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5 Maputo, 18.02.2015 mediaFAX Pág. 1/5 mediaFAX Maputo, Quinta-feira, 18.02.16 *Nº5997 v Assinaturas mensais - Ordinária: 20 USD* Institucional: 35 USD* Embaixadas e ONG’s estrangeira: 50 USD - Outras moedas ao câmbio do dia De segunda a sexta, um diário no seu fax ou e-mail * Propriedade e edição: mediacoop SA * Editor: Fernando Mbanze * Sede: Av. Amilcar Cabral, nº.1049 - C.P. 73 * Maputo-Moçambique Telfs: 21301737/327631 ou 823171100, 843171100 *Fax:21302402 * E-mail: mediafax@mediacoop.co.mz *INTERNET: www.savana.co.mz Delegação na Beira: Prédio Aruângua, nº. 32 - Apartamento A - 1º. Andar *Telef. & Fax 23327957 * C.Postal 15 Publicidade (Beira) Não há mais razões para continuarmos a negar. O país está, de novo, em guerra não oficialmente declarada. Os relatos de confrontação armada, em várias regiões do país, sucedem-se. Em algumas regiões, com particular destaque para o “troço pro- blemático” da Estrada Nacional Nú- mero Um (N1) não se anda a vontade porque supostos homens armados da Renamo andam por perto. É um cenário que, quem de direito, deveria já ter tido a coragem de reconhe- cer que representa e equivale a guerra civil. Nesta onda, na madrugada desta quarta-feira, mais uma confrontação intensa se registou quase à entrada da vila sede do distrito de Gorongosa, pro- víncia de Sofala. O que se diz é que um grupo de homens armados da Renamo atacou uma posição das Forças de De- fesa e Segurança (FDS) instalada a Confrontação armada entre guerrilheiros da Renamo e FDS A contagem dos mortos está em curso! - Intensa confrontação aconteceu na madrugada desta quarta-feira quase à entrada da vila sede do distrito da Gorongosa alguns metros à entrada da vila sede do distrito de Gorongosa. A posição das FDS serve, essencialmente, de protector à vila, exactamente para evitar a entrada de homens armados na vila sede distrital. Oficialmente, a Polícia da República de Moçambique fala somente de duas mortes. Um do lado dos atacantes (Rena- mo) e outro do lado governamental. O combate, ao que soubemos, durou perto de uma hora, o que leva a crer que mais gente pode ter morrido na confrontação. Outras mortes têm estado a ser re- latadas, com particular destaque para os distritos das províncias de Manica, Sofala, Zambézia, Tete e Nampula. Enquanto isso, os políticos (que devem sentar-se para devolver a paz aos moçambicanos), continuam desavindos. Mas, os mortos, esses já estão a ser contabilizados dia após dia. E é lícito recordar que a guerra dos 16 anos, que começou também com tiroteios aqui e acolá, ceifou a vida de um milhão de moçambicanos e fez pouco mais de 5 milhões de deslocados. (D. Bila) (Maputo) Apesar de o discurso ofi- cial continuar a tentar transmitir uma imagem de que o país vive uma “democ- Democracy Ranking 2015 Moçambique: Uma democracia cada vez mais degradante racia perfeita”, resumido na realização regular e sistemática de processos eleito- rais, relatórios internacionais demons-

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    mediaFAXMaputo, Quinta-feira, 18.02.16 *Nº5997

    v

    Assinaturas mensais - Ordinária: 20 USD* Institucional: 35 USD* Embaixadas e ONG’s estrangeira: 50 USD - Outras moedas ao câmbio do dia

    De segunda a sexta, um diário no seu fax ou e-mail * Propriedade e edição: mediacoop SA * Editor: Fernando Mbanze * Sede: Av. Amilcar Cabral, nº.1049 - C.P. 73 * Maputo-Moçambique

    Telfs: 21301737/327631 ou 823171100, 843171100 *Fax:21302402 * E-mail: [email protected] *INTERNET: www.savana.co.mzDelegação na Beira: Prédio Aruângua, nº. 32 - Apartamento A - 1º. Andar *Telef. & Fax 23327957 * C.Postal 15

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    (Beira) Não há mais razões paracontinuarmos a negar. O país está, denovo, em guerra não oficialmentedeclarada. Os relatos de confrontaçãoarmada, em várias regiões do país,sucedem-se. Em algumas regiões, comparticular destaque para o “troço pro-blemático” da Estrada Nacional Nú-mero Um (N1) não se anda a vontadeporque supostos homens armados daRenamo andam por perto.

    É um cenário que, quem de direito,deveria já ter tido a coragem de reconhe-cer que representa e equivale a guerracivil. Nesta onda, na madrugada destaquarta-feira, mais uma confrontaçãointensa se registou quase à entrada davila sede do distrito de Gorongosa, pro-víncia de Sofala. O que se diz é que umgrupo de homens armados da Renamoatacou uma posição das Forças de De-fesa e Segurança (FDS) instalada a

    Confrontação armada entre guerrilheiros da Renamo e FDS

    A contagem dos mortos está em curso!- Intensa confrontação aconteceu na madrugada desta quarta-feira

    quase à entrada da vila sede do distrito da Gorongosaalguns metros à entrada da vila sede dodistrito de Gorongosa. A posição das FDSserve, essencialmente, de protector àvila, exactamente para evitar a entrada dehomens armados na vila sede distrital.

    Oficialmente, a Polícia da Repúblicade Moçambique fala somente de duasmortes. Um do lado dos atacantes (Rena-mo) e outro do lado governamental. Ocombate, ao que soubemos, durou pertode uma hora, o que leva a crer que maisgente pode ter morrido na confrontação.

    Outras mortes têm estado a ser re-

    latadas, com particular destaque paraos distritos das províncias de Manica,Sofala, Zambézia, Tete e Nampula.

    Enquanto isso, os políticos (quedevem sentar-se para devolver a paz aosmoçambicanos), continuam desavindos.Mas, os mortos, esses já estão a sercontabilizados dia após dia. E é lícitorecordar que a guerra dos 16 anos, quecomeçou também com tiroteios aqui eacolá, ceifou a vida de um milhão demoçambicanos e fez pouco mais de 5milhões de deslocados.(D. Bila)

    (Maputo) Apesar de o discurso ofi-cial continuar a tentar transmitir umaimagem de que o país vive uma “democ-

    Democracy Ranking 2015

    Moçambique: Uma democraciacada vez mais degradante

    racia perfeita”, resumido na realizaçãoregular e sistemática de processos eleito-rais, relatórios internacionais demons-

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    Principais Câmbios MZN em 15 de Fevereiro de 2016Moeda Compra Venda

    ZAR/MT 2,85 2,91 USD/MT 45,00 45,90 GBP/MT 65,37 66,69EUR/MT 50,47 51,49 ZAR/MT 2,93 2,99 Fonte:Nota: Cotações válidas apenas paramontantes inferiores ao contravalor de5.000 USD (cinco mil dólares americanos)

    tram uma situação completamente dife-rente da defendida pelo governo. O exemplo demonstrativo de que as coi-sas não estão bem, no país, vem estampadono relatório sobre o Índice de Democraciano mundo referente ao ano passado, 2015.

    Analisando vários itens, o relatórioconclui que a democracia moçambicanavem registando níveis acentuados e acele-rados de degradação. A queda da qualidadeda democracia moçambicana resulta, se-gundo o relatório encomendado pelo grupoinglês The Economist, de vários factores, aexemplo das constantes e graves irregular-idades que vem registando nos processoseleitorais moçambicanos, o domínio da Fre-limo sobre as instituições do Estado e aintolerância e perseguição política contradirigentes da oposição, são apontadas comoparte das razões por detrás da imparáveldegradação da democracia que se vive emMoçambique. A lista das condições fragili-zadoras da democracia moçambicanainclui ainda a corrupção generalizada anteuma administração da justiça incapaz depunir os prevaricadores, muitas vezes, atre-lados ao poder político e ainda uma socie-dade civil cada vez mais fragilizada.

    Com esta realidade, o ranking daDemocracia 2015, coloca a Repúblicade Moçambique na posição 109, numalista de 165 países avaliados. Para o lugar 109 na lista dos 165 países

    estudados, a “Pérola do Índico” foi classifica-da como estando a viver uma democraciahíbrida, com uma pontuação média de 4.6 dos10 pontos possíveis. Para itens específicos,Moçambique quedou-se, no geral, a abaixo damédia com 4,42 pontos no processo eleitorale pluralismo, 3,57 no funcionamento do Go-verno, 5.56 em participação política, 5.63 emcultura política e 3,82 em liberdades cívicas.

    Com esta pontuação, Moçambiquefoi alistado no grupo das chamadas “de-mocracias híbridas”, ao lado de paísescomo a Albânia, a Guatemala, a Ucrânia, oBangladesh, o Malawi, a Libéria, o Mada-gáscar, o Burkina Faso e o Iraque. Para cada iten, o relatório busca e indicaexemplos concretos que, de uma ou de outraforma, pesaram para a classificação deMoçambique, a exemplo do assassinato, emplena luz do dia, do constitucionalista eprofessor universitário, Gilles Cistac, para ocaso do exercício das liberdades cívicas.

    A proclamação dos resultados elei-torais pelo Conselho Constitucional,mesmo depois do registo de graves irre-gularidades no processo eleitoral, é outroexemplo citado pelo relatório, a par dacolocação, quase na totalidade, de mem-bros da Frelimo no quadro do Estado. Os contornos bastante nebulosos rela-cionados com o processo Ematum estãotambém na lista de casos que demons-tram e atestam a fragilidade do Estado pa-ra evitar saque e roubo do bem público.

    O ranking de 2015, denominado“a Democracia em época de ansiedade”,é liderado pela Noruega, a Islândia, aSuécia, a Nova Zelândia e a Dinamarca.As ilhas Maurícias são o país africanomelhor posicionado enquanto CaboVerde é o mais bem colocado entre ospaíses falantes da língua portuguesa ea terceira melhor democracia do nossocontinente.(Redacção)

    (Maputo) A chefe da bancada par-lamentar da Renamo, Ivone Soares, exigiu, namanhã desta quarta-feira, a criação de umacomissão de inquérito que, no mais curtoespaço de tempo, deverá deslocar-se aoMala-wi no sentido de, no terreno e in loco,averiguar por que razão os moçambicanosse foram refugiar naquele país vizinho.

    Ivone Soares fez esta exigência quan-do, do pódio da Assembleia da República,discursava na sessão de abertura da IIIsessão ordinária desta que é a VIII legisla-tura da Assembleia da República.

    “Quem de facto criou a situação dosrefugiados. A catastrófica situação dos re-fugiados moçambicanos que se encon-tram no Malawi foi a Frelimo.Que se crie,imediatamente, uma comissão de inquéri-to parlamentar para se averiguar os factos

    Afinal por que razão os moçambicanos fugiram para o Malawi?

    Renamo quer comissão deinquérito para averiguar Kapise

    no terreno. Nós, RENAMO, não duvidá-mos dos depoimentos desses nossoscompatriotas e nem duvidámos das cons-tatações que o ACNUR fez, constataçõesconfirmadas pelas autoridades emKapise, no Malawi”- avançou Soares.

    O governo e a Renamo têm estadoa trocar acusações sobre as reaisrazões da fuga de moçambicanos parao território malawiana.

    Lutero Simango O chefe da bancada parlamentar doMovimento Democrático de Moçambi-que também condenou as autoridadesmoçambicanas pela presença, em con-dições precárias, de cerca de 5 mil mo-çambicanos em território malawiano.

    “Estendemos a nossa solidarieda-de aos nossos concidadãos forçados a

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    refugiarem-se na República do Malawi,por actos protagonizados pelas nossasForças de Defesa e Segurança. Refugia-ram-se em Malawi, porque a violênciaarmada e a guerra não declarada, se fazsentir no nosso país” – disse.

    Prosseguiu ainda argumentandoque a situação dos refugiados e outrosmales que grassam o país são resultadoda falta de convivência e intolerânciaprotagonizadas pelo poder do dia.

    “A ausência de convivênciademocrática, a intolerância e arrogância

    política, a ausência do outro a pensardiferente, a ausência de reconhecimen-to de diversidade política em todos osescalões da divisão administrativa do nos-so país, a falta de um discurso oficialem reconhecer as liberdades politicasdos cidadãos e sua livre realização, osconflitos militares, entre as forças go-vernamentais e da Renamo, são respon-sáveis pela situação em que se encontrao país, mergulhado em incertezas e fra-gilização do Estado”- classificou Si-mango.(Ilódio Bata)

    (Maputo) O Banco de Moçambiquedeverá regulamentar a lei nr. 6/2015, de 6de Outubro, instrumento que cria o Siste-ma de Informação de Crédito de GestãoPrivada (LCSICGP), segundo indica amatriz de prioridades de reformas assu-mida entre o Governo e o sector privado.

    O acordo, datado de Agosto de 2015,foi selado através de um memorando deentendimento rubricado entre o ministro daIndústria e Comércio, Max Tonela, naqualidade de ponto focal do Governo paraos assuntos do sector privado, e o presi-dente da Confederação das AssociaçõesEconómicas (CTA), Rogério Manuel. ALCSICGP foi aprovada pela Assembleiada República em Outubro de 2015 e en-trou em vigor no dia 4 de Janeiro de 2016.

    A regulamentação deverá serconcluída no prazo de 90 dias após aentrada em vigor da referida lei, o quesignifica que deverá ser concluída até4 de Abril de 2016.

    Regulamentação de um indicador chave para o Doing Business

    Banco de Moçambique atrasa-seUma fonte próxima do dossier

    “Doing Business”, disse que o Banco deMoçambique espera Concluir o proces-so de regulamentação ainda duranteeste mês (Fevereiro) e submeter aoMinistério de Economia e Finanças

    para, em Março próximo, ser submetido àaprovação pelo Conselho de Ministros.

    Paralelamente a isto, o Banco de Mo-çambique deveria ter apresentado o antepro-jecto de lei que cria uma central de registo decolaterais, facto que, até ao momento, aindanão ocorreu, segundo soube o mediaFAXde fonte próxima ao processo.

    Ainda no âmbito deste processo, omediaFAX sabe que a proposta de regu-lamentação já foi aprovada pelo Conselho deAdministração do Banco de Moçambique.

    De referir que estes instrumentos fazemparte de alguns indicadores que o Banco Mun-dial tem em conta a avaliação periódica quefaz a 189 países em matéria de Doing Business.

    Segundo se sabe, o Banco Mundialtermina a avaliação em finais de Maio e faza respectiva publicação em Outubro. Naavaliação anterior, Moçambique caiu cincolugares e o Governo prometeu trabalhar nosentido de inverter o quadro negativo.(Raf. Ricardo e redacção)

    (Maputo) Um relatório lançado terça-feira, na cidade de Maputo, revela queainda há, em Moçambique, considerávelfalta de conhecimento público das leis eregulamentos sobre governação corpo-rativa, o que, de certa forma, afecta oambiente de negócios.

    De acordo com o documento, inti-tulado “Relatório sobre a Situação da Go-vernação Corporativa”, lançado pelo Insti-tuto de Directores de Moçambique e quefaz a radiografia da governação corpo-rativa nos 13 países membros da Rede

    Leis e regulamentos sobre governação corporativa

    Há défice de conhecimento públicoAfricana de Governação Corporativa, tal sedeve ao facto de o sector privado nacionalser predominantemente informal e, por isso,com pouca compreensão sobre esta matéria.

    “Geralmente, as empresas em Mo-çambique são de pequena dimensão, o quefaz com que a governação corporativa sejavista como relativamente onerosa”, refereo documento, que também aponta o factode o sistema judiciário ser fraco comouma das razões desta situação. Nesse sentido, o relatório recomenda que onosso País aumente de forma significativa a

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    Este relatório foi lançado durante a

    Conferência Anual da Rede Africana deGovernação Corporativa, que decorrena cidade de Maputo até o próximo dia19 e conta com o apoio da ACCA (Asso-ciation of Chartered Certified Accoun-tants) e do Standard Bank.(Redacção)

    (Maputo) O mais alto órgão legislativo dopaís abriu oficialmente, ontem, as oficinas,numa sessão que ficou marcada pelas ine-vitáveis confrontações entre as duas maio-res bancadas parlamentares. Os eternosrivais (Frelimo e Renamo) voltaram a tro-car acusações sobre a autoria dos ataquesque estão ceifar a vida de moçambicanosem várias regiões do país. A Frelimo, na voz da chefe da bancada,Margarida Talapa, acusou a Renamo de serum partido interessado apenas em perpe-tuar sofrimento do povo moçambicano, con-tinuando com acções armadas como formade fazer pressão para chegar ao poder.Talapadisse que se esta formação política man-tém, até hoje, um braço armado é porquetem prazer em semear terror, uma prova deque é contra o desenvolvimento do país.

    A chefe da bancada Frelimo voltouresponsabilizar a Renamo pelo fracasso dasnegociações entre o governo e a Renamo, ereiterou que o seu partido está comprome-tido com o desenvolvimento do país.

    Por sua vez, Ivone Soares, chefe dabancada da Renamo, acusou a Frelimo de

    III sessão ordinária da VIII legislatura

    Acusações marcam o arranquedos trabalhos na AR

    andar a promover terrorismo. Isto porque assiste impávida e serena, a per-seguição, raptos, sequestros e assassi-natos de membros pertencentes a par-tidos da oposição.

    De acordo com a timoneira daRenamo na Assembleia da República, oprincipal promotor da instabilidade po-litica e económica que o país vive, temnome e se chama “Frelimo”. Em jeito defecho, Soares reiterou que a Renamo vaimesmo governar as províncias ondeganhou, isto, segundo ela, para, de umavez por todas, acabar com o terroris-mo de Estado promovido pela Frelimo. Já Lutero Simango, chefe da bancadado Movimento Democrático de Mo-çambique voltou a destacar a necessida-de de se promover um diálogo inclusivoe participativo, sendo esta a via maisadequada para resgatar a paz que todosmoçambicanos anseiam. Para Simango aviolência, caracterizadas por ataques aalvos civis e militares deve cessar paradar lugar ao diálogo, um diálogo, acimade tudo, construtivo.(Ilódio Bata)

    (Maputo) Depois de ter sido baleado nopassado 20 de Janeiro último, na cidade daBeira, situação que obrigou a sua evacuação

    Início da III sessão da AR

    Baleamento de Bissopo mereceu destaquedas chefias de bancadas e da presidente

    para tratamento médico na África do Sul,Manuel Bissopo já regressou a Maputo eparticipou na sessão de abertura do mais

    alto órgão legislativo do país.O regresso do deputado e membro da

    Comissão Permanente da Assembelia daRepública (AR) mereceu destaque nas qua-tro intervenções que marcaram a aberturada III sessão ordinária da oitava legislatura.

    Verónica Macamo, presidente da AR, foiquem primeiro desejou boas vindas ao secre-tário-geral da Renamo, tendo avançado de se-guida, que após ter tomado conhecimento dosucedido accionou todos mecanismos quetem ao seu dispor e contactou os órgãos com-petentes no sentindo de garantir que os auto-res deste acto sejam encontrados e levados abarra de tribunal, e que sejam exemplarmentepunidos.Disse adiante que Bissopo é defacto um homem de sorte, por ter escapa-do com vida do atentado que sofreu.

    “No dia 20 de Janeiro recebemos umaincrédula e triste notícia. O deputado ManuelBissopo, foi vitíma de um bárbaro atentado nacidade da Beira, Foi um acto verdadeiramen-te ignóbil, um acto inqualificável e condenável,lamentou a presidente da AR. Depois da presidente da AR, seguiu a chefe dabancada da Frelimo, Margarida Talapa, que noentanto, apelou a Renamo, e não só, a não politi-zar o caso Bissopo, e pediu o envolvimento detodos para o rápido esclarecimento do crime. Com júbilo e regozijo, foi de como a chefe dabancada da Renamo, Ivone Soares, desejouboas vindas ao deputado e membro da comis-são permanente, Manuel Bissopo. Apesar defestejar o facto do SG ter escapado a morte,Soares voltou a apontar o dedo a Frelimo,afirmando que estes são os verdadeiros auto-res do acto macabro que quase tirou a vida aoseu colega de bancada. A chefe da bancadada Perdiz, disse que o governo, com estesactos, mostra claramente que pretende pro-mover o verdadeiro terrorismo de Estado.

    “O plano da Frelimo de assassinar diri-gentes e membros da Renamo alegadamentepara impedir a governação da Renamo nas seisprovíncias vai falhar”, destacou a chefe dabancada parlamentar da Renamo. (Ilódio Bata)

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    (Maputo) A Universidade Polité-cnica acolhe, nos dias 25 e 26 de Feve-reiro corrente, a primeira edição do PitchBootcamp, um programa de dinamizaçãode carreiras para estudantes finalistas erecém-graduados.

    Esta iniciativa, que contará com aparticipação de 100 graduados ou finalistase 60 gestores de topo de grandes empresas,é desenvolvida pela FlowMoçambique etem como objectivo criar uma interacçãoentre o mercado de trabalho e as univer-sidades e jovens estudantes com vista aencontrar os grandes talentos do futuro.

    O Pitch Bootcamp consiste em doisdias de trabalho, sendo que no primeiro, osparticipantes irão desenvolver e/ou adqui-

    Estudantes finalistas e recém-graduados

    Buscam-se mecanismosde dinamização de carreiras

    rir novas ferramentas de procurade trabalho, perceber como devemabordar o mercado e descobrir oseu potencial e competências.

    Já no segundo dia, os partici-pantes terão a oportunidade deconversar com gestores de topo degrandes empresas e, por via disso,criar oportunidades de mentoria,agendar reuniões e visitas ou ace-der a estágios e ficar a par dosprocessos de recrutamento.

    Em todas as edições, mais demil jovens finalistas e graduadosque passaram por esta formaçãoconseguiram inserir-se no merca-do de trabalho.(Redacção)

    (Maputo) Os governos de Moçambique edo Japão assinaram, ontem, um contracto deconstrução do projecto da Central Termoe-léctrica de Ciclo Combinado a gás natural nacidade de Maputo. Trata-se de um investi-mento orçado em 17.2 biliões de Yenes, oequivalente a 151.5 milhões de dólares ame-ricanos, concedidos pela Agência Japonesade Cooperação Internacional (JICA).

    A Central Térmica de Maputo estarádisponível para, a partir de 2018, garantirmaior disponibilidade de energia eléctrica eassegurar o acesso a mais moçambicanos,bem assim, a segurança no fornecimento àregião sul do País, com particular, realce paraas cidades de Maputo e Matola.A central vaiusar uma tecnologia que permite o uso maiseficiente do gás natural e contribuir para aredução das emissões de carbono, preserva-ção do ambiente, assim como para o desen-volvimento económico sustentável do país.

    O financiamento deste projecto inclui,também, a formação de quadros, nas áreasde operação e manutenção de equipamento eassistência técnica durante seis anos, assegu-rando-se, deste modo, a transferência gradualda tecnologia das práticas e dos modelos degestão de padrões internacionais.

    “A assinatura deste contrato acontecenuma altura em que a região da África Australe Moçambique são assolados pela seca, queimpacta na paralisação temporária de algu-mas centrais hidroeléctricas por falta de água, oque vem reforçar a nossa convicção de diver-

    Energia eléctrica através de gás natural

    Maputo terá mais 100 MW até 2018sificar a matriz das fontes de produ-ção de energia eléctrica no nossoPaís” – explicou Mateus Magala, Pre-sidente do Conselho de Administração(PCA) da Electricidade de Moçam-bique, empresa que irá a explorar edistribuir a electricidade a ser gerada.

    O PCA da EDM indicou aindaque estão em curso vários projectosde geração de electricidade, que total-izam cerca de 335 MW, com vista agarantir maior e melhor disponibili-dade de energia eléctrica. O governode Japão fará assistência a EDM atra-vés das empresas TEPSCO, OrientaConsultants Global, Sumitomo Cor-poration e a IHI.(Rafael Ricardo)

    (Maputo) A LAM, a companhia mo-çambicana de bandeira, está entre as 10melhores companhias  aéreas  africanas nomeadas para o prémio de melhor serviçona classe económica, atribuído pela WTA –Word Travel Awards. O anúncio dos finalis-tas foi feito no dia 31 de Janeiro de 2016.

    A par da LAM estão nomeadas outrasprestigiadas companhias aéreas africanasnomeadamente, a South African Airways, daÁfrica do Sul; a Ethiopian Airlines, da Ethio-pia; a Kenya Airways, do Quénia; a RoyalAir Maroc, do Marroco; a Air Namibia, daNamíbia; a EgyptAir, do Egipto; a TunisAir, da Tunísia; a Precision Air, da Tanzaniae a Mango, também da África do Sul. Estas companhias, incluindo a LAM,estão destacadas pelo melhor serviço queoferecem na classe económica, num uni-verso que ultrapassa 35 companhiasmemmbros da Associação das Com-panhias Aéreas Africanas (AFRAA). Entre as 10 companhias finalistas do WorldTravel Award, considerados “óscares mun-diais de turismo”, será eleita a companhiaAfricana com os melhores serviços na classeeconómica, estando em curso a votação atéo dia 29 de Fevereiro corrente, na internet,através do link www.worldtravelawards.com/nominees/2016/africa.

    A entrega dos prémios do WorldTravel Award, onde está inserida a cate-goria de Companhia Africana Líder emServiços na Classe Económica, terá lugarno dia 09 de Abril de 2016, em Zanzi-bar, República da Tanzânia.(Redacção)

    Companhias africanas com melhorserviço na classe económica

    LAM no top 10das melhores

    (Maputo) A Cervejas deMoçambique (CDM) lançouontem, nas cidades de Maputo eda Matola, o Programa de De-senvolvimento de Retalhistas quevisa formar, em todo o país, cercade dois mil retalhistas da CDM.

    Os beneficiários serão for-mados em matérias relacionadascom finanças, gestão de negócios,venda responsável e consciênciaambiental, com intuito de melhorara capacidade de gestão de negócios

    Finanças e gestão de negóciosCDM forma retalhistas

    e assegurar a sua sustentabilidade. Este pro-grama é implementado por uma empresade consultoria contratada pela CDM.

    “Este treinamento faz parte de umprograma mais alargado da CDM quevisa estimular o empreendedorismo.Queremos não apenas dar aos retalhistasinstrumentos mais aprofundados paraa gestão dos negócios de cerveja, mastambém para outros negócios quequeiram ou estejam empreender” - re-feriu Bruno Tembe, gestor de Assun-tos Corporativos da CDM.(Redacção)