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COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCENDIOS Município de Belmonte PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS - CADERNO II Plano de Ação

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COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA

CONTRA INCENDIOS

Município de Belmonte

PLANO MUNICIPAL DE

DEFESA DA FLORESTA

CONTRA INCÊNDIOS -

CADERNO II Plano de Ação

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Caderno II – Plano de Ação

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Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios - Belmonte

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PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS

Caderno II – Plano de Acão

Índice

1 - ENQUADRAMENTO DO PLANO NO ÂMBITO DO SISTEMA DE GESTÃO

TERRITORIAL E NO SISTEMA DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA

INCÊNDIOS (SDFCI) ---------------------------------------------------------------------------- 2

2 – MODELOS DE COMBUSTIVEIS, CARTOGRAFIA DE RISCO E

PRIORIDADES DE DEFESA CONTRA INCÊNDIOS FLORESTAIS -------------- 5

2.1 - Carta dos Combustíveis Florestais ------------------------------------------------------------------------ 5

2.2 – Cartografia de Risco de Incêndio Florestal ------------------------------------------------------------- 7

2.3 - Carta de Prioridades de Defesa -------------------------------------------------------------------------- 11

3 – OBJECTIVOS E METAS DO PMDFCI ---------------------------------------------- 12

3.1 – Tipologia ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 12

3.2 - Objetivos e metas do PMDFCI --------------------------------------------------------------------------- 13

4 – EIXOS ESTRATÉGICOS ---------------------------------------------------------------- 14

4.1 - 1.º EIXO ESTRATÉGICO - Aumento da resiliência do território aos incêndios

Florestais ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 14

4.1.1 – Levantamento da Rede de Defesa da Floresta Contra Incêndios ------------------------ 19

4.1.2 – Planeamento das ações referentes ao 1.º Eixo Estratégico -------------------------------- 25

4.2 – 2º EIXO ESTRATÉGICO - Redução da incidência dos incêndios -------------------------- 47

4.2.1 – Avaliação ------------------------------------------------------------------------------------------------ 49

4.2.2 – Planeamento das ações referentes ao 2º Eixo Estratégico--------------------------------- 51

4.3 – 3º EIXO ESTRATÉGICO - Melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 58

4.4 – 4º Eixo estratégico - Recuperação e reabilitação dos ecossistemas --------------------- 65

5 - ADOPÇÃO DE UMA ESTRUTURA ORGÂNICA FUNCIONAL E EFICAZ ----------------------- 71

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1 - ENQUADRAMENTO DO PLANO NO ÂMBITO DO SISTEMA DE GESTÃO

TERRITORIAL E NO SISTEMA DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA

INCÊNDIOS (SDFCI)

O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), é uma ferramenta

fundamental de planeamento, como de aumento da eficácia da operacionalidade das várias

atividades ligadas à prevenção, programação, organização e execução de um conjunto de ações

de prevenção, pré-supressão e reabilitação de áreas ardidas que a Comissão Municipal de

Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) dispõem para o desencadeamento das

operações e coordenação das ações de prevenção e combate a incêndios florestais, tudo isto

com base nas normas contidas na legislação DFCI em especial no Decreto-Lei n.º 124/2006 de

28 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro, legislação complementar,

nomeadamente o Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI) – Resolução

de Conselhos de Ministros n.º 65/2006, de 26 de Maio, Resolução de Conselho de Ministro n.º

5/2006 de 18 de Janeiro, os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) e os Planos

Distritais de Defesa da Floresta contra Incêndios (PDDFCI). A estrutura da elaboração e revisão

do PMDFCI, foi determinada com a publicação do Despacho n.º 4345/2012 de 27 de Março. A

Comissão Municipal de Defesa Contra Incêndios (CMDFCI) de Belmonte desenvolveu o presente

plano, cabendo ao Gabinete Técnico Florestal (GTF) a elaboração do mesmo.

Com a concretização deste plano está o Município de Belmonte a dar cumprimento ao

disposto no Decreto-Lei 17/2009 de 14 de Janeiro, que prevê no n.º 2 do artigo 10º a elaboração

do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), que estabelece as

medidas e ações a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra

Incêndios (SNDFCI) e especifica as mesmas no âmbito municipal.

É, em função deste plano que se decidirá a necessidade de serem criadas/beneficiadas

faixas de gestão de combustíveis, utilizando medidas de silvicultura preventiva, como operações

de limpeza mecânica/manual da vegetação sub arbórea, desrama e monda do arvoredo

existente, criando zonas livres de vegetação rasteira, que se transformam em obstáculo à

progressão das chamas. Estas faixas serão complementadas por acessos viários de diversas

categorias.

Também em função do que for estabelecido neste plano, será definida a rede municipal

de pontos de abastecimento de água a viaturas de combate a incêndios, destinada a assegurar

uma generosa e ubíqua disponibilidade deste recurso. As ações de defesa da floresta contra

incêndios, irão também passar pela sensibilização e formação junto das populações.

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No que se refere ao enquadramento do PMDFCI no sistema de gestão territorial

concelhio apenas à referir o Plano Diretor Municipal (PDM), em termos regionais enquadra-se

no Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro.

O Plano Diretor Municipal (PDM), á data de elaboração do PMDFCI encontra-se em

revisão, estando em vigor a PDM ratificado pela resolução de Conselhos de Ministros nº. 23/96,

de 13 de Março.

Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro, é um instrumento de

desenvolvimento territorial que, de acordo com as diretrizes definidas a nível nacional e

integrando as estratégias municipais de desenvolvimento local, estabelece as orientações para

o desenvolvimento do território regional e define as redes regionais de infraestruturas,

transportes e serviços. Relativamente aos incêndios florestais, este PROT do Centro refere que

a crescente incidência dos incêndios junto das habitações, quer se trate de pequenas ou médias

localidades, ou de povoamentos isolados, os riscos dela derivados, fazem com que se deva ter

em particular atenção esta questão na organização dos espaços urbanos, em especial na sua

interface com os espaços rurais. As vias de comunicação e todas as infraestruturas, em particular

as que possam assumir valor patrimonial ou operacional relevante (monumentos, hospitais,

escolas, etc.) deverão merecer um especial tratamento atendendo ao potencial risco de incêndio

florestal. Assim, sendo uma das causas mais frequentemente apontadas para o problema dos

incêndios florestais, o desordenamento do território, deveria aproveitar-se a oportunidade que o

PROT proporciona para aprofundar e atacar o problema, com vista a contribuir para a sua

minimização.

1.1 – Enquadramento do PMDFCI no sistema de Defesa da Floresta Contra

Incêndios – Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior

Norte (PROF - BIN)

A Beira Interior Norte, divisão territorial em que se insere o concelho de Belmonte, viu o

seu Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) ser aprovado pelo Decreto Regulamentar

n.º 12/2006, de 24 de Julho. DR n.º 141, Série I, introduzindo um importante instrumento de

planeamento e ordenamento florestal.

Para além do Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Norte (PROF-

BIN) e do Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PDFCI), o concelho de

Belmonte não se encontra abrangido por mais nenhum sistema de planeamento e gestão

territorial. O PROF-BIN, tem um período de vigência de 20 anos, podendo ser atualizado a cada

5 anos, definiu dez sub-regiões homogéneas, duas das quais abrangem o concelho de Belmonte,

a Sub-região homogénea Raia Norte e a Sub-região homogénea Estrela.

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No território concelhio não estão presentes áreas que integrem a Rede Natura 2000, nem

áreas classificadas como Áreas Protegidas.

Os objetivos específicos da sub-região homogénea Raia Norte visam a implementação

e incrementação das funções de desenvolvimento da silvo-pastorícia, caça e pesca nas águas

interiores, de proteção e de produção. E os objetivos específicos da sub-região homogénea

Estrela visam a implementação e incrementação das funções de recreio, enquadramento e

estética da paisagem, de proteção e de conservação dos habitats, de espécies da fauna e flora

e de geomonumentos.

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2 – MODELOS DE COMBUSTIVEIS, CARTOGRAFIA DE RISCO E

PRIORIDADES DE DEFESA CONTRA INCÊNDIOS FLORESTAIS

2.1 - Carta dos Combustíveis Florestais

A carta de modelos de combustíveis florestais, para o concelho de Belmonte foi

elaborada com base na classificação criada pelo Northern Forest Laboratory (NFFL), com a

orientação de aplicabilidade desenvolvida por Fernandes, P.M., esta metodologia classifica os

diversos combustíveis florestais, relativamente ao seu comportamento face ao fogo, dividindo-os

em treze modelos diferentes. Três baseados no estrato herbáceo, quatro no arbustivo, três na

manta morta e três nos resíduos lenhosos.

No concelho de Belmonte, e de acordo com a classificação referida, predominam os

seguintes modelos de combustível:

Grupo Modelo Descrição

Herbáceo

1

Pasto fino, seco e baixo, com altura abaixo do joelho, que cobre completamente

o solo. Os matos ou as árvores cobrem menos de 1/3 da superfície. Os

incêndios propagam-se com grande velocidade pelo pasto fino. As pastagens

com espécies anuais são exemplos típicos.

2

Pasto contínuo, fino seco e baixo, com presença de matos ou árvores que

cobrem entre 1/3 e 2/3 da superfície. Os combustíveis são formados pelo pasto

seco, folhada e ramos caídos da vegetação lenhosa. Os incêndios propagam-

se rapidamente pelo pasto fino. Acumulações dispersas de combustíveis

podem incrementar a intensidade do incêndio.

Arbustivo 4

Matos ou árvores jovens muito densos, com cerca de 2 metros de altura.

Continuidade horizontal e vertical do combustível. Abundancia de combustível

lenhoso morto (ramos) sobre as plantas vivas. O fogo propaga-se rapidamente

sobre as copas dos matos com grade intensidade e com chamas grandes. A

humidade dos combustíveis vivos tem grande influência no comportamento do

fogo.

Manta

morta 9

Folhada em bosque denso de coníferas ou folhosas, forma uma camada pouco

compacta e arejada. É formada por agulhas largas como no caso do Pinus

pinaster, ou por folhas grandes e frisadas comos as de Quercus pyrenaica,

Castanea sativa, outras. Os fogos são mais rápidos e com chamas mais

compridas.

Quadro 1 – Modelos de combustíveis

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Pode-se apreciar na carta referente a este tópico, que a maioria das formações florestais do

Concelho pertencem justamente às categorias de maior inflamabilidade.

2.2 – Cartografia de Risco de Incêndio Florestal

A cartografia de risco de incêndio florestal permite a identificação de áreas mais

vulneráveis à ignição e propagação do fogo, logo com um risco de incêndio mais elevado. Trata-

se, portanto de uma ferramenta de apoio à prevenção do risco de incêndio por possibilitar a

análise da localização ideal dos equipamentos e das necessidades medidas a adotar

relativamente à vigilância. No entanto, identificar as áreas de risco de incendio mais elevado não

quer dizer que a ocorrência de um fogo se desenvolva unicamente nessa áreas, uma vez que o

seu comportamento é dinâmico, como por exemplo pode estar sujeito a fatores meteorológicos,

enquanto o cálculo do risco de incêndio, se encontra mais relacionado com os fatores

combustíveis.

Para a elaboração desta cartografia foi adotada a metodologia SCRIF (IGP), optando-se

por fatores estáticos, tais como:

De origem biofísica, designadamente a ocupação de solo e a localização e

tipologia dos combustíveis;

De origem fisiográfica, como sejam os declives e as exposições;

De origem social, centrados na densidade demográfica e na densidade

demográfica e na densidade de caminhos.

Por ordem decrescente de importância face ao potencial risco de incêndio florestal final,

os critérios selecionados são: ocupação do solo, declives, rede viária, exposições e densidade

populacional.

A ocupação de solo foi definida tendo em conta a Carta de Uso e Ocupação do Solo de

Portugal Continental para 2007 (COS2007).

A atribuição da classificação de risco de incêndio foi feita tendo em conta os diferentes

graus de inflamabilidade e combustibilidade de cada espécie presente no concelho de Belmonte.

Como a propagação do fogo mantem uma relação com o declive de modo não linear,

estabeleceram-se ponderações que pretendem representar o aumento do risco de incêndio com

o aumento do declive. O declive influencia a velocidade e a direção dos ventos, assim como a

velocidade e a propagação do fogo. Um declive acentuado tem tendência a favorecer a

propagação do fogo pela aproximação dos combustíveis às chamas, uma vez que determina a

dessecação desses mesmos combustíveis em continuidade vertical, os quais entram em

contacto com o ar quente das chamas subjacentes. Isto acontece também devido à presença de

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fortes ventos ascendentes, originados por depressões com grandes declives intensos, que

proporcionam o rápido desenvolvimento de uma corrente de convecção. Consequentemente, o

acentuar do declive condiciona o ataque ao incêndio, limitando a acessibilidade dos meios à

frente do mesmo. Desta forma, a declives mais acentuados foram atribuídos maiores valores de

risco de incêndio.

A proximidade às estradas municipais e a densidade de caminhos agrícolas e florestais

são dois fatores de origem humana com influência na perigosidade de incêndio para as áreas

florestais adjacentes. Os incêndios florestais que têm origem humana, seja por negligência e/ou

acidente, ou por ignição intencional criminosa, iniciam-se frequentemente perto da rede viária,

pelo que a proximidade a uma estrada ou caminho pode aumentar o perigo de ignição. Por outro

lado, também se pode considerar que existem uma densidade ótima de caminhos. Grande parte

do combate aos incêndios é realizada por viaturas-cisterna, sendo que a distância útil de combate

é em grande medida determinada pela existência de uma rede viária. Esta apresenta-se, como

um dos elementos a considerar na problemática da prevenção e do combate a incêndios

florestais pelas três principais funções que desempenha a este nível, primeiro porque permite a

visibilidade para quem circule nas vias, segundo porque permite o acesso das viaturas de

combate a incêndios, e por último, porque pode também funcionar como corta-fogos.

Desta forma, o valor de risco de incêndio aumenta com a proximidade à rede viária. Em

relação à densidade desta rede viária foram atribuídos maiores valores de risco para densidades

muito pequenas e muito altas, e menores valores de risco para densidades intermédias.

A exposição do relevo aos raios solares é um fator que influencia a dinâmica do fogo e

a vulnerabilidade da vegetação aos incêndios. Pode-se afirmar que as variações do tempo

atmosférico durante o dia numa determinada área são fortemente determinadas pela sua maior

ou menor exposição aos raios solares, isto é, quanto maior é a exposição, mais elevada será a

temperatura e menor a humidade nessa área. Assim, à medida que a posição do sol se modifica,

varia a temperatura à superfície, a humidade relativa, o conteúdo da humidade em humidade

dos combustíveis e a velocidade e direção dos ventos locais. Por outro lado, as encostas

ensolaradas são mais secas e contêm menos vegetação combustível que as de sombra.

Uma elevada densidade populacional, irá promover o aumento do risco do risco de

incêndio florestal devido à maior probabilidade de negligência e/ou acidente (áreas de lazer,

atividades agrícolas, zonas de caça, etc.)

A zona onde existe maior perigosidade de incêndio concentra-se nas zonas serranas das

freguesias de Maçaínhas e união de freguesias Belmonte e Colmeal da Torre, havendo uma

mancha isolada de alto risco na Toca da Moura em Caria.

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2.3 - Carta de Prioridades de Defesa

A cartografia de prioridades da defesa resulta do confronto entre os polígonos de

perigosidade de incêndio alto e muito alto com outros elementos de reconhecido valor ou

interesse económico, social, cultural ou ecológico. Aplicando-se este método ao Município de

Belmonte constata-se que na ausência destes valores em espaços rústicos, as prioridades de

defesa neste Concelho se cingem aos principais núcleos urbanos e alguns núcleos

populacionais, nomeadamente Belmonte (vila), Colmeal da Torre, Maçainhas, Caria, Malpique,

Monte do Bispo, Inguias, Quinta Cimeira, Olas e Carvalhal Formoso.

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3 – OBJECTIVOS E METAS DO PMDFCI

Nos termos do enquadramento jurídico e administrativo da política florestal portuguesa,

compete à Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios definir e aprovar os

Eixos Estratégicos do PMDFCI, os quais serão tecnicamente assessorados pelo Gabinete

Técnico Florestal da Câmara Municipal de Belmonte. Os eixos estratégicos são plasmados em

cinco orientações:

1º Eixo estratégico: aumento da resiliência do território aos incêndios florestais

2º Eixo estratégico: redução da incidência dos incêndios

3º Eixo estratégico: melhoria da eficácia do ataque e da gestão de incêndios

4º Eixo estratégico: recuperar e reabilitar os ecossistemas

5º Eixo estratégico: adaptação de uma estrutura orgânica e funcional eficaz

3.1 – Tipologia

Segundo a Metodologia de Tipificação dos Municípios, publicada pela Autoridade Florestal

Nacional, Janeiro 2010, os concelhos do território de Portugal Continental encontram-se divididos

em quatro tipos, com base na relação entre número de ocorrências e número de hectares de

área ardida, em povoamentos e matos:

Poucas ocorrências

Pouca área ardida (T1)

Muita área ardida (T2)

Muitas ocorrências

Pouca área ardida (T3)

Muita área ardida (T4)

O número de ocorrências e os valores de área ardida, por concelho, correspondem aos totais de

uma série de 15 anos (1994-2008). Ambos foram ponderados pela área florestal do concelho e

classificados em um de quatro tipos, demarcados de acordo com determinados limiares.

Quer para o número de ocorrências quer para a área ardida o limiar entre “pouco” e “muito” foi

colocado na mediana do conjunto das ponderações. Os limiares usados permitiram estratificar

geograficamente o território de uma forma que se considerou adequada para distinguir os

grandes tipos de problemas/soluções associados à incidência do fogo.

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A área florestal por concelho foi determinada recorrendo ao CORINE LAND COVER 2000 e

agregando as áreas de classe de coberto do solo consideradas vulneráveis aos incêndios

florestais. A metodologia utilizada tem por base a análise da área ardida e do número de

ocorrências registadas no período 1994-2008.

Conforme a Metodologia de Tipificação dos Municípios, o concelho de Belmonte nos anos

de 1990 a 1995 foi classificado com a tipologia T4, isto é, muitas ocorrências e muita área ardida.

Nos anos de 1996 a 2011 foi classificado com a tipologia T2, isto significa poucas ocorrências e

muita área ardida. E tal pode ser verificado no Caderno I, capitulo 5.

3.2 - Objetivos e metas do PMDFCI

Quanto às metas a atingir passam pela diminuição da área ardida e diminuição dos

tempos de intervenção.

Objetivos Metas

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 5NO 2

Redução área ardida <5ha <5ha <5ha <5ha <5ha

1º Intervenção em menos de 20

minutos

100% das ocorrências

100% das ocorrências

100% das ocorrências

100% das ocorrências

100% das ocorrências

Eliminação dos tempos de

intervenção> 60 minutos

100% 100% 100% 100% 100%

Eliminação de incêndios com mais

de 10ha 100% 100% 100% 100% 100%

Quadro 2 – Objetivos e Metas do PMDFCI

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4 – EIXOS ESTRATÉGICOS

4.1 - 1.º EIXO ESTRATÉGICO - Aumento da resiliência do território aos

incêndios Florestais

Neste eixo de atuação preconiza-se um delineamento estratégico de sistemas de gestão

de combustível, desenvolvendo processos que permitam aumentar o nível de segurança de

pessoas e bens e tornar os espaços florestais mais resilientes à ação do fogo. Este eixo

estratégico está intimamente ligado ao ordenamento do território e ao planeamento florestal,

promovendo a estabilização do uso do solo e garantindo que essa ocupação se destina a

potenciar a sua utilidade social. É aqui que se vai dar resposta ao nº1 do artigo 15º do Decreto-

lei nº124/2006, de 28 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro, definindo

os espaços florestais onde vai ser obrigatório a gestão de combustíveis junto das diferentes

infraestruturas presentes e se operacionaliza ao nível municipal as faixas de gestão de

combustível previstas nos níveis de planificação regional e nacional.

Entende-se por Rede Secundária de Faixas de Gestão de Combustível (FGC), como

sendo um conjunto de parcelas lineares de território, onde se garante a remoção total ou parcial

de biomassa florestal, através da afetação a usos não florestais e do recurso a determinadas

atividades ou técnicas silvícolas. O que se pretende com a criação destas faixas é a diminuição

de perigo de incêndio e ao mesmo tempo criar uma barreira de forma a diminuir a intensidade

do fogo, quando este chega a uma FGC. Devem, ser estrategicamente localizadas, protegendo

de forma passiva pessoas e bens.

Desta forma, terão de ser tomadas medidas de proteção contra incêndios, que incluam

cada vez mais ações de prevenção e que englobem os seguintes aspetos fundamentais:

Correção dos erros estruturais e culturais que a generalidade dos povoamentos de resinosas

do concelho apresentam, designadamente no que respeita às continuidades verticais e

horizontais de cargas de combustíveis.

Gestão da vegetação através de corte mecânico de matos – aconselha-se a

utilização de corta-matos, fundamentalmente nas áreas de matos e bordadura dos

povoamentos, onde não seja possível a aplicação de fogo controlado. Os produtos daí

resultantes, serão sempre que possível, estilhaçados e deixados no terreno de forma a

contribuir para o aumento do teor de matéria orgânica no solo e redução dos fenómenos

erosivos. Para um melhor aproveitamento dos recursos e implementação de uma

verdadeira atividade sustentável, poder-se-ão criar condições para destinar estes

resíduos a instituições sem fins lucrativos, ou ainda à central de biomassa existente no

concelho.

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Gestão da vegetação através de corte manual de matos – preconiza-se a limpeza de

matos, por faixas ou manchas de dimensão variável, em zonas com intensa regeneração

natural de vegetação autóctone, linhas de água ou locais cujas características

orográficas permitam a criação de áreas de contenção do fogo.

Desbaste, desrama e eliminação de resíduos – estás operações devem ser

desenvolvidas, em faixas de dimensão variável, ao longo dos caminhos que atravessam

ou ladeiam os povoamentos, faixas que se entrepõem entre povoamentos e áreas

agrícolas e/ou de matos onde a probabilidade de utilização de fogo como prática cultural

é elevada.

Realização de ações de sensibilização e formação da população em geral. Para além das

ações referidas relativas à gestão da vegetação, é importante a aposta na formação cívica da

população escolar e dos produtores florestais.

Adequar a gestão dos espaços florestais à necessidade de conservação dos

habitats de fauna e flora, através da sensibilização dos produtores florestais para a sua

importância e aproveitar as diversas oportunidades existentes na área das ações de

formação para aumentar a especialização e o conhecimento daqueles que desenvolvem

o seu trabalho em atividades relacionadas com a floresta, deve ser uma prioridade.

Investigação das principais causas e fatores que contribuem para a ocorrência de

incêndios.

Estudo e aplicação das técnicas de gestão de combustíveis que melhor se

adequam às características e condicionalismos do concelho.

Gestão da vegetação através de fogo controlado, consiste na eliminação, através do

fogo, da parte aérea dos matos de forma a criar áreas de dimensão variável, dominadas

predominantemente por gramíneas e/ou arbustos. Esta técnica é aplicada em áreas de

matos e/ou subcoberto de resinosas, pretendendo-se, simultaneamente, criar áreas de

pastoreio e quebrar a continuidade vertical e horizontal dos combustíveis.

Construção/beneficiação dos pontos de água, uma vez realizado o levantamento,

caracterização e validação dos pontos de água distribuídos pelo concelho, existe a

necessidade de ser comprovado o seu estado de conservação antes da época crítica

dos incêndios. O acesso deverá ser fácil e rápido e o seu funcionamento deverá ser

autónomo.

A deflagração de incêndios nas áreas de matos, muitas vezes contíguas a povoamentos

de espécies florestais resinosas ou autóctones, prende-se sobretudo, com a criação de zonas

de pasto. Assim, nestas áreas pretende-se potenciar o aparecimento, em manchas ou faixas, de

vegetação herbácea e/ou arbustiva pouco lenhificada com vista à criação de zonas de pasto para

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o gado e fauna selvagem. Deverão ser planificadas ações de fogo controlado ou promovidas

queimadas devidamente licenciadas.

Também no âmbito da silvicultura preventiva poderão ser instaladas cortinas de abrigo,

com o objetivo de reduzir localmente a velocidade do vento e intercetar faúlhas e outros materiais

incandescentes. Estas deverão estar estrategicamente localizadas em áreas desarborizadas

(fundos de vales com elevada pendente, cumeadas, faixas de proteção a linhas elétricas…) e

ser perpendiculares à direção predominante do vento.

As manchas de vegetação autóctone, a par da vegetação ripícola e dos lameiros,

constituem efetivas barreiras naturais à propagação de incêndios. Deste modo, preconiza-se a

limpeza e condução de manchas ou núcleos de regeneração natural autóctone sempre que as

suas características possam vir a possibilitar a criação de áreas de contenção de fogos.

A gestão das galerias ribeirinhas deverá ter em atenção, por um lado, a maior

importância e sensibilidade ecológica destes espaços e, por outro, a necessidade de evitar que

estas formações se transformem em corredores preferenciais na propagação dos fogos, como

vem sucedendo (devido quer à topografia, quer à elevada densidade e continuidade do

combustível, quer ainda à alta inflamabilidade em condições climatéricas e edáficas

desfavoráveis).

Também deve destacar-se a importância do tratamento das Faixas de Gestão dos

Combustíveis (FGC) no planeamento da rede viária estruturante, nacional, municipal e local.

Essa abordagem tem como objetivos diminuir a probabilidade da deflagração de fogos nas

bermas das estradas, dificultar a propagação de focos nascentes e facilitar a utilização destas

vias como pontos de acesso e de apoio ao combate das frentes de fogo.

As FGC, com uma largura mínima de 100 m em redor das povoações, não são

desenhadas para parar um fogo, mas sim para conferir às forças responsáveis pelo combate

uma maior probabilidade de sucesso no ataque e contenção de um grande incêndio florestal. O

desenho das FGC tem em consideração as particularidades da paisagem e o histórico dos

(grandes) fogos na região, designadamente no que respeita às causas da ignição e às condições

meteorológicas e de combustíveis que propiciam o seu desenvolvimento, provocando incêndios

de grande extensão e intensidade. Neste sentido, deverá ser constantemente recolhida toda a

informação disponível sobre anteriores eventos catastróficos e sobre a sua causalidade,

aproveitado o conhecimento de técnicos, guardas florestais, bombeiros, trabalhadores rurais com

experiência local em ações de combate e prevenção de fogos. A delimitação das FGC é baseada

na rede viária ou noutro tipo de infra-estrutura que permita uma delimitação bem definida e capaz

de permitir a circulação dos meios de 1ª intervenção e combate.

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A eficácia das FGC está dependente da capacidade de, em caso de emergência, nelas

se concentrarem os recursos de combate; neste sentido, é fundamental não só o sucesso das

estratégias de diminuição do número de ignições em situações meteorológicas de elevado perigo

de incêndio, mas também a diminuição do risco potencial das diversas infraestruturas

(habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, fábricas, entre outros). A criação de uma FGC implica

a adoção simultânea de programas de manutenção (em intervalos de 2-5 anos), sem os quais

se pode tornar ineficaz e mesmo perigosa. A manutenção deverá, desejavelmente, ser integrada

com atividades geradoras de recursos financeiros como a silvopastorícia, a gestão cinegética, a

recolha de biomassa para energia, a agricultura ou a produção de frutos silvestres.

De acordo o Diário da Republica n.º 17 de 14 de Janeiro de 2009 art.º 16 n. 2, a

construção de edificações para habitação, comercio, serviços e indústria fora das áreas

edificadas consolidadas é proibida nos terrenos classificados neste PMDFCI com risco de

incêndio das classes alta ou muito alta, sem prejuízo das infraestruturas definidas na Rede de

Defesa da Floresta Contra Incêndios.

As novas edificações em espaço florestal ou com ele confinante, têm de salvaguardar na

sua implantação no terreno a garantia de distância à extrema da propriedade de uma faixa de

proteção nunca inferior a 50 metros, medida a partir da alvenaria exterior da edificação. As faixas

de proteção ás novas edificações devem estar inseridas nas propriedades de que são titulares,

ou seja, em terreno pertencente ao proprietário da edificação, isto para que o ónus de gestão de

combustível da rede secundária (n.2 do art.º. 15º do D:L nº124/2006, de 28 de Junho, alterado

pelo Decreto-Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro), não seja transferida para terceiros.

Quando a faixa de proteção de uma dada edificação se sobrepõem a uma outra faixa de

proteção em rede secundária de área existente á área sobreposta pode ser contabilizada na

distância mínima exigida para a proteção dessa edificação

Noutros espaços que não os florestais, as novas edificações têm de

salvaguardar na sua implantação no terreno a garantia de distancia à extrema

da propriedade de uma faixa de proteção nunca inferior a 30 metros, medida a

partir da alvenaria exterior da edificação, desde que seja assegurado uma faixa

de 50 metros sem ocupação florestal (floresta, matos e pastagens espontâneas).

Uma faixa de 10 m (até 20 m nas situações de maior declive) desprovida de

combustível, constituindo uma faixa de interrupção de combustível. Esta faixa

poderá ter, excecionalmente, alguns exemplares arbóreos ou arbustivos

isolados, desde que sejam espécies de baixa inflamabilidade, e que não

estabeleçam continuidade de combustível (separação de copas, 3 m de altura

mínima da base da copa, ausência de continuidade vertical entre árvores e

arbustos) e respeitem distâncias mínimas para o edifício (p.ex., mais de 5 m de

edifício);

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Deverá ser evitada a constituição de sebes com espécies de maior

inflamabilidade e a sua orientação não deve coincidir com a dos ventos

dominantes.

Faixas Laterais às Redes Viária e Ferroviária, o Decreto-lei 124/2006, nas alíneas a) e

b) do nº 1 do artigo 15º, revisto pelo DL n.º 17/2009 estabelece a obrigatoriedade das entidades

responsáveis pelas redes viária e ferroviária providenciarem a gestão de combustíveis numa

faixa lateral dos terrenos confinantes com as vias, numa largura não inferior a 10 m. Neste

sentido, identificam-se na carta seguinte as Faixas de Gestão de Combustível (FGC) em torno

das Redes Viárias. Quer da responsabilidade do Município quando se trate de Estradas

Municipais, Caminhos Municipais e Caminhos Florestais, da responsabilidade das Estradas de

Portugal (EP), quando nos referimos aos Itinerários Complementares (IC’s) e Estradas Nacionais

(EN), da SCUTVIAS quando se trata da A23 e da REFER quando se trata da linha de caminho

de ferro.

Seria de todo desaconselhável contemplar aqui toda a rede viária florestal existente no

Município, não só pela sua impraticabilidade quer operacional quer orçamental, como também

pela improdutividade que a própria limpeza traria. Assim, apenas se considerou a rede viária que

cumpre realmente as funções das Faixas de Gestão de Combustível.

Faixas Envolventes às Linhas de Transporte de Energia Elétrica, o Decreto-lei 124/2006,

nas alíneas c) e d) do nº 1 do artigo 15º, revisto pelo DL n.º 17/2009, estipula a obrigatoriedade

da limpeza de uma faixa de largura não inferior a 10 m; contada a partir de uma linha

correspondente ao eixo do traçado das linhas elétricas de muito alta, alta e média tensão,

competindo às entidades proprietárias suportar este encargo.

No Concelho de Belmonte verifica-se a existência de uma linha de alta tensão e várias

de média tensão, para as quais foram definidas as redes de FGC apresentadas na carta seguinte

e quantificadas em quadro mais adiante. Com a criação desta faixa o que se pretende não é só

a necessidade de interrupção de combustíveis, mas também a compartimentar manchas

florestais aí existentes.

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4.1.1 – Levantamento da Rede de Defesa da Floresta Contra Incêndios

Redes de Faixas de Gestão de Combustíveis (FGC) e Mosaico de Parcelas de Gestão de

Combustíveis (MPGC)

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Rede Viária Florestal

No Concelho de Belmonte, é vasta e abrangente a rede de caminhos e trilhos existentes,

sendo que a Zona Oeste do Concelho, por possuir maior densidade populacional, é aquela que

apresenta uma malha mais densa. Embora ocorram vários tipos de rede viária, aquele que

predomina são os trilhos florestais, desempenhando várias funções, das quais se destaca o

acesso às explorações, os caminhos para a rechega de material lenhoso, e caminhos de pé

posto. O combate a incêndios florestais no concelho de Belmonte exige a recuperação de

algumas estradas e estradões, de forma a permitir uma rápida intervenção e consequentemente

diminuição da probabilidade de ocorrência de incêndios de maiores dimensões.

Como já se referiu o concelho possui uma abrangente rede de caminho, contudo não é

sinonimo de que seja um indicador seguro da acessibilidade. Aspetos como a transitabilidade a

diversos tipos de veículos, existência de saídas, locais para cruzamento de veículos e pontos de

inversão de marcha são importantes, sobretudo quando se consideram veículos de combate a

incêndios florestais.

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Rede de Pontos de Água

Uma rede de pontos de água bem distribuída e operacional é fundamental em ações de

1ª intervenção e combate aos incêndios. No entanto, esta informação por si só não basta: importa

reter as características específicas de cada ponto, nomeadamente acessibilidades,

comprimento, altura, profundidade, existência ou não de vegetação e demais constrangimentos,

de forma a garantir a eficácia de qualquer ação.

Uma inventariação exaustiva de ribeiros, açudes, tanques e piscinas existentes, sem

atender à sua capacidade, acessibilidade e facilidade de aproveitamento por parte das viaturas

de bombeiros, levou ao apuramento de mais de 280 pontos de água disponíveis no Concelho de

Belmonte, na maioria charcas. Porém, crivando este inventário em busca de pontos que

demonstrassem possuir as seguintes características:

Acessibilidade a viaturas pesadas;

Exequibilidade da bombagem; volume de água superior a 200 metros cúbicos;

Disponibilidade de água durante o Estio,

Os pontos de água considerados estratégicos encontram-se em razoável estado de

conservação e funcionamento, destacando-se a sua acessibilidade e a facilidade de manobra

aos meios terrestres.

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Silvicultura Preventiva no Âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios

Até à elaboração deste Plano as medidas de silvicultura preventiva no âmbito da defesa

da floresta contra incêndios que estão a ser tomadas é a gestão de combustíveis na rede

secundária e a beneficiação dos caminhos florestais.

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4.1.2 – Planeamento das ações referentes ao 1.º Eixo Estratégico

Os mapas seguintes apresentam o planeamento das ações planificadas para os 5 anos

de vigência deste plano. As faixas de gestão de combustível apenas foram contempladas neste

plano para que se um dia a Câmara Municipal queira fazer uma candidatura ao PRODER, ou

outro programa semelhante, não haja qualquer impedimento, uma vez que a área respeitante a

estas faixas é inteiramente propriedade de privados, pelo que a sua execução se torna difícil. O

mesmo não se passa na rede secundária, uma vez que os seus responsáveis se encontram

identificados no Decreto-Lei n.º 124/2006 de 28 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 17/2009

de 14 de Janeiro.

Os trabalhos previstos na rede viária baseiam-se na beneficiação de caminhos já

existentes para que permitam a circulação de veículos pesados necessários no combate a

incêndios florestais. O meio de financiamento previsto passa por candidaturas ao quadro

comunitário em vigor.

A nível de intervenções a fazer nos pontos de água, propõem-se trabalhos de limpeza e

manutenção, de forma a torna-los operacionais no âmbito do Decreto-Lei n.º 133/2007 de 26 de

Janeiro. O meio de financiamento para beneficiar os pontos de água também passa por

candidaturas ao quadro comunitário em vigor.

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Rede de Faixas de Gestão de Combustível

Distribuição da área total com/sem necessidade de intervenção (ha)

Código descriçã

o da faixa /

mosaico

Descrição Faixa /

Mosaico

Área total c/ neces. interv.

(ha)

Área total s/ neces interv.

(ha)

Área total FGG (ha)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Área c/ interv.

(ha)

Área s/

interv.

(ha)

Área c/ interv.

(ha)

Área s/ interv.

(ha)

Área c/ interv.

(ha)

Área s/

interv.

(ha)

Área c/ interv.

(ha)

Área s/ interv.

(ha)

Área c/ interv.

(ha)

Área s/ interv.

(ha)

2 Aglo.

populac. 530,6 0 530,6 530,6 0 0 530,6 530,6 0 0 530.6 530,6 0

3 Parques e

políg. Indúst.

8,8 0 8,8 8,8 0 0 8,8 8,8 0 0 8,8 8,8 0

4 Rede viária

florestal 363,8 0 363,8 363,8 0 363,8 0 363,8 0 363,8 0 363,8 0

5 Rede

Ferroviária

35,8 0 35,8 0 0 35,8 0 35,8 0 35,8 0 35,8 0

7

Rede eléct.

muito alta tensão

45,9 0 45,9 45,9 0 45,9 0 45,9 0 45,9 0 45,9 0

8 Rede

Primária 905,6 0 905,6 905,6 0 905,6 0 905,6 0 905,6 0 905,6 0

10

Rede eléct. de

média tensão

137,02 0 137 137,02 0 137,02 0 137,02 0 137,02 0 137,02 0

11 Mosaicos 0 10023 1002

3 0

10023

0 10023 0 1002

3 0 10023 0 10023

Total 2027,5

2 10023

12050,5

1991.72

10023

1488,12

10562.4

2027,52

10023

1488,12

10031.9

2027,52

10023

Quadro 3 – Distribuição da área ocupada por descrição de faixas e mosaicos de parcelas de gestão de

combustível por meios de execução

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Rede Viária Florestal

Distribuição da área total com/sem necessidade de intervenção (km) Ordem

das vias RVF

(Rede DFCI

Compri. total c/ neces. Interv. (Km)

Compri. total s/ neces.

Interv. (Km)

Compri. total (Km)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

C/ Interv. (Km)

S/ Interv. (Km)

C/ Interv. (Km)

S/ Interv. (Km)

C/ Interv. (Km)

S/ Interv. (Km)

C/ Interv. (Km)

S/ Interv. (Km)

C/ Interv. (Km)

S/ Interv. (Km)

1º Ordem 0 13.75 13.75 0 13.75 0 13.75 0 13.75 0 13.75 0 13.75

2º Ordem 0 50.21 50.21 0 50.21 0 50.2 0 50.2 0 50.2 0 50.2

Rede Complem

entar 332.9 0 332.9 332.9 332.9 332.9

332.89

332.8

9

Total 332.9 63.96 332.9 63.96 332.9 63.96 332.9 63.96 332.9 63.96

Quadro 4 - Intervenções (manutenção) na rede viária florestal

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Rede de Pontos de Água (RPA)

ID_PA Código do tipo de PA

Designação do tipo de

PA

VOL_MAX (m3)

Tipo de intervenção (C-Construção / M-Manutenção)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1 214 Charca 10020 M M M M M

2 214 Charca 10943,9 M M M M M

3 214 Charca 6677,4 M M M M M

4 214 Charca 1999,2 M M M M M

5 214 Charca 7226,1 M M M M M

6 214 Charca 2427,4 M M M M M

7 214 Charca 1337,5 M M M M M

8 211 Charca 69980 M M M M M

9 214 Charca 6522,7 M M M M M

10 214 Charca 11757 M M M M M

11 212 Albufeira de

açude 30290,9 M M M M M

12 214 Charca 3118,7 M M M M M

13 214 Charca 10548,7 M M M M M

14 214 Charca 33888,9 M M M M M

15 222 Rio 5569,11 _ _ _ _ _

16 214 Charca 16600,7 M M M M M

17 214 Charca 14735,9 M M M M M

18 214 Charca 1352,9 M M M M M

19 214 Charca 2143,6 M M M M M

20 214 Charca 2070,9 M M M M M

21 214 Charca 1589,4 M M M M M

22 214 Charca 6144,6 M M M M M

23 214 Charca 4433,2 M M M M M

24 214 Charca 3079,3 M M M M M

25 214 Charca 1569,87 M M M M M

26 214 Charca 748,54 M M M M M

27 214 Charca 7827,67 M M M M M

28 214 Charca 5253,7 M M M M M

29 214 Charca 4347,3 M M M M M

31 214 Charca 596,6 M M M M M

32 213 Canal de

Rega 1000 _ _ _ _ _

Total 285801,7

Quadro 5 - Intervenções (manutenção) na rede pontos de água

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Designação da FGC

Metas Unidades Indicadores mensuráveis

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

2 - Aglomerado Populacional

Gestão mecânica de combustível e correção de densidades

excessivas e desramação

ha 531 0 531 0 531

3 - Parques e polígonos industriais

Gestão mecânica de combustível e correção de densidades

excessivas e desramação

ha 8.8 0 8.8 0 8.8

4 - Rede viária florestal

Gestão mecânica de

combustíveis e correção de densidades excessivas

ha 363.8 363.8 363.8 363.8 363.8

5 – Rede Ferroviária

Gestão mecânica de

combustíveis e correção de densidades excessivas

ha 0 35.8 35.8 35.8 35.8

7 - Rede elétrica muito Alta Tensão

Gestão mecânica de

combustíveis e correção de densidades excessivas

ha 45.88 45.88 45.88 45.88 45.88

8 - Rede Primaria

Gestão mecânica de combustível e correção de densidades

excessivas e desramação

ha 905.58 905.58 905.58 905.58 905.58

10 - Rede elétrica de

média tensão

Gestão mecânica de

combustíveis e correção de densidades excessivas

ha 137 137 137 137 137

11 - Mosaicos Sem

intervenção ha 0 0 0 0 0

Quadro 6 - Metas e Indicadores das Faixas de Gestão de Combustível

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Designação da RVF

Metas Unidades Indicadores mensuráveis

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1º Ordem Existente s/ intervenção

km 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

2º Ordem Existente s/ intervenção

km 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Rede complementar

Manutenção /

Beneficiação km 332.89 332.89 332.89 332.89 332.89

Quadro 7 - Metas e Indicadores da Rede Viária Florestal

Designação da RPA

Metas Unidades Indicadores mensuráveis

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Terrestre Manutenção/Beneficiação Unidades 29 29 29 29 29

Quadro 8 - Metas e Indicadores da Rede de Pontos de Água

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Quadro 9 - Orçamento e responsáveis – Faixas de Gestão de Combustível

Descrição Faixa Responsáveis Estimativa de Orçamentos (€)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1ª Ordem SCUTVIAS 0 0 0 0 0

2ª Ordem E.P. / Município 0 0 0 0 0

Complementar Município 499335 499335 499335 499335 499335

TOTAL 499335 499335 499335 499335 499335

Quadro 10 - Orçamento e responsáveis – Rede Viária Florestal

Ação Classe_PA Responsáveis Orçamento (€)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Manutenção /

Beneficiação Terrestre

Particulares / Município

5636,5

5636,5 5636,5 5636,5 5636,5

Quadro 11 - Orçamento e responsáveis – Rede de Pontos de Água

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

2 -

Aglomerado

s

Populacionai

s

Particulares 718203,1 0 718203,1 0 718203,1

3 - Parques

e polígonos

industriais

Município 11364 0 11364 0 11364

4 - Rede

viária

florestal

Município 171820 171820 171820 171820 171820

5 – Rede

FerroviáriaREFER 2140,12 2140,12 2140,12 2140,12 2140,12

7 - Rede

Elétrica

muito Alta

Tensão

REN 21748,7 21748,7 21748,7 21748,7 21748,7

8 - Rede

PrimáriaMunicípio 1448579,79 1448579,79 1448579,79 1448579,79 1448579,79

10 - Rede

elétrica de

média

tensão

EDP 64396,33 64396,33 64396,33 64396,33 64396,33

11 -

MosaicosParticulares 0 0 0 0 0

2438252,04 1708684,94 2438252,04 1708684,94 2438252,04TOTAL

Descrição

Faixa

Responsáv

eis

Estimativa de Orçamentos (€)

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4.2 – 2º EIXO ESTRATÉGICO - Redução da incidência dos incêndios

A despistagem das causas de incêndio florestais a nível nacional tem concluído que a maioria

dos incêndios são causados por ações humanas, quer negligentes, quer dolosas. A negligência

tem-se verificado a dois níveis: desde logo na manutenção inadequada das matas privadas, onde

com frequência se deixam acumular os combustíveis lenhosos que aumentam a inflamabilidade

dos terrenos; e na falta de precauções no maneio do fogo tanto para fins utilitários (queimas de

sobrantes agrícolas, queimadas para renovação de pastagens) como festivos. As intenções

dolosas verificam-se nos casos de fogo posto com fins destrutivos ou mesmo criminosos.

Todos estes aspetos aliados a condições meteorológicas extremas, contribuem para a

ocorrência de grandes incêndios. Tendo em conta esta situação, urge desenvolver ações que

promovam a mudança de atitudes, com o objetivos de diminuir o número de deflagrações, facilitar

o combate e dificultar a progressão do fogo. A destruição dos cobertos vegetais, provocada pelos

incêndios tem como consequência imediata a diminuição da fertilidade dos solos, o aumento da

suscetibilidade à sua erosão e afeta, ainda, o regime hídrico, na medida em que diminui a

infiltração e aumenta o escorrimento superficial e a evaporação. Assim, recursos como a água

para consumo humano ou das praias fluviais acabam por ser afetados, não só em quantidade,

mas também em qualidade. Relativamente à fauna, os efeitos indiretos incidentes sobre ela são,

por norma, maiores do que os causados diretamente, como a morte dos animais. Isto acontece

porque os incêndios de grande intensidade e extensão provocam uma repentina ausência de

abrigo e alimento, sendo as espécies mais afetadas as que apresentam um nicho ecológico mais

específico e uma capacidade de dispersão mais reduzida. Para que, tanto a ocorrência de

incêndios como a sua extensão diminuam, é urgente haver uma mudança de mentalidades.

Perante este cenário, é de toda a conveniência sensibilizar os diferentes segmentos

populacionais para o valor patrimonial coletivo das florestas, quer do ponto de vista económico

como social e ambiental. Uma população que valorize o património florestal com certeza estará

mais disposta a zelar pela sua conservação. Mas, sensibilizar não é suficiente. Importa também

instruir o coletivo quanto aos métodos e medidas mais adequadas à prevenção. Nem sempre

existe consciência das ligações de causa e efeito entre ações tão aparentemente inócuas quanto

as pirotecnias festivas e as grandes catástrofes incendiárias, ou entre os churrascos de Verão e

as mortes devidas aos fogos florestais. A instrução é por isso imprescindível, além da

sensibilização.

O concelho de Belmonte tem vindo a desenvolver nos últimos anos várias ações de

educação e sensibilização ambiental, nomeadamente sobre a DFCI, recorrendo a várias

estruturas e/ou equipas tais como:

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No âmbito do programa do Instituto Português da Juventude “Voluntariado

Jovem para as Florestas”, o Município de Belmonte, através do GTF, têm acolhido várias

equipas de jovens ao longo dos anos de 2006 e 2011. As atividades deste programa

passam, para além da vigilância, pela sensibilização das populações para o risco de

incêndio, entre outras, estas equipas irão cooperar nas ações de sensibilização que à

frente se descrevem. No próximo quinquénio de 2014-2018, pretende-se continuar o

programa, sobre tudo na sede do município, de onde pertencem a maioria dos jovens

que se inscreve:

Objetivos estratégicos:

Sensibilização

Sensibilização da população

Melhoria do conhecimento das causas dos incêndios e suas motivações

Objetivos operacionais:

Sensibilizar a população escolar

Sensibilização da população em geral;

Fiscalização.

Ações:

Implementação de campanhas de sensibilização de acordo com os segmentos

populacionais definidos pelas motivações e casualidade regional;

Definir áreas críticas e prioritárias de fiscalização, tendo em consideração a

identificação das principais causas e motivações de incêndio, o valor dos espaços

florestais, o risco de ignição, as freguesias de risco, os dias da semana e os períodos do

dia de maior risco;

Executar campanhas de sensibilização e educação escolar.

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4.2.1 – Avaliação

Comportamento de risco

O quadro seguinte apresenta a identificação dos comportamentos de risco mais expressivos, por

grupo alvo.

Diagnóstico - Resumo

Grupo-Alvo

Comportamento de Risco Impacto e Danos

O quê? Como? Onde? Quando? Nº

Ocorrências (2008-2012)

Área Ardida

População Urbana / Agricultor / Apicultor /

Pastor

Uso do fogo, utilização de maquinaria e equipamento

florestal

Confecionar alimentos, queima de sobrantes,

uso de fumigadores, lançamento de faúlhas

Todo o Concelho

Todo o ano

20 *

Campista/Turista/Peregrino Uso do fogo Confeção de

comida Todo o

Concelho Todo o

ano * *

* Dados não disponíveis

Quadro 12 - Comportamentos de risco

Fiscalização

De acordo com o art.º 37 de Decreto-Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro, a fiscalização é

feita pela Guarda Nacional Republicana, no quadro 12 estão representados os autos levantados

pela GNR nos anos de 2011, 2012 e 2013, todos eles tiveram instrução por parte da Câmara

Municipal de Belmonte.

A Câmara recebe e dá continuidade às denúncias relativas à falta de gestão de

combustível numa faixa de 50 metros à volta das edificações, que são feitas por parte dos

particulares. No quadro 13 pode-se verificar o número de denúncias recebidas nos anos de 2011,

2012 e 2013.

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GNR Denuncias Particulares

Ano 2011 Ano 2012 2013 Ano

2011

Ano

2012

Ano

2013

Gestão

de

Comb.

Queimada Gestão de

Comb. Queimada Queima

Gestão de

Comb. Queimada Queima

Gestão

de

Comb.

Gestão

de

Comb.

Gestão

de

Comb.

N.º de

autos

levantados

6 4 5 3 1 7 1 1 9 5 6

% de

Processos

Instruídos

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Quadro 13 - Inventariação de autos e processos instruídos pela GNR e pela Câmara Municipal, anos 2011,

2012 e 2013

Quadro 14 – Fiscalização e planeamento de ações, metas e indicadores

Ação Metas

Indicadores

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Fiscalizar a criação de faixas exteriores

de proteção (em aglomerados

populacionais, parques e polígonos

industriais, habitações,

estaleiros, armazéns, oficinas e outras

edificações) e acumulações ilegais

de detritos

Todos os anos, até ao dia 15 de Abril, todas as situações de maior risco são identificadas e

notificados os despectivos responsáveis para que

executem o estabelecido na legislação

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Coordenação das ações de vigilância,

deteção e fiscalização

Enquadramento destas ações nas CMDFCI e definição de estratégias de atuação ao

nível municipal

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

Todas as freguesias

do concelho

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Ação Metas Responsáveis Orçamento (€)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Fiscalizar a criação de faixas

exteriores de proteção (em aglomerados

populacionais, parques e polígonos

industriais, habitações, estaleiros,

armazéns, oficinas e outras

edificações) e acumulações

ilegais de detritos

Todos os anos, até ao dia 15 de Abril, todas as

situações de maior risco são

identificadas e notificados os despectivos

responsáveis para que executem o estabelecido na

legislação

GNR e Câmara Municipal

12.500 12.500 12.500 12.500 12.500

TOTAL 12.500 12.500 12.500 12.500 12.500

Quadro 15 – Fiscalização – Estimativa orçamental e responsáveis

4.2.2 – Planeamento das ações referentes ao 2º Eixo Estratégico

Sensibilização da população

O resultado das ações de sensibilização não se concretiza, normalmente, no curto prazo,

pelo que o trabalho a desenvolver terá um carácter permanente e tenderá para o fomento do

interesse e participação de cada cidadão.

Pretende-se com a sensibilização, a participação e educação da população em geral

para a adesão e adoção de estratégias de Prevenção da Floresta, de Gestão Florestal

Sustentada e de Defesa da Floresta Contra Incêndios, tais como:

Integrar o esforço de gestão florestal dos proprietários numa futura política florestal de

freguesia ou concelhia, com especial relevo para a redução do risco e perigo de incêndio,

mobilizando-os para a limpeza e manutenção das suas matas;

Reduzir o número de incêndios causados por negligência, desaconselhando atividades

perigosas como a pirotecnia, churrascos nos meses secos e as consequências inerentes

ao uso de maquinaria de combustão (interna e externa);

Divulgação dos números telefónicos de alerta de incêndios.

Para o desenvolvimento destas ações, prevê-se ter como parceiros as entidades

representadas na Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI)

designadamente:

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Gabinete Técnico Florestal;

Bombeiros Voluntários de Belmonte;

Guarda Nacional Republicana;

Juntas de Freguesia;

Organização de Produtores Florestais.

Além destas entidades, será de esperar a alguma colaboração da parte das paróquias,

escolas e das comissões de festas populares.

Sessões Públicas

Efetuar-se-ão sessões públicas nas Freguesias do Concelho, nas suas instalações, ou em

contrapartida em paróquias e associações locais, pretendendo desta forma sensibilizar os

cidadãos, dando especial atenção aos proprietários florestais e agricultores. Estas sessões serão

complementadas com:

Distribuição de folhetos, cartazes e desdobráveis com mensagens apelativas à

prevenção de incêndios florestais;

Elaboração e distribuição de infomail’s de sensibilização e com conselhos práticos à

prevenção de incêndios florestais, por todas as localidades do Concelho;

Divulgação dos apoios existentes referentes à reflorestação de áreas ardidas e às

vantagens em aderir às Zonas de Intervenção Florestal (ZIF);

Divulgação do Risco de Incêndio para o dia seguinte e das restrições ao uso do fogo,

através da página da Internet do Município e das emissoras de rádio locais.

Ações nas Escolas

As campanhas a realizar com a comunidade escolar incidirá fundamentalmente em escolas

inseridas em meio rural, onde o risco de incêndio é elevado e onde existe um registo histórico de

ignições com origem em comportamentos negligentes no uso do fogo. Para isso o Gabinete

Técnico Florestal irá deslocar-se às escolas para:

Desenvolver palestras temáticas sobre os valores e os perigos da floresta;

Distribuição de folhetos com mensagens apelativas à prevenção de incêndios florestais.

Ações de Rua

Os elementos adstritos às entidades integrantes da CMDFCI, irão promover ações de rua,

através da distribuição de:

Folhetos com mensagens informativas sobre a floresta e questões afins;

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Distribuição de cartazes de sensibilização em vários locais, designadamente cafés,

associações recreativas, instituições públicas e à população em geral.

Acão de

sensibilização

/ Público alvo

Objetivo Metas Data

Ano/ Local

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Uso do fogo

durante o

período crítico

Sensibilizar a população em

geral (agricultor, pastor,

apicultor, proprietário florestal,

população escolar…), sobre as

possíveis consequências

inerentes ao incorreto uso do

fogo

Realizar ações de

sensibilização/esc

larecimento em

todas as

freguesias do

Concelho

Março/Abril

4 Freguesias

em articulação

com o NPA*

4 Freguesias

em

articulação

com o NPA

4 Freguesias

em

articulação

com o NPA

4 Freguesias

em

articulação

com o NPA

4

Freguesias

em

articulação

com o NPA

Distribuição de

folhetos de

divulgação e

alerta

Março/Abril

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a

porta nas 4

freguesias

Operador de

máquinas

agrícolas/flores

tais

Sensibilizar empresas ou

empresários a título individual,

sobre as possíveis

consequências inerentes ao

uso de maquinaria de

combustão (interna e externa)

não dotadas de dispositivos de

retenção de faúlhas ou faíscas

e de dispositivos tapa chamas

nos tubos de escape ou

chaminés, especialmente

durante o período crítico.

Distribuição de

folhetos com

informação sobre

as boas práticas

florestais e

comportamentos

de risco.

Março/Abril

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a

porta nas 4

freguesias

Limpeza de

matos junto

das habitações

e em redor dos

aglomerados

populacionais

Sensibilizar a população em

geral sobre a importância do

corte dos matos.

Realizar ações de

sensibilização/esc

larecimento em

todas as

freguesias do

Concelho

Março/Abril

4 Freguesias

em articulação

com o NPA

4 Freguesias

em

articulação

com o NPA

4 Freguesias

em

articulação

com o NPA

4 Freguesias

em

articulação

com o NPA

4

Freguesias

em

articulação

com o NPA

Distribuição de

folhetos de

divulgação e

alerta

Março/Abril

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a porta

nas 4

freguesias

Distribuição

porta a

porta nas 4

freguesias

Estudantes

Sensibilizar a população

escolar (1º ciclo) sobre a

importância do corte dos matos

e o uso do fogo

Realizar ações de

sensibilização em

todas as escolas

do concelho e/ou

distribuição de

folhetos

informativos

21 De

Março

Todas as

escolas do

concelho

Todas as

escolas do

concelho

Todas as

escolas do

concelho

Todas as

escolas do

concelho

Todas as

escolas do

concelho

*NPA – Núcleo de Proteção Ambiental da Guarda Nacional Republicana

Quadro 16 - Propostas das ações de sensibilização / metas e indicadores

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Fiscalização

As áreas assinaladas foram identificadas como prioritárias tendo em conta que são zonas sociais.

No entanto, todo o concelho deve ser cuidadosamente vigiado e fiscalizado de uma forma uniforme

e constante.

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Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios

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Ação de sensibiliz. /

Público alvo Ação Metas Data

Indicadores

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Uso do fogo durante o

período crítico

Sensibilizar a população em geral (agricultor, pastor,

apicultor, proprietário florestal,

população escolar…), sobre as

possíveis consequências

inerentes ao incorreto uso do

fogo

Realizar ações de sensibilização/esclarecimento em todas as

freguesias do Concelho

Março/Abril

4 Freguesias em

articulação com o NPA

4 Freguesias em

articulação com o NPA

4 Freguesias em articulação

com o NPA

4 Freguesias em

articulação com o NPA

4 Freguesias

em articulação com o NPA

Distribuição de folhetos de divulgação

e alerta Março/Abril

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a

porta nas 4 freguesias

Operador de máquinas

agrícolas/florestais

Sensibilizar empresas ou

empresários a titulo individual, sobre as

possíveis consequências

inerentes ao uso de maquinaria de

combustão (interna e externa) não

dotadas de dispositivos de

retenção de faúlhas ou faíscas e de

dispositivos tapa chamas nos tubos

de escape ou chaminés,

especialmente durante o período

crítico.

Distribuição de folhetos com

informação sobre as boas práticas

florestais e comportamentos de

risco.

Março/Abril

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a

porta nas 4 freguesias

Limpeza de matos junto

das habitações e em redor dos aglomerados populacionais

Sensibilizar a população em geral sobre a importância do corte dos matos.

Realizar acções de sensibilização/esclarecimento em todas as

freguesias do Concelho

Março/Abril

4 Freguesias em

articulação com o NPA

4 Freguesias em

articulação com o NPA

4 Freguesias em articulação

com o NPA

4 Freguesias em

articulação com o NPA

4 Freguesias

em articulação com o NPA

Distribuição de folhetos de divulgação

e alerta Março/Abril

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a porta

nas 4 freguesias

Distribuição porta a

porta nas 4 freguesias

Estudantes

Sensibilizar a população escolar (1º ciclo)sobre a

importância do corte dos matos e o uso

do fogo

Realizar acções de sensibilização em

todas as escolas do concelho e/ou distribuição de

folhetos informativos

21 de Março Todas as

escolas do concelho

Todas as escolas do concelho

Todas as escolas do concelho

Todas as escolas do concelho

Todas as escolas do concelho

*NPA – Núcleo de Proteção Ambiental da Guarda Nacional Republicana

Quadro 17 – Sensibilização da população – metas e indicadores

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56

Acão Metas Responsável Estimativa de Orçamentos (€)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Comemoração

do dia da

Árvore

Sensibilizar

780

pessoas

GTF 3000 3000 3250 3250 3250

Sub-Total 3000 3000 3250 3250 3250

Comemoração

do dia do

Ambiente

Sensibilizar

780

pessoas

GTF 3000 3000 3250 3250 3250

Sub-Total 3000 3000 3250 3250 3250

Sensibilização

da população

em geral em

relação ao uso

do fogo

durante o

período crítico

Sensibilizar

toda a

população

do

Concelho

GTF 3250 3250 3500 3500 3500

Sub-Total 3250 3250 3500 3500 3500

Operador de

máquinas /

limpeza de

matos

Sensibilizar

toda a

população

do

Concelho

GTF 3000 3000 3250 3250 3500

Sub-Total 3000 3000 3250 3250 3500

Total 12250 12250 13250 13250 13500

Quadro 18 - Sensibilização da população – estimativa orçamento e responsáveis

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Quadro 19 - Vigilância e deteção, primeira intervenção, combate e rescaldo e vigilância pós-incêndio –

metas e indicadores

Concelho Acão Metas Respon. Unidades Indicadores

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 4

Belm

on

te

Vigilância, Deteção

% De deteções

pelos Postos de Vigia

GNR % 60 60 60 60 60

Coordenação das ações de

prevenção relativa a

vertente de vigilância deteção e

fiscalização e % de

Deteções pelas Equipas

DFCI

GNR Câmara

Municipal/GTF

Juntas de Freguesia

% 35 35 35 35 35

Primeira Intervençã

o

Bombeiros Voluntários de

Belmonte

Bombeiros Voluntários

de Belmonte

Tempo para 1º

intervenção

Intervenção nos 1ºs 20 m em 90% das ocorrências

no seu sector durante o período de trabalho.

Intervenção nos 1ºs 20 m em 90% das ocorrências

no seu sector durante o período de trabalho.

Intervenção nos 1ºs 20 m em 90% das ocorrências

no seu sector durante o período de trabalho.

Intervenção nos 1ºs 20 m em 90% das ocorrências

no seu sector durante o período de trabalho.

Intervenção nos 1ºs 20 m em 90% das ocorrências

no seu sector

durante o período de trabalho.

Combate Bombeiros

Voluntários de Belmonte

Bombeiros Voluntários

de Belmonte

Área ardida e n.º de

grds incêndios

Diminuição da média anual

da área ardida e do n.º de

grds incêndios

Diminuição da média anual

da área ardida e do n.º de

grds incêndios

Diminuição da média anual

da área ardida e do n.º de

grds incêndios

Diminuição da média anual

da área ardida e do n.º de

grds incêndios

Diminuição da média anual da

área ardida e do n.º de

grds incêndios

Rescaldo e Vigilância

Pós-incêndio

Manutenção de viaturas de

combate a incêndios e

equipamento de rescaldo e

vigilância

Bombeiros Voluntários

de Belmonte

N.º de reacendime

ntos

Diminuição do n.º de

reacendimento em 10%

Diminuição do n.º de

reacendimento em 10%

Diminuição do n.º de

reacendimento em 10%

Diminuição do n.º de

reacendimento em 10%

Diminuição do n.º de

reacendimento em 10%

% de Deteções e

reacendimentos pelos

Postos de Vigia

GNR % 75 75 75 80 80

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Área de Atuação

Grupo-Alvo Período de

Atuação Entidade

Responsável

Meios Envolvidos Atividade

Desenvolvida Recursos Humanos

Recursos Materiais

Todo o Concelho Toda a

população Todo o ano

GNR e Gabinete Técnico Florestal

- - -

Quadro 20 – Fiscalização

4.3 – 3º EIXO ESTRATÉGICO - Melhoria da eficácia do ataque e da gestão

dos incêndios

A organização de um dispositivo que preveja a mobilização preventiva de meios deve ter

em conta a disponibilidade dos recursos, por forma a garantir a deteção e extinção rápidas dos

incêndios, antes que eles assumam grandes proporções, sobretudo tendo em conta que este

desafio poderá ser agravado pelos ciclos climáticos. Esta definição prévia de canais de

comunicação, formas de atuação, levantamento das responsabilidades e competências das

várias forças e entidades presentes irá contribuir para uma melhor e mais eficaz resposta de

todos à questão dos incêndios florestais. Para definir as metas e os indicadores para as ações

que consubstanciam o eixo estratégico “melhoria da eficácia do ataque e da gestão de incêndios”

teve-se em conta a informação base relativa à caracterização climática e análise do histórico e

casualidade dos incêndios e informação relativa à rede regional de defesa da floresta contra

incêndios (RDFCI).

Objetivos estratégicos:

Articulação dos sistemas de vigilância e deteção com os meios de 1ª intervenção;

Adequação da capacidade de 1ª intervenção;

Melhorara a eficácia e vigilância pós incêndio

Objetivos operacionais:

Estruturar e gerir a vigilância e a deteção como um sistema integrado;

Estruturar o nível municipal e distrital de 1ª intervenção;

Reforçar a eficácia do combate terrestre ao nível municipal e distrital;

Garantir a correta e eficaz execução do rescaldo;

Garantir a correta e eficaz execução da vigilância após rescaldo;

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Ações:

Executar a inventariação dos meios e recursos existentes;

Identificar todos os sistemas vigilância e deteção, responsabilidades, procedimentos e

objetivos;

Elaborar cartas de visibilidade para os postos de vigia;

Definir procedimentos de mobilização de meios para cada nível de alerta.

Os meios humanos e materiais ao serviço da defesa da floresta contra incêndios no

Município de Belmonte são pouco numerosos, não só devido à reduzida dimensão do Concelho

como também em virtude do escasso peso do sector florestal. Com efeito, não marcam presença

neste território nem sapadores florestais, nem empresas ou associações de produtores florestais

de larga escala, nem tão-pouco entidades como o Instituto para a Conservação da Natureza (não

ocorre aqui nenhuma área protegida) ou os Serviços Florestais (não existe nenhuma Mata

Nacional neste Município). Restam, sendo assim, os seguintes atores no âmbito da DFCI:

Bombeiros voluntários de Belmonte: a corporação de bombeiros aquartelada na sede de

Município dispõe de um efetivo de 60 homens, disponibilizando-se um piquete de 6 em prontidão.

Possuem ao seu serviço nove viaturas de combate a incêndios: um autotanque pesado de 6000

litros, dois veículos médios de 3000 e 2000 litros cada, dois veículos ligeiros de 400 litros, e ainda

duas viaturas de comando. Em caso de incêndios de maior violência conta-se com a colaboração

das corporações vizinhas do Fundão, da Covilhã e de Gonçalo.

GNR- SEPNA. O Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional

Republicana faz parte da orgânica dos Comandos dos Destacamentos Territoriais, atuando em

toda a Zona de Ação do Destacamento, na dependência dos respetivos Comandantes, podendo

ser instalados em qualquer Posto da área do Destacamento por necessidade de âmbito

operacional. Neste caso, o Concelho de Belmonte é abrangido pelo Destacamento Territorial da

Covilhã, o qual conta com 12 elementos da estrutura do Núcleo de Proteção Ambiental

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Quadro 21 - Entidades envolvidas em cada ação e inventário de equipamento e ferramentas

Entidade Identificação

da Equipa

Recursos humanos

(nº)

Área de atuação

(sectores territoriais)

Período de

atuação

Tipo de viatura

Equipamento de supressão hidráulico

Ferramenta de Sapador

4x4 4x2

Cap

acid

ad

e d

e

ág

ua (

L)

Po

ten

cia

(h

p)

Co

mp

rim

en

to

tota

l d

e

man

gu

eir

as

(m

)

Fo

içã

o

An

cin

ho

An

cin

ho

/En

xa

da

(Mc

Leo

d)

Po

laski

En

xa

da

Ab

afa

do

r

Bo

mb

a d

ors

al

Postos Vigia

32-05 9

S0501011

Período Crítico

GNR NPA/Postos Todo o

ano

Bombeiros Voluntários

de Belmonte

Todo o

ano 4 1 11900 - 1000 2 - 5 2 5 5 5

Total 4 1 11900 - 1000 2 - 5 2 5 5 5

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Quadro 22 - Dispositivos operacionais – funções e responsabilidades

Entidades

Funções e Responsabilidades

Informação

e

Educação

Patrulhamento

e Fiscalização

Vigilância

e deteção

Intervenção Combate Rescaldo

Vigilância

Pós-

incêndio

Despistagem

das Causas

Bombeiros

Voluntários

de

Belmonte

GNR/SEPNA

Policia

Judiciária

Legenda:

Não tem qualquer

responsabilidade

Da responsabilidade da

entidade

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2012

Fases de perigo

N.º de

Equipas de

Vig. E

Deteção

N.º

Ocorrências

Índice entre o nº de

incêndios/e o nº total de

equipas

Alfa 1 Jan. -14 Maio 0 8 -

Bravo 15 Maio - 30 Jun. 0 2 -

Charlie 1 Jul. – 30 Set. 1 (posto vigia) 4 4

Delta 1 Out. – 30 Out 0 1 -

Echo 1 Nov – 31 Dez 0 0 -

Quadro 23 – Índice entre o n.º de incêndios florestais e o n.º total de equipas de vigilância

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Número de reacendimentos 2002-2012

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Rescaldo E

Vigilância

Pós

Incêndio

0 0 2 0 1 0 3 0 20 0 0

Quadro 24 – Identificação do número de reacendimentos 2002-2012

Metas e Indicadores

Ação Metas Unidades Responsável Indicadores mensuráveis

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Sistema de Vigilância e

Deteção

1ªs Deteções Postos Vigia

% GNR 35 35 35 35 35

Iª Intervenção

Bombeiros Voluntários de

Belmonte %

Bombeiros Voluntarias

Belmonte

90 90 90 90 90

Combate e Rescaldo

Área ardida/ocorrência

ha/Ocorrência

Bombeiros Voluntarias

Belmonte

2 2 2 2 2

Vigilância Pós-

Incêndio

Área ardida/reacendimento

ha/Reacendimento

Bombeiros Voluntarias

Belmonte

2 2 2 2 2

Quadro 25 – Metas e indicadores

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Orçamentos e responsáveis

Ação Metas Responsável Estimativa de Orçamento (€)

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Sistema de Vigilância e

Deteção

1ªs Deteções Postos Vigia

GNR 12000 12000 12000 12000 12000

Iª Intervenção

1ªs Intervenções Equipas EIP

Bombeiros 50000 50000 50000 50000 50000

Combate e Rescaldo

Área ardida/ocorrência

Bombeiros 55000 55000 55000 55000 55000

Vigilância Pós-

Incêndio

Área ardida/reacendimento

Bombeiros 65000 65000 65000 65000 65000

TOTAL 182000 182000 182000 182000 182000

Quadro 26 – Estimativa Orçamental

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4.4 – 4º Eixo estratégico - Recuperação e reabilitação dos ecossistemas

Avaliação

De acordo com o mapa de Estabilização de Emergência, no concelho de Belmonte,

existe uma área (Penha Águia) que tem sido mais fustigada pelos incêndios nos últimos anos.

A recorrência cada vez mais assídua de incêndios florestais tem levado os técnicos

florestais a apostar em sistemas de silvicultura capazes de aumentar a resiliência do território

aos incêndios; por outras palavras, a plantar e gerir florestas capazes de resistir e recuperar

espontaneamente dos danos causados pelo fogo. Um Município como Belmonte, onde ás áreas

floresta foi na sua maioria substituída por matagais inflamáveis e improdutivos, é justamente

onde mais importa tomar este género de iniciativas.

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O conceito geral de “resiliência” (do latim re+salire, sair de novo) denota a capacidade

de um organismo ou outra entidade reencontrar um estado de equilíbrio após uma perturbação

severa, como um incêndio. Diz-se que uma floresta é resiliente quando depois de ardida

demonstra a faculdade de se regenerar a si mesma e sarar os danos sofridos. Inúmeras

experiências científicas apontam para o facto de as matas mediterrânicas de sobreiro e azinheira

serem capazes de recuperar por si mesmas dos incêndios florestais, desde que estes não se

repitam a intervalos curtos, em cujo caso as árvores sucumbem ao stress recorrente e deixam

de poder regenerar por semente ou toiça. Isto sucede em norma quando a recorrência das

chamas se torna inferior a 20-25 anos.

Quando o período de recorrência de incêndios oscila entre os 5 e os 15 anos, a resiliência

das espécies arbóreas deixa de existir e a paisagem é dominada por espécies arbustivas que,

sob o clima mediterrânico onde o concelho de Belmonte se encontra, tendem a seguir estratégias

pirófilas – isto é, plantas como a esteva, o tojo e a giesta, que não só resistem aos incêndios

como também facilitam a sua ignição. Esta verdadeira “estratégia de terra queimada” adotada

pelos matos mediterrânicos visa eliminar a concorrência das árvores e florestas e conduz, ao fim

ao cabo, a um ciclo vicioso: incêndios recorrentes beneficiam espécies arbustivas pirófilas

(matos) que por seu turno vão tentar facilitar a recorrência de incêndios, que por seu turno

beneficiam ainda mais as espécies pirófilas...

Por estes motivos, é enganador pensar que toda e qualquer recuperação espontânea da

vegetação após um incêndio produz um efeito de resiliência. O facto de haver um forte

rebentamento de pequenas espécies arbustivas logo após os fogos florestais, cobrindo o solo de

matorrais, nem sempre é sinal de recuperação e de resiliência dos ecossistemas. Muito pelo

contrário: se essa regeneração for constituída por uma superabundância de ericáceas e

cistáceas (urzes e estevas), sem acompanhamento de fagáceas (carvalhos, azinheiras e

sobreiros), podemos estar na presença de uma nova e mais desequilibrada etapa da vida dos

ecossistemas locais.

As florestas do Concelho de Belmonte perderam já a sua resiliência depois de sucessivos

incêndios e foram substituídas por matorrais onde não se processa qualquer regeneração de

pinhal, sobral ou carvalhal, dado que se rarefez a presença de árvores adultas dessas espécies,

aptas a reabastecer o banco de sementes. Isto significa que a área identificada está condenada

a ser pasto das chamas a intervalos de cinco anos ou menos, salvo se, se proceder à rápida

limpeza dos seus matos e sua substituição por florestas muito bem mantidas.

Apesar desta degradação, a generalidade do território deste Município tem potencial

ecológico suficiente para poder sustentar bosques autóctones bem desenvolvidos. Quando estes

bosques são destruídos, e se houver um banco de sementes rico em espécies autóctones, inicia-

se um lento e progressivo processo ecológico de recolonização das clareiras e descampados;

grosso modo, levas sucessivas de espécies vegetais, cada qual com um maior potencial

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competitivo do que a anterior, vão constituindo comunidades com um porte e uma biomassa

sucessivamente maiores até atingir o clímax.

Estes processos sucessionais variam consoante o solo e o clima. Vejamos a título de

mero exemplo, duas sucessões ecológicas A e B deste Município, cujo clímax será um carvalhal

ou um sobral, respetivamente:

A sucessão ecológica do carvalhal (A), que ocorre nos locais entre os 400 e os 600

metros acima do mar, atravessará etapas arbustivas de giesta e sargaço, ao passo que a

sucessão ecológica do sobreiro, que ocorre nas zonas basais, atravessará etapas arbustivas de

urzal (formações de Erica arborea) e rosmaninho.

Na tabela que se segue são descritas, para cada domínio altitudinal do Município (posto

que a altitude é neste local o principal factor ecológico diferenciador), as várias etapas da

sucessão ecológica, e enunciadas as principais espécies vegetais que a compõem.

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O zonamento da vegetação autóctone pode também servir de indicador para a seleção

de espécies usar em projetos de reflorestação, como aliás foi recomendado pela Comissão

Nacional de Reflorestação. O quadro acima exposto respeita a metodologia fitossociológica

citada nos documentos do Conselho Nacional de Reflorestação.

Deverá ainda ser considerado o disposto no artigo 36º do Decreto-Lei n.º 124/2006, de

28 de Junho, prevendo-se medidas especiais de avaliação e de intervenção na rede viária

florestal onde seja necessário aplicar uma faixa mínima de 25 metros para a remoção dos

materiais queimados nos incêndios, de forma a criar condições de segurança à circulação

rodoviária.

várzeas e ribeiras até 500 metros a.m.entre 400 e 700

metros a.m.

acima dos 600

metros a.m.

Amieiro-

Alnus glutinosa

Sobreiro-

Quercus suber

Alvarinho-

Quercus robur

Carvalho-

Quercus pyrenaica

Borrazeira-

Salix atrocinerea

Salsaparrilha-

Smilax mauritanica

Carvalho-

Quercus pyrenaica

Medronheiro-

Arbutus unedo

Sanguinho das ribeiras-

Frangula alnus

Espargo-

Asparagus aphyllus

Azevinho-

Ilex aquifolium

Feto-

Asplenium onopteris

Freixo-

Fraxinus angustifolia

Cerquinho-

Quercus broteroi

Padreiro-

Acer pseudoplatanus

Trovisco-

Daphne gnidium

Sabugueiro-

Sambucus nigra

Trovisco-

Daphne gnidium

Loureiro-

Laurus nobilis

Tojo gadanho-

Genista falcata

Feto real-

Osmunda regalis

Sanguinho-

Rhamnus alaternus

Sobreiro-

Quercus suber Teucrium scorodonia

Borrazeira-

Salix atrocinerea

Carvalhiça-

Quercus lusitanica

Giesta-

Cytisus striatus

Medronheiro-

Arbutus unedo

Salgueiro- Salix

neotricha

Murta-

Myrtus communis

Tojo-

Ulex europaeus

Folhado-

Viburnum tinus

Parreira- Vitis

sylvestris

Lentisco-

Phillyrea angustifolia

Medronheiro-

Arbutus unedo

Urze- Erica

arborea

Embude-

Oenanthe crocata

Medronheiro-

Arbutus unedo

Silva-

Rubus lusitanicus

Silva-

Rubus ulmifolius

Silva-

Rubus ulmifolius

Tojo-

Ulex jussiaei

Tojo-

Ulex minor

Queiroga- Erica

umbellata

Madressilva-

Lonicera hispanica

Torga-

Calluna vulgaris

Queiroga-

Erica cinerea

Sargaço-

Halimium ocymoides

Rosa dos cães-

Rosa canina

Tojo molar-

Genista triacanthus

Sargaço-

Halimium alyssoides

Carqueja-

Chamaespartium

tridentatum

Roseira brava-

Rosa pouzinii

Queiroga-

Erica umbellata

Queiroga-

Erica umbellata

Sanganho- Cistus

psilosepalus

Bunho-

Scirpus holoschoenus Agrostis castellana Agrostis capillaris Avenula sulcata

Junco-

Juncus acutus Avenula sulcata Avenula sulcata

Balanco- Stipa

gigantea

Poejo- Mentha

pulegium

Panasco-

Dactylis hispanica

Erva de cheiro-

Anthoxanthum

odoratum Agrostis castellana

Álamo-

Populus nigra

Sobreiro-

Quercus suber

Castanheiro-

Castanea sativa

Pseudotsuga-

Pseudotsuga menziesii

Choupo-

Populus alba

Pinheiro manso-

Pinus pinea

Carvalho americano-

Quercus rubra

Pinsapo-

Abies pinsapo

Nogueira-

Juglans regia

Cipreste do Buçaco-

Cupressus lusitanica

Pinheiro insigne-

Pinus radiata

Larício-

Larix decidua

Vimeiro- Salix

viminalis

Casuarina-

Casuarina equisetifolia

Eucalipto-

Eucalyptus globulus

Faia- Fagus

sylvatica

Espécies

arbóreas de

cultivo

recomendado

Bosque

autóctone

Matos altos

autóctones

Matorrais

autóctones

Prados

autóctones

Quadro 26 - Elenco de espécies lenhosas para a regeneração de ecossistemas

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Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios

Caderno II – Plano de Ação

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Planeamento das ações referentes ao 4.º Eixo Estratégico

Estabilização de emergência

A área ardida no ano 2010, na freguesia de Maçainhas, apresenta alguns riscos de

ocorrência de erosão dos solos. Contudo desde 2010 a vegetação já recuperou.

Reabilitação de povoamentos e habitats florestais

A área percorrida pelo incêndio é propriedade privada, pelo que os responsáveis são os

proprietários os quais podem ter todo o apoio do Gabinete Técnico Florestal do Município, assim

como da Junta de Freguesia de Maçainhas.

A longo prazo, haverá todo o interesse em proporcionar condições às espécies

cinegéticas com mais representatividade e interesse, na área afetada pelo incêndio.

Mais uma vez a CMDFCI terá um papel preponderante na execução destas medidas

visto que esta comissão engloba representantes de diversas entidades com relevante

importância para a execução destas propostas.

Como META a atingir, pretende-se implementar um Plano de Conservação do Solo, da

água, das espécies cinegéticas e habitats, sempre que surjam espécies invasoras estas áreas

terão uma intervenção prioritária a fim de resolver de imediato o problema.

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5 - ADOPÇÃO DE UMA ESTRUTURA ORGÂNICA FUNCIONAL E EFICAZ

A CMDFCI, tem apoio técnico do Gabinete Técnico Florestal, que é assessorado pela

Eng. Florestal Telma Pombal.

A CMDFCI reúne sempre que necessário. No caderno III encontra-se os dados relativos

ao Plano Operacional Municipal (POM). O POM, terá de estar aprovado anualmente até ao dia

15 de Abril.

Este plano (PMDFCI), foi elaborado pelo Gabinete Técnico Florestal (GTF) desta Câmara

Municipal e foi aprovado em sede de CMDFCI por um período de 5 anos, com revisão sempre

que necessária.

O GTF, monitoriza o desenvolvimento das ações previstas no programa de ação deste

PMDFCI.

Entidade Serviço Cargo Nome do

Responsável Telemóvel Telefone Fax E-mail

Câmara

Municipal de

Belmonte

CMDFCI Vereador a

Tempo Inteiro

António Manuel

Rodrigues 275 910 010 275 910 019 [email protected]

SMPC Presidente da

Câmara

Dr. Antonio Dias

Rocha 275 910 010 275 910 019 [email protected]

GTF

Técnica

Superior –

Eng.ª Florestal

Eng.ª Telma

Pombal 926 947 484 275 910 010 275 910 019 [email protected]

Bombeiros

Voluntários

de Belmonte

CMDFCI Comandante António Leitão 917 841 622 275 910 090 275 910 099 [email protected]

GNR

GNR

Belmonte Comandante

1º Sarg. João

Moura 961 195 116 275 910 020 275 910 028 [email protected]

GNR Caria Comandante 2º Sargento João

Teixeira 275476141 275476141 [email protected]

Dest.

Territorial da

Covilhã

Comandante Tenente João

Sousa 961195056 275 320 660 275 320 668 [email protected]

NPA

Chefe Núcleo

Proteção

Ambiental

1ºSarg. Orlando

Henrique 961 195 294 275320 660 275 320 668 [email protected]

Junta de

Freguesia CMDFCI

Representante/

Presidente José Mariano 961 717 444 275 913 058 275 913 058

ICNF

Depart. de

Conservaçã

o. da

Natureza e

Florestas do

Centro

Técnico CPE Eng. Joaquim

Proença 962 026 622 272 323 333 272 321 825 [email protected]

Quadro 27 - Elementos constituintes da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

(CMDFCI)

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Entidade N.º de Elementos Necessidades formativas

Gabinete Técnico Florestal 1 a indicar

Bombeiros Voluntários de Belmonte 5 a indicar

Guarda Nacional Republicana 1 a indicar

Representante das Freguesias 1 a indicar

Quadro 28 – Necessidade de formação

Estimativa e Orçamento (€)

2014 2015 2016 2017 2018

Formação 800 800 800 800 800

Quadro 29 – Orçamento Formação

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Legenda das siglas:

Nac nível nacional

Reg nível regional

Dist nível distrital

Mun nível municipal

Loc nível local

Legenda das cores:

Sem intervenção significativa

Com competências significativas

Com competências de coordenação

Deveres cívicos

Estimativa de Orçamento para implementação do PMDFCI

Quadro 31 – Orçamento total do PMDFCI

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1º Eixo

Estratégico2943223,54 2213656,4 2943223,54 2213656,44 2943223,5

2º Eixo

Estratégico24750 24750 25750 25750 26000

3º Eixo

Estratégico182000 182000 182000 182000 182000

4º Eixo

Estratégico0 0 0 0 0

5º Eixo

Estratégico800 800 800 800 800

Total/ano 3150773,54 2421206,4 3151773,54 2422206,44 3152023,5

14297984

Eixos

estratégico

s

Estimativa de orçamento total (€)

Total