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  • 7/23/2019 Plataforma Colaborativa Cidade

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    Plataforma Colaborativa

    MBL

    CIDADE

  • 7/23/2019 Plataforma Colaborativa Cidade

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    URBANISMO

    O Papel Empreendedor na Infraestrutura Urbana

    Alain Bertaud, um pesquisador snior no Urbanization Project, tem uma longa carreirano planejamento urbano, e muitos dos seus textos tm um tempero de CaosPlanejado. Atualmente, ele est trabal!ando em um li"ro c!amado #rder $it!out%esign &tradu'(o li"re #rdem sem %esign), tendo no ano passado publicado um

    pequeno trec!o em *orma de artigo,+!e ormation o* Urban -patial -tructures /ar0et"s. %esign.&tradu'(o li"re, A orma'(o das 1struturas 1spaciais Urbanas /ercado"s %esign). 2ele, Bertaud o*erece um argumento con"incente de que os pr3priosempreendedores tm condi'4es de determinar a localiza'(o, os taman!os e usos dasconstru'4es, tanto de moradia como de ati"idades produti"as, embora argumente quea pro"is(o da in*raestrutura de"eria permanecer nas m(os do 1stado. Concordeiplenamente com a primeira parte, mas acredito que os argumentos que tangem o usoda terra pelos empreendedores contradizem seus argumentos que de*endem apro"is(o da in*raestrutura pelo poder p5blico.

    Bertaud explica eloquentemente o problema do con!ecimento com o qual se deparamos planejadores urbanos que buscam determinar usos do solo pela cidade. Como ocrescimento urbano 6 um processo complexo e din7mico, tentar desen!ar a cidade decima para baixo *al!a em acompan!ar mudan'a dos interesses e das demandas dapopula'(o no tempo. 1le cita 8art*ord, no estado de Connecticut, como exemplo. Acidade desen"ol"eu uma grande ind5stria de seguros, mas a partir do momento que acidade passou a gan!ar mais terceirizando o trabal!o administrati"o para o exterior,menos residentes de Connecticut encontra"am emprego na ind5stria. +oda"ia, em umes*or'o in5til para a manuten'(o desses empregos, os planejadores urbanos serecusaram a atualizar as regulamenta'4es do uso da terra de *orma a gerar no"asoportunidades de emprego. Ao in"6s de conseguirem manter *ontes !ist3ricas deemprego com seu plano, os planejadores urbanos impediram a di"ersidade econ9micaque *aria a cidade reagir : retra'(o de uma ind5stria espec;*ica.

    Bertaud descre"e o mecanismo de pre'os, que permite empreendedores di"ersosidenti*icarem qual o uso mais demandado para o solo em um determinandomomento /ercados< reciclam usos obsoletos de *orma quase automtica por meioda ele"a'(o ou redu'(o de pre'os. 1ssa constante reciclagem do uso do solo 6sempre muito positi"a para o bem=estar de longo prazo da popula'(o urbana. 2o curtoprazo, mudan'as no uso do solo e na concentra'(o geogr*ica dos empregos deixamtrabal!adores e empresas con*usos e em alerta. Para responder aos transtornos

    causados pelas mudan'as no uso da terra, os go"ernos locais sentem=se*requentemente tentados a inter"ir de *orma a diminuir a "elocidade da mudan'a,

    http://urbanizationproject.org/http://marroninstitute.nyu.edu/content/working-papers/the-formation-of-urban-spatial-structureshttp://marroninstitute.nyu.edu/content/working-papers/the-formation-of-urban-spatial-structureshttp://marroninstitute.nyu.edu/content/working-papers/the-formation-of-urban-spatial-structureshttp://marroninstitute.nyu.edu/content/working-papers/the-formation-of-urban-spatial-structureshttp://urbanizationproject.org/
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    e"itando esse processo de reciclagem de usos obsoletos. 2o entanto, os e*eitos delongo prazo das tentati"as de manter arti*icialmente estes usos obsoletos por meio deregulamenta'4es e zoneamentos s(o desastrosos para os n;"eis *uturos de emprego e

    para o bem=estar geral dos !abitantes da cidade.

    1nquanto Bertaud 6 sentimental com esta *orma emergente e espont7nea de aloca'(ode usos por empreendedores, ele apresenta dois argumentos principais de porqu osetor pri"ado n(o consegue pro"er redes de estradas. Primeiro, o setor pri"ado seriaincapaz de reunir todos os direitos de passagem, desapropriando terrenos pri"adospara grandes estradas. -egundo, ele *az um argumento de externalidades comoestradas podem aumentar a acessibilidade e aumentar "alores de terrenos, 6impratic"el alocar e recuperar seu custo dos bene*icirios, dado que n(o somente osusurios da estrada, mas tamb6m os proprietrios de terras, bene*iciam=se de mel!oracessibilidade

    >uanto ao primeiro ponto, n(o me parece "erdade que o setor pri"ado seja incapaz deconstruir uma rede de estradas que ultrapasse a escala de uma mal!a "iria urbana.2a "erdade, muitas grandes estradas nos 1stados Unidos tm sido *inanciadas,constru;das e mantidas por empresas pri"adas que cobram pedgios. Ao construiressas estradas em regime de ser"id(o, essas empresas n(o precisaram recorrer :desapropria'(o. 1mpresas pri"adas nos 1stados Unidos constru;ram rodo"iasexpressas em uma era quando a constru'(o de estradas era muito menos e*iciente doque 6 !oje, e mais importante, eram *uncionrios contrata"am que coleta"am o

    din!eiro nos pedgios ao in"6s das atuais solu'4es automatizadas, gerando maisdespesas que !oje.

    Administradoras de rodo"ias busca"am in"estimentos de proprietrios de terras quetin!am a gan!ar com a constru'(o da estrada, demonstrando que uma trocamutuamente ben6*ica pode ocorrer mesmo em *ace das externalidades descritas porBertaud. ? parte das estradas, a iniciati"a pri"ada tem !istoricamente pro"ido canais,bondes e lin!as ele"adas de metr9 que demonstram o poderoso incenti"o que aspessoas tm de identi*icar oportunidades para coopera'(o mesmo quando osbene*;cios de compra e "enda de um bem n(o s(o totalmente apreendidos porconsumidores e produtores. Bertaud aponta que a in*orma'(o embutida nos pre'os e

    nas trocas realizadas a partir deles podem gerar bons resultados na aloca'(o do usodo solo. %a mesma *orma, o sistema de pre'os poderia determinar a aloca'(o derecursos entre di*erentes tipos de transporte, mas ao in"6s disso, seu papel 6delegado aos planejadores nos pa;ses desen"ol"idos.

    A !ist3ria demonstra que as estradas constru;das e *inanciadas pelo setor pri"ado s(oe*eti"amente poss;"eis, mas Bertaud est pro"a"elmente certo que n(o seriamposs;"eis em pa;ses desen"ol"idos !oje em dia, j que os gastos e regulamenta'4esgo"ernamentais em in*raestrutura tm basicamente impedido a entrada doin"estimento pri"ado na ind5stria. al!as de mercado s(o normalmente apontadas

    por aqueles que argumentam que apenas go"ernos tem condi'4es de construirestradas e que o setor pri"ado n(o tem condi'4es de produzir quantidades e*icientes

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    de in*raestrutura. Bertaud ilustra essa situa'(o comentando que para construir umarede e*iciente de circula'(o urbana, uma cidade precisa conectar ruas pri"adas,ligando "rias "izin!an'as e permitindo "elocidade de tr*ego adequada ao

    *uncionamento e*iciente do mercado de trabal!o.

    @ poss;"el que um mercado submetido a menos regulamenta'4es *al!asse emalcan'ar algum n;"el 3timo de "elocidade de tr*ego como identi*icada pelostecnocratas, mas 6 *undamental notar que o !ist3rico de constru'4es de in*raestruturado go"erno 6 repleto de *racassos. # processo pol;tico resulta em pontes para lugarnen!um e car;ssimos sistemas de bondes que tra*egam junto ao tr7nsito regular.obert Caro, em +!e Poer Bro0er, passa um relato detal!ado das transgress4es deobert /oses contra a popula'(o de 2o"a or0 de"ido a sua obsess(o in*raestrutural,e "izin!an'as em "rias partes do pa;s *oram irrepara"elmente prejudicadas porrodo"ias com recon!ecimento relati"amente pequeno do dano causado pelaconstru'(o go"ernamental de estradas. Ao contrrio dos planejadores go"ernamentaisde estradas que podem destruir "izin!an'as por completo em prol da in*raestrutura,rodo"ias pri"adamente constru;das pro"a"elmente n(o seriam constru;das em meio a"izin!an'as densamente po"oadas.

    # planejamento estatal da in*raestrutura est sujeito a muitos dos mesmos problemasque Bertaud aponta atormentar o planejamento estatal do uso da terra. -e nem ogo"erno nem empreendedores conseguem pro"er uma quantidade e*iciente dein*raestrutura nos locais onde 6 necessria, ent(o a pergunta de qual setor *az umtrabal!o mel!or n(o poder ser respondida sem que os go"ernos dos pa;ses

    desen"ol"idos reduzam drasticamente seu en"ol"imento em in*raestrutura. Aquelesque argumentam que empreendedores por si pr3prios n(o conseguem pro"er um n;"ele*iciente de in*raestrutura de acordo com modelos econ9micos bsicos *azem umacompara'(o injusta a modelos idealizados de como o setor p5blico o*erecein*raestrutura em "ez de ter em "ista a in*raestrutura que o go"erno de *ato entrega. Apro"is(o de in*raestrutura apresenta desa*ios ao setor pri"ado porque ela est muitolonge de ser comprada ou "endida de acordo com os exemplos acadmicos deconcorrncia per*eita. /as partir do princ;pio que o go"erno pode identi*icar e executarum plano de in*raestrutura 3timo *ec!a os ol!os aos *racassos !ist3ricos de projetosgo"ernamentais de in*raestrutura.

    Reulari!a"#o fundi$ria para urbani!a"#o de favelas

    Como maneira de incenti"ar a mel!oria em termos de in*raestrutura e condi'4essociais, de"e=se ceder direitos de propriedade para moradores de *a"elas. Assim, tantoos moradores quanto poss;"eis in"estidores ter(o seguran'a jur;dica para in"estir emser"i'os e mel!orias para a popula'(o local.

    IP%U !ero para rei&es 'omer'iais 'entrais deradadas

    Dncenti"a=se o com6rcio em regi4es centrais que perderam sua mo"imenta'(o de"idoa raz4es di"ersas, retomando a cobran'a do DP+U uma "ez que o com6rcio esteja

    aquecido no"amente.

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    In'entivo para obras b$si'as

    %esonera'(o da cadeia produti"a de mat6rias de constru'(o bsicos, *acilitando o

    acesso a esses materiais para a parcela mais pobre da popula'(o.Urbani!a"#o de periferias e favelas

    Abatimento no DP+U para residncias em bairros peri*6ricos ou *a"elas que aplicaremacabamento a suas residncias.

    (ualidade de vida para periferias e favelas

    Abatimento de impostos municipais para empresas que in"estirem em reas de lazerem bairros peri*6ricos e *a"elas. DP+U e impostos municipais zerados para ser"i'os desa5de e educa'(o instalados em bairros peri*6ricos e *a"elas.

    Mobilidade Urbana

    Mais desreulamenta"#o) menos ind*stria da multa

    As elei'4es de EFGH ser(o municipais, pre*eitos e "ereadores, as a'4es que esses

    cargos podem tomar s(o um tanto quanto limitadas, mas um ponto que rende

    discuss(o na min!a cidade e acredito que no Brasil todo 6 a mobilidade urbana.

    Acredito ser de suma import7ncia que sejam discutidos modelos e posi'4es *rente

    ao transporte coleti"o. %e"emos adotar medidas de desregulamenta'(o para que

    seja poss;"el que o mercado *a'a seu trabal!o e que a popula'(o saia gan!ando.

    #utro ponto muito importante 6 bater na ind5stria da multa, se eles quisessem

    realmente reduzir o n5mero de acidentes iriam colocar lombadas e redutores de

    "elocidade *;sicos, que tem e*eito imediato e realmente *uncionam, por6m arranjam

    uma *orma de tirar ainda mais din!eiro do brasileiro com radares a cada

    quarteir(o.

    Acabar com o oligop3lio dos +xis, libera'(o do Uber e de contratos li"res entre

    indi";duos. 2a "erdade, o Uber em si n(o 6 ilegal, mas est(o criando leis para torn=lo

    ilegal.

    Acabar com as concess4es &oligop3lios) de 9nibus e tabelamento das passagens sem

    que !aja restri'(o de no"os entrantes.

    Privati!a"#o de lin+as de metr, e PPPs

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    As lin!as de metr9 administradas pela iniciati"a pri"ada s(o as que mel!or atendem :s

    necessidades da popula'(o. Ao mesmo tempo, de"emos incenti"ar a cria'(o de lin!as

    de metr9 em grandes centros urbanos atra"6s de PPPs.

    %ro'a de radares eletr,ni'os por lombadas eletr,ni'as

    -e o objeti"o dos radares eletr9nicos 6 garantir a seguran'a dos motoristas e

    passageiros, a mel!or solu'(o 6 substitu;=los por lombadas eletr9nicas, que s(o muito

    mais e*eti"as no controle da "elocidade dos "e;culos.

    CIDADANIA

    -im do Alistamento Militar Obriat.rio

    As *or'as armadas s(o uma excelente oportunidade de trabal!o e carreira... para

    aqueles que tm interesse e per*il para isso.

    # alistamento militar obrigat3rio 6 uma a*ronta :s liberdade indi"iduais. Cabe :s AA

    estimular os jo"ens a *azer parte da organiza'(o e buscar, como qualquer empresa,

    pessoas com per*il adequado para este tipo de trabal!o.

    Cidadania Parti'ipativa

    Iarantir o protagonismo da sociedade ci"il proporcionando um autodesen"ol"imentocriati"o e empreendedor. Proporcionar a intera'(o entre a sociedade ci"il organizada eo 1stado como %ireito Iarantido. ealizar monitoramento e a"alia'(o dos espa'os departicipa'(o democrtica tais como Consel!os, 3runs, consultas populares, etc.%esen"ol"er tecnologias sociais que potencializem a quali*ica'(o para os agentessociais na perspecti"a da participa'(o social na Iarantia da Promo'(o, Prote'(o e%e*esa da %emocracia Participati"a.