plano logistico estrada de acesso ao comperj

18
Plano Logístico de Transporte Estrada de Acesso ao COMPERJ Notificação FEEMA N o DICANNOT/01023794

Upload: efdiniz

Post on 03-Jul-2015

458 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

Plano Logístico de Transporte Estrada de Acesso ao COMPERJ

Notificação FEEMA No DICANNOT/01023794

Page 2: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

1 INTRODUÇÃO

Em atendimento a Notificação da FEEMA No DICANNOT/01023794, o presente relatório apresenta o

Plano Logístico de Transporte da Estrada de Acesso ao COMPERJ,

contemplando, conforme solicitado nessa Notificação, a não utilização de material proveniente das

obras de terraplanagem do COMPERJ para a implantação da estrada.

Deve-se ressaltar que os dados referentes à BR-493, tais como: cronograma, volumes de materiais e

de tráfego, foram obtidos no Estudo de Impacto Ambiental – EIA do Projeto de Adequação da

Capacidade da Rodovia BR-493/RJ – Trecho Manilha – Santa Guilhermina, referente a duplicação do

sub-trecho da BR-493 entre o entroncamento com a BR-101 até o entroncamento com a BR-116.

2 CARACTERIZAÇÃO DAS RODOVIAS ESTUDADAS

A Estrada de Acesso ao COMPERJ se constituirá em uma estrada pavimentada que interligará a

Rodovia Federal BR-493 à área do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – COMPERJ. A

interligação do empreendimento com a BR-493, via integrante do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro,

fortalece uma situação logística privilegiada com o mercado da Região Metropolitana do Rio de

Janeiro e, mesmo, regional/internacional, via Porto de Itaguaí.

Além da BR-493, atravessam o território do município de Itaboraí outras importantes rodovias

federais: a BR-116, que interliga o estado do Rio de Janeiro a São Paulo; e a BR-101, que interliga o

Rio de Janeiro ao Espírito Santo (Rio-Vitória).

As rodovias BR101 e BR116 são constituídas, atualmente, por duas faixas de tráfego para cada

sentido, com separação central entre faixas, o que é denominado pelo HCM - Highway Capacity

Manual como “multilane highways”, que significa rodovia multi-faixa. As faixas de tráfego possuem

largura de 3,6 metros, espaço livre lateral e possuem boas condições de visibilidade. O tráfego local,

da ordem de 50.000 veículos por dia, possui grande incidência de veículos de carga, com velocidade

regulamentada varia de 90 a 110 km/h e a capacidade das vias envolvidas varia de 1.900 a 2.200

ucp/h por faixa.

A Rodovia BR493 é constituída por duas faixas de tráfego, uma para cada sentido, sem separação

central entre faixas, o que é denominado pelo HCM como “two-lane highways” que significa rodovias

de pista simples. Este modelo de Rodovia pode ser classificado em: Classe I e Classe II. A BR493

pertence à classe I, onde a prioridade é em função da mobilidade e as medidas de eficácia são: a

1

Page 3: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

velocidade média de viagem e a porcentagem de tempo gasto em seguimento (em pelotão). Em

geral, a capacidade com duas faixas e dois sentidos de trafego é de 1.700 ucp/h para cada sentido de

trafego, não excedendo 3.200 ucp/h para o conjunto dos dois sentidos.

3 ESTRADA DE ACESSO PRINCIPAL

3.1 Características gerais da rodovia:

3.1.1 Localização

A estrada principal de acesso ao COMPERJ estará localizada no distrito de Itambi, em Itaboraí. Este

empreendimento se resume na construção de uma via de ligação entre o Complexo Petroquímico e a

BR-493, incluindo execução de serviços de terraplenagem, pavimentação, construção de sistemas de

drenagem, recuperação ambiental de faixas marginais e obras de arte corrente, tais como ponte

sobre cursos d’água e viaduto sobre linha férrea.

Figura 3-1 – Mapa de localização da estrada principal do COMPERJ

2

Page 4: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

3.1.2 Características geométricas

O projeto da rodovia tem como características geométricas básicas os seguintes dados relacionados

abaixo:

Extensão: 7,9Km;

Número de pistas: 2;

Faixas de tráfego: 4 faixas com 3,60m de largura (duas faixas para cada sentido da via);

Canteiro central: 3,00m, incluindo faixa de segurança com 0,60m de largura;

Acostamento externo: 3,00m;

Velocidade diretriz: 100Km/h;

Rampa máxima: 4,5%;

Gabarito mínimo vertical: 5,50m.

Figura 3-2 – Perfil de projeto típico da estrada de acesso

3.2 Materiais de construção aplicados

Dentre todos os materiais de construção cabíveis ao empreendimento, especial atenção foi dada

àqueles julgados de maior relevância para o desenvolvimento da análise dos impactos na dinâmica

do tráfego viário do entorno decorrentes da construção da estrada. Desta forma, a areia, o solo de

empréstimo (argila) e os agregados graúdos (britas) são certamente os maiores colaboradores para

incremento de tráfego local. Os volumes calculados em projeto para cada um destes materiais foram:

• Areia = 224.196,00 m³

• Brita = 33.281,76 m³

• Solo (argila) = 1.192.950,03 m³

3

Page 5: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

Para a obtenção dos materiais em quantidade e qualidade desejáveis, a empresa projetista

determinou as suas respectivas fontes de suprimento e, assim, determinou as distâncias de

transporte médias até o local de obra. Tais fontes foram devidamente apontadas no Estudo de

Impacto Ambiental correspondente.

Uma consideração importante e fundamental para o cálculo do momento de transporte (volume x

distância de deslocamento) para cada tipo de material é a definição adequada de Distância Média de

Transporte (DMT). Este valor deverá ser compreendido como sendo a distância da jazida ao centro

de massa (ponto médio) da estrada de projeto, ou seja, será a distância da jazida ao marco zero do

eixo da rodovia a ser construída, adicionada de metade de sua própria extensão.

Conforme projeto executivo, a obtenção e transporte de areia, solo e brita, se processará da seguinte

maneira:

• Areia:

Fonte: Areal A-1 situado em Rio das Ostras – RJ.

Itinerário: 36 Km até a BR-101, 105 Km pela BR-101 e 7 Km pela BR-493 no sentido Manilha – Magé.

DMT = 151 Km

• Solo de empréstimo (argila):

Fonte: jazida situada no Km 23 da BR-493.

Itinerário: 16 Km no sentido Magé-Manilha.

DMT = 20 Km

• Agregado graúdo (brita):

Fonte: Pedreira da Holcin , situada à 2 km da BR-116.

Itinerário: 2 Km até a BR-116, 1,5 Km na própria rodovia sentido Rio até o retorno e BR-493 no sentido Magé-Manilha.

DMT = 24 Km

A figura 3-3 representa a localização dos pontos de fonte de suprimento e os trajetos a serem

percorridos por cada material conforme descrito anteriormente.

4

Page 6: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

Figura 3-3 – Esquema representativo – Fontes de suprimento e trajetos

3.3 Planejamento logístico de transporte

O planejamento de transporte teve como base os quantitativos fornecidos pela empresa projetista

Dynatest, responsável pela elaboração do dimensionamento e cronograma da estrada principal de

acesso.

O ponto de partida para a elaboração do planejamento logístico de transporte foi o levantamento das

máquinas e equipamentos alocados em cada mês de execução da obra, divididos entre aqueles que

permanecerão fixos dentro dos limites do canteiro de obras e aqueles que circularão

predominantemente nas rodovias externas de acesso, principalmente na BR-493, BR-101 e BR-116.

A planilha contendo este levantamento está apresentada no Anexo I deste relatório. Com o objetivo

de simplificar a compreensão do planejamento de transporte, foram excluídos das etapas posteriores

de estudo as máquinas ou veículos que tem como área de atuação os limites do canteiro de obras.

O próximo passo para o desenvolvimento deste planejamento foi a determinação da quantidade diária

total de ciclos que cada tipo de máquina ou equipamento é capaz de realizar em cada mês da obra,

considerando uma rotina de dois turnos de trabalho ou 16 horas. Para tal, cada unidade veicular teve

a sua capacidade diária determinada e, assim, o total diário foi estabelecido multiplicando este valor

pelo total de veículos disponíveis para operação em cada mês. Este processo foi repetido para cada

tipo de veículo ao longo do período de execução da obra, resultando nos dados representados no

Anexo II.

5

Page 7: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

Nota 1:

Deverá ser entendido como ciclo de operação (ou viagem), a movimentação de cada veículo

incluindo a sua operação de suprimento, seu deslocamento até o local de descarga, a operação

de descarregamento e o seu retorno ao ponto inicial ou de suprimento, ou seja, cada ciclo será

composto basicamente por um percurso de ida e outro de volta seguindo praticamente o mesmo

itinerário em sentidos opostos.

Todos os cálculos deste planejamento foram processados considerando cada rodovia

separadamente, ou seja, todos os dados foram determinados para cada rodovia considerada (BR-

493, BR-101 e BR-116) segundo o itinerário percorrido por cada veículo.

Nota 2:

Para melhor compreensão do fluxo de veículos ao longo da rodovia BR-493, a mesma foi

dividida em dois trechos distintos e analisados separadamente conforme representado na figura

3-4.

Figura 3-4 – Esquema de divisão da BR-493 por trechos

Na sequência, foi calculada a quantidade mensal de ciclos em cada rodovia multiplicando os dados

do Anexo II pelo número de dias de serviço no mês, que neste caso foi estimado em 22 dias. Estes

dados estão representados no Anexo III, estando destacados em vermelho aqueles referentes aos

meses cujo número de ciclos atingiu o pico.

Com os dados do Anexo III, foram elaborados histogramas de ciclos mensais para cada um dos

trechos representados na figura 3-4. Este recurso permitiu uma fácil visualização da situação de cada

rodovia ao longo de cada mês de construção da estrada principal. Seguem os histogramas

mencionados:

6

Page 8: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

176

1276

5324

484048404840 484048404840

224422442244 2244

13201320 132013201320 1320 132013201320 132013201320

176

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Figura 3-5 – Total de ciclos no trecho BR-493 / BR-116

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

880

12761276

211221122112 211221122112189218701870 187018701870 18701870

1562 1562 156215621562 156215621562

902

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Figura 3-6 – Total de ciclos no trecho BR-493 / BR-101

7

Page 9: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

880

12761276

211221122112 211221122112189218701870 187018701870 18701870

1562 1562 156215621562 156215621562

902

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Figura 3-7 – Total de ciclos na BR-116

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

0 0

352

134213421342 134213421342

189218921892 1892

968 968 968 968

660 660 660 660 660 660 660 660

0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Figura 3-8 – Total de ciclos na BR-101

8

Page 10: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

3.4 Caracterização e classificação do volume de tráfego da região - estudo COPPETEC (2007)

De acordo com o estudo de tráfego e transporte do COMPERJ elaborado pela COPPETEC (2007), as

rodovias de interesse foram analisadas e enquadradas segundo seus níveis de serviço (NS) em

condições atuais, sem considerar o acréscimo de tráfego ocasionado pela obra. O nível de serviço

para cada uma delas ficou assim determinado:

• BR – 493 - nível de serviço E;

• BR – 116 - nível de serviço B;

• BR – 101 - nível de serviço C;

Tendo em vista os resultados do nível de serviço obtidos para cada trecho de via analisado, verifica-

se que para as Rodovias de multifaixas envolvidas, os níveis de serviço das vias encontram-se nas

faixas de A à F, conforme abaixo:

• Nível de Serviço A: condições de fluxo livre

• Nível de Serviço B: eventuais interferências do fluxo são facilmente absorvidas

• Nível de Serviço C: velocidade de Fluxo livre acima de 80 km/h, sendo que as velocidades

podem sofrer reduções e pequenas interferências podem provocar a formação de filas

• Nível de Serviço D: Alta densidade de veículos levando ao ao limite da zona de fluxo estável.

Os motoristas contam com pequena liberdade de movimento e muita dificuldade de manter

velocidades elevadas.

• Nível de Serviço E: É considerado o nível de capacidade da rodovia. Fluxo instável e com

possibilidades de ultrapassagem bastante limitadas. Operações bruscas como freadas podem

interrompe o fluxo da rodovia momentaneamente.

• Nível de Serviço F: Fluxo Forçado. Ocorre a formação de filas e congestionamento. È comum

observar-se velocidade de operação nulas ou quase nulas.

Conclui-se, portanto, que de uma forma geral as Rodovias multifaixa que operam dentro da área de

estudo apresentam nível de serviço satisfatório para os volumes de tráfego levantados e se

encontram dentro da capacidade de operação estabelecida pelo Highway Capacity Manual (HCM)

Para a estimativa da influência dos caminhões referentes à obra da construção da Estrada de Acesso

Principal, foi adotado um coeficiente de conversão igual a 1,5, como no estudo da COPPETEC, para

que pudéssemos fazer uma análise comparativa.

9

Page 11: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

BR-493

No trecho compreendido entre BR-116 e início da Estrada de Acesso Principal, no terceiro mês

ocorrerá um pico de tráfego causado pelas obras da Estrada Principal de Acesso, com um volume

estimado de 242 ciclos (ida e volta), sendo esse volume dividido entre 60% durante o primeiro turno e

40% no segundo turno. Essa influência acarretaria no aumento do volume de 01 caminhão de

transporte de materiais a cada 3 minutos durante o primeiro turno e 5 minutos durante o segundo

turno. Esse acréscimo será responsável por um aumento de 13,33% (em mês de pico) do VMD

(volume médio diário).

O trecho compreendido entre a BR-101 e o início da Estrada de Acesso Principal terá pico do quarto

ao nono mês, resultando em um aumento no volume de veículos de 96 viagens de caminhões. Este

acréscimo resultará em uma freqüência estimada de um mais um caminhão a cada 8 minutos no

primeiro turno e 12,5 minutos no segundo no segundo turno, o que acarretará em um incremento de

aproximadamente 5,29% (em mês de pico) do VMD (volume médio diário).

BR-116

A BR- 116 terá pico de tráfego do décimo ao décimo terceiro mês causado pelas obras da Estrada

Principal de Acesso. Durante este período ocorrerão aproximadamente 86 ciclos (ida e volta) de

caminhões referentes ao transporte de argila e brita, sendo esse volume dividido entre 60% durante o

dia e 40% à noite. Este fluxo acarretará em um acréscimo de um caminhão a cada 9 minutos durante

o dia e a cada 14 minutos durante a noite, representado um aumento do VMD (volume médio diário)

em torno de 2,87%.

BR-101

A BR-101 terá o seu pico de tráfego no período compreendido entre o quarto e nono mês. Neste

momento, ocorrerão aproximadamente 96 ciclos (ida e volta) de caminhões referentes ao transporte

de areia, sendo esse volume dividido entre 60% durante o dia e 40% à noite. Esta movimentação

acarretará em um acréscimo de fluxo de um caminhão a cada 8 minutos durante o dia e cada 12,5

minutos durante a noite, representado um aumento do VMD (volume médio diário) em torno de

2,87%.

4. INFLUÊNCIA DA OBRA DE TERRAPLENAGEM DO COMPERJ

De todo o tráfego gerado pela obra de terraplenagem do COMPERJ atualmente, o transporte de

areia, argila e circulação de veículos leves são certamente os agentes mais relevantes para a análise

dos impactos no transito local decorrentes de suas atividades em paralelo à obra de construção da

10

Page 12: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

estrada de acesso. Outros equipamentos que têm seu tráfego classificado como esporádico não

foram considerados neste estudo por possuírem colaboração desprezível no montante.

A argila é obtida totalmente de áreas de empréstimo internas ao COMPERJ, não gerando tráfego de

veículos por conta do transporte deste material.

Já a areia é obtida do areal RITA E COSTA situado ao sul do COMPERJ, em área externa próximo à

comunidade de Porto das Caixas. De acordo com dados levantados em campo diretamente com

profissionais do Consórcio Terraplenagem COMPERJ (CTC), as seguintes informações foram obtidas

para o transporte deste material:

• Acesso de 20 caminhões de 12m³ por hora ao COMPERJ, totalizando uma média de 200

viagens (ciclos) diárias;

• Total de 200 viagens (ciclos) diárias passando predominantemente pela rodovia RJ-116 até a

estrada de acesso utilizada atualmente para o COMPERJ;

• Circulação de aproximadamente 60 veículos leves 4 vezes ao dia;

Fica evidenciado até então, que a obra de terraplenagem não terá impacto direto com a obra de

construção da estrada de acesso principal, porém existem ações futuras que reduzirão o fluxo de

carretas ao longo da rodovia RJ-116:

• Fim da obra de reforço da ponte de concreto em março de 2009 que possibilitará o acesso

direto dos caminhões de transporte de areia do areal Rita e Costa ao COMPERJ, sem

passar por via urbana já existente;

• Fim do contrato da CTC com o Areal Rita e Costa previsto para junho de 2009;

• Início da exploração do Areal Sul do COMPERJ (interno) a partir de maio de 2009 pela CTC;

5. INFLUÊNCIA DA AMPLIAÇÃO DA BR-493

Volume de tráfego gerado pela ampliação da BR-493:

De acordo com análise feita no EIA do projeto de ampliação da BR-493, aplicando o resultado do

fluxo bidirecional equivalente de 2.724 cp/h (carros de passeio Equivalentes por hora) obtidos por

contagem em campo, obtém-se 88% de tempo dos veículos trafegando em pelotão.

Empregando os critérios adotados pelo Highway Capacity Manual (HCM) para as rodovias de classe

I, ou seja, para a rodovia em questão, as medidas de eficácia para a velocidade média de viagem

levantada de 56,6km/h e para a porcentagem de tempo gasto em seguimento (em pelotão),

resultaram em uma classificação de nível de serviço E para a BR-493.

11

Page 13: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

O limite entre os níveis E e F representa a situação correspondente à capacidade da via. Portanto, a

faixa que vai do nível de serviço A ao E corresponde ao regime de fluxo livre, enquanto que os

regimes equivalentes a situação de congestionamento e de descarga da fila correspondem ao nível

de serviço F.

Segundo informações constantes no EIA das obras de ampliação da BR-493, o prazo total para o

projeto de ampliação da BR-493 é de 24 meses incluindo terraplanagem, estaqueamento, obras de

arte correntes, pavimentação, drenagem, obras de arte especiais, sinalização e obras

complementares. A fase mais intensa da obra de instalação da BR-493 é a de terraplanagem com a

duração de 18 meses.

Com relação ao itinerário apontado no EIA das obras de ampliação da BR-493 para veículos de

transporte de materiais, através da definição das jazidas, foi possível estimar o provável trajeto a ser

adotado pelos mesmos.

Segundo este EIA, o volume de aterro estabelecido pelo projeto básico (principalmente nos locais de

argila orgânica), será de 1.742.146m³ de material retirado de áreas de empréstimo, além daquele que

será remanejado das áreas de corte do próprio projeto. As jazidas de argila externas ficam situadas

em Manilha, km 0 e em Itambi, estaca 300, a 5 km da estrada. Para os areais serão utilizados o

existente em Silva Jardim, a 73,5 km do trecho e o areal de Porto das Caxias (Areal Rita e Costa), a

10 km da estaca 325.

Já a pedreira a ser utilizada, segundo o citado EIA, é aquela cognominada OP-01 localizada às

margens da BR-493 a 4,3km de distância do início do trecho.

6. MEDIDAS MITIGADORAS:

A obra da Estrada de Acesso Principal tem seu cronograma com início planejado para outubro de

2009. Ao proceder com a análise do cronograma de obras, ficou evidenciada uma possível ocorrência

de confronto dos picos de tráfego com o período de férias e festividades de final de ano. Como

solução mitigadora para esta situação algumas ações foram identificadas e relacionadas em

sequência:

1. Deslocar os picos de tráfego ocasionados pelo transporte de materiais de forma a não

confrontarem com as datas de maior movimentação das estradas;

2. Replanejar os trabalhos de transporte de materiais de forma a “diluir” os volumes transportados

em prazos maiores ao longo do período de obra, reduzindo a intensidade do tráfego,

12

Page 14: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

13

observando que para tal, é necessário que esta solução esteja dentro dos limites técnicos

viáveis para a construção da rodovia sem afetar o cronograma da construção;

3. Estocagem no próprio canteiro de materiais como areia e argila, deslocando as atividades

decorrentes dos serviços de transporte para fases mais preliminares de construção e assim

reduzir o tráfego nas datas subseqüentes. Para tal, deve-se atentar para a viabilidade técnica

de estocagem destes materiais para que os mesmos mantenham a qualidade requerida de

projeto;

Outro ponto que pode ser favorável para a mitigação dos impactos no transito pode estar relacionado

à “extensão” natural do cronograma provocado pelo regime de chuvas na região durante o período

inicialmente planejado.

a. Controle de emissões, idade da frota e controle operacional

A intensificação do tráfego local também poderá provocar impactos em regiões próximas às rodovias

devido ao acréscimo nas taxas de emissões gasosas com o aumento da concentração de carretas

circulantes. Para tal, por ocasião da contratação da obra, serão definidas, em cláusula contratual e

em anexos de contratação, as diretrizes de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) a

serem seguidas pela empreiteira para mitigação destas descargas. Neste caso, será exigido o

controle de emissão de fumaça de máquinas e equipamentos segundo a escala Ringelmann de

avaliação. Serão toleradas apenas as emissões que não excedam ao padrão N° 2 desta escala,

sendo de responsabilidade das equipes de fiscalização a atuação proativa para manutenção dos

níveis adequados de qualidade do ar requeridos.

Na mesma linha de fiscalização, carretas e veículos leves de transporte deverão ser avaliados e

qualificados de forma a impedir futuros transtornos nas rodovias por ocasião de pane ou outros

incidentes decorrentes de operação. Será exigido contratualmente a seleção de caminhões com

idade máxima de 5 anos e veículos leves (ônibus, vans e carros) com idade máxima de 3 anos a

partir de sua fabricação.

Como medida de controle operacional de frota, todos os veículos de serviço externos deverão ser

dotados de sistema GPS e comunicação via rádio / telefonia para monitoramento e rastreabilidade

permanente. Será disponibilizada uma unidade veicular de remoção de veículos em pane a ser

acionada imediatamente após identificação de ocorrência. Estas soluções visam a rápida remoção de

veículos em pane que possam estar interrompendo ou congestionando as rodovias de acesso.

Page 15: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

ANEXO I

14

Page 16: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

ANEXO II

15

Page 17: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

16

ANEXO III

Page 18: Plano Logistico Estrada de Acesso Ao COMPERJ

17