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Plano Estratégicode Desenvolvimento Local

Praia da Vitória 2020

2015

Município da Praia da Vitória

Município da Praia da VitóriaGabinete de Desenvolvimento Económico

Setembro de 2015

“Visão: Instituir Estratégias e Ações, integradas e consolida-das, que valorizem os recursos locais, salvaguardem a identidade praiense, consolidem a coesão social e territorial do Concelho e, como objetivos cimeiros, gerem riqueza, emprego sustentável e qualidade de vida”.

Plano Estratégico de Desenvolvimento Local Praia da Vitória 2020

Introdução

Processo de Construção

Visão/Ambição

Praia da Vitória - caracterização e diagnóstico Caracterização sócioeconómica População Educação Evolução do PIB da RAA Mercado de Trabalho Estrutura Produtiva Volume de Negócios Comércio Externo Turismo Ambiente Transportes Impacto económico do “downsizing” na Base das Lajes

Análise SWOT Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças Análise de confrontação

Praia da Vitória 2020 Áreas de Ação Setores Estratégicos Organograma Operacional Planos de Ação

Conclusão

ÍNDICE

06

08

10

12141415161617191920202225

293033353739

4245464749

71


Município da Praia da Vitória 05


É de Séneca, o famoso intelectual romano, a afirmação de que “para quem navega sem rumo, todos os ven-tos são desfavoráveis”. Para os agentes políticos, a expressão ganha redobrado significado. Ao exercício político exige-se a afirmação de um sentido.

Esse sentido que se requer da ação política confere, por um lado, no plano concelhio, transparência à ativi-dade autárquica e, por outro lado, dá mais capacidade aos cidadãos de avaliar a qualidade das políticas públicas municipais.

A situação económica transversal a todo o território português exige a adoção de novas estratégias de desenvolvimento, assentes na potenciação do capital humano e, particularmente, na promoção e dinamização de medidas que tenham por objetivo último a criação de emprego sustentável, enquadradas em dois vetores: o aproveitamento das potencialidades locais e a abertura de novos canais e fluxos económicos, direcionados, particularmente, para mercados externos.

A par desta visão, a urgência de medidas que possibilitem a mitigação dos impactos originados pela redução do efetivo militar norte-americano na Base das Lajes (um dos principais motores económicos do Concelho), reforça a necessidade de uma renovada e atualizada estratégia de ação. Uma estratégia baseada nas infraestru-turas e dinâmicas alcançadas até aqui, mas renovada e atualizada perante os desafios presentes.

O plano estratégico que agora se apresenta pretende constituir o suporte teórico do conjunto de instrumen-tos de gestão territorial que venham a ser criados ou alterados.

Na elaboração deste documento procurou o executivo municipal seguir um conjunto de orientações bási-cas que emprestassem ao plano a máxima utilidade. Vale a pena fazer o elenco desse conjunto de orientações.

Em primeiro lugar, procurou-se que o plano tenha um horizonte temporal de aplicação que lhe dê carac-terísticas de uma ferramenta de trabalho duradoura. É muito importante a estabilidade e a previsibilidade das políticas públicas e pretende-se que este plano contribua para esse desiderato. O horizonte longo para que o plano é gizado implica também que, na sua conceção, não sejam afastados alguns dos grandes projetos que hoje se podem afigurar de concretização mais complexa.

Em segundo lugar, está presente a preocupação de que o plano transcenda as fronteiras da circunstância

INTRODUÇÃO


“(...) aspiramos a um Concelho próspero, saudável, sustentável, amigo dos seus residentes, dos visitantes, dos investidores. O sítio mágico no centro do Atlântico. O lugar do encontro. De um encon-tro que tem menos saudade de um passado que não volta e mais vontade de um futuro a construir”.


política. Um rumo pensado a cinco anos compromete os atores atuais mas também os vindouros, independen-temente das suas perspetivas, com vista à valorização da nossa terra.

Em terceiro lugar, o presente documento quer-se adaptável e flexível. A história corre hoje muito rapida-mente. A ciência e a tecnologia, a dinâmica demográfica, os novos negócios e as dinâmicas sociais correm hoje a velocidades nunca vistas. Planear a cinco anos é sempre um exercício de risco. É por isso que não vemos o plano ora apresentado como um trabalho fechado, insensível aos sinais que os tempos forem dando. Ele ficará aberto a revisões futuras, sempre capaz de integrar o que de melhor for resultando dos esforços e das inter-venções de todos os agentes interessados. Sem perder os seus elementos nucleares – centrados no equilíbrio entre a eficiência económica, a preservação ambiental, a justiça social e a liberdade individual – o plano não se fecha em si mesmo como um elenco de verdades acabadas insuscetíveis de alteração e melhoramento.

Com este documento aspiramos a um concelho próspero, saudável, sustentável, amigo dos seus residentes, dos visitantes, dos investidores. O sítio mágico no centro do Atlântico. O lugar do encontro. De um encontro que tem menos saudade de um passado que não volta e mais vontade de um futuro a construir.

No seu alicerce, este Plano espelha uma Visão: instituir estratégias e ações, integradas e consolidadas, que valorizem os recursos locais, salvaguardem a identidade praiense, consolidem a coesão social e territorial do Concelho e, como objetivos cimeiros, gerem riqueza, emprego sustentável e qualidade de vida.


PROCESSO DE CONSTRUÇÃO


“(...) este Plano resulta da análise, reflexão e contributos de um conjunto alargado de Entidades, com o intuito maior de garantir uma estratégia de ação concreta, eficaz, consensual e abrangente”.

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Local da Praia da Vitória é um documento de gestão orientado para definir as principais prioridades do município para os próximos 5 anos. Trata-se, portanto, de um docu-mento escrito que especifica o rumo de ação que a Câmara Municipal da Praia da Vitória seguirá no futuro.

O planeamento estratégico visa assim definir e realizar um projeto de cidade/concelho, reforçando a com-petitividade e melhorando a qualidade de vida de todos os cidadãos do concelho da Praia da Vitória. Para tal, este processo deverá unificar visões, coordenar a atuação pública e privada e estabelecer um quadro coerente de mobilização e cooperação dos atores com relevância no território.

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Local foi elaborado na ótica de conferir estabilidade de longo prazo e coerência às políticas públicas.

A aplicação das metodologias do planeamento estratégico às políticas de desenvolvimento territorial, tem sido apontada desde há algum tempo, como uma solução pragmática e funcional na resposta aos contínuos desafios com que as comunidades se deparam. No caso do Concelho da Praia da Vitória, a opção passou por analisar o que deveria ser o desenvolvimento socioeconómico do concelho nas próximas décadas, assumindo como base que este deveria assentar numa filosofia de território sustentável, apresentando como alavanca de desenvolvimento, tal como foi referido, um plano estratégico para o território concelhio que tem por objetivos macro a criação de emprego sustentável e a dinamização económica.

Partindo de um diagnóstico da situação atual de referência e estabelecendo metas a alcançar nas vertentes da proteção do ambiente, desenvolvimento socioeconómico e coesão social, a abordagem seguiu uma lógica de visão estratégica complementar, procurando definir um projeto de desenvolvimento sustentado para o ter-ritório da Praia da Vitória.

Tendo como princípios orientadores a coesão territorial e a justiça social, tiveram-se em conta os atores individuais; os jovens e os idosos; os estudantes e os ativos; os empresários e os profissionais de múltiplas áreas; tiveram-se ainda em consideração as instituições e as empresas; os residentes de permanência mais ou menos contínua mas também os turistas, os que se movimentam e todos aqueles que, de algum modo, têm territori-alidades que envolvem a Praia da Vitória, como os proprietários de residências secundárias, atores que seria importante vincular e associar aos destinos da cidade e do município.


Na elaboração deste documento de trabalho, tiveram-se em consideração estudos de caso idênticos, centros urbanos e espaços municipais, à escala nacional e internacional, semelhantes e com trajetórias próximas. Es-tabeleceram-se comparações, consultaram-se outros planos estratégicos, confrontaram-se as ideias da equipa com trabalhos já efetuados.

Neste trabalho, a Praia da Vitória não é focada, em termos absolutos, como se se tratasse de um ponto isola-do no espaço. Pelo contrário, tudo se construiu e analisou tendo em conta os desafios que se preveem em con-textos geográficos mais alargados: a ilha Terceira, a Região Autónoma dos Açores, Portugal e a União Europeia.

Tiveram-se em consideração as relações de continuidade geográfica, os territórios de vizinhança e con-tiguidade espacial, mas também aqueles que se constroem com interações espaciais descontínuas ou definidas por outras escalas. As dinâmicas gerais do território açoriano e português mas também o que se espera da Europa foram aqui fatores importantes de decisão.

Tratando-se de um Plano com implicações plurianuais, a vigorar num horizonte de 5/10 anos e impulsio-nador de medidas e ações que aproveitam o percurso efetuado na última década, se atualizam perante os desa-fios presentes e, a médio e longo prazos, comportam ações futuras complementares e/ou adjuvantes, torna-se essencial o envolvimento dos vários setores ativos no Concelho, da economia ao associativismo, numa reflexão conjunta e integrada, capaz de gerar consensos e partilhar necessidades atuais e soluções futuras.

Nesse sentido, este Plano resulta da análise, reflexão e contributos de um conjunto alargado de Entidades (em anexo), com o intuito maior de garantir uma estratégia de ação concreta, eficaz, consensual e abrangente.

Esse trabalho iniciou-se, em 2013, com o Ciclo de Debates “Praia da Vitória 2013-2020”, onde diversas per-sonalidades apresentaram, para discussão, as suas visões sobre vários setores do Concelho.

De então para cá, várias ações e reflexões setoriais preconizadas pelo Município e outros agentes concelhios, intensificadas pelo processo de redução da presença militar norte-americana na Base das Lajes, contribuíram para a validação e renovação da visão e desafios presentes para o Concelho, desembocando no presente Plano.

O ponto de partida para a definição do Plano Estratégico foi a definição de uma visão geral fundamentada para o concelho. Da Visão, tendo em consideração os quatro vetores para a sustentabilidade, emanaram os Objetivos ou Eixos Estratégicos principais para cada tema analisado e considerado prioritário. Os eixos estratégicos foram desmontados em diversas ações por forma a concretizar na prática e a médio prazo os referidos objetivos.

De forma a ser efetuada uma análise comparativa foram recolhidos dados estatísticos do Pordata, do Serviço Regional de Estatística dos Açores e do Instituto Nacional de Estatística.



VISÃO/AMBIÇÃO


“Visão: Instituir Estratégias e Ações, integradas e consolida-das, que valorizem os recursos locais, salvaguardem a identidade praiense, consolidem a coesão social e territorial do Concelho e, como objetivos cimeiros, gerem riqueza, emprego sustentável e qualidade de vida”.

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Local Praia da Vitória 2020 encerra, na sua essência, a convicção de que os desafios presentes para o Concelho exigem uma estratégia renovada, assente em três pilares: Econo-mia, Recursos Locais e Comunidade.

Tal tríade reúne os “macro setores” onde, através de políticas e ações consolidadas, integradas e agregado-ras, será possível, por um lado, aproveitar o processo de desenvolvimento ocorrido na última década e, por outro, atualizar medidas e/ou introduzir na estratégia municipal novas ações conducentes à concretização da visão subjacente a este Plano:

Tal Visão decorre na análise aprofundada do momento atual do Concelho (desenvolvida nas páginas se-guintes) e dos desafios que se levantam, e que aqui se antecipam: Dinamizar e apoiar as Empresas e o Comér-cio Locais; Aumentar as oportunidades de Emprego no Concelho; Mitigar o impacto da redução da presença militar dos EUA na Base das Lajes; Rentabilizar e potenciar Infraestruturas locais; Atrair Investimento; Salvaguardar e rentabilizar os Recursos Ambientais; Consolidar a coesão social e territorial; Salvaguardar e rentabilizar o Património Cultural; Atualizar os Serviços orientados para o Cidadão.

Da conjugação dos Desafios que se colocam à Praia da Vitória e da Visão tida para o seu desenvolvimento a médio e longo prazos resultam os quatro Eixos de Ação preconizados neste documento enquadrador das políticas municipais tendo como horizonte 2020, e que também aqui se antecipam, estando os mesmos desen-volvidos adiante:

Competitividade da Economia Local Ambiente e Eficiência de Recursos Coesão Social e Territorial Património Cultural


Instituir Estratégias e Ações, integradas e consolidadas, que valorizem os recursos locais, sal-vaguardem a identidade praiense, consolidem a coesão social e territorial do Concelho e, como obje-tivos cimeiros, gerem riqueza, emprego sustentável e qualidade de vida.


DIAGNÓSTICO



PRAIA DA VITÓRIA . Caracterização/Diagnóstico

“A Praia da Vitória, situada no nordeste da ilha Terceira, (...) ocupa uma área de cerca de 161,3 km2, é delimitada a sul e a oeste pelo concelho de Angra do Heroísmo e a norte e este pelo oceano Atlântico.”

Praia da Vitória

A Praia da Vitória, situada no nordeste da ilha Terceira, no grupo central do arquipélago dos Açores, ocupa uma área de cerca de 161,3 km2, é delimitada a sul e a oeste pelo concelho de Angra do Heroísmo e a norte e este pelo oceano Atlântico.

O concelho é composto por onze freguesias – Biscoitos, Quatro Ribeiras, Agualva, Vila Nova, Lajes, São Brás, Fontinhas, Santa Cruz, Cabo da Praia, Fonte do Bastardo e Porto Martins.

O concelho apresenta uma linha de costa consideravelmente acentuada, onde predominam as arribas e as zonas de calhau, no entanto, a baía da Praia da Vitória abriga um extenso areal, o único da ilha e o mais extenso do arquipélago dos Açores.

O concelho é também marcado pela planície do Ramo Grande, situada entre a Serra do Cume e a Serra de Santiago, que no passado constitui-se como o celeiro da ilha e é hoje ocupada, em grande parte, pelo aeroporto das Lajes, construído na segunda metade do século XX.

É também possível encontrar o porto oceânico da Praia da Vitória, com características geomorfológicas únicas e porta de entrada marítima principal da ilha.

A paisagem natural do concelho encontra-se quase totalmente explorada pelo Homem, seja pela agricul-tura, pela pecuária. A área florestal está ocupada por várias espécies, destacando-se a criptoméria, o eucalipto, a acácia e o pinheiro. Nas reservas naturais do Pico Alto e do Biscoito da Ferraria, encontram-se preservados restos da flora endémica da ilha, como o cedro-do-mato, a urze, o pau-branco e o folhado.

É possível destacar, ainda, as zonas húmidas situadas na orla costeira da Praia da Vitória, nomeadamente o Paúl da Praia da Vitória, o Paúl do Belo Jardim e o Paúl da Pedreira do Cabo da Praia, ecossistemas que pos-suem uma elevada resiliência e servem de refúgio a aves migradoras.

Caracterização Territorial

A Ilha Terceira

A ilha Terceira possui uma superfície total de 403 km2, uma extensão da orla costeira de 125 km, largura de 19 km e comprimento de 30 km. Apresenta como ponto culminante a Serra de Santa Bárbara com uma altitude de 1.020 metros.

A ilha é atravessada pelo rifte da Terceira, uma estrutura geológica associada à junção tripla entre as placas tectónicas euroasiática, africana e americana.

A organização administrativa do território é composta por dois concelhos, Angra de Heroísmo e Praia da Vitoria, que contam com 30 freguesias (19 em Angra do Heroísmo e 11 na Praia da Vitoria).

A geomorfologia da ilha faz com que ela apresente paisagens muito variadas e de grande beleza, que se repartem entre planícies como a da Achada e a do Ramo Grande, e serras como a de Santa Bárbara e a do Cume. Destacam-se ainda alguns acidentes naturais como a Caldeira Guilherme Moniz, uma das maiores da ilha, a chamada Lagoa das Patas, que junto com “Os Viveiros” formam um conjunto harmonioso, e a Chã das Lagoinhas, na reserva geológica do Algar do Carvão. Destaca-se ainda o Complexo desmantelado da Serra do Cume, na zona Este, de onde se avistam a Praia da Vitória e as Lajes. A zona ocidental da ilha está coberta por vegetação exuberante. Na costa norte, pode-se observar a ponta dos “mistérios” e a zona balnear dos Biscoitos, com vestígios de erupções vulcânicas. No interior é de assinalar o Algar do Carvão e as Furnas do Enxofre.

Associado ao território, a Terceira partilha as águas da zona económica exclusiva dos Açores que totalizam uma região de quase um milhão de km2. Esta área poderá vir a ser aumentada segundo os estudos de extensão da plataforma continental levados a cabo pela Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar para avaliação pela ONU.

Região Autónoma dos Açores

Os Açores, oficialmente designados por Região Autónoma dos Açores (RAA), são um arquipélago trans-continental e um território autónomo da República Portuguesa, situado no Atlântico nordeste entre os 36º e os 43º de latitude Norte, e os 25º e os 31º de longitude Oeste. Situam-se a cerca de 2000 Km a Oeste de Portu-gal Continental, e a cerca de 1200 Km a sudoeste do arquipélago da Madeira. Dotado de autonomia política e administrativa consubstanciada no Estatuto Político Administrativo da RAA, os Açores integram a União Europeia (UE) com o estatuto de região ultraperiférica do território da UE, conforme estabelecido no artigo 299.º - 2 do Tratado da União Europeia.

O Arquipélago dos Açores é composto por 9 ilhas habitadas, por sua vez distribuídas por 3 grupos, sendo eles, os grupos Ocidental, Central e Oriental. Esta região encontra-se também organizada em 19 concelhos e 156 freguesias. A população ronda os 244.000 habitantes, com um clima temperado marítimo, com tempera-turas médias de 13ºC no Inverno e 24ºC no Verão, e humidade relativa de cerca de 75%.

A superfície total da RAA é de 2.332 Km2 e distribui-se de forma desigual pelas 9 ilhas. S. Miguel é a ilha que ocupa maior superfície, seguindo-se a ilha do Pico e a da Terceira.





“O crescimento populacional verificado no concelho da Praia da Vitória, em termos percentuais, foi superior à média nacional”

População

O concelho da Praia da Vitória apresentou um crescimento populacional de 6,52%, desde 2001 até 2014, conforme se pode constatar pela tabela abaixo apresentada.

Caracterização Sócioeconómica

O crescimento populacional verificado no concelho da Praia da Vitória, em termos percentuais, foi supe-rior à média nacional que se situou nos 0,37% e até mesmo em relação ao crescimento verificado na Região Autónoma dos Açores que se situou nos 2,04%. No concelho vizinho, de Angra do Heroísmo, verificou-se um decréscimo populacional de 1,96%.

O concelho da Praia da Vitória tem 38,23% da população da ilha Terceira e 8,75% do total da população da Região Autónoma dos Açores.

Plano Estratégico de Desenvolvimento Local Praia 2020


Caracterização Socioeconómica O concelho da Praia da Vitória apresentou um crescimento populacional de 6,52%, desde 2001 até 2014, conforme se pode constatar pela tabela abaixo apresentada.

População/Anos 2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Praia da Vitória 20.281 21.009 21.033 21.157 21.360 21.532 21.604

Angra do Heroísmo 35.596 35.610 35.489 35.359 35.250 35.109 34.900

Terceira 55.877 56.619 56.522 56.515 56.610 56.641 56.504 Açores 241.966 246.785 246.829 246.976 247.372 247.495 246.897

Portugal 10.362.722 10.568.247 10.573.100 10.557.560 10.514.844 10.457.295 10.401.062 Tabela 1 - População Residente nos Concelhos da Praia da Vitória e Angra do Heroísmo,

na Ilha Terceira, na Região Autónoma dos Açores e em Portugal

O crescimento populacional verificado no concelho da Praia da Vitória, em termos percentuais, foi superior à média nacional que se situou nos 0,37% e até mesmo em relação ao crescimento verificado na Região Autónoma dos Açores que se situou nos 2,04%. No concelho vizinho, de Angra do Heroísmo, verificou-se um decréscimo populacional de 1,96%.


É também de todo o interesse saber a composição da população no concelho da Praia da Vitória pelo sexo dos indivíduos, assim, pelo gráfico abaixo apresentado, constata-se que 50,68% da população é do sexo feminino, traduzido em 10 949 indivíduos.

Ilustração 1 - Evolução da População no Concelho da Praia da Vitória por Sexo

É também de todo o interesse saber a composição da população no concelho da Praia da Vitória pelo sexo dos indivíduos, assim, pelo gráfico abaixo apresentado, constata-se que 50,68% da população é do sexo femi-nino, traduzido em 10 949 indivíduos.



Considerando o universo populacional de 21 604 do concelho da Praia da Vitória, convém saber de que forma o mesmo se encontra dividido em termos de estrutura etária.

É, pois, possível constatar que 71,41% da população se encontra entre os 15 e os 64 anos, o que representa a maior parte da população, sendo que 15,30% têm menos de 15 anos e os restantes 13,29% têm mais de 65.



Caracterização Socioeconómica O concelho da Praia da Vitória apresentou um crescimento populacional de 6,52%, desde 2001 até 2014, conforme se pode constatar pela tabela abaixo apresentada.

População/Anos 2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Praia da Vitória 20.281 21.009 21.033 21.157 21.360 21.532 21.604

Angra do Heroísmo 35.596 35.610 35.489 35.359 35.250 35.109 34.900

Terceira 55.877 56.619 56.522 56.515 56.610 56.641 56.504 Açores 241.966 246.785 246.829 246.976 247.372 247.495 246.897

Portugal 10.362.722 10.568.247 10.573.100 10.557.560 10.514.844 10.457.295 10.401.062 Tabela 1 - População Residente nos Concelhos da Praia da Vitória e Angra do Heroísmo,

na Ilha Terceira, na Região Autónoma dos Açores e em Portugal

O crescimento populacional verificado no concelho da Praia da Vitória, em termos percentuais, foi superior à média nacional que se situou nos 0,37% e até mesmo em relação ao crescimento verificado na Região Autónoma dos Açores que se situou nos 2,04%. No concelho vizinho, de Angra do Heroísmo, verificou-se um decréscimo populacional de 1,96%.


É também de todo o interesse saber a composição da população no concelho da Praia da Vitória pelo sexo dos indivíduos, assim, pelo gráfico abaixo apresentado, constata-se que 50,68% da população é do sexo feminino, traduzido em 10 949 indivíduos.

Ilustração 1 - Evolução da População no Concelho da Praia da Vitória por Sexo Plano Estratégico de Desenvolvimento Local Praia 2020



Estrutura Etária 0-14 15-64 65+ % População 15,30% 71,41% 13,29%

Tabela 2 - Estrutura Etária da População Residente no Concelho da Praia da Vitória


Educação Nível de Escolaridade %

Sem Nível de Escolaridade 10,60%

Básico - 1º Ciclo 33,50% Básico - 2º Ciclo 16,10% Básico - 3º Ciclo 18,90%

Secundário 12,80% Médio 0,80%

Superior 7,30% Tabela 3 - Nível de Escolaridade no Concelho da Praia da Vitória, com Referência a 2011

A tabela acima apresentada permite aferir que 39,80% da população têm um grau formação de 3º ciclo ou superior, isto é, têm, pelo menos, o 9º ano do ensino básico, valor este superior ao verificado em 2001, ano em que atingiu os 26,5%. A população sem nível de instrução é de 10,6%, um percentual claramente inferior ao verificado em 2001, em que atingiu os 18,9%. Significa, isto, que a população do concelho está mais qualificada.

Evolução do PIB na RAA O PIB, sendo um indicador consistente acerca da economia da Terceira, é possível estimá-lo em 824 milhões de euros para 2014. Esta estimativa baseia-se nos pressupostos de que a distribuição do PIB açoriano por cada uma das 9 ilhas se mantém igual a 2009, último ano em que foram publicados dados oficiais para os Açores, e que o crescimento económico do arquipélago em 2014 foi igual ao total nacional.

Tabela 4 - Evolução do PIB na Região Autónoma dos Açores e Ilhas















Educação


Evolução do PIB na RAA

O PIB, sendo um indicador consistente acerca da economia da Terceira, é possível estimá-lo em 824 mil-hões de euros para 2014. Esta estimativa baseia-se nos pressupostos de que a distribuição do PIB açoriano por cada uma das 9 ilhas se mantém igual a 2009, último ano em que foram publicados dados oficiais para os Açores, e que o crescimento económico do arquipélago em 2014 foi igual ao total nacional.

















A informação disponível indicia que a Terceira está a perder peso económico na região desde o início dos anos 1980. O peso relativo do PIB da Ilha passou de 24,2% em 1980 para 21,9% em 2009, mantendo-se, no entanto, como a segunda economia da região.

Mercado de Trabalho



A informação disponível indicia que a Terceira está a perder peso económico na região desde o início dos anos 1980. O peso relativo do PIB da Ilha passou de 24,2% em 1980 para 21,9% em 2009, mantendo-se, no entanto, como a segunda economia da região.

Mercado de Trabalho Torna-se importante avaliar a evolução do emprego no concelho ao longo dos anos, quer pela perspetiva do valor médio anual da população desempregada inscrita nos centros de emprego, quer pela taxa de desemprego (face à população residente no concelho).

308,4364,3

456,3

571,2

876,2

1.008,00

0

200

400

600

800

1000

1200

2001 2009 2010 2011 2012 2013

Núm

ero

Anos

Praia da Vitória

Ilustração 2 - Evolução da população desempregada (média anual) da Praia da Vitória, inscrita nos Centros de Emprego

Em termos absolutos constata-se que, em 2013, a média de desempregados no concelho rondava os 1.008 indivíduos. Como seria expetável, e tendo em conta a situação económica vivenciada, verificou-se uma evolução no sentido ascendente do número de desempregados entre 2001 e 2013. Esta variação, em parte, explica-se, numa primeira fase, pelas reduções laborais no setor da Construção Civil e, numa segunda fase, pelo desemprego indireto provocado pelas alterações de permanência no 65th Air Base Wing.

2001 2009 2010 2011 2012 2013

Vila da Praia da Vitória 1,52 1,73 2,17 2,70 4,10 4,68

Numa outra variante, é possível perceber em termos percentuais a relação da população desempregada face à população residente na Praia da Vitória, entre 2001 e 2013.

A taxa de desemprego reflete a precariedade e a contenção financeira que as empresas são forçadas a realizar, com o intuito de reduzir custos, a classe trabalhadora é a primeira a sofrer os cortes.

Torna-se importante avaliar a evolução do emprego no concelho ao longo dos anos pela perspetiva do valor médio anual da população desempregada inscrita nos centros de emprego (ilustração anterior).

Em termos absolutos constata-se que, em 2013, a média de desempregados no concelho rondava os 1.008 in-divíduos. Como seria expetável, e tendo em conta a situação económica vivenciada, verificou-se uma evolução no sentido ascendente do número de desempregados entre 2001 e 2013. Esta variação, em parte, explica-se, numa primeira fase, pelas reduções laborais no setor da Construção Civil e, numa segunda fase, pelo desem-prego indireto provocado pelas alterações de permanência no 65th Air Base Wing.

Estrutura Produtiva da Praia da Vitória

É possível perceber a estrutura produtiva do concelho da Praia da Vitória através da observação da tabela seguinte:




Estrutura Produtiva da Praia da Vitória É possível perceber a estrutura produtiva do concelho da Praia da Vitória através da observação da tabela seguinte:

Atividades / Escala de Dimensão (Pessoas) <10 10 a 19 20 a 49 50 a 99 100 a 199 Total

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 24 1 1 0 0 26 Agricultura, produção animal, caça, silvicultura 24 24 Pesca e aquicultura 1 1 2 Indústrias extrativas 1 1 Indústrias transformadoras 18 4 3 0 0 25 Indústrias alimentares e das bebidas 2 2 2 6 Indústria da madeira, da cortiça, cestaria, espartaria 5 2 7 Artigos de borracha, matérias plásticas e não metálicos 1 1 Indústrias metalúrgicas de base, produtos metálicos 6 1 7 Fabricação de veículos e outro equipam. de transporte 1 1 Outras indústrias transformadoras 1 1 Reparação, manutenção e instalação de máquinas 2 2 Distribuição de água, saneamento, resíduos 2 0 0 1 0 3 Captação, tratamento e distribuição de água 1 1 Tratamento águas residuais, elim. resíduos, descontam. 2 2 Construção 16 4 5 25 Comércio, reparação de veículos automóveis 103 10 1 2 0 116 Comércio, manutenção e reparação de veículos 20 20 Comércio por grosso, exceto de veículos 8 6 1 15 Comércio a retalho, exceto de veículos 75 4 1 1 81 Transportes e armazenagem 4 2 1 0 0 7 Transportes terrestres 2 1 3 Armazenamento, atividades auxiliares dos transportes 2 2 4 Alojamento, restauração e similares 48 4 1 0 0 53 Alojamento 4 3 7 Restauração e similares 44 1 1 46 Atividades financeiras e de seguros 2 2 Atividades imobiliárias 2 2 Atividades de consultadoria, científicas e técnicas 14 1 15 Atividades administrativas e serviços de apoio 6 1 7 Educação 2 1 3 Atividades de saúde humana e apoio social 13 2 1 1 17 Atividades artísticas, desportivas e recreativas 4 1 5 Outras atividades de serviços 27 2 2 31

Total 285 32 15 5 1 338

Tabela 5 - Número de Empresas Sediadas no Concelho da Praia da Vitória, Segundo as Atividades, por Escalão de Dimensão da Empresa na Região

A tabela acima apresentada permite perceber que, em 2013, existiam 338 empresas no concelho, sendo que 23,96% operava no setor do comércio a retalho, exceto de veículos, com um total de 81 empresas, seguido do setor da restauração e similares com 46 empresas, o que perfaz 13,61% do total das empresas. Estes dois setores agregados totalizam praticamente metade das empresas existentes na Praia da Vitória.

É possível observar que a maioria das empresas é de pequena dimensão, apenas 6 empresas têm mais de 50 trabalhadores, sendo que as restantes representam 98,22%, do total das empresas do concelho. A grande parte das empresas têm menos de 10 pessoas ao serviço, sendo que esse número totaliza 285 empresas.




A tabela acima apresentada permite perceber que, em 2013, existiam 338 empresas no concelho, sendo que 23,96% operava no setor do comércio a retalho, exceto de veículos, com um total de 81 empresas, seguido do setor da restauração e similares com 46 empresas, o que perfaz 13,61% do total das empresas. Estes dois setores agregados totalizam praticamente metade das empresas existentes na Praia da Vitória.

É possível observar que a maioria das empresas é de pequena dimensão, apenas 6 empresas têm mais de 50 trabalhadores, sendo que as restantes representam 98,22%, do total das empresas do concelho. A grande parte das empresas têm menos de 10 pessoas ao serviço, sendo que esse número totaliza 285 empresas.

As 338 empresas a operar na Praia da Vitória em 2013 representam um decréscimo de 27,16% face a 2008, ano em que se registou o pico das empresas.

Torna-se igualmente importante aferir o número de pessoas a trabalhar nas empresas, o que é possível ob-servar na tabela abaixo apresentada:



As 338 empresas a operar na Praia da Vitória em 2013 representam um decréscimo de 27,16% face a 2008, ano em que se registou o pico das empresas.

Torna-se igualmente importante aferir o número de pessoas a trabalhar nas empresas, o que é possível observar na tabela abaixo apresentada:

Atividades / Escala de Dimensão (Pessoas) <10 10 a 19 20 a 49 50 a 99 100 a 199 Total

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 46 16 27 0 0 89 Agricultura, produção animal, caça, silvicultura 46 46 Pesca e aquicultura 16 27 43 Indústrias extrativas 12 12 Indústrias transformadoras 50 49 80 0 0 179 Indústrias alimentares e das bebidas 4 27 54 85 Indústria da madeira, da cortiça, cestaria, espartaria 19 22 41 Artigos de borracha, matérias plásticas e não metálicos 4 4 Indústrias metalúrgicas de base, produtos metálicos 14 26 40 Fabricação de veículos e outro equipam. de transporte 3 3 Outras indústrias transformadoras 1 1 Reparação, manutenção e instalação de máquinas 5 5 Distribuição de água, saneamento, resíduos 5 0 0 64 0 69 Captação, tratamento e distribuição de água 64 64 Tratamento águas residuais, elim. resíduos, descontam. 5 5 Construção 80 48 150 278 Comércio, reparação de veículos automóveis 312 130 25 113 0 580 Comércio, manutenção e reparação de veículos 56 56 Comércio por grosso, exceto de veículos 34 71 61 166 Comércio a retalho, exceto de veículos 222 59 25 52 358 Transportes e armazenagem 8 28 22 0 0 58 Transportes terrestres 3 22 25 Armazenamento, atividades auxiliares dos transportes 5 28 33 Alojamento, restauração e similares 147 59 23 0 0 229 Alojamento 9 48 57 Restauração e similares 138 11 23 172 Atividades financeiras e de seguros 4 4 Atividades imobiliárias 3 3 Atividades de consultadoria, científicas e técnicas 33 15 48 Atividades administrativas e serviços de apoio 19 13 32 Educação 3 58 61 Atividades de saúde humana e apoio social 61 25 51 133 270 Atividades artísticas, desportivas e recreativas 8 27 35 Outras atividades de serviços 73 21 54 148

Total 852 416 408 286 133 2.095

Tabela 6 - Número Total de Trabalhadores nas Empresas Sediadas no Concelho da Praia da Vitória, Segundo as Atividades, por Escalão de Dimensão da Empresa na Região

Conforme se constata o número de pessoas empregadas no concelho da Praia da Vitória ascende a 2 095, sendo que 524, isto é, 25,01% são da área do comércio por grosso e a retalho, exceto de veículos e 229 pessoas no setor do alojamento, restauração e similares, que corresponde a 10,93%.

É possível aferir que grande parte das pessoas empregadas são-no em empresas com menos de 10 trabalhadores, sendo que o total das empresas com menos de 50 funcionários emprega 1 676 pessoas, o equivalente a 80% das pessoas empregadas.

As 2 095 pessoas a trabalhar no concelho em 2013 representam um decréscimo de 30,47% face a 2008, ano em que se registou o pico do emprego.

Conforme se constata o número de pessoas empregadas no concelho da Praia da Vitória ascende a 2 095, sendo que 524, isto é, 25,01% são da área do comércio por grosso e a retalho, exceto de veículos e 229 pessoas no setor do alojamento, restauração e similares, que corresponde a 10,93%.

É possível aferir que grande parte das pessoas empregadas são-no em empresas com menos de 10 tra-balhadores, sendo que o total das empresas com menos de 50 funcionários emprega 1 676 pessoas, o equiva-lente a 80% das pessoas empregadas.

As 2 095 pessoas a trabalhar no concelho em 2013 representam um decréscimo de 30,47% face a 2008, ano em que se registou o pico do emprego.

Volume de Negócios

É possível observar o número de empresas sediadas no concelho por volume de negócios e segundo as suas atividades:





Volume de Negócios É possível observar o número de empresas sediadas no concelho por volume de negócios e segundo as suas atividades:

Atividades / Escalão (milhares de euros) >50 50 a 149

150 a 499

500 a 999

1000 a 4999

5000 a 24999

25000 a

499999

Não se aplica Total

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 6 7 8 5 26 Indústrias extrativas 1 1 Indústrias transformadoras 6 8 7 2 1 1 25 Distribuição de água, saneamento, resíduos 2 1 3 Construção 5 8 7 1 3 1 25 Comércio, reparação de veículos automóveis 18 22 47 12 15 1 1 116 Transportes e armazenagem 2 2 3 7 Alojamento, restauração e similares 16 22 11 3 1 53 Atividades financeiras e de seguros 2 2 Atividades imobiliárias 2 2 Atividades de consultadoria, científicas e técnicas 9 3 2 1 15 Atividades administrativas e serviços de apoio 2 3 2 7 Educação 2 1 3 Atividades de saúde humana e apoio social 5 5 2 3 2 17 Atividades artísticas, desportivas e recreativas 2 1 1 1 5 Outras atividades de serviços 17 5 6 1 2 31

Total 88 88 94 25 27 2 1 13 338

Tabela 7 - Número de Empresas Sediadas no Concelho da Praia da Vitória, Segundo as Atividades, por Escalão de Volume de Negócios da Empresa

Pela tabela acima exposta é possível aferir que a maioria das empresas, cerca de 270, tem um volume de negócios inferior a 500 mil euros, o que equivale a 79,88% do total das empresas, sendo que apenas uma excede os 25 milhões de euros de volume de negócio anual.

Comércio Externo De um modo geral, verifica-se um défice na balança comercial da Praia da Vitória. Esse começou a acentuar-se a partir de 2006, com um volume de importações cada vez maior comparativamente com o de exportações. Esta constatação revela a grande dependência do comércio interno para fazer face às necessidades dos munícipes do concelho.

Apenas em 2004 o valor das exportações superou o das importações em 45,54%. Os dados relativos aos anos de 2005 e 2007 não se encontram em análise devido a falta de informação divulgada.

O concelho da Praia da Vitória é o terceiro maior exportador da Região Autónoma dos Açores.

Pela tabela acima exposta é possível aferir que a maioria das empresas, cerca de 270, tem um volume de negócios inferior a 500 mil euros, o que equivale a 79,88% do total das empresas, sendo que apenas uma excede os 25 milhões de euros de volume de negócio anual.

Comércio Externo

De um modo geral, verifica-se um défice na balança comercial da Praia da Vitória. Esse começou a acen-tuar-se a partir de 2006, com um volume de importações cada vez maior comparativamente com o de expor-tações. Esta constatação revela a grande dependência do comércio interno para fazer face às necessidades dos munícipes do concelho.

Apenas em 2004 o valor das exportações superou o das importações em 45,54%. Os dados relativos aos anos de 2005 e 2007 não se encontram em análise devido a falta de informação divulgada.

O concelho da Praia da Vitória é o terceiro maior exportador da Região Autónoma dos Açores.





Exportações Importações

Praia da Vitória

Angra do Heroísmo

Terceira Praia da Vitória

Angra do Heroísmo

Terceira

2013 7 565 3 300 10 865 13 187 8 703 21 890

2012 6 487 2 553 9 040 10 318 12 692 23 010

2011 5 323 2 273 7 596 11 303 10 516 21 819

2010 6 712 1 981 8 693 7 739 6 852 14 591

2009 3 172 6 038 9 210 7 340 6 276 13 616

2008 3 640 584 4 224 7 154 3 458 10 612

2006 2 827 1 608 4 436 4 362 6 545 10 906

2004 1 045 810 1 855 718 1 169 1 887

Tabela 8 - Evolução do Comércio Externo na Ilha Terceira

Turismo A Praia da Vitória dispõe de onze estabelecimentos de alojamento turístico, dos quais sete são referentes a hotelaria, com uma capacidade de 550 pessoas. Tendo em conta a dimensão do concelho, estes valores são bastante otimistas, e um excelente local de visita para o turismo.

Local Estabelecimentos Capacidade

Total Hotelaria Alojamento Local

Rural e Habitação Total Hotelaria Alojamento

Local Rural e

Habitação Praia 11 7 2 2 550 454 - - Angra 13 8 2 3 1340 1170 - -

Terceira 24 15 4 5 1890 1624 146 120 Tabela 9 - Estabelecimentos Turísticos e Capacidade na Ilha Terceira

Turismo

A Praia da Vitória dispõe de onze estabelecimentos de alojamento turístico, dos quais sete são referentes a hotelaria, com uma capacidade de 550 pessoas. Tendo em conta a dimensão do concelho, estes valores são bastante otimistas, e um excelente local de visita para o turismo.



Exportações Importações

Praia da Vitória

Angra do Heroísmo

Terceira Praia da Vitória

Angra do Heroísmo

Terceira

2013 7 565 3 300 10 865 13 187 8 703 21 890

2012 6 487 2 553 9 040 10 318 12 692 23 010

2011 5 323 2 273 7 596 11 303 10 516 21 819

2010 6 712 1 981 8 693 7 739 6 852 14 591

2009 3 172 6 038 9 210 7 340 6 276 13 616

2008 3 640 584 4 224 7 154 3 458 10 612

2006 2 827 1 608 4 436 4 362 6 545 10 906

2004 1 045 810 1 855 718 1 169 1 887

Tabela 8 - Evolução do Comércio Externo na Ilha Terceira

Turismo A Praia da Vitória dispõe de onze estabelecimentos de alojamento turístico, dos quais sete são referentes a hotelaria, com uma capacidade de 550 pessoas. Tendo em conta a dimensão do concelho, estes valores são bastante otimistas, e um excelente local de visita para o turismo.

Local Estabelecimentos Capacidade

Total Hotelaria Alojamento Local

Rural e Habitação Total Hotelaria Alojamento

Local Rural e

Habitação Praia 11 7 2 2 550 454 - - Angra 13 8 2 3 1340 1170 - -

Terceira 24 15 4 5 1890 1624 146 120 Tabela 9 - Estabelecimentos Turísticos e Capacidade na Ilha Terceira

Ambiente

O concelho da Praia da Vitória tem feito uma aposta forte e constante na recolha seletiva de resíduos. A recolha indiferenciada ente 2004 e 2014 teve uma redução de 31,55%, enquanto a recolha de embalagens sele-tivas aumentou 172,43%.

É crescente a tomada de consciência e de sensibilização das pessoas para a necessidade de efetuar recicla-gem, de modo a contribuir para um ambiente melhor.

Água para ConsumoA tabela a seguir apresentada condensa informação relativa à água para consumo com as variantes, pro-

porção de análises (%) realizadas à água, proporção de análises (%) (cumprimento de qualidade da água), e proporção de água segura (%) para consumo humano.

Numa visão evolutiva, percebe-se que nos últimos 3 anos (2012, 2013 e 2014) a evolução da qualidade da água e o cumprimento dos seus requisitos seguiu um trajeto de rigor, na Praia da Vitória. As análises realiza-das foram conseguidas a 100%, o cumprimento da qualidade e segurança da água (%) somaram 99,25% (valor máximo) em 2012, 99,22% em 2013, e 99,04% em 2014.




Ambiente

Ano Resíduos

Indiferenciado Embalagens Seletivas OAU Monstros Plástico Silo

2004 9906,77 398,63

2005 10517,96 833,42

2006 10326,97 843,44

2007 6805,063 524,928 0,84 343,064

2008 8557,43 1414,12 7,08 298,33 20,32

2009 8361,16 1476,32 11,95 737,11 132,86

2010 8516,12 1388,42 19,82 497,84 167,34

2011 7691,95 1440,08 19,64 418,76 184,57

2012 7268,97 1303,86 20,32 332,87 215,02

2013 6759,62 1162,03 17,13 323,07 228,47

2014 6781 1086 24,19 419 207

Tabela 10 - Recolha de resíduos indiferenciada, embalagens seletivas, OAU, monstros e plástico, na Praia da Vitória

O concelho da Praia da Vitória tem feito uma aposta forte e constante na recolha seletiva de resíduos. A recolha indiferenciada ente 2004 e 2014 teve uma redução de 31,55%, enquanto a recolha de embalagens seletivas aumentou 172,43%.

É crescente a tomada de consciência e de sensibilização das pessoas para a necessidade de efetuar reciclagem, de modo a contribuir para um ambiente melhor.

Água para Consumo

A tabela a seguir apresentada condensa informação relativa à água para consumo com as variantes, proporção de análises (%) realizadas à água, proporção de análises (%) (cumprimento de qualidade da água), e proporção de água segura (%) para consumo humano.

Numa visão evolutiva, percebe-se que nos últimos 3 anos (2012, 2013 e 2014) a evolução da qualidade da água e o cumprimento dos seus requisitos seguiu um trajeto de rigor, na Praia da Vitória. As análises realizadas foram conseguidas a 100%, o cumprimento da qualidade e segurança da água (%) somaram 99,25% (valor máximo) em 2012, 99,22% em 2013, e 99,04% em 2014.




Ano Análises Realizadas (%)

Análises em Cumprimento

VP (%)

Água Segura

(%) 2002 76,52 98,18 75,13 2003 95,85 97,81 93,75 2004 100 96,91 96,91 2005 99,18 99,12 98,31 2006 89,33 98,27 87,78 2007 100 97,06 97,06 2008 100 98,53 98,53 2009 100 97,75 97,75 2010 100 97,91 97,91 2011 100 98,97 98,97 2012 100 99,25 99,25 2013 100 99,22 99,22 2014 100 99,04 99,04

Tabela 11 - Análise da Água para Consumo na Praia da Vitória

Transportes

Transporte Marítimo

21291

15646

25863 25340

17776

18751

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

Núm

ero

Anos

Passageiros Embarcados

Passageiros Desembarcados

Ilustração 3 - Passageiros Embarcados e Desembarcados no Porto da Praia da Vitória

Pode ver-se que no concelho da Praia da Vitória o auge deste indicador aconteceu em 2008. A partir desse ano, o número de passageiros embarcados e desembarcados foi diminuindo, tendo havido um ligeiro acréscimo em 2014.

Transportes






Ano Análises Realizadas (%)

Análises em Cumprimento

VP (%)

Água Segura

(%) 2002 76,52 98,18 75,13 2003 95,85 97,81 93,75 2004 100 96,91 96,91 2005 99,18 99,12 98,31 2006 89,33 98,27 87,78 2007 100 97,06 97,06 2008 100 98,53 98,53 2009 100 97,75 97,75 2010 100 97,91 97,91 2011 100 98,97 98,97 2012 100 99,25 99,25 2013 100 99,22 99,22 2014 100 99,04 99,04

Tabela 11 - Análise da Água para Consumo na Praia da Vitória

Transportes


21291

15646

25863 25340

17776

18751

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

Núm

ero

Anos

Passageiros Embarcados

Passageiros Desembarcados

Ilustração 3 - Passageiros Embarcados e Desembarcados no Porto da Praia da Vitória

Pode ver-se que no concelho da Praia da Vitória o auge deste indicador aconteceu em 2008. A partir desse ano, o número de passageiros embarcados e desembarcados foi diminuindo, tendo havido um ligeiro acréscimo em 2014.

Pode ver-se que no concelho da Praia da Vitória o auge deste indicador aconteceu em 2008. A partir desse ano, o número de passageiros embarcados e desembarcados foi diminuindo, tendo havido um ligeiro acrésci-mo em 2014.



Ilustração 4 - Contentores Carregados e Descarregados no Porto da Praia da Vitória

O indicador respetivo aos contentores carregados e descarregados na Praia da Vitória manifestou uma tendência ligeiramente negativa, quase constante entre 2005 e 2013, com uma variação na ordem dos 22,22%.

Ilustração 5 - Mercadorias Carregadas e Descarregadas no Porto da Praia da Vitória

As mercadorias carregadas na Praia da Vitória apresentam um peso muito inferior ao das descarregadas.

Enquanto as carregadas apresentam um percurso mais ou menos constante, as outras potenciam-se em 2010, com um percurso decrescente até 2013.





Ilustração 4 - Contentores Carregados e Descarregados no Porto da Praia da Vitória


Ilustração 5 - Mercadorias Carregadas e Descarregadas no Porto da Praia da Vitória

As mercadorias carregadas na Praia da Vitória apresentam um peso muito inferior ao das descarregadas.

Enquanto as carregadas apresentam um percurso mais ou menos constante, as outras potenciam-se em 2010, com um percurso decrescente até 2013.

As mercadorias carregadas na Praia da Vitória apresentam um peso muito inferior ao das descarregadas.Enquanto as carregadas apresentam um percurso mais ou menos constante, as outras potenciam-se em

2010, com um percurso decrescente até 2013.

Transporte Aéreo




Transporte Aéreo

Ilustração 6 - Passageiros Embarcados, Desembarcados e em Trânsito Direto no Aeroporto das Lajes

Os passageiros em estado de embarque e desembarque apresentam um percurso praticamente coincidente. Sendo que a partir de 2008 depois de atingirem o pico, diminuem até 2013 com uma alavancagem, muito significativa, em 2014.

Já os passageiros em trânsito direto, com valores muito mais baixos, aumentam o seu valor a partir de 2009 até 2013, com uma ligeira diminuição em 2014.

Ilustração 7 - Aeronaves Aterradas no Aeroporto das Lajes



Os passageiros em estado de embarque e desembarque apresentam um percurso praticamente coincidente. Sendo que a partir de 2008 depois de atingirem o pico, diminuem até 2013 com uma alavancagem, muito sig-nificativa, em 2014.




Transporte Aéreo

Ilustração 6 - Passageiros Embarcados, Desembarcados e em Trânsito Direto no Aeroporto das Lajes

Os passageiros em estado de embarque e desembarque apresentam um percurso praticamente coincidente. Sendo que a partir de 2008 depois de atingirem o pico, diminuem até 2013 com uma alavancagem, muito significativa, em 2014.


Ilustração 7 - Aeronaves Aterradas no Aeroporto das Lajes

As aeronaves na ilha Terceira registaram um pico em 2008, com 5 027, tendo decrescido desde essa data, apresentando um registo de 4 615 aeronaves aterradas em 2013, uma redução de 8,2% face a 2008.

Transportes terrestres



As aeronaves na ilha Terceira registaram um pico em 2008, com 5 027, tendo decrescido desde essa data, apresentando um registo de 4 615 aeronaves aterradas em 2013, uma redução de 8,2% face a 2008.

Transportes Terrestres

Ilustração 8 - Venda de Veículos Ligeiros na Ilha Terceira

Na ilha Terceira, a venda de veículos é mais proeminente nos ligeiros de passageiros. O caminho delineado por estes seguiu uma trajetória bastante oscilante, o que não aconteceu com os ligeiros de mercadorias.

A partir de 2010 verificou-se uma queda acentuada na venda de veículos ligeiros de passageiros, sendo que os de mercadorias vinham em trajetória descendente desde 2007.

Impacto Económico da Redução do Efetivo Militar na Base das Lajes As análises efetuadas sobre esta temática apresentam como base o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira e estudos da Universidade dos Açores e do próprio Município. As estimativas que se seguem resultam da avaliação do impacto da redução de efetivos da Base das Lajes ao nível do emprego, do consumo e da coleta fiscal. Os valores refletem o impacto direto e indireto incluindo o que resulta do efeito multiplicador na economia como a perda de rendas das famílias norte-americanas.

Estima-se, portanto, que a redução de 430 efetivos americanos (para 165, tal como efetivado) tenha levado à diminuição de emprego local de 798 postos de trabalho (por via do impacto no emprego indireto), equivalente a 1,4% da população com emprego na Terceira. Por sua vez, o PIB sofre uma queda no valor de 20,9 milhões de euros, traduzido em 2,5% do PIB de 2014 (824M€). O efeito fiscal deverá ascender a uma redução de 0,3M€ em IRS e 2,9 M€ em IVA, ao que acresce ainda 1,2M€ de contribuições para a Segurança Social.


Na ilha Terceira, a venda de veículos é mais proeminente nos ligeiros de passageiros. O caminho delineado por estes seguiu uma trajetória bastante oscilante, o que não aconteceu com os ligeiros de mercadorias.

A partir de 2010 verificou-se uma queda acentuada na venda de veículos ligeiros de passageiros, sendo que os de mercadorias vinham em trajetória descendente desde 2007.

Impacto Económico da Redução do Efetivo Militar na Base das Lajes

As análises efetuadas sobre esta temática apresentam como base o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira e estudos da Universidade dos Açores e do próprio Município. As estimativas que se seguem re-sultam da avaliação do impacto da redução de efetivos da Base das Lajes ao nível do emprego, do consumo e da coleta fiscal. Os valores refletem o impacto direto e indireto incluindo o que resulta do efeito multiplicador na economia como a perda de rendas das famílias norte-americanas.

Estima-se, portanto, que a redução de 430 efetivos americanos (para 165, tal como efetivado) tenha levado à diminuição de emprego local de 798 postos de trabalho (por via do impacto no emprego indireto), equi-valente a 1,4% da população com emprego na Terceira. Por sua vez, o PIB sofre uma queda no valor de 20,9 milhões de euros, traduzido em 2,5% do PIB de 2014 (824M€). O efeito fiscal deverá ascender a uma redução de 0,3M€ em IRS e 2,9 M€ em IVA, ao que acresce ainda 1,2M€ de contribuições para a Segurança Social.

O valor total do impacto anual, consierando que os trabalhadores portugueses sofreram uma redução de 435 postos de trabalho, será de 5,3% no emprego, 1.202 trabalhadores, e o equivalente a 5,0% do PIB de 2014, 41M€. O efeito fiscal torna-se negativo em 2,8M€ de receita de IRS, 5,7M€ de IVA, e 6,4M€ em contribuições para a Segurança Social.

Impacto no EmpregoSegundo informações da Embaixada dos Estados Unidos da América:



O valor total do impacto anual, consierando que os trabalhadores portugueses sofreram uma redução de 435 postos de trabalho, será de 5,3% no emprego, 1.202 trabalhadores, e o equivalente a 5,0% do PIB de 2014, 41M€. O efeito fiscal torna-se negativo em 2,8M€ de receita de IRS, 5,7M€ de IVA, e 6,4M€ em contribuições para a Segurança Social.

Impacto no Emprego

Segundo informações da Embaixada dos Estados Unidos da América:

Designação Número Observações

Funcionários Portugueses 822 Inclui permanentes e temporários

Militares Americanos (USA) 595 Variável Total Postos de Trabalho 1417

Tendo em conta a informação atualmente conhecida, os efetivos americanos serão reduzidos para 165, totalizando uma redução de 430 efetivos. A redução de efetivos portugueses encontra-se definida em 435.

Para avaliar o impacto da redução de empregos na Base das Lajes, direta e indireta, procedeu-se ao cálculo do multiplicador do emprego da base, que permite converter a redução direta em redução total de emprego. Os resultados obtidos apontam para um multiplicador de 1,76, o que significa que por cada 100 empregos reduzidos na base, há cerca de 76 empregos adicionais que desaparecem na economia local. Note-se que este multiplicador não tem em conta o impacto em termos de emprego informal, uma vez que não se dispõe de informação que permita avaliar esse efeito.

Impacto Salarial

Fazendo a tradução do impacto da redução de empregos no valor dos salários, procedeu-se à avaliação salarial em termos médios (2014), dado que não se sabe quais os trabalhadores dispensados da Base. Assim sendo:

i. O salário médio de um efetivo Americano na Base é de 53 599 euros/ano (dados da Embaixada dos Estados Unidos);

ii. O salário médio de um efetivo Português na Base é de 22 008 euros/ano (dados do II - Instituto de Informática do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social);

iii. O salário médio na Terceira é de 11 521 euros/ano (dados do II).

Multiplicando estes salários médios pelo emprego é possível estimar um impacto na massa salarial de 22,8 milhões de euros devido à redução de trabalhadores americanos. Pelo impacto no emprego indireto (798 empregos), esta redução dos trabalhadores Americanos implicará uma quebra de 3,7 milhões de euros de massa salarial relativa a emprego local (322*11521). Por cada 100 trabalhadores portugueses que forem dispensados da Base, esta quebra na massa salarial de empregos diretos e indiretos portugueses aumenta em 3,1 M€.


Tendo em conta a informação atualmente conhecida, os efetivos americanos serão reduzidos para 165, to-talizando uma redução de 430 efetivos. A redução de efetivos portugueses encontra-se definida em 435.

Para avaliar o impacto da redução de empregos na Base das Lajes, direta e indireta, procedeu-se ao cálculo do multiplicador do emprego da base, que permite converter a redução direta em redução total de emprego. Os resultados obtidos apontam para um multiplicador de 1,76, o que significa que por cada 100 empregos reduzidos na base, há cerca de 76 empregos adicionais que desaparecem na economia local. Note-se que este multiplicador não tem em conta o impacto em termos de emprego informal, uma vez que não se dispõe de informação que permita avaliar esse efeito.

Impacto SalarialFazendo a tradução do impacto da redução de empregos no valor dos salários, procedeu-se à avaliação sala-



rial em termos médios (2014), dado que não se sabe quais os trabalhadores dispensados da Base. Assim sendo: i. O salário médio de um efetivo Americano na Base é de 53 599 euros/ano (dados da Embaixada

dos Estados Unidos); ii. O salário médio de um efetivo Português na Base é de 22 008 euros/ano (dados do II - Instituto

de Informática do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social); iii. O salário médio na Terceira é de 11 521 euros/ano (dados do II).

Multiplicando estes salários médios pelo emprego é possível estimar um impacto na massa salarial de 22,8 milhões de euros devido à redução de trabalhadores americanos. Pelo impacto no emprego indireto (798 em-pregos), esta redução dos trabalhadores Americanos implicará uma quebra de 3,7 milhões de euros de massa salarial relativa a emprego local (322*11521). Por cada 100 trabalhadores portugueses que forem dispensados da Base, esta quebra na massa salarial de empregos diretos e indiretos portugueses aumenta em 3,1 M€.

Impacto nos Impostos Diretos e Contribuições para a Segurança SocialA redução da massa salarial terá consequências relativamente à coleta fiscal de impostos diretos, e às re-

ceitas das contribuições para a Segurança Social.Uma vez que a informação relativa à tabela de retenção aplicável a cada indivíduo não se encontra dis-

ponível, considera-se a tabela de retenção correspondente a trabalhadores não casados e sem dependentes (taxas em vigor em 2015 na Região Autónoma dos Açores).

Desta forma, estima-se uma coleta média por trabalhador de 4.195 euros/ano (o que corresponde a uma taxa implícita de 19,1%). Considera-se que a redução da coleta corresponde ao número de trabalhadores por-tugueses a serem dispensados da Base multiplicado pela coleta média.

Relativamente aos trabalhadores portugueses fora da Base, considera-se a taxa correspondente ao salário médio desses trabalhadores, constante da tabela de retenção em vigor em 2015 na Região Autónoma dos Açores, correspondente a trabalhadores não casados e sem dependentes (8,8%).

De acordo com estas hipóteses, estima-se que a redução do contingente Americano em 430 tenha um impacto na redução da coleta de IRS (por via do seu impacto no emprego indireto) de cerca de 0,3 M€. Por cada decréscimo adicional de 100 empregos portugueses na Base espera-se que essa redução de coleta de IRS aumente em 0,5 milhões de euros.

Para o cálculo da redução das contribuições para a segurança social, aplica-se a taxa média de contribuição dos trabalhadores Portugueses da Base (33,3%) e fora da Base (33,4%), a partir da informação de contribuições disponibilizada pelo Instituto de Informática da SS. Aplicando as respetivas taxas à redução da massa salarial, estima-se que a diminuição do contingente americano reduza a receita em contribuições no valor de 1,2 M€ (via emprego indireto). Adicionalmente, por cada 100 trabalhadores portugueses dispensados da Base, essa redução de receita aumenta em cerca de 1 M€.

Impacto no ConsumoA redução de massa salarial terá implicações na despesa efetuada na Terceira.De acordo com os dados da Embaixada dos EUA (2014), 41% do rendimento do contingente americano da

Base é gasto na economia local. Assim, o impacto na despesa na Terceira será de 9,4 M€ (22,8*41%). Para os trabalhadores Portugueses (da Base e fora da Base), assumiu-se que a proporção de rendimento após impostos gasta em consumo é de 92%. Isso implica uma quebra na despesa de 2,7 M€ por via do impacto indireto da re-dução do contingente americano, e de mais 2,1 M€ por cada redução de 100 empregos de Portugueses na Base.

Além do impacto da redução da massa salarial no consumo, é necessário ter em conta as despesas na


economia local inerentes ao funcionamento da Base, que ascenderam a 31 M€ em 2013, de acordo com a in-formação da US Air Force. Considera-se que a despesa efetuada pela Base na economia local seja proporcional ao número de efetivos, estimando-se uma quebra de 9,3 M€ por via da redução do contingente Americano. Por cada 100 trabalhadores portugueses dispensados da Base, há ainda uma redução adicional de despesa em 2,2 M€.

Impacto no PIBAssim, a redução do contingente Americano implicará uma redução do PIB da Terceira em 21 M€ (2,5%

PIB de 2014). Por cada 100 trabalhadores Portugueses dispensados, este valor será acrescido em 4,1 M€ ou 0,5 p.p.

Impacto do mercado imobiliárioO efeito da redução das despesas com arrendamento por parte do contingente americano, consubstancia-se

num impacto negativo na ordem dos 64 milhões de euros/ano.Este valor (incluído no estudo elaborado pelos professores universitários Tomás Dentinho e João Borba)

resulta da contabilização do valor médio das rendas (900€) pagas na Praia da Vitória por militares ou civis norte-americanos, das despesas de manutenção e demais despesas associadas à habitação.



ANÁLISE SWOT



Análise Swot

Marca AçoresValor paisagísticoRiqueza Cultural e PatrimonialAdesão popular às manifestações culturaisAtributos naturais e sociaisInfraestruturas logísticasPosição geoestratégicaCondições endafoclimáticasBaía da PraiaAgricultura “eco-friendly”Agricultura biológicaModernização da produção leiteiraCertificação IGP e DOPLigação DiásporaDomínio da Língua InglesaEnergias renováveisMunicípio orientado para o apoio ao investidorUniversidade dos Açores - DCA

Strengths/Forças Weaknesses/Fraquezas

Opportunities/Oportunidades Threats/Ameaças

TransportesRestrições voos civis na Base das LajesRestrições uso “molhe “americano”Utilização do porto comercialLigações aéreasFraca competitividade dos mercadosDependência de agentes externosPopulação reduzida (massa crítica)Balança comercial deficitáriaProdução de baixo valor e fraca inovaçãoReduzida escala de produçãoDesempregoQualificação Recursos HumanosAlojamento hoteleiro reduzidoSazonalidade

Áreas “cluster”: Mar, Agrobusiness, LogísticaInfraestruturas logísticas existentesCentralidade logística regionalLigação Europa, EUA, África, América SulAgricultura “eco-friendly” e biológicaProduções e tradições artesanaisTurismo de Natureza e WellnessAnimação turísticaParque habitacional disponívelProdução energias renováveisExploração recursos subaquáticosAtividade piscatóriaEmpreendedorismo

Envelhecimento populacionalRiscos naturaisAlterações climáticasEmigraçãoFragilidade produção internaDependência “unimercado”Estratégia regional unipolarPolíticas externasImpacto da Base das Lajes na economia local


S1: Marca AçoresA marca Açores, apresentada a 30 de janeiro de 2015, encerra um selo de qualidade para a produção lo-

calizada no Concelho da Praia da Vitória, onde o “eco-friendly” e as “formas e formatos” tradicionais de pro-dução, modernizados e atualizados, espelham uma potencialidade promocional importante, tendo em conta a recetividade dos consumidores para este tipo de produções.

A associação da Natureza à Produção, numa época onde a segurança alimentar é uma das preocupações cimeiras nos mercados externos, é uma mais-valia da produção local, particularmente agrícola.

S2: Valor paisagísticoO concelho da Praia da Vitória é um bom exemplo das características e valor paisagístico do relevo natural

e mão humana. A manta de retalhos construída pelo homem na paisagem natural, transformada pelo mar e atmosfera, e mantida pela natureza, é um cartão postal que comprova a sustentabilidade ambiental, e é sinóni-mo de marca Açores.

A Arquitetura do Ramo Grande é outro património que enriquece a paisagem do Concelho, particular-mente pelos características intrínsecas das construções, exemplo perfeito de eficiência energética, ligação ao meio ambiente circundante e de unidades produtivas sustentáveis e integradas num espírito de autosuficiência.

S3: Riqueza Cultural e PatrimonialA Praia da Vitória, enquanto espaço de partilha e concretização da Cultura açoriana, oferece um conjunto

de espaços, lugares e tradições que, no seu todo e indivualmente, são únicos.A produção literária de Vitorino Nemésio, a Arquitetura do Ramo Grande, as particularidades locais das

Festas do Divino Espírito Santo, as tradições rurais, as Igrejas, Chafarizes, Impérios e demais construções an-cestrais, são alguns dos exemplos dessa riqueza cultural e partimonial.

Mas a Praia da Vitória, pela convivência com as culturas inglesa e, particularmente, norte-americana, por via da Base das Lajes, espelha também a fusão entre realidades diferentes, beneficiando da sua ancestralidade e, em paralelo, de uma mundividência e cosmopolitismo únicos.

S4: Adesão popular às Manifestações CulturaisElevados níveis de participação social e cívica de populações e empresas em manifestações culturais e de

valorização patrimonial. No geral o cidadão açoriano é devoto à sua região e cooperativo. O seu papel na so-ciedade e nos costumes é sempre, muito, ativo. Tem por hábito preservar e valorizar a herança deixada pelos seus antepassados para as gerações vindouras.

Em todas as freguesias do concelho da Praia da Vitória, bem como em toda a ilha Terceira, existem Casas do Povo, coletividades, Filarmónicas. Ou seja, grupos de pertença que atravessam todos os escalões etários. Este espírito de união e de compaixão pelos outros, facilmente comprovável nas manifestações religiosas, é imagem de marca dos açorianos.

S5: Atributos Naturais e sociaisMar, natureza, autenticidade, hospitalidade, geologia, património edificado são alguns dos atributos da

Praia da Vitória que reforçam as potencialidades do Concelho.

Strengths/Forças



Os mesmos, conjugados com os restantes, permitem uma oferta diferenciada, particularmente ao nível turístico, mas também como “marca” local, a qual deve encimar e nortear as estratégias promocionais internas e externas, quer na valorização do espaço quer na valorização dos produtos e serviços.

S6: Infraestruturas LogísticasO Concelho da Praia da Vitória comporta duas das maiores infraestruturas logísticas do Arquipélago: o

aeroporto e o porto. Ambos, pelas análises efetuadas, encerram um potencial de crescimento e aproveitamento que, devidamente concretizados, alavancarão a economia local, quer por via das exportações quer do turismo, mas também como elementos centrais de uma nova e mais eficiente política de transportes interilhas e exter-nos.

O reforço das ligações aéreas nas Lajes, associadas ao incremento das operações aéreas de carga, e o in-cremento da utilização do porto da Praia (associado à utilização do molhe “americano”) permitirão, por um lado, incrementar os fluxos turísticos, potenciar a mobilidade interna, aumentar as exportações e reforçar consideravelmente as condições de atratibilidade de investimento externo.

S7: Posição GeoestratégicaA posição geoestratégica no Atlântico Norte confere um manancial de oportunidades de exploração Atlân-

tica, o euro atlantismo. Que pode propiciar a uma mais eficiente intermediação do espaço geográfico entre os continentes Europeu e Americano, no que diz respeito ao desenvolvimento cultural e económico.

S8: Condições EdafoclimáticasCondições edafoclimáticas propícias à agropecuária, à química fina e biotecnologia.A localização geográfica das ilhas dos Açores, no contexto da circulação global atmosférica e oceânica,

condiciona o clima do arquipélago. A circulação atmosférica é comandada pelo Anticiclone dos Açores, cuja posição, intensidade, desenvolvimento e orientação influencia as condições meteorológicas sentidas no ar-quipélago, potenciadoras do edafoclima, propiciando favoravelmente os setores da agropecuária, indústrias químicas e biotecnologia.

S9: Baía da PraiaO Concelho da Praia da Vitória alberga o “maior espelho de água” protegido do Arquipélago, recurso que

lhe permite consolidar-se como um dos “hubs” náuticos dos Açores. As várias potencialidades que a Baía da Praia encerra, da náutica de recreio à reparação naval, passando pela náutica de competição, o mergulho profissional, entre outras atividades, são uma mais-valia que urge aproveitar.

S10: Agricultura “Eco-friendly”Atualmente, a segurança alimentar é uma das principais preocupações dos consumidores. A par desta, a

atração pelas produções “amigas do ambiente” é outro fator distintivo no marketing das marcas alimentares. A Agricultura açoriana no seu todo, e a praiense em particular, encerram ambas as características. A promoção da produção agrícola praiense por estes dois atributos é uma força inevitável.

S11: Agricultura BiológicaO dinamismo da agricultura de base biológica na Praia da Vitória nos últimos anos, mercê do Mercado

de Produtos Biológicos e da ação da Cooperativa Bioazórica, merecem especial relevo, representando uma mais-valia no Concelho da Praia da Vitória.


S12: Modernização da Produção LeiteiraA fileira do leite encontra-se estruturada, modernizada e com peso ao nível da fileira nacional, com uma

produção de qualidade identificada e reconhecida, favorecem ações de valorização deste produto.

S13: Certificação IGP e DOPExistência de Identificação Geográfica Protegida (IGP) e Denominação de Origem Protegida (DOP) –

“Carne dos Açores”.

S14: Ligações à DiásporaForte ligação às comunidades da diáspora através de laços familiares, institucionais e económicos (EUA,

Brasil, Canadá e outros).

S15: Domínio da Língua InglesaAmplo domínio da língua inglesa pela população local, fruto dos setenta anos de presença militar ameri-

cana na Base das Lajes e ligação às comunidades da diáspora no continente norte-americano.

S16: Energias RenováveisExistem cada vez mais restrições ambientais, fruto das preocupações mundiais relacionadas com o aquecimento

global. Neste campo o concelho da Praia da Vitória está a fazer um trabalho de excelência no que diz respeito à sua “pegada ambiental”. O parque eólico da Serra do Cume, no Município da Praia da Vitória, é um exemplo de sucesso, no recurso à tecnologia de ponta para produção de energias limpas.

O parque eólico da Serra do Cume, na Ilha Terceira, foi o melhor produtor mundial dentro dos que pos-suem aerogeradores do tipo E44, revelou a Eletricidade dos Açores (EDA). O Parque Eólico da Serra do Cume atingiu valores que o colocam no primeiro lugar a nível mundial, tendo por base uma listagem referente a aerogeradores do tipo E44. Este primeiro lugar mundial correspondeu ao equivalente a 4.268 horas em plena produção.

Este é um claro índice da “qualidade” do vento neste local. A produção total do parque eólico foi de 18.3GWh, o que corresponde a 8.5% do total de energia elétrica produzido na ilha Terceira, em 2010.

A tendência de evolução do sistema electroprodutor na RAA será, obviamente e no contexto paradigmático atual, no sentido de uma maior integração de fontes endógenas renováveis.

S17: Município orientado para o apoio ao InvestidorO Município da Praia da Vitória oferece a quem se queira instalar, elaborar ou redefinir estratégias empre-

sariais, um gabinete de apoio ao empresário. Este pretende diagnosticar problemas e identificar oportunidades dos empreendedores e empresários estabelecidos.

S18: Universidade dos Açores - Departamento de Ciências AgráriasA presença do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores na Ilha Terceira, nomeada-

mente a sua comprovada capacidade de investigação, conceptualização e inovação, nas áreas do Agrobusiness, são uma mais-valia para a produção agrícola praiense, como é amplamente comprovado, nomeadamente e como exemplo, pelo seu contributo nas Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória, que se realizam anualmente.



W1: TransportesO modelo de transporte existente no concelho não confere competitividade na relação com o mercado

externo.

W2: Restrições voos civis na Base das LajesAs condicionantes impostas pelo estatuto militar da Base das Lajes (dividido entre a utilização pela Força

Aérea Portuguesa e pela Força Aérea dos Estados Unidos da América) à aeronáutica civil impedem o desen-volvimento de uma estratégia consolidada e sustentável de tráfego aéreo, quer ao nível dos passageiros quer da carga. Apesar da dimensão e capacidade da infraestrutura, o seu aproveitamento e exploração não são pos-síveis.

W3: Restrições no uso do “molhe americano”O molhe e cais norte na baía da Praia da Vitória tem utilização militar, reduzindo a metade o aproveitamen-

to do potencial naval e logístico da baía.

W4: Utilização do Porto ComercialA dinâmica atual do porto comercial da Praia da Vitória está aquém da capacidade daquela infraestrutura

que, sem qualquer investimento, pode, no mínimo, triplicar a movimentação de cargas.

W5: Ligações AéreasPreços elevados das viagens para os Açores, tendo em conta a média de rendimentos do trabalhador açoria-

no; encaminhamento da SATA com debilidades na agilização horária com as companhias lowcost que operam no espaço aéreo açoriano; frequência e disponibilidade de ligações aquém do necessário; e ausência de uma política dinâmica de carga aérea condicionam substancialmente a economia local.

W6: Fraca competitividade dos mercadosExiste uma perda da capacidade competitiva, fruto do modelo de transporte, quer interna, quer externa.

Limitador que condiciona o mercado interno e o potencial exportador, por essa razão existe também uma baixa cobertura em termos de valor das exportações quando comparadas com as importações no concelho da Praia da Vitória. O mercado nacional e internacional encontra-se demasiadamente focado em S. Miguel, fruto da liberalização do espaço aéreo açoriano para empresas de transporte da especialidade ter o seu único inter-face no aeroporto internacional de Ponta Delgada, S. Miguel.

W7: Dependência de “agentes externos”A dependência económica de “agentes externos, caso da presença militar norte-americano, ou de níveis

decisórios em setores produtivos estruturais, caso da produção leiteira, fragiliza o tecido empresarial e social local.

W8: População reduzida (“massa crítica”)Apesar do número de habitantes ter vindo a aumentar (2001 a 2013), a densidade populacional no Con-

celho não atinge valores capazes de gerar “massa crítica” essencial a dinâmicas de desenvolvimento “naturais”.

Weaknesses/Fraquezas


W9: Balança comercial deficitáriaAs exportações têm um nível inferior a 42,63% face às importações, em 2013 na Praia da Vitória

W10: Produção de baixo valor e fraca inovaçãoExiste uma fraca dinamização comercial e de marketing, quer nos sectores de serviços, quer na produção.

Os produtos produzidos, por terem um baixo grau de inovação, perdem valor. Perda essa, que é incrementada pela distância geográfica dos mercados com maior interesse comercial.

W11: Reduzida escala de produçãoAs explorações agrícolas são maioritariamente de pequena dimensão, inferior a um hectare ou entre 1 a 5

hectares. Este fator condiciona a produção agrícola em grande escala. De igual modo, noutros setores produ-tivos, a dimensão das produções não permite ganhos de escala nem competitividade nos mercados de massi-ficados.

W12: DesempregoDesde os anos de 1981 a 2011, que o desemprego na Praia da Vitória tem vindo a aumentar. As classes

etárias mais novas (dos 16 aos 34) são as que sofreram uma maior variação negativa.

W13: Qualificação de recursos humanosA Praia da Vitória regista um nível de instrução académica inferior à média nacional. A par disso, a baixa

formação nos principais setores económicos, particularmente naqueles que mais têm contribuído para o de-semprego (exemplo: construção civil), dificultam a reconversão de mão-de-obra para outros setores, nomea-damente aqueles que exigem maior especialização laboral.

W14: Alojamento hoteleiro reduzidoO concelho da Praia da Vitória tem uma capacidade de alojamento inferior ao concelho de Angra do

Heroísmo. Esta condicionante operacional manifesta-se sobretudo em épocas altas. Das 550 camas na Praia da Vitória, 450, são em hotéis, das 1340 camas em Angra, 1170, são em hotéis.

W15: SazonalidadeA sazonalidade climatérica, associada à sazonalidade nos transportes, nomeadamente marítimos, assim

como à produção leiteira, condicionam as potencialidades do Concelho.




O1: Áreas “cluster”. Mar, Agrobusiness, LogísticaAposta em áreas com elevado grau de atratividade a nível global aproveitando as condições intrínsecas ter-

ritoriais e sociais. O Agrobusiness, o Mar, a Logística, o Turismo e as Industrias Criativas.

O2: Infraestruturas logísticas existentesA existência da Base das Lajes e do Porto da Praia, associados à localização geoestratégica da Ilha e aos

fluxos e dinâmicas transmodais no Atlântico Norte, representam uma oportunidade fundamental para o desenvolvimento económico do Concelho.

O3: Centralidade logística regionalA centralidade da ilha no contexto regional, a existência de duas infraestruturas logísticas com elevado

potencial de crescimento e dinamização, o esgotamento do modelo unipolar de cargas e passageiros e as neces-sidades de abastecimento e tráfego nos Grupos Central e Ocidental, colocam a Praia da Vitória na dianteira de políticas e ações de resolução desta realidade.

O4: Ligação Europa, EUA, África e América do SulA centralidade da ilha no Atlântico Norte, associada às condições logísticas de base existentes e às dinâmi-

cas e fluxos mercantis atlânticas de pequena/média dimensão, representam uma oportunidade para consolidar a Praia da Vitória (na conjugação porto-aeroporto) como plataforma logística interespaços económicos.

O5: Agricultura “eco-friendly” e biológicaA demanda de vastos nichos de consumidores por produções “amigas do ambiente”, orgânicas e com ga-

rantia de segurança alimentar, associadas à atratividade da paisagem e da proteção animal, são fatores evi-dentes nos Açores em geral e, particularmente, na Praia da Vitória, encerrando um enorme potencial de novos negócios, aumento das operações e a projetos inovadores.

O6: Produções e tradições artesanaisO vasto “know-how” local em produções comunitárias ancestrais, associado à atual atratividade de produ-

tos e produções antigas (mas com inovação), representa uma oportunidade para o Concelho, quer pelo con-tributo para a preservação e “identificação comunitária” destas tradições artesanais, quer pela sua salvaguarda por via do rendimento que possibilitam.

O7: Turismo de Natureza e WellnessExiste uma procura crescente a nível internacional para o turismo da natureza, ecoturismo e wellness espe-

cialmente em mercados emergentes que, pela sua oferta poderão ser atraídos pela proposta de valor do turismo dos Açores.

O Secretário de Estado do Turismo afirmou que a procura do touring cultural e paisagístico vai crescer nos “próximos anos entre 5 e 10 por cento”, considerando que este “será um dos alicerces do desenvolvimento do

Opportunities/Oportunidades


turismo em Portugal”. O turismo cultural ou o touring cultural é um dos dez produtos estratégicos no âmbito do Plano Estratégico Nacional de Turismo

O8: Animação turísticaO aumento do número de turistas no espaço insular oferece oportunidades de novos negócios e ações de

animação, particularmente projetos de “autoemprego” e “gestão familiar”.Projetos na área da visitação, informação cultural, experimentação das tradições, costumes e atividades

locais, assim como a produção de conteúdos vocacionados para o Turismo são algumas áreas com potencial de crescimento e rendimento.

O9: Parque habitacional disponívelO Concelho da Praia da Vitória possui um vasto parque habitacional disponível, mercê das dezenas de

habitações até aqui arrendadas por militares e civis norte-americanos ou dos espaços nas imediações da Base das Lajes libertados pela Força Aérea portuguesa. Este parque, associado aos prédios devolutos e aos incentivos na área da reabilitação urbana, possibilitam novas oportunidades de negócio, particularmente para a mão-de-obra disponível pelo decréscimo da construção civil pública e privada.

O10: Produção de Energias RenováveisA busca crescente por novas fontes de energia e as experiências já realizadas no Concelho propiciam o

desenvolvimento de projetos de aumento de produção de energia por fontes renováveis.

O11: Exploração de recursos subaquáticosAs infraestruturas portuárias existentes na baía da Praia, a centralidade da ilha, o incremento das atividades

de exploração subaquática e a dimensão da Zona Económica Exclusiva portuguesa, quando conjugados, ante-cipam diversas oportunidades de negócio e desenvolvimento, as quais podem consolidar-se com projetos de inovação e investigação, no âmbito de um “cluster marítimo” no Concelho.

O12: Atividade piscatóriaA experiência local na pesca, conjugada com as infraestruturas existentes, a baía e condições do mar em

redor, assim como com os novos incentivos à aquacultura e à reconhecida qualidade do peixe açoriano, encer-ram novas oportunidades de inovação e desenvolvimento económico.

Existe uma procura de peixe de qualidade, e para que o pescado seja de qualidade, o ecossistema marinho, que depende diretamente das condições e quantidades de captura, deve ser preservado ao máximo.

O13: EmpreendedorismoA população praiense tem uma longa tradição de “empreendedorismo social e comunitário”, provado pelas

dinâmicas conseguidas nas freguesias em atividades festivas e/ou associativas. Essa experiência e mentalidade podem, e devem, ser direcionadas para projetos empreendedores de índole económica, associados ao vasto pa-cote de apoios ao empreendedorismo existentes na Região Autónoma dos Açores e ao futuro projeto municipal de criação de uma Incubadora de Empresas.




T1: Envelhecimento populacionalO envelhecimento populacional no Município da Praia da Vitória tem sido gradualmente positivo em cerca

de 1%/ano. A Ilha Terceira apresentou entre 2001 a 2013 um índice de envelhecimento sempre superior à RAA. Os valores de envelhecimento do concelho são muito próximos aos valores da Ilha Terceira.

T2: Riscos naturaisO vulcanismo açoriano, associado a intempéries imprevistas (cuja dimensão tem aumentado nas últimas

décadas), representam uma ameaça permanente no Concelho.

T3: Alterações climáticasAs alterações climáticas são uma forte ameaça às condições do edafoclima de excelência para a produção de

produtos identificados pela região prejudicando um dos principais setores de atividade da região, a agricultura. A modificação paisagística, fruto das mudanças climáticas, pode pôr em causa outro dos setores estratégicos da região, o turismo. As alterações climáticas são um fenómeno global e o contributo da região tem muito pouco peso no seu controlo.

T4: EmigraçãoExiste alguma facilidade em emigrar. Para um açoriano, o destino norte-americano, por via dos laços famili-

ares e de amizade, é uma porta de entrada para o mercado de trabalho, fora da região. O êxodo populacional nos Açores e mais concretamente na Praia da Vitória é alimentado pela falta de oportunidades no mercado laboral e académicas. Com a redução de cursos na Universidade dos Açores na ilha Terceira, com a redução drástica do efetivo, quer português, quer norte-americano, existem famílias que perderam os seus postos de trabalho. As ligações familiares na Diáspora potenciam a solução emigração nestas situações. As “experiências” de amigos reforçam a atratividade da emigração nestes tempos de crise.

T5: Fragilidade da produção internaA dimensão, dependência e ausência de alternativas nos setores produtivos estruturais conferem-lhes um

risco de exposição a “ações externas” de controlo e mitigação externos ineficazes ou de prolongada recuper-ação.

T6: Dependência “unimercado”A dependência dos setores produtivos estruturais de um único mercado ou de poucas opções de escoamen-

to sujeitam a atividade económica produtiva à imprevisibilidade e fragilidade.

T7: Concentração unipolar regionalA ilha de S. Miguel é o destino top of mind na cabeça do consumidor quando pensa em Açores. Este pens-

amento deve-se à magnificência dos seus recursos físicos, naturais e geográficos, mas também à concentração dos hubs logísticos aéreos e marítimos.

Threats/Ameaças


A estagnação do porto comercial da Praia da Vitória é exemplo desta visão. Os setores que podem con-tribuir decisivamente para o desenvolvimento económico e social do Concelho da Praia da Vitória estão in-trínsecamente ameaçados por ela.

T8: Políticas externasA sujeição interna a políticas externas, nomeadamente ao nível da União Europeia, associadas à dependên-

cia de vários setores estruturais, é uma ameaça presente em qualquer projeto de desenvolvimento delineado para os Açores.

T9: Impacto da Base das Lajes na economia localA presença militar estrangeira na Base das Lajes, particularmente o seu impacto na economia local, por via

da integração e interação social e económica dos militares ou das relações comerciais de âmbito institucional, associada à sua dimensão e impacto na economia local, fragilizam o Concelho.

O mais recente episódio de “downsizing” na Base das Lajes voltou a demonstrar essa fragilidade, agravada pelo momento de crise económica vivido no País.

Tal realidade, implica a concretização de estratégias e medidas que diversifiquem as fontes económicas do Concelho e garantam alternativas que acomodem os impactos das variações noutros setores.




Forças e OportunidadesAs condições edafoclimáticas materializadas na produção de produtos de maior valor acrescentado e en-

dossados pela marca Açores têm um manancial de oportunidades na perspetiva da exportação para mercados externos.

Os elevados níveis proteicos, derivados das condições de excelência dos fatores ambientais locais, tornam-nos muito competitivos em determinados segmentos e nichos de mercado. A par disso, o maneio do gado, a pro-dução “eco-friendly” e a produção biológica, conjugada com a Natureza local, e os fatores de modernização in-troduzidos ao longo de décadas na produção agrícola são elementos distintivos que devem encimar a promoção da produção praiense, a qual deve beneficiar e aproveitar a valorização via marca Açores.

Em paralelo, com apoio da Universidade dos Açores e dos seus polos, na identificação e certificação dos valores químicos dos produtos locais, que ajudam comprovadamente a um estilo de vida saudável, pode con-stituir-se um elevado potenciador competitivo em toda a extensão da cadeia de valor das empresas. Esta co-operação entre a Universidade e as empresas vai permitir uma maior facilidade na entrada em determinados segmentos de mercado (premium e nichos, intra-UE e extra-UE).

Daí que a certificação dos produtos de produtos (extensível a outras áreas produtivas, caso das pescas) deve ser uma das prioridades nos próximos anos.

O apoio à continuada modernização e atualização dos formatos produtivos, aliado ao aproveitamento do “know-how” produtivo local, quer atual quer ancestral, são características que valorizam a produção local, onde a diversificação agrícola deverá ser outro objetivo a perseguir.

O desenvolvimento de contactos institucionais na área do “trading”, apoiando ações concretas de divul-gação e promoção dos produtos locais em novos mercados, recetivos às características diferenciadoras da pro-dução praiense, é um elemento cativador de novos fluxos de exportação. Tal estratégia implica, contudo, a diversificação dos canais comerciais, para evitar os efeitos negativos da concentração.

A nível logístico, a localização no Concelho do porto e aeroporto e a sua promoção nos operadores inter-nacionais, nomeadamente de média dimensão, associada aos fatores atrativos locais (onde emergem os planos municipais de dinamização de áreas empresariais, as ligações externas e as competências locais)são fatores determinantes para o incremento da exportação local e, em paralelo, a atração de investimento externo.

Neste particular, as fortes ligações à Diáspora, em todo o processo de promoção da marca Açores, serão essenciais, pois podem rapidamente estabelecer ligações de parceria nos mercados locais de outros países, mais concretamente na América do Norte. Ou seja, a exportação de matérias-primas ou produtos transformados para o mercado norte-americano.

No “cluster marítimo”, o desenvolvimento de novos negócios, a atualização de negócios existentes e a intro-dução de formatos inovadores no setor a partir da Praia da Vitória, aproveitando a área marítima ribeirinha, as infraestruturas existentes no Concelho, a centralidade geográfica interna e atlântica, assim como as ligações a polos de desenvolvimento estrangeiro onde laboram emigrantes ou descendentes destes é uma realidade que centra na Praia da Vitória uma nova área de negócio capaz de contribuir para a alavancagem da economia local.

No Turismo, os recursos Natureza e Cultura, devidamente orientados para os mercados emissores (particu-larmente aqueles onde a procura se centra na contemplação a visitação da Natureza, associada ao conhecimen-to e experimentação da cultura e tradição locais), possibilitam, por um lado, o incremento da procura turística e, ao mesmo tempo, o surgimento de novas áreas de negócios, nomeadamente ao nível da produção de con-

Análise de confrontação


teúdos e produtos turísticos, quer ao nível da divulgação e promoção quer ao nível da animação turística local.No caso particular da Praia da Vitória, além dos elementos acima referidos, a consolidação e expansão de

nichos diferenciadores, caso do birdwatching, do wellness, da obra de Vitorino Nemésio, ou do golfe são es-tratégias complementares, as quais, numa perspetiva de sinergia com o parque habitacional disponível, podem alavancar o setor imobiliário numa perspetiva de segunda residência associada à busca de qualidade de vida e bem-estar, particularmente em idade sénior.

Além do acima exposto, a longa tradição de “empreendedorismo social” existente no Concelho deverá estender-se ao empreendedorismo económico/empresarial. Este deve ser um dos desafios mais importantes a ultrapassar na atual década. A instalação, na Praia da Vitória, de uma Incubadora de Empresas, assente no networking externo (ligações ao outros polos de dinamização no Continente e no estrangeiro, por exemplo) e a continuada dinamização de eventos e ações de cariz informativo e formativo, tendo por base uma perspetiva holística, será um fator-decisivo nesta estratégia.

A par disso, a inovação e a tecnologia (quer como elementos valorativos, quer como vantagens competi-tivas) devem interiorizar-se na mentalidade empresarial local, cabendo também às instituições públicas a sua promoção e concretização.

O sucesso da análise acima será proporcional à capacidade interna de adoção de estratégias e medidas que, na sua génese, tenham a capacidade de fundir o melhor do “know-how” local com o melhor do “know-how” externo.

Forças e AmeaçasA dinamização empresarial local, com consequência na geração de emprego sustentável e no aproveita-

mento dos recursos locais, sendo um objetivo a concretizar, impõe uma constante análise e atenção aos fatores que ameaçam a sua implementação, particularmente as políticas externas (regionais, nacionais, comunitárias e internacionais) que influenciam as dinâmicas internas, assim como a evolução demográfica local, quer por via do envelhecimento populacional quer pela emigração.

Impõe-se, pois, a persistência na concretização de estratégias e medidas que reforcem a resistência interna a tais fatores, as quais implicam uma visão concisa e eficaz da estratégia de desenvolvimento local.

Tal verdade deve traduzir-se na ação política, cabendo maioritariamente a esta a tarefa de avaliação perma-nente e introdução de mecanismos corretivos.

Neste âmbito, o reforço da mentalidade, ações e instrumentos prospetivos e holísticos será um elemento determinante para a eficácia dos planos e programas de ação que venham a ser implementados.

Para lá desta vertente, a otimização de meios, a diversificação produtiva e de fluxos de escoamento, a valori-zação dos produtos e dos recursos humanos e a ação de “lobie” local junto dos atores influentes nas dinâmicas concelhias são estratégias fundamentais na mitigação das ameaças identificadas e na concretização das opor-tunidades descortinadas.

A participação da Praia da Vitória nas redes de conhecimento e inovação internacionais poderá trazer ao concelho a expertise necessária para poder produzir e, consequentemente, exportar produtos de maior valor e grau de inovação tecnológico.

Fraquezas e AmeaçasA eliminação dos constrangimentos conjunturais ao desenvolvimento do Concelho da Praia da Vitória,

particularmente ao nível dos canais de escoamento, das ligações externas, do baixo valor dos produtos e da



qualificação dos recursos é uma meta alcançável.Neste ponto, torna-se central o modelo deficitário de transporte que torna pouco competitiva a economia

local face aos mercados externos, quer intra-UE, quer extra-UE, é agravado pelas condições climatéricas, que nem sempre são propícias ao natural processo logístico multimodal.

Da conjugação das fraquezas e ameaças identificadas nesta análise, ressalta a importância da potenciação e atratividade de massa crítica para o Concelho, tendo como objetivo a alavancagem da mentalidade empreende-dora local.

Tal objetivo permitirá mitigar os constrangimentos estruturais do Concelho, particularmente o envelheci-mento populacional e as dependências “unimercado” e a polarização regional.

O envelhecimento populacional da ilha Terceira, e mais concretamente do concelho da Praia da Vitória, é uma ameaça que deve ser combatida através dos principais vetores estratégicos de desenvolvimento, poten-ciando a valorização do envelhecimento e procurando rejuvenescer a população através de políticas de incen-tivo à natalidade e a atração de populações jovens do exterior.

A atração de jovens do exterior deve ser potenciada com uma oferta, quer académica, de curso de especial-ização em áreas cluster da economia interna, cursos técnicos, superiores, quer no desenvolvimento empresarial alavancado pelo projeto de expansão empresarial impulsionado pelo Município da Praia da Vitória.

Estas medidas servirão igualmente de freio, à emigração e êxodo populacional no Concelho da Praia da Vitória.

Além disso, a situação na Base das Lajes, pelo impacto profundo que provoca na sociedade e economia da ilha Terceira, requer a existência de medidas que procurem transformar esta contingência numa oportunidade de desenvolvimento, desde logo na procura de contrapartidas, mas também na busca de novas valências para os recursos disponibilizados pela redução da atividade da Base, tanto ao nível dos recursos humanos como infraestruturais.




Praia da Vitória 2020

O Quadro de Desenvolvimento estabelecido pela União Europeia com o horizonte temporal 2020, traduzi-do para os Estados-membros através de Acordos de Parceria, estabelece como orientação estratégica o Cresci-mento Inteligente, Sustentável e Inclusivo, dando continuidade à Estratégia Europa 2020.

Neste âmbito, no que concerne a Portugal, extensível à Região Autónoma dos Açores, foram estabelecidos os seguintes Objetivos Temáticos:

- Estímulo à produção de bens e serviços transacionáveis;- Incremento das exportações;- Transferência de resultados do sistema científico para o tecido produtivo;- Cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos;- Redução dos níveis de abandono escolar precoce;- Integração das pessoas em risco de pobreza e combate à exclusão social;- Promoção do desenvolvimento sustentável, numa óptica de eficiência no uso dos recursos;- Reforço da coesão territorial, particularmente nas cidades e em zonas de baixa densidade;- Racionalização, modernização e capacitação da Administração Pública.

Decorrente das orientações Portugal 2020, a Região Autónoma dos Açores definiu o Programa Operacio-nal Açores 2020, dando corpo à utilização dos fundos estruturais comunitários FEDER e FSE para o período 2014-2020.

A visão estratégica associada a este envelope financeiro assenta em quatro linhas de orientação estratégica:

1 - Uma Região aberta e inovadora na utilização dos recursos endógenos, materiais e imaterais, com um nível de produção económica que lhe permita aceder a um patamar superior no contexto regional europeu, em que a economia assente numa base económica de exportação, dinâmica, integrada e diversificada, ultrapassan-do os constrangimentos do limitado mercado interno;

2 - Um território relevante nos fluxos de bens e pessoas, no contexto do sistema logístico e de transporte marítimo entre a Europa e o continente americano, complementada com uma utilização plena das redes e infraestruturas de transmissão de dados, minimizando a condição ultraperiférica e a dispenrsão do território regional;

3 - Uma sociedade inclusiva e equilibrada, geradora de oportunidades de participação, de aprendizagem ao longo da vida, de acesso ao emprego e de plena realização, das crianças e jovens, dos idosos e das famílias;

4 - Uma paisagem, um ambiente e uma vivência distintiva, suportadas em espaços urbanos qualificados, num património natural e cultural diferenciado e reconhecido internacionalmente, com respostas eficazes na proteção da biodiversidade e dos ecossistemas e na adaptação às alterações climáticas.

Em sequência da definição dos objetivos europeus, nacionais e regionais, cabe a cada Município a definição de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Local, o qual, influenciado pelas visões estratégicas comunitária,



Horizonte 2020



nacional e regional, deve refletir a avaliação concreta do presente e delinear as ações futuras, enquadradas em oito vetores:

1 - Identificar desafios locais2 - Estabelecer estratégias integradas e promotoras de eficiência3 - Promover sinergias4 - Dinamizar e modernizxar a Economia5 - Potenciar o Empreendedorismo6 - Preservar e valorizar os recursos locais7 - Salvaguardar o património ambiental e cultural8 - Consolidar a coesão social e territorial

Da conjugação dos objetivos e vetores acima expostos com o diagnóstico realizado nas páginas anteriores, res-saltam os nove principais desafios que se colocam ao Concelho da Praia da Vitória, aos quais procura responder a estratégia apresentada nas páginas seguintes:

1 - Dinamizar e apoiar as empresas e comércio locais2 - Aumentar as oportunidades de emprego sustentável no Concelho3 - Mitigar o impacto do “downsizing” na Base das Lajes4 - Rentabilizar as potencialidades/infraestruturas locais5 - Atrair investimento6 - Salvaguardar e rentabilizar os recursos ambientais7 - Consolidar a coesão social e territorial8 - Salvaguardar e rentabilizar o património cultural9 - Atualizar os serviços orientados para o cidadão

Os desafios que se colocam atualmente ao Concelho da Praia da Vitória obrigam à definição concreta, con-scisa e quatificada de um pacote de políticas, medidas e ações com vista ao desenvolvimento económico, social, territorial e cultural do Concelho, dando seguimento às orientações extralocais, mas numa perspetiva de po-tenciação das especificidades locais com o objetivo preciso de geração de riqueza, emprego e qualidade de vida.

Tal desiderato, que se encontra na génese deste Plano Estratégico de Desenvolvimento Local, consubstan-cia-se na visão que engloba este documento orientador:

Implementar estratégias e ações integradas e consolidadas que valorizem os recursos locais, salvaguardem a identidade praiense, consolidem a coesão social e territorial e gerem riqueza, emprego e qualidade de vida.

A análise dos indicadores que espelham a realidade praiense e a sua conjugação com os princípios orien-tadores do programa Portugal 2020, do Programa Operacional dos Açores 2020 e dos desafios definidos para o Concelho permitem a identificação das quatro Áreas de Ação e dos Setores Estratégicos que englobam e in-fluenciam a arquitetura operacional do Plano Estratégico de Desenvolvimento Local da Praia da Vitória e que se enunciam de seguida:

Modernizar a Economia local Rentabilizar as potencialidades locais Consolidar e dinamizar negócios existentes Aumentar as exportações Atrair novos negócios Potenciar o empreendedorismo

Salvaguardar e valorizar o património ambiental Consolidar estratégias de gestão e proteção de riscos Consolidar estratégias de eficiência e gestão energética e de recursos Reforçar a qualidade nos serviços (águia e resíduos)

Eliminar assimetrias sociais locais Consolidar o Associativismo local Reforçar a qualidade de vida nos espaços urbano e rural Garantir oportunidades idênticas Dinamizar a rede de infraestruturas comunitárias


Áreas de Ação


Competitividade da Economia Local

Ambiente e Eficiência de Recursos

Coesão Social

Preservar a cultura e identidade praiense Valorizar a cultura e património locais Potenciar a cultura e o património locais como produtos turísticos Perpetuar a memória e a cultura locais Potenciar a atualização da identidade cultural local Potenciar e atualizar formas e formatos de expressão artística

A definição das quatro Áreas de Ação subjacentes ao Plano Estratégico de Desenvolvimento Local da Praia da Vitória permite concentrar esforços e atenções nos vetores centrais ao progresso local, embora tendo por base a consciência da importância do aproveitamento dos investimentos e políticas realizados na última déca-da, os quais já enformam uma visão estratégica para o Concelho.

Aliás, convém realçar neste momento que as orientações estabelecidas neste documento em momento al-gum eliminam os efeitos positivos do percurso realizado até aqui. Ao invés, recentram as mais-valias alcançadas, procuram mitigar os efeitos negativos e, com base numa avaliação rigorosa e na certeza dos desafios existentes e emergentes, definem novas linhas de ação, que, em vários casos, perpetuam e atualizam políticas concretizadas e, noutros, introduzem novos mecanismos e instrumentos de dinamização económica, social e cultural.

Da reflexão integrada e consolidada, iniciada em 2013 com o Ciclo de Debates “Praia da Vitória 2013-2020” e continuada em momentos integrados em várias iniciativas em, recentemente, com o trabalho exigido na bus-ca de soluções de mitigação do impacto local da redução da presença militar dos Estados Unidos da América na Base das Lajes, de onde ressalta a exigência de uma nova visão para o progresso económico do Concelho (onde a diversificação e a independência face a elementos decididos externamente são ponto assente), as-sumem-se também os cinco Setores Estratégicos onde se concentram grande parte dos Programas de Ação enunciados nas próximas páginas:

Dos elementos referidos nas últimas páginas encontram-se agregados e organizados na Arquitetura Opera-cional do Plano Estratégico de Desenvolvimento Local, apresentado na próxima página, que garante a integração e sinergias entre os vários Programas de Ação.



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Planos de Ação

O Plano de Ação é o instrumento que visa a operacionalização da estratégia, definida através dos eixos estratégicos de intervenção. Integra, para esse fim, um conjunto de operações e projetos conducentes à sua implementação prática, espelhando diferentes graus de relevância, mas revelando o mesmo carácter de pro atividade face aos objetivos globais.

As fases de diagnóstico, estratégia e Plano de Ação, que constituem as etapas mais visíveis deste processo, conduziram à definição destas intervenções que garantem a operacionalidade, a eficácia e a coerência da visão estratégica, de uma forma complementar e interativa.

Para além das intervenções de exclusiva responsabilidade do Município, assumem particular relevância os investimentos de nível supramunicipal e nacional que foram sinalizados para integrar o Plano de Ação do concelho da Praia da Vitória, seja porque são considerados como necessários a uma efetiva prossecução da estratégia delineada, seja porque nesta fase já estão assumidamente previstos. Em boa verdade, os problemas e desafios que se põem ao desenvolvimento da Praia da Vitória, identificados no diagnóstico, encontram maior coesão, coerência e eficácia na articulação e complementaridade de medidas de âmbito local com os grandes projetos e investimentos públicos centrais, que desde logo recentram o território municipal na lógica do desen-volvimento regional e nacional.

Assim, apesar da definição do Plano Estratégico de Desenvolvimento Local da Praia da Vitória ser uma iniciativa do Município e espelhar, por isso, um conjunto de opções na sua esfera de ação, a sua eficácia e con-cretização é estabelecida através de um Plano de Ação que engloba outras iniciativas e outros atores – públicos e privados – cujas intervenções potenciam, a montante e a jusante, novas sinergias e efeitos de arrastamento induzidos. A inclusão destes projetos num Plano de Ação com objetivos de desenvolvimento local introduz elementos justificativos da sua pertinência e da sua coerência estratégica (ao nível da articulação da escala de atuação local, regional e nacional) e elucida os decisores públicos relativamente aos impactos potencialmente resultantes da sua execução.

A coerência do processo de conceção da estratégia de desenvolvimento da Praia da Vitória, materializada no conjunto de projetos a implementar, pressupõe a abordagem e ponderação de um tripé de construção es-tratégica assente:

i. Num diagnóstico prospetivo e caracterização do território, complementado por uma forte componente de participação e envolvimento dos protagonistas e beneficiários do processo de desenvolvimento e identificação de projetos estratégicos em curso e de projetos de relevância regional e nacional estruturantes; ii. Na definição de uma estratégia de desenvolvimento territorial resultante de uma reflexão coerente e prospetiva, respondendo às problemáticas identificadas em sede de diagnóstico e às oportunidades estratégicas identificadas, consubstanciada nas divisas de “Espaço para Viver, Investir e Trabalhar, Aprender e Conhecer e Visitar e Consumir” e vertida no conjunto de operações referidas no plano de ação; iii. Na estruturação de um plano de ação que, corresponde ao conjunto de atuações estratégicas que confluem na concretização da matriz estratégica definida para o território, dirigidas por diferentes atores públicos e privados, locais e nacionais, no contexto do qual se sinalizam os projetos potencialmente estruturantes e que permitem a concretização dos eixos estratégicos definidos.



Planos de Ação

A coerência e, em última análise, o maior grau de eficácia do Plano de Ação passa não só pela coesão das propostas nele elencadas e pela interação dos vários atores institucionais inscritos, mas também pelo concurso das ações que entretanto têm sido postas em prática pelo executivo municipal e que têm sido responsáveis pelas dinâmicas de transformação do desenvolvimento local.

A estratégia delineada para o concelho da Praia da Vitória beneficia de um estado de maturidade que lhe permite afirmar a exequibilidade dos objetivos e metas fixados. Beneficia, igualmente, de uma nítida con-tinuidade das intervenções estruturantes face a intervenções que já foram executadas, e de uma articulação cautelosa, porém determinada, entre o processo de planeamento e o processo de operacionalização, que lhe permitiram incorporar algum sincronismo entre o processo de definição estratégica (que idealmente precede toda e qualquer intervenção) e o arranque de algumas intervenções estruturantes (que, na prática, se regem por condições regulamentares, prazos de abertura de concursos e decisões que ultrapassam o calendário específico de cada município). Articulam-se, portanto, projetos que estão presentemente em execução com intervenções futuras, como forma de concretizar os objetivos estratégicos delineados.

Para a definição da estratégia de desenvolvimento preconizada para a Praia da Vitória, com um horizonte temporal previsto até 2020, contribuíram várias ideias que foram, em parte, consubstanciadas em planos e pro-jetos liderados pelo Município e que permitiram agora alguma clareza na abertura de eixos estratégicos globais de intervenção e na definição dos seus objetivos específicos, como elementos de apoio à tomada de decisão sobre os desafios que se colocam ao concelho.

Foram definidos 20 Planos de Ação, que alinham a estratégia municipal a longo prazo, do fomento, atração e incentivo ao investimento, passando pela revitalização do comércio tradicional, pela simplificação adminis-trativa e fiscalidade, pela formação, promoção e dinamização empresarial, pela potenciação da baía da Praia, pela prevenção e gestão de riscos, pela eficiência energética, pela valorização do património ambiental, pelo apoio social, pelo fomento da qualidade de vida, pela valorização do património cultural, pelo conceito “Smart City”, até ao reforço do abastecimento de água e de gestão e valorização de resíduos.

Os Planos inseridos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Local da Praia da Vitória apresentam as ori-entações centrais de cada ação. Contudo, cada um, na sua totalidade ou no parcelamento das medidas impõe a estruturação de uma plano setorial, estruturado e dimensionado (nos objetivos, orçamento, metas e quadro temporal), onde se incluirá também a definição dos parceiros da ação, assim como as sinergias com outros planos a promover pelo Município e/ou outras Entidades locais, regionais, nacionais ou internacionais.

Nas páginas seguintes apresentam-se os Planos de Ação definidos.





PA1 COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA LOCAL - Novos Negócios

Programa de Fomento e Atração de Investimentos

Promotor: Município da Praia da Vitória Financiamento: POAçores + Município

Descrição

A procura do concelho da Praia da Vitória como território de investimento e localização de novas em-presas marca positivamente a atratividade do concelho.

O executivo municipal lançou e pretende lançar um conjunto de medidas que visa reforçar um quadro de argumentos concorrenciais à concretização desses investimentos. Destacam-se as medidas de ordenamento dos espaços de localização industrial e infraestruturação de novas áreas e um quadro de política fiscal com-petitivo. A capacidade de disponibilização atempada de espaços de acolhimento empresarial respondendo eficazmente às solicitações de empresários, investidores e empreendedores, constitui um avanço significativo no fomento do tecido empresarial da Praia da Vitória.

Objetivos

- Fomentar o tecido empresarial do concelho da Praia da Vitória e a atratividade territorial para insta-lação de novas empresas;

- Criação de novas zonas industriais;- Modernizar as zonas industriais existentes;- Criação de uma incubadora de empresas, vocacionada para o agrobusiness, mar e tecnologia, com esta-

belecimento de ligações ao estrangeiro e ao Business Inovation Center (Entidade Regional);- Reforçar a formação para os negócios, o empreendedorismo e a dinamização e ação em áreas estratégi-

cas locais, integrando-se nas dinâmicas internacionais.

Principais Projetos

- Incubadora de Desenvolvimento Local da Praia da Vitória, integrada no Business Inovation Center- Rede de Parques Empresariais (Zona Industrial, Boavista Park e Parque Empresarial das Lajes)



PA2 COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA LOCAL - Novos Negócios

Programa de Incentivo ao Investimento

Promotor: Município da Praia da Vitória Financiamento: Município + Parceiros Externos

Descrição

Estimular a criação de massa crítica económico-empresarial, fundamental para alicerçar a mudança que se pretende para atrair investimentos estruturantes que aprofundem e qualifiquem as cadeias de valor ex-istentes tanto no patamar dos produtos e serviços, como de localização geoestratégica. O fomento do em-preendedorismo dos habitantes do concelho e/ou dos novos residentes.

O acesso a componentes de conhecimento, apoio técnico e tecnológico, por exemplo, às explorações agrícolas e a introdução da inovação no setor constituem intervenções estruturantes para o desenvolvimen-to competitivo e sustentável, assim como para a preservação dos valores ambientais, um vetor de relevante importância para a Praia da Vitória.

Objetivos

- Criação de um Fundo de Investimento da Praia da Vitória, com vista ao investimento empresarial, de forma a financiar empresas, apoiando o seu desenvolvimento e crescimento;

- Potenciação e manutenção dos parques empresariais existentes;- Taxas e impostos municipais mais atrativos para projetos de investimento.

Principais Projetos

- Fundo de Investimento da Praia da Vitória;- Taxas e impostos municipais mais atrativos;- Rede de parques empresariais.



PA3 COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA LOCAL - Dinamização Empresarial

Programa de Revitalização do Comércio Local


Descrição

O comércio é hoje, muito mais que uma atividade meramente económica, assumindo também funções de inquestionável importância no campo social, cultural, urbanístico, bem como patrimonial, que nos per-mitem reconher nele, a sua função animadora no espaço urbano.

A revitalização do comércio tradicional, no centro histórico da Praia da Vitória e no meio rural, através do design de comunicação e da introdução de estratégias de marketing e comunicação contemporâneas, é, por isso, essencial.

Objetivos

- Criação de hábitos de compras no comércio tradicional, disseminando, simultaneamente, a tradição e as artes;

- Criação de uma plataforma de congregação de lojas, parceiros, informação e pontos de interesse;- Apoio a empresários e empreendedores do comércio através da partilha de ferramentas e metodologias

inovadoras.

Principais Projetos

- Projeto VitÓria



PA4 COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA LOCAL - Dinamização Empresarial

Programa de Simplificação Administrativa e Fiscalidade

Promotor: Município da Praia da Vitória Financiamento: Município

Descrição

A Câmara Municipal da Praia da Vitória pretende dar continuação às medidas de simplificação ad-ministrativa, com vista a facilitar a vida aos cidadãos e às empresas, com o intuito de criar, também, mel-hores métodos de trabalho.

Os esforços de modernização administrativa têm-se norteado por objetivos de simplificação, eficiência e transparência, no sentido de prestar melhores serviços aos cidadãos. Abordagens de gestão da qualidade, centradas em princípios de enfoque no munícipe, envolvimento e melhoria contínua, têm vindo a ser encar-adas como um veículo para alcançar essas metas.

Objetivos

- Aumento da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e empresas quanto aos procedimentos, custos, formulários, legislação aplicável e outras informações úteis de todas as licenças, autorizações e outros condicionalismos municipais;

- Progressiva desmaterialização de processos, com vista a uma maior redução de custos e facilidade de obtenção da informação.

Principais Projetos

- Monitorização e alargamento do Regulamento da Qualidade do Serviço- Atualização dos Regulamentos Municipais



PA5 COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA LOCAL - Reforço da Competitividade Empresarial

Programa de Formação Empresarial


Descrição

Reconhece-se que os níveis de qualificação de uma percentagem significativa dos empresários que gerem as micro e PME constituem fortes condicionantes do aumento da produtividade e da competitividade das mesmas e, por conseguinte, do desenvolvimento da economia local e regional.

É, por isso, importante formar os jovens empreendedores, demais investidores e atuais empresários, com vista à preparação dos mesmos para os novos desafios que se apresentam, com aproveitamento do potencial científico, tecnológico e cultural, como suportes de competitividade e coesão.

Neste processo, torna-se essencial estabelecer parcerias com entidades formadoras como, a título de exemplo, a Escola Profissional da Praia da Vitória e a Universidade dos Açores, entidades credenciadas no processo formativo.

Objetivos

- Reforçar e desenvolver as competências dos empresários de micro, pequenas e médias empresas, através da realização de ações de formação e de aconselhamento que respondam às suas necessidades, visando a melhoria da sua capacidade de gestão e o aumento da competitividade, modernização e capacidade de in-ovação das respectivas empresas;

- Estimular a cultura da sustentabilidade e o empreendedorismo jovem visando o desenvolvimento sócio-económico e a promoção de uma forma adequada, ética e sustentável de fazer negócios, através da formação de empresários comprometidos com a construção de um concelho melhor.

Principais Projetos

- Formação de novos empresários;- Facilitar e promover novas competências aos atuais empresários.




Programa de Promoção Empresarial


Descrição

A promoção empresarial da atividade económica do concelho tem sido um dos objetivos estratégicos do Município, através da divulgação das potencialidades do tecido empresarial local.

O estabelecimento de parcerias internacionais é muito importante, pois permite abrir canais de conta-to que permitem criar oportunidades de negócio entre empresários locais e estrangeiros. A estratégia de abertura a outros mercados tem sido promovida pela autarquia, pretendendo-se organizar essa ação numa perspetiva de médio-longo prazos, tendo por base, numa primeira fase, as ligações existentes com as comu-nidades emigradas e, numa segunda fase, com espaços territoriais recetivos à produção local e às potencial-idades do Concelho.

Objetivos

- Reforço do investimento empresarial em atividades inovadoras e contribuição para a internacional-ização e orientação transacionável da economia local e criação de emprego qualificado;

- Criação de oportunidades de internacionalização ou reforço da qualidade do tecido empresarial do concelho;

- Promover o empreendedorismo qualificado e criativo.

Principais Projetos

- Estabelecer parcerias internacionais, com vista à criação de canais de distribuição;- Fomento das exportações;- Realização de seminários, conferências e workshops.




Gabinete Municipal de Dinamização Empresarial e Apoio ao Empresário


Descrição

A consequente necessidade de um centro de informação local que auxilie os empresários no seu quotidi-ano, como instrumento de apoio da autarquia aos empresários, desde a formação de empresas, promoção de parcerias locais, promoção do dinamismo empresarial e fomento do empreendedorismo e a importância cada vez maior do papel das autarquias em se assumirem como elemento promocional das localidades que representam, levaram à criação do Gabinete de Apoio ao Empresário.

Objetivos

- Promover uma relação personalizada com os agentes económicos do concelho;- Promover o empreendedorismo e estimular a valorização profissional;- Estabelecer parcerias com as associações e agências empresariais, com o objetivo de desenvolver es-

tratégias para a promoção do dinamismo empresarial local;- Prestar informação sobre incentivos, formalidades legais e contactos necessários;- Conceber e organizar conferências, seminários, sessões informativas e encontros temáticos, direciona-

dos ao setor empresarial do concelho.

Principais Projetos

- Consolidar e alargar a ação do Gabinete de Desenvolvimento Económico.- Parcerias com Entidades locais, regionais, nacionais e internacionais que valorizem quantitativamente

e qualitativamente a ação deste serviço, com benefício direto para o tecido empresarial local.




Programa “Praia Smart City”


Descrição

A utilização das tecnologias de informação e comunicação é, hoje, uma realidade e uma ferramenta es-sencial para a dinamização, gestão e potenciação dos negócios, a jusante e a montante.

Integrando-se na Agenda Digital e Tecnológica dos Açores, pretende-se a inclusão da Praia da Vitória nas redes regionais, nacionais e internacionais, tirando partido dos desenvolvimentos tecnológicos, aplican-do-os na promoção da competitividade das empresas e na eficiência das administrações públicas.

Objetivos

- Promover a competitividade das empresas- Promover a eficiência dos serviços municipais- Promover a inclusão e aprendizagem eletrónica- Consolidar o acesso à informação pública- Potenciar a melhoria substancial das relações entre a administração, os agentes económicos e os ci-

dadãos- Fomentar a procura e utilização generalizada das TIC, potenciando a otimização de recursos e o au-

mento da qualidade de vida dos cidadãos

Principais Projetos

- Rede Wi Fi no Centro Histórico- Reforço da disponibilização dos serviços online- Projeto de desmaterialização e reengenharia de processos de front-office e back-office municipais- Desenvolvimento de plataformas e-citizen- Espaços TIC-Praia



PA9 AMBIENTE E EFICIÊNCIA DE RECURSOS

Programa de Potenciação da Baía da Praia da Vitória


Descrição

A Baía da Praia abriga um extenso areal, o maior dos Açores. Foi nesta baía que, a 11 de agosto de 1829, ocorreu a batalha da Praia, a maior batalha contra o miguelismo, o exército de D. Miguel tentou desembarcar na Praia, mas viria a ser derrotado pelas forças liberais, leais a D. Pedro. É, portanto, um marco na história de Portugal e uma referência a nível mundial.

As características e configuração da própria baía, tornam-na numa importante plataforma de desenvolvi-mento para o concelho e para a ilha Terceira.

Objetivos

- Potenciar investimentos estratégicos, plataforma marítima, exportações e captação de investimento por via das condições de transporte;

- Potenciar o turismo com escalas de cruzeiros e viagens interilhas;- Fomento da investigação e inovação, através das parcerias criadas;- Introdução de novos negócios e potenciação do empreendedorismo;- Cluster para competições náuticas;- Estabelecimento de área de treino náutico;- Potenciação de atividades marítimas vocacionadas para o turismo;- Reforço da ligação ao mar.

Principais Projetos

- Plano de urbanização do perímetro circundante da Baía da Praia;- Parcerias com a Universidade dos Açores (Departamento de Ciências Agrárias, Departamento de

Oceanografia e Pescas e LAMTec);- Concurso público internacional para concessão do porto comercial;- Ligação da Marginal da Praia da Vitória ao Porto Comercial;- Protocolo para utilização partilhada do porto americano e investimentos conexos.




Programa de Reforço do Abastecimento de Água

Promotor: Município + Praia Ambiente, E.M. Financiamento: POAçores + Município

Descrição

A salvaguarda do ambiente e a sustentabilidade ecológica dos recursos naturais é uma matéria fundamen-tal para o desenvolvimento futuro da Praia da Vitória, por um lado, pela riqueza de ecossistemas existentes e, por outro lado, porque são estes recursos que constituem a base económica do concelho. A atratividade deste território é, em boa parte, marcada pela qualidade paisagística, pela riqueza da fauna e flora naturais, pela proximidade dos espaços naturais que servem de enquadramento aos aglomerados urbanos e pelo estilo de vida saudável associado à qualidade de vida do meio rural/florestal. É pois crucial saber proteger estes valores naturais, tidos como fatores de desenvolvimento, promotores de uma atividade turística diferenciada e de uma atratividade residencial qualificada.

Objetivos

- Otimizar e gerir de modo eficiente os recursos hídricos numa ótica de utilização, proteção e valori-zação garantindo a melhoria da qualidade das massas de água e otimização e gestão eficiente de recursos e infraestruturas existentes, garantindo a qualidade do serviço prestado às populações e a sustentabilidade dos sistemas no âmbito do ciclo urbano da água;

Principais Projetos

- Elaboração e execução do projeto de reforço do abastecimento ao subsistema Agualva/Praia;- Projeto de execução de redes de abastecimento de água e drenagem de águas residuais no concelho da

Praia da Vitória;- Melhoria da eficiência energética e controlo de perdas de água no sistema de abastecimento de água no

concelho da Praia da Vitória;- Renovação do parque de contadores;- Projeto de remodelação das condutas adutora e distribuidora do Pico Celeiro;- Projeto de execução do reservatório e infraestruturação do Furo do Pico das Favas;- Reabilitação das infraestruturas de abastecimento de água;




Programa de Gestão e Valorização de Resíduos

Promotor: Município + Praia Ambiente, E.M. Financiamento: POAçores + Município

Descrição

A sensibilização para a questão ambiental passa, em grande medida, pela divulgação e interpretação do legado ambiental do concelho, incutindo aos atores interventivos no território princípios de gestão e proteção ambiental.

Objetivos

- Valorizar os resíduos, reduzindo a produção e a deposição em aterro, aumentando a recolha seletiva e a reciclagem.

Principais Projetos

- Aquisição de contentores para recolha de resíduos (indiferenciados, recicláveis e oleões);- Aquisição de ecopontos;- Campanhas de valorização de resíduos junto da população escolar.




Programa de Prevenção e Gestão de Riscos


Descrição

A melhoria dos serviços de proteção civil municipais é hoje um fator chave para a definição de um con-ceito de segurança generalizada que influência a atratividade do concelho da Praia da Vitória.

A salvaguarda do ambiente e a sustentabilidade ecológica dos recursos naturais é uma matéria funda-mental para o desenvolvimento futuro da Praia da Vitória, por um lado, pela riqueza de ecossistemas exis-tentes e, por outro lado, porque são estes recursos que constituem a base económica do concelho.

Objetivos

- Reforçar a atratividade territorial pela elevação do índice de segurança;- Consolidação da orla costeira, tratamento e consolidação de encostas, paisagismo e naturalização;- Prevenção e gestão de riscos na muralha e ribeiras.

Principais Projetos

- Muralha do Passeio Marginal da Praia da Vitória;- Ações de manutenção e conservação da orla costeira e das ribeiras;- Plano Municipal de Proteção Civil.




Programa de Eficiência Energética


Descrição

A eficiência energética procura melhorar o uso das fontes de energia. A utilização racional da energia, consiste em usar de forma eficiente a energia para se obter um determinado resultado.

A utilização de energias renováveis como fonte de energia para consumo, quer de climatização como de aquecimento de águas quentes e sanitárias e de piscinas, é uma das formas mais eficientes de reduzir o con-sumo de energia de combustíveis fósseis.

Objetivos

- Avaliar a eficiência energética do património municipal;- Avaliar a eficiência energética das empresas sediadas no concelho;- Adoção de soluções energéticas mais eficientes e menos poluentes.

Principais Projetos

- Estudo de eficiência energética dos edifícios municipais e luminárias de iluminação pública;- Estudo de eficiência energética das empresas do concelho.




Programa de Valorização do Património Ambiental


Descrição

A atratividade deste território é, em boa parte, marcada pela qualidade paisagística, pela riqueza da fau-na e flora naturais, pela proximidade dos espaços naturais que servem de enquadramento aos aglomerados urbanos e pelo estilo de vida saudável associado à qualidade de vida do meio rural/florestal. É pois crucial saber proteger estes valores naturais, tidos como fatores de desenvolvimento, promotores de uma atividade turística diferenciada e de uma atratividade residencial qualificada.

A sensibilização para a questão ambiental passa, em grande medida, pela divulgação e interpretação do legado ambiental do concelho, incutindo aos atores interventivos no território princípios de

gestão e proteção ambiental.

Objetivos

- Valorizar e reabilitar os espaços naturais do concelho;- Promover a sustentabilidade ecológica e ambiental do concelho;- Salvaguardar os valores ambientais, da fauna e da flora autóctones.

Principais Projetos

- Planos de sensibilização ambiental;- Manutenção e conservação das zonas balneares;- Manutenção e conservação das zonas húmidas do Paúl, do Belo Jardim e da Pedreira do Cabo da Praia;- Manutenção e conservação dos trilhos das baías da Agualva, da Rocha do Chambre e das Relheiras de

São Brás.




Programa Integrado de Urbanismo Sustentável


Descrição

O Centro Histórico da Praia da Vitória e a sua ligação à orla costeira são elementos diferenciadores do território urbano, devendo, por isso, e no âmbito das orientações do Programa Operacional dos Açores, merecer especial atenção e, acima de tudo, ações de atualização dos espaços, com o objetivo de melhorar a sua mobilidade e atratividade humana interna e contribuir também para a atração turística.

Em paralelo, a concretização de ações de reforço da zona ribeirinha da cidade e de aproveitamento do potencial do mar como elemento dinamizar económico são elementos essenciais ao desenvolvimento do Concelho.

Objetivos

- Melhoria do meio ambiente urbano- Eliminação de barreiras arquitetónicas- Promoção da mobilidade no espaço urbano- Reforço da atratividade territorial- Potenciação da ligação espaço urbano-mar- Dinamização turística e económica da malha urbana e da baía

Principais Projetos

- Valorização do Centro Histórico- Reforço das condições de mobilidade- Dinamização da Baía da Praia- Reforço das condições de atratividade económica, social e turística



PA16 COESÃO SOCIAL

Programa de Apoio Social


Descrição

Para a promoção de um território mais coeso e inclusivo são determinantes as políticas de apoio social aos mais necessitados e de integração de minorias étnicas e grupos de risco.

Esta operação engloba um conjunto de projetos e programas que visam promover a habitação social e a erradicação de habitações precárias, fundamental para a consolidação de uma imagem qualificada do con-celho, mas também a construção e manutenção de uma rede de equipamentos de caráter social, junto das populações mais idosas e dos grupos com maiores necessidades de apoio, como sejam os centros de dia, os centros ocupacionais, etc. para além de gabinetes de apoio social de proximidade.

Objetivos

- Promover um território socialmente coeso e inclusivo;- Dinamizar espaços e atividades de apoio à terceira idade;- Reforçar as medidas de inclusão social e promover a igualdade de oportunidades.

Principais Projetos

- Promoção de habitação social e de rendas apoiadas;- Reabilitação psicomotora a crianças e idosos;- Apoio a famílias carenciadas.



PA17 COESÃO SOCIAL

Programa de Fomento da Qualidade de Vida


Descrição

Fazer crescer e dinamizar a participação da população nas instituições associativas do concelho, é um ponto chave para que o associativismo se mantenha ativo.

A Praia da Vitória tem as suas instituições fortemente apetrechadas, sendo necessário mantê-las como forças vivas das localidades onde se inserem. Filarmónicas, Impérios, Casas do Povo, grupos desportivos, grupos folclóricos, entre tantos outros, formam um património sociocultural de extraordinário valor.

Objetivos

- Apoio e dinamização do associativismo;- Dinamização das infraestruturas comunitárias.

Principais Projetos

- Apoio aos centros de dia de idosos;- Dinamização e Apoio do Associativismo local- Rede de Creches e ATL’s;- Fundo de Coesão Rural;- Ações de natureza sociocultural nas instituições do concelho.



PA18 PATRIMÓNIO CULTURAL

Programa de Dinamização da Rede de Espaços Museológicos


Descrição

A dinâmica sociocultural constitui um importante vetor de diferenciação territorial e assume-se como fator de atratividade residencial e turística, protagonizando o lema de espaço de vivência integrada. Posto isto prevê-se, sob esta operação, o desenvolvimento de um conjunto de iniciativas que visam a dinamização sociocultural do concelho e a sua promoção para o exterior, para a conquista de novos públicos, através da consolidação de uma agenda de eventos de animação e de programação de atividades de âmbito sociocul-tural ao longo de todo o ano. O concelho aposta na defesa e desenvolvimento das suas principais marcas e referências com vista à sua promoção interna e externa e como veículo de diferenciação de um território consciente das suas tradições, que constituem também um importante fator de atratividade e coesão.

Objetivos

- Criar uma Rede de espaços museológicos no Concelho- Preservar a Cultura e Identidade Praiense- Reforçar a Oferta Turística no Concelho- Perpetuar a Memória e Cultura locais- Valorizar o Património e Cultura locais

Principais Projetos

- Rede de Espaços Museológicos do Concelho da Praia da Vitória- Promoção da Rede de Espaços Museológicos do Concelho




Programa de Valorização do Artesanato Local


Descrição

O Artesanato Local, além da componente de preservação de tradições e realidades asncestrais, é também um fator económico, quer de complemento do rendimento quer de contributo para o bem-estar económico familiar.

Em paralelo, no âmbito das orientações estratégicas inseridas neste documento, deve também ser po-tenciado como elemento económico, quer por via da identidade comunitária valorizada pela componente económica quer pela possibilidade que oferece de inovação e/ou atualização no sentido da geração de novos negócios ou da recuperação e atualização de métodos e produções ancestrais.

Objetivos

- Reforçar os espaços e momentos de promoção do artesanato local- Contribuir para o reforço do número de artesãos no Concelho- Contribuir para o rejuvenescimento dos artesãos- Promover e dinamizar ações de sensibilização e formação junto de públicos-alvo

Principais Projetos

- Feiras de Artesanato- Ações de formação- Promoção dos Artesãos e suas produções




Programa de Animação Cultural


Descrição

A promoção de um território atrativo para novos habitantes, visitantes e investidores, implica um com-promisso institucional na programação de atividades, na publicitação e promoção das marcas distintivas e diferenciadoras do concelho e na defesa dos valores que constituem a sua matriz identitária. Nesta oper-ação incluem-se os projetos de sinalética, organização e promoção da agenda de atividades socioculturais e turísticas, programas que visam a qualificação e a promoção do turismo no concelho e ações de comunicação e marketing territorial. A consolidação da marca distintiva e identitária da Praia da Vitória implica a pro-moção do “tradicional” e a inclusão de inovação nas metodologias de projeção do território para o exterior.

Objetivos

- Reforçar a atratividade dos espaços urbano e rural- Reforçar a oferta turística do Concelho- Preservar a identidade e cultura locais- Potenciar e atualizar formas e formatos de expressão artística- Potenciar a animação cultural e festiva do Concelho como polos agregadores e de dinamização económi-

ca, cultural e social

Principais Projetos

- Plano Municipal de Animação Cultural- Festas da Praia da Vitória- Outono Vivo


Através da análise dos indicadores estatísticos, quer ao nível da população, do emprego, da economia foi possível trilhar um caminho que pretende, atrair população ao concelho, quer em termos de residência, quer em termos turísticos, fomentar a economia local, com a criação de novas empresas e expansão das existentes, fomentar o comércio externo com o estabelecimento de parcerias com o estrangeiro e melhorar a qualidade de vida da população.

É pois importante sublinhar os cinco Objetivos Estratégicos subjacentes à estratégia de desenvolvimento preconizada para o concelho da Praia da Vitória:

Dinamização Económica- Aproveitamento das potencialidades locais (particularmente as infraestruturas logísticas) para a criação

de novos negócios e captação de investimento externo, orientados para os mercados externos que valorizam a produção “amiga do ambiente” e garantem valor acrescentado à produção local/regional;

- Revitalização dos tecido empresarial/comercial local existente, reforçando a sua oferta para o mercado interno e/ou alavancando a sua ação através das exportações;

- Apoio ao Empreendedorismo local, orientado para as áreas de potencial elevado – Mar, Agrobusiness e Tecnologia -, através da Incubação de Empresas e da Formação para o Empreendedorismo, sinalizando o Con-celho na rede mundial de apoio e dinamização do empreendedorismo.

Emprego sustentável- A concretização de medidas que permitam investimentos capazes de absorver a mão-de-obra disponível

no Concelho/Ilha, quer por via da contratação direta quer, primeiro, por via da formação e valorização profis-sional e, depois, pela entrada no mercado de trabalho orientado para novos negócios;

- Medidas que possibilitem o autoemprego e a concretização de projetos inovadores e sustentáveis a médio/longo-prazos, geradores de valor acrescentado e, por essa via, da necessidade de reforço dos quadros de recur-sos humanos.

Aproveitamento das Potencialidades Locais- As infraestruturas logísticas existentes na Praia da Vitória (Aeroporto das Lajes e Porto Comercial da

Praia da Vitória) são determinantes na estratégia de desenvolvimento local, porque, por um lado, são ativos com potencial de atração de investimento externo e, por outro, permitem alavancar a produção local para a exportação.

Preservação Ambiental e Gestão de Recursos Naturais- O concelho da Praia da Vitória comporta um conjunto de recursos naturais de valor elevado que importa

preservar, dando seguimento à estratégia de desenvolvimento iniciada em 2006. A sua gestão e conservação, quer na ótica de proteção futura quer na ótica da oferta turística, são – e devem ser - prioridades a médio e lon-go prazos. De igual modo, a introdução de procedimentos, mecanismos e instrumentos que possibilitem maior eficácia e eficiência na utilização dos recursos naturais/locais é outra linha de ação inerente a este objetivo.


Conclusão

Dinamização Turística- A consolidação da Praia da Vitória na oferta turística regional, valorizando as idiossincrasias locais como

complemento à oferta Natureza/Cultura, é essencial à estratégia de desenvolvimento do concelho. A valori-zação do Património Natural, Histórico, Cultural e Comunitário do Concelho, a concretização de novos ele-mentos de atração turística e a abertura a projetos inovadores e contemporâneos, enquadrados na evolução artística regional/nacional, são elementos a ter em conta na prossecução deste objetivo.

Com este documento aspiramos a um concelho próspero, saudável, sustentável, amigo dos seus residentes, dos visitantes, dos investidores. O sítio mágico no centro do Atlântico. O lugar do encontro. De um encontro que tem menos saudade de um passado que não volta e mais vontade de um futuro a construir.

No seu alicerce, este Plano espelha uma Visão: instituir estratégias e ações, integradas e consolidadas, que valorizem os recursos locais, salvaguardem a identidade praiense, consolidem a coesão social e territorial do Concelho e, como objetivos cimeiros, gerem riqueza, emprego sustentável e qualidade de vida.




- PROTA - Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores- Horizon 2020 - The UE Framework Programme for Research and Innovation- Portugal 2020- Programa Operacional dos Açores 2020- Agenda Digital e Tecnológica dos Açores- Plano Estratégico para o Fomento do Empreendedorismo 2013-2016- Plano Diretor Municipal da Praia da Vitória- Estudos internos do Município da Praia da Vitória - Gabinete de Desenvolvimento Económico- Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020- Instituto Nacional de Estatística- Serviço Regional de Estatística dos Açores- Pordata


Documentação e Estatística

Município da Praia da VitóriaGabinete de Desenvolvimento Económico

Setembro de 2015

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