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PLANO ESTRATÉGICO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CONCELHO DE SANTA CATARINA “MARCA, O RUMO EM SANTIAGO NORTE” 2017 - 2027 Cidade de Assomada, Outubro de 2017 www.cmscs.cv @ All rigths reserved the Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago - Cabo Verde

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

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PLANO ESTRATÉGICO MUNICIPAL DE

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CONCELHO DE SANTA CATARINA

“MARCA, O RUMO EM SANTIAGO NORTE”

2017 - 2027

Cidade de Assomada, Outubro de 2017 www.cmscs.cv

@ All rigths reserved the Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago - Cabo Verde

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A ESTRUTURA DO PLANO (ÍNDICE)

Mensagem do Presidente

Enquadramento

Metodologia

Missão, Visão e Valores

O Concelho de Santa Catarina de Santiago.

Objectivos e Metas

Mapa Estratégico

Eixos Estratégicos

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

Demografia

Educação e Formação

Saúde

Segurança Pública e Protecção Civil

Habitação

Integração Social

Género

Migração

Espaços e Actividades Desportivas

Cultura

DIMENSÃO ECONÓMICA

Agricultura e Pecuária

Tecido Empresarial

Turismo

Comércio

Economia do Mar

Energia

Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs

Acessibilidades e Transportes

DIMENSÃO AMBIENTAL

Espaços verdes de recreio e lazer

Resíduos e Limpeza Urbana

Gestão de Recursos Hídricos

DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL

Administração Autárquica

INDICADORES DE AVALIAÇÃO

RESULTADOS ESPERADOS

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Gabinete do Presidente

Presidente

Drº. José Alves

Vice-presidente

Drº. José Luís Semedo

Secretário Municipal

Drº. Alcides Varela

DAF- Direção da Administração e Finanças

Drº. Cinthia Moura

DRHAG- Direção dos Recursos Humanos e

Administração Geral

Drº. Orlando Furtado

DEE – Direção de Estudos e Estatística

Drº. Carlos Correia

DAS – Direção do Ambiente e Saneamento

Drº.

DAJAC- Direção dos Assuntos Jurídicos,

Auditoria e Controlo

Drº. José Veiga

DELI- Direção da Economia Local e Inovação

Drº.

DCGCI- Direção da Cultura, Género,

Comunicação e Imagem

Drº. Jassira Monteiro

DJD- Direção da Juventude e Desporto Drº. Emanuel Coelho

DSPC- Direção da Segurança e Proteção Civil Drº. Nelson Veiga

Ministério de Ambiente e Agricultura - MAA

Ministério da Economia - ME

Agência Cabo-verdiana para o Desenvolvimento

Empresarial e Inovação – ADEI

Ministério da Educação – ME

Ministério da Justiça – MJ

Instituto Nacional de Estatística – INE

Ministério do Turismo – MT

Câmara do Comércio de Sotavento – CCS

Cabo Verde Trade Invest – CTI

Ministério das Finanças – MF

Ministério da Saúde – MS

Comando Regional da Polícia Nacional – CRPN

Ministério da Cultura – MC

Organização das Nações Unidas – ONU

Organização Mundial do Turismo – OMT

World Travel Turim Consul – WTTC

Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago –

CMSCST

DEFP- Direção da Educação e Formação Profissional

Drº. Claudino Cabral

DPSH- Direção da Promoção Social

Drº. Elisangela Leal

DUP-Direção do Urbanismo e Planeamento

Drº. Gilberto Teixeira

DOIT- Direção de Obras, Infraestruturas e Transportes

Drº. Ricardo Fidalgo

PELOURO PROMOTOR – Administração e Finanças

Dr. José Luís Semedo

CONSULTOR

Drº. Adilson Monteiro

Técnicos Convidados

Dr. Nunes Henrique (Engenheiro)

Dr. Ulisses Vieira (Consultor)

Dr. Carlos Fidalgo Correia (Sociólogo)

Dr. Nelson Veiga (Economista)

Dr.ª Sandra Moniz (Geóloga)

Dr.ª. Ana Correia Furtado (Estatístico)

Dr. Graciano Cena (Sociólogo)

Dr.ª Carla Furtado (Geógrafo)

Dr.ª Eunice Fernando (Geógrafo)

Dr.ª Margarida Tavares (Urbanista)

Dr. António Pinho (Filosofo)

Dr. Jailson Moreno (Assistente Social)

Dr. Manuel Cabral (Historiador)

Dr. Augusto Ribeiro (Historiador)

PARTICIPANTES DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO DO CONCELHO DE SANTA CATARINA E INSTITUIÇÕES CONSULTADAS

PARTICIPANTES DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO DO CONCELHO DE SANTA CATARINA DE SANTIAGO

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A busca pelo desenvolvimento dos concelhos, das regiões, e dos Estados-nações tem configurado como um dos maiores desafios para gestores das

instituições públicas governamentais. Num ritmo cada vez mais acelerado os pesquisadores das áreas de ciências sociais, económicas, ambientais e

políticas têm procurado construir aparatos teóricos que iluminam as práticas administrativas visando contribuir para uma gestão pública mais eficiente,

eficaz e efectiva.

Paralelamente a este cenário, percebe-se um mundo cada vez mais globalizado em praticamente todas as suas dimensões: económica, social, ambiental

e política, o que tem causado fortes impactos na estrutura social dos grandes centros urbanos, alterando a organização do trabalho, a estrutura de

consumo, criando desigualdades sociais, aumentando o índice do crescimento populacional, e influenciando a prática político-administrativa nas mais

diversas esferas de governação (Local, Regional e Nacional).

É neste contexto que emerge o Planeamento Estratégico Municipal (PEM) que é um instrumento de gestão de extraordinária importância para fazer

cobro aos inúmeros desafios enfrentados pelos governos municipais, nomeadamente as pressões da legislação, dos munícipes, dos empresários locais,

sindicatos, das associações comunitárias e, etc). Güel (1997) salienta que a complexidade dos desafios urbanos requer um trabalho multidisciplinar, na

construção de caminhos alternativos para superar essas problemáticas que envolvem múltiplas e diferenciadas questões urbanas, regionais, nacionais e

internacionais. (Rezende; Castor, 2006) explica que o planeamento estratégico municipal é um processo dinâmico e interactivo para determinação dos

objectivos, estratégias e acções do município e da câmara municipal. Segundo esses autores o plano é elaborado por meio de diferentes e

complementares técnicas administrativas com o total envolvimento dos atores sociais, ou seja, munícipes, gestores locais e demais interessados na

cidade. Eles sustentam, ainda, que o plano é formalizado para articular políticas, estaduais e municipais visando produzir resultados no município e

gerar qualidade de vida adequada aos seus munícipes. Peter Drucker (1977), por sua vez, define planeamento estratégico como um processo contínuo,

sistemático, organizado e capaz de prever o futuro, de maneira a se tomar decisões que reduzam riscos.

O planeamento efectivamente constitui uma ferramenta de extrema importância na esfera governamental tendo em conta que o mesmo permite:

compartilhar uma visão estratégica; mobilizar pessoas e recursos para objectivos e metas comum; desenvolver relações intersectoriais; para alem de

permitir os dirigentes das organizações públicas pensar no curto, médio e longo prazo e assumir o controlo sobre o destino dos concelhos.

É com base nestas orientações teóricas-metodológicas e científicas de uma literatura rica referente ao planeamento estratégico municipal em

epígrafe, no Plano do Governo de Cabo Verde para a uma década e, nos Objectivos para Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização

das Nações Unidas a todos os países a nível global que um grupo multidisciplinar composto por dezenas de especialistas das mais diversas áreas

(economia, gestão, engenharia, urbanismo, arquitectura, educação, ciência política, medicina, geologia, serviço social, filosofia, estatística, sociologia)

trabalharam durante cinco meses para elaborarem o Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Concelho de Santa Catarina de

Santiago.

ENQUADRAMENTO

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O ponto de partida para a definição do Plano Estratégico para o desenvolvimento do Concelho de

Santa Catarina de Santiago foi a definição de uma visão estratégica relativamente ao futuro do

concelho sob o lema “Santa Catarina marca o rumo em Santiago Norte”, uma visão estribada nos

princípios do desenvolvimento sustentável discutidos pela primeira vez na Conferência do Estocolmo,

realizada em 1972, na Suécia. Foram vários os encontros que sucederam este primeiro, reunindo a

cúpula política e especialistas de diferentes países ao redor do mundo, interessados no avanço nas

discussões sobre práticas da sustentabilidade e, os dirigentes da Autarquia de Santa Catarina

procuraram em desenvolver um plano que espelha essa visão que promete promover um

desenvolvimento que salvaguarda as necessidades das gerações futuras.

Tendo em consideração os (4) pilares/dimensões do desenvolvimento sustentável, foram delineados

e concebidos (24) Eixos Estratégicos que por sua vez foram desmontados em (100) programas e

(300) projectos por forma a concretizar na prática os (10) macro-objectivos estratégicos desdobrados

em (19) micro-objectivos estratégicos delineados no plano para (10) anos de governação municipal.

MICRO-OBJECTIVOS

1º PILAR/DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

DEMOGRAFIA

Objetivo 1 | Empoderar a população na idade jovem criando as condições para que essa camada social

possa investir em pequenos negócios e terem acesso ao emprego e renda evitando assim a saída de

quadros qualificados (fugas de cérebros) do concelho;

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Objetivo 2 | Promover uma educação e formação de excelência em todos os níveis de ensino visando

potencializar o surgimento de quadros de alto valor agregado para servir o concelho de Santa Catarina

e o próprio país;

SEGURÂNÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO CIVIL

Objetivo 3 | Incutir nas pessoas a cultura de boas práticas sanitárias, urbanísticas e o cumprimento de

leis e regulamentos municipais;

Objetivo 4 | Desenvolver acções, com eficácia administrativa, Visando a sensibilização, prevenção e

reacção de acordo com as situações e contextos no âmbito da afirmação da autoridade municipal;

INTEGRAÇÃO SOCIAL

Objetivo 5 | Promover a integração social das crianças, dos adolescentes, das pessoas com

necessidades especiais, das pessoas da terceira idade, dos portadores do vírus de HIV e

toxicodependentes visando dar-lhes maior e melhores oportunidades sociais e económica;

METODOLOGIA

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DESPORTO

Objetivo 7 | - 1- Elevar a qualidade da Vereação do Desporto na CMSC; 2 - Aumentar a base de

participação desportiva no Concelho nas localidades; 3 - Beneficiar e construir estrategicamente

infraestruturas desportivas em falta; 4 - Aumentar o financiamento da oferta pública desportiva;

2º PILAR/DIMENSÃO ECONÓMICA

TECIDO EMPRESARIAL

Objetivo 8 | Promover o tecido empresarial local incentivando as empresas a inovar e a ter maior

responsabilidade social e ambiental;

AGRICULTURA E PECUÁRIA

Objetivo 9 | Alavancar o sector agro-pecuário do concelho através de novos investimentos e da sua

integração a outras regiões agrícolas no país e aos mercados turísticos nacionais;

TURISMO

Objetivo 10 | Desencravar a economia do turismo do concelho e projectar Santa Catarina enquanto

Marca Turística;

COMÉRCIO

Objetivo 11 | Organizar o sector de comércio do concelho e promover os produtos de origem local;

ECONOMIA DO MAR

Objetivo 12 | Criar uma organização especializada em assuntos do mar capaz de gerir o sector das

pescas a nível local e capacitar os pescadores locais visando aumentar a eficácia na produção de

pescados;

ENERGIA

Objetivo 13 | Potencializar a produção de energias renováveis no concelho através de acções de

capacitação que visam reduzir custos de energia no concelho e estimular o surgimento de novas

empresas no sector;

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Objetivo 14 | Reforçar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na Administração

Pública local como forma de apetrechar a máquina pública em matéria de recursos tecnológicos e,

estimular o surgimento de novas empresas no ramo das TICs.

ACESSIBILIDADES, MOBILIDADES E TRANSPORTES

Objetivo 15 | Construir e melhorar todas as vias de acesso do concelho visando melhorar as

condições de acessibilidades e mobilidades e permitir melhor circulação de pessoas, escoamento dos

produtos locais para os mercados e desencravar as localidades ainda encravadas;

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3º PILAR/DIMENSÃO ECONÓMICA AMBIENTAL

ESPAÇOS VERDES DE RECREIO E LAZER

Objetivo 16 | Garantir uma melhor qualidade no ambiente do território do concelho bem como a

qualidade de vida das pessoas através de uma boa gestão ambiental, particularmente dos espaços

verdes;

SANEAMENTO E RESIDUOS SÓLIDOS

Objetivo 17 | Criar condições para melhor gestão dos resíduos sólidos no concelho através de

investimentos em matéria de equipamentos, recursos humanos e ações de sensibilização junto da

comunidade visando preservar o meio ambiente;

4º PILAR/DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL

ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICAS

Objetivo 18 | Promover uma gestão pública municipal, moderna, participativa e, auto-sustentável do

ponto de vista financeiro.

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Para alcançar esses desideratos pré-definidos foi formada um equipa multidisciplinar reunindo

diversos especialistas. Em seguida a equipa foi subdividida em quadro grupos de acordo com as

dimensões do desenvolvimento sustentável. Por sua vez, os grupos visando desenvolver um plano

participativo que espelha os interesses/desejos dos munícipes do concelho de Santa Catarina reuniram

com os mais diversos atores sociais importante no território, nomeadamente, líderes das Associações

para Desenvolvimento Comunitário, Empresários Locais de múltiplas áreas económicas, e Dirigentes

de Instituições Governamentais e Religiosas sediadas no concelho para estudar e inteirar-se da

realidade do concelho nas mais diferentes áreas.

Plano Estratégico – Grupo de Trabalho

Para além dos vários encontros com os atores locais no decorrer do processo de elaboração do presente

plano foi feito um survey na rica literatura existente sobre planeamento estratégico visando considerar

estudos de casos idênticos de outros concelhos com trajectórias que se aproximam, à escala nacional e

internacional.

Finalmente, considera-se importante salientar, ainda, que para elaboração desta plano a equipa de

trabalho seguiu um calendário/cronograma pré-definido que orientou todas as etapas da elaboração do

Plano.

Grupo 1 – Dimensão

Socio-cultural

Demografia

Educação

Saúde

Segurança Público

Género

Emigração

Grupo 3 – Ambiental

Espaços verdes de recreio e

lazer

Resíduos e Limpeza Urbana

Gestão de Recursos Hídricos

Educação Ambiental

Grupo 2 – Dimensão

Económica

Agricultura

Pecuária

Pesca

Turismo

Tecido Empresarial

Tecnologias de

Informação e comunicação

Energia

Grupo 4 – Político-

Institucional

Administração Autárquica

Autárquica

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Plano Estratégico - Cronograma das Atividades

Portanto, estes são os procedimentos metodológicos que foram adoptados pela equipa que elaborou o

presente plano visando produzir um plano aprofundado e detalhado que espelhe de forma efectiva e

cabalmente os reais desafios do concelho bem como as potencialidades do mesmo em matéria de

desenvolvimento.

Reunião de arranque do trabalho, definição das actividades e distribuição das responsabilidades,

apresentação do cronograma;

Realização de plenárias nas comunidades visando obter inputs;

Encontro com empresários e dirigentes de instituições locais visando obter inputs;

Diagnóstico dos diferentes sectores considerados no plano;

Elaboração dos programas estruturantes e prioritárias;

Apresentação do primeiro draft do plano ao presidente e a equipa da direcção da CMSCST;

Socialização do plano com a sociedade civil;

Entrega do plano à câmara municipal de Santa Catarina.

Junho

Junho/Julho

Junho/Julho

Junho/Julho

Agosto/Setembro

Setembro

Outubro

Outubro

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A maior parte das organizações sejam elas públicas, privadas, ou do terceiro sector, são movidas pela

missão, visão e valores que devem nortear as práticas administrativas de todos os

servidores/colaboradores municipais e, com Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago não é

diferente. Neste sentido, a autarquia local define como missão central:

MISSÃO

Promover o desenvolvimento do concelho de Santa Catarina de Santiago através de implementação de

medidas de políticas públicas de base participativa capazes de atender todas as demandas sociais,

económicas e ambientais do concelho, por meio da prestação de um serviço público de excelência aos

munícipes.

VISÃO

Revolucionar o concelho de Santa Catarina transformando-o em um concelho próspero, comprometido

com a qualidade de vida dos seus residentes e visitantes, que garante a segurança e justiça social,

reconhecido por respeitar o meio ambiente, e atractiva aos investidores, marcando assim o rumo em

Santiago Norte.

VALORES

O Compromisso; a Ética; a Responsabilidade; e a Honestidade.

MISSÃO, VISÃO E VALORES

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CARACTERIZAÇÃO

Estudos realizados sobre o Concelho de Santa Catarina e instituições que representam o município

apontam que o Concelho é, em termos demográficos, económicos e agrários, um dos mais importantes

do país configurando e funcionando como um verdadeiro celeiro de Cabo Verde.

ASPECTOS HISTÓRICOS

Do ponto de vista histórico, o concelho de Santa Catarina foi criado em 1600 pelo Bispo D. Fr.

Vitorino Ortuense, e inicialmente era constituído por duas freguesias: Santa Catarina e São Salvador

do Mundo.

Em 1834, um senhor chamado de Manuel António Martins tomou posse como governador da

Província de Cabo Verde e pretendia fazer a transferência da sede do governo da cidade da Ribeira

Grande (actualmente Cidade Velha) para os Picos (Achada Igreja), na Freguesia de São Salvador do

Mundo que posteriormente veio a dar origem ao concelho de Santa Catarina.

Esta transferência da sede do governo para os Picos não foi do conhecimento do governo português. A

iniciativa desta transferência foi simplesmente uma opção do governador, contribuindo deste modo

para o crescimento das infra-estruturas e para o desenvolvimento do concelho de Santa Catarina e do

interior da ilha de Santiago. O concelho tem uma atracão natural (um clima montanhoso favorável) e

dispunha de um solo rico e de abundancia de água. (VIEIRA, 1993, citado por, TAVARES, 2009, p.

51)

Segundo esses autores, Assomada foi fundada num planalto entre duas cadeias de montanhas, e

rapidamente se tomou o centro do concelho de Santa Catarina e um dos mais importantes centros

urbanos do interior da ilha de Santiago. De acordo com eles Santa Catarina é conhecida pela sua

independência, já que foi isto é o berço da língua crioula e o palco de muitas revoltas e confrontos

contra os proprietários das terras e contra o colonialismo português, sendo uma das mais conhecidas a

revolta de Ribeirão Manuel.

No fim do séc. XIX, o Concelho de Santa Catarina ocupava a metade Norte da ilha, enquanto a metade

Sul era o Concelho da Praia. No início do séc. XX, duas freguesias a norte do concelho foram

separadas para constituir o Concelho do Tarrafal. Em 2005, uma freguesia a sul foi separada para

constituir o Concelho de São Salvador do Mundo. (ANMCV, 2017)

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

Do ponto de vista geográfico, o Concelho de Santa Catarina é um concelho/município da ilha de

Santiago, no Sotavento de Cabo Verde, com uma superfície de 243 km² e 49.829 habitantes. A sede de

concelho é a cidade de Assomada, que fica a 36 km para norte da cidade da Praia, capital do país.

O concelho de Santa Catarina é constituído pela freguesia de Santa Catarina. A freguesia de São

Salvador do Mundo, que constitui desde 2005 o concelho do mesmo nome, fez parte de Santa Catarina

até àquela data.

O concelho abrange parcialmente os Parques Naturais de Serra Malagueta e de Serra do Picos de

Antónia. Parque da Serra Malagueta possui uma área de 774 ha e situa-se na confluência de três

Municípios: Santa Catarina (302 ha), São Miguel (436 ha) e Tarrafal (36 ha). (ANMCV, 2017).

CONCELHO DE SANTA CATARINA DE SANTIAGO

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ASPECTOS ECONÓMICOS

Santa Catarina é um concelho predominantemente rural (86% da população vive em áreas rurais e 14%

vive na zona rural), daí, as principais actividades económicas serem a agricultura (em regime de

sequeiro), a criação de gado, a avicultura, a pesca e o comércio retalhista. (TAVARES, 2009,

ANMCV, 2017)

Para além dos sectores considerados potenciais, como a área do turismo, energias renováveis e

Tecnologias de Informações e Comunicações, o Concelho já conta com diversos tipos de actividades

económicas capazes de induzir o crescimento e desenvolvimento do concelho de Santa Catarina, ei-los

que são:

Indústria de transformação de alimentos;

Empresas do ramo de construção civil;

Lojas de comércio de retalho e a grosso;

Restauração, hotelaria, serviços similares e, etc.

O concelho está localizado em uma região onde se regista uma forte procura do ensino secundário e

superior e de formação profissional o que pode ser muito importante para qualificação da mão-de-obra

local e, consequentemente, desenvolvimento económico do Concelho, isto, se os recursos humanos

foram bem aproveitados.

Não é possível falar da economia do concelho ignorando o papel dos emigrantes no desenvolvimento

local. Efectivamente os emigrantes Cabo-verdianos originários de Santa Catarina exercem uma enorme

influência sobre a economia do Concelho, sobre a sua vida social, política e cultural. Segundo Gandra

(1994), citado por Tavares (2009), essa influência não se verifica somente na compra de terrenos mais

produtivos e na compra de terrenos para a construção, mas também na visão de gerir os seus bens, na

organização do trabalho e na família. O autor explica, por exemplo, que quando as mulheres se tomam

responsáveis pelo trabalho agrícola elas têm que recorrer ao trabalho assalariado, afectando assim a

entreajuda tradicional o “djunta mon”, passando a ter de remunerar as pessoas que trabalham a terra, já

que estes deixam de aceitar trabalhar em parceria.

Ainda, em matéria de habitação, há períodos em que os emigrantes vêm para o país passar férias e

aproveitam para construir e reformar as suas casas, e é nessas ocasiões que o sector de construção civil

emprega muitos profissionais do concelho nas mais diversas áreas dinamizando assim a economia

local.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

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Para materializar a missão e visão delineada no presente plano o grupo realizou uma análise aprofundada do concelho de Santa Catarina

usando critérios objectivos visando identificar a real situação do município e, a seguir, traçar os objectivos, metas, programas e projectos

estratégicos para o desenvolvimento do concelho. Análise esta que considera as potencialidades, fragilidades, bem como as oportunidades e

ameaças que envolve o concelho.

CAPITAL FÍSICO

Ø Empresário com parcelas de terrenos que permitem instalar grandes empreendimentos industriais, etc; 0,04 1 0,04

Ø Predominância de um Vasto Património histórico; 0,02 3 0,06

ü A existência de um sector de agronegócio com forte potencial para geração de emprego e renda para os jovens do concelho com iniciativas

empreendedoras; 0,04 4 0,16

Ø Boas acessibilidades marítimas; 0,04 3 0,12

Ø Boas condições de ligações com os concelhos vizinhos; 0,04 4 0,16

CAPITAL SOCIAL 0

Ø St.ª Catarina inserido no maior e na mais populosa Região Desportiva; 0,02 4 0,08

Ø Existência de todos os níveis de ensino e formação no concelho; 0,04 4 0,16

Ø Forte movimentação de pessoas dentro da cidade oriundos dos concelhos circunvizinhos (Tarrafal, Calheta, Santa Cruz, São Salvador do

Mundo e São Lourenço dos Órgãos).

0,02 3 0,06

CAPITAL FINANCEIRO 0

Ø Empresários com poder financeiro porem sem visão de negócio que permite aproveitar as oportunidades existentes no concelho. 0,04 2 0,08

CAPITAL HUMANO 0

Ø Equipa jovem com pessoas qualificadas e corpo de gestão preparado na área das TICs; 0,03 3 0,09

Ø Vocação para negócio, apesar da maioria das pessoas que enveredam para o sector do comércio é por falta de oportunidades de emprego

formal; 0,02 2 0,04

ü Elevada percentagem de quadros superiores das mais diversas áreas; 0,04 3 0,12

ANÁLISE SWOT – CONCELHO DE SANTA CATARINA

FATORES ESTRATÉGICOS

PONTOS FORTES

PESO

CLASSIF.

FATOR

PESO X

CLASSIF

FACTOR

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

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§ Corporação atual de bombeiros com formação; 0,01 4 0,04

CAPITAL NATURAL 0

Ø Existência de vários produtos turísticos no concelho nomeadamente: Serra malagueta, Arvore Poilom na Boa Entrada, Gruta de Aguás

Bela, Achada leite, Casa Amilcar Cabral, Estatua da Amilcar Cabral; Monte Brião em Rincão; Produtos de Terra na fundura, Cerâmica nos

engenhos, instalações antigas de fábrica de grogue; panos de terra, etc;

0,04 3 0,12

ü Identificação e estudos das setes maravilhas; 0,02 3 0,06

Ø Recurso Solar; 0,02 2 0,04

SOMA DO PESO DOS PONTOS FORTES 0,48 1,43

CAPITAL FÍSICO 0

ü A existência de um sector de agronegócio com forte potencial para geração de emprego e renda para os jovens do concelho com iniciativas empreendedoras;

0,05 3 0,15

ü Elevado potencial dos Portos de Rincão e Porto Ribeira da barca (localização geográfica e condições naturais favoráveis). 0,05 3 0,15

ü Organização do Sector do Comércio; 0,05 4 0,2

ü Existência de Universidades. 0,05 3 0,15

ü Vários pontos de atracão turística tais como cascata de Águas caídas, Gruta de Águas belas, Falésia de Achada Leite, Monte Brianda,

Tabugal; 0,03 3 0,09

ü Identificação de soluções de intervenção em resultado do aumento da pressão do tráfego do automóvel sobre o

principal e Único eixo EN-ST-01, que liga Praia a Tarrafal, passando pelo Centro da Cidade; 0,02 1 0,02

CAPITAL SOCIAL 0

ü Geração de Emprego e renda para as famílias tendo em conta as pontecialidades dos vários sectores da economia; 0,05 5 0,25

Ø Localização de maior aglomerado de adolescentes e jovens na ES “Amílcar Cabral”; 0,03 2 0,06

CAPITAL FINANCEIRO 0

ü Interesse estrangeiro e nacional para o sector de Energias Renováveis em Cabo Verde; 0,02 1 0,02

CAPITAL HUMANO 0

ü População jovem com forte propensão para aprendizagem 0,05 3 0,15

CAPITAL NATURAL 0

Ø Identificação/localização das sete maravilhas — espaços apropriado para desenvolver políticas de proteção da biodiversidade e

geodiversidade; 0,03 3 0,09

Ø Consciencialização da comunidade para os problemas ambientais 0,03 3 0,09

Ø Envolvimento do setor privado na área de saneamento e gestão de resíduos solidos 0,05 3 0,15

SOMATÓRIO DAS OPORTUNIDADES 0,51 1,57

OPORTUNIDADES

PESO

C..F.

P. X C. F

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

15

CAPITAL FÍSICO 0

Ø Desorganização do sector de comércio;

0,04 4 0,16

Ø Inexistência de grandes empresas para enquadrar os recursos humanos qualificados no Concelho; 0,03 3 0,09

Ø Urbanização e parque desportivo deficitário; 0,02 4 0,08

ü Inexistência de um Auditório Municipal e Salas de Espectáculos Adequado; 0,01 3 0,03

ü Carência de equipamentos para a educação pré-escolar. 0,01 3 0,03

CAPITAL SOCIAL 0

CAPITAL FINANCEIRO 0

Ø Falta de acesso ao Crédito; 0,04 2 0,08

Ø Idade média de alguns segmentos da frota de pesca avançada; 0,02 2 0,04

CAPITAL HUMANO 0

ü Falta de formação sobre gestão de negócios/empresa por parte da maioria dos empresários locais; 0,02 3 0,06

Ø Falta de organização dos produtos turísticos por parte do poder local; 0,02 3 0,06

Ø Fraca capacidade de planeamento e de investimento no subsector elétrico; 0,01 2 0,02

Ø Falta de visão por parte dos empresários e potenciais empreendedores locais para perceber as oportunidades de negócio existente no sector

do turismo do concelho; 0,03 3 0,09

CAPITAL NATURAL 0

ü Falta de capacidade para Criar rotas/circuitos turísticos voltado para o turismo rural, de montanha e cultural; 0,03 3 0,09

Ø Baixa produtividade no sector agro-pecuário; 0,05 2 0,1

ü Insuficiência de meios humanos, finaceiros, materiais para atender a demanda no municipio em matéria de saneamento e resíduos sólidos; 0,05 3 0,15

ü Várias zonas com potencialidades agrícolas e turísticas encravadas, dadas as condições orográficas do território;

0,05 4 0,2

ü INEXISTÊNCIAS DE PARÁMETROS QUE DELIMITA em Xm2), destinado a REM e a REU, Inexistências de IGT inferior ao PDM:

Plano detalhado (PD) e Plano de mobilidade e Plano de cobertura de rede de esgoto (fraca % de cobertura de população servida por rede de

esgotos e tratamento de águas pluviais);

0,05 2 0,1

SOMA DOS PONTOS FRACOS 0,48 1,38

SOMA DO PESO DOS PONTOS FRACOS E FORTES 0,96 0

PONTOS FRACOS

PESO

C..F.

P. X C. F

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

16

CAPITAL FÍSICO 0

ü Êxodo rural dado a falta de acessibilidade para algumas

zonas do Concelho; 0,04 3 0,12

Ø Expansão urbana desconsidera construção de novos espaços desportivos; 0,03 2 0,06

ü Degradação acentuada de espaços históricos com necessidade de intervenção; 0,03 2 0,06

ü Desorganização do sector do turismo no concelho. 0,04 3 0,12

CAPITAL SOCIAL 0

ü Desemprego e subemprego; 0,05 2 0,1

CAPITAL HUMANO 0

CAPITAL FINANCEIRO 0

ü Inexistência de meios financeiros próprios para financiamento de projetos ambiciosos; 0,05 3 0,15

ü Crise económica-financeira internacional; 0,05 3 0,15

CAPITAL NATURAL 0

ü Falta de Chuva e Seca Permanente; 0,05 4 0,2

ü Possibilidade de ocorrência de fenómenos perigosos gerados no exterior (e.g. sismo, tsunami), mas com efeitos potencialmente

devastadores no território regional; 0,05 3 0,15

ü Potencial turístico do município e do país e o aumento dos resídos solidos nos concelhos; 0,05 3 0,15

Ø Maiores % dos terrenos pertencem aos particulares; 0,05 3 0,15

SOMA DO PESO DAS AMEAÇAS 0,49 1,41

SOMA DO PESO DAS AMEAÇAS E DAS OPORTUNIDADES 1,00 0

SOMA DOS PONTOS FORTES E DAS OPORTUNIDADES 3

SOMA DOS PONTOS FRACOS E DAS AMEAÇAS 4,2

SUBTRAÇÃO DAS FRAQUEZAS E AMEÇAS DOS PONTOS FORTES E DAS OPORTUNIDADES

SITUAÇÃO ATUAL DO

CONCELHO -1,2

AMEAÇAS

PESO

C..F.

P. X C. F

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

17

TECIDO EMPRESARIAL

Estimular a geração de emprego e renda

através de investimentos em projectos nos

sectores em que o município apresenta

maior potencial de desenvolvimento,

nomeadamente: agricultura, pecuária,

pesca, turismo, tecido empresarial,

comércio, TICs, e Energias Renováveis.

1. Números de pessoas

economicamente ativas a trabalhar

nos diversos sectores da economia

local;

1.313 1.600 1.900 2.200

AGRICULTURA

PECUÁRIA

2. Número de unidades produtivas no

sector; 527 600 620 640

COMÉRCIO

PESCA

TURISMO

3. Volume de vendas das Unidades

Produtivas do sector. 2.139 2.500 3.000 2.500

TECNOLOGIA DE

INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

ENERGIAS

RENOVAVEIS

OBJECTIVOS E METAS ESTRATÉGICOS

METAS ESTRATÉGICAS

EIXOS DE INTERVENÇÃO

MACRO-OBJECTIVOS

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INDICADORES

METAS EM RELALAÇÃO A 2017

2017

2020

2019

2018

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

18

ACESSIBILIDADES E

TRANSPORTES

ADMINISTRAÇÃO

AUTARQUICA

Modernização da Administração Municipal

através da reorganização dos serviços

municipais introduzindo equipamentos mais

modernos e trabalhando a imagem da

Câmara Municipal de Santa Catarina através

de várias medidas especificais voltadas para

a todos os colaboradores municipais, dando

assim uma nova roupagem a administração

local;

1. Número de computadores novos

introduzidos; 35

2. Número de Palestras, Conferências,

Formações voltadas para qualificação

dos colaboradores/servidores

públicos;

5

3. Introdução de fardamentos

inovadores para os funcionários de

font-offs.

0

Melhorar a eficiência, eficácia, e

efectividade na prestação dos serviços aos

cidadãos/utentes através de introdução de

melhorias nos equipamentos informáticos e

treinamento dos funcionários de front-offs;

4. Número de utentes satisfeitos com

os serviços prestados; 50% 70% 80% 90%

Maximizar a captação de recursos

financeiros através de parcerias com órgãos

governamentais e não-governamentais,

nacionais e internacionais;

5. Número de entradas de receitas

resultado de parcerias e projectos; 5000000

Aumentar a receita municipal através de

medidas de política fiscal municipal mais

amiga dos empresários e investidores; e

políticas de cidadania fiscal.

6.Valor Total de receitas municipais; 1.216.438.349 +10% +10% +10%

7. Número de Palestras, Conferências,

e spot publicitário, panfletos, usados

para sensibilizar a comunidade a

pagar os impostos.

5 10 15 20

DIMENSÃO POLÍTICO - INSTITUCIONAL

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

19

Mapa estratégico é o produto do planeamento estratégico e foi desenhando como forma de demostrar a

os caminhos estratégicos que serão seguidos pela Câmara Municipal para atingir os objectivos e metas

trançados, cumprir a sua missão e visão.

A estratégia de desenvolvimento do Concelho de Santa Catarina delineada para concretizar a missão e

visão estabeleceu-se em torno de quatro grandes eixos estratégicos de intervenção – Socio-cultural,

Economico, Ambiental e político-institucional, procurando sempre comtemplar no mesmo as

preocupações do governo de Cabo Verde explícitos no Plano Nacional e da ONU explícitas nos

objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

MAPA ESTRATÉGICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

20

MAPA ESTRATÉGICO

MISSÃO

E VISÃO

ANÁLISE EXTERNA

ANÁLISE INTERNA

OBJECTIVOS

E METAS

SITUAÇÃO

ATUAL

PROGRAMA

PROGRAMA

PROGRAMA

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

PROJECTO

Con

celh

o d

e S

an

ta C

ata

rin

a

Marca R

um

o e

m S

an

tiago

Nort

e Ética Responsabilidade

AMBIENTAL Áreas Verdes e Parques Naturais,

Resíduos e Limpeza urbana,

Gestão de Recursos Hídricos,

Educação Ambiental.

SOCIOCULTURAL Demografia, Educação e Formação,

Saúde, Segurança Pública e Protecção

Civil, Habitação, Integração Social, etc.

ECONÓMICO Tecido empresarial, Turismo,

Agricultura, Pecuária, Pesca,

Tecnologias, Energias

POLÍTICO-

INSTITUCIONAL

Administração Autárquica

Honestidade Compromisso

Princípios de desenvolvimento sustentável

Valores

Valores

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

21

Princípios de desenvolvimento sustentável

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

______

Demografia, Educação e Formação,

Saúde, Segurança Pública e Protecção Civil

Habitação, Integração Social, Género

Migrantes, Espaços e Actividades Desportivas,

Cultura.

Princípios de desenvolvimento sustentável

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

22

A situação demográfica do país está influenciada tanto pelos aspectos geográficos como pelas condições sociais e económicas, que são

factores que condicionam o crescimento e a evolução demográfica. Os factores responsáveis pela evolução demográfica em Cabo Verde são

a natalidade, a mortalidade e o fenómeno migratório.

Em Cabo Verde, considerando a dinâmica populacional dos últimos setenta anos, apresenta uma nítida tendência para um crescimento

continuado de sua população, embora de uma forma não muito intensa, tal como demostra os dados do INE.

Analisando o gráfico 1, onde ilustra a evolução demográfica de 1940 a 2010 nota-se que só na década de 40 que houve um decréscimo da

população, facto esse que pode ser explicado pelo famoso fome do ano 1947. Dos anos 1960 até 1990 houve um crescimento linear, a década

de noventa teve maior crescimento da população no país, e podemos verificar o mesmo cenário para a ilha de Santiago e para o concelho de

Santa Catarina.

Gráfico 1: Evolução da demográfica

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

DEMOGRAFIA - EIXO ESTRATÉGICO

DEMOGRAFIA - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

23

Em termos de população residente, de acordo com os dados censitários de 2010 fornecidos pelo INE, o Concelho de Santa Catarina

apresentava 43.297 habitantes, correspondendo este valor a cerca de 8,8% da população nacional, sendo o terceiro concelho mais populoso

do país. Como poderá constatar na Quadro 1, no período de 2000 a 2010 houve um acréscimo da população tanto a nível nacional como a da

ilha de Santiago e também do concelho de Santa Catarina com uma variação de 27,3%, 15,8% e 6% respectivamente.

Quadro 1: População residente

Esta realidade mostra-nos um concelho com muita importância no contexto nacional, em especial num momento da vida colectiva em que as

questões demográficas são, provavelmente o principal motor de desenvolvimento do país.

Designação Ano 2000 Ano 2010 Taxa de variação

Cabo Verde 341.491 434.625 27,30%

Ilha de Santiago 236.627 274.044 15,80%

Concelho de Santa Catarina 40.825 43.297 6,00%

Quadro nº 1: População Residente

A pirâmide etária de Santa Catarina apresenta a base larga e o topo estreito pode-se

então caracterizar a população do concelho como uma população jovem (59,6% têm

menos de 24 anos).

Na pirâmide etária de Santa Catarina verifica-se que a base da pirâmide já começa a

estreitar-se, facto que pode ser devido a diminuição da natalidade no concelho, por

outro lado, na faixa etária dos 10 aos 24 anos a pirâmide já começa a alargar-se

devido a existência de um número considerável de jovens.

Gráfico 2: Pirâmide etária

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

24

Segundo os dados do INE, dos residentes no Concelho em 2015, 52% são de sexo feminino e 48% do sexo masculino, sendo que desses

residentes maioria vivem no meio rural cerca de 72% e apenas 22% residem no meio urbano conforme ilustra os gráficos 3 e 4.

Gráfico 3: População residente por sexo Gráfico 4: Distribuição da população por meio de residência

Em 2015, o concelho de Santa Catarina tinha cerca de 11.223

agregados familiares, na sua maioria (6.132) representadas por

mulheres, o que demonstra algum desequilíbrio na estrutura familiar

do concelho.

Gráfico 5: Representantes dos agregados familiares

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

25

Gráfico 6: Esperança média de vida

NATALIDADE/FECUNDIDADE

A natalidade e a fecundidade aparecem muitas vezes empregues como sendo palavras sinónimas, quando têm um significado completamente

diferente. A natalidade mede a frequência dos nascimentos que ocorrem no conjunto da população total de um país, região, concelho, etc.

Enquanto a fecundidade mede a frequência dos nascimentos que ocorrem num subconjunto específico – as mulheres em idade de procriar (15

– 49 anos). (Nazareth, 2004)

Evidentemente que, numa população com elevado nível de fecundidade (população jovem), a tendência é para uma elevada taxa de

natalidade, mas existem outros factores que condicionam a natalidade como o nível de conforto e o nível de instrução.

A esperança média de vida de um individuo a nascença é um

indicador muito importante para medir a qualidade de vida

de um concelho e de um país. Em Santa Catarina, de acordo

com os dados do INE do ano 2011 a 2017 a esperança media

de vida tem vindo a aumentar para ambos os sexos, o que

demostra o aumento da qualidade de vida no concelho.

Relativamente a distinção entre os sexos, o sexo feminino

tem esperança média de vida superior ao sexo masculino.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

26

NATALIDADE

Segundo os dados do INE, no ano 1990, Santa Catarina tinha uma taxa bruta de natalidade relativamente elevada, ligeiramente inferior a

média nacional e inferior a média da ilha de Santiago. Esta taxa bruta de natalidade, de Santa Catarina, ocupava o segundo lugar no ranking

nacional a seguir da praia (58,3‰), em 1990. Contrariamente, em 2000 tinha uma taxa bruta de natalidade ligeiramente superior a ilha de

Santiago e superior a média nacional. No ano 2010, a taxa bruta de natalidade em Santa Catarina reduziu consideravelmente (18,7‰),

comparando ao ano 2000, esta taxa era inferior a média nacional que tinha uma taxa bruta de natalidade de (22‰) conforme ilustra os dados

na Quadro 2.

Quadro 2: Taxa bruta de natalidade

FECUNDIDADE

A fecundidade é caracterizada pelo número médio de crianças que uma mulher pode ter ao longo da vida. Este fenómeno depende de vários

factores, tais como: políticos, culturais, religiosos, estrutura da população, níveis de instrução e condições socioeconómicas.

O conhecimento do nível de fecundidade e da sua tendência é de extrema importância para o estudo da população, uma vez que permite

planear fenómenos sociais e económicos e tomar medidas no sentido de reduzi-la ou incentivá-la.

MORTALIDADE

A mortalidade é um fenómeno demográfico condicionado por factores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo, dependendo das suas

características físicas, biológicas e do meio envolvente. Como sabemos, a mortalidade é um fenómeno diferencial em razão do sexo, visto

que na prática, geralmente a incidência da mortalidade é maior nos indivíduos do sexo masculino do que no sexo feminino.

AnoConcelho de Santa

CatarinaIlha de Santiago Cabo Verde

1990 38,2 42,7 38,4

2000 30,9 30,8 28,6

2010 18,7 22

Quadro 2: Taxa Bruta de Natalidade

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27

Gráfico 7: Mortalidade geral

MIGRAÇÕES

As migrações constituem um dos fenómenos demográficos que contribuem para o aumento ou diminuição de uma população (variação da

população) e se encontram dependentes de um conjunto de factores de ordem política, social, económica, cultural e até psicológica.

Em Cabo Verde, quando se faz referência a esse fenómeno, ressalta-se a ideia de emigração. Pode-se afirmar que este é um fenómeno

dependente das condições socioeconómicas das pessoas e remonta a existência do homem cabo-verdiano. No concelho de Santa Catarina,

como parte integrante de Cabo Verde esse fenómeno não tem sido excepção.

Tendo em conta os dados do relatório estatístico publicado pelo

Ministério da Saúde e da Segurança Social, a Taxa de Mortalidade

apresenta variação a nível dos valores durante o período de 2005 a

2015. O menor valor foi verificado no ano de 2010, em que se

alcançou a marca dos 4,8‰ porém, em 2008 esta taxa atingiu um

máximo de 5,5‰ a nível nacional. Enquanto que a nível do

concelho de Santa Catarina o ano 2005 teve a taxa mais baixa com

um valor de 4,7‰ contrapondo o ano 2015 que atingiu uma taxa

de 5,6‰.

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28

MIGRAÇÕES INTERNAS

As migrações internas se encontram relacionadas com a falta de oportunidades e emprego das populações levando a pobreza, dai as pessoas

procuram melhores condições de vida noutras paragens, o que muitas vezes não passa de uma mera ilusão.

O saldo migratório em Cabo Verde contínua a ser negativo, isto é, há mais pessoas a saírem do país do que a entrar. No entanto, em termos

de tendência, constata-se que este saldo negativo tem vindo a reduzir, passando de -1.822 em 2011 para -1.010 em 2015, uma diminuição de

- 44,6% segundo os dados do INE.

O mesmo é notório a nível do concelho de Santa Catarina que, segundo os dados do INE está longe de ser um centro atractivo das

populações, gerador de emprego, visto que os estudos realizados demonstram que é um concelho relativamente pobre, por isso o seu saldo

migratório é negativo, ou seja, tem-se verificado uma maior saída de pessoas do que as entradas.

Segundo dados ilustrados no gráfico 8 o saldo migratório do Concelho

de Santa Catarina desde 2011 até então foi sempre negativo, apesar de

haver redução considerável com o passar dos anos, mesmo assim

contínua negativo, o que significa que temos de traçar políticas para

fixar os residentes e atrair mais pessoas para o concelho.

Gráfico 8: Saldo migratório

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

29

s

DEMOGRAFIA – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Aumento populacional desordenado;

Desemprego e subemprego;

Pobreza;

Cultura de emigração;

Dificuldade de acesso a algumas localidades.

AMEAÇAS

Inexistência de grandes empresas para enquadrar os recursos humanos

qualificados no Concelho;

Forte êxodo rural;

Alta taxa de emigração dos jovens.

PONTOS FRACOS

Existência de ZDTI;

Grandes potencialidades agrícolas e pecuárias;

Existência de quadros qualificados;

Existência de Universidades.

Grande foco populacional;

População bastante jovem;

Recursos Humanos qualificados;

Crescimento populacional;

Riqueza natural e paisagística.

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30

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

COM

EMPREENDEDORISMO JUVENIL

NO MEIO RURAL

Dar oportunidades a

jovens empreendedores;

Diminuir desemprego

juvenil no meio rural;

APOIO PARA A

CRIAÇÃO DE

PEQUENAS E

MÉDIAS EMPRESAS

NO MEIO RURAL

CAPACITAÇÃO DOS

JOVENS NA ÁREA DE

TURISMO DE BASE

COMUNITÁRIA E

RURAL NO CONCELHO

DE SANTA CATARINA

Apoiar jovens na criação de

rendimentos;

Reter os jovens no Meio

Rural;

Combater o êxodo rural no

concelho.

Incentivar jovens locais a

tirar máximo proveito das

potencialidades turísticos

existentes nas diversas

zonas do nosso Concelho.

Ministério

Economia;

CMSC

Cabo Verde Trade

Invest.

1; 4 e 8

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

DEMOGRAFIA – EIXO ESTRATÉGICO

DEMOGRAFIA – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Empoderar a população na idade jovem criando as condições para que essa camada social possa investir em pequenos negócios e terem acesso ao emprego e

renda evitando assim a saída de quadros qualificados (fugas de cérebros) do concelho;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

31

VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS

HUMANOS

Aliviar pressão sobre a

Cidade da Praia;

Apostar nas

potencialidades do

Concelho;

DESCENTRALIZAÇÃO

DOS SERVIÇOS

PÚBLICOS E PRIVADOS

APOIO A INICIATIVAS

PRIVADAS PARA A

GERAÇÃO DO

EMPREGO

TRANSFORMAÇÃO E

CONSERVAÇÃO DOS

PRODUTOS AGRÍCOLAS

Combater a fuga de

quadros do concelho;

Aumentar grau de

competitividade do

município;

Criar mais oportunidades

de emprego no concelho.

Aumentar as

oportunidades de

emprego no concelho;

Promover maior

integração dos quadros

no mercado local.

Aproveitar excesso da

produção;

Ter produtos com melhor

qualidade e certificados;

Garantir stooks de

produto durante o ano.

Ministério de

Economia;

CMSC.

4; 8 e 10

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

32

A educação é a base para o desenvolvimento de um territorio a longo prazo. Ela constitui a via fundamental para a humanidade herdar e

divulgar as civilizações e os conhecimentos, preparar novas gerações e criar uma vida melhor. A qualificação dos recursos humanos é da

maior relevância para a integração do concelho numa economia baseada no conhecimento e nas novas tecnologias.

Neste contexto, é estratégico promover a redução do abandono escolar precoce e o estabelecimento de condições de igualdade no acesso aos

diversos graus de ensino mediante, por exemplo, políticas que abranjam a prevenção destas situações, as escolas da segunda oportunidade e

que promovam regimes de aprendizagem destinados a ajudar as crianças e os jovens com dificuldades de aprendizagem e a promoção de um

ensino inclusivo.

Apostar no reforço das competências, na sensibilização dos recursos humanos (professores, formadores, etc.) para estas matérias, no

desenvolvimento de conteúdos educativos especificamente orientados para estes fins, bem como no ensino e formação vocacional são acções

a que deve ser dada uma atenção particular.

Das infra-estruturas educativas e formativas existentes no concelho, e para além do tradicional ensino regular, devera ser disponibilizado um

largo leque de ofertas formativas na área do ensino profissional e da formação.

Constituindo a educação e a formação um direito do cidadão, sendo os homens e mulheres a principal força produtiva de um país, a

centralidade da educação como principal eixo de desenvolvimento sustentado do país vê se reforçada no atual Programa do Governo para a

IX Legislatura e, nas acções governativas em matéria de Educação, através do Ministério da Educação, respeitando a inclusão e coesão

social. Este propósito está enformado pelo seguinte princípio orientador: um sistema educativo integrado no conceito de economia do

conhecimento que, da base ao topo, oriente os jovens para um domínio proficiente das línguas, das ciências integradas, das tecnologias e para

a construção de um perfil cosmopolita aberto ao mundo, capaz de interiorizar valores intrínsecos ao saber ser e estar, de responsabilização

mútuas, enquanto membros da comunidade, de preparação para a aprendizagem ao longo da vida, cultura de investigação, experimentação e

inovação, contendo esta linha mestra das políticas educativas (Programa do Governo, IX Legislatura 2016-2021).

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO - EIXO ESTRATÉGICO

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO - DIAGNÓSTICO

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33

A nova visão para a educação do concelho passa pela criação, de forma concertada – agentes educativos, empresários, outros parceiros – de

uma oferta diversificada e adaptada às necessidades do concelho em termos de ensino profissional e tecnológico, bem como à implementação

de um sistema de orientação vocacional que preveja e evite situações de insucesso e de abandono do percurso escolar e formativo por parte

da população jovem.

A base de trabalho para a caraterização geral do sistema educativo do concelho da Santa Catarina, são os dados dos Censos de 2010 e os

dados do ano letivo 2015/16 que nos permitem uma análise macro de alguns dos principais indicadores.

Quando se observam os dados referentes ao nível de ensino da população residente no concelho em 2010, verifica-se que o nível de ensino

com valores percentuais mais significativos era o ensino básico (40,3%), seguido pelo ensino secundário com 32,0% e sem nível de

instruçao17,0%, respetivamente. Já no que se refere ao Ensino Superior (3,8%) e o curso médio 0,9% registavam valores ligeiramente

inferiores. Deste modo, e numa análise comparativa com os valores registados em 2000, verifica-se um decréscimo da população residente

com o ensino básico, bem como um aumento dos valores associados ao ensino secundário e, particularmente, ao ensino superior.

Quadro 3 - População residente por nível de ensino em 2010

Sem Nivel Pré-Escolar Alfabetização EBI Secundário Curso médio Superior ND

17,00% 4,60% 0,90% 40,30% 32,00% 0,90% 3,80% 0,40%

Quadro 3 - População residente por nível de ensino em 2010

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34

A rede educativa existente no concelho de Santa Catarina no ano letivo 2015/2016 abrange desde educação pré-escolar ao ensino secundário,

técnico profissional, cursos superiores profissionalizante e superior, lecionados em instituições pertencentes à rede pública e privada.

Quadro 4 - Rede educativa ano letivo 2015/16

No ano letivo de 2015/16, o concelho contava com 14634 estudantes, distribuídos da seguinte forma pelos diferentes graus de ensino:

Gráfico1: Distribuição de estudantes pelo concelho

Nível de Ensino Rede Publica Rede Privada Total

Pré-escolar 44 8 52

Ensino Básico 43 43

Ensino Secundário Geral 2 2 4

Ensino Secundário Técnico 1 1

Ensino Profissional 1 3 4

Ensino Superior 1 1 2

Total 92 14 106

Quadro 4 - Rede educativa ano letivo 2015/16

1817

5543 5499

557 1218

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Pré-escolar Ensino Básico EnsinoSecundario

EnsinoProfossional

Ensino Superior

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

35

A taxa de Acolhimento do pré-escolar era, em 2015/16, de 97,3%; a percentagem de retenção no básico era de 8,4% - apesar de tudo o valor

abaixo da nacional – e 66,1% transitavam ou terminavam o secundário. A taxa líquida de escolarização no ensino básico era de 90,9% e

71,8% no ensino secundário e a taxa bruta de escolarização era de 101% e 93.8% respetivamente.

Relativamente às áreas de formação enquadradas no ensino profissional em 2015/2016, predominaram os formandos nas áreas de saúde

(18,1%), agronegócio (10,6%), tecnologia de informação geográfica e territorial (9,9%), apresentando-se igualmente estas áreas como

dominantes no ano letivo precedente. A nível do ensino superior os cursos com maior número de formandos foram os cursos de direito

(21,1%), educação básica inicial (20.8%), e enfermagem com (13,5%).

Tendo em atenção os desafios da aprendizagem ao longo da vida numa sociedade do conhecimento emergente, existem outras infraestruturas

determinantes para a aprendizagem e aquisição de conhecimento, designadamente os equipamentos associados às redes de bibliotecas e

arquivos, e no concelho apenas existe um municipal com muitas carências, bem como os existentes em alguns estabelecimentos de ensino.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

36

s

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

• Acessibilidades/Centralidade do município;

• Desenvolvimento de um projeto educativo local com a definição de uma política

educativa centrada na unidade territorial e numa lógica de um plano estratégico para a

educação concelhia;

• Aproveitar a capacidade da Escola Técnica para incentivar a procura do ensino técnico;

• Conceção de bolsas de estudos para os alunos da via técnica e profissional;

• Necessidade, no tecido produtivo, de técnicos qualificados, com formação escolar e

profissional;

• Capacidade demográfica para a implementação de um Instituto Politécnico;

• Capacitação de associações e outros organismos locais para o aumento da sua ação

educativa;

• Ligação às associações de Jovens existentes e eventual criação de outras a partir da

escola;

• Trabalho com as instituições de educação profissional e superiores próximas do

município;

• Diversidade cultural;

• Nova reconfiguração da rede educativa.

• Existência de todos os níveis de ensino e formação no concelho;

• Taxa de acolhimento do pré-escolar superior à média nacional;

• Capacidade máxima de acolhimento dos estabelecimentos da educação e do

ensino supera a procura existente;

• Existência de diversos estabelecimentos da rede particular que reforçam a

capacidade de frequência do ensino de diferentes níveis e formação;

• Elevada taxa de alfabetização;

• Elevada taxa de transição do ensino básico para o ensino secundário (95%);

• Inclusão e participação escolar e social dos alunos com necessidades

educativas.

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37

Contínua procura dos estabelecimentos da zona urbana por parte de crianças dos

sectores rurais, por questões relacionadas à atividade laboral dos encarregados de

educação;

Grande Mobilidade de professores com formação pedagógica;

Mercado de trabalho pouco exigente;

Nos próximos anos letivos é expectável uma diminuição da população escolar

(crianças e jovens);

Aumento do desemprego conjuntural;

Competição inter-concelhia para a captação de investimento;

Baixa taxa de natalidade.

AMEAÇAS

Carência de equipamentos para a educação pré-escolar;

Lacunas ao nível da segurança escolar;

Ausência de planos de evacuação nas escolas e jardins-de-infância;

Deficiente rede de transportes escolar;

Baixa percentagem de profissionais de infância qualificados (25,5%);

Degradação de estabelecimentos do ensino básico em algumas zonas;

Forte atratividade do núcleo urbano relativamente ao mundo rural;

Dispersão territorial da rede educativa;

Carência de infra-estruturas desportivas e laboratoriais que permitam o

desenvolvimento de atividades extracurriculares nas escolas do ensino

básico e secundário;

Fraca procura da Via Técnica;

As taxas de retenção no ensino secundário estão acima das taxas

nacionais;

Desequilíbrio entre as ofertas formativas entre as áreas de ciências sociais

e humanas, ciência e tecnologia e artes;

Abandono precoce da educação e formação;

Ausência de parcerias eficazes entre a escola e o tecido empresarial;

Insuficiência de estratégias de incentivo, motivação a empreendedorismo;

Debilidades no sistema de comunicação/articulação entre município,

coletividades e associações, escola e encarregados de educação;

Pouca participação/responsabilização dos pais/encarregados de educação

no processo educativo;

Carência de equipamentos das novas tecnologias de informação e

comunicação nas escolas;

Diminuição da taxa líquida de escolarização;

PONTOS FRACOS

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38

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

VALORIZAÇÃO DOS SERVIÇOS E

RECURSOS EDUCATIVOS

Criar, valorizar e

potencializar os recursos e

a interação com o meio

EXPANSÃO E

REABILITAÇÃO

DAS INFRA-

ESTRUTURAS

EDUCATIVAS.

- Proporcionar ambiente renovado e

motivador da aprendizagem de

acordo com um plano de

reconfiguração da rede escolar e dos

objetivos do EBO”.;

- Expandir e melhorar a rede de

Jardins de Infância com prioridade

para as zonas carenciadas;

- Adequar as estruturas e os

equipamentos às crianças com

necessidades educativas especiais;

CMSC

ME

ASSOCIAÇOES DE

PAIS/ENCARREGA

DO DE EDUCAÇÃO

COMUNIDADE

EDUCATIVA

4; 9 e 10

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO – EIXO ESTRATÉGICO

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO – OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS Promover uma educação e formação de excelência em todos os níveis de ensino visando potencializar o surgimento de quadros de alto valor agregado para servir

o concelho de Santa Catarina e o próprio país;

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO – SUB-EIXO ESTRATÉGICO

- Capacitar profissionais de infância,

professores, e coordenadores com

conhecimentos adequados ao

desenvolvimento dos novos

currículos.

- Definir com os estabelecimentos

de ensino superior nacionais e

internacionais diversas modalidades

de formação e capacitação dos

agentes educativos.

REFORÇO DA

FORMAÇÃO DOS

PROFESSORES E

AGENTES

EDUCATIVOS

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39

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

PROMOÇÃO DO SUCESSO

EDUCATIVO E PREVENÇÃO DO

ABANDONO ESCOLAR PRECOCE

Reduzir e prevenir o

abandono escolar precoce

e promoção do sucesso

educativo.

ABANDONO ZERO

- Ajudar a erradicar o abandono

escolar e apoiar o regresso à escola

e/ou entrada no mercado de

trabalho;

- Detetar e combater o risco de

abandono escolar através do

alargamento das ofertas educativas,

formativas e profissionais, como

resposta às necessidades dos jovens;

- Articular a rede social em resposta

aos problemas dos jovens e famílias.

ESCOLAS

ME

CMSC

PAIS/E.

EDUCAÇÃO

4 e 10

- Propiciar educação para todos e

honrar os princípios de uma

educação democrática, os quais

fundamentam os sistemas

educacionais inclusivos e, frente a

toda diversidade humana.

EDUCAÇÃO

INCLUSIVA-

EDUCANDO E

APRENDENDO NA

DIVERSIDADE

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40

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAM

A

PROMOÇÃO DO SUCESSO

EDUCATIVO E PREVENÇÃO DO

ABANDONO ESCOLAR PRECOCE

Reduzir e prevenir o

abandono escolar precoce

e promoção do sucesso

educativo.

TRANSPORTE

ESCOLAR

INCLUSIVO

- Garantir a prestação adequada do

serviço de transporte escolar, de

forma a garantir um padrão de

qualidade que confira aos

educandos dignidade e justiça.

COMUNIDDADE

EDUCATIVA

ASSOCIAÇOES

COMUNITÁRIAS

4 e 10

- Garantir um sistema de apoio

educativo que responda às

necessidades das famílias, provendo

igualdade no acesso ao ensino e

formação;

REFORÇO DE APOIO

SOCIOEDUCATIVOS.

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41

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

COOPERAÇÃO INSTITUCIONAL

E ARTICULAÇÃO DAS OFERTAS

FORMATIVA ÀS NECESSIDADES

DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

DO CONCELHO

Criar parcerias com instituições locais para que possam melhorar a pertinência do ensino e da formação ministrados para o mercado de trabalho.

REFORÇO DAS

LIGAÇÕES COM O

MUNDO

EMPRESARIAL.

- Estabelecer melhores ligações com

o sector empresarial e implementar

diferentes métodos e modalidades

formativas para o concelho.

- Promover a colaboração entre

empresas, instituições locais e os

estabelecimentos de ensino e

formação do concelho no

desenvolvimento da oferta

formativa concelhia.

- Promover a interação dos jovens

com as empresas, criando

programas de intercâmbio e visita

empresarial a nível nacional e

internacional.

4; 8; 10 e 17

- Abrir as empresas para a

apresentação de áreas de trabalho e

apresentação de novas tendências e

possibilidades de mercado/novas

profissões (indústria agroalimentar,

inovação industrial ou

profissionalização das organizações

da economia social, etc.) e a

dignificação das profissões manuais.

“OPEN DAYS DAS

PROFISSÕES”

CMSC

EMPRESAS

ESCOLAS

ME

UNVERSIDADES

CENTROS DE

FORMAÇÕES

ASSOCIAÇÕES

COMERCIAIS

ESCOLAS

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42

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

INVESTIMENTO NA

CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO,

QUALIFICAÇÃO DAS PESSOAS E

NA APRENDIZAGEM AO LONGO

DA VIDA

Investir na criatividade e

inovação para melhoria da

qualidade de vida dos

munícipes

PROJETO:”

FÁBRICA DA

CRIATIVIDADE”

- Promover a participação em

concursos de ideias sobre projetos

de intervenção na criação de

produtos e de empresas inovadores.

- Apoiar os jovens com interesse no

desenvolvimento de empresas e

negócios na área do

empreendedorismo agrícola.

1; 4; 8 e 10

- Promover e estimular o espírito

empreendedor dos jovens;

- Transmitir, aos estudantes, os

princípios do empreendedorismo

como fator importante para a sua

educação e para o seu futuro.

EMPREENDEDO-

RISMO NA ESCOLA

- Promover a inovação educacional

no ensino da ciência e da

tecnologia;

- Criar incentivo e envolvimento de

investigadores para o futuro Parque

Tecnológico de Santa Catarina;

Projeto: INOVE

CMSC

EMPRESAS

ESCOLAS

ME

UNVERSIDADES

INVESTIGADORES

PROFESSORES

ALUNOS

MAA

COMUNIDADE EM

GERAL

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43

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

INVESTIMENTO NA

CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO,

QUALIFICAÇÃO DAS PESSOAS E

NA APRENDIZAGEM AO LONGO

DA VIDA

Investir na criatividade e

inovação para melhoria da

qualidade de vida dos

munícipes.

CRIAÇÃO DE

SEMANAS/MESES

TEMÁTICOS, NO

ÂMBITO DA

EDUCAÇÃO PARA

A CIDADANIA

- Promover uma cultura de

cidadania partilhada envolvendo

todos os elementos da comunidade

educativa.

1; 4; 8 e 10

- Criar incentivos à investigação e

promover uma cultura de

qualificação formativa contínua.

CRIAÇÃO DE

BOLSAS DE

INVESTIGAÇÃO /

ESTÁGIOS

INTERNACIONAIS

CMSC

EMPRESAS

ESCOLAS

ME

UNVERSIDADES

INVESTIGADORES

PROFESSORES

ALUNOS

MAA

COMUNIDADE EM

GERAL

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44

O acesso aos cuidados de saúde em um direito garantido e salvaguardado na maior parte das constituições de república a nível global. Em

Cabo Verde a constituição no seu artigo 71º orienta que “ todos têm direito à saúde e o dever de a defender e promover, independentemente

da sua condição económica”, e que esse direito é realizado através de uma rede adequada de serviços de saúde e pela criação das condições

económicas, sociais, culturais e ambientais que promovam e facilitem a melhoria da qualidade de vida das populações. Segundo CR e do

Estado a responsabilidade de garantir o direito à saúde, através da criação das condições para o acesso universal dos cidadãos aos cuidados

de saúde, designadamente:

1. Assegurar a existência e o funcionamento de um sistema nacional de saúde;

2. Incentivar a participação da comunidade nos diversos níveis dos serviços de saúde;

3. Assegurar a existência de cuidados de saúde pública;

4. Incentivar e apoiar a iniciativa privada na prestação de cuidados de saúde preventiva, curativa e de reabilitação;

5. Promover a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos; 6. Regular e fiscalizar a actividade e a qualidade da prestação dos cuidados de saúde;

7. Disciplinar e controlar a produção, a comercialização e o uso de produtos farmacológicos, e outros meios de tratamento e de diagnóstico.

Segundo os dados da OMS, 2015, em Cabo Verde a oferta da prestação de cuidados de saúde aumentou e os estabelecimentos de saúde estão

mais próximos dos cidadãos. Uma média de 75.7% dos agregados familiares estão a menos de 30 minutos de um centro de saúde sendo essa

taxa maior na zona urbana (91.6%) que na rural (77.1%). Os dados apontam que o Governo vem investindo de forma contínua no sector de

saúde para garantir o funcionamento das estruturas de saúde primária e secundária do país chegando aos 3.500.000.000 (três bilhões de

escudos) em 2015.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

SAÚDE - EIXO ESTRATÉGICO

SAÚDE - DIAGNÓSTICO

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45

A nível da Região Sanitária Santiago Norte que inclui o concelho de Santa Catarina o sector da saúde tem evoluído bastante tanto em termos

de equipamentos de saúde quanto em termos de recursos humanos e financeiros, não obstante, alguns desafios em matéria de capacidade de

resposta as demandas aos Hospitais e Centros de Saúde.

Um dos grandes empreendimentos no sector da saúde a nível da região foi a construção do Hospital Regional Santa Rita Vieira que trouxe

impactos directos na vida população aliviando o Hospital Central da Praia a maior do país.

A despeito do sector da saúde ser maioritariamente tutelado pelo poder central através do ministério da saúde, as autarquias locais também

tem responsabilidade nessa matéria e devem desenvolver programas e projectos que visam aumentar a cobertura da saúde a nível local para

100% da população.

No que tange ao concelho de Santa Catarina em particular quando comparado com outros concelhos importante do país verificasse que a

situação não é tão preocupante não obstante os desafios existentes em matéria de capacidade de resposta a todas as demandas da população.

Analisando os últimos dados do sector da saúde produzido pelo ministério da saúde em matéria de orçamento canalizado para o sector da

saúde do concelho constata-se que o valor chega aos 40 milhões de escudos oriundos do orçamento do estado, mais cerca de 15 milhões de

escudos geradas pela própria delegacia. Vide a Tabela abaixo.

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46

Em matéria de recursos humanos que trabalham no sector Santa Catarina quando comparado com os outros concelhos do país constata-se

que o mesmo encontra-se bem servido, dispondo em 2015, de 42 médicos 56 enfermeiros para atender uma população de aproximadamente

52 mil habitantes. Portanto cercar de 12 médicos para cada 10.000 habitantes. Tendo em conta os recursos que o país dispõe acredita-se que

esses números são interessantes e permite atenuar as necessidades existentes no sector de saúde do concelho.

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47

Em termos de taxa de mortalidade geral percebe que o concelho regista uma evolução de 5,6% em relação ano anterior apresentado um total

de 254 óbitos no ano de 2015.

Tabela 3. Total de óbitos e taxa de monografia geral por concelho de residência e género

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48

Entre as principais causas de morte está relaciona com aparelho circulatório, sintomas mal definidos, tumores ou neoplasias e, aparelho

respiratório como demostra a tabela abaixo. Portanto, considera importante implementar acções que visam minimizar essas doenças no

concelho.

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49

Um das doenças preocupantes que tem desafiados os médicos por que ainda não tem cura, tem atingido de forma significativa a população do

Concelho de Santa Catarina. Segundo os dados do relatório do ministério da saúde Concelho está em segundo lugar em matéria de pessoas

infectadas com vírus de VIH-SIDA, perdendo apenas pelo município da Praia que está em primeiro lugar e São Vicente segundo lugar.

Portanto, considera-se urgente medidas nesse sentido visando prevenir novas infecções por essa doença que na sua fase terminal geram

muitos custos para o sistema nacional de saúde.

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52

s

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

• Fraca capacidade de financiamento;

• Fraca comparticipação das famílias nos cuidados de saúde;

• Existência de fortes crenças e costumes maléficos para a saúde;

• Condições ambientais favoráveis à propagação de doenças

transmitidas por vetores;

• Vendas ilícitas de medicamentos;

• Abate ilegal de animais para o consumo humano;

• Venda de bebidas alcoólicas aos menores de 18 anos.

AMEAÇAS

• Insuficiência de RH (médicos, enfermeiros, assistentes sociais,

técnicos de laboratório entre outros), materiais e financeiros;

• Mobilidade frequente dos RH;

• Inexistência de um plano de reciclagem/formação contínua dos

técnicos de saúde;

• Inexistência de informatização a nível de consultas em rede.

PONTOS FRACOS

Existência de parceiros nacionais e internacionais, ONGs com

capacidade de financiamento a nível do concelho e da RSSN;

Envolvimento em parcerias no âmbito do programa audit/assist da

Delegacia de Saúde;

Campanhas de sensibilização do problema de saúde dos idosos.

• Existência de massa crítica no Concelho e na RSSN;

• Solidariedade e partilha de recursos entre as estruturas;

• Melhoria nos indicadores básicos da saúde: diminuição da mortalidade

infantil, neonatal e materna e aumento da taxa de cobertura vacinal;

• Melhoria da capacidade de resposta do Hospital Regional Santa Rita

Viera;

• Melhoria da Rede Sanitária da RSSN que envolve o concelho de Santa

Catarina;

• Utilização de protocolos de atendimento pré-natal existente.

SAÚDE – ANÁLISE SWOT

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53

“VIDA ATIVA”

Incentivar a atividade

física;

Promover uma

alimentação saudável;

Fomentar um ambiente

saudável;

Criar instrumentos de

monitorização da

relação entre a “Vida

Ativa” e os ganhos em

saúde.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

PROMOÇÃO DA

SAÚDE, QUALIDADE

DE VIDA E BEM-

ESTAR

CMSC,

DELEGACIA DE

SAÚDE,

MINISTÉRIO

DA SAÚDE,

OMS.

1;3;4 e 10

Promover o Acesso a

cuidados de saúde de

qualidade;

Promover a adoção

generalizada de estilos

de vida fisicamente

ativos e pouco

sedentários;

Disponibilizar

intervenções médicas,

apoio social e de

enfermagem em

articulação com as

equipas de rua;

Promover o

envelhecimento ativo e

saudável.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

SAÚDE - EIXO ESTRATÉGICO

SAÚDE – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

PROMOÇÃO DE

FEIRAS DE SAÚDE

PÚBLICA

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54

Intervir junto da

população sem-abrigo

na área da saúde;

Melhorar a literacia

em saúde em grupos

de maior

vulnerabilidade;

Acelerar e agilizar a

resposta ao

VIH/SIDA:

Aumentar a

integração social e

apoiar a pessoa com

problemas de saúde

mental.

1;3;4 e 10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

INTERVENÇÃO EM

DOMÍNIOS DE

MAIOR

VULNERABILIDADE

CMSC,

DELEGACIA DE

SAÚDE,

MINISTÉRIO

DA SAÚDE,

OMS.

PROMOÇÃO DA

SAÚDE, QUALIDADE

DE VIDA E BEM-

ESTAR

Promover o Acesso a

cuidados de saúde de

qualidade;

Promover a adoção

generalizada de estilos

de vida fisicamente

ativos e pouco

sedentários;

Disponibilizar

intervenções médicas,

apoio social e de

enfermagem em

articulação com as

equipas de rua;

Promover o

envelhecimento ativo e

saudável.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

55

Melhorar as

condições de vida,

saúde e bem-estar da

população idosa;

Sensibilizar e educar

para a saúde e o

envelhecimento;

Combater o

isolamento e

promover a melhoria

da mobilidade e da

acessibilidade.

1;3;4 e10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

PROGRAMA

PROJETO

MUNICIPAL DE

SAÚDE PARA

TERCEIRA IDADE

CMSC,

DELEGACIA DE

SAÚDE,

MINISTÉRIO

DA SAÚDE,

OMS.

PROMOÇÃO DA

SAÚDE, QUALIDADE

DE VIDA E BEM-

ESTAR

Promover o Acesso a

cuidados de saúde de

qualidade;

Promover a adoção

generalizada de estilos

de vida fisicamente

ativos e pouco

sedentários;

Disponibilizar

intervenções médicas,

apoio social e de

enfermagem em

articulação com as

equipas de rua;

Promover o

envelhecimento ativo e

saudável.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

56

Na sequência da realização da Conferencia Mundial sobre a Redução dos Riscos de Desastres em Janeiro de 2005, foi possível uma forte

congregação de vontade política das autoridades Cabo-verdianas na constituição de uma plataforma de solução à questão da Redução do

Risco de Desastre em Cabo Verde, sob a orientação do Quadro de Acção de Hyogo.

A Proteção Civil em Cabo Verde, teve os seus primórdios em meados do ano de 1999, com a publicação da Lei de Bases de Proteção Civil

(Lei nº. 100/V799 de 19 de Abril), e atualmente é uma instituição que se vem solidificando, com o seu crescimento sustentado, e que tem

vindo a marcar uma presença profícua em todos os pontos do país, não só na consolidação e reorganização do sistema, bem como no domínio

da sua socialização.

Em termos de desenvolvimento a Proteção Civil em Cabo Verde está em franco desenvolvimento e é já visível o interesse que vem

despertando não só nos organismos públicos, como também nos privados, associações e população em geral. Assim foi possível a formatação

de diversos diplomas normativos, para a melhor eficiência e eficácia da Proteção Civil em Cabo Verde, qual seja:

A Lei n.º12/VIII/2012, que estabelece as bases gerais da proteção civil, prevê a criação do conselho Municipal de Proteção civil, com o seu

regulamento, para assegurar que todas as entidades e instituições de âmbito Municipal imprescindíveis à proteção e socorro, emergência e

assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à

gestão da ocorrência em cada caso concreto.

A transposição de matérias de proteção civil nos conteúdos escolares constituiu desde a génese do Serviço Nacional de Proteção Civil um

dos seus objetivos fundamentais, pois acredita-se que só se pode arquitetar uma cultura de prevenção e segurança na óptica da Proteção civil

se a Escola for eleita como um dos principais eixos do Sistema Nacional de Proteção Civil.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

SEGURÂNÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO CIVIL - EIXO ESTRATÉGICO

SEGURÂNÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO CIVIL - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

57

A nível do Concelho de Santa Catarina, as determinadas zonas (Baxo La, Banana Semedo e algumas zona de região de Assomada)

encontram-se expostos a um leque variado de perigos, que inclui:

(i) Perigos naturais, que correspondem a ocorrências associadas ao funcionamento dos sistemas naturais (e.g., sismos, movimentos de massa,

erosão do litoral, cheias e inundações);

(ii) Perigos ambientais, em que se combinam os resultados de acções continuadas da atividade humana com o funcionamento dos sistemas

naturais (e.g., incêndios florestais, contaminação de cursos de água, de aquíferos e de solos).

O problema da segurança pública em Cabo Verde parece estar na ordem do dia e a suscitar maior preocupação às autoridades

governamentais, dado o crescendo de delinquência e violência criminal a que tem vindo a assistir-se de há uns anos a esta parte na nossa

terra. Mas mesmo que tudo estivesse em aparente normalidade, a problemática da segurança não se compadece com a rotina e nunca deve

sossegar os responsáveis. Exige sempre uma contínua reflexão, avaliação e diagnóstico da situação por forma a aquilatar-se se os meios

disponibilizados e os processos adotados estão a todo o momento em correspondência com as necessidades e as expectativas dos cidadãos.

À parte isso, incumbe ao Estado, em instâncias devidas, o estudo, o acompanhamento e a resposta possível aos fenómenos sociais que podem

estar na raiz do problema da criminalidade ou que podem potenciar a sua eclosão ou agravar a sua incidência. Entretanto, em todas as

sociedades, especialmente nas democráticas e de cultura ocidental, persiste irresolúvel a dialéctica entre o saber se a delinquência e a

violência criminal se extinguem quando atacadas nas suas raízes sociais (desemprego, fome, injustiça, exclusão social) ou se os instrumentos

de repressão serão sempre um mal necessário.

Num contexto de dificuldades económicas e sociais, o tema da segurança assume particular importância. A segurança como um bem jurídico,

funda-se na lógica de supremacia inquestionável do interesse nacional e contribui, decisivamente, para a manutenção de um clima de

tolerância e a promoção de comunidades justas e seguras.

A segurança é também decisiva para a fruição do espaço público e partilha de todos os territórios da cidade, para residentes e visitantes.

Sendo assim, foi possível a elaboração dos seguintes diplomas jurídico-legais com enfoque e parametrização de incidência na segurança

interna e autárquico, quais sejam:

A resolução nº75/2016 que estabelece a elaboração do Programa Nacional de Segurança Interna e Cidadania (PNSIC), com medidas

de carácter urgente e de implementação imediata.

A lei nº 50/VII/2009 que define o regime jurídico de exercício de segurança, com a função subsidiária e complementar da atividade

das forças e dos serviços de segurança pública do Estado.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

58

A Lei nº 13/IX/ 2017 que estabelece o regime, forma e criação, estatuto do pessoal, equipamentos e orgânicas das polícias

Municipais, com a função de polícia administrativa para fiscalizar o território municipal, cumprimento de leis e regulamentos

municipais.

Apesar de a segurança pública ser responsabilidade do Estado, o município de Santa Catarina deve cooperar na segurança de proximidade e

participar nos Programas de Segurança Comunitária, tendo em vista propiciar um ambiente de tolerância numa abordagem multidisciplinar à

segurança dos cidadãos como o emprego, a educação ou a saúde.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

59

s

SEGURÂNÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO CIVIL – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Existência de áreas de perigo acentuado que, por serem densamente povoadas e/ou por

estarem ocupadas por atividades humanas desajustadas, possuem um risco elevado;

Deficiente manutenção de meios operacionais devido a restrições financeiras;

Baixo nível de escolaridade dos efetivos da corporação;

Inoperacionalidade dos meios de Evacuação;

Inexistência do Gabinete Municipal de Proteção civil;

Não existência de um conselho municipal de proteção civil;

Inexistência de um plano de formação contínua dos Bombeiros;

Não existe um plano Municipal de Emergência;

Dificuldade no reabastecimento de camiões autotanques;

Possibilidade de ocorrência de fenómenos perigosos gerados no exterior (e.g. sismo,

tsunami), mas com efeitos potencialmente devastadores no território regional;

Agravamento das situações de risco com origem hidro-meteorológica, no quadro da

modificação global do clima;

Agravamento da erosão costeira e das ameaças às actividades económicas concentradas

nas zonas de Baxo La e Banana Semedo, no quadro da subida do nível do mar e

deslizamentos de terras.

AMEAÇAS

Concentração excessiva de infraestruturas estratégicas em áreas de

perigosidade moderada ou elevada;

Expansão urbana e de atividades económicas para zonas marginais expostas a

perigos naturais e ambientais e conduzindo à degradação de recursos naturais;

Inexistência de uma corporação da Policia Municipal;

PONTOS FRACOS

Valorização do território, garantindo a segurança das pessoas e dos bens e a qualidade do

ambiente, regulamentando o uso do solo em função dos riscos aos quais está exposto;

População jovem com forte propensão para aprendizagem;

Forte disponibilidade das instituições públicas e privadas em cooperar nas ações de

proteção civil;

Existência do quadro legal (Lei de bases de proteção civil Lei n.º 12/VIII/2012);

Existência de acordos de cooperação com municípios estrangeiros e ONGs;

Desenvolvimento de plataformas de comunicação de emergência, pelo SNPCB (Serviço

Nacional de Proteção civil e Bombeiros);

Existência de projetos estruturantes no SNPCB (centro único de emergência,

observatório nacional de redução de riscos e desastres);

Existência do PDM.

Existência de quartel de bombeiros e sua localização estratégica;

Corporação atual de bombeiros com formação;

Realização de simulacros e exercícios constantes;

Equipa de brigadas de corporação funcional 24 horas por dia;

Existência do comando Regional Santiago Norte, no edifício da corporação dos

bombeiros;

Forte capacidade de sensibilização da população;

Forte articulação institucional na resolução e mitigação de riscos;

Existência de meios de resposta (veiculo ligeiro e pesado de combate a incêndio, e

desencarceramento e meios de primeira intervenção, “pás, enxada», etc.

Existência de plano de emergência para a época das chuvas;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

60

PROGRAMAS ESTRUTURANTES OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

PROGRAMA AUTÁRQUICO DE

ORDENAMENTO DE

TERRITÓRIO.

- Identificar e organizar o

espaço territorial do

Concelho de Santa

Catarina;

CRIAÇÃO DO

GABINETE

MUNICIPAL DE

PROTEÇÃO CÍVIL

Propiciar uma gestão

preventiva dos riscos no

território;

Garantir a correcta

utilização do território,

em condições de

segurança e em benefício

das comunidades;

Elaborar um programa

de médio e longo prazo,

para reforço da

resistência anti-

catástrofe natural e

ambiental;

Direção Geral das

Pescas;

Câmara Municipal

de Santa Catarina;

Universidades;

Forças Armadas;

Policia Nacional e

Judiciaria.

11 e 13

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

SEGURÂNÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO CIVIL – EIXO ESTRATÉGICO

SEGURÂNÇA PÚBLICA E PROTEÇÃO CIVIL – OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

1-Incutir nas pessoas a cultura de boas práticas sanitárias, urbanísticas e o cumprimento de leis e regulamentos municipais;

2-Desenvolver acções, com eficácia administrativa, Visando a sensibilização, prevenção e reacção de acordo com as situações e contextos no âmbito da

afirmação da autoridade municipal.

SEGURÂNÇA PÚBLICA – SUB-EIXO ESTRATÉGICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

61

PROAESR-PROGRAMA

“SANTA CATARINA

SEGURA”

Mobilizar agentes e

organismos, de uma

forma adequada e

eficaz, de modo a que

se possa construir uma

verdadeira cultura de

segurança no

Concelho;

Dar início ao processo

de formação dos

parceiros sobre a

campanha local, no

âmbito das medidas

de auto-proteção e

prevenção para as suas

infraestruturas e

utilizadores.

CRIAÇÃO DO

CENTRO

MUNICIPAL DE

INFORMAÇÃO E

SENSIBILIZAÇÃO

PARA REDUÇÃO

DOS RISCOS DE

SANTA CATARINA

(CMISRSC).

4; 11 e 13

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

Organizar e dinamizar

workshops, seminários e

conferências sobre a

temática da redução do

risco de desastre,

envolvendo toda a

comunidade;

Criar projetos

correlacionados com

comunidade escolar

propiciando-lhes uma

maior dinâmica e

abrangência;

Expandir o voluntariado de

proteção civil no

município e desenvolver

ações de

formação/informação

sobre prevenção de riscos e

comportamento em cenário

de catástrofe.

Direção Geral das

Pescas;

Câmara Municipal

de Santa Catarina;

Universidades;

Forças Armadas;

Policia Nacional e

Judiciaria.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

62

A habitação constitui um elemento cultural paradigmático para a compreensão dos fluxos humanos que acompanham ciclos

histórico/sociais presentes no percurso evolutivo das comunidades e, neste sentido, um elemento imprescindível e fulcral para a

caracterização sócio/cultural em Cabo Verde.

O processo de construção em Cabo Verde está sujeito às condições climáticas específicas derivadas da sua localização geográfica, e

problemas de habitação e urbanismo, como as carências habitacionais e infraestruturais.

Atendendo ao contexto climático de Cabo Verde, as prevenções a levar em conta na prática da construção prendem-se com a elevada

radiação solar, os ventos acompanhados de poeira em suspensão e as chuvas que embora sejam irregulares e pouco frequentes, são de

carácter torrencial

A Acão das chuvas pode ter um efeito erosivo, contribuindo para o desgaste mais acentuado dos materiais de construção,

principalmente dos aplicados no exterior (coberturas e revestimentos, entre outros). Esta pode também ser responsável por fissuras

superficiais devido ao arrefecimento rápido das superfícies e por manchas de humidade no interior dos edifícios devido às infiltrações

das águas das chuvas.

Em relação aos ventos, constata-se que estes podem arrastar e transportar poeiras e areias, provocando efeitos de erosão nas

construções. Realça-se ainda, que a acção mecânica do vento, nalgumas ilhas de forte intensidade (Sal, Boavista e São Vicente), tem de

ser considerada também no dimensionamento de estruturas e nas soluções construtivas.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

HABITAÇÃO - EIXO ESTRATÉGICO

HABITAÇÃO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

63

Em Cabo Verde, o problema habitacional coloca-se tanto ao nível de alojamento familiar, como também da habitação, enquanto local

com condições aceitáveis de habitabilidade. Na generalidade, as habitações apresentam baixa qualidade em termos funcionais, de

construção e de conforto, dado principalmente o baixo rendimento familiar e a baixa capacidade de resposta em termos de planificação

física e socioeconómica do país.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a superlotação das habitações em Cabo Verde é muito comum e calcula-se

que cerca de 47% do parque habitacional, ou seja, mais de 20.000 unidades, não conseguem atingir o padrão mínimo estabelecido pelo

governo de Cabo Verde de 2 pessoas por quarto.

Aliado a uma crescente procura, o forte crescimento demográfico tem dificultado o processo de procurar e conseguir oferecer soluções

viáveis para resolução dos problemas habitacionais e urbanísticos

Perante as necessidades sociais e o aumento da procura da habitação nos principais centros urbano da cidade de Assomada, o mercado

de solos mantém-se fortemente desequilibrado. Favorece a subida brusca do preço dos terrenos e das construções, propiciando aos

proprietários fundiários e aos promotores imobiliários grandes lucros. Consequentemente, a especulação comercial dos terrenos reflete-

se necessariamente no custo elevado das construções. Nestas circunstâncias, a habitação oferecida no mercado legal aparece, pois, a

preços demasiado altos para a capacidade financeira de grande parte da população.

O Município de Santa Catarina, situado na Ilha de Santiago de Cabo verde., é o terceiro maior concelho de Cabo Verde, com Cerca de

50.000 habitantes, dos quais cerca de 43% são pobres.

O elevado défice Habitacional de cerca de 4000 fogos e a situação de insegurança habitacional em que vivem mais de 2000 famílias e

convivem com uma elevada procura de lotes para construção urbana, mormente por um segmento importante e famílias sem capacidade

financeira para construção de habitação própria, mas também com a especulação imobiliária urbana na venda de terrenos no concelho e

um segmento importante de procura de habitação económica.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

64

A crise social e a desigualdade de renda expulsam constantemente, ainda que não de forma explícita, a população mais pobre das áreas

equipadas e bem servidas de infraestrutura, resultando na contínua ampliação e adensamento loteamentos precários e irregulares de

periferia.

Atualmente, a nível dos tipos de habitação do centro urbano da Assomada, destacam-se duas situações extremas. Por um lado, nos

últimos anos, tem aumentado consideravelmente o número de habitações de padrões elevados, com técnicas e materiais importados,

pertencentes às camadas da população com maiores rendimentos, quadros superiores, dirigentes políticos, comerciantes e emigrantes

que no geral ocupam as zonas mais consolidadas da cidade e dotadas de melhores infraestruturas. Por outro lado, confirma-se cada vez

mais a tendência do surgimento de habitações construídas através de um processo tido “ilegal”, com poucas condições de habitabilidade

e que ocupam zonas geralmente carentes em infraestruturas de saneamento básico e de equipamentos públicos. Estas estão ocupadas

pelos extratos mais vulneráveis da população que vivem, na generalidade, com fracos recursos económicos

As diferenças de rendimento existentes nas famílias de Santa Catarina destacam as desigualdades sociais acentuadas e com tendência a

crescer, cuja consequência é a definição de um padrão de habitabilidade diferenciado consoante o nível de rendimento.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

65

s

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Aumento das casas abandonadas;

Aumento do índice de envelhecimento dos edifícios não ocupados como residência habitual;

Alteração do conceito de família;

Custos elevados da habitação, o que dá azo ao processo migratório.

AMEAÇAS

Dificuldade de acesso ao crédito bancário aos particulares para

habitação;

Tendência de concentração populacional na sede de concelho, com

a consequente desertificação rural;

Carência ao nível das condições de habitabilidade de algumas

famílias;

Existência de pedidos de apoio ao nível de obras de melhoramento

das condições de habitabilidade;

Mercado de arrendamento limitado e com rendas elevadas.

PONTOS FRACOS

Condição para a fixação e aumento do número de famílias;

Redução do custo da habitação como incentivo à fixação da população;

Localização geográfica, melhorada recentemente pela criação de novos acessos.

Crescimento de parque habitacional;

Crescimento de nº total de loteamentos;

Programa e projetos de intervenção da área de habitação: Caso da

empresa Habitar Assomada, S.A.;

Predisposição dos dirigentes autárquicos na delineação de políticas

legais que promovam a habitação.

HABITAÇÃO – ANÁLISE SWOT

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

66

PROMOÇÃO DA

CONSOLIDAÇÃO DA

HABITAÇÃO

SOCIAL.

Garantir o melhor

aproveitamento da infra-

estrutura instalada e das

edificações existentes;

Consolidar, através de ação

conjunta da sociedade civil

organizada e do poder público

(municipal e estatal), a moradia

social nas áreas centrais;

Garantir a manutenção da

população de baixo rendimento

nas áreas afetadas por planos e

programas de requalificação

urbana, tendo em vista os

efeitos destes na valorização

imobiliária.

Coibir novas ocupações por

assentamentos habitacionais nas

áreas inadequadas para essa

finalidade.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

PROGRAMA

PROGRAMA DE

EMERGÊNCIA

HABITACIONAL

Constituir um

instrumento de

referência para a

articulação da

política

habitacional e

controle dos seus

resultados;

Diagnosticar as

necessidades

habitacionais atuais

no Município, e de

estimativas quanto

à sua evolução;

Orientar com maior

clareza a

articulação dos

meios e o

equacionamento

dos projetos

habitacionais que

integram o

programa

Municipal de

Habitação.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

HABITAÇÃO - EIXO ESTRATÉGICO

HABITAÇÃO – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Agencias

Imobiliárias;

IFH;

Ministério de

Ordenamento

do Território.

1; 8; 9; 10 e

11

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67

PROMOÇÃO DE

PARTICIPAÇÃO E

INCLUSÃO SOCIAL

Propiciar a participação

da população moradora e

dos movimentos que

lutam por uma moradia;

Articular as ações da

política habitacional com

os projectos dirigidos à

inclusão social através da

geração de rendimento,

emprego e capacitação

dos grupos excluídos;

Reservar parcela das

unidades habitacionais de

interesse social.

Desenvolver projectos de

atendimento habitacional

destinado à população

em situação de rua, em

parceria com os

stakeholders.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

PROGRAMA

PROGRAMA DE

EMERGÊNCIA

HABITACIONAL

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Agencias

Imobiliárias;

IFH;

Ministério de

Ordenamento

do Território.

1; 8; 9; 10 e

11

Constituir um

instrumento de

referência para a

articulação da

política

habitacional e

controle dos seus

resultados;

Diagnosticar as

necessidades

habitacionais atuais

no Município, e de

estimativas quanto

à sua evolução;

Orientar com maior

clareza a

articulação dos

meios e o

equacionamento

dos projetos

habitacionais que

integram o

programa

Municipal de

Habitação.

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68

PROMOÇÃO DO

FINANCIAMENTO

DA HABITAÇÃO

SOCIAL

Articular a formulação de

políticas públicas entre o

Estado e o Município tendo

em vista a

complementaridade.

Buscar financiamento

internacional para os

projetos habitacionais de

interesse social;

Facilitar o acesso e a

permanência das famílias

de baixa renda nas linhas

de financiamento público

da Habitação de Interesse

Social;

Estimular o

autofinanciamento da

moradia através de

associações e cooperativas.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

PROGRAMA

PROGRAMA DE

EMERGÊNCIA

HABITACIONAL

Constituir um

instrumento de

referência para a

articulação da

política

habitacional e

controle dos seus

resultados;

Diagnosticar as

necessidades

habitacionais atuais

no Município, e de

estimativas quanto

à sua evolução;

Orientar com maior

clareza a

articulação dos

meios e o

equacionamento

dos projetos

habitacionais que

integram o Plano

Municipal de

Habitação.

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Agencias

Imobiliárias;

IFH;

Ministério de

Ordenamento

do Território.

1; 8; 9; 10 e

11

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69

PROMOÇÃO DOS

PROJETOS

URBANÍSTICO-

ARQUITETÓNICOS

Estimular a diversidade de

soluções e a adequação dos

projetos aos condicionantes

do meio físico;

Considerar as

características

diferenciadas da demanda,

desenvolvendo projetos

habitacionais coerentes

com suas necessidades.

Estabelecer parâmetros

edílicos e urbanísticos, bem

como procedimentos de

aprovação, específicos para

os empreendimentos

habitacionais de interesse

social.

Adotar novas tecnologias

de habitação no processo

construção e manutenção

dos empreendimentos

habitacionais voltados

param os princípios do

desenvolvimento

sustentável;

Adequar os

empreendimentos

habitacionais de interesse

social.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

PROGRAMA

PROGRAMA DE

EMERGÊNCIA

HABITACIONAL

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Agencias

Imobiliárias;

IFH;

Ministério de

Ordenamento

do Território.

1; 8; 9; 10 e

11

Constituir um

instrumento de

referência para a

articulação da

política

habitacional e

controle dos seus

resultados;

Diagnosticar as

necessidades

habitacionais atuais

no Município, e de

estimativas quanto

à sua evolução;

Orientar com maior

clareza a

articulação dos

meios e o

equacionamento

dos projetos

habitacionais que

integram o Plano

Municipal de

Habitação.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

70

A palavra integração é muitas vezes utilizada como sinónimo de coesão, unidade e equilíbrio, ajustamento e harmonia. Mas não é sinónimo

de homogeneidade na sociedade, já que a diferenciação é uma qualidade essencial das relações sociais (Chris Argyris 1975 pág. 35). A

integração social é uma teoria que mostra que a falta de interacção social positiva e aceitação tem consequências negativas na vida de

um individuo, família, comunidade e perspectiva social.

Para o mesmo autor Chris Argyris (1975 pág. 42) a integração social consiste no processo de introdução de indivíduos ou grupos em

contextos sociais maiores, com padrões normais mais gerais. Quanto maior for a integração dentro de uma sociedade, maior será o nível de

concordância entre os seus membros e maior será a estabilidade social na comunidade. Apesar de ser um conceito positivo, em alguns casos,

quando ocorre uma integração total, é comum haver uma lentidão em processos dinâmicos sociais e por vezes uma inaptidão de mudar e se

adaptar a acontecimentos e fenómenos novos.

Apesar de algumas sociedades atuais não fazerem essa distinção, é importante salientar que existem dois tipos de integração: a normativa,

que ocorre através da incorporação das normas e valores predominantes; e a funcional, que ocorre graças à dependência mútua entre os seus

vários elementos.

As Nações Unidas tem um ramo de integração Social, que é uma parte da divisão de Política Social e o desenvolvimento (departamento de

assuntos económicos e Social). Ela também emite uma publicação trimestral chamada boletim sobre políticas de integração Social. Desde a

sua criação, em 1945, um dos principais objectivos da ONU foi o de apoiar e de proteger os mais vulneráveis e oprimidos. O primeiro

parágrafo da Carta das Nações Unidas expressa a determinação dos povos ao redor do mundo de “promover o progresso social e melhores

condições de vida dentro de uma liberdade ampla”, e de “empregar um mecanismo internacional para promover o progresso económico e

social de todos os povos”. O Artigo 55 amplia esses propósitos, afirmando que as Nações Unidas favorecerão “níveis mais altos de vida,

trabalho efectivo e condições de progresso e desenvolvimento económico e social”, e “a solução dos problemas internacionais económicos,

sociais, de saúde e relacionados”.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INTEGRAÇÃO SOCIAL - EIXO ESTRATÉGICO

INTEGRAÇÃO SOCIAL - DIAGNÓSTICO

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71

Cerca de 70% de todo o trabalho do sistema da Organização é destinado a cumprir este pressuposto. O trabalho é orientado pela ideia de que

a erradicação da pobreza e a melhoria no bem-estar das pessoas ao redor do mundo são etapas necessárias para a construção de uma paz

duradoira.

A constituição da republica de Cabo verde no seu artigo 1º diz que - Cabo Verde é uma República soberana, unitária e democrática, que

garante o respeito pela dignidade da pessoa humana e reconhece a inviolabilidade e inalienabilidade dos direitos humanos como fundamento

de toda a comunidade humana, da paz e da justiça. Também, reconhece a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, sem distinção de

origem social ou situação económica, raça, sexo, religião, convicções políticas ou ideológicas e condição social e assegura o pleno exercício

por todos os cidadãos das liberdades fundamentais. E acima de tudo assegura que, criará progressivamente as condições indispensáveis à

remoção de todos os obstáculos que possam impedir o pleno desenvolvimento da pessoa humana e limitar a igualdade dos cidadãos e a

efectiva participação destes na organização política, económica, social e cultural do Estado e da sociedade cabo-verdiana.

Também no artigo 7º na alínea (b) diz que - Garante o respeito pelos direitos humanos e assegura o pleno exercício dos direitos e liberdades

fundamentais a todos os cidadãos; e na alínea (e) - reforça que o propósito é trabalhar para Promover o bem-estar e a qualidade de vida do

povo cabo-verdiano, designadamente dos mais carenciados, e remover progressivamente os obstáculos de natureza económica, social,

cultural e política que impedem a real igualdade de oportunidades entre os cidadãos, especialmente os factores de discriminação da mulher

na família e na sociedade;

Não obstante a isso, o governo de Cabo Verde no seu programa da IX legislatura tem um conjunto de compromissos e de entre eles

destacam-se alguns que tem como objectivo principal garantir a plena integração de grupos e pessoas no panorama social e político do país

garantindo assim maior eficácia e eficiência no processo de desenvolvimento do país.

O governo comprometeu em colocar os cuidados de dependentes – crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiências, tradicionalmente

considerados como um mandato social exclusivo das famílias no centro da agenda das políticas públicas de inclusão social e de apoio as

famílias. Tudo isso para promover a igualdade de género e a conciliação da vida laboral e familiar e fazer com que Cabo Verde seja uma

nação exemplo no mundo em matéria de igualdade de género e de inclusão social, num juntar de esforços, nomeadamente, com as ONG`s, as

igrejas, a comunicação social e a comunidade internacional, com principal destaque para o Sistema das Nações Unidas.

Tudo isso revela que o Estado de Cabo Verde tem como propósito e missão a plena integração de todos no sistema político e social do país e

que para isso, todos os direitos e deveres estão assegurados e salvaguardados na lei.

Santa Catarina é um concelho em constante mudança e transformação, por isso, ainda se depara com situações preocupantes, próprias desse

processo social que carecem de uma atenção especial e de intervenções imediatas como o caso da integração social de grupos e pessoas

vulneráveis. Não se sabe com exatidão a real situação social do concelho nesta matéria, mas após um estudo cuidadoso e pormenorizado

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72

permitiu-nos ter uma noção dos números que existem no concelho em termos de grupos e pessoas vulneráveis e em matéria de políticas

públicas de intervenção social.

A plena integração de emigrantes principalmente de origem africana, das pessoas com deficiências, dos ex. reclusos, das minorias

étnicas e religiosas, das crianças em situação de risco, dos idosos, dos toxicodependentes, da diáspora santa-catarinense, das minorias

oriundas de outras ilhas, nos programas e projectos deve ser uma prioridade das autoridades local.

Segundo dados da Delegacia de Saúde de Assomada entidade que tem acompanhado e trabalhado de perto com a situação dos doentes

mentais no concelho, existem cerca de 345 processos de doentes mentais registrados e que recebem acompanhamento por parte desta

unidade de saúde. Destes (345) 226 são seguidos e acompanhados mensalmente e alguns, conforme o caso, de três em três meses. São

doentes activos, normalmente são acompanhados pelos familiares e as consultas mais frequentes que fazem são as de psicologia e psiquiatria

excepto em alguns casos onde esses doentes são alcoólatras. (DSSC, 2017)

De realçar ainda que de entre estes 226 doentes que são seguidos e acompanhados 129 são homens e 97 são mulheres. No entanto, de entre

os 345 doentes no geral 119 não vão à consulta e não são acompanhados pelo Centro de Saúde.

Segundo pudemos apurar a quando da entrevista com a assistente social do centro, as causas mais frequentes da problemática mental em

Santa Catarina são: Alcoolismo, drogas, e causas outras como nascença, “Stress”, trauma familiar, abusos sexuais, abandonos, etc….

OBS – No seio do grupo que mencionamos, constatou-se um grande número de crianças e adolescentes que sofrem com problemas mentais

em Santa Catarina. São cerca de 27 no geral entre meninos e meninas dos 7 aos 17 anos na sua maioria crianças da aldeia SOS. A maioria

recebe acompanhamento psicológico devido a algum historial de psiquiatria e abusos sexuais.

Outra caso passível de atenção é sem dúvida a questão dos emigrantes residentes no Concelho, sobretudo os de origem africana. Segundos

dados da INE, referentes ao ano 2014 elaborados mediante um inquérito multiobjectivos contínuo, existem em Santa Catarina de Santiago

um número significativo de emigrantes residentes no concelho, cerca de 2.038 no total, sendo 1.209 homens e 829 mulheres.

A maioria desses emigrantes trabalha no sector do comércio e da construção civil, mas um número significativo trabalha em outros ramos e

áreas da sociedade santa-catarinense. Muitos são professores, pequenos empresários, médicos e enfermeiros.

A plena integração dos mesmos no contexto social e político do concelho é uma necessidade que se impõe, visto que, muitos vivem com

dificuldades e não se sentem integrados plenamente na vida social e política do concelho segundo as entrevistas realizadas.

Um número significativo de emigrantes residentes no concelho já constituíram família já construíram habitações e estão bem inseridos,

contudo ainda existem muitos entraves que condicionam todo o processo da plena integração dos mesmos no concelho, falamos

essencialmente das dificuldades que têm em adquirir a residência, registrar os filhos, registrar bens e propriedades, abrir empresas,

participar na vida política, e algum tipo de preconceito e discriminação sobretudo institucional segundo depoimento de alguns

imigrantes entrevistados.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

73

A cidade da Praia acolheu no passado dia 15 de Junho um seminário sobre “imigração e integração social de imigrantes a nível local”. O

Ministério da Família e inclusão Social (MFIS), através da Direcção Geral da Imigração, órgão responsável pela elaboração e implementação

de políticas e medidas direccionadas para a imigração e inclusão de imigrantes e promotor desse evento. Este seminário constitui uma das

primeiras actividades do “Projecto Reforço da gestão da imigração e integração dos imigrantes a nível municipal”, que contempla três

vertentes essenciais: a formação/capacitação das estruturas nos Municípios que trabalham com imigrantes/estrangeiros em cada município ou

ilha; a elaboração de manuais de procedimento para os Gabinetes de Apoio aos imigrantes (existentes) nas Câmaras Municipais e a

elaboração de Planos Municipais de integração social de imigrantes em alguns Municípios.

Um outro caso é também o das minorias religiosas existentes no concelho. Podemos afirmar que Santa Catarina é um concelho laico, apesar

da maioria das pessoas serem da religião católica existem cerca de (8) instituições religiosas no concelho com destaque para: Adventistas do

sétimo dia, Testemunhos de Jeová, Igreja Centro de ajuda, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias (Mórmom), Igreja do

Nazareno, Grexa de Assomada do Pastor (Sr. Adriano). Todas essas organizações religiosas sedeadas no concelho têm trabalhado no

sentido de termos uma sociedade cada vez mais coesa e comprometida com os valores que norteiam a boa convivência social e os princípios

da ética e da moral. Por isso, é de extrema importância que estejam inseridos no panorama social e político do concelho, visto que, segundo

as entrevistas realizadas muitas dessas organizações consideram que sempre ficam à margem e que não são tidas em conta a quando da

elaboração dos planos estratégicos de desenvolvimento local bem como em outros processos de decisões importantes para o município.

Outro aspecto não mais ou menos importante é o da situação das crianças, adolescentes e idosos em situação de risco no concelho.

Segundo dados da delegação do ICCA de Santa Catarina existe um número significativo de crianças e adolescente no concelho. Cerca de

43% da população total do concelho é composto por crianças e adolescentes. De acordo com o depoimento do responsável do ICCA em

Santa Catarina não há registro de situação de crianças e adolescentes de rua, mas existe um número significativo cerca de 25 no total que

podem ser considerados como sendo na rua.

Essas crianças e adolescentes, não chegam a ter uma rotura dos vínculos com a família a ponto de pernoitarem na rua por um período

suficientemente longo, para que se possam, nesse período, serem consideradas como de rua. Com frequência essas crianças e adolescentes

que dormem na rua a um bom tempo acabam retornando às suas casas configurando a situação de crianças na rua o que é nossa realidade.

Embora, vivamos no seculo XXI e tendo em conta as inúmeras ações, projectos e campanhas de divulgação dos direitos destes grupos,

levados a cabo nos últimos 20 anos, ainda persistem nos dias que correm, inúmeros casos intoleráveis de maus tratos contra crianças,

adolescentes e pessoas idosas. Salienta-se casos de abusos e exploração sexual, negligencia, maus tratos, e disputas de crianças entre

progenitores.

A estatística nacional realizada em 2012 mostra que das 135.684 crianças com idade entre 5-17 anos 9.666 exercem trabalho infantil, 8.683

dessas crianças encontra-se em situação de trabalho que se deve abolir, 7.649 encontram-se a realizar trabalhos perigosos e 1.034 encontram-

se em outras modalidades de trabalho a abolir. Em Santa Catarina de Santiago a exploração do trabalho infantil é uma realidade

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74

principalmente em casas onde moram, nos campos nas épocas de chuvas, nos pequenos comércios informais, lavando carros. Por isso, é de

extrema importância que medidas sejam tomadas como forma de minimizar esta situação e atenuar os seus efeitos.

Em Santa Catarina existem vários problemas sociais que merecem ser encaradas com seriedade. O caso dos toxicodependentes e usuários

de drogas é outra realidade visível que carece de uma atenção redobrada e cuidadosa, pois, trata-se de vidas humanas. Segundo dados da

Delegacia de Saúde de Santa Catarina existem cerca de trinta (30) indivíduos com problemas relacionados a toxicodependência que

normalmente são acompanhados pela psicóloga responsável do referido espaço. Segundo informações da DSSC desde 2014 ano em que se

começou a trabalhar directamente com esses indivíduos e seus familiares, cerca de 12 foram encaminhados para recuperação na tenda

“Elxadai” em Santa Cruz todos do sexo masculino.

É de extrema importância que esta categoria de pessoas que se encontra “marginalizada” seja integrada com mediadas de políticas públicas

assertivas e articuladas entre as várias instituições que trabalham directa e indirectamente com esta problemática social e Santa Catarina não

foge à regra.

A integração dos ex. reclusos é também uma necessidade constante em Santa Catarina, visto que, existe um número significativo de pessoas

que cumpriram penas de prisão que estão em liberdade mas que ainda não se sentem totalmente integradas, apoiadas e valorizadas bem como

outros que ainda se encontram na prisão e que vão sair a qualquer momento e terão que receber uma atenção especial como forma de se

garantir a plena integração dos mesmos e evitar que sejam reincidentes o que acontece na maioria das vezes.

De acordo com os dados do INE o número de ocorrências de homicídios em Cabo Verde passou de 39 em 2010 para 56 em 2012, espelhando

um aumento de 43,6%. O concelho com maior registo de ocorrência tem sido a Praia, seguido de S. Vicente, onde em 2012, apresentaram 29

e 7 ocorrências de homicídios, respectivamente. A mesma fonte INE (2013) faz uma comparação entre os concelhos e nos revela que em

Santa Catarina 1,2% de crimes são cometidas por pessoas com idade inferior a 16 anos, 5,5% com idade compreendida entre os 16-20 anos,

68,8% com idade compreendida entre os 21-30 anos, 19,1% com idade compreendida entre os 31-45 ano, e 5,4% com mais de 45 anos. Neste

momento de acordo com os dados dos Serviços de Reinserção Social temos cerca de 25 Presos oriundos de Santa Catarina sendo que 21 são

homens e 4 são mulheres.

Outro Grupo vulnerável que merece uma atenção especial no Concelho é a dos doentes de VIH. Em Santa Catarina segundo informações

recolhidas junto da Delegacia de saúde existem cerca de 145 pessoas infectadas pelo viros do VIH sida. Neste número constam cerca de 48

homens e 97 mulheres. Dentre esses 48 homens têm dois (2) com idade compreendida entre 2-14 anos, (1) com idade compreendida entre

15-19 anos, (27) com idade compreendida entre 25-49 anos, e (17) com mais de 50 anos. No caso das mulheres têm (1) com idade

compreendida entre os 5-9 anos, (2) com idade compreendida entre os 10-14 anos, (5) com idade compreendida entre os 15-29 anos, (7) com

idade compreendida entre os 20-24, (54) com idade compreendida entre os 25-49 anos e (28) com mais de 50 anos. Segundo informações

recolhidas a quando da entrevista o número de mulheres infectadas é superior pelo facto de que elas procuram mais os centros de saúde e

pelo fato de serem detectadas através da gravidez.

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75

Queríamos salientar que Santa Catarina é uma cidade multicultural e que todas as comunidades aqui residentes precisam sentir integradas.

Não se sabe com exactidão mas existe um número elevado de pessoas de outras ilhas que procuram Santa Catartina para fixar sua residência.

Vêem de todas as ilhas com principais destaques para os oriundos de Santo Antão, Fogo, Brava e São Vicente. Estas pessoas também fazem

parte da comunidade santa-catarinense e devem participar de forma activa no processo de desenvolvimento, logo devem ser levados em

conta e incluídos nos planos, programas e projectos de desenvolvimento social.

Por último, queríamos frisar que, a diáspora Santa-Catarinense é um grupo alvo que deve ser levado em conta e integrado em todos os

aspectos da vida social e política do concelho não só pela posição que ocupam no cenário político social do concelho mas também pelo

valioso contributo que têm dado neste aspecto. A diáspora Santa Catarinense é grande em número, não se consegue saber com exactidão o

número de pessoas oriundas de Santa Catarina que vivem na diáspora por que emigram todos os dias, fazem parte da comunidade santa-

catarinense, por isso, devem ser levados a participar de forma activa no processo de desenvolvimento do concelho, e fazer com que mesmo

estando longe não se sintam ausentes e excluídos do processo de desenvolvimento do concelho das prioridades e dos desafios que se

impõem. Eles desempenham um papel fundamental nesse processo sobretudo pelas remessas que enviam, pelas parcerias para o

desenvolvimento que conseguem, pelas inovações que trazem a todos os níveis. Todos os anos milhares de emigrantes vêem para Santa

Catarina de férias ou para fixar residência por um tempo determinado, logo, é dever da autarquia local se preocupar em criar as condições.

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76

s

INTEGRAÇÃO SOCIAL – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Crise internacional;

Fuga de quadros superiores;

Diminuição das remessas dos emigrantes e do fluxo do

turismo;

Diminuição de investimentos e ajudas internacionais;

Insegurança;

Elevado número de famílias monoparentais;

Elevada taxa de êxodo rural.

AMEAÇAS

Pouca capacidade de resposta institucional virada para debelar os

problemas associados ao fluxo migratório;

Envelhecimento da população;

Ineficiência em moldes de respostas de meios institucional às potências

ameaças do terrorismo;

Fraca capacidade institucional no âmbito de sinergia com organizações

que visam através de colóquios, conferências debater questões

relacionadas com preconceito e estereótipos raciais;

PONTOS FRACOS

Parcerias públicas e privado, nacionais e internacionais;

Crescimento do sector do turismo, construção e da Hotelaria;

Elevado número de comunidades emigradas;

Situação geográfica favorável;

Território em constante expansão.

Emigração com alta taxa de remessas;

Elevada percentagem de quadros superiores que podem apoiar no

processo de integração social;

Potencialidade de emprego em vários sectores da economia,

nomeadamente, comércio e turismo rural, que facilita a integração social;

Existência de um número significativo de grupos e associações de

desenvolvimento comunitário;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

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PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INTEGRAÇÃO SOCIAL - EIXO ESTRATÉGICO

INTEGRAÇÃO SOCIAL – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Promover a integração social das crianças, dos adolescentes, das pessoas com necessidades especiais, das pessoas da terceira idade, dos portadores do vírus de

VIH e toxicodependentes visando dar-lhes maior e melhores oportunidades sociais e económica;

INTEGRAÇÃO SOCIAL DE IMIGRANTES RESIDENTES NO CONCELHO E MINORIAS ORIUNDAS DE OUTRAS ILHAS - SUB-EIXO

ESTRATÉGICO

MIGRAÇÕES E COOPERAÇÕES

COMO MODELO DE

DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

Responder às

necessidades deste

público-alvo;

Criar melhores

condições de inserção

destes grupos na

educação, saúde,

cultura e formação

profissional;

Incentivar e estimular

mecanismos e

soluções inovadoras

nos centros de

formação, escolas e

demais estruturas

indispensáveis para a

inclusão de

imigrantes.

CRIAÇÃO DE UM

GABINETE DE

MIGRÇÕES E

COOPERAÇÃO

INSTITUIÇÃO DA

SEMANA DO

IMIGRANTE E DO

EMIGRANTE

Melhorar as relações sócias

e os laços de solidariedade e

orientá-los na tomada de

decisão em matéria de

investimentos.

- Associação dos

imigrantes;

- Ministério da

família e inclusão

social;

- Embaixadas;

- Câmara Municipal

de Santa Catarina;

- Universidades;

- Serviço Nacional de

Fronteiras;

- Instituições

Internacionais ligadas

às migrações.

1; 4; 8 e 10

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA ÀS

FAMÍLIAS, NO ACESSO AO

TRABALHO E PARTICIPAÇÃO

ACTIVA NO PAÍS DE

ACOLHIMENTO.

INTEGRAÇÂO E

SENSIBILIZAR PARA

A DIVERSIDADE

Estimular reflexões e

debates nos mais variados

domínios acerca das

questões relacionadas com

os imigrantes e emigrantes.

CRIAÇÂO DE UMA

BASE DE DADOS

Ter informações sobre as

situações socioeconómicas

dos imigrantes e emigrantes.

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78

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DE UM

CENTRO SOCIAL

(LAR DIA)

- Associação das

pessoas com

deficiências;

- Ministério da

família e inclusão

social;

- Câmara Municipal

de Santa Catarina;

- Universidades;

- Instituições que

promovem ações

sociais.

- Polícia Municipal

1; 4 e 10

PROMOÇÃO DE

ACESSIBILIDADE

DIGITAL –

TECNOLOGICA

• Prestar apoio

diversificados às pessoas

com deficiências e aos

idosos;

• Melhorar e fortalecer as

relações sociais e os laços

de solidariedade social.

• Trabalhar junto com as

escolas e garantir que as

crianças com deficiências e

os idosos tenham acesso de

igual modo às novas

tecnologias.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INTEGRAÇÃO SOCIAL - EIXO ESTRATÉGICO

INTEGRAÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS, CRIANÇAS E IDOSOS EM SITUAÇÃO DE RISCO - SUB-EIXO ESTRATÉGICO

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

DESPORTO E CIDADANIA, UMA

VIA PARA A INTEGRAÇÃO

SOCIAL

Dar uma atenção especial

às questões ligadas à

integração das pessoas

com deficiências e idosos

envolvendo o terceiro

sector e a família.

INTEGRAÇÃO DAS PESSOAS

COM DEFICIÊNCIAS E IDOSAS.

Procurar mecanismos e

formas de garantir através

do desporto e de

actividades recreativas

lúdicas, uma maior

integração dos grupos

vulneráveis.

PROMOÇÃO DO

DESPORTO PARA OS

GRUPOS

VULNERÁVEIS

• Dar a oportunidade aos

grupos mais vulneráveis

para praticarem o desporto.

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79

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS

PROGRAMA

- Associação das

pessoas com

deficiências;

- Ministério da

família e inclusão

social;

- Câmara Municipal

de Santa Catarina;

- Universidades;

- Instituições que

promovem ações

sociais.

- Policia Municipal

1; 4 e 10

• Garantir um ambiente

propício e que respeite a

diversidade, com

sinalizações e condições de

locomoção para todos, capaz

de integrar tudo e todos

numa verdadeira lógica de

integração social;

PROJECTO DE

ACESSIBILIDADE

FÍSICA –

INTERVENÇÕES

ARQUITECTÓNICAS

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INTEGRAÇÃO SOCIAL - EIXO ESTRATÉGICO

INTEGRAÇÃO SOCIAL DE IMIGRANTES RESIDENTES NO CONCELHO E MINORIAS ORIUNDAS DE OUTRAS ILHAS - SUB-EIXO

ESTRATÉGICO

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

Procurar mecanismos e

formas de garantir através

do desporto e de

actividades recreativas

lúdicas, uma maior

integração dos grupos

vulneráveis.

Dar uma atenção especial

às questões ligadas à

integração das pessoas

com deficiências e idosos

envolvendo o terceiro

sector e a família.

DESPORTO E CIDADANIA, UMA

VIA PARA A INTEGRAÇÃO

SOCIAL

INTEGRAÇÃO DAS PESSOAS

COM DEFICIÊNCIAS E IDOSAS.

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80

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS

PROGRAMA

- Associações

Comunitárias;

- Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

- Universidades;

- Instituições

religiosas.

3; 4 e 10

CRIAÇÃO DE UM

ESPAÇO DE

TERTULIAS

RELIGIOSA

• Criar um espaço de intercâmbio

entre as confissões religiosas e a

sociedade civil, para reflectirem

sobre aspectos religiosos.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INTEGRAÇÃO SOCIAL - EIXO ESTRATÉGICO

INTEGRAÇÃO SOCIAL DAS MINORIAS ÉTNICAS E RELIGIOSAS - SUB-EIXO ESTRATÉGICO

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

MULTICULTURALISMO,

CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO

RELIGIOSA COMO MODELO DE

DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL.

Procurar formas de

haver uma maior

articulação entre as

entidades religiosas e o

poder local como forma

de fortalecer os laços

sociais;

Fazer com que as

confissões religiosas

tenham um papel

importante no auxilio à

elaboração dos planos

projectos e programas de

desenvolvimento social;

Proporcionar espaços e

momentos de

intercâmbios entre as

diferentes confissões

religiosas em parceria

com os Espaços Jovens.

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81

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

- Associações

comunitárias;

- Câmara Municipal

de Santa Catarina;

- Universidades;

- Polícia Nacional;

- Centro de saúde;

- Hospital Santa

Rita Vieira

- Centros de

juventude

3; 4; 8 e 10

CRIAÇÃO DE UMA

REDE MUNICIPAL

DE ESPAÇOS

JOVENS

Ter uma rede de Espaços Jovens que

trabalham de forma articulada e

participativo em relação às

problemáticas ligadas à juventude .

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

INTEGRAÇÃO SOCIAL - EIXO ESTRATÉGICO

INTEGRAÇÃO SOCIAL DOS TOXICODEPENDENTES - SUB-EIXO ESTRATÉGICO

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

DO VIH E DAS

TOXICODEPENDÊNCIAS

NO MEIO ESCOLAR;

Procurar envolver as escolas, as

famílias e outras entidades com

responsabilidades, no combate ao uso

e abuso de bebidas alcoólicas bem

como do VIH e outras doenças

associadas.

Procurar alternativas junto com o

governo, organizações internacionais e

demais entidades competentes, no

sentido de auxiliar os doentes de VIH

bem como os toxicodependentes e seus

familiares na procura de alternativas

de vida através do trabalho e de um

acompanhamento pormenorizado e

sistemático dos mesmos, num trabalho

articulado e de entre ajuda mutua,

sempre com o envolvimento dos mais

variados actores e entidades com

competência na matéria.

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82

Fazer uma introdução

Distribuição da população por sexo e grupos etários

De acordo com os resultados preliminares do Censo 2010, da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE), a população do

Município de Santa Catarina é de cerca de 43.297 habitantes; destes, 46.8 por cento (%) são homens e 53.2% são mulheres, sendo que das

mulheres cerca de 11,475% se encontram no período fértil dos 15 a 49 anos de idade. O número da população com mais de 65 anos de idade

é de 3.133 pessoas e, dentre estas, 1.211 são do sexo masculino e 1.922 do sexo feminino.

Os referidos dados mostram que cerca de 69,6 % da população santacatarinense tem menos de 15 anos, sendo que 36,6 % são do sexo

masculino e 33% do feminino. Na faixa etária dos 15 aos 24 anos de idade, 26,7% são do sexo masculino e 23,9% do feminino. Na faixa

etária dos 25 aos 34 anos de idade, 15,6% são do sexo masculino e 12,4% do feminino. Na faixa etária dos 35 aos 64 anos de idade, 15,8%

são do sexo masculino e 22,3% do feminino. 6% dos homens tem mais de 65 anos de idade, enquanto 8% das mulheres tem mais de 65 anos.

Esperança média de vida e taxa de mortalidade por sexo

Ainda de acordo com os referidos dados, em Santa Catarina a esperança média de vida à nascença é no género masculino de 69.7 anos,

enquanto que no feminino é de 79,2 anos. Os dados revelam, ainda, que 5,4 % da mortalidade é masculina e 4,2% feminina. A taxa de

mortalidade infantil masculina é de 29,7 anos, enquanto que a feminina é de 23,2 anos.

Representantes dos agregados familiares

Decorre do Censo que 57% das mulheres são chefes de família, enquanto que 43% dos homens ocupam a mesma função.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

GÊNERO - EIXO ESTRATÉGICO

GÊNERO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

83

Estado civil

Quanto ao estado civil, segundo os dados preliminares do Censo em referência, 55,9% dos homens são solteiros, 14,8% são casados, 20,7%

vivem em união de facto, 7,6% estão separados, 0,2% são divorciados e 0,8% são viúvos. Quanto às mulheres, 42,1% são solteiras, 14,9%

são casadas, 23,0% vivem em união de facto, 15,3% estão separadas, 0,2% divorciadas e 5,2 viúvas.

Nível de instrução da população por sexo

Segundo os mesmos dados, dos 43.297 habitantes, 6.933 são analfabetos e destes, 2.239 são do sexo masculino e 4.694 do sexo feminino.

Das 1.859 crianças que frequentam o pré-escolar 920 são do sexo masculino e 939 do sexo feminino. Das 17.072 pessoas que possuem o

Ensino Básico 8.552 são do sexo masculino e 8.520 do sexo feminino. Das 12.296 pessoas que possuem o Ensino Secundário 6.143 são do

sexo masculino e 6.153 do sexo feminino. Das 350 pessoas que possuem Curso Profissional, de entre as quais 147 são do sexo masculino e

203 do sexo feminino. Das 1.557 pessoas que possuem o Ensino Superior, 785 são do sexo masculino e 772 do sexo Feminino.

Taxa de emigração e imigração por sexo

Nos últimos 5 anos anteriores a 2010, registaram-se em Santa Catarina 1.895 emigrações, de entre as quais 918 de homens e 976 de

mulheres. E registaram-se cerca de 799 imigrações, de entre as quais 604 do sexo masculino e 195 do feminino. No que se refere ao saldo

migratório, dos 1.096 que efetuaram remessas de dinheiro, 314 são homens e 781 mulheres.

Economia e Emprego

De acordo com os mesmos dados preliminares, da população ativa 51, 4% é do sexo masculino e 48,6% do feminino, sendo que o

desemprego atinge 48,6% dos homens e 51,4% das mulheres. Dos 311 jovens que entraram com pedidos de emprego no ano 2016, no Centro

de Emprego e Formação Profissional de Assomada, 202 são do sexo feminino e 109 do masculino.

Segundo o Plano Municipal para a Igualdade e Equidade de Género de Santa Catarina (2011), as atividades económicas produtivas no

concelho baseiam-se no tradicional setor agrícola, com destaque para a agricultura de sequeiro, criação de gado, comércio e pesca. Um outro

setor emergente das atividades económicas é o industrial, nomeadamente, através de serviços prestados por pequenas e médias empresas

agroalimentares e de construção civil.

Relativamente às atividades económicas produtivas, ainda de acordo com o Plano Municipal para a Igualdade e Equidade de Género, existem

grandes desequilíbrios entre homens e mulheres. As mulheres desempenham atividades mais ligadas à área do comércio, como a produção de

compotas, pastéis, confeção de vestuário, atividades domésticas e vendas a retalho; enquanto que as atividades ligadas à construção civil são

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84

quase exclusivamente realizadas por homens. Relativamente à agricultura, apesar de não haver uma disparidade tão vincada, também se nota

que são as mulheres as que mais se dedicam a esta atividade.

Quanto às profissões desempenhadas, 62,2% da população corresponde a trabalhadores não qualificados e, destes, 46,9% são homens e

77,2% mulheres.

Saúde

De acordo com a análise feita pela Delegacia de Saúde (2010), as mulheres procuram mais as estruturas de saúde, não só para atenção à sua

própria saúde como também para acompanhar os filhos e filhas e, ainda, os idosos a seu cargo.

Os dados do IDSR II (inquérito dirigido ás comunidades, através de associações, sobre a participação nos órgãos de decisão), citado no Plano

Municipal para a Igualdade e Equidade de Género, mais de 50% das mulheres tem a primeira gravidez antes dos 20 anos e 13% das meninas

entre os 15 e os 19 anos já são mães (3,7% estavam grávidas do primeiro filho e 23,5% já estiveram grávidas alguma vez).

No que se refere às doenças infeciosas, os dados mostram que existe uma maior percentagem das mulheres seropositivas com 1,4 %

enquanto que a dos homens é de 0,5%.

Violência Baseada no Género (VBG)

De acordo com os dados do Gabinete de Apoio à Vítima (GAV), sedeado na esquadra da Polícia Nacional de Santa Catarina, foram

denunciados durante o ano de 2010, até ao final do terceiro trimestre, 409 casos de Violência Baseada no Género (VBG). Quase

exclusivamente as denúncias são feitas por vítimas do sexo feminino.

Segundo a Rede Sol (Rede de Atendimento às Vítimas de Violência Baseada no Género), o concelho de Santa Catarina apresenta os números

mais elevados de VBG, imediatamente seguido pelo concelho da Praia.

Os dados relativamente a situação de homens e mulheres no Município de Santa Catarina, dá-nos a conhecer a realidade numa prespetiva de

género, e a partir daí identificar os fatores que estão na origem dessas desigualdades, bem como traçar planos de actuação, rumo ao

empoderamento das mulheres e à igualdade de género no Concelho.

Apesar de alguns avanços no que diz respeito á luta pela igualdade de género e empoderamento das mulheres os dados (Censo 2010, INE)

mostram que falta muito ainda para se fazer, o concelho de Santa Catarina é o município do país com maior desequilíbrio de género em

termos populacionais e o município com maior número de vítimas de VBG.

Em termos Demográficos, existe um claro desequilíbrio de género em desfavor dos homens, o que representa uma diferença de quase 10

pontos percentuais, mas a proporção de crianças, adolescentes e jovens na idade dos 0 aos 34 anos do sexo masculino é maior do que do sexo

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

85

feminino. Isto, porque o nascimento de mulheres é superior ao dos homens e o número de mortalidade tanto infantil, como na idade adulta,

nos homens é superior ao das mulheres, o que justifica uma maior percentagem do número das mulheres em relação aos homens a partir dos

34 anos de idade.

No que respeita à distribuição da população por áreas económicas, notam-se grandes desequilíbrios entre homens e mulheres. Na área do

comércio informal e retalhista é praticamente exercida por mulheres, e na da construção civil é realizada quase exclusivamente por homens.

Relativamente à agricultura, apesar de não haver uma disparidade tão vincada, também se nota que são as mulheres as que mais se dedicam a

esta atividade.

O desemprego e a pobreza ainda têm cara feminina, as mulheres continuam a desempenhar os trabalhos ligadas a setores informais, e a um

rendimento monetário inferior ao dos homens.

No que diz respeito às doenças sexualmente transmissíveis, o concelho de Santa Catarina regista mais mulheres diagnosticadas com VIH do

que homens, fundamentalmente por razão dos comportamentos sexuais promíscuos destes últimos. Mas também por elas frequentarem mais

as estruturas de saúde, permitindo uma mais eficaz deteção da doença.

Uma das causas do insucesso escolar feminino tem a ver com a gravidez precoce nas mulheres, os dados mostram que 50% destas tem a sua

gravidez antes dos vinte anos de idade, uma idade em que se encontram no período escolar (ensino secundário) o que lhes dificulta o

aproveitamento, originando ainda um número elevado de iliteracia. Quanto ao pré-escolar, existem mais raparigas do que rapazes, já nos

ensinos Básico e Secundário, existe um desequilíbrio menor entre os rapazes e raparigas. No Ensino Superior o número de rapazes ocupava

uma ligeira posição de liderança, segundo os dados de 2010, uma situação que, ao que supomos, se terá alterado nos últimos anos. Já no

Ensino Profissional (e ainda segundo os mesmos dados), as raparigas ocupavam uma posição dianteira.

Muitas das mães são solteiras ou separadas, fator este que as obriga a ocupar a dianteira na chefia dos agregados familiares, uma posição que

é exercida pelos homens apenas em situações de matrimónio ou de união de facto. As mulheres são normalmente consideradas chefes de

família quando são solteiras, separadas ou viúvas, e a maioria das mulheres revelam ser separadas.

No que se refere à emigração e imigração, as mulheres são em maior número que os homens, o que mais tem contribuído para o saldo

migratório no concelho.

As atividades comunitárias, à semelhança das outras também são mais desempenhadas maioritariamente pelas mulheres, especialmente no

que concerne à arrumação de locais para reunião, limpeza de sede de associações e, ainda, na preparação de festas.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

86

s

GENERO – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

A prevalência de uma cultura machista e sexista;

A assimilação da cultura de subalternização feminina pelas

próprias mulheres.

AMEAÇAS

A inexistência de uma consciência social forte em matéria de

igualdade e equidade de género;

A inexistência, de facto, de um movimento associativo de

mulheres, com capacidade de mobilização e influência.

PONTOS FRACOS

Legislação favorável à promoção de programas para erradicação da

desigualdade de género e da subalternização social das mulheres;

Irreversibilidade da Constituição do Gabinete Municipal de Igualdade

e Equidade de Género;

Disponibilização de recursos do Estado para a implementação de

programas tendentes à efetiva equidade de género e empoderamento

social e económico das mulheres;

Existência de um instrumento jurídico-legal (Lei nº 84/VII/2011 -

VBG), tem em vista a protecção de bens jurídicos considerados como

direitos fundamentais ínsitos na Constituição da República.

Predisposição dos poderes públicos municipais em assumiram uma

nova linha de rumo em matéria de igualdade de género e direitos

das mulheres;

Promoção das mulheres ao cargo da chefia;

Existência de um Gabinete voltado para assuntos ligados à

igualdade de género;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

87

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS RELACIONADOS OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

PROMOÇÃO DE UMA

MAIOR IGUALDADE

DO GÊNERO

Desenvolver Ações que

contribuem para a

promoção da igualdade e

equidade de género.

SENSIBILIZAÇÃO DA

POPULAÇÃO SOBRE A

IGUALDADE E EQUIDADE DO

GÉNERO

Sensibilizar a população em geral

sobre a igualdade e equidade de

género

Assumir em plenitude a paternidade e

distribuição justa de tarefas

domésticas e comunitárias entre

ambos os sexos.

CAMPANHA DE

SENSIBILIZAÇÃO PARA A

ASSUNÇÃO PLENA DE

RESPONSABILIDADES

PATERNAIS E EDUCAÇÃO

IGUALITÁRIA ENTRE MENINOS

E MENINAS

FORMAÇÃO DAS MONITORAS

DOS JARDINS INFANTIS EM

EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA DE

GÉNERO

Capacitar as monitoras dos jardins

infantis em educação igualitária de

género.

Gabinete Municipal

para a Igualdade de

Género, comunicação

social, redes sociais,

associações locais

ICIEG, Gabinete

Municipal para a

Igualdade de Género,

Comando da Policial,

comunicação social,

redes sociais

ICIEG, Gabinete

Municipal para a

Igualdade de Género,

Ministério da

Educação

4; 5 e 10

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

GÊNERO - EIXO ESTRATÉGICO

GÊNERO - OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Promover a igualdade e equidade do género no concelho de Santa Catarina visando salvaguardar, especialmente, os direitos da mulher tendo em conta situação

actual que as mesmas;

GÊNERO - SUB-EIXO ESTRATÉGICO

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88

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

SENSIBILIZAÇÃO PARA

UMA MAIOR IGULADADE

DO GÊNERO PARA

SALVAGUARDAR OS

DIREITOS DA MULHER

Dar uma atenção especial aos

direitos da mulher;

Gabinete

Municipal para a

Igualdade de

Género e

associações locais

4; 5 e 10

CRIAÇÃO DE

ASSOCIAÇÕES DE

MULHERES NAS

DIVERSAS

COMUNIDADES DE

SANTA CATARINA

ALFABETIZAÇÃO

DAS MULHERES

EMPREENDEDORISMO

FEMININO

Empoderar as mulheres rurais, união

entre as mulheres, sensibilização sobre

questões de género

Reduzir o número de mulheres

analfabetas

Melhorar o acesso das mulheres aos

cuidados de saúde, informar sobre as

doenças e respetivas prevenções,

prevenir a gravidez precoce

indesejada.

Fomentar o empreendedorismo

feminino, com formações de

capacitação voltadas para a criação de

pequenos negócios e dar apoio técnico

à elaboração de planos de negócio,

encaminhá-los às organizações de

financiamento de microcrédito para a

criação de micro empresas

Gabinete Municipal

para a Igualdade de

Género, Ministério

da Educação

Gabinete Municipal

para a Igualdade de

Género e Instituto

de Emprego e

Formação

Profissional

Gabinete Municipal

para a Igualdade de

Género, Hospital

Regional Santiago

Norte, Centros de

Saúde, associações

locais

SENSIBILIZAÇÃO E

INFORMAÇÃO SOBRE

OS CUIDADOS DE

SAÚDE.

FEIRAS DE SAÚDE EM

PARCERIA COM OS

SERVIÇOS DE SAÚDE.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

89

Contribuir para o aumento da

autoestima das mulheres, incluindo-as

nas atividades socioculturais.

Aumentar o envolvimento das

mulheres na liderança e nos lugares de

tomada de decisão.

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

SENSIBILIZAÇÃO PARA

UMA MAIOR IGULADADE

DO GÊNERO PARA

SALVAGUARDAR OS

DIREITOS DA MULHER

Dar uma atenção especial aos

direitos da mulher;

Gabinete

Municipal para a

Igualdade de

Género e

associações locais

4; 5 e 10

REALIZAÇÃO DE

ATIVIDADES

SOCIOCULTURAIS

SENSIBILIZAÇÃO

DOS SERVIÇOS E

ORGANIZAÇÕES

PÚBLICAS E

PRIVADAS DA

SOCIEDADE CIVIL

PARA AUMENTO DO

NÚMERO DE

MULHERES EM

LUGARES

EELEGÍVEIS.

Gabinete

Municipal para a

Igualdade de

Género,

instituições

públicos e

privadas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

90

O processo migratório, um fenómeno a nível planetário está enraizado na sociedade das ilhas desde o período da formação na sociedade

cabo-verdiana, ou seja, a formação da cultura deste país foi forjada baseada no processo migratório, através da migração dos dois povos

responsáveis no aparecimento de uma nação puramente mestiça. De um lado, os brancos, e por outro lado, os africanos trazidos da Costa da

Guiné. A movimentação, ou seja, a migração entre estas duas culturas diferentes estão na origem da formação de uma sociedade tipicamente

crioula.

Contudo, o processo migratório nas ilhas cabo-verdianas sofreu mudanças significativas ao longo dos anos, apesar de nos primórdios da

presença portuguesa nas ilhas aconteceu de uma forma lenta, neste contexto podemos afirmar que processou-se com intervalos de tempo

longos, com início nos primeiros anos da presença portuguesa na ilha de Santiago, a única povoada na época, mais tarde houve uma nova

vaga de migração nas ilhas, com o advento da comercialização dos colonos brancos com a Costa da Guiné, os armadores envolveram-se no

comércio de escravos originando num grande fluxo de migração em direcção a ilha de Santiago.

O fenomeno migratório no concelho de Santa Catarina sofreu uma profunda mudança, se nos primeiros anos do seu povoamento existiam

apenas escravos e forros livres, anos mais tarde, com a criação do concelho do mesmo nome, por volta de 1836, a única data encontrada num

documento oficial, existente na Biblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa, denominado de Legislação Novíssima, a apontando a

criação do concelho no período da governação de Sá da Bandeira. No entanto, existe um estudo publicado em que aponta a data de 1834 a

criação do mesmo Concelho. Contudo o nosso objectivo da referência serve apenas para afirmar o novo impulsionamento do movimento

migratório existente no Concelho. A partir deste período houve um crescimento significativo de pessoas a emigrar para fora do concelho,

muitos fixaram noutros pontos da ilha, enquanto outros procuraram os países vizinhos para fixarem. Nos dias de hoje, a movimentação

migratória inverteu-se, isto porque, assiste-se a imigração em massa sobretudo dos africanos da sub-região em direcção a Cabo Verde, e

muitos procuram o Concelho de Santa Catarina para fixar residência confluindo no dia-a-dia com os munícipes locais.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

MIGRAÇÃO - EIXO ESTRATÉGICO

MIGRAÇÃO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

91

Neste aspecto o processo migratório de uma forma, ou de outra está intimamente relacionado com o grande desenvolvimento do concelho de

Santa Catarina, desde a sua criação aos nossos dias, sobretudo na expansão da Cidade de Assomada, e na dinamização da economia local,

transformando o município no segundo maior centro populacional do arquipélago cabo-verdiano, graças ao contributo dos emigrantes, que

directamente contribuem na dinamização da economia local, processo pelo qual assenta no envio de capitais oriundos dos países de

acolhimento. Neste ponto, apresentamos um estudo realizado pelo Banco de Cabo Verde, datado de 2009, afirmando que, as remessas dos

emigrantes registaram um crescimento global significativo a partir do ano de 1990 até 2017, embora em alguns casos houve um certo recuo,

mas nos últimos anos assistimos uma retoma considerável na movimentação da remessa não registada dos emigrantes, isto porque, uma

grande percentagem de dinheiro é enviado para Cabo verde através de familiares, amigos ou conhecidos. Neste caso foge o controlo das

entidades nacionais.

Neste contexto, embora carece de estudos de modo a podermos afirmar com exactidão, mas é mais que evidente a ligação directa entre o

desenvolvimento económico e cultural da sociedade cabo-verdiana em relação a remessa dos emigrantes. Por outro lado, o contexto

migratório, sobretudo a imigração, nomeadamente os que fixaram no concelho, as suas marcas são visíveis no processo de desenvolvimento

local, a nível social, cultural e económico. Se no caso da emigração afirmamos categoricamente a ligação das suas remessas com o

desenvolvimento económico da sociedade cabo-verdiana em geral e Santa Catarina em particular, já no caso da imigração é mais sentida

sobretudo na dinamização no sector empresarial, isto porque com a saída dos nacionais rumo a emigração contribuindo na quebra do saldo

populacional, este processo é compensado com a entrada dos estrangeiros no concelho de Santa Catarina, contribuindo na dinamização da

mão-de-obra.

Segundo dados da migração, a maioria dos imigrantes em Cabo Verde, 82%, são provenientes dos países da Língua Portuguesa, sendo 35%

provenientes de São Tomé e Príncipe, Angola 22%, Portugal 16%, Guiné Bissau 8%, e por último Moçambique, representa apenas 1%. O

resto da imigração está repartido entre vários países, caso da China, Nigéria e Senegal, apesar de existir imigrantes provenientes de outros

países, mas que não constam no estudo publicado.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

92

s

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

O processo migratório constitui uma grande

oportunidade dos nacionais em descriminar os

imigrantes, em certos casos são utilizados como a

mão-de-obra barata, uma forma de exploração social

e laboral;

Aumento da precariedade social por parte dos

imigrantes;

Degradação do mercado de trabalho, aumento do

desemprego e paulatinamente da pobreza.

AMEAÇAS

Falta de uma política clara do município na facilitação

tanto na reintegração dos emigrantes;

Dificuldade dos imigrantes no acesso aos serviços

municipais, muitas vezes por culpa da inexistência de uma

orientação virada aos imigrantes;

Dificuldades de integração, motivada em alguns casos no

desconhecimento da língua, da cultura entre outros

aspectos;

Obstáculos na regularização dos documentos (Legalização

documental).

PONTOS FRACOS

Enriquecimento social e cultural dos migrantes,

decorrente do processo Migratório;

Livre circulação nos restantes países membros de

uma comunidade, ou também fora do mesmo espaço;

Aumento no desequilíbrio em termos de crescimento

populacional, compensando a saída dos nacionais.

Contributo na dinamização da economia local;

Atividades desenvolvidas em prol da integração dos

imigrantes; residentes no concelho de Santa Catarina,

nomeadamente realização de eventos culturais;

Aumento da mão-de-obra com a imigração.

MIGRAÇÃO – ANÁLISE SWOT

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

93

“ACOLHIMENTO E

INTEGRAÇÃO”

Definir estratégias

locais que garantam

uma ação concertada

das diversas entidades

envolvidas na área das

migrações, visando a

promoção e captação,

bem como a integração

dos imigrantes;

Desenvolver iniciativas

de prevenção e combate

ao racismo e à

discriminação racial.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

PROGRAMA

MUNICIPAL DE

INTEGRAÇÃO

DE IMIGRANTES

Promover a

consolidação do papel

do município nas

questões relacionadas

com a problemática da

imigração;

Intervir de modo ativo

na implementação de

políticas locais que

promovam a interação

entre a comunidade

imigrante e a

sociedade local.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

MIGRAÇÃO – EIXO ESTRATÉGICO

MIGRAÇÃO – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Associação dos

imigrantes no

concelho;

DGI;

REM;

1;4;8;10;16 e 17

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94

PROMOÇÃO DO

TRABALHO/EMPREE

NDEDORISMO

Promover

participação das

mulheres imigrantes

em movimentos

associativos;

Criar um plano de

formação municipal

para os técnicos que

desenvolvem trabalho

na integração dos

imigrantes.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

PROGRAMA

MUNICIPAL DE

INTEGRAÇÃO

DE IMIGRANTES

Promover a

consolidação do papel

do município nas

questões relacionadas

com a problemática da

imigração;

Intervir de modo ativo

na implementação de

políticas locais que

promovam a interação

entre a comunidade

imigrante e a

sociedade local.

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Associação dos

imigrantes no

concelho;

DGI;

REM;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

95

FORMAÇÃO/INFORM

AÇÃO

Promover iniciativas

com vista à

sensibilização da

opinião pública para a

importância da

diversidade cultural e

da interculturalidade.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

PROGRAMA

MUNICIPAL DE

INTEGRAÇÃO DE

IMIGRANTES

Promover a

consolidação do papel

do município nas

questões relacionadas

com a problemática da

imigração;

Intervir de modo ativo

na implementação de

políticas locais que

promovam a interação

entre a comunidade

imigrante e a

sociedade local.

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Associação dos

imigrantes no

concelho;

DGI;

REM;

1;4;8;10;16 e 17

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96

INCLUSÃO DOS

EMIGRANTES NA

ATIVIDADE

EMPRESARIAL

LOCAL

Divulgar os projetos de

apoio e incentivo à

competitividade,

atividade empresarial e,

ao empreendedorismo

das comunidades de

Santa Catarina na

Diáspora;

Disponibilizar

informação e facilitar o

contato entre

investidores e entidades

nacionais.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DO

GABINETE DO

EMIGRANTE

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Associação dos

imigrantes no

concelho;

DGI;

REM;

1;4;8;10;16 e 17

Disponibilizar os

instrumentos

informativos

necessários para os

Santa-catarinenses que

emigram.

SENSIBILIÇÃO DOS

EMIGRANTES NO

REDIMENSIONAMENTO

DA APLICAÇÃO DAS

REMESSAS.

Estimular a participação

dos Emigrantes no

desenvolvimento do

concelho.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

97

O Sistema Desportivo Cabo-verdiano está devidamente organizado onde, a nível concelhio (Câmara Municipal – Setor Público), no que

concerne ao desenvolvimento do Desporto Local a Câmara Municipal tem um papel fundamental, por exemplo na reserva, aquisição e

distribuição de terrenos para a construção de novas infraestruturas desportivas, em função do aglomerado populacional que, pode ser

avaliado, segundo normas internacionais, recorrendo a três indicadores a saber:

Área Desportiva Útil por Habitante (ADU/H);

Número de Habitante por Instalação Desportiva (n.º hab./I.D.) e;

Relação entre Área Desportiva Útil Coberta e Descoberta (RADC/D).

Para além da responsabilidade com infraestruturas desportivas, fator importante na determinação do nível de desenvolvimento desportivo,

também as Câmaras Municipais são importantes na gestão e na administração do Desporto Local, cujas incumbências estão descritas na Lei

do Município (?) e no artigo 87º Decreto-Lei n.º 10/2011, de 31 de janeiro.

Considerando essas incumbências será possível descrever, a situação do Desporto no Concelho de Santa Catarina que, superficialmente,

apresenta o seguinte cenário:

No que tange ao Desporto, a nível da Câmara Municipal é gerido e administrado diretamente pela Vereação do Pelouro do Desporto. Não se

alista um Serviço de Desporto Municipal especializado (constituído por técnicos de desporto – gestores desportivos/especialistas) por forma

a permitir que o Programa Eleitoral para o Sector do Desporto seja implementado com eficiência e/ou permitir que o mesmo se desenvolva,

através de Programas Promocionais do Desporto de várias modalidades desportivas, através do referido serviço, independentemente das

estruturas da hierarquia desportivas existentes no Concelho: Clubes; Ginásios, Escolas, Associações Regionais; Federações, em perfeita

harmonia com outros sectores de desenvolvimento social. Contudo, sabe-se que anualmente é colocado em prática um Plano Anual de

Atividade cujo orçamento para o presente ano ronda os 48.000 Contos.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

DESPORTO - EIXO ESTRATÉGICO

DESPORTO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

98

A nível do movimento associativo desportivo nacional, das (11) onze federações desportivas (Andebol; Atletismo; Basquetebol; Boxe;

Futebol; Ginástica; Karaté; Taekwondo; Ténis e Voleibol e Xadrez), oficialmente reconhecidas no país estão representadas, no Concelho de

Santa Catarina e, para toda Região Desportiva Santigo – Norte (S. Domingos, Órgãos, Picos, St.ª Catarina, Tarrafal, Calheta e St.ª Cruz), em

associações regionais (8) oito federações desportivas (Andebol; Atletismo; Basquetebol; Boxe; Futebol; Ginástica; Karaté; e Voleibol).

Esta forma de representação das federações desportivas, na Região Norte da ilha, necessita de ser refletido e organizadas as suas intervenções

visando o funcionamento e o dinamismo das modalidades desportivas por Concelhos. Normalmente, os elementos que constituem às

associações regionais de Santiago Norte estão dispersos, consequentemente não deixará de ser um entrave no desenvolvimento desportivo da

região derivado ao afastamento, entre alguns concelhos. Nestas circunstâncias Santiago Norte terá sempre dificuldades de acompanhar o

nível de desenvolvimento desportivo verificado nos outros concelhos do país.

Para além da representatividade oficial das modalidades pressupõe que os agentes das modalidades desportivas (dirigentes, treinadores,

professores de educação física e oficiais de arbitragem) não estão suficientemente disponíveis para participar, com assiduidade, nas

atividades desportivas de Clubes, Escolas Associações Regionais, Câmara Municipal e toda atividade desportiva no Concelho.

O Concelho de Santa Catarina apresenta o seu dinamismo desportivo, através de equipas formais e informais. A situação é retratada

conforme o quadro que se segue:

Quadro 5: Acesso ao desporto verificado através de equipas federadas e não federadas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

99

Do Quadro 3 nota-se que a organização recai sobre quatro modalidades desportivas (Andebol, Basquetebol, Futebol e Voleibol) em Equipas

ou Clubes, as restantes (7), constituídas em federações desportivas que são modalidades desportivas individuais (Atletismo; Boxe; Ginástica;

Karaté; Taekwondo; Ténis e Xadrez) estas não estão representadas e/ou enquadradas em Equipas ou Clubes;

O número de Equipas e Clubes informais é quatro vezes superior às formais. Esta situação dificulta a evolução e a sustentabilidade do

associativismo desportivo no Concelho. O que deveria contar, no Concelho é a existência de figura de Clubes inseridos nas diferentes

localidades ou populações, sensíveis à prática de diferentes modalidades desportivas.

A evolução de um Clube passará pela sua institucionalização, localização e dinâmica interna, o que não acontece, no Concelho, de uma

forma bastante generalizada. Nessa matéria, em termos de promoção da organização de Grupos, Clubes, Grémios ou Associação Desportivas

deve e compete aos Serviços do Desporto Local “forçar” que essa dinâmica seja garantida através das relações que devem ser estabelecidas

entre ambas as partes (Câmara Municipal e Clubes locais).

Modalidade Desportiva Género Equipas

FederadasEquipas Não/Federadas

Andebol Masc. 1 -

Andebol Fem. 2 -

Basquetebol Masc. 2 -

Basquetebol Fem 1 -

Futebol de 11 Masc. 6 29

Futsal Masc. - 31

Futsal Fem. - 5

Voleibol Masc 2 -

Voleibol Fem. 2

Total 16 65

Quadro 5: Acesso ao desporto verificado através de equipas federadas e não federadas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

100

A nível de acesso ao Desporto, infraestruturas desportivas, atletas de modalidades desportivas constituídas em Equipas ou Clubes para

realizar treinos ou competições dependem das ofertas da Câmara Municipal e/ou das Escolas Secundárias Públicas do Concelho.

Infraestruturas desportivas são construções que possuem, para além da área desportiva com segurança, instalações anexas de serventia aos

agentes desportivos que tomam parte ativa na atividade desportiva (treino ou competição), assim como, lugares destinados aos espectadores.

Os Clubes não possuem infraestruturas desportivas próprias, um problema que frena o desenvolvimento das modalidades desportivas, a

dinâmica do Clube em vários aspetos, nomeadamente elevação do nível de prestação dos atletas e dos treinadores, impossibilidades de

arrecadar receitas nos jogos e aumento de número de sócios, etc.

O Concelho de Santa Catarina possui apenas uma infraestrutura desportiva devidamente acabada, o Pavilhão Desportivo “Nha Gar”, com

condições para realizar treinos diários e competições desportivas. O Concelho com um Pavilhão Desportivo não dá resposta a procura de

uma série de práticas desportivas realizadas em espaços cobertos e contribui muito para uma oferta inferior à procura.

Pavilhões Desportivos e/ou Polivalentes Baixo Teto precisam de ser construídas estrategicamente nas diferentes localidades do Concelho

mesmo que seja apenas para formação de atletas nas modalidades desportivas de salão e individuais abrangendo raparigas e rapazes.

O Campo Municipal de Futebol “Kum Bém” com a obra de construção paralisada há quase duas décadas agrava a possibilidade de acesso à

prática do Futebol e do Atletismo com a formalidade exigida, assim como, afasta o Concelho das possibilidades de sedear diferentes tipos de

competições e manifestações desportivas de massa.

O Concelho, com apenas uma instalação desportiva acabada, Pavilhão Desportivo “Nha Gar”, apresenta um indicativo muito baixo em

termos de Área Desportiva Útil por Habitante (ADU/H) e Número de Habitante por Instalação Desportiva (n.º hab./I.D.). As participações

das Equipas ou Clubes do Concelho nas competições desportivas regionais ou nacionais são registadas tanto a nível de Desportos coletivos

como individuais. Entretanto é no Desporto coletivo (Andebol, Basquetebol, Futebol e Voleibol) onde se concentra maior número de atletas

envolvidos nos campeonatos regionais e nacionais, com destaque para o Futebol abrangendo maior número de Equipas, Clubes e período de

competição. Nas modalidades desportivas individuais (Atletismo, Ginástica, Boxe e Karaté) denota-se uma participação pouco acentuada,

com períodos longos sem que se registe quaisquer atividades competitivas.

As competições desportivas na Região Desportiva Santigo Norte, nomeadamente a de Futebol que tem um calendário relativamente

prolongado é frequente a suspensão das atividades competitivas por falta de recursos financeiros para custear despesas com árbitros e

deslocações de equipas de um concelho para outro.

Nas escolas secundárias as aulas curriculares de Educação Física são obrigatórias, uma base para fomentar hábitos para prática do Desporto.

No Concelho está sedeada a escola mais populosa do país, a Secundária “Amilcar Cabral” com cerca de 4000 alunos, Escola Técnica 1500 e

Napoleão Fernandes 800 para um total de 6.300 adolescentes e jovens que podem ser aproveitados para o futuro do Desporto no Concelho.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

101

2 Hierarquização de Prolemas

Impasse na estruturação e na organização do Sector do Desporto na Região Desportiva Santiago - Norte onde o Concelho está inserido

Representatividades das federações desportivas no Concelho são limitadas;

Os elementos que constituem as diferentes associações regionais de Santiago Norte, espalhados nos Concelhos constituintes;

A nível do Concelho a dinâmica das modalidades desportivas é limitada;

Modalidades desportivas sem representatividade no Concelho;

Modalidades desportivas individuais não se apresentam organizadas e/ou integradas em clubes e/ou por equipas;

O movimento associativo desportivo do Concelho sustentado em equipas e clubes informais;

Proliferação de Clubes e Equipas informais;

Os Clubes e as Equipas do Concelho, normalmente, representam uma modalidade desportiva. Poucos dedicam mais de duas ou três

práticas simultaneamente;

O crescimento e o desenvolvimento do Clube são impedidos por vários fatores: dificuldades de espaços físicos, recursos humanos,

financeiro, etc.

No Concelho, a maioria de Clubes e Associações Regionais não tem sede própria;

Serviço de Desporto Municipal não especializado (ausência de gestores e especialistas por modalidades desportivas);

Inexistência de Programas Promocionais, por modalidades desportivas, frena o desenvolvimento do Desporto Local;

Dificuldade local na reserva, na aquisição e na distribuição de terrenos para a construção de novas infraestruturas desportivas;

Indicadores desportivos (Área Desportiva Útil por Habitante (ADU/H) Número de Habitante por Instalação Desportiva (n.º hab./I.D.) e

Relação entre Área Desportiva Útil Coberta e Descoberta (RADC/D)) relativamente baixos;

Os agentes do desporto (treinadores, professores de educação física, árbitro, juízes) no Concelho, na sua maioria colaboram, são

compromissos informais;

Andebol, Basquetebol Futebol e Voleibol são modalidades desportivas mais procuradas;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

102

s

DESPORTO – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Região Desportiva Santigo-Norte privada de representação do

Ministério do Desporto e das Federações Desportivas;

Expansão urbana desconsidera construção de novos espaços

desportivos;

Reconhecimento de equipas informais no lugar Clubes

Desportivos

AMEAÇAS

Inadequação das estruturas e organização do Desporto no

Concelho;

Urbanização e parque desportivo deficitário;

Escassez de recursos humanos, materiais e financeiros.

PONTOS FRACOS

Dinamização da Economia Local através da promoção da

prática desportiva;

Existência de um quadro legal favorável para a pratica do

desporto;

Existência de cooperação internacional com entidades ligadas

ao desporto;

Predisposição dos agentes económicos ligados ao desporto no

exercício da actividade económica relacionados com mesmo;

St.ª Catarina inserido no maior e na mais populosa Região Desportiva;

Populações organizadas em equipas e clubes nas modalidades

desportivas coletivas;

Existência de um Pavilhão Desportivo na periferia da cidade;

Existência de um Pelouro do Desporto;

Localização de maior aglomerado de adolescentes e jovens na ES

“Amílcar Cabral”;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

103

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

ESPAÇOS E ACTIVIDADES DESPORTIVAS - EIXO ESTRATÉGICO

ESPAÇOS E ACTIVIDADES DESPORTIVAS - OBJECTIVO ESTRATÉGICO

1- Elevar a qualidade da Vereação do Desporto na CMSC; 2 - Aumentar a base de participação desportiva no Concelho nas localidades; 3 - Beneficiar e construir

estrategicamente infraestruturas desportivas em falta; 4 - Aumentar o financiamento da oferta pública desportiva;

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

Aumentar a base de participação

desportiva nas diferentes

localidades do Concelho; 3; 4; 8 e 10

- Influenciar Delegação do Ministério

de Educação a criar uma estrutura

representativa do Desporto Escolar no

Concelho;

- Estabelecer para cada ano letivo um

quadro de competição em diversas

modalidades desportivas;

- Estabelecer com a estrutura

representativa do DE local os critérios

de comparticipação e colaboração, no

DE

DESPORTO

ESCOLAR

MASSIFICAÇÃO

DESPORTIVA

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Ministério do

Turismo;

Empresas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

104

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

STAKEHOLDERS

Aumentar a base de participação

desportiva nas diferentes

localidades do Concelho;

3; 4; 8 e 10

Estabelecer para cada ano

letivo um quadro de

competição em diversas

modalidades desportivas;

Estabelecer com a estrutura

representativa do DU os

critérios de comparticipação e

colaboração.

MASSIFICAÇÃO

DESPORTIVA

DESPORTO

UNIVERSITÁRIO

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Ministério do

Turismo;

Empresas

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

ODS/

PROGRAMA

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

105

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

Aumentar a base de participação

desportiva nas diferentes

localidades do Concelho;

3; 4; 8 e 10

Estabelecer com as Federações

Desportivas aberturas para receber

competições desportivas nacionais

e internacionais no Pavilhão

Desportivo “Nha Gar”;

Encontrar formas de permitir

estabilidade e dinamismo aos

clubes, com vista ao crescimento e

evolução necessária;

Estabelecer formas de

comparticipação financeira e de

acesso às infraestruturas

desportivas Municipais às

Associações Regionais e Clubes

durante competições;

Consolidar a prática das

modalidades desportivas

existentes, melhorando a gestão e a

administração de filiais

(individualidades, Clubes e

Associações Regionais).

Implementar as Modalidades

Desportivas federadas sem

praticantes Clube e/ou Associação

Regional.

MASSIFICAÇÃO

DESPORTIVA

DESPORTO

FEDERADO

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Ministério do

Turismo;

Empresas

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

ODS/

PROGRAMA

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

106

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

Aumentar a base de participação

desportiva nas diferentes

localidades do Concelho;

3; 4; 8 e 10

Acondicionar espaços

físicos nas diferentes

infraestruturas desportivas

do Concelho para receber

treinos especializados

(atletismo, ginástica e

desportos de combate)

Estabelecer com, gestão

do Estádio Nacional,

frequência de atletas de

elite aos treinos, na

referida infraestrutura;

Criar mecanismo de apoio

e incentivo aos atletas de

alto rendimento

desportivo, mulheres e

homens, com o mesmo

tratamento e

oportunidades.

MASSIFICAÇÃO

DESPORTIVA DESPORTO DE

RENDIMENTO

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Ministério do

Turismo;

Empresas

ODS/

PROGRAMA

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

107

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

Aumentar a base de participação

desportiva nas diferentes

localidades do Concelho;

3; 4; 8 e 10

Potenciar programas de atividade

física abrangendo os adultos nos

recintos desportivos e espaços

naturais perto da comunidade;

Promover, ao longo do ano, uma

série de atividades desportivas

corridas nas localidades e

caminhadas.

MASSIFICAÇÃO

DESPORTIVA DESPORTO DE

PARTICIPAÇÃO

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Ministério do

Turismo;

Empresas

ODS/

PROGRAMA

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

108

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS

Aumentar a base de participação

desportiva nas diferentes

localidades do Concelho;

3; 4; 8 e 10

Implementar desportos náuticos

e aquáticos nas localidades

situadas no litoral;

Estabelecer circuitos de

montanhas;

Instituir provas municipais

regionais, nacionais e

internacionais.

MASSIFICAÇÃO

DESPORTIVA DESPORTO DE

TURISMO

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Ministério do

Turismo;

Empresas

ODS/

PROGRAMA

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

109

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

- Promover a criação de infra

estruturas desportivas que

assegurem a indispensável

proliferação de centros

desportivos;

- Promover uma maior

acessibilidade de matérias

didácticos.

3; 4; 9 e 10

Realizar levantamento de

infraestruturas desportivas,

beneficiar e/ou concluir as que se

encontram em condições críticas,

com programa arquitetónico

inclusivo e eficiente;

Proceder estudo sobre colaboração

na construção do novo Estádio

Municipal capaz de comportar,

para além de campo de futebol,

pista de atletismo de oito

corredores e uma boa área de

servidão ao redor;

Corrigir a urbanização desportiva

da cidade, com construção de

novas infraestruturas desportivas,

onde a necessidade é visível;

Definir a forma de gestão das

infraestruturas desportivas

municipais;

Elaborar e implementar Plano de

Manutenção das instalações

desportivas Municipais;

Realizar e manter atualizado censo

de infraestruturas desportivas do

Concelho.

CONSTRUÇÃO/BENEFIC

IAÇÃO E GESTÃO DE

INFRAESTRUTURAS

DESPORTIVAS

PROMOÇÃO DE

INFRAESTRUTURAS

DESPORTIVAS E

UMA MAIOR

ACESSEBILIDADES

DE MATÉRIAIS

DIDÁTICOS

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Empresas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

110

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

- Promover a criação de infra

estruturas desportivas que

assegurem a indispensável

proliferação de centros

desportivos;

- Promover uma maior

acessibilidade de matérias

didácticos.

3; 4; 9 e 10

Encomendar materiais didático

mais essenciais para a prática

de cada modalidade;

Produzir equipamentos de

Marketing que incentive o

munícipe a praticar o desporto;

Adquirir por modalidade

desportiva equipamentos que

represente a imagem do

Município.

PROMOÇÃO DE

INFRAESTRUTURAS

DESPORTIVAS E

UMA MAIOR

ACESSEBILIDADES

DE MATÉRIAIS

DIDÁTICOS

AQUISIÇÃO DE

MATERIAIS

DESPORTIVOS

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Empresas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

111

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

Aumentar o financiamento da

oferta pública desportiva 3; 4; 8; 9 e 10

- Realizar estudo de custo das acções e

priorizar a sua implementação durante

o período de Governação da CMSC;

- Elaborar projetos para obter

subvenções e comparticipações do Governo e Parceiros.

ORÇAMENTO

ESTRATÉGICO -

PRÓXIMOS 3 ANOS

(?)

FINANCIAMENTO

DO SERVIÇO DE

DESPORTO

Ministério do

Desporto;

Federação

Caboverdiana

de Futebol;

Câmara

Municipal de

Santa

Catariana;

Empresas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

112

Santa Catarina é um concelho que a cultura sempre esteve presente em vários momentos da sua existência, manifestando-se em várias

formas, desde a música, o teatro, a tabanca, na dança, no artesanato, na gastronomia e em várias outras manifestações culturais.

Cultura aqui e em todo Cabo Verde muitas vezes é considerado aquele que menos recebe do orçamento e atenção do governo e

consequentemente em todos os concelhos de Cabo Verde, uma questão que dizem respeita, também, à Santa Catarina.

Santa Catarina é um concelho com grande riqueza e diversidade culturais. Os hábitos e costumes da sua população estão bem patentes nas

festas tradicionais, nas tradições de produção vária: de olaria, de cestaria, de esteira, de tecelagem; na sua própria tradição agrícola,

especialmente no domínio da fabricação do "grogue"; nos seus atrativos gastronómicos; no seu passado histórico, ilustrado pelas revoltas

ocorridas em Ribeirão Manuel e Engenhos, de entre outros aspetos culturais. Todos constituindo atrativos interessantes para o

desenvolvimento de mercado de turismo cultural no concelho.

Aliás, o concelho constitui um «laboratório cultural» segundo os especialistas. Importa contudo, que sejam tomadas medidas para a

preservação, recuperação e valorização do património histórico e cultural a fim de atrair visitantes.

A cultura santa-catarinense na sua riqueza e diversidade, se for explorada como potencialidade turística e preservada, pode contribuir e muito

para o desenvolvimento do turismo no Concelho de Santa Catarina. Dada a variedade de aspetos culturais do concelho, apenas se refere de

seguida, ainda que de forma superficial, alguns dos seus aspetos mais marcantes: Comemoram-se no concelho várias festas tradicionais em

devoção a vários santos consagrados pela religião dominante, a Igreja Católica Apostólica Romana. Qualquer dessas festas tem o poder de

atrair pessoas de vários pontos da ilha de Santiago, para não falar dos santa-catarinenses que vivem na diáspora.

A mais importante de todas as festas tradicionais é assinalada a 25 de Novembro e é dedicada a Santa Catarina, a padroeira do concelho. A

festa é rija em todos os cantos do concelho mas é na cidade de Assomada que tem maior notoriedade. Nessa altura regressam muitos

emigrantes, trazendo mais brilho às comemorações.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

CULTURA - EIXO ESTRATÉGICO

CULTURA - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

113

Pela importância que detêm no contexto cultural do concelho, as datas de comemoração dalgumas destas festas, podem muito bem servir de

elemento de atracão turística se forem divulgadas a nível da comunicação social, das agências de viagem e operadores turísticos nacionais e

estrangeiros através de meios de informação como brochuras e desdobráveis com informações pertinentes e completas.

Santa Catarina é um concelho de profundas tradições africanas. Desde os grupos de Batuque, ao profundo dialeto Crioulo, passando pelos

frequentes desfiles de Tabanca, e os trajes tradicionais ainda usados por muitos Santa-Catarinenses, nuances do continente africano podem

ainda ser encontrados em cada canto do Concelho. Se se quiser passar por uma verdadeira experiência cultural, assista-se a uma das muitas

festas municipais, passe-se uma tarde visitando uma pequena povoação, ou jante-se e passe-se a noite numa casa rural cujos residentes

normalmente apreciam sobremaneira acolher visitantes por módico preço.

III. Principais Atividades Culturais do Município

Festas de Romarias (Minifestivais de Música tradicional e contemporânea em quase todas as zonas do Concelho, em especial:

- Figueira das Naus - Nossa Senhora de Lourdes (11 de Fevereiro);

- Serra da Malagueta - São José Operário (1 de Maio);

- Assomada – Nossa Senhora de Fátima (13 de Maio);

- Na Ribeira da Barca por ocasião do Imaculado Coração de Maria (31 de Maio);

- Achada Leite e Charco – Santo António (13 de Junho)

- Rincão - São Pedro (29 de Junho);

- Palha Carga - Coração de Jesus (5 de Julho);

- Achada Além - Santa Ana (26 de Julho);

- Chã de Tanque - Nossa Senhora da Graça (15 de Agosto);

- Ribeirão Manuel - Santa Teresinha (3 de Outubro);

- Festa do Município - Santa Catarina (25 de Novembro);

- Santo André – Engenhos (30 de Novembro).

Quadro 6: Eventos Anuais

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IV. ALGUMAS ESTATISTICAS DA CULTURA

Quadro 7: Agentes

Descrição Mês

Carnaval Fevereiro

Festival de Teatro Março

Feira de Artesanato e Gastronomia Maio e Novembro

Festival de 13 de Maio Maio

Top Festival Maio

Terrerú di Cultura Abril/Dez

Festividades da Tabanca Maio

Concursos de Batuque Junho e Agosto

Noite de Verão – Summer Party Julho

Noite de Emigrante Agosto

Concurso de Vozes Setembro

Festival de Guitarra Setembro

Concurso de Dança Outubro

Festival de Hip-Hop Consciente Outubro

Festival de Batuco Novembro

Festival de Funaná Novembro

Festival “Nha Santa Catarina” Novembro

Gala Cultural Dezembro

Noite de Reveiilon Fim do Ano

Quadro 6: Eventos culturais

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V. Símbolos que constituem o Património Cultural Material do Município

Monumento alusivo à Revolta de Ribeirão Manuel;

Casa de Amílcar Cabral – Achada Falcão;

Casa do Morgado de Telhal;

Pelourinho de Assomada;

Cine-Clube de Assomada;

Igreja de Santa Catarina em Cruz de Cima;

Descrição Números

Artesões 30

Activistas 50

Produtores 15

Empresas de promoção 10

Associações culturais 25

Grupos de Batuque 32

Grupos de Teatro 15

Grupos de Dança 20

Grupos de Tabanca 12

Grupos de Hip-hop 55

Músicos + De 50

Escola de Musica 1

Quadro 7: Agentes culturais

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Igreja de Nossa Senhora da Graça em Chã de Tanque

Igreja de Nossa Senhora de Fátima

Residência Oficial do Presidente da Câmara Municipal

Paços do Concelho (edifício/Câmara Municipal)

Centro Cultural Norberto Tavares (Antigo Museu da Tabanca);

Museu da Tabanca;

Fábrica de Olaria de Fonte Lima;

Centro Histórico de Assomada

Biblioteca Municipal

Antigo Edifício da EMPA

Centro de Saúde de Assomada

Casas Tradicionais

Edificações Religiosas

Trapiches, lavadas, galerias e diques

Tradicionais destilarias de aguardante de cana-de-açúcar ou grogue

Construções de apoio à agricultura

Liceu Amílcar Cabral

Centro de Saúde de Assomada (Antiga Enfermaria Regional)

Casarão Sr. Lubrano

Centro Histórico de Ribeira da Barca

Planalto de Cabeça Carreira

Salão Paroquial de Nhagar

Capelas

Escola Justina Ferreira

Símbolos que constituem o Património Cultural Imaterial do Município

Batuque

Tabanca

Funaná

Tradição Oral

Teatro

Dança

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Musica

Gastronomia local

Festas de Romaria

Revoltas de R. Manuel e Engenhos

RICOS/NATURAIS

Localização e Historial

o Casa de Amílcar Cabral em Achada Falcão;

o Monumento alusivo à revolta de Ribeirão Manuel em Ribeirão Manuel

o Parque Natural de Serra da Malagueta em Serra da Malagueta

o Biblioteca Municipal em Assomada

o Casa (Antigo Edifício da EMPA) em Assomada

o Câmara Municipal em Assomada

o Residência Oficial do Presidente da Câmara Municipal em Assomada;

o Enfermaria Regional em Assomada;

o Casas tradicionais em várias zonas;

o Habitações Senhoriais em Chã de Tanque, Assomada, Engenhos;

o Pelourinho Municipal - Assomada;

o Edifício da antiga Repartição da Fazenda e dos Correios que é hoje o Centro Cultural Norberto Tavares (espaço onde funcionou o

Museu da Tabanca) Assomada;

o Trapiches e as tradicionais destilarias de aguardente de cana-de-açúcar ou grogue em Tabugal, Engenhos, Boaentrada, Furna, João

Dias e Chã-de-Tanque; o Igreja de Santa Catarina em Cruz de Cima;

o Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Assomada,

o Igreja de Nossa Senhora da Graça em Chã de Tanque.

Historial:

Antiga Casa do Amílcar Cabral, situada em Achada Falcão, constitui uma obra nobre e de grande historicidade para o concelho de Santa

Catarina, na medida que, esse ilustre filho e Herói Nacional viveu parte da sua infância naquele edifício. Uma construção semelhante às

casas dos morgados e de pessoas que detinham uma certa posse e privilégio naquela altura.

Monumento alusivo à Revolta Ribeirão Manuel - Um monumento que simboliza resistência e revoltas perante os abusos e injustiças

sociais (pesados contratos desumanos, concediam seis dias de serviços gratuito ao morgado) que estavam a passar com os morgados, onde

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estes almejavam obter o maior lucro possível com colheitas e as rendas pagas pelos rendeiros. A 2 de Dezembro de 1910 os rendeiros de

Ribeirão Manuel, Tomba Touro, Brianda e demais localidades assaltam várias localidades do concelho de Santa Catarina e São Miguel,

roubando sementes de milho e de Purgueira com manducos, pedras e facas. Fizeram a justiça com as suas próprias mãos com convicção de

que a autoridade competente não estava fazendo e cumprindo assim a lei divina. Em suma as mulheres armadas de machins e homens

armados de pedras saíram de Ribeirão Manuel e em marcha para Cruz Grande, onde se encontravam presas as mulheres amarradas pela

tropa, a uma cadência marcada com as «armas» que transportavam e com o bater dos pés no chão, num cortejo impressionante de fumo e

barulho, atravessaram Galho Monte, Boca Mato e Barreira rumo á prisão. Com isso suscitou-se o confronto directo com as tropas de forma a

libertarem as mulheres que estavam no cativeiro, e isso ficou célebre na ilha de Santiago denominado de «homi faka, mudjer maxin, mininus

tudo ta djunta pedra» justificando assim a edificação daquele monumento em Ribeirão Manuel.

Parque Natural da Serra Malagueta- Possui uma área de 774 ha e situa-se na confluência de três Municípios: Santa Catarina (302 ha), São

Miguel (436 ha) e Tarrafal (36 ha). No Parque, encontram-se diferentes tipos de habitats devido à diversidade de altitude e de microclima,

abriga uma grande variedade de plantas (123 espécies), aves (19 espécies), mamífero (3 espécies), anfíbios (1 espécie) e invertebrados (46)

que foram investigados até o momento.

Com um total de 29 espécies de plantas endémicas o Parque é um dos locais mais importantes para a conservação de plantas em Cabo Verde.

Também com as suas 6 espécies/subespécies de aves endémicas de interesse para conservação global, Serra Malagueta pode ser classificada

como uma área importante de aves (AIA). Nos termos do Decreto-Lei nº 3/2003, de 24 de Fevereiro, o Parque Natural da Serra Malagueta é

gerido por um «Órgão Gestor do Parque», sob a tutela do ministério com competências em matéria de áreas protegidas.

Biblioteca Municipal - Antiga Escola Central, atual biblioteca Municipal, autêntico património histórico-cultural da antiga Vila e atual

Cidade de Assomada, localiza-se no centro histórico da cidade. É enquadrada pelas duas ruas paralelas que se projetam para o Norte em

direção à Praça Gustavo Monteiro. À sua frente se encontra a antiga casa do administrador, atual residência oficial do Presidente da Câmara.

A Escola Central, que foi edificada, servia da educação onde, desempenhou uma importante função ao nível da instrução, no concelho de

Santa Catarina. A antiga Escola Central, hoje biblioteca Municipal é uma obra arquitetónica de características marcadamente colonial,

construída nos inícios do surgimento da vila de Assomada.

Antigo Edifício da EMPA- Esse edifício público, foi de capital importância para o concelho de Santa Catarina e para as regiões vizinhas.

Por muito tempo serviu como base de comércio, onde era vendido os produtos que vinham de exteriores. A empresa EMPA foi criada três

meses depois da Independência Nacional, com a tarefa de importar, distribuir e comercializar produtos alimentares básicos e outros

essenciais à economia Nacional. EMPA foi retirada da monopólio na comercialização de muitos produtos que geravam bons lucros, passando

a empresa a comercializar quase que exclusivamente os produtos de ajuda alimentar.

Câmara Municipal - Esta obra arquitetónica de cariz civil/pública está localizado no centro histórico da urbe, mais concretamente no Largo

Gustavo Monteiro, situando-se na sua envolvência alguns edifícios de carácter histórico, como por exemplo, o Centro de Saúde, a

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Antiga Escola Central (atual Biblioteca Nacional), a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o Centro Cultural Norberto Tavares, o Cineclube.

Antigo Paço do Concelho construído, aproximadamente, depois da transferência da sede do concelho para a vila de Assomada, era uma

construção simples com características marcadamente do período colonial. O antigo edifício da Câmara foi demolida e deu lugar ao

levantamento de um novo edifício nos anos 50 no mesmo lugar.

Residência Oficial do Presidente da Câmara Municipal – Essa casa encontra-se localizada no centro histórico de Assomada no

prolongamento da rua que se estende da rua do Centro Cultural Norberto Tavares na Avenida Gustavo Monteiro. Encontra-se anexa á

Câmara Municipal e trata-se de uma edificação com características marcadamente coloniais. Está inserido numa área em que encontra-se

grande parte da dinâmica quotidiana da Cidade de Assomada. Foi residência do administrador do concelho e posteriormente, como habitação

do Delegado do Governo e hoje como Residência Oficial do Presidente da Câmara Municipal.

Enfermaria Regional - Esta obra arquitetónica de índole civil/publica é um dos monumentos históricos mais representativos do passado da

Vila de Assomada, com traços da arquitetura portuguesa. Este edifício foi mandado construir em 1948 pelo Governador João de Figueiredo,

para Enfermaria Regional substituindo o primeiro Posto Sanitário, que passou a ser utilizado como Posto Policial, mais tarde foram

adaptadas outras construções para Maternidade, Postos de Consultas, Banco e Enfermarias.

Habitações Tradicionais - As habitações tradicionais nasceram da necessidade, da realidade das pessoas e dos grupos humanos no dia-a-dia,

que ao iniciarem o trabalho árduo e paulatina o povoamento das ilhas, caíram no desafio e lançaram mão das suas técnicas, habilidades e

conhecimentos, para construírem as suas moradias, aproveitando os recursos locais e, desta forma, se consagrou o tipo de casa que iria surgir,

acompanhando a evolução do concelho e da sociedade cabo-verdiana.

Habitações Senhoriais (Casa de Morgados, “sobrados” ou “casa grande”) - Integrada na propriedade do telhal (antigo morgadio), feita

de pedra e barro, com reboco de cal e areia. Cobertas por telhado de duas águas, com uma escada exterior e uma varanda. tem dois pisos,

funcionalmente distintos - o térreo, destinado á arrecadação e ao celeiro e o primeiro piso, com várias divisões muito amplas e de grande pé

direito, servia de habitação temporária á família do proprietário.´

Pelourinho Municipal de Assomada - O Mercado Municipal de Assomada encontra-se localizado no prolongamento da rua que estende à

frente do Centro Cultural Norberto Tavares denominada de Avenida Gustavo Monteiro, encontra-se ladeada por duas ruas: a Norte pela rua

António Joaquim Monteiro de Pina e ao Sul pela rua Camilo Pires Monteiro.

Trata-se de uma edificação com características marcadamente coloniais. Está inserido numa área em que se encontra grande parte da

dinâmica quotidiana da Cidade de Assomada, constituindo um centro comercial que dá uma grande movimentação de pessoas, de bens e uma

dinâmica que atinge o seu auge nos dias de feiras (Quarta Feiras e Sábados). O mercado ou espaço de mercado é normalmente assumido

como uma obra arquitectónica de cariz secular. A construção do mercado foi iniciada no mês de Novembro de 1918 e inaugurada em 1931.

O mercado Municipal constitui um espaço privilegiado para a cidade de Assomada uma vez que, pode ser entendido como local de

intercâmbio de mercadorias, experiencias e conhecimentos.

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Centro Cultural Norberto Tavares (espaço onde funcionou o Museu da Tabanca, no Edifício da antiga Repartição da Fazenda e dos

Correios); O antigo edifício da Fazenda, actual Centro Cultural Norberto Tavares fica situado no centro de Assomada, tendo a sua alçada

principal voltada para a rua Gustavo Monteiro, á direita encontra-se a rua Padre Luíz Allaz e a esquerda a rua António Monteiro. Foi sede da

antiga Repartição da Fazenda e dos Correios de Santa Catarina, construída na primeira metade do século XX, este edifício, serviu nos seus

primórdios como moradia familiar de altos funcionários da administração do concelho. Foi posteriormente transformado em repartição

pública, albergando, durante muitos anos, os serviços da Fazenda e dos Correios. Deixou de albergar o serviço dos Correios a 23 de Agosto

de 1985 e da Fazenda a 13 de Maio de 1995. O primeiro momento de funcionamento do edifício como Museu da Tabanca aconteceu com a

sua inauguração em 2000 depois do trabalho de restauro e reutilização que ocorreu entre o período de 1995 até 2000. Em 2008 foi encerrado

para obras de requalificação e só a 13 de Dezembro do mesmo ano foi inaugurado como Centro Cultural Norberto Tavares. O Museu de

Tabanca primeiramente instalado neste edifício foi transferido para Chã de Tanque, lugar onde se presume que tenha nascido a Tabanca de

Santa Catarina.

Quintalona (Antiga casa de morgado onde funciona o Museu de Tabanca), situa-se em Chã de Tanque, Concelho de Santa Catarina a

cerca de 5 km do Centro Histórico da Cidade de Assomada, na via que dá acesso á zona de Rincão. O edifício rural oitocentista apresenta

características típicas da época colonial, possuindo uma dimensão espacial e tipológica própria da arquitetura neoclássica que, modelo

próprio das colónias portuguesas. A casa foi construída, provavelmente, na primeira metade do século. XIX pertencia a um dos grandes

morgados do concelho, de nome Tomás Martins de Carvalho, que desde o inicio do povoamento da Freguesia de Santa Catarina era

possuidor de grandes porções de terra, nas duas grandes ribeiras - a da Boaentrada e a dos Engenhos. Atualmente a casa grande é conhecida

como «Quintalona» ou casa do Féfa” Alfredo dos Santos Neves que, entretanto, se casou com a filha herdeira do Tomás de Carvalho (Ana

Maria de Matos de Carvalho). De 1975 a esta data o edifício está sob a tutela do Estado. Em 2008, o Conselho de Ministros pôs este mesmo

á disposição do Ministério da Cultura com vista á sua reabilitação e transformação em Museu da Tabanca. O edifício, actual Museu da

Tabanca, foi utilizado inicialmente como habitação (Casa do Morgado), mas tinha no seu seio o escritório do morgado, onde pagava-se a

renda de utilização das respectivas terras. Albergou desde 1975, a Cooperativa Paz e Progresso, mais tarde, a Agência Administrativa de Chã

de Tanque e mais algumas divisórias serviram de sala de aulas do Ensino Básico, até o ano de 1991, altura em que foi expandida a escola de

Chã Tanque. A partir desta data a casa ficou abandonada, passando a ser ocupada por alguns habitantes da zona. Cumprindo a decisão do

Conselho de Ministros de 2008, o edifício, hoje restaurado, passa a ter função de Museu da Tabanca.

Trapiches - (as tradicionais destilarias de aguardente de cana de açúcar ou grogue);Um trapiche é uma máquina destinada a moer a

cana-de-açúcar, sendo a sua estrutura fixa. Os cilindros que moem a cana-de-açúcar são movidos por uma estrutura composto por dois

pedaços de tronco de árvore fixos no centro, ou seja ao cilindro do meio. A esta estrutura liga-se uma armação de madeira denominada

canga, movida através da tração animal, geralmente um par de bois. À medida que os bois fazem o movimento circular a máquina é operada

por dois trabalhadores, um em cada lado da estrutura, que vão introduzindo, alternadamente, a cana nas finas ranhuras entre os cilindros. A

cana é assim moída, e o suco da cana (calda) é recolhido no recipiente colocado por baixo dos cilindros, para futuro tratamento. Em Santa

Catarina encontram-se Trapiches ainda ativos em Chã de Tanque, Mato Sanches, Engenhos, Boaentrada, Tabugal, Charco, Furna e João

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Dias. A calda continua sendo utilizada na produção de mel de cana por cozedura numa grande caldeira de boca aberta denominada «cobre»

que é efectivamente o nome do meta com o qual é fabricado. A calda é sobretudo fermentada para a produção de grogue em «alambiques».

Edificação Religiosa - A Igreja de Nossa Senhora de Fátima situa-se na Cidade de Assomada, mais concretamente no seu Centro Histórico,

justamente na sua zona central, isto é do lado Oeste da Praça Central da urbe, junto ao Edifício da Câmara Municipal. A Igreja de Nossa

Senhora de Fátima foi construída na época colonial, entre 1947- 1949 e foi inaugurada no mesmo ano da conclusão da obra. Durante a fase

da construção desse edifício da arquitectura sacra, o Arquipélago de Cabo Verde atravessava uma época difícil, pois na altura, vivia-se uma

das piores secas da História de Cabo Verde. Foi um momento em que o mundo acabara de viver a II Guerra Mundial, houve muita fome no

País (fome de 1947). Mesmo assim a população local, não desistiu de dar a sua contribuição para que fosse edificada a Igreja de Nossa

Senhora de Fátima.

Igreja de Santa Catarina

A Igreja de “Nha Santa Catarina - A igreja de “Nha Santa Catarina” é, seguramente a primeira igreja católica construída neste concelho, o

que lhe dá estatuto da maior e mais importante edifício religioso do concelho. Ela foi construída em honra a Santa Catarina de Alexandria.

De acordo com Santa Rita Vieira o surgimento desta igreja é contemporânea à transferência da sede do Concelho dos Picos para Achada

Falcão que efetivamente ocorreu entre os anos de 1851 a 1857. A igreja em menção localiza-se, no interior da povoação de Achada Braz, no

distrito de Achada Falcão e no concelho e Freguesia de Santa Catarina, ilha de Santiago. E trata-se de uma obra de planta retangular. Para

quem se desloca da Cidade da Praia, chegando ao cemitério perto de Assomada na zona de Nhagar, percorre cerca de 100 metros, chegando a

zona de Cruz de Cima, entra à esquerda, desce pouco menos de 50m e assim encontra a obra religiosa em apreço. O edifício ocupa uma área

de 232,5m2, construído de pedra e cal, a parede tem uma espessura de 0,75m, rebocado com argamassa de cimento e areia. É constituído por

uma sacristia com seus 25.2m2, espaço onde se prepara para a eucaristia, tem uma porta de entrada e uma outra que dá acesso directo ao

altar, onde se encontra três imagens. A de Santa Catarina, no meio, Santo António no lado esquerdo e São José ao lado direito. Também do

lado direito do altar fica o coro, espaço destinado às crianças. Neste, há uma porta que o liga com o exterior e três pequenas janelas. A igreja

possui um conjunto de cinco portas, destacando-se o portal existente na parte frontal de 2.10m de largura e 3.50m de altura. Nos alçados

laterais, direito e esquerdo respectivamente possui mais duas portas iguais entre si (1.32m de largura e 2.20m de altura), menores, como se

vê, em relação ao portal da entrada principal. Ainda existem mais duas pequenas portas, uma que dão acesso ao coro e outra à sacristia. As

janelas distribuem-se de modo regular pelo edifício, estando duas no alçado lateral direito e duas no alçado lateral esquerdo. Existem ainda

mais três janelas no coro.

A cobertura é de telha de fibrocimento assente numa estrutura de madeira. Na cabeceira da igreja existem dois sinos, entretanto, apenas um

se encontra funcional. No interior, o espaço é pintado com tinta ao óleo a volta numa altura aproximada de 2m e parte superior com tinta de

água assim como na parte externa. O pavimento é revestido de massame de betão simples provavelmente sobre a calçada portuguesa. De

salientar que o corredor e o altar estão pintados a ocre.

Capela de Nossa Senhora da Graça

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- Esta construção cativa todos que por lá passam, principalmente os observadores mais atentos, que conseguem ver nela não apenas uma

edificação religiosa mas também, uma verdadeira obra de arte, que ela é. Esta edificação é propriedade da paróquia de Santa Catarina, e faz

parte do património da igreja católica de Cabo Verde. Esta fabulosa e modesta construção remota ao século XVII e é a primeira do tipo

erguida em Santa Catarina. Ela ocupa uma área de 90m2 fica a 5km e alguns metros da cidade de Assomada, em Chã de Tanque mais

concretamente na zona de Boa Vista, cercado por duas grandes elevações, em que de um lado, fica o planalto de Achada Galego e por outro,

o de Achada Grande.

VI. Símbolos que constituem o Património Cultural Imaterial do Município

.Batuque

.Tabanca

.Funaná

.Tradição Oral

.Teatro

.Dança

.Musica

Historial

Batuque - é um género performativo complexo que envolve percussão, poesia, canto e dança. O repertório é constituído por cantigas em

crioulo, acompanhadas por percussão polirrítmica realizada com as mãos num idiofone formado por uma pequena almofada ou pano

enrolado designado por «tchabeta», dançada de forma vigorosa e virtuosa (torno) por uma ou mais dançarinas e com menor frequência por

dançarinos. O Batuque é típico da ilha de Santiago e ainda hoje a sua presença reduz-se a esta ilha. É um género que manifesta a presença

africana, e retrata as convivências sociais. O batuque nasceu com o homem cabo-verdiano e apesar da tentativa do regime colonial em proibi-

lo, conseguiu resistir e vem sendo praticado cada vez mais com muita força na ilha de Santiago principalmente em ocasiões comemorativas.

Tabanca

È uma forma de expressão cultural praticada nas ilhas de Santiago e do Maio e reflecte a origem da nossa caboverdianidade - a miscigenação

proveniente das culturas europeia e africana. No festejo da tabanca existem vários rituais que são respeitados como é o caso da capela que é

um espaço muito importante para qualquer grupo de tabanca, onde se realiza os cerimoniais «sagradas», nomeadamente o Toki de salva, o

roubo do Santo e por vezes interrogatório aos ladrões, momentos importantes na festividade da Tabanca. O Toki de salva é o momento em

que se efectua a comunicação com o Santo patrono do grupo, através das batidas cadenciadas nos tambores, do cerimonial das varas

«sagradas» e da oração (reza cantada) etc. Esse é o momento em que se presta culto e se pede a protecção divina. Toda a sequência dá a ideia

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de um verdadeiro ritual africano, mas na realidade é uma «encenação» do rosário com figurações: os batimentos de tambores correspondem

às Ave Marias e Glórias. Antes do ritual dos beijos, costuma-se rezar padres - nossos de oferenda ao santo padroeiro. Além do período

festivo, fazem – se as salvas quando morre algum cativo da Tabanca, as quais tem lugar no sétimo dia depois do enterro». O roubo do Santo

é executado pelos ladrões da Tabanca, embora o Santo encontra-se, normalmente, sob vigilância dos guardas na corte. Há um espécie de

encenação entre quem vigia e quem rouba o Santo. O Santo, representado por uma bandeirinha branca com uma cruz vermelha no centro e

uma vara de marmeleiro com uma fita vermelha atada numa das pontas, é vendido na casa da Rainha do agasalho ou do Rei de bandeira.

Em regra, estes últimos mantêm a compra do Santo por setes anos consecutivos. Esse ato desencadeia uma série ações e animações que dão

continuidade aos festejos. Nas épocas em que não se comemora a Tabanca, guardam – se na capela todos os objetos que fazem parte do

cortejo, exceto a indumentária que fica ao cuidado da pessoa que a utiliza. Os grupos de Tabanca têm, regra-geral alguma economia,

designadamente terrenos que cultivam, milho, feijão e outros produtos armazenados.

Funaná

O funaná é um género musical, surgiu no meio rural que inicialmente abarcava somente a ilha de Santiago. Esse estilo antigamente era

tocado com instrumentos como gaita e ferro, animando, assim, as festas populares e religiosas. Possui um ritmo mais acelerado do que a

coladeira. É um género muito próximo do continente africano que apareceu graças ao acordeão introduzido no país pelos portugueses para

acompanhamento nas missas e apropriado posteriormente pelos habitantes desta ilha para as suas canções. O funaná é dançado com cadência

própria e conexa ao ritmo musical.

Teatro

Teatro é um termo de origem grega que designa simultaneamente o conjunto de peças dramáticas para apresentação em público onde é

utilizada a arte de representação por um ou vários atores que apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos

variados. Essa forma de manifestar em Cabo Verde é representada de acordo com a sua realidade sócio – económica. Toda a vivência e

convivência do país e mais concretamente em Santa Catarina são projetadas no teatro de forma que as mensagens passam. As temáticas tem

muito a ver com os problemas que assolam a sociedade cabo-verdiana como é o caso do uso de álcool, gravidez na adolescência, o uso de

drogas, combate ao HIV- SIDA, a violência domésticas entre outras temáticas. Em Santa Catarina existem vários grupos de teatro de várias

zonas do concelho que anualmente reúnem em festival de teatro para esporem as suas peças.

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VII. Principais Localidades e Núcleos históricos

Santa Catarina é um concelho rico em termos patrimoniais, durante o período colonial foram edificados obras no concelho de grande

envergadura. Reporta-se a edifícios que apresentam interfaces significativos com outros importantes segmentos da economia como a

construção civil, o turismo que são portadores de um potencial que favorece o desenvolvimento local.

A inserção desses edifícios no concelho preserva a nossa identidade, conserva o que somos e o que fomos. Essas obras guardam uma herança

importante para a história local, história desta região da ilha de Santiago e de Cabo verde em geral. Durante muito tempo essas obras

serviram para fins civis públicos para servir a governação local, a dinamização do comércio na região, administração da fazenda, prestação

de cuidados de saúde e garantir educação dos habitantes na antiga Vila de Assomada, outros ainda representam símbolos de resistência

devido as revoltas dos camponeses, outros ainda serviam de moradias das pessoas singulares, governadores, rendeiros e outro tipo de

património que tem a sua representatividade em termos do embelezamento e de paisagem natural.

Santa Catarina é um concelho onde os edifícios antigos ainda continuam com uma certa prevalência em várias localidades e com maior

consistência em lugares que outrora foram de capital importância para o desenvolvimento e surgimento de aglomerado populacional. As

localidades de Ribeirão Manuel, Achada Falcão, Ribeira da Barca, Engenhos, Centro Histórico de Assomada, apresentam um perfil histórico

e cultural imponente com monumentos memoráveis, espaços geográficos magníficos, e construções de diferenciados estilos arquitetónicos

simples. Essas localidades apresentam um conjunto de monumentos com valor histórico-cultural que vêm desde o período colonial. Através

desses monumentos podemos perceber formas de vida daqueles que no passado deles utilizaram.

Alguns edifícios estão diretamente relacionados com a transferência da sede da Vila para Assomada, por um lado; por outro, retratam a

vivência das populações desse núcleo urbano e de outras localidades do concelho de Santa Catarina e quiçá de todo o interior de Santiago.

Apesar de alguns edifícios terem perdido a sua arquitetura original, contudo enquadra-se num ambiente e meio envolvente propício. Esses

sítios exprimem um passado enquanto testemunhos, conservam uma arquitetura e estilo de uma determinada época histórica, daí a

pertinência de preservá-los, na medida em que ajuda a fortalecer a consciência de certas especificidades da cultura cabo-verdiana. Por aquilo

que representam do passado do concelho guardam uma herança importante para a história local e possibilitam um estudo mais aprofundado

da história desta região da ilha de Santiago e de Cabo verde em geral.

Em suma essas, construções de alguma forma representam ou trazem em suas características pistas sobre a história dessas localidades, neste

caso, Ribeirão Manuel, Achada Falcão, Ribeira da Barca, Engenhos e Centro Histórico de Assomada. Sendo assim, esses patrimônios

representam a materialização da cultura destas localidades, além de trazer em suas características e no estilo a história das pessoas que o

construíram.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

125

s

CULTURA – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Oportunidade em inovar exposições trazendo ou fazendo um mix de exposições de

objetos museológicos;

Possibilidade de aparecimento de novos talentos através do “Terreru di kultura”;

Eminente abertura de um posto de informação turística;

Plano de Salvaguarda do Centro Histórico;

Possibilidade de Construção do Museu Nacional Amílcar Cabral;

Possibilidade de criação de rotas e pontos de turismo cultural e rural;

Possibilidade de criação de Bandas Musicais de qualidade no concelho;

Possibilidade de criação de Rede de Museus – Museu da Tabanca, Museu do Mar,

Museu das Revoltas, Museu da Cidade, Centro Interpretativo de Fonte Lima;

Construção de um Auditório Municipal.

Existência de Um Centro Histórico;

Predominância de um Vasto Património histórico e cultural;

Existências de Complexos Culturais importantes (CCNT, Cine-Clube, Auditório LAC, Anfiteatro da Escola

Técnica, polivalente de Assomada);

Existência de um vasto património cultural – Material e Imaterial;

Vasto e diversificado número de artistas, agentes, grupos, empresas e associações culturais;

Interesse da autarquia na elaboração e implementação do Plano de Salvaguarda do CHA;

Forte tradição da Olaria (Fonte Lima);

Artistas e agentes de renome nacional e internacional;

Agenda Cultural forte;

Referências históricas e culturais importantes;

Diversidade de grupos de danças locais tradicionais e de batuco;

Realização de diversas atividades semanais, mensais e anuais com o objetivo de divulgar as manifestações

culturais;

Técnicos e profissionais com conhecimento na área de cultura e proteção patrimonial;

Maior intervenção do pelouro da cultura nas festas de romarias de Santa Catarina;

Existência da Casa onde Viveu Amílcar Cabral;

Existência de vários sítios históricos (R. Manuel, Achada Falcão, Engenhos);

Monumento Alusivo a Revolta de Ribeirão Manuel (1910);

Escola de Musica Norberto Tavares;

Vários pontos de atracão turística tais como cascata de Águas caídas, Gruta de Águas belas, Falésia de Achada Leite, Monte Brianda, Tabugal;

Recém-licenciados capacitados na área de gestão cultural e património;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

126

Pouco interesse das organizações ligados à cultura na preservação da memoria e

identidade do espolio cultural;

Degradação acentuada de espaços históricos com necessidade de intervenção;

Mistura de outras tradições culturais com a nossa, gerando perda da nossa identidade

cultural;

Ausência de um espaço específico para realização de atividades culturais;

Risco de desestruturação do Centro Histórico de Assomada;

Fuga de quadros capacitados da área da Cultura;

Risco de desaparecimento de grupos de tabanca;

Desinteresse de artistas na exploração dos seus talentos.

AMEAÇAS

Inexistência de um Auditório Municipal e Salas de Espectáculos Adequado;

Falta de apoio e meios financeiros para artistas e agentes;

Falta de políticas de incentivo á cultura (fundo de acesso);

Inexistência de uma Escola de Arte e Cultura;

Falta de circuito e roteiros turísticos;

Inexistência de um guia turístico do Património histórico e cultural;

Falta de espaços de lazer nas localidades dispersas para realização e promoção de eventos;

Repetições habituais nas mesmas formas de exposição, sem alterações ou acréscimo;

Ausência de um roteiro turístico do concelho de Santa Catarina;

Necessidade de técnicos para intervenção em projetos de promoção, defesa e divulgação do

património local e intervenções preventiva/curativa caso haja necessidade;

Pouco interesse da população em participar nas atividades culturais.

PONTOS FRACOS

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127

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

- Tornar Assomada no palco de toda a

riqueza cultural do Concelho de Santa

Catarina;

- Divulgar e valorizar o património

material e imaterial local.

- IPC – Instituto

de Património

Cultural

- Associação

Nacional de

Tabanca

- Universidades

- Associações

Comunitária

4; 8 e 10

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

CULTURA - EIXO ESTRATÉGICO

CULTURA - OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Promover a nível nacional e internacional a rica cultura local considerada um dos principais activos do concelho de Santa Catarina de Santiago;

CULTURA - SUB-EIXO ESTRATÉGICO

PRODUÇÃO DE UM

DOCUMENTÁRIO SOBRE O ESPÓLIO

CULTURAL DO

BATUQUE

REALIZAÇÃO DE

FESTIVAL ANUAL DE

BATUQUE

INSTITUIÇÃO DA

SEMANA DA TABANCA

- Transformar Assomada num Centro

Cultural de excelência do Município;

- Valorizar a cultura imaterial através

de políticas públicas assertivas.

Promover, valorização e divulgação

desta manifestação cultural.

Divulgar a Olaria tradicional da

localidade de Fonte Lima;

Incentivar as oleiras de Fonte Lima a

empresarializarem o sector.

MOSTRA

MUNICIPAL DE

OLARIA

Valorizar e preservar a Tabanca

PROMOÇÃO DO CONCELHO DE SANTA

CATARINA COMO

CENTRO DE CONVERGENGIA DO

ESPÓLIO CULTURAL A

NÍVEL NACIONAL

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128

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

PROMOÇÃO DO CONCELHO DE SANTA

CATARINA COMO

CENTRO DE CONVERGENGIA DO

ESPÓLIO CULTURAL A

NÍVEL NACIONAL

Transformar o Município de Santa

Catarina no coração cultural da ilha,

tendo uma dinâmica intensa de

eventos, que terá impacto positivo

elevado no turismo….

- Ministério da

Cultura (IPC)

- Fundação

Amílcar Cabral

- Associação

Mindelact

- Associação dos

Combatentes da

Liberdade da

Pátria

ELABORAÇÃO DO

PLANO DE

SALVAGUARDA DO

CENTRO HISTÓRICO

DE ASSOMADA

FEIRA

INTERNACIONAL DO

TEATRO DO OPRIMIDO

- Valorizar o Património Histórico e

Arquitetónico existente no Centro da

Cidade;

- Preservar a memória e a história da

Cidade.

Estimular e democratizar o acesso às

informações e a produção teatral.

Promover o Intercâmbio Mundial da

Cultura Popular;

Mostrar a importância da Revolta de

Ribeirão Manuel na história do nosso

povo.

FEIRA MUNDIAL DE

ARTE POPULAR

PEREGRINAÇÃO

ANUAL A RIBEIRÃO

MANUEL E ACHADA

FALCÃO

4; 8 e10

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129

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

- Ministério da

Cultura (AHN)

- Associação dos

Combatentes da

Liberdade da

Pátria

- Assembleia

Nacional

- Assembleia

Municipal

- Escolas

Secundárias

- Fundação

Norberto Tavares

- Unitel T+

- Cavibel

- Bancos

comerciais

CRIAÇÂO DA ESCOLA DE

MÚSICA “NORBERTO

TAVARES”

Garantir uma forte agenda de eventos

culturais e promover o

empoderamento dos artistas.

REALIZAÇÃO E

PROMOÇÃO DE

EVENTOS CULTURAIS

Consolidar o processo de afirmação

cultural como meio de preservação

da memória e identidade coletiva.

PROMOÇÂO DA

ASSOMADA, COMO

CIDADE DE MÚSICOS E

DA MÚSICA

- Promover eventos culturais

marcantes no Concelho. 4 e 8

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130

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

PROMOÇÃO DO

PATRIMÓNIO CULTURAL

MATERIAL E IMATERIAL

DE SANTA CATARINA

- Realizar trabalhos de investigação e

análise crítica do património cultural

material e imaterial de Santa Catarina.

- Reconhecer a importância do

património ético-cultural e artístico para

a preservação da memória e identidade.

- Ministério da

Cultura e

Industrias

Criativas (IPC)

- UNESCO

- CMRG-

Santiago

- Direção Geral do

Turismo

- UCCLA

INVENTÁRIAÇÂO DO

PATRIMÓNIO

CULTURAL DO

CONCELHO

Proceder o levantamento de toda a

informação relativa ao património

municipal.

Criar de um roteiro histórico-turístico

que simboliza a fuga dos escravos.

CRIAÇÃO DA ROTA DO

BADIO (CIDADE

VELHA /ENGENHOS)

4 e 8

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131

PROGRAMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO

PROJECTO

STAKEHOLDERS ODS/

PROGRAMA

- Governo de

Cabo Verde (MC/

Ministério

Finanças)

- Fundação

Amílcar Cabral

- MINOM

(Movimento

Internacional para

a Nova

Museologia)

- Universidades

- UNESCO

- ANMCV

- Assembleia

Municipal

CRIAÇÃO DE UM

AUDITÓRIO

MUNICIPAL

RANSFORMAÇÃO DA

CASA AMÍLCAR

CABRAL EM MUSEU

NACIONAL

CRIAÇÃO DA REDE

MUSEOLÓGICA E

PATRIMONIAL (MUSEU

DAS REVOLTAS,

MUSEU AMÍLCAR

CABRAL, MUSEU DO

MAR E DA

EMIGRAÇÃO, MUSEU

DA TABANCA, CENTRO

INTERPRETATIVO DE

FONTE LIMA.

Dotar o Município de um

equipamento cultural apropriado para

eventos de natureza especial.

- Simbolizar e perpetuar a história

cultural cabo-verdiana.

- Valorizar do nosso Herói Nacional;

- Divulgação da História de Cabo

Verde. 4 e 8

INTERNCIONALIZAÇÃO

DA CULTURA LOCAL

Transformar o Pelourinho de Assomada,

no futuro, num espaço para realização de

Feira Internacional de Arte e Cultura,

com a participação, em especial, de

intelectuais e produtores culturais da

CPLP e de todos os Países onde residem

cabo-verdianos.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

132

DIMENSÃO ECONÓMICA

______

Tecido Empresarial, Turismo, Comércio,

Agricultura e Pecuária,

Pesca, Energia, e

Tecnologias de Informação e Comunicação

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133

AGRICULTURA

A agricultura é uma ferramenta de desenvolvimento de vital importância não só para crescimento económico como também para superar a

pobreza e aumentar a segurança alimentar. Entretanto, para alavancar o sector e aumentar a produtividade agricultura são necessários vários

investimentos em matéria de equipamentos e formações contínuas voltados para os agentes que atuam no sector agrícola.

De acordo com a história do pensamento económico a agricultura, sempre, configurou como um dos sectores importantes da economia

mundial e, em Cabo Verde a população historicamente viram a agricultura como uma fonte onde podem ter acesso a alimentos e renda que

lhes permitem satisfazer as suas necessidades.

Santa Catarina de Santiago por ser um concelho localizado na zona rural a actividade agrícola apresenta como um dos sectores da economia

local que mais emprega as pessoas, portanto, é do campo que vem o sustento da maior parte das famílias que residem no concelho e em

outras localidades do Arquipélago como a cidade da Praia a capital do país.

Em matéria de sexo e meio de residência dos agregados familiares que praticam a agricultura os dados do último recenseamento apontam que

a mão-de-obra predominante no sector de agrícola são das mulheres e a maioria dos agregados concentram-se nas zonas rurais do concelho.

(vide os quadros abaixo).

Quadro - Repartição dos agregados familiares agrícolas por concelho segundo o sexo do representante

Concelhos

Masculino Feminino Total

Número % Número % Número %

Santa Catarina 2329 10,2 3364 17,2 5693 13,4

Total 22943 100,0 19527 100,0 42470 100,0

EIXOS ESTRATÉGICOS

DIMENSÃO ECONÓMICA

AGRICULTURA E PECUÁRIA - EIXO ESTRATÉGICO

AGRICULTURA E PECUÁRIA - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

134

Fonte: RGA 2015 (Dados Preliminares)

Quadro - Repartição dos agregados familiares agrícolas por meio de residência

Concelho

URBANO/RURAL

RURAL URBANO Total

Número % Número % Número % Número %

Santa Catarina 1 ,0 4826 84,8 866 15,2 5693 100,0

Total 1 ,0 27741 65,3 14728 34,7 42470 100,0

Fonte: RGA 2015 (Dados Preliminares)

Ultimamente com o crescimento do sector do turismo a nível nacional tem-se registado um número significativo de comerciantes que tem

exportado produtos agrícolas para as ilhas turísticas sal, Boavista e São vicente. Portanto, o sector agrícola do concelho tem contribuído não

só para abastecer o mercado local como também de outros municípios e ilhas. O concelho de Santa Catarina pelo fato de deter a maior parte

das parcelas de terrenos no território nacional pode potencializar o desenvolvimento do sector agrícola dando assim oportunidade de

emprego para a população. Segundo os dados preliminares de Recenseamento Agrícola – 2015, Santa Catarina de Santiago é o concelho do

país com maior superfície total de parcelas de terrenos. (vide o quadro, abaixo).

Quadro - Superfície e Parcelas de Terrenos Por Concelho

CONCELHO Superfície total da

parcela

Superfície

Cultivada Superfície em pousio

Superfície com

pastagens

permanentes

Superfície com

pastagens

temporária

Superfície de terras

arborizadas

Superfície de

outras terras

Ribeira Grande 21.372.297 16.169.158 1.818.555 1.342.423 317.700 764.573 959.888

Paul 10.527.341 7.637.963 1.456.968 429.050 257.500 649.510 96.350

Porto Novo 20.559.124 12.847.916 6.454.218 185.500 285.700 100.840 684.950

S. Vicente 9.419.622 4.366.707 1.059.245 63.408 10.716 3.512.666 406.880

Ribeira Brava 6.823.722 6.503.550 38.335 48.958 65.622 5.900 161.357

Tarrafal de S. Nicolau 3.472.809 2.939.377 7.350 0 59.750 8.500 457.832

Sal 740.725 657.250 61.455 2.000 100 13.496 6.424

Boavista 2.755.543 2.057.923 608.956 0 0 0 88.664

Maio 4.660.926 2.194.757 1.813.967 6.000 90.947 163.150 392.105

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

135

Fonte: RGA 2015 (Dados Preliminares)

A despeito dos vários investimentos no sector agrícola em matéria de formação, equipamentos e infra-estruturas de grande porte como a

Barragem de Saquinho e Flamengo ambas localizadas no território do concelho, a agricultura constitui um sector com um grande potencial

por explorar. Pois, “ainda predominam práticas e culturas pouco produtivas, rudimentares e por vezes, até obsoletas e inadequadas. Segundo

os dados do último recenseamento agrícola persiste ainda a agricultura de sequeiro uma técnica agrícola para cultivar terrenos onde a

pluviosidade é diminuta e, o concelho de Santa Catarina lidera o ranking nacional em matéria do número agregados familiares que praticam a

agricultura de sequeiro. E, em matéria da prática da agricultura de regadio nota-se que o concelho está bem posicionado quando comparado

com os outros municípios, ocupando segundo lugar no ranking nacional, ficando apenas atrás do concelho de Santa Cruz (vide o quadro,

abaixo).

Concelho

Actividade agrícola praticada

SEQUEIRO REGADIO PECUARIA SILVICULTURA Total

Número % Número % Número % Número % Número %

Ribeira Grande 1690 5,1 1031 12,0 1827 4,7 44 0,3

2451 5,4

Paul 500 1,5 426 5,0 809 2,1 4 0,0

1006 2,2

Porto Novo 1458 4,4 746 8,7 1935 5,0 6 0,0

2365 5,2

Tarrafal 23.282.495 22.810.221 291.322 8 24.616 71.473 84.855

Santa Catarina 53.697.774 50.390.879 1.532.476 192.120 612.433 336.161 633.705

Santa Cruz 37.230.376 31.989.112 2.121.528 571.116 1.319.866 626.762 601.992

Praia 13.933.502 11.209.010 1.869.460 296.102 140.110 170.930 247.890

S. Domingos 25.628.215 19.571.835 1.646.680 357.400 850.600 907.243 2.294.457

Calheta de S. Miguel 20.654.712 20.046.053 384.211 46.801 104.009 73.617 21

S. Salvador do Mundo 13.307.307 12.399.516 188.749 250.302 117.892 201.435 149.413

S. Lourenço dos Órgãos 14.991.465 12.342.342 456.192 394.130 334.566 1.385.688 78.547

Ribeira Grande de

Santiago 8.033.834 6.432.916 338.126 139.185 244.140 318.816 560.651

Mosteiros 18.358.330 16.206.902 510.629 226.258 494.800 229.083 690.658

S. Filipe 34.237.660 25.448.690 1.985.520 395.750 2.845.703 854.000 2.707.997

Santa Catarina do Fogo 15.671.628 11.399.095 704.417 722.508 944.008 415.000 1.486.600

Brava 5.204.031 5.046.115 81.058 33.650 37.200 5.008 1.000

Cabo Verde 364.563.438 300.667.287 25.429.417 5.702.669 9.157.978 10.813.851 12.792.236

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

136

São Vicente 227 ,7 301 3,5 1445 3,7 47 0,3

1701 3,7

Ribeira Brava 981 2,9 328 3,8 1067 2,8 5 0,0

1330 2,9

Tarrafal de São Nicolau 446 1,3 214 2,5 663 1,7 1 0,0

766 1,7

Sal 274 ,8 15 ,2 383 1,0 3 0,0

544 1,2

Boavista 107 ,3 65 ,8 500 1,3 0 0,0

509 1,1

Maio 467 1,4 103 1,2 836 2,2 147 1,0

898 2,0

Tarrafal 2821 8,5 227 2,6 2804 7,2 1815 12,6

3148 6,9

Santa Catarina 5545 16,6 1116 13,0 5407 14,0 2716 18,9 6180 13,6

Santa Cruz 3456 10,4 1389 16,2 3399 8,8 2270 15,8

4049 8,9

Praia 1130 3,4 171 2,0 3571 9,2 98 0,7

4058 8,9

São Domingos 2109 6,3 621 7,2 2233 5,8 353 2,5

2528 5,6

Calheta de São Miguel 2288 6,9 544 6,3 2194 5,7 1802 12,5

2467 5,4

São Salvador do Mundo 1485 4,5 307 3,6 1579 4,1 1161 8,1

1683 3,7

S. Lourenço dos Órgãos 1211 3,6 329 3,8 1217 3,1 1065 7,4

1313 2,9

Ribeira Grande de Santiago 758 2,3 389 4,5 1348 3,5 81 0,6

1415 3,1

Mosteiros 1499 4,5 36 ,4 1351 3,5 520 3,6

1627 3,6

São Filipe 3010 9,0 90 1,0 2682 6,9 1891 13,2

3311 7,3

Santa Catarina do Fogo 997 3,0 28 ,3 913 2,4 234 1,6

1085 2,4

Brava 850 2,6 104 1,2 585 1,5 117 0,8

965 2,1

Cabo Verde 33309 100,0 8580 100,0 38748 100,0 14380 100,0

45399 100,0

Actualmente com o surgimento das novas tecnologias de produção é possível perceber que alguns agricultores têm investido no sector

agrícola com o sistema de rega gota-gota usando parcelas de terras cada vez maior para produzir. E, em matéria de agricultura de regadio, o

Concelho de Santa Catarina está posicionado em segundo lugar depois do Concelho de Santa Cruz (Vide o quadro, acima).

Por outro lado, após a criação das barragens em algumas ilhas do país percebe-se um certa preocupação do Ministério da Agricultura o órgão

governamental que coordena todo o sector agrícola nacional em inculcar na mente dos agricultores a ideia de empresarializar o sector, isto é,

organizar a produção agrícola visando melhorar a qualidade dos produtos e fazer com que os mesmos consigam concorrer em pé de

igualdade com os produtos importados. Neste sentido, hoje já é possível perceber um número cada vez maior de produtores que vêm

desenvolvendo a actividade agrícola numa lógica empresarial e que têm conseguido participar no abastecimento de parte dos

empreendimentos turísticos no país. Entre os produtos derivados do sector agrícola comercializados pelos produtores pode-se destacar: a

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137

confecção de doces e licores diversos, a produção de aguardente e mel de cana sacarina, manufactura do queijo e manteiga e a salga da carne

de porco.

O quadro, abaixo, descreve outras formas de organização para a exploração do sector agrícola que o país apresenta no momento e, o

concelho de Santa Catarina detém um número significativo dessas organizações, posicionando em terceiro lugar, depois de Praia (segundo

lugar) e, São Vicente, que ocupa o (primeiro lugar).

CONCELHO

Tipo Exploração não Familiar

Total Empresa

Agrícola Cooperativa Associação Instituição Publica

Instituição

Privada Escola Igrejas ONG

Outra

Empresa

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 5 Coluna 4 Coluna 3 Coluna 9 Coluna 8 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 10 Coluna 11

Cabo Verde 140 9 3 5 23 1 65 8 5 21

São Vicente 29 2 0 1 3 1 9 1 1 11

Santa Catarina 16 1 0 0 2 0 11 1 0 1

Praia 17 2 0 0 3 0 6 2 1 3

Fonte: RGA 2015

PECUÁRIA

A actividade pecuária, em todo o país, é uma actividade estreitamente associada à agricultura praticada pelas explorações familiares e, no

concelho de Santa Catarina não é diferente, o interessante é o nível de desenvolvimento dessa actividade no concelho que está em um estágio

superior aos outros concelhos do país. É através da actividade pecuária que as famílias conseguem se sustentar e, ainda, abastecer o mercado

local. Hoje em dia já é possível também ver produtores que investem na actividade pecuária visando produzir em grande escala e abastecer o

mercado turístico nacional, especialmente, em matéria de frangos.

Segundo os dados Recenseamento Geral Agrícola (RGA) de 2015, o Concelho de Santa Catarina é reconfirmado como sendo o maior do

País em termos de produção pecuária. Nessa data, detinha o maior número de Bovinos, Caprinos e Suínos. A suinicultura ocupava o lugar

cimeiro, com o maior número de cabeças. Seguindo-lhe os bovinos e caprinos. Santa Catarina é ainda o principal produtor da carne bovina e

o maior fornecedor de carne a nível nacional. Neste cenário, é importante referir, ainda, que Assomada é o maior mercado de venda de gado

da ilha de Santiago e do país. (vide o quadro, abaixo)

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

138

Fonte: RGA 2015 (Dados Preliminares)

NÚMERO DE ECFETIVOS POR ESPÉCIE EFECTIVOS POR ESPÉCIE E SEXO

CONCELHO Bovinos Caprinos Ovinos Suínos Bovinos Caprinos Ovinos Suínos

Total Total Total Total Macho Fêmea Total Macho Fêmea Total Macho Fêmea Total Macho Fêmea Total

Ribeira Grande 325 1.367 56 1.175 147 442 589 664 4.109 4.773 63 407 470 866 1.001 1.867

Paul 219 387 5 707 70 255 325 133 1.090 1.223 8 14 22 496 583 1.079

Porto Novo 481 1.542 35 1.473 173 695 868 873 15.883 16.756 28 119 147 1.035 1.489 2.524

São Vicente 163 618 56 1.437 92 245 337 462 4.133 4.595 83 204 287 1.526 2.413 3.939

Ribeira Brava 446 1.078 287 834 169 418 587 930 2.542 3.472 214 484 698 529 787 1.316

Tarrafal de São

Nicolau 178 316 178 599 60 177 237 224 686 910 149 387 536 399 547 946

Sal 75 114 42 482 37 118 155 150 719 869 51 200 251 741 884 1.625

Boavista 132 637 46 432 140 365 505 1.547 7.622 9.169 492 190 682 481 775 1.256

Maio 536 656 33 626 567 1.364 1.931 1.578 7.602 9.180 38 82 120 687 1.291 1.978

Tarrafal 1.682 1.410 817 2.609 593 1.716 2.309 935 2.275 3.210 614 1.26

5 1.879 2.117 2.817 4.934

Santa Catarina 3.446 2.919 506 4.983 1.33

1 3.072 4.403 2.011 4.898 6.909 416 787 1.203 4.316 5.022 9.338

Santa Cruz 1.942 1.889 505 3.393 742 1.967 2.709 1.141 3.607 4.748 412 913 1.325 2.865 4.040 6.905

Praia 568 1.353 314 2.970 442 949 1.391 1.453 3.637 5.090 423 900 1.323 3.417 4.489 7.906

São Domingos 1.745 1.571 538 1.954 839 2.120 2.959 898 3.281 4.179 358 854 1.212 1.776 2.263 4.039

Calheta de São

Miguel 1.634 1.371 310 2.148 517 1.414 1.931 792 2.376 3.168 231 430 661 1.600 2.428 4.028

São Salvador do

Mundo 1.190 858 124 1.471 396 1.008 1.404 397 1.015 1.412 77 124 201 1.161 1.393 2.554

S. Lourenço dos

Órgãos 884 697 84 1.029 339 855 1.194 364 1.097 1.461 61 158 219 899 1.116 2.015

Ribeira Grande de

Santiago 856 786 145 1.261 485 1.104 1.589 1.045 3.003 4.048 173 932 1.105 1.385 1.927 3.312

Mosteiros 781 956 6 633 253 724 977 436 1.806 2.242 8 19 27 459 484 943

São Filipe 905 2.519 34 1.816 407 1.169 1.576 1.816 12.050 13.866 54 114 168 1.465 1.975 3.440

Santa Catarina do

Fogo 578 1.037 34 458 212 744 956 473 4.036 4.509 18 50 68 247 425 672

Brava 333 352 6 201 204 463 667 216 1.625 1.841 7 14 21 124 165 289

Total 19.099 24.433 4.161 32.691 8.215 21.384 29.599 18.538 89.092 107.630 3.978 8.647 12.625 28.591 38.314 66.905

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139

O problema da actividade pecuária e da agricultura no concelho de Santa Catarina é o mesmo, preende-se com a falta de chuva, pois quando

não houver a chuva não só o concelho sentem as consequências como também todo o país. Por outro lado, com a falta da chuva, para além da

falta do milho que é um dos principais alimentos nutritivos dos animais, a falta de pastos muitas das vezes colocam os criadores em situações

críticos levando os animais a situações de autêntica desnutrição e desvalorização no mercado. Este ano de 2017 reflecte de forma

emblemática os impactos da falta de chuva no Arquipélago de Cabo de Verde.

Entre os tipos de criadores existentes do concelho destaca-se os Criadores associados à exploração tradicional e os Criadores associados à

exploração melhorada. O primeiro, dedicam-se à criação essencialmente de caprinos/ovinos e suínos em regime extensivo. Utilizam raças

locais e tecnologias tradicionais. Já o segundo, dedicam-se à criação de animais de raça local/melhorada, em regime semi-estabulado e

estabulado. Estes criadores utilizam melhores tecnologias em termos de manejo, alimentação e cuidados sanitários.

Finalizando este eixo de extrema importância para o desenvolvimento do concelho pode-se afirmar com base nos dados apresentados que os

sectores da Agricultura e Pecuária constituem uma das áreas da economia local de maior relevância e, acredita-se que uma aposta continuada

nesses sectores através de investimentos estruturantes pode consubstanciar como uma das estratégias fundamentais e assertivas que poderá

ser adopta pela autarquia local e, por conseguinte, liderar o mercado nacional com produtos derivados desses dois sectores.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

140

s

AGRICULTURA – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Aumento da intensidade de fenómenos climáticos adversos;

Má gestão do terreno por parte dos agricultores mesmo sabendo das

potencialidades das áreas agrícolas;

Volatilidade dos preços das matérias-primas e dos consumos

intermédios agrícolas;

Enquadramento macroeconómico e financeiro desfavorável ao

financiamento dos investimentos públicos e privados no contexto do

sector agro-alimentar nacional;

Seca prolongada;

Intensificação da erosão costeira;

Surgimento de novas pragas e doenças;

Eventuais dificuldades na mobilização de fundos necessários à

implementação da dinâmica de desenvolvimento agrícola e rural

segundo a visão e as expectativas dos actores políticos;

Hiper-sensibilidade dos preços derivado às irregularidades das

chuvas.

AMEAÇAS

Falta de normas que permite melhor gestão da água;

Baixa produtividade agro-pecuária;

Muitas terras, porem fragmentadas o que não permite a produção em

escala;

Falta de um sistema de logística e de distribuição a nível nacional que

permite o escoamento da produção agro-pecuária inter-ilhas;

Falta de um Centro de Transformação que não se limita apenas a

formação;

Explorações de reduzida dimensão física e económica, e fragmentadas,

com problemas de viabilidade.

PONTOS FRACOS

Geração de Emprego e renda para as famílias;

Acesso ao mercado turístico;

Forte crescimento global do consumo de bens alimentares;

Procura crescente de produtos biológicos, de época, nomeadamente

da dieta mediterrânica;

Imagem positiva junto da opinião pública sobre a importância do

sector agro-alimentar para a recuperação da economia cabo-verdiana;

Incentivo ao turismo rural.

Disponibilidade de terrenos;

Zonas com muitas potencialidades agrícolas, tais como: João Berneardo, Entre

Picos, Rincão, etc.

População Jovem;

Terrenos relativamente férteis;

Existência de infra-estruturas hidráulicas que permite desenvolver actividade

agrícola;

Existência da Barragem de saquinho e de Flamengo que fazem parte do

concelho;

Existência de um centro de colheita;

Feira do Gado que permite a exposição e venda dos gados.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

141

DIMENSÃO ECONÓMICA

AGRICULTURA – EIXO ESTRATÉGICO

AGRICULTURA – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Alavancar o sector agro-pecuário do concelho através de novos investimentos e da sua integração a outras regiões agrícolas no país e aos mercados

turísticos nacionais;

;

EMPREENDORISMO NO

SECTOR AGRÍCOLA

Apostar no sector

agriculta visando gerar

riquezas no concelho

CRIAÇÃO DE

COOPERATIVAS

Criar condições para os criadores preparam os seus

produtos no Concelho de Santa Catarina antes de

transportá-los para outros concelhos

Empresarializar o sector

agro-pecuário.

Ministério de Agricultura e

Desenvolvimento Rural – MDR

PRO-EMPRESA BANCOS

1, 2, 3, 8

1, 2, 3, 8

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STHEKHOLDERES

ODS/PROGRAMA

INVESTIMENTO NO

SECTOR AGRO-PECUÁRIO CRIAÇÃO DE UM MATADORO

SEMI-INDUSTRIAL

CRIAÇÃO DE EMPRESAS NO SECTOR AGRO-PECUÁRIO.

Desenvolver o sector

agrícola.

CRIAÇÃO DE UM FUNDO DE

APOIO PEQUENOS

EMPREENDEDORES NO

SECTOR AGRÍCOLA

Ministério de Agricultura e

Desenvolvimento Rural – MDR ADEI

BANCOS CRIAÇÃO DO GABINETE DE

APOIO AO EMPREENDEDOR - GAE

Permitir os pequenos agricultores/empreende

dores o acesso ao crédito.

CRIAÇÃO DE UM FUNDO DE EMERCIA PARA PERIODOS DE

MAU ANO AGRÍCOLA

Mitigar os efeitos do mau ano agrícola

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142

CRIAÇÃO DE

EMPRESAS DE

TRANSPORTES

TERRESTRES E

MARÍTIMOS

CRIAÇÃO DO PORTO

DE RIBEIRA DA BARCA

Integrar duas regiões

com forte potenciais

agro-pecuário. Região

Norte das ilhas do Fogo e

Santiago.

Ligar Santa Catarina aos

outros concelhos e

outras ilhas.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STHEKHOLDERES

ODS/PROGRAMA

RECADASTRAMENTO

DO TERRENO

Identificar os possíveis

proprietários

Identificar terrenos

possíveis de ser

atribuídos a grupos de

jovens para produzirem

para tempo determinado

INTEGRAÇÃO DE

REGIÕES AGRÍCOLA

ORGANIZAÇÃO DAS

ÁREAS AGRÍCOLAS

Ministério de Agricultura e

Desenvolvimento Rural – MDR

PRÓ-EMPRESA BANCOS

Ministério da Economia;

Cabo Verde Trade Invest

Ministério de Agricultura e

Desenvolvimento Rural – MDR

PRÓ-EMPRESA BANCOS

1, 2, 3, 8

1, 2, 3, 8

Permitir o escoamento

da produção agro-

pecuária.

Permitir uma maior

gestão do território

agrícola do concelho.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

143

A riqueza de uma nação é mensurada sobre tudo pela capacidade das empresas produzirem bens e serviços. A maior parte dos produtos e

serviços comercializados no mercado são oferecidos pelas empresas, são elas que suprem as necessidades das nossas sociedades em matéria de

bens e serviços da primeira e segunda necessidade.

Os dados sobre o tecido empresarial cabo-verdiano revelam que esse sector encontra em franco crescimento apesar das várias crises

económicas que aconteceram nas duas últimas décadas, nomeadamente, a crise na imobiliária de 2008 que teve o seu início nos estados unidos

mas que depois teve seus impactos nas várias economias ao redor do mundo, a crise na zona euro. Essas duas crises tiveram os seus reflexos

na maior parte dos países, sobre tudo, os países em desenvolvimento que dependem da ajuda externa como é o caso de Cabo Verde.

A nível nacional, os dados do Instituto Nacional de Estatística, indicam que em 2007 o número do efectivo de empresas activas era de 7512

empresas, em 2011 esse número evoluiu para 8957, em 2015 esse número passa para 9357. O número de pessoal ao serviço evoluiu de 46.567

em 2007 para 51.411 em 2012 e 52.783 em 2015. O volume de venda dessas empresas era de 191.285 em 2007 e evolui para 250.822 em 2012

e, 251561 em 2015.

A evolução recente ocorrida no sector empresarial cabo-verdiano é extremamente importante tendo em conta que este cenário demostra

alguma consistencia por parte das empresas em matéria de competitividade, organização, produtividade, aspectos que tornam as empresas

cada vez mais preparadas para concorrer no mercado.

A nivel da ilha de santiago, também, os dados são animadores, o tecido empresarial tem crescido de forma interrupta, em 2007 o número de

empresas na ilha de santiago era de 3.233, em 2012, era de 4062 e em 2015 o número de empresas a operar na ilha de santiago era de 4.233.

DIMENSÃO ECONÓMICA

TECIDO EMPRESARIAL - EIXO ESTRATÉGICO

TECIDO EMPRESARIAL - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

144

Em termos do pessoal ao serviço, os dados apontam que em 2007 havia cerca de 22.640, em 2012 (25.011) e, em 2015 (23.724). No que tange

ao volume de negócio em 2011 as empresas ativas na ilha de santiago apresentaram um volume de 135.017.860 e, em 2015, (117.139.033),

fazendo a ilha se apresentar como a primeira do país em matéria de número de empresas activas, número de pessoas empregadas, e volume do

negócio. A ilha de santiago é responsável por cerca de 50% do volume do negócio das empresas do país. (INE, 2015)

A mesma dinâmica de crescimento do tecido empresarial também é verificado no Concelho de Santa Catarina, em 2007, o concelho contava

com 412 empresas activas, já em 2012 passou para 527. Em matéria de pessoal ao serviço nessas empresas, era de 1.286 em 2007 cresceu para

1.313 em 2012. Em matéria de volume de negócio em 2007 era de 1.794 e, em 2012 passou para 2.139 milhões de escudos. Segundo os dados

do recenseamento empresarial de 2010 a maior parte do pessoal ao serviço trabalham em empresas privadas. E o sector que mais emprega a

nível do concelho é Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, com 1.437, seguido do sector de construção civil com 1.280.

Um estudo realizado pelo INE, 2015, que analisa as empresas que se preocupam com a inovação, o estudo constatou que das 100% das

empresas inqueridas se preocupam em inovar, e entre os tipos de inovação: inovação de produto, inovação de processo, inovação operacional e

inovação de marketing, constaram que a maior parte das empresas a nível nacional estão preocupados com a inovação do produto, em segundo

lugar com a questão de marketing. Já as empresas do Concelho de Santa Catarina estão mais empenhadas em matéria de marketing. As

estratégias de marketing são de extrema importância para garantir a satisfação dos clientes e consequentemente a fidelização dos mesmos.

Neste sentido, pode-se afirmar que as empresas do concelho tem estado preocupadas em prestar um serviço de qualidade para os clientes

visando consolidar os seus espaços no mercado e alcançar os seus objectivos e metas.

Com base num estudo realizado junto das organizações que trabalham na promoção do tecido empresarial local, nomeadamente, Agencia

Cabo-verdiana de Desenvolvimento Empresarial e Inovação - ADEI, Câmara de Comércio; e entrevistas dirigidas a vários empresários locais,

foi possível perceber os pontos forte, pontos fracos, oportunidades e ameaças existentes no sector empresarial do concelho.

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145

s

TECIDO EMPRESARIAL – ANÁLIS SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Falta de formação sobre gestão de negócios/empresa por parte da

maioria dos empresários locais;

Emigração;

Uso de financiamento para fins pessoais;

Concorrência desleal;

Excesso de burocracia na concessão de crédito.

AMEAÇAS

Inexistência de uma cultura de financiamento pela via do capital alheio

Muitas empresas a operar de forma informal;

Fraca aderência ao cumprimento da produção de informações

contabilísticas aos utentes de informação financeira;

Curta duração do ciclo de vida das empresas a operar no mercado;

Resistência a formação;

Falta de orientações e organização dos empresários locais;

Empresários com poder financeiro, porém sem visão de negócio que os

permitem aproveitarem as oportunidades existentes no concelho.

PONTOS FRACOS

Existência de um sector de agronegócio com forte potencial para

geração de emprego e renda para os jovens do concelho com

iniciativas empreendedoras;

Possibilidades de envolvimento e participação em feiras de negócios

e formações;

Existência de um quadro legal favorável à proliferação de micro e

pequenas empresas e ao incentivo dos empreendedorismos jovem;

Existência de meios alternativos à forma tradicional de

financiamento ao dispor das empresas;

Existência de uma localização para o parque industrial;

Existências de fundo de garantia para apoiar o empreendedorismo.

Empresários/empreendedores com poder financeiro e materiais;

Empresários com parcelas de terrenos que permitem instalar grandes

empreendimentos industriais, etc;

Instituições no concelho tais como: CRP, ADEI e CÂMARA DE COMÉRCIO

que apoiam e assessoram os empresários locais das mais diversas áreas;

Predisposição das unidades económicas na utilização de instrumentos de gestão

que lhes garantam a competitividade (actual e futuro);

Existência de uma consciências das unidades económicas na criação de cadeia de

valor.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

146

DIMENSÃO ECONÓMICA

TECIDO EMPRESARIAL – EIXO ESTRATÉGICO

TECIDO EMPRESARIAL – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Promover o tecido empresarial local incentivando as empresas a inovar e a ter maior responsabilidade social e ambiental;

PROMOÇÃO DO

TECIDO

EMPRESARIAL

LOCAL

Contribuir para o

desenvolvimento do tecido

empresarial local e gerar

mais riqueza no concelho.

Reconhecer publicamente

as empresas que têm

contribuído para o

desenvolvimento do

concelho.

Incentivar as empresas a

inovarem e serem mais

competitivas.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

BUSINESS GALA

Cabo Verde Trad

Invest;

Ministério de

Economia;

Câmara de

Comércio;

Empresas de

Organização de

Eventos.

1; 8 e 10

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

147

PROMOÇÃO DO

TECIDO

EMPRESARIAL

LOCAL

Contribuir para o

desenvolvimento do

tecido empresarial local

e gerar mais riqueza no

concelho.

Treinar todos os

funcionários que trabalham

na parte do front-offes nas

empresas do concelho.

1; 8 e 10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

EXCELENCIA NO

ATENDIMENTO.

CRIAÇÃO DE

SUBSÍDIO DE

FOMENTO AO

EMPREENDEDORIS

MO LOCAL

Potencializar o surgimento

de novos negócios.

FORMALIZAÇÃO

DAS EMPRESAS

Permitir a Câmara

arrecadar mais impostos e

ter maior controle sobre os

negócios no concelho.

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

Cabo Verde Trad

Invest;

Ministério de

Economia;

CMSC

Câmara de

Comércio;

IEFP;

Empresas de

Organização de

Eventos.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

148

O turismo é hoje considerado por vários políticos, pesquisadores e organismos internacionais, como uma oportunidade para o

desenvolvimento dos países mais pobres. As pesquisas realizadas periodicamente pelo World Travel and Tourism Council (WTTC) e

Organização Mundial do Turismo evidenciam o potencial de crescimento deste importante setor da economia mundial.

A previsão da OMT é que as chegadas internacionais alcancem 1,6 bilhões de pessoas, até o ano de 2020. Destas chegadas do mundo inteiro

em 2020, a OMT prevê que 1,2 bilhões serão intra-regionais, e 378 milhões serão viajantes de longo curso. OMT (2011).

Nos últimos anos, os países africanos têm atraído turistas de diversas partes do mundo, um dado importante, se entendermos que quanto

maior é a entrada dos turistas nesses países, maiores são os gastos feitos por eles, e, por conseguinte, a receita gerada. Nem a última crise

económica mundial que afetou a maioria dos países e continentes foi capaz de interromper o crescimento do turismo no continente africano,

em termos de chegadas internacionais. OMT (2011).

Em Cabo Verde, o turismo é considerado actualmente o principal motor de desenvolvimento da economia nacional, chegando a representar

21% no PIB em 2008 e, em 2016, respeitando os 70,2 %, em média, do total das receitas geradas pelo sector dos serviços como um todo

(BCV, 2016). Nos últimos anos, tem sido um dos destinos muito procurados pelos turistas, que viajam por motivos profissionais, negócio e,

sobretudo, o procuram para satisfazer os seus desejos de lazer.

Segundo os dados do Banco de Cabo Verde a atividade turística nacional teve uma performance favorável em 2016, determinada pelo

aumento da procura turística internacional, medida em termos de entrada de hóspedes não residentes nos estabelecimentos hoteleiros, em

15,1 por cento (9,8 pontos percentuais acima do valor registado em 2015).

DIMENSÃO ECONÓMICA

TURISMO - EIXO ESTRATÉGICO

TURISMO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

149

O aumento da procura turística internacional por Cabo Verde superou tanto o crescimento da procura turística mundial (que, entretanto,

desacelerou de 4,6 para 3,9 por cento) como o forte aumento da procura dirigida à Africa Subsariana (em 10,7 por cento). Terá sido

determinado pelo aumento do rendimento disponível dos viajantes, reflexo da melhoria das condições no mercado de trabalho dos principais

mercados emissores do turismo nacional e da desinflação dos preços no consumidor, pelo alargamento da oferta e consequente aumento do

marketing do país e, em certa medida, pela preferência de turistas por destinos mais seguros. (BCV, 2017).

A tabela 8, apresentada, abaixo, descreve os principais indicadores do turismo em Cabo Verde, demostrando o potencial desse setor

importante da economia nacional.

A despeito da tendência crescente do sector do turismo a nível da economia global, do continente africano, de Cabo Verde, o concelho de

Santa Catarina não tem registrado uma evolução rápida e consistente. Os dados que serão apresentados a seguir demostram efectivamente

que a dinâmica do turismo no concelho tem sido muito fraco, em outras palavras, a economia do turismo nesse destino encontra-se estagnado

não obstante o forte potencial turístico existente no concelho.

Para melhor compreensão da situação do sector do turismo no Concelho de Santa Catarina os dados do turismo relativamente ao município

serão sempre comparados com os do município do Sal, Boavista e São Vicente que lideram em matéria de destino turístico em Cabo Verde,

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150

por outro lado, vamos considerar o concelho do Tarrafal por ser o destino mais próximo e o concelho da Praia por ser o principal destino da

ilha de Santiago.

Analisando os dados do INE, resultado da pesquisa da oferta turística em Cabo Verde e por concelho percebe-se que o concelho está longe

de ser considerado um destino turístico tendo em conta o número muito insignificante de alojamentos turísticos. Santa Catarina em 2016

tinha apenas (1 hotel), (1 pensão), (1 pousa) e apenas (1 residência turística) em exercício. Resumindo, o Concelho contava apenas com 4

estabelecimentos de alojamento disponíveis. Estes dados explica o fato de épocas de festas o concelho não dispor de números de alojamentos

suficientes para hospedar os turistas que visitam o concelho em épocas festivas, nomeadamente, a festa da padroeira do concelho nossa

senhora de Santa Catarina comemorada no dia 25 de Novembro e nossa senhora de Fátima celebrada 13 Maio, festas essas realizadas em dois

pontos importantes do concelho.

Apesar de pouco estabelecimentos um número significativo de turistas visitaram município em 2016. Os dados apontam que cerca de (1.746)

Hospedaram nos estabelecimentos nos concelhos com um total de dormidas de (3.989). Para além dos turistas que tinham como destino o

Concelho há aqueles atravessaram o centro da cidade tendo como destino final o concelho do Tarrafal vizinho de Santa Catarina. Os dados

apontam que durante o ano de 2016 (4.678) escolheram Tarrafal como destino e esse mesmo número gerou um total de dormidas de

(14.086).

Com base nesses dados pode-se constatar que assomada em um destino turístico potencial tendo em conta o número do turista que circula no

seu território e que poderia gerar receitas significativas para o município. O município do Tarrafal vizinho que é um dos principais destinos

turísticos da ilha de santiago gerou três vezes mais o número de dormidas do que Santa Catarina, esse número é extremamente importante se

entendermos que quanto maior for a dormida no destino mais é a possibilidade do turista gastar no destino. E os destinos considerados

sustentáveis eles apostam na retenção dos turistas gerando maior número de dormidas em vez de apostar na quantidade dos turistas que

procuram o destino.

Entre os países principais emissores de turistas para o concelho de Santa Catarina está a frança que lideram o ranking com (552), em segundo

lugar está a Alemanha com (203), em terceiro lugar a Bélgica e Holanda que soma um total de (61) e, em quarto lugar está Portugal com 38.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

151

Um outro dado importante relativamente ao desenvolvimento do turismo no Concelho de Santa Catarina apreende-se com os factores que

determina a escolha dos destinos, pois os dados indicam que os destinos que mais receberam os turistas em Cabo Verde são aqueles onde os

estabelecimentos de alojamento ofereçam outros serviços aos turistas para além do serviço de hospedagem, tais como: serviços de

Restauração, Ginásios, Piscinas, Bar, Discoteca, Sala Reunião, Lojas, Ténis, Sala de Jogo, Excursões, WiFi, Televisão a Cabo e

Outros.

Face a esses dados percebe-se que o crescimento do sector do turismo no concelho passa, também, pela capacitação dos proprietários e

empreendedores do sector do turismo em matéria de gestão de hotelaria.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

152

s

Falta de formação sobre gestão de negócios/empresa por parte

da maioria dos empresários locais que atuam no sector do

turismo;

Degradação do meio ambiente;

Degradação património natural e cultural;

Saneamento Básico insuficiente;

Infra-estruturas insuficientes;

Vandalismo (roubo e a delinquência juvenil);

Vontade Política;

Carência de know-how no sector turístico;

Problemas com o armazenamento do lixo.

AMEAÇAS

Falta de visão por parte dos empresários e potenciais empreendedores locais para perceber as

oportunidades de negócios existentes no sector do turismo do concelho;

Falta de locais de hospedagem (residências turísticas, pensões, hotéis), restaurantes,

esplanadas, nas proximidades dos pontos turísticos tais como: o caso da serra malagueta e

poilom;

Falta de guias turísticas a funcionar de formar organizado;

Falta de divulgação e exploração do sector do turismo no concelho;

Não integração do pessoal/mão-de-obra formada no sector do turismo;

Falta de sinalização,

Falta de organização dos produtos turísticos;

Falta de Saneamento;

Fraca exploração dos museus do concelho.

PONTOS FRACOS

Criação de vários tipos de negócios ao redor do parque natural;

Produtos turísticos que precisam ser lapidados e projectados;

Criação de rotas/circuitos turísticos voltado para o turismo

rural, de montanha e cultural.

Recuperação das casas antigas para os alojamentos turísticos;

Recuperação e valorização dos “trapiches”;

Valorizações da cultura local (historias populares, costumes,

tradições, etc;

Classificação da arvore Poilão como um monumento natural,

valorizando a zona onde se encontra e realização de visita ao

local pelas guias turísticas;

Turismo cultural e religioso;

Movimentar o sector da Hotelaria;

Existência de vários produtos turísticos no concelho nomeadamente: Serra malagueta, Arvore Poilom

na Boa Entrada, Gruta de Aguás Belas, Achada leite, Casa Amilcar Cabral, Estatua da Amilcar Cabral;

Monte Brião em Rincão; Produtos de Terra na fundura, Cerâmica nos engenhos, instalações antigas de

fábrica de grogue; panos de terra, etc;

Todo manancial da história do concelho de Santa Catarina, tais como a revolta de ribeirão Manuel e

história dos escravos na ribeira de Engenho que liga a Ribeira Grande de Santiago;

Existência de várias agências de viagens, porém sem outros serviços/produtos, limitando apenas a

venda de bilhetes de passagens;

Turismo Rural e Cultural;

Existência de edifícios históricos;

Características da própria cidade;

Zonas portuárias como Rincão e Ribeira da Barca;

Existência de paisagens lindas no concelho;

Vários tipos de produtos artesanais;

Existência de um ponto de informação turístico.

TURISMO – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

153

DIMENSÃO ECONÓMICA

TURISMO – EIXO ESTRATÉGICO

TURISMO – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Desencravar a economia do turismo do concelho e projectar Santa Catarina enquanto Marca Turística;

Organizar o sector visando

projectar o concelho de

Santa Catarina enquanto

destino turístico.

POSTO DE

INFORMAÇÃO

TURÍSTICA COM

GUIAS DISPONVEIS

Ter um espaço para

orientação dos turistas

através da disponibilização

das informações turísticas.

Câmara Municipal

de Santa Catarina;

Ministério da

Economia

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DO

GABINETE DO

TURISMO ORGANIZAÇÃO DO

SECTOR DO TURISMO

DO CONCELHO MAPEAMENTO DOS

PRINCIAIS

PRODUTOS

TURÍSTICOS

CRIAÇÃO DO

MASTER PLAN DE

ZDTI

Potencializar o

desenvolvimento turístico

nas zonas reservadas para

captação de investimentos

turísticos.

Gerir o destino Turístico

Local, elaborando estudos,

planeamento, e promoção

do destino.

Identificar todos os

produtos turísticos locais.

1; 8; 9 e 17

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

154

Reforçar as competências

dos operadores turísticos

locais e atrair novos

investimentos turísticos

para o concelho.

CAPACITAÇÃO DOS

AGENTES DO

SECTOR TURÍSTICO.

Capacitar os

trabalhadores, dirigentes

e operadores do sector do

turismo local.

Ministério da

Economia

Gabinete do

Turismo da

CMSC;

Gabinete de

Comunicação e

imagem da

CMSC.

1; 4; 8; 9 e 17

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

PROMOÇÃO DO

INVESTIMENTO

DIRECIONADO AO

SECTOR DO TURÍSMO

REQUALIFICAÇÃO

DOS ESPAÇOS NAS

PRÓXIMIDADES DAS

7 MARAVILHAS DO

CONCELHO

CRIAÇÃO DOS

MIRADORES DO

CONCELHOS

Elaborar trilhos e

itinerários turísticos do

município.

Construir espaços de

convívio para prática do

campismo.

Permitir os turistas

contemplarem a beleza do

concelho a partir de vários

pontos.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

155

PROJECÇÃO DA

ECONOMIA

TURISTICA LOCAL A

NÍVEL

INTERNACIONAL

INTEGRAÇÃO DE

SANTA CATARINA

COMO DESTINO

TURÍSTICO

CMSC;

Ministério do

Turismo;

Agentes

Turísticos

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

Integrar o Concelho na

Rota Turística Nacional e

Internacional

Integrar o concelho na

cadeia produtiva do turismo

que envolve várias outras

empresas, nomeadamente,

operadores turísticos,

agência de viagens, hotéis,

transportadoras aéreas, etc.

1; 8; 9 e 17

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

156

O comércio constitui um outro sector da economia cabo-verdiana que tem dado um grande contributo no desenvolvimento da economia

nacional e local. Os dados do INE, 2013, apontam que das 4.281 empresas que se dedicam ao comércio, 88% das mesmas estão no comércio

a retalho e empregam cerca de 68% do total de pessoal ao serviço no comércio. Já no que tange ao volume do negócio as empresas do

comércio a retalho representam apenas 31% do volume de negócios do comércio, enquanto que o comércio a grosso responde por 66% do

volume de negócios do sector gerado pelo sector do comercio no Arquipélago.

Os dados indicam ainda que 85,7% das empresas do sector do comércio são Empresas em Nome Individual 81,5% são consideradas

microempresas e 92,6% das empresas que dedicam ao comércio tem até 5 pessoas ao serviço. Esses dados demostram a fragilidade do sector

informal visto que a maior parte dessas empresas são pequenas, não contam com uma estrutura organizacional bem estruturada, não conta

com instrumentos estratégicos de gestão tais como: plano estratégico, plano de marketing e, etc.

A ilha de Santiago pelo facto de sediar a capital do país agrupa um número significativo de empresas do sector do comércio. Segundo os

dados, das 12.253 pessoas ao serviço no sector do comércio, em 2013, 49,6% estavam na ilha de Santiago, que também alberga 43,8% das

empresas comerciais do país. No período de 2009 a 2013, em termos gerais, registou-se uma diminuição de 10,1% no total de pessoas ao

serviço no comércio. (INE, 2013)

Segundo os dados a maior parte das empresas (68,4%) está envolvida com o comércio de bens alimentares, empregando cerca de 53,4% do

total de pessoal ao serviço do sector e contribuindo com 44% no volume de negócio total da actividade comercial. (INE, 2013).

No âmbito dos concelhos do país Santa Catarina encontra-se muito bem posicionado em matéria de comércio, particularmente o comércio a

retalho que é mais expressivo em todos os concelhos do país. Os dados indicam que Santa Catarina encontra em terceiro lugar. Praia com

832, São vicente, 785, Sal 25, e Santa Catarina 203. Portanto, o número significativo de comércio a nível nacional estão localizados no

concelho dando um contributo importante no desenvolvimento económico e social do concelho gerando emprego para as famílias e

contribuindo para o crescimento do Produto Interno Bruto local e nacional.

DIMENSÃO ECONÓMICA

COMÉRCIO - EIXO ESTRATÉGICO

COMÉRCIO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

157

Não é possível falar do sector do comércio em Cabo Verde e especialmente no Concelho de Santa Catarina sem se referir ao comércio

informal, por ser um país ainda em fase de desenvolvimento, registando um índice significativo de pobreza, muitas pessoas resolvem se

empreender no sector de comércio visando ter acesso ao emprego e renda e, por conseguinte, melhorar as suas condições de vida.

Actualmente, percebe-se um número cada vez maior de cidadão com nível de formação profissional e superior a enveredar para sector do

comércio e, muita das vezes começando com pequenas unidades de negócios operando na economia de forma informal. Num estudo

versando sobre o comércio informal no concelho de Santa Catarina realizado por Vilma (2015) constatou um número interessante de jovens

com formação superior que praticam o comércio informal.

Uma outra constatação importante desse mesmo estudo foi o facto de mais de 50% afirmarem estar interessados e dispostos a formalizar os

seus negócios. Um dado extremamente importante se entendermos que após a formalização estarão sujeitos não só a pagar as taxas diárias

para operarem como também contribuir pagando impostos que vão aumentar as receitas municipais. Receitas essas que poderão ser

convertidas em infra-estruturas económicas que vão das mais condições ao sector do comércio.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

158

COMÉRCIO – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Fraca fiscalização hidro-sanitária;

Crise económica internacional;

Forte exposição económica face ao exterior;

Concorrência internacional;

Mudança de hábito e costumes;

Apropriação

AMEAÇAS

Desorganização do sector de comércio;

Baixo nível de formação por parte da maioria dos comerciantes;

Poder de compra maioritariamente médio/baixo;

Poucas medidas para fidelizar clientes embora estes sejam fieis;

Poucos registos de dados e informações sobre os clientes;

Tendência dos empresários para uma fraca adesão às novas tecnologias

para o incremento das vendas;

Os produtos são semelhantes;

Baixa qualidade dos produtos ou serviços.

Falta de espaço para exposição dos produtos artísticos criados/fabricados

no concelho, nomeadamente, produtos artesanatos de diversas naturezas.

PONTOS FRACOS

Organização do Sector do comércio;

Organização de cooperativas de empresários cabo-verdianos para

importar produtos da china;

Descentralização do comércio para outros pontos do concelho;

Formalização do comércio informal;

Diminuição dos impostos para os pequenos comerciantes visando

estimular o surgimento de novos negócios.

Fusões entre empreendimentos ou aliança de estratégias;

Expansão de feiras e mercados;

Maior disponibilidade de produtos e serviços;

Grande vocação para o comércio;

Forte movimentação de pessoas dentro da cidade oriundos dos concelhos

circunvizinhos (Tarrafal, Calheta, Santa Cruz, São Salvador do Mundo e

São Lourenço dos Órgãos);

O nível de escolaridade tanto dos gerentes como dos colaboradores é

médio alto;

Elevado grau de dedicação ao negócio em exclusivo;

Grande equilíbrio entre as empresas novas e as mais antigas;

Vasto conhecimento em marketing;

Grande variedades de Produtos;

Um novo produto ou serviço inovador.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

159

CRIAÇÃO DE UM NOVO

MERCADO PARA OS

COMERCIANTES QUE

VENDEM NA VIA

PÚBLICA

Criar condições mais dignas

para que os comerciantes

do concelho possam

comercializar os seus

produtos.

DIMENSÃO ECONÓMICA

COMÉRCIO – EIXO ESTRATÉGICO

COMÉRCIO – OBJECTIVO ESTRATÉGICO.

Organizar o sector de comércio do concelho e promover os produtos de origem local;

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

O

CRIAÇÃO DE

ESPAÇO PARA

EXPOSIÇÃO E

PROMOÇÃO DE

PRODUTOS LOCAIS

Criar as condições para

que os produtores

possam divulgar e

comercializar os seus

produtos.

ORGANIZAÇÃO DO

COMÉRCIO LOCAL

PROMOÇÃO DOS

PRODUTOS LOCAIS

CÂMARA DE

COMÉRCIO;

PRÓ-EMPRES;

ASSOCIAÇÃO DE

COMERCIANTES

CÂMARA DE

COMÉRCIO;

PRÓ-EMPRESA;

ASSOCIAÇÃO DE

COMERCIANTES

1; 2; 3; 8; 9; 10 e

12

Investir e melhorar o

sector do comércio local

Divulgar os produtos

made in Santa

Catarina

CRIAÇÃO DE MAIS

UM DIA DE FEIRA

PICO NA ASSOMADA

CRIAÇÃO DO

MERCADO

MUNICIPAL DE

RIBEIRA DA BARCA

Descentralizar os

investimentos em matéria

de mercados municipais.

CRIAÇÃO DO

MERCADO PARA

VENDA DE GADOS

Criar melhores condições

para os produtores de

gado do concelho.

1; 2; 3; 8; 9; 10 e

12

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

160

A reduzida dimensão territorial contrasta com os 800.000Km2 de Zona Económica Exclusiva marítima (em perspectiva a sua extensão para

1.000.000 Km2 com o apoio de Portugal, Brasil e Noruega) o que permite a Cabo Verde, aproveitando a sua situação geoestratégica,

ambicionar, a médio/longo prazo, posicionar-se como uma importante economia marítima com diversas valências: transporte de pessoas e

mercadorias, reparação naval, base logística de pescas, transbordo de cargas e contentores (transhipment), abastecimento de navios

(bunkering), indústria pesqueira, investigação oceanográfica, energia renovável e muitos outros domínios relacionados com o mar.

De acordo com um artigo do “Jornal Economia do Mar” (2014) as prioridades centram-se no reforço das instituições ligadas ao “cluster do

mar” e concessão das operações portuárias, ainda sem modelo definido. Neste capítulo, de acordo com a mesma fonte, São Vicente

representa cerca de 70% da economia marítima albergando estruturas institucionais e académicas de valia as quais urge capacitar e valorizar.

A construção de um Entreposto de Frio no Mindelo, a instalação de pequenas unidades de transformação de pescado e mesmo algumas

acções de fornecimento de combustíveis a navios em alto-mar (bunkering), evidenciam a estratégia de Cabo Verde no que tange a economia

marítima.

O “CIN-Centro Internacional de Negócios”, conceito que se constitui como plataforma franca comercial, e eventualmente industrial, deverá

ter a sua localização em São Vicente. Com os olhos postos nos destinos abertos pelos acordos comerciais que Cabo Verde assinou com a

União Europeia, os Estados Unidos/Canadá e CEDEAO, abre-se uma janela de oportunidade para a criação de uma plataforma logística

atlântica de acesso aos 4 continentes que emolduram o Oceano Atlântico.

Também a investigação científica, em parceria com a instituição científica alemã GEOMAR, dá passos mais consistentes ligando-se ao

conhecimento universitário. Refira-se neste capítulo o protocolo assinado com Portugal para a instalação de uma Escola do Mar com a

“Escola Náutica Infante D. Henrique”, investigação oceanográfica e biologia marinha com as Universidades do Algarve, Porto e Lisboa.

DIMENSÃO ECONÓMICA

ECONOMIA DO MAR - EIXO ESTRATÉGICO

ECONOMIA DO MAR - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

161

No domínio da pesca, as limitações são evidentes existindo no entanto alguns nichos de produto pesqueiro passíveis de identificação e

exploração. A aquacultura, onde se conhecem algumas experiências embrionárias, carece ainda de confirmação da sua viabilidade.

Cabo Verde assume em Agosto deste ano a Presidência da Conferência de Ministros da comissão sub-regional de Pescas da Comunidade

Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o que traz responsabilidades, mas também muitas oportunidades para dar outra

dinâmica a este importante setor a nível nacional.

No que concerne ao “Insight” da economia marítima Santa-catarinense é constatável que o mar assume-se como um dos ativos estratégicos,

pois se bem desenvolvido, se bem planeado, se bem implementado, dará um contributo de grande importância para o desenvolvimento de

Santa Catarina.

De acordo com a reportagem da RTC em maio de 2017 a Localidade da Ribeira da Barca, a pesca deixou de ser um meio confiável de

sustentabilidade, pelo que apanha de areia representa um meio de subsistência para a população menos desfavorecida. Não obstante a

existência de Unidade de Transformação de Pescados, a mesma não tem beneficiado os pescadores de Santiago Norte.

A limitada capacidade de agregação de valor, com particular ênfase no subsector da pesca artesanal, o reduzido envolvimento de produtores

na comercialização dos seus produtos e deficiente organização e representatividade das estruturas associativas e os elevados custos

operacionais de produção, são alguns dos constrangimentos enfrentados pelos profissionais ligados ao mar.

Não obstante os aspetos sobre-expostos o Poder Local Santa-catarinense pode delinear uma política governativa de promoção da cultura

marítima e uma imagem do mar como portadores de futuro para Cabo Verde, desde a escola básica à universidade.

Precavendo obviamente para questões relacionadas com o financiamento do híper cluster Local, mormente na captação de

investidores/financiadores não há cluster.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

162

ECONOMIA DO MAR – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Dependência do mercado externo no abastecimento de alguns produtos da pesca

para transformação, e no escoamento dos produtos da pesca transformados;

Reduzido orçamento para implementação das atividades do sector;

Fraca dimensão do mercado local;

Inexistência de meios financeiros próprios para financiamento de projetos

ambiciosos;

Ausência de hinterland.

Contracção dos fluxos de comércio mundiais;

Contracção do PIB nacional;

Fraca dimensão do mercado local;

A crise económica mundial;

AMEAÇAS

Fraca rede de frio (refrigeração + congelação);

Limitada capacidade de agregação de valor, com particular ênfase no subsector da pesca

artesanal;

Reduzido envolvimento de produtores na comercialização dos seus produtos e deficiente

organização e representatividade das estruturas associativas;

Elevados custos operacionais de produção;

Idade média de alguns segmentos da frota de pesca avançada;

Vulnerabilidade de alguns stocks por fragilidade dos ecossistemas, por pressão das

pescarias ou pelo carácter migratório das espécies;

Aquacultura em fase de implantação, incapaz de ser, uma verdadeira alternativa à pesca

extrativa;

Baixo nível de escolaridade e formação de grande número dos profissionais ligados ao

sector;

Altos preços do combustível;

Inexistência de terminais específicos para movimentação de cada tipo de mercadoria;

Incapacidade em termos de infra-estruturas e equipamentos, para atender determinados

tipos de navios, bem como a movimentação de alguns tipos de mercadorias;

PONTOS FRACOS

Elevado potencial dos Portos de Rincão e Porto Ribeira da barca (localização geográfica e

condições naturais favoráveis).

Existência de condições para desenvolvimento de produtos orientados para segmentos em

crescimento como o turismo sénior e desportivo;

Aproveitamento das Atividades do Hypercluter do Mar Cabo-Verdiano;

Presidência de Cabo Verde na Conferência de Ministros da comissão sub-regional de Pescas da

CDEAO;

Turismo Náutico;

Disponibilidade de áreas para projectos portuários;

Redução de custos através da economia de escala;

Tendência de crescimento das trocas a nível mundial e aumento do comércio marítimo;

Atracção de grandes e médias empresas (valor económico);

Aumento das exportações por via marítima;

Novas indústrias de alto valor acrescentado.

Boas acessibilidades marítimas;

Plano de água favorável;

O fundo não está sujeito ao assoreamento;

Flexibilidade laboral e um bom clima socio-portuário;

Existência de áreas de expansão para infra-estruturas logísticas;

Posição geoestratégica privilegiada nas rotas marítimas eixo Sotavento, face à existente;

Capacidade portuária (porto de águas profundas) e espaço adjacente pronto para a fixação

de empresas logísticas e industriais;

UTAV em Porto Ribeira da Barca.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

163

DIMENSÃO ECONÓMICA

ECONOMIA DO MAR – EIXO ESTRATÉGICO

ECONOMIA DO MAR – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Criar uma organização especializada em assuntos do mar capaz de gerir o sector das pescas a nível local e capacitar os pescadores locais visando aumentar a

eficácia na produção de pescados;

Desenvolver, em parceria

com o Centro de Emprego

e Formação Profissional e

universidades, estudos

científicos sobre recursos

marinhos na Região;

Organizar um fórum com

projeção internacional, que

permita a partilha de

conhecimento e diminua a

distância entre a

comunidade piscatória e a

comunidade científica,

através da criação da

“Semana das Pescas;

1; 2; 3; 4; 8 ; 10;

12 e 14

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

PROAFPSP - PROGRAMA

AUTÁRQUICO DE FORMAÇÃO

PROFISSIONAL DO SETOR DAS PESCAS

CRIAÇÃO DA SEMANA DA

PESCA

CRIAÇÃO DE CURSOS

PROFISSIONAIS PARA OS

PESCADORES

Criar referenciais de

formação para pescadores,

de curta duração, que

incluam informação

científica atualizada;

Associação dos

pescadores e

Peixeiras;

Direção Geral das

Pescas;

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Universidades;

Associação dos

pescadores e

Peixeiras;

Instituições

Internacionais

ligados aos

Assuntos do Mar

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

164

Servir de elo entre os

assuntos ligados ao mar

no Concelho de Santa

Catarina e os

StakeHolders

relacionáveis;

Promover Projetos ligados

à pesca e à

empresarialização local

do mesmo.

Associação dos

pescadores e

Peixeiras;

Direção Geral das

Pescas;

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Universidades;

Associação dos

pescadores e

Peixeiras;

Instituições

Internacionais

ligados aos

Assuntos do Mar

1; 2; 3; 4; 8; 9;

10; 12 e 14

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STHEKHOLDERES

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DE UM

GABINETE MUNICIPAL

SOBRE A ECONOMIA

MARÍTIMA

Construir uma Economia

Local Dinâmica;

Fomentar a criação de

Unidades transformadoras

de agregação de valor ao

pescado em Porto de

Rincão e da Ribeira da

Barca;

Fomentar o crescimento

do sector privado, do

investimento e da

produtividade;

Modernizar e expandir as

infraestruturas locais das

pescas em moldes de

Subsidiariedade.

PROAIEPSC-PROGRAMA DE

INCENTIVO À

EMPRESARIALIZAÇÃO DO SETOR PESCAS NO

CONCELHO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

165

Poucos são os países no mundo auto-suficientes na produção de energia. O Japão importa praticamente toda a energia que consome e até os

Estados Unidos, com seu enorme território e seus recursos naturais, importam metade do petróleo que consome.

A China lidera o ranking mundial de investimentos no sector renováveis, seguidos de países como Estados Unidos, Alemanha, Espanha,

Itália, India e Japão, estes representam cerca de 70% da capacidade total mundial em energias renováveis, excluindo a energia hidroeléctrica.

No ano 2011 as energias renováveis compuseram mais de 25% do total energético global – capacidade gerada (estimada em 5360 GW) e

ofereceram uma estimativa de 20,3% da electricidade global (Sawin, et al., 2012).

Em Cabo Verde, o abastecimento em energias exerce uma pressão considerável sobre a sua estabilidade macroeconómica e os recursos

ambientais, pois a factura da importação de combustíveis absorve consideráveis recursos financeiros que poderiam ser direcionados para o

investimento produtivo.

A disponibilidade de energias renováveis é um dos motores do crescimento económico e propicia a criação de postos de trabalho, permite a

melhoria na produtividade, é, assim, particularmente importante, na melhoria no rendimento das pessoas.

De acordo com a compilação editada pelo Ministério da Economia Crescimento e Competitividade, em Junho de 2008, sobre a Política

Energética de Cabo Verde, o sector energético em Cabo Verde é caracterizado pelo consumo de combustível fóssil (derivados do petróleo),

biomassa (lenha) e utilização de energias renováveis, nomeadamente a energia eólica. O consumo de combustível fóssil é constituído pelos

derivados do petróleo, a saber: a gasolina, o gasóleo, o fuel óleo, o Jet Al, o gás butano e os lubrificantes. O consumo de biomassa é

basicamente constituído pela lenha utilizada nas zonas rurais e periféricas das cidades para a confecção de alimentos.

A DGE tem como finalidade tornar Cabo Verde o país cada vez mais verde, isto é, apostar forte no desenvolvimento de energias renováveis,

onde o potencial estimado é de 2.600 MW de energias renováveis, tendo sido identificados mais de 650MW de projetos concretos com

DIMENSÃO ECONÓMICA

ENERGIA - EIXO ESTRATÉGICO

ENERGIA - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

166

custos inferiores aos dos combustíveis fósseis. A predominância da energia solar e a alta disponibilidade da energia eólica representam há

excelência de recursos no país. Para além de energias renováveis, a DGE tem como outros objetivos também de extrema importância, a

eficiência energética. Cabo Verde assume a ambição até 2020 de estar no “Top 10” dos países com maior taxa de penetração de energias

renováveis.

A dependência de um único operador na produção de eletricidade é um desafio. A ELECTRA, SARL cujo objecto económico-social é a

produção, distribuição e comercialização da água e energia elétrica, ela tem fraca capacidade para gerir e dar respostas ao aumento da

procura.

No quadro do projeto de Recuperação e Reforma do Setor Elétrico, financiado pelo Banco Mundial/IBRD e pelo Governo de Cabo Verde, no

montante de 58,5 milhões de dólares foi inaugurada em 2015 a extensão da Central Única do Palmarejo. Com o investimento feito na

produção e distribuição de energia, a distribuição passaram a ser feita através da Central Elétrica de Palmarejo através da linha de transporte

de alta tenção para Calheta que serão repartidas através da média tenção para todo Santiago Norte e é distribuída no Santiago sul através da

linha de média tenção.

O Projeto de Reforço das Capacidades de Produção, Transporte e Energia em Santiago consistiu, entre outras acções, no reforço da

capacidade de produção da Central Elétrica do Palmarejo, que foi equipada com dois novos grupos, totalizando 22 MW de potência, para

além da aquisição dos respetivos acessórios.

Após esse reforço, o total de potência térmica disponível na central passou a ser de 47 MW. Foi também construída uma moderna oficina de

manutenção e reparação dos grupos, bem como um armazém de peças de reserva.

Foi ainda construída, no quadro do projeto, uma nova rede de transporte para o interior de Santiago. Pela primeira vez implantou-se, no país,

uma rede de alta tensão. São quarenta quilómetros de linha de alta tensão que liga a subestação do Palmarejo à subestação da Calheta.

São construídas, de raiz, três novas subestações. Uma no Palmarejo de 50 MV, outra de 36 MVA, em Monte Vaca, ambas na Praia, e uma

terceira em Calheta de 20 MVA.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

167

O projeto, que permitiu a interligação elétrica de Santiago, possibilitou melhorias e extensão nas redes de distribuição de média e baixa

tensão nas cidades da Praia e Assomada, para além de melhor a iluminação pública e permitir milhares de ligações domiciliares à rede

pública.

Figura 1: Interligação Elétrica De Santiago

Fonte: Electra

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

168

ENERGIA – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Crise económica;

Conflitos entre as fontes de energia renovável e as centrais

convencionais;

Incredibilidade social das fontes de energia renovável;

AMEAÇAS

Fraca capacidade de planeamento e de investimento no subsector

elétrico;

Inadequação da capacidade de armazenagem e dos meios logísticos;

Sistema de produção e distribuição de energia elétrica deficiente;

Fraco sistema Autárquico de incentivos à eficiência;

Fraca penetração das energias alternativas;

Falta de sensibilização do Poder Autárquico sobre o papel do sistema

educativo e dos órgãos de comunicação social local na problemática

energética.

PONTOS FRACOS

Interesse estrangeiro e nacional;

Oportunidade de massificação do mercado das energias

limpas;

Possibilidade da empresarialização do sector das energias

renováveis;

Existência de um quadro legal favorável.

Recurso Solar;

Políticas autárquicas incentivadoras das fontes de energia

renovável;

Empresas consolidadas na área das energias renováveis.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

169

DIMENSÃO ECONÓMICA

ENERGIA – EIXO ESTRATÉGICO

ENERGIA – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Potencializar a produção de energias renováveis no concelho através de acções de capacitação que visam reduzir custos de energia no concelho e estimular

o surgimento de novas empresas no sector;

Identificar os

equipamentos e

eletrodomésticos mais

eficientes;

Promover a prática do uso

eficiente de energia no

setor de construção civil,

em edificações

residenciais, comerciais e

públicas;

4 e 7

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

IDENTIFICAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS

EFICIENTES.

Reduzir o consumo local de

energia e aumentar a

eficiência energética;

Estimular medidas de

eficiência energética nas

edificações;

Difundir conceitos de

eficiência energética nas

escolas;

Reduzir o consumo de

energia elétrica em prédios

públicos;

Eficientizar a iluminação

pública em Santa Catarina;

Proceder o treinamento do

pessoal Camarário acerca

do uso eficiente das

energias renováveis;

Divulgar e difundir notícias

e afins sobre eficiência

energética através do

GCICMS

PROACEL-PROGRAMA

AUTÁRQUICO DE

CONSERVAÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA

Governo;

ELECTRA;

Camara

Municipal de

Santa Catarina;

Universidades

Nacionais;

Empresas Ligadas

às Energias

Renováveis;

Empreendedores

Ligados às

Energias

Renováveis.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

170

Propiciar o Planeamento

Autárquico e

implantação de projetos

de substituição de

equipamentos e

melhorias na iluminação

pública.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

Reduzir o consumo local de

energia e aumentar a

eficiência energética;

Estimular medidas de

eficiência energética nas

edificações;

Difundir conceitos de

eficiência energética nas

escolas;

Reduzir o consumo de

energia elétrica em prédios

públicos;

Eficientizar a iluminação

pública em Santa Catarina;

Proceder o treinamento do

pessoal Camarário acerca

do uso eficiente das

energias renováveis;

Divulgar e difundir notícias

e afins sobre eficiência

energética através do

GCICMS

PROACEL-PROGRAMA

AUTÁRQUICO DE

CONSERVAÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA

IDENTIFICAÇÃO E

SUBSTITUIÇÃO DE

EQUIPAMENTOS E

EFICIÊNCIA NA

ILUMINAÇÃO

PÚBLICA

Governo;

ELECTRA;

Camara

Municipal de

Santa Catarina;

Universidades

Nacionais;

Empresas Ligadas

Às Energias

Renováveis;

Empreendedores

Ligados às

Energias

Renováveis.

4 e 7

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

171

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

Reduzir o consumo local de

energia e aumentar a

eficiência energética;

Estimular medidas de

eficiência energética nas

edificações;

Difundir conceitos de

eficiência energética nas

escolas;

Reduzir o consumo de

energia elétrica em prédios

públicos;

Eficientizar a iluminação

pública em Santa Catarina;

Proceder o treinamento do

pessoal Camarário acerca

do uso eficiente das

energias renováveis;

Divulgar e difundir notícias

e afins sobre eficiência

energética através do

GCICMS

PROACEL-PROGRAMA

AUTÁRQUICO DE

CONSERVAÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA

FORMAÇÃO E

INFORMAÇÃO

QUALIFICADA EM

EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA

Elaborar e disseminar

informação qualificada

referente à eficiência

energética;

Governo;

ELECTRA;

Câmara

Municipal de

Santa Catarina;

Universidades

Nacionais;

Empresas Ligadas

Às Energias

Renováveis;

Empreendedores

Ligados às

Energias

Renováveis.

4; 7; 8; 10 e 17

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

172

Universalizar e

uniformizar as

informações, sobre a

geração de energia

elétrica em Santa

Catarina;

Recolher Informações

Técnicas sobre dados,

tabelas, listas,

documentos, planilhas e

indicadores.

Governo;

ELECTRA;

Câmara

Municipal De

Santa Catarina;

Universidades

Nacionais;

Empresas Ligadas

Às Energias

Renováveis;

Empreendedores

Ligados Às

Energias

Renováveis.

4; 7; 8; 10 e 17

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS /

PROGRAMA

CRIAÇÃO DE BASE

DE INFORMAÇÕES

DE GERAÇÃO DE

ENERGIA (BIGE)

Aumentar a participação

de fontes alternativas

renováveis;

Fomentar a criação de

pequenas centrais

hidrelétricas, usinas

eólicas e

empreendimentos

termelétricos a

biomassa;

Dinamizar a Atividade

económica no mercado

das energias limpas;

Privilegiar

empreendedores locais

que não tenham

vínculos com a

concessionária

(ELECTRA) de

geração, transmissão ou

distribuição de energia

renováveis.

PROIPER-PROGRAMA

DE INCENTIVO À

PRODUÇÃO DE

ENERGIAS

RENÓVÁVEIS

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

173

Caminhamos hoje por mais uma das transições sociais que já transformou e vai continuar a transformar a sociedade ao longo dos tempos.

Para compreender este processo, é preciso não só entender as mudanças da própria sociedade, sejam estas no seu modo de agir, pensar e se

relacionar, mas também a evolução dos dispositivos que propuseram e/ou fizeram parte dessas modificações.

Novas conceções surgiram, novas práticas, ocupações, tudo mudou em tão pouco tempo. Fala-se em Sociedade Mediática, em Era Digital,

Era do Computador; a sociedade passou a ser denominada não por aquilo que é ou pelos seus feitos, mas a partir dos instrumentos que passou

a utilizar para evoluir.

Nessa atual configuração, outros aspetos passaram a ter relevância na sociedade: valorizou-se o conhecimento; a riqueza dos países passou a

ser medida pelo acesso à tecnologia e sua capacidade de desenvolvimento na área; a informação e as práticas relacionadas a ela se tornaram o

principal setor da economia. Estes três principais fatores levam hoje à instauração de um simbolismo da tecnologia como bem maior, a ser

perseguido e incorporado em novas práticas sociais.

Cabo Verde tem apostado desde há muito na economia digital, pois ela abre-nos as portas para, numa nova etapa, onde os diferentes atores

económicos devem convergir em objetivos concretos e na abertura de oportunidades a novos perfis de empreendedores.

Neste contexto, foram incumbidos ao NOSI, para além da gestão operacional dos projetos em curso, as seguintes atividades, já integralmente

realizadas:

• A apresentação das Linhas de Orientação para a Definição de um Plano Estratégico da Sociedade da Informação, realizado e

publicado em Janeiro de 2004;

• A realização de um Fórum Nacional de Reflexão sobre “Parceria para a Sociedade da Informação”, realizado na cidade da Praia em

Maio de 2004;

DIMENSÃO ECONÓMICA

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - EIXO ESTRATÉGICO

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

174

• A elaboração de um Relatório de Avaliação do Estado das Tecnologias de Informação e Comunicação em Cabo Verde, que inclua

todas as iniciativas institucionais e outras de impacto no advento da Sociedade da Informação, concluído e publicado em Maio de

2004.

Este processo de consolidação foi reforçado, em 2005 com a criação do Núcleo Operacional da Sociedade da Informação (NOSI) como braço

operacional da CIISI. Para este efeito, o NOSI absorveu a Unidade de Reforma da Administração Financeira do Estado (RAFE), tutelada

pelo Ministério das Finanças, que tinha como missão a melhoria da eficiência e eficácia da Administração Pública através de novos

instrumentos de gestão orçamental, financeira e patrimonial suportada por uma plataforma tecnológica moderna e por técnicos nacionais.

Governos bem-sucedidos ao redor do mundo estão encontrando maneiras de tornar mais eficaz e transparente, enquanto orientam a sua

tecnologia e políticas de informação para melhor servir as necessidades dos seus cidadãos e empresas. Nesta esteira, o NOSi, atualmente:

Desenvolveu o Framework IGRP – Integrated Goverment Resources Planning – um modelo inovador, assente numa

plataforma tecnológica única, orientado para o cliente, disponibilizando um pacote integrado de soluções para a governação,

com ganhos de eficiência no sector público. Com isso, evita a duplicação de recursos e maximiza os investimentos através da

integração, melhorando a transparência e accountability nas funções governamentais que, por seu turno, deverão contribuir

para redução de custos na administração pública;

Aprimorou Sistema de Informação Municipal que engloba a instalação nos municípios de infra- estruturas informáticas, de

redes locais, de centro de dados e de um sistema de informação que cobre todas as áreas de gestão municipal, nomeadamente,

Gestão Financeira, Recursos Humanos, Gestão de Taxas e impostos, Licenciamentos e Terrenos.

Criou o SIGE – Sistema Integrado de Gestão Escolar – é um sistema desenvolvido que proporciona às escolas do Ensino

Secundário e do Ensino Básico Integrado, um modelo único para que possam estar interligadas em rede a um sistema comum

maximizando a comunicação, a gestão e minimizando os custos. Este sistema permite às escolas do ES e do EBI melhorar a

sua gestão, permitindo uma integração rápida entre elas e os alunos e também com os pais/encarregados de educação.

Por sua vez, a ANAC tem vindo de ano para ano a assumir o seu papel como impulsionador do desenvolvimento do TIC, inserido num

contexto global de desenvolvimento da Sociedade de Informação. O Governo de Cabo Verde inseriu no seu programa de governo, um

conjunto de acções coordenadas a que designou Cluster do TIC, pelo que a autoridade reguladora, assumindo o seu papel como entidade que

representa as TICs em Cabo Verde.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

175

Um aspecto de elevado significado para o desenvolvimento da Sociedade de Informação é o facto de enquadrado na atribuição das

autorizações para utilização de frequências para redes 3G, os operadores devem investir um montante a volta de 18 milhões de euros ao

longo de 15 anos em projectos que visam apoiar o acesso, nomeadamente:

Estratégia Nacional para a Banda Larga

Gestão do domínio. CV

Instalação da Infraestrutura de Chaves públicas de Cabo Verde – ICP-CV;

Implementação do protocolo de internet versão 6 (IPv6);

Projeto PIX-CV;

Definição de políticas para Cloud Computing;

Plano de legislação para o eixo do TIC/SI.

No concelho de Santa Catarina a Sociedade da Informação em Cabo Verde é o culminar de um conjunto de acções encetadas e resulta do

elevado dinamismo das entidades responsáveis e da plena consciência que a sociedade santa-catarinense tem da importância desta matéria

para o desenvolvimento do país.

Com efeito Santa Catarina não está indiferente ao processo de construção da Sociedade da Informação. O debate já está instalado na

sociedade cabo-verdiana e foram já criados os instrumentos institucionais que têm a missão de promover a SI e implementar a Governação

Eletrónica como elemento fundamental.

A estratégia económica de Santa Catarina só terá sucesso se for alicerçada numa economia do conhecimento, com competitividade fiscal,

previsível, de baixo risco e geradora de rendimentos e de empregos de qualidade e de prosperidade para todos, pois não será possível a

criação de uma “nova economia Local” com as formas antigas de estar e de pensar, isto é, “infotecnonogicamente excluída”.

Por isso, o Governo Autárquico deve criar todas as condições para que os jovens possam conceber coisas extraordinárias, invistam na

inovação e floresçam em ambientes dinâmicos formados por pequenas e médias empresas.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

176

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO ECOMUNICAÇÃO TICs – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Restrição orçamental;

Ausência de Parque Tecnológico no Concelho;

Praxis ineficiente de instituições de incubadora e

Suporte às empresas de Novas Tecnologias;

Ausência de um Órgão autónomo que auxilie a

busca de ações de MPE´s ligados às Novas

Tecnologias.

AMEAÇAS

Contratação de estagiários para compensar falta de profissionais efetivos na área de suporte;

Falta de treinamento continuado em novas metodologias e ferramentas;

Falta de recursos humanos dedicados à busca de inovação tecnológica;

Nível de maturidade inicial na gestão de serviços de TI;

Inexistência de um modelo de governança de TI efetivo na Câmara Municipal de Santa

Catarina;

Inexistência de critérios claros e objetivos para priorização de projetos de TI;

Prática deficiente para concepção e desenvolvimento de sistemas de forma tempestiva,

integrada e oportuna com a participação das partes interessadas;

PONTOS FRACOS

Implantação de modelo de governança

Autárquica de TI;

Benchmarking permanente de Governança

Autárquica de TI em relação ao Governo, em

virtude da adoção pela NOSI, do PESI como

ferramenta de medição de nível de maturidade;

Sistema de Informação Municipal do NOSI.

Infraestrutura suficiente para suprir demandas básicas de hardware, parque computacional

atualizado e help desk estruturado;

Eficiência no processo de especificação, aquisição e gestão de contratos de TI;

Satisfação do utente;

Equipa jovem com pessoas qualificadas e corpo de gestão preparado;

Baixa rotatividade de servidores.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

177

DIMENSÃO ECONÓMICA

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – EIXO ESTRATÉGICO

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Reforçar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na Administração Pública local como forma de apetrechar a máquina pública em matéria de

recursos tecnológicos e, estimular o surgimento de novas empresas no ramo das TICs.

Possibilitar a

sustentação dos

serviços On-line aos

usuários da Rede da

Câmara Municipal de

Santa Catarina;

4; 8; 9 e 17

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

ESTRUTURAÇÃO DO

CATÁLOGO DE

SERVIÇOS DE TI

MUNICIPAL

Criar o Sistema de Gestão

da Segurança da

Informação – SGSI;.

PROASCLI-PROGRAMA

AUTÁRQUICO DE

SEGURANÇA E

CONFORMIDADE LEGAL

DA INFORMAÇÃO

Ministério da

Ciência e

Tecnologia;

NOSI;

ANAC;

Câmara

Municipal De

Santa Catarina;

Universidades

Nacionais e

Internacionais;

Empresas

Ligadas às

Novas

Tecnologias;

Empreendedore

s Ligados às

Novas

Tecnologias.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

178

Monitorar a

aderência aos

normativos de

Segurança da

Informação.

Ministério da

Ciência e

Tecnologia;

NOSI;

ANAC;

Camara Municipal

De Santa Catarina;

Universidades

Nacionais e

Internacionais;

Empresas Ligadas

às Novas

Tecnologias;

Empreendedores

Ligados às Novas

Tecnologias.

4; 8 e 17

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

SISTEMA DE GESTÃO

DE QUALIDADE DA

SEGURANÇA DA

INFORMAÇÃO – SGSI

Padronizar os processos

internos de segurança e

qualidade de informação.

IMPLEMENTAÇÃO DO

SGQ, ISSO 9001:2008

“GESTÃO AUTARQUICA”

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

179

Apoiar novas empresas,

proporcionando-lhes condições

técnicas favoráveis à sua instalação;

Privilegiar estudantes e diplomados

das áreas, criativas e tecnológicas,

de nível superior ou profissional,

pela via da criação do próprio

emprego;

Recolher através de um Datacenter

local informações técnicas sobre

dados, tabelas, listas, documentos,

planilhas e indicadores importantes

para os stakeholders relacionáveis;

Promover Santa Catarina como

Centro tecnológico em Santiago

Norte e referência nacional.

4; 8; 9 e 17

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DE

PARQUES

TECNÓLOGICOS

Possibilitar o

desenvolvimento

científico, tecnológico e

de inovação no concelho

de Santa Catarina;

Apoiar às pequenas e

médias empresas que

compõe o dinamismo, a

seiva criativa na área de

ciência e tecnologia;

Dinamizar a atividade

económica no mercado

das Novas Tecnologias;

Promover e incentivar

startups, parques

tecnológicos, espaços de

co-working, aceleradora

de negócios e acesso ao

financiamento privado e

público.

PROCNT-PROGRAMA DE

INCENTIVO À CRIAÇÃO DE EMPRESAS DE NOVAS

TECNOLOGIAS.

Ministério da

Ciência e

Tecnologia;

NOSI;

ANAC;

Câmara Municipal

De Santa Catarina;

Universidades

Nacionais e

Internacionais;

Empresas Ligadas

às Novas

Tecnologias;

Empreendedores

Ligados às Novas

Tecnologias.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

180

• Preparar, executar e propiciar o

acompanhamento do Orçamento;

• Gerir a dívida pública

autárquica;

• Processar salários e gestão dos

Recursos Humanos da

Administração Autárquica;

• Proceder os pagamentos

eletrónicos;

• Adotar o sistema E-procurement;

• Proceder a Gestão Patrimonial

Municipal;

• Possibilitar Gestão de receitas;

• Consentir na Gestão de

Contratos Municipal;

• Proceder a Gestão e Previsão de

Tesouraria;

• Dar Seguimento e Avaliação de

projeto;

Conceber a contabilidade

patrimonial.

4; 8 e 17

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DO SISTEMA

AUTÁRQUICO INTEGRADO DE GESTÃO

ORÇAMENTAL E

FINANCEIRA (SAIGOF)

Agregar de modo funcional,

orgânica e tecnológica a

gestão financeira de forma

célere e transparente.

PROASIGOF-PROGRAMA DE

APOIO AO SISTEMA

AUTÁRQUICO INTEGRADO DE GESTÃO ORÇAMENTAL E

FINANCEIRA

Ministério da

Ciência e

Tecnologia;

NOSI;

ANAC;

Câmara Municipal

De Santa Catarina;

Universidades

Nacionais e

Internacionais;

Empresas Ligadas

às Novas

Tecnologias;

Empreendedores

Ligados às Novas

Tecnologias.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

181

A questão de Acessibilidade e Mobilidade nos centros urbanos e não só constituem uma das condições sine qua non para se iniciar o desenvolvimento

local e, é com base nesses pressupostos que elegeu-se essa área como um dos eixos que merece uma intervenção do poder local em articulação com o

poder central. Para tanto, considera-se importante a definição de alguns conceitos fundamentais. Ei-los que são:

Acessibilidades - A acessibilidade a um determinado ponto é definida pela oferta de sistema de transportes de diversos modos nas suas componentes

Infra-estruturas e serviços que nela operam a partir do universo de diferentes origens. Por outra palavra a acessibilidade reflecte a maior ou menor

facilidade de ir de um ponto a outro no espaço analisado, por vários meios de transportes.

Mobilidade – A mobilidade pode ser definida pela conjugação da acessibilidade que é proporcionada às pessoas individual e colectivamente, assim

como as mercadorias, dependendo da condição de utilização que estas colocam em função dos seus recursos próprios – condição socioeconómica,

preferência, comportamentos, conhecimentos (…), ou seja, está em causa a forma como as pessoas/colectivos usam as acessibilidades proporcionadas

em cada momento e para cada deslocação.

Redes de Transporte – são o conjunto das vias de comunicação (estradas, linhas aéreas, via portuária, caminho de ferro (…) que se interligam,

formando uma malha mais ou menos densa, desempenhando um papel muito importante no mundo actual onde prevalecem os valores da globalização

e da internacionalidade das economias e das sociedades, pois possibilitam: a mobilidade de pessoas, comércio de mercadorias, troca de serviços,

quebra do isolamento de regiões periféricas, etc.

Movimento Pendular – O termo é utilizado para designar os movimentos quotidianos das populações entre o local de residência e o local de trabalho

ou estudo. A intensificação e a complexidade da mobilidade populacional não são apenas resultados da evolução de meios de transportes, mas

também são consequências de transformações sociais e económicas.

DIMENSÃO ECONÓMICA

ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE NOS CENTROS URBANOS - EIXO ESTRATÉGICO

ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE NOS CENTROS URBANOS - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

182

Enquadramento

A política sectorial de transportes, mobilidades e acessibilidades, tem vindo a sofrer evoluções constantes a nível mundial, frutos de preocupações

ambientais crescentes e de novos paradigmas económicas, cuja orientação é a de racionalizar o sector, dotá-lo de mais eficiência, competitividade e

performances ecológicos.

O objectivo desta política é assegurar a melhoria da mobilidade das pessoas e mercadorias, dinamizando o funcionamento da economia e redução dos

impactes ambientais, bem como o desencravamento das zonas que se encontram impenetráveis, facilitando assim o escoamento rápido do produto e

circulação das pessoas. O funcionamento e dinamização da economia sustenta-se no melhoramento das infra-estruturas aeroportuárias, portuárias,

bem como dos transportes rodoviários de mercadorias em particular nas ligações aos portos e centros de produção orientado para o comércio externo

e fundamentalmente para o comércio entre as ilhas.

Neste âmbito, o estudo de caracterização e diagnóstico tem como principal objectivo a compreensão do funcionamento do sistema de acessibilidades,

rede de transportes e modelo de mobilidade, englobando todos os modos de transporte e a sua articulação, reflectindo a sua relação com o modelo de

ocupação do território e considerando os seus impactos na qualidade do ambiente urbano.

Esta fase compreende a recolha e análise de informação essencial para a execução do estudo bem como a análise da situação actual, dos mecanismos

gerais das deslocações incidindo sobre todos os modos de deslocação e respectivas sinergias com o ordenamento do território.

REDE VIÁRIA E SISTEMA DE TRANSPORTES PÚBLICOS

Ligações intra – Concelhio

A rede viária municipal é relativamente densa, interligando quase todos os cerca de 559 lugares e 48 zonas que compõe o município de Santa

Catarina. Todavia, essa densidade, ou seja, o número de ligações não varia na mesma proporção em termos de qualidade dessa mesma rede: a

qualidade das vias, o seu traçado e seu estado de conservação é globalmente precário; a sinalização é deficiente; e com o único terminal rodoviário em

curso; consequência de tudo isso, não existe um plano rodoviário.

A rede viária é constituída por estradas de diferentes categorias, nomeadamente vias Nacionais, Municipais e caminhos vicinais, e, actualmente

compreende 8 vias classificadas como Estradas nacionais (EN).

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183

Ligações Nacionais:

A rede viária nacional que faz ligações no concelho de Santa Catarina são os seguintes:

Classificação das Estradas

Nacionais

Código Estrada Caracterização

EN1ª CLASSE EN1-ST-01 Praia a Tarrafal Asfaltada

EN1ª CLASSE EN1-ST-04 Cruz Grande a Calhetona Asfaltada

EN2ª CLASSE EN2-ST-01 Volta Monte a Ribeira da Barca Calcetada a paralepipedos

EN3ª CLASSE EN3-ST-22 Assomada - Chão de Tanque a Porto Rincão Asfaltada

EN3ª CLASSE EN3-ST-21 Fonte Lima, Mato Gêgê e João Bernardo Asfaltada

EN3ª CLASSE EN3-ST-20 Saltos Abaixo, Saltos Acima, Pingo Chuva, Arribada Terra Batida, asfalto em curso

EN3ª CLASSE EN3-ST-23 Cabeça Carreira, Ribeirão Manuel, Tomba Touro Calcetada a paralelepido

EN3ª CLASSE EN3-ST-26 Fundura, Figueira da Naus, Ribeira da Prata Asfaltada

Desse conjunto cerca de catorze (14) zonas do Concelho beneficiam de estradas nacionais asfaltadas, englobando principalmente os principais

aglomerados urbanos do Concelho que são Cidade: de Assomada, Cruz Grande, Achada Lém, Rincão, Chão de Tanque, restando apenas Ribeira da

Barca e Ribeirão Manuel/Tomba Touro, com pavimentação a calceta. Da estrada nacional que liga o nosso Concelho com grandes problemas de

acessibilidades temos o troço de Arribada a saltos Abaixo;

O eixo EN-ST-01, que liga Praia -Tarrafal passando pelo centro da Cidade de Assomada constitui o único e principal via ligando os principais

aglomerados do Concelho, por isso e dado a falta de vias alternativas no concelho, existe uma grande pressão sobre este eixo provocando

congestionamentos nas horas de ponta, nas cerimónias culturais e fúnebres;

Ligações Municipais:

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184

A rede viária municipal apresenta 15 ligações classificadas com estradas municipais (EM). Dessas ligações apenas as zonas de Vassoura, Gil Bispo,

Boa Entrada e Librão apresentam vias pavimentadas a calceta; as demais vias, uma parte é pavimentada com paralelepípedos de basalto e outra é de

terra batida. Praticamente todas têm um perfil médio de 5,60 metros de largura e sem bermas nem passeios. A rede viária municipal é ainda

complementada por cerca de 30 ligações feitas através de caminhos vicinais e ribeiras que partindo dos eixos principais e secundários estabelecem a

comunicação aos pequenos aglomerados de casas dispersas, aos lugares de cultivo agrícola e às zonas com potenciais turísticos. Estas ligações são na

sua maioria de terra batida e correspondem a percursos pedonais e/ou a limites de propriedade.

Vias de Acesso às localidades do Concelho classificadas no boletim oficial:

Código de

Estradas Municipais

Santa Catarina

Zonas

Caracterização

Distância em Km

EM-SC-01 Palha Carga – Entre picos de Reda Terra Batida 8km

EM-SC-02 Chão de Tanque - Mato Sancho Terra Batida – Via Ribeira 5km

EM-SC-03 Tomba Touro- Mato Sanches 2Km

EM-SC-04 Ribeira Isabel – Boa Entradinha Sem Corte – Caminho vicinal

EM-SC-05 Boa Entradinha - Pau Verde- Entre Picos de

Boa Entrada a Gil Bispo

Terra Batida, entremeados com calceta

antiga em estado mau

5Km

EM-SC-06 Ponta Boa Entrada - Djulangue a Simão Nunes Ponta Boa Entrada até escola,

Calceta a paralelepípedos Razoável do resto até Simão Nunes

Terra batida Via Ribeira

5km

EM-SC-07 Ribeira da Barca - Achada Leite Terra Batida 5km

EM-SC-08 EN3-ST-21 – Librão Calceta 1km

EM-SC-09 EN3-ST-21, fontinha - Aguinho Terra Batida 3km

EM-SC-10 EN3-ST-21 - Mosquito D´Horta Terra Batida

EM-SC-11 EN3-ST-21-Ribeira dos Engenhos - EN3-ST-22 Via Ribeira 3km

EM-SC-12 EN3-ST-21 – polon Terra batida e corte 321 Metros

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

185

EM-SC-13 Banana- chã de açougue – Pinha de Engenhos Terra Batida 2km

EM-SC-14 EN3-ST-21 – Ribeirão Carriço Terra Batida 1km

EM-SC-15 Bombardeiro Chã de Lagoa Terra Batida 4km

Vias de acesso às localidades do Concelho não classificadas

Código de Estradas Municipais

Santa Catarina

Zonas

Caracterização

Distância em Km

Não está classificada Palha Carga lado Baixo Via Ribeira

Não está classificada

Ribeira da Barca - Charco Terra batida Via Ribeira 4km

Não está classificada Junco Terra Batida 1km

Não está classificada Mato baixo – Mancholy Terra batida 1km

Não está classificada Furna Riba Caminho vicinal Terra Batida Sem corte

Não está classificada João dias Terra batida 2km

Não está classificada Vassoura Calcetada 1km

Não está classificada Japluma Terra batida 1km

Não está classificada Fonteana Terra batida 1km

Não está classificada Mato Baixo Terra batida 2km

Não está classificada Achada Tossa Calceta em mau estado 1km

Não está classificada Achada Ponta Terra batida 2km

Não está classificada Sedeguma Terra batida 2km

Não está classificada Achada Fora, Água Podres Terra batida Sem corte

Não está classificada Banana Semedo Calcetamento em curso 1km

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

187

Matriz das principais ligações entre Assomada e os seis principais Aglomerados

Destinos Cruz Grande A.Lém R.da Barca C. de Tanque R. Man/T. Touro Rincão

Distância 4Km 8 Km 18Km 6 Km 9km 16km

Tempo 10min. 15min. 35min. 10min. 15min. 20min.

Veloc.média

Percurso EN1ª CLASSE

EN1-ST-01

EN1ª CLASSE

EN1-ST-01

EN2ª CLASSE

EN2-ST-01

EN3ª CLASSE

EN3-ST-22

EN3ª CLASSE

EN3-ST-23

EN3ª CLASSE

EN3-ST-22

Quanto às ligações intermunicipais, pela posição geográfica e estratégica de alguma centralidade que ocupa, fazendo fronteira com vários outros

municípios, Santa Catarina e em particular a cidade de Assomada, corresponde a um importante nó na circulação rodoviária em toda a região Santiago

Norte. A estrada nacional «EN1-ST-01» entre Praia e Tarrafal que atravessa o Concelho funciona como eixo estruturante dessa centralidade. É uma

estrada com elevado índice de conectividade, nomeadamente com os restantes Concelhos limítrofes. Essas ligações intermunicipais são inerentes aos

movimentos pendulares que se geram nomeadamente entre Assomada/Praia, Assomada/Calheta, e Assomada/Tarrafal.

A deslocação diária (Assomada/Praia) das pessoas realiza-se sobretudo para o efeito dos estudos, e a das pessoas para o efeito do trabalho faz-se em

pequena escala; assim como a deslocação das mercadorias - nomeadamente as verduras, que se faz numa determinada ocasião do ano.

Quanto à deslocação Assomada/Calheta e Assomada/Tarrafal, esses movimentos pendulares - exclusivamente das pessoas, existem em muita pequena

escala, e de forma restrito para o fim do trabalho.

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188

Movimentos pendulares - Matriz das principais ligações com origem em Assomada (Cidade)

Destinos Praia Calheta Tarrafal

Distância 39 Km 19Km 32Km

Tempo 45 a 60 min. 25 a 30 min. 30 a 40 min.

Velocidade Média …Km/h ….Km/h ….Km/h

Percurso EN1ª CLASSE

Código: EN1-ST-01

EN1ª CLASSE

Código: EN1-ST-04

EN1ª CLASSE

Código: EN1-ST-01

A mobilidade nos espaços urbanos é considerada um sector de grande importância em termos de desenvolvimento económico, bem como a melhoria

da qualidade de vida das pessoas. A acessibilidade associada a mobilidade é uma questão transversal que tem implicações no acesso a actividades tão

diversas como, por exemplo, a educação, a formação, o trabalho, a saúde, a cultura ou lazer, a participação cívica, seja nas grandes áreas urbanas, seja

nas vilas e aldeias do espaço rural, para todos os estratos sociais e económicos da população.

Sobre a caracterização deste tema, a maioria dos Concelhos de Cabo Verde e como estudo de caso do Concelho de Santa Catarina, não existe um

sistema de transporte público colectivo propriamente dito. O “sistema” é informal e desenvolvido por pessoas individuais, que fazendo uso de um

conjunto de viaturas tipo “Hiace” e do tipo “caixa aberta”, fazem o transporte de passageiros e de carga entre as localidades do Concelho e com as

demais localidades da Ilha. As ligações são feitas com certa regularidade, à excepção das localidades mais dispersas, onde a deslocação das viaturas

verifica-se com menos frequência, todavia, o serviço prestado é notoriamente deficiente e insuficiente. Entretanto, constata-se que, muito

recentemente, surgiu na Cidade de Assomada a rede de serviço de táxi, que precisa de melhorar o seu funcionamento em termos de prestação de

serviços.

Relativamente à rede viária dentro das localidades e muito em particular na cidade de Assomada, é caracterizada por uma situação caótica, de

reduzida mobilidade e com muitos pontos de estrangulamento que, muitas vezes põe em risco a fluidez e a própria dinâmica económica, dado o seu

desenvolvimento. Em Assomada, com toda a dinâmica do crescimento que vem vivenciando, o tráfego é naturalmente cada vez mais intenso e já se

verifica casos de saturação e estrangulamento de alguns corredores. É um claro reflexo da ausência de planeamento, e em muitos casos, as

possibilidades de intervenção são poucas e/ou muito dispendiosas.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

189

A acessibilidade e mobilidade nos Centros Urbanos do Concelho, e em especial na Cidade de Assomada estão um pouco abaixo do normal no que diz

respeito a qualidade e/ou a inexistência das vias rodoviárias em alguns lugares dos bairros constituintes da Cidade, e sobretudo das vias pedonais,

nomeadamente os passeios que são de fraca aptidão e muitas vezes estrangulados pelo seu uso indevido por parte dos particulares para o seu próprio

bem-estar; sem referir das inexistências dos espaços da circulação pedonal para a estadia e lazer das pessoas, ciclovias, elevadores nos edifícios, (…)

que são de elevada importância principalmente para as pessoas de reduzida capacidade locomotora.

Ainda constata-se que nos bairros da cidade de Assomada não existe parques de estacionamento que se prevê tão necessários para combater a

demanda num futuro recente, assim como a fraca iluminação pública e sinalização das vias que se fazem sentir associada a falta ou o deficit da

toponímia, que em conjunto dificultam um bom funcionamento das vias de acesso aos equipamentos públicos e aos edifícios privativos.

É notório que da fraca existência do estacionamento na Cidade e nos outros centros urbanos, a sua implantação é paralelamente ao longo das vias, e

muitas vezes sem uma separação nítida com as faixas de rodagem e com os espaços de circulação pedonal.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

190

ACESSIBILIDADE A NÍVEL DO CONCELHO – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Êxodo rural dado a falta de acessibilidade para algumas zonas do

Concelho;

Densificação dos espaços urbanizáveis e rurais sema definição de uma

correta rede de acessibilidades

rodoviárias;

AMEAÇAS

Sistema viário intra- concelhio deficitário/ precário, em termos do traçado e da qualidade da via;

Várias zonas com potencialidades agrícolas e turísticas encravadas, dadas as condições

orográficas do território;

Elevado custo de infra-estruturação da rede viária dado a morfologia de terreno muito declivoso;

Falta de vias alternativas, causando grande pressão de tráfego sobre eixo EN-SC- 01 principalmente

para os principais centros urbanos Assomada, Achada Falcão;

Grande problemática da acessibilidade no Concelho dado a dispersão do Povoamento;

Deficiente sinalização de trânsito e de informação no acesso aos principais aglomerados e também no seu

centro;

Existência de uma rede informal de transporte público (de passageiros e de cargas); implicando o

aumento da taxa de utilização de transporte individual;

Inexistência e dificuldades em criar parques de estacionamento dado a grande densidade do

principal centro urbano existente;

A maioria das estradas Municipais do concelho não está classificada.

PONTOS FRACOS

Identificação de soluções de intervenção em resultado do

aumento da pressão do tráfego do automóvel sobre o

principal e Único eixo EN-ST-01, que liga Praia a Tarrafal,

passando pelo Centro da Cidade;

Grande vontade do Governo em apoiar a causa acessi-

bilidades, através do Programa «PRRA», (Programa de

Reabilitação, Requalificação e Acessibilidades);

Perspectivas de implementação de um sistema de transporte integrado;

Perspectiva de melhoria da rede viária e densificação da rede

intra-concelhia.

Boas condições de ligações com os concelhos vizinhos;

Os principais aglomerados urbanos do Concelho apresentam rede viária

o pavimentada;

Existência de um Terminal Rodoviário em curso;

Existência de Projectos Rodoviários que visam contemplar a rede viária existente;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

191

Bastante congestionamento da estrada Nacional de nível1

num futuro recente;

Degradação do estado de conservação das infra-estruturas

de transporte;

Dificuldades de coexistência de modos e do estabelecimento

de uma política de transporte equilibrada, dada a predominância

do tráfico automóvel e face a outros modos de transportes;

AMEAÇAS

Inexistência de uma política de intervenção de fundo no sector da acessibilidade e

mobilidade para a cidade de Assomada, enquanto polo gerador de deslocação;

Existência de um sistema de transporte público informal;

Forte dependência do automóvel e do transporte público informal - “Hiace”;

Inexistência de Bolsa de terrenos municipais para a implantação de parques de

estacionamento e equipamentos do género, que ajude na melhoria da acessibilidade e

mobilidade urbana;

Duração dos movimentos pendulares, por motivo da forma da prestação de serviços do

sistema de transporte público informal;

Inexistência dos percursos cicláveis no meio urbano, considerando um dos meios

utilizados na mobilidade urbana;

Ausência da classificação hierárquica dos troços da rede viária intra-urbanos; Falta de uma estratégia do desenvolvimento de percursos pedestres e cicláveis no

Concelho;

Ausência dos elevadores nos edifícios públicos e privados, tornando difícil os seus acessos;

Falta de qualidade dos passeios;

Inexistência de transportes colectivos intra e inter - urbanos;

Falta de oferta de estacionamento nos centros urbanos com capacidade para suprir as

necessidades.

PONTOS FRACOS

Existência da propensão a nível governamental no desencravamento das zonas de

grandes potencialidades agrícolas, assim como as zonas urbanas que se encontram na

mesma situação;

Contexto de progresso económico que pode facilitar os investimentos na

qualificação das infra-estruturas de transporte;

Correcções à hierarquia da rede viária de forma a torná-la mais coerente e funcional;

Possível estabelecimento de uma estratégia articulada e concertada para a

definição dos caminhos e vias de acesso para as áreas protegidas e patrimónios

naturais;

Contexto de progresso económico que pode facilitar os investimentos na

qualificação das infra-estruturas de transporte, nomeadamente a reposição do

funcionamento do cais do porto de Ribeira da Barca.

A forte proporção da população em idade activa, cujo principal meio de vida

é o trabalho, o que confere importância ao sector dos transportes e também à

capacidade económica de intervenção pública nesse sector;

A posição estratégica do Concelho de Santa Catarina, enquanto área central de

atractividade económica e cultural da Região Norte, concede interesse ao sector de

transportes para o desenvolvimento da acessibilidade e mobilidade no Concelho;

Tendência para o declínio de deslocações pendulares para o efeito de estudo;

Baixo tempo médio de percurso nos movimentos pendulares para os transportes

particulares (automóveis);

Qualidade razoável do pavimento das vias nacionais em relação a ligação

Intermunicipal;

Início do processo preliminar para a concepção do espaço de estar/pedonal

e asfaltagem de algumas vias centrais da Cidade;

ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE NOS CENTROS URBANOS – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

192

DIMENSÃO ECONÓMICA

ACESSIBILIDADES, MOBILIDADES E TRANSPORTES – EIXO ESTRATÉGICO

ACESSIBILIDADES, MOBILIDADES E TRANSPORTES – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Construir e melhorar todas as vias de acesso do concelho visando melhorar as condições de acessibilidades e mobilidades e permitir melhor circulação de

pessoas, escoamento dos produtos locais para os mercados e desencravar as localidades ainda encravadas;

8; 9 e 10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

Desencravar todas

as zonas do

Concelho com

Potencialidades

agrícolas e

turísticas;

Promover a

mobilidade e

acessibilidade aos

edificados e

espaços públicos

nos centros

urbanos;

Completar e

racionalizar as

redes viárias das

principais

aglomerações

urbanas;

PROMOÇÃO DA DA

ACESSIBILIDADE A

NÍVEL DO CONCELHO

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Empresários;

Residentes;

Ministério

das Infra-

estruturas

Ordenamento

do Território

e Habitação;

Instituto das

Estradas

Desencravar as

localidades ainda

encravadas.

CRIAÇÃO DE VIAS

DE ACESSO EM

TODAS AS ZONAS

ENCRAVADAS DO

CONCELHO;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

193

8; 9 e 10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

Implementar redes e

serviços de transporte

público urbano de modo a

assegurar uma boa

cobertura territorial em

vários períodos do dia,

facilitando a conectividade

entre os centros urbanos;

Criar serviços de transporte

colectivos acessíveis,

seguros e cómodos para os

clientes;

Criar um plano de

mobilidade a nível

municipal e supra

municipal de forma

articulado;

PROMOÇÃO DE UMA MAIOR

COMODIDADE,

SEGURANÇA E EFICIÊNCIA

NO SISTEMA DE

TRANSPORTE LOCAL.

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Empresários;

Residentes;

Ministério

das Infra-

estruturas

Ordenamento

do Território

e Habitação;

Instituto das

Estradas

Melhorar a qualidade de

vida das pessoas e

sobretudo das que têm

problema de locomoção;

Implementar a colocação

dos sinais verticais e

horizontais nas vias

públicas dos centros

urbanos, bem como a

toponímia e a iluminação

pública;

Melhorar a qualidade de

vida dos peões e dos

condutores nos centros

urbanos;

Pavimentar todas as vias do

centro histórico da Cidade

com Pavé ou com materiais

do género e/ou através da

asfaltagem;

ADEQUAÇÃO DE

ACESSIBILIDADE

UNIVERSAL EM

ESPAÇOS PÚBLICOS

E EDIFICADO

IMPLEMENTAÇÃO

DE UMA VIA

ALTERNATIVA À

ESTRADA NACIONAL

DO NÍVEL 1 (EN-ST-01)

Descongestionar a estrada

Nacional do nível 1 (EN-

ST-01).

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

194

8; 9 e 10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

/PROGRAMA

Melhorar a qualidade de

vida das pessoas com

reduzida capacidade

locomotora.

PROMOÇÃO DA

MOBILIDADE E

ACESSIBILIDADE AOS

EDIFICADOS E ESPAÇOS

PÚBLICOS NOS

CENTROS URBANOS

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Empresários;

Residentes;

Ministério

das Infra-

estruturas

Ordenamento

do Território

e Habitação;

Instituto das

Estradas

• Melhorar o funcionamento

da circulação e nos centros

urbanos;

• Fiscalizar o

estacionamento em meio

urbano e comportamento

dos peões;

IMPLEMENTAÇÃO DOS

PARQUES DE

ESTACIONAMENTO

NOS CENTROS

URBANOS E

HIERARQUIZAÇÃO DOS

TROÇOS DA REDE

VIÁRIA NOS CENTROS

URBANOS

Melhorar o funcionamento da

circulação e o bem-estar das

pessoas nos centros urbanos;

Reduzir a largura das faixas

de rodagem em algumas vias

em prol dos passeios e

estacionamentos;

Normalizar a técnica de

plantação de árvores,

colocação de postes e outros

mobiliários urbanos nos

passeios;

Sensibilizar a população

residente sobre o vazamento

das águas residuais nas vias

públicas;

Normalizar o vazamento das

águas da chuva das varandas

ou dos telhados dos edifícios,

que actualmente se realiza

através dos tubos sobre os

passeios.

MELHORAMENTO

DAS VIAS NOS

CENTROS URBANOS.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

195

Amplificar o Porto

da Ribeira da Barca;

Requalificar os

espaços exteriores

da Ribeirinha da

Ribeira da Barca;

8; 9 e 10

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

REABILITAÇÃO DO

PORTO DA RIBEIRA

DA BARCA

Estabelecer a ligação

entre o Concelho de

Santa Catarina e a Ilha

do Fogo, promovendo

a livre circulação de

pessoas, bens e

serviços.

REPOSIÇÃO DA

CONECTIVIDADE ENTRE

O CONCELHO DE

SANTA CATARINA

E A ILHA DO FOGO

Câmara

Municipal de

Santa

Catarina;

Empresários;

Residentes;

Ministério

das Infra-

estruturas

Ordenamento

do Território

e Habitação;

Instituto das

Estradas

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

196

DIMENSÃO AMBIENTAL

_____

Espaços Verdes de Recreio e Lazer,

Saneamento e Resíduos Sólidos,

Recursos Hídricos.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

197

O setor Ambiente ganhou a sua dimensão a partir da segunda guerra mundial, com a problemática da destruição/contaminação dos centros

urbanos. Os grandes visionários, que contribuíram para a reconstrução da cidade depois da segunda Guerra Mundial: em Paris, le Corbusier,

em Inglaterra - o Haussemam em Boston e Jersey City - Kevin Lynchy, eles conceberam no seu formato de planeamento territorial, setor

estratégico e referencial - O Ambiente.

Desde 1992, Cabo Verde priorizou a questão ambiental, com a participação de uma conferência das Nações Unidas, realizado em Brasil –

intitulada de “Cimeira da Terra”. Segundo o livro branco sobre o ambiente – a participação de Cabo Verde constituiu uma referência

histórica na área do ambiente marcando, assim, a mudança na abordagem da problemática ambiental a nível mundial. Como resultado deste

processo, assiste-se à mobilização dos países em programas a nível nacional, regional e internacional.

A partir da “Cimeira da Terra” a problemática ambiental ganha uma nova dinâmica, em Cabo Verde, provado pelos vários estudos e projetos

desenvolvidos nomeadamente: na luta contra a desertificação e efeitos da seca, na biodiversidade e mudanças climáticas bem como produção

de várias leis nomeadamente: Lei de base do Ambiente em 1993 - Decreto lei nº 86, lei que regula a atividade do homem como a natureza, lei

florestal, do ordenamento do território, da biodiversidade entre outros.

Santa Catarina, integrado no desenvolvimento do País, seguiu as orientações e cumprimento pelos dispositivos que orientam o

desenvolvimento de proteção ambiental. Em referência, O Plano Ambiental Municipal I e II (PAM 1 e 2), o Plano Diretor Municipal e

Estudos dos Resíduos Urbanos bem como O estudo do Parque Natural de Serra Malagueta, são documentos de excelência e de política de

proteção ambiental no concelho.

DIMENSÃO AMBIENTAL

ESPAÇOS VERDES DE RECREIO E LAZER - EIXO ESTRATÉGICO

ESPAÇOS VERDES DE RECREIO E LAZER - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

198

O setor AMBIENTE, apesar dos vários documentos mencionados e revistados, ainda o desafio é maior neste novo século e mundo

globalizado. Cabo Verde tem vários acordos internacionais, nomeadamente com a ONU-habitat, União Europeia, ONU e acordo de

cooperação especial com Portugal, entre vários outros países no âmbito da política de proteção do Ambiente, mas, o desafio é enorme quanto

à política de planeamento estratégico especialmente na vertente do setor ambiente a nível dos Indicadores e Parâmetros que constroem a

qualidade no ambiente do território urbano. A pesar dos vários acordos de cooperação bem como vários estudos referente á política de

proteção e valorização ambiental, falta-lhe ainda a Visão/estudos que concede a “PARAMETRIZAÇÃO E DEMINCIONAMENTO” das

áreas destinadas a espaços verdes e de utilização coletiva.

No entanto, tendo feito um estudo sobre “INDICADORES E PARÂMETROS URBANÍSTICOS PARA A CONSTRUÇÃO DA

QUALIDADE NO AMBIENTE DO TERRITÓRIO URBANO EM CABO VERDE, ASSOMADA – SANTA CATARINA COMO

CASO DE ESTUDO, o grupo responsável pela elaboração do setor Ambiente – em concertação com o responsável tivemos a ousadia de

apresentar uma proposta inovadora da visão estratégica referente ao setor Ambiente – já com propostas concretas da parametrização da REM

e da REU.

Por exemplo, só para ter a noção onde estamos, nos países desenvolvidos mede o tempo estimado para encontrar um espaço verde de recreio

e lazer. Em Portugal em cada 7500 habitantes é obrigatório encontrar um jardim com no mínimo10 hetar. Para a limpeza e higiene urbana,

segundo o sistema dos indicadores urbanos globais, publicados pela ONU-Habitat, em cada 10 minutos a pé, ou 1,5 km de estradas, um

cidadão deve encontrar pelo menos uma tipologia de espaços verdes de recreio e lazer.

E nós? qual é a nossa referência? Não temos, as áreas verdes de recreio e lazer (REU) e a REM, faz-se ao bem entender de cada um e ao

critério de cada um. Assim o resultado deste trabalho – propomos que seja pelo menos em cada três mil habitantes – existências de pelo

menos uma estrutura /equipamento de recreio e lazer. Em cada 15 minutos apé para os centros urbanos existências de pelo menos um

equipamento de recreio e lazer.

O gráfico seguinte ilustra amostras da recolha dos RSU’ (resíduos Sólidos Urbanos), no concelho. Segundo estudos sobre a natureza dos

RSU – feita pelo município, a situação do concelho enfrenta desafios enormes, sobre tudo no tratamento e destino final do mesmo.

Ver o gráfico - representa a natureza dos resíduos tanto no meio: rural, urbano, residencial, industrial, hospitalar, bem como as características

socioeconómicas, bem como à abrangência da cobertura de recolha assegurada pelos circuitos habituais, frequências de recolha, meios de

recolha disponíveis (humanos e materiais), meios de contentorização existentes, horários de recolha, entre outros elementos que se

consideraram relevantes.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

199

1

Na base do conceito do planeamento estratégico – que se resume em levantamentos e criação dos cenários prospetivos resultante em vários

programas bem como projetos para o desenvolvimento de um determinado sector. Ambiente trata de uma área transversal envolvendo: O

1 Gráfico sobre estudo feito pelo município RSU, em 2015

3,37%11,57%

4,60%

1,61%

2,79%

12,46%

1,60%

1,29%1,31%

2,76%

7,93%2,57%

1,90%

0,29%

0,29%

1,83%1,02%

0,08%

40,74%

Município de Santa Catarina (Santiago)Amostra 1 (04-03-2015)

Frações (%) em PesoPeso Total: 466,36 Kg

Bio Resíduos

Papel/Cartão

Plásticos Finos

Plásticos PET

Outros Plásticos

Garrafas de Vidro

Outros Vidros e Porcelanas

Compósitos 'TetraPak'

Outros Compósitos

Têxteis e Calçado

Consumíveis Higiénicos

Latas

Outros Metais

Madeiras

Resíduos Perigosos

Resíduos Elétricos / Eletrónicos

Resíduos de Construção e Demolição

Resíduos Hospitalares e equiparados

Outros Resíduos (solos finos, nãotriáveis)

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200

Homem, o clima, os recursos geológicos (a rocha, o solo, os minérios e água) constituindo elementos intrínsecos que precisam de ser

estudados para reconhecer a sua potencialidade. Os referidos elementos deverão ser utilizados como sustento para o bem-estar e melhoria da

qualidade de vida das pessoas tendo sempre presente o conceito da sustentabilidade.

Neste contexto interrogamos: onde estamos? O que queremos?

Como será o ambiente na vertente dos espaços verdes de recreio e lazer” no Concelho até 2027?

Em termos legais, temos dispositivos jurídicos que abordam o tema: A lei de Base da Política do Ambiente segundo o decreto-legislativo

nº14/97 que em termos do princípio geral, afirma “todos os cidadãos têm direito a um ambiente de vida sadio e ecologicamente equilibrado

incluindo serviços de higiene e salubridade pública2.

Conhecendo o PDM, há que distinguir a REM e a REU conforme distinguido no referido plano. A REU - no conceito espaços verdes de

recreio e lazer – a programação e definição do referido uso está normalmente ao centro urbano que integra um conjunto de categorias de

espaços diferenciados desempenha as mais diversas funções, desde saúde e bem-estar, ambiental, social, didático, cultural, económico e

estruturação da malha urbana como a paisagem ambiental. Ainda usando a metáfora, a rede ecológica e espaços verdes de recreio e lazer

desempenha a função semelhantes a um pulmão para o processo de respiração de todo o ser humano.

Este plano contem visões, incluindo propostas concretas com elementos responsáveis pela melhoria qualidade de vida das pessoas,

elementos esses que devem respeitar o conceito “ambiente” incluindo orientações claras e políticas de proteção, valorização e

determinação dos espaços verdes para estruturação do solo bem como ofertas dos espaços para recreio e lazer. Iremos apresentar

um quadro resumo dos indicadores do ambiente.

Na lógica de ocupação do solo a REU está definida na classe de espaços para as áreas dos espaços verdes de recreio e lazer. Vejamos por

exemplo o estipulado no regulamento do Plano Director Municipal (PDM), no seu artigo nº 46 a definir O Verde Urbano - Os solos afetos à

estrutura de verde urbano que integram as áreas de verde ecológico urbano e estão incluídos nos perímetros urbanos, destinando-se a funções

de respiração e equilíbrio do sistema urbano3.

MAPA DIAGNÓSTICO DO QUE EXISTEM NO CONCELHO SOBRE O SETOR AMBIENTE

2 Decreto-Legislativo nº14/97_ Lei de base da Política do Ambiente

3 Regulamento do Plano Diretor Municipal de Santa Catarina, artigo nº 46, 2014

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

201

Ilustração da Rede Ecológica Municipal (REM /Verde de Proteção Natural) e da Rede Ecológica Urbana (REU/Verde de Recreio e lazer).

A REM, enquadra-se na classe de espaços “Espaços Naturais e de Proteção Ambiental”. Assim sendo, este trabalho, tomou como propósito a

ilustração do que temos no concelho em termos da REM e nesta base propor indicadores e parâmetros para a construção da qualidade no

ambiente do território de Santa Catarina /versus construção da qualidade de vida das pessoas.

Principais Linhas de Águas no Concelho de Santa Catarina – (REM)

As linhas de águas são uns dos biótopos com maior relevância em termos de conservação dos valores naturais. A água é, provavelmente o

único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores

culturais e religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente bioquímico dos seres vivos, como meio

de vida das várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais e até como fator de produção de

vários bens de consumo final e intermediário.

De acordo com com a exposição elencada no mapa do concelho verificamos que existem várias linhas de águas principais – estas

responsáveis pelas bacias hidrográficas, no qual exigem a sua proteção natural e estão classificadas Rede Ecológica Municipal (REM).

A REM, incluem para além da rede hídrica, rede de acessibilidades ferroviárias, rodoviárias e aeroportoárias, assim como Espaço de Valor

Patrimonial, nomeadamente: Jardins, Quintas de Recerio, Tapadas, Miradouros e Azinhagas.

Tabela nº 1 – Principais Linhas de Águas no concelho

FID Id Nome das Ribeiras Onde_Começa Onde_Termina

0 0 Ribeira da Selada Passo noiva Porto rincão

1 0 Ribeira Angra Entre picos de reda Ilheu dos Alcatrazes

2 0 Ribeira Tabugal Achada do Monte Ribeira Tabugal

3 0 Ribeirão Cavalo Ribeirão cavalo Porto Rincão

4 0 Ribeira do Linho Ribeira do linho Ribeira Salada

5 0 Ribeira Chupadeira ribeira chupadeira Aguas Belas

6 0 Ribeira Salada Alto joão Dó Ribeira Charco

7 0 Ribeira de Santa Clara Lem de Engenhos Ponta Santa Clara

8 0 Ribeira dos Engenhos Ponta Fonte Lima Ribeira aguas belas

9 0 Ribeira de Sedeguma Ribeirinho Ribeira aguas belas

10 0 Ribeira de àguada Fundura Porto ribeira da Barca

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

202

11 0 Ribeira do serrado Serra Malagueta Morgadinho

12 0 Ribeira Covão do carro Lem lopes Porto Rincão

13 0 Ribeira de charco Costa achada Ribeira do Tabugal

14 0 Ribeira de Muita Agua Monte cama de Vaca Ribeira de Santa Clara

15 0 Ribeira de librão Monte Graciosa Ribeira de Reda

16 0 Ribeira de João Dias Alto serra malagueta Chã de laranja

17 0 Ribeira Chã de curral Monte soça Ribeira chaminé

18 0 Ribeira Jorge Chã de figueira Nhanda

19 0 Ribeira Curral Cruz Ribeira Passo Vaca

20 0 Ribeira de achada Banana Ribeira achada banana Ribeira de charco 4

Nota: estas foram feitas através do arcgis 10.2, e estão já referenciadas descriminada através de uma tabela de atributo. Mas, recomenda-se a

um programa e criação de condições internas (criação de uma equipa), responsável pelo levantamento das informações concretas sobre o que

temos relativamente ao setor AMBIENTE – tanto na REM como na REU.

Na qualificação do solo, segundo o PDM do concelho, para os solos Urbanos – é possível classificar a REU, que se distribui em: Verde

natural e verde de recreio e lazer

Sabendo que a Estrutura Ecológica Urbana – define e controla a qualidade de vida humana, garante o bem-estar e a estruturação do solo, mas

também único elemento responsável para construção da qualidade ambiental, este por si só deve ter a sua parametrização definida, com

intuito atingir os objetivos acima mencionados.

A tabela nº 2 – Levantamento da REU no Concelho

4 Elaborado por: Eunice Fernandes, entre os dias 04/08 a 16/08/2017

Classificação dos

espaços verdes de

recreio e lazer

localização área Principais caraterísticas

Praça Assomada Centro 0 Principal espaço da cidade/ e do concelho

Praça Frente Correio 0 falta reabilitação (muito pouco frequentado)

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203

Estádio Cumbém 0 reabilitação profunda

Placa desportiva Figueira das Naus 0 funcional ótimo estado

Cemitério Figueira das Naus 0 Funcional

Igreja católica Figueira das Naus 0 Bom estado

Parque de merenda Serra Malagueta 0 bom estado /Uso Frequente

Polivalente Achada Lém 0 Bom estado/Uso Frequente

Igreja católica Achada Lém 0 Bom estado /Uso Frequente

Placa desportiva Cruz Grande 0 Usado pela comunidade e diretamente á escola Napoleão

Fernandes

Cemitério Nhagar/Assomada 0 Referencia do Concelho

Praça Nhagar 0 Frente Cemitério /usado no cortejo fúnebre

Igreja católica Chã de Tanque 0 Capela/Bobista/Chã de Tanque Bom Uso

Campo terra batido Chã de Tanque 0 uso frequente

Campo terra batido Mato

Sanches/Rombado

0 usado pela comunidade local

Polivalente Ribeira da Barca 0 uso frequente em bom estado

Praça Ribeira da Barca 0 pequena dimensão pequenina uma rotunda/Frente centro

juventude/uso Frequente

Igreja católica Ribeirão Manuel 0 Usado pela comunidade para encontros juventude

Placa desportiva Ribeirão Manuel 0 uso frequente em bom estado precisa de terminar o cerco

Praça Ribeirão Manuel 0 espaço livre sem uso – estátua de nha Ana da veiga

Campo terra batido Mato Baixo 0 usado pela comunidade local

Gino desportivo Nhagar 0 Bom Estado uso Diário e intenso Concelhio , Nacional e

Internacional

Placa desportiva Gil Bispo 0 Bom estado Uso Frequente

Campo terra batido Rincão 0 Uso diário pela comunidade local

Igreja católica Rincão 0 Bom estado

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204

5

Mapa nº 1: Levantamento da REM no Concelho

5 Elaborado Por Sandra Almeida entre os dias 04/08 a 16/08/2017

Cemitério Rincão 0 Bom estado

Placa desportiva Fonte Lima 0 Uso frequente pela comunidade

Placa desportiva Achada Galego 0 Uso frequente pela comunidade

Igreja católica 0

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

205

Eixos estratégicos …. Em construção.

Interação dos vários setores com o ambiente

Gestão dos resíduos (sólidos como líquidos)

Higiene Urbana

Mobiliários urbano /estética da paisagem

Recursos hídricos

Equipamentos do recreio e lazer

Infraestruturas

Património e cultura

Turismo e economia

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

206

ÁREAS VERDES – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Solos fragmentados em decorrência do processo erosivo;

Espaços extensos;

Falta de mios financeiros;

Irregularidades das chuvas;

Atos de vandalismo;

AMEAÇAS

Inexistências de parámetros que delimita em Xm2), destinado a REM e a REU;

Inexistências de IGT inferior ao PDM;

Fraca cobertura de rede de esgoto;

Fraca cobertura dos equipamentos de recreio e lazer nos principais centros

urbanos;

Existência de construções inacabadas,

Ausência do sistema de tratamento dos RSU e RIU;

Inexistência de planos detalhados;

Desalinhamento das construções;

Congestionamento das ruas;

Falta de capacidade das autoridades na estruturação e produção do espaço verde.

PONTOS FRACOS

Morfologia que estimula a criação dos espaços verdes e práticas de culturas

diversificadas;

Identificação/localização de espaços apropriado para desenvolver políticas

de proteção da biodiversidade e geodiversidade;

Aproveitamento de recursos humanos qualificados que podemser

envolvidos na tomada de decisação e na criação/proteção dos espaços

verdes.

Descentralização da representação do município através da criação da

Delegação Municipal;

Exitencia de um quadro legal favorável em máteria de protecção ambiental;

Alargamento do serviço de saneamento.

Plano Diretor Municipal;

Centro de ligação da ilha (nó de ligação entre os restantes municípios de

Santiago);

Diversidade de paisagens e Singularidade da paisagem urbana e natural;

Identificação e estudos das setes maravilhas;

Existência de planaltos, ribeiras e achadas comcondições para reserva de

espaços verdes;

Diversidade de recursos geológicos para a geoconservação de geopatrimónio”.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

207

DIMENSÃO AMBIENTAL

ESPAÇOS VERDES DE RECREIO E LAZER – EIXO ESTRATÉGICO

ESPAÇOS VERDES DE RECREIO E LAZER – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Garantir uma melhor qualidade no ambiente do território do concelho bem como a qualidade de vida das pessoas através de uma boa gestão ambiental,

particularmente dos espaços verdes;

Construir equipamentos

destinados a espaços verdes de

recreio e lazer em cada

aglomerado com pelos menos

3000 habitantes. CMSCA

MAHOT

INGT

EMPRESAS

ONGS

ASSOCIAÇÕES

ESCOLAS

PROGRMAS ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO PROGRAMA

PROJECTOS RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DE UM GABINETE PARA

LEVANTAMENTO E

PARAMETRIZÇAO DOS ESPAÇOS

VERDES DE RECREIO

Desenvolver

acções de

preservação

ambiental que

contribuem para a

melhoria

de qualidade de

vida.

PARAMETRIZAÇÃO

DOS ESPAÇOS VERDES

DE RECREIO E LAZER

- Organizar a recolha, transporte,

tratamento e a cobertura dos RSU

e RIU;

- Apoiar na construção de WC.

REABILITAÇÃO DOS

BAIRROS, DAS PRAÇAS E das ÁREAS

VERDES

Promover as palestras,

conferências, seminários,

formações sobre a

reciclagem dos RSU e

reutilização dos RLU.

Proceder o levantamento,

fiscalizar e executar as

necessidades da REM

e da REU

VALORIZAÇÃO E TRATAMENTOS DOS

RSU E RIU

E HIGIENE URBANA

PROMOÇÂO DA

FORMAÇÃO E

INFOMRAÇÃO DA

CIDADANIA TERRITORIAL

3; 9; 11; 13 e 15

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

208

A gestão correta dos resíduos sólidos em Cabo Verde tem merecido a atenção dos sucessivos governos, tanto a nível das leis que regulam

esta atividade como também de recursos humanos e materiais. Apesar dos investimentos feitos, tanto pelo governo central como pelas

autarquias, registam-se ainda muitas insuficiências, tais como: equipamentos obsoletos ou muito degradados, inexistência de infraestruturas

adequadas, de recolha e tratamento de dados e recursos humanos capacitados e motivados.

No concelho de Santa Catarina a evolução na gestão de resíduos sólidos não evoluiu como seria de esperar e nem correspondeu às

expectativas da população.

Em 2003, a quando da elaboração do Plano Nacional de Gestão de Resíduos 2004-2014, a literatura dispersa, estimava-se o total de 157.680

toneladas anuais de resíduos sólidos gerados, repartidos entre a fração urbana, industrial, e hospitalar. (Ministério do Ambiente, 2003)

O mesmo Plano, citando o Recenseamento Geral da População e Habitação do ano 2000 e os dados fornecidos pelas câmaras, diz: “o

concelho de Santa Catarina1 alberga 49.829 pessoas, tem uma taxa de cobertura de recolha de resíduos sólidos na ordem dos 14%, a

mais baixa taxa nacional, com apenas uma viatura com sistema de compactação, não existe dados disponíveis sobre o número de contentores,

papeleiras e carrinhos de mão (veja o quadro 6.4.1, versão 1 do Plano Nacional 2004-2014).

Durante a elaboração do plano em 2003 conclui-se que em Cabo Verde gerava-se aproximadamente 92.000 ton/ano de rsu, a taxa média de

cobertura dos serviços de recolha era de 62%, recolhia-se um total de 57.016 ton/ano e cada cabo-verdiano servido originava 0,58 kg/dia de

rsu.

O município de Santa Catarina contribuía com 7.956 ton/ano de resíduos, servindo 41% da sua população, e cada pessoa gerava 1,067 kg/dia

de resíduos sólidos.

DIMENSÃO AMBIENTAL

SANEAMENTO E RESÍDUOS SÓLIDOS - EIXO ESTRATÉGICO

SANEAMENTO E RESÍDUOS SÓLIDOS - DIAGNÓSTICO

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209

Figura 9. Cobertura com os serviços de recolha

Fonte: Plano Nacional Gestão de Resíduos 2004-2014 e PENGER 2015-2030

Nessa data o município de Santa Catarina incluía a freguesia de São Salvador do Mundo que em finais de 2005 e início de 2006 deu origem

ao Município de SSM.

Com a elaboração do PENGeR (Plano Estratégico Nacional de Gestão de Resíduos 2015 -2030) observou-se que a taxa media de cobertura

com os serviços de recolha a nível nacional superou a meta estabelecida no Plano Nacional 2004-2014 de 82% em 3,5 pontos percentuais. A

ilha de Santiago como um todo e Santa Catarina em particular não acompanharam o ritmo ficando respetivamente a 24 e 46 pontos

percentuais da média nacional. A geração de resíduos ultrapassou em aproximadamente 40000 ton/ano ao que era expectável no Plano

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

210

Nacional 2004-2014 e a geração de rsu por hab/dia seguiu a mesma tendência, fixando em 0,874 kg, quase 100 gramas a mais do que o

esperado.

Figura 10. Produção estimada de RSU

Fonte: Plano Nacional Gestão de Resíduos 2004-2014 e PENGeR 2015-2030

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

211

Figura 11. Produção de RSU per capita

Fonte: Plano Nacional Gestão de Resíduos 2004-2014 e PENGeR 2015-2030

Organização dos serviços

A Direção de Ambiente e Saneamento é o gabinete responsável pela coordenação de toda a atividade relacionada com a limpeza pública,

recolha dos rsu, gestão dos cemitérios, dos espaços verdes e controlo de animais vadios.

A contratação de pessoal pouco qualificado para os serviços de saneamento tem tido reflexos muito negativos na apreciação que o munícipe

faz dos serviços. Existe o problema do alcoolismo, afetando sobretudo o género masculino. O conhecimento limitado sobre o que fazer e o

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212

que não se deve fazer tem contribuído muito para o aumento dos custos associados à prestação dos serviços de recolha de rsu. O quadro 6,

abaixo, espelha a organização do pessoal.

Recursos Materiais

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Educação Ambiental

A componente Educação Ambiental foi abordada em ambos os Planos Nacionais. No primeiro Plano na secção 6.9, sob o tópico

“Informação, educação e comunicação” diz: “verificou-se que em matéria de ações de sensibilização os municípios tem tido uma atuação

muito baixa devido à falta de meios financeiros para promover atividades temática… Apenas alguns municípios tem tido financiamento ou

verba disponível para desenvolver atividades de sensibilização.” Como forma de superar esta lacuna recomendou a aplicação de três

medidas:

1º. Informação para a gestão de Resíduos

2º. Educação ambiental para a Gestão de Resíduos e

3º. Comunicação para a Gestão de Resíduos.

A necessidade de educar as pessoas para o problema da gestão de resíduos fica evidente nos resultados obtidos, por amostragem no terreno,

no âmbito da elaboração do PENGeR. No município de Santa Catarina, dependendo da época do ano, podemos ter até 40 % de solos finos

(terra) nos resíduos sólidos recolhidos e transportados para o destino final. (ver fig. ) Através de uma correta acção de informação,

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comunicação e educação podemos diminuir em 40% o peso de resíduos recolhidos e transportados em vão, com poupanças no gasto de

combustível, desgaste de articulações de engate, elevação e compactação de resíduos presentes nos camiões com sistemas de compactação,

reparações por quebra de componentes, etc…

Por forma a esquematizar os esforços o PENGeR determinou um eixo de atuação exclusiva para uma efetiva ação de Informação, educação e

comunicação para o ambiente, sobretudo para a gestão de resíduos, contemplando quatro programas/medidas que serão alcançadas pela

materialização de 15 ações. (ver b.O I serie- nº30 de 21 de abril de 2016, pág.1123).

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SANEAMENTO E RESIDUOS SÓLIDOS – ANÁLISE SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Presença de frações valorizáveis relevantes:

o Das caracterizações realizadas identificou-se uma percentagem

elevada de materiais com potencial de valorização, facilitando a

possível criação de cadeias de valor para os resíduos.

Envolvimento do setor privado:

o Com a criação de cadeias de valor associadas aos resíduos, surge

igualmente uma oportunidade de envolvimento do setor privado

no esforço de investimento no setor.

Potencial turístico do concelho:

o O setor do turismo contribui também como um incentivo à correta

gestão de resíduos, pois o bom estado ambiental e a limpeza do

território são fatores potenciadores do turismo. Gera ainda fontes

de receita que podem ser utilizadas para contribuir no esforço de

gestão.

Apoio internacional:

o Cabo Verde, tem conseguido manter um relevante apoio

internacional no financiamento da infraestruturação do país, fator a

potenciar para apoio às medidas do presente plano.

Consciencialização da comunidade para os problemas ambientais:

o A progressiva sensibilização e consciencialização ambiental

confere um leque de oportunidades para incrementar a correta

gestão de resíduos e facilitar a criação de valor no setor pela

triagem de materiais valorizáveis.

Estado atual na gestão de resíduos:

o A falta de soluções no país e a necessidade de infraestruturação do

setor pode ser um incentivo adicional para a utilização das últimas

tecnologias e inovações e novas soluções de valorização.

Existência de um quadro legal de suporte:

o Foi já estabelecido um diploma quadro para a gestão de resíduos,

criando a base de suporte à implementação das práticas de gestão

mais adequadas e permitindo o desenvolvimento de diplomas de

especialidade.

Existência de uma entidade reguladora:

o A existência de uma entidade central com responsabilidade na área

dos resíduos (ANAS) permite assegurar uma uniformização de

práticas e centralização de informação, potenciando a

implementação de soluções.

Comprometimento estatal:

o Regista-se um comprometimento das entidades de governação na

melhoria do setor de resíduos, com o apoio ao desenvolvimento de

novos diplomas de regulação e criação de estruturas de gestão.

Existência de tributação ambiental:

o A existência de tributações ambientais, como por exemplo a taxa

ecológica ou taxação de importações, permite mais facilmente

introduzir a prática de novos modelos de financiamento do setor e

promover a sua aceitação pelos agentes.

Estrutura etária e taxa de alfabetização:

o A população de Santa Catarina comporta 43% de indivíduos com

idade compreendida entre os 0 e 18 anos1, e o esforço que tem sido

desenvolvido na alfabetização da população contribuem igualmente

para um mais fácil envolvimento da comunidade nas boas práticas

ambientais e nas alterações nas práticas de gestão de resíduos.

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217

Características geográficas e demográficas do território municipal:

o A dispersão da população pelas montanhas e vales representa um

desafio adicional à gestão de resíduos em resultado da maior

distribuição da população, a dificuldade de criação de soluções

centralizadas e maiores custos de transporte.

Condições atmosféricas:

o As condições atmosféricas que caracterizam o município, com uma

tendência de ventos fortes e períodos de chuva intensa, os quais

potenciam uma grande dispersão de resíduos não acondicionados,

criando dificuldades adicionais no desenho e conceção técnica de

soluções.

Potencial turístico do município e do país:

o O crescimento previsto do setor do turismo, poderá representar uma

pressão adicional na produção de resíduos.

Contínua migração das populações para os centros urbanos:

o Tem-se registado uma concentração das populações nos centros urbanos,

por migração das zonas rurais, levando a uma alteração da tipologia dos

resíduos produzidos, e uma tendência de aumento de capitação média

nacional, em resultado de uma eventual melhoria das condições de vida.

Necessidades de investimento:

o O setor terá necessidade de significativo investimento, sejam industriais,

hospitalares, populações, entidades gestoras, municipal ou outros.

Assim, torna-se necessário que para a correta efetivação de mudanças,

ocorra esta adesão e envolvimento. quer para a construção de

infraestruturas, como para reforço de meios de recolha, podendo haver

dificuldade na obtenção de financiamento.

Insuficiência na informação ambiental:

o Insuficiente recolha sistemática de dados na área dos resíduos, com

lacunas diversas, constitui um constrangimento para a definição de

opções.

Reduzida adesão dos agentes e população:

A alteração do setor de resíduos, em todos os níveis, resulta igualmente da

alteração de práticas e adesão dos diversos agentes ao sistema de gestão instalado,

quer sejam industriais, hospitalares, populações, entidades gestoras, municipal ou

outros. Assim, torna-se necessário que para a correta efetivação de mudanças,

ocorra esta adesão e envolvimento.

AMEAÇAS

Insuficiência de meios:

o Registam-se necessidades a nível de meios humanos qualificados,

meios técnicos (equipamentos, contentores e outros) e financeiros de

suporte, onde se registam carências diversas nos meios de gestão de

resíduos.

Insuficiência de dados:

o Ocorrem significativas lacunas nos dados existentes relativamente à

produção e encaminhamento de resíduos, quer a nível de resíduos

sólidos urbanos, como também a nível empresarial e unidades de saúde,

não havendo, na maioria dos casos, práticas estabelecidas de registo da

produção/encaminhamento de resíduos ou de realização de

caracterização dos resíduos gerados.

Insuficientes práticas de triagem e valorização:

o Existem poucas opções a nível de valorização de resíduos, não existindo

assim hábito de triagem na população. Nas empresas existem,

igualmente, poucos casos de separação dos resíduos produzidos e

valorização dos mesmos.

Cobertura dos sistemas de recolha:

o Verificam-se ainda situações de cobertura limitada da população no

território do municipio,

Significativa quantidade de solos nos resíduos recolhidos:

o Regista-se uma quantidade significativa de solos na composição dos

resíduos recolhidos no município, com especial destaque para as zonas

rurais, estando associado a más práticas dos colaboradores afetos à

limpeza pública e da população em geral.

Gestão de Resíduos:

o Infraestruturas insuficientes na atualidade para a gestão de resíduos.

Observa-se uma disseminação territorial de lixeiras com riscos para a

saúde pública, ecossistemas e qualidade da paisagem, havendo ainda

acumulação de resíduos valorizáveis em locais inadequados.

PONTOS FRACOS

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218

DIMENSÃO AMBIENTAL

SANEAMENTO E RESIDUOS SÓLIDOS – EIXO ESTRATÉGICO

SANEAMENTO E RESIDUOS SÓLIDOS – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Criar condições para melhor gestão dos resíduos sólidos no concelho através de investimentos em matéria de equipamentos, recursos humanos e ações de

sensibilização junto da comunidade visando preservar o meio ambiente;

- Criar parcerias institucionais

dentro do município para uma

conjugação de esforços para a

correta gestão de RSU;

- Criar uma equipa

multissectorial de fiscalização

no âmbito da gestão de

resíduos;

- Ter quadros técnicos capazes

de elaborar e implementar os

planos operacionais de gestão

de RSU;

- Formar todos os

trabalhadores da CMSC afetos

a gestão de resíduos na

higiene, saúde e segurança no

trabalho;

- Dispor de equipamentos que

assegurem a cobertura com os

serviços de recolha a 100% dos

aglomerados populacionais.

CMSC;

Delegação do

MS;

Delegação do

ME;

Delegação do

MAA;

Associações/grup

os culturais;

desportivas

comunitárias;

Universidades

sediadas no

município.

3; 4; 6; 9; 11; 13;

15; 16 e 17

PROGRMAS ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO PROGRAMA

PROJECTOS RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

- Dotar os serviços de meios

humanos, materiais e

equipamentos para atender

as exigências cada vez

maiores para a gestão de

RS;

- Envolver todos os serviços

desconcentrados do Estado

na problemática de gestão

de RS;

- Elaborar, atualizar e

implementar toda a

legislação nacional,

municipal associada a

gestão de RS;

- Tornar mais eficiente e

mais justa a cobrança da

tarifa de recolha de

resíduos.

REFORÇO DA

CAPACIDADE

INSTITUCIONAL

MUNICIPAL PARA A

GESTÃO DE RS

CAPACITAÇÃO DE

TODOS OS ATORES

MUNICIPAIS QUE

PARTICIPAM OU TEM

RESPONSABILIDADE

NA GESTÃO DE RSU

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219

Estancar os potenciais

perigos da lixiviação do

chorume gerado durante a

época das chuvas para as

populações de Charco e

Ribeira da Barca;

Eliminar a dispersão

pelos ventos, sobretudo dos

plásticos, nas áreas

envolventes da lixeira;

Confinar toda a massa de

resíduos num mínimo de

espaço;

Recuperar a área usada

como lixeira, através da

fixação de plantas.

CMSC,

Delegação do MS,

Delegação do ME,

Delegação do MAA.

3; 6; 13 e 15

PROGRMAS ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO PROGRAMA

PROJECTOS RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

- Eliminar todas as formas

de poluição difusa causadas

pela má deposição dos RS;

- Recuperar lugares onde

havia deposição ilegal de

RS;

- Transitar para a deposição

dos RS em Vale da Custa;

- Encerrar e selar a lixeira

municipal, promovendo

recuperação da área

ocupada.

PROTEÇÃO,

RECUPERAÇÃO E

REQUALIFICAÇÃO

AMBIENTAL

SELAGEM DA

LIXEIRA MUNICIPAL

ELIMINAÇÃO DE

TODAS AS LIXEIRAS

SELVAGENS

EXISTENTES NO

CONCELHO

CMSC,

Delegação do MS,

Delegação do ME,

Delegação do MAA.

Identificar e caracterizar

todas as lixeiras ou locais

de deposito de RS

(incluindo as encostas) nos

aglomerados populacionais

importantes;

Recolher e transportar e

dar um destino adequado

aos RS;

Recuperar a área através

da fixação de plantas.

CRIAÇÃO DE UM

CANIL

transmitidas pelos animais

aos seres humanos;

cães;

responsável por parte dos

proprietários.

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220

- Eliminar todas as formas

de poluição difusa causadas

pela má deposição dos RS;

- Recuperar lugares onde

havia deposição ilegal de

RS;

- Transitar para a deposição

dos RS em Vale da Custa;

- Encerrar e selar a lixeira

municipal, promovendo

recuperação da área

ocupada.

PROTEÇÃO,

RECUPERAÇÃO E

REQUALIFICAÇÃO

AMBIENTAL

PROTEÇÃO

INTEGRADA DAS

PRAIAS DE MAR

3; 6; 13 e 15

CMSC,

Delegação do

MS,

Delegação do

ME,

Delegação do

MAA.

- Identificar e caracterizar

todas as praias de mar

afetadas pela má gestão de

RS (sobretudo plásticos);

- Recolher e transportar e

dar um destino adequado

aos RS;

- Divulgar as praias do

concelho fomentando a sua

procura tanto interna como

externa.

PROGRMAS ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO PROGRAMA

PROJECTOS RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

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- Levar a informação

relevante sobre a legislação

em matéria de gestão RS;

- Partilhar o conhecimento

sobre as melhores práticas

na gestão de RS;

- Promover a assunção da

responsabilidade face ao

resíduo gerado, dando o

destino final adequado;

- Promover a redução na

geração de resíduos

diminuindo a contrapartida

financeira (tarifa), a pagar

pelo contribuinte.

INFORMAÇÃO,

EDUCAÇÃO E

COMUNICAÇÃO PARA A

GESTÃO DE RS

REDE “ESCOLAS

ECOLÓGICAS” 3;4; 6; 13 e 15

CMSC,

Delegação do

MS,

Delegação do

ME,

Delegação do

MAA.

•Promover nas escolas

básicas o senso de

responsabilidade para o

gerador de RS;

• Estimular a aplicação

dos 5 R na gestão

diária de RS, (Refletir,

Recusar, Reduzir,

Reutilizar e Reciclar);

• Promover a separação

de RS por tipo de

componente;

• Incentivar a proteção

do ambiente através da

boa gestão dos RS.

PROGRMAS ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO PROGRAMA

PROJECTOS RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

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222

A importância do sector dos serviços urbanos de água e saneamento não carece ser sublinhada. As externalidades positiva (em termos de

coesão nacional, saúde pública e ambiente) que lhes são reconhecidas universalmente e os benefícios quão atribuíveis ao Estado em

decorrência do cumprimento das diretivas internacionais relativo ao uso eficiente da Água

A discussão em torno Gestão de Recursos Hídricos ganhou relevância nos setores público e privado nos últimos anos. Os vários eventos de

escassez registrados são indicadores de como os impactos ambientais nefastos, a má gestão e as mudanças climáticas podem afetar a

disponibilidade de água para todos os setores da sociedade, reacendendo o debate sobre o assunto.

A água constitui um elemento essencial à vida animal e vegetal. Seu papel, no desenvolvimento da civilização, é reconhecido desde a

antiguidade. Hipócrates (460-354 A.C.) já afirmava que “a influência da água sobre a saúde é muito grande”.

O homem tem necessidade de água de qualidade adequada e em quantidade suficiente para todas suas necessidades, não só para proteção da

sua saúde como também para o seu desenvolvimento económico. Assim, a importância do abastecimento de água deve ser encarada sob os

aspectos sanitário, ambiental e económico. Sua gestão é, assim, o grande desafio deste século.

De acordo com dados quantitativos, 97,5% da água disponível na Terra são salgadas e 2,493% estão concentradas em galerias ou regiões

subterrâneas de difícil acesso; restando, apenas 0,007% de água doce para o uso humano, disponível em rios, lagos e na atmosfera.

Em face ao crescimento acelerado da população e o desenvolvimento industrial e tecnológico, as poucas fontes disponíveis de água doce

estão comprometidas ou correndo risco. A poluição dos cursos de água, a desflorestação, o assoreamento dos rios, o uso inadequado de

irrigação e a impermeabilização do solo, entre tantas outras acções do homem moderno, são responsáveis pela contaminação da água.

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

RECURSOS HÍDRICOS - EIXO ESTRATÉGICO

RECURSOS HÍDRICOS - DIAGNÓSTICO

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223

Atualmente, mais de 1,3 biliões de pessoas carecem de água doce no mundo, e o consumo humano de água duplica a cada 25 anos,

aproximadamente. Sendo assim, a água doce adquire uma escassez progressiva e um valor cada vez maior, tornando-se um bem económico

propriamente dito.

A vida não tem salvação num planeta sem água. Por isso devemos aprender a usar sábia e equitativamente os cursos de água da Terra,

considerando que o acesso à água limpa para as necessidades básicas é um direito humano fundamental das gerações atuais e futuras.

Estima-se que hoje em Cabo Verde, um habitante em cada cinco, ou perto de 100.000 pessoas, não têm acesso a água e saneamento, isto

representa cerca de 25% da população residente (Visão, 2025).

Cabo Verde está neste momento, empenhado em satisfazer os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio que são a base de todos os esforços

levados a cabo pela comunidade internacional para erradicar a pobreza e melhorar as condições de vida nos países em vias de

desenvolvimento.

Por isso todo o estudo e pesquisa que viabilizam mais recursos hídricos e sua qualidade para Cabo Verde são de extrema importância. Assim,

investigações vêm sendo realizadas no desenvolvimento de recursos alternativos de fonte de água através da: dessalização da água do mar,

armazenamento da água de superfície através da construção de barragens, captação das águas de nevoeiros, entre outros. Para otimizar os

escassos recursos existentes, a introdução da tecnologia moderna de irrigação, rega gota-gota, vêm sendo implementadas como forma de

aumentar a área irrigada, utilizando menos água.

O potencial Subterrâneo do país é estimado em cerca de 124 milhões de m3 dos quais apenas metade é explorável, em virtude das limitações

de ordem técnicas e estruturais. Os recursos superficiais, estimados em 180 milhões de m3 por ano, são explorados em todo o território

nacional, mas apenas 5% do seu potencial.

Existem múltiplas barreiras e dificuldades ainda por ultrapassar no sector de serviços de abastecimento de água, saneamento e higiene na ilha

de Santiago já identificadas em vários planos e estudos. O diagnóstico atual do abastecimento de água na ilha é fortemente condicionada pela

escassez de recursos hídricos convencionais (isto é, as águas superficiais e subterrâneas), o que obrigou ao recurso de água dessalinizada.

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224

Esta origem tem a vantagem de ser um recurso potencialmente ilimitado face às necessidades de água, mas com o inconveniente de ter um

custo e um consumo energético muito elevado. O custo elevado traduz-se num condicionante importante ao consumo de água por parte das

populações de baixo rendimento que vem condicionando o acesso ao serviço básico de abastecimento de água às populações, seja pela

escassez como pelo custo, com capitações muito baixas e um consumo suprimido. O esforço que tem sido feito no aumento da taxa de

cobertura para garantir o serviço de abastecimento de água à maioria da população esbarra na indisponibilidade de recursos hídricos

disponíveis a um custo socialmente aceitável.

Divisão das Bacias Hidrográficas:

A ilha de Santiago apresenta cinco (5) bacias hidrogeológicas, todas compreendendo diversas áreas de captação de variadas dimensões. As

maiores extensões montanhosas, (Serra da Malagueta e o Pico da Antónia) que dividem geograficamente as bacias, controlam as direções,

tanto da água superficial como do fluxo da água subterrânea (Fig. 3).

Bacias Hidrogeológicas:

• Bacia do Tarrafal: face setentrional da Serra da Malagueta é dividida em dois sub bacias; A e B.

• Na Bacia do Tarrafal A, a quantidade total de água explorável é estimada em cerca de 2.166 milhões de m3/ano, ou seja, 5.934

m3/dia. O aquífero principal localiza-se na formação do Pico de Antónia, mas, a maior parte da água subterrânea é armazenada no

sopé setentrional da Serra da Malagueta.

• Na Bacia do Tarrafal B, a área de captação é pequena com formação aquífera fina, dificultando o desenvolvimento da água

subterrânea. Por isso, o caudal volumétrico deve ser limitado a 0,529 milhões de m3/ano, ou 1449m3/dia.

• Bacia de Santa Cruz: face nordeste da Serra do Pico da Antónia é dividida em três sub bacias, incluindo também a área de captação

da Ribeira Seca; Devido a estreita e fina distribuição da formação do Pico da Antónia, o seu potencial de exploração é baixo coma

água a ser extraída da camada de depósitos aluviais.

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• Bacia de Santa Catarina: face meridional da Serra da Malagueta e a Oeste da Serra do Pico da Antónia, incluindo três principais

áreas de captação: da Barca, do Charco e das Águas que fluem em direção a Oeste.

• Bacia de São João Baptista: face Sudoeste da Serra do Pico da Antónia. As áreas ao longo dos alinhamentos apresentam algumas

zonas ricas em fissuras favoráveis para a recarga da água subterrânea, uma vez que o nível de água na formação do Pico é geralmente

baixo. Cuidados especiais devem ser tomados aquando da definição dos pontos de perfuração.

• Bacia da Praia: bacia localizada na zona mais meridional da ilha. Coberta pelos aquíferos da formação do Pico da Antónia. A

espessura dos aquíferos na área é favorável para a exploração, com forte potencial de recarga abundante da água subterrânea.

Fig. 1 – Localização das Bacias Hidrográficas.

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Água da Ilha de Santiago:

Na ilha de Santiago, a água das nascentes é utilizada para o consumo doméstico e para irrigação, principalmente nos concelhos da Praia e de

Santa Catarina. Existem 102 furos na ilha, que produzem uma média de aproximadamente 9.500 m3/dia. Cerca de 76% da água total

produzida pelos furos existentes nos concelhos da ilha de Santiago é usada na agricultura, (5.700 m3/dia), sendo os restantes (3.800 m3/dia)

usados no abastecimento doméstico, excetuando o Concelho da Praia, onde cerca de 90% da água captada por este meio é utilizada para fins

domésticos (Fig. 2).

Visto que o volume da água para fins domésticos é muito menor do que para irrigação, o número de furos apropriados para o uso doméstico deve ser expandido independentemente da viabilidade limitada dos recursos de água subterrânea na ilha.

O número de nascentes, bem como a respectiva produtividade, têm revelado tendência decrescente nos últimos 20 anos, em resultado da redução de pluviosidade ocorrida nesta ilha em particular.

O estudo de desenvolvimento da água subterrânea em Cabo Verde refere que para a ilha de Santiago, o consumo per capita de água é muito

baixo em consequência da escassez dos recursos hídricos disponíveis, sendo o valor médio de captação igual a 11 litros/dia, numa gama de 7

a 20 litros/dia para infra-estruturas hídricas comunitárias e de 33 litros/dia para as ligações domiciliárias (valor aquém do mínimo

recomendado pela Organização Mundial da Saúde, 40 litros/habitante/dia).

A água subterrânea é o recurso hídrico mais utilizado nesta ilha, representando a única origem de abastecimento para as zonas rurais, sendo

explorada em nascentes e furos.

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227

A principal característica de Santa Catarina, é a extrema irregularidade das precipitações. Até hoje os anos de 1972/73 e 1983/84 foram os

mais severos do ponto de vista pluviométrico.

É certo que o concelho esteve sempre sujeito a secas cíclicas. No entanto, os efeitos resultantes das secas dos últimos anos foram sentidos de

forma particular tendo em conta a forte pressão demográfica sobre os escassos recursos naturais. A situação torna-se cada vez mais

preocupante,

tendo em conta que, a partir dos anos sessenta, registou-se um declínio significativo da precipitação anual. A sucessão de longos períodos

secos, alternados com breves períodos mais húmidos, é uma característica do clima cabo-verdiano.

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Fig. 2 – Localização das origens subterrâneas

A gestão dos recursos hídricos deve estar apoiada em sólidos fundamentos legais, e contar sempre com um adequado suporte jurídico-legal.

As leis relativas aos recursos hídricos constituem importantes instrumentos de gestão que o gestor deve ter constantemente ao seu alcance.

Entre as principais leis Cabo-verdianas referentes a recursos hídricos estão:

Lei n.º 41/II/84 de 18 de Junho, Aprova o Código de Águas que estabelece as bases gerais do regime jurídico de propriedade,

proteção, conservação, desenvolvimento, na administração e uso dos recursos hídricos.

Decreto-Legislativo n.º 5/99 de 13 Dezembro, Altera alguns artigos do Código de Águas.

Decreto-Lei n.º 75/99 de 30 de Dezembro, Define o regime jurídico de licenças ou concessões de utilização dos Recursos Naturais.

Decreto n.º 82/87 de 1 de Agosto,estatui as normas destinadas a evitar a obstrução, esgotamento, inutilização, contaminação ou

poluição dos recursos hídricos e a propagação de doenças de base hídrica.

Decreto n.º 84/87 de 8 de Agosto, Regulamenta o registro de águas.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

229

s

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

• Ausência de know-how específico, em matéria de recursos

hídricos;

• Recursos financeiros avultados;

• Resistências psicológicas, decorrente das campanhas no que

concerne ao uso eficiente da água;

• Possibilidade de regime torrencial e elevados níveis de

transporte sólido.

AMEAÇAS

Permanência de fatores negligenciadores na valorização das águas

superficiais;

Fraca capacidade em termos de competências técnicas no domínio

das águas superficiais;

Forte dependência energética e sua relação intrínseca com o elevado

custo da água dessalinizada;

Indefinição institucional na questão da dessalinização;

As acções antrópicas que comprometem a exploração sustentável

dos recursos subterrâneos.

PONTOS FRACOS

Valorização das águas superficiais;

Produção agrícola e segurança alimentar;

Ações de luta contra a pobreza;

Possibilidade de diminuição de recursos subterrâneos;

Valorização do uso de água eficiente.

A priorização a nível do poder autárquico sector da água;

A água no centro da nossa política de cooperação;

A existência de uma capacidade técnica municipal no domínio das

águas subterrâneas;

A existência de um quadro legal e institucional claro e a sua

frequente adaptação às mudanças;

A introdução e massificação de tecnologias modernas de irrigação.

RECURSOS HÍDRICOS – ANÁLISE SWOT

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

230

PROMOÇÃO DA

EDUCAÇÃO HÍDRICA

Realizar um conjunto

de atividades inseridas

num plano de

renovação e

periodicidade anual,

vocacionadas e

relacionada com o tema

Água;

Sensibilizar a

população estudantil

dos problemas

relacionados com a

água;

Racionalizar o uso

eficiente da água

através da conceção de

sistemas de rega

inteligentes (gota-gota);

Reduzir o consumo de

água nos Edifícios.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

SENSIBILIZAÇÃO DO

USO EFICIENTE DE

ÁGUA

Reduzir as perdas do

sistema;

Proceder a Auditoria

e Caracterização do

consumo de Água

Potável por parte do

Município;

Promover Projetos

de Educação

Ambiental e

Utilização eficiente

da água;

DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL

RECURSOS HÍDRICOS - EIXO ESTRATÉGICO

RECURSOS HÍDRICOS – OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Câmara

Municipal;

Instituto de

Gestão de

Recursos

Hídricos;

Águas de

Santiago, S.A.

Ministério do

Ambiente;

Associação de

Agricultores.

1;3;4;6;12 e 15

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

231

FISCALIZAÇÃO E

GESTÃO CONTÍNUA

DE RECURSOS

HÍDRICOS

Proteger os recursos

de água doce do

concelho

Efetuar uma Avaliação da ocupação do solo e uso da água, de forma a obter uma gestão eficaz e consistente dos recursos hídricos.

Eliminar as ligações clandestinas.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

Câmara

Municipal;

Instituto de

Gestão de

Recursos

Hídricos;

Águas de

Santiago, S.A.

Ministério do

Ambiente;

Associação de

Agricultores.

1;3;4;6;12 e 15

SENSIBILIZAÇÃO DO

USO EFICIENTE DE

ÁGUA

Reduzir as perdas do

sistema;

Proceder a Auditoria

e Caracterização do

consumo de Água

Potável por parte do

Município;

Promover Projetos

de Educação

Ambiental e

Utilização eficiente

da água;

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

232

DIMENSÃO

POLÍTICO-INSTITUCIONAL

_____

Administração Autárquica

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

233

A administração autarquica tem se configurando cada vez mais como um trablho complexo desafiando os eleitos municipais. Para alcançar a

eficiencia, eficácia e efectividade na gestão municipal considera-se fundamental a existencia de presidentes de câmaras competentes, com

capacidade de liderança, de fazer artiulação inter-institucional e, sobretudo, empreendedores e visionários. Estas são condições sini qua nom

para que administração autarquica possam responder todas as demandas do concelho e fazer o desenvolvimento ser uma realidade.

A maior parte das sociedades modernas e democratas tem procurado desenhar políticas públicas que estimula a participação da sociedade

civil nas decisões políticas locais visando reforçar a democracia. Em Cabo Verde o sistema democrático vêm fortalecendo a cada dia sobre

tudo com surgimento das novas tecnologias. Hoje já se escuta a falar de orçamento e planeamentos participativo, portanto, o povo tem se

tornado cada vez mais no centro da atenção dos políticos eleitos.

O desemprego, o crescimento desordenado na periferia das cidades, o questão do saneamento, a insegurança, a vulnerabilidade das crianças,

adolescentes e das pessoas da terceira idade, são questões sociais que vêm preocupando os poderes locais em Cabo Verde e, por issso, essas

áreas vem sendo consideradas nos planos estratégicos para o desenvolvimento local.

O concelho de Santa Catarina por ser um munícipio com uma certa tradição em matéria da pratíca do comércio, apresenta um número

elevado de pessoas que circulam diariamente no concelho e que execerce alguma pressão territórial exigindo do poder local uma capacidade

redobrada para oferecer serviços públicos que atendem as expectativas daqueles que vêm para o concelho seja para fazer compras,

comercilizar algum produto, ou fazer visita. Em outras palavras o municipio tem de criar todas as condições para poder grantir, por exemplo,

espaço para exposição e comercialização de produtos, gestão do lixo, controle do tráfico de drogas, de produtos robados e, etc.

DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL

ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICAS - EIXO ESTRATÉGICO

ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA - DIAGNÓSTICO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

234

A questão financeira constitui um dos grandes desafios para maior parte dos países em vias de desenvolvimento mormente nos países da

africa ocidental como é o caso de Cabo Verde, um Arquipélago localizado no largo do oceano atlântico próximo a Estado de Guiné-Bissau.

A despeito das potencialidades de desenvolvimento existente no país e nos seus concelhos nas mais diversas áreas económicas, turismo,

agricultura e pecuária, comércio, energia renováveis, etc, a disponibilidade de recursos financeiros para fazer face as demandas sociais

continua sendo um dos grandes desafios para os governantes do país, particularmente, as câmaras municipais.

Como pode-se observar no gráfico 3, o orçamento para 2017 do concelho de Santa Catarina registou um acréscimo de 43.96% relativamente

ao ano anterior e justifica esse acréscimo com o fato do cenário de desenvolvimento socioeconómico favorável, com um Governo amigo e

parceiro dos municípios, ao reforçar a autonomia financeira do Poder Local.

Gráfico I: Evolução do valor global do orçamento (2012 a 2017)

Fonte: CMSCS - ORÇAMENTO,2017.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

235

De fato esses dados sinalizam que Santa Catarina começou a atravessar um período bastante favorável que pode permitir o concelho ter a

uma maior número de recursos financeiros e se bem canalizados, preferencialmente para os projectos indicados no presente plano com senho

prioritário, o concelho certamente irá alcançar um outro patamar de desenvolvimento, e alcança visão traçado neste plano.

Analisando o gráfico IV, apresentado abaixo, pode-se inferir que as Funções Serviços Públicos gerais absorvem a maior parte do valor total

do Plano de actividades, acarretando um peso de 94%. A seguir vem as Funções Económicas e Assuntos Económicos que têm um peso de

5%, respectivamente, no valor total do Plano de actividades.

Gráfico IV: Plano de Actividades – Repartição por Funções (%)

Fonte: CMSCS - ORÇAMENTO, 2017.

Portanto, com base nestes dados percebe-se que a demanda aos serviços públicos tem um custo elevado para a máquina pública, o que na

maioria das vezes dificulta investimentos em sectores importantes da economia capaz de potencializar a geração de emprego e renda às

famílias e torná-las cada vez mais independente desejos que consubstanciam como uma das maiores ambições dos dirigentes municipais e

nacionais.

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

236

s

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

Excessiva dependência da população local face a Câmara;

Hábito de assistencialismo;

Alguma dependência do FFM;

Resistência das feirantes aos serviços de fiscalização;

Excesso do Pessoal;

Falta de Autonomia Administrativa e Financeira;

Alta demanda social.

AMEAÇAS

Insuficiência de controlo interno;

Ineficiência na arrecadação de receitas;

Insuficiência de materiais de trabalho específicos para algumas

áreas;

Algumas falhas nos serviços de atendimento ao público;

Insuficiência de viaturas para os trabalhos de terreno;

Falta de Planos;

Fraca execução orçamental;

PONTOS FRACOS

Boas relações entre a Câmara e os operadores económicos

locais;

Integração dos emigrantes no processo de desenvolvimento do

concelho;

Administração próxima da sociedade civil;

Excelente relação com os municípios da região e com o

Administração Central;

Interesse dos investidores nacionais e internacionais;

Reavaliação Predial.

Recursos humanos qualificados em diversas áreas;

Corporação de bombeiros durante 24 horas;

Posto de Informação Turístico funcional;

Sistema de Informação Municipal;

Transparência e rigor na gestão de bens públicos;

Existência do Plano Director Municipal (PDM)

Boa relação entre os funcionários;

Aposta na formação permanente dos funcionários;

Liderança de uma equipa jovem e qualificada;

Funcionários engajados no processo de desenvolvimento do

Concelho.

ADMINISTRAÇÃO AUTARQUICA – ANÁLISE SWOT

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

237

FALA SANTA

CATARINA 0800;

Democratizar e controlar

socialmente a gestão

pública municipal.

DIMENSÃO POLÍTICO - INSTITUCIONAL

ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICAS – EIXO ESTRATÉGICO

ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICAS – OBJECTIVO ESTRATÉGICO.

Promover uma gestão pública municipal, moderna, participativa e, auto-sustentável do ponto de vista financeiro.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

GESTÃO

PARTICIPATIVA

CÂMARA DE

COMÉRCIO;

MINISTÉRIO DE

ADMINISTRAÇÃ

O INTERNA;

CMSC.

3; 4; 8;10; 16 e 17

Envolver a comunidade

local em todos os

processos de gestão

municipal incentivando a

participação efectiva das

mesmas na elaboração das

políticas públicas.

SANTA CATARINA

EM NÚMEROS;

ORÇAMENTO

PARTICIPATIVO

PLANEAMENTO

PARTICIPATIVO

ATENDIMENTO AO

CIDADÃO ONLINE

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

238

ATENDIMENTO

PERSONALIZADO

E DE EXCELÊNCIA

Restruturação dos serviços

de atendimento da CMSC

MODERNIZAÇÃO

ADMINISTRATIVA

8;16 e 17

Melhorar a prestação dos

Serviços na CMSC

CRIAÇÃO DE UM

BALCÃO ÚNICO

CÂMARA DE

COMÉRCIO;

MINISTÉRIO DE

ADMINISTRAÇÃ

O INTERNA;

CMSC.

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS/

PROGRAMA

CRIAÇÃO DE UM

GABINETE DAS

RECEITAS

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

239

PROGRMAS

ESTRUTURANTES

OBJECTIVOS DO

PROGRAMA

PROJECTOS

RELACIONADOS

OBJECTIVOS DO PROJECTO

STAKEHOLDERS

ODS

PROGRAMA

8; 16 e 17 FINANÇAS

PÚBLICAS

Aumentar a capacidade

de arrecadar tributos no

município através do

alargamento da base

tributária.

CRIAÇÃO DE UMA

COMISSÃO DE

REAVALIAÇÃO

PREDIAL

CÂMARA DE

COMÉRCIO;

MINISTÉRIO DE

ADMINISTRAÇÃ

O INTERNA

Permitir que a Câmara

venha aumentar número

receitas arrecadadas

CAPANHAS QUE

VISAM AUMENTAR

A ARECADAÇÃO

DOS IMPOSTOS

CRIAÇÃO DE UM

SISTEMA QUE

PERMITE OS

EMIGRATES PAGAR

O IUP NO PAÍS DE

DESTINO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

240

INDICADORES DE AVALIAÇÃO

RESULTADOS ESPERADOS

Acredita-se que a execução efetiva dos programas e projectos prioritários apresentados neste plano certamente catapultará o concelho de Santa

Catarina de Santiago para um outro patamar de desenvolvimento que irá satisfazer os munícipes de um modo geral. Acredita-se que o presente

plano vai mlhorar a rentabilidade das empresas locais, pois este estudo, constatou que o concelho detem um potencial substancial em matéria

de comércio, e por ser o desemprego um dos problemas que mais afligem não só a comunidade Santa Catarinese, mas todo o país, os consultores

deram uma atencão especial a dimensão económica apresentada neste plano, partindo do pressuposto de que sem o desenvolvimento

económico esquece o social, o ambiental e o político. Apenas, com recursos financeiros os Estados-nações (poderes locais, regionais, centrais,

federais) estarão em condições de através das suas instituições darem respostas as mais diversas demandas que vêm da sociedade.

Nivel de satisfação dos minícipes relativamente a dinámica do desenvolvimento do concelho de Santa Catarina de Santiago; (Pesquisa de

Campo)

Aferição das metas pré-difinidas na etapa da elaboração do Plano Estratégico; (Análise do Plano)

Avaliação do nível de execução dos projectos definidos/delineados no presente plano após um profundo estudo junto das instituiçõs locais,

nacionais e, prinpiciais Atores Sociais do concelho envolvendo 18 eixos de intervenção. (Análise do Plano)

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

241

ALMEIDA, PAULO ROBERTO. Integração Regional: Uma Introdução. São Paulo: Saraiva, 192 p. (Colecção Temas

Essenciais em R.I.). ISBN 978-85-02-19963-7 – 2013.

CABO VERDE. Programa do Governo da IX Legislatura - 2016-2021.

CABO VERDE. Constituição da República de Cabo Verde - 2ª Revisão Ordinária – 2010.

CABO VERDE. Programa do Governo IX Legislatura (2016). Cidade da Praia.

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA CATARINA. Planos Municipais de Desenvolvimento (PMDSC). Nos horizontes 2001 - 2006 e 2007

– 2015.

CHRIS ARGYRIS. A integração indivíduo-organização. São Paulo, Editora Atlas, jul. 1975.

ESTUDO PRELIMINAR DO “PLANO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE SANTA CATARINA NO

HORIZONTE 25”. Perfil Urbano de Assomada

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. 2º Recenseamento Geral da População e Habitação. Praia – Cabo Verde, 1990.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Recenseamento Geral da População e habitação. Praia – Cabo Verde, 2000.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Recenseamento Geral da População 2010. Praia, 2011

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Anuário Estatístico 2015. Praia, 2016

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Censo 2010.INE

REFERENCIAS

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

242

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Inquérito multiobjectivo contínuo 2014. Estatísticas das Migrações. Praia, 2015

MASCARENHAS SEMEDO INDIRA, Desenvolvimento sustentável VS Sobrevivência, aspectos antagónicos e complementares – o

Caso de Santa Catarina de Santiago. Março 2010.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Plano Estratégico Sustentável da Educação 2017-2021. DGPOG. (não editado).

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Anuários Estatísticos da Educação. 2015/16.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Principais Indicadores da Educação.2015/16.

MINISTÉRIO DA SAÚDE E DA SEGURANÇA SOCIAL. Relatório Estatístico 2005 a 2015. Praia, 2016

MESCI, MJEDRH e MED. Plano Estratégico Integrado do Ensino Técnico-Profissional e Emprego – PEITEPE (2012). Cidade da Praia:

MUNDI CONSUTING (2017). Estudo de Atualização Das Ofertas Formativas a Nível do País ,PROGRAMA CVE/081 • 16 569. Cidade

da Praia. Lux devolopement.

NAZARETH, J. MANUEL. A DEMOGRAFIA. Ciência da população. Lisboa, Ed. Presença, Fevereiro, 2004.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. Publicado em 25/09/2017 e actualizado em

12/04/2017.

SAMOA PATHWAYS - Quadro de Ação para os Pequenos Países Insulares, Alinhado com a AGENDA ODS 2030.

UNICEF. Carta de política educativa de Cabo Verde para o período - 2015-2025. (2014). (não editado).

LEGISLAÇÃO

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Plano Estratégico Municipal para o Desenvolvimento Sustentável - Concelho de Santa Catarina – 2017- 2027

243

LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO. Lei nº103/III, de 29 de Dezembro de 1990 com as alterações que foram introduzidas pela Lei

n.º 113/V, de 18 de Outubro de 1999 e pelo Decreto-Legislativo n.º 2, de 7 de Maio de 2010.

DECRETO-LEI N° 26/2006: ACTUALIZA A CLASSIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA E GESTÃO DAS VIAS RODOVIÁRIAS DE CABO

VERDE.

OUTRAS INSTITIÇÕES CONSULTADAS

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS.

INSTITUTO CABO-VERDIANO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

DIRECÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS PENITENCIÁRIOS E DE REINSERÇÃO SOCIAL.