pontifÍcia universidade catÓlica de campinas...2016/10/20  · 1 dom airton josé dos santos...

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ANAIS DO XI SEMINÁRIO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E IX SEMINÁRIO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO “Cidadania, Direito e Qualidade da Educação Básica: o professor em tempos de direitos, gestão da escola pública, currículo escolar” PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO ISSN 1984-2015 2016

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

ANAIS DO XI SEMINÁRIO DA FACULDADE DE

EDUCAÇÃO E IX SEMINÁRIO DO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

“Cidadania, Direito e Qualidade da Educação Básica:

o professor em tempos de direitos, gestão da

escola pública, currículo escolar”

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

ISSN 1984-2015

2016

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Dom Airton José dos Santos

Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

e Arcebispo Metropolitano de Campinas

Reitora

Profa. Dra. Angela de Mendonça Engelbrecht

Vice-Reitor

Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior

Pró-Reitor de Graduação

Prof. Dr. Orandi Mina Falsarella

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação

Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários

Profa. Dra. Sueli do Carmo Bettine

Pró-Reitor de Administração

Prof. Dr. Ricardo Pannain

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REALIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO

APOIO

Faculdade de Educação Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação

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ANAIS DO XI SEMINÁRIO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO e IX SEMINÁRIO DO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PUC-CAMPINAS

CIDADANIA, DIREITO E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA

O professor em tempos de direitos, gestão da escola pública, currículo escolar

Esta publicação é resultante de esforços da comunidade acadêmico-científica do cenário educacional

brasileiro que atendeu ao chamado da Faculdade de Educação (FAEDUC) e do Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Educação (PPGE) da PUC-Campinas para concretizarmos mais uma

edição do “Seminário sobre a Produção do Conhecimento em Educação”. Em 2016, o evento foi

projetado e realizado em parceria – FAEDUC e PPGE-, com o tema: CIDADANIA, DIREITO E

QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA - O professor em tempos de direitos, gestão da

escola pública, currículo escolar. Teve objetivo favorecer as discussões de pesquisas relacionadas

aos direitos à educação, configurando espaços de interlocução entre a universidade e a sociedade, em

particular com pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação e professores das escolas de

educação básica, no que diz respeito à gestão da escola pública, à atuação do professor e ao currículo.

Desde o ano de 2006, a Faculdade de Educação e o Programa de Pós-graduação têm organizado os

seminários e, nos últimos anos, passou-se a receber trabalhos de diferentes estados brasileiros,

incluindo regiões como o Sul, Nordeste, Centro-Oeste e região Norte. Como em anos anteriores, esta

edição contou com o inestimável apoio da Reitoria, das Pró-Reitorias de Pesquisa e Pósgraduação e

da Graduação e da Direção do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da PUC-Campinas.

Além disso, contou com o imprescindível apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES). O trabalho conjunto entre a FAEDUC e o PPGE permitiu a intensificação

da programação nos três dias do evento. Desta forma, quatro conferências foram planejadas para

serem proferidas por pesquisadores, de renome internacional e nacional, nos períodos da manhã e da

noite. O período da tarde dos dias 17 e 18, foi composto com a apresentação de 57 pôsteres, 34

comunicações orais e 29 trabalhos da modalidade Palavra de Professor/a. O sucesso do evento pode

ser aferido também pelo volume de inscrições, que alcançou o número de 406 inscritos, dentre os

quais, 155 são pesquisadores e estudiosos da Educação, externos à PUC-Campinas. Além disso, dois

períodos do dia 18 foram destinados a oficinas, com temáticas diversas e que promoveram discussões

relacionadas a temas da educação. Todos os trabalhos selecionados para a apresentação e discussão

no evento foram analisados por uma Comissão Científica, composta por docentes pesquisadores da

PUC-Campinas e de várias outras instituições de ensino superior brasileiras. Neste processo

avaliativo, os pareceres foram dados, prioritariamente, por docentes externos à PUC, buscando-se a

transparência necessária para qualificar o evento. Sendo assim, os 156 trabalhos recebidos passaram

por criteriosa avaliação cega, feita por pares, sendo aprovados 127 resumos nas três modalidades que

compuseram as sessões vespertinas. Com os Anais, ora apresentados à comunidade acadêmico-

científica brasileira, almeja-se garantir que o objetivo primordial do evento – o de se constituir como

um espaço de discussão da produção do conhecimento em Educação – ultrapasse o contexto empírico

e o tempo em que trabalhos que representam a riqueza e a complexidade das investigações e práticas

do campo educacional são expostos e debatidos. Em nome da Comissão Organizadora, agradecemos

a todas as instituições e colaboradores que permitiram a concretização deste evento, bem como

explicitamos, desde já, nosso desejo de que nos encontremos em edições vindouras.

Campinas, 14 de outubro de 2016.

Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid

Presidente da Comissão Organizadora do PPGE

Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy

Presidente da Comissão Organizadora da FAEDUC

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PRESIDENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO PROGRAMA DE

PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid

PRESIDENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy

MEMBROS DA COMISSÃO ORGANIZADORA

Profa. Dra.Ana Paula Bolfe Fraga - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Elvira Cristina Martins Tassoni - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dranda. Fernanda Furtado - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Fernanda de O. Soares Taxa Amaro - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Jussara Cristina Barboza Tortella - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bueno A. Megid - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Maria Silvia Pinto de M. L. da Rocha - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra Mônica Cristina Martinez de Moraes- Pontifícia Universidade Católica de Campinas

MEMBROS DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Profa. Dra. Adair Mendes Nacarato - Universidade São Francisco

Prof. Dr. Adolfo Ignácio Calderón Flores - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Adriana Varani - Universidade Estadual de Campinas

Dranda. Alessandra Rodrigues de Almeida - Faculdade de Educação da Unicamp

Prof. Dr. Alexandre Simão Freitas - Universidade Federal Pernambuco

Profa. Dra. Ana Maria Falcão de Aragão - Faculdade de Educação da Unicamp

Prof. Dr. André Pires - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa Dra Andreia Osti - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Rio Claro

Prof. Dr. Artur José Renda Vitorino - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Berenice Victor Carneiro - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Catia Piccolo Viero Defechi - Universidade de Brasília

Profa. Dra. Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto - Faculdade de Educação da Unicamp

Prof. Dr. Claudio A. Dalbosco - Universidade de Passo Fundo

Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Elvira Cristina Martins Tassoni - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Heloísa Helena Oliveira de Azevedo - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Jussara Cristina Barboza Tortella - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bueno A. Megid - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dranda. Maria das Graças Abreu - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Maria Silvia Pinto de M. L.da Rocha - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra Mônica Cristina Martinez de Moraes- Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Mônica Piccione Gomes Rios - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Prof. Dr. Pedro Pagni - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Marília

Prof. Dr. Samuel Mendonça - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Profa. Dra. Selma Costa Pena - Universidade Federal do Pará

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Prof. Dr. Sérgio Antônio da Silva Leite - Faculdade de Educação da Unicamp

Prof. Dr. Silvio Gallo - Faculdade de Educação da Unicamp

COMISSÃO DE APOIO

Adriana Zampieri Martinati – Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar

Aline Fernanda Longo - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Ana Carolina Salvador - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Andressa Jackeline O.M. Paiva - Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação PUCC

Camilla de Oliveira R. Silva - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Carla Regina G. de Souza - Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação PUCC

Deise Cristina C. de Jesus - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Eliana de Cássia M. Lisboa - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Gabriela Moreira Rabelo - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Hellen Cristina Machado - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Larissa Franciane Greve - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Lineu Santos - Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Luciana dos S. Gonçalves - Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Maria das Graças dos S. Abreu - Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação PUCC

Marina Piason B. Pontes - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Patrícia Maria B. Jorge S. Costa - Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação PUCC

Rossilene Milhomem J. Costa - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Simone Pedersen - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Simone Jorge Gonçalves - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Vivian Annicchieni Forner - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCC

Alunas do curso de Pedagogia

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SUMÁRIO

PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO GERAL…………………………..……..............................................…….…..13

PROGRAMAÇÃO DAS OFICINAS.................................................................................................15

PROGRAMAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÃO ORAL, PÔSTER E PALAVRA

DO PROFESSOR...............................................................................................................................16

RESUMOS

COMUNICAÇÕES ORAIS

A formação nos cadernos de educação matemática do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade

Certa: os volumes de geometria, grandezas e medidas, educação estatística, saberes matemáticos e

outros campos do saber.......................................................................................................................35

A imaginação e a criatividade na Educação Infantil: pesquisa bibliográfica.......................................36

A provinha Brasil em um contexto neoliberal: qual a concepção de avaliação e qualidade da

educação?...........................................................................................................................................36

As convergências e divergências entre Wallon e Vigotski nos estudos sobre a dimensão afetiva........37

Abordagens de avaliação educacional: concepções teóricas e metodológicas....................................38

Alfabetização, imaginação e contos de fadas: o que dizem as pesquisas.............................................39

Auto-regulação matemática: um estudo no 5º ano do Ensino Fundamental........................................40

Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA): reflexões e problematizações em questão...................41

Brincando com a luz: contribuições para o desenvolvimento do raciocínio espacial........................42

Desenvolvimento de uma metodologia utilizando a lousa digital no Ensino Fundamental.................43

Direitos Humanos e educação em direitos: analisando processos formativos de professores por meio

de tecnologias digitais.........................................................................................................................43

Diretores de escola: produção de subjetividade e democratização da escola pública..........................44

Educação de surdos: teorias educacionais...........................................................................................45

Efeitos do SINAES no curso de Administração: um estudo bibliográfico.. ........................................46

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Efeitos do SINAES no curso de Turismo da PUC-Campinas: percepção dos gestores........................47

ENEM e SARESP: efeitos no currículo do Ensino Médio integral.....................................................48

Espaço geográfico na cultura caipira como método de produção de material didático........................49

Estratégias de leitura e seleção de obras infantis.................................................................................50

Estudo comparativo: uma prática educativa no ensino de literatura....................................................50

Filosofia em cursos de Pedagogia: análise de projetos pedagógicos...................................................51

Formação docente: introdução do DOSVOX no processo educacional de alunos com cegueira.........52

Formação inicial docente no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência: os egressos

em destaque........................................................................................................................................53

“Geografia da Dona Benta” e o “Poço do Visconde” de Monteiro Lobato: interpretando ligações com

o ensino...............................................................................................................................................54

Implicações pessoais e profissionais de um curso de formação em serviço.........................................55

Literatura de cordel: uma prática educativa no Fundamental II...........................................................56

Livro da vida: memórias de uma turma de Educação Infantil..............................................................57

Mapeamento grupos de pesquisa em Educação de Jovens e Adultos...................................................57

Narrativas infantis: análise a partir do conceito de história e experiência............................................58

O desenvolvimento da moralidade infantil e sua relação com o bullying escolar................................59

Pesquisa bibliográfica: leitura fruição na Educação Infantil...............................................................60

Prova Brasil e IDEB: em foco a concepção de avaliação e qualidade..................................................61

Provinha Brasil: problematizando a concepção de avaliação e de qualidade da educação...................62

Quadro docente universitário: possível impacto na oferta de curso para formação docente................63

SARESP e IDESP: em pauta a concepção de avaliação e qualidade....................................................64

PÔSTERES

A amizade no contexto escolar na perspectiva aristotélica..................................................................65

A aprendizagem de Matemática a partir de recursos didáticos............................................................66

A arte de contar histórias na Educação Infantil....................................................................................67

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A inclusão da criança surda no contexto escolar..................................................................................67

A influência da mídia na construção de comportamento e valores humanos nas crianças..................68

A iniciação científica para o Ensino Médio: a ciência e a cidadania...................................................69

A interdisciplinaridade entre Matemática e Ciências nos livros didáticos...........................................70

A Pedagogia Diretiva é maléfica ou benéfica para o ensino-aprendizagem do aluno?.......................71

A visão das crianças sobre si, suas aprendizagens e a escola..............................................................72

As atividades experimentais de Física no “Caderno do Aluno” do Ensino Médio: uma análise de seus

objetivos.............................................................................................................................................73

Ações dos professores e gestores a partir dos resultados do ENEM no UNASP – HT......................74

Afetividade na Educação de Jovens e Adultos....................................................................................74

Análise de livros infantis do PNBE para a formação da autorregulação.............................................75

Aspectos históricos do ensino de Língua Portuguesa e os gêneros textuais no Brasil.......................76

Atribuir sentidos as respostas de alunos: conhecimento interpretativo de futuros professores...........77

Atual situação sócio-econômica de egressos no PROUNI já graduados em IES................................78

Conhecimento matemático especializado do formador de professores da licenciatura em

Matemática.........................................................................................................................................79

Cultura brasileira em práticas pedagógicas no Ensino Fundamental...................................................80

Desenvolvimento da criança autista na escola regular: um estudo de caso.........................................81

Ensino da Matemática no Ensino Fundamental I: contribuições dos materiais montessorianos.........81

Ensino de Filosofia e condição humana na ANPED de 2010 a 2015...................................................82

Ensino Fundamental de nove anos: mudanças que ocorreram nos aspectos pedagógicos e físico.......83

Estudo do material oficial do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena......................84

Gráficos na Educação Infantil: uma proposta possível........................................................................85

Horta escolar: um exemplo de prática pedagógica ao trabalhar a transversalidade..............................86

Implicações da Prova Brasil no currículo do Ensino Fundamental.....................................................87

Implicações do SARESP no currículo do Ensino Fundamental..........................................................87

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Implicações na educação da concepção hegeliana sobre coisa em si e negação.................................88

Jogo simbólico, meio social e possibilidade de desenvolvimento segundo Vygotsky e Winnicott......89

Leitura literária na escola: os desafios na formação do aluno leitor....................................................90

Letramento multimodais: (re) configurações críticas da multiplicidade de linguagens.......................91

Linguagem oral de crianças de zero a três anos: concepções e práticas de professores......................92

Literatura infantil: formação de leitores e desenvolvimento moral na infância...................................93

O 1º ano do Ensino Fundamental e a perspectiva da aprendizagem lúdica..........................................93

O cuidar e o educar como práticas indissociáveis na Educação Infantil..............................................94

O ensino de música nos anos iniciais do Ensino Fundamental............................................................95

O esvaziamento teórico-filosófico na formação de professores: implicações no exercício da

profissão.............................................................................................................................................96

O pensar, o sentir e o querer, como a educação antroposófica alfabetiza...........................................97

O potencial de um grupo colaborativo para o formador de docentes..................................................97

O que pensam as crianças sobre suas vivências na Educação Básica..................................................98

O recreio escolar e as brincadeiras espontâneas: desenvolvimento infantil.........................................99

O trabalho com dança e música na Educação Infantil........................................................................100

O uso de recursos tecnológicos nas práticas pedagógicas do Ensino Fundamental...........................101

Os conteúdos da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no livro didático após a Lei

10.639/03..........................................................................................................................................102

Outro tijolo no muro: uma crítica foucaultiana sobre o discurso educacional...................................103

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC): formação continuada eem análise......104

Participação infantil: um direito da criança no processo de gestão escolar democrática...................105

Pesquisas brasileiras sobre professores que ensinam Matemática nos primeiros anos de

escolarização.....................................................................................................................................106

Pesquisas narrativas: usos e contribuições às pesquisas sobre formação inicial de professores........107

Processos afetivos e relações interpessoais no contexto da educação pública...................................108

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Realidades fabricadas: signos representativos dos afro-descentes e indígenas em materiais didáticos

e paradidáticos..................................................................................................................................108

Registros de representação semiótica no ensino de Física: a função das imagens.............................109

Ressignificação das práticas de ensinar a aprender situadas em estágio supervisionado da

FE/UNICAMP..................................................................................................................................110

Sequência didática sobre ecologia voltada para alunos com deficiência visual.................................111

Um olhar para o conhecimento matemático especializado do professor que ensina Matemática......112

Uso dos resultados do ENEM por escolas públicas estaduais de Campinas......................................113

Vivências dos beneficiários do PROUNI em cursos de graduação com diferentes prestígios...........114

PALAVRAS DE PROFESSORES/AS

A curiosidade infantil: de onde vem o papel?..................................................................................115

A escola enquanto habitat: probabilidades.......................................................................................115

A escola que vamos levar e a escola que vai chegar........................................................................116

A formação da cidadania na Educação Infantil................................................................................117

A percepção do professor sobre o Projeto Político-Pedagógico e a participação da gestão escolar118

As habilidades de visualização na formação de professores de matemáticas..................................119

Brincar, criar e se desenvolver, transformando o significado real dos objetos.................................120

Convivência em foco........................................................................................................................121

Discutindo a Educação Ambiental e nutricional: um relato de experiência.....................................122

Documentação pedagógica e imagens de criança: observação, registro, reflexão e transformação.123

Educação integral - gestão dos tempos e espaços: reflexões sobre concepções e práticas.................124

Experiência com narrativas na Educação Infantil: estratégia de potencialização do

desenvolvimento...............................................................................................................................125

Experiências pedagógicas através dos estágios supervisionados de licenciatura em Educação

Física.................................................................................................................................................126

Gráfico de barras com crianças: um mascote, uma turma, uma escolha coletiva...............................127

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Gráfico de bolinhas: relato de uma atividade envolvendo estatística na Educação Infantil...............128

Intervenção pedagógica no Ensino Fundamental: valorização das raízes africanas..........................128

Investigação e reflexão sobre a prática: a produção de conhecimentos pelo GEPPromMAI............129

Lei 10.639/2003, História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no Ensino Fundamental.................130

Núcleo de trabalho, pesquisa e práticas sociais: uma reinvenção da escola.......................................131

PIBID: novas perspectivas de ensino em Educação Física mediante jogos cooperativos..................132

Práticas no ensino de Ciências: mascotes em sala e criação de um blog............................................133

Primeiras aproximações de um 2º ano do E.F.I. com metodologia de estudo....................................134

Projeto memórias da guerra: cartas do campo de batalha..................................................................135

Produções textuais: desafios e realizações nos 5º anos do Ensino Fundamental...............................135

Questões sociocientíficas como mediação pedagógica no ensino de Física através de filme............136

Relatos de estágio supervisionado em licenciatura............................................................................137

Testas e a autorregulação da aprendizagem no 5º ano.......................................................................138

Tratamento de informação e estatísticas sobre casos de dengue no Ensino Fundamental.................139

Uma investigação sobre estatístca e probabilidade na infância.........................................................139

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PROGRAMAÇÃO GERAL

Data: 17/10/2016

Horário Atividade Descrição Local

8h

Abertura

oficial

Abertura solene com autoridades convidadas

presentes

Atividade Cultural

Coral do Projeto Cantando na escola da rede

Pública Municipal de Campinas

Apresentação Grupo de Musical de Câmara

Auditório

Novo

Edifício

CCHSA

Cardeal

Agnelo Rossi

8h30min -

11h 30min

Início dos

trabalhos

Abertura solene com autoridades convidadas

presentes

Palestra: As políticas públicas de educação e a

construção da qualidade desejada

Prof. Dr. Luis Carlos de Freitas

UNICAMP

Mediadora: Profa. Dra. Jussara Cristina

Barboza Tortella

Auditório

Novo

Edifício

CCHSA

Cardeal

Agnelo Rossi

14h – 17h Apresentação

de trabalhos

Palavra de Professor/a – experiência bem

sucedidas

Pôster – Pesquisa em desenvolvimento

Comunicação Oral – Pesquisas finalizadas

Salas de aula

CCHSA –

Bloco C

301a 313

19h30min Abertura e

Palestra

Abertura com autoridades convidadas presentes

Atividade Cultural

Coral da Hípica de Campinas

Palestra: Currículo e Educação Básica

Andréa Barbosa Golveia

PPGE - Universidade Federal do Paraná

Mediador: Prof. Dr. Samuel Mendonça

Auditório

Novo

Edifício

CCHSA

Cardeal

Agnelo Rossi

Data: 18/10/2016

Horário Atividade Descrição Local

8h -

11h30min

Oficinas Temáticas diversificadas

1- ARTE E IMAGINÁRIO NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Adriana Regina Isler Pereira Leite

2- A PEDAGOGIA WALDORF E A

PRÁTICA PEDAGOGICA NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Luciana dos Santos Gonçalves

3- ANIMAÇÃO EM MASSINHA COMO RECURSO DIDÁTICO

Vanessa Crecci

Salas de aula

CCHSA –

Bloco C

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14

4- NARRATIVAS, GÊNERO E

SEXUALIDADE: COMO AGIR?

Tiago Duque

5- MATERIAIS MONTESSORIANOS: UMA

CONTRIBUIÇÃO VALIOSA PARA O

ENSINO DA MATEMÁTICA

Simone Regina Guiselini Degrecci

Graziela Degrecci

14h – 17h Apresentação

de trabalhos

Palavra de Professor

Pôster – Pesquisa em desenvolvimento

Comunicação Oral – Pesquisas finalizadas

Salas de aula

CCHSA –

Bloco C

19h30min Oficinas Temáticas diversificadas

1- NARRATIVAS, GÊNERO E SEXUALIDADE: COMO AGIR?

Tiago Duque

2- CADÊ O BRASIL AFRICANO? Dulce Braga

3- JOGAR E APRENDER MATEMÁTICA Alessandra Rodrigues de Almeida

4- A PEDAGOGIA WALDORF E A

PRÁTICA PEDAGOGICA NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Luciana dos Santos Gonçalves

Salas de aula

CCHSA –

Bloco C

Data: 19/10/2016

Horário Atividade Descrição Local

8h -

11h30min

Mesa

Redonda

Currículo Escolar e Educação para as relações

de gênero: desafios para o século XXI

Prof. Dr. Tiago Duque

UFMS

Prof. Dr. Luis Renato Vedovato

PUC-CAMPINAS

Mediadora: Ana Paula Fraga Bolfe

Auditório

Novo

Edifício

CCHSA

Cardeal

Agnelo Rossi

19h30min Mesa

Redonda

Currículo Escolar e Educação para as relações

étnico-raciais: desafios para o século XXI

Prof. Dr. Dagoberto José Fonseca

UNESP ARARAQUARA

Prof. Dr. Diego da Costa Vitorino

UNESP ARARAQUARA

Profa. Dra. Simone Gibran Nogueira

Pós-doutoranda PUC-CAMPINAS

Mediadora: Profa. Dra. Eliete A. Godoy

Auditório

Novo

Edifício

CCHSA

Dom Agnelo

Rossi

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15

PROGRAMAÇÃO DAS OFICINAS

18 DE OUTUBRO DE 2016

MATUTINO

HORÁRIO SALA OFICINA RESPONSÁVEL

8h

às 11h30

303 ARTE E IMAGINÁRIO NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Adriana Regina Isler

Pereira Leite

305

A PEDAGOGIA WALDORF E A

PRÁTICA PEDAGÓGICA NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Luciana dos Santos

Gonçalves

301

ANIMAÇÃO EM MASSINHA COMO

RECURSO DIDÁTICO

Vanessa Crecci

107

MATERIAIS MONTESSORIANOS: UMA

CONTRIBUIÇÃO VALIOSA PARA O

ENSINO DA MATEMÁTICA

Simone Regina

Guiselini Degrecci

Graziela Degrecci

307

NARRATIVAS, GÊNERO E

SEXUALIDADE: COMO AGIR?

Tiago Duque

18 DE OUTUBRO DE 2016

NOTURNO

HORÁRIO SALA OFICINA RESPONSÁVEL

19h20

as 22h

301

NARRATIVAS, GÊNERO E

SEXUALIDADE: COMO AGIR?

Tiago Duque

107

A PEDAGOGIA WALDORF E A

PRÁTICA PEDAGÓGICA NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Luciana dos Santos

Gonçalves

303

CADÊ O BRASIL AFRICANO?

6-

Dulce Braga

305

JOGAR E APRENDER MATEMÁTICA

Alessandra

Rodrigues de

Ameida

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16

PROGRAMAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÃO ORAL, PÔSTER E

PALAVRA DO PROFESSOR

17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra Vera Lúcia de Carvalho Machado

SALA

2 HORÁRIO MODALIDADE

302

14h00

14h15 COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: ALFABETIZAÇÃO, IMAGINAÇÃO E CONTOS DE

FADAS: O QUE DIZEM AS PESQUISAS

Autor(es): Patricia Maria Barbosa Jorge Sparvoli Costa e Elvira

Cristina Martins Tassoni – PPGE – PUC-Campinas

14h15m

14h20m PERGUNTAS

14h20m-

14h35m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: AS CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS ENTRE

WALLON E VIGOTSKI NOS ESTUDOS SOBRE A

DIMENSÃO AFETIVA

Autor(es): Jade Oliveira Melo da Silva e Profª Drª Elvira Cristina

Martins Tassoni - PPGE/PUC-Campinas

14h35m -

14h40m PERGUNTAS

14h40m –

14h50m PÔSTER

Título: RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE

ENSINARAPRENDER SITUADAS EM UM ESTÁGIO

SUPERVISIONADO DA FE/UNICAMP

Autor(es): Jenny Patricia Acevedo Rincón -FE-UNICAMP

14h50m –

14h55m PERGUNTAS

14h55m –

15h30 DEBATE

15h30m -

15h50m INTERVALO

15h50m –

16H00m PÔSTER

Título: A VISÃO DAS CRIANÇAS SOBRE SI, SUAS

APRENDIZAGENS E A ESCOLA

Autor(es): Vivian A. Forner e Elvira. Cristina M. Tassoni - PUC-

CAMPINAS

16h –

16h05m PERGUNTAS

16h05m –

16h15m

PÔSTER

Título: OUTRO TIJOLO NO MURO: UMA CRÍTICA

FOUCAULTIANA SOBRE O DISCURSO EDUCACIONAL

Autor(es): Tamires da Silva Oliveira; Breno Martins Campos e

Ana Paula Fraga Bolfe - PUC-CAMPINAS

16h15m –

16h20

PERGUNTAS

16h20m–

16h30m

PÔSTER

Título: ATUAL SITUAÇÃO SOCIO-ECONÔMICA DE

EGRESSOS DO PROUNI JÁ GRADUADOS EM IES

Autor(es): Renato Gonçalves Borges- PUC-CAMPINAS

16h30 –

16h35m PERGUNTAS

16h35m –

16h45m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: BRINCAR, CRIAR E SE DESENVOLVER,

TRANSFORMANDO O SIGNIFICADO REAL DOS

OBJETOS.

Autor(es): Francisca Ismênia Leal; Graziela Trevisan

Prefeitura Municipal de Campinas

16h45m–

16h50m

PERGUNTAS

16h50m –

17h00

DEBATE

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17

17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Heloísa Helena Oliveira de Azevedo

SALA

2 HORÁRIO MODALIDADE

02

14h00-

14h15m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS ATRAVÉS DOS

ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DE LICENCIATURA EM

EDUCAÇÃO FÍSICA

Autor(es): Ana Cristina de Oliveira; Ana Claudia Santurbano;

Felipe Franco e Suzy Mary Nunes de Oliveira Pregnolatto

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: A IMAGINAÇÃO E A CRIATIVIDADE NA

EDUCAÇÃO INFANTIL: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Autor(es): Rossilene Milhomem Jardim Costa - Programa de Pós

Graduação em Educação- PUC Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: O ESVAZIAMENTO TEÓRICO-FILOSÓFICO NA

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IMPLICAÇÕES NO

EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

Autor(es): Rafael Fernando da Costa e Heloísa Helena Oliveira

de Azevedo – PUC-Campinas

14H50m –

14h55m PERGUNTAS

14h55m –

15h15m DEBATE

15h15m -

15h45m INTERVALO

15h45m –

15H55M PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: LEI 10.639/2003, HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA

E AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL.

Autor(es): Juliana Gomes Santos da Costa - Mestre em Educação

– Puc-Campinas

15h55 -

16h05m

PERGUNTAS

16h05 –

16h15m PÔSTER

Título: O 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL E A

PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM LÚDICA

Autor(es): Josilaine Rosa dos Anjos e Eliete Aparecida de Godoy

– PUC – Campinas

16h15m –

16h20m PERGUNTAS

16h20m –

16h30m

PÔSTER

Título: LINGUAGEM ORAL DE CRIANÇAS DE ZERO A

TRÊS ANOS: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE

PROFESSORES

Autor(es): Daniela Fernandes Lopes Dornelas - PPGE – PUC-

Campinas

16h30 –

16h35m

PERGUNTAS

16h20m–

16h30m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: PIBID: NOVAS PERSPECTIVAS DE ENSINO EM

EDUCAÇÃO FÍSICA MEDIANTE OS JOGOS

COOPERATIVOS

Autor(es): Ana Claudia Santurbano F. Franco – PUC-

CAMPINAS

Ana Carolina Gaspardo, Ana Cristina de Oliveira, Renato

Devides de Oliveira; Bibiana Santos e Rodrigo Brasileiro

16h30m –

16h35m

PERGUNTAS

16h35m–

17h

DEBATE

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18

17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Elvira Cristina Martins

SALA

3 HORÁRIO MODALIDADE

303

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: BRINCANDO COM A LUZ - CONTRIBUIÇÕES

PARA O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO

ESPACIAL

Autor(es): Karina Calça Mandaji- PMC; Fernando Jorge da

Paixão – IFGW UNICAMP

Jorge Megid Neto- FE UNICAMP

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: IMPLICAÇÕES PESSOAIS E PROFISSIONAIS DE

UM CURSO DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO

Autor(es): Deise Cristina Carvalho de Jesus e Elvira Cristina

Martins Tassoni – PUC Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: LEITURA LITERÁRIA NA ESCOLA: OS DESAFIOS

NA FORMAÇÃO DO ALUNO LEITOR

Autor(es): João Marcos Pulz Araujo Orientador: Elvira Cristina

Martins Tassoni - PPGE – PUC-Campinas

14H50m –

15h25m

PERGUNTAS

DEBATE

15h25m –

15h50m INTERVALO

15h50m –

16h00m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: TESTAS E A AUTORREGULAÇÃO DA

APRENDIZAGEM NO 5º ANO

Autor(es): Michele Amatucci e Tatiana Ifanger – Colégio de

Aplicação PIO XII

16h00 –

16h05

PERGUNTAS

16h05m –

16h15m

PÔSTER

Título: CULTURA BRASILEIRA EM PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Caroline Mendonça Braido; Eduardo Garnica Simini;

Gabrielle Cristina de Oliveira e Giovanna Sauerbronn Amaro –

PUC-Campinas

16h15 –

16h20m

PERGUNTAS

16h20 –

16h35m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: O DESENVOLVIMENTO DA MORALIDADE

INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM O BULLYING

ESCOLAR

Autor(es): Bárbara Sparapan e Mônica Piccione Gomes Rios -

PUC Campinas

16h35m–

16h45m

PÔSTER

GRÁFICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA PROPOSTA

POSSÍVEL

Cibele Elisângela dos Santos – PUC-Campinas

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid – PUC-Campinas

16h40m –

17h00m

PERGUNTAS

DEBATE

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19

17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Ms. Mara Salvucci SALA

4 HORÁRIO MODALIDADE

305

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: LEITURA FRUIÇÃO

NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor (es): Hellen Cristina Machado e Maria Silvia Pinto de

Moura Librandi da Rocha – PUC Campinas

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: NARRATIVAS INFANTIS: ANÁLISE A PARTIR DO

CONCEITO DE HISTÓRIA E EXPERIÊNCIA

Autor(es): Eliana de Cássia Martins Lisboa e Drª Maria Silva Pinto de

Moura Librandi

da Rocha – PPGE – PUC-Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

MUDANÇAS QUE OCORRERAM NOS ASPECTOS

PEDAGÓGICO E FÍSICO

Autor(es): Samara Silva Rocha e Eliete Aparecida de Godoy –

PUC Campinas

14H50m –

14h55m PERGUNTAS

14H55m –

15h20m DEBATE

15h20m -

15h40m INTERVALO

15h40m –

15h50m PÔSTER

Título: O CUIDAR E EDUCAR COMO PRÁTICAS

INDISSOCIÁVEIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor(es): Luana de Oliveira e Eliete Aparecida de Godoy -

PUC-CAMPINAS

15h50m –

15h55m PERGUNTAS

15h55m –

16h05m

PÔSTER

Título: O RECREIO ESCOLAR E AS BRINCADEIRAS

ESPONTÂNEAS: DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Autor(es): Gisele Scolaro Ribeiro e Eliete Aparecida de Godoy –

PUC – Campinas

16h05 –

16h10m

PERGUNTAS

16h10m –

16h20m

PÔSTER

Título: DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA AUTISTA NA

ESCOLA REGULAR: UM ESTUDO DE CASO

Autor(es): Caroline Mendonça Braido e Eliete Aparecida de

Godoy – PUC Campinas

16h20m –

16h25m

PERGUNTAS

16h25 –

16h35m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: GRÁFICO DE BARRAS COM CRIANÇAS: UM

MASCOTE, UMA TURMA, UMA ESCOLHA COLETIVA

Autor(es): Cibele Elisângela dos Santos – PUC-Campinas

16h35m–

16h40m

PERGUNTAS

16h40m

17h00m

DEBATE

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20

17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Ms. Susy Mary Nunes de Oliveira Pregnolatto

SALA

5 HORÁRIO MODALIDADE

306

14h00-

14h15m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: A PROVINHA BRASIL EM UM CONTEXTO

NEOLIBERAL: QUAL A CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E

DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO?

Autor(es): Natália Burle Figueiredo Sousa e Mônica Piccione

Gomes RIOS – PUC-Campinas

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO

(ANA): REFLEXÕES E PROBLEMATIZAÇÕES EM

QUESTÃO

Autor(es): Viviane Custodio Pinto e Mônica Piccione Gomes

Rios – PUC-Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: VIVÊNCIAS DOS BENEFICIÁRIOS DO PROUNI EM

CURSOS DE GRADUAÇÃO COM DIFERENTES

PRESTÍGIOS

Autor(es): Mestrando: Paulo Cesar Ricci Romão – PPGE PUC-

Campinas

14H50m –

14h55m PERGUNTAS

14H55m –

15h20m DEBATE

15h20m -

15h40m INTERVALO

15h40m –

15h50m

PÔSTER

Título: A INCLUSÃO DA CRIANÇA SURDA NO

CONTEXTO ESCOLAR

Autor(es): Karina Pinheiro Fernandes

Mônica Piccione Gomes Rios - PUC-Campinas

15h50m –

15h55m

PERGUNTAS

15h55m –

16h05m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: INVESTIGAÇÃO E REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA:

A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS PELO GEProMAI

Autor(es): Alessandra Rodrigues de Almeida (PECIM

Unicamp/GEProMAI)

16h05 –

16h10m PERGUNTAS

16h10m –

16h20m

PÔSTER

Título: AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

Autor(es): Elenir Canuto Vieira e Mônica Piccione Gomes Rios

- PUC-Campinas

16h20m –

16h25m

PERGUNTAS

16h25m–

17h00m

DEBATE

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17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Mônica Cristina Martinez de Moraes

SALA

6 HORÁRIO MODALIDADE

307

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: FILOSOFIA EM CURSOS DE PEDAGOGIA:

ANÁLISE DE PROJETOS PEDAGÓGICOS

Autor(es): Andressa Gotierra - PPGE - PUC Campinas

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: EDUCAÇÃO DE SURDOS: TEORIAS

EDUCACIONAIS

Autor(es): Ingrid Julliane Freires Sartori Barbosa - Pós graduação

- Faculdade de Jaguariúna – FAJ

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: IMPLICAÇÕES DA PROVA BRASIL NO

CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Renata Suzigan Dainese e Mônica Piccione Gomes

Rios – PUC-Campinas

14H50m –

15h05m

COMUNICAÇÃO

ORAL

ENEM E SARESP: EFEITOS NO CURRÍCULO DO ENSINO

MÉDIO INTEGRAL

Larissa Franciane Greve –PPGE PUC Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – PPGE PUC Campinas

15H05m –

15h20m

PERGUNTAS

DEBATE

15h20m -

15h40m INTERVALO

15h40m –

15h50m PÔSTER

Título: IMPLICAÇÕES DO SARESP NO CURRÍCULO DO

ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Samara Domen Góes e Mônica Piccione Gomes Rios

– PUC-Campinas

15h50m –

15h55m PERGUNTAS

15h55m –

16h05m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: GRÁFICO DE BOLINHAS: RELATO DE UMA

ATIVIDADE ENVOLVENDO ESTATÍSTICA NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor(es): Diego da Silva Gallet – PUC-Campinas

16h05 –

16h10m

PERGUNTAS

16h10m –

16h20m

PÔSTER

Título: PROCESSOS AFETIVOS E RELAÇÕES

INTERPESSOAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO

PÚBLICA

Autor(es): Rômulo Lopes da Silva; Pamela Marques de Oliveira;

e Rita Maria Manjaterra Khater - Faculdade de Psicologia |

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

16h20m –

16h25m

PERGUNTAS

16h25m–

16h45m

DEBATE

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17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Prof. Dr. Artur José Renda Vitorino SALA

7 HORÁRIO MODALIDADE

308

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: PROVA BRASIL E IDEB: EM FOCO A CONCEPÇÃO

DE AVALIAÇÃO E QUALIDADE

Autor(es): Renata Suzigan Dainese e Mônica Piccione Gomes

Rios – PUC-Campinas

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: PROVINHA BRASIL: PROBLEMATIZANDO A

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E DE QUALIDADE DA

EDUCAÇÃO

Autor(es): Natália Burle Figueiredo Sousa e Mônica Piccione

Gomes RIOS – PUC-Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: ESTUDO DO MATERIAL OFICIAL DE ENSINO DE

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

Autor(es): Camilla de Oliveira Rodrigues da Silva e Artur José

Renda Vitorino – PUC-Campinas

14H50m –

14h55m

PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

16h00m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: EXPERIÊNCIA COM NARRATIVAS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL: ESTRATÉGIA DE

POTENCIALIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

Autor(es): Antonio Richard Carias; Thatiana Cunha e Maria

Sílvia Librandi da Rocha Pinto

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

16h00m –

16h05m

PERGUNTAS

16h05 –

16h15m PÔSTER Título: Título: A INICIAÇÃO CIENTÍFICA PARA O ENSINO

MÉDIO: A CIÊNCIA E A CIDADANIA

Autor(es): Larissa Reducino da Silva e Ana Elisa Spaolonzi

Queiroz Assis – UNICAMP

16h15m –

16h20m

PERGUNTAS

16h20m–

16h30m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: A CURIOSIDADE INFANTIL: DE ONDE VEM O

PAPEL?

Autor(es): Cynthia Bauab Fabricio D’Estefano - Prefeitura

Municipal de Campinas/SME

16h30m –

16h35m

PERGUNTAS

16h35m –

17h00m

DEBATE

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17 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Prof. Dr. Samuel Mendonça

SALA

8 HORÁRIO MODALIDADE

313

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: EFEITOS DO SINAES NO CURSO DE TURISMO DA

PUC-CAMPINAS: PERCEPÇÃO DOS GESTORES

Autor(es): Marina Piason Breglio Pontes e Mônica Piccione

Gomes Rios, PPGE PUC-Campinas

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: EFEITOS DO SINAES NO CURSO DE

ADMINISTRAÇÃO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Autor(es): Paulo Roberto Teixeira Junior e Mônica Piccione

Gomes Rios – Puc-Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PÔSTER

Título: ENSINO DE FILOSOFIA E CONDIÇÃO HUMANA

NA ANPED DE 2010 A 2015

Autor(es): Camila Borges da Silva e Samuel Mendonça -

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

14H50m –

15h05m PÔSTER

Título: REALIDADES FABRICADAS: SIGNOS

REPRESENTATIVOS DOS AFRO-DESCENTES E

INDÍGENAS EM MATERIAIS DIDÁTICOS E

PARADIDÁTICOS

Autor(es): Aline Fernanda Longo e Artur José Renda Vitorino -

Puc-Campinas

15h05–

15h20m

PERGUNTAS

DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

16h00m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: PROJETO MEMÓRIAS DA GUERRA: CARTAS DO

CAMPO DE BATALHA

Autor(es): Fabiana Franco Cardoso – professora de Língua

Portuguesa

Maurina Fernandes Santos Lourenço – professora de Língua

Portuguesa

Ricardo Ishiyama Martins – professor de História

Professores da Prefeitura Municipal de São Paulo – EMEF

Joaquim Nabuco

16h00m –

16h05m

PERGUNTAS

16h05 –

16h15m

PÔSTER

Título: A AMIZADE NO CONTEXTO ESCOLAR NA

PERSPECTIVA ARISTOTÉLICA

Autor(es): Agnaldo Ronie Pezarini e Samuel Mendonça -

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

16h15m –

16h20m

PERGUNTAS

16h20m–

16h30m

PÔSTER

Título: ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO

FUNDAMENTAL I: CONTRIBUIÇÕES DOS MATERIAIS

MONTESSORIANOS

Autor(es): Larissa Rodrigues Perez e Jussara Cristina Barboza

Tortella – PUC – Campinas

16h30m –

16h35m

PERGUNTAS

16h35m –

17h00m

DEBATE

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24

18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Jussara Cristina Barboza Tortella

SALA

1 HORÁRIO MODALIDADE

314

14h00-

14h15m PÔSTER

Título: JOGO SIMBÓLICO, MEIO SOCIAL E

POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO

VYGOTSKY E WINNICOTT

Autor(es): Fernanda Marcelo Brandolise- - UNIMEP

Gláucia Uliana Pinto - UNIMEP

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: MAPEAMENTO GRUPOS DE PESQUISA EM

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

Autor(es): Bárbara Fernanda Estevanato - IFCH/UNICAMP e

Joyce Wassem - FE/UNICAMP

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO

FUNDAMENTAL: VALORIZAÇÃO DAS RAÍZES

AFRICANAS

Autor(es): Sueli Aparecida da Silva -Cursista do Programa de

educação infantil e ensino fundamental – Proepre/ Unicamp

Sue Ellen Daiane Pinto Benine Warlet -Cursista do Programa de

educação infantil e ensino fundamental – Proepre/Unicamp

Amanda de Mattos Pereira Mano-Universidade Estadual Paulista

“Júlio de Mesquita Filho” – Unesp/Campus de Marília

14H50m –

14h55m PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

16h05m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: ESTRATÉGIAS DE LEITURA E SELEÇÃO DE OBRAS

INFANTIS

Autor(es): Simone Alves Pedersen e Jussara Cristina Barboza

Tortella Faculdade de Educação, PUC-Campinas

16h05m –

16h10m PERGUNTAS

16h10 –

16h20m

PÔSTER

Título: A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Autor(es): Bianca Maiara Vida Marinelli e Jussara Cristina

Barbosa Tortella – PUC Campinas

16h20m –

16h25m PERUNTAS

16h20m–

16h30m

PÔSTER

Título: A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DE

COMPORTAMENTO E VALORES NAS CRIANÇAS

Autor(es): Giovanna Sauerbronn Amaro e Jussara Cristina Barboza

Tortella PUC-Campinas

16h30m –

16h35m PERGUNTAS

16h35m –

16h45m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: EDUCAÇÃO INTEGRAL: GESTÃO DOS TEMPOS E

ESPAÇOS – REFLEXÕES SOBRE CONCEPÇÕES E

PRÁTICAS

Autor(es): Carla Regina Gonçalves de Souza e Edinéia Marques

Mendes – Prefeitura Municipal de Campinas

16h45 –

16h50

PERGUNTAS

16h50 –

17h20

DEBATE

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25

18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Prof. Dr. José Donizeti de Souza

SALA

2 HORÁRIO MODALIDADE

204

14h00-

14h15m

PÔSTER

Título: SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE ECOLOGIA

VOLTADA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Autor(es): Elisa Ramos da Silva - Graduanda em Ciências

Biológicas da UFSCar

Prof. Dr. Estéfano Vizconde Veraszto - DCNME/CCA/UFSCar

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: ESPAÇO GEOGRÁFICO NA CULTURA CAIPIRA

COMO MÉTODO DE PRODUÇÃO DE MATERIAL

DIDÁTICO

Autor(es): Camila Fernanda Ignácio e Mayara Caroline Covizzi -

Faculdade de Geografia PUC-Campinas

14h35m –

14h40 PERGUNTAS

14h40m -

14h50m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS COMO MEDIAÇÃO

PEDAGÓGICA NO ENSINO DE FÍSICA ATRAVÉS DE FILME

Autor(es): Claudinei José Martini – Professor de Matemática e

Física; S. E. E. São Paulo

14H50m –

14h55m

PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

15h50m

PÔSTER

Título: ANÁLISE DE LIVROS INFANTIS DO PNBE PARA A

PROMOÇÃO DA AUTORREGULAÇÃO

Autor(es): Aline Massako Murakami Tiba e Jussara Cristina B.

Tortella PUC-CAMPINAS

15h50m –

15h55m

PERGUNTAS

15h55 –

16h10m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: AUTO-REGULAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO

NO 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Jéssica Barboza Casarotte - Universidade Metodista de

Piracicaba

16h10m –

16h15m PERGUNTAS

16h15m–

16h25m

PÔSTER

Título: AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE FÍSICA NA

COLEÇÃO “CADERNO DO ALUNO” DO ENSINO MÉDIO:

UMA ANÁLISE DE SEUS OBJETIVOS

Autor(es): Luis Carlos Claro e Maria Guiomar Carneiro

Tommasiello/PPGE/UNIMEP

16h25m –

16h30m

PERGUNTAS

16h30m –

16h40m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: DISCUTINDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E

NUTRICIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autor(es): Angelo Mendes Ferreira;

Ismael Oliveira de Araújo – Departamento de Ciências da

Vida/Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Maria Luiza Figueiredo Heine - Departamento de

Educação/Universidade do Estado da Bahia – UNEB

16h40m –

16h45m

PERGUNTAS

16h45m –

17h15m

DEBATE

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26

18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Prof. Dr. André Pires

SALA

3 HORÁRIO MODALIDADE

303

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: LITERATURA DE CORDEL: UMA PRÁTICA

EDUCATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Autor(es): Adriana Leite Campos; Rosângela da Luz Matos;

Lucimere Barbosa Santos; Angelo Mendes Ferreira –

Departamento de Educação / Universidade do Estado da Bahia

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h30m

PÔSTER

Título: CONHECIMENTO MATEMÁTICO ESPECIALIZADO

DO FORMADOR DE PROFESSORES DA LICENCIATURA

EM MATEMÁTICA

Autor(es): Marieli Vanessa Rediske de Almeida - Doutoranda no

PECIM Unicamp

Miguel Ribeiro - Faculdade de Educação da Unicamp

14h30m –

14h35 PERGUNTAS

14h35m -

14h45m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: A ESCOLA ENQUANTO HABITAT:

PROBABILIDADES

Autor(es): Daniel Fernando Matsuzaki da Silva - Prefeitura

Municipal de Campinas

14H50m –

14h55m

PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

15h50m

PÔSTER

Título: ATRIBUIR SENTIDO AS RESPOSTAS DE ALUNOS:

CONHECIMENTO INTERPRETATIVO DE FUTUROS

PROFESSORES

Autor(es): Priscila Kabbaz Alves da Costa e Miguel

Ribeiro - Faculdade de Educação da UNICAMP

15h50m –

15h55m PERGUNTAS

15h55 –

16h10m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE NO PROGRAMA

INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA:

OS EGRESSOS EM DESTAQUE

Autor(es): Daniele Santana Santos; Balbina Santos de Oliveira

Pina; Adriana Leite Campos e Lília Maria Carvalho

Mattos - Universidade do Estado da Bahia - UNEB

16h10m –

16h15m PERGUNTAS

16h15m–

16h25m

PÔSTER

Título: UM OLHAR PARA O CONHECIMENTO

MATEMÁTICO ESPECIALIZADO DO PROFESSOR QUE

ENSINA MATEMÁTICA

Autor(es): Beatriz Fernanda Litoldo e Miguel Ribeiro - Unicamp

16h25m –

16h30m PERGUNTAS

16h30m –

16h40m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: PRODUÇÕES TEXTUAIS: DESAFIOS E

REALIZAÇÕES NOS 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

Autor(es): Janaina Carrasco Castilho - Mestra em Filosofia USP

Juliana Ap Tessari Lançoni - Pedagoga, PUC Campinas

Silvia Regina Orloski de Castro - Pedagoga, FUNEP

16h40m –

16h45m

PERGUNTAS

16h45m –

17h15m

DEBATE

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18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Luíza Ishikawa Ferreira

SALA

4 HORÁRIO MODALIDADE

304

14h00-

14h10m

PÔSTER

Título: O PENSAR, O SENTIR E O QUERER, COMO A

EDUCAÇÃO ANTROPOSÓFICA ALFABETIZA

Autor(es): Thatiane Fiorito Scoton Machado – PUC-CAMPINAS

14h10m –

14h15m PERGUNTAS

14h15m -

14h30m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: FORMAÇÃO DOCENTE: INTRODUÇÃO DO DOSVOX

NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNOS COM

CEGUEIRA

Autor(es): Paulo Cesar Turci e Maria da Piedade Resende da Costa

- Universidade Federal de São Carlos

14h30m –

14h35 PERGUNTAS

14h35m -

14h45m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: CONVIVÊNCIA EM FOCO

Autor(es): Idelvandre Vilas Boas S. Santos- EMEF Prof° Ciro Exel

Magro

14H50m –

14h55m PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

15h50m

PÔSTER

Título: HORTA ESCOLAR: UM EXEMPLO DE PRÁTICA

PEDAGÓGICA AO TRABALHAR A TRANSVERSALIDADE

Autor(es): Angelo Mendes Ferreira; Adriana Leite Campos;

Jailson Braga Brandão; Maria Luiza Figueiredo Heine -

Departamento de Educação/Universidade do Estado da Bahia –

UNEB

15h50m –

15h55m

PERGUNTAS

15h55 –

16h10m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: “GEOGRAFIA DA DONA BENTA” E “POÇO DO

VISCONDE” DE MONTEIRO LOBATO: INTERPRETANDO

LIGAÇÕES COM O ENSINO

Autor(es): Brunna D´Luise Turato Lotti Alves e

Pedro Wagner Gonçalves

16h10m –

16h15m

PERGUNTAS

16h15m–

16h25m

PÔSTER

Título: PESQUISAS BRASILEIRAS SOBRE PROFESSORES

QUE ENSINAM MATEMÁTICA NOS PRIMEIROS ANOS DE

ESCOLARIZAÇÃO

Autor(es): Rosana Catarina Rodrigues de Lima - Faculdade de

Educação da Unicamp

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid - Pontifícia

Universidade Católica de Campinas

16h25m –

16h30m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: SCUTINDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E

NUTRICIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autor(es): Angelo Mendes Ferreira; Ismael Oliveira de Araújo –

Departamento de Ciências da Vida/Universidade do Estado da

Bahia - UNEB

Maria Luiza Figueiredo Heine - Departamento de

Educação/Universidade do Estado da Bahia – UNEB

16h30m –

16h35m

PERGUNTAS

16h35m –

17h00m

DEBATE

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18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Geisa do Socorro Cavalcanti Vaz Mendes

SALA

5 HORÁRIO MODALIDADE

305

14h00-

14h15m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: DIRETORES DE ESCOLA: PRODUÇÃO DE

SUBJETIVIDADE E DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA

PÚBLICA

Autor(es): Nathália Suppino Ribeiro de Almeida - Universidade

Federal de São Carlos - UFSCar

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h30m

PÔSTER

Título: O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Bruna Vieira Conceição; Elenir Canuto Vieira -

graduanda de Pedagogia; Karina Pinheiro Fernandes; Mônica

Linhares Bispo; Geisa do Socorro Cavalcanti Vaz Mendes - PUC-

Campinas

14h30m –

14h35 PERGUNTAS

14h35m -

14h45m

COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA

UTILIZANDO A LOUSA DIGITAL NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Autor(es): Juliana de Almeida Oliveira

14H50m –

14h55m PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

15h50m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: AS HABILIDADES DE VISUALIZAÇÃO NA

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICAS

Autor(es): Jenny Patricia Acevedo Rincón - FE-UNICAMP

Campo Elías Flórez Pabón - IFCH-UNICAMP

15h50m –

15h55m

PERGUNTAS

15h55 –

16h10m

PÔSTER

Título: PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA

IDADE CERTA (PNAIC): FORMAÇÃO CONTINUADA EM

ANÁLISE

Autor(es): Cristiano José de Oliveira – Univás/ FAPEMIG e Luana

Costa Almeida – Univás

16h10m –

16h15m PERGUNTAS

16h15m–

16h25m

PÔSTER

Título: A PEDAGOGIA DIRETIVA É MALÉFICA OU

BENÉFICA PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO ALUNO?

Autor(es): Aline Massako Murakami Tiba e Bruna Allen Garbini

16h25m –

16h30m

PERGUNTAS

16h30m –

16h40m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: A FORMAÇÃO DA CIDADANIA NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Autor(es): Gabriela Chiareli de Souza; Kátia Regina de Andrade

Okumura; Mariana La Ferrera Pires Ribeiro e Géssica Andrey

Ferreira Castrillon - Prefeitura Municipal de Campinas

16h40m –

16h45m

PERGUNTAS

16h45m –

17h15m

DEBATE

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18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Dra. Mônica Piccione Gomes Rios

SALA

6 HORÁRIO MODALIDADE

306

14h00-

14h15m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO EM DIREITOS:

ANALISANDO PROCESSOS FORMATIVOS DE

PROFESSORES POR MEIO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS

Autor(es): Ana Conceição Alves Santiago - Faculdade Anísio

Teixeira

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m -

14h35m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: SARESP E IDESP: EM PAUTA A CONCEPÇÃO DE

AVALIAÇÃO E QUALIDADE

Autor(es): Mônica Piccione Gomes Rios e Samara Domen Góes –

PUC-Campinas

14h35m –

14h40m PERGUNTAS

14h40m -

14h50m

PÔSTER

Título: ASPECTOS HISTÓRICOS DO ENSINO DE LÍNGUA

PORTUGUESA E OS GÊNEROS TEXTUAIS NO BRASIL

Autor(es): Elys Watanuki; Dérik Mateus Martoneto; Luís

Fernando Correia; Rafael Gila Gomes (PPGE – Educação - Centro

Universitário Moura Lacerda)

14H50m –

14h55m

PERGUNTAS

14h55m –

15h20m DEBATE

15h20m –

15h40m INTERVALO

15h40 –

15h50m

PÔSTER

Título: O ENSINO DE MÚSICA NOS ANOS INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Bruna Vieira da Conceição e Profa. Dra. Mônica

Piccione Gomes Rios - PUC-Campinas

15h50m –

15h55m

PERGUNTAS

15h55 –

16h05m

PÔSTER

Título: AÇÕES DOS PROFESSORES E GESTORES A PARTIR

DOS RESULTADOS DO ENEM NO UNASP- HT

Autor(es): Mestranda: Aracelli Alves do Nascimento – PPGE

PUC-Campinas

16h05m–

16h10m

PERGUNTAS

16h10m –

16h20m

PÔSTER

Título: USO DOS RESULTADOS DO ENEM POR ESCOLAS

PÚBLICAS ESTADUAIS DE CAMPINAS.

Autor(es): Simone Jorge Gonçalves – PPGE – PUC-Campinas

16h20m –

16h25m PERGUNTAS

16h25m –

16h35m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES DE UM 2º ANO DO E.F.

I

COM METODOLOGIA DE ESTUDO

Autor(es): Maria Irma Chahine Gallo - EMEF “Prof. Ciro Exel

Magro”- SME de Campinas/SP

16h35m –

17h00m

PERGUNTAS

DEBATE

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18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Profa. Ms. Magali Aparecida de Oliveira Arnais

SALA

7 HORÁRIO MODALIDADE

307

14h00-

14h15 COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: ESTUDO COMPARATIVO: UMA PRÁTICA

EDUCATIVA NO ENSINO DE LITERATURA

Autor(es): Ricardo Vieira Campos – Departamento de Educação/

Faculdade de Ciências Educacionais - FACE

Adriana Leite Campos – Departamento de Educação/ Universidade

do Estado da Bahia – UNEB

Albete Freitas de Souza Pereira – Departamento de Educação/

Universidade Católica de Santa Fé

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m –

14h30m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: A PERCEPÇÃO DO PROFESSOR SOBRE O PROJETO

POLÍTICO-PEDAGÓGICO E A PARTICIPAÇÃO DA GESTÃO

ESCOLAR

Autor(es): Sidnei Lopes Ribeiro – Professor de Geografia; S. E. E.

São Paulo

Claudinei José Martini – Professor de Matemática e Física; S. E. E.

São Paulo

Ivan Carlos Zampin – Professor de Matemática e Geografia; S. E.

E. São Paulo

14h30m -

14h35m PERGUNTAS

14h35m –

14h45m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA E IMAGENS DE

CRIANÇA: OBSERVAÇÃO, REGISTRO, REFLEXÃO E

TRANSFORMAÇÃO

Autor(es): Caue Henrique Pastrello Silva - (Universidade Federal

de Alfenas e Universidade Federal de São Carlos)

Andrea Gomes Chagas, Claudia Eliana Marques Caldeira Rocha

14h45m –

14h50m PERGUNTAS

14h50m –

15h20 DEBATE

15h20m –

15h45h INTERVALO

15h45m –

15h55m

PÔSTER

Título: LETRAMENTOS MULTIMODAIS:

(RE)CONFIGURAÇÕES CRÍTICAS DA MULTIPLICIDADE

DE LINGUAGENS

Autor(es): Glaucia Uliana Pinto; Ivonésio Leite de Souza ; Raquel

Constance Otaviano - UNIMEP

15h55m –

16h00m PERGUNTAS

16h00m –

16h10m

PÔSTER

Título: OS CONTEÚDOS DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-

BRASILEIRA E AFRICANA NO LIVRO DIDATICO APÓS A

LEI 10.639/03

Autor(es): Ana Carolina Galdino da Luz e Eliete Aparecida de

Godoy - PUC-CAMPINAS

16h10m–

16h15m PERGUNTAS

16h15m –

16h25m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS

SOCIAIS: UMA REINVENÇÃO DA ESCOLA

Autor(es): Maria Solana de Andrade Neta e Ana Paula de Araújo

Mota

16h25m –

16h30m

PERGUNTAS

16h30m –

17h00m

DEBATE

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18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Prof. Ms. Fábio Augusto Morales

SALA

8 HORÁRIO MODALIDADE

309

14h00-

14h15

COMUNICAÇÃO

ORAL

ABORDAGENS DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL:

CONCEPÇÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS

Autor(es): Regilson Maciel Borges – UFSCar

14h15m –

14h20m PERGUNTAS

14h20m –

14h30m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: MASCOTES

EM SALA E A CRIAÇÃO DE UM BLOG

Autor(es): Janaína Beltram Duarte e Marla Soares dos Santos

14h30m -

14h35m PERGUNTAS

14h35m –

14h45m PÔSTER

Título: O POTENCIAL DE UM GRUPO COLABORATIVO

PARA O FORMADOR DE DOCENTES

Autor(es): Kátia Martins Rodrigues – PUC-SP

14h45m –

14h50m PERGUNTAS

14h50m –

15h20 DEBATE

15h20m –

15h45m INTERVALO

15h45m –

15h55m

PÔSTER

Título: REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA NO

ENSINO DE FÍSICA: A FUNÇÃO DAS IMAGEN

Autor(es): Salomão de Jesus Santana - Programa de Pós-

Graduação em Educação

Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP

15h55m –

16h00m

PERGUNTAS

16h00m –

16h10m

PÔSTER

Título: IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO DA CONCEPÇÃO

HEGELIANA SOBRE COISA EM SI E NEGAÇÃO

Autor(es): Ana Carolina Salvador e Samuel Mendonça PPGE –

PUC-CAMPINAS

16h10m–

16h15m

PERGUNTAS

16h15m –

16h25m

PÔSTER

Título: A INTERDISCIPLINARIDADE ENTRE MATEMÁTICA

E CIÊNCIAS NOS LIVROS DIDÁTICOS

Autor(es): Diego da Silva Gallet e Maria Auxiliadora Bueno

Andrade Megid – PUC-Campinas

16h25m–

16h30m

PERGUNTAS

16h30m –

16h40m PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: RELATOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM

LICENCIATURA

Autor(es): Késia Priscila Machado e Ana Claudia Santurbano -

PUC-Campinas

16h40m–

16h45m

PERGUNTAS

16h45m –

17h15m

DEBATE

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32

18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADOR/A: Prof. Dr. Istvan de Abreu Dobranszky

SALA

9 HORÁRIO MODALIDADE

311

14h00-

14h15 COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: A FORMAÇÃO NOS CADERNOS DE EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA DO PACTO NACIONAL PELA

ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: OS VOLUMES DE

GEOMETRIA, GRANDEZAS E MEDIDAS, EDUCAÇÃO

ESTATISTICA, SABERES MATEMATICOS E OUTROS

CAMPOS DO SABER

Autor(es): Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid e Adrielli

Eliza Oliveira Pereira - PUC - Campinas

14h15m -

14h20m PERGUNTAS

14h20m –

14h30m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE ESTATÍSTICA E

PROBABLIDADE NA INFÂNCIA

Autor(es): Karina Luiza da Silva Fernandes e Alessandra

Rodrigues de Almeida – Unicamp / GEProMAI

14h30m –

14h35m PERGUNTAS

14h35m –

14h45m

PÔSTER

Título: PARTICIPAÇÃO INFANTIL: UM DIREITO DA

CRIANÇA NO PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR

DEMOCRÁTICA

Autor(es): Adriana Zampieri Martinati – UFSCar e Orientadora:

Profa. Dra Maria Aparecida Mello – UFSCar

14h45m –

14h50 PERGUNTAS

14h50m –

15h15m DEBATE

15h15m –

15h40m INTERVALO

15h40m –

15h50m

PÔSTER

Título: A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA A PARTIR DE

RECURSOS DIDÁTICOS

Autor(es): Tamires Pastore Bernardi e Maria Auxiliadora Bueno

Andrade Megid - PPGE – PUC-Campinas

15h50m–

15h55m

PERGUNTAS

15h55m –

16h05m

PÔSTER

Título: PESQUISAS NARRATIVAS: USOS E

CONTRIBUIÇÕES ÀS PESQUISAS SOBRE FORMAÇÃO

INICIAL DE PROFESSORES

Autor(es): Carla Barbisan e Maria Auxiliadora Bueno Andrade

Megid PPGE -PUC-Campinas

16h05m–

16h10m PERGUNTAS

16h10m –

16h20m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES E ESTATÍSTICAS

SOBRE CASOS DE DENGUE NO ENSINO FUNDAMENTAL

Autor(es): Tamires Pastore Bernardi (PUC- Campinas)

16h20m–

16h25m

PERGUNTAS

16h25m –

17h00m

DEBATE

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33

18 DE OUTUBRO DE 2016

COORDENADORA: MARIA SILVIA LIBRANDI DA ROCHA

SALA

10 HORÁRIO MODALIDADE

313

14h00-

14h10

PÔSTER

Título: LITERATURA INFANTIL: FORMAÇÃO DE LEITORES

E DESENVOLVIMENTO MORAL NA INFÂNCIA

Autor(es): Gabrielle Cristina de Oliveira e Jussara Cristina Barboza

Tortella – Faculdade de Educação PUC-Campinas

14h10m -

14h15m PERGUNTAS

14h15m –

14h25m

PÔSTER

Título: O QUE PENSAM AS CRIANÇAS SOBRE SUAS

VIVÊNCIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autor(es): Luciana dos Santos Gonçalves e Maria Silvia P. M. L.

Rocha - PPGE –PUC-CAMPINAS

14h25m –

14h30m PERGUNTAS

14h30m –

14h40m

PÔSTER

Título: O TRABALHO COM DANÇA E MÚSICA NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor(es): Thainá Luz Frata e Jussara Cristina Barbosa Tortella –

PUC-Campinas

14h40m -

14h45m PERGUNTAS

14h45m –

15h15m DEBATE

15h15m –

15h40m INTERVALO

15h40m -

15h50m

PALAVRA DE

PROFESSOR/A

Título: A ESCOLA QUE VAMOS LEVAR E A ESCOLA QUE

VAI CHEGAR

Autor(es): Carolina Bella Lisboa; Pedro Victor de Mello Pastana;

Vithor Pelá Leal e Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da Rocha-

PUC-Campinas

15h50m–

15h55m PERGUNTAS

15h55m –

16h10m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: LIVRO DA VIDA: MEMÓRIAS DE UMA TURMA DE

EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor(es): Gabriela Moreira Rabelo e Maria Silvia Pinto de

Moura L. da Rocha PUC-Campinas

16h05m–

16h10m

PERGUNTAS

16h10m –

16h25m COMUNICAÇÃO

ORAL

Título: QUADRO DOCENTE UNIVERSITÁRIO: POSSÍVEL

IMPACTO NA OFERTA DE CURSO PARA FORMAÇÃO

DOCENTE

Autor(es): Lília Maria Carvalho Mattos; Daniele Santana Santos;

Maria Lúcia de Brito Félix e Maria Luiza Heine - Departamento

de Educação/Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

16h25m–

16h30m

PERGUNTAS

16h30m –

17h00m

DEBATE

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35

A FORMAÇÃO NOS CADERNOS DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DO PACTO

NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: OS VOLUMES DE

GEOMETRIA, GRANDEZAS E MEDIDAS, EDUCAÇÃO ESTATISTICA, SABERES

MATEMATICOS E OUTROS CAMPOS DO SABER

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid - PUC-Campinas

Adrielli Eliza Oliveira Pereira - PUC-Campinas

Bolsa CNPq

RESUMO

A presente Pesquisa de Iniciação Científica teve como objetivo investigar o processo de formação de

professores que ensinam matemática para o ciclo I do Ensino Fundamental através dos cadernos de

Educação Matemática do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), mais

especificamente os volumes de Geometria, Grandezas e Medidas, Educação Estatística e Saberes

Matemáticos e outros campos do saber. O problema investigado assim se configurou: Como ocorre a

formação dos professores do ciclo I do Ensino Fundamental, a partir dos cadernos do PNAIC, no que

se refere ao trabalho pedagógico, à abordagem da Geometria, Grandezas e Medidas, Estatística,

Saberes Matemáticos e outros campos do saber? A primeira ação se voltou para o estudo dos

documentos oficiais referentes ao PACTO. Em seguida, fizemos a leitura e análise dos oito cadernos

do PNAIC. Cabe destacar que para os quatro últimos cadernos esta leitura foi mais minuciosa e, a

partir das anotações, fizemos fichamento dos cadernos, indicando os aspectos relacionados aos temas

e à formação de professores. Para o desenvolvimento da pesquisa também foram necessárias leituras

para embasar as análises que realizamos dos cadernos. A partir dos documentos do Ministério da

Educação, o PNAIC se constitui em um compromisso formal assumido pelos governos federal, do

Distrito Federal, dos estados e municípios no sentido de assegurar que todas as crianças estejam

alfabetizadas até os oito anos de idade, ou seja, ao final do terceiro ano do Ensino Fundamental. A

metodologia utilizada nessa pesquisa foi a de caráter qualitativo e se configurou numa análise

documental. Os resultados das análises indicam que a concepção ali encontrada apresenta uma crítica

forte ao ensino de matemática tradicional e uma proximidade intencional à corrente empírico-ativista.

Porém percebe-se certa aproximação também com a perspectiva histórico-crítica, ima vez que, de

maneira reiterada indica que o professor deve desenvolver suas aulas de matemática partindo do

conhecimento prévio dos alunos para então trabalhar o conteúdo sistematizado. Embora a intenção

desses cadernos seja a de proporcionar reflexões sobre a ação de ensinar e aprender matemática, no

intuito de auxiliar o professor na organização de seu trabalho pedagógico, ainda encontramos muitos

direcionamentos para o trabalho docente, apresentando, por vezes, prescrições na apresentação dos

temas.

Palavras-chave: Educação matemática. Formação continuada de professores. PNAIC.

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A IMAGINAÇÃO E A CRIATIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Rossilene Milhomem Jardim Costa - PUC Campinas

RESUMO

Neste trabalho apresentam-se resultados de pesquisa bibliográfica realizada na base de dados

Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), com objetivo de compreendermos melhor como vem

sendo pesquisada a imaginação e criatividade relacionadas a práticas pedagógicas na Educação

Infantil. Através do uso dos descritores criatividade e imaginação foram encontrados 188 artigos; a

partir da leitura dos títulos, resumos e palavras-chave, foram selecionados 72 trabalhos, a partir dos

seguintes critérios: tratarem-se de artigos que abordavam Práticas Pedagógicas, Desenvolvimento

Infantil, Escalas e Testes de Criatividade (mesmo quando não se relacionavam à Educação) e Ensaios

Teóricos. Este corpus foi analisado quantitativamente, buscando identificar-se, dentre os trabalhos

que abordavam Práticas Pedagógicas, a qual(is) segmento(s) educacional(is) se referiam.

Encontramos para o descritor criatividade 44 artigos no total para tais segmentos sendo: 3 Educação

Infantil, 11 Ensino Fundamental I, 9 para Ensino Fundamental II e 15 para Ensino Superior. Para o

descritor imaginação foram encontrados 4 artigos no total para tais segmentos sendo: 2 na Educação

Infantil, 2 no Ensino Fundamental II e nenhum artigo encontrado para os segmentos do Ensino

Fundamenta I; Ensino médio e Ensino Superior. A Imaginação na concepção de L.S.Vigotski é a base

para toda atividade criadora manifestando-se em todos os campos da vida cultural, como na criação

artística, científica e técnica. No qual, tudo o que foi feito pela mão do homem é produto da

imaginação e da criação. Esse autor percebe a imaginação sendo mais pobre na criança, pelo seu

repertório ser menos amplo, no que no adulto. É importante mediar a imaginação da criança na

Educação Infantil para o desenvolvimento pessoal e social. É no período de desenvolvimento relativo

à Educação Infantil quanto à imaginação e das práticas pedagógicas que contribuam para sua

constituição e desenvolvimento, apoiando-nos na teoria Histórico-cultural. O resultado mostra que

pesquisar a imaginação e a criatividade na Educação esta aquém da importância e relevância dessa

temática. No segmento da Educação Infantil, pela quantidade de artigos encontrada na base de dados

escolhidos, pode-se afirma que é inédito pesquisar a imaginação e criatividade. A importância dessa

pesquisa se dá, para uma maior aproximação com que está se investigando atualmente no campo da

imaginação e criatividade. Assim, é de grande relevância essa pesquisa, para entrar e contato com a

produção bibliográfica e para maior aproximação com artigos científicos e educacionais produzidos

atualmente, no qual essa pesquisa bibliográfica mostrou, pela quantidade de artigos relacionados a

imaginação e criatividade, ser de grande relevância para a comunidade cientifica.

Palavras-chave: imaginação. criatividade. pesquisa bibliográfica

A PROVINHA BRASIL EM UM CONTEXTO NEOLIBERAL: QUAL A CONCEPÇÃO DE

AVALIAÇÃO E DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO?

Natália Burle Figueiredo Sousa – PUC-Campinas

Mônica Piccione Gomes RIOS – PUC-Campinas

RESUMO

Os alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental são submetidos à avaliação diagnóstica do

nível de alfabetização, por meio da Provinha Brasil. A Provinha Brasil foi implantada em 2008

configurando-se em uma avaliação em larga escala elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e

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Pesquisas Pedagógicas- Anísio Teixeira (INEP) e distribuída pelo Ministério da Educação (MEC) e

pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Tendo em vista que as atuais

políticas públicas de avaliação da educação básica, no novo milênio, têm se centrado no rendimento

escolar e no desempenho dos alunos nas provas, servindo para constituir indicador de qualidade, o

objeto de estudo foi a Provinha Brasil. Nessa perspectiva, definiu-se como problema: qual a

concepção de avaliação e de qualidade da educação presentes na Provinha Brasil? Decorrente do

problema em questão, constituiu objetivo geral da pesquisa: investigar a concepção de avaliação e de

qualidade da educação presentes na Provinha Brasil. Como objetivos específicos definiu-se: (i)

identificar a concepção de alfabetização e de avaliação presentes nas duas primeiras décadas do

século XXI; (ii) reconhecer e analisar como está estruturada a Provinha Brasil e quais as concepções

de avaliação da aprendizagem e de alfabetização que a norteia; (iii) mapear a produção acadêmico-

científica sobre a Provinha Brasil. Por meio de pesquisa qualitativa, realizou-se pesquisa documental

das questões da Provinha Brasil, aplicadas entre os anos de 2008 e 2014 e pesquisa nos documentos

legais disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep) que se referem à Provinha Brasil. A pesquisa documental foi precedida do mapeamento dos

estudos realizados sobre a Provinha Brasil, considerando os estudos apresentados nos congressos da

ANPAE e as dissertações e teses apresentadas nos Programas de Pós-Graduação em Educação da

PUC-Campinas e Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Educação: Currículo da PUC-São

Paulo, no período de 2009 a 2015. Os dados, analisados à luz dos autores referendados no trabalho,

revelaram que os resultados da Provinha Brasil podem contribuir para desencadear reflexão no âmbito

escolar, em uma concepção de avaliação que esteja a serviço das aprendizagens dos alunos, sobretudo,

ao que se ao processo de alfabetização. No entanto, os estudos apontaram, também, que a Provinha

Brasil pode desencadear uma pedagogia de resultados que implica o desenvolvimento de práticas

pedagógicas com repercussões no currículo da educação infantil e do primeiro ano do ensino

fundamental. A partir do estudo realizado, foi possível evidenciar, também, que as avaliações

precisam ser elaboradas sem desprezar a realidade em que será aplicada. Assim, a Provinha Brasil

necessita ser utilizada como recurso pedagógico, suscitando reflexão no âmbito escolar, considerando

as múltiplas realidades econômicas, sociais, políticas e culturais presentes no Brasil.

Palavras-Chave: Políticas Públicas de Avaliação. Provinha Brasil. Qualidade da Educação Básica.

AS CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS ENTRE WALLON E VIGOTSKI NOS

ESTUDOS SOBRE A DIMENSÃO AFETIVA

Jade Oliveira Melo da Silva

Bolsista PIBIC/CNPq/PUC-Campinas

Profª Drª Elvira Cristina Martins Tassoni

PPGE/PUC-Campinas

RESUMO

Nos últimos anos tem-se observado que a afetividade tem sido pesquisada e problematizada com

muita intensidade nos espaços acadêmicos. Refletir, que no cotidiano da sala de aula circulam

emoções e sentimentos, contribui com a formação de professores e as práticas pedagógicas. Esse

trabalho visa apresentar uma pesquisa de iniciação científica, já concluída, cujo problema central

configurou-se da seguinte forma: quais as convergências e divergências entre Wallon e Vigotski no

estudo da dimensão afetiva nos processos de ensino e aprendizagem na escola? Nesse momento,

apresentamos os resultados obtidos através das pesquisas selecionadas no site da Biblioteca Digital

Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), que tinham como embasamento teórico Wallon e/ou

Vigotski e que discutiam sobre as influências das emoções e sentimentos no cotidiano escolar. O

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objetivo foi identificar as convergências e as divergências entre Wallon e Vigotski em relação à

dimensão afetiva. A busca no site da BDTD foi realizada com os descritores Wallon e Vigotski

(considerando as diferentes grafias com que o nome deste autor aparece), combinados com emoções,

sentimentos, afetividade, dimensão afetiva e, ainda combinados com ensino e aprendizagem na

escola. Obtivemos um resultado final de 38 pesquisas para a leitura na íntegra sendo, seis pesquisas

que tratavam sobre a afetividade em Wallon, 11 pesquisas que tratavam sobre os afetos em Vigotski

e 22 pesquisas que discutiam sobre as emoções e os sentimentos na visão dois teóricos. Em relação

aos resultados qualitativos as pesquisas enfatizaram os conceitos mais explorados na visão de Wallon

e Vigotski. Os mais explorados em Wallon foram: afetividade; emoção; sentimentos; paixão;

cognição; pessoa completa; contágio; meio social; natureza biológica; movimento expressivo;

componentes humorais e motores; plasticidade; contagiosidade; regressividade; fluxo tônico;

natureza hipotônica; natureza hipertônica, psicogênese. Já em Vigotski foram: afetos, emoções

primitivas; sentimentos; significado; sentido; mediação; meio social; linguagem; pensamento; visão

monista; imaginação; processo social; meio cultural; funções psicológicas superiores; percepção;

motivação; subjetividade; tendência afetivo-volitiva, sócio-histórico. Os resultados obtidos

permitiram evidenciar aspectos teóricos das abordagens de Wallon e Vigotski no campo da

afetividade, possibilitando identificar algumas convergências e divergências. Em relação às

convergências os dois partem do pressuposto do materialismo-histórico-dialético; defendem uma

visão monista de ser humano; consideram a emoção em uma perspectiva de desenvolvimento e

deixam explícito que a aprendizagem é um processo social. Em relação às divergências, Wallon

enfatiza mais o papel orgânico das emoções, enquanto que Vigotski enfatiza mais o papel cultural

das emoções. Outro aspecto é que Wallon define separadamente os conceitos de emoção, sentimento

e paixão. Já Vigostki não explora uma definição concreta para as emoções. Segundo as pesquisas os

afetos para Vigotski são componentes que se igualam as emoções e os sentimentos. Concluímos que

para a área de formação de professores, reconhecermos as influências existentes entre os fatores

afetivos e os cognitivos é de indispensável importância para as práticas pedagógicas, no que se refere

às possibilidades de contribuir para a aproximação ou o afastamento dos alunos com os diferentes

objetos de conhecimento, envolvendo o ensino e a aprendizagem na escola.

Palavras-chave: Dimensão afetiva. Ensino-aprendizagem. Formação de professores.

ABORDAGENS DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL:

CONCEPÇÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS

Regilson Maciel Borges – UFSCar

RESUMO

O estudo apresenta uma revisão das principais abordagens de avaliação educacional com suas

respectivas concepções e orientações resultantes do desenvolvimento teórico e metodológico do

campo da avaliação no cenário internacional. A intenção foi compreender quais os principais elementos que caracterizam as diferentes concepções sobre avaliação produzidas na literatura

especializada da área. A fim de se atingir o objetivo proposto, foi realizada um pesquisa de caráter

bibliográfica em diferentes fontes, tais como livros e artigos científicos que discutem a temática

analisada. Cabe ressaltar que a adoção da designação abordagens de avaliação ao invés de modelos

de avaliação ou paradigmas da avaliação nos pareceu mais razoável por considerarmos que a ideia de

muitas abordagens parece mais um conjunto de argumentos de persuasão do que construções teóricas

sólidas que confira um estatuto de modelo. Ernest House, por exemplo, prefere utilizar o termo

enfoque em vez de paradigma para tratar dos tipos básicos de avaliação educacional. Neste estudo a

avaliação educacional está sendo entendida enquanto um campo de conhecimento complexo e

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polissêmico, com múltiplas e heterogêneas referências, nisso se inclui tanto seu nível macro – caso

da avaliação de sistemas, programas e projetos educacionais – quanto seu nível micro – caso da

avaliação do rendimento escolar e avaliação de currículo. Tomando como base o material

bibliográfico levantado, o estudo descreve sete abordagens da avaliação educacional que resultaram

do cruzamento das informações apresentadas por estudiosos da área, de onde também emergiram as

classificações que nomeiam cada uma das abordagens, a saber: a) avaliação baseada em objetivos; b)

avaliação baseada na lógica científica; c) avaliação baseada no valor agregado; d) avaliação a serviço

da decisão; e) avaliação orientada para consumidores; f) avaliação centrada nos participantes; e g)

avaliação qualitativa. Cada uma dessas abordagens são caracterizadas de acordo com seus

protagonistas, objetivos, enfoques conceituais, orientações teóricas provenientes de pressupostos

metodológicos e os estudiosos que aprofundaram e deram continuidade nas respectivas abordagens.

Na abordagem baseada em objetivos a avaliação consiste em determinar em que medida os objetivos

educacionais foram alcançados. Na abordagem baseada na lógica científica o foco se concentra na

tentativa de descartar ameaças e impedir inferências casuais na condução de pesquisas. Na abordagem

de avaliação a serviço da decisão a avaliação está centrada no processo de tomada de decisões, cujo

objetivo é melhorar, tomar decisões adequadas. Na abordagem de avaliação orientada para

consumidores o avaliador procura ajudar os consumidores a identificar e avaliar o mérito e valor de

programas concorrentes, serviços e produtos. Na abordagem de avaliação centrada nos participantes

a avaliação se baseia no que as pessoas fazem naturalmente para avaliar as coisas, ou seja, elas

observam e reagem. Na abordagem de avaliação qualitativa a preocupação encontra-se em como são

utilizados os resultados da avaliação e no desenvolvimento de métodos que colocam poucas restrições

sobre o avaliador. O processo de desenvolvimento das abordagens formais de avaliação é um fator

primordial quando se pensa em construção de teoria em avaliação, e isso requer compreensão,

organização e análise das múltiplas abordagens e das diferentes definições e concepções da avaliação.

Palavras-chave: Avaliação educacional. Abordagens de avaliação. Teoria em avaliação.

ALFABETIZAÇÃO, IMAGINAÇÃO E CONTOS DE FADAS:

O QUE DIZEM AS PESQUISAS

Patricia Maria Barbosa Jorge Sparvoli Costa – PUC-Campinas

Elvira Cristina Martins Tassoni - – PUC-Campinas

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura envolvendo pesquisas que

discutem a alfabetização no Ensino Fundamental, de maneira articulada com o desenvolvimento da

imaginação, por meio dos contos de fadas. Nossa intenção foi mapear os trabalhos que se constituíram

a partir de pesquisas-intervenção. Esse levantamento é parte de uma pesquisa maior, no nível de

doutorado. Como problema norteador temos: de que maneira a alfabetização é trabalhada no Ensino

Fundamental e quais são suas possíveis interlocuções com os contos de fadas e com o desenvolvimento da imaginação? Utilizamos duas bases de dados para localizarmos os trabalhos: a

Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o site Scientific Electronic Library Online

(Scielo). Na BDTD, usamos inicialmente a combinação dos seguintes descritores: contos de fadas,

alfabetização, literatura infantil, escrita, imaginação, linguagem. Obtivemos um total de 21 teses e

dissertações, já excluindo as pesquisas repetidas. Nessa etapa ficou evidente, ao analisarmos esses

resultados, que há uma escassez de pesquisas que articulam os contos de fadas com a imaginação e

ainda, o entrelaçamento da literatura infantil com a escrita, a linguagem e a imaginação. Em uma

segunda etapa de levantamento, ainda na BDTD, utilizamos o descritor – pesquisa intervenção na

escola – com dois filtros diferentes – Ensino Fundamental e Aprendizagem. Foram encontradas 60

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pesquisas. Reunimos, portanto, 81 trabalhos para leitura dos títulos e resumos, definindo os seguintes

critérios de exclusão: pesquisas realizadas na educação infantil e no ensino médio; pesquisas com

ênfase em uma área específica de conhecimento, como matemática, inglês, etc.; estudos explorando

um autor ou uma obra literária específica. Assim, o corpus da revisão de literatura totalizou 24

pesquisas, que foram lidas na íntegra. A sistematização dessa etapa resultou na construção de dois

grupos iniciais – duas pesquisas bibliográficas e 22 pesquisas empíricas. Os trabalhos que se

caracterizaram como pesquisas empíricas foram realizados, exclusivamente, em escolas. Desses

trabalhos, 14 referem-se a intervenções realizadas pelo pesquisador; seis, analisam a produção de

alunos, cuja realização se deu em sala de aula; e dois são pesquisas que tematizaram a análise da

própria prática, em que pesquisador e sujeito de investigação se fundem. Verificamos que mais de

90% das pesquisas selecionadas são empíricas, mostrando um movimento de aproximação entre

universidade e escola, na discussão entre teoria e prática. Observamos que as pesquisas sobre os

contos de fadas, não explicitam uma articulação com a alfabetização e nem com a imaginação como

ferramenta para a configuração de novos sentidos para a aprendizagem da leitura e escrita. Na base

Scielo, a partir dos descritores – imaginação e escola – encontramos 21 artigos, mas apenas quatro

eram da área da educação. Todos problematizaram a imaginação tanto no campo teórico-conceitual,

quanto como uma ferramenta para a configuração de diferentes caminhos para o trabalho dentro da

escola. Constatamos, que apesar dos artigos explorarem a imaginação como meio para desenvolver

determinadas aprendizagens, não há trabalhos que tenham como foco, a alfabetização e/ou a

linguagem oral e escrita.

Palavras-chave: revisão bibliográfica. processos imaginativos. desenvolvimento da linguagem.

AUTO-REGULAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO NO 5° ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Jéssica Barboza Casarotte - UNIMEP

RESUMO

Ao ingressar na escola a criança vivencia diversas situações, algumas boas, que lhe proporciona

sentimentos de alegria e aprendizado qualitativo e outras que lhe causa angustia e desconforto. Assim

como aprende-se conceitos, entende-se que auto-regular o aprendizado pode ser aprendido e também

ensinado. Estudos apontam que alunos auto-regulados são capazes de pensar sobre seu processo de

aprendizagem e construir estratégias qualitativas de estudo para realizar com sucesso suas tarefas

escolares. Uma busca no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior e na biblioteca digital de teses e dissertações da UNICAMP, UNESP e

USP, revelaram 258 produções referentes à temática, dentre esses foram selecionados 31 trabalhos,

que tinham como foco de estudo os anos iniciais do Ensino Fundamental, foram 8 teses e 23

dissertações. Este texto apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por objetivo investigar o

processo de autorregulação da aprendizagem matemática em uma sala do 5° ano do ensino fundamental de uma escola pública do município de Campinas. É uma pesquisa investigativa de

caráter qualitativo, orientada pela Teoria Social Cognitiva de Albert Bandura, cujos instrumentos para

coletas de dados utilizados foram, observações participativas, resultando em cincos dias campo,

entrevista com a professora da sala e questionário contendo 17 questões fechadas aos alunos, o qual

foi dividido em oito focos de análises: autoavaliação matemática; distribuição dos alunos de acordo

com a frequência de estudos; distribuição dos alunos de acordo com a organização dos estudos;

distribuição dos alunos de acordo com as estratégias de aprendizagem; memorização; distribuição

dos alunos de acordo com as estratégias de apoio social solicitada; distribuição dos alunos de acordo

com o esforço e a persistência percebida; distribuição dos alunos de acordo com o tempo de controle

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das emoções. Participaram deste estudo uma professora e 31 alunos, de idades compreendidas entre

10 e 11 anos. Para alcançar o objetivo proposto, o trabalho analisa o que os principais autores falam

sobre a auto-regulação da aprendizagem. Em seguida, identifica as práticas pedagógicas

desenvolvidas pela professora, as quais auxiliam no processo de auto-regulação dos alunos. Depois,

analisa as estratégias de estudo utilizadas pelos alunos durante as aulas de matemática e identifica

como eles se auto-avaliam na disciplina. Os dados revelam que, embora a professora não conheça o

conceito da autorregulação, ela faz uso de estratégias de ensino que ajuda os alunos a pensarem sobre

os seus processos de aprendizagem, os alunos fazem uso de algumas estratégias auto-reguladas

propostas por Bandura, no entanto eles estão em processo de autorregulação.

Palavras­ chave: auto-regulação. autorregulação matemática. motivação. ensino fundamental.

AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA):

REFLEXÕES E PROBLEMATIZAÇÕES EM QUESTÃO

Viviane Custodio Pinto - PUC-Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – PUC-Campinas

RESUMO

A ANA, instituída em 2012, está inserida no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, pelo

qual o Ministério da Educação (MEC) assume o compromisso de garantir que todas as crianças

estejam alfabetizadas em língua portuguesa e matemática, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Tal compromisso firmado envolve os governo federal e os governos do Distrito Federal, dos estados

e dos municípios. As Ações do Pacto encerram quatro eixos, a saber: (i) formação de professores

alfabetizadores e orientadores de estudo; (ii) recursos pedagógicos e tecnologias educacionais; (iii)

avaliação externa; (iv) gestão e planejamento. Em acordo com o que está explicitado nos documentos

oficiais, ao avaliar o nível de alfabetização dos alunos no 3º ano do ensino fundamental pretende-se

produzir indicadores, com vistas à melhoria da qualidade de ensino e redução das desigualdades.

Dessa forma, definiu-se como problema de pesquisa: qual a concepção de avaliação e de qualidade

da educação presentes na ANA? Constituiu objetivo geral dessa pesquisa: investigar a concepção de

avaliação e de alfabetização presentes na ANA. E constituíram objetivos específicos: (i) identificar a

concepção de alfabetização e de avaliação presentes nas duas primeiras décadas do século XXI; (ii)

reconhecer e analisar como está estruturada a ANA e quais as concepções de avaliação da

aprendizagem e de alfabetização que a norteia; (iii) mapear a produção acadêmico-científica sobre a

ANA. Em uma abordagem de pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, realizou-se o mapeamento

dos estudos realizados sobre a referida avaliação em larga escala apresentados nos congressos

internacionais da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae), no período

de 2012, 2013 e 2014, análise dos documentos legais disponíveis no site do Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), análise das questões da ANA e as

dissertações e teses apresentadas no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da PUC-Campinas e no Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-São Paulo, no período

de 2008 a 2015. Os dados analisados, à luz dos autores referendados no trabalho, possibilitou

constatar que há predominância da concepção de avaliação inscrita no paradigma dominante que se

caracteriza pela verificação e valorização do produto e dos dados quantificáveis não desencadeando,

necessariamente, intervenções em prol da melhoria da qualidade do ensino fundamental. A pesquisa

revelou, ainda, a necessidade de se redefinir políticas educacionais que impliquem a problematização

dos resultados das avaliações externas no âmbito das unidades escolares, de modo que, articulados

aos processos de avaliação interna e da avaliação das aprendizagens, tenham potencial para

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desencadear estratégias de ação que contribuam, efetivamente, para a aprendizagem dos alunos e

melhoria da qualidade da educação.

Palavras-chave: Avaliação Nacional da Alfabetização. Qualidade da Educação Básica. Políticas

Públicas em Educação

BRINCANDO COM A LUZ - CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO

RACIOCÍNIO ESPACIAL

Karina Calça Mandaji- PMC

Fernando Jorge da Paixão – IFGW UNICAMP

Jorge Megid Neto- FE UNICAMP

RESUMO

Nesta comunicação oral, pretendemos apresentar os conteúdos conceituais desenvolvidos com as

crianças do Agrupamento III (3 a 5 anos) da Prefeitura Municipal de Campinas-SP, com especial

atenção aos conteúdos matemáticos: comparação de tamanhos, estimativa, senso geométrico

(intuitivo), semelhança de formas, lateralidade; realizados durante a pesquisa de Mestrado intitulada

“Projeto “Brincando com a luz” na Educação Infantil”, defendida em 2015. O senso geométrico e a

lateralidade fazem parte das relações estabelecidas entre o sujeito e os objetos no espaço. Perceber o

espaço que nos rodeia e raciocinar sobre ele, permite o desenvolvimento das relações espaciais.

Durante a realização das nossas atividades, através de gravações, filmagens, anotações em diário de

campo e registro das crianças (desenho) compreendemos que as atividades contribuíram para que as

crianças pudessem interpretar, organizar e representar as posições das pessoas e das sombras, ou das

pessoas e dos objetos utilizados na sequência didática. As crianças que participam desse tipo de

atividade, nas quais são desafiadas a estabelecerem relações, falarem sobre elas e as representarem,

estão melhor preparadas, quando adquirem essas competências geométricas e espaciais para

trabalharem conceitos como o sentido espacial, por exemplo. O Projeto Brincando com a luz é um

conjunto de atividades de Ciências que permite às crianças desenvolverem conceitos relacionados ao

que é luz; o movimento da luz; a sombra; a reflexão da luz; a visão; projeções espaciais e perspectiva.

Realizamos uma sequência didática de onze atividades que foram analisadas à luz das seguintes

categorias: argumentação e os conhecimentos (conceitos, procedimentos e atitudes) construídos pelas

crianças no âmbito de Ciências e de outras áreas. A pesquisa em questão trata-se de uma pesquisa

experimental sem grupo de controle, realizada com uma turma de crianças do Agrupamento III.

Trazemos contribuições para o desenvolvimento de atividades que permitam às crianças pequenas

discutirem a temática relacionada à geometria e ciências, a partir de atividades instigantes e

divertidas. Traz também, contribuições para compreender e trabalhar a aprendizagem significativa

com as crianças pequenas. Após a realização da pesquisa, percebemos que o ensino de Ciências,

baseado na argumentação e nas ações colaborativas entre aqueles que protagonizam o processo de

ensino-aprendizagem escolar (professores e alunos), pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento infantil e o entendimento de conceitos, através do debate e da discussão com o outro,

pois as crianças podem dar novos significados ao que está sendo estudado. Incentivar as crianças a

argumentarem desde muito cedo contribui para que elas passem a identificar padrões, discriminar

dados e construir hipóteses; enfatizando a importância da interação entre as crianças, entre as crianças

e a professora e principalmente, oportunizando espaços para que elas possam expressar seus

pensamentos.

Palavras chave: Educação Infantil; ensino de Ciências; senso geométrico.

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DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA UTILIZANDO A LOUSA

DIGITAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

Juliana de Almeida Oliveira

RESUMO

A aplicação da lousa digital interativa na educação gera reflexões sobre a prática escolar atual, que

possuem o intuito de encontrar metodologias próprias para a inserção das novas tecnologias no

ensino. Dessa forma foi necessário buscar justificativas para a utilização da lousa digital em sala de

aula, procurando compreender a sua importância para os novos desafios da escola frente às

tecnologias. Com o intuito de atingir esses objetivos, que permeiam uma análise do papel da lousa

digital no ensino-aprendizagem, ocorreu um levantamento sobre as influências desta no ensino, para

tal são citados autores que trabalham com a temática Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)

no ensino fundamental. Em diálogo com os autores verificou-se em sala de aula a prática escolar

diante das novas tecnologias, havendo um olhar especial para a lousa digital, através dessa intensão

foi coletado opiniões de professores e resultados quanto ao interesse, motivação e entusiasmo dos

alunos. Essa se realizou através de uma pesquisa de campo, no município de Guarujá, onde entrevistas

com treze professores foram feitas, entrevista com o técnico de informática da prefeitura,

acompanhamento de aulas, de capacitações e um questionário foi aplicado em vinte e seis alunos.

Um evento, PROCIENTEC, de ciência e tecnologia, foi observado com o intuito de analisar a maneira

que a lousa digital estava sendo utilizada no município, já que englobava 14 escolas. Através dessa

combinação, entre teoria e prática notou-se que essa ferramenta pode ser utilizada com a finalidade

de alterar o ensino-aprendizagem e com o objetivo de aguçar o interesse dos alunos em aprender, pois

esse é um dos problemas atuais da educação. Portanto a tecnologia pode auxiliar como reforço para

a didática dos professores, pois eles são os mediadores do conhecimento e possibilitam a ocorrência

de atividades divergentes, porém deve haver meios que possibilitem o manuseio profissional, técnico

e pedagógico da ferramenta, para que o educador se sinta preparado e confiante em utilizar a lousa

digital, principalmente, devido aos dados coletados de que a maioria dos professores não tinha

domínio da tecnologia. Ao longo do projeto serão demonstradas algumas mudanças, que devem

ocorrer para a implantação das novas ferramentas tecnológicas na educação, entre elas estão:

equipamentos tecnológicos qualificados; capacitação de professores; aulas dinâmicas; currículo e

avaliação; análise e reformulação da Lei 12.730; metodologia de ensino e livro digital didático.

Ressalta-se que não há a credibilidade da lousa digital ser a solução para todos os problemas da

educação atual, mas é uma entre as diversas ferramentas que podem estar presentes em salas de aula,

contribuindo com o ensino.

Palavras chaves: Lousa digital. Metodologias. Ensino fundamental.

DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO EM DIREITOS: ANALISANDO PROCESSOS

FORMATIVOS DE PROFESSORES POR MEIO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS

Ana Conceição Alves Santiago

Faculdade Anísio Teixeira

RESUMO

Este estudo teve como objetivo tratar de forma mais ampla o processo de constituição e ampliação de

uma Rede colaborativa e interdisciplinar no âmbito dos Direitos Humanos (DDHH) e Educação em

Direitos Humanos (EDH). As novas tecnologias ampliaram as possibilidades de relacionamento e

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participação social, e neste sentido o Portal Mbote utilizou-se das tecnologias digitais para ampliar e

possibilitar a participação das pessoas nas situações que afetam sua vida e seu contexto. Foi analisado

a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e dos recursos digitais na construção

de conteúdo, na forma de materiais educacionais, que serviram de norteadores para a ampliação dessa

Rede. Surgiu então a necessidade de ampliação de um espaço, no qual fosse possível criar,

compartilhar, propor e divulgar conhecimentos e soluções para os problemas em que a sociedade

atual se encontra mergulhada, principalmente no que se refere aos Direitos Humanos, e essas ações

foram concretizadas a partir da constituição de redes de colaboração. A importância dessa proposta

parte da necessidade de disseminação e constituição de uma Educação em Direitos Humanos que

evidencie mudanças em todo o contexto educacional a partir de um agir coletivo e transformador do

contexto social. Pois, a prática da Educação em Direitos Humanos ainda não se faz presente em

muitos espaços formais, dificultando o acesso às informações e aos conteúdos referentes aos Direitos

Humanos, neste contexto, impossibilitando também a formação e qualificação de seus agentes

educadores, tanto instituições, quanto pessoas. Neste sentido, questionou-se: de que forma as

tecnologias digitais contribuem nos processos formativos de professores na construção de

conhecimentos acerca dos Direitos Humanos? Para colocar as evidências de pesquisa e responder a

este questionamento, que contribuiu para a execução dessa proposta, foi utilizada como abordagem

de pesquisa, a Pesquisa-Ação, que possibilitou refletir acerca de todo o processo investigativo e

também para a concretização das ações planejadas. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se

da Observação Participante e da Entrevista online, a partir de uma perspectiva qualitativa de pesquisa.

Todos esses procedimentos de pesquisa contribuíram significativamente para a ampliação do Portal

Mbote, uma rede que promove discussões acerca dos DDHH e EDH e assim esta Rede possa estar

coerente com as necessidades atuais de ensinar e aprender a partir de uma lógica de interatividade,

colaboração e dialogicidade. Todo o processo de pesquisa delineado neste estudo, ampliou novos

caminhos para os processos formativos potencializados pelas TD e contribuiu, também, na

disseminação de informações, construção e (re)construção de conhecimentos a partir de uma lógica

que fomente uma aprendizagem significativa e ao longo da vida. Os temas abordados nesta pesquisa,

não teve a pretensão de esgotar as discussões, mas criar oportunidades de reflexões e contribuições

para um despertar consciente para as questões inerentes aos Direitos Humanos e Educação no

contexto atual.

Palavras-chave: Direitos Humanos. Educação em Direitos Humanos. Formação de Professores.

DIRETORES DE ESCOLA: PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE E DEMOCRATIZAÇÃO

DA ESCOLA PÚBLICA

Nathália Suppino Ribeiro de Almeida - UFSCar

RESUMO

O presente estudo teve como objeto, a investigação dos discursos presentes nas percepções de diretores de escola acerca dos processos de democratização da escola e da educação no Brasil. Para

tanto, buscamos compreender aspectos da produção da subjetividade do diretor de escola pública em

meio aos discursos acerca desses processos. Para tanto, foram analisados os enunciados de diretores

de escolas públicas da rede municipal de Ribeirão Preto-SP, com mais de quinze anos de experiência

no cargo, com a finalidade de compreendermos a forma como se produz a sua subjetividade

considerando a complexidade das relações em que se inserem e os elementos sociais, culturais e

históricos que os permeiam. As bases metodológicas utilizadas pautaram-se em abordagens

qualitativas, estudo teórico e interdisciplinar bibliográfico, entrevistas gravadas semiestruturadas,

observação não participante e análise de discursos na perspectiva francesa. O principal referencial

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teórico adotado, baseado nas teorias de Michel Foucault, contempla inúmeros estudos sobre a análise

de discurso e o sujeito enquanto produção das relações de poder de que é parte e dos elementos que

compõem seu contexto histórico e social. Observamos que os discursos concernentes à gestão

democrática, frequentemente, se referem a este modelo de gestão escolar como aquele em que o

diretor permite a entrada da família dos alunos na escola e que esses opinem livremente. Entretanto,

em muitas situações, esse acesso apenas é permitido para assuntos que envolvam o aluno de maneira

pontual, enquanto que os demais assuntos concernentes à instituição permanecem centralizadas no

diretor, cabendo a ele, a decisão final. O discurso da gestão democrática pelo livre acesso dos pais à

escola, portanto, pode manter ocultos esses mecanismos que, além de reforçarem a autoridade do

diretor, tendem a afastar a instituição de condutas que promovam sua democratização. Nesse

contexto, os processos de subjetivação se caracterizam por sua incompletude e por se inserirem em

um cenário de constante produção. No âmago desses processos os discursos se tornam hábeis a se

produzir e a produzir sujeitos a partir de elementos diversos, internos e externos, sendo que a maneira

como produzem a subjetividade de cada sujeito os instiga a assumir papeis sociais que os inserem em

situações dentro das quais desenvolverão suas obrigações, exercerão seu poder e serão submetidos ao

poder do outro. A partir disso, é possível conhecer o lugar que ocupa o sujeito, o lugar de onde fala e

onde trava suas relações em que o poder se apresenta como elemento capaz de moldar condutas e,

consequentemente, produzir subjetividades que legitimem sua manutenção modificando o ethos do

outro num ciclo de transformação inesgotável.

Palavras-chave: subjetividade. diretor de escola. discurso.

EDUCAÇÃO DE SURDOS: TEORIAS EDUCACIONAIS

Ingrid Julliane Freires Sartori Barbosa - Faculdade de Jaguariúna (FAJ)

RESUMO

A presente pesquisa foi apresentada como trabalho de conclusão no curso de pós-graduação Latu

Sensu, na faculdade de Jaguariúna, para obtenção do título de especialista no curso de Introdução à

Interpretação em Libras e docência no Ensino Superior. Estudamos a educação de surdos pelo mundo

e as mudanças sofridas ao longo da história. No Brasil, ela foi influenciada pela proposta da educação

inclusiva e pela busca de um ensino de qualidade. Hoje essa temática vem ganhando espaço nas

pesquisas e discussões acadêmicas. Na educação inclusiva se faz necessário atentar para os alunos

surdos, que na condição atual, quando frequentam o espaço escolar são “incluídos” na educação

básica em salas regulares do sistema de ensino. Diante da realidade atual, encontramos algumas

dificuldades no ensino de surdo, um dos principais fatores é a barreira na comunicação: temos o

professor, colegas de sala e funcionários que falam uma língua oral (Português) e o aluno surdo que

se comunica por meio de uma língua viso-espacial (Língua Brasileira de Sinais - Libras), porém, em

algumas situações o aluno não aprendeu nenhuma língua, dificultando seu desenvolvimento escolar

e interação social. Diante desta realidade convém questionar: Como a história da educação de surdos evoluiu ao passar dos anos? Qual o respaldo para tal educação no quadro legal brasileiro? Buscamos

então, como objetivo desse trabalho, estudar as possibilidades e reflexões sobre as principais teorias

na educação de surdos e medidas políticas atuais no Brasil. Realizamos uma pesquisa de caráter

bibliográfico e documental, com acessos aos portais do banco de teses da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Scientific Electronic Library Online

(SCIELO), bem como ao Portal do Ministério da Educação (MEC), Lacerda (2013), Gesser (2009) e

Strobel (2009) estão entre os autores consultados e leis relacionadas ao tema, como a Lei

10.436/2002, conhecida como “Lei de Libras” e o Decreto 5.626/2005, que regulamenta tal lei. O

presente trabalho foi dividido no ponto de vista formal, em três partes. No primeiro capítulo,

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realizamos levantamento teórico sobre o assunto: surdez e o sujeito surdo, explicitando conceitos

clínicos e antropológicos. Na segunda apresentamos a história da educação de surdos e mencionamos

na esfera educacional, o respaldo legal atual para a comunidade surda brasileira. No terceiro e último

item, encontramos três teorias na educação de surdos: o Oralismo, a Comunicação Total e o

Bilinguismo. Destacamos quais leis brasileiras atuais que subsidiam as práticas educacionais

bilíngues nas escolas, ditas, inclusivas. Como resultados obtidos percebe-se que ao longo da história,

houve uma evolução na educação de surdos, que passou do sofrimento e opressão para uma fase mais

aberta à novos métodos e ideias teóricas, afim de orientar o processo de ensino. Foi uma conquista

para os surdos terem seus direitos garantidos, por meio de leis e ter acesso ao ensino em sua própria

língua através de instrutor/professor de Libras, professor bilíngue, intérprete em sala e professor de

apoio em contra turno, com o intuito de que os surdos possam aperfeiçoar sua língua natural.

Palavras chaves: Educação de surdos. Libras. Teorias.

EFEITOS DO SINAES NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: UM ESTUDO

BIBLIOGRÁFICO

Paulo Roberto Teixeira Junior – Puc-Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – Puc-Campinas

RESUMO

Desde os anos noventa o Brasil vem implementando políticas de avaliação educacional em larga

escala em todos os níveis. Na Educação Superior, especificamente, instituíram-se o Programa de

Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) em 1993, o Exame Nacional de

Cursos (ENC) em 1995 e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) em

2004, vigente até os dias atuais. O SINAES é uma política de avaliação orientada para mapear as

instituições de ensino superior (IES) em três dimensões: (i) avaliação da instituição, (ii) avaliação do

curso e (iii) avaliação do estudante. Este estudo, realizado no Programa de Pós Graduação em

Educação da PUC Campinas nos anos de 2014 e 2015, se situou na segunda dimensão – avaliação de

curso – e se propôs a responder à seguinte questão: que efeitos o SINAES têm no curso de

Administração? Decorrente do problema em questão, definiu-se como objetivo geral: identificar e

analisar os efeitos do SINAES produzidos no Curso de Administração; e como objetivos específicos:

i) reconhecer que dimensões e componentes do SINAES têm sido objeto de estudos por parte dos

pesquisadores brasileiros; ii) analisar os efeitos que o SINAES tem produzido no curso de

Administração. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que mapeou trabalhos de mestrado, doutorado

e artigos publicados nos anos de 2004 a 2014 a fim de investigar se alguma pesquisa tratou dos efeitos

do SINAES no curso de Administração. Procedeu-se a busca sistemática de obras na Biblioteca

Digital de Teses e Dissertações (BDTD), Banco de Teses e Dissertações da Capes e indexador de

artigos Scielo. Em tais bancos de dados, utilizou-se como único descritor para as buscas a palavra

“sinaes”. Dentre as 101 obras de mestrado e doutorado e 32 artigos levantados, somente uma dissertação tinha como objeto a interface SINAES – curso de Administração. Tal dissertação,

defendida na PUC de São Paulo em 2012, argumenta que o SINAES não provocou melhoria nos

cursos de Administração por ele pesquisados. Partindo-se do princípio de que toda política pública

produz efeitos, argumentamos que o SINAES têm sim produzido efeitos, porém não aqueles

preconizados pela instituição da política, qual seja, promover a melhoria dos cursos. Se é certo que o

SINAES, como argumenta o autor do estudo, está mais a serviço de legitimar e reproduzir nas IES a

separação dos grupos sociais, é certo também que este resultado, em que pese sua feição

antidemocrática, também é um efeito, ainda que indesejado por nós. O curso de Administração, apesar

de ser o que detém a maior quantidade de estudantes do país, carece de mais pesquisas na sua

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intersecção com as políticas de avaliação. O reduzido número de estudos neste campo, de alguma

forma, também pode nos sinalizar tendências do que o poder público quer, e o que não quer, para esta

área.

Palavras-chaves: SINAES, curso de administração, políticas públicas em educação

EFEITOS DO SINAES NO CURSO DE TURISMO DA PUC-CAMPINAS:

PERCEPÇÃO DOS GESTORES

PONTES, Marina Piason Breglio, PPGE PUC-Campinas

RIOS, Mônica Piccione Gomes, PPGE PUC-Campinas

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, nas últimas seis décadas, o turismo

experimentou uma contínua expansão, convertendo-se em um dos setores econômicos de maior

envergadura do mundo, exigindo profissionalização de sua mão-de-obra, o que implica necessidade

de se repensar o Curso de Turismo. Nessa direção, há necessidade, também, de se realizar avaliação

do Curso. Para autores consagrados no assunto, a avaliação é uma prática social orientada, sobretudo

para produzir questionamentos e compreender efeitos pedagógicos, políticos, éticos, sociais,

econômicos do fenômeno educativo, não devendo ser uma simples medida para efeitos de

comparação e discriminação. Assim, o presente trabalho tem como objetivo investigar os efeitos do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) no Curso de Turismo da Puc-

Campinas, sob a percepção de seus gestores. A opção metodológica, em uma abordagem qualitativa,

sem desprezar os dados quantificáveis, incluiu revisão da literatura especializada, análise documental

do projeto pedagógico do Curso de Turismo (PPC) e entrevista semiestruturada com a equipe de

gestão Ambos os gestores do curso (gestão atual – 2014/2017 e gestão anterior – 2010/2013) possuem

formação em Turismo e experiência anterior em docência na área, bem como em outros cargos de

gestão. A análise dos dados considerou a diversidade de técnicas e instrumentos para a produção de

material empírico, em um esforço de triangulação. À luz dos autores referendados, constatou-se que

o SINAES tem incidência nos cursos em diferentes esferas, a exemplo do currículo, gestão,

infraestrutura, projeto pedagógico, titulação docente, plano de carreira docente, entre outros. Quanto

aos efeitos do SINAES, foi possível constatar que a política de ensino existente busca atender às

diretrizes do SINAES, inclusive tendo desencadeado um processo de autoavaliação. Também foi

possível perceber ações relacionadas à formação do corpo docente, com estímulo do aumento da

porcentagem de mestres e doutores. O atual PPC, apesar de ter considerado primordialmente as

Diretrizes Curriculares Nacionais, também foi orientado pelo SINAES, apesar de ambos os gestores

não verem suas influências no currículo até o momento. Ambos também convergiram ao que se refere

à preparação dos alunos para o ENADE, destacando a existência de simulados, além de orientação

aos professores quanto ao modelo de suas provas e quanto ao enfoque de assuntos contemporâneos

que, eventualmente, possam constituir questões do referido exame. Foi perceptível a confiança dos

gestores no processo de desenvolvimento do Curso balizado principalmente pelo PPC, percepção

fundamental para que as práticas de gestão e as práticas pedagógicas não sejam na direção de engessamento do currículo. Chama a atenção que os gestores não considerem o ENADE como o

instrumento mais importante do SINAES, posto que constitui o instrumento de maior visibilidade,

devido aos resultados geradores de rankings entre as universidades. Para ambos os gestores, há

necessidade de atenção para a articulação entre a avaliação interna e a avaliação externa, além de

atentar, para a formação de pessoas. Os gestores pesquisados trataram, ainda, dos efeitos limitadores

do SINAES, ao que se refere à efetivação de mudanças no Curso de Turismo da PUC-Campinas.

Palavras-chave: SINAES; Políticas Públicas de Avaliação; Curso de Turismo.

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ENEM E SARESP: EFEITOS NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO INTEGRAL

Larissa Franciane Greve –PPGE PUC Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – PPGE PUC Campinas

Na década de 1990, a preocupação com a qualidade do ensino acentuou o debate internacional. Com

a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n°9394/96), as avaliações ganharam

destaque, no Brasil, por propiciar a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino, a

partir das possibilidades de uso dos seus resultados tanto pelos estudantes quanto pelas escolas. Ao

que se refere ao ensino médio, estudos acadêmicos demonstram que as provas do Sistema de

Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e o Exame Nacional do Ensino

Médio (Enem), destacam-se no ambiente escolar sobre as demais avaliações trazendo implicações

para o currículo. Desse modo, define-se como problema: quais os efeitos do Saresp e do Enem no

currículo do ensino médio integral em escolas públicas estaduais de Campinas na percepção dos

gestores e professores? Esta pesquisa teve por objetivo investigar os efeitos do Saresp e do Enem no

currículo do ensino médio, na percepção dos gestores e professores da rede pública estadual do

município de Campinas- SP, tendo como lócus duas escolas de ensino médio integral da cidade.

Optando-se pela abordagem qualitativa sem desprezar dados quantificáveis, utilizou-se para a

produção de material empírico entrevistas semiestruturadas com um gestor de cada escola e grupos

focais com quatro professores da escola identificada como 1 e seis professores da escola identificada

como 2. A análise dos resultados considerou a diversidade de técnicas e instrumentos de coleta de

dados, em um esforço de triangulação. Constatou-se que o Saresp e o Enem, que integram as políticas

públicas de avaliação, têm se constituído como provas focadas no produto das aprendizagens,

consonantes a políticas neoliberais, e que, por vezes, desconsideram a discussão e problematização

de seus resultados junto aos condicionantes que implicam a aprendizagem. Deste modo, da forma

como os resultados vêm sendo utilizados, podem favorecer mecanismos de seleção e exclusão dos

estudantes. Observou-se, ainda, que, por suas peculiaridades, o Programa de Ensino Integral do estado

de São Paulo constitui um novo campo de investigação acerca das implicações dessas avaliações.

Quanto às percepções dos participantes sobre os efeitos do Saresp e do Enem, as falas dos

entrevistados apontam para uma polarização do currículo em função de melhor desempenho dos

estudantes, intensificação de preparação para a referida prova e o referido exame, e conformação ao

Saresp e ao Enem das avaliações de aprendizagem aplicadas no cotidiano escolar. Um segundo efeito

identificado é a responsabilização dos professores e gestores relativa aos resultados. As falas dos

participantes revelam que ao Saresp é atribuída maior atenção dos gestores e professores da unidade

escolar, em relação ao Enem, possivelmente em função da política de bonificação atrelada aos

resultados do Saresp. Pretendeu-se com este estudo problematizar as políticas públicas de avaliação

e sua repercussão no currículo do ensino médio integral, com vistas a contribuir com o meio

acadêmico científico para a reflexão sobre as atuais políticas educacionais que afetam essa etapa de

ensino, apontado por muitos autores como esquecido e sem identidade.

Palavras-chave: políticas públicas em educação, Enem, Saresp.

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ESPAÇO GEOGRÁFICO NA CULTURA CAIPIRA COMO MÉTODO DE PRODUÇÃO

DE MATERIAL DIDÁTICO

Camila Fernanda Ignácio - Faculdade de Geografia PUC-Campinas

Mayara Caroline Covizzi - Faculdade de Geografia PUC-Campinas

Vinicios Lite de Campos - Faculdade de Geografia PUC- Campinas

RESUMO

A Geografia revela uma metodologia própria de estudo que corrobora na compreensão do espaço e

do lugar. Assim, novas abordagens da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitem

colocar os discentes em diferentes situações de vivência com os lugares, de modo que, sejam capazes

de contribuir de forma crítica e fazendo novas construções, levando em consideração a realidade e

sobretudo, as relações entre sociedade/natureza. Tais práticas envolvem procedimentos de

problematização, observação, registro e descrições que apontados de forma sistêmica, compõem o

espaço geográfico. Além disso, no âmbito docente, um dos principais recursos utilizados são os

materiais didáticos, que no caso da Geografia, necessita corresponder à tais especificidades, cabendo

ao professor a competência de escolher o material mais adequado, ou até mesmo, produzir o seu

próprio, no intuito de mostrar aos alunos “onde está a Geografia”. Essa missão, que surge muitas

vezes como uma dúvida, é cada vez mais presente no cotidiano da sala de aula e demanda por soluções

criativas. Desta forma, a criação de um material didático que aqui se apresenta, voltado para 6º ano

do Ensino Fundamental II, se designa sobre este propósito, procurando mostrar onde está a Geografia,

tendo como recorte o município de Piracicaba- SP, a fim de compreender os aspectos da sua

organização espacial, partindo do universo cultural caipira. Acrescenta-se a este objetivo, a

transposição dos conceitos científicos para a linguagem do ensino fundamental II; a associação de

atividades lúdicas para a aprendizagem significativa; e a elaboração do produto final: um material

didático em formato físico e digital. No produto, que tem o título: “A construção do Espaço

Geográfico na música Caipira: o caso do município de Piracicaba”, são apresentados conteúdos e

atividades que podem ser utilizados pelos alunos, sob orientação docente, na aprendizagem dos

conceitos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o 6º ano do Ensino Fundamental

II: espaço geográfico; paisagem; lugar; localização e a relação homem/meio. Escolheu-se o município

de Piracicaba–SP por se tratar de uma localidade que ainda preserva a cultura caipira, seja pelo

sotaque, costumes, músicas ou tradições, mesmo com o crescimento urbano da cidade. O material

didático foi estruturado em duas unidades, sendo a primeira uma apresentação dos aspectos gerais do

município de Piracicaba-SP, incluindo a formação física ressaltada pelo Rio Piracicaba e a economia

baseada na agricultura, e na unidade dois, algumas especificidades da organização do espaço

geográfico do município através da cultura. Neste último, foram divididos cinco capítulos, no qual a

música caipira é o eixo norteador, analisada de acordo com o tema proposto. Em ambas unidades,

foram propostas atividades envolvendo curiosidades, mapas, receitas, histórias em quadrinhos,

músicas, cruzadinhas, para um melhor entendimento e compreensão didática dos conceitos

norteadores. Percebeu-se durante a produção deste material, que uma simples composição musical caipira pode tornar-se objeto de estudo geográfico, extraindo desde os aspectos físicos da paisagem,

até as relações socioeconômicas e culturais presentes na organização de um determinado espaço,

apontando para uma maneira diferenciada de ensinar e compreender uma cidade, ou o lugar vivido,

de um sujeito aprendiz.

Palavras-Chave: Espaço geográfico, material didático e cultura.

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA E SELEÇÃO DE OBRAS INFANTIS

Simone Alves Pedersen - PUC-Campinas

Jussara Cristina Barboza Tortella - PUC-Campinas

Agência de Financiamento CAPES

RESUMO

A literatura infantil tem sido objeto de muitas pesquisas na formação do leitor e a sua

interdisciplinaridade tem gerado interesse em diversas áreas. Em nosso estudo, buscamos a essência

da compreensão leitora pelos leitores e as estratégias de leitura que possibilitem a promoção da

autorregulação em direção da formação de alunos autônomos. Partimos do pressuposto de que a

seleção de procedimentos utilizados pelos docentes e a importância da seleção de obras, oferecendo

ao aluno o acesso aos textos de qualidade “comprovada” são elementos essenciais para a formação

do leitor. Diante desse contexto, essa pesquisa denominada “Estratégias de leitura e seleção de obras

literárias infantis” teve por problema pesquisar se a seleção do livro infantil e estratégias de leitura

podem auxiliar professores de Ensino Fundamental I e II formar leitores autônomos e críticos que

atinjam maiores índices de compreensão. Os objetivos foram identificar como a seleção da obra

infantil e de estratégias de leitura podem ajudar professores ensinarem esses alunos a aprofundar a

compreensão dos textos e mapear procedimentos nacionais e internacionais validados por pesquisas

acadêmicas que tenham significativo resultado na melhoria da compreensão autônoma e crítica do

texto literário por alunos de Ensino Fundamental I e II, a partir de uma perspectiva epistêmica. Com

base em uma revisão bibliográfica nacional e internacional que relaciona as estratégias de leitura com

a autorregulação apresentamos uma análise de quatro procedimentos: leitura independente, leitura em

voz alta, leitura em dupla, e Close Reading a partir dos pressupostos teóricos da autorregulação

pautados nos estudos da perspectiva sociocognitiva. Trata-se de uma pesquisa com abordagem

qualitativa e os princípios da pesquisa ação estratégica. Foram participantes 15 professores e 2

coordenadoras da rede municipal de uma cidade da região metropolitana de Campinas. Os

instrumentos utilizados foram: questionário, narrativa e entrevista. Os dados foram analisados a partir

da análise de conteúdo. Ao término da pesquisa as implicações decorrentes das análises possibilitaram

reflexões, em especial, sobre o papel do professor em formar leitores por meio de práticas

pedagógicas que auxiliem na construção da compreensão autônoma da leitura. As professoras

aplicaram as estratégias com seus alunos e socializaram depois suas experiências, concluindo que a

seleção de obras é mais complexa do que imaginavam e que cada estratégia aplicada tem suas

peculiaridades, forças e limitações. Por fim, destacamos a importância de novas reflexões sobre a

autonomia e a literatura infantil na formação inicial e continuada de professores.

Palavras-chave: Formação de Professores. Estratégias de Leitura. Autorregulação

ESTUDO COMPARATIVO:

UMA PRÁTICA EDUCATIVA NO ENSINO DE LITERATURA

Ricardo Vieira Campos - Faculdade de Ciências Educacionais (FACE)

Adriana Leite Campos - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Albete Freitas de Souza Pereira - Universidade Católica de Santa Fé (UCSF)

RESUMO

A finalidade do Projeto de Estágio da Faculdade de Ciências Educacionais foi desenvolver oficinas

do estudo comparativo com alunos do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Juracy Magalhães

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Junior na localidade e Cacha Pregos, Bahia. A oficina literária apoiada na metodologia comparativa

analisou diferentes enfoques, características e potencialidades dos poetas Castro Alves e Cazuza e

das matriarcas africanas, versos Maria Felipa de Oliveira. O principal objetivo do projeto visava

desenvolver oficinas literárias que conduzissem professores e estudantes para a análise comparativa,

refletindo o perfil em comum de literatas ou pressupostos em destaque. A oficina utilizou de

tecnologias digitais e audiovisuais a fim de contribuir com a interação professor/aluno para

conscientização literária do estudo comparativo. A pesquisa incentivou esta classe para o movimento

histórico e cultural, em vista da importância deste conhecimento para os alunos do ensino médio no

percurso acadêmico a ser conquistado. As mídias digitais usadas como recurso tecnológico,

retrataram valores sociais, culturais, econômicos e pessoais vividos pelos poetas e heroínas

matriarcais, destacando o passado e o contemporâneo, instigados pelo preconceito revolucionário da

época. A oficina propôs uma perspectiva cultural, onde envolveu a música, a poesia dos literatas

Castro Alves e Cazuza, como costumes afrodescendentes, reconhecidos nas heroínas Africanas e na

mulher baiana. A música e os poemas proporcionam aos alunos à interpretação, observação e análise

dos perfis destes poetas e matriarcas, comparando suas influências e semelhanças entre gerações. A

vida pessoal dos autores envolvidos foi discutida entre os alunos participantes da oficina, durante

todo desenvolvimento do estudo comparativo sob três aspectos: a vida boemia, as habilidades e os

preconceitos vividos por ambos, concordando, discordando e criticando, apontando fatores sociais

que implicam na morte precoce destes. O projeto abrange questões de âmbito interdisciplinares, como

português, história e literatura, abordando o tema principal que é a comparação, estudo atrativo em

aspectos musicais e culturais, vigentes em vários trabalhos de pesquisa acadêmica ligadas aos valores

humanitários. Os resultados obtidos foram à participação e interação dos alunos na oficina e a

habilidade de refletir sobre fatos de pessoas atuantes em um determinado momento histórico,

analisados através do estudo comparativo. A realização de dinâmicas com enquetes visuais de

pintores predominantes da colonização mostraram a participação da mulher negra na economia, na

cultura e nos costumes de uma determinada época, conscientizando os estudantes para a comparação

entre as mulheres africanas e a heroína da Independência da Bahia, Maria Felipa de Oliveira, galgando

o papel da mulher em nossa contemporaneidade através dos laços ancestrais e hereditários

precedentes na cultura de um povo. Outro resultado é percebido nas análises, reflexões e resenhas

feitas pelos alunos ao questionarem o perfil dos poetas Castro Alves e Cazuza, quando estabelecem

comparação entre seus poemas e pensamentos através da musica, dos vídeos e poesias. Os

pesquisadores ao relatar acontecimentos históricos sobre a boemia em que vivia os poetas convidaram

os alunos para participação, atuação e compreensão sobre o objeto desejado, que é o estudo

comparativo.

Palavras-chave: Estudo comparativo. Matriarcas africanas. Poetas.

FILOSOFIA EM CURSOS DE PEDAGOGIA:

ANÁLISE DE PROJETOS PEDAGÓGICOS

Andressa Gotierra – PUC-Campinas

RESUMO

A pesquisa investigou concepções de Filosofia em cursos de Pedagogia no Brasil, a partir de projetos

políticos pedagógicos de quinze universidades brasileiras, três de cada região do país, uma particular,

uma federal e uma estadual. A seleção dos cursos considerou aqueles que obtiveram maior nota no

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), durante os anos de 2005, 2008 e 2011.

De forma tácita, considerou-se relevante e rigorosa a avaliação do ENADE, por isto, supôs-se a

qualidade implícita dos referidos cursos. Se a Filosofia é importante e a legislação educacional

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fundamenta esta asserção, desde a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 ou as Resoluções do Conselho

Nacional de Educação/CP, de números 1 e 2, de janeiro e julho de 2015, respectivamente, o problema

da pesquisa consistiu na pergunta: que concepções de Filosofia as universidades assumem como base

de seus projetos político-pedagógicos? O objetivo da pesquisa consistiu no exame dos projetos

político-pedagógicos, das quinze instituições, no sentido de esclarecer as concepções filosóficas

explícitas ou tácitas presentes nos projetos. Para isso, houve busca documental nos portais das

universidades e procedeu-se à análise das propostas pedagógicas. O material selecionado foi lido e

categorizado nos seguintes termos: (i) Filosofia e formação crítica; (ii) Formação dialética do

professor; (iii) Filosofia e formação para a autonomia. As categorias foram construídas à luz de

clássicos do pensamento pedagógico, Paulo Freire e Anísio Teixeira, bases epistemológicas comuns

aos cursos estudados. Os resultados apontaram que os cursos assumem concepções críticas filosóficas

em suas matrizes curriculares, no sentido de consolidar uma formação para a transformação social. A

presença da Filosofia nos cursos não se reduz à dimensão legal, mas, configura uma concepção de

formação que aponta para o perfil do estudante que deseja construir-se, isto é, um professor rigoroso

em sua formação, que tenha capacidade de compreender as forças dialéticas da formação docente e

das políticas educacionais. Do ponto de vista da estrutura curricular dos cursos, todos contemplam a

Filosofia como disciplina, seja a geral ou a Filosofia da Educação. Os conteúdos dos planos

curriculares apresentaram clássicos do pensamento filosófico, mas, muitos comentadores. Portanto,

pode-se depreender das análises documentais que, sobretudo, as disciplinas relacionadas à filosofia,

na tentativa de apresentar diferentes perspectivas filosóficas usaram fundamentações teóricas frágeis

por meio de manuais didáticos, tornando superficiais as perspectivas que objetivaram apresentar.

Além desses manuais, foi percebida também a presença de autores que defendem a perspectiva

histórico crítica como sustentação dos cursos, embora os projetos apontassem para perspectiva plural

de formação. Evidenciou-se, portanto, que as concepções filosóficas oriundas da perspectiva histórico

crítica têm muita influência sobre os cursos de Pedagogia analisados, entretanto, a necessidade em

rever os projetos político-pedagógicos se faz necessária, pois na medida que objetivam uma formação

crítica e consciente é necessário antes que se proporcione conhecimentos teóricos outros que

possibilitem ao professor autonomia na tomada de decisão sobre sua própria prática.

Palavras-chave: Pedagogia. Filosofia. concepções filosóficas.

FORMAÇÃO DOCENTE: INTRODUÇÃO DO DOSVOX NO PROCESSO

EDUCACIONAL DE ALUNOS COM CEGUEIRA

Paulo Cesar Turci - UFSCar

Maria da Piedade Resende da Costa – UFSCar

RESUMO

A Educação Inclusiva tem como seu principal pressuposto a obrigatoriedade das escolas se organizarem para assegurar um processo educacional de qualidade para todos os alunos. Todavia,

no caso dos alunos com cegueira, público alvo desta pesquisa, a educação inclusiva ainda não se

materializou nas salas de aula da escola para todos. Estudos apontam que esta situação pode ser

superada através da formação continuada de professores críticos e reflexivos, para utilizar o

computador equipado com o Dosvox no processo educacional dos alunos com cegueira desenvolvido

na sala de aula comum. O Dosvox é um dispositivo de tecnologia assistiva (TA) que utiliza um

sintetizador de voz para realizar a leitura das informações apresentadas na tela do computador,

tornando possível seu uso pelas pessoas com cegueira. Perante o exposto buscamos averiguar a

opinião de uma professora do ensino fundamental sobre a possibilidade de utilizar o Dosvox no

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processo educacional de alunos com cegueira desenvolvido na sala de aula comum, após a sua

participação em um programa de formação para o uso do Dosvox. Para tanto, foi desenvolvido um

estudo de caso, do qual participou uma professora do ensino fundamental que possuía experiências

anteriores relacionadas ao ensino dos alunos mencionados, mas não sabia utilizar o Dosvox. O

programa aconteceu em uma biblioteca pública de uma cidade localizada no interior do Estado de

São Paulo, teve 20 horas de duração com aulas semanais de duas horas. Uma entrevista semi-

estruturada, aplicada na última aula do programa, demonstrou que a professora não conseguia

observar e ou intervir no desenvolvimento das atividades que eram realizadas por meio do braile.

Além disso, todas as atividades que eram escritas em braile na sala de aula comum eram enviadas

para a professora do Atendimento educacional especializado (AEE) que as convertia para o

português. Quando a atividade retornava para a professora da sala de aula comum não era mais

possível parar a atividade que todos os outros alunos estavam desenvolvendo para trabalhar aquele

conteúdo com o referido aluno. Com base nos conhecimentos adquiridos durante o treinamento a

professora afirmou que se o computador equipado com o Dosvox estivesse disponível na sala de aula,

professor e aluno capacitados para utilizá-lo, seria possível reorganizar o processo de aprendizagem

do aluno com cegueira. As atividades desenvolvidas na sala de aula comum, não precisariam ser

enviadas para a professora do AEE, com isso a docente poderia acompanhar e avaliar o desempenho

do aluno, bem como elaborar intervenções pedagógicas para suprir as eventuais dificuldades

observadas. A formação continuada para o uso do Dosvox e de outros dispositivos de TA são

essenciais para a construção da Educação inclusiva, pois proporcionam superar as lacunas herdadas

da formação inicial e adquirir novos conhecimentos.

Palavras-chave: Formação continuada. Dosvox. Alunos com cegueira.

FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE NO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE

INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: OS EGRESSOS EM DESTAQUE

Daniele Santana Santos - Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

Balbina Santos de Oliveira Pina - Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

Adriana Leite Campos – Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

Lília Maria Carvalho Mattos - Universidade do Estado da Bahia - UNEB

RESUMO

O presente artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado em andamento, e está inserida no

contexto da formação inicial de docentes para a educação básica e em nível superior, como é exigida

pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Como já é de conhecimento, a

formação do (a) professor (a), tem sido um dos assuntos mais discutidos no cenário educacional local

e mundial, tanto no âmbito governamental, como na sociedade civil organizada, devido a sua

importância na contribuição para o alcance de uma educação escolar efetiva e de qualidade, pois é

esse profissional que está em contato direto com os estudantes na sala de aula das escolas da educação básica. Vale destacar que a carreira, a construção da identidade e a valorização desse profissional, são

elementos inerentes a formação docente, seja ela inicial, na preceptiva da indução a carreira docente

e permanência na profissional ou na formação continuada, pela valorização e qualificação desse

profissional no exercício da sua profissão decente. Neste sentido o artigo tem como objetivo discutir

sobre as ressonâncias pedagógicas para a prática profissional docente, tendo em vista as experiências

discentes na Iniciação à Docência dos egressos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência – PIBID, desenvolvido em uma Universidade Pública Estadual no estado da Bahia. Para tal

intento, o lócus do estudo será um subprojeto da Licenciatura em Pedagogia Plena na cidade de

Salvador/BA, já que a Universidade em destaque é multicampi, e o Programa no âmbito da mesma é

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desenvolvido em várias cidades do estado. Em relação à metodologia, será uma pesquisa de natureza

exploratória e descritiva, que permitira conhecer o tema do artigo de forma mais profunda, na

pesquisa documental, tendo como referência a Constituição Federal do Brasil (1988), a Lei de

Diretrizes e Base 9394/96 e demais documentos legais do Ministério da Educação (MEC) ou da

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na pesquisa bibliográfica,

problematizaremos Formação de Professores, Formação Inicial Docente, Políticas Públicas voltadas

à formação docente. O estudo assume, então, a perspectiva qualitativa, recortada em estudo de caso,

e tem como dispositivos entrevistas narrativas com os egressos, buscando capturar nos relatos e

histórias construídas no processo de iniciação a docência dos egressos do Programa desenvolvido na

Universidade, suas ressonâncias na prática docente desses agora profissionais da Educação Básica e

as respostas ao investimento público e social no Programa, para tal empregaremos o víeis teórico da

análise de conteúdo. Na conclusão apresentamos de forma sistematizada os diálogos e impressões

sobre o tema estudando, a partir dos aportes teóricos e as falas dos egressos, a fim de constatar ou não

se houve uma contribuição a partir das atividades desenvolvidas no âmbito do Programa, que

auxiliaram na inserção, no minimizar os medos próprios do profissional que está se inserindo no seu

campo de atuação, na construção dos planejamentos e estratégias de ensino desenvolvidos na sala de

aula e o refletir a partir da sua própria ação.

Palavras-chave: Iniciação à Docência. Formação Inicial Docente. Prática Docente. PIBID. Políticas

Públicas.

“GEOGRAFIA DA DONA BENTA” E “POÇO DO VISCONDE” DE MONTEIRO

LOBATO: INTERPRETANDO LIGAÇÕES COM O ENSINO

Brunna D´Luise Turato Lotti Alves

Pedro Wagner Gonçalves

RESUMO

Este projeto identifica e discute relações da Literatura e da Geografia veiculadas pelas obras

Geografia da Dona Benta (1935) e Poço do Visconde (1937) ambos de Monteiro Lobato. Este autor

foi pioneiro ao fazer uma literatura infantil brasileira e nacionalista. Nos dois livros identifica-se o

espaço geográfico por meio de exemplos nacionais e mundiais. Os textos literários podem ser

utilizados na problematização das visões geográficas que veiculam o contexto histórico da época em

que foram produzidos. Nesse sentido, o ensino estimulado pelo viés literário possibilitaria uma

abordagem mais lúdica. Os objetivos desta pesquisa consistem em: descrever os indícios que

permitam identificar elementos geográficos veiculados por duas obras literárias infantis de Monteiro

Lobato; interpretar os significados destes elementos por meio de conceitos estruturantes de Geografia

da época; discutir possíveis nexos entre: literatura, ensino de Geografia e currículo. Para isso a

metodologia adotada no trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica pertinente ao assunto e

leitura dos livros e análise dos mesmos utilizando como referência o currículo do Estado de São Paulo, procurando perceber como os livros podem servir de recursos didáticos. Utilizou-se a análise

de conteúdo para identificar e interpretar os elementos da obra literária, partindo de que esta

abordagem é estratégica para caracterizar e interpretar as noções geográficas. A fase interventiva foi

feita pela análise das Propostas Curriculares do Estado de São Paulo na disciplina de Geografia, que

resultou em tabelas explicativas de eixos temáticos que estavam presentes nos conteúdos sugeridos

para a sala de aula, os trechos dos livros foram analisados como também diversas formas de

representação (figuras, esquemas, mapas, etc...), além de que foram realizadas (re)leituras das obras

de Lobato para assim, analisarmos e aliarmos a teoria aos resultados encontrados. Como resultados

obtidos, percebemos na obra de Monteiro Lobato um diálogo entre o tempo e o espaço, sendo que em

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todos os livros do Sitio do Pica Pau Amarelo há sempre uma grande lição, seja da leitura crítica, do

questionamento ou da irreverência. Ao aproximar literatura, geografia e fantasia em uma linguagem

para crianças e também para adultos, Monteiro Lobato utiliza elementos a aproximação de tempo e

espaço vividos, que o permite olhar e caracterizar a sua própria experiência com espaço geográfico.

As tabelas analisadas remetem assuntos tanto do campo da geografia física quanto da humana, com

assuntos de Coordenadas Geográficas, Perspectivas Energéticas e espaço Industrial Brasileiro, por

exemplo, sendo que os livros podem ser usados no Ensino Fundamental 2 em aulas de Geografia

como um material didático alternativo. Em um viés didático nota-se que os livros possuem um caráter

circular, no qual as histórias fazem referência a outras, possibilitando assim, o professor utilizar os

livros em diversos conteúdos desde a História da Terra até as Matizes Culturais Brasileiras.

Palavras-chave: Monteiro Lobato. Ensino. Geografia.

IMPLICAÇÕES PESSOAIS E PROFISSIONAIS DE UM CURSO DE FORMAÇÃO EM

SERVIÇO

Deise Cristina Carvalho de Jesus – PUC Campinas

Elvira Cristina Martins Tassoni – PUC Campinas

RESUMO

As discussões e as preocupações acerca da formação de professores vêm ganhando força desde a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96. Tanto na esfera federal, como na

estadual e municipal, temos presenciado a implantação de programas de formação continuada de

professores, especialmente no campo da alfabetização. No ano de 2012 o Governo Federal propôs

um pacto entre estados e municípios com intuito de alavancar os índices de alfabetização nas

avaliações externas dos estudantes brasileiros, com o nome de PNAIC (Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa). O programa oferece formação continuada aos professores do ciclo de

alfabetização (do 1° ao 3° ano) em parceria e credenciamento com universidades públicas de ensino

e pesquisa. Diante dos grandes investimentos que se têm observado em relação à formação de

professores, alguns questionamentos permeiam a presente pesquisa: que implicações a participação

em um programa de formação de professores em serviço pode promover no desenvolvimento

profissional docente? Que reflexões mobilizam visando a transformação da prática pedagógica?

Assim, o objetivo desta pesquisa é investigar o meu processo reflexivo como professora

alfabetizadora que participou deste programa de formação em serviço. Por isso, esta pesquisa possui

como método: a pesquisa autobiográfica. Esta metodologia enquanto pesquisa científica em educação

se preocupa com a investigação qualitativa das trajetórias que professores tiveram até hoje e, por

conseguinte as trajetórias que esses mesmos professores poderão vir a ter, favorecendo-os na

construção da sua identidade profissional e pessoal. Sendo, portanto, uma ferramenta de

autoformação, pois é pela escrita de si que a pessoa reflete sobre seu percurso de formação, seja em

espaços formais, não-formais e informais de ensino. Para a produção do material empírico, rememorei os encontros de formação deste curso a partir dos registros individuais, cadernos de formação, pautas

dos encontros e os vídeos que foram utilizados, podendo constatar que inúmeras contribuições este

curso de formação trouxe para o meu desenvolvimento reflexivo como professora. Dentre as mais

diversas contribuições, destaco nesta pesquisa a organização do trabalho pedagógico pela sequência

didática, um conhecimento que (re)signifiquei neste curso de formação, me fazendo perceber que

realizar sequências didáticas em sala possibilita contemplar as mais diversas esferas do ato educativo,

isto é, possibilita aos estudantes a aquisição de conhecimentos sócio-culturais como: produção de

diversos gêneros textuais orais ou escritos, e a reflexão sobre o sistema de escrita alfabético,

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oferecendo condições para que os estudantes sejam os protagonistas no fazer pedagógico, permeado

pela ludicidade, onde a reflexão do professor na ação e pós ação acontece ao longo de todo o processo.

Palavras chaves: Reflexividade. Desenvolvimento Profissional. Pesquisa Autobiográfica

LITERATURA DE CORDEL:

UMA PRÁTICA EDUCATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Adriana Leite Campos - Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

Rosângela da Luz Matos - Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Lucimere Barbosa Santos - Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Angelo Mendes Ferreira - Universidade do Estado da Bahia – UNEB

RESUMO

O artigo apresenta atividades dinâmicas e culturais da literatura de cordel como prática educativa no

Ensino fundamental II. As atividades foram desenvolvidas a partir da pesquisa do curso de

especialização lato sensu da Faculdade Afonso Cláudio no estado da Bahia. A proposta principal foi

à inserção da Arte na Educação nas disciplinas de Português e Literatura Brasileira. A

experimentação foi feita com 50 alunos e dois professores do 6º ano do ensino fundamental II. O

campo empírico foi o Colégio Estadual Juracy Magalhães Júnior na Localidade de Cacha Pregos, Ilha

de Vera Cruz – BA. O objetivo foi desenvolver um trabalho artístico nas disciplinas de Português e

Literatura Brasileira, considerando a discussão sobre a importância de trabalhar a poesia com rimas

e xilogravuras, para estimular a prática da produção de folhetos de cordel pelos alunos do ensino

fundamental II. Visto que a problemática surge com a percepção do desconhecimento dessa cultural

literária por estudantes e professores dessa turma. A metodologia incorpora oficinas e práticas

dinâmicas como: a leitura de cordel, vídeos com rimas sertanejas e a produção de folhetos com

xilogravuras. O cordel além estimular a criatividade, desperta no aluno um olhar social e cultural em

vários aspectos históricos do cotidiano de um povo. A poesia pode ser utilizada como recurso

pedagógico para debater temas relacionados à educação escolar, cidadania, solidariedade,

preconceito, discriminação racial, consciência ambiental, educação sexual, entre outros. Os

resultados obtidos refletem sobre a apropriação do conhecimento literário popular, imbricado na

literatura de cordel e a interação interdisciplinar entre a Arte, a Literatura e a Língua Portuguesa. As

análises feitas na pesquisa, demostraram que as oficinas aplicadas como prática educativa colabora

para a interação da cultura popular, apresentada no cordel, resultando na criação de poesias e na arte

de produzir xilogravuras por estes estudantes. A intervenção realizada com os alunos do ensino

fundamental II foi finalizada com a produção, confecção e exposição de folhetos no colégio, campo

da pesquisa. Além de trabalhar a criatividade do aluno, o cordel proporcionou conhecimento com a

prática da escrita poética, a leitura e a conscientização sobre a cultura popular nordestina. Esta prática

resultou na aprovação do projeto de pesquisa no mestrado profissional, com a proposta de desenvolver

oficinas culturais, apoiadas na literatura de cordel para a produção de material didático instrucional. Atualmente sou estudante do mestrado profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação da

Universidade do Estado da Bahia, no qual pretendo desenvolver esta prática com o objetivo de intervir

com material didático ainda não definido. O projeto será atribuído às disciplinas de Língua Portuguesa

e Literatura, na rede do ensino fundamental II do Colégio Estadual da localidade de Cacha Pregos,

Bahia.

Palavras Chave: Cordel. Ensino fundamental II. Prática educativa.

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LIVRO DA VIDA: MEMÓRIAS DE UMA TURMA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Gabriela Moreira Rabelo – PUC-Campinas

Maria Silvia Pinto de Moura L. da Rocha – PUC-Campinas

RESUMO

Trata-se de uma pesquisa de campo sobre o tema memória, realizada através da entrada em campo

em uma Escola Municipal de Educação Infantil. Buscamos responder a seguinte questão: A pratica

pedagógica proposta por Freinet, o livro da vida, é uma ferramenta facilitadora/potencializadora do

processo de memorizar? Com a pesquisa de campo buscamos identificar (i) as contribuições do Livro

da Vida como instrumento mediador da memória das crianças sobre suas vivências no cotidiano

escolar; (ii) analisar que tipo de conteúdo o manejo do Livro da Vida permite às crianças recordarem-

se sobre suas vivências escolares; (iii) e analisar se nestes conteúdos recordados há prevalência de

aspectos afetivos ou cognitivos, descritivos ou interpretativos. Para a realização da mesma

primeiramente foi observado o cotidiano de uma turma de Educação Infantil, durante 3 dias na

semana por 3 meses (durante o ano de 2015), focalizando a produção do Livro da Vida. E 6 meses

depois da entrada em campo, foram realizadas uma entrevista com a professora e entrevistas com as

5 crianças, as quais os pais autorizaram a participação para a pesquisa, a primeira sem o suporte do

Livro da Vida e a segunda com o mesmo. Após analisarmos a produção do Livro da Vida por essa

turma, e os seus conteúdos, categorizamos as atividades descritas no livro entre alguns conteúdos nos

quais elas mais se enquadrariam, sendo eles: Pedagógicos; datas festivas; identitários; afetivos;

artísticos; brincadeiras; atrações externas; estudo do meio; culinária. Desta forma, ao analisarmos,

percebemos que os conteúdos pedagógicos e as datas festivas correspondem a 46% do total de

conteúdos apresentados no Livro, e que os conteúdos que menos apareceram foram os de estudo do

meio e o culinária, onde cada item correspondeu a somente 4% do total apresentado no Livro da Vida.

Ao analisarmos as entrevistas com as crianças também usamos a mesma categorização dos itens do

Livro para notar quais itens as crianças recordaram mais e trouxeram para a sua fala. Percebemos que

os itens que mais apareceram foram os itens afetivos, aproximadamente 30% e os itens pedagógicos,

aproximadamente 23%. Ao fazermos a categorização das entrevistas com as crianças entre os

aspectos afetivos ou cognitivos, descritivos ou interpretativos, notamos que os itens afetivos

corresponderam aproximadamente a 40% do que foi trazido durante essas entrevistas. Com está

analise, nota-se que o Livro da Vida, nas mãos das crianças possibilita ampliar a transformação de

imagens em lembranças e sentimentos, transformando signos externos em processos internos, sendo

assim memorizados. Pois a mediação semiótica é realizada pelos signos, e esse processo de

transformação dos signos externos em processos internos forma os sistemas simbólicos. As analises

foram desenvolvidas a partir dos aportes teóricos de Vigotski e Freinet.

Palavras-chave: Memória, Livro da vida, Educação Infantil.

MAPEAMENTO GRUPOS DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

NO BRASIL

Bárbara Fernanda Estevanato - IFCH/UNICAMP

Joyce Wassem - FE/UNICAMP

RESUMO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), embora esteja reiteradamente na pauta dos debates nacionais

sobre a educação brasileira, em especial, após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da

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Educação Nacional (LDBEN) 9.394/96, ainda conta com uma quantidade pequena de pesquisas na

área. Este trabalho tem como objetivo, portanto, mapear os grupos de pesquisas (GP) sobre Educação

de Jovens e Adultos no Brasil, com o intuito de contribuir para o debate sobre as características da

produção de conhecimentos sobre este campo no cenário brasileiro. A pesquisa tem abordagem

qualitativa embora faça uso também de dados quantitativos, no que se refere ao mapeamento dos

grupos e linhas: número de GP, distribuição institucional e geográfica, entre outros. Para a coleta de

dados tomou-se como base os GP e linhas de pesquisas certificados no Diretório dos Grupos do

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio da consulta

parametrizada com o uso de descritores relacionados à EJA. Neste estudo, os dados apresentados

estão focados nos grupos específicos de EJA, ou seja, nos grupos que tratam da Educação de Jovens

e Adultos como tema predominante de estudo, ao qual as linhas de pesquisas pertencentes a eles estão

todas associadas a temática. Os dados indicam, a partir dos descritores utilizados, o registro de 1.250

GP, destes selecionou-se 40 grupos específicos de EJA. Tais grupos específicos estão localizados

principalmente na região Nordeste (40%) seguidos pelo Sudeste (30%) e Sul (15%). No Nordeste, os

grupos estão todos alocados em Instituições de Educação Superior (IES) Públicas, totalizando 16

grupos em 12 instituições, sendo 6 IES Federais e 6 Estaduais. No Sudeste, a predominância é no

Estado de São Paulo, que conta com 5 grupos em 4 IES, sendo 2 estaduais, 1 federal e 1 privada;

Minas Gerais conta com grupos específicos de EJA em 4 IES públicas (3 Federais e 1 Estadual); O

Rio de Janeiro com 2 Federais e o Espírito Santo com 1 Federal. Ao observar as linhas de pesquisas

dos grupos específicos, é possível verificar uma predominância de determinados interesses de

investigação, tais como: Formação de Educadores de Jovens e Adultos aparece 16 vezes; Políticas de

Educação de Jovens e Adultos (11) e Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (8). Percebeu-se

ainda a existência de apenas um grupo com destaque para a educação de idosos, ou seja, de Educação

de Jovens, Adultos e Idosos. Pode-se concluir a partir dos dados que as legislações e as políticas

educacionais voltadas principalmente para a EJA, têm cooperado para a criação e interesse nesta área

de pesquisa, sobretudo, em IES públicas localizadas majoritariamente no Nordeste e Sudeste do país

e com foco nas próprias políticas educacionais criadas para esta modalidade, bem como, na

preocupação com a formação de professores específicos para a área e a construção e valorização dos

sujeitos da EJA, de sua identidade e o respeito aos tempos, espaços e ao seu processo de ensino e

aprendizagem.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Grupos de Pesquisa. Linhas de Pesquisa.

NARRATIVAS INFANTIS: ANÁLISE A PARTIR DO CONCEITO DE HISTÓRIA E

EXPERIÊNCIA

Eliana de Cássia Martins Lisboa, mestranda Puc-Campinas, bolsista Capes.

Drª Maria Silva Pinto de Moura Librandi da Rocha, professora pesquisadora Puc-Campinas

RESUMO

O uso do movie-maker tem sido recorrente como prática de registro na Educação Infantil. Refletir

sobre os modos pelos quais seu uso pode afetar a memória das crianças é um dos objetivos da nossa

pesquisa sobre narrativas infantis. No entanto, no percurso investigativo e na análise do material

produzido em campo, outras questões ganharam força, havendo a exigência de uma fundamentação

filosófica, em torno das seguintes problemáticas: Qual a relevância de se compreender os conceitos

de história e de experiência para a análise das narrativas infantis? Como reconhecemos essas crianças

enquanto sujeitos, situados em um tempo e espaço? Nosso objetivo é tratar o conceito de história e

experiência para elucidar como as narrativas infantis são passíveis da cultura de silenciamentos,

enredado no drama de se viver em um tempo determinado, porém possível de ser transformado. A

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metodologia empregada para abordagem da problemática foi análise teórica. Utilizamos o conceito

de drama, na perspectiva Histórico-Cultural, enquanto compreensão do desenvolvimento humano

como se fosse uma composição teatral (na complexidade de se articular vários atos vividos) e o drama

como constituinte da ação humana na tensão entre destino histórico (na trajetória, na saga do herói)

e na contradição dos diferentes papéis que os sujeitos desempenham nos diversos espaços sociais. A

partir do século XVIII, segundo análise de Kosselleck, que o tempo histórico passa a ser interpretado

dentro de uma unidade, inserido em uma marcha sequencial capaz de narrar não só acontecimentos

isolados como também traçar uma narrativa própria do homem na sua totalidade: como ser que produz

história em um tempo e espaço. Em contrapartida, Walter Benjamin vai problematizar o estudo do

conceito de história, na sua linearidade progressiva, dissociado das consequências desastrosas do

progresso e tempo vazio, infértil de narrativas que possam contar experiências. Este autor propõe uma

compreensão de história em construção, na superação de um passado fugaz, para a apropriação de um

passado ressignificado e desvendado de ocultamentos, por meio da reminiscência e da redenção.

Propõe, também, uma recuperação da História como um passado que possa ser articulado ao presente,

transmitindo ensinamentos para uma perspectiva de futuro. As experiências vividas e rememoradas,

ao estarem condicionadas ao tempo e espaço histórico, são narrativas enraizadas em um contexto,

sendo significadas pela linguagem. No caso da criança, quando ela narra e socializa alguma situação

que tem importância singular para ela no processo de rememoração é possível vencer a imagem

imobilizadora de um passado não significado. Retomar a história e, por consequência, a experiência

e a memória, como um investimento cultural contra o esquecimento e contra o esvaziamento da

narrativa é basilar para a filosofia benjaminiana. Uma vivência de memória, provocada pelo movie-

maker pode ser um meio de despertar nas crianças o interesse pelo seu próprio passado, pela sua

própria história, pelo seu protagonismo, presente nas suas vozes, enquanto sujeito aluno. Para

compreensão das narrativas infantis, articular as reflexões dos conceitos de experiência e história

foram fundamentais no reconhecimento das crianças como sujeito inseridos no drama de suas

memórias e como sujeitos históricos que não podem padecer da indiferença do outro.

Palavras-chave: História; Experiência e Narrativas infantis.

O DESENVOLVIMENTO DA MORALIDADE INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM O

BULLYING ESCOLAR

Bárbara Sparapan - PUC Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios - PUC Campinas

RESUMO

Os diversos tipos de violência presentes no cotidiano dos indivíduos têm ocasionado cada vez mais

preocupação à sociedade deste século XXI. A violência está inserida inclusive nas instituições

escolares e uma das formas de violência que ocorre nesse contexto é conhecida como bullying. O

bullying escolar vem sendo destaque em inúmeras pesquisas e sua divulgação na mídia tem sido cada dia mais frequente. Entre as causas do bullying destacam-se a carência afetiva, a ausência de limites

e a exposição a cenas de violência. No que diz respeito às consequências, elas podem proporcionar

prejuízos físicos e emocionais, que prejudicam significativamente o processo de aprendizagem.

Diante disso, é necessário que os professores tenham consciência da relevância de sua prática para a

prevenção do bullying escolar e que a ideia de prevenção perpassa por um trabalho que considera o

desenvolvimento moral também no contexto escolar, desde a Educação Infantil. Nesse sentido,

definiu-se como problema de pesquisa: de que forma o professor da Educação Infantil pode contribuir

para a prevenção do bullying escolar e para o desenvolvimento da autonomia moral das crianças?

Sendo assim, o principal objetivo desta pesquisa é investigar as práticas pedagógicas que podem ser

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realizadas pelo professor da Educação Infantil, a fim de contribuir para a prevenção do bullying

escolar e para o desenvolvimento da autonomia moral das crianças. Esta é uma pesquisa qualitativa

de caráter exploratório, na qual, primeiramente foi feito um levantamento bibliográfico dos trabalhos

já realizados referente ao bullying escolar e ao desenvolvimento da moralidade infantil, para que,

posteriormente, iniciassem as técnicas de produção de material empírico. Assim, na sequência, foram

realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro professoras da Educação Infantil de uma escola

particular localizada no município de Campinas – SP. Os principais autores que balizaram esse estudo

são: DeVries e Zan (1998), Fante e Pedra (2008), La Taille (2006), Licciardi e Ramos (2012), Piaget

(1994), Tognetta (2012), Vinha (2000) e Zanella e Trevisol (2014). A pesquisa permitiu constatar que

o bullying escolar é definido como um conjunto de comportamentos agressivos feitos de maneira

intencional e repetitiva por um agressor à determinada vítima. No que tange a moralidade infantil, o

seu desenvolvimento se dá em três estágios: anomia, heteronomia e autonomia. Foram identificadas

diversas práticas pedagógicas que o educador da Educação Infantil pode realizar que contribuem para

a prevenção do bullying escolar e para o desenvolvimento da autonomia moral das crianças. A partir

das entrevistas semiestruturadas, foi possível analisar que a escola em que foi realizada a pesquisa e

em especial as educadoras participantes, preocupam-se com tais temáticas e, por isso, desenvolvem

práticas pedagógicas na direção da prevenção do bullying e do desenvolvimento da autonomia moral

de seus alunos. Pretende-se que esta pesquisa propicie a reflexão dos gestores e professores da

Educação Infantil, a fim de que suas práticas pedagógicas sejam profícuas para a prevenção do

bullying escolar e para o desenvolvimento da autonomia moral das crianças.

Palavras-chave: desenvolvimento da moralidade infantil. prevenção do bullying escolar. educação

infantil.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: LEITURA FRUIÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Hellen Cristina Machado – PUC Campinas

Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da Rocha – PUC Campinas

RESUMO

Trata-se de pesquisa bibliográfica realizada em periódicos científicos com classificações de A1 a B3

nas áreas de Letras/Linguística e Educação, identificados através da Plataforma Sucupira. Com uma

listagem de 17 revistas selecionadas na busca, usando os descritores “Leitura Fruição”, “Literatura

Infantil”, “Criança” e “Educação Infantil” na ferramenta de busca de cada uma delas, capturamos 197

artigos. Neste conjunto, fizemos uma primeira exclusão com os seguintes critérios: (i) título do artigo

– alguns títulos nos permitiram ver a sua relevância ou não para nosso projeto de pesquisa –; (ii) PDFs

indisponíveis para download; (iii) resenhas críticas; e (iv) editoriais de revistas. Ficamos com um

total de 106 artigos; desses artigos, lemos os resumos a fim de identificarmos os locais de realização

das pesquisas: se realizadas no ambiente escolar ou em outro ambientes (familiar, por exemplo);

quando no ambiente escolar, identificamos em quais níveis de escolarização: Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 anos iniciais ou finais, Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio. Interessadas

em pesquisas realizadas no ambiente escolar, que focalizam práticas pedagógicas na Educação

Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental 1, selecionamos 16 artigos para a leitura na íntegra.

Sendo nosso projeto de pesquisa para o Mestrado em Educação na PUC Campinas, uma pesquisa

empírica exploratória, que terá como método de observação a vídeofilmagem e gravação de áudio,

ao lermos os 16 artigos, atentamo-nos aos procedimentos e participantes das pesquisas relatadas em

cada um dos artigos. Encontramos pesquisas com observação por meio de vídeofimagem e/ou diário

de campo focalizando as práticas do professor e/ou das crianças; análise de produções (desenhos,

textos, fotos); entrevista com pais, professores e/ou crianças; oficinas com professores e/ou pais;

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pesquisa-ação; grupo focal com crianças; e análise documental, além das observações. A partir do

problema “qual o espaço da Leitura Fruição na Educação Infantil?”, essa pesquisa bibliográfica teve

por objetivos dar-nos fundamentos teóricos e justificar o ineditismo de nosso projeto de pesquisa de

campo. Como resultado de nossa pesquisa bibliográfica, encontramos poucos (2 apenas) artigos com

o descritor “Leitura Fruição” e, ao lermos os artigos integralmente, não encontramos nenhuma

pesquisa em que as crianças realizam as leituras, sendo sempre o professor o intermediador entre livro

literário infantil e a criança. A partir disso, defendemos a relevância de nosso projeto de pesquisa na

área educacional, que tem como proposta que crianças de 4 e 5 anos de idade “leiam” para seus pares

e para uma turma de crianças menores, de 2 e 3 anos, bem como esperamos contribuir para

fundamentar outras investigações na área educacional, que também elejam as crianças como

protagonistas nas relações com a literatura infantil.

Palavras-chave: educação infantil; literatura infantil; leitura fruição.

PROVA BRASIL E IDEB: EM FOCO A CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E QUALIDADE

Renata Suzigan Dainese – PUC-Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – PUC-Campinas

RESUMO

As atuais políticas públicas de avaliação da educação básica, no novo milênio têm se centrado no

rendimento escolar e o desempenho dos alunos nas provas tem servido para constituir indicador de

qualidade, a exemplo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Ideb, criado em

2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), encerra

indicadores de fluxo (taxas de aprovação, reprovação e evasão), medidos pelo Censo Escolar, e

indicadores de desempenho na Prova Brasil, realizada a cada dois anos ao final 5º e 9º anos do ensino

fundamental, sendo avaliadas as disciplinas de Português e Matemática. Assim, definiu-se como

problema: qual a concepção de avaliação e de qualidade presentes na Prova Brasil e no Ideb,

respectivamente? Decorrente do problema em questão, tem-se como objetivo geral da pesquisa:

investigar a concepção de avaliação e de qualidade presentes na Prova Brasil e no Ideb,

respectivamente. Como objetivos específicos definiu-se: (i) identificar a concepção de qualidade da

educação e de avaliação presentes nas duas primeiras décadas do século XXI; (ii) reconhecer e

analisar como está estruturada a Prova Brasil e quais as concepções de avaliação e de qualidade da

educação que a norteia; (iii) mapear a produção acadêmico-científica sobre a Prova Brasil e o Ideb,

ao que se refere ao ensino fundamental, com destaque ao município de Campinas. Os principais

autores que balizaram esse estudo foram Alicia Catalano Bonamino, Almerindo Janela Afonso, Luiz

Carlos de Freitas e Sandra Zákia Sousa. Em uma abordagem qualitativa que incluiu os dados

quantitativos, realizou-se pesquisa documental das questões dos instrumentos da Prova Brasil,

aplicadas no ensino fundamental e pesquisa nos documentos legais disponíveis no site do Ministério

de Educação (MEC) que se referem à Prova Brasil e ao Ideb. A pesquisa documental foi precedida do mapeamento dos estudos realizados sobre a Prova Brasil e Ideb no ensino fundamental,

considerando os estudos apresentados nos congressos da ANPAE e as dissertações e teses

apresentadas nos Programas de Pós-Graduação em Educação da PUC-Campinas e Pós-Graduação de

Mestrado e Doutorado em Educação: Currículo da PUC-São Paulo, no período de 2008 a 2015. A

análise revelou que a Prova Brasil está inserida em uma concepção de avaliação classificatória, com

ênfase nos produtos e resultados, atendendo dessa forma às demandas externas atinentes aos

processos de ensino e aprendizagem. Com relação à concepção de qualidade que permeia o Ideb, foi

observado que o indicador não considera os condicionantes intra e extraescolares que implicam a

qualidade do ensino oferecido, limitando, dessa forma, seu potencial para o desenvolvimento de

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estratégias que efetivamente contribuam para a melhoria educacional. Estima-se que essa pesquisa

tenha potencial para desencadear reflexão sobre a necessidade de se redefinir políticas públicas de

avaliação, com vistas à construção de uma educação de qualidade.

Palavras-chave: Políticas Públicas de Avaliação. Prova Brasil. Qualidade da Educação Básica.

PROVINHA BRASIL: PROBLEMATIZANDO A CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E DE

QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Natália Burle Figueiredo Sousa – PUC-Campinas

Mônica Piccione Gomes RIOS – PUC-Campinas

RESUMO

Os alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental são submetidos à avaliação diagnóstica do

nível de alfabetização, por meio da Provinha Brasil. A Provinha Brasil foi implantada em 2008

configurando-se em uma avaliação em larga escala elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Pedagógicas- Anísio Teixeira (INEP) e distribuída pelo Ministério da Educação (MEC) e

pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Tendo em vista que as atuais

políticas públicas de avaliação da educação básica, no novo milênio, têm se centrado no rendimento

escolar e no desempenho dos alunos nas provas, servindo para constituir indicador de qualidade, o

objeto de estudo foi a Provinha Brasil. Nessa perspectiva, definiu-se como problema: qual a

concepção de avaliação e de qualidade da educação presentes na Provinha Brasil? Decorrente do

problema em questão, constituiu objetivo geral da pesquisa: investigar a concepção de avaliação e de

qualidade da educação presentes na Provinha Brasil. Como objetivos específicos definiu-se: (i)

identificar a concepção de alfabetização e de avaliação presentes nas duas primeiras décadas do

século XXI; (ii) reconhecer e analisar como está estruturada a Provinha Brasil e quais as concepções

de avaliação da aprendizagem e de alfabetização que a norteia; (iii) mapear a produção acadêmico-

científica sobre a Provinha Brasil. Por meio de pesquisa qualitativa, realizou-se pesquisa documental

das questões da Provinha Brasil, aplicadas entre os anos de 2008 e 2014 e pesquisa nos documentos

legais disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep) que se referem à Provinha Brasil. A pesquisa documental foi precedida do mapeamento dos

estudos realizados sobre a Provinha Brasil, considerando os estudos apresentados nos congressos da

ANPAE e as dissertações e teses apresentadas nos Programas de Pós-Graduação em Educação da

PUC-Campinas e Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Educação: Currículo da PUC-São

Paulo, no período de 2009 a 2015. Os dados, analisados à luz dos autores referendados no trabalho,

revelaram que os resultados da Provinha Brasil podem contribuir para desencadear reflexão no âmbito

escolar, em uma concepção de avaliação que esteja a serviço das aprendizagens dos alunos, sobretudo,

ao que se ao processo de alfabetização. No entanto, os estudos apontaram, também, que a Provinha

Brasil pode desencadear uma pedagogia de resultados que implica o desenvolvimento de práticas

pedagógicas com repercussões no currículo da educação infantil e do primeiro ano do ensino fundamental. A partir do estudo realizado, foi possível evidenciar, também, que as avaliações

precisam ser elaboradas sem desprezar a realidade em que será aplicada. Assim, a Provinha Brasil

necessita ser utilizada como recurso pedagógico, suscitando reflexão no âmbito escolar, considerando

as múltiplas realidades econômicas, sociais, políticas e culturais presentes no Brasil.

Palavras-Chave: Políticas Públicas de Avaliação. Provinha Brasil. Qualidade da Educação Básica.

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QUADRO DOCENTE UNIVERSITÁRIO: POSSÍVEL IMPACTO NA OFERTA DE

CURSO PARA FORMAÇÃO DOCENTE

Lília Maria Carvalho Mattos - Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

Daniele Santana Santos - Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

Maria Lúcia de Brito Félix - Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

Maria Luiza Heine - Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

RESUMO

Esse artigo é fruto de uma pesquisa em andamento, que busca identificar a adequação do atual quadro

de vagas de docentes nos cursos de graduação da Universidade do Estado da Bahia, para atender a

demandas recorrentes dos Colegiados dos cursos tendo em vista que a instituição encontra-se em

franca expansão e busca a consolidação da universidade multicampi, hoje constituída de 29

departamentos distribuídos em 24 campis. Nesse sentido, será analisado o processo de definição do

quadro de docentes frente às necessidades quantitativas e qualitativas dos cursos de licenciatura e

bacharelado, bem como os fatores determinantes que explicam ou condicionam a fixação e

distribuição das vagas nos diversos campis da UNEB. O quadro de docentes da instituição está em

seu limite de exaustão, e, por isso, ele tem que ser repensado no atual contexto de restrições

orçamentárias que limita sua ampliação. Emerge como uma possível alternativa a busca da

qualificação do ambiente acadêmico, com a identificação da alocação dos recursos humanos

existentes, verificando a melhor forma de distribuição de docentes junto aos colegiados para que essa

alocação guarde sintonia com as necessidades reais dos cursos, em termos de demandas oriundas de

processos formativos necessários à comunidade local, atendendo a requisitos de acordo com a

vocação regional para produção do desenvolvimento local. Conhecer, portanto, o quadro atual de

cargos e seus determinantes serão relevantes para a identificação do problema. Da mesma forma,

conhecer a estrutura mínima para funcionamento do curso e a suficiência de recursos para atender

uma possível ampliação da demanda dos colegiados, tornaram-se objetivos primordiais. Para realizar

a pesquisa, será necessário explorar e explicitar este problema através de procedimentos técnicos

como: levantamento bibliográfico documental, abordagem hipotética dedutiva e análises quali-

quanti. Ressalte-se que a Universidade do Estado da Bahia teve sua origem na formação de

professores para suprir carências e demandas regionais do estado e se constituiu para o atendimento

das necessidades nessa área, porém com o desenvolvimento e crescimento de suas atividades, além

da formação de professores com as licenciaturas, adotou o processo formativo de bacharelado que

lhe confere competências para o exercício de atividades acadêmicas ou profissionais, voltadas para

atender funções em segmentos sociais e econômicos no mercado. Essa problemática sugere análise

em vários aspectos, sendo emergente qualquer estudo que tenha por fim ampliar o entendimento das

questões pertinentes ao tema, oferecendo subsídios para implementação de ações que possam

contribuir para a política de gestão de pessoal. A pesquisa aponta grande relevância social, uma vez

que o resultado desse estudo norteara planejamentos futuros dessa instituição no âmbito da gestão de

pessoal, corrigindo possíveis distorções, redefinindo novos rumos para a tomada de decisões das instâncias superiores e perceber o impacto que pode ter na oferta do curso para formação de

professores para educação básica, já que a formação de professor é a principal expertise da

universidade.

Palavras Chave: Gestão do Ensino Superior. Docentes. Impacto na educação básica, Quadro de

Vagas.

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SARESP E IDESP: EM PAUTA A CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E QUALIDADE

Mônica Piccione Gomes Rios – PUC-Campinas

Samara Domen Góes – PUC-Campinas

RESUMO

O Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) foi implantado pelo

governo do Estado de São Paulo, por meio da Resolução nº 27 de 29 de março de 1996, da Secretaria

de Estado da Educação São Paulo (SEE). O Saresp constituiu um dos principais pilares das políticas

educacionais, visando obter um panorama das escolas paulistas, bem como fornecer informações que

norteiem o direcionamento de verbas públicas educacionais às escolas da rede estadual O resultado

do Saresp, junto ao fluxo escolar, constitui o Índice de Qualidade da Educação Básica do Estado de

São Paulo (Idesp). O Idesp tem implicado indicador de qualidade da educação básica. Assim, definiu-

se como problema: qual a concepção de avaliação e de qualidade presentes no Saresp e no Idesp,

respectivamente? Decorrente do problema em questão tem-se como objetivo geral da pesquisa:

investigar a concepção de avaliação e de qualidade presentes no Saresp e no Idesp, respectivamente.

Constituíram objetivos específicos: (i) identificar a concepção de avaliação e de qualidade da

educação presentes nas duas primeiras décadas do século XXI; (ii) reconhecer e analisar como está

estruturado o Saresp e quais as concepções de avaliação e de qualidade da educação que o norteia;

(iii) mapear a produção acadêmico-científica sobre o Saresp e o Idesp, ao que se refere ao ensino

fundamental, com destaque ao município de Campinas. Por meio de pesquisa qualitativa, realizou-se

pesquisa documental das questões do Saresp dos anos de 2007, 2009, 2011 e 2013 e análise dos

documentos legais disponíveis no site da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo que se

referem ao Saresp e ao Idesp das escolas de ensino fundamental. A pesquisa documental foi precedida

do mapeamento de estudos realizados sobre o Saresp e Idesp, considerando os estudos apresentados

nos congressos da Anpae e as dissertações e teses apresentadas no Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Educação da PUC-Campinas e no Programa de Pós-Graduação em Educação:

Currículo da PUC-São Paulo, no período de 2008 a 2015, com foco no ensino fundamental. A partir

das análises realizadas, tanto dos trabalhos selecionados como nos modelos das avaliações, é explícito

que a referida prova e o seu indicador estão inseridos em um paradigma regulatório. A priori, a função

desse sistema de avaliação seria o de auxiliar nas políticas públicas educacionais paulista, além de se

constituir como uma avaliação formativa, colaborando no planejamento pedagógico e no

acompanhamento do desenvolvimento dos alunos. Apesar disso, a sua aplicação tem se relacionado

com o afunilamento dos conteúdos, pautados nas Matrizes de Referência do Saresp, além de estar

atrelado à política de bonificação, a qual gera a culpabilização dos docentes e exclusão dos alunos,

além de mascarar o necessário reajuste no salário dos profissionais da educação. Tais evidências

apontam para a necessidade de se problematizar e repensar as atuais políticas públicas de avaliação

do estado de São Paulo.

Palavras-Chave: Políticas Públicas de Avaliação. Saresp. Idesp.

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A AMIZADE NO CONTEXTO ESCOLAR NA PERSPECTIVA ARISTOTÉLICA

Agnaldo Ronie Pezarini – PUC-Campinas

Samuel Mendonça – PUC-Campinas

RESUMO

Este trabalho é parte integrante de uma dissertação de mestrado, em andamento, que trata do ensino

de Filosofia. Foi a Lei 11.684, de 2008, que determinou a obrigatoriedade do ensino de Filosofia para

o Ensino Médio em todo o território nacional. Em que pese o fato de que a pesquisa diga respeito à

consideração das percepções de docentes e discentes de escolas públicas sobre o ensino de Filosofia

à luz de Aristóteles, o recorte para este seminário diz respeito à base teórica da investigação, isto é, o

conceito de amizade em Aristóteles. Este conceito é desenvolvido na obra Ética a Nicômaco, em que

o estagirita trata, igualmente, de outras virtudes, como a liberdade, a temperança, a justiça, entre

outras. É evidente que o contexto em que viveu o pensador grego é diferente do atual e não se trata

de construir anacronismo, mas, justamente, de estudar seu pensamento para a compreensão conceitual

rigorosa e, quem sabe, a partir desta assimilação, pensar o contexto escolar brasileiro do Ensino

Médio. Os jovens se relacionam nas escolas e também os professores, aliás, tem-se a busca constante

e permanente de fortalecimento da relação família escola. Esta relação, por si, já evidencia a

necessidade da amizade. O problema da investigação consiste na pergunta: em que consiste a amizade

em Aristóteles e há aplicação possível deste conceito no contexto escolar do Ensino Médio em escolas

públicas da cidade de Campinas? O objetivo da pesquisa é conceituar amizade em Aristóteles e

demonstrar a possibilidade de aplicação deste conceito no contexto escolar. Discussão ancorada no

contexto da ética e, em se tratando de tema caro à Base Nacional Comum Curricular, segunda versão,

em que contempla uma unidade intitulada a condição humana e responsabilidade social, a pesquisa

se mostra atual na medida em que os professores de filosofia são instados a preparar suas aulas em

todo o território nacional à luz das diretrizes desta Base Nacional, embora ainda em tramitação. Para

Aristóteles, a excelência marca a vida do homem ético e, assim, a amizade diz respeito à possibilidade

de convivência entre as pessoas. Se, por um lado, as relações interpessoais são feitas por meio de

interesse, a amizade se consolida, de alguma forma, como busca de algo em troca, é possível, no

ambiente escolar, potencializar um conceito de amizade que ultrapassasse a dimensão de interesse

individual, naquilo que o estagirita nomeia amizade verdadeira? O método da investigação diz

respeito a pesquisa bibliográfica e, além da leitura e sistematização da obra citada de Aristóteles,

leitura e sistematização e obras de comentadores serão feitas na busca de compreender a importância

do pensamento deste clássico do pensamento ocidental. Visualiza-se, como resultados esperados, a

potencialização da compreensão da verdadeira amizade de Aristóteles no contexto escolar,

especialmente entre estudantes, mas, quiçá, também entre os professores. Palavras chave: Amizade, contexto escolar, Aristóteles.

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A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA A PARTIR DE RECURSOS DIDÁTICOS

Tamires Pastore Bernardi – PUC-Campinas

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid – PUC-Campinas

Agência financiadora: CAPES

RESUMO

Esta pesquisa que se encontra em andamento busca investigar o potencial do uso de recursos didáticos

no processo de ensinoaprendizagem de matemática. Tem por objetivo central analisar o modo como

a utilização de variados recursos didáticos, a interação dos alunos com os mesmos e a inserção da

matemática no cotidiano das crianças, podem auxiliar no ensino, na superação das dificuldades e das

dúvidas, relacionadas à matemática. Os diferentes usos da matemática estão presentes em nossa vida

e em nossa sociedade. A problemática desse projeto surgiu da observação de que muitas crianças no

ciclo I do Ensino Fundamental apresentam um desinteresse pelo trabalho com a matemática. Isto

levou-nos a questionar se está havendo um problema de aprendizagem ou de ensinagem. Elaboramos,

então, o seguinte problema de pesquisa: Que contribuições as narrativas da professora sobre ações

didáticas e a utilização de recursos pedagógicos no trabalho com a matemática podem trazer ao

processo de constituição profissional de uma professora de 3º ano do Ensino Fundamental e como a

reflexão dessas ações interfere na aprendizagem dos alunos? Em decorrência da questão apresentada,

temos por objetivos: a) investigar se o uso das narrativas de ações pedagógicas e a reflexão sobre as

mesmas auxilia o desenvolvimento docente e b) se a diversificação de utilização de recursos didáticos

(livros paradidáticos, material dourado, ábaco e jogos matemáticos) podem colaborar com a

aprendizagem dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. Analisaremos o material do EMAI

(Ensino de Matemática para os Anos Iniciais), utilizado como principal material didático de ensino

na escola em que está sendo realizada a pesquisa, averiguando o que se espera do ensino de

matemática para o 3° ano do Ensino Fundamental e refletindo sobre quais recursos didáticos podem

ser utilizados para a melhor compreensão do conteúdo pelos alunos. Como base teórica para a análise

de narrativas e de metodologias diferenciadas no ensino de matemática, utilizaremos os seguintes

autores: Nacarato (2005), Grando (2009) e Megid (2013), Fiorentini (2009), Lorenzato (2009). O

traçado metodológico deverá se configurar numa perspectiva qualitativa de pesquisa de intervenção

de grupo único. Analisaremos as atividades relacionadas à matemática, quando utilizados recursos

didáticos diferenciados. Os trabalhos dos alunos e suas possíveis narrativas sobre as ações realizadas

também servirão de instrumentos de análise para a investigação. Serão ainda tomadas para análise,

as narrativas da professora relacionadas às atividades desenvolvidas. A pesquisa se desenvolverá em

uma escola da rede pública estadual, situada num bairro periférico do município de Campinas.

Espera-se, com esta investigação, trazer benefícios às reflexões dos docentes dos anos iniciais do

ensino fundamental, no que se refere à utilização de recursos diferenciados para a aprendizagem desta

importante área de conhecimento, a matemática.

Palavras chave: Educação Matemática, Recursos didáticos, Formação de Professores.

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A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Bianca Maiara Vida Marinelli – PUC-Campinas

Jussara Cristina Barbosa Tortella – PUC-Campinas

RESUMO

A presente pesquisa em andamento, oriunda do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do curso de

Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas aborda o tema da importância da

contação de histórias na Educação Infantil. A contação de histórias é uma prática utilizada desde

muito tempo pelos homens. Por meio desses momentos muitas culturas se mantiveram vivas, tocando

corações e despertando muitas sensações tanto em quem conta, quanto em quem escuta. A prática

pedagógica de contar histórias constitui contributo para o desenvolvimento da criança de Educação

Infantil e tem sido utilizada na sala de aula, por diversos professores. Por meio da contação de

histórias a criança pode despertar sua imaginação e a criatividade, elaborar novos significados,

entender o mundo, diferenciar a fantasia da realidade, conhecer diferentes culturas, aprimorar a

oralidade, estabelecer uma relação afetiva e também desenvolver o autoconhecimento, a

personalidade, o caráter, a formação social e o potencial crítico. Portanto, é necessário que o contador

se aproprie das técnicas mais adequadas para essa prática. É essencial fazer uma boa escolha da

história pensando nas especificidades dos ouvintes, bem como um estudo com empenho e dedicação.

Nessa perspectiva, a questão norteadora desse estudo é: Qual a concepção dos professores sobre a

prática de contar histórias na Educação Infantil? Tendo essa pergunta como ponto de partida, traçou-

se como objetivo geral: identificar as concepções de professores de Educação Infantil sobre a prática

de contação de histórias para crianças na sala de aula. E os objetivos específicos ficaram assim

delineados: i) identificar os pressupostos e os fundamentos teóricos sobre a prática de contar histórias

na sala de aula de Educação Infantil; ii) identificar e sistematizar técnicas de contação de histórias

divulgadas na literatura científica da área; iii) analisar as concepções dos professores, e implicações

pedagógicas da prática de contar histórias. Em uma abordagem de pesquisa qualitativa com caráter

descritivo, a produção de material empírico dar-se-á por meio de aplicação de questionário, tendo

como sujeitos quatro professores da Educação Infantil, da Escola de Educação Básica e Profissional

“Fundação Bradesco” de Campinas. O questionário abrangerá questões mistas que versam sobre a

vivência das docentes e as práticas utilizadas por elas referentes ao tema. Os dados serão analisados

a partir da análise de conteúdo. Até o presente momento, constatou-se, por meio da leitura de textos

científicos sobre o tema, a importância da contação de histórias e as técnicas mais adequadas para o

desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Pretende-se que esse estudo contribua para valiosas

reflexões e aprendizagens para os futuros pedagogos. Ao final da pesquisa, espera-se compreender

como os professores veem os benefícios que a contação de histórias traz para a criança de Educação

Infantil.

Palavras-chave: Contação de histórias. Educação Infantil. Desenvolvimento infantil.

A INCLUSÃO DA CRIANÇA SURDA NO CONTEXTO ESCOLAR

Karina Pinheiro Fernandes – PUC-Campinas

Profa. Dra. Mônica Piccione Gomes Rios – PUC-Campinas

RESUMO

A inclusão da criança surda no Brasil ainda, nesse século XXI, é um assunto discutido por muitos

pesquisadores, à luz dos que balizam essa pesquisa. Frente a essa questão, busca-se evidenciar dois

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modelos pela qual a educação dos surdos perpassa no 1° ano do Ensino Fundamental, a alfabetização

e o letramento, apresentando discussões relevantes sobre a aprendizagem do aluno surdo. Nessa

perspectiva, foi definido o seguinte problema: quais os desafios dos professores do 1º ano do ensino

fundamental, no processo de alfabetização/letramento da criança surda? Decorrente do problema

constitui objetivo geral deste estudo, investigar os desafios dos professores do 1º ano do ensino

fundamental, no processo de alfabetização/letramento da criança surda. São objetivos específicos:

identificar a trajetória do surdo no Brasil; descrever as características do aluno surdo; analisar os

desafios dos professores para a aprendizagem do aluno surdo, no 1° ano do ensino fundamental. Em

uma abordagem qualitativa de pesquisa, a primeira etapa consistiu em uma pesquisa bibliográfica

para a construção do quadro teórico. A segunda etapa implicou a realização de entrevistas

semiestruturadas com os professores de uma escola pública da rede municipal de Campinas. O roteiro

de questões verteu sobre os desafios de ensino e aprendizagem e metodologias adotadas em sala de

aula com os alunos surdos. Até o momento dessa pesquisa em andamento, constatou-se que mesmo

com todas as mudanças na trajetória do deficiente auditivo, há, ainda, equívocos cometidos na

educação do aluno surdo, bem como dificuldades na inclusão desses alunos no âmbito escolar, devido

à falta de conhecimento pelos professores da Língua de Sinais Brasileira (Libras), à escassez de

recursos pedagógicos, à dificuldade na comunicação e interação, entre outros fatores que afetam os

processos de ensino e aprendizagem do aluno surdo. O que se verificou como importante para os

surdos é a educação bilíngue, que evidencia contribuições necessárias durante os processos de ensino

e aprendizagem dos surdos, entendendo a importância de duas línguas, sendo elas: a Libras como

primeira língua do surdo e a língua portuguesa como sendo a segunda. Constatou-se, ainda, que há

um distanciamento entre alfabetização e letramento uma vez que o aluno surdo se utiliza de recursos

visuais e não da linguagem oral para compreender os conteúdos trabalhados em sala de aula. Para

tanto, cabe ao professor criar estratégias que auxiliem os alunos surdos a compreender a língua

portuguesa, a partir de figuras para a construção de sua memória e escrita espacial. Esse estudo

pretende contribuir para a prática pedagógica dos docentes que já atuam na sala de aula com alunos

surdos ou que venham a atuar, com vistas a favorecer o desenvolvimento integral dos alunos surdos.

Palavras-chave: surdez. alfabetização/letramento. ensino fundamental.

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DE COMPORTAMENTO E VALORES

HUMANOS NAS CRIANÇAS

Giovanna Sauerbronn Amaro - PUC-Campinas

Jussara Cristina Barboza Tortella - PUC-Campinas

RESUMO

Os meios de massa tornaram-se algo presente e inseparável na nossa sociedade a partir da década de

cinquenta do século passado. Os televisores foram tomando espaço como meio de reunir as famílias,

entretanto, ao longo dos anos nos deparamos com uma realidade diferenciada; geralmente hoje os grupos familiares se separam e cada membro da casa tem o seu aparelho individual. A tevê traz

diferentes manifestações, tais como culturais, sociais, educacionais que revelam desejos coletivos. As

crianças estabelecem relações com esse meio o mais cedo possível, sendo assim influenciadas pela

cultura midiática. Elas, ao assistirem desenhos animados e propagandas têm acesso a muitas

informações. Concluindo o curso de Pedagogia, teve-se o interesse por estudar o tema da influência

da mídia na construção de comportamento e valores humanos nas crianças. O presente Trabalho de

Conclusão de Curso, em andamento, tem por objetivo geral identificar se os programas infantis

veiculados pela mídia trazem conteúdos que podem influenciar os comportamentos e de valores pelas

crianças da pré-escola segundo concepções de pais e professores, e por objetivos específicos: observar

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as atividades desenvolvidas na pré-escola pela via dos recursos midiáticos; conhecer as concepções

de pais e professores sobre os programas televisivos voltados para o público infantil nos dias de hoje.

O lócus da pesquisa é uma escola municipal de Educação Infantil, nas salas de Maternal I e II e Fases

I e II. Trata-se de uma pesquisa descritiva de cunho qualitativo. Iniciaremos a pesquisa a partir dos

seguintes procedimentos (i) observação participativa durante os momentos de vídeo; (ii) entrevista

semiestruturada com quatro professoras de Educação Infantil da escola selecionada, e (iii)

questionário misto, perguntas fechadas e abertas, para os pais dos alunos. A análise dos dados será

realizada a partir da análise de conteúdo. Os resultados do levantamento bibliográfico indicam que

os autores da área indicam que na educação da criança, além da família e da escola, a presença da

mídia é forte e introduz as crianças dentro desse universo paralelo, educando de forma indireta –

transmitindo valores, sem que haja uma mediação tanto dos pais, quanto do professor. Na realidade

brasileira são poucos os canais educativos existentes na tevê aberta e por uma razão simples – falta

de divulgação e incentivo dos adultos e acabam se tornando os menos assistidos entre as crianças.

Ainda segundo os teóricos, o adulto tem o papel de selecionar os programas e dialogar sobre os

mesmo com as crianças; e na escola, o professor pode trabalhar em sala de aula a partir das

experiências dos alunos, comparando com as animações assistidas, refletindo sobre os novos

conhecimentos e problematizando os valores veiculados nos desenhos. Espera-se que essa pesquisa

possa contribuir para a compreensão desse fenômeno, ampliando as reflexões durante a formação

inicial dos professores.

Palavras-chave: Educação. Mídia. Valores.

A INICIAÇÃO CIENTÍFICA PARA O ENSINO MÉDIO: A CIÊNCIA E A CIDADANIA

Larissa Reducino da Silva – UNICAMP

Ana Elisa Spaolonzi Queiroz Assis – UNICAMP

RESUMO

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) criou, em 2003, a

Iniciação Científica Júnior (ICJ) que tinha como objetivo o desenvolvimento de projetos de educação

científica para os estudantes do ensino fundamental, médio e profissional das redes públicas de

ensino. A proposta apresentada pretendia incentivar e possibilitar a participação dos estudantes da

educação básica nas atividades de pesquisa científica ou tecnológica orientadas por pesquisadores das

instituições de ensino superior ou centros de pesquisa. Como requisitos os estudantes deveriam: a)

estar regularmente matriculados no ensino fundamental, médio ou profissional de escolas públicas;

b) não possuírem vínculo empregatício, com frequência mínima de 80% (oitenta por cento); e c)

apresentarem o histórico escolar. Em 2010, com uma nova reformulação, o CNPq passou a oferecer

bolsas por uma nova modalidade de iniciação científica júnior: o Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM). O programa apresenta os mesmos objetivos

da ICJ, porém exclusivamente para os estudantes do ensino médio da rede pública. Com essa nova proposta as instituições que tivessem interesse em operacionalizar o PIBIC-EM deveriam,

preferencialmente, desenvolver atividades de pesquisa junto ao Programa Institucional de Iniciação

Científica (PIBIC) - voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e de iniciação à

pesquisa para os estudantes de graduação do ensino superior - e/ou ao Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) – com o mesmo propósito

do PIBIC mas com ênfase na área de tecnologia -. Hoje o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) oferece três modalidades de bolsas de iniciação científica para a

educação básica, a saber: Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC Jr), Programa de Iniciação

Científica da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (PIC-OBMEP) e o Programa

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Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM). Diante deste

contexto, esta pesquisa tem como objetivo analisar a organização do PIBIC-EM na Universidade

Estadual de Campinas (UNICAMP) e a sua contribuição para a formação crítica dos estudantes do

nível médio das escolas públicas no que diz respeito à ciência e cidadania. No contexto da Faculdade

de Educação (FE), as experiências dos projetos desenvolvidos no Laboratório de Políticas Públicas e

Planejamento Educacional (LaPPlanE) servirão de lócus para busca de material. A pesquisa, de

caráter exploratório, será feita com base na análise bibliográfica e documental. A primeira delas se

utiliza das contribuições de diversos autores sobre o tema pesquisado, sendo a pesquisa desenvolvida

com base em materiais já elaborados. As atividades de levantamento e fichamento serão feitas com

livros que buscam proporcionar conhecimentos científicos sobre o tema. Para a pesquisa documental

serão utilizados documentos “de primeira mão”, que ainda não receberam nenhum tratamento

analítico, e os documentos de segunda mão que de alguma forma já foram analisados (GIL, 2010, p.

46). Para essa análise a pesquisa conta com os documentos oficiais do programa, fornecidos pelo

CNPq e pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP/UNICAMP), e com os relatórios de pesquisa dos projetos

desenvolvidos no LaPPlanE.

Palavras Chave: PIBIC-EM; Ciência; Cidadania.

A INTERDISCIPLINARIDADE ENTRE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS NOS LIVROS

DIDÁTICOS

Diego da Silva Gallet – PUC-Campinas

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid – PUC-Campinas

RESUMO

A presente pesquisa, que se encontra em andamento, busca investigar como livros didáticos de

Matemática e de Ciências dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental abordam a interdisciplinaridade

entre essas duas disciplinas. Tem por objetivo identificar se e como são tratadas propostas

interdisciplinares que se fazem presentes no conteúdo desse material. Apresentamos aspectos teóricos

que tratam o conceito de interdisciplinaridade e a reflexão relacionada à importância do livro didático

como suporte de ensino na sala de aula, dentro de uma perspectiva que compreende o aluno que

aprende por meio do livro didático, como um ser integrado por diferentes dimensões que perpassam

sua natureza histórica e cultural. Considera ainda que o livro didático se configura em importante

aporte formativo dos professores. A metodologia se dará por meio de análise documental sobre as

obras selecionadas, ou seja, analisaremos quatro livros didáticos, sendo dois de Matemática (um de

4º e outro de 5º ano) e dois de Ciências (um de 4º e outro de 5º ano) do Ensino Fundamental. Para

este evento traremos apenas as análises de um livro de cada disciplina. Teremos por embasamento

teórico os estudos referentes à interdisciplinaridade e suas gradações (prioritariamente os estudos de

Hilton Japiassu), ao livro didático e seus recursos, e ao ensino de Matemática e de Ciências (tendo

por base curricular o documento “Parâmetros Curriculares Nacionais” referente a cada disciplina abordada na pesquisa). A interdisciplinaridade é um termo que ainda se encontra em construção, e

merece maiores estudos. Há barreiras paradigmáticas que fazem com que o ensino escolar persista

em um modelo disciplinar rigoroso, fragmentado e descontextualizado. Entendendo o papel do livro

didático como o de compensador da formação inicial do professor e sendo a interdisciplinaridade um

conceito ainda em construção, o professor poderá ter seu primeiro contato com esse tema por meio

do livro didático. Se o conceito da interdisciplinaridade não estiver bem contemplado nesses volumes,

ou for erroneamente interpretado pelos professores, pode ocasionar equívocos sobre a

interdisciplinaridade, prejudicando os benefícios que tal modelo poderia trazer para a prática

pedagógica. Portanto, recursos de ensino como o livro didático podem tanto favorecer com um

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aprimoramento ao trabalho interdisciplinar como com um rompimento para com esse modelo,

contribuindo com a firmação da rigidez disciplinar. Ao final desta investigação, pretendemos oferecer

recursos que subsidiem a análise de livros didáticos para os anos iniciais, bem como a indicação de

possibilidades da abordagem interdisciplinar entre Matemática e Ciências. Ainda, oferecer

contribuições, no que tange à interdisciplinaridade, para a avaliação futura de livros didáticos de

Matemática e Ciências.

Palavras-chave: Ensino de Matemática e ensino de Ciências. Interdisciplinaridade. Livro didático.

A PEDAGOGIA DIRETIVA É MALÉFICA OU BENÉFICA PARA O

ENSINO/APRENDIZAGEM DO ALUNO?

Aline Massako Murakami Tiba

Bruna Allen Garbini

RESUMO

A pedagogia diretiva ou empirista se caracteriza por uma prática que tem como alicerce o educador

como fonte de todo o conhecimento e o educando como uma “tabula rasa”, um indivíduo que somente

obedece aos comandos do professor, não lhe permitindo um trabalho de senso mais crítico,

questionador e formador que transpareça sua potencialidade em seu processo de

ensino/aprendizagem. No entanto, esta pedagogia em alguns lugares no mundo, assim como em

algumas partes do Brasil, é uma forte aliada para o processo ensino/aprendizagem da criança,

permitindo seu desenvolvimento cognitivo, ou seja, compreensão da leitura, interpretação e resolução

de problemas matemáticos. Vigotsky em contrapartida à defesa de John Locke de uma pedagogia

empirista, acredita que o processo de aprendizagem da criança é focado em uma relação em que o

professor fornece bases, estimula e motiva o seu desenvolvimento atuando como mediador do seu

processo, mas que permite ao aluno que seja mais ativo por experiências interpessoais e com seu

próprio meio, pois para Vigotsky, o meio social no qual está inserido é um fator essencial e inerente

ao ser humano, já que este é um ser de cultura, e portanto, elementar para a construção de seu

conhecimento. Para que ocorra a aprendizagem, Vigotsky considera que a interação social deve

transcorrer dentro da ZDP -Zona de Desenvolvimento Proximal, em que consiste no intervalo entre

o conhecimento real, ou seja, aquele em que o aluno já possui uma carga de conhecimento e o

conhecimento potencial, no qual o aluno tem a potencialidade de aprender. Segundo Skinner, a

criança tem a potencialidade de compreender, mas em seu próprio tempo, ou seja, ela aprende das

coisas mais simples, para as mais complexas. O objetivo dessa pesquisa envolve reflexões,

questionamentos e discussões a respeito da pedagogia diretiva no processo de ensino/aprendizagem

e seus envolvidos, pois este modelo ainda persiste como um método pertinente para as escolas no

controle comportamental das crianças, moldando suas energias e propiciando eficácia com relação

aos aspectos intelectuais, físicos, éticos e morais estabelecidos, sendo o educador o único sujeito ativo

e impositivo do processo educacional. Por isso, se tratando de uma empatia que reflita um relacionamento mais recíproco, a pedagogia diretiva não é um modelo a ser implementado, pois,

professor e aluno devem trabalhar juntos no processo de ensino/aprendizagem permitindo que as

potencialidades de ambos possam ser expostas e concedam maior motivação, satisfação e estímulo

para as mais diversas atividades em que estão envolvidos.

Palavra-chave: pedagogia diretiva; professor-aluno; ensino-aprendizagem.

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A VISÃO DAS CRIANÇAS SOBRE SI, SUAS APRENDIZAGENS E A ESCOLA

Vivian A. Forner – PUC-Campinas

Prof. Dr. E. Cristina M. Tassoni – PUC-Campinas

Financiamento - CAPES

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um recorte da pesquisa que está sendo desenvolvida

para dissertação de mestrado intitulada "Linguagem escrita e linguagem musical: possibilidades e

desafios para a alfabetização", a qual foi influenciada pelo estudo desenvolvido no Trabalho de

Conclusão de Curso da pesquisadora em 2015, investigando como a música é trabalhada na educação,

tendo em vista sua importância na formação da criança no campo da criação, expressão e

sensibilidade. Também teve a influência da pesquisa de Iniciação Científica (2014 – 2015) que

problematizou como as práticas pedagógicas dos professores têm se aproximado dos estudos teóricos

mais recentes, relacionados à alfabetização. Os resultados mostraram que apesar dos estudos trazerem

questões importantes para o ensino e a alfabetização, observa-se um descompasso com as práticas

pedagógicas. Portanto, a temática da pesquisa supracitada relaciona a linguagem escrita e a linguagem

musical visando o desenvolvimento de competências linguísticas, baseando-se na teoria histórico-

cultural. Assim, esta pesquisa se caracteriza como pesquisa participante, do tipo intervenção e, tem

como proposta, realizar um estudo com alunos que já passaram pelo ciclo de alfabetização, portanto

matriculados no 4º e 5º ano do ensino fundamental, e que não estão plenamente alfabetizados. A

questão problema se apresenta da seguinte forma: De que maneira a música pode contribuir para o

desenvolvimento de competências linguísticas, visando a alfabetização de alunos não alfabetizados e

que já passaram pelo ciclo de alfabetização? O principal objetivo é, portanto, investigar de que

maneira a música pode contribuir para o desenvolvimento de competências linguísticas, visando a

alfabetização de 11 alunos, não alfabetizados, matriculados no 4º e 5º ano de uma escola estadual na

cidade de Campinas. Para tal, delineamos os seguintes objetivos específicos: (i) conhecer o tipo de

trabalho que os alunos vivenciam, em sala de aula, com foco na área da língua portuguesa; (ii)

identificar, por meio das ações que os alunos participantes da pesquisa têm em sala de aula, suas

dificuldades em relação à apropriação da linguagem escrita; (iii) planejar e desenvolver atividades de

alfabetização que envolvam a música como prática de letramento. Para este momento,

apresentaremos os seguintes dados recolhidos na escola onde está sendo realizada a pesquisa: a

entrevista com a coordenadora pedagógica sobre os alunos envolvidos; e, entrevistas realizadas com

os próprios alunos, que possibilitaram reunir informações sobre a visão dos mesmos de si e de suas

aprendizagens, bem como da escola. A partir desse conjunto de informações, pode-se perceber que,

todas as crianças possuem consciência de suas dificuldades, querem melhorar e, no geral, estão felizes

na escola, compreendendo-a como um local de aprendizagens. Entretanto, a visão da escola é de que

esses alunos, em sua maioria, não demonstram interesse pelas atividades, não aprendem como

esperado e, em razão de não evoluírem, podem possuir problemas de ordem intelectual e/ou

emocional. Outro ponto divergente é o aspecto familiar. As crianças consideram a família presente, diferente da visão da escola, na qual as famílias não estão presentes ou não se interessam pelo aluno.

Palavras-chave: alfabetização e letramento. mediação pedagógica. música.

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AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE FÍSICA NA COLEÇÃO “CADERNO DO

ALUNO” DO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE DE SEUS OBJETIVOS

Luis Carlos Claro/UNIMEP

Maria Guiomar Carneiro Tommasiello/PPGE/UNIMEP

RESUMO

Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento que tem como objetivo

identificar e analisar as atividades experimentais de Física presentes na coleção “Caderno do Aluno”,

distribuída aos discentes do ensino médio de escolas públicas vinculadas à Secretaria da Educação

do Estado de São Paulo. As questões a serem respondidas são: Quais são essas atividades? Quais os

seus objetivos? Nas últimas décadas, a experimentação tem sido defendida como estratégia de ensino-

aprendizagem no ensino de Física no Brasil e também no ensino das ciências da natureza,

especialmente com a implantação de projetos de ensino nacionais e internacionais (como o Physical

Science Curriculum Study- PSSC, por exemplo) a partir das décadas de 1960-1970. Não há um

consenso dos pesquisadores sobre os objetivos das aulas experimentais. Estas são desenvolvidas sob

diferentes concepções de ciência, de ensino e de aprendizagem. Vários autores, tais como Ferreira

(1978), Hodson (1994), e Laburu (2005), dentre outros, sugerem categorias de análise para os

diferentes objetivos das atividades experimentais. De acordo com Ferreira (1978) a atividade

experimental pode ser considerada ilustração da teoria, ou como estratégia de descoberta individual,

ou ainda para introduzir os alunos nos processos da ciência. Hodson (1994, p.300) estabelece 5

categorias: 1 – para motivar mediante a estimulação do interesse e da diversão; 2 – para ensinar as

técnicas de laboratório; 3 – para intensificar a aprendizagem dos conhecimentos científicos; 4 – para

proporcionar uma ideia sobre o método científico e desenvolver habilidades em sua utilização; 5 –

para desenvolver determinadas atitudes científicas. Por sua vez, Laburú (2005) propõe a organização

dos objetivos referentes ao uso das atividades experimentais em quatro categorias: Motivacional

(atividades curiosas, atraentes, chocantes, relacionadas à tecnologia e que estabeleçam relações com

o cotidiano); Funcional (prioriza-se a escolha de experimentos com fácil manuseio e montagem dos

equipamentos); Instrucional (atividades experimentais facilitadoras da explicação, da apresentação

dos conceitos e modelos) e Epistemológica (construção do conhecimento, para a capacidade da

formulação teórica em tratar a realidade com o objetivo de legitimar o conhecimento científico). A

pesquisa é de caráter quanti/qualitativo uma vez que estão sendo verificadas as quantidades por

temas/conceitos e a qualidade dos experimentos sugeridos pelo material didático. Foram selecionados

todos os 47 experimentos, sendo 09 do Caderno 1 (vol 1 e 2) , 19 do Caderno 2 (vol 1 e 2) e 19 do

Caderno 3 (vol 1 e 2). Os experimentos estão sendo analisados a partir do tema abordado, dos

materiais utilizados, se têm ou não roteiros na forma de um receituário, se partem de uma questão

problematizadora e quais os seus objetivos. Para tanto serão criadas e/ou adaptadas categorias a partir

dos autores acima citados. Pretende-se levantar questionamentos sobre os objetivos das atividades

experimentais, sua aplicabilidade e contribuir para a melhoria da qualidade do material didático de

Física da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Palavras-chave: atividades experimentais; ensino de física; material didático

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AÇÕES DOS PROFESSORES E GESTORES A PARTIR DOS RESULTADOS DO ENEM

NO UNASP- HT

Mestranda: Aracelli Alves do Nascimento

Filiação Científica: PPGE

RESUMO

A década de 1990, no Brasil, é considerada a década da avaliação. É nessa década que a avaliação

passa a ocupar uma posição importante no âmbito educacional possibilitando os estudos nessa área

bem como uma maior preocupação com políticas públicas em avaliação. Esse avanço ocorreu devido

ao Plano Nacional de Educação de 1999, que abarcava como um dos maiores objetivos a

universalização do ensino e a melhoria da qualidade educacional, que há algumas décadas já

apresentava, por parte dos intelectuais, uma preocupação e um interesse nesse aspecto. Devido a essas

preocupações algumas medidas foram tomadas na década de 1990. Nesse contexto, destaca-se o

Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O ENEM foi criado em 1998 e reformulado em 2009,

sendo realizado por concluintes do ensino médio. A partir de 2009, tem como objetivo primordial o

acesso ao ensino superior em instituições públicas e privadas. Os resultados dos alunos no ENEM

têm promovido o rankiamento das escolas, classificando-as em melhores e piores. Em virtude,

sobretudo do rankiamento, os gestores escolares têm desencadeado ações, a partir dos resultados dos

alunos no ENEM. Nessa perspectiva, define-se como problema: quais são as ações desencadeadas

pelos gestores e professores, do ensino médio do UNASP- HT, a partir dos resultados do ENEM? A

presente pesquisa, em andamento, tem como objetivo geral investigar as ações desencadeadas pelos

gestores e professores, do ensino médio do UNASP- HT, a partir dos resultados do ENEM, tendo

como lócus uma escola privada da cidade de Hortolândia. O aporte teórico que balizará a pesquisa,

tem como principais referências os autores: Almerindo Afonso, Luiz Carlos de Freitas, Sandra Zákia,

Bernadete Gatti, Acácia Zeneida Kuenzer. Em uma abordagem de pesquisa qualitativa, sem desprezar

os dados quantificáveis, para a produção de material empírico será utilizada a análise documental do

projeto político pedagógico da escola, entrevistas semiestruturada com gestores e grupo focal com os

professores que lecionam para o terceiro ano do ensino médio. Estima-se um total de 18 participantes,

sendo 4 gestores e 14 professores. A análise dos dados, no diálogo com os autores, levará em

consideração as diferentes técnicas e instrumentos em um esforço de encontrar os vínculos chaves.

Pretende-se com esse estudo contribuir para a reflexão de gestores e professores, sobre as políticas

públicas de avaliação, sobretudo o ENEM, além de contribuir com o meio acadêmico científico, a

partir de publicações de artigos em periódicos qualis.

Palavras-Chave: políticas públicas em educação. Enem. ensino médio

AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Elenir Canuto Vieira - PUC-Campinas Dra. Mônica Piccione Gomes Rios - PUC-Campinas

RESUMO

O presente trabalho demonstra os resultados obtidos, até o presente momento, da pesquisa realizada

sobre a afetividade na educação de jovens e adultos. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma

modalidade de ensino que oferece a oportunidade de escolarização aos indivíduos que não tiveram

condições de ingressar na escola ou de concluir seus estudos na idade apropriada. A discussão dessa

temática requer mencionar a importância da afetividade nos processos de ensino e aprendizagem,

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sobretudo, ao se tratar de jovens e adultos que buscam por um aprendizado negado anteriormente.

Assim, independente das questões ligadas a esta modalidade educacional, parece-nos fundamental

tratar da afetividade que constitui um dos aspectos que faz a diferença e que diz respeito à

aprendizagem. Nesta perspectiva, definiu-se como problema: qual a influência da afetividade nos

processos de ensino e aprendizagem, sob a percepção de alunos de EJA de uma escola pública do

município de Campinas? E como objetivo geral: analisar a influência da afetividade nos processos de

ensino e aprendizagem, sob a percepção de alunos de EJA de uma escola pública do município de

Campinas. De acordo com o problema e objetivo, enunciados, são objetivos específicos: reconhecer

a trajetória da EJA no Brasil; identificar a influência da afetividade nos processos de ensino e

aprendizagem; e analisar a influência da afetividade nos processos de ensino e aprendizagem, sob a

percepção dos alunos de EJA, da escola pesquisada. Em uma abordagem de cunho qualitativo, foi

realizado primeiramente um levantamento bibliográfico sobre a temática em discussão, para

compreender a trajetória da EJA no Brasil e conceituar a afetividade, em seguida será realizada uma

pesquisa de campo, em uma escola pública, na cidade de Campinas, utilizando como técnica o grupo

focal, que consiste em entrevistas a um grupo de alunos de EJA, a partir de um roteiro, formulado

com seis questões, préviamente elaboradas, com intuito de obter as informações necessárias para a

pesquisa. Até o presente momento os achados da pesquisa foram estruturados no primeiro e segundo

capítulo desse trabalho. O primeiro capítulo contempla a trajetória da EJA no Brasil, com objetivo de

demonstrar como se deu a evolução desta modalidade de ensino, até a segunda metade do século XXI.

Desta forma os achados revelam que desde os primórdios da EJA, ficou explícita a exclusão que

marcou esta modalidade educacional, tento como papel principal suprir uma escolarização negada

anteriormente aos indivíduos, seja aos adultos não escolarizados, como, posteriormente aos jovens

que sofreram diversas reprovações. O segundo capítulo apresenta o conceito referente à afetividade,

ressaltando sua importância nas práticas pedagógicas. De acordo com os dados obtidos, a afetividade

é considerada uma dimensão mais ampla de sentimentos e manifestções que podem afetar o ser

humano de formas variadas. No terceiro capítulo serão realizadas as discussões referentes à análise

dos dados obtidos na pesquisa de campo, que se encontra em construção.

Palavras-chave: educação de jovens e adultos. Afetividade. relação professor-aluno.

ANÁLISE DE LIVROS INFANTIS DO PNBE PARA A PROMOÇÃO DA

AUTORREGULAÇÃO

Aline Massako Murakami Tiba – PUC-Campinas

Jussara Cristina B. Tortella – PUC-Campinas

RESUMO

A presente pesquisa de Iniciação Científica se insere no grupo “Formação e Trabalho Docente” da

linha de pesquisa “Formação de Professores e Práticas Pedagógicas” da PUC-Campinas.

Fundamenta-se nos estudos sobre práticas pedagógicas e, particularmente, nos que enfocam programas e projetos que envolvem leitura e autorregulação, relacionados aos procedimentos de

estudos de alunos das séries iniciais do ensino fundamental. As dificuldades apresentadas nos

resultados das avaliações externas de Língua Portuguesa (Prova Brasil, SARESP) ainda se mostram

preocupantes no cenário do ensino fundamental. Um dos fatores que chama a atenção é a dificuldade

na interpretação dos textos. Mas o que promove o sucesso escolar do aluno? Muitos podem ser os

fatores intervenientes e dentre eles destaca-se a forma como o aluno se envolve no seu processo de

estudo, a escolha de estratégias de aprendizagem que utiliza para ter sucesso na escola, envolvendo o

controle e a escolha de aspectos fundamentais da aprendizagem. Entendemos que muitos livros

infantis podem contribuir para a reflexão de estratégias de aprendizagem. O presente estudo, em

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andamento, tem por objetivos: mapear e sistematizar a produção científica brasileira e portuguesa

entre os anos 2012 e 2016 que versa sobre a relação entre as temáticas autorregulação e ensino

fundamental; analisar se os livros sugeridos pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola para os

anos iniciais do ensino fundamental contribuem para a discussão de estratégias de aprendizagem com

os alunos. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, caráter de levantamento bibliográfico e

análise documental. O levantamento será realizado primeiramente no repositório institucional da

Universidade do Minho e de Lisboa e no banco de teses e dissertações da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A pesquisa das dissertações e teses brasileiras

será realizada exclusivamente em meio eletrônico (internet), cobrindo o período compreendido entre

os anos 2012 e 2016. Para a análise dos livros serão selecionados os distribuídos no ano de 2014,

sendo essa data a da última distribuição para o ensino fundamental. As teses e dissertações serão

analisadas a partir do resumo, introdução, método e resultados. Cada uma das pesquisas selecionadas

será categorizada a partir de dois critérios que se articulam: 1. Quantidade de produção; 2. Descrição

da produção. Os dados serão categorizados e tabulados de forma a propiciar cruzamento de

informações. A análise dos livros infantis será realizada a partir de eixos de análise construídos no

decorrer da pesquisa de Iniciação Científica concluída em julho de 2016 (Estabelecimento/Definição

de objetivos; Organização ambiental; Procura de ajuda; Interação entre pares; Procura de informação;

Repetição ou memorização; Autoconsequências; Revisão de dados; Identificação de sentimentos;

Retrato da vida na escola; Reflexão sobre outros aspectos (ex. sentimentos)). É esperado também que

a pesquisa se converta em artigos, trabalhos, que levem à reflexão e ação sobre a autorregulação bem

como suas implicações, não só para a aprendizagem dos alunos, mas, sobretudo, para a formação

docente e práticas pedagógicas.

Palavras-chave: Autorregulação. PNBE. Ensino Fundamental.

ASPECTOS HISTÓRICOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E OS GÊNEROS

TEXTUAIS NO BRASIL

Elys Watanuki - Centro Universitário Moura Lacerda

Dérik Mateus Martoneto - Centro Universitário Moura Lacerda

Luís Fernando Correia - Centro Universitário Moura Lacerda

Rafael Gila Gomes - Centro Universitário Moura Lacerda

RESUMO

No presente trabalho busca-se analisar e ilustrar as inúmeras transformações sofridas pelo sistema

educacional brasileiro, assim como a evolução do Ensino de Língua Portuguesa no Brasil. As

inúmeras transformações sofridas pelo sistema educacional estão estreitamente relacionadas com as

necessidades advindas das mudanças sociais. Deste modo, temos como objetivo identificar a

concepção de linguagem e de gêneros discursivos no currículo de língua portuguesa, nos Parâmetros

Nacionais Curriculares e no currículo do Estado de São Paulo, mediante uma pesquisa bibliográfica sobre o tema para entender como esses três documentos dialogam, foi realizado uma reflexão histórica

acerca da língua portuguesa e o ensino no Brasil. Assim, o trabalho pretendeu compreender às

seguintes dúvidas: 1) Quais concepções de linguagem emergiram da história da língua portuguesa no

Brasil? 2) Que concepções de língua emergem do Currículo de Língua Portuguesa? 3) Como o

Currículo de Língua Portuguesa propõe o estudo de gêneros discursivos e como esse foco sempre

fora tratado? Para responder estas perguntas e alcançar os objetivos propostos, analisou-se o Currículo

do Estado de São Paulo, na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, especificamente na

disciplina de língua portuguesa, bem como os constructos linguísticos e discursivos pelo viés

bakhtiniano, além dos textos que tratam sobre a história das ideias pedagógicas do Brasil e outros

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textos que contribuíram para esta reflexão. Este trabalho teve como justificativa direcionar o

levantamento bibliográfico sobre o desenvolvimento da disciplina de língua portuguesa com foco nas

práticas de linguagens enunciativas que originaram os gêneros discursivos para que o processo

ensino-aprendizagem fosse baseado nas práticas sociais. Como resultados parciais do estudo foram

feitas análises dos textos que mostraram a concepção de linguagem que emerge dos três documentos

e estão embasados na perspectiva ideológica da linguagem, no constructo enunciativo- discursivo

que propicia um processo ensino-aprendizagem com foco nos gêneros discursivos, a fim de

possibilitar um desenvolvimento didático e metodológico vinculado às situações de prática social do

aluno. Baseado nesta perspectiva histórica pode-se afirmar que a escola tem um compromisso com o

sistema vigente, de modo que o ensino é adaptado ao momento histórico em que se vive. E por fim,

considerando a história da disciplina de língua portuguesa, verificou-se que em cada momento

histórico ela se definiu pelas condições sociais, econômicas, culturais que determinadas pela escola

e pelo ensino. E finalmente, constatou-se que nos anos mais recentes da história da língua portuguesa

e com a reconfiguração da sociedade moderna, novas exigências de letramento se fizeram

necessárias para incrementar grandemente o poder da escrita e da interação entre os sujeitos.

Palavras-chave: Língua Portuguesa, Linguagem, Gêneros Discursivos.

ATRIBUIR SENTIDO AS RESPOSTAS DE ALUNOS: CONHECIMENTO

INTERPRETATIVO DE FUTUROS PROFESSORES

Priscila Kabbaz Alves da Costa - UNICAMP

Miguel Ribeiro - Faculdade de Educação da UNICAMP

RESUMO

Uma das maiores dificuldades dos alunos está relacionada às quatro operações. Dentre elas a

subtração, em paralelo com a divisão, é aquela em que estes revelam maiores dificuldades – tanto de

obtenção dos resultados como de compreensão dos processos. Essas dificuldades na subtração

sustentam-se por um lado, nos múltiplos sentidos que esta pode assumir e, por outro, na estrutura do

algoritmo tradicionalmente utilizado. O conhecimento do professor é o fator que mais influencia os

resultados (e aprendizagem) dos alunos, uma vez que as dificuldades dos alunos associam-se,

necessariamente, às próprias dificuldades e o conhecimento dos professores. Esse conhecimento do

professor que ensina matemática (PEM) considera-se especializado, tanto no que concerne ao

conhecimento matemático quanto ao conhecimento didático-pedagógico. Como um elemento

aglutinador de vários aspetos dessa especialização considerou o conhecimento interpretativo, o qual

se associa ao conteúdo do conhecimento matemático especializado que permite ao professor atribuir

significado às produções dos alunos e à competência profissional de noticing. Sendo uma das

principais atividades do professor atribuir significado aos comentários, respostas e representações dos

alunos, este conhecimento interpretativo situa-se no núcleo do saber docente. Assumir essa

centralidade, leva a considerar que à formação de professores cumpre o papel de promover o desenvolvimento de um conhecimento matemático especializado que permita ao professor atribuir

significado a todo o tipo de respostas, inclusivamente as que se encontram fora do seu próprio espaço

de solução. Esta pesquisa desenvolve-se no contexto de uma disciplina da licenciatura em

matemática, (Educação Matemática Escolar II), na Faculdade de Educação, Universidade Estadual

de Campinas, em que os dois autores participam. Essa disciplina discute o conhecimento matemático

especializado do futuro professor, discutindo a matemática avançada de um ponto de vista elementar

e a matemática elementar de um ponto de vista avançado, pretendendo também que as abordagens

efetuadas sejam didaticamente significativas. Uma das tarefas exploradas tem por objetivo a

atribuição de sentido a algoritmos “alternativos” da subtração (corretos e incorretos) e fornecer um

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feedback construtivo para cada um dos algoritmos incorretos. A tarefa foi aplicada e discutida com

um grupo de 12 alunos (durante 4 horas), tendo sido gravada em áudio e vídeo. Os resultados

preliminares permitem discutir aspetos do conhecimento dos futuros professores sobre a subtração

(sentidos de subtração) bem como o seu conhecimento sobre Teoria de Grupos, estruturas algébricas

e propriedades das operações. As dimensões do conhecimento interpretativo identificadas permitem

problematizar a necessidade de uma efetiva articulação entre o conhecimento matemático de temas

mais avançados e suas conexões com os temas da matemática escolar já que o conhecimento dessas

conexões sustentará, posteriormente, o desenvolvimento do conhecimento didático-pedagógico.

Como resultado, serão discutidos alguns aspetos sobre o papel do próprio formador de professores.

Palavras-chave: Algoritmo da Subtração, Conhecimento interpretativo, Formação inicial de

professores.

ATUAL SITUAÇÃO SOCIO-ECONÔMICA DE EGRESSOS DO PROUNI JÁ

GRADUADOS EM IES

Renato Gonçalves Borges- PUC-CAMPINAS

RESUMO

Esta pesquisa visa explorar, a partir da análise econômico-social atual obtida por meio das percepções

dos próprios graduados, qual é a situação presente destes ex-bolsistas do Programa Universidade para

Todos (ProUni), que freqüentaram curso de ensino superior numa Universidade do interior do Estado

de São Paulo, graduados a partir de 2005. Em sentido complementar, interessa compreender a

importância conferida à graduação no ensino superior e a participação no ProUni dos ex-bolsistas,

em relação à melhoria ou não de suas vidas. Entre as referências teóricas são de grande importância

os textos de Bourdieu, abordando os cursos universitários como o campo no qual a produção de

capital simbólico se expressa em formas de reconhecimento, legitimação e consagração ante a

sociedade. Estes capitais fomentam nossa linha de questionamento na elucidação se o programa foi

reprodutivista ou trouxe vantagens aos egressos do ProUni. O método da pesquisa prevê que os ex-

alunos bolsistas do ProUni respondam um questionário sobre a experiência na Universidade e sobre

sua situação econômica e social atual. O questionário estará disponível para resposta em plataforma

eletrônica e os convidados a participar da pesquisa serão selecionados a partir do cadastro de

informações do Núcleo de Assistência Social desta instituição que contém registros de 1613 ex-alunos

bolsistas e já graduados do ProUni, acessíveis para envio do convite de participação. As perguntas

elaboradas intencionam, em sentido amplo, propiciar aos participantes a possibilidade de terem um

momento de reflexão através da pesquisa a respeito da importância da participação do ProUni em

suas vidas e pontuar sobre seu futuro. Para a instituição a intenção é possibilitar aos gestores do

ProUni a oportunidade de reflexão e diálogo com o pesquisador a respeito das informações presentes

no cadastro dos bolsistas ProUni com vistas a seu eventual aprimoramento. Em ambos os casos,

tratam-se de benefícios que também serão recíprocos em relação ao pesquisador. O questionário elaborado está dividido em três partes, sendo a primeira para caracterização do pesquisado e de seu

círculo familiar, a segunda para caracterização do curso em IES do ex-bolsista, simultaneidade e

compatibilidade com a carreira profissional e a última parte para informações sócio-econômicas do

ex-bolsista. Espera-se com base nas informações a serem coletadas em 2016 junto aos ex-bolsistas,

também verificar a distribuição destes ex-bolsistas pelos cursos de graduação da Universidade. Além

de permitir selecionar os participantes da pesquisa, as informações do cadastro permitirão traçar o

perfil socioeconômico dos ex-bolsistas do Prouni e em prováveis demandas futuras permitir ao

Núcleo de Assistência Social ter uma base comparativa junto ao conjunto total de bolsistas ProUni

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desta instituição em termos de trajetória educacional, rendimentos, composição familiar e outros

dados a serem pesquisados.

Palavras-Chave: políticas públicas. Prouni. graduados.

CONHECIMENTO MATEMÁTICO ESPECIALIZADO DO FORMADOR DE

PROFESSORES DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Marieli Vanessa Rediske de Almeida - UNICAMP

Miguel Ribeiro – UNICAMP

RESUMO

Considerando a centralidade do papel do formador de professores no curso de licenciatura em

matemática, e a falta de estudos sobre o conhecimento especializado desses formadores, esta pesquisa

se propõe a investigar as especificidades desse conhecimento para a formação – incluindo as crenças

desses sujeitos em relação ao seu papel na e para a formação de professores. Esse conhecimento

especializado é encarado na perspectiva do Mathematics Teacher’s Specialised Knowledge (MTSK),

modelo que vem sendo desenvolvido pelo grupo liderado por Jose Carrillo na Universidade de

Huelva, na Espanha, especificando para a área da matemática os trabalhos de Lee Shulman sobre o

conhecimento profissional docente. O MTSK considera como foco a especialização do conhecimento

matemático do professor que ensina matemática, sendo composto por dois domínios distintos – o

Mathematical Knowledge (MK) e o Pedagogical Content Knowledge (PCK). Ambos os domínios são

compostos por três subdomínios, sendo o MK composto pelos subdomínios Knowledge of Topics

(KoT), Knowledge of the Structure of Mathematics (KSM) e Knowledge of the Practice of

Mathematics (KPM); enquanto o PCK é constituído pelos subdomínios Knowledge of Features of

Learning Mathematics (KFLM), Knowledge of Mathematics Teaching (KMT) e Knowledge of

Mathematics Learning Standards (KMLS). No centro do modelo foram alocadas as crenças dos

professores em relação à matemática, seu ensino e aprendizagem. Esta investigação pretende

contribuir para expandir essa conceitualização ao conhecimento do formador de professores. Para a

realização da pesquisa, será adotada uma metodologia qualitativa, do tipo estudo de caso (multicasos

instrumentais). A coleta de dados seguirá uma metodologia quanti-qualitativa e será realizada em três

etapas, consistindo na aplicação de questionários (por via eletrônica) a docentes atuantes nos cursos

de licenciatura das universidades públicas do Estado de São Paulo – Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho” (UNESP), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de São

Carlos (UFSCAR) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – a qual objetivará obter um

perfil dos formadores de professores de matemática, que contemple, entre outros, tempo de

experiência, formação acadêmica, concepções sobre a matemática e seu ensino, crenças sobre o papel

da formação e do formador de professores; observação e gravação de aulas de alguns formadores, a

fim de identificar o MTSK do formador de professores mobilizado (associado a cada subdomínio do MTSK); realização de entrevistas nas modalidades individual e com grupo focal com alguns

participantes das etapas anteriores, com objetivo de refinar a análise dos dados anteriormente

coletados e aprofundar alguns aspectos associados às especificidades do MTSK do formador.

Pretende-se trabalhar com sujeitos envolvidos na formação inicial de professores de matemática que

possuam formações distintas – tais como matemáticos, educadores matemáticos e educadores em

geral – de forma a enriquecer o corpo de saberes sobre o conhecimento especializado do formador de

professores de matemática. Entre os resultados esperados, pretendemos ampliar as pesquisas sobre o

formador de professores atuante nos cursos de licenciatura em matemática e seus conhecimentos, na

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perspectiva do MTSK, contribuindo também com elementos teóricos para uma conceitualização do

conhecimento dos formadores.

Palavras-chave: Conhecimento matemático especializado do formador de professores. Formador

de professores. Licenciatura em Matemática.

CULTURA BRASILEIRA EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Caroline Mendonça Braido – PUC-Campinas

Eduardo Garnica Simini – PUC-Campinas

Gabrielle Cristina de Oliveira – PUC-Campinas

Giovanna Sauerbronn Amaro – PUC-Campinas

RESUMO

Este trabalho desenvolveu-se a partir de uma proposta pedagógica da disciplina de Tecnologias da

Informação e Comunicação na Educação (TIC), no 7º período do curso de Pedagogia, em que se

elaborou um site. O objetivo do site é socializar um projeto interdisciplinar, com vistas a auxiliar o

processo de ensino-aprendizagem dos discentes, no qual se desenvolve uma metodologia de trabalho

pedagógico que valorize a participação do educando e do educador no processo de aprendizagem de

maneira significativa, lúdica e eficiente. Pretende-se com este trabalho apresentar os resultados desta

pesquisa que envolve o uso de TICs para a formação de professores da Educação Infantil e anos

iniciais do Ensino Fundamental. Consiste em pesquisar, refletir, explorar e utilizar recursos de apoio

tecnológico como editores de sites gratuitos para o desenvolvimento de práticas pedagógicas em sala

de aula. Defende-se a utilização de recursos feitos inteiramente pelos professores, realizados com a

intenção do desenvolvimento de estratégias para utilização das tecnologias em sala de aula de

educação básica, por meio da construção do site: “MEU BRASIL BRASILEIRO”. Nesse site

apresenta-se a diversidade cultural do Brasil, com o intuito de trabalhar com crianças do Ensino

Fundamental a riqueza da cultura nacional. Espera-se, também, auxiliar no desenvolvimento de aulas

interdisciplinares com essa temática, além de ser um aporte teórico para consulta de alunos do Ensino

Fundamental para aprimoramento e a apreensão dos conhecimentos sobre a cultura do Brasil. Para o

desenvolvimento do site foi preciso pensar em uma temática, pesquisar para apropriar-se dos

conhecimentos, criar algo que pudesse chamar a atenção de alunos e professores, tais como:

diversidade das informações, além do aprimoramento nas práticas pedagógicas e da utilização de

tecnologias da informação e comunicação em sala de aula. Esse trabalho mostra a importância da

inserção e interação dos recursos digitais como material didático para desenvolvimento das aulas.

Além do conteúdo específico do site, elaborou-se o projeto interdisciplinar, compôs por vários planos

de aula com a mesma temática. A escolha dos autores em trabalhar o site no do planejamento é uma

das possibilidades para que os alunos tenham contato com a criação de seus professores. No site há

uma proposta interdisciplinar para ser trabalhada no 4º ano do Ensino Fundamental I, o seu conteúdo

abarca as disciplinas de artes, geografia, história e língua portuguesa; trata das regiões brasileiras, contendo informações gerais como: clima e vegetação, lendas, variação linguística, pontos turísticos,

festas, danças e comidas típicas. Este trabalho possibilitou o aprimoramento do conhecimento sobre

a riqueza da cultura brasileira, além de compreender a importância de um planejamento de aulas

utilizando-se de diversos recursos pedagógicos, ainda foi possível perceber a importância do trabalho

com as tecnologias da informação e comunicação, pois é um recurso facilitador e quando

corretamente utilizadas podem abrir um amplo espaço para a construção de conhecimento, tanto dos

estudantes quanto dos alunos.

Palavras-Chave: Ensino Fundamental; Formação de professor; Tecnologias da Informação e

Comunicação na Educação.

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DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA AUTISTA NA ESCOLA REGULAR:

UM ESTUDO DE CASO

Caroline Mendonça Braido – PUC Campinas

Eliete Aparecida de Godoy – PUC Campinas

RESUMO

Os sintomas do autismo manifestam-se antes do primeiro ano de vida e é de extrema importância que

seja diagnosticado o mais breve possível, pois apesar de não haver cura, existem procedimentos,

tratamentos e acompanhamentos que buscam amenizar os sintomas e promover o desenvolvimento

da criança paulatinamente. Para incluir a criança com autismo na escola, é necessário conhecer as

especificidades do aluno, conhecer maneiras mais corretas de adequar a sala ao aluno, e não o aluno

à sala e buscar o máximo de conhecimento necessário para saber como lidar com as crises das crianças

autistas com vistas a contornar a situação. Este trabalho se deu a partir de um misto de necessidade e

vontade de conhecer sobre as necessidades de uma criança com autismo e compreender como se dá

o seu desenvolvimento na escola regular de ensino bilíngue. Nessa perspectiva, definiu-se como

problema: que práticas docentes na escola regular podem auxiliar no desenvolvimento da criança

autista? E como objetivo investigar as práticas docentes na escola regular que auxiliam o

desenvolvimento da criança autista. São objetivos específicos: compreender o conceito de autismo e

como se dá o processo de aprendizagem da criança autista; estudar as práticas de uma escola de ensino

bilíngue; e identificar as práticas das professoras que podem promover o melhor aprendizado da

criança autista. A pesquisa, de cunho qualitativo, consiste em um estudo de caso a ser realizado em

uma escola particular do município de Valinhos, onde há um aluno autista matriculado na Educação

Infantil. Serão realizadas entrevistas semiestruturadas com os pais do aluno; com três professoras que

já lecionaram e lecionam para o referido aluno; e com a diretora da escola. Será, também, realizada

análise dos registros referentes à vida escolar do aluno. Até o presente momento dessa pesquisa em

andamento, constatou-se que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) não pode ser concretamente

definido, pois cada área do conhecimento o faz de uma maneira diferente. Em acordo com os autores

que balizam esse estudo, constatou-se, ainda, que a criança autista aprende com o que ela toca com o

que ela mexe e com o que ela vê, ela possui uma grande dificuldade em fazer abstrações, não entende

trocadilhos e não lê nas entrelinhas. Evidenciou-se, também, que a rotina para esta criança é essencial,

o que requer atenção do professor para esse aspecto. Pretende-se, a partir desse estudo, contribuir

para a reflexão dos educadores sobre a importância de se pesquisar o autismo para que se possa

desenvolver práticas docentes com vistas à aprendizagem e desenvolvimento do aluno autista.

Palavras - chave: Autismo. Educação Infantil. Desenvolvimento infantil.

ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I: CONTRIBUIÇÕES DOS

MATERIAIS MONTESSORIANOS

Larissa Rodrigues Perez – PUC – Campinas

Jussara Cristina Barboza Tortella – PUC – Campinas

RESUMO

Pensar sobre o ensino da matemática ao longo da história, nos proporciona refletir e analisar como as

práticas pedagógicas estão sendo desenvolvidas nos anos inicias do ensino fundamental I. O ensino

da matemática, por vezes, é construído sem significado para os alunos, o que a torna uma disciplina

pouco reconhecida e compreendida por parte dos mesmos e também dos professores que disciplinam

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essa matéria. Essa visão distorcida da matemática está entrelaçada em um contexto histórico, em que

a disciplina era vista como um aprendizado para poucos, apenas para aqueles que tinham melhor

compreensão de seu conteúdo. Como aporte teórico principal destacamos os estudos de Maria

Montessori (1870-1952) e, também os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) possibilitando

destacar o quão importante é a formação do professor, assim como suas práticas pedagógicas

desenvolvidas dentro da sala de aula, tendo como exigência ser planejada e pensada de acordo com

as necessidades dos alunos, ocorrendo uma re-significação da matemática. Para tanto, o método da

médica Maria Montessori é resgatado a fim de identificar quais as contribuições dos seus materiais

para a aprendizagem do aluno, levando em consideração o desenvolvimento natural do ser humano,

principio este que permeia o método. Portanto, temos como proposta compreender como os materiais

desenvolvidos cientificamente pela médica Maria Montessori contribuem para o processo de

aprendizagem no ensino da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I. No primeiro

capítulo será apresentada uma breve descrição da vida de Maria Montessori, para conhecer melhor

sobre seu método e suas concepções. A compreensão de sua trajetória irá dar suporte para entender

sobre o desenvolvimento do ser humano, bem como a concepção de professor e, o ambiente planejado

e adequado para as crianças. No segundo capítulo será pontuado sobre o ensino-aprendizagem da

matemática, apresentando os materiais específicos para o desenvolvimento da disciplina, como

também as contribuições dos materiais montessorianos para seu ensino, assim estimulando o

desenvolvimento integral da criança, nos primeiros anos do ensino fundamental I. Para o

desenvolvimento da pesquisa, no terceiro capítulo serão analisadas dissertações, coletadas da

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTB), com objetivo de analisar o que os

autores contemporâneos destacam e identificam como potencialidades e/ou fragilidades dos materiais

montessorianos para a construção de conceitos matemáticos. Ao final da analise espera-se que os

resultados sejam relevantes, dando suporte para que os professores reflitam quanto as suas práticas

pedagógicas desenvolvidas dentro da sala de aula, assim proporcionando aos alunos, didáticas

diferenciadas, materiais e ambiente adequado que auxiliam na melhor compreensão dos conteúdos

matemáticos ocorrendo a re-significação da matemática e, favorecendo na aprendizagem para o

desenvolvimento integral da criança.

Palavras – Chave: Maria Montessori. Ensino Fundamental. Matemática. Materiais.

ENSINO DE FILOSOFIA E CONDIÇÃO HUMANA NA ANPED DE 2010 A 2015

Camila Borges da Silva – PUC-Campinas

Samuel Mendonça – PUC-Campinas

RESUMO

Este trabalho discute o ensino de Filosofia por meio da Lei 11.684, de 2008. A dimensão política está

contemplada na 2ª versão da Base Nacional Comum Curricular para a área de Filosofia, Unidade Curricular 3 - “Condição humana e responsabilidade pelo mundo”, de forma tácita, e é compreendida

enquanto capacidade de transformação social por meio da conquista da cidadania. O problema desta

pesquisa consiste em examinar quais as concepções políticas dos autores do Grupo de Trabalho 17,

Filosofia da Educação, da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, ANPEd,

de 2010 a 2015? O objetivo da pesquisa diz respeito a compreender, a partir do mapeamento da

produção de trabalhos do referido grupo de trabalho da ANPEd, as posições dos autores e referenciais

teóricos que ancoram a argumentação em torno da questão política. O método a ser utilizado implica

em revisão bibliográfica e as fontes são os trabalhos publicados no GT Filosofia da Educação da

ANPEd, de 2010 a 2015. Ademais, haverá necessidade de estudo de autores que fundamentam as

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pesquisas publicadas no referido GT. Simultaneamente, estudar-se-á a Unidade Curricular 3 -

“Condição humana e responsabilidade pelo mundo”, da 2ª versão da Base Nacional Comum

Curricular para a área de Filosofia. Se há dificuldade em padronizar o ensino de quaisquer disciplinas

no contexto brasileiro, dada a diversidade cultural, no caso da Filosofia a dificuldade se intensifica,

considerando seu estatuto muito particular que permite colocar em questão, inclusive, o sentido de

seu ensino. Foi Immanuel Kant quem afirmou que não se ensina Filosofia, apenas o filosofar, então,

como falar em um currículo de um campo de conhecimento que eventualmente não possa ser

ensinado? Aliás, não há consenso sequer se a Filosofia mereça, efetivamente, um espaço no currículo

e há quem questione que Filosofia é esta a que está consumada como Política Pública, destinada a

todos os estudantes brasileiros? Polêmicas à parte, a Filosofia não só está presente nos currículos de

todas as escolas brasileiras, mas, sobretudo, encontra aporte no contexto da formulação da Base

Nacional Comum Curricular. Mesmo com esta ponderação típica deste campo de conhecimento, a

Filosofia está presente nos currículos e, especialmente no que diz respeito à segunda versão da Base

Nacional Comum Curricular, uma de suas unidades consiste na questão da condição humana e

responsabilidade pelo mundo e por isto a motivação em investigar a perspectiva política implícita das

produções, considerando a dimensão de transformação social como base da política. Os resultados

que pretendemos alcançar com o desenvolvimento desta pesquisa consistem na sistematização das

concepções de condição humana, em torno da questão política, produzidas por filósofos brasileiros,

destacando suas bases teóricas a fim de instrumentalizar o professor de filosofia sobre esta unidade

da Base Nacional Comum Curricular para a área de Filosofia.

Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Base Nacional Comum Curricular. Condição Humana.

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS MUDANÇAS QUE OCORRERAM NOS

ASPECTOS PEDAGÓGICO E FÍSICO

Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy – PUC Campinas

Samara Silva Rocha – PUC Campinas

RESUMO

A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração se efetivou em dois momentos, o

primeiro a partir da promulgação da lei nº 11.114/2005 que determinou que a realização da matrícula

no ensino fundamental fosse feita aos seis anos de idade e depois pela lei nº 11.274/2006 que ampliou

o Ensino Fundamental para nove anos de duração e estabeleceu o prazo para implantação pelos

sistemas de ensino até 2010. Tais alterações na estruturação do ensino fundamental indicou a

necessidade de diferentes modificações e adequações da escola voltadas para a nova realidade. A

preocupação em fazer um estudo de caso sobre as adequações estruturais no contexto escolar para

receber as crianças de seis anos, vem da perspectiva de que muitas escolas mesmo incluindo as

crianças desta faixa etária, não mudaram suas estruturas físicas, curriculares, práticas pedagógicas e

suas rotinas. Não se tem levado em consideração as orientações dadas pelo ministério e pelas construções teóricas acerca das especificidades da criança de seis anos e de suas necessidades,

percebe-se que há certo distanciamento entre as políticas públicas anunciadas pelo governo e as ações

realizadas na escola. Na maioria das vezes, não são oferecidas as condições necessárias para a

efetivação das políticas conforme foram prescritas. Com o objetivo de conhecer como está

acontecendo essa efetivação definiu-se como problema de pesquisa: Quais mudanças ocorreram na

organização escolar nas dimensões pedagógica e de infraestrutura física para atender as

especificidades da criança de seis anos? Para buscar responder o problema de pesquisa definiu-se

como objetivo principal identificar quais mudanças ocorreram na organização escolar no que se refere

às dimensões pedagógica e física para atender as especificidades da criança de seis anos no ensino

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fundamental e ficaram definidos como objetivos específicos observar uma escola da rede pública

estadual de Campinas com o foco no grupo/classe do 1º ano do ensino fundamental de nove anos;

buscar informações com gestores e professores sobre as principais mudanças ocorridas na escola no

que diz respeito às dimensões física e pedagógica; conhecer o espaço físico da escola quanto às

adequações de suas dependências e mobiliário; conhecer a prática pedagógica desenvolvida pelos

professores, o currículo adotado e a rotina das crianças. Este estudo está fundamentado numa

abordagem de pesquisa qualitativa em educação. Os procedimentos utilizados para desenvolver a

pesquisa foram: pesquisa de campo com coleta de dados por meio da observação, da realização de

entrevistas com coordenadora pedagógica e professora. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir

para o esclarecimento das mudanças que foram necessárias bem como das dificuldades que foram e

ainda estão sendo enfrentadas pelas escolas no que diz respeito a ampliação do Ensino Fundamental

para nove anos pensando nas especificidades da criança de seis anos.

Palavras-chave: Ensino Fundamental de nove anos. Organização Escolar. Aspectos Pedagógicos.

ESTUDO DO MATERIAL OFICIAL DE ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-

BRASILEIRA E INDÍGENA

Camilla de Oliveira Rodrigues da Silva – PUC-Campinas

Artur José Renda Vitorino – PUC-Campinas

RESUMO

Esta pesquisa, de caráter bibliográfico e qualitativo, tem como ponto de partida a Lei nº 11.645/08,

que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas instituições públicas

e privadas de ensino. A priori, realizamos mapeamento sobre o tema, analisando artigos, dossiês,

teses e dissertações, a partir desta primeira revisão bibliográfica tomamos ciência de que esta lei tem

deixado lacunas, apontadas por professores, quanto à falta de materiais e formação necessária para

que pudessem compor suas aulas sobre o tema. Assim como nós, o Estado também está ciente destas

demandas e vem disponibilizando materiais que buscam suprir estas dificuldades. Levando em

consideração que a Lei Nº 11.645/08 não contempla o Ensino Superior, principalmente cursos de

pedagogia e licenciatura, apresentamos nossa questão problema: O material oficial disponibilizado

pelo Estado, para consulta dos professores, sobre cultura e história Afro-brasileira, africana e indígena,

tem caráter prescritivo e formativo de qualquer espécie? Se sim, qual e como? Para solucionar nossa

problemática, temos como objetivos específicos (i) analisar o material oficial disponibilizado para o

ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena direcionado para a Educação Infantil

e anos iniciais do Ensino Fundamental; (ii) identificar quais os aspectos formativos e prescritivos

destes materiais, mas, também, identificar elementos que se contraponham à macronarrativa

elaborada por Carl Friedrich Philipp von Martius e (iii) verificar, com auxílio da Lei de Diretrizes e

Bases, Parâmetros Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares e Base Nacional Comum

Curricular, se os materiais disponibilizados pelo Estado brasileiro são adequados às necessidades didático-pedagógicas próprias do ensino na Educação Infantil e nos anos inicias do Ensino

Fundamental. Um dos materiais selecionados para análise foi desenvolvido em 2014 pelo MEC em

parceria com a UNESCO e UFSCar, destinado a Educação Infantil. O material está disponível no site

da UNESCO, contém 144 páginas e é denominado História e Cultura Africana e Afro-brasileira na

Educação Infantil. Para compreendermos como tem se dado a construção da identidade cultural

brasileira atual e formação do Brasil, tomamos como base a narrativa de Carl Friedrich Philipp Von

Martius, seguido com as ideias de Pierre Bourdieu, como nossa base teórica, que nos ajudará a

identificar o valor dos discursos presentes nos materiais e, para complementar as leituras dos objetos

de pesquisas, utilizaremos os procedimentos descritos por Adalberto Marson. A partir da metodologia

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descrita, temos como resultados esperados para esta pesquisa (i) que os materiais didático-

pedagógicos disponibilizados pelo Estado brasileiro tem, sim, caráter prescritivo e formativo,

especialmente no que tange à formação histórica da identidade nacional brasileira e (ii) apesar de

serem materiais indicados as etapas que contemplam nossa pesquisa, a hipótese é que muitos

materiais não são direcionados aos alunos e sim aos professores, que devem adequá-lo à turma e a

idade que trabalha.

Palavras-chave: Lei 11.645/08; Educação Infantil; Ensino Fundamental.

GRÁFICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA PROPOSTA POSSÍVEL

Cibele Elisângela dos Santos – PUC-Campinas

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid – PUC-Campinas

A pesquisa a ser apresentada se encontra em andamento. Pretende-se realizar um estudo sobre

produção e compreensão de gráficos por crianças de Educação Infantil, visto que se trata de um

assunto tão presente na sociedade, mas pouco explorado por professores que atuam nesta etapa

escolar. A educação na primeira infância vem ganhando espaço e visibilidade. Novas leis têm

garantido a entrada e permanência da criança na escola cada vez com menos idade. Mas é possível

verificar que grande parte das escolas ainda não está preparada para acompanhar tais mudanças e

proporcionar às crianças tais modificações. Desta maneira, a escola vem enfrentando grande

dificuldade em proporcionar um ambiente rico de possibilidades e experiências significativas às

crianças que ingressam cada vez mais cedo no espaço escolar. Nesse sentido essa pesquisa visa

adentrar na rotina pedagógica de uma sala de educação infantil em uma escola pública da Rede

Municipal de Campinas, com crianças de 4 a 6 anos, planejar e propor atividades envolvendo a

elaboração e interpretação de gráficos, permitindo a elas o contato com probabilidades e estatística,

de forma contextualizada, proporcionando experiências que permitam que as crianças compreendam

conteúdos de suas vivências, realizem escolhas coletivas, o que também propiciará uma melhor

relação com seus pares. Para melhor compreensão do conceito de criança, realizaremos uma breve

retomada histórica, usando como referencial os teóricos: Ariès (1978) e Rousseau (1999). Trataremos

da importância da matemática as crianças na Educação Infantil ancorados em Lorenzato (2011),

Megid (2013) e Lopes (2003). E também em filósofos como Dewey (1976) e Spencer (1901) para

indicarmos a importância da experiência e do uso de materiais concretos no aprendizado significativo

das crianças. Ao refletirmos sobre a formação e o preparo dos professores, compartilharemos das

ideias de Serrazina (2014), Gatti (2010) e Saviani (2009). A metodologia será de cunho qualitativo,

pois se pretende analisar as informações obtidas em contexto escolar, considerando variáveis

relevantes encontradas durante as produções de informações, num espaço onde a pesquisadora

também desempenha a função de professora da sala. Os participantes da pesquisa serão observados

em sua turma, com gravações de vídeo envolvendo atividades produzidas pela

professora/pesquisadora, assim como relatos constituídos em momentos de atividades dirigidas ou

em situações espontâneas. Espera-se com esta pesquisa investigar a pertinência de produzir e utilizar recursos para o uso da estatística com crianças, com intuito de favorecer o desenvolvimento lógico

matemático na Educação Infantil. Buscaremos compreender a relevância desta abordagem para a

aprendizagem de conceitos matemáticos, a partir da compreensão e leitura de gráficos simples, que

representem informações cotidianas, vivenciadas na sala de aula, assim como favorecer a

compreensão do contexto social e enriquecer as relações entre as crianças.

Palavras-chave: estatística; formação de professores; educação infantil.

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HORTA ESCOLAR: UM EXEMPLO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA AO TRABALHAR A

TRANSVERSALIDADE

Angelo Mendes Ferreira - niversidade do Estado da Bahia – UNEB

Adriana Leite Campos - Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Jailson Braga Brandão - Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Maria Luiza Figueiredo Heine - Universidade do Estado da Bahia – UNEB

RESUMO

O presente trabalho tem como objeto de estudo o currículo escolar pautado nos temas transversais,

tendo como ponto de partida os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), que estabelecem um

padrão curricular para o Brasil e proporcionam aos alunos os conhecimentos necessários para

exercerem a cidadania. Os Temas Transversais proporcionam a inserção de questões sociais à

estrutura curricular da educação básica, implicando uma metodologia de ensino interdisciplinar e

preocupada em respeitar a faixa etária de cada educando. Com isso, a junção da transversalidade e da

interdisciplinaridade desenvolverá nos jovens as habilidades de aprendizagem condizentes com sua

realidade. Temas Transversais denominados Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde,

Orientação Sexual, Trabalho e Consumo devem perpassar pelos conteúdos obrigatórios curriculares

nas etapas do ensino fundamental e médio da educação básica. Mesmo que a orientação para a

execução desses temas na escola seja a de que sejam acolhidos por diferentes disciplinas, os PCN’s

apontam que temas como Saúde e Meio Ambiente sejam tratados na área de Ciências, não

restringindo-se o estudo do corpo humano, mas envolvendo os cuidados com higiene (Saúde), do

respeito à diferença (Ética), e à preservação ambiental (Educação Ambiental). Contraposto ao dito,

verifica-se que muitas instituições não realizam o processo de transversalidade proposto pelo

documento, sendo esta etapa oriunda unicamente de projetos bimestrais. Diante do exposto, o

presente trabalho tem como objetivo proporcionar mecanismos que favoreçam a reflexão crítica

acerca dos temas transversais Ética, Saúde, Meio Ambiente e Trabalho e Consumo, de modo que

intervenções educativas e sociais ressignifiquem suas práticas ambientais e hábitos alimentares. Tal

atividade está sendo desenvolvida em parceria com a Liga Acadêmica Baiana de Segurança Alimentar

e Nutricional (LABSAN), uma entidade estudantil de graduandos em Nutrição com supervisão de

docentes Nutricionistas lotados no Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Universidade do

Estado da Bahia (UNEB), objetivando uma maior participação da comunidade circunvizinha e a

disseminação/promoção de agricultura urbana, hábitos alimentares saudáveis e educação ambiental.

A pesquisa de cunho qualitativo envolveu estudantes e professores do ensino fundamental nível II,

ao propor a construção de um material didático que articulasse as disciplinas obrigatórias no manejo

de uma horta escolar. Espera-se que, através da execução deste trabalho, a Educação Ambiental e

Alimentar sejam apontadas como um dos caminhos perceptíveis para mudar as atitudes dos discentes

e dos membros familiares e, por consequência, a sociedade, o que permitiria com a mesma construísse

uma nova forma de compreender a realidade na qual vive, estimulando a consciência ambiental e a cidadania, numa cultura ética, de paz, de solidariedade, de liberdade, de parceria e partilha do bem-

comum, da habilidade e do bom senso, além de que o material construído venha a auxiliar na

socialização do conhecimento na própria forma como o homem produz-se enquanto ser social e

enquanto sujeito e objeto do conhecimento social.

Palavras-chave: Horta Escolar. Material didático. Transversalidade.

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IMPLICAÇÕES DA PROVA BRASIL NO CURRÍCULO DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Renata Suzigan Dainese – PUC-Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – PUC-Campinas

RESUMO

As avaliações em larga escala foram implementadas, em princípio, com o objetivo de diagnosticar a

realidade educacional e a partir da análise dos dados coletados delinear políticas públicas com

potencial para a construção de uma educação de qualidade para todos, a exemplo da Prova Brasil,

implementada em 2005, cujo resultado integra o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(Ideb). O Ideb, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira (Inep), configura um indicador de qualidade do ensino fundamental que expressa o

rendimento escolar do aluno a partir do fluxo escolar (taxas de aprovação, reprovação e evasão) e do

desempenho na Prova Brasil. A Prova Brasil, também conhecida como Avaliação Nacional do

Rendimento Escolar (Anresc), é realizada a cada dois anos, ao final dos 5º e 9º anos do ensino

fundamental, com foco nas disciplinas de Português e Matemática, em que são avaliadas as

habilidades de leitura e resolução de problemas respectivamente. Há estudos e pesquisas à luz dos

autores que balizam esse estudo que demonstram haver polarização das práticas pedagógicas e

curriculares em função dos resultados da Prova Brasil e, consequente, aumento do Ideb. Nessa

perspectiva, definiu-se como problema: quais as implicações da Prova Brasil no currículo do ensino

fundamental? Decorrente do problema em questão, constitui objetivo geral da pesquisa: investigar as

implicações da Prova Brasil no currículo do ensino fundamental. São objetivos específicos: (i) mapear

a produção acadêmico-científica sobre as implicações da Prova Brasil no currículo do ensino

fundamental, a partir de 2007; (ii) identificar possíveis impactos e efeitos da Prova Brasil no currículo

do ensino fundamental; (iii) analisar os possíveis impactos e efeitos da Prova Brasil no currículo do

ensino fundamental, à luz do referencial teórico. A opção metodológica, em uma abordagem

qualitativa, sem desprezar os dados quantificáveis, considera como procedimentos e instrumentos de

produção de material empírico: a pesquisa bibliográfica, considerando artigos, dissertações e teses

produzidos no século XXI e a pesquisa documental. A análise dos resultados dar-se-á em um esforço

de diálogo com os autores a serem referendados no trabalho. A pesquisa que se intenta nesse projeto

pretende problematizar as questões atinentes ao currículo escolar da educação básica, promover

reflexão e contribuir para se repensar e problematizar as atuais políticas públicas de avaliação da

educação básica. A presente pesquisa, a ser realizada, pretende, ainda, em concordância com o

compromisso ético e social, compartilhar o saber produzido por meio de publicações internas e

externas que agreguem valor para a comunidade científica, além de incitar outros, constituindo

contributo para a qualidade da educação básica.

Palavras-Chave: Currículo. Políticas Públicas de Avaliação. Prova Brasil.

IMPLICAÇÕES DO SARESP NO CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Samara Domen Góes – PUC-Campinas

Mônica Piccione Gomes Rios – PUC-Campinas

RESUMO

O Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) implantado pelo

governo do Estado de São Paulo, por meio da Resolução nº 27 de 29 de março de 1996, tem como

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componentes curriculares avaliados as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, alternando-se

anualmente as áreas de Ciências da Natureza (Ciências, Física, Química e Biologia) e Ciências

Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia). A partir do ano de 2007, o Saresp sofreu

significativas alterações no âmbito técnico-estrutural, configurando-se propriamente como um

sistema de avaliação em larga escala em si. Ainda nesse ano, ocorreu a criação do Índice de

Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), um indicador de qualidade

educacional com características semelhantes ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(Ideb), que constitui indicador nacional de qualidade da educação. Há estudos e pesquisas, à luz dos

autores que balizam esse estudo, que demonstram haver implicações nas práticas pedagógicas, e

curriculares, oriundas dos resultados do Saresp e, consequente, aumento do Idesp. Destaca-se, ainda,

a política de bonificação atrelada aos resultados do Idesp. Nessa perspectiva, definiu-se como

problema: quais as implicações do Saresp no currículo do ensino fundamental nas escolas públicas

do estado de São Paulo? Decorrente do problema em questão é objetivo geral da pesquisa: investigar

as implicações do Saresp no currículo do ensino fundamental das escolas públicas do estado de São

Paulo. São objetivos específicos: (i) mapear a produção acadêmico-científica sobre as implicações do

Saresp no currículo do ensino fundamental, a partir de 2007; (ii) identificar possíveis impactos e

efeitos do Saresp no currículo do ensino fundamental; (iii) analisar os possíveis impactos e efeitos

do Saresp no currículo do ensino fundamental, à luz do referencial teórico. A opção metodológica,

em uma abordagem qualitativa, sem desprezar os dados quantificáveis, considera como

procedimentos e instrumentos de produção de material empírico: a pesquisa bibliográfica,

considerando artigos, dissertações e teses produzidos no século XXI e a pesquisa documental. A

pesquisa que se intenta nesse projeto pretende problematizar as questões atinentes ao currículo escolar

da educação básica do estado de São Paulo, promover reflexão e contribuir para problematizar as

atuais políticas públicas de avaliação da educação básica do estado de São Paulo. A presente pesquisa,

a ser realizada, pretende, ainda, em concordância com o compromisso ético e social, compartilhar o

saber produzido por meio de publicações internas e externas que agreguem valor para a comunidade

científica, além de incitar outros, constituindo contributo para a qualidade da educação básica.

Palavras-Chave: Currículo. Políticas Públicas de Avaliação. Saresp.

IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO DA CONCEPÇÃO HEGELIANA SOBRE COISA EM SI

E NEGAÇÃO

Ana Carolina Salvador – PUC-Campinas

Samuel Mendonça - – PUC-Campinas

RESUMO

Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) analisa a percepção ou coisa em si como inerente à

universalidade, pois o universal é seu fundamento, no qual se suscita ensejos universais tendo como

exemplo o objeto e o Eu. Produto do saber sensível, o objeto é universal. Porém, pertencente à percepção, ele pode ser compreendido em sua pluralidade, como em sua negação. Logo, Hegel

determina que um ser universal, em sua imediatez, dispõe tanto da mediação, quanto da negação, ao

mesmo tempo em que suas propriedades ao se relacionarem entre si, deparam-se com as indiferenças

e suas respectivas semelhanças que são determinadas. A negação é essencial como unidade

excludente e contraditória, pois é ela que determina a coisa em si bem como o suprassumir/superar é

parte desse mecanismo de negar, conservar e superar. Este trabalho diz respeito a recorte teórico de

pesquisa de mestrado acadêmico, em andamento, que analisa sobretudo o pensamento e o conceito

de educação em Hegel. Constata-se que é por meio do processo de maturação do espírito que o sujeito

conhece. No entanto, considerando o recorte, justifica-se o título e os demais aspectos apresentados

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neste resumo. O objetivo desta pesquisa consiste em apresentar como a negação concebe como

fundamento a universalidade, que em sua contradição, torna-se o em si e a partir daí, a consciência

pode compreender o que é verdadeiro. Para Hegel, a coisa refere-se ao universal e a negação, bem

como suas múltiplas propriedades. A coisa faz-se em si mesma, ou seja, é o efetivo. Neste sentido, o

problema da pesquisa resulta na seguinte pergunta: como a consciência percebe o verdadeiro? Por

meio da experiência a consciência reconhece o objeto, enquanto propriedades universais

determinadas, mas também devido às suas singularidades e contradições. Portanto, há um movimento

intrínseco em que a consciência perpassa, pois, na percepção, ela reflete sobre si mesma. E essa

contradição que está inerente ao objeto faz com que a coisa resulta-se em si e para si. Com esse

aspecto de oposição, a coisa é seu ser-para-si que se autorrelaciona. Como método desta investigação,

têm-se uma pesquisa bibliográfica, que decorrerá da análise de parte da obra de Hegel intitulada

Fenomenologia do Espírito que faz uma investigação minuciosa sobre elementos relacionados ao

processo de apreensão do sujeito, bem como o desenvolvimento da consciência e seus respectivos

estágios. Ao final, pretende-se contribuir para a compreensão e reflexões sobre a sistematização

hegeliana do pensamento, evidenciando que o verdadeiro, o universal e o particular, resultam da

negação. Pretende-se auxiliar, sobretudo na assimilação do entendimento humano por meio da

consciência real das coisas e como o objeto acaba se tornando a contradição de si, para si e para o

outro. Será significativo mostrar que no processo de experiência da consciência ocorre um momento

de interiorização juntamente a um movimento específico do qual sucederá a dialética hegeliana. No

contexto da pesquisa de mestrado, o estudo destes conceitos hegelianos é fundamental e fará parte da

discussão das informações coletadas na construção de categorias que serão selecionadas por meio dos

dados.

Palavras-chave: Concepção hegeliana de educação; Coisa em si; Negação.

JOGO SIMBÓLICO, MEIO SOCIAL E POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO

SEGUNDO VYGOTSKY E WINNICOTT

Fernanda Marcelo Bransolise - UNIMEP

Gláucia Uliana Pinto - UNIMEP

RESUMO

Esta pesquisa objetiva contribuir com a discussão sobre os processos de desenvolvimento na primeira

infância pela lente de duas vertentes teóricas distintas, a perspectiva histórico-cultural de Vygotsky e

teoria do amadurecimento emocional humano de Winnicott, buscando modos de aproximação entre

elas para compreender e explicitar o papel do meio nos termos de Winnicott e das relações sociais

em Vygotsky, como fundantes dos processos de desenvolvimento dos sujeitos. Aponta-se que a teoria

histórico-cultural tem sua relevância ímpar neste estudo, por desconstruir o desenvolvimento visto

como processo natural, vigente em muitas vertentes da psicologia, construindo assim uma nova visão

acerca da compreensão do humano. Entretanto, consideramos que as contribuições da psicanálise pela teoria de Winnicott também podem favorecer a compreensão sobre o desenvolvimento infantil de

modo não naturalizado, visto que este autor nos revela aspectos importantes acerca da construção do

psiquismo quando afirma que: “um bebê sozinho não existe”, inferindo pensar que ao descrever o

bebê, deveríamos somente e apenas fazê-lo descrevendo outro alguém, ou seja, como parte de uma

relação que, de início responde a díade mãe-bebê. Perante tais propósitos, será observado o

funcionamento do jogo simbólico de crianças de 4 e 5 anos de uma turma de Educação Infantil,

considerando sua importância para o desenvolvimento na infância quando as crianças compõem

enredos e cenários lúdicos. Diante das diversas correntes psicológicas que estão presentes na área da

educação, a escolha de tais constructos teóricos, com suas particularidades e divergências, se dá pelo

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olhar atento presente em ambas, da implicação do papel do outro na constituição do eu, ou seja,

destacando a ênfase na constituição do eu/outro e do eu implicado na cultura. Os teóricos em questão

argumentam sobre a constituição social do humano, destacando a importância da instrução escolar,

bem como a importância das atividades lúdicas que precisam ter espaço na educação infantil. Assim,

o objetivo central desta pesquisa passa pela seguinte questão: como compreender o papel do “meio”

na perspectiva dos dois autores observando o jogo simbólico das crianças para que se possa ampliar

a compreensão desta atividade para o desenvolvimento na infância? As atividades serão

videogravadas, transcritas e analisadas pela abordagem microgenética, focalizando a centralidade das

experiências na cultura para a constituição do humano e seu desenvolvimento simbólico. A ideia é

dar visibilidade ao papel do meio em tais situações de modo que se amplie a compreensão das

atividades lúdicas na infância, trazendo contribuições dos dois autores para a compreensão da

primeira infância constituída nas relações, embora considerando suas divergências epistemológicas

tal como foi apontado. Ampliando as interpretações do jogo e do desenvolvimento infantil como

processos históricos, não naturais, contribuindo com o entendimento da importância de favorecer essa

atividade na educação infantil.

Palavras-chave: Teoria do amadurecimento emocional humano. teoria histórico-cultural.

desenvolvimento infantil.

LEITURA LITERÁRIA NA ESCOLA:

OS DESAFIOS NA FORMAÇÃO DO ALUNO LEITOR

João Marcos Pulz Araújo – PUC-Campinas

Elvira Cristina Martins Tassoni – PUC-Campinas

RESUMO

Esse trabalho busca discutir a literatura como instrumento significativo para o desenvolvimento

cognitivo de crianças e adolescentes, assim como o papel que a escola pode assumir, como mediadora

neste processo, ao despertar nos alunos potencialidades decorrentes do investimento no incentivo à

leitura literária. Nossa pesquisa tem o objetivo de investigar os desafios que uma escola pública de

um município no interior do estado de São Paulo enfrentou para implementar um projeto pedagógico,

denominado Sarau Literário, que visa a formação de novos leitores literários. O projeto foi idealizado

e implementado em 2011 por uma professora de Artes da escola que foi estimulada pela coordenação

pedagógica a concentrar esforços para o aprimoramento dos níveis de leitura e escrita dos alunos, já

que os gráficos de rendimento dessas competências revelavam sérias dificuldades. Esta professora

possui uma forte vinculação com a prática da leitura literária desde cedo, prática que acentuou-se com

o nascimento da sua filha, para quem ela lia contos e fábulas desde os primeiros dias de vida, ainda

no hospital. Os elementos iniciais identificados na pesquisa revelam essa relação da professora com

o universo literário e de que maneira essa vinculação foi determinante para a criação do referido

projeto, que se destaca pelo envolvimento dos alunos com a leitura e sua imersão em várias formas de expressão estética como teatro, poesia, contação de histórias, apresentação de fantoches, histórias

em quadrinhos, entre outros. Tornou-se perceptível, a partir da produção inicial do material empírico,

os desafios preliminares para a viabilização e implementação do Sarau Literário, como conquistar o

empenho dos alunos para a prática de atividades pouco ortodoxas, bem como organizar o evento

dentro de um formato que se tornasse ao mesmo tempo atraente, criativo e incentivador da leitura

literária. E esses desafios se tornam recorrentes a cada nova edição do projeto – em 2016 será

realizada a sua sexta edição. À vista do cenário tecnológico dos dias atuais, é procedente afirmar que

a mediação, na figura do professor, tem importância imensurável no processo de formação do leitor

literário na escola. É imprescindível apreender a relação livro/leitor, na perspectiva de se dimensionar

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a significação que o livro representa para o leitor. Deve-se igualmente considerar quais influências

essa tecnologia contemporânea têm exercido nas relações sociais e se elas podem colaborar para a

formação de leitores literários. Com a multiplicação das plataformas “não-convencionais” as pessoas

estão lendo mais, contudo inseridas numa configuração de leitura completamente alternativa. Diante

desse contexto, torna-se relevante um projeto que invista na aproximação dos alunos com o texto

literário, trabalhando na formação de novos leitores. Espera-se contribuir para as discussões em

relação ao incentivo da leitura literária, bem como dar voz a uma importante iniciativa de valorização

do universo literário.

Palavras-chave: Formação do leitor. Literatura. Mediação pedagógica.

LETRAMENTOS MULTIMODAIS: (RE)CONFIGURAÇÕES CRÍTICAS DA

MULTIPLICIDADE DE LINGUAGENS

Glaucia Uliana Pinto - UNIMEP

Ivonésio Leite de Souza - UNIMEP

Raquel Constance Otaviano - UNIMEP

RESUMO

O projeto propõe possibilidades de práticas colaborativas no ensino de língua materna, contemplando

atividades de leitura e produção textual multimodal, amparadas pelas novas tecnologias digitais de

informação e comunicação (doravante NTDICs) sob o aspecto promissor do letramento

multissemiótico crítico em termos de apropriação das diferentes modalidades de linguagens, tal como

propõe ROJO, fundamentada pelas teorias da enunciação e dos gêneros de discurso do Círculo de

Bakhtin. Ainda que alguns educadores questionem e tenham bloqueio quanto à inclusão das NTDICs

no cotidiano escolar, pretendemos sustentar o ingresso de tais ferramentas por dois conceitos

fundamentais que, intrinsicamente se subdividem em seis: o conceito dos multiletramentos –

abrangendo as múltiplas linguagens e as múltiplas culturas - e o dos novos letramentos – que envolve

discussões sobre os novos dispositivos, novas ferramentas e aplicativos (apps) e, sobretudo, novos

procedimentos e/com uma nova mentalidade de proceder, de produzir; produção esta que nasce a

partir da criação do outro, da remixagem, da reinterpretação e, assim, fazer o novo a partir do velho,

sem colocar valor naquilo que é raro e, sim, na distribuição, na replicabilidade, na quantidade de

acessos e likes. Dessa forma, questionamos as práticas pedagógicas a partir da concepção de escola

da pedagogia histórico-crítica proposta por SAVIANI, cuja função é, entre outras, opor-se à

seletividade e ao rebaixamento do ensino da camada popular, de modo que seu discurso não seja mera

repetição ao da camada dominante. Consequentemente, formar um cidadão crítico, reflexivo e

questionador para a vida em sociedade, parece-nos fundamental pensarmos numa escola que não

reforce discursos arbitrários. Assim, introduzir as NTDICs na escola favorece o interesse do aluno,

uma vez que elas já fazem parte da vida da sociedade, além de promoverem uma grande diversidade

cultural e, permitirem aproximar as culturas dos alunos da cultura valorizada socialmente. Propomos também aspectos da educomunicação, visando promover e favorecer o letramento crítico

principalmente da televisão e do rádio enquanto mídias de massa, já que são meios unidirecionais que

selecionam determinadas culturas para se valorizar, ou seja, são grandes veículos de comunicação

que detêm informações muitas vezes manipuladas e direcionadas, valorizando um ponto de vista e

distribuindo-o para milhões de indivíduos que, sem as devidas ferramentas para comparar, refletir e

criticar uma informação, são cotidianamente “obrigados” a consumir o que lhes é oferecido (ou

imposto). Para tanto, o estudo espera integrar discentes e docentes de forma interdisciplinar de uma

escola pública do município de São Pedro/SP, entre os meses de agosto e dezembro de 2016, com um

grupo de voluntários composto por, aproximadamente, três professores e trinta alunos do nono ano

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do Ensino Fundamental II. O trabalho com a apropriação da linguagem escrita pelos alunos envolverá

produções textuais multimodais, sendo estas constituídas por elementos advindos das múltiplas

formas de linguagens - escrita, oral e audiovisual - que serão mediados pelo trabalho da professora-

pesquisadora e analisados a partir das produções textuais dos alunos - tanto individuais quanto

colaborativas, numa perspectiva enunciativa discursiva.

Palavras-chave: Letramentos multimodais. Letramentos Críticos. Aquisição de Linguagens.

LINGUAGEM ORAL DE CRIANÇAS DE ZERO A TRÊS ANOS: CONCEPÇÕES E

PRÁTICAS DE PROFESSORES

Daniela Fernandes Lopes Dornelas – PUC-Campinas

RESUMO

Esta pesquisa trata de práticas pedagógicas na educação infantil, cuja problemática situa-se em

analisar quais concepções e práticas de professores favorecem o desenvolvimento da linguagem oral

de crianças de zero a três anos. Defendemos que a relevância de um ensino intencional para essa

primeira etapa da infância, uma vez que é nessa fase que o desenvolvimento de diferentes capacidades

e formas de expressão culturalmente mediadas, dentre elas a linguagem oral, definem um marco

determinante no desenvolvimento da linguagem e do pensamento da criança. A linguagem não apenas

expressa o conhecimento adquirido pela criança, mas exerce um papel fundamental na formação do

pensamento do indivíduo. Neste sentido, uma vez que o indivíduo está inserido em um contexto

histórico-social, as formas de estruturar o pensamento, não são determinadas por fatores congênitos,

mas são resultado das atividades praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura na qual este

indivíduo faz parte. Contudo, se o desenvolvimento da linguagem e do pensamento na infância

depende da interação com o meio social, especificamente no que diz respeito à produção cultural

desse meio, no trabalho pedagógico com crianças em aquisição de fala, a intencionalidade da proposta

educacional deve ir ao encontro desse desenvolvimento. As pesquisas, em sua maioria, nos últimos

anos, têm-se ocupado de temas relacionados com a formação inicial e continuada, a intencionalidade

da prática docente, a necessidade de conhecimento da primeira infância e a indissociabilidade do

cuidar e educar. Portanto, considerando a relevância da relação entre a linguagem e o pensamento no

desenvolvimento dos conceitos nas crianças, reiterada de forma consistente na literatura científica

sobre o tema, torna-se relevante estudar o desenvolvimento da linguagem oral em crianças de zero a

três anos na percepção de professores. Nosso objetivo central é conhecer concepções e práticas de

professoras dessa faixa etária, de duas creches, uma pública e outra particular, do município de

Indaiatuba, por meio de entrevistas semiestruturadas e observações sistemáticas das aulas. O trabalho

busca compreender como o professor tem possibilitado às crianças de zero a três anos a promoção do

conhecimento, principalmente no que concerne a linguagem oral, uma vez determinada pelas

pesquisas teóricas sua importância no desenvolvimento intelectual infantil tão necessário ao

aprendizado de conteúdos subsequentes na etapa escolar. A análise dos dados será realizada com base na teoria histórico-cultural de desenvolvimento humano e na pedagogia histórico-crítica. Ao

estudarmos as práticas destinadas ao desenvolvimento da linguagem oral, buscaremos analisar

aquelas por nós identificadas como promotoras dessa habilidade, contribuindo assim com o

conhecimento dos professores sobre práticas que proporcionam enriquecimento da linguagem oral

das crianças. Desta forma, as contribuições deste trabalho visam aprofundar os estudos na área de

formação de professores de Educação Infantil, destacando a importância da ação pedagógica

intencional no que se refere ao desenvolvimento da linguagem oral, em especial, os que atuam com

crianças de zero a três anos.

Palavras-chave: Linguagem oral. Crianças de zero a três anos. Práticas pedagógicas.

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LITERATURA INFANTIL: FORMAÇÃO DE LEITORES E DESENVOLVIMENTO

MORAL NA INFÂNCIA

Gabrielle Cristina de Oliveira – Faculdade de Educação PUC-Campinas

Jussara Cristina Barboza Tortella – Faculdade de Educação PUC-Campinas

RESUMO

A presente pesquisa, em andamento, trata da literatura infantil e sua influência na formação de

leitores, trazendo a importância das práticas de leitura nas escolas e em casa e o que isso pode

acarretar na formação do indivíduo como ser crítico, moral e participante do mundo. O que motivou

a pesquisa foi o fato de que o Brasil é um país em que o número de leitores é pequeno e está em

constante defasagem com seus programas de incentivo à leitura; portanto, tratar do assunto na

formação inicial de professores é importante para verificar as contribuições teóricas e práticas do

tema, compreendendo quais as possibilidades de se despertar o interesse das crianças para a leitura

desde a Educação Infantil. Essa pesquisa tem por objetivo geral analisar a importância do trabalho

com a literatura infantil para a formação do gosto pela leitura e da construção de aspectos morais na

formação do leitor para seu pleno desenvolvimento; e como objetivos específicos: i) entender a

importância do contato com obras literárias para a formação do futuro leitor a partir do resgate

histórico da literatura infantil; ii) compreender como a literatura pode influenciar na concepção de

mundo pela criança e formação do leitor através da leitura fruição e contação de histórias e; iii)

pesquisar se a literatura infantil pode contribuir para a construção de aspectos morais e como se deve

trabalhar em sala de aula. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica a partir da perspectiva qualitativa.

Como fontes de pesquisa foram utilizados livros, artigos e dissertações realizadas a partir da busca

das palavras-chave formação de leitores, literatura infantil e moral. Os dados foram analisados a partir

da análise de conteúdo. Até o presente momento foi possível constar a necessidade de práticas de

leitura em sala de aula para o desenvolvimento pleno das crianças, pois com base em fatos históricos,

a literatura e a contação de histórias influenciam na formação da criança, seja como futuro leitor,

cidadão crítico, capaz de opinar e ter participação ativa no mundo, seja no enfrentamento de

adversidades ao longo do período escolar, servindo de base para uma futura resolução de conflitos

internos e sociais. Pretende-se com essa pesquisa, além dos dados até agora encontrados,

compreender como se dá o desenvolvimento moral da criança e como a literatura pode contribuir

nesse processo, bem como quais as práticas em sala de aula promovem a formação de leitores desde

a Educação Infantil, tornando a leitura e a contação de histórias um momento de aprendizagem e

fruição.

Palavras-chave: Literatura infantil; Formação do leitor; Desenvolvimento moral.

O 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL E A PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM

LÚDICA

Josilaine Rosa dos Anjos – PUC - Campinas

Eliete Aparecida de Godoy – PUC - Campinas

RESUMO

Este estudo trata-se de uma pesquisa em desenvolvimento para conclusão do curso de Pedagogia.

Tem como tema a criança de seis anos no Ensino Fundamental e o processo de ensino-aprendizagem

por meio do lúdico. O tema surgiu por meio de aulas vivenciadas no curso de graduação de Pedagogia

e pelo interesse em compreender como as crianças de seis anos antes pertencentes ao contexto escolar

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de Educação Infantil vivenciam a experiência do aprendizado agora no 1° ano do Ensino

Fundamental. A Lei n° 11.274 de 6 de Fevereiro de 2006, que amplia o Ensino Fundamental para

Nove Anos, provocou intensa discussão sobre a questão da criança de seis anos no Ensino

Fundamental, que definiu por objetivo principal assegurar à todas as crianças dessa faixa etária

maiores oportunidades de aprendizagem, e acesso a escolarização obrigatória de qualidade a ela

ofertada, sem, no entanto, desconsiderar a singularidade da criança de seis anos, agora participante

do 1° Ano do EF. Diante dessa perspectiva, o estudo apresenta como problema qual a percepção dos

professores do 1° ano do Ensino fundamental sobre o lúdico nos processos de ensino-aprendizagem,

sendo o objetivo geral identificar como a presença do lúdico é considerado pelo professor no processo

ensino-aprendizagem dos alunos do 1° ano do Ensino Fundamental. Como objetivos específicos

apresentaremos a Lei 11.274/2006, a fim de identificar as orientações para a inclusão da criança de

seis anos no Ensino fundamental; identificar como o lúdico é apresentado nos documento orientadores

do MEC e pelos estudiosos no estímulo ao desenvolvimento dos alunos de seis anos pertencentes

agora ao Ensino Fundamental, bem como sua importância no processo de ensino-aprendizagem.

Propôs-se verificar como professores que participaram do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade

Certa e que atuam no 1° Ano do EF entendem a importância do lúdico para o aprendizado dos alunos

de seis anos de idade. A metodologia da pesquisa empírica, utilizou a técnica de entrevista semi

estruturada realizada com uma amostra de quatro professores da rede pública municipal de ensino de

uma cidade do interior de São Paulo. Foram entrevistados professores que realizaram a formação do

PNAIC para tentar compreender qual a relevância que eles dão ao lúdico no processo pedagógico,

visto que tal formação coloca o lúdico como centro do processo alfabetizador. Espera-se que ao

concluir a pesquisa, possamos analisar como os professores participantes, que hoje atuam em salas

do 1° ano do EF, concebem o lúdico bem como a sua importância e influência para a aprendizagem

desses alunos. Pretende-se verificar se há a presença da perspectiva lúdica no currículo e como são

inseridos esses momentos na rotina dos mesmos.

Palavras-Chave: Lúdico, ensino-aprendizagem, Ensino Fundamental de Nove anos

O CUIDAR E EDUCAR COMO PRÁTICAS INDISSOCIÁVEIS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Luana de Oliveira – PUC-CAMPINAS

Eliete Aparecida de Godoy - PUC-CAMPINAS

RESUMO

Na Educação Infantil o trabalho dos professores precisa reconhecer o cuidar e o educar como

inseparáveis. O trabalho do professor é realizado de acordo com suas concepções, experiências

formativas e pessoais, por isso não é sempre a mais adequada. A temática vem sendo muito discutida

no processo de formação de professores, buscando dar a ênfase necessária à importância da educação

na primeira infância e o binômio cuidar e educar destacando a importância da sua não separação, porém nas instituições de educação infantil ainda é possível nos depararmos com profissionais que

não compreendem que enquanto praticam ações de cuidados, estão promovendo também uma ação

educativa, mesmo que não haja intencionalidade. Dessa forma, o tema da pesquisa é sobre o cuidar e

educar como práticas indissociáveis na Educação Infantil. A partir disso se propôs compreender o

que os profissionais pensam e acreditam sobre o cuidar e educar e como são suas práticas diante desse

tema e da realidade vivida em sala de aula. Assim definimos como problema de pesquisa: quais as

percepções dos professores de Educação Infantil sobre a indissociabilidade do binômio cuidar e

educar? O objetivo da pesquisa é entender qual a percepção sobre o binômio cuidar e educar de

professores que atuam na Educação Infantil. A pesquisa bibliográfica subsidiou a sistematização dos

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conceitos pertinentes ao tema estudado, sobre a estrutura, organização, objetivos da educação infantil

e a sua prática docente, também sobre a definição e compreensão do cuidar e educar como ações

indissociáveis. A pesquisa qualitativa norteou o estudo exploratório que contou com a participação

de 5 professores que atuam na Educação Infantil – 0 a 3 anos. Utilizamos a entrevista semiestruturada

como instrumento para coleta de dados, a fim de, compreender as opiniões e as práticas dos

professores entrevistados sobre o problema proposto. Por fim, considerando que neste momento a

pesquisa encontra-se em andamento pretendemos organizar categorias para análise do discurso dos

professores participantes tecendo considerações e dialogando com as discussões teóricas

desenvolvidas no decorrer do estudo. Esperamos com o estudo propiciar a oportunidade de reflexões

sobre a necessária ampliação da compreensão da importância dos profissionais da Educação Infantil

considerarem o binômio cuidar e educar como indissociáveis e desta forma tornar tal binômio cada

vez mais presente de forma consciente em suas práticas com as crianças no decorrer de sua primeira

infância. Entendemos que é possível antecipar sobre a importância da formação inicial e a continuada

para que as práticas docentes possam ser cada vez mais elementos de reflexão contínua.

Palavras - chave: educação infantil. cuidar e educar. teoria e prática

O ENSINO DE MÚSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Bruna Vieira da Conceição - PUC-Campinas

Profa. Dra. Mônica Piccione Gomes Rios - PUC-Campinas

RESUMO

A música sempre esteve presente na cultura do ser humano, assim, cada indivíduo da sociedade possui

um estilo ou conhecimento musical diferenciado, gerado por sua historicidade. Em 1997, no Brasil,

foram criados os Parâmetros Curriculares Nacionais de Artes, que apresentam propostas pedagógicas

para o professor de música. Nessa perspectiva, definiu-se como problema de pesquisa: qual a relação

existente entre o que está prescrito nos PCNs de Artes, no qual se encontra o tema música, e a proposta

pedagógica de uma escola dos anos iniciais do ensino fundamental? Decorrente do problema

enunciado, constitui objetivo geral: identificar a relação existente entre o que está prescrito nos PCNs

de Artes e a proposta pedagógica de uma escola particular dos anos iniciais do ensino fundamental.

São objetivos específicos: reconhecer a trajetória do ensino de música no Brasil; identificar como o

ensino de música nos anos iniciais do ensino fundamental é tratado nos PCNs de Artes; analisar e

observar a proposta pedagógica de um professor de música dos anos iniciais do ensino fundamental.

Em uma abordagem de pesquisa qualitativa, para a produção de material empírico optou-se pela

observação participante e análise documental dos PCNs de Artes. A observação participante foi

realizada em um colégio particular do município de Campinas, observando as aulas de música dos

anos iniciais do ensino fundamental ministradas por um professor bacharel em regência Até o

momento, constatou-se, que ao longo da história a evolução de leis direcionadas ao ensino de música

nas escolas regulares vem se modificando. Destaca-se a Lei 13.278/2016 que assegura e apresenta a

música como uma forma de linguagem que compõe o currículo escolar, sendo que esta pode se constituir como conteúdo de artes ou disciplina específica. Constatou-se, também, que para os PCNs

de Artes, a música precisa envolver: aprender a sentir, por meio da apreciação musical; a expressar,

por meio de composição, interpretação e improvisação de música; e pensar a realidade musical ao

redor, historicizando e abrangendo a diversidade musical. Durante o período de observação,

evidenciou-se, até o momento, convergências e semelhanças entre a prática pedagógica do professor

de música e as propostas contidas no PCNs de Artes, pois o professor observado considera o ato de

sentir música e abranger sua diversidade cultural, historizando-a, como item importante em sala de

aula, no entanto, utiliza-se de um instrumento específico, a flauta, item não elaborado especificamente

pelos PCNs de Artes. A pesquisa, em andamento, busca contribuir com o processo de reflexão dos

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professores de musica, ao que se refere às práticas pedagógicas nos anos iniciais do ensino

fundamental.

Palavras-chave: ensino de música; proposta pedagógica; ensino fundamental.

O ESVAZIAMENTO TEÓRICO-FILOSÓFICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES:

IMPLICAÇÕES NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

Rafael Fernando da Costa – PUC-Campinas

Prof.ª Dr.ª Heloísa Helena Oliveira de Azevedo – PUC-Campinas

RESUMO

A formação de professores é um tema caro na pesquisa em educação, sendo que temos uma vasta

produção acadêmica referente a temática, no entanto, devido a dinamicidade do mundo social e a

complexidade da formação, não é tema esgotado. No doutorado nos debruçamos sobre a temática

agora a fim de analisar a consistência na formação inicial de professores em relação as concepções

teórico-filosóficas que compõem o percurso formativo em uma perspectiva crítica de formação para

práxis reflexiva crítica, ou seja, a que reconhece a indissociabilidade de teoria-prática na formação e

atuação do professor defendida por nós na dissertação de mestrado. Temos como objetivo verificar o

impacto do esvaziamento teórico-filosófico na formação inicial de professores e na atuação

profissional docente. Pretendemos através de uma abordagem qualitativa centralizar nossa análise na

formação acadêmica inicial, tendo como objeto cursos de licenciatura, assim, de forma crítica,

buscaremos desvendar a complexidade e problematizar questões como: qual é a realidade dos cursos

de formação inicial de professores (licenciaturas) do nosso país? existe a necessidade e possibilidade

de uma formação pautada na práxis reflexiva? Quais conhecimentos teórico-filosóficos são

necessários para a formação de uma práxis docente de caráter crítico reflexivo? Enquanto

instrumentos para produção do material empírico utilizaremos a entrevista semiestruturada e a

observação participante. Temos como resultados iniciais os dados da revisão bibliográfica produzidos

através do levantamento na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira da Teses e Dissertações –

conhecimento e reconhecimento pesquisa científica do Brasil (BDTD) que aqui apresentaremos sem

o desejo de encerrar tal etapa, mas através da apresentação e diálogo, problematizar e ampliar a visão

sobre a temática, assim como novos levantamentos para a revisão bibliográfica. Para tanto,

inicialmente, utilizamos como filtros de pesquisa os descritores “Formação de Professores e

“racionalidade prática””; “Formação de Professores e “racionalidade técnica””; “Formação de

professores e “práxis reflexiva”” no período de 2010-2015. A partir da leitura dos resumos podemos

notar que a preocupação da superação da dicotomia entre teoria e prática ainda se faz presente, assim

como podemos perceber nos trabalhos a existência da conexão da formação do professor com a

qualidade da educação e, consequentemente, o desenvolvimento social. Notamos que se faz

necessário para interpretação e debate sobre o tema de formação de professores, a compreensão sobre

a Educação enquanto uma prática social e, ao mesmo tempo, resultado da prática social. Ou seja, é importante compreender a educação para além da fronteira da educação escolar. Não negamos a

singularidade da escola e do tema educação para se pensar na formação de professores, porém

incluímos a localização desta dentro de uma estrutura maior que nos possibilita uma maior

compreensão da realidade e, portanto, permite que façamos uma análise propositiva que assuma a

necessidade de uma formação de qualidade para uma educação de qualidade atenta para uma

universalização da educação sem a sua precarização, que possa servir para uma sociedade mais justa,

um outro mundo possível.

Palavras chaves: Formação Inicial de Professores; Licenciaturas; Conhecimentos Teórico-

Filosófico.

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O PENSAR, O SENTIR E O QUERER, COMO A EDUCAÇÃO ANTROPOSÓFICA

ALFABETIZA

Thatiane Fiorito Scoton Machado – PUC-CAMPINAS.

RESUMO

A Pedagogia Waldorf é uma concepção de educação ainda pouco difundida entre os cursos de

graduação que garantem a licenciatura. Pautada na Antroposofia a Pedagogia Waldorf busca

constituir uma educação humanizadora, respeitando o corpo, a mente e as necessidades de seus

alunos. A educação infantil, chamada de jardim na comunidade Waldorf, é desenvolvida por meio de

atividades lúdicas, envolvendo o corpo e a mente. A etapa da alfabetização traz muitos resquícios do

jardim, pois o desenho, a música e a imaginação estão presentes no cotidiano. O contato inicial com

os pressupostos da Pedagogia de Waldorf deu-se no segundo ano do curso de Pedagogia, momento

também que se cursava a disciplina de Lingugem Oral e Escrita. Essas experiências trouxeram alguns

questionamentos: Quais as contribuições da Educação Antroposófica no processo de alfabetização?

Como ocorre a alfabetização em uma escola que adota a Pedagogia de Waldorf ? Para compreender

essas questões o principal objetivo deste Trabalho de Conclusão de Curso, em andamento, é analisar

os pressupostos teóricos e práticos da Pedagogia Waldorf como uma alternativa ao processo de

escolarização e alfabetização das crianças. Como objetivos específicos pretende-se sistematizar a

literatura cientifica sobe a Pedagogia Waldorf, sua proposta filosófica e pedagógica; conhecer quais

atividades são realizadas nas escolas Waldorf que favorecem o processo de alfabetização das crianças;

analisar criticamente a proposta da Pedagogia Waldorf e suas contribuições na escolarização das

crianças. Trata-se de uma pesquisa é de caráter qualitativo-descritivo que utilizou como instrumentos

da produção do material empírico entrevistas semiestruturadas com três professoras das escolas

Waldorf que já atuaram ou ainda atuam com turmas na fase de alfabetização. As questões versam

sobre os seguintes conteúdos: Identificação dos participantes; tempo de atuação em escolas Waldorf;

quantidade de turmas que já alfabetizou durante o tempo de docência em escolas Waldorf;

fundamentos teóricos que utiliza no cotidiano; visão que direciona ao aluno no processo de

alfabetização; expectativas que se tem do aluno enquanto alfabetiza; como os pressupostos do

Antroposofia, pensar, sentir e querer, interferem na alfabetização; como a alfabetização Waldorf se

relaciona, no cotidiano, com os ideais do pensamento construtivista de Emilia Ferreiro e Ana

Teberosky. Os dados serão analisados a partir da análise de conteúdo, espera-se que com o conjunto

da coleta de dados e dos materiais bibliográficos estudados, possam contribuir para uma melhor

compreensão das práticas pedagógicas utilizadas em escolas que adotam a Pedagogia de Waldorf, a

fim de mostrar à comunidade acadêmica e aos interessados uma nova forma de alfabetização que

coloca o aluno a frente de todo esse processo, sendo então, a alfabetização, uma mera consequência

das vivências escolares.

Palavras-chave: Pedagogia Waldor. Alfabetização antroposófica. Rudolf Steiner.

O POTENCIAL DE UM GRUPO COLABORATIVO PARA O FORMADOR DE

DOCENTES

Kátia Martins Rodrigues – PUC-SP

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo relatar a pesquisa de mestrado em andamento intitulada “O potencial

de um grupo colaborativo na constituição do Professor Coordenador como formador de docentes:

uma experiência com foco na matemática”. Os professores coordenadores (PC), são responsáveis,

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entre outras demandas, pela formação continuada dos professores dentro do horário de trabalho, nas

Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), nas reuniões pedagógicas, em reuniões de Conselho

de Classe, observação em sala de aula e outros espaços formativos que podem ser oportunizados na

escola. No entanto, essa dimensão da formação nem sempre é priorizada, devido às várias

dificuldades encontradas, sejam oriundas de aspectos pessoais ou de lacunas na formação dos PC

para atuar como formadores de docentes, de qualquer disciplina/área do conhecimento, por isso nesta

pesquisa, foi escolhida a área da matemática, por apresentar baixos índices de aproveitamento dos

alunos nas avaliações externas e por ser considerada como complexa e difícil para o PC, especialista

ou não especialista em matemática, fazer intervenção nas práticas dos professores. Pretende-se como

objetivo geral investigar o potencial de um grupo colaborativo na constituição do professor

coordenador como formador de docentes. A metodologia baseia-se na abordagem qualitativa, com os

seguintes procedimentos para produção/coleta de dados: encontros formativos do grupo colaborativo,

registros escritos, gravação e transcrição de áudio e questionários. Os sujeitos da pesquisa são 13

professores coordenadores, especialistas e não especialistas em matemática, atuantes nos Anos Finais

do Ensino Fundamental e Ensino Médio de oito escolas localizadas na zona leste da cidade de São

Paulo, jurisdicionadas pela Diretoria de Ensino Região Leste 3. Como fundamentação teórica para

coleta e análise dos dados, pretende-se utilizar autores como: Cochran-Smith e Lylte (1999), Damiani

(2008), Fiorentini e Crecci (2016), Paulo Freire (1996), Fullan e Hargreaves (2000), Garcia (1999),

Imbernón (2009), Placco, Almeida e Souza (2015), entre outros. Os encontros do grupo colaborativo

estão acontecendo desde fevereiro de 2016 com a participação dos sujeitos desta pesquisa e muitos

dados ainda serão coletados, por isso, não há resultados fechados para apresentar neste texto. Por

meio de análises preliminares, observa-se que em termos de formação inicial, apesar de muitos dos

PC participantes desse grupo colaborativo possuírem formação em matemática ou na área de exatas,

quase todos relatam dificuldades em fazer a formação em serviço e intervir nas práticas dos

professores de matemática. Tal fato nos leva aos seguintes questionamentos: a) quais saberes são

fundamentais ao PC para atuar como formador de docentes de qualquer área do conhecimento e, no

caso desta pesquisa, da área de matemática? b) Quais sentimentos em relação à matemática estão

presentes na prática do professor coordenador, especialista e não especialista em matemática? c)

Quais estratégias formativas podem ser trabalhadas na formação dos professores coordenadores, para

aproximá-los das especificidades exigidas na sua atuação como formadores junto aos professores de

matemática? Acredita-se que os dados coletados poderão oferecer relevantes indicativos do potencial

deste grupo colaborativo para a constituição dos professores coordenadores como formadores de

docentes. Espera-se também, contribuir com a atuação desses profissionais no espaço escolar.

Palavras-chave: Grupo colaborativo. Professor coordenador. Formação continuada de professores

de matemática.

O QUE PENSAM AS CRIANÇAS SOBRE SUAS VIVÊNCIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Luciana dos Santos Gonçalves – PPGE –PUC-CAMPINAS

Maria Silvia P. M. L. Rocha - PPGE –PUC-CAMPINAS

RESUMO

Apresentam-se pesquisa em andamento e também resultados da pesquisa bibliográfica, fundamentada

na Teoria Histórico Cultural, buscando produções com crianças como participantes. A problemática

de pesquisa refere-se às limitadas condições que se oferece nas escolas de escuta do que as crianças

têm a dizer sobre suas experiências escolares. Esta pesquisa tem como objetivo investigar o que

pensam as crianças sobre a escola, os professores, como vivenciam e se apropriam dos elementos da

cultura escolar nos segmentos da Educação Infantil e Ensino Fundamental, considerando a transição

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da primeira etapa da Educação Básica. Tomamos como base para o delineamento de nosso trabalho

pesquisa bibliográfica que realizamos na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

(BDTD), tendo como descritores “Pesquisa com crianças na escola” e “Educação Infantil”. Com

estes, capturamos 85 dissertações/teses, publicadas entre 2010-2015. Com a leitura de títulos,

resumos e, em alguns casos, do trabalho completo, excluímos as produções de áreas distintas da

Educação (Arquitetura, Saúde etc), as sobre Políticas Públicas, Avaliação, Educação no Campo e/ou

as configuradas como pesquisa documental ou bibliográfica; num segundo momento, selecionamos

apenas os trabalhos que incluíram crianças como participantes. O corpus compôs-se por 15 textos

nos quais analisamos procedimentos utilizados com crianças. Destacamos a prevalência de

instrumentos tradicionais (observação e entrevistas), registrando-se em apenas um caso o uso de

desenhos infantis como fonte empírica. Argumentamos sobre a importância da construção dos

procedimentos inovadores que propomos em nosso próprio trabalho investigativo (cartas, maquetes

e fóruns) os quais serão detalhados na apresentação. Pretendemos realizar o trabalho de campo em 2

fases: no 2º semestre de 2016 com um grupo de crianças de duas Escolas Municipais de Educação

Infantil (EMEI 1 e EMEI 2) e no 1º semestre de 2017, acompanhando parte do grupo de crianças da

EMEI 1, mas agora ingressantes numa Escola Municipal de Ensino Fundamental. Serão realizadas

observações participativas, produção de correspondência por meio de cartas, construção de maquete

representando contextos escolares e fórum de discussão entre as crianças com a participação de sua

professora. O material empírico produzido será analisado qualitativamente, na perspectiva da

metodologia microgenética, conforme proposto por L. S. Vigotski, M. C. Góes e M. C Rossetti-

Ferreira, a partir de categorias construídas a posteriori. Para efeito, pesquisa com crianças para quê?

A tese que defendemos refere-se à importância de que, além de proposições de “dar voz às crianças”,

fazem-se necessárias pesquisas que promovam condições de escuta do que elas têm a dizer,

produzindo elementos que contribuam para transformações nas/das relações com os adultos.

Palavras-chave: Pesquisa com crianças. Educação Infantil. Teoria Histórico-Cultural.

O RECREIO ESCOLAR E AS BRINCADEIRAS ESPONTÂNEAS: DESENVOLVIMENTO

INFANTIL

Gisele Scolaro Ribeiro – PUC - Campinas

Eliete Aparecida de Godoy – PUC - Campinas

RESUMO

Esta pesquisa integra o trabalho de conclusão de curso que se encontra em desenvolvimento e aborda

a importância das brincadeiras espontâneas para desenvolvimento das crianças, em especial, das

crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, tendo em vista que as maiores preocupações e

intensões do trabalho com as brincadeiras aparecem, com maior evidência, voltadas para as crianças

da Educação Infantil e Especial. A escolha do tema se deu a partir da leitura de um artigo escrito pelo

professor Carlos Neto da faculdade de Motricidade Humana que trata da importância de brincar na hora do recreio como algo que contribui para a melhor compreensão e absorção dos conteúdos

escolares. Diante das reflexões feitas a partir das leituras que nortearam o projeto desta pesquisa

surgiu a seguinte problemática: considerando como a escola se organiza hoje, seu tempo e espaço e

as necessidades que as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental têm no que se refere às

brincadeiras espontâneas, de que maneira podemos qualificar o tempo da escola para essas

brincadeiras, de modo que as crianças possam brincar mais e livremente? A partir dessa questão o

estudo tem por objetivos discutir a importância que a brincadeira tem no desenvolvimento da criança,

as possibilidades que a escola pode encontrar para que as crianças dos anos iniciais do Ensino

Fundamental possam brincar, considerando o recreio a maior delas, e discutir qual é o espaço que as

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mesmas concedem para as brincadeiras espontâneas contextualizando sob a perspectiva sócio

histórica. O trabalho se orienta por uma pesquisa do tipo exploratória e descritiva com abordagem

qualitativa, na qual se utilizou como meio de investigação a pesquisa bibliográfica e para coleta de

dados um questionário direcionado à professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de escolas

particulares e escolas públicas: estadual e municipal em que utilizamos de dez questões fechadas para

conhecer o que pensam os profissionais a respeito do assunto abordado. Pudemos salientar a partir

das primeiras pesquisas bibliográficas feitas em busca do tema que há poucos trabalhos que tratam

da brincadeira como sendo importante para o desenvolvimento de crianças em idade escolar. Espera-

se como resultado desta pesquisa, contribuir com uma preocupação mais significativa dos

profissionais atuantes nos anos iniciais do ensino fundamental no que se refere às brincadeiras

espontâneas para o desenvolvimento social, emocional, físico e cognitivo das crianças desta etapa de

ensino e que esta gere mais pesquisas que discutam a necessidade de mudanças na rotina escolar, na

valorização e concepção que os professores têm com relação ao assunto.

Palavras chave: Brincadeiras espontâneas; Ensino Fundamental; Desenvolvimento infantil.

O TRABALHO COM DANÇA E MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Thainá Luz Frata – PUC-Campinas

Jussara Cristina Barbosa Tortella – PUC-Campinas

RESUMO

A presente pesquisa em andamento, oriunda do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do curso de

Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas aborda o tema da dança e da música na

Educação Infantil. A música está em toda parte e estamos sempre nos movimentando, sendo ele, o

movimento, essencial para o trabalho com a dança. Ambos estão conectados não apenas na vida das

crianças com as quais os professores estão formando, mas sim na de todas as pessoas. Música e dança

permitem a expressão de sentimentos, desejos, medos, angústias e, ainda, possibilitam o

aprimoramento da coordenação. O estudo da temática se justifica a partir da experiência da realização

dos estágios e dos estudos teóricos realizados durante a graduação que indicam a importância de tais

atividades para o desenvolvimento da criança. Diante dessas experiências uma questão se fez

presente: Quais conhecimentos têm os professores da Educação Infantil sobre a utilização da dança e

da música no seu trabalho pedagógico com as crianças? Tendo essa pergunta como ponto de partida,

traçou-se como objetivo geral analisar a forma como a música e a dança são inseridas na rotina da

Educação Infantil. Os objetivos específicos ficaram assim delineados: i) compreender a importância

da dança e da música para o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil; ii) identificar nos

documentos legais a formação do professor para atuar na Educação Infantil especificamente com os

componentes dança e música; iii) observar as aulas de dança e música em salas de Educação Infantil);

iv) conhecer as concepções que os professores da Educação Infantil têm sobre o trabalho com a

música e a dança. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo e que teve como

procedimentos metodológicos, inicialmente, uma revisão da literatura sobre a temática e, em seguida a utilização da observação de duas aulas de dança e duas aulas de música em uma escola da rede

particular de ensino localizada em Sousas, um dos distritos da cidade de Campinas. Os registros da

observação foram anotados em um diário de campo para futura análise das situações consideradas

relevantes. Pretende-se que o período de observação sirva de apoio para a entrevista a ser realizada

com as professoras das áreas focalizadas nesse trabalho, bem como com duas professoras titulares da

Educação Infantil. Serão realizadas seis questões que versam sobre a vivência das docentes com o

tema, as práticas utilizadas e a forma como as crianças participam das aulas. Os dados serão

analisados a partir da análise de conteúdo. Ao final da pesquisa, espera-se compreender como os

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professores veem os benefícios que a dança e a música trazem para a criança, bem como os estudos

sobre a temática impactam sobre a formação inicial e continuada dos professores.

Palavras-chave: Dança; Música; Educação Infantil.

O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Bruna Vieira Conceição - graduanda de Pedagogia - PUC-Campinas

Elenir Canuto Vieira - graduanda de Pedagogia - PUC-Campinas

Karina Pinheiro Fernandes - graduanda de Pedagogia - PUC-Campinas

Mônica Linhares Bispo - graduanda de Pedagogia - PUC-Campinas

Geisa do Socorro Cavalcanti Vaz Mendes - Profa. PUC-Campinas

RESUMO

Este trabalho busca apresentar resultados de um estudo sobre o uso de dispositivos móveis como

recurso didático para o ensino de matemática, especificamente o conteúdo de geometria, em classes

do ensino fundamental (anos iniciais). O trabalho foi desenvolvido no curso de Pedagogia, na

disciplina: Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na Educação, envolveu trinta e uma

graduandas. Objetivou-se compreender a inserção das TICs como ferramenta pedagógica, e

proporcionar uma reflexão de como elas podem ser utilizadas, além de ressaltar a necessidade da

formação do professor como mediador da prática pedagógica apoiada pelas tecnologias. Realizou-se

uma revisão da literatura para compreender o que são as TICs e como podem ser utilizadas na prática

pedagógica. Após a revisão teórica, organizou-se um mini curso, objetivando que as graduandas

reflitam sobre a importância de compreender que as formas geométricas fazem parte do cotidiano e

muitas vezes não conseguimos enxergar, assim instigar as crianças a se interessarem por essa

temática. Optou-se por uma metodologia interdisciplinar, desenvolvida por meio de uma sequência

de atividade, com base na pedagogia histórico crítica, sendo elas: prática social inicial,

problematização, instrumentalização, catarse (conceito que Saviani utiliza inspirado em Gramsci) e

o retorno à prática social, que envolveu as áreas de matemática: noções geométricas; e artes: uso de

fotografia, criação e edição de vídeo. Para tanto, as graduandas percorreram os espaços da

universidade e utilizaram seus smartfones para fotografar o ambiente, na sequência as imagens foram

transferidas para um computador, e após, com o uso do software Movie Maker, criaram um vídeo que

retratava as formas geométricas (geometria plana e sólidos geométricos) identificadas no ambiente;

utilizaram de edição de texto para categorizar cada uma das formas, por fim após a apresentação dos

vídeos para a classe, as graduandas refletiram, com toda turma, as aprendizagens desse processo. O

estudo revelou que o uso dessas tecnologias pode contribuir de forma significativa ao processo ensino

e aprendizagem, desde que haja planejamento em que se considere o porquê, como e quando usar

recursos tecnológicos. As TICs são ferramentas potentes de apoio ao trabalho pedagógico a ser

desenvolvido com os conteúdos curriculares. Revelou, ainda, que os dispositivos móveis (smartfone,

tablet, câmeras) poderão ser aliados do trabalho docente, o que possibilita tornar a aula mais

agradável, motivadora, além de envolver as experiências cotidianos das crianças e adolescentes com a rotina da sala de aula. Conclui-se, como base nas reflexões feitas durante o trabalho, que as TICs

são extremamente importantes no processo de ensino-aprendizagem do(a)s aluno(a)s, principalmente

no ensino fundamental. Nesta perspectiva evidenciamos que a formação do profissional da educação

torna-se relevante tendo em vista que as praticas pedagógicas devem articular-se ao contexto histórico

atual em que a sociedade se encontra. Assim sendo, os professores precisam atuar de forma reflexiva

e criativa na construção de projetos que se utilizem das ferramentas tecnológicas, proporcionando um

ensino significativo e que tenha relação com a historicidade do(a)s aluno(a)s.

Palavras-chave: recursos tecnológicos; práticas pedagógicas; tecnologias da informação e

comunicação.

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OS CONTEÚDOS DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E AFRICANA NO

LIVRO DIDATICO APÓS A LEI 10.639/03

Ana Carolina Galdino da Luz- PUC-CAMPINAS

Eliete Aparecida de Godoy - PUC-CAMPINAS

RESUMO

Este estudo faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso e caracteriza-se como uma pesquisa de

caráter documental. Esta pesquisa tem como foco a análise dos conteúdos de História e Cultura afro-

brasileira e africana nos livros didáticos destinados ao 5º ano do ensino fundamental distribuídos para

as escolas públicas pelo Programa Nacional do Livro Didático, investigando a abordagem dos

conteúdos explorados nesses materiais e identificando as mudanças ou inexistência das mesmas, após

a implementação da lei 10.639/03, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura

Afro brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. A partir

do problema proposto para esta pesquisa analisaremos: como os conteúdos expressos nos livros

didáticos referentes à história e cultura afro-brasileira e africana têm sido explorados por esses

materiais após a lei 10.639/03? Objetivamos assim verificar a vinculação dos conteúdos do livro

didático com a valorização da história e cultura afro-brasileira e africana, analisar as formas de

expressão da história e cultura afro-brasileira e africana nesses materiais e pôr fim conhecer a

concepção de um militante do movimento social negro a respeito dos conteúdos abordados nos livros

didáticos, suas potencialidades e limites. O percurso metodológico da pesquisa se estruturou a partir

das etapas desenvolvidas durante o processo, tendo como ponto inicial a realização do levantamento

bibliográfico para a obtenção de fundamentos científicos a respeito do tema. Abordamos as principais

políticas públicas que visam os direitos humanos, valorização, reconhecimento e respeito às

diferentes culturas e povos, visando enfatizar as conquistas adquiridas no decorrer dos anos,

destacando a importância da sociedade civil, que mesmo em épocas diferentes sempre esteve

engajada na busca por mudanças sociais, econômicas e políticas. Evidenciamos as imposições e o

padrão ideário de branqueamento fortemente presente em nossa sociedade e a luta da população negra

pela efetivação de seus direitos, respeito e valorização da sua cultura e identidade, retratando ainda o

currículo excludente e a representação e implicações do currículo no livro didático. A análise

documental terá como fonte o livro didático de História do 5º ano do Ensino Fundamental avaliado

pelo guia do PNLD de 2010, a partir dos critérios estabelecidos pelo programa como: linguagem

adequada da obra, abordagem do conteúdo e das imagens, a existência ou ausência de estereótipos,

discriminação, preconceitos, valorização, reconhecimento da população negra e atividades propostas.

Por fim, analisaremos a entrevista realizada com um representante do movimento social negro,

visando demonstrar sua concepção a respeito da repercussão da Lei 10.639, nos conteúdos expressos

nos livros didáticos e os desafios e potencialidades existentes no trabalho relacionado as africanidades

nas instituições escolares. Espera-se com este estudo demonstrar os conteúdos que tem sido

explorados pelas obras, discutindo e enfatizando as mudanças que foram efetivadas a partir das

políticas públicas, principalmente pela Lei 10.639/03, como também discutir e enfatizar as lacunas que ainda precisam ser exploradas.

Palavras - chave: Lei 10.639/03. Cultura afro-brasileira e africana. Livro didático de História.

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OUTRO TIJOLO NO MURO: UMA CRÍTICA FOUCAULTIANA SOBRE O DISCURSO

EDUCACIONAL

Tamires da Silva Oliveira

Prof. Dr. Breno Martins Campos

Prof.ª Dra. Ana Paula Fraga Bolfe

RESUMO

Ao compreender a relação permanente entre a racionalização de um sistema de ensino com a realidade

do meio em que esse sistema se insere, compreende-se consequentemente a articulação dos saberes

com a realidade local e/ou nacional. É necessário que não se isolem mediadores, é preciso, aliás, que

estes sejam entendidos em sua totalidade mediadora; isto é, uma investigação histórica se impõe

diante da necessidade de compreender o atendimento insatisfatório da escola brasileira na

contemporaneidade, seja ele em aspectos qualitativos ou quantitativos, através, por exemplo, de

reflexões quanto as políticas educacionais implementadas. Coloca-se, então, como objetivo central

da presente pesquisa analisar o discurso que compõe as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para

a formação de professores, instituídas pela Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015. Para que

o objetivo central seja alcançado serão apropriadas contribuições metodológicas de análise de Michel

Foucault, e Pierre Bourdieu, para pensar a instituição de ensino, sendo esta, segundo Foucault, um

local de articulação dos poderes e saberes na produção do sujeito moderno. Dessa forma alguns

objetivos a serem auferidos, secundários e complementares, se apresentam como necessários, sendo

eles: o desenvolvimento de uma ontologia trabalhada no presente, isto é, uma investigação histórica

a fim de contemplar o alargamento da instituição pública no caso brasileiro, e ainda a elaboração de

suas políticas educacionais; e as acepções epistemológicas e práticas acerca da instituição escolar em

Foucault considerando dois conceitos principais, “poder” e “controle”, fundamentais nas análises dos

discursos sugeridas pelo autor, trazendo em paralelo, como delineador do campo a ser pesquisado,

Pierre Bourdieu, que também contribui na problematização da escola enquanto meio social para

reprodução e legitimação das desigualdades. Em decorrência das especificidades do Estado brasileiro

serão consultados autores como José Carlos Libâneo, Demerval Saviani e Paulo Freire, que muito

têm a contribuir para pensar, e repensar, a instituição de ensino, a organização escolar, e suas políticas

educacionais, criticamente. Reflexões quanto a real contribuição das diretrizes e documentos

estabelecidos nacionalmente para a educação se justificam, na presente pesquisa, pelo

reconhecimento da educação enquanto direito garantido aos brasileiros tanto pela Constituição

Federal de 1988, onde pelo artigo 205 a educação é estabelecida enquanto direito de todos e dever do

Estado e da família, devendo, portanto, ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade

a fim de desenvolver plenamente o indivíduo para exercício da cidadania, e qualificação para o

trabalho; quanto por leis específicas estabelecidas como aquelas definidas pelo Estatuto da Criança e

do Adolescente (ECA) de 1990, e as Leis de Diretrizes e Bases de 1996.

Palavras-chave: discurso; educação; Foucault.

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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC):

FORMAÇÃO CONTINUADA EM ANÁLISE

Cristiano José de Oliveira – Univás/ FAPEMIG

Luana Costa Almeida – Univás

RESUMO

A formação continuada do profissional docente é elemento tomado como essencial na literatura

quando se pensa na construção de uma educação de qualidade. A partir da década de 1990, inúmeras

políticas públicas voltadas para a formação docente passaram a fazer parte do cenário nacional, sendo,

algumas delas, implantadas com foco na alfabetização, tendo como ponto de ancoragem a percepção

do professor como ator central para se pensar mudanças na prática cotidiana das escolas, sendo os

cursos de formação continuada, formação em serviço ou “reciclagem” vistos como importantes para

a implementação de mudanças. Estes cursos foram crescendo em todo o país e novos programas

foram surgindo no cenário educacional, sendo alguns em continuidade de outros. Dentre eles, e

voltado para a alfabetização, destacamos a formação continuada ofertada pelo Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, implantado pelo governo federal em 2012, com a finalidade

de alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade. Celebrado por meio de um acordo formal

entre os governos nacional, estaduais e municipais, este programa recebeu a adesão de mais de 97%

dos municípios brasileiros (BRASIL, 2015) e tem procurado, por meio da reconstrução da prática

docente com embasamento dos suportes teóricos, ajudar aos professores a repensarem sua própria

ação, tendo em vista o pleno letramento das crianças por meio de sua inserção efetiva no campo da

leitura e escrita, bem como o domínio das operações básicas em matemática. Nesse contexto, o

presente trabalho, ainda em andamento em nível de Mestrado, objetiva analisar a percepção de

professores partícipes da formação continuada para professores alfabetizadores, ofertada pelo

PNAIC, analisando em que medida a formação oferecida pelo Programa tem se materializado como

efetiva fonte de reflexão da ação pedagógica e, potencialmente, tem possibilitado mudanças na prática

docente. Procuramos, neste prisma, identificar os pontos positivos e negativos deste programa na

percepção dos próprios professores. Para tanto, selecionamos um município no sul de Minas Gerais,

tomando como sujeitos de nossa pesquisa todos os professores do município que participam da

formação continuada ofertada pelo PNAIC. Elegemos como metodologia de pesquisa a entrevista

semiestruturada, e para análise dos resultados tomaremos como suporte, elementos da análise de

conteúdo proposta por Bardin. Ao final desta pesquisa pretende-se que este trabalho possa contribuir

para o campo educacional, bem como para a produção de conhecimento na área da formação

profissional e política pública, possibilitando vislumbrar os contornos da formação proposta pelo

Programa, assim como as potencialidades e limites percebidos pelos atores alvo da proposta, ora

implementada.

Palavras-chave: PNAIC. Alfabetização. Formação Continuada.

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PARTICIPAÇÃO INFANTIL: UM DIREITO DA CRIANÇA NO PROCESSO DE GESTÃO

ESCOLAR DEMOCRÁTICA

Adriana Zampieri Martinati – UFSCar

Orientadora: Profa. Dra Maria Aparecida Mello – UFSCar

RESUMO

A gestão escolar é o tema desta pesquisa e apresenta como principal objetivo propor mediadores e

atividades mediatizadas nas quais as crianças de Educação Infantil possam participar na gestão

escolar. O principal objetivo é propor mediadores e atividades mediatizadas nas quais as crianças de

Educação Infantil possam participar na gestão escolar. Os objetivos específicos são: identificar a

concepção de gestão democrática por parte dos gestores escolares, estabelecendo relações com a

prática; analisar o processo de participação de crianças de 5 anos na gestão escolar e analisar as

interpretações das crianças sobre suas experiências participativas nos processos de gestão escolar. A

legislação brasileira estabelece como um princípio do ensino público a gestão democrática e seu

elemento central é a participação coletiva. Nesse sentido, o problema a ser investigado nesta pesquisa

se resume no seguinte questionamento: Que tipos de atividades mediatizadas é preciso desenvolver

com crianças de 5 anos para se ter uma gestão compartilhada? Inicialmente, realizar-se-á uma

Pesquisa Bibliográfica sobre o tema “gestão escolar” na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações

(BDTD) e na base de dados internacional Eric, para traçar um panorama nacional e mundial sobre o

referido assunto. O Método Experimental terá como referência teórico-metodológica a teoria

histórico-cultural e realizar-se-á com um grupo de crianças com cinco anos de idade de uma Escola

Municipal de Educação Infantil (EMEI) no município de Limeira. Os instrumentos de pesquisa

utilizados serão: (i) observações, (ii) análise documental, (iii) entrevistas com crianças, professores,

gestores e (iv) experimento psicológico-pedagógico. O material empírico será videogravado com

apoio do registro em diário de campo e fotografia. Os resultados parciais da pesquisa bibliográfica

realizada em âmbito nacional apontam que apesar da importância teórica e legal dada à gestão

democrática, a participação de estudantes é um tema ainda escassamente estudado na literatura

científica brasileira, sendo mais comum encontrarmos trabalhos referentes a participação dos

colegiados ou comunidade escolar, conforme levantamento realizado na BDTD. Das pesquisas

relacionadas à gestão escolar, totalizando 616 trabalhos, apenas 8 delas (1,3%) tiveram como foco a

participação dos alunos. Quanto à participação infantil, esta escassez se acentua: dos 8 trabalhos,

apenas 1 (0,16%) ocupou-se em analisar situações de participação de crianças de Educação Infantil

na gestão escolar. Estes dados vêm ratificar a necessidade de maior aprofundamento sobre o assunto,

justificando a sua relevância. Espera-se que este trabalho possa trilhar novos caminhos de

participação infantil na gestão escolar, apresentando atividades nas quais as crianças possam se

expressar e contribuir para a construção de uma gestão compartilhada. Ouvir crianças é um elemento

da gestão participativa e constitui um passo fundamental para melhor compreendê-las, colocando-as

na posição de sujeito ativo e também protagonista do processo educacional. Tais discussões são

pertinentes diante do contexto da gestão participativa, diante daquilo que queremos (e compreendemos) como educação para a infância, enfim, daquilo que nós educadores e gestores

assumimos como papel para a formação das nossas crianças.

Palavras Chaves: Gestão escolar. Educação Infantil. Participação de crianças.

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PESQUISAS BRASILEIRAS SOBRE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA

NOS PRIMEIROS ANOS DE ESCOLARIZAÇÃO

Rosana Catarina Rodrigues de Lima - UNICAMP

Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid – PUC-Campinas

RESUMO

Este artigo tem por objetivo apresentar resultados parciais do mapeamento das pesquisas brasileiras

sobre o professor que ensina matemática nos primeiros anos de escolarização produzidas entre 2001

e 2012. Essas pesquisas integram um projeto de âmbito nacional que teve como objetivo, mapear,

descrever e sistematizar as pesquisas brasileiras que têm como foco de estudo o professor que ensina

matemática (PEM), produzidas em programas de pós-graduação stricto sensu das áreas de Educação

e Ensino da CAPES. Ao analisar o mapeamento realizado na 1ª fase do referido projeto que

considerou 858 trabalhos sobre o PEM, verificamos um crescente número de pesquisas que tratam da

formação de professores que ensinam matemática nos anos iniciais, sobretudo a partir do ano de 2008.

Essa percepção contribuiu para que pudéssemos definir nosso foco de estudo, e partimos para o

levantamento dos trabalhos analisados neste estudo que ocorreu em dois momentos. No primeiro,

identificamos os trabalhos que continham no título ou nas palavras chave verbetes relacionados ao

nosso corpus de análise, como por exemplo: anos iniciais, séries iniciais, polivalente, pedagogo(a),

pedagogia, formação, professor generalista, entre outras. No segundo momento, voltamos ao corpus

inicial buscando algum trabalho que, embora não contivesse os verbetes indicados, pudessem

configurar também nosso corpus de análise, uma vez que se estreitavam ao nosso foco de estudo. Ao

final desta segunda busca, dentre as 858 pesquisas identificamos 135 trabalhos sobre a formação do

PEM nos primeiros anos de escolarização, sendo 72 sobre formação continuada, 58 sobre formação

inicial e 5 sobre formação inicial e continuada. Considerando a expansão do número de pesquisas

não somente nesta, mas em todas as áreas do conhecimento, torna-se cada vez mais relevante a

realização de mapeamento das pesquisas realizadas num determinado espaço e tempo. Estes

mapeamentos inibem a dispersão dos resultados indicados pelas pesquisas, contribuindo para que a

comunidade acadêmica tenha acesso à sistematização do conhecimento produzido, o que pode

potencializar o avanço na produção de novos conhecimentos. Na busca de compreender as demandas

postas às investigações no âmbito da formação continuada, neste trabalho apresentamos o processo

para delimitação do corpus de análise seguido da caracterização física das 72 teses e dissertações

identificadas no âmbito do projeto, que tiveram como foco a formação continuada de professores que

ensinam matemática nos primeiros anos de escolarização. Por fim, trazemos uma breve

sistematização dos objetivos investigativos, destacando alguns resultados identificados nos processos

formativos que privilegiaram o tema Números e Operações nas pesquisas que constituíram o corpus

do presente estudo.

Palavras-chave: Formação continuada do professor que ensina matemática. Mapeamento de

pesquisas. Primeiros anos de escolarização.

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PESQUISAS NARRATIVAS: USOS E CONTRIBUIÇÕES ÀS PESQUISAS SOBRE

FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

Carla Barbisan (PUC-Campinas)

Orientadora: Profª Drª Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid (PUC-Campinas)

RESUMO

O mote deste projeto é a investigação sobre o uso de narrativas como forma de coleta de dados em

pesquisas voltadas à formação inicial de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental,

considerando somente produções que tenham o foco em cursos de Pedagogia. As teses e dissertações

utilizadas nesta pesquisa serão selecionadas a partir da consulta sistemática à Biblioteca Digital

Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). A escolha desta base se dá por ser ela uma das mais

completas disponíveis às pesquisas de cunho acadêmico científico e, também, por oferecer os textos

em sua íntegra. O levantamento se atém às pesquisas feitas entre os anos de 2006 e 2014, sendo o ano

inicial escolhido por abranger o início da normativa que estabeleceu a prática de 9 anos no Ensino

Fundamental, que gerou alterações e adaptações importantes e adequações tanto nas escolas quanto

na formação inicial. Após a seleção de produções científicas que atendam às delimitações de

interesse, analisar-se-á seus conteúdos categorizando-os em diferentes tipos de temas e abordagens

para a identificação das principais características que se apresentem, para que, desta forma, seja

possível uma visão ampla de como as narrativas contribuem às pesquisas sobre formação de

professores que atuarão nos anos iniciais do ensino fundamental. A metodologia utilizada nesta

análise tem caráter qualiquantitativo já que tratará de avaliar e apreender aspectos, não

necessariamente objetivos, do conteúdo das produções alvo, que possam ser relevantes aos que

pretendem utilizar esta forma de pesquisa na área de formação de professores, mas, também, almeja

quantificar certos tipos de resultados, como forma de apresentar um panorama numérico sobre a

utilização de narrativas nas pesquisas analisadas. Sustentam esta pesquisa autores como Clandinin e

Connely, Dewey, Souza e Tardif, entre outros, que tratam de aspectos fundamentais às narrativas e

formação de professores. Há muito que investigar sobre os dois temas que se entrelaçam nesta

proposta de pesquisa: formação de professores e narrativas, haja vista que são assuntos de profunda

complexidade, que podem caminhar de modo parceiro, e que, no entanto, ainda carecem de muita

reflexão. O saldo desta investigação diz respeito à explanação das observâncias resultantes de

profunda análise das produções que se utilizam de narrativas, com o propósito de compreensão de

seus usos e contribuições às pesquisas na área de formação de pedagogos, identificando

tendências, fragilidades, teóricos mais utilizados e como têm sido usadas na formação de professores.

Pretende-se que o relato final sirva a futuros pesquisadores como forma de aperfeiçoamento neste

tipo de pesquisa, a narrativa, contribuindo ao aprimoramento na coleta de dados em pesquisas sobre

formação inicial de Pedagogos e, também, para o uso de narrativas como mais uma forma de prática

pedagógica na formação de professores.

Palavras chave: narrativas; pedagogia; formação inicial de professores.

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PROCESSOS AFETIVOS E RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO DA

EDUCAÇÃO PÚBLICA

Rômulo Lopes da Silva – PUC-Campinas

Pamela Marques de Oliveira – PUC-Campinas

Rita Maria Manjaterra Khater – PUC-Campinas

RESUMO

O presente relato refere-se as atividades desenvolvidas por meio do projeto de extensão universitária

da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, “Processos Afetivos e Relações Interpessoais no

Contexto da Educação Pública” cuja proposta é desenvolver oficinas com a participação de

professores de duas escolas da rede pública estadual do munícipio de Campinas. A ênfase dessas

atividades se apoia nos processos afetivos presentes nas relações interpessoais que ocorrem no

contexto escolar e visa promover a reflexão sobre os processos afetivos do cotidiano das escolas e

identificar alternativas para relação professor-aluno e educação-família-comunidade, por considera-

los protagonistas do desenvolvimento da afetividade. A perspectiva teórica deste trabalho, parte das

contribuições de Henri Wallon no entendimento da afetividade como um dos elementos essenciais

para o desenvolvimento humano, seja no ponto de vista da constituição da pessoa ou do ponto de

vista do conhecimento. Para atender o objetivo proposto, foi elaborado um percurso metodológico

em comum acordo com a Diretoria de Ensino Campinas Oeste, que priorizou a indicação de escolas

com baixos índices apontados pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São

Paulo (SARESP) e pelo Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP).

Essas escolas estão situadas na região Noroeste do município de Campinas, e atendem crianças e

adolescentes. A metodologia inclui um conjunto de 15 encontros que ocorrem quinzenalmente com

professores do ensino fundamental, abrangendo os anos iniciais (1º ano ao 5º ano), anos finais (6º ano

ao 9º ano) e ensino médio, no período do ATPC (Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo). Durante

os encontros são realizadas oficinas com atividades propostas pela docente extensionista e alunos

bolsistas que promovem discussões e reflexões quanto as práticas presentes no cotidiano escolar.

Oferece também a oportunidade de contextualizar sobre as produções do grupo de pesquisa

institucional da PUC Campinas “Processos de constituição do sujeito em práticas educativas”, como

referencial do estado da arte em processos afetivos. Os registros são sistematizados a partir das

discussões e reflexões promovidas juntamente com os participantes e sinalizam para o interesse dos

professores nessas atividades bem como registram relatos de transformações de algumas práticas

educativas no que se refere à presença afetividade no cotidiano escolar. A continuidade do projeto

prevê o atendimento de mais professores totalizando cerca de setenta professores atendidos por essa

proposta até o final do ano 2017. Até o momento foi também possível verificar por meio de relato

dos professores a pretensão de buscar mais informações sobre o tema, se expandido a outros

professores que ainda não foram incluídos nas oficinas por não participarem do mesmo ATPC.

Acredita-se que um movimento de pensar em práticas de afetividade pode se estabelecer a partir da

presente iniciativa. Palavras-chave: afetividade; educação; relações interpessoais.

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REALIDADES FABRICADAS: SIGNOS REPRESENTATIVOS

DOS AFRO-DESCENTES E INDÍGENAS EM MATERIAIS DIDÁTICOS E

PARADIDÁTICOS

Aline Fernanda Longo – PUC_Campinas

Prof.º Dr.º Artur José Renda Vitorino – PUC-Campinas

RESUMO

Esta pesquisa, em desenvolvimento, tem por objetivo examinar e mostrar as relações entre signos,

significações e realidades das obras didáticas componentes da Coleção História, Sociedade &

Cidadania, que no ano de 2015 foi a mais distribuída pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD)

tendo uma tiragem 1.385.265 de exemplares, e das obras paradidáticas de Alfredo Boulus Júnior por

meio do aporte teórico, semiótico e filosófico de Izidoro Blikstein, buscando inquerir quais foram os

significados linguísticos atribuídos às comunidades afro-brasileiras e indígenas. Identifica-se que no

Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, há uma busca de integrar os afrodescendentes e

indígenas à cultura e sociedade brasileira por meio de dispositivos jurídicos, tais como: a Lei n.º

10.558 de 13 de novembro de 2002 que, por meio da Medida Provisória nº 63, criou o Programa

Diversidade na Universidade a Lei n.º12.228 de julho de 2010, que criou o Estatuto da Igualdade

Racial; a Lei n.º10.639 de 9 de janeiro de 2003 , que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de

história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, e a Lei n.º n.º11.645 de 10 de março

de 2008, que alterou a Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996 e modificada pela Lei n.º 10.639, de

9 de janeiro de 2003. Tais regulamentos jurídicos direta ou indiretamente direcionaram-se para a

educação, sendo traduzidos em uma série de ações compensatórias, buscando atingir a equidade dos

indivíduos e a sustentação de uma unidade cultural. Entende-se que essas comunidades estão sendo

representadas por “realidades fabricadas” que buscam atender às políticas publicas antirracistas para

a educação. Dentro do processo de significação, a proposta para a escrita da biografia da nação de Fr.

von Martius configura corredores semânticos ou isotópicos que balizam as percepções/cognições,

criando modelos e padrões perceptivos cognitivos ou “óculos sociais” que por meio deles “vemos” a

realidade, e que fabricam referentes dessas comunidades. A hipótese é que esse material didático e

paradidático efetua a “fabricação de realidades” no sentido dele também buscar atender às politicas

públicas antirracistas para a educação. Pretende-se, deste modo, identificar e mostrar como essas

realidades são fabricadas por meio dos referentes linguísticos para representar os referentes

extralinguísticos destas comunidades. Partimos, também, do pressuposto de que esse material

didático e paradidático reproduz, mesmo que inadvertidamente, a biografia da nação tal como foi

elaborada por Fr. von Martius o qual delimitou as tópicas retóricas para o estabelecimento de uma

unidade do Estado-Nação e, ao mesmo tempo, legitimar o Estado supostamente democrático.

Palavra-chave: Políticas Públicas. Materiais Didáticos. Ensino de História

REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA NO ENSINO DE FÍSICA:

A FUNÇÃO DAS IMAGENS

Salomão de Jesus Santana - UNIMEP

RESUMO

Este trabalho tem como tema os registros de representação semiótica, ou seja, a teoria geral das

representações e o processo de significação, ou produção de significados e suas implicações no

ensino de Física. Partindo do problema geral, onde a educação brasileira está marcada pelas

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limitações encontradas pelos alunos na aprendizagem da Matemática, constata-se o problema

específico onde estas limitações influenciam a aprendizagem da Física, tanto no ensino médio, como

nos primeiros anos do ensino superior, por ser ensinada com um enfoque algébrico e matemático. A

teoria semiótica apresenta-se como um recurso didático para a superação destas limitações. Assim,

busca-se estabelecer descritivamente uma correlação entre as unidades significantes, registros

pictóricos, diagramas, tratamentos algébricos, em especial as imagens utilizadas, e o

ensino/aprendizagem de Física. Para tanto, tomará como referência as obras de Tipler e Mosca

abordando o ensino de Física para cientistas e engenheiros, por apresentar estratégias de solução de

problemas, expressiva utilização nas faculdades de Engenharia e Física e servir de referencial teórico

para vários autores de livros didáticos de Física, e de Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga,

abordando o ensino de Física para o ensino médio, por estar na lista de obras selecionadas para o

Pnlem 2015 (Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio), tornando-se expressivamente

utilizados nas redes de ensino e possuir uma boa riqueza de imagens para a análise das representações

semióticas. Assim, o trabalho busca compreender como a diversidade dos registros semióticos -

sobretudo das imagens - pode influenciar o ensino, a compreensão e a aprendizagem dos fenômenos

físicos. A Semiótica é abordada segundo a visão de Charles Sanders Peirce, Ferdinand de Saussure,

Raymund Duval e Jay L. Lemke. Outros autores se mostram importantes, porém o enfoque nas

discussões direcionadas à linguagem matemática e sua relação com a semiótica é muito presente

nas obras de Duval e Lemke, se aproximando convenientemente do tema abordado na pesquisa. Já

nas obras de Peirce, é possível observar um complexo e abrangente estudo sobre a natureza do

signo e suas relações triádicas (tricotomias), que induzem a uma profunda compreensão da

semiótica e, consequentemente, dos signos. Ferdinand de Saussure se torna importante neste estudo,

pois apresenta a linguística como um ramo da ciência mais geral dos signos, que ele chamou de

Semiologia. À luz das teorias semióticas citadas serão analisadas a quantidade e a qualidade das

imagens e respectivos textos explicativos presentes nos livros didáticos: gráficos, redes, diagramas,

esquemas, fotografias e suas diversas categorias, buscando-se compreender o seu papel em relação

às atividades cognitivas fundamentais: conceptualização, resolução de problemas, raciocínio, e

compreensão de textos atrelados à dinâmica das atividades de ensino/aprendizagem. A compreensão

e a articulação entre os diversos registros semióticos, quando observados a partir dos níveis de

congruência semântica e de conversão entre as representações, mostram a importância das imagens

nos processos de aquisição e comunicação do conhecimento científico. Entender o potencial e os

limites das imagens nos livros possibilita ao professor e aos autores de livros didáticos se

questionarem quanto ao uso desse recurso no ensino de Física.

Palavras-chave: Semiótica. Física. Educação.

RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENSINARAPRENDER SITUADAS EM UM

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA FE/UNICAMP

Jenny Patricia Acevedo Rincón - FE-UNICAMP

RESUMO

A presente comunicação faz parte do estudo de doutorado em andamento que valoriza as experiências

de aprendizagem situadas no contexto de formação dos futuros professores, assim como a

constituição profissional no desenvolvimento da disciplina Estágio Supervisionado I, oferecida pela

Faculdade de Educação (FE) da Unicamp. O objetivo principal da pesquisa é compreender as

experiências de aprendizagem docente e de constituição profissional de estagiários da Licenciatura

em Matemática. A pesquisa procura pelas compreensões das aprendizagens dos 18 alunos das

licenciaturas em Química, Física, Matemática, História e Filosofia, Geografia, Letras e Artes, que

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participaram da disciplina, sobre as experiências de ensinaraprender na escola durante o

desenvolvimento da disciplina de Estágio na FE/Unicamp. No decorrer da comunicação utiliza-se o

marco referencial de Aprendizagem Situada da Teoria Social da Aprendizagem, a para participação

em Comunidades de Prática e identidade (profissional), o estágio supervisionado como contexto de

aprendizagem e bases teóricas de Interdisciplinaridade e transtdisciplinaridade nas práticas do Estágio

Supervisionado. Esta é uma pesquisa de tipo qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida na disciplina

Estágio Supervisionado I durante o primeiro semestre do ano 2014 na Universidade Estadual de

Campinas. Os materiais empíricos que compõem o corpo de análise e interpretação foram obtidos a

partir de diários de campo da pesquisadora, diários de campo dos estagiários, planos de intervenção

dos estagiários nas escolas campo de Estágio, relatórios finais da disciplina, questionário, e

entrevistas (individual e grupal) dos 18 estagiários participantes da pesquisa. O enquadramento

metodológico e os procedimentos de análise adotados estão de acordo com a pesquisa narrativa, como

uma forma de compreender as experiências desenvolvidas através das práticas de aprendizagem dos

estagiários nos quatro cenários identificados: a Escola, a Universidade, os Grupos Interdisciplinares

e a plataforma virtual de registro das narrativas (TelEduc). Assim, as análises narrativas apresentam

como resultados parciais que a participação dos estagiários nas diferentes Comunidades de Prática

constituídas no interior dos três primeiros cenários traz as reflexões dos estagiários sobre a prática

docente e a ressignificação da profissão docente. Ao problematizar as práticas dos estagiários nos

diferentes cenários, consideramos que o desenvolvimento da disciplina permitiu ressignificar as

práticas de ensinaraprender, ao tempo que visou por dar características de natureza Interdisciplinar

e transdisciplinar, permitindo assim aos estagiários perpassar e ultrapassar as fronteiras das

disciplinas escolares e acadêmicas próprias dos cursos de Licenciatura. Através das análises feitas,

tem-se encontrado diferentes manifestações nas quais as práticas dos estagiários são ressignificadas

ao se envolver com outras, do mesmo tipo, nas quais participam colegas de outras licenciaturas.

Palavras-chave: Estágio supervisionado; Aprendizagem situada; Interdisciplinaridade.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE ECOLOGIA VOLTADA PARA ALUNOS COM

DEFICIÊNCIA VISUAL

Elisa Ramos da Silva - Graduanda em Ciências Biológicas da UFSCar

Prof. Dr. Estéfano Vizconde Veraszto - DCNME/CCA/UFSCar

RESUMO

Na sociedade atual, os recursos visuais e o sentido da visão são intensamente utilizados, sendo

supervalorizados e requisitados, gerando naqueles que não o possuem o estigma de incapacitados a

participar plenamente das atividades sociais. O ensino de ciências possui uma perspectiva bastante

visual, com o uso de gráficos, diagramas e figuras. Frequentemente, os materiais pedagógicos não

são adaptados prejudicando a formação dos alunos com deficiência visual. Portanto, para que as

crianças com deficiência visual possam aprender, elas devem dispor de um ambiente adaptado e motivador, permitindo a utilização de outros canais sensoriais que possibilite seu desenvolvimento.

O uso de sequências didáticas (SD) pode beneficiar a aprendizagem de alunos com deficiência visual,

principalmente no ensino de ecologia, por conta dos aspectos motivadores e também por proporcionar

o processo de construção do conhecimento científico nos alunos, assim estes não são apenas ouvintes,

mas agentes ativos da aprendizagem. Existem poucos trabalhos sobre SD aplicada no ensino de

biologia, principalmente voltados para a ecologia e educação especial. O trabalho propõe atividades

inclusivas que ressaltam a importância de se trabalhar com classes heterogêneas nas escolas regulares,

utilizando atividades práticas e material didático de natureza tátil e auditiva. O projeto tem como

objetivo avaliar a funcionalidade das atividades propostas na SD, através da análise das

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potencialidades e limitações desta aplicação, considerando o interesse e motivação dos alunos na

atividade. O foco do projeto é o ensino de ecologia para alunos com deficiência visual, sendo

elaborada uma sequência didática, apoiada no método da Engenharia Didática de Artigue (1996).

Com o tema de relações ecológicas, priorizando o ensino sobre predação. O público alvo são dois

alunos com deficiência visual do Ensino Médio da escola E. E. Barão do Rio Branco em Piracicaba.

O trabalho é baseado nos estudos sobre Defectologia de Vygotsky (2011), cuja finalidade é promover

a interação social, propiciando um ambiente não segregativo e incentivando a inclusão dos alunos

com deficiência visual. Para o levantamento de dados, foi feita uma entrevista guiada após a SD,

transcrita na integra para ser analisada através do método de análise de conteúdo proposta por Bardin

(1987). Terá ainda como apoio, gravações de áudio durante a aplicação da SD. A pesquisa é voltada

para a motivação dos alunos com a atividade em comparação com a sala regular. O resultado esperado

é a melhoria da interação dos alunos com deficiência visual durante a sequência didática, gerando

uma maior motivação quanto ao estudo de ecologia. Como os alunos deixam de ser meros ouvintes,

tornando-se mais ativos no processo de ensino e aprendizagem, por isso, espera-se uma diferença

entre a sequência didática e as aulas de biologia na sala regular.

Palavras chaves: sequência didática. deficiência visual. ensino de ecologia.

UM OLHAR PARA O CONHECIMENTO MATEMÁTICO ESPECIALIZADO DO

PROFESSOR QUE ENSINA MATEMÁTICA

Beatriz Fernanda Litoldo - UNICAMP

Miguel Ribeiro - UNICAMP

RESUMO

Entendendo que é necessário que o professor tenha o domínio, de forma aprofundada, dos conteúdos

que irá ensinar e, do mesmo modo, que ele detenha um conhecimento pedagógico necessário para

ensinar esses conteúdos, considera-se um conjunto de especificidades no conhecimento do professor

que ensina matemática (PEM). Nessa direção, levantam-se discussões acerca do conhecimento do

PEM e, em relação a isso, duas categorias (divididas em subdomínios) emergem como sendo à base

dessas questões: o conhecimento do conteúdo, que inclui o conhecimento envolvido na realização de

procedimentos (em relação à matemática tais procedimentos seriam as regras, os algoritmos, as

manipulações algébricas entre outros), e o conhecimento pedagógico do conteúdo, que inclui o

conhecimento do conteúdo direcionado ao ensino. Pretendendo contribuir para a melhoria da prática

e da formação, torna-se essencial articular esses dois domínios para obter elementos que permitam

melhor compreender suas relações/influências no e para o processo de ensino. Considerando o

conhecimento do professor especializado, nesta pesquisa de doutorado assume-se a conceptualização

do Mathematics Teachers Specialized Knowledge (MTSK). Tem-se como objetivo estudar as

articulações dos dois domínios amplos do conhecimento a fim de obter elementos que permitam

identificar e melhor entender o conteúdo dos diferentes subdomínios do MTSK em particular, os que

se referem ao conhecimento do conteúdo, e como os elementos desses subdomínios se (re)constroem,

(re)elaboram e (re)adaptam no decurso da prática – de sala de aula, das discussões e das reflexões em

grupo dos professores. Buscando alcançar tal objetivo, serão recolhidos e analisados dados relativos

às práticas de dois professores do Ensino Fundamental II que fazem parte do Grupo de Sábado (GdS)

e se encontram envolvidos em um contexto formativo chamado Lesson Study. Esse ambiente de

pesquisa permite desenvolver práticas de trabalho colaborativas onde o processo de reflexão da

prática relaciona-se com a experiência partilhada, proporcionando momentos de desenvolvimento dos

conhecimentos matemáticos dos professores. Estes dados serão obtidos tanto por observação direta e

notas de campo, bem como pela gravação de vídeo e áudio de todos os momentos: preparação das

tarefas, encontros do GdS (grande grupo e pequeno grupo), implementação das tarefas em sala de

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aula, posterior reflexão e reelaboração e entrevistas. Para a análise recorremos aos subdomínios do

MTSK e à modelização da prática, procurando trazer informações que contribuam também para o

refinamento do próprio modelo do conhecimento do professor. Com esta pesquisa pretende-se trazer

luzes para a compreensão não apenas do conteúdo de cada um dos subdomínios do MTSK, mas

também sobre as diferentes articulações entre esses subdomínios, suas potencialidades e sobre as

limitações do seu desenvolvimento em um contexto de Lesson Study.

Palavras chave: Mathematics Teachers Specialized Knowledge; Formação de Professores; Lesson

Study; Ensino Fundamental II.

USO DOS RESULTADOS DO ENEM POR ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE

CAMPINAS

Simone Jorge Gonçalves

Filiação Científica: PPGE

RESUMO

Com a expansão do Ensino Médio na década de 1990, ocorre um aumento significativo no número

de matrículas nesse segmento. Em decorrência desse fato, instituiu-se em 1998, o exame nacional do

Ensino Médio (Enem) tendo em vista a necessidade em se avaliar a qualidade do Ensino Médio. Esse

exame que já existe há 20 anos, passou por mudanças, sendo que o atual modelo tem por objetivo,

não apenas a verificação de resultados individuais, mas, principalmente, resultados institucionais por

constatações de quais habilidades e competências foram adquiridas e quais ainda não foram,

conforme previstas nos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). A relevância adquirida pelo

Enem acentuou-se em 2009 com a utilização desse mecanismo como elemento de acesso ao Ensino

Superior em Universidades Públicas Federais, de acordo com a autonomia conferida às instituições,

sendo que, seu uso pode ser parcial ou total, além de se tornar requisito para a participação de

programa de bolsas de estudo, o Programa Universidade para Todos (PROUNI) e financiamentos, o

Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Houve, também, a iniciativa de escalonar escolas em

rankings, apontando as de melhores e piores resultados, ocasionando posicionamentos favoráveis e

contrários à essa prática. Esse trabalho tem como objetivo geral investigar qual o uso dos resultados

do Enem que fazem as escolas públicas estaduais de Campinas que apresentam a maior e a menor

média nesse exame, entre os anos de 2009 e 2014, período em que constituiu o Novo Enem, segundo

escalonamento divulgado pelas principais mídias da internet. Pretende-se, ainda, averiguar as

singularidades e especificidades presentes nesse uso, assim como, desvendar as convergências e as

divergências entre as escolas pesquisadas, analisar as características peculiares de cada instituição,

levando em consideração aspectos sócio, econômicos e culturais. Os principais autores referendados

serão Luiz Carlos de Freitas, Ocimar Alavarse, Sandra Zákia Sousa, Acácia Kuenzer. Em uma

abordagem de pesquisa qualitativa, sem menosprezar os dados quantificáveis, será realizada análise

documental do Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas; entrevistas semiestruturadas com quatro membros da equipe de gestão escolar, sendo: o diretor e o coordenador de cada escola; e grupo

focal com 10 professores e 10 alunos de cada escola pesquisada. O processo de análise dar-se-á em

um esforço de triangulação no diálogo com os autores referendados, intenciona-se contribuir para a

redefinição das políticas públicas de avaliação e, para a reflexão de gestores e professores, além de

contribuição para o meio acadêmico científico por meio de publicações em anais de congresso e em

periódicos qualis.

Palavras-chave: Políticas Públicas de Avaliação. Ensino Médio. Enem

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VIVÊNCIAS DOS BENEFICIÁRIOS DO PROUNI EM CURSOS DE GRADUAÇÃO COM

DIFERENTES PRESTÍGIOS

Paulo Cesar Ricci Romão

RESUMO

Esta pesquisa busca compreender como é a vivência de ex-beneficiarios do programa Bolsa Família,

atualmente beneficiários do ProUni (Programa Universidade para Todos), em cursos tidos como de

maior ou menor prestígio no Ensino Superior de uma Universidade do interior do Estado de São

Paulo. Para tal, serão utilizados como fundamentação teórica os estudos de Pierre Bourdieu sobre os

diferentes tipos de capital (econômico, social e cultural), bem como as recentes discussões sobre o

processo de estratificação educacional. Nesta perspectiva, serão analisados como determinantes

sociais, tais como renda, raça, gênero, estruturação familiar etc., configurados nos tipos de capitais

propostos por Bourdieu, podem influenciar no rendimento escolar e nas transições presentes na

trajetória escolar dos alunos, especialmente no ingresso ao Ensino Superior. A metodologia será

composta pela análise de entrevistas com dezesseis alunos ex-beneficários do programa Bolsa Família

e beneficiários do ProUni, ainda a serem realizadas, sendo oito alunos dos cursos de maior prestígio

e oito dos cursos de menor prestígio, cursos esses avaliados pelo ENADE (Exame Nacional de

Desempenho dos Estudantes) dos anos de 2013 e 2014, e classificados de acordo com as pesquisas

bibliográficas acerca desse processo de hierarquização. Além disso, realizaremos a análise dos micro-

dados presentes no questionário socioeconômico do ENADE dos anos de 2013 e 2014, análise essa

já em andamento. Por este viés, será efetuada a reflexão de como o Programa Bolsa Família, enquanto

política pública de transferência condicionada de renda atrelada à área da Educação, e o ProUni,

enquanto política de facilitamento do acesso ao Ensino Superior para alunos oriundos de famílias

com baixa renda, bem como os elementos caracterizados como determinantes sociais e elencados nos

diferentes tipos de capitais, influenciaram a trajetória de vida, tanto em nível pessoal quanto

educacional e social, dos entrevistados e quais são suas expectativas quanto a seu futuro através dos

cursos que selecionaram. Em síntese, a pesquisa busca compreender como os entrevistados

compreendem sua vivência no Ensino Superior, de modo a enfrentar (ou não) as dificuldades pelas

quais passam desde o processo de seletividade do curso de Ensino Superior ao qual pretendem

ingressar até suas expectativas ao formarem-se nesses cursos. Temos a hipótese de que os capitais,

de acordo com seu nível de concentração, serão determinantes para o ingresso no Ensino Superior,

bem como para a continuidade nos estudos e o desempenho desses alunos.

Palavras-chave: ProUni, estratificação educacional, reprodutivismo

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A CURIOSIDADE INFANTIL: DE ONDE VEM O PAPEL?

Cynthia Bauab Fabricio D’Estefano - Prefeitura Municipal de Campinas/SME

RESUMO

A ampliação do universo de experiências das crianças é uma das premissas da Educação Infantil na

Rede Municipal de Campinas. A partir da observação e escuta atenta das crianças de uma turma de

Agrupamento III (três a cinco anos de idade), foi desenvolvido o projeto “De onde vem o papel?” no

início do presente ano letivo, com o objetivo de promover o uso consciente do papel, produzir

conhecimento científico e fazê-las produzir o próprio papel, trabalhando a importância do

reaproveitamento e reciclagem na atualidade. O projeto contou com três fases: a primeira, iniciada

com a manipulação de jornal e sondagem de sua função, seguida pela leitura do livro “O Jornal”, de

Patrícia Auerbach e de um texto instrucional nele presente, com a execução da dobradura de um

avião, e finalizada com a pintura em guache sobre folha de jornal; a fase seguinte, motivada pela

sondagem sobre a origem do papel, contou com a exibição do desenho animado de mesmo nome do

projeto, produzido no ano de 2001 pela TV Pinguim para TV Escola, momento que proporcionou a

surpresa da descoberta científica de que o papel tem sua origem a partir da madeira da árvore e,

também, de que é possível produzir o seu próprio papel, reciclando papéis usados. Na última fase, foi

utilizado o Tecnokit (um kit completo para reciclagem de papel que distribuído às escolas da Rede

Municipal há alguns anos e que estava sem utilização devido à falta de capacitação), junto com textos

instrucionais ilustrados para que as crianças pudessem realizar o procedimento interpretando o passo-

a-passo; os alunos participaram ativamente de todas as etapas, desde o picote das folhas de papel, a

imersão na água, a trituração, a preparação e mistura de pigmentos coloridos na polpa obtida, a

distribuição dessa polpa nas peneiras e a secagem e formação de uma nova folha de papel. Por último,

o papel fabricado por cada um foi utilizado para desenho livre. Devido à especificidade da faixa etária

de um Agrupamento III, os resultados obtidos foram além daqueles esperados: crianças mais novas

contando encantadas e com detalhes sobre a origem do papel e crianças mais velhas lendo textos

instrucionais ilustrados com grande domínio. Além disso, um precioso ganho: com quatro anos na

época e em investigação no espectro autista, R* era um garoto que não se comunicava oralmente

tampouco interagia com as outras crianças; a partir desse projeto, passou a se expressar verbalmente,

a ler e interpretar instruções ilustradas e pouco tempo depois, gibis, e a interagir mais com os colegas.

Uma vez concluído, esse projeto foi apresentado à comunidade educativa e os educadores da Unidade

Educacional (CEI Corujinha) tiveram a oportunidade de aprender o processo de reciclagem utilizando

o kit específico para este fim em uma oficina oferecida pela professora deste projeto.

ucação Infantil. Reciclagem. Texto instrucional

A ESCOLA ENQUANTO HABITAT: PROBABILIDADES

Daniel Fernando Matsuzaki da Silva - Prefeitura Municipal de Campinas

RESUMO

Pretende-se apresentar e discutir os resultados relacionados à construção de conhecimentos

probabilísticos resultantes do planejamento e da execução de sequência didática em estudantes do 2º

PALAVRAS DE PROFESSORES/AS

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ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede municipal da cidade de Campinas/SP. A escolha

do tema deveu-se ao interesse demonstrado pelos alunos em relação ao conteúdo de Ciências Naturais

relacionado ao eixo “vida e ambiente”, em especial à possibilidade de determinados animais serem

mantidos no ambiente escolar, este, compreendido, nesta ocasião, enquanto provável habitat. À

discussão iniciada pelos próprios estudantes sobre a temática foi inserida, mediante intervenção

docente, a necessidade de elencar categorias capazes de avaliar o nível de adequação do habitat às

necessidades dos animais que permeavam o imaginário e o discurso das crianças. Assim, foram

eleitas, em roda de conversa, as categorias: alimentação, clima, relação com as pessoas e ambiente.

Para além das categorias citadas, uma outra, objetiva, foi inclusa para análise: existência. Tal

categoria assumiu papel fundamental para as discussões probabilísticas, uma vez que a condição de

inexistência anularia todas as chances de o animal habitar o espaço escolar. Após definição das

categorias, os alunos receberam fichas para registrar o animal candidato a habitar a escola e avaliar

as condições apresentadas pela escola quando considerada enquanto possível habitat, tendo como

referência as categorias antes elencadas. A socialização das considerações dos estudantes acerca de

suas avaliações resultou em discordâncias, cujos argumentos foram contrapostos e algumas

avaliações foram revistas e reconsideradas. Tal movimento intelectual dos alunos apresentou ideias

probabilísticas, uma vez que informações e conhecimentos prévios sobre a temática articularam-se

na busca da confirmação ou negação de argumentos a partir do tratamento de dados e informações de

forma intencional e objetiva. Observou-se, também, a articulação interdisciplinar de conteúdos, uma

vez que, embora a resolução do problema proposto estivesse metodologicamente relacionada às

questões escolásticas, os conhecimentos articulados e intelectualmente tratados remetem às Ciências

Naturais. Ao final do trabalho, observou-se a necessidade de maior rigor conceitual para a definição

das categorias que serviram de base para a análise da realidade. Além disso, percebeu-se uma maior

complexidade no processo de construção de argumentos e de avaliação objetiva da realidade. Tais

elementos remetem à necessidade da relação entre a experiência do aprendiz com o conteúdo a ser

aprendido, neste sentido e neste caso, a probabilidade reveste-se de um caráter subjetivo e, talvez,

existencialista, pois está atrelada à percepção do indivíduo sobre situações do mundo vivido por ele,

baseada, por sua vez, em suas experiências e conhecimentos prévios. Neste movimento, a apropriação

da linguagem e do rigor conceitual das categorias escolásticas de análise da realidade são

fundamentais. O planejamento da investida pedagógica, bem como sua avaliação, ocorreu nos

encontros do grupo colaborativo GEProMAI (Grupo de Estudos Professores Matematizando nos

Anos Iniciais).

Palavras chave: Probabilidade. Ensino Fundamental. Grupo colaborativo.

A ESCOLA QUE VAMOS LEVAR E A ESCOLA QUE VAI CHEGAR

Carolina Bella Lisboa- PUC-Campinas

Pedro Victor de Mello Pastana - PUC-Campinas

Vithor Pelá Leal- PUC-Campinas

Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da Rocha- PUC-Campinas

RESUMO

Este trabalho descreve experiência de estágio de Psicologia na Educação com a realização de um

projeto com 23 crianças da turma do Infantil II, com idades entre 5 e 6 anos, de uma creche

conveniada com a rede pública de educação infantil da cidade de Campinas (SP). O objetivo geral do

trabalho foi facilitar a transição das crianças de uma instituição de Educação Infantil não-formal para

o Ensino Fundamental em uma instituição de educação formal, através de atividades com

características diferentes das comumente realizadas pela creche. Para atingir o objetivo, foram criadas

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atividades lúdicas com literatura infantil, dramatizações e produções plásticas, fundamentadas na

Teoria Histórico-Cultural para desenvolver ações e intervenções críticas perante as situações vividas

no campo. Os encontros aconteceram semanalmente e duraram aproximadamente 1h30min, tendo

envolvido os três estagiários, a professora, a monitora e as crianças. A maior parte das atividades

aconteceu dentro da sala de aula, ainda que tenham ocorrido vários momentos de exploração do

espaço da creche, intencionalmente realizados para criar memórias e registros do espaço e de

vivências de cada criança ali, construindo, junto com outros funcionários da creche (como as

cozinheiras) parcerias que colaboraram e também foram tema central de algumas atividades. Ao

longo do período do estágio, foram realizadas reuniões com as professoras, monitoras e diretora

pedagógica, para discutir a dinâmica da classe nos momentos em que os estagiários não estavam

presentes. No decorrer dos encontros, foi possível perceber algumas mudanças significativas no

comportamento das crianças como um todo. Um dos resultados obtidos foi o desenvolvimento de

funções psíquicas superiores, tais como a imaginação, criatividade e conscientização sobre seus

próprios afetos e sobre a afetividade nas relações interpessoais. Isso influenciou a iniciativa das

crianças em relação às atividades propostas. Nas primeiras atividades, algumas crianças apresentaram

dificuldades em realizá-las, alegando incapacidades e/ou apresentando falta de interesse e

embotamento afetivo. Já da metade para o final dos encontros, essas mesmas crianças já não mais se

intitulavam como incapazes, passaram a se mostrar entusiasmadas e estimuladas com relação às

atividades, desafios e brincadeiras propostas. Próximo do fim do ano, o trabalho com a transição

envolveu atividades que abordaram e ofereceram suporte para os medos, fantasias e perspectivas com

relação à escola nova. Conjuntamente com as crianças e profissionais da creche, desenvolveram-se

álbuns individuais que continham produções e fotos tiradas por cada criança e que foi entregue no

final do ano. Buscou-se efetivar uma produção que contivesse, na medida do possível, a personalidade

e vivências únicas de cada criança, apenas existindo as mediações necessárias por parte dos

estagiários, essas principalmente relacionadas a questões de praticidade da elaboração do material,

sendo que tais mediações buscavam sempre incidir na zona de desenvolvimento proximal de cada

criança. A variedade das atividades esteve presente justamente para que as intervenções pudessem

não só trabalhar temas relacionados à transição, mas também fazê-lo de forma diversificada, buscando

ampliar os tipos de experiências vividos pelas crianças.

Palavras chave: Educação Infantil. Teoria Histórico-cultural. transição.

A FORMAÇÃO DA CIDADANIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Gabriela Chiareli de Souza

Kátia Regina de Andrade Okumura

Mariana La Ferrera Pires Ribeiro

Géssica Andrey Ferreira Castrillon

Prefeitura Municipal de Campinas

RESUMO

Muitas vezes, no cotidiano das escolas de educação infantil, a gestão democrática da instituição

envolve a equipe gestora, os docentes, funcionários e familiares, deixando as crianças de fora deste

importante processo de tomada de decisões. Partindo de uma concepção sócio histórica de criança e

inspirando-se da pedagogia da escuta, este trabalho tem como objetivo a criação de um canal de

diálogo entre as crianças e os adultos, e também entre as próprias crianças. Para tanto, realizamos

junto às crianças uma eleição onde elas escolheram um representante de cada turma e a partir disso

passaram a reunir-se e discutir as demandas e problemáticas do cotidiano escolar. A metodologia

escolhida nesse caso foi a observação participante, onde através da mediação das professoras as

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crianças propõem e realizam as mais diversas atividades. O conselho é um importante espaço

decisório da comunidade escolar, e a criança que é razão de ser da escola evidentemente não poderia

ser deixada de fora das decisões. Entretanto, entende-se que as crianças têm um modo de pensar

diferente do adulto, e tendo como referência a pedagogia da infância, houve a necessidade de construir

um formato diferenciado para essas reuniões, respeitando as especificidades da criança, utilizando-se

de diferentes linguagens, considerando a escuta da criança, valorizando suas opiniões, seus desejos e

pontos de vista, desenvolvendo a identidade e autonomia para se tornarem crianças protagonistas,

criadoras e inventivas. Este trabalho está ocorrendo desde março de 2016 até o presente momento,

sendo desenvolvido com as crianças da CEI Luciane Ribeiro Vilela - Prefeitura Municipal Campinas.

A escola situa-se na região do Campo Belo, caracterizada por ser uma região de grande

vulnerabilidade social, as crianças têm de 3 à 6 anos. Iniciamos o projeto realizando um amplo debate

na escola sobre os direitos e deveres das crianças. Através de um vídeo motivador, as crianças

puderam refletir sobre seus principais direitos e também seus deveres, criando assim uma atmosfera

de reflexão acerca do tema. Após esse trabalho, realizamos a eleição de dois representantes (titular e

suplente) em cada turma da CEI, representantes estes que formam o conselho de escola das crianças,

tendo função organizativa, consultiva e deliberativa. Na primeira reunião deste conselho, conversou-

se sobre o levantamento das necessidades e interesses das crianças da CEI. Neste sentido, as crianças

conselheiras fizeram o levantamento, entre seus pares, das demandas de melhorias na escola. Diante

dessa demanda, as próprias crianças realizam atividades de conscientização de seus amigos,

professoras e demais profissionais da escola, intervindo e contribuindo para a melhoria do ambiente

escolar.

Palavras-Chave: Protagonismo, Representação, Cidadania

A PERCEPÇÃO DO PROFESSOR SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E A

PARTICIPAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR

Sidnei Lopes Ribeiro – Professor de Geografia; S. E. E. São Paulo

Claudinei José Martini – Professor de Matemática e Física; S. E. E. São Paulo

Ivan Carlos Zampin – Professor de Matemática e Geografia; S. E. E. São Paulo

RESUMO

A escola apresenta-se como o lugar beneficiado pelas decisões do processo de planejamento, o qual,

quando bem executado, torna-se numa base sólida da gestão democrática e participativa onde

inserem-se as vozes da comunidade atendida, dos professores e dos gestores, garantindo que o

processo educativo beneficie a todos os cidadãos envolvidos no processo. Nota-se que o processo de

elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) transforma-se em uma oportunidade para a criação

de espaços de diálogo que buscam os melhores caminhos pedagógicos considerando: o perfil dos

estudantes, seu contexto social, suas expectativas, as instalações disponíveis, os recursos didáticos, o

nível de preparo dos professores, as estratégias de implementação do currículo e o processo avaliativo. Este é o aspecto global do caminho pedagógico que a equipe escolar percorrerá para buscar

permanentemente as melhores soluções para o sucesso de seus alunos. A Proposta Pedagógica da

escola, construída coletivamente, é o fio condutor das tarefas a realizar, desde a avaliação inicial até

à avaliação dos resultados alcançados no processo educativo. Portanto, o papel do gestor define-se

por sua função como mediador na construção de uma Proposta Pedagógica que atenda

democraticamente à comunidade e à instituição escolar, concretizando a abertura de espaço para

momentos de reflexão e diálogo, enfatizando que a construção de uma sociedade mais justa tem por

obrigatoriedade ser democrática. O objetivo deste trabalho é identificar situações e percepções sobre

a união da equipe escolar dentro do processo de elaboração do PPP. A metodologia fundamenta-se

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na pesquisa documental e na coleta de dados realizada pelos registros de sugestões fornecidas por

professores e funcionários para a atualização do PPP de uma escola. Com base nessas informações,

analisa-se a participação dos professores na elaboração do PPP durante as reuniões de Aulas de

Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC). Avaliou-se mecanismos, pontos positivos e negativos,

propostas e sugestões, para que o Projeto Pedagógico se torne um eficaz instrumento definidor dos

rumos do trabalho da Unidade Escolar (UE). Espera-se proporcionar aos professores uma reflexão

sobre as práticas coletivas de envolvimento e comprometimento na elaboração do PPP escolar e

evidenciar o papel do gestor escolar na articulação e liderança, formalizando decisões de caráter

democrático em conjunto com a equipe escolar.

Palavras-chave: Democracia. Educação. Gestão Escolar.

AS HABILIDADES DE VISUALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE

MATEMÁTICAS

Jenny Patricia Acevedo Rincón - FE-UNICAMP

Campo Elías Flórez Pabón - IFCH-UNICAMP

RESUMO

A Universidade Austral de Chile (UACH) oferece a graduação em Pedagogia em Matemática. A

proposta curricular da Universidade Austral (Chile), para a Pedagogia em Matemáticas, conta com

nove semestres de formação. Os estudantes desenvolvem cinco estágios Supervisionados. Sua

primeira prática profissional de estágio é no quinto semestre de formação, começando por uma prática

de tipo observação, uma segunda de observação participante, uma terceira prática é vinculante, a

quarta é pré-profissional e a quinta é a prática profissional. As práticas pedagógicas exercidas ao

interior da sala de aula das disciplinas optativas da UACH visam por constituir uma prática de tipo

social, que segundo a Teoria social da Aprendizagem “não se desenvolvem em isolamento, senão que

fazem parte de um sistema de relações nas quais tem significação” (Lave & Wenger, 1991). As

práticas nas salas de aula da Pedagogia em Matemática não são isoladas, e permitem a

problematização das práticas pedagógicas para que os que participam reflitam sobre os fatos de

ensinaraprender na escola básica, e, sobretudo visa pelas ações, interações e relações dentro da sala

de aula, quando os alunos fazem construções geométricas básicas. Esta comunicação pretende

apresentar as atividades desenvolvidas, junto com as análises e umas reflexões que surgiram durante

e posterior à prática pedagógica, sob referencial teórico das Habilidades e Processos de Visualização

proposto por Gal e Linchevsky (2010), Del Grande (1990) e Gutiérrez (1996; 1998) e Bishop (1983).

A experiência apresenta os resultados obtidos a partir do o acompanhamento à turma da disciplina

optativa Visualização em Educação Matemática, oferecida durante o primeiro semestre do 2016, na

qual foram convidados os pesquisadores desta comunicação para o planejamento, execução e análise

das práticas ali desenvolvidas durante o primeiro semestre de 2016. A proposta buscou desenvolver

uma sequência didática durante as quinze aulas para chegar até a proposta de modelos de casas com hexaedros regulares, cujo objetivo principal foi identificar as habilidades e processos de Visualização

dos alunos de terceiro, quarto e quinto ano da Pedagogia em Matemática da Universidade Austral de

Chile. A tarefa inicial evidenciou no grupo algumas dificuldades dos futuros professores ao desenhar

formas geométricas não prototípicas, e também ao usar as habilidades de visualização (identificação

visual, discriminação visual, reconhecimento de posições e de relações espaciais), assim como os

processos de visualização (Interpretação da Informação Visual e Processamento Visual) em tarefas

específicas. Porém, as aprendizagens no decorrer das atividades foram além das habilidades, e

processos visuais nos futuros professores. Os resultados obtidos foram analisados sob enfoque

qualitativo, e cujas análises são desenvolvidas sob enforque narrativo (Clandinin & Connelly, 2004;

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2011) das experiências. Por último, podemos considerar que a proposta desenvolvida atingiu as

necessidades de problematizar por médio de atividades que incorporaram construções, para

identificar as Habilidades e Processos de Visualização, e visando pela inclusão do contexto e relação

de conteúdo, uso de diversas representações, grupos de trabalho, mas não limitando ao conteúdo

matemático, pois em sala de aula se mobilizam aprendizagens que não estão necessariamente no

currículo da faculdade.

Palavras-chave: Habilidades de visualização; Processos de visualização; ensino de geometría.

BRINCAR, CRIAR E SE DESENVOLVER, TRANSFORMANDO O SIGNIFICADO REAL

DOS OBJETOS. Francisca Ismênia Leal

Graziela Trevisan

Prefeitura Municipal de Campinas

RESUMO

As brincadeiras infantis fazem parte da vida de toda criança, seja em casa ou na escola. A partir desse

tipo de atividade a criança possui inúmeras possibilidades como, por exemplo, trabalhar com regras,

utilizar a criatividade para criar situações diversas, desenvolver a afetividade, e diversos aspectos

relacionados a cognição. Exemplo disso são as brincadeiras de faz de conta, em que as crianças podem

ser quem quiser, ou até mesmo modificar o significado real de determinado objeto, transformando-o

em outro de acordo com seu desejo. Nesse sentido, a brincadeira insere-se em um espaço de

desenvolvimento que é o ambiente escolar, o professor possui um papel fundamental que é promover

esses espaços para que as crianças aprendam e se desenvolvam da forma mais prazerosa e natural

possível, exercitando suas linguagens e adquirindo conhecimento. Os objetivos do projeto foram:

Promover o desenvolvimento global infantil através do brincar, envolver a comunidade nesse trabalho

arrecadando materiais para o projeto, estimular a criatividade, observação, afetividade, integração dos

alunos, transformação do significado real dos objetos adquirindo conhecimento, utilizar materiais

diversos para criação artística, de acordo com o interesse infantil, reaproveitar materiais, criar

momentos de faz de conta com materiais diversos, roupas, bolsas, sapatos, chapéus, lenços, para que

as crianças expressem suas emoções, seu conhecimento de mundo, e desenvolvam suas habilidades

linguísticas, sociais, e motoras, criar momentos diferenciados no cotidiano escolar promotores da

criação infantil, imaginação e da transformação sócio afetiva, desenvolvimento de aspectos

psicomotores. O Projeto desenvolvido sistematizou os momentos de brincadeira, oportunizando um

tempo maior no cotidiano escolar para o brincar, que ocorreu com materiais diversos e com o faz de

conta. Os materiais utilizados proporcionaram às crianças o aprendizado sobre a importância do

reaproveitamento de materiais, pois muitos desses que iriam para o lixo foram transformados em

brinquedos e brincadeiras. As famílias possuem papel importante nos projetos escolares, por isso, foi

possível contar com a colaboração das mesmas para o envio de objetos para o projeto em questão.

Em síntese, foi possível oportunizar momentos de grande interação e criação infantis, aperfeiçoando o que as crianças possuem de mais abundante, a criatividade. O projeto foi desenvolvido em escola

de educação infantil da Prefeitura Municipal de Campinas, como hora projeto docente. As professoras

responsáveis pelo projeto o desenvolveram no período oposto de trabalho, podendo dedicar nove

horas semanais para o desenvolvimento do mesmo.

Palavras-chave: Brincadeira, Desenvolvimento, Criação.

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CONVIVÊNCIA EM FOCO

Idelvandre Vilas Boas S. Santos- EMEF Prof° Ciro Exel Magro

RESUMO

O espaço escolar é permeado pela diversidade cultural e social, sendo um espaço de formação integral

dos sujeitos, através das interações entre os diversos saberes e as relações interpessoais que ocorrem

no interior da escola, espaço onde também ocorrem construções de novos saberes e significados.

Desse modo, percebeu-se o surgimento de atitudes desrespeitosas e agressivas, que interferiam na

qualidade da convivência e nos processos de ensino-aprendizagem, que foram questionadas por

alguns integrantes da comunidade escolar, que não concordavam com essas atitudes de incivilidade.

Esses casos foram levados para discussão coletiva. Sendo assim, objetivou-se discutir e refletir

coletivamente sobre quais seriam as causas e consequências dessas atitudes, e seus impactos para o

processo de ensino-aprendizagem, e quais seriam as possibilidades para resolução dos problemas que

ocorriam no ambiente escolar. Dessa forma, pensou-se em pesquisar por amostragem a própria

comunidade escolar, para conhecimento e compreensão do atual contexto. Essa discussão ocorreu

com a participação da Comissão Própria de Avaliação da unidade escolar, um colegiado muito

importante que acompanha e avalia a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem, tendo a

participação representativa de pais, alunos, funcionários, professores, a orientadora pedagógica e

direção, através de reflexões sobre essas situações que incomodavam a todos, buscando a

compreensão da constituição dos sujeitos nessas relações interpessoais. O resultado da pesquisa nos

forneceu elementos que foram discutidos e refletidos colaborativamente com a Comissão Própria de

Avaliação, buscando compreensão sobre os tipos de violência e suas implicações para o clima escolar

e os processos de ensino-aprendizagem, tendo em vista a compreensão de si e do outro que

coletivamente constituiu a comunidade escolar, através de reflexões que auxiliaram nos processos

formativos de seus participantes. Nesse contexto, onde a escola é o lugar de diversos acontecimentos,

a comunicação é primordial, devendo ocorrer de forma clara e objetiva entre seus participantes, de

modo, que, seus objetivos e finalidades estejam claros para todos. Ao ouvir a comunidade escolar,

acolhendo e partilhando as experiências vividas, compreendeu-se melhor o próprio contexto em que

essas relações ocorreram, favorecendo propostas de ações com vistas à transformação da realidade

escolar. Coletivamente se pensou em possibilidades de envolver a todos, objetivando as mudanças na

comunicação e na convivência, de modo que, essas mudanças refletissem no currículo escolar, e nos

conteúdos relacionados à convivência ética e moral, que devem ser intensificados em sala de aula,

tendo em vista a melhoria da qualidade das relações interpessoais e do ensino-aprendizagem,

favorecendo a continuidade da aprendizagem significativa de todos os alunos, inserindo-os

socialmente para o exercício da cidadania.

Palavras-chave: Convivência. Ensino-Aprendizagem. Trabalho Coletivo.

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DISCUTINDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E NUTRICIONAL: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Angelo Mendes Ferreira - Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Ismael Oliveira de Araújo – Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Maria Luiza Figueiredo Heine - Universidade do Estado da Bahia – UNEB

RESUMO

Desde tempos os educadores reforçam a ideia de que os adultos de hoje ajudarão os escolares a

alcançar um nível melhor de saúde, dando-lhes uma base sólida sobre a qual poderão construir uma

vida feliz e útil, evitando diversas enfermidades. Dentre essas enfermidades, da qual a sociedade atual

se preocupa destaca-se a obesidade e suas diversas doenças associadas, como diabetes, doenças

reumáticas e hipertensão arterial. De encontro a este argumento, a realização de feiras escolares

reforça um dos princípios da educação em saúde nas escolas, que é de procurar a participação da

comunidade e da família para seu pleno desenvolvimento, além de promover o dialogismo entre

professores, alunos e comunidade, fundamental para o processo de ensino e aprendizagem. Pensando

na problemática que essa e outras doenças perpassam sobre a sociedade, e sabendo que a escola é

apresentada como sendo um espaço facilitador de construção e troca de conhecimentos, a Liga

Acadêmica Baiana de Segurança Alimentar e Nutricional (LABSAN) com sede na Universidade do

Estado da Bahia (UNEB), realizou no Colégio Estadual Renan Baleeiro, na cidade de Salvador, estado

Bahia, no dia 09 de Abril de 2016, a 1ª Feira de Saúde do Projeto Nutrindo o Saber. A prática

objetivou na construção de uma horta escolar, perpassando pelas temáticas de hábitos alimentares

saudáveis, educação ambiental e estímulo a criação de hortas domésticas, guiadas pelos professores

do referido colégio. A LABSAN é composta em sua maioria por discentes do curso de Nutrição da

UNEB, contando ainda com participação de membros de outras instituições de ensino e colaboradores

de outras áreas, com foco em Segurança Alimentar e Nutricional, Agricultura Urbana e Práticas

Pedagógicas vinculadas ao Ensino e Extensão. A feira atendeu aproximadamente 100 pessoas, entre

crianças, jovens e adultos, realizando Avaliação Nutricional, orientações sobre o combate do

mosquito Aedes aegypti, ações educativas em saúde e compartilhando informações sobre hortas

domésticas. Como resultados destacaram-se a Avaliação Nutricional, que constatou sobrepeso e

obesidade no público assim como doenças associadas como hipertensão arterial e diabetes, além do

combate ao mosquito Aedes aegypti, desconhecido por grande parte da população por ser o causador

de doenças como Chikungunya, e Zika vírus, e suas ações na prevenção contra tais enfermidades. Ao

final da Feira de Saúde, ficou constatado que boa parte da comunidade não possui uma alimentação

adequada, realizando a substituição de alimentos tradicionais tais como arroz, feijão e hortaliças por

bebidas e alimentos industrializados como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comida

pronta, que implicam em aumento na densidade energética das refeições e concomitante aumento do

risco de obesidade. Como ato conclusivo ficou perceptível que a adoção de hábitos alimentares

adequados e saudáveis e a prática regular de exercícios físicos são fatores preventivos de sobrepeso, obesidade e doenças associadas, além disso, o estímulo a criação de hortas traz uma alternativa de

incentivo ao consumo de hortaliças frescas no âmbito doméstico pelas famílias, resultando assim em

Segurança Alimentar e Nutricional.

Palavras-chave: Educação ambiental. Educação nutricional. Obesidade.

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DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA E IMAGENS DE CRIANÇA: OBSERVAÇÃO,

REGISTRO, REFLEXÃO E TRANSFORMAÇÃO

Caue Henrique Pastrello Silva

(Universidade Federal de Alfenas e Universidade Federal de São Carlos)

Andrea Gomes Chagas

Claudia Eliana Marques Caldeira Rocha

RESUMO

O presente relato de experiência tem como cenário o berçário em que atuamos como educadores em

uma creche pública no município de Campinas – SP. Este berçário atende crianças de 4 a 24 meses,

dividido em duas salas distintas. Durante todo o ano passamos por recorrentes discussões sobre

Documentação Pedagógica. Tal tema era compreendido por nós, como um conceito que engloba a

observação, o registro, a pesquisa, a comunicação, a reflexão, o replanejamento e a difusão de

documentos. Nesse sentido, várias foram as formas que utilizamos para produzir documentações e

refletir sobre elas, sendo as principais: o “folheto”, onde juntamos a forma textual e a imagética; as

“mini-histórias”, onde fazemos pequenos relatos narrativos de situações do cotidiano com uma ou

mais crianças envolvidas; o “caderno de registros diários”, onde além das informações cotidianas

como quantidade de crianças e intercorrências, relatávamos fatos e interações observadas naquele

dia; e um tipo de documento que chamamos de “portfólio coletivo” com participação ativa das

crianças em sua produção, que se inspira no “Livro da Vida” de Célestin Freinet, com o intuito de

construir memória coletiva sobre as experiências e o trabalho pedagógico. No decorrer do ano letivo

fomos percebendo como nosso discurso, reflexão e produção desses documentos foi alterando as

“imagens de criança” presentes em cada um de nós. Várias foram as imagens de criança que surgiram

ao longo da História: a criança má, inocente, “tábula rasa”, inconsciente, naturalmente ou socialmente

desenvolvida, entre outras. Além disso, compreendemos a “imagem de criança” como a membrana

teórica, ou ainda uma declaração de nossos princípios éticos em relação às crianças que se configura

como um ponto de encontro entre nosso discurso e nossa prática para e com as crianças. Os

educadores que participaram desse processo refletiram sobre ele e produziram depoimentos que são,

também, base de nossa análise. Identificamos que dentro de muitas escolas, ainda persiste uma

imagem de criança, “que falta”, “que não é” e “que não tem”, ainda mais quando nos referimos aos

bebês. Nosso objetivo, portanto, é analisar a experiência relatada acima e verificar o modo como vem

ocorrendo esta mudança, que se encontra em curso, da transformação dessa imagem de criança

“tábula rasa”, para dar lugar a uma imagem de criança, ou de bebê, potente, desafiador, disposto e

ansioso para explorar e conhecer o mundo. Nosso relato, então, aponta para a importância que a

discussão e produção de documentação pedagógica têm no sentido de melhorar a qualidade da

educação básica transformando o olhar e a atuação do educador com e pelas as crianças, dotando-o

de mecanismos para observar e refletir sobre suas ações, o currículo, as práticas e as propostas dentro

do contexto educativo.

Palavras-chave: Documentação Pedagógica - Imagens de Criança – Berçário

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EDUCAÇÃO INTEGRAL: GESTÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS – REFLEXÕES SOBRE

CONCEPÇÕES E PRÁTICAS

Carla Regina Gonçalves de Souza - Prefeitura Municipal de Campinas

Edinéia Marques Mendes – Prefeitura Municipal de Campinas

RESUMO

A Escola de Educação Integral (EEI) da Rede Pública Municipal de Ensino de Campinas, foi criada

pelo Decreto nº 18.242/2014, que se configura na primeira iniciativa de ampliação do tempo escolar

no ensino fundamental desse município. No início de 2013, a Secretaria Municipal de Educação de

Campinas instituiu o debate para construir uma proposta de Educação Integral, formalizando um

processo de discussão e de estudos a fim de esboçar seu projeto de atendimento aos alunos em tempo

integral. Nesse sentido, a Escola de Educação Integral Prof. Zeferino Vaz foi criada com uma

proposta construída por uma Comissão de Estudos (Portaria SME/FUMEC nº 02/2013). Entendemos

que uma escola de educação integral impõe um projeto pedagógico que contemple suas

especificidades, tais como: uma nova matriz curricular, tempos e espaços reestruturados, jornadas

pedagógicas diferenciadas, bem como uma infraestrutura adequada e formação continuada para os

agentes que a compõem. Assim, pretendemos apresentar como está sendo realizada a gestão dessa

escola. Nessa perspectiva, trazemos para o debate a forma como o tempo ampliado está estruturado.

O currículo, a composição da jornada docente, os tempos pedagógicos, as mudanças das práticas

pedagógicas, as possibilidades e os desafios compõem os objetivos da nossa exposição.

Fundamentada na concepção de educação integral que valorize as experiências extraescolares, a

promoção de uma postura investigativa do aluno; a apropriação e a produção de cultura; além da

consideração da indissociabilidade entre a construção dos conhecimentos, da afetividade e dos valores

que acompanham os sujeitos que ensinam e que aprendem. O trabalho coletivo dos profissionais da

escola, bem como a proposta de trabalho por eixos são priorizados. A Escola de Educação Integral

Prof. Zeferino Vaz, está situada no bairro Parque Residencial Vila União, região sudoeste de

Campinas. Atende 683 alunos do 1ºao 9º anos do ensino fundamental, das 8h às 16h diariamente,

num total de 27 salas de aula. A escola é composta por 60 professores, 5 membros da equipe gestora

e 42 funcionários de apoio escolar. Acreditamos que esse modelo de escola - com a concepção de

uma educação integral, somado ao tempo ampliado deva representar uma ampliação não apenas

temporal, mas de oportunidades e de situações que buscam promover aprendizagens significativas e

duradouras (CAVALIERI, 2002; COELHO, 1997; KARSTENEETZKY, 2006; MOLL, 2012;

PARO, 2009; TEIXEIRA, 2007). Defendemos a possibilidade de o aluno ter mais tempo para

aprender e poder pensar na construção de sua aprendizagem. Desse modo, a educação integral em

tempo integral é necessária e favorável.

Palavras-chave: gestão da educação – educação integral – educação em tempo integral.

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EXPERIÊNCIA COM NARRATIVAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ESTRATÉGIA DE

POTENCIALIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

Antonio Richard Carias – PUC-Campinas

Thatiana Cunha – PUC-Campinas

Maria Sílvia Librandi da Rocha Pinto – PUC-Campinas

RESUMO

O trabalho na Educação Infantil mostra-se desafiador quanto à criatividade nos recursos utilizados,

visando o envolvimento das crianças para a construção de sentidos e a apropriação de conhecimentos.

O psicólogo inserido nesse contexto pode contribuir com os educadores e monitores escolares no

planejamento de atividades que potencializem condições para o desenvolvimento infantil, por

exemplo trabalhando com brincadeiras e por meio de narrativas que motivem as crianças a explorar

novas temáticas do mundo social e historicamente constituído. Desta forma, o presente relato

apresenta a experiência de estudantes de Psicologia do nono período em estágio supervisionado em

Educação/Escola em uma creche conveniada com a prefeitura de Campinas-SP, na qual foram

realizadas, no primeiro semestre de 2016, atividades intencionalmente planejadas que objetivaram a

potencialização do desenvolvimento das crianças, especialmente no que se refere às Funções

Psicológicas Superiores. Foram trabalhadas duas grandes narrativas que trouxeram sentido às

atividades propostas: primeiramente, a história de Pomposo, um coelho mágico que perde seu cesto

de cenouras e, sabendo da coragem das crianças da creche as convida para participar da aventura de

solucionar tamanho mistério. Posteriormente, foi apresentada a narrativa do País dos Doces e o

sequestro da Princesa Caramela, que é uma jovem nobre feita de chocolate que foi raptada por uma

bruxa invejosa e malévola. Diante desse contexto, as crianças foram convidadas a enfrentarem

desafios imaginários para resgatar a princesa. Durante os encontros ocorreram atividades diversas

visando ajudar as personagens em suas histórias, como confeccionar/preparar amuletos e poções

mágicas, fazer doces e bolos, realizar caças ao tesouro, brincadeiras no parque, esconde-esconde,

gravar vídeos e áudios, modelar massinhas, lutar contra monstros e seres encantados imaginários,

cantar e dançar músicas. Observou-se por meio das atividades, das conversas e mediações realizadas

durante as duas narrativas envolvimento cognitivo e afetivo das crianças com as histórias, destacando-

se o trabalho com a imaginação, a criatividade, memória, atenção e empatia. As crianças apresentaram

propostas criativas para a continuidade das histórias, além de criarem, coletivamente, cantos e nomes

para as personagens. Destaca-se também as contribuições das atividades para o desenvolvimento da

memória das crianças quanto aos detalhes das narrativas e das vivências que foram se sucedendo,

além do posicionamento empático quanto aos acontecimentos e sentimentos de Pomposo, da Princesa

Caramela e das demais personagens. Deste modo, compreende-se que o trabalho realizado

possibilitou às crianças experiências culturais/sociais variadas ao que é proposto e possível no

trabalho pedagógico na Educação Infantil. As narrativas costuravam as atividades propostas em cada

encontro com um sentido, estabelecendo uma motivação para a ação e configurando um delicado

espaço para a expressão de afetos e emoções para com o destino das personagens. Palavras Chave: Educação Infantil, Narrativas, Psicologia Histórico – Cultural.

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EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS ATRAVÉS DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DE

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Cristina de Oliveira - PUC-Campinas

Profa. Ms. Ana Claudia Santurbano Felipe Franco - PUC-Campinas

Profa. Ms. Suzy Mary Nunes de Oliveira Pregnolatto - PUC-Campinas.

RESUMO

O reconhecimento da escola como espaço fundamental na formação profissional do aluno do Curso

de Licenciatura em Educação Física torna relevante a realização do presente estágio para se atingir o

objetivo de conhecer os procedimentos didático-pedagógicos do trabalho empregados na ação

profissional desta área, assim como vivenciar na prática, os conhecimentos acadêmicos adquiridos,

estabelecendo a relação teoria- prática, possibilitando a parceria da Universidade com a escola

através do professor colaborador e o aluno estagiário. Os estágios foram realizados em três escolas

privadas. A leitura dos Projetos Pedagógicos permitiu expressar uma Educação Física que se

identifica com as práticas da cultura corporal de movimento na direção de uma formação cidadã e

integral do ser humano. Os objetivos do estágio foram: i) observar o cotidiano escolar e as relações

que se processam na aula de Educação Física no Ensino Fundamental e Médio, identificando

condições existentes para a prática da Educação Física e conhecer o projeto político pedagógico da

escola e o plano de curso de Educação Física, ii) auxiliar a ação pedagógica do professor de Educação

Física do Ensino Fundamental e Médio em sua práxis educativa e iii) vivenciar a prática pedagógica

da Educação Física, atuando nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental e Médio,

utilizando experiências adquiridas no interior da formação profissional. Os estágios foram realizados

no Ensino Fundamental I do Colégio Integral, 2014; no Ensino Fundamental II, com os 6° e 7° anos

da Escola Salesiana São José, 2015; no Ensino Médio, do 1° ao 3° ano do Colégio Liceu Salesiano

Nossa Senhora Auxiliadora, 2016. Para o Ensino Fundamental I foram feitas estações de habilidades

motoras básicas por solicitação do professor. Na Festa Junina as vivências corporais de movimento

aconteceram através da Dança e da Capoeira. Na atuação através de Jogos Cooperativos com vistas

a socialização e integração, valores humanos como respeito, amizade, companheirismo atravessaram

as brincadeiras lúdicas, educativas, cooperativas e inclusivas. No Ensino Fundamental II o auxílio se

processou nas tarefas teóricas e vivências práticas. Na IV Mostra Cultural foram feitos trabalhos

interdisciplinares (interação comunidade/escola), além da produção, exposição e interação dos alunos

com o conhecimento científico de cada área na Educação Física; foram feitas maquetes. No Ensino

Médio foi proposta uma nova modalidade esportiva ainda desconhecida, o Tapembol. Através das

experiências pedagógicas dos três estágios supervisionados foi possível o conhecimento e a

aprendizagem da realidade do ensino de Educação Física. A vivência das brincadeiras, jogos pré-

desportivos e esportivos, foi relevante para a formação profissional, destacando aspectos essenciais

para um planejamento em Educação Física. As disciplinas, Didática e Metodologia, se cruzaram

através dos fundamentos sobre a análise da realidade, projeção de relações entre educação escolar e

objetivos sócio-políticos-pedagógicos, conhecimento das características dos alunos, bem como nível de preparo escolar em que se encontram; conhecimentos teórico-metodológicos, assim como domínio

dos modos do fazer docente. Formação que se completou com a contextualização legal da Educação

Física em toda Educação Básica, segundo a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96.

Palavras-chave: educação física escolar; estágios supervisionados; experiências pedagógicas.

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GRÁFICO DE BARRAS COM CRIANÇAS: UM MASCOTE, UMA TURMA, UMA

ESCOLHA COLETIVA

Cibele Elisângela dos Santos – PUC-Campinas

Maria Auxiliadora Bueno Andrade Megid – PUC-Campinas

RESUMO

O presente relato apresenta os resultados de uma proposta realizada com a participação de um grupo

colaborativo de professores atuantes na educação infantil e anos inicias, o GEProMAI (Grupo de

Estudos: Professores Matematizando nos Anos Inicias). Foi desenvolvida com crianças de 4 a 6 anos

de Educação Infantil, matriculadas em uma creche da Prefeitura Municipal de Campinas. Durante

discussões e trocas realizadas no GEProMAI sobre propostas estatísticas, a partir de Lopes (2003) e

de relatos de ações realizadas com crianças, uma atividade foi elaborada com o objetivo inicial de

apresentar às crianças um gráfico de barras e questioná-las sobre sua significância. Após o contato

inicial e a familiarização com a estrutura, uma conversa se iniciou visando decidir coletivamente qual

seria o animal do fundo do mar a representar a sala (mascote da turma). Para esta atividade havia 15

crianças presentes e a professora da turma. A proposta se iniciou com as crianças apresentando os

animais do fundo do mar que haviam pesquisado em casa. Em seguida cada animal foi representado

no eixo horizontal do gráfico, possibilitando assim a leitura autônoma das crianças por meio da

imagem. A cada criança foi oferecida uma barrinha recortada em papel. Ela escolhia o animal de seu

interesse e colava (com auxílio da professora, para que a estrutura do gráfico se mantivesse

organizada) sua “barrinha” no local correspondente. A cada voto as demais crianças vibravam ou

lamentavam pelas escolhas umas das outras. Conforme o andamento da atividade, começaram a

identificar o animal relacionado à coluna que estava se destacando das demais, fazendo com que

começassem a comentar o animal que estava vencendo. Ao final da proposta a professora questionou

qual havia vencido e as crianças responderam “o peixe palhaço”, ao questioná-los como sabiam,

responderam que era o que “estava maior” (se referindo a quantidade de barras colocadas uma acima

da outra). A professora então sugeriu que contassem os votos que cada animal havia recebido, com o

propósito de constatar o vitorioso. Observaram ainda quais outros animais receberam votos e quais

ficaram sem voto. Com a contagem, o grupo concluiu que o peixe palhaço havia vencido por ter

recebido 5 votos. Tais questionamentos tiveram o intuito de possibilitar às crianças a leitura autônoma

do gráfico. Ao final, as crianças demonstraram satisfação pelo animal escolhido. Até as que não

manifestaram seu voto ao peixe palhaço compreenderam que esta era a escolha coletiva da turma. Por

meio dessa experiência, dos estudos realizados no GEProMAI que proporcionam reflexões quanto a

essencialidade da prática em consonância com a teoria, podemos observar a pertinência do uso de

gráficos e elementos estatísticos com crianças na Educação Infantil, a partir de recursos concretos,

oferecendo às crianças elementos que propiciem a compreensão de sua estrutura com uso de símbolos

e imagens. O uso de gráfico com as crianças permite também que visualizem a escolha do grupo em

relação a um determinado assunto e com isso aceitem escolhas que, em diversas situações, sejam

contrárias as de seu interesse. Palavras-chave: Estatística, Gráfico de barras, Educação infantil.

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GRÁFICO DE BOLINHAS: RELATO DE UMA ATIVIDADE ENVOLVENDO

ESTATÍSTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Diego da Silva Gallet – PUC-Campinas

RESUMO

O presente relato traz os resultados de uma atividade realizada com crianças da Educação Infantil, de

idades entre 2 e 3 anos, de uma escola da Prefeitura Municipal de Campinas. A atividade teve como

objetivo iniciar as crianças pequenas em noções básicas de estatística. No dia, estavam presentes 18

crianças, a professora da classe e dois monitores. Todos os dias, há o momento da leitura da história

que geralmente é escolhida pela professora. No entanto, foi elaborada uma nova proposta para que as

crianças pudessem se sentir mais participantes dessa escolha. Por isso, pensou-se em uma atividade

na qual, dentre três opções de livros, cada criança poderia votar em uma. Após a votação, o livro mais

votado seria lido para as crianças. Para que fosse acessível a votação e visualização do resultado,

elaboramos um quadro com tubos transparentes – um para cada história –, onde cada criança que

escolhesse a história, depositasse uma bolinha naquele tubo. Cada tubo teria a identificação de uma

história. Ao final, veríamos um gráfico, organizado a partir das escolhas das crianças, e

identificaríamos qual a história que obteve mais votos e qual a que obteve menos votos. As crianças,

apesar de terem seu primeiro contato na creche com esse tipo de tratamento de dados, quando

questionadas, demonstraram compreender o sentido do gráfico como instrumento de apresentação e

comparação de quantidades. Mesmo com a primeira e a segunda história quase empatando em número

de votos das crianças, com diferença de apenas duas bolinhas, eles conseguiram comparar e

identificar que a primeira havia recebido um maior número de votos. Sentiram um pouco de

dificuldades quando questionados sobre a história que tem “menos” bolinhas. Mas à medida que a

pergunta ia sendo reformulada, conseguiram compreender e identificar a história com menos votos e

classificá-la como aquela que menos crianças escolheram. Pode-se perceber que aspectos da

estatística correspondem a assuntos que podem ser trabalhados na Educação Infantil e com crianças

dessa faixa etária, pois aprimora noções de comparação — como mais e menos, muito e pouco —,

elementos básicos para a leitura de um gráfico mais complexo. A partir dessas ações é possível

introduzir o pensamento estatístico. Além disso, pode-se desenvolver a autonomia das crianças,

deixando-as escolher a história que querem ouvir, bem como respeitar a decisão da maioria. Dessa

forma, eles começam a compreender como é realizar uma escolha coletiva, abdicando, às vezes, de

sua própria vontade, em função da vontade da maior parte.

Palavras-chave: Ensino de Matemática. Estatística. Educação Infantil.

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: VALORIZAÇÃO DAS

RAÍZES AFRICANAS

Sueli Aparecida da Silva - Proepre/ Unicamp Sue Ellen Daiane Pinto Benine Warlet - Proepre/Unicamp

Amanda de Mattos Pereira Mano - Unesp/Campus de Marília

RESUMO

O Proepre é um programa de Educação infantil e Ensino fundamental que traz os aportes da teoria

piagetiana para a intervenção pedagógica. Neste programa, compreende-se o papel ativo do sujeito

que aprende e a importância da prática docente como facilitadora de situações de aprendizagem na

promoção da construção de conhecimentos. Nesses pressupostos e a partir da problemática instaurada

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na lei 10.639, sancionada em janeiro de 2003 e vigorada a partir de 2004 que prescreve obrigatório o

ensino sobre história e cultura afro-brasileira, este trabalho tem por objetivo apresentar e discutir uma

intervenção pedagógica, pautada em preceitos proeprianos, sobre o tema valorização das raízes

africanas no ensino fundamental. A intervenção foi realizada com 21 alunos, em duas classes de

segundo ano, de uma escola particular na cidade de Louveira-SP, com duração de dois bimestres

escolares. Primeiramente, a professora regente da sala de aula buscou, paulatinamente, a

reorganização do ambiente escolar. Assim, iniciou-se um trabalho de reorganização física, como por

exemplo, novas formas agrupar os estudantes em suas carteiras, favorecendo uma maior interação e

troca entre pares. Ademais, a prática pedagógica também fora repensada e desta maneira, atividades

que favorecem a construção ativa por parte das crianças foram privilegiadas. Em consonância com as

mudanças da rotina escolar, iniciou-se o projeto denominado “valorização das raízes africanas”, no

qual buscou-se, inicialmente, tratar de questões relacionadas ao preconceito, identificadas pela

professora da classe como uma problemática presente no contexto escolar. Desse modo, as atividades

realizadas ao longo da intervenção partiram de um diagnóstico inicial junto às crianças participantes

que, por meio de um questionário, colocaram suas ideias sobre o preconceito. Neste momento

verificou-se que a maioria das crianças desconheciam o significado da palavra. Diante disto, foram

realizadas atividades que buscaram utilizar a literatura infanto-juvenil com enfoque na temática afro-

brasileira como fonte para se trabalhar o ensino de História e, por conseguinte, questões que

perpassam o preconceito em suas distintas formas. Foram realizadas atividades de leitura e

interpretação de texto, seguidas de discussões e produção de materiais, tais como, desenhos e um baú

de histórias. Os resultados apontam para uma reorganização das ideias iniciais dos alunos sobre

preconceito e também sobre a história afro-brasileira, retratando uma atitude positiva, de valorização

e reconhecimento das raízes africanas na constituição de nossa sociedade. Destaca-se o interesse dos

alunos envolvidos que mesmo diante de uma temática tão complexa, de uma forma muito singular,

buscaram compreendê-la de forma mais ativa. Ainda, buscou-se com este relato demonstrar a

necessidade de renovar as intervenções e os materiais do ensino de história afro-brasileira no ensino

fundamental e que estes auxiliem, de fato, na formação de alunos críticos frente à temática e suas

implicações sociais.

Palavras-chave: Intervenção pedagógica. Construtivismo. Ensino de História.

INVESTIGAÇÃO E REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA: A PRODUÇÃO DE

CONHECIMENTOS PELO GEProMAI

Alessandra Rodrigues de Almeida (PECIM Unicamp/GEProMAI)

Gislaine Cristina Bonalumi Ferreira (FE UNICAMP/GEProMAI)

Tatiane Cristina Moreira Andrietta (GEProMAI)

RESUMO

O presente resumo apresenta a trajetória do Grupo de Estudos Professores Matematizando nos Anos Iniciais - GEProMAI, ao dialogar e estudar sobre as experiências vivenciadas na sala de aula,

envolvendo a matemática na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Este grupo de

estudos compartilha as experiências vividas em sala que tiveram sucesso e as experiências que não

aconteceram dentro do planejado. O grupo de estudos iniciou seus encontros em maio de 2014 e conta

com professores de Graduação e Pós-graduação, Educação Infantil, Ensino Fundamental e

profissional da área da Educação Especial. Nesse espaço investigamos sobre práticas de sala de aula,

trabalhamos com a escrita de narrativas individuais e colaborativas sobre os temas discutidos nos

encontros. Nesses momentos presenciais, partindo das experiências compartilhadas, buscamos refletir

e analisar as experiências vividas e compartilhadas pelos integrantes numa perspectiva de

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investigação da prática docente. É relevante ressaltar que problematizar aspectos do cotidiano

educacional, investigando problemas e necessidades do contexto das escolas têm sido consideradas

ações relevantes tanto para formação, desenvolvimento profissional e aprendizagem dos professores

quanto para as transformações na prática docente, que muitas vezes contribuem para melhoria das

organizações em que esses docentes estão inseridos (Ponte, 2004). As investigações desenvolvidas

pelos participantes do GEProMAI são ancoradas na perspectiva apresentada por Ponte (2002), para

o autor a investigação dos professores sobre sua prática não precisa assumir características idênticas

à pesquisa realizada em outros contextos. Entretanto, para se qualificar como investigação, um

trabalho deve “produzir conhecimentos novos, ter uma metodologia rigorosa e ser pública” (p.4).

Nesse sentido a compreensão quanto à produção de “conhecimento novo” pode ser observada quando

uma investigação é realizada e produz soluções e um conhecimento original para o próprio autor,

ainda que já possa ter sido realizada por outra pessoa. Quanto à metodologia, Ponte (2002) enfatiza

ser necessário um rigor, observando alguns critérios metodológicos e de sistematização, os quais

possibilitarão a reprodução de tais ações. No que se refere à publicação, o mesmo autor ressalta que

é fundamental que a investigação seja comunicada a fim de ser apreciada e avaliada. Considerando o

exposto, neste trabalho iremos apresentar e discutir algumas investigações realizadas pelos

participantes do grupo, que já foram publicadas em eventos, considerando esse processo numa

perspectiva de produção de conhecimento pelo professor da Educação Básica. Destacaremos as

investigações realizadas a partir das explorações realizadas com o quebra-cabeças Meli-Melô, com a

história do Curupira na Educação Infantil, e também a partir das análises das nossas aprendizagens

no grupo a partir desses trabalhos. Finalizamos nossas considerações destacando como as

oportunidades de realizar investigações no grupo colaborativo potencializam nossas aprendizagens e

nos permite desenvolver novos olhares em diferentes perspectivas, que reverberam em nossas práticas

como professores que ensinam matemática na infância.

Palavras-chave: investigação; prática pedagógica; grupo colaborativo.

LEI 10.639/2003, HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NO

ENSINO FUNDAMENTAL.

Juliana Gomes Santos da Costa – PUC-Campinas

RESUMO

O texto a seguir trata-se de um relato de experiência que mostra o olhar de uma docente para sua

prática pedagógica, através de uma experiência vivida com alunos de um quarto ano do Ensino

Fundamental em uma escola pública (estadual) na cidade de Campinas. A experiência acontece a

partir do desconhecimento dos alunos sobre a cultura e história da África e das influências que tal

cultura e história tem na construção da brasilidade, por meio do conteúdo já posto para o quarto ano

do Ensino Fundamental, juntamente com a pesquisa e construção coletiva de ressignificar a Lei

10.639/2003. Pautada na discussão da história e cultura africana e afro-brasileira foi realizada uma prática pedagógica que buscou a formação integral dos alunos(as) através de um olhar significativo e

transformador sobre a história e a cultura africana, refletindo os estigmas que são reproduzidos pelas

crianças, os quais não valorizam a africanidade que o Brasil tem. Tal experiência ocorre por meio

das aulas de História e contam com pesquisas e produções em que a Arte, a música, a leitura (contos)

são as “ferramentas” para uma compreensão e uma construção de outro olhar para a cultura africana

e afro-brasileira. A partir de uma palavra dita por um aluno – “macumba”, as questões acerca da

cultura e da história africana vem à tona e assim “transborda” nesta docente, dúvidas, incômodos,

possibilidades. Em conexão com o conteúdo programático da escola e mesmo utilizando o livro

didático se faz possível à pesquisa, a reflexão sobre o que aprendemos, o que realmente representam

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as palavras e a beleza e história do que nos forma como povo (brasileiro). Através de rodas de

conversas, músicas, arte, livros e atividades diversas as alunas e alunos discutiram a mitologia

africana, a influência da cultura africana na história do Brasil e na cultura brasileira. A experiência

teve como base a curiosidade de crianças/alunos(as) do Ensino Fundamental, da pesquisa contínua

da docente e assim a Lei 10.639/2003 possibilitou práticas pedagógicas que ressaltassem a questão

indentitária das crianças e a história que constrói o Brasil. O que foi produzido com as crianças e que

compõem os resultados são exposições e instalações artísticas, discussões e produção textual que

utilizam a questão da africanidade e possibilitaram a reflexão e “novas” atitudes por parte dos alunos

que demonstra o movimento de conhecer, pesquisar e notar as diferenças que nos formam.

Compreendemos ser importante tal movimento por entender que os alunos(as) são sujeitos de nossa

sociedade e que estão em processo de formação não somente escolar, mas principalmente humana e

nos surpreendem com suas reflexões que, por vezes, desconstroem a maneira de olhar imposta e os

posicionamentos que reproduzem diferença enquanto desigualdade. Com essa experiência

vislumbramos a prática pedagógica como um espaço de reflexão sobre a promoção de diferenças, nos

fazendo pensar em como educar para um outro mundo possível.

Palavras-chave: Lei 10.639/2003; Ensino Fundamental; Escola Pública.

NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICAS SOCIAIS: UMA REINVENÇÃO DA

ESCOLA

Maria Solana de Andrade Neta

Ana Paula de Araújo Mota

RESUMO

Nos últimos anos tem-se observado nas escolas de ensino médio o alto índice de reprovação,

repetência, desistência elevada e o desinteresse dos alunos pelos estudos e na grande maioria das

vezes, sem perspectivas de vida. Nesse sentido, os estados brasileiros discutem políticas e programas

que possibilitem uma mudança efetiva na prática docente com vistas a reverter essa situação. Nesse

sentido, a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC) em parceria com o Instituto Aliança

(IA), na perspectiva dos protótipos da UNESCO, trazem para as escolas cearenses uma proposta de

reinvenção da escola. Dessa forma, o principal objetivo deste trabalho é refletir sobre as mudanças

que o Núcleo de Trabalho, Pesquisa e Práticas Sociais (NTPPS) trouxe para uma escola de ensino

médio do interior do Estado do Ceará a partir de sua adesão ao projeto no ano de 2015. Ao

acompanhar o desenvolvimento desse componente curricular não disciplinar, nessa escola, é possível

perceber suas influências na prática cotidiana nas turmas com o componente curricular não disciplinar

– Desenvolvimento Pessoal, Social e Pesquisa (DPS-P), sobre as relações dessas práticas com a

reorganização do currículo, da escola e do trabalho docente. Buscando compreender o objetivo

proposto a metodologia da pesquisa constitui-se como qualitativa através de uma pesquisa

bibliográfica e de campo, onde o pesquisador procura investigar a realidade, lócus da pesquisa, atribuindo significado as vozes dos sujeitos participantes. A pesquisa foi realizada numa escola, nas

turmas de 1ª e 2ª séries, após a adesão feita pela escola no ano de 2015. Para isso, a carga horária de

algumas disciplinas comuns, como artes, história, geografia, química, biologia e português foram

reduzidas; a escola optou pela semestralidade nas séries com o Núcleo de Trabalho, Pesquisa e

Práticas Sociais (1ª em 2015 e 2ª em 2016). Ressalta-se que no presente trabalho são destacadas as

percepções do docente com experiência nas 1ª e 2ª séries e dos discentes, tendo em vista que esses

são os principais sujeitos da experiência na escola X, com destaque dos pontos de vista para a prática

com a pesquisa e as dinâmicas das aulas em sala. Os resultados da pesquisa indicam que houve

mudança significativa no comportamento dos alunos no tocante à forma como aprendem os

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conteúdos, na percepção do diálogo entre as disciplinas, nas relações pessoais entre os estudantes, na

desenvoltura e no contato com o corpo docente e núcleo gestor da escola.

Palavras-chave: NTPPS. Reorganização curricular. Projeto de pesquisa.

PIBID: NOVAS PERSPECTIVAS DE ENSINO

EM EDUCAÇÃO FÍSICA MEDIANTE OS JOGOS COOPERATIVOS

Ana Claudia Santurbano F. Franco – PUC-Campinas

Ana Carolina Gaspardo – PUC-Campinas

Ana Cristina de Oliveira – PUC-Campinas

Renato Devides de Oliveira – PUC-Campinas

Bibiana Santos – PUC-Campinas

Rodrigo Brasileiro – PUC-Campinas

RESUMO

Por meio de parceria Universidade – Escola, o PIBID visa a reflexão e a relação de teorias das

universidades com as práticas em sala de aula vivenciada no contexto escolar, com viés de promover

a inserção de graduandos dos cursos de licenciatura no ambiente da educação básica, incentivando e

aprimorando a formação de futuros docentes. O subprojeto de Educação Física é proveniente do

PIBID interdisciplinar da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) alocado

na Coordenadoria Especial de Licenciatura. Há tempos que o jogo e o esporte tornaram-se eixo de

diversas discussões e abordagens acerca da competição envolvida. Para Fábio Brotto (2013),

agregado à valores, princípios e modos de comportamento, os jogos cooperativos oferecem novas

possibilidades no processo de educação do ser humano. Os objetivos deste trabalho é de promover a

socialização, trabalhar a alteridade e a ética por meio de brincadeiras e jogos pré-desportivos

cooperativos estimulando o trabalho em equipe, a inclusão e os valores de respeito, solidariedade,

boa convivência, amizade e cooperação. O projeto ocorre na E.E. Prof. Aníbal de Freitas, em

Campinas, todas às terças-feiras, em 2015. Os encontros na escola iniciam-se com uma breve

exposição das atividades planejadas, após ocorre o desenvolvimento destas e, em seguida, o

fechamento avaliando os pontos fortes e frágeis das atividades. Os supervisores do PIBID na Escola

acompanham e orientam todo o processo educativo. Na PUC-Campinas ocorrem reuniões semanais

com a Coodernadora de área da Educação Física. Além disso, há uma reunião geral mensal entre

todos os participantes das dez Licenciaturas da Universidade e a Coordenadora Institucional.

Especificamente na escola participam do projeto alunos de Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

Foram vivenciados Salve-se com um abraço, Futebol Unificado, A Teia da Amizade, Jogos das

Ordens, Jo-ken-po, Nó Humano, Rebatida, Um Time Zoneado, Manter o Sonho no Ar, Roda Gigante,

Atividades com o Paraquedas Circular Cooperativo, Pega-Pega, Passeio do Bambolê, Legue-Ball,

Iniciação as Modalidades de Basquetebol e Handebol, A Galinha Cega, Corrida do Torá, Cabo de

Guerra, Corrida do Saci e Queimada 7 Pedras, Teoria dos Jogos Cooperativos, Base 5, Aquecimento com Corda, Goalball, Bola no Barbante, Tag-Rugby e Tchoukball. Constatam-se que os jogos

cooperativos proporcionaram aos alunos uma visão diferente acerca do esporte e a competição

envolvida, compreendendo que ganhar é apenas uma consequência natural da partida, porém, não o

mais importante. Assim, podemos ganhar ou perder mas com ética e respeito ao outro. Os alunos

participaram efetivamente das propostas com muito interesse, com motivação, entusiasmo e

demonstraram compreensão em relação às atividades. Para tanto, o PIBID proporcionou uma

mudança de visão dos alunos com relação ao ensino da aula de Educação Física. Tiveram boa

convivência contribuindo para a formação de valores humanos e éticos, baseados no respeito e na

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socialização. Enfim, para os bolsistas, possibilitou um avanço na formação profissional: maturidade

e conhecimento.

Palavras-chave: PIBID; educação física; jogos cooperativos.

PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS:

MASCOTES EM SALA E A CRIAÇÃO DE UM BLOG

Janaína Beltram Duarte

Marla Soares dos Santos

RESUMO

As práticas do presente trabalho são realizadas em uma escola de educação integral da rede pública

de Campinas, partindo do seguinte problema: “Como tornar o ensino de Ciências mais significativo

para turmas dos anos iniciais?” temos encaminhado propostas para as turmas, do terceiro ao quinto

ano do ensino fundamental que ampliam o conteúdo previsto, problematizam os fenômenos estudados

e suscitam reflexão, mostrando que o fazer científico é fruto de reflexão e sistematização, de acordo

com os objetivos que estabelecemos de mostrar o ensino de Ciências como algo dinâmico e parte do

cotidiano. O trabalho teve início no curso de extensão “Educação Ambiental, Escola e Sociedade”,

da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) entre os anos de 2014 e 2015. Ao fim do curso,

tivemos a oportunidade de elaborar um plano que contemplasse os temas desenvolvidos.

Posteriormente, inscrevemo-nos no Programa Município VerdeAzul, da Secretaria do Meio

Ambiente do Estado de São Paulo e contaremos a divulgação do projeto pelo órgão. Submetemos

nossa proposta ao Plano Político e Pedagógico da escola, sob o tema “Gentileza gera Meio

Ambiente”, em que pautamos todas as aulas pela valorização e cuidado com a natureza. Trabalhamos

com a perspectiva de que nossos alunos são protagonistas do mundo em que vivem, conscientes da

importância de suas ações para preservação do meio a sua volta. Entendemos o Meio Ambiente não

como algo distante, ou delimitado por áreas padronizadas como parques ou jardins. Nosso objetivo é

desenvolver com os alunos o seu papel de agente multiplicador do conhecimento de que o Meio

Ambiente está por toda parte, na escola, no bairro, na casa. Estamos todos comprometidos com a

proteção da vida. Entre as atividades desenvolvidas, destacamos o “Projeto Mascotes”, com

abordagem metodológica essencialmente prática. Cada sala estuda ao mesmo tempo em que cuida de

um “mascote”. O terceiro ano recebeu os Tenébrios gigantes, chamados de “bichos da farinha”,

escolhidos por apresentarem quatro fases do desenvolvimento, facilmente observáveis (larva, pupa,

besouro e ovos). As turmas do quarto ano construíram um minhocário. A criação da minhoca

californiana está ligada ao estudo de sistema digestório (parte do conteúdo previsto para as turmas).

Já os alunos do quinto ano têm a oportunidade de levar para casa a planta carnívora Dioneia,

conhecida como “Vênus papa-moscas”. A atividade se destaca por permitir que os alunos levem a

planta para casa e que, junto com as famílias, observem e produzam relatórios sobre os cuidados que

tiveram com a planta. Outra prática que consideramos relevante é a criação de um blog, onde relatamos as experiências feitas em sala e que oferece às famílias a oportunidade de se aproximar do

cotidiano escolar dos filhos. Criamos também um canal de vídeos no YouTube e uma página no

Facebook. Essas novas formas de interação, trouxeram como resultado, além da maior assimilação

dos conteúdos por parte dos alunos, um crescente envolvimento das famílias, que compartilham

informações que pesquisaram com os filhos. Muitos pais têm aprendido com as crianças, que

reproduzem, em casa, as experiências desenvolvidas em sala.

Palavras chave: Ciências. ensino fundamental. anos iniciais

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PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES DE UM 2º ANO DO E.F. I

COM METODOLOGIA DE ESTUDO

Maria Irma Chahine Gallo

EMEF “Prof. Ciro Exel Magro”- SME de Campinas/SP

RESUMO

Este resumo tem por objetivo apresentar o trabalho desenvolvido com uma turma de 2º ano de uma

escola da rede municipal de ensino de Campinas/SP, que teve a intenção de desenvolver nos alunos

procedimentos importantes para a realização de busca de informações relevantes para o estudo de um

determinado tema. Assim, a questão que norteou o trabalho desenvolvido na sala de aula foi: a

poluição ambiental causaria impacto na produção dos alimentos que consumimos? Esse trabalho é

decorrente de atividades desenvolvidas por mim professora, durante o curso de formação de

professores PESCO – “Programa Pesquisa e Conhecimento na Escola – a Pesquisa Científica como

Prática Pedagógica na Construção de Saberes Locais”, oferecido pela Secretaria Municipal de

Educação (SME) da cidade de Campinas/SP. Por meio da Plataforma Educação Conectada,

plataforma construída para a formação/capacitação de seus servidores, este curso foi oferecido aos

professores da rede municipal de educação, em parceria com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de

Pesquisa Agropecuária) com foco no desenvolvimento de habilidades e competências para a vida

acadêmica de nossos alunos, desde os anos iniciais, esperando que sejam incorporadas e aplicadas ao

longo de suas vidas, haja vista as dificuldades que um grande contingente de alunos apresenta durante

seus anos escolares. Durante este curso, a EMBRAPA ofereceu para os professores, além dos

materiais escolares produzidos especialmente para os estudantes, cursos para o uso das tecnologias

de sensoriamento remoto (GIS ou SIG, Google Earth, entre outros) com ênfase na geografia e

biologia. Dessa forma, o trabalho ora apresentado objetivou aproximar os alunos da metodologia

científica, dialogando com a realidade e visando uma formação escolar de qualidade, fundamental ao

bom desempenho acadêmico, tanto presente quanto futuro. A metodologia empregada baseou-se nos

procedimentos da pesquisa científica explicativa e da bibliográfica, considerado o contexto do Ensino

Fundamental I, Ciclo I. A experiência científica realizada em sala de aula demonstrou evidências de

que a poluição da água afeta a qualidade dos alimentos, dado que os alunos observaram a experiência

da mudança de cor da flor, experiência esta desenvolvida concomitantemente às matérias veiculadas

sobre Campina Grande-PB, em programas televisivos que reportavam os perigos do cultivo de

hortaliças com águas de açude contaminado, pesquisas realizadas pela turma no laboratório de

informática da escola, com o acompanhamento e orientação da professora. Como consequência das

atividades desenvolvidas, os alunos se aproximaram de técnicas de estudos que são necessárias para

desenvolver conhecimentos, inclusive produção de mapas, uma vez que o uso do GPS nos permitiu

elaborá-los a fim de podermos localizar e delimitar as regiões referentes aos estudos realizados. O

desenvolvimento desses estudos resultou em um trabalho de pesquisa interdisciplinar, o que

consideramos um ganho para o aluno, na medida em que ele percebe que as disciplinas escolares são

parte de um todo, que é a nossa vida em sociedade, ou seja, nossa coexistência neste planeta chamado Terra.

Palavras-chave: metodologia de estudo; interdisciplinaridade; ensino fundamental

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PROJETO MEMÓRIAS DA GUERRA: CARTAS DO CAMPO DE BATALHA

Fabiana Franco Cardoso – professora de Língua Portuguesa

Maurina Fernandes Santos Lourenço – professora de Língua Portuguesa

Ricardo Ishiyama Martins – professor de História

Professores da Prefeitura Municipal de São Paulo – EMEF Joaquim Nabuco

RESUMO

O projeto foi elaborado e aplicado nas aulas de História e Língua Portuguesa dos nonos anos da

EMEF Joaquim Nabuco da prefeitura municipal de São Paulo. No total são quatro turmas, tendo o

mesmo professor de História e duas professoras de Língua Portuguesa. O trabalho visou a interação

dos alunos com o tema, permitindo que vivenciassem as sensações e os sentimentos dos atores sociais

envolvidos na guerra. A ideia era a de ir além do conteúdo formal que privilegia os personagens com

altos cargos políticos e militares para trabalhar a visão das famílias comuns e o cotidiano durante o

conflito. O primeiro passo do projeto foi a apresentação da temática “Segunda Guerra Mundial” em

seus vários aspectos: político, social, econômico e cultural durante as aulas de História. Em seguida,

foram apresentadas músicas muito executadas nos respectivos países no período da Segunda Guerra

Mundial com temas referenciando a angústia, o medo, a separação e a saudade provocadas pelo

evento - “O Surdato Nnammurato” da Itália, “Lilli Marleen” da Alemanha, “Katyusha” da Rússia,

“When Johnny Comes Marching Home” dos Estados Unidos”, bem como “Mia Gioconda” do Brasil,

composta imediatamente após a Segunda Guerra. Nessa mesma etapa, as traduções das letras foram

discutidas e problematizadas com os alunos para a demonstração dos sentimentos dos envolvidos em

uma guerra. No passo seguinte, a professora dos nonos A e C e a professora dos nonos anos B e D

trabalharam a formatação de modelos de cartas. A partir de então, foi possível o início da elaboração

do produto que consistia na elaboração das cartas que poderia ser feita a partir do ponto de vista de

quem estava lutando no conflito ou de alguém que tivesse um ente querido na guerra. A produção

escrita deveria atender o modelo de uma carta. O conteúdo deveria conter elementos cotidianos de

uma batalha na Segunda Guerra Mundial, bem como os sentimentos inerentes às pessoas envolvidas

no evento. Nas aulas de Língua Portuguesa, os textos foram elaborados sob a orientação das

respectivas professoras. As produções finais foram novamente encaminhadas para o professor de

História para as últimas orientações do corpo do texto com relação ao período histórico abordado. O

resultado foi considerado positivo pelos envolvidos no processo. Foi percebido que os alunos

conseguiram o envolvimento com o tema capaz de proporcionar não somente o aprendizado

conteudista como a própria sensação causada por um grande conflito com os mais diversos

sentimentos envolvidos.

Palavras-chave: Cartas. Segunda Guerra Mundial. Cotidiano.

PRODUÇÕES TEXTUAIS: DESAFIOS E REALIZAÇÕES NOS 5º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL.

Janaina Carrasco Castilho - Mestra em Filosofia, EACH USP

Juliana Ap Tessari Lançoni - Pedagoga, PUC Campinas

Silvia Regina Orloski de Castro - Pedagoga, FUNEP

RESUMO

Este estudo tem como objetivo apresentar os desafios e as estratégias didáticas desenvolvidas no

trabalho pedagógico sobre produções de texto, realizado com estudantes dos quintos anos de uma

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escola pública municipal na cidade de Campinas. Considerando um contexto de dificuldades

escolares onde se encontram numa mesma sala de aula estudantes com desenvolvimentos bastante

diversificados, que apresentam diferentes níveis de aprendizagem no que se refere a aquisição da

língua escrita e considerando ainda, uma realidade social com diversas questões de vulnerabilidade,

o que interfere na motivação, aproveitamento e reconhecimento da importância dos conhecimentos

escolares por estes estudantes, propusemos algumas estratégias pedagógicas visando o avanço, o

incentivo e a formação desses sujeitos como escritores independentes e autônomos. Amparadas nas

matrizes curriculares deste município, que trazem como eixos: a oralidade, a leitura e a escrita, no

decorrer deste ano letivo, nós professoras polivalentes dos quintos anos, do mesmo turno, na mesma

unidade escolar, realizamos diversas intervenções propondo a escrita de textos de diferentes gêneros,

recorrendo a estratégias e recursos variados de apoio a esta escrita, além de buscarmos em elementos

lúdicos, aspectos motivacionais para o desenvolvimento destes estudantes nesta tarefa. As propostas

de produção escrita incluíram uma primeira etapa de preparo, envolvendo a ampliação de repertório

quanto ao tema a ser desenvolvido. Nesta etapa apresentamos outras produções como textos de

diferentes gêneros, gráficos, relatos orais, imagens, de modo que os estudantes adquirissem mais

informações e fossem instrumentalizados para a execução da próxima etapa. A segunda etapa foi

dedicada a produção textual propriamente dita, cuja proposta variou nas diferentes turmas e aulas. E

num terceiro momento, foi realizada a socialização das produções, quando coletivamente, o professor

e a turma de estudantes apontaram sugestões e apreciações em relação aos textos produzidos, tendo

nessa etapa o professor a responsabilidade pela mediação, enfatizando a importância em relação às

críticas construtivas. Paralelo às atividades em sala de aula, nós professoras, nos reuníamos com

frequência mínima semanal, para discutir sobre os resultados obtidos e planejar novas atividades.

Este estudo conta apenas com resultados parciais, tendo em vista que o ano letivo ainda está em

andamento. Como considerações parciais podemos apontar avanços quanto à estruturação textual,

melhoria na ortografia, ampliação e diversificação de repertório na construção das narrativas, avanços

no desenvolvimento, mais interesse por leituras variadas e melhoria na participação e análise crítica

dos estudantes, quanto às produções escritas.

Palavras chave: Produção escrita. Desafios. Estratégias.

QUESTÕES SOCIOCIENTÍFICAS COMO MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO DE

FÍSICA ATRAVÉS DE FILME

Claudinei José Martini – Professor de Matemática e Física; S. E. E. São Paulo

RESUMO

O trabalho aqui apresentado e executado na ESCOLA ESTADUAL “JANUÁRIO SYLVIO

PEZZOTTI” na cidade de Rio Claro-SP, descreve uma sequência didática com alunos do primeiro

ano do Ensino Médio na disciplina de Física, orientado pelos três momentos pedagógicos de

Delizoicov (2002): Problematização: o aluno é desafiado a expor o seu conhecimento sobre determinado tema; Organização do Conhecimento: planejamento dos conteúdos previamente

estabelecidos para a compreensão da conceituação científica envolvida e Aplicação do

Conhecimento: atividades desenvolvidas favorecendo a interpretação do conceito científico pelos

alunos. O objetivo deste trabalho surgiu da necessidade de se aprimorar modelos didáticos

tradicionais, tornando o processo de ensino/aprendizagem mais eficaz com possibilidades formativas

na inserção de questões sociocientíficas e, metodologias de ensino baseadas no uso de tecnologias e

mídias visuais na escola, empregando na mediação, a cena de um filme. No primeiro momento

pedagógico foi exibido uma cena do filme “Velozes e Furiosos 6” com 27 segundos de exibição. Na

cena, ladrões atravessam sobre a estrada um cabo de aço esticado, ocasionando o capotamento de um

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carro e a colisão de uma carreta, projetando para frente um tanque de guerra, a qual transportava. Na

problematização, realizou-se a discussão da cena apresentando situações reais de imprudência com

motocicletas ocorridas com frequência nas ruas do entorno da escola, dentre os quais: dirigir

“empinando”; saídas e freadas bruscas em geral com dois ocupantes no veículo e condução em alta

velocidade colocando em risco os pedestres, circunstâncias que os alunos conhecem e presenciam,

mas, não dispõem de conhecimentos científicos para interpretá-los. Na Organização do

Conhecimento foram expostos os conceitos e o enunciado formal proposto por Isaac Newton para a

compreensão da problematização inicial e do Princípio da Inércia (1ª Lei de Newton), neste caso, a

motocicleta ao sofrer a ação de uma força se deslocando para frente, o corpo do passageiro tende a

permanecer em repouso, porém, projetando-se para trás enquanto que, em uma freada brusca sobre a

ação de uma força, a motocicleta para, enquanto o passageiro tende a permanecer em movimento, ou

seja, continua a ir para frente. Por fim, na Aplicação do Conhecimento fez-se a elaboração e

compreensão dos conceitos científicos abordados na segunda etapa, bem como, uma atividade em

que os alunos foram motivados a confeccionar uma cartilha sobre as consequências e os riscos em

dirigir perigosamente apresentando dados estatísticos obtidos no banco de dados do Sistema Único

de Saúde, acessível no portal Datasus, possibilitando estudar a distribuição dos acidentes em função

da idade das pessoas envolvidas, grande parte por jovens. Os resultados apresentaram um

envolvimento dos alunos com o tema, principalmente nas etapas da Problematização e Aplicação do

Conhecimento, em que muitos mostraram-se surpresos com o alto índice de acidentes. Contudo, a

cena de um filme permite ao professor um diagnóstico através da observação do desenvolvimento do

aprendizado dos alunos sobre o assunto em estudo e que, a inserção de questões sociocientíficas nas

aulas de Física podem proporcionar o conhecimento científico para os alunos fazerem uso dos

conceitos da Ciência e da Tecnologia em suas vidas.

Palavras-chave: Mídias. Ensino de Física. Questões Sociocientíficas.

RELATOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LICENCIATURA

Késia Priscila Machado – PUC-Campinas

Ana Claudia Santurbano – PUC-Campinas

RESUMO

O Estágio Supervisionado é relevante para a formação profissional, pois auxilia no processo de

transição da vida acadêmica para o trabalho profissional, proporcionando ao estudante a oportunidade

de demonstrar conhecimentos e habilidades adquiridas e, também, a adaptação ao campo de trabalho

sob a supervisão docente e de um profissional devidamente credenciado da área. Os objetivos dos

estágios foram observar, participar e atuar nas aulas de Educação Física do ensino infantil,

fundamental e médio, divididos em três módulos de 50 horas cada um, no estagio três realizado com

o ensino fundamental, trabalhou-se o tema transversal Saúde com os alunos do sétimo e oitavo ano

do ensino fundamental na Escola Estadual Alcheste de Godoy Andia localizada na cidade de Santa Bárbara Doeste-SP, para isto, utilizou-se o documentário Super Size-me como recurso introdutório,

definiu-se o conceito de saúde, foi ensinado aos alunos sobre os macronutrientes, fontes energéticas,

a diferença entre exercício físico e atividade física, sobre a obesidade em adolescentes e as

consequências da mesma, mediu-se o peso e estatura dos alunos e ensinou os mesmos a calcularem o

IMC, as aulas foram expositivas e utilizou-se um televisor para apresentar os slides. Vivenciar a rotina

e o ambiente escolar foi uma experiência significativa para a formação do discente, pois muitas das

experiências que se obteve no presente estágio, ilustraram o que era exposto na teoria, dentro da sala

de aula. Permitindo, assim, com que se aplicasse um pouco do que foi aprendido na teoria. Foi

excelente poder observar como é a realidade de uma escola, seus pontos fortes e fracos. A sensação

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de estar em contato com os alunos e ver toda a sua diversidade, física, cultural, intelectual e social foi

maravilhosa. Além do contato com alunos houve também um contato com toda comunidade escolar,

professores, coordenadores, direção e demais funcionários e o fato de ter convivido um pouco com

cada um deles, agregou um pouco mais na bagagem de vida, de forma positiva. Ter os alunos

recebendo com carinho, sentindo interesse pelos temas trabalhados, e interagindo nas aulas, foi muito

gratificante. Houve necessidade de ajustar as aulas, adaptando-as de última hora, obteve-se com isso

imensa satisfação de se descobrir capaz desta habilidade, adaptar-se a um imprevisto quando foi

necessário. O presente Estágio Supervisionado apresentou como ponto positivo o rendimento de

experiência no ambiente escolar, o que enriqueceu o conhecimento, para assim futuramente, saber

proporcionar aos alunos um significativo aprendizado nas aulas, e poder trabalhar este tema, Saúde,

ou qualquer outro de forma produtiva e eficiente.

Palavras-chave: estágios supervisionados; educação física escolar; saúde.

TESTAS E A AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO 5º ANO

Michele Amatucci e Tatiana Ifanger – Colégio de Aplicação PIO XII

RESUMO

O objetivo do trabalho é apresentar as aprendizagens dos alunos até o presente momento, bem como

a organização dos docentes e as dificuldades encontradas no desenvolvimento de um projeto de

autorregulação da aprendizagem. O projeto parte da narrativa do livro (Des)venturas do Testas, dos

autores Pedro Sales Rosário, José Carlos Nuñez Perez e Antônio Valle. A história é narrada por um

menino que conta e faz reflexões sobre suas experiências de estudo. Tendo a narrativa como ponto

de partida, analisamos, discutimos e desenvolvemos atividades diversas para que os educandos criem

suas próprias estratégias e oportunidades efetivas para aprender as competências autorregulatórias a

partir do modelo observado. Participam duas salas de 5º ano com 47 alunos no total, duas professoras,

uma coordenadora, uma orientadora pedagógica e uma docente universitária do Programa de Pós-

Graduação da PUC-Campinas como assessora. Essa equipe participa de encontros mensais para a

discussão de aspectos pontuais das salas de aula, e, bimestrais, num encontro com outras educadoras

da instituição que também desenvolvem o projeto de autorregulação com diferentes livros

paradidáticos. As duas professoras do 5º ano realizam o planejamento conjuntamente, o que propicia

o compartilhamento de experiências sobre o desenvolvimento do projeto a partir de cada capítulo

lido. Foram realizadas, até o exato momento, atividades que objetivaram a elaboração de estratégias

de aprendizagem que facilitam a tarefa de aprender e a torne efetiva. Outros objetivos são

contemplados, como os alunos terem controle sobre sua aprendizagem nas diferentes relações e

situações que enfrentam diariamente e a organização de uma rotina escolar, criando meios para que

realizem suas atividades e tarefas com autonomia e qualidade, aprendendo a aprender. As principais

dificuldades apresentadas por eles estão relacionadas aos trabalhos individuais, o que proporcionaram

frequentes reflexões sobre a necessidade do planejamento do educador e de atividades mais focadas nas tarefas em grupos. É importante que haja participação dos pais e responsáveis nesse processo.

Para isso, no início do ano, foi enviada para casa uma carta convidando-os a ajudar, a orientar e a

participar mais ativamente da organização da rotina diária de seus filhos, bem como acompanhar

algumas tarefas, e escutar suas histórias sobre o acompanhamento das atividades do Testas. O projeto

ainda não se encerrou, está em desenvolvimento e, até o momento, aponta que os alunos conseguem

autorregular os seus processos de aprendizagem. Todos são capazes de assumir a responsabilidade

pelo seu aprender.

Palavras-chave: Responsabilidade – Aprendizagem - Autorregulação.

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TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES E ESTATÍSTICAS SOBRE CASOS DE DENGUE

NO ENSINO FUNDAMENTAL.

Tamires Pastore Bernardi - PUC- Campinas

RESUMO

Este relato de experiência é baseado em práticas fundamentadas em estudos e instigações

proporcionadas pela minha inserção em um grupo de estudos, o GEProMAI. O GEProMAI (Grupo

de Estudos: Professores Matematizando nos Anos Iniciais) é um grupo que se reúne quinzenalmente,

discutindo leituras e incentivando ações a serem relatadas pelos participantes, de maneira

colaborativa, sobre práticas nos anos iniciais e na educação infantil relacionadas à matemática. A

participação em grupos colaborativos contribui para minha atuação profissional, vai além da

formação continuada e atinge o que André(2011) denomina como “desenvolvimento profissional”.

Tal termo traz consigo as ideias de evolução e continuidade. Esse desenvolvimento é sempre contínuo

e significativo para a vida pessoal e profissional do docente, sendo que o professor tem papel ativo

nesse processo de aprendizagem. Com isso, alicerçando-se nos estudos de Lopes (2008) sobre

estatísticas que foram discutidos em reuniões do GEProMAI, como professora pesquisadora busquei

uma temática de interesse dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental para realizar uma pesquisa

estatística. Como a comunidade local estava com altos índices de casos se dengue e esse fato impactou

a vida dos alunos, optamos por entrevistar todas as turmas do ensino fundamental do período

matutino, averiguando quantos meninos e quantas meninas foram contaminados e não se

contaminaram pelo vírus da dengue. Primeiramente, os dados foram organizados em tabelas, de modo

que cada ano tivesse a sua tabela. Posteriormente, através da análise e da interpretação da tabela,

organizamos um gráfico de barras coletivamente. Em primeiro, os alunos pensaram em como

representar cada informação, indicando o total de meninos matriculados no período da manhã que já

contraíram dengue e os que não contraíram e as meninas que já contraíram dengue e as que não

contraíram. Diversas questões foram direcionadas aos alunos: como representar em gráfico uma

quantidade tão grande de alunos? Quais materiais poderíamos utilizar? Como classificar e elaborar

uma legenda? Em roda de conversa, com as minhas mediações, o gráfico foi elaborado com base no

tratamento de informações coletadas pelos alunos por meio de entrevistas. Foi possível, também,

refletir sobre como apresentar grandes quantidades num gráfico, utilizando intervalos. Por fim, para

trabalhar medidas, os alunos fizeram uma receita de repelente natural, para presentear as salas

participantes da pesquisa. Essa atividade promoveu a reflexão acima de cuidados que devemos tomar

contra a dengue, sendo que, além das atividades envolvendo a educação matemática, também houve

leituras, apresentações teatrais e análises de textos informativos, valorizando a interdisciplinariedade

na sala de aula.

Palavras-chave: grupo colaborativo, estatística, educação matemática.

UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE NA INFÂNCIA

Karina Luiza da Silva Fernandes – Unicamp / GEProMAI

Alessandra Rodrigues de Almeida – Unicamp / GEProMAI

RESUMO

Sabemos que na contemporaneidade é fundamental que a aprendizagem da matemática comece desde

o início da educação formal, entretanto, é essencial que na Educação Infantil esse trabalho seja

desenvolvido respeitando-se o universo das brincadeiras e da ludicidade, próprio dessa etapa

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educacional. É relevante salientar que compreendemos a criança como “um sujeito capaz de

relacionar-se, de interagir, de comunicar-se, de internalizar conhecimentos, atribuindo sentido a eles

a partir das experiências de que participa e do lugar que ocupa nessas relações” (LIMA; MELLO,

2006, p. 20). Considerando o exposto, neste relato apresentamos uma experiência envolvendo a

estatística e a probabilidade para crianças da Educação Infantil. O trabalho foi realizado com uma

turma multietária composta por 29 crianças com idade entre 3 e 6 anos, que frequentam uma

instituição educacional pública do interior de São Paulo. As unidades didáticas desenvolvidas foram

elaboradas a partir de discussões ocorridas no Grupo de Estudos Professores Matematizando nos

Anos Iniciais (GEProMAI) do qual as autoras são participantes. As atividades são fundamentadas

teoricamente nas concepções de Lopes (2008) que considera o desenvolvimento de atividades

estatísticas e probabilísticas desde o início da Educação Básica, uma prática essencial à formação dos

estudantes. Para a mesma autora, os conceitos e ideias estatísticas devem estar inseridos em situações

problemas vinculados ao cotidiano das crianças. A partir dessas considerações salientamos que a

unidade didática desenvolvida teve como objetivos: propiciar às crianças um contato inicial com a

estatística, especialmente com a organização de dados em gráficos e tabelas, a partir de situações-

problema; oferecer oportunidades de refletir e conversar sobre situações que envolvem as ideias de

possibilidade e de probabilidade. As atividades tiveram como temática: o nome da turma; os animais

que podemos encontrar no bosque; e, o que pode ter no caminho para a escola. Tais propostas foram

desenvolvidas em momentos distintos durante o ano letivo. Consideramos que a partir das atividades

oportunizamos momentos de levantamento de hipóteses, argumentação, confrontação das hipóteses

com as informações obtidas, organização de informações em tabelas e gráficos, exploração dessas

informações por meio de diferentes questionamentos, possibilitando que as crianças percebessem os

usos desse tipo de organização de dados. Pensamos também que foi possível promover um bom

contato inicial das crianças com a estatística, com as ideias de possibilidade e probabilidade, em um

ambiente lúdico e prazeroso. Evidenciamos ainda que as atividades instigaram a curiosidade e o

interesse das crianças, além disso, acreditamos que é essencial a manutenção de uma prática

pedagógica que problematize situações do cotidiano infantil possibilitando a continuidade do trabalho

com a estatística e probabilidade nessa etapa educacional.

Palavras-chave: Educação Matemática; Educação Infantil; Grupo Colaborativo.

.

Termino

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