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PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA/NASF MODALIDADE III OURO VERDE DO OESTE/PR 2019

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PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE

APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA/NASF

MODALIDADE III

OURO VERDE DO OESTE/PR

2019

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO MUNICIPAL ............................................................................................................. 3

2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4

2.1 DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE OURO VERDE DO OESTE - PR .............................. 4

2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................................................................... 6

2.3 DADOS DEMOGRÁFICOS ........................................................................................................... 7

3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 11

4. OBJETIVO ............................................................................................................................................. 11

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 12

5. ÁREA DE ATUAÇÃO DA EQUIPE NO NASF III ............................................................................ 12

6. UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA PARA O NASF III ............................................................. 14

7. UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA PARA O NASF III ............................................................. 16

7.1 FORMA DE CONTRATAÇÃO DOS PROFISSIONAIS .......................................................... 16

8. PRINCIPAIS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELOS PROFISSIONAIS E PELA

ESF NO NASF III .......................................................................................................................................... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 21

1. IDENTIFICAÇÃO MUNICIPAL

Identificação Administrativa

Prefeito: Aldacir Domingos Pavan.

Vice-Prefeito: Alexandre Janning.

Endereço da Prefeitura: Rua Curitiba nº 657.

Telefone: 45-3251-8000.

Secretário de Saúde: Alexandre Janning.

Gestor do Fundo Municipal de Saúde: Alexandre Janning.

Endereço da Secretaria de Saúde: Rua Colômbia nº 221.

Telefone: 45-3251-1360.

E-mail: [email protected]

2. INTRODUÇÃO

2.1 DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE OURO VERDE DO OESTE - PR

O espaço geográfico onde hoje está localizado o município de Ouro Verde do Oeste,

em âmbito maior na Mesorregião Oeste do Paraná, foi palco da presença de grupos

populacionais muito antes de sua chamada “colonização branca”. Essa, tida como

definitiva, tomou impulso a partir da segunda metade do século XX com a chegada de

milhares de famílias de colonos migrantes vindos preferencialmente dos Estados do Rio

Grande do Sul e de Santa Catarina. Migrantes esses que vieram ao Oeste paranaense

atraídos em sua grande maioria pela ação de empresas particulares de colonização,

interessadas na comercialização lucrativa das áreas de terras que haviam adquirido.

A ocupação humana na Mesorregião Oeste do Paraná – Ouro Verde do Oeste

incluso – não é recente, não vem de agora. Diferentemente do que parte da historiografia

tentou frisar, inserindo-a historicamente a partir da chegada das milhares de famílias de

colonos migrantes a partir da década de 1930, ela é muito mais antiga, ela é multimilenar.

De acordo com o renomado arqueólogo paranaense Igor Chimyz (2007) comprovou-se a

existência de registros arqueológicos em muitas dezenas de sítios abertos sob as linhas de

transmissão de eletricidade de Furnas e que datam de dez mil anos. Sem nos

aprofundarmos, essas investigações demonstraram que o clima foi determinante nos

processos de ocupação e êxodo na região.

Sbardelotto (2007), alinha os grupos mais antigos como coletores e caçadores.

Porém, aproximadamente nos últimos dois mil anos, as evidências arqueológicas mostram

a ocupação por grupos ceramistas. Os primeiros eram exploradores da natureza, os

segundos, além disso, plantavam e produziam parte da alimentação, geralmente

denominados horticultores. Assim, de dois mil anos até hoje, temos dois grandes grupos se

revezando alternadamente no território que hoje compreende a Mesorregião Oeste do

Paraná, em movimentos migratórios e ocupacionais distintos. Um grupo preferia a fixação

e a movimentação às margens do rio e nas florestas densas, o outro preferia as matas mais

rarefeitas e os campos. Um ligado ao tronco linguístico Tupi-Guarani e o outro ao Macro-

Jê, Caingangue, que ocupavam o território em um processo milenar de povoamento.

Processo este que foi modificado pela introdução dos europeus e pela criação das reduções

jesuítas a partir do século XVI. Tratava-se de verdadeiros núcleos de povoamento

interligados onde grupos de indígenas cediam seus bens e terras à administração dos

jesuítas em troca da proteção e da gestão da produção (SBARDELOTTO, 2007, p.28).

Muitas vezes a literatura confere aos guaranis uma característica errônea, rotulando-

os como povos nômades. Tratando-os dessa maneira contribui-se para excluí-los de uma

dada territorialidade. São vistos tão somente como personagens históricos ausentes, por

serem nômades, a um dado espaço geográfico. Esse pretenso nomadismo não é exato,

pois os guaranis são itinerantes ou caminhantes por excelência. De acordo com Ribeiro

(2005), essa peculiaridade não impediu que a prática da agricultura fosse disseminada

entre eles e tivesse grande importância para a sua sobrevivência.

Para essa pesquisadora a procura por áreas onde o solo fosse fértil era significativa,

muitas vezes mais do que a busca por áreas onde a caça e a pesca fosse abundantes.

Durante o transcorrer dos séculos XVI, XVII e XVIII os europeus investiram e destruíram

impiedosamente os aldeamentos indígenas espalhados pelo Oeste do Paraná. Enquanto

espanhóis e portugueses representavam os interesses de seus reis, escravizando-os pura

e simplesmente; a Igreja Católica, de maneira mais sutil, representada pela ação dos

missionários e suas Reduções Jesuíticas, procurava convertê-los à fé cristã.

A eficiência dessas ações violentas e multisseculares foi imensa e culminou no

século XIX quando a sua conquista ocorreu em nome da nação brasileira. A usurpação

paulatina dos territórios indígenas foi justificada em prol da questão nacional e do perigo

externo. No século XX o que sobrou dos territórios indígenas foi suplantado, em nome do

progresso, em prol de um planejado (re)povoamento. Vem daí que os povos indígenas

devem ser integrados à análise do processo de colonização do Oeste do Paraná, para que

se tenha uma visão daqueles que já estavam na região quando esta passou a ser

(re)ocupada. Como todos os homens que vivem em sociedade, eles também devem fazer

parte da história da região. Mesmo que não tenham deixado registros escritos, seu relato

foi e continua sendo feito oralmente. Seus descendentes são a expressão viva da existência

destes povos que pertencem à nossa história e que continuarão presentes tanto quanto

nós.

Pelos depoimentos colhidos não se encontra uma relação direta do nome com o

cultivo do café na área, gleba, colonizada. Todavia, não podemos nos esquecer de que o

café era a cultura dominante no Norte do Paraná desde a segunda década do século XX.

Num contexto mais abrangente, era fato que a quantidade e fertilidade das terras existentes

e disponíveis e o preço mais módico fez com que muita gente se dispusesse a migrar para

o Oeste paranaense. A maioria das companhias de colonização oferecia terras cercadas

de todas as garantias legais, escrituradas, e os colonos interessados em adquiri-las tinham

condições vantajosas para o seu pagamento.

É claro que na Região Oeste também existiam áreas de litígio, sendo disputadas por

um ou mais supostos proprietários, o que causava um clima de permanente tensão nas

mesmas. E não foram poucas as violências perpetradas contra aqueles que eram rotulados

como intrusos ou invasores. Capangas e pistoleiros fizeram parte da paisagem durante as

décadas de 1950 e 1960. No que se refere à situação fundiária observada na região do

distrito de Ouro Verde na época da chegada das primeiras famílias para a área, ela bem

reflete o que vinha acontecendo em diversas glebas do Oeste paranaense.

Em Ouro Verde o acesso à terra era dificultoso. Nas proximidades da atual localidade

da Sanga Funda, quando começou a chegar a colonada que havia comprado terra na área,

essa deu de cara com um portão que servia como barreira a todos aqueles que quisessem

adentrar. Saliente-se que o tal portão não ficava desprotegido, longe disso. Ele era

guarnecido diariamente por homens armados que faziam dar marcha ré a todos que por ali

quisessem passar. Não tinha discussão, pois os guardas afirmavam em alto e bom tom que

aquelas terras tinham dono e ponto final.

2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS

Ouro Verde do Oeste surge como município do Estado do Paraná, em 12 de junho

de 1989, desmembrado do município de Toledo, onde o governador Álvaro Dias sanciona

o Projeto de Lei nº 206/86, convertido na Lei nº9.009. Porém, muito tempo antes desta data,

Ouro Verde do Oeste já estava formado, nasceu em 1960, quando bravos homens

converteram o sonho de uma vida melhor em ideal e buscaram novos horizontes, sem

temer as dificuldades que se impunham a eles das formas mais variadas: intempéries,

animais selvagens, cobras, insetos etc. De início formou-se uma vila, que cresceu, foi

levada a distrito, e por fim tornou-se município, tudo isso graças a persistência e união de

seu povo.

Quanto a emancipação de Ouro Verde, muito se deve ao Deputado Sabino Campos,

pois ao longo de toda tramitação, o mesmo mostrou-se empenhado na aprovação de seu

projeto. Perseverante, lutou sem tréguas, provando à Assembleia Legislativa, com

argumentos e documentos, que seu pedido era viável, possível. Paralelamente, sempre

manteve os ouroverdenses informados da situação, o que fazia através de visitas

frequentes ao distrito ou por meio do vereador Roque Ferreira de Lima.

O município apresenta clima subtropical úmido, com temperatura média anual de

21,4ºC. Sua formação administrativa de origem se deu com a denominação de Ouro Verde

do Oeste, pela Lei Estadual nº 5078, de 12 de março de 1965, subordinado ao município

de Toledo. Em divisão territorial datada de 31 de julho de 1968, o distrito de Ouro Verde do

Oeste, figura no município de Toledo, assim permanecendo em divisão territorial datada de

1988.

2.3 DADOS DEMOGRÁFICOS

Ouro Verde do Oeste é um município do estado do Paraná, região sul do país.

Pertence à microrregião de Toledo e localiza-se a oeste da capital do estado, distando

desta, cerca de 555,78 Km. A área do município é de 293,197 Km² (IPARDES, 2019), sendo

28.931,20 há área rural, área urbana 29.049,00 há. O município possui um distrito (São

Sebastião), uma Vila Rural e diversas linhas que interligam a sede do município.

Ouro Verde do Oeste conta com uma população estimada para 2018 de 5.975

habitantes (IBGE, 2018), com uma taxa de urbanização de 70,96 %, apresentando um IDH

em 2010 de 0,709. O município de Ouro Verde do Oeste teve um crescimento populacional

na ordem de 4,75% em relação a 2012, sendo das etnias a raça branca o maior grupo com

58,83 % dos habitantes, seguido da raça parda com 37,22% e afrodescendentes com

3,27%. Quanto ao sexo há praticamente um equilíbrio entre homens e mulheres, sendo em

torno de 0,98% de homens a mais que o sexo feminino. A maior parte da população está

na faixa etária de 10 a 69 anos, dita economicamente ativa e produtiva.

A Unidade Básica de Saúde, está lotada junto com a Secretaria Municipal de Saúde,

situada na Rua Colômbia nº 221, possuindo na parte térrea recepção, sala de triagem,

consultórios médicos, sala de emergência, sala de curativo, farmácia, enfermaria masculina

e feminina, banheiros para pacientes e funcionários, sala de esterilização, expurgo,

lavanderia, sala de vacina, sala de inalação, sala de fisioterapia, posto de enfermagem,

com acesso por duas rampas e uma escada , sendo do lado externo área coberta para

guarda dos veículos da Unidade de aproximadamente 250 m² e abrigo para viatura do

SAMU em uma área de aproximadamente 60 m²,do lado direito da rampa de acesso dos

veículos está o setor de odontologia com dois odontólogos, uma técnica em saúde bucal e

uma auxiliar de saúde bucal, o local conta com dois consultórios, recepção, almoxarifado,

expurgo, sala de esterilização, banheiros para funcionários e pacientes, e o primeiro piso

acessível por rampa e escada conta com, sala de endemias, recepção, sala de

agendamento, sala de reuniões, consultório médico , sala do psicólogo e sala da Estratégia

Saúde da Família.

Todos os setores estão equipados, tanto com materiais de consumo e materiais

permanentes, como eletrocardiograma, desfibrilador, computadores, impressoras,

geladeira para vacinas, cadeiras odontológicas, televisores, armários, Ultrassom

piezoelétrico, Amalgamador odontológico capsular, Aparelho fotopolimerizador, Colar

cervical ajustável, Reanimador de silicone neonatal, Mini incubadora para indicador

biológico, Oxímetro de dedo, Prancha longa em polietileno com 3 cintos, Imobilizador de

cabeça, Poltrona reclinável hospitalar, Mesa de Mayo inox, Cadeira de rodas , Carro de

emergência em chapa metálica, Detector fetal portátil, Monitor multiparâmetro tela LCD,

Máquina de lavar e secar roupas automática Compressor isento de óleo, Bicicleta

Ergométrica Horizontal, Esteira Elétrica Ergométrica, Ultrassom 1 MHZ e 3 MHZ, Aparelho

de Diatermia Por Ondas Curtas, Aparelho de corrente Russa, Corrente TENS e FES portátil,

Bola suíça 45 cm, Bola feijão - 9 0 x 45 cm, comparador de cloro residual livre, medidor de

turbidez, decibelímetro, bomba costal motorizada para dengue entre outros, para melhor

atender os munícipes.

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINA FEMININA TOTAL

Urbana Rural Total

1983 884

2.867

2.056 769

2.825

4.039 1.653 5.692

Fonte: IBGE – Censo demográfico

POPULACAO CENSITÁRIA SEGUNDO COR/RAÇA - 2010

COR/RAÇA POPULAÇÃO COR/RAÇA TOTAL

Branca Preta

Amarela Parda

3.096 239 18

2.238

Indígena Sem declaração

TOTAL

- -

5.692 FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra NOTA: Posição dos dados, no site da fonte, 14 de

maio e 28 de julho de 2014.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA – 2018

Densidade demográfica 20,38 Hab/km²

Fonte: IPARDES Nota: É calculada em função das populações do IBGE e das áreas territoriais calculadas pelo ITCG.

Nos últimos cinco anos foram registrados 205 óbitos no município de Ouro Verde do

Oeste, sendo as causas mais frequentes de mortalidade: doenças do aparelho circulatório;

doenças do aparelho respiratório e Neoplasias. E no ano de 2018 o município registrou um

óbito infantil, em recém-nascido, devido a afecções perinatais. Com a ação de captação

precoce das gestantes, ainda no primeiro trimestre de gestação e busca ativa das faltosas,

as gestantes do município realizam 7 a 9 consultas durante o pré-natal.

ÓBITOS EM MENORES DE 1 ANO E EM MENORES DE 5 ANOS SEGUNDO OS TIPOS

DE DOENÇAS (CAPÍTULOS DO CID10 (1) – 2018

TIPOS DE DOENÇAS CAPITULO MENORES DE

1 ANO

MENORES DE 5

ANOS

Infecciosas e parasitárias Neoplasias (Tumores) Do sangue, órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários Endócrinas, nutricionais e metabólicas Transtornos mentais e comportamentais Do sistema nervoso Do olho e anexos Do ouvido e da apófise mastoide Do aparelho circulatório Do aparelho respiratório Do aparelho digestivo Da pele e do tecido celular subcutâneo Do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo Do aparelho geniturinário Algumas afecções originadas no período perinatal Mal formação congênita, deformidades, anomalias cromossômicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte Causas externas de morbidade e mortalidade Total de óbitos

I II III

IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XVI XVII

XVIII

XX

- - - - - - - - - - - - - - - 1 -

-

- 1

- - - - - - - - - - - - - - - 1 -

-

- 1

Fonte: MS / Datasus, SESA-PR

ÓBITO MATERNOS SEGUNDO FAIXA ETÁRIA- 2017

FAIXA ETÁRIA (anos) N° DE ÓBITOS

De 10 a 14 De 15 a 19 De 20 a 29 De 30 a 39 De 40 a 49 Total de óbitos

- - - - - -

Fonte: MS/Datasus, SESA-PR

ÓBITOS SEGUNDO TIPODE DE DOENÇAS (CAPÍTULOS DO CID10 (1)) -GERAL-

2018

TIPO DE DOENÇAS CAPÍTULO N° DE ÓBITOS Infecciosas e parasitárias Neoplasias (Tumores) Do sangue, órgãos hematopoiéticos e transtornos imunitários Endócrinas, nutricionais e metabólicas

I II III IV

- 7 -

4

Transtornos mentais e comportamentais Do sistema nervoso Do olho e anexos Do ouvido e da apófise mastoide Do aparelho circulatório Do aparelho respiratório Do aparelho digestivo Da pele e do tecido celular subcutâneo Do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo Do aparelho geniturinário Gravidez, parto e puerpério Algumas afecções originadas no período perinatal Mal formação congênita, deformidades, anomalias cromossômicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte Causas externas de morbidade e mortalidade Total de óbitos

V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XX

- 3 - -

13 3 2 - 1

- - 1

-

-

3 37

3. JUSTIFICATIVA

Este projeto se faz necessário primeiramente por entendermos que nenhuma

organização ou instituição possa trabalhar de forma isolada. Desse modo, a Secretaria

Municipal de Saúde propõe realizá-lo visando causar um impacto nas ações básicas de

saúde. Dirigindo formas integradas entre NASF III e a Equipe Saúde da Família, por meio

de apoio matricial, uma maneira de organizar o trabalho em equipe. Este apoio do NASF

III, significa colocar-se ao lado da ESF e ajudar no seu trabalho, oferecendo retaguarda nas

áreas do saber de cada profissional, e com isso produzir mudanças em seus processos de

trabalho. Com habilidades para agir em defesa da vida, buscando o desenvolvimento de

todas as potencialidades na atenção integral da criança, do adolescente, do jovem, da

mulher, do homem, do idoso, enfim da população adstrita em geral, integrando os campos

das ações básicas em saúde.

4. OBJETIVO

Ampliar a abrangência das ações da Atenção Básica, com complemento do trabalho

da Equipe de Saúde da Família, no desenvolvimento de outras atividades e/ou práticas que

visam promoção e proteção da saúde; e a prevenção de doenças, como estratégia de

promover qualidade de vida, apoiada na inserção da Estratégia Saúde da Família na rede

de serviços e no processo de territorialização e regionalização a partir da Atenção Básica

como a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde. –SUS.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Reorientar o processo de trabalho na Atenção Básica/Saúde da Família;

Desenvolver projetos terapêuticos singulares, reuniões periódicas, ações

intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção e reabilitação;

Identificar e planejar ações de atividades físicas/práticas corporais, práticas

integrativas e complementares, reabilitação, alimentação e nutrição, saúde

mental, saúde da criança/adolescentes e jovens, saúde da mulher/homem.

5. ÁREA DE ATUAÇÃO DA EQUIPE NO NASF III

O município possui uma Equipe Estratégia Saúde da Família. A ESF viabiliza o

acolhimento da população, consulta médica, de enfermagem e atendimento domiciliar,

além de atividades coletivas externas relacionas à promoção da saúde.

A média de cobertura populacional de Ouro Verde do Oeste dos últimos 5 anos ficou

em 68,70% no que diz respeito aos ACS e, referente a ESF, a média ficou em 60,31%

devido ao aumento populacional decorrente de novos loteamentos, devido a facilidade de

moradia e custo de vida mais acessível neste município.

6. UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA PARA O NASF III

A Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Verde do Oeste, conta com uma Unidade

Básica de Saúde – UBS, que serve de porta de entrada dos pacientes do município, após

o primeiro atendimento o paciente é encaminhado ao médico, após a consulta o mesmo sai

com a receita e passa pela farmácia, recebendo o medicamento o mesmo é dispensado.

Quando o médico suspeita de algo mais grave o paciente recebe solicitação de

encaminhamento, este paciente ou seu acompanhante dirige-se a central de Gestão em

Saúde do município, onde o Secretário Municipal de Saúde atua como intermediário entre

o doente e o Centro de Especialidade, este paciente segue para outro local para receber

os devidos atendimentos já que este município não comporta estes níveis de atendimento.

Há também os acompanhamentos das equipes de Estratégia Saúde da Família – ESF, com

atendimentos domiciliares. Dos profissionais da Secretaria de Saúde divididos em vários

segmentos trabalham em prol da saúde de todos os munícipes priorizando os trabalhos de

prevenção, no entanto quando há gravidade de alguns casos o paciente encaminhado

necessitando de leito ficará submetidos aos leitos do SUS.

O município conta com apoio diagnóstico laboratorial na sede, e os diagnósticos de

imagem são encaminhados aos municípios vizinhos (Toledo, Cascavel e Marechal Cândido

do Rondon). A referência para a implantação do NASF III, será o Centro de Saúde de Ouro

Verde do Oeste, inscrito no CNES sob o número 2779986, que também disponibiliza aos

munícipes serviços de: fisioterapia, odontologia, nutricionista, psicologia, consultas com

pediatria e médicos clínico geral além, de dois médicos do Programa Mais Médicos que

atendem na Estratégia Saúde da Família, consultas de enfermagens, vacinas, há também

os serviços de Vigilância Sanitária e Controle de Endemias, atendimentos da ouvidoria, já

os serviços de média e alta complexidade são encaminhados a outros pontos de atenção

com garantia de contra referência.

Sabe-se da importância do planejamento e gerenciamento no âmbito da saúde,

portanto, os funcionários da UBS participam de capacitações e cursos constantemente,

além de que o monitoramento e avaliação do cumprimento das metas elencadas pelas

equipes são apresentadas nas audiências públicas de prestação de contas, programação

anual de saúde, processo de tutoria no qual estamos em busca do selo bronze, também

são utilizados; PMAQ, Indicadores e metas, Apsus, como instrumentos no processo de

monitoramento e avaliação

A renda domiciliar per capita (2016) é na ordem de R$ 505,03 ficando bem abaixo

da média do Paraná que é de R$ 747,00. As atividades econômicas do município

empregam no setor aproximadamente 826 tipos de empregos (MTE/RAIS, 2015),

acolhendo em média 2.799 pessoas (IBGE), o setor que mais emprega é a agricultura,

pecuária, pesca e aquicultura, seguido da construção civil. Em relação ao Índice de

Desenvolvimento Humano - IDHM está em torno de 0,709 (IBGE – 2010), assemelhando a

média do Paraná que fica em torno de 0,747, no entanto a distribuição de renda (coeficiente

de Gení) está bem abaixo dos indicadores do Paraná que é de 0,5416, Ouro Verde do

Oeste apresenta um indicador de 0,4151. Segundo dados do IBGE – 2010 a taxa de

atividade maior da população está entre os 25 dados do diagnóstico social (2014), 4,4% da

população possuem renda per capita inferior a ½ salário mínimo. Quando o assunto

analisado foi famílias que possuem em seu grupo familiar idosos acima de 60 anos, este

índice subiu para 5,9%, baixando quando o quesito é famílias com pessoas com deficiência

em seu grupo familiar o indicador baixou para 2,8% de famílias com renda familiar per capta

inferior a ½ salário mínimo.

Hoje ainda encontramos grandes dificuldades de realizar ações que propiciem de

maneira integral a melhoria de qualidade de vida da população, ações estas, de prevenção,

promoção, recuperação, reabilitação e educação em saúde. Com base nestes dados, a

proposta de implantação do NASF III neste município vem propiciar o fortalecimento da

Atenção Primária à Saúde, através do apoio direto dos profissionais especializados em

várias áreas do saber, somado ao conhecimento da Equipe Saúde da Família – ESF. Os

problemas e as soluções passarão a ser divididos entre os profissionais, contribuindo para

qualificação da Atenção Primária, aumentando sua capacidade de resposta aos problemas

de saúde mais complexos.

Neste primeiro momento, o NASF III será composto por profissional de fisioterapia e

psicologia, um dos critérios adotados para se chegar a esta composição do NASF III, foi

que o município já conta com estes profissionais efetivados e lotados no quadro de

servidores da Secretaria Municipal de Saúde, mas trabalhando de forma isolada,

desintegrados do trabalho da Equipe Saúde da Família. Este apoio do NASF III, significa

colocar-se ao lado da ESF e ajudar no seu trabalho cotidiano, nas áreas do saber década

profissional, e com isso produzir mudanças em seus processos de trabalho.

7. UNIDADE DE SAÚDE REFERÊNCIA PARA O NASF III

Dentre os critérios de escolha dos profissionais para compor o NASF III estão:

Disponibilidade dentro do quadro efetivo de profissionais (fisioterapeuta e

psicólogo), lotados no quadro de servidores da Secretaria Municipal de

Saúde;

Perfil de profissionais compatíveis com a demanda local, com melhor

aproveitamento da mão de obra já disponível;

Integralização de forma multidisciplinar do apoio matricial desses profissionais

ao trabalho da Equipe da Saúde da Família, através da implantação do NASF

III.

ÁREA OCUPAÇÃO CARGA HORÁRIA

SEMANAL

Fisioterapia Fisioterapeuta 40 horas

Saúde Mental Psicólogo 40 horas

7.1 FORMA DE CONTRATAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

A composição do profissional que comporá o NASF III, virá da escalação dentro do

próprio quadro de servidores da Secretaria de Saúde.

OCUPAÇÃO ÁREA DE

APOIO NOME DO

PROFISSIONAL FORMA DE

CONTRAÇÃO

Fisioterapeuta NASF III Franciele Gazola Concurso Público

Psicólogo NASF III Marcos Alessandro de

Souza Concurso Público

8. PRINCIPAIS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELOS

PROFISSIONAIS E PELA ESF NO NASF III

As atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais da equipe no NASF III são

as seguintes:

QUADRO DE METAS DAS AÇÕES EM ÁREAS ESTRATÉGICAS

Área Estratégica Ações propostas para o NASF III Quantitativo das ações programadas por

ano

Reabilitação Profissional:

Fisioterapeuta

1 – Realizar diagnóstico, com levantamento

dos problemas de saúde que requeiram ações de prevenção de deficiências e das necessidades em termos de reabilitação, na área adstrita a ESF; 2 – Desenvolver ações de promoção e

proteção à saúde em conjunto com as ESF incluindo aspectos físicos e cuidados com a postura. 3 – Desenvolver ações para subsidiar o

trabalho da ESF no que diz respeito ao desenvolvimento neuropsicomotor normal da criança e os sinais de atraso.

4- Acolher os usuários que requeiram

cuidados de reabilitação motora, realizando orientações, atendimento, acompanhamento de acordo com a necessidade dos usuários e a capacidade instalada da ESF.

5 – Realizar ginástica laboral para os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde deste município. 6- Realizar prescrição de órteses e próteses e atendimentos específicos realizados por outro nível de atenção à saúde.

01 – Ação: Visitas Domiciliares Período: Mensalmente Meta: Diagnosticar problemas de saúde que

requeiram necessidades em termo de reabilitação e prevenção de deficiências. 02 – Ação: Crianças e adolescentes em idade

escolar. Período: Trimestralmente Meta: Realizar palestras sobre correção e

cuidado postural. 03 – Ação: Suporte aos Agentes Comunitários

de Saúde – ACS Período: Mensalmente Meta: Capacitar, orientar e dar suporte as ações

dos Agentes Comunitários de Saúde sobre o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor da criança. 04 – Ação: Suporte aos Agentes Comunitários

de Saúde – ACS Período: Mensalmente Meta: Capacitar, orientar e dar suporte as ações

dos Agentes Comunitários de Saúde no que diz respeito a orientar as pessoas com deficiências e cuidadores sobre manuseio, posicionamento e atividades da vida diária. 05- Ação: Ginástica Laboral realizada pelo

fisioterapeuta da Secretaria Municipal de Saúde. Período: diariamente Meta: Prevenir e diminuir as lesões causadas

por esforços repetitivos realizados durante a jornada de trabalho, melhorando a qualidade de

vida do trabalhador. 6- Ação: avaliação fisioterapêutica e prescrição

da órtese de acordo com a necessidade de cada paciente atendido no Centro de Saúde Período: diariamente Meta: prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo

7- Realizar exercícios de isostretching para correção postural, agrupar pessoas com dores crônicas, dores na coluna e desvios posturais.

7- Ação: realizar exercícios posturais em

grupos de até 6 pacientes. Período: atendimento 2 vezes /semana Meta: diminuir quadros álgicos, melhor a

postura e a qualidade de vida dos pacientes.

Área Estratégica Ações propostas para o NASF III Quantitativo das ações programadas por

ano

Saúde Mental Profissional:

Psicólogo

1 – Realizar atividades clínicas pertinentes a

sua responsabilidade profissional; 2 – Apoiar a ESF na abordagem e no

processo de trabalho referente aos casos de transtornos mentais severos e persistentes, uso abusivo do álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações psiquiátricas, pacientes atendidos no SIM/PR, tentativas de suicídio; Situações de violência intrafamiliar; 3 – Criar, em conjunto com a ESF,

estratégias para abordar problemas vinculados à violência e ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas, visando a redução de danos e a melhoria da qualidade do cuidado dos grupos de maior vulnerabilidade; 4 – Desenvolver ações de mobilização de

recursos comunitários, buscando constituir espaços de reabilitação psicossocial na comunidade, como oficinas comunitárias, destacando a relevância da articulação intersetorial – conselhos tutelares, associações, grupos de autoajuda etc. 5 – Priorizar abordagens coletivas,

identificando os grupos estratégicos para que a atenção em saúde mental se

1 – Ação: Grupos terapêuticos – autoajuda

(grupos abertos, composto por pacientes portadores de diabetes e hipertensão arterial de ambos os sexos, com duração aproximada de 60 minutos. Período: Semanalmente. Meta; Ampliar o autoconhecimento, o contato

com sentimento e a responsabilidade consigo mesmo, incluindo os aspectos referentes à doença. 2 – Ação: desenvolver ações de educação

continuada aos profissionais de saúde, ofertar apoio no matriciamento de casos de transtornos mentais severos e persistentes, uso abusivo do álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações psiquiátricas, pacientes atendidos no SIM/PR, tentativas de suicídio; Situações de violência intrafamiliar; Meta: proporcionar espaço para discussão e elaboração de estratégia de atendimento a estes pacientes. Período: Mensal 2 – Ação: Grupos de gestantes (grupos abertos

com duração de aproximadamente 60 minutos) Período: Quinzenalmente e /ou mensalmente. Meta: Organizar a troca de experiências com

outras grávidas, redução da ansiedade e do medo em relação ao parto, reforçar a sua competência em cuidar do filho. 3 – Ação: Grupos da terceira idade (grupos

comunitários aberto, composto por pessoas a partir de 50 anos de idade de ambos os sexos com duração aproximada de 60 minutos) Período: mensal. Meta: Proporcionar um maior envolvimento

comunitário interativo, estimular a socialização, alívio de sentimentos de segurança e melhora na auto estima. 4 – Ação: Visita Domiciliar Período: Semanal Meta: Divulgar o trabalho, conhecer a realidade

das pessoas atendidas, prestar assistência psicológica a pessoas impossibilitadas de comparecer a Unidade de Saúde. 5 – Ação: Atendimento Individual Período: Semanalmente Meta: Psicoterapêutica

desenvolva na unidade de saúde e em outros espaços na comunidade; 6 – Ampliar o vínculo com as famílias,

tomando-as como parceiras no tratamento e buscando constituir redes de apoio e integração. 7 – Estratificação de Risco em Saúde Mental. 8 – Cuidado com as puérperas

6- Ação: grupo de pais, composto pelos pais das crianças de até 12 anos atendidas no serviço de psicologia do município. Meta: instrumentalizar os pais/responsáveis no cuidado com a criança de acordo com a demanda apresentada. Período: quinzenal/ mensal. 7- Ação: estratificar os pacientes com demandas de saúde mental de forma a promover o cuidado de acordo com o risco apresentado. 8- Ação: Grupos de gestantes (grupos abertos com duração de aproximadamente 60 minutos) de modo a organizar a troca de experiências

com outras grávidas, redução da ansiedade e do medo em relação ao parto, reforçar a sua competência em cuidar do filho. Promover junto as puérperas encontros mensais com temas que abordem importância da estimulação precoce e práticas educativas e de cuidado.

CRONOGRAMA SEMANAL

Profissionais Segunda -

feira Terça -feira

Quarta -feira

Quinta -feira

Sexta -feira

Fisioterapeuta

Ginástica Laboral e

Trabalho em grupo

“Correção Postural”

Ginástica Laboral

Ginástica Laboral e

Trabalho em grupo

“Correção Postural”

Ginástica Laboral

Ginástica Laboral e

Visita Domiciliar

Psicólogo Atendimento

Individual

Atendimento Individual/ações

coletivas (grupos de

idosos)

Atendimento Individual

Triagem de novos pacientes conforme demanda

Triagem de novos

pacientes conforme demanda

CRONOGRAMA QUINZENAL

Profissionais Segunda -

feira Terça -

feira Quarta -

feira Quinta -feira Sexta -feira

Fisioterapeuta - - - - -

Psicólogo Visitas

Domiciliares

Reunião de Equipe e

Planejamento

CRONOGRAMA MENSAL

Profissionais Segunda -feira

Terça -feira

Quarta -feira

Quinta -feira Sexta -feira

Fisioterapeuta -

-

Suporte aos ACSs

-

-

Psicólogo -

-

-

Ações Coletivas

Ações Coletivas

CRONOGRAMA TRIMESTRAL

Profissionais Segunda -

feira Terça -

feira Quarta -

feira Quinta -

feira Sexta -

feira

Fisioterapeuta - - - - Palestras

nas escolas

Psicólogo - - - - -

RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PROJETO

NOMES CARGO/FUNÇÃO

Alexandre Janning Gestor

Amarildo Valentim Ribeiro Diretor do VIGIASUS

Aparecida da Costa O. de Góes Enfermeira ESF

Ivete De Martini V. Ribeiro Equipe Técnica/TSB

Franciele Gazola Fisioterapeuta

Marcos Alessandro de Souza Psicólogo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Março, 2019. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados divulgados pela fonte, em 29 de agosto de 2018. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo 2010. Departamento de Informática do SUS- DATASUS, 2018. Secretaria de Saúde do Estado do Paraná - SESA-PR, 2018.Nenhuma entrada de índice remissivo foi encontrada.