portefolio patricia lima

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Promover a reabilitação, autonomia e integração de pessoas com elevado grau de dependência física é o objectivo da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Arlindo Maia, provedor da Misericórdia de Vila do Conde, fala das suas instalações e admite que o projecto, apesar de recente, já atingiu objectivos essenciais para a melhoria da qualidade de vida principalmente da população idosa necessitada de cuidados de saúde. A Unidade de Cuidados Continuados Integra- dos da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde foi construída, para responder a todas as necessidades da população que necessita de assistência com qualidade em recupera- ção da sua saúde. Contudo, o objectivo mantém-se: assegurar um conjunto de cuidados de saúde e de apoio social, promovendo a autonomia e melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência. Com a missão de conseguir responder às necessidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais, o principal objectivo é promover a sua reabilitação, autonomia e integração no meio familiar e social. A propósito dos objectivos serem conseguidos em trabalho de equipa, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, Arlindo Maia, refere que “a participação do utente e da sua família é muito importante, pois todos têm as suas particularidades e o seu contexto de vida”. O sistema de Cuidados Continuados Integrados começou como uma experiência por parte do Governo, mas tem mostrado ser um projecto muito vantajoso e relevante na melhoria da qualidade de vida da popula- ção idosa com carências de saúde. “São realizadas regularmente auditorias para analisar a forma como o processo está a decorrer, o que ajuda ao bom funcionamento do serviço. De momento, o sistema está bem organizado e a resposta tem muita qualidade.”, refere o Provedor da Santa Casa da Miseri- córdia de Vila do Conde. Ainda assim, Arlindo Maia admite que, como em todos os processos, busca-se a perfeição e, que para isso, ainda existe algo a corrigir. “Os cuidados continu- ados integrados de longa duração têm um problema: as pessoas que recebem a alta e continuam a precisar de cuidados de saúde, não têm para onde ir. Normalmen- te, procuram Lares de Terceira Idade e estes não estão preparados para as receber e lhes dar a assistência e o acompanhamento que precisam, devido ao elevado grau de dependência de que ainda padecem.”, admite o Provedor. Assim, Arlindo Maia pensa que a solução passará por criar instalações, como por exemplo lares, com condições, física e técnica, para prestar assistência com qualidade à referida população. A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde conta 22 | Cuidados Continuados Integrados Construção de novas instalações » Saúde Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

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» Saúde Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde 22 | Junho| 2011 | 23

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Page 1: Portefolio Patricia Lima

Promover a reabilitação, autonomia e integração de pessoas com elevado grau de dependência física é o objectivo da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Arlindo Maia, provedor da Misericórdia de Vila do Conde, fala das suas instalações e admite que o projecto, apesar de recente, já atingiu objectivos essenciais para a melhoria da qualidade de vida principalmente da população idosa necessitada de cuidados de saúde.

AUnidade de Cuidados Continuados Integra-

dos da Santa Casa da Misericórdia de Vila

do Conde foi construída, para responder a

todas as necessidades da população que

necessita de assistência com qualidade em recupera-

ção da sua saúde. Contudo, o objectivo mantém-se:

assegurar um conjunto de cuidados de saúde e de

apoio social, promovendo a autonomia e melhorando a

funcionalidade da pessoa em situação de dependência.

Com a missão de conseguir responder às necessidades

físicas, cognitivas, emocionais e sociais, o principal

objectivo é promover a sua reabilitação, autonomia e

integração no meio familiar e social.

A propósito dos objectivos serem conseguidos em

trabalho de equipa, o Provedor da Santa Casa da

Misericórdia de Vila do Conde, Arlindo Maia, refere

que “a participação do utente e da sua família é muito

importante, pois todos têm as suas particularidades e o

seu contexto de vida”.

O sistema de Cuidados Continuados Integrados

começou como uma experiência por parte do Governo,

mas tem mostrado ser um projecto muito vantajoso e

relevante na melhoria da qualidade de vida da popula-

ção idosa com carências de saúde.

“São realizadas regularmente auditorias para analisar

a forma como o processo está a decorrer, o que ajuda

ao bom funcionamento do serviço. De momento, o

sistema está bem organizado e a resposta tem muita

qualidade.”, refere o Provedor da Santa Casa da Miseri-

córdia de Vila do Conde.

Ainda assim, Arlindo Maia admite que, como em

todos os processos, busca-se a perfeição e, que para

isso, ainda existe algo a corrigir. “Os cuidados continu-

ados integrados de longa duração têm um problema: as

pessoas que recebem a alta e continuam a precisar de

cuidados de saúde, não têm para onde ir. Normalmen-

te, procuram Lares de Terceira Idade e estes não estão

preparados para as receber e lhes dar a assistência e

o acompanhamento que precisam, devido ao elevado

grau de dependência de que ainda padecem.”, admite

o Provedor. Assim, Arlindo Maia pensa que a solução

passará por criar instalações, como por exemplo lares,

com condições, física e técnica, para prestar assistência

com qualidade à referida população.

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde conta

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Cuidados Continuados Integrados Construção de novas instalações

» Saúde Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

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com uma capacidade para 40 pessoas, sendo 25 para Média Duração e 15 para Longa Duração.

Estas instalações dispõem de quartos com gases medicinais, comunicadores, banho privativo, além de outros aposentos como salas de estar, de jantar, ginásio, farmácia, etc.

Existem várias patologias na Unidade de Cuidados Continuados, mas Arlindo Maia refere que as mais comuns são fracturas e AVC´s.

Todas as instituições envolvidas no processo, como hospitais, ARS, Segurança Social e utentes, concordam e entendem que o projecto de cuidados continuados integrados deve ser ampliado. O provedor da Misericór-dia de Vila do Conde refere que apesar do curto período de existência, o projecto está consolidado. “Claro que, neste momento, ainda estamos numa fase de desen-volvimento, mas já percorremos um caminho seguro e atingimos objectivos muito importantes, essenciais para todos os intervenientes no processo. Podemos dizer que nos encontramos em fase de continuidade pois ainda estamos longe de dar resposta à grande necessidade de atender todas as pessoas que precisam”.

Para procurar atender mais pessoas a Misericórdia deliberou construir uma nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados, projectada de acordo com as regras definidas pelo Ministério da Saúde e de acordo

com as necessidades para Vila do Conde e concelhos limítrofes. Esta unidade prevê a capacidade de 22 camas para Convalescença e 35 para Longa Duração.

Estas novas instalações que a Misericórdia pretende construir vão possuir aposentos com melhores condi-ções em espaço o que possibilita a todos os interve-nientes (utentes, familiares, visitas e funcionários) mais comodidade e consequentemente melhor qualidade.

O provedor sublinha que a Unidade de Cuidados Continuados Integrados é um valioso complemento para o Sistema de Saúde desenvolvido nos hospitais. “E, se o Estado entender que precisa de outro tipo de colaboração, estamos sempre disponíveis”.

Arlindo Maia sublinha que o lema da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa é e será sempre colocar o interesse da população em primeiro lugar. “O nosso lema é beneficiar a população”.

As Misericórdias representam, neste momento, mais de 60% da rede de cuidados continuados.

Recentemente, o Presidente da União das Misericór-dias Portuguesas (UMP) frisou a importância das Santas Casas na implementação da construção da Rede de Cuidados Continuados Integrados no projecto, e referiu que sem estas instituições seria difícil haver em Portugal uma rede de cuidados continuados integrados com qualidade e criada em tão pouco tempo.

Saúde «Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

Page 3: Portefolio Patricia Lima

» Educação Escola Secundária de Valongo

Com ensino básico, cursos científico-humanísticos,

ensino profissional, cursos CEF e EFA, a Escola

Secundária de Valongo tem provado ser uma instituição

de ensino de qualidade, que acompanha os progressos do

sistema educativo.

Para além da formação e da educação, uma das prioridades da Escola tem sido as relações na comunidade e com a comuni-dade, de forma a valorizar o papel social

da escola.

INCARTE (I): Quais os cursos disponíveis na Escola Secundária de Valongo?PAULA SINDE (PS): A ESV garante uma oferta for-

mativa diversificada, de forma a responder às expec-tativas da comunidade. Desta forma, oferecemos o 3º ciclo do ensino básico, os cursos científico-huma-nísticos, o ensino profissional, cursos de educação e formação de jovens (CEF) e de adultos (EFA), bem como formações modulares. Temos ainda, o Centro Novas Oportunidades que diagnostica, encaminha e acompanha os adultos no processo de reconheci-mento, validação e certificação dos seus percursos de vida e das suas competências.Os Cursos Profissionais abrangem diferentes áreas:

Técnico de Análise Laboratorial, de Comércio, de Electrotecnia, de Informática e de Turismo.O CEF de Pastelaria e Panificação é da maior

importância, pois integra-se no património e tradi-ção do concelho de Valongo.

(I): Que materiais possuem de apoio para os estu-dantes de cada curso? Quais os recursos e equipa-mentos que a escola dispõe?(PS): A escola dispõe de equipamentos modernos e

de qualidade para as diferentes áreas, nomeadamen-te, a nível de laboratórios, oficinas e espaços despor-tivos. Podemos dizer que o material informático é equipamento de ponta e fomos uma das primeiras 40 escolas equipadas pelo Plano Tecnológico da Educa-ção. A biblioteca escolar/centro de recursos educati-vos integra a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares e possui um fundo documental de elevado valor. As instalações precisam urgentemente de obras, mas, a requalificação que se iniciará em breve, garantirá, com certeza, o conforto e a qualidade desejada.

(I): Quais os estágios e as parcerias desenvolvidos para esses mesmos cursos?(PS): Desde empresas/instituições da região e

áreas limítrofes, câmaras municipais, agências de

Escola Secundária de ValongoAposta na qualidade de ensino

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Page 4: Portefolio Patricia Lima

Escola Secundária de Valongo Educação «

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turismo, até estabelecimentos de ensino superior, temos um alargado leque de parcerias, que dão acesso a estágios aos nossos alunos/formandos nas áreas dos diferentes cursos.

(I): Caso os alunos não queiram ou possam pros-seguir estudos, com esses estágios já se encontram preparados para um mercado de trabalho tão compe-titivo como hoje em dia?(PS): Muitos deles, terminado o curso, conseguem

colocação nos locais onde realizaram a formação em contexto de trabalho. Há empresas que nos procuram anualmente para seleccionar recém-formados para integrarem os seus quadros. Como já ouvi dizer, estes jovens estão “um passo à frente” em qualquer tipo de empresa, relativamente aos outros funcionários. Há áreas, como por exemplo a Electrotecnia/Electrónica, em que já não conseguimos responder às solicitações.Por outro lado, há alunos que, durante o seu percurso

escolar, acabam por melhorar de tal forma os resulta-dos e o prazer de estudar, que acabam por prosseguir estudos.

(I): Quais os projectos que a Escola Secundária de Valongo tem desenvolvido?(PS): A ESV desenvolve uma série de projectos que

promovem actividades de reforço e/ou enriquecimen-

to curricular. Há projectos, cuja finalidade é a recu-peração de aprendizagens não realizadas, o reforço e o enriquecimento das aprendizagens, como “Com a Matemática nos entendemos”, “Plano da Matemá-tica”, “Get cool at school” e “Oficina de Escrita”. Por outro lado há projectos e clubes que têm um papel fundamentalmente formativo da consciência cívica, mas de natureza mais cultural e lúdica. É o caso do “Parlamento dos Jovens”, “Eurotopia 2100 – uma utopia interactiva/Parlamento Europeu dos Jovens (PEJ)”, projecto “Educação para a Saúde”, “Clube Europeu”, “Clube de Protecção Civil – prevenir mais viver melhor”, “Clube do Ar Livre e Património”, “Des-pertar ConsCiências”, “Teatro na Escola”, Defesa do Consumidor” e “Clube de Jardinagem”. No âmbito do programa Comenius desenvolvemos um projecto de parceria com escolas europeias e recebemos profes-sores assistentes oriundos de outros países.Em parceria com a Faculdade de Desporto da Uni-

versidade do Porto (FDUP) desenvolve-se o projecto Acorda, que visa promover hábitos saudáveis e com-bater a obesidade dos jovens. Neste âmbito também o Desporto Escolar tem um papel importante.

(I): A Escola tem desenvolvido actividades com a comunidade. Quais são e onde se têm realizado? Qual o (s) objectivo (s) dessas actividades?

(PS): Um dos eixos estratégicos do nosso projecto educativo visa as relações na comunidade e com a comunidade, de forma a valorizar o papel social da escola, garantir a qualidade do serviço prestado, arti-cular a acção da escola com a comunidade, afirmar a escola como referência na educação e formação e estimular um clima de confiança entre os parceiros e de responsabilização das partes. Neste âmbito, há já prática regular de actividades desenvolvidas em arti-culação com outros agentes da comunidade, nomea-damente a autarquia. Pretende-se que haja uma real colaboração extravasando os muros da escola.Um exemplo é o CEF de Pastelaria/Panificação.

Como já referi, a panificação e o biscoito são património de Valongo, constituindo-se como uma das indústrias mais antigas e importantes do concelho. Assim respondendo à solicitação do mercado, foi criado o curso e para tal construída uma unidade de fabricação que resultou de uma conjugação de vontades e esforços da comunida-de - pais, empresas e escola.Outro exemplo foi a semana aberta que se realiza

anualmente. Durante esta semana desenvolvem-se actividades na comunidade, para a comunidade e com a comunidade. Realizam-se actividades na esco-la, no museu, junta de freguesia, auditório e sala de espectáculos municipais, etc.

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