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PUB 9 de janeiro de 2014 N.º 455 ano 12 | 0,60 euros | Semanário Diretor Hermano Martins Servios pœblicos com sanitÆrios fechados Cheias provocaram estragos Atualidade pÆg. 2 Atualidade pÆg. 5 Atualidade pÆg. 3 Pub. Atualidade pÆg. 8 TrŒs feridos em colisªo frontal Empresa tŒxtil suspende vinda para a Trofa Polcia pÆg. 8 Assaltada quando levantava dinheiro no multibanco TrŒs feridos em colisªo frontal Atualidade pÆg. 5 Cheias provocaram estragos

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Edição de 09 de janeiro de 2014

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Page 1: Edição 455

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9 de janeiro de 2014N.º 455 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

DiretorHermano Martins

Serviços públicoscomsanitários fechados

Cheiasprovocaramestragos

Atualidade pág. 2

Atualidade pág. 5

Atualidade pág. 3

Pub.

Atualidade pág. 8

Três feridos emcolisão frontalEmpresa têxtil �suspende� vindaparaaTrofa

Polícia pág. 8

Assaltadaquando levantavadinheironomultibanco

Três feridos emcolisão frontal

Atualidade pág. 5

Cheiasprovocaramestragos

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www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 20142Atualidade

Ficha Técnica

Telefones úteis

Bombeiros Voluntáriosda Trofa

252 400 700GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10

Jornal O Notícias da Trofa252 414 714

Agenda

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade : Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo:Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter Costa Fotografia: A.Costa, Miguel TrofaPereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: [email protected] Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - PublicaçõesPeriódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda AraújoNota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dosseus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades.

Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Farmácias de Serviço

Fátima Silva foi reconduzidacomo presidente da direção daassociação Muro de Abrigo e to-mou posse, juntamente com osoutros órgãos sociais, na noitede terça-feira, 7 de janeiro. A res-ponsável pela coletividade, quetem como valências um Centrode Convívio do Idoso e o Serviçode Apoio Domiciliário, afirmouque “o compromisso” para o pró-ximo triénio “é forte” e exige “oempenho de todos”.

A presidente da Muro de Abri-go afirmou que é importante “teruma visão de futuro” e preparar,desde já, um grupo de pessoasjovens que possam constituir ospróximos órgãos sociais, porque“isto começa a cansar”.

Outro dos desejos de FátimaSilva é ver concretizado “o so-nho” da construção da sede da

Na edição 454 do jornal O Notícias da Trofa, na notícia intitulada“Centro Equestre furtado em mais de 3000 euros”, onde se lê “Asinstalações do Centro Equestre da Trofa” deve ler-se “As antigasinstalações do Centro Equestre da Trofa”. Já na notícia “Irmãoscompatíveis com doente que precisa de transplante de medulaóssea”, é referido que o Instituto Português de Oncologia é doHospital de S. João, do Porto, quando na realidade se tratam deduas entidades distintas.

Através do Decreto-Lein.º100/2007 de 2 de abril, quealterou o Decreto-lei n.º195/99 de8 de junho, ficou estabelecido“um regime aplicável à devoluçãodas cauções, que não tendo sidorestituídas por transferência ban-cária aos consumidores possamainda ser restituídas”.

Face a esta alteração no pro-cesso de restituição de cauçõesdos contratos de fornecimento deserviços públicos essenciais co-mo a água, eletricidade e gás ca-nalizado, o Serviço do CentroMunicipal de Informação ao Con-sumidor, da Câmara Municipal daTrofa, está “ao dispor dos muníci-pes para possíveis esclarecimen-tos sobre esta matéria”, nomea-damente em “questões específi-

É já neste sábado, 11 de janeiro, que a ADAPALNOR – Associa-ção para a Defesa do Ambiente e do Património Litoral Norte – reco-meça os cursos na sua sede, na Rua da Escola, em Mendões, S.Mamede do Coronado. “Como planear e construir um jardim” é otema do primeira curso, que vai decorrer entre as 10 e as 12 horas eas 14.30 e as 17 horas. Para os sócios a participação é gratuita epara o público é de “dez euros”.

O próximo, a decorrer no mesmo horário, mas no dia 18 de janei-ro, é dedicado às “Ervas Milagrosas”. Na sessão serão apresenta-das “50 ervas utilizadas para fins medicinais” e explicado como “de-vem ser preparadas e armazenadas as ervas curativas e qual o po-der de cada uma”. O custo é de “cinco euros para os associados ede 20 euros para o público”. “Venha conhecer as ervas que acalmamos nervos, ajudam a digestão, fortalecem o coração, induzem o par-to, aliviam as enxaquecas, retardam o envelhecimento, protegem dagripe, potencial tratamento da SIDA, contra a insónia, forte laxante emuito mais”, convida a associação. No final será fornecido um cer-tificado a todos os presentes. Para participar deve inscrever-se “até48 horas antes do início dos cursos”, através do e-mail ([email protected]) ou do telemóvel (929 042 420). P.P.

Dia 1110-12 horas e 14.30-17 horas:Curso “Como planear e cons-truir um jardim”, na sede daADAPALNOR, na Rua Escolade Mendões, em S. Mamededo Coronado

21 horas: Ginásio Solidário, nosalão paroquial de Alvarelhos

21.30 horas: Cantares ao Me-nino, na Igreja Matriz de S.Martinho de Bougado

Dia 128 horas: Concentração para aBatida às Raposas, numa pa-daria junto à Rotunda do Pro-fessor e do Conhecimento, emSantiago de Bougado

15 horas: Encontro de Canta-res de Janeiras, no auditório daJunta de Freguesia de Bougado,em Santiago

- Atlético-Trofense

- Bougadense-Custóias FC

- Águas Santas-FC S. Romão

Dia 09Farmácia Trofense

Dia 10Farmácia Barreto

Dia 11Farmácia Nova

Dia 12Farmácia Moreira Padrão

Dia 13Farmácia de Ribeirão

Dia 14Farmácia Trofense

Dia 15Farmácia Barreto

Dia 16Farmácia Nova

Nota de redação

Alteração no processode restituição de cauçõesde serviços públicos

cas”.“Como posso saber se tenho

direito a receber alguma cau-ção? Que dados e documentosdevo apresentar nesse requeri-mento? Qual a forma de fazerchegar este requerimento àDireção-Geral do Consumidor?Até quando se pode pedir a de-volução da caução? E quem temdireito à restituição da caução?”Estas são algumas questõesdas quais poderá obter respostaatravés do Centro Municipal deInformação ao Consumidor daCâmara Municipal da Trofa, situ-ado no Centro Comercial da Vi-nha, loja 13 r/c, através do tele-fone 252 403 690 ou do [email protected].

P.P.

�Como planeareconstruir um jardim�

Órgãos sociaisda Muro de Abrigo tomam posse

associação. “Ainda não perdi aesperança. Pode ser que nestesanos de recuperação económi-

ca, consigamos pôr de pé o nos-so projeto, se não for da formacomo está projetada, que seja de

outra”, sublinhou. O presidenteda Assembleia Geral da associ-ação é Armando Sanches. C.V.

Órgãos sociais tomaram posse na terça-feira

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www.onoticiasdatrofa.pt9 de janeiro de 2014 Atualidade3

Patrícia PereiraHermano Martins

O vento forte e as chuvasque caíram sem parar desdequinta-feira, 2 de janeiro, pro-vocaram o caos na Trofa, comruas cortadas ao trânsito, via-turas submersas e soterradas.

Eram cerca das nove horasde sexta-feira, 3 de janeiro, quan-do um “estrondo” despertou aatenção dos moradores na RuaCancela de Areias, no lugar deSeixinho, em S. Romão do Coro-nado.

Ao espreitar, Augusto Gomesviu dois carros soterrados: o seue o do seu filho, que tinham fica-do estacionados na berma da es-trada. Há 23 anos que o faz enunca tal tinha acontecido. “Ouvio estrondo e viemos cá fora e jáestava em cima dos carros, atépensei que fosse algum camiãoa passar”, contou.

A rua esteve condicionada ecom a chegada da GNR da Trofae da Proteção Civil foi cortada aotrânsito. Segundo Augusto Go-mes, “ninguém se magoou”, fi-cando registados os estragosnos dois automóveis que, depoisde serem retirados dos escom-bros, foram diretamente para umaoficina.

Já pelo concelho foram vári-as as estradas cortadas, cavesalagadas e viaturas submersas,depois de uma noite de muitachuva. A estrada nacional 14, en-tre o Estádio do Trofense e a em-

Cheias provocaram estragos por todo concelhopresa Preh, esteve intransitávelentre as 21.30 horas de 2 de ja-neiro e as 11 horas do dia se-guinte, para desespero de cen-tenas de automobilistas.

Na noite do dia 2 de janeiro,a Rua de Santiago esteve corta-da e uma viatura ficou presa naságuas. Durante a noite, foramtrês as viaturas que os Bombei-ros Voluntários da Trofa tiveramque retirar das ruas inundadas.

Devido às chuvas, o nível daágua do Rio Ave subiu, galgandoas margens e inundando tudo àsua volta. O percurso do Parquedas Azenhas ficou completamen-te inundado e, devido à força daságuas, destruiu algumas zonas.O estaleiro da obra do Parquedas Azenhas não escapou à fú-ria das águas, com as máquinas,camiões e contentores a ficaremdentro de água.

Já na Estrada da CEE, emSantiago, uma viatura ligeira demercadorias ficou parcialmentecoberta pelas águas do Rio Ave,não havendo no entanto feridosa registar. Também a Azenha deBairros ficou parcialmente inun-dada, devido à subida do níveldas águas do Rio Ave.

De acordo com o relato feitoà agência Lusa pelo responsá-vel da Polícia Municipal (PM) daTrofa, Vítor Pinto, a subida docaudal do Rio Ave causou “gran-des estragos” no concelho, des-de estradas fechadas à circula-ção a zonas submersas e intran-sitáveis, tendo sido de “maior pre-ocupação” a situação da zona do

Parque das Azenhas.Sérgio Humberto, presidente

da Câmara da Trofa, adiantouque o Parque das Azenhas estáquase totalmente executado,mas a cheia provocou estragosavultados. “Podemos estar a fa-lar de mais de meio milhão deeuros de prejuízos e a Câmaranão tem possibilidades, todos osanos, perante as cheias, de gas-tar esse dinheiro. Numa instala-ção daquelas, estamos a falar depostes de iluminação e redes devedação danificados, piso que foilevantado e vegetação que desa-pareceu. Quem conhece a Trofasabe que, em situações de cheia,o rio sobe duas a três vezes porano. Temos que ter a consciên-cia que este projeto, que já vemdesde 2007 a ser projetado, tem

deficiências profundas e que de-viam ter sido alteradas há doisou três anos antes de iniciar aobra. Temos que encontrar solu-ções para reformular”, adiantou.

O presidente adiantou aindaque “as cheias na EN14 junto àCâmara são recorrentes e o edi-fício municipal teve a sua caveinundada, o rés do chão com 20centímetros de água e os proces-sos ficaram ensopados”. “Asinundações já vêm do tempo deSanto Tirso, que se taparammadrias de água, bueiros e dei-xou-se construir de forma desen-freada e hoje causa-nos um pro-blema enorme”.

Apesar de haver um projetopara resolver o problema, o mes-mo “é incomportável”, garanteSérgio Humberto, adiantandoque são necessários “dois mi-lhões de euros”. “A Câmara gos-tava de gastar dois milhões deeuros e resolver o problema deforma definitiva, mas é comple-tamente dispendioso e impossí-vel gastarmos esse valor. Temosde arranjar outras soluções finan-ceiras mais viáveis para o con-celho”, adiantou o autarca.

Estradas nacionais cortadasdevido às cheias

Vítor Pinto explicou que o pri-meiro alerta de emergência, de-vido à subida das águas do rio e

à forte precipitação, foi dado às20 horas do dia 2 de janeiro, ten-do, “de imediato” sido encerra-das duas estradas nacionais: aEN14, que só foi reaberta às 12horas do dia 3 de janeiro, e aEN104, que reabriu às 8 horas.“Estas estradas estão a ser vigi-adas e alvo de muita preocupa-ção por parte dos serviços deemergência da Trofa. Devido àmuita chuva, o piso está satura-do e não consegue absorver aságuas”, asseverou.

Durante a noite, a PM da Tro-fa registou cerca de 50 ocorrên-cias, desde pedidos de socorrodevido à entrada de água em ca-sas particulares e unidades fa-bris, ao registo de muitas viatu-ras submersas.

O responsável da PM da Trofaalertou, ainda, para alguma “fal-ta de cuidado” por parte dos mu-nícipes, aconselhando que “cor-tem imediatamente a corrente deluz se a água começar a entrarem casa”. “Mas nem todos o fa-zem, assim como nem todos se-guem as ordens de desvios detrânsito ao ponto de ficarem blo-queados na estrada devido àmuita água”, frisou.

No terreno estiveram váriaspatrulhas da PM, Bombeiros Vo-luntários, Comando de ProteçãoCivil e GNR. Vítor Pinto adiantouque só da PM tem “todo o efetivo,mais de dez agentes, no terreno”.

Estaleiro do Parque das Azenhas não escapou às cheias

Edifício da Câmara Municipal ficou com cave inundada

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Quem circulava pela EstradaNacional 104, na quarta-feira, 8de janeiro, foi apanhado de sur-presa com o corte em parte dotroço da Rua Abade Inácio Pi-mentel, obrigando os automobi-listas a seguir pela Avenida deMosteirô, junto ao Parque DrLima Carneiro.

Este é apenas um dos con-dicionamentos de trânsito nasestradas nacionais 14 e 104, peloperíodo de “90 dias/três meses”,devido às obras de requalificaçãourbana dos Parques Nossa Se-nhora das Dores e Dr. Lima Car-neiro. Este condicionamentodeve-se às obras que vão decor-rer na EN14, (troço - Rua D.Pedro V) e na EN 104, (troço -Rua Abade Inácio Pimentel),complementares à empreitadade requalificação e regeneraçãodos Parques e zona envolvente.

As alterações e os percursosalternativos aconselhados estãodevidamente assinalados no lo-cal.

O presidente da Câmara Mu-nicipal da Trofa, Sérgio Humber-

Ponte que liga o Coronado fechada ao trânsito

Centro da cidadecom trânsito condicionado

to, afirmou ter “a consciência” queesta situação vai causar “algunsconstrangimentos”, salientandoque a autarquia tem tentado“minimizar”, através dos agentesda Polícia Municipal, que vãoprestar “um serviço de informa-ção à população”, e dos técni-cos, que na segunda-feira “esti-

veram a falar com alguns propri-etários de estabelecimentos daRua D. Pedro V”.

Nos próximos tempos, os téc-nicos da autarquia vão fazer “ava-liações periódicas” para saberemse há a necessidade de “alteraralgum desvio”.

P.P.

Polícia Municipal está no terreno a informar condutores

Patrícia PereiraHermano Martins

A ponte que liga as locali-dades de S. Mamede e S. Ro-mão do Coronado, junto à Es-cola Básica e Secundária deS. Romão, está encerradadesde terça-feira, 7 de janei-ro, devido a um deslizamentode terras.

O mau tempo e as fortes chu-vas continuam a afetar o conce-lho da Trofa. Desta vez, na fregue-sia do Coronado, que viu encerra-da a ponte, denominada Traves-sa Costa, que liga as ruas Gondão(S. Mamede) e da Costa (S.Romão), junto à Escola Básica eSecundária da freguesia.

Devido a “um aluimento deterras”, que foram “arrastadaspelo caudal da água”, “o piso” daponte “ameaça ruir”, pondo “emcausa a segurança de quem alitransita”. De forma a “salvaguar-dar as normas de segurança”, aCâmara Municipal da Trofa deci-diu, segundo José Ferreira, pre-sidente da Junta de Freguesia doCoronado, “interromper o trânsi-to”. “A rua foi cortada apenasontem (terça-feira), ainda não hápor parte das pessoas muito con-

fiança do que realmente se estáa passar, mas vai causar imen-so transtorno”, contou, subli-nhando que a estrada vai estarcondicionada “durante algumtempo, se calhar durante algunsmeses”.

O trânsito vai ser “todo cana-lizado” para a Rua Vale do Coro-nado e para a EN318, o que vaicausar “um transtorno muitogrande”, devido à “afluência detrânsito muito grande” e por asestradas “não estarem em bomestado, sobretudo a EN318”.

Segundo José Ferreira, estasituação aconteceu porque,quando foi construída a ponte, a“estrutura metálica”, por ondepassa a linha de água do Rio Ma-moa, já estava “deficitária, comalguma corrosão e com algumestado de degradação”. Para opresidente da Junta esta é umasituação “lamentável”, uma vezque esta é “uma obra nova e todaaquela estrutura podia ter sidomodificada”, algo que na alturaalertou. “Penso que os técnicosda Câmara que acompanharam

a obra deviam ter alertado paraessa situação e hoje teríamosevitado uma situação destas quecausa o transtorno que todos nosconhecemos que é o corte deuma rua com a necessidade e otrânsito que ali se faz sentir ecom a proximidade da C+S”,acrescentou.

A obra vai estar à “responsa-bilidade da Brisa”. Para JoséFerreira, a “estrutura metálica”,que “suporta o peso daquela via-duto”, vai ter que “ser substituí-da” por “uma estrutura de betão”.

O presidente referiu que “infeliz-mente não há prazos” para aobra, “nem foram adiantados ne-nhuns factos”, uma vez que há,“infelizmente, casos idênticos aestes nessas linhas de água”. Oconcessionário está, “juntamen-te com o empreiteiro que fez aobra”, a resolver os casos, sen-do o do Coronado “o último queaconteceu e, por ordem de inter-venção, será o último”. “Esperoque seja o mais breve possível,mas ainda é uma obra com al-guma complexidade e que vaiexigir algum tempo. Certamenteque a rua vai ter que permanecercortada durante o tempo de in-tervenção”, finalizou.

Contactada, a Brisa, conces-sionária da autoestrada número3, fez saber que “o que está emcausa, neste caso concreto, nãoé a passagem superior, a qualnão oferece qualquer risco em ter-mos de segurança, mas sim umapassagem hidráulica”, que ficou“danificada como consequênciadas fortes chuvas que se fizeramsentir nos últimos dias”. Ao finaldo dia de quarta-feira estava adecorrer “uma reunião técnicapara definir a solução a imple-mentar”.

Ponte está cortada ao trânsito por motivos de segurança

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Cátia VelosoHermano Martins

“Por questões de higienee segurança o WC encontra-se encerrado”. Esta é a infor-mação que a Gestecasa colo-cou na porta dos sanitáriospúblicos do Edifício Terraçosdo Infante, justificando com a“falta de pagamento” do con-domínio.

Se precisar de ir ao Centrode Atendimento da Trofa do Cen-tro de Emprego ou tratar de al-gum assunto na empresa muni-cipal Trofáguas, saiba que nãopoderá utilizar as casas de ba-nho públicas do edifício Terraçosdo Infante, em S. Martinho deBougado, onde estão instaladasestas entidades. O WC está fe-chado desde 30 de dezembro,por “questões de higiene e se-gurança, com sanitas entupidase algumas coisas partidas”, afir-mou ao NT José Pereira, daGestecasa, empresa responsá-vel pela gestão do condomínio.

Os funcionários do Centro doEmprego, Trofáguas, Indaqua eASVA (Associação de Silviculto-res do Vale do Ave) têm que sedeslocar a um café próximo parautilizar a casa de banho e há atéquem espere pela hora de almo-ço para ir a casa.

José Pereira referiu que o WC

O processo de instalaçãoda nova empresa têxtil daTrofa estava previsto para “ja-neiro”, mas foi “suspenso”por um período “nunca infe-rior a meio ano”, referiu aoNT responsável jurídico daOpportunity.

“Devido a um conflito judicialentre a empresa e o Estado tuni-sino, teve que se suspender, poralgum tempo, o prazo de insta-lação da empresa em Portugal”.O anúncio foi de Luís Cameirão,representante jurídico da empre-sa Opportunity, em declarações aoNT, na terça-feira, 7 de janeiro.

Segundo Cameirão, a empre-sa “não está a conseguir tirar asmáquinas de lá (Tunísia) e por

Empresa têxtil “suspende”processo de deslocalização para a Trofa

isso ficou decidido, ontem (6 dejaneiro), suspender a instalaçãoda mesma em Portugal por algumtempo, nunca inferior a meio ano”.

Este é um revés no processoque estava previsto ser concluí-do “em janeiro”, de acordo comdeclarações dadas por Luís Ca-meirão há um mês. Nessa altu-ra, já havia “algum atraso” relati-vamente ao agendamento previs-to e pelo mesmo motivo: dificul-dade de “deslocar um conjuntode maquinaria que vem de umadas fábricas da Tunísia”. “Essasmáquinas só foram libertadas hácerca de oito dias e, neste mo-mento, estão em trânsito. A ins-talação só deve ocorrer no mêsde janeiro”, explicou Luís Camei-rão no início de dezembro de 2013.

Para a nova empresa da Trofacontavam-se, na mesma data,“mais de 500 candidaturas” paraa unidade fabril, de capitais fran-ceses, do ramo têxtil para pro-dução de vestuário desportivo. Oadvogado frisou que convencer osinvestidores a instalar-se na Trofa“não foi fácil”, uma vez que es-tes “já tinham algumas localiza-ções predefinidas, noutros con-celhos da zona Norte” e que “pormero acaso” conseguiu encon-trar “instalações compatíveiscom os requisitos indicados”, naRua do Poente, em Santiago deBougado. Esta empresa, acres-centou, ia criar “250 postos detrabalho” aquando a sua instala-ção e “mais 150 ao fim de trêsanos de laboração”.

No entanto, já foram “mais de2500” as candidaturas que che-garam à autarquia, que se pres-tou a colaborar no processo, afir-mou o presidente, Sérgio Hum-berto. Apesar da suspensão, “aempresa não deu diligências pa-ra parar de receber currículos”,acrescentou. “Queríamos que aempresa abrisse em janeiro e es-tamos a dar outros passos paratrazer outras empresas, mas éalgo que eu espero que aconte-ça”, sublinhou.

Esta notícia da suspensão doprocesso surge dias depois deter vindo a público a instalaçãode uma empresa têxtil na fregue-sia de Vilela, no concelho de Pa-redes.

Fonte da Câmara Municipal

de Paredes afirmou ao NT quese trata de uma empresa de ca-pitais estrangeiros que, em par-ceria com uma empresa do con-celho de Paços de Ferreira, pre-tende empregar no imediato “cer-ca de 250 pessoas” e, “a longoprazo 400”, na produção de ves-tuário desportivo para golfe.

A aquisição do imóvel para aunidade industrial isenta de im-posto, a isenção de IMI por cin-co anos e o custo das taxas elicenças devidas ao municípioreduzido a um euro foram os apoi-os indiretos providenciados pelomunicípio de Paredes.

Apesar das semelhanças, LuísCameirão garantiu que “não se tra-ta da mesma empresa que se pre-tende instalar na Trofa”. C.V.

Edifício Terraços do Infantecom sanitários públicos fechados

foi fechado por “não haver formade suportar as despesas de lim-peza e manutenção”, uma vezque “os proprietários das lojas”daquele edifício “não pagam ocondomínio”.

O diferendo já dura desde2010, altura em que a CâmaraMunicipal deixou de pagar o con-domínio, uma vez que, o contra-to de arrendamento não especi-fica quem deve pagar o condo-mínio, “esse encargo era da res-ponsabilidade dos proprietáriosdas lojas”. “Face à ausência depagamento, a Gestacasa inter-pôs um processo contra essesproprietários, penhorando as ren-das que a Câmara lhes pagava eem 2011 recebeu o condomíniode 2010”, acrescentou. No en-tanto, segundo José Pereira, “ain-da faltam pagar os valores de2011, 2012 e 2013”, que totali-zam “cerca de 36 mil euros”.

Apesar do atraso, salvaguar-dou, até ao final do ano “estavagarantida a limpeza das áreascomuns do edifício”, cujo paga-mento estava a ser suportado pe-las restantes frações do edifício.

José Pereira referiu ainda quejá houve ordem de corte deeletricidade e abastecimento deágua, este por parte da Indaqua,que, simultaneamente, “tem opagamento do condomínio dafração da loja que ocupa no edi-fício de 2013 por pagar”.

Ao NT, fonte da Indaqua con-firma a ausência do pagamento,porque “não” lhe “foi enviada qual-quer fatura”, e a suspensão doabastecimento de água “a partirdo dia 14 de janeiro, uma vez queno dia 13 vence o aviso do cor-te”, devido “ao não pagamento dafatura referente a novembro”.

Contactada, fonte da Socitro-fa, proprietária de várias fraçõesautónomas do edifício, fez che-gar ao NT um comunicado no qualrefere que o encerramento do WC“foi feito à revelia” e que “interpe-lada sobre os motivos”, a admi-

nistração do condomínio “recu-sou-se a dar qualquer resposta”.

No mesmo comunicado, aempresa faz saber que não com-preende a “informação” na portadas instalações sanitárias coma menção de que “as mesmasse encontram num estado de sa-lubridade impróprio à sua utiliza-ção”, sublinhando que “na vés-pera do encerramento encontra-vam-se as mesmas limpas, as-seadas e em perfeito estado deconservação”.

“Os diversos contactos, sen-sibilizando para os enormes pre-

juízos que acarreta o encerra-mento das instalações sanitári-as e para urgência na sua rea-bertura, visto que trabalham mu-lheres grávidas e outras pesso-as, que, por diferentes razões,têm necessidades especiais aeste nível, a administração decondomínio recusa-se a proce-der à sua reabertura. Face à iner-cia e desinteresse da adminis-tração do condomínio na resolu-ção deste assunto, a exponente(Socitrofa) viu-se obrigada a par-ticipar esta situação às entida-des competentes”, frisou.

Sérgio Humberto, presidenteda Câmara Municipal da Trofa,afirmou que já foi feito o contac-to “com o proprietário das insta-lações a quem a Câmara paga arenda” e que este, “de forma pro-visória, já providenciou casas debanho perto para as pessoaspoderem utilizar”. O edil referiuainda que “o representante daempresa do condomínio nem umaassembleia fez” e questionou se“é justo estarem a fechar casasde banho de utilização pública porguerrinhas”, garantindo que “aTrofáguas disponibilizou-se a lim-par as casas de banho atravésdos serviços e a fazer essa ma-nutenção”, mas a Gestecasa “nãoaceitou”. “Espero que não hajaqualquer tipo de maldade por parteda empresa que está a gerir ocondomínio”, frisou.

Este é o aviso que está na porta dos sanitários

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www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 20146Atualidade

Cátia [email protected]

As festas de S. Gonçalo,em Covelas, realizam-se nodia 10 e de 17 a 20 de janeiro.Comissão de Festas faz ante-visão de uma das romariasmais concorridas do conce-lho.

É com a esperança de queS. Pedro não pregue uma parti-da que Fernando Rocha está apreparar as festas de S. Gonça-lo, em Covelas, que se realizamno dia 10 e de 17 a 20 de janei-ro. Trata-se de uma das romari-as mais afamadas do concelhoda Trofa, por atrair milhares deromeiros que se deslocam a pé,de bicicleta, a cavalo ou de auto-móvel. Fernando Rocha organi-za as festas pela segunda vezconsecutiva mas, ao contrário doano passado, conta com a aju-da de quatro pessoas para ga-rantir o sucesso das festividades.

Patrícia [email protected]

Grupo “Amigos do BTT”reuniram “cerca de 120 pes-soas” num Passeio Solidáriode Reis, que decorreu na ma-nhã de domingo, 5 de janei-ro.

“Cerca de 120 pessoas” ace-deram ao convite do grupo “Ami-gos do BTT” e participaram noPasseio Solidário de Reis, quetinha como objetivo “angariarbens alimentares a reverter a fa-vor dos Vicentinos de S. Martinhode Bougado”. Foram angariados“mais de 500 alimentos, entremassas, arroz, bolachas, azeitee enlatados”.

O Clube de Caçadores da Trofa vai organizarno dia 12 de janeiro uma batida às raposas, nazona de caça municipal, compreendida entre oslugares de Cedões, em Santiago, e S. Pantaleão,no Muro. O local de concentrações dos caçado-res é numa pastelaria situada junto à Rotundado Professor e do Conhecimento, em Santiago,pelas 8 horas.

As inscrições têm um custo de cinco eurose devem ser feitas no dia e local da concentra-ção. Para participar, os caçadores “devem fa-zer-se acompanhar de todos os documentos exi-

S. Gonçalo “à porta” parauma das romarias mais concorridas

“Por um lado está mais fácil or-ganizá-las, mas por outro estádifícil, porque a crise está maiore não há tantos fundos an-gariados. Em termos de publici-dade, baixou muito em relaçãoao ano passado”, referiu, em de-clarações ao NT.

Além de esperar que a chuvanão desmotive os romeiros – oano passado foi um dos que re-gistou menos afluência devido aotempo -, Fernando Rocha tam-bém espera que o orçamento nãoultrapasse as verbas angariadas.“Menos do que o costume nun-ca podemos gastar, porque pormuito que tentemos baixar, ascoisas estão bastante caras. Ca-da vez é mais difícil economizar”,desabafou.

O programa das festas come-ça esta sexta-feira, 10 de janei-ro, com uma eucaristia em açãode graças a S. Gonçalo. Uma se-mana depois, no dia 17, o espe-táculo de folclore abre as hostespara a romaria, com a atuação

do Rancho das Lavradeiras daTrofa e do Rancho Paroquial deGuifões (Matosinhos).

O dia de sábado (18 de janei-ro) começa com o som estridentedos tambores do AgrupamentoMusical Juventude em Força, pe-las 8.30 horas, que anunciarão asfestas pela freguesia. Seguem-sea eucaristia de ação de graças aS. Gonçalo e a missa vespertina,às 12 e às 18 horas, respetiva-mente, e o espetáculo musical daBanda Impaktus, às 21 horas. Ofogo de artifício, previsto para as23.30 horas, encerra o dia.

No domingo, as festas come-çam com uma eucaristia, às 8horas, e uma hora depois entrano recinto a Banda Marcial deGueifães (Maia). A manhã é ain-da composta por mais duas eu-caristias, às 10 e às 11.30 horas.

Às 14.30 horas, a Fanfarrados Bombeiros Voluntários deMoreira da Maia promete animara romaria até à saída da procis-são, às 15.30 horas.

No dia 20 de janeiro, reali-zam-se uma eucaristia e a pro-cissão de voto ao redor da cape-la de S. Gonçalo, às 9 horas, eum espetáculo musical das Vo-

zes do Tâmega, às 15 horas.Fernando Rocha aproveitou

para “agradecer à freguesia” pelacolaboração “mesmo em temposdifíceis”.

Passeio Solidário angariou “mais de 500 alimentos”

A iniciativa estava divididaentre duas atividades: a cami-nhada e um passeio de BTT.“Cerca de 20 pessoas” participa-

ram na caminhada, que teve umpercurso de “mais ou menos oitoquilómetros”, que passou pela“zona de Paradela, chegando a

um dos pontos mais altos daTrofa o ‘Meco da Guerra’”.

Já o passeio de BTT foi “maisdirecionado pela zona de Finzes,

Cedões e Bairros”, com a orga-nização a “fazer questão de pas-sar em frente a alguns apoiosdeste evento solidário, como, porexemplo, Estádio do ClubeDesportivo Trofense, O Notíciasda Trofa, 3Bike e Tecidos Carri-ços”.

Mesmo com “as adversidadesclimatéricas”, Ricardo Santos,um dos elementos da organiza-ção, afirmou que a iniciativa foi“um sucesso”, tendo a noção que“poderia ter sido melhor se o tem-po tivesse ajudado”. “Mas mes-mo assim tivemos uma grandeadesão”, acrescentou.

Para a primavera, o grupo tem“algumas ideias”, mas que ain-da estão a “estudar em que mol-des” se vão proceder.

Batida às raposas na zona de caça municipalgidos pela lei da Caça”, segundo o clube da Trofa.

Já para o dia 26 de janeiro, o Clube de Caça-dores está a organizar uma caça à perdiz de sal-to, em “grupo de cinco caçadores”. As inscriçõesdevem ser feitas até ao dia 17 de janeiro, na sededo clube, às terças e quintas-feira, pagando uma“caução de 50 por cento”. As taxas, com direito aalmoço pelas 13 horas, são de “20 euros para só-cios do clube”, “35 euros para não sócios masresidentes no concelho”, “40 euros para não sóci-os do clube e residentes fora do concelho” ou de“45 euros para outros” casos. P.P.

Cerca de cem betetistas no Passeio Solidário

Fernando Rocha espera que S. Pedro não pregue uma partida

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www.onoticiasdatrofa.pt9 de janeiro de 2014 Atualidade7

Patrícia PereiraA.Costa

Na Trofa, os cristãos orto-doxos da paróquia de SantaCatarina celebraram, em Diade Reis, o nascimento de Je-sus, com uma celebração naIgreja Matriz de S. Martinhode Bougado.

À primeira estrela a aparecerno céu na noite do dia 6 de ja-neiro, segundo o nosso caléndá-rio, os cristãos ortodoxos reú-nem-se nas suas casas à voltada mesa de jantar, antes de se-guirem para a missa vespertina.Este é, segundo o rito bizantinooriental, o momento que marcao início da véspera de Natal.

A ceia, que encerra o períododa “Pelêpivka” (quaresma de pre-paração ao nascimento do Filhode Deus), conta com uma emen-ta de 12 pratos de peixe, ondenão pode entrar nenhum tipo decarne ou gordura animal, que cor-respondem a cada um do após-tolos de Jesus e às 12 tribos deIsrael, um número que na Bíbliaestá associado ao conceito deplenitude. Nesta noite, o pratoprincipal dos ortodoxos é a“Kutia”, doce à base de trigo co-zido com mel e sementes de pa-poila moída, ingredientes usadosna doçaria oriental. Na ceia nãopode ainda faltar o alho, a cebo-la, o sal e o pão, símbolos de ri-queza e prosperidade na IgrejaOrtodoxa. Já no dia de Natal enos dois dias subsequentes, osalmoços e jantares dos cristãosortodoxos são à base de carne

O dia 5 de janeiro de 2014 ficará imortal para todos os portu-gueses e além fronteiras, pela morte do “Rei Eusébio”, natural deMoçambique, contava 71 anos, casado e pai de duas filhas. Mui-to jovem era já um grande atleta de futebol na sua terra, razãopelo qual o Benfica o contratou em 1960, com 19 anos. Desdelogo mostrou muito talento dando muitas alegrias ao seu clube,como à Seleção de Portugal.

Faço das minhas palavras uma homenagem ao Eusébio, re-cordo que quando veio para Lisboa, eu iniciei o ensino primário edepressa o comecei a admirar pelo alto talento de futebolista, porisso cresci com ele até à sua partida. Não esqueço a década de60 e 70, anos loiros não só para o Benfica, mas também para oF.C. do Porto e Sporting, eram os maiores clubes e deles brilhavaa nossa querida Seleção.

Mas a história do futebol engrandeceu-se com este humildejogador. Eusébio da Silva Ferreira, seu nome completo, foi umfenómeno, um herói que deu sempre grandes alegrias desportivas.Ficou célebre no Mundial de 1966, em que Portugal conquistou ohonroso 3º.lugar pela primeira vez. Ele foi o melhor “artilheiro”comnove golos marcados. Naquela década foi uma aventura única ovalor da Seleção das Quinas, em que todos os jogadores forampositivos.

Hoje Eusébio, “o Pantera Negra” é um mito, um ídolo, o rei, ohomem da Cultura do Futebol, embaixador de Portugal, amigo doamigo, conviveu sempre com pessoas de todas as classes soci-ais. Africano muito irmão dos portugueses, uma mistura de pelefraterna e humana. Humilde, ficou com o povo, pelo amor quepartilhava com os seus jogos, jogou com muita técnica e amor àcamisola, sempre fiel ao Benfica, à Seleção, nunca emigrou. Foia figura mais popular do século XX, muitos jovens e adultos nun-ca o viram jogar, mas conhecem o seu feito em prol do futebol.Apoiou incansavelmente sempre a nossa Seleção, quer em cam-peonatos Mundiais, como Europeus, era a estrela da moral.

Eusébio foi um obreiro antes da globalização, deu a conhecerPortugal pelo seu talento. Contribuiu muito para a lusofonia man-teve sempre o elo entre os países de expressão portuguesa, semesquecer as suas raízes. Ele vai continuar a apoiar a Seleção,vamos sentir sempre a sua moral e força. - Em câmara ardenteuniu todos os clubes em seu redor.

Adeus Eusébio, até sempre. Deixaste muitas saudades e muitagente a chorar no último adeus. O mundo esteve a teus pés pelatua humildade. Que Cristo Rei te abrace para sempre.

Trofa, 06 de janeiro de 2014Firmino Santos

O adeus a Eusébio

Correio do Leitor

Ortodoxoscelebraram o Natal

fumada.Pelas 21.30 horas, dezenas

de cristãos ortodoxos reuniram-se na Igreja Matriz de S. Marti-nho de Bougado, para a DivinaLiturgia (ou missa), onde celebra-ram o nascimento do Menino Je-sus.

Antes da cerimónia litúrgica,que corresponde à Missa do Galocatólica, os ortodoxos cumpri-mentaram-se dizendo que “Jesusvai nascer”. A celebração foi mar-cada por muitas canções natali-nas, onde todos cantam e saú-dam-se com a saudação típicapara a festa do Natal: XrestósRodêvcia – Slavimo Iohó (Cristonasceu – Glorifiquemo-lo). No fi-nal, quando o sacerdote se des-pede profere o cumprimento “Je-sus Nasceu”, que é usado pelosortodoxos durante os três diasde festa. Durante a cerimónia, tan-to o pão (sem fermento e sal) comoo vinho, utilizados durante a Con-sagração, são, previamente, cozi-dos/fervidos pelo sacerdote.

No dia em que os cristãoscatólicos celebraram os Reis, osortodoxos comemoraram o nas-cimento do Menino Jesus. A ex-plicação do porquê de os orto-doxos só agora celebrarem oNatal é simples. É que a IgrejaOrtodoxa nunca aceitou a refor-ma do calendário, feita em 1582pelo papa Gregório XIII, continu-ando a utilizar o calendário julia-no, criado por Júlio César (em 45antes de Cristo), que tem mais13 dias do que o calendário gre-goriano, adotado pelos católicosapostólicos romanos. Isto signi-fica que o dia 25 de dezembro

do calendário pelo qual se gui-am os cristãos ortodoxos corres-ponde ao dia 7 de janeiro do ca-lendário pelo qual se guiam oscatólicos apostólicos romanos.Apesar de serem fiéis ao mes-mo Deus, católicos e ortodoxosdistinguem-se pelas cerimóniase ritos litúrgicos. Esta é uma en-tre várias diferenças.

Em declarações à agênciaLusa, o sacerdote ortodoxo Ale-xandre Bonito explicou ainda quenesta noite não há o hábito deoferta de presentes nem a “figu-ra” do “Pai Natal”, como aconte-ce no Natal dos católicos. A tro-ca de presentes também existe,mas no dia 4 de dezembro, diade S. Nicolau, um santo popularentre os cristãos e conhecidopela sua generosidade.

Segundo Alexandre Bonito,para os ortodoxos mais impor-tante do que o Natal é a Pás-coa, que este ano se celebra exa-tamente na mesma data em queos católicos romanos a feste-jam.

Reza a história, que católicose ortodoxos fizeram parte damesma Igreja, tendo se separa-do definitivamente em 1054.Além de calendários diferentes,os ortodoxos não reconhecem aautoridade do papa e apenasadmitem nas igrejas pinturas desantos. Um sacerdote pode sercasado.

Contudo Alexandre Bonito re-feriu que há uma aproximaçãoentre as duas Igrejas, admitindoque “com este papa penso queo avanço ainda vai ser mais visí-vel”.

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www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 20148Atualidade

Cátia [email protected]

Uma colisão frontal entre dois au-tomóveis provocou três feridos econdicionou a Estrada Nacional 14.

Três pessoas ficaram feridas na se-quência de um acidente que ocorreu naEstrada Nacional 14, em Lantemil, locali-dade de Santiago de Bougado. A colisãodeu-se perto das oito da manhã de terça-feira, 7 de janeiro, e condicionou o trânsi-to nesta via, que esteve totalmente corta-da à circulação automóvel durante umahora.

Da colisão frontal resultaram três feri-dos, um de 24 anos que conduzia um SeatIbiza, que circulava no sentido Maia-Trofa.O passageiro, de 35 anos, também ficouferido. Ambos apresentavam queixas nacoluna cervical e foram transportados paraa unidade de Famalicão do Centro Hospi-talar do Médio Ave.

O condutor da outra viatura, de 70anos, apresentava queixas nos membrosinferiores e ferimentos na face e boca efoi transportado para o Hospital de S. João,

Acidente na EN 14 em Lantemil

Colisão frontal provoca três feridos

no Porto.Devido à violência do embate, os con-

dutores tiveram que ser desencarceradosdos automóveis. Não foi possível apuraras causas da colisão.

No local estiveram sete elementos dos

Uma mulher de 57 anos de idade e residente na Rua Infante D. Henrique foiassaltada na segunda-feira, dia 6 de janeiro, às 18 horas, quando estava a levantardinheiro da caixa multibanco, instalada no Edifício Terraços do Infante, junto àTrofáguas.

A vítima tinha acabado de levantar 800 euros da caixa multibanco quando foiabordada por um homem, português, de capacete na cabeça que empurrou a mu-lher e roubou-lhe o dinheiro. O homem fugiu num motociclo onde o esperava umoutro, em direcção a Vila do Conde.

O facto de o local ser recatado e de pouca visibilidade e de ter já caído a noitequando se deu o furto contribuiu para que ninguém tivesse dado conta do roubo.

Um homem de 53 anos de idade foidetido pela GNR por conduzir sem ha-bilitação. O indivíduo, morador em S.Martinho de Bougado, foi mandado pa-rar pelos militares às 9.30 horas do dia3 de janeiro e além de não ter habilita-ção legal para condução, tinha a viatu-ra apreendida por circular sem seguro.

Já no dia 5 de janeiro um outro indi-víduo de 50 anos de idade, conduziauma viatura ligeira de mercadorias e es-teve envolvido num acidente de viaçãocom um motociclo em Alvarelhos. Cha-mados ao local os militares verificaramque o indivíduo estava alcoolizado, ten-do-lhe sido detetada uma taxa de 2,25gramas de álcool por litro de sangue. Ohomem conduzia um veículo sem se-

Um homem apresentou queixa no posto da Guarda Nacional Republicana daTrofa por furto de uma viatura de marca Opel Astra. O furto terá ocorrido entre as 21horas do dia 5 de janeiro e as 7 horas da manhã de dia 6. A carrinha estavaestacionada na rua da Escola C+S de S. Romão do Coronado e tinha no seuinterior peças de roupa no valor de cerca de 1500 euros, bem como uma tenda defeira utilizada pelo proprietário para exercer a sua atividade.

Já entre os dias 4 e 5 de janeiro tinha sido furtada outra viatura da Rua SacaduraCabral. H.M.

Bombeiros Voluntários da Trofa, com qua-tro viaturas, a ambulância do INEM daMaia, com dois tripulantes, e a de Supor-te Imediato de Vida da Unidade de SantoTirso do Centro Hospitalar do Médio Ave,com dois tripulantes.

Ao fim de uma hora um dos sentidosda estrada foi reposto ao trânsito, que foiorientado pela Polícia Municipal. A Briga-da de Trânsito do Porto também esteveno local.

Colisão frontal condicionou EN 14

Mulherassaltadaao levantardinheironomultibanco

Duas viaturas furtadas

Condutores apanhadossem licença para conduzir

guro e sem inspeção, não tinha docu-mentos e, da consulta ao sistema, aguarda constatou que também não ti-nha carta de condução. Foi notificadoa comparecer em tribunal.

No dia 6 de janeiro, às 9 horas, umhomem morador na Rua de Celões, emSantiago de Bougado, foi apanhado pelaGNR num ação de fiscalização a con-duzir uma viatura que estava apreendi-da por falta de seguro.

O condutor, com 50 anos, tambémnão era detentor de carta de conduçãoválida, pois tinha caducado à cerca dedois anos. O homem foi presente a Tri-bunal.

H.M.

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Cátia [email protected]

O “cumprimento de umdever imposto por lei ou porordem legítima de autorida-de” motivou o arquivamentoda queixa da presidente daJuventude Social Democratacontra a Polícia Municipal daTrofa, pela retirada de carta-zes alusivos ao mau estadodas estradas.

A Procuradoria da Repúblicade Santo Tirso arquivou a queixade Sofia Matos, presidente daJuventude Social Democrata,contra a Polícia Municipal (PM)da Trofa pela retirada de 19 car-tazes colocados nalgumas viasdo concelho alusivas ao mauestado do piso, no dia 27 de abrilde 2013. A procuradora-adjuntarefere, no despacho de arquiva-mento, a que o NT teve acesso,que “a tipologia dos cartazes ésuscetível de ser confundida comsinais de trânsito, conforme seconstata pela visualização dasfotografias” e que a ação da Po-lícia Municipal é legal, pois “nãoé ilícito o facto praticado no cum-primento de um dever imposto porlei ou por ordem legítima de au-toridade”.

Queixa da JSD contraPolícia Municipal arquivada

Os dois agentes da PolíciaMunicipal confirmaram a retira-da de 19 cartazes – que foramlevantados por um elemento daJSD no dia 21 de maio de 2013– alegando que estavam em con-travenção com o disposto no nº3 do artigo 5.º do Código da Es-trada, que sustenta que “nãopodem ser colocados nas viaspúblicas ou nas suas proximida-des quadros, painéis, anúncios,cartazes” que possam “confun-dir-se com os sinais de trânsitoou prejudicar a sua visibilidadeou reconhecimento”, “prejudicara visibilidade”, “perturbar a aten-ção do condutor” ou “comprome-ter a segurança de peões nospasseios”.

A juventude partidária comu-nicou que foram retirados entre30 a 40 cartazes, mas segundoo despacho de arquivamento nãose colheram “indícios” de “quemsubtraiu” os restantes, uma vezque “não se vislumbra razões”para os agentes “faltarem à ver-dade, já que, se efetivamente ti-vessem retirado todos os carta-zes, poderiam sempre invocarque os mesmos estavam em vi-olação do disposto na referidanorma, o que seria credível, faceàs fotografias”.

Sérgio Inverneiro, à data co-

mandante da PM da Trofa, emdeclarações ao NT, considerouo arquivamento “a decisão natu-ral num processo em que só seesperava este desfecho”, pois asplacas colocadas pela JSD“eram facilmente confundidas

com sinais de trânsito”, inclusi-ve algumas postas “perto de pas-sadeiras de atravessamento depeões”. “Foram retiradas aque-las que constituíram perigo paraquem circula na via pública, nasvias principais, e houve outras

que também podiam, mas comoa infração não era tão grave, nãoforam retiradas”, frisou.

Por sua vez, Sofia Matos adi-antou ao NT que o processo cul-minou, porque decidiu “não avan-çar com a queixa-crime contra aPolícia Municipal”. “Entendo ago-ra que se trata tão só de umaquerela política e não jurídica,tanto assim é que o povo da Trofajá deu a sua resposta, reprovan-do a sua gestão nas urnas”. ParaSofia Matos “é mais importantea vitória do PSD na Trofa do queoutra vitória que pudesse conse-guir nos tribunais”, no entanto“conseguiu-se provar que a Polí-cia Municipal retirou 19 cartazes,a mando da presidente da Câ-mara, que o confirmou emAssembleia Municipal, e que fo-ram colocados 40 cartazes”. Apresidente da JSD salientou queo objetivo dos cartazes era “cha-mar a atenção para o problemados buracos e das acessibilida-des” e fazer deste um tema dacampanha eleitoral. “Estou con-tente, porque depois de tudo oque se passou conseguiu-se fa-zer alguma coisa por isso, por-que, neste mandato, o executi-vo já tapou mais de 300 buracosnas estradas nacionais e muni-cipais da Trofa”, sustentou.

Militares da Guarda NacionalRepublicana da Trofa foramalertados por populares para apresença na Rua 16 de Maio, nalocalidade de Santiago deBougado, de uma carrinha sus-peita.

Ao chegar ao local, os milita-res intercetaram a viatura e numa

Desconhecidos arrombarama janela de uma casa na Aveni-da de S. Gens, no Muro, no dia3 de janeiro, e furtaram váriasjoias em ouro. Foram furtadas

Roubaram objetosem ouro

três pulseiras, dois fios, doisanéis e um par de brincos avali-ados em cerca de 2500 euros.Foi ainda furtada uma pistola decalibre 6.35 milímetros. H.M.

GNR apreende carrinhaenvolvida em furto

vistoria foi encontrado diversomaterial metálico, mas o condu-tor da viatura garantiu que o re-colheu de um terreno baldio. Sus-peitando desta versão, os milita-res dirigiram-se a uma empresa,que está sediada na Rua 16 deMaio, e constataram que o ma-terial tinha sido furtado.

A GNR apreendeu a viatura eo material que foi mais tarde res-tituído ao proprietário da empre-sa. O condutor da carrinha demarca Ford Transit foi constituí-do arguido e ficou com termo deidentidade e residência.

H.M.

Uma mulher de 43 anos deidade e um homem de 50 anosforam apanhados em flagrante afurtar objetos de metal no interi-or das instalações da Ráfia. Oalerta às autoridades terá sido

Homem e mulher detidosem flagrante a furtar metais

dado por populares, que se aper-ceberam da presença de desco-nhecidos no interior das instala-ções e, ao chegarem ao local,os militares da Guarda NacionalRepublicana da Trofa apanharam

homem e mulher em flagrante afurtar estantes e armações emferro.

Foram notificados a compa-recer em Tribunal.

H.M.

Placas foram colocadas por várias estradas do concelho

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Auditório do edifício sede da Jun-ta de Freguesia do Coronado, em S.Romão, foi pequeno para acolher asvárias dezenas de pessoas que assis-tiram à sessão de lançamento do pri-meiro livro de Emanuel António Dias.

“Aproveita cada minuto, porque o tem-po não volta. O que volta é a vontade devoltar no tempo... Hoje parei para pensar,parei para perceber se tenho feito tudocomo quero, parei para saber se o quetenho seguido é aquilo que ambiciono,mas penso e volto a pensar e não consi-go encontrar uma resposta definida, ape-nas respostas que me levam a mais per-guntas. Será que a vida é assim mesmo?Cheia de perguntas, mas com poucas res-postas ou quase nenhumas? E o que nosleva a fazer? Aí voltamos a refletir e a pen-sar e a pensar”. Este é um pequeno excer-to de uma das muitas reflexões que fa-

Reflexões de Emanuel Dias em livrozem parte do livro “Porque nem tudo fazsentido...” do jovem autor Emanuel An-tónio Dias, morador em S. Romão do Co-ronado.

A sessão de lançamento, que se reali-zou no domingo, 5 de janeiro, começoucom um minuto de silêncio em homena-gem a Eusébio, que faleceu na madruga-da desse dia. Seguiu-se uma recitaçãode um excerto de dois textos e interven-ções de amigos do autor, que o deram aconhecer.

A obra “Porque nem tudo faz senti-do...”, editada pela Chiado Editora, foibaseada no blogue (porquenemtudofazsentido.blogspot.com) de Emanuel Antó-nio Dias, onde faz “reflexões e testemu-nhos pessoais sobre diversos temas”. “Es-te é o livro onde se levantam diversasquestões sobre muitas coisas que aconte-cem na vida, para as quais, muitas ve-zes, não encontramos resposta. Para de-

monstrar isso, decidi escrever os meustestemunhos e reflexões pessoais paradar a ver ao Mundo que às vezes nemsempre tudo tem que ter uma razão, quenem sempre tudo tem que fazer sentido.E ao mesmo tempo mostrar que cada umde nós tem uma história que deve serpartilhada para que no final todos possa-mos melhorar cada vez mais este peque-no sítio que habitamos”, contou.

O jovem, de 19 anos, começou a es-crever um blogue depois de ter visitado,“por curiosidade”, o da amiga Inês Bar-ros, descobrindo que esta estava a pas-sar por “momentos difíceis”, pois “tinhasido atropelada e não conseguia andar”.“Naquele momento aquilo tocou-me, por-que só vivia para o futebol, eu só queriacorrer atrás de uma bola, fazer golos ejogar, não pensava em mais nada, mas

naquele momento eu parei e pensei ‘e sefosse comigo, e se eu não conseguissecorrer, o que é que eu fazia, não podiajogar’”, declarou, referindo que após “trêsmeses” parou de escrever, retomando aescrita “uns meses depois”, quando so-fre “uma grande lesão no joelho direito,rotura completa do ligamento cruzadoanterior”.

Foi ai que começou a escrever “váriostextos, várias reflexões e testemunhos”,que se tornaram agora “nesta pequenaobra”. Depois de “vários incentivos deamigos, familiares e até alguns conheci-dos que acompanhavam o blogue”,Emanuel António Dias decidiu “aventurar-se e apresentar os temas a várias edito-ras”. “Muitas ignoraram, outras responde-ram e uma ofereceu logo um contrato”,que o autor “não hesitou” conseguindoassim “concretizar este sonho”. “Reflexi-vo, calmo, mas também intempestivo estelivro leva-nos a refletir e a perceber quehá muitas coisas importantes na nossavida. Iremos perceber com ele que há di-versos aspetos aos quais não damos odevido valor, mas que ainda estamos atempo de valorizar”, sublinhou. Este diafoi para Emanuel António Dias “uma gran-de emoção”, pois “não estava à esperade tanta gente”, ficando “contente porsaber que tudo” o que escreve e transmi-te é “bem recebido por todas as pesso-as”.

Mesmo com o livro disponível em “to-das as livrarias”, o romanense asseverouque o blogue “está apto para todos os lei-tores” e com “novos textos”, onde conti-nuará a ter os seus “testemunhos e refle-xões sobre vários temas”. P.P.

Emanuel Dias sentiu “grande emoção”

Plateia repleta na sessão de lançamento do livro

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Patrícia [email protected]

Os Meninos Cantores doMunicípio da Trofa deliciaramtodos os presentes no Paláciode Belém, com a apresenta-ção da Cantata de Natal –Adoro Dezembro.

A contrastar com o frio e achuva que se fazia sentir no ex-terior, na Sala das Bicas do Pa-lácio de Belém, em Lisboa, oambiente era aconchegante e demuita alegria. Depois de dezem-bro, os Meninos Cantores doMunicípio da Trofa (MCMT) re-gressaram a Lisboa no sábado,4 de janeiro, para um novo con-certo, ao final da tarde, que es-tava integrado na programaçãodos concertos de Natal da inici-ativa “Noites de Luz”, do Museuda Presidência da República em

Palácio de Belém foi palco dos Meninos Cantores

parceria com os CTT Correios dePortugal.

Os Meninos Cantores apre-

sentaram a sua mais recenteobra “Cantata de Natal – AdoroDezembro”, com texto e música

de Mário Alves, autor que venceuo Concurso Lusófono da Trofa -Prémio Matilde Rosa Araújo,com o conto Amílcar, Conserta-dor de Búzios Calados em 2010.

Para a maestrina do coro in-fantil, Antónia Serra, o concertocorreu “muito bem” e foi “umadelícia”, tendo sido “super bemrecebidos” e com “muito carinho”.“De todos os espetáculos que fi-zemos da ‘Cantata de Natal Ado-ro Dezembro’ acho que este foio mais bonito, o ambiente tam-bém se proporcionava”, referiu,contando que, desta vez, apre-sentaram “uma versão comple-tamente diferente”, que foi “en-cenada” e “muito divertida”.

Já os meninos estavam “bemdispostos”, apesar da “viagemlonga e com muita chuva”.

Agora, o coro infantil vai ver“um reportório novo e por algu-mas em ordem”, retomando em

março os concertos. Os MCMTtêm um projeto que está no “se-gredo dos deuses”, uma vez queainda está “muito no início”.Antónia Serra espera que estese concretize e que seja “o cul-minar deste ano de trabalho”.

Este concerto dos MeninosCantores estava inserido na “Noi-tes de Luz”, que decorreu de 14de dezembro de 2013 a 5 de ja-neiro. Durante estes dias, erapossível ver o Palácio de Belémenvolto num cenário mágico enatalício, com “uma instalaçãoluminosa da autoria do coletivode Arquitetos LIKEarchitects, emque um conjunto de arcos ilumi-nados de vermelho contrastamcom o verde dos jardins”. O valordo bilhete (1,50 euros) reverteu“a favor da Residência de Velhi-nhos das Irmãzinhas dos Po-bres”.

Meninos Cantores apresentaram uma versão diferente da cantata

Patrícia [email protected]

Grupo Danças e Cantaresde Santiago de Bougado or-ganizou na noite de sábado,dia 4 de janeiro, um Encontrode Cantares de Reis.

Munidos de lumieiras, os gru-pos vindos das terras de Coim-bra, Maia e Matosinhos passa-ram por casa de uma família, on-de encontravam avós e netos. Nacozinha, com a lareira acesa, osgrupos cantaram aos reis e dese-jaram um bom ano novo, tendo-lhes sido ofertado pela família umachouriça e um copo de “xarope”.

Foi assim, num ambiente des-contraído e com humor à mistu-ra, que decorreu o 8º Encontrode Cantares de Reis do GrupoDanças e Cantares de Santiagode Bougado, no auditório da Jun-ta de Freguesia de Bougado, em

Cantares de Reis apresentou tradições em SantiagoSantiago, por onde passaram,além do grupo da casa, o GrupoFolclórico da Casa do Pessoalda Universidade de Coimbra, oRancho Típico da Amorosa (Ma-tosinhos) e o Grupo Regional deMoreira da Maia.

Para a presidente do Grupo,Manuela Moreira, o Encontrocorreu “muitíssimo bem, desdea chegada dos grupos, que fo-ram extremamente simpáticos”,perspetivando-se “uma boa noi-te”. “Apesar do frio, da chuva eda intempérie, estavam todospresentes, bem dispostos e gos-taram da maneira como foram re-cebidos e de conhecerem a nos-sa sede. O Grupo Folclórico daCasa do Pessoal da Universida-de de Coimbra gostou imenso devir ao norte e também de quan-do lá fomos, porque é uma tradi-ção diferente”, afirmou.

A realização deste encontrotem como objetivo “trazer outras

tradições” ao concelho. No entan-to, Manuela Moreira “pondera” asua realização no próximo ano,uma vez que esta iniciativa acar-reta “muitas despesas” e “as aju-das são poucas”. “Nós gostamosde receber bem os nossos con-vidados. É todo um conjunto dedespesas que para o ano é umcaso a pensar”, explicou.

Esta “contenção de custos”também influenciou a escolhados grupos a participar neste en-contro, havendo “só um que te-nha sido mais retirado” e os “ou-tros dois são daqui de perto”. “Éuma maneira de depois ao retri-buir não termos viagens muito lon-gas, porque os transportes tam-bém ficam muito caros”, salientou.

A presidente “agradeceu” àJunta de Freguesia de Bougadopela “cedência” do auditório, as-sim como à comunidade em ge-ral, por os ter recebido durante oporta a porta, que está a decor-rer desde o início de dezembro,para dar as boas festas. No ba-lanço do porta a porta, ManuelMoreira referiu que a adesão “nãoé como nos anos anteriores” eque tem “reduzido”, mas “para acrise que estamos até tem corri-do razoavelmente bem”. “Algunsnão abrem a porta, a gente vêque estão em casa, mas nota-se hoje que as pessoas estãomuito controladas. Este ano es-tamos bastante atrasados devi-do ao mau tempo, só temos me-

Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado desejou bom ano

tade da freguesia feita, e nosanos anteriores por esta altura,a meio da freguesia, já temos umvalor um bocadinho mais eleva-do do que este ano”, exemplifi-cou, agradecendo à comunidade,pois, “dentro dos possíveis e den-tro da crise”, têm sido “genero-sos”, tendo a “consciência que avida não está fácil para ninguém”.

Nos próximos tempos, o Dan-ças e Cantares de Santiago tem“várias saídas agendadas”, talcomo o festival para setembro,nas Festas de S. Gens, e quer“continuar com uma atividade quegostamos sempre de fazer, queengloba um quadro agrícola ouetnográfico”.

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www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 201414Cultura

Patrícia [email protected]

Após sete anos nas insta-lações da Junta de Fregue-sia de S. Martinho de Bouga-do, a Escola Passos de Dançaabriu portas no sábado, 4 dejaneiro, num pavilhão na RuaAlfredo Costa Peniche, em S.Martinho.

“Que o medo da queda nãoseja maior que a vontade devoar”. Esta frase acompanhadapor marcas das mãos dos alu-nos, devidamente identificadas,figuram numa das paredes dasnovas instalações da EscolaPassos de Dança. Desde o dia 4de janeiro, dia da inauguração, aEscola, que conta com “150 alu-nos”, passa a funcionar na RuaAlfredo Costa Peniche, número121, em S. Martinho de Bougado.

Foi através de um convívio,que a professora responsável pelaEscola, Márcia Ferreira, convi-dou os familiares dos alunos a“conhecer o espaço”, assim co-mo para se “divertirem um boca-dinho” e estarem “em família”,uma vez que a Escola Passosde Dança “tem e sempre teve es-pírito de família”.

Um dos momentos altos foi odescerrar da placa inaugurativapela examinadora VanessaHooper, por ser “uma das pesso-as responsáveis pela progressão”

Cátia [email protected]

Bailarinas e professorasda escola Passos de Dançaforam avaliadas pela exami-nadora representante da As-sociação Internacional deProfessores de Dança.

Vanessa Hooper regressou àTrofa para avaliar, mais uma vez,as alunas da Passos de Dança.Desde a última vez que a repre-sentante da Associação Interna-cional de Professores de Dança(IDTA - International DanceTeachers Association) veio, mui-ta coisa mudou na escola deballet, principalmente ao níveldas instalações, que agora con-ta com um espaço bem maiorque a sala da Junta de Fregue-sia de Bougado. “A escola temcrescido muito. Eu vim cá há doisanos e posso ver que a melhoria

Escola Passos de Dança tem novas instalações

da Escola, fazendo “todo o senti-do” para Márcia Ferreira que esti-vesse presente na inauguração.

Segundo a professora, a mu-dança de instalações, antes es-tava no edifício sede da Junta deFreguesia de Bougado, em S.Martinho, esteve relacionadacom “dois fatores primordiais”: a“falta de espaço físico que a Jun-ta já tinha e a impossibilidade porparte do executivo de poder forne-cer espaço maior”. O outro moti-vo foi a “dimensão que o projetotomou”, pois o que começou porser “pequenino” tornou-se “mui-to grande”. “Realmente já não ca-

bia nas instalações da Junta deFreguesia e como não havia for-ma desse alargamento das ins-talações, estava a tornar-seincomportável que continuásse-mos nas instalações da Junta”,contou, afirmando que lhe pare-ceu “melhor” mudar de instala-ções para que o projeto pudes-se “progredir nos moldes quesempre teve”.

Com a saída da Junta de Fre-guesia de Bougado, a EscolaPassos de Dança ficou “indepen-dente”, mantendo apenas “umarelação de grande cumplicidadee amizade com as funcionárias,

porque foram sete anos a traba-lhar em conjunto”. Contudo, Már-cia Ferreira declarou que está“disponível para trabalhar com aJunta sempre que eles requisi-tarem”.

Com as novas instalações, aEscola dispõe de um espaço“bastante mais amplo” e “acimade tudo adequado às nossas ne-cessidades, não só as de mo-mento, mas também de um es-paço que poderá progredir duran-te muitos anos”. O espaço dis-põe de “duas salas muito gran-des e uma terceira sala que nãoestá fechada mas poderá ser fe-

Alunas e professoras avaliadasfoi grande”, afirmou antes de fa-lar da performance das bailari-nas, que “estavam lindas e tra-balharam muito bem”. “Tecnica-mente, elas têm muito trabalhopara fazer, por cada bailarino temtrabalho a fazer durante toda avida. A Márcia faz um trabalhomuito bom com elas”, sublinhou.

No domingo, as crianças ti-veram exame com VanessaHooper e na terça-feira foi a vezde Mafalda Diogo cumprir o exa-me semiprofissional de “Avança-do 1”.

Esta bailarina não se ficou poraqui e também fez o exame paraprofessora, assim como AnaLuísa Oliveira. “No caso daMafalda, trata-se do segundoexame, de um total de três, quelhe dá a habilitação de lecionar,embora não tenha o certificadooficial, que lhe será dado no últi-mo. Já a Ana Luísa vai fazer oúltimo exame”, explicou Márcia

Ferreira. Também a professora foialvo de avaliação, para progres-são de carreira.

Estes exames, acrescentou,

“servem não só ao nível do co-nhecimento técnico dos profes-sores e de melhoria da partecurricular, mas também são ne-

cessários para as professorasque, no futuro, quiserem fazer deexaminadoras”.

Exames decorreram num ambiente descontraído

chada mais tarde”.Estas instalações surgiram

“muito por acaso”, através deuma referência de uma pessoa,quando “andava à procura”. Már-cia Ferreira ficou “maravilhada”com o espaço, por ser “aberto aqualquer coisa que pudesse ide-alizar na cabeça”.

Com o novo espaço, a Esco-la Passos de Dança passa acontar com “novas modalidades”,que durante “duas semanas” te-rão “aulas abertas e gratuitas pa-ra que todos possam experimen-tar”. A Escola conta com aulasde Danças de Salão, DançasAfricanas, Yoga, Pilates, Hip-Hop, Break Dance e Zumba.Além de ter “duas salas bastan-tes grandes e a possibilidade deuma terceira”, a abertura de no-vas modalidades foi motivadapelas “alunas que gostavam deoutras modalidades”, mas pelas“mães que pediam que tivessealguma coisa para elas”.

Durante a sua intervenção,emocionada, Márcia Ferreiraagradeceu a todos os que contri-buíram para que estas mudan-ças fossem possíveis, assim co-mo a José Sá, ex-presidente daJunta de Freguesia de S. Marti-nho de Bougado, por ter acredi-tado no projeto e apoiado na faseinicial. “Muito obrigada de cora-ção a todos os que nos ajuda-ram”, agradeceu.

Márcia Ferreira e Vanessa Hooper pousaram com algumas alunas

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www.onoticiasdatrofa.pt9 de janeiro de 2014 Desporto 15

Patrícia Pereira

[email protected]

Caso o Plano de recupera-ção não seja aprovado naassembleia de credores, arealizar no dia 17 de janeiro,no Tribunal de Santo Tirso, aviabilidade do Clube Desporti-vo Trofense está em causa.

Esperança é o sentimentoque melhor define o estado deespírito de Paulo Melro, presiden-te do Clube Desportivo Trofense,que espera que na assembleiade credores, a decorrer no Tribu-nal de Santo Tirso, no dia 17 dejaneiro, seja aprovado o plano derecuperação.

Na assembleia de credores

Plano de recuperação do Trofense vai a votos na assembleia de credores

“Se o plano não for aprovadoo clube entrará em liquidação”

vai ser discutido o plano de re-cuperação do Trofense, apresen-tado pela direção de Paulo Mel-ro no Tribunal de Santo Tirso.Para que o clube seja viabilizadosão necessários os votos favo-ráveis de dois terços dos credo-res atuais, sendo que dos queforam considerados detentoresde “créditos comuns” têm de reu-nir uma percentagem igual ousuperior a 50 por cento.

Paulo Melro afirmou, em de-clarações ao NT, que a direçãotem a “consciência” que fizeram“todos os esforços para trazer oclube até esta situação, com to-das as dificuldades que são ine-rentes”. “Agora é a vez dos cre-dores darem o seu apoio e da-rem o sinal de que acreditam

neste projeto e ajudar a viabilizaro clube”, acrescentou, pedindo“um esforço adicional aos credo-res”, que “permita continuar alevar o clube para a frente”.

O presidente conta com “acolaboração expressa do maiorcredor”, Rui Silva (presidente de2006 a 2011), que “garante doisterços dos votos”. Sabendo quehá “fatores que não controla”, opresidente está com “algumaapreensão”, por poder “surgiroutras empresas a votar contra,como o caso da empresa EuricoFerreira”, mas ao mesmo tempocom “alguma esperança” que “ascoisas possam ser resolvidas abem do clube”.

Neste momento, “a solução”é a aprovação do plano de recu-peração, pois, caso contrário, “oclube entrará em liquidação” e oTrofense poderá “fechar portas”,pois a outra forma de viabiliza-ção, o Plano Especial de Revitali-zação (PER), foi chumbada emmaio de 2013.

“Se o plano não for aprovadoo clube entra em liquidação.Estamos a falar do fim da linha ea nossa preocupação nestesdias”, declarou, sublinhando quea aprovação do plano, que “serámoroso”, vai gerar “esforço por

parte de toda a gente para cum-prir com as prestações que fica-rão acordadas”.

O presidente do clube adian-tou que o passivo do emblematrofense ronda os sete milhõesde euros. Se o plano de recupe-ração vier a ser aprovado naassembleia, o passivo do clubepassa a cerca de dois milhões e300 mil euros, tendo em conta areestruturação das dívidas e arecalendarização dos pagamen-tos.

“Durante 15/16 anos o clubeterá esta responsabilidade acres-cida, mas pelo menos conseguesobreviver e nós acreditamos quepodemos reunir muita gente àvolta do clube para ajudar a ga-rantir o futuro”, finalizou.

Recorde-se que quando oPER foi a votação, o clube con-seguiu “cumprir com um dos re-quisitos, que eram dois terçosnos votos totais”. Contudo, “nãoobteve os 50 por cento nos cré-ditos comuns”, por haver “umadesclassificação dos créditos daQuinta dos Miguéis, que passa-ram a subordinados”, e pelos “vo-tos tardios das finanças, que fi-zeram com que não tivessem os50 por cento”.

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www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 201416 Desporto

Após uma pausa no campeonato, o Bougadense come-çou o ano com uma derrota frente ao Senhora da Hora, por3-0.

“O resultado não reflete o que se passou durante os 90 minu-tos”. Este foi a análise de Augusto Veloso, treinador do AtléticoClube Bougadense, feita à 14ª jornada da série 1 da 1ª divisãodistrital, que opôs, no domingo, 5 de janeiro, a equipa de Santiagoe o Senhora da Hora.

Segundo o técnico, nos primeiros 45 minutos o Bougadensefez “tudo e mais alguma coisa” para ganhar a partida, tendo tido“quatro oportunidades flagrantes”. Mas o primeiro golo da partidapertence ao Senhora da Hora, aos 42 minutos, com Virgílio a mar-car, no seguimento de marcação do “canto fatídico”, como AugustoVeloso apelidou.

No intervalo, a formação de Santiago corrigiu, fez três substitui-ções e foram “para cima deles”. Quando podia ter surgido o empa-te, o Senhora da Hora consegue ampliar a vantagem, com Virgílioa bisar, aos 53 minutos, uma vez mais na marcação de um canto,

O Bougadense ainda correu atrás do prejuízo, mas depois deter falhado cinco oportunidades flagrantes a equipa “acusou umbocadinho a situação de querer pontuar”. E como não há duas,sem três, numa marcação de canto, Bruno Pereira marca o tercei-ro e último golo da partida.

Para o técnico, a partida pelo resultado correu “mal” e pelaexibição correu “bem”, só que neste momento o que interessa é“ter pontos”. “A nível de jogo jogado não ficamos em nada a deverao Senhora da Hora. Só que em termos de resultado eles marca-ram três e nós podíamos ter marcado quatro ou cinco. No meiodisto tudo, o Bougadense deu uma imagem boa. Para quem viu ojogo o resultado não tem nada a ver”, declarou, sublinhando que “ofuturo começa a ser um bocado mais sombrio”.

Com esta derrota, a equipa de Santiago desceu à zona dedespromoção, com nove pontos, a um do 14º lugar. Nas próximasduas jornadas, o Bougadense vai jogar em casa e Augusto Velosoacredita que a equipa tem “todas as condições para sair da zonade despromoção”. “É isso que vamos trabalhar durante a sema-na”, concluiu.

Neste domingo, o Bougadense recebe, pelas 15 horas, oCustóias Futebol Clube e, no dia 19 de janeiro, o Progresso. P.P.

Deolinda Oliveira sagrou-secampeã regional, no escalão deveteranos +35 anos, no Corta-mato Regional Curto, da Associ-ação de Atletismo do Porto, quese realizou em Paredes, no sá-bado, 4 de janeiro.

A atleta do Atlético ClubeBougadense foi uma das vence-doras de um dia recheado de pro-vas. O clube esteve ainda repre-sentado por mais dez corredo-

Bougadense com campeãregional no corta-mato

res jovens, no Campeonato Re-gional Jovem. Alice Oliveira foi amais bem classificada desse gru-po, ao conseguir o 6º posto eminiciados femininos, à frente deAna Lopes (21ª classificada),Juliana Teixeira (30ª) e PatríciaMoreira (31ª). Estas atletas con-seguiram o 4º lugar coletivo.

Já Rúben Gonçalves conse-guiu a 8ª posição, em infantis,enquanto Rui Rocha obteve a

mesma classificação, em inicia-dos, terminando à frente do co-lega Tiago Sá (12º).

Em benjamins B, JoanaMartins foi 10ª classificada e AnaMota 15ª, enquanto Ana Silvaobteve o 18º lugar, em juvenis.

Por sua vez, Sandra Sá e Jo-sé Silva, que vestem a camisolado Ginásio da Trofa, conquista-ram o 1º lugar no escalão de in-fantis, no mesmo campeonato.Elsa Maia e Andreia Rodriguesconseguiram a 2ª e 3ª posições,respetivamente, em juniores, en-quanto do lado masculino JoãoFerreira terminou em 3º.

Em juvenis, Tiago Silva foi4º classificado e Vítor Martins21º, enquanto Ana Ribeiro eKhrystyna Paylyuk conquista-ram, respetivamente, o 16º e28º lugares.

Em iniciados femininos parti-ciparam Daniela Pontes (13ª),Naiara Crivelaro (29ª). No mes-mo escalão, mas em masculi-nos, Paulo Neto terminou em 18ºlugar. Vítor Bessa foi 14º classi-ficado, em benjamins A masculi-nos. C.V.

Diana AzevedoHermano Martins

Mais uma vez a equipa doS. Romão perdeu um jogadore apenas com dez elementosfoi difícil segurar o jogo, peloque perto do apito final o ad-versário conseguiu a vitória.Toni garantiu ao NT estar“convencido que se não fos-se a expulsão teríamos certa-mente vencido”.

O novo ano trouxe expectati-vas à equipa de S. Romão e eraimportante que o primeiro jogo de2014 trouxesse pontos ao grupoe assim garantisse motivação pa-ra mais uma sequência de jogos.

A primeira parte foi algo cin-zenta, como o tempo. Nenhumadas equipas conseguiu oportuni-dades de finalização significati-vas, no entanto o onze de MonteCórdova teve maior posse debola e subiu mais no terreno.

O S. Romão entrou melhorque o adversário após o interva-lo. Os homens comandados porToni demonstraram maior agres-sividade ofensiva e conseguiraminverter o sentido de jogo do pri-meiro tempo.

Expulsão determinou derrotaO Monte Córdova foi o primei-

ro a causar perigo, com um re-mate forte aos 63 minutos, inter-cetado por uma excelente defe-sa do guardião romanense Vítor.

Aos 66 minutos, Renato foiadvertido com o cartão amareloe aproximadamente cinco minu-tos depois foi-lhe exibido outrocartão pelo trio de arbitragem fe-minino. Assim, o romanenseabandonou o campo, por repeti-das faltas cometidas sobre a pro-gressão do adversário.

O Monte Córdova ficou emsuperioridade numérica, masapesar disso o S. Romão deu lu-ta e apenas nas bolas paradasos forasteiros conseguiram su-periorizar-se. A caminho dos 80minutos, Marco Lopes fez o livreà entrada da grande área, porcima da barreira, mas o postesalvou a baliza da casa. Cincominutos depois a sorte e a mar-cação faltaram ao S. Romão e,num livre indireto, a bola sobroupara Tiago, que perto do segun-do poste cabeceou para o 1-0.

“Obviamente que não era esteo resultado que procurávamosnem foi para isto que trabalha-mos durante a semana”, come-çou por afirmar o treinador da ca-

sa, Toni, que referiu que “não en-tramos bem nos dez primeirosminutos de jogo”, tendo depoisa equipa conseguido “encaixar noadversário” e “superiorizar”.

De uma forma geral, para Tonieste foi “um jogo equilibrado emuito bem jogado”. Contudo aequipa romanense foi “condicio-nada por uma expulsão” e quan-do se apercebeu “já tínhamos so-frido um golo”. “Estou convenci-do que se não fosse a expulsãoteríamos certamente vencido por-que no segundo tempo estáva-mos a dominar a partida e o ad-versário teve mais dificuldade emsubir no terreno, também agra-vado pelo forte vento. Enfim, la-mentámos, é uma situação mui-to difícil de controlar”, finalizou.

Já o técnico do Monte Córdo-va, Edgar Ferreira, declarou queeste foi um jogo “difícil”, estandoconsciente das “adversidades”que teria a jogar “num campo di-fícil, em casa alheia”. “Mas ape-sar de andarmos nisto há poucotempo acredito que temos umbom grupo e estou satisfeito como resultado”, concluiu.

Neste domingo, o FutebolClube de S. Romão desloca-seao reduto de Águas Santas.

O Ginásio da Trofa encerrou o ano de 2013 com excelentesresultados. Participou em mais de uma centena de provas, emque obteve várias dezenas de primeiros lugares, tanto a nívelregional como a nível nacional.

Participou em provas de grande nível, desde campeonatosregionais, campeonatos nacionais, olímpico jovem e campeona-to do Mundo. Aí, a atleta Andreia Rodrigues representou a seleçãoportuguesa na prova de dois mil metros obstáculos, obtendo umhonroso 10º lugar, ficando à frente de atletas de dezenas de pa-íses, cujas condições de trabalho são de longe superiores aoque o Ginásio da Trofa tem, para não falarmos de apoios federa-tivos, de nível financeiro e técnico. É um trabalho realmente pe-noso o trabalho que temos tido para conseguirmos dar aos nos-sos atletas o mínimo de condições de trabalho.

A direção do Ginásio da Trofa congratula-se e orgulha-se comos feitos dos seus atletas e a Trofa também se pode orgulhardos filhos que tem.

Botelho da CostaGinásio da Trofa

Ginásio da Trofacom excelentes resultados em 2013

Correio do Leitor

Joana Martins foi uma das atletas do Bougadense em prova

CantosfatídicosparaoBougadense

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www.onoticiasdatrofa.pt9 de janeiro de 2014 Desporto 17

Cátia [email protected]

O piloto trofense CarlosCampos, navegado por JorgeSousa, venceu a Divisão 1 (até1300cc) do 6º campeonatointer-município, organizadopela Team Baia. Na nova épo-ca, que começa a 25 e 26 dejaneiro, a dupla espera defen-der o título da melhor forma.

Ao volante de um Pegeout205, Campos conseguiu um so-matório de seis provas irrepreen-sível, que o colocou “a cerca de20 pontos de distância” do 2ºclassificado e permitiu prescin-dir das contas da última prova,em que teve de desistir devido auma saída de estrada. Nas dezprovas realizadas, à exceção daúltima e de outra realizada emFradelos, o piloto trofense obte-ve sempre o 1º e 2º lugar, entrecerca de dez adversários diretos.

Na segunda participação nocampeonato, Carlos Campos eJorge Sousa, que correm pelaTeam Fariauto, conseguiram me-

Cátia [email protected]

A União de Ciclismo daTrofa é uma nova associação,que pretende apostar nasmodalidades de ciclismo deestrada e BTT.

Inicialmente, o projeto anun-ciado em agosto de 2013 para aescola de ciclismo foi pensadono âmbito de uma parceria como Centro Recreativo de Bougado(CRB), mas em três meses Bru-no Cunha considerou que eramelhor avançar com uma asso-ciação “independente”. Assimnasceu a União de Ciclismo daTrofa (UCT), a 26 de novembrode 2013, presidida pelo mentor,que considera que desta forma“seria mais fácil reunir as condi-ções necessárias para a práticada modalidade”. “Os dirigentesdo CRB sempre me tratarambem e foram acolhedores, masachamos melhor constituir umanova associação”, explicou em

Rali

Carlos Campos vai defender títulono campeonato inter-municípios

lhorar a classificação da épocapassada, em que a liderançalhes fugiu por “três pontos”.“Acertamos um com o outro e osresultados começaram a apare-cer”, conta Jorge Sousa, queconta “16 anos” de andanças nodesporto automóvel.

Carlos Campos estreou-se aovolante nos ralis, em 2009, numa“brincadeira”. “Foi num rali emVila Verde, o antigo dono do meucarro estava a participar com ou-tra viatura e, como estava umpouco alcoólico, pediu-me paraacabar a prova dele, por ser fortecomo ele e poder confundir aspessoas vestido e com o capa-cete. Eu não estava habituado aconduzir carros daqueles, princi-palmente um quatro por quatro,por isso fiz a prova nas minhascalmas e recebi assobios”, con-tou, entre risos.

Depois da estreia “oficiosa”,Carlos Campos partiu para aaventura em 2010, na Super Es-pecial da Trofa, onde fez a pri-meira prova com o Pegeout 205.Entre super especiais foi comple-tando uma verdadeira “transfor-

mação mecânica” no carro, queestava apto para correr na terraem vez do alcatrão. Os bons re-sultados surgiram em 2012 e2013, quando fez dupla com Jor-ge Sousa, no campeonato pro-movida pela Team Baia. “Nós

corremos para nos divertirmos epara conviver, porque somos umgrupo grande. Financeiramente,este desporto não é fácil. Conta-mos com algum apoio de patro-cinadores, a quem agradecemos,mas é praticamente tudo por conta

própria”, contou Campos. O pró-ximo campeonato começa a 25e 26 de janeiro, em Braga, e adupla espera ter o Pegeout 205operacional para começar damelhor forma, pois naquela pistaestá habituada a vencer.

Nasceu a União de Ciclismo da Trofa

declarações ao NT.Bruno Cunha explicou que a

questão burocrática “está prati-camente ultrapassada” e que “jáfoi feita a primeira assembleia eaprovados os estatutos”.

Neste momento, a UCT, con-

cebida para ser, inicialmente,“uma escola de formação” de ci-clismo de estrada e BTT, contacom dez atletas, que treinam,aos sábados, pelas 9.30 horas,no parque junto ao Edifício NovaTrofa. Os jovens, dos sete aos

14 anos, que estejam interessa-dos em fazer parte do projeto“podem aparecer”, referiu o pre-sidente.

Atualmente, as principais di-ficuldades passam pela capta-ção de apoios, pois, sustentou,

“é difícil uma escola de formaçãochegar aos patrocinadores”. “De-sejamos que a população e asempresas apoiem e acreditemno nosso projeto. As pessoastêm achado o nosso projeto in-teressante, principalmente ospais dos atletas que têm cola-borado imenso, não querendoque falte nada aos miúdos”, fri-sou.

Para além de também ambi-cionar abrir uma secção de lazer,para todas as idades, o presiden-te da UCT pretende ainda inte-grar a coletividade na FederaçãoPortuguesa de Ciclismo, para queesta participe em encontros na-cionais.

A direção espera, atualmen-te, por uma solução da autarquia,que “disse que logo que possaatribuirá uma sede”.

Para mais informações podeconsultar o site da associação,em http://www.uctrofa.pt/, ou apágina do facebook, em www.facebook.com/uctrofa.

Equipa já fez as primeiras aulas

Carlos Campos e Jorge Sousa venceram Divisão 1 do campeonato inter-municípios

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www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 201418 Desporto

A coletividade trofense temvivido entre o infortúnio dasinundações que têm afetadoa Trofa e o sucesso de várioseventos desportivos que temorganizado no concelho. JoãoPedro Costa, presidente dacoletividade, faz um ponto dasituação e diz não ser líder deum clube derrotista.

O Notícias da Trofa (NT): Osmais recentes acontecimentosque o Clube Slotcar viveu, umassalto na madrugada do últi-mo dia do ano e a inundaçãono dia 2 de janeiro, causammazelas e condicionam o fu-turo da coletividade?

João Pedro Costa (JPC):Sem dúvida que não são situa-ções agradáveis, tanto mais queem março de 2013 já tínhamosconhecido uma situação similar,com uma inundação a danificarpor completo o piso inferior ondefunciona a modalidade de slotcar.Foram cinco meses de recupera-ção, um trabalho notável de umconjunto de associados, que cul-minou numa reinauguração nopassado mês de agosto, peloque, atualmente, já estão em ple-no com campeonatos em cursoe um calendário de provas bempreenchido. Mas há um ditado quediz que mesmo das piores situa-ções podemos tirar algo de posi-tivo e estou esperançoso que éisso que vai acontecer.

NT: Em concreto, o que éque foi realizado para fazerface a esta situação tão críti-ca, já que metade da sede fi-cou sem operacionalidade e

A prova da primeira divisão dobilhar, disputada em sistema deduplo KO, realizou eliminatóriasna tarde de sábado, no Dany-Bar, em Paços de Ferreira e noClube Slotcar da Trofa, tendo afase final sido disputada já du-rante o dia de domingo e apenasna Trofa.

Foi a terceira de seis provasindividuais, numa competição dis-putada por 32 jogadores do dis-trito do Porto e que visa o apura-mento para o Campeonato Naci-onal. A competição que juntou nafinal, Bruno Fumega e EduardoBarros, foi vencida por este últi-mo por um expressivo 5-2. Osatletas trofenses Rafael Sampaio

Clube Slotcar da Trofateima em resistir às adversidades

as modalidades têm compro-missos assumidos?

JPC: Realmente, não há mui-to tempo para pensar e daí quetenhamos de ser assertivos, ainundação foi na quinta-feira e ain-da hoje (sábado) temos na sededo clube uma competição indivi-dual da Federação Portuguesa deBilhar com 32 atletas, sendo al-guns dos melhores a nível nacio-nal e como compromissos sãocompromissos, está tudo prontopara os receber! Foi complicado,pois tivemos de remover algumastralhas que subiram ao primeiropiso mas, como sempre, espera-mos estar à altura para receber-mos bem as pessoas no clube.Em termos de slotcar é que ascoisas se complicaram um pou-co, já que se avizinha a 7ª ediçãodas 24 Horas de Slotcar da Trofapara o dia 17 de janeiro mas, maisuma vez, a direção da Associa-ção Humanitária dos BombeirosVoluntários da Trofa esteve à al-tura e a cedência de instalaçõesdesportivas, que estava previstapara o período de 11 a 23 de ja-neiro, foi antecipada e já está aser construída uma pista que pos-sibilitará aos nosso pilotos afinaras minimáquinas, não comprome-tendo, assim, a presença dos pi-lotos trofenses na prova - foi mon-tada uma autêntica tenda de cam-panha!

NT: A direção do ClubeSlotcar, que tomou posse noinício de dezembro, está mo-tivada para as adversidadesque se apresentam e tem con-tado com o apoio dos associa-dos e simpatizantes?

JPC: Este é um clube simpá-tico pelas modalidades com quese apresenta e tem resistido avárias dificuldades. Como ouvi al-guém dizer já após este infortú-nio “somos como os gatos, te-mos sete vidas”. As modalidadessão as pessoas que gostam doque fazem, veja, por exemplo, olançamento da modalidade de ve-ículos antigos em novembro, o re-sultado foi cerca de cem viaturas,muitas pessoas que passaramum dia memorável e, certamen-te, não são as mesmas que par-ticiparam nas várias Lan-partys organizadas pelos jovensda nossa secção de videojogos.

Enquanto o atleta de slotcaré muito específico e fez da Trofaa capital da modalidade em Por-

tugal, já no bilhar, temos mais de20 atletas a competir todos osdias da semana, estão sempreem ação! Em suma, os associa-dos e os que gostam do trabalhodo Clube aparecem sempre quesão convocados, ainda é um Clu-be à moda antiga que vive dobairrismo, embora um bairrismodo século XXI, mas a verdade éque no próximo dia 17 de marçovamos completar já o nosso dé-cimo aniversário!

NT: Certamente não é só deboa vontade que o Clube vive.Como tal, tem sentido apoiodo Instituto Português do Des-porto e Juventude, que ao quesei também continuam a fazerparte, bem como dos órgãos

autárquicos?JPC: Desde 2006 que o Insti-

tuto Português do Desporto e Ju-ventude reconhece o nosso valor,fazemos com eles um planea-mento anual pelo que neste mo-mento estamos em pleno e a en-cerrar os acordos para 2014.Quanto ao nosso relacionamen-to com a Câmara Municipal so-fremos muito durante os últimosquatro anos, ao ponto de nos úl-timos dois não ter existido qual-quer relação institucional. Temosum orçamento anual de 35 mileuros o que perfez nesses qua-tro anos uma execução de 140mil euros e foi-nos atribuído ape-nas um subsídio de três mil eurosdos quais falta receber metade -não nos deixa saudades e, comoouvi dizer, fomos literalmenteostracizados. Enfrentamos adver-sidades, mas não temos dívidas,o que, nos dias que correm, éuma grande vantagem e comopresidente e membro fundadordesta coletividade de cariz juve-nil sinto que o tamanho dela re-flete a dimensão da nossa terraque tenho esperança possa cres-cer no futuro.

NT: Que mensagem gosta-ria de deixar para o públicoem geral e em particular paraos trofenses?

JPC: Que apareçam, pois hámuito trabalho para repartir, masacima de tudo que aproveitem oque resta do movimento associa-tivo, porque não acredito que naatual conjuntura apareçam loucosa fundar associações desportivassem fins lucrativos.

Clube recebeu competição de bilhar

e Miguel Alexandre tiveram umbom desempenho, mas foram ar-

redados dos quatro lugares cimei-ros.

Atletas trofenses não conseguiram alcançar o pódio

Piso inferior ficou inundado com as cheias

João Pedro Costa é o presidente do Clube Slotcar da Trofa

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www.onoticiasdatrofa.pt9 de janeiro de 2014 Atualidade19

Já lá vão quase três anos, que uma missão técnica da Comissão Europeia (CE),Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a Portu-gal, para iniciar negociações sobre o programa de ajuda financeira ao país, a pedidodo então primeiro-ministro, José Sócrates, que anunciou, numa comunicação, que oGoverno tinha conseguido “um bom acordo”. A assistência financeira internacionalera para garantir condições de financiamento a Portugal e ao seu sistema financeiro.É preciso recordar!

O programa de assistência, que a “troika” apresentou foi de 78 mil milhões deeuros e, obviamente, exigiu contrapartidas, algumas bastante gravosas para os por-tugueses. O pagamento da assistência financeira do Mecanismo de EstabilizaçãoFinanceira Europeia (EFSM) é trimestral e enquanto o programa vigorar, o país estásujeito a revisões trimestrais de avaliação. A primeira revisão foi realizada no terceirotrimestre de 2011. Passos Coelho, que era já o primeiro-ministro do Governo de Por-tugal, teve a missão espinhosa de implementar as medidas impostas pela “troika”. A12ª e última revisão será este ano, no segundo trimestre, também com Passos Coe-lho, como primeiro-ministro. Até à data, as avaliações foram todas positivas!

Para a “troika” sair de Portugal, o Governo precisa de continuar a implementaralgumas medidas que foram acordadas no Memorando de Entendimento com a CE,BCE e FMI, assinado pelo PS, PSD e CDS. Para este ano de 2014, o Governo vai terde implementar algumas medidas complementares, como por exemplo: a redução dodéfice; o decréscimo da despesa pública; a preservação da estabilidade do setorfinanceiro; o melhoramento da eficiência da administração pública e do sistema judi-cial. Também vai ser preciso melhorar o acesso das famílias à habitação e promovera criação de emprego. Ainda há muito para fazer!

Ao longo deste período de intervenção externa surgiram muitos «paladinos dadesgraça», com comentários derrotistas, do género: «vai ter de haver um segundoresgate»; «o Governo não tem capacidade para endireitar as contas públicas»; «Por-tugal vai precisar de mais tempo e mais dinheiro»; «a recessão em Portugal vaicontinuar em 2014»; «é impossível o regresso, tão cedo, aos mercados»; etc. Agora,que já se vê «uma luz ao fundo do túnel», alteram a direção dos disparos e agoradizem que será um fracasso se Portugal não sair como saiu a Irlanda. Querem com-parar o que não é comparável, pois a Irlanda tem economia, não era um estado falido;e nós fomos à falência e continuamos falidos. Até apetece mandá-los para a Grécia!

A necessidade e a urgência de a «troika» ter mais uma história de sucesso, a parda Irlanda, e que se diferencie da Grécia é um fator que pesa a nosso favor, assimcomo o cumprimento de grande parte das medidas do resgate. São sinais que dãoconfiança aos credores e aos investidores!

Assim, a «troika» vai embora este ano. Finalmente! Ao longo de quase três anosde intervenção, o sofrimento do povo português tem sido muito. Os níveis de ansieda-de dos portugueses estão elevadíssimos, para que a “troika” saia de Portugal. Sepossível, definitivamente. Para ser restabelecida a nossa autonomia. Já chega detanta intervenção externa e tanto sofrimento interno!

A Alemanha que nos vendem como modelo para a Europa é um rotundo falhanço.Uma inqualificável mentira. Nos últimos 25 anos o país tem sofrido uma acentuadadegradação em quase tudo o que importa à cidadania e aos direitos sociais. Passoude um país relativamente equilibrado para o contexto europeu, a campeão europeu dadesigualdade. Os 1% mais ricos detêm 23% da riqueza, os 10% mais ricos 53%!. Àmetade mais pobre da sociedade só 1% da riqueza, há dez anos eram cerca 3%.

A Alemanha, que nos apresentam como modelo, viveu um recuo sócio laboralsem precedentes desde o pós guerra. A generalização da precariedade juntamentecom os contínuos ataques aos direitos sociais e laborais, contribuíram para a quedaacentuada na esperança média de vida para os mais pobres e para uma das taxas denatalidade mais baixas em todo o mundo. A maioria dos alemães viu-se seriamenteprejudicada com este novo paradigma sócio laboral, que só a deturpação estruturalde alguns meios de comunicação social consegue fazer passar por “modelo”.

Esse recuo faz parte de um processo mundial mais vasto, que se iniciou no finaldos anos ‘60 nos EUA e se aplicou depois com Thatcher no Reino Unido, saltandomais tarde para toda a Europa à boleia de governos conservadores ou social-demo-cratas. O choque da atual crise está a ser utilizado para dar um impulso a esta cadavez maior desigualdade social entre países que caracteriza este sistema, cujos ex-cessos e ideologia foram os geradores da crise.

O ilusório “sucesso” alemão na crise, mede-se pelos indicadores de desempregoe de recessão menores que na maioria dos países da Europa e sustenta-se exclusi-vamente nas exportações assentes nos reduzidos custos de mão de obra. A Alema-nha gera metade do seu PIB através das exportações e graças ao euro, combinadocom uma estratégia de salários baixos, que condiciona e prejudica os restantesparceiros europeus.

Contudo, a ilusão tem um preço. Não há na Europa uma economia mais expostaaos efeitos de um arrefecimento da conjuntura global do que a alemã. O modeloalemão de relativa boa saúde na crise, só foi possível à custa da deterioração dasaúde económica dos seus parceiros.

O extraordinário superávit comercial que a Alemanha conseguiu nos últimos anosfoi colocado nos mais aventureiros e imorais negócios financeiros em países comoos EUA, Irlanda, Grécia ou Espanha. Os resultados de tais políticas estão hoje àvista de todos. Só entre 2005 e 2008, a banca alemã concedeu a instituições espa-nholas créditos e investimentos no valor de 320.000 milhões euros (mais de quatrovezes e meia o valor total do resgate a Portugal!), em grande parte para alimentar acriminosa bolha imobiliária pós franquista. Hoje, os números do desemprego emEspanha falam por si. O setor financeiro alemão lucrou, mas a Espanha lerpou … equase afundou.

Os resgates de países sucederam-se e são essencialmente resgates de dívidasdos bancos internacionais. Por exemplo, 90% do dinheiro entregue “à Grécia” temsido destinado aos bancos, sobretudo a bancos estrangeiros.

A Alemanha é hoje o principal exportador do recuo sócio laboral para o resto dazona euro. Em nome da austeridade, gera-se mais desemprego e mais dívida. Umapolítica meticulosamente desenhada para que o setor financeiro cubra integralmenteas perdas dos seus maus negócios e dos seus crimes económicos à custa dasclasses trabalhadoras e das PME’s europeias. Políticas que se impõem com méto-dos opacos e autoritários e que mantêm em segredo a identidade dos bancos einstituições endividadas, que arrasam com a esperança e com a soberania dos esta-dos.

Esta é uma política duplamente redutora e desintegradora para a Europa. As na-ções e os povos da Europa recusam-se a fazer parte deste clube sobre tais premis-sas. Os novos reptos do século XXI que ecoam pela Europa são incompatíveis com avelha metodologia imperialista. A oposição às veleidades dominantes da Alemanha –mais cedo ou mais tarde, condenadas ao fracasso – não é apenas mais um assuntoda velha luta entre nações. É uma realidade do longo combate social europeu entrereação e progresso que interessa e tem movido todas as cidadanias europeias, inclu-ído a alemã. Por vezes com avanços, por vezes com recuos, a história social europeiaescreveu-se sempre assim.

A troika vai emboraeste ano. Finalmente!

Alemanha. O paísdas maravilhas Coordenador Concelhio Bloco de Esquerda

[email protected]@sapo.pt

www.moreiradasilva.pt

A Igreja Matriz de S. Martinho de Bougado vai ser palco da 17ª edição dos Cantaresdo Ciclo Natalício – Cantares ao Menino 2014 – que o Rancho das Lavradeiras da Trofapromove pelas 21.30 horas de sábado, dia 11 de janeiro.

Além do grupo da casa, a atuação vai contar com a participação do Grupo Folcló-rico de Santa Maria de Cabril (Castro Daire), do Grupo Etnográfico de Danças e Canta-res de Assafarge (Coimbra) e do Grupo Cultural e Recreativo Semente (Espinho). P.P.

O Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado vai levar a cabo o seu 7º Encon-tro de Cantares de Janeiras, agendado para este domingo, 12 de janeiro, pelas 15horas.

Pelo palco do auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em Santiago, vaipassar, além do grupo da casa, o Rancho Folclórico de Gens (Gondomar), RanchoEtnográfico de Santa Maria de Touguinha (Vila do Conde) e o Grupo Etnográfico daRegião de Coimbra. P.P.

Lavradeiras da TrofacantamaoMenino

Cantaresde JaneirasnoauditóriodeSantiago

Page 20: Edição 455

www.onoticiasdatrofa.pt 9 de janeiro de 201420Publireportagem

Uma análise de 360 graus ao

Trabalho Temporário é o desa-

fio proposto pela D´ACCORD,

empresa portuguesa, especi-

alista em Gestão de Recursos

Humanos.

O primeiro evento da ini-

ciativa “360º Trabalho Tempo-

rário” decorre no próximo dia

15 de janeiro, às 14.30 horas,

nas instalações da Associação

Empresarial do Baixo Ave

(AEBA), na Trofa.

Desmistificar ideias sobre o

trabalho temporário, dar a conhe-

cer as oportunidades disponíveis

e ainda fornecer mais informa-

ções sobre o trabalho no estran-

geiro são os objetivos desta

ação, destinada a desemprega-

dos, estudantes, recém-licenci-

D`ACCORD promove iniciativa“360º Trabalho Temporário”

ados e aberta a empresas inte-

ressadas.

O painel de oradores vai con-

tar com a participação de André

Coroa, Administrador da

D`ACCORD, Mafalda Cunha,

Diretora Geral da AEBA e Sofia

Cruz, responsável pelo Recruta-

mento e Seleção da D`ACCORD.

Do programa consta ainda a

realização de um "Speed Re-

cruitment", um circuito de mini-

entrevistas de cinco minutos, nas

quais os candidatos, previamen-

te selecionados, terão a oportu-

nidade de se apresentar à em-

presa D'ACCORD. A sessão terá

uma duração máxima de uma

hora.

André Coroa, Administrador

da D`ACCORD, afirma que a ini-

ciativa “360º Trabalho Temporá-

rio” visa sobretudo reforçar a in-

formação e o apoio aos trabalha-

dores e vem no seguimento da

preocupação da D`ACCORD

com o problema do desemprego

e com as “más práticas” de con-

tratação de trabalhadores em Por-

tugal e no estrangeiro.

“Garantir a todos os seus co-

laboradores um trabalho digno,

uma emigração feita com segu-

rança e sobretudo proporcionar

boas condições no país de des-

tino para os trabalhadores re-

gressarem posteriormente ao

seu país, são prioridades para a

empresa quando recruta traba-

lhadores”, reitera.

A participação no evento é

gratuita mas limitada à lotação

do auditório. A inscrição é obri-

gatória e deve ser realizada no

endereço www.360.daccord.pt ou

na Sede da AEBA (na Rua Ima-

culada da Conceição, 86, 4785-

684Trofa).

Para mais informações, os

interessados podem contactar o

email: 360@ daccord.pt ou tele-

fone: 229 419 415.

Ao longo do ano, a D`ACCORD

tem já previsto um plano de no-

vas ações a realizar em diferen-

tes cidades dirigidas às pesso-

as que se encontram à procura

de emprego.

Sobre a empresa

A D'ACCORD opera no mer-

cado nacional e internacional

desde 2010, é uma empresa es-

pecializada na Gestão de Recur-

sos Humanos, com especial en-

foque no trabalho temporário.

Apesar de ser uma empresa na-

cional, tem uma forte presença

na Europa, nomeadamente em

França.

A empresa registou um cres-

cimento de 40 por cento em

2013, em número de trabalhado-

res recrutados, dados que pro-

metem crescer em 2014 com a

abertura de novas agências em

Portugal.

Dispõe de uma equipa de pro-

fissionais altamente qualificados

que apoiam diariamente na pres-

tação de serviços de desenvolvi-

mento de pessoas e negócios:

Trabalho Temporário, Recruta-

mento & Seleção, Formação

Profissional e Consultoria em

Recursos Humanos.