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Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade Produto 1 – Plano de Trabalho e Plano de Comunicação Município de Vila Velha (ES) Belo Horizonte - MG Junho, 2016

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Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade

Produto 1 – Plano de Trabalho e Plano de Comunicação

Município de Vila Velha (ES)

Belo Horizonte - MG

Junho, 2016

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Produto 1 - Plano de Trabalho e Plano de Comunicação

Página 2 PL A N O M U N I C I P A L D E M O B I L I D A D E E AC E S S I B I L I D A D E D E V I L A V E L H A (ES)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................................... 5

1 OBJETIVO ................................................................................................................................................................. 7

2 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................... 7

3 ÁREA DE ESTUDO ..................................................................................................................................................... 9

3.1.1 Índice de Desenvolvimento Humano ............................................................................................ 10

3.1.2 Frota .............................................................................................................................................. 11

4 METODOLOGIA .......................................................................................................................................................12

4.1 Etapa 1 – Plano de Trabalho e Comunicação ........................................................................................ 13

4.1.1 Plano de Comunicação .................................................................................................................. 13 4.1.1.1 Mapeamento de Atores / Stakeholders ..................................................................................... 13 4.1.1.2 Estruturação dos Canais de Comunicação ................................................................................ 14 4.1.1.3 Audiências Públicas / Seminários .............................................................................................. 17 4.1.1.4 Núcleo Gestor ............................................................................................................................ 18 4.1.1.5 Oficinas / Reuniões Comunitárias .............................................................................................. 19

4.2 Etapa 2 – Diagnóstico e Prognóstico ..................................................................................................... 19

4.2.1 Análise dos Estudos e Informações Disponíveis ............................................................................ 20

4.2.2 Zoneamento de Tráfego ................................................................................................................ 23

4.2.3 Levantamento dos Dados de Oferta e Demanda .......................................................................... 23 4.2.3.1 Pesquisa Origem Destino de pessoas ........................................................................................ 25 4.2.3.2 Pesquisas de tráfego.................................................................................................................. 26 4.2.3.3 Pesquisas de transporte – Pesquisa origem e destino embarcada com senha ......................... 36 4.2.3.4 Entrevistas não domiciliares ...................................................................................................... 38 4.2.3.5 Outras pesquisas e levantamentos ............................................................................................ 41

4.2.4 Instrumentalização e sistematização dos dados ........................................................................... 43

4.2.5 Caracterização dos sistemas de mobilidade e logística ................................................................ 44 4.2.5.1 Infraestrutura Viária .................................................................................................................. 44 4.2.5.2 Circulação de Veículos ............................................................................................................... 44 4.2.5.3 Tipos de transporte e serviços prestados .................................................................................. 45 4.2.5.4 Acidentes e Infrações de Trânsito .............................................................................................. 45 4.2.5.5 Sistemas de informação ao usuário .......................................................................................... 45 4.2.5.6 Planos, projetos e estudos existentes ........................................................................................ 45

4.2.6 Diagnóstico da Situação Atual e Tendências ................................................................................. 46 4.2.6.1 Aspectos urbanos ...................................................................................................................... 46 4.2.6.2 Aspectos de oferta e demanda – mobilidade de pessoas e bens .............................................. 46 4.2.6.3 Diagnóstico institucional e legal ................................................................................................ 47

4.2.7 Prognóstico .................................................................................................................................... 48 4.2.7.1 Prognóstico Técnico ................................................................................................................... 48 4.2.7.2 Prognóstico Institucional e Legal ............................................................................................... 48

4.3 Etapa 3 – Elaboração do Plano de Gestão da Demanda e Diretrizes para Melhoria da Oferta ............ 49

4.3.1 Plano de Gestão de Demanda ....................................................................................................... 49

4.3.2 Diretrizes para Melhoria da Oferta ............................................................................................... 50

4.4 Etapa 4 – Plano de Melhoria da Oferta – Detalhamento ...................................................................... 51

4.4.1 Plano de Melhorias e Incentivo para o Transporte Não Motorizado ............................................ 52

4.4.2 Plano de Melhorias para o Transporte Coletivo ............................................................................ 52

4.4.3 Sistema de Circulação de Pessoas em Transporte Motorizado Individual .................................... 53

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4.4.4 Sistema de Circulação de Cargas e Mercadorias ........................................................................... 53

4.4.5 Plano de Sustentabilidade Ambiental e Energética ...................................................................... 54

4.4.6 Plano de Alinhamento e Hierarquização Viária ............................................................................. 54

4.4.7 Plano de Fortalecimento do Órgão Gestor do Transporte e Mobilidade...................................... 54

4.5 Etapa 5 – Plano de Implantação, Gestão e Monitoramento ................................................................. 54

4.5.1 Políticas de Investimentos ............................................................................................................. 54

4.5.2 Formulação de Programa de Investimento ................................................................................... 55

4.6 Etapa 6 – Relatório Final e Seminário de Entrega ................................................................................. 56

5 CRONOGRAMA .......................................................................................................................................................57

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Limites Municipais e Distritais de Vila Velha ............................................................................................ 9

Figura 2: Densidade populacional de Vila Velha ................................................................................................... 10

Figura 3: Evolução da Frota de Vila Velha ............................................................................................................. 11

Figura 4: Funcionograma – Plano de Mobilidade de Vila Velha ............................................................................ 12

Figura 5: Pontos de Pesquisa CCV nas seções ....................................................................................................... 28

Figura 6: Pontos de pesquisa CCV nas interseções ............................................................................................... 30

Figura 7: Locação dos pontos de contagem volumétrica de bicicletas ................................................................. 31

Figura 8: Locação dos pontos de contagem volumétrica de tráfego de pedestres .............................................. 32

Figura 9: Rotas de tráfego a serem pesquisadas ................................................................................................... 35

Figura 10: Exemplo de Rede Simulada Pelo TransCad. ......................................................................................... 43

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal em Posições Relativas ............................................... 10

Tabela 2: Índices de motorização .......................................................................................................................... 11

Tabela 3: Informações necessárias........................................................................................................................ 22

Tabela 4: Pesquisas e levantamentos previstos .................................................................................................... 24

Tabela 5: Principais variáveis do questionário domiciliar ..................................................................................... 25

Tabela 6: Pontos de Pesquisa CCV nas seções ...................................................................................................... 27

Tabela 7: Pontos de pesquisa CCV nas interseções .............................................................................................. 29

Tabela 8: Pontos de contagem volumétrica de bicicletas ..................................................................................... 31

Tabela 9: Pontos de contagem volumétrica de tráfego de pedestres .................................................................. 32

Tabela 10: Trechos a serem pesquisados por rota ................................................................................................ 34

Tabela 11: Linhas de pesquisa OD com senha ...................................................................................................... 37

Tabela 12: Modelo de Formulário de caracterização de vias................................................................................ 42

Tabela 13: Cronograma ......................................................................................................................................... 58

Tabela 14: Cronograma com datas de entregas previstas. ................................................................................... 60

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APRESENTAÇÃO

A Política Nacional de Mobilidade Urbana, instituída pela Lei n. 12.587, de 3 (três) de janeiro de 2012, tem por

objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que

contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por

meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.

A elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana supõe a análise dos meios de deslocamentos que

ocorrem ou têm impactos na circulação dentro do município, assim como a necessidade de infraestrutura

associada aos diversos meios, no intuito de identificar e planejar ações de melhoria do Sistema de Mobilidade

Urbana local.

O presente documento apresenta o Plano de Trabalho, esse relatório é o primeiro produto de elaboração do

Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Vila Velha – PLANMOB VILA VELHA, conforme definido no Termo de

Referência.

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EMPRESAS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO

Empresa: Locale Trânsito e Transporte

Endereço: Rua Alberto Cintra, 161 / 1001, B. União – CEP: 31.160-370. Belo Horizonte – MG

Telefax: (31) 2551-0088

Responsável: Paulo Rogério da Silva Monteiro

E-mail: [email protected]

Empresa: Myr Projetos Estratégicos e Consultoria Ltda.

Endereço: Rua Centauro, 231 – CEP: 30.360-310. Belo Horizonte – MG

Telefax: (31) 2245-6141

Responsável: Sergio Myssior

E-mail: [email protected]

EQUIPE TÉCNICA

Nome Formação Conselho Profissional

Paulo Rogério Monteiro Engenharia Civil Engenharia de Transportes

CREA MG 84.369/D

Sergio Myssior Arquitetura e Urbanismo, Esp. CAU MG A25235-2

Kleber dos Santos Menezes Engenharia Civil CREA MG 83.064/D

Marina G. Paes de Barros Ciências Sociais, Me. -

Thiago Gonçalves da Costa Engenharia Civil CREA MG 174295/LP

Daniel Martins Sampaio Geografo, Me. CREA MG 102.816/D

Victor Lima Migliorini Engenharia Civil -

Raquel Oliveira Geografa CREA MG 153.920/D

Michel Jeber Hamdan Geografo CREA MG 120761/D

Thaís Corrêa Moreira Estagiária Eng. Civil -

Ana Paula São José Estagiária Eng. Ambiental -

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1 OBJETIVO

Elaboração do Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade - PlanMob Vila Velha, com propostas e

diretrizes com ações de curto, médio e longo prazo para implementação do Plano, visando atender o disposto

na Lei Federal 12.587/12, que instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

2 OBJETIVOS

O PlanMob Vila Velha será desenvolvido com ações e propostas voltadas às pessoas, garantindo a equidade na

utilização dos espaços urbanos e buscando a construção de uma cidade mais humana, com melhor qualidade

de vida e desenvolvimento sustentável.

O principal objetivo do Plano é proporcionar à população acesso às oportunidades que a cidade oferece com

condições adequadas ao exercício de mobilidade tanto dos cidadãos, quanto de bens e serviços, prevendo,

dentre outras ações as seguintes:

Ampliação da mobilidade da população em condições qualificadas e adequadas e a diminuição dos

índices de imobilidade, principalmente na população de baixa renda, reduzindo as desigualdades e

promovendo a inclusão social, principalmente através do acesso ao serviço de transporte coletivo;

Diminuição da necessidade de longas viagens, proporcionando deslocamentos mais eficientes, com o

fortalecimento das centralidades nas regiões, bairros e distritos;

Melhoria da logística urbana, proporcionando condições mais adequadas e eficientes para a circulação

de cargas e mercadorias e o processo de abastecimento do comércio local;

Melhoria na qualidade de vida urbana, através da ampliação da infraestrutura para pedestres e

ciclistas e diminuição da dependência por viagens de automóveis e motocicletas;

Melhoria nas condições ambientais da cidade, com a diminuição da poluição atmosférica, visual e sonora;

Consolidação da gestão democrática e participativa como instrumentos e garantia contínua do

processo de construção da mobilidade urbana sustentável;

O desenvolvimento do Plano Diretor de Mobilidade Urbana será pautado nos princípios e diretrizes

estabelecidos na Lei Federal 12.587/2012, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, com

fundamento nos seguintes princípios:

acessibilidade universal;

desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais;

equidade no acesso dos cidadãos ao Transporte Público Coletivo;

eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano;

gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana;

segurança nos deslocamentos das pessoas;

justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços;

equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e

eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana.

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Art. 6º A Política Nacional de Mobilidade Urbana é orientada pelas seguintes diretrizes:

integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação,

saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos;

prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de

transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;

integração entre os modos e serviços de transporte urbano;

mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;

incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes;

priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do

desenvolvimento urbano integrado;

integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros países sobre a linha

divisória internacional.

O objetivo final da Política Nacional de Mobilidade Urbana é perseguir três macros objetivos que definem

campos de ação e compromissos para a plena aplicação do i) desenvolvimento urbano, ii) sustentabilidade

ambiental e iii) inclusão social.

Com o Desenvolvimento Urbano entende-se a integração do transporte à dinâmica urbana, a redução das

deseconomias da circulação e a oferta de um transporte público eficiente e de qualidade. Nessa mesma linha,

os principais objetivos para a sustentabilidade ambiental são o uso equânime do espaço urbano, a melhoria da

qualidade de vida, a melhoria da qualidade do ar e sustentabilidade energética. Já a inclusão social responde

pelo acesso democrático à cidade, a universalização do acesso ao transporte público, a acessibilidade universal

e a valorização dos deslocamentos de pedestres, portadores de deficiência ou mobilidade reduzida e de

ciclistas.

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3 ÁREA DE ESTUDO

A Área de Estudo deste Plano de Mobilidade compreende o município de Vila Velha, município brasileiro do

estado do Espírito Santo, que faz parte da Região Metropolitana da Grande Vitória. Sua população estimada

em 2015 era de 472.762 habitantes e possui aproximadamente 210 km2. Está dividido em cinco distritos,

sendo eles: Vila Velha (sede), Argolas, Ibes, Jucu e São Torquato.

O Plano de Mobilidade Urbana de Vila Velha, embora restrito aos limites geográficos do município,

considerará todo o contexto do município e dos seus demais distritos, bem como a suas principais inter-

relações com municípios limítrofes. Nesse sentido, distante 12 km da capital capixaba, tem como municípios

limítrofes: Vitória, Cariacica, Viana e Guarapari, conforme identificado na Figura 1 abaixo.

Figura 1: Limites Municipais e Distritais de Vila Velha

IBGE – Censo Demográfico 2010

Vila Velha é um município predominantemente urbano (mais 99% da população reside na zona urbana), com

densidade demográfica de 1973,6 hab/km2. A Figura 2 apresenta a densidade populacional do município por

setores censitários.

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Figura 2: Densidade populacional de Vila Velha

IBGE – Censo Demográfico 2010

3.1.1 Índice de Desenvolvimento Humano

A Tabela 1 apresenta a variação do IDHM de Vila Velha, dos seus municípios limítrofes e da capital do estado,

de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (PNUD, 2013).

Tabela 1: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal em Posições Relativas

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (2013)

Fica evidente, a partir da tabela, a evolução do índice do município (taxa de crescimento de 33,93%), sendo

que o IDHM de Vila Velha é o segundo maior dentre os municípios analisados, inferior apenas ao da capital do

estado.

IDH Posição IDH Posição IDH Posição

Vitória 0,644 1 0,759 1 0,845 1 -

Vila Velha 0,611 2 0,709 2 0,800 2 -

Serra 0,515 6 0.634 11 0.739 7 3

Guarapari 0,500 10 0,637 10 0,731 10 -

Cariacica 0,500 11 0,613 21 0,718 19 2

Fundão 0,495 12 0,598 29 0,718 20 9

Viana 0,438 35 0,592 32 0,686 38 -6

2010Municípios

1991 2000Variação

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Produto 1 - Plano de Trabalho e Plano de Comunicação

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3.1.2 Frota

Atualmente, a frota total de veículos registrada no município é de 207.143 unidades, sendo 124.856

automóveis, conforme dados do DENATRAN (dados correspondentes ao mês de abril de 2016). A Figura 3

apresenta a variação semestral dos tipos mais significativos de veículos registrados em Vila Velha, desde

dezembro de 2002.

Figura 3: Evolução da Frota de Vila Velha

DENATRAN (Abril, 2016)

A Tabela 2 seguir apresenta a população, a frota de veículos registrados segundo dados do DENATRAN

(Abril/2016), e os índices de motorização (Veíc. /10hab e Auto/10hab) para Vila Velha, e também, a título de

comparação, dos seus municípios limítrofes e da capital do Estado.

Tabela 2: Índices de motorização

DENATRAN (Abril/2016)

Os valores calculados para os índices de motorização (veíc/10hab e auto/10hab) não podem ser considerados

precisos, sob o ponto de vista numérico, já que, os dados das frotas de veículos, segundo o DENATRAN,

referem-se a abril de 2016 e os dados de população são relativos a uma estimativa populacional realizada pelo

IBGE para de julho de 2015.

Além disso, o fato de ser utilizada uma estimativa populacional não invalida o aspecto comparativo da análise

entre os municípios. Constata-se que os índices de motorização de Vila Velha se assemelham à realidade dos

municípios de seu entorno, não havendo diferenças significativas.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.0002

00

2-1

2

20

03

-06

20

03

-12

20

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-06

20

04

-12

20

05

-06

20

05

-12

20

06

-06

20

06

-12

20

07

-06

20

07

-12

20

08

-06

20

08

-12

20

09

-06

20

09

-12

20

10

-06

20

10

-12

20

11

-06

20

11

-12

20

12

-06

20

12

-12

20

13

-06

20

13

-12

20

14

-06

20

14

-12

20

15

-06

20

15

-12

Autos Motos

Caminhões Outros

Total

207.143

124.856

41.781

29.163

11.343

80.440

57.356

8.197

Município População Frota Auto Veíc/10 Hab Auto/10 Hab

Vitória 355875 192965 124417 5,42 3,50

Vila Velha 472762 207143 124856 4,38 2,64

Serra 485376 182542 108197 3,76 2,23

Guarapari 119802 63335 33173 5,29 2,77

Cariacica 381802 145427 78081 3,81 2,05

Fundão 19985 7032 3509 3,52 1,76

Viana 74499 28688 12631 3,85 1,70

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Produto 1 - Plano de Trabalho e Plano de Comunicação

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4 METODOLOGIA

A metodologia de construção do Plano de Mobilidade Urbana ora proposta considera que o PlanMob será

realizado em seis grandes etapas para geração de 8 produtos. Apresenta-se a seguir um funcionograma (Figura

4) com destaque para as atividades participativas em todas as etapas de trabalho, detalhando na sequência

cada item associado.

Figura 4: Funcionograma – Plano de Mobilidade de Vila Velha

Esta fase tem por objetivo explicitar o entendimento metodológico da Proposta, conforme exposto a seguir.

Plano de Mobilidade

Urbana

E1: Plano de Trabalho e

Comunicação

E2: Diagnóstico e Prognóstico

E3: Planode Gestão de

Demanda e Diretrizes de

Oferta

E4: Plano de Melhoria da

Oferta

E5: Plano de Implantação

E6: Entrega Final

E2.3: Primeiro Seminário

E3.4: Relatórios

E2.2: Zoneamento de Tráfego

E2.1: Análise dos estudos e informações

disponíveis

E1.1: Plano de Trabalho

E2.3: Levantamento dos dados de oferta e

demanda

E2.4: Instrumentalização e sistematização dos

dados

E2.5: Caracterização dos sistemas de

mobilidade e logística

E3.1: Plano de Gestão e demanda

E3.2: Diretrizes para melhoria

da oferta

E3.3: Terceiro Seminário

E4.1: Plano de Melhorias e Incentivo para o Transporte

Não motorizado

E4.2: Plano de Melhorias para o

Transporte coletivo

E6.1: Relatório Final

E6.2: Minuta de Lei

E5.1: Política de investimentos

Planejamento, Gestão e Monitoramento da

Mobilidade

E2.6: Estudo de demanda

E2.7: Diagnóstico da situação atual e

tendências

E2.8: Prognóstico

E2.9: Segundo Seminário

E2.10: Relatório

E4.3: Sistema de circulação de pessoas

em transporte motorizado individual

E4.4: Sistema de circulação de cargas

e mercadorias

E4.5: Plano de Sustentabilidade

Ambiental e Energética

E4.6: Plano de Alinhamento e

Hierarquização Viária

E4.7: Plano de Fortalecimento do Órgão Gestor do Transporte

e Mobilidade

E4.8: Quarto Seminário

E4.9: Relatório

E5.2: Formulação do programa de

investimentos

E6.3: Revista Técnica

E6.4: Seminário Final

E1.2: Plano de Comunicação

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4.1 Etapa 1 – Plano de Trabalho e Comunicação

Para desenvolver o plano de mobilidade serão efetuadas as seguintes etapas de trabalho, Etapa 1 – Plano de

Trabalho e Comunicação, Etapa 2 – Diagnóstico e Prognóstico, Etapa 3 – Elaboração do Plano de Gestão da

Demanda e Diretrizes para Melhoria da Oferta, Etapa 4 – Plano de Melhoria da Oferta e a Etapa 5 – Plano de

Implantação, Gestão e Monitoramento.

Estas etapas são apresentadas neste documento, nas seções a seguir, que tratam a respeito do Plano de

Trabalho e Comunicação. Este consiste em apresentar o detalhamento das etapas e atividades de elaboração

do Plano de Mobilidade e seu respectivo cronograma de execução e entrega dos produtos, conforme a

solicitação do contratante.

Ademais, este documento define o agendamento, convite e divulgação para as oficinas/seminários a serem

desenvolvidos durante o processo de construção do Plano de Mobilidade de Vila Velha.

4.1.1 Plano de Comunicação

Uma das questões fundamentais para garantir a aceitabilidade política do Plano de Mobilidade é a sua

divulgação. É importante destacar a relevância da mobilização no processo de elaboração de um PlanMob,

tendo em vista que a participação popular é tida como indispensável na sua concepção. Acredita-se que, com

a participação popular, seja possível dar uma resposta às questões inerentes ao planejamento urbano

municipal, minimizando os efeitos negativos, e potencializando e maximizando os efeitos positivos dessa ação

de planejamento.

O Consórcio entende que o desenvolvimento de um trabalho que envolva a participação social de forma tão

atuante, precisa organizar uma equipe que permaneça após a conclusão da elaboração do Plano. A

participação social é o instrumento que, ao estimular o exercício da cidadania, visa aumentar a efetividade das

políticas de governo e diminuir a ineficiência da administração pública, conciliando demandas da sociedade

com as necessidades de interesse público. Assim, o Consórcio propõe a criação de um Núcleo Gestor, para

desempenhar o papel de construção permanente. Este processo coletivo e participativo nas políticas de

mobilidade urbana inclui o planejamento, a fiscalização e a avaliação, como definição de prioridades de

investimento voltadas às necessidades de seus habitantes, a fiscalização das ações e soluções planejadas e a

avaliação da política e dos serviços de transporte.

Partindo do princípio de que a Política Nacional de Mobilidade Urbana prevê como direito do usuário

participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política de mobilidade urbana e de ter acesso às

informações necessárias à utilização do sistema, durante todas as etapas de construção do PlanMob Vila Velha

serão postas em prática ações que abrangem a participação social, em cumprimento à gestão democrática e

participativa. Tais ações encontram-se descritas na sequência.

4.1.1.1 Mapeamento de Atores / Stakeholders

A finalidade do Mapeamento de Atores/Stakeholders é identificar, classificar e analisar os diferentes setores,

desenvolvendo estratégias de mobilização, envolvendo as entidades sociais e econômicas, as lideranças locais

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e associações comunitárias com a finalidade de aquilatar e avaliar as necessidades básicas no atendimento ao

desejo da comunidade, em consonância com Poder Público.

Metodologicamente este tipo de trabalho consiste em levantar os diferentes setores sociais e/ou instituições

que apresentam interface direta ou indireta com a temática urbana, por meio da sua identificação,

classificação, bem como a análise das oportunidades e desafios que cada uma das partes interessadas

apresenta ao desenvolvimento do PlanMob e inicia-se o trabalho com a identificação, mapeamento e

avaliação dos principais atores, estabelecendo plataforma de suporte para a tomada de decisão em termos de

comunicação social, engajamento e identificação dos principais riscos/ofensores.

Há ainda necessidade de envolvimento político e compromisso do prefeito e demais técnicos da prefeitura

com a elaboração e utilização do PlanMob Vila Velha. Esse envolvimento garante a incorporação de diretrizes

preliminares, alocação de recursos, estrutura de gestão e definição de prazos de acordo com as necessidades

do município. Além disso, esse envolvimento garantirá a posterior incorporação do PLANMOB como

instrumento de política de desenvolvimento urbano para Vila Velha e a gestão participativa.

A gestão participativa, exigida pelo Estatuto da Cidade e pela PNMU, começa pelo mapeamento dos atores

que tenham interesse ou serão impactados pelo PLANMOB, buscando qualificar o planejamento e as

estratégias de comunicação e de participação social. Os atores identificados devem serem envolvidos nas

estratégias de mobilização, nas estruturas organizacionais e técnicas da gestão do PLANMOB, conferindo ao

Plano agilidade e transparência.

4.1.1.2 Estruturação dos Canais de Comunicação

O Consórcio terá a função de assessorar a Prefeitura Municipal na disponibilização de informações ao acesso

público, através de website, e-mail e telefone vinculados aos canais de comunicação já disponibilizados pela

Prefeitura, atualizando-as ao longo de todo o processo de elaboração do Plano de Mobilidade Urbana.

Metodologicamente, em função do crescente número de redes sociais, pressupõe que a sistemática de

comunicações, será realizada por meio de comunicações virtuais que possibilitam maior eficiência, e por esta

razão sugere-se a criação do “Espaço Mobilidade”, que consistirá de plataforma tecnológica para comunicação

e interação virtual, complementada por base de apoio físico local para interações e comunicações presenciais,

abrangendo tanto o universo da população com acesso à rede internet como aqueles com necessidade de

contato presencial. Contudo, não é responsabilidade do Consórcio o desenvolvimento do referido website.

Também serão realizadas análises preliminares a respeito das exigências da Lei 12.587/12 e apreciação das

principais características e problemas de mobilidade no município. A partir dessa serão identificados os dados,

fontes de informação e consultas (leis, projetos e planos existentes), recursos humanos e demais necessidades

para o desenvolvimento do PlanMob e a ser disponibilizado no “Espaço PLANMOB”.

Atividades necessárias:

1. Criar identidade ao Plano de Mobilidade por meio de logomarca específica do PLANMOB Vila Velha

(que ‘combine’ com a identidade visual da administração municipal).

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Exemplos:

2. Criar o espaço virtual no website da Prefeitura;

3. Criar o canal telefônico e email de contato;

4. Definir o responsável pelo canal telefônico e gestão do email.

Sugestão de conteúdo:

Com o intuito de apoiar a Prefeitura no desenvolvimento e disponibilização do “Espaço Mobilidade”, são

sugeridos os seguintes conteúdos:

O que é Plano de Mobilidade?

O Plano de Mobilidade Urbana é uma visão estratégica para se alcançar a cidade desejada, igualitária,

universal, justa, democrática, acessível, saudável, eco-ativa, segura e próspera.

As propostas deverão buscar uma melhor qualidade de vida e o desenvolvimento da cidade, sustentando-se

com a Política Nacional de Mobilidade Urbana e nos seguintes princípios:

I. Acessibilidade: possibilitar o acesso ao espaço urbano e à equipamentos para todos os cidadãos com

segurança e autonomia, incluindo pessoas com mobilidade reduzida;

II. Segurança: garantir que os deslocamentos se realizem com a mínima exposição a fatores de risco;

III. Eficiência: racionalizar e otimizar o uso dos diferentes modos de transporte, incentivando sua

utilização onde forem mais adequados, na busca de uma equidade no uso do espaço público de

circulação, vias e logradouros. Garantir o bom uso da verba pública, com a justa distribuição dos

benefícios e ônus decorrentes dos diferentes modos e serviços;

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IV. Qualidade de vida: melhorar a qualidade de vida, preservar ou recuperar os espaços públicos para

usos sociais e de convivência, reduzir o tempo empregado nos deslocamentos em transporte

coletivo e a poluição ambiental;

V. Dinamismo econômico: favorecer a atratividade econômica e turística da cidade;

VI. Ação integrada: promover a integração das políticas públicas, especialmente entre a mobilidade e o

planejamento urbano;

VII. Inclusão social: considerar que o direito à cidade não pode ser condicionado à capacidade de

pagamento pela utilização dos serviços de transporte e que, portanto, os custos de deslocamento

devem ser compatíveis com a renda da população, na busca da redução das desigualdades sociais;

VIII. Meio Ambiente: promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e

socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas;

IX. Democracia: consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua

do aprimoramento da mobilidade urbana.

Para que serve?

Tem como objetivo desenvolver propostas para o sistema viário e os sistemas de transportes para que os

deslocamentos de pessoas e bens na cidade ocorram de forma sustentável, contribuindo para o seu

desenvolvimento econômico, social e ambiental. O Plano servirá como orientação para os investimentos em

mobilidade urbana feitos na cidade por dez anos, a partir de 2016.

Todas as propostas estarão em acordo com as recomendações do Plano Diretor da Cidade e da Política

Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12).

Quem participa?

Toda população, representada por membros de diversos setores da sociedade, de associações comerciais,

organizações não-governamentais, câmara de vereadores, sindicatos, etc.

Por que o Plano de Mobilidade é importante para a sua cidade?

Ele tornará Vila Velha, numa cidade acessível para todos os cidadãos, melhorando a mobilidade das pessoas e

cargas, com segurança e sustentabilidade, dando prioridade para os meios de transporte não motorizados.

Etapas e cronograma de elaboração do PlanMob Vila Velha.

Será apresentado o cronograma de elaboração no item 5.

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4.1.1.3 Audiências Públicas / Seminários

Ao longo de todo o processo de elaboração do Plano de Mobilidade Urbana serão realizadas audiências

públicas para divulgação/validação de produtos entregues à contratante. Destacam-se as audiências de

lançamento da elaboração e apresentação do Plano de Mobilidade finalizado, também serão realizados outros

quatro Seminários ao final de cada etapa para apresentar os resultados alcançados pelo Plano.

A audiência de lançamento do PlanMob tem como objetivo inaugurar o processo de construção coletiva e ao

mesmo tempo contribuir para o engajamento e a participação efetiva. É o momento onde a população é

chamada a participar e acompanhar a elaboração do plano, conhecendo o Plano de Trabalho com todas as

etapas e prazos, as esferas de participação, as indicações para a composição do Núcleo Gestor, etc.

Nesse sentido, o Consórcio e a Prefeitura acordaram os meios e as responsabilidades para a realização de

sensibilização e convite para os eventos do PlanMobVV.

Prefeitura tem disponibilidade de cinegrafista e editor de vídeo que poderá ser utilizado nos eventos;

O registro fotográfico será de responsabilidade do Consórcio e da Prefeitura;

A impressão da mídia do ônibus será de responsabilidade do Consórcio;

A logística da distribuição do material pode ser planejada em conjunto com a CORIN – Prefeitura;

Divulgação com carro de som: Prefeitura tem contrato e experiência através da CORIN;

Release para rádio e mídia espontânea provocada pela Prefeitura, através da Assessoria de

Comunicação;

A impressão dos cartazes e folders será de responsabilidade do Consórcio;

A logística da distribuição do material pode ser planejada em conjunto com a CORIN – Prefeitura;

O Coffee Break será de responsabilidade do Consórcio;

Prefeitura irá gerar hotsite e logomarca, através da Assessoria de Comunicação e o Consórcio irá

sugerir o Conteúdo;

Grupo Whatsapp Lideranças utilizado para divulgação pela CORIN – Prefeitura;

O Consórcio será responsável pela Elaboração de listas de presença constando, no mínimo, os campos

nome, entidade representada, telefone e e-mail. As listas deverão ser digitalizadas e disponibilizadas

ao poder público em formato de banco de dados (arquivo em Excel);

O Consórcio será responsável pela Elaboração da programação da audiência, que deve prever:

apresentação de síntese do processo de elaboração do Plano de Mobilidade, apresentação do

PlanMob Vila Velha e espaço para debates;

O Registro das discussões realizadas, sugestões e críticas apresentadas será de responsabilidade do

Consórcio;

A Prefeitura será responsável por marcar a Audiência na agenda do Prefeito e dos secretários

envolvidos;

A reserva do local de realização das audiências e seminários será de responsabilidade da Prefeitura;

Dessa forma para a elaboração do PlanMob estão previstas as seguintes Audiências Públicas ou Seminários:

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Ao final do 5º mês – Apresentação do Plano de Trabalho e Comunicação e recebimento das primeiras

manifestações sociais (adiada por dificuldades de mobilização durante o período eleitoral);

No 8º mês – Apresentação dos resultados do Diagnóstico e Prognóstico*;

No 10º mês – Apresentação dos resultados do Plano de Gestão da Demanda;

No 12º mês – Apresentação dos resultados do Plano de Melhoria da Oferta

No 14º mês – Apresentação dos resultados do Plano de Implantação, Gestão e Monitoramento

(adicional)

Ao final de todo o trabalho para apresentação do Plano.

*Importante destacar que para a completa elaboração do Diagnóstico e Prognóstico são necessárias as

pesquisas OD e percepção, junto à comunidade, que poderão ser realizadas somente após o período eleitoral.

Sendo assim, no 4º mês está prevista entrega e possível apresentação do Diagnóstico parcial.

Da mesma forma, os Seminários serão realizados, também, após o período eleitoral; estando o Primeiro

previsto para o 5º mês (novembro/16) e assim, sucessivamente.

4.1.1.4 Núcleo Gestor

Dentro de todo processo de acompanhamento e desenvolvimento do Plano Municipal de Mobilidade Urbana,

cabe uma importante função para o Núcleo Gestor, uma vez que ele será a principal interlocução entre a

equipe da consultoria e o município, seja por meio da equipe técnica da Prefeitura e da sociedade civil local.

E, para que o Núcleo gestor possa, efetivamente, cumprir a sua função dentro de todo o processo, é

fundamental que ele seja constituído por pessoas que possam opinar, esclarecer, colaborar e apoiar o

desenvolvimento técnico do PlanMob. Assim sendo, o Núcleo Gestor será composto da seguinte forma:

Poder Público: deve ser realizada indicação de efetivos;

Legislativo: ofício da Prefeitura para Câmera solicitando indicação imediata, com prazo para indicação,

ver possibilidade de ser os mesmos do Conselho de Transporte;

Sociedade Civil: CONDUR, Conselho de Transporte, MP, Conselho Comunitário de Associação de

Moradores, CREA, CAU, outros, com eleição durante o evento.

Metodologicamente, a elaboração do PlanMob Vila Velha será orientada no sentido de criar como papel

fundamental orientar, gerir e acompanhar e caberá ao Núcleo Gestor a função de fazer cumprir todo o

processo de execução do plano no município com a participação efetiva dos Especialistas do Consórcio.

Para que este processo seja constantemente desenvolvido, os membros do Núcleo participarão de encontros

mensais, nos quais serão discutidos temas e conceitos da mobilidade, andamento do processo de elaboração

do PLANMOB dentre outros, com interação dos participantes.

Para a composição do Núcleo Gestor deverão ser apresentados o nome do responsável, o respectivo

cargo/secretaria e e-mail/telefone de contato. São sugeridos os seguintes integrantes:

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1) Gestor PLANMOB

2) Tema: Planejamento Urbano

3) Tema: Sistema Viário – planejamento e projeto

4) Tema: Transporte Não Motorizado - Pedestres e Ciclistas

5) Tema: Transporte coletivo de pessoas – urbano e rural, intermunicipal e intramunicipal

6) Tema: Educação para mobilidade

7) Tema: Transporte de Cargas

4.1.1.5 Oficinas / Reuniões Comunitárias

Simultaneamente ao desenvolvimento das etapas de construção do Plano de Mobilidade Urbana serão

disponibilizados momentos para a discussão com a sociedade, no qual a população poderá externar sua visão

acerca da abrangência e inserção da problemática da mobilidade e das diversas estratégias para seu

enfrentamento.

Realizar-se-ão, portanto, oficinas/reuniões pautadas em palestras e apresentações utilizando linguagem clara

e métodos de comunicação social compatível com o entendimento das comunidades locais. Tais reuniões

serão seguidas de dinâmicas em grupo, em que os cidadãos terão abertura para pontuar aspectos positivos e

negativos da mobilidade da região onde moram ou trabalham.

A metodologia a ser aplicada para este caso será a sistemática de participação social, através de um processo

contínuo e desafiador, que requer um planejamento cuidadoso e atento aos detalhes. Os processos de

discussão pública, da abordagem e convite à seleção do formato e métodos participativos, devem ter uma

dinâmica que atenda às particularidades locais de cada grupo ou comunidade.

Estão previstas oficinas de trabalho, com presença do coordenador e de especialistas da etapa, e apresentação

dos resultados e dinâmica de debates, conforme detalhes a seguir:

a) Oficina Técnica com equipe da Prefeitura de Vila Velha – apresentação e discussão das propostas

detalhadas e encaminhamento da próxima etapa.

b) Oficina Comunitária, com participação da sociedade civil e formadores de opinião – como parte do

processo de formação do compromisso pela mobilidade sustentável.

Etapa Diagnóstico e Prognóstico => uma oficina técnica e seis oficinas comunitárias, sendo cinco

regionais e uma rural;

Etapa Plano de Gestão da Demanda => uma oficina técnica e uma oficina comunitária.

Etapa Plano de Melhoria da Oferta => uma oficina técnica e uma oficina comunitária.

4.2 Etapa 2 – Diagnóstico e Prognóstico

A elaboração do PlanMob Vila Velha demanda a realização de uma etapa prévia – a de diagnóstico e

prognóstico – na qual se busca coletar, sistematizar e analisar um conjunto de dados dos sistemas de

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mobilidade urbana atuantes no município de Vila Velha, bem como informações relevantes sobre o contexto,

a evolução socioeconômica da cidade e a legislação incidente.

Um dos processos chave para a análise da mobilidade urbana é a construção de uma base de conhecimento

que contenha dados do município. Nesse sentido, é detalhado na sequência um conjunto de aspectos

metodológicos e cronograma dos levantamentos de dados (primários e secundários).

A elaboração do diagnóstico inicia com o levantamento de dados, para o entendimento da estrutura urbana

do município. Os dados primários serão obtidos por meio de visitas técnicas no município e realização de

pesquisas (serão realizadas todas as pesquisas especificadas no Termo de Referência). Já os dados secundários

serão levantados através de estudos, projetos e informações já existentes e consolidadas do município.

Primeiramente, será realizado um planejamento detalhado de cada pesquisa de tráfego e a consolidação de

zoneamento de tráfego do município, que embasará todas as análises do trabalho. Será elaborado e entregue

o Relatório de Zoneamento de Tráfego após a finalização desta fase.

Após esta etapa, serão realizadas as pesquisas de tráfego e os levantamentos físicos. Ao fim desta etapa, será

entregue à Prefeitura o Relatório de Pesquisa de Tráfego, contendo o detalhamento da execução de cada

pesquisa de tráfego realizada. Posteriormente à entrega deste relatório, serão realizadas análises e simulações

da situação atual do município, bem como uma consolidação do diagnóstico físico do município. Finalizada

esta fase do diagnóstico, será entregue o Relatório de Diagnóstico Físico.

Em uma terceira fase do diagnóstico, será realizado um Primeiro Seminário para a apresentação do PlanMob de

Vila Velha à comunidade e ao longo da etapa, serão realizadas diversas Oficinas Comunitárias, para a efetivação

da leitura comunitária acerca da mobilidade no município, e as entrevistas domiciliares e não-domiciliares

previstas no escopo do trabalho. Ao fim de todas as entrevistas do PlanMob Vila Velha, será entregue à

Prefeitura um Relatório de Entrevistas e Oficinas, contendo todos os resultados obtidos nas mesmas.

Posteriormente, finalizado o diagnóstico e prognóstico, serão apresentados em um Segundo Seminário os

resultados obtidos na etapa. Finalizada esta etapa, será entregue à Prefeitura o Relatório de Diagnóstico e

Prognóstico.

4.2.1 Análise dos Estudos e Informações Disponíveis

O levantamento de dados secundários consiste em usar dados pré-existentes que sejam condizentes ao objeto

de estudo em questão, a fim de mostrar o quadro investigado de forma mais detalhada. Dessa forma, os dados

de fontes secundárias serão obtidos por meio de coleta, leitura, análise e sistematização de informações

colhidas, como é o caso de legislação, decretos, planos existentes, dados estatísticos, projetos e outros tipos

de informação documental que for necessária.

A Consultora propõe parceria aos órgãos municipais, por meio do comitê gestor, para num primeiro momento

recolher informações para realização do diagnóstico da mobilidade de Vila Velha. Nesse sentido, o ponto de

partida do levantamento de dados consiste na solicitação de informações que podem ser obtidas junto aos

órgãos municipais, na medida em que estejam disponíveis, perfazendo quatro temáticas principais:

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Urbanística e socioeconômica;

Sistemas de transporte;

Tráfego, circulação e estacionamento;

Transporte coletivo.

A Consultora se baseará nas seguintes informações:

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Tabela 3: Informações necessárias

Tema Informações solicitadas Status

Plano Diretor (incluindo anexos, mapas e diagnósticos) Recebido

Lei de Uso e Ocupação do Solo (incluindo anexos e mapas) Recebido

Código de Obras Recebido

Código de Posturas Recebido

Mapa de hierarquização viária Recebido

Outras legislações pertinentes Recebido

Base cartográfica do município em formato DWG/SHP/GIS (Bairros/Regiões/Limite

Municipal)Recebido

Base cartográfica do município em formato DWG/SHP/GIS (Setores

Censitários/Distritos/Limite Municipal)IBGE 2010

Base viária do município em formato DWG/SHP/GIS Recebido

Base hidrográfica: nascentes, Cursos d’água, Áreas de inundação Recebido

Informações sobre população, Estatísticas por sexo, idade, situação trabalhistas,

níveis de rendaIBGE 2010

Novos parcelamentos urbanos (em implantação e a implantar) A receber

Novos empreendimentos empresariais (em implantação e a implantar) A receber

Novos projetos urbanos e viários municipais (em implantação e a implantar) A receber

Órgão municipal de trânsito e transportes Recebido

Conselho municipal de trânsito e transporte A receber

Transporte coletivo urbano municipal Recebido

Transporte coletivo urbano intermunicipal Recebido

Transporte coletivo rodoviário A receber

Transporte fretado A receber

Transporte por táxi Recebido

Transporte de carga A receber

Dados de contagens de tráfego já realizadas em interseções e corredores A receber

Mapa de localização do estacionamento rotativo A receber

Levantamentos e estudos de estacionamento (rotatividade e tempo de permanência) A receber

Cadastro semafórico (programação semafórica e localização dos semáforos

existentes)A receber

Estudos e análises de tráfego existentes A receber

Dados de acidentes de trânsito ocorridos nos últimos doze meses A receber

Dados de infrações de trânsito A receber

Rede cicloviária existente e planejada Recebido

Propostas de projetos/alterações existentes do sistema viário da cidade A receber

Tarifa praticada (Transporte público individual por táxi - TPIT) Recebido

Localização dos pontos de táxi A receber

Relação de frota (TPIT) A receber

Relação de linhas e seus itinerários (Transporte público coletivo por ônibus - TPCO) Recebido

Tarifas praticadas (TPCO) Recebido

Localização dos pontos de embarque e desembarque (PEDs) Recebido

Quadro de horários (TPCO) A receber

Frequência das Linhas do TPCO (Dia Útil, Sábado e Domingo) Recebido

Dados de frota (TPCO) A receber

Número de passageiros pagantes e não pagantes (TPCO) A receber

Descriminação de quilometragem total, viagens por dia, média de passageiros por mês

(TPCO)A receber

Estudos e análises de transporte existentes (TPCO) A receber

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4.2.2 Zoneamento de Tráfego

Para efeito de análise dos dados levantados as informações serão tabuladas em diferentes níveis de

agregação, relacionados à divisão espacial, que convergirão à proposição de um zoneamento de tráfego para o

município, sendo eles:

Setor censitário – Unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral (coleta das

informações censitárias), definido pelo IBGE, formado por área contínua, situada em um único quadro

urbano ou rural, com dimensão e número de domicílios que permitam o levantamento por um

recenseador. Será utilizada a base de dados do Censo Demográfico de 2010;

Zonas de Tráfego – Unidade espacial resultante da agregação de um ou mais Setores Censitários que

possuem características semelhantes. A homogeneidade dessas unidades está em suas características

físicas, urbanísticas, de conformação e hierarquização do sistema rodoviário e ferroviário, bem como

sua relação com redes de transporte coletivo. Também são considerados critérios relacionados ao

padrão socioeconômico e ao histórico de ocupação. Vale ressaltar que a delimitação das zonas de

tráfego deve ser compatível com os limites dos setores censitários, isto é, cada setor censitário deveria

estar contido, obrigatoriamente, por uma zona de tráfego. Nesse sentido, a Pesquisa Origem e Destino

norteará a divisão do município em zonas de tráfego.

Assim sendo tem-se que zonas de tráfego são representadas por regiões que apresentam homogeneidade de

comportamento de tráfego, ou seja, são regiões com características semelhantes e condições de acessibilidade

similares, determinando um mesmo padrão de viagens. E as zonas de tráfego a serem adotadas ao longo da

etapa de diagnóstico terão como base o zoneamento proposto pelo Plano Diretor de Transporte Urbano da

Grande Vitória e suas revisões e o zoneamento urbano utilizado no Plano Diretor Municipal (PDM) da Cidade

de Vila Velha.

Considerando que o PDM está sobre processo de elaboração/revisão, o ideal seria utilizar o zoneamento

atualizado do município. No entanto, como a Consultora não pode mensurar o andamento do processo de

elaboração do PDM, cabe ao Contratante fornecer as informações de uso e ocupação do solo e zoneamento

urbano mais recentes disponíveis.

Além das informações mencionadas, a definição das zonas de tráfego terá respaldo em visitas técnicas de

campo, que permitirão avaliar a realidade operacional do tráfego; além da avaliação da expansão urbana,

mediante análise de projetos em andamento, investimentos e polos geradores de tráfego.

As zonas de tráfego definidas nesse processo serão devidamente geoerreferenciadas e disponibilizadas em

mídia digital.

4.2.3 Levantamento dos Dados de Oferta e Demanda

O Termo de Referência para a elaboração do Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade (PlanMob) Vila

Velha apresenta na página 16 uma tabela resumo de todas as pesquisas e levantamentos que a Consultora

deverá realizar ao longo da elaboração do plano. Neste item, é detalhada como serão realizadas e executadas

cada uma dessas pesquisas, as alterações realizadas em relação ao Termo de Referência, além da definição das

pesquisas que efetivamente serão realizadas pelo Consórcio, e suas respectivas amostras.

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Tabela 4: Pesquisas e levantamentos previstos

Amostra ObservaçãoItem do

plano

OD Pesquisa Domiciliar origem e destino de

pessoas30.000 entrevistas - 4.2.3.1

Contagens volumétricas classificadas de

tráfego e ocupação visual para matriz de

origem e destino das viagens de transporte

coletivo e transporte individual

20 postos, nos dois sentidos de tráfego, das

06:00 às 20:00 hs, em dias úteis- 4.2.3.2. i - a

Contagem volumétrica classificada em locais

de interesse para avaliação da capacidade

viária

20 postos, considerando todos os

movimentos, em três períodos de dias úteis

(07:00 às 09:00 hs, 12:00 às 14:00 hs e das

16:00 às 19:00 hs)

A pesquisa será

realizada em 22 postos4.2.3.2. i - b

Contagens volumétricas de tráfego de

bicicletas

20 postos, nos dois sentidos de tráfego, das

06:00 às 20:00 hs, em dias úteis- 4.2.3.2. i - c

Contagens volumétricas de tráfego de

pessoas

10 postos de maior movimento de pessoas

nas vias do Município.- 4.2.3.2. i - d

Velocidade

5 corredores x 3 amostras/período x 3

períodos (07:00 às 09:00 hs; 12:00 às 14:00 hs

e das 16:00 às 19:00 hs)

Serão pesquisados 6

eixos de tráfego, nos

dois sentidos

4.2.3.2. ii

Pesquisa sobe e desce com senha, em 20%

das viagens no período de pico da tarde

(16:00 às 19:30), sendo no mínimo, 3 viagens

por linha.

20 linhas mais carregadas

Será realizado uma

pesquisa OD embarcada

nas 38 linhas mais

carregadas

4.2.3.3.

Embarque e desembarque de usuários em

pontos de parada principais

50 pontos nos principais corredores de

tráfego em três períodos do dia (07:00 às

09:00 hs; das 12:00 às 14:00 hs e das 16:00 às

19:00 hs)

Substituída pela

pesquisa OD embarcada-

Contagens volumétricas classificadas de

tráfego e ocupação visual para matriz de

origem e destino das viagens de transporte

coletivo e transporte individual

20 postos, nos dois sentidos de tráfego, das

06:00 às 20:00 hs, em dias úteis

Substituída pela

pesquisa OD embarcada-

Pesquisa de freqüência, tipo de veículo e

visual de carregamento5 pontos

Substituída pela

pesquisa OD embarcada-

Pesquisa origem e destino de cargas 1.000 entrevistas - 4.2.3.4. i

Pesquisa de profundidade com funcionários

do Complexo Portuário e Chocolates Garoto

para obtenção de informações quantitativas

e qualitativas sobre a movimentação de

veículos de carga e descarga

05 entrevistas - 4.2.3.4. ii

Pesquisa com comerciantes varejistas e de

atacado para obtenção de informações sobre

carga e descarga e estacionamento

250 entrevistas estratificadas por regiões e

pólos geradores- 4.2.3.4. iii

Pesquisa de satisfação e imagem dos serviços

de transporte

2.000 entrevistas com usuários de ônibus,

motoristas de automóveis e motociclistas- 4.2.3.4. iv

Avaliação qualitativa sobre o serviço de táxis 300 entrevistas - 4.2.3.4. v

Entrevistas com ciclistas

1.200 entrevistas estratificadas por período

e posto de acordo com a contagem

volumétrica nos 20 postos considerados

- 4.2.3.4. vi

Levantamento das condições de circulação

nos pontos de maior concentração de

pedestres

30 pontos

Serão realizados

levantamentos em 10

pontos

4.2.3.5. i

Avaliação e atualização dos principais

atributos da rede viária principal100 km - 4.2.3.5. ii

Leva

nta

me

nto

sTipo de pesquisa

Pe

squ

isas

de

trá

fego

Pe

squ

isas

de

tra

nsp

ort

eEn

tre

vist

as n

ão d

om

icil

iare

s

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4.2.3.1 Pesquisa Origem Destino de pessoas

Uma das pesquisas essenciais ao plano de mobilidade é a Pesquisa Origem Destino (OD), e tem como objetivo

principal coletar dados que permitam compreender a dinâmica dos deslocamentos das pessoas em uma

cidade ou aglomerado urbano, associando as características das viagens realizadas a variáveis

socioeconômicas e geográficas, permitindo identificar padrões nas viagens urbanas.

Desta forma, essa pesquisa levanta em campo dois tipos de informações: as características socioeconômicas

das diversas regiões da área de estudo e o perfil das viagens realizadas.

Os levantamentos de dados serão feitos em pesquisas realizadas nos domicílios e em pontos específicos da

área de estudo (Entrevistas e Pesquisas Viárias – Contagem Volumétrica), como nas rodovias e na área urbana,

que permitirão estimar os deslocamentos realizados pela população.

A pesquisa domiciliar tem como objetivo levantar os dados das viagens realizadas no dia anterior ao da

realização da pesquisa. Todos os deslocamentos realizados entre a origem e o destino final das viagens deverão

ser identificados. A entrevista deverá levantar os dados de viagens de todos os moradores da residência.

Os questionários dessa pesquisa serão aplicados a todos os moradores dos domicílios, coletando dados sobre

o domicílio, sobre os indivíduos e dados dos trajetos realizados para cada morador. As variáveis que serão

abordadas nas entrevistas são apresentadas na tabela a seguir.

Tabela 5: Principais variáveis do questionário domiciliar

Foco das variáveis

Grupo de Variáveis Variáveis Principais - Exemplos

Família / Domicílio

Dados de decodificação do

questionário

Se houve entrevista, número da família, número da pessoa entrevistada, nome e telefone do entrevistado para contato.

Dados de localização do domicílio

Endereço completo, ponto georreferenciado ou zona de tráfego.

Características do domicílio Tipo de residência, quantitativo de veículos, quantitativo de famílias e indivíduos residentes.

Migração Motivo da mudança de domicílio.

Indivíduos

Características sociais Posição ou situação dentro da família, sexo, idade, instrução, se estuda, endereço do local de estudo e setor censitário.

Características econômicas Se trabalha, tipologia do trabalho ou desocupação, condição de renda e/ou endereço do trabalho.

Dificuldade de locomoção Se possui, se é permanente ou temporária, tipo da dificuldade

Trajetos Características de

deslocamentos/ trajetos Dados de Origem, deslocamentos e destino, relacionados a localização

A Pesquisa Domiciliar será aplicada nos domicílios, com uma amostra definida da seguinte forma:

1. Metodologia: A pesquisa será feita de acordo com a técnica do Survey, que consiste na aplicação de

questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação.

2. População Pesquisada: Os entrevistados são moradores do município, com 16 anos ou mais.

3. Definição da Amostra: Será adotada uma amostra representativa para o conjunto do município.

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1º Estágio: Sorteio de setores censitários: Sorteio aleatório de setores censitários distribuídos em toda

área urbana do município, utilizando algoritmo que maximiza a dispersão geográfica dos setores

sorteados, otimizando a captação amostral da variabilidade observada na população nas

características de interesse para o estudo.

2º Estágio: Sorteio de domicílios: O sorteio dos domicílios, dentro dos setores censitários sorteados no 1º

estágio, será feito através de sorteio aleatório do primeiro domicílio, sendo o segundo escolhido saltando 3

(três) domicílios a direita, e assim sucessivamente até completar o número de entrevistas determinadas

para o setor. O número de domicílios permanentes sorteados será o mesmo número de entrevistas

determinadas para cada setor censitário, pois em cada domicílio será realizado uma única entrevista.

3º Estágio: Escolha do entrevistado: Para responder ao questionário será escolhida uma pessoa dentro

do domicílio segundo cotas de gênero, idade, escolaridade e renda familiar. Estas cotas foram calculadas

proporcionalmente a cada estrato, de acordo com os dados do IBGE (censo de 2010 e PNAD 2013).

Parâmetros Estatísticos:

Amostra: consideramos a realização de entrevistas em 30.000 entrevistas com a população.

Abordagem: face‐a‐face (domiciliar), sendo a amostra distribuída por cota (sexo, idade, escolaridade

e renda).

Questionário: estimado em 20 minutos.

Representatividade: considera leitura dos resultados para o conjunto da população entrevistada e

por subárea.

4.2.3.2 Pesquisas de tráfego

i. Contagens volumétricas

O processo normal de coleta das Pesquisas de Contagens Volumétricas de Tráfego (classificadas), de bicicletas

e de pessoas, consiste em utilizar contadores manuais mecânicos presos em uma prancheta na qual está

também a ficha para transcrição dos dados.

No entanto, a Consultora utilizará uma técnica inovadora que emprega uma unidade de coleta de vídeo criada

pela empresa norte-americana CountingCars. Com este sistema de câmeras, os dados de tráfego serão

coletados por meio da filmagem do fluxo de veículos. O equipamento será instalado nos locais da pesquisa,

sendo o tempo de coleta pré-programado.

O sistema consegue identificar pedestres, bicicletas, motos, carros, caminhões de médio porte, caminhões de

grande porte e ônibus. Os dados coletados são enviados para a CountingCars, onde são processados e podem

gerar relatórios em vários formatos (PDF, XLS, CSV, dentre outros), com no mínimo de 95% de precisão dos

dados coletados em campo.

Para fomentar o diagnóstico e o prognóstico do plano de mobilidade de Vila Velha serão efetuadas as

contagens classificadas volumétricas de veículos em seções e interseções urbanas, e as contagens

volumétricas de pedestres e bicicletas no município.

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Para as pesquisas de contagens volumétricas classificadas de veículos deverão ser contadas separadamente as

seguintes classes de veículos:

Automóveis;

Caminhões;

Ônibus; e

Motocicletas.

Os pontos destas pesquisas serão propostos pela Consultora e validados com os técnicos de trânsito e

transporte da Prefeitura de Vila Velha, com a finalidade de se obter a informação mais precisa e que melhor

retrate os problemas e deficiências de mobilidade desses pontos e do município no geral.

Nas seções a seguir são apresentadas as pesquisas de Contagem Volumétrica essenciais para subsidiar as

discussões e análises no diagnóstico e no prognóstico de mobilidade urbana de Vila Velha.

a) Contagens volumétricas classificadas (CCV) de seções

Foram definidos 20 postos de pesquisa, a serem validados junto ao órgão de trânsito do município, onde serão

realizadas as contagens. Estes pontos de contagem estarão localizados em rodovias e vias urbanas (vias locais,

coletoras e arteriais) que exercem o papel de vias de macroacessibilidade do município frente aos seus

municípios limítrofes. Sendo assim, estas contagens têm como objetivo verificar do perfil do fluxo de veículos

que entram e saem do município de Vila Velha.

As pesquisas CCV’s de seções ocorrerão ao longo de um dia, entre as 06:00 e 20:00 horas. A relação dos postos

de pesquisa é apresentada na Tabela 6, e sua locação é ilustrada na Figura 5.

Tabela 6: Pontos de Pesquisa CCV nas seções

Posto Localização

S-1 Av. Robert Kennedy – Ponte de saída para Cariacica (BR 262)

S-2 Av. Robert Kennedy – Antiga ponte do Camelo – chegada de Cariacica (BR-262)

S-3 Av. Robert Kennedy – Cruzamento com Av. Vale do Rio Doce

S-4 Segunda Ponte – Acessos de Vitória

S-5 Nova América – Acesso alternativo de Cariacica

S-6 Cobilândia – Acesso alternativo de Cariacica

S-7 Rio Marinho – Acesso alternativo de Cariacica

S-8 Avenida Carioca – 3ª ponte – Acesso de Vitória/Serra/norte do Estado

S-9 Av. Luciano das Neves x R. Europa

S-10 Av. Antônio Ataíde x Av. Carioca

S-11 Rodovia do Sol, em Nova Ponta da Fruta – chegada e saída de Guarapari/sul do Estado

S-12 Rodovia do Sol, após Rua Linhares – chegada e saída de Ponta da Fruta e adjacências

S-13 Rodovia do Sol x Rodovia Darly Santos

S-14 Rod. Darly Santos x Av. Arildo Valadão

S-15 Cruzamento Darly Santos x Carlos Lindenberg (Viaduto Alfredo Copolilo)

S-16 Cruzamento Estrada de Capuaba x Av. Jerônimo Monteiro

S-17 Av. Jerônimo Monteiro x Av. Sol

S-18 Cruzamento Av. Carlos Lindenberg x R. Emidio Ferreira Sacramento

S-19 Rodovia do Sol – Itaparica

S-20 ES 388 – Após Morada da Barra (CTRVV) – Acesso Zona Rural

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Figura 5: Pontos de Pesquisa CCV nas seções

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b) Contagem volumétrica classificada (CCV) de interseções

Para as pesquisas de contagem classificada de veículos (CCV) em interseções foram escolhidos 20 pontos de

pesquisa, cuja relação é apresentada na tabela a seguir.

Tabela 7: Pontos de pesquisa CCV nas interseções

Esses pontos de pesquisa foram definidos em locais centrais da mancha urbana da cidade com a finalidade de

avaliar, nos principais eixos viários dessas regiões, a distribuição horária do fluxo de veículos ao longo do dia

todo e determinar os horários de pico. Além disso, pode ser determinada a composição veicular do fluxo em

cada interseção. As pesquisas nos pontos serão efetuadas em dias úteis, e em três períodos, entre as 07:00 e

09:00 horas; entre as 12:00 e 14:00 horas; e entre as 16:00 e 19:00 horas. A Figura 6 apresenta a localização

dos pontos de pesquisa selecionados.

Posto Localização

I-1 Av. Robert Kennedy – Ponte de saída para Cariacica (BR 262)

I-2 Av. Robert Kennedy – Antiga ponte do Camelo – chegada de Cariacica (BR-262)

I-3 Av. Carlos Lindenberg x R. João Francisco Gonçalves

I-4 R. Ernesto Canal x R. Ana Siqueira x R. Cesar Alcure (Alvorada)

I-5 R. Ana Siqueira x R. Três Irmaõs (Alecrim)

I-6 Estrada de Capuaba x R. Fernando Antônio da Silveira (Sta. Rita)

I-7 Av. Jerônimo Monteiro x R. Severiano Silva (Paul)

I-8 Estrada de Capuaba x Av. Jerônimo Monteiro

I-9 Av. Jerônimo Monteiro x R. Sta. Terezinha (Glória)

I-10 Av. Carlos Lindenberg x R. Nossa Senhora da Penha (Ibes)

I-11 Av. Carlos Lindenberg x R. Sta. Terezinha (Glória)

I-12 Av. Jerônimo Monteira x R. Luciano das Neves (Centro)

I-13 Av. Henrique Moscoso x Rua Antônio Ataíde (Centro)

I-14 R. Castelo Branco x Av. Hugo Musso (Praia da Costa)

I-15 R. Antônio Ataíde x Av. Carioca (acesso 3ª ponte)

I-16 R. Luciano das Neves x Rua Belém

I-17 Av. Ruy Braga Ribeiro x Av. João Mendes

I-18 Av. Leila Diniz x Av. Sérgio Cardoso

I-19 Av. Carioca x Av. Jairo de Matos Pereira (acesso 3ª ponte)

I-20 Rua Ceará x Av. Hugo Musso (acesso 3ª ponte).

I-21 Rodovia do Sol x Av. Cachoeiro de Itapemirim

I-22 Rodovia do Sol x R. Evaldo Braga

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Figura 6: Pontos de pesquisa CCV nas interseções

c) Contagens volumétricas de tráfego de bicicletas

As contagens volumétricas de tráfego de bicicletas serão efetuadas em 20 pontos de pesquisa e ocorrerão, nos

pontos, em dois sentidos de tráfego e em dias úteis, entre as 05:00 e 20:00 horas. A relação dos pontos de

pesquisa propostos é apresentada na tabela a seguir.

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Tabela 8: Pontos de contagem volumétrica de bicicletas

A Figura 7 apresenta a locação dos 20 pontos de pesquisa de tráfego de bicicletas no município de Vila Velha.

Figura 7: Locação dos pontos de contagem volumétrica de bicicletas

Posto Localização

B-1 Ponte Florentino Avidos

B-2 Av. Carlos Lindenberg x Av. João Francisco Gonçalves

B-3 Rod. Darly Santos – próx. Viaduto com Carlos Lindenberg

B-4 Estrada de Capuaba – próx. Acesso para Santa Rita

B-5 Estrada de Capuaba x Av. Jerônimo Monteiro

B-6 Av. Carlos Lindenberg x R. Emidio Ferreira Sacramento x R. Ruy Braga Ribeiro

B-7 Av. Carlos Lindenberg x Av. Jerônimo Monteiro

B-8 Av. Jerônimo Monteiro x Rua Luciano das Neves

B-9 Av. Champagnat x Av. Desemb. Antônio Gil Veloso (Orla)

B-10 Av. Desemb. Antônio Gil Veloso x Av. Jair de Andrade (Orla)

B-11 Av. Jair de Andrade x Av. Prof. Francelina Carneiro Setúbal

B-12 Av. Jair de Andrade x R. Luciano das Neves

B-13 Av. Gonçalves Ledo (Corredor Bigossi)

B-14 Av. Vitoria Régia x Rua Cravo

B-15 Av. Sérgio Cardoso x Rua Leila Diniz

B-16 Av. João Mendes x Rua 18

B-17 Av. Estud. José Júlio de Souza x Rua Itagarça (Orla)

B-18 Rod. Darly Santos – em frente ao Terminal de Itaparica

B-19 Rodovia do Sol – em frente ao Posto do BPTran.

B-20 Rodovia do Sol x Av. Vitória

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d) Contagens volumétricas de tráfego de pedestres

As contagens volumétricas de tráfego de pessoas serão efetuadas em 10 pontos que apresentem maior

movimento de pessoas no município. A tabela na sequência apresenta a relação desses pontos de pesquisa.

Tabela 9: Pontos de contagem volumétrica de tráfego de pedestres

A Figura 8 apresenta a localização espacial destes pontos.

Figura 8: Locação dos pontos de contagem volumétrica de tráfego de pedestres

Posto Localização

P-1 Cruzamento Av. Jerônimo Monteiro x Av. Luciano das Neves (Centro)

P-2 Av. Henrique Moscoso (entre R. Antônio Ataíde e R. Luciano das Neves)

P-3 Cruzamento Av. Carlos Lindenberg x Av. Jerônimo Monteiro (Jaburuna)

P-4 Cruzamento Av. Jerônimo Monteiro x Rua Aurora (Glória)

P-5 Cruzamento Av. Carlos Lindenberg x Rua Santa Terezinha (Glória)

P-6 Av. Santa Leopoldina, Coqueiral de Itaparica, próx Prefeitura

P-7 Av. João Mendes, Santa Mônica, próx. Balãozinho

P-8 Rua Leila Diniz, Ilha dos Bentos, próx. Sartori Auto Peças

P-9 Av. Estud. José Júlio de Souza, Orla de Itaparica

P-10 Av. Desemb. Antônio Gil Veloso, Orla da Praia da Costa

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ii. Velocidade e retardo

As pesquisas de velocidade e de retardo têm por objetivo medir as velocidades de percurso de uma corrente

de tráfego em um determinado trecho viário e os respectivos tempos de retardamento com os respectivos

motivos (semáforos, intersecções, gargalos etc.), com a finalidade de conhecer a facilidade ou dificuldade para

percorrer o trajeto determinado.

Essa pesquisa consiste em duas etapas. A primeira é dividir as rotas de tráfego em trechos homogêneos, de

mesma característica operacional, demarcados em interseções de vias transversais ao percurso da rota.

A segunda etapa abrange a utilização de um equipamento de GPS (Global Positioning System) embarcado em

um veículo. Com o GPS, será possível registrar todo o percurso do veículo, cronometrando e calculando as

velocidades instantâneas em cada ponto do percurso. Estes dados são todos armazenados na memória interna

do equipamento, e, com isso, será possível determinar as velocidades de percurso e os tempos de atraso em

cada trecho. Nesta etapa, será necessário para realização da pesquisa apenas um motorista e um auxiliar para

operar o equipamento.

Após o diagnóstico efetuado pelo plano de mobilidade, serão definidos, em conjunto com os órgãos gestores

do trânsito de cada município, os principais corredores de tráfego onde serão efetuadas as pesquisas de

velocidade e retardamento.

As pesquisas serão realizadas em três períodos (7:00 às 09:00; 12:00 às 14:00; 16:00 às 19:00 hs), sendo três

amostras por período em seis eixos (e seus binários), detalhados abaixo:

1. 2ª Ponte / Av. Brasil / Av. Carlos Lindemberg / Av. Jerônimo Monteiro / Av. Luciano das Neves (Rotas 1

e 2);

2. 3ª Ponte / Av. Carioca/ Av. Luciano das Neves / Rodovia do Sol (Rotas 3 e 4);

3. Ponte Florentino Ávidos / Av. Sem. Robert Kennedy / R. Francisco Lacerda de Aguiar / R. César Alcure /

Av. Ângelo Caui / R. Ana Siqueira / Av. Fernando Antônio da Silva (Rotas 5 e 6);

4. Av. Anézio José Simões / Estrada Jerônimo Monteiro (Rotas 7 e 8);

5. Av. Capuaba / Rodovia Darly Santos / Rodovia do Sol (Rotas 9 e 10);

6. Av. Leila Diniz / R. Jorge Rizk / R. Maria de Oliveira Maresguia (e seu binário formado por R. Humberto

Pereira / Av. Cel Pedro Maia /João Cipreste Filho) (Rotas 11 e 12).

No total, serão analisados cerca de 85 km de vias considerando os sentidos pesquisados. Na tabela a seguir são

mostrados os trechos pesquisados, e a Figura 9 a seguir apresenta as seis rotas de tráfego.

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Tabela 10: Trechos a serem pesquisados por rota

Rotas Trecho Início Término

2ª Ponte - -

Av. Brasil 2ª Ponte Travessa Dom João Batista

Av. Carlos Lindemberg Travessa Dom João Batista R. Carolina Leal

Av. Jerônimo Monteiro R. Carolina Leal Av. Luciano das Neves

Av. Luciano das Neves Av. Jerônimo Monteiro Rod. Do Sol

R. Antônio Ataíde Rod. Do Sol R. Henrique Moscoso

R. Henrique Moscoso R. Antônio Ataíde R. Gonçalves Dias

Av. Carlos Lindemberg R. Gonçalves Dias Travessa Dom João Batista

Av. Brasil Travessa Dom João Batista 2º Ponte

2ª Ponte - -

3ª Ponte - -

Av. Carioca 3ª Ponte Av. Luciano das Neves

Av. Luciano das Neves Av. Carioca Rod. Do Sol

Rod. Do Sol Av. Luciano das Neves Rod. Darly dos Santos

Rod. Do Sol Rod. Darly dos Santos Av. Profa. Francelina Carneiro Setúbal

Av. Profa. Francelina Carneiro Setúbal Rod. Do Sol Av. Carioca

Av. Carioca Av. Luciano das Neves 3º Ponte

3º Ponte - -

Ponte Florentino Ávidos - -

Av. Sen. Robert Kennedy Ponte Florentino Ávidos R. Francisco Lacerda de Aguiar

R. Francisco Lacerda de Aguiar Av. Sen. Robert Kennedy Praça Getúlio Vargas

R. César Alcure Praça Getúlio Vargas Av. Ângelo Caui

Av. Ângelo Caui R. César Alcure R. Ana Siqueira

R. Ana Siqueira Av. Ângelo Caui R. Des. Ernesto Guimarães

Av. Fernando Ântônio da Silva R. Des. Ernesto Guimarães Av. Capuaba

Av. Fernando Ântônio da Silva Av. Capuaba R. Des. Ernesto Guimarães

R. Ana Siqueira R. Des. Ernesto Guimarães Av. Ângelo Caui

Av. Ângelo Caui R. Ana Siqueira R. César Alcure

R. César Alcure Av. Ângelo Caui Praça Getúlio Vargas

R. Francisco Lacerda de Aguiar Praça Getúlio Vargas Av. Sen. Robert Kennedy

Av. Sen. Robert Kennedy R. Francisco Lacerda de Aguiar Ponte Florentino Ávidos

Ponte Florentino Ávidos - -

Av. Anézio José Simões Av. Sen. Robert Kennedy Estrada Jerônimo Monteiro

Estrada Jerônimo Monteiro Av. Anézio José Simões Av. Carlos Lindemberg

Estrada Jerônimo Monteiro Av. Carlos Lindemberg Av. Anézio José Simões

Av. Anézio José Simões Estrada Jerônimo Monteiro Av. Sen. Robert Kennedy

Av. Capuaba Estrada Jerônimo Monteiro Av. Carlos Lindemberg

Rod. Darly Santos Av. Carlos Lindemberg Rod. Do Sol

Rod. Do Sol Rod. Darly Santos R. Joaquim Lira

Rod. Do Sol R. Joaquim Lira Rod. Darly Santos

Rod. Darly Santos Rod. Do Sol Av. Carlos Lindemberg

Av. Capuaba Av. Carlos Lindemberg Estrada Jerônimo Monteiro

Av. Leila Diniz Rod. Darly Santos Av. do Canal

R. Jorge Rizk Av. do Canal Av. Cel. Pedro Maia de Carvalho

R. Maria de Oliveira Maresguia Av. Cel. Pedro Maia de Carvalho Rod. Do Sol

R. Humberto Pereira Rod. Do Sol Av. Cel. Pedro Maia de Carvalho

Av. Cel. Pedro Maia de Carvalho R. Humberto Pereira R. João Cipreste Filho

R. João Cipreste Filho Av. Cel. Pedro Maia de Carvalho R. Jorge Rizk

R. Jorge Rizk R. João Cipreste Filho Av. do Canal

Av. Leila Diniz Av. do Canal Rod. Darly Santos

10

12

11

1

2

3

4

5

6

7

8

9

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Figura 9: Rotas de tráfego a serem pesquisadas

Os produtos dessas pesquisas serão aplicados em análises da capacidade e do desempenho das rotas de

tráfego.

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4.2.3.3 Pesquisas de transporte – Pesquisa origem e destino embarcada com senha

A pesquisa origem e destino embarcada com senha (OD com senha) terá como objetivo aferir a demanda das

principais linhas do município e incluirá a coleta de informações sobre a origem e o destino das viagens dos

passageiros, o número de usuários transportados, e a ocupação do veículo por ligação entre zonas de tráfego,

nos períodos típicos de maior movimentação de passageiros, consolidados por faixa horária. Nesse sentido, tal

pesquisa deverá aferir o número de pessoas que embarcam e desembarcam dos ônibus em cada ponto de

parada, proporcionando a caracterização das regiões de atendimento do sistema na área de estudo.

A pesquisa OD com senha possuirá metodologia semelhante à pesquisa “Sobe e Desce” com senha, em que

cada ônibus contará com três pesquisadores, que distribuirão senhas aos usuários e estabelecerão controle

dos horários de embarque e desembarque dos veículos, e realizarão simultaneamente o controle da taxa de

ocupação dos veículos. Além disso, cada veículo portará aparelho GPS, que permitirá aferir os horários de

atendimento e os percursos realizados. Nesse sentido, a pesquisa OD com senha substituirá a pesquisa “Sobe

e Desce” com senha prevista pelo Termo de Referência.

O horário de execução, incialmente proposto, compreenderia o período de pico da tarde, entre 16:00 e 19:30

horas, sendo que a amostra era composta por apenas 20 linhas de ônibus. No entanto, considerando a

complexidade metodológica da pesquisa e dos resultados esperados, serão efetuadas duas medições por

linha, nos períodos de pico da manhã (entre 06:30 e 09:00 horas) e da tarde (entre 16:00 e 19:30 horas). Neste

período, conforme orientações do contratante, deverão ser pesquisadas pelo menos 20% das viagens das 38

linhas mais carregadas, garantindo o mínimo de três viagens por linha por período de pico.

A relação das linhas de pesquisa propostas é apresentada na Tabela 11, sendo que a pesquisa inclui a análise

do sistema municipal e metropolitano.

Vale ressaltar que, mediante reunião com corpo técnico da Contratante e validação da realização da pesquisa

OD com senha, ficou pactuado que a realização da pesquisa de embarque e desembarque é dispensável, uma

vez que o tratamento adequado dos dados obtidos pela OD com senha terá como resultado secundário a

identificação dos PED’s mais solicitados pelas principais linhas do sistema de transporte público (municipal e

metropolitano).

Da mesma forma, ficou pactuado, ainda, que a realização da pesquisa de ocupação visual, tanto nos 20 pontos

da pesquisa volumétrica nas seções quanto nos 5 pontos internos, é dispensável, uma vez que o tratamento

adequado dos dados obtidos pela Pesquisa OD com senha terá também como resultado secundário a

quantificação do volume de passageiros no ônibus das principais linhas do sistema de transporte público

(municipal e metropolitano) por trecho.

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Tabela 11: Linhas de pesquisa OD com senha

Linha Descrição

Linha-1 009 Vale Encantado x Praia da Costa via Lindenberg/Glória

Linha-2 005 São Torquato x Praia da Costa via Vila Garrido, Santa Rita, Ataíde

Linha-3 006 São Torquato x Praia da costa via Vila Batista, Aribiri

Linha-4 007 São Torquato x Praia de Itapoã via Vila Batista, Garoto

Linha-5 015 Jockey Itaparica x São Torquato via Vila Batista

Linha-6 001 Araçás x Praia da costa e 002 - Araçás x Praia de Tapoã

Linha-7 020 Terra Vermelha x Glória via Ulisses Guimarães

Linha-8 021 Terra Vermelha x Praia da Costa via Cobilândia e 004 - Rio Marinho x Praia de Itapuã

Linha-9 003 Rio Marinho x Praia da Costa via Cobilândia e 004 - Rio Marinho x Praia de Itapoã

Linha-10 024 Terra Vermelha x São Torquato via Ulisses Guimarães, Aribiri, Vila Batista

Linha-11 037 Morada da Barra x São Torquato via Av. Brasil, Riviera da Barra, Garoto, Aribiri, Vila Batista

Linha-12 605 T. Vila Velha x T. Ibes via Coqueiral de Itaparica, Novo México

Linha-13 606 T. Vila Velha x T. Ibes via Coqueiral de Itaparica, Jd. Colorado

Linha-14 611 T. Itaparica x Praia da Costa via Itapuã

Linha-15 600 T. Itaparica x T. Ibes via Guaranhuns e 603 (via Rod. Darly Santos)

Linha-16 608 Boa Vista x T. Ibes via Soteco

Linha-17 616 Morada da Barra x T. Itaparica via Av. Daniela Perez

Linha-18 617 Morada da Barra x T. Itaparica via Av. Califórnia

Linha-19 624 T. Itaparica x T. S. Torquato via R. Marinho e 626 - via Jd. Marilândia

Linha-20 651 T. Vila Velha x Praia da Costa e 662 - via CREFES

Linha-21 656 T. Vila Velha x T. Itaparica via Rod. Do Sol

Linha-22 658 T. Ibes x T. São Torquato via Aribiri, Vila Batista, Paul

Linha-23 500 T. Vila Velha x T. Itacibá via 3ª ponte

Linha-24 501 T. Jacaraípe x T. Itaparica via 3ª ponte

Linha-25 503 T. Vila Velha x T. Laranjeiras via Reta da Penha, Lindenberg

Linha-26 507 T. Ibes x T. Laranjeiras via 3ª ponte

Linha-27 508 T. Itaparica x T. Laranjeiras via 3ª ponte

Linha-28 525 T. Vila Velha x T. Itacibá via T. Ibes

Linha-29 526 T. Vila Velha x T. Campo Grande

Linha-30 581 Bela Vista x T. Itaparica e 582 - Padre Gabriel x T. Itaparica

Linha-31 588 T. Campo Grande x T. Itaparica via Vale Encantado

Linha-32 1603 Itaparica x Rodviária via Itapuã, Beira Mar

Linha-33 1608 Araçás x Rodoviáris via Coqueiral de Itaparica, 3ª ponte

Linha-34 1609 Araçás x Aeroporto via Shopping Vitória

Linha-35 1610 Araçás x Jardim Camburi via UFES

Linha-36 1721 Shopping Mochura x UVV via Bela Aurora

Linha-37 1901 Marcílio de Noronha x Praia da Costa via Av. Expedito Garcia, Av. C. Lindenberg

Linha-38 1902 Marcílio de noronha x Praia da Costa via Av. Expedito Garcia, Av. Beira Mar

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4.2.3.4 Entrevistas não domiciliares

Neste item serão descritas a metodologia de realização das entrevistas de campo não domiciliares. São elas:

Pesquisa origem e destino de cargas;

Pesquisa de profundidade;

Pesquisa com comerciantes e varejistas;

Pesquisa de satisfação e imagem dos serviços de transporte;

Avaliação qualitativa sobre serviço de táxi;

Entrevistas com ciclistas.

i. Pesquisa origem e destino de cargas

A pesquisa de cargas consistirá em levantar as origens e destinos dos veículos de carga através de 1.000 (mil)

entrevistas. A metodologia de aplicação de tais entrevistas e da seleção dos entrevistados se baseia na

abordagem de veículos de carga nas principais áreas comerciais e industriais do município.

O objetivo da pesquisa é conhecer a dinâmica da circulação de cargas no município de Vila Velha, facilitando o

abastecimento da cidade de forma harmônica com o meio urbano. Dessa forma, serão coletados, importantes

dados qualitativos sobre o transporte de cargas na região.

Será realizado um detalhamento dos locais de origem e no destino, dados sobre o tipo e capacidade do

veículo, além do tipo e volume da carga transportada, bem como quais são os horários mais viáveis que

garantam o abastecimento e a prestação de serviços.

ii. Pesquisa de profundidade

A pesquisa de profundidade consistirá em obter informações quantitativas e qualitativas sobre a

movimentação de veículos de carga e descarga com os funcionários do Complexo Portuário e Chocolates

Garoto. Serão realizadas 5 entrevistas como amostra. Poderão ser feitas entrevistas qualitativas com os

funcionários destes empreendimentos, de modo a investigar a operação de carga e descarga e entender:

A respeito dos horários mais utilizados;

Tamanho dos veículos e frequência dessa operação durante a semana;

Volume de mercadorias carregado ou descarregado;

Se a locação da regulamentação em via pública atende as necessidades locais;

A perturbação no tráfego em suas proximidades;

Obtenção de possíveis controles de carga e descarga (em arquivos físicos ou Excel etc.);

Número de docas disponíveis e a dimensão e o número de suas vagas;

Ainda, poderá ser efetuada a pesquisa quantitativa para complementar a pesquisa qualitativa em via pública,

nos locais regulamentados, ou em docas do Complexo Portuário e Chocolates Garoto. Essa pesquisa consistirá

em elaborar um controle de carga e descarga, apenas registrando a hora; placa; modelo do veículo; volume

carregado ou descarregado; tempo desprendido na operação; tempo de ocupação da vaga; e o tempo

aguardando para iniciar a operação em via pública.

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iii. Pesquisa com comerciantes e varejistas

A pesquisa de entrevistas com comerciantes e varejistas tem como objetivo obter informações sobre a carga e

descarga e estacionamento destes polos geradores de tráfego. A amostra necessária é de 250 entrevistas

estratificadas por regiões e polos geradores. Poderão ser feitas entrevistas qualitativas com os comerciantes e

varejistas, de modo a investigar a operação de carga e descarga e estacionamento de veículos:

A respeito dos horários mais utilizados;

Tamanho dos veículos e frequência dessa operação durante a semana;

Volume de mercadorias carregado ou descarregado;

Se a locação da regulamentação em via pública atende as necessidades locais;

A perturbação no tráfego em suas proximidades;

Obtenção de possíveis controles de carga e descarga e de estacionamento (em arquivos físicos ou Excel etc.);

Número de docas disponíveis e a dimensão de suas vagas;

Número de vagas de estacionamento em via pública ou internos aos empreendimentos;

Ainda, poderão ser efetuadas pesquisas quantitativas para complementar a pesquisa qualitativa em

empreendimentos em que caso não se pode obter informações quantitativas a respeito destas atividades ou

em empreendimento em que a contratante julgue necessário.

Uma dessas pesquisas que poderão ser efetuadas, caso isso aconteça, será a pesquisa de rotatividade das

vagas de estacionamento e de carga e descarga em via pública, consistindo em levantar a cada 30 minutos, a

placa dos veículos em cada vaga cadastrada na pesquisa. Outra pesquisa quantitativa em docas destes

empreendimentos, consistirá de um controle de carga e descarga, apenas registrando a hora; placa; modelo

do veículo; volume carregado ou descarregado; tempo desprendido na operação; tempo de ocupação de vaga;

e o tempo aguardando para iniciar a operação em via pública.

iv. Pesquisa de satisfação e imagem dos serviços de transporte

Para ampliar a compreensão da análise do Sistema de Mobilidade quanto aos serviços de transporte deve-se

entender sua dinâmica e, por isso, faz-se imprescindível a participação de todos os agentes envolvidos no

processo. Nesse sentido será efetuada avaliação qualitativa dos serviços de transporte por meio da Pesquisa

de Satisfação e Imagem do Sistema de Transporte, cujo princípio básico é o levantamento junto aos usuários,

efetivos e potenciais, da sua opinião/percepção sobre o serviço. O objetivo de tal pesquisa é diagnosticar

atributos e características técnico-operacionais e fornecer indicadores de qualidade para a gestão destes

serviços de transporte dentro da ótica do Sistema de Mobilidade.

A Pesquisa de Satisfação e Imagem dos Serviços de Transporte consiste na aplicação de 2.000 questionários,

amostra definida pelo Termo de Referência, por meio de entrevistadores dispersos geograficamente para o

acesso a informações diversas e variadas, o que aumenta a amplitude da pesquisa. As entrevistas serão feitas

com usuários de ônibus, motoristas de automóveis e motociclistas, e ocorrerão em locais pré-determinados pela

Consultora, que serão validados/discutidos com os técnicos de trânsito e transportes da Prefeitura de Vila Velha.

Vale ressaltar que a escolha dos entrevistados será aleatória, de modo a retratar de forma mais fidedigna o

contexto atual.

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v. Avaliação qualitativa sobre o serviço de táxis

Para a adequada análise do Sistema de Transporte Público por Táxi (STPT) deve-se entender sua dinâmica e,

por isso, faz-se imprescindível a participação de todos os agentes envolvidos no processo. Nesse sentido será

efetuada avaliação qualitativa do STPT por meio da Pesquisa de Percepção dos Usuários, cujo princípio básico

é o levantamento junto aos usuários, efetivos e potenciais, da sua opinião/percepção sobre o serviço. O

objetivo de tal pesquisa é diagnosticar atributos e características técnico-operacionais e fornecer indicadores

de qualidade para a gestão.

A metodologia da Pesquisa de Percepção dos Usuários consiste na aplicação de 300 questionários, amostra

definida pelo Termo de Referência, por meio de entrevistadores dispersos geograficamente para o acesso a

informações diversas e variadas, o que aumenta a amplitude da pesquisa. As entrevistas ocorrerão nas

proximidades de pontos fixos de táxi e em locais pré-determinados pela Consultora, juntamente com

cooperativas e prestadores do STPT.

Vale ressaltar que a escolha dos entrevistados deve ser aleatória, de modo a retratar de forma mais fidedigna

o contexto atual.

Caso julgue necessário complementar as informações obtidas pelas entrevistas e aumentar a amostragem da

pesquisa, a Contratada poderá aplicar o questionário também via internet, que é um mecanismo acessível,

disseminado e, principalmente, presente na casa da grande maioria da população, o que permite um aumento

da participação. A Consultora desenvolverá um link de acesso para o questionário, e sua divulgação ocorrerá

por meios eletrônicos – sites institucionais e redes sociais da prefeitura. A pesquisa será divulgada, portanto,

no site da Prefeitura e nos principais canais de comunicação utilizados pela Administração Pública.

vi. Entrevistas com ciclistas

O objetivo da pesquisa é identificar as origens e destinos dos usuários de bicicleta no município. Será aplicado

um questionário, com duração estimada de 15 minutos, de forma amostral nos principais pontos de passagem

ou de acumulação de ciclistas no município. Os dados levantados serão os seguintes:

1. Ponto de pesquisa;

2. Hora da pesquisa;

3. Dados de origem para cada ocupante: motivo e endereço;

4. Dados de destino para cada ocupante: motivo e endereço;

5. Rota utilizada (principais ruas);

6. Local de estacionamento da bicicleta;

7. Frequência de utilização da bicicleta para o mesmo motivo;

8. Principais problemas enfrentados por quem anda de bicicleta.

A pesquisa de entrevistas com Ciclistas terá amostra de 1.200 entrevistas estratificadas por período e posto,

de acordo com a contagem volumétrica, realizada em 20 pontos.

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4.2.3.5 Outras pesquisas e levantamentos

vii. Levantamento das condições de circulação nos pontos de maior concentração de pedestres

Serão levantados no município 30 pontos de maior circulação de pedestres. Nestes pontos, com relação às

condições das calçadas, serão levantados os seguintes aspectos por quadra: a presença ou ausência de

sinalização ou de rebaixos; o estado de implantação de infraestrutura para pessoas com mobilidade reduzida;

o estado do pavimento e obstáculos; a largura das calçadas e a identificação de pontos críticos.

Concomitantemente à caracterização das calçadas será analisada a existência e as condições de circulação das

ciclovias e/ou faixas destinadas à circulação de ciclistas. Serão levantados a localização de ciclovias, ciclofaixas

e ciclorotas, bicicletários e paraciclos e condições das sinalizações.

viii. Avaliação e atualização dos principais atributos da rede viária principal

O sistema viário é o espaço público por onde as pessoas circulam e, para atender a suas funções, dispõe de

uma série de equipamentos instalados nas próprias vias. O planejamento do sistema viário depende, em parte,

das orientações e do controle sobre a distribuição das atividades econômicas e sociais pela cidade, mas

depende também da construção e da organização das próprias vias.

Nesse sentido, faz-se necessária a realização de vistorias como modo de averiguação da real funcionalidade

das vias, bem como compor a caracterização das mesmas.

O levantamento das principais informações referentes ao inventário da infraestrutura das vias será realizado

por meio de vistorias de campo, utilizando-se croquis, fichas de cadastro de campo, registros fotográficos,

posteriormente organizados em um banco de dados e georreferenciados. Dessa forma será levantado para

todas as vias o sentido de circulação, condições das calçadas, pontos de embarque e desembarque (PED’s) de

transporte coletivo, vagas de estacionamento rotativo e estacionamentos especiais.

Além do cadastro inicial, para as vias do sistema viário principal do município também serão levantados os

dados referentes à largura média de seção transversal, número de faixas, tipo de estacionamento, condições

de passeios e da sinalização horizontal e vertical, localização dos principais polos geradores de tráfego e

descrição das condições de tráfego, como segurança e estado de pavimento.

A Tabela 12 apresenta um modelo de apresentação das características físicas a serem levantadas em cada via.

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Tabela 12: Modelo de Formulário de caracterização de vias

Nome da via:

Descrição:

Características da Via:

Extensão do trecho em estudo:

Início/Fim:

Largura média da pista:

Sentido direcional:

Número de faixas por sentido:

Classificação viária:

Estacionamento:

Condição do passeio:

Condição da pavimentação:

Condição da sinalização vertical:

Condição da sinalização horizontal:

Fotografias da seção transversal

Serão identificadas, ainda, as áreas com carga e descarga existentes nas centralidades dos distritos,

localizando as mesmas pelo endereço e número do logradouro e tomando-se nota do tipo de placa de

sinalização, da dimensão de demarcação desta área na via e do uso do solo próximo a esta área. Da mesma

maneira são levantados os estacionamentos especiais, como idoso, ambulância, dentre outros. Serão

observadas, ainda, a localização e características dos estacionamentos rotativos, com gerenciamento do setor

público e privado.

Quanto ao controle de tráfego, deverão ser levantadas as características da sinalização horizontal e vertical de

tráfego, localização e características da sinalização semafórica, incluindo dispositivos de centralização,

localização e características operacionais e institucionais de equipamentos eletrônicos de apoio à fiscalização

(radares, lombadas eletrônicas e outros dispositivos), e localização e especificação técnica da sinalização de

tráfego.

Para a sinalização semafórica em específico serão observados os seguintes aspectos para as interseções:

1. Interseção: quais as vias identificadas no cruzamento;

2. Aproximação;

3. Tempo de verde (considerar os tempos referentes aos picos estudados);

4. Ciclo;

5. Número de estágios.

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4.2.4 Instrumentalização e sistematização dos dados

O Plano de Mobilidade a ser elaborado deverá cumprir um prazo de vigência, sobre o qual as propostas e

diretrizes elaboras se façam necessárias a partir da projeção da demanda atual com o tempo. O objetivo é

evitar a sobrecarga do sistema e a depreciação da mobilidade urbana.

Para tanto, a partir de todos os dados e informações consolidados, será criado e calibrado um modelo de rede, que

simule a realidade do sistema viário do município. Para isso, será utilizado o software de modelagem de redes de

transportes TransCad. Nele é possível calcular tempos de viagens, obter os carregamentos viários por trecho e

simular alternativas para cenários futuros. A Figura 10 mostra um exemplo de resultado obtido por este software.

Figura 10: Exemplo de Rede Simulada Pelo TransCad.

Metodologicamente, a instrumentação das análises utilizando o software TransCad inclui atividades como

preparação da base viária, lançamento de dados cadastrais disponíveis sobre a infraestrutura, aspectos urbanos e

territoriais, rede de transporte coletivo, entre outros dados que possam ser representados espacialmente.

Baseado nesta instrumentação será criado um modelo de rede, que simule a realidade do sistema viário dos

municípios e posteriormente, esta rede será abastecida com os dados levantados em campo, nas

pesquisa/entrevistas e nas contagens de tráfego e num segundo momento com os dados da estimativa da

demanda futura. Após a calibração da rede e das equações que representam variáveis importantes, será possível

diagnosticar quantas viagens são produzidas e atraídas por cada região e a distribuição de viagens entre as

diferentes zonas de tráfego e a divisão modal, tanto para o cenário atual, quanto para os cenários tendenciais.

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4.2.5 Caracterização dos sistemas de mobilidade e logística

Mobilidade urbana, para efeito da condução da elaboração do PlanMob será entendida como o conjunto de

deslocamentos de pessoas e bens, com base nos desejos e necessidades de acesso ao espaço urbano, por

meio da utilização dos diversos modos de transporte. Dessa forma, a caracterização da mobilidade municipal

será subdividida em algumas temáticas, que serão detalhadas no relatório diagnóstico, sendo elas listadas na

sequência.

A coleta das informações necessárias para a avaliação de cada um dos temas se resumirá nas visitas de campo

que serão efetuadas pela equipe técnica em complemento aos resultados das pesquisas e das reuniões

comunitárias que serão realizadas e aos dados colhidos junto à Contratante. A listagem dos dados requeridos

encontra-se no item 4.2.1)

4.2.5.1 Infraestrutura Viária

A infraestrutura viária será percebida como cumpridora de uma função principal no meio urbano: a de

mobilidade, como condutora do deslocamento de veículos e pedestres, sendo composta pela rede vária e pelo

mobiliário urbano e dando suporte à circulação como um todo. Serão reunidas informações necessárias para

caracterizar a infraestrutura viária, partindo das condições físicas das vias. E serão efetuados dois tipos de

análise: global, que avaliará o sistema viário do município, incluindo as diversas classificações viárias; e

regional, com base no zoneamento de tráfego elaborado a priori pela contratada, abrangendo aspectos

individuais de cada região. Serão efetuadas nessa etapa avaliações qualitativas, tendo como base a percepção

da equipe técnica aliada às considerações da comunidade local.

No âmbito global, será avaliada a organização territorial a partir da articulação da malha urbana; e

acessibilidade regional e interna. Já no cenário regional, será apresentada uma descrição mais detalhada de

cada eixo viário existente, permitindo a compreensão do real funcionamento do município, com base na

identificação de pontos críticos, o que fundamentará as propostas que serão apresentadas nos produtos

seguintes.

4.2.5.2 Circulação de Veículos

O volume, a velocidade e a densidade são algumas das características fundamentais dos aspectos dinâmicos

do tráfego. A investigação destes elementos permite a avaliação global da fluidez do movimento de veículos,

sendo que decorrem deles muitos dos problemas de tráfego municipais.

Nesse sentido, é válida a análise em termos das capacidades das vias e do volume representativo de veículos

das mesmas a fim de justificar a circulação em pontos pré-determinados, como nos corredores principais e nas

entradas e saídas do município. Dessa forma, nesse item serão efetuadas análises quantitativas dos resultados

das pesquisas, bem como identificação de pontos com ocorrência de retenção de veículos, formação de filas e

prática de velocidades lentas, formalizando a caracterização operacional e das condições de tráfego.

Nessa temática cabe ainda análise da hierarquização viária vigente (inclusive das possíveis inconsistências que

porventura forem percebidas pela contratada).

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4.2.5.3 Tipos de transporte e serviços prestados

Considerando que o sistema municipal de mobilidade urbana é o conjunto organizado e coordenado dos

modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no

território do município.

Será adotada a divisão dos tipos de transporte regulada pelo Código de Trânsito Brasileiro em duas categorias:

transporte motorizado, subdivido em individual e coletivo, e não motorizado.

Transporte motorizado individual: compreendem os deslocamentos realizados por meio de veículos

próprios, e os serviços de táxi, moto-táxi e fretamento, em que será analisada, ainda, a evolução da

frota municipal e a temática dos estacionamentos.

Transporte motorizado coletivo: compreende o serviço público de transporte escolar e o serviço

público de transporte coletivo de passageiros municipal e intermunicipal. Especificamente quanto ao

transporte coletivo municipal, inclui-se a caracterização dos pontos de embarque e desembarque

(PEDs); do terminal rodoviário e de aspectos da oferta e demanda

Transporte de carga: compreende toda a movimentação de cargas que ocorre no município.

Transporte não motorizado: compreende os deslocamentos realizados a pé ou por bicicletas, com

caracterização das condições das calçadas e ciclovias existentes e demais elementos de circulação a pé

e de bicicleta.

A análise dos serviços de transporte citados baseia-se na legislação vigente que regulamenta o serviço e na

caracterização físico operacional do serviço. Para tanto será realizado levantamento dos princípios legais

municipais que normatizam o sistema em questão a partir dos documentos relacionados e fornecidos pela

Contratante.

4.2.5.4 Acidentes e Infrações de Trânsito

A partir dos dados que forem disponibilizados pela Contratante será efetuada análise da segurança implícita à

mobilidade municipal e do cumprimento da regulamentação de trânsito no município.

4.2.5.5 Sistemas de informação ao usuário

A Lei 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana prevê a obrigatoriedade

do poder competente em informar a população acerca dos serviços que são disponibilizados, principalmente

do serviço de transporte coletivo, indicando itinerários, horários e interação com outros modais. Nesse sentido

a Contratada irá discorrer acerca da facilidade de se obter informações da rede viária e dos serviços públicos, e

dos meios de comunicação direta entre usuários e poder competente.

4.2.5.6 Planos, projetos e estudos existentes

Nessa abordagem estarão incluídos os investimentos previstos para o sistema viário municipal, bem como os planos

e projetos que se encontram em processo de desenvolvimento, em consonância com os esforços anteriores no

sentido de estabelecer uma política prática e efetiva na questão da mobilidade urbana. Vale ressaltar que, como o

município de Vila Velha compõe a Região Metropolitana da Grande Vitória, os investimentos dos municípios

limítrofes devem ser considerados, em termos de exercer influência na área de estudo.

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4.2.6 Diagnóstico da Situação Atual e Tendências

Esta etapa compreende a fase de avaliar, tirar as conclusões e elaborar o diagnóstico das questões técnicas e

jurídicas.

Metodologicamente, a avaliação, análise e formulação do diagnóstico serão realizadas pelos profissionais

especializados, de forma integrada, tendo por base os dados levantados com a comunidade, através do

processo de participação social (reuniões, audiência e reuniões comunitárias) e os dados e informações

consolidados, obtidos das reuniões técnicas, vistorias e pesquisas de campo.

O diagnóstico deve atender e compreender a leitura comunitária, a fim de conhecer os anseios e a demanda

da sociedade sobre diversas questões. A partir do diálogo permanente com a população, será possível

desenvolver um diagnóstico, que foque nos reais problemas da sociedade local.

Metodologicamente, os técnicos especialistas do Consórcio avaliarão as informações obtidas através das

pesquisas de campo e dos levantamentos documentais, complementados com as informações das oficinas e

audiências públicas e será definida a caracterização dos aspectos urbanos, de mobilidade e de uso do solo do

município, abordando todos os aspectos socioeconômicos, sociais e de transporte, considerando as relações

de uso e ocupação, identificação das regiões potenciais de urbanização que possa interferir no sistema de

mobilidade, bem como, as legislações pertinentes.

A partir destas informações obtidas através das pesquisas de campo e dos levantamentos documentais,

complementados com as informações das oficinas e audiências públicas será realizada uma caracterização dos

aspectos urbanos, de oferta e demanda e jurídicos.

4.2.6.1 Aspectos urbanos

Para a caracterização dos aspectos urbanos e de uso do solo serão abordados os seguintes temas:

Caracterização demográfica e socioeconômica por município, analisando as tendências de variações

como: população, empregos, renda, faixa etária e gênero;

Relação entre Uso e Ocupação do Solo, distribuição espacial de empregos e adensamento

populacional com o sistema de mobilidade, especialmente com a evolução da oferta de serviços de

transporte;

Identificação das regiões com sobra de potencial de urbanização ou com saturação de capacidade

(adensamento);

Análise dos impactos dos loteamentos aprovados e em fase de aprovação na Secretaria de

Planejamento Urbano;

Análise do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo, vigentes.

4.2.6.2 Aspectos de oferta e demanda – mobilidade de pessoas e bens

Em relação à caracterização da mobilidade no município de estudo, o tema será dividido entre dois grandes

eixos: oferta e demanda. Os dados de oferta se referem às condições do sistema viário e da sinalização,

benfeitoria para pedestres e ciclistas, características e ao dimensionamento das linhas de transporte coletivo,

dentre outros. Os dados de demanda referem-se a origem e destino das viagens de transporte coletivo ou

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privado, fluxos de tráfego em eixos viários e em intersecções, fluxos de pedestres, fluxo de ciclistas, fluxo de

cargas, variações temporais da demanda (horárias, diárias, semanais, etc.), indicadores de congestionamento

(velocidades, tempo de retardo em corredores, etc.), entre outros.

Na análise e caracterização da mobilidade, para os dois casos, abordar-se-á os seguintes temas:

Caracterização dos deslocamentos através de uma análise individualizada dos modos de transporte

motorizado por categorias – individual privado, transporte coletivo, transporte de passageiros

(fretado, escolar, táxi, moto-táxi), tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais;

Circulação de pedestres e ciclistas – abordando os motivos da escolha modal e as trocas e

complementações de viagens por modo;

Logística urbana – caracterização da demanda por bens e mercadorias, oferta de infraestrutura de

apoio, transporte de cargas (circulação de cargas comuns e perigosas), oferta e demanda de

estacionamentos públicos e privados, políticas e regulamentações;

Análise do impacto econômico do sistema de mobilidade – desutilidades, perdas econômicas (sistema

de saúde, acidentes, congestionamentos), relação entre custos e valor cobrado dos usuários por

modo, custos de implantação e manutenção de infraestrutura por cada modo, receitas tarifárias e não

tarifárias (multas e impostos);

Caracterização de Vila Velha como atratora e produtora de viagens;

Análise dos dados de acidentes no município através da técnica da severidade de acidentes, que

consiste em analisar o número de ocorrências e destacar a gravidade dos acidentes, associando a cada

situação (com vítima fatal, atropelamento, com ferido e com danos materiais) um determinado peso.

Com isso, é possível obter os pontos críticos do município que necessitam de intervenções viárias;

Avaliação dos aspectos institucionais e da legislação – facilidades e dificuldades na gestão municipal e

aparato legal em vigor pertinentes ao tema;

Análise da legislação vigente sobre calçadas;

Análise da política de estacionamento de veículos nas vias públicas, empreendimentos e

estacionamentos privados;

Caracterização do sistema viário, do sistema cicloviário e dos espaços de circulação de pedestres, de

acordo com o levantamento de dados e com o inventário fotográfico e físico.

4.2.6.3 Diagnóstico institucional e legal

Para elaboração do Diagnóstico Institucional e Legal serão utilizados dados e informações extraídos

diretamente junto aos órgãos municipais, referentes à legislação relacionada à mobilidade.

Após a análise de toda documentação obtida, caso haja necessidade de adequação ou implantação de algum

ato legal, face à implantação do PlanMob, serão apresentadas as devidas considerações e respectivas

justificativas ao Núcleo Gestor e, posteriormente, à Prefeitura Municipal, a fim de que as mesmas tomem as

providências cabíveis para regulamentação da matéria.

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4.2.7 Prognóstico

O prognóstico será subdividido em técnico e institucional/legal.

4.2.7.1 Prognóstico Técnico

Conceitualmente o prognóstico é a previsão do que poderá ocorrer dada a implementação de um conjunto de

ações, decorrente da análise sistemática do diagnóstico. O prognóstico comumente se estabelece a partir de

cenários possíveis de realizar. O primeiro cenário, parte da situação atual e apresenta um futuro sem a

implementação de nenhuma medida indicada. O cenário tangível considera a priorização das soluções dentro

das condições orçamentárias disponíveis no curto, médio e longo prazo, potencializando propostas de maior

alcance social, preservando e melhorando o ambiente comum, perseguindo a concretização da totalidade das

ações transformadoras, que irão produzir os resultados esperados.

A elaboração destes cenários é parte de um processo que envolve a participação do Núcleo Gestor e

tomadores de decisão, responsáveis por apontar hipóteses de transformações locais e regionais e suas

possíveis repercussões no município, bem como a análise da dinâmica urbana e estudos que tratam das

tendências de expansão da cidade.

Conceitualmente o prognóstico é a previsão do que poderá ocorrer dada a implementação de um conjunto de

ações, decorrente da análise sistemática do diagnóstico. Nesta etapa, serão desenvolvidos os seguintes

cenários:

Cenário básico (atual) e

Cenários tendenciais, representando situações e soluções contrastantes.

Na elaboração do cenário básico, resultante da situação atual, serão considerados os aspectos

socioeconômicos, de uso do solo e de mobilidade, resultantes da análise desenvolvida na fase de diagnóstico.

Na elaboração dos cenários tendenciais, serão incorporadas as aptidões e direções do desenvolvimento

urbano e socioeconômico, os projetos viários e de transporte já em andamento no município, em especial os

projetos de reestruturação do sistema de transportes e os grandes equipamentos urbanos previstos para cada

município.

A análise dos resultados obtidos através das simulações realizadas será feita de forma a identificar a situação

futura e seus problemas, tanto do ponto de vista de capacidade viária e níveis de serviço viário, quanto do

ponto de vista de qualidade do transporte coletivo, possibilitando a construção de alternativas e estratégias

para se alcançar os objetivos propostos no Plano de Mobilidade Urbana.

Para complementar e facilitar a análise dos resultados serão elaborados mapas temáticos, planilhas e

relatórios que facilitem a interpretação dos dados.

4.2.7.2 Prognóstico Institucional e Legal

O Prognóstico Institucional e Legal tem por objetivo avaliar as Legislações existentes e verificar a consistência e

compatibilidade com a legislação que se pretende aprovar na Câmara dos Vereadores do município para

implantação do Plano de Mobilidade Urbana.

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Metodologicamente a equipe de especialista jurídica, avaliará os instrumentos legais, analisará para

elaboração do diagnóstico, verificará a consistência e a compatibilidade com a legislação e propor as

adequações necessárias e aprovar junto à Câmara municipal para instituir o Plano de Mobilidade Urbana. Caso

seja detectado conflito com algum ato legal vigente, este será apresentado às autoridades locais, com a

indicação dos devidos ajustes, visando conciliar a estrutura legal em todas as esferas públicas cabíveis.

4.3 Etapa 3 – Elaboração do Plano de Gestão da Demanda e Diretrizes para Melhoria da Oferta

A partir da análise do diagnóstico e dos prognósticos elaborados com base em cenários futuros construídos e

simulados, serão determinadas, diretrizes, estratégias e táticas que proporcionem intervenções nos

subsistemas de mobilidade que solucionem ou minorem os problemas de mobilidade do município.

O conjunto dessas diretrizes, estratégias e táticas elaboradas na etapa descrita nesta seção comporão o Plano

de Gestão da Demanda e as Diretrizes para Melhoria da Oferta.

Nesta etapa, faz-se essencial que sejam considerados os planos, estudos e projetos, que já foram elaborados

ou estão em desenvolvimento, que tenham correlação direta com a mobilidade no município para a

elaboração dessas, diretrizes, estratégias e táticas. Ademais, esses planos, estudos e projetos devem ser

articulados a fim de garantir sua efetividade na melhoria do sistema de mobilidade do município.

Ressalta-se que na etapa, será realizado o Terceiro Seminário para a apresentação do Plano de Gestão da

Demanda e das diretrizes para a melhoria da oferta à comunidade, a fim de que a população também participe

do processo de elaboração do plano.

A elaboração do Relatório do Plano de Gestão Demanda e as Diretrizes de Melhoria da Oferta tem previsão

de ser efetuada no 5º e 6º meses, sendo sua entrega no último mês.

4.3.1 Plano de Gestão de Demanda

O Plano de Gestão de Demanda que será apresentado pela Consultora consistirá em propostas ou alternativas que

visam o controle sobre o crescimento/dispersão/redução da demanda por transporte, principalmente o individual.

Para isso, serão abordados durante a elaboração das propostas os seguintes assuntos:

Propostas de alterações na legislação urbanística;

Incentivos ao uso do transporte público e modos não motorizados;

Políticas e medidas de regulação urbana (trânsito, transporte e logística urbana);

Definição de responsabilidades dos agentes envolvidos;

Sistema de preços (visão sistêmica da mobilidade urbana); e

Programa de áreas ambientais.

As propostas de alterações na legislação urbanística levarão em conta o equilíbrio de uso do solo entre as regiões

do município, objetivando a promoção de regiões com uso do solo mais heterogêneo possível de ser exequível

em prática. Com isso, pode-se favorecer o desenvolvimento de diversos núcleos independentes nessas regiões

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do município. Consequentemente, influenciando na redução do tempo e distância dos deslocamentos feitos

pelos cidadãos de Vila Velha, e inclusive, na escolha do modo de transporte pelos mesmos.

Os incentivos ao uso do transporte público e modos motorizados perpassarão em táticas/estratégias de

persuasão de mercado e para mudança modal; em restrições ao uso do veículo privado em áreas

congestionadas; em melhoria do acesso, qualidade e atualização de informações pelos usuários, gestores e

operadores; em comunicação entre operadores e clientes; e, por fim, em um programa de acessibilidade e

incentivo aos modos não motorizados.

As políticas e medidas de regulação urbana consistem no ajuste de oferta e níveis tarifários de estacionamento

(rotativo); no regulamento de cargas e descargas na via; nas ações integradas de dissuasão das formas de

transporte ilegal.

As propostas preverão a determinação das responsabilidades de gestores do sistema, operadores e usuários

em cada diretriz, estratégia e tática elaborada no plano, com a finalidade de obter a maior executividade das

propostas com eficácia e eficiência.

Os sistemas de preços que serão elaborados no plano compreenderão estratégias para todos os modos, em

uma visão sistêmica de mobilidade urbana. Ou seja, será abordada a política tarifária e de remuneração de

transporte coletivo e de táxi; o estudo de viabilidade/implantação de pedágio urbano e rotativo para

automóveis; e aspectos tarifários de transporte escolar e fretamento.

O programa de áreas ambientais consistirá em propostas/projetos viários que contemplem a redução física de

velocidade nas vias locais, com uso de Traffic Calming em locais de uso público, como praças recreativas e

parques ecológicos. Desta forma, a seguir o conceito de priorização dos modos não motorizados.

Portanto, esses assuntos corroboram para a construção de propostas ou alternativas que tem como objetivo o

controle da demanda de transporte individual, considerando em ênfase especial que deve ser dada à

acessibilidade, a sustentabilidade ambiental e à inclusão social e priorização dos modos de transporte mais

frágeis do sistema de mobilidade, os modos não motorizados.

4.3.2 Diretrizes para Melhoria da Oferta

As diretrizes para a melhoria da oferta estarão articuladas entre si abarcando todos os modos de transporte e

em coerência ao Plano de Gestão de Demanda.

A estrutura das propostas estará conforme aos sistemas de mobilidade:

Sistema de circulação de pessoas a pé;

Sistema de circulação de pessoas no transporte coletivo;

Sistema de circulação de pessoas no transporte individual;

Sistema de circulação de pessoas em bicicletas;

Sistema de circulação de cargas e mercadorias.

Um detalhamento de cada um dos itens será realizado na Etapa 4 – Plano de Melhoria da Oferta –

Detalhamento.

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4.4 Etapa 4 – Plano de Melhoria da Oferta – Detalhamento

Com base nas Diretrizes de Melhoria de Oferta que foram desenvolvidas na etapa anterior, na etapa de Plano

de Melhoria da Oferta (detalhamento) serão desenvolvidas propostas de projetos e ações para diversos

horizontes e estabelecidos indicadores para o monitoramento de resultados. Os projetos e ações estarão em

um nível detalhamento que permitirá sua orçamentação nestes horizontes definidos.

Para uma melhor organização, as diretrizes serão discorridas na ótica dos sete grandes temas, a saber:

Estrutura Urbana;

Sistema Viário;

Pedestres e calçadas;

Ciclistas e Ciclovia;

Transporte Público;

Logística Urbana;

Gestão institucional.

Além disso, as diretrizes propostas e ações serão organizadas e apresentadas com o auxílio de uma matriz de

planejamento estratégico 5W2H (baseado nas siglas em inglês de what ou o que, why ou por que, where ou

onde, when ou quando, who ou quem, how ou como e how much ou quanto). Portanto, a matriz é composta

pelos seguintes campos:

Por que fazer: apresenta o problema presente no município;

Desafio a vencer: apresenta de uma forma genérica como solucionar tal problema;

Diretriz: apresenta uma série de medidas específicas para a solução do problema;

Quem fará: apresenta as partes responsáveis pela execução da diretriz;

Onde: apresenta onde será aplicada a diretriz;

Quando: apresenta o prazo estabelecido para a execução de cada diretriz;

Quanto: apresenta o valor estimado para a execução da diretriz.

Quanto aos prazos, apesar do termo de referência do PlanMob de Vila Velha estipular como horizontes os

anos de 2016, 2020 e 2026, a Consultora estabelecerá quatro horizontes para a execução das diretrizes,

baseados no início e término dos mandatos executivos da gestão municipal. São eles:

Imediato: diretrizes a serem cumpridas até o final de 2017;

Curto prazo: diretrizes a serem cumpridas entre os anos de 2017 e 2020;

Médio prazo: diretrizes a serem cumpridas entre os anos de 2021 e 2024;

Longo prazo: diretrizes a serem cumpridas entre os anos de 2024 e 2028.

Por fim, serão discorridos os impactos gerados, estimativas preliminares dos custos envolvidos (de

implementação, benefício e custo), análise preliminar de sua viabilidade e governabilidade, além da análise de

sensibilidade. Além disso, as propostas abordarão um plano de controle monitoramento de impactos e

diretrizes para as questões ambientais, especialmente quanto a mudança de matriz energética.

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Serão elaborados e detalhados os seguintes planos, projetos e ações:

Plano de Melhorias e Incentivo para o Transporte Não Motorizado;

Plano de Melhorias para o Transporte Coletivo;

Sistema de circulação de pessoas em transporte motorizado individual;

Sistema de Circulação de Cargas e Mercadorias

Plano de Sustentabilidade Ambiental e Energética;

Plano de Alinhamento e Hierarquização Viária;

Plano de Fortalecimento do Órgão Gestor do Transporte e Mobilidade.

Ressalta-se que na etapa, será realizado o Quarto Seminário para a apresentação do detalhamento das

diretrizes para a melhoria da oferta à comunidade, a fim de que a população também opine sobre o tema.

Esta etapa será efetuada entre o 7º e 9º meses, sendo que a entrega final do Relatório do Plano de Melhoria

da Oferta será realizada no 9º mês.

Nas próximas seções será apresentado o que estará contido nestes planos, projetos e ações.

4.4.1 Plano de Melhorias e Incentivo para o Transporte Não Motorizado

O Plano de Melhorias e Incentivo para o Transporte Não Motorizado compreenderá em ações e diretrizes

quanto aos sistemas de circulação de pessoas a pé e de bicicleta.

O sistema de circulação de pessoas a pé consistirá na elaboração de:

Programa de acessibilidade e padronização de calçadas, com a priorização de calçadas a serem

tratadas, com ênfase em conforto segurança e autonomia;

Diretrizes para acessibilidade nos acessos às edificações públicas e privadas;

Plano de melhoria de segurança e conforto do modo a pé, focado principalmente nas interseções

críticas identificadas no diagnóstico;

Propostas de vias de pedestres e ações de requalificação urbana integrando a medidas de moderação

de tráfego; e ações de respeito às faixas não semaforizadas.

Quanto ao sistema de circulação de pessoas em bicicleta serão elaborados:

o Planejamento e gestão (manutenção e monitoramento) de rede de ciclovias, ciclofaixas e rotas

cicláveis;

o Incentivo de implantação de bicicletários públicos e privados;

o Implantação de Sistema de Bicicletas compartilhadas.

4.4.2 Plano de Melhorias para o Transporte Coletivo

O Plano de melhorias de transporte coletivo compreenderá o desenvolvimento e verificações de viabilidade

das seguintes diretrizes e ações:

Diretrizes de requalificação do transporte coletivo: acesso de pedestres à rede (calçadas e pontos de

parada);

Diagnóstico, diretrizes e propostas para a rede de transporte (linhas, estações e corredores);

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Propostas de revisão de aspectos institucionais e regulamentação;

Diretrizes para tratamento preferencial – vias exclusivas / faixas preferenciais e exclusivas;

Diretrizes para acessibilidade, transporte coletivo e escolar para a área rural;

Diretrizes para o incentivo de criação de programas de rotinas de manutenção de Infraestrutura viária

e equipamentos para o transporte coletivo;

Ações específicas para os modos: ônibus municipal, ônibus metropolitano, serviços complementares,

serviços fretados e transporte escolar;

Diretrizes para integração e intermodalidade;

Viabilidade de outros modos e serviços, considerando os diferentes segmentos de mercado;

Análise dos impactos destas medidas sobre o sistema de transporte coletivo licitado e os contratos em

vigor e propostas de ajustes necessários;

Diretrizes e propostas para implantação de Sistema Inteligente de Transportes (ITS).

4.4.3 Sistema de Circulação de Pessoas em Transporte Motorizado Individual

O sistema de circulação de pessoas em transporte motorizado individual compreenderá o desenvolvimento e

verificações de viabilidade das seguintes diretrizes e ações:

Diretrizes para a rede viária para tráfego geral (complementações e adequações);

Política e diretrizes de uso da via (estacionamento e carga e descarga);

Proposição de um estudo da viabilidade de medidas de desestímulo do uso do automóvel através de

mudança de regulamentação de circulação e estacionamento, incluindo a gestão da rede viária, ou

criação de áreas com restrição de circulação de automóveis;

Propostas de rotas alternativas de ligação entre os bairros e entre as regiões do Município;

Diretrizes de segurança e de redução de acidentes nos deslocamentos (acidentes em todos os modos e

ocorrências de segurança pública);

Diretrizes para o Manual de Gestão da Manutenção da Infraestrutura Viária;

Diretrizes para o Manual de Gestão da Sinalização;

Diretrizes para o Plano de Gestão de Estacionamentos.

4.4.4 Sistema de Circulação de Cargas e Mercadorias

O sistema de Circulação de Cargas e Mercadorias compreenderá o desenvolvimento dos seguintes planos,

ações e diretrizes:

Definição de rede prioritária para circulação de mercadorias;

Proposta de tipos de veículos por região ou função;

Determinação de regulamentação de horários e paradas para carga e descarga;

Promover a redução da circulação de veículos pesados e readequando a operação de carga e descarga;

Incentivo/exigência de Pátio de triagem e estacionamento dos veículos portuários;

Diretrizes para o Plano de Logística e Distribuição;

Diretrizes para o Plano de Segurança do Corredor Ferroviário e do Corredor Logístico de Capuaba.

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4.4.5 Plano de Sustentabilidade Ambiental e Energética

O Plano de sustentabilidade ambiental e energética será proposto, a partir de diretrizes apresentadas pela

Consultora, buscando a eficiência na utilização dos recursos não renováveis, a redução da emissão de gases de

efeito estufa e dos níveis de ruído na Área Central e corredores e a valorização de áreas públicas.

4.4.6 Plano de Alinhamento e Hierarquização Viária

O Plano de Alinhamento e Hierarquização Viária da Cidade será proposto, a partir de diretrizes apresentadas

pela Consultora, tomando por base o anexo Mapa I.D do Plano Diretor Municipal, o Plano de Estruturação

Viária, bem como, os estudos e simulações realizados, com vistas inclusive à revisão do anexo do Plano Diretor

Municipal às novas condições constatadas.

4.4.7 Plano de Fortalecimento do Órgão Gestor do Transporte e Mobilidade

O Plano de Fortalecimento do Órgão Gestor do Transporte e Mobilidade será proposto para estruturar este

Órgão Gestor, a partir de diretrizes apresentadas pela Consultora, de forma que ele consiga ser capaz de

monitorar e fiscalizar o sistema de mobilidade do município, além de definir planejamentos, estratégias e

promover ações que garantam a assertividade na solução de problemas de mobilidade urbana.

Para isso, será elaborada uma proposta de como deverá ser organizada a hierarquia interna de suas

repartições para o desenvolvimento dos trabalhos e processos deste órgão; também, deverão ser sugeridas as

metas para cada seção de trabalho, a checagem do cumprimento dos objetivos e o possível ajuste, caso não se

consiga atingir a meta estabelecida.

Ademais, poderão ser propostos / promovidos cursos, workshops e palestras para a constante atualização da

esquipe técnica deste Órgão Gestor.

Outro ponto, é que serão propostos indicadores de mobilidade e sugestões de sistemas de informação para

cada sistema de mobilidade, como forma de monitoramento, de forma que gerem informações sobre o estado

de cada um, possibilitando as tomadas de decisões por parte dos gestores deste órgão para o ajuste e

readequação destes sistemas a fim de manter a constante melhoria da mobilidade urbana de Vila Velha

4.5 Etapa 5 – Plano de Implantação, Gestão e Monitoramento

O relatório do Plano de Implantação, Gestão e Monitoramento representa a última etapa do desenvolvimento

do Plano de Mobilidade Urbana de Vila Velha, e tem como objetivo a apresentação de um plano de

implantação das intervenções propostas segundo uma racionalidade capaz de possibilitar a alocação de

recursos em relação às necessidades do PlanMob.

4.5.1 Políticas de Investimentos

Será criada, portanto, uma política de investimentos que estabelece, dentre os segmentos de aplicação

definidos pelo PlanMob, os limites e regras que nortearão as aplicações dos recursos do plano visando

estabelecer um ambiente de controle de exposição aos riscos, permitindo flexibilidade estratégica na alocação

dos recursos e a liquidez necessária para que a contratante possa honrar seus compromissos de curto, médio e

longo prazo.

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A definição estratégica de longo prazo considerará os resultados dos estudos realizados (com destaque para os

cenários de investimento a serem elaborados na etapa de prognóstico) de forma a orientar os prazos dos

investimentos direcionados à efetivação do Plano de Mobilidade Urbana. E, como as intervenções propostas

apresentarão um caráter evolutivo, partindo em um primeiro momento dos horizontes pré-estabelecidos,

serão elaborados cronogramas físico-financeiros, cuja metodologia apresenta-se no subitem seguinte.

Em complemento ao plano de implantação, faz-se necessário o monitoramento de investimentos, que

verificará a gestão dos recursos garantidores do PlanMob, objetivando assegurar que sejam aplicados nos

segmentos previstos e de acordo com os limites estabelecidos. A gestão dos recursos deve seguir o conceito

de prudência, com cuidado, habilidade e diligência que se deve ter na aplicação dos recursos. E realizar-se há

por meio de corpo técnico do Órgão Gestor, que deverá ser reunido especificamente para a exercer a função

de gerir os recursos destinados à efetivação do PlanMob.

Além disso, uma vez que o acompanhamento dos resultados obtidos através da implementação das medidas

propostas em cada cenário de desenvolvimento é de fundamental importância para que seja possível executar

revisões no processo de planejamento, neste relatório também será apresentado o processo proposto para o

monitoramento dos resultados gerados sobre o sistema de mobilidade da cidade, em função das intervenções

propostas.

O plano de monitoramento do sistema envolverá o acompanhamento do grau em que os objetivos traçados

para o sistema vão sendo alcançados. A metodologia consiste na identificação dos objetivos estratégicos que

serão traçados pelo PlanMob, isto é, das temáticas que envolvem as diretrizes que serão propostas, buscando

avaliar, através de indicadores de desempenho ou componentes passíveis de serem monitorados, o

desempenho do sistema de mobilidade. Assim, os processos de acompanhamento dos resultados,

identificação de problemas no processo de planejamento e também realização de determinados ajustes que

viabilizem as alternativas propostas farão parte desta etapa.

Vale ressaltar que a implantação de um sistema de monitoramento só tem sentido se o mesmo possibilita

avaliar a evolução do sistema que se pretende monitorar, sendo que os indicadores mencionados deverão ser

analisados em termos de sua evolução ao longo do tempo e comparativamente com o desempenho de

sistemas semelhantes considerados como referências.

4.5.2 Formulação de Programa de Investimento

A determinação do Cronograma Físico-Financeiro partirá de alguns pressupostos, sendo que as hipóteses,

consideradas no estudo de viabilidade socioeconômica do Plano de Mobilidade de Vila Velha, definirão as

estratégias de implantação das medidas propostas para todo o horizonte de análise.

O estudo de viabilidade a ser realizado, por restrições temporais e por indefinições prévias de quantitativos e

atributos específicos, não envolverá maiores detalhamentos, especialmente no horizonte de curto prazo, em

termos de alocação de recursos em cada uma das intervenções previstas, especialmente porque em grande

parte das situações ainda não existirão projetos desenvolvidos. Dessa forma, a formulação do programa de

investimento buscará garantir compatibilidade entre os volumes de investimentos previstos nos estudos de

viabilidade com os montantes requeridos para a implantação das obras segundo o cronograma físico proposto.

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Produto 1 - Plano de Trabalho e Plano de Comunicação

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É importante destacar que os fluxos dos recursos considerados no estudo de viabilidade levarão em

consideração a capacidade do projeto em gerar benefícios à sociedade, e não nas condições reais do Poder

Público de disponibilizar os recursos necessários nos horizontes considerados na avaliação. O cronograma a

ser elaborado garantirá compatibilidade com as hipóteses adotadas ao longo do desenvolvimento do

PlanMob, mas não considerará eventuais restrições políticas orçamentárias da Contratante para implementar

as intervenções sugeridas, uma vez que foge ao escopo deste estudo a análise da capacidade de investimento

do Poder Público.

Nesse sentido, anualmente, ou sempre que necessário, o corpo técnico do Órgão Gestor terá liberdade para

definir sobre alterações e/ou manutenção da política de investimentos elaborada e o cronograma idealizado

pelo Consórcio poderá ser alterado e os recursos poderão ser realocados de acordo com os limites financeiros

do Poder Público.

4.6 Etapa 6 – Relatório Final e Seminário de Entrega

A última etapa do trabalho consiste na apresentação do relatório final contendo todas as diretrizes e

propostas elaboradas e aprovadas pelo Órgão Gestor e pela população.

Será redigida também uma minuta do projeto de lei que contemplará todos os dados levantados durante a

elaboração dos diagnósticos e prognósticos, considerando aspectos urbanos e socioeconômicos de cada

município, número de habitantes, expansão do uso do solo, demanda de transporte público e privado, os

tempos de viagens, tendências de crescimento e de expansão das cidades, caracterização das áreas urbanas,

organização e gestão do sistema de transporte e de mobilidade urbana.

Concluída a fase de prognóstico e elaboração de propostas, os resultados advindos da Audiência Pública

definirão o objeto a ser detalhado pela equipe técnica, que subsidiará a preparação das respectivas minutas

dos Projetos de Lei do Plano de Mobilidade Urbana de cada município. Metodologicamente, a especialista

jurídica-institucional fará o acompanhamento jurídico integral junto à Câmara Municipal de Vila Velha.

Ainda nesta etapa, será confeccionada também uma Revista Técnica, ou Caderno Síntese, que sintetizará todo

o PlanMob de Vila Velha e tem como objetivo dar ciência à comunidade sobre o Plano de Mobilidade Urbana,

indicando os principais aspectos do Plano, sua forma de implantação, mostrando quais os benefícios que

trarão à comunidade. Está revista irá conter, de forma bastante didática, todo o processo de construção do

PlanMob, seu conteúdo, fases, considerações, escolhas e resultados, apresentando todas as diretrizes e

propostas para a melhoria da mobilidade em Vila Velha para os anos horizonte (2016, 2020 e 2030). Esta

revista será distribuída de forma gratuita à população e contará com uma tiragem de 500 exemplares.

Por fim, será realizado um Seminário Final de Entrega formal do Relatório Final do PlanMob Vila Velha e

encerramento do trabalho.

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Produto 1 - Plano de Trabalho e Plano de Comunicação

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5 CRONOGRAMA

O cronograma de execução dos trabalhos, segundo o Termo de Referência, será o seguinte:

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Tabela 13: Cronograma

4/7 11/7 18/7 25/7 1/8 8/8 15/8 22/8 29/8 5/9 12/9 19/9 26/9 3/10 10/10 17/10 24/10 31/10 7/11 14/11 21/11 28/11 5/12 12/12 19/12 26/12 2/1 9/1 16/1 23/1 30/1 6/2 13/2 20/2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

1 Plano de Trabalho e Comunicação Plano de Trabalho e Comunicação (1) 1 2

2 Diagnóstico e Prognóstico 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2.1 Planejamento das Pesquisas de Tráfego 1 1 1 1

2.2 Consolidação do Zoneamento de Tráfego Relatório do Zoneamento de Tráfego (2a) 1 1 1 2

2.3 Primeiro Seminário - Lançamento Primeiro Seminário (2b) 1 1 1 1 2

2.4 Realização de Pesquisas de Tráfego e Levantamentos 1 1 1 1

2.5 Entrega de Relatório Relatório de Pesquisa de Tráfego (3a) 2

2.6 Instrumentalização da Análise e Simulação 1 1 1 1

2.7 Consolidação do Diagnóstico Físico 1 1 1 1 1 1 1

2.8 Entrega de Relatório Relatório de Diagnóstico Físico (3b) 2

2.9 Planejamento das Entrevistas (Domicil iares e Não-domicil iares) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2.10 Seleção e Treinamento da Equipe de Campo 1 1 1 1

2.11 Realização das Entrevistas (Domicil iares e Não-domicil iares) 1 1 1 1 1

2.12 Realização das Oficinas Regionais Comuntárias 1 1 1

2.13 Entrega de Relatório Relatório de Entrevistas e Oficinas (3c) 2

2.14 Instrumentalização da Análise e Simulação 1 1 1 1 1 1

2.15 Consolidação Diagnóstico e Prognóstico 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2.16 Segundo Seminário Segundo Seminário (4) 2

2.17 Entrega de Relatório Relatório de Diagnóstico e Prognóstico (4) 2

3 Plano de Gestão da Dem. e Dir. Oferta 1 1

3.1 Concepção de Propostas 1 1

3.2 Análise das Propostas e simulações

3.3 Terceiro Seminário Terceiro Seminário (5)

3.4 Entrega de Relatório Plano de Gestão da Dem. e Dir. Oferta (5)

4 Plano de Melhoria da Oferta

4.1 Concepção de Propostas

4.2 Análise das Propostas e simulações

4.3 Quarto Seminário Quarto Seminário (6)

4.4 Entrega de Relatório Plano de Melhoria da Oferta (6)

5 Plano de Implant. Gestão e Monit.

5.1 Concepção de Propostas

5.2 Quinto Seminário Quinto Seminário (7)

5.3 Entrega de Relatório Plano de Implant. Gestão e Monit. (7)

6 Relatório Final e Seminário de entrega

6.1 Desenvolvimento dos Documentos Finais

6.2 Elaboração Caderno síntense

6.3 Entrega dos Documentos Finais Relatório Final, Caderno Síntese, Mapas,

Banco de Dados, Minuta de Lei (8)

6.4 Sexto Seminário Seminário Final (8)

ProdutosDescrição fev/17out/16 jan/17nov/16 dez/16jul/16 ago/16 set/16ET

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27/2 6/3 13/3 20/3 27/3 3/4 10/4 17/4 24/4 1/5 8/5 15/5 22/5 29/5 5/6 12/6 19/6 26/6 3/7 10/7 17/7 24/7 31/7 7/8 14/8 21/8 28/8 4/9 11/9 18/9 25/9 2/10

35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66

1 Plano de Trabalho e Comunicação Plano de Trabalho e Comunicação (1)

2 Diagnóstico e Prognóstico

2.1 Planejamento das Pesquisas de Tráfego

2.2 Consolidação do Zoneamento de Tráfego Relatório do Zoneamento de Tráfego (2a)

2.3 Primeiro Seminário - Lançamento Primeiro Seminário (2b)

2.4 Realização de Pesquisas de Tráfego e Levantamentos

2.5 Entrega de Relatório Relatório de Pesquisa de Tráfego (3a)

2.6 Instrumentalização da Análise e Simulação

2.7 Consolidação do Diagnóstico Físico

2.8 Entrega de Relatório Relatório de Diagnóstico Físico (3b)

2.9 Planejamento das Entrevistas (Domicil iares e Não-domicil iares)

2.10 Seleção e Treinamento da Equipe de Campo

2.11 Realização das Entrevistas (Domicil iares e Não-domicil iares)

2.12 Realização das Oficinas Regionais Comuntárias

2.13 Entrega de Relatório Relatório de Entrevistas e Oficinas (3c)

2.14 Instrumentalização da Análise e Simulação

2.15 Consolidação Diagnóstico e Prognóstico

2.16 Segundo Seminário Segundo Seminário (4)

2.17 Entrega de Relatório Relatório de Diagnóstico e Prognóstico (4)

3 Plano de Gestão da Dem. e Dir. Oferta 1 1 1 1 1 1 1

3.1 Concepção de Propostas 1 1 1

3.2 Análise das Propostas e simulações 1 1 1 1 1

3.3 Terceiro Seminário Terceiro Seminário (5) 2

3.4 Entrega de Relatório Plano de Gestão da Dem. e Dir. Oferta (5) 2

4 Plano de Melhoria da Oferta 1 1 1 1 1 1 1 1

4.1 Concepção de Propostas 1 1 1

4.2 Análise das Propostas e simulações 1 1 1

4.3 Quarto Seminário Quarto Seminário (6) 1 1 1 1 1 2

4.4 Entrega de Relatório Plano de Melhoria da Oferta (6) 2

5 Plano de Implant. Gestão e Monit. 1 1 1 1 1 1 1

5.1 Concepção de Propostas 1 1 1 1 1 1 1

5.2 Quinto Seminário Quinto Seminário (7) 2

5.3 Entrega de Relatório Plano de Implant. Gestão e Monit. (7) 2

6 Relatório Final e Seminário de entrega 1 1 1 1 1

6.1 Desenvolvimento dos Documentos Finais 1 1 1 1 1

6.2 Elaboração Caderno síntense 1 1 1

6.3 Entrega dos Documentos Finais Relatório Final, Caderno Síntese, Mapas,

Banco de Dados, Minuta de Lei (8) 2

6.4 Sexto Seminário Seminário Final (8) 2

set/17ProdutosDescrição jun/17mar/17 abr/17 mai/17 jul/17 ago/17ET

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Quanto ao cronograma de entrega correspondentes a cada produto, o mesmo ficou da seguinte forma:

Tabela 14: Cronograma com datas de entregas previstas.

Item Produto % Valor R$

1 Plano de Trabalho e Comunicação (1) 12/07/2016 1 2% 28.944,02

Relatório do Zoneamento de Tráfego (2a) 29/07/2016 1 4% 57.888,04

Primeiro Seminário (2b) 31/10/2016 4 1% 14.472,01

Relatório de Pesquisa de Tráfego (3a) 02/09/2016 3 12% 173.664,12

Relatório de Diagnóstico Físico (3b) 07/10/2016 4 8% 115.776,08

Relatório de Entrevistas e Oficinas (3c) 09/12/2016 6 8% 115.776,08

4Relatório de diagnóstico e prognóstico e segundo seminário

realizado.17/02/2017 8 10% 144.720,10

5Plano de Gestão da Demanda e Diretrizes de Melhoria

entregue e terceiro seminário realizado.14/04/2017 10 12,5% 180.900,13

6Plano de Melhoria da Oferta entregue e quarto seminário

realizado16/06/2017 12 12,5% 180.900,13

7 Plano de Implantação, Gestão e Monitoramento entregue 04/08/2017 14 10% 144.720,10

8Relatório Final e Caderno Síntese e Minuta de Projeto de Lei

entregues e Seminário de entrega do plano realizado.15/09/2017 15 20% 289.440,20

Previsão entregas/ Mês

2

3

1.447.201