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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ Investigador Policial DZ006-N9

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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

PC-RJ Investigador Policial

DZ006-N9

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Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você

conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo [email protected].

www.novaconcursos.com.br

[email protected]

OBRA

Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

Investigador Policial

Preparatória

AUTORESLíngua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco

Noções De Direito Penal - Profº Fernando ZantedeschiNoções Direito Processual Penal - Profº Fernando Zantedeschi

Noções De Direito Administrativo - Profº Fernando Zantedeschi Noções De Direito Constitucional - Profº Fernando Zantedeschi

Noções De Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃOLeandro FilhoChristine Liber

DIAGRAMAÇÃORenato Vilela

Victor Andrade

CAPAJoel Ferreira dos Santos

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APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão e interpretação de textos. Características gerais de textos narrativos, descritivos e argumentativos.....................................................................................................................................................................................

01

Exercícios de reescritura de frases mediante condições propostas...................................................................................... 09Ambigüidade.......................................................................................................................................................................................... 11Esportes, turismo e lazer............................................................................................................................................................................. 15Uso adequado do vocabulário.................................................................................................................................................................. 16 Linguagem figurada.................................................................................................................................................................................... 20Formas de abreviações. Usos de sinais de pontuação e notações léxicas.............................................................................. 24Correção de formas...................................................................................................................................................................................... 28 Concordância nominal e verbal.............................................................................................................................................................. 30Uso do acento indicativo da crase.......................................................................................................................................................... 37Emprego e conjugação de verbos regulares e irregulares.......................................................................................................... 41Emprego de Pronomes............................................................................................................................................................................... 54

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

Aplicação da Lei penal.......................................................................................................................................................................... 01Teoria Geral do Crime. Tipicidade, ilicitude e culpabilidade. Concurso de pessoas. Concurso de Crimes. Imputabilidade penal. Espécies de crimes: crimes contra a pessoa; crimes contra o patrimônio; crimes contra os costumes; crimes contra a família; crimes contra a paz pública; crimes contra a saúde pública; crimes contra a fé pública; crimes contra a administração pública....................................................................................................................... 15Concurso De Pessoas.............................................................................................................................................................................. 93Imputabilidade Penal.............................................................................................................................................................................. 94Leis extravagantes: Lei de tortura (9.455/97)................................................................................................................................ 95Lei de entorpecentes (Lei 6.368/76)................................................................................................................................................... 96Lei de abuso de autoridade (4.898/65)............................................................................................................................................. 99Estatuto Da Criança E Do Adolescente (Lei 8.069/90)............................................................................................................... 102Código De Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97)................................................................................................................................ 102Lei dos juizados especiais criminais (Lei 9.099/95).................................................................................................................... 111Dos Crimes Contra O Meio Ambiente (Lei 9.605/98)................................................................................................................ 115Dos crimes contra o consumidor (Lei 8.078).................................................................................................................................. 119Crimes De Lavagem De Dinheiro (Lei 9.613/98).......................................................................................................................... 121Estatuto Do Desarmamento (Lei 10.826/03)................................................................................................................................ 122Crimes Hediondos (Lei 8.072/90)...................................................................................................................................................... 129

NOÇÕES DIREITO PROCESSUAL PENAL

Inquérito policial.................................................................................................................................................................................................... 01Auto de resistência................................................................................................................................................................................................. 03Ação Penal................................................................................................................................................................................................................ 04

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SUMÁRIO

Prisão Cautelar: disposições gerais; prisão em flagrante; prisão temporária e prisão preventiva.......................................... 08Competência e atribuição.................................................................................................................................................................................. 10Liberdade provisória............................................................................................................................................................................................. 12Atividade de Polícia Judiciária........................................................................................................................................................................... 13Diligências de investigação e medidas assecuratórias............................................................................................................................ 14Da busca e apreensão.......................................................................................................................................................................................... 18Da prova................................................................................................................................................................................................................... 21Das garantias constitucionais do Processo Penal............................................................................................................................................ 26Leis dos Juizados Especiais Criminais (Leis 9.099/95 e 10.259/01)...................................................................................................... 29

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Conceito de Administração Pública. Hierarquia administrativa........................................................................................... 01Polícia e poder de polícia: conceitos. Divisão de polícia. Limitações do poder de polícia........................................ 08Atos administrativos formais: decretos, resoluções, portarias, ordens de serviço....................................................... 15Servidor Público: conceito.................................................................................................................................................................. 23Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Rio de Janeiro (Decreto-Lei nº 220/75) e seu Regulamento (Decreto nº 2.479/79)............................................................................................................................................... 30Estatuto dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei nº 218/75) e seu Regulamento (Decreto nº 3.044/79).............................................................................................................................................................................................. 37

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos e deveres individuais e coletivos..................................................................................................................................................... 01Organização do Estado Federal Brasileiro: repartição de competências. Administração pública e servidores públicos civis.............................................................................................................................................................................................................................

05

Segurança Pública na Constituição Federal............................................................................................................................................... 17Constituição do Estado do Rio de Janeiro.................................................................................................................................................. 22

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Componentes de um computador: hardware e software. Arquitetura básica de computadores: unidade central, memória: tipos e tamanhos. Periféricos: impressoras, drives de disco fixo (Winchester), disquete, CD-ROM.................. 01Uso do teclado, uso do mouse, janelas e seus botões, diretórios e arquivos (uso do Windows Explorer): tipos de arquivos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos e cópias de segurança, uso da lixeira para remover e recuperar arquivos, uso da ajuda do Windows....................................................... 06Uso do Word for Windows: entrando e corrigindo texto, definindo formato de páginas: margens, orientação, numeração, cabeçalho e rodapé definindo estilo do texto: fonte, tamanho, negrito, itálico e sublinhado, impressão de documentos: visualizando a página a ser impressa, uso do corretor ortográfico, criação de texto em colunas, criação de tabelas, criação e inserção de figuras no texto............................................................................................................................................ 22

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

ÍNDICE

Direitos e deveres individuais e coletivos................................................................................................................................................................. 01Organização do Estado Federal Brasileiro: repartição de competências. Administração pública e servidores públicos civis... 05Segurança Pública na Constituição Federal............................................................................................................................................................. 17Constituição do Estado do Rio de Janeiro............................................................................................................................................................... 22

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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

CAPÍTULO IDOS DIREITOS E DEVERESINDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do di-reito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-ções, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a trata-mento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo ve-dado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alter-nativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artís-tica, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a hon-ra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a in-denização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do mora-dor, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determi-nação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das co-municações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem ar-mas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins líci-tos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deci-são judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamen-te autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desa-propriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indeniza-ção em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autorida-de competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decor-rentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econô-mico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas repre-sentações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos indus-triais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desen-volvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus ;

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XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públi-cos informações de seu interesse particular, ou de in-teresse coletivo ou geral, que serão prestadas no pra-zo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judi-ciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolo-sos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insusce-tíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respon-dendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condena-do, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre-tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e ado-tará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados;

d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integrida-de física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o pe-ríodo de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o natu-ralizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou adminis-trativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recur-sos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o inte-resse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judi-ciária competente, salvo nos casos de transgressão mi-litar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos respon-sáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e ines-cusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que al-guém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilega-lidade ou abuso de poder;

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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsá-vel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser im-petrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associa-ção legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobera-nia e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data :a) para assegurar o conhecimento de informações re-lativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administra-tivo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimô-nio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, sal-vo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de re-cursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro ju-diciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente po-bres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data , e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constitui-ção não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados interna-cionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre di-reitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quin-tos dos votos dos respectivos membros, serão equiva-lentes às emendas constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado ade-são.

1. Histórico

- Direitos Fundamentais Normas obrigatórias: os direitos fundamentais não

são sempre os mesmos em todas as épocas. Porém devem constar obrigatoriamente em textos constitucionais considerados democráticos; constando referidos direitos podem anuir que aquela constituição está alicerçada nos pilares da democracia.

Dignidade humana: foi impulsionada pelo cristianismo, uma vez que segundo essa religião o homem era feito a imagem e semelhança de Deus. Sendo assim, ganhou uma proteção especial no texto da Constituição. Importante lembrar que falar em dignidade humana é falar em garantir o direito do indivíduo ter direitos – iguais entre seres humanos.

Positivação dos direitos fundamentais: Bill of Rights, Declaração da Virgínia, Declaração Francesa. Tais documentos trataram de positivar direitos que naturalmente são inerentes ao homem.

Regra geral: indivíduos têm primeiro direitos, depois deveres e os direitos que o Estado tem sobre o indivíduo estão ordenados de modo a melhor cuidar de seus cidadãos. É a demonstração clara do pacto social firmado entre os indivíduos e o Estado – é a cessão de parte de suas liberdades, entregando-as ao Estado de modo que este, em contrapartida, devolva algo que seja positivo – como, por exemplo, proíbe-se (exceto as possibilidade previstas na lei) da autotutela (exercício da autodefesa) entregando essa função ao Estado para que este exerça a tutela da segurança do indivíduo.

1.1. Geração de Direitos Fundamentais

- 1ª Geração de direitos: são postulados de absten-ção dos governantes se obrigando a não intervir na vida pessoal de cada indivíduo. Indispensável a todos os homens. Como por exemplo, direito a vida, ou seja, salvo em situações específicas, o Es-tado não privará o indivíduo de seguir sua vida.

Característica: universal; não ocasiona desigualdade social. Ex: liberdade,

- 2ª Geração de direitos: surge com a necessidade do povo de não apenas ter liberdade, mas outros direitos que o conduzem a exercer a liberdade, seguir sua vida, com dignidade. São os valores sociais variados, importando intervenção ativa do Estado na vida econômica com o viés de propor-cionar justiça social.

Característica: Liberdade real e igual para todos. Ex: igualdade – saúde, educação, trabalho entre outros. São chamados de direitos sociais não por serem direitos da coletividade, mas por alusão ao termo justiça social. Os titulares são os próprios indivíduos singularizados, apesar dos mesmos poderem se voltar a coletividade.

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- 3ª Geração de direitos: direitos de titularidade di-fusa. Proteção do homem em sua forma coletiva, grupos, não mais individualmente.

Característica: proteção do homem em grupos. Ex: direito ao meio ambiente equilibrado, direito a paz.

1.2. Conclusão

A visão dos direitos fundamentais em termos de gerações indica a evolução desses direitos no tempo. Cada direito de cada geração interage com os das outras e, nesse processo, dá-se à compreensão.

1.3. Características dos direitos fundamentais

- Universais e absolutos - A questão da universalidade: direito previsto para

todo homem, ainda que nem todo homem o exer-ça.

- Absoluto: os direitos fundamentais não são abso-lutos, apesar de gozarem de prioridade absoluta sobre qualquer outro direito.

- Historicidade Os direitos fundamentais são um conjunto de

faculdades e instituições que somente faz sentido num determinado contexto histórico. A história permite entender a existência de cada um dos direitos.

A história explica que os direitos possam ser apregoados em certa época, desaparecendo em outras, ou se modificam no tempo. Verifica-se, portanto, a evolução dos direitos fundamentais.

- Inalienabilidade e Indisponibilidade Inalienável: o titular do direito não pode impossibilitar

o exercício para si mesmo. Encontra fundamento no valor da dignidade humana. A indisponibilidade gera nulidade de qualquer disposição contratual feita.

Podem, tais direitos, terem seu exercício. Ex.: manifestação religiosa em templo religioso diverso do seu.

- Direitos humanos são direitos postulados em ba-ses jusnaturalistas, contam índole filosófica e não possuem como característica básica a positivação numa ordem jurídica particular.

- Direitos Fundamentais: é reservada aos direitos rela-cionados com posições básicas das pessoas, inscri-tos em diplomas normativos de cada Estado. São direitos que vigem numa ordem jurídica concreta, sendo, por isso, garantidos e limitados no espaço e no tempo.

- Vinculação dos Poderes Públicos

O fato de os direitos fundamentais estarem previstos na Constituição torna-os parâmetros de organização e de limitação dos poderes constituídos. A constitucionalização dos direitos fundamentais impede que sejam considerados meras autolimitações dos poderes constituídos - dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário -, passíveis de serem alteradas ou suprimidas ao talante destes.

- Aplicabilidade imediata

As normas que definem direitos fundamentais são normas de caráter preceptivo, e não meramente programático. Explicita-se, além disso, que os direitos fundamentais se fundam na Constituição, e não na lei - com o que se deixa claro que é a lei que deve mover-se no âmbito dos direitos fundamentais, não o contrário.

A Constituição brasileira de 1988 filiou-se a essa ten-dência, conforme se lê no §1º do art. 5º do Texto, em que se diz que “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”. O texto se refere aos direitos fundamentais em geral, não se restringindo apenas aos direitos individuais.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. Aplicada em: 2018Banca: CESPEÓrgão: STJProva: Conhecimentos Básicos - Cargo: 1. A respeito dos di-reitos e garantias fundamentais, julgue o item que se se-gue, tendo como referência a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.O rol dos direitos fundamentais previsto na Constituição Federal de 1988 é taxativo, isto é, o Brasil adota um siste-ma fechado de direitos fundamentais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Letra B - A Constituição Federal elenca no art. 5º um rol de direitos fundamentos. Porém, esse rol é exemplificativo e ao contrário do afirmado na ques-tão, não se trata de um rol taxativo. Referidos direitos não podem ser reunidos em um elenco fixo, razão pela qual dentro da própria CF/88 podem constar no texto outros direitos tidos por fundamentais.

2. Aplicada em: 2018Banca: FGVÓrgão: TJ-ALProva: Analista Judiciário - Área Judiciária. Jean, nacional francês residente no território brasileiro, procurou um advogado e solicitou que fosse esclarecido que direitos a ordem jurídica brasileira lhe assegurava, mais especifi-camente se possuía direitos fundamentais e direitos po-líticos.À luz da sistemática constitucional, o advogado deve afirmar que Jean:

a) possui direitos políticos e fundamentais idênticos aos dos brasileiros naturalizados;

b) não possui direitos políticos e fundamentais de qual-quer natureza;

c) possui direitos fundamentais em extensão inferior aos dos brasileiros, mas não direitos políticos;

d) possui direitos fundamentais idênticos aos dos brasi-leiros, mas direitos políticos inferiores;

e) possui direitos políticos e fundamentais em extensão inferior aos dos brasileiros.

Resposta: Letra C - Os estrangeiros recebem uma tra-tativa especial nesta questão. Os direitos fundamentais não diferem nacionais de estrangeiros. Todos em solo

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brasileiro estão amparados pela mesma proteção de di-reitos fundamentais. Tanto é verdade que, na hipótese de um estrangeiro em solo brasileiro, cujo país adote a prisão perpétua, tenha sua extradição requerida, esta só poderá ocorrer se garantido um prazo máximo de prisão e não a perpétua, posto que nossa legislação não permite que alguém seja considerado culpado para o resto de sua vida. No entanto, a participação política encontra diferenciações. Apesar de garantidos direitos fundamentais, os políticos estão previstos apenas para brasileiros (nato / naturalizado).

3. Aplicada em: 2018Banca: FCCÓrgão: DPE-AMPro-va: Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídi-cas. Considere:

I. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário le-são ou ameaça a direito.II. A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.III. Não haverá juízo ou tribunal de exceção.IV. A lei penal não retroagirá.V. A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos di-reitos e liberdades individuais.

Nos termos previstos no artigo 5° da Constituição Fede-ral, há exceção constitucionalmente expressa ao disposto APENAS em:

a) IV e V. b) IV. c) I e III. d) I, II e III. e) V.

Resposta: Letra B -Dentre os direitos fundamentais elencados, o único que apresenta exceção é o referente a retroatividade da lei penal. Caso a lei posterior altere a lei vigente com o viés de beneficiar o réu, ou seja, se tornar mais benéfica, poderá retroagir para alcançar aqueles que estão sob a égide da lei penal mais gravo-sa. Portanto, se for para benefício do réu, a lei penal po-derá retroagir. Eis a exceção de que trata esta questão.

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO FEDERAL BRASILEIRO: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS

Conceitualmente, a administração pública é o con-junto de órgãos, serviços e agentes do Estado que ob-jetivam satisfazer as necessidades da sociedade, como por exemplo: na área da educação, cultura, segurança, saúde, dentre outros. Ou seja, a administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração pública direta e indireta.

Como dito, o objetivo principal da administração pú-blica é trabalhar a favor do interesse público, como tam-bém, dos direitos e interesses dos cidadãos.

Todo trabalhador que atua na administração pública é, comumente, conhecido como gestor público. O gestor público possui uma grande carga de responsabilidade, devendo sempre seguir com transparência e ética, prin-cipalmente, aos princípios da administração pública que são:

- Legalidade: este princípio é base do Estado de Di-reito sendo um dos mais importantes para a Admi-nistração Pública. Em sentido ao Art. 5º da CF, que diz que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”,ou seja, todo administrador público deve realizar seus atos sob a égide da lei.

- Impessoalidade: o agente público deve tratar to-dos iguais, sem atribuição de privilégios a qualquer pessoa.

- Moralidade: este princípio tem a junção do princí-pio da Legalidade com o da Finalidade, resultando em Moralidade. Ou seja, o princípio da moralidade traz a ideia de que o trabalhador da administração pública tem que ter bases éticas na administração.

- Publicidade: todos os atos devem ser públicos, ex-ceto os quais visão a necessidade de se ter sigilo.

- Eficiência: o administrador deve ter uma boa ges-tão, ser um bom profissional e não utilizar da pro-crastinação para desenvolver seu trabalho.

- Para melhor fixação dos 5 princípios explí-citos, lembrem: LIMPE (é a inicial de cada princípio).

- Além desses princípios explícitos, ainda possui o grupo dos princípios implícitos, que são: Princípio do Interesse Público, Princípio da Finalidade, Princípio da Igual-dade, Princípio da Lealdade e boa-fé, Prin-cípio da Motivação.

#FicaDica

Neste diapasão, importante lembrar que o adminis-trador público pode fazer parte da administração direta ou administração indireta.

A administração direta, seria aquela realizada pelos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Ou seja, órgãos citados não possuem personalidade ju-rídica própria e as despesas inerentes à administração, são contempladas no orçamento público e ocorre a des-concentração administrativa, que consiste na delegação de tarefas.

Já a administração pública indireta, é, quando o Es-tado transfere sua função/dever para outras pessoas ju-rídicas, sendo que essas pessoas jurídicas podem vir a ser: fundações, empresas públicas, organismos privados, dentre outros. Isto é, no presente caso ocorre a descen-tralização administrativa, pois a tarefa de administração é transferida para outra pessoa jurídica.

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Principais características da Administração Públi-ca:

- A administração pública praticar atos tão somente de execução – ou seja, atos administrativos, sendo que, quem pratica estes atos são os órgãos e seus agentes, que são sempre públicos.

- Exerce atividade à Lei e não à Política.- Tem conduta hierarquizada de dever e de obediên-

cia.- Deve praticar seus atos com responsabilidade ma-

terial e legal.- Administração Pública serve como um instrumento

para o Estado conseguir seus objetivos.- A competência é limitada pois cada um tem sua área

e “poder” de atuação.

Servidores Públicos Civis

Os servidores públicos são os trabalhadores vincula-dos ao Estado em decorrência de uma relação laboral de natureza não eventual e, por isso, estão submetidos ao regime de direito público, disciplinado por diploma legal específico, normalmente denominado de Estatuto. Devi-do a isso, diz-se que os servidores públicos estão sujeitos a um “regime estatutário” próprio e diferenciado. No que diz respeito a este aspecto, é pacífico o entendimento de que o “cargo ou função pública pertence ao Estado e não ao agente; desta forma, poderá o Estado ampliar, supri-mir ou alterar os cargos e funções, não gerando direito adquirido ao agente titular” (PAULO, 2009, p.125).

A base dos direitos dos servidores públicos estão pre-vistos na Constituição Federal de 1988, nos artigos 39 a 41. Ainda assim, em âmbito federal, a lei nº 8.112/90 re-presenta o regime jurídico dos servidores públicos fede-rais, estabelecendo, dentre outras coisas, outros direitos e deveres desses agentes administrativos no exercício de suas funções. Destaca-se, que outros direitos podem ser atribuídos aos servidores públicos pelas Constituições estaduais ou leis ordinárias dos entes da Federação e de municípios.

Todos possuem o direito de serem nomeados como servidor público ou empregado público. Porém, preci-sam preencher requisitos básicos, como também, realizar provas e conseguir a aprovação, conforme o artigo 37, inciso II da CF/88.

Em exceção, temos os casos de nomeações para cargos em comissão e de contratação de agentes temporários; todavia, nestes úl-timos casos, são desprovidos de estabilida-de, benefício este voltado exclusivamente aos servidores públicos.

#FicaDica

Após a nomeação, o servidor passará por estágio pro-batório e, após o estágio, poderá adquirir a estabilidade que se efetiva após três anos de exercício do cargo ou função, de acordo com o art. 41 da CF.

Aos servidores públicos são garantidos os seguintes direitos:

- salário mínimo, fixado em lei com reajustes periódi-cos que lhe preservem o poder aquisitivo, inclusive para aqueles que percebem remuneração variável;

- décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

- adicional noturno; - salário família; - duração do trabalho não superior a oito horas diá-

rias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada;

- repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

- hora extra, férias anuais remuneradas com, pelo me-nos, um terço a mais do que o salário normal;

- redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

- proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

- regime de previdência de caráter contributivo e so-lidário, DENTRE OUTROS.

Tendo em vista o exercício do cargo público, o servidor tem direito a vencimentos, cujo valor é previamente fixado em lei, sendo irredutíveis, como também não sendo passíveis de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos.

Ainda assim, importante lembrar que além dos vencimentos, os servidores públicos poderão ter direito a indenizações, gratificações e adicionais.

FIQUE ATENTO!As indenizações não são incorporadas ao ven-cimento, as gratificações e os adicionais incor-poram-se, nos casos e nas condições indicadas em lei.

Aposentadorias de servidor público

I- por invalidez permanente, sendo os proventos pro-porcionais ao tempo de contribuição, exceto se decor-rente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável;II- compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; III- voluntariamente, desde que cumprido tempo míni-mo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a apo-sentadoria, observadas as seguintes condições:

60 anos de idade e 35 anos de contribuição – Homem55 anos de idade e 30 anos de contribuição-Mulher

A aposentadoria e as pensões não poderão exceder a remuneração do respectivo servido, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou a pensão.

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IMPORTANTE: É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, salvo para:

A) deficientes; B) que exerçam atividades de risco;C) cujas atividades prejudiquem a saúde ou integri-

dade física;

Obs: Os requisitos de idade e de tempo de contri-buição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, “a”, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino funda-mental e médio

Estabilidade

São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

O servidor público estável só perderá o cargo:

I- em virtude de sentença judicial transitada em jul-gado;II- mediante processo administrativo com ampla de-fesa;III- mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, com ampla defesa.

IMPORTANTE: Invalidada por sentença judicial a de-missão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remu-neração proporcional ao tempo de serviço

Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune-ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequa-do aproveitamento em outro cargo.

Servidores Públicos Militares

São servidores militares federais os integrantes das Forças Armadas e servidores militares dos Estados, Ter-ritórios e Distrito Federal os integrantes de suas polícias militares e de seus corpos de bombeiros militares.

As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados das Forças Armadas, das polícias militares e dos corpos de bombeiros milita-res dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, sen-do-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.

As patentes dos oficiais das Forças Armadas são con-feridas pelo Presidente da República, e as dos oficiais das polícias militares e corpos de bombeiros militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal, pelos respectivos Governadores.

O militar em atividade que aceitar cargo público civil permanente será transferido para a reserva.

FIQUE ATENTO!O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva, ain-da que da administração indireta, ficará agre-gado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser pro-movido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promo-ção e transferência para a reserva, sendo de-pois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a inatividade.

O militar não pode sindicalizar-se, realizar greve e, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partidos políticos.

O oficial das Forças Armadas só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.

#FicaDicaO oficial condenado na justiça comum ou mi-litar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no pa-rágrafo anterior.

A lei disporá sobre os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do servidor militar para a inatividade.

Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus pensionistas, o disposto no art. 40, §§ 4º e 5º e aplica-se aos servidores a que se refere este artigo o disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII e XIX.

Título IIIDa organização do estadoCapítulo IDA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATI-VA

Art. 18. A organização político-administrativa da Re-pública Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autô-nomos, nos termos desta Constituição.§ 1ºBrasília é a Capital Federal.§ 2ºOs Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complemen-tar.§ 3ºOs Estados podem incorporar-se entre si, subdivi-dir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente inte-ressada, através de plebiscito, e do Congresso Nacio-nal, por lei complementar.

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§ 4ºA criação, a incorporação, a fusão e o desmem-bramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Fe-deral e aos Municípios:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencio-ná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de depen-dência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a cola-boração de interesse público;II - recusar fé aos documentos públicos;III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

CAPÍTULO IIDA UNIÃO

Art. 20. São bens da União:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vie-rem a ser atribuídos;II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação am-biental, definidas em lei;III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se es-tendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;VI - o mar territorial;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VIII - os potenciais de energia hidráulica;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios ar-queológicos e pré-históricos;XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no re-sultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elé-trica e de outros recursos minerais no respectivo terri-tório, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Art. 21. Compete à União:I - manter relações com Estados estrangeiros e partici-par de organizações internacionais;II - declarar a guerra e celebrar a paz;III - assegurar a defesa nacional;IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território na-cional ou nele permaneçam temporariamente;V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;VII - emitir moeda;VIII - administrar as reservas cambiais do País e fis-calizar as operações de natureza financeira, espe-cialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento eco-nômico e social;X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunica-ções, nos termos da lei, que disporá sobre a organiza-ção dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:a)os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e ima-gens; b)os serviços e instalações de energia elétrica e o apro-veitamento energético dos cursos de água, em arti-culação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;c)a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;d)os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;e)os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;f)os portos marítimos, fluviais e lacustres;XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Minis-tério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia mili-tar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

XV - organizar e manter os serviços oficiais de esta-tística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;XVII - conceder anistia;XVIII - planejar e promover a defesa permanente con-tra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;

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XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direi-tos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desen-volvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;XXII - executar os serviços de polícia marítima, aero-portuária e de fronteiras; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamen-to, a industrialização e o comércio de minérios nuclea-res e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:a)toda atividade nuclear em território nacional so-mente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;b)sob regime de permissão, são autorizadas a comer-cialização e a utilização de radioisótopos para a pes-quisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c)sob regime de permissão, são autorizadas a produ-ção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d)a responsabilidade civil por danos nucleares inde-pende da existência de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do tra-balho;XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exer-cício da atividade de garimpagem, em forma associa-tiva.Art. 22. Compete privativamente à União legislar so-bre:I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;II - desapropriação;III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;V - serviço postal;VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garan-tias dos metais;VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferên-cia de valores;VIII - comércio exterior e interestadual;IX - diretrizes da política nacional de transportes;X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, ma-rítima, aérea e aeroespacial;XI - trânsito e transporte;XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e meta-lurgia;XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;XIV - populações indígenas;XV - emigração e imigração, entrada, extradição e ex-pulsão de estrangeiros;XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pú-blica dos Territórios, bem como organização adminis-trativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;XX - sistemas de consórcios e sorteios;XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polí-cias militares e corpos de bombeiros militares;XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;XXIII - seguridade social;XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;XXV - registros públicos;XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;XXIX - propaganda comercial.Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracteriza-ção de obras de arte e de outros bens de valor históri-co, artístico ou cultural;V -proporcionar os meios de acesso à cultura, à edu-cação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inova-ção;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de sanea-mento básico;X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Dis-trito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilí-brio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econô-mico e urbanístico;II - orçamento;III - juntas comerciais;IV - custas dos serviços forenses;V - produção e consumo;VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natu-reza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artísti-co, turístico e paisagístico;VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estéti-co, histórico, turístico e paisagístico;IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tec-nologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;XI - procedimentos em matéria processual;XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;XIV - proteção e integração social das pessoas porta-doras de deficiência;XV - proteção à infância e à juventude;XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.§ 1ºNo âmbito da legislação concorrente, a competên-cia da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.§ 2ºA competência da União para legislar sobre nor-mas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.§ 3ºInexistindo lei federal sobre normas gerais, os Es-tados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.§ 4ºA superveniência de lei federal sobre normas ge-rais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

CAPÍTULO IIIDOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os prin-cípios desta Constituição.§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou me-diante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urba-nas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que esti-verem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legis-lativa corresponderá ao triplo da representação do Es-tado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Consti-tuição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imuni-dades, remuneração, perda de mandato, licença, im-pedimentos e incorporação às Forças Armadas.§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na ra-zão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrati-vos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no proces-so legislativo estadual.Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. § 1ºPerderá o mandato o Governador que assumir ou-tro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (R§ 2ºOs subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

CAPÍTULO IVDOS MUNICÍPIOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, vo-tada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câ-mara Municipal, que a promulgará, atendidos os prin-cípios estabelecidos nesta Constituição, na Constitui-ção do respectivo Estado e os seguintes preceitos:I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Verea-dores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao tér-mino do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;