polícia civil do estado do rio de janeiro pc-rj · dados da obra título da obra: polícia civil...

30
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC - RJ Investigador Policial A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos. AG059-2018

Upload: trinhhanh

Post on 09-Feb-2019

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

PC-RJInvestigador Policial

A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.

AG059-2018

Page 2: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

DADOS DA OBRA

Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC - RJ

Cargo: Investigador Policial

Atualizada até 08/2018

• Língua Portuguesa• Noções de Direito Penal

• Noções Direito Processual Penal• Noções de Direito Administrativo• Noções de Direito Constitucional

• Noções De Informática

Gestão de ConteúdosEmanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração EletrônicaElaine Cristina

Igor de OliveiraAna Luiza Cesario

Thais Regis

Produção EditoralSuelen Domenica Pereira

CapaJoel Ferreira dos Santos

Page 3: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Compreensão e interpretação de textos. ...................................................................................................................................................... 01Características gerais de textos narrativos, descritivos e argumentativos. ...................................................................................... 01Exercícios de reescritura de frases mediante condições propostas. ................................................................................................... 01Ambiguidade. ...........................................................................................................................................................................................................01Resumo de textos. ...................................................................................................................................................................................................01Uso adequado do vocabulário. ......................................................................................................................................................................... 01Linguagem figurada. .............................................................................................................................................................................................01Formas de abreviações. ........................................................................................................................................................................................01Usos de sinais de pontuação e notações léxicas. ...................................................................................................................................... 16Correção de formas. ..............................................................................................................................................................................................16Concordância nominal e verbal. ....................................................................................................................................................................... 18Uso do acento indicativo da crase. .................................................................................................................................................................. 24Emprego e conjugação de verbos regulares e irregulares. .................................................................................................................... 26Emprego de Pronomes. .........................................................................................................................................................................................39

Noções de Direito Penal

- Aplicação da Lei penal. .......................................................................................................................................................................................01Teoria Geral do Crime. Tipicidade, ilicitude e culpabilidade. .................................................................................................................. 05Concurso de pessoas. ............................................................................................................................................................................................16Concurso de Crimes. .............................................................................................................................................................................................16Imputabilidade penal. ............................................................................................................................................................................................16Espécies de crimes: crimes contra a pessoa; ................................................................................................................................................. 17Crimes contra o patrimônio; ...............................................................................................................................................................................24Crimes contra os costumes; ................................................................................................................................................................................35Crimes contra a família; .........................................................................................................................................................................................38Crimes contra a paz pública; crimes contra a saúde pública; ................................................................................................................ 39Crimes contra a fé pública; ..................................................................................................................................................................................41Crimes contra a administração pública. .......................................................................................................................................................... 44Leis extravagantes: Lei de tortura (9.455/97); ............................................................................................................................................... 51Lei de entorpecente (Lei 6.368/76); .................................................................................................................................................................. 53Lei de abuso de autoridade (4.898/65); .......................................................................................................................................................... 68Estatuto da criança e do adolescente (Lei 8.069/90); ................................................................................................................................ 73Código de trânsito brasileiro (Lei 9.503/97); ...............................................................................................................................................127Lei dos juizados especiais criminais (Lei 9.099/95); ..................................................................................................................................142Dos crimes contra o meio ambiente (Lei 9.605/98); ................................................................................................................................154Dos crimes contra o consumidor (Lei 8.078); .............................................................................................................................................162Crimes de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98); .........................................................................................................................................180Estatuto do desarmamento (Lei 10.826/03); ...............................................................................................................................................186Crimes hediondos (Lei 8.072/90). ....................................................................................................................................................................193

Page 4: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 5: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

SUMÁRIO

Noções Direito Processual Penal

Inquérito policial. ....................................................................................................................................................................................................01Auto de resistência. ...............................................................................................................................................................................................01Ação Penal. ................................................................................................................................................................................................................04Prisão Cautelar: disposições gerais; prisão em flagrante; prisão temporária e prisão preventiva. ......................................... 06Competência e atribuição. ..................................................................................................................................................................................06Liberdade provisória. .............................................................................................................................................................................................06Atividade de Polícia Judiciária. .......................................................................................................................................................................... 18Diligências de investigação e medidas assecuratórias. ............................................................................................................................ 18Da busca e apreensão. ...........................................................................................................................................................................................18Da prova. ....................................................................................................................................................................................................................21Das garantias constitucionais do Processo Penal. ...................................................................................................................................... 26Leis dos Juizados Especiais Criminais (Leis 9.099/95 e 10.259/01). ..................................................................................................... 28

Noções de Direito Administrativo

Inquérito policial. ....................................................................................................................................................................................................01Auto de resistência. ...............................................................................................................................................................................................01Ação Penal. ................................................................................................................................................................................................................04Prisão Cautelar: disposições gerais; prisão em flagrante; prisão temporária e prisão preventiva. ......................................... 06Competência e atribuição. ..................................................................................................................................................................................06Liberdade provisória. .............................................................................................................................................................................................06Atividade de Polícia Judiciária. .......................................................................................................................................................................... 18Diligências de investigação e medidas assecuratórias. ............................................................................................................................ 18Da busca e apreensão. ...........................................................................................................................................................................................18Da prova. ....................................................................................................................................................................................................................21Das garantias constitucionais do Processo Penal. ...................................................................................................................................... 26Leis dos Juizados Especiais Criminais (Leis 9.099/95 e 10.259/01). ..................................................................................................... 28

Noções de Direito Constitucional

Direitos e deveres individuais e coletivos. .................................................................................................................................................... 01Organização do Estado Federal Brasileiro: repartição de competências. ......................................................................................... 34Administração pública e servidores públicos civis. ................................................................................................................................... 43Segurança Pública na Constituição Federal e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro. ................................................... 57

Noções de Informática

Componentes de um computador: hardware e software. ...................................................................................................................... 01Arquitetura básica de computadores: unidade central, memória: tipos e tamanhos. .................................................................. 01Periféricos: impressoras, drives de disco fixo (Winchester), disquete, CD-ROM. .......................................................................... 01Uso do teclado, uso do mouse, janelas e seus botões, diretórios e arquivos (uso do Windows Explorer): tipos de arqui-vos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos e cópias de seguran-ça, uso da lixeira para remover e recuperar arquivos, uso da ajuda do Windows. ........................................................................ 01Uso do Word for Windows: entrando e corrigindo texto, definindo formato de páginas: margens, orientação, nume-ração, cabeçalho e rodapé definindo estilo do texto: fonte, tamanho, negrito, itálico e sublinhado, impressão de do-cumentos: visualizando a página a ser impressa, uso do corretor ortográfico, criação de texto em colunas, criação de tabelas, criação e inserção de figuras no texto. ........................................................................................................................................... 60

Page 6: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 7: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão e interpretação de textos. ...................................................................................................................................................... 01Características gerais de textos narrativos, descritivos e argumentativos. ...................................................................................... 01Exercícios de reescritura de frases mediante condições propostas. .................................................................................................. 01Ambiguidade. ...........................................................................................................................................................................................................01Resumo de textos. ...................................................................................................................................................................................................01Uso adequado do vocabulário. ......................................................................................................................................................................... 01Linguagem figurada. .............................................................................................................................................................................................01Formas de abreviações. ........................................................................................................................................................................................01Usos de sinais de pontuação e notações léxicas. ...................................................................................................................................... 16Correção de formas. ..............................................................................................................................................................................................16Concordância nominal e verbal. ....................................................................................................................................................................... 18Uso do acento indicativo da crase. .................................................................................................................................................................. 24Emprego e conjugação de verbos regulares e irregulares. ................................................................................................................... 26Emprego de Pronomes. .........................................................................................................................................................................................39

Page 8: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 9: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

1

LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DE TEXTOS NARRATIVOS, DESCRITIVOS E

ARGUMENTATIVOS. EXERCÍCIOS DE REESCRITURA DE FRASES

MEDIANTE CONDIÇÕES PROPOSTAS. AMBIGUIDADE.

RESUMO DE TEXTOS.USO ADEQUADO DO VOCABULÁRIO. USO ADEQUADO DO VOCABULÁRIO.

LINGUAGEM FIGURADA. FORMAS DE ABREVIAÇÕES.

1. Interpretação TextualTexto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-

nadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli-gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-tir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamen-tações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, em uma prova, o candidato deve: Identificar os elementos fundamentais de uma

argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

Comparar as relações de semelhança ou de dife-renças entre as situações do texto.

Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade.

Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. Parafrasear = reescrever o texto com outras pa-

lavras.

Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá-

rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de sín-tese; capacidade de raciocínio.

Interpretar/Compreender

Interpretar significa:Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.Através do texto, infere-se que...É possível deduzir que...O autor permite concluir que...Qual é a intenção do autor ao afirmar que...Compreender significaEntendimento, atenção ao que realmente está escrito.O texto diz que...É sugerido pelo autor que...De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...O narrador afirma...

Erros de interpretação Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai

do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-nação.

Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido.

Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão.

Observação: Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a óti-

ca do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais.

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que

relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles,

está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblí-quo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na in-terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.

qual (neutro) idem ao anterior.quem (pessoa)cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois

o objeto possuído.

Page 10: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

2

LÍNGUA PORTUGUESA

como (modo)onde (lugar)quando (tempo)quanto (montante) Exemplo:Falou tudo QUANTO queria (correto)Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria

aparecer o demonstrativo O).Dicas para melhorar a interpretação de textos

Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos can-didatos na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as questões.

Se encontrar palavras desconhecidas, não inter-rompa a leitura.

Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias.

Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão).

Volte ao texto quantas vezes precisar. Não permita que prevaleçam suas ideias sobre

as do autor. Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me-

lhor compreensão. Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado

de cada questão. O autor defende ideias e você deve percebê-las. Observe as relações interparágrafos. Um parágra-

fo geralmente mantém com outro uma relação de conti-nuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem essas relações.

Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante.

Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Interpretação de Texto, mas para todas as demais questões!

Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin-cipal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.

Olhe com especial atenção os pronomes relati-vos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros vocábulos do texto.

SITEShttp://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-

gues/como-interpretar-textoshttp://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-

lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provashttp://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-

ra-voce-interpretar-melhor-um.html http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-

tao-117-portugues.htm

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (PCJ-MT - Delegado Substituto – Superior- Ces-pe-2017)

Texto CG1A1AAAA valorização do direito à vida digna preserva as duas

faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se, singu-lariza-se em sua individualidade. O direito é o instrumento da fraternização racional e rigorosa.

O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizável de justiça social.

Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a reve-lação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana.

Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, Co-missão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 (com adaptações).

Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser huma-no tem direito

A. de agir de forma autônoma, em nome da lei da so-brevivência das espécies.

B. de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessá-rio para defender seus interesses.

C. de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos.

D. à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros.

E. a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos.

O ser humano tem direito a uma vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus direitos – saúde, educa-ção, segurança – e exercer seus deveres plenamente, como prescrevem todos os direitos: (...) O direito à vida é a subs-tância em torno da qual todos os direitos se conjugam (...).

GABARITO OFICIAL: E

2. (PCJ-MT - Delegado Substituto – Superior- Ces-pe-2017)

Texto CG1A1BBBSegundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição

da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou

Page 11: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

- Aplicação da Lei penal. .......................................................................................................................................................................................01Teoria Geral do Crime. Tipicidade, ilicitude e culpabilidade. .................................................................................................................. 05Concurso de pessoas. ............................................................................................................................................................................................16Concurso de Crimes. .............................................................................................................................................................................................16Imputabilidade penal. ............................................................................................................................................................................................16Espécies de crimes: crimes contra a pessoa; ................................................................................................................................................. 17crimes contra o patrimônio; ................................................................................................................................................................................24crimes contra os costumes; .................................................................................................................................................................................35crimes contra a família;..........................................................................................................................................................................................38crimes contra a paz pública; crimes contra a saúde pública; ................................................................................................................. 39crimes contra a fé pública; ...................................................................................................................................................................................41crimes contra a administração pública. .......................................................................................................................................................... 44Leis extravagantes: Lei de tortura (9.455/97); ............................................................................................................................................... 51Lei de entorpecente (Lei 6.368/76); .................................................................................................................................................................. 53Lei de abuso de autoridade (4.898/65); .......................................................................................................................................................... 68estatuto da criança e do adolescente (Lei 8.069/90); ................................................................................................................................ 73código de trânsito brasileiro (Lei 9.503/97); ...............................................................................................................................................127Lei dos juizados especiais criminais (Lei 9.099/95); ..................................................................................................................................142dos crimes contra o meio ambiente (Lei 9.605/98); .................................................................................................................................154dos crimes contra o consumidor (Lei 8.078); ..............................................................................................................................................162crimes de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98); ..........................................................................................................................................180estatuto do desarmamento (Lei 10.826/03); ...............................................................................................................................................186crimes hediondos (Lei 8.072/90). .....................................................................................................................................................................193

Page 12: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 13: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

1

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

- APLICAÇÃO DA LEI PENAL.

A APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Dispõe o Código Penal:

PARTE GERALTÍTULO I

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Anterioridade da Lei

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condena-tória.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora de-corrido o período de sua duração ou cessadas as circuns-tâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

Tempo do crime

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con-

venções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como ex-tensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as ae-ronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de pro-priedade privada, que se achem, respectivamente, no espa-ço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes pra-ticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspon-

dente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Lugar do crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Extraterritorialidade

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometi-dos no estrangeiro:

I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Re-

pública; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do

Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou

a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasilei-

ras, mercantes ou de propriedade privada, quando em ter-ritório estrangeiro e aí não sejam julgados.

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segun-do a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:

a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi pra-

ticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei

brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou

não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou,

por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segun-do a lei mais favorável.

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime co-metido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:

a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diver-sas, ou nela é computada, quando idênticas.

Eficácia de sentença estrangeira

Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:

Page 14: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

2

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a resti-tuições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para

os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte inte-ressada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária ema-nou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calen-dário comum.

Frações não computáveis da pena

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liber-dade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.

Legislação especial

Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.

Interpretação da Lei PenalA interpretação é medida necessária para que com-

preendamos o verdadeiro sentido da norma e seu alcance.Na interpretação, há lei para regular o caso em con-

creto, assim, apenas deverá ser extraído do conteúdo nor-mativo sua vontade e seu alcance para que possa regular o fato jurídico.

1. Interpretação quanto ao sujeitoAutêntica ou legislativa- aquela fornecida pela própria

lei (exemplo: o art. 327 do CP define quem pode ser consi-derado funcionário público para fins penais);

doutrinária ou científica- aquela aduzida pelo jurista por meio de sua doutrina;

Jurisprudencial- é o significado da lei dado pelos Tri-bunais (exemplo: súmulas) Ressalte-se que a Exposição dos Motivos do Código Penal configura uma interpretação doutrinária, pois foi elaborada pelos doutos que criaram o Código, ao passo que a Exposição de Motivos do Código de Processo Penal é autêntica ou legislativa, pois foi criada por lei.2. Interpretação quanto ao modo

- gramatical, filológica ou literal- considera o sentido literal das palavras;

- teleológica- se refere à intenção objetivada pela lei (exemplo: proibir a entrada de acessórios de celular, mes-mo que a lei se refira apenas ao aparelho);

- histórica- indaga a origem da lei;- sistemática- interpretação em conjunto com a legis-

lação em vigor e com os princípios gerais do direito;- progressiva ou evolutiva- busca o significado legal

de acordo com o progresso da ciência.

Interpretação quanto ao resultado

declarativa ou declaratória- é aquela em que a letra da lei corresponde exatamente àquilo que a ela quis dizer, sem restringir ou estender seu sentido;

restritiva- a interpretação reduz o alcance das palavras da lei para corresponder à intenção do legislador;

extensiva- amplia o alcance das palavras da lei para corresponder à sua vontade.

Interpretação sui generis

A interpretação sui generis pode ser exofórica ou en-dofórica. Veja-se:

exofórica- o significado da norma interpretativa não está no ordenamento normativo (exemplo: erro de tipo);

endofórica- o texto normativo interpretado empresta o sentido de outros textos do próprio ordenamento jurídico (muito usada nas normas penais em branco).

Interpretação conforme a Constituição

A Constituição Federal informa e conforma as normas hierarquicamente inferiores. Esta é uma importante forma de interpretação no Estado Democrático de Direito.

Distinção entre interpretação extensiva e interpretação analógica

Enquanto a interpretação extensiva amplia o alcance das palavras, a analógica fornece exemplos encerrados de forma genérica, permitindo ao juiz encontrar outras hipó-teses, funcionando como uma analogia in malan partem admitida pela lei.

Rogério Greco fala em interpretação extensiva em sen-tido amplo, a qual abrange a interpretação extensiva em sentido estrito e interpretação analógica.

Analogia

Analogia não é forma de interpretação, mas de inte-gração de lacuna, ou seja, sendo omissa a lei acerca do tema, ou ainda em caso da Lei não tratar do tema em espe-cífico o magistrado irá recorrer ao instituto. São pressupos-tos da analogia: certeza de que sua aplicação será favorável ao réu; existência de uma efetiva lacuna a ser preenchida (omissão involuntária do legislador).

Irretroatividade da Lei Penal

Dita o Código Penal em seu artigo 2º:

Art. 2.“Ninguém pode ser punido por fato que lei pos-terior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.

Page 15: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

Inquérito policial. ....................................................................................................................................................................................................01Auto de resistência. ...............................................................................................................................................................................................01Ação Penal. ................................................................................................................................................................................................................04Prisão Cautelar: disposições gerais; prisão em flagrante; prisão temporária e prisão preventiva. ......................................... 06Competência e atribuição. ..................................................................................................................................................................................06Liberdade provisória. .............................................................................................................................................................................................06Atividade de Polícia Judiciária. .......................................................................................................................................................................... 18Diligências de investigação e medidas assecuratórias. ............................................................................................................................ 18Da busca e apreensão. ...........................................................................................................................................................................................18Da prova. ....................................................................................................................................................................................................................21Das garantias constitucionais do Processo Penal. ...................................................................................................................................... 26Leis dos Juizados Especiais Criminais (Leis 9.099/95 e 10.259/01). ..................................................................................................... 28

Page 16: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 17: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

1

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

- INQUÉRITO POLICIAL. AUTO DE RESISTÊNCIA.

Inquérito Policial

O Inquérito Policial é o procedimento administrativo persecutório, informativo, prévio e preparatório da Ação Penal. É um conjunto de atos concatenados, com unidade e fim de perseguir a materialidade e indícios de autoria de um crime. O inquérito Policial averígua determinado crime e precede a ação penal, sendo considerado, portanto como pré-processual.

Composto de provas de autoria e materialidade de cri-me, que, comumente são produzidas por Investigadores de Polícia e Peritos Criminais, o inquérito policial é organizado e numerado pelo Escrivão de Polícia, e presidido pelo De-legado de Polícia.

Importante esclarecer que não há litígio no Inquérito Policial, uma vez que inexistem autor e réu. Apenas figura a presença do investigado ou acusado.

Do mesmo modo, há a ausência do contraditório e da ampla defesa, em função de sua natureza inquisitória e em razão d a polícia exercer mera função administrativa e não jurisdicional.

Sob a égide da constituição federal, Aury Lopes Jr. de-fine:

“Inquérito é o ato ou efeito de inquirir, isto é, procurar informações sobre algo, colher informações acerca de um fato, perquirir”. (2008, p. 241).

Em outras palavras, o inquérito policial é um procedi-mento administrativo preliminar, de caráter inquisitivo, pre-sidido pela autoridade policial, que visa reunir elementos informativos com objetivo de contribuir para a formação da “opinio delicti” do titular da ação penal.

A Polícia ostensiva ou de segurança (Polícia Militar) tem por função evitar a ocorrência de crimes. Já a Polícia Judiciária (Civil e Federal) se incumbe se investigar a ocor-rência de infrações penais. Desta forma, a Polícia Judiciária, na forma de seus delegados é responsável por presidir o Inquérito Policial.

Entretanto, conforme o artigo 4º do Código de Pro-cesso Penal Brasileiro, em seu parágrafo único, outras au-toridades também poderão presidir o inquérito, como nos casos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s), Inquéritos Policiais Militares (IPM’s) e investigadores par-ticulares. Este último exemplo é aceito pela jurisprudência, desde que respeite as garantias constitucionais e não utili-ze provas ilícitas.

A atribuição para presidir o inquérito se dá em função da competência ratione loci, ou seja, em razão do lugar onde se consumou o crime. Desta forma, ocorrerá a inves-tigação onde ocorreu o crime. A atribuição do delegado será definida pela sua circunscrição policial, com exceção das delegacias especializadas, como a delegacia da mulher e de tóxicos, dentre outras.

Os destinatários do IP são os autores da Ação Penal, ou seja, o Ministério Público ( no caso de ação Penal de Iniciativa Pública) ou o querelante (no caso de Ação Penal de Iniciativa Privada). Excepcionalmente o juiz poderá ser destinatário do Inquérito, quando este estiver diante de cláusula de reserva de jurisdição.

O inquérito policial não é indispensável para a propo-situra da ação penal. Este será dispensável quando já se tiver a materialidade e indícios de autoria do crime. Entre-tanto, se não se tiver tais elementos, o IP será indispensá-vel, conforme disposição do artigo 39, § 5º do Código de Processo Penal.

A sentença condenatória será nula, quando funda-mentada exclusivamente nas provas produzidas no inqué-rito policial. Conforme o artigo 155 do CPP, o Inquérito serve apenas como reforço de prova.

O inquérito deve ser escrito, sigiloso, unilateral e inqui-sitivo. A competência de instauração poderá ser de ofício (Quando se tratar de ação penal pública incondicionada), por requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, a pedido da vítima ou de seu representante legal ou mediante requisição do Ministro da Justiça.

O Inquérito Policial se inicia com a notitia criminis, ou seja, com a notícia do crime. O Boletim de Ocorrência (BO) não é uma forma técnica de iniciar o Inquérito, mas este se destina às mãos do delegado e é utilizado para realizar a Representação, se o crime for de Ação de Iniciativa Penal Pública condicionada à Representação, ou para o requeri-mento, se o crime for de Ação Penal da Iniciativa Privada.

No que concerne à delacio criminis inautêntica, ou seja, a delação ou denúncia anônima, apesar de a Consti-tuição Federal vedar o anonimato, o Supremo Tribunal de Justiça se manifestou a favor de sua validade, desde que utilizada com cautela.

As peças inaugurais do inquérito policial são a Portaria (Ato de ofício do delegado, onde ele irá instaurar o inqué-rito), o Auto de prisão em flagrante (Ato pelo qual o dele-gado formaliza a prisão em flagrante), o Requerimento do ofendido ou de seu representante legal (Quando a vítima ou outra pessoa do povo requer, no caso de Ação Penal de Iniciativa Privada), a Requisição do Ministério Público ou do Juiz.

No IP a decretação de incomunicabilidade (máximo de três dias) é exclusiva do juiz, a autoridade policial não poderá determiná-la de ofício. Entretanto, o advogado po-derá comunicar-se com o preso, conforme dispõe o artigo 21 do Código de Processo Penal, em seu parágrafo único.

Concluídas as investigações, a autoridade policial en-caminha o ofício ao juiz, desta forma, depois de saneado o juiz o envia ao promotor, que por sua vez oferece a de-núncia ou pede arquivamento.

O prazo para a conclusão do inquérito, conforme o artigo 10 caput e § 3º do Código de Processo Penal, será de dez dias se o réu estiver preso, e de trinta dias se estiver solto. Entretanto, se o réu estiver solto, o prazo poderá ser prorrogado se o delegado encaminhar seu pedido ao juiz, e este para o Ministério Público.

Page 18: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

2

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

Na Polícia Federal, o prazo é de quinze dias se o in-diciado estiver preso (prorrogável por mais quinze). Nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes o prazo é de trinta dias se o réu estiver preso e noventa dias se estiver solto, esse prazo é prorrogável por igual período, conforme dis-posição da Lei 11.343 de 2006.

O arquivamento do inquérito consiste da paralisação das investigações pela ausência de justa causa (materia-lidade e indícios de autoria), por atipicidade ou pela ex-tinção da punibilidade. Este deverá ser realizado pelo Mi-nistério Público. O juiz não poderá determinar de ofício, o arquivamento do inquérito, sem a manifestação do Minis-tério Público

O desarquivamento consiste na retomada das investi-gações paralisadas, pelo surgimento de uma nova prova.

Procedimento inquisitivo: Todas as funções estão concentradas na mão de única

pessoa, o delegado de polícia.Recordando sobre sistemas processuais, suas moda-

lidades são: inquisitivo, acusatório e misto. O inquisitivo possui funções concentradas nas mãos de uma pessoa. O juiz exerce todas as funções dentro do processo. No acusa-tório puro, as funções são muito bem definidas. O juiz não busca provas. O Brasil adota o sistema acusatório não-or-todoxo. No sistema misto: existe uma fase investigatória, presidida por autoridade policial e uma fase judicial, presi-dida pelo juiz inquisidor.

Discricionariedade: Existe uma margem de atuação do delegado que atua-

rá de acordo com sua conveniência e oportunidade. A ma-terialização dessa discricionariedade se dá, por exemplo, no indeferimento de requerimentos. O art. 6º do Código de Processo Penal, apesar de trazer diligências, não retira a discricionariedade do delegado. Diante da situação apre-sentada, poderia o delegado indeferir quaisquer diligên-cias? A resposta é não, pois há exceção. Não cabe ao de-legado de polícia indeferir a realização do exame de corpo de delito, uma vez que o ordenamento jurídico veda tal prática. Caso o delegado opte por indeferir o exame, duas serão as possíveis saídas: a primeira, requisitar ao Ministé-rio Público. A segunda, segundo Tourinho Filho, recorrer ao Chefe de Polícia (analogia ao art. 5º, §2º, CPP). Outra importante observação: O fato de o MP e juiz realizarem requisição de diligências mitigaria a discricionariedade do delegado? Não, pois a requisição no processo penal é tra-tada como ordem, ou seja, uma imposição legal. O dele-gado responderia pelo crime de prevaricação (art. 319 do Código Penal), segundo a doutrina majoritária.

Procedimento sigiloso:O inquérito policial tem o sigilo natural como caracte-

rística em razão de duas finalidades: 1) Eficiência das inves-tigações; 2) Resguardar imagem do investigado. O sigilo é intrínseco ao IP, diferente da ação penal, uma vez que não é necessária a declaração de sigilo no inquérito. Apesar de sigiloso, deve-se considerar a relativização do mesmo, uma vez que alguns profissionais possuem acesso ao mesmo,

como é o exemplo do juiz, do promotor de justiça e do advogado do ofendido, vide Estatuto da OAB, lei 8.906/94, art. 7º, XIX. O advogado tem o direito de consultar os autos dos IP, ainda que sem procuração para tal.

Nesse sentido, a súmula vinculante nº 14, do STF: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter aces-so amplo aos elementos de prova, que já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exer-cício do direito de defesa.” Em observação mais detalhada, conclui-se que o que está em andamento não é de direi-to do advogado, mas somente o que já fora devidamente documentado. Diante disso, faz-se necessária a seguinte reflexão: Qual o real motivo da súmula? O Conselho fe-deral da OAB, - indignado pelo não cumprimento do que disposto no Estatuto da OAB - decidiu provocar o STF para edição da súmula vinculante visando garantir ao advogado acesso aos autos. Como precedentes da súmula: HC 87827 e 88190 – STF; HC 120.132 – STJ.

Importante ressaltar que quanto ao sigilo, a súmula nº 14 não garante ao advogado o direito de participar nas di-ligências. O sigilo é dividido em interno e externo. Sigilo interno: possui duas vertentes, sendo uma positiva e ou-tra negativa. A positiva versa sobre a possibilidade do juiz/MP acessarem o IP. A negativa, sobre a não possibilidade de acesso aos autos pelo advogado e investigado (em al-gumas diligências). E na eventualidade do delegado negar vista ao advogado? Habeas corpus preventivo (profilático); mandado de segurança (analisado pelo juiz criminal).

Procedimento escrito:Os elementos informativos produzidos oralmente de-

vem ser reduzidos a termo. O termo “eventualmente da-tilografado” deve ser considerado, através de uma inter-pretação analógica, como “digitado”. A partir de 2009, a lei 11.900/09 passou a autorizar a documentação e captação de elementos informativos produzidos através de som e imagem (através de dispositivos de armazenamento).

Indisponível: A autoridade policial não pode arquivar o inquérito po-

licial. O delegado pode sugerir o arquivamento, enquanto o MP pede o arquivamento. O sistema presidencialista é o que vigora para o trâmite do IP, ou seja, deve passar pelo magistrado.

Importante ilustrar que poderá o delegado deixar de instaurar o inquérito nas seguintes hipóteses:

1) se o fato for atípico (atipicidade material); 2) não ocorrência do fato; 3) se estiverem presentes causas de extinção de puni-

bilidade, como no caso da prescrição.Contudo o delegado não poderá invocar o princípio da

insignificância com o objetivo de deixar de lavrar o auto de prisão em flagrante ou de instaurar inquérito policial. No que tange à excludente de ilicitude, a doutrina majoritária entende que o delegado deve instaurar o inquérito e ratifi-car o auto de prisão em flagrante, uma vez que a função da autoridade policial é subsunção do fato à norma.

Page 19: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

DIREITO ADMINISTRATIVO

Inquérito policial. ....................................................................................................................................................................................................01Auto de resistência. ...............................................................................................................................................................................................01Ação Penal. ................................................................................................................................................................................................................04Prisão Cautelar: disposições gerais; prisão em flagrante; prisão temporária e prisão preventiva. ......................................... 06Competência e atribuição. ..................................................................................................................................................................................06Liberdade provisória. .............................................................................................................................................................................................06Atividade de Polícia Judiciária. .......................................................................................................................................................................... 18Diligências de investigação e medidas assecuratórias. ............................................................................................................................ 18Da busca e apreensão. ...........................................................................................................................................................................................18Da prova. ....................................................................................................................................................................................................................21Das garantias constitucionais do Processo Penal. ...................................................................................................................................... 26Leis dos Juizados Especiais Criminais (Leis 9.099/95 e 10.259/01). ..................................................................................................... 28

Page 20: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 21: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

1

DIREITO ADMINISTRATIVO

- CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. HIERARQUIA ADMINISTRATIVA.

Administração pública: princípios básicos“O conceito de Estado varia segundo o ângulo em que

é considerado. Do ponto de vista sociológico, é corpora-ção territorial dotada de um poder de mando originário; sob o aspecto político, é comunidade de homens, fixada sobre um território, com potestade superior de ação, de mando e de coerção; sob o prisma constitucional, é pes-soa jurídica territorial soberana; na conceituação do nosso Código Civil, é pessoa jurídica de Direito Público Interno (art. 14, I). Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no campo do Direito Público como no do Direito Pri-vado, mantendo sempre sua única personalidade de Direi-to Público, pois a teoria da dupla personalidade do Estado acha-se definitivamente superada. O Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis: Povo, Terri-tório e Governo soberano. Povo é o componente humano do Estado; Território, a sua base física; Governo soberano, o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do Povo. Não há nem pode haver Estado inde-pendente sem Soberania, isto é, sem esse poder absoluto, indivisível e incontrastável de organizar-se e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu Povo e de fazer cumprir as suas decisões inclusive pela força, se necessário. A von-tade estatal apresenta-se e se manifesta através dos de-nominados Poderes de Estado. Os Poderes de Estado, na clássica tripartição de Montesquieu, até hoje adotada nos Estados de Direito, são o Legislativo, o Executivo e o ju-diciário, independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis (CF, art. 2º). A organi-zação do Estado é matéria constitucional no que concerne à divisão política do território nacional, a estruturação dos Poderes, à forma de Governo, ao modo de investidura dos governantes, aos direitos e garantias dos governados. Após as disposições constitucionais que moldam a organização política do Estado soberano, surgem, através da legislação complementar e ordinária, e organização administrati-va das entidades estatais, de suas autarquias e entidades paraestatais instituídas para a execução desconcentrada e descentralizada de serviços públicos e outras atividades de interesse coletivo, objeto do Direito Administrativo e das modernas técnicas de administração”1.

Com efeito, o Estado é uma organização dotada de personalidade jurídica que é composta por povo, território e soberania. Logo, possui homens situados em determina-da localização e sobre eles e em nome deles exerce poder. É dotado de personalidade jurídica, isto é, possui a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. Nestes moldes, o Estado tem natureza de pessoa jurídica de di-reito público.1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1993.

Trata-se de pessoa jurídica, e não física, porque o Esta-do não é uma pessoa natural determinada, mas uma estru-tura organizada e administrada por pessoas que ocupam cargos, empregos e funções em seu quadro. Logo, pode-se dizer que o Estado é uma ficção, eis que não existe em si, mas sim como uma estrutura organizada pelos próprios homens.

É de direito público porque administra interesses que pertencem a toda sociedade e a ela respondem por desvios na conduta administrativa, de modo que se sujeita a um regime jurídico próprio, que é objeto de estudo do direito administrativo.

Em face da organização do Estado, e pelo fato deste assumir funções primordiais à coletividade, no interesse desta, fez-se necessário criar e aperfeiçoar um sistema ju-rídico que fosse capaz de regrar e viabilizar a execução de tais funções, buscando atingir da melhor maneira possível o interesse público visado. A execução de funções exclusi-vamente administrativas constitui, assim, o objeto do Direi-to Administrativo, ramo do Direito Público. A função admi-nistrativa é toda atividade desenvolvida pela Administração (Estado) representando os interesses de terceiros, ou seja, os interesses da coletividade.

Devido à natureza desses interesses, são conferidos à Administração direitos e obrigações que não se estendem aos particulares. Logo, a Administração encontra-se numa posição de superioridade em relação a estes.

Se, por um lado, o Estado é uno, até mesmo por se legitimar na soberania popular; por outro lado, é necessá-ria a divisão de funções das atividades estatais de maneira equilibrada, o que se faz pela divisão de Poderes, a qual resta assegurada no artigo 2º da Constituição Federal. A função típica de administrar – gerir a coisa pública e aplicar a lei – é do Poder Executivo; cabendo ao Poder Legislativo a função típica de legislar e ao Poder Judiciário a função típica de julgar. Em situações específicas, será possível que no exercício de funções atípicas o Legislativo e o Judiciário exerçam administração.

Destaca-se o artigo 41 do Código Civil:

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:I - a União;II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;III - os Municípios;IV - as autarquias;V - as demais entidades de caráter público criadas

por lei.Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pes-

soas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estru-tura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.

Nestes moldes, o Estado é pessoa jurídica de direito público interno. Mas há características peculiares distintivas que fazem com que afirmá-lo apenas como pessoa jurídica de direito público interno seja correto, mas não suficiente. Pela peculiaridade da função que desempenha, o Estado é verdadeira pessoa administrativa, eis que concentra para si o exercício das atividades de administração pública.

Page 22: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

2

DIREITO ADMINISTRATIVO

A expressão pessoa administrativa também pode ser colocada em sentido estrito, segundo o qual seriam pes-soas administrativas aquelas pessoas jurídicas que integram a administração pública sem dispor de autonomia política (capacidade de auto-organização). Em contraponto, pes-soas políticas seriam as pessoas jurídicas de direito público interno – União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

PrincípiosOs princípios da Administração Pública são regras que

surgem como parâmetros para a interpretação das demais normas jurídicas, sendo a base da disciplina do direito ad-ministrativo. Têm a função de oferecer coerência e harmo-nia para o ordenamento jurídico. Quando houver mais de uma norma, deve-se seguir aquela que mais se compatibi-liza com os princípios elencados na Constituição Federal, ou seja, interpreta-se, sempre, consoante os ditames da Constituição.

Princípios constitucionais expressosSão princípios da administração pública, nesta ordem:LegalidadeImpessoalidadeMoralidadePublicidadeEficiênciaPara memorizar: veja que as iniciais das palavras for-

mam o vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da Administração Pública. É de fundamental importância um olhar atento ao significado de cada um destes princípios, posto que eles estruturam todas as regras éticas prescritas no Código de Ética e na Lei de Improbidade Administrativa, tomando como base os ensinamentos de Carvalho Filho2 e Spitzcovsky3:

a) Princípio da legalidade: Para o particular, legali-dade significa a permissão de fazer tudo o que a lei não proíbe. Contudo, como a administração pública representa os interesses da coletividade, ela se sujeita a uma relação de subordinação, pela qual só poderá fazer o que a lei ex-pressamente determina (assim, na esfera estatal, é preciso lei anterior editando a matéria para que seja preservado o princípio da legalidade). A origem deste princípio está na criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio Estado deve respeitar as leis que dita.

b) Princípio da impessoalidade: Por força dos interes-ses que representa, a administração pública está proibida de promover discriminações gratuitas. Discriminar é tratar alguém de forma diferente dos demais, privilegiando ou prejudicando. Segundo este princípio, a administração pú-blica deve tratar igualmente todos aqueles que se encon-trem na mesma situação jurídica (princípio da isonomia ou igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a impessoalida-de no que tange à contratação de serviços. O princípio da

2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.3 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: Método, 2011.

impessoalidade correlaciona-se ao princípio da finalidade, pelo qual o alvo a ser alcançado pela administração públi-ca é somente o interesse público. Com efeito, o interesse particular não pode influenciar no tratamento das pessoas, já que deve-se buscar somente a preservação do interesse coletivo.

c) Princípio da moralidade: A posição deste princí-pio no artigo 37 da CF representa o reconhecimento de uma espécie de moralidade administrativa, intimamente relacionada ao poder público. A administração pública não atua como um particular, de modo que enquanto o des-cumprimento dos preceitos morais por parte deste parti-cular não é punido pelo Direito (a priori), o ordenamento jurídico adota tratamento rigoroso do comportamento imoral por parte dos representantes do Estado. O princípio da moralidade deve se fazer presente não só para com os administrados, mas também no âmbito interno. Está indis-sociavelmente ligado à noção de bom administrador, que não somente deve ser conhecedor da lei, mas também dos princípios éticos regentes da função administrativa. TODO ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE ILEGAL OU AO MENOS IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação com os dois princípios anteriores.

d) Princípio da publicidade: A administração pública é obrigada a manter transparência em relação a todos seus atos e a todas informações armazenadas nos seus ban-cos de dados. Daí a publicação em órgãos da imprensa e a afixação de portarias. Por exemplo, a própria expressão concurso público (art. 37, II, CF) remonta ao ideário de que todos devem tomar conhecimento do processo seletivo de servidores do Estado. Diante disso, como será visto, se ne-gar indevidamente a fornecer informações ao administrado caracteriza ato de improbidade administrativa.

No mais, prevê o §1º do artigo 37, CF, evitando que o princípio da publicidade seja deturpado em propaganda político-eleitoral:

Artigo 37, §1º, CF. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servido-res públicos.

Somente pela publicidade os indivíduos controlarão a legalidade e a eficiência dos atos administrativos. Os instrumentos para proteção são o direito de petição e as certidões (art. 5°, XXXIV, CF), além do habeas data e - resi-dualmente - do mandado de segurança. Neste viés, ainda, prevê o artigo 37, CF em seu §3º:

Artigo 37, §3º, CF. A lei disciplinará as formas de par-ticipação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

Page 23: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos e deveres individuais e coletivos. .................................................................................................................................................... 01Organização do Estado Federal Brasileiro: repartição de competências. ........................................................................................ 34Administração pública e servidores públicos civis. ................................................................................................................................... 43Segurança Pública na Constituição Federal e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro. ................................................... 57

Page 24: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 25: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

1

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS.

O título II da Constituição Federal é intitulado “Direitos e Garantias fundamentais”, gênero que abrange as seguin-tes espécies de direitos fundamentais: direitos individuais e coletivos (art. 5º, CF), direitos sociais (genericamente pre-vistos no art. 6º, CF), direitos da nacionalidade (artigos 12 e 13, CF) e direitos políticos (artigos 14 a 17, CF).

Em termos comparativos à clássica divisão tridimen-sional dos direitos humanos, os direitos individuais (maior parte do artigo 5º, CF), os direitos da nacionalidade e os direitos políticos se encaixam na primeira dimensão (direi-tos civis e políticos); os direitos sociais se enquadram na se-gunda dimensão (direitos econômicos, sociais e culturais) e os direitos coletivos na terceira dimensão. Contudo, a enu-meração de direitos humanos na Constituição vai além dos direitos que expressamente constam no título II do texto constitucional.

Os direitos fundamentais possuem as seguintes carac-terísticas principais:

a) Historicidade: os direitos fundamentais possuem antecedentes históricos relevantes e, através dos tempos, adquirem novas perspectivas. Nesta característica se en-quadra a noção de dimensões de direitos.

b) Universalidade: os direitos fundamentais perten-cem a todos, tanto que apesar da expressão restritiva do caput do artigo 5º aos brasileiros e estrangeiros residentes no país tem se entendido pela extensão destes direitos, na perspectiva de prevalência dos direitos humanos.

c) Inalienabilidade: os direitos fundamentais não possuem conteúdo econômico-patrimonial, logo, são in-transferíveis, inegociáveis e indisponíveis, estando fora do comércio, o que evidencia uma limitação do princípio da autonomia privada.

d) Irrenunciabilidade: direitos fundamentais não po-dem ser renunciados pelo seu titular devido à fundamenta-lidade material destes direitos para a dignidade da pessoa humana.

e) Inviolabilidade: direitos fundamentais não podem deixar de ser observados por disposições infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas, sob pena de nulidades.

f) Indivisibilidade: os direitos fundamentais compõem um único conjunto de direitos porque não podem ser ana-lisados de maneira isolada, separada.

g) Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não se perdem com o tempo, não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e exercidos, não deixando de existir pela falta de uso (prescrição).

h) Relatividade: os direitos fundamentais não po-dem ser utilizados como um escudo para práticas ilícitas ou como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade por atos ilícitos, assim estes direitos não são ilimitados e encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados como humanos.

Vale destacar que a Constituição vai além da proteção dos direitos e estabelece garantias em prol da preservação destes, bem como remédios constitucionais a serem utili-zados caso estes direitos e garantias não sejam preserva-dos. Neste sentido, dividem-se em direitos e garantias as previsões do artigo 5º: os direitos são as disposições de-claratórias e as garantias são as disposições assecuratórias.

O legislador muitas vezes reúne no mesmo dispositivo o direito e a garantia, como no caso do artigo 5º, IX: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” – o direito é o de liberdade de expressão e a garantia é a vedação de censura ou exigência de licença. Em outros ca-sos, o legislador traz o direito num dispositivo e a garantia em outro: a liberdade de locomoção, direito, é colocada no artigo 5º, XV, ao passo que o dever de relaxamento da prisão ilegal de ofício pelo juiz, garantia, se encontra no artigo 5º, LXV1.

Em caso de ineficácia da garantia, implicando em viola-ção de direito, cabe a utilização dos remédios constitucionais.

Atenção para o fato de o constituinte chamar os remé-dios constitucionais de garantias, e todas as suas fórmulas de direitos e garantias propriamente ditas apenas de direitos.

Direitos e deveres individuais e coletivos

O capítulo I do título II é intitulado “direitos e deve-res individuais e coletivos”. Da própria nomenclatura do capítulo já se extrai que a proteção vai além dos direitos do indivíduo e também abrange direitos da coletividade. A maior parte dos direitos enumerados no artigo 5º do texto constitucional é de direitos individuais, mas são incluídos alguns direitos coletivos e mesmo remédios constitucio-nais próprios para a tutela destes direitos coletivos (ex.: mandado de segurança coletivo).

1) Brasileiros e estrangeirosO caput do artigo 5º aparenta restringir a proteção

conferida pelo dispositivo a algumas pessoas, notadamen-te, “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País”. No entanto, tal restrição é apenas aparente e tem sido in-terpretada no sentido de que os direitos estarão protegi-dos com relação a todas as pessoas nos limites da sobera-nia do país.

Em razão disso, por exemplo, um estrangeiro pode in-gressar com habeas corpus ou mandado de segurança, ou então intentar ação reivindicatória com relação a imóvel seu localizado no Brasil (ainda que não resida no país).

Somente alguns direitos não são estendidos a todas as pessoas. A exemplo, o direito de intentar ação popular exi-ge a condição de cidadão, que só é possuída por nacionais titulares de direitos políticos.

1 FARIA, Cássio Juvenal. Notas pessoais tomadas em teleconferência.

Page 26: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

2

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

2) Relação direitos-deveresO capítulo em estudo é denominado “direitos e garan-

tias deveres e coletivos”, remetendo à necessária relação direitos-deveres entre os titulares dos direitos fundamen-tais. Acima de tudo, o que se deve ter em vista é a pre-missa reconhecida nos direitos fundamentais de que não há direito que seja absoluto, correspondendo-se para cada direito um dever. Logo, o exercício de direitos fundamen-tais é limitado pelo igual direito de mesmo exercício por parte de outrem, não sendo nunca absolutos, mas sempre relativos.

Explica Canotilho2 quanto aos direitos fundamentais: “a ideia de deveres fundamentais é suscetível de ser entendi-da como o ‘outro lado’ dos direitos fundamentais. Como ao titular de um direito fundamental corresponde um de-ver por parte de um outro titular, poder-se-ia dizer que o particular está vinculado aos direitos fundamentais como destinatário de um dever fundamental. Neste sentido, um direito fundamental, enquanto protegido, pressuporia um dever correspondente”. Com efeito, a um direito funda-mental conferido à pessoa corresponde o dever de respei-to ao arcabouço de direitos conferidos às outras pessoas.

3) Direitos e garantias em espéciePreconiza o artigo 5º da Constituição Federal em seu caput:

Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-ros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes [...].

O caput do artigo 5º, que pode ser considerado um dos principais (senão o principal) artigos da Constituição Federal, consagra o princípio da igualdade e delimita as cinco esferas de direitos individuais e coletivos que mere-cem proteção, isto é, vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Os incisos deste artigos delimitam vários direitos e garantias que se enquadram em alguma destas esferas de proteção, podendo se falar em duas esferas es-pecíficas que ganham também destaque no texto consti-tucional, quais sejam, direitos de acesso à justiça e direitos constitucionais-penais.

- Direito à igualdadeAbrangênciaObserva-se, pelo teor do caput do artigo 5º, CF, que o

constituinte afirmou por duas vezes o princípio da igualdade:

Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-ros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes [...].2 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito cons-titucional e teoria da constituição. 2. ed. Coimbra: Almedi-na, 1998, p. 479.

Não obstante, reforça este princípio em seu primeiro inciso:

Artigo 5º, I, CF. Homens e mulheres são iguais em direi-tos e obrigações, nos termos desta Constituição.

Este inciso é especificamente voltado à necessidade de igualdade de gênero, afirmando que não deve haver ne-nhuma distinção sexo feminino e o masculino, de modo que o homem e a mulher possuem os mesmos direitos e obrigações.

Entretanto, o princípio da isonomia abrange muito mais do que a igualdade de gêneros, envolve uma pers-pectiva mais ampla.

O direito à igualdade é um dos direitos norteadores de interpretação de qualquer sistema jurídico. O primeiro enfoque que foi dado a este direito foi o de direito civil, enquadrando-o na primeira dimensão, no sentido de que a todas as pessoas deveriam ser garantidos os mesmos direi-tos e deveres. Trata-se de um aspecto relacionado à igual-dade enquanto liberdade, tirando o homem do arbítrio dos demais por meio da equiparação. Basicamente, estaria se falando na igualdade perante a lei.

No entanto, com o passar dos tempos, se percebeu que não bastava igualar todos os homens em direitos e deveres para torná-los iguais, pois nem todos possuem as mesmas condições de exercer estes direitos e deveres. Logo, não é suficiente garantir um direito à igualdade formal, mas é preciso buscar progressivamente a igualdade material. No sentido de igualdade material que aparece o direito à igualdade num segundo momento, pretendendo-se do Es-tado, tanto no momento de legislar quanto no de aplicar e executar a lei, uma postura de promoção de políticas go-vernamentais voltadas a grupos vulneráveis.

Assim, o direito à igualdade possui dois sentidos notá-veis: o de igualdade perante a lei, referindo-se à aplicação uniforme da lei a todas as pessoas que vivem em socieda-de; e o de igualdade material, correspondendo à necessi-dade de discriminações positivas com relação a grupos vul-neráveis da sociedade, em contraponto à igualdade formal.

Ações afirmativasNeste sentido, desponta a temática das ações afirmati-

vas,que são políticas públicas ou programas privados cria-dos temporariamente e desenvolvidos com a finalidade de reduzir as desigualdades decorrentes de discriminações ou de uma hipossuficiência econômica ou física, por meio da concessão de algum tipo de vantagem compensatória de tais condições.

Quem é contra as ações afirmativas argumenta que, em uma sociedade pluralista, a condição de membro de um grupo específico não pode ser usada como critério de inclusão ou exclusão de benefícios. Ademais, afirma-se que elas desprivilegiam o critério republicano do mérito (se-gundo o qual o indivíduo deve alcançar determinado cargo público pela sua capacidade e esforço, e não por pertencer a determinada categoria); fomentariam o racismo e o ódio; bem como ferem o princípio da isonomia por causar uma discriminação reversa.

Page 27: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Componentes de um computador: hardware e software. ...................................................................................................................... 01Arquitetura básica de computadores: unidade central, memória: tipos e tamanhos. .................................................................. 01Periféricos: impressoras, drives de disco fixo (Winchester), disquete, CD-ROM. .......................................................................... 01Uso do teclado, uso do mouse, janelas e seus botões, diretórios e arquivos (uso do Windows Explorer): tipos de arqui-vos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos e cópias de seguran-ça, uso da lixeira para remover e recuperar arquivos, uso da ajuda do Windows. ........................................................................ 01Uso do Word for Windows: entrando e corrigindo texto, definindo formato de páginas: margens, orientação, nume-ração, cabeçalho e rodapé definindo estilo do texto: fonte, tamanho, negrito, itálico e sublinhado, impressão de do-cumentos: visualizando a página a ser impressa, uso do corretor ortográfico, criação de texto em colunas, criação de tabelas, criação e inserção de figuras no texto. ........................................................................................................................................... 60

Page 28: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até
Page 29: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

1

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

COMPONENTES DE UM COMPUTADOR: HARDWARE E SOFTWARE.

ARQUITETURA BÁSICA DE COMPUTADORES: UNIDADE CENTRAL, MEMÓRIA: TIPOS E

TAMANHOS.PERIFÉRICOS: IMPRESSORAS, DRIVES DE

DISCO FIXO (WINCHESTER), DISQUETE, CD-ROM.

USO DO TECLADO, USO DO MOUSE, JANELAS E SEUS BOTÕES, DIRETÓRIOS E ARQUIVOS (USO DO WINDOWS EXPLORER): TIPOS DE

ARQUIVOS, LOCALIZAÇÃO, CRIAÇÃO, CÓPIA E REMOÇÃO DE ARQUIVOS, CÓPIAS DE

ARQUIVOS PARA OUTROS DISPOSITIVOS E CÓPIAS DE SEGURANÇA, USO DA LIXEIRA PARA REMOVER E RECUPERAR ARQUIVOS,

USO DA AJUDA DO WINDOWS.

O que é a Informática?Informática é o nome genérico do conjunto das Ciên-

cias da Informação que inclui: a teoria da informação, o processo de cálculo, a análise numérica e os métodos teóri-cos da representação dos conhecimentos e de modelagem dos problemas. E a palavra Informática refere-se, também, especificamente ao processo de tratamento automático da informação por meio de máquinas eletrônicas, como com-putadores, laptops, netbook, tablets etc ...

De um modo geral, pode-se pensar em computador como um equipamento capaz de armazenar e processar, lógica e matematicamente, quantidades numéricas.

O ComputadorO computador é uma máquina programável capaz de

realizar processamentos sobre uma massa de dados, torna--los em informação útil e armazená-los.

- Dados: são fatos/descritores de coisas, pessoas, even-tos não processados;

- Informação: trata-se do conjunto de dados que foram processados e constituem informação útil.

Concretamente, o computador é um equipamento, constituído por componentes mecânicos e eletrônicos que, a partir de dados de entrada, realiza um processamento, gerando novos dados como saída.

Basicamente um computador é composto de um pro-cessador central, capaz de efetuar operações lógicas e matemáticas de modo extremamente rápido, e de salvar informações, que utiliza vários dispositivos como disco rí-gido, memória, placa mãe e, também, vários dispositivos de entrada e saída de dados.

Atualmente é considerado quase como um eletrodo-méstico e é geralmente associado a um gabinete, a um monitor, um teclado, a um mouse, a uma impressora, sen-do extremamente importante que haja conexão à Internet.

História dos computadoresQuando se pensa na história do computador e da In-

ternet, observa-se que, apesar de muitos equipamentos te-rem aparecido bem antes, eles surgiram em torno dos anos 40 do século passado e eram enormes, ocupando vários metros quadrados.

Esses equipamentos passaram por uma grande evolu-ção, que pode ser dividida em gerações.

Cada geração é caracterizada pelo desenvolvimento tecnológico no modo como o computador opera, resultan-do em equipamentos cada vez menores, mais poderosos, eficientes rápidos,e baratos.

Primeira geração (em torno de 1940-1959)- Os computadores eram lentos, enormes, ocupavam

salas inteiras e tinham muitos metros de fios,- Eram equipadas com válvulas eletrônicas e gastavam

muita energia,- Sua operação era muito cara e esquentavam muito, o

que era, frequentemente, a causa de mau funcionamento,- Usavam linguagem de máquina para executar opera-

ções, só podendo resolver um problema de cada vez,- A memória baseava-se em cilindro magnético,- A velocidade de processamento era da ordem de mi-

lissegundos e a capacidade de memória era de 2 a 4 kbytes,- A entrada de dados era feita por meio de cartões ou

fita de papel perfurados,- A saída de dados era feita por impressoras, - Não existia sistema operacional. Os programadores

eram operadores e controlavam o computador por meio de chaves, fios e luzes de aviso.

Exemplos: ENIAC, UNIVAC

ENIAC

Segunda geração (1959-1964)- Houve a substituição das válvulas eletrônicas por

transistores e os fios de ligação por circuitos impressos, o que tornou os computadores mais rápidos, menores, e de custo mais baixo. Mas ainda esquentavam muito.

Page 30: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ · DADOS DA OBRA Título da obra: Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PC RJ Cargo: Investigador Policial Atualizada até

2

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Mudança da linguagem de máquina binária para as linguagens simbólicas, como FORTRAN, que permitiram que os programadores especificassem instruções em pa-lavras,

- A memória passou de cilindro magnético para a tec-nologia do núcleo magnético,

- A velocidade de processamento era da ordem de mi-lissegundos a capacidade de memória era de 20 megaby-tes,

- Surgiram os primeiros armazenadores externos de in-formações: fitas magnéticas e discos,

- A entrada de dados era feita por cartões ou fita de papel perfurados,

- A saída de dados era feita por impressoras, - Foram criados os sistemas em lote, “batch systems”,

que possibilitaram um melhor uso dos recursos computa-cionais. Havia um programa monitor, usado para “enfilei-rar” as tarefas. Cada programa era escrito em cartões ou fita de papel perfurados, que eram carregados por um ope-rador, juntamente com seu compilador. O operador em ge-ral utilizava uma linguagem de controle chamada JCL (job control language).

Exemplos: TRADIC, IBM TX-0

TX-0

Terceira geração (1964-1970)- Os computadores passaram a ter circuitos integra-

dos, sendo que os transistores foram miniaturizados. Estes aumentaram a velocidade e a eficiência das máquinas, pro-porcionando redução dos custos e aumento da velocidade de processamento. Sendo menores e mais baratos torna-ram-se acessíveis para um grande número de pessoas,

- Teclados e monitores substituíram os cartões e papel perfurados,

- O sistema operacional passou a permitir que muitos programas pudessem ser executados ao mesmo tempo (multitarefa), inclusive monitorando a memória,

- A velocidade de processamento era da ordem de mi-crossegundos

Exemplos: DCC 6600, Nova

Quarta geração (de 1970 até a época atual)- O microprocessador, com milhares de circuitos inte-

grados em um único “chip” de silicone, proporcionou maior grau de miniaturização, confiabilidade e velocidade, já da ordem de nanosegundos (bilionésima parte do segundo),

- Outros equipamentos começaram a usar os micro-processadores,

- Iniciou-se a ligação dos computadores em redes o que conduziu ao desenvolvimento da Internet,

- Houve o desenvolvimento da interface gráfica - GUI, “Graphical User Interface” - baseada em símbolos visuais, como ícones, menus e janelas que promoveram maior in-teração entre o sistema e o usuário,

- A velocidade de processamento era da ordem de na-nossegundos,

- Apareceram linguagens múltiplas de programação como Cobol, Pascal, Basic,

- Começou a transmissão de dados entre computado-res através de rede,

- Intensificou-se a produção de computadores objeti-vando o usuário doméstico.

Exemplos: Lisa, MacIntosh, IBM 5150, 386.