por que precisamos compreender melhor alguns conceitos? · o trabalho educativo com o conhecimento...

36
Por que precisamos compreender melhor alguns conceitos? Docente: Maria Madselva Ferreira Feiges Diretora Geral do Colégio Estadual do Paraná 2008

Upload: hoangkhuong

Post on 15-Oct-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Por que precisamos compreender melhor alguns

conceitos?Docente: Maria Madselva Ferreira FeigesDiretora Geral do Colégio Estadual do Paraná 2008

O trabalho educativo com o conhecimento escolar tem a finalidade de produzir aprendizagens

qualitativas para todos os alunos.

Assim, o docente deve conhecer a estrutura do método didático.

1- o conteúdo e sua estrutura lógica na organização específica do currículo

2-O sujeito da aprendizagem- o aluno situado historicamente

3- o elemento lógico - o conteúdo

4- o elemento contextual onde se situa a prática pedagógica

5- os fins da educação.

Desta forma, o método dialético permite ao Docente realizar:

• Prática – Reflexão – Prática• Ação – Teoria – Ação• Tese – Antítese - Síntese

-Da ação à compreensão

-Da compreensão à Ação

Na Teoria e no Método Dialético...

- O novo nasce do velho

- O novíssimo nasce do novo

A prática educativa é uma prática em constante mudança, deve ser uma prática revolucionária.

Uma prática docente e discente revolucionária

exige mudanças nos processos de

planejamento e nas práticas avaliativas.

AVALIAÇÃO

Z. D. Real Z. D. Proximal Z. D. Potencial

O quê tem possibilidade de aprender

Ocorre o processo de Ensino-Aprendizagem

O aluno fará com a ajuda do professor

Ponto de Partidaheterogeneidade real

Ponto de Chegadahomogeneidade possível

O que já sabe fazer sozinho

“O aluno que não aprende não pode ser empurrado, mas bem cuidado, de tal forma que possa resgatar

suas oportunidades.”(DEMO, p. 27)

“O professor precisa tirar a limpo todos os dias se seus alunos

estão aprendendo, não só porque isto é de ofício, mas igualmente porque os dados

disponíveis gritam que a aprendizagem é mínima. É para

distribuir este processo de cuidado da aprendizagem do

aluno que a avaliação comparece como procedimento

essencial.” (DEMO, p. 24)

“Quando aplico a nota dois a um aluno, disto não segue outra

coisa que não seja o compromisso tanto mais urgente

de cuidar dele religiosamente. Não reduzo o aluno ao número

dois, mas indico quantitativamente uma dinâmica

qualitativa, marcada pela baixíssima aprendizagem.” (DEMO, p.

51)

“O professor que constata que uma noção não foi entendida, que suas instruções não são compreendidas ou que os métodos de trabalho e as atitudes que exige estão ausentes, retomará o problema em sua base,

renunciará a certos objetivos de desenvolvimento para retrabalhar os fundamentos, modificará seu

planejamento didático etc. ”(PERRENOUD, p. 148)

Queira.Queira.Basta ser sincero e desejar Basta ser sincero e desejar profundo.profundo. Você será capaz de sacudir o Você será capaz de sacudir o mundo. mundo. Vai. Tente outra vez. Tente.Vai. Tente outra vez. Tente. E não diga que a vitória está E não diga que a vitória está perdida. perdida. Se é de batalhas que se vive a Se é de batalhas que se vive a vida.vida. Tente outra vez.Tente outra vez. ( Tente outra vez)

O método Didático da Prática Social

ESCOLA

Mediação Aluno Realidade

MÉTODOPonto de Partida Ponto de Chegada

Prática Social Prática Social

Compreensão Nebulosa

Compreensão Orgânica

SÍNCRESE SÍNTESEProcesso de desarticulação/ articulação / desarticulação movimento do velho/ novo / novíssimo.

51

PRO BLE MA TI ZA ÇÃO

INS TRU MEN TALI ZA ÇÃO

CA TAR SE

2 3 4

Relembrando, os Métodos de Ensino...

Escola Tradicional

Escola Nova Pedagogia Histórico-Crítica

1-Preparação

2-Apresentação

3-Assimilação

4-Generalização

5-Aplicação

1-Atividade

2-Problema

3-Coleta de Dados

4-Hipótese

5-Experimentação

1-Prática Social

2-Problematização

3- Instrumentali- zação

4-Catarse

5-Prática Social

Na perspectiva filosófica...

MétodoPositivista Dialética-Aparência

-Descontextualiza,isola

-Visão mecânica .O objeto é puro, neutro, a-crítico

-é linear

-dados imediatos,fora da história

-Essência

-Aproxima,une,visão de conjunto

-Visão dinâmica, intencionalidade política

-é espiral

-articula as mediações que permeiam o objeto

Concepção de MundoASSISTEMÁTICA

SISTEMATIZADA

SE

NS

O C

OM

UM

SE

NS

O C

RÍT

I CO

Conhecimento:- Empírico-Espontâneo-Sensório-Cotidiano

Conhecimento:- Científico-Sistematizado-Elaborado -Formal

Consciência Ingênua Consciência Filosófica

Co

nh

eci

men

toN

eu

tro

, A

- crí

tic o

Co

nh

eci

men

toH

istó

rico

, C

ríti

c o. Fragmentário. Incoerente. Desarticulado. Implícito. Desagregado. Mecânico. Passivo. Simplista

. Unitário . Coerente . Articulado . Implícito . Original . Intencional . Ativo . Cultivado

Visão Sincrética Visão Sintética

ESCOLA

Mediação

MÉTODODidático

Ponto de Partida Ponto de Chegada

Prática Social Prática Social

Compreensão Nebulosa

Compreensão Orgânica

SÍNCRESE SÍNTESE

Processo de desarticulação/ articulação / desarticulação Movimento do velho/ novo / novíssimo.

1 5PRO BLE MA TI ZA ÇÃO

CA TAR SE

2 4

INS TRU MEN TA LI ZA ÇÃO

3

Assim, oAssim, o

Método Didático Método Didático da Prática Socialda Prática Social

pressupõe:pressupõe:

O CONCRETO é O CONCRETO é

concretoconcreto

por ser síntese de por ser síntese de múltiplas múltiplas

determinações,determinações,

logo,logo,

unidade na unidade na diversidadediversidade..

CONCRETOCONCRETO é para o é para o pensamentopensamento

um processo de síntese, um processo de síntese, um resultadoum resultado e não e não

um ponto de partida, um ponto de partida, apesar de ser o verdadeiroapesar de ser o verdadeiro

Ponto de Partida e portanto, o Ponto de Partida e portanto, o ponto de partida daponto de partida da

OBSERVAÇÃO IMEDIATAOBSERVAÇÃO IMEDIATA e da e da

REPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃO..

O PROCESSO DE O PROCESSO DE PENSAMENTOPENSAMENTO

não se limita a transformarnão se limita a transformaro caótico das representações o caótico das representações

no todo transparente no todo transparente dos conceitos,dos conceitos,

no curso do processo,no curso do processo,o próprio o próprio TODOTODO é é

concomitantementeconcomitantementedelimitado, determinado, delimitado, determinado,

compreendido.compreendido.

O método de ascensão O método de ascensão

do ABSTRATO do ABSTRATO ao CONCRETOao CONCRETO é o métodoé o método

do pensamento.do pensamento.

A ascensão doA ascensão do ABSTRATO ao CONCRETOABSTRATO ao CONCRETO

é um MOVIMENTOé um MOVIMENTO para o qualpara o qual

todo início é abstrato todo início é abstrato e cuja dialética consistee cuja dialética consiste

na superação dana superação daabstraticidadeabstraticidade

MovimentoMovimento

da parte para o tododa parte para o todo

do todo para a partedo todo para a parte

MovimentoMovimento

do objeto para o sujeitodo objeto para o sujeito

do sujeito para o objetodo sujeito para o objeto

MovimentoMovimento

do fenômeno para do fenômeno para a essênciaa essência

da essência para da essência para o fenômenoo fenômeno

MovimentoMovimento

da totalidade para da totalidade para a contradiçãoa contradição

da contradição para da contradição para a totalidade.a totalidade.

MovimentoMovimento

do ABSTRATO ao do ABSTRATO ao CONCRETOCONCRETO

Método materialistaMétodo materialista do conhecimento do conhecimento

da realidade concreta.da realidade concreta.

DialéticaDialética

MovimentMovimentoo

-da REALIDADE da REALIDADE que é a TOTALIDADEque é a TOTALIDADE

constituída por múltiplasconstituída por múltiplas determinaçõesdeterminações

objetivas e subjetivasobjetivas e subjetivas

- dasdas CONTRADIÇÕESCONTRADIÇÕESque sãoque são categoriascategorias interpretativas do interpretativas do

realreal e expressam uma e expressam uma relação de conflito no relação de conflito no devir do real, porque devir do real, porque

cada coisa exige o seucada coisa exige o seu

contrário.contrário.

CONTRÁRIO é a CONTRÁRIO é a determinação e negação determinação e negação

do outrodo outro

Destruidora e Destruidora e CriadoraCriadoraMotor interno, o movimento,Motor interno, o movimento,

a dinâmica, a transformação a dinâmica, a transformação da qualidade em quantidadeda qualidade em quantidade

e vice-versa.e vice-versa.

-a -a TransformaçãoTransformação pressupõe pressupõe

SUPERAÇÃOSUPERAÇÃO da não - da não - aprendizagem em aprendizagem em

aprendizagem,aprendizagem,ou seja, aou seja, a

apropriação do saber apropriação do saber -- surgimento e surgimento e

implantação do NOVO.implantação do NOVO.

Espero ter contribuído para esclarecer alguns aspectos importantes

do trabalho docente!

SUCESSO!!!

REFERÊNCIA BOBLIOGRÁFICA

DUARTE, N. Neoliberalismo, pós-modernismo e construtivismo. In: Vigotski e o “aprender a aprender”: crítica às apropriações neoliberais e pós modernas da teoria vigotskiana. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 71-114.

GIROUX, H. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1997. p. 25-41.

BOFF, L. Saber cuidar: a ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

GENTILI, P.e ALENCAR,C. Educar na esperança em tempos de desencanto: com um epílogo do Subcomandante Marcos sobre as crianças zapatistas.Petrópolis, RJ.Vozes,2001.

VEIGA, I. P. A. V. Ensino e avaliação: uma relação intrínseca à organização do trabalho pedagógico. In: Didática: o ensino e suas relações. VEIGA, I. P. A. (org). Campinas, SP: Papirus, 1996, p. 149-169.

VEIGA,I. P. A. Ensino e Avaliação: uma relação intrínseca à organização do trabalho VEIGA,I. P. A. Ensino e Avaliação: uma relação intrínseca à organização do trabalho pedagógico. In: Didática: o ensino e suas relações. Ilma P A. Veiga (org.). Campinas, pedagógico. In: Didática: o ensino e suas relações. Ilma P A. Veiga (org.). Campinas, SP: Papirus, 1996, p. 149-169 SP: Papirus, 1996, p. 149-169

ARROYO,M .G. Ofício de Mestre – Imagens e auto-imagens. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2004

CRUZ, C.H.C. Conselho de Classe e participação. In: Revista de Educação da AEC. Brasília, DF, nº 94, 1995, p. 111-136

DALBEN, A. I. L. de F. Dimensões subjetivas na prática dos Conselhos de Classe. In: DALBEN, A. I. L. de F. Trabalho escolar e conselho de classe. Campinas, SP: Papirus, 1995, p. 143-200

DEMO, P. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre, RS: Mediação, 2004.

LIMA, Luciano Castro. Controle de qualidade e avaliação pedagógica. In: Avaliação novos paradigmas. Revista da AEC n.94, Brasília, DF, 1995, p.67-87

PARO, V. H. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo, SP: Xamã, 2001.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre, RS: Artes Médicas Sul, 1999.