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PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZEIRO DO SUL - RS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO 2016

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZEIRO DO SUL - RS

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE

ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

2016

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO Rua São Gabriel, 72 – Centro

Cruzeiro do Sul

Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo do Município de Cruzeiro do Sul/RS

Agosto de 2016

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO Rua São Gabriel, 72 – Centro

Cruzeiro do Sul

César Leandro Marmitt Prefeito Municipal de Cruzeiro do Sul

Lovani Weiand Secretária Municipal de Assistência Social e Habitação

Vivian Inês Frey Coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social

Equipe de elaboração: Bárbara Weber – Assistente Social – CRESS 9383 Greice Körner – Assistente Social – CRESS 8847 Jamile Bangemann – Psicóloga – CRP 07/08961 Vivian Inês Frey – Assistente Social – CRESS 9438

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO Rua São Gabriel, 72 – Centro

Cruzeiro do Sul

Comissão Geral de Elaboração do Plano Municipal I - REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL: a) Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação: a.1. LOVANI WEIAND a.2. BÁRBARA WEBER a.3. GREICE KÖRNER a.4. JAMILE BANGEMANN a.5. VIVIAN INÊS FREY b) SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES: b.1. ALINE INÊS DULLIUS b.2. BERNADETE POCHMANN c) SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO: c.1. ROSECLER MALLMANN c.2. FABRÍCIO DE SAIBRO II - REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA: a) CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: a.1. SÍLVIA CRISTINA FELDENS WIEHE; c) CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: c.1. DAIANE FÜHR; d) 2ª PROMOTORIA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE: d.1. CARLOS AUGUSTO FIORIOLI e) CONSELHO TUTELAR: e.1. DORA REGINA FRAINER e.2. MARIA ILONE BACKES e.3. CÁSSIA FABIANA RIBEIRO f) JUIZADO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE: f.1. SIMONE SARATE POZZA g) REPRESENTANTES DAS ENTIDADES PARCEIRAS g.1. OLAVO RUDI KEHRWALD – Clínica Bom Samaritano g.2. BERNADETE POCHMANN RODRIGUES – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Cruzeiro do Sul – APAE g.3. ALBERI VEIGA DA SILVA - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Cruzeiro do Sul g.4. ELISABETH CENTENA – Hospital São Gabriel Arcanjo

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO Rua São Gabriel, 72 – Centro

Cruzeiro do Sul

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................7

2. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL............................................................................8

2.1 Educação........................................................................................................9

2.2 Assistência Social.......................................................................................10

2.3 Saúde............................................................................................................12

2.4 Sistema de segurança.................................................................................13

3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................14

4. PÚBLICO ALVO..................................................................................................17

5. OBJETIVOS........................................................................................................17

5.1 Objetivos específicos..................................................................................17

6. EIXOS ESTRATÉGICOS.....................................................................................18

6.1 Atendimento Inicial Integrado.....................................................................18

6.2 Atendimento em Meio Aberto.....................................................................19

6.3 Atendimento de Privação de Liberdade.....................................................20

6.4 Capacitação Profissional............................................................................20

6.5 Sistemas de informação..............................................................................21

7. RESULTADOS ESPERADOS.............................................................................21

8. INSTITUIÇÕES PARCEIRAS..............................................................................22

9. ARTICULAÇÃO COM AS DEMAIS POLÍTICAS PÚBLICAS, PROJETOS E

PROGRAMAS DO MUNICÍPIO...........................................................................23

10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO...................................................................23

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................23

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO Rua São Gabriel, 72 – Centro

Cruzeiro do Sul Apresentação

A Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul, por meio da Secretaria Municipal de

Assistência Social , apresenta o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo em

consonância com o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE,

sancionado pela Lei Federal nº 12.594/2012, pelos Planos Estadual e Nacional de

Atendimento Socioeducativo.

O Plano Municipal é resultado de uma construção coletiva que procurou envolver

a rede pública de atendimento, representantes de entidades do terceiro setor, da

comunidade em geral e do Sistema de Garantia de Direitos, com vistas a garantir

condições de responsabilização do adolescente com caráter educativo, de modo que

as medidas socioeducativas (re)instituam direitos, interrompam a trajetória infracional e

permitam aos adolescentes a inclusão social, educacional, cultural e profissional, além

de discussão e elaboração de estratégias preventivas de violência, que priorizem o

convívio familiar e inclusão comunitária.

O plano ainda estabelece as competências e responsabilidades dos conselhos

de direitos da criança e do adolescente, que devem sempre fundamentar suas

decisões em diagnósticos e em diálogo direto com os demais integrantes do Sistema

de Garantia de Direitos, tais como o Poder Judiciário e o Ministério Público.

Com a formulação de tais diretrizes e com o compromisso partilhado, certamente

a política pública voltada a criança e o adolescente poderá avançar.

Em especial, a proposta é que se garantam condições para que o adolescente

em conflito com a lei passe a ser compreendido como uma prioridade social.

Lovani Weiand Secretária Municipal de Assistência Social e Habitação

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HABITAÇÃO Rua São Gabriel, 72 – Centro

Cruzeiro do Sul

1. INTRODUÇÃO O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de Cruzeiro do Sul dá

cumprimento às indicações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo –

SINASE e dos Planos Estadual e Nacional de Atendimento Socioeducativo que

reconhecem a necessidade de rever a estrutura e a funcionalidade dos serviços de

atendimento face à realidade de cada município, bem como a sistematização das

ações destinadas aos adolescentes em conflito com a lei.

O período de execução do Plano, contemplará os anos de 2016 a 2026 com o

objetivo de disponibilizar a proteção integral aos adolescentes, por meio da execução

de metas e ações nos eixos: 1)Atendimento Inicial Integrado; 2) Atendimento em

Meio Aberto; 3) Atendimento de Privação de Liberdade; 4) Capacitação

Profissional e 5) Sistemas de Informação.

Este plano é o resultado de um processo de construção participativa, sendo

considerado em sua elaboração, as reuniões realizadas com diversos órgãos como:

Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação; Secretaria Municipal de

Educação, Cultura e Esportes; Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento; bem

como o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; Conselho

Municipal de Assistência Social; e Conselho Tutelar.

O Plano foi construído através de 03 encontros sistemáticos com a rede, envio

de questionário à Delegacia de Polícia e Brigada Militar de Cruzeiro do Sul e análise de

dados junto ao Centro de Referência de Assistência Social.

Os dados da realidade local, o perfil, as necessidades dos adolescentes e sua

família e a rede de serviços existentes serviu de base para a elaboração dos objetivos,

ações e metas a serem atingidos, especialmente para a promoção de iniciativas

voltadas à diminuição dos fatores de risco e pela promoção da proteção dos

adolescentes do município, consonantes à efetivação dos direitos fundamentais

consagrados ao adolescente na Constituição Federal (art. 227) e no ECA (art.4º),

garantindo-lhe sua condição de cidadão.

8

Desta forma, as ações que estarão sendo implementadas visam promover a

melhoria, a otimização dos recursos disponíveis, a consolidação de uma rede

articulada e integrada de atendimento ao adolescente e a implementação de ações

sociais eficazes de prevenção da violência.

Cumpre ressaltar que o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo se

concretizará pela ação articulada dos sistemas, órgãos e organizações responsáveis

pela garantia de direitos dos adolescentes no município de Cruzeiro do Sul,

reconhecendo-se a incompletude e a complementaridade entre eles e o

asseguramento de um atendimento que promova o desenvolvimento pessoal e social

dos adolescentes e sua (re)inserção na comunidade.

2. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Conforme dados do IBGE (2010), o Estado do Rio Grande do Sul possui uma

população de um milhão duzentos e oitenta e três mil, 1.283.781, dos quais 275.314

são jovens com idade entre 10 e 19 anos. Em Cruzeiro do Sul, o número total de

adolescentes é de 1.352, com a seguinte distribuição por faixas etárias:

http://www.sidra.ibge.gov.br

O município de Cruzeiro do Sul, fundado em 1963, tem área geográfica total de

154,99 km², microrregião Estrela -Lajeado, 12.320 habitantes, densidade demográfica

de 79,56 hab/km². IDHM 2010 de 0,723.

O recorte de gênero da população cruzeirense, segundo dados do PNUD, IPEA

e FJP:

9

Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/cruzeiro-do-sul_rs

2.1 Educação

No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 89,67%, em

2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos

finais do ensino fundamental é de 90,81%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com

ensino fundamental completo é de 64,33%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos

com ensino médio completo é de 44,40%.

Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/cruzeiro-do-sul_rs

Em 2010, 88,76% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando

o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram

86,66% e, em 1991, 85,18%.

Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 14,69% estavam cursando o ensino

superior em 2010. Em 2000 eram 7,82% e, em 1991, 4,63%.

10

Em relação ao número de anos de estudo que as crianças deverão/poderão

completar ao atingir a idade de 18 anos, informamos que entre 2000 e 2010, ela

passou de 9,97 anos para 9,69 anos, no município.

Atualmente, o ensino no município é ofertado através de 06 escolas municipais

de educação infantil, 07 escolas municipais de ensino fundamental, 05 escolas

estaduais de ensino fundamental e 02 escolas estaduais de ensino médio.

A Secretaria Municipal de Educação conta com uma equipe multidisciplinar

composta por profissionais das áreas de fonoaudiologia (10 horas), psicologia (10

horas), psicopedagogia (10 horas) que realizam um trabalho nas escolas, ofertando

atendimentos e acompanhamento.

Além disso, a secretaria conta atualmente com três escolas de ensino

fundamental que ofertam turno integral para crianças a partir de 6 anos, com turmas de

20 a 80 alunos.

Destacamos a oferta de aula de música (realizada diariamente), escolinha de

futebol (realizada duas vezes por semana) e aula de dança semanal para crianças e

adolescentes.

As principais parcerias da Secretaria de Educação são com o Serviço Social do

Comércio – SESC e Associação Comercial e Industrial de Cruzeiro do Sul – ACICS, em

eventos como a Feira do Livro, Dia das Crianças, Coelho na Praça e Show de Danças

com a chegada do Papai Noel.

2.2 Assistência Social

A Secretaria de Assistência Social e Habitação, contempla o desenvolvimento de

ações que visam garantir direitos sociais à moradia e à assistência social. Atualmente,

a equipe da secretaria é composta pela Gestora, a Senhora Lovani Weiand, 03

assistentes sociais, 01 psicóloga, 04 orientadores sociais, 01 recepcionista, 01

servente, 01 profissional responsável pelo Cadastro Único para Programas Sociais,

dentre outros.

A política de assistência social do município é operacionalizada pelo Centro de

Referência de Assistência Social – CRAS, unidade pública estatal que atua na porta de

entrada do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, dada sua capilaridade nos

11

territórios. Executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de

serviços socioassistenciais locais da política de assistência social.

O serviço prioritário do CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à

Família – PAIF por ter caráter continuado. Visa o fortalecimento da função protetiva da

família, a prevenção da ruptura dos vínculos familiares e comunitários, a promoção de

ganhos sociais e materiais às famílias, a promoção do acesso a benefícios, programas

de transferência de renda e serviços socioassistenciais e o apoio a famílias que

possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da

promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.

O PAIF tem como público famílias em situação de vulnerabilidade social. São

prioritários no atendimento os beneficiários que atendem aos critérios de participação

de programas de transferência de renda e benefícios assistenciais e pessoas com

deficiência e/ou pessoas idosas que vivenciam situações de fragilidade.

Além do PAIF, a equipe desenvolve o Serviço do Convivência e Fortalecimento

de Vínculos - SCFV, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições

progressivas aos seus usuários, a fim de complementar o trabalho social com famílias

e prevenir a ocorrência de situações de risco social.

A metodologia do SCFV organiza-se em grupos, de modo a ampliar as trocas

culturais e de vivências entre os usuários, assim como desenvolver o seu sentimento

de pertença e de identidade.

A formação dos grupos deve respeitar as necessidades dos participantes,

levando em consideração as especificidades do seu ciclo de vida. O serviço é

organizado em grupos:

0 a 6 anos – Quinzenalmente, às segundas-feiras à tarde, com atividade lúdicas

para as crianças, orientações e convivência com os responsáveis;

6 a 12 anos – Diariamente, no turno inverso ao da escola. É executado junto à

sede do Projeto SABER VIVER, bairro Cascata. Desenvolvem-se atividades

lúdicas, esportivas, artísticas e de convivência;

07 a 17 anos – Construindo Cidadania, com frequência semanal. São

desenvolvidas modalidades esportivas de basquete e atletismo e

acompanhamento familiar;

Idosos – Semanalmente, no CRAS. São desenvolvidas atividades de jogos e

integração.

12

2.3 Saúde

O município conta com 01 Unidade Básica de Saúde - UBS Central com equipe

multidisciplinar, 02 Equipes de Estratégia de Saúde da Família - ESF's com cobertura

de 50% da população com Agentes Comunitárias de Saúde, o Hospital São Gabriel

Arcanjo, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, vinculado à UBS, além da

rede de serviços de saúde privados. Conta também com 01 UBS, recém inaugurada no

bairro Passo de Estrela, um dos bairros com maior índice de vulnerabilidade social.

Nas Equipes de Estratégia de Saúde da Família existe o atendimento por

médicos especializados em Saúde da Família, enfermeiras, técnicas de enfermagem,

uma auxiliar de consultório dentário, uma dentista e cinco agentes de saúde de cada

equipe, todos com 40 horas semanais.

O fluxo de referência e contra referência (com serviços de alta e média

complexidade) ocorre por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde com marcação

de consultas e exames especializados em hospitais de grande porte regionais e da

capital do Estado. A secretaria disponibiliza transporte para a locomoção dos

pacientes.

A equipe de saúde mental do município e as equipes de Estratégia de Saúde da

Família - ESFs, atualmente matriciadas pelo Núcleo de Apoio à Atenção Básica -

NAAB, atuam diretamente com as demandas relacionadas às famílias que possuem

em seu núcleo, adolescentes. Estas problemáticas repetidamente aparecem em

discussões da rede de atendimento à criança e ao adolescente do município, sendo

recorrentes na política de Saúde, Saúde Mental, Assistência Social, Educação e

também pelo Conselho Tutelar.

Atualmente, vinculado ao trabalho da equipe de saúde mental existe a oficina de

judô que atende em média 80 crianças e adolescentes com o objetivo de ampliar o

cuidado em saúde (e saúde mental) no âmbito municipal, proporcionando o

desenvolvimento de atividades esportivas e culturais que promovam o aprendizado, o

protagonismo juvenil e a troca de experiências.

Tem como objetivos específicos proporcionar momentos de esporte como forma

de espaço que promova a inclusão social de adolescentes em situação de risco social,

promover espaços de cuidado em saúde para os adolescentes e suas famílias e

13

oferecer espaço de convívio, de produção de autonomia a partir das necessidades e

dos desejos dos adolescentes.

Mais especificamente, a equipe multidisciplinar atende a adolescentes e suas

famílias no sentido de fortalecer os vínculos familiares e sua função protetiva. Quando

necessário, atua na prevenção e tratamento ao uso abusivo de substâncias psicoativas

por meio de acolhimento, atendimentos individuais e familiares, encaminhamentos para

a rede de serviços e internações voluntárias, acompanhamento pós alta de internação

para desintoxicação e redução de danos.

2.4 Segurança Pública

A segurança do município é executada pelos serviços da Brigada Militar e

Polícia Civil.

A Polícia Civil tem seu posto localizado na Rua Santa Maria, número 123. De

acordo com a Delegacia de Polícia do Município, no período de janeiro de 2014 até

dezembro de 2015, foram atendidas 31 ocorrências envolvendo adolescentes em

prática de atos infracionais, sendo que 24 foram adolescentes do sexo masculino e 7

do sexo feminino.

A tipificação dos atos infracionais informada pela delegacia foram os seguintes:

Ato infracional Ocorrências

Furtos em geral 4

Homicídio doloso 2

Roubo a pedestre 1

Lesão Corporal 6

Ameaça 7

Vias de fato 1

Outros crimes 1

Dano ou Dano qualificado 3

Perturbação da Tranquilidade 2

Estupro 1

Injuria 1

Violação de domicilio 1

14

Posse de substância ilícita (drogas) 1

Dirigir S/ Habilitação 1

Adulteração de sinal identificador de veiculo 1

A Brigada Militar possui seu posto localizado na Rua São José, s/nº, no Centro.

A instituição foi convidada para participar das três reuniões de planejamento e foram

realizados contatos telefônicos, porém não houve retorno dos dados solicitados entre

2014 e 2015.

3. JUSTIFICATIVA

Um dos maiores avanços da Constituição Federal de 1988 foi a incorporação

das políticas sociais como responsabilidade do Estado, atendendo às históricas

reivindicações das classes trabalhadoras. Nessa direção, a Constituição enfatiza a

seguridade social, retira a família do espaço privado, colocando-a como alvo de

políticas públicas e afirma direitos da população infanto-juvenil, compreendendo-os

como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento e, por isso,

possuindo absoluta prioridade.

No que diz respeito ao adolescente autor de ato infracional, essa política deve

obedecer aos princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, as

regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Infância e da Juventude,

as Regras mínimas das Nações Unidas para a Proteção dos Jovens Privados de

Liberdade, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº8069/90) prevê a garantia dos

Direitos fundamentais da pessoa. Assegura-lhe a oportunidade, lhe faculta o

desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social. Responsabiliza a família, a

comunidade, a sociedade e o poder público pela garantia da efetivação desses direitos,

de acordo com o seu art. 4º, a saber:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária (BRASIL,1990, art. 04)”.

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Com relação à prática de ato infracional por adolescentes, o Estatuto da Criança

e do Adolescente, dispõe sobre medidas socioeducativas que são aplicadas pela

autoridade competente, quando necessário. Considera a capacidade de cumprimento

do adolescente, a gravidade, as circunstâncias do ato e a disponibilidade de programas

e serviços. Essas medidas vão desde a advertência, caracterizada como medida

admoestatória, informativa, formativa e imediata, executada pelo Juiz da Infância e

Juventude, à obrigação de reparar o dano; medidas de meio aberto (prestação de

serviços à comunidade e liberdade assistida); medidas de privação de liberdade

(semiliberdade e a internação), sendo estas últimas voltadas a adolescentes que

cometem atos inflacionais graves.

A fundamentação para a implantação e implementação dessas medidas está

referendada na doutrina de proteção integral, devendo os adolescentes serem tratados

com dignidade e respeito obrigatoriamente.

As medidas em meio aberto, de prestação de serviços à comunidade e liberdade

assistida, possibilitam aos adolescentes infratores o direito à convivência familiar e

comunitária. Essas medidas devem ser executadas no espaço geográfico mais próximo

do local de residência do adolescente, de modo a fortalecer o contato e o protagonismo

da comunidade e da família.

Segundo o art. 86 do ECA, a política de atendimento dos direitos da criança e do

adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não

governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O art. 88

incisos I e III dispõe sobre a municipalização do atendimento como diretriz dessa

política.

A municipalização da execução das medidas de meio aberto é exigida pela lei

8069/90 – ECA, pelo CONANDA e pelo Sistema Nacional de Atendimento

socioeducativo – SINASE, esclarecendo que a municipalização das medidas

socioeducativas deve ser executada no âmbito geográfico do município.

O cometimento de ato infracional, no bojo das políticas públicas especialmente

nos níveis de proteção social afiançadas pela Política Nacional de Assistência Social

prevê o atendimento e acompanhamento junto ao Serviço Especializado para

Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (PSC) e

16

Liberdade Assistida (LA), executado pelo Centro de Referência Especializado de

Assistência Social, equipamento da Proteção Social Especial de Média Complexidade:

São considerados serviços de média complexidade aqueles que oferecem atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos. Neste sentido, requerem maior estruturação técnico operacional e atenção especializada e mais individualizada, e, ou, de acompanhamento sistemático e monitorado. (PNAS, Brasília, 2005, pág. 38).

No caso de Cruzeiro do Sul, a execução das medidas socioeducativas em meio

aberto são realizadas junto ao Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, no

âmbito do Sistema Único de Assistência Social através da Proteção Social Básica uma

vez que se trata de município de pequeno porte1:

A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). (PNAS, Brasília, 2005, pág. 33).

Apesar de o presente documento não propor alterações substanciais quanto ao

fluxo e equipe mínima exigidos para os equipamentos de proteção social básica no

CRAS, cumpre problematizarmos os desafios postos aos municípios de pequeno porte

quanto a exequibilidade com índices qualitativos esperados a um acompanhamento

familiar acometido por situação de risco, aqui, do cometimento de ato infracional.

Tamanhos os desafios, que o presente plano procura fortalecer o caráter

estratégico de articulação intersetorial e interdisciplinar do acompanhamento uma vez

que muito além do ato cometido, as demandas subjacentes à contravenção extrapolam

a capacidade técnica hoje existente no CRAS e da própria Política de Assistência.

Desta forma, a proposta deste plano de atendimento socioeducativo vem para

reforçar as parcerias, intensificar as ações, possibilitar aos adolescentes, a família e a

comunidade, a participação no processo socioeducativo, proporcionando uma

1 Municípios pequenos 1: com população até 20.000 habitantes (Política Nacional de Assistência Social,

Brasília, 2005).

17

socioeducação de qualidade, rompendo com a cultura punitiva, repressiva e

proporcionando a transformação da cultura, o respeito aos direitos humanos,

especialmente às crianças e adolescentes.

No município de Cruzeiro do Sul os adolescentes que terão que cumprir medida

socioeducativa são atendidos e acompanhados por uma Assistente Social e uma

Psicóloga que fazem parte da equipe técnica do CRAS, não havendo uma equipe

específica responsável pelo Serviço de Proteção Social a Adolescentes em

Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de

Serviços à Comunidade.

4. PÚBLICO ALVO Adolescentes de 12 a 18 anos, excepcionalmente até os 21, autores de ato

infracional, residentes no município de Cruzeiro do Sul e suas respectivas famílias.

5. OBJETIVO GERAL O objetivo geral é sistematizar o atendimento socioeducativo no Município de

Cruzeiro do Sul, postulando estratégias protetivas, em consonância com o Estatuto da

Criança e do Adolescente – ECA, e do Sistema Nacional de Atendimento

Socioeducativo – SINASE, no sentido de proporcionar um atendimento socioeducativo

de qualidade.

5.1 Objetivos Específicos

Ampliação do serviço de atendimento ao adolescente em conflito com a lei;

Garantir a manutenção e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos pela

rede de atendimento socioeducativo;

Conscientizar as famílias de sua importância na socialização do adolescente;

Promover ações de prevenção da violência em suas diversas manifestações;

Manutenção e qualificação dos serviços de atendimento socioeducativo aos

adolescentes em cumprimento das medidas de prestação de serviços à

comunidade e liberdade assistida;

18

Proporcionar conhecimentos aos técnicos e orientadores, sobre execução das

medidas socioeducativas em meio aberto, conforme os parâmetros e diretrizes

do SINASE;

Fortalecer a rede de atendimento socioeducativo do Município;

Subsidiar ações, políticas e programas na área de adolescentes em conflito com

a lei.

6. Eixos Estratégicos 6.1 Atendimento Inicial Integrado Segundo dados da Delegacia de Polícia de Cruzeiro do Sul quanto aos

procedimentos da repartição policial, ao receber a ocorrência de ato infracional

cometido por menor infrator, inicialmente é avaliada a situação, ou seja, é identificado

se o infrator é menor de 12 anos ou está na faixa dos 12 aos 18 anos, para dar o

encaminhamento adequado.

Após o registro da ocorrência, esta é encaminhada à autoridade policial

(Delegado), onde o mesmo faz a análise dos fatos narrados na ocorrência. A partir da

análise, é emitido despacho para instauração ou não de procedimento, dependendo da

forma com que a ocorrência foi lavrada. Em caso de instauração, a ocorrência é

encaminhada pelo Delegado ao Cartório (setor administrativo da polícia), onde o

mesmo procede à devida instauração do procedimento, no caso, Procedimento

Adolescente Infrator (P.A.I.).

Instaurado o procedimento, o policial (escrivão ou inspetor) realiza a intimação

do adolescente para prestar depoimento junto ao órgão policial, considerando que o

menor deve comparacer devidamente acompanhado por pessoa responsável.

Em se tratando de infratores com idade menor de 12 anos, dependendo do caso,

pede-se o acompanhamento de servidor do Conselho Tutelar, como forma de não

constranger e não intimidar a criança no momento do depoimento, em consonância

com as normas estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em se tratando de ato infracional grave como homicídio, latrocínio e tráfico de

drogas, o depoimento pode ser tomado com a presença do representante do Ministério

Público - Promotor da Infância e da Juventude.

O procedimento para apurar ato infracional praticado por adolescente está previsto nos artigos 171 a 190, do Estatuto da Criança e do Adolescente, envolvendo, inicialmente, o atendimento pela Polícia Civil. Após a fase policial,

19

o adolescente é apresentado ao Ministério Público, que realizará a audiência de apresentação, podendo o Promotor de Justiça promover o arquivamento, conceder a remissão ou oferecer representação à autoridade judiciária. (Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo do RS, pág. 24).

Tomados os depoimentos do infrator, da vítima e das testemunhas, o

procedimento é finalizado pelo inspetor e/ou escrivão responsável, pelo qual o infrator é

enquadrado na forma da lei, oficiando-se ao Ministério Público, na pessoa do Promotor

de Justiça. Juntamente ao ofício, são anexas as demais peças do procedimento, com a

devida conclusão e despacho assinado pela autoridade policial, tanto na forma

informatizada quanto na forma física.

Posteriormente, as partes envolvidas são intimadas pelo oficial de justiça a

comparecer para audiência junto ao Ministério Público, para atendimento do infrator

pelo Promotor que decidirá pela aplicação de medidas socioeducativas.

6.2 Atendimento em Meio Aberto

As medidas socioeducativas em meio aberto, conforme referido acima, são

acompanhadas pela equipe do CRAS, sendo elas de prestação de serviços à

comunidade e de liberdade assistida.

Em 2014 e 2015, foram atendidos um total de 14 adolescentes, sendo que

destes 13 cumpriram medida de prestação de serviços à comunidade e 01 de liberdade

assistida. Não houve registro de reincidência.

Acerca da metodologia e princípios de atendimento, destaca-se as estratégias:

Acolher interdisciplinarmente o adolescente e sua família para elaboração

conjunto do Plano Individual de Atendimento – PIA;

Executar as medidas socioeducativas em meio aberto, conforme previsto no

SINASE – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo;

Estimular a articulação e interface com as políticas públicas, estabelecendo um

fluxo específico para a política municipal de saúde (consultas, tratamento,

psicológico e a toxicômanos) ao atendimento das crianças e adolescentes;

Acompanhar o adolescente em seu contexto familiar e social durante todo o

cumprimento das medidas em meio aberto (atendimento emergencial,

20

encaminhamentos a programas sociais, cursos profissionalizantes e inserção no

mercado de trabalho, dentre outros);

Promover encontros e reuniões com as famílias dos adolescentes em

cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto;

Estimular a participação da família no acompanhamento escolar do adolescente;

Fomentar o ingresso dos adolescentes nos programas e nas instituições de

profissionalização diversificadas para o atendimento de adolescentes não

inseridos no mercado de trabalho formal;

Elaborar e encaminhar relatório para a Justiça da Infância e da Juventude ou

Ministério Público;

Manter ampla relação com serviços das diversas políticas públicas existentes no

município, construindo um mapeamento dos equipamentos sociais existentes, a

fim de firmar novas parcerias;

Incentivar a participação dos adolescentes nos eventos da comunidade, em

cursos profissionalizantes, em ações de escolarização, trabalho, lazer, cultura e

esporte;

Promover palestras na comunidade em geral, a fim de motivar orientadores

comunitários no acompanhamento da medida de liberdade assistida.

6.3 Atendimento de Privação de Liberdade

Em caso de demanda de privação de liberdade, a instituição de referência é a

Fundação de Atendimento socioeducativo - FASE, que possui sua estrutura de

atendimento localizada em Porto Alegre.

A convivência familiar com o adolescente em cumprimento de medida em meio

fechado, é promovida através da oferta de transporte à FASE e atendimento familiar à

família, no CRAS. A referência de semi-liberdade é Centro de Atendimento em

Semiliberdade de Santa Cruz do Sul.

Nos anos de 2014 a 2015, não houveram situações de privação de liberdade.

6.4 Capacitação Profissional

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A demanda de capacitação profissional é constante, considerando a

complexidade das situações, proposta prevista pelo SINASE.

Dentre as estratégias previstas tanto para o atendimento técnico das medidas,

quanto a ações preventivas de violência, propõe-se:

Possibilitar capacitação aos agentes públicos, da sociedade civil e

representantes das entidades parceiras que compõe o sistema socioeducativo

do município;

Promover a participação da equipe técnica em eventos estaduais e nacionais

sobre medidas socioeducativas;

Realizar cursos modulares direcionados às pessoas que fazem parte da rede de

atendimento socioeducativo, com foco no trabalho em rede, direitos humanos,

Estatuto da Criança e do Adolescente, Política de Assistência Social, SINASE –

Sistema Nacional de Atendimento socioeducativo e controle social;

Realizar encontros mensais com os orientadores dos adolescentes;

Promover a sensibilização e a capacitação em noções de Justiça Restaurativa a

todos os agentes envolvidos no atendimento aos adolescentes e suas famílias.

6.5 Sistema de Informação Atualmente, o município não possui sistema de informação para armazenar os

dados, que ficam restritos ao controle em planilhas criadas pelos técnicos do CRAS.

Tampouco, os dados dos atendimentos são registrados junto ao Registro Mensal de

Atendimento da Vigilância Socioassistencial, por tratar-se de município de pequeno

porte I. Desta forma, pretende-se:

Implantar banco de dados, sistematizando o andamento de cada processo,

contendo dados objetivos e atualizados da realidade dos adolescentes;

Implantar e manter atualizado o SIPIA II –Sistema de Informação para a Infância

e Adolescência – Controle Informacional de Adolescentes em Conflito com a Lei)

ou qualquer outro dispositivo informacional que possibilite o registro de dados

integrado.

7. Resultados Esperados Dos resultados esperados, sinaliza-se:

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Socioeducandos atendidos, profissionalizados e inseridos na sociedade;

Diminuição da reincidência;

Fortalecidas as parcerias com organizações governamentais e não

governamentais na efetivação da rede de apoio para atendimento de

adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto;

Fortalecidas as relações familiares e comunitárias;

Assegurado o acesso dos adolescentes autores de ato infracional nas políticas

públicas (educação, saúde, assistência social, etc.);

Capacitados agentes das instituições governamentais e não-governamentais

que fazem parte da rede de atendimento socioeducativo do município;

Disponibilização de oficinas e palestras socioeducativas;

Maior agilidade e qualidade no acompanhamento dos adolescentes que

cumprem medida socioeducativa em meio aberto;

Conscientização e capacitação das famílias dos socioeducandos para interagir

com os mesmos e servir também como medida preventiva contra o ato

infracional.

Disseminação do enfoque restaurativo nos serviços públicos e do terceiro setor

como estratégia de prevenção, num primeiro momento, através de capacitação e

observação de boas práticas de Justiça Restaurativa;

Consolidação de práticas restaurativas nas escolas e demais espaços

sociocupacionais de crianças e adolescentes.

8. Instituições parceiras Dentre as instituições parceiras no sistema municipal socioeducativo, podemos

citar aquelas que acolhem adolescentes para cumprimento da medida socioeducativa

de prestação de serviços à comunidade:

Clínica Bom Samaritano;

Clínica Jô Barth;´

Casa de Passagem do Vale;

Hospital São Gabriel Arcanjo;

Paróquia Católica São Gabriel Arcanjo;

Brigada Militar;

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Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais;

Paróquia Evangélica do bairro Passo de Estrela.

9. Articulação com as demais políticas públicas, projetos e programas do

Município

O poder público tem representação no sistema especialmente pela interface com as

Secretarias Municipais de Assistência Social e Habitação, de Saúde, de Educação

através das escolas municipais de educação infantil e fundamental.

10. Monitoramento e Avaliação O monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Atendimento socioeducativo

do Município de Cruzeiro do Sul será realizado pela Secretaria Municipal de

Assistência Social e Habitação, contando com a participação fundamental do Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Assistência

Social e demais instâncias de controle social.

O Sistema de monitoramento e avaliação será realizado num processo

sistemático e contínuo em todas as ações, através de relatórios confeccionados

mensalmente, com registro das ações desenvolvidas no período.

11. Referências Bibliográficas

1. BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de

Serviços Socioassistenciais (Resolução n. 109, de 11 de novembro de 2009). Brasília, MDS: 2009.

2. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado

Federal, 1988. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei 8.069/90, de 13 de julho de 1990. Brasília: Senado Federal, 1990.

3. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações

Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília: MDS, 2009.

4. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política

Nacional de Assistência Social (PNAS). Norma Operacional Básica (NOB/Suas). Brasília: MDS, 2005.

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5. BRASIL. Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. Brasília: MDS/SEDH, 2006.

6. BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos (SDH).

Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e eixos operativos para o SINASE. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2013.

7. Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

8. http://www.sjdh.rs.gov.br/upload/2016071111472620160701115205plano_estad

ual_de_atendimento_socioeducativo__2_.pdf

9. http://www.atlasbrasil.org.br/2013/

10. http://www.mds.gov.br/suas

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O presente Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pelo

Conselho Municipal de Assistência Social Cruzeiro do Sul (RS) em reunião do dia

10 de agosto de 2016, conforme registrado na ata nº59.

O presente Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pelo

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cruzeiro do Sul

(RS) em reunião do dia 13 de setembro de 2016, conforme registrado na ata nº78.