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Portfólio do Primeiro semestre

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  • 1

    SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIO SOCIAL

    MARIA DE FATIMA ESTRELA

    A CLASSE C

    SOUSA 2012

    MARIA DE FATIMA ESTRELA

  • 2

    A CLASSE C

    Trabalho apresentado ao Curso Servio Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paran, para as disciplinas Psicologia Social, Sociologia, Filosofia Fundamentos Histricos, Tericos e Metodolgicos do servio social II Prof. Lisneia Rampazzo, Srgio Goes, Adarly Rosana e Mrcia Bastos.

    SOUSA

    2011

  • 3 SUMRIO

    1. INTRODUO............................................................................................04

    2. DESENVOLVIMENTO................................................................................05

    3. CONSIDERAES FINAIS........................................................................09

    4. REFERNCIAS...........................................................................................11

  • 4 1. INTRODUO

    Toda a mdia sempre teve os olhos voltados para a classe A, aquela que todos almejam chegar, mas que pela prpria significao, para poucos abastados. Alis, no somente a mdia, como todas as indstrias de bens, servios e consumo, alm do comrcio. Mas um novo fenmeno est desenhando a sociedade neste comeo de sculo 21: a classe C est em evidncia em quase todo o planeta. Mas para no fazer a conexo da classe C apenas com o consumo de bens durveis, vale observar no s a investida de empresas de vesturio antes ditas como "populares" que esto investindo pesadamente em moda e tendncias. Um dos fatores que mais vm contribuindo para esse olhar dedicado s classes menos favorecidas, a mudana de atitude em relao ao dbito. H pouco tempo atrs, dvida era tido como ponto negativo para algum, mas como a economia atualmente movida a crdito, dever mais que socialmente aceitvel. Outro fator est relacionado com a tecnologia da informao. No passado, somente os privilegiados tinham acesso a determinadas informaes, e o grau de vigilncia sobre quem e para que a informao estivesse sendo buscada era alto. Com a internet, uma quantidade quase infinita de informao est distncia de apenas um clique.

  • 5 2. DESENVOLVIMENTO

    Em tempos de globalizao, competitividade e crises financeiras que abalam os mercados, os empresrios no podem ficar no desconhecimento de quem so seus clientes, seus consumidores. A variedade e grande oferta de produtos, a concorrncia interna (nacional) e externa (internacional), e a crescente exigncia dos consumidores, levam o empresrio a ter que conhecer o que querem seus clientes e como eles tomam suas decises sobre a compra e a utilizao de produtos, o que fundamental para que as organizaes tenham xito em seu mercado. Kotler (1998), afirma que preciso monitorar permanentemente o comportamento de compra do consumidor. Mas que consumidor este? Como as caractersticas pessoais influenciam o comportamento de compra? Que fatores psicolgicos influenciam as respostas do comprador ao programa de marketing? O conhecimento das variveis de influncia sobre o comportamento de compra importante para que os empresrios qualifiquem seus produtos e servios, considerando efetivamente os desejos e as necessidades do consumidor e orientando suas ofertas para o mercado. Nesse sentido, o presente portflio trata dos fatores que influenciam o processo de deciso de compra dos consumidores classificados como a classe C, visto esta classe estar em franca ascenso, no Brasil.

    H algum tempo no podemos mais falar em pirmide de classes sociais no Brasil. Se antigamente as classes D e E continham a maioria da populao, formando uma grande base, hoje encontramos um losango de classes sociais, com o inchao da classe C nos ltimos anos, vinda de uma migrao das classes menos favorecidas.

    A Classe C composta, hoje, por 91,8 milhes de brasileiros. Para a FGV, uma famlia considerada de classe mdia (classe C) quando tem renda mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591. A elite econmica (classes A e B) tem renda superior a R$ 4.591, enquanto a classe D (classificada como remediados) ganha entre R$ 768 e R$ 1.064. A classe E (pobres), por sua vez, rene famlias com rendimentos abaixo de R$ 768.

    Apenas no ano de 2010, 19 milhes de pessoas deixaram as classes DE e 12 milhes subiram as classes AB. H 5 anos, as classes A, B e C somadas representavam apenas 49% da populao, enquanto em 2010 elas somavam 74%. Sobra apenas 36% para formar a velha base da pirmide, que comea a tomar forma mais igualitria. Repare na tabela e no grfico abaixo como as classes DE vm perdendo massa, e como a classe C vem aumentando.

    Distribuio da populao por classe social

    Classe 2005 (%) 2006 (%) 2007 (%) 2008 (%) 2009 (%) 2010 (%)

    AB 15 18 15 15 16 21

    C 34 36 46 45 49 53

  • 6

    Classe 2005 (%) 2006 (%) 2007 (%) 2008 (%) 2009 (%) 2010 (%)

    DE 51 46 39 40 35 25

    Repare tambm como mudou a distribuio da pirmide de 2006 para 2010, se insistirmos em colocarmos as classes DE na base.

    Para o economista Marcelo Neri, um dos grandes smbolos da ascenso

    da classe C justamente a carteira de trabalho assinada e o emprego formal, emblemticos do andar com as prprias pernas. Outro sinal na mesma direo

  • 7 foi a grande ampliao da educao profissional, que ainda , para boa parte da classe C, uma alternativa mais vivel do que o ensino superior. A nova classe mdia est trocando pneu com o carro andando, ela trabalha, faz curso noite, se vira isso mostra um lado batalhador, nada passivo, analisa Neri. Ele tambm cita as famlias com nmero cada vez menor de filhos, hoje em torno de dois, como outro vetor de ascenso social, ao permitir que se concentre em menos indivduos o investimento dos pais em formao e educao. Finalmente, h a melhora na educao, talvez a mais difcil de perceber, dado o estado ainda lastimvel deste componente fundamental do capital humano. No incio da dcada de 90, 17% das crianas de 7 a 14 anos estavam fora da escola, proporo que caiu para 4% em 2000 e para 2% hoje. No mesmo perodo, a escolaridade mdia saiu de menos de cinco anos para 7,3. Apesar de ainda muito ruim, a educao melhorou, e tem um impacto considervel no crescimento, o que Neri chama de bnus educacional, assim como existe o bnus demogrfico. O educacional, ele aponta, muito maior: corresponderia a um aumento de 2,2 pontos porcentuais de renda per capita ao ano, comparado a apenas 0,5 para o demogrfico. O economista indica que a prpria dvida social brasileira que est na base do atual avano, medida que cria uma longussima estrada a percorrer no momento em que seus principais ns comeam a ser desatados: A nova classe mdia fruto da recuperao a partir de gigantescos atrasos em reas como trabalho formal, educao e fecundidade, conclui Neri.

  • 8 5. CONSIDERAES FINAIS

    Alguma melhora houve na condio de subsistncia de milhes de trabalhadores a partir do governo de Lus Incio Lula da Silva, e existem alguns sinais que nos mostram isso (diminuio do percentual de pessoas desempregadas, aumento no salrio mnimo e da informalizao das relaes de trabalho, e outros), mas foram e continuam sendo insuficientes para de fato inaugurar uma era de desconcentrao de renda e de riqueza no Brasil, pois o sistema econmico adotado no favorece essa desconcentrao. Quanto chamada classe C, ela certamente muito menor do que a propagada pelo governo e por acadmicos, pois muitos dos que foram includos nessa classe no esto estruturados em alicerces firmes, e tampouco possuem renda e riqueza suficientes que possam enquadr-los nessa classe. Nosso pas precisa melhorar, ainda, e muito a educao, a distribuio de renda, e a (sade) que no chega a ser um bem ao qual a classe C tenha total acesso.

  • 9 6. REFERNCIAS

    Sites: http://www.escoladegoverno.org.br/artigos/209-nova-classe-media http://terramagazine.terra.com.br http://www.sincovi.com.br

    http://www.logisticadescomplicada.com/as-classes-sociais-e-a-desigualdade-no-brasil/

    Fonte:Mundo do Marketing, Thiago Terra