polÍtica de cidades polis xxi

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  • 7/29/2019 POLTICA DE CIDADES POLIS XXI

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    MINISTRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITORIO E DO DESENVOLVIMENTOREGIONAL

    Gabinete do Secretrio de Estado do Ordenamento do Territrio e das Cidades

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    POLTICA DE CIDADES POLIS XXI

    O Programa do XVII Governo assume o compromisso de relanamento deuma Poltica de Cidades forte e coerente, associada a medidas inovadorasde financiamento e a modelos adequados de gesto e de governaoterritorial.

    Est em causa uma poltica de cidades que:

    - Adicione dimenso intra-urbana uma viso mais ampla, que conceba odesenvolvimento das cidades no quadro tanto das redes urbanas

    nacionais e internacionais em que se inserem como da regio em que seintegram;

    - Coloque as intervenes fsicas ao servio de uma viso maisintegradora de transformao das cidades em espaos de coeso social,de competitividade econmica e de qualidade ambiental;

    - Estimule novas formas de governao, baseadas numa maiorparticipao dos cidados, num envolvimento mais empenhado dosdiversos actores urbanos - pblicos, privados e associativos - e emmecanismos flexveis de cooperao entre cidades e entre estas e osespaos envolventes.

    A Poltica de Cidades POLIS XXI responde a este triplo repto, abrindoum ciclo de interveno urbana que, sendo novo, beneficia de formainequvoca da experincia acumulada atravs de programas de mbito tantocomunitrio (URBAN, por exemplo) como nacional (com merecido destaquepara o POLIS).

    A Poltica de Cidades POLIS XXI baseia-se em instrumentos de polticaefontes de financiamento complementares, garantindo, no seu conjunto, aconcretizao da ambio e dos objectivos por ela prosseguidos noquadro dos domnios de interveno definidos para esse efeito.

    A Figura 1 sistematiza estes vrios elementos, traduzindo a configuraogeral da Poltica de Cidades POLIS XXI.

    O texto seguinte apresenta, de forma sumria, os aspectos essenciaisrelativos formulao e execuo desta poltica.

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    Parcerias para aregenerao urbanaInstrumentos

    dePoltica

    Tornar as cidades portuguesas:territrios de inovao e competitividadeterritrios de cidadania e coeso socialterritrios de qualidade de ambiente e de vidaterritrios bem planeados e governados

    Espaos urbanos especficos Cidade/rede de cidades

    Regenerao urbanaCompetitividade/

    diferenciao

    Dimenses deInterveno

    Redes urbanas para acompetitividade e a

    inovao

    PROHABITAPROREABILITA

    PO Regional / QRENPO Valorizao Territrio/QREN

    PO Regional / QREN P

    Territrios-alvo

    Programas deFinanciamentoPblico

    Ambio

    Outras fontes definanciamento

    Aces inovadoras para odesenvolvimento urbano

    BEIMecanismo Financeiro EEE [PO Temticos/QREN]

    Figura 1. Poltica de Cidades POLIS XXI: Configurao g

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    1. Ambio

    A Poltica de Cidades POLIS XXI parte do reconhecimento de que odesenvolvimento do Pas depende, em grande medida, do modo como asnossas cidades conseguirem constituir-se em espaos activos decompetitividade, cidadania e qualidade de vida. No apenas porque quase60% da populao reside em reas urbanas, mas sobretudo porque ummodelo de desenvolvimento cada vez mais dependente do conhecimento eda inovao pressupe uma slida base urbana e exige s cidades umaelevada qualificao das suas funes e uma forte capacidade de fixao eatraco de pessoas qualificadas e de actividades inovadoras.

    Nesse sentido, mais do que encontrar a resposta adequada aos problemasurbanos actuais, importa conceber uma poltica de criao de oportunidadesatravs da afirmao das cidades como espaos privilegiados de produode riqueza, de exerccio da cidadania e de insero internacionalcompetitiva do Pas, fixando como ambio:

    As cidades como territrios de inovao e competitividade

    Assegurar que as cidades constituem espaos favorveis criatividade e

    inovao, tornando-se mais abertas ao exterior, competitivas einternacionalizadas com base nos recursos que possuem, produzem ouatraem e nas formas de organizao que promovem ou estabelecementre diferentes entidades e com distintas cidades.

    As cidades como territrios de cidadania e coeso social

    Assegurar que as cidades constituem espaos de cidadania, coeso eidentidade cultural, tornando mais eficientes os processos departicipao, integrao e valorizao patrimonial e combatendoactivamente os factores geradores de obsolescncia, risco, insegurana eexcluso.

    As cidades como territrios de qualidade de ambiente e de vidaAssegurar que as cidades constituem espaos de qualidade ambiental ebem-estar, promovendo formas sustentveis de uso dos recursos, dedesenho urbano, de edificao, de mobilidade e de paisagem, econdies adequadas de acesso habitao, aos equipamentos eservios e aos diversos tipos de amenidades.

    As cidades como territrios bem planeados e governados

    Assegurar que o modo como as cidades so planeadas e governadasacolhe os trs objectivos estratgicos anteriores como decisivos para queas nossas aglomeraes urbanas se transformem em verdadeiras

    comunidades do sculo XXI, tornando-se mais sustentveis, saudveis e

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    responsveis. Aos municpios e participao pblica, nomeadamenteno mbito de Agendas XXI locais, caber um papel essencial nestedomnio.

    2. Objectivos operativos

    A ambio atribuda Poltica de Cidades POLIS XXI concretiza-se atravsde quatro objectivos:

    Qualificar e integrar os distintos espaos de cada cidade, visando um

    funcionamento urbano globalmente inclusivo, coerente e sustentvel emais informado pela participao dos cidados;

    Fortalecer e diferenciar o capital humano, institucional, cultural eeconmico de cada cidade, no sentido de aumentar o leque deoportunidades individuais e colectivas e, assim, reforar o papelregional, nacional e internacional das aglomeraes urbanas;

    Qualificar e intensificar a integrao da cidade na regio envolvente, deforma a promover relaes de complementaridade mais sustentveisentre os espaos urbanos e rurais e a dotar o conjunto de cada cidade-regio de um maior potencial de desenvolvimento;

    Inovar nas solues para a qualificao urbana, promovendo as que seorientem por princpios de sustentabilidade ambiental, de eficincia ereutilizao de infra-estruturas e dos equipamentos existentes emdetrimento da construo nova, de explorao das oportunidadesoferecidas pelas novas tecnologias e de capacitao das comunidades edesenvolvimento de novas formas de parceria pblico-privado.

    3. Dimenses de interveno

    A prossecuo destes objectivos concretiza-se em trs dimenses deinterveno, traduzindo uma viso de cidade a diferentes escalasterritoriais:

    Regenerao urbana

    Esta dimenso de interveno coloca o enfoque em espaos intra-urbanos especficos e visa a coeso e coerncia do conjunto da cidade,isto , das vrias comunidades que a constituem, e a qualificao dosfactores determinantes da qualidade de vida da populao.

    Envolve a articulao de diferentes componentes (habitao, reabilitaoe revitalizao urbanas, coeso social, ambiente, mobilidade, etc.), noquadro de operaes integradas de regenerao urbana.

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    Competitividade / DiferenciaoEsta dimenso de interveno coloca a nfase na cidade enquanto n deredes de inovao e competitividade de mbito nacional ou internacional,e visa o reforo do seu papel e da sua capacidade competitiva e avalorizao dos factores de diferenciao.

    Envolve o apoio a estratgias de afirmao internacional, a criao deequipamentos urbanos e infra-estruturas diferenciadores em termos deinsero em redes nacionais e internacionais, a cooperao entre cidadesportuguesas para a valorizao partilhada de recursos, potencialidades econhecimento e, ainda, a cooperao a grande escala com cidades

    estrangeiras. Integrao regional

    Esta dimenso de interveno incide sobre a cidade-regio, definidacomo o espao funcionalmente estruturado por uma ou vrias cidades eenvolvendo uma rede sub-regional de centros e de reas de influnciarurais, e coloca o enfoque nas interaces cidade-regio e no reforo doefeito cidade como factor de desenvolvimento das reas sob suainfluncia directa.

    Envolve iniciativas que visam estruturar aglomeraes, ganhar dimensourbana atravs da cooperao de proximidade, fomentar

    complementaridades e economias de aglomerao e racionalizar equalificar os equipamentos e servios que a cidade disponibiliza suaregio.

    4. Filosofia de interveno

    Na Poltica de Cidades POLIS XXI cabe ao Estado central definir osinstrumentos de poltica, estabelecer o referencial da sua aplicao e fixaras orientaes gerais que devero ser acolhidas nos critrios de avaliao

    das candidaturas, apresentadas, nomeadamente, por municpios, enquantoproponentes individuais ou lderes de grupos de parceiros locais.

    Os actores chave para a concretizao da Poltica de Cidades so asautarquias, as empresas, as organizaes no governamentais, asassociaes.

    Esta opo por uma abordagem descentralizada tem quatro consequnciasessenciais:

    Iniciativa local

    A concretizao da Poltica de Cidades depende de propostas locais, nohavendo qualquer predefinio das cidades a apoiar em concreto nombito de cada um dos instrumentos de poltica.

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    Procedimento concursal

    A afectao de recursos financeiros no quadro da Poltica de Cidadesdepende da qualidade das propostas candidatadas pelos actores locais.A avaliao das candidaturas ser feita em funo da coernciaestratgica, da inovao, do valor acrescentado e da qualidade dasparcerias revelados pelas propostas.

    1. Programao estratgicaAs propostas de candidatura apoiam-se em programas de acoestratgicos, elaborados a partir de uma viso partilhada dos objectivose opes de desenvolvimento da cidade pelos vrios actores envolvidose que garantem a convergncia de actuao desses vrios actores.

    Contratualizao

    A concretizao da Poltica de Cidades pressupe o recurso generalizadoao princpio da contratualizao, tanto ao a nvel local, atravs doestabelecimento de parcerias slidas para a prossecuo dos objectivosprogramados, como no acesso aos recursos financeiros que o estadodisponibiliza para o efeito.

    A abordagem descentralizada complementada por uma abordagemdesconcentrada. De facto, s comisses de coordenao regional caber um

    papel essencial tanto na definio de instrumentos de planeamento dembito regional com incidncia na Poltica de Cidades como na gesto dosinstrumentos de poltica financiados por programas operacionais regionais.

    5. Orientaes nacionais para a execuo da Poltica de CidadesPOLIS XXI

    O Estado define dois grupos de orientaes para a execuo da Poltica deCidades POLIS XXI. O primeiro grupo constitudo pelas regras de acessoaos instrumentos de poltica do POLIS XXI e respectivos programas definanciamento. O segundo grupo constitudo pelas orientaes constantesde instrumentos de planeamento de mbito nacional.

    5.1. Orientaes definidas nos instrumentos da Poltica de CidadesPOLIS XXI e respectivos programas de financiamento

    O primeiro grupo de orientaes constitudo pelas regras deimplementao dos instrumentos da Poltica de Cidades POLIS XXI e deacesso aos respectivos programas de financiamento.

    Os contratos de parceria sero o principal mecanismo de implementao daPoltica de Cidades POLIS XXI. Esses contratos traduziro a convergncia dediversos actores pblicos e privados e de fontes diversificadas de

    financiamento. No entanto, a natureza transversal da Poltica de Cidades e a

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    mudana que se pretende para o seu desenvolvimento num quadro decooperao e integrao implicando alteraes na lgica docomportamento concorrencial dos principais actores, sobretudo pblicos aconselha a definio de instrumentos de poltica a que estejam associadosprogramas de financiamento especficos que assegurem um papelefectivamente catalizador dos projectos-ncora com forte potencialintegrador.

    A considerao destes dois aspectos necessidade de instrumentos depoltica onde convirjam actores e financiamentos e necessidade de a cadadimenso de interveno da Poltica de Cidades associar programasespecficos de financiamento conduziu a fixar como principaisinstrumentos de poltica neste domnio dois tipos de contrato de parceria:

    Parcerias para a regenerao urbana

    Correspondem a programas de aco orientados para a revitalizaointegrada de espaos intra-urbanos, tendo como suporte umaestrutura de parceria local alargada (municpio, serviosdesconcentrados da administrao central, ONG, empresas, etc.).

    Redes urbanas para a competitividade e a inovao

    Correspondem a redes de actores urbanos envolvidos num processo decooperao estratgica para o reforo dos factores de competitividade,

    do potencial econmico e da projeco internacional de uma cidade oude redes de cidades organizadas quer numa relao de proximidadequer numa base temtica.

    O terceiro instrumento de poltica para implementao do POLIS XXI noperodo 2007-2013 corresponde a aces inovadoras para odesenvolvimento urbano. Este instrumento de poltica visa estimular novassolues para os problemas e as procuras urbanas e tem traduo a duasescalas distintas: ao nvel intra-urbano, em projectos inovadores dequalificao urbana; ao nvel da cidade-regio, no desenvolvimento derespostas inovadoras que contribuam para a sua estruturao.

    As regras de aplicao destes trs instrumentos de poltica sero aprovadasde acordo com os mecanismos previstos para a gesto dos programasoperacionais que asseguraro o respectivo financiamento, indicando-se noQuadro 1 as linhas gerais que se encontram em discusso.

    O financiamento destes instrumentos de poltica est assegurado nosprogramas operacionais do QREN.

    Os programas operacionais regionais do Norte, Centro, Alentejo e Algarveconsagram aos dois primeiros instrumentos de poltica, e ainda a projectosde mobilidade urbana, 976 milhes de euros de financiamento comunitrio,para um investimento total previsto de 1,7 mil milhes de euros. O

    programa operacional da regio de Lisboa, essencialmente urbano, totaliza

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    307 milhes de euros de fundos comunitrios repartidos por trs eixos(competitividade, inovao e conhecimento; valorizao territorial; e coesosocial).

    O programa operacional Valorizao do Territrio acolhe no eixo 6 ofinanciamento relativo ao terceiro instrumento de poltica, as acesinovadoras para o desenvolvimento urbano.

    Alm de recorrer a estes programas, a Poltica de Cidades POLIS XXIsocorrer-se- ainda de outras fontes de financiamento, que deveroconvergir num contexto claro de programao e contratualizao.

    Estas fontes compreendem recursos pblicos nacionais e comunitrios,neste ltimo caso com origem noutros programas operacionais, e tambminstrumentos de financiamento europeus, como o Mecanismo Financeiro EEEe, em particular, o BEI, retirando partido da experincia detida nestedomnio por estas entidades.

    Adicionalmente, o Estado procurar novas fontes de financiamento daPoltica de Cidades POLIS XXI quer no quadro de parcerias pblico-privadoquer criando condies para um maior envolvimento de fundos privados.

    Entre os programas de financiamento suportados pelo Oramento deEstado, merecem destaque o PROHABITA (acesso a habitao, incluindosolues de reabilitao de fogos mobilizados para esse efeito), o

    PROREABILITA (apoio reabilitao de edifcios) e os que resultarem dareviso em curso dos programas PRAUD e Equipamentos Urbanos deUtilizao Colectiva, geridos pela DGOTDU.

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    Quadro 1. Poltica de Cidades POLIS XXI: caracterizao dos principais inst

    Instrumentos dePoltica

    PARCERIAS PARA A

    REGENERAO URBANA

    REDES URBANAS PARA ACOMPETITIVIDADE E A INOVAO

    mbito territorial Centros urbanos estruturantes do modelo territorial do PNPOT, com as adaptaePROT

    Tipologia de aces

    Operaes integradas derequalificao e insero urbana debairros crticos;

    Operaes de recuperao equalificao ambiental de reas

    perifricas e refuncionalizao dereas abandonadas ou com usosobsoletos;

    Operaes integradas de valorizaode reas de excelncia urbana(centros histricos, frentesribeirinhas, etc.);

    Projectos integrados de melhoria doambiente urbano.

    Estas operaes integram os diversosprojectos relevantes para a regeneraourbana da rea em causa.

    Programas Estratgicos decooperao que visem o reforo dacompetitividade e da projeconacional e internacional da cidade ouda rede de cidades e que sejamcoerentes com o Programa Nacional

    da Poltica de Ordenamento doTerritrio (PNPOT).

    Estes Programas Estratgicos incluemo seguinte tipo de projectos:

    Criao de equipamentos urbanose de infra-estruturas relevantespara a insero diferenciada dascidades em redes nacionais einternacionais;

    Aces de cooperao em grandeescala com cidades estrangeiras ede promoo da imagem

    internacional; Criao de estruturas de

    cooperao urbana de apoio troca de conhecimentos e inovao;

    Projectos de valorizao derecursos partilhados e demarketing territorial das cidades.

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    PARCERIAS PARA A

    REGENERAO URBANA

    REDES URBANAS PARA ACOMPETITIVIDADE E A INOVAO

    Procedimento concursal Concursos regionais Concursos regionais

    Concursos nacionais (para redesurbanas de mbito inter-regional)

    Candidatura Programas de Aco integrando, deforma coerente, as dimenses fsica,ambiental, econmica e social,

    suportados por um Protocolo de Parceriaenvolvendo actores locais e sectoriais,pblicos e privados.

    1. Aces preparatrias: linhas geraisde um Programa Estratgico parauma rede de actores urbanos ou uma

    rede de cidades.2. Programas Estratgicos integrandoprojectos estruturantes a desenvolveno quadro de uma estratgiacooperativa de reforo dos factoresde competitividade, inovao einternacionalizao de cidades ouredes de cidades.

    Beneficirios Actores (municpio, serviosdesconcentrados da administraocentral, empresas, ONG, etc.)comprometidos com um Protocolo de

    Parceria liderado pelo municpio.

    Actores (municpios, instituies deensino superior, centros de I&Dempresas associaes empresariaisetc.) envolvidos numa estratgia

    partilhada de competitividadeinovao e internacionalizao decidades ou redes de cidades.

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    PARCERIAS PARA A

    REGENERAO URBANA

    REDES URBANAS PARA ACOMPETITIVIDADE E A INOVAO

    Compromissos eavaliao

    O Governo definir uma lista de indicadores de realizao e de resultados,competindo s parcerias locais seleccionar aqueles relativamente aos quaispretende comprometer-se e fixar as respectivas metas. Os compromissosassumidos e a coerncia das aces relativamente s metas definidas serocritrios fundamentais de seleco das candidaturas.

    Metas at 2015 60 operaes de regenerao urbana. 31 cidades envolvidas em redes e/oucom programas estratgicos para a

    competitividade, inovao einternacionalizao.

    Programa Operacional Programas operacionais regionais1 Programas operacionais regionais

    1 As aces nos domnios da habitao e da reabilitao de imveis so financiadas no mbito, respecPROREABILITA.

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    5.2. Orientaes definidas em instrumentos de planeamento

    A Poltica de Cidades POLIS XXI integra-se, globalmente, nos objectivos daEstratgia de Lisboa (PNACE) e da Estratgia Nacional de DesenvolvimentoSustentvel (ENDS). A sua concretizao deve, por isso, concorrer para ocumprimento desses objectivos.

    Contudo, o Modelo Territorial consagrado no PNPOT e as OrientaesEstratgicas para os sistemas urbanos dos diversos espaos regionais queconstam desse Programa sero o principal referencial para a definio decritrios de avaliao das candidaturas propostas pelo nvel local.

    Modelo Territorial sistema urbano

    O PNPOT visa contribuir para que Portugal se afirme como um Pas deelevado nvel de desenvolvimento econmico, social e ambiental, isto ,como:

    Um espao sustentvel e bem ordenado

    Uma economia competitiva, integrada e aberta

    Um territrio equitativo em termos de desenvolvimento e bem-estar

    Uma sociedade criativa e com sentido de cidadania

    O sistema urbano constitui uma dimenso prioritria desta ambio. Entreas opes que neste domnio configuram o Modelo Territorial consagrado noPNPOT, destacam-se as seguintes:

    Estruturar nucleaes que contrariem a tendncia para a urbanizaocontnua ao longo da faixa litoral de Portugal Continental.

    Reforar a coeso do territrio nacional atravs de uma organizaomais policntrica do sistema urbano.

    Valorizar o papel estratgico da Regio Metropolitana de Lisboa, daaglomerao urbano-industrial do Noroeste, do polgono Leiria-Coimbra-Aveiro-Viseu e das regies tursticas de valia internacional do Algarve,da Madeira e de outros plos emergentes de desenvolvimento turstico,para a afirmao internacional de Portugal.

    Desenvolver redes de conectividade internacional que conjuguem asnecessidades de integrao ibrica e europeia com a valorizao davertente atlntica e a consolidao de novas centralidades urbanas.

    Estruturar sistemas urbanos sub-regionais de forma a constituir plos decompetitividade regional, em particular no interior.

    Definir o sistema urbano como critrio orientador do desenho das redesde infra-estruturas e de equipamentos colectivos, cobrindo de forma

    adequada o conjunto do Pas e estruturando os sistemas de

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    acessibilidades e mobilidades em funo de um maior equilbrio noacesso s funes urbanas de nvel superior.

    Promover redes de cidades e subsistemas urbanos locais policntricosque, numa perspectiva de complementaridade e especializao,permitam a qualificao dos servios prestados populao e sactividades econmicas.

    Valorizar a diversidade dos territrios e a articulao dos centrosurbanos com as reas rurais, garantindo em todo o Pas o acesso aoconhecimento e aos servios colectivos e boas condies de mobilidade ecomunicao, favorecendo a liberdade de opo por diferentes espaos e

    modos de vida.O Modelo Territorial do PNPOT para Portugal continental (Figura 2)pressupe a estruturao urbana do litoral em torno de plos urbanosarticulados em sistemas policntricos:

    Arco Metropolitano do Porto, em que o Porto emerge como capital ecomo ncleo de um novo modelo de ordenamento da conurbao doNorte Litoral;

    Sistema Metropolitano do Centro Litoral, polgono policntrico, em quese destacam Aveiro, Viseu, Coimbra e Leiria, que importa estruturar ereforar como plo de internacionalizao;

    Arco Metropolitano de Lisboa, centrado na capital e respectiva reametropolitana, mas com uma estrutura complementarcrescentemente policntrica, da Nazar a Sines, com quatro sistemasurbanos sub-regionais em consolidao (Oeste, Mdio Tejo, Lezria eAlentejo Litoral) e prolongando a sua influncia directa em direco avora;

    Arco Metropolitano do Algarve, polinucleado e tendencialmente linear,projectando o seu dinamismo, segundo modelos de desenvolvimentodiferenciados, para o interior e ao longo da Costa Vicentina e do rioGuadiana.

    Simultaneamente, e para incrementar a coerncia do conjunto do sistemaurbano e o seu contributo para a competitividade e a coeso territorial,sero reforadas nos espaos no metropolitanos, nomeadamente nointerior, as estruturas urbanas constitudas pelas cidades de pequena emdia dimenso, privilegiando as ligaes em rede e adensando uma malhade sistemas urbanos sub-regionais que favoream a criao de plosregionais de competitividade.

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    Figura 2. Modelo Territorial Sistema Urbano e Acessibilidades

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    Orientaes estratgicas para os sistemas urbanos dos diversos espaosregionais

    O Modelo Territorial consagrado no PNPOT deve ser desenvolvido econcretizado nos Planos Regionais de Ordenamento do Territrio (PROT).

    A so definidas as respectivas redes urbanas regionais, clarificado o papeldiferenciado que poder ser desempenhado pelos diversos centros urbanose identificados os espaos de relaes que possam dar origem estruturao de sistemas urbanos sub-regionais ou configurar cidades-regio.

    Os PROT devem acolher a viso nacional sobre os territrios regionais, quese traduz num conjunto de orientaes estratgicas abarcando diversosdomnios. No que respeita ao sistema urbano, as principais orientaesestratgicas nacionais para cada uma das regies so as que constam doQuadro 2.

    As orientaes estratgicas resultantes dos PROT complementam eaprofundam as orientaes de mbito nacional, constituindo o referencial aser levado em conta na execuo da Poltica de Cidades POLIS XXI em cadauma das regies.

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    NORTE CENTRO LISBOA E VALE DO TEJO ALENTEJO

    Reforar a cooperaotransfronteiria,promovendo a cooperaointer-urbana para liderarprojectos de valorizao doterritrio transfronteirio ede explorao dosmercados de proximidade.

    Apoiar, na Covilh, aarticulao do plouniversitrio com um plode localizao deactividades mais intensivasem tecnologia econhecimento;

    Reforar o papel de CasteloBranco na articulao como Mdio Tejo e com asregies de Espanha,criando condies para

    sediar actividadesorientadas para osmercados do litoral e dointerior da Pennsula.

    Reforar a cooperaourbana transfronteiria quede proximidade quer derelacionamento dosprincipais centros urbanosdo Norte Alentejano(Portalegre, Elvas e CampoMaior) com as cidades daExtremadura, e de Beja eoutros centros do BaixoAlentejo com as cidades daAndaluzia;

    Potenciar o desenvolvimendos ncleos urbanos comalguma relevncia industrie apoiar a consolidao deum sector aeronutico,articulando as iniciativasemergentes e, emparticular, apostando naspossibilidades do aeroportde Beja para a instalao dactividades deste sector.

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    Anexo

    Fichas de sntese dos instrumentos de poltica

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    IInnssttrruummeennttoo ddee PPoollttiiccaaPPaarrcceeriiaass ppaarraa aa RReeggeenneerraaoo UUrrbbaannaa

    Revitalizao integrada de espaos intra-urbanos

    . Bairros crticos

    . Periferias

    .reas abandonadas ou com usos obsoletos

    . Centros histricos

    . Frentes ribeirinhas

    Operaes multi-sectoriais e multi-actores

    Parcerias locais / Protocolo de parceria

    Programa deAco

    Procedimento concursal (regional)

    Contratos de parceria

    PO Regional / QREN

    Meta 2015: 60 operaes de regenerao urbana

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    Gabinete do Secretrio de Estado do Ordenamento do Territrio e das Cidades

    IInnssttrruummeennttoo ddee PPoollttiiccaaRReeddeess UUrbbaannaassppaaraa aa CCoommppeettiittiivviiddaaddee ee aa IInnoovvaaoo

    Cooperao para a competitividade, inovao e internacionalizaodas cidades

    . Projectos comuns

    . Estruturas de cooperao urbana

    . Equipamentos e infra-estruturas diferenciadores. Marketing territorial

    . Aces de cooperao com cidades estrangeirasRedes de actores de uma cidade ou redes de cidades

    [Aces Preparatrias]

    Programa Estratgico de cooperao

    Procedimento concursal (regional e nacional)

    Contratos de parceria

    PO Regional / QREN

    Meta 2015: 31 cidades e/ou redes com programas estratgicos

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    IInnssttrruummeennttoo ddee PPoollttiiccaaAAcceess IInnoovvaaddooraass ppaaraa oo DDeesseennvvoollvviimmeennttoo UUrbbaannoo

    Projectos inovadores que respondam a problemas e novas procurasurbanas

    . Prestao de servios de proximidade

    . Acessibilidades e mobilidade

    .Segurana, preveno de riscos. Gesto do espao pblico

    . Ambiente urbano

    .Construo sustentvel

    .etc.Lgica intra-urbana ou de cidade-regio

    Entidades pblicas, associativas e privadas (sem fins lucrativos ouintegradas em parcerias pblico-privado); municpios associados, no

    caso da lgica cidade-regio

    Procedimento concursal (nacional)

    PO Valorizao do Territrio / QREN

    Meta 2015: 75 projectos inovadores