portaria 455 motiva ida da associação à ccee · da epex-spot e ecc, para aprofundar a discussão...

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Portaria 455 motiva ida da associação à CCEE O Conselho e a Diretoria da Abraceel foram recebidos pelos conselheiros da CCEE, em 11.04. Abrindo a reunião, o presidente do nosso Conselho de Administração, Oderval Duarte, destacou o desconforto dos agentes de mercado com a Portaria 455, principalmente em relação ao registro exclusivamente ex- ante de contratos e ao tratamento das informações sobre os preços dos contratos negociados bilateralmente. Pela Abraceel, participaram ainda os conselheiros Ricardo Lisboa, Cristopher Vlavianos e Marco Antônio Siqueira, além de Reginaldo Medeiros e Alexandre Lopes. A CCEE foi representada na reunião pelos conselheiros Luiz Eduardo Barata, Luciano Freire e Antônio Machado. A CCEE manteve seu entendimento que a Portaria 455 traz benefícios para o mercado. Em sua visão, o registro de contratos em base semanal abre caminho para uma futura contabilização e liquidação financeira também em base semanal, reduzindo os volumes financeiros envolvidos e, conseqüentemente, o risco de inadimplência. Contudo, a Câmara se mostrou aberta para receber críticas construtivas sobre a Portaria, destacando que poderia ser avaliado algum tipo de flexibilização em relação ao registro 100% ex ante de contratos, que onera as transações de mercado. A Abraceel também apresentou na reunião as dificuldades dos agentes em relação aos relatórios do CliqCCEE, que tem demandado excessivo trabalho nos back offices das empresas. A Câmara reconheceu o problema e informou que está trabalhando intensamente junto à Oracle para a conclusão do módulo de relatórios, que integra o novo sistema. Por fim, a associação se comprometeu a preparar um levantamento das dificuldades operacionais e conceituais da Portaria 455 para o mercado, bem como apresentar propostas para minimizar seus impactos. O Grupo Técnico deverá se reunir na próxima semana para elaborar o documento, que será discutido pelo Conselho da Abraceel na reunião do dia 24.05, para envio à CCEE. Os conselheiros da Abraceel também apresentaram a visão da associação sobre a interpretação da CCEE para cálculo e aplicação do ÄPLD, que considera a exposição energética negativa dos agentes por semana e patamar. Conforme destacado, a proposta de regra submetida à AP 030/2013 implica na cobrança do ÄPLD de agentes que estão 100% contratados no mês, que possuem descasamento entre suas posições horárias ou semanais, impactando todos os agentes de mercado. Os geradores e os consumidores possuem peculiaridades em seus perfis de modulação, ficando expostos em muitas situações em determinada semana ou patamar, porém estando 100% cobertos em contratos para o mês. Os comercializadores, por sua vez, assumem em diversas situações esse risco para os geradores e consumidores, sendo extremamente prejudicados pela metodologia. A Abraceel ressaltou que a Resolução CNPE 03 não faz menção à cobrança do ÄPLD em base semanal. E o motivo de despacho das usinas termelétricas cujo custo será coberto pelo ÄPLD é por segurança energética e não para atendimento à ponta do sistema. Além disso, o objetivo da resolução em segregar o ESS_SE foi cobrar diretamente uma parcela do encargo dos agentes descontratados no mercado e não de agentes que estão 100% contratados, porém com descasamento entre seus patamares dentro do próprio mês. A CCEE concordou com os efeitos da regra submetida à AP 030, porém destacou que a aplicação do ÄPLD considerando as exposições mensais dos agentes demandaria novas alterações em seu sistema de contabilização, sugerindo à Abraceel que não deixe de apresentar essa contribuição na Regulamentação da CNPE 03. 08 a 12 de abril de 2013 Foto: Abraceel (continua na próxima página)

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P o r t a r i a 4 5 5 m o t i v a i d a d a a s s o c i a ç ã o à C C E EO Conselho e a Diretoria da Abraceel foram recebidos pelos conselheiros da CCEE, em 11.04. Abrindo a reunião,

o presidente do nosso Conselho de Administração, Oderval Duarte, destacou o desconforto dos agentes de

mercado com a Portaria 455, principalmente em relação ao registro exclusivamente ex-

ante de contratos e ao tratamento das informações sobre os preços dos contratos

negociados bilateralmente.

Pela Abraceel, participaram ainda os conselheiros Ricardo Lisboa, Cristopher

Vlavianos e Marco Antônio Siqueira, além de Reginaldo Medeiros e Alexandre Lopes. A

CCEE foi representada na reunião pelos conselheiros Luiz Eduardo Barata, Luciano

Freire e Antônio Machado.

A CCEE manteve seu entendimento que a Portaria 455 traz benefícios para o mercado.

Em sua visão, o registro de contratos em base semanal abre caminho para uma futura contabilização e liquidação

financeira também em base semanal, reduzindo os volumes financeiros envolvidos e, conseqüentemente, o risco

de inadimplência.

Contudo, a Câmara se mostrou aberta para receber críticas construtivas sobre a Portaria, destacando que

poderia ser avaliado algum tipo de flexibilização em relação ao registro 100% ex ante de contratos, que onera as

transações de mercado.

A Abraceel também apresentou na reunião as dificuldades dos agentes em relação aos relatórios do CliqCCEE,

que tem demandado excessivo trabalho nos back offices das empresas. A Câmara reconheceu o problema e

informou que está trabalhando intensamente junto à Oracle para a conclusão do módulo de relatórios, que integra

o novo sistema.

Por fim, a associação se comprometeu a preparar um levantamento das dificuldades operacionais e conceituais

da Portaria 455 para o mercado, bem como apresentar propostas para minimizar seus impactos. O Grupo

Técnico deverá se reunir na próxima semana para elaborar o documento, que será discutido pelo Conselho da

Abraceel na reunião do dia 24.05, para envio à CCEE.

Os conselheiros da Abraceel também apresentaram a visão da associação sobre a interpretação da CCEE para

cálculo e aplicação do ÄPLD, que considera a exposição energética negativa dos agentes por semana e patamar.

Conforme destacado, a proposta de regra submetida à AP 030/2013 implica na cobrança do ÄPLD de agentes

que estão 100% contratados no mês, que possuem descasamento entre suas posições horárias ou semanais,

impactando todos os agentes de mercado.

Os geradores e os consumidores possuem peculiaridades em seus perfis de modulação, ficando expostos em

muitas situações em determinada semana ou patamar, porém estando 100% cobertos em contratos para o mês.

Os comercializadores, por sua vez, assumem em diversas situações esse risco para os geradores e

consumidores, sendo extremamente prejudicados pela metodologia.

A Abraceel ressaltou que a Resolução CNPE 03 não faz menção à cobrança do ÄPLD em base semanal. E o

motivo de despacho das usinas termelétricas cujo custo será coberto pelo ÄPLD é por segurança energética e

não para atendimento à ponta do sistema. Além disso, o objetivo da resolução em segregar o ESS_SE foi cobrar

diretamente uma parcela do encargo dos agentes descontratados no mercado e não de agentes que estão 100%

contratados, porém com descasamento entre seus patamares dentro do próprio mês.

A CCEE concordou com os efeitos da regra submetida à AP 030, porém destacou que a aplicação do ÄPLD

considerando as exposições mensais dos agentes demandaria novas alterações em seu sistema de

contabilização, sugerindo à Abraceel que não deixe de apresentar essa contribuição na Regulamentação da

CNPE 03.

08 a 12 de abril de 2013

Foto: Abraceel

(continua na próxima página)

A s s o c i a ç õ e s s e r e ú n e m c o m a C â m a r aAntes da reunião exclusiva com a Abraceel, a CCEE recebeu dirigentes das associações

empresariais do setor elétrico, inclusive a nossa. A CCEE esteve representada pelos

conselheiros Barata, Luciano e Machado, enquanto Reginaldo e Alexandre compareceram

em nome da Abraceel.

Na reunião com as associações foram discutidos os seguintes temas:

White Paper: a CCEE informou que possui uma parceria não onerosa com a EPEX-SPOT e

ECC, respectivamente bolsa de energia e clearing house do mercado europeu de energia. O

“White Paper” desenvolvido pelas três instituições aponta cinco passos para o

desenvolvimento do mercado brasileiro de energia: aprimorar a formação de preços, desenvolvimento do mercado varejista,

monitoramento do mercado, estabelecimento de bolsas de energia e clearing house. Conforme destacou Barata, o objetivo da

CCEE com as propostas do “White “Paper” não é organizacional, mas, sim, que o mercado brasileiro se desenvolva e que os

aprimoramentos sejam incorporados. No dia 24.04, será realizado pela CCEE um workshop internacional com a participação

da EPEX-SPOT e ECC, para aprofundar a discussão das propostas do “White Paper” com os agentes.

Portaria MME 455: a Câmara sinalizou sobre a possibilidade de postergação da aplicação da segunda etapa da Portaria 455

para janeiro de 2014, tendo em vista os impactos operacionais para a CCEE introduzidos pela MPV 579 e a Resolução CNPE

03. A decisão, porém, cabe ao Ministério de Minas e Energia. Em relação à criação do índice de preços do ACL, a CCEE

destacou que seu objetivo não é obter as informações isoladas dos preços dos contratos, mas, sim, permitir a criação de uma

referência de preços para o mercado, o que pode ser realizado com diversas metodologias e não somente com base nos

preços registrados nos contratos.

Cessão de Excedentes: o MME deverá publicar em breve uma portaria com as diretrizes para a cessão de energia pelos

consumidores livres e especiais, conforme determina o art. 25 da Lei 12.783/13. Na avaliação da Câmara, o normativo

atenderia às expectativas do mercado quanto à cessão de energia, inclusive a possibilidade de revenda da energia cedida

pelos consumidores do ACL.

Garantias Financeiras: na avaliação da CCEE, a nova metodologia de garantias financeiras introduzida pela REN 531/13 foi

positiva para o mercado, embora tenha sido aplicada até o momento somente em relação ao mês de janeiro. A liquidação de

janeiro registrou inadimplência de pouco mais de 1%, concentrada em agentes que já se encontravam inadimplentes e estão

em processo de cassação da outorga na Aneel. Quanto aos contratos não validados pela CCEE, Barata ressaltou que as

contrapartes afetadas honraram suas exposições no MCP. A CCEE informou que já encaminhou à Aneel, para aplicação a

partir de janeiro de 2014, a proposta para a segunda etapa da nova metodologia de garantias financeiras, que prevê a

obtenção de um limite operacional junto a uma instituição financeira para operar no mercado de energia. Reginaldo Medeiros

sugeriu à CCEE que a Câmara realizasse um workshop com os agentes e as instituições financeiras para discutir a proposta.

A sugestão foi acatada pelo conselheiro Barata e o seminário deverá ser realizado pela CCEE na primeira quinzena de maio,

devendo englobar também a discussão sobre a criação de um fundo garantidor para a liquidação do MCP.

Republicação do PLD: A CCEE ratificou seu entendimento contrário à republicação do PLD. Conforme decisão da Aneel, os

meses de janeiro a março de 2011 serão recontabilizados pela CCEE, em função da republicação do PLD do período

determinada pelo regulador. A Aneel deverá abrir em breve uma audiência pública para estabelecer um regulamento com as

condições em que poderão ocorrer republicações do PLD no futuro.

AP 18/2013: A CCEE destacou o comprometimento e o posicionamento técnico dos superintendentes da Aneel Frederico

Rodrigues (SEM) e Rui Altieri (SRG), assim como da Procuradoria Federal e de todos os diretores da Aneel no processo da

audiência pública 018/2013. As associações compartilharam a visão da CCEE e também destacaram o importante papel que

a Câmara teve em todo o processo.

RES CNPE 03: As associações setoriais parabenizaram a CCEE pela reunião realizada com os agentes em 1º.04, com a

participação de mais de 300 profissionais, quando a Câmara apresentou sua proposta de alteração nas regras de

comercialização. Não houve discussão, uma vez que o tema já se encontra em audiência pública na Aneel (AP 030), com

prazo de contribuição até 15.04.

(continuação da página anterior)

08 a 12 de abril de 2013

Continua...

Foto: CCEE

- 15.04 – segunda-feira – Prazo para encaminhamento à Aneel de contribuições ao processo de audiência pública

030, que trata da aprovação das regras de comercialização de energia elétrica para atendimento ao disposto na Res.

CNPE 03;

- 16.04 – terça-feira – Daniel Lourenço e Camila Almeida, da Abraceel, participam, durante todo o dia, em São Paulo,

do curso “Visão Geral sobre as Operações da CCEE”, promovido pela Câmara;

- 16.04 – terça-feira – Na reunião semanal da diretoria colegiada, a Aneel examinará, entre outras, as propostas que

tratam da alteração da data de início do ano teste a que alude a resolução normativa que estabelece os procedimentos

comerciais para aplicação das bandeiras tarifárias; do resultado da Audiência Pública nº 27/2013, instituída com vistas

a colher subsídios e informações adicionais para a definição de Curva de Aversão ao Risco quinquenal, em

atendimento à Resolução CNPE nº 03/2013; e do resultado da Audiência Pública nº 49/2012 que teve como objetivo

colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta de ato normativo que estabelece as

condições e procedimentos aplicáveis ao desligamento de agentes integrantes da CCEE;

- 18.04 – quinta-feira – Reunião telefônica do Conselho de Administração da Abraceel, às 17 horas, aberta à

participação das empresas associadas (a pauta será distribuída no dia 15.04);

- 18.04 – quinta-feira – Data para envio de propostas para a chamada pública de venda de energia elétrica organizada

pela associada Trade Energy. Informações através do e-mail [email protected]

Próxima Semana

08 a 12 de abril de 2013

A g ê n c i a r e c e b e t r ê s c o n t r i b u i ç õ e s t é c n i c a sA Abraceel encaminhou à Aneel três contribuições técnicas ao longo da semana. Em 08.04, houve uma sugestão ao

processo de audiência pública 027/2013, que trata da aprovação da Curva de Aversão ao Risco quinquenal para o

atendimento à Resolução do Conselho Nacional de Política Energética nº 3/2013. No dia 10.04, houve uma proposta

à AP nº 020/2013 da Aneel, que tem por objetivo obter subsídios para o aprimoramento da proposta de

regulamentação do Decreto 7.945, de 7 de março de 2013, que dispõe sobre o cálculo dos valores a serem

repassados às concessionárias de distribuição pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ainda no dia

10.04, houve outra contribuição ao processo de consulta pública 003/2013 da Aneel, que estabelece as condições e

os procedimentos aplicáveis a cadastros positivos e restritivos no âmbito do Setor Elétrico.

Em relação à AP 020, o assunto foi objeto de discussão na última reunião presencial do Grupo Técnico da Abraceel,

em 02.04. Na contribuição enviada à Aneel, a Abraceel destacou que o repasse de recursos da CDE às

concessionárias de distribuição destina-se exclusivamente ao atendimento do mercado regulado, vide art. 2º, art.4ª-

A, §5º do Decreto 7.945/13, e não constitui repasse a fundo perdido.

No caso da AP 027, a Abraceel parabenizou a Aneel por ter reconhecido o prazo estipulado pelo CNPE como

inexequível e ter seguido seu rito legal de aprovação de processos que afetam os agentes do setor elétrico com a

realização da presente audiência pública, abrindo espaço para a discussão do tema com os agentes. Na contribuição,

a Abraceel destaca que é fundamental que a resolução a ser publicada pela Aneel com os valores da nova CAR

quinquenal explicite que a CAR5 será aplicada somente a partir da sua aprovação pela Aneel, sem efeitos retroativos

ou qualquer republicação de PLDs já divulgados até a sua aprovação.

Finalmente, em relação à CP 003, a contribuição foi discutida pelo Grupo Técnico da Abraceel, em 02.04, em reunião

presencial que foi realizado na Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo, e teve a participação de 25

profissionais de 20 empresas associadas, além do coordenador técnico Alexandre Lopes. Na proposta, a Abraceel

salientou a preocupação dos agentes de mercado com a possibilidade de participação mandatória no Capel.

Na área restrita da nossa homepage, seção documentos, estão disponíveis aos associados as íntegras das três contribuições encaminhadas à Aneel. Continua...

08 a 12 de abril de 2013

Abraceel continua a defender isonomia para ACL e ACR«Embora a antiga MP 579 tenha se transformado na Lei 12.783, a Abraceel continua insistindo, em todas as

oportunidades que surgem, na estratégia de defender o tratamento isonômico na distribuição das cotas de energia

elétrica para os mercados livre e cativo. Nesta semana, por exemplo, em três situações a associação martelou na

questão das cotas, com iniciativas junto ao Congresso Nacional, CNI e Fiesp. A associação se reuniu, em 10.04, com o

relator da MPV 605, deputado Alexandre Santos (PMDB/RJ). O parlamentar afirmou que

concorda com os pontos levados pela Abraceel que também foram apresentados na Audiência

Pública, ou seja, que o mercado livre fomenta a competitividade e consequentemente, a

eficiência do setor energético e a importância da destinação das cotas para o ACL. O

congressista disse que conversará com o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann,

e levará pessoalmente essa questão da isonomia em relação às cotas na reunião que terá com

o ele no próximo dia 15.04, levando consigo o material preparado pela Abraceel.

O presidente executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros, fez uma apresentação no Conselho

de Infraestrutura (Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, no dia 09.04, na condição de

representante da associação. Ele enfatizou os impactos dos custos das térmicas despachadas por segurança

energética nos mercados livre e cativo.

Na sua intervenção, Reginaldo argumentou que a grande indústria se abastece de energia no mercado livre e vem

sendo discriminada sucessivamente desde a edição da Medida Provisória nº 579, quando houve um critério não

isonômico na alocação das cotas de energia mais barata das usinas depreciadas no mercado cativo. Adicionalmente,

com a edição do Decreto 7.945/13, foram destinados recursos da CDE, cujo fundo é constituído por todos os

consumidores, exclusivamente ao mercado cativo.

Após várias manifestações de outros integrantes do Coinfra, concordando com as ponderações da Abraceel, ficou

acordado que a nossa associação e a Abrace preparariam uma minuta de correspondência propondo à CNI o

encaminhamento da questão ao Palácio do Planalto com o objetivo de retomar a proposta de divisão equitativa das

cotas de energia entre os dois mercados – ACR e ACL.

Nessa correspondência, ficaria bem clara a importância do mercado livre para a indústria brasileira e que todo o

movimento relativo à redução de tarifas e preços teve como pano de fundo o aumento da competitividade da indústria

brasileira e, ao final, o resultado foi um maior benefício ao consumidor cativo. Finalmente, o documento deverá sugerir

uma reunião entre a CNI e o Palácio do Planalto com o objetivo de discutir a importância do mercado livre de energia

para a indústria brasileira.

No dia seguinte à ida de Reginaldo ao Coinfra/CNI, o conselheiro Paulo Cezar Tavares fez uma apresentação no

Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deinfra, do qual é diretor),

mostrando os mesmos argumentos, ou seja, que a Lei 12.783 traz mais benefícios para os consumidores cativos do que

para os livres, embora grande parte do parque industrial brasileiro, principalmente do Estado de São Paulo, tenha os

interesses majoritariamente voltados para o ACL.

Depois do lançamento da MP 579, em setembro de 2012, houve uma intensa mobilização da Abraceel no sentido de

sensibilizar os parlamentares para a inclusão do ACL no programa de renovação das concessões proposto pelo

governo. A associação se reuniu com grande parte dos congressistas integrantes da Comissão Mista responsável por

analisar a MPV, esteve presente na mídia de forma intensa, promoveu diversos debates técnicos em vários setores ---

como a CNI, assessores parlamentares e consultores legislativos --- e também apresentou algumas emendas com o

objetivo de fortalecer o mercado, participando ainda da audiência pública promovida pela Comissão Mista. Ao todo

foram 66 iniciativas diversas da Abraceel, mesmo considerando o curto período de tempo que a matéria foi apreciada.

Mesmo que a isonomia das cotas não tenha sido contemplada na Lei 12.783/2013, a associação não parou de agir na

busca dessa isonomia no tratamento dado à energia das usinas depreciadas. As novas ações foram:

« a inserção da emenda das cotas de nº 35, de autoria do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP), na MPV (continua na próxima página)

Foto: Abraceel

Em 05.04, o site “Canal Energia” disponibilizou a matéria “MCP desacelera para se ajustar a novas regras”,

destacando que o volume de negociações no mercado de curto prazo também caiu devido ao alto preço do PLD

nos primeiros meses do ano. O texto traz comentários feitos por Paulo Toledo, da associada Ecom, conselheiro

Luiz Eduardo Barata, da CCEE, Cristopher Vlavianos, da associada Comerc, Raimundo Batista, da associada

Enecel, e Reginaldo Medeiros, da Abraceel.

Na edição de 09.04, o jornal “Brasil Econômico” publicou o

artigo “Mercado livre de energia além do preço”, assinado

por Reginaldo Medeiros. No texto, o autor assinala que

mesmo com a recente MP 579 o mercado livre de energia

continuará entregando energia elétrica a preço menor para

as empresas que aderirem ao ACL.

“Com as regras limitadoras que existem hoje, calcula-se

que existam 11 mil empresas que possam se candidatar

imediatamente ao Mercado Livre de Energia. Precisam ser

companhias com uma conta de luz em torno de R$ 80 mil

por mês. Como se não bastasse, ainda há uma vantagem

fundamental no ambiente livre em relação ao cativo. A

energia que abastece os clientes especiais é proveniente

de fontes renováveis de energia, como PCHs, usinas eólicas, solar e de biomassa. Uma eletricidade verde que

assegura um desenvolvimento sustentável ao Brasil e ao seu setor produtivo. Se o país quiser apostar mesmo

em mais competitividade, precisa que o espírito dos inconfidentes chegue finalmente aos megawatts: “Libertas

quae sera tamen”, escreveu o presidente executivo da Abraceel. Continua...

08 a 12 de abril de 2013

Abraceel na Mídia

591/2012 -- que garante melhor indenização àquelas concessionárias que não aderiram à proposta do governo, que

ainda está em tramitação no Congresso;

« em uma nova Medida Provisória, de nº 605, que aporta recursos da Conta de Desenvolvimento Energético

temporariamente com objetivo de tornar viável a redução nas tarifas de energia elétrica anunciada pelo governo

federal, a associação apoiou a emenda nº 14, do deputado Vanderlei Siraque (PT/SP). Reginaldo Medeiros participou

da audiência pública promovida Comissão Mista responsável pela análise da MPV, na qual defendeu o fortalecimento

do mercado livre através da inserção da emenda 14 no texto da medida. Posteriormente, houve várias conversas com

os deputados Arnaldo Jardim (PPS/SP), Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP), Bernardo Santana de

Vasconcellos (PR/MG) e outros parlamentares a respeito da importância do tema.

« A associação também atuou na apresentação de emenda à nova MP do setor, a 612/2013, que isenta a cobrança

do PIS/Cofins sobre a indenização recebida pelas elétricas que aderiram à renovação das concessões, através do

deputado Antônio Carlos Mendes Thame. A Medida Provisória ainda aguarda instalação da comissão mista e

designação de Presidente e Relator.

A apresentação feita no Coinfra/CNI está disponível para os associados na área restrita, seção documentos, da homepage da Abraceel.

(continuação da página anterior)

Continua...

té o fechamento deste relatório, 39 empresas Aassociadas à Abraceel aderiram à ação judicial que

será impetrada pelo Escritório André Serrão, em nome da

associação, o que mostra o forte interesse na defesa do

nosso negócio. São elas: Trade Energy, Endesa CIEN,

Brookfield, Energisa, Iguaçu, MPX, Bio Energias, Light

Esco, CPFL Renováveis, Cemig, EDP, Queiroz Galvão,

NC Energia, Safira, Capitale, Diferencial, Ecom, Electra,

CPFL Brasil, Tractebel, Copen, Tradener, Kroma,

Comerc, Nova, BTG Pactual, CMU, Bolt, Duke, Delta,

Seal, Sol Energias, AES, Renova, América, Cargill,

Coenergy, Elektro e Cogeração.

Abraceel recebeu, em 10.04, o sócio consultor da ATR Soluções, Leandro Galvão, para apresentar o

Sistema Interligado de Tarifas. O SIT é baseado em uma

plataforma web de serviços que planeja tarifas e faturas

de energia elétrica, permitindo ao usuário interagir com as

quatro etapas do custo de energia: i) revisão, ii) reajuste,

iii) tarifa e iv) fatura. A plataforma pode ser acessada de

qualquer local com acesso à internet, inclusive de

smartphones e tablets. A empresa nasceu na Incubadora

de Empresas de Base Tecnológica vinculada à

Universidade Federal de Itajubá (Unifei), onde está

atualmente instalada. A solução foi lançada em janeiro

deste ano e, apesar de ter como principais clientes os

grandes consumidores, possui informações que podem

interessar aos comercializadores como, por exemplo, a

projeção do PLD e a possibilidade de criar cenários

customizados com premissas do usuário. Maiores

informações podem ser obtidas no endereço

.

epois de devidamente registrada no Cartório de DRegistro das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal,

está disponível para os associados, na área restrita da

homepage, seção documentos, a ata da Assembleia

Geral Ordinária realizada em 07.03, em São Paulo,

quando foi eleito e empossado o atual Conselho de

Administração.

conselheiro Ricardo Lisboa e o consultor Josué OBuenos Leppos visitaram Abraceel em 09.04,

sendo recebidos pelo presidente executivo Reginaldo

Medeiros e pelo diretor de Relações Institucionais

Maurício Corrêa.

www.trsolucoes.com

Curtas

08 a 12 de abril de 2013

Na oportunidade, foram discutidas questões

relacionadas com a agenda atual do mercado livre.

diretor Edvaldo Alves de Santana, da Aneel, foi Osorteado, em 08.04, para relatar o processo de

estabelecimento de condições e prazos para a

republicação do Preço de Liquidação das Diferenças –

PLD.

eginaldo Medeiros participará, como debatedor, do Rfórum organizado pelo Grupo Canal Energia e

Apine, em 30.04, quando se discutirá a Resolução CNPE

03 e seus impactos nos vários segmentos do mercado de

energia elétrica. Alexandre Lopes também estará no

evento.

a reunião semanal da Comissão de Infraestrutura Ndo Senado foi lido, em 10.04, um requerimento de

autoria do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que

solicita duas audiências públicas para discutir a

Resolução CNPE nº 03. Na primeira etapa, participarão,

além de Reginaldo Medeiros, representantes do ONS, do

Ministério da Fazenda, da Apine, Abrage, analistas

setoriais e advogados. Na segunda audiência irá apenas

o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann.

diretor André Pepitone da Nóbrega, da Aneel, foi Odesignado para substituir o diretor-geral em suas

ausências ou impedimentos, pelo período de um ano,

enquanto o diretor Edvaldo Alves de Santana foi

reconduzido ao cargo de diretor-ouvidor da Anee até

22.12.

laudio Monteiro, ex-BTG Pactual, informas suas Cnovas conexões: CMX Investimentos, Av.

Juscelino Kubitschek, 1700 - 14º andar, Itaim Bibi – São

Paulo - CEP 04543-000, fones (5511) 2368-1010 – (5511)

9 8 5 9 9 - 1 8 0 9 , e - m a i l :

Diretoria-Executiva recebeu, em 12.04, o Apresidente da Abrace, Paulo Pedrosa e os

assessores Camila Schoti e Fernando Umbria. Na pauta,

uma discussão abrangente sobre as recentes alterações

nas regras setoriais promovidas pela Lei 12.783, Decreto

7.945 e Resolução CNPE 03, e seus impactos sobre os

agentes de mercado e consumidores.

[email protected]

Diretoria envia convites para Planejamento EstratégicoEm nome do Conselho de Administração, a Diretoria-Executiva enviou os convites aos representantes das

empresas associadas, em 10.04, para participar da reunião de Planejamento Estratégico, em São Paulo, no

dia 25.04.

A reunião será realizada no auditório da associada BTG Pactual, localizada na Avenida Brigadeiro Faria Lima

nº 3477 - 14º andar (Itaim Bibi). Como ocorreu nos últimos dois exercícios, esta reunião terá também a

participação do consultor Carlos Pessoa.

A programação da reunião é a seguinte:

9 horas - Reginaldo abre a reunião, falando sobre a programação;

9h10m - Oderval dá as boas-vindas aos participantes e explica objetivos da reunião;

9h30m - Reginaldo apresenta resultado da pesquisa sobre a Abraceel realizada em 2012;

9h45m - Coffee-break;

10 horas - Consultor Carlos Pessoa assume a reunião e provoca discussões;

12h30m - Almoço em restaurantes de livre escolha dos participantes, nas imediações do BTG Pactual;

14 horas - Grupos de participantes discutem as prioridades da Abraceel;

15h30m - Coffee-break;

15h45m - Grupos de participantes rediscutem as prioridades da Abraceel e definem as metas a serem

cumpridas pela Diretoria-Executiva;

17 horas - Oderval encerra a reunião.

“O Planejamento Estratégico tem sido uma ferramenta extremamente positiva para a nossa associação,

desde que começou a ser aplicado, pois, ao se imaginar o trabalho futuro da Abraceel, passou-se a atuar de

forma mais objetiva, sincronizando os esforços e trabalhando em função das prioridades. Nossa associação

desenvolveu-se muito nos últimos anos e, com certeza, grande parte desse sucesso deve-se à eficácia do

Planejamento Estratégico. Por isso, precisamos contar com participantes de todas as empresas associadas,

para que a Abraceel possa dimensionar corretamente as metas que serão atribuídas à Diretoria-Executiva”,

disse Reginaldo Medeiros.

No dia 09.04, a Diretoria-Executiva recebeu o consultor Carlos Pessoa para finalizar os aspectos

relacionados com a organização da reunião de Planejamento Estratégico. Na reunião, serão mais uma vez

examinados os pontos fracos e fortes da associação, as ameaças e oportunidades, as fragilidades e as forças

internas. Todos estes aspectos ganham relevância em um momento como este, em que as incompreensões

sobre o mercado livre de energia elétrica avançam nos campos das decisões legais e regulatórias. É

importante, assim, que as empresas participem do evento e se manifestem em relação a todos os cenários

que envolvem a nossa associação, o segmento da comercialização e o mercado livre.

Caso o representante oficial não possa participar, por questão de agenda, a Abraceel sugere que seja indicado um outro especialista da mesma empresa, de modo que o comparecimento daquela associada fique confirmado. O eventual substituto do representante oficial não precisará apresentar procuração para participar da reunião.

O almoço será de responsabilidade de cada participante. No convite, a Diretoria-Executiva fez sugestões de

restaurantes e hotéis nas proximidades da sede do Banco BTG Pactual, na avenida Faria Lima.

Continua...

08 a 12 de abril de 2013

08 a 12 de abril de 2013

A n e e l a p r o v a d a t a s p a r a l i q u i d a ç ã o d o M C P

A diretoria da Aneel aprovou, na reunião da diretoria

realizada em 09.04, o novo cronograma para

processamento da liquidação financeira do Mercado de

Curto Prazo (MCP) referente ao mês de fevereiro de

2013, face a impossibilidade de cumprimento dos

prazos inicialmente dispostos nos Procedimentos de

Comercialização.

A agência acatou a proposta enviada pela CCEE para

que a contabilização dos meses de fevereiro e março

seja processada separadamente e a liquidação destes

meses ocorra em conjunto. O resultado da

contabilização de fevereiro de 2013 foi divulgado no dia

12.04 e o de março será divulgado no dia 29.04,

conforme propôs a CCEE em carta encaminhada à

Aneel.

As operações no âmbito da CCEE retomarão seu

calendário original após a liquidação unificada marcada

para os dias 07 e 08.05.2013. No entendimento da

Superintendência de Estudos do Mercado (SEM), a

liquidação unificada é a mais adequada à situação

presente no sentido de regularizar as atividades no

âmbito da CCEE em especial no que diz respeito ao

cronograma de liquidações.

Procedimentos específicos terão que ser adotados para

realização da liquidação financeira unificada

especificamente no que diz respeito ao aporte de

garantias e no ajuste dos contratos,conforme

estabelecido na Resolução Normativa 531/2012 da

Aneel. Quanto às garantias, somente deverá ser

exigido o aporte do agente que ficar devedor na posição

final das duas contabilizações.

Em relação ao ajuste de contratos exigido pela mesma

resolução, apenas os contratos de março de 2013

devem ser objeto de eventual redução de montante e

somente devem ser ajustados os contratos de

devedores na contabilização deste mês que não

aportaram garantia no montante estabelecido no art. 9º

desta resolução limitado ao saldo devedor do

respectivo mês.

Se o agente possuir posição final credora, esta posição

será usada como garantia financeira da mesma posição

devedora a ser executada na liquidação unificada. Além

disso, a CCEE não deverá efetivar o registro de

contratos de venda dos agentes em processo de

desligamento referentes ao mês de fevereiro de 2013.

De acordo com o Despacho 882/2013, a CCEE deverá

incorporar à contabilização do mês de fevereiro os

valores relativos à atualização monetária devidos na

liquidação de janeiro com base na variação do último

índice já publicado do IGP-M desde a data em que

deveria ter sido realizada a liquidação de janeiro de

2013 até a data da liquidação financeira subsequente.

Segundo o diretor André Pepitone, a medida da CCEE

visa dar celeridade no cronograma de liquidação do

mercado, apesar de aumentar o risco de inadimplência.

Além disso, o diretor-relator do processo, Edvaldo

Santana, pediu que a Câmara discuta com os agentes e

proponha um plano de contingência como alternativa

para adiamentos indesejáveis de determinadas

liquidações financeiras que possam vir a ocorrer no

futuro.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE,

Luiz Eduardo Barata Ferreira, disse que “com a

liquidação unificada, vamos normalizar os prazos dos

processos a partir da liquidação das operações abril,

retomando o calendário estabelecido para este ano”.

BOM FINAL DE SEMANA.BOM FINAL DE SEMANA.