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Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO RELATÓRIO FINAL

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Prefeitura Municipal de

Aliança do Tocantins

PLANO MUNICIPAL DE

SANEAMENTO BÁSICO

RELATÓRIO

FINAL

APRESENTAÇÃO

Com a publicação da Lei n.º 11.445/2007 (BRASIL, 2007), a Lei de Saneamento

Básico, todas as prefeituras têm obrigação de elaborar seu Plano Municipal de Saneamento

Básico (PMSB). Sem o PMSB, a partir de 2016, a Prefeitura fica impedida receber

recursos, estaduais e federais para projetos nos municípios.

O saneamento básico foi definido pela Lei n.º 11.445/2007 (BRASIL, 2007), como

o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais relativos aos processos

de:

I. Abastecimento De Água Potável;

II. Esgotamento Sanitário;

III. Manejo De Resíduos Sólidos;

IV. Drenagem E Manejo Das Águas Pluviais Urbanas.

Sendo assim, o PMSB deve abranger as quatro áreas, relacionadas entre si. O

documento, após aprovado, torna-se instrumento estratégico de planejamento e de gestão

participativa.

Elaborado por equipe técnica multidisciplinar, com o apoio dos gestores

municipais, comitê de coordenação, equipe técnica da prefeitura e sociedade, este

documento tem como objetivo apresentar um resumo do Plano Municipal de Aliança do

Tocantins.

INFORMAÇÕES GERAIS

PREFEITURA MUNICIPAL DE ALIANÇA DO TOCANTINS

José Rodrigues da Silva

Prefeito Municipal de Aliança do Tocantins

Sara Cristina Batista Garcia

Vice-prefeito

Endereço

Rua Marechal Rondon, 627

CNPJ

01.138.551/0001-89

CEP

77.455-000

Telefone

(63) 3377-1601

Gestão

2013 – 2016

ELABORAÇÃO DO ESTUDO

Razão Social: Instituto de Capacitação Assessoria e Pesquisa – ICAP

CNPJ: 08.573.459/0001-96

Registro no CREA/TO: 6888/2014 - INT

Endereço: 106 sul, Alameda 10, Lote 29

CEP: 77.020-064

Cidade: Palmas - TO

Email: [email protected]

EQUIPE TÉCNICA

Aliomar de Souza Gama

Diretor

Patrícia de Sena Martins da Costa

Engenheira Ambiental

CREA: 210614

Dr. Santiago Paixão Gama

Advogado

OAB: 4284

Aldisléia Pinto de Souza

Administradora

CRA/TO: 3367

Christopher Augusto Matheus Paixão Gama

Jornalista

SUMÁRIO

1.PLANO DE MOBILIZAÇÃO ....................................................................................... 10

2.DIAGNOSTICO TÉCNICO PARTICIPATIVO ........................................................ 11

2.1. Aspectos Sócios Econômicos ....................................................................................... 11

2.2. Infraestrutura Do Abastecimento De Água ................................................................. 13

2.3. Infraestrutura De Esgotamento Sanitário ..................................................................... 17

2.4. Infraestrutura De Manejo De Águas Pluviais .............................................................. 18

2.5. Infraestrutura E Manejo De Resíduos Sólidos ............................................................. 22

3.PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ......................................... 30

3.1. Projeção Populacional ................................................................................................ 30

3.2. Projeção De Demandas E Prospectivas Técnicas ........................................................ 31

3.2.1. Abastecimento De Água ............................................................................................ 31

3.2.2. Esgotamento Sanitário ............................................................................................... 32

3.2.3. Drenagem Pluvial ...................................................................................................... 33

3.2.4. Resíduos Sólidos ....................................................................................................... 34

4.PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ...................................................................... 36

5.PLANO DE EXECUÇÃO .............................................................................................. 42

6.INDICADORES DE DESEMPENHO .......................................................................... 48

7.PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ............................................................... 49

8.APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE

ALIANÇA DO TOCANTINS ........................................................................................... 53

9.REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................ 54

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Eventos de mobilização social e suas respectivas fases de ocorrência. ... 10

Figura 2: Estratégias de mobilização. ...................................................................... 11

Figura 3: Mapa das microrregiões do Estado do Tocantins e Localização de Aliança

do Tocantins - TO. ................................................................................................... 12

Figura 4: Evolução populacional de Aliança do Tocantins - TO. ........................... 13

Figura 5: Mapa da rede de distribuição de água de Aliança do Tocantins. ............. 14

Figura 6: a) Captação superficial no Córrego Piaus e b) Captação em poço tubular

profundo. .................................................................................................................. 15

Figura 7: a) Filtro Ascendente de Areia – ETA 001 e b) Casa de Química ETA 001.

................................................................................................................................. 15

Figura 8: a) Reservatório Apoiado e b) Reservatório Elevado. ............................... 16

Figura 9: Pontos degradados do Ribeirão São José e do Córrego São José. ........... 17

Figura 10: Privadas utilizadas por moradores rurais como alternativas para

instalações hidrossanitárias em Aliança do Tocantins. ............................................ 18

Figura 11: Meios fios construídos no centro do município de Aliança do Tocantins.

................................................................................................................................. 19

Figura 12:Bueiros implantados no município de Aliança do Tocantins. ................. 19

Figura 13: Caminho preferencial para água da chuva escoar para o corpo hídrico. 20

Figura 14: Processos erosivos na pavimentação e nas estradas em setores de

Aliança do Tocantins. .............................................................................................. 21

Figura 15: a) Intervenções feitas no murro de uma escola visam diminuir o acumulo

de água e b) Casa que sofre com o a invasão da água do escoamento superficial. . 21

Figura 16: Córregos assoreados na zona urbana de Aliança do Tocantins. ............. 22

Figura 17: Buraco onde são lançados os resíduos sólidos, método mais utilizado por

moradores da zona rural, em Aliança do Tocantins. ............................................... 22

Figura 18: Lixeiras encontradas em diversos setores de Aliança do Tocantins. ..... 23

Figura 19: Carretinha e tratores da coleta de resíduos sólidos. ............................... 23

Figura 20: a) Local onde deveria estar funcionando aterro sanitário e b) Vala de

disposição de resíduos domésticos e comerciais. .................................................... 24

Figura 21: Lixão de Aliança do Tocantins. ............................................................. 24

Figura 22: Casos de lixo mal ensacado e esparramado por animais. ...................... 25

Figura 23: Entulho de construção civil e galhadas nas ruas de Aliança do Tocantins.

................................................................................................................................. 26

Figura 24: Funcionários da prefeitura de Aliança do Tocantins trabalhando na

coleta dos entulhos. .................................................................................................. 27

Figura 25: Lixeiras de coleta seletiva abrigando todo tipo de resíduo. ................... 28

Figura 26: Hortas desenvolvidas com insumos orgânicos proveniente de

compostagem. .......................................................................................................... 28

Figura 27: Meios de divulgação da audiência pública em Aliança do Tocantins. .. 49

Figura 29: Temas abordados no primeiro evento. ................................................... 50

Figura 28: Participantes da primeira audiência pública do PMSB de Aliança do

Tocantins. ................................................................................................................. 50

Figura 30: Participantes da Conferência Municipal. ............................................... 52

Figura 31: Sessão de aprovação do PMSB de Aliança do Tocantins ...................... 53

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Características da rede de distribuição de água em Aliança do Tocantins.

................................................................................................................................. 16

Quadro 2: Quantidade de equipamentos para coleta dos resíduos sólidos de Aliança

do Tocantins. ............................................................................................................ 23

Quadro 3: Composição gravimétrica do município Aliança do Tocantins. ............. 29

Quadro 4: Programas, projetos e ações para o abastecimento de água.................... 37

Quadro 5: Programas, projetos e ações para o esgotamento sanitário. .................... 38

Quadro 6: Programas, projetos e ações para drenagem urbana. .............................. 39

Quadro 7: Programas, projetos e ações para resíduos sólidos. ................................ 40

Quadro 8: Cronograma físico e financeiro, em reais R$, para execução dos projetos

e ações do abastecimento de água. .......................................................................... 43

Quadro 9: Cronograma físico e financeiro, em Reais R$, para execução dos

programas, projetos e ações para o esgotamento sanitário. ..................................... 44

Quadro 10: Cronograma físico e financeiro, em Reais R$, para execução dos

programas, projetos e ações para drenagem urbana. ............................................... 45

Quadro 11: Programas, projetos e ações para resíduos sólidos. Custo em valores de

reais R$. ................................................................................................................... 46

Quadro 12: Check list das principais reclamações dos participantes....................... 52

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 10

1. PLANO DE MOBILIZAÇÃO

O Plano de Mobilização Social visa desenvolver ações para a sensibilização da

sociedade quanto à relevância do Plano Municipal de Saneamento Básico e da necessidade

da sua participação no processo de elaboração. Embora entendida como fundamental para

o desenvolvimento do PMSB, a atuação social está longe de ser um processo espontâneo,

no sentido de bastar a intenção do poder público e a disponibilidade de uma metodologia

para que o processo ocorra.

Sem a conscientização, mobilização e capacitação da sociedade para participar das

decisões do poder, a iniciativa estará relegada ao simples cumprimento de disposições

legais, como por exemplo, a realização de consultas e/ou audiências previstas em

legislação específica e/ou disposições contratuais.

Será necessário, portanto, que além de um bom planejamento ocorra empenho entre

os agentes municipais, as lideranças locais, a sociedade participante e empresa consultora

para que esta intenção e metodologia se materializem e se torne ação efetiva e eficaz para

subsidiar a elaboração do PMSB e futuro acompanhamento do atendimento das

proposições e metas que venham a ser fixadas e suas futuras revisões.

A participação e o controle social serão garantidos em eventos públicos realizados

no município. Os canais de conscientização, participação e avaliação do PMSB

acontecerão na sede social de Aliança do Tocantins que comporta um elevado número de

pessoas e é de fácil acesso para a população.

Figura 1: Eventos de mobilização social e suas respectivas fases de ocorrência.

• Início do PMSB

REUNIÃO

•Elaboração do

Diagnóstico

AUDIÊNCIA PÚBLICA

•Elaboração

do Prognóstico

AUDIÊNCIA

PÚBLICA

•Definição de Prioridade

CONFERÊNCIA MUNICIPAL

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 11

Ao pensar em divulgação de um evento em uma cidade como Aliança do Tocantins

que tem segundo IBGE (2010), aproximadamente 5.671 habitantes sendo 4.756 na área

urbana e 915 na área rural, temos que lançar mão de estratégias que atinjam este

diversificado público.

Meios como o rádio, cartazes e outdoor, são comumente usados e costumam ter

uma eficiência na comunicação com a população, porém temos que considerar outros

instrumentos. Desse modo, analisando as particularidades locais para a divulgação e

disponibilização das informações referentes ao PMSB são propostas as seguintes

estratégias de mobilização:

Figura 2: Estratégias de mobilização.

A metodologia adotada procura inserir a comunidade efetivamente na elaboração

do PMSB, buscando como resultado final a confecção de instrumento que auxilie na

captação de recursos financeiros posteriormente convertidos em benéficos que elevem a

qualidade de vida dos munícipes.

2. DIAGNOSTICO TÉCNICO PARTICIPATIVO

Esse produto consiste na percepção dos técnicos no levantamento e consolidação

de dados secundários e primários somada à percepção da sociedade por meio do diálogo

nas reuniões (ou debates, oficinas e seminários) avaliadas sob os mesmos aspectos.

DIVULGAÇÃO NA INTERNET

Site da Prefeitura

DIVULGAÇÃO SONORA

Radio Local

Carro de Som

DOCUMENTOS IMPRESSOS

Ofícios

Convites

Formulários

DIVULGAÇÃO VISUAL

Faixas Informativas

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 12

2.1. Aspectos sócios econômicos

O município de Aliança do Tocantins está à 163,8 km da capital Palmas – TO,

localizado na coordenada 11° 18' 18'' Sul e 48° 56' 29'' Oeste, estando a uma altitude de

346 metros. Possui uma área de 1.579,751km², faz limite com os seguintes municípios

tocantinense Santa Rita do Tocantins, Dueré, Gurupi e Crixás do Tocantins.

Figura 3: Mapa das microrregiões do Estado do Tocantins e Localização de Aliança do Tocantins - TO.

A população do município segundo estimativa do IBGE atingiu em 2010

aproximadamente 5.671 habitantes, o que corresponde a 0,41% da população estadual.

A figura 2 apresenta a evolução populacional do município através do tempo, de

1991 até o ano de 2010. Observa-se que ocorre um crescimento da população entre 1991 e

2000 e um declínio de 2000 a 2010. Havendo dessa forma uma redução na densidade

demográfica de 3,91 hab./Km2 em 2000 para 3,59 hab./Km

2 em 2010.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 13

Figura 4: Evolução populacional de Aliança do Tocantins - TO.

Possuem sistemas de saúde, educação e segura bem estruturados. Entretanto requer

investimentos em programas que busquem promover sobre boas praticas de saúde e

preservação do meio ambiente.

No município as doenças associadas à falta de saneamento estão entre as de maior

ocorrência. Apresenta, na maioria das vezes, índices de internação por doenças infecciosas

parasitárias abaixo dos valores estadual e federal. Entretanto o índice de mortalidade pelas

mesmas causas na faixa de 1 a 4 anos apresenta um valor superior ao do Tocantins e do

Brasil, 100%.

2.2. Infraestrutura do Abastecimento de Água

O abastecimento de água no município de Aliança do Tocantins é realizado pela

Odebrecht Ambiental, uma empresa de domínio do estado e com gestão privada.

Atualmente 91,42% da população urbana é atendida com água tratada, sendo abastecidos

integralmente os bairros:

Centro

Setor Jardim Aliança

Setor Parque União

Setor São João

Setor Sol Nascente

5.906

6.177

5.571

5.200

5.400

5.600

5.800

6.000

6.200

6.400

1991 2000 2010

mer

o d

e H

abit

ante

s

Aliança do Tocantins

Pop. Total

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 14

Setor Vila Nova

O Sistema de Abastecimento de Água de Aliança do Tocantins é composto por

captação mista, ou seja, subterrânea e superficial. A captação ocorre por meio de uma

barragem de nível no Córrego Piaus e em um poço tubular profundo.

A captação superficial, que efetivamente abastece o município, é feita por meio de

uma barragem de nível e segue para a estação elevatória que bombeia água direto para a

estação de tratamento com uma vazão de 50 m3/h. A outra fonte de captação é em um poço

tubular profundo que confere pressão ao sistema, 8 m3/h. Existem três (03) Estações

Elevatórias responsáveis por garantir o funcionamento adequado do sistema com vazões de

50 m3/h, 14 m

3/h e 8 m

3/h.

Figura 5: Mapa da rede de distribuição de água de Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 15

Fo

nte

: F

OZ

/SA

NE

AT

INS

Fo

nte

: F

OZ

/SA

NE

AT

INS

O tratamento da água proveniente de captação superficial é realizado por uma

Estação de Tratamento de Água (ETA) composta pelas seguintes unidades: 01 filtros

ascendentes de areia, casa de química (para preparação e dosagem de produtos químicos).

A ETA atualmente funciona em média 16 horas por dia com a vazão média de 52 m³/h. Os

produtos químicos usados na ETA são: Sulfato de Alumínio Granulado (coagulante),

Hidróxido de cálcio (alcalinizante), Hipoclorito de sódio (desinfectante, gerado pela

eletrolise do cloreto de sódio no sistema Hidrogerox) e fluossilicato de sódio

O tratamento da água proveniente de captação subterrânea é realizado por uma

Unidade de Simples Desinfecção (UDS) composta por um dosador de pastilhas, o produto

químico usado na UDS é o ácido tricloroisocianurico (desinfectante).

As adutoras são responsáveis pelo transporte da água em um sistema de

abastecimento, seja de água bruta ou de água tratada. O sistema de adução em Aliança

conta com mais de 5.456,84m de extensão.

Figura 6: a) Captação superficial no Córrego Piaus e b) Captação em poço tubular profundo.

a

a

b

Figura 7: a) Filtro Ascendente de Areia – ETA 001 e b) Casa de Química ETA 001.

b a

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 16

A cidade é atualmente abastecida por dois (02) reservatórios, que recebem água

tratada na ETA e conseguem abastecer a cidade por gravidade. Os reservatórios são

divididos em: um reservatório apoiado de capacidade 700 m3 e um reservatório elevado de

capacidade 50 m3.

A distribuição de água para a cidade é realizada através de adutoras e redes

secundárias com diâmetros menores. Seguem no quadro a abaixo as descrições das redes

com seus respectivos diâmetros e extensões.

Quadro 1: Características da rede de distribuição de água em Aliança do Tocantins.

Diâmetro (mm) Extensão (m) Material

50 26.651,46 PVC

75 2.691,06 PVC

100 3.234,20 PVC

TOTAL 32.576,72

Fonte: FOZ/SENEATINS, 2013

Existem quatro categorias de ligações no município. Essas ligações totalizam 1.414,

sendo residencial 1.325, comercial 57, públicas 32 e industrial sem nenhuma ligação. Não

existem consumidores especiais e o consumo per capita é de 119 L/hab.dia.

A qualidade de água atende aos parâmetros estabelecidos pela Portaria 2.914/11 do

Ministério da Saúde. São realizadas análises periódicas para avaliar a qualidade da água

bruta e tratada.

O abastecimento de água apresenta uma eficiência satisfatória com um índice de

perda 16,57%, inferior a média nacional 20%. Possui capacidade para atender um eventual

crescimento populacional e para suprir a inevitável ampliação da rede de distribuição para

a população que não possui esse serviço.

b a

Figura 8: a) Reservatório Apoiado e b) Reservatório Elevado.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 17

O córrego Piaus possui capacidade para abastecer o município mesmo com um

incremento populacional. Mas a bacia hidrográfica possui diversas outras alternativas para

captação de água bruta, desde que se iniciem projetos de recuperação das matas ciliares e

áreas de preservação permanentes nas margens desses corpos hídricos, ainda que

degradados e assoreados, possuem potencial para o abastecimento em função da qualidade

da água.

Na zona rural devido à dispersão das residências a população utiliza como fonte de

abastecimento a cisternas. Esse sistema vem atendendo às necessidades dos assentados em

volume e qualidade. O tratamento dessa água é proveniente desinfecção periódica feita

pelo agente de saúde.

2.3. Infraestrutura de Esgotamento Sanitário

O município de Aliança do Tocantins não possui sistema de coleta e tratamento de

esgotamento sanitário, embora o contrato entre a prefeitura e a concessionária prestadora

de serviços relacionados ao sistema de abastecimento de água e de coleta e tratamento de

esgotos, FOZ/SANEATINS, inclua este serviço. Desde a assinatura do contrato em 1999,

não houve nenhum investimento em esgotamento sanitário.

O esgoto doméstico segue para as fossas sépticas construídas, em sua maioria, pelos

próprios moradores. Outro problema recorrente na maioria dos domicílios rurais é a falta

de instalações hidro sanitárias, assim, os dejetos são lançados no solo sem nenhum cuidado

para evitar a contaminação.

Figura 9: Pontos degradados do Ribeirão São José e do Córrego São José.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 18

O município concedeu à Foz Saneatins, atualmente, Odebrecht Ambiental a

concessão dos serviços de abastecimento de água e esgoto. Desse modo cabe a essa

empresa solucionar a falta de coleta e tratamento de esgoto.

De acordo com as informações contidas no estudo técnico da FOZ/SANEATINS a

solução encontrada para solucionar a deficiência de esgotamento sanitário para o

município é a do sistema domiciliar do tipo ETED – Estação de Tratamento de

Esgotamento Domiciliar, com o uso de fossa filtro ou fossa pré-fabricada. Para esse

mecanismo de tratamento não necessita de corpo hídrico para diluição do esgoto tratado.

2.4. Infraestrutura de manejo de águas pluviais

O município não possui rede de drenagem, dispõem apenas de alguns elementos do

sistema. Contudo, o município não possui histórico de inundação e alagamento.

Dentre os componentes do sistema de microdrenagem (as vias, as sarjetas, o meio-

fio, as bocas de lobo, os tubos e conexões, os poços de visita e os condutos forçados) o

município possui apenas o meio-fio e bueiro.

Os meios-fios são limitadores físicos das vias. Tem função de proteger os bordas da

pista dos efeitos da erosão causada pelo escoamento das águas precipitadas conduzindo-as para

pontos previamente escolhidos para o lançamento. Contudo, Aliança do Tocantins não possui

planejamento para essa intervenção conduzindo sem nenhum controle a água da chuva para os

pontos mais baixos ate chegar aos córregos.

Figura 10: Privadas utilizadas por moradores rurais como alternativas para instalações hidrossanitárias em Aliança do

Tocantins.

a b

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 19

Os bueiros têm por objetivo permitir a passagem das águas que escoam pelo terreno

natural, não as interceptando, de um lado para outro do corpo estradal projetado. Assim,

estes dispositivos de drenagem, isolados ou em conjunto, são estruturas projetadas para

conduzir as águas dos córregos, bacias e açudes interceptados pela estrada. O município

possui estas obras de engenharia nas regiões dos Fulos, Raimundo Ferreira, Cana Juba e

Projeto de Assentamento Arlindo.

Existem ainda, na zona urbana, caminhos preferenciais para a água da chuva

escoar, conduzindo-as para os córregos, construídos pela prefeitura. Essa é um medida

temporária ate que se faça as intervenções definitivas.

Figura 11: Meios fios construídos no centro do município de Aliança do Tocantins.

Figura 12:Bueiros implantados no município de Aliança do Tocantins.

a b

a b

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 20

A macrodrenagem inclui, além da microdrenagem, as galerias de grande porte ( D >

1,5m ) e os corpos receptores tais como canais e rios canalizados. Na macrodrenagem a

referência fundamental para o planejamento são as bacias hidrográficas.

O município é cercado de córregos que configuram elementos da microdrenagem.

Contudo não existem intervenções neste sistema nem microdrenagem para captar e

conduzir a água da chuva.

Quando um sistema de drenagem não é considerado desde o início da formação do

planejamento urbano provável que a falta desse sistema gere uma serie de problemas como

erosão urbana, assoreamento, alagamentos, enchentes e inundações, problemas de saúde.

Em Aliança do Tocantins pôde-se identificar poucos problemas relacionados à falta

do sistema de drenagem. Dentre esses impactos negativos estão os danos nas

pavimentações e nas estradas ocasionas por processos erosivos em decorrência do

escoamento superficial.

Figura 13: Caminho preferencial para água da chuva

escoar para o corpo hídrico.

a

c

b

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 21

Existem pontos de acumulação de água da chuva. Para minimizar esse impacto

foram feitas intervenções que visam evitar esse acúmulo. Entretanto essas ações não são

suficientes para que o escoamento superficial não cause danos à população. Há residências

que são invadidas pela água do escoamento superficial.

As águas desembocam diretamente nos corpos d’água, com uma velocidade maior que

a natural o que causa assoreamento.

Figura 14: Processos erosivos na pavimentação e nas estradas em setores de Aliança do Tocantins.

Figura 15: a) Intervenções feitas no murro de uma escola visam diminuir o acumulo de água e b) Casa que sofre

com o a invasão da água do escoamento superficial.

a b

a b

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 22

2.5. Infraestrutura e manejo de resíduos sólidos

O município produz 121,5 m3 resíduos sólidos por dia caracterizados como

resíduos domiciliar, comercial, saúde, construção civil, açougues, pescaria e limpeza

pública. O serviço de coleta, transporte e disposição final é de responsabilidade da

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins, especificamente da Secretaria de

Infraestrutura.

A coleta é realizada todos os dias úteis (segunda a sexta) na porção central e duas

vezes por semana (terça e quinta) nos setores Vila Nova, Sol Nascente, Parque União,

Jardim dos Buritis, Ipanema e São João.

Não existe coleta na zona rural o que implica em um manejo inadequado dos resíduos

sólidos que atualmente são dispostos em buracos ou valas e/ou queimados.

Figura 16: Córregos assoreados na zona urbana de Aliança do Tocantins.

Figura 17: Buraco onde são lançados os resíduos sólidos, método mais utilizado por moradores da zona rural, em

Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 23

A qualidade da prestação dos serviços associados aos resíduos sólidos fica

comprometida em função do pouco recurso disponível. O desejo da prefeitura é terceirizar

esse serviço uma vez que a secretária de infraestrutura não consegue executar esse trabalho

com a eficiência desejada.

In loco foram registrados uma série de fatores que influencia na prestação do

serviço de coleta e transporte. A falta de lixeiras e a falta de ensacamento dos resíduos

atrasa a coleta e permite o acesso de animais que esparramam o lixo favorecendo o

surgimento de vetores

A falta de equipamento adequado configura outro fator relevante na ineficiência do

sistema não permitindo um planejamento eficaz da coleta e estabelecimento de horário fixo

para a mesma. Os equipamentos que a prefeitura possui são poucos (quadro 2) e com mais

de dez anos de uso (figura 19).

Quadro 2: Quantidade de equipamentos para coleta dos resíduos sólidos de Aliança do Tocantins.

QUANTIDADE EQUIPAMENTO

04 Tratores de pequeno porte

05 Carretinhas de dois eixos fixos

01 Carreta de quatro eixos

01 Caçamba

Figura 18: Lixeiras encontradas em diversos setores de Aliança do Tocantins.

Figura 19: Carretinha e tratores da coleta de resíduos sólidos.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 24

O município de Aliança do Tocantins há muito tempo vem pleiteando a ativação de

um aterro sanitário. O empreendimento que teve suas obras iniciadas, mas requer uma série

adequações para ter sua operação liberada pelos órgãos competentes. Por falta de uso e

manutenção as obras encontram- se em processo de degradação.

Atualmente os resíduos sólidos coletados são depositados em um “lixão” (figura

54), tem seus impactos minimizados com o aterramento do material depositado com a

finalidade de não deixa-los expostos atraindo animais, servindo de alimento e abrigo.

Contudo não há nenhum tratamento para o chorume gerado. Esse composto muito poluente

e contamina o solo e as águas subterrânea.

Figura 20: a) Local onde deveria estar funcionando aterro sanitário e b) Vala de disposição de resíduos domésticos e

comerciais.

Figura 21: Lixão de Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 25

Existem ainda, no município, praticas e problemas associados à infraestrutura do

sistema de limpeza urbana que contribuem para o mau funcionamento desse serviço.

Principalmente no que diz respeito à escola.

Para que o sistema de coleta funcione corretamente é necessário a participação e a

cooperação da comunidade que recebe esse serviço, uma vez que a forma com que essas

pessoas dispõem o resíduo sólidos na lixeira influencia na qualidade e interfere diretamente

no tempo que os coletores passam em cada residência.

No município de Aliança do Tocantins foram diagnosticados diversos fatos que

atrasam a coleta. Entre estes o de maior incidência é de lixo mal ensacado ou lançado na

lixeira sem nenhum cuidado. Deve se considerar também a insuficiência de lixeiras.

Ocorrem ainda casos onde a falta de programação na coleta obriga os moradores a

colocarem o lixo na porta de suas residências e animais danificarem as embalagem e

esparramarem o lixo.

Figura 22: Casos de lixo mal ensacado e esparramado

por animais.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 26

Outro problema de grande recorrência no município são acúmulos de resíduos de

construção civil e galhadas nas portas das residências. Esse tipo de ação causa poluição

visual e ocasiona transtorno para a população. Para entulho faz-se necessário à alocação

de um contêiner apropriado de responsabilidade do proprietário.

Figura 23: Entulho de construção civil e galhadas nas ruas de Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 27

Com essa prática indevida de lançar os entulhos diretamente nas ruas a prefeitura

municipal acaba por assumir os dispêndios e dispondo de maquinário e equipe para coletar

e transportar esses resíduos para o lixão.

A secretária de infraestrutura conta com dezenove funcionários para operarem esse

serviço de manejo, coleta e transporte de resíduos sólidos e limpeza urbana. Essa

quantidade não satisfaz a necessidade do município que perde a qualidade da prestação do

serviço, mas não possui condições financeira de aumentar o quadro de servidores.

No município não existe nenhum programa de reciclagem de resíduos da

construção civil, há apenas o aproveitamento desse material em algumas obras da

prefeitura para tampar buracos e valas provenientes do processo erosivo.

Com relação à coleta seletiva existe ponto de coleta isolados e catadores

independentes. Entretanto não há nenhuma cooperação da população com relação à

disposição adequada desses materiais, utilizando as lixeiras seletivas para todo tipo de

resíduos. A falta de colaboração da comunidade esta embasada na inexistência de destino

aos reciclados, já que mesmo quando separados são conduzidos ao lixão.

Figura 24: Funcionários da prefeitura de Aliança do Tocantins trabalhando na coleta dos entulhos.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 28

Um bom exemplo no município de reciclagem é o programa de compostagem que

alguns moradores do Projeto de Assentamento Arlindo. Os adeptos a esse programa

cultivam hortas e usam como insumo os fertilizantes derivados da reciclagem do lixo

orgânico que produzem . Esse projeto teve inicio com um curso de capacitação ministras

no CRAS – Centro de Referência e Assistência Social do município de Aliança do

Tocantins.

A consolidação desse projeto inspira a implantação da coleta seletiva mediante a

execução de um programa de educação ambiental, para que a comunidade se envolva e

participe desse projeto.

Com a finalidade de determinar a aptidão para a reciclagem do município realizou a

composição gravimétrica pelo método do quartiamento seguindo os preceitos da ABNT.

A composição dos resíduos sólidos varia de acordo com os hábitos e costumes da

população, poder aquisitivo, variações sazonais, clima, desenvolvimento da região, nível

Figura 25: Lixeiras de coleta seletiva abrigando todo tipo de resíduo.

Figura 26: Hortas desenvolvidas com insumos orgânicos proveniente de compostagem.

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 29

educacional e crescimento populacional. Quadro 3 descreve a composição gravimétrica de

Aliança do Tocantins.

Quadro 3: Composição gravimétrica do município Aliança do Tocantins.

COMPONENTE PARTICIPAÇÃO (%)

Matéria orgânica 50,2

Papel/ Papelão 15,5

Plástico 19,3

Vidro 1,2

Metais 2,8

Outros 11

A porcentagem média de matéria orgânica encontrada foi de 50,2%, ou seja, abaixo

da média nacional de 64% (PEREIRA NETO, 2007). Esse índice de materiais orgânicos

de origem doméstica é um resultado esperado, pois no município não existem atividades

industriais.

A porcentagem média de papel/papelão encontrada foi de 15,5, ou seja, maior que

a média nacional que é 13,5. A porcentagem de metal encontrada foi de 2,8, valor que

também superou a média nacional de 1,5%. A elevada quantidade percentual de

papel/papelão e metais na caracterização indica uma aptidão do município em reciclagem

desses materiais.

A porcentagem de plástico foi de 19,3%, muito maior que a média nacional

indicada 4,7%. A porcentagem de vidro foi de 1,2%, ou seja, menos que a média nacional

relatada pelo autor, que é de 1,5%. A população está consumindo cada vez mais, produtos

com embalagens de plástico e papelão. As próprias indústrias estão substituindo as

embalagens de vidro por estes produtos. As embalagens longa vida é um exemplo desta

mudança.

A porcentagem de “outros” foi de 11%, sendo, abaixo da média nacional é 14,80%.

Neste componente a porcentagem depende muito do que é considerado como outros. Neste

caso foram considerados pneus, móveis residenciais, material de construção civil, resíduos

perigosos (classe I) e materiais de difícil identificação.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 30

3. PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O objetivo desse produto é identificar as demandas dos serviços dos quatro eixos

do saneamento básico e, a partir destas demandas, definir objetivos e metas de curto,

médio e longo prazo para o PMSB vislumbrando a universalização. Ainda, consiste na

análise e seleção das alternativas de intervenção buscando a melhoria das condições

sanitárias em que vivem as populações urbanas e rurais.

3.1. Projeção populacional

As taxas geométricas de crescimento anual (TGCA) entre os anos recenseados de

2000 e 2010 e projeções de 2011 e 2013, foram utilizadas como dados de entrada na

projeção de 2013 a 2034, que contou com um ajuste nos dados de crescimento

populacionais do Estado do Tocantins e aplicados ano a ano no ajuste das taxas.

Para as projeções de população totais e urbanas, a metodologia adotada influenciou

os valores da população total, juntamente com a taxa de urbanização, para a projeção da

população urbana no município.

Quadro 4: Projeção da população do Município de Aliança do Tocantins para o período entre 2014 e 2034.

ANO TGCA POP. TOTAL TX URB. POP.

URBANA

CENSO 2000

6.177 82,89% 5.120

2010 -0,85% 5.671 83,87% 4.756

ESTIMATIVA

2011 -0,69% 5.632 84,19% 4.742

2012 -0,66% 5.595 84,52% 4.729

2013 -0,62% 5.560 84,85% 4.718

- 2014 -0,59% 5.527 85,18% 4.708

1° ano 2015 -0,56% 5.496 85,51% 4.700

2° ano 2016 -0,53% 5.467 85,85% 4.693

3° ano 2017 -0,51% 5.440 86,18% 4.688

4° ano 2018 -0,48% 5.413 86,52% 4.684

5° ano 2019 -0,46% 5.389 86,86% 4.681

6° ano 2020 -0,43% 5.365 87,20% 4.678

7° ano 2021 -0,41% 5.343 87,54% 4.677

8° ano 2022 -0,40% 5.322 87,88% 4.677

9° ano 2023 -0,38% 5.302 88,22% 4.677

10° ano 2024 -0,36% 5.283 88,57% 4.679

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 31

11° ano 2025 -0,35% 5.265 88,91% 4.681

12° ano 2026 -0,33% 5.247 89,26% 4.683

13° ano 2027 -0,32% 5.230 89,61% 4.687

14° ano 2028 -0,31% 5.214 89,96% 4.690

15° ano 2029 -0,30% 5.198 90,31% 4.694

16° ano 2030 -0,29% 5.183 90,66% 4.699

17° ano 2031 -0,29% 5.168 91,01% 4.704

18° ano 2032 -0,29% 5.153 91,37% 4.708

19° ano 2033 -0,29% 5.138 91,73% 4.713

20° ano 2034 -0,29% 5.123 92,08% 4.717

3.2. Projeção de demandas e prospectivas técnicas

3.2.1. Abastecimento de água

No município de Aliança do Tocantins o Poder Público Municipal, titular dos

serviços públicos de saneamento básico, delegou a prestação dos serviços de abastecimento

de água e esgotamento sanitário à Odebrecht Ambiental Saneatins na forma de concessão

em parceria parcerias público-privada.

O prognóstico do sistema de abastecimento de água, desenvolvido a partir de dois

cenários e considerando os objetivos almejados com a implantação deste PMSB,

possibilitou a comparação da demanda por este serviço seguindo duas linhas de evolução

(tendencial e desejável). Deste modo, propiciou que forem verificadas as carências e

demandas futuras, conforme abordado no subcapítulo seguinte, bem como previstos os

benefícios e malefícios da adoção ou não de ações estruturais e não estruturais.

Portanto, verificou-se que o consumo per capita de água potável apresentou

projeções divergentes nos cenários, ou seja, no tendencial há um crescimento contínuo

atingindo a quantidade diária de água de 120 litros por habitante, enquanto que no Cenário

Desejável o consumo per capita alcança 100 l/hab.dia ao fim do horizonte (2034). Quando

comparadas tais projeções constata-se que haverá uma redução anual gradual atingindo

25,39% no ano de 2034. Contudo no estudo técnico da Odebrecht Ambiental Saneatins que

possui a concessão para a prestação desses serviços diagnosticou um aumento de 104

L/hab.dia para 119 L/hab.dia ao longo desses 20 anos, estabelecendo como meta atual

atender 100% da população urbana.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 32

Outro ponto verificado neste prognóstico foi a reservação necessária, cujo valor

para o final do horizonte temporal do PMSB, quanto à extensão da rede de distribuição,

verificou-se que no cenário tendencial esta apresenta um crescimento contínuo com um

incremento anual.

No que concerne ao manancial superficial, os principais cursos d’água presentes no

território do município são o Córrego São José e o Ribeirão São José. Destaca-se que

ambos estão muito próximos do centro urbano. Por isso esses corpos hídricos requerem

ações emergenciais de recuperação das Áreas de Preservação Permanente uma vez que

estão em intenso processo de assoreamento.

Considerando o baixo crescimento populacional a captação no córrego Piaus possui

capacidade para atender a população por um longo período. Se necessário uma alternativa

com viabilidade técnica e econômica sem negligenciar a qualidade da água distribuída ao

município é a capitação subterrânea com volume suficiente para o abastecimento

municipal.

3.2.2. Esgotamento Sanitário

No município de Aliança do Tocantins o Poder Público Municipal, titular dos

serviços públicos de saneamento básico, delegou a prestação dos serviços de abastecimento

de água e esgotamento sanitário à Odebrecht Ambiental Saneatins na forma de concessão

em parceria parcerias público-privada.

O índice de cobertura do serviço de esgotamento sanitário, correlacionado com

população urbana do município, apresenta números mais satisfatórios, uma vez que, o

sistema de esgotamento sanitário atenderá a área urbana, enquanto que a área rural, devido

os domicílios terem uma distribuição espacial dispersa, terá sistemas individuais de

tratamento de esgoto com fossas sépticas. Assim, se considerada apenas a população

urbana, o índice de cobertura atinge o valor de 80% no ano de 2029 conforme estudo

técnico da Odebrecht Ambiental Saneatins.

É de suma importância que os cidadãos residentes na área urbana tenham

consciência da importância de efetuar a ligação na rede coletora, havendo a necessidade da

implantação efetiva de ações de sensibilização e educação ambiental.

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 33

O estudo técnico da Odebrecht Ambiental propõe o inicio das obras para 2013 e

buscando atender 80% da população urbana ate 2029. Todavia essas obras estruturais não

começaram nesse período previsto.

3.2.3. Drenagem Pluvial

As medidas de controle para as questões relacionadas à drenagem urbana e manejo

das águas pluviais do município de Aliança do Tocantins deverão ser implementadas ao

longo do horizonte do PMSB, estabelecendo-se metas a serem alcançadas no curto (até 5

anos), médio (até 10 anos) e longo prazo (até 20 anos) visando à universalização dos

serviços e a participação e controle social.

Estas medidas referem-se principalmente a ações para evitar/minimizar os impactos

e alagamentos, devidos à problemas na microdrenagem. Assim como destacam-se medidas

gerais que deverão ser detalhadas nos Programas, Projetos e Ações, a saber:

Definir a programação de implantação e manutenção da microdrenagem;

Adequar os regulamentos e normas de operação;

Estabelecer critérios de exigência de controle da geração de escoamento

pluvial);

Previsão de implantação de dispositivos públicos para o controle do

escoamento pluvial;

Elaborar o planejamento de drenagem integrado com o urbanístico.

O município de Aliança apresenta tendência de um baixo crescimento urbano,

contudo há necessidade de adequação da drenagem. A implantação desses sistema faz

necessário em decorrência dos danos causados a pavimentação e corpos hídricos e

transtornos gerados à população, já que risco de alagamentos e inundação são mínimos.

Desse modo, adoção de medidas que visem minimizar o processo de assoreamento

de cursos d água e bacias de detenção é o foco principal desse plano ate a implantação do

sistema de manejo de águas pluviais.

Recomenda-se que as novas obras levem em conta um padrão de urbanização

instituído em regulamentação a partir da revisão do plano diretor estabelecendo critérios de

incentivos de manutenção de parcela mínima de solo.

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 34

As propriedades rurais circunvizinhas a sede municipal de Aliança do Tocantins

deverão promover as boas práticas para a conservação do solo, com ações de retenção das

águas na propriedade utilizando práticas de manejo do solo como curvas de nível,

terraceamento, plantio direto, entre outras. E, ainda, deverá ser mantida uma faixa de

proteção ambiental de no mínimo de 15 metros da macrodrenagem. A faixa de proteção

não poderá ser ocupada por edificação, salvo nas mesmas condições em que nas Áreas de

Preservação Permanente - APP as normas aplicáveis as admitam.

As águas pluviais possuem a característica e capacidade de carrear materiais e

sedimentos durante o escoamento superficial, realizando uma lavagem da malha urbana.

Entretanto, os materiais carreados ficam acumulados nas bocas coletoras, nas galerias, nos

canais de drenagem e na bacia de detenção, fato este que provoca uma redução na

eficiência do sistema de drenagem, além da degradação paisagística e favorece o

desenvolvimento de vetores de doenças, como a dengue e leishmaniose.

3.2.4. Resíduos Sólidos

Para determinar a média da produção mensal de resíduos sólidos do município de

Aliança do Tocantins adotou-se a geração per capita do Estado do Tocantins, 0,98

kg/hab.dia, bem próxima a produção per capita brasileira 0,967 kg/hab.dia.

As estimativas futuras e atuais dos resíduos sólidos quanto à geração per capita,

quantidade total gerada, quantidade recuperada e a destinada para o município de Aliança

do Tocantins - TO durante o horizonte temporal do Plano Municipal de Saneamento

Básico, isto é de 2014 a 2034.

Estima-se que no ano de 2034 haverá uma geração de 1.664,1576 toneladas no

Cenário Tendencial, enquanto que no Cenário Desejável, em virtude do sucesso do

princípio dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), haverá uma geração aproximadamente

10% inferior, isto é, 166,4158 toneladas.

A Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445 de 2007)

estabelece, no artigo 29, que os serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos urbanos terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que

possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços, podendo ser taxas ou tarifas e

outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço e

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 35

atividades.

Assim, a Prefeitura Municipal deve equalizar as receitas com os custos e

investimentos para a gestão de resíduos sólidos, recuperação de passivos ambientais e

inovações tecnológicas do modelo de prestação definido. Porém, devido aos elevados

investimentos necessários no período inicial de implantação deste Plano, recomenda-se a

adoção de modelos de contração em que as entidades privadas também realizarão

investimentos.

Os custos com a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos poderão superar o

valor historicamente destinado a esse fim e até mesmo o valor legalmente autorizado para

operação do modelo de gestão adotado. Nestes casos, faz-se necessário determinar uma

forma complementar para custeio do sistema, que pode ser realizada a implantação da

cobrança de taxa ou tarifa.

Neste sentido, o artigo 35 da Política Nacional de Saneamento Básico, estabelece

que as taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza urbana e de

manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada destinação dos

resíduos coletados e poderão considerar o nível de renda da população da área atendida;

As características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas;

O peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.

O inciso II do artigo 45 da Constituição Federal autoriza a União, os Estados, o

Distrito Federal e os municípios a instituírem taxas sobre os serviços públicos específicos e

divisíveis prestados ao contribuinte ou postos à disposição. Observa-se que

constitucionalmente a cobrança de tal taxa deve seguir o Princípio da Retributividade, ou

seja, pagamento na proporção do uso do serviço.

Assim, a taxa será calculada em função da produção de resíduos do imóvel,

expressando-se em múltiplos de um valor de referência, apurados de acordo com índices

que refletirão a diferenciação do custo do serviço conforme o bairro onde se localiza o

imóvel e a utilização a que este se destina, com base:

No custo total anual do serviço de coleta dos resíduos domiciliares;

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 36

No número de inscrições imobiliárias por destinação e por grupo de bairros que

apresentem as mesmas características em termos de custos operacionais e de

produção de resíduos por unidade imobiliária.

4. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

O planejamento em saneamento tem como objetivo, basicamente, a otimização da

implantação dos serviços, da qualidade e quantidade disponível, bem como dos recursos

aportados. Dessa forma, deverá se obter um ambiente sadio, melhor qualidade na saúde

pública e num futuro, o vislumbrando o desenvolvimento sustentável.

O objetivo nesse produto é definir as estratégias a serem adotadas para a formulação

de propostas de soluções para o atendimento das demandas segundo os seguintes prazos:

Imediato (até 3 anos);

De curto prazo (de 4 a 8 anos);

De médio prazo (de 9 a 12 anos);

De longo prazo (de 13 a 20 anos).

Os programas possuem escopo abrangente com o delineamento geral de diversos

projetos a serem executados, o que traduz as estratégias para o alcance dos das metas

estabelecidas nas Prospectivas e Planejamento Estratégico. Já os projetos possuem escopo

específico, têm custos e são restritos a um determinado período.

Quando diversos projetos possuem o mesmo objetivo são agrupados em

programas, possibilitando a obtenção de benefícios que não seriam alcançados se

gerenciados isoladamente.

Por fim, as ações representam o conjunto de atividades ou processos, que são os

meios disponíveis ou atos de intervenção concretos, em um nível ainda mais focado de

atuação necessário para a execução do projeto. Uma vez encerrado o projeto e atingido seu

objetivo, as ações tornam-se atividades ou processos rotineiros de operação ou

manutenção.

No presente documento serão apresentados programas, projetos e ações para cada

eixo do saneamento.

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 37

Quadro 5: Programas, projetos e ações para o abastecimento de água.

PROGRAM

A PROJETO OBJETIVO

PRIORIDADE

DO PROJETO AÇÕES

PRIORIDADE

AÇÃO/

PROJETO

Ab

ast

ecim

ento

de

ág

ua

Universalização do

Serviço de

Abastecimento de

Água

Abastecer com água

potável 95% da

população do

município na zona

urbana

1

1 – Ampliar rede de distribuição 3

2 – Aumentar a capacidade de reservação para

abastecimento da população urbana do município 3

3 – Perfurar poços artesianos e realizar outorga para atender

população da zona rural 1

4 – Implantar sistema de desinfecção individual com auxílio

do agente de saúde responsável

1

Melhorias

operacionais e

qualidade dos

serviços

Reduzir perdas nos

sistema de

fornecimento de água e

aumentar a qualidade

da água

1

1 – Buscar a eficiência energética 2

2 – Controlar e reduzir as perdas no sistema 2

3 – Substituir de hidrômetros com mais de 7 anos de uso 3

4 - Monitoramento da qualidade da água através de

indicadores e análise das águas tanto da área urbana quanto

rural.

1

5 - Fiscalização e aplicação de penalidades nas ligações

clandestinas

2

6 - Capacitação dos servidores 2

7 - Revisão da política tarifária 2

Recuperar e

preservar mananciais

Promover a

salubridade ambiental 2

1 – Promover Campanhas de preservação 1

2 – Controlar de invasões das margens 1

3 – Recompor área de preservação permanente 1

4 – Limpar e coletar frequente de resíduos sólidos

depositados 1

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 38

Quadro 6: Programas, projetos e ações para o esgotamento sanitário.

PROGRAMA PROJETO OBJETIVO PRIORIDADE

DO PROJETO AÇÕES

PRIORIDADE

AÇÃO/

PROJETO

Esg

ota

men

to s

an

itá

rio

Esgoto na zona

urbana

Coletar e tratar esgoto

sanitário para evitar a

poluição e contaminação

1

1 - Elaborar de projeto da rede de coleta de esgoto 1

2 – Licenciar empreendimento 1

3 – Implantar redes coletoras de esgoto sanitário 2

4 - Implantar estação de tratamento de esgoto 2

5 - Eliminar as fossas existentes 2

Esgoto na zona rural

Coletar e tratar esgoto

sanitário para evitar a

poluição e contaminação

1

1 - Eliminar as fossas existentes 1

2 - Dimensionar e construir fossas sépticas 1

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

Melhorar a qualidade do

serviço e aperfeiçoar a

infraestrutura

2

1 - Promover educação de sustentabilidade

3

2 – Reutilizar a água 3

3 – Buscar eficiência energética 3

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 39

Quadro 7: Programas, projetos e ações para drenagem urbana.

PROGRAMA PROJETO OBJETIVO PRIORIDADE

DO PROJETO AÇÕES

PRIORIDAD

E AÇÃO/

PROJETO

Dre

na

gem

Urb

an

a

Infraestrutura de

captação e manejo

de águas pluviais

Implantar sistema de

drenagem na zona

urbana e minimizar os

impactos provenientes

da água da chuva

1

1 – Instituir agência reguladora 1

2 - Estabelecer regulamentação de padronização de projetos

para que possuam micro e macrodrenagem 2

3 – Implementar projetos técnicos e obras de drenagem no

município em locais onde não possui ou são deficientes 2

4 – Construir infraestrutura de coleta de águas pluviais 3

5 - Fazer contenções nas estradas para amortecimento das

águas da chuva 3

6 – Elaborar projetos técnicos e obras para construção e

substituição das pontes em madeira por pontes ou galerias de

concreto armado

3

7 - Recompor Mata ciliar dos córregos e rios do município,

diminuindo o pico da intensidade da chuva e

consequentemente as enxurradas, cheias e alagamentos

1

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

Melhorar a qualidade

do serviço e

aperfeiçoar a

infraestrutura

2

1 - Elaborar e implementar plano de risco nas unidades

operacionais 3

2 – Elaborar e implementar projeto de manutenção preventiva 3

3 – Implantar sistema informatizado de indicadores e de

gerenciamento e controle interno 3

4 – Elaborar e implantar sistema de qualidade 3

5 – Fazer revisão cadastral e identificar ligações clandestinas 3

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 40

Quadro 8: Programas, projetos e ações para resíduos sólidos.

PROGRAMA PROJETO OBJETIVO PRIORIDADE

DO PROJETO AÇÕES

PRIORIDADE

AÇÃO/

PROJETO

Un

iver

sali

zaçã

o d

o S

iste

ma

a d

e L

imp

eza

Urb

an

a e

Ma

nej

o d

e R

esíd

uo

s S

óli

do

s

Plano de Coleta

Domiciliar

Atingir a universalização

da coleta convencional e

seletiva

1

1 – Elaboração de roteiros específicos com dias e horários 1

2 – Definição da frota para coleta e transbordo, considerando a

aquisição de veiculo apropriado para coleta seletiva e troca

evolutiva da frota

1

3 – Definição da mão de obra 1

4 - Projeto de gerenciamento de resíduos sólidos na zona rural

1

5 - Padronização e entrega de lixeiras com destinação para lixo 1

Controle de

Qualidade dos

Serviços

Garantir a prestação

adequada dos serviços

com equidade,

integralidade e

universalização

1

1 – Programa de interação com a comunidade

2

2 – Pesquisa de satisfação 2

3 – Comunicação social 2

Usina de Triagem e

Compostagem

Por meio da educação

ambiental envolver a

comunidade na

reciclagem gerando a

partir de resíduos secos e

orgânicos composto útil

e reduzindo o volume de

material encaminhado

para o aterro

2

1 – Implantar Unidade de Triagem e Compostagem 1

2 – Incentivar formação de associações de recicladores 1

3 – Diagnóstico das possibilidades de parcerias com grandes

geradores de resíduos orgânicos 2

4 – Viabilização de unidade piloto 2

5 – Encaminhamento de resíduos de poda e dos serviços de

saneamento 2

Reciclagem e

Logística Reversa

Manejo adequado de

resíduos para coleta 2

1 - Promover eventos voltados (gincanas, palestras, teatro)

para a educação ambiental com ênfase na coleta seletiva 1

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 41

seletiva 2 – Implantar ecopontos para disposição temporária e manejo

de resíduos sujeito a tratamento especial 2

3 – Implantar Locais de Entrega Voluntária por vários pontos

do município 2

Controle dos

Resíduos Sólidos

Caracterizar geração de

resíduos do município

para promover gestão

precisa e adequada

2

1 - Realizar estudo gravimétrico no primeiro ano e a cada

quatro anos 3

2 – Exigir a implantação de balanças nas unidades de coleta 3

Recuperação de

Áreas de Passivo

Ambiental

Reabilitar e recuperar

ambientes poluídos e/ou

contaminados

1 1 – Recuperação de Recuperação da área do lixão 1

2 – Urbanização sustentável 1

Gerenciamento de

Resíduos de Saúde

Atender a PNRS,

garantir o manejo

adequado e disposição

ambientalmente

adequada

1

1 – Exigir PGRSS 1

2 – Fiscalizar a implementação desse PGRSS 1

3 – Ter coleta nas UBS e armazenamento temporário 1

Gerenciamento de

Resíduos de

Construção Civil

Atender a PNRS,

garantir o manejo

adequado e disposição

ambientalmente

adequada e diminuir o

passivo ambiental

2

1 – Exigir PGRSS 1

2 – Fiscalizar a implementação desse PGRSS 1

Educação Ambiental

e Sustentabilidade

Conscientizar por meio

da educação a população

para o manejo adequado

afim de reduzir a

geração, incentivar a

reutilização e a

reciclagem

2

1 – Promover palestras, cursos e palestras sobre o tema

2

2 – Formação de educadores mirins 2

3 – Elaborar materiais didáticos e informativos 2

4 – Desenvolver atividades públicas envolvendo datas

comemorativas 2

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 42

5. PLANO DE EXECUÇÃO

O plano de execução é composto pelo cronograma físico e financeiro das atividades

propostas no documento “Programas, projetos e Ações”, buscando o atendimento das metas

instituídas nas Prospectivas e Planejamento Estratégico.

Este documento define prazos e valores estimados que deverão ser investidos, na

prestação de serviços objetivando universalização com qualidade e respeitando a

diretrizes estabelecidos na Lei 11.445/2007.

O Plano Municipal de Saneamento Básico não tem como objetivo gerar projetos de

execução de obras, mas ferramentas de gestão e planejamento. Dessa forma os preços deste

Plano de Execução foram estimados de acordo com o encontrado em licitações com objeto

similar no mercado nacional.

O quadros 1, 2, 3 e 4 apresentam o cronograma físico e financeiro com os projetos e

ações indicando as medidas emergenciais imediatas, de curto, médio e longo prazo,

ao longo do período de 20 anos, considerado como horizonte de planejamento do

presente Plano Municipal de Saneamento Básico de Aliança do Tocantins com ênfase no

Sistema de Abastecimento de Água, Sistema de Esgotamento Sanitário, Sistema de

Drenagem Urbana e Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos

demonstrando ainda fontes de recursos, o responsável pela execução e as possíveis

parcerias.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 43

Quadro 9: Cronograma físico e financeiro, em reais R$, para execução dos projetos e ações do abastecimento de água.

Projeto Ações Custo

Estimado

Fonte de

Financiamento

Meta de

Execução da

Ação

Meta de

Execução do

Projeto

Responsável

Execução Parcerias

Universalização

do Serviço de

Abastecimento

de Água

1 – Ampliar rede de distribuição 2.250.000 Tarifa Longo Prazo

Longo Prazo

Concessionária

do Sistema de

Abastecimento

de Água

-

2 – Aumentar a capacidade de reservação para

abastecimento da população urbana do

município

500.000 Tarifa Longo Prazo

3 – Perfurar poços artesianos e realizar

outorga para atender população da zona rural 200.000 Tarifa

Prazo

Imediato

4 – Implantar sistema de desinfecção

individual com auxílio do agente de saúde

responsável

50.000 Tarifa Prazo

Imediato

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

1 – Buscar a eficiência energética 25.000 Tarifa Médio Prazo

Longo Prazo

Concessionária

do Sistema de

Abastecimento

de Água

-

2 – Controlar e reduzir as perdas no sistema 500.000 Tarifa Médio Prazo

3 – Substituir de hidrômetros com mais de 7

anos de uso 1.000.000 Tarifa Longo Prazo

4 - Monitorização da qualidade da água

através de indicadores e análise das águas

tanto da área urbana quanto rural.

750.000 Tarifa Curto Prazo

5 - Fiscalização e aplicação de penalidades

nas ligações clandestinas 310.000 Tarifa Curto Prazo

6 - Capacitação dos servidores 30.000 Tarifa Curto Prazo

7 - Revisão da política tarifária 40.000 Tarifa Médio Prazo

Recuperação e

Preservação

dos Mananciais

1 – Promover Campanhas de preservação 25.000 Tarifa Curto Prazo

Curto Prazo

Concessionária

do Sistema de

Abastecimento

de Água

Administração

Pública e

Sistema

Educacional

2 – Controlar de invasões das margens 100.000 Tarifa Curto Prazo

3 – Recompor área de preservação

permanente 300.000 Tarifa

Prazo

Imediato

4 – Limpar e coletar frequente de resíduos

sólidos depositados 120.000 Tarifa Curto Prazo

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 44

Quadro 10: Cronograma físico e financeiro, em Reais R$, para execução dos programas, projetos e ações para o esgotamento sanitário.

Projeto Ações Custo

Estimado

Fonte de

Financiamento

Meta de

Execução da

Ação

Meta de

Execução do

Projeto

Responsável

Execução Parcerias

Esgoto na zona

urbana

1 - Elaborar de projeto da rede de coleta de esgoto 800.000 Tarifa Prazo

Imediato

Médio Prazo

Concessionária

do Sistema de

Esgotamento

Sanitário

-

2 – Licenciar empreendimento 30.000 Tarifa Prazo

Imediato

3 – Implantar redes coletoras de esgoto sanitário 3.000.000 Tarifa Médio Prazo

4 - Implantar estação de tratamento de esgoto 4.300.000 Tarifa Médio Prazo

5 - Eliminar as fossas existentes 50.000 Tarifa Médio Prazo

Esgoto na zona

rural

1 - Eliminar as fossas existentes 20.000 Tarifa Curto Prazo

Curto Prazo

Concessionária

do Sistema de

Esgotamento

Sanitário

-

2 - Dimensionar e construir fossas sépticas 80.000 Tarifa Prazo

Imediato

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

1 - Promover educação de sustentabilidade 45.000 Tarifa

Longo Prazo

Longo Prazo

Concessionária

do Sistema de

Esgotamento

Sanitário

- 2 – Reutilizar a água 120.000 Tarifa Longo Prazo

3 – Buscar eficiência energética 25.000 Tarifa Longo Prazo

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 45

Quadro 11: Cronograma físico e financeiro, em Reais R$, para execução dos programas, projetos e ações para drenagem urbana.

Projeto Ações Custo Estimado Fonte de

Financiamento

Meta de

Execução da

Ação

Meta de

Execução

do

Projeto

Responsável

Execução Parcerias

Infraestrutura

de captação e

manejo de aguas

pluviais

1 – Instituir agência reguladora - - Médio Prazo

Médio

Prazo

Secretaria

Municipal de

Planejamento

Naturatins

Universidade

Federal do

Tocantins

2 - Estabelecer regulamentação de

padronização de projetos para que possuam

micro e macrodrenagem

80.000 PPA Médio Prazo

3 – Implementar projetos técnicos e obras de

drenagem no município em locais onde não

possui ou existe deficiências

2.400.000

Governo Federal

BNDES

Funasa

Min. Integração

Nacional

Longo Prazo

4 – Construir infraestrutura de coleta de aguas

pluviais 5.800.000 Longo Prazo

5 - Fazer contenções nas estradas para

amortecimento das águas da chuva 800.000 Curto Prazo

6 – Elaborar projetos técnicos e obras para

construção e substituição das pontes em

madeira por pontes ou galerias de concreto

armado

2.000.000 Longo Prazo

7 - Recompor Mata ciliar dos córregos e rios

do município, diminuindo o pico da intensidade

da chuva e consequentemente as enxurradas,

cheias e alagamentos

550.000 Curto Prazo

Melhorias

Operacionais e

Qualidade dos

Serviços

2 - Elaborar e implementar plano de risco nas

unidades operacionais 120.000

PPA

Longo Prazo

Longo

Prazo -

2 – Elaborar e implementar projeto de

manutenção preventiva 730.000 Longo Prazo

3 – Implantar sistema informatizado de

indicadores e de gerenciamento e controle

interno

360.000 Longo Prazo

4 – Elaborar e implantar sistema de qualidade 300.000 Longo Prazo

5 – Fazer revisão cadastral e identificar

ligações clandestinas 400.000 Longo Prazo

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 46

Quadro 12: Programas, projetos e ações para resíduos sólidos. Custo em valores de reais R$.

Projeto Ações Custo

Estimado

Fonte de

Financiamento

Meta de

Execução da

Ação

Meta de

Execução

do Projeto

Responsável

Execução Parcerias

Plano de

Coleta

Domiciliar

1 – Elaboração de roteiros específicos com dias e

horários 12.000 PPA

Prazo

Imediato

Curto Prazo

Secretaria

Municipal de

Administração

Secretaria

Municipal de

Infraestrutura

Secretaria

Municipal de

Meio

Ambiente

-

2 – Definição da frota para coleta e transbordo,

considerando a aquisição de veiculo apropriado para

coleta seletiva e troca evolutiva da frota

200.000

PPA

Funasa

Banco do Brasil

Governo

Federal

Médio Prazo

3 – Definição da mão de obra 25.000 Médio Prazo

4 - Projeto de gerenciamento de resíduos sólidos na zona

rural 18.000 Curto Prazo

5 - Padronização e entrega de lixeiras com destinação

para lixo 60.000 Médio Prazo

6 – Adequação e regularização do Aterro Sanitário 350.000 Prazo

Imediato

7 – Aquisição de nova frota de veículos 750.000 Curto Prazo

Controle de

Qualidade dos

Serviços

1 – Programa de interação com a comunidade 10.000

PPA

Médio Prazo

Médio Prazo - 2 – Pesquisa de satisfação 10.000 Médio Prazo

3 – Comunicação social 5.000 Médio Prazo

Usina de

Triagem e

Compostagem

1 – Implantar Unidade de Triagem e Compostagem 100.000

PPA

Funasa

Banco do Brasil

Governo

Federal

Curto Prazo

Médio Prazo

Secretaria

Municipal de

Administração

Secretaria

Municipal de

Infraestrutura

Secretaria

Municipal de

Meio

Ambiente

-

2 – Incentivar formação de associações de recicladores - Curto Prazo

3 – Diagnostico das possibilidades de parcerias com

grandes geradores de resíduos orgânicos 5.000 Médio Prazo

4 – Viabilização de unidade piloto 30.000 Médio Prazo

5 – Encaminhamento de resíduos de poda e dos serviços

de saneamento 16.000 Médio Prazo

Reciclagem e

Logística

1 - Promover eventos voltados (gincanas, palestras,

teatro) para a educação ambiental com ênfase na coleta 22.000 PPA e Parcerias Curto Prazo Médio Prazo

Secretaria

Municipal de

Sistema

Educaciona

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 47

Reversa seletiva Administração

Secretaria

Municipal de

Infraestrutura

Secretaria

Municipal de

Meio

Ambiente

l

2 – Implantar ecopontos para disposição temporária e

manejo de resíduos sujeito a tratamento especial 30.000 Médio Prazo

3 – Implantar Locais de Entrega Voluntárias por vários

pontos dos municípios 15.000 Médio Prazo

Controle dos

Resíduos

Sólidos

1 - Realizar estudo gravimétrico no primeiro ano e a

cada quatro anos 10.000

PPA Longo Prazo

Longo Prazo UFT

2 – Exigir a implantação de balanças nas unidades 30.000 Longo Prazo

Recuperação

de Áreas de

Passivo

Ambiental

1 – Recuperação de Recuperação da área do lixão 50.000

PPA

Curto Prazo

Curto Prazo Naturatins 2 – Urbanização sustentável 15.000 Curto Prazo

Gerenciament

o de Resíduos

de Saúde

1 – Exigir PGRSS 45.000

PPA

Curto Prazo

Curto Prazo

Secretaria

Municipal de

Administração

Secretaria

Municipal de

Infraestrutura

Secretaria

Municipal de

Meio

Ambiente

- 2 – Fiscalizar a implementação desse PGRSS 15.000 Curto Prazo

3 – Ter coleta nas UBS e armazenamento temporário 7.000 Curto Prazo

Gerenciament

o de Resíduos

de Construção

Civil

1 – Exigir PGRSS 45.000

PPA e Parcerias

Curto Prazo

Curto Prazo Geradores 2 – Fiscalizar a implementação desse PGRSS 15.000 Curto Prazo

Educação

Ambiental e

Sustentabilida

de

1 – Promover palestras, cursos e palestras sobre o tema 25.000

PPA e Parcerias

Médio Prazo

Médio Prazo

Sistema

Educaciona

l

2 – Formação de educadores mirins 80.000 Médio Prazo

3 – Elaborar materiais didáticos e informativos 35.000 Médio Prazo

4 – Atividades públicas envolvendo datas

comemorativas 120.000 Médio Prazo

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 48

6. INDICADORES DE DESEMPENHO

Posteriormente a caracterização da situação atual da prestação dos serviços foi

possível estabelecer o diagnóstico de cada um dos sistemas e sucessivamente a projeção

das demandas. Da confrontação dos objetivos com as conclusões do diagnóstico, surge o

plano de metas e a descrição das ações necessárias ao cumprimento dos objetivos.

Finalmente, a quantificação dos investimentos necessários para contemplação das

metas de cada sistema constituirá o insumo para a busca dos financiamentos

correspondentes, contidos no plano de execução.

Os indicadores aqui propostos visam o acompanhamento e medição da aderência

aos programas, projetos e ações propostas no PMSB. Servem para acompanhar a evolução

das propostas e são avaliados através da verificação de seus resultados efetivos.

Apresentam-se como forma simples e eficaz para que a população e para que a

administração pública municipal possa acompanhar a evolução da prestação dos serviços

rumo à universalização. Também o trabalho da agência fiscalizadora e reguladora torna-se

mais objetivo. Caso a melhoria não seja alcançada pela implementação de determinada

ação, ou a mesma não esteja oferecendo o resultado desejado, deve-se então reformulá-la.

No caso de Aliança do Tocantins, no que se refere ao abastecimento de água e

esgotamento sanitário a concessionária deverá fornecer trimestralmente ao Poder Público

Municipal seus dados operacionais e os indicadores resultantes. Fica determinado ainda

que é de responsabilidade do gestores municipais a estipulação de quais indicadores

deverão ser fornecidos e seu acompanhamento, com posterior cobrança de ações corretivas

quando for o caso de atendimento.

Apesar das poucas referências literárias quanto à proposição de indicadores,

utilizou-se como base as atualmente existentes para a proposição desses indicadores de

desempenho visando acompanhar a implantação do serviço e depois a sua operação e

manutenção

O serviço de coleta e tratamento de resíduos sólidos e limpeza urbana serão, também,

devidamente avaliados por um conjunto de indicadores adequados. A responsabilidade de

avaliar e confeccionar esses relatórios são do prestador desses serviços, ou seja, a

Secretária Municipal de Infraestrutura.

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Plano Municipal de Saneamento Básico Página 49

DIVULGAÇÃO NA INTERNET

Site da Prefeitura

DIVULGAÇÃO SONORA

Radio Local

Carro de Som

DOCUMENTOS IMPRESSOS

Ofícios

Convites

DIVULGAÇÃO VISUAL

Faixas Informativas

7. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Para elaborar um Plano Municipal de Saneamento Básico efetivamente aplicável às

necessidades do município, faz-se necessária uma extrema aproximação entre os membros

do comitê executivo, do comitê de coordenação e da equipe técnica e a comunidade.

A participação e o controle social é um dos pilares da Lei do Saneamento. Em

cumprimento a esse princípio legal foram realizados eventos buscando envolver a

população na elaboração.

Buscando sensibilizar a comunidade e promover os eventos foram adotados todos

os mecanismos de divulgação propostos no Plano de Mobilização Social. E ainda

buscando um maior esclarecimento e entendimento da importância e finalidade do PMSB,

foram realizadas reuniões setoriais para discutir sobre o tema.

A primeira audiência publica do PMSB no dia 26 de Junho de 2014, na Sede Social

às 19 horas.Esse primeiro evento teve como objetivo principal discutir com a sociedade o

lançamento das ações que envolvem a elaboração do Plano Municipal de Saneamento

Básico de Aliança do Tocantins. A base das tratativas teve como foco permitir que a

equipe técnica promovesse uma interação entre os técnicos responsáveis pela elaboração

do referido plano com os técnicos do poder público municipal e os demais seguimentos da

sociedade dessa municipalidade.

Figura 27: Meios de divulgação da audiência pública em Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 50

Para nivelar o conhecimento dos participantes sobre o tema foram abordados os

seguintes tópicos:

Figura 29: Temas abordados no primeiro evento.

A segunda audiência pública ocorreu no dia 14 de novembro de 2015, teve como

objetivo buscar junto a sociedade informações que viessem municiar a equipe técnica de

dados que permitissem a caracterização da prestação dos Serviços de Saneamento Básico

no município de Aliança do Tocantins que, nos termos da Lei 11.445/2007.

O que é saneamento básico e qual sua importância?

O que é Plano Municipal de Saneamento Básico?

Quais os princípios da lei de saneamento?

Quais são as fases e os produtos do PMSB?

Qual importância da participação e do controle social?

Figura 28: Participantes da primeira audiência pública do PMSB de Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 51

A programação teve inicio às 19h com uma apresentação do que é o PMSB, sua

importância para a gestão pública e as implicações caso não seja elaborado. Em seguida

foram descritos os serviços referentes aos quatro eixos do saneamento.

Foram elaboradas questões sobre cada eixo um visando diagnosticar os serviços

segundo as perspectivas dos receptores. Durante a audiência foram esclarecidas dúvidas

havendo uma satisfatória participação das pessoas, que fizeram críticas e sugestões.

Os participantes juntamente com a equipe do ICAP apontaram os principais

problemas relacionados aos quatro eixos que atinge a cidade e discutiram as possíveis

soluções de acordo com a realidade do município. O quadro 1 apresenta o check list das

principais reclamações elencadas na segunda audiência pública por meio da participação

popular.

Figura 30: Participantes da primeira audiência pública

do PMSB de Aliança do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 52

Quadro 13: Check list das principais reclamações dos participantes.

CHECK LIST

Falta de abastecimento de água na zona rural

Presença de agrotóxicos na fonte de captação em decorrência da silvicultura

No período de estiagem o fornecimento de água é interrompido

Falta de coleta de esgoto na zona urbana

Ocorrência elevada de doenças infecciosas e parasitarias

Falta de banheiro na zona rural

A água que sai da torneira apresenta uma cor esbranquiçada

A coleta do lixo é feita em um horário inviável, às 5h da manhã

As lixeiras que foram distribuídas para o acondicionamento dos resíduos são de péssima qualidade

O ultimo evento ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2015. Teve como objetivo

apresentar os produtos do PMSB, definir as prioridades dos programas e submeter à

aprovação dos participantes.

Figura 31: Participantes da Conferência Municipal.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 53

No processo de determinação das prioridades a participação da comunidade foi

essencial. Por meio de votação a população definiu as ações emergenciais e as de longo

prazo. Em seguida a esse processo os participantes aprovaram por unanimidade o PMSB.

8. APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE

ALIANÇA DO TOCANTINS

A minuta do projeto de lei após ser discutida com a população na Conferência

Municipal foi encaminha para a Câmara Municipal dos Vereadores para avaliação e a

respectiva aprovação, que ocorreu no dia 28 de maio de 2015.

Figura 32: Sessão de aprovação do PMSB de Aliança do Tocantins

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 54

9. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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de Saúde. http://datasus.saude.gov.br, 2014.

FGV. Pesquisa Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro

– Instituto Trata Brasil, 2010.

FUNASA. Termo de Referência PMSB FUNASA. 2013. Disponível em:

<www.funasa.gov.br/funasa.oficial>. Acesso em: 02 dez. 2013.

GUERRA, S. Resíduos Sólidos: Comentários à Lei nº 12.305 de 2010. Grupo

Editorial Nacional. 1 ed. p.194. Ed. Forense LTDA. Rio de Janeiro. 2012.

HALUM, César Hanna. Municípios tocantinenses : suas origens, seus nomes.

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IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010.

Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br>. Acesso em: 05 fev. 2014.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas das Populações

Residentes, em 1º de Julho de 2008, segundo os municípios. Disponível em

<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2008/estimativa.shtm>.

Acesso em: 16 jan. 2014.

SEPLAN (Secretaria do Planejamento). Superintendência de Planejamento e

Gestão Central de Obras Públicas. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico.

Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal no Estado do Tocantins.

Seplan/DZE, 2010.

SEMADES. Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Decreto Estadual nº 1.011 de 1990 - Institui o Programa de Educação Ambiental no Estado

do Tocantins e dá outras providências. 2012. Governo do Tocantins.

Prefeitura Municipal de Aliança do Tocantins 2014

Plano Municipal de Saneamento Básico Página 55

SNIS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Diagnóstico dos

Serviços de Água e Esgotos em 2010. Ministério das Cidades. 2010. Disponível em:

<http://www.snis.gov.br/ >. Acesso em: 10 de jan. de 2014.

SOUSA, R.P. Análise do tratamento de água e esgoto no estado do Tocantins.

ANAP, ISSN 1980-0827, vol. 09, nº 11, 2013.