processo de construção da escrita.

Realizei este teste, com a criança Dhienyfer Maieron, de seis anos, moradora aqui da

localidade de Campestre-Sobradinho, e estuda na escola São Valentim, pertencente a esta

comunidade. Este teste da psicogênese é composto por quatro palavras de um mesmo

universo semântico e  uma frase. As quatro palavras foram pensada em animais, sendo uma

palavra monossílaba, outra dissílaba, trissílaba e polissílaba. Pedi á ela que ela escrevesse as

seguintes palavras referentes a animais: ELEFANTE, CACHORRO, GATO E RÃ. E, em

seguida pedi a Dhienyfer que escrevesse a seguinte frase: EU TENHO UM CACHORRO.

Nesta imagem abaixo, está o resultado do teste realizado, como podemos perceber o

nível da escrita da Dhienyfer se caracteriza no nível alfabético, pois nesta etapa, a escrita

alfabética “é um marco decisivo na compreensão do sistema da escrita”. (Grossi, 1998).

Neste nível, a criança percebe que, para formar palavras, é necessário o uso de sílabas e, na

formação de sílabas, o uso de letras. Essa percepção que ocorre na criança mostra que houve

compreensão de como se dá a escrita.

A aprendizagem neste nível é mais que um desafio, considerando-se que a

correspondência “grafema-fonema” não acontece de forma momentânea e definitiva. Sua

Page 12: Portifolio digital TASSIA

compreensão exige tempo, pois o processo de aquisição da escrita apresenta muita

dificuldade. Em alguns momentos, a criança escreve de forma alfabética; em outros, de forma

silábica, baseada nas razões lógicas. Como, por exemplo, podemos citar as palavras que

foram realizadas no teste, onde a Dhienyfer escreveu: “ELEFANTE” ela, primeiramente

pensou na palavra, em como escrever, e em seguida ela escreveu “ELEFATE” na folha, e

também na palavra “CACHORRO”, ela realizou o mesmo procedimento da primeira, palavra,

pensou antes de escrever, onde ela representou como “CAXRO”. À medida que aprende a

ortografia vai consolidando a estabilidade da escrita. As "dúvidas" vão ficando reduzidas

(CAXRO- CACHORRO) e a escrita vai ficando mais estável, atinge o nível que Emília

Ferreiro caracteriza com "Diferenciação qualitativa inter- relacional sistemática". As outras

palavras que foram ditadas ela escreve corretamente: “GATO”, e “RÔ, no caso da palavra rã

ela não colocou o acento, assim como na frase que foi dita a ela: “EU TENU UM CAXRO”,

frase escrita por Dhienyfer, para ela, o X e o CH tem o mesmo som.

A partir desse momento, a criança se confrontará com as dificuldades próprias da

ortografia, mas não terá problemas de escrita, no sentido estrito (FERREIRO e

TEBEROSSKY, 1986). O conhecimento do som das letras na sílaba completa a

caracterização do nível alfabético da escrita. Atingiu a constituição alfabética das sílabas.

Escreve como fala. O grande avanço do nível alfabético é a fonetização da sílaba, em relação

ao nível silábico, que chega até a fonetização da palavra.

REFERÊNCIAS:

FERREIRO, Emilia, TEBEROSKY, Ana, Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

Teste da psicogênese com a Dhienyfer

Page 13: Portifolio digital TASSIA

GROSSI, Esther Pillar. Didática dos níveis pré-silábico, silábico e alfabético. Porto Alegre: GEEMPA, 1985.

5ª SEMANA

PENSANDO SOBRE OS NÍVEIS E ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO NA SALA

DE AULA

PLANO DE AULA

1) Dados de Identificação:

Nome dos acadêmicos: Janete Eduete dos Santos, Nelci Folleto Fiuza e Tassia Turcatto.

Data: 14/05/2015

Polo: Sobradinho

Ano: 3° ano

2) Conteúdo:

Reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem visual representado pelo

desenho.

Sinais de pontuação e ortografia.

Confecção de varal.

3) Objetivos:

- Gerais: Escrever texto utilizando a escrita alfabética e preocupando-se com a forma

ortográfica.

- Específicos: Analisar gravuras trazidas pelo professor;

Expressar oralmente, manifestando sua opinião bem como a descrição da imagem;

Page 14: Portifolio digital TASSIA

Elaborar texto;

Analisar e pontuar aspectos, observando no texto quanto à ortografia e a escrita

alfabética;

Representar os principais personagens através de desenho no texto produzido;

Confeccionar um varal de texto;

4) Procedimentos metodológicos:

No primeiro momento a professora colocará a disposição dos alunos diferentes figuras,

quando eles observarão, irão escolher a qual mais lhe chamou a atenção ou mais

gostou. Em seguida, a professora irá os questionar, o porquê da escolha, desta figura.

Se foi pelo animal, pela flor, pela natureza, etc... Com a conclusão da conversa sobre a

imagem escolhida, cada aluno deverá produzir um texto, sobre a mesma, escolhendo

um titulo adequado ao assunto, observando ortografia e sinais de pontuação.

Enfatizando clareza e uma sequência lógica, para quem quer vir a ler, ter um

entendimento do assunto que deseja emitir o texto.

Com os textos prontos, será feita a troca entre os alunos para realizar a leitura oral. Esta

leitura será feita pelo colega, quando eles deverão dar a sua opinião da escrita e da

pontuação. Após a professora ter corrigido o texto, eles irão passar a limpo em uma

folha pautada e deverão representar os principais personagens na mesma.

Sequentemente será confeccionado um varal, para expor os textos para os demais

alunos de a escola ter oportunidade de lerem.

5) Recursos: Folha xerocada, folhas pautadas,lápis décor e barbante para o varal.

6ª SEMANA

ATIVIDADE PRESENCIAL

AVALIAÇÃO PRESENCIAL NO POLO

Page 15: Portifolio digital TASSIA

ACADÊMICA: TASSIA TURCATTO

DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES

TEXTO AVALIATIVO

CONCEITOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Alfabetização é não é uma tarefa fácil de realizar, ao meu entendimento, quando se

ensina e alfabetiza crianças, temos que entender o tempo das crianças aprende, levando em

conta que cada uma tem período para aprender a ler e a escrever, algumas em pouco tempo, já

são alfabetizadas, já outras não.

De acordo com Monteiro e Baptista (2009, p.30) a alfabetização trata do domínio da

tecnologia, do conjunto de técnicas que capacita o sujeito a exercer a arte e a ciência da

escrita e o letramento implica habilidades, tais como “a capacidade de ler e escrever para

informar-se ou interagir, para ampliar o conhecimento, capacidade de interpretar e produzir

diferentes tipos de texto, de inserir-se efetivamente no mundo da escrita, entre muitas outras”.

Sendo assim, é possível considerar que letrar é o mesmo que, conduzir a criança ao exercício

das práticas sociais de leitura e escrita, é inseri-la ao campo das letras em seu sentido e

contexto social, e a alfabetização compreende a decodificação e assimilação dos signos

linguísticos; alfabetizar está em inserir a criança para a prática da leitura, ou seja, fazer com

que se aprenda a ler, mas isso não implica em criar hábito da leitura.

Relacionando isso com o eixo estudado, tivemos vários textos e trabalhos envolvendo

alfabetização e letramento, que possibilitaram a nós um maior aprendizado sobre estes

importantes temas, desde a nossa alfabetização, contar como fomos alfabetizados, os métodos,

que foram utilizados pelas professoras, até foi bom relembrar isto, pois possibilitou fazer a

compreensão do passado, como as crianças se alfabetizaram e como esta hoje, diferenciando

métodos entre professores.

Estes conceitos todos estudados contribuíram muito para minha formação de

alfabetizar crianças, aprendi muito, através de rodas de conversas, diálogo e questionamentos

realizados entre nossa turma, cada um colaborou de forma significativa trazendo diversos

métodos, sugestões, e reflexões de como esta tarefa de alfabetizar é importantíssima na vida

das crianças.

Page 16: Portifolio digital TASSIA

Destaco também, os interessantes textos que foram disponibilizados a nós, pois foi de

extrema importância para realização das tarefas, e para mim foi também um momento de

aprendizado, pois com estes materiais, tive um maior aprofundamento sobre alfabetizar e

letrar, como se da este processo de aprendizados das crianças, as tarefas propostas para fazer,

o teste de níveis de escrita, que foi muito bom poder observar e compreender o processo de

escrita das crianças e verificar o nível em que elas estão, contudo, nós futuros professores e

alfabetizadores devemos ter sensibilidade e competência para organizar o trabalho pedagógico

de forma lúdica e interdisciplinar, organizando os conteúdos em projetos ou eixos que

proporcionam atividades mais amplas e diversificadas.

REFERÊNCIAS:

LAPUENTE, Janaína Soares Martins. Contribuições para a prática pedagógica na

alfabetização. Disponível em: <

http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7656/mod_resource/content/1/Contribui

%C3%A7%C3%B5es%20para%20a%20pr%C3%A1tica%20pedag%C3%B3gica%20na

%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%20Jana%C3%ADna.pdf>;

LAPUENTE, Janaína Soares Martins. Contribuições para a prática pedagógica na

alfabetizadora de sucesso. Disponível em: <

http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7631/mod_resource/content/1/Contribui

%C3%A7%C3%B5es%20para%20uma%20pr%C3%A1tica%20alfabetizadora%20de

%20sucesso%20Jana%C3%ADna.pdf>;

SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas*. Disponível em: <

http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7630/mod_resource/content/1/letramento%20e

%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%2C%20as%20muitas%20facetas.pdf>;

Page 17: Portifolio digital TASSIA

TEXTO COLETIVO

PROFESSORA RESPONSÁVEL: VANIA GRIN THIES

ACADÊMICOS: ALENE, ELIANI, ENIO, EOLITA, EVA, IVANIA, JANETE,

JÉSSICA, JOELMA, LUCINARA, MARCOS, MICHELLE, NELCI, TASSIA E

VANDREIA.

POLO: SOBRADINHO

SEMESTRE: 5º DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES I

O QUE ENTENDEMOS POR ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO E COMO

EFETIVAR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA COERENTE COM ESTES

CONCEITOS?

Entendemos por alfabetização como sendo uma prática de letramento que implica em

uma contextualização, em que por meio de práticas sociais de leitura e escrita da sala de aula,

o aluno é apresentado a língua de seu país como instrumento social, que pode ajudá-lo a viver

melhor. Como relação a estes conceitos os PCNs da Língua Portugesa dizem:

“O domínio da língua tem estrita relação com a possibilidade de plena

participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica,

tem acesso a informação, expressa e defende pontos de vista, partilha

e constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim um projeto

educativo comprometido com a democratização social e cultural

atribui a escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os

seus alunos o acesso aos saberes linguisticos necessários para o

exercício da cidadania, direito inalinável de todos.” (BRASI, 1997 B,

p.21)

Page 18: Portifolio digital TASSIA

Se analisarmos o que diz os PCNs temos a argumentação firmada pela legislação no

que tange a alfabetização e o letramento, pois é lá que são definidas as metas que fazem parte

d processo ensino aprendizagem.

Quando a alfabetização é concebida como uma forma de acesso a cultura, não é

possível admitir que existem crianças na escola que supostas saibam ler, mas que não

consigam entender uma notícia de jornal; saibam escrever, mas conseguem redigir uma carta.

Em linhas gerais essas crianças não conseguem compreender que a língua portuguesa

ensinada na escola é a mesma das ruas, dos livros. Isso porque via de regra, a escola muitas

vezes trabalha com textos que só tem sentido no ambiente escolar.

Consideramos que é preciso que a escola tome consciência de que nada adiantam as

crianças saberem ler s textos escolares. É preciso que saibam usar a linguagem como

instrumento para viver melhor e para ter acesso a cultura de seu povo. Contudo, sabemos que

as políticas púbicas envolvem questões maiores quando mencionamos os textos de livros, pois

nas escolas públicas recebemos o material para trabalhar sem a devida conscientização dos

governantes que cada criança é uma criança, ou melhor, cada região deveria ter acesso o

material condizente com a sua realidade.

Sabemos que a criança vem para a escola com uma bagagem de conhecimento oriunda

de suas práticas sociais, é o educador tem a função de mediar este entendimento entre a

linguagem propriamente dita e prática pedagógica.

Entendemos que é preciso usar a linguagem como forma de cidadania. É um direito da

criança, um dever da escola e uma responsabilidade grande do professor. Sob esse ponto de

vista, destaca Rego (2007) “alfabetização dar-se-ia através de uma profunda imersão das

crianças nas práticas sociais de leitura e escrita, descartando-se qualquer tipo de atividade

didática que não estivesse vinculada a estas práticas.” diante destas afirmações feitas por

Rego, entendemos que a utilização da leitura e escrita em placas, outodoors, símbolos, gibis,

etc, mais a criança avançam na direção do domínio da leitura e da escrita convencional.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

VALLE, Luciana L.D. Metodologia da Alfabetização. Curitiba: Intersaberes, 2013.

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