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2014 BAIXO GUANDU-ES PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO

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2014

BAIXO GUANDU-ES

PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EM MEIO ABERTO

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2 Rua Antônio Benedito Coelho, 198 – Centro - Baixo Guandu – ES – CEP 29.730-000

Site: www.pmbg.es.gov.br - e-mail institucional: [email protected]

Fones: (27) 3732-4306 / (27) 3732-4125 / (27) 3732-4629 Fax: (27) 3732-41252

Prefeito Municipal

José de Barros Neto

Vice - prefeito

Eloy Avelino Junior

Secretária Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação

Zilma Zandomenico Barros

Coordenação Geral:

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA

Realização:

Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação de Baixo Guandu-SEMADH

Endereço: Rua Antônio Benedito Coelho, nº 198, Centro - Baixo Guandu / ES.

CEP: 29.730-000

Telefone: (27) 3732-4629 / 4125

E-mail: [email protected]

Plano Decenal de Atendimento Socioeducativo em Meio Aberto:Diretrizes e Eixos Operacionais.

Comissão intersetorial:

Ana Paula Guimarães Gutman, James Azevedo Carvalho, Ana Cláudia Maciel

Vieira da Silva, Enir de Paulo Moreira, Valéria Melo de Oliveira Rocha, Willys Coelho Dias,

Willians Guimarães Alves, José Paulo Maciel, Reginaldo Pereira Pires, Fabrícia de Souza

Passos, Alline Ferreira Trindade, Lizane Holz dos Santos, Fabrício Ribeiro Pachá, Rita de

Cássia Porto Batista, Dineuza Aparecida V. Rosa Rodrigues, Sandra Pereira Gregório

Alberto, Caroline Dias, Marluce Silote, Regina Becker, Marinete Burgaleri Peixoto, Keila

Cristina Gomes Coelho, Adriana Santana, Demadison Ribeiro dos Santos, Eliane

Barbosa, Kalebe Madeira de Oliveira, Lediane Bessert Butzke

Grupo de Trabalho:

Ana Paula Guimarães Gutman, Ângela de Fátima Duque Evaristo, Rodrigo Dutra Costa, Liliane Gonçalves de Oliveira, Valdicéia Vieira da Costa, Antônio Fernando Tavares Ruela.

Prefeitura Municipal de Baixo Guandu ES

Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação - SEMADH

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3 Rua Antônio Benedito Coelho, 198 – Centro - Baixo Guandu – ES – CEP 29.730-000

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Fones: (27) 3732-4306 / (27) 3732-4125 / (27) 3732-4629 Fax: (27) 3732-41253

SUMÁRIO

1.1 Sinase ............................................................................................................................ 9

1.2 Adolescentes no contexto brasileiro ............................................................................ 10

2. Conceito e Integração das Políticas Públicas ................................................................ 11

3. Princípios e Marco Legal do Sistema de Atendimento Socioeducativo ......................... 14

3.1 Respeito aos direitos humanos .................................................................................... 14

4. Responsabilidade Solidária da Família, Sociedade e Estado pela Promoção e a Defesa

dos Direitos de Crianças e Adolescentes – Artigos 227 da Constituição Federal e 4º do

Estatuto da Criança e do Adolescente. .............................................................................. 15

5. Organização do Sinase .................................................................................................. 16

5.1 Competências e atribuições dos entes federativos ...................................................... 16

5.2 Comuns às três esferas ............................................................................................... 16

6. Financiamento ............................................................................................................... 18

7. Diretrizes Pedagógicas do Atendimento Socioeducativo ............................................... 19

7.1 Prevalência da ação Socioeducativa sobre os aspectos meramente sancionatórios .. 19

7.2 Projeto pedagógico como ordenador de ação e gestão do atendimento Socioeducativo

........................................................................................................................................... 19

7.3 Participação dos adolescentes na construção, no monitoramento e na avaliação das

ações Socioeducativas. ..................................................................................................... 19

7.4 Respeito à singularidade do adolescente, presença educativa e exemplaridade como

condições necessárias na ação Socioeducativa. ............................................................... 20

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7.5 Exigência e compreensão, enquanto elementos primordiais de reconhecimento e

respeito ao adolescente durante o atendimento Socioeducativo. ...................................... 20

7.6 Diretividade no processo Socioeducativo .................................................................... 21

7.7 Disciplina como meio para a realização da ação Socioeducativa ................................ 21

7.8 Dinâmica institucional garantindo a horizontalidade na socialização das informações e

dos saberes em equipe multiprofissional ........................................................................... 21

7.9 Organização espacial e funcional das Unidades de atendimento Socioeducativo que

garantam possibilidades de desenvolvimento pessoal e social para o adolescente .......... 21

7.10 Família e comunidade participando ativamente da experiência Socioeducativa ....... 22

7.11 Formação continuada dos atores sociais ................................................................... 22

8. Municipalização das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto ................................... 24

9. Metodologia de Atendimento a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade ............... 25

10. Diagnóstico Territorial .................................................................................................. 27

Prefeitura Municipal e Câmara Municipal de Baixo Guandu .............................................. 27

Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação ..................... 27

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ......................................... 27

Programa de Atenção Integral as Famílias (PAIF) ............................................................ 28

Serviço de Proteção Social aos Adolescentes em Cumprimento de Medidas

Socioeducativas, de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a Comunidade – Atende

atualmente 12 adolescentes, sendo todos do sexo masculino. ......................................... 28

Serviço de Proteção Social Especial a indivíduos e famílias (PAEFI) ............................... 28

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Serviço de Abordagem Social ............................................................................................ 28

Conselho Tutelar ............................................................................................................... 28

Secretaria Municipal de Educação .................................................................................... 28

Secretaria Municipal de Saúde .......................................................................................... 29

CAPS: Centro de Assistência Psicossocial, ....................................................................... 29

Setores de Vigilância: Ambiental, Epidemiológica e Sanitária. .......................................... 29

Secretaria Municipal de Esporte e Lazer ........................................................................... 29

Referente às instâncias que compõem o Sistema de Garantia dos Direitos de crianças e

adolescentes, consta: ........................................................................................................ 30

II – Público Alvo: ................................................................................................................ 31

III – Objetivos: .................................................................................................................... 31

Objetivo Geral .................................................................................................................... 31

Objetivo Específico ............................................................................................................ 31

IV - Estratégias .................................................................................................................. 32

V- Monitoramento e Avaliação: .......................................................................................... 32

11- Diagnóstico Estatístico ................................................................................................ 33

Origem dos Adolescentes por Municípios, Regiões Administrativas/Desenvolvimento e

Bairros ............................................................................................................................... 33

Evolução do Atendimento Socioeducativo ......................................................................... 34

Perfil dos Adolescentes no Sistema Socioeducativo ......................................................... 35

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Tabelas

Tabela 01: Total de adolescentes em cumprimento de medidas Socioeducativas em meio

aberto no ano de 2013 por bairro de moradia ..................... Erro! Indicador não definido.1

Tabela 02: Atos Infracionais praticados por adolescentes (Percentual / N.º Absolutos)

............................................................................................ Erro! Indicador não definido.1

Tabela 03: Total de Adolescentes em Prestação de Serviço à Comunidade entres os anos

entre 2011/2013 .................................................................. Erro! Indicador não definido.2

Tabela 05: Total de Adolescentes em Prestação de Serviço a Comunidade e Liberdade

Assistida no último Comunidade entres os anos entre 2011/2013Erro! Indicador não

definido.2

Tabela 06: Faixa Etária nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de

Liberdade Assistida ............................................................ Erro! Indicador não definido.2

Tabela 07: Sexo nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade

Assistida ............................................................................. Erro! Indicador não definido.3

Tabela 08: Total de Adolescentes com primeiro Ato Infracional no cumprimento da Medida

Socioeducativa ................................................................... Erro! Indicador não definido.3

Tabela 09: Total de Adolescentes com 02 ou mais Atos Infracionais no cumprimento da

Medida Socioeducativa ....................................................... Erro! Indicador não definido.3

Tabela 10: Escolarização nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de

Liberdade Assistida ............................................................ Erro! Indicador não definido.4

Tabela 11: Total de atendidos, matriculados e freqüentando a Escola nos Programas de

Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade AssistidaErro! Indicador não

definido.4

Tabela 12: Total de Adolescentes com Famílias Atendidas no Programa Bolsa Família

............................................................................................ Erro! Indicador não definido.5

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Lista De Siglas

ABMP- Associação Brasileira de Magistrados e Promotores

APAE- Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

CAPS- Centro de Assistência Psicossocial

CREAS- Centro de Referência Especializado de Assistência Social

CONANDA- Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

FONACRIAD- Fórum Nacional de Organizações Governamentais de Atendimento

a Criança e ao Adolescente

TJ- Tribunal de Justiça

LA- Liberdade Assistida

MSE- Medida Socioeducativa

NASE- Núcleo de Atendimento Socioeducativo

NESF- Núcleo Estratégico da Saúde da Família

PAIF- Programa de Atenção Integrada as Famílias

PAEFI- Proteção Social Especial a Indivíduos e Famílias

PIA- Plano Individual de Atendimento

PSC- Prestação de Serviço à Comunidade

SGD- Sistema de Garantia de Direitos

SEMADH- Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e

Habitação

SEMED- Secretaria Municipal de Educação

SINASE- Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

SEDH- Secretaria Especial dos Direitos Humanos

SPDCA- Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do

Adolescente

SEMSA- Secretaria Municipal de Saúde.

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1. Apresentação

1.1 Sinase

O Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069, de 13 de

julho de 1990, contrapõe-se historicamente a um passado de controle e de exclusão

social sustentado na Doutrina da Proteção Integral. O Estatuto da Criança e do

Adolescente expressa direitos da população infantojuvenil brasileira, pois afirma o valor

intrínseco da criança e do adolescente como ser humano a uma necessidade especial de

respeito enquanto condição de pessoa em desenvolvimento e o reconhecimento da sua

situação de vulnerabilidade, o que torna as crianças e adolescentes merecedores de

proteção integral por parte da família, da sociedade e do Estado,devendo este atuar

mediante políticas públicas e sociais na promoção e defesa de seus direitos.

Visando concretizar os avanços contidos na legislação e contribuir para a efetiva

cidadania dos adolescentes em conflito com a lei. O Conselho Nacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente(CONANDA), responsável por deliberar sobre a política de

atenção à infância e adolescência– pautado no princípio da democracia participativa tem

buscado cumprir seu papel normatizador e articulador, ampliando os debates e sua

agenda com os demais atores do Sistema de Garantia dos Direitos (SGD).Durante o ano

de 2002 o CONANDA e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH/SPDCA), em

parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e Promotores da Infância e

Juventude(ABMP) e o Fórum Nacional de Organizações Governamentais de Atendimento

à Criança e ao Adolescente (FONACRIAD), realizaram encontros estaduais, cinco

encontros regionais e um encontro nacional com juízes, promotores de justiça,

conselheiros de direitos, técnicos e gestores de entidades e/ou programas de atendimento

Socioeducativo. O objetivo foi debater e avaliar com os operadores do SGD a proposta de

lei de execução de medidas Socioeducativas da ABMP bem como a prática pedagógica

desenvolvida nas Unidades Socioeducativas, o CONANDA, foi criado por Lei Federal n.º

8.242, de 12 de outubro de 1991.

A implementação do SINASE objetiva primordialmente o desenvolvimento de uma

ação Socioeducativa sustentada nos princípios dos direitos humanos. Defende, ainda, a

idéia dos alinhamentos conceitual, estratégico e operacional, estruturada, principalmente,

em bases éticas e pedagógicas. A mudança de paradigma e a consolidação do Estatuto

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da Criança e do Adolescente ampliaram o compromisso e a responsabilidade do Estado e

da Sociedade Civil por soluções eficientes, eficazes e efetivas para o sistema

Socioeducativo e asseguram aos adolescentes que cometera ato Infracional a

oportunidade de desenvolvimento, e uma autêntica experiência de reconstrução de seu

projeto de vida. Dessa forma, esses direitos estabelecidos em lei devem repercutir

diretamente na materialização de políticas públicas e sociais que incluam o adolescente

em conflito com a lei.

1.2 Adolescentes no contexto brasileiro

O Brasil possui 25 milhões de adolescentes na faixa de 12 a 18 anos, o que

representa, aproximadamente, 15% (quinze por cento) da população. É um país repleto

de contradições e marcado por uma intensa desigualdade social, reflexo da concentração

de renda, tendo em vista que 01% (um por cento) da população rica detém 13,5% (treze e

meio por cento) da renda nacional, contra os 50% (cinqüenta por cento) mais pobres, que

detêm 14,4% (quatorze vírgula quatro por cento) desta (IBGE, 2004).

Essa desigualdade social, constatada nos indicadores sociais, traz conseqüências

diretas nas condições de vida da população infanto-juvenil. Quando é feito o recorte racial

as disparidades tornam-se mais profundas, verificando-se que não há igualdade de

acesso aos direitos fundamentais.

A realidade dos adolescentes em conflito com a lei não é diferente dos dados ora

apresentados. Estes também têm sido submetidos a situações de vulnerabilidade, o que

demanda o desenvolvimento de política de atendimento integrada com as diferentes

políticas e sistemas dentro de uma rede integrada de atendimento, e, sobretudo, dar

efetividade ao Sistema de Garantia de Direitos.

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2. Conceito e Integração das Políticas Públicas

Ao enumerar direitos, estabelecer princípios e diretrizes da política de

atendimento, que envolvem as crianças e adolescentes, a Constituição Federal e o

Estatuto da Criança e do Adolescente instalaram um sistema de “proteção geral de

direitos” de crianças e adolescentes cujo intuito é a efetiva implementação da Doutrina da

Proteção Integral, denominado Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Nele incluem-se

princípios e normas que regem a política de atenção a crianças e adolescentes, cujas

ações são promovidas pelo Poder Público em suas 03 esferas (União, Estados, Distrito

Federal e Municípios), pelos 03 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e pela

sociedade civil, sob três eixos: Promoção, Defesa e Controle Social.

A opção pela forma de Sistema tem como finalidade melhor ordenar as várias

questões que gravitam em torno da temática, reduzindo-se, assim, a complexidade

inerente ao atendimento aos direitos desse público.

No interior do Sistema de Garantia de Direitos existem diversos subsistemas que

tratam, de forma especial, de situações peculiares. Dentre outros subsistemas, incluem-se

aqueles que regem as políticas sociais básicas, de assistência social, de proteção

especial e de justiça voltados ao atendimento de crianças e adolescentes. É nesse

contexto que se insere o atendimento ao adolescente em conflito com a lei desde o

processo de apuração, aplicação e execução de medida Socioeducativa. Pode-se dizer

que a reunião de suas regras e critérios, de forma ordenada que almeje reduzir as

complexidades de atuação dos atores sociais envolvidos, possibilita a construção de um

subsistema que, inserindo-se no Sistema de Garantia de Direitos, atua sobre esse

ambiente específico relacionado a esses adolescentes. A esse subsistema específico dá-

se o nome de Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), o qual se

comunica e sofre

Interferência dos demais subsistemas internos ao Sistema de Garantia de Direitos

(tais como Saúde, Educação, Assistência Social, Justiça e Segurança Pública). O

SINASE é o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico,

político, pedagógico, financeiro e administrativo, que envolve desde o processo de

apuração de ato Infracional até a execução de medida Socioeducativa. Esse sistema

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nacional inclui os sistemas estaduais, distritais e municipais, bem como todas as políticas,

planos, e programas específicos de atenção a esse público.

O SINASE constitui-se de uma política pública destinada à inclusão do

adolescente em conflito com a lei que se correlaciona e demanda iniciativas dos

diferentes campos das políticas públicas e sociais. Essa política tem interfaces com

diferentes sistemas e políticas e exige atuação diferenciada que soma responsabilização

(com a necessária limitação de direitos determinada por lei e aplicada por sentença) e

satisfação de direitos. Os órgãos deliberativos e gestores do SINASE são articuladores da

atuação das diferentes áreas da política social. Neste papel de articulador, a incompletude

institucional é um princípio fundamental norteador de todo o direito da adolescência que

deve permear a prática dos programas Socioeducativos e da rede de serviços. Demanda

a efetiva participação dos sistemas e políticas de educação, saúde, trabalho, previdência

social, assistência social, cultura, esporte, lazer, segurança pública, entre outras, para a

efetivação da proteção integral aos adolescentes. A responsabilidade pela concretização

dos direitos básicos e sociais é da pasta responsável pela política setorial, conforme a

distribuição de competências e atribuições de cada um dos entes federativos e de seus

órgãos. Contudo, é indispensável à articulação das várias áreas para maior efetividade

das ações, inclusive com a participação da sociedade civil. Para tanto, os Conselhos

Nacionais, Estaduais, Distritais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente

bem como os órgãos gestores do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, nos

seus respectivos níveis, devem articular-se com os Conselhos e órgãos responsáveis pelo

controle, gestão, supervisão e avaliação dos demais sistemas e políticas sociais para o

desenvolvimento de ações integradas e que levem em consideração as peculiaridades

que cercam o atendimento aos adolescentes inseridos no SINASE.

Entre outras ações que podem favorecer o desenvolvimento da articulação

destacam-se as seguintes:

Estímulo à prática da intersetorialidade;

Campanhas conjuntas destinadas à sociedade em geral e aos profissionais da

área, com vistas à concretização da Doutrina de Proteção Integral adotada pelo

Estatuto da Criança e do Adolescente;

Promoção de discussões, encontros, seminários (gerais e temáticos) conjuntos;

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Respeito às competências e atribuições de cada ente federativo e de seus órgãos,

evitando-se a sobreposição de ações;

Discussão e elaboração, com os demais setores do Poder Público, para expedição

de atos normativos que visem ao aprimoramento do sistema de atendimento;

Expedição de resoluções conjuntas, disciplinando matérias relacionadas à atenção

a adolescentes inseridos no SINASE.

Por estar inserido no Sistema de Garantia de Direitos, o SINASE deve servir,

também, como fonte de produção de dados e informações que favoreçam a construção e

o desenvolvimento de novos planos, políticas, programas e ações para a garantia de

direitos de todas as crianças e adolescentes, reduzindo-se a vulnerabilidade e a exclusão

social à que muitos são expostos.

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Fones: (27) 3732-4306 / (27) 3732-4125 / (27) 3732-4629 Fax: (27) 3732-412514

3. Princípios e Marco Legal do Sistema de Atendimento Socioeducativo

Os princípios do atendimento Socioeducativo se somam àqueles integrantes e

orientadores do Sistema de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente. A seguir

estão relacionados os princípios que atingem indiscriminadamente todas as medidas

Socioeducativas, destacando, quando for o caso, aqueles que informam uma ou mais

medidas.

3.1 Respeito aos direitos humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos consagrou inúmeros valores que

passaram a serem adotados por diversos diplomas, sistemas e ordenamentos jurídicos.

Liberdade, solidariedade, justiça social, honestidade, paz, responsabilidade e respeito à

diversidade cultural, religiosa, étnico-racial, de gênero e orientação sexual são os valores

norteadores da construção coletiva dos direitos e responsabilidades.

Sua concretização se consubstancia em uma prática que de fato garanta a todo e

qualquer ser humano seu direito de pessoa humana. No caso dos adolescentes sob

medida Socioeducativas é necessário, igualmente, que todos esses valores sejam

conhecidos e vivenciados durante o atendimento Socioeducativo, superando-se práticas

ainda corriqueiras que resumem o adolescente ao ato a ele atribuído. Assim, além de

garantir acesso aos direitos e às condições dignas de vida, deve-se reconhecê-lo como

sujeito pertencente a uma coletividade que também deve compartilhar tais valores.

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4. Responsabilidade Solidária da Família, Sociedade e Estado pela Promoção e a

Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes – Artigos 227 da Constituição

Federal e 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Os artigos 227 da Constituição Federal e 4º do Estatuto da criança e do

adolescente estabeleceram a co-responsabilidade de família, comunidade, sociedade em

geral e poder público em assegurar, por meio de promoção e defesa, os direitos de

crianças e adolescentes. Para cada um desses atores sociais existem atribuições

distintas, porém o trabalho de conscientização e responsabilização deve ser contínuo e

recíproco, ou seja, família, comunidade, sociedade em geral e Estado não podem abdicar

de interagir com os outros. Destaca-se que a utilização dessas leis secundárias sempre

deve se dar em uma perspectiva de ampliação dos direitos dos adolescentes,

respeitando-se as especificidades características da doutrina da proteção integral, inscrita

na Constituição Federal e no Estatuto da criança e do adolescente.Os papéis atribuídos a

esses atores sociais se conjugam e entrelaçam:

A sociedade e o poder público devem cuidar para que as famílias possam se

organizar e se responsabilizar pelo cuidado e acompanhamento de seus

adolescentes, evitando a negação de seus direitos, principalmente quando se

encontram em situação de cumprimento de medida Socioeducativas;

A família, à comunidade e à sociedade em geral cabe zelar para que o Estado

cumpra com suas responsabilidades, fiscalizando e acompanhando o atendimento

Socioeducativo, reivindicando a melhoria das condições do tratamento e a

prioridade para esse público específico (inclusive orçamentária).

A co-responsabilidade, ainda, implica em fortalecer as redes sociais de apoio,

especialmente para a promoção daqueles em desvantagem social.

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5. Organização do SINASE

Pelas disposições contidas na Constituição Federal e no Estatuto da criança e do

adolescente, cabe à União a coordenação e a edição de normas gerais para todo o

território nacional em matéria de infância e adolescência. Primeiramente, estão dispostas

as competências e atribuições gerais das três esferas (União, Estados e o Distrito Federal

e Municípios). Depois, indicam-se competências, atribuições e recomendações aos

órgãos de deliberação, gestão e execução da política Socioeducativa e de controle, bem

como de entidades de atendimento envolvidas direta ou indiretamente no atendimento ao

adolescente em conflito com a lei no processo de apuração, aplicação e execução de

medidas Socioeducativas.

5.1 Competências e atribuições dos entes federativos

Antes de propriamente se dispor sobre as atribuições e recomendações aos

órgãos que compõem o SINASE, é preciso arrolar as competências e atribuições gerais

inscritas na Constituição Federal, no Estatuto da criança e do adolescente e demais leis

federais.

5.2 Comuns às três esferas

À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, no âmbito de atuação

de cada uma destas esferas de governo, cabe: Estabelecer normas sobre o atendimento

Socioeducativo mediante a edição de leis, decretos, resoluções (expedidas pelos

Conselhos dos Direitos e Setoriais), portarias, instruções normativas e demais atos

normativos e administrativos; Financiar, conjuntamente com os entes federativos, a

execução de programas e ações destinadas no Atendimento Inicial previsto no artigo 88,

inciso V, do Estatuto da criança e do adolescente, não exige que esses serviços

aconteçam num mesmo local: isto é preferencial, cabendo aos órgãos envolvidos

(Ministério Público, Defensoria Pública, Juizado da Infância e Juventude, Segurança

Pública e Assistência Social) decidir quanto à conveniência e oportunidade; entretanto,

exige sua integração.

Medidas Socioeducativas são responsabilizadoras, de natureza sancionatória e

conteúdo Socioeducativo, aplicadas à adolescentes em razão do cometimento de ato

Infracional. Conforme estabelece o Estatuto da criança e do adolescente, são seis as

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medidas Socioeducativas aplicáveis a adolescentes julgados pela prática de ato ilícito que

se equipare a crime ou contravenção penal. São elas: advertência, obrigação de reparar o

dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e

internação.

Pelo próprio conteúdo das medidas, as ações que as compõem devem sempre

envolver o contexto social em que se insere o(a) adolescente, isto é, a família, a

comunidade e o Poder Público devem estar necessariamente comprometidos para que se

atinja o fim almejado de inclusão desse(a) adolescente.

Entre outras leis, cita-se: Lei nº 8.242/91 (que cria o Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente), e Lei nº 10.683/03 (que dispõe sobre a

organização da Presidência da República e dos Ministérios, alocando na Secretaria

Especial dos Direitos Humanos a Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e

do Adolescente);

Garantir a publicidade de todas as informações pertinentes à execução das

medidas Socioeducativas;

Garantir transparência dos atos públicos pertinentes à execução das medidas

Socioeducativas

Fornecer, via Poder Executivo, os meios e os instrumentos necessários ao pleno

funcionamento dos respectivos Conselhos dos Direitos da Criança e do

Adolescente, respeitando os princípios da paridade e do caráter deliberativo e

controlador que regem tais órgãos.

Elaborar e aprovar junto ao competente Conselho dos Direitos da Criança e do

Adolescente o Plano de Atendimento Socioeducativo

Atuar na promoção de políticas que estejam em sintonia com os princípios dos

direitos humanos e contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e

intolerância correlatas; implementar programas em parceria com a sociedade civil

organizada, ONGs e instituições afins com o propósito de garantir os direitos das

populações e grupos discriminados, desfavorecidos ou em situação de

vulnerabilidade social.

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6. Financiamento

O compartilhamento da responsabilidade no financiamento e desenvolvimento da

política de atendimento Socioeducativas é das três esferas de governo (União, Estados,

Distrito Federal e Municípios). O SINASE será custeado com recursos do orçamento da

Seguridade Social, além de outras fontes, na forma do Artigo 195 da Constituição Federal,

mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, e das demais contribuições sociais previstas na legislação.

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7. Diretrizes Pedagógicas do Atendimento Socioeducativo

As entidades de atendimento e/ou programas que executam a internação

provisória e as medidas Socioeducativas de prestação de serviço à comunidade,

liberdade assistida, semiliberdade e internação deverão orientar e fundamentar a prática

pedagógica nas seguintes diretrizes:

7.1 Prevalência da ação Socioeducativa sobre os aspectos meramente

sancionatórios

As medidas Socioeducativas possuem em sua concepção básica uma natureza

sancionatória, vez que responsabilizam judicialmente os adolescentes, estabelecendo

restrições legais e, sobretudo, uma natureza sócio-pedagógica, haja vista que sua

execução está condicionada à garantia de direitos e ao desenvolvimento de ações

educativas que visem à formação da cidadania. Dessa forma, a sua operacionalização

inscreve-se na perspectiva ético-pedagógica.

7.2 Projeto pedagógico como ordenador de ação e gestão do atendimento

Socioeducativo

Os programas devem ter, obrigatoriamente, projeto pedagógico claro e escrito em

consonância com os princípios do SINASE. O projeto pedagógico deverá conter

minimamente: objetivos, público-alvo, capacidade, fundamentos teórico-metodológicos,

ações/atividades, recursos humanos e financeiros, monitoramento e avaliação de domínio

de toda a equipe. Este projeto será orientador na elaboração dos demais documentos

institucionais (regimento interno, normas disciplinares, plano individual de atendimento).

Sua efetiva e conseqüente operacionalização estará condicionada à elaboração do

planejamento das ações (mensal, semestral, anual) e conseqüente monitoramento e

avaliação(de processo, impacto e resultado), a ser desenvolvido de modo compartilhado

(equipe institucional,adolescentes e famílias).

7.3 Participação dos adolescentes na construção, no monitoramento e na avaliação

das ações Socioeducativas.

É fundamental que o adolescente ultrapasse a esfera espontânea de apreensão

da realidade para chegar à esfera crítica da realidade, assumindo conscientemente seu

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papel de sujeito. Contudo, esse processo de conscientização acontece no ato de ação-

reflexão. Portanto, as ações Socioeducativas devem propiciar concretamente a

participação crítica dos adolescentes na elaboração, monitoramento e avaliação das

práticas sociais desenvolvidas, possibilitando, assim, o exercício – enquanto sujeitos

sociais – da responsabilidade, da liderança e da autoconfiança.

7.4 Respeito à singularidade do adolescente, presença educativa e exemplaridade

como condições necessárias na ação Socioeducativa.

Fazer-se presente na ação Socioeducativa dirigida ao adolescente é aspecto

fundamental para a formação de um vínculo. A presença construtiva, solidária, favorável e

criativa representa um passo importante para a melhoria da qualidade da relação

estabelecida entre educadores e adolescentes. Referindo-se também a internação

provisória. Nesse sentido, a exemplaridade é aspecto fundamental. Educar -

particularmente no caso de adolescentes, - consiste em ensinar aquilo que se é. Portanto,

a forma como o programa de atendimento Socioeducativo organiza suas ações, a postura

dos profissionais, construída em bases éticas,frente às situações do dia-a-dia, contribuirá

para uma atitude cidadã do adolescente.

A ação Socioeducativa deve respeitar as fases de desenvolvimento integral do

adolescente levando em consideração suas potencialidades, sua subjetividade, suas

capacidades e suas limitações, garantindo a particularização no seu acompanhamento.

Portanto, o plano individual de atendimento (PIA) é um instrumento pedagógico

fundamental para garantir a eqüidade no processo Socioeducativo.

7.5 Exigência e compreensão, enquanto elementos primordiais de reconhecimento

e respeito ao adolescente durante o atendimento Socioeducativo.

Exigir dos adolescentes é potencializar suas capacidades e habilidades, é

reconhecê-los como sujeitos com potencial para superar suas limitações. No entanto, a

compreensão deve sempre antecedera exigência. É preciso conhecer cada adolescente e

compreender seu potencial e seu estágio de crescimento pessoal e social. Além disso,

devem-se fazer exigências possíveis de serem realizadas pelos adolescentes,

respeitando sua condição peculiar e seus direitos.

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7.6 Diretividade no processo Socioeducativo

A Diretividade pressupõe a autoridade competente, diferentemente do

autoritarismo que estabelece arbitrariamente um único ponto de vista. Técnicos e

educadores são os responsáveis pelo direcionamento das ações, garantindo a

participação dos adolescentes e estimulando o diálogo permanente.

7.7 Disciplina como meio para a realização da ação Socioeducativa

A disciplina deve ser considerada como instrumento norteador do sucesso

pedagógico, tornando o ambiente Socioeducativo um pólo irradiador de cultura e

conhecimento e não ser vista apenas como um instrumento de manutenção da ordem

institucional. A questão disciplinar requer acordos definidos na relação entre todos no

ambiente Socioeducativo (normas, regras claras e definidas) e deve ser meio para a

viabilização de um projeto coletivo e individual, percebida como condição para que

objetivos compartilhados sejam alcançados e, sempre que possível, participar na

construção das normas disciplinares.

7.8 Dinâmica institucional garantindo a horizontalidade na socialização das

informações e dos saberes em equipe multiprofissional

Muito embora as ações desenvolvidas pela equipe multiprofissional (técnicos e

educadores) sejam diferenciadas, essa diferenciação não deve gerar uma hierarquia de

saberes, impedindo a construção conjunta do processo Socioeducativo de forma

respeitosa, democrática e participativa. Para tanto, é necessário garantir uma dinâmica

institucional que possibilite a contínua socialização das informações e a construção de

saberes entre os educadores e a equipe técnica dos programas de atendimento.

7.9 Organização espacial e funcional das Unidades de atendimento Socioeducativo

que garantam possibilidades de desenvolvimento pessoal e social para o

adolescente

O espaço físico e sua organização espacial e funcional, as edificações, os

materiais e os equipamentos utilizados nas Unidades de atendimento Socioeducativo

devem estar subordinados ao projeto pedagógico, pois este interfere na forma e no modo

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de as pessoas circularem no ambiente, no processo Sistema Nacional de Atendimento

Socioeducativo – SINASE de convivência e na forma de as pessoas interagirem,

refletindo, sobretudo, a concepção pedagógica, tendo em vista que a não observância

poderá inviabilizar a proposta pedagógica.

7.10 Família e comunidade participando ativamente da experiência Socioeducativa

A participação da família, da comunidade e das organizações da sociedade civil

voltadas a defesa dos direitos da criança e do adolescente na ação Socioeducativa é

fundamental para a consecução dos objetivos da medida aplicada ao adolescente.

As práticas sociais devem oferecer condições reais, por meio de ações e

atividades programáticas à participação ativa e qualitativa da família no processo

Socioeducativo, possibilitando o fortalecimento dos vínculos e a inclusão dos

adolescentes no ambiente familiar e comunitário. As ações e atividades devem ser

programadas a partir da realidade familiar e comunitária dos adolescentes para que em

conjunto – programa de atendimento, adolescentes e familiares – possam encontrar

respostas e soluções mais aproximadas de suas reais necessidades.Tudo que é objetivo

na formação do adolescente é extensivo à sua família. Portanto, o protagonismo do

adolescente não se dá fora das relações mais íntimas. Sua cidadania não acontece

plenamente se ele não estiver integrado à comunidade e compartilhando suas conquistas

com a sua família.

7.11 Formação continuada dos atores sociais

A formação continuada dos atores sociais envolvidos no atendimento

Socioeducativo é fundamental para a evolução e aperfeiçoamento de práticas sociais

ainda muito marcadas por condutas assistencialistas e repressoras. Ademais, a periódica

discussão, elaboração interna e coletiva dos vários aspectos que cercam a vida dos

adolescentes, bem como o estabelecimento de formas de superação dos entraves que se

colocam na prática Socioeducativa exige capacitação técnica e humana permanente e

contínua considerando, sobretudo o conteúdo relacionado aos direitos humanos.

A capacitação e a atualização continuada sobre a temática “Criança e

Adolescente” devem ser fomentadas em todas as esferas de governo e pelos três

Poderes, em especial às equipes dos programas de atendimento Socioeducativo, de

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órgãos responsáveis pelas políticas públicas e sociais que tenham interface com o

SINASE, especialmente as políticas de assistência social, saúde, educação, esporte,

cultura e lazer, e de segurança pública.

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8. Municipalização das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto

A municipalização da execução das medidas Socioeducativas (MSE) em meio

aberto faz parte de um processo mais amplo de aprimoramento da justiça juvenil no

município de Baixo Guandu/ES, que se encontra em curso desde o ano de 2007. Na

definição dos papéis dos diferentes atores, de um lado, cabe à administração municipal

coordenar a execução das medidas Socioeducativas em meio aberto, articulando os

serviços públicos de saúde, educação, assistência e proteção social e outros, de acordo

com as demandas apresentadas por adolescentes e familiares, no intuito de propiciar a

sua reinserção sócio familiar. De outra parte, o Juizado da Infância e Juventude seguem

com a responsabilidade de acompanhamento, exigibilidade e estímulo ao cumprimento

das MSE pelos adolescentes, bem como a supervisão da efetividade dos serviços

prestados pelo programa de atendimento no município. O conhecimento a respeito da

estrutura e funcionamento do Serviço, dos nós críticos na integração institucional, bem

como dos aspectos positivos produzidos por uma experiência de quase 07 anos,

assumem relevância especial tendo em vista a implantação do Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo (SINASE). Desta forma elencar sobre o funcionamento do

Serviço de MSE contribui para o aprimoramento do sistema de atendimento

Socioeducativo, sendo um serviço de proteção social especial de média complexidade

conforme Resolução n 109/2009 que aprova a tipificação nacional de serviços sócio

assistenciais.A relevância do Núcleo de Atendimento Socioeducativo “Adolescente

Cidadão” – NASE, para a prevenção terciária da violência, à proteção dos direitos dos

adolescentes em conflito com a lei e para sua reinserção social e comunitária é inegável.

O NASE é um serviço que vem sendo executado no âmbito do Centro de Referência de

Assistência Social – CREAS, é um serviço tipificado como consta

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9. Metodologia de Atendimento a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade

No atendimento ao adolescente a organização de seu atendimento inicia-se com

o acolhimento do mesmo e de sua família, realizado pela coordenação e equipe do

Serviço. Nessa recepção realiza-se um conjunto de procedimentos iniciais que irão alinhar

e construir, a médio e longo prazo, o padrão de relação com a equipe do NASE. É a

primeira aproximação com o adolescente e deve despertar no mesmo o interesse em

participar do Serviço, mediante uma escuta qualificada e levantamento inicial dos seus

sentimentos, interesses e potencialidades. Faz-se também a interpretação da MSE, a

obrigatoriedade do cumprimento no prazo determinado, como também é informado as

normas de funcionamento do serviço e as conseqüências do descumprimento da MSE.

São então estabelecidos contratos verbais e formais, termos de responsabilidade entre o

NASE, adolescente e sua família. São realizados também trabalhos de grupos onde são

abordados noções sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, sobre seus direitos e

deveres, sobre o âmbito do trabalho da MSE de Liberdade Assistida (LA) e da Prestação

de Serviço à Comunidade (PSC) e suas atividades; apresentação da equipe e

encaminhamento para atendimento com a equipe técnica. O adolescente e sua família

chegam de modos diferentes para o primeiro contato: curiosos, medrosos, hostis,

submissos. Gradativamente vai-se construindo uma relação de confiança, o que é de

extrema relevância, pois o vínculo permite uma troca afetiva que torna o outro significativo

para si e permite se ver como significativo para o outro. São preenchidos os formulários

necessários para a composição do prontuário e posteriormente a construção do Plano

Individual de Atendimento (PIA). Os encontros individuais ocorrem de forma diferenciada,

pois depende da apresentação de cada adolescente, mas mensalmente são realizados

encontros grupais com os adolescentes e suas famílias. Considerando os parâmetros

pedagógicos no atendimento Socioeducativo, o Serviço de MSE tem como alicerce os

Princípios, Diretrizes e Parâmetros Pedagógicos definidos no SINASE e o

desenvolvimento de uma ação Socioeducativa sustentada nos princípios dos Direitos

Humanos. O adolescente é alvo de um conjunto de ações Socioeducativas que contribui

na sua formação, de modo que venha a ser um cidadão autônomo e solidário, capaz de

relacionar-se melhor consigo mesmo, com os outros e sem reincidir na prática de atos

Infracionais. Os parâmetros norteadores da ação e gestão pedagógicas devem propiciar

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ao adolescente o acesso a direitos e às oportunidades de superação de sua situação de

exclusão, de ressignificação de valores, bem como o acesso à formação de valores para

a participação na vida social. É de extrema relevância a atuação da equipe técnica junto

ao adolescente e família, pois com saberes diferentes irão identificar através de

atendimentos individuais, grupais, estudos de casos e visitas domiciliares subsídios para

elaboração do PIA. Destaca-se a importância e a necessidade de composição na área

que abrange os adolescentes que cometeram ato Infracional, de ter profissionais de

diferentes áreas de conhecimento capacitados e qualificados para lidar com este

segmento, estando distante de qualquer conceito preconceituoso. Na união dos

conhecimentos teórico-práticos específico desta área, para que juntos com os

adolescentes e suas famílias, garantir o desenvolvimento das ações pedagógicas,

vislumbrando assim, com êxito os objetivos do SINASE. É fundamental também a

articulação e fortalecimento da rede.

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10. Diagnóstico Territorial

Baixo Guandu é um município brasileiro do Estado do Espírito Santo. De acordo

com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE/2014 sua população

estimada é de 31.298habitantes, dos quais são crianças com idade de (0 a 4 anos )

1.526, crianças com idade de (5 a 9 anos) 2.183, crianças e adolescentes com idade de

(10 a 14 anos) 2.669, adolescentes e jovens de (15 a 19 anos) 2.515 e jovens com idade

de 20 a 24 2.215 Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010

De acordo com poder judiciário local, no período de 01/01/2011 a 31/12/2013

foram distribuídos 68 processos envolvendo adolescentes em prática de ato Infracionais.

Em pesquisa realizada no mesmo período no órgão municipal de atendimento

Socioeducativo, obtivemos um número de 38 adolescentes na comarca de Baixo Guandu

- ES em cumprimento de medida Socioeducativa em meio aberto. No município de Baixo

Guandu, a população conta com os seguintes equipamentos públicos ligados à garantia

dos direitos de crianças e adolescentes:

Prefeitura Municipal e Câmara Municipal de Baixo Guandu

Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

01 Centro de Referência de Assistência Social – CRAS

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01 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de 06 a 13 anos –

Atende atualmente 55 meninas e 55 meninos

01 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de 13 a 17 anos –

Atende atualmente 22 adolescentes do sexo feminino e 15 adolescentes do sexo

masculino, com ativa freqüência dos mesmos.

Programa de Atenção Integral as Famílias (PAIF)

01 Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS

Serviço de Proteção Social aos Adolescentes em Cumprimento de Medidas

Socioeducativas, de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços a Comunidade –

Atende atualmente 12 adolescentes, sendo todos do sexo masculino.

Serviço de Proteção Social Especial a indivíduos e famílias (PAEFI)

Abordagem Social

Conselho Tutelar

Parcerias: Lar Santa Terezinha e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

– APAE

Secretaria Municipal de Educação

Biblioteca Municipal

Setor de Merenda Escolar

Setor de Transporte Escolar

14 escolas de Ensino Fundamental e 09 creches de ensino infantil, sendo:

20 escolas na zona rural atendendo atualmente a: 220 crianças ensino infantil e

fundamental

09 escolas na zona urbana atendendo atualmente a: 2280 crianças e

adolescentes

06 creches na zona urbana atendendo de 0 a 3 ou 0 a 5 anos: 707 crianças

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03 creches na zona rural atendendo a: Ibituba são 50 crianças de 0 a 5 anos,

Mascarenhas são 45 crianças de 0 a 5 anos e Alto Mutum são em média 90 crianças de 0

a 5 anos.

Salas de recurso de Atendimento a Educação Especial: Atende atualmente 57

alunos com deficiência da rede de ensino

03 escolas de Ensino Médio localizados na Zona Urbana (NIVEL ESTADUAL)

Secretaria Municipal de Saúde

Centro de Saúde - Dilman Netto Ferreira, que atende diversas especialidades.

Estratégias de Saúde da Família, todos equipados com equipe de saúde bucal,

sendo:

04 localizados no interior: Ibituba, Km 14, Alto Mutum e Bananal

07 localizados na sede: Rosário, São Vicente, Mascarenhas, São José, Operário,

e NESF1 e 2, localizados no Centro do município.

Casa de Saúde da Mulher localizada na sede do município, assim como:

CAPS: Centro de Assistência Psicossocial,

Setores de Vigilância: Ambiental, Epidemiológica e Sanitária.

Agentes de Saúde, sendo 26 que visitam e acompanham famílias da zona rural e

46 na zona urbana

Secretaria Municipal de Esporte e Lazer

01 Ginásio Poliesportivo

07 Campos de Futebol nos bairros Sapucaia, Km 14, Mutum, Ibituba, Bananal,

Rosário II e Mascarenhas.

02 Quadras poliesportivas nos bairros de Ibituba e Santa Mônica.

Praças Saudáveis: São José, Sapucaia, (com adequação na praça de

Mascarenhas)

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30 Rua Antônio Benedito Coelho, 198 – Centro - Baixo Guandu – ES – CEP 29.730-000

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02 Campos Bom de Bola, que atende à várias modalidades esportivas, com

lanches disponibilizados através do recurso do FIA sendo:

Futsal: 263 crianças e adolescentes

Futebol Society: 136 crianças e adolescentes

Ginástica: 75 crianças e adolescentes

Judô: com previsão de atender 40 crianças e adolescentes (previsão de inicio em

setembro)

Futebol: 200 crianças e adolescentes.

Handebol: 30 crianças e adolescentes.

Referente às instâncias que compõem o Sistema de Garantia dos Direitos de

crianças e adolescentes, consta:

Conselho Tutelar;

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

Conselho Municipal de Assistência Social;

Outros Conselhos de Políticas Setoriais, como Saúde e Educação.

Promotoria da Infância e Juventude;

Defensoria Pública;

Juizado da Infância e Juventude;

Batalhão de Polícia Militar;

Delegacia Regional de Polícia Civil;

Secretaria Municipal de Saúde;

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico

Secretaria Municipal de Educação.

Secretaria de Esporte e Lazer

Secretaria de Cultura

Secretaria de Comunicação Social

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II – Público Alvo:

Adolescentes com 12 anos completos a 18 anos incompletos, autores de ato

Infracional, neste período de idade, residentes no município de Baixo Guandu e suas

respectivas famílias e adolescentes egressos das Unidades Socioeducativas meio

fechado.

III – Objetivos:

Objetivo Geral

Sistematizar o atendimento Socioeducativo no Município de Baixo Guandu,

postulando estratégias protetivas, em consonância com o Estatuto da Criança e do

Adolescente, e com o SINASE- Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, no

sentido de garantir os direitos dos adolescentes em cumprimento de medida

Socioeducativa e/ou egressos de medida Socioeducativas na perspectiva de garantir

atendimento Socioeducativo sistematizado, organizado e de qualidade.

Objetivo Específico

Garantir a manutenção e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos

pela rede de atendimento Socioeducativo.

Conscientizar às famílias de sua importância na socialização do adolescente.

Promover ações de prevenção da violência em suas diversas manifestações.

Manutenção e qualificação dos serviços de atendimento Socioeducativo aos

adolescentes em cumprimento das medidas de prestação de serviços à comunidade e

liberdade assistida.

Proporcionar conhecimentos aos técnicos e orientadores, sobre execução das

medidas Socioeducativas em meio aberto, conforme os parâmetros e diretrizes do

SINASE - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

Fortalecer a rede de atendimento Socioeducativo do Município.

Fomentar ações, na área de adolescentes em conflito com a lei.

Garantir nas dotações orçamentárias, para a execução das ações previstas

no Plano.

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Conscientizar Executivo e Legislativo municipal da importância de criar uma

política de promoção de oportunidades aos jovens desta cidade, incentivando o trabalho e

os estudos.

IV - Estratégias

Estimular a articulação e inter face com as políticas públicas, estabelecendo

prioridade absoluta de atendimento para a política municipal de saúde ao atendimento

das crianças e adolescentes.

Estimular a participação da família no acompanhamento escolar do

adolescente.

Apoiar a ampliação do número de vagas nos programas nas instituições de

profissionalização já existentes.

V- Monitoramento e Avaliação:

O monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo

do Município de Baixo Guandu será realizado pela Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Social, contando com a participação fundamental do Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Baixo Guandu, Conselho

Municipal de Assistência Social e demais instâncias de controle social.

Como este é um plano decenal, contendo ações a serem executadas a curto,

médio e longo prazo, num período de intervalos não superiores a 3 (três) anos conforme

ao art. 18 da lei 12.594/12, sendo fracionado nos períodos a seguir ou a qualquer tempo

em caráter extraordinário caso haja necessidade.

1° Período: dois anos

2° Período: três anos

3° Período: Dois anos

4° Período: três anos

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11- Diagnóstico Estatístico

Origem dos Adolescentes por Municípios, Regiões Administrativas /

Desenvolvimento e Bairros

Houve a proposição para que seja mapeada, inicialmente, a origem dos

adolescentes por municípios, distribuídos por regiões administrativas/desenvolvimento.

Tabela 01: Total de adolescentes em cumprimento de medidas Socioeducativas em

meio aberto no ano de 2013 por bairro de moradia

Bairro PSC LA PSC/LA

Alto Guandu 01

Centro 02

Rosário I 01

Rosário II 01

Santa Mônica 02

São Vicente 01

Sapucaia 01 01

Valparaiso 01

Vila Kennedy 03

Total 03 10 01

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Tabela 02: Atos Infracionais praticados por adolescentes (Percentual / N.º

Absolutos)

Ano Roubo Tráfico Homicídio Furto Uso de

drogas Outros Subtotal

2011 02 01 02 05 10

2012 03 07 04 14

2013 04 01 06 03 14

Total 09 02 15 12 38

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Evolução do Atendimento Socioeducativo

Tabela 03: Total de Adolescentes em Prestação de Serviço à Comunidade entre os

anos de 2011/2013

Ano Subtotal

2011 03

2012 12

2013 03

Total 18

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo

Nota de orientação: Como Alguns adolescentes tiveram nesse período duas

medidas para ser cumprido ao mesmo tempo, o número pode ser alterado em virtude

disso.

Tabela 04: Total de Adolescentes em Liberdade Assistida entre 2011/2013

Ano Subtotal

2011 06

2012 02

2013 10

Total 18

Tabela 05: Total de Adolescentes em Prestação de Serviço a Comunidade e

Liberdade Assistida entre os anos de 2011/2013

Ano Subtotal

2011 01

2012 -

2013 01

Total 02

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo

Nota de orientação: Como Alguns adolescentes tiveram nesse período duas

medidas para ser cumprido ao mesmo tempo, o número pode ser alterado em virtude

disso.

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Perfil dos Adolescentes no Sistema Socioeducativo

Tabela 06: Faixa Etária nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de

Liberdade Assistida

Ano 12 – 14 anos 15 – 17 anos 18 – 21 anos Subtotal

2011 02 04 04 10

2012 - 08 06 14

2013 01 11 02 14

Total 03 22 12 38

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo

Tabela 07: Sexo nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de

Liberdade Assistida

Ano Masculino Feminino Subtotal

2011 09 01 10

2012 11 03 14

2013 14 - 14

Total 34 04 38

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo

Tabela 08: Total de Adolescentes com primeiro Ato Infracional no cumprimento da

Medida Socioeducativa

Ano PSC LA Subtotal

2011 04 07 11

2012 11 02 13

2013 03 11 14

Total 18 20 38

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo

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Tabela 09: Total de Adolescentes com 02 ou mais Atos Infracionais no cumprimento

da Medida Socioeducativa

Ano PSC LA Subtotal

2011

2012 01

2013 01

Total

Fonte: Órgão Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo

Direito à Educação, Assistência Social, Esporte, Profissionalização, Cultura, Lazer e

Saúde

Tabela 10: Escolarização nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e

de Liberdade Assistida

Ano Não

Alfabetizado

Fundamental

Completo

Fundamental

Incompleto

Médio

Completo

Médio

Incompleto Subtotal

2011 - - 07 - 02 09

2012 - - 10 - 04 14

2013 - - 09 - 05 14

Total - - 27 - 11 38

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Nota de orientação: Dados aferidos com base nas pastas do Órgão Municipal de

Atendimento Socioeducativo.

Tabela 11: Total de atendidos, matriculados e freqüentando a Escola nos

Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade Assistida

Ano Subtotal de

Atendidos

Total de

Matriculados

Total Freqüentando a

Escola Subtotal

2011 10 - - 10

2012 14 05 - 05

2013 14 06 06 12

Total 38 11 06 17

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Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo

Nota de orientação: Dados aferidos com base nas pastas do Órgão Municipal de

Atendimento Socioeducativo.

Tabela 12: Total de Adolescentes com Famílias Atendidas no Programa

Bolsa Família

Ano Subtotal de

Atendidos PSC LA Subtotal

2011 10 01 02 03

2012 14 03 01 04

2013 14 01 06 07

Total 38 05 09 13

Fonte: Órgão Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Nota de orientação: Dados aferidos com base nas pastas do Órgão Municipal de

Atendimento Socioeducativo.