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PNAIC/2015 TERCEIRO CICLO DE FORMAÇÃO Módulo 3 O lugar da cultura escrita na educação da criança: pode a escrita roubar a infância? Ana Lucia Espindola e Regina Aparecida Marques de Souza

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PNAIC/2015TERCEIRO CICLO DE FORMAÇÃO

Módulo 3

O lugar da cultura escrita na educação da criança: pode a escrita roubar a infância?

Ana Lucia Espindola e Regina Aparecida Marques de Souza

Lev Vigotsky – Breve Vida e Obra

ESCRITA E INFÂNCIA

p. 48

“Portanto, quando nos referimos à escrita, não estamos nos

referindo apenas ao desenho de letras, já apontado por

Vigotsky em suas pesquisas da Rússia dos anos de 1930 e

lembrado por Emília Ferreiro 40 anos depois. Estamos

pensando, então, desse lugar que a escrita representa para

um determinado grupo social – a infância – enquanto

possibilidade de exercício de autoria.”

p.49

A INFÂNCIA, A ESCRITA E O BRINQUEDO

p. 50

“O brinquedo irá desempenhar um papel fulcral para a

aprendizagem da escrita, pelo fato de a criança perceber, por meio

dele, que determinados objetos podem denotar outros, tornando-se,

assim, seus signos. Ao usar um cabo de vassoura para representar

um cavalo, a criança está construindo uma noção fundamental para

a aquisição da escrita: a de que um objeto pode ser substituído por

outro, no processo de representação.”

Com isso não estamos afirmando que a

aprendizagem da linguagem escrita pode acontecer

apenas a partir do brinquedo e sem atividades

intencionais de ensino, mas, sim, que o brinquedo

tem um papel significativo e que não é apenas um

adereço sem importância na prática pedagógica.

Conceitos Cotidianos

Conceitos Científicos

Vigotsky

Grifo nosso, p. 54

“(...) a diferença principal entre os conceitos está ancorada no

grau de consciência da criança. Os conceitos cotidianos são

vivenciados no dia a dia a partir do nascimento, fazendo parte

do contexto sócio-histórico-cultural em que estamos

inseridos, através dos conhecimentos produzidos pela

humanidade. Já os conceitos científicos surgem em ambientes

específicos, como a escola – acompanhados de pensamentos

conscientes e sistematizados, que vão sendo internalizados

pela criança a partir de suas necessidades, seus interesses e

incentivos oferecidos/mediados pelo(a) professor(a) ou por

um(a) colega mais experiente. .”

Pode a escrita roubar a infância?

Grifo nosso, p. 55

“(...) a escrita não rouba a infância, não atrapalha a criança,

porque ela faz parte do mundo do qual deve a escola também

fazer parte. Portanto, você, professor(a), deve fazer a opção de

trabalhar com a linguagem escrita, e não com a escrita de letras e

palavras de forma enfadonha, repetitiva; deve criar nas crianças a

atitude leitora e produtora de texto, assim como nos ensinou Mello

(2012); e, também, deve deixar as crianças viverem plenamente sua

infância e, o mais importante, que elas possam ser crianças no

Ciclo de Alfabetização.”

Destaque duas ideias importantes do texto completando a frase:

“É importante saber que...”

GRUPO PARÁGRAFO INICIA EM... TERMINA EM...

1 1 a 8 “O objetivo deste...” “De acordo com...”

2 9 a 14 “Por outro lado...” “Portanto, quando...”

3 15 a 20 “Pensar a escrita...”“Portanto, a

aprendizagem ...”

4 21 a 27 “Isso nos coloca...” “O que é interessante...”

5 28 a 35 “Na mediação...” “Tais conceitos...”

6 36 a 43 “O papel da escola...” “Nossa discussão...”

20 min

Cada grupo retira duas fichas da sacola de

cor diferente da cor de seu grupo e relaciona

as ideias destacadas com o relato do

compartilhando

Música no Ciclo de Alfabetização – Márcia da

Silva Santos Portela

p. 84 a 93

20 min

Apresentação das relações estabelecidas pelos

grupos...

30 min

...

...

PNAIC/2015TERCEIRO CICLO DE FORMAÇÃO

Módulo 3

Afetividade Sim!Ana Márcia Luna Monteiro

Só se pode viver perto de outro e conhecer outra

pessoa sem perigo de ódio, se a gente tem amor.

Qualquer amor já é um pouquinho de saúde. Um

descanso na loucura.

Guimarães Rosa

“Não há educação sem amor”

Paulo Freire

Relação Professor e alunos ao longo da história

Afetos e emoções são

empecilhos para o ato de

aprender...

“... A mente é a única e verdadeira fonte da razão.”

p.94

Há vínculos afetivos entre professores e

educandos?

O estado afetivo de professores e alunos

interfere no modo de ensinar e de

aprender?

O professor, é capaz de, objetivamente,

separar seu estado cognitivo de seu

estado afetivo?

“.... Vejamos, então, o que nos revela o Novo Dicionário

Aurélio (BUARQUE, 1996): “Afeto, do latim affectu.

Afeição, simpatia, amizade, amor, sentimento, paixão”.

“Afetividade. Qualidade ou caráter afetivo. Conjunto de

fenômenos psíquicos que se manifestam sob forma de

emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da

impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de

agrado ou desagrado, de alegria e de tristeza”.

Griffo nosso, p. 95.

AFETO & AFETIVIDADE

“De forma bem clara, o que queremos admitir aqui é que a dimensão afetiva é

uma das dimensões que constituem o ser humano e que se encontra

fortemente associada a outras dimensões, sejam elas a biológica, a motora, a

cognitiva ou a social, a cultural e a histórica. ”.

Griffo nosso, p. 96.

“Muito do que se discute em textos escritos sobre afetividade, na escola ou na

sala de aula, trata da importância do papel exercido por professoras e

professores no desenvolvimento integral do aluno, e sobre como os seus

estados afetivos podem intervir na condição de aprender dos educandos.

Alguns autores nos alertam para a importância da qualidade da escuta, da

atenção positiva, do acolhimento, do diálogo, da tolerância, do respeito

mútuo, da confiança recíproca (RIBEIRO, JUTRAS e LOUIS, 2005).”

Griffo nosso, p. 98.

Relatos

Professora Renata

“...demonstra sensibilidade aos problemas de sua turma, tem uma

leitura lúcida da situação e enfrenta isso com tranquilidade. Ao invés

de ceder à irritação, à raiva, ao desespero, ela mapeia os fatores

responsáveis pela situação, identifica o que causam os conflitos,

reflete e avalia, talvez na tentativa de entender as reações dos alunos

e as suas próprias.”

Griffo nosso, p. 99

Relatos

Professora Márcia

“... oferece a seus alunos a possibilidade de compreender a importância

de o grupo encontrar a harmonia e o equilíbrio, entre aqueles objetivos

de natureza individual e aqueles que atendem aos interesses da

coletividade. Nesse momento, cada um assume sua responsabilidade

individual e particular, ao mesmo tempo em que assume a

responsabilidade pelo grupo e pela decisão tomada por ele..”

Griffo nosso, p. 100.

Para Leite e Tassoni (apud COLOMBO, 2011), há cinco decisões

tomadas pela professora ou pelo professor que marcam afetivamente

a relação entre os alunos e o próprio objeto de aprendizagem.

1. definição dos objetivos e dos conteúdos de ensino;

2. ponto de partida do ensino (considerar o que o aluno já sabe);

3. A organização que dará aos conteúdos ;

4. A escolha criteriosa das atividades de ensino (motivadoras e

relacionadas aos objetivos);

5. avaliação (consolidar ou levar a reconduzir todas as decisões

anteriores).

Griffo nosso, pags.100 e 101.

“Todas essas decisões potencializam a

condição de sucesso dos alunos e têm um

impacto definitivo em sua condição de

aprender.”

Griffo nosso, p. 101.