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  • 7/25/2019 Plano Ed Mun Campo Grande MS

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    DIOGRANDEDIRIO OFICIAL DE CAMPO GRANDE-MS

    ANO XVIII n. 4.299 - quarta-feira, 24 de junho de 2015

    Registro n. 26.965, Livro A-48, Protocolo n. 244.286, Livro A-104 Registro Notarial e Registral de Ttulos e Documentos da Comarca de Campo Grande - Estado de Mato Grosso do Sul

    46 pginas

    S U P L E M E N T O - I

    PLANO MUNICIPALDE EDUCAO

    CAMPO GRANDE/MSPME 2015-2025

    Campo Grande/MS2015

    Assinado de forma digital por RODOLFO LARADE SOUZA:01721863150DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Secretaria daReceita Federal do Brasil - RFB, ou=RFB e-CPFA3, ou=VALID, ou=AR CERTCOM,cn=RODOLFO LARA DE SOUZA:01721863150Dados: 2015.06.24 14:14:23 -04'00'

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    DIO GRA NDE n. 4.299PGINA 2 - quarta-feira, 24 de junho de 2015

    LEI n. 5.565, DE 23 DE JUNHO DE 2015.

    APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAODO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE - MS E DOUTRAS PROVIDNCIAS.

    Fao saber que a Cmara Municipal aprova eeu, GILMAR ANTUNES OLARTE, Prefeito Municipal de CampoGrande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, sanciono aseguinte Lei:

    Art. 1 Fica aprovado o Plano Municipal de Educao- PME do municpio de Campo Grande/MS, com vigncia at 2025,de acordo com o estabelecido no Plano Nacional de Educao, naforma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art.214 da Constituio Federal, em consonncia com a Lei Federaln. 13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional de Educao (PNE)e a Lei Estadual n. 4.621/2014 que aprovou o Plano Estadual deEducao (PEE - MS).

    Pargrafo nico. Fica estabelecido que oquantitativo proposto nas metas e o prazo para o seu cumprimento,devero estar em consonncia com aqueles definidos pela LeiFederal n. 13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional de Educao(PNE).

    Art. 2 So diretrizes do Plano Municipal deEducao (PME):

    I - erradicao do analfabetismo;II- universalizao do atendimento escolar;III - superao das desigualdades educacionais,

    com nfase na promoo da cidadania e na erradicao de todasas formas de discriminao;

    IV- melhoria da qualidade da educao;V - formao para o trabalho e para a cidadania,

    com nfase nos valores morais e ticos em que se fundamenta asociedade;

    VI- promoo do princpio da gesto democrticada educao pblica;

    VII - promoo humanstica, cientfica, cultural etecnolgica do Pas;

    VIII- estabelecimento de meta de aplicao derecursos pblicos em educao como proporo do ProdutoInterno Bruto - PIB, que assegure atendimento s necessidades deexpanso, com padro de qualidade e equidade;

    IX- valorizao dos (as) profissionais da educao;X- promoo dos princpios do respeito aos direitos

    humanos, diversidade e sustentabilidade socioambiental.

    Art. 3 As metas e estratgias previstas no Anexodesta Lei sero cumpridas no prazo de vigncia da Lei Federal n.

    13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional de Educao (PNE)e, sero objeto de monitoramento e acompanhamento contnuoe de avaliaes bianuais, realizados pela Comisso Municipal deMonitoramento e Avaliao do PME/Campo Grande/MS - CMMA-PME, constituda pelo Poder Executivo, por meio da SecretariaMunicipal de Educao, e instituda em Dirio Oficial do Municpio,com a participao das seguintes instncias:

    I - Secretaria Municipal de Educao;II - Comisso de Educao do Poder Legislativo

    Municipal;III - Conselho Municipal de Educao;IV - Frum Municipal de Educao;V - Secretaria de Estado de Educao;VI - Ministrio Pblico;

    VII - Associao Campograndense de Professores(ACP);VIII - Federao dos Trabalhadores em Educao

    de MS (FETEMS);IX - Universidades.

    Art. 4 Caber aos gestores municipais a adoode medidas governamentais necessrias ao alcance das metas

    previstas neste Plano Municipal de Educao (PME).

    Art. 5 O Poder Executivo, por meio da SecretariaMunicipal de Educao, estabelecer os mecanismos necessriospara o monitoramento, acompanhamento e avaliao das metas eestratgias do Plano Municipal de Educao (PME), instituindo aComisso mencionada no art. 3 desta Lei.

    Art. 6 Compete a Comisso Municipal deMonitoramento e Avaliao do PME/Campo Grande/MS - CMMA-PME:

    I - monitorar e avaliar bianualmente os resultados daeducao em mbito municipal, com base em fontes de pesquisasoficiais: INEP, IBGE, PNAD, Censo Escolar, IDEB entre outros;

    II - analisar e propor polticas pblicas paraassegurar a implementao das estratgias e o cumprimento dasmetas;

    III - divulgar bianualmente os resultados domonitoramento e das avaliaes do cumprimento das metase estratgias deste Plano Municipal de Educao (PME) nosrespectivos stios institucionais da internet, nas instituies deensino instaladas no municpio e em outros meios de divulgaoque a Comisso Municipal de Monitoramento e Avaliao do PME-CMMA-PME entender necessrios.

    Art. 7 O municpio participar, em regime decolaborao com o estado e a Unio, da realizao de pelo menos2 (duas) conferncias municipais, intermunicipais e estadual deeducao at o final da vigncia deste plano, em atendimento aoPlano Nacional de Educao (PNE).

    Pargrafo nico. As conferncias mencionadasno caput deste artigo sero preparatrias para as ConfernciasNacionais de Educao, previstas at o final da vigncia do PlanoNacional de Educao (PNE), para discusso com a sociedadesobre o cumprimento das metas e, se necessrio, a sua reviso.

    Art. 8 A meta progressiva do investimento pblico

    em educao ser avaliada at o primeiro semestre do quartoano de vigncia do Plano Municipal de Educao (PME) e poderser ampliada por meio de lei complementar, para atender asnecessidades de cumprimento das estratgias propostas.

    Art. 9 O municpio, sobre forma da Lei Nacional,dever aprovar leis especficas para o seu sistema de ensino,disciplinando a gesto democrtica da educao pblica nosrespectivos mbitos de atuao, at junho de 2016.

    Art. 10. O Municpio participar, em colaboraocom a Unio e o Estado, nas instncias permanentes de negociao,cooperao e pactuao para o cumprimento das metas.

    Art. 11. Cabe ao Municpio, a aprovao delei especifica para o sistema de ensino, disciplinando a gestodemocrtica da educao pblica nos respectivos mbitos deatuao, a partir da publicao e aprovao do Plano Municipal deEducao (PME).

    Art. 12. Cabe ao Municpio, ampla divulgao doPlano Municipal de Educao (PME) aprovado por esta lei, assimcomo dos resultados do acompanhamento e avaliaes bianuais doPME, realizadas pela Comisso especfica, com total transparncia sociedade.

    Art. 13. At o final do primeiro semestre do nonoano de vigncia do Plano Municipal de Educao (PME), o PoderExecutivo encaminhar ao Poder Legislativo o Projeto de Leireferente ao Plano Municipal de Educao a vigorar no pr ximodecnio, que incluir a anlise situacional, metas e estratgias paratodos os nveis e modalidades da educao.

    Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua

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    publicao, ficando revogada a Lei n. 4.508, de 31 de agosto de2007.

    CAMPO GRANDE-MS, 23 DE JUNHO DE 2015.

    GILMAR ANTUNES OLARTEPrefeito Municipal

    ANEXO LEI n. 5.565, DE 23 DE JUNHO DE 2015.PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO DE CAMPOGRANDE/MS

    PME 2015-2025

    ANLISE SITUACIONAL

    EUCAO INFANTIL A Lei n 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprovou o

    Plano Nacional de Educao (PNE) para o decnio 2014-2024,estabelece vinte metas com estratgias de ao na articulaode um Sistema Nacional de Educao. Nela a Educao Infantil contemplada especialmente na Meta 1:

    Universalizar, at 2016, a educaoinfantil na pr-escola para as crianasde 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade eampliar a oferta de educao infantil emcreches de forma a atender, no mnimo,50% (cinquenta por cento) das crianasde at 3 (trs) anos at o final da vignciadeste PNE (BRASIL, 2014).

    Desse modo o atual PNE traz para o debate em mbitomunicipal aspectos importantes e elementos substantivos sobrea educao das crianas pequenas. Questes essas que soprioridades nas discusses de elaborao do Plano Municipal deCampo Grande/MS (PME 2015-2024) para garantir os direitos dascrianas de zero a seis anos 1 educao infantil de qualidade.

    Os aspectos apontados pelo PNE nos remetem discussodo Plano Municipal de Educao 2007/2016, em vigncia, comoponto de partida para situar a Educao Infantil em nosso Municpio.

    O contexto expresso no PME 2007/2016, reportava aoordenamento legal da Educao Infantil efetivado a partir daConstituio Federal de 1988 e ratificado pelas Leis n 8.069,14/07/1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente/ECA) e n9.394/96, 20/12/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educao).

    A anlise apontava para as mudanas trazidas pelalegislao vigente, entre elas a obrigatoriedade de oferta peloPoder Pblico, a indissociabilidade entre o cuidar e educar, ocarter predominantemente assistencialista e que precisava serredimensionado quanto ao seu papel nesta etapa da educao.

    Um primeiro aspecto a ser apresentado nas discussessobre a Educao Infantil de Campo Grande/MS diz respeito aesse carter assistencialista apontado naquele momento da anliseque, praticamente, perpassou a vigncia do PME 2007-2016. Istoporque, apenas em janeiro de 2014 houve a revogao do Decreto1 Ao longo do texto, trabalharemos com a faixa etria de 0 a 5 anoscorrespondente Educao Infantil, no entanto, neste momento, nos refe-rimos faixa etria de 0 a 6 anos, pois a legislao educacional determinaque as crianas que completam seis anos aps 31 de maro devem estarmatriculadas na Educao Infantil, mesmo que em Campo Grande umaliminar garanta matrcula no 1 ano para crianas que completem 6 anosat o dia 31 de dezembro, desta forma, consideramos que h crianas comesta idade matriculadas nesta etapa de ensino.

    n 10.000 que ordenava a Gesto Compartilhada dos Centros deEducao Infantil (CEINFs) entre a Secretaria de Assistncia Social(SAS) e Secretaria de Municipal de Educao (SEMED).

    Outro aspecto, diz respeito a demanda crescente pelaEducao Infantil que vem galgando por diferentes realidadesregionais brasileira com discrepncia sobre a oferta de vagas pelopoder pblico nos diversos contextos do pas.Grfico 1:

    Considerando as metas e estratgias estabelecidas, inclusive,pelo Plano Nacional anterior (PNE 2001-2011)2, observamos queas divergncias ressaltam sobre os avanos alcanados. Emborahaja uma crescente oferta de vagas, conforme observado nosgrficos que seguem, esses nmeros expressam que uma parcelasignificativa de crianas ainda no atendida na Educao Infantil,revelando que as creches brasileiras ainda precisam atender cercade 3 milhes de crianas, e a pr-escola, cerca de 1 milho.

    Grfico 2:

    Assim, o processo de consolidao de oferta de vagas pelopoder pblico no Brasil, que fora preconizado no PNE 2001-2011,tem apresentado crescimento do nmero de crianas matriculadasnas creches e pr-escolas, no entanto, ainda h um grande desafio,ou seja, atender as crianas que esto na fila de espera por vagasou, ainda, aquelas que no manifestaram o interesse pela pr-escola.

    De acordo com os dados apresentados pelo Observatriodo PNE3 a porcentagem de crianas de 0 a 3 anos na EducaoInfantil em 1996 era de 8,5% e em 2012, 23,5%. As crianas de 4 a5 anos na Educao Infantil, em 1996, eram de 48,5% e em 2012,

    82,2%.2 Entre os objetivos de metas para a Educao Infantil, estava: Am-pliar a oferta de educao infantil de forma a atender, em cinco anos, a 30%da populao de at 3 anos de idade e 60% da populao de 4 e 6 anos (ou4 e 5 anos) e, at o nal da dcada, alcanar a meta de 50% das crianas de0 a 3 anos e 80% das de 4 e 5 anos.3 Observatrio do Plano Nacional de Educao. Disponvel em http://www.obser-vatoriodopne.org.br/metas-pne/1-educacao-infantil . Acesso em 05/11/2014.

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    A configurao atual da Educao Infantil no municpiotambm reflete avanos relativamente significativos em relao aoesperado tanto no PNE 2001-2011, quanto PME 2007-2016.

    Na tabela 1, comparando-se aos anos de 2012 e 2013, ho registro de crescimento no total geral, correspondente a 1.854novas matrculas na pr-escola, ao passo que na creche houve umdecrscimo de 249 novas matrculas. O que podemos constatar que a disparidade entre creche e pr-escola foi ampliada aolongo dos anos, denotando uma tendncia na poltica municipalde priorizar a oferta educativa s idades mais prximas do ensinofundamental.

    Tabela 1: Matrcula na Educao Infantil por Dependncia Administrativa

    AnoTotalGeral Matrcula Dependncia Administrativa

    Estadual Federal Municipal Privada

    Creche Pr-escola CrechePr-

    escola CrechePr-

    escola CrechePr-

    escola CrechePr-

    escola

    2010 15.773 12.061 195 130 - - 11.111 7.233 4.467 4.698

    2011 17.245 12.024 196 120 - - 11.958 7.284 5.091 4.620

    2012 17.462 15.546 212 118 - - 12.043 10.623 5.207 4.805

    2013 17.214 17.400 221 126 - - 11.428 12.411 5.565 4.863

    Creche: 0 a 3; Pr-escola: 4 a 5

    Fonte: INEP/MEC

    Ressalta-se que, muitos esforos esto sendo desprendidospelo poder pblico no sentido de ampliar a oferta de vagas paracrianas de zero a trs anos, porm a adequao do nmerode crianas por sala, que est sendo feita gradualmente paraatender a legislao e garantir padres mnimos de qualidade, nopermite que o nmero de vagas oferecidas a cada ano impactuepositivamente na demanda do Municpio.

    Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica(IBGE/2010) mostram que a estimativa da populao de CampoGrande em 2014 de 843.120 habitantes. Destes, em torno de68.552 pertencem faixa etria de 0 a 5 anos.

    A cidade possui uma rea de 8.092,951 Km2, dividida emregies: Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa,Prosa e Segredo (alm dos Distritos de Anhandu e Rochedinho). A populao apresenta-se de maneira diferenciada nestas regies,com uma maior concentrao nos bairros que compreendem a regiodo Anhanduizinho, Segredo, Bandeira e Lagoa, respectivamente.

    Conforme o mapa 1 possvel verificar as concentraes

    populacionais na cidade de Campo Grande, o que pressupe

    apontar as caractersticas e as demandas de cada regio no sentidode contribuir para o planejamento de aes que atendam as suas

    necessidades. Nesse sentido, um aspecto a ser observado est

    relacionado populao. A tabela 2 demonstra uma concentrao

    proporcional populao residente apresentada no mapa,

    MAPA 1

    Anhanduizinho e Segredo, apenas com uma inverso entre as

    regies Lagoa e Bandeira.

    Tabela 2: Perfil demogrfico segundo as Regies Urbanas, Rurais e Distritos- 2010

    Regio Populao com idade de 0 a 4 Anhanduizinho 14.809Bandeira 8.084Centro 3.091Imbirussu 6.777Lagoa 8.656Prosa 5.776Segredo 8.897Campo Grande (urbana e rural) 56.961Distrito de Anhandu (urbana e rural) 243Distrito de Rochedinho (urbana e rural) 60Demais reas rurais 568Fonte: h p://capital.ms.gov.br/sisgran

    Vale destacar que, no que diz respeito as populaes das reas rurais, correspondentes aos distritos e cidade de Campo

    Grande/MS, estas so atendidas predominantemente pela RedeMunicipal de Educao (REME).

    De acordo com a tabela 3, observa-se que num perodo dedez anos a maioria das regies de Campo Grande/MS apresentouuma reduo da populao, referente aos grupos de idade de 0 a4 anos e 5 a 9 anos. Apenas nas regies Prosa e Segredo ocorreuum aumento da populao entre 0 a 4 anos. De maneira geral,o perodo cotejado demonstra que as regies mais populosas semantiveram entre: Anhanduizinho, Segredo, Lagoa e Bandeira,com destaque a regio do Anhanduizinho, onde h praticamenteo dobro da populao em relao a cada uma das demais regies.

    Tabela 3: Populao por grupo de idade, segundo as Regies de CampoGrande 2000/2010

    Regio2000 2010

    Grupos de idade Grupos de idade0 a 4 5 a 9* 0 a 4 5 a 9*

    Anhanduizinho 15.407 16.184 14.809 14.567Bandeira 8.743 9.576 8.084 7.955Centro 3.981 4.668 3.091 3.236Imbirussu 8.011 8.509 6.777 6.968Lagoa 9.036 9.591 8.656 8.609

    Prosa 5.116 5.575 5.776 5.705Segredo 8.065 8.509 8.897 8.398Campo Grande 59.370 63.571 56.961 56.371Fonte: h p://capital.ms.gov.br/sisgran*Embora grupo de idade extrapole o atendido pela Educao Infantil, os dados permitemanalisar num perodo de 10 anos a populao constituda em cada regio.

    No que diz respeito renda nestas regies, possvelconstatar, por meio do levantamento do rendimento nominalmdio mensal da populao, conforme a tabela 4, que a regio do Anhanduizinho, onde h maior concentrao populacional, ondeexiste um menor rendimento (R$ 656,21), seguido da regio doSegredo (R$ 738,83) e da Lagoa (R$ 764,88).

    Tabela 4: Rendimento nominal mdio mensal da populao (R$)Regio Rendimento (R$)

    Anhanduizinho 656,21Bandeira 985,33Centro 2.270,14

    Imbirussu 872,35

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    Lagoa 764,88Prosa 1.647,26

    Segredo 738,83Fonte: h p://capital.ms.gov.br/sisgran

    Os dados relacionados populao, quanto ao perfildemogrfico e rendimento, indicam um retrato local como ponto departida para o estudo, o planejamento e aes que impactem naoferta de vagas para a Educao Infantil. Os dados do Censo 2014em Campo Grande/MS mostram que as matrculas na EducaoInfantil, da Rede Municipal, por regio, foram:

    Tabela 5: Matrcula inicial da pr-escola na Rede Municipal de Campo Grandepor Regio

    Anhanduizinho 3.313Bandeira 1.713Centro 572

    Imbirussu 1.402Lagoa 1.685Prosa 1.037

    Segredo 1.580Fonte: Edunet outubro 2014

    Observa-se que a oferta de vagas se relaciona com aconcentrao populacional nas regies do Anhanduizinho, Bandeirae Lagoa. Neste sentido, para que este atendimento atenda snecessidades de demanda de cada regio, preciso conhecerestas diferentes realidades que se configuram na cidade de CampoGrande/MS.

    De acordo com os dados do IBGE/2010, observamos queem relao s metas do PNE 2014-2024 de atendimento paraa Creche (50%) e para a pr-escola (100%), h um desafio emtermos de ampliao de vagas, sem abrir mo da qualidade de

    atendimento ou mesmo, deixar de atender a demanda de 0 a 3anos.

    Neste sentido, a ampliao de vagas para atender a demanda de100% no deve comprometer a oferta de vagas de 0 a 3 anos.Como possvel observar nos indicadores seguintes, o sistemamunicipal de ensino oferta 29,8% de vagas s crianas de 0 a 3anos, o que significa em ampliar em, no mnimo 20% de vagas ato final da vigncia do atual Plano Nacional de Educao. Dito isto, necessrio ampliar o nmero de vagas para as crianas de 4 a5, sem diminuir o percentual de crianas que est sendo atendidode 0 a 3 anos.

    Os nmeros evidenciam desafios educacionais pontuais para

    atender as crianas de 0 a 5 anos, porm necessitamos avanarnesse atendimento para alm do acesso. Precisa-se garantir que aincluso das crianas de 0 a 5 anos nas instituies educativas sejaacompanhada pela oferta de ambientes educacionais adequados,professores bem formados, alimentao saudvel, materiais emobilirios seguros, diversificados e em quantidades suficientes.S assim, promoveremos o desenvolvimento integral das crianas.

    Embora os nmeros evidenciem os desafios educacionais

    para com as crianas, inclu-las do ponto de vista a garantirapenas o acesso no adianta. Os direitos das crianas incluem aqualificao desse ambiente educacional, seja do ponto de vista doprprio espao, da oferta de professores qualificados, alimentao,sade, lazer, transporte e outras dimenses, sempre em dilogocom o desenvolvimento integral desses indivduos. Essas questesvo para alm da meta 1 do PNE 2014-2024 e perpassam todadiscusso sobre o plano e sobre a proposta de educao almejadapelo pas.

    Outro aspecto a considerar a estratgia 1.6: implantar,at o segundo ano de vigncia deste PNE, avaliao da educaoinfantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base emparmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestruturafsica, o quadro de pessoal, as condies de gesto, os recursospedaggicos, a situao de acessibilidade, entre outros indicadoresrelevantes. H que se entender o carter avaliativo institucional,afastando e impedindo definitivamente a adoo de avaliaesem larga escala para aferir desempenho de criana na educaoinfantil.

    O Censo Escolar 2014 apresenta um total de 23.052crianas matriculadas na rede pblica da Educao Infantil e

    11.263 matriculadas na rede privada (incluindo as Organizaesno Governamentais), num total de 34.315 crianas, conforme atabela 6:

    Tabela 6: Matrculas na Educao Infantil de Campo Grande por dependnciaadministrativa - 2014

    Ano Total Rede Pblica Rede Privada2014 34.315 23.052 11.263

    Fonte: Censo Escolar 2014

    Desta forma, os nmeros mostram que do universo de 68.552crianas de 0 a 5 anos (conforme dados do IBGE/2010), 50,5%frequentam as instituies de Educao Infantil. Do total de crianasmatriculadas 67,17% so da rede pblica (sistema municipal eestadual de ensino) e 32,82% da rede particular. Ressalta-sea importncia do papel do poder pblico no atendimento e naoferta de vagas para a Educao Infantil, neste sentido precisogarantir que a demanda seja atendida, tendo como referncias asnecessidades regionais.

    A rede pblica municipal de ensino responsvel pela maioriada oferta de vagas da Educao Infantil. Quanto distribuio dematrculas em creches e pr-escolas, este atendimento vem sendofeito pelos CEINFs e escolas municipais.

    O municpio tem matriculado 23.152 crianas de 0 a 5 anos,sendo 11.640, representando 50,27% nas Creches (0 3 anos) e11.512 representando 49,72% na pr-escola, conforme a tabela 7:

    Tabela 7: Matrcula inicial na Creche e Pr-Escola da rede municipal, urbanaem tempo parcial e integral.

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    Dependncia Administrativa

    Matrcula InicialEnsino Regular

    Educao InfantilCreche Pr-escola

    Parcial Integral Parcial IntegralCAMPO GRANDEMunicipal Urbana -(Escola)

    0 0 9.101 188

    Municipal Urbana -(Ceinf)

    0 11.640 315 1.908

    Total 0 11.640 9.416 2.096Fonte: Edunet outubro 2014

    Observa-se a inexistncia de atendimento em creches ruraisna rede pblica, conforme demonstra a Tabela 8. Um pequenocontingente de crianas inicia seu processo de escolarizao napr-escola. A partir destes dados no h possibilidade de apresentarproposies a respeito da real demanda e da oferta de EducaoInfantil.

    Tabela 8: Educao Infantil Atendimento populao do CampoLocalidade Matrculas na Rede Pblica

    C a m p oGrande

    2011 2012 2013Creche Pr-

    EscolaCreche Pr-

    EscolaCreche Pr-

    Escola0 48 0 76 0 81

    Fonte: Observatrio do PNE Meta 1: Dossi por localidade

    A zona urbana apresenta um maior contingente de matrculase a oferta de vagas na Creche e na Pr-escola , na maioria, emperodo integral. Ressalta-se que na Pr-escola, h um quantitativosignificativo de vagas oferecidas em perodo parcial, especialmente

    nas escolas. A Tabela 9 demonstra que h um decrscimo na oferta dematrculas em perodo integral entre os anos de 2011 e 2013.

    Tabela 9: Porcentagem de matrculas em tempo integral na Educao Infantil Dados Campo Grande

    RedeAno

    2011 2012 2013% No. % No. % No.

    Federal 0 0 0 0 0 0Estadual 72% 232 89,2% 298 86,1% 303Municipal 76,6% 14.410 63,9% 14.544 56,8% 13.601Todas as Redes 61,8% 18.152 55,3% 18.338 50,5% 17.565Fonte:

    Observatrio do PNE Meta 1: Dossi por localidade

    Considera-se preocupante essa ruptura na Educao Infantil,sobre a oferta de vagas em perodo integral para a Creche e parcialpara a Pr-escola, bem como esse decrscimo observado noperodo de 3 anos, o que vai na contramo das discusses acercado atendimento em tempo integral, previsto inclusive no atual PNEe nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil.

    H que considerar tambm uma situao que interfere sobreas questes de oferta de vagas para a Educao Infantil em CampoGrande/MS. Uma liminar em vigor no municpio4, estabelece

    que as crianas de 5 anos possam frequentar o primeiro ano doEnsino Fundamental, desde que completem 6 anos at o dia 31de dezembro. Esta situao, de certa forma, diminui o impactosobre o aspecto da expanso para este grupo etrio, e deve serconsiderado no sentido de no comprometer a real demanda porvagas, tendo em vista a universalizao da faixa etria de 4 a 5 anos4 Tribunal de Justia do Mato Grosso do Sul.

    em 2016. De acordo com o Indicador 1A Percentual da populaode 4 e 5 anos que frequenta a escola, mencionado anteriormente,o municpio precisa ampliar em torno de 19,2% a oferta de vagaspara chegar a 100% das crianas atendidas.

    Relacionado tambm a Meta 1 do PNE 2014-2024, aformao dos profissionais que atuam na Educao Infantil emCampo Grande/MS, conforme a tabela 10, nos ltimos anos, vempassando por transformaes que vieram atender a deliberao doConselho Municipal de Educao, n 1.203/2011. De acordo comessa deliberao, para atuar na Educao Infantil os professoresadmitidos devero ser formados em Pedagogia com especificidadena Educao Infantil.

    As redes pblica e privada tm percorrido caminhos distintosno que diz respeito formao inicial, formao continuada e aotempo para planejamento. Os professores da rede pblica possuem1/3 de hora atividade para o planejamento da prtica pedaggica,sendo este realizado metade na instituio e a outra em local delivre escolha. Os professores das instituies particulares no tmesse direito adquirido, ficando para cada instituio a deciso sobreo atendimento a essa demanda do trabalho docente.

    Tabela10: Docentes da Educao Infantil Por formao

    AnoEnsino

    FundamentalEnsino Mdio

    Normal/MagistrioEnsino Mdio Ensino Superior

    Pblica Privada Pblica Privada Pblica Privada Pblica Privada

    2011 0%(0)

    0,5%(3)

    1,5%(13)

    22,2%(139)

    1,4%(12)

    19,5%(122)

    97,1%(844) 57,9%(363)

    2012 0%(0)

    0,3%(2)

    0%(0)

    14%(93)

    0,9%(10)

    19,8%(131)

    99,1%(1.166) 65,9%(437)

    2013 0%(0)

    0,4%(3)

    0,1%(1)

    9,4%(64)

    1,2%(16)

    17,9%(122)

    98,7%(1.324) 72,3%(494)

    Fonte: Observatrio do PNE Meta 1: Dossi por localidade

    Em relao formao inicial no Ensino Superior, na redeprivada, em 2013, conforme a tabela acima, ainda se encontravadefasada. A rede pblica tem atingido 100% de professores comformao especfica, no entanto, ainda h categorias profissionais(como recreadores) sem a formao adequada, que ficam com ascrianas sob os seus cuidados em perodo oposto ao que atuamos docentes.

    Tendo em vista a obrigatoriedade da matrcula na pr-escolaat 2016, necessrio considerar os aspectos aqui apontados emrelao as caractersticas de cada regio do municpio de CampoGrande/MS, entre os ajustes de extrema relevncia para que aampliao de vagas no comprometa as conquistas obtidas, bemcomo a qualidade da oferta da Educao Infantil.

    Neste sentido, possvel identificar uma projeo dedemanda por regio do municpio de Campo Grande/MS, conformea tabela 11:

    Tabela 11: Projeo para 2016, por regio a partir dos Nascidos em 2012

    RegioAno 2012

    Nascidos DemandaAnhanduizinho 3.452 2.353Bandeira 2.045 1.457Centro 860 838Imbirussu 1.527 1.041Lagoa 2.008 1.617Prosa 1.285 945Segredo 2.160 1.716Fonte: Central de matrculas/ SEMED- base de dados IBGE

    Sendo assim, para a universalizao da pr-escola at2016, necessita-se a abertura de 9.967 vagas no municpio de

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    Campo Grande/MS, distribudas entre a rede particular e pblica,ressaltando que em torno de 28% desta demanda ser absorvidapela rede particular, levando em conta historicamente o percentualque frequenta tais instituies.

    ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MDIO

    Com a implantao do ensino de nove anos na Rede

    Municipal de Ensino de Campo Grande/MS (REME) busca-se,entre outros fatores, ajustar as Unidades de Ensino para atenderas crianas e adolescentes de 6 a 14 anos. Para tanto, faz-senecessrio dimensionar qual o nmero dessa populao nos anosde 2010 a 2013, a fim de se projetar a demanda de vagas paraos prximos anos e, com isso, estabelecer planos de aes quepossibilitem remanejar vagas e, em outros casos, construir novasunidades em regies de expanso.

    A partir das anlises dos dados coletados no CENSO/INEP/MEC e DATASUS, constatou-se que as Redes de Ensino, tantopblicas como privadas, conseguem ofertar vagas para 95% dascrianas e adolescentes, em mdia, nesta faixa etria (tabela 1).Tal resultado mostra que ainda h muito a ser feito, haja vista que oideal era atender 100% dessa populao pela escola.

    Tabela 1: Dados Esta s cos: Populao de 6 a 14 Anos X Matrculas

    Item Dados/IndicadoresANO

    2010 2011 2012 20131 Populao de 6 a 14 anos 121.059 122.515 123.921

    2

    N de matrculas a) publicas 95.265 94.762 92.021 89.419b) privadas 4.842 4.754 4.935 4.993c) sistema S 456 490 662 760d) outras

    3

    N de escolas a) pblicas 277 277 278 278b) privadas 171 168 164 162c) sistema S 1 1 1 1d) outras

    No intuito de promover uma educao de qualidade, nomunicpio de Campo Grande/MS existem 79 escolas pblicasque ofertam a educao em tempo integral, englobando escolascom dois turnos, Programa Mais Educao, entre outros projetosvinculados ao Ministrio de Educao (MEC) contados comoeducao de tempo integral. J a rede particular vem a cada anoreduzindo o nmero de escolas em tempo integral, visto que em2010 eram 12 e em 2013, 5, conforme o CENSO/INEP/MEC (tabela2).

    Tabela 2: Dados Esta s cos: Escolas de Tempo Integral X Matrculas

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013Matrculas de alunos em Tempo Integral a) pblicas 5813 5406 5562 7204b) privadasc) sistema SNmero de Escolas de Educao Bsicaexistentes no municpio em Tempo Integrala) pblicas 79 79 87b) privadas 12 14 5c) sistema Sd) outras

    Em relao aos recursos e materiais didticos, as Unidadesde Ensino vm, a cada ano aumenta a oferta, com o intuito desubsidiar a prtica pedaggica e administrativa, conforme tabela3. Com isso, demonstra-se o interesse em atender o que orientado pelos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs - 1996,p. 46), no tocante a propiciar diferentes experincias aos alunosdurante a aprendizagem e que essa no ocorra no sentido de umaeducao bancria, mas que seja prazerosa e significativa para odesenvolvimento cognitivo dos alunos.

    Tabela 3: Dados Esta s cos: Recursos Materiais/Did cos

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013Recursos materiais/didticos Escolaspblicas a) mesas b) cadeiras c) computadores 5145 5670 5751 4975d) aparelhos som 238 251 256 255e) livros (bibliotecas) 149 146 149 145f) televiso 267 274 273 268

    g) armrios h) Laboratrio de Informtica 205 189 185 179i) Laboratrio de Cincias 23 23 25 51

    j) sala para leitura 15 18 25 25l) sala para Atendimento especial 89 93 97 94m) impressoras 253 249 255 247n) antena Parablica 78 69 74 78o) mquinas copiadoras 175 176 177 149p) retroprojetor 7 173 172 170 163Recursos materiais/didticos Escolasprivadas a) mesas b) cadeiras c) computadores 1978 1888 1873 1938d) aparelhos som 167 165 161 146e) livros (bibliotecas) 125 124 119 115f) televiso 169 165 160 151g) armrios h) impressoras 167 167 161 153i) antena Parablica 10 14 16 29

    j) sala para atendimento especial 5 5 9 8l) Laboratrio de Informtica 106 103 103 100m) Laboratrio de Cincias 38 35 36 33n) mquina Copiadora 150 150 148 141o) retroprojetor 101 107 105 101p) sala de leitura 40 43 53 59

    Recursos materiais - sistema S a) mesas b) cadeiras c) computadores 2 2 2 2d) aparelhos som 2 2 2 2e) livros (bibliotecas) f) televiso 2 2 2 2g) armrios h) ventiladores 8 8 8 8i) ar condicionados 18 18 18 18

    j) aparelhos de DVD 2 2 2 2k) data show 2 2 2 2l) impressoras 1 1 1 1

    Os resultados dos investimentos na rede pblica, com oobjetivo de alcanar a melhoria das condies de ensino fizeramcom que as proficincias dos alunos do Ensino Fundamentalaumentassem, sensivelmente, nos ltimos trs anos, de acordocom a tabela 4.

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    DIO GRA NDE n. 4.299PGINA 8 - quarta-feira, 24 de junho de 2015Tabela 4: Dados Esta s cos: Pro cincias

    Dados/IndicadoresAno

    2005 2007 2009 2011Proficincia em L ngua Portuguesa Anos Iniciais do Ensino Fundamentala) Rede Municipal 179,6 179,65 190,72 200,98b) Rede Estadual 191,2 195,5 198,01 209,38c) Rede Privada 214,2 217,2 225,55 233,34Proficincia em Matemtica Anos Iniciais do Ensino Fundamentala) Rede Municipal 184,2 196,84 207,6 218b) Rede Estadual 195 214,06 218,07 228,13c) Rede Privada 229,03 238,33 244,82 253,28d)outras Proficincia em Lngua Portuguesa Anos Finais do Ensino Fundamentala) Rede Municipal 248,6 195,5 198,01 209,38b) Rede Estadual 237,4 241,19 254,1 248,95c) Rede Privada 269,73 268,22 287,77 285,23Proficincia em Matemtica Anos Finais do Ensino Fundamentala) Rede Municipal 242,7 251,59 264,71 259,45b) Rede Estadual 251,7 253,61 254,25 256,14c) Rede Privada 284,89 286,03 305,13 298,53d) outras Proficincia em Lngua Portuguesa Ensino Mdioa) Rede Municipal b) Rede Estadual 263,85 263,14 279,15 279,62c) Rede Privada 311,02 305,45 316,46 308,54Proficincia em Matemtica Ensino Mdioa) Rede Municipal b) Rede Estadual 270,5 272,37 282,41 284,15c) Rede Privada 338,91 329,85 335,52 329,28d)outras

    Tais melhorias podem ser observadas no ndice de aprovao(tabela 5) tanto do Ensino Fundamental como do Ensino Mdio.Tabela 5: Dados Esta s cos: Indicadores Educacionais - Taxa de Aprovao

    Dados/IndicadoresAno

    2005 2007 2009 2011Indicadores Educacionais do Ensino Fundamental - Taxa de Aprovaoda Rede Pblica 2 ano 73,4 81,5 82,9 883 ano 81 88,1 88,7 90,54 ano 80,9 88,9 89 93,35ano 84,6 91,4 92 94,3Indicadores Educacionais do Ensino Fundamental - Taxa de Aprovaoda Rede Privada2 ano 96,2 97,6 96,9 96,93 ano 98 98,5 98,4 984 ano 98,3 98,7 98,8 985ano 98,3 98,4 98,5 98,5Indicadores Educacionais do Ensino Fundamental - Taxa de Aprovao

    da Rede Pblica6 ano 66,5 78,5 81,2 82,97 ano 70,3 79,08 79 84,68 ano 69 81,1 81,1 84,69ano 79,2 85,1 84,8 84,8Indicadores Educacionais do Ensino Fundamental - Taxa de Aprovaoda Rede Privada6 ano 96,2 97,3 96,4 95,87 ano 95,4 96 95 94,78 ano 95,2 96,4 94,6 94,79ano 94,5 96,5 94,3 95,3Indicadores Educacionais do Ensino Mdio - Taxa de Aprovao daRede Pblica1 ano 53,9 60,9 59,3 60,12 ano 67 73,3 72,5 73,53 ano 74,4 79,4 79 82,2Indicadores Educacionais do Ensino Mdio - Taxa de Aprovao daRede Privada2 ano 90,8 90,9 91,6 88,93 ano 95,1 94,9 94,4 94,24 ano 97,5 97,9 96,7 96,8

    No entanto, h muito a ser feito para serem alcanadas, noterritrio de Campo Grande/MS, as metas fixadas pelo MEC, pois,em algumas etapas de ensino o ndice de Desenvolvimento daEducao Bsica (IDEB) o que foi previsto como meta para 2013ou est abaixo da meta para 2013, conforme a tabela 6.

    Tabela 6: Dados Esta s cos: Ideb X Metas

    Dados/IndicadoresAno

    2005 2007 2009 2011Indice de Desenvolvimento da Educao Bsica - Anos Iniciais doEnsino Fundamentala) Rede Municipal 4,2 5,1 5,2 5,8b) Rede Estadual 3,6 4,3 4,6 5c) Rede Privada Indice de Desenvolvimento da Educao Bsica - Anos Finais do EnsinoFundamentala) Rede Municipal 3,7 4,5 4,8 5b) Rede Estadual 3,2 3,7 3,7 3,5c) Rede Privada Indice de Desenvolvimento da Educao Bsica - Ensino Mdio doEnsino Fundamentala) Rede Municipal

    b) Rede Estadual 2,8 3,4 3,5 3,5c) Rede Privada 5,8 5,6 5,8 5,5Metas Projetadas para a evoluo do Ideb- Anos Iniciais do EnsinoFundamentala) Rede Municipal 4,3 4,6 5b) Rede Estadual 3,6 4 4,4c) Rede Privada Metas Projetadas para a evoluo do Ideb- Anos Finais do ensinoFundamentala) Rede Municipal 3,8 3,9 4,2b) Rede Estadual 3,2 3,4 3,6c) Rede Privada Metas Projetadas para a evoluo do Ideb- Ensino Mdioa) Rede Municipal b) Rede Estadual 2,9 3 3,2c) Rede Privada 5,8 5,9 6

    No que tange meta de alfabetizar todas as crianas at oterceiro ano do Ensino Fundamental, nota-se que na rede pblicaainda h um expressivo caminho a ser percorrido, visto que, emmdia 92% das crianas so aprovadas, contra 97% na redeparticular (tabela 7). No entanto, a rede pblica absorve maiornmero de crianas nas turmas de 2 e 3 anos, em comparaocom a rede particular; com isso, necessita de mais profissionaisespecializados no processo de alfabetizao em todas as reas de

    conhecimento.Tabela 7: Dados Esta s cos: Matrculas X Indicadores Educacionais

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013Indicadores Educacionais - 2 ano do Ensino Fundamental - RedePblicaMatrculas 9452 9319 8700 7188

    Aprovao 85,3 90,3 90,9 Reprovao 14,4 9,4 8,9

    Abandono 0,3 0,3 0,2 Indicadores Educacionais - 2 ano do Ensino Fundamental - RedePrivada

    Matrculas 2418 2533 2513 Aprovao 96,6 Reprovao 3,3

    Abandono 0,1 Indicadores Educacionais - 3 ano do Ensino Fundamental - RedePblicaMatrculas 11167 9055 9123 8609

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    Aprovao 90,6 92,7 92,8 Reprovao 9,3 7,1 7,1

    Abandono 0,1 0,2 0,1 Indicadores Educacionais 3 ano do Ensino Fundamental - RedePrivadaMatrculas 2382 2347 2376

    Aprovao 97,9 Reprovao 2

    Abandono 0,1

    Analisando a tabela 8, observa-se que o nmero deprofissionais que esto exercendo suas funes nas unidadesde ensino vem aumentando nos ltimos anos, esse fato pode tersido provocado por dois fatores. O primeiro deles diz respeito construo de algumas escolas e CEINFs pelo poder pblico,o que leva o governo a contratar, por meio de concurso outemporariamente, profissionais das diferentes reas da educao,bem como profissionais administrativos para atender as crianaslotadas nestas unidades. O segundo refere-se implantao da Lein 11.738, de julho de 2008, que obrigou a reestruturao da cargahorria dos professores, da Rede Municipal de Ensino (REME), em13 horas de atividades com alunos e 7 horas de planejamento, oque fez com que o quadro de professores aumentasse em, pelomenos, 30% nos ltimos anos.

    Tabela 8: Dados Esta s cos: Quan ta vo de Professores X Formao Acadmica

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013N de professoresa) pblicas 7435 7454 7708 7927b) privadas c) sistema S 39 39 39 39d) outras

    Formao dos Professores- Escolas Pblicasa) sem formao 170 129 47 56b) graduado 3515 2821 2813 2825c) com formao EI 49 482 627 608d) especialista 870 4228 4204 4097e) especialista EI 16 23 29 34f) mestre 47 139 148 149g) doutor 4 10 16 16Formao dos Professores Escolas Privadasa) graduado b) com formao EI 360 477 600 661c) especialista 65 84 86 92d) especialista EI 229 277 253 241

    e) mestre 1 1 2 0f) doutor 1 1 1 0Formao dos Professores sistema Sa) graduado Pedagogia 24 24 24 24b) com formao EI 15 15 15 15c) especialista 16 16 16 16d) especialista EI e) mestre 1 1 1 1f) doutor

    Percebe-se, ainda, que a maioria dos professores cursouo Ensino Superior. Tal ao est em consonncia com o que

    proposto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional(LDB) - Lei n 9.394/96, que preconiza a necessidade do profissionalpossuir licenciatura plena na rea. Nota-se que um percentualdos professores buscou cursos de especializao, mestradose doutorados como forma de aperfeioamento profissional, quepossibilitou melhorias nos processos de ensino e aprendizagem.Entretanto, no ltimo ano, o nmero de professores com mestrado

    e doutorado na rede privada foi zerado, esse fato pode ter ocorridopor falta de incentivo para os professores continuarem estudandopara se especializarem ou pela necessidade de reduo de custonas escolas da referida rede.

    No tocante ao Ensino Mdio, percebe-se na tabela 9, queo nmero de alunos matriculados teve um aumento gradual;entretanto, o nmero de matrcula indica que nem todos osconcluintes do Ensino Fundamental so matriculados no EnsinoMdio. Outro fator a ser observado no Ensino Mdio foi que,nos ltimos anos, constatou-se sensvel reduo do nmero deprofessores, tal situao pode ter como uma das suas causas areduo do nmero de alunos matriculados nas unidades.

    Tabela 9: Dados Esta s cos: Matrcula no Ensino Mdio

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013Populao de 15 a 17 anosN de matrculas a) publicas 27612 28302 29029 29026b) privadas 6499 6534 6198 5601c) sistema S d) outras 34111 34836 35227 34627

    De acordo com o CENSO/INEP/MEC (tabela 10), cerca de95% dos professores possuem curso de licenciatura.

    Tabela 10: Dados Esta s cos: Formao Acadmica dos Professores do Ensino Mdio

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013N de professores - Ensino Mdio a) pblicas 1795 1806 1526 ncb) privadas 640 655 457 ncc) sistema S

    d) outras Federal 50 67 79 ncFormao dos Professores- Escolas Pblicas

    a) graduado nc 99,80% 99,2 98,5c) especialista e) mestre f) doutor Formao dos Professores EscolasPrivadas a) graduado nc 96,80% 96,60% 93,20%c) especialista e) mestre f) doutor

    Outro fator no Ensino Mdio que precisa de ateno emrelao ao ndice de aprovao dos alunos, visto que, em mdia,somente 68% dos alunos conseguem aprovao nos ltimosanos, de acordo com a tabela 11, sinalizando a necessidade derepensar a proposta do Ensino Mdio, sobretudo, na rede pblica,o que corrobora com os movimentos do MEC em discutir um novocurrculo para esta etapa de ensino.

    Tabela 11: Dados Esta s cos: indicadores Educacionais (aprovao, reprovao eabandono)

    Dados/IndicadoresAno

    2010 2011 2012 2013Indicadores Educacionais - Redepblica a) Aprovao 66,80% 68,40% 69,30% 68,60%b) Reprovao 21,40% 20,90% 17,90% 19,30%c) Abandono 11,80% 10,70% 12,80% 12,10%

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    DIO GRA NDE n. 4.299PGINA 10 - quarta-feira, 24 de junho de 2015

    Indicadores Educacionais - Redeprivada a) Aprovao 94% 94,20% 94,80% 94,70%b) Reprovao 5,80% 5,60% 5,00% 4,90%c) Abandono 0,20% 0,20% 0,20% 0,40%

    Observando a tabela 12, nota-se que no territrio de CampoGrande/MS ainda preciso aumentar a escolarizao na faixa etriados 15 aos 29 anos. Ainda h aqueles que conseguiram concluir o

    Ensino Fundamental, contudo, no conseguiram concluir o EnsinoMdio (123.741). Outros (196.953) conseguiram concluir o EnsinoMdio, mas, por motivos diversos, no conseguiram frequentar ouconcluir o Ensino Superior.

    Tabela 12 : Escolaridade Mdia em Campo Grande

    Dados/IndicadoresAno2010

    Populao de 15 a 29 anos a) geral 217.420b) no campo 2.489c) negros 41.392Escolaridade mdia da populao de Campo Grandea) sem instruo e Fundamental Incompleto 263.883b) Fundamental Completo e Mdio Incompleto 123.741c) Mdio Completo e Superior Incompleto 196.953c) Superior Completo 86.897

    Vale ressaltar que 86.897 cidados campograndensesconseguiram concluir a Educao Bsica e o Ensino Superior,demonstrando, entre outras concluses, que o gargalo deoportunidades ainda estreito para atender a todas as demandasde ensino existentes.

    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    O nmero de escolas pblicas das Redes Municipal eEstadual de Ensino que ofertaram a Educao de Jovens e Adultos(EJA) foram reduzidas no decorrer dos anos e na Rede Federal, oInstituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), campus CampoGrande/MS, ofereceu vagas para a EJA apenas nos anos de 2011e 2012. Nas escolas privadas do municpio, esse nmero manteveestvel, sendo que no Sistema S a EJA foi oferecida na EscolaSESC - Unidade HORTO.

    Anos

    Dados

    2010 2011 2012 2013

    Populao de 15 anos ou mais

    Nmeros deEscolas (queoferecem EJA)

    a)Pblicas Municipal 30 23 20 18Estadual 38 40 22 20Federal - 01 01 -

    b) Privadas 06 07 07 06

    c)SistemaS

    SESC 01 01 01 01SENAC - - - -SENAI - - - -SESCOOP - - - -SENAR - - - -SENAT - - - -

    Fonte: Dados obtidos pela autora no site: h p://www.qedu.org.br/busca/112-mato-grosso-do-sul/547-campo-grande REME/EDUNET (2010,2011,2012,2013)

    O nmero de alunos matriculados nas escolas pblicas daRede Municipal de Ensino (REME) apresentou-se instvel, pois noano de 2010 correspondeu a um total de 4.217, no ano de 2011 a 2.526, no ano de 2012 ampliou para 4.770, e no ano de 2013, o

    nmero de matrculas na EJA foi reduzida para 1.893 alunos.Na rede estadual, esses nmeros mantiveram elevados nos

    trs primeiros anos, sendo reduzidos consideravelmente no ano de2013. Na escola pblica federal os dados referem-se apenas aosanos de 2011 e 2012 apresentando queda nas matrculas e nasescolas privadas houve um aumento na procura pela EJA, apesardo ltimo ano essa quantidade ter sido inferior a 2011. O SESCHorto, representando o Sistema S, foi a nica escola a apresentarconsidervel aumento nas matrculas no decorrer dos anos. Aindaem relao a esta Instituio, ressaltamos que somente o SESCHORTO encaminhou os dados solicitados sobre o nmero deprofessores alfabetizadores e especificidades da formao dessesprofissionais que atuam na EJA, conforme a tabela abaixo:

    N de professores (alfabetizadores daEJA) no SESC-HORTO

    2010 2011 2012 201306 06 06 06

    Formao de professores (sala deaula) SESC-HORTO

    2010 2011 2012 2013

    a) Magistriob) Pedagogoc) Graduao especfica 06 06 06 06d) Com formao especfica em

    alfabetizaoe) Especialista (stricto sensu) 02 02 02 02f) Mestre (stricto sensu)

    Fonte: Sesc Administrao Regional Campo Grande/MS

    Em concluso, pode-se observar que o nmero de alunosmatriculados na EJA nas escolas pblicas estaduais de CampoGrande/MS e na REME foram superiores em relao s escolasprivadas, Sistema S e Rede Federal. Contudo, observa-se que noano de 2013 o nmero de alunos matriculados nas escolas pblicas

    municipais ficaram abaixo do nmero de matrculas das escolasprivadas, conforme a tabela a seguir:

    Anos

    Dados

    2010 2011 2012 2013

    Populao de 15 anos ou mais

    Nmero dematrculas(EJA)

    a)Pblicas Municipal 4.217 2.526 4.770 1.893

    Estadual 8.745 8.991 7.204 5.907Federal - 22 10 -

    b) Privadas 1519 2184 2334 2158

    c)Sistema S

    SESC 232 585 789 835SENAC - - - -SENAI - - - -SESCOOP - - - -SENAR - - - -SENAT - - - -

    Fonte: Dados obtidos pela autora no site: h p://www.qedu.org.br/busca/112-mato-grosso-do-sul/547-campo-grande Reme- EDUNET (2010,2011,2012,2013).

    Sabe-se que a evaso escolar acontece quando o alunodeixa de frequentar as aulas, gerando o abandono da escola duranteo ano letivo. As causas so as mais variadas como, a falta deinteresse pelos estudos, as condies socioeconmicas, culturais,geogrficas ou at mesmo as questes didticas e pedaggicas,pois esto diretamente relacionadas com a baixa qualidade doensino nas escolas sendo estes os principais motivos das causasda evaso escolar no pas. Contudo, na EJA torna-se ainda maispreocupante este contexto de evaso, pois muitos alunos, depoisde vrios anos afastados dos bancos escolares, retornam, mas

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    ainda acabam por evadir-se novamente.De acordo com os dados explicitados na tabela a seguir,

    pode-se conferir que, quanto ao Ensino Fundamental na EJA dasescolas pblicas municipais de Campo Grande/MS, os indicadoresda REME mostram que os alunos matriculados nessa modalidadede ensino apresentaram um ndice de evaso escolar consideradoelevado: no ano de 2011 correspondeu a 40,69%, no ano de2012 a 48,14%, no ano de 2012 a 49,39% e no ano de 2013 a45,60%. Nesse contexto, alm do problema da evaso, os ndicesde reteno dos alunos que frequentaram as escolas tambm sefizeram presentes, porm menores do que a evaso, como: no anode 2010 a reteno escolar correspondeu a 11,48%, no ano de2011 a 7,86%, no ano de 2012 a 8,61% e no ano de 2013 a 10,49%.Deve-se considerar que, muito desses alunos ao retornar para aescola, encontram-se com defasagem em idade e ano de ensino,fato que pode configurar problemas como a evaso e reteno. Emconcluso, os dados indicam que existe uma demanda significativapara as fases subsequentes a fase inicial, entretanto, a mdia deevaso e reteno entre 2011 e 2013 est em torno de 56,69%,necessitando, portanto, de estratgias que visem diminuir estendice.

    EJA - 2010 APROVADOS EVASO RETENOAlunos % Alunos % Alunos %

    FASE I 202 48,21 125 29,83 92 21,96FASE II 338 49,49 243 35,58 101 14,76FASE III 585 37,79 790 51,03 171 11,05FASE IV 1033 44,27 681 36,44 155 8,29TOTAL 2158 47,75 1839 40,69 519 11,48

    EJA-2011 APROVADOS EVASORETENO

    Alunos % Alunos % Alunos %FASE INICIAL 397 41,61 366 38,36 190 19,92FAAEINTERMEDIRIA

    475 38,21 718 57,76 50 4,02

    FASE FINAL 725 50,49 665 46,31 46 3,20TOTAL 1597 43,96 1749 48,14 286 7,86

    EJA-2012 APROVADOS EVASO RETENOAlunos % Alunos % Alunos %

    FASE INICIAL 245 34,03 321 44,58 153 21,25FAAEINTERMEDIRIA

    390 37,32 586 56,08 69 6,60

    FASE FINAL 629 50,16 584 46,57 39 3,11TOTAL 1264 41,87 1491 49,39 261 8,61

    EJA-2013 APROVADOS EVASO RETENOAlunos % Alunos % Alunos %

    FASE INICIAL 184 31,56 261 44,77 138 23,67FAAEINTERMEDIRIA

    391 36,96 572 54,06 95 8,98

    FASE FINAL 823 53,34 619 40,12 101 6,55TOTAL 1398 43,91 1.452 45,60 334 10,49

    Rendimento escolar da educao de jovens e adultos SEMEDFonte: dados obtidos em Informaes Gerencias Indicadores da REME

    Estatstica resultado final (2010, 2011,2020, 2013).

    Em relao ao rendimento escolar dos alunos da EJA na RedeEstadual de Educao de Mato Grosso do Sul, a tabela a seguirexplicita os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos

    e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP/MEC/CensoEscolar de Educao Bsica) e Secretaria Estadual de Educao(SED/SUPAI/Estatstica), que mostram o resultado dos ndices dereteno e evaso dos alunos matriculados no Ensino Fundamentale Ensino Mdio das escolas pblicas estaduais do municpio deCampo Grande/MS. Desse modo, a evaso nos anos iniciais doEnsino Fundamental no ano de 2010 correspondeu a 33,6%; no

    ano de 2011 a 34,6%; no ano de 2012 a 27,2%; permanecendoassim em 2013. Estes ndices denotam que a evaso foi reduzidanos ltimos dois anos. Na etapa final do Ensino Fundamental aevaso da EJA, no ano de 2010, correspondeu a 44%; no ano de2011 a 39,9%; no ano de 2012 a 34,1% e, tambm, permanecendoo mesmo ndice em 2013. Os ndices de evaso dos anos finaisdo Ensino Fundamental ficaram na mesma perspectiva dos anosiniciais, e ainda nos dois ltimos anos apresentaram os mesmosresultados.

    A evaso no Ensino Mdio est configurada da seguintemaneira: no ano de 2010, 35,5% de alunos evadidos na EJA; em2011, 32%; em 2012, 28,9%; e em 2013, 28,9%. A desistnciados alunos no Ensino Mdio das escolas estaduais foi reduzida,apresentando menor ndice nos ltimos dois anos.

    A reteno dos alunos da EJA dos anos iniciais do EnsinoFundamental em 2010, correspondeu a 31,6%; no ano de 2011a 31,8%; no ano de 2012 a 22,2%, sendo o mesmo resultadoem 2013. Os ndices evidenciam que a reteno foi reduzida nodecorrer dos anos. Nos anos finais, os resultados foram: em 2010a reteno correspondeu a 15,9%; no ano de 2011 a 17,9%; noano de 2012 a 18,5%; tambm permanecendo o mesmo ndice em2013 e demonstrando que os ndices de reteno foram ampliadosnos ltimos dois anos dos anos finais do Ensino Fundamental.

    A reteno no Ensino Mdio configurou da seguinte maneira:no ano de 2010, 12,2%; em 2011, 14,3%; em 2012, 13,6%; como mesmo resultado em 2013. Podemos observar que no ano de2011 o ndice de reteno escolar apresentou menor que nos anos

    seguintes. Contudo, nos ltimos dois estabilizou um pouco, acimado ano de 2011.

    Em concluso, analisa-se que os ndices de evaso da EJAno Ensino Fundamental e Ensino Mdio das escolas estaduaisde Campo Grande/MS, apresentam-se superiores aos ndices dereteno, porm tambm elevados. Desse modo, faz-se necessriolanar estratgias que reflitam sobre os diferentes aspectos desuas atividades escolares, por essas no estarem atendendo asnecessidades dos alunos e comunidades da qual pertencem.

    EDUCAO PROFISSIONAL

    O direito qualificao para o trabalho, assegurado pelaConstituio Federal de 1988, foi regulamentado pela Lei deDiretrizes e Bases da Educao Nacional/LDBEN n 9.394/96, de

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    20 de dezembro de 1996, em que seus artigos 39 e 40, concebea educao profissional e tecnolgica, no cumprimento dosobjetivos da educao nacional, integra-se aos diferentes nveis emodalidades de educao com vistas s dimenses do trabalho,da cincia e da tecnologia a ser desenvolvida em articulaocom o ensino regular, ou por diferentes estratgias de educaocontinuada.

    Essa Lei resgata um vis j superado na legislaobrasileira, ditado pela Lei n 5.692/71, de 11 de agosto de 1971,que determinava a obrigatoriedade dessa formao no entoensino de 2 grau. No que pese a alterao feita pela Lei n7.044, de 18 de outubro de 1982, que modificou artigos da Lei n5.692/71, referentes a profissionalizao no ensino de 2 grau, queflexibilizava essa determinao, dando opo escola de qualificarpara o trabalho ou de preparar para o mundo do trabalho, ainda eraa escola o local exclusivo de formao profissional no ento ensinode 2grau.

    Em Mato Grosso do Sul, at 1996, a formao profissionalera oferecida, quase exclusivamente, no Curso de HabilitaoEspecfica para o Magistrio de 1 Grau e no de Tcnico emContabilidade, em escolas comuns pblicas e privadas. Valeressaltar que, nesse panorama, as Escolas Tcnicas Federaisdetinham infraestrutura fsica e recursos humanos especficos paraa formao de determinadas profisses, e Mato Grosso do Sul nocontou com essa estrutura, visto que, quando da diviso do Estadodo Mato Grosso, em 1977, a nica Escola Federal do Estado unosituava-se em Cuiab/MT.

    A partir da LDBEN n 9.394/96, a maioria das escolaspblicas, por falta de condies especficas, deixaram de oferecereducao profissional, ficando sua oferta, de forma concomitanteou sequencial ao ensino mdio, quase que restrita, exclusivamente, iniciativa privada, o que dificultava o acesso de grande parcela de jovens e adultos a essa formao.

    Essa realidade comea a mudar com o programa deexpanso da Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica eTecnolgica, do Ministrio da Educao (MEC) e, a partir de 2007,quando foi sancionada a Lei n11.534 que dispe sobre a criaodas escolas tcnicas e agrotcnicas federais. A partir dessa lei, foiinstituda a Escola Tcnica Federal de Mato Grosso do Sul, comsede na capital de Campo Grande/MS, e a Escola AgrotcnicaFederal de Nova Andradina/MS. Em dezembro de 2008, o governoreestruturou a Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica eTecnolgica, criando 38 institutos federais pela Lei n 11.892. EmCampo Grande/MS surge ento o Instituto Federal de Mato Grossodo Sul (IFMS).

    Nessa perspectiva, de expanso da educao profissionalem 25 de outubro de 2011 o governo federal institui o Programa

    Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego (PRONATEC),que tem por objetivo promover a ampliao, interiorizao edemocratizao da oferta da educao profissional em todo Pas.

    No grfico 1 demonstrado as matrculas de educaoprofissional tcnica de nvel mdio, ofertada no Brasil e no estadodo Mato Grosso do Sul:

    Grfico 1- Indicador de matriculas em educao profissional tcnica de nvel mdio

    No grfico 2 apresentada a evoluo no Brasil da matrculade educao profissional considerando a rede pblica e privada.

    No municpio de Campo Grande/MS, as instituies estaduaise municipais de educao profissional oferecem ainda um nmerode matrculas inferior a rede privada, como demonstrado na tabelaa seguir:

    ANO Rede Estadual Rede Privada Rede MunicipalEscola Aluno Turma Escola Aluno Turma Escola Aluno Turma

    2010 3 1.302 43 10 1.970 72 1 91 32011 3 2.371 79 9 2.522 86 1 94 32012 9 2.896 103 9 3.091 118 1 87 32013 11 2.797 92 8 3.556 163 1 74 32014 15 3.075 124 10 5.677 222 1 64 3

    Fonte: INEP/MEC/CENSO DA EDUCAO BSICA-CENSO ESCOLAR

    A rede pblica municipal oferece curso de educaoprofissional tcnica de nvel mdio de agropecuria na EscolaMunicipal Agrcola Arnaldo Estevo de Figueiredo, de formaintegrada ao ensino mdio, com base no Decreto FederalN.5154/2004.

    Na perspectiva de garantir a educao como direito de todose oportunizar o acesso formao, qualificao profissional,discutiu-se a educao profissional para o municpio de CampoGrande/MS, tendo como princpios norteadores a educao otrabalho, a cincia e tecnologia, sem perder de vista o estabelecidono artigo 6 da Resoluo CNE/CEB n 6, de 20 de setembro de2012, quais sejam:

    Art. 6 - So princpios da EducaoProfissional Tcnica de Nvel Mdio:I relao e articulao entre aformao desenvolvida no Ensino Mdioe a preparao para o exerccio dasprofisses tcnicas, visando formaointegral do estudante;II respeito aos valores estticos,polticos e ticos da educao nacional,

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    na perspectiva do desenvolvimento paraa vida social e profissional;III trabalho assumido como princpioeducativo, tendo sua integrao com acincia, a tecnologia e a cultura comobase da proposta poltico-pedaggica edo desenvolvimento curricular;IV articulao da Educao Bsica coma Educao Profissional e Tecnolgica,na perspectiva da integrao entresaberes especficos para a produo doconhecimento e a interveno social,assumindo a pesquisa como princpiopedaggico;V - indissociabilidade entre educaoe prtica social, considerando-se ahistoricidade dos conhecimentos e dossujeitos da aprendizagem;VI - indissociabilidade entre teoria e prticano processo de ensino-aprendizagem;VII - interdisciplinaridade asseguradano currculo e na prtica pedaggica,visando superao da fragmentaode conhecimentos e de segmentao daorganizao curricular;VIII - contextualizao, flexibilidade einterdisciplinaridade na utilizao deestratgias educacionais favorveis compreenso de significados e

    integrao entre a teoria e a vivnciada prtica profissional, envolvendo asmltiplas dimenses do eixo tecnolgicodo curso e das cincias e tecnologias aele vinculadas;IX - articulao com o desenvolvimentosocioeconmico ambiental dos territriosonde os cursos ocorrem, devendoobservar os arranjos socioprodutivos esuas demandas locais, tanto no meiourbano quanto no campo;X - reconhecimento dos sujeitos e suasdiversidades, considerando, entre outras,as pessoas com deficincia, transtornosglobais do desenvolvimento e altashabilidades, as pessoas em regime deacolhimento ou internao e em regimede privao de liberdade;XI - reconhecimento das identidadesde gnero e tnicoraciais, assim comodos povos indgenas, quilombolas epopulaes do campo;XII - reconhecimento das diversidadesdas formas de produo, dos processosde trabalho e das culturas a elessubjacentes, as quais estabelecem novosparadigmas;XIII - autonomia da instituioeducacional na concepo, elaborao,execuo, avaliao e reviso do seuprojeto polticopedaggico, construdocomo instrumento de trabalho dacomunidade escolar, respeitadas a

    legislao e normas educacionais, estasDiretrizes Curriculares Nacionais e outrascomplementares de cada sistema deensino;XIV - flexibilidade na construo deitinerrios formativos diversificados eatualizados, segundo interesses dossujeitos e possibilidades das instituieseducacionais, nos termos dos respectivosprojetos poltico-pedaggicos;XV - identidade dos perfis profissionaisde concluso de curso, que contemplemconhecimentos, competncias e saberesprofissionais requeridos pela naturezado trabalho, pelo desenvolvimentotecnolgico e pelas demandas sociais,econmicas e ambientais;XVI - fortalecimento do regime decolaborao entre os entes federados,incluindo, por exemplo, os arranjos dedesenvolvimento da educao, visando melhoria dos indicadores educacionaisdos territrios em que os cursos eprogramas de Educao ProfissionalTcnica de Nvel Mdio forem realizados;XVII - respeito ao princpio constitucional

    e legal do pluralismo de ideias e deconcepes.

    EDUCAO SUPERIOR

    As primeiras instituies de nvel superior surgiram no Pasa partir de 1808, com a chegada da Famlia Real e a primeirauniversidade brasileira foi criada no Rio de Janeiro, em 1920, apartir de reunio de instituies isoladas. (FAVERO, 2006. p. 17).

    Na dcada de 1940, surgiram as primeiras universidadescatlicas e nos anos de 1950, as primeiras particulares leigas.Como se v, foi um processo lento e relativamente recente, secomparado ao dos pases europeus, que se deu nos idos de 1200.

    No que pese a legislao e os atos normativos que, desdeento, respaldaram a educao superior, foi a Constituio Federalde 1988 que dotou as universidades de autonomia, luz do princpiode indissociabilidade entre suas trs funes principais:

    Art. 207 - As universidades gozamde autonomia didtico-cientifica,administrativa e de gesto financeira e

    patrimonial, e obedecero ao princpio deindissociabilidade entre ensino, pesquisae extenso. (BRASIL, 2014).

    A Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizese Bases da Educao Nacional (LDB) vigente, alm de contemplaresse nvel de ensino com captulo especfico, enfatiza o princpio deigualdade de condies para o acesso e a permanncia na escola,o dever do Estado com a educao e a garantia de acesso aosnveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica,segundo a capacidade de cada um.

    O Brasil o pas com um dos mais baixos ndices de acessoa esse nvel de ensino: apenas 11% dos jovens dessa faixa etriaesto nele includos. Esse dado agravado por ser este o pas demaior ndice de privatizao da educao superior no Continentee o 7 no mundo: 90% das instituies so privadas, e mais de70% dos jovens brasileiros esto matriculados nessas instituies(BRASIL, 2012).

    Essa realidade preocupante para o Brasil, a partir dapremissa de que a misso da educao superior formar cidados,profissionais e cientificamente competentes, voltados para aconstruo do patrimnio cultural brasileiro e comprometidos como projeto de pas. Um povo beneficiado por ndices consistentes deoferecimento da educao superior a seus jovens tende a ter maiselevados os nveis de cidadania e de organizao social.

    A educao superior, alm de promover a profissionalizao,tem, subjacente a essa funo, a de ampliar o acesso aoconhecimento acumulado pela humanidade e aprofundar aformao da cidadania. E formar cidados compreende muito maisdo que capacit-los para o trabalho, possibilitar-lhes competnciatcnica. Inclui desenvolver competncias humanas, ticas, polticas. A formao cidad na universidade prepara o acadmico para umaparticipao mais contribuidora na sociedade em que se insere.

    O desequilbrio citado anteriormente representa umapreocupao expressa no Plano Nacional de Educao ( apudDidonet, 2000, p.95 -96), que estabeleceu diretriz e meta especficaspara corrigir essa distoro:

    Meta 12: elevar a taxa bruta de matrculana educao superior para 50%(cinquenta por cento) e a taxa lquidapara 33% (trinta e trs por cento) da

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    populao de 18 (dezoito) a 24 (vinte equatro) anos, assegurada a qualidadeda oferta e expanso para, pelo menos,40% (quarenta por cento) das novasmatrculas, no segmento pblico. (PNE,2014)

    A par dessas consideraes, sabe-se que as possibilidadesde acesso para as camadas de baixa renda mantm-se no saqum da necessidade, como caminham no sentido inverso, hajavista a grande e crescente discrepncia na oferta de cursos e nonmero de matrculas entre instituies pblicas e privadas. Essarealidade nacional tambm se comprova em Mato Grosso do Sul,conforme registrado na tabela 1:

    Tabela 1: Total de matrculas na educao superior - por dependnciaadministrativa em Mato Grosso do Sul -2000 e 2004.

    BRASILAnos Publicas % Privadas % Total20002004

    1.813.6901.178.328

    67.3%42.5%

    880.5551.596.893

    32.7%57.5%

    2.694.2452.775.222

    MATO GROSSO DO SULAnos Pblicas % Privadas % Total2000 14.842 34.6% 28.092 65.4% 42.934

    2004 21.490 33.3% 42.972 66.7% 64.462Fonte: MEC/INEP - 2001 e 2005

    Em Campo Grande/MS, a educao superior teve incio em1961, com a implantao da Faculdade Dom Aquino de Filosofia,Cincias e Letras (FADAFI), atual Universidade Catlica DomBosco (UCDB), que deu prioridade para os cursos das reashumanas e sociais, com destaque para os de formao deprofissionais da educao. Em 1962, foi implantado o primeirocurso superior pblico na Capital, como extenso da UniversidadeEstadual de Cuiab, criando- se, assim, a Faculdade de Farmcia eOdontologia de Mato Grosso, que deu origem atual UniversidadeFederal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Outras instituies foramaqui implantadas e, em 2005, existiam na Capital, sem computaras instituies especficas de educao a distncia, uma UnidadeFederal, uma Unidade da Universidade Estadual, duas privadas,um Centro Universitrio e quatro faculdades. Das nove instituiesde educao superior, portanto, sete eram privadas.

    No que se refere ao nmero de matrculas, existedesproporo entre o pblico/privado. As tabelas 2 e 3 permitemque se visualize com mais clareza a discrepncia entre a demandapotencial do ensino mdio e a oferta de vagas na educao superiorda rede pblica e privada em Campo Grande e em Mato Grossodo Sul.

    Tabela 2DependnciaAdministrativa

    2005Ensino mdio

    Vagas2005/2006paraEducaoSuperior

    2006Ensino mdio

    Vagas2006/2007paraEducaoSuperior Matriculas Concluintes Matriculas Concluintes

    Pblicas 28.554 5.118 940 28.234 867

    Privadas 8.360 2.661 13.283 8.314 14.065

    Total 36.914 7.779 14.223 36.548 14.932

    Fonte: Matrculas: MEC/INEP, Concluintes: Estatstica/COPROP/SUPAE/SED/SEMED eVagas para Educao Superior: Sites da IES, em novembro de 2005 e 2006.

    Nota: Como a concluso do nvel mdio ocorre no final do ano, foramusados apenas dados do vestibular de vero na tabela acima.

    importante esclarecer que os dados da tabela 2 referem-se aos alunos matriculados no ensino mdio e, paralelamente, aosconcluintes do terceiro ano. Esse nmero situa-se extremamenteabaixo da demanda real, visto que concorreram ao pleito no s osegressos do curso daquele ano, mas toda uma demanda reprimida

    de anos anteriores, alm dos que tentam retomar os estudos j naidade adulta, muitos oriundos da EJA, e os desistentes dos cursosprivados que apenas os iniciaram, mas no tiveram condiesfinanceiras de dar prosseguimento. Considerem-se, ainda, oscandidatos de outros municpios ou estados que aqui vm prestaressa seleo. A relao que se estabelece entre os dados dosdois perodos analisados de que houve aumento da demanda e,concomitantemente, diminuio da oferta de vagas nas instituiespblicas.

    No se encontra disponvel o nmero de concluintes doterceiro ano de 2006, mas sabe-se que tambm foi maior que o de2005. A par disso, evidentemente, houve crescimento da demandareprimida, que repete esse movimento ano a ano, aumentando acada processo seletivo, o nmero de candidatos.

    Tabela 3 : Total de vagas oferecidas, candidatos inscritos e ingressos, porvestibular e outros processos seletivos, nos cursos de graduao presenciais,por categoria administrativa das IES-2005, em Mato Grosso do Sul

    Unidade da Federao/Categoria Administrativa

    Vestibular e outrosProcessos SeletivosTotal Geral

    VagasOferecidas CandidatosInscritos IngressoMato Grosso do Sul 30.889 81.726 21.296

    Pblica 5.445 41.000 5.420Federal 3.705 30.339 3.680Estadual 1.740 10.661 1.740Municipal

    Privada 25.444 40.726 15.876Particular 19.484 31.965 11.995Comun/Confes/Filant 5.960 8.761 3.881

    O cenrio da educao superior diagnosticado no Municpiode Campo Grande/MS deve se constituir em preocupaes paraos dirigentes pblicos, visto que para o cidado campo-grandense,ou o que aqui reside, o acesso a esse nvel de ensino se tornacada vez mais difcil, uma vez que so as instituies privadase no as pblicas que oferecem maior nmero de vagas, o quepoder acentuar o grave impedimento de acesso educaosuperior para os alunos que, hoje, encontram-se matriculados nasescolas de ensino mdio e para os demais candidatos potenciais,anteriormente citados, cujo contingente no contemplado emregistro oficial. Sabe-se que, em 2004, segundo o INEP, o nmerode candidatos por vaga era de 13.5 nas Instituies de EnsinoSuperior (lES) pblicas e de 2.24 nas privadas da Capital.

    Paralelamente, esto os resultados de uma pesquisa emnvel nacional, informando que seis em cada dez alunos quefrequentam as universidades pblicas pertencem camada maisrica da populao.

    A educao superior em Campo Grande/MS, portanto,apresenta profundas distores originadas pelas macropolticaseconmicas e educacionais, sendo necessrio que o Poder Pblicose posicione quanto sua responsabilidade.

    Resguardadas as competncias de cada esferaadministrativa, cabe aos gestores deste Plano as articulaes comos sistemas a quem compete esse nvel de ensino para que o PoderPblico possa ampliar a oferta de educao superior gratuita aoscidados, conforme preceitua o Plano Nacional de Educao.

    Vale lembrar que o Governo Federal vem desenvolvendoprogramas, dentre eles o Programa Universidade para Todos(PROUNI), Lei Federal n. 11.096, de 13 de janeiro de 2005, quepretende minimizar esse dficit no atendimento, por meio de vagascompradas das instituies privadas.

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    Conclui-se, a partir do diagnstico apresentado, que ha necessidade do fortalecimento das instituies de educaosuperior, para que possam ampliar suas metas de atendimento eda criao de novas instituies pblicas. Para tanto, prope-se,neste Plano Municipal de Educao, estratgias para a educaosuperior.

    EDUCAO A DISTNCIA E NOVAS TECNOLOGIASBases legais para a oferta da Educao a Distncia

    O primeiro registro referente modalidade de Educao aDistncia (EAD) no Brasil, em termos de polticas pblicas, ocorreuna Constituio Federal de 1988, sinalizando para a necessidadee os desafios de investimentos em cincia e tecnologia para sebuscar solues de problemas brasileiros e para o desenvolvimentoprodutivo do Pas.

    Em 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases daEducao Nacional (LDBEN) n 9.394, no seu art. 80, estabelecea oferta da EAD em todos os nveis e modalidades de ensino,contando com o incentivo do poder pblico. O art. 87 dessa Leiestabelece tambm a responsabilidade dos entes federadosna oferta de cursos de EAD na educao de jovens e adultose na formao de professores. Em face dos grandes desafiosque pertencem a esse campo de atividade social e poltica, foinecessrio passar mais uma dcada para que mais um importantepasso fosse concretizado. Nesse sentido, em 2005, foi publicadoo Decreto n. 5.622, que regulamenta o art. 80 da LDBEN, sendoalterado em alguns dispositivos pelo Decreto n 6.303, de 2007.Esse Decreto regulamenta a oferta da EAD na educao bsica modalidades educao de jovens e adultos, educao especiale educao profissional e na educao superior graduao,especializao, mestrado e doutorado.

    Os Referenciais de Qualidade para Cursos a Distncia,publicados em 2007, pelo Ministrio da Educao (MEC),apresentam os padres de qualidade para a oferta de cursos daEAD.

    Ainda em 2007, foi publicada a Portaria Normativa n.40, do MEC, republicada em 29 de dezembro de 2010 (pp. 23-31), que institui o e-MEC, sistema eletrnico de fluxo de trabalhoe gerenciamento de informaes relativas aos processos deregulao, avaliao e superviso da educao superior no sistemafederal de educao, e o Cadastro e-MEC de instituies e cursossuperiores que ofertam educao presencial e a distncia.

    Em Mato Grosso do Sul, a Lei do Sistema Estadual deEnsino n 2.787, de 24 de dezembro de 2003, prev, no CaptuloV - Dos Nveis e das Modalidades de Educao e Ensino, a SeoIX Da Educao a Distncia, na qual trata, em trs artigos, sobrea organizao da modalidade EAD e do incentivo do Poder Pblicopara o desenvolvimento e veiculao de programas em todos osnveis e modalidades de ensino e de educao continuada.

    Com base nesses diplomas legais, o Conselho Estadual deEducao de Mato Grosso do Sul (CEE/MS) publicou a IndicaoCEE/MS n 57 e a Deliberao CEE/MS n 9.000, de 6 de janeiro de2009, dispondo sobre a oferta da EAD para a educao de jovens eadultos, educao especial, educao profissional tcnica de nvelmdio e educao superior no Sistema Estadual de Ensino. Essanorma teve alguns dispositivos regulamentados pela DeliberaoCEE/MS n 9.059, de 6 de abril de 2009, que estabeleceu critriose procedimentos para a composio das comisses verificadoras

    responsveis pela avaliao in loco em instituies de ensino doSistema Estadual de Ensino que pretendam oferecer cursos deEAD. Por meio da Deliberao CEE/MS n 9.580, de 23 de agostode 2011, foi aprovado o Instrumento de Avaliao para fins decredenciamento de instituio de ensino e de autorizao de cursosde educao de jovens e adultos e de educao profissional tcnicade nvel mdio na modalidade EAD para as instituies integrantesdo Sistema Estadual de Ensino.

    Criado em 1997, o Frum Estadual de Mato Grosso doSul (FEEMS), por meio do Grupo de Trabalho Permanente daEducao a Distncia (GTP-EAD), vem, desde 2002, realizandoestudos, pesquisas, discusses e encontros para aprofundamentoe fortalecimento da educao a distncia no estado. Bienalmente, ogrupo de trabalho realiza seminrio estadual de educao a distnciacom participao de especialistas e pesquisadores internacionais,nacionais e locais. J foram realizados quatro seminrios estaduaisde educao a distncia em Mato Grosso do Sul, com participaode diversos segmentos educacionais.

    Oferta de EAD e as tecnologias educacionais em CampoGrande/MS

    Com base no art. 80 da LDBEN, buscamos os dados doterritrio de Campo Grande/MS, a fim de compreender a oferta daEAD nos nveis e modalidade de ensino, assim como a inserodas tecnologias no contexto educacional desse municpio.

    Em se tratando da insero das tecnologias educacionaisna educao bsica da escola pblica, no municpio, importanteregistrar que a formao de professores tem sido materializadapor meio de polticas pblicas do MEC, como por exemplo oPrograma Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), e tambmpor formao propiciada pelas Redes Municipal e Estadual deEducao de acordo com as necessidades e demandas dasinstituies escolares.

    O referido programa, anteriormente denominado ProgramaNacional de Informtica na Educao (ProInfo), e criado pelaPortaria n 522/1997, do MEC, recebe, pelo Decreto n 6.300/2007,a denominao de Programa Nacional de Tecnologia Educacional.Essa alterao possibilitou a compreenso da necessidade de inserire integrar, incisivamente, os diferentes recursos e tecnologias naeducao, e no apenas as relacionadas informtica, de acordocom os incisos I a III do artigo 1 desse Decreto:

    Art. 1 [...]I - promover o uso pedaggico dastecnologias de informao e comunicaonas escolas de educao bsica dasredes pblicas de ensino urbanas e rurais;II - fomentar a melhoria do processo deensino e aprendizagem com o uso dastecnologias de informao e comunicao;III - promover a capacitao dos agenteseducacionais envolvidos nas aes doPrograma. (Brasil. MEC, 2007).

    Nesse sentido, formaes foram propiciadas pelo ProInfoIntegrado e Secretarias Estadual e Municipal de Educao de CampoGrande/MS para o uso dos recursos e tecnologias, principalmenteos da educao a distncia, como o e-ProInfo 5 e o MOODLE6, cujorespaldo dado pela LDBEN, no art. 62: A formao continuadae a capacitao dos profissionais de magistrio podero utilizar

    5 O e-ProInfo um Ambiente Colaborativo de Aprendizagem da educao a distncia disponibiliza-da pelo Proinfo

    6 O MOODLE uma plataforma do ensino a distncia baseada em software livre e disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educao de Campo Grande/MS.

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    recursos e tecnologias de educao a distncia.Os dados revelam que, at 2014, o ProInfo Integrado,

    programa de formao voltada para o uso didtico-pedaggicodas Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC) no cotidianoescolar em parceria com as Secretarias Estadual e Municipalde Educao de Campo Grande proporcionou formao, namodalidade a distncia, para profissionais da educao visando incluso digital dos profissionais da educao, a fim de qualificar oprocesso do ensino e da aprendizagem da educao bsica.

    A Tabela 1 apresenta o quantitativo de participantes doscursos oferecidos pelo ProInfo Integrado, no perodo de 2008 a2014, no municpio de Campo Grande/MS:

    Tabela 1 : Pro ssionais da educao da escola pblica par cipantes dos cursos ofertadopelo ProInfo Integrado de 2008 a 2014 em Campo Grande/MS

    Curso Nmero de par cipantes

    Educao Digital 2036

    Ensinando e Aprendendo com as TIC 2793

    Elaborao de Projetos 1670

    Redes de Aprendizagem 334

    TOTAL 6833

    Fonte: Tabela elaborada pela subcomisso do PME, de acordo com dados fornecidos pelas Secre-tarias Estadual e Municipal de Educao de Campo Grande/MS.

    Em relao s formaes realizadas nas escolas particulares,o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do MS (SINEPE/MS) informou que 80% dos professores recebem formaocontinuada, porm o sindicato no especificou a periodicidade, onvel e a modalidade. Alm dos cursos promovidos pelo ProInfo, asSecretarias de Educao, por meio dos Ncleos de Tecnologias 7,so responsveis pela elaborao e execuo de cursos eutilizao dos recursos e tecnologias da educao a distncia, quevisem utilizao desses recursos no contexto educacional. NaTabela 2 constam as diferentes utilizaes das salas virtuais pelacomunidade da Rede Municipal de Educao (REME) e a Tabela 3apresenta os cursos na modalidade a distncia e formaes parautilizao dos recursos tecnolgicos na educao aos profissionaisda educao das Redes Municipal e Estadual do territrio deCampo Grande/MS.

    Tabela 2 : Uso das Salas Virtuais no ambiente MOODLE para oferecimento de cursos adistncia, gesto tcnico-pedaggica, formao con nuada e apoio ao ensino presencial comunidade escolar da REME de Campo Grande/MS de 2012 a 2014.

    Cursos Par cipantes

    Pr cas Pedaggicas e Gerenciamento das Tecnologias na Escola 209

    Ambiente Virtual de Aprendizagem no Contexto da Avaliao eAprendizagem-AVA 232

    Biblioteca Escolar: orientaes para organizao e funcionamento 205

    A biblioteca escolar na sociedade contempornea: desa os e pers-pec vas

    251

    Tutoria online 138

    Escola Municipal Osvaldo Cruz disciplina: so ware livre e manu-teno de computadores (Projeto Travessia Educacional do JovemEstudante TRAJE)

    273

    Escola Municipal Osvaldo Cruz disciplina: inform ca - evoluo erecursos (Projeto Travessia Educacional do Jovem Estudante TRAJE)

    5

    Escola Municipal Osvaldo Cruz Formao de Professores: tecno-logia na educao - um olhar para as pr cas pedaggicas (ProjetoTravessia Educacional do Jovem Estudante TRAJE)

    43

    Escola Municipal Osvaldo Cruz disciplina: design e o mundo jovem(Projeto Travessia Educacional do Jovem Estudante TRAJE) 402Diviso de Educao Especial: formao de professores auxiliares 145

    Rede de Aprendncia no Contexto Escolar para o uso das tecnologias 470

    Pol cas Pblicas para a Gesto Estratgica 31

    7 Em Campo Grande h dois Ncleos de Tecnologia Educacio nal responsveis pela disseminao do uso dos recursos tecnolgicos: o Ncleo de Tecnologia Educacio-nal Municipal (NTM) e o Ncleo de Tecnologia Educacional Estadual (NTE).

    Pol cas Pblicas de Avaliao Educacional 261

    De cincia visual: autonomia informacional 116

    Biblioteca para de cientes visuais na era da informao 26

    O MOODLE como ferramenta de compar lhamento de saberes: for-mao con nuada e acompanhamento dos coordenadores pedag-gicos

    417

    Formao de professores de cincias: consideraes metodolgicasna u lizao de sequncia did ca

    242

    Campo de possibilidades - semeando ideias, colhendo experincias ecompar lhando conhecimentos

    197

    Ensinando e Aprendendo em sala de recursos mul funcionais 34

    Diviso de Educao Especial: orientaes para incluso 36

    Linux Educacional 5.0: concepo de so ware livre e pr cas 145

    O MOODLE no trabalho do Coordenador Pedaggico na E.M. FauzeSca Ga ass Filho

    72

    O MOODLE no trabalho do Coordenador Pedaggico na E.M. Licurgode Oliveira Bastos

    104

    TOTAL 4054

    Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educao de Campo Grande/MS

    Tabela 3 : Cursos e formaes oferecidos aos pro ssionais da educao de Campo Gran-de/MS, visando apropriao do uso dos recursos tecnolgicos de 2010 - 2014

    Cursos Par cipan-

    tes

    Ambiente Virtual de Aprendizagem no Contexto da Avaliao e Apren-dizagem

    232

    Biblioteca Escolar: orientaes para organizao e funcionamento 205

    A biblioteca escolar na sociedade contempornea: desa os e perspec-vas

    251

    De cincia visual: autonomia informacional 116

    Biblioteca para de cientes visuais na era da informao 26

    O cinas WEB 2.0 nas escolas 1184

    Formao para o uso da Lousa Digital 240

    Tutoria online 138

    Linux Educacional 5.0: concepo de so ware livre e pr cas 145

    3 Seminrio de Educao a Distncia de MS e 2 Seminrio Estadualde Tecnologia Educacional com par cipao dos NTEs e NTEMs de MS

    253

    Planejamento online: formao dos Mul plicadores do NTE CampoGrande Capital da Rede Estadual de Ensino do MS 12

    Webconferncia: capacitao dos pro ssionais da educao da RedeEstadual de Ensino do MS

    83

    Progesto: formao de gestores e coordenadores da Rede Estadualde Ensino do MS

    90

    Planejamento online : formao dos professores gerenciadores e coor-denadores das escolas da Rede Estadual de Ensino do MS

    160

    Planejamento online : formao dos professores e coordenadores daEE Hercules Maymone

    82

    Lousa Intera va Port l: formao dos professores gerenciadores daRede Estadual de Ensino de Campo Grande

    180

    Inform ca Bsica com nfase no aplica vo Excel aos Engenheiros daSED

    49

    Diversidade de Gnero Textual no Contexto Tecnolgico: formao de

    professores95

    Portal do Sistema do Dirio de Classe online : formao dos PROGE-TEC, direo, coordenao e secretrio geral das unidades escolaresde Campo Grande

    265

    Lousa Intera va Port l: formao dos professores da EE Prof. Ney-der Suely Costa Vieira

    18

    Tablet Educacional - Datashow HDMI - Projetor Intera vo/MEC: for-mao pedaggica aos pro ssionais da educao da Rede Estadual deEducao do MS

    89

    Planejamento online e Dirio Online: formao para o uso do PortalSistema SED pelos PROGETEC da Rede Estadual de Educao de Cam-po Grande

    80

    TOTAL 3993

    Fonte: Dados fornecidos pelas Secretarias Estadual e Municipal de Educao de Campo Grande/MS.

    As polticas para formao continuada oferecidas namodalidade da EAD estendem tambm para as aes administrativasdo sistema educacional. Dessa forma, os profissionais da educaoso atendidos pelo Programa Formao pela Escola e peloProfuncionrio.

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    O Programa Formao pela Escola visa formar os profissionaisda educao envolvidos na execuo, acompanhamento eavaliao, prestao de contas e no controle social dos programase aes financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento daEducao (FNDE), conforme a Resoluo/CD/FNDE n 35, de 15de agosto de 2015.

    O Programa Profuncionrio foi institudo pelo Decreto n7.415, de 30 de dezembro de 2010, como uma poltica nacionalde formao dos profissionais da educao bsica em servio.Este programa tem como meta a valorizao dos profissionaisda educao. As Tabelas 4 e 5 apresentam o quantitativo deprofissionais beneficiados com essas formaes continuadas.

    Tabela 4 : Pro ssionais da educao das Redes Municipal e Estadual de Campo Grande/MS, que realizaram o Curso Formao pela Escola de 2010-2014

    Cursos Par cipantes

    Competncias Bsicas 763

    Formao de Tutores - 13

    Formao em Tutoria 87

    Fundeb 233

    Programa de Transporte Escolar 23

    Programa Dinheiro Direto na Escola 674

    Programa Nacional de Alimentao Escolar 191

    Programas do Livro 178TOTAL 2162

    Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Educao/MS

    Tabela 5: Pro ssionais da educao das Redes Municipal e Estadual de Campo Grande/MS, que realizaram o Curso Profuncionrio de 2010-2014

    Cursos ParticipantesProfuncionrio Alimentao Escolar 1156Profuncionrio Infraestrutura Escolar 2994Profuncionrio Secretaria Escolar 1370Profuncionrio Multimeios Didticos 260

    TOTAL 5780Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Educao/MS

    Em relao aos cursos oferecidos como complementaoao ensino fundamental, foi ofertado pelo ProInfo Integrado o curso Aluno Integrado que proporciona formao concernente ao uso dastecnologias da comunicao para estudantes da rede pblica. Osalunos, ao participar do curso, tornam-se parceiros do professore da escola, auxiliando tanto nas aulas como no cuidado comos equipamentos dos laboratrios. Em Campo Grande/MS, essaexperincia teve incio em 2010 e contou com a participao de

    507 alunos.

    Algumas consideraes

    As formaes dos profissionais da educao para a inclusodigital, promoo do uso pedaggico das tecnologias e fomento namelhoria da aprendizagem escolar, esto acontecendo conforme aspossibilidades propiciadas pelo Programa Nacional de Tecnologiana Educao e pelas Secretarias de Educao do Municpio e doEstado. Porm, vale ressaltar que ainda h muito o que fazer nessacaminhada para que se possa integrar os recursos tecnolgicos no

    contexto escolar, levando em considerao a constante inovaodas tecnologias. A utilizao dos recursos e tecnologias da EAD podem

    sinalizar novos desafios para avanar a democratizao do acessoaos bancos de dados para a construo de conhecimentos. Paraisso, preciso cuidar da expanso do oferecimento de programasda EAD, em todos os nveis e modalidades de ensino e de educao

    continuada, e disponibilizar recursos humanos para formaesmais atualizadas, crticas e reflexivas.

    Com base nos levantamentos realizados, podemos inferirque a EAD, utilizada como meio para a formao dos profissionaisda educao para a utilizao das TIC nas prticas pedaggicas, jfaz parte do contexto educacional. Porm, necessria a realizaosistemtica de pesquisas, acompanhamento e avaliao quanto estrutura e organizao dessas formaes, bem como quanto aosimpactos na prtica docente e na aprendizagem dos alunos.

    Vale ressaltar que a infraestrutura disponibilizada pelo MEC,e seus parceiros, na rede pblica de ensino, no atende totalmenteas necessidades pedaggicas das escolas, uma vez que avelocidade da internet banda larga no suficiente para acesso erealizao de atividades e/ou aes desenvolvidas nos ambientesvirtuais de aprendizagem.

    Outra situao constatada no mbito da REME de CampoGrande/MS, por meio de levantamentos de dados da Diviso deTecnologia Educacional da Secretaria Municipal de Educao(DITEC/SEMED), que mais de 50% dos computadores doslaboratrios de informtica esto defasados.

    Parque tecnolgico e os ambientes educacionais das escolasna educao bsica

    Para que a educao a distncia e o uso das tecnologiasse efetivem no processo educacional preciso expandir ainfraestrutura existente, no sentido de adequ-la para atender ademanda existente em relao s constantes prticas de formao,em particular prevendo o estudo das utilizaes pedaggicas dosnovos recursos proporcionados pela tecnologia digital. Nessesentido, ao avaliar a dimenso dos desafios a serem enfrentados,

    as Tabelas 6, 7, 8 e 9 demonstram o quantitativo de equipamentos etecnologias disponveis nas redes pblicas de ensino e nas escolasprivadas no municpio de Campo Grande/MS.

    Tabela 6 : Quantitativo de escolas em Campo Grande/MS com sala deinformtica no ano de 2013

    Escolas pblicas e privadas Quantidade Total 440

    Com salas de informtica 279

    Fonte: h p://www.qedu.org.br/brasil/censo-escolar?item=equipamentos Acesso em out.2014

    Na Tabela 6, o Censo Escolar 2013, disponvel no site de

    indicadores Qedu, apresenta que, do total de 440 escolas pblicase privadas de Campo Grande/MS, apenas 279 tem sala deinformtica. Vale observar, que, em 2013, 96 Centros de EducaoInfantil (CEINFs) passaram a integrar a REME, no estruturadoscom salas de informtica.

    Tabela 7 : Tecnologias disponibilizadas nas escolas pblicas e privadas deCampo Grande/MS no ano de 2013

    Compu