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PLANO LOCAL DE SAÚDE 2014-2016 (extensão a 2020) UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DE BRAGA

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PLANO LOCAL DE SAÚDE2014-2016

(extensão a 2020)

UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DE BRAGA

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Ficha Técnica

Título

Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020)

Editor

ACeS Cávado I Braga

Largo Paulo Orósio

Braga

Diretor Executivo ACeS

Domingos Jacinto Araújo Sousa

Unidade de Saúde Pública

Coordenador

João Manuel Figueiredo Cruz

Morada

Praceta do Vilar S/N

S. Vítor - Braga

Autoria:

João Manuel Figueiredo Cruz

Maria Amparo Barreiro Carracedo

Mariana Fraga de Abreu

Alberto José Oliveira Fernandes

Luísa Maria Vieira dos Santos Dias

Renato Jorge Saavedra Marinho

Endereço eletrónico

[email protected]

Data da atualização: dezembro de 2018

Agradecemos a colaboração de todos os profissionais da Unidade de Saúde Pública que

contribuíram para a elaboração deste documento.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) ii

Índice

1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................................1

2 - METODOLOGIA ...........................................................................................................2

3 - DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DE BRAGA ............................4

3.1. Caracterização da população ............................................................................................ 4

3.2. Situação social e económica ............................................................................................ 11

3.2.1. Emprego ............................................................................................................................ 11

3.2.2. Suporte social .................................................................................................................... 12

3.2.3. Criminalidade .................................................................................................................... 13

3.2.4. Educação ........................................................................................................................... 15

3.2.5. Economia ........................................................................................................................... 17

3.2.6. Saldo Migratório ................................................................................................................ 17

3.2.7. Ambiente ........................................................................................................................... 17

3.3. Natalidade ..................................................................................................................... 19

3.3.1. Baixo Peso à Nascença ...................................................................................................... 20

3.3.2. Nascimentos em Mulheres em Idade de Risco ................................................................. 21

3.3.3. Nascimentos Pré-termo .................................................................................................... 23

3.4. Mortalidade ................................................................................................................... 25

3.4.1. Mortalidade Global ........................................................................................................... 25

3.4.2. Mortalidade Infantil .......................................................................................................... 25

3.4.3. Causas de Morte................................................................................................................ 28

3.5. Saldo Fisiológico ............................................................................................................. 35

3.6. Morbilidade ................................................................................................................... 35

3.6.1. Doenças Evitáveis pela Vacinação do PNV ........................................................................ 36

3.6.2. Doenças de Notificação Obrigatória ................................................................................. 37

3.6.2.1 Tuberculose .............................................................................................................................. 38

3.6.2.2 Infeção pelo VIH ....................................................................................................................... 39

3.6.3. Doenças Profissionais ........................................................................................................ 40

3.7. Determinantes de Saúde ................................................................................................ 41

3.7.1. Tabaco ............................................................................................................................... 41

3.7.2. Excesso de Peso e Obesidade............................................................................................ 41

3.7.3. Álcool ................................................................................................................................. 42

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) iii

3.7.4. Abuso de Drogas ............................................................................................................... 42

3.8. Recursos de Saúde .......................................................................................................... 43

3.8.1. Profissionais de Saúde de Braga........................................................................................ 43

3.8.1.1 Médicos .................................................................................................................................... 43

3.8.1.2 Enfermeiros .............................................................................................................................. 43

3.8.2. Unidades de Cuidados de Saúde-Serviço Nacional de Saúde ........................................... 44

3.8.2.1 Agrupamentos de Centros de Saúde ........................................................................................ 44

3.8.2.2 Hospital..................................................................................................................................... 44

3.8.3. Outros recursos de saúde ........................................................................................................... 44

4 - PRINCIPAIS PROBLEMAS E NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ....................... 45

5 - ESTRATÉGIAS DE SAÚDE ........................................................................................... 47

6 - OBJETIVOS DE SAÚDE 2014-2016 .............................................................................. 50

6.1 - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE SAÚDE ........................................................................... 52

7 - RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE ............... 54

8 - MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE ................................... 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 56

DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 57

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 62

ANEXOS ........................................................................................................................ 64

ANEXO 1 – Determinantes de Saúde ...................................................................................... 65

ANEXO 2 – Relatório de Avaliação do Plano Local de Saúde .................................................... 73

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Componentes essenciais do Plano de Saúde da População. ................................... 2

Figura 2. Evolução da estrutura da população do Concelho de Braga, 2011_2017. .............. 5

Figura 3. Representação percentual dos grupos da população jovem, ativa e idosa, residente em Braga, em 2017. ................................................................................................ 6

Figura 4. Evolução do índice de envelhecimento, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017. ................................................................................................... 8

Figura 5. Evolução do índice de dependência de jovens, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017. ...................................................................................... 8

Figura 6. Evolução do índice de dependência de idosos, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017. ................................................................................................ 9

Figura 7. Evolução do índice de dependência total, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017. ................................................................................................... 9

Figura 8. Número de desempregados inscritos no IEFP no concelho de Braga por grupo etário entre 2011 e 2016. ...................................................................................................... 12

Figura 9. Distribuição (%) da população residente por nível de escolaridade mais elevado completo (Censos 2001 e 2011) ............................................................................................ 15

Figura 10. Evolução da taxa bruta de natalidade (/1000 habitantes), 1992-2017. .............. 19

Figura 11. Evolução da proporção (%) de crianças com baixo peso à nascença, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, entre 1995-2017 (média anual por triénios). ........... 21

Figura 12. Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, 1995-2016 (média anual por triénios). ........................................................................ 22

Figura 13. Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade superior ou igual a 35 anos, 1995-2016 (média anual por triénios). ........................................................ 23

Figura 14. Evolução da proporção (%) de nascimentos pré-termo, (média anual por triénios) de 1995-2016. ......................................................................................................... 24

Figura 15. Problemas de saúde mais frequentes nos inscritos do ACeS Braga, por sexo, Dezembro de 2017. ............................................................................................................... 35

Figura 16. Distribuição espacial da taxa de incidência média anual de tuberculose por 100.000 habitantes, na ARS Norte, I.P. por ACeS/ULS, 2011-2015. ...................................... 38

Figura 17. Representação percentual das categorias de diagnóstico de doença profissional identificadas, no concelho de Braga, entre 2008-2017 ........................................................ 40

Figura 18. Projeção Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, ambos os sexos, <65 anos ....................................................................................... 50

Figura 19. Projeção da Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno do cólon e reto, ambos os sexos, <65 anos. .................................................................................................... 50

Figura 20. Projeção da Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno do estômago, ambos os sexos, <65 anos ................................................................................................................. 51

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) v

Figura 21. Figura Projeção da Taxa Bruta de Mortalidade por doenças cerebrovasculares, ambos os sexos, <65 anos. .................................................................................................... 51

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) vi

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1. População residente estimada no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ....................................................................................................................... 4

Quadro 2. Evolução da população residente entre os recenseamentos dos Censos de 1991 a 2001, 2001 a 2011,do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente. ...................... 4

Quadro 3. População residente estimada por sexo e grupo etário no concelho de Braga, em número absoluto, em 2017. .................................................................................................... 5

Quadro 4. Índice de envelhecimento do ACeS de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ............................................................................................................................ 6

Quadro 5. Índice de dependência de idosos do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ................................................................................................... 7

Quadro 6. Índice de dependência de jovens do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ................................................................................................... 7

Quadro 7. Índice de dependência total do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ................................................................................................... 7

Quadro 8. Esperança de vida à nascença para os triénios 2012-2014, 2013-2015 e 2014-2016 no concelho de Braga, Região Norte e no Continente. ............................................... 10

Quadro 9. Número de empregados, por setor de atividade, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, Censos 2011. ........................................................................................ 11

Quadro 10. Número de desempregados inscritos no IEFP, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. .................................................................................... 11

Quadro 11. Taxa de desempregados inscritos no IEFP por 1000 habitantes (idade ativa), no concelho de Braga, Região Norte e Continente 2012-2016. ................................................. 11

Quadro 12. Proporção da população beneficiária do rendimento social de inserção, da segurança social por 1000 habitantes em idade ativa (‰), no Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2011 a 2016. .................................................................................... 13

Quadro 13. Proporção de pensionista da segurança social por 1000 habitantes (‰), no Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ........................................ 13

Quadro 14. Taxa de criminalidade por 1000 habitantes (‰), no Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. .................................................................................... 13

Quadro 15. Taxa de crimes contra a integridade física por 1000 habitantes (‰), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, entre os anos de 2012 e 2017. ................. 14

Quadro 16. Taxa de condução com alcoolemia superior a 1,2g/L por 1000 habitantes (‰), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, entre os anos de 2012 e 2017. ............ 14

Quadro 17. Taxa de abandono escolar (%) e taxa de analfabetismo, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, Censos de 2001 e 2011. ............................................................ 15

Quadro 18. Acidentes ocorridos em meio escolar e peri-escolar, nos Agrupamentos Escolares do concelho de Braga, entre os anos letivos 2013/2014 a 2017/2018................. 16

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) vii

Quadro 19. Ganho médio mensal de trabalhadores por conta de outrem (€) no concelho de Braga, Região Norte e Continente, entre 2012 e 2015. ........................................................ 17

Quadro 20. Poder de compra per capita no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 2005, 2011, 2013 e 2015. .................................................................................. 17

Quadro 21. Evolução do saldo migratório (nº), por local de residência no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ............................................................. 17

Quadro 22. População servida por sistemas de abastecimento de água (%), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 2006 a 2009. .............................................. 18

Quadro 23. População servida por sistemas de drenagem de águas residuais (%), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 2006 a 2009. ......................... 18

Quadro 24. População servida por estações de tratamento de água residual (%), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 2006 a 2009. ......................... 18

Quadro 25. Número de nados vivos no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. .......................................................................................................................... 19

Quadro 26. Evolução da taxa bruta de natalidade no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017 (‰). .......................................................................................... 19

Quadro 27. Índice sintético de fecundidade no concelho de Braga, Região Norte e Continente, 2011 a 2016. ...................................................................................................... 20

Quadro 28. Nados vivos com peso inferior a 2500 gramas no concelho de Braga, de 2012 a 2017. ...................................................................................................................................... 20

Quadro 29. Nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, residentes em Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ........................................................................ 21

Quadro 30. Evolução da proporção de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. .......................... 22

Quadro 31. Nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, residentes no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ................................... 22

Quadro 32. Evolução da proporção de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, residentes no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ...................................................................................................................................... 23

Quadro 33. Nascimentos pré-termo, no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017. ................................................................................................. 23

Quadro 34. Evolução da proporção de nascimentos pré-termo, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017. ........................................................................ 24

Quadro 35. Número total de óbitos ocorridos em indivíduos residentes no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017. ................................................... 25

Quadro 36. Evolução da taxa bruta de mortalidade no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017 (‰). .................................................................................. 25

Quadro 37. Número de óbitos infantis, ocorridos no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2012 a 2017. ............................................................................................ 25

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) viii

Quadro 38. Evolução da taxa de mortalidade infantil no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017 (‰). ....................................................................... 26

Quadro 39. Evolução da taxa de mortalidade fetal tardia no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por triénios. ................................................... 26

Quadro 40. Evolução da taxa de mortalidade perinatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por triénios. .................................................. 26

Quadro 41. Evolução da taxa de mortalidade neonatal precoce no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por triénios. ...................................... 27

Quadro 42. Evolução da taxa de mortalidade neonatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por triénios. .................................................. 27

Quadro 43. Evolução da taxa de mortalidade pós-neonatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por triénios. .................................................. 27

Quadro 44. Número de óbitos, mortalidade proporcional (%) e mortalidade específica (/100.000habitantes) em 2014, 2015, e 2016, na área de intervenção do ACeS do Cávado I Braga, por causa de morte. ................................................................................................... 28

Quadro 45. Taxa de mortalidade específica, por tumores malignos, na área de intervenção do ACeS do Cávado I, em 2015. ............................................................................................. 29

Quadro 46. Taxa bruta de mortalidade (/100.000 habitantes) relativa às causas de morte, no ano de 2015 e 2016 no concelho de Braga. ..................................................................... 30

Quadro 47. Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causa de morte, por ciclo de vida, no ACeS Cávado I Braga, no triénio de 2014-2016. ................................................. 31

Quadro 48. Evolução da TMP (/100000 habitantes), nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, em indivíduos com idade inferior a 75 anos, no Continente, Região Norte e ACeS de Braga. ....................................................................................................................... 32

Quadro 49. Evolução da TMP (/100000 habitantes), nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, nos homens com idade inferior a 75 anos, no Continente, Região Norte e ACeS de Braga. ................................................................................................................................ 33

Quadro 50. Evolução da TMP (/100000 habitantes), nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, nas mulheres com idade inferior a 75 anos, no Continente, Região Norte e ACeS de Braga. ................................................................................................................................ 34

Quadro 51. Saldo fisiológico no Concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017. .......................................................................................................................... 35

Quadro 52. Cobertura vacinal da coorte dos indivíduos que completaram 2 anos, 6 anos, 11 anos, e 65 anos de idade, até 31 dezembro 2017 (%). ......................................................... 36

Quadro 53. Doenças de declaração obrigatória notificadas no concelho de Braga, de 2015 a 2017. ...................................................................................................................................... 37

Quadro 54. Número de casos de tuberculose, no concelho de Braga e Região Norte, de 2008 a 2016. .......................................................................................................................... 38

Quadro 55. Evolução da taxa de incidência de tuberculose (/100.000 habitantes), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2010 a 2017. ........................................ 38

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) ix

Quadro 56. Evolução da taxa de incidência (/100.000 habitantes) da infeção VIH (Complexos relacionados com SIDA + Portadores Assintomáticos + Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)), no concelho de Braga, Região Norte, e Continente, nos anos de 2009 a 2016. ............................................................................................................. 39

Quadro 57. Evolução da taxa de incidência (/100.000 habitantes) de SIDA, no concelho de Braga, Região Norte, e Continente, nos anos de 2009 a 2016. ............................................. 39

Quadro 58. Número de notificações de doenças profissionais, por sexo, no concelho de Braga no período 2008-2017. ................................................................................................ 40

Quadro 59. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso de tabaco em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente. ........... 41

Quadro 60. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de excesso de peso em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente. ........... 41

Quadro 61. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de obesidade em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente. ................. 42

Quadro 62. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso crónico do álcool em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente. 42

Quadro 63. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso de drogas em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente. ........... 42

Quadro 64. Evolução do número de médicos em Braga, Região Norte e Continente, entre 2012 e 2017. .......................................................................................................................... 43

Quadro 65. Evolução do número de enfermeiros, em Braga, Região Norte e Continente, entre 2012 e 2017. ................................................................................................................ 43

Quadro 66. Número de unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde do ACeS Cávado I Braga, em dezembro 2017. ................................................................................................... 44

Quadro 67. Indicadores e metas de Saúde do ACeS Cávado I Braga, 2014-2016 ................ 53

Quadro 68. Indicadores chave de Avaliação e Monitorização do Plano Local de Saúde ..... 55

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) x

SIGLAS E ABREVIATURAS

ACeS – Agrupamento de Centros de Saúde

ARS – Administração Regional de Saúde

AVC - Acidentes Vasculares Cerebrais

CID-10 – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados com a Saúde,

10ª Edição

CSP – Cuidados de Saúde Primários

DNO – Doenças de Notificação Obrigatória

DGS – Direção Geral de Saúde

DSP – Departamento de Saúde Pública

HPV –Human Papillomavirus

ICPC – Internacional Classification of Primary Care

IDT – Instituto da Droga e da Toxicodependência

IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional

INE – Instituto Nacional de Estatística

I.P. – Instituição Pública

n.d. – não disponível

OLS – Observatório Local de Saúde

PASSE - Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar

PELT - Programa Escolas Livres de Tabaco

PLS – Plano Local de Saúde

PNV – Programa Nacional de Vacinação

PRESSE - Programa de Educação Sexual em Saúde Escolar

SIARS – Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde

SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

SNS – Serviço Nacional de Saúde

TBM – Taxa Bruta Mortalidade

TMP – Taxa de Mortalidade Padronizada

ULS – Unidade Local de Saúde

USP – Unidade de Saúde Pública

VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 1

1 - INTRODUÇÃO

O Planeamento em Saúde é um processo sistemático e orientado para o futuro, que

determina a direção, os objetivos e as ações a desenvolver para alcançar objetivos previamente

definidos. É um processo, que a administração da saúde leva a cabo em conjunto com a população,

para conseguir em áreas e prazos determinados, os melhores níveis de saúde da população em

causa, utilizando de modo mais racional e eficaz os recursos à sua disposição.

O Planeamento em Saúde pretende promover mudanças e é função básica da administração,

sendo essencial ao sucesso em todos os níveis de qualquer organização. Trata-se de um processo

pelo qual se decide conseguir um futuro melhor do que o presente, mudando o que é necessário

para lá chegar. Torna-se assim uma atividade central para a missão dos serviços da Saúde Pública.

O Plano Local de Saúde (PLS) pretende ser um documento estratégico, funcionando como um

instrumento de gestão utilizado para servir de apoio à tomada de decisão. Integra e facilita a

coordenação e colaboração das múltiplas entidades locais. Pretende ser um instrumento de

mudança, podendo funcionar como um instrumento de comunicação interna e externa, sendo

também um compromisso social. Enquadra-se no Plano Nacional de Saúde e no Plano Regional de

Saúde e baseia-se na evidência disponível sobre mortalidade, morbilidade e determinantes da

saúde.

O Plano Local de Saúde define as necessidades de saúde da população, bem como as

mudanças que, desejavelmente, deverão ocorrer, com o intuito de melhorar o estado de saúde da

população. Contribui para a construção da visão estratégica, orienta o planeamento em saúde do

Agrupamento de Centros de Saúde e comunica interna e externamente a informação sobre a saúde

da população. Faz recomendações para intervenção e ajuda a alinhar/manter alinhadas as suas

ações com as principais necessidades de saúde da população.

À semelhança do Plano Nacional de Saúde, este Plano Local de Saúde 2014-2016 estende-se

a 2020. Foi atualizado o Diagnóstico de Situação de Saúde (2017) e mantêm-se os principais

problemas de saúde da população assim como as respetivas necessidades de saúde.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 2

2 - METODOLOGIA

A metodologia utilizada na elaboração do Plano Local de Saúde orienta-se pela metodologia

proposta nos “PLANOS LOCAIS DE SAÚDE: Termos de referência para a sua construção” (2011) do

Departamento de Saúde Pública (DSP) da Administração Regional de Saúde (ARS) NORTE,

Instituição Pública (I.P.).

Na elaboração deste Plano Local de Saúde foram seguidas as etapas do Planeamento em

Saúde representadas na Figura 1.

Diagnóstico de Situação

Fixação de Prioridades

Seleção das estratégias

Fixação dos objetivos

Identificação

das atividades, métodos e recursos

Preparação da execução e avaliação

Monitorização e avaliação

ETAPAS DO

PLANEAMENTO

EM SAÚDE

Programas e projetos

ProblemasNecessidades

em Saúde

Intervenção

Planeamento em Saúde

Figura 1. Componentes essenciais do Plano de Saúde da População.

Foi atualizado o Diagnóstico de Saúde da população do Concelho de Braga, área

geodemográfica de intervenção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Cávado I Braga,

após uma pesquisa dos dados existentes e disponíveis referentes ao estado de saúde dessa

população. Os resultados apresentados representam dados obtidos de publicações e/ou dados

estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), da Direção Geral de Saúde (DGS), Sistema de

Informação da Administração Regional de Saúde (SIARS), da ARS Norte, I.P., da Unidade de Saúde

Pública de Braga (USP Braga) e da Conservatória do Registo Civil de Braga.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 3

Para o cálculo de algumas variáveis/indicadores e a construção de figuras, foi utilizado o

programa Microsoft Office Excel 2007.

Para identificar os principais problemas de saúde da população do Concelho de Braga foram

utilizados os critérios major do Planeamento em Saúde: magnitude, transcendência e

vulnerabilidade.

Tendo em conta os critérios anteriormente definidos foram priorizados cinco problemas de

saúde. Uma vez priorizados os problemas de saúde foram identificados os fatores determinantes. A

seguir procedeu-se à identificação das necessidades técnicas de saúde da população em termos de

mortalidade, morbilidade e determinantes da saúde.

Com base nas necessidades técnicas de saúde selecionadas, na avaliação prognóstica dos

indicadores e nas prioridades de saúde nacionais e regionais foram definidos os objetivos de saúde

a serem atingidos até 2016 que se estendem a 2020.

São apresentadas, ainda, as recomendações para a implementação do Plano Local de Saúde,

assim como os indicadores chave de monitorização e avaliação do mesmo tendo já sido realizada

uma avaliação em 2016 (anexo 2).

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3 - DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DE BRAGA

3.1. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

O ACeS Cávado I Braga compreende a área geodemográfica do Concelho de Braga.

De acordo com as estimativas do INE, a população residente estimada no concelho de

Braga no ano de 2017 foi de 181.382 pessoas, valor semelhante às estimativas observadas nos

últimos 5 anos (quadro 1).

Quadro 1. População residente estimada no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Considerando os resultados dos Censos de 2001 e 2011, o crescimento populacional em

Braga no período temporal de 2001 a 2011 foi de 17.302 pessoas. Este valor correspondeu a um

aumento populacional de 10,5%, que foi superior ao observado na Região Norte e no Continente

(quadro 2). Verificou-se também que o crescimento populacional nas três regiões no período de

2001 a 2011 foi inferior ao observado na década anterior (1991 a 2001).

Quadro 2. Evolução da população residente entre os recenseamentos dos Censos de 1991 a 2001, de 2001 a 2011,do ACeS do Cávado I

Braga, Região Norte e Continente.

Local de residência

Crescimento populacional

de 1991 a 2001 de 2001 a 2011

Número % Número %

Braga 22.936 16,2 % 17.302 10,5%

Norte 214.578 6,2 % 2.389 0,1%

Continente 493.417 5,3 % 178.278 1,8%

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga).

Local de residência

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 182.110 181.847 181.553 181.502 181.182 181.382

Norte 3.666.243 3.644.195 3.621.785 3.603.778. 3.584.575 3.576.205

Continente 9.976.649 9.918.548 9.869.783 9.839.140 9.809.414 9.792.797

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 5

O quadro 3 descreve a distribuição da população residente no concelho de Braga por sexo e

por grupo etário no ano de 2017. Verificou-se que existe uma maior proporção de mulheres

52,8%, (n=95739), 14,5% (n=26301) da população residente tem menos de 15 anos e 16%

(n=29191) da população tem 65 ou mais anos de idade.

Quadro 3. População residente estimada por sexo e grupo etário no concelho de Braga, em número absoluto, em 2017.

Grupo etário (anos)

Homens Mulheres Total

0-14 13352 12949 26301

15-24 10700 10301 21001

25-64 49225 55664 104889

≥ 65 12366 16825 29191

Total 85643 95739 181382

Fonte: INE. Estimativas da população residente em 31/12/2016.

Na figura 2 está representada a estrutura da população do concelho de Braga no ano de 2011

(Census) e no ano de 2017 (população estimada).

Figura 2. Evolução da estrutura da população do Concelho de Braga, 2011_2017.

Fonte: INE

10% 7% 5% 2% 0% 3% 5% 8% 10%

0-4 anos

5-9 anos

10-14 anos

15-19 anos

20-24 anos

25-29 anos

30-34 anos

35-39 anos

40-44 anos

45-49 anos

50-54 anos

55-59 anos

60-64 anos

65-69 anos

70-74 anos

75-79 anos

80-84 anos

85 e mais anos

Evolução da estrutura da população do Concelho de Braga (2011_2017)

Mulheres 2017 Homens 2017 Homens 2011 Mulheres 2011

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 6

Comparando ambas as pirâmides etárias, observa-se que a base tem vindo a tornar-se mais

estreita e o topo mais largo, o que reflete a diminuição da natalidade e o aumento do número de

indivíduos idosos.

Da população residente em Braga, 69% está na idade considerada ativa (15 aos 64 anos),

15% é jovem ( idade inferior a 15 anos) e 16% é idosa (idade superior a 65 anos) como

representado na figura 3.

Figura 3. Representação percentual dos grupos da população jovem, ativa e idosa, residente em Braga, em 2017.

Fonte: INE

O quadro 4 representa a evolução do índice de envelhecimento no concelho de Braga,

Região Norte e Continente no período de 2012-2017.

Constata-se que o índice de envelhecimento tem vindo a aumentar ao longo dos últimos

anos no concelho de Braga, Região Norte e Continente. Em 2017, o valor do índice em Braga foi

111, o que significa que pelo segundo ano consecutivo o número de idosos residentes com 65 ou

mais anos ultrapassou o número de jovens residentes com menos de 15 anos. Ainda assim, este

valor foi inferior ao observado na Região Norte e Continente, o que significa que a população

bracarense é mais jovem.

Quadro 4. Índice de envelhecimento do ACeS de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 83,1 88,2 94,1 99,9 105,4 111

Norte 118,9 125,3 132,2 139,5 146,4 153,3

Continente 134,0 138,9 144,3 149,6 153,9 158,3

Fonte: INE.

15%

69%

16% População jovem

População ativa

População idosa

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 7

Relativamente ao índice de dependência de idosos, no concelho de Braga, em 2017, o índice

foi de 23,2, valor que apesar de estar a aumentar progressivamente ao longo dos últimos anos, foi

inferior ao verificado na Região Norte e no Continente (quadro 5).

Quadro 5. Índice de dependência de idosos do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 18,9 19,6 20,5 21,4 22,3 23,2

Norte 25,5 26,4 27,3 28,1 29,1 29,9

Continente 30,0 30,8 31,6 32,4 33,1 33,9

Fonte: INE.

O índice de dependência de jovens tem vindo a diminuir nos últimos anos, tal como na

Região Norte e Continente. No ano 2017 apresentou um valor de 20,9 (quadro 6).

Quadro 6. Índice de dependência de jovens do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 22,7 22,3 21,8 21,4 21,2 20,9

Norte 21,5 21,1 20,6 20,1 19,8 19,5

Continente 22,4 22,2 21,9 21,6 21,5 21,4

Fonte: INE

Em relação ao índice de dependência total, a população residente em Braga apresentou

novamente um valor inferior ao da Região Norte e ao do Continente (quadro 7).

Quadro 7. Índice de dependência total do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 41,6 41,9 42,3 42,7 41,3 44,1

Norte 47,0 47,5 47,9 48,2 46,8 49,4

Continente 52,3 53,0 53,6 54,0 51,3 55,3

Fonte: INE.

Nas figuras 4, 5, 6 e 7 estão representadas graficamente as evoluções dos índices de

envelhecimento, dependência de jovens, dependência de idosos e dependência total da população

do Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017, respetivamente.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 8

Figura 4. Evolução do índice de envelhecimento, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017.

Fonte: INE.

Figura 5. Evolução do índice de dependência de jovens, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017.

Fonte: INE.

0

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Continente Norte Braga

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Continente Norte Braga

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 9

Figura 6. Evolução do índice de dependência de idosos, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017.

Fonte: INE

Figura 7. Evolução do índice de dependência total, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 1991 a 2017.

Fonte: INE

0

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Continente Norte Braga

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19

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Continente Norte Braga

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 10

A esperança de vida à nascença para a população residente no concelho de Braga tem

aumentado ao longo dos últimos anos, apresentando sempre valores superiores aos verificados

para a população residente na Região Norte e no Continente.

Analisando por sexo, a esperança de vida à nascença é superior no sexo feminino.

Quadro 8. Esperança de vida à nascença para os triénios 2012-2014, 2013-2015 e 2014-2016 no concelho de Braga, Região Norte e no

Continente.

Período de tempo

2012-2014 2013-2015 2014-2016

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Braga 82,4 79,5 85,0 82,6 79,4 85,5 83,1 79,9 86,0

Norte 81,0 77,8 84,0 81,5 78,3 84,5 81,7 78,5 84,6

Continente 80,8 77,6 83,9 81,3 78,1 84,3 81,4 71,2 84,4

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2016: ACeS Braga).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 11

3.2. SITUAÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA

3.2.1. Emprego

No concelho de Braga, no ano de 2011, o setor terciário económico foi o setor de atividade

mais representativo, acompanhando a tendência regional e nacional (quadro 9).

Quadro 9. Número de empregados, por setor de atividade, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, Censos 2011.

Setor de atividade

Primário Secundário Terciário social Terciário

económico Total

Braga 527 24 563 25 313 31 568 81 971

Norte 43 023 533 846 379 768 545 244 1 501 883

Continente 121 055 1 115 357 1 179 316 1 734 524 4 150 252

Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)

Os dados sobre o desemprego no concelho de Braga, Região Norte e Continente estão

representados no quadro 10.

Quadro 10. Número de desempregados inscritos no IEFP, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Fonte: IEFP.

O número de desempregados inscritos no IEFP em Braga de 2012 a 2017 diminuiu

consecutivamente, tal como na Região Norte e Continente.

Considerando a taxa de desempregados inscritos por 1000 habitantes na idade ativa (idade

entre 15 e 64 anos), verificou-se que em Braga o valor foi inferior ao da Região Norte, mas superior

ao do Continente (quadro 11).

Quadro 11. Taxa de desempregados inscritos no IEFP por 1000 habitantes (idade ativa), no concelho de Braga, Região

Norte e Continente 2012-2016.

Condição perante o trabalho (Desempregados)

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 14.693 14.184 12.363 11.196 8.852 7.395

Norte 295.258 291.306 253.170 231.005 200.792 168.228

Continente 675.466 654.569 564.312 521.611 452.652 377.791

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 12

Fonte: Perfil Local de

Saúde 2016 - ACeS Braga

De 2011 a 2016, o grupo etário com maior proporção de desempregados foi

consecutivamente o grupo dos 35 aos 54 anos (figura 8).

Figura 8. Número de desempregados inscritos no IEFP no concelho de Braga por grupo etário entre 2011 e 2016.

Fonte: IEFP

3.2.2. Suporte social

De 2011 a 2016, em Braga, verificou-se uma diminuição da proporção de beneficiários do

rendimento social de inserção da segurança social, assim como a nível regional e nacional (quadro

12).

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

2011 2012 2013 2014 2015 2016

< 25 anos

25-34 anos

35-54 anos

≥54 anos

Ano

2012 2013 2014 2015 2016

Braga 96,1 92,5 80,4 72,6 57,3

Norte 94,5 93,3 81,4 74,2 64,7

Continente 79,4 77,2 66,5 61,7 53,6

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 13

Quadro 12. Proporção da população beneficiária do rendimento social de inserção, da segurança social por 1000 habitantes em idade

ativa (‰), no Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2011 a 2016.

Ano

2011 2012 2013 2014 2015 2016

Braga 43,4 38,5 28,9 23,0 19,0 16,4

Norte 60,9 53,9 44,5 39,4 36,6 36,1

Continente 48,5 45,2 38,6 34,1 31,3 30,4

Fonte: Perfil Local de Saúde 2016 - ACeS Braga

Ao longo da série temporal analisada, verificou-se que a proporção de pensionistas da

segurança social diminuiu de 2015 para 2016, em Braga, Região Norte e Continente, tendo

aumentado novamente em 2017 (quadro 13).

Quadro 13. Proporção de pensionista da segurança social por 1000 habitantes (‰), no Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de

2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 258,66 263,45 266,35 263,8 232,6 274,3

Norte 322,17 325,93 326,66 325,4 286,6 331,2

Continente 340,89 343,73 342,98 343,1 269,6 343,7

Fonte: INE.

3.2.3. Criminalidade

A taxa de criminalidade no concelho de Braga tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos

(quadro 14). Em 2017 o valor foi 26,8 crimes por 1000 habitantes, inferior ao observado na Região

Norte e Continente.

Quadro 14. Taxa de criminalidade por 1000 habitantes (‰), no Concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 33,9 33,2 30,6 29,8 29,3 26,8

Norte 32,4 31,6 29,0 30,3 28,0 28,7

Continente 37,3 34,9 32,8 34,3 31,9 33

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 14

Os três crimes mais prevalentes em Braga, Região Norte e Continente no ano 2017 foram

crimes contra o património (14,5‰), contra a integridade física (4.8‰) e furto de veículo e em

veículo motorizado (3,4‰).

No quadro 15 está descrita a taxa de crimes contra a integridade física por 1000 habitantes

(‰), no concelho de Braga, Região Norte e Continente no período de 2012 a 2017.

Verificou-se que esta taxa tem vindo diminuir no concelho de Braga ao longo dos últimos 6

anos, tendo-se observado um ligeiro aumento. Apesar do aumento observado, o valor foi inferior

ao valor das taxas de crimes da Região Norte e do Continente.

Quadro 15. Taxa de crimes contra a integridade física por 1000 habitantes (‰), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, entre

os anos de 2012 e 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 4,7 4,7 4,1 4,2 4,8 4,8

Norte 5,2 5,2 5,1 5,0 5,0 4,9

Continente 5,2 5,1 5,1 5,0 5,0 5,0

Fonte: INE.

Relativamente à condução sobre efeito do álcool, em Braga, no período de 2012 a 2017, a

taxa de condução com alcoolemia superior a 1,2g/L tem sofrido algumas oscilações (quadro 16). No

ano de 2017 apresentou um valor de 1,3 g/L por cada 1000 habitantes, valor inferior ao verificado

na Região Norte e no Continente.

Quadro 16. Taxa de condução com alcoolemia superior a 1,2g/L por 1000 habitantes (‰), no concelho de Braga, Região Norte e

Continente, entre os anos de 2012 e 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 0,8 1,1 0,8 1,3 1,4 1,3

Norte 1,9 1,8 1,6 1,7 1,6 1,5

Continente 2,1 2,1 1,8 2,2 2,0 1,9

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 15

3.2.4. Educação

Considerando o nível de escolaridade da população de Braga, de 2001 a 2011 houve um

aumento da proporção de indivíduos que completaram o ensino superior e o secundário, e uma

diminuição da proporção de indivíduos com o ensino básico e sem nenhum nível de escolaridade.

Em 2011 mais de metade da população bracarense (51,9%) tinha o nível básico de

escolaridade, 16,1% frequentaram o ensino superior e 16,7% não tinham nenhum nível de

escolaridade (figura 9).

Figura 9. Distribuição (%) da população residente por nível de escolaridade mais elevado completo (Censos 2001 e

2011)

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga).

De 2001 para 2011, em Braga, a taxa de analfabetismo diminuiu sendo menor do que na

Região Norte e Continente. A taxa de abandono escolar também diminuiu no concelho de Braga e

mantém-se abaixo da Região Norte e Continente (quadro 17).

Quadro 17. Taxa de abandono escolar (%) e taxa de analfabetismo, no concelho de Braga, Região Norte e

Continente, Censos de 2001 e 2011.

Local de residência

Taxa de abandono escolar (%)

Taxa de analfabetismo (%)

2001 2011 2001 2011

Braga 1,4 1,3 5,8 3,4

Norte 3,5 1,4 8,3 5,0

Continente 2,7 1,5 8,9 5,2

Fonte: ARS Norte, I.P.. Perfil Local de Saúde de Braga - 2016

26,2 18,8

26,8 18,7 22,9

16,7

55,4

54,9

58,3

58,6 54,7

51,9

11,8 14,3

9,7 12,6 13,6

15,3

6,6 11,9 5,2 10,2 8,8

16,1

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2001 2011 2001 2011 2001 2011

Continente ARS Norte AceS Braga

Nenhum Básico Secundário Superior

Norte Braga

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 16

No ano letivo de 2017/2018, foram registados 1471 acidentes em meio escolar e peri-

escolar (quadro 18), valor que corresponde a 6,8% dos alunos matriculados neste ano letivo.

O 3º ciclo foi o nível de escolaridade onde se verificou uma maior proporção de acidentes, à

semelhança do que se tem verificado nos últimos anos.

Quadro 18. Acidentes ocorridos em meio escolar e peri-escolar, nos Agrupamentos Escolares do concelho de Braga, entre os anos letivos

2013/2014 a 2017/2018.

Ano letivo Nível de

escolaridade Nº alunos

Nº acidentes registados

Proporção de acidentes registados

2013/2014

Pré-Escolar 2382 61 2,6%

1º ciclo 6522 435 6,7%

2º ciclo 4000 337 8,4%

3º ciclo 6317 442 7,0%

Secundário 5426 268 4,9%

Total 24647 1543 6,3%

2014/2015

Pré-Escolar 2219 69 3,1%

1º ciclo 6407 448 7,0%

2º ciclo 3451 328 9,5%

3º ciclo 5992 509 8,5%

Secundário 5464 277 5,1%

Total 23533 1631 6,9%

2015/2016

Pré-Escolar 2214 68 3,1%

1º ciclo 6349 403 6,3%

2º ciclo 3437 384 11,2%

3º ciclo 6051 495 8,2%

Secundário 6278 227 3,6%

Total 24329 1577 6,5%

2016/2017

Pré-Escolar 1820 70 3,9%

1º ciclo 5890 372 6,3%

2º ciclo 3357 320 9,5%

3º ciclo 5566 440 7,9%

Secundário 5420 241 4,4%

Total 22053 1443 6,5%

2017/2018

Pré-Escolar 1777 71 4,0%

1º ciclo 5765 432 7,5%

2º ciclo 3223 302 9,4%

3º ciclo 5585 430 7,7%

Secundário 5328 236 4,4%

Total 21678 1471 6,8%

Fonte: Agrupamentos de Escolas do concelho de Braga.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 17

3.2.5. Economia

No concelho de Braga, em 2015 o ganho médio mensal de trabalhadores por conta de

outrem foi de 984,4, euros (quadro 19). Este valor é superior ao verificado na Região Norte e

inferior ao valor médio do Continente.

Quadro 19. Ganho médio mensal de trabalhadores por conta de outrem (€) no concelho de Braga, Região Norte e Continente, entre

2012 e 2015.

Ano

2012 2013 2014 2015

Braga 983,4 979,6 985,7 984,4

Norte 958,1 963,4 967,2 975

Continente 1095,6 1093,8 1093,2 1096,7

Fonte: INE.

O poder de compra per capita diminuiu ligeiramente de 2011 para 2013 em Braga (quadro

20). Em 2015 aumentou novamente, tendo este valor sido superior ao observado na Região Norte e

Continente.

Quadro 20. Poder de compra per capita no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 2005, 2011, 2013 e 2015.

Ano

2005 2011 2013 2015

Braga 105,8 104,2 104,0 105,42

Norte 85,5 89,2 92,03 92,09

Continente 100,5 100,8 100,75 100,70

Fonte: INE.

3.2.6. Saldo Migratório

O saldo migratório no período de 2012 a 2017 sofreu algumas oscilações (quadro 21). De

2016 para 2017 o saldo migratório, embora negativo, aumentou no concelho de Braga à

semelhança do que se verificou na Região Norte e Continente.

Quadro 21. Evolução do saldo migratório (nº), por local de residência no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga -583 -559 -660 -413 -806 -210

Norte -16.584 -15.730 -16.137 -11.716 -13.241 -1661

Continente -36.814 -35.044 -27.335 -8.340 -7.216 6237

Fonte: INE

3.2.7. Ambiente

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 18

Desde 2008 toda a população do concelho de Braga é servida por sistemas públicos de

abastecimento de água (quadro 22).

Quadro 22. População servida por sistemas de abastecimento de água (%), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos

de 2006 a 2009.

Ano

2006 2007 2008 2009

Braga 89 88 100 100

Norte 83 86 90 92

Continente 90 92 94 96

Fonte: INE.

Em 2009, 99% da população do concelho de Braga estava servida por sistemas de

drenagem de águas residuais (quadro 23).

Quadro 23. População servida por sistemas de drenagem de águas residuais (%), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos

anos de 2006 a 2009.

Ano

2006 2007 2008 2009

Braga 95 90 93 99

Norte 67 70 72 76

Continente 77 79 81 84

Fonte: INE.

No mesmo ano, 88% da população era servida por estações de tratamento de águas

residuais (quadro 24).

Quadro 24. População servida por estações de tratamento de água residual (%), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos

anos de 2006 a 2009.

Ano

2006 2007 2008 2009

Braga 92 89 88 88

Norte 64 59 65 65

Continente 71 69 74 74

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 19

3.3. NATALIDADE

No quadro 25 está representado o número de nados vivos no concelho de Braga, Região

Norte e Continente, no período de 2012 a 2017.

Nas três regiões, o número de nados vivos diminuiu em 2017. Em Braga, nesse ano

nasceram 1.672 crianças, o que representa cerca de 6% dos nascimentos da Região Norte.

Quadro 25. Número de nados vivos no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Fonte: INE.

A taxa bruta de natalidade para a população de Braga foi de 9,2‰ em 2017, um valor

superior ao verificado na Região Norte e Continente. Desde 2013 que a taxa bruta de natalidade em

Braga apresenta uma tendência crescente, como se pode constatar no quadro 26 e na figura 10.

Quadro 26. Evolução da taxa bruta de natalidade no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017 (‰).

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 9,1 8,3 8,4 8,7 9,2 9,2

Norte 7,8 7,3 7,2 7,5 7,8 7,7

Continente 8,5 7,9 7,9 8,2 8,4 8,4

Fonte: INE.

Figura 10. Evolução da taxa bruta de natalidade (/1000 habitantes), 1992-2017.

Fonte: INE

0

2

4

6

8

10

12

14

16

20

17

20

16

20

15

20

14

20

13

20

12

20

11

20

10

20

09

20

08

20

07

20

06

20

05

20

04

20

03

20

02

20

01

20

00

19

99

19

98

19

97

19

96

19

95

19

94

19

93

19

92

Continente Norte Braga

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 1655 1505 1523 1573 1675 1672

Norte 28719 26672 26043 27249 28073 27534

Continente 85306 78607 78312 81292 83005 81975

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 20

O índice sintético de fecundidade em 2016 foi 1,26 em Braga; inferior a 2,1 que é

considerado o valor mínimo necessário para assegurar a substituição de gerações (quadro 27).

Quadro 27. Índice sintético de fecundidade no concelho de Braga, Região Norte e Continente, 2011 a 2016.

Ano

2011 2012 2013 2014 2015 2016

Braga 1,24 1,16 1,06 1,10 1,15 1,26

Norte 1,24 1,15 1,09 1,09 1,17 1,23

Continente 1,35 1,29 1,21 1,23 1,31 1,37

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2016 - ACeS Braga).

3.3.1. Baixo Peso à Nascença

O número de nados vivos com peso inferior a 2500 gramas no concelho de Braga foi de 129

crianças em 2017, o que corresponde a 7,7% do total de nados vivos. Nos últimos 6 anos, a

percentagem de nados vivos com peso inferior a 2500 gramas tem apresentado valores

compreendidos entre os 6,6% e os 9% (quadro 28).

Quadro 28. Nados vivos com peso inferior a 2500 gramas no concelho de Braga, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Nº absoluto de nados-vivos com P<2500g 136 114 100 141 151 129

% de nados-vivos com P<2500g 8,2 7,6 6,6 9,0 9,0 7,7

Fonte: INE.

Ao longo dos últimos 20 anos, a proporção de crianças com baixo peso à nascença em Braga,

Região Norte e Continente tem registado uma tendência crescente, com algumas oscilações (figura

11).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 21

Figura 11. Evolução da proporção (%) de crianças com baixo peso à nascença, no concelho de Braga, Região

Norte e Continente, entre 1995-2017 (média anual por triénios).

Fonte: INE.

3.3.2. Nascimentos em Mulheres em Idade de Risco

Foram consideradas como idades de risco as idades inferiores a 20 anos e idades superiores a

35 anos.

O número de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos tem vindo a diminuir

de 2012 a 2016. No entanto, registou-se um aumento considerável neste grupo de nascimentos em

2017 (quadro 29).

Quadro 29. Nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, residentes em Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 45 31 27 21 14 33

Norte 959 756 611 539 565 519

Continente 3.051 2.587 2.282 2.114 2.024 2.008

Fonte: ARS Norte, I.P.; INE.

A proporção de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos foi de 2% em Braga

no ano de 2017, inferior à verificada no Continente mas ligeiramente superior à Região Norte

(quadro 30).

5

6

6

7

7

8

8

9

9

10

20

15

-20

17

20

14

-20

16

20

13

-20

15

20

12

-20

14

20

11

-20

13

20

10

-20

12

20

09

-20

11

20

08

-20

10

20

07

-20

09

20

06

-20

08

20

05

-20

07

20

04

-20

06

20

03

-20

05

20

02

-20

04

20

01

-20

03

20

00

-20

02

19

99

-20

01

19

98

-20

00

19

97

-19

99

19

96

-19

98

19

95

-19

97

continente norte braga

%

Continente Norte Braga

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 22

Quadro 30. Evolução da proporção de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, no concelho de Braga, Região Norte e

Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 2,7 2,0 1,8 1,3 0,8 2

Norte 3,3 2,8 2,4 2,0 2,0 1,9

Continente 3,6 3,3 2,9 2,6 2,4 2,5

Fonte: INE.

Na figura 12 está representada a evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres

com idade inferior a 20 anos, de 1996 a 2017.

Figura 12. Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, 1995-2016 (média

anual por triénios).

Fonte: INE.

O número de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, no concelho

de Braga, tem aumentado nos últimos anos (quadro 31).

Quadro 31. Nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, residentes no concelho de Braga, Região Norte e

Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 428 447 464 528 622 640

Norte 6.704 6.730 7.007 7.729 8.554 8.653

Continente 21.344 20.863 22.393 24.200 26.268 26.414

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 23

A proporção de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos em Braga

foi de 38,2% em 2017, superior à verificada na Região Norte e Continente (quadro 32).

Quadro 32. Evolução da proporção de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, residentes no concelho de

Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 25,9 29,7 30,5 33,6 37,1 38,2

Norte 23,3 25,2 26,9 28,4 30,5 31,4

Continente 25,0 26,6 28,6 29,8 31,6 32,2

Fonte: INE.

Na figura 13 está representada a evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres

com idade igual ou superior a 35 anos, no período de 1996-2017, a qual tem sido crescente nos três

locais.

Figura 13. Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade superior ou igual a 35 anos, 1995-2016 (média

anual por triénios).

Fonte: INE.

3.3.3. Nascimentos Pré-termo

Os nascimentos pré-termo têm registado oscilações tanto em Braga como na Região Norte e

Continente, nos últimos seis anos (quadro 33).

Quadro 33. Nascimentos pré-termo, no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 114 107 95 112 124 118

Norte 1.990 1.856 1.887 2.163 2.153 2.320

Continente 6.038 5.655 6.115 6.520 6.525 6.695

Fonte: INE.

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continente Norte Braga

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Continente

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 24

Em Braga a proporção de nascimentos pré-termo em 2017 foi de 7,1%, valor inferior ao

verificado na Região Norte e Continente (quadro 34).

Quadro 34. Evolução da proporção de nascimentos pré-termo, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 6,9 6,6 6,2 7,1 7,4 7,1

Norte 6,9 6,9 7,2 7,9 7,7 8,4

Continente 7,1 7,9 7,8 8,0 7,9 8,2

Fonte: ARS Norte, I.P., INE.

Na figura 14, está apresentada a evolução da proporção (%) de nascimentos pré-termo, de

1995 a 2017, para o concelho de Braga, Região Norte e Continente.

Figura 14. Evolução da proporção (%) de nascimentos pré-termo, (média anual por triénios) de 1995-2016.

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 25

3.4. MORTALIDADE

3.4.1. Mortalidade Global

O número total de óbitos em Braga no ano de 2017 foi 1.262 pessoas (quadro 35).

A taxa bruta de mortalidade (TBM) em 2017 foi 7 óbitos por cada 1000 pessoas, valor

inferior ao verificado na Região Norte e Continente (quadro 36).

Quadro 35. Número total de óbitos ocorridos em indivíduos residentes no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012

a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 1.138 1.209 1.157 1.211 1.189 1.262

Norte 33.124 32.981 32.314 33.537 34.035 34.243

Continente 102.808 101.656 99.737 103.589 105.512 104.818

Fonte: INE.

Quadro 36. Evolução da taxa bruta de mortalidade no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017 (‰).

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 6,2 6,6 6,4 6,7 6,6 7

Norte 9,0 9,0 8,9 9,3 9,5 9,6

Continente 10,3 10,2 10,1 10,5 10,7 10,7

Fonte: INE.

3.4.2. Mortalidade Infantil

Em Braga, no período de 2012 a 2017 o número de óbitos infantis tem oscilado, mas com

tendência decrescente (quadro 37).

Quadro 37. Número de óbitos infantis, ocorridos no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 6 2 5 1 2 1

Norte 80 75 71 72 93 53

Continente 283 228 220 233 269 214

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 26

Considerando a taxa de mortalidade infantil, em 2017 faleceram 1,1 crianças por cada 1000

nados vivos em Braga, um valor inferior ao verificado na Região Norte e no Continente (quadro 38).

Quadro 38. Evolução da taxa de mortalidade infantil no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017 (‰).

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 3,6 1,3 3,3 0,6 1,2 1,1

Norte 2,8 2,8 2,6 2,6 3,3 1,9

Continente 3,3 2,9 2,7 2,9 3,2 2,6

Fonte: INE.

A taxa de mortalidade fetal tardia tem tido uma evolução oscilatória nos triénios referentes

ao período 2009-2016 (quadro 39).

Quadro 39. Evolução da taxa de mortalidade fetal tardia no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2009 a 2016 (‰),

por triénios.

Ano

2009-2011 2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016

Braga 1,8 1,9 1,0 1,5 2,0 2,7

Norte 2,0 1,9 1,9 1,7 1,9 1,8

Continente 2,5 2,4 2,4 2,4 2,4 2,3

Fonte: Observatório Regional de Saúde (mort@lidades)

A taxa de mortalidade perinatal tem tido uma evolução oscilatória nos triénios referentes ao

período 2009-2016 (quadro 40).

Quadro 40. Evolução da taxa de mortalidade perinatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por

triénios.

Ano

2009-2011 2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016

Braga 2,4 2,7 1,8 2,8 2,8 3,6

Norte 3,4 3,1 3,3 3,0 3,1 3,3

Continente 3,9 3,8 3,8 3,8 3,6 3,7

Fonte: Observatório Regional de Saúde (mort@lidades)

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 27

A taxa de mortalidade neonatal precoce, taxa de mortalidade neonatal e taxa de

mortalidade pós-neonatal (quadros 41, 42 e 43 respetivamente) foram inferiores em Braga no

triénio 2014-2016 às verificadas da Região Norte e Continente.

Quadro 41. Evolução da taxa de mortalidade neonatal precoce no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016

(‰), por triénios.

Ano

2009-2011 2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016

Braga 0,6 0,8 0,8 1,3 0,9 0,8

Norte 1,3 1,2 1,3 1,2 1,3 1,4

Continente 1,4 1,4 1,4 1,4 1,3 1,4

Fonte: Observatório Regional de Saúde (mort@lidades)

Quadro 42. Evolução da taxa de mortalidade neonatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰), por

triénios.

Ano

2009-2011 2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016

Braga 1,1 1,3 1,2 1,7 1,1 1,3

Norte 1,9 1,8 2,0 1,9 1,9 2,1

Continente 2,1 2,1 2,2 2,0 2,0 2,1

Fonte: Observatório Regional de Saúde (mort@lidades)

Quadro 43. Evolução da taxa de mortalidade pós-neonatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2016 (‰),

por triénios.

Ano

2009-2011 2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016

Braga 1,3 1,7 1,2 1,1 0,7 0,4

Norte 0,9 0,8 0,9 0,9 0,8 0,8

Continente 0,9 0,9 1,0 1,0 0,9 0,8

Fonte: Observatório Regional de Saúde (mort@lidades)

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 28

3.4.3. Causas de Morte

As principais causas de morte em Braga nos anos de 2014, 2015 e 2016 estão apresentadas

no quadro 44.

Quadro 44. Número de óbitos, mortalidade proporcional (%) e mortalidade específica (/100.000habitantes) em 2014, 2015, e 2016, na

área de intervenção do ACeS do Cávado I Braga, por causa de morte.

CAUSA DE MORTE

Ano

2014 2015 2016

Nº óbitos

M.P.

(%)

M.E.

(/105)

Nº óbitos

M.P.

(%)

M.E.

(/105)

Nº óbitos

M.P.

(%)

M.E.

(/105)

Tumores malignos 364 31,5 200.5 346 28,5 190,6 348 29,3 192

Doenças cerebrovasculares 130 11,2 71,6 123 10,1 67,8 127 10,7 70,1

Cardiopatia isquémica 62 5,4 34,1 85 7,0 46,8 69 5,8 38,1

Pneumonia 54 4,7 29,7 83 6,8 45,7 48 4,0 26,5

Sintomas, sinais e resultados anormais não classificados

em outra parte 65 5,6 35,8 60 5,0 33,1 62 5,2 34,2

Causas externas de lesão 67 5,8 36,9 59 4,9 32,5 46 3,9 25,4

Diabetes Mellitus 25 2,2 13,8 25 2,1 13,8 28 2,4 15,5

Doenças crónicas fígado 15 1,3 8,3 24 2,0 13,2 10 0,8 5,5

Doenças pelo vírus da imunodeficiência humana

(HIV) 2 0,2 1,1 2 0,2 1,1 2 0,2 1,1

Fonte: INE. Legenda: MP – Mortalidade Proporcional; ME – Mortalidade Específica

Entre 2014 e 2016 a mortalidade específica por tumores malignos foi a principal causa de

morte. A mortalidade por doenças cerebrovasculares tem apresentado valores oscilatórios, mas de

2015 para 2016 aumentou. A cardiopatia isquémica, terceira principal causa de mortalidade em

Braga diminuiu em 2016 (quadro 44).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 29

Os tumores malignos que causaram o maior número de mortes foram os do grupo C32-C34

(laringe, traqueia, brônquios e pulmão), da classificação Estatística Internacional de Doenças e

Problemas relacionados com a Saúde, 10ª Edição (CID-10)(quadro 45).

Quadro 45. Taxa de mortalidade específica, por tumores malignos, na área de intervenção do ACeS do Cávado I, em 2015.

TUMORES MALIGNOS CID - 10 Nº óbitos %000

Laringe, traqueia, brônquios e pulmão C32-C34 63 34,7

Estômago C16 37 20,4

Cólon C18 37 20,4

Tecido linfático, hematopoético e tecidos relacionados C81-C96 31 17,1

Mama C50 25 13,8

Bexiga C67 18 9,9

Fígado e das vias biliares intra-hepáticas C22 17 9,4

Próstata C61 16 8,8

Pâncreas C25 15 8,3

Junção retossigmoideia, reto, ânus e canal anal C19-C21 12 6,6

Esófago C15 8 4,4

Lábio, cavidade oral e faringe C00-C14 8 3,9

Rim, exceto pelve renal C64 5 2,8

Outras partes e partes não especificadas do útero C54-C55 3 1,6

Colo do útero C53 2 1,1

Melanoma maligno da pele C43 2 1,1

Ovário C56 1 0,6

Total tumores malignos C00-C97 300 205,0

Fonte: INE

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 30

No quadro 46 são apresentadas as causas de morte relativas ao ano de 2015 e 2016 onde

consta a mortalidade proporcional e taxa bruta de mortalidade (/100000 habitantes), por causa de

morte para todas as idades. Os tumores malignos são a principal causa de morte, seguida das

doenças cerebrovasculares.

Quadro 46. Taxa bruta de mortalidade (/100.000 habitantes) relativa às causas de morte, no ano de 2015 e 2016 no concelho de Braga.

Causas de Morte (todas as idades)

CID-10

ACeS Braga 2015

Nº óbitos

Mortalidade

Proporcional

(%)

Taxa bruta de

mortalidade

(/100000 habitantes)

2015 2016 2015 2016 2015 2016

Tumores malignos 346 348 28,5 29,2 190,6 191,9

Laringe, traqueia, brônquios e pulmão 63 56 5,2 4,7 34,7 30,9

Estômago 37 46 3,1 3,9 20,4 25,4

Cólon 37 31 3,1 2,6 20,4 17,1

Próstata 16 11 1,3 0,9 8,8 6,1

Mama feminina 25 30 2,1 2,5 13,8 16,5

Doenças cerebrovasculares 123 127 10,1 10,7 67,8 70,0

Cardiopatia isquémica 85 69 7,0 5,8 46,8 38,0

Pneumonia 83 48 6,8 4,0 45,7 26,5

Sintomas, sinais e resultados anormais

de exames clínicos e de laboratório não

classificados

60 62 5,0 5,2 33,1 34,2

Causas externas de lesão e

envenenamento 59 46 4,9 3,9 32,5 25,4

Suicídios e lesões auto provocadas

voluntariamente 14 9 1,2 0,8 7,7 5,0

Acidentes de transporte 6 6 0,5 0,5 3,3 3,3

Diabetes Mellitus 25 28 2,1 2,4 13,8 15,4

Doenças crónicas do fígado 24 10 2,0 0,8 13,2 5,5

HIV 2 2 0,2 0,2 1,1 1,1

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 31

No quadro 47 estão apresentadas as três causas de morte das quais resultaram um maior

número de óbitos, por ciclo de vida, por ordem decrescente, no triénio 2013-2015. Esta

estratificação foi efetuada a partir do cálculo da mortalidade proporcional por ciclo de vida.

Quadro 47. Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causa de morte, por ciclo de vida, no ACeS Cávado I Braga, no triénio de

2014-2016.

Grandes grupos de causa de morte, por ciclo de vida

Mortalidade

Proporcional

(%)

5 – 24 anos

Causas externas 31,25

Tumores malignos 25,00

Sinais, sintomas e achados anormais não classificados 6,25

25 – 44 anos

Tumores malignos 26,02

Causas externas 17,07

Doenças infecciosas 7,32

45 – 64 anos

Tumores malignos 55,52

Doenças do aparelho circulatório 10,69

Doenças do aparelho respiratório 5,00

65 – 74 anos

Tumores malignos 47,67

Doenças do aparelho circulatório 19,26

Doenças do aparelho respiratório 7,00

≥ 75 anos

Doenças do aparelho circulatório 32,92

Tumores malignos 20,13

Doenças do aparelho respiratório 16,01 Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 32

Nos quadros 48, 49 e 50 estão representadas as taxas de mortalidade padronizadas (TMP)

das principais causas de morte, por triénios no Continente, ARS Norte, I.P. e ACeS de Braga. As

diferenças estatisticamente significativas para os grandes grupos de causas de morte estão

assinaladas conforme a legenda.

Quadro 48. Evolução da TMP (/100000 habitantes), nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, em indivíduos com idade inferior a

75 anos, no Continente, Região Norte e ACeS de Braga.

Grandes grupos de causas de morte Continente ARS Norte, I.P. ACeS Braga

10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14

Todas as causas de morte 362,1 354,2 344,7 353,1 344,8 336,1 294,1 294 290,3

Algumas doenças infeciosas e parasitárias 11,8 11 10,4 9,9 9 8,4 8,7 7,1 6,8

Tuberculose 1 1 0,9 1,1 1,1 0,9 1,2 1,1 0,6

VIH/SIDA 5,6 5 4,5 3,8 3,3 3,1 3,8 2,8 2,5

Tumores malignos 139,4 138,7 137 137 136,4 135,9 131,4 141,0 142,0

Tumor maligno do lábio, cavidade bucal e faringe 5,8 5,7 5,4 5,5 5,6 5,6 5,5 6,1 5,7

Tumor maligno do esófago 4,1 4,2 4,1 4,5 4,7 4,6 2,8 4 4,1

Tumor maligno do estômago 12,8 12,6 12,1 16,5 16,1 15,7 14,5 16,3 18

Tumor maligno do cólon 12,6 12,5 12,2 11,1 11 10,4 10,3 11,9 11,2

TM da junção retossigmoideia, reto, ânus e canal anal 5,8 5,6 5,5 5,4 5,3 5,3 4,3 4,1 4,3

Tumor maligno do fígado e vias biliares intra-hepáticas 5,9 6,1 6,3 5,6 5,8 5,9 4 5,1 5,8

Tumor maligno do pâncreas 7,1 7 7 6,4 6,3 6,5 7,7 9,2 8,1

Tumor maligno laringe, traqueia, brônquios e pulmões 27,8 28,4 28,4 29,3 29,9 30 27,6 31,4 31

Melanoma maligno da pele 1,6 1,5 1,6 1,3 1,3 1,5 1,7 1,1 1,1

Tumor maligno do rim, exceto pelve renal 2 2 2 1,7 1,7 1,7 2,4 2,5 2,5

Tumor maligno da bexiga 3,2 3,4 3,3 2,8 2,9 2,8 3,2 2,8 1,6

Tumor maligno do tecido linfático e hematopoético 10,5 10,4 10,4 9,4 9,6 9,9 11,1 10 10,9

Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos 1,1 1,1 1,1 1 1 1 2,1 1,4 1,2

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 15,6 15,2 14,4 15 14,6 13,5 11,2 13 8,8

Diabetes Mellitus 12,7 11,9 10,9 12,3 11,4 10,2 8,6 9 5,5

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos 9,3 9,3 9,6 9,1 9,4 9,6 9,5 9,8 8,4

Doenças do aparelho circulatório 69,3 66,3 66,6 61,6 59,7 61,6 46,2 43 41,6

Doenças isquémicas do coração 22 20,9 21,9 15,7 15,7 18,1 14 12,3 12,6

Outras doenças cardíacas 8,8 8,6 9 8,7 8,7 9,6 5,5 7 7,4

Doenças cerebrovasculares 27,4 25,7 24,1 27,9 26 24,2 20,4 17,6 15,5

Doenças do aparelho respiratório 20,4 20,2 19,4 22 21,2 20,3 13,1 14,4 16,5

Pneumonia 7,8 7,9 7,6 7,4 6,9 6,4 3,4 4,6 4,2

Doenças crónicas das vias aéreas inferiores 5,7 5,7 5,5 6,9 6,8 6,7 4,2 5,2 5,8

Doenças do aparelho digestivo 21,3 20,7 19,8 23,2 21,8 20,7 20,9 16,1 16,2

Doenças crónicas do fígado (inclui cirrose) 11 10,5 10 13,1 12,4 11,4 10,1 8,3 8,2

Doenças do sistema osteomuscular/ tecido conjuntivo 1,4 1,4 1,6 1,1 1,2 1,3 0,2 0 0,5

Doenças do aparelho geniturinário 4,5 4,2 4,1 4,2 3,8 3,7 2,6 2,8 3,4

Doenças do rim e ureter 2,8 2,5 2,5 2,6 2,2 2 2,1 1,8 1,7

Algumas afeções originadas no período perinatal 1,9 2 2 1,8 2 1,9 1,4 1,1 1,5

Sintomas, sinais e achados anormais não classificados 34,8 33,5 27,1 40,3 38,6 29,8 17,7 18,4 18,3

Causas externas 26,5 25 25,6 21,9 20,5 22,2 22,6 20 19,8

Acidentes de transporte 7,6 6,8 6,3 5,9 5,2 5,2 5,4 4,6 4,3

Quedas acidentais 1,5 1,5 1,7 1,6 1,5 1,8 3,4 2,2 1,4

Suicídios e lesões auto provocadas voluntariamente 8 8 8,5 5,2 5,3 6,3 6,3 5,7 5,9

Lesões (ignora-se se foram acidentais ou intencionalmente infligidas)

4,2 3,8 3,8 4,7 4,3 4,1 3,4 2,6 2,8

A TMP é inferior com significância estatística A TMP é superior sem significância estatística

A TMP é inferior sem significância estatística A TMP é superior com significância estatística

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017 - ACeS Braga).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 33

Quadro 49. Evolução da TMP (/100000 habitantes), nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, nos homens com idade inferior a 75

anos, no Continente, Região Norte e ACeS de Braga.

Grandes grupos de causas de morte Continente ARS Norte, I.P. ACeS Braga

10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14

Todas as causas de morte 515,5 504,7 492,2 504,8 491,4 482 414,2 411,9 412,1

Algumas doenças infeciosas e parasitárias 18 16,6 15,8 15,3 14 13 14,2 10 10,1

Tuberculose 1,7 1,8 1,7 2 1,9 1,7 2,6 2,3 1,2

VIH/SIDA 9,1 8,1 7,3 6,6 5,9 5,3 7,2 5,2 4,6

Tumores malignos 191,9 191,5 189,5 193,4 191,7 191,9 187,6 201,1 202,5

Tumor maligno do lábio, cavidade bucal e faringe 10,9 10,8 10,3 10,4 10,6 10,8 11,5 12,7 12,3

Tumor maligno do esófago 8 8,3 8,2 8,9 9,2 9,1 6 8,4 8,9

Tumor maligno do estômago 18,8 18,3 17,6 23,8 23,1 22,3 20,3 20,7 24,6

Tumor maligno do cólon 17 16,7 16,3 14,3 13,9 13,6 10,6 15,4 15,8

TM da junção retossigmoideia, reto, ânus e canal anal

8,5 8,3 8 8 7,7 7,5 7,4 7 6

Tumor maligno do fígado e vias biliares intra-hepáticas

10 10,3 10,6 9,2 9,4 9,9 7,1 9 10

Tumor maligno do pâncreas 9,5 9,5 9,6 9 8,6 8,9 8,7 10,4 8,3

Tumor maligno laringe, traqueia, brônquios e pulmões

49,9 50,6 50,6 53,2 54 54,3 49,3 55,4 53,9

Melanoma maligno da pele 1,9 1,9 1,9 1,5 1,4 1,7 1,6 0,8 2,3

Tumor maligno da próstata 10,1 10 9,6 8,4 7,8 8 5,2 5,7 6,9

Tumor maligno do rim, exceto pelve renal 3,2 3,1 3 2,8 2,5 2,6 4,7 5,1 5,1

Tumor maligno da bexiga 5,9 6,1 5,9 5 5,3 4,9 6,7 5,7 3,1

Tumor maligno do tecido linfático e hematopoético 13,3 13 13 12,4 12,4 12,4 19,5 16,4 16,8

Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos 1,2 1,4 1,4 1,1 1,3 1,4 3,8 2 1,5

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 18,8 18,4 17,8 18 17,4 16,4 15,6 17,5 11,6

Diabetes Mellitus 15,8 14,8 13,9 15,1 13,7 12,7 12,4 12,4 7,1

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos

11,1 11,1 11,7 11,2 11,4 12 11,4 11,3 12,3

Doenças do aparelho circulatório 98,3 94,3 96 85,7 83,3 87,2 65,8 60,2 55,9

Doenças isquémicas do coração 35,1 33,7 35,8 24,9 25,6 30,3 24 21,4 21,4

Outras doenças cardíacas 12 11,6 12,2 11,6 11,6 12,6 8,2 10 7,5

Doenças cerebrovasculares 36,9 34,6 32,9 37,5 34,8 32,5 26,8 23 21,2

Doenças do aparelho respiratório 31,2 31 30 33,8 32,9 32,1 20,4 21,3 25,6

Pneumonia 11,7 12 11,4 10,9 9,9 9 6,1 7,8 7

Doenças crónicas das vias aéreas inferiores 9,6 9,7 9,4 11,4 11,7 11,8 6,8 7,9 10,2

Doenças do aparelho digestivo 33,4 32,5 31,3 35,2 33,2 32,2 28 22 23,8

Doenças crónicas do fígado (inclui cirrose) 19 17,9 17,1 21,4 20,3 18,9 14,2 11 11,3

Doenças do sistema osteomuscular/ tecido conjuntivo

1,3 1,4 1,5 1,3 1,2 1,2 0 0 0

Doenças do aparelho geniturinário 5,6 5,1 5 5,7 4,7 4,4 4,4 3,9 4,7

Doenças do rim e ureter 3,8 3,3 3,2 3,7 2,9 2,5 3,3 2,6 1,7

Algumas afeções originadas no período perinatal 2,1 2,3 2,2 1,8 2,2 2,2 0,8 0,9 1,4

Sintomas, sinais e achados anormais não classificados

53,3 51,8 41,5 61,7 59,2 45,5 23,4 26,9 26,8

Causas externas 42,7 40,5 41 34,4 32,1 34,7 31,8 27,1 27,5

Acidentes de transporte 12,5 11,3 10,8 9,5 8,2 8,6 8,9 6,4 7

Quedas acidentais 2,4 2,4 2,8 2,4 2,4 2,9 5,2 3,5 1,7

Suicídios e lesões auto provocadas voluntariamente 13 13,2 13,7 8,3 8,3 9,8 7 6,4 7,6

Lesões (ignora-se se foram acidentais ou intencionalmente. infligidas)

6,6 6 5,9 7,4 6,4 6,1 4,6 2,7 2,7

A TMP é inferior com significância estatística A TMP é superior sem significância estatística

A TMP é inferior sem significância estatística A TMP é superior com significância estatística

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 34

Considerando o sexo feminino, a taxa de mortalidade padronizada por tumor maligno do pâncreas é

superior para o ACeS de Braga, com significância estatística, nos triénios 2011-2013 e 2012-2014 (quadro 50).

Quadro 50. Evolução da TMP (/100000 habitantes), nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, nas mulheres com idade inferior a 75

anos, no Continente, Região Norte e ACeS de Braga.

Grandes grupos de causas de morte Continente ARS Norte, I.P. ACeS Braga

10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14

Todas as causas de morte 229,6 224,1 217,5 222,5 218,4 210,4 190,8 193,3 185,9

Algumas doenças infeciosas e parasitárias 6,2 6 5,6 5,1 4,5 4,3 3,7 4,5 3,8

Tuberculose 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,2 0 0 0

VIH/SIDA 2,3 2,1 2 1,2 1 1,1 0,7 0,7 0,7

Tumores malignos 94,8 93,9 92,4 89 89,3 88,2 83,2 89,5 90,1

Tumor maligno do lábio, cavidade bucal e faringe 1,2 1,3 1,1 1,1 1,1 1 0,4 0,4 0

Tumor maligno do esófago 0,7 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0 0 0

Tumor maligno do estômago 7,8 7,7 7,5 10,2 10,2 10 9,4 12,2 12

Tumor maligno do cólon 9 9,1 8,7 8,5 8,5 7,8 10,2 9 7,3

TM da junção retossigmoideia, reto, ânus e canal anal

3,5 3,4 3,5 3,1 3,2 3,4 1,6 1,5 2,9

Tumor maligno do fígado e vias biliares intra-hepáticas

2,4 2,5 2,5 2,6 2,7 2,5 1,4 1,9 2,2

Tumor maligno do pâncreas 5 4,9 4,8 4,1 4,4 4,4 6,7 8,2 7,9

Tumor maligno laringe, traqueia, brônquios e pulmões

8,8 9,3 9,4 8,8 9,3 9,2 9 10,8 11,2

Melanoma maligno da pele 1,3 1,3 1,2 1,1 1,2 1,3 1,7 1,4 0

Tumor maligno da mama 19 18,3 17,7 16,3 15,6 15,2 13,8 13,1 14,2

Tumor maligno do colo do útero 3,2 3 2,8 2,7 2,5 2,2 2,3 2,7 1,3

Tumor maligno de outras partes do útero 3,9 3,7 3,6 3,4 3,4 3,3 2,6 2,9 1,8

Tumor maligno do ovário 4,4 4,3 4,5 3,5 3,4 3,6 2,6 1,9 3,2

Tumor maligno do rim, exceto pelve renal 1 1 1 0,8 0,9 0,9 0,5 0,3 0,3

Tumor maligno da bexiga 1 1 1,1 0,9 1 1,1 0,3 0,3 0,3

Tumor maligno do tecido linfático e hematopoético 8,1 8,2 8,3 6,8 7,3 7,8 4,3 4,7 6,1

Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos 0,9 0,9 0,9 0,9 0,8 0,7 0,6 1 1

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 12,9 12,5 11,5 12,5 12,3 11 7,7 9,2 6,4

Diabetes Mellitus 10,1 9,4 8,4 10 9,5 8,1 5,7 6,3 4,1

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos

7,6 7,7 7,8 7,3 7,7 7,6 7,6 8,4 5,1

Doenças do aparelho circulatório 44,5 42,4 41,6 41,3 39,8 39,9 29,6 28,3 29,5

Doenças isquémicas do coração 10,7 10 10 8 7,4 7,7 5,4 4,5 5

Outras doenças cardíacas 6,1 6 6,3 6,2 6,3 7 3,1 4,4 7,4

Doenças cerebrovasculares 19,5 18,1 16,8 19,8 18,7 17,3 15,2 13 10,7

Doenças do aparelho respiratório 11,3 11,2 10,5 12,1 11,4 10,5 6,9 8,7 8,9

Pneumonia 4,4 4,5 4,3 4,4 4,4 4,1 1,1 2 1,9

Doenças crónicas das vias aéreas inferiores 2,5 2,3 2,2 3,2 2,8 2,5 2,1 3 2,1

Doenças do aparelho digestivo 10,7 10,4 9,7 12,7 11,8 10,7 14,8 11,1 9,6

Doenças crónicas do fígado (inclui cirrose) 4,1 4 3,7 5,8 5,4 4,9 6,6 5,9 5,5

Doenças do sistema osteomuscular/ tecido conjuntivo

1,4 1,4 1,6 1 1,1 1,4 0,3 0 1

Doenças do aparelho geniturinário 3,5 3,4 3,3 2,9 3,1 3 1,1 1,8 2,4

Doenças do rim e ureter 2,1 1,9 1,9 1,7 1,6 1,6 1,1 1,1 1,6

Algumas afeções originadas no período perinatal 1,8 1,7 1,7 1,7 1,8 1,5 2,2 1,4 1,5

Sintomas, sinais e achados anormais não classificados

18,3 17,2 14,5 21,5 20,4 16 12,6 11,2 10,9

Causas externas 11,7 10,9 11,6 10,6 10,1 10,9 14,3 13,7 12,9

Acidentes de transporte 3,1 2,7 2,3 2,6 2,4 2,2 2,3 2,9 1,9

Quedas acidentais 0,6 0,7 0,8 0,9 0,8 0,8 1,7 1 1,1

Suicídios e lesões auto provocadas voluntariamente 3,5 3,4 3,8 2,5 2,6 3,1 5,6 5,1 4,4

Lesões (ignora-se se foram acidentais ou intencionalmente infligidas)

2 1,8 2 2,4 2,4 2,3 2,3 2,6 2,8

A TMP é inferior com significância estatística A TMP é superior sem significância estatística

A TMP é inferior sem significância estatística A TMP é superior com significância estatística

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017 - ACeS Braga).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 35

3.5. SALDO FISIOLÓGICO

O saldo fisiológico da população residente na área geodemográfica de intervenção do ACeS

Cávado I Braga manteve-se positivo em 2017 (quadro 51).

Quadro 51. Saldo fisiológico no Concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2012 a 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 517 296 366 362 486 410

Norte -4.405 -6.309 -6.271 -6.291 -5.962 -6709

Continente -17.502 -23.049 -21.425 -22.303 -22.510 -22.854

Fonte: INE.

3.6. MORBILIDADE

Os problemas de saúde mais frequentes nos utentes inscritos no ACeS Cávado I Braga, em

2017, estão representados na figura 15. Em ambos os sexos, os dois problemas de saúde mais

frequentes são as Alterações do Metabolismo Lipídico e Hipertensão. O terceiro problema de saúde

mais frequente no sexo feminino são as perturbações depressivas e no sexo masculino o abuso de

tabaco.

Figura 15. Problemas de saúde mais frequentes nos inscritos do ACeS Braga, por sexo, Dezembro de 2017.

Fonte: Observatório Local de Saúde (OLS)

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000

Alterações do Metabolismo dos Lípidos

Hipertensão

Abuso do Tabaco

Excesso de Peso

Obesidade

Perturbações Depressivas

Diabetes

Osteoartrose do Joelho

Asma

Osteoartrose da Anca

Osteoporose

Abuso Crónico do Álcool

DPOC

Trombose/ Acidente Vascular

Bronquite Crónica

Demência

Enfarte Agudo do Miocárdio

Doença Cardíaca Isquémica Sem Angina

Neoplasia Maligna do Cólon/ Recto

Doença Cardíaca Isquémica com Angina

Neoplasia Maligna do Estômago

Neoplasia Maligna do Brônquio/ Pulmão

Neoplasia Maligna da Mama Feminina

Neoplasia Maligna da Próstata Homens

Mulheres

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 36

3.6.1. Doenças Evitáveis pela Vacinação do PNV

Com uma elevada percentagem da população vacinada, é possível reduzir a incidência de

algumas doenças evitáveis pela vacinação, através da proteção dos vacinados e dos não vacinados

pela redução da circulação do agente infecioso e da transmissão da infeção.

A avaliação do cumprimento do Programa Nacional de Vacinação (PNV) realiza-se,

anualmente, para verificar se as metas estabelecidas pela DGS estão a ser cumpridas. A DGS

estabeleceu atingir uma cobertura vacinal de 85% para a vacina contra infeções por vírus do

Papiloma humano (HPV) e de 95% para as restantes vacinas.

Em 2017 entrou em vigor o novo calendário de vacinação do PNV e uma nova plataforma

para registo das vacinas administradas, sendo que as idades chave para colheita de dados bem

como o processo de os recolher foram modificados, influenciando os valores de algumas taxas de

cobertura vacinal.

No quadro 52 estão representadas as taxas de coberturas vacinais dos utentes inscritos no

ACeS de Braga, em idades chave, que completaram 2, 6, 11, e 65 anos, até 31 de dezembro de

2017.

Quadro 52. Cobertura vacinal da coorte dos indivíduos que completaram 2 anos, 6 anos, 11 anos, e 65 anos de idade, até 31 dezembro

2017 (%).

Idade Coorte de

Nascimento Vacina contra %

2 anos 2015

Difteria 97,0

Tétano 97,0

Tosse convulsa/pertussis 98,1

Doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b 96,8

Sarampo 98,2

Parotidite 98,3

Rubéola 98,1

Doença invasiva por Neisseria meningitidis C 98,2

Infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos (Pn13) 11,8

6 anos 2011

Difteria 93,8

Tétano 93,8

Tosse convulsa/pertussis 93,7

Sarampo 94,3

Parotidite 97,4

Rubéola 94,3

Poliomielite 94,7

11 anos 2006

Tétano 91,1

Infeções por vírus do Papiloma humano 1ª dose 90,0

Infeções por vírus do Papiloma humano 2ª dose 79,8

65 anos 1952 Tétano 91,7

Fonte: OLS

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 37

3.6.2. Doenças de Notificação Obrigatória

No concelho de Braga, no ano de 2017, foram notificadas 133 Doenças de Notificação

Obrigatória (DNO), um valor inferior ao verificado no ano anterior. No entanto, existiu uma

alteração das doenças mais notificadas. Em 2016, as DNO mais notificadas foram a Sífilis, excluindo

a Sífilis Congénita, a Tuberculose e a Tosse Convulsa (quadro 53).

Em 2017, as DNO mais notificadas foram, por ordem decrescente, a Tuberculose, a Parotidite

Epidémica e a Sífilis, excluindo a Sífilis Congénita.

Quadro 53. Doenças de declaração obrigatória notificadas no concelho de Braga, de 2015 a 2017.

Fonte: OLS

CID 10 Designação 2015 2016 2017 Total

A04.5 Campilobacteriose 3 6 14 23

A90 Dengue 1 0 0 1

A81.0 Doença de Creutzfeldt-Jakob 2 0 0 2

A48.1 Doença dos Legionários 1 6 0 7

A39 Doença invasiva meningocócica 0 0 1 1

A41.3 Doença invasiva por Haemophilus influenzae 0 0 3 3

A77 Febre escaro-nodular 0 1 0 1

A01.0 / A01.4 Febre tifoide e Febre paratifoide 0 3 0 3

A07.1 Giardíase 0 2 2 4

A54 Gonorreia 5 6 8 19

B15 Hepatite A 4 2 6 12

B16 / B18.1 Hepatite B 18 7 6 31

B 17.1 / B18.2 Hepatite C 23 9 5 37

A56 Infecção por Chlamydia trachomatis 0 1 2 3

A32 Listeriose 1 0 0 1

B54 Malária 3 0 1 4

B26 Parotidite Epidémica 10 14 17 41

A02 Salmoneloses não Typhi e não paratyphi 5 4 12 21

B05 Sarampo 1 0 2 3

A03 Shigelose 18 5 0 23

A50 Sífilis Congénita 0 1 0 1

A51 - A53 Sífilis, excluindo Sífilis Congénita 20 30 17 67

A37 Tosse Convulsa 2 18 0 20

A15 - A19 Tuberculose 29 26 28 83

B20 / B23 VIH/SIDA 7 7 6 20

A28.2 Yersiniose 1 1 3 5

Total de notificações 154 149 133 436

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 38

3.6.2.1 Tuberculose

Relativamente aos casos de Tuberculose, em 2016 verificaram-se 31 casos no concelho de

Braga (quadro 54).

Quadro 54. Número de casos de tuberculose, no concelho de Braga e Região Norte, de 2010 a 2017.

Ano

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Braga 25 24 42 41 43 38 31 51

Norte 1.073 1.064 1080 983 884 880 n.d. n.d.

Fonte: SVIG-TB

Considerando a Taxa de Incidência de Tuberculose, em 2016 existiram 16.5 casos por cada

100.000 habitantes do concelho de Braga, valor inferior às taxas de incidência observadas na

Região Norte e Continente (quadro 55).

Quadro 55. Evolução da taxa de incidência de tuberculose (/100.000 habitantes), no concelho de Braga, Região

Norte e Continente, de 2010 a 2016.

Ano

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Braga 12,7 12,6 22,0 22,0 17,1 18,5 16,5

Norte 26,6 27,0 27,1 25,0 22,8 22,5 20,0

Continente 24,7 23,7 23,6 22,2 20,8 19,6 17,7

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2016 - ACeS Braga).

Na figura 16 está apresentada a distribuição espacial da taxa de incidência média anual de

tuberculose por 100.000 habitantes, na ARS Norte, I.P. por ACeS/ Unidade Local de Saúde (ULS), no

período de 2011 a 2015, onde se pode verificar que o concelho de Braga apresenta um valor

inferior a 20 novos casos/100.000 habitantes.

Figura 16. Distribuição espacial da taxa de incidência média anual de tuberculose por 100.000 habitantes, na ARS Norte, I.P. por ACeS/ULS, 2011-2015. Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2016: ACeS Braga)

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 39

3.6.2.2 Infeção pelo VIH

Em relação à evolução da taxa de incidência da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência

Humana (VIH), a área geodemográfica de intervenção do ACeS Cávado I Braga apresentou uma

diminuição progressiva até ao ano de 2013. Em 2014 verificou-se um aumento desta taxa, tendo

diminuído em 2015 e aumentado novamente em 2016 (quadro 56).

Quadro 56. Evolução da taxa de incidência (/100.000 habitantes) da infeção VIH (Complexos relacionados com SIDA + Portadores

Assintomáticos + Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)), no concelho de Braga, Região Norte, e Continente, nos anos de 2009 a

2016.

Ano

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Braga 16,1 11,6 12,1 11,0 7,1 12,1 7,7 8,3

Norte 12,1 11,7 9,6 9,9 9,5 7,8 6,6 6,6

Continente 17,4 18,4 16,3 15,5 14,8 11,0 9,7 10,1

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2016 - ACeS Braga).

Relativamente à taxa de incidência de SIDA, no concelho de Braga, no ano de 2016 a taxa de

incidência de SIDA foi de 1,7 /100 000 habitantes (quadro 57).

Quadro 57. Evolução da taxa de incidência (/100.000 habitantes) de SIDA, no concelho de Braga, Região Norte, e Continente,

nos anos de 2009 a 2016.

Ano

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Braga 3,9 3,9 5,5 6,6 2,7 2,8 0,0 1,7

Norte 5,6 5,4 4,0 4,3 2,7 2,2 1,6 1,7

Continente 6,8 7,1 6,0 5,7 4,6 3,0 2,3 2,6

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2016: ACeS Braga).

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 40

3.6.3. Doenças Profissionais

Para o estudo das doenças profissionais analisou-se o período temporal de 2008-2017,

conforme os dados disponibilizados pela ARS Norte, I.P., que foram posteriormente trabalhados

pela Unidade de Saúde Pública de Braga. Neste período foram notificadas um total de 162 doenças

profissionais (quadro 58), tendo-se verificado um maior número de notificações nas mulheres .

Considerando a faixa etária, os trabalhadores com doenças profissionais apresentam idades

compreendidas entre os 31-63 anos, sendo a idade média os 50 anos.

Quadro 58. Número de notificações de doenças profissionais, por sexo, no concelho de Braga no período 2008-2017.

Ano

Nº de notificações

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Desconhecido*

Homem 0 1 2 6 10 12 6 7 0 0 1

Mulher 4 3 2 17 14 37 12 10 14 2 2

Total 4 4 4 23 24 49 18 17 14 2 3 Fonte: OLS

*Notificações em que se desconhece o ano de notificação

Tal como a nível nacional e europeu, as doenças musculo esqueléticas foram as doenças mais

frequentes nos trabalhadores do concelho de Braga (figura 17). Nesta categoria, a epicondilite e as

periartrite escapulo-humeral foram as patologias mais notificadas.

Figura 17. Representação percentual das categorias de diagnóstico de doença profissional identificadas, no concelho de Braga,

entre 2008-2017

Fonte: OLS

82%

1% 1% 9%

5% 2%

Categorias de diagnóstico de doença profisisonal no concelho de Braga no periodo de 2008-2017

Afeções Musculoesqueléticas

Doenças infeto-contagiosas

Efeitos alérgicos

Perturbações da audição

Perturbações pulmonares

Não classificadas

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 41

3.7. DETERMINANTES DE SAÚDE

Nos quadros 59, 60, 61, 62 e 63 apresentam-se os dados da proporção de inscritos com

diagnóstico ativo de abuso de tabaco, excesso de peso, obesidade, abuso crónico de álcool e abuso

de drogas, respetivamente.

Para a descrição destes determinantes de saúde utilizou-se a Classificação Internacional de

Cuidados de Saúde Primários, 2ª edição (ICPC-2). Trata-se de um sistema de codificação clínica

usada pelos profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) nos registos clínicos dos

problemas de saúde dos utentes inscritos que frequentam a consulta.

3.7.1. Tabaco

Quadro 59. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso de tabaco em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de

Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente.

Abuso do tabaco (P17)

Dezembro de 2014 Dezembro de 2015 Dezembro de 2016 Dezembro de 2017

Total H M Total H M Total H M Total H M

ACeS Braga 13,6 18,2 9,4 13,6 18,2 9,4 14,0 19,0 9,5 14,4 19,2 9,6

ARS Norte 14,4 7,3 10,7 12,3 12,3 17,0 13,2. 18,4 8,6 n.d n.d. n.d.

Continente 9,9 6,3 8,0 n.d. n.d. n.d. 10,4 13,3 7,9 n.d n.d. n.d.

Fonte: SIARS e ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga)

n.d – não disponível

3.7.2. Excesso de peso e obesidade

Quadro 60. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de excesso de peso em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de

Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente.

Excesso de peso (T83)

Dezembro de 2014 Dezembro de 2015 Dezembro de 2016 Dezembro de 2017

Total H M Total H M Total H M Total H M

ACeS Braga 7,0 7,6 6,5 9,2 10,0 8,4 10,7 11,8 9,8 11,6 12,7 10,5

ARS Norte 5,6 5,8 5,5 6,9 7,1 6,6 7,8 8,1 7,6 n.d n.d. n.d.

Continente 4,5 4,6 4,4 n.d. n.d. n.d. 6,4 6,6 6,2 n.d n.d. n.d.

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga) e SIARS.

n.d – não disponível

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 42

Quadro 61. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de obesidade em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de Braga, ARS

Norte, I.P. e no Continente.

Obesidade (T82)

Dezembro de 2014 Dezembro de 2015 Dezembro de 2016 Dezembro de 2017

Total H M Total H M Total H M Total H M

ACeS Braga 7,4 6,3 8,3 9,3 8,1 10,3 10,7 9,4 11,3 11,2 9,9 12,4

ARS Norte 7,1 5,8 8,4 8,5 7,0 9,9 9,6 7,9 11,1 n.d. n.d. n.d.

Continente 5,8 4,8 6,7 n.d. n.d. n.d. 8,0 6,7 9,2 n.d. n.d. n.d.

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga) e SIARS.

n.d – não disponível

3.7.3. Álcool

Quadro 62. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso crónico do álcool em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS

de Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente.

Abuso crónico do

álcool (P15)

Dezembro de 2014 Dezembro de 2015 Dezembro de 2016 Dezembro de 2017

Total H M Total H M Total H M Total H M

ACeS Braga 1,2 2,1 0,3 1,5 2,7 0,4 1,7 3,1 0,4 1,8 3,2 0,4

ARS Norte 1,5 2,7 0,4 1,8 3,2 0,4 1,9 3,6 0,4 n.d n.d. n.d.

Continente 1,1 2,1 0,3 1,8 n.d. n.d. 1,4 2,7 0,3 n.d n.d n.d.

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga) e SIARS.

n.d – não disponível

3.7.4. Abuso de Drogas

Quadro 63. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso de drogas em dezembro de 2014 e 2017, no ACeS de

Braga, ARS Norte, I.P. e no Continente.

Abuso de drogas (P19)

Dezembro de 2014 Dezembro de 2015 Dezembro de 2016 Dezembro de 2017

Total H M Total H M Total H M Total H M

ACeS Braga 0,5 0,8 0,3 0,6 1,0 0,3 0,7 1,1 0,3 0,7 1,1 0,3

ARS Norte 0,5 0,6 0,3 0,5 0,8 0,3 0.5 0,8 0,3 n.d. n.d. n.d.

Continente 0,4 0,5 0,2 n.d. n.d. n.d. 0.5 0,7 0,3 n.d. n.d. n.d.

Fonte: ARS Norte, I.P. (Perfil Local de Saúde 2017- ACeS Braga) e SIARS

n.d – não disponível

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 43

3.8. RECURSOS DE SAÚDE

3.8.1. Profissionais de Saúde de Braga

3.8.1.1 Médicos

No concelho de Braga, no ano de 2017 o número de médicos por cada 1000 habitantes foi

7,4. Este valor tem vindo a aumentar, tal como na Região Norte e Continente (quadro 64).

Quadro 64. Evolução do número de médicos em Braga, Região Norte e Continente, entre 2012 e 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab

Braga 1.015 5,6 1.076 5,9 1.129 6,2 1.210 6,7 1.281 7,1 1.349 7,4

Norte 14.439 3,9 15.119 4,1 15.617 4,3 16.356 4,5 17.045 4,8 17.730 5,0

Continente 42.503 4,3 43.870 4,4 45.220 4,6 46.847 4,8 48.501 4,9 50.100 5,1

Fonte: INE.

3.8.1.2 Enfermeiros

Em 2017 o rácio de enfermeiros por cada 1000 habitantes foi 8,1, valor superior ao

observado na Região Norte e Continente (quadro 65).

Quadro 65. Evolução do número de enfermeiros, em Braga, Região Norte e Continente, entre 2012 e 2017.

Ano

2012 2013 2014 2015 2016 2017

N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab N.º ‰ hab

Braga 1.356 7,4 1.378 7,6 1.377 7,6 1.382 7,6 1.401 7,7 1.468 8,1

Norte 22.447 6,1 22.690 6,2 22.803 6,3 22.895 6,3 23.336 6,5 24.008 6,7

Continente 60.530 6,0 61.379 6,2 61.798 6,2 62.310 6,3 63.622 6,5 65.308 6,7

Fonte: INE.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 44

3.8.2. Unidades de Cuidados de Saúde-Serviço Nacional de Saúde

3.8.2.1 Agrupamentos de Centros de Saúde

No ACeS Cávado I Braga, constituído por 24 unidades prestadoras de cuidados de saúde

(quadro 66), estavam inscritos 187.538 utentes no final de dezembro de 2017. Destes, 5781 não

tinham médico de família atribuído.

Quadro 66. Número de unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde do ACeS

Cávado I Braga, em dezembro 2017.

Unidades prestadoras de cuidados de saúde

Ano

2017

USF 14

UCSP 3

UCC 3

USP 1

CDP 1

URAP 1

US 1

Total 24 Fonte: SIARS (dados extraídos a 11-09-2018) Legenda: USF: Unidade de Saúde Familiar; UCSP: Unidade de Cuidados de Saúde

Personalizados; UCC: Unidade de Cuidados da Comunidade; USP: Unidade de

Saúde Pública, CDP: Centro de Diagnóstico Pneumológico; URAP: Unidade de

recursos assistenciais partilhados; US: Unidade de Saúde.

3.8.2.2 Hospital

O Hospital de Braga, que integra o Serviço Nacional de Saúde (SNS), é uma parceria público-

privada e presta cuidados de saúde a cerca de 1,2 milhões de pessoas. Trata-se de um hospital com

uma capacidade de internamento até 705 camas, com diversas especialidades médicas e com um

bloco operatório central com 12 salas.

3.8.3. Outros recursos de saúde

Relativamente à oferta de outros serviços de saúde, a população de Braga dispõe de hospital

privado, farmácias , clínicas privadas, consultórios privados e laboratórios privados.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 45

4 - PRINCIPAIS PROBLEMAS E NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

Para a priorização dos problemas de saúde identificados foram utilizados os três critérios

clássicos ou critérios major do Planeamento em Saúde: magnitude, transcendência e

vulnerabilidade.

Magnitude

A magnitude, importância ou tamanho, caracteriza o problema pela sua dimensão, utilizando

indicadores de mortalidade e morbilidade.

Transcendência

A transcendência ou gravidade das consequências - trata-se de uma simples ponderação por

grupos, neste caso, grupos etários, de maneira a valorizar as mortes/doença por determinada

causa nesses diferentes grupos.

Vulnerabilidade

A vulnerabilidade (avaliação do potencial de ou possibilidade de prevenção da possibilidade de

prevenção/intervenção) é fundamental dado que o processo de planeamento pretende utilizar

os recursos onde produzem ganhos maiores em saúde.

CINCO PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

A partir do Diagnóstico da Situação de Saúde da População e da aplicação dos critérios de

hierarquização anteriormente referidos foram identificados os cinco principais problemas de saúde

da população que se apresentam seguidamente por ordem decrescente:

1. Tumor maligno do cólon e reto

2. Tumor maligno da laringe, traqueia, brônquios e pulmão

3. Tumor maligno da mama feminina

4. Tumor maligno do estômago

5. Doenças cérebro-cardiovasculares

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 46

IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS NECESSIDADES DE SAÚDE

Uma necessidade de saúde é a diferença entre o estado de saúde atual da população e o

estado de saúde desejado e mede-se estimando o desvio entre o real e o desejado.

Da análise das necessidades técnicas de saúde bem como das prioridades de saúde nacionais e

regionais resultaram as seguintes necessidades de saúde na população de Braga:

MORTALIDADE E MORBILIDADE

Menor Mortalidade e Morbilidade por :

Tumor maligno do cólon e reto

Tumor maligno da laringe, traqueia, brônquios e pulmão

Tumor maligno da mama feminina

Tumor maligno do estômago

Doenças cérebro-cardiovasculares

DETERMINANTES DA SAÚDE

Menos hipertensos

Menos diabéticos

Menos obesos

Menos dislipidémicos

Menos consumo de tabaco

Menos consumo de álcool

Mais atividade física

Menos consumo de sal

Maior consumo de frutas e verduras

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 47

5 - ESTRATÉGIAS DE SAÚDE

O processo de seleção de estratégias de saúde a serem adotadas face às necessidades de

saúde priorizadas pretende dar resposta à seguinte questão: quais os processos/técnicas mais

adequados para diminuir os problemas de saúde/satisfazer as necessidades prioritárias de saúde da

população? As estratégias de saúde dirigidas aos principais determinantes da saúde são as mais

custo-efetivas. No processo de seleção das estratégias de saúde devemos ter presente que a

maioria dos fatores de risco está associados a várias doenças ou causas (anexo 1), pelo que atuando

sobre estes fatores podemos reduzir múltiplas doenças.

As estratégias de saúde são implementadas, sobretudo, através de programas e projetos

com impato conhecido na saúde, desenvolvidos pelos diversos atores, operacionalizo-os quando

executam os respetivos Planos de Atividades. Importa implementar os programas e projetos de

promoção de saúde em todos os níveis de cuidados bem como na comunidade, em particular na

população escolar.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 48

ESTRATÉGIAS SELECIONADAS

Prevenção primária:

Prevenção do consumo de tabaco (dar continuidade ao Programa Escolas Livres de

Tabaco (PELT) nas escolas EB2,3 e secundárias);

Aumento do consumo de frutas e legumes e redução do consumo de gorduras

saturadas (dar continuidade ao Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar

(PASSE) nos Jardins de Infância e escolas EB1, dar continuidade ao controlo das

máquinas de venda automática de alimentos nos Agrupamentos de Escolas);

Promoção da prática de exercício físico (atividade física nas escolas, criação e

dinamização de espaços para atividade física);

Projetos de promoção do aleitamento materno;

Prevenção do consumo de álcool (dar continuidade ao PASSE, elaborar projetos

estruturados e sustentáveis no âmbito do Programa de Saúde Escolar)

Utilização dos meios de proteção individual nos locais de trabalho na prevenção do

Tumor Maligno de Traqueia, Brônquios e Pulmão;

Divulgação de informação sobre estilos de vida saudáveis.

Prevenção secundária:

Consulta de cessação tabágica (rentabilizar os recursos humanos dos profissionais de

saúde do ACeS com formação nesta área);

Controlo das dislipidémicos, hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade;

Desintoxicação alcoólica (hospitalar ou clínicas privadas, atividades conjuntas com o

Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT));

Tratamento médico ou cirúrgico atempado das cardiopatias isquémicas e enfartes do

miocárdio;

Continuação dos rastreios e referenciação dos casos suspeitos de Tumor Maligno da

Mama Feminino.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 49

Prevenção terciária:

Via verde para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC);

Referenciação atempada para a consulta de Medicina Física e Reabilitação dos casos de

AVC;

Integração na Rede de Cuidados Continuados de Saúde Integrados nos casos de AVC,

com possibilidade de recuperação funcional;

Reinserção dos consumidores de álcool (atividades conjuntas com o IDT);

Criação de grupos de auto-ajuda (Tumor Maligno da Mama Feminino e Tumor Maligno

de Traqueia, Brônquios e Pulmão).

ESTRATÉGIAS DE SAÚDE EM CURSO NO ACES

Promoção da Saúde

Programa de Escolas Livres de Tabaco (PELT)

Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE)

Programa de Educação Sexual em Saúde Escolar (PRESSE)

Consulta de Vigilância da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários

Programa Autoestima

Prevenção da doença e de incapacidade

Consulta de Vigilância da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários

Vigilância de Exposição ao Fumo do Tabaco

Vigilância do Consumo de Sal nas Cantinas Escolares

Cuidados Continuados Integrados

Estratégias e Tratamento Precoce

Rastreio do Cancro de Mama Feminino

Rastreio de Cancro de Cólon e Reto

Consulta de Vigilância da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 50

6 - OBJETIVOS DE SAÚDE 2014-2016

Para a fixação dos objetivos é importante considerar, entre outros aspetos, a avaliação

prognóstica dos problemas de saúde. Neste sentido foram realizadas as projeções das Taxas Brutas

de Mortalidade Prematuras dos problemas de saúde priorizados no ACeS, até ao ano 2016 (figuras

18 a 21).

Figura 18. Projeção Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão,

ambos os sexos, <65 anos

Fonte: OLS

Figura 19. Projeção da Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno do cólon e reto, ambos os sexos,

<65 anos.

Fonte: OLS

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

01-03

02-04

03-05

04-06

05-07

06-08

07-09

08-10

09-11

10-12

11-13

12-14

13-15

14-16

TMTBP (<65) ProjecçãoMeta Novos ValoresNova Projecção

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

01-03

02-04

03-05

04-06

05-07

06-08

07-09

08-10

09-11

10-12

11-13

12-14

13-15

14-16

TMCR (<65) ProjecçãoMeta Novos ValoresNova Projecção

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 51

Figura 20. Projeção da Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno do estômago, ambos os sexos,

<65 anos

Fonte: OLS

Figura 21. Figura Projeção da Taxa Bruta de Mortalidade por doenças cerebrovasculares, ambos

os sexos, <65 anos.

Fonte: OLS

0

2

4

6

8

10

12

14

01-03

02-04

03-05

04-06

05-07

06-08

07-09

08-10

09-11

10-12

11-13

12-14

13-15

14-16

TM_EST (<65) ProjecçãoMeta Novos ValoresNova Projecção

02468

1012141618

01-03

02-04

03-05

04-06

05-07

06-08

07-09

08-10

09-11

10-12

11-13

12-14

13-15

14-16

TxMP DCV (<65) Projecção Meta

Novos Valores Nova Projecção

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 52

6.1 - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE SAÚDE

A onde queremos chegar?

Quando queremos chegar?

Para atingir ganhos em saúde até 2016 foram delineados objetivos que a seguir se

apresentam:

1. Reduzir a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por doenças cerebrovasculares, em ambos sexos, para 8,1/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga

2. Reduzir a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por tumor maligno de traqueia, brônquios e pulmão, em ambos sexos, para 14/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga

3. Reduzir a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por tumor maligno de estômago, em ambos sexos, para 12,5/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga

4. Manter a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por tumor maligno do cólon e reto, em ambos sexos, em 3,7/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga

5. Reduzir a taxa de mortalidade padronizada prematura (< 75 anos) por tumor maligno de mama feminino, para < 17,3 /100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 53

No quadro 67 são apresentadas as metas que se pretendem atingir para 2014-2016.

Quadro 67. Indicadores e metas de Saúde do ACeS Cávado I Braga, 2014-2016

INDICADOR Unidade de

Medida Sexo

Projeção 2014-16

Definição da Meta

Valor Período Valor

TMB prematura por Doenças Cerebrovasculares /100000 habitantes HM 8,6 2016 8,1

TMP prematura por Tumor Maligno da Mama Feminino /100000 habitantes M - 2016 <17,3

TBM prematura por Tumor Maligno de Traqueia, Brônquios e Pulmão

/100000 habitantes HM 14,9 2016 14

TBM prematura por Tumor Maligno de Estômago /10000 residentes HM 13,1 2016 12,5

TBM prematura por Tumor Maligno do Cólon e Reto /10000 residentes HM 3,7 2016 3,7

Proporção de hipertensos, com acompanhamento adequado

/100 inscritos HM NA 2016 35,0

Incidência amputações major Membro inferior (DM), em residentes

/1000 residentes HM NA 2016 0,2

Taxa de internamento DCV, entre residentes <65 anos /1000 residentes HM NA 2016 4,1

Proporção de crianças escolarizadas entre os 6 e os 8 anos obesas

/100 inscritos HM NA 2016 <10,1

Proporção de utentes (> = 14 anos), com registo de hábitos tabágicos

/100 inscritos HM NA 2016 75,0

Proporção de utentes (> =14anos), com registo de consumo de álcool

/100 inscritos HM NA 2016 75,0

Proporção utentes entre 50 e 75 anos com rastreio de cancro de CR

/100 inscritos HM NA 2016 76

Proporção de crianças escolarizadas (JI e 1º e 2ºciclo e 2 alvo de intervenção curricular - Alimentação saudável

% HM NA 2016 55,0

Proporção de crianças escolarizadas (7º ao 9º ano) alvas de intervenção curricular - Prevenção do tabagismo

% HM NA 2016 25,0

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 54

7 - RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE

Apesar de ter sido feita uma comunicação interna e externa do Plano Local de Saúde,

considera-se necessário aprofundar essa comunicação a fim de se conseguir a participação de todos

os setores, dentro e fora da saúde.

Importa portanto descobrir uma forma de comunicação mais eficaz considerando útil e

necessário para este fim o apoio do DSP da ARS Norte, I.P.. Será igualmente importante mudar a

cultura e pensamento para um enfoque micro do Planeamento.

É necessário, ainda, uma forte articulação, cooperação e contributo de todos os atores

responsáveis pela saúde da comunidade, com a finalidade última de se obterem ganhos em saúde.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 55

8 - MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE

No quadro 68 são apresentados os indicadores chave relativos à monitorização e avaliação

do Plano Local de Saúde, realizada em 2016 (anexo 2).

Quadro 68. Indicadores chave de Avaliação e Monitorização do Plano Local de Saúde

INDICADORES

FONTE DE DADOS

META

TBM prematura por Doenças cerebrovasculares (/100000 habitantes) INE 8,1

TMP prematura por Tumor Maligno da Mama Feminino (/100000 habitantes) INE <17,3

TBM prematura por Tumor Maligno de Estômago INE 12,5

TBM prematura por Tumor Maligno de Traqueia, Brônquios e Pulmão (/100000

habitantes) INE 14

TBM prematura por Tumor Maligno de Cólon e Reto INE 3,7

Incidência de amputações major -inf. em diabéticos/10000 residentes GDH/ ACSS

0,2

Taxa de internamento por doença cerebrovascular/10000 residentes (0-64 anos) GDH/ ACSS

4,1

Proporção de hipertensos, com acompanhamento adequado SIARS 35

Proporção de utentes (> = 14 anos), com registo de hábitos tabágicos SIARS 75

Proporção de utentes ( >=14anos), com registo de consumo de álcool SIARS 75

Proporção de crianças inscritos entre os 6 e os 8 anos com registo de Obesidade SIARS <10,1

Proporção de crianças escolarizadas (JI e 1º e2 ciclo) alvo de intervenção curricular

- Alimentação saudável Escolas 50

Proporção de crianças escolarizadas (7º ao 9º ano) alvo de intervenção curricular -

Prevenção do tabagismo Escolas 25

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 56

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano Local de Saúde é um documento estratégico e um instrumento de apoio à Gestão,

que permitirá aos decisores fazer as melhores escolhas e continuar a ter ganhos em saúde.

Reforça-se a ideia de que o Plano Local de Saúde é da população e para a população. De

modo a obter mais ganhos em saúde, é necessário promover o compromisso da Saúde (interno e

externo), da Autarquia, da Educação, da Segurança Social, entre outros, na implementação do

Plano Local de Saúde.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 57

DEFINIÇÕES

Baixo peso ao nascer – considera-se como tendo baixo peso ao nascer o recém-nascido com peso

inferior a 2500 gramas.

Causa de morte – é a situação de doença (s), estado (s) mórbido (s) ou lesões que originaram a

morte ou que contribuíram para ela, ou a (s) circunstância (s) do acidente ou da violência que

produziu essas lesões.

Determinantes de saúde – podem ser definidos como fatores (biológicos, sociais, económicos,

culturais e ambientais) que influenciam o estado de saúde de um indivíduo.

Doenças de notificação obrigatória – são doenças infeciosas ou transmissíveis, que pelas suas

características podem representar um perigo real ou potencial para a Saúde Pública. A Lei nº 2036

de 9 de agosto de 1949, refere que “todo o médico do serviço público ou privado que diagnosticou

ou suspeitou de um caso, deve notificar ou declarar à autoridade de saúde do concelho de

residência do doente num prazo legal de 48 horas”. A lista atual, que define as DDO foi publicada

em Diário da República, na Portaria nº 1071/98 de 31 de dezembro, e foi completada com a

Portaria nº 258/2005 de 16 de março.

Doenças profissionais – doenças que resultam diretamente das condições de trabalho que

constam da Lista de Doenças Profissionais (publicada através do Decreto Regulamentar n.º

76/2007, de 17 de Julho) ou lesões corporais, perturbações funcionais ou doenças que apesar de

não estarem incluídas na Lista referida sejam consequência necessária e direta da atividade

profissional e não representem um desgaste normal do organismo.

Esperança de vida à nascença – define-se como o número médio de anos que uma pessoa à

nascença pode esperar viver, se as taxas de mortalidade por idade observadas no momento se

mantiverem, é um indicador sociodemográfico importante para aferir a qualidade de vida de uma

população.

Índice sintético de fecundidade – número médio de nados-vivos por mulher em idade fértil, isto é,

com idade compreendida entre os 15 e os 49 anos de idade. O seu cálculo é realizado através do

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 58

somatório das taxas de fecundidade por idades, entre os 15 e os 49 anos, observado num

determinado período de tempo, geralmente um ano civil.

Índice de dependência de idosos – define-se como o quociente entre o número de pessoas com

idade igual ou superior a 65 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e

os 64 anos.

Índice dependência de jovens – define-se como quociente entre o número de pessoas com idades

compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os

15 e os 64 anos.

Índice de envelhecimento – define-se como o quociente entre o número de pessoas com idade

igual ou superior a 65 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14

anos.

Índice de dependência total – define-se como o quociente entre o somatório de pessoas com

idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e as pessoas com idades igual ou superior a 65 anos,

e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos.

Morbilidade – Qualquer desvio, subjetivo ou objetivo de um bem estar físico ou psicológico.

Nascimento (produto de fecundação) – é a expulsão ou extração completa do corpo materno de

um produto de fecundação, com uma determinada idade de gestação. Implica a existência de dois

indivíduos em idade de procriar, um do sexo masculino e outro do sexo feminino. O nascimento

ocorrido até ao final da 36ª semana de gestação designa-se "nascimento de pré-termo", e o

ocorrido a partir da 42ª semana completa de gestação designa-se "nascimento de pós-termo"; se

ocorrer entre a 37ª e a 41ª semana completas de gestação designa-se "nascimento de termo" .

Nascimento vivo (nado-vivo) – é a expulsão ou extração completa do corpo materno,

independentemente do tempo de gravidez, de um produto da fecundação que respira ou manifesta

quaisquer outros sinais de vida, como batimentos cardíacos, pulsações do cordão umbilical ou

contração efetiva de qualquer músculo sujeito à ação da vontade, quer o cordão umbilical tenha

sido cortado ou não e quer a placenta esteja ou não retida.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 59

Óbito – é a cessação irreversível das funções do tronco cerebral − Artigo 2º da Lei nº 141/99, de 28

de agosto. Também pode ser definido como o desaparecimento permanente de qualquer sinal de

vida em qualquer momento após o nascimento com vida.

Óbito fetal – é a morte de um produto da fecundação antes da expulsão ou extração completa do

corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez; depois da separação materna o feto

não respira nem manifesta quaisquer sinais de vida, como batimentos cardíacos, pulsações do

cordão umbilical ou contrações de qualquer músculo sujeito à ação da vontade. O óbito ocorrido

até ao final da 21ª semana de gestação (período fetal precoce) designa-se "óbito fetal precoce", e o

ocorrido a partir da 28ª semana (período fetal tardio) designa-se "óbito fetal tardio"; se ocorrer

entre a 22ª e a 27ª semana completa de gestação (período fetal intermédio) designa-se "óbito fetal

intermédio".

Parto pré-termo – o parto antes de termo é o que começa antes da 37.ª semana de gravidez.

Peso à nascença – é a primeira medição de peso do nado-vivo obtida após o nascimento. Deve ser

efetuada durante a primeira hora de vida e expressa em gramas.

Saldo fisiológico – é a diferença entre a natalidade (número de nados vivos) e a mortalidade

(número de óbitos) num dado período de tempo.

Saldo migratório – diferença entre a imigração e a emigração numa determinada região durante

um ano.

Taxa bruta de mortalidade – também designada por taxa geral de mortalidade, corresponde ao

número de óbitos ocorridos numa determinada região, para um determinado período de tempo,

geralmente um ano civil, relativamente à população dessa região calculada para o meio do período

considerado. Habitualmente é expressa por 1.000 habitantes.

Taxa bruta de natalidade – também designada taxa geral de natalidade, corresponde ao número

de nados-vivos numa determinada região, para um determinado período de tempo, geralmente um

ano civil, relativamente à população dessa região para o meio do período considerado.

Habitualmente é expressa por 1.000 habitantes.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 60

Taxa de mortalidade fetal tardia – corresponde ao número de fetos mortos com 28 ou mais

semanas, ocorridos num determinado período de tempo, geralmente um ano civil, relativamente

ao total de nados-vivos e de fetos-mortos com 28 ou mais semanas do mesmo período. Geralmente

é expressa por 1.000 nados-vivos e fetos-mortos de 28 ou mais semanas.

Taxa de mortalidade infantil – corresponde ao número de óbitos em crianças com menos de 1 ano

de idade, ocorridos num determinado período de tempo (geralmente um ano civil), relativamente

ao total de nados-vivos no mesmo período. Geralmente é expressa por 1.000 nados-vivos. É um

indicador do estado de saúde global de toda uma população, refletindo a relação entre causas de

mortalidade infantil e determinantes da saúde da população, tais como aspetos económicos, sociais

e ambientais.

Taxa de mortalidade neonatal – corresponde ao número de óbitos em crianças com menos de 28

dias de idade, ocorridos num determinado período de tempo, geralmente um ano civil,

relativamente ao total de nados-vivos no mesmo período. Habitualmente é expressa por 1.000

nados-vivos .

Taxa de mortalidade neonatal precoce – corresponde ao número de óbitos em crianças com

menos de 7 dias de idade ocorridos num determinado período de tempo, relativamente ao total de

nados-vivos no mesmo período (geralmente um ano civil). Habitualmente é expressa por 1.000

nados-vivos.

Taxa de mortalidade pós-neonatal – corresponde ao número de óbitos em crianças com idades

compreendidas entre os 28 e os 364 dias, ocorridos num determinado período de tempo,

geralmente um ano civil, relativamente ao total de nados vivos no mesmo período. Habitualmente

é expressa por 1.000 nados vivos.

Taxa de mortalidade perinatal – corresponde (número de fetos mortos de 28 ou mais semanas de

gestação e o número de óbitos de nados vivos com menos de 7 dias de idade/ número de nados

vivos e fetos mortos de 28 ou mais semanas, numa determinada área geográfica e num

determinado período de tempo) X 1000.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 61

Taxa de mortalidade prematura – quociente entre os óbitos de indivíduos com idade

compreendida entre os 0 e os 64 anos e a população média residente do mesmo grupo etário.

Habitualmente é expressa por 1.000 indivíduos.

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 62

BIBLIOGRAFIA

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Plano Local de Saúde 2014-2016 (extensão a 2020) 63

Instituto Nacional de Estatística (INE). Portal do instituto nacional de estatística: dados

estatísticos; base de dados. [Acesso em Setembro de 2018]. Disponível em:

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_base_dados&contexto=bd&selTab=tab2

Merck Sharp and Dohme. Manual Merck: edição de saúde para a família – parto pré-termo

[online]. [Acesso em fevereiro de 2016]. Disponível em: http://www.manuaismsd.pt/?id=275&cn

=2028

Pineault R, Daveluy C. Laplanificacionsanitaria: conceptos, métodos, estrategias. 1.ª ed.

Barcelona: Masson, S.A.; 1987.

Portal de Saúde Pública. Análise demográfica e sanitária: alguns indicadores e conceitos

elementares [online]. [Acesso em fevereiro de 2016]. Disponível em:

http://www.saudepublica.web.pt/02-Epidemiologia/021-Demografia/Demografia_conceitos.htm

Serrano, P. Redação e Apresentação de Trabalhos Científicos: fundamentos, técnicas e noções

práticas sobre como estruturar, escrever e apresentar trabalhos científicos e técnicos. 2.ª ed.

Lisboa: Relógio D’Água Editores; 2004.

SIARS – Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde. Análise de alguns

indicadores dos cuidados de saúde do ACeS Cávado I Braga. (Dados extraídos em Novembro de

2018)

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ANEX

OS

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Instituto Nacional de Estatística (INE). Portal do instituto nacional de estatística: dados

estatísticos; base de dados. [Acesso em Setembro de 2018]. Disponível em:

http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_base_dados&contexto=bd&selTab=tab2

Merck Sharp and Dohme. Manual Merck: edição de saúde para a família – parto pré-termo

[online]. [Acesso em fevereiro de 2016]. Disponível em: http://www.manuaismsd.pt/?id=275&cn

=2028

Pineault R, Daveluy C. Laplanificacionsanitaria: conceptos, métodos, estrategias. 1.ª ed.

Barcelona: Masson, S.A.; 1987.

Portal de Saúde Pública. Análise demográfica e sanitária: alguns indicadores e conceitos

elementares [online]. [Acesso em fevereiro de 2016]. Disponível em:

http://www.saudepublica.web.pt/02-Epidemiologia/021-Demografia/Demografia_conceitos.htm

Serrano, P. Redação e Apresentação de Trabalhos Científicos: fundamentos, técnicas e noções

práticas sobre como estruturar, escrever e apresentar trabalhos científicos e técnicos. 2.ª ed.

Lisboa: Relógio D’Água Editores; 2004.

SIARS – Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde. Análise de alguns

indicadores dos cuidados de saúde do ACeS Cávado I Braga. (Dados extraídos em Novembro de

2018)

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ANEXOS

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ANEXO 1 – DETERMINANTES DE SAÚDE

CANCRO COLÓN E RETO

DETERMINANTES DA SAÚDE

Demográficos, Sociais e Económicos Idade Maior incidência a partir dos 50 anos.

Sexo Mais frequente em homens

Nível socio-económico Elevado: aumenta incidência

Biológicos ou Endógenos História pessoal: antecedentes de neoplasias Aumentam o risco:

-Adenoma colorretal, -Cancro de mama -Cancro genital

Genética/História Familiar de algumas doenças

Aumentam o risco: -Síndrome de Polipose Familiar -Cancro colo-rectal não associado a polipose -S. de Lynch

Doenças Aumentam o risco: -Colite Ulcerosa -Doença de Crohn -Ureterosigmoidostomía -Bacteriemia por Streptococus bovis (marcador de risco)

Estilos de vida Exercício Físico

Factor protector: 150m por semana /30 a 60 min por dia

Obesidade Aumenta o risco

Dieta Aumenta o risco: -dieta hipercalórica, pobre em fibra, frutos e vegetais -dieta rica em gorduras saturadas

Dieta Consumo de vegetais: factor protector

Tabagismo Aumenta o risco

Álcool

Aumenta risco

Sistema de cuidados de saúde Rastreios

Pesquisa de sangue oculto nas fezes

Programas Promoção Saúde

-Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE)

-Programa Escolas Livres de Tabaco (PELT)

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CANCRO DO PULMÃO DETERMINANTES DA SAÚDE

Demográficos, Sociais e Económicos Idade Pico de incidência entre os 55 e os 65 anos.

Sexo Mais comum em homens. Se apenas considerarmos os casos em não fumadores, esta neoplasia é mais comum em mulheres

Demográficos A grande variabilidade geográfica e temporal desta doença é atribuída ao uso (ou não) de filtros, às constituições e modificações diferenciais do tabaco

Biológicos ou Endógenos Genéticos A carga genética familiar ou individual é um importante

determinante do risco

Doença pulmonar benigna pré-existente

Está descrito que doentes com fibrose pulmonar difusa têm maior risco de desenvolver neoplasias pulmonares

Ambientais Tabaco É o principal factor de risco para o desenvolvimento de

cancro de pulmão. A exposição passiva também aumenta o risco

Outras exposições Asbesto, Arsénio, poluição atmosférica (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos, fruto da combustão de combustíveis fósseis), radiação ionizante (Rádon), Metais (níquel, Cobalto, cádmio e cromo), formaldeído

Estilos de vida Dieta Aumenta o risco o baixo consumo de fruta e vegetais

(deficiente aporte de Vitaminas e antioxidantes), baixos níveis de vitaminas A e E. O consumo de carotenos e Vitamina C, diminuem o risco de cancro do pulmão.

Sistema de cuidados de saúde Cuidados de saúde Consultas de cessação tabágica

Promoção Saúde Programa Escolas Livres de Tabaco (PELT)

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CANCRO DA MAMA DETERMINANTES DA SAÚDE

Demográficos, Sociais e Económicos

Idade Risco aumenta com a idade

Sexo Feminino (150:1)

Biológicos ou Endógenos

Idade da menarca Risco é tanto maior quanto mais precoce é a menarca (<12 anos)

Idade da menopausa Risco é tanto maior quanto mais tardia é a menopausa (>50 anos)

Idade na 1ª gestação de termo Risco é tanto menor quanto mais precoce é a idade na 1ª gestação

Nuliparidade Factor de risco

Duração do aleitamento materno Aleitamento materno prolongado diminui o risco

História pessoal de cancro da mama Factor de risco,: neoplasia na mama contralateral

História pessoal de cancro do endométrio Factor de risco

História familiar (1º grau) de cancro da mama

Aumenta o risco. Risco é ainda maior se há história em várias familiares de 1º grau, se os casos em familiares ocorreram antes da menopausa e se as neoplasias eram bilaterais.

Doença Fibroquística da mama

Risco aumentado para cancro da mama quando acompanhada de alterações proliferativas, papilomatose, ou hiperplasia epitelial atípica.

Densidade mamária aumentada na mamografia

Factor de risco

Mutações no gene BRCA1

85% das mulheres com mutações neste gene desenvolvem cancro da mama. Estão associadas com casos familiares de cancro da mama e/ou do ovário em mulheres jovens.

Outras mutações: gene BRCA2, p53 (incluindo o síndrome Li-Fraumeni), PTEN

Factores de risco

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Ambientais Anticonceptivos orais Pequeno ou nenhum aumento no risco

Terapêutica de substituição hormonal (TSH)

Controverso: terapêuticas combinadas (estrogénios e progesterona) parecem aumentar o risco, enquanto que aquelas que empregam apenas estrogénios não parecem aumentar significativamente a incidência, sobretudo se a exposição não for prolongada nem com doses muito elevadas. Em mulheres com história pessoal de cancro da mama, a TSH aumenta as taxas de recorrência.

Radioterapia torácica (ex.: múltiplas fluoroscopias [200-300 Gy] e RT para tratamento da doença de Hodgkin [>3600 Gy])

Aumenta significativamente o risco em mulheres expostas antes dos 30 anos de idade. Em mulheres expostas após os 30 anos, o efeito carcinogénico é mínimo.

Estilos de vida

Excesso de peso e obesidade Aumentam o risco em mulheres pós-menopáusicas.

Dieta rica em calorias

Aumenta o risco porque promove menarca mais proce, menopausa mais tardia e maiores concentrações de estrogénios pós-menopausa

Bebidas alcoólicas Ingestão, mesmo em quantidades moderadas, aumenta ligeiramente o risco.

Obesidade Aumenta ligeiramente o risco

Exercício Físico Factor protector: 4 horas por semana

Sistemas de cuidados de saúde Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas – Rastreio do Cancro da Mama

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CANCRO DO ESTÔMAGO DETERMINANTES DA SAÚDE

Demográficos, Sociais e Económicos

Sexo Mais frequente no sexo masculino (2:1)

Idade Quer o adenocarcinoma quer o linfoma são detectados mais frequentemente na 6ª década de vida

Classe socioeconómica Mais frequente nas classes baixas devido às deficientes condições de salubridade e higiene alimentar

Particularidades da gastronomia regional Região de produção e consumo frequente de alimentos fumados e salgados

Biológicos ou Endógenos

Infecção por Helicobacter pylori Factor de risco quer para adenocarcinomas quer para linfomas gástricos.

Nitritos carcinogénicos produzidos por bactérias

Aumentam o risco

Metaplasia intestinal das células gástricas secundária a acloridria

Causas de acloridria:

Exérese cirúrgica das células produtoras de ácido do antro pilórico (antrectomia), para controlo de úlceras pépticas refractárias – período de latência: 15-20 anos.

Gastrite atrófica (com ou sem anemia perniciosa) que se desenvolve mais frequentemente nos idosos.

Hipertrofia das pregas gástricas (doença de Ménétrier)

Factor de risco para adenocarcinoma.

Hipergastrinemia crónica

Aumentam o risco: - Anemia Perniciosa - Síndrome de Zollinger-Ellison (frequentemente integrado no síndrome MEN 1, em indivíduos com delecção 11q13)

Grupo sanguíneo Incidência de cancro do estômago é mais elevada em indivíduos com grupo A do que com grupo O.

Mutação no gene da cadeina E Transmissão autossómica dominante. Associada a elevada incidência de neoplasias gástricas ocultas em jovens assintomáticos

Translocação [t(11;18)] no linfoma MALT gástrico

Diminui resposta à terapêutica antimicrobiana contra a H. pylori.

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Estilos de vida

Dieta rica em alimentos salgados Em elevadas concentrações pode lesar a mucosa gástrica e torná-la mais susceptível à acção de carcinogénios químicos

Dieta rica em alimentos fumados Aumenta o risco

Dieta rica em carne vermelha e carne processada

Aumenta o risco para adenocarcinoma gástrico (excepto para o da região do cárdia)

Dieta rica em fibras Reduz o risco de adenocarcinoma gástrico

Excesso de peso e obesidade Aumenta o risco de adenocarcinoma gástrico afectando a região do cárdia.

Dieta rica em frutas e vegetais Diminui o risco

Sistemas de cuidados de saúde

Cuidados de saúde Antibioterapia para erradicação da H. pylori Conduz à regressão de 75% dos casos de linfoma MALT

Programas Promoção de Saúde Programa Alimentação Saudável em Saúde Promoção

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DOENÇAS CEREBROVASCULARES DETERMINANTES DA SAÚDE

Demográficos, Sociais e Económicos Idade Factor de risco. O risco de Acidente Vascular

Cerebral (AVC) duplica a cada década que passa após os 55 anos de idade

Sexo Pouco frequentes nas mulheres antes da menopausa.

Baixo status sócio económico Factor de risco

Biológicos ou Endógenos Tensão arterial elevada Considerado o factor de risco mais

importante de AVC

Dislipidemia (Hipercolesterolemia) Representa risco aumentado para a ocorrência de AVC isquémico

Fibrilhação auricular Aumenta o risco de AVC

Enfarte Agudo do Miocardio Aumenta o risco de AVC

Estilos de vida Stress

Aumenta o risco de AVC.

Isolamento social Aumenta o risco de AVC

Tabagismo Aumenta o risco. O fumo passivo constituiu um risco adicional.

Sedentarismo Factor de risco

Dieta

-Dietas pobres em frutas e vegetais: Estima-se que sejam responsáveis por cerca de 11% dos AVC

Sistema de cuidados de saúde Cuidados de saúde Programa Nacional de Prevenção e Controlo

das Doenças Cardiovasculares Via Verde AVC e Via Verde Coronária

Programa Promoção da Saúde Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE) Programa de Escolas Livres de Tabaco (PELT)

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DOENÇA ISQUÉMICA CARDÍACA DETERMINANTES DA SAÚDE

Demográficos, Sociais e Económicos Sexo Mais frequente no sexo masculino

Nível socio-económico baixa Factor de risco

Biológicos ou Endógenos História familiar/ Genética Factor de risco

Hipercoagulabilidade Factor de risco

Estilos de vida Sedentarismo Factor de risco

Exercício Físico Factor protector: 150 h por semana /30 a 60 minutos por dia

HTA Factor risco

Dislipidemia Hipercolesterolemia: factor de risco. Hipertrigliceridémia: factor de risco menos importante

Diabetes Mellitus Factor de risco

Tabagismo Factor de risco

Obesidade Factor de risco

Dieta

Factor de risco - Ingestão de sal (máx. de 6g/dia por adulto) -Ácidos gordos trans

Álcool -Consumo excessivo de álcool: factor de risco -Consumo moderado: factor protector.

Stress Factor de risco

Sistema de cuidados de saúde Cuidados de saúde Programa Nacional de Diabetes

Plataforma contra a obesidade Plataforma “Tabaco – respire bem!”

Programas Prevenção da saúde Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE) Programa Escolas Livres de Tabaco (PELT)

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ANEXO 2 – RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE

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