plano diretor de recursos hídricos das bacias hidrográficas dos rios jequitaí, pacuí e trechos...

736
2010 SEMAD / CBH JEQUITAÍ/ PACUÍ / FHIDRO PLANO DIRETOR DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS JEQUITAÍ, PACUÍ E TRECHOS DO SÃO FRANCISCO - UPGRH SF6 Cachoeira em Fernão Dias - Distrito do Município de Brasília d e Minas Foto: Larissa Rosa

Upload: cbhjequitaiepacui

Post on 05-Jun-2015

4.499 views

Category:

Technology


20 download

TRANSCRIPT

  • 1. SEMAD / CBH JEQUITA/ PACU / FHIDRO2010PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DOS RIOS JEQUITA, PACU ETRECHOS DO SO FRANCISCO - UPGRH SF6 Cachoeira em Ferno Dias - Distrito do Municpio de Braslia d e Minas Foto: Larissa RosaB

2. SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL COMIT DE BACIAS HIDROGRFICAS DOS RIOS JEQUITA E PACUFHIDROPLANO DIRETOR DAS BACIAS HIDROGRFICASDOS RIOS JEQUITA, PACUE TRECHOS DO RIO SO FRANCISCORELATRIO FINAL JULHO DE 2010BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA 3. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Governador do Estado de Minas Gerais Depto de Comunicao da BRASOLAntonio Augusto Junho AnastasiaEdber Ferreira Silva Polyana da Cruz GonalvesSecretrio de Estado de Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentvel SEMADDepto de Comunicao da BRASOLJos Carlos Carvalho Renata de Almeida VelloDiretora Geral do Instituto Mineiro de Colaboradores na elaborao do PDRH PacuGesto das guas IGAMe Trechos Afluentes do rio So FranciscoCleide Izabel Pedrosa de MeloAdelson Toledo de Almeida CBH Jequita / Pacu Carlos Frederico Guimares - IEFDiretora de Gesto de Recursos HdricosCelso Augusto dos Reis - EMATERLuiza de Marillac Moreira Camargos Dalton Soares de Figueiredo - FUNAM Daniel Salles Correa Oliveira Parque NacionalGerncia de Planejamento de Recursos Sempre VivaHdricos Joo Denlson Oliveira - EMATERClia Maria Brando FresJos Maria Lafet Prates - PM Corao de Jesus Jos Ponciano Neto - COPASADiretoria do Comit da Bacia HidrogrficaMrcia Regina Pereira S. Oliveira EMATERdos Rios Jequita e Pacu CBH dos Rios Marina Mota Batista Parque Nacional SempreJequita e Pacu VivaSirlia Mrcia de Oliveira Drumond PresidenteNadson Lopes - IMAAntnio Carlos Versiani Vice-PresidenteRafael Alexandre S - IGAMAdelson Toledo de Almeida 1 SecretrioRobson Rafael Andrade PM BocaivaHaroldo Dalmo Dias 2 Secretrio Wanderlei Almeida Coelho IGAM Yara Maria Silveira - UNIMONTESGrupo Tcnico de Acompanhamento do Prefeituras Municipais de Braslia de Minas,PDRH GT SF6Bocaiva, Buenpolis, Buritizeiro, Campo Azul,Rafael Alexandre de S Ncleo Norte IGAM Corao de Jesus, Ibia, Icara de Minas,Yara Maria Silveira - UNIMONTESLassance, Luislndia, Mirabela, Montes Claros,Jos Ponciano Neto - COPASAPirapora, Ponto Chique, So Francisco, SoSirlia Mrcia O. Drumond Associao Gonalo do Abat, Francisco Drumont, So JooComunitria do Garrote da Lagoa, So Joo do Pacu, Trs Marias, Uba eGuilherme Guimares - FEAM Vrzea da Palma.Empresa Contratada Coordenadores de Consultas PblicasBRASOL BRASIL AAO SOLIDRIA Sirlia Mrcia O. Drumond Presidente doItamar M. ndio do Brasil - Presidente CBH Jequita / Pacu Itamar M. ndio do Brasil - BRASOLCoordenao GeralAlberto Simon Schvartzman - BRASOLLuiz Rosa Jnior Rubens Luiz Kroeff - BRASOLCoordenao TcnicaRelatoria das Consultas TcnicasAlberto Simon Schvartzman - Engenheiro Daniele A. de Souza CBH Jequita/ PacuCoordenao de Planejamento EstratgicoGestores do Convnio SEMAD/BrasolRubens Luiz Kroeff - Administrador Lilian Mrcia Domingues GPARH/IGAM Itamar M. ndio do Brasil - BRASOLEquipe Tcnica da BRASOLAna Vitria Wernke AdvogadaFotosBeatriz Fernandes Barros - Biloga Christian Rezende FreitasCibele Mapa Soutto Mayor- Engenheira Civil Larissa Rodrigues RosaDbora Cristina de Oliveira Drumond - JornalistaJoslia Maria e Souza Almeida Engenheira Apoio Tcnico e Acompanhamento dosSanitaristaTrabalhosLarissa Rodrigues Rosa- Jornalista Igor Lacerda Ferreira GEMOG /IGAMLlia M. M. B. Martins da Costa BilogaClia Maria Brando Fres GPARH/IGAM Lilian Mrcia Domingues GPARH/IGAM 4. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 SUMRIO1. INTRODUO ---------------------------------------------------------12. DOCUMENTAO CONSULTADA E METODOLOGIA -----------------53. DIAGNSTICO DAS BACIAS HIDROGRFICAS ---------------------73.1Caractersticas gerais das bacias hidrogrficas -------------------------------93.1.1 caractersticas gerais da Bacia Hidrogrfica do Rio Jequita ---------93.1.2 Caractersticas gerais das Bacias Hidrogrficas do Rio Pacu etrechos do Rio So Francisco ---------------------------------------------------------- 123.2Aspectos fsicos da bacia hidrogrfica ----------------------------------------- 243.2.1 Caracterizao climtica ----------------------------------------------------- 243.2.2 Caracterizao geolgica ---------------------------------------------------- 483.2.3 Caracterizao pedolgica -------------------------------------------------- 653.2.4 Caracterizao geomorfolgica -------------------------------------------- 873.2.5 Uso e ocupao do solo ---------------------------------------------------- 1093.3Aspectos biticos da bacia hidrogrfica ------------------------------------- 1103.3.1 Caracterizao da cobertura vegetal ----------------------------------- 113Caatinga ----------------------------------------------------------------------------------- 124Mata Ciliar --------------------------------------------------------------------------------- 127Vereda -------------------------------------------------------------------------------------- 131Corredores Ecolgicos ----------------------------------------------------------------- 1343.3.2 Caracterizao da Fauna -------------------------------------------------- 1403.3.3 Unidades de conservao ------------------------------------------------- 1543.4Aspectos ambientais da bacia hidrogrfica --------------------------------- 1633.4.1 Abastecimento de gua----------------------------------------------------- 1633.4.2 Esgotamento Sanitrio ------------------------------------------------------ 1713.4.3 Resduos Slidos ------------------------------------------------------------- 1753.4.4 Problemas Ambientais ------------------------------------------------------ 1793.5Aspectos socioeconmicos e culturais --------------------------------------- 2033.5.1 Aspectos demogrficos ----------------------------------------------------- 2033.5.2 Desenvolvimento humano ------------------------------------------------- 2263.5.3 Desenvolvimento Econmico --------------------------------------------- 2703.6Aspectos hdricos ------------------------------------------------------------------ 289BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOLi 5. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 3.6.1guas superficiais ------------------------------------------------------------ 289 3.6.2guas subterrneas --------------------------------------------------------- 386 3.6.3Cadastro de usurios de recursos hdricos --------------------------- 429 3.7 Cadastro de usurios de recursos hdricos --------------------------------- 433 3.8 Anlise ambiental estratgica -------------------------------------------------- 436 3.8.1Percepo dos Atores sociais -------------------------------------------- 437 3.8.2Aspectos tcnicos apontados --------------------------------------------- 446 3.8.3Matriz estratgica ambiental ---------------------------------------------- 447 3.9 Aspectos institucionais e de gesto das guas na bacia hidrogrfica452 3.10 Diagnstico geral da bacia hidrogrfica-------------------------------------- 4524. PROGNSTICO, COMPATIBILIZAO E ARTICULAO --------- 4544.1 Cenrios ------------------------------------------------------------ 454 4.1.1Metodologia para o estabelecimento de cenrios ------------------- 4554.2 Delimitao do sistema e do ambiente --------------------------- 458 4.2.1Cenrios tendenciais e alternativos para os recursos hdricos -- 462 4.2.2Medidas possveis de compatibilizao -------------------------------- 5184.3 Articulao e Compatibilizao ------------------------------------ 528 4.3.1Planos de Recursos Hdricos de bacias vizinhas -------------------- 529 4.3.2Programas e projetos existentes ----------------------------------------- 531 4.3.3Intervenes necessrias -------------------------------------------------- 5354.4 Prognstico de recursos hdricos ---------------------------------- 537 4.4.1Balano no cenrio tendencial entre as disponibilidades e demandas de recursos hdricos (2015)----------------------------------------------------------- 552 4.4.2Balano no cenrio tendencial entre as disponibilidades e demandas de recursos hdricos (2020)----------------------------------------------------------- 555 4.4.3prognstico nos horizontes considerados ----------------------------- 5565. PLANEJAMENTO ESTRATGICO DA BACIA HIDROGRFICA ----- 5585.1 Definies Estratgicas para a UPGRH-SF6 ---------------------- 5585.2 Viso para o ano 2020--------------------------------------------- 561ii BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 6. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF65.3 Estratgias a serem adotadas------------------------------------- 5625.4 Objetivos estratgicos --------------------------------------------- 5635.5 Intervenes recomendadas e programas de educao continuada5666. PLANEJAMENTO OPERACIONAL DA BACIA HIDROGRFICA ----- 5706.1 Objetivos operacionais e metas ----------------------------------- 5706.1.1objetivos operacionais por objetivos estratgicos ------------------- 5756.1.2objetivos estratgicos por componentes e subcomponentes----- 5806.2 Programa de investimentos --------------------------------------- 5846.2.1investimentos necessrios ------------------------------------------------- 5936.2.2cronograma fsico financeiro ---------------------------------------------- 5976.3 Arranjo institucional e legal para gesto das guas ---------------------- 6006.3.1comit da bacia hidrogrfica ---------------------------------------------- 6086.3.2agncia da bacia hidrogrfica --------------------------------------------- 6126.4 Diretrizes para implementao dos instrumentos de gesto ----------- 6266.4.1cadastro de usurios -------------------------------------------------------- 6266.4.2outorgas de direito de uso de recursos hdricos --------------------- 6276.4.3diretrizes para o enquadramento dos corpos de gua em classes6416.4.4reas de proteo dos recursos hdricos ------------------------------ 6756.4.5cobrana pelo uso de recursos hdricos ------------------------------- 6756.4.6sistema de informaes sobre recursos hdricos -------------------- 6916.4.7fiscalizao e monitoramento dos usos -------------------------------- 6927. ARTICULAES COM INTERESSES INTERNOS E EXTERNOS SBACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6---------------------------- 6947.1 Articulaes internas -------------------------------------------------------------- 6957.2 Articulaes externas ------------------------------------------------------------- 6968. ESQUEMA DE IMPLEMENTAO DO PDRH ----------------------- 6969. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ---------------------------------- 697BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL iii 7. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 LISTA DE FIGURASFigura 1 Localizao das bacias hidrogrficas na UPGRH SF6 -------------- 9Figura 2 Unidades de Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos de MinasGerais - UGPRH ------------------------------------------------------------------ 15Figura 3 Municpios da bacia do rio Pacu ------------------------------------- 17Figura 4 Municpios do trecho Norte da bacia do rio So Francisco --------- 18Figura 5 Municpios do trecho Centro da bacia do rio So Francisco -------- 19Figura 6 Municpios do trecho Sudoeste da bacia do rio So Francisco ----- 21Figura 7 Esboo do Crton do So Francisco e suas Faixas Marginais.(Modificado de Alkmim et al. 1996). -------------------------------------------- 50Figura 8 Coluna Estratigrfica do Supergrupo So Francisco no Mdio RioSo Francisco. Modificado de Alkmim et al. (1996) ---------------------------- 56Figura 9 Mapa de solos da UPGRH SF6 ------------------------------------- 68Figura 10 - Mapa altimtrico da Bacia oeste do rio So Francisco ------------- 89Figura 11 Mapa altimtrico da bacia do rio Pacu --------------------------- 103Figura 12 - Mapa altimtrico da bacia So Francisco trecho Norte ---------- 104Figura 13 - Mapa altimtrico da bacia So Francisco trecho Centro --------- 106Figura 14 Mapa altimtrico da bacia So Francisco trecho Sudeste- ------ 107Figura 15 Gonalo Alves Astronium fraxinifolium ------------------------ 114Figura 16 Jatob: Hymenaea courbaril ------------------------------------- 114Figura 17 Angico Vermelho: Anadenanthera macrocarpa ------------------ 118Figura 18 Imagem do Cerrado no Norte de Minas-------------------------- 119Figura 19 Pequi: Caryocar brasiliensis -------------------------------------- 120Figura 20 Aroeira: Myracrodruon urundeuva ------------------------------- 125Figura 21 Mata Seca, Representada na Caatinga no Norte de Minas ------ 126Figura 22 Vegetao ciliar preservada, norte de Minas -------------------- 128Figura 23 Vereda Alagada (Buriti)------------------------------------------- 132Figura 24 Vereda na Regio ------------------------------------------------- 132Figura 25 Floresta Plantada de Eucalilpto em Engenheiro Navarro - MG -- 137Figura 26 Plantao de Eucalipto em Francisco Dumont - MG ------------- 137Figura 27 Matrinch: Brycon lundii------------------------------------------ 142Figura 28 Piranha Branca: Serrasalmus brandti ---------------------------- 142Figura 29 Pacu: Piaractus mesopotamicus---------------------------------- 143Figura 30 Movimento dos Agrotxicos em Ambientes Aquticos ---------- 145Figura 31 Lobo Guar: Chrysocyon brachyurus ---------------------------- 147Figura 32 Tamandu Bandeira: Myrmecophaga tridactyla ----------------- 147ivBRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 8. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Figura 33 Sussuarana:Felis concolor ---------------------------------------- 148Figura 34 Sau: Callicebus personatus ------------------------------------- 148Figura 35 Cachorro do Mato Vinagre: Speathos venaticus ----------------- 149Figura 36 Cobra Coral: Micrurus frontalis ----------------------------------- 150Figura 37 Jararaca: Bothrops jararaca -------------------------------------- 150Figura 38 Papa Capim: Sporphila nigricollis -------------------------------- 151Figura 39 Sonhao Cinza: Throupis sayaca --------------------------------- 152Figura 40 Sabi do Campo: Minus saturninus ------------------------------ 152Figura 41 Sapo: Anuro------------------------------------------------------- 153Figura 42 Sempre Viva: Helichrysum bracteatum -------------------------- 157Figura 43 Unidade de Conservao na UPGRH-SF6 ------------------------ 159Figura 44 Gruta no Parque Lapa Grande ------------------------------------ 161Figura 45 Vista parcial do Parque Lapa Grande ---------------------------- 161Figura 46 Parque Estadual Lapa Grande I ---------------------------------- 162Figura 47 Parque Estadual Lapa Grande II --------------------------------- 162Figura 48 Poo tubular profundo e reservao de gua, distrito de Ermidinhaem Montes Claros -------------------------------------------------------------- 169Figura 49 Estao de Tratamento de Esgotos (Municpio de FranciscoDumont) ------------------------------------------------------------------------ 172Figura 50 Estao de Tratamento de Esgotos (Municpio de EngenheiroNavarro) ------------------------------------------------------------------------ 173Figura 51 Lixo localizado no Municpio de Francisco Dumont ------------- 177Figura 52 Ponte do rio Riacho ---------------------------------------------- 180Figura 53 Lixo disposto no rio Riacho -------------------------------------- 181Figura 54 Nascente do rio Tamboril, So Joo da Vereda------------------ 181Figura 55 Acesso cachoeira de Braslia de Minas ------------------------- 182Figura 56 Eroso na estrada em So Roberto de Minas So Joo da Lagoa---------------------------------------------------------------------------------- 183Figura 57 Esgoto a cu aberto, So Roberto de Minas, distrito do municpiode So Joo da Lagoa ---------------------------------------------------------- 184Figura 58 Lixo situado no municpio de So Joo da Lagoa -------------- 185Figura 59 Vereda e carvoaria clandestina , em Buritizeiro ----------------- 185Figura 60 Rio Cana Brava, em So Joo do Pacu -------------------------- 186Figura 61 Riacho da Extrema Ibia ---------------------------------------- 187Figura 62 Riacho do Barro - Ibia-------------------------------------------- 187Figura 63 - Lingrafo Comunidade Bela Vista ------------------------------- 192Figura 64 Hormetros instalados nos sistemas de captao de gua ------ 192BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOLv 9. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Figura 65 Vooroca no Topo Divisor das Nascentes dos Crregos Quilombo eBandeira ------------------------------------------------------------------------ 196Figura 66 rea Prxima Nascente do Crrego Lajinha, com Vrios focosErosivos e Voorocas----------------------------------------------------------- 197Figura 67 rea prxima das Nascentes do Crrego Cantagalo ------------ 197Figura 68 Processos erosivos pontuais que ocorrem em todo o Territrio,normalmente em solos que esto desprotegidos de cobertura vegetal ----- 198Figura 69 Regio entre os Crregos Bacupari e Sussuarana --------------- 199Figura 70 Estrada Vicinal prxima ao Riacho da Palmeira ----------------- 199Figura 71 Crrego Corrente, Afluente da Margem direita do Rio Jequita - 199Figura 72 Deslizamento, na margem da estrada expondo razes e vegetao---------------------------------------------------------------------------------- 200Figura 73 Crrego Genipapo, afluente do Rio So Lamberto, localizado emrea de vooroca. -------------------------------------------------------------- 200Figura 74 Intenso processo Erosivo (Vooroca na Regio Prxima a VriasNascentes de Crregos Intermitentes, dentre eles a do Crrego Limoeiro, naregio do Mandacaru) ---------------------------------------------------------- 201Figura 75 Ravinamento prximo Nascente do Crrego Maria Preta ----- 201Figura 76 Vooroca na margem direita do Crrego Fundo, a 4 km da sua fozcom o Rio Jequita -------------------------------------------------------------- 202Figura 77 Vooroca prxima a sede de Francisco Dumont ----------------- 202Figura 78 Foco erosivo na Serra do Cabral prximo a Sede Municipal ---- 202Figura 79 IDH Educao nos municpios das bacias hidrogrficas do rio Pacue trecho do rio So Francisco em 1991 --------------------------------------- 256Figura 80 IDH Educao nos municpios das bacias hidrogrficas do rio Pacue trecho do rio So Francisco em 2000 --------------------------------------- 257Figura 81 Pessoas que vivem em domiclios subnormais nos municpios dasbacias hidrogrficas do rio Pacu e trecho do rio So Francisco em 2000.Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano da FJP. --------------------------- 260Figura 82 IDH Renda nos municpios das bacias hidrogrficas do rio Pacu etrechos do So Francisco - 2000 ---------------------------------------------- 267Figura 83 Intensidade da pobreza nos municpios das bacias hidrogrficas dorio Pacu e trechos do So Francisco -1991 ----------------------------------- 268Figura 84 Intensidade da pobreza nos municpios das bacias hidrogrficas dorio Pacu e trechos do So Francisco -2000 ----------------------------------- 269Figura 85 Produo Clandestina de Carvo Vegetal ------------------------ 282Figura 86 Localizao das estaes de monitoramento do IGAM na SF6-- 344Figura 87 Desconformidades de Clorifila-a no perodo de 2006 a 2008, naregio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco. - 365Figura 88 Desconformidades de Clorifila-a no perodo de 2006 a 2008, naregio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco - 366viBRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 10. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Figura 89 Desconformidades de Fsforo Total no perodo de 1997 a 2008, naregio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco - 367Figura 90 Desconformidades de Mangans Total no perodo de 1997 a 2008,na regio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco---------------------------------------------------------------------------------- 369Figura 91 Ocorrncias de Cor Verdadeira no perodo de 1997 a 2008, naregio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco - 370Figura 92 Desconformidades de leos e Graxas no perodo de 1997 a 2008,na regio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco.---------------------------------------------------------------------------------- 371Figura 93 Desconformidades de Turbidezis no perodo de 1997 a 2008, naregio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco. - 372Figura 94 Desconformidades de slidos em suspenso totais no perodo de1997 a 2008, na regio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rioSo Francisco. ------------------------------------------------------------------ 373Figura 95 Desconformidades de Alumnio Dissolvido e Ferro Dissolvido noperodo de 1997 a 2008, na regio de interesse pertencente baciahidrogrfica do rio So Francisco. --------------------------------------------- 374Figura 96 Frequncia de IQA no perodo de 1997 a 2008, na regio deinteresse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco. ------------ 376Figura 97 Freqncia de CT, CT Mdia e CT Alta no rio So Francisco amontante da foz do rio das Velhas (SF019) no perodo de 1997 a 2008. --- 377Figura 98 Freqncia de CT, CT Mdia e CT Alta no rio Jequita prximo desua foz no rio So Francisco (SF021) no perodo de 1997 a 2008. ---------- 378Figura 99 Freqncia de CT, CT Mdia e CT Alta no rio Pacu a montante dasua confluncia com o rio So Francisco (SF040) no perodo de 2005 a 2008.---------------------------------------------------------------------------------- 378Figura 100 Freqncia de CT, CT Mdia e CT Alta no rio So Francisco ajusante da cidade de Ibia (SF023) no perodo de 1997 a 2008. ------------ 379Figura 101 Desconformidades de Chumbo Total no perodo de 1997 a 2008,na regio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco.---------------------------------------------------------------------------------- 380Figura 102 Desconformidades de Cromo Total no perodo de 1997 a 2008,na regio de interesse pertencente bacia hidrogrfica do rio So Francisco.---------------------------------------------------------------------------------- 381Figura 103 Diagrama de Piper dos Poos Analisados, Valores Mdios dasCampanhas 2005 e 2006 ------------------------------------------------------ 423Figura 104 Diagrama de SAR, Classificao das guas para Agricultura -- 426Figura 105 Usos de gua outorgados na UPGRH SF6 ---------------------- 434Figura 106 Impacto econmico dos usurios na bacia hidrogrfica. ------ 460Figura 107 Impacto das polticas pblicas nas bacias hidrogrficas ------- 461Figura 108 Impacto da atuao dos atores da sociedade na baciahidrogrfica --------------------------------------------------------------------- 462BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL vii 11. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Figura 109 Atores, variveis, variveis selecionadas e estado atual ------ 466Figura 110 Cenrios futuros possveis segundo o PMDI -------------------- 471Figura 111 Condicionantes e impulsionadores do futuro das guas da bacia---------------------------------------------------------------------------------- 512Figura 112 Matriz SWOT de Oportunidades--------------------------------- 527Figura 113 Matriz SWOT de Ameaas --------------------------------------- 528Figura 114 Agentes envolvidos no Convnio de Integrao (PBHSF, 2005)---------------------------------------------------------------------------------- 529Figura 115 - Mapa Estratgico Corporativo da UPGRH-SF6 ------------------ 565Figura 116 Outorga pelo critrio da vazo referencial (Lanna, 1997) ----- 638Deliberao Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG no 01/2008 ------------- 650Figura 117 Mapa como a distribuio espacial das outorgas na SF6 ------ 658Figura 118 - Mapa de Qualidade das guas Superficiais UPGRH SF6, IGAM2009 ---------------------------------------------------------------------------- 660Figura 119 - Unidades de Conservao na UPGRH-SF6 ---------------------- 662Figura 120 Mapa com proposta inicial de enquadramento dos cursos de guada SF6 -------------------------------------------------------------------------- 674viiiBRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 12. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 LISTA DE MAPASMapa 1 Unidade de Planejamento e Gesto dos Recursos Hdricos SF6 ....... 8Mapa 2 Principais Sistemas de Escala Sintica na Regio da Bacia do RioJequita ............................................................................................... 27Mapa 3 Precipitao Total Anual ........................................................... 30Mapa 4 Temperatura Mdia Anual ........................................................ 34Mapa 5 Deficincia Hdrica Anual .......................................................... 43Mapa 6 Excedentes Hdricos Anuais ...................................................... 44Mapa 7 ndices Hdricos Anuais ............................................................ 45Mapa 8 Geolgico Regional Bacia do rio Jequita..................................... 60Mapa 9 Recursos Minerais da Bacia do rio Jequita.................................. 63Mapa 10 Tipos de Vegetao na Bacia do Jequita e reas deReflorestamento ..................................................................................138Mapa 11 Concesso de gua nos Municpios da Bacia do Rio Jequita .......168Mapa 12 Concesso de Esgoto nos Municpios da Bacia do Rio Jequita ....174Mapa 13 Disposio dos Resduos Slidos Muncpios da Bacia do Jequita .178Mapa 14 Vulnerabilidade Eroso .......................................................195Mapa 15 - IDH Municipal.......................................................................231Mapa 16 IDH Renda ..........................................................................232Mapa 17 Renda Per Capita .................................................................263Mapa 18 Municpios com ou sem Plano Diretor Municipal ........................288Mapa 19 - Rede Hidrometeorolgica na Bacia do Jequita ..........................290Mapa 20 Localizao das Estaes Fluviomtricas e de Qualidade na rea daBacia..................................................................................................341Mapa 21 Localizao dos Pontos de Captao Subterrnea por Finalidade deUso ....................................................................................................407Mapa 22 Localizao dos Pontos de Colea de Amostras de gua paraAnlises Fsico-Qumicas .......................................................................413Mapa 23 Localizao de Pontos de Captao de gua Superficial .............432BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL ix 13. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 LISTA DE TABELASTabela 1- rea dos Municpios Integrantes da Bacia do Rio Jequita ---------- 10Tabela 2- Caracterizao Geral da Bacia Hidrogrfica do Rio Jequita --------- 12Tabela 3 reas dos municpios integrantes da bacia do rio Pacu ----------- 13Tabela 4 reas dos municpios integrantes da bacia do rio Jequita --------- 13Tabela 5 reas dos municpios integrantes da sub-bacia do rio So Francisco Trecho Norte SF6 ------------------------------------------------------------ 14Tabela 6 reas dos municpios integrantes da sub-bacia do rio So Francisco Trecho Centro SF6 ----------------------------------------------------------- 14Tabela 7 reas dos municpios integrantes da sub-bacia do rio So Francisco Trecho Sudoeste SF6 -------------------------------------------------------- 14Tabela 8 Sumarizao das caractersticas UPGRH SF6 --------------------- 23Tabela 9 Balano Hdrico da Estao Metereolgica de Montes Claros ------ 39Tabela 10 Guia de Avaliao da Aptido Agrcola das Terras para a RegioSemi-rida ----------------------------------------------------------------------- 86Tabela 11 Tipos de Relevo Reconhecidos na rea de Estudo ---------------- 96Tabela 12 Caractersticas do Tipo de Relevo --------------------------------- 96Tabela 13 rea dos Municpios da Bacia do Jequita e Formaes Florestais---------------------------------------------------------------------------------- 116Tabela 14 reas dos municpios e fitofisionomia florestal na bacia do Pacu eSo Francisco (Trechos Norte, Centro e Sudoeste)--------------------------- 116Tabela 15 rea das Florestais de Cerrado na Bacia do Rio Jequita ------- 122Tabela 16 - Municpios e fitofisionomias de cerrado na bacia do rio Pacu e rioSo Francisco (Trechos Centro, Norte e Sudoeste)--------------------------- 122Tabela 17 Espcies Arbreas do Cerrado ----------------------------------- 124Tabela 18 Espcies Arbreas da Caatinga ---------------------------------- 127Tabela 19 Espcies encontradas na Matas Ciliares da Regio ------------- 131Tabela 20 rea dos Municpios e de Veredas na Bacia do Jequita -------- 133Tabela 21- Municpios e fitofisionomia de veredas na bacia do Pacu e SoFrancisco (trechos Centro, Norte e Sudoeste - SF6) ------------------------- 134Tabela 22 rea de Eucalipto e Pinus nos Municpios da Bacia do Jequita - 139Tabela 23 - reas de Eucalipto e Pinus na bacia do rio Pacu e rio SoFrancisco (trechos Centro, Norte e Sudoeste - SF6) ------------------------- 139Tabela 24 rea dos Municpios da Bacia do Rio Jequita com reas dePreservao Permanente ------------------------------------------------------ 158x BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 14. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 25 - Municpios da bacia do rio Pacu e So Francisco (trechos Centro,Norte e Sudoeste) com APPs -------------------------------------------------- 160Tabela 26 Porcentagem de Participao dos Municpios em Termos dePopulao dentro dos Limites da Bacia do Rio Jequita----------------------- 163Tabela 27 Relao das Concessionrias Responsveis pelos SAA e SES -- 165Tabela 28 Relao do Sistema de Disposio Final dos Resduos Slidos - 176Tabela 29 Populao Total e Percentual de Populao Urbana e Rural, 1970 -2000 ---------------------------------------------------------------------------- 205Tabela 30- Populao dos Municpios Integrantes da Bacia do Rio Jequita - 206Tabela 31 Taxa de Fecundidade, Mortalidade at 1 e 5 Anos de Idade --- 213Tabela 32 Esperana de Vida ao Nascer e Probabilidade de Sobrevivncia 215Tabela 33 Empregados do Setor Formal e Rendimento Mdio do Setor --- 219Tabela 34 Populao nas Bacias Hidrogrficas do Rio Pacu e Trechos do SoFrancisco ----------------------------------------------------------------------- 220Tabela 35 ndice de Desenvolvimento Humano Municpios da Bacia do RioJequita ------------------------------------------------------------------------- 230Tabela 36 ndice de Gini e Theil dos Municpios da Bacia do Rio Jequita - 233Tabela 37 PIB per capita nos municpios das bacias hidrogrficas do rio Pacue Trechos do So Francisco -2007 -------------------------------------------- 234Tabela 38 ndice de Desenvolvimento Humano dos Municpios das baciashidrogrficas do rio Pacu e Trechos do rio So Francisco 1991 e 2000 --- 236Tabela 39 ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal dos municpios dasbacias hidrogrficas do rio Pacu e Trechos do rio So Francisco. ----------- 236Tabela 40 Assistncia Mdica nos municpios das bacias hidrogrficas do rioPacu e trecho do rio So Francisco 2005 ----------------------------------- 241Tabela 41 bitos hospitalares nos municpios das bacias hidrogrficas do rioPacu e Trechos do rio So Francisco - 2008 --------------------------------- 242Tabela 42 Ocorrncia de internaes nas bacias hidrogrficas do rio Pacu eTrechos do rio So Francisco por 100.000 habitantes. ----------------------- 246Tabela 43 Ocorrncia de internaes nas bacias hidrogrficas do rio Pacu eTrechos do rio So Francisco por 100.000 habitantes (continuao) -------- 247Tabela 44 Ocorrncia de internaes e mortalidade nas bacias hidrogrficasdo rio Pacu e Trechos do rio So Francisco por 100.000 habitantes -------- 248Tabela 45 Ocorrncia de internaes e mortalidade nas bacias hidrogrficasdo rio Pacu e Trechos do rio So Francisco por 100.000 habitantes(continuao)------------------------------------------------------------------- 249BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOLxi 15. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 46 Incidncia de doenas nas bacias hidrogrficas do rio Pacu eTrechos do rio So Francisco por 100.000 habitantes ------------------------ 250Tabela 47 Indicadores de Analfabetismo na Bacia do Jequita, 1991 e 2000---------------------------------------------------------------------------------- 251Tabela 48 Matrculas e docentes nos municpios das bacias hidrogrficas dorio Pacu e Trechos do Rio So Francisco - 2008 ----------------------------- 254Tabela 49 IDH e IFDM nos municpios das bacias hidrogrficas do rio Pacu eTrechos do So Francisco ------------------------------------------------------ 255Tabela 50 Indigncia e Pobreza dos Municpios da Bacia do Rio Jequita - 261Tabela 51 Renda Per Capita e Percentual de Renda Proveniente deTransferncias Governamentais e do Trabalho Bacia do Rio Jequita -------- 263Tabela 52 Indicadores de renda e pobreza nos Municpios das BaciasHidrogrficas do rio Pacu e trecho do rio So Francisco --------------------- 266Tabela 53 Produto Interno Bruto (PIB), Segundo Regies de Planejamentode Minas Gerais, 2005 --------------------------------------------------------- 271Tabela 54 Produto Interno Bruto (PIB) por Setor de Atividade Econmica 272Tabela 55 Produto Interno Bruto dos municpios das bacias hidrogrficas dorio Pacu e trechos do So Francisco 2003 a 2007 ------------------------- 276Tabela 56 Principais Produtos Cultivados na Agricultura Bacia do Jequita 279Tabela 57 Principais Criaes da Pecuria na Bacia do Jequita ----------- 280Tabela 58 Extrao Vegetal e Silvicultura na Bacia do Rio Jequita ------- 281Tabela 59 Arrecadao por municpio das bacias hidrogrficas do rio Pacu etrechos do So Francisco agrupadas por CNAE -2008 ----------------------- 284Tabela 60 Estaes Pluviomtricas Identificadas na Bacia do Jequita ---- 291Tabela 61 Estaes Fluviomtricas Existentes na Bacia do Jequita ------- 292Tabela 62 Curvas de Descarga ---------------------------------------------- 302Tabela 63 Vazes Mdias Mensais e Anuais da Estao Fazenda EspritoSanto --------------------------------------------------------------------------- 305Tabela 64 - Vazes Mdias Mensais e Anuais da Estao Porto Aliana ----- 306Tabela 65 - Vazes Mdias Mensais e Anuais da Estao Claro dos Poes - 307Tabela 66 - Vazes mdias mensais e anuais da estao Jequita----------- 309Tabela 67 - Vazes Mdias Mensais e Anuais da Estao Fazenda UmburanaMontante ----------------------------------------------------------------------- 310Tabela 68 - Vazes de Referncia para as Estaes da Bacia do Rio Jequita321Tabela 69 - Relao dos Parmetros Analisados nas Campanhas Completas 330xii BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 16. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 70 - Relao dos Parmetros Especficos Analisados nas CampanhasIntermedirias para a Estao SF021 ----------------------------------------- 331Tabela 59 Parmetros Avaliados e seus Respectivos Pesos ---------------- 332Tabela 72 - Resultados Anlises Fsico-qumicas Bacteriolgicas - 2007 ---- 337Tabela 73 - Resultados Anlises Fsico-qumicas Bacteriolgicas 2006---- 338Tabela 74 Resultados Anlises Fsico-qumicas Bacteriolgicas 2005 --- 339Tabela 75 - Presso - Estado Resposta ------------------------------------- 340Tabela 76 Recomendaes de Instalaes de Estaes Fluviometicas ---- 340Tabela 77 Descrio das estaes de amostragem na regio de estudo -- 343Tabela 78 Relao dos parmetros analisados nas campanhas completas 346Tabela 79 Relao dos parmetros analisados nas campanhas intermedirias---------------------------------------------------------------------------------- 347Tabela 80 Classificao dos parmetros monitorados segundo o percentualde resultados em desconformidade com os limites da DN ConjuntaCOPAM/CERH n 01/08 (So Francisco Sudoeste e Pacu, alm do SoFrancisco Centro e Jequita) no perodo de 1997 a 2008--------------------- 363Tabela 81 Classificao dos parmetros monitorados segundo o percentualde resultados em desconformidade com os limites da Resoluo CONAMA357/05 nos pontos da rede CODEVASF/IGAM na bacia do rio Riacho no anode 2005 ------------------------------------------------------------------------- 383Tabela 82 Domnios Hidrogeolgicos ---------------------------------------- 388Tabela 83 Vazo Especfica (L/s.m) ----------------------------------------- 393Tabela 84 Reservas Explotveis e Volumes Explotados -------------------- 399Tabela 85 Pontos Levantados com Vazes Captadas por Municpio ------- 400Tabela 86 Poos Levantados com Vazes, por Uso do Recurso Hdrico --- 402Tabela 87 Pontos Levantados por Municpio e Modo de Uso dos RecursosHdricos. ------------------------------------------------------------------------ 403Tabela 88 Poos de Monitoramento na Bacia do Rio Jequita -------------- 414Tabela 89 Concentraes Mdias (Campnahas de 2005 e 2006) ---------- 415Tabela 90 Resultados Mdios das Campanhas de 2005 e 2006 ----------- 416Tabela 91 Classificaes dentro da Rede de Monitoramento--------------- 426Tabela 92 Usos Outorgados / Cadastrados por Municpio ------------------ 430Tabela 93 Outorga vigentes na bacia do rio Pacu-------------------------- 435Tabela 94 Outorgas vigentes na bacia So Francisco Norte --------------- 435Tabela 95 Outorgas vigentes na bacia So Francisco Centro -------------- 435BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL xiii 17. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 96 Outorgas vigentes na bacia So Francisco Sudoeste ----------- 436Tabela 97 Pontos Fortes das bacias hidrogrficas -------------------------- 445Tabela 98 Pontos Fracos das bacias hidrogrficas -------------------------- 445Tabela 99 Ameaas nas bacias hidrogrficas ------------------------------- 445Tabela 100 Oportunidades para as bacias hidrogrficas ------------------- 446Tabela 101 Aes Potenciais e Limitadoras Identificadas em Relao Baciada UPGRH-SF6 ----------------------------------------------------------------- 450Tabela 102 Oportunidades e Ameaas Identificadas para a Bacia Hidrogrficada UPGRH-SF6 ----------------------------------------------------------------- 451Tabela 103 Consumo per capita de gua para abastecimento humano --- 539Tabela 104 Consumo de gua para dessedentao de animais ----------- 541Tabela 105 Estimativa das vazes caractersticas na foz do rio Pacu ----- 542Tabela 106 Estimativa do consumo de gua da populao, bacia do rio Pacu,no ano de 2007 ---------------------------------------------------------------- 543Tabela 107 Estimativa do consumo de gua na agricultura, bacia do rioPacu, no ano de 2006 --------------------------------------------------------- 543Tabela 108 Estimativa do consumo de gua na criao de animais, bacia dorio Pacu, no ano de 2006 ----------------------------------------------------- 544Tabela 109 Estimativa das vazes caractersticas na foz do rio Jequita -- 544Tabela 110 Estimativa do consumo de gua da populao, bacia do rioJequita, no ano de 2007 ------------------------------------------------------ 544Tabela 111 Estimativa do consumo de gua na agricultura, bacia do rioJequita, no ano de 2006 ------------------------------------------------------ 545Tabela 112 Estimativa do consumo de gua na criao de animais, bacia dorio Jequita, no ano de 2006 --------------------------------------------------- 546Tabela 113 Estimativa das vazes caractersticas na foz do rio Paracatu - 546Tabela 114 Estimativa das vazes caractersticas na foz do riacho Grande546Tabela 115 Estimativa do consumo de gua da populao, bacia SoFrancisco Trecho Norte, no ano de 2007 ----------------------------------- 547Tabela 116 Estimativa do consumo de gua na agricultura, bacia SoFrancisco Trecho Norte, no ano de 2006 ----------------------------------- 547Tabela 117 Estimativa do consumo de gua na criao de animais, bacia SoFrancisco Trecho Norte, no ano de 2006 ----------------------------------- 548Tabela 118 Estimativa das vazes caractersticas na foz do riacho Barro - 548Tabela 119 Estimativa das vazes caractersticas na foz do riacho Canabrava---------------------------------------------------------------------------------- 548xiv BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 18. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 120 Estimativa do consumo de gua da populao, bacia SoFrancisco Trecho Centro, no ano de 2007 ---------------------------------- 549Tabela 121 Estimativa do consumo de gua na agricultura, bacia SoFrancisco Trecho Centro, no ano de 2006 ---------------------------------- 549Tabela 122 Estimativa do consumo de gua na criao de animais, bacia SoFrancisco Trecho Centro, no ano de 2006 ---------------------------------- 549Tabela 123 Estimativa das vazes caractersticas na foz do rio de Janeiro 550Tabela 124 Estimativa das vazes caractersticas na foz rio Formoso ---- 550Tabela 125 Estimativa das vazes caractersticas na foz do ribeiro Jatob---------------------------------------------------------------------------------- 550Tabela 126 Estimativa do consumo de gua da populao, bacia SoFrancisco Trecho Sudoeste, no ano de 2007 ------------------------------- 551Tabela 127 Estimativa do consumo de gua na agricultura, bacia SoFrancisco Trecho Sudoeste, no ano de 2006 ------------------------------- 551Tabela 128 Estimativa do consumo de gua na criao de animais, bacia SoFrancisco Trecho Sudoeste, no ano de 2006 ------------------------------- 552Tabela 129 Estimativa do consumo de gua nas bacias integrantes daUPGRH SF6, no ano de 2015 -------------------------------------------------- 555Tabela 130 Estimativa do consumo de gua nas bacias integrantes daUPGRH SF6, no ano de 2020 -------------------------------------------------- 556Tabela 131 - Objetivos Estratgicos, Indicadores e Metas ------------------- 572Tabela 132 - Objetivos Operacionais, Aes, Indicadores e Metas ---------- 577Tabela 133 - Perspectivas e Componentes ----------------------------------- 580Tabela 134 - Objetivos Estratgicos e Subcomponentes --------------------- 581Tabela 135 - Componentes, Subcomponentes e Aes ---------------------- 582Tabela 136 Resumo dos investimentos do Plano de Metas na UPGRH SF6 594Tabela 137 Cronograma fsico-financeiro do Plano de Metas na UPGRH SF6---------------------------------------------------------------------------------- 598Tabela 138 Relao das classes de enquadramento e os usos a que sedestinam os corpos de gua --------------------------------------------------- 643Tabela 139 Parmetros inorgnicos que sofreram alteraes na ResoluoCONAMA 357/05, em relao Deliberao Normativa COPAM 10/86 ------ 644Tabela 140 Parmetros orgnicos que sofreram alteraes na ResoluoCONAMA 357/05, em relao Deliberao Normativa COPAM 10/86 ------ 645Tabela 141 Informaes resumidas relativas UPGRH SF6 --------------- 655BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL xv 19. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 142 Valores de PPU propostos pela Deliberao CEIVAP no 65/2006 eaprovados pela Resoluo CNRH 64/2006 ------------------------------------ 681Tabela 143 Valores de PPU propostos pela Deliberao conjunta dos comitsPCJ 78/2007 e acatados pela Resoluo CNRH 78/2007 --------------------- 683Tabela 144 Estimativa de utilizao de gua nas bacias integrantes daUPGRH SF6 --------------------------------------------------------------------- 686Tabela 145 Estimativa de captao anual de gua nas bacias integrantes daUPGRH SF6 --------------------------------------------------------------------- 687Tabela 146 Estimativa de consumo anual de gua nas bacias integrantes daUPGRH SF6 --------------------------------------------------------------------- 687Tabela 147 Estimativa de lanamento anual carga orgnica pelo setor desaneamento nas bacias integrantes da UPGRH SF6 -------------------------- 688Tabela 148 Valores de PPU propostos na simulao de cobrana --------- 688Tabela 149 Estimativa de potencial de arrecadao no segmentosaneamento, nas bacias integrantes da UPGRH SF6 ------------------------- 689Tabela 150 Estimativa de potencial de arrecadao no segmento agriculturairrigada, nas bacias integrantes da UPGRH SF6 ------------------------------ 689Tabela 151 Estimativa de potencial de no segmento de criao animal, nasbacias integrantes da UPGRH SF6 --------------------------------------------- 690Tabela 152 Resumo da estimativa de potencial de arrecadao atual pelouso de gua, nas bacias integrantes da UPGRH SF6 ------------------------- 690xvi BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 20. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 LISTA DE QUADROSQuadro 1 Relao entre o PIB per capita dos municpios localizados emregies de baixo dinamismo e a mdia estadual ----------------------------- 486Quadro 2 Cenrios e taxas de crescimento do consumo da gua para operodo 2004-2013------------------------------------------------------------- 500Quadro 3 Ameaas percebidas pela sociedade civil ------------------------ 506Quadro 4 Oportunidades percebidas pela sociedade civil ------------------ 507Quadro 5 Cenrios alternativos para a UPGRH-SF6 ------------------------ 513Quadro 6 Matriz SWOT Foras e Fraquezas ------------------------------ 526Quadro 7 - Caracterstica gerais da bacia do rio Jequita -------------------- 531Quadro 8 - Dados do Projeto de Irrigao Jequita --------------------------- 532Quadro 9 - Projetos de saneamento bsico planejados pela CODEVASF ---- 532Quadro 10 - Projetos de saneamento bsico planejados pela CODEVASF --- 534BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL xvii 21. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6 LISTA DE GRFICOSGrfico 1 Precipitao Mdia Acumulada no Perodo 1969 - 1990 ............. 29Grfico 2 Comportamento das Temperaturas Mdias, Mximas e MinimasPerodo de (1969 1990) ...................................................................... 31Grfico 3 Comportamento das Temperaturas Mximas ............................ 32Grfico 4 Comportamento das Temperaturas Mnimas (1969 - 1990) ........ 33Grfico 5 Comportamento da Umidade Relativa do Ar (1969 1990)........ 35Grfico 6 Comportamento do ndice de Radiao Solar (1969 1990) ...... 36Grfico 7 Comportamento da Velocidade Mdia dos Ventos a 10m ........... 37Grfico 8 Curvas de Precipitao, ETP e ETR .......................................... 40Grfico 9 Extrato do Balano Hdrico Mensal .......................................... 40Grfico 10 Deficincia / Excesso Hdrico Mensal ..................................... 41Grfico 11 Representao do Balano Hdrico da Estao de Montes Claros 41Grfico 12 Percentual de Urbanizao na Bacia do Jequita (1970 2000) 204Grfico 13 Taxa de Fecundidade Total na Bacia do Jequita (1991 2000).........................................................................................................207Grfico 14 Taxa Anual de Crescimento Demogrfico, Segundo Situao deDomiclio na Bacia do Rio Jequita, (1970 2020) ....................................209Grfico 15 Evoluo da Distribuio da Populao por Sexo e Grupos deIdade Quinquenais (1970 - 2000) ..........................................................211Grfico 16 Brasil e MG: Evoluo da Distribuio da Populao, SegundoSexo e Grupos de Idade (2007) .............................................................212Grfico 17 Populao (10 anos e mais), Ocupada na Semana de Referncia,Segundo Grupos e Ocupao, Municpios da Bacia do Rio Jequita, 2000 .....217Grfico 18 Populao (10 anos ou mais), Ocupada Semana de Referncia,Segundo Classes de Rendimento Nominal Mensal, Bacia do Jequita, 2000 ..218Grfico 19 Populao (10 anos ou mais), Ocupada Semana de Referncia,Segundo Sexo e Grupos de Anos de Estudo, Bacia do Jequita, 2000 ..........252Grfico 20 - Curva Chave e Seo Transversal da Estao Fazenda EspritoSanto .................................................................................................297Grfico 21 - Curva Chave e Seo Transversal da Estao Jequita .............297Grfico 22 - Curva Chave e Seo Transversal da Estao So Lamberto ....298Grfico 23 - Curva Chave e Seo Transversal da Estao Jequita .............299Grfico 24 - Curva Chave e Seo Transversal da Estao Fazenda UmburanaMontante ............................................................................................300xviii BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 22. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Grfico 25 - Freqncia Adimensional Regional de Vazes Mnimas de 7 dias dedurao ..............................................................................................315Grfico 26 - Freqncia Adimensional Regional de Vazes Mximas para o RioJequita ..............................................................................................317Grfico 27 - Curvas de Permanncia das Estaes 42090000 e 42145000 ...323Grfico 28 - Curvas de Permanncia das Estaes 42089998 e 42145498 ...323Grfico 29 - Curvas de Permanncia das Estaes 42100000 ....................324Grfico 30 - Ajuste de Mximas das Estaes Fazenda Esprito Santo e PortoAliana ...............................................................................................324Grfico 31 - Ajuste de Mximas da Estao Fazenda Umburana Montante ...325Grfico 32 - Ajuste de Mximas da Estao Claro dos Poes ....................325Grfico 33 Variao do IQA para a Estao SF 021 (2004 a 2007) ...........333Grfico 34 - Ocorrncia de Fsforo Total e Coliformes Termotolerantes RioJequita prximo da sua Foz no Rio So Francisco (SF021) 1997 a 2007 .....334Grfico 35 - Ocorrncia de Oxignio Dissolvido no Rio Jequita prximo da suaFoz no Rio So Francisco (SF021) no perodo de 1997 a 2007. ..................334Grfico 36 - Ocorrncia de Turbidez e Cor Verdadeira no Rio Jequita prximoda sua Foz no Rio So Francisco (SF021) no perodo de 1997 a 2007 .........335Grfico 37- Ocorrncia de Ferro Dissolvido e Mangans Total no Rio Jequitaprximo da sua Foz Rio So Francisco (SF021)(1997- 2007) ....................336Grfico 38 Distribuio de Poos por Municpio ......................................401Grfico 39- Pontos Levantados por Uso (Bocaiva) ..................................404Grfico 40 Pontos Levantados por Uso (Claro dos Poes) ......................404Grfico 41 Pontos Levantados por Uso (Engenheiro Navarro) ..................405Grfico 42 Pontos Levantados por uso (Jequita) ...................................405Grfico 43 Pontos Levantados por Uso (Montes Claros) ..........................406BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL xix 23. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURASANA Agncia Nacional de guasANEEL Agncia Nacional de Energia EltricaAPA rea de Preservao AmbientalAPP rea de Preservao PermanenteBRASOLBrasil Ao SolidriaCBH Comit de Bacia HidrogrficaCETEC Fundao Centro Tecnolgico de Minas GeraisCERH/MG Conselho Estadual de Recursos Hdricos - Minas GeraisCNRHConselho Nacional de Recursos HdricosCNARH Cadastro Nacional de Usurios de Recursos HdricosCODEVASFCompanhia de Desenvolvimento dos Vales do So Francisco eParnabaCOPAM Conselho de Poltica AmbientalDNOCS Departamento Nacional de Obras contra as SecasEMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEMATER MG Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado deMinas GeraisFAEMG Federao da Agricultura do Estado de Minas GeraisFHIDROFundo de Recuperao, Proteo e Desenvolvimento Sustentveldas Bacias Hidrogrficas do Estado de Minas GeraisFJP Fundao Joo PinheiroIBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenovveisIBGEInstituto Brasileiro de Geografia e EstatsticaIDH ndice de Desenvolvimento HumanoIEF Instituto Estadual de FlorestasIGAMInstituto Mineiro de Gesto das guasPBHSF Plano Decenal de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica do RioSo FranciscoPDRHPlano Diretor de Recursos HdricosPMDIPlano Mineiro de Desenvolvimento IntegradoPNRHPlano Nacional de Recursos HdricosSEAPA Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuria e AbastecimentoSEMAD Secretaria de Estado de Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentvelSUDENESuperintendncia de Desenvolvimento do NordesteRURALMINASFundao Rural MineiraUPGRH Unidade de Planejamento e Gesto dos Recursos HdricosxxBRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 24. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF61. INTRODUOA BRASOL (Brasil Ao Solidria) elaborou os Planos Diretores de RecursosHdricos das Bacias dos rios Jequita, Pacu e trechos do rio So Francisco.O Plano Diretor de Recursos Hdricos da Bacia do rio Jequita foi elaboradopreviamente a partir de contratao feita pela CODEVASF (Companhia deDesenvolvimento do Vale do So Francisco), mediante um Termo de Parceria(TP), com a concordncia do Comit da bacia, como condicionante ambientaldo processo de licenciamento junto ao Conselho Estadual de Poltica Ambiental COPAM para a liberao e aprovao do Projeto Hidroagrcola do Jequita.O Plano Diretor de Recursos Hdricos da Bacia do rio Pacu e trechos do rio SoFrancisco PDRH Pacu foi realizado em parceria com o Comit das BaciasHidrogrficas dos rios Jequita e Pacu CBH Jequita/Pacu, comfinanciamento do Fundo de Recuperao, Proteo e DesenvolvimentoSustentvel das Bacias Hidrogrficas do Estado de Minas Gerais FHIDRO,conforme Resoluo SEMAD no 864/2008 e Deliberao CERH/MG no135/2008, que possibilitou a contratao do referido PDRH Rio Pacu com apublicao do Convnio 1371.01.04.001.09, no Dirio Oficial, em 6 de marode 2009.Posteriormente elaborao dos dois planos diretores, a BRASOL faz nestedocumento a aglutinao de ambos, tornando-o o Plano Diretor de RecursosHdricos das Bacias Hidrogrficas dos rios Jequita, Pacu e trechos do rio SoFrancisco, submetendo-o ao Comit das Bacias Hidrogrficas CBH Jequita ePacu da UPGRH-SF6.De acordo com o artigo 11 da Lei Estadual no 13.199/99, os planos diretoresde recursos hdricos de bacias hidrogrficas, devem conter:I - diagnstico da situao dos recursos hdricos da bacia hidrogrfica;II - anlise de opes de crescimento demogrfico, de evoluo das atividadesprodutivas e de modificaes dos padres de ocupao do solo;III - balano entre disponibilidades e demandas atuais e futuras de recursoshdricos, com identificao de conflitos potenciais;IV - metas de racionalizao de uso, aumento da quantidade e melhoria daqualidade dos recursos hdricos disponveis;V - medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos aserem implantados para atendimento das metas previstas, com estimativas decustos;VI definio de prioridade para a outorga de direito de uso de recursoshdricos;BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL1 25. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6VII diretrizes e critrios para o estabelecimento da cobrana pelo uso dosrecursos hdricos; eVIII propostas para a criao de reas sujeitas restries de uso comvistas proteo de recursos hdricos e ecossistemas aquticos.Assim sendo, o Plano Diretor de Recursos Hdricos das Bacias Hidrogrficasdos rios Jequita, Pacu e trechos do rio So Francisco podem ser condensadosem trs etapas: Diagnstico das Bacias Hidrogrficas com o conhecimento ediagnstico da realidade existente nas bacias hidrogrficas, quanto aomeio ambiente e aos recursos hdricos; Prognstico, Compatibilizao e Articulao com o prognstico quantoa um cenrio tendencial e a uma viso de futuro no uso dos recursoshdricos; alternativas de compatibilizao entre as disponibilidadeshdricas e as demandas, considerando interesses internos e externos bacia; e articulao entre as foras internas e externas s bacias para acompreenso de seu futuro e definio das medidas a serem tomadas. Planejamento Operacional das Bacias Hidrogrficas com a elaboraodo Plano propriamente dito, contendo um conjunto de metas e diretrizespara a viso de futuro da bacia a realidade desejada. A definio dasintervenes estruturais e no estruturais para promover atransformao da realidade existente na realidade desejada.O Plano Diretor de Recursos Hdricos visa proporcionar os elementos deplanejamento para o ordenamento, estruturao e organizao das BaciasHidrogrficas, enfatizando questes ligadas proviso dos recursos hdricos.O Plano Diretor de Recursos Hdricos (PDRH) dos Rios Jequita, Pacu e trechosdo rio So Francisco foi desenvolvido com o objetivo geral de produzir uminstrumento destinado ao Comit da Bacia Hidrogrfica (CBH), aos rgosgestores e aos demais componentes do Sistema de Gesto de RecursosHdricos, que lhes permita gerirem de forma sustentvel os recursos hdricossuperficiais e subterrneos. Dessa forma, trabalha-se para garantir o usomltiplo, racional e sustentvel das guas das bacias em benefcio dasgeraes presentes e, principalmente, das geraes futuras.A elaborao do Plano Diretor de Recursos Hdricos das Bacias Hidrogrficasdos Rios Jequita, Pacu e trechos do rio So Francisco foi baseada em umprocesso descentralizado e participativo com a finalidade de efetivar umaabordagem de gerenciamento territorial, atendendo s disposies contidas nalegislao brasileira e na Lei de Recursos Hdricos do Estado de Minas Gerais.2 BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 26. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6A gesto dos recursos hdricos, como preceituado pela Lei no 9.433/97 e pelalegislao estadual, deve ser efetivada por meio de um conjunto deinstrumentos, dos quais os Planos Diretores de Bacias Hidrogrficas soreferncia programtica para a bacia, onde so atualizadas as informaesregionais que influenciam a tomada de deciso naquele espao e queprocuram definir, com clareza, as aes para o uso racional e sustentvel dosrecursos hdricos da regio.Assim, procurou-se estruturar a base de dados das Bacias hidrogrficas daUPGRH-SF6 relativa s caractersticas e situao dos recursos hdricos, comvistas a subsidiar a elaborao e implementao de um Sistema Integrado deRecursos Hdricos, definindo as medidas necessrias para proteger, recuperare promover a qualidade dos recursos hdricos com vistas sade humana, vida aqutica e qualidade ambiental e estabelecendo metas de melhoria daqualidade das guas, de aumento da disponibilidade hdrica e uma justadistribuio da mesma na bacia hidrogrfica, acordada por todos os atoressociais.BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 3 27. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF62. DOCUMENTAO CONSULTADA E METODOLOGIAConforme estabelecido nos Termos de Referncia, que foram norteadores dostrabalhos desenvolvidos, parte das informaes foram obtidas em estudosprvios relacionados s bacias hidrogrficas, parte das informaes foramobtidas em levantamentos de campo e ainda diversos dados foram obtidos emreunies tcnicas realizadas com os atores relevantes, identificados na faseinicial de coleta de dados e mobilizao.Nos Relatrios Tcnicos Parciais das Etapas A Mobilizao e Coleta de Dados,B - Diagnstico, C - Prognstico, Compatibilizao e Articulao e D - Metas,Programas de Investimentos, Diretrizes e Critrios para os Instrumentos deGesto e Proposta de Arranjo Institucional, so citadas as refernciasbibliogrficas consultadas ao longo do desenvolvimento dos trabalhos.Como metodologia geral para elaborao dos Relatrios Parciais, foi realizadoo levantamento dos estudos tcnicos existentes sobre cada tema abordado erealizada uma seleo prvia sobre a atualidade e consistncia dasinformaes obtidas.Em reunies tcnicas realizadas com o Grupo de Tcnico de Acompanhamentodo PDRH, com tcnicos do Ncleo Norte de Minas do IGAM e com diversosrepresentantes de segmentos que compe o CBH Jequita/Pacu, foramcolhidos subsdios e informaes adicionais visando complementao e acrtica dos trabalhos desenvolvidos.Ao final de cada etapa de trabalho, que resultava na produo dos respectivosRelatrios Parciais (Etapas A, B, C e D), foram programadas e realizadasconsultas pblicas para apresentao do Plano Diretor, proporcionando asoportunidades para o recebimento de crticas e de contribuies aos textos.Os Relatrios Parciais, em vias digitais e impressas, foram tambmencaminhados aos gestores do Convnio SEMAD/BRASOL e ao CBHJequita/Pacu, para as devidas contribuies, sendo revisados com aincorporao das sugestes e recomendaes.Os Relatrios Parciais (Etapas A, B, C e D) forma encaminhados formalmenteem suas verses revisadas, que so apresentados aglutinados nestes RelatrioFinal.O Relatrio Final ser apresentado em reunio pblica e ser submetido aprovao do Comit de Bacia Hidrogrfica dos Rios Jequita e Pacu, paraobteno do Plano Diretor de Recursos Hdricos das Bacias Hidrogrficas quecompe a Unidade de Planejamento de Recursos Hdricos SF6BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 5 28. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF63. DIAGNSTICO DAS BACIAS HIDROGRFICASO diagnstico das bacias hidrogrficas foi efetivado a partir das suascaractersticas e peculiaridades. Em alguns casos o diagnstico foi detalhadoconforme a diviso natural na UPGRH-SF6, a saber: Bacia Hidrogrfica do Rio Jequita Bacia Hidrogrfica do Rio Pacu Bacias Hidrogrficas de trechos do Rio So FranciscoNoutros casos, em funo de sua natureza, o diagnstico foi efetivado para aUPGRH-SF6 como um todo.A seguir, apresenta-se o Mapa 1 referente Unidade de Planejamento eGesto de Recursos Hdricos UPGRH-SF6.BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 7 29. Mapa 1 Unidade de Planejamento e Gesto dos Recursos Hdricos SF6 30. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF63.1 Caractersticas gerais das bacias hidrogrficasAs caractersticas gerais das bacias hidrogrficas foram separadas por bacias,a saber: Bacia Hidrogrfica do Rio Jequita Bacia Hidrogrfica do Rio Pacu Bacias Hidrogrficas de trechos do Rio So FranciscoFigura 1 Localizao das bacias hidrogrficas na UPGRH SF63.1.1caractersticas gerais da Bacia Hidrogrfica do Rio JequitaO que caracteriza o vale do rio Jequita o aspecto contrastante da suarealidade. De um lado a riqueza destacada pelas potencialidades do subsolo,promissor em recursos minerais, de seu patrimnio histrico e cultural,referncia para Minas Gerais e para o Brasil, de seu artesanato diversificado ede seus mltiplos atrativos tursticos. De outro lado, a extrema pobreza emque vive grande parte de sua populao. Todos os municpios apresentamgraves problemas nas reas de sade, saneamento e educao. O meioambiente vem sendo sistematicamente agredido pela atividade mineradora epela silvicultura, comprometendo de forma sistmica seus recursos hdricos.A bacia do Rio Jequita reconhecidamente uma regio que apresenta elevadograu de subdesenvolvimento, marcado pelo alto analfabetismo, pelaocorrncia de diversas doenas endmicas e pelo baixo nvel de renda.O processo de empobrecimento dessa regio reflete-se no enfraquecimentodas atividades primrias. A economia rural dificultada pelas caractersticasBRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL9 31. geomorfolgicas, pela estrutura fundiria e pelo perfil socioeconmico de suapopulao, apresenta um baixo nvel de desenvolvimento tecnolgico.Alm disso, o vale do rio Jequita apresenta uma integrao frgil com aeconomia mineira, pois se localiza na regio de transio entre a rea deinfluncia de Belo Horizonte e o Nordeste Brasileiro, estando margem doseixos de desenvolvimento.Todas essas adversidades causaram um esvaziamento demogrfico na regioao longo das ltimas dcadas, notadamente no meio rural.A Bacia do rio Jequita est inserida na Unidade de Planejamento e Gesto dosRecursos Hdricos UPGRH SF6, localiza-se na regio norte-nordeste de MinasGerais, sendo afluente da margem direita do rio So Francisco, principalmanancial da regio nordeste do pas. Localizada em latitudes tropicais, aregio se insere na rea mineira do Nordeste, entre os paralelos 16 e 19 delatitude Sul e os meridianos 42 e 46 de Longitude Oeste, mostrado no Mapa 1.A Bacia ocupa uma rea aproximada de 8.661,77 km e so seus principaisrios: Jequita, So Lamberto, Guavinip, Crrego Fundo ou Riacho, CrregoEmbassaia e Cabeceiras do Rio Jequita. O rio Jequita nasce na Serra doEspinhao em altitude de 1.350 m e aps um percurso aproximado de 300 kmtem sua foz junto ao rio So Francisco em altitudes inferiores a 500 m.Esto inseridos total ou parcialmente nos limites da bacia, 11 municpios compopulao de aproximadamente 87.828 habitantes, conforme dispe a Tabela1.A atividade econmica da bacia do rio Jequita pouco expressiva ediversificada, destacam-se: a agropecuria (reflorestamento, lavourastradicionais e criao de gado de corte e leite) e a agroindstria (laticnios).A populao urbana representa mais de 60% da populao total. Osindicadores sociais e econmicos dos municpios integrantes da BaciaHidrogrfica do Rio Jequita so classificados como municpios pobres.O desmatamento indiscriminado e a falta de manejo adequado dos solos, sejapara a monocultura do eucalipto como para agricultura ou pastagem, temlevado a regio a um intenso processo de eroso, cujos sedimentosresultantes tendem a assorear os cursos dgua. O assoreamento um dosproblemas srios que atinge a bacia. O uso indiscriminado de agrotxicos naslavouras e o lanamento in natura dos esgotos domsticos tambmcontribuem para a contaminao dos cursos dgua.Tabela 1- rea dos Municpios Integrantes da Bacia do Rio Jequita10 BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 32. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6REA TOTAL REA NA BACIA% DA REA MUNICPIO (KM) (KM) NA BACIABocaiva 3.231,561.982,9061,40Buenpolis 1.601,85 293,40 18,30Claro dos Poes708,19708,19 100,00Engenheiro Navarro631,68631,68 100,00Francisco Dumont 1.552,281.552,28100,00Jequita 1.267,461.267,46100,00Joaquim Felcio 787,94739,67 93,90Lagoa dos Patos 600,27317,04 52,80Montes Claros3.576,76 614,45 17,20So Joo da Lagoa1.000,30 447,76 44,80Vrzea da Palma2.220,14 106,944,80TOTAL 17.178,438.661,77Fonte: Geoprocessamento, IGAM, 2009O clima da regio tropical semi-mido com sazonalidade marcante, comperodos chuvosos ocorrendo entre os meses de outubro e maro, e aestiagem, entre maro e setembro, sendo este um limitador aodesenvolvimento da agricultura na rea. As temperaturas da regio podematingir valores inferiores a 18C e superiores a 22C.O regime hdrico ou de vazes do rio Jequita reflete bem as condiesclimticas, podendo-se registrar ocorrncias de vazes mnimas muito severasno perodo de julho a agosto, com descargas muitas vezes inferiores a10 m/s no cnion, prximo cidade de Jequita. No perodo de cheias normal a passagem de cheias com valores superiores a 1.000 m/s, refletindobem o carter torrencial do Rio Jequita.A Tabela 2 apresenta um resumo geral das caractersticas encontradas naBacia Hidrogrfica do Rio Jequita.BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL 11 33. Tabela 2- Caracterizao Geral da Bacia Hidrogrfica do Rio Jequita CARACTERSTICAS GERAIS DA BACIA DO RIO JEQUITA REA DA BACIA8.656,31 Km EXTENSO DO CURSO PRINCIPAL300 KmSo Lamberto, Guavinip, Corrego Cip, Crrego Fundo ouPRINCIPAIS AFLUENTESRiacho, Crrego Embaiassaia e Cabeceiras do Rio JequitaPOPULAO NA BACIA 87.828 habitantesPecuriaPRINCIPAIS ATIVIDADES AgriculturaECONMICAS SilviculturaMineraoPRINCIPAIS PROBLEMAS Assoreamento cursos dgua Intenso processo erosivoREFERENTES GESTO EFICIENTE Lanamento de esgotos in natura em cursos dguaDOS RECURSOS HDRICOS Disposio inadequada dos resduos slidosFonte: IBGE; IGAM; Fundao Joo Pinheiro (FJP).3.1.2Caractersticas gerais das Bacias Hidrogrficas do Rio Pacu e trechos do Rio So FranciscoA bacia do rio Pacu est inserida na Unidade de Planejamento e Gesto deRecursos Hdricos - UPGRH SF6, que conta ainda com a bacia do rio Jequita eas bacias de rios que fluem diretamente para o rio So Francisco. Como sepode visualizar na Figura 1, foram denominadas, para efeito deste trabalho, asdemais bacias integrantes da SF6 de So Francisco Norte, So FranciscoCentro e So Francisco Sudoeste.Nas Tabelas 3, 4, 5, 6 e 7 so apresentadas, respectivamente, as reas dosmunicpios integrantes das cinco bacias consideradas neste trabalho.12BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 34. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Tabela 3 reas dos municpios integrantes da bacia do rio Pacu % da rea totalrea na Municpios rea na (Km2) bacia (Km2) bacia Braslia de Minas 1.394,20 509,9036,6 Campo Azul 510,93248,6048,7Corao de Jesus 2.227,511.463,00 65,7Ibia 873,27 87,5310,1 Mirabela 721,94128,6017,8Montes Claros3.576,76 693,0019,4Ponto Chique606,39 90,5414,9 So Joo da Lagoa 1.000,30 281,3028,1So Joo do Pacu 416,42416,42 100,0 Total 3.918,89Fonte: Geoprocessamento, IGAM, 2009Tabela 4 reas dos municpios integrantes da bacia do rio Jequita % da rea totalrea na Municpios rea na (Km2) bacia (Km2) bacia Bocaiva3.231,561.982,90 61,4Buenpolis 1.601,85 293,4018,3 Claro dos Poes 708,19708,19 100,0 Engenheiro Navarro 631,68631,68 100,0 Francisco Drumont 1.552,281.552,28100,0Jequita 1.267,461.267,46100,0Joaquim Felcio 787,94739,6793,9 Lagoa dos Patos600,27317,0452,8 Montes Claros 3.576,76 614,4517,2 So Joo da Lagoa 1.000,30 447,7644,8 Vrzea da Palma 2.220,14 106,944,8 Total 8.661,77Fonte: Geoprocessamento, IGAM, 2009BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL13 35. Tabela 5 reas dos municpios integrantes da sub-bacia do rio So Francisco Trecho Norte SF6% da rea totalrea na Municpiosrea na (Km2) bacia (Km2)bacia Braslia de Minas 1.394,20 539,79 38,7Campo Azul510,93262,30 51,3Icara de Minas 630,32616,10 97,7 Luislndia 410,05385,98 94,1 Ponto Chique 606,39512,42 84,5 So Francisco 3.296,74 150,05 4,6Uba823,95823,95100,0 Total 3.290,59Fonte: Geoprocessamento, IGAM, 2009Tabela 6 reas dos municpios integrantes da sub-bacia do rio So Francisco Trecho Centro SF6% da rea totalrea na Municpiosrea na (Km2) bacia (Km2)baciaCorao de Jesus 2.227,51 764,51 34,3Ibia 873,27785,74 89,9 Lagoa dos Patos600,27283,23 47,2 So Joo da Lagoa 1.000,30 271,24 27,1 Total 2.104,72Fonte: Geoprocessamento, IGAM, 2009Tabela 7 reas dos municpios integrantes da sub-bacia do rio So Francisco Trecho Sudoeste SF6% da rea totalrea na Municpiosrea na (Km2) bacia (Km2)baciaBuritizeiro7.236,214.060,2656,1Lassance 3.207,901.073,6133,5 Pirapora 549,27364,03 66,3 So Gonalo do Abaet 2.695,45 189,33 7,0 Trs Marias 2.281,61 826,57 36,2 Vrzea da Palma 2.220,14 466,29 21,0Total6.980,09Fonte: Geoprocessamento, IGAM, 2009A bacia do rio Pacu situa-se entre os paralelos 1605 e 1645S e meridianos4350 e 45W, na regio fisiogrfica do mdio So Francisco. A bacia possui14BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 36. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6uma rea de cerca de 3.920 km2, o que corresponde a, aproximadamente,0,7% da rea total do Estado de Minas GeraisA bacia do rio Pacu est contida na Regio Hidrogrfica do So Francisco, daDiviso Hidrogrfica Nacional estabelecida pela Resoluo CNRH n 32 doConselho Nacional de Recursos Hdricos, de 15 de outubro de 2003.Essa bacia est tambm inserida na Unidade de Planejamento e Gesto deRecursos Hdricos - UPGRH SF6 - que conta ainda com a bacia do rio Jequita eas bacias de rios que fluem diretamente para o rio So Francisco, uma das 36unidades fsico-territoriais destinadas aplicao da Poltica de RecursosHdricos no Estado de Minas Gerais, institudas pela Deliberao NormativaCERH no 06 do Conselho Estadual de Recursos Hdricos - CERH/MG, de 04 deoutubro de 2002 (Figura 2).A Unidade de Planejamento UPGRH SF6, conta ainda com a bacia do rioJequita, com rea de 8.662 km2; com a sub-bacia no setor norte contendoafluentes do rio So Francisco, com rea de 3.290 km2; com a sub-bacia nosetor central, contendo afluentes do rio So Francisco, com rea em torno de2.105km2; e ainda com a sub-bacia no setor sudoeste, contendo afluentes dorio So Francisco, com rea de aproximadamente 6.980km2.Figura 2 Unidades de Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos de MinasGerais - UGPRHO rio Pacu, que tem como principal afluente o rio Riacho, nasce no municpiode Glaucilndia, percorrendo uma distncia de 218,95 km at sua foz entre osmunicpios de Ibia e Ponto Chique, onde desgua no rio So Francisco.BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL15 37. O rio Pacu (Figura 3) tem como principal afluente da margem direita o rioRiacho com seus afluentes crregos Canabrava, Buriti Seco, Santa Cruz,Taboquinha e rio So Loureno pela margem direita e, pela margem esquerda,os crregos Bibocas, Passagem Larga, Caiaras, Fumo, Riachinho e crrego daEspora; na margem esquerda, so principais afluentes do rio Pacu o rio doVale, os crregos do Moqum, do Quebra Rabo, Faveiro, Jatob e crrego doSumidouro. Vrios rios e crregos na bacia do rio Pacu so intermitentes,especialmente, nos perodos de estiagens mais severas.O trecho Norte da bacia hidrogrfica do rio So Francisco contm reas dosmunicpios de Braslia de Minas, Campo Azul, Icara de Minas, Luislndia,Ponto Chique, So Francisco, Uba.Este trecho situa-se entre os paralelos 1605 e 1645S e meridianos 4415 e44510W, na regio fisiogrfica do Alto Mdio So Francisco. A bacia possuirea aproximadamente de 3.290 km2, o que corresponde a, cerca de 0,6% darea total do Estado de Minas GeraisOs principais cursos de gua que drenam a regio e desguam no rio SoFrancisco so os riachos Tiririca, do Angico, Grande, So Gregrio e o rioParacatu.A Figura 4 mostra a delimitao do trecho Norte da bacia do rio So Francisco,a localizao dos municpios e os principais cursos de gua desta regio.16BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 38. Figura 3 Municpios da bacia do rio Pacu 39. Figura 4 Municpios do trecho Norte da bacia do rio So Francisco 40. Figura 5 Municpios do trecho Centro da bacia do rio So Francisco 41. A Bacia hidrogrfica do rio So Francisco trecho Centro contm reas dosmunicpios de Corao de Jesus, Ibia, Lagoa dos Patos, So Joo da Lagoa.Este trecho situa-se entre os paralelos 1640 e 1705S e meridianos 4415 e4505W, na regio fisiogrfica do Alto So Francisco. A bacia possui rea de2.105 km2, aproximadamente, o que corresponde a 0,4% da rea total doEstado de Minas GeraisOs principais cursos de gua que drenam a regio e desguam no rio SoFrancisco so os riachos da Estrema, do Barro e do Boqueiro.A Figura 5 mostra a delimitao do trecho Centro da bacia do rio SoFrancisco a localizao dos municpios e os principais cursos de guapresentes nesta regio 42. Figura 6 Municpios do trecho Sudoeste da bacia do rio So Francisco 43. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6A outra bacia includa no escopo deste trabalho, que denominamos bacia SoFrancisco trecho Sudoeste, contm reas dos municpios de Buritizeiro,Lassance, Pirapora, So Gonalo do Abaet, Trs Marias e Vrzea da Palma.A bacia So Francisco trecho Sudoeste situa-se entre os paralelos 1840 e1645S e meridianos 4445 e 45 30W, na regio fisiogrfica do Alto SoFrancisco. A bacia possui uma rea de cerca de 6.980 km2, o que correspondea, aproximadamente, 1,2% da rea total do Estado de Minas GeraisOs principais cursos de gua que drenam a regio e desguam no rio SoFrancisco so: rio de Janeiro, ribeiro Guar e crrego das Pedras, pelamargem direita; rio do Formoso, rio Jatob, ribeiro do Gado, ribeiro doJequ, crrego do Cedro e riacho da Porta, pela margem esquerda. Diversosafluentes a estes cursos de gua compem a rede de drenagem da bacia SoFrancisco trecho Sudoeste.A Figura 6 mostra a delimitao da bacia So Francisco Sudoeste, as reas dosmunicpios contidos na rea da bacia e os principais cursos de gua.A economia da regio das bacias estudadas compreende desde a agriculturafamiliar a empresas agroindustriais e de reflorestamentos. As caractersticasclimticas determinam o uso das terras sendo que as fontes de renda esustento das populaes so provenientes dos cultivos de subsistncia e depequenas criaes domsticas de animais, alm do emprego temporrio emoutras propriedades rurais.Apresenta-se na Tabela 8 a sumarizao de algumas caractersticas gerais daUPGRH SF6.Tabela 8 Sumarizao das caractersticas UPGRH SF6Bacia hidrogrfica Trechos Norte,Informaes Centro eRio Pacu Rio Jequita Sudoeste do rioSo Franciscorea (Km2)3.918,898.661,77 12.375,40 Nmero de 9 11 17municpiosPopulaototal na bacia 31.40987.828 156.698(hab) Principais culturasNa agricultura Na agricultura asso as de milho, produes de soja, principaisPrincipais mandioca, feijo e milho, feijo, arroz culturas so deatividadescana-de-acare cana de acar. milho, feijo, econmicas reas de pastagemNa agropecuria mandioca e canade criao extensivacriao dede acar. de animaisbovinos,Na pecuriaBRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL23 44. galinceos eassumeAtividade industrial sunos. importncia o fabricao de rebanho de gadomveis, cermica e Na indstriade corte eprodutos qumicosproduo de leiteiro. em menor escalamobilirio,Na indstria a produtos produo dealimentcios ecachaa, produtosrapadura emetalrgicosbeneficiamento de madeira Caverna doSumidor, grutaCachoeiras naturais, do Espigo, grutatrechos preservadosdo Simitumba,dos cursos de gua,cachoeira do Principaiscom vegetao Manteiga e atraesciliar. Sambaiba, Pedra tursticasCachoeira no do Itacolomy,distrito de Ferno Balnerio das Dias (Braslia dePedras e Vapor Minas)Beijamim GuimaresOs principais problemas relacionados gesto dos recursos hdricos se devems atividades extrativistas, s atividade de cultivo sem os devidos cuidadoscom a preservao do solo e ao lanamento de efluentes domsticos, sem odevido tratamento e remoo de poluentes.Tais problemas so evidenciados neste estudo, quando se detalhar osresultados do monitoramento da qualidade das guas, no captulo que tratadas guas superficiais.3.2 Aspectos fsicos da bacia hidrogrfica3.2.1 Caracterizao climticaA caracterizao climtica das bacias hidrogrficas, juntamente com acaracterizao do meio fsico, torna-se importante no estudo dasdisponibilidades hdricas superficiais e subterrneas, e so preponderantespara conhecimento das aptides das diferentes reas das bacias estudadas,para o desenvolvimento de atividades produtivas.Utilizando a metodologia de Kppen, a definio das reas ou zonas climticas ditada pela temperatura mdia do ms mais frio. Quando tal mdia superior a 18 C, o clima megatrmico e, em caso contrrio, mesotrmico.As indicaes so feitas respectivamente pelas letras A e C. Seguem-se letras24 BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 45. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6referentes ao perodo chuvoso e a temperatura do ms mais quente que,quando superior a 22 C, representada pela letra a.Aplicando a esta classificao, verifica-se que na regio ocorrem dois tipos declima, descritos segundo esta metodologia. Aw - Clima tropical de savana, inverno seco e vero chuvoso. A temperatura mdia do ms mais frio superior a 18o C. Este tipo de clima prevalece principalmente nas reas de altitudes mais baixas, no Centro-Norte da rea, assim como nos vales dos rios. o clima que predomina na rea do Plano Diretor. Cwa - Clima de inverno seco e vero chuvoso. Temperatura do ms mais quente superior a 22 C. O ms mais seco tem precipitao inferior dcima parte da precipitao do ms mais chuvoso. Este tipo de clima predomina nas regies serranas ao sul da rea de interesse.Situada na regio intertropical do globo, a regio tem a circulao atmosfricae suas caractersticas climticas explicadas a partir da interao do modelo delarga escala, termicamente forada, representado pelo sistema Hadley-Walker,os sistemas de escala sintica (Frentes Polares- FP) e as caractersticasgeogrficas geradoras de sistemas de ordem regional e local.O sistema Hadley-Walker apresenta movimentos de ar ascendentes nasregies onde a atmosfera est sendo aquecida pela liberao de calor latenteda condensao de nuvens convectivas profundas. (Climanlise, 1986).Por outro lado, verificam-se movimentos de subsidncia atmosfrica naslatitudes subtropicais o que inibe a formao de nuvens e a precipitao. Osistema Hadley- Walker determinante na compreenso da dinmicaatmosfrica e responsvel pela manuteno de ventos predominantes deleste em todo o cinturo intertropical.Conforme Ayoade (1998), as baixas latitudes so dominadas por ventospredominantes de leste - os alseos - que, originrios do Anticiclone doAtlntico Sul (AAS) compem o sistema de circulao de larga-escala. Suaforte influncia sentida durante todo o ano, impondo regio ascaractersticas de sua rea de origem. Sob sua influncia predominamcondies de estabilidade atmosfrica e temperaturas elevadas, fatosrelativizados pela interao com a superfcie subjacente.A predominncia da atuao do Anticiclone do Atlntico Sul durante o perodoque se estende de abril a setembro, de modo em geral, garante a estabilidadeatmosfrica, forte insolao e baixa nebulosidade sobre toda a regio emestudo.Durante o perodo primavera-vero o aquecimento solar intenso sobre ocontinente sul-americano desloca o ramo ascendente da circulao Hadley-BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL25 46. Walker para o Hemisfrio Sul e observa-se o incio da precipitao em grandeparte do Brasil (Climanlise, 1986).Ainda durante o vero configura-se a Zona de Convergncia do Atlntico Sul(ZCAS), um eixo de intensa atividade convectiva, de orientao NW-SE, quefunciona como uma espcie de calha que conduz a umidade oriunda daAmaznia para as regies Centro-Oeste e Sudeste. Ancorada por sistemasfrontais, esta configurao sintica responsvel pela precipitao de grandesvolumes pluviomtricos, numa configurao sintica que pode durar vriosdias at vir se dissipar.Os sistemas frontais so originrios das latitudes extratropicais e possuemvital importncia para a climatologia da regio. No vero produzeminstabilidade e forte nebulosidade associada. Os sistemas frontais soacompanhados por anticlones polares mveis. Durante o inverno a atuaodos Anticiclones Polares Mveis (APM) produz condies de reduo dastemperaturas mdias. Sob sua influncia registram-se as temperaturasmnimas absolutas. O Mapa 2 sumariza a atuao dos principais sistemas decirculao atmosfrica de escala sintica.A regio da SF6 afetada pela maioria dos sistemas sinticos que atingem osul do pas, com algumas diferenas em termos de intensidade e sazonalidadedo sistema. Vrtices ciclnicos em altos nveis, oriundos da regio do Pacfico,organizam-se com intensa conveco associada instabilidade causada pelojato subtropical. Linhas de instabilidade pr-frontais, geradas a partir daassociao de fatores dinmicos de grande escala e caractersticas de meso-escala so responsveis por intensa precipitao, segundo Cavalcanti et al.(1982).A regio caracterizada pela atuao de sistemas que se associamcaractersticas de sistemas tropicais com sistemas tpicos de latitudes mdias.Durante os meses de maior atividade convectiva, a Zona de Convergncia doAtlntico Sul (ZCAS) um dos principais fenmenos que influenciam noregime de chuvas nessa regio. O fato da banda de nebulosidade e chuvaspermanecerem semi-estacionrias por dias seguidos favorece a ocorrncia deinundaes nas reas afetadas.Os sistemas frontais que atuam durante o ano todo sobre a regio so um dosmaiores causadores de distrbios meteorolgicos na rea. O deslocamentodesses sistemas est associado ao escoamento ondulatrio de grande escala.A intensificao ou dissipao dos mesmos est relacionada com ascaractersticasatmosfricas da regio, denominadas deregiesfrontogneticas, ou seja, locais onde as frentes podem se intensificar oupodem se formar.26 BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 47. Mapa 2 Principais Sistemas de Escala Sintica na Regio da Bacia do Rio Jequita 48. Durante o regime de vero, as frentes frias ao ingressarem no sul do pas,associam-se a um sistema de baixa presso em superfcie sobre o Paraguaiconhecida como Baixa do Chaco e intensificam-se. Estes sistemas neste perodo,freqentemente ficam semi-estacionados na regio, devido presena devrtices ciclnicos em altos nveis. A permanncia dos sistemas frontais sobreesta regio organiza a conveco tropical e caracteriza a formao de ZCAS(Zona de Convergncia do Atlntico Sul) escoando grande parte da umidade daregio amaznica para a regio Sudeste, e, claro para a regio.A zona de convergncia intertropical - ZCIT tambm um dos mais importantessistemas meteorolgicos atuando nos trpicos. Devido sua estrutura fsica, aZCIT tem se mostrado decisiva na caracterizao das diferentes condies detempo e de clima na regio em estudo.O conjunto de caractersticas associadas ZCIT possui um deslocamento norte-sul ao longo do ano. A marcha anual da ZCIT tem, aproximadamente, o perodode um ano, alcanando sua posio mais ao norte (8 N) durante o vero doHemisfrio Norte, e a sua posio mais ao sul (1 N) durante o ms de abril(Hastenrath e Heller, 1977 e Citeau et alii, 1988a e 1988b). Alm dessa oscilaoanual, a ZCIT apresenta oscilaes com maiores freqncias, com o perodovariando de semanas a dias.A precipitao uma das variveis meteorolgicas mais importantes para osestudos climticos das diversas regies do Brasil. Tal importncia deve-se sconseqncias que elas podem ocasionar, quando ocorridas em excesso(precipitao intensa), para os setores produtivos da sociedade tanto econmicoe social (agricultura, transporte, hidrologia, etc), causando enchentes,assoreamentos dos rios, quedas de barreiras, etc.Chuva intensa define-se como sendo aquela que registra um grande volume degua precipitado num curto espao de tempo. Estas chuvas intensas ocorremisoladamente ou associadas a outros sistemas meteorolgicos. As precipitaesintensas, geralmente esto acompanhadas de troves, descargas eltricas,granizos e ventos fortes.A distribuio da mdia pluviomtrica ao longo do ano para a regio de 1521,3mm, que por sua vez marcado por uma grande variao interanual (um perodoseco e chuvoso).Os meses mais chuvosos estendem-se de outubro-maro. Os meses de abril esetembro so meses de transio entre um regime e outro. J o semestre deabril-setembro marcado pela estao seca na regio. Contudo, devido dinmica atmosfrica e a ao de vrios elementos interagindo e alterando est28BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA CONVNIO SEMAD/BRASOL 49. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6dinmica, tanto a estao seca quanto a chuvosa podem prolongar-se ousofrerem atrasos.A distribuio de chuva no trimestre novembro-dezembro-janeiro apresenta umaregio de precipitao mdia (em torno de 200 mm). Por outro lado, no trimestrejunho-julho-agosto, devido baixa atividade convectiva, os valores noultrapassam a 50,0 mm.A regio fica sob a ao do Anticiclone do Atlntico Sul, induzindo um perodo deseca bem caracterstico. No incomum o registro de ausncia de precipitao notrimestre mais seco do ano. Este comportamento est completamente de acordocom o ciclo anual da atividade convectiva na regio.Grfico 1 Precipitao Mdia Acumulada no Perodo 1969 - 1990250200150 mm100500Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezFonte: INMETO Mapa 3 mostra a precipitao total anual regionalmente.BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL 29 50. Mapa 3 Precipitao Total Anual 51. PLANO DIRETOR DE RECURSOS HDRICOS DAS BACIAS HIDROGRFICAS DA UPGRH SF6Durante o perodo 1969-1990 as maiores temperaturas mdias anuais (TMED)so registradas no trimestre de dezembro-janeiro-fevereiro. Contudo, aocontrrio que se espera para uma regio equatorial as temperaturas so amenasao longo de todo o ano e acompanham a dinmica das mdias latitudescontinentais com vero e inverno bem caracterizados termicamente. Para tantoainda pode-se observar que as mdias ao longo do ano no ultrapassam a casados 25,0C.A variabilidade da temperatura regional pode ser considerada baixa conformeatestam os valores de desvio que variam de 2,47 C (TMED) a 1,99C (TMAX).Este comportamento reflete a tropicalidade do clima regional, embora possa serverificada uma variao sazonal de certa forma significativa. Grfico 2 Comportamento das Temperaturas Mdias, Mximas e Minimas Perodo de (1969 1990)40,035,030,025,020,015,010,0 5,0 0,0 jan fev mar abr mai junjulago set out novdez Temperatura Media Temperaturas MximaTemperaturas MnimaFonte:INMETAs maiores mdias das mximas ao longo do ano (TMAX) so registradas notrimestre de dezembro-janeiro-fevereiro, com temperaturas de 36,5C, 38,0C e36,5C, respectivamente (Grfico 3). Tais caractersticas, esto relacionadas amaior quantidade de energia solar disponvel no sistema terra-atmosfera,resultante da modificao do eixo de inclinao da terra neste perodo, hemisfriosul, onde os raios solares ficam mais paralelos diminuindo o ngulo de incidnciasobre a superfcie terrestre, e conseqentemente maior quantidade de energia(Kj/cm2).BRASOL BRASIL AO SOLIDRIA - CONVNIO SEMAD/BRASOL31 52. Grfico 3 Comportamento das Temperaturas Mximas 40,0 35,0 30,0oC 25,0 20,0 15,0jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezFonte: INMETAs menores mdias das mnimas ao longo do ano (TMIN) so registradas noperodo de inverno maio-junho-julho com temperaturas de 7,0C, 6,0C e 5,0C,respectivamente. Em uma anlise mais criteriosa do comportamento atmosfricoda regio, tais caractersticas esto relacionadas a predominncia de baixanebulosidade, o que de certa forma contribui para o registro das menoresmnimas, uma vez que neste perodo, a permanncia de cu claro induz liberaode calor no perodo noturno para a atmosfera mais eficientemente, sem serbarrado pelas nuvens, um importante elemento do efeito estufa natural.Outro fenmeno que induz as baixas mnimas o eixo de inclinao da terra queneste perodo, hemisfrio sul, onde os raios solares ficam mais inclinados sobre asuperfcie terrestre, diminuindo a quantidade de energia (Kj/cm2) no sistematerra-atmosfera. 53. PL