portefólio digital património geológico
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Divulgação do Património Geológico existente em Portugal.TRANSCRIPT
e-Portefólio – PATRIMÓNIO GEOLÓGICO
Célia Campelo
Objetivos
Conhecer e divulgar pontos de interesse geológico em Portugal;
Compreender a ação dos agentes de geodinâmica externa sobre a paisagem;
Reconhecer a diversidade de paisagens geológicas existentes em Portugal;
Conhecer a diversidade de formas associadas à paisagem cársica;
Compreender o conceito de “geomonumento”;
Compreender a importância do registo fóssil para a reconstituição História da Terra;
Refletir sobre as transformações sofridas pelo planeta Terra ao longo do Tempo Geológico;
Sensibilizar para a importância da preservação do património geológico.
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Célia Campelo
Proposta de Trabalho:
Atividade 1 – Visita de estudo
Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros
Grutas de Mira de Aire, Grutas de Santo António e Grutas de Alvados
Pedreira do Galinha
Material necessário para a visita de estudo:
Caderno de Campo;
Material de escrita (lápis, caneta…)
Equipamento fotográfico/vídeo;
Calçado e roupa confortáveis, chapéu (facultativo);
Água e lanche.
Nota: Deves prestar muita atenção a tudo o que vires e ouvires durante a visita. Utiliza o teu caderno de campo para
tirar notas e regista cada momento recorrendo a equipamento fotográfico/vídeo. A informação recolhida vai ser
muito útil para a elaboração do relatório da visita de estudo (atividade 2)!
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Breve caracterização dos locais a visitar
Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC)
“As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório das formações calcárias existente em Portugal e esta é a razão
primeira da sua classificação (Decreto-Lei nº 118/79, de 4 de Maio) como Parque Natural.”
PNSAC
O PNSAC goza de características únicas. Do ponto de vista morfológico,
podem distinguir-se no Maciço Calcário Estremenho do PNSAC, três
subunidades – a Serra dos Candeeiros a Oeste, o Planalto de Santo António
ao Centro e Sul e o Planalto de S. Mamede e a Serra de Aire, a Norte e Este,
respetivamente.
A ação das águas, como agente físico-químico modelador dos calcários,
originou uma paisagem marcada por formas de relevo características. De
entre essas formas destacam-se os campos de lapiaz e as dolinas.
A nível subterrâneo sobressaem os algares - aberturas naturais verticais, em
alguns casos com dezenas de metros, e que por vezes se desenvolvem em
profundidade por sistemas de galerias, salas e poços que, no seu conjunto,
formam aquilo a que chamamos grutas.
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Grutas de Mira de Aire, de Santo António e de Alvados
As Grutas de Mira de Aire, com 11 quilómetros de extensão, dos quais
apenas 600 metros são visitáveis, situam-se em plena zona centro de
Portugal, uma região muito rica neste tipo de património. Fazem parte
integrante do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em pleno
maciço calcário estremenho e foram formadas há mais de 150 milhões de
anos, no Jurássico, numa altura em que os dinossauros habitavam a região.
As Grutas de Mira de Aire estão historicamente associadas à fundação da
espeleologia portuguesa, e a sua complexa rede subterrânea atrai
permanentemente os especialistas que continuam, regularmente, a realizar
novas investigações e descobertas.
As Grutas de Mira de Aire são umas das 7 Maravilhas Naturais de Portugal.
De menor dimensão do que as Grutas de Mira de Aire, as Grutas de Alvados
mantêm uma singularidade que as diferencia. A sua apresentação, mais
natural e harmoniosa, mostra aos seus visitantes galerias ricas e lagos naturais
de beleza única.
Mas é o seu percurso em forma de corredor e os contínuos “algares” de
altura invulgar que a compõem, que levam os especialistas, e o público em
geral, a considerar esta gruta como uma das mais características da península
ibérica.
Imagem de uma galeria das grutas de Mira de Aire.
Pormenor de uma das salas das grutas de Alvados.
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Próximas, quer em termos geográficos, quer em termos naturais das Grutas
de Alvados, as Grutas de Santo António foram mais uma descoberta da
beleza natural e tão característica do PNSAC.
Esta gruta ocupa uma área aproximada de 6 000 m2. A sua sala maior mede
80m x 50m e a altura máxima é de 43 metros.
Dispondo de uma chaminé natural que permite ventilar a gruta, a
temperatura mantém-se quase constante, oscilando entre o 16ºC e os 18ºC.
A visita inicia-se por um túnel artificial que desce até a uma primeira sala,
onde se pode admirar o grande lago natural, que funciona como
antecâmara a uma estreita passagem que depois se abre numa sala
monumental e única, cuja dimensão e beleza a tornam invulgar,
continuando a ser considerada pelos especialistas e público em geral como
uma das mais belas e ricas da Europa.
“Se as Grutas de Mira de Aire são as mais imponentes e as de Alvados as mais intimistas, as Grutas de Santo António são
talvez as mais românticas, as que mais alimentam o nosso imaginário.”
In http://solagasta.com/a-descoberta-das-grutas-de-santo-antonio-porto-de-mos/
Imagem do grande lago natural das grutas de Santo
António.
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Pedreira do Galinha – pegadas de dinossauro
O Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém / Torres
Novas localiza-se na povoação do Bairro, no extremo oriental da serra
de Aire, uma das unidades geomorfológicas que compõem o Parque
Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC).
É considerado um importantíssimo registo icnofóssil do período
Jurássico Médio, contém pegadas de alguns dos maiores seres que
alguma vez povoaram o planeta Terra: os dinossauros saurópodes.
Na laje calcária onde as pegadas de dinossauros se conservaram ao
longo de 175 milhões de anos, podem ser observados cerca de 20
trilhos ou pistas, uma delas com 147m e outra com 142m de
comprimento.
Numa altura em que o clima da Terra se tornou mais quente e húmido
surgiram densas florestas. A quantidade de vegetação permitiu a
proliferação de dinossáurios herbívoros, como os saurópodes. Nas suas
deslocações, estes animais deixaram as suas pegadas nas camadas
finas de lama calcária existente nas lagunas marinhas de baixa
profundidade. Depois a lama secou e foi soterrada por sedimentos
calcários que acabaram por se transformar em rocha. Passados cerca
de 175 milhões de anos os trabalhos de exploração da pedra
permitiram pôr a descoberto os vários trilhos visíveis na laje.
Trilho de pegadas de Saurópode – Pedreira do
Galinha (Parque Natural da Serra de Aire e
Candeeiros)
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Atividade 2 – Elaboração de um relatório da visita de estudo
O relatório deve assumir o formato de portefólio digital e deve seguir a seguinte estrutura:
Capa;
Índice;
Objetivos;
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão;
Bibliografia/webgrafia;
Capa – na capa do relatório deves identificar a escola (podes recorrer ao logotipo), o título do trabalho, a disciplina,
o(s) autor(es), a professora e a data de entrega;
Índice – no índice deves mencionar as várias partes que integram o relatório (tópicos), fazendo referência à página
em que encontra cada tópico;
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Objetivos – os objetivos são um conjunto de itens que devem traduzir a finalidade e/ou as competências que se
pretendem atingir com a realização da visita;
Introdução – na introdução deves elaborar um pequeno texto em que apresentes uma breve caracterização dos
locais visitados, fazendo a respectiva contextualização geológica. Poderás recorrer à bibliografia e/ou webgrafia que
achares conveniente.
Desenvolvimento – este tópico deve descrever tudo aquilo que foi observado em cada local da visita. Para facilitar a
leitura, a apresentação poderá ser feita por etapas que correspondam a cada local e/ou estrutura visitada, utilizando
subtítulos. Deves enriquecer a tua descrição recorrendo às fotos que tiraste em cada ponto, devidamente
legendadas;
Conclusão – neste tópico deves fazer uma análise crítica ao trabalho desenvolvido e aos resultados obtidos,
referindo em que medida estes permitiram atingir os objetivos propostos.
Bibliografia/webgrafia – deve apresentar todas as fontes utilizadas para recolha de informação sobre o tema (livros,
enciclopédias, jornais, revistas, sítios da internet, etc.).
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O formato do relatório (e-portefólio), implica a realização de uma pequena reflexão acerca das atividades realizadas.
Para fazeres a tua reflexão, começa por responder a questões como:
O que te levou a participar na visita de estudo?
O que é que mais chamou a tua atenção durante a visita?
Como foi a sensação de estar dentro de uma gruta, a dezenas de metros de profundidade?
Ao observares as pegadas dos dinossauros, o que sentiste? Como seria a Serra de Aire e Candeeiros no
período Jurássico?
Houve algum aspeto que não tenhas gostado nesta visita visita? O que mudarias?
Depois, a tua imaginação é o limite…
Não te esqueças que tua opinião conta e, para mim, é a mais importante!
Nota: O relatório deve ser feito em grupo (quatro ou cinco elementos) e enviado à professora via e-mail.
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Vamos recordar algumas paisagens geológicas existentes em Portugal e no mundo. Analisa, com atenção, as
seguintes apresentações:
http://issuu.com/celia.biogeo/docs/paisagens_magm__ticas/1
http://issuu.com/celia.biogeo/docs/paisagens_metam__rficas/1
http://issuu.com/celia.biogeo/docs/paisagens_sedimenatares/1
Sugiro uma visita virtual às Grutas de Mira de Aire…
http://www.grutasmiradaire.com/?link=35
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Podes (e deves) ver também:
http://youtu.be/4tccmQtQfJQ
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http://youtu.be/jxnHuaEGdQc
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http://youtu.be/3k0AlIwBWEY
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Reflexão
As paisagens geológicas, assim como todo o património geológico, constituem verdadeiras obras primas da natureza. Após mais
de dez anos a lecionar a disciplina de Ciências Naturais a alunos de 7.º ano, é com muito satisfação que tenho testemunhado o
“brilhozinho nos olhos” dos alunos quando são surpreendidos com imagens de blocos pedunculados, das “chaminés de fada”, da
“calçada de gigante”, das estalactites e estalagmites, dos campos de lapiaz e tantos outros elementos naturais, que mais
parecem esculturas.
Sem dúvida que os recursos digitais têm constituído um grande apoio para o professor. Hoje é possível fazer visitas virtuais a
locais que, de outra forma, não teríamos acesso. Num tempo em que as Escolas e as famílias, na maioria dos casos, dispõem de
“magros” orçamentos, o acesso virtual a estes pontos de interesse geológico assume ainda maior importância. Podemos viajar
sem gastar um único cêntimo, dentro da sala de aula!
Contudo, de vez em quando, sentimos a necessidade de fazer um pequena extravagância, por isso, depois de assistir ao
entusiasmo e encantamento dos meus alunos ao verem as grutas e todos os elementos associados à paisagem cársica, decidi
que devia proporcionar-lhes uma experiência ainda mais arrebatadora. Nada como levá-los a sentir, in locus, o friozinho das
grutas, assim como o perfume suave e a brisa fresca da Serra de Aire e Candeeiros…
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Depois de algum trabalho de pesquisa, acrescentei ao roteiro a visita à “Pedreira do Galinha”. Localizada também no Parque
Natural da Serra de Aire e Candeeiros, a visita a esta pedreira iria, com certeza, permitir aos alunos compreender um pouco mais
acerca do fantástico mundo dos dinossauros.
Esta visita de estudo seria, acima de tudo, uma viagem no tempo, até ao período Jurássico. Poderíamos imaginar toda a serra a
ser percorrida por grupos de enormes Saurópodes, pensar como viviam, com quem partilhavam a serra, de que se
alimentavam… esperavam-nos grandes emoções!
O relatório que os alunos irão elaborar será, acima de tudo, o seu espaço de reflexão. A escrita implica necessariamente um
trabalho de análise e meditação sobre os assuntos em discussão. Creio que, com as indicações dadas para a elaboração do
relatório e tendo em conta o próprio formato (e-portefólio), vou conseguir discernir cada pensamento, cada sensação
experimentada pelos alunos ao percorrer a serra, ao mergulhar no maciço calcário e descobrir o maravilhoso e mágico mundo
subterrâneo das grutas.
A resposta às questões por mim colocadas vai, certamente, fazê-los recordar cada momento e reviver as emoções que sentiram
durante toda a visita.
Espero, de facto, que esta atividade permita aos alunos não só aprofundar e sistematizar conteúdos, mas, acima de tudo, que
lhes abra novos horizontes e que lhes permita desenvolver o espírito crítico e o respeito pela Natureza.
Apreciem e preservem as obras primas da mãe Natureza!
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Célia Campelo
Sites consultados/webgrafia:
http://www.municipio-portodemos.pt/page.aspx?id=183
http://www.municipio-portodemos.pt/page.aspx?id=179
http://www.municipio-portodemos.pt/page.aspx?id=178
http://www.municipio-portodemos.pt/page.aspx?id=180
http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/ap/nac/mon-nat-peg-dino-ourem-torres
http://www.pegadasdedinossaurios.org/html/mon_viatem_01.htm
http://solagasta.com/a-descoberta-das-grutas-de-santo-antonio-porto-de-mos/