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Sequência didática Como rochas sedimentares e fósseis são formados Nesta sequência, serão abordados como as rochas sedimentares são formadas, como ocorre a fossilização de organismos. A BNCC na sala de aula Objetos de conhecimento Forma, estrutura e movimentos da Terra. Competências específicas de Ciências da Natureza 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. Habilidades (EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. Objetivos de aprendizagem Classificar as rochas segundo sua formação. Compreender o processo de formação das rochas sedimentares. Identificar e caracterizar as etapas do processo de fossilização. Conteúdos Rochas sedimentares, ígneas e metamórficas. Fossilização. Materiais e recursos Cascalho. Areia. Gesso. Palito de sorvete. Água. Dois béqueres de 500 mL ou outro recipiente transparente com a mesma capacidade. Copos descartáveis de 150 mL. Pequenos objetos para usar como espécimes: conchas, miçangas, brinquedos de plástico, moedas etc. Massa para modelar. Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons Atribuição não comercial (CC BY NC 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. 173

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Sequência didática

Como rochas sedimentares e fósseis são formados

Nesta sequência, serão abordados como as rochas sedimentares são formadas,

como ocorre a fossilização de organismos.

A BNCC na sala de aulaObjetos de conhecimento Forma, estrutura e movimentos da Terra.

Competências específicas de

Ciências da Natureza

1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o

conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.

Habilidades(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de

fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos.

Objetivos de aprendizagem

Classificar as rochas segundo sua formação.

Compreender o processo de formação das rochas sedimentares.

Identificar e caracterizar as etapas do processo de fossilização.

ConteúdosRochas sedimentares, ígneas e metamórficas.

Fossilização.

Materiais e recursos Cascalho.

Areia.

Gesso.

Palito de sorvete.

Água.

Dois béqueres de 500 mL ou outro recipiente transparente com a mesma capacidade.

Copos descartáveis de 150 mL.

Pequenos objetos para usar como espécimes: conchas, miçangas, brinquedos de plástico,

moedas etc.

Massa para modelar.

Materia l disponibi l izado em licença aberta do t ipo Creat ive Commons Atribuição não comercia l– Atribuição não comercial(CC BY NC 4.0 International) . Permit ida a cr iação de obra derivada com fins não comercia is ,– Atribuição não comercialdesde que seja atr ibuído crédito autoral e as criações sejam l icenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Diferentes fragmentos de rochas ou fotografias de: obsidiana (vidro vulcânico), fragmento

de mármore, pirita (ouro dos tolos), quartzo, magnetita, pedra-pomes etc.

Desenvolvimento Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1

Organizar os alunos em grupos para a observação de fragmentos ou as fotografias de

rochas. Enquanto as rochas/fotografias forem passando pelos alunos, levantar perguntas,

como:

Vocês conhecem alguma dessas rochas? Onde as observaram?

Resposta: Espera-se que os alunos conheçam algumas rochas ou, pelo menos, já tenham visto a pedra de brita bastante utilizada em construções. Ou ainda, alguns alunos podem citar o mármore ou granito utilizados com frequência na confecção de pias, pisos, acabamentos em construção e outras utilidades.

Quais semelhanças e diferenças vocês notam nessas rochas?

Resposta: A partir da observação inicial, os alunos podem citar características gerais a partir de seus conhecimentos prévios ou ainda, desse primeiro olhar. Os alunos podem identificar a dureza e a densidade como uma semelhança e as cores como uma diferença entre as rochas, por exemplo. No caso da dureza como semelhança, é importante esclarecer que há rochas que não são tão duras, como a pedra-pomes.

Seguem fotografias dos exemplos dos três tipos de rocha (sedimentares,

metamórficas e ígneas).

vvoe/Shutterstock.commichal812/Shutterstock.com

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Obsidiana (vidro vulcânico). Arenito.

Vladislav S/Shutterstock.comvvoe/Shutterstock.com

Pedra-pomes (ou púmice). Mármore.

Depois de uma breve socialização de ideias a respeito do que foi observado, construir

o seguinte quadro na lousa, solicitando que os alunos indiquem as características que

devem ser registradas. Cada um deles deve copiar o quadro no caderno.

Nas colunas, indicar os três tipos de rocha (sedimentar, metamórfica e ígnea ou

magmática e nas linhas, as características gerais levantadas pelos alunos e outras mais

específicas, como: origem, processo geológico e minerais que compõem.

Para o preenchimento do quadro, atribuir a cada grupo a pesquisa na internet ou em

livros sobre um tipo de rocha, buscando apenas as características indicadas na primeira

coluna, conforme o quadro a seguir.

Rochas sedimentares Rochas metamórficas Rochas Ígneas ou magmáticas

Exemplos Arenito (ou areia) Mármore. Granito, obsidiana, pedra--

pomes.

Cores Diversas. Diversas. Diversas.

Origem do

material

Erosão das rochas da superfície.

Rochas sob altas pressões e altas temperaturas na crosta profunda e no manto superior.

Fusão de rochas na crosta profunda e quente e no manto superior.

Processo

geológico

Deposição, soterramento e litificação.

Recristalização em estado sólido de novos minerais.

Cristalização (solidificação do magma).

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Fonte: UEPG – PR. Dicionário histórico e geográfico dos campos gerais. Disponível em:<http://www.uepg.br/dicion/verbetes/a-m/arenito.htm>. Acesso em: 22 ago. 2018.

Glossário

Litificação: série de processos complexos que transformam sedimentos em rochas.

Processo geológico: ações que modificam a forma, a estrutura ou a composição da

crosta terrestre, utilizando para isso, energia solar ou energia geotérmica (do interior da

Terra).

Recristalização: processo de rearranjo cristalino de um mineral ou de uma rocha, em

novas condições termodinâmicas.

Após o preenchimento do quadro, organizar os alunos em duplas ou trios, procurando

equilibrar em cada grupo, alunos com maior e menor facilidade para que haja cooperação

entre eles.

Entregar para cada grupo a seguinte ficha, ou escrever na lousa e pedir que copiem no

caderno.

1. O magma ao __________________ torna-se uma rocha ígnea.

1. (Resfriar).

2. Rochas magmáticas e rochas sedimentares com calor e pressão tornam-se __________________________.

2. (Rochas metamórficas).

3. Rochas metamórficas, rochas ígneas e rochas sedimentares podem sofrer intemperismos, causando a

deposição de __________________ nos continentes e oceanos.

3. (Sedimentos).

4. Rochas metamórficas podem __________, tornando-se magma.

4. (Fundir).

5. Devido ao aumento na pressão e na temperatura, sedimentos podem passar por transformações com a

água, formando uma _______________________ consolidada.

5. (Rocha sedimentar).

Glossário

Fundir: passar do estado sólido para o líquido.

Caso os alunos apresentem dificuldade para responder à ficha de maneira individual,

realizar a atividade coletivamente, procurando esclarecer as dúvidas e incentivando os

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alunos com que apresentaram facilidade nas atividades também cooperem nesse sentido.

Se alguns alunos apresentarem dificuldade, circular entre os grupos buscando esclarecer

as dúvidas. É interessante tentar desenvolver a autonomia do aluno, orientando-o a chegar

em suas próprias conclusões consultando o quadro elaborado. Assim que os grupos

terminarem, corrigir conjuntamente, para que todos tenham as respostas corretas em seu

caderno.

Aula 2

Organizados nas duplas da aula 1, retomar os tipos de rochas dessa aula e procurar

elaborar um mapa conceitual sobre a formação das rochas, conforme o exemplo a seguir.

Elaborado pelo autor.

Mapa conceitual sobre processo de formação dos três tipos de rochas.

É possível adaptar a construção do mapa conceitual de acordo com o aproveitamento

dos alunos. Se for o caso, deixar a construção do mapa conceitual inteiramente para os

grupos. Mas, também é possível dar um direcionamento: na lousa pode-se fazer um

esqueleto do mapa conceitual, colocando apenas as palavras (intemperismo, sedimentos,

rochas sedimentares, rochas metamórficas, magma e rochas ígneas) nos quadros

coloridos, sem as setas. E os grupos devem terminar de elaborar o mapa conceitual em

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seus cadernos, completando com os conectores. Também é possível realizar a atividade

coletivamente, como no preenchimento do quadro no início da aula.

Caso algum aluno apresente dificuldade, preencha conjuntamente com ele algumas

lacunas do mapa conceitual e peça que dê continuidade a essa construção, consultando o

quadro e a atividade de preencher as lacunas.

Ao final da aula, trocar os mapas conceituais entre os grupos para que comparem e

analisem como cada grupo compreendeu a formação das rochas.

Para analisar os mapas, cada grupo deve considerar a questão a seguir.

Quais as semelhanças e diferenças entre o mapa conceitual feito pelo seu grupo e o mapa

conceitual recebido de outro grupo?

Resposta: Espera-se que nos dois mapas haja pelo menos, as interações básicas, entre: sedimentos e rochas sedimentares; magma com rochas ígneas e rochas metamórficas. E as diferenças estariam nas palavras usadas como conectores, correspondentes às setas.

Os grupos devem entregar o mapa conceitual analisado e a resposta à questão

anterior.

Aula 3

Iniciar retomando da aula anterior, como os sedimentos são formados. Verificar se os

alunos compreendem o que é um sedimento e que ele pode ter origem a partir de qualquer

tipo de rocha, inclusive das próprias rochas sedimentares, como: cascalho e areia. Espera-

se que os alunos tenham visto esses sedimentos em praias, rios, lagos, desertos etc.

Relembrar que sedimentos também se acumulam no fundo de lagos e do oceano.

Estudaremos, nessa atividade prática, a formação das rochas sedimentares.

Organizar os alunos em grupos para a atividade. Antes que realizem a atividade

prática, fazer uma rápida demonstração.

Em um béquer, inserir os objetos posicionados de diferentes maneiras para mostrar

aos alunos como ele irão “projetar” suas rochas. O ideal é fazer dois arranjos.

Sem misturar, colocar no béquer: primeiro o gesso, depois a areia e finalmente, o

cascalho. Perguntar aos alunos: Qual volume que está sendo ocupado por esses

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sedimentos? Haverá bastante espaço entre os sedimentos maiores nos quais, os

sedimentos menores conseguem se ajustar. Se os alunos não notarem essa observação,

não contar!

No segundo béquer, uma ordem diferente: cascalho, areia e gesso. Anotar o volume

de ambos arranjos. Perguntar aos alunos: É o mesmo volume do primeiro arranjo? Depois

de uma breve discussão, misturar ambos arranjos. Agora, esses dois arranjos devem

ocupar um volume menor (quanto maior o conteúdo que você iniciar no primeiro arranjo,

maior será a diferença volumétrica depois de misturar os dois). Discutir com a turma por

que ao misturar, o arranjo diminui seu volume.

Esta simulação é para mostrar como uma rocha sedimentar “se organiza”.

Antes que os alunos iniciem a atividade, procurar deixar claro todo o procedimento.

Depois da demonstração, distribuir um roteiro (modelo a seguir) para cada grupo.

Nomes: ___________________________________________________ Data: ______________

Atividade prática Rochas sedimentares– Atribuição não comercial

Introdução

Nessa atividade, iremos estudar a formação de rochas. Leia com cuidado o procedimento e mãos à obra!

Material

Cascalho.

Areia.

Água.

Gesso em pó.

Palito de sorvete.

Béqueres de 500 mL (ou qualquer outro recipiente transparente com a mesma capacidade).

Diversos pequenos objetos, como: conchas, pequenas rochas, miçangas, brinquedos de plástico, moedas etc.).

Copos descartáveis.

Procedimento e observações

Procedimento 1 – Mistura de sedimentos

Colocar os sedimentos disponíveis da forma que desejar. Tentar fazer três misturas diferentes para suas anotações e

observações ficarem mais variadas, por exemplo: em um arranjo, colocar os sedimentos sem misturar; na outra,

misturar e na última, misturar apenas na parte superior. Tenha suas misturas em mãos para poder responder as

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questões.

Existe um espaço entre os sedimentos?

Resposta: Sim. Qual característica dos grãos dos sedimentos interfere nos espaços formados entre eles?

Resposta: Quando os grãos são maiores, o espaço entre eles fica maior. É possível ocupar o espaço entre os grãos, mesmo que estes já estejam ocupados pelo ar? Como?

Resposta: Sim. Pode-se ocupar esse espaço com grãos sedimentares menores (a areia consegue ocuparo espaço que fica entre os grãos de cascalho, por exemplo). Aqui, o aluno pode responder que a água também pode ocupar esse espaço.Procedimento 2 – Demonstração do professor

Circular entre os grupos, escolher a mistura feita por um deles e adicionar água a essa mistura. A quantidade de água

não deve ultrapassar o nível da mistura dos segmentos.

O volume no béquer aumentou? Explique.

Resposta: Não. A água ocupou os espaços entre os grãos sedimentares que antes eram ocupados pelo ar.Depois que a pergunta for respondida, retirar o excesso de água, misturar o conteúdo com o palito de sorvete e

despejar essa mistura em um copo descartável.

Procedimento 3 – Sua vez de fazer a rocha sedimentar!

Realizar o mesmo procedimento feito pelo professor: Adicionar água nas misturas feitas, esperar alguns segundos,

retirar o excesso de água, misturar com o palito de sorvete e transferir a mistura para um copo descartável. Aguardar

pelo menos meia hora.

Alguma mistura que seu grupo fez aparentemente não irá solidificar? Por quê?

Resposta: As misturas feitas sem gesso não irão solidificar. É importante o professor reiterar que o gesso é apenas uma representação do material que liga os detritos das rochas sedimentares consolidadas.Nessa atividade, vimos que as rochas sedimentares consolidadas podem ser compostas por: grãos maiores, grãos

menores, cimento (material que liga os detritos), e espaço poroso.

Quebre uma rocha sedimentar que seu grupo fez, desenhe a parte interna e nomeie esses componentes.

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Elaborado pelo autor.

Exemplo de como o aluno deve fazer o desenho. Nesse desenho é importante representar os grãos menoresocupando o espaço vazio entre os maiores e o cimento envolvendo tudo. Não é necessário representar o espaço

poroso, como um “buraco”.

Antes de passar para a próxima etapa, os alunos respondem às perguntas que estão

no roteiro e estas são corrigidas coletivamente, antes de prosseguir.

Encerrar a aula recapitulando tudo que foi feito na atividade prática, principalmente, a

parte teórica da formação de rochas sedimentares consolidadas. Recolher os roteiros para

corrigir e assim, usando-os como instrumento de verificação da aprendizagem.

Aula 4

Relembrar a aula anterior de rochas sedimentares. Alguns alunos colocaram conchas,

plantas ou sementes em suas misturas? Algum aluno, sem querer, deixou a marca de seus

dedos na rocha porque mexeu nela antes de secar? Será que a planta que ficou na rocha irá

se preservar? A ideia é encaminhar a discussão para a formação de fósseis. Expor para a

turma que a aula será sobre fósseis.

Entregar uma imagem dessas para cada aluno e solicitar que façam suas anotações

no desenho, mas ao final, a construção ocorrerá com toda a classe.

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stihii/Shutterstock.com

Etapas do processo de formação e descoberta dos fósseis.

Embaixo de cada imagem, será inserida uma frase explicativa da etapa do processo. O

que está ocorrendo na primeira imagem? Provavelmente os alunos responderão

corretamente, que é a morte do animal. Mas, essa resposta não é suficiente. Então,

procurar orientar com perguntas, como: Onde o animal morreu? O que vai acontecer com o

animal morto? Estimular os alunos a responderem essas perguntas. Lembrar que nem

todos os organismos que morrem são fossilizados, a maioria é decomposto pela ação dos

seres decompositores.

Assim que as contribuições dos alunos se esgotarem em cada etapa, construir,

coletivamente, as frases que ficarão abaixo de cada imagem. Anotar, na lousa, com a ajuda

dos alunos, o que devem copiar na sua imagem.

É importante lembrar que esse processo demora milhões de anos para evitar uma

concepção errônea. Para saber sobre a formação de fósseis, consultar o texto: O que são e

como se formam os fósseis?., Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-

Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/O-que-sao-e-como-se-

formam-os-fosseis%3F-1048.html> (acesso em: 20 set. 2018).

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stihii/Shutterstock.com

Etapas do processo de formação e descoberta dos fósseis com as descrições.

Depois de construir as frases que explicam cada etapa da fossilização, exemplificar

outros tipos de fósseis, como: fósseis congelados, fósseis impressos e fósseis incluídos

(âmbar). Explicar que agora, realizarão uma simulação de fóssil impresso.

Organizar os alunos em duplas e cada uma deve escolher um objeto para fossilizar,

utilizando massa de modelar. Deixar claro que é apenas uma simulação. A ideia é que os

alunos entendam como a ciência se apropria dos fósseis para obter informações a respeito

de plantas e animais que viveram há milhões de anos, a partir de dados e evidências. E

ainda, que esse conhecimento é provisório, por exemplo, até que outro fóssil seja

encontrado e forneça novas informações, ampliando ou refutando as primeiras.

Cada dupla escolherá um objeto (por exemplo, uma concha ou qualquer outro objeto

pequeno) para fazer sua impressão tridimensional, simulando um fóssil impresso. Depois,

sem saber qual é o objeto original, cada dupla receberá a impressão feita por outra dupla

para tentar deduzir de qual objeto é a impressão. Para fornecer sua resposta, a dupla deve

desenhar e descrever o objeto que ela acredita que tenha originado aquela impressão.

Assim que todas as duplas terminarem, expor em uma mesa o desenho e a impressão

correspondente.

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Orientar os alunos a circularem livremente pela sala para observarem todas as

impressões. As duplas devem analisar as diferenças e as semelhanças entre os desenhos e

as impressões correspondentes. Assim que essa observação estiver finalizada, cada dupla

revelará o objeto que usou para a impressão e haverá mais alguns minutos para a troca de

ideias.

Ao final, encaminhar a socialização das ideias a partir das respostas às perguntas a

seguir.

Os desenhos foram 100% fiéis ao objeto original? Por que isso aconteceu?

Era possível saber a cor do objeto original através das impressões feitas?

Era possível saber o tamanho do objeto original através das impressões feitas?

Nessa discussão muitos encaminhamentos podem ocorrer.

Os alunos não serão capazes de reproduzir fielmente o objeto que originou as

impressões. Alguns alunos podem ter feito apenas a impressão de uma parte do objeto

(por exemplo, alguém pode ter feito uma impressão da mão), o que pode dificultar a

identificação do objeto. Outros alunos podem ter feito a impressão do objeto inteiro,

facilitando esse processo.

A ideia é que os alunos entendam que os paleontólogos trabalham com previsões,

com muitos estudos e evidências, mas que não é possível conhecer todas as

características de um organismo por meio da observação de espécimes fossilizados. Não é

possível saber, por exemplo, a cor da pele, a vocalização, a temperatura corporal, embora

seja possível fazer algumas inferências.

Após a discussão, solicitar que os alunos respondam individualmente em seu caderno

as questões a seguir.

1. Foi possível predizer fielmente como eram os objetos por meio de suas impressões?

Por quê?

Resposta: Não, porque com o impresso é possível prever algumas formas do objeto, mas não sua cor, por exemplo. Dessa maneira, qualquer representação do objeto será parcial, principalmente, se a impressão for apenas de uma parte do objeto.

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2. Podemos dizer com certeza como eram os dinossauros? Explique.

Resposta: Não é possível, pois com os fósseis conseguimos prever, com alguma precisão, determinadas características, mas outras, como a cor de sua pele, por exemplo, apresentam uma menor precisão. Além disso, os paleontólogos e demais cientistas que pesquisam fósseis, não é sempre que o encontram por completo, na maioria dos casos, eles encontram apenas partes, como um osso, ou um vestígio, como fezes ou uma pegada.

No final da aula, recolher essas respostas, os desenhos feitos, e a imagem com as

legendas produzidas conjuntamente, para avaliação.

Para trabalhar dúvidas

Tente sempre montar duplas ou grupos com alunos que apresentam maior

dificuldade com alunos que tem maior facilidade. Durante as discussões em grupo, tente

sempre dar um pouco mais de atenção para os alunos que estejam com dificuldade. Por

exemplo, se algum aluno não entender como os grãos menores ocupam o espaço entre os

grãos maiores, fazer uma demonstração novamente, com mais calma, somente para esses

alunos.

No caso do mapa conceitual, é possível montá-lo juntamente com os alunos que

estiverem com dificuldade. Caso a dificuldade persista, tente passar um novo mapa para

eles, com menos palavras e conceitos, para que tentem associá-los.

Avaliação

Ao final de cada aula, existem muitas atividades e perguntas que devem ser

entregues. Elas são fundamentais para a avaliação do professor. Também pode-se realizar

auto avaliação, como a ficha a seguir.

Nome: ________________________________________________________________

Dar uma nota de 1 – 4 onde: 1 – Não entendi/não fiz; 2 – Entendi pouco/fiz pouco; 3 – Entendi bem/fiz bem; 4 –

Entendi muito bem/ fiz muito bem

1. Participou das discussões e dos trabalhos práticos em grupo de maneira ativa?( ) Sim.

( ) Não.

2. Compreendeu como são formados os diferentes tipos de rocha?( ) Sim.

( ) Não.

3. Compreendeu a formação de rochas sedimentares e sua estrutura?( ) Sim.

( ) Não.4. Compreendeu a formação de fósseis? ( ) Sim.

Materia l disponibi l izado em licença aberta do t ipo Creat ive Commons Atribuição não comercia l– Atribuição não comercial(CC BY NC 4.0 International) . Permit ida a cr iação de obra derivada com fins não comercia is ,– Atribuição não comercialdesde que seja atr ibuído crédito autoral e as criações sejam l icenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Ciências 6° ano 2° bimestre Plano de desenvolvimento 2ª sequência didática– 6° ano – 2° bimestre – Plano de desenvolvimento – 2ª sequência didática – 6° ano – 2° bimestre – Plano de desenvolvimento – 2ª sequência didática – 6° ano – 2° bimestre – Plano de desenvolvimento – 2ª sequência didática – 6° ano – 2° bimestre – Plano de desenvolvimento – 2ª sequência didática

( ) Não.

5. Conseguiu entender que a ciência não é uma verdade absoluta?( ) Sim.

( ) Não.

Ampliação

O professor pode não entregar o roteiro do experimento das rochas sedimentares e

pedir uma atividade em que os alunos elaborem um relatório da atividade prática. Para isso

ele deve mostrar que alguns tópicos são necessários, como: introdução, materiais e etapas

procedimentais.

Outra possibilidade é dificultar essa mesma atividade, introduzindo materiais que são

solúveis em água (como cubos de açúcar, sal) para discutir sobre a solubilidade de certos

compostos que formam o corpo dos seres vivos e como isso pode afetar na fossilização.

Por fim, é possível simular diferentes tipos de fossilização, se for de interesse. Com

um pouco de ágar-ágar ou gelatina (ágar-ágar gelatiniza mais rápido), é possível simular um

fóssil incluído (como um corpo envolto em resina de âmbar); é possível pegar um fóssil

impresso em gesso, preencher com massinha, e depois retirar a massinha moldada do

gesso, obtendo um molde do fóssil (como quando minerais ocupam a impressão de um

fóssil).

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