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Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Tenente Laurentino Cruz DIAGNÓSTICO PRELIMINAR TÉCNICO- PARTICIPATIVO

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Plano Municipal de Saneamento

Básico do Município de Tenente

Laurentino Cruz

DIAGNÓSTICO PRELIMINAR TÉCNICO-

PARTICIPATIVO

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APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o Diagnóstico Técnico Participativo Preliminar, elaborado a

partir de levantamento de campo, de registros e séries históricas dos sistemas de saneamento

básico municipal, em prol de identificar a realidade instalada e propiciar base para o

planejamento municipal integrado dos quatro componentes do saneamento básico.

Essa versão tem o objetivo de tornar público o trabalho realizado pelo comitê

executivo, com capacitação e apoio técnico da UFRN, de modo a possibilitar a contribuição

da sociedade civil do município com sugestões, críticas, correções e complementações. Foi

disponibilizado por prazo mínimo de dez dias, com possibilidade de participação social dos

munícipes através de consulta pública e oficina de mobilização social.

Após captadas as contribuições da população municipal, as

mesmas serão avaliadas tecnicamente e incorporadas ao documento, quando pertinente, para

então constituir o Produto C - Diagnóstico Técnico-Participativo, do Plano Municipal de

Saneamento Básico, que abrange a realidade da infraestrutura de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, manejo das águas pluviais e dos resíduos sólidos, identificadas no

município, somada à percepção da população sobre as condições e qualidade da prestação

desses serviços.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE TENENTE LAURENTINO CRUZ/RN

Prefeita

Sueleide de Morais Araújo

Vice Prefeito

Paulo Medeiros de Araújo

Comitê de Coordenação

Expedito Araújo de Lima Júnior – Engenheiro

Francisco Canindé dos Santos – FUNASA

Lídia Maria Dantas – Secretaria Municipal de Saúde

Mércio Emanuel Alves – Coordenador de Vigilância Sanitária Epidemiológica e Doenças

Crônicas Degenerativas

Sâmara Asley de Medeiros Laurentino – Coordenadora de Promoção à Saúde e Gestão dos

Programas Federais de Saúde Pública.

Comitê Executivo

Manoel Alexandre Filho - Sindicato dos Trabalhadores Rurais;

Lupércio Brandão Fernandes – Secretaria Municipal de Obras, Habitação e Serviços Urbanos;

José Edson da Silva – Secretaria Municipal de Agropecuária, Meio Ambiente e Recursos

Hídricos

Francisco Canindé dos Santos – FUNASA

Sâmara Asley de Medeiros Laurentino- Coordenadora de Promoção á Saúde e Gestão dos

Programas Federais de Saúde Pública

Equipe de Apoio Técnico – UFRN

Coordenação Geral:

Dr. Aldo Aloísio Dantas

da Silva

Geógrafo

Pesquisadores:

Dr. Alexsandro Galeno Araújo Dantas

Sociólogo

Dr. Alfredo Marcelo

Grigio

Geógrafo

MSc. Amanda Bezerra de Sousa

Engenheira Civil

MSc. Ana Mônica

Medeiros Ferreira

Advogada

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MSc. André Câmara de

Brito

Engenheiro Ambiental

André Rodrigues Fabrício

Advogado

Dr. Celso Donizete

Locatel

Geógrafo

MSc. Cibele Gouveia

Costa Chianca

Engenheira Civil

Dr. Cícero Onofre de

Andrade Neto

Engenheiro Civil

MSc. Elaine Michelle da

Silva Lima

Administradora

Gilbrando Medeiros

Trajano Junior

Engenheiro Ambiental

MSc. Izabela Cristiane de

Lima Silva

Engenheira Ambiental

MSc. Jeferson Luis Pires

Rocha

Jornalista

Joselito da Silveira Junior

Geógrafo

MSc. Josenberg Martins

da Rocha Junior

Tecnólogo em

Saneamento Ambiental e

Biólogo

Dra. Larissa da Silva

Ferreira Alves

Licenciada em Geografia

Lucas Costa Rodrigues

Geógrafo

MSc. Otânio Revoredo

Costa

Licenciado em Geografia

MSc. Pablo Guimarães

Azevedo

Geógrafo

Dra Rita de Cássia C.

Gomes

Geógrafa

MSc. Sérgio Bezerra

Pinheiro

Engenheiro Civil

Dra. Zoraide Souza

Pessoa

Cientista Social

Bolsistas de pós-

graduação:

MSc. Benedita Cleide de

Souza Campos

Geóloga

MSc. Leonlene de Sousa

Aguiar

Geógrafo

Marcel Chacon de Souza

Engenheiro Civil

MSc. Pablo Ruyz

Madureira Aranha

Geógrafo

Bolsistas de graduação:

Álvaro De Medeiros

Carvalho Gonçalves

Danilo de Figueredo

Barbosa

Gustavo Cavalcante

Dantas

Iarin Medeiros Militão

Igor Alexandre Lopes de

Paula

Ingredy Nataly Fernandes

Araújo

Lennon Nunes de Souza

Maiara de Lemos Câmara

Raquel Guedes de

Oliveira

Tamil Sakthi S. Selvam

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SUMÁRIO

1. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, CULTURAIS, AMBIENTAIS E DE

INFRAESTRUTURA .................................................................................................................. 16

1.1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ..................................................... 16

1.1.1. Localização .............................................................................................. 16

1.1.2. Evolução do Município ........................................................................... 17

1.2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO: ASPECTOS FÍSICOS ................ 18

1.2.1. Geologia ................................................................................................... 18

1.2.2. Relevo ....................................................................................................... 18

1.2.3. Solos ......................................................................................................... 18

1.2.4. Clima ........................................................................................................ 18

1.2.5. Recursos Hídricos ................................................................................... 21

1.2.6. Vegetação ................................................................................................. 21

1.3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO: ASPECTOS SOCIAIS E DEMOGRÁFICOS ....................................................................................... 21

1.3.1. Dados Gerais: População ....................................................................... 21

1.3.2. Composição da População: Estrutura Etária e Razão de Dependência

24

1.3.3. Componentes da Dinâmica Demográfica ............................................. 27

1.3.4. Aspectos da Saúde .................................................................................. 28

1.3.5. Aspectos Educacionais ........................................................................... 30

1.3.6. Aspectos de Renda e Ocupação ............................................................. 32

1.3.7. Evolução do IDH Municipal .................................................................. 36

1.3.8. Condições da Habitação ......................................................................... 37

2. POLÍTICA DO SETOR DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO DE

TENENTE LAURENTINO CRUZ-RN..................................................................................... 43

2.1. LEVANTAMENTO DA LEGISLAÇÃO E ANÁLISE DOS

INSTRUMENTOS LEGAIS QUE DEFINEM AS POLÍTICAS

NACIONAL, ESTADUAL DESANEAMENTO BÁSICO E INDICA AS

NORMATIVAS MUNICIPAIS PERTINENTE ............................................ 43

2.1.1. Dos Recursos Hídricos............................................................................ 45

2.1.2. Do Plano Diretor ..................................................................................... 46

2.1.3. Legislação Municipal .............................................................................. 47

2.1.3.1. Lei Orgânica Municipal ..................................................................... 47

2.1.3.2. Lei de Delimitação Urbana ou de Perímetro Urbano ........................ 48

2.1.3.3. Criação de Distritos ........................................................................... 48

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6

2.1.3.4. Lei de Regulação do Uso, da Ocupação e do Parcelamento do

solo urbano 48

2.1.3.5. Código de Obras e Edificações ......................................................... 49

2.1.3.6. Código Sanitário ................................................................................ 49

2.1.3.7. Código de Meio Ambiente ................................................................ 49

2.1.3.8. Lei de criação e atribuições de Autarquias municipais que atuem

na área de abastecimento de água e esgotamento sanitário ............................... 49

2.1.3.9. Plano de Contingência (Defesa Civil) ............................................... 49

2.2. NORMAS DE REGULAÇÃO E ENTE RESPONSÁVEL PELA

REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, BEM COMO OS MEIOS E

PROCEDIMENTOS PARA SUA ATUAÇÃO; ............................................ 49

2.3. PROGRAMAS LOCAIS EXISTENTES DE INTERESSE DO

SANEAMENTO BÁSICO NAS ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO

URBANO, RURAL, INDUSTRIAL, TURÍSTICO, HABITACIONAL,

ETC.; ............................................................................................................. 50

2.4. PROCEDIMENTO PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE

EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE, DOS SERVIÇOS

PRESTADOS, BEM COMO A AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE

RECURSOS HUMANOS, EM ESPECIAL PARA O SANEAMENTO E

DOS INSTRUMENTOS E MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E

CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO POLÍTICA DE SANEAMENTO

BÁSICO. ....................................................................................................... 50

2.5. POLÍTICA TARIFÁRIA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO50

2.6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS, BEM COMO

OS MECANISMOS DE COOPERAÇÃO COM OUTROS ENTES

FEDERADOS PARA A IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE

SANEAMENTO BÁSICO............................................................................ 51

3. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO DO

MUNICÍPIO DE TENENTE LAURENTINO CRUZ/RN....................................................... 52

3.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA) ............................... 52

3.1.1. Informações comerciais .......................................................................... 52

3.1.1.1. Número de ligações e economias ...................................................... 52

3.1.1.2. Cobertura ........................................................................................... 52

3.1.1.3. Volumes produzidos .......................................................................... 52

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3.1.1.4. Índice de perdas ................................................................................. 53

3.1.2. Informações financeiras ......................................................................... 55

3.1.2.1. Despesas totais .................................................................................. 55

3.1.2.2. Investimentos..................................................................................... 55

3.1.2.3. Receitas ............................................................................................. 55

3.1.2.4. Estrutura tarifária aplicada ................................................................ 55

3.1.3. Estrutura operacional e recursos disponíveis: ..................................... 56

3.1.3.1. Estrutura Organizacional ................................................................... 57

3.1.4. Descrição do sistema de abastecimento de água potável da sede ....... 57

3.1.4.1. Componentes do sistema da Sede ..................................................... 58

3.1.4.1.1. Manancial da Sede ................................................................................. 58

3.1.4.1.2. Captação da Sede .................................................................................... 58

3.1.4.1.3. Elevatória de água bruta da Sede ........................................................... 60

3.1.4.1.4. Adução de água bruta da Sede ............................................................... 60

3.1.4.1.5. Estação de tratamento de água da Sede ................................................. 60

3.1.4.1.6. Adução de água tratada da Sede ............................................................ 61

3.1.4.1.7. Elevatória de água tratada da Sede ........................................................ 61

3.1.4.1.8. Reservação de água tratada da Sede ...................................................... 64

3.1.4.1.9. Redes de distribuição de água tratada da Sede ...................................... 64

3.1.4.1.10. Setores de abastecimento de água ........................................................ 65

3.1.4.2. Aspectos operacionais relevantes sobre o SAA da Sede ................... 65

3.1.5. Descrição do sistema de abastecimento de água potável na zona rural

66

3.1.5.1. Nome das Comunidades .................................................................... 66

3.1.6. Aspectos operacionais relevantes sobre o SAA das áreas rurais........ 74

3.1.7. Qualidade da água .................................................................................. 74

3.1.7.1. Qualidade da água bruta .................................................................... 74

3.1.7.2. Qualidade da água tratada ................................................................. 74

3.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (SEE)................................ 78

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8

3.2.1. Informações comerciais .......................................................................... 78

3.2.1.1. Número de ligações e economias ...................................................... 78

3.2.1.2. Cobertura ........................................................................................... 78

3.2.1.3. Estrutura Organizacional ................................................................... 78

3.2.2. Informações financeiras ......................................................................... 79

3.2.2.1. Despesas totais .................................................................................. 79

3.2.2.2. Investimentos..................................................................................... 79

3.2.2.3. Receitas ............................................................................................. 79

3.2.2.4. Estrutura tarifária aplicada ................................................................ 79

3.2.3. Descrição do sistema de esgotamento sanitário da sede ...................... 79

3.2.3.1. Bacias de esgotamento sanitário ........................................................ 80

3.2.3.2. Componentes do sistema da Sede ..................................................... 81

3.2.3.2.1. Coletor, interceptor, rede de esgotamento sanitário e emissário da sede

81

3.2.3.2.2. Elevatória de esgoto bruto da sede ......................................................... 81

3.2.3.2.3. Estação de tratamento de esgoto da sede ................................................ 81

3.2.3.2.4. Elevatória de esgoto tratado da sede ...................................................... 84

3.2.3.2.5. Emissário intermediário e final da sede ................................................. 84

3.2.4. Descrição do sistema de esgotamento sanitário da zona rural ........... 84

3.2.5. Qualidade do esgoto bruto e tratado..................................................... 88

3.3. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS ...................................................................................................... 88

3.3.1. Cobertura do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos 88

3.3.1.1. Estrutura Organizacional ................................................................... 92

3.3.2. Volumes de resíduos produzidos ........................................................... 92

3.3.3. Tipos de resíduos produzidos ................................................................ 93

3.3.4. Composição gravimétrica dos resíduos sólidos .................................... 93

3.3.5. Cooperativas e associações existentes ................................................... 96

3.3.6. Informações financeiras ......................................................................... 97

3.3.6.1. Despesas totais .................................................................................. 97

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3.3.6.2. Investimentos..................................................................................... 98

3.3.6.3. Receitas ............................................................................................. 98

3.3.6.4. Taxa de limpeza pública .................................................................... 98

3.3.7. Descrição do sistema de limpeza urbana e manejo de RS .................. 98

3.3.8. Componentes do sistema ...................................................................... 101

3.3.8.1. Varrição ........................................................................................... 101

3.3.8.2. Capinação e roçagem ....................................................................... 101

3.3.8.3. Outros serviços congêneres ............................................................. 102

3.3.9. Coleta e transporte de resíduos sólidos............................................... 102

3.3.9.1. Resíduo Sólido Urbano ................................................................... 102

3.3.9.2. Resíduos Sólidos do Serviço de Saúde............................................ 109

3.3.9.3. Resíduos sólidos da Construção Civil ............................................. 110

3.3.9.4. Demais atividades geradoras de resíduos sólidos............................ 112

3.3.9.4.1. Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico ......................... 112

3.3.9.4.2. Resíduos agrossilvopastoris .................................................................. 112

3.3.9.4.3. Resíduos industriais .............................................................................. 113

3.3.9.4.4. Resíduos de serviços de transportes ...................................................... 113

3.3.9.4.5. Resíduos de mineração ......................................................................... 113

3.3.9.5. Coleta seletiva ................................................................................. 113

3.3.10. Ecopontos ou pontos de entrega voluntária ....................................... 114

3.3.11. Logística reversa ................................................................................... 114

3.3.12. Galpões de triagem ............................................................................... 115

3.3.13. Destino final dos resíduos sólidos ........................................................ 115

3.3.14. Tratamento do RS ................................................................................ 117

3.3.15. Tratamento do chorume ...................................................................... 118

3.3.16. Tratamento dos gases ........................................................................... 119

3.3.17. Descrição de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos da zona

rural 119

3.3.18. Município no Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos do Rio Grande do Norte (PEGIRS/RN). ............................................ 120

3.4. DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANA ............ 124

3.4.1. Identificação de bacias e sub-bacias hidrográficas ............................ 124

3.4.2. Precipitações e deflúvio superficial ..................................................... 125

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3.4.3. Estrutura de drenagem e manejo de águas urbanas ......................... 126

3.4.4. Identificação de áreas de risco ............................................................. 127

REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 128

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1.1- Localização do Município de Tenente Laurentino Cruz (RN) ................ 17

Figura 1.2.1- Climograma do município de Tenente Laurentino Cruz - Temperatura e

Pluviosidade Média ........................................................................................................ 19

Figura 1.2.2- Dados climatológicos do município de Tenente Laurentino Cruz -

Pluviosidade acumulada média ...................................................................................... 20

Figura 1.2.3- Dados climatológicos do município de Tenente Laurentino Cruz -

Temperatura média ......................................................................................................... 20

Figura 1.3.1- Taxa média de crescimento da população residente, Brasil, Nordeste, Rio

Grande do Norte e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2000 e 2000-2010. ........................ 22

Figura 1.3.2- Densidade Demográfica (hab/km²), Brasil, Nordeste, Rio Grande do

Norte e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010 ................................................................ 23

Figura 1.3.3- Densidade demográfica (hab/km²) por setor censitário do município de

Tenente Laurentino Cruz, 2010. ..................................................................................... 24

Figura 1.3.4- Estrutura etária por idade e sexo, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e

Tenente Laurentino Cruz, 1980-2010. ............................................................................ 25

Figura 1.3.5- Razão de dependência demográfica, Brasil, Nordeste, Rio Grande do

Norte e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010. ............................................................... 27

Figura 1.3.6- Escolaridade da população de 25 anos ou mais de idade, Tenente

Laurentino Cruz, 1991-2010........................................................................................... 31

Figura 1.3.7- Proporção dos responsáveis pelos domicílios alfabetizados, por setor

censitário do município de Tenente Laurentino Cruz, 2010. ......................................... 32

Figura 1.3.8- Proporção de responsáveis pelos domicílios sem rendimento por setor

censitário, segundo Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz. ............... 35

Figura 1.3.9- Proporção de responsáveis pelos domicílios com rendimento de ½ até 1

SM por setor censitário, segundo Censo 2010, do município de Tenente Laurentino

Cruz. ............................................................................................................................... 35

Figura 1.3.10- Composição da população de 18 anos ou mais de idade, por condição de

ocupação, Tenente Laurentino Cruz, 2010. .................................................................... 36

Figura 1.3.11- Distribuição da população segundo IDHM, Município de Tenente

Laurentino Cruz, 2010. ................................................................................................... 37

Figura 1.3.12- Proporção de domicílios com abastecimento da rede geral de água por

setor censitário por setor censitário, segundo Censo 2010, do município de Tenente

Laurentino Cruz. ............................................................................................................. 39

Figura 1.3.13- Proporção de domicílios com banheiro e fossa séptica por setor

censitário, segundo Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz. ............... 40

Figura 1.3.14- Proporção de domicílios com coleta de lixo por setor censitário, segundo

Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz ................................................ 41

Figura 1.3.15- Proporção de domicílios com energia elétrica por setor censitário,

segundo Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz .................................. 42

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Figura 3.1.1 - Índices de Perdas nos sistemas de distribuição de água para Tenente

Laurentino Cruz /RN, RN, Nordeste e Brasil. ................................................................ 55

Figura 3.1.2 - Estrutura organizacional no sistema de abastecimento de água de Tenente

Laurentino. ...................................................................................................................... 57

Figura 3.1.3 - Croqui do sistema integrado de abastecimento de água que atende

Tenente Laurentino Cruz (Atlas do abastecimento de água). ......................................... 58

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Figura 3.1.4 - Captação de água bruta no município de Jucurutu. ................................ 59

Figura 3.1.5 - Unidade de desinfecção. ......................................................................... 61

Figura 3.1.6 - Dados sobre as estações de bombeamento de água tratada. ................... 61

Figura 3.1.7 - a) EEAT-6, b) Extravasor do reservatório, c) Tubulação oxidada, d)

oxidação e e) bomba. ...................................................................................................... 63

Figura 3.1.8 - a) Sede (b) Elevatória de Água Tratada, b) Reservatório elevado de 300

m³ e c) Tubulação do reservatório elevado e d) Medidor digital. .................................. 64

Figura 3.1.9 - (a) Caixas de registro de manobra. ........................................................ 65

Figura 3.1.10 - a)Poço tubular comunitário com duas caixas de PVC com capacidade

de 5.000 litros/cada para abastecimento do sítio Umbuzeiro b) Poço tubular com

reservatório elevado de alvenaria com capacidade de 17.000 litros para abastecimento

do sítio Muniz c) Carro Pipa do exército d) Carro Pipa Particular e) Dessalinizador em

construção na comunidade Umbuzeiro. Fonte: Autoria Própria (2017). ........................ 73

Figura 3.1.11 - Cisternas para captação da água de chuva no sítio Lagoa. ................... 73

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Figura 3.2.1 - Caixas de gordura ................................................................................... 80

Figura 3.2.2 - a) Caminhão limpa fossa, b) Caixa de areia c) Lagoa à céu aberto. ....... 80

Figura 3.2.3 - Vistas do tanque de decantação. ............................................................. 82

Figura 3.2.4 - Fossa Absorvente com tubo de ventilação e com entrada para fazer

sucção através do carro esgota fossa (Zona Rural)......................................................... 87

Figura 3.2.5 - Tubulação de esgoto da pia sendo descartado a céu aberto na comunidade

Boa Vista. ....................................................................................................................... 87

RESÍDUOS SÓLIDOS

Figura 3.3.1 - Destino dos resíduos sólidos no município de Tenente Laurentino

Cruz/RN, por habitante. .................................................................................................. 91

Figura 3.3.2 - Estrutura organizacional dos serviços de limpeza urbana ...................... 92

Figura 3.3.3 - Composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados no município de

Tenente Laurentino Cruz /RN. ....................................................................................... 94

Figura 3.3.4 - Procedimentos de caracterização física dos resíduos sólidos em Tenente

Laurentino Cruz, (a) lixo descarregado recentemente, (b)mistura dos resíduos para

homogeneização da amostra, (c) matéria orgânica sendo pesada e (d) plástico rígido

sendo pesado. .................................................................................................................. 95

Figura 3.3.5 - Mapa da hierarquia percentual de rejeito presente na composição

gravimétrica dos resíduos sólidos no Seridó. ................................................................. 96

Figura 3.3.6 - Seleção dos materiais recicláveis: a) Ferro, b) Plásticos. ....................... 97

Figura 3.3.7 - Vínculo empregatício dos trabalhadores do setor de manejo de RS

referente aos municípios participantes, segundo região demográfica – SNIS 2014. ..... 99

Figura 3.3.8 - Incidência percentual de empregados, por tipo de atividade, no total de

empregados no manejo de RS. ..................................................................................... 100

Figura 3.3.9 - (a) serviços de capinação em vias públicas, (b) serviço de capinação

mecanizada. .................................................................................................................. 102

Figura 3.3.10 - Média da massa coletada (RDO+RPU) per capita dos municípios

participantes do SNIS-RS 2014, em relação à população urbana, segundo região

demográfica. ................................................................................................................. 105

Figura 3.3.11 - Distribuição percentual da frota, de agentes públicos e privados,

utilizada na coleta de RS de Tenente Laurentino Cruz, por tipo de veículo. ............... 107

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Figura 3.3.12 - Distribuição percentual da frota de coleta de RDO+RPU dos municípios

participantes do SNIS-2014, segundo tipo de veículo. ................................................. 108

Figura 3.3.13 - Veículos utilizados para coleta e transporte dos resíduos sólidos. ..... 108

Figura 3.3.14 - (a) Depósito onde são armazenadas as bobonas do lixo hospitalar; (b)

Acondicionamento do Lixo Hospitalar (c) Transporte de coleta (d) Bobonas de

Transporte. .................................................................................................................... 109

Figura 3.3.15 - Destino final de entulhos da construção civil. .................................... 112

Figura 3.3.16 - (a) Indústria de Polpa de Frutas; (b) Produto final dos resíduos

orgânicos. ...................................................................................................................... 113

Figura 3.3.17 - Faixas de IQR nos municípios do Rio Grande do Norte. ................... 117

Figura 3.3.18 - Acondicionamento dos resíduos sólidos no lixão. .............................. 118

Figura 3.3.19 - a)Fossa para incineração de lixo b) Lixo queimado. .......................... 119

Figura 3.3.20 - Cenário da Regionalização da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos

adotada. ......................................................................................................................... 121

Figura 3.3.21 - Agrupamento territorial dos municípios do RN proposto pelo

PEGIRS/RN. ................................................................................................................. 122

Figura 3.3.22 - Agrupamentos territoriais para consórcios de Resíduos

Sólidos/Saneamento no RN. ......................................................................................... 123

DRENAGEM

Figura 3.4.1 - Limites da bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Açu/RN. ..................... 125

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14

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.3.1- População Residente, Urbana e Rural, Brasil, Nordeste, Rio Grande do

Norte e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010. ............................................................... 21

Tabela 1.3.2 - Distribuição percentual da população residente, segundo grandes grupos

etários, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010.

........................................................................................................................................ 26

Tabela 1.3.3- Índice de Envelhecimento, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e

Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010. ............................................................................ 26

Tabela 1.3.4- Componente da dinâmica demográfica, Tenente Laurentino Cruz, 1991-

2010 ................................................................................................................................ 28

Tabela 1.3.5- Proporção de causas de internação para os triênios 1999-2000-2001,

Brejinho, 2009-2010-2011.............................................................................................. 29

Tabela 1.3.6- Taxa de internação (por 100 mil.hab.) por doenças infecciosas e

parasitárias segundo faixa etária para os triênios 1999-2000-2001 e 2009-2010-2011,

Brejinho. ......................................................................................................................... 30

Tabela 1.3.7- Percentual de pessoas matriculadas nos níveis de escolaridade por faixa

etária Tenente Laurentino, 2000-2010............................................................................ 31

Tabela 1.3.8- Aspectos da Renda da população, Tenente Laurentino Cruz, 1991 - 2010.

........................................................................................................................................ 33

Tabela 1.3.9- Rendimento médio segundo faixa etária para os censos de 2000 e 2010,

Tenente Laurentino. ........................................................................................................ 34

Tabela 1.3.10- Domicílios particulares permanentes, segundo características de

infraestrutura, Tenente Laurentino Cruz, 1991 - 2010. .................................................. 38

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Tabela 3.1.1 – Volume faturado por categoria de consumo. ......................................... 53

Tabela 3.1.2- Estrutura tarifária de água adotada pela CAERN a partir de março/2017.

........................................................................................................................................ 56

Tabela 3.1.3 – Unidades rurais de planejamento do SAA de Tenente Laurentino Cruz.

........................................................................................................................................ 71

Tabela 3.1.4 - Qualidade da água tratada no município de Tenente Laurentino Cruz, de

junho/2015 a maio/2017. ................................................................................................ 76

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Tabela 3.2.1 - Percentual de residências sem banheiro na zona rural de Tenente

Laurentino Cruz. ............................................................................................................. 86

RESÍDUOS SÓLIDOS

Tabela 3.3.1 - Informações sobre população atendida e frequência. ............................. 90

Tabela 3.3.2 - Destinação dos resíduos sólidos por habitante. ...................................... 90

Tabela 3.3.3 - Quantidade de resíduos coletados. ......................................................... 93

Tabela 3.3.4 - Quantidade de resíduos coletados. ......................................................... 93

Tabela 3.3.5 - Despesas com manejo de resíduos sólidos, segundo o tipo de serviço

realizado.......................................................................................................................... 98

Tabela 3.3.6 - Quantidade de trabalhadores alocados no manejo de resíduos sólidos e

incidência percentual, segundo agente executor. ............................................................ 99

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15

Tabela 3.3.7 - Quantidade de trabalhadores remunerados alocados no manejo de

resíduos sólidos, segundo natureza da atividade. ......................................................... 100

Tabela 3.3.8 - Quantidade de veículos utilizados na coleta por tipo de agente e por

idade.............................................................................................................................. 106

Tabela 3.3.9 - Quantidade de resíduos de construção civil. ........................................ 111

Tabela 3.3.10 - Principais parâmetros de análise do IQR............................................ 116

Tabela 3.3.11 - Formas de destinação dos resíduos sólidos da zona rural, por

comunidade. .................................................................................................................. 119

DRENAGEM

Tabela 3.4.1 - Série histórica de índices pluviométricos do município de Tenente

Laurentino Cruz /RN. ................................................................................................... 126

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16

1. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, CULTURAIS, AMBIENTAIS E DE

INFRAESTRUTURA

Este documento tem como objetivo apresentar um diagnóstico com a

caracterização sociodemográfica da área estudada, para subsidiar a elaboração de PMSB

do Município de Tenente Laurentino Cruz do Estado Rio Grande do Norte, pela equipe

do município que serão responsáveis pela construção do Plano. A caracterização

sociodemográfica foi elaborada com base no Projeto "Capacitação e apoio técnicos à

elaboração de minuta de Planos Municipais de Saneamento Básico de municípios do

estado do Rio Grande do Norte" e no Termo de Referência da FUNASA (2012)1.

A caracterização sociodemográfica procura contribuir para uma breve

caracterização histórica, geomorfológica, ambiental, climatológica e dos recursos

hídricos municipais, além da dinâmica demográfica municipal e intramunicipal.

O processo de transformação demográfica repercute no tamanho da população e

nos volumes de pessoas por grupos de idade nas diversas parcelas do espaço habitado.

Nesse sentido, o conhecimento dos contingentes populacionais é de fundamental

importância para o planejamento do desenvolvimento, especialmente para dimensionar

as demandas por serviços, subsidiando a definição de formas e estratégias para supri-las,

bem como a avaliação das políticas já implantadas.

Espera-se, com esse diagnóstico, fornecer informações das condições dos

habitantes e dos domicílios do Município de Tenente Laurentino Cruz e que sejam

capazes de orientar e subsidiar políticas públicas, não se limitando apenas à elaboração

do plano em si, mas possibilitar que o gestor tenha um panorama da condição nos

diferentes campos de atuação, para que, após a efetivação de políticas públicas, em

especial o PMSB, permitam o monitoramento e posterior avaliação dos resultados das

ações e políticas adotadas.

1.1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1.1. Localização

O Município de Tenente Laurentino Cruz (Latitude 06º 08’ 53” S e Longitude 38º 49’

09''W) está localizado na microrregião de Serra de Santana do estado do Rio Grande do Norte e

1 FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. Termo de referência para elaboração de

planos municipais de saneamento básico: procedimentos relativos ao convênio de cooperação técnica

e financeira da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA/MS. Brasília, 2012. 68 p.

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17

fica a uma distância de cerca de 229 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Foi criado

em 16 de julho de 1993 e abrange, atualmente, uma área de aproximadamente 74,38 km2, com

altitude média de 730 metros em relação ao nível do mar (Figura 1.1.1).

Figura 1.1.1- Localização do Município de Tenente Laurentino Cruz (RN)

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

1.1.2. Evolução do Município

O município de Tenente Laurentino Cruz em 1977, tinha o padre Sinval

Laurentino, na época prefeito de Florânia, decidiu fundar uma nova povoação

dentro dos limites de seu município começando um intenso trabalho de

construção de casas de alvenaria no chamado Alto da Serra. A iniciativa

histórica do padre Sinval fez surgir um povoado que já nasceu forte, contando

com o apoio da comunidade e o interesse do poder público que recebeu o

nome de Tenente Laurentino Cruz, numa homenagem prestada ao pai do

principal responsável pelo empreendimento. Tenente Laurentino Cruz teve

um desenvolvimento imediato e logo a comunidade experimentava sinais de

prosperidade, com ênfase para a atividade agrícola. Em poucos anos o

povoado viu crescer seu núcleo populacional e sua atividade econômica, com

a presença cada vez maior de novos moradores atraídos pela infraestrutura

local e pela qualidade de suas terras. No início da década de noventa, a

povoação criada pelo idealismo empreendedor do padre Sinval Laurentino, já

era um considerável conglomerado populacional e começava a viver dias de

luta por sua emancipação política. No dia 16 de julho de 1993, através da Lei

nº 6.450, o povoado de Tenente Laurentino Cruz foi desmembrado de

Florânia e elevado à categoria de município. (IDEMA 2013).

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18

1.2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO: ASPECTOS FÍSICOS

1.2.1. Geologia

O conteúdo deste tópico será inserido na versão final do documento.

1.2.2. Relevo

De 200 a 400 metros de altitude. Serra: de Santana. Planalto da Borborema -

terrenos antigos formados pelas rochas Pré-Cambrianas como o granito, onde

se encontram as serras e os picos mais altos. (IDEMA, 2008)

1.2.3. Solos

O município de Tenente Laurentino Cruz é composto de solos com

características e possibilidades de aplicações específicas, as quais são descritas a seguir:

Bruno não Cálcico Vértico - fertilidade natural alta, textura arenosa/argilosa e

média/argilosa, relevo suave ondulado, raso, susceptível a erosão e

moderadamente drenado Bruno não Cálcico - fertilidade natural média alta,

textura arenosa/argilosa e média/ argilosa, fase pedregosa, relevo suave

ondulado, bem drenado, relativamente raso e muito susceptível a erosão.

Uso: praticamente não são cultivados. A maior parte destes solos está

ocupada pela vegetação natural, que é aproveitada precariamente com

pecuária extensiva. Pequenas parcelas são cultivadas com algodão arbóreo,

consorciado com milho e feijão e alguma cultura de palma forrageira.

Destaca-se na produção da fruta do conde e nas culturas do caju e goiaba. A

principal limitação ao uso agrícola diz respeito a falta d’água, pequena

profundidade, susceptibilidade a erosão, certos riscos de salinidade e

pedregosidade superficial, devendo ser intensificado o cultivo com culturas

muito resistentes, a um longo período de estiagem e de culturas de ciclo bem

curto na época chuvosa. Aptidão Agrícola: aptidão regular para pastagem

natural e apta para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal,

caju e coco). Pequenas áreas a Norte e a Nordeste com aptidão também para

preservação da flora e da fauna. Sistema de Manejo: médio, baixo e alto nível

tecnológico. As práticas agrícolas podem estar condicionadas tanto ao

trabalho braçal e a tração animal, com implementos agrícolas simples, como

a motomecanização. (IDEMA, 2013).

1.2.4. Clima

A climatologia do município de Tenente Laurentino Cruz foi realizada a partir

de dados reanalisados. Para obter o acumulado de precipitação mensal foram utilizados

dados do TRMM (Tropical Rainfall Measuring Mission) do algoritmo 3B42 que produz

alta qualidade de estimativa de precipitação utilizando estimativa de precipitação do

radar e imagem no canal do micro-ondas do satélite TRMM, a grade do dado, ajustado

para fundir precipitação estimada pelo infravermelho (mm / h) e as estimativas de

correção de erros precipitação do raiz quadrado médio (RMS), tem uma resolução

temporal diária e resolução espacial de 0,25 graus com uma cobertura espacial se

estendendo de 50 graus sul, até 50 graus de latitude norte com disponibilidade de dados

de 1998 a 2013. Os dados de temperatura e pressão atmosférica média em superfície,

foram usados os dados reanalisados utilizados do ERA-Interim produto do modelo

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ECMWF (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) com resolução

espacial 0,25º e temporal de 4 vezes ao dia. O uso de estimativas de precipitação e

dados reanalisados é uma excelente opção por conter uma cobertura espacial global,

cobrindo todo o Rio Grande do Norte.

Situada na região centro-sul do Rio Grande do Norte, o município de Tenente

Laurentino Cruz apresentado pelo Climograma na Figura 1.2.1 identifica-se a divisão do

período mais chuvoso desde janeiro até abril, com os maiores volumes sendo observado

no mês de março, o que acompanha a dinâmica da atmosfera. As menores temperaturas

ocorrem em junho, julho e agosto, marcando a estação considerada inverno. Enquanto,

as temperaturas mais elevadas se observam no final da primavera e verão austral, desde

novembro a fevereiro.

A Figura 1.2.2 e a Figura 1.2.3 mostram os diagramas de caixa em relação a

média da precipitação acumulada e temperatura média, sendo possível observar os

meses de janeiro a maio com os maiores volumes de chuvas tendo um pico em março.

Em relação a temperatura média os meses com menores registro ocorre junho a agosto.

Figura 1.2.1- Climograma do município de Tenente Laurentino Cruz - Temperatura e Pluviosidade

Média

Fonte: Dados baseado no TRMM e ERA-Interim

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20

Figura 1.2.2- Dados climatológicos do município de Tenente Laurentino Cruz - Pluviosidade acumulada

média

Fonte: Dados baseado no TRMM

Figura 1.2.3- Dados climatológicos do município de Tenente Laurentino Cruz - Temperatura média

Fonte: Dados baseado no ERA-Interim

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21

1.2.5. Recursos Hídricos

O município de Tenente Laurentino Cruz encontra-se totalmente inserido nos

domínios da Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu, sendo banhado pela sub-bacia

do Rio Capim-Açu. Seus principais tributários são os riachos: Furna da Onça,

Patacoroá e Muniz. Não h á açudes com capacidade de armazenamento acima

de 100.000m3. Todos os cursos d’ água do município são intermitentes e o

padrão de drenagem é o dendrítico. (CPRM, 2005).

1.2.6. Vegetação

O município de Tenente Laurentino Cruz apresenta grupos de vegetação que

variam em função do tipo de solo e drenagem. Em função dessas características foi

observado o seguinte grupo:

Caatinga Hiperxerófila - vegetação de caráter mais seco, com abundância de

cactáceas e plantas de porte mais baixo e espalhado. Entre outras espécies

destacam-se a jurema-preta, mufumbo, faveleiro, marmeleiro, xique-xique e

facheiro. (IDEMA, 2013).

1.3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO: ASPECTOS SOCIAIS E

DEMOGRÁFICOS

1.3.1. Dados Gerais: População

Segundo os dados relativos ao Censo Demográfico de 2010, o Brasil possui mais

de 190 milhões habitantes (IBGE, 2010), dos quais 53 milhões se concentram na Região

Nordeste, a qual corresponde por 27,8% do total da população nacional, cerca de 24%

da população urbana e nada menos do que 47,7% da população rural brasileira. A

importância desse efetivo demográfico nordestino pode ser avaliada por ser o Nordeste

a segunda região mais populosa do País, perdendo apenas para a região Sudeste. O

estado do Rio grande do Norte possui, segundo Censo Demográfico 2010, 3.168.027

habitantes, concentrando 77,81% da sua população em áreas urbanas.

O município de Tenente Laurentino Cruz revela um total de 5.406 habitantes em

2010, segundo as informações censitárias, sendo que 2.660 são mulheres representando

49,20% e 2.746 são homens, 50,80%.

A Tabela 1.3.1 mostra que, nas últimas décadas, o município de Tenente

Laurentino Cruz teve um intenso aumento no processo de urbanização, saindo de 0,00%

de pessoas residindo em áreas urbanas em 1991 para 21,31% em 2010.

Tabela 1.3.1- População Residente, Urbana e Rural, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente

Laurentino Cruz, 1991-2010.

Localidade

1991 2000 2010

Total

Urbana Rural

Total

Urbana Rural

Total

Urbana Rural

(%) (%) (%) (%) (%) (%)

Brasil 146.825.475 75,47 24,53 169.799.170 81,23 18,77 190.755.799 84,37 15,63

Nordeste 42.497.540 60,64 39,36 47.741.711 69,04 30,96 53.081.950 73,14 26,86

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22

Rio Grande

do Norte 2.415.567 69,1 30,9 2.776.782 73,32 26,68 3.168.027 77,81 22,19

Tenente

Laurentino

Cruz

3.129 0,00 100,00 4.412 28,58 71,42 5.406 21,31 78,69

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010.

De acordo com os dados dos últimos censos demográficos, para o Brasil, no

período 1991-2000, a taxa de crescimento populacional foi de 1,63 ao ano, declinando

para 1,17% ao ano na década seguinte. O Nordeste apresentou uma redução ainda mais

significativa. A taxa de crescimento populacional do Nordeste que era de 1,30% ao ano

entre 1991-2000 declinou para 1,07% ao ano entre 2000 e 2010, uma das menores do

País no período. O Rio Grande do Norte também revelou taxas de crescimento

populacional numa tendência de declínio para o período de 1991-2000, a taxa de

crescimento foi de 1,56% ao ano e na década subsequente, a taxa foi de 1,33% ao ano.

O ritmo de crescimento da população do município de Tenente Laurentino Cruz

diminuiu nos últimos anos, sendo de 3,89% no período 1991-2000 e 2,05% ao ano entre

2000 e 2010 (Figura 1.3.1).

Figura 1.3.1- Taxa média de crescimento da população residente, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte

e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2000 e 2000-2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010.

A taxa média de crescimento populacional observado nos últimos anos, percebe-

se que a densidade populacional no município de Tenente Laurentino Cruz vem

diminuindo ao longo dos anos. Ressalta-se que a densidade demográfica se refere ao

resultado da divisão do total de habitantes de um determinado local por sua extensão

1.63

1.171.30

1.07

1.561.33

3.89

2.05

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

4.00

4.50

1991/2000 2000/2010

Brasil Nordeste Rio Grande do Norte Tenente Laurentino Cruz

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23

territorial. Em Tenente Laurentino Cruz a densidade demográfica passou de 45,64

hab/km², em 1991, para 78,85 hab/km², em 2010, conforme os resultados apresentados

na Figura 1.3.2.

Em relação a densidade demográfica quando avaliada em setores censitários,

percebe-se valores mais elevados dessa variável na sede do município, ainda que haja

ampla diferenciação no núcleo urbano. Ademais, observa-se uma baixa densidade

demográfica em toda a área rural do município (Figura 1.3.3).

Figura 1.3.2- Densidade Demográfica (hab/km²), Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente

Laurentino Cruz, 1991-2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010.

17.2619.92

22.43

27.3330.69

34.15

45.48

52.22

59.99

45.64

64.35

78.85

0

20

40

60

80

1991 2000 2010

Brasil Nordeste Rio Grande do Norte Tenente Laurentino Cruz

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24

Figura 1.3.3- Densidade demográfica (hab/km²) por setor censitário do município de Tenente Laurentino

Cruz, 2010.

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

1.3.2. Composição da População: Estrutura Etária e Razão de

Dependência

A Figura 1.3.4 apresenta a distribuição relativa da população total por grupos de

idade e sexo do Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte em 1980, 1991, 2000 e 2010 e

para Tenente Laurentino Cruz 2000 e 2010. Pode-se evidenciar uma intensa alteração

dos padrões etários dessas populações. Na década de 80, a estrutura populacional era

típica de uma população “jovem”, em todas as áreas consideradas no estudo. Observam-

se maiores contribuições da população jovem (menor de 15 anos) e uma incipiente

expressão da população idosa (acima de 65 anos).

Fazendo uma comparação das estruturas etárias relativas aos anos 1980 e 1991,

percebe-se mudanças ocasionadas, principalmente, devido à “entrada” na pirâmide

etária pelo grupo entre 0 e 4 anos. Isso provavelmente se deve ao declínio da

fecundidade ocorrido nos anos 80. Nos últimos anos considerados no estudo, 2000 e

2010, constata-se uma retração ainda mais acentuada do grupo etário mais jovem (0 a 4

anos) e uma maior expressão da participação relativa da população mais idosa (acima de

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65 anos). Já a população entre 15 e 64 anos de idade constituirá, ainda por um longo

período de tempo, uma fração expressiva da população (Tabela 1.3.2).

O município de Tenente Laurentino Cruz também vivencia a transição da

estrutura etária em anos recentes. O Gráfico 6 mostra que neste município a base da

pirâmide vem diminuindo com a redução da participação do grupo etário mais jovem,

enquanto a porção superior vem se alargando com uma participação relativa da

população mais idosa (acima de 65 anos) cada vez mais elevada. Por outro lado,

percebe-se a elevação do peso relativo do grupo etário considerado ativo (15 e 64 anos

de idade) na população de Tenente Laurentino Cruz (Tabela 1.3.2). Tal resultado é

previsível devido ao denominado fenômeno de “inércia demográfica”, uma vez ainda

nos anos 90 a população de Tenente Laurentino Cruz apresentava níveis de fecundidade

considerados elevados, como se pode observar na Tabela 1.3.4.

Figura 1.3.4- Estrutura etária por idade e sexo, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente

Laurentino Cruz, 1980-2010.

Brasil Nordeste

Rio Grande do Norte Tenente Laurentino Cruz

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010.

05

101520253035404550556065707580

10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

1980 1990 2000 2010

Homem Mulher

05

101520253035404550556065707580

10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

1980 1990 2000 2010

Homem Mulher

05

101520253035404550556065707580

10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

1980 1990 2000 2010

Homem Mulher Mulher

05

101520253035404550556065707580

10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

1980 1990 2000 2010

Homem Mulher Mulher

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26

Tabela 1.3.2 - Distribuição percentual da população residente, segundo grandes grupos etários, Brasil,

Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010.

Localidade 0 a 14 anos 15 a 64 anos 65 anos ou mais

1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010

Brasil 34,7 29,6 24,1 60,4 64,5 68,5 4,8 5,9 7,4

Nordeste 39,4 33,0 26,6 55,5 61,2 66,3 5,1 5,8 7,2

Rio Grande do Norte 37,3 31,6 24,8 56,8 62,0 67,6 5,9 6,4 7,6

Tenente Laurentino Cruz 43,9 34,4 30,3 50,0 60,0 63,1 6,2 5,6 6,7

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010.

Outro importante indicador que reflete as alterações da estrutura etária e o

consequente envelhecimento populacional é o índice de envelhecimento, o qual

expressa o número de idosos (acima de 65 anos) para cada 100 pessoas menores de 15

anos de idade na população residente. No município de Tenente Laurentino Cruz,

observa-se na Tabela 1.3.3 que para cada conjunto de 100 jovens menores de 15 anos

haviam 16,3 pessoas com 65 anos e mais, em 2000. Já no último momento considerado

(2010), o índice de envelhecimento foi de 22,1 pessoas com 65 anos e mais para cada

100 jovens (menores de 15 anos), fato que denota um processo de envelhecimento

populacional em curso no município.

Tabela 1.3.3- Índice de Envelhecimento, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente Laurentino

Cruz, 1991-2010.

Localidade 1991 2000 2010

Brasil 21,0 28,9 44,8

Nordeste 18,4 25,5 38,7

Rio Grande do Norte 18,4 28,6 43,6

Tenente Laurentino Cruz - 16,3 22,1

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010.

As mudanças da estrutura etária também podem ser visualizadas ao se considerar

a razão de dependência que é um importante indicador demográfico do ponto de vista da

formulação de políticas públicas. Este indicador se refere ao quociente entre o segmento

etário da população definido como dependente (0 a 14 anos e acima de 65 anos) e o

segmento etário potencialmente produtivo (15 a 64 anos). Sendo que o resultado

permite medir a participação relativa do contingente populacional potencialmente

inativo (0 a 14 anos e acima de 65 anos), que deveria ser sustentado pela parcela da

população potencialmente produtiva (15 a 64 anos), no qual os valores elevados

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27

apontam que a população em idade produtiva deve sustentar uma grande proporção de

dependentes, significando consideráveis encargos assistenciais para a sociedade.

No município de Tenente Laurentino Cruz, a razão de dependência total

apresenta declínio acentuado nos anos considerados. Em 2000, para cada 100 pessoas

em idade ativa (15 a 64 anos), havia 66,6 dependentes (0 a 14 anos e acima de 65 anos).

Já em 2010, 58,6 por 100, tal valor equivale a 8 dependentes a menos para um conjunto

de 100 pessoas ativas (Figura 1.3.5).

Figura 1.3.5- Razão de dependência demográfica, Brasil, Nordeste, Rio Grande do Norte e Tenente

Laurentino Cruz, 1991-2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010

1.3.3. Componentes da Dinâmica Demográfica

Os dados dos últimos Censos Demográficos referentes ao município de Tenente

Laurentino Cruz indicam que a trajetória recente de evolução da fecundidade modifica-

se, declinando para um patamar no qual, atualmente, a Taxa de Fecundidade Total

(TFT) - número médio de filhos que teria uma mulher de uma coorte hipotética (15 e

49 anos de idade) ao final de seu período reprodutivo, situa-se em 2,98 filhos por

mulher em 2010, portanto, muito abaixo dos 3,61 identificados no Censo de 1991,

conforme Tabela 4.

Em consonância com as mudanças na estrutura etária provocadas pela redução

dos níveis de fecundidade, pôde-se observar a ampliação da esperança de vida ao

nascer, fato que indica uma melhoria das condições de vida e saúde da população. A

esperança de vida ao nascer representa o número médio de anos que um recém-nascido

esperaria viver se estivesse sujeito a uma lei de mortalidade. A esperança de vida ao

72.5

87.5 83.7

61.8 70.7 68.5 66.6

53.5 58.4 55.4 58.6

-

20.0

40.0

60.0

80.0

100.0

120.0

Brasil Nordeste Rio Grande do Norte Tenente Laurentino Cruz

1990 2000 2010

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nascer no município de Tenente Laurentino Cruz subiu de 53,88 anos em 1991 para

69,21 anos em 2010, segundo dados do IBGE.

A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do quociente entre número de

crianças de um determinado local que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil

nascidas vivas. E considerado um importante indicador tanto na área de situação de

saúde como de avaliação de condições de vida, devido à grande vulnerabilidade que as

crianças menores de um ano apresentam frente às alterações do ambiente social e

econômicas e das intervenções da saúde. No município de Tenente Laurentino Cruz,

observou-se um significativo decréscimo da mortalidade infantil, de tal forma que o

valor da taxa de mortalidade infantil era de 100,84 mortes para cada mil nascido vivo,

em 1991, chegando a 29,10 mortes para cada mil nascidos vivos, em 2010 (Tabela 1.3.4),

valor considerado ainda bastante elevado diante do estipulado para as Metas de

Desenvolvimento do Milênio, desenvolvidas pela Organização das Nações Unidas

(ONU).

Tabela 1.3.4- Componente da dinâmica demográfica, Tenente Laurentino Cruz, 1991-2010

Indicador 1991 2000 2010

Taxa Bruta de Natalidade - 16,09 19,05

Taxa de Fecundidade Total 3,61 3,02 2,98

Esperança de Vida ao Nascer 53,88 60,78 69,21

Taxa Bruta de Mortalidade - 3,63 5,18

Taxa de Mortalidade Infantil 100,84 68,12 29,10

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010

1.3.4. Aspectos da Saúde

Nas últimas décadas o Brasil vem vivenciando o processo de transição

demográfica e observando avanços expressivos na área da saúde. Evidências empíricas

têm mostrado incrementos significativos na expectativa de vida dos brasileiros,

reduções nas taxas de mortalidade, sobretudo a infantil, e mais recentemente nas idades

mais avançadas (MONTEIRO, 1997). Ressalta-se que as intensas alterações no padrão

demográfico, com o aumento da longevidade e envelhecimento da população, vêm

acompanhadas por mudanças no perfil epidemiológico e de morbidade.

A Tabela 1.3.5 apresenta as informações referentes ao total de internações e a

proporção das principais causas de internação por local de residência para 2 períodos

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definidos (1999-2000-2001 e 2009-2010-2011), nos quais foi tomada uma média trienal

dos casos notificados de internações, as datas centrais (em negrito) constituem as datas

de referência.

Os dados utilizados nesse segmento são aqueles provenientes de uma série

histórica de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) que

contém registros administrativos das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) do

sistema público de saúde. Considera-se que esta é uma importante base de dados sobre

Saúde no Brasil.

Cumpre destacar que, nesse estudo, foram analisados com especificidade as

proporções de internações por doenças acarretadas por falta ou ineficiência de

saneamento básico. As demais causas de internações intituladas “Outras causas” foram

responsáveis, no município de Brejinho, cerca de 50% das internações nos dois períodos

considerados e, nesse sentido, interessa destacar que o quadro de morbidade do

município é principalmente composto por internações provenientes do capítulo que se

refere à "gravidez, parto e puerpério" respondendo por 50,84% das notificações em

2000 e 52,27% em 2010.

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 1.3.5, e analisando mais

detidamente as causas de internações relacionadas ao saneamento básico inadequado,

observa-se que principal causa de morbidade, nos dois momentos no tempo, se refere às

doenças infecciosas e parasitárias, que responderam por 14,59% do total de internações

no primeiro ano e 2,82% no segundo período considerado no estudo. Merece, também,

destaque as internações relacionadas ao aparelho respiratório ocupando o segundo lugar

no ranking das principais causas de internação no município nos anos considerados

(28,44% e 6,38%, respectivamente).

Tabela 1.3.5- Proporção de causas de internação para os triênios 1999-2000-2001, Brejinho, 2009-2010-

2011.

Principais Causas de internação

Média de internação por período

1999-2001 2009-2011

n % n %

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 46 14,59 08 2,82

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 07 2,20 02 0,61

IX. Doenças do aparelho circulatório 15 4,72 19 6,99

X. Doenças do aparelho respiratório 90 28,44 17 6,38

XI. Doenças do aparelho digestivo 21 6,51 35 13,01

Outros capítulos 138 43,55 191 70,18

Total 318 100 477 100,0

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Fonte: Baseado nos dados do sistema de informações hospitalares do SUS- Ministério da saúde

A Tabela 1.3.6 apresenta as taxas de internações hospitalares na população geral

por doenças infecciosas e parasitárias, segundo grandes grupos etários. Estudos apontam

que algumas doenças, tais como: dengue, diarréia, leptospirose, entre outras, podem

estar relacionadas principalmente com a vulnerabilidade da população a elevados riscos

sanitários acarretados por falta ou ineficiência de saneamento básico e podem afetar

diferentemente indivíduos com distintas idades (TEIXEIRA e GUILHERMINO, 2006).

Assim, analisou-se, por grandes grupos etários, as taxas de internações por doenças

infecciosas e parasitárias, causa detentora de elevados percentuais de internações no

município. Os resultados apontam que as mais elevadas taxas de internações por

doenças infecciosas e parasitárias se concentravam entre os indivíduos de 0 a 4 anos.

Observa-se que entre as crianças, a taxa de internação encontrada foi de 297,37 por 100

mil hab. para o ano de 2000 e de 48,13 por 100 mil hab. para o ano de 2010. Valores

também elevados foram encontrados para população acima de 65 anos nos dois períodos

considerados (229,42 por 100 mil hab. em 2000 e 18,47 por 100 mil hab. em 2010).

Dessa forma, os resultados mostram que o predomínio das mais elevadas taxas de

internação por doenças infecciosas e parasitárias encontram-se entre as crianças e

idosos.

Tabela 1.3.6- Taxa de internação (por 100 mil.hab.) por doenças infecciosas e parasitárias segundo faixa

etária para os triênios 1999-2000-2001 e 2009-2010-2011, Brejinho.

Grupo etário Taxa de internação

1999-2001 2009-2011

0-4 anos 297,37 48,13

5-14anos 77,29 9,24

15-64 anos 73,01 9,78

65e mais 229,42 18,47

Fonte: Baseado nos dados do sistema de informações hospitalares do SUS- Ministério da saúde.

1.3.5. Aspectos Educacionais

Os resultados apresentados na Figura 1.3.6 demonstram uma tendência de

melhoria dos níveis de escolaridade no município de Tenente Laurentino Cruz

considerando-se a população com idades de 25 anos ou mais de idade. De tal sorte que,

em 2010, 28,16 dos residentes neste município declararam ser analfabetos, 32,52%

tinham o ensino fundamental completo, 20,86% possuíam o ensino médio completo e

4,38%, o superior completo.

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Figura 1.3.6- Escolaridade da população de 25 anos ou mais de idade, Tenente Laurentino Cruz, 1991-

2010.

Fonte: PNUD, 2010.

A Tabela 1.3.7 apresenta as informações referentes a proporção dos níveis de

escolaridade para os Censos demográficos (2000 e 2010), segundo grupo etário. Os

dados utilizados nesse segmento são provenientes do Censo demográfico

disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

De acordo com os resultados observa-se que os mais elevados percentuais de

matriculados por nível de estudo encontra-se no ensino fundamental para o ano de 2000

com 101,69% e para o ano de 2010 com 86,48% para as idades de 7 a 9 anos. Valores

elevados também podem ser verificados no ano de 2000 e 2010 para população de 10 a

14 anos com 94,33% e 89,67%. Com isso, os resultados mostram que o predomínio das

mais elevadas proporções por nível de escolaridade encontra-se nas primeiras idades.

Tabela 1.3.7- Percentual de pessoas matriculadas nos níveis de escolaridade por faixa etária Tenente

Laurentino, 2000-2010.

Faixa etária

Percentual de matriculados por nível de escolaridade (%)*

Ens. Fundamental Ens. Médio Graduação Mestrado/doutorado

2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010

5 e 6 anos 44,94 26,97 - - - - - -

7 a 9 anos 101,69 86,48 - - - - - -

10 a 14 anos 94,33 89,67 1,20 7,07 - - - -

15 a 19 anos 45,32 18,52 20,00 35,51 - 2,40 - -

20 a 24 anos 11,40 2,04 21,49 4,83 1,97 5,58 - -

25 a 29 anos 7,99 2,09 9,90 2,66 2,88 1,71 - -

30 a 39 anos 5,20 0,61 1,30 0,24 2,42 1,71 - -

40 a 49 anos 0,52 - 1,30 - 1,56 - - -

50 anos ou mais 1,37 - 0,91 - - - - - Fonte: Baseado nos dados do censo demográfico de 2000 e 2010.

*Percentual calculado de acordo população do grupo etário.

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32

Em relação a alfabetização quando avaliada em setores censitários, percebe-se

que as mais elevadas proporções de responsáveis alfabetizados encontram-se na sede do

município. Entretanto, observa-se diferenciações dessa variável mesmo dentro da área

urbana. Ademais, em toda área rural nota-se uma deficiência quanto à escolarização dos

responsáveis pelo domicílio nesse município (Figura 1.3.7).

Figura 1.3.7- Proporção dos responsáveis pelos domicílios alfabetizados, por setor censitário do

município de Tenente Laurentino Cruz, 2010.

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

1.3.6. Aspectos de Renda e Ocupação

O índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de concentração de

renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos,

compara os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1,

sendo que 0 representa a situação de total igualdade (perfeita igualdade), ou seja, todos

têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda (a

desigualdade máxima).

A Tabela 1.3.8 mostra a evolução da desigualdade de renda nas últimas décadas

(1991, 2000, 2010) no município de Tenente Laurentino Cruz, descrita através do Índice

de Gini. Observa-se uma persistência da desigualdade da distribuição de renda neste

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município, que passou de 0,53 em 1991, para 0,51 em 2000, e para 0,47 em 2010.

Assim, observa-se um decaimento desse indicador, podendo tal resultado indicar que

nesta área não se evoluiu em termos de melhoria da distribuição de renda no município.

Os aspectos relacionados ocupação dos habitantes são de grande importância

para aferições do nível de desenvolvimento social e econômico de uma população, uma

vez que sua análise permite compreender e inferir não apenas sobre a oferta de trabalho

em um determinado contexto, mas também sobre como a renda está distribuída entre a

população, gerando subsídios para políticas públicas no sentido de estimular melhores

possibilidades para população.

Considerou-se para a caracterização municipal, a pobreza na sua dimensão

particular de insuficiência de renda, isto é, a falta de renda nas famílias que atenda o

nível mínimo necessário para que possam satisfazer suas necessidades mais básicas. No

município de Tenente Laurentino Cruz, a proporção de pessoas consideradas pobres, ou

seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (referência de agosto de

2010), passou de 90,57%, em 1991, para 59,55%, em 2000, e para 38,97%, em 2010.

Entretanto, essa diminuição quantitativa nem sempre representa ganhos reais para

população, mas pode ser considerada reflexo dos programas de distribuição de renda do

governo federal, dando oportunidades de ganhos para o município (BARTHOLO,2016).

Tabela 1.3.8- Aspectos da Renda da população, Tenente Laurentino Cruz, 1991 - 2010.

Indicadores 1991 2000 2010

Índice de Gini 0,53 0,51 0,47

Renda média per capita (em R$) 65,75 175,65 259,72

% de extremamente pobres 69,82 30,05 17,34

% de pobres 90,57 59,55 38,97

Fonte: PNUD, IPEA.

A Tabela 1.3.9 apresenta as informações referentes ao rendimento médio segundo

o grupo etário para os Censos demográficos (2000 e 2010). Os dados utilizados nesse

segmento foram provenientes do Censo demográfico disponibilizado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística. Dessa forma, a Tabela 1.3.9 mostra que os maiores

rendimentos médio foram encontrados na população de 55 a 59 anos e 70 anos ou mais.

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Tabela 1.3.9- Rendimento médio segundo faixa etária para os censos de 2000 e 2010, Tenente

Laurentino.

Faixa etária 2000 2010

10 a 14 anos - 83.02

15 a 19 anos - 241.87

20 a 24 anos - 319.69

25 a 29 anos - 387.93

30 a 34 anos - 553.15

35 a 39 anos - 581.65

40 a 44 anos - 416.99

45 a 49 anos - 369.61

50 a 54 anos - 533.82

55 a 59 anos - 792.96

60 a 69 anos - 496.84

70 anos ou mais - 694.84

Fonte: Baseado nos dados do censo demográfico de 2000 e 2010.

Em relação a distribuição da renda, quando avaliada a condição de sem

rendimento do responsável do domicilio, em setores censitários, observa-se que não há

diferença para os chefes de domicilio sem rendimento encontra-se no núcleo rural e

urbano do município, ainda que seja uma baixa concentração dos responsáveis sem

rendimento (Figura 1.3.8).

Ainda no aspecto renda, a condição do responsável por domicilio com rendimento de ½

até 1 SM para os setores censitários do núcleo urbano e rural não há diferença para os

chefes com rendimento ½ até 1 SM (Figura 1.3.9).

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Figura 1.3.8- Proporção de responsáveis pelos domicílios sem rendimento por setor censitário, segundo

Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz.

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

Figura 1.3.9- Proporção de responsáveis pelos domicílios com rendimento de ½ até 1 SM por setor

censitário, segundo Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz.

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

A população economicamente ativa (PEA) representa todas as pessoas que

trabalham ou que estão procurando emprego. Para o IBGE, a PEA é composta pelas

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pessoas de 10 a 65 anos de idade que foram classificadas como ocupadas ou

desocupadas na semana de referência da pesquisa. São essas pessoas que produzem para

o país e que integram o sistema produtivo, envolvendo os diferentes setores. Conhecer a

composição dessa parcela da população, de acordo com as diferentes realidades de cada

município, serve de base para o poder público municipal organizar ações e programar a

implementação de políticas públicas. Para o município de Tenente Laurentino Cruz, os

dados demonstrados no Figura 1.3.10, revelam que 63,5% de sua população

economicamente ativa estava ocupada, 4,4% da PEA encontrava-se desocupada e

32,1% dessa população declarava-se como inativa em 2010.

Figura 1.3.10- Composição da população de 18 anos ou mais de idade, por condição de ocupação,

Tenente Laurentino Cruz, 2010.

Fonte: PNUD, 2010

1.3.7. Evolução do IDH Municipal

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma importante

medida concebida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade

de vida e o desenvolvimento econômico de uma população, sendo de grande importante

no subsidio de políticas públicas, pois fornece, para a população e gestores públicos

meios para o fomento e direcionamento das políticas públicas nos diferentes setores do

município.

O IDHM 3 dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver

uma vida longa e saudável; o acesso ao conhecimento e ter um padrão de vida que

garanta o atendimento das necessidades básicas. Seu valor pode variar de 0 a 1, onde

quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano do município. Para

captura das dimensões foram traduzidas em grandezas denominadas: longevidade,

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educação e renda. Segundo o PNUD (2013) na análise desse indicador pode-se localizar

cada município em cinco esferas: IDHM muito baixo (0 a 0,499), baixo (até 0,599),

médio (até 0,699), alto (até 0,799) e muito alto (até 1) – considerando uma escala

numérica de 0 a 1.

O IDHM do município de Tenente Laurentino Cruz passou de 0,287 – muito

baixo, em 1991, para 0,462 - baixo, em 2000, chegando, em 2010, a 0,623 - médio. Tais

resultados permitem identificar uma variação percentual de 66,4% entre 1991 e 2010,

em que pese a melhoria dos valores obtidos do indicador em 2010, o município ainda

padece de um valor considerado baixo. Para este município a dimensão cujo índice mais

apresentou uma maior ampliação foi a dimensão Educação, seguida por Renda e por

Longevidade.

Figura 1.3.11- Distribuição da população segundo IDHM, Município de Tenente Laurentino Cruz, 2010.

Fonte: PNUD, 2010

1.3.8. Condições da Habitação

Os dados da Tabela 1.3.10 revelam algumas das principais características as

condições de moradia relacionadas à prestação de alguns serviços públicos: saneamento

(abastecimento d´agua, esgotamento sanitário e destino do lixo) e fornecimento de

energia.

Uma melhoria significativa nas condições do serviço do abastecimento de água

foi observada para a população residente em Tenente Laurentino Cruz nas últimas

décadas, de tal sorte que, em 2010, a maioria dos domicílios do município possuíam

água canalizada em pelo menos um cômodo (91,0%). Quanto ao esgotamento sanitário,

nota-se uma certa ampliação desse serviço no município, em que pese o fato de ainda se

observar condições ineficientes quanto a oferta desse serviço público, uma vez que

91,4% dos domicílios neste município ainda utilizavam de fossa rudimentar e apenas

3,2% estavam ligados a rede geral de esgotos em 2010. Já quando se analisa a coleta de

lixo, os dados revelam uma significativa melhoria da coleta do lixo em Tenente

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Laurentino Cruz uma vez que, em 2000, cerca de apenas 51,1 % dos domicílios

contavam com esse serviço de limpeza, enquanto que, em 2010, 65,3% dos domicílios

passaram a dispor desse serviço público.

Já quando se analisa o fornecimento de energia elétrica nos domicílios, quase a

totalidade dos mesmos possuía energia elétrica, 99,2% de acordo com as informações

censitárias em 2010 em Tenente Laurentino Cruz.

Tabela 1.3.10- Domicílios particulares permanentes, segundo características de infraestrutura, Tenente

Laurentino Cruz, 1991 - 2010.

Características dos Domicílios Domicílios Particulares Permanentes

1991 2000 2010

Abastecimento D'água

Rede Geral - 0,2 91,0

Poço/Nascente - 8,7 2,6

Outra Forma - 91,1 6,4

Destino do Lixo

Coletado Serviço de Limpeza - 51,1 65,3

Colocado em Caçamba - 2,3 0,1

Outro - 46,6 34,5

Esgotamento Sanitário

Rede Geral de Esgoto - 0,0 3,2

Fossa Séptica - 0,3 3,0

Fossa Rudimentar - 88,1 91,4

Outra forma ou sem instalação - 11,6 2,3

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991-2010

Quanto à análise da situação das condições de moradia do município de Tenente

Laurentino Cruz por setores censitário, percebe-se amplos diferenciais no atendimento

da população considerando as diversas características dos serviços de infraestrutura

fornecida pelo serviço público em 2010.

Considerando o serviço de abastecimento d´água, observa-se que os setores

censitários da área central do núcleo urbano e rural é garantido este serviço (Figura

1.3.12).

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39

Figura 1.3.12- Proporção de domicílios com abastecimento da rede geral de água por setor censitário por

setor censitário, segundo Censo 2010, do município de Tenente Laurentino Cruz.

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

A análise da Figura 1.3.13 permite concluir que no município de Tenente

Laurentino Cruz havia, em 2010, uma deficiência do sistema de esgotamento sanitário

em todo o município onde a população residente nessas localidades também tinha uma

infraestrutura domiciliar ruim. Nota-se mesmo no núcleo urbano que não havia a

existência de banheiro e fosse séptica em seus domicílios.

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40

Figura 1.3.13- Proporção de domicílios com banheiro e fossa séptica por setor censitário, segundo Censo

2010, do município de Tenente Laurentino Cruz.

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

Quanto ao serviço referente à coleta de lixo, a Figura 1.3.14 mostra que o

serviço encontra-se presente nos setores censitários do núcleo urbano, onde este serviço

era garantido de forma mais completa nessas áreas. Entretanto, nos setores da zona rural

do município de forma geral a população tem o serviço de coleta de lixo ainda

deficiente ou inexistente.

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Figura 1.3.14- Proporção de domicílios com coleta de lixo por setor censitário, segundo Censo 2010, do

município de Tenente Laurentino Cruz

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

Quanto ao serviço de fornecimento de energia elétrica, Figura 1.3.15 mostra que

a população residente em Tenente Laurentino Cruz contava em 2010 com uma maior

abrangência na cobertura desse serviço, atendendo quase a totalidade dos domicílios nos

setores urbanos e nos setores rurais desse município.

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Figura 1.3.15- Proporção de domicílios com energia elétrica por setor censitário, segundo Censo 2010,

do município de Tenente Laurentino Cruz

Fonte: Elaboração Pesquisa PMSB.

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43

2. POLÍTICA DO SETOR DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO DE

TENENTE LAURENTINO CRUZ-RN

Nesta subseção, será apresentada uma breve perspectiva jurídica e algumas

considerações sobre os diplomas legais que norteiam o saneamento básico no Brasil, no

Estado do Rio Grande do Norte e no município de Tenente Laurentino Cruz/RN.

Cabe frisar que a Política Municipal de Saneamento Básico deverá ser

consolidada em Lei, que não poderá conflitar com os preceitos das legislações estaduais

e federais, devendo haver compatibilização com as demais leis municipais.

2.1. LEVANTAMENTO DA LEGISLAÇÃO E ANÁLISE DOS

INSTRUMENTOS LEGAIS QUE DEFINEM AS POLÍTICAS

NACIONAL, ESTADUAL DESANEAMENTO BÁSICO E INDICA AS

NORMATIVAS MUNICIPAIS PERTINENTE

Buscando a concretização do objetivo constitucional fundamental de

desenvolvimento, o Estado precisa superar barreiras referentes a efetivação dos direitos

e garantias previstos pela Constituição cujo primeiro e último beneficiário é o povo.

Uma das principais garantias a ter sua efetivação almejada trata-se da garantia a

um meio ambiente equilibrado, as quais envolvem necessariamente tanto o meio físico

quanto o social, na perspectiva da sustentabilidade.

Um dos principais instrumentos na busca pela sustentabilidade ambiental é o

saneamento básico enquanto conjunto de ações de controle do meio ambiente com o

objetivo de torná-lo saudável e salutar, para promover, proteger e preservar a saúde

pública e a salubridade ambiental.

Assim, o direito ao saneamento básico constitui uma prerrogativa inerente ao

direito à saúde, e consequentemente uma condição sinequa non para que o cidadão

desfrute de uma vida com dignidade. A Constituição Federal de 1988 consagra o direito

à saúde como um direito fundamental de segunda geração, os chamados direitos sociais,

ao lado do direito à moradia e ao trabalho[1]

.

Visando garantir a efetividade dos direitos e garantias constitucionais, o

constituinte de 1988 outorgou aos entes da federação (União, Estados e Municípios)

uma série de prerrogativas de ordem legislativa e administrativa. Dessa forma, os entes

dispõem de verdadeiros poderes-dever para fazer cumprir os preceitos constitucionais.

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Todavia, como forma de evitar a sobreposição de funções, a Constituição

Federal disciplinou a divisão administrativa das competências dos entes federativos nos

artigos 21, 22, 23, 24 e 30.

No ordenamento jurídico constitucional brasileiro, a previsão da criação de

diretrizes nacionais para as ações de saneamento foi inserida no texto da Constituição

Federal[2] [3] e normatizada pelo Congresso Nacional através da Lei Federal nº 11.445

de 2007.

Tal normativa institui uma Política Nacional de Saneamento Básico que impõe

um alinhamento aos demais entes autônomos formadores do Estado brasileiro, e, em

especial, aos Municípios.

Esta Lei define o Saneamento Básico como sendo o conjunto de serviços, de

infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, de

drenagem urbana, de tratamento de esgotos sanitários e de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, sendo tal definição imprescindível para o desenvolvimento de um

planejamento articulado das ações a serem previstas pelos entes federados que atendam

ao princípio da Universalização do Acesso.

Essa normativa ainda possui dois instrumentos normativos infralegais que

possibilitam uma melhor clareza em sua interpretação, a saber o Decreto nº 7.217/2010

e a Resolução Recomendada n° 75/2009 do Ministério das Cidades.

Ademais, a nível estadual, a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte de

1989, consolidada através da Emenda Constitucional nº 013/2014, estabelece e seu art.

19 que:

“É competência comum do Estado e dos Municípios:

(...)

IX – Promover programas de construção de moradias e a melhoria das

condições habitacionais e de saneamento básico, inclusive no meio rural”.

Dentro desse contexto, o Município, por deter a competência de atuar sobre

assuntos locais, é apontado como o ente legitimado para a execução da Política

Municipal de Saneamento Básico e, consequentemente, responsável pela elaboração do

respectivo Plano de Saneamento, uma vez que o saneamento básico é considerado uma

atividade de interesse prioritariamente local.

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A Lei n° 11.445 de janeiro de 2007, no seu art. 19, coloca as exigências para

elaboração pelo titular dos serviços dos planos municipais de saneamento e a Lei 12.305

de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, coloca as exigências

para elaboração pelo titular dos serviços dos planos municipais de gestão integrada de

resíduos sólidos.

Por fim, cabe ao Município efetivar suas competências previstas no

ordenamento jurídico nacional.

2.1.1. Dos Recursos Hídricos

No que se refere à interface com os recursos hídricos, a Lei Federal de

Saneamento, n. 11.445/07 contém disposição expressa de que esses recursos não

integram o saneamento básico (art. 4°). A lei determina que os Planos de Saneamento

Básico devem ser compatíveis com os Planos de Bacia Hidrográfica, o que impõe a sua

absoluta consonância com o setor de recursos hídricos e o respeito a toda legislação

pertinente à gestão das águas, conforme as diretrizes da Política Nacional de Recursos

Hídricos (PNRH - Lei n. 9.433/97).

A legislação referente aos recursos hídricos tem relação direta com as formas de

controle sobre o uso da água para abastecimento, assim como com a disposição final

dos esgotos, sem esquecer a necessidade de observância da interação do Município com

as bacias hidrográficas.

Em respeito à política de recursos hídricos, o Plano Municipal de Saneamento

deve atender às diretrizes dos Planos de Recursos Hídricos da esfera Estadual e Federal,

respeitando, no mínimo as seguintes diretrizes:

Práticas adequadas de proteção de mananciais e bacias hidrográficas. Busca de

integração e convergências das políticas setoriais de recursos hídricos e

Saneamento Básico nos diversos níveis de governo;

Identificação dos usuários das águas no setor, de forma a conhecer as

demandas, a época destas demandas, o perfil do usuário, tecnologias utilizadas,

dentre outras características.

O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) é

constituído pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), órgão superior

deliberativo e normativo; pela Agência Nacional de Águas (ANA), autarquia sob regime

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46

especial vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), que tem autonomia

administrativa e financeira para garantir a implementação da PNRH; pelos Conselhos de

Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; pelos Comitês de Bacias

Hidrográficas (CBH), órgão colegiado formado por representantes da sociedade civil

organizada e do governo, onde são tomadas as decisões referentes à bacia hidrográfica

onde atua; pelos órgãos dos poderes públicos federal, estadual e municipal cujas

competências se relacionam com a Gestão de Recursos Hídricos.

O município está inserido no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas,

instituído pelo Decreto Estadual n. 9.433 de 1997.

A atuação direta dos Comitês de Bacias na elaboração dos Planos de

Saneamento atende à própria Lei n. 11.445/07, ao mesmo tempo em que possibilita a

integração das infraestruturas e serviços de saneamento com a gestão eficiente dos

recursos hídricos, atingindo o cumprimento dos princípios fundamentais e as diretrizes

nacionais traçadas para o setor.

2.1.2. Do Plano Diretor

O Estatuto da Cidade, Lei Federal nº. 10.257/01, garante o direito à cidade

sustentável que deve ser entendida como direito à terra urbana, à moradia e ao

Saneamento Básico, entre outros, políticas que devem ser expressas no Plano Diretor,

que deve servir de diretriz para os demais planos municipais, incluindo o de saneamento

básico.

O Plano Diretor é definido no art. 39 do Estatuto das Cidades como instrumento

básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão

urbana do município. Nesse sentido, orienta o Poder Público e a iniciativa privada na

construção dos espaços urbanos e rurais e na oferta dos serviços públicos essenciais,

como os de saneamento, visando a assegurar melhores condições de vida para a

população, adstrita àquele território.

Sob esse enfoque, é indispensável que o Plano de Saneamento Básico observe e

esteja integrado ao Plano Diretor do município. Conforme o Estatuto das Cidades, o

direito a cidades sustentáveis, ou seja, o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à

infraestrutura urbana e aos serviços públicos, é diretriz fundamental da Política Urbana

e é assegurada mediante o planejamento e a articulação das diversas ações no nível

local.

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O município de Tenente Laurentino Cruz não tem Plano Diretor aprovado. A

inexistência desse instrumento de ordenação municipal não impede a elaboração do

Plano Municipal de Saneamento, contudo em razão desta limitação político-normativa

deve haver uma maior observância das demais legislações municipais, relevantes para o

tema.

2.1.3. Legislação Municipal

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento, além da observância

obrigatória de toda a legislação federal e estadual pertinente, deve-se obediência às

normas estabelecidas nas seguintes legislações municipais:

2.1.3.1. Lei Orgânica Municipal

A Lei Orgânica é a norma fundamental de um município e está prevista na

Constituição Federal em seu art. 29. Segundo a CF, ela é o principal instrumento

jurídico de um Município, sendo promulgada pela Câmara Municipal e tendo como

fundamentos e limites apenas os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na

do respectivo estado onde está inserido.

Através dela o Município impõe sua autonomia plena como pessoa jurídica de

direito público interno, seus princípios norteadores e a coesão necessária para o bem

estar social daquele que é o ente responsável diretamente pela qualidade de vida de um

povo. Afinal, é no município onde se vive, onde se transita, onde se trabalha, onde se

desenvolve e, principalmente para este estudo, onde há significativo e direto impacto

sobre os recursos naturais necessários para a sobrevivência do corpo social.

Desta forma, obedecendo a previsão constitucional de competência para legislar

sobre assuntos de interesse local (art. 30, I, CF) e a competência para prestar os serviços

de interesse local (art. 30, V, CF), a Lei Orgânica do município de Tenente Laurentino

Cruz fala especificamente sobre o saneamento básico no seu art.5, que assim diz:

IX: Saneamento

a) Formular e implementar a política municipal de saneamento, bem como

controlar, fiscalizar e avaliar o seu cumprimento.

b) Planejar, executar os serviços de abastecimento de água, de esgotamento

sanitário, e de drenagem pluvial.

c) Estabelecer áreas de preservação das aguas destinadas ao abastecimento da

população.

d) Fiscalizar o uso das aguas destinadas ao abastecimento público industrial e de

irrigação, assim como combater secas e inundações.

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e) Promover a limpeza das vias e logradouros, a remoção e o destino do lixo

domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza.

Assim, vê-se que há a previsão legal de competência na Lei maior municipal,

estando plenamente adequado o procedimento de implantação da política e plano

municipal de saneamento básico aos interesses locais, respeitando assim a autonomia

municipal e as normas que regem o processo legislativo local.

2.1.3.2. Lei de Delimitação Urbana ou de Perímetro Urbano

As normas que delimitam o perímetro urbano são extremamente importantes

para essa fase do processo de planejamento, pois norteiam os espaços de atuação do

município e são essenciais para diversos aspectos da localidade: desde a tributação até o

saneamento básico, a definição do que é urbano é relevante para o planejamento.

O município de Tenente Laurentino Cruz conta com a Lei nº 025 de 10 de

setembro de 2009, onde se encontra a delimitação legal de seu núcleo urbano e áreas de

expansão urbana.

2.1.3.3. Criação de Distritos

Da mesma forma que a legislação que delimita a área urbana, os normativos que

criam e delimitam os distritos municipais também são fundamentais para a identificação

adequada do território municipal, seus espaços e singularidades.

O município de Tenente Laurentino Cruz não possui tal legislação. Contudo, da

mesma forma que previsto no item anterior, a inexistência ou antiguidade da norma não

impede a conclusão dos trabalhos, sendo devidamente descritas as aglomerações

urbanas no capítulo devido.

2.1.3.4. Lei de Regulação do Uso, da Ocupação e do Parcelamento do solo

urbano

O município de Tenente Laurentino Cruz não possui Lei de Regulação,

Ocupação e Parcelamento do Solo Urbano, devendo a Política e o Plano Municipal de

Saneamento propor respostas compatíveis com as normas gerais ou outras normas locais

para sanar as incongruências possivelmente encontradas ou sugerir estratégias no caso

de dificuldades.

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49

2.1.3.5. Código de Obras e Edificações

O município de Tenente Laurentino Cruz não possui Lei aprovando o Código de

Obras e Edificações. Assim, tal qual foi mencionado no item anterior, será uma das

propostas da Política e do Plano Municipal de Saneamento antever e propor soluções

compatíveis, sugerir estratégias e encontrar saídas para questões que digam respeito a

este instrumento legal.

2.1.3.6. Código Sanitário

O código sanitário de Tenente Laurentino Cruz foi aprovado pelo projeto de lei

nº 01 de 13 de novembro de 2012 e é um importante instrumento para direcionar

questões típicas de saneamento ambiental. Tanto é que o Código Sanitário em questão

aponta.

Esse ordenamento é relevante para o presente diagnóstico e é orientador para

todo o Plano de Saneamento.

2.1.3.7. Código de Meio Ambiente

O município de Tenente Laurentino Cruz ainda não aprovou seu Código de

Meio Ambiente. Entretanto, sua ausência dentro do corpo de normas atinentes ao Plano

Municipal de Saneamento Básico não impossibilita o prosseguimento e regularidade de

nenhuma das fases do planejamento. O presente estudo está pautado nas normas e

princípios gerais de proteção ao meio ambiente previstos na legislação federal, estadual

e nas demais normas locais que tratam da matéria.

2.1.3.8. Lei de criação e atribuições de Autarquias municipais que atuem na

área de abastecimento de água e esgotamento sanitário

O município de Tenente Laurentino Cruz não a possui.

2.1.3.9. Plano de Contingência (Defesa Civil)

O município de Tenente Laurentino Cruz não a possui.

2.2. NORMAS DE REGULAÇÃO E ENTE RESPONSÁVEL PELA

REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, BEM COMO OS MEIOS E

PROCEDIMENTOS PARA SUA ATUAÇÃO;

O Município de Tenente Laurentino Cruz, ainda não elegeu sua formatação de

regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico.

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Por se tratar de uma discussão técnico-política importante para o Poder Público

Municipal, a mesma deve ser pensada com muito esmero e deve ser discutida não

somente no Poder Executivo Municipal, mas também em seu Poder Legislativo,

buscando o envolvimento inclusive direto dos cidadãos.

Dessa forma, em fases posteriores da confecção do Plano, já em posse de dados

imprescindíveis, a decisão sobre a regulação será realizada.

Tal entidade ainda que instalada dentro do Poder Público Municipal possui

relativa autonomia administrativa e total autonomia técnica e decisória no que diz

respeito a sua área de atuação.

2.3. PROGRAMAS LOCAIS EXISTENTES DE INTERESSE DO

SANEAMENTO BÁSICO NAS ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO

URBANO, RURAL, INDUSTRIAL, TURÍSTICO, HABITACIONAL,

ETC.;

O Município de Tenente Laurentino Cruz não possui programas locais de

interesse do saneamento básico, nas áreas de desenvolvimento urbano, rural, industrial,

turístico, habitacional, devendo ser através do Plano de Saneamento Básico, pensado o

desenvolvimento dos mesmos.

2.4. PROCEDIMENTO PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE

EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE, DOS SERVIÇOS

PRESTADOS, BEM COMO A AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE

RECURSOS HUMANOS, EM ESPECIAL PARA O SANEAMENTO E

DOS INSTRUMENTOS E MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E

CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO POLÍTICA DE SANEAMENTO

BÁSICO.

O Município de Tenente Laurentino Cruz não possui um procedimento

estabelecido para a avaliação dos serviços de saneamento básico prestados, ou mesmo

mecanismos identificados de participação e controle social na gestão da política de

saneamento, devendo estes serem pensados durante o planejamento do Plano de

Saneamento Básico.

2.5. POLÍTICA TARIFÁRIA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

O Município de Tenente Laurentino Cruz não possui estabelecida uma política

tarifária em razão da prestação de serviços de saneamento, uma vez que ainda não foi

pensada a formatação de prestação do serviço global de saneamento, devendo estes

serem pensados durante o planejamento do Plano de Saneamento Básico.

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2.6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS, BEM COMO

OS MECANISMOS DE COOPERAÇÃO COM OUTROS ENTES

FEDERADOS PARA A IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE

SANEAMENTO BÁSICO

O Município de Tenente Laurentino Cruz, não possui um sistema de

informações dos serviços de saneamento básico prestados, devendo este ser pensado

durante o planejamento do Plano de Saneamento Básico.

Cumpre ainda destacar que o Município de Tenente Laurentino Cruz assinou um

termo de intenção voltado à instalação de um consórcio municipal, com os municípios

de São João do Sabugi,,Cruzeta, Parelhas, Jardim do Seridó, Ipueira, Caicó, Jardim de

Piranhas, Santana do Seridó, Timbaúba dos Batistas, Currais Novos, Ouro Branco,

Jucurutu, Serra Negra do Norte, São José do Seridó, Florânia, Tenente Laurentino Cruz,

Carnaúba dos Dantas, Cerro Cora, São Vicente, Santana do Matos, além desses citados

tem outros municípios totalizando 25 atingindo um raio de 100 km,para implantação do

serviço de coleta de resíduos, incluindo a utilização de aterro sanitário na localidade de

Caicó.

[1]

Art. 6° São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a

segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados,

na forma desta Constituição.

[2] Art. 21. Compete à União:

(...)

XX - Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento

básico e transportes urbanos;

[3] Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

(...)

IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições

habitacionais e de saneamento básico;

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3. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO DO

MUNICÍPIO DE TENENTE LAURENTINO CRUZ/RN

3.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (SAA)

O sistema de abastecimento de água do município de Tenente Laurentino Cruz

ocorre através da adutora Serra de Santana que faz a captação na Barragem Armando

Ribeiro Gonçalves, pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas/Açu, sendo a

CAERN - Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte - responsável pela

operação do referido sistema.

O SAA é integrado aos municípios de Florânia, Tenente Laurentino, São

Vicente, Bodó, Caicó e Lagoa Nova. O SAA foi implantado no ano de 2000

funcionando apenas em Florânia, em 2006 foi estendido aos demais municípios

(CAERN, 2017).

3.1.1. Informações comerciais

3.1.1.1. Número de ligações e economias

Segundo os dados disponibilizados pela concessionária de água do município

(CAERN), no ano de 2016 o município de Tenente Laurentino Cruz possuía, 1.743

ligações totais (ativas e inativas), sendo: 1.504 ativas, e dessas, 1.494 micro medidas, o

que representa 99,3% de micromedição.

3.1.1.2. Cobertura

Dados disponibilizados no Sistema Nacional de informações sobre Saneamento -

SNIS (2014) indicam que o SAA do município de Tenente Laurentino Cruz atende a um

total de 5.926 habitantes, sendo 1.263 moradores da zona urbana. Avaliando-se o

percentual de cobertura, a zona urbana possui 100%, já a zona rural possui 15% de

cobertura de abastecimento de água encanada.

3.1.1.3. Volumes produzidos

O volume total de água produzida pela CAERN de Tenente Laurentino Cruz, em

2016, foi de 144.800,00 m³ (CAERN, 2016).

Dados fornecidos pela CAERN (2016) indicam um volume faturado de 28.798

m³ no mês de dezembro de 2016.

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53

A Tabela 3.1.1 apresenta os volumes faturados pela CAERN no mês de

dezembro de 2016 com o SAA do Tenente Laurentino Cruz.

Tabela 3.1.1 – Volume faturado por categoria de consumo.

Volumes faturados (m³/mês)

Total 28.798

Residencial 27.945

Comercial 359

Industrial 0

Pública 494

Rural 0

Fonte: CAERN, 2016.

3.1.1.4. Índice de perdas

Com relação ao índice de perdas na distribuição, o SAA de Tenente Laurentino

Cruz apresentou, para o ano de 2014, um percentual de aproximadamente 15%.

Comparando-se aos dados publicados em 2011 pelo SNIS, que era de 32%, o SAA

obteve em 3 anos, redução significativa de 17% de perdas.

Apesar da redução no índice de perdas, estas ainda são bastante significativas e nocivas

à sociedade visto que, existe um custo com o tratamento da água e é crescente a

dificuldade de obtenção de mananciais, principalmente superficiais, com água bruta de

boa qualidade, o que torna a água um recurso cada vez mais escasso.

É necessária a implantação de um programa de controle de perdas de forma que haja a

quantificação de vazamentos (perdas reais), fraudes (perdas aparentes) e auditoria da

rede, ações estas atreladas a uma rotina de macromedição.

Na

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Figura 3.1.1 apresentam-se os valores médios de perdas na distribuição para Tenente

Laurentino Cruz, RN, Nordeste e o Brasil.

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Figura 3.1.1 - Índices de Perdas nos sistemas de distribuição de água para Tenente Laurentino Cruz /RN,

RN, Nordeste e Brasil.

Fonte: SNIS (2014).

3.1.2. Informações financeiras

3.1.2.1. Despesas totais

Em 2016 foi feito um montante operacional total de R$ 86.985,14, operação

direta 85.089,81, operação indireta 1.895,33. (CAERN, 2016).

3.1.2.2. Investimentos

Entre os anos de 2010 e 2014, foi investido pela CAERN um montante de R$

180.989,33 com os serviços no município de Tenente Laurentino Cruz (CAERN, 2016).

3.1.2.3. Receitas

Conforme dados fornecidos, a arrecadação total líquida de água, no ano de 2016

foi de R$ 262.285,80. (CAERN,2016).

3.1.2.4. Estrutura tarifária aplicada

A Tabela 3.1.2 ilustra a estrutura tarifária de água adotada pela CAERN, a tabela

tarifária única é parte integrante da resolução nº 01/2017-CA do Conselho de

Administração da CAERN. Houve reajuste linear de 9,46% (nove vírgula quarenta e

seis por cento) na tarifa mínima e nos consumos excedentes, com vigência nas contas

com vencimento a partir do mês de março de 2017.

37%

47%

54%

15%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Brasil Nordeste Rio Grande doNorte

TenenteLaurentino Cruz

Índices de perdas na Distribuição

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Tabela 3.1.2- Estrutura tarifária de água adotada pela CAERN a partir de março/2017.

Classe de consumo

Cota

básica (m³)

Valor da

tarifa

mínima

Consumos excedentes para os medidos (m³)

(Med

ido/Ñ

Med

ido)

(Med

ido/Ñ

Med

ido)

11―

15m

3

16―

20m

3

21―

30m

3

31―

50m

3

51―

100m

3

> 1

00m

3

R$/m³ R$/m³ R$/m³ R$/m³ R$/m³ R$/m³

Residencial social 10 7,73 4,27 5,05 5,69 6,55 8,48 9,64

Residencial popular 10 24,34 4,27 5,05 5,69 6,55 8,48 9,64

Residencial 10 38,32 4,27 5,05 5,69 6,55 8,48 9,64

Comercial 10 58,96 7,44 7,98 9,64 9,64 9,64 9,64

Industrial 20 128,58 - - 10,6 10,6 10,6 10,6

Pública 20 123,22 - - 10,6 10,6 10,6 10,6

Fonte: CAERN (2017).

3.1.3. Estrutura operacional e recursos disponíveis:

A estrutura operacional possui o nome de Escritório Local de Operação, sendo

situado na Avenida Francisco Amaral, Centro, número 535.

O escritório local conta apenas com um funcionário, desempenhando a função de

operador do sistema de água e esgoto. O único meio de transporte da unidade é uma

bicicleta.

As atividades rotineiras executadas pelo operador é o conserto de vazamentos de

redes de distribuição e ramal e realização das leituras.

O município possui um cadastro comercial que não está atualizado, porém está

com rotas de leitura e entrega de contas atualizadas.

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57

3.1.3.1. Estrutura Organizacional

Figura 3.1.2 - Estrutura organizacional no sistema de abastecimento de água de Tenente Laurentino.

Fonte: CAERN,2017

3.1.4. Descrição do sistema de abastecimento de água potável da sede

O SAA do Município de Tenente Laurentino Cruz faz parte do sistema integrado

de mais quatro municípios do RN: Bodó, Florânia, Lagoa Nova e São Vicente. O

sistema é composto de captação flutuante na barragem Armando Ribeiro Gonçalves,

adutora de água bruta e tratada, filtração direta ascendente e estação elevatória (ver

Figura 3.1.3).

Caern

Operador

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58

Figura 3.1.3 - Croqui do sistema integrado de abastecimento de água que atende Tenente Laurentino

Cruz (Atlas do abastecimento de água).

Fonte: ANA (2010), adaptado com dados da CAERN (2011).

3.1.4.1. Componentes do sistema da Sede

3.1.4.1.1. Manancial da Sede

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que supre a adutora Serra de Santana,

tem capacidade de 2.400x106 m³ e pertence à Sub-Bacia Hidrográfica do médio e baixo

Piranhas-Açu (CAERN, 2011).

Além disto, dados do anuário estatístico (2014) do IDEMA, identificaram um

total de 129 poços perfurados no município, entre os anos de 1980 e 2013.

3.1.4.1.2. Captação da Sede

A água é retirada da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada no

município de Jucurutu (Figura 3.1.4). A captação é do tipo tomada de água direta por

meio de três bombas submersíveis, instaladas no reservatório por meio de flutuadores

(CAERN, 2011).

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Figura 3.1.4 - Captação de água bruta no município de Jucurutu.

Fonte: CAERN (2011).

A captação é realizada por barragem e a vazão total de captação pelo sistema

integrado é de 209,65 L/s, sendo recalcados pela Estação Elevatória de Água Bruta

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EEAB1 e direcionados para os municípios de Bodó, Florânia, Lagoa Nova, São Vicente

e Tenente Laurentino Cruz (ANA, 2010).

3.1.4.1.3. Elevatória de água bruta da Sede

A estação elevatória de água bruta (EEAB-1) é dotada de três conjuntos motor-bomba

sendo uma reserva (ANA, 2010).

3.1.4.1.4. Adução de água bruta da Sede

Existe no sistema uma adutora de água bruta, com extensão de 5000 m e diâmetro de

300 mm em ferro fundido que interliga o ponto flutuante de captação à Estação de

Tratamento de água (CAERN, 2017).

3.1.4.1.5. Estação de tratamento de água da Sede

A Estação de Tratamento de Água é do tipo filtração direta ascendente, seguida

de processo de desinfecção com cloro liquefeito. Segundo dados da CAERN, no ano de

2017, a capacidade de tratamento é de 480 m³/h.

Oito unidades filtrantes compõem o sistema da ETA, cada unidade de filtração

foi projetada para operar com uma vazão de 120 m³/h. O meio filtrante é composto por

uma camada de areia sob uma camada de pedregulho. O processo não usa floculação e

decantação. A Figura 3.1.5 mostra os locais onde o coagulante é misturado e injetado

nas etapas que antecedem os filtros. (CAERN, 2017).

Em outro trecho a água é submetida à desinfecção por cloro gasoso. A área tem

capacidade para 4 cilindros de aço com 900 kg de capacidade. A aferição de cloro

residual é feita por quatro ensaios por dia (CAERN, 2017).

Desta forma o tratamento da água que abastece o município de Tenente

Laurentino Cruz não é o convencional (coagulação e mistura rápida, floculação,

decantação, filtração e desinfecção) sendo feito por um sistema de filtração e

desinfecção suplementar à base de cloro liquefeito, com vista a garantia do cloro

residual mínimo na rede de distribuição.

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61

Figura 3.1.5 - Unidade de desinfecção.

Fonte: CAERN (2017).

3.1.4.1.6. Adução de água tratada da Sede

A adução de água tratada ocorre por sucção e recalque, iniciando no reservatório

apoiado do Entroncamento até o reservatório elevado de Tenente Laurentino Cruz,

(CAERN, 2017).

3.1.4.1.7. Elevatória de água tratada da Sede

O sistema elevatório de água tratada, até o município de Tenente Laurentino

Cruz, é composto por seis estações elevatórias, a saber, um resumo delas na Figura

3.1.6:

Figura 3.1.6 - Dados sobre as estações de bombeamento de água tratada.

Estação

Elevatória

Localização Potência do

conjunto

motorbomba

(cv)

Vazão nominal

do

bombeamento

(m³/h)

Altura

manométrica

(m.c.a)

EB-1 Jucurutu 200 236 163

EB-2 Florânia 175 189 178

EB-3 Florânia 200 189 192

EB-4 Florânia 150 150,85 153,14

EB-5 Florânia 200 160,85 182,88

EB-6 Florânia 150 160,85 167,24 Fonte: CAERN (2017).

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62

A EEAT 6, que é adjacente ao reservatório apoiado da cidade, tem como função

o recalque da água desse para o reservatório elevado, localizado nas proximidades.

Apresenta vazão nominal de 180 m³/h, AMT 167,24 m.c.a com um conjunto

motobomba de 175 cv (CAERN, 2017).

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63

Figura 3.1.7 - a) EEAT-6, b) Extravasor do reservatório, c) Tubulação oxidada, d) oxidação e e) bomba.

a)

b)

c)

d)

e)

Fonte: CAERN (2017).

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3.1.4.1.8. Reservação de água tratada da Sede

O volume armazenado é de 300 m³, sendo um reservatório para abastecimento

de toda zona urbana, apresentando problemas estruturais decorrentes da falta de

restauração.

Figura 3.1.8 - a) Sede (b) Elevatória de Água Tratada, b) Reservatório elevado de 300 m³ e c) Tubulação

do reservatório elevado e d) Medidor digital.

a) b)

c)

d)

Fonte: CAERN (2017).

3.1.4.1.9. Redes de distribuição de água tratada da Sede

Os mapas de rotas não estão atualizados. A extensão da rede de água é de 15,4

km. Sendo o material de tubulação de PVC, com saída de 150 mm, para 75mm e 60mm.

O índice de extensão da rede de água por ligação é de aproximadamente de

8,77m/ligação (CAERN, 2017).

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Figura 3.1.9 - (a) Caixas de registro de manobra.

Fonte: CAERN (2017).

3.1.4.1.10. Setores de abastecimento de água

O município de Tenente Laurentino Cruz possui dois setores de abastecimento

de água.

Os problemas encontrados nos setores de abastecimento de água é o rodizio que

é feito, sendo feito uma divisão de dois setores com um rodizio semanal ou quando tem

água na rede de 12 em 12 horas por setor, devido à escassez de água no manancial de

captação.

3.1.4.2. Aspectos operacionais relevantes sobre o SAA da Sede

O estado de conservação do prédio está em péssimas condições, onde se tem

apenas um funcionário para designar todas as funções.

No município existe cadastro técnico atualizado das adutoras e da rede

distribuidora, bem como manutenção preventiva das instalações hidráulicas sendo feito

pelo operador de sistemas de água e esgotos;

Não existem trechos que carecem de substituição onde o material da tubulação é

todo de PVC. Existindo vazamentos ocasionados por vias que não são calçadas, por

compressão por passagem de automóveis.

O município é divido em duas partes para realizar as manobras, sendo

encontrado o maior problema pela inconstância de água.

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Existe macro medidores de reservação, onde as atividades de pitometria é feita por

uma equipe técnica de Natal a cada 12 meses, ou quando a Gerência Regional solicita.

3.1.5. Descrição do sistema de abastecimento de água potável na zona

rural

3.1.5.1. Nome das Comunidades

O Assentamento São Sebastião possui nove residências. A forma de

abastecimento de água é feito por água encanada, sendo fornecida pela

Conisa com frequência de abastecimento de menos de duas vezes por

semana, onde a comunidade avalia sua qualidade como boa. A água para

beber, cozinhar e serviços domésticos vem das cisternas. A água para os

animais e ou plantações vem do reservatório da prefeitura. A frequência

de acesso à água para beber, uso doméstico, animais e plantações é

diariamente. A demanda de água é em média de 20 litros de água por

pessoa/dia para uso doméstico e 2 litros de água para beber. Das nove

localidades, seis não possuem reservatório de água (caixa d’água).

O Sitio Muniz possui quarenta e quatro residências. Apenas uma parte

do abastecimento de água é feita por água encanada, sendo a outra

fornecida pela Conisa, CAERN e carro pipa, com frequência de menos

de duas vezes por semana, sendo de boa qualidade. A água para beber,

cozinhar e serviços domésticos vem da cisterna, poço tubular próprio e

comunitário, CAERN e carro pipa. A água para animais e ou plantações

vem do poço tubular próprio e comunitário. Parte da comunidade possui

caixa d’água de alvenaria, localizado na própria comunidade com

volume de 17 mil litros. A frequência da água é diária em média de 20

litros de água por pessoa/dia para uso doméstico e 2 litros de água para

beber. Das quarenta e quatro residências, oito não possuem caixa d’água.

O Sitio Patricio possui trinta e cinco residências. A forma de

abastecimento de uma parcela da comunidade é água encanada, sendo

fornecida pela Conisa, com frequência de abastecimento de menos de

duas vezes por semana, onde a comunidade avalia sua qualidade como

boa. A água para beber, cozinhar e serviços domésticos vem da cisterna.

A água para os animais e ou plantações vem do reservatório da

prefeitura. A frequência do acesso de água para beber, uso doméstico,

animais e plantações é diária. Sendo uma média de consumo de 20 litros de água por pessoa/dia para uso doméstico e para beber 2 litros. Das

trinta e cinco residências, vinte e quatro não possuem caixa d’água.

O Sitio Umbuzeiro possui cento e quatro residências. A forma de

abastecimento de água parte tem água encanada, parte não tem, sendo

fornecidos pela CAERN e poços, com frequência de abastecimento de

menos de duas vezes por semana, a comunidade avalia sua qualidade

como regular e péssima. A água para beber e cozinhar vem da cisterna,

poço tubular comunitário, já para os serviços domésticos vem da

cisterna, poço tubular comunitário e carro pipa. A água para os animais e

ou plantações vem do poço tubular próprio e ou comunitário, carro pipa e

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barragem/açude/barreiro. A frequência de água para beber, uso

doméstico e para os animais/plantações é diária. O volume de água por

pessoa disponibilizada por dia para beber é em média de 2 litros e para

uso doméstico é em média de 20 litros. A localidade possui caixas d’água

com os volumes de 5.000 litros/cada com material de PVC, instalado

vizinho a uma escola da referida comunidade.

O Sitio Dizimeiro possui três residências. A forma de abastecimento de

água parte tem água encanada, parte não tem, sendo fornecidos pela

Conisa com frequência de menos de duas vezes por semana e carro pipa

com frequência diariamente. A comunidade avalia sua qualidade como

boa e regular. A água para beber e cozinhar vem do carro pipa e cisterna,

já para os serviços domésticos é feito por carro pipa e poço tubular. A

água para os animais e ou plantações vem do poço tubular comunitário e

barragem/açude/barreiro. A frequência de água para beber, uso

doméstico e animais ou plantações é diária. O volume de água por

pessoa/dia disponibilizado para beber é de 2 litros de água, e para uso

doméstico é em média 20 litros. A localidade possui um reservatório de

água (caixa d’água).

O Sitio Miguel da Rocha possui duas residências. Não possui água

encanada, sendo fornecido água através de carro pipa, com frequência de

abastecimento de menos de duas vezes por semana, a comunidade avalia

a qualidade da água como boa. A água para beber, cozinhar e serviços

domésticos, animais/plantações é diretamente distribuído por carro pipa.

A frequência de água para beber, uso doméstico e/ou animais/plantações

é diária. O volume de água para beber é de 2 litros/dia e uso doméstico é

de 20 litros por pessoa/dia. A localidade não possui reservatórios de água

(caixa d’água).

O Sitio Boa Vista possui vinte e cinco residências. Possui somente água

encanada, fornecido pela CAERN com frequência de abastecimento de

menos de duas vezes por semana, avaliando sua qualidade como boa. A

água para beber e cozinhar vem da cisterna e CAERN, já para serviços

domésticos e animais/ plantações vem do poço tubular próprio e

CAERN. A frequência de acesso a água para beber, uso doméstico e

animais/plantações é diária, com o volume de água disponibilizado por

pessoa/dia para beber de 2 litros e uso doméstico em média de 20 litros.

O Sitio Tanques Preto possui vinte e nove residências. Possui somente

água encanada fornecida pela CAERN, com frequência de duas a três

vezes por semana, onde sua qualidade é avaliada como boa. A água para

beber e cozinhar vem das cisternas, já para os serviços domésticos e

animais/plantações vem da barragem/açude/barreiro. A frequência de

acesso a água para beber é diária, já para uso doméstico e

animais/plantações é de 8 em 8 dias. O volume de água disponibilizado

por pessoa/dia para beber de 2 litros e uso doméstico em média de 20

litros. A localidade não possui reservatório de água (caixa d’água).

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O Sitio Lanchinha possui trinta residências. Possui somente água

encanada, fornecido pela CAERN com frequência de abastecimento de

menos de duas vezes por semana, avaliando sua qualidade como regular.

A água para beber e cozinhar é distribuída por carro pipa e cisterna, para

os serviços domésticos é através de poço tubular próprio, para os

animais/plantações é por poço tubular próprio, comunitário e cisterna. A

frequência de acesso a água para beber é 30 em 30 dias, para uso

doméstico de 15 em 15 dias e para animais/plantações é de 8 em 8 dias.

O volume de água disponibilizado por pessoa/dia é 2 litros de água para

beber e para uso doméstico é de 20 litros. A localidade não possui

reservatório de água (caixa d’água).

O Sitio Riachão possui nove residências. Possui somente água encanada,

sendo fornecida pela CAERN, com frequência de abastecimento de água

de menos de duas vezes por semana, sendo avaliada sua qualidade como

péssima. A água para beber, cozinhar e serviços domésticos vem da

cisterna. Para animais e ou plantações vem da barragem/açude/barreiro e

cisterna. A frequência de acesso à água para beber, uso doméstico e

animais/plantações é de 15 em 15 dias. O volume de água

disponibilizado por pessoa/dia é de 2 litros de água para beber e para uso

doméstico é de 20 litros. A localidade não possui reservatório de água

(caixa d’água).

O Sitio José Antônio possui sessenta e nove residências. Possui somente

água encanada, fornecido pela CAERN com frequência de menos de

duas vezes por semana. A água para beber e cozinhar vem da cisterna, já

para os serviços domésticos vem do carro pipa, barragem/açude/barreiro,

cisterna, para animais/plantações vem da barragem/açude/barreiro. A

frequência de acesso a água para beber é diária, para uso doméstico e

animais/plantações é de 8 em 8 dias. Já o volume de água disponibilizado

pessoa/dia para beber é de 2 litros e para uso doméstico é de 20 litros. A

localidade possui reservatórios de caixa d’água.

O Sitio Baixa do Matheus possui cento e dez residências. Parte possui

água encanada e outra parte não possui, é fornecido pela CAERNe pela

Conisa com frequência de menos de duas vezes por semana, a

comunidade avalia sua qualidade como regular. A água para beber e

cozinhar, serviços domésticos vem do poço tubular comunitário e

cisterna. Já para animais/plantações vem do poço tubular próprio,

comunitário e cisterna. A frequência de acesso a água para beber, uso

doméstico, animais/plantações é diariamente. O volume de água por

pessoa/dia para beber é de 2 litros e para uso doméstico é 20 litros. A

localidade possui 3 reservatórios, 2 sendo de 5 mil litros de material de

plástico e 1 reservatório de 10 mil litros de material de caixa de fibra,

todas localizados na comunidade.

O Sitio Cinco Canto possui vinte e três residências. A forma de

abastecimento de água é feita por parte encanada, parte não, sendo

fornecida pela CAERN com frequência de menos de duas vezes por

semana, sendo avaliada sua qualidade como boa. A água para beber e

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cozinhar vem do carro pipa (particular) e das cisternas, para serviços

domésticos vem do carro pipa do governo, para animais/plantações vem

do poço tubular próprio, carro pipa do governo e cisterna. A frequência

de acesso a água para beber é de 30 em 30 dias, para uso doméstico é de

15 em 15 dias e para animais/plantações é de 15 em 15 dias. O volume

de água por pessoa/dia para beber é de 2 litros e para uso doméstico é 20

litros. A localidade não possui reservatórios de água (caixa d’água).

O Sitio Pé de Serra possui duas residências. Não possui água encanada,

sendo fornecido por carro pipa com frequência diária em horários

específicos; A água para beber, cozinhar e serviços domésticos vem do

carro pipa do governo, já para animais/plantações vem do açude/barreiro.

A frequência de água para beber, uso doméstico e animais/plantações é

diária. O volume disponibilizado por pessoa/dia para beber é de 2 litros e

20 litros para uso domésticos. A localidade não possui reservatório de

água (caixa d’água).

O Sitio Patacorô possui três residências. Não possui água encanada,

sendo fornecido por carro pipa com frequência de dias alternados, sendo

avaliada como boa a qualidade da água. A água para beber, cozinhar e

serviços domésticos vem do carro pipa do governo, já para

animais/plantações vem de tanque na comunidade. A frequência de água

para beber, uso doméstico e animais/plantações é diariamente. O volume

disponibilizado por pessoa/dia para beber é de 2 litros e 20 litros para uso

domésticos. Apenas uma residência não possui reservatório de água

(caixa d’água).

O Sitio Cabeço possui quatro residências. Não possui água encanada,

sendo fornecido por carro pipa com frequência de dias alternados, sendo

avaliada como boa a qualidade da água. A água para beber, cozinhar vem

do carro pipa do governo e cisterna, para serviços domésticos e

animais/plantações vem do poço tubular comunitário. A frequência de

água para beber, uso doméstico é diária. Para animais/plantações a água é

proveniente do poço tubular da prefeitura. O volume disponibilizado por

pessoa/dia para beber é de 2 litros e 20 litros para uso domésticos.

Apenas duas residências não possuem reservatório de água (caixa

d’água).

O Sitio Lagoa possui vinte e duas residências. Possui somente água

encanada, sendo fornecida pela Conisa, com frequência de abastecimento

de água de menos de duas vezes por semana, sendo avaliada sua

qualidade como boa. A água para beber, cozinhar vem da cisterna,

serviços domésticos vem do poço tubular próprio e reservatório da

prefeitura. Para animais e ou plantações vem do poço tubular próprio e

reservatório da prefeitura. A frequência de acesso à água para beber, uso

doméstico e animais/plantações é diariamente. O volume de água

disponibilizado por pessoa/dia é de 2 litros de água para beber e para uso

doméstico é de 20 litros. Das vinte e duas residências, quinze não possui

reservatório de água (caixa d’água).

O Sitio Curicaca possui quarenta residências. Parte possui água

encanada, parte não tem, sendo fornecida pela CAERN, com frequência

de abastecimento de água de menos de duas vezes por semana, sendo

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avaliada sua qualidade como regular. A água para beber e cozinhar vem

do carro pipa do governo e cisterna, para serviços domésticos vem do

carro pipa do governo, para animais e ou plantações vem de

açude/barreiro. A frequência de acesso à água para beber é de 30 em 30

dias, uso doméstico e animais/plantações é de 15 em 15 dias. O volume

de água disponibilizado por pessoa/dia é de 2 litros de água para beber e

para uso doméstico é de 20 litros. A localidade não possui reservatório de

água (caixa d’água).

O Sitio Canafistula possui trinta e quatro residências. Parte possui água

encanada, parte não tem, sendo fornecida pela CAERN, com frequência

de abastecimento de água de menos de duas vezes por semana, sendo

avaliada sua qualidade como regular. A água para beber, cozinhar e

serviços domésticos vem da cisterna e poço tubular próprio e CAERN,

para animais e ou plantações vem do poço tubular próprio e CAERN. A

frequência de acesso à água para beber, uso doméstico e

animais/plantações é diária. O volume de água disponibilizado por

pessoa/dia é de 2 litros de água para beber e para uso doméstico é de 20

litros. A localidade não possui reservatório de água (caixa d’água).

O Assentamento Nossa Senhora das Vitórias possui vinte e oito

residências. Parte possui água encanada, parte não tem, sendo fornecida

pela CAERN, com frequência de abastecimento de água de menos de

duas vezes por semana, sendo avaliada sua qualidade como boa. A água

para beber, cozinhar e serviços domésticos vem da cisterna, poço tubular

próprio e CAERN, para animais e ou plantações vem do poço tubular

próprio e CAERN. A frequência de acesso à água para beber, uso

doméstico e animais/plantações é diariamente. O volume de água

disponibilizado por pessoa/dia é de 2 litros de água para beber e para uso

doméstico é de 20 litros. A localidade possui um reservatório de água

com volume de 17 mil litros, de material de alvenaria, localizado no

mesmo.

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71

Tabela 3.1.3 – Unidades rurais de planejamento do SAA de Tenente Laurentino Cruz.

Nome da unidade

de planejamento População

Quantidade de

residências

Distribuição espacial das

residências

Distância para

a sede do

município

(km)

Número de

cisternas

Situação do abastecimento de água

(CAERN, carro-pipa, açude, poço, etc.) Aglomerada

(< 50 m)

Dispersa (>

50 m)

Sitio Umbuzeiro 358 104 residências X 1,5 KM 95 cisternas CAERN, carro pipa, poço.

Sitio Patricio 115 35 residências

X 2 KM 30 cisternas Poço

Sitio Muniz 95 44 residências

X 1 KM 38 cisternas CAERN, carro pipa, poço.

Assentamento São

Sebastião 36 9 residências X

2 KM 7 cisternas Carro pipa e poço

Sitio Miguel da

Rocha 5 2 residências

X 25 KM 0 Carro Pipa

Sitio Dizimeiro 68 23 casas

X 23 KM 18 cisternas Carro pipa e poço

Sitio Boa Vista 67 25 residências

X 1 KM 21 cisternas CAERN, poço e carro pipa

Sitio Tanques Preto 53 29 residências

X 5 KM 20 cisternas Barragem, açude, carro pipa e poço.

Sitio Lanchinha 57 30 residências

X 3 KM 20 cisternas Poço, carro pipa.

Sitio Cana fístula 42 34 residências

X 1 KM 28 cisternas CAERN, poço tubular

Assentamento Nossa

Senhora das Vitória 80 28 residências

X 2 KM 15 cisternas CAERN, poço tubular

Sitio Riachão 31 9 residências

X 2 KM 7 cisternas Barragem, açude

Sito José Antônio 260 69 residências

X 2 KM 47 cisternas Carro pipa, açude, barragem

Sitio Baixa do

Mateus 388 110 residências X X 2 KM 85 cisternas Poço, carro pipa

Sitio Cinco Cantos 55 23 residências

X 5 KM 17 cisternas Carro pipa, poço.

Sitio Pé de Serra 3 2 residências

X 21 KM 0 Carro pipa e açude

Sitio Patacorô 13 3 residências

X 22 KM 0 Carro Pipa, tanque

Sitio Cabeço 10 4 residências X 1,5 KM 2 cisternas Carro pipa, poço tubular

Sitio Lagoa 72 22 residências X 1,5 KM 18 cisternas CAERN, poço.

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72

Nome da unidade

de planejamento População

Quantidade de

residências

Distribuição espacial das

residências

Distância para

a sede do

município

(km)

Número de

cisternas

Situação do abastecimento de água

(CAERN, carro-pipa, açude, poço, etc.) Aglomerada

(< 50 m)

Dispersa (>

50 m)

Sitio Curicaca 121 40 residências x X 7 KM 32 cisternas CAERN, carro pipa, açude e poço.

Fonte: Informações colhidas junto aos agentes comunitários de saúde da zona rural do município.

OBS: Existe uma diferença populacional referente a informações contidas no item 1.1.2, pois a zona urbana por motivos de infraestrutura ainda é composta por áreas rurais.

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73

Figura 3.1.10 - a)Poço tubular comunitário com duas caixas de PVC com capacidade de 5.000 litros/cada

para abastecimento do sítio Umbuzeiro b) Poço tubular com reservatório elevado de alvenaria com

capacidade de 17.000 litros para abastecimento do sítio Muniz c) Carro Pipa do exército d) Carro Pipa

Particular e) Dessalinizador em construção na comunidade Umbuzeiro. Fonte: Autoria Própria (2017).

a)

b)

c)

d)

e)

f)

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

Figura 3.1.11 - Cisternas para captação da água de chuva no sítio Lagoa.

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

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74

3.1.6. Aspectos operacionais relevantes sobre o SAA das áreas rurais

A maior parte da população da zona rural do município é abastecida através de

poços tubulares, cacimbões, açudes, carro pipa do governo federal e a minoria são

atendidos pelo sistema de abastecimento de água via CAERN.

O abastecimento por carro-pipa, em geral, não atende à demanda diária da

população, tendo em vista ser muita extensa a área rural do município.

É notória a carência de extensão da rede de abastecimento, devido ao município

ser dividido em relevos diferentes.

Diante do exposto acima foi visto que o sistema de abastecimento de água que

atende a zona rural do município está precário, pois não garante uma oferta de água a

toda população em quantidade suficiente e boa qualidade.

3.1.7. Qualidade da água

3.1.7.1. Qualidade da água bruta

Não há informações da qualidade da água bruta.

3.1.7.2. Qualidade da água tratada

A água fornecida por carros pipa tem um controle feito pela vigilância sanitária

do município realizando a coleta diretamente nos carros pipa e enviado para o

laboratório de análise em Caicó, enquanto a água dos poços tubulares clandestinos não é

submetida a essa rotina de controle sanitário, o que representa um risco à saúde da

população residente nas áreas rurais abastecidas por esses sistemas.

A água armazenada nas cisternas, não é submetida à análise, oferecendo risco

sanitário à população consumidora.

A Gerência Regional de Caicó realiza um monitoramento mensal na qualidade

da água na rede de distribuição do município de Tenente Laurentino Cruz, Florânia, São

Vicente e Lagoa Nova, através da análise dos parâmetros Cloro Residual, Turbidez, Cor

Aparente, pH e Coliformes Fecais (CAERN, 2017).

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75

Na Regional do Seridó existe 25 pontos de rede cadastrados, em Caicó. A coleta

de amostras vem sendo realizada em 10 pontos mensalmente no município

(VIGIÁGUA,2017).

A Tabela 3.1.4 apresenta informações referentes à qualidade da água tratada que

abastece a sede do município de Tenente Laurentino Cruz e algumas comunidades

rurais, especificamente para os parâmetros bactérias heterotróficas, cloro residual livre,

turbidez, coliformes totais, cor aparente e pH, no período de 24 meses, entre junho de

2015 a maio de 2017

Os dados disponíveis e cedidos pela CAERN (2017) indicam que das amostras

pontuais que não estão em consonância com os padrões estabelecidos pela Portaria n°

2.914/2011 - MS, duas são de cloro residual livre, cento e oitenta e nove são de turbidez

e cento e noventa são de cor aparente.

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Tabela 3.1.4 - Qualidade da água tratada no município de Tenente Laurentino Cruz, de junho/2015 a maio/2017.

Parâmetros

Bactérias

Heterotróficas

(UFC/mL)

Cloro residual livre

(mg/L) Turbidez (µT) Cor aparente (µH) Coliformes totais pH

Mês/Ano

Mín

imas

ob

rigató

rias

*

An

ali

sad

as

Em

con

form

idad

e

Mín

imas

ob

rigató

rias

An

ali

sad

as

Em

con

form

idad

e

Mín

imas

ob

rigató

rias

An

ali

sad

as

Em

con

form

idad

e

Mín

imas

ob

rigató

rias

An

ali

sad

as

Em

con

form

idad

e

Mín

imas

ob

rigató

rias

An

ali

sad

as

Em

con

form

idad

e

Mín

imas

ob

rigató

rias

An

ali

sad

as

Em

con

form

idad

e

Junho/2015 * 2 2 8 9 9 8 9 9 2 9 3 8 9 9 - 9 9

Julho/2015 * 2 2 8 8 8 8 8 0 2 8 0 8 8 8 - 8 8

Agosto/2015 * 2 2 8 8 8 8 8 0 2 8 0 8 8 8 - 8 8

Setembro/2015 * 2 2 8 9 9 8 9 3 2 9 1 8 9 9 - 9 9

Outubro/2015 * 1 1 8 9 9 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Novembro/2015 * 3 3 8 10 10 8 10 0 2 10 0 8 10 10 - 10 10

Dezembro/2015 * 3 3 8 9 8 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Janeiro/2016 * 1 1 8 9 9 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Fevereiro/2016 * 2 2 8 9 8 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Março/2016 * 2 2 8 9 9 8 9 1 2 9 1 8 9 9 - 9 9

Abril/2016 * 1 1 8 9 9 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Maio/2016 * 1 1 8 9 9 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Junho/2016 * 1 1 8 9 9 8 9 0 2 9 1 8 9 9 - 9 9

Julho/2016 * 2 2 8 9 9 8 9 1 2 9 5 8 9 9 - 9 9

Agosto/2016 * 1 1 8 9 9 8 9 3 2 9 6 8 9 9 - 9 9

Setembro/2016 * 1 1 8 9 9 8 9 2 2 9 2 8 9 9 - 9 9

Outubro/2016 * 2 2 8 9 9 8 9 1 2 9 1 8 9 9 - 9 9

Novembro/2016 * 0 0 8 8 8 8 8 0 2 8 0 8 8 8 - 8 8

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Dezembro/2016 * 0 0 8 6 6 8 6 0 2 6 0 8 6 6 - 6 6

Janeiro/2017 * 2 2 8 8 8 8 8 1 2 8 0 8 8 8 - 8 8

Fevereiro/2017 * 1 1 8 8 8 8 8 0 2 8 0 8 8 8 - 8 8

Março/2017 * 0 0 8 9 9 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Abril/2017 * 0 0 8 10 10 8 10 0 2 10 0 8 10 10 - 10 10

Maio/2017 * 0 0 8 9 9 8 9 0 2 9 0 8 9 9 - 9 9

Total * 32 32 192 210 208 192 210 21 48 210 20 192 210 210 - 210 210

Padrão [≤ 500] [0,2 - 5,0] [≤ 5] [≤ 15] Ausência em 95%

das amostras [6,0 – 9,5]

*20% das amostras de coliformes totais.

Fonte: CAERN (2017).

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3.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (SEE)

Segundo dados do Censo Demográfico - IBGE (2010), Tenente Laurentino Cruz

possuía 1.541 domicílios particulares permanentes, dos quais 1.523 possuíam banheiros,

ou seja, um déficit de cerca de 1% em instalações sanitárias.

Dos 1.523 domicílios com banheiro, 50 foram identificados como ligados a uma

rede geral de esgoto ou pluvial, 46 ligados a fossas sépticas e 1.427 classificados como

possuindo outro tipo de esgotamento sanitário.

De acordo com o DATASUS (2010), dentre os 1.427 domicílios de Tenente

Laurentino Cruz que adotam outro tipo de solução de esgotamento sanitário, 1.409

possuíam fossa rudimentar, 11 lançavam o esgoto em valas e 7 utilizavam outro tipo de

escoadouro, ou seja, o esgoto de cerca de 94% dos domicílios com banheiros é

disponibilizado inadequadamente no meio ambiente, sem receber o tratamento

adequado.

3.2.1. Informações comerciais

3.2.1.1. Número de ligações e economias

A Prefeitura Municipal de Tenente Laurentino é a responsável pelo sistema de

esgotamento sanitário implantado no município. Não há informação de quantos

habitantes são assistidos com rede geral de esgotamento. Não há informações relativas

ao número de Ligações e Economias ativas.

3.2.1.2. Cobertura

Não há registro referentes à porcentagem de cobertura da rede de esgotamento

sanitário.

3.2.1.3. Estrutura Organizacional

O município não possui estrutura organizacional do sistema de esgotamento

sanitário. Tendo apenas uma parcela irrisória do município com rede de coleta que

destina o esgoto a um sistema de tratamento completamente inadequado.

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3.2.2. Informações financeiras

3.2.2.1. Despesas totais

Não há registros referentes às despesas totais do sistema de esgotamento

sanitário.

3.2.2.2. Investimentos

Não há registros referentes aos investimentos totais do sistema de esgotamento

sanitário.

3.2.2.3. Receitas

Não há registros referentes às receitas do sistema de esgotamento sanitário.

3.2.2.4. Estrutura tarifária aplicada

Não há cadastro da rede de esgotamento sanitário, e por isso, não há a

possibilidade de realização de cobrança.

3.2.3. Descrição do sistema de esgotamento sanitário da sede

O município de Tenente Laurentino Cruz não dispõe de uma rede de esgoto

dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde, somente tubulações de PVC com

extensão de rede aproximadamente 2 km, composta por caixa de gordura, tanque de

decantação, uma lagoa sem tratamento jorrando a céu aberto com uma tubulação de

PVC com diâmetro que varia de 100 mm a 150 mm; O restante dos domicílios da zona

urbana são atendidos por fossas sépticas, absorventes, e fossas secas as quais são feitas

coletas de seus resíduos por uma empresa prestadora de serviço terceirizada pelo

município

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80

Figura 3.2.1 - Caixas de gordura

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

Figura 3.2.2 - a) Caminhão limpa fossa, b) Caixa de areia c) Lagoa à céu aberto.

a)

b)

c)

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

3.2.3.1. Bacias de esgotamento sanitário

Não há divisão do município em bacias de esgotamento sanitário.

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3.2.3.2. Componentes do sistema da Sede

3.2.3.2.1. Coletor, interceptor, rede de esgotamento sanitário e emissário

da sede

O município possui rede de coleta de esgotamento sanitário de uma parcela do

município, porém, não há projetos existentes acerca dos coletores, interceptores, rede de

esgotamento e nem emissário da sede do município. Dessa forma, não foi possível o

levantamento dessas informações.

3.2.3.2.2. Elevatória de esgoto bruto da sede

Não há estação elevatória de esgoto bruto na sede.

3.2.3.2.3. Estação de tratamento de esgoto da sede

A pequena parcela de esgoto coletado segue por gravidade através de uma

tubulação sem informação do seu trajeto e diâmetro. Segue para um sistema de

tratamento constituído de uma caixa de areia (Figura 3.2.2b) e tanque de decantação de

12x6m (Figura 3.2.2c), sendo que o fluxo de entrada e saída é realizado no menor

sentido do tanque, por isso o mesmo possui zonas mortas. Não há nenhum registro de

manutenção e o sistema de tratamento não faz o menor sentido do ponto de vista

técnico.

Do tanque de decantação, o esgoto segue para uma região de vegetação repleta

de rochas ao seu redor. A disposição do esgoto, assim como todo o restante do sistema,

é feita de forma inadequada. A Figura 3.2.3 apresenta os detalhes do sistema.

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82

Figura 3.2.3 - Vistas do tanque de decantação.

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83

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

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3.2.3.2.4. Elevatória de esgoto tratado da sede

Não há estação elevatória de esgoto tratado no município.

3.2.3.2.5. Emissário intermediário e final da sede

Não há emissário intermediário e final no município.

3.2.4. Descrição do sistema de esgotamento sanitário da zona rural

Sitio Canafístula Das 34 residências, 8 não possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Assentamento Nossa Senhora das Vitórias

Das 28 residências, 5 não possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Lanchinha

Das 30 residências, 25 possuem banheiros. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Tanques Preto

Das 29 residências, 24 possuem banheiros. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Boa Vista

Das 25 residências, 6 não possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Muniz

Das 44 residências, 16 não possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação. Sitio Dizimeiro

De 23 residências, 5. As águas servidas das pias e banho são jogadas a céu

aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas. Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Miguel Rocha

De 2 residências, 1 não possui banheiro. O esgoto do vaso sanitário é destinado

para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu aberto e

geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Patrício

Das 35 residências, 8 não possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Curicaca

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85

Das 40 residências, 35 possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Lagoa

Das 22 residências, 4 não possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Cabeço

Das 04 residências, todas possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Patacorô

Das 3 residências, 2 não possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Pé de Serra

Das 2 residências, todas possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Cinco Canto

Das 23 residências, 20 possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é destinado

para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu aberto e

geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Baixa do Mateus

Das 110 residências, 10 não possuem banheiro. As águas servidas das pias e

banho são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de

plantas. Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio José Antônio

Das 69 residências, 8 não possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação.

Sitio Riachão

Das 9 residências, todas possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Sitio Umbuzeiro

Das 104 residências, 8 não possuem banheiro. O esgoto do vaso sanitário é

destinado para a fossa, já as demais contribuições de esgoto são jogadas a céu

aberto e geralmente aproveitadas para irrigação.

Assentamento São Sebastião

Das 9 residências, todas possuem banheiro. As águas servidas das pias e banho

são jogadas a céu aberto onde muitas vezes é utilizado para irrigação de plantas.

Já o do sanitário vai para fossas.

Como exposto, o número de residências que não possuem banheiros apresenta

um valor considerável, a Tabela 3.2.1 apresenta o resumo do número de residências da

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zona rural e o valor absoluto e percentual das casas que não possuem banheiro. Do total

de 645 residências, quase 100 não possuem banheiros. Considerando o valor médio de 3

moradores por residência, se considera que aproximadamente 297 pessoas sem acesso a

banheiros.

Segundo as informações colhidas em campo, os moradores que não possuem

banheiro nas suas residências fazem o lançamento dos seus dejetos no meio da

vegetação e tomam banho com água acumulada em reservatórios, tudo isso constitui

uma forma absolutamente inadequada, constituindo um problema sério de saúde

pública.

Tabela 3.2.1 - Percentual de residências sem banheiro na zona rural de Tenente Laurentino Cruz.

Nome da unidade de

planejamento População

N° de

residências

N° de

residências sem

banheiro

Percentual de residências

sem banheiro

Sitio Umbuzeiro 358 104 8 7,7

Sitio Patricio 115 35 8 22,9

Sitio Muniz 95 44 16 36,4

Assentamento São

Sebastião 36 9 0 0,0

Sitio Miguel da Rocha 5 2 1 50,0

Sitio Dizimeiro 68 23 5 21,7

Sitio Boa Vista 67 25 6 24,0

Sitio Tanques Preto 53 29 5 17,2

Sitio Lanchinha 57 30 5 16,7

Sitio Cana fístula 42 34 8 23,5

Assentamento Nossa

Senhora das Vitória 80 28 5 17,9

Sitio Riachão 31 9 0 0,0

Sito José Antônio 260 69 8 11,6

Sitio Baixa do Mateus 388 110 10 9,1

Sitio Cinco Cantos 55 23 3 13,0

Sitio Pé de Serra 3 2 0 0,0

Sitio Patacorô 13 3 2 66,7

Sitio Cabeço 10 4 0 0,0

Sitio Lagoa 72 22 4 18,2

Sitio Curicaca 121 40 5 12,5

TOTAL 1.929 645 99 15,3

Fonte: Equipe de Elaboração do PMSB (2017).

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87

Em resumo, todas as residências com banheiro instalado possuem fossa, não há

informações precisas se essas fossas são sépticas ou rudimentares. O que constitui um

problema no caso das fossas rudimentares, porque a mesma não realiza o tratamento de

forma adequada, sendo um risco de contaminação das águas subterrâneas.

Figura 3.2.4 - Fossa Absorvente com tubo de ventilação e com entrada para fazer sucção através do carro

esgota fossa (Zona Rural).

Fonte: Equipe de Elaboração do PMSB (2017).

Figura 3.2.5 - Tubulação de esgoto da pia sendo descartado a céu aberto na comunidade Boa Vista.

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88

Fonte: Equipe de Elaboração do PMSB (2017).

3.2.5. Qualidade do esgoto bruto e tratado

Não há informações sobre a qualidade do esgoto bruto e tratado da zona rural e

urbana do município de Tenente Laurentino Cruz.

3.3. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

3.3.1. Cobertura do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos

O responsável pelas informações seguintes é o Secretário de Obras, Habitação e

Limpeza Urbana, Lupércio Brandão Fernandes e o Engenheiro Civil Expedito Araújo de

Lima Júnior.

O município de Tenente Laurentino cruz não dispõe sobre Plano Diretor,

Legislação de limpeza urbana, legislação ambiental.

Existe o código sanitário n° 01,13 de novembro de 2012. Onde o município

institui os conselhos paritários, além de outro instrumento normativo relacionado ao

meio ambiente que é o conselho municipal de desenvolvimento ambiental na lei

007/2007.

Segundo o SNIS (2010), no respectivo ano, o município de Tenente Laurentino

Cruz apresentou uma taxa de cobertura da coleta de resíduos sólidos domiciliares em

relação à população total de 26,8%, já em relação à população urbana essa taxa foi de

100%.

Maiores informações sobre a população atendida pela coleta dos resíduos sólidos

estão apresentadas na

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89

Tabela 3.3.1, onde a população total é o valor declarado da população (urbana +

rural) efetivamente beneficiada com o serviço de coleta regular de resíduos domiciliares

no município, no final do ano de referência; na segunda coluna, a população urbana

inclui populações da sede e de localidades (distritos e povoados) efetivamente atendidas

de forma regular; e a população atendida urbana direta exclui a população que,

geralmente, é atendida por sistemas estáticos de coleta, como o de caçambas

estacionárias.

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90

Tabela 3.3.1 - Informações sobre população atendida e frequência.

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017)

No assentamento São Sebastião e no Sitio Curicaca, a coleta é feita uma vez por

semana.

A Tabela 3.3.2 e a Figura 3.3.1 ilustram a situação do sistema de coleta de

resíduos sólidos urbanos no município, com um quantitativo da forma como cada

habitante destina seus resíduos.

Tabela 3.3.2 - Destinação dos resíduos sólidos por habitante.

Destinação Nº de habitantes

Coletado por serviço de limpeza 3.882

Coletado por caçamba de serviço de limpeza --

Queimado (na propriedade) 1.575

Enterrado (na propriedade) 83

Jogado em terreno baldio ou logradouro 293

Outro destino 2

Total 5.835

Fonte: PMTLC (2017)

População atendida

declarada

Pop. atendida, segundo a

frequência.

Coleta noturna

Coleta com

elevação de

contêiner Total (hab)

Urbana do

município

(hab)

Diária 2 ou 3

vezes por

semana

1 vez por

semana

3.882

1.581 0,00%

100,00% 0,00% Não Não

Rural do

município

(hab)

0,00%

100,00% 0,00% Não Não

1.701

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91

Figura 3.3.1 - Destino dos resíduos sólidos no município de Tenente Laurentino Cruz/RN, por habitante.

Fonte: PMTLC (2017).

Percebe-se que quase a totalidade dos habitantes com acesso a coleta de resíduos

sólidos, são atendidos pela coleta direta - praticada em domicílio, sendo esta a forma

adequada e indicada de se realizar a coleta de Resíduo Sólido Domiciliar (RDO).

A análise das formas alternativas de destinação de RDO adotadas no município

de Tenente Laurentino Cruz mostra que, a maioria absoluta dos habitantes sem acesso à

coleta, queima o resíduo sólido. Essa prática é eficiente para a redução do volume,

entretanto traz prejuízos à saúde e ao meio ambiente, como doenças respiratórias devido

à poluição atmosférica, poluição visual, dentre outros efeitos desagradáveis.

A segunda forma de destinação alternativa mais utilizada é a deposição em

terreno baldio ou logradouros (vias). Esse tipo de destinação facilita o contato de

pessoas e animais com os resíduos sólidos e expõe estes às intempéries (insolação,

chuva, ação do vento). Tais condições aceleram o processo de decomposição da matéria

orgânica presente nos resíduos sólidos; aumentam a produção de chorume (líquido

altamente poluente) pela velocidade de decomposição e lavagem dos resíduos sólidos

pela água da chuva; geram poluição atmosférica, visual, do solo e das águas. Além

desses aspectos, os resíduos sólidos expostos à céu aberto oferecem condições de abrigo

66,5%

0,0%

27,0%

1,4% 5,0% 0,0%

Formas de destinação alternativas adotadas para resíduos sólidos, por habitante

Coletado por serviço de limpeza Coletado por caçamba

Queimado Enterrado

Jogado em terreno baldio ou logradouro Outro destino

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92

e reprodução para vetores de doenças (ratos, por exemplo) e artrópodes (mosquitos,

moscas, baratas, escorpiões e aranhas, por exemplo).

A terceira forma de destinação alternativa mais utilizada é enterrar o resíduo no

próprio terreno. Esse tipo de destinação dificulta o contato das pessoas e animais com os

resíduos sólidos, podendo reduzir os maus odores gerados pela decomposição da

matéria orgânica presente nesses resíduos. Entretanto esta solução viabiliza a

contaminação do solo e das águas subterrâneas que abastecem os mananciais

subterrâneos e também superficiais, de onde é retirada a água para o abastecimento da

população. Considera-se também o elevado tempo de decomposição de diversos

materiais componentes dos resíduos sólidos.

3.3.1.1. Estrutura Organizacional

Figura 3.3.2 - Estrutura organizacional dos serviços de limpeza urbana

Fonte: PMTLC 2017.

3.3.2. Volumes de resíduos produzidos

O volume de resíduos sólidos produzidos no município pode ser mensurado a

partir da quantidade de resíduos recebidos no lixão local.

Secretário de Obras, Habitação e Limpeza Urbana

Coordenador

10 funcionários para atender toda

demanda

Pedreiro,Eletricista

Empresa CRIL Responsável pelos

residuos hospitalares.

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93

Tabela 3.3.3 - Quantidade de resíduos coletados.

Resíduo Quantidade (t/ano)

Total coletado 3.224

Saúde 2.400

Entulho 2.595,84

Fonte: PMTLC (2016)

Considerando um total de resíduos gerados de 8.219,84 t, calculado a partir da

geração per capita e com base na população do ano de 2016, tem-se uma relação de

81,49% de resíduos coletados e gerados.

Conforme dados coletados junto ao engenheiro e secretário de obras do

município, o total de resíduos sólidos domiciliar, hospitalar e de entulho produzidos no

município foi distribuído da seguinte forma:

Tabela 3.3.4 - Quantidade de resíduos coletados.

Resíduo Quantidade/dia

Domiciliar 8.83 toneladas

Hospitalar 0,20 toneladas

Entulhos 49,82 toneladas

Fonte: pmtlc (2016)

3.3.3. Tipos de resíduos produzidos

Os tipos de resíduos sólidos mais comuns produzidos pelo município são

domiciliares, públicos, de serviços de saúde, da construção e agrossilvopastoris.

3.3.4. Composição gravimétrica dos resíduos sólidos

O Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos da Região do Seridó do Estado do

Rio Grande do Norte (PIRS – Seridó/RN), de 2016, fornece a composição gravimétrica

de RS para Tenente Laurentino Cruz, indicada na Figura 3.3.3.

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94

Figura 3.3.3 - Composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados no município de Tenente

Laurentino Cruz /RN.

Fonte: PIRS – Seridó/RN apud Brencorp (2016).

A soma dos percentuais de resíduos recicláveis (plásticos, papelão, papel,

metais, alumínio e vidro) é cerca de 61% da amostra, ou seja, perto de dois terços dos

resíduos analisados tem potencial de reciclagem.

A adoção de medidas voltadas para reciclagem pode gerar uma redução

significativa na quantidade de rejeitos, que devem ser destinados ao aterro sanitário ou

lixão. Como consequência tem-se o aumento do tempo de vida do aterro, redução do

passivo ambiental e benefícios socioeconômicos para a população ligada à cadeia da

reciclagem.

A Figura 3.3.4 ilustra as etapas do procedimento de amostragem para a

realização da composição gravimétrica dos resíduos sólidos.

1,05% 1,05% 0,51% 1,58%

4,21%

18,42%

3,16%

31,59% 4,21%

6,32%

27,90%

Percentual em peso, por tipo de resíduo sólido em relação ao total da amostra.

Papel

Papelão

Tetra Pak

Vidro

Metal ferroso

Plástico filme

Plástico rígido

Matéria orgânica

Téxteis

Areia e pedrisco

Rejeito

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Figura 3.3.4 - Procedimentos de caracterização física dos resíduos sólidos em Tenente Laurentino Cruz,

(a) lixo descarregado recentemente, (b)mistura dos resíduos para homogeneização da amostra, (c) matéria

orgânica sendo pesada e (d) plástico rígido sendo pesado.

(a)

(b)

(c)

(d)

Fonte: PIRS – Seridó/RN apud Brencorp (2016).

De acordo com o estudo da composição gravimétrica de resíduos sólidos

Tenente Laurentino Cruz está na posição intermediária entre os municípios com maior

Figura 3.3.5fração de rejeito da região do Seridó, com taxa inferior a 20% ( ). Esse

percentual denota a falta de prática da separação do lixo domiciliar em úmido e seco,

ação simples que evita a contaminação dos resíduos que tem viabilidade de reciclagem

ou reuso.

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96

Figura 3.3.5 - Mapa da hierarquia percentual de rejeito presente na composição gravimétrica dos resíduos

sólidos no Seridó.

Fonte: PIRS – Seridó/RN apud Brencorp (2016).

O peso específico aferido dos resíduos sólidos de Tenente Laurentino Cruz foi

de 94,98 kg/m³, valor abaixo da média regional e abaixo da média nacional de 230

kg/m³ (PIRS – Seridó/RN apud Monteiro et al, 2001). Essa informação é imprescindível

para o dimensionamento dos veículos que transportam os resíduos sólidos.

3.3.5. Cooperativas e associações existentes

Segundo informações do Secretário de Obras do município, em Tenente

Laurentino Cruz não existem cooperativas ou associações de catadores, nem a

existência de um trabalho social direcionado aos mesmos, porém está sendo elaborado

um projeto de coleta seletiva. A seleção dos materiais recicláveis é feita por 3 pessoas

que fazem a separação dos resíduos e comercializam para sucateiros da região. Os

catadores não utilizam os EPIS necessários.

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97

Figura 3.3.6 - Seleção dos materiais recicláveis: a) Ferro, b) Plásticos.

a)

b)

Fonte: equipe de elaboração do PMSB (2017)

3.3.6. Informações financeiras

3.3.6.1. Despesas totais

Segundo o Diagnóstico do manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – SNIS (2010),

o município de Tenente Laurentino Cruz apresentou no ano base, como somatório das

despesas com manejo de resíduos sólidos, um valor total de R$ 268.430,50 (duzentos e

sessenta e oito mil). As despesas estão distribuídas conforme a Tabela 3.3.5.

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Tabela 3.3.5 - Despesas com manejo de resíduos sólidos, segundo o tipo de serviço realizado.

Tipo de serviço Valor da despesa (R$)

Coleta de RS domiciliares e públicos 198.000,00

Varrição de logradouros públicos 42.220,30

Demais serviços, inclusive administrativos e

com unidade de processamento 25.210,20

Total 268.430,50

Fonte: SNIS (2010).

3.3.6.2. Investimentos

Para melhorar o serviço público de limpeza urbana, foi adquirido ferramentas

fundamentais básicas (enxada, carro de mão, par, chibanca, ciscador e roçadeira

motorizada).

3.3.6.3. Receitas

Conforme SNIS (2010), a receita arrecadada com serviços de limpeza urbana foi

de R$ 50.616,31.

3.3.6.4. Taxa de limpeza pública

O município dispõe de uma taxa simbólica do IPTU a qual é cobrada via boleto,

onde a contribuinte paga pela quantidade de metros quadrados do seu imóvel. Sendo

assim não existe um investimento fixo.

3.3.7. Descrição do sistema de limpeza urbana e manejo de RS

O município de Tenente Laurentino Cruz os serviços de limpeza pública e

manejo dos resíduos sólidos são gerenciados pela Secretária de Obras, Habitação e

Serviços Urbanos (administração pública direta) (PMTLC,2017).

Segundo secretário de Obras do Município toda a mão-de-obra envolvida nos

serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos pertence ao quadro do

município. Logo, a incidência percentual de empregados próprios (dada pela razão entre

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99

o número de funcionários da prefeitura envolvidos nos serviços de limpeza urbana e o

total de funcionários, vezes 100), foi de 100%.

A Tabela 3.3.6 ilustra a incidência de empregados próprios e de empresa

privada, verificados no ano de 2014, no município de Tenente Laurentino Cruz.

Tabela 3.3.6 - Quantidade de trabalhadores alocados no manejo de resíduos sólidos e incidência

percentual, segundo agente executor.

Agente executor Quantidade de trabalhadores

alocados

Incidência

percentual

Público 10 100,00%

Privado 0 0,00%

Total 10 100,00%

Fonte: PMTLC (2017).

Através da análise do Figura 3.3.7, percebe-se que o percentual de trabalhadores

do setor público, no município de Tenente Laurentino Cruz, que foi de 100% em 2014,

encontra-se acima do valor regional, cujo percentual foi de 40,6%.

Figura 3.3.7 - Vínculo empregatício dos trabalhadores do setor de manejo de RS referente aos municípios

participantes, segundo região demográfica – SNIS 2014.

Fonte: SNIS (2014).

48,1 40,6

52,1 34,3

50,7

51,9 59,4 47,9

65,7 49,3

0

20

40

60

80

100

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-OestePe

rce

ntu

al d

e tra

ba

lha

do

res d

o

se

tor

blico

e p

riva

do

Índice de trabalhadores do setor de RS por região, em percentagem.

Prefeitura/SLU Empresas

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100

A Tabela 3.3.7 apresenta a distribuição dos trabalhadores públicos atuantes na

limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos, segundo natureza da atividade, do

município de Tenente Laurentino Cruz em 2017.

Tabela 3.3.7 - Quantidade de trabalhadores remunerados alocados no manejo de resíduos sólidos,

segundo natureza da atividade.

Atividade Quantidade de

trabalhadores alocados

Coleta 04

Varrição 01

Capina 01

Motorista da Coleta 02

Outros serviços de

limpeza urbana 02

Total 10

Fonte: PMTLC 2017.

A Figura 3.3.8 ilustra a distribuição dos empregados por tipo de atividade no

manejo de resíduos sólidos.

Figura 3.3.8 - Incidência percentual de empregados, por tipo de atividade, no total de empregados no

manejo de RS.

Fonte: PMTLC 2017.

40%

10% 10%

20%

20%

Incidência percentual de empregados, por tipo de atividade.

Coleta Varrição

Capina Motorista de coleta

Outros serviços de limpeza urbana

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101

A incidência percentual mostrada acima indica o grau de absorção de mão-de-

obra, por cada atividade envolvida no manejo de resíduos sólidos do município de

Tenente Laurentino Cruz, em 2017. Ela se mostra deficiente, pois o quadro de

empregados se divide em apenas duas seções.

No município de Tenente Laurentino cruz não existe garis para atividades

especificas, os mesmos fazem quase todos os serviços. Não existem frentes de trabalho

temporárias, no ano de referência. Os trabalhadores usam alguns EPIS como máscaras,

luvas, botas, protetores auriculares.

3.3.8. Componentes do sistema

O sistema de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos englobam as

atividades de varrição, serviços congêneres (capinação e roçagem, pintura de meio fio,

limpeza das praias, limpeza e lavagem de feiras e mercados, lavagem de vias, limpeza

de bueiros e galerias de drenagem, poda de árvores, limpeza de cemitérios, remoção de

animais mortos, remoção de entulho e materiais inservíveis, limpeza de eventos,

manutenção de parques e jardins), acondicionamento, coleta, transporte, transferência e

disposição final dos resíduos sólidos.

3.3.8.1. Varrição

Conforme informações colhidas junto ao secretário de obras do município, o

serviço de varrição de sarjetas é resumido em uma extensão de 6,0 km, onde é

executada por apenas um gari em toda a zona urbana, não existindo varrição

mecanizada.

3.3.8.2. Capinação e roçagem

Informações da PMTLC (2017) afirmam que existe serviço de capina e roçagem

no município. Tanto a capina quanto a roçagem são executadas de maneira manual e

mecanizada com o uso de roçadeira costal. Os resíduos de capina e roçagem são

destinados ao lixão a céu aberto. A Figura 3.3.9 mostra o serviço de capina e de

roçagem sendo executado no município.

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102

Figura 3.3.9 - (a) serviços de capinação em vias públicas, (b) serviço de capinação mecanizada.

a)

b)

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

3.3.8.3. Outros serviços congêneres

Foi mencionada pelo secretário de obras do município, a prática de alguns

serviços congêneres de limpeza urbanos relevantes executados pela prefeitura, dentre os

quais se destacam a lavação de vias e praças, poda de árvores, limpeza de feiras e

mercados públicos, pintura de meio-fio e remoção de animais mortos.

3.3.9. Coleta e transporte de resíduos sólidos

3.3.9.1. Resíduo Sólido Urbano

O Resíduo Sólido Urbano (RSU) é composto pelo Resíduo Sólido Domiciliar

(RDO) e Resíduo Sólido Público (RSU), sendo o RDO composto pelo Resíduo Sólido

Doméstico (gerado nas residências) e pelo Resíduo Sólido Comercial (gerado em

estabelecimentos comerciais).

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103

De acordo com o Secretário de Obras do Município no ano de 2017, a coleta dos

resíduos sólidos, no município de Tenente Laurentino Cruz, é realizada somente durante

o dia. Neste serviço estão alocados 10 funcionários da prefeitura, segundo esta fonte,

que executam as atividades de coleta e condução dos veículos de coleta.

A produtividade média de auxiliares na coleta e motorista, em 2010, foi de 23,49

kg/empregado.dia (SNIS, 2010).

A exigência de mão-de-obra para o serviço de coleta de resíduos sólidos pode

ser avaliada através da incidência de empregados da coleta no total de empregados no

manejo (razão entre o número de empregados na coleta e o total de empregados no

manejo, vezes 100). Em 2010, a incidência de empregados da coleta no total de

empregados no manejo foi de 100 %.

A taxa de motoristas e auxiliares na coleta por habitante urbano, em 2010, foi de

14,76 empregados/1000habitantes (SNIS, 2010). Esta taxa é obtida através da razão

entre o número de motoristas somado ao de auxiliares na coleta e a população urbana do

respectivo ano, vezes 1000.

De acordo com o Diagnóstico do manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – SNIS

(2010), a massa [RDO+RPU] coletada per capita em relação à população urbana foi de

0,3 kg/habitante.dia. Este indicador é obtido através da razão entre a massa de

[RDO+RPU, em toneladas] e a população urbana, vezes a fração 1000/365dias).

Percebe-se que a massa [RDO+RPU] coletada per capita em relação à população

urbana, no município de Tenente Laurentino Cruz, em 2010, ficou abaixo da média

nacional e a média regional, que foram respectivamente, de 1,05 kg/habitante.dia e 1,21

kg/habitante.dia (vide

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104

Figura 3.3.10).

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105

Figura 3.3.10 - Média da massa coletada (RDO+RPU) per capita dos municípios participantes do SNIS-

RS 2014, em relação à população urbana, segundo região demográfica.

Fonte: SNIS (2014).

A massa de [RDO+RPU] coletada per capita, em relação à população total

atendida, foi de 0,24 kg/habitante.dia (SNIS, 2010). Este indicador é obtido através da

razão entre a massa de [RDO+RPU, em toneladas] coletados e a população total

atendida pela coleta, vezes a fração 1000/365dias.

Da população de Tenente Laurentino Cruz atendida pelo serviço de coleta, em

2010, 100% era atendida com frequência entre duas a três vezes por semana (SNIS,

2010).

Deve-se considerar que, em regiões de clima quente, como o município de

Tenente Laurentino Cruz, o processo de decomposição da matéria orgânica é acelerado.

Desta forma, o armazenamento de resíduos, sobretudo orgânicos, durante vários dias,

pode gerar maus odores, além de atrair vetores de doenças (ex.: baratas, moscas e ratos).

Segundo informações do Engenheiro Civil e Secretário de Obras do Município a

quantidade de resíduos sólidos domiciliares e públicos coletados é de 2,68 toneladas

diárias, mensal de 32,16 e toneladas anuais de 385,92, justifica-se que a coleta diária é

feita 12 dias/mês.

1,09 1,21

1,02 0,83

1,26

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Taxa

de

cole

ta p

er c

apit

a d

e

R

DO

+RU

(kg

/hab

./d

ia)

Massa [RDO+RPU] per capita.

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106

Segundo o Diagnóstico do manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – SNIS (2010)

o transporte dos resíduos sólidos coletados, no município de Tenente Laurentino Cruz, é

feito por veículos pertencentes ao agente público. Tabela 3.3.8 ilustra a frota utilizada

em 2014, bem como a idade dos veículos e meios de transporte utilizados.

Tabela 3.3.8 - Quantidade de veículos utilizados na coleta por tipo de agente e por idade.

Meio de transporte utilizado

Idade da frota (anos)

Público Privado

Até

5

Entre 6

e 10

Mais de

10

Até

5

Entre 6 e

10

Mais de

10

Caminhão compactador - - - - - -

Caminhão basculante (carroceria/baú) 2 - - - - -

Caminhão Poliguindaste - - - - - -

Trator agrícola com reboque - - 1 - - -

Tração animal - - - - - -

Retroescavadeira - 1 - - - -

Total 2 1 1 - - -

Fonte: PMTLC (2017)

A Figura 3.3.11 ilustra a composição da frota utilizada na coleta de RSU

pertencente aos agentes público e privado, em 2010, no município de Tenente

Laurentino Cruz.

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107

Figura 3.3.11 - Distribuição percentual da frota, de agentes públicos e privados, utilizada na coleta de RS

de Tenente Laurentino Cruz, por tipo de veículo.

Fonte: SNIS (2010).

Observa-se que o tipo de veículo mais empregado na coleta de RSU, em Tenente

Laurentino Cruz, foi o caminhão basculante, seguido do trator agrícola e da

retroescavadeira, enquanto no cenário nacional o tipo de veículo mais utilizados foi o

caminhão basculante, seguido do caminhão compactador (vide Figura 3.3.12).

50%

25%

25%

Composição percentual da frota de coleta de agentes públicos e privados

Caminhão basculante (carroceria/baú) Retroescavadeira

Trator agrícola com reboque

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108

Figura 3.3.12 - Distribuição percentual da frota de coleta de RDO+RPU dos municípios participantes do

SNIS-2014, segundo tipo de veículo.

Fonte: SNIS (2014).

O PERS (2015) indica 2 km como sendo a distância média até unidade de

destino final.

Figura 3.3.13 - Veículos utilizados para coleta e transporte dos resíduos sólidos.

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

38,30%

47,30%

3,20% 11,20%

Distribuição da frota por tipo de veículo

Caminhão compactador

Cam. Basc., baú ou carroceria

Cam. Poliguindaste ("brook")

Trator agrícola com reboque

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109

3.3.9.2. Resíduos Sólidos do Serviço de Saúde

O município é atendido por sete unidades básicas de saúde, uma maternidade

com três leitos e um laboratório de análises clinicas.

O serviço de coleta dos RSS é executado por a empresa CRIL, contratada pelo

poder público especializada na coleta, tratamento e disposição final de RSS. Utilizando

veículo exclusivo para a coleta do RSS.

A quantidade de RSS recolhida pelo executor da coleta é de três bobonas, o que

equivale a 200 kg/cada, ou 0,6 toneladas/mês. E a quantidade de resíduos coletados em

toneladas anualmente é de 7,2 toneladas.

O destino final do lixo coletado é através da incineração.

Além do exposto acima o município envia RSS coletado para o município de

Natal.

Figura 3.3.14 - (a) Depósito onde são armazenadas as bobonas do lixo hospitalar; (b) Acondicionamento

do Lixo Hospitalar (c) Transporte de coleta (d) Bobonas de Transporte.

a)

b)

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110

c)

d)

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

3.3.9.3. Resíduos sólidos da Construção Civil

De acordo com o artigo 2º da resolução nº 307 de 2002, estabelecida pelo

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), resíduos da construção civil são os

provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção

civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos,

blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,

madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,

plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras,

caliça ou metralha.

Considerando a necessidade de reduzir os impactos ambientais gerados pelos

Resíduos da Construção Civil (RCC), o elevado volume desse tipo de resíduo que é

gerado e a viabilidade técnica e econômica de produção e uso de materiais provenientes

da reciclagem de resíduos da construção civil, o artigo 3º da resolução nº 307 de 2002

(CONAMA), juntamente com a resolução nº 348 de 2004 (CONAMA) classificam o

RCC da seguinte forma:

I - Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais

como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de

outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e

concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas

em concreto (blocos, tubos, meio-fio etc.) produzidas nos canteiros de obras;

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111

II - Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras, gesso e outros;

III - Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas

tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua

reciclagem/recuperação;

IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção,

tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou

prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas

radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais

objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à

saúde.

A disposição final inadequada de RCC é um sério problema visto que, pode

viabilizar a proliferação de vetores de doenças. Deve-se considerar também que, dentre

os resíduos sólidos gerados pela atividade da construção civil existem resíduos que são

classificados como perigosos (NBR 10004/2004, Resíduos Sólidos – Classificação), ou

seja, oferecem risco à saúde pública e podem degradar a qualidade do meio ambiente

(ex.: tintas e solventes).

Além deste aspecto observa-se que boa parte do volume dos RCC apresenta

elevado potencial de reaproveitamento e reciclagem (ex.: plástico e papelão de

embalagens, entulhos).

A prefeitura executa usualmente a coleta diferenciada de RCC no município, não

havendo agentes autônomos que prestam serviços de coleta de RCC, utilizando

caminhões tipo basculante.

Tabela 3.3.9 - Quantidade de resíduos de construção civil.

Veiculo Volume (m³)/ mensal Quantidade de resíduos

coletados/ prefeitura / mensal

Caçamba A 14,4 m³ 18,72

Caçamba B 24,0 m³ 31,20

Fonte: PMTLC (2017).

Sendo a quantidade de resíduos coletados em toneladas anualmente de 2.595,84.

Tendo sua destinação final em área exclusiva do RCC.

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112

Figura 3.3.15 - Destino final de entulhos da construção civil.

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

3.3.9.4. Demais atividades geradoras de resíduos sólidos

Existe no município uma pequena fábrica que produz polpa de frutas e seus

resíduos é usado como alimentação para animais.

3.3.9.4.1. Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico

Existe um tanque de destinação sem que esteja concluído em todas as suas

etapas de tratamento, fazendo assim apenas a coleta dos efluentes. O restante dos

resíduos dos serviços públicos de saneamento básico é feito por uma empresa

terceirizada que faz a captação através de carro pipa, jogando os resíduos a céu aberto.

3.3.9.4.2. Resíduos agrossilvopastoris

Os resíduos agrossilvopastoris (carcaças de animais mortos, vísceras...) são

jogados no lixão pois não tem um local apropriado.

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113

3.3.9.4.3. Resíduos industriais

O município dispõe de uma indústria de polpa de fruta, onde o destino final dos

resíduos sólidos é fornecido para o rebanho bovino.

Figura 3.3.16 - (a) Indústria de Polpa de Frutas; (b) Produto final dos resíduos orgânicos.

a)

b)

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

3.3.9.4.4. Resíduos de serviços de transportes

Esses resíduos são coletados através de borracharias, revendedores de baterias e

autopeças onde é feito a manutenção dos próprios veículos; com destino final a outros

municípios.

3.3.9.4.5. Resíduos de mineração

Não há atividade mineradora em Tenente Laurentino Cruz, portanto, não são

produzidos resíduos de mineração.

3.3.9.5. Coleta seletiva

O artigo 3º do capítulo II, da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, define coleta seletiva como sendo a coleta de

resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.

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114

Não há existência de catadores autônomos ou cooperativas/associações de

catadores atuantes no município de Tenente Laurentino Cruz, assim como coleta

seletiva.

3.3.10. Ecopontos ou pontos de entrega voluntária

O município de Tenente Laurentino Cruz não dispõe de um ecoponto ou pontos

de entrega voluntária de resíduos sólidos com potencial de aproveitamento e/ou

reciclagem.

3.3.11. Logística reversa

O artigo 3º do capítulo II, da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, define logística reversa como instrumento de

desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos

produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Segundo a artigo 33, dessa lei, são obrigados a estruturar e implementar sistemas

de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de

forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos

sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

I - Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos

cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras

de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em

normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em

normas técnicas;

II - Pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

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115

Não houve, em 2014, coleta de pneus, pilhas e baterias, bem como lâmpadas

fluorescentes (PERS/RN, 2015).

3.3.12. Galpões de triagem

Conforme estabelecido pela ABNT NBR 15112/2004, Resíduos da construção

civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto,

implantação e operação; os resíduos da construção civil e resíduos volumosos (móveis,

utensílios domésticos, grandes embalagens, poda) devem ser destinados às áreas de

transbordo e triagem para que, seja dada a esses resíduos destinação final adequada,

considerando o potencial de aproveitamento e tratamento de cada material. Essas áreas

também podem ser utilizadas para separação dos RSU com o intuito de reduzir os

resíduos destinados para os aterros sanitários como rejeitos, destinando corretamente

aqueles passíveis de reutilização, reciclagem ou outro tratamento.

Não existe área de triagem em Tenente Laurentino Cruz (SNIS, 2010).

3.3.13. Destino final dos resíduos sólidos

De acordo com o PERS (2015) a unidade de processamento e destinação final de

resíduos sólidos urbanos no Município é o lixão de Tenente Laurentino Cruz, localizado

a 2 km no núcleo urbano em uma estrada carroçável, no sítio Riachão, cujo ano de

início de operação foi informado como sendo 1997. A distância até o corpo d’água mais

próximo é indicada como sendo 13 km, e a distância da pista de pouso de 50 km.

Tendo como coordenadas UTM WGS 84, Longitude de 6°7´57.930 e Latitude de

36°43’17.952.

Esta unidade não apresenta licença ambiental e não recebe remessa de outros

municípios.

O lixão de Tenente Laurentino Cruz é cercado. Não existe vala para RSS no

local, assim como não se identificou a presença de animais na área (porcos, cavalos,

vacas) (PMTLC,2017). Existe drenagem natural devido o terreno ser na encosta.

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Não existe impermeabilização da base de solo, sobre a qual são depositados os

resíduos sólidos. O recobrimento dos resíduos sólidos depositados no lixão é realizado

semanalmente (PERS, 2015).

Não existem domicílios de catadores no lixão (PERS, 2015).

Estudo elaborado por Brito (2009) avaliou a qualidade de aterro e lixões de

todos os municípios do RN, através do Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos

(IQR). Este índice leva em consideração as características de deposição dos resíduos do

município, segundo uma análise das características locais, da infraestrutura implantada e

das condições operacionais. A Tabela 3.3.10 resume os aspectos estudados.

Tabela 3.3.10 - Principais parâmetros de análise do IQR.

Fonte: Brito (2009).

Os resultados desta pesquisa estão resumidos no mapa da Figura 3.3.17.

Características locais Infraestrutura implantada Condições operacionais

Capacidade do solo Isolamento da área Aspecto geral da área

Proximidade de núcleos

habitacionais Existência de portaria/guarita Existência de lixo descoberto

Proximidade de corpos d'água Impermeabilidade da base do

aterro Recobrimento do lixo

Lençol freático Drenagem do chorume Presença de urubus

Permeabilidade do solo Drenagem provisória e

definitiva de águas pluviais

Presença de moscas em grandes

quantidades

Disponibilidade do solo Utilização de trator de esteira e

outros equipamentos Presença de catadores

Qualidade do material de

recobrimento

Condições de trânsito e acesso

das máquinas Criação de animais

Condições do sistema viário Tratamento do chorume Resíduos de serviço de saúde

Isolamento visual Acesso à frente de trabalho Resíduos industriais

Legalização da área Presença de vigilantes Drenagem provisória e

definitiva de águas pluviais

Drenagem de gases Drenagem do chorume

Controle do recebimento de

cargas Tratamento do Chorume

Monitoramento de águas

subterrâneas

Monitoramento de águas

subterrâneas

Atendimento ao projeto de

aterro Equipe de vigilância

Acesso internos

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117

Figura 3.3.17 - Faixas de IQR nos municípios do Rio Grande do Norte.

Fonte: Brito (2009).

Como pode-se observar, o município de Tenente Laurentino Cruz recebeu entre

2,0 e 3,99 na faixa de IQR, o que indica que a destinação final dos resíduos sólidos está

sendo feita de maneira inadequada. De fato, no RN, somente operam dois aterros

sanitários, de forma que a grande maioria dos municípios, incluindo Tenente Laurentino

Cruz, destinam seus resíduos de maneira inadequada.

3.3.14. Tratamento do RS

Não existe tratamento dos resíduos sólidos, o mesmo é jogado em uma área

especifica com destino final a céu aberto.

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118

Figura 3.3.18 - Acondicionamento dos resíduos sólidos no lixão.

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

3.3.15. Tratamento do chorume

Não existe sistema de drenagem, tratamento e recirculação de chorume, bem

como sistema de drenagem das águas pluviais, na unidade de disposição final de

resíduos sólidos de Tenente Laurentino Cruz.

Não há interferência nos mananciais de água, devido à localização do terreno ser

protegida por auto relevo (no alto de uma serra) onde não tem como haver

impermeabilização do chorume até o manancial de água.

A ausência de um sistema de drenagem das águas da chuva contribui para o

aumento da produção de chorume (líquido proveniente da decomposição da matéria

orgânica contida nos resíduos sólidos) visto que, aumenta a lavagem dos resíduos.

O chorume produzido infiltra no solo, já que não existe no lixão sistema de

impermeabilização, contaminando o solo, as águas subterrâneas e superficiais. Além

deste aspecto, o chorume exala um odor extremamente desagradável e pode conter

organismos patogênicos. Dessa forma, a ausência de uma unidade de destinação

adequada para os resíduos sólidos, gerados pelo município de Tenente Laurentino Cruz,

coloca em risco a saúde pública e a qualidade do meio ambiente.

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119

3.3.16. Tratamento dos gases

Não existe tratamento dos gases gerados.

3.3.17. Descrição de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos da zona

rural

Tabela 3.3.11 - Formas de destinação dos resíduos sólidos da zona rural, por comunidade.

Sitio Destino do Lixo

Umbuzeiro Queimado/ Jogado a céu aberto

Riachão Queimado

José Antônio Queimado/Jogado a céu aberto

Baixa do Mateus Queimado/Jogado a céu aberto

Cinco Canto Queimado/Enterrado

Pé de Serra Queimado

Patacorô Queimado

Cabeço Queimado

Lagoa Queimado

Curicaca Queimado/Enterrado/Deixado em

terrenos baldios/ Coleta Semanal

Muniz Queimado/Enterrado

Miguel Rocha Queimado

Patricio Queimado

Boa Vista Queimado/Enterrado

Tanques Preto Queimado/Enterrado

Lanchinha Queimado

Sitio Canafistula Queimado/Enterrado

Assentamento Nossa Senhora das Vitórias Queimado/Enterrado

Dizimeiro Queimado

Assentamento São Sebastião Queimado / Coleta semanal

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

Figura 3.3.19 - a)Fossa para incineração de lixo b) Lixo queimado.

a)

b)

Fonte: Equipe de elaboração do PMSB (2017).

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120

3.3.18. Município no Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos do Rio Grande do Norte (PEGIRS/RN).

A implementação do Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos do Estado do Rio Grande do Norte e Elaboração do Plano Estadual de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos fundamentou-se na construção das ações de forma

participativa com os municípios e no compartilhamento das soluções, a partir da

formação de consórcios intermunicipais que se integram um a um, de forma a cobrir

todo o RN (PEGIRS/RN, 2012).

O Plano foi desenvolvido de acordo com as diretrizes da Lei nº 11.107, de 6 de

abril de 2005, que dispõe sobre a gestão associada de Serviços Públicos, Consórcios

Públicos, Convênios de Cooperação e Contratos de Programa; a Lei nº 11.445 de 5 de

janeiro de 2007, que trata do Marco Regulatório para o Saneamento Ambiental e

estabelece diretrizes nacionais para o setor e do então, Projeto de Lei nº 1991/2007,

atual Lei nº12.305 de 12 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

O Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado

do Rio Grande do Norte e o Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

ordenaram procedimentos que contribuem para uma melhoria no gerenciamento da

limpeza urbana, implementação de mecanismos financeiramente compensatórios,

compartilhamento de ações entre municípios, construção de consórcios intermunicipais,

inserção social dos atuais catadores, proposição de incentivos tributários em atividades

voltadas para reciclagem e produção mais limpa e para os municípios que implementem

políticas ambientalmente adequadas.

A Figura 3.3.20 ilustra a proposta de Cenário da Regionalização da Gestão

Integrada dos Resíduos Sólidos no Rio Grande do Norte sugerido no Plano Estadual de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Norte (PEGIRS/RN). Essa

proposta dará suporte à formação dos Consórcios Públicos de Resíduos Sólidos ou de

Saneamento Básico no Rio Grande do Norte.

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Figura 3.3.20 - Cenário da Regionalização da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos adotada.

SERIDÓ 25 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO: Caicó

ALTO OESTE 44 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO: Pau dos Ferros

ASSÚ 24 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO: Assú

METROPOLITANO 8 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO EXISTENTE

MOSSORÓ 1 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO EXISTENTE

AGRESTE 40 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO: Santo Antônio

MATO GRANDE 15 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO: João Câmara

TRAIRI 10 MUNICÍPIOS

1 ATERRO SANITÁRIO: Santa Cruz

Fonte: PEGIRS/RN (2012).

O município de Tenente Laurentino Cruz está inserido no agrupamento Seridó,

que contém 25 municípios do RN. Cada agrupamento será dotado de unidade adequada

para a disposição final de resíduos sólidos (aterro sanitário), estação de transferência ou

transbordo (estrutura criada para receber a contribuição de resíduos da coleta de vários

municípios e viabilizar o transporte de uma maior quantidade de resíduos ao aterro

sanitário), veículos operacionais e transporte de grandes volumes de resíduos sólidos.

Além dessas estruturas estão previstas outras, como centrais de triagem de materiais

recicláveis, central de armazenamento e comercialização, centrais locais (instaladas nos

municípios).

A Figura 3.3.21 apresenta o agrupamento territorial proposto pelo PEGIRS/RN.

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Figura 3.3.21 - Agrupamento territorial dos municípios do RN proposto pelo PEGIRS/RN.

Fonte: PEGIRS/RN (2012).

A Figura 3.3.22, apresenta mapa extraído do PEGIRS/RN o qual indica que, no

consórcio Seridó, o município de Caicó receberá um aterro sanitário.

Agrupamento

Territorial Quant. Municípios

1º - SERIDÓ 25

Acari, Bodó, Caicó, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Cruzeta,

Currais Novos, Equador, Florânia, Ipueira, Jardim de Piranhas, Jardim

do Seridó, Jucurutu, Lagoa Nova, Ouro Branco, Parelhas, Santana do

Seridó, São Fernando, São João do Sabugi, São José do Seridó, São

Vicente, Serra Negra do Norte, Tenente Laurentino Cruz, Timbaúba

dos Batistas e Triunfo Potiguar.

2º - ALTO OESTE 44

Água Nova, Alexandria, Almino Afonso, Antônio Martins, Apodi,

Campo Grande, Caraúbas, Coronel João Pessoa, Doutor Severiano,

Encanto, Felipe Guerra, Francisco Dantas, Frutuoso Gomes,

Governador Dix-Sept Rosado, Itaú, Janduís, João Dias, José da Penha,

Lucrécia, Luis Gomes, Major Sales, Marcelino Vieira, Martins,

Messias Targino, Olho-d'água do Borges, Paraná, Patu, Pau dos

Ferros, Pilões, Portalegre, Rafael Fernandes, Rafael Godeiro, Riacho

da Cruz, Riacho de Santana, Rodolfo Fernandes, São Francisco do

Oeste, São Miguel, Serrinha dos Pintos, Severiano Melo, Taboleiro

Grande, Tenente Ananias, Umarizal, Venha Ver e Viçosa.

3º - VALE DO ASSÚ 24

Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Angicos, Areia Branca, Assú,

Baraúna, Carnaubais, Espírito Santo do Oeste (Paraú), Fernando

Pedroza, Grossos, Guamaré, Ipanguaçu, Itajá, Lajes, Macau, Pedra

Preta, Pedro Avelino, Pendências, Porto do Mangue, Santana do

Matos, São Rafael, Serra do Mel, Tibau e Upanema.

1 Mossoró

4º - MATO GRANDE 15

Bento Fernandes, Caiçara do Norte, Galinhos, Jandaíra, Jardim de

Angicos, João Câmara, Parazinho, Pedra Grande, Poço Branco,

Pureza, Rio do Fogo, São Bento do Norte, São Miguel do Gostoso,

Taipu e Touros

5º - AGRESTE 40

Arêz, Baia Formosa, Barcelona, Boa Saúde, Bom Jesus, Brejinho,

Caiçara do Rio dos Ventos, Canguaretama, Espírito Santo, Goianinha,

Jundiá, Lagoa d'Anta, Lagoa de Pedras, Lagoa dos Velhos, Lagoa

Salgada, Montanhas, Monte Alegre, Monte das Gameleiras, Nísia

Floresta, Nova Cruz, Passa e Fica, Passagem, Pedro Velho, Riachuelo,

Ruy Barbosa, Santa Maria, São Paulo do Potengi, São Pedro, São

Tomé, Santo Antônio, São José do Mipibu, São José do Campestre,

Senador Elói de Souza , Senador Georgino Avelino, Serra de São

Bento, Serrinha, Tibau do Sul, Várzea, Vera Cruz e Vila Flor

6º - TRAIRI 10 Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Jaçanã, Japi, Lajes Pintadas,

Santa Cruz, São Bento do Trairí, Sítio Novo, Tangará, Serra Caiada

6º - REGIÃO

METROPOLITANA 8

Ceará-Mirim, Extremoz, Ielmo Marinho, Macaíba, Maxaranguape,

Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante.

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Figura 3.3.22 - Agrupamentos territoriais para consórcios de Resíduos Sólidos/Saneamento no RN.

Fonte: Equipe de Elaboração do PMSB/UFRN.

De acordo com o PEGIRS/RN calcula-se que o custo mensal de operação de

Aterro Sanitário 1 (AS-1), a ser implantado nas regiões do Seridó, Mato Grande e

Agreste fique em torno de R$ 108 mil reais. Para a capitalização de investimentos

futuros foram estimados gastos de quase 92 mil reais que envolvem os investimentos

em novas células, construção de um novo aterro, além de projeto, remediação e

fechamento do aterro em operação.

Entretanto, considerou-se o sistema como um todo, que engloba as operações e

manutenções de três Estações de Transferências Simples e sete Estações de

Transferências Duplas, são cerca de R$ 32.500,00 (trinta e dois mil e quinhentos reais).

Com isso, calculou-se que o consórcio público regional gastaria pouco mais de R$

232.500,00 (duzentos e trinta e dois mil e quinhentos reais) com o funcionamento de um

aterro. Lembrando que, para a parte administrativa do aterro, os valores estipulados

ficam em 10% do sistema estudado, ou seja, para a administração o custo fica por volta

de R$ 23.200,00 (vinte e três mil e duzentos reais). Neste sentido, o custo do sistema de

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124

operação aterro sanitário e estações de transferências pode alcançar um patamar de

praticamente 256 mil reais (PEGIRS/RN,201

3.4. DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANA

3.4.1. Identificação de bacias e sub-bacias hidrográficas

O município de Tenente Laurentino Cruz encontra-se inserido nos domínios da

bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu (SEMARH, 2008).

A bacia do rio Piranhas-Açu, ocupa uma superfície de 17.498,5km²,

correspondendo a cerca de 32,8% do território estadual. Na mesma estão cadastrados

1.112 açudes, totalizando um volume de acumulação de 3.503.853.300 m³ de água. Isto

corresponde, respectivamente, a 49,3% e 79,6% dos totais de açudes e volumes a

cumulados do Estado.

Segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM (2005), o

município de Tenente Laurentino Cruz encontra-se totalmente inserido nos domínios da

Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu, sendo banhado pela sub-bacia do Rio Capim-Açu.

Seus principais tributários são os riachos: Furna da Onça, Patacoroá e Muniz. Não há

açudes com capacidade de armazenamento acima de 100.000 m³. Todos os cursos

d’água do município são intermitentes e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Na Figura 3.4.1 apresenta-se mapa com delimitação superficial da bacia

hidrográfica do Rio Piranhas-Açu.

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Figura 3.4.1 - Limites da bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Açu/RN.

Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do RN (SEMARH, 2008).

3.4.2. Precipitações e deflúvio superficial

Na Tabela 3.4.1 apresenta-se série histórica (1992 a 2015), dos índices

pluviométricos medidos no município de Tenente Laurentino Cruz /RN, pela

EMPARN.

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Tabela 3.4.1 - Série histórica de índices pluviométricos do município de Tenente Laurentino Cruz /RN.

Ano

Observado

(m

m)

EMATER

2015 389,5

2014 601,7

2013 -

2012 0,0

2011 -

2010 -

2009 -

2008 -

2007 387,8

2006 -

2005 641,0

2004 -

2003 446,0

2002 597,8

2001 444,4

2000 1.027,6

1999 -

1998 328,4

1997 490,2

1996 737,2

1995 694,3

1994 694,3

1993 147,0

1992 353,4

Fonte: EMPARN (2016).

3.4.3. Estrutura de drenagem e manejo de águas urbanas

O município de Tenente Laurentino Cruz não detém infraestrutura implantada de

drenagem urbana, excetuando-se pavimentação de ruas, estando o índice de

pavimentação da cidade entre 50 e 75%. O lançamento do efluente é realizado em

cursos d’água intermitentes.

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127

3.4.4. Identificação de áreas de risco

Dentro da área do município, não há nenhuma área de risco relevante para o

manejo de águas pluviais.

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