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RELATÓRIO Nº 201413211

Trata-se de fiscalização realizada na Prefeitura do município de Itaquitinga/PE.

Foi avaliado especificamente

o Programa Nacional de Transporte Escolar. O período fiscalizado compreendeu

01/01/2013 a 02/12/2014. Foram fiscalizados recursos

da ordem de R$ 328.282,91.

POR QUE O TRABALHO FOI

REALIZADO?

O trabalho foi realizado em função de situações presumidamente irregulares apontadas à CGU pelo Ministério Público Federal na utilização dos recursos destinados ao Apoio ao Transporte Escolar na Educação Básica, para transporte dos estudantes da rede municipal de ensino.

QUAIS AS CONCLUSÕES ALCANÇADAS? QUAIS RECOMENDAÇÕES FORAM EMITIDAS?

Com base nos exames realizados, foi possível se concluir pela existência de irregularidades na execução do Programa em tela, evidenciada

pelo superfaturamento aproximado de R$ 145.294,61 (sendo R$ 122.459,09, envolvendo recursos próprios e R$ 22.835,52,

contemplando recursos federais) em relação aos pagamentos realizados pela Prefeitura de

Itaquitinga/PE, no montante de R$ 328.282,91, por serviços prestados de transporte escolar no âmbito do Pregão Eletrônico nº 1/2014.

Observou-se ainda a liquidação e pagamento, por parte da municipalidade, de despesas sem

procedimentos de controle que comprovassem a efetiva prestação do serviço.

O presente relatório será encaminhado aos órgãos competentes para adoção das

providências cabíveis fora do âmbito da CGU.

Ministério da Transparência,

Fiscalização e Controladoria Geral

da União

Secretaria Federal de Controle Interno

Unidade Examinada: ITAQUITINGA GABINETE

PREFEITO

Introdução

1. Introdução

Este Relatório trata de demanda apresentada à Controladoria-Geral da União - CGU pelo

Ministério Público Federal, com o fito de se apurar a ocorrência de supostas irregularidades cometidas pela administração municipal de Itaquitinga/PE na aplicação de recursos e bens públicos, fato que ensejou a formalização do Processo nº 00215.001111/2014-21.

Considerando-se especificamente o teor da suposta irregularidade de que “a frota locada pela

Prefeitura seria de propriedade do Prefeito em nome de laranjas”, esta Controladoria aplicou procedimentos de verificação da regular aplicação de recursos federais nas despesas realizadas pela Prefeitura de Itaquitinga/PE em apoio ao transporte escolar dos alunos do ensino básico

público, ao longo dos exercícios de 2013, 2014 e 2015. Ressalte-se, contudo, que a administração municipal de Itaquitinga/PE, ao longo dos exercícios anteriormente citados,

somente fez uso de recursos federais para pagamento de despesas de transportes escolar, no decorrer do exercício de 2014.

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 28 de setembro a 23 de outubro de 2015 sobre a aplicação de recursos federais do programa 2030 - Educação Básica / 0969 - Apoio ao

Transporte Escolar na Educação Básica no município de Itaquitinga/PE.

Os exames foram realizados em estrita observância às normas de fiscalização aplicáveis ao

Serviço Público Federal, tendo sido utilizadas, dentre outras, técnicas de inspeção física e registros fotográficos, análise documental e realização de entrevistas.

Relatório de Demandas

Externas

Número do relatório: 201413211

1.1. Informações sobre a Ação de Controle

Ordem de Serviço: 201413211

Número do Processo: 00215.001111/2014-21

Município/UF: Itaquitinga/PE

Órgão: MINISTERIO DA EDUCACAO

Instrumento de Transferência: Não se Aplica

Unidade Examinada: ITAQUITINGA GABINETE PREFEITO

Montante de Recursos Financeiros: R$ 328.282,91

2. Resultados dos Exames

Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito responsável pela tomada de providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela existênc ia

de monitoramento a ser realizada por esta Controladoria.

2.1 Parte 1

Não houve situações a serem apresentadas nesta parte, cuja competência para a adoção de

medidas preventivas e corretivas seja dos gestores federais.

2.2 Parte 2

Nesta parte, a competência primária para adoção de medidas corretivas dos fatos

apresentados a seguir pertence ao executor do recurso federal descentralizado. Esclarece-

se que as situações relatadas são decorrentes de levantamentos necessários à adequada

contextualização das constatações relatadas na primeira parte.

Dessa forma, compõem o relatório para conhecimento dos Ministérios repassadores de

recursos federais, embora não exijam providências corretivas isoladas por parte das pastas

ministeriais. Destinam-se, ainda, para ciência dos Órgãos de Defesa do Estado com vistas à

tomada de providências no âmbito das respectivas competências. Esta Controladoria não

realizará o monitoramento isolado das providências saneadoras relacionadas a estas

constatações.

2.2.1. Liquidação e Pagamento por parte da Secretaria Municipal de Educação de

Itaquitinga/PE referente às despesas de transporte escolar realizadas no exercício de

2014, no valor de R$ 444.726,93, mediante a inexistência de procedimentos de controle e

fiscalização comprovando a efetiva prestação do aludido serviço.

Fato

A Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE, por meio do Processo Licitatório nº 002/2014

(Pregão Eletrônico nº 001/2014), celebrou junto à empresa R.U. Veras – Transportes (CNPJ: 06.165.352/0001-83), o Contrato nº 29/2014, de 20 de fevereiro de 2014, no valor de R$

790.797,08, com prazo de vigência até 31 de dezembro de 2014, objetivando a prestação de serviços de locação de veículos e administração do transporte escolar do município de Itaquitinga/PE.

Frise-se que os itens 7.3 e 7.4 do projeto básico contemplaram as ações previstas para serem

exercidas pela Prefeitura de Itaquitinga/PE, no que se refere à fiscalização da prestação do serviço em questão, conforme segue:

“7.3 Em todas as situações o Município de Itaquitinga promoverá permanente acompanhamento da prestação do serviço, a fim de garantir a qualidade dos trabalhos

realizados e satisfação do objeto licitado. 7.4 Para fins de fiscalização do serviço ora contratado o Município de Itaquitinga obedecerá,

além das normas legais retromencionadas, o disposto na Resolução TC 006/2013.”

Registre-se que nos incisos I, II e III do art. 2º da supracitada Resolução nº 006/2013, do Tribunal de Contas de Pernambuco, restaram disciplinados os procedimentos de controle interno exigidos das administrações municipais em relação ao serviço de transporte escolar

realizado tanto pelo sistema de execução direta como de forma indireta.

Dentre as ações de controle a serem implementadas pelos municípios, preconizados no normativo supra, ressalte-se a necessidade de a gestão municipal, adotar livros, fichas ou listagens computadorizadas para registro individualizado dos serviços de transporte escolar,

contendo informações previstas no anexo I e II da Resolução em tela, tais como: quantidade de rotas, extensão total, quantidade de veículos envolvidos, quantidade de alunos atendidos,

nome e CPF dos fiscais, dentre outros (inciso I). Dentre outros documentos, deve a administração municipal, manter o arquivamento em

separado e de forma individualizada, para cada prestador de serviço, bem como para os serviços executados de forma direta, de: cópia do projeto/termo de referência; comprovantes

dos recolhimentos fiscais, previdenciários e trabalhistas, quando houver; cópia da documentação relativa à atualização dos projetos que eventualmente ocorram; fichas de controle diário de execução, conforme modelo disponibilizado no anexo IV (inciso II).

Deve a gestão municipal também utilizar diário ou livro de ocorrências assinados por fiscal

designado pela administração, contendo os fatos relevantes ocorridos no desenvolvimento do serviço, tais como: substituição de motoristas, imprevistos, recomendações, sugestões e advertências, bem como a data, assinatura e identificação dos responsáveis pelo registro

(inciso III).

Tendo em vista obter os elementos necessários com vistas a avaliar os procedimentos de controle e fiscalização adotados pelo município de Itaquitinga/PE, apontados nos instrumentos e normativos supracitados, esta equipe de fiscalização, por meio das Solicitações

de Fiscalização – SF nº 201413213/02 (item 2); nº 201413211/03A (itens 1.2 e 1.3) e nº 201413211/04 (itens 1.1 e 1.2), requereu à Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE a

disponibilização dos seguintes documentos relativos ao exercício de 2014:

a) documentação comprobatória das despesas realizadas com recursos do FUNDEB, PNATE

e RECURSOS PRÓPRIOS com vistas à execução da ação “Apoio ao Transporte Escolar na Educação Básica” incluindo: notas de empenho/subempenho, notas fiscais, recibos, cheques,

comprovantes de transferências eletrônicas, comprovantes das retenções efetuadas, ou outros documentos que comprovem as despesas realizadas. (item 2 da SF nº 201413213/02);

b) mapas, planilhas, dados e tudo o mais que demonstrasse a realização de controle e fiscalização por parte da Prefeitura de Itaquitinga/PE (item 1.2 da SF nº 201413211/03A) e da

empresa R.U.Veras Transportes (item 1.1 da SF nº 201413211/04), das rotas previstas para o transporte escolar realizado pela frota própria e terceirizada;

c) apontamentos relativos aos horários de partida e chegada, a atrasos, às condições de segurança e conforto, de todas as rotas escolares realizadas tanto pela Prefeitura Municipal de

Itaquitinga/PE (item 1.3 da SF nº 201413211/03A) como pela empresa R.U.Veras Transportes (item 1.2 da SF nº 201413211/04) no exercício de 2014. Que fornecesse também, para cada rota, os horários previstos de partida e chegada.

Com vistas a atender ao requerido no item 2 da SF nº 201413213/02, a administração

municipal de Itaquitinga/PE disponibilizou os processos de despesas realizadas ao longo do exercício de 2014, decorrentes do Pregão Eletrônico nº 001/2014, que contemplou o transporte escolar para atender à educação básica (educação infantil, ensinos fundamental e médio) e ao

ensino universitário, os quais resultaram em pagamentos à empresa R.U.Veras Transportes no montante de R$ 422.039,92, sendo o valor de R$ 373.075,98, decorrentes de recursos próprios

e R$ 48.963,94, provenientes de recursos federais, no decorrer de fevereiro a outubro de 2014. Segue detalhamento das despesas empenhadas e pagas à empresa R.U.Veras Transportes, ao

longo do exercício de 2014, fazendo-se menção aos empenhos/subempenhos (empenho nº 199 contemplou pagamento às rotas da educação básica e o empenho nº 200 custeou pagamentos

de rotas universitárias), dos valores das notas fiscais, valores líquidos pagos, datas de pagamento e fonte de recursos.

Tabela 1- Pagamentos realizados à empresa R.U.Veras Transportes no exercício de 2014. Nº

Empenh

o/Subem

penho

Valor

Nota

Fiscal

(R$)

Valor

Líquido

Pago (R$)

Data de

Pagamento

Fonte de

Recursos (nº da

conta)

Observação

200/1 e

199/1

53.917,95 51.168,15 10/3/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)

Não foram apresentados

boletins de medição que

justifiquem este

pagamento.

200/2 e

199/2

64.701,54 61.401,77 7/4/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)

Não foram apresentados

boletins de medição que

justifiquem este

pagamento.

199/3 46.681,46 46.681,46 7/5/2014 Recursos

próprios (conta

nº 10.090-0)

Foi apresentado boletim de

medição sem constar

assinatura de um

representante da

administração e da empresa

contratada, bem como sem

estar acompanhado da

respectiva memória de

cálculo.

200/3 14.830,39 11.693,29 7/5/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)



assinatura de um

representante da





cálculo.

199/4 51.595,30 48.963,94 3/6/2014 Recursos

federais (conta

PNATE nº

11.222-4)



assinatura de um

representante da





cálculo.

200/4 17.108,17 16.235,66 3/6/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)



assinatura de um

representante da





cálculo.

199/5 19.655,35 18.652,93 3/7/2014 Recursos

próprios (conta

nº 16.461-5)



assinatura de um

representante da





cálculo.

200/5 14.918,56 14.157,72 3/7/2014 Recursos

próprios (conta

nº 16.461-5)



assinatura de um

representante da





cálculo.

199/6 38.848,98 36.867,69 5/8/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)

Não foi apresentado

boletim de medição que

justifique este pagamento.

199/7 37.083,12 35.191,88 2/9/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)




200/6 17.108,17 16.235,66 2/9/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)




199/8 51.595,30 48.957,94 2/10/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)




200/7 16.682,64 15.831,83 2/10/2014 Recursos

próprios (conta

nº 73.085-8)




Total-R$ 444.726,93 422.039,92

Fonte: Dados repassados pela Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE.

Do exposto, resta evidenciado que a falta de apresentação de boletins de medição, que a disponibilização dos mesmos sem conter a assinatura de responsável e sem estar

acompanhados das respectivas memórias de cálculo, infringe as exigências do prescrito no § 7º, art. 2º da Resolução TCE nº 006/2013, que dispõe:

“os boletins de medição, que correspondem à fase de liquidação da despesa, deverão conter a data de aferição/emissão, o período correspondente à realização dos serviços e as

assinaturas de um representante da Administração, de um representante do contratado e do responsável pela fiscalização dos serviços. É necessário também que estejam acompanhados das respectivas memórias de cálculo, demonstrando detalhadamente a metodologia utilizada

para a aferição dos serviços autorizados.”

Em resposta ao requerido nas Solicitações de Fiscalização nº 201413211/03A e 201413211/04, a Secretaria Municipal de Educação de Itaquitinga/PE apresentou dois expedientes s/n e respectivos anexos, de 9 e 17 de novembro de 2015, respectivamente, onde

não se fizeram constar os documentos solicitados por esta Controladoria, nem mesmo justificativa para a falta de apresentação deles.

Assim sendo, evidencia-se que a falta de apresentação de fichas de controle diário de execução; de livro de ocorrências assinados por fiscal designado pela administração, de

apresentação de boletins de medição e respectivas memórias de cálculo, denota falhas no processo de controle e fiscalização por parte da Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE em

relação aos serviços de transporte prestados pela empresa R.U.Veras Transportes, infringindo os preceitos instituídos nos incisos I, II e III e § 7º do art. 2º da Resolução nº 006/2013, do Tribunal de Contas de Pernambuco.

Ademais, registre-se que a falta de comprovação por parte da Prefeitura Municipal de

Itaquitinga/PE de criação de mecanismos de controle evidenciando o respectivo acompanhamento permanente da prestação do serviço de transporte em tela, desatende à exigência prescrita no item 7.3 do projeto básico do Pregão Eletrônico nº 001/2014, conforme

teor transcrito a seguir.

“7.3 Em todas as situações o Município de Itaquitinga promoverá permanente acompanhamento da prestação do serviço, a fim de garantir a qualidade dos trabalhos realizados e satisfação do objeto licitado.”

Devemos atentar para o teor dos artigos 62 e 63 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, os

quais disciplinam as condições que a administração pública deve observar tendo em vista a execução das fases de liquidação e pagamento das despesas públicas, conforme transcrição a seguir:

“ (....)

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor

tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:

I – a origem e o objeto do que se deve pagar; II – a importância exata a pagar;

III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:

I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;

II – a nota de empenho; III – os comprovantes de entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.”

Com base nos dispositivos supra, depreende-se que os pagamentos das despesas de serviços

de transporte realizados pela Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE, somente poderiam ocorrer após a verificação do direito adquirido pela empresa R.U.Veras Transportes.

É importante lembrar que tal verificação se materializa por meio do exame dos documentos comprobatórios da prestação efetiva do serviço de transporte, quais sejam: o contrato, nota de

empenho e comprovantes da prestação efetiva do serviço. O fato é que a Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE ao apresentar boletins de medição sem

assinaturas e respectivas memórias de cálculo, ao não disponibilizar fichas de controle diário de execução, livro de ocorrências assinados por fiscal designado pela administração ou mesmo

mapas, planilhas e dados que demonstrassem a realização de ações de controle e fiscalização pela administração municipal, deixou de apresentar os elementos necessários que evidenciassem que as fases de liquidação e pagamento das despesas de serviços de transporte

escolar no município de Itaquitinga/PE, ao longo do exercício de 2014, cumpriram os preceitos contidos nos artigos 62 e 63 da Lei nº 4.320/1964.

Sendo assim, esta Controladoria manifesta a opinião de que a falta de comprovação da efet iva liquidação de despesas de transporte escolar, no exercício de 2014, impede atestar a devida correspondência entre as despesas realizadas Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE em favor da empresa R.U.Veras Transportes, no valor de R$ 444.726,93 e os alegados serviços

prestados.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 85/2016, de 17 de maio de 2016, A Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE apresentou a seguinte manifestação:

“ Quanto ao item da fiscalização é de bom alvitre, inicialmente, informar que o empenho nº 199/4, com valor da Nota Fiscal de R$ 51.595,30 e valor líquido pago de R$ 48.963,94, no

dia 03/06/2014, pago através da conta PNATE nº 11.222-4, apresentado na TABELA 1 do relatório preliminar, foi realizado no mesmo dia 03/06/2014 transferência no mesmo valor

de R$ 48.963,94 da conta corrente do Município de recursos próprios c/c nº 73085-8 para

conta do PNATE nº 11.222-4 referente ao crédito do empenho 199/4, conforme cópia do

extrato da conta PNATE acostada.

Com a transferência da conta de recurso próprio para conta do PNATE no mesmo dia que foi realizado o pagamento restou configurada a inexistência de pagamento de Recursos

Federais para transporte escolar durante o período relacionado na ordem de serviço referenciada.

Quanto a evidência constatada na fiscalização de falta de apresentação de boletins de medição, que a disponibilização dos mesmos sem conter a assinatura de responsável e sem

estar acompanhados das respectivas memórias de cálculo, infringe as exigências no § 7º, Art. 2º da Resolução TCE n° 006/2013, o Município esclarece que processamento das despesas

contém:

- Enviou de ofício da Secretaria de Educação para Secretaria de Finanças com Boletim de

Medição contendo: Rota, itinerário, veículo, total de Km rodado, preço por Km, valor diário, número de dias letivos do Mês de referência e valor mensal por rota;

- Emissão de Nota Fiscal da empresa concordando com valor informado boletim de medição;

- Atesto que o serviço foi realizado por servidor responsável, através do carimbo na nota fiscal emitida pela empresa.

Observa-se que o Município de forma própria consegue realizar o cumprimento das exigências da Resolução do TCE no momento em que a Secretária de Educação encaminha

o ofício contendo o boletim de Medição com a data da aferição, período correspondente ao serviço, figura como representante da Administração, a empresa emite a Nota Fiscal no Valor

apresentado no boletim, concordo com o serviço e valor apresentado e o fiscal atesta o serviço através do carimbo na Nota Fiscal, figura como responsável pela fiscalização do serviço.

Os meses em que a auditoria não constatou o boletim de medição, relacionados na TABELA

1, o Município acosta neste momento para comprovação, em anexo. Por fim esclarecemos que não houve despesas provenientes de recursos federais referente às

despesas de transporte escolar para o período relacionado pela auditoria, bem como que a liquidação e pagamento foi precedido de controle e fiscalização comprovando a efetiva

prestação do aludido serviço. Observa-se, no caso, a boa-fé dos servidores Municipais em formalizar a liquidação das

despesas em obediência a legislação e que o conjunto dos atos e documentos comprovam a existência do controle dos serviços. ”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Tendo em vista a manifestação do gestor no que se refere aos fatos apontados nesta

constatação, esta equipe de fiscalização faz registrar os seguintes comentários:

No que tange ao relato do gestor de que: “ Com a transferência da conta de recurso próprio

para conta do PNATE no mesmo dia que foi realizado o pagamento restou configurada a inexistência de pagamento de Recursos Federais para o transporte escolar (....)”, registre-se,

inicialmente, que cabe a esta Controladoria a competência institucional de avaliar a conformidade das ações executadas pelos municípios no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).

Sendo assim, ao analisar o balancete contábil e os extratos bancários da conta específica do

PNATE nº 11222-4, agência nº 1792, Banco do Brasil, relativamente aos exercícios de 2013 e 2014, verificou-se que em 31/12/2013 a referida conta evidenciava um saldo de R$ 60.764,04 (repasse do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE + aplicação

financeira), sem que a Prefeitura de Itaquitinga/PE, ao longo do referido exercício, tenha utilizado os valores repassados pelo FNDE para pagar serviços de transporte escolar.

Acrescente-se que em 31/05/2014 o balancete da conta contábil do PNATE registrava um saldo de R$ 67.199,26, que somado ao montante de R$ 51.418,13 creditado no dia 03/06/2014

(sendo R$ 48.963,94, proveniente de transferência da conta nº 73.085-8 - recursos próprios da Prefeitura de Itaquitinga/PE e R$ 2.454,19, decorrente de repasse do FNDE) alcançou a soma

de R$ 118.617,39. A partir do supracitado saldo de R$ 118.617,39, que representava o somatório dos recursos

vinculados ao PNATE, restou efetuado pela Prefeitura de Itaquitinga/PE o pagamento à empresa prestadora do serviço de transporte escolar, no valor de R$ 48.963,94.

Assim sendo, entendemos que o mais relevante neste debate é o fato de que todo e qualquer recurso depositado na conta nº 11222-4, agência nº 1792-2, visam atender ao custeio do

PNATE, instituído pela Lei Federal nº 10.880, de 9 de junho de 2004, cabendo a este Órgão de Controle Interno, em última análise, avaliar a regular e efetiva aplicação dos valores nela

movimentados. No que se refere à liquidação e pagamento, por parte da Prefeitura de Itaquitinga/PE, das

despesas referentes ao transporte escolar no valor de R$ 444.726,93, ao longo do exercício de 2014, mediante a falta de comprovação de efetivos controles de fiscalização capazes de atestar

a devida correspondência entre os serviços prestados e os respectivos valores pagos, registre -se que o gestor municipal, ao prestar seus esclarecimentos, deixou de apresentar fatos novos que pudessem elidir a constatação em tela.

O gestor corroborou nos argumentos apresentados que o processamento das despesas de

transporte escolar ocorre por meio, tão somente, da formalização e apresentação de boletins de medição (contendo dados relativos à rota, itinerário, total do Km mensal rodado, preço por Km, número de dias letivos e valor total mensal) e respectivas notas fiscais.

Sendo assim, esta Controladoria mantém o entendimento de que a Prefeitura de Itaquitinga/P E

deixou de adotar mecanismos de controle com vistas a atender ao disposto nos incisos I, II e III do art. 2º da Resolução nº 6/2013, do Tribunal de Contas de Pernambuco, conforme detalharemos a seguir:

a) tomando por base o prescrito no supracitado inciso I, o gestor não comprovou a existênc ia

de livros, fichas ou listagens computadorizadas contendo as informações relacionadas em conformidade com o modelo proposto do anexo I da referida Resolução, a exemplo de:

quantidade de alunos atendidos, nome e CPF do fiscal designado pela administração, número

do documento de autorização de despesa, número do documento de pagamento, número do documento fiscal comprobatória da despesa, dentre outros;

b) tendo como parâmetro o previsto no supracitado inciso II, o gestor não apresentou documentação comprobatória discriminando as rotas (e variações em seus turnos e sentidos),

veículos (especificações técnicas dos veículos, detalhando: tipo, número sequencia l identificador por tipo, rota(s) a ser(em) atendida(s), idade máxima aceitável e capacidade de

transporte) e itinerários a serem contratados, conforme modelo constante no Anexo III da

Resolução nº 006/2013 em exame.

De acordo com o modelo proposto no supracitado Anexo III da Resolução em discussão, a

Prefeitura de Itaquitinga/PE deveria elaborar planilha de controle contendo os seguintes dados e informações por rota, dentre outros:

1) Discriminação dos turnos-sentidos (manhã - ida e volta; tarde - ida e volta, noite – ida e volta);

2) Quantidade de alunos previstos de serem atendidos por cada veículo, em cada turno-sentido

e itinerário; 3) Distância percorrida por cada veículo, em cada turno-sentido e itinerário, desde o embarque

do primeiro aluno até o desembarque do último;

4) Distância total diária percorrida por todos os veículos que atendem a rota em todos os seus turnos-sentidos e itinerários, correspondendo a soma das distâncias percorridas por cada um dos veículos em cada turno-sentido da rota;

5) Informações sobre o ponto notável referente ao embarque do primeiro aluno no início de

um turno-sentido, detalhando, para isso, suas discriminações (exemplo: sede da Prefeitura ), região onde estão inseridos (por exemplo, distrito São José, sede, sítio São José) e suas coordenadas geodésicas (latitude e longitude em grau, minuto e segundo);

6) Informações sobre os pontos notáveis intermediários que se achar necessário para

identificação do itinerário, por meio de coordenadas geodésicas. Os referidos pontos notáveis deverão identificar as escolas da rota e os pontos correspondentes a mudança de revestimento da estrada.;

7) Distância, em quilômetros, entre os dois pontos notáveis imediatamente precedentes na

tabela; 8) Tipo de estrada entre o ponto notável considerado e o seu precedente na tabela, sendo

pavimentada (PV) e não-pavimentada (NPV);

9) Informações sobre o ponto notável referente ao desembarque do último aluno no fim de um turno-sentido, detalhando, para isso, sua discriminação, região e duas coordenadas geodésicas.

Ainda de acordo com o inciso II da Resolução sob exame, a Prefeitura de Itaquitinga/P E deveria elaborar e comprovar a composição analítica dos preços do quilômetro rodado a ser

pago ao contratado para cada uma das rotas, levando em conta que todos os valores lançados na composição dos preços obrigatoriamente devem estar acompanhados de memorial de

cálculo que justifiquem o valor utilizado. Além disso, deveriam ter explicitado todas as fontes

de consulta utilizadas na obtenção dos parâmetros necessários, tais como manuais e tabelas de fabricantes que informem a vida útil de peças e periodicidade de serviços.

c) no que tange ao teor do inciso III, ressalte-se que o gestor municipal de Itaquitinga/PE não comprovou a adoção de diário ou livro de ocorrências, numeradas e com papel carbono,

rubricadas, contendo termo de abertura e de encerramento, assinados pelo fiscal designado pela Administração, constando o que segue:

10) todos os fatos relevantes ocorridos no desenvolvimento do serviço, tais como: substituição de veículos, acidentes, registros de faltas e atrasos, alterações de rotas, substituição de motoristas, imprevistos, recomendações, sugestões e advertências;

11) data, assinatura e identificação dos responsáveis pelo registro.

Do exposto, restou evidenciado a fragilidade e inconsistência do argumento apresentado pelo gestor de que o município cumpria as exigências da Resolução do TCE ao providenciar o

encaminhamento do boletim de medição e nota fiscal atestada pelo fiscal responsável, conforme transcrito a seguir:

“Observa-se que o Município de forma própria consegue realizar o cumprimento da

Resolução do TCE no momento em que a Secretária de Educação encaminha o ofício

contendo o boletim de medição com a data de aferição, período correspondente ao serviço, figura como representante da Administração, a empresa emite a nota fiscal no valor

apresentado no boletim, concorda com o serviço e valor apresentado e o fiscal atesta o serviço através do carimbo na nota fiscal, figura como responsável pela fiscalização do serviço.” (grifo nosso)

No que se refere à falta de apresentação de boletins de medição relativos ao exercício de 2014,

o gestor apresentou a seguinte justificativa: “Os meses em que a auditoria não constatou o boletim de medição, relacionados na TABELA

1, o município acosta neste momento para comprovação, em anexo.”

Do exame da documentação anexada ao Ofício nº 85/2016, de 17/05/2016, verificou-se que dos 7 (sete) boletins de medição relacionados por esta Controladoria como não apresentados, apenas 3 (três) foram disponibilizados pelo gestor, conforme detalhamento a seguir:

Nº Empenho/Sub-empenho

Valor da Nota Fiscal (R$)

Fonte de Recursos Observação

200/1 e 199/1 53.917,95 Recursos próprios

(conta nº 73.085-8)

Mantemos a constatação

de que não houve a entrega do respectivo

boletim de medição.

200/2 e 199/2 64.701,54 Recursos próprios (conta nº 73.085-8)

Mantemos a constatação de que não houve a entrega do respectivo


199/6 38.848,98 Recursos próprios (conta nº 73.085-8)

Mantemos a constatação de que não houve a

entrega do respectivo



Mantemos a constatação de que não houve a entrega do respectivo



O gestor apresentou o boletim de medição,

contudo, sem consignar nenhuma assinatura e/ou carimbo atestando a sua

formalização.



contudo, sem consignar nenhuma assinatura e/ou

carimbo atestando a sua formalização.



contudo, sem consignar nenhuma assinatura e/ou

carimbo atestando a sua formalização

Dessa forma, em que pese o gestor municipal ter apresentado parcialmente os boletins de medição relacionados por esta Controladoria, ressalte-se que, ainda assim, restou identificada

a infringência por parte da Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE ao disposto no parágrafo 7º do inciso III da Resolução nº 6/2013 do TCE/PE, tendo em vista a falta nos boletins de medição da aposição de assinaturas de um representante da Administração, de um

representante do contratado e do responsável pela fiscalização dos serviços, bem como pelo fato de não estarem acompanhados das respectivas memórias de cálculo, demonstrando

detalhadamente a metodologia utilizada para a aferição dos serviços executados. Por fim, frise-se que esta Controladoria mantém a constatação de que a falta de comprovação

do permanente acompanhamento da prestação do serviço em tela e da efetiva liquidação de despesas de transporte escolar, no exercício de 2014, impede atestar a devida correspondência

entre as despesas realizadas pela Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE em favor da empresa R.U. Veras Transportes, no valor de R$ 444.726,93 e os alegados serviços prestados. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.2. Superfaturamento aproximado de R$ 145.294,61 (sendo R$ 122.459,09,

envolvendo recursos próprios e R$ 22.835,52, contemplando recursos federais) em

relação aos pagamentos realizados pela Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE à

empresa R.U. Veras Transportes no montante de R$ 328.282,91 por serviços prestados

de transporte escolar no âmbito do Pregão Eletrônico nº 1/2014.

Fato

Por meio da realização do Pregão Eletrônico nº 1/2014 (processo licitatório nº 2/2014), cujo

objeto versa sobre a contratação de empresa especializada para locação de veículos e administração do transporte escolar pelo prazo de 12 (doze) meses, a Prefeitura Municipal de

Itaquitinga/PE celebrou junto à empresa R.U. Veras Transportes, o Contrato nº 29/2014, de 20 de fevereiro de 2014, no valor de R$ 790.797,08.

Cumpre destacar que fez parte do projeto básico do certame em tela, um Relatório Técnico contendo dados provenientes do mapeamento de 18 (dezoito) rotas de transporte escolar,

incluindo itinerários para atender ao ensino fundamental, médio e universitário, bem como detalhando o tipo de piso (primário/terra, pavimento e asfalto) ao longo da extensão das referidas rotas, por meio da utilização de recursos tecnológicos de georreferenciamento,

conforme detalhamento a seguir:

Tabela 1- Composição da extensão por dia (Km) de rotas escolares

Rota

Itinerário

Extensão por dia (Km)

Primário Pavimento Asfalto Total

Total

p/viagem

(ida e

volta)

Nº de

viagens

estimada

s

Total

da rota

(Km)

1 Caic-Incra

(manhã/tar

de)

19,29 1,47 0,14 20,90 41,80 2 83,60

2 Caic-Incra

(noite)

37,71 4,43 0,41 42,54 42,54 2 85,09

3 Chã de

Sapé –

Caic

27,19 1,89 0,27 29,35 58,69 2 117,39

4 Caic-Chã

de Sapé

36,60 2,41 0,08 39,09 78,18 2 156,36

5 Chã de

Sapé –

Caic

7,66 2,14 0,36 10,16 20,32 2 40,64

6 Caic-Chã

de Sapé-

Carobé-

Chã de

Sapé

18,73 3,36 0,23 22,32 44,63 2 89,26

7 Chá de

Sapé-

Goiana

(Faculdade

)

15,02 3,27 2,89 21,19 42,38 2 84,75

8 Faculdade

Goiana-

Itaquitinga

Centro

0,00 2,58 26,78 29,36 58,72 1 58,72

9 Itaquitinga

-Centro-

Engenhos-

Caic

37,48 3,00 1,22 41,71 83,41 2 166,82

10 Caic-

Engenhos-

Carobé de

Baixo

20,77 2,50 0,27 23,53 47,07 2 94,14

11 Chã de

Sapé-

22,19 2,48 0,28 24,95 49,90 2 99,80

Carobé de

Baixo-

Engenhos-

Itaquitinga

-Caic

12 Itaquitinga

-Centro

(manhã e

tarde)

0,16 4,26 1,22 5,63 11,27 2 22,53

13 Itaquitinga

-Centro

(noite)

0,16 4,26 1,22 5,63 11,27 1 11,27

14 Itaquitinga

-Recife

0,00 2,05 105,58 107,64 215,27 1 215,27

15 Carpina-

Itaquitinga

0,00 2,07 29,29 31,36 62,71 1 62,71

16 Itaquitinga

-Terra

Preta-

Pasta-Caic

(manhã,

tarde e

noite)

20,22 1,34 13,98 35,53 71,07 3 213,20

17 Itaquitinga

-Pedras de

Fogo

0,00 4,65 47,74 52,39 104,77 1 104,74

18 Itaquitinga

-João

Pessoa

0,00 2,88 81,61 84,49 168,98 1 168,98

Obs:

Rotas dos alunos do ensino fundamental e médio (1,2,3,4,5,6,9,10,11,12,13 e 16)

Rotas dos alunos universitários (7,8,14,15,17 e 18)

Registre-se que os totais das extensões diárias (Km) das supracitadas rotas, combinados com

o preço unitário do Km percorrido (obtido em função da composição de custos elaborada por rota) e a quantidade de 220 dias por ano (10 meses de 22 dias), serviram de base para a

definição do orçamento deste objeto pela Prefeitura de Itaquitinga/PE no valor de R$ 1.129.708,78, bem como de parâmetro para a definição do valor de R$ 790.797,08, pactuado no Contrato nº 29/2014, conforme equação demonstrada a seguir:

Valor Anual da Rota R$ = Total Rota por dia (Km) x 220 dias x Preço Unitário do Km

Em análise às despesas de transporte escolar referente ao exercício de 2014, verificou-se que

a Prefeitura de Itaquitinga/PE, no âmbito do Contrato nº 29/2014, efetuou pagamentos à empresa R.U. Veras Transportes e recolheu tributos (ISS e IRRF) pelos serviços prestados de

transporte escolar referentes aos meses de fevereiro a setembro/2014, no montante de R$ 444.726,93 (sendo R$ 328.282,91, referentes às rotas percorridas para atender ao ensino fundamental e médio e R$ 116.444,02, atinentes às rotas para atender ao ensino universitário ),

conforme demonstrado a seguir:

Tabela 2- Total das notas fiscais emitidas e pagas em favor da empresa R.U. Veras Transportes envolvendo rotas escolares do ensino fundamental, médio e universitário no exercício de 2014

Valor Empenhado e Pago (R$)

Nº Nota

Fiscal

Valor da

NF (R$)

Nº

Empenho/S

ubempenho

Rotas ensino

fundamental

e médio

Rotas ensino

universitário

Data de

Pagamento

Fonte de

Recursos

146, de

6/6/2014 53.917,95

200/1 - 13.494,27 10/3/2014 Municipal

(próprio)

199/1 40.423,68 - 10/3/2014 Municipal

(próprio)

152, de

2/4/2014 64.701,54

200/2 - 22.301,82 7/4/2014 Municipal

(próprio)

199/2 42.399,72 - 7/4/2014 Municipal

(próprio)

184, de

6/5/2014

46.681,46 199/3 46.681,46 - 7/5/2014 Municipal

(próprio)

185, de

6/5/2014

14.830,39 200/3 - 14.830,39 7/5/2014 Municipal

(próprio)

193, de

3/6/2014

51.595,30 199/4 51.595,30 - 3/6/2014 Federal

(Pnate)

194, de

3/6/2014

17.108,17 200/4 - 17.108,17 3/6/2014 Municipal

(próprio) 222, de

3/7/2014

19.655,35 199/5 19.655,35 - 3/7/2014 Municipal

(próprio) 223, de

3/7/2014

14.918,56 200/5 - 14.918,56 3/7/2014 Municipal

(próprio) 239, de

4/8/2014

38.848,98 199/6 38.848,98 - 5/8/2014 Municipal

(próprio)

247, de

1/9/2014

37.083,12 199/7 37.083,12 - 2/9/2014 Municipal

(próprio)

248, de

1/9/2014

17.108,17 200/6 - 17.108,17 2/9/2014 Municipal

(próprio)

268, de

1/10/2014

51.595,30 199/8 51.595,30 - 2/10/2014 Municipal

(próprio)

267, de

1/10/2014

16.682,64 200/7 - 16.682,64 2/10/2014 Municipal

(próprio)

Total (R$) 444.726,93 - 328.282,91 116.444,02

Objetivando avaliar a legalidade e adequação das despesas realizadas no âmbito do Contrato

nº 29/2014, especificamente, no que se refere à execução e pagamento das rotas destinadas aos alunos do ensino fundamental e médio (1,2,3,4,5,6,9,10,11,12,13 e 16), esta equipe de fiscalização, acompanhada por servidor designado pela Prefeitura de Itaquitinga/PE, adotou o

procedimento de percorrer e aferir a extensão das referidas rotas ao longo do período de 19 a 23 de outubro de 2015.

Frise-se que ao final do mapeamento realizado por meio de instrumento de georreferenciamento das supracitadas rotas, constatou-se divergência de itinerário e

distância (Km) entre rotas contratadas e pagas em comparação com os percursos efetivamente realizados à época pelos veículos da empresa R.U. Veras Transportes.

Acrescente-se que as discrepâncias de distância e itinerário relacionadas a seguir foram consignadas em Relatório elaborado por esta equipe de fiscalização, cujo teor restou anuído

pela Secretária Municipal de Educação de Itaquitinga/PE.

Tabela 3- Comparativo de descrições de itinerários e extensões entre as rotas escolares (ensino fundamental e médio) contratadas e as medidas pela CGU

Demonstrativo das Rotas escolares (ensino

fundamental e médio) com base na planilha

de preços da contratada

Demonstrativo das Rotas escolares (ensino

fundamental e médio) com base nas inspeções

realizadas pela CGU

Rota Itinerário Extensão

da rota por

dia (Km)

Rota Itinerário Extensão

da rota por

dia (Km)

1 Caic-Incra (manhã e

tarde) 83,60 1

Caic-Engenho Santo

Antônio-Chá de Sapé-Incra 156,6

2 Caic-Incra (noite)

85,09 2 Caic-Chá de Sapé-Incra-

retornando ao Caic 46,4

3 Chã de Sapé - Caic

117,39 3 Caic-Chã de Sapé-


4 Caic-Chã de Sapé

156,36 4 Caic-Chã de Sapé-


5 Chã de Sapé - Caic 40,64 5 Caic-Chã de Sapé 10,2

6 Caic-Chã de Sapé-

Carobé-Chã de Sapé 89,26 6

Chã de Sapé-Carobé-Caic 12,0

9

Itaquitinga-Centro-

Engenhos-Caic 166,82 9

Itaquitinga (rua da união)-

Engenho Santo Antônio-Chã

de Sapé-Engenho Carobé-

Incra-Caic

156,3

10 Caic-Engenhos-Carobé

de Baixo 94,14

10 e

11

Caic-Carobé de baixo-

Engenho Veneza-Caic

119,4

11

Chã de Sapé-Carobé de

Baixo-Engenhos-

Itaquitinga-Caic

99,80

12 Itaquitinga-Centro

(manhã e tarde) 22,53 12

Itaquitinga-Centro (manhã e

tarde) 22,53

13 Itaquitinga-Centro

(noite) 11,27 13

Itaquitinga-Centro (noite) 11,27

16

Itaquitinga-Terra Preta-

Pasta-Caic (manhã, tarde

e noite)

213,20 16

Itaquitinga (posto)-Terra

Preta-Carau-Pasta-Caic 82,3

Total Geral 1.180,10 Total Geral 657,80

Do exposto, ressalte-se que dos 10 (dez) roteiros escolares percorridos por esta equipe de

fiscalização (considerando que as rotas 10 e 11 correspondem a um único percurso), 7 (sete) apresentaram percursos inferiores aos apontados no Contrato nº 29/2014, 1 (um) revelou uma extensão maior que a contratada e 2 (dois) registraram igualdade de distâncias contratadas e

aferidas, de forma que em relação ao total das rotas em tela, o somatório das extensões diárias contratadas importou em 1.180,10 Km em contraposição ao montante diário de 657,80 Km

apurado por esta Controladoria, evidenciando a confirmação por esta equipe de fiscalização de tão somente 55,74% (657,80/1.180,10x100) dos quilômetros diários contratados e pagos pela Prefeitura de Itaquitinga/PE à empresa R.U. Veras Transportes.

Com vistas a identificar o montante da extensão das 10 (dez) rotas sob comento no período

de fevereiro a setembro de 2014, procedeu-se a multiplicação das extensões diárias de 1.180,10 Km e 657,80 Km por 145 dias letivos (correspondentes ao somatório dos dias letivos de fevereiro a setembro/2014), resultando nos totais respectivos de 171.114,50 Km e

95.381,00 Km para o período em exame.

Utilizando-se de um cálculo de proporcionalidade envolvendo as variáveis: quilômetro s percorridos e valor total pago no período de fevereiro a setembro/2014, tem-se que o total pago pela Prefeitura de Itaquitinga/PE no valor de R$ 328.282,91(tabela 2 - rotas do ensino

fundamental/médio) correspondeu à 171.114,50 Km, e que, estendendo este raciocínio para o total de 95.381,00 Km apurados por esta Controladoria, as despesas de transporte incorreriam

em R$ 182.988,30 (R$ 328.282,91*(95.381,00/171.114,50), evidenciando, um

superfaturamento aproximado de R$ 145.294,61 (R$ 328.282,91-R$ 182.988,30), conforme

equação descrita a seguir:

171.114,50 Km equivale a R$ 328.282,91 e 95.381,00 Km corresponde a R$ 182.988,30, aplicando-se a representatividade de 55,74% (95.381,00/171.114,50)

Frise-se, por fim, que a participação da despesa custeada com recurso federal no valor de R$ 51.595,30 (tabela 2 – empenho nº 199/4 - nota fiscal nº 193) em relação ao montante das

despesas pagas à empresa R.U. Veras Transportes no valor de R$ 328.282,91, relativame nte aos serviços prestados entre fevereiro a setembro/2014, alcançou o índice de aproximados 15,7167%, de forma que aplicando tal participação no superfaturamento global de R$

145.294,61, apura-se um faturamento excessivo de recursos federais de R$ 22.835,52. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 85/2016, de 17 de maio de 2016, A Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE apresentou a seguinte manifestação:

“Com bem asseverado na auditoria o Município realizou procedimento licitatório para

contratação de transporte escolar no ano de 2014, através do Pregão Eletrônico nº 01/2014, onde sagrou-se vencedora a empresa R U VERAS TRANSPORTES LTDA, tendo firmado contrato nº 29/2014.

Para atendimento as exigências legais o Município contratou empresa para fazer o projeto

básico para detalhamento o tipo de piso (primário, pavimentado e asfalto) ao longo da extensão das referidas rotas, por meio da utilização de recursos tecnológicos de georreferenciamento.

Consta na auditoria que objetivando avaliar a legalidade e adequação das despesas

realizadas no âmbito do Contrato, especialmente as rotas destinadas aos alunos do ensino fundamental e médio (Rotas 1, 2, 3, 4, 5, 9, 10, 11, 12, 13 e 16) adotou o procedimento de percorrer e aferir a extensão das referidas rotas ao longo do período de 19 a 23 de outubro

de 2015.

Segundo os auditores 07 rotas apresentaram percursos inferiores aos apontados no Contrato, 01 revelou extensão maior que a contratada e 02 registraram igualdade de distância contratadas e aferidas, de forma que em relação ao total das rotas, o somatório das extensões

diárias contratadas importou em 1.180,10 Km em contraposição ao montante diário de 657,80 Km apurado, evidenciando apenas 55,74% dos Km diários contratados e pagos pela

Prefeitura a empresa RU Veras Transportes, finalizando um prejuízo de R$ 145.296,61. Consoante pode verificar pela TABELA 3 (comparativo de descrições de itinerários e

extensões entre as rotas escolares contratadas e as medidas pela CGU) fica fácil verificação que as Rotas aferidas no dia 19 a 25 de outubro de 2015 não foram as executadas no contrato

para o exercício de 2014. Observa-se na tabela realizada pela auditoria a Rota 1 com itinerário de Caic-Incra (via

engenho Santo Antônio) seria de 156,6 Km e a Rota 02 Caic-Incra (via Chã de Sapé) seria 46,6 Km, ensejando uma quilometragem distintas para um mesmo destino dependendo do

percurso que fosse tomado.

Em 2014 o percurso executado na Rota 1 foi exatamente o que consta no projeto básico.

[...] Se pegarmos os pontos Caic e Incra em linha reta sem considerar as voltas e percursos para

cada aluno seria uma determinada quilometragem e se considerarmos os pontos de embarque e desembarque dos alunos relacionados no projeto básico e na forma do percurso executado

será outra. [...]

A rota 02 do contrato apesar de ser Caic/Incra o percurso executado foi outro, senão

vejamos: Na rota 02 existe alunos em locais diversos da Rota 1 por isso as quilometragens são

diferentes e o percurso também, sendo uma volta bem maior.

Quanto a rota 03 a auditoria considerou o itinerário ligando o ponto Chã de Sapé – Caic de forma direta sem considerar o percurso existente no projeto básico e no executado em 2014, que era com várias entradas para pegar alunos com percurso completamente diferente, sendo

o correto abaixo:

[...] Os percursos executados das Rotas 04, 05, 06, 09, 10, 11 e 16 segue a mesma linha de

raciocínio das mencionadas anteriormente, conforme CD acostado contendo as ROTAS do projeto básico da licitação e executado em 2014.

Com a queda da receita do Município no final de 2014 motivada pela revogação da liminar dos royalties do petróleo (devidos em face da exploração de gás natural, nos moldes

estabelecidos pelas Leis nº 7.990/89 e nº 9.478/97, por ser ele detentor de instalações de transporte ou transferência (dutos) de gás natural – Processo nº 0005203-492007.4.05.8300),

que resultou na perda de receita na média de R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais) mensais, o transporte escolar acabou realizando um brusca modificação em suas

rotas, tendo a secretaria de educação realizar o serviço com seu próprio veículos e refazendo

completamente os itinerários em 2015, para adequação de sua nova realidade.

No ano de 2015, o Município adquiriu ônibus para transporte escolar e por várias vezes teve que alterar as rotas para melhor adequar o transporte escolar, tendo a auditoria realizado itinerário distinto dos executados em 2014.

Os percursos efetivados e devidamente pagos em 2014 são a realidade à época do serviço e

não o percurso ligando os pontos diretos de cada localidade sem considerar os embarques de alunos para cada localidade.

PELO EXPOSTO NÃO HOUVE QUALQUER SUPERFATURAMENTO NO

TRANSPORTE ESCOLAR.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Do exame da argumentação apresentada pelo gestor acerca do superfaturamento aproximado de R$ 145.294,61 apontado por esta Controladoria em relação aos pagamentos realizados pela

Prefeitura de Itaquitinga/PE à empresa R.U. Veras Transportes, que totalizaram o valor de R$ 328.282,91, ao longo do exercício de 2014, em função do transporte escolar de alunos do ensino fundamental e médio, observa-se que a administração municipal de Itaquitinga/P E

manteve o entendimento de que o cálculo do referido montante de R$ 328.282,91 tomou por base, de forma acertada, a extensão das rotas previstas no projeto básico do Pregão

Eletrônico nº 1/2014 (processo licitatório nº 2/2014). Registre-se que o gestor asseverou em sua resposta que as rotas 1,2,3,4,5,6,9,10,11,12,13 e 16

(ensino fundamental e médio) foram executadas em obediência ao traçado gráfico definido no relatório técnico contido no projeto básico, conforme se depreende de trechos da sua resposta

transcritos a seguir, contudo, sem apresentar documentação comprobatória evidenciando o alegado percurso das rotas em exame, ao longo do exercício de 2014.

“ Em 2014 o percurso executado na Rota 01 foi exatamente o que consta no projeto básico.......”

“ Os percurso executados das Rotas 04, 05, 06, 09, 10, 11 e 16 segue a mesma linha de raciocínio das mencionadas anteriormente, conforme CD acostado contendo as ROTAS do

projeto básico da licitação e executado em 2014.”

Vale destacar que em ponto específico deste Relatório, esta Controladoria já apontou que a Prefeitura de Itaquitinga/PE deixou de atender ao prescrito nos incisos I e II, art. 2º da Resolução nº 6/2013, do Tribunal de Contas de Pernambuco, haja vista a falta de comprovação

da existência de livros, fichas ou listas computadorizadas discriminando as rotas, veículos e itinerários, conforme modelos propostos nos anexos I e III da referida Resolução.

Acrescente-se que de acordo com a planilha de controle proposta pelo supracitado anexo III, a administração municipal deveria detalhar dados informações por rota, a exemplo de: turnos-

sentidos; quantidade de alunos por veículo em cada turno-sentido e itinerário; distância percorrida por cada veículo e, inclusive, o ponto notável referente ao embarque do primeiro

aluno no início de um turno-sentido, detalhando, para isso, suas discriminações, região onde estão inseridos e suas coordenadas geodésicas. (grifo nosso)

Dessa forma, entende-se que a manifestação do gestor se revela frágil e inconsistente, ao estar desacompanhada dos elementos necessários e comprobatórios das ações de controle e

fiscalização por parte da administração municipal, materializados por meio de planilhas, mapas, apontamentos, e tudo o mais, que efetivamente demonstrasse o acompanhamento permanente e sistemático das rotas, percursos, horários de partida e chegada, quantidade de

alunos transportados, das coordenadas geodésicas, dentre outros aspectos, no decorrer do exercício de 2014.

Ademais, a apresentação tão somente de boletins de medição (desacompanhadas de memórias de cálculo demonstrando a metodologia utilizada para a aferição dos serviços autorizados e

sem constar a assinatura de representante da administração e da contratada) e de notas fiscais, revela a existência insuficiente de dados e informações com vistas a atestar que os pagamentos

realizados pela Prefeitura de Itaquitinga/PE à empresa R.U. Veras Transportes, ao longo do exercício de 2014, no valor de R$ 328.282,91, corresponderam aos alegados serviços

prestados, bem como não avaliza a afirmação do gestor de que o percurso das rotas realizadas

no âmbito do transporte escolar equivaleram ao previsto no projeto básico do certame em exame.

Por fim, há de se considerar que as rotas percorridas por esta equipe de fiscalização no período de 19 a 23 de outubro de 2015, cujos dados e informações detalhadas restam subscritas no

Relatório de Inspeção, referente aos percursos realizados ao longo do exercício de 2014, ocorreram sob a orientação e condução do servidor responsável pelo setor de transporte da

Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE. Considerando que tanto a Secretária Municipal de Educação e o servidor da área de transportes

da Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE anuíram, formalmente e sem ressalvas, as extensões das rotas percorridas por esta equipe de fiscalização, mantemos a constatação da ocorrência

de superfaturamento aproximado de R$ 145.294,61 em relação ao montante de R$ 328.282,91, por serviços prestados de transporte escolar pela empresa R. U. Veras Transportes à Prefeitura Municipal de Itaquitinga/PE, no decorrer do exercício de 2014.

##/AnaliseControleInterno##

3. Consolidação de Resultados

Com base nos exames realizados, constatou-se a existência de irregularidades na execução de despesas por parte da Prefeitura de Itaquitinga/PE, relacionadas à função Educação, em

especial, à ação de apoio ao transporte escolar na educação básica, amparadas pelo Pregão Eletrônico nº 1/2014.

Do montante fiscalizado de R$ 328.282,91 (trezentos e vinte e oito mil, duzentos e oitenta e dois reais e noventa e um centavos), foi identificado prejuízo de R$ 22.835,52 (vinte e dois

mil, oitocentos e trinta e cinco reais e cinquenta e dois centavos), referentes ao item 2.1.1 deste Relatório.

Cumpre destacar que ao prejuízo potencial de R$ 22.835,52, decorrente de pagamentos realizados com recursos federais, deve ser somado o dano de R$ 122.459,09, fruto de

desembolsos realizados com recursos próprios, o que representa 44,26% (R$ 22.835,52 + R$ 122.459,09/328.282,91*100) do montante de despesas (R$ 328.282,91) examinadas por esta Controladoria e 32,67% (R$ 22.835,52 + R$ 122.459,09/444.726,93*100) do montante de

despesas realizadas pela Prefeitura de Itaquitinga/PE no âmbito do PNATE (Pregão Eletrônico nº 1/2014), ao longo do exercício de 2014.

Sendo assim, conclui-se que a inadequação na aplicação dos recursos públicos sob análise, implica na necessidade de os gestores federais adotarem providências de regularização, bem

como dá sustentação à alegação de ocorrência de irregularidade cometida no processo de locação de veículos por parte da Prefeitura de Itaquitinga/PE, conforme consubstanciada em

demanda do Ministério Público Federal. Ressalte-se, contudo, que com os exames efetuados não foi possível opinar conclusivamente

sobre a propriedade dos veículos estar ou não em nome de “laranjas”.

Destacam-se, a seguir, as situações de maior relevância quanto aos impactos sobre a

efetividade do Programa/Ação fiscalizado:

- Liquidação e Pagamento por parte da Secretaria Municipal de Educação de Itaquitinga/P E referente às despesas de transporte escolar realizadas no exercício de 2014, no valor de R$ 444.726,93, sendo R$ 393.131,63, decorrentes de recursos próprios e R$ 51.595,30

provenientes de recursos federais, mediante a inexistência de procedimentos de controle e fiscalização comprovando a efetiva prestação do aludido serviço;

- Superfaturamento aproximado de R$ 145.294,61 (sendo R$ 122.459,09, envolvendo

recursos próprios e R$ 22.835,52, contemplando recursos federais) em relação aos

pagamentos realizados pela Prefeitura de Itaquitinga/PE à empresa R.U. Veras Transportes no

montante de R$ 328.282,91 por serviços prestados de transporte escolar no âmbito do Pregão

Eletrônico nº 1/2014.

por que o trabalho foi realizado? - auditoria.cgu.gov.br · serviço público federal, tendo sido...

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