avaliaÇÃo do comportamento de dois trechos de...

183
1 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE DOIS TRECHOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS, DOSADOS PELO MÉTODO SUPERPAVE, SOB A AÇÃO DO TRÁFEGO REAL NA RODOVIA BR/040 TRECHO DA CONCESSIONÁRIA CONCER. INTERESSADO: CONCER / ANTT RIO DE JANEIRO, 24 DE AGOSTO DE 2012

Upload: hakhue

Post on 28-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE DOIS TRECHOS DE

REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS, DOSADOS PELO MÉTODO SUPERPAVE,

SOB A AÇÃO DO TRÁFEGO REAL NA RODOVIA BR/040 TRECHO DA

CONCESSIONÁRIA CONCER.

INTERESSADO: CONCER / ANTT

RIO DE JANEIRO, 24 DE AGOSTO DE 2012

2

Avaliação do Comportamento de Dois Tipos de Revestimentos asfálticos,

Dosados Pelo Método SUPERPAVE, Sob Ação de Tráfego Real na

Rodovia BR040 – Trecho da Concessionária CONCER

Prof. Laura Maria Goretti da Motta – COPPE/UFRJ

Prof. Giovani Avila Manso - UFRJ

Eng. Marcos Antonio Fritzen – COPPE/UFRJ

Eng. Álvaro Augusto Dellê Vianna – COPPE/UFRJ

Eng. Jaelson Budny – COPPE/UFRJ

Eng. Maria Cristina Baptista Mannarino– CONCER

Eng. Sérgio Guimarães - CONCER

Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de segmentos experimentais de restauração

construídos num trecho da BR040 sob concessão da CONCER, verificados através do método

mecanístico – empírico SisPav. Esta pesquisa teve início em junho de 2010. Foram adotadas duas

tecnologias de misturas asfálticas: mistura morna e mistura de módulo elevado além da mistura usual

convencional, de referência. As dosagens das misturas especiais foram realizadas segundo o método

SUPERPAVE com uso do compactador giratório. Foram utilizados: critérios de dosagem para alto

volume de tráfego (pesado), ensaios de laboratório de determinação dos parâmetros CDI, TDI e FN,

avaliação das características mecânicas de fadiga através de cargas repetidas e de deformação

permanente. Os dois primeiros segmentos experimentais: de mistura convencional com CAP 50/70,

utilizada pela concessionária nos serviços de recuperação e restauração e de mistura de Módulo Elevado

com ligante especial, foram implantados em dezembro de 2010 e passam por monitoramento periódico

desde então. O segmento de mistura morna foi implantado em abril de 2012. O acompanhamento do

desempenho sob a ação do tráfego tem sido realizado com medição de deflexão, atrito, levantamento de

defeitos e retirada de corpos de prova. Apresentam-se os resultados parciais destes levantamentos feitos

até julho de 2012. Esta pesquisa foi encerrada oficialmente em agosto de 2012 (Contrato RDT), mas por

interesse da COPPE e anuência da CONCER, as avaliações periódicas continuarão considerando que as

conclusões serão atingidas após cinco anos de acompanhamento dos segmentos sob o tráfego. Esta

pesquisa se insere também no projeto da Rede Temática de Asfalto (Petrobras/ANP) que objetiva

viabilizar um novo método de dimensionamento de pavimentos asfálticos novos, de caráter mecanístico –

empírico, para o país.

Palavras-chave: Mistura Morna; Mistura de Módulo Elevado; Dosagem Superpave,

trecho experimental.

A presente pesquisa está dividida em dois focos principais: Pavimentos e Estudo de

Tráfego

3

1. INTRODUÇÃO

No Brasil ainda se utiliza para o dimensionamento de pavimentos asfálticos o método

de dimensionamento de pavimentos baseado no ensaio CBR, desenvolvido e adotado

em 1966 pelo DNER (Manual de Pavimentação, DNIT, 2006). No entanto neste Manual

de Pavimentação já se anuncia a possibilidade de aplicação de método mecanístico –

empírico de dimensionamento de pavimentos asfálticos. Este tipo de método já foi

implantado em vários países nesta década e até na anterior (Huang, 2003; Medina e

Motta, 2005; Soares et al, 2009). Porém, está cada vez mais próxima a implantação de

um novo método nacional, tendo em vista que desde a década de 1980 vários

laboratórios executam os ensaios de carga repetida que são necessários para obtenção

dos dados de módulo de resiliência e de fadiga dos vários materiais que compõem o

pavimento, especialmente as misturas asfálticas (Motta, 1991; Medina e Motta, 2005;

Franco e Motta, 2009). Também está em desenvolvimento um Projeto da Rede

Temática de Asfaltos, situada no âmbito da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que

envolve cerca de 20 universidades, o IPR / DNIT e o CENPES que tem como objetivo

contribuir para definição deste novo método brasileiro o mais rapidamente possível.

Para tornar este método viável mais rapidamente, é preciso definir fatores campo –

laboratório (FCL) de forma direta nas obras correntes de pavimentação. O apoio das

Concessionárias às pesquisas aplicadas de desenvolvimento tecnológico tem sido

essencial, visto que as universidades precisam colocar em prática os novos critérios

testados em laboratório e, para isto, o acesso ao campo é fundamental. Do ponto de

vista das Concessões também os ganhos são imediatos: tem-se melhoria dos processos,

dos projetos e das aplicações, especialmente das misturas asfálticas, resultando maior

durabilidade das obras.

No presente projeto de pesquisa o objetivo principal foi planejar e executar três

segmentos experimentais, cada um com 200m aproximadamente, em local escolhido de

comum acordo entre a CONCER e a equipe da COPPE, nos quais foram aplicadas duas

técnicas novas de misturas asfálticas: a mistura morna (Nascimento et al, 2008) e a

mistura de módulo elevado (Magalhães, 2004; Rhode, 2007), além de uma mistura

convencional utilizada pela concessionária, como referência.

4

O objetivo principal deste estudo é avaliar o desempenho de trechos experimentais

monitorados e verificados pelo método mecanístico – empírico SisPav (Franco, 2007).

Foi analisado o comportamento de misturas asfálticas dosadas através do método

SUPERPAVE, que atendessem os critérios de dosagem de misturas asfálticas para

rodovias de alto volume de tráfego (pesado), ensaios de laboratório utilizando o

compactador giratório (determinando os parâmetros de CDI, TDI e FN) (Nascimento,

2008), avaliação das características mecânicas de fadiga através de ensaios de carga

repetida e de deformação permanente pelo simulador de laboratório LCPC (Medina e

Motta, 2005).

Para atingir o objetivo principal foram construídos três segmentos experimentais, onde

foram testados três tipos de misturas asfálticas: um segmento com o uso de mistura

asfáltica morna (MM), outro segmento com mistura de módulo elevado (MME) e o

outro segmento com uma mistura asfáltica convencional (CAP 50/70), utilizada pela

concessionária normalmente em suas obras.

Este projeto foi desenvolvido com recursos do programa “Recursos de

Desenvolvimento Tecnológico nas Concessões Rodoviárias” – RDT da ANTT, no

período de junho de 2010 a agosto de 2012. No entanto, com o apoio da CONCER e

recursos próprios da COPPE, pretende-se continuar as avaliações periódicas dos

segmentos implantados no trecho experimental por mais alguns anos de forma a extrair

todas as conclusões sobre o experimento de campo.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Apresenta-se a seguir, breve revisão bibliográfica de temas pertinentes a esta pesquisa,

de forma a subsidiar a compreensão dos dados gerados com os segmentos monitorados

e aplicação dos mesmos em soluções técnicas aplicadas. São enfocados: a dosagem

Superpave, as misturas de módulo elevado (MME), as misturas mornas (MM) e método

de dimensionamento mecanístico empírico.

5

2.1. Dosagem SUPERPAVE

A caracterização de materiais de pavimentação é uma tarefa complexa em virtude das

propriedades desses materiais dependerem de diversos fatores, entre eles: meio

ambiente, magnitude, tempo de aplicação, frequência das cargas, e estado de tensões.

No caso das misturas asfálticas, o envelhecimento gradativo devido à oxidação do

ligante, aumenta a complexidade, já que é difícil a simulação desse fenômeno em

laboratório para a devida caracterização desses materiais e suas combinações

(BERNUCCI et al. 2008).

Diante disso, a caracterização das misturas requer um balanço apropriado entre rigor e

praticidade, uma vez que nem todas as variáveis podem ser consideradas

simultaneamente, pelo menos não no estágio atual de conhecimento. Privilegiam-se

então os aspectos considerados de maior relevância para a previsão do comportamento

das misturas asfálticas (BERNUCCI et al. 2008).

O Programa Estratégico de Pesquisa Rodoviária SHPR (Strategic Highway Research

Program) foi iniciado em 1987 para desenvolvimento de novo sistema de

especificações de materiais asfálticos. O SUPERPAVE (Superior PERformance

asphalt PAVEments – Pavimentos Asfálticos de Desempenho Superior) foi um dos

produtos finais do programa SHRP, concebido para auxiliar na seleção de materiais e

projeto de misturas. Este sistema especifica materiais, projeta e analisa misturas

asfálticas e prevê desempenho de pavimentos, incluindo equipamentos de ensaios,

métodos e critérios. A sua aplicação depende do volume de tráfego ou de outra forma de

classificação funcional da rodovia. O SUPERPAVE foi desenvolvido em três níveis de

projeto de misturas segundo Marques (2004):

O 1º nível é para tráfego com passagens de eixo equivalente AASTHO abaixo de 106.

Neste nível é requerido apenas o projeto volumétrico. Engloba moldagem de corpos de

prova usando o Compactador Giratório SUPERPAVE, a seleção do teor de ligante é

baseada na % de vazios (Va), nos vazios do agregado mineral (VAM), na % de vazios

preenchido com asfalto (VFA) e razão filer / asfalto.

O 2º nível é para tráfego AASTHO entre 106

e 107. Neste nível usa-se o projeto

volumétrico como ponto de partida e uma bateria de testes com os equipamentos:

6

Analisador de cisalhamento SUPERPAVE (SUPERPAVE Shear Tester – SST) e

Analisador de Tração Indireta (Indirect Tensile Test – IDT). Estes são testes de predição

de desempenho.

O 3º nível é para tráfego AASTHO acima de 107. Este nível engloba os passos dos

níveis 1 e 2 e testes adicionais com o SST e IDT em faixa mais ampla de temperatura e

ensaios com corpos de prova confinados (Testes de Predição Estendidas). A previsão de

desempenho do nível 3 é mais confiável, pois baseia num grupo de ensaios maior.

Marques (2004) estudou a influência de alguns fatores - granulometria, tipo de ligante,

tipo de compactação e temperatura - no valor de módulo de resiliência de misturas

asfálticas densas. O objetivo foi desenvolver metodologia para utilizar o módulo de

resiliência como critério de dosagem de misturas asfálticas. Este parâmetro vem sendo

utilizado como um dos critérios de projeto de dosagem, hoje no laboratório de

Pavimentos da COPPE e também em outras instituições do país.

Nascimento (2008) apresentou comparações entre as dosagens Marshall e Superpave, e

também comparou as características de dosagem com critérios para garantir bom

desempenho em campo em relação à deformação permanente das misturas asfálticas. As

dosagens Marshall e Superpave foram comparadas em misturas asfálticas com

diferentes granulometrias de agregados. No caso da metodologia com o giratório,

buscou-se obter parâmetros de desempenho à deformação permanente oriundos da curva

de compactação giratória, relacionando-os com os diferentes esqueletos pétreos e

ligantes asfálticos empregados. As análises do comportamento das misturas asfálticas

em termos de deformação permanente foram realizadas através de ensaios em simulador

de tráfego de laboratório (LCPC) a 60°C. Os ensaios de afundamento de trilha de roda

no simulador de tráfego foram comparados com alguns índices obtidos a partir das

curvas de compactação giratória: Construction Densification Index (CDI), Traffic

Densification Index (TDI) e Locking Point.

Nascimento (2008) viu que os resultados das dosagens Marshall e Superpave indicaram

que não existe uma energia de compactação giratória equivalente e constante que

reproduza os resultados do Marshall, sendo esta equivalência variável e dependente do

par esqueleto pétreo – ligante. Os índices de compactação giratória foram sensíveis às

7

variações da granulometria dos agregados, da mesma forma que os resultados do

simulador de tráfego. Foram estabelecidas correlações entre o CDI e o afundamento de

trilha de roda, sendo este índice de compactação bastante adequado para a avaliação da

estabilidade do esqueleto pétreo. A utilização do CDI como parâmetro de dosagem

mostrou-se promissora, sendo recomendados valores acima de 40 no teor de ligante de

projeto, visando à obtenção de misturas com esqueleto pétreo estável. Também foi

pesquisado o ensaio chamado de “Flow Number” (FN) que mostrou boa correlação com

o simulador, sendo mais fácil de ser realizado. Propôs critérios para estes parâmetros de

dosagem em função do volume de tráfego.

Tonial (2011) descreve as diferentes fases do processo de envelhecimento do ligante

asfáltico:

Produção: na refinaria, durante o processo de produção do CAP, o ligante é

submetido a altas temperaturas (em torno de 400ºC), possui baixa superfície

específica e permanece sem contato com o ar até ser armazenado em tanques

para distribuição, portanto, o envelhecimento é desprezível.

Estocagem: na refinaria, o CAP é geralmente armazenado em tanque cuja

capacidade varia de 3000 a 15000m³ por períodos que podem chegar a um mês,

e a temperaturas que variam de 140 à 180°C. Durante a estocagem o

envelhecimento do ligante é desprezível, visto que não há superfície específica

elevada, embora ocorra temperatura elevada e tempo de exposição ao ar

extremamente longo (720 horas no caso de estocagem por um mês).

Transporte do CAP entre a refinaria e a usina: as condições são semelhantes ao

que foi descrito para a estocagem na refinaria, o processo de envelhecimento é

desprezível pela ausência de superfície específica elevada.

Estocagem na usina: nesta etapa o envelhecimento do ligante é desprezível, visto

que apresenta baixa superfície específica.

Usinagem: o CAP é misturado ao agregado em temperaturas variando de 140ºC

a 180ºC (não sendo rara a constatação de temperaturas de usinagem de até

200°C) por um período que varia de 30 a 60 segundos. Nesta situação, ocorrem

8

dois dos três fatores de envelhecimento acelerado: temperatura elevada (140ºC a

180ºC) e superfície específica elevada, como o tempo de exposição ao ar

extremamente curto. Desta forma, nas usinas gravimétricas ou no caso de usinas

drum-mixer, não havendo aquecimento exagerado dos agregados pelo contato

com a chama do queimador, pouco antes de sua mistura com o CAP, o

envelhecimento durante o processo de mistura será reduzido.

Transporte e aplicação: ocorre o processo mais acelerado do envelhecimento do

CAP. Nesta situação, estão presentes os três fatores de envelhecimento:

temperaturas elevadas, superfície específica elevada do CAP recobrindo a massa

solta e tempo de exposição elevado. No campo, o tempo de exposição do CAP

da massa asfáltica ao ar e a altas temperaturas poderá variar de 20 minutos a até

cerca de 6 horas, dependendo da distância de transporte ao local de sua

aplicação. Eventuais contratempos tais como quebra da acabadora, pneu furado e

quebra do caminhão de transporte, podem agravar ainda mais este fenômeno.

Tonial (2011) conclui que quanto maiores a temperatura e o tempo de exposição da

mistura a temperaturas elevadas, maior será seu envelhecimento e que sejam respeitados

os tempos de exposição das misturas devido a sua temperatura conforme Quadro 1.

Quadro 1: Tempo Máximo para Aplicação da Massa Asfáltica em função da

Temperatura de Usinagem (TONIAL, 2011).

Temperatura de

Usinagem (°C) 140 145 150 155 160 165 170 175 180

Tempo (h) 5.0 4.5 3.75 3.25 2.5 1.5 1.0 0.75 0.5

2.2. Misturas de Módulo Elevado

Segundo Magalhães (2004) misturas de módulo elevado são caracterizadas pelo uso de

ligantes duros, granulometria contínua, que apresentem faixas de valores de módulos de

resiliência de duas a três vezes maiores que os valores encontrados nas misturas

convencionais. São misturas densas com granulometria contínua (30% a 35% passante

na peneira de 2mm e 7% a 8% de filer e diâmetro máximo de 14mm a 20mm), sendo

aplicadas em camadas de 7 a 15cm de espessura. Essa solução é recomendada em vias

9

urbanas de tráfego canalizado, rodovias de alto volume de tráfego e aeroportos. As

primeiras aplicações em rodovias começaram em 1981, como camada de base em

reforços com ou sem fresagem, embora o seu uso só tenha se tornado mais significativo

quatro ou cinco anos depois.

Segundo Delorme et al (1996) para o desenvolvimento destas novas concepções de

misturas, foi necessário grande número de ensaios de laboratório, para a comparação

entre o desempenho das misturas tradicionais e das novas, essenciais os testes destas

misturas no Simulador de Tráfego Circular de Nantes, além da observação de trechos

experimentais por 10 a 15 anos. Assim, só em 1992 foi possível propor a primeira

especificação francesa para mistura de módulo elevado. Porém, em 1998, o Catálogo de

Estruturas Tipo de Estradas Novas para a rede estadual e federal da França passa a

considerar o uso de misturas de módulo elevado como base sobre camadas granulares

ou em pavimentos full-depth funcionando como base e sub-base.

Segundo Magalhães (2004) as misturas de módulo elevado estão divididas em dois tipos

de acordo com sua aplicação: para camada de rolamento ou camada de ligação (Béton

Bitumineux à Module Elevé – BBME) ou para camada de ligação ou camada de base

(Enrobé à Module Elevé - EME). As normas NF P 98 – 140 (EME) e NF P 98 – 141

(BBME) são frutos de mais de 10 anos de aplicação em obras, acompanhamentos de

trechos e extensa pesquisa em laboratórios.

Magalhães (2004) fez estudo sobre a influência do ligante duro na rigidez e no

desempenho mecânico da mistura de módulo elevado, avaliando dois ligantes duros e

um convencional: Cimento Asfáltico Modificado pelo Polímero EVA e Resíduo

Asfáltico de Petróleo – RASF, duros, e o ligante CAP 50/70, convencional. Como

resultados o autor concluiu que as misturas usinadas com CAP + EVA e RASF

apresentaram rigidez duas a três vezes maiores que misturas convencionais utilizadas no

Brasil, variando de 10.000 a 13.000MPa para o EVA e entre 15.000 a 20.000MPa para

o RASF. A mistura de controle preparada com o ligante CAP-50/70 apresentou faixa de

módulo entre 5.800 a 7.000MPa. As misturas de módulo elevado apresentaram

desempenho satisfatório quanto à deformação permanente: afundamentos no simulador

de tráfego LCPC, entre 3% e 4,5%, bem abaixo do valor limite da norma francesa para

mistura EME2 de 7,5% para 30.000 ciclos. Já a mistura de controle não atendeu ao

10

limite de afundamento, tendo de ser paralisado o ensaio antes devido à ruptura do

corpo-de-prova com 6.600 ciclos. As misturas preparadas com o RASF apresentaram

desempenho melhor que a do EVA no que diz respeito à vida de fadiga para N maior

que 108 na análise paramétrica efetuada.

Rodhe (2007) realizou estudo com o simulador de tráfego da UFRGS utilizando

diferentes espessuras de misturas asfálticas de módulo elevado, a primeira pista com

12cm de espessura de EME e a segunda com 8cm de espessura. As camadas de base e

sub-base foram iguais para os dois casos. Somente a pista com 8cm de EME foi

submetida a ensaios acelerados. Os critérios de avaliação do trecho foram

levantamentos deflectométricos e deformação permanente. Concluiu que o emprego de

misturas asfálticas de módulo elevado, em camadas estruturais de pavimentos, permitirá

a construção de estruturas de melhor qualidade técnica, contribuindo para aumento da

vida útil das rodovias.

2.3. Misturas mornas

As misturas asfálticas mornas conhecidas como Warm Mix Asphalt – WMA diferem de

outras misturas asfálticas pelas temperaturas nas quais são produzidas e pela resistência

e durabilidade do produto final. Os desenvolvimentos destas tecnologias começaram na

Europa em 1997, com o objetivo de adequar os procedimentos empregados pela

indústria da pavimentação às premissas do Protocolo de Kyoto segundo (Rohde et al,

2007). Os processos variam entre si, mas os objetivos são os mesmos: economizar

energia e reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.

As misturas a frio são executadas em temperaturas ambientes entre 20 a 50ºC,

geralmente, enquanto as misturas asfálticas a quente são produzidas em temperaturas

bem superiores, cerca de 140 a 170ºC em ligantes convencionais chegando a mais de

180ºC, esta geralmente usada em ligantes modificados. As misturas mornas são

produzidas a temperaturas entre 100 e 135ºC. Sabe-se que misturas asfálticas a quente

apresentam maior estabilidade e durabilidade se comparadas às misturas a frio, o que

explica a grande utilização deste material em camadas mais delgadas de pavimentos e

em baixo volume de tráfego. O principal objetivo das misturas asfálticas mornas é

alcançar resistência e durabilidade equivalentes ou superiores às das misturas a quente.

11

A diminuição da temperatura na produção de misturas asfálticas é muito desejável em

diversos aspectos: As reduções das emissões de gases poluentes e do consumo de

energia são importantes motivações ambientais. Na Cidade Universitária da UFRJ

foram construídos trechos experimentais de misturas asfálticas mornas que foram

submetidas aos ensaios acelerados através do simulador de tráfego móvel. Estas

misturas foram monitoradas na Usina de Asfalto e tiveram uma redução de consumo de

energia para a produção da massa asfáltica de aproximadamente 35%. Os trechos

experimentais de misturas mornas, construídos na Cidade Universitária, estudados com

o simulador de tráfego, ainda estão sendo monitorados periodicamente com o objetivo

de se obter o fator campo / laboratório através do tráfego comercial ao longo dos anos.

Esse fator é importante porque será possível calibrar com o fator campo / laboratório

obtido do ensaio acelerado através do uso do simulador de tráfego móvel, segundo

Fritzen et al (2009).

Existem ainda significativas vantagens construtivas e de desempenho dessas misturas

asfálticas mornas: tem-se observado melhor trabalhabilidade da massa asfáltica durante

a sua aplicação e compactação; temperaturas de produção e aplicação reduzidas podem

melhorar os resultados de pavimentação em locais de climas frios e ainda representar

menor envelhecimento, em curto prazo, do ligante asfáltico, por oxidação, aumentando

o desempenho do pavimento quanto à resistência ao trincamento.

Há inúmeros produtos e técnicas para produzir uma mistura morna, tais como

resumidamente listado a seguir:

Espumação do ligante: adição de água ao ligante; uso de zeólitas ou uso de

agregados umedecidos;

Adição de aditivos químicos e orgânicos: exemplos de nomes comerciais:

EvothermTM, RedisetTM WMX, Cecabase RT, Sasobit, Ccbit, Adwarm.

Cavalcanti (2010) e Budny (2012) fizeram estudos comparativos com vários destes

produtos listados e também com a técnica de espumação em usina, mostrando as

diferenças entre eles e sempre comparando com concreto asfáltico convencional a

quente. Alguns destes produtos já estão sendo aplicados em obras no Brasil.

12

Diferentes tipos de aditivos e processos físicos de modificação de ligante asfáltico têm

sido usados no Brasil com o objetivo de produzir misturas com desempenho ao menos

semelhante ao de misturas convencionais, mas que sejam atrativas economicamente e

que minimizem os danos ecológicos associados ao seu uso. Dentre estes produtos,

destacam-se aditivos surfactantes, zeólitas, parafinas, ceras e produtos orgânicos

(Budny, 2012; Motta, 2011; Rivoire Jr. et al., 2011; Cavalcanti, 2010; Fritzen et al.,

2009; Otto, 2009; Rohde et al., 2008). Há, ainda, relatos do uso de aditivo nacional

(AD-Warm) e técnica por molhagem com o processo A-SAT criado pelo CENPES/

Petrobras, citados, respectivamente, em Budny (2012) e Fritzen et al. (2009).

A técnica utilizada na presente pesquisa - A- SAT - é o processo de mistura morna feita

sem uso de produto especial, mas com espumação provocada pelo umedecimento do

agregado miúdo, e serão apresentadas algumas fotos a seguir no item que descreve o

experimento e também em anexo que ilustram o processo. Este método foi desenvolvido

pelo CENPES e incialmente testado no Fundão, Cidade Universitária da UFRJ

(Nascimento et al, 2008).

2.4. Método de dimensionamento mecanístico – empírico

Segundo Franco e Motta (2009), há atualmente diversas instituições pesquisando e

desenvolvendo métodos modernos e analíticos de dimensionamento de pavimentos

asfálticos em todo o mundo. Os estudos variam desde métodos simplificados a muito

complexos. O dimensionamento de estrutura de pavimento asfáltico é um processo que

envolve o conhecimento de variáveis de difícil previsão e modelagem: características

dos materiais de pavimentação, comportamento em relação à aplicação das cargas, o

próprio carregamento e o tipo de resposta da estrutura para suportar as cargas sob todas

as variações das condições climáticas durante o período de análise.

Motta (1991) descreve o método de dimensionamento de pavimento asfáltico

tradicional aplicado no Brasil, com forte dose de empirismo. Hoje muitos trabalhos

científicos vêm sendo produzidos buscando-se reduzir ou até mesmo eliminar essa

parcela do empirismo. No entanto, apesar dos esforços principalmente das instituições

universitárias, não se tem um método de dimensionamento adequado ao estado-da-arte

atual, padronizado por algum órgão regulador nacional, de modo a generalizar seu uso.

13

Os modelos matemáticos obtidos de regressões de dados de ensaios em laboratório e

que tentam traduzir as tensões, as deformações e os deslocamentos em danos nos

pavimentos podem ser considerados o elo mais fraco no método mecanístico de

dimensionamento de pavimentos. Segundo Franco e Motta (2009), apesar do avanço das

pesquisas e técnicas de ensaios no campo e no laboratório, o fator de calibração entre o

campo e o laboratório, ponto do empirismo, ainda não pode deixar de ser utilizado.

Huang (2003) diz que os métodos de projetos de pavimentos asfálticos, ao longo do

século XX, podem ser classificados em cinco categorias: métodos empíricos, com ou

sem ensaios de resistência do solo; métodos que limitam a ruptura por cisalhamento;

métodos que limitam a ruptura por deformação vertical; métodos baseados no

desempenho dos pavimentos em pistas experimentais e métodos mecanístico - empírico.

O dimensionamento das estruturas dos pavimentos deve garantir que o pavimento não

venha sofrer ruptura estrutural dentro de um período determinado pelo projeto. Pouco se

pode afirmar sobre a condição funcional futura do pavimento após vários ciclos de vida,

apesar de existir modelos de previsão de irregularidade e de trincamento, que

demandam muitos anos de persistentes acompanhamentos de trechos de pavimentos e

respectivos tráfegos.

Os métodos de dimensionamento de pavimentos asfálticos mecanístico-empírico

consistem basicamente em:

Reunir dados referentes aos materiais de pavimentação, ao tráfego e às

condições ambientais;

Correlacionar os dados de resistência dos materiais e tráfego em função das

épocas sazonais e o comportamento dos materiais em função do tipo de

carregamento;

Escolher as espessuras das camadas e calcular tensões e deformações

considerando as diversas correlações obtidas;

Relacionar os valores críticos de tensões e deformações com os danos que a

repetição das cargas pode causar ao pavimento por meio de modelos de

previsão;

14

Verificar se as espessuras escolhidas satisfazem as condições impostas no

dimensionamento.

Franco (2007) desenvolveu um programa de dimensionamento mecanístico - empírico,

cujo fluxograma está mostrado na Figura 1, chamado SisPav, que leva em consideração

ensaios de laboratório, o clima, os materiais de pavimentação e o tráfego, considerando:

Análise do tráfego para os diversos eixos com variação lateral;

Variação sazonal do tráfego ao longo do período de projeto;

Materiais com comportamento elástico linear e não linear;

Modelos de previsão de danos a partir de base de dados de ensaios;

Parâmetros dos materiais de pavimentação e bacias de deformação calculadas

para o controle de execução no campo;

Análise da confiabilidade.

Para realizar essas análises o método de dimensionamento funciona considerando o

tempo total de vida de serviço do pavimento dividido em subperíodos. Em cada período

são consideradas as variações relacionadas ao tráfego, ao clima, aos parâmetros dos

materiais, incluindo o envelhecimento do ligante asfáltico. Cada cálculo de estado de

tensões determina um dano no pavimento que considera o efeito da variação lateral dos

veículos na rodovia. Esses danos são acumulados de forma a se obter o dano total na

estrutura do pavimento que será comparado com os limites máximos predefinidos dos

critérios de ruptura.

Os danos considerados no programa para efeito de dimensionamento são: a deformação

permanente limite no topo do subleito, a deflexão máxima na superfície do pavimento, e

o dano da fadiga da camada asfáltica e ou cimentada. Porém o acúmulo da deformação

permanente de toda a estrutura é calculado apenas para a estrutura final sendo

informado ao projetista para avaliação. Depois de verificar os danos da estrutura, caso

estes não sejam adequados, novas espessuras são selecionadas e o processo repetido até

que os danos fiquem dentro de limites aceitáveis de tolerância.

15

Figura 1: Fluxograma do SisPav (Franco, 2007)

Segundo Franco e Motta (2009), o SisPav é uma proposta de método de

dimensionamento que avalia individualmente os danos causados no pavimento por

diversos tipos de eixos, e que elimina a consideração do carregamento equivalente a um

eixo padrão. O conceito passagem / cobertura foi substituído pela variação lateral do

tráfego. Este parâmetro mostrou forte influência nas análises e definição das espessuras

das camadas do pavimento. O SisPav permite utilizar diversos materiais, conhecidos,

especificados ou novos. Essa vantagem do método se traduz diretamente em economia

de recursos financeiros e ambientais, possibilitando ao projetista utilizar materiais

disponíveis próximos às obras que, até então, não poderiam compor o pavimento por

não se enquadrarem em especificação técnica.

3. SELEÇÃO DO LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO TRECHO

EXPERIMENTAL

Na primeira etapa deste projeto, as primeiras atividades foram de reconhecimento do

trecho concedido sob a gestão da CONCER. Realizou-se uma análise do relatório das

deflexões medidas pela CONCER na Rodovia BR 040, Rio de Janeiro / Juiz de Fora –

16

MG, com uso do FWD da Dynatest, no ano de 2009, para escolha dos prováveis locais

do trecho experimental, que seria composto por três segmentos, portanto necessitaria

dispor de condições semelhantes para os três.

Na ocasião foram definidos critérios para a seleção do provável local do trecho

experimental, tais como: segmentos com extensão mínima entre 200 e 300 metros

lineares para cada mistura asfáltica com deflexões máximas medidas com o FWD da

Dynatest entre 50 e 100 (0,01mm) em ambas as faixas de rolamento. Foram analisadas

todas as deflexões máximas dos cerca de 150 km geridos pela CONCER, com o

objetivo de selecionar segmentos, que foram posteriormente visitados por engenheiros

da COPPE para escolha do provável local do trecho experimental.

Após a seleção dos locais que atendiam aos critérios escolhidos pela COPPE para o

provável trecho experimental, os técnicos da COPPE realizaram uma visita aos locais

selecionados. Esse levantamento foi realizado no mês de junho de 2010 com o objetivo

de verificar as condições do local quanto à geometria dos segmentos como: aclive,

declive ou plano; sinuoso ou reto; defeitos do revestimento como afundamento de trilha

de roda, trincamentos, panelas, remendos e desgastes; pontos de referência, condições

de tráfego; pontos de fuga do tráfego, entre outros.

De posse dessas informações foi realizada uma reunião da equipe de técnicos da

COPPE e da CONCER para definir o local do experimento, porém ficou decidido que

seria feita outra visita aos locais selecionados, desta vez com a presença do Engenheiro

Alcimar Penna, gerente de engenharia da CONCER à época. Nesta visita foi proposta a

construção do trecho experimental entre o km 56 e km 57, próximo ao local onde

estavam sendo realizados serviços de restauração do revestimento programados.

Após esta segunda visita em reunião com presença do engenheiro Mario da Compasa do

Brasil, responsável pelos serviços de restauração do revestimento, da equipe técnica da

CONCER e da COPPE, foi decidida a construção dos segmentos experimentais entre o

km 56 e 57 sentido Divisa MG / RJ – Serra.

As Figuras 2 a 5 correspondem a fotos do local do experimento, na condição de

superfície apresentada à época, (agosto de 2010) onde foram construídos os três

17

segmentos experimentais: mistura de referência (REF), mistura de módulo elevado

(MME) e mistura morna (MM).

Após a definição do local onde seria construído o trecho experimental foram coletados

os agregados oriundos da Pedreira Pedra Sul, localizado próximo a BR 040, no

município de Juiz de Fora – MG, para estudos no laboratório de pavimentos da COPPE.

Esses materiais coletados na pedreira foram classificados como Brita 1 ou ¾”, Brita 0

ou ½” e Pó de Pedra, e submetidos a ensaios em laboratório para compor os dois

primeiros segmentos escolhidos para a primeira fase da construção: REF e MME.

Ficou definida, também nesta ocasião, a usina de asfalto que produziu as misturas

asfálticas de REF e MME que foi a usina de asfalto da SOMA, localizada no município

de Três Rios próximo a BR 040, acesso no km 23 + 500m. A usina da SOMA é da

marca CIBER, do tipo contínua (drum mix), com a produção de 80 a 100

toneladas/hora, conforme apresentado nas Figuras 6 e 7. Nesta usina de asfalto foram

usinadas as misturas asfálticas de Módulo Elevado e a convencional.

Para a construção do terceiro segmento, por questões operacionais da técnica escolhida

de mistura morna, foi necessário mudar a usina de produção da massa asfáltica que

passou a ser a Usina da empresa Craft, localizada no bairro de Campo Grande,

município do Rio de Janeiro. É uma usina gravimétrica com capacidade de produção de

80 toneladas /hora. Para viabilizar o uso desta usina, também foi necessário mudar a

pedreira fornecedora dos agregados, como se verá mais a frente. Na Figura 8 está

apresentada uma vista geral desta usina.

Após a confirmação do local do trecho experimental, foi realizada a abertura de um

poço de sondagem na estaca 5635 sentido Juiz de Fora/MG – Rio de Janeiro/RJ. O poço

foi realizado pela equipe de técnicos da CONCER e orientação da equipe da COPPE.

As Figuras 9 e 10 mostram o local do poço e o perfil estrutural do pavimento no ponto.

Mais fotos desta etapa estão apresentadas no Anexo 1.

Foram realizados os ensaios de densidade “in situ” somente nas camadas de base e sub -

base conforme mostrados na Figura 11. Por problemas climáticos na ocasião não foi

possível determinar a densidade no subleito. Os ensaios para determinação da densidade

18

“in situ” seguiram as orientações do método DNIT (DNER) ME092-94. Na camada de

subleito não foi realizado o ensaio de densidade “in situ” devido à chuva, que também

prejudicou a coleta de material para análise em laboratório devido à precipitação intensa

e necessidade de fechar o poço em seguida por questão de segurança.

Figura 2: Aspecto do revestimento asfáltico antigo – Estaca 5640 (agosto 2010)

Figura 3: Aspecto do revestimento asfáltico antigo no local do futuro trecho

experimental (agosto de 2010)

19

Figura 4: Aspecto do revestimento asfáltico antigo no local do futuro trecho

experimental com elevado grau de trincamento (agosto de 2010)

Figura 5: Vista geral do local do futuro trecho experimental (agosto de 2010)

20

Figura 6: Usina de asfalto da Soma Engenharia – Três Rios / RJ usada nos dois

primeiros segmentos experimentais (agosto de 2010)

Figura 7: Vista geral da Usina de asfalto da Soma Engenharia – Três Rios / RJ

usada nos dois primeiros segmentos experimentais (agosto de 2010)

21

Figura 8: Usina gravimétrica da empresa Craft empregada para produzir o Concreto

Asfáltico morno usado no terceiro trecho experimental desta pesquisa (abril de 2012)

Figura 9: Posição de abertura do poço de sondagem no local do trecho

experimental (setembro de 2010)

22

Figura 10: Perfil estrutural do pavimento no local deste experimento.

Figura 11: Ensaio de densidade “in situ” na camada da sub – base no local do

trecho experimental CONCER – COPPE (setembro de 2010)

O material coletado no poço de sondagem foi devidamente identificado e lacrado para a

confecção de corpos de prova em laboratório para a realização de ensaios no

Laboratório de Geotecnia e Pavimentos da COPPE/UFRJ, que foram os seguintes:

- Caracterização;

- Ensaio de compactação;

- Ensaio triaxial dinâmico em amostra de solos.

23

As amostras de solos destinadas aos ensaios de compactação e triaxial dinâmico foram

obtidas da base, sub - base e subleito do pavimento da rodovia, na estaca 5635, com o

material escavado no poço de sondagem.

Após a identificação e o registro das amostras no laboratório de Geotecnia e Pavimentos

da COPPE, foram colocadas em bandejas, levadas para estufa a 60ºC e deixadas por um

período superior a 48 horas para que toda umidade fosse eliminada. Na sequencia as

amostras foram destorroadas e pesadas para a confecção dos corpos de prova.

Os corpos de prova moldados em laboratório para a realização dos ensaios de

compactação das camadas de base e sub-base foram confeccionados em moldes de

dimensões idênticas aos empregados nos ensaios triaxiais dinâmicos. Esta decisão

possibilitou a execução de ensaios de módulo de resiliência em pelo menos três pontos

de umidade da curva de compactação o que ajuda na análise das condições de campo.

Para a amostra do subleito utilizou-se molde convencional de compactação Proctor

normal, devido à pequena quantidade de solo coletada, provocada pelas condições

climáticas quando da sua retirada do poço de sondagem, conforme já explicado. Para a

compactação dos corpos de prova a energia utilizada para a camada de base foi a

modificada, para a camada de sub-base utilizada foi a intermediária e para a camada de

subleito foi a normal. Os ensaios de compactação foram realizados obedecendo a

Norma da ABNT NBR7182, a menos do tamanho dos corpos de prova e os estão

apresentados na Tabela 1.

As espessuras médias das camadas obtidas no furo de sondagem foram as seguintes:

- Camada de revestimento antigo: 8 cm;

- Camada de base granular: 22 cm;

- Camada de sub-base: 21cm;

- Camada de subleito: realizado até 130 cm – parte com o uso do trado.

24

Tabela 1 – Resultado do ensaio de compactação dos materiais do poço de sondagem do

trecho deste estudo

Amostra

Dimensão do Corpo de

Prova (cm) Energia

Utilizada

γs máx.

(g/cm3)

hot

(%)

Grau

Compactação

(%) Diâmetro Altura

Base 10,0 20,0 Modificada 2,222 6,4 89

Sub - base 10,0 20,0 Intermediária 2,036 10,4 90

Subleito 10,2 12,7 Normal 1,683 15,7 -

Para melhor avaliar os resultados dos ensaios triaxiais dinâmicos e comparar esses

resultados com as questões de variação de umidade encontradas nas camadas de base e

sub-base durante as estações do ano (essa variação pode ser significativa dependendo

das condições do revestimento asfáltico), os corpos de prova foram moldados na

umidade ótima e comparados com corpos de prova moldados com a mesma energia,

porém um no ramo úmido e o outro no ramo seco. Os ensaios triaxiais dinâmicos foram

executados pelo Método de Ensaio (DNER) ME-131/94 e os resultados obtidos estão

apresentados na Tabela 2.

Tabela 2 – Resultado do ensaio triaxial dinâmico dos materiais do poço de sondagem do

trecho deste estudo

Amostra Nº do Corpo

de Prova

Umidade de

Ensaio (%)

MR = k1σ3 k2

(MPa)

k1 k2 R2

Base

82 6,3 880,6 0,49 0,872

83 5,6 1070,5 0,57 0,965

84 7,2 926,9 0,56 0,959

Sub-base

86 10,8 596,4 0,59 0,942

87 9,4 568,7 0,49 0,769

88 9,6 374,8 0,35 0,625

Subleito 85 14,4 439,9 0,44 0,654

Durante a execução do poço de sondagem foi retirada uma placa do revestimento

asfáltico existente nas dimensões aproximadas de 20cm x 30cm. Desta placa, foram

retirados em laboratório, com sonda rotativa, dois corpos de prova de 10cm de diâmetro

25

aproximadamente. Nestes dois corpos-de-prova foram executados os seguintes ensaios,

com seus respectivos valores:

- densidade aparente: 2,32 (igual nos dois cps).

- ensaios de módulo de resiliência: 5.785 MPa (média dos dois)

- resistência à tração: 1,35 MPa (média dos dois).

4. DOSAGEM DAS MISTURAS ASFÁLTICAS

Na presente pesquisa o Laboratório da COPPE ficou responsável pela dosagem da

mistura asfáltica do segmento de Mistura de Módulo Elevado (ME) e do segmento de

Mistura Morna (MM). O segmento de Mistura Convencional CAP 50/70 foi realizado

utilizando os parâmetros adotados pela Concessionária para os serviços de restauração

ao longo da rodovia. Estão apresentados a seguir os resultados correspondentes a

mistura de Módulo Elevado e a Mistura Morna, aplicadas em diferentes datas.

O ligante asfáltico utilizado na mistura convencional de referência foi o CAP 50/70, os

agregados foram da Pedreira Pedra Sul, e as proporções de agregados foram: Brita ¾,

24%; Brita nº 0, 25%; Pó de Pedra 50%; Cal Hidratada 1% e o teor de ligante de projeto

foi de 5,1% para a camada de rolamento. Foram realizados ensaios mecânicos de

verificação desta dosagem no laboratório da COPPE, apresentados a seguir.

As misturas ME e MM foram projetadas de acordo com a metodologia SUPERPAVE:

Um teor de ligante de 5,0% em massa da mistura de agregados foi

inicialmente selecionado. A partir deste teor, outros três teores (4,5%; 5,5%

e 6,0%) também foram selecionados;

O ligante asfáltico foi adicionado à massa de agregados e usinadas em um

misturador mecânico, como mostrado na Figura 12;

Para simular o envelhecimento de curto prazo das misturas, as amostras não

compactadas permaneceram em estufa por 2 horas antes de serem

compactadas. Parte da mistura solta foi usada para a determinação da massa

específica máxima medida (ou massa específica Rice) (Gmm) seguindo a

norma ASTM D 2041-00;

26

As amostras foram compactadas em um compactador giratório

SUPERPAVE, Figura 13, com a aplicação de 100 giros e pressão de 600kPa;

Figura 12: Misturador mecânico, usado no presente estudo, para dosagem - MM e ME

Figura 13. Compactador giratório do tipo SUPERPAVE empregado neste estudo

27

Os corpos de prova foram pesados em três condições diferentes: seca,

submersa em água e saturada de superfície seca. Tais medidas foram usadas

para a determinação da massa específica aparente (Gmb) das misturas,

seguindo a norma AASHTO T 166-05;

A partir da Gmm e da Gmb, o Volume de Vazios (Vv) foi calculado para cada

teor de ligante através da expressão:

v mm - mb

mm (1)

4.1 Dosagem da mistura de módulo elevado

Na dosagem da mistura de Módulo Elevado o agregado utilizado é oriundo da Pedreira

Pedra Sul, localizado no município de Juiz de Fora – MG. Este agregado é utilizado

pela Concessionária nos serviços de restauração da rodovia e foi também o utilizado no

segmento experimental convencional construído nesta pesquisa.

Na determinação da faixa granulométrica foi utilizado o método Bailey para a análise

do intertravamento dos agregados, dessa informação foi definido o percentual de cada

silo quente para a usinagem da mistura asfáltica, conforme apresentado na Tabela 3.

Não foi possível ajustar de maneira total todas as faixas de agregados por este critério a

partir das granulometrias obtidas na pedreira. Mas optou-se por não inserir outras

frações, especialmente a cal hidratada, tendo em vista que o ligante utilizado nesta

pesquisa para o ME não apresenta boa interação com este tipo de fíler. Nesta etapa

foram realizados: ensaios de RICE – Gmm, dosagem da mistura asfáltica, módulo de

resiliência e resistência à tração.

A usina de asfalto utilizada para a usinagem dos dois segmentos asfálticos construídos

em dezembro de 2010 foi do tipo contínua da Soma Engenharia localizada próximo a

BR040 no km 23 + 500m. Nesta usina foi processado todo o volume das misturas

asfálticas necessárias para a conclusão dos dois primeiros segmentos experimentais.

O ligante utilizado é um asfalto – polímero especialmente projetado pelo CENPES/

PETROBRAS para garantir alto módulo de resiliência, mas com alta resistência à

28

tração, à fadiga e à deformação permanente. Este ligante apresenta as seguintes

características:

CAP de alto módulo

Penetração @ 25°C - entre 15 e 20 dmm

Ponto de amolecimento >= 72°C

PG alta temperatura >= 82°C

PG baixa temperatura <= -10°

Viscosidade Brookfield @ 135°C spindle 27 >= 3500 cP.

As características de temperatura de trabalho com este ligante foram as indicadas na

Tabela 4. As características básicas da dosagem da Mistura de Módulo Elevado, obtidas

por compactação por amassamento (compactador giratório) estão apresentadas na

Tabela 5: teor de ligante, módulo de resiliência médio, resistência à tração média. Neste

segmento experimental optou-se por dosar uma mistura de menor teor de ligante,

correspondente a camada de rolamento, com energia correspondente a 100 giros, e

outra, correspondente a camada de ligação ou binder, com energia correspondente a 75

giros. Esta decisão resultou em um teor de ligante ligeiramente maior, na posição mais

sujeita à fadiga, o que é bom, e que ainda permite evitar a tendência à deformação

permanente induzida pelo teor de ligante maior.

Tabela 3 – Composição granulométrica da mistura de módulo elevado (MME) e da

convencional (REF) para comparação

Materiais MME (%) REF (%)

Brita 1 33 24

Brita 0 36 25

Pó de pedra 31 50

Cal - 1

29

Tabela 4 – Características de temperatura de processamento e compactação da Mistura

de Módulo Elevado

Ligante: 175 - 180°C

Agregados: 175 - 180°C

Compactação: 160 - 165°C

Tabela 5 – Resultado da dosagem das MME e da REF desta pesquisa

Mistura Teor de ligante Módulo de resiliência

(MPa)

Resistência à tração

(MPa)

1 (capa) 5,2 11.400 2,01

2 (binder) 5,5 10.326 2,03

REF 5,1 5.500 1,2

4.2. Dosagem da mistura morna

Neste item estão apresentados os materiais (ligante asfáltico, agregados e cal hidratada)

usados na composição da mistura projetada através da metodologia SUPERPAVE para

ser aplicada no segmento de mistura morna (MM). Além de agregados minerais

convencionais a cal hidratada foi adicionada à mistura como agente melhorador da

adesividade entre o ligante e os agregados e também como material fino para garantir

um bom intertravamento à curva granulométrica de acordo com o método Bailey.

Na dosagem da Mistura Morna o agregado utilizado foi oriundo da Pedreira Sepetiba,

localizado no município do Rio de Janeiro. Como mencionado, para este segmento foi

preciso mudar a usina e a pedreira para viabilizar o experimento. Na fase de projeto, as

amostras de agregados foram coletas na usina da CRAFT Engenharia e foram

caracterizados por meio de ensaios de densidade real, densidade aparente e absorção

conforme apresentado na Tabela 6. A composição granulometria está apresentada na

Tabela 7. Após a caracterização dos mesmos, foi escolhida uma composição

granulométrica que atendesse aos requisitos do método Bailey.

30

Tabela 6. Propriedades Físicas dos agregados minerais usados neste estudo

Agregado

Propriedade

Norma Densidade Real Densidade Aparente Absorção

Brita 1 2,685 2,635 0,72 DNER ME 081/98

Brita 0 2,630 2,575 1,01

Pó-de-Pedra 2,585 2,535 0,9 ASTM C128/07

Tabela 7. Granulometria dos agregados minerais usados neste estudo na MM

Peneira Propriedade

Granulometria - Passante (%)

Série

ASTM

Abertura

(mm) Brita 1 Brita 0 Pó-de-Pedra Cal

1" 25,4 100,0 100,0 100,0 100

3/4" 19,1 97,6 100,0 100,0 100

1/2" 12,5 32,6 99,9 100,0 100

3/8" 9,52 9,4 92,8 99,4 100

1/4" 6,25 0,9 42,1 93,4 100

No. 4 4,75 0,7 16,1 88,6 100

No. 8 2,36 0,7 4,2 66,3 100

No. 16 1,18 0,7 2,2 46,9 100

No. 30 0,6 0,7 1,5 31,9 100

No. 50 0,3 0,6 1,1 18,5 100

No. 100 0,15 0,4 0,9 9,6 99

No. 200 0,075 0,2 0,5 4,1 85

O ligante empregado neste segmento experimental de mistura morna foi o CAP 30/45 –

da REDUC, o ligante foi caracterizado em laboratório segundo os ensaios de penetração

(DNER ME 03/99), ponto de amolecimento (ABNT NBR 6560), ductilidade (DNER

ME 163/98) e viscosidade Brookfield (ASTM D 4402).

31

Na Tabela 8 estão apresentados os valores encontrados nos ensaios e os valores obtidos

nos ensaios de viscosidade Brookfield são apresentados também de forma gráfica na

Figura 14. Também estão indicadas nesta figura as faixas de temperatura de mistura e

de compactação, correspondentes aos intervalos de 150cP e 190cP e 250cP a 310cP,

respectivamente. O valor de viscosidade escolhido foi a média das duas faixas (170cP

para mistura e 280cP para compactação).

Tabela 8: Resultados dos ensaios de caracterização do ligante 30/45 deste estudo.

Caracterização do CAP 30/45

Tipo de Ligante

Penetração Ponto de Ductilidade Viscosidade

Brokfield

(dmm) Amolecimento 25⁰C (cP)

100g, 5s,

25⁰C (⁰C) (cm) 135⁰C 150⁰C 175⁰C

CAP 30/45 34 55 >150 592,5 280 142,5

Figura 14: Curva de viscosidade Brookfield do ligante asfáltico 30/45 usado no presente

estudo para mistura morna.

10

100

1000

130 140 150 160 170 180

Vis

cosi

da

de

(cP

)

Temperatura (˚C)

Cap 30/45

Compactação

Mistura

32

Conforme observado na Figura 14, as temperaturas empregadas para mistura agregados

– ligante foi de 168⁰C no processo convencional, contudo, o procedimento de

espumação do ligante empregado neste terceiro segmento experimental permitiu a

redução da temperatura no final da usinagem passando para 138⁰C de usinagem, como

será explicado à frente. No caso da compactação, passou-se de 150°C para 110⁰C,

mínimo.

Após a caracterização dos materiais foi realizado o projeto para a determinação do teor

ótimo de ligante da mistura. A curva granulométrica foi composta por 27% de Brita 1,

23% de Brita 0, 48% de Pó de pedra e 2% de cal hidratada, e atendeu os limites

especificados para a faixa B do DNIT e pelo SUPERPAVE para misturas com TMN de

19 mm, além de atender aos requisitos Bailey. O teor de ligante de projeto foi

determinado em função do volume de vazios (Vv) de 4%, conforme apresentado na

Figura 15 e foi de 5,2%.

Outros parâmetros volumétricos também foram determinados, de acordo com as

recomendações do SUPERPAVE, tais como: Volume de agregado mineral (VAM),

relação betume/vazios (RBV) e proporção pó/asfalto (P/A). A Tabela 9 apresenta os

parâmetros volumétricos obtidos e os limites estabelecidos pelo SUPERPAVE para

misturas com TMN de 19 mm e volume de tráfego superior a 3 x 106 passagens do eixo

padrão.

Figura 15: Curva Volume de vazios versus % de ligante CAP 30/45 do projeto MM

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50

Vazi

os

(%)

Ligante (%)

Volume Vazios Cap 30/45(%)

33

Tabela 9: Resultados Volumétricos do projeto SUPERPAVE da mistura morna

CRITÉRIOS

Teor de Ligante 4%

>13% (TMN de

19 mm) 65% a 75% 0,6 a 1,2

Cap 30/45 Vv VAM RBV

P/A=%pas 200/%

ligante (%)

5,20 4,00 16,00 75,00 0,96

Novos corpos de prova foram compactados no teor ótimo de ligante (5,2%) até o

número de giros Nmáximo (160 giros) para a determinação do chamado %Gmm no Nmáximo

(percentual da Gmm). Tal propriedade pode ser entendida como uma estimativa do grau

de densificação da mistura ao final da sua vida de serviço. De acordo com o

SUPERPAVE, o volume de vazios das misturas compactadas no Nmáximo deve ser igual

ou superior a 2% (%Gmm no Nmáximo ≤ 98%) para evitar problemas com susceptibilidade

a deformações permanentes. Das curvas de densificação, também foi determinado o

chamado %Gmm no Ninicial (8 giros), que dá ideia da compactabilidade das misturas. O

SUPERPAVE recomenda um %Gmm no Ninicial de no máximo 89%. A Tabela 10 mostra

os resultados obtidos para estas duas propriedades e indica que os valores encontrados

atenderam às especificações.

Tabela 10. Propriedades Volumétricas da Mistura Morna para o Teor de Projeto

de Ligante deste estudo

Parâmetro Critério Teor de ligante (%)

5,2

%Gmm no Ninicial ≤ 89% 88,1

%Gmm no Nmáximo ≤ 98% 97,6

5. EXECUÇÃO DOS TRECHOS MONITORADOS

Conforme explicado no item 3, o local escolhido para a construção do trecho

experimental foi entre as estacas 5626 metros até a estaca 5659 sentido Juiz de Fora /

Rio de Janeiro próximo ao km 57, que reunia as condições geométricas e de segurança

necessárias depois para os levantamentos periódicos de campo. Fotos desta etapa estão

34

apresentadas nos Anexos 2 e 3 ao final deste relatório. Na Figura 16 mostra-se o cartaz

indicativo do trecho colocado pela CONCER na época da construção destes dois

primeiros segmentos em dezembro de 2010.

Figura 16: Cartaz indicativo do trecho experimental (dezembro de 2010)

Para a construção do segmento experimental de Misturas de Módulo Elevado e de

Mistura Convencional – CAP 50/70 foi realizada a fresagem total do revestimento

antigo, aproximadamente 11cm, uma vez que o mesmo encontrava-se com elevado grau

de trincamento. No poço de sondagem havia sido medida espessura de revestimento de

8cm, mas durante a fresagem encontrou-se 11cm, que foram totalmente removidos

devido ao alto grau de trincamento. Sabe-se que deixar poucos centímetros residuais

trincados sob o revestimento novo concentra as tensões e acelera a reflexão de trincas.

O primeiro segmento experimental foi o de concreto asfáltico convencional, com

extensão de 190 metros lineares, e a construção foi realizada nos dias 10 e 11 de

dezembro de 2010 na faixa da direita e esquerda, respectivamente, entre a estaca 5649 +

10 metros até a estaca 5659 e produzidos em uma usina de asfalto continua da empresa

SOMA. Ambas as faixas foram realizadas em duas camadas devido a espessura reposta:

a primeira com 6cm e a segunda com 5cm de espessura, totalizando os 11cm de

revestimento antigo fresado. A mistura asfáltica utilizada neste primeiro segmento

experimental foi uma mistura asfáltica convencional com CAP 50/70, faixa B do DNIT

35

projetada e aplicada pela construtora COMPASA do BRASIL. Esta mistura asfáltica

convencional utilizada nesta pesquisa vem sendo utilizada pela concessionária em

diversos trechos ao longo da rodovia através de seu plano de restauração.

O segundo segmento experimental foi o de concreto asfáltico de Módulo Elevado, com

extensão de 200 metros lineares, e a construção foi realizada nos dias 12 e 13 de

dezembro de 2010 na faixa da direita e esquerda, respectivamente, entre a estaca 5639 +

10 metros até a estaca 5649 + 10 metros. O procedimento utilizado neste segmento

experimental foi igual ao primeiro o que diferiu foi o tipo de ligante asfáltico utilizado

que foi CAP de Módulo Elevado. Fotos da construção deste trecho estão no Anexo.

O terceiro segmento experimental foi o de concreto asfáltico Morno, com extensão de

270 metros lineares, e a construção foi realizada nos dias 10 e 12 de abril de 2012, na

faixa da direita e esquerda, respectivamente, entre as estacas 5626 até a estaca 5639 +

10 metros. A usinagem da mistura, e sua aplicação, foram feitas pela CRAFT

Engenharia em uma usina gravimétrica. Neste segmento, que corresponde ao local do

poço de sondagem, a espessura do revestimento foi confirmada como sendo de 8cm. A

mistura foi aplicada em duas camadas de 4cm, em ambas as faixas de rolamento. Foi

uma mistura com CAP 30/45, faixa 19mm SUPERPAVE, dosada e projetada como

concreto asfáltico quente, mas que foi processada como mistura morna.

Nas Figuras 17 a 23 estão mostrados alguns dos procedimentos utilizados na produção

da mistura morna, pelo processo de agregados umedecidos, que é uma técnica nova.

Outras fotos estão no Anexo 3. É visível a ausência de fumaça e fumos durante o

carregamento do caminhão, espalhamento e compactação da MM, com benefícios

evidentes para o SMS dos operários, engenheiros e usuários da via no momento da obra.

Na Figura 24 está mostrado o cartaz colocado pela concessionária CONCER à época

desta construção, recentemente, em maio de 2012, marcando a nova etapa da pesquisa.

36

Figura 17: Homogeneização do Pó-de-pedra no processo de mistura morna deste

experimento

Figura 18: Separação de Pó-de-pedra úmido utilizado para produzir 1 tonelada de

mistura morna deste experimento.

Figura 19: Colocação do pó-de-pedra dentro do misturador na produção da mistura

morna deste experimento.

37

Figura 20: Vista da usina, com operários trabalhando na colocação do pó-de-pedra

úmido dentro do misturados da usina.

Figura 21: Controle da temperatura de produção da mistura morna deste experimento.

Figura 22: Controle da temperatura durante o espalhamento da massa asfáltica e na

compactação no local do terceiro trecho experimental (abril 2012).

38

Figura 23: Espalhamento da massa asfáltica na faixa da direita do terceiro trecho

experimental MM (abril 2012).

Figura 24: Indicação do trecho experimental – maio de 2012

6. RESULTADOS DA PRIMEIRA AVALIAÇÃO – FEVEREIRO DE 2011

A equipe de técnicos da COPPE, com o apoio da CONCER e do CENPES vem

realizando avaliações periódicas no trecho experimental desde a sua construção,

monitorando o comportamento dos segmentos quanto ao seu desempenho funcional e

estrutural. Porém, os segmentos de concreto asfáltico convencional CAP 50/70 e o de

Módulo Elevado construídos em dezembro de 2010 são 16 meses mais velhos que o

39

segmento de mistura morna construído em abril de 2012. Assim, os levantamentos

apresentados neste item são referentes ao segmento convencional e ao de mistura de

módulo elevado. Fotos das avaliações estão no Anexo 4 ao final do relatório.

A primeira avaliação dos dois segmentos construídos em dezembro de 2010 foi

realizada no dia 15 de fevereiro de 2011, aproximadamente dois meses após a

construção dos mesmos. Essa demora na avaliação após a construção se deu pelo fato da

proximidade das festas de final de ano (Natal e Ano Novo), do alto volume de tráfego

no mês de janeiro e época de chuvas intensas no local. Na primeira avaliação foram

realizados os seguintes levantamentos: Levantamento dos defeitos superficiais, medida

do afundamento da trilha de roda com o uso da treliça metálica, avaliação da macro e

microtextura com pêndulo britânico e mancha de areia do revestimento e bacias

deflectométricas com o uso do FWD do CENPES. A seguir, está apresentada breve

descrição de cada levantamento realizado, assim como os resultados obtidos.

6.2.Levantamento visual

O levantamento visual (LV) consiste na medida subjetiva das condições de superfície

do trecho monitorado, feito por um ou grupo de avaliadores, que percorrem a pé,

registrando suas opiniões sobre a capacidade do pavimento de atender às exigências do

tráfego que sobre ele atua, no momento da avaliação, quanto à suavidade e ao conforto.

Este valor pode ser considerado correspondente à escala usada no VSA do DNIT (DNIT

009/2003 – PRO), porém, sem obrigatoriedade de serem 5 avaliadores, e levando em

conta que, sendo o trecho curto, melhor será percorrer a pé. A avaliação das condições

dos pavimentos deve ser realizada em toda a extensão do pavimento do trecho

monitorado (Manual da Rede Temática de Asfalto, 2010).

A avaliação superficial dos defeitos consiste no levantamento dos defeitos superficiais

existentes na rodovia. O setor de Pavimentos da COPPE junto com outras instituições

do país desenvolveram critérios para avaliar os defeitos superficiais de trechos

experimentais monitorados. Esse critério consiste na avaliação de todos os defeitos ao

longo do trecho experimental (em geral com extensão de aproximadamente 300 metros).

Nesse levantamento são verificados e anotados todos os defeitos, extensão, faixa de

40

rolamento, posição, tipo de defeito e a severidade conforme modelo de Ficha de

Levantamento de Defeitos de Pavimentos desenvolvida pela Rede Temática de Asfalto.

O levantamento visual foi realizado a pé, com dois avaliadores da COPPE, os

engenheiros Marcos e Álvaro. Os resultados obtidos estão apresentados nas Figuras 25 e

26, que correspondem ao levantamento visual realizado nos trechos de mistura asfáltica

de módulo elevado e mistura asfáltica convencional CAP 50-70, respectivamente. Na

Figura 27 apresenta-se a legenda dos defeitos observados durante o levantamento visual

dos trechos.

Além do levantamento visual, também como forma de avaliação dos defeitos

superficiais, foram realizadas medidas dos afundamentos em trilha de roda externa e

interna utilizando a treliça metálica. A Figura 28 mostra a treliça usada, com haste

central móvel, capaz de medir os afundamentos com precisão de 0,5mm. Os resultados

dos afundamentos em trilha de roda estão apresentados nas Figuras 29 e 30, para os

trechos executados com mistura de módulo elevado e mistura asfáltica convencional

CAP 50-70, respectivamente. Estas medidas foram realizadas pelo engenheiro Álvaro,

da COPPE. Todas as medidas dos afundamentos em trilha de roda foram realizadas

somente na faixa da direita, sentido Juiz de Fora- Rio de Janeiro.

41

Figura 25 – Resultado do levantamento visual realizado no trecho monitorado de mistura asfáltica de módulo elevado em fevereiro de 2011.

D

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

AC

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,6 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,6 METROS TRANSVERSAL

5649 +10

FA

IXA

ETRE

TRI

DTRI

TRE

5645 5646 5647 5648

TRI

MISTURA ASFÁLTICA DE MÓDULO ELEVADO - BR-040 CONCER

5641 5642 5643 5644 5645

TRE

DTRI

TRE

AC

FA

IXA

E

5640

42

Figura 26 - Resultado do levantamento visual realizado no trecho monitorado de mistura asfáltica convencional CAP50-70 – fevereiro 2011.

F1

F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50/70 - BR 040 CONCER

-10 5650 5651 5652 5653 5654F

AIX

A

ETRE

TRI

DTRI

TRE

AC

5654 5655 5656 5657 5658 5659

FA

IXA

ETRE

TRI

DTRI

TRE

AC

SEGREGAÇÃO DA ESTACA 5654 + 4METROS ATÉ A ESTACA 5654 + 10METROS

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,6 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,6 METROS TRANSVERSAL

43

Figura 27: Legenda dos defeitos observados durante o levantamento visual dos trechos

desta pesquisa.

Figura 28: Treliça metálica usada para medidas dos afundamentos em trilha de roda nos

trechos desta pesquisa.

F1

D

AC

TRINCA TRANSVERSAL CURTA

TRINCA LONGITUDINAL CURTA

DEFEITO CONSTRUTIVO

FISSURAS VISÍVEIS

ACOSTAMENTO REVESTIMENTO ANTIGO

TRINCA LONGITUDINAL LONGA

LEGENDA DOS DEFEITOS

44

Figura 29 – Medidas dos afundamentos em trilha de roda externa e interna da faixa da

direita do trecho monitorado executado com mistura de módulo elevado (fev. 2011).

Figura 30 – Medidas dos afundamentos em trilha de roda externa e interna da faixa da

direita do trecho monitorado executado com mistura asfáltica convencional CAP 50-70

(fev. 2011).

Observa-se que o resultado de afundamento de trilha de roda na mistura de módulo

elevado apresentou em geral resultado menor que a mistura convencional, exceto em

dois pontos. Esses afundamentos surpreendem devido ao pequeno tempo desde a

0

1

2

3

4

5

6

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

AF

UN

DA

ME

NT

O D

E T

RIL

HA

DE

RO

DA

(m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE TRILHA DE RODA FAIXA DA DIREITA - SENTIDO JUIZ DE FORA - MG RIO DE JANEIRO - RJ DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

TRILHA DE RODA EXTERNA TRILHA DE RODA INTERNA

0

1

2

3

4

5

6

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

AF

UN

DA

ME

NT

O D

E T

RIL

HA

DE

RO

DA

(m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE TRILHA DE RODA FAIXA DA DIREITA - SENTIDO JUIZ DE FORA - MG RIO DE JANEIRO - RJ DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50-70

TRILHA DE RODA EXTERNA TRILHA DE RODA INTERNA

45

execução dos trechos, aproximadamente 60 dias após a execução. Esses pontos foram

acompanhados nos próximos trimestres bem como continuará a ser nos demais

levantamentos, possibilitando desenvolver curvas de desempenho.

6.3.Microtextura

A avaliação da microtextura (função da aspereza do agregado) do revestimento deve ser

realizada conforme ASTM E 303-08. O equipamento empregado é o Pêndulo Britânico,

conforme pode ser visto na Figura 31. Este equipamento é munido de um braço

pendular cuja extremidade tem uma sapata recoberta de borracha para ser atritada contra

a superfície umedecida do pavimento. Estas medidas foram realizadas pelo técnico

Rodrigo, da COPPE.

Figura 31 – Foto do Pêndulo Britânico usado no trecho em estudo (fev. 2011).

O valor de atrito medido é expresso em português como VRD (Valor de Resistência à

Derrapagem). Na Tabela 11, são apresentados os valores de VRD em função das classes

de microtextura. O Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos do DNIT (2006)

recomenda valores de RD ≥ 55, corresponde à característica rugosa.

46

Tabela 11– Classes de microtextura pelo método do pêndulo britânico (DNIT, 2006).

A microtextura é uma característica muito importante para rompimento da película de

água e promoção do contato pneu-pavimento para baixas velocidades de deslocamento,

de até cerca de 60km/h.

Nas Figuras 32 e 33 estão apresentados os resultados da avaliação da microtextura do

pavimento obtido pelo método do pêndulo britânico para os segmentos de módulo

elevado e de mistura convencional CAP 50-70, respectivamente.

Figura 32– Resultados da microtextura obtida pelo método do pêndulo britânico no

trecho monitorado de mistura de módulo elevado desta pesquisa – fevereiro de 2011

Classificação Limites de VRD

Perigosa <25

Muito Lisa 25-31

Lisa 32-39

Insuficientemente Rugosa 40-46

Medianamente Rugosa 47-54

Rugosa 55-75

Muito Rugosa >75

0

10

20

30

40

50

60

70

80

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

VA

LO

RE

S D

E R

ES

IST

ÊN

CIA

À D

ER

RA

PA

GE

M

ESTACAS

RESULTADOS DA MICROTEXTURA PELO MÉTODO DO PÊNDULO BRITÂNICO - MISTURA MÓDULO ELEVADO

FAIXA DA DIREITA FAIXA DA ESQUERDA

55

47

Figura 33 – Resultados da microtextura obtida pelo método do pêndulo britânico no

trecho monitorado de mistura asfáltica convencional CAP 50-70 desta pesquisa –

fevereiro de 2011.

Com pode ser observado na Figura 32, os resultados de VRD (valor de resistência à

derrapagem) para a mistura de módulo elevado variam entre 54 e 72, o que corresponde

a uma classificação de pavimento rugoso a medianamente rugoso, conforme Tabela 11.

Em geral os pontos medidos no trecho de alto módulo foram classificados como rugoso

no início da solicitação pelo tráfego.

Já na Figura 33, os resultados de VRD do segmento monitorado e executado com a

mistura asfáltica convencional CAP 50-70 variam entre 53 e 67, o que os classifica

como pavimento medianamente rugoso a rugoso, em geral os pontos medidos no trecho

asfáltico convencional foram também classificados como rugoso, no início da

solicitação pelo tráfego.

6.4. Macrotextura

A macrotextura pode ser determinada de várias formas, sendo a mais comum para

pequenas extensões o uso do ensaio de altura média da mancha de areia (ASTM E 965),

conforme pode ser visto na foto da Figura 34.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

VA

LO

RE

S D

E R

ES

IST

ÊN

CIA

À D

ER

RA

PA

GE

M

ESTACAS

RESULTADOS DE MICROTEXTURA PELO MÉTODO DO PÊNDULO BRITÂNICO - MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50-70

FAIXA DA DIREITA FAIXA DA ESQUERDA

55

48

O ensaio de mancha de areia consiste em preencher os vazios da textura superficial do

pavimento com um volume conhecido (de 25000 mm³ ± 150 mm³) de areia natural

limpa e seca, de grãos arredondados, ou esferas de vidro. A areia é espalhada sobre a

superfície seca do pavimento com auxílio da base circular de um pistão, que é

movimentada em círculos, obtendo uma área final aproximadamente circular. Mede-se o

diâmetro do círculo formado pela mancha obtida, em quatro direções; o diâmetro médio

(D), é a média das quatro medições.

A altura (HS) é expressa pela seguinte equação:

HS = 4. V / D2. π (2)

Onde:

HS = altura média da mancha (mm)

V = volume de areia (25.000 mm3)

D = diâmetro médio da mancha (mm)

Figura 34: Foto do ensaio mancha de areia realizado no trecho deste estudo em fevereiro

de 2011.

O Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos (DNIT, 2006) apresenta os limites

de macrotextura definidos em função do HS, conforme Tabela 12. A faixa recomendada

para os trechos monitorados é 0,6 mm ≤ HS ≤ 1,2 mm, ou seja, as superfícies devem

49

apresentar textura média a grossa. Abaixo de 0,6mm, a macrotextura passa a ter

tendência de ser fechada e aumenta o risco de hidroplanagem. Acima de 1,2mm, a

textura é muito aberta, causando desgaste excessivo nos pneus, maior consumo de

combustível e tendência a maior ruído ao rolamento. A macrotextura é uma das

características mais importantes e que afetam a aderência, principalmente para

velocidades de deslocamento acima de 50km/h.

Tabela 12 – Classes de macrotextura pelo método da mancha de areia (DNIT, 2006).

Nas Figuras 35 e 36 estão apresentados os resultados da avaliação da macrotextura do

pavimento obtido pelo método da mancha de areia para os trechos monitorados de

mistura de módulo elevado e de mistura asfáltica convencional CAP 50-70,

respectivamente. Estas medidas foram realizadas pelo técnico Washington, da COPPE.

Figura 35: Resultados da macrotextura do pavimento pelo método da mancha de areia

no trecho monitorado de mistura de módulo elevado (fev. 2011).

Classificação Limites de HS

Muito Fina < 0,20

Fina 0,21 - 0,40

Média 0,41 - 0,80

Grossa 0,81 - 1,20

Muito Grossa > 1,20

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

AL

TU

RA

DE

SU

PE

RF

ÍCIE

HS

(mm

)

ESTACAS

RESULTADOS DA MACROTEXTURA PELO MÉTODO DA MANCHA DE AREIA HS(mm) - MISTURA MÓDULO ELEVADO

FAIXA DA DIREITA FAIXA DA ESQUERDA

0,81- 1,20

50

Figura 36: Resultados da macrotextura do pavimento pelo método da mancha de areia

no trecho monitorado de mistura asfáltica convencional CAP 50-70 (fev. 2011).

Como pode ser observado, na Figura 35, MME, a maior parte dos resultados

encontrados se enquadra dentro da faixa 0,81 < HS < 1,20, que é classificado como

macrotextura grossa, exceção de algumas estacas onde os resultados apresentaram

valores acima de 1,2mm e da estaca 5646 (faixa da direita) que apresentou resultado

pouco abaixo de 0,8mm. Em geral os resultados obtidos classificaram o segmento MME

como de macrotextura grossa no início do tráfego no local.

No trecho executado com mistura asfáltica convencional CAP 50-70, os valores de

macrotextura obtidos pelo método da mancha de areia foram inferiores quando

comparados com o trecho executado com a mistura de módulo elevado, conforme pode

ser observado na Figura 35. Observa-se que a maior parte dos resultados se enquadra na

faixa de classificação de macrotextura média, que varia 0,41 < HS < 0,80, exceção de

algumas estacas que apresentaram valores de HS pouco acima de 0,80mm. Na sua

maioria, os resultados obtidos no trecho convencional, foram classificados como de

macrotextura média, no início do tráfego.

Essa diferença ente os dois trechos experimentais está relacionada a granulometria

utilizada e ao tipo de ligante: na mistura asfáltica convencional as proporções de

agregados foram Brita ¾, 24%; Brita nº 0, 25%; Pó de Pedra 50%; Cal Hidratada 1% e

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

AL

TU

RA

DE

SU

PE

RF

ÍCIE

HS

(m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DA MACROTEXTURA PELO MÉTODO DA MANCHA DE AREIA HS (mm) - MISTURA CONVENCIONAL CAP 50/70

FAIXA DA DIREITA FAIXA DA ESQUERDA

0,41- 0,80

51

o teor de ligante de projeto foi de 5,1% para a camada de rolamento. Na mistura

asfáltica de módulo elevado as proporções de agregados foram Brita ¾, 33%; Brita nº 0,

36%; Pó de pedra, 31% e o teor de ligante de projeto foi 5,5% para a camada de

rolamento.

6.5. Levantamentos deflectométricos – FWD

Os equipamentos de medição de deflexão do pavimento – defletômetros – mais

utilizados no país são: viga Benkelman, que pode ser convencional ou automatizada e o

FWD (falling weight deflectometer).

A viga Benkelman é um equipamento que necessita de um caminhão com eixo traseiro

simples de roda dupla carregado com 8,2t, para aplicar a carga sob a qual será medida a

deformação elástica. É um procedimento trabalhoso e de pouca precisão para

determinação da bacia quando realizado com a viga convencional, mas hoje é possível

encontrar no país vigas automatizadas, nas quais a leitura dos deslocamentos se faz com

medidores elétricos tipo LVDT.

O equipamento FWD, que realiza a medida dos deslocamentos elásticos de um

pavimento por impacto, é mais atual e as normas DNER-PRO 273 e ASTM D 4695

descrevem o uso desse tipo de equipamento. O equipamento é automatizado, sendo

rebocado por um veículo utilitário leve que carrega parte do sistema de aquisição de

dados. O ensaio consiste em se aplicar a carga de impacto e ler os deslocamentos em

vários sensores colocados ao longo de um suporte em posições convenientemente

escolhidas para se obter a linha de deslocamento.

Embora os dois tipos de equipamentos, FWD e viga Benkelman, sejam preparados para

medir os deslocamentos elásticos, pelas diferenças de concepção entre eles, as deflexões

não são iguais, nem existe uma correlação simples e universal entre medidas realizadas

com os dois equipamentos.

Na presente pesquisa as medidas das deflexões desta etapa de monitoramento foram

realizadas com o equipamento FWD do CENPES, com a participação do técnico Sergio

52

Murilo do CENPES e a equipe de técnicos da COPPE. Na Figura 37, está apresentada

uma foto do equipamento FWD utilizado na presente pesquisa, no local do experimento.

Figura 37: Foto do equipamento FWD utilizado no levantamento das deflexões do

presente estudo.

Na realização dos levantamentos com o FWD nesta etapa (fev. 2011) foram utilizados

dois níveis de carga no mesmo local com objetivo de verificar o comportamento das

deflexões conforme observados nas figuras a seguir. As cargas utilizadas foram

correspondentes a carga padrão de 4.100 kg e a outra de 5.100 kg, correspondente ao

limite legal de 10t para eixo simples de roda dupla.

Nas Figuras 38 e 39 estão apresentados os resultados das bacias deflectométricas do

trecho de mistura asfáltica de módulo elevado, utilizando a carga de 4.100kg, nas faixas

da direita e esquerda, respectivamente, em fevereiro de 2011, dois meses após abertura

ao tráfego.

Nas Figuras 40 e 41 estão apresentados os resultados das bacias deflectométricas do

trecho de mistura asfáltica convencional CAP 50-70, utilizando a carga de 4.100kg, nas

faixas da direita e esquerda, respectivamente, em fevereiro de 2011.

53

Figura 38: Bacias deflectométricas da faixa da direita do trecho de mistura de módulo

elevado – carga aproximada de 4.100 kg, fev. 2011.

Figura 39: Bacias deflectométricas da faixa da esquerda do trecho de mistura de módulo

elevado – carga aproximada de 4.100 kg, fev. 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120D

EF

LE

ES

(0

,01

mm

)

DISTÂNCIAS (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 4.100KG) NA FAIXA DA DIREITA DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

5640

5641

5642

5643

5644

5645

5646

5647

5648

5649

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120

DE

FL

EX

ÕE

S(0

,01

mm

)

DISTÂNCIA (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 4.100KG) NA FAIXA DA ESQUERDA DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

5640

5641

5642

5643

5644

5645

5646

5647

5648

5649

54

Figura 40: Bacias deflectométricas da faixa da direita do trecho de mistura convencional

CAP 50/70 – carga aproximada de 4.100 kg, fev. 2011.

Figura 41: Bacias deflectométricas da faixa da esquerda do trecho de mistura

convencional CAP 50/70 – carga aproximada de 4.100 kg, fev. 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120D

EF

LE

ES

(0

,01

mm

)

DISTÂNCIAS (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 4.100KG) NA FAIXA DA DIREITA DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP50-70

5650

5651

5652

5653

5654

5655

5656

5657

5658

5659

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120

DE

FL

EX

ÕE

S (0

,01

mm

)

DISTÂNCIA (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 4.100KG) NA FAIXA DA ESQUERDA DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP50-70

5650

5651

5652

5653

5654

5655

5656

5657

5658

5659

55

Nas Figuras 42 e 43 estão apresentados os resultados das bacias deflectométricas do

trecho de mistura asfáltica de módulo elevado, utilizando a carga de 5.100kg, nas faixas

da direita e esquerda, respectivamente. Nas Figuras 44 e 45 estão apresentados os

resultados das bacias deflectométricas do trecho de mistura asfáltica convencional CAP

50-70, utilizando a carga de 5.100kg, nas faixas da direita e esquerda, respectivamente.

Figura 42: Bacias deflectométricas da faixa da direita do trecho de mistura de alto

módulo – carga aproximada de 5.100 kg, fev. 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120

DE

FL

EX

ÕE

S (0

,01

mm

)

DISTÂNCIAS (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 5.100KG) NA FAIXA DA DIREITA DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

5640

5641

5642

5643

5644

5645

5646

5647

5648

5649

56

Figura 43: Bacias deflectométricas da faixa da esquerda do trecho de mistura de alto

módulo – carga aproximada de 5.100 kg, fev. 2011.

Figura 44: Bacias deflectométricas da faixa da direita do trecho de mistura convencional

CAP 50/70 – carga aproximada de 5.100 kg, fev. 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120

DE

FL

EX

ÕE

S (0

,01

mm

)

DISTÂNCIAS (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 5.100KG) NA FAIXA DA DIREITA DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP50-70

5650

5651

5652

5653

5654

5655

5656

5657

5658

5659

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120

DEFLEXÕES (0,01mm)

DISTÂNCIA (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 5.100KG) NA FAIXA DA ESQUERDA DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

57

Figura 45: Bacias deflectométricas da faixa da esquerda do trecho de mistura

convencional CAP 50/70 – carga aproximada de 5.100 kg, fev. 2011.

Nas Figuras 46 e 47 estão apresentados os resultados das deflexões máximas, nas duas

faixas de rolamento, utilizando a carga de 4.100kg, no trecho de mistura asfáltica de

módulo elevado e de mistura asfáltica convencional CAP-50-70, respectivamente, em

fevereiro de 2011, dois meses de abertura ao tráfego. Nas Figuras 48 e 49 estão

apresentados os resultados das deflexões máximas, nas duas faixas de rolamento,

utilizando a carga de 5.100kg, no trecho de mistura asfáltica de módulo elevado e de

mistura asfáltica convencional CAP-50-70, respectivamente.

0

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 60 80 100 120

DE

FL

EX

ÕE

S (0

,01

mm

)DISTÂNCIA (cm)

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES USANDO O FWD (CARGA 5.100KG) NA FAIXA DA ESQUERDA DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP50-70

5650

5651

5652

5653

5654

5655

5656

5657

5658

5659

58

Figura 46: Deflexões máximas com carga de 4.100 kg faixas da direita e esquerda do

trecho de mistura asfáltica de módulo elevado, fev. 2011.

Figura 47: Deflexões máximas com carga de 4.100 kg faixas da direita e esquerda do

trecho de mistura asfáltica convencional CAP 50/70, fev. 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

DE

FL

EX

ÃO

XIM

A D

o (

0,0

1m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES MÁXIMAS (CARGA 4.100KG) - SENTIDO JUIZ DE FORA - MG RIO DE JANEIRO - RJ DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

faixa da esquerda faixa da direita

0

20

40

60

80

100

120

140

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

DE

FL

EX

ÃO

XIM

A D

o (

0,0

1m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES MÁXIMAS (CARGA 4.100KG) - SENTIDO JUIZ DE FORA - MG RIO DE JANEIRO - RJ DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50-70

faixa da esquerda faixa da direita

59

Figura 48: Deflexões máximas com carga de 5.100 kg faixas da direita e esquerda do

trecho de mistura asfáltica de módulo elevado, fev. 2011.

Figura 49: Deflexões máximas com carga de 5.100 kg faixas da direita e esquerda do

trecho de mistura asfáltica convencional CAP 50/70, fev. 2011.

0

20

40

60

80

100

120

140

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

DE

FL

EX

ÃO

XIM

A D

o (

0,0

1m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES MÁXIMAS (CARGA 5.100KG) - SENTIDO JUIZ DE FORA - MG RIO DE JANEIRO - RJ DO TRECHO DE MISTURA DE MÓDULO ELEVADO

faixa da esquerda faixa da direita

0

20

40

60

80

100

120

140

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

DE

FL

EX

ÃO

XIM

A D

o (

0,0

1m

m)

ESTACAS

RESULTADOS DO LEVANTAMENTO DE DEFLEXÕES MÁXIMAS (CARGA 5.100KG) - SENTIDO JUIZ DE FORA - MG RIO DE JANEIRO - RJ DO TRECHO DE MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50-70

faixa da esquerda faixa da direita

60

6.6. Resultados dos corpos de prova extraídos - ensaios volumétricos, dinâmicos e

recuperação do ligante.

Neste levantamento de fevereiro de 2011 foram extraídos corpos de prova nos

segmentos experimentais para verificação dos parâmetros volumétricos, módulo de

resiliência, resistência à tração, extração e recuperação do ligante asfáltico através do

ensaio ABSON.

A tabela 12 apresenta resultados dos corpos de prova extraídos no segmento de Módulo

Elevado entre as estacas 5639 + 10m até a estaca 5649 + 10m. Pode-se observar que

existe uma coluna de referência que apresenta um número seguido de uma letra, (C ou

B) essa letra C corresponde a camada de Capa ou Rolamento e o B corresponde a

camada de Binder ou ligação. Isso porque os revestimentos dos segmentos foram

realizados em duas camadas, sendo que camada de Binder foi de aproximadamente 6cm

de espessura e a de Rolamento ou Capa de 5cm.

A tabela 13 apresenta resultados dos corpos de prova extraídos no trecho experimental

de mistura convencional CAP 50/70, entre as estacas 5649 +10m até a estaca 5659, em

fevereiro de 2011.

Pode-se perceber alguns valores muito baixos de volume de vazios (Vv) de campo. Isto

pode ter ocorrido especialmente devido a teor de ligante variável ou mudança pontual

de granulometria por segregação, por exemplo. Estas e outras causas podem modificar a

massa específica máxima (Gmm) da mistura original, tomada como referência nestes

cálculos de Vv.

Também é visível as diferenças de módulo de resiliência e de resistência à tração entre a

capa e a camada de ligação.

61

Tabela 12. Resultados dos corpos de prova extraídos em campo – Mistura módulo

Elevado, fev. 2011.

DATA: 03.05.2011

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa) MR / RT MR / RT

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder Capa Binder

16292 11C 5652 - D 4,86 9,90 2,522 2,536 0,6 12392 8349 TESTEMUNHO

16293 11B 5652 - D 4,76 9,90 2,431 2,536 4,2 9209 7240 TESTEMUNHO

16294 12C 5652 - D 5,17 9,92 2,539 2,536 0,0 8059 1,63 4944

16295 13C 5652 - D 4,88 9,91 2,537 2,536 0,0 7457 1,64 4547

16296 13B 5652 - D 4,91 9,90 2,443 2,536 3,7 9436 1,46 6463

16297 19C 5652 - D 4,92 9,92 2,540 2,536 0,0 13838 10815 2,18 5654

16298 14B 5652 - D 4,77 9,93 2,443 2,536 3,7 8205 7368 1,70 4580

16299 15C 5652 - D 5,11 9,91 2,525 2,536 0,5 10708 2,00 5354

16300 15B 5652 - D 4,71 9,94 2,482 2,536 2,1 9468 1,05 9017

16301 16C 5652 - D 5,03 9,91 2,545 2,536 0,0 8631 1,47 5871

16302 16B 5652 - D 4,81 9,90 2,486 2,536 2,0 8485 1,83 4637

16303 32C 5653 - E 4,96 9,92 2,479 2,536 2,2 11693 1,72 6798

16304 32B 5653 - E 4,19 9,93 2,323 2,536 8,4 11052 1,17

16305 33C 5653 - E 4,96 9,91 2,480 2,536 2,2 10597 8323 1,83 5169

16306 33B 5653 - E 3,98 9,93 2,332 2,536 8,0 8029 11930 TESTEMUNHO

16307 34C 5653 - E 5,02 9,92 2,470 2,536 2,6 12520 8493 TESTEMUNHO

16308 34B 5653 - E 3,58 9,95 2,350 2,536 7,3 9693 8379 1,47 6147

16309 35C 5653 - E 4,92 9,91 2,486 2,536 2,0 10671 1,71 6240

16310 35B 5653 - E 4,49 9,92 2,359 2,536 7,0 9574 1,66 5767

16311 36C 5653 - E 4,84 9,91 2,454 2,536 3,2 6804 1,39 4895

16312 36B 5653 - E 4,10 9,91 2,358 2,536 7,0 8617 1,51 5707

16313 17C 5655 - D 4,81 9,94 2,496 2,536 1,6 9485 1,81 5240

16314 17B 5655 - D 4,88 9,95 2,443 2,536 3,7 8791 1,63 5393

16315 18C 5655 - D 4,84 9,94 2,490 2,536 1,8 7916 8443 1,70 4811

16316 18B 5655 - D 4,77 9,94 2,431 2,536 4,1 10561 6753 1,69 5122

16317 19C 5655 - D 5,04 9,94 2,503 2,536 1,3 8913 1,90 4691

16318 19B 5655 - D 4,49 9,93 2,442 2,536 3,7 9133 1,69 5404

16319 20C 5655 - D 5,07 9,92 2,503 2,536 1,3 10079 1,80 5599

16320 20B 5655 - D 5,18 9,94 2,461 2,536 2,9 9633 1,75 5505

16321 21C 5655 - D 5,01 9,91 2,502 2,536 1,3 8078 6662 TESTEMUNHO

16322 21B 5655 - D 4,77 9,94 2,422 2,536 4,5 11453 7715 TESTEMUNHO

16323 37C 5655 - E 5,04 9,92 2,497 2,536 1,5 8157 1,56 5229

16324 37B 5655 - E 4,90 9,94 2,318 2,536 8,6 7360 1,21 6083

16325 38C 5655 - E 4,89 9,93 2,485 2,536 2,0 8150 1,63 5000

16326 38B 5655 - E 4,76 9,93 2,344 2,536 7,6 9618 1,27 7573

16327 39C 5655 - E 4,97 9,93 2,499 2,536 1,5 8412 1,59 5291

16328 39B 5655 - E 4,47 9,93 2,312 2,536 8,8 8239 1,18 6982

16329 40C 5655 - E 4,99 9,93 2,479 2,536 2,2 8056 1,69 4767

16330 40B 5655 - E 5,17 9,93 2,299 2,536 9,3 9320 1,30 7169

16331 41C 5655 - E 4,98 9,91 2,494 2,536 1,7 1,66

16332 41B 5655 - E 4,50 9,94 2,359 2,536 7,0 1,46

MR (MPa)

REPETIDO

1,4

MISTURA CONVENCIONAL CAP 50/70

ALTURA

MÉDIA

(cm)

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm Vv MR (MPa)

3,8 8338

3,70

9176

8,3

PROJETO: CONCER / COPPE PROTOCOLO: 20-11

8780

Nº DO CORPO DE PROVA

Nº Lab Referência estaca

1,9

OBS: MR (Mpa) R = MÓDULO DE RESILIÊNCIA REPETIDO

1,80 1,69

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

1,66 1,45

1,78 1,51

1,63 1,28

RT (Mpa)

2,3 7,3 10634 9634

8154

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

10762 8345

62

Tabela 13. Resultados parciais dos corpos de prova extraídos em campo – Mistura

Convencional CAP 50/70, fev. 2011.

DATA: 03/05/2011

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa)

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder

16252 6C 5642 - D 5,22 9,89 2,431 2,494 2,5 10382 -

16253 6B 5642 - D 5,04 9,88 2,476 2,489 0,5 9083 -

16254 7C 5642 - D 5,10 9,83 2,442 2,494 2,1 11324 1,76

16255 7B 5642 - D 4,25 9,90 2,448 2,489 1,6 13949 1,45

16256 8C 5642 - D 4,84 9,86 2,442 2,494 2,1 10850 1,31

16257 8B 5642 - D 4,42 9,92 2,462 2,489 1,1 9766 1,53

16258 9C 5642 - D 4,77 9,88 2,469 2,494 1,0 10184 2,10

16259 9B 5642 - D 4,61 9,88 2,503 2,489 0,0 8931 1,72

16260 10C 5642 - D 4,95 9,82 2,472 2,494 0,9 7942 2,01

16261 10B 5642 - D 4,61 9,90 2,489 2,489 0,0 9427 1,39

16262 19C 5643 - E 5,01 9,87 2,387 2,494 4,3 12811 1,98

16263 19B 5643 - E 3,73 9,89 2,311 2,489 7,2 6847 1,08

16264 20C 5643 - E 4,96 9,90 2,383 2,494 4,5 10163 2,01

16265 20B 5643 - E 4,37 9,89 2,353 2,489 5,5 5507 0,81

16266 21C 5643 - E 5,19 9,90 2,393 2,494 4,0 11308 0,76

16267 21B 5643 - E 5,13 9,90 2,305 2,489 7,4 4794 0,53

16268 22C 5643 - E 4,92 9,91 2,357 2,494 5,5 10479 1,56

16269 22B 5643 - E 4,09 9,92 2,330 2,489 6,4 6839 0,64

16270 23C 5643 - E 5,24 9,91 2,398 2,494 3,8 11875 1,43

16271 23B 5643 - E 3,68 9,91 2,364 2,489 5,0 4321 0,71

16272 10C 5645 - D 4,68 9,88 2,435 2,494 2,4 8613 1,64

16273 10B 5645 - D 4,23 9,87 2,438 2,489 2,0 8644 1,55

16274 11C 5645 - D 4,85 9,80 2,440 2,494 2,2 7789 1,75

16275 11B 5645 - D 4,50 9,90 2,446 2,489 1,7 7638 1,43

16276 12C 5645 - D 4,82 9,86 2,441 2,494 2,1 9728 1,65

16277 12B 5645 - D 3,36 9,89 2,414 2,489 3,0 17861 1,28

16278 13C 5645 - D 4,92 9,86 2,439 2,494 2,2 9005 1,76

16279 13B 5645 - D 3,81 9,90 2,433 2,489 2,2 10306 1,50

16280 14C 5645 - D 5,08 9,84 2,442 2,494 2,1 10087

16281 14B 5645 - D 4,45 9,91 2,430 2,489 2,4 8620

16282 24C 5646 - E 4,88 9,89 2,377 2,494 4,7 12634 1,78

16283 24B 5646 - E 5,09 9,89 2,298 2,489 7,7 8243 0,73

16284 25C 5646 - E 4,99 9,90 2,372 2,494 4,9 10930 1,81

16285 25B 5646 - E 4,93 9,92 2,264 2,489 9,0 7840 0,79

16286 26C 5646 - E 4,67 9,92 2,398 2,494 3,8 10800 1,66

16287 26B 5646 - E 3,55 9,92 2,290 2,489 8,0 6550 0,60

16288 27C 5646 - E 4,79 9,90 2,387 2,494 4,3 10222 1,90

16289 27B 5646 - E 4,72 9,82 2,297 2,489 7,7 8683 0,88

16290 28C 5646 - E 4,87 9,90 2,517 2,494 0,0 14920 1,80

16291 28B 5646 - E 4,87 9,90 2,314 2,489 7,0 6251 0,78

9044 10614 1,70 1,44

Nº Lab Referência estaca

ALTURA

MÉDIA

(cm)

Nº DO CORPO DE PROVA

2,2

5662

3,5

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm Vv

2,3

RT (Mpa)

0,7

6,3

7,9

OBS: FIC = FORA DO INTERVALO DE CONFIABILIDADE

OBS: MR (Mpa) R = MÓDULO DE RESILIÊNCIA REPETIDO

1,80

11327

1,79 0,76

MISTURA MÓDULO ELEVADOPROJETO: CONCER / COPPE

11901 7513

1,52

1,55 0,754,4

MR (MPa)

1,7 10136 10231

63

7. RESULTADOS DA SEGUNDA AVALIAÇÃO – SETEMBRO DE 2011

A segunda avaliação realizada no trecho experimental foi no dia 06 de setembro de

2011. Na ocasião foi realizada uma avaliação das condições estruturais e funcionais do

futuro segmento de mistura morna, a fim de comparação com os resultados obtidos após

a construção do terceiro segmento. Também foram realizadas avaliações nos dois

segmentos experimentais, e, além dos ensaios mencionados na primeira avaliação,

foram realizados os ensaios de IRI (Macrotextura) a laser e o Grip Test (medição do

atrito pneu – pavimento dinâmico). A partir do segundo levantamento os ensaios de

Mancha de Areia (Macrotextura), Pêndulo Britânico (Microtextura) e o afundamento de

trilha de roda (Treliça metálica), foram substituídos por outros equipamentos que dão o

mesmo resultado, porém de forma contínua, como: a Macrotextura e o afundamento de

trilha de roda através de sensores a laser e a Microtextura através do GRIP TEST.

7.1.Levantamento visual – 06/09/2011

A avaliação superficial dos defeitos foi realizada de acordo com os critérios adotados na

avaliação do primeiro levantamento. A seguir estão apresentados os defeitos

encontrados no levantamento realizado no dia 06 de setembro de 2011, utilizando o

critério de avaliação desenvolvido pela COPPE e outras instituições do país, explicado

no Manual de Trechos Monitorados da Rede Temática de Asfalto.

As Figuras 50 e 51 apresentam um esquema dos dois trechos experimentais com os

devidos defeitos encontrados neste levantamento de campo. Neste esquema as faixas de

rolamento foram divididas imaginariamente em três sub faixas para melhor representar

os defeitos. Nestas Figuras pode-se observar que os defeitos encontrados estão

concentrados nas trilhas de roda, principalmente na faixa da direita, o que já era

esperado por ser a mais solicitada pelo tráfego comercial. A Figura 52 apresenta uma

legenda com os tipos de defeitos encontrados até setembro de 2011 nos dois segmentos

experimentais.

64

Figura 50: Esquema de Defeitos Encontrados no Segmento Experimental – Módulo Elevado em setembro de 2011.

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

D

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

MISTURA ASFÁLTICA DE ALTO MÓDULO - BR-040 CONCER

E

D

5640 5641 5642 5643 5644 5645

E

D

5649

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,1 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,1 METROS TRANSVERSAL

5646 5647 5648 +10

AC

FA

IXA

FA

IXA

5645

AC

TRE

TRI

TRI

TRE

CENT

CENT

TRI

TRE

TRE

TRI

CENT

CENT

65

Figura 51: Esquema de Defeitos Encontrados no Segmento Experimental – Mistura convencional em setembro de 2011.

F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1 F1

CENT

CENT

CENT

CENT

E

D

5654 5655

E

D

MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50/70 - BR 040 CONCER

5656 5657 5658

AC

5659

TRI

TRE

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,1 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,1 METROS TRANSVERSAL

FA

IXA

FA

IXA

TRE

TRI

TRI

TRE

TRE

TRI

AC

SEGREGAÇÃO DA ESTACA 5654 + 4METROS ATÉ A ESTACA 5654 + 10METROS

-10 5650 5651 5652 5653 5654

66

Figura 52: Legenda dos defeitos observados durante o levantamento visual dos trechos

desta pesquisa.

O Afundamento de Trilha de Roda foi realizado de forma contínua em ambas as faixas

de rolamento através do uso de sensores a laser do IRI, o que permitiu verificar o

afundamento de trilha de roda ao longo de toda a extensão do segmento. Esses

resultados do afundamento de trilha de roda foi possível devido à posição dos sensores a

laser instalados no veículo. Nas Figuras 53 e 54 estão apresentados os resultados do

afundamento de trilha de roda em ambas as faixas de rolamento nos dois segmentos

experimentais.

Pode-se observar que o afundamento nas trilhas de roda da esquerda em ambas as faixas

de rolamento apresentam valores superiores aos levantamentos realizados nas trilhas de

roda da direita, principalmente na faixa da esquerda onde os resultados de afundamento

na trilha de roda da esquerda apresentaram valores superiores aos da faixa da direita.

F1

D

AC

TRINCA TRANSVERSAL CURTA

TRINCA LONGITUDINAL CURTA

DEFEITO CONSTRUTIVO

FISSURAS VISÍVEIS

ACOSTAMENTO REVESTIMENTO ANTIGO

TRINCA LONGITUDINAL LONGA

LEGENDA DOS DEFEITOS

67

Figura 53: Resultados do Afundamento de Trilha de Roda Referente ao 1º e 2º

Segmento Experimental – Faixa da Direita, set. 2011.

Figura 54: Resultados do Afundamento de Trilha de Roda Referente ao 1º e 2º

Segmento Experimental – Faixa da Esquerda, set. 2011.

Resultado do Afundamento de Trilha de Roda - Faixa da Direita - 1º e 2º Trechos Experimentais

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

5640

5641

5642

5643

5644

5645

5646

5647

5648

5649

5650

5651

5652

5653

5654

5655

5656

Número das Estacas

Afu

nd

am

en

to d

e T

rilh

a d

e R

od

a (

mm

)

Afundamento Trilha de Roda Esquerda Afundamento Trilha de Roda Direita

Resultado do afundamento de Trilha de Roda - Faixa da Esquerda - 1º e 2º Trechos Experimentais

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649 5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656

Número das Estacas

Afu

nd

am

en

to d

e T

rilh

a d

e R

od

a (

mm

)

Afundamento de Trilha de Roda Esquerda Afundamento de Trilha de Roda Direita

68

7.2.Levantamento de microtextura através do uso do GRIP TEST – 06/09/2011

O levantamento de Microtextura foi realizado com o equipamento conhecido como

GRIP TEST e contou com o apoio da Petrobras / Cenpes. O ensaio foi realizado a uma

velocidade de aproximadamente 60km/h segundo as especificações do equipamento e

foram realizadas em ambas as faixas de rolamento.

A seguir estão apresentados os valores de atrito através do uso do GRIP TEST nos

segmentos experimentais de Mistura de Alto Módulo e a Mistura Convencional CAP

50/70, respectivamente. Também estão apresentados os valores de atrito obtidos no

futuro segmento experimental de mistura morna que foi construído após esta avaliação.

A Figura 55 apresenta uma visão geral dos valores de atrito em relação ao trecho. Pode-

se observar que os valores obtidos são bastante heterogêneos, principalmente na faixa

da direita, futuro segmento experimental de mistura morna e no segmento experimental

(CAP 50/70). Os valores de atrito obtidos no futuro segmento experimental, entre as

estacas 5625 + 5 metros até a estaca 5639 + 10 metros, são oriundos de um revestimento

antigo e que apresentam defeitos tais como: elevado grau de trincamento, afundamento

de trilhas de roda, etc. Esse levantamento foi realizado com o objetivo de comparar a

superfície do revestimento antigo com a superfície de um revestimento asfáltico novo.

Por outro lado, já era esperada diferença em relação a faixa da esquerda com a faixa da

direita (tráfego comercial pesado), em todos os segmentos.

69

Figura 55: Visão Geral dos Valores de Atrito Obtidos nos segmentos Experimentais em

setembro de 2011.

7.3.Levantamento de macrotextura através do uso de sensores a laser utilizados no IRI –

06/09/2011

O levantamento de Macrotextura foi realizado junto com o levantamento de

Irregularidade (IRI). O ensaio consiste em um sensor a laser instalado em uma das

trilhas de roda junto a barra do IRI, com o principio de avaliar a Macrotextura do

segmento em questão.

Pode-se observar na Figura 56 os resultados obtidos na segunda avaliação realizada em

setembro de 2011. Os resultados apresentados na primeira parte dessa figura

correspondem aos resultados obtidos sobre o revestimento antigo, medidos para

comparação com os resultados do segmento novo de misturas mornas a ser avaliado

após a construção do segmento.

Visão Geral dos Valores de Atrito dos Trechos Experimentais

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

562

5 +

5

5626

5627

5628

5629

5630

5631

5632

5633

5634

5635

5636

5637

5638

5639

563

9 +

10

5640

5641

5642

5643

5644

5645

5646

5647

5648

5649

5650

5651

5652

5653

5654

5655

5656

5657

5658

5659

Número das Estacas

Va

lore

s d

e A

trit

o

FAIXA DIREITA FAIXA ESQUERDA

70

Figura 56: Resultados da Microtextura com sensores a laser, setembro de 2011.

7.4.Levantamentos deflectométricos – FWD – 06/09/2011

A seguir estão apresentados os resultados dos levantamentos deflectométricos

realizados com o uso do FWD da Petrobras / Cenpes. Nas Tabelas 14 e 15 estão

apresentados os resultados obtidos das deflexões realizadas em setembro de 2011

correspondentes aos dois segmentos experimentais e ao futuro segmento de mistura

morna que só foi construído em abril de 2012. As deflexões apresentadas nas Tabelas

14 e 15, entre as estacas 5626 a 5639, correspondem a deflexões realizadas sobre o

revestimento antigo do futuro segmento experimental de misturas mornas. Essas

informações são importantes para fazer a comparação com as deflexões que serão

obtidas após a substituição do revestimento antigo pelo revestimento asfáltico morno.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

56

59

56

59

Va

lore

s d

e A

trit

o

Número das Estacas

Visão Geral dos Valores de Atrito dos Trechos Experimentais

FAIXA DIREITA FAIXA ESQUERDA

Revestimento Antigo Mistura Alto Módulo Mistura Convencional

71

Tabela 14: Levantamento Deflectométrico Faixa da Direita – Trecho Experimental –

setembro 2011

0 20 30 45 60 90 120

D0 D1 D2 D3 D4 D5 D6 Ar Pavimento

kN µm µm µm µm µm µm µm

5626 40 37 27 20 12 7 3 2 32 40

5627 40 35 25 18 11 6 3 2 32 46

5628 40 48 33 24 13 7 3 2 32 43

5629 40 45 31 22 12 7 3 2 32 45

5630 40 40 28 20 12 7 3 2 32 45

5631 40 35 25 19 11 7 3 2 31 46

5632 40 30 22 16 10 6 3 2 31 40

5633 40 40 28 20 11 6 3 2 31 46

5634 40 50 38 29 19 13 7 5 31 43

5635 39 77 59 46 31 21 12 8 31 45

5636 39 69 53 41 26 16 7 4 31 45

5637 39 85 61 45 26 15 7 4 31 46

5638 39 81 62 48 30 18 8 4 31 45

5639 39 91 69 53 32 19 8 5 31 45

5640 39 61 51 44 34 25 13 7 31 41

5641 38 75 62 52 39 27 12 6 31 44

5642 39 73 58 48 34 24 12 6 30 44

5643 39 89 70 56 39 26 12 6 30 44

5644 41 88 70 55 37 24 10 5 31 46

5645 41 87 66 52 34 21 8 4 30 45

5646 40 99 75 60 40 26 11 5 30 46

5647 41 70 56 45 31 21 10 5 31 46

5648 41 83 64 49 35 24 13 9 31 46

5649 41 75 56 44 28 17 7 3 31 46

5650 41 56 44 33 20 11 4 3 31 46

5651 40 41 30 22 14 8 3 2 31 44

5652 41 33 24 19 11 7 3 2 31 47

5653 40 36 26 20 12 7 3 2 31 46

5654 40 42 31 22 13 7 3 2 31 46

5655 40 48 34 25 13 7 2 2 31 47

5656 39 90 73 60 43 32 19 13 31 46

5657 39 90 72 58 41 28 16 11 31 46

5658 39 91 70 54 35 23 12 8 31 46

5659 39 88 67 53 33 20 9 6 31 45

Fu

turo

Tre

cho

Exp

erim

enta

l1º

Tre

cho

Exp

erim

enta

l C

AP

AM

Tre

cho E

xp

erim

enta

l C

AP

50/7

0

Levantamento deflectométrico - FWD - Sentido Juiz de Fora - MG / Rio de Janeiro - RJ - Faixa Direita

Trecho Estaca Carga

Temperatura

°C

72

Tabela 15: Levantamento Deflectométrico Faixa da Esquerda – Trecho Experimental –

setembro 2011.

Nas Figuras 57 e 58 estão apresentados os resultados de forma gráfica das bacias de

deflexão correspondentes aos segmentos experimentais realizados em setembro de 2011

de ambas as faixas de rolamento.

0 20 30 45 60 90 120

D0 D1 D2 D3 D4 D5 D6 Ar Pavimento

kN µm µm µm µm µm µm µm

5626 40 ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ----

5627 40 67 48 36 22 13 5 2 33 43

5628 40 67 48 35 21 11 4 2 33 43

5629 40 61 47 37 26 17 8 4 33 44

5630 40 49 35 26 16 10 4 2 33 45

5631 40 46 31 22 13 7 2 1 33 45

5632 40 33 24 18 12 7 4 2 33 45

5633 40 30 21 15 9 5 2 2 32 45

5634 40 27 19 14 8 5 3 2 32 45

5635 40 28 20 15 10 6 3 3 32 44

5636 40 49 37 29 20 13 7 4 32 45

5637 40 84 63 48 31 19 8 5 32 44

5638 40 75 59 46 31 20 9 5 32 45

5639 40 66 52 42 30 20 9 5 32 44

5640 40 73 56 45 31 20 9 5 32 45

5641 39 80 64 53 39 28 15 8 32 44

5642 39 74 59 48 35 25 13 7 32 44

5643 40 66 53 43 31 22 11 6 31 44

5644 40 65 52 42 31 22 11 6 31 44

5645 40 73 56 44 30 20 9 5 31 44

5646 39 72 57 46 32 22 10 5 31 44

5647 40 62 48 37 26 18 8 4 31 41

5648 40 68 52 42 29 20 10 6 31 44

5649 40 65 52 43 31 22 12 7 30 44

5650 40 68 54 44 31 21 9 4 30 44

5651 40 64 49 38 24 15 6 4 30 44

5652 40 64 46 34 20 12 4 3 30 45

5653 41 43 30 22 12 7 3 2 30 45

5654 40 48 35 26 16 10 4 2 31 45

5655 40 55 39 28 16 10 4 2 31 44

5656 40 48 35 26 15 9 3 2 31 44

5657 40 64 49 39 28 20 12 8 31 44

5658 40 64 50 40 28 20 12 8 30 44

5659 40 56 42 34 23 16 9 6 30 43

Levantamento deflectométrico - FWD - Sentido Juiz de Fora - MG / Rio de Janeiro - RJ - Faixa Esquerda

Trecho Carga

Temperatura

°C

Fu

turo

Tre

cho

Ex

per

imen

tal

Tre

cho

Ex

per

imen

tal

CA

P A

M2

º T

rech

o E

xp

erim

enta

l C

AP

50

/70

Estaca

73

Figura 57: Bacias deflectométricas – FWD – Juiz de Fora – MG / Rio de Janeiro – RJ –

Faixa da Direita, setembro 2011.

Figura 58: Bacias deflectométricas – FWD – Juiz de Fora – MG / Rio de Janeiro – RJ –

Faixa da Esquerda, setembro 2011.

Bacia de Deflexões - FWD - Faixa Direita

0

20

40

60

80

100

D0 = 0 cm D1 = 20 cm D2 = 30 cm D3 = 45 cm D4 = 60 cm D5 = 90 cm D6 = 120 cm

Número das Estacas

Defl

exõ

es M

áxim

as (

0,0

1m

m)

5626 5627 5628 5629 5630 5631 5632 5633 5634 5635 5636 5637 5638

5639 5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649 5650 5651

5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

Bacias de Deflexões - FWD - Faixa Esquerda

0

20

40

60

80

100

D0 = 0 cm D1 = 20 cm D2 = 30 cm D3 = 45 cm D4 = 60 cm D5 = 90 cm D6 = 120 cm

Número das Estacas

De

fle

es M

áx

ima

s 0

,01m

m

5627 5628 5629 5630 5631 5632 5633 5634 5635 5636 5637 5638 5639

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649 5650 5651 5652

5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

74

Nas Figuras 59, 60 e 61 estão apresentados os resultados das deflexões máximas

medidas no levantamento realizado em setembro de 2011 através do uso do FWD, com

carga padrão de aproximadamente 4 toneladas em ambas as faixas de rolamento.

Pode-se observar na Figura 59, correspondente ao futuro segmento experimental de

mistura morna que os resultados apresentados correspondem a deflexões máximas

realizadas sobre o revestimento antigo e com elevado grau de trincamento. Há variação

bastante significativa ao longo do trecho e, em determinadas estacas essa variação

deflectométrica é superior a 100% em relação a outro ponto do mesmo segmento.

Também pode-se observar que em algumas estacas da faixa da esquerda as deflexões

são maiores que a faixa da direita (faixa de tráfego pesado).

Figura 59: Deflexões máximas no local do futuro segmento experimental de MM –

Revestimento Antigo, set. 2011.

Deflexões Máximas Futuro Trecho Experimental - Mistura Morna

0

20

40

60

80

100

5627 5628 5629 5630 5631 5632 5633 5634 5635 5636 5637 5638 5639

Número das Estacas

De

fle

es M

áx

ima

s 0

,01m

m

Faixa da esquerda Faixa da Direita

75

Figura 60: Deflexões máximas segmento experimental MME – setembro 2011.

Figura 61: Deflexões Máximas segmento experimental – CAP 50/70, set. 2011.

As Figuras 62 a 65 correspondem às deflexões máximas medidas nos meses de

fevereiro e setembro de 2011 em ambas as faixas de rolamento (esquerda e direita) dos

dois primeiros segmentos experimentais. Esses levantamentos foram realizados em

datas diferentes, porém seguem critério de avaliação definido pela equipe da COPPE,

Deflexões Máximas 1º Trecho Experimental - CAP Alto Módulo

0

20

40

60

80

100

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

Número das Estacas

De

fle

o M

áxim

a 0

,01m

m

Faixa da Esquerda Faixa da Direita

Deflexões Máximas 2º Trecho Experimental - CAP 50/70

0

20

40

60

80

100

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

Número das Estacas

De

fle

o M

áxim

a 0

,01m

m

Faixa da Esquerda Faixa da Direita

76

onde os pontos avaliados em datas diferentes têm como referencia a estaca e a trilha de

roda externa ou da direita, já que são duas faixas de tráfego. Esse critério nos permite

aproximar dos levantamentos em várias idades do pavimento, conforme previstos na

pesquisa.

Quanto aos resultados pode-se observar que em determinados pontos as deflexões

aumentaram significativamente entre fevereiro e setembro de 2011. Outros pontos

mantiveram praticamente a mesma ordem de grandeza. Porém em alguns casos

principalmente no segundo segmento experimental na faixa da esquerda e nos dois

segmentos experimentais na faixa da direita observou-se que as deflexões máximas

medidas em fevereiro de 2011 apresentaram valores na sua maioria, superiores aos

valores encontrados no mês de setembro de 2011, aproximadamente 7 (sete) meses após

o primeiro levantamento. Esse fato está relacionado a três situações:

A primeira: o primeiro levantamento realizado correspondeu ao período de

chuvas da região onde estão construídos os segmentos experimentais (Região

serrana do Rio de Janeiro, próximo ao município de Petrópolis – RJ),

influenciando diretamente nos resultados;

A segunda: a temperatura de execução dos levantamentos deflectométricos

serem diferentes, visto que no levantamento de fevereiro de 2011 a temperatura

do Ar era de aproximadamente 33ºC e a temperatura do Pavimento de

aproximadamente 54ºC. Porém no levantamento realizado em setembro de 2011

a temperatura do Ar era de aproximadamente 31ºC e a temperatura do

Pavimento de aproximadamente 46ºC, conforme mostrado nas Tabelas 14 e 15.

A terceira: o próprio envelhecimento do ligante asfáltico, uma vez que o ligante

envelhece e a mistura asfáltica fica mais rígida com o tempo.

Ao final deste relatório será feita a tentativa de correção pela temperatura para ver se

diminuem estas diferenças.

77

Figura 62: Deflexões Máximas 1º Segmento Experimental – MME – Fevereiro e

Setembro de 2011 (Faixa da Esquerda)

Figura 63: Deflexões máximas segmento experimental – CAP 50/70 – Fevereiro e

Setembro de 2011 (Faixa da Esquerda)

Deflexões Máximas 1º Trecho Experimental CAP AM Faixa da Esquerda Realizadas em Fevereiro e

Setembro de 2011 - Respectivamente

0

20

40

60

80

100

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

Número das Estacas

De

fle

es M

áx

ima

s 0

,01m

m

Levantamento Fevereiro 2011 Levantamento Setembro de 2011

Deflexões Máximas 2º Trecho Experimental CAP 50/70 Faixa da Esquerda Realizadas em Fevereiro

e Setembro de 2011 - Respectivamente

0

20

40

60

80

100

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

Número das Estacas

De

fle

o M

áxim

a 0

,01m

m

Levantamento Fevereiro 2011 Levantamento Setembro 2011

78

Figura 64: Deflexões máximas segmento experimental – MME – Fevereiro e Setembro

de 2011 (Faixa da Direita)

Figura 65: Deflexões Máximas Segmento Experimental – CAP 50/70 – Fevereiro e

Setembro de 2011 (Faixa da Direita)

Deflexões Máximas 1º Trecho Experimental CAP AM Faixa da Direita Realizadas em Fevereiro e

Setembro de 2011 - Respectivamente

0

20

40

60

80

100

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

Número das Estacas

De

fle

es M

áx

ima

s 0

,01m

m

Levantamento Fevereiro de 2011 Levantamento Setembro de 2011

Deflexões Máximas 2º Trecho Experimental CAP 50/70 Faixa da Direita Realizadas em Fevereiro e

Setembro de 2011 - Respectivamente

0

20

40

60

80

100

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656 5657 5658 5659

Número de Estacas

De

fle

es M

áx

ima

s 0

,01m

m

Levantamento Fevereiro de 2011 Levantamento Setembro de 2011

79

7.5.Extração de corpos de prova – 06/09/2011

Nesta etapa de levantamento em setembro de 2011 também foram extraídos corpos de

prova nos dois segmentos experimentais para verificação dos parâmetros volumétricos,

módulo de resiliência e resistência à tração, como no primeiro ciclo de avaliação.

A tabela 16 apresenta resultados dos corpos de prova extraídos no trecho experimental

de Módulo Elevado entre as estacas 5639 + 10m até a estaca 5649 + 10m. Pode-se

observar que existe uma coluna de referência que apresenta um número seguido de uma

letra, (C ou B) essa letra C corresponde à camada de Capa ou Rolamento e o B

corresponde à camada de Binder. A tabela 17 apresenta os resultados parciais dos

corpos de prova extraídos no trecho experimental de mistura convencional CAP 50/70,

entre as estacas 5649 +10m até a estaca 5659.

Tabela 16: Resultados parciais dos corpos de prova extraídos em campo – Mistura

Módulo Elevado – setembro de 2011.

DATA:

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa) MR / RT MR / RT

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder Capa Binder

16978 1C 5642 - D 5,24 9,88 2,433 2,494 2,4 8310 1,95 4262

16979 1B 5642 - D 4,78 9,88 2,473 2,489 0,6 7018 1,66 4228

16980 2C 5642 - D 5,20 9,87 2,433 2,494 2,4 9490 TESTEMUNHO

16981 2B 5642 - D 4,95 9,85 2,468 2,489 0,8 7760 TESTEMUNHO

16982 3C 5642 - D 4,98 9,89 2,442 2,494 2,1 10269 2,20 4668

16983 3B 5642 - D 5,12 9,89 2,442 2,489 1,9 7357 1,70 4328

16984 4C 5642 - D 4,95 9,87 2,455 2,494 1,6 9006 2,15 4189

16985 4B 5642 - D 5,05 9,61 2,471 2,489 0,0 8500 1,72 4942

16986 5C 5642 - D 4,94 9,89 2,462 2,494 1,3 9441 2,06 4583

16987 5B 5642 - D 4,51 9,91 2,470 2,489 0,8 10988 1,62 6783

16988 22C 5643 - E 5,06 9,93 2,385 2,494 4,4 10025 2,10 4774

16989 22B 5643 - E 4,04 9,91 2,308 2,489 7,3 7235 1,28 5652

16990 23C 5643 - E 5,20 9,93 2,363 2,494 5,3 10988 2,02 5440

16991 23B 5643 - E 4,89 9,90 2,301 2,489 7,6 7400 1,15 6435

16992 24C 5643 - E 5,10 9,92 2,383 2,494 4,5 9555 TESTEMUNHO

16993 24B 5643 - E 4,96 9,91 2,332 2,489 6,3 2306 TESTEMUNHO

16994 25C 5643 - E 5,24 9,91 2,383 2,494 4,5 10599 1,63 6502

16995 25B 5643 - E 5,03 9,90 2,322 2,489 6,7 7751 1,29 6009

16996 26C 5643 - E 5,01 9,90 2,412 2,494 3,3 10463 2,17 4822

16997 26B 5643 - E 5,05 9,91 2,353 2,489 5,5 6068 1,06 5725

16998 6C 5645 - D 4,92 9,87 2,438 2,494 2,2 10671 1,87 5706

16999 6B 5645 - D 4,86 9,91 2,405 2,489 3,4 8020 1,60 5013

17000 7C 5645 - D 5,04 9,86 2,446 2,494 1,9 8858 1,55 5715

17001 7B 5645 - D 5,11 9,91 2,440 2,489 2,0 7440 1,60 4650

17002 8C 5645 - D 5,10 9,85 2,450 2,494 1,8 8240 1,95 4226

17003 8B 5645 - D 4,71 9,89 2,412 2,489 3,1 10786 1,68 6420

17004 9C 5645 - D 4,96 9,91 2,417 2,494 3,1 9193 2,11 4357

17005 9B 5645 - D 4,26 9,90 2,415 2,489 3,0 8887 1,60

17006 27C 5646 - E 5,08 9,92 2,522 2,494 -1,1 7721 1,94 3980

17007 27B 5646 - E 5,26 9,90 2,369 2,489 4,8 7256 1,60 4535

17008 28C 5646 - E 4,96 9,91 2,379 2,494 4,6 10333 TESTEMUNHO

17009 28B 5646 - E 4,89 9,92 2,361 2,489 5,1 11873 TESTEMUNHO

17010 29C 5646 - E 4,91 9,91 2,377 2,494 4,7 12300 2,03 6059

17011 29B 5646 - E 4,90 9,92 2,339 2,489 6,0 8256 1,13 7306

17012 30C 5646 - E 4,99 9,93 2,380 2,494 4,6 2,11 0

17013 30B 5646 - E 4,79 9,94 2,349 2,489 5,6 10067 1,48 6802

17014 31C 5646 - E 5,03 9,94 2,365 2,494 0,0 11853 1,99 5956

17015 31B 5646 - E 4,90 9,93 2,371 2,489 4,7 11724 1,54 7613

PROJETO: CONCER / COPPE

10552 9835

1,68

1,98 1,204,4

MR (MPa)

2,0 9303 8325

OBS: FIC = FORA DO INTERVALO DE CONFIABILIDADE

OBS: MR (Mpa) R = MÓDULO DE RESILIÊNCIA REPETIDO

2,3

2,09

10326

1,87 #REF!

2,02 1,44

31/07/2011

6152

#REF! 9241 #REF!

VvRT (Mpa)

0,8

6,7

MISTURA MÓDULO ELEVADO

TESTEMUNHO

Nº Lab Referência estaca

ALTURA

MÉDIA

(cm)

Nº DO CORPO DE PROVA

2,6

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm

5,3

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

TESTEMUNHO

80

Tabela 17: Resultados dos corpos de prova extraídos no segmento de mistura

convencional CAP 50/70, setembro de 2011.

7.6.Levantamento de IRI – 06/09/2011

Conforme mencionado, a Irregularidade Longitudinal (IRI) é medida ao longo de uma

linha imaginária, paralelas ao eixo da rodovia e, em geral coincidentes com as regiões

de trilhas de roda, conforme apresentado na Figura 66. O equipamento utilizado nesta

pesquisa é da Petrobras / Cenpes e que consiste em cinco módulos (sensores) de

medição a laser, instalados em determinados pontos estratégicos que possibilitou avaliar

a irregularidade do pavimento ao longo da faixa de rolamento e a verificação do

afundamento de trilha de roda simultaneamente.

A seguir estão apresentados os valores da Irregularidade Longitudinal realizados em

setembro de 2011, tendo inicio na estaca 5626 até a estaca 5659, que corresponde ao

futuro segmento experimental e aos dois segmentos experimentais já construídos. Nas

Figuras 67 e 68 estão apresentados os valores da Irregularidade dos cinco sensores

DATA: 31/07/2012

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa) MR / RT MR / RT

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder Capa Binder

18252 6C 5642 - D 5,75 2,468 2,494 1,0 11200 2,95 3797

18253 6B 5642 - D 4,81 9,82 2,454 2,489 1,4 7859 1,67 4706

18254 7C 5642 - D 5,95 9,87 2,409 2,494 3,4 8889 1,76 5051

18255 7B 5642 - D 5,13 9,82 2,454 2,489 1,4 9047 1,45 6239

18256 8C 5642 - D 5,67 9,76 2,373 2,494 4,9 8098 1,31 6182

18257 8B 5642 - D 5,82 9,78 2,455 2,489 1,4 5761 1,53 3765

18258 9C 5642 - D 3,82 9,73 2,415 2,494 3,2 24419 2,10 11628

18259 9B 5642 - D 3,96 9,77 2,443 2,489 0,0 8640 1,72 5023

18260 10C 5642 - D 6,15 9,76 2,438 2,494 2,2 2,01 0

18261 10B 5642 - D 6,10 9,90 2,455 2,489 1,4 6565 1,39 4723

18308 19C 5643 - E 4,01 9,88 2,364 2,494 5,2 12199 1,98 6161

18309 19B 5643 - E 3,85 9,86 2,318 2,489 6,9 5914 1,08 5476

18310 20C 5643 - E 4,47 9,85 2,377 2,494 4,7 17317 2,01 8615

18311 20B 5643 - E 4,93 9,85 2,302 2,489 7,5 5359 0,81 6616

18312 21C 5643 - E 4,10 9,93 2,345 2,494 6,0 9107 0,76 11983

18313 21B 5643 - E 3,90 9,93 2,295 2,489 7,8 3297 0,53 6221

18314 22C 5643 - E 5,07 9,89 2,351 2,494 5,7 10027 1,56 6428

18315 22B 5643 - E 5,46 9,92 2,281 2,489 8,4 3126 0,64 4884

18316 23C 5643 - E 5,46 9,93 2,362 2,494 5,3 12758 1,43 8922

18317 23B 5643 - E 6,13 9,90 2,302 2,489 7,5 3214 0,71 4527

18262 10C 5645 - D 5,31 9,85 2,463 2,494 1,2 8953 1,64 5459

18263 10B 5645 - D 5,14 9,87 2,416 2,489 2,9 7966 1,55 5139

18264 11C 5645 - D 5,41 9,86 2,462 2,494 1,3 6975 1,75 3986

18265 11B 5645 - D 5,27 9,92 2,436 2,489 2,1 7944 1,43 5555

18266 12C 5645 - D 5,57 9,87 2,473 2,494 0,8 9618 1,65 5829

18267 12B 5645 - D 5,19 9,90 2,420 2,489 2,8 5631 1,28 4399

18268 13C 5645 - D 5,18 9,86 2,454 2,494 1,6 8184 1,76 4650

18269 13B 5645 - D 5,02 9,90 2,403 2,489 3,5 6671 1,50 4447

18318 24C 5646 - E 5,59 9,80 2,371 2,494 4,9 9520 1,78 5348

18319 24B 5646 - E 5,44 9,89 2,274 2,489 8,6 3946 0,73 5405

18320 25C 5646 - E 5,28 9,90 2,362 2,494 5,3 11719 1,81 6475

18321 25B 5646 - E 5,38 9,89 2,280 2,489 8,4 3571 0,79 4520

18322 26C 5646 - E 5,70 9,89 2,335 2,494 6,4 11892 1,66 7164

18323 26B 5646 - E 5,11 9,89 2,275 2,489 8,6 3727 0,60 6212

18324 27C 5646 - E 5,80 9,87 2,389 2,494 4,2 8550 1,90 4500

18325 27B 5646 - E 5,13 9,88 2,255 2,489 9,4 4735 0,88 5381

18326 28C 5646 - E 5,33 9,89 2,391 2,494 0,0 12772 1,80 7096

18327 28B 5646 - E 5,71 9,87 2,250 2,489 9,6 4026 0,78 5162

Nº Lab Referência estaca

ALTURA

MÉDIA

(cm)

Nº DO CORPO DE PROVA

4182

2,8 8433 7053

4,2

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm VvRT (Mpa)

1,1

7,6

8,9

OBS: FIC = FORA DO INTERVALO DE CONFIABILIDADE

OBS: MR (Mpa) R = MÓDULO DE RESILIÊNCIA REPETIDO

1,2

2,03

12282

1,70 1,44

1,79 0,76

MISTURA MÓDULO ELEVADOPROJETO: CONCER / COPPE

10891 4001

1,55

1,55 0,755,4

MR (MPa)

2,9 13152 7574

81

instalados no veículo correspondente ao futuro trecho experimental avaliado sobre o

revestimento antigo. Pode-se observar nestas imagens que os valores de Irregularidade

estão dispersos devido as condições do pavimento.

As Figuras 69 e 70 correspondem aos resultados da Irregularidade realizados no

segmento experimental de Mistura de Módulo Elevado em ambas as faixas de

rolamento. Observa-se que os valores encontrados no levantamento apresentaram certa

homogeneidade exceto em alguns pontos. Pode – se dizer que a Irregularidade média do

segmento de MME é de aproximadamente 2,6 m/km em ambas as faixas de rolamento.

Nas Figuras 71 e 72 estão os resultados da Irregularidade realizados no segmento

experimental de Mistura Convencional CAP 50/70 avaliados em ambas as faixas de

rolamento e apresentaram valores médios de 2,7 m/km na faixa da direita e 2,4 m/km na

faixa da esquerda.

Esses resultados segundo o Manual de Gerencia de Pavimentos (MGP DNIT – IPR,

2011) estabelece que o pavimento que apresente IRI abaixo de 3m/km é considerado em

bom estado quanto ao conforto ao rolamento, conforme mostrado na Tabela 18. Os

valores encontrados nos dois segmentos em setembro de 2011 são considerados BOM.

82

Figura 66: Barra a laser de medida de Irregularidade – IRI, macrotextura e afundamento

de trilha de roda.

Tabela 18: Classificação da Irregularidade Superficial do Pavimento

(MGP DNIT, 2011)

IRREGULARIDADE SUPERFICIAL ESTADO DO PAVIMENTO

IRI < 3 Bom

3 ≤ IRI < 4 Regular

4 ≤ IRI < 5,5 Mau

IRI ≥ 5,5 Péssimo

83

Figura 67: Irregularidade do pavimento antigo no local do futuro segmento MM – Faixa

da direita, setembro 2011.

Figura 68: Irregularidade do pavimento antigo no local do futuro segmento MM – Faixa

da esquerda, setembro 2011.

Valores de Irregularidade - Provável Trecho Experimental - Revestimento Antigo - Faixa da Direita

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5626 5627 5628 5629 5630 5631 5632 5633 5634 5635 5636 5637 5638 5639

Número das Estacas

Irre

gu

lari

dad

e m

/km

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

Valores de Irregularidade - Provável Trecho Experimental - Revestimento antigo - Faixa da

Esquerda

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5626 5627 5628 5629 5630 5631 5632 5633 5634 5635 5636 5637 5638 5639

Número das Estacas

Irre

gu

lari

da

de

m/k

m

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

84

Figura 69: Irregularidade do pavimento do segmento MME – faixa da direita set. 2011

Figura 70: Irregularidade do pavimento do segmento MME - faixa da esquerda set.

2011

Valores de Irregularidade 1º Trecho Experimental - Mistura Alto Módulo - Faixa da Direita

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

Número das Estacas

Irre

gu

lari

da

de

m/k

m

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

Valores de Irregularidade 1º Trecho Experimental - Mistura Alto Módulo - Faixa da Esquerda

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5640 5641 5642 5643 5644 5645 5646 5647 5648 5649

Número das Estacas

Irre

gu

lari

da

de

m/k

m

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

85

Figura 71: Irregularidade do pavimento do segmento convencional – faixa da direita set.

2011

Figura 72: Irregularidade do pavimento do segmento convencional – faixa da esquerda

set. 2011

Valores de Irregularidade 2º Trecho Experimental CAP 50/70 Convencional - Faixa da Direita

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656

Número das Estacas

Irre

gu

lari

da

de

m/k

m

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

Valores de Irregularidade 2º Trecho Experimental - CAP 50/70 Convencional - Faixa da Esquerda

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5650 5651 5652 5653 5654 5655 5656

Número das Estacas

Irre

gu

lari

da

de

m/k

m

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

86

7.7.GRIP TESTER – 06/09/2011

A seguir estão apresentados os valores de atrito obtidos nos dois segmentos

experimentais de Mistura de Alto Módulo e a Mistura Convencional CAP 50/70 e no

revestimento antigo do local do futuro segmento de mistura morna, localizado entre as

estacas 5626 até a estaca 5639 + 10 metros, realizados em setembro de 2011. O

levantamento foi realizado com o equipamento conhecido como GRIP TESTER e

contou com o apoio da Petrobras / Cenpes, conforme Figura 73. O ensaio foi realizado a

uma velocidade de aproximadamente 60km/h segundo as especificações do

equipamento e foram realizadas em ambas as faixas de rolamento.

A Figura 74 apresenta uma visão geral dos valores de atrito em relação ao trecho. Os

valores de atrito obtidos entre as estacas 5625 + 5 metros até a estaca 5639 + 10 metros,

são oriundos de um revestimento antigo que apresenta defeitos tais como: elevado grau

de trincamento, afundamento de trilhas de roda, entre outros. Os valores ainda são

aceitáveis, embora a faixa da direita já esteja se aproximando do limite de segurança na

mistura convencional, mais fina.

Figura 73: Equipamento GRIP TESTER de medida de atrito e microtextura usado nesta

pesquisa

87

Figura 74: Visão geral dos valores de atrito obtidos nos segmentos desta pesquisa com o

Grip tester – set. 2011

8. TERCEIRA AVALIAÇÃO – ABRIL E JULHO DE 2012

A terceira avaliação ocorreu em duas etapas, na primeira etapa foi realizada no dia 13 de

abril de 2012, um dia após a construção do segmento de mistura morna, foram

realizados os levantamentos de IRI, GRIP TESTER e FWD, que contaram com o apoio

do CENPES. Os levantamentos de defeitos e a extração de corpos de prova foram

realizados no dia 04 julho de 2012.

8.1.Levantamento visual (LV) 04/07/2012

O levantamento visual foi realizado no dia 04 de julho de 2012 e seguiu todos os

procedimentos realizados nos levantamentos anteriores, inclusive o mesmo avaliador.

Nas Figuras 75, 76 e 77, estão apresentados os croquis dos defeitos referentes a cada

segmento. Também está apresentada na Figura 78 a legenda com os defeitos

encontrados nesta terceira avaliação.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

56

59

56

59

Va

lore

s d

e A

trit

o

Número das Estacas

Visão Geral dos Valores de Atrito dos Trechos Experimentais

FAIXA DIREITA FAIXA ESQUERDA

Revestimento Antigo Mistura Alto Módulo Mistura Convencional

88

Figura 75: Esquema de Defeitos Encontrados no Segmento Experimental – Mistura Morna em julho de 2012.

F1 F1F1F1F1 F1F1F1 F1

F1F1F1 F1F1F1F1F1F1F1 F1

F1F1F1F1D F1F1F1F1F1F1F1F1F1 F1F1F1F1F1F1F1 F1F1F1F1 TRE

AC

MISTURA ASFÁLTICA MORNA - BR-040 CONCER

AC

5639 +10

TRE

TRI

TRI

5632 5633

TRE

TRI

TRI

TRE

CEN

CEN

CEN

CEN

D

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,6 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,6 METROS TRANSVERSAL

5633 5634 5635 5636 5637 5638

FA

IXA

E

E

D

5626 5627 5628 5629 5630 5631

FA

IXA

89

Figura 76: Esquema de defeitos encontrados no segmento experimental – Mistura Módulo Elevado em julho de 2012.

E F1 F1F1F1F1F1F1F1F1

F1 F1F1F1F1F1F1F1F1 F1F1F1F1F1F1 F1F1 F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

D F1F1F1 F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

F1F1F1 F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

F1F1F1

F1 F1F1F1F1F1 F1F1 F1F1 F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

-10

FA

IXA

MISTURA ASFÁLTICA DE MÓDULO ELEVADO - BR-040 CONCER

AC

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,6 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,6 METROS TRANSVERSAL

FA

IXA

E

TRE

TRI

D

TRI

TRE

5645 5646 5647 5648 5649 +10

CEN

CEN

5645

TRE

CEN

TRI

TRI

CEN

TRE

5640 5641

AC

5642 5643 5644

90

Figura 77: Esquema de defeitos encontrados no segmento experimental Mistura convencional em julho de 2012.

F1F1F1F1F1 F1F1F1

F1F1 F1F1F1F1F1 F1F1F1

F1 F1

F1 F1 F1F1F1

F1 F1F1 F1F1

F1F1F1F1F1 F1 F1 F1F1F1F1F1F1F1 F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

F1F1F1F1F1 F1 F1 F1F1F1F1F1F1F1 F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1F1

AC

SEGREGAÇÃO DA ESTACA 5654 + 4METROS ATÉ A ESTACA 5654 + 10METROS

ESCALA: CADA RETÂNGULO CORRESPONDE A 2 X 1,6 METROS, SENDO 2 METROS LONGITUDINAL E 1,6 METROS TRANSVERSAL

FA

IXA

E

TRE

TRI

D

TRI

TRE

CEN

CEN

AC

5654 5655 5656 5657 5658 5659

FA

IXA

E

TRE

TRI

D

TRI

TRE

CEN

CEN

MISTURA ASFÁLTICA CONVENCIONAL CAP 50/70 - BR 040 CONCER

-10 5650 5651 5652 5653 5654

91

Figura 78– Legenda dos defeitos observados durante o levantamento visual dos

segmentos desta pesquisa.

8.2.Levantamento de afundamento de trilha de roda (ATR)

A seguir estão apresentados os resultados de ATR obtidos na terceira avaliação

realizada no dia 13 de abril de 2012. O levantamento foi realizado de forma contínua em

ambas as faixas de rolamento com sensores a laser do IRI. As Figuras 79 e 80

correspondem ao levantamento de afundamento de trilha de roda na faixa da direita e na

faixa da esquerda, respectivamente. Observa-se que os valores de afundamento

encontrados no levantamento apresentaram afundamentos significativos principalmente

nos segmentos de Módulo Elevado e no de Mistura Convencional CAP 50/70, após

cerca de 18 meses da construção e abertura ao tráfego e está coerente com o nível de

defeitos também apresentado nestes segmentos, especialmente na faixa da direita.

Considere que em rodovias de alto volume de tráfego um ATR igual a 15mm já é

considerado um risco para a segurança, com possibilidade de influenciar na

aquaplanagem caso acumule água.

F1

D

AC

TRINCA TRANSVERSAL CURTA

TRINCA LONGITUDINAL CURTA

DEFEITO CONSTRUTIVO

FISSURAS VISÍVEIS

ACOSTAMENTO REVESTIMENTO ANTIGO

TRINCA LONGITUDINAL LONGA

LEGENDA DOS DEFEITOS

92

Figura 79: Afundamento de trilha de roda dos segmentos asfálticos referentes a faixa da

direita – abril de 2012.

Figura 80: Afundamento de trilha de roda dos segmentos asfálticos referentes a faixa da

esquerda – abril de 2012.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

56

59Afu

nd

am

en

to d

e T

rilh

a d

e R

od

a -

Fa

ixa

da

Dir

eit

a (

mm

)

Número das Estacas

Afundamento Trilha de Roda Esquerda Afundamento Trilha de Roda Direita

Mistura Morna Mistura Alto Módulo Mistura Convencional (Cap 50/70)

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

Afu

nd

am

en

to d

e T

rilh

a d

e R

od

a -

Fa

ixa

da

Es

qu

erd

a (

mm

)

Número das Estacas

Afundamento de Trilha de Roda Esquerda Afundamento de Trilha de Roda Direita

Mistura Morna Mistura Alto Módulo Mistura Convencional (Cap 50/70)

93

8.3.Levantamento de microtextura através do uso do GRIP TESTER– 13/04/2012

A seguir estão apresentados os valores de atrito/ macrotextura com uso do GRIP TEST

nos segmentos experimentais de Mistura Morna, Mistura de Módulo Elevado e Mistura

Convencional CAP 50/70.

A Figura 81 apresenta uma visão geral dos valores de atrito em relação ao trecho. Pode-

se observar que os valores encontrados são heterogêneos principalmente no inicio do

levantamento da faixa da direita do segmento de mistura morna e no segmento

experimental convencional (CAP 50/70). Na faixa da esquerda os resultados

encontrados no segmento de mistura morna também apresentaram pequena dispersão,

bem como no segmento de mistura convencional CAP 50/70.

Figura 81: Resultado Geral da terceira avaliação de atrito / microtextura em abril de

2012.

8.4.Levantamento de macrotextura com sensores a laser utilizados no IRI – 13/04/2012

A seguir estão apresentados os resultados de Macrotextura obtidos nos segmentos

experimentais de Mistura Morna, Mistura de Módulo Elevado e Mistura Convencional

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

MIC

RO

TE

XT

UR

A

Número das Estacas

BR - 040 (faixa direita) BR - 040 (faixa esquerda)

Mistura Morna Mistura Alto MóduloMistura Convencional

(Cap 50/70)

94

CAP 50/70, correspondente ao trecho experimental construído na BR 040. Pode-se

observar na Figura 82 que os resultados de Macrotextura encontrados neste terceiro

levantamento apresentaram valores bem dispersos em relação aos demais levantamentos

realizados em diferentes campanhas.

Figura 82: Resultado Geral da terceira avaliação – Macrotextura com laser – abril de

2012.

8.5.Levantamentos deflectométricos – FWD – 13/04/2012

Os levantamentos deflectométricos foram realizados no dia 13 de abril de 2012, através

do uso do FWD da CENPES em todos os segmentos experimentais e estão apresentados

nas Figuras 83 e 84 correspondentes à faixa da direita e faixa da esquerda,

respectivamente. Nesta ocasião foi utilizada a carga padrão que é de 4.100kg.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

56

59

MA

CR

OT

EX

TU

RA

(m

m)

Número das Estacas

BR - 040 (faixa direita) BR - 040 (faixa esquerda)

Mistura Morna Mistura Alto Módulo Mistura Convencional (Cap 50/70)

95

Figura 83: Levantamento Deflectométrico – FWD – Faixa da Direita - abril de 2012.

Figura 84: Levantamento Deflectométrico – FWD – Faixa da Direita – abril de 2012.

0

20

40

60

80

100

120

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

Mistura Alto Módulo Mistura ConvencionalD

efl

exõ

es

Fa

ixa

da

dir

eit

a (

mm

)Mistura Morna

0

20

40

60

80

100

120

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

Mistura Morna Mistura Alto Módulo Mistura Convencional

Defl

exõ

es

Faix

a d

a e

sq

uerd

a (

mm

)

96

8.6.Resultados dos corpos de prova extraídos em campo – 04/07/2012

Na terceira avaliação foram extraídos corpos de prova nos três segmentos experimentais

e submetidos aos ensaios volumétricos, módulo de resiliência e resistência à tração,

conforme também realizado nos levantamentos anteriores.

A Tabela 19 apresenta os resultados dos corpos de prova extraídos no segmento

experimental de mistura morna, recém - construído. Lembrar que a MM foi feita com

CAP 30/45 o que explica os altos valores de MR e RT. Nesta Tabela estão apresentados

as medidas de altura e diâmetro após a regularização dos mesmos em laboratório,

também a massa especifica aparente (MEA), Volume de Vazios (Vv%), MR e RT

(MPa). A letra B ou C que aparece junto ao número na coluna de referência corresponde

B = camada de Binder e C = camada de Capa. Os vazios ficaram relativamente altos se

comparados com os outros segmentos, é preciso observar que talvez se tenha baixado

muito a temperatura de compactação embora os operadores não percebessem

dificuldade no processo. Nas próximas avaliações deve-se ficar atento a este aspecto.

Nas Tabelas 20 e 21 estão apresentados os resultados dos corpos de prova extraídos nos

segmentos experimentais de módulo elevado e mistura convencional, respectivamente,

correspondente a cerca de 18 meses de construção e tráfego.

97

Tabela 19: Resultados dos corpos de prova extraídos no segmento de mistura morna

CAP 30/45 – julho de 2012.

DATA:

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa) MR / RT MR / RT

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder Capa Binder

18232 1C 5629 - D 5,00 9,91 2,325 2,482 6,3 10263 1,43 7177

18233 1B 5629 - D 5,55 9,92 2,323 2,482 6,4 7924 0,98 8086

18234 2C 5629 - D 5,43 9,93 2,316 2,482 6,7 8732 1,53 5707

18235 2B 5629 - D 5,04 9,93 2,348 2,482 5,4 4036 0,67 6024

18236 3C 5629 - D 5,57 9,83 2,304 2,482 7,2 6854 1,50 4569

18237 3B 5629 - D 4,96 9,86 2,331 2,482 6,1 7857 1,34 5863

18238 4C 5629 - D 5,25 9,85 2,282 2,482 8,1 11038 1,31 8426

18239 4B 5629 - D 4,90 9,89 2,332 2,482 6,0 7893 1,48 5333

18240 5C 5629 - D 4,98 9,84 2,317 2,482 6,6 16729 1,59

18241 5B 5629 - D 5,23 9,88 2,351 2,482 5,3 5340 1,41 3787

18290 1C 5630 - E 5,64 9,87 2,331 2,482 6,1 9162 1,50 6108

18291 1B 5630 - E 6,01 9,86 2,369 2,482 4,6 7242 1,28 5658

18292 2C 5630 - E 5,59 9,88 2,327 2,482 6,2 13692 1,70 8054

18293 2B 5630 - E 5,27 9,80 2,359 2,482 5,0 10646 1,43 7445

18294 3C 5630 - E 6,24 9,89 2,350 2,482 5,3 10557 1,76 5998

18295 3B 5630 - E 5,14 9,87 2,349 2,482 5,4 7824 1,44 5433

18296 4C 5630 - E 6,46 9,87 2,308 2,482 7,0 7992 1,52 5258

18297 4B 5630 - E 5,56 9,87 2,346 2,482 5,5 4540 1,03 4408

18298 5C 5630 - E 5,43 9,87 2,304 2,482 7,2 14491 1,33 10895

18299 5B 5630 - E 5,76 9,87 2,344 2,482 5,6 5888 1,05 5608

18242 1C 5633 - D 5,49 9,82 2,296 2,482 7,5 9105 1,08 8431

18243 1B 5633 - D 5,43 9,80 2,333 2,482 6,0 9037 1,38 6549

18244 2C 5633 - D 5,27 9,82 2,334 2,482 6,0 9216 1,61 5724

18245 2B 5633 - D 5,63 9,80 2,373 2,482 4,4 7683 1,38 5567

18246 3C 5633 - D 5,59 9,78 2,297 2,482 7,5 9623 1,28 7518

18247 3B 5633 - D 5,19 9,80 2,306 2,482 7,1 9114 1,24 7350

18248 4C 5633 - D 3,83 9,84 2,309 2,482 7,0 9337 1,63 5728

18249 4B 5633 - D 4,06 9,81 2,290 2,482 7,7 8973 1,37 6550

18250 5C 5633 - D 5,41 9,83 2,291 2,482 7,7 9611 1,40 6865

18251 5B 5633 - D 5,45 9,82 2,326 2,482 6,3 9636 1,38 6983

18300 1C 5634 - E 6,01 9,80 2,314 2,482 6,8 9144 1,75 5225

18301 1B 5634 - E 5,55 9,80 2,333 2,482 6,0 10675 1,31 8149

18302 2C 5634 - E 5,53 9,87 2,300 2,482 7,3 11906 1,62 7349

18303 2B 5634 - E 5,90 9,87 2,336 2,482 5,9 8480 1,54 5506

18304 3C 5634 - E 6,02 9,86 2,309 2,482 7,0 11564 1,64 7051

18305 3B 5634 - E 5,63 9,87 2,337 2,482 5,8 11353 1,52 7469

18306 4C 5634 - E 5,48 9,88 2,308 2,482 7,0 11644 1,33 8755

18307 4B 5634 - E 5,42 9,91 2,304 2,482 7,2 7405 1,22 6070

1,40 1,35

1,56 1,25

1,59 1,40

6,4 5,2 11179 7228

88525,0

PROJETO: CONCER / COPPE

7583

Nº DO CORPO DE PROVA

Nº Lab Referência estaca

5,6

RT (Mpa)

10723 6610

7,1

31/07/2012MISTURA MORNA CAP 30/45

ALTURA

MÉDIA

(cm)

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm Vv MR (MPa)

6,3 9378

5,87,0

8889

1,47 1,18

98

Tabela 20: Resultados dos corpos de prova extraídos no segmento de mistura módulo

elevado – julho de 2012.

DATA: 31/07/2012

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa) MR / RT MR / RT

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder Capa Binder

18252 6C 5642 - D 5,75 2,468 2,494 1,0 11200 2,95 3797

18253 6B 5642 - D 4,81 9,82 2,454 2,489 1,4 7859 1,67 4706

18254 7C 5642 - D 5,95 9,87 2,409 2,494 3,4 8889 1,76 5051

18255 7B 5642 - D 5,13 9,82 2,454 2,489 1,4 9047 1,45 6239

18256 8C 5642 - D 5,67 9,76 2,373 2,494 4,9 8098 1,31 6182

18257 8B 5642 - D 5,82 9,78 2,455 2,489 1,4 5761 1,53 3765

18258 9C 5642 - D 3,82 9,73 2,415 2,494 3,2 24419 2,10 11628

18259 9B 5642 - D 3,96 9,77 2,443 2,489 0,0 8640 1,72 5023

18260 10C 5642 - D 6,15 9,76 2,438 2,494 2,2 2,01 0

18261 10B 5642 - D 6,10 9,90 2,455 2,489 1,4 6565 1,39 4723

18308 19C 5643 - E 4,01 9,88 2,364 2,494 5,2 12199 1,98 6161

18309 19B 5643 - E 3,85 9,86 2,318 2,489 6,9 5914 1,08 5476

18310 20C 5643 - E 4,47 9,85 2,377 2,494 4,7 17317 2,01 8615

18311 20B 5643 - E 4,93 9,85 2,302 2,489 7,5 5359 0,81 6616

18312 21C 5643 - E 4,10 9,93 2,345 2,494 6,0 9107 0,76 11983

18313 21B 5643 - E 3,90 9,93 2,295 2,489 7,8 3297 0,53 6221

18314 22C 5643 - E 5,07 9,89 2,351 2,494 5,7 10027 1,56 6428

18315 22B 5643 - E 5,46 9,92 2,281 2,489 8,4 3126 0,64 4884

18316 23C 5643 - E 5,46 9,93 2,362 2,494 5,3 12758 1,43 8922

18317 23B 5643 - E 6,13 9,90 2,302 2,489 7,5 3214 0,71 4527

18262 10C 5645 - D 5,31 9,85 2,463 2,494 1,2 8953 1,64 5459

18263 10B 5645 - D 5,14 9,87 2,416 2,489 2,9 7966 1,55 5139

18264 11C 5645 - D 5,41 9,86 2,462 2,494 1,3 6975 1,75 3986

18265 11B 5645 - D 5,27 9,92 2,436 2,489 2,1 7944 1,43 5555

18266 12C 5645 - D 5,57 9,87 2,473 2,494 0,8 9618 1,65 5829

18267 12B 5645 - D 5,19 9,90 2,420 2,489 2,8 5631 1,28 4399

18268 13C 5645 - D 5,18 9,86 2,454 2,494 1,6 8184 1,76 4650

18269 13B 5645 - D 5,02 9,90 2,403 2,489 3,5 6671 1,50 4447

18318 24C 5646 - E 5,59 9,80 2,371 2,494 4,9 9520 1,78 5348

18319 24B 5646 - E 5,44 9,89 2,274 2,489 8,6 3946 0,73 5405

18320 25C 5646 - E 5,28 9,90 2,362 2,494 5,3 11719 1,81 6475

18321 25B 5646 - E 5,38 9,89 2,280 2,489 8,4 3571 0,79 4520

18322 26C 5646 - E 5,70 9,89 2,335 2,494 6,4 11892 1,66 7164

18323 26B 5646 - E 5,11 9,89 2,275 2,489 8,6 3727 0,60 6212

18324 27C 5646 - E 5,80 9,87 2,389 2,494 4,2 8550 1,90 4500

18325 27B 5646 - E 5,13 9,88 2,255 2,489 9,4 4735 0,88 5381

18326 28C 5646 - E 5,33 9,89 2,391 2,494 0,0 12772 1,80 7096

18327 28B 5646 - E 5,71 9,87 2,250 2,489 9,6 4026 0,78 5162

1,55

1,55 0,755,4

MR (MPa)

1,70 1,44

1,79 0,76

MISTURA MÓDULO ELEVADOPROJETO: CONCER / COPPE

10891 4001

2,9 13152 7574

RT (Mpa)

1,1

7,6

8,9

OBS: FIC = FORA DO INTERVALO DE CONFIABILIDADE

OBS: MR (Mpa) R = MÓDULO DE RESILIÊNCIA REPETIDO

1,2

2,03

12282 4182

2,8 8433 7053

4,2

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm VvNº Lab Referência estaca

ALTURA

MÉDIA

(cm)

Nº DO CORPO DE PROVA

99

Tabela 21: Resultados dos corpos de prova extraídos no segmento de mistura

convencional CAP 50/70 – julho de 2012

8.7.Levantamento de IRI – 13/04/2012

O levantamento de irregularidade da superfície do pavimento contou com o apoio do

CENPES, para a realização dos levantamentos. O equipamento foi o mesmo utilizado na

segunda avaliação realizada em setembro de 2011. Nas Figuras 80 e 81 estão

apresentados os resultados obtidos nesta avaliação. O levantamento foi realizado nas

duas faixas de rolamento, conforme critério utilizado também na segunda avaliação.

DATA:

V. Vazios V. Vazios MR (Mpa) MR (Mpa) RT (Mpa) RT (Mpa) MR / RT MR / RT

Capa Capa Binder Capa Binder Capa Binder Capa Binder

18270 1C 5652 - D 5,27 9,87 2,526 2,536 0,4 6973 1,57 4441

18271 1B 5652 - D 5,74 9,86 2,513 2,536 0,9 8178 1,56 5242

18272 2C 5652 - D 5,33 9,90 2,536 2,536 0,0 8116 1,58 5137

18273 2B 5652 - D 5,94 9,85 2,513 2,536 0,9 5819 1,66 3505

18274 3C 5652 - D 5,29 9,86 2,533 2,536 0,1 10013 1,51 6631

18275 3B 5652 - D 5,97 9,87 2,509 2,536 0,0 8431 1,57 5370

18276 4C 5652 - D 5,31 9,87 2,528 2,536 0,3 6279 1,48 4243

18277 4B 5652 - D 6,25 9,87 2,503 2,536 1,3 6951 1,45 4794

18278 5C 5652 - D 7,02 9,88 2,537 2,536 0,0 1,51

18279 5B 5652 - D 6,01 9,88 2,430 2,536 0,0 6636 1,37 4844

18328 29C 5653 - E 5,01 9,88 2,463 2,536 2,9 8088 1,92 4213

18329 29B 5653 - E 5,17 9,90 2,299 2,536 9,3 5494 2,10 2616

18330 30C 5653 - E 5,63 9,87 2,512 2,536 0,9 6916 1,80 3842

18331 30B 5653 - E 4,78 9,90 2,402 2,536 5,3 8633 1,65 5232

18332 31C 5653 - E 4,72 9,86 2,481 2,536 2,2 9720 1,79 5430

18333 31B 5653 - E 5,10 9,87 2,299 2,536 9,3 8629 0,97 8896

18334 32C 5653 - E 4,84 9,90 2,470 2,536 2,6 5940 1,62 3667

18335 32B 5653 - E 5,26 9,87 2,357 2,536 7,1 4836 1,10 4396

18336 33C 5653 - E 4,73 9,82 2,503 2,536 1,3 5605 1,60 3503

18337 33B 5653 - E 4,63 9,90 2,432 2,536 4,1 10716 1,65 6495

18280 14C 5655 - D 5,57 9,88 2,501 2,536 1,4 7379 1,49 4952

18281 14B 5655 - D 5,44 9,88 2,460 2,536 3,0 1,92 0

18282 15C 5655 - D 5,47 9,89 2,498 2,536 1,5 5531 1,48 3737

18283 15B 5655 - D 5,67 9,89 2,508 2,536 1,1 6189 1,38 4485

18284 16C 5655 - D 5,39 9,92 2,483 2,536 2,1 10194 1,65 6178

18285 16B 5655 - D 5,72 9,91 2,479 2,536 2,2 5949 1,49 3993

18286 17C 5655 - D 5,49 9,89 2,500 2,536 1,4 7038 1,66 4240

18287 17B 5655 - D 5,50 9,88 2,513 2,536 0,9 7616 1,35 5641

18288 18C 5655 - D 5,34 9,88 2,499 2,536 1,5 6530 1,51 4325

18289 18B 5655 - D 5,70 9,87 2,498 2,536 1,5 7178 1,45 4950

18338 34C 5655 - E 5,05 9,90 2,506 2,536 1,2 6204 1,61 3853

18339 34B 5655 - E 5,03 9,82 2,270 2,536 10,5 5765 1,18 4886

18340 35C 5655 - E 5,46 9,92 2,491 2,536 1,8 7129 1,66 4295

18341 35B 5655 - E 4,39 9,89 2,355 2,536 7,1 6803 1,53 4446

18342 36C 5655 - E 4,80 9,88 2,504 2,536 1,3 6791 1,62 4192

18343 36B 5655 - E 5,39 9,89 2,352 2,536 7,3 5531 1,10 5028

18344 37C 5655 - E 4,90 9,93 2,503 2,536 1,3 6802 1,55 4388

18345 37B 5655 - E 4,76 9,88 2,285 2,536 9,9 9081 0,89 10203

18346 38C 5655 - E 4,91 9,92 2,506 2,536 1,2 6895 1,52

18347 38B 5655 - E 4,76 9,89 2,280 2,536 10,1 6267 0,95

OBS: MR (Mpa) R = MÓDULO DE RESILIÊNCIA REPETIDO

1,56 1,52

1,75 1,49

1,59 1,13

2,0 7,0 7254 7662

67649,0

PROJETO: CONCER / COPPE

6689

Nº DO CORPO DE PROVA

Nº Lab Referência estaca

1,3

RT (Mpa)

9932 7203

1,6

31/07/2012MISTURA CONVENCIONAL CAP 50/70

ALTURA

MÉDIA

(cm)

DIÂMETRO

MÉDIO

(cm)

MEA Gmm Vv MR (MPa)

1,8 7334

0,60,2

6733

1,53 1,52

100

Figura 85: Resultados da Irregularidade dos Segmentos Experimentais – Faixa da

Direita – abril de 2012.

Figura 86: Resultados da Irregularidade dos Segmentos Experimentais – Faixa da

Esquerda – abril de 2012.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

56

58

56

59

Irre

gu

lari

da

de

-F

aix

a d

a D

ire

ita

m/k

m

Número das Estacas

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

Mistura Morna Mistura Alto Módulo Mistura Convencional (Cap 50/70)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

56

26

56

27

56

28

56

29

56

30

56

31

56

32

56

33

56

34

56

35

56

36

56

37

56

38

56

39

56

40

56

41

56

42

56

43

56

44

56

45

56

46

56

47

56

48

56

49

56

50

56

51

56

52

56

53

56

54

56

55

56

56

56

57

Irre

gu

lari

dad

e -

Faix

a d

a E

sq

uerd

a m

/km

Número das Estacas

IRI SENSOR 1 IRI SENSOR 2 IRI SENSOR 3 IRI SENSOR 4 IRI SENSOR 5

Mistura Morna Mistura Alto Módulo Mistura Convencional (Cap 50/70)

101

9. COMPARAÇÃO DE RESULTADOS – CURVAS DE DESEMPENHO

Neste item serão apresentados os resultados dos parâmetros que foram avaliados

durante os três levantamentos.

Nas Tabelas 22 e 23 estão agrupados os valores médios das avaliações por idade do

revestimento, correspondentes à faixa da direita e da esquerda, respectivamente. A partir

deste banco de dados foram feitas as figuras seguintes que são o início de definição de

curvas de desempenho para cada um dos segmentos deste experimento. Considera-se

que será necessário acompanhar durante ainda alguns anos a evolução destes defeitos

para ajustar convenientemente as curvas finais sem necessidade de extrapolação. Tendo-

se estas curvas de desempenho bem definidas, e fazendo a estatística do tráfego

solicitante, finalmente se terá o ajuste dos fatores campo – laboratório para esta

condição de estrutura, clima e hábitos de carga, que serão definidos a partir do uso do

SisPav, com os valores de módulo de resiliência obtidos ao longo das avaliações.

Nas Figuras 87 e 88 mostram-se valores quantificados da porcentagem de trincamento,

considerado o defeito mais grave, em função do tempo em meses desde a construção,

para a faixa da direita e da esquerda respectivamente, nestas figuras podemos observar

que a porcentagem de área trincada no segmento de mistura convencional CAP 50/70

apresentou a mesma porcentagem de área trincada realizada no levantamento anterior,

esse fato se deu devido ao espelhamento (exsudação) do ligante na superfície do

revestimento. Esse processo de exsudação fez com que as trincas observadas no

levantamento anterior fossem seladas superficialmente, o que não significa que a trinca

foi selada em toda a sua espessura.

Nas Figuras 89 e 90 mostram-se os resultados das avaliações da microtextura em função

do tempo em meses desde a construção, para as faixas da direita e da esquerda,

respectivamente.

Nas Figuras 91 e 92 mostram-se os resultados das avaliações da macrotextura em

função do tempo em meses desde a construção, nas faixas da direita e da esquerda,

respectivamente. Nas Figuras 93 e 94 mostram-se os resultados das avaliações da

102

deflexão em função do tempo em meses desde a construção, nas faixas da direita e da

esquerda, respectivamente. Segundo o Manual da AASHTO (1993), todas as medidas

deflexões (Viga Benkelman ou FWD), devem ser anotadas a temperatura do

revestimento asfáltico no momento da medição. Estes dados são importantes para

posterior correção dos valores deflectométricos pela temperatura a ser feitas pelas

seguintes equações:

a) Para transformação da deflexão a determinada temperatura t (ºC) qualquer em

valor correspondente a temperatura de 20ºC

( ) (a)

onde:

ESP = espessura total de camadas asfálticas em cm.

t = temperatura da medida da deflexão, em ºC.

b) Posteriormente, transformam-se as deflexões a 20ºC em valores correspondentes

a 25ºC, através da equação:

(

) (b)

Desta forma, as Figuras 93 e 94 mostram os resultados das avaliações das deflexões

realizadas em diferentes períodos do ano corrigidas através das equações a e b citadas.

Nas Figuras 95 a 98 mostram-se os resultados das avaliações do ATR em função do

tempo em meses desde a construção, nas faixas da direita e da esquerda,

respectivamente. Nas Figuras 99 e 100 mostram-se os resultados das avaliações de IRI

em função do tempo em meses desde a construção, nas faixas da direita e da esquerda,

respectivamente. À medida que se fizerem novas avaliações será possível definir de

forma mais adequada curva de desempenho destes parâmetros para cada tipo de mistura

testada. Nas Figuras 101 e 102 mostram-se os resultados dos Módulos de Resiliência

médios em função do tempo em meses desde sua construção. Nas Figuras 101 e 102

mostram-se os resultados de Resistência à Tração média em função do tempo em meses

desde sua construção.

103

Tabela 22: Dados consolidados das avaliações realizadas nos segmentos – Faixa direita

Faixa da Direita

Parâmetros Idade MME M. Convencional

M. Morna (médios) (meses)

2 42 34 37

Deflexão (0,01mm) 8 48 37

18 59 46

2 8959 8760 10050

MR (MPa) - Capa 8 11206 9550

18 10792 8633

2 1,86 1,79 1,43

RT (MPa) - Capa 8 1,98 1,79

18 1,86 1,54

2 2,73

IRI (mm) 8 2,56 2,71

18 3,03 2,86

2 2 28 38

Trincas Interligadas (%) 8 73 57

18 98 58

2 1,1 1,15 0,58

Macro textura (mm) 8 0,64 0,47

18 0,76 0,57

2 0,61

Micro textura (mm) 8 0,53 0,53

18 0,48 0,46

2 2,4 3,5 0,28

ATR (roda direita) (mm) 8 0,48 0,49

18 4,34 2,48

2 1,4 1,1 0,01

ATR (roda esquerda) (mm) 8 1,22 2,19

18 1,98 2,26

104

Tabela 23: Dados consolidados das avaliações realizadas nos segmentos – Faixa

Esquerda

Faixa da Esquerda

Parâmetros Idade MME M. Convencional

M. Morna (médios) (meses)

2 35 29 39

Deflexão (0,01mm) 8 50 40

18 53 40

2 6028 9207 10015

MR (MPa) - Capa 8 9113 9394

18 11586 7175

2 1,66 1,64 1,56

RT (MPa) - Capa 8 2 1,65

18 1,67 1,67

2 2,6

IRI (mm) 8 2,64 2,45

18 2,67 3,13

2 0 0 0

Trincas Interligadas (%) 8 0 0,5

18 34 16

2 1,15 0,71 0,61

Macro textura (mm) 8 0,84 0,45

18 0,9 0,69

2 0,74

Micro textura (mm) 8 0,72 0,71

18 0,68 0,67

2 0 0 1,08

ATR (roda direita) (mm) 8 0 0

18 1,39 1,74

2 0,5 1 0

ATR (roda esquerda) (mm) 8 3,52 4,33

18 1,4 0,66

105

Figura 87: Porcentagem de trincamento nos segmentos experimentais nas três

avaliações – faixa da direita

Figura 88: Porcentagem de trincamento nos segmentos experimentais nas três

avaliações – faixa da esquerda

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2 8 18

Are

a T

rin

cad

a (

%)

Idade (meses)

% Trincada

MME M. Convencional M. Morna

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2 8 18

Are

a T

rin

cad

a (

%)

Idade (meses)

% Trincada

MME M. Convencional M. Morna

106

Figura 89: Evolução da microtextura em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais – faixa da direita.

Figura 90: Evolução da microtextura em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais – faixa da esquerda

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

2 8 18

GN

(m

m)

Idade (meses)

Micro Textura

MME M. Convencional M. Morna

0,62

0,64

0,66

0,68

0,7

0,72

0,74

0,76

2 8 18

GN

(m

m)

Idade (meses)

Micro Textura

MME M. Convencional M. Morna

107

Figura 91: Evolução da macrotextura em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais- faixa da direita.

Figura 92: Evolução da macrotextura em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais- faixa da esquerda.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

2 8 18

MT

(m

m)

Idade (meses)

Macro Textura

MME M. Convencional M. Morna

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

2 8 18

MT

(m

m)

Idade (meses)

Macro Textura

MME M. Convencional M. Morna

108

Figura 93: Evolução da deflexão em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais- faixa da direita.

Figura 94: Evolução da deflexão em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais- faixa da esquerda.

0

10

20

30

40

50

60

70

2 8 18

Def

lexã

o (

0,0

1m

m)

Idade (meses)

Deflexões

MME M. Convencional M. Morna

0

10

20

30

40

50

60

70

2 8 18

Def

lexã

o (

0,0

1m

m)

Idade (meses)

Deflexões

MME M. Convencional M. Morna

109

Figura 95: Evolução do ATR esquerda em função do tempo de atuação do tráfego

nos segmentos experimentais - faixa da direita.

Figura 96: Evolução do ATR direita em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da direita.

0

1

2

3

4

5

2 8 18

AT

R (

mm

)

Idade (meses)

ATR roda esquerda

MME M. Convencional M. Morna

0

1

2

3

4

5

2 8 18

AT

R (

mm

)

Idade (meses)

ATR roda direita

MME M. Convencional M. Morna

110

Figura 97: Evolução do ATR esquerda em função do tempo de atuação do tráfego

nos segmentos experimentais - faixa da esquerda.

Figura 98: Evolução do ATR direita em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da esquerda.

0

1

2

3

4

5

2 8 18

AT

R (

mm

)

Idade (meses)

ATR roda esquerda

MME M. Convencional M. Morna

0

1

2

3

4

5

2 8 18

AT

R (

mm

)

Idade (meses)

ATR roda direita

MME M. Convencional M. Morna

111

Figura 99: Evolução do IRI em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da direita.

Figura 100: Evolução do IRI em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da esquerda.

1

2

3

4

5

2 8 18

IRI

(mm

)

Idade (meses)

IRI

MME M. Convencional M. Morna

0

1

2

3

4

5

2 8 18

IRI

(mm

)

Idade (meses)

IRI

MME M. Convencional M. Morna

112

Figura 101: Evolução do MR médio em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da direita.

Figura 102: Evolução do MR médio em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da esquerda.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

2 8 18

Mr

(MP

a)

Idade (meses)

MR

MME M. Convencional M. Morna

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

2 8 18

Mr

(MP

a)

Idade (meses)

MR

MME M. Convencional M. Morna

113

Figura 103: Evolução do RT médio em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da direita.

Figura 104: Evolução do RT médio em função do tempo de atuação do tráfego nos

segmentos experimentais - faixa da esquerda.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2 8 18

Rt

(MP

a)

Idade (meses)

RT

MME M. Convencional M. Morna

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2 8 18

Rt

(MP

a)

Idade (meses)

RT

MME M. Convencional M. Morna

114

Foram realizadas três avaliações nos segmentos experimentais e, em todas as avaliações

foram extraídos corpos de prova para análise em laboratório dos parâmetros

volumétricos, módulo de resiliência e resistência à tração. Na primeira campanha de

avaliação, os corpos de prova, após a realização dos ensaios no laboratório da COPPE,

foram submetidos a ensaios de recuperação do ligante asfáltico, ensaio Abson, em um

laboratório em São Paulo. Na Tabela 24 estão apresentados os resultados da

recuperação do ligante.

O local onde foram extraídos os corpos de prova foi definido no inicio do experimento:

para cada faixa de rolamento seriam extraídos cinco corpos de prova em duas estacas

pré-definidas, nas duas faixas de rolamento de cada segmento experimental, ou seja, dez

corpos de prova por segmento por faixa de rolamento, totalizando vinte corpos de prova

para cada segmento. Considerando que todos os segmentos foram construídos em duas

camadas (Capa e Binder) esse número de corpos de prova dobrou. Estes dados serão

analisados por regressão múltipla para obter explicação sobre as causas dos defeitos.

Tabela 24: Resultados da Recuperação Abson versus MR e RT dos corpos de prova

extraídos na primeira avaliação – fevereiro de 2011.

Também serão feitas curvas de desempenho de múltiplas variáveis, o que ajudará a

entender as correlações entre os fatores. Assim, melhorar a dosagem das misturas, e,

especialmente, os critérios de dimensionamento para garantir maior vida útil para as

MR (MPa) RT (MPa)MISTURA

(% MASSA)

AGREGADO

(% MASSA)135ºC 150ºC 177ºC

- - 4,30 4,50 19 64,5 1816 785 255

- - 5,77 6,13 34 58 1354 618 210

ESTACA 5642 LD - CAPA 16252,16256,16258,16260 9442 2,09 4,68 4,90 26 62 1496 665 211

ESTACA 5642 LD - BINDER 16253,16257,16259,16261 9494 1,68 5,68 6,02 34 57 1173 561 192

ESTACA 5643 LE - CAPA 16262,16264,16268,16270 11327 1,98 4,23 4,42 14 70 2706 1050 306

ESTACA 5643 LE - BINDER 16263,16265,16269,16271 5662 1,2 3,42 3,54 8 74 4825 1648 445

ESTACA 5645 LD - CAPA 16272,16276,16278,16280 8784 1,87 5,16 5,51 24 62,5 1549 690 222

ESTACA 5645 LD - BINDER 16273,16277,16279,16281 8174 1,64 5,66 6,00 38 60 1233 560 192

ESTACA 5646 LE - CAPA 16282,16286,16288,16290 11085 2,02 3,90 4,06 7 82,5 5966 2090 488

ESTACA 5646 LE - BINDER 16283,16287,16289,16291 7513 1,44 5,04 5,31 15 71 3276 1307 385

ESTACA 5652 LD - CAPA 16294,16295,16297,16299,16301 10762 1,78 4,70 4,94 38 55 556 264 91

ESTACA 5652 LD - BINDER 16296,16298,16300,16302 8345 1,51 4,40 4,60 40 55 629 292 98

ESTACA 5653 LE - CAPA 16303,16305,16309,16301 10634 1,66 3,84 4,00 22 58,5 750 339 109

ESTACA 5653 LE - BINDER 16304,16308,16310,16312 9634 1,45 4,36 4,56 21 62 1186 487 164

ESTACA 5655 LD - CAPA 16313,16315,16317,16319 8338 1,8 4,26 4,45 25 57,5 672 308 100

ESTACA 5655 LD - BINDER 16324,16326,16328,16330,16332 9176 1,69 4,34 4,54 73 11 2598 957 308

ESTACA 5655 LE - CAPA 16323,16325,16327,16331 8154 1,63 4,70 4,93 41 54 539 257 89

ESTACA 5655 LE - BINDER 16314,16316,16318,16320 8780 1,28 4,23 4,42 25 56,5 627 293 97

CAP

50/70

AMOSTRAIDENTIFICAÇÃO DOS

CORPOS DE PROVA - COPPE

CA

P

DU

LO

EL

EV

AD

OC

AP

CO

NC

EN

CIO

NA

L 5

0/7

0

CAMINHÃO - 1 TEOR 5,5% USINA

CAMINHÃO - 2 TEOR 5,4% USINA

ENSAIOS

TEOR DE LIGANTEPENETRAÇÃO

(25ºC, 100g, 5s)

PONTO

AMOLECIMENTO ºC

VISCOSIDADE BROOKFIELD cPTIPO DE

LIGANTE

MÉDIA DOS RESULTADOS

MECÂNICOS - LABORATÓRIO

COPPE

115

próximas intervenções de restauração que serão feitas na CONCER ou em qualquer

outra rodovia com o mesmo tipo de estrutura de pavimento.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa foi encerrada oficialmente em agosto de 2012 (Contrato RDT), mas por

interesse da COPPE e anuência da CONCER, as avaliações periódicas continuarão

considerando que as conclusões serão atingidas após cinco anos de acompanhamento

dos segmentos sob o tráfego. Esta pesquisa se insere também no projeto da Rede

Temática de Asfalto (Petrobras/ANP) que objetiva viabilizar um novo método de

dimensionamento de pavimentos asfálticos novos, de caráter mecanístico – empírico,

para o país e seus dados completos serão importantes para se obter o fator campo –

laboratório para este tipo de rodovia.

Os segmentos experimentais estão sendo acompanhados, os primeiros resultados das

duas faixas de tráfego estão apresentados e permitem ver claramente o efeito do tráfego

comercial, mas como dito, pretende-se continuar as avaliações pelo menos até

completar 5 anos ou até que a Concessionária precise refazer o trecho para ter

conclusões definitivas. Percebe-se, como esperado, que a evolução dos defeitos tem sido

maior na faixa da direita (tráfego de caminhões) do que na esquerda. Também está

acontecendo uma evolução rápida dos defeitos nos dois primeiros segmentos tendo em

vista as altas deflexões e os problemas construtivos detectados. O segmento de mistura

morna está muito recente, não se tendo ainda avaliações conclusivas, mas pode-se

afirmar que a massa asfáltica morna mostrou-se adequada para o espalhamento e

compactação em temperaturas mais baixas do que as habituais. Espera-se ao final obter

dados para compor a matriz de segmentos avaliados para gerar o fator - campo

laboratório destes tipos de mistura.

Ressalte-se a importância, para o meio técnico geral de pavimentação, de pesquisas

como esta, viabilizadas com os recursos de RDT provenientes das concessões. É

fundamental que a ANTT continue apoiando a aplicação destes recursos. O fato destes

relatórios também ficarem públicos aumenta o alcance dos benefícios dos resultados

para todos.

116

Agradecimentos: à ANTT, à CONCER, ao CENPES, a todos os técnicos da CONCER

e das empresas participantes da construção dos trechos experimentais, aos controladores

de tráfego, aos técnicos do laboratório de Geotecnia da COPPE e a vários colegas que

contribuíram para as discussões técnicas nos eventos, especialmente nos três Workshop

Desenvolvimento Tecnológico nas Concessões Rodoviárias da ANTT onde foi

apresentado o andamento desta pesquisa.

Encerramos com esta foto panorâmica do trecho experimental da CONCER –

COPPE – um marco deste importante estudo

117

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bernucci, L. et al, 2008 - “Pavimentação Asfáltica – Formação Básica para Engenheiros” Rio de Janeiro:

Petrobras e Abeda.

Budny, J. (2012). Avaliação do Comportamento Mecânico de Misturas Asfálticas Mornas. Dissertação de

Mestrado. COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil.

Cavalcanti, L. S. (2010). Efeito de Alguns Modificadores de Ligante na Vida de Fadiga e Deformação

Permanente de Misturas Asfálticas. Dissertação de Mestrado. COPPE/Universidade Federal do

Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil.

Delorme et al, 1996 - “Asphaltic concrete with high modulus (EME): description use performance” In:

Proceedings of 1st

Eurasphalt & Eurobitume Congress.

Franco, F. A.C. P e Motta, L. M. G. – 2009. “Método Automático de Dimensionamento Mecanístico –

Empírico de Pavimentos Asfálticos” Congresso X CILA, Lisboa - Portugal

Franco, F.A.C.P., 2007 - “Método de Dimensionamento Mecanístico – Empírico de Pavimentos

Asfálticos – SISPA ” Tese DSc. COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Fritzen, M.A. et al, 2009 - “Características Mecânicas de Misturas Asfálticas Preparadas em Usina e

laboratório com Diversos Tempos de Envelhecimento de Curto Prazo” Congresso XV CILA,

Lisboa – Portugal.

Fritzen, M. A.; Motta, L. M. G.; Nascimento, L. A. H. & Chacur, M. (2009). Comportamento de Misturas

Asfálticas Mornas Submetidas a Ensaios Acelerados por Simulador de Tráfego Móvel. In:

Simpósio Internacional de Avaliação de Pavimentos e Projetos de Reforço. Fortaleza, Brasil.

Huang, Y.H. 2003 - “Pavement Analysis and Design. 2. ed. Englewood Cliffs: Prentice-Hall”

Magalhães, S.T., 2004 - “Misturas Asfálticas de Módulo Elevado para Pavimentos de alto Desempenho”

Tese de MSc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Marques, G.L.O., 2004 - “Utilização do Módulo de Resiliência como Critério de Dosagem de Mistura

Asfáltica; Efeito de Compactação por Impacto e iratória” Tese DSc., COPPE/UFRJ, Rio de

Janeiro, RJ, Brasil

Medina, J e Motta, L. M. G. 2005 - “Mecânica dos Pavimentos”. 2ª edição

Motta, L. M. G. 1991 - “Método de Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis Critério de

Confiabilidade e Ensaios de Cargas Repetidas” Tese de DSc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ,

Brasil.

Motta, R. (2011). Estudo de Misturas Asfálticas Mornas em Revestimentos de Pavimentos para Redução

de Emissões de Poluentes e de Consumo Energético. Dissertação de Mestrado. Universidade de

São Paulo. São Paulo, Brasil.

Nascimento, L. A. H., 2008 - “Nova Abordagem da Dosagem de Misturas Asfálticas Densas com Uso do

Compactador Giratório e Foco na Deformação Permanente” COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ,

Brasil.

Nascimento. L.A.H., et al, 2008 - “Misturas Asfálticas Mornas” Revista Pavimentação nº 11 – Setembro

de 2008. ABPv.

Otto, G. G. (2009). Misturas Asfálticas Mornas: Verificação da Fadiga e do Módulo Complexo.

Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Brasil.

Rivoire Jr., L.; Ceratti, J. A. P.; Rohde, L. & Nakahara, S. M. (2011). Produção e Execução de Misturas

Asfálticas em Temperaturas Intermediárias (Asfalto Morno) com Utilização de Zeólitas

Naturais. Warm Mix Asphalt. XVI-CILA, Congresso Ibero-Latinoamericano do Asfalto. Rio de

Janeiro, Brasil.

Rohde, L., Ceratti, J. A. P. & Treichel, D. (2008). Estudo Laboratorial de Misturas Asfálticas “Mornas”.

In: 39ª Reunião Anual de Pavimentação e 13º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária.

Recife, Brasil.

Rhode. L, 2007 - “Estudo de Misturas Asfálticas de Módulo Elevado para Camadas Estruturais de

Pavimentos” Tese DSc., UFR S, Porto Alegre, RS, Brasil

Soares J.B., et al, 2009 - “Aspectos erais de Métodos de Dimensionamento de Pavimentos Asfálticos de

ários Países e a Relação com um Novo Método Brasileiro” Revista Pavimentação nº 14 – Julho/

Agosto de 2009. ABPv.

Tonial, I. A., “Efeito do tempo sobre a temperatura de transporte da massa asfáltica sobre o

envelhecimento do CAP” X I-CILA, Congresso Ibero-Latinoamericano do Asfalto. Rio de

Janeiro, 2011.

118

RELATÓRIO FINAL

Estudo do Tráfego: Avaliação da capacidade de trafego, níveis de serviço e balanços

direcionais na rodovia Washington Luiz – BR-040 – trecho concessionado.

119

ÍNDICE

CAPÍTULO 1

1.1 Objeto de Estudo

1.2 Análise dos Acessos com Contribuições Significativas

1.3 Identificação Esquemática do Trecho Sob Concessão

CAPÍTULO 2

2.1 Introdução

2.2 Objetivo dos Estudos de Capacidade Viária e Níveis de Serviço

2.3 O Problema

2.3.1 Congestionamentos na BR-040

2.3.2 Causas

2.3.3 Consequências

2.4 Dados Disponíveis Para Análise

2.5 Propostas de Intervenção

2.6 Conclusões

CAPÍTULO 3

3.1 Análise do Tráfego na BR-040

3.1.1 Introdução

3.1.2 Relevância

3.1.3 Capacidade

3.1.4 Objetivo Do Estudo

3.2 Avaliação e estimativa dos volumes de tráfego médios e máximos

3.3 Volumes máximos de tráfego

3.4 Contribuições relativas de tráfego

3.5 Variabilidade da demanda

3.6 Volumes médios de tráfego

3.7 Volumes de Serviço Totais de Janeiro a Outubro de 2010

3.8 Análise Dos Volumes Classificados Do Mês De Abril De 2010 – Quintas Feiras

3.8.1 Volumes de Serviço atuais - Abril 2010

3.9 Determinação dos Níveis de Serviço nos Trechos Homogêneos no Entorno das

Praças de Pedágio

120

3.9.1 Determinação do NS no entorno do Km 104 Abril de 2010 – quintas feiras

3.9.2 Determinação do NS no entorno do Km 45 Abril de 2010 – quintas feiras

3.9.3 Determinação do NS no entorno do Km 816 Abril de 2010 – quintas feiras

3.10 Conclusões

CAPÍTULO 4

4.1 Análise do Tráfego Na BR-040

4.1.1 Introdução

4.2 Obtenção da Relação Entre VMD e VPH

4.3 VPH´s dos Segmentos Homogêneos

4.4 Conversão dos VPH´s Bidirecionais em Unidirecionais

4.5 Determinação dos Níveis de Serviço nos Segmentos Homogêneos no Trecho sob

Concessão

4.6 Conclusão

CAPÍTULO 5

5.1 Análise do Tráfego Na BR-040

5.1.1 Introdução

5.2 Obtenção da Relação Entre VMD e VPH

5.3 VPH´s dos Segmentos Homogêneos

5.4 Conversão dos VPH´s Bidirecionais em Unidirecionais

5.4.1 Divisão dos Trechos em Segmentos Homogêneos de Rodovias Multi-

Faixas

5.5 Determinação dos Níveis de Serviço nos Segmentos Homogêneos no Trecho sob

Concessão

5.6 Determinação da 50ª Hora.

5.7 Conclusão

121

Anexos

1 Capacidade Teórica das Vias

2 Níveis de Serviço

3 Rodovias de Múltiplas Faixas

4 Nível de Serviço Para Rodovias Multi-Faixas

5 Planilhas de Dados de Tráfego

5.1 VDM Volume de Tráfego Diário por sentido Janeiro –

Dezembro 2010.xls

5.2 VPH 2010.xlsx

5.3 Janeiro - Dezembro 2010.xlsx

122

CAPÍTULO 1

1.1 Objeto de Estudo

O objetivo da análise de tráfego deste projeto é realizar o diagnóstico das condições de

tráfego na rodovia a partir dos dados, fornecidos pela concessionária, de contagens

classificatórias por segmento e totais.

A BR-040, no trecho concessionado, é a principal ligação entre a região metropolitana

do Rio de Janeiro e a cidade de Juiz de Fora em Minas Gerais. Esta ligação atende

importantes cidades ao longo do seu eixo, destacando-se: Rio de Janeiro, Duque de

Caxias, Comendador Levy Gasparian, Petrópolis, Matias Barbosa, Simão Pereira, Areal,

Três Rios, Juiz de Fora.

Com a extensão aproximada de 180 km. Inicia-se no km 773,5 sentido Rio de Janeiro e

termina no km 125 próximo aos acessos Rio de Janeiro.

Devido ao crescimento da frota de veículos automotores e a mudança de uso e ocupação

do solo as margens da rodovia, ocorreu um aumento da demanda de veículos na via

expressa.

Para que se mantenham as características operacionais previstas no PER são necessários

a determinação dos volumes de serviço e dos respectivos níveis de serviço para a

situação atual e futura. Para tanto são necessárias medidas técnicas que forneçam

visibilidade das condições de volumes nos respectivos segmentos, obtidos através da

análise de dados de tráfego e dos respectivos histogramas com a caracterização dos

horários de pico em ambas as direções.

Capacidade De Escoamento De Tráfego

Capacidade de uma via (rua ou estrada) é o número máximo de veículos que pode

passar por uma determinada seção, em uma direção ou ambas, durante a unidade de

tempo, nas condições normais de tráfego e da via. A capacidade nunca poderá ser

excedida sem que se modifiquem as condições da via considerada.

123

A capacidade de uma via depende de quanto às condições físicas e de tráfego,

prevalecentes na referida via distanciam-se das condições consideradas ideais. Para

efeito de análise, definem-se como condições ideais:

Condições Físicas Ideais (AASHTO)

Largura da faixa de tráfego maior ou igual a 3,60 metros;

Existência de acostamento e que tenha uma distância lateral livre de 1,80 m, sem

qualquer obstáculo que reduza a visibilidade;

Existência de canteiro central (separador);

Altura livre mínima sobre a via de 5,50 m (gabarito vertical);

Existência de faixas especiais de aceleração, desaceleração e de retorno nos

cruzamentos;

Pavimento em boas condições de uso;

Rampa máxima de 2%;

Existência de distância de visibilidade igual ou superior a 450 m.

Condições de Tráfego Ideais

Tráfego composto exclusivamente de veículos de passeio;

Existência de controle total de acesso;

Fluxo contínuo, livre de interferências laterais de veículos e pedestres.

A Capacidade de uma via foi definida anteriormente para condições ideais. Diversos

estudos chegaram a fatores de correção que restringem a capacidade de uma via quando

não atendidas, especificamente, cada uma das condições consideradas ideais (HCM,

2000).

124

1.2 Análise dos Acessos com Contribuições Significativas

Foram identificados os principais acessos desde o Km 773,5 – Início do trecho sob

concessão - ao Km 125,2 – Final do trecho sob concessão – Acesso à rodovia BR – 040.

Os trechos a analisados foram divididos em segmentos homogêneos, como definidos

posteriormente, mas, considerando-se principalmente:

- Complexidade do sistema viário;

- Contribuição do tráfego.

1.2 Identificação Esquemática do Trecho sob Concessão

A partir de dados fornecidos pela CONCER foi possível o reconhecimento do trecho

concessionado e a identificação da complexidade do sistema viário e da contribuição de

seus segmentos homogêneos:

Complexidade do sistema viário 1: balanço de tráfego entre acessos: Km 125,2 –

Final do trecho sob concessão até o Km 108,7 – Passarela São Marcos;

Complexidade do sistema viário 2: Km 108,7 – Passarela São Marcos – Km

104,4 – Praça do Pedágio;

Contribuição 1 sentido Juiz de Fora: Km 104,4 – Praça do Pedágio – Km 82 –

Petrópolis;

Complexidade do sistema viário 3: Km 82 – Petrópolis – Km 73,5 - Viaduto

Santa Rita;

Contribuição 2 sentido Juiz de Fora: Km 73,5 – Km 45,7 – Praça do Pedágio;

Trecho homogêneo 2: Km 45,7 – Praça do Pedágio – Km 22,5 – Acesso Além

Paraíba;

Contribuição 3 sentido Juiz de Fora: Km 22,5 – Acesso Além Paraíba – Km 7,4 –

Acesso Levy Gasparian;

Trecho homogêneo 3: Km 7,4 – Acesso Levy Gasparian – Km 816,7 – Praça do

Pedágio;

125

Contribuição 4 sentido Juiz de Fora: Km 816,7 – Praça do Pedágio – Km 784,2 –

Acesso Juiz de Fora;

Complexidade do sistema viário 4: Acesso Juiz de Fora – Km 773,5 – Início do

trecho sob concessão.

CAPÍTULO 2

2.1 Introdução

Esta etapa do projeto compreendeu a apresentação da metodologia de tratamento dos

dados possibilitando a análise, diagnóstico e, levantamento das condições de tráfego e

pedagiamento da BR-040, com a finalidade de indicar a necessidade de

complementação dos dispositivos operacionais de contagem na rodovia e do nível de

adequação das praças de pedágio, visando uma contribuição mais equitativa dos

usuários da via, na relação de pagantes, não pagantes.

2.2 Objetivo dos Estudos de Capacidade Viária e Níveis de Serviço

O objetivo principal dos estudos de capacidade viária e dos níveis de serviço na

rodovia é levantar as causas das retenções, identificar um conjunto de possíveis

medidas físicas e operacionais para diminuir e, se possível, eliminar as retenções,

atendendo às necessidades de todos os usuários atuais, levantar trechos de fuga de

pedágio, locais que demandam a implantação de dispositivos de contagem (laços,

câmeras, etc.), recomendar projetos funcionais para obras consideradas necessárias e

recomendar medidas operacionais.

A abrangência geográfica dos estudos se restringiu apenas ao trecho concessionado,

nos dois sentidos da BR-040.

126

2.3 O Problema

2.3.1 Congestionamento na BR-040

Os usuários da Concer encontram retenções do fluxo veicular nos períodos de pico dos

dias úteis, chegando à parada total do fluxo em determinados dias de semana, trechos,

sentidos e horários.

A situação tende a piorar, com o crescimento geral da Região Metropolitana do Rio de

Janeiro e, especialmente, com o crescimento acelerado e contínuo das áreas urbanas de

alto poder aquisitivo, nas regiões servidas diretamente pela Concer. Atualmente, boa

parcela dos usuários da Concer percorre trajetos que não incluem passagem pelas praças

do pedágio, de curta, média e até longa distância.

2.3.2 Causas

Capacidade da BR-040

A rodovia BR-040 tem segmentos diferenciados por número de faixas por pista, mas em

geral possui duas faixas contínuas de tráfego por sentido.

Em condições ideais de fluxo livre e interrupta, uma faixa de rodovia de 3,6m de

largura, reta e plana, com faixas de segurança de largura adequadas, comporta um fluxo

máximo de cerca de 2.000vph – veículos por hora HCM (TRB, 2000).

Assim, a capacidade básica limitante de uma rodovia deste perfil seria 4.000 vph por

pista, embora apresente capacidade maior nos trechos, em geral curtos, entre um acesso

e aproxima saída.

Porém a BR-040 apresenta várias características que tem o efeito de reduzir esta

capacidade básica:

Faixas de tráfego mais estreitas, com largura média de 3,50m;

Trechos em curva, alguns com raio fechado, em subida e descida de serra;

127

Trechos em aclive/declive, em alguns casos com greide íngreme o suficiente

para resultar em redução significativa da velocidade de veículos pesados, o que

por sua vez reduz a capacidade da via para veículos leves;

Volumes muito grandes de veículos entrelaçando ao longo dos trechos entre

acessos e saídas, principalmente na pista de subida de serra.

Assim, a capacidade máxima da via em cada sentido, para condições razoáveis de fluxo

e velocidade, se encontra consideravelmente abaixo do limite máximo de 4.000vph para

2 faixas de tráfego, provavelmente não ultrapassando 3.000vph.

Na prática, em alguns trechos nas horas de pico, o fluxo potencial ainda fica

adicionalmente reduzido devido a retenções ao longo de algumas saídas da pista da via,

gerando caudas que se estendem dentro da pista.

Na Tabela 1, apresentada a seguir, constam os resultados dos levantamentos das

características físicas da rodovia BR-040, onde são apresentados: o número de faixas de

tráfego, largura das faixas e a inclinação do greide de pavimentação, nos segmentos e

nos acessos.

128

Tabela 1 – Segmentos homogêneos Nº de faixas

Local de inicio do

segmento

Local de fim do

segmento

Km

inicial

Km

final

Extensão

(km)

Nº Faixas

por

sentido

ENTRADA ANTIGA

UNIÃO E INDÚSTRIA

(B. TRIUNFO)

ENTRADA BR-

267(A)

773,5 781,3 7,8 02

ENTR BR-267(A) ENTRADA JUIZ DE

FORA

781,3 799 17,7 02

ENTRADA JUIZ DE

FORA

ENTRADA BR-393

(A) (TRÊS RIOS)

799 21,7 51,4 02

ENTRADA BR-393 (A)

(TRÊS RIOS)

ENTRADA BR-393

(B) (TREVO

MOURA BRASIL)

21,7 22,5 0,8 02

ENTR BR-393(B)

(TREVO MOURA

BRASIL)

ENTRADA BR-

492(A) (TREVO P/

AREAL)

22,5 39,0 16,5 02

ENTR BR-492(A)

(TREVO PARA

AREAL)

ENTRADA BR-492

(B) (PEDRO DO

RIO)

39,0 51,7 12,7 02

ENTR BR-492(B)

(PEDRO DO RIO)

ACESSO BR-495

(ITAIPAVA)

51,7 58,0 6,3 02

ACESSO BR-495

(ITAIPAVA)

TREVO P/

PETRÓPOLIS

(BONSUCESSO)

58,0 62,5 4,5 02

TREVO P/

PETRÓPOLIS

(BONSUCESSO)

ACESSO BINGEN 62,5 82,9 20,4 02

ACESSO BINGEN ACESSO XERÉM 82,9 102,1 19,2 02

ACESSO XERÉM ENTR BR-

116(A)/493/RJ-109

102,1 108,8 6,7 02

*ENTR BR-

116(A)/493/RJ-109

REDUC 108,8 114,0 5,2 03

*REDUC ENTR RJ-103 114,0 117,0 3,0 04

*ENTR RJ-103 ENTR RJ-071/081

(LINHA

VERMELHA)

117,0 124,0 7,0 03

*ENTR RJ-071/081

(LINHA VERMELHA)

ENTR BR-

116(B)/101(A)

(TREVO DAS

MISSÕES)

124,0 125,2 1,2 02

129

* Existência de pista marginal, em ambos os sentidos, com duas faixas de rolamento.

Fonte: Pesquisa CONCER 2010.

Excesso de demanda sobre oferta durante os períodos de pico

Nas contagens de veículos nas horas de pico, (ver anexo Contagem Volumétrica), são

observados fluxos de veículos superiores a 4.000 por sentido.

Nas Tabelas elaboradas nas seções seguintes são apresentados os resultados das

contagens e os volumes de entrada e saída de cada acesso e trechos e, os resultados

processados das relações de volume sobre capacidade e consequente Nível de Serviço

dos segmentos e acessos de entrada e saída.

Crescimento Urbano Acelerado na Área de Influencia da BR-040

A área de influência da BR-040 apresenta ritmo de grande crescimento, com

empreendimentos residenciais, comerciais, esportivos e outros em construção e a

construir, todos grandes polos geradores de viagens motorizadas. Como a BR-040, na

sua parte concessionada, funciona como eixo principal, ligando Rio de Janeiro a Juiz de

Fora, com grandes centros de emprego e renda, a tendência é de crescimento contínuo

da demanda.

2.3.3 Consequências

Distribuição não equitativa de pagamento de pedágio entre usuários da BR-040

Os usuários da BR-040 são divididos em:

- Pagantes: com percursos que passam pelos pedágios; ou

- Não Pagantes: com percursos que não passam pelo pedágio.

O total médio dos veículos que utilizam a BR-040 durante as horas pico da manhã e da

tarde dos dias úteis, somente uma parcela é pagante, enquanto que a maioria é de não

pagante. Em princípio isto representa uma situação perversa para uma rodovia

pedagiada, para qual, na situação ideal, as despesas com operação, manutenção e

130

conservação deveriam ser divididas equitativamente entre os usuários, proporcional ao

peso do veículo e à distância percorrida na via. Atualmente muito poucos usuários

contribuem às despesas de operação e manutenção da rodovia. Dos que contribuem, o

pedágio pago é proporcional ao peso do veículo, mas não há diferenciação de pedágio

entre veículos percorrendo curtos, médios ou longos trechos na rodovia.

Perda de qualidade de serviço oferecido aos usuários

O congestionamento durante os períodos de pico implica em uma perda de qualidade de

serviço oferecido pela rodovia aos usuários. As principais perdas são:

(i) Perda de tempo, mensurável pela diferença entre os tempos de percurso com e sem

o congestionamento;

(ii) Aumento do custo de viagem, mensurável principalmente pela diferença de

consumo de combustível para percursos com e sem congestionamento.

2.4 Dados Disponíveis Para Análise

Foram fornecidos pela Concessionária Concer os seguintes dados que em seguida foram

processados e analisados de acordo com a metodologia proposta:

o Segmentação do trecho homogêneo com VDM;

o Número de faixas por segmento;

o VDM mensal por praça e sentido;

o Unifilar da Rodovia (PDF,DWG);

o Volume diário por categoria (Janeiro a Outubro) por praça e sentido;

o VPH (Janeiro a Outubro) por praça e sentido;

o Categorização da Concessionária.

131

2.5 Propostas de Intervenções

Conceituação Geral – Soluções-tipo

O problema dos congestionamentos da BR-040 pode ser resolvido por meio de

intervenções físicas e operacionais visando:

(i) Aumento de capacidade (oferta) em determinados trechos da BR-040 e das vias

de acesso e/ou saída;

(ii) Criação ou alteração de praças de pedágio tornando a cobrança mais equitativa

entre os usuários da via.

A seguir apresenta-se a relação dos tipos de intervenção considerados que poderiam

contribuir para esses objetivos, individualmente ou em combinações, e que compõem o

conjunto de propostas, apresentado em seguida.

(i) Aumento da capacidade:

Alargamento da pista em alguns trechos da rodovia;

Via(s) elevada(s) sobre alguns alinhamentos existentes da BR-040;

(ii) Criação de rotas alternativas para Redução / Desvio da Demanda:

Melhorias operacional-geométricas em vias alternativas à BR-040;

2.6 Conclusões

Neste capítulo foram levantadas hipóteses e feitos diagnósticos com o objetivo de

melhorar as condições operacionais da BR-040 no trecho concessionado.

Nos próximos capítulos será aplicada a metodologia para levantar as condições físicas e

operacionais da rodovia, determinar a capacidade, volume de serviço e nível de serviço

dos segmentos tipos e seus acessos, eliminar ou minimizar as retenções de tráfego que

ocorrem ao longo da BR-040, mantendo ou melhorando as condições de tráfego para

132

todos os usuários e ainda criando a possibilidade de deslocamento de tráfego

ininterrupto na BR-040. As hipóteses que foram lançadas para este estudo foram:

É possível atingir plenamente o objetivo mediante a implantação de uma série de

obras e melhorias e dispositivos de operação. Algumas dessas intervenções são

localizadas dentro da área existente da BR-040, visando aumentar sua capacidade.

Outras são localizadas fora da área da via, visando principalmente o desvio de parte do

tráfego atual BR-040 para outros trajetos.

As retenções de tráfego na BR-040 se devem ao excesso de demanda sobre a capacidade

das pistas. As retenções podem ser eliminadas ou minimizadas mediante a implantação

de um conjunto de obras, algumas visando aumento da capacidade da via. Outro

conjunto indicando a necessidade de deslocamento e/ou implantação de novas praças de

pedágio através da identificação das áreas de fuga de pedágio.

As obras de aumento de capacidade incluem trechos de alargamento de pista e de

viadutos, trechos de construção de vias marginais, e trechos de construção de via

elevada.

As obras de desvio de demanda visam principalmente:

(i) A criação de uma transposição alternativa de alguns segmentos da rodovia

por elevação de nível.

(ii) Criação ou deslocamento de praças de pedágio.

(iii) Implantação de dispositivos de contagem volumétrica.

Os custos estimados para a execução da totalidade das obras podem ser elevados. Para

tanto uma hierarquização é necessária, de acordo com os impactos socioeconômicos e

criticidade, porém, são independentes entre si, podendo ter suas implantações realizadas

gradativamente de acordo com prioridades pretendidas, permitindo uma melhor

distribuição dos recursos a serem disponibilizados.

133

CAPÍTULO 3

3.1. Análise do Tráfego na BR-040

3.1.1 Introdução

Nesta etapa do projeto aplica-se a metodologia de análise dos dados e, diagnóstico das

condições de tráfego da BR-040, com base nos volumes de tráfego nas imediações dos

postos de pedágio, fornecidos pela concessionária, com a finalidade de indicar a

necessidade de complementação da coleta de dados por meio de contagens

classificatórias que viabilizem a indicação de complementação dos dispositivos

operacionais de contagem na rodovia e, do nível de adequação das praças de pedágio,

permitindo ainda a determinação dos níveis de serviço dos segmentos homogêneos,

contribuindo para a adequação dos níveis de serviços aos volumes futuros, não

contemplados neste estudo e, a uma contribuição mais equitativa dos usuários da via, na

relação de pagantes, não pagantes.

3.1.2 Relevância

Para que se mantenham as características operacionais previstas no PER são necessários

a determinação dos volumes de serviço e dos respectivos níveis de serviço. Para tanto

são necessárias medidas técnicas que forneçam visibilidade das condições de volumes

nos respectivos segmentos, obtidos através da análise de dados de tráfego e dos

respectivos histogramas com a caracterização dos horários de pico em ambas as

direções.

3.1.3 Capacidade

Capacidade de uma via (rua ou estrada) é o número máximo de veículos que pode

passar por uma determinada seção, em uma direção ou ambas, durante a unidade de

tempo, nas condições normais de tráfego e da via. A capacidade nunca poderá ser

excedida sem que se modifiquem as condições da via considerada.

A capacidade de uma via depende de quanto às condições físicas e de tráfego,

prevalecentes na referida via distanciam-se das condições consideradas ideais. Para

efeito de análise, definem-se como condições ideais:

134

Condições Físicas

Largura da faixa de tráfego maior ou igual a 3,60 metros;

Existência de acostamento e que tenha uma distância lateral livre de 1,80 m, sem

qualquer obstáculo que reduza a visibilidade;

Existência de canteiro central (separador);

Altura livre mínima sobre a via de 5,50 m (gabarito vertical);

Existência de faixas especiais de aceleração, desaceleração e de retorno nos

cruzamentos;

Pavimento em boas condições de uso;

Rampa máxima de 2%;

Existência de distância de visibilidade igual ou superior a 450 m.

Condições de Tráfego

Tráfego composto exclusivamente de veículos de passeio;

Existência de controle total de acesso;

Fluxo contínuo, livre de interferências laterais de veículos e pedestres.

A Capacidade de uma via foi definida anteriormente para condições ideais. Diversos

estudos chegaram a fatores de correção que restringem a capacidade de uma via quando

não atendidas, especificamente, cada uma das condições consideradas ideais.

3.1.4 Objetivo do Estudo

O objetivo do presente estudo de tráfego é levantar as causas das retenções,

identificar um conjunto de possíveis medidas físicas e operacionais para diminuir e,

se possível, eliminar as retenções, atendendo às necessidades de todos os usuários

atuais, levantar trechos de fuga de pedágio, locais que demandam a implantação de

dispositivos de contagem (laços, câmeras, etc.), recomendar projetos funcionais para

obras consideradas necessárias e recomendar medidas operacionais.

135

A abrangência geográfica dos estudos se restringiu apenas ao trecho concessionado,

nos dois sentidos da BR-040.

O presente estudo determina os níveis de serviço da rodovia nos trechos adjacentes

às praças de pedágio e, a partir dos resultados, recomendar contagens classificatórias

nas horas de pico nos segmentos homogêneos em ambas as direções.

Foram analisados os dados de tráfego fornecidos pela concessionária e, aplicada a

metodologia proposta pelo HCM 2000 para a determinação dos níveis de serviço nos

segmentos adjacentes às praças de pedágio.

3.2 Avaliação e estimativa dos volumes de tráfego médios e máximos

Nas contagens de veículos analisadas foram utilizados os dados fornecidos pela

concessionária relativos aos volumes médios diários totais não classificados, passantes

nas praças de pedágios, em ambas as direções, entre os meses de Janeiro a Outubro de

2010.

Na tabela 2, foram computados os dados e, obtidas as estatísticas contendo valores do

VMD normalizados pelo volume médio de tráfego.

136

Tabela 2 – Valores do VMD normalizados pelo volume médio de tráfego

Volume Diário Médio

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km

816

jan/10 1,06 1,19 1,17 1,01 1,09 1,07

fev/10 0,97 0,99 1,00 0,96 0,97 0,98

mar/10 0,97 0,91 0,93 0,98 0,93 0,94

abr/10 0,97 0,99 1,00 0,96 0,97 0,98

mai/10 0,97 0,91 0,93 0,98 0,93 0,94

jun/10 0,99 0,92 0,92 0,99 0,94 0,93

jul/10 1,04 1,04 1,05 1,06 1,04 1,05

ago/10 0,97 0,97 0,96 0,99 1,00 0,98

set/10 1,02 1,01 1,00 1,03 1,03 1,01

out/10 1,05 1,04 1,04 1,04 1,05 1,09

3.2 Volumes máximos de tráfego

Observa-se na tabela 2 que os meses de Janeiro, Julho e Outubro de 2010 apresentaram

volumes máximos de tráfego, com exceção para a praça de pedágio no km 104, sentido

RJ que no mês de Janeiro apresentou volume dentro da média.

Pode-se inferir que Outubro é um mês próximo final do ano e apresenta características

de veraneio e de economia acelerada devido às provisões de final de ano, sendo

esperados volumes de tráfego significativos.

Os meses Janeiro e Julho encontram-se em períodos de férias, apresentando grande

demanda em relação às suas médias. As maiores variações, no entanto, encontram-se no

mês de Janeiro, onde a maior parte da população tira férias anuais e apresenta maior

mobilidade, observando-se valores extremos máximos nos km 45 e, no km 816, sentido

Juiz de Fora, com respectivamente 19% e 17% acima das suas médias.

137

3.4 Contribuições relativas de tráfego

Os dados da tabela 3 fornecem os percentuais normalizados dos volumes de tráfego no

período considerado.

Tabela 3 - Contribuição Relativa de Tráfego de Janeiro a Outubro de 2010

Jan.-Out./2010 JF RJ

Km

104

Km

45

Km 816 Km

104

Km

45

Km 816

1,00 0,28 0,11 0,12 0,28 0,11 0,11

Observa-se um tráfego direcional relativo balanceado em ambos os sentidos da rodovia,

em todas as praças de pedágio, ao longo do período considerado, Janeiro à Outubro de

2010. A praça de pedágio do km 104 apresenta uma contribuição de 56% do volume

total do tráfego, seguida pela praça do km 816 com 23% e da praça do km 45 com

contribuição de 22%.

3.5 Variabilidade da demanda

Observando a tabela 3 nota-se que na praça do km 104, que apresenta maior

contribuição total, 56%, verifica-se uma menor variabilidade da demanda relativa no

mês de maior demanda, Janeiro de 2010, sendo esta de 6% e 1% respectivamente aos

sentidos JF e RJ. Esta tendência permaneceu para os outros meses de maior demanda,

Julho e Outubro de 2010 com respectivamente 4% e 6% em Julho e 5% e 4% em

Outubro.

Nas praças do km 45 e km 816 foram observadas as maiores variações da demanda no

mês de Janeiro, no sentido JF, 19% e 17% em reação às suas médias e, 9% e 7% no

sentido RJ, respectivamente e, em relação às suas médias.

Conclui-se preliminarmente que os efeitos sazonais são mais notados nas praças dos km

45 e 816 no mês de janeiro, porém, devido à grande contribuição da praça do km 104,

um aumento relativamente menor da variação pode causar um maior impacto no sistema

138

viário, o que pode indicar a necessidade de verificação do nível de serviço na área de

influência desta praça neste período.

3.6 Volumes médios de tráfego

Na tabela 5 observa-se uma tendência nas praças de pedágio à ocorrência de valores

médios relativos de tráfego próximos aos valores médios relativos de tráfego

normalizados nos meses de Abril, Junho, Agosto e Setembro. Esta conclusão indica os

meses de Abril e/ou Setembro como sendo adequados para se efetuarem contagens

volumétricas classificadas para a determinação dos níveis de serviço médios nos

segmentos homogêneos da rodovia.

No Brasil o DNIT sugere a adoção da 50º. Hora para a escolha do Volume Horário de

Projeto. O valor de 8,5% do VMD, em UCP tem sido adotado em projetos para rodovias

rurais de forma preliminar na determinação do volume de pico de projeto VHPp (DNER

706/20-1999).

3.7 Volumes de Serviço Totais de Janeiro a Outubro de 2010

A partir da análise dos dados fornecidos pela concessionária relativos aos volumes de

tráfego diários, por sentido, classificados nas praças de pedágio nos meses de Janeiro a

Outubro de 2010 foram convertidos os volumes classificados em unidades de carros de

passeio (UCP), conforme o HCM 2000 e estimados os níveis de serviço no entorno das

praças de pedágio.

Na tabela 4 foram tabulados os dados dos km 45, 104 e 816 (praças de pedágio) dos

volumes dos veículos das categorias 1 a 9, de todos os dias de todos os meses de 2010.

Nesta análise preliminar foram multiplicadas as categorias de 2 a 8 por 2 para obter os

valores em UCP. Foi desconsiderada a categoria 9 na estimativa dos níveis de serviço

por não serem significativas na conversão em UCP.

139

Tabela 4 – Valores preliminares dos volumes de tráfego em UCP

JF RJ Mês/Ano

Km

104

Km

45

Km

816

Km

104

Km 45 Km

816

VHP 1.345 604 648 1.288 571 587 jan/10

1.252 537 581 1.257 549 567 fev/10

1.243 486 539 1.251 511 532 mar/10

1.254 521 579 1.235 523 554 abr/10

1.255 487 557 1.268 508 551 mai/10

1.272 495 543 1.278 511 534 jun/10

1.337 549 606 1.361 562 595 jul/10

1.295 522 569 1.326 549 568 ago/10

1.325 540 585 1.342 561 579 set/10

1.349 552 595 1.337 568 586 out/10

Figura 1 - Tarifas vigentes

3.8 Análise dos Volumes Classificados do Mês de Abril de 2010 – Quintas Feiras 1

(exceto feriados e dias próximos)

3.8.1 Volumes de Serviço atuais - Abril 2010

A partir da análise dos dados fornecidos pela concessionária relativos aos volumes de

tráfego diários, por sentido, classificados nas praças de pedágio no mês de Abril de

140

2010 foram convertidos os volumes classificados em unidades de carros de passeio

(UCP) e estimados os níveis de serviço no entorno das praças de pedágio.

Foram analisados os dados nos km 45, 104 e 816 (praças de pedágio) dos volumes dos

veículos das categorias 1 a 9. Nesta análise preliminar foram multiplicadas as categorias

de 2 a 8 pelo respectivo fator (HCM) para obter os valores em UCP. Foi desconsiderada

a categoria 9 por não ser significativa neste estudo de VHP.

Tabela 5 – VHP no trecho homogêneo do Posto de pedágio Km 104 Abril de 2010–

quintas feiras1

DIA

SENTIDO

VMD - JF VMD -RJ

TOTAL CAT

1

CAT 2

- CAT

8 UCP(2) TOTAL CAT 1

CAT 2 -

CAT 8 UCP(2) TOTAL

1 17941 2869 5738 23679 13006 2574 5148 18154

8 8156 2718 5436 13592 7858 2641 5282 13140

15 9688 2897 5794 15482 9112 2723 5446 14558

29 9236 2848 5696 14932 8578 2868 5736 14314

VHP 1.438 1.279 2.717

141

Tabela 6 – VHP no trecho homogêneo do Posto de pedágio Km 45 Abril de 2010–

quintas feiras1

DIA

SENTIDO

VMD - JF VMD - RJ

TOTAL CAT

1

CAT 2

- CAT

8 UCP (4,5) TOTAL CAT 1

CAT 2 -

CAT 8 UCP (4,5) TOTAL

1 7732 1616 7272 15004 6733 1396 6282 13015

8 2558 1548 6966 9524 2409 1457 6557 8966

15 2859 1614 7263 10122 2806 1550 6975 9781

29 2890 1553 6989 9879 2607 1732 7794 10401

VHP 946 896 1842

Tabela 7 – VHP no trecho homogêneo do Posto de pedágio Km 816 Abril de 2010–

quintas feiras1

DIA

SENTIDO

VMD - JF VMD - RJ

TOTAL CAT

1

CAT 2

- CAT

8 UCP(2,5) TOTAL CAT 1

CAT 2 -

CAT 8 UCP(2,5) TOTAL

1 8026 1872 4680 12706 7599 1432 3580 11179

8 2753 1801 4503 7256 2607 1651 4128 6735

15 3017 1920 4800 7817 2820 1643 4108 6928

29 3046 1834 4585 7631 2713 1896 4740 7453

VHP 753 687 1440

3.9 Determinação dos Níveis de Serviço nos Trechos Homogêneos no Entorno das Praças

de Pedágio

Analisando-se os dados obtidos e comparando os resultados com os critérios do HCM

para a determinação dos níveis de serviço podemos estimar previamente os níveis de

serviço atuais no entorno das praças de pedágio, de acordo com as suas características

geométricas e operacionais. As velocidades de fluxo livre foram estimadas em 72,5

km/h a favor da segurança, devido a influência das próprias praças de pedágio.

142

Tabela 8 – Características físicas da rodovia BR40

143

3.9.1 Determinação do NS no entorno do Km 104 Abril de 2010– quintas-

feiras

Trecho homogêneo 11 (Concer)

Área de influência do km 102,1 ao km 108,8

Extensão 6,7Km

Pista Dupla - 2 faixas por sentido

Região: Baixada – Travessias urbanas

Pavimento: CBUQ

Fator de conversão em UCP: 2

UCP/faixa:

JF: 719

NS: B

RJ: 640

NS: B

3.9.2 Determinação do NS no entorno do Km 45 Abril de 2010– quintas-

feiras

Trecho homogêneo 6 (Concer)

Área de influência do km 39 ao km 51,7

Extensão 12,7Km

Pista Dupla - 2 faixas por sentido

Região: Montanhosa – Semi-urbano

Pavimento: CBUQ

Fator de conversão em UCP: 4,5

DIA

SENTIDO

VMD - JF VMD -RJ TOTAL

UCP UCP

VHP 1.438 1.279 2.717

144

DIA

SENTIDO

VMD - JF VMD - RJ TOTAL

UCP UCP

VHP 946 896 1842

UCP/faixa:

JF: 473

NS: A

RJ: 448

NS: A

3.9.3 Determinação do NS no entorno do Km 816 Abril de 2010– quintas

feiras

Trecho homogêneo 3 (Concer)

Área de influência do km 21,7 ao km 799

Extensão 51,4Km

Pista Dupla - 2 faixas por sentido

Região: Montanhosa (ondulado) – Semi- urbano

Pavimento: CBUQ

Fator de conversão em UCP: 2,5

DIA

SENTIDO

VMD - JF VMD - RJ TOTAL

UCP UCP

VHP 753 687 1440

UCP/faixa:

JF: 377

NS: A

RJ: 344

NS: A

145

3.10 Conclusões

No presente capítulo foi aplicada, nos segmentos homogêneos no entorno das praças de

pedágio, a metodologia para levantar as condições operacionais da rodovia, determinar

a capacidade, volume de serviço e nível de serviço, contribuindo para eliminar ou

minimizar as retenções de tráfego que ocorrem ao longo da BR-040, mantendo ou

melhorando as condições de tráfego para todos os usuários e ainda criando a

possibilidade de deslocamento de tráfego ininterrupto na BR-040.

Os níveis de serviço determinados devem ser considerados preliminares devido aos

seguintes fatores:

- Não foram computados os 12 meses do ano, devendo esta análise ser retificada

com a complementação dos dados de tráfego (VMD) de Novembro e Dezembro

de 2010;

- A análise ficou restrita a determinação dos NS ao mês de Abril de 2010 às

quintas-feiras, representando um período médio de tráfego e não relativo a 50ª.

Hora de projeto.

Deve ser levantada a 50ª. Hora de projeto. Para tanto os dados de VHP devem ser

complementados para os meses de Março e Abril de 2010, pois os mesmos não foram

informados pela Concessionária. Na falta destes dados os mesmos podem ser

substituídos por dados dos mesmos meses de 2011.

Esta análise limitou-se ao entorno das praças de pedágio, de onde se dispunham de

dados, porém deve-se estender a todos os segmentos homogêneos, requerendo-se

contagens de tráfego nos respectivos segmentos. No entanto, para a análise de

desempenho de rodovias multi-faixas, deve-se levantar: Densidade em ucp/km-fx e;

Velocidade de fluxo-livre em km/h. Portanto recomenda-se o levantamento destas

variáveis nos segmentos homogêneos.

146

CAPÍTULO 4

4.1 ANÁLISE DO TRÁFEGO NA BR-040

4.1.1 Introdução

Nesta etapa do estudo levanta-se a composição do tráfego no trecho sob concessão e

entre as praças de pedágio de modo a se estimar os níveis de serviço nos segmentos

homogêneos, previamente definidos, nos meses de Janeiro a Outubro de 2010 (ano base

do qual se dispunha a série de dados). No capítulo seguinte esta metodologia será

aplicada à série anual completa, podendo ser extensa.

A composição do tráfego será utilizada na ponderação dos volumes diários médios

(VDM), nos segmentos homogêneos, para a obtenção dos VDM em unidades de carros

de passeio (UCP), utilizando-se para esta ponderação, fatores de equivalência

específicos por região (HCM, 2000). Teremos desta forma, como resultado, uma

estimativa mais aproximada dos níveis de serviço determinados por segmentos.

A finalidade desta análise é contribuir tecnicamente para a indicação da necessidade de

complementação da coleta de dados por meio de contagens classificatórias que

viabilizem a indicação, complementação dos dispositivos operacionais de contagem na

rodovia e do nível de adequação das praças de pedágio. Isto permitirá a determinação

dos níveis de serviço dos segmentos homogêneos, contribuindo para a adequação dos

níveis de serviços aos futuros volumes projetados e ainda, a uma contribuição mais

equitativa dos usuários da via, na relação de pagantes, não pagantes. Como ferramenta

de tomada de decisão, os resultados auxiliarão na priorização dos investimentos no

sistema viário.

4.2 Obtenção da Relação Entre VMD e VPH

A determinação da relação entre o volume médio diário e o volume na hora de pico é

importante para a obtenção de uma estimativa dos VPH´s e respectivos níveis de serviço

nos segmentos homogêneos. O DNIT recomenda uma relação de 8,5%, na ausência de

estudos específicos. A partir dos dados fornecidos pela Concessionária, de VPH e VMD

no entorno das praças de pedágio, torna-se possível a obtenção VMD/VPH para cada

147

sentido da rodovia e nos segmentos correspondentes às respectivas praças de pedágio,

como na análise a seguir.

Tabela 9 – VPH (total de veículos)

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

jan/10 1.052 511 483 966 419 434

fev/10 933 375 393 884 374 382

mar/10 ND ND ND ND ND ND

abr/10 ND ND ND ND ND ND

mai/10 880 325 344 914 333 349

jun/10 919 343 352 941 320 340

jul/10 959 369 397 984 361 386

ago/10 861 331 364 891 346 360

set/10 902 356 379 897 351 367

out/10 921 366 388 899 360 370

média 928 372 388 922 358 374

Tabela 10 – Volume Diário Médio (total de veículos)

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

jan/10 13.714 6.024 6.349 13.057 5.530 5.674

fev/10 12.725 5.232 5.555 12.670 5.264 5.433

mar/10 ND ND ND ND ND ND

abr/10 ND ND ND ND ND ND

mai/10 12.611 4.597 5.053 12.704 4.735 5.003

jun/10 12.800 4.678 4.997 12.809 4.760 4.916

jul/10 13.462 5.262 5.677 13.689 5.294 5.569

ago/10 12.536 4.901 5.224 12.804 5.085 5.216

set/10 13.280 5.114 5.428 13.361 5.230 5.365

out/10 13.628 5.271 5.667 13.418 5.357 5.757

média 13.095 5.135 5.494 13.064 5.157 5.367

148

Tabela 11 – VPH/VDM

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

7,089809 7,244578 7,05347 7,057563 6,942189 6,959681

media

sentido

JF 7,129285 RJ 6,986478

Media Tot 7,1%

Analisando-se as relações VPH/VMD nos dois sentidos da rodovia e, nos segmentos

imediatamente adjacentes às praças dos pedágios, conclui-se que a rodovia possui um

padrão de distribuição de tráfego homogêneo ao longo de todo o trecho concessionado.

Todos os histogramas apresentam uma relação VPH/VMD no entorno de 7,1% com um

baixo desvio padrão S = 0,12 em relação à média, o que nos permite adotar 7,1% a

relação VPH/VMD para o trecho concessionado da CONCER na BR-040.

Esta relação é menor da que a sugerida para rodovias federais em geral, pelo DNIT

(Manual de Projeto de Interseções, 2005).

Este fato permite concluir que o volume de pico é mais amortecido com relação ao

VMD, indicando um comportamento mais uniformemente distribuído pela demanda ao

longo do dia, ou seja, uma menor concentração nos horários de pico com relação às

demais rodovias federais.

Obtida a relação VPH/VMD é possível se determinar os VPH´s dos segmentos

homogêneos a partir de informações de VMD´s bidirecionais nos segmentos

homogêneos.

4.3 VPH´s dos Segmentos Homogêneos

A partir dos dados de volume de tráfego diário por sentido nos meses de Janeiro a

outubro de 2010, divididos por categoria, foi possível a determinação das contribuições

149

percentuais das diversas categorias no trecho concessionado, como um todo e nas

adjacências das praças de pedágio, como compilados na tabela 12, a seguir.

Tabela 12 – Distribuição percentual por categoria por trecho

% MÉDIA

CATEGORIA KM

104 45 816

CAT

1

CAT

2-8

CA

T 9

CAT

1

CA

2-8

CA

9

CAT

1

CA

2-8

CA

9

CAT

1

CA

2-8

CA

9

74,5

7%

23,96

%

1,46

%

81,1

4%

18,0

1%

0,85

%

72,0

1%

26,0

9%

1,90

%

70,5

7%

27,7

9%

1,64

%

Os volumes médios diários dos segmentos homogêneos, disponíveis nesta análise,

encontram-se em totais bidirecionais de veículos das diversas categorias.

Para a avaliação do nível de serviço são necessárias as transformações destes valores em

unidades de carro de passeio, unidirecionais para cada região homogênea, de modo que

se possam aplicar os fatores de equivalência de veículos de passeio sugeridos pelo HCM

2000.

A tabela 13, a seguir, contém os dados de VDM´s convertidos em VDM(UCP) para o

trecho sob concessão, ponderados pelos fatores de equivalência em UCP e pelo fator

VDM/UCP de 7,1%, característico da rodovia.

Estes fluxos em VPH são bidirecionais e necessitam serem convertidos em

unidirecionais para fins de se determinar o nível de serviço por segmento.

150

Tabela 13 – VPH bidirecional (UCP)

CATEGORIA VDM/VPH – 7,1%

TRECH

O

VD

M

CAT

1

CAT

2-8

CAT

9

FATOR DE

CORREÇÃO

VDM

(UCP)

VPH

1 8000 5966 1917 117 2,5 10759 764

2 1000

0

7457 2396 146 2,5 13448 955

3 1200

0

8949 2876 176 2,5 16138 1146

4 1400

0

10440 3355 205 2,5 18828 1337

5 1200

0

8949 2876 176 2,5 16138 1146

6 1000

0

7457 2396 146 4,5 18241 1295

7 1200

0

8949 2876 176 4,5 21889 1554

8 1400

0

10440 3355 205 4,5 25538 1813

9 1800

0

13423 4314 263 4,5 32834 2331

10 2400

0

17897 5751 351 4,5 43779 3108

11 3000

0

22372 7189 439 2 36750 2609

12 6000

0

44743 1437

9

878 2 73501 5219

13 8000

0

59658 1917

2

1171 2 98001 6958

14 8000

0

59658 1917

2

1171 2 98001 6958

15 4000

0

29829 9586 585 2 49000 3479

151

4.4 Conversão dos VPH´s Bidirecionais em Unidirecionais

Do terceiro relatório de tráfego extraem-se os valores do VMD de onde se podem obter

por ponderação aos valores de VMD médios por trecho adjacente às praças de pedágio,

os valores de ponderação bidirecionais a fim de obterem-se os valores de VPH em UCP

por segmento homogêneo monodirecionais, como se deseja.

Tabela 14 – Fatores direcionais de VMD (JF/RJ)

Volume Diário Médio

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

jan/10 13.714 6.024 6.349 13.057 5.530 5.674

fev/10 12.725 5.232 5.555 12.670 5.264 5.433

mar/10 12.345 4.524 4.910 12.384 4.683 4.871

abr/10 12.629 5.012 5.436 12.418 4.959 5.209

mai/10 12.611 4.597 5.053 12.704 4.735 5.003

jun/10 12.800 4.678 4.997 12.809 4.760 4.916

jul/10 13.462 5.262 5.677 13.689 5.294 5.569

ago/10 12.536 4.901 5.224 12.804 5.085 5.216

set/10 13.280 5.114 5.428 13.361 5.230 5.365

out/10 13.628 5.271 5.667 13.418 5.357 5.757

Média 12.973 5.062 5.430 12.931 5.090 5.301

JF/RJ 1,003 0,994 1,024

Considerando-se a tabela 15 contendo as características de cada trecho podemos

determinar o nível de serviço.

152

Tabela 15 – Segmentos Homogêneos e Número de Faixas

Local de inicio do segmento Local de fim do

segmento

Km

inicial

Km

final

Ext.

(km)

Nº Faixas

por sentido

ENTRADA ANTIGA

UNIÃO E INDÚSTRIA (B.

TRIUNFO)

ENTRADA BR-

267(A)

773,5 781,3 7,8 02

ENTR BR-267(A) ENTRADA JUIZ

DE FORA

781,3 799 17,7 02

ENTRADA JUIZ DE

FORA

ENTRADA BR-

393 (A) (TRÊS

RIOS)

799 21,7 51,4 02

ENTRADA BR-393 (A)

(TRÊS RIOS)

ENTRADA BR-

393 (B) (TREVO

MOURA

BRASIL)

21,7 22,5 0,8 02

ENTRADA BR-393(B)

(TREVO MOURA

BRASIL)

ENTRADA BR-

492(A) (TREVO

P/ AREAL)

22,5 39,0 16,5 02

ENTRADA BR-492(A)

(TREVO P/ AREAL)

ENTRADA BR-

492(B) (PEDRO

DO RIO)

39,0 51,7 12,7 02

ENTRADA BR-492(B)

(PEDRO DO RIO)

ACESSO BR-495

(ITAIPAVA)

51,7 58,0 6,3 02

ACESSO BR-495

(ITAIPAVA)

TREVO P/

PETRÓPOLIS

(BONSUCESSO)

58,0 62,5 4,5 02

TREVO P/ PETRÓPOLIS

(BONSUCESSO)

ACESSO

BINGEN

62,5 82,9 20,4 02

ACESSO BINGEN ACESSO XERÉM 82,9 102,1 19,2 02

ACESSO XERÉM ENTRADA BR-

116(A)/493/RJ-

109

102,1 108,8 6,7 02

*ENTRADA BR-

116(A)/493/RJ-109

REDUC 108,8 114,0 5,2 03

*REDUC ENTRADA RJ-

103

114,0 117,0 3,0 04

*ENTRADA RJ-103 ENTRADA RJ-

071/081 (LINHA

VERMELHA)

117,0 124,0 7,0 03

*ENTRADA RJ-071/081

(LINHA VERMELHA)

ENTRADA BR-

116(B)/101(A)

(TREVO DAS

MISSÕES)

124,0 125,2 1,2 02

* Existência de pista marginal, em ambos os sentidos, com duas faixas de rolamento.

153

Tabela 16 – Valores de VPH em UCP por segmento homogêneo, mono direcionais

A tabela 17 apresenta o critério para a determinação do nível de serviço para uma

rodovia multi-faixas em função da máxima densidade, velocidade média e, máxima

relação entre volume e capacidade.

Tabela 17 – Determinação dos níveis de serviço para rodovias multi-faixas

Nível de Serviço

Velocidade de

fluxo livre

(km/h)

Critério A B C D E

96,6

Densidade

UCP/Km/Faixa

7 11 16 22 25

Velocidade

media km/h

96,6 96,6 95,6 91,3 88,5

TRECHO VPHtot. VPH-

JF

NFaixas VPH-

RJ

NFaixas

(UCP) (UCP) (UCP)

1 764 391 2 373 2

2 955 489 2 466 2

3 1146 587 2 559 2

4 1337 685 2 652 2

5 1146 587 2 559 2

6 1295 644 2 651 2

7 1554 773 2 781 2

8 1813 902 2 912 2

9 2331 1159 2 1172 2

10 3108 1546 2 1563 2

11 2609 1309 2 1300 2

12 5219 2618 3 2601 3

13 6958 3490 4 3468 4

14 6958 3490 3 3468 3

15 3479 1745 2 1734 2

154

Volume/

capacidade

0,3 0,49 0,7 0,9 1

Máximo

UCP/h/faixa

660 1080 1550 1980 2200

88,5

Densidade

UCP/Km/Faixa

7 11 16 22 25

Velocidade

media km/h

88,5 88,5 88,3 85,1 82,4

Volume/

capacidade

0,29 0,47 0,68 0,88 1

Máximo

UCP/h/faixa

600 990 1430 1850 2100

80,5

Densidade

UCP/Km/Faixa

7 11 16 22 25

Velocidade

media km/h

80,5 80,5 80,5 78,7 76,5

Volume/

capacidade

0,28 0,45 0,65 0,86 1

Máximo

UCP/h/faixa

600 900 1300 1710 2000

72,5

Densidade

UCP/Km/Faixa

7 11 16 22 25

Velocidade 72,4 72,4 72,4 71,5 67,9

155

media km/h

Volume/

capacidade

0,26 0,43 0,62 0,82 1

Máximo

UCP/h/faixa

480 810 1170 1550 1900

Fonte: Traffic & Highway Engineering, Garber & Hoel, 2002., apud HCM 2000

4.5 Determinação dos Níveis de Serviço nos Segmentos Homogêneos no Trecho sob

Concessão

Analisando-se os dados obtidos e comparando os resultados com os critérios do HCM

para a determinação dos níveis de serviço podemos determinar os níveis de serviço do

ano base de 2010, de acordo com as suas características geométricas e operacionais. As

velocidades de fluxo livre foram estimadas em 72,5 km/h a favor da segurança.

Tabela 18 – Determinação do Nível de Serviço

4.6 Conclusão

A metodologia utilizada para se determinar o fator VPH/VDM será aplicada no capítulo

5 com a série anual completa de VDM para os meses de Novembro e Dezembro de

2010. No entanto o baixo desvio padrão já indicava que não haveria alteração

TRECHO VPHtot. VPH-

JF

NFaixas NS VPH-

RJ

NFaixas NS

(UCP) (UCP) (UCP)

1 764 391 2 A 373 2 A

2 955 489 2 A 466 2 A

3 1146 587 2 A 559 2 A

4 1337 685 2 A 652 2 A

5 1146 587 2 A 559 2 A

6 1295 644 2 A 651 2 A

7 1554 773 2 A 781 2 A

8 1813 902 2 A 912 2 A

9 2331 1159 2 B 1172 2 B

10 3108 1546 2 B 1563 2 B

11 2609 1309 2 B 1300 2 B

12 5219 2618 3 * 2601 3 *

13 6958 3490 4 * 3468 4 *

14 6958 3490 3 * 3468 3 *

15 3479 1745 2 * 1734 2 * Obs.: Velocidade de fluxo livre considerada de 72,5 Km/h. * Não se aplica. Necessita diagrama de fluxo de saturação.

156

Os níveis de serviço dos segmentos homogêneos na Baixada não puderam ser

determinados pela metodologia de fluxo livre, pois há indícios de saturação nas horas de

pico e, sendo assim, demandam de estudos específicos de fluxo de saturação e a

determinação dos relativos histogramas. Isto demanda estudos de contagens e

levantamento de velocidades médias e tempos de retardos (tempo de viagens com fluxo

livre x saturado).

São ainda necessárias contagens classificadas direcionais para cada trecho homogêneo,

em um total de 15 (em cada direção) para se definir com precisão os níveis de serviço

dos referidos segmentos.

157

CAPÍTULO 5

5.1 Análise do Tráfego na BR-040

5.1.1 Introdução

Esta etapa do projeto de análise do tráfego atualiza o levantamento da composição do

tráfego no trecho sob concessão e entre as praças de pedágio de modo a se estimar os

níveis de serviço nos segmentos homogêneos, previamente definidos, nos meses de

Janeiro a Outubro de 2010, incorporando os dados dos meses de março, abril, novembro

e dezembro de 2010. Posteriormente esta metodologia poderá ser aplicada a qualquer

ano base no qual se disponha a série anual completa.

A composição do tráfego foi utilizada na ponderação dos volumes diários médios

(VDM), nos segmentos homogêneos, para a obtenção dos VDM em unidades de carros

de passeio (UCP), utilizando-se para esta ponderação, fatores de equivalência

específicos por região (HCM, 2000). Teremos desta forma, como resultado, uma

estimativa mais aproximada dos níveis de serviço determinados por segmentos.

A finalidade desta análise é contribuir tecnicamente para a indicação da necessidade de

complementação da coleta de dados por meio de contagens classificatórias que

viabilizem a indicação, complementação dos dispositivos operacionais de contagem na

rodovia e do nível de adequação das praças de pedágio. Isto permitirá a determinação

dos níveis de serviço dos segmentos homogêneos, contribuindo para a adequação dos

níveis de serviços aos futuros volumes projetados e ainda, a uma contribuição mais

equitativa dos usuários da via, na relação de pagantes, não pagantes.

Como ferramenta de tomada de decisão, os resultados auxiliarão na priorização dos

investimentos no sistema viário.

5.2 Obtenção da Relação Entre VMD E VPH

A determinação da relação entre o volume médio diário e o volume na hora de pico é

importante para a obtenção de uma estimativa dos VPH´s e respectivos níveis de serviço

158

nos segmentos homogêneos. O DNIT recomenda uma relação de 8,5%, na ausência de

estudos específicos.

A partir dos dados fornecidos pela Concessionária, de VPH e VMD no entorno das

praças de pedágio, torna-se possível a obtenção VMD/VPH para cada sentido da

rodovia e nos segmentos correspondentes às respectivas praças de pedágio, como na

análise a seguir.

Tabela 19 – VPH (total de veículos)

Mês/Ano JF RJ

Km

104

Km 45 Km

816

Km

104

Km 45 Km

816

jan/10 1.052 511 483 966 419 434

fev/10 933 375 393 884 374 382

mar/10 853 325 330 838 325 346

abr/10 934 365 386 885 363 389

mai/10 880 325 344 914 333 349

jun/10 919 343 352 941 320 340

jul/10 959 369 397 984 361 386

ago/10 861 331 364 891 346 360

set/10 902 356 379 897 351 367

out/10 921 366 388 899 360 370

Nov/10 848 366 363 847 363 352

Dez/10 958 890 401 1.008 439 466

Média 920 410 382 913 363 378

Obs.:Foram incluídos os dados relativos a março, abril, novembro e dezembro

de 2010 e, corrigidos os valores do relatório 4.

159

Tabela 20 – Volume Diário Médio (total de veículos)

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

jan/10 13.714 6.024 6.349 13.057 5.530 5.674

fev/10 12.725 5.232 5.555 12.670 5.264 5.433

mar/10 12.345 4.524 4.910 12.384 4.683 4.871

abr/10 12.629 5.012 5.436 12.418 4.959 5.209

mai/10 12.611 4.597 5.053 12.704 4.735 5.003

jun/10 12.800 4.678 4.997 12.809 4.760 4.916

jul/10 13.462 5.262 5.677 13.689 5.294 5.569

ago/10 12.536 4.901 5.224 12.804 5.085 5.216

set/10 13.280 5.114 5.428 13.361 5.230 5.365

out/10 13.628 5.271 5.667 13.418 5.357 5.757

nov/10 12.898 4.991 5.105 13.187 5.169 5.075

dez/10 14.367 5.003 5.703 14.908 5.831 5.716

Média 13.083 5.051 5.425 13.117 5.158 5.317

Obs.:Foram incluídos os dados relativos a março, abril, novembro e dezembro

de 2010 e, corrigidos os valores do relatório 4.

Tabela 21 – VPH/VDM

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

7,032049 8,120963 7,034898 6,958941 7,034267 7,117102

media

sent

JF 7,39597 RJ 7,03677

Media Tot 7,2%

Obs.:Foram incluídos os dados relativos a março, abril, novembro e

dezembro de 2010 e, corrigidos os valores do relatório 4.

Analisando-se as relações VPH/VMD nos dois sentidos da rodovia e, nos segmentos

imediatamente adjacentes às praças dos pedágios, conclui-se que a rodovia possui um

padrão de distribuição de tráfego homogêneo ao longo de todo o trecho sob concessão.

160

Todos os histogramas apresentam uma relação VPH/VMD no entorno de 7,2% com um

baixo desvio padrão S = 0,1 em relação à média, o que nos permite adotar 7,2% a

relação VPH/VMD para o trecho concessionado da CONCER na BR-040. Este valor

sofreu muito pouca alteração (0,01 para o desvio padrão) com a inclusão dos dados dos

meses de março, abril, novembro e dezembro de 2010.

Esta relação é menor da que a sugerida para rodovias federais em geral, pelo DNIT

(Manual de Projeto de Interseções, 2009).

Este fato permite concluir que o volume de pico é mais amortecido com relação ao

VMD, indicando um comportamento mais uniformemente distribuído pela demanda ao

longo do dia, ou seja, uma menor concentração nos horários de pico com relação às

demais rodovias federais, com exceção para o trecho adjacente a praça de pedágio no

km 45 sentido Juiz de Fora onde o VHP é maior em relação ao VMD, indicando um

comportamento característico de viagens casa x trabalho e, se aproximando mais do

valor sugerido pelo DNIT.

Obtida a relação VPH/VMD é possível se determinar os VPH´s dos segmentos

homogêneos a partir de informações de VMD´s bidirecionais nos segmentos

homogêneos.

5.3 VPH´s dos Segmentos Homogêneos

A partir dos dados de volume de tráfego diário por sentido nos meses de Janeiro a

outubro de 2010, divididos por categoria, foi possível a determinação das contribuições

percentuais das diversas categorias no trecho sob concessão, como um todo e nas

adjacências das praças de pedágio, como compilados na tabela abaixo.

161

Tabela 22 – Distribuição percentual por categoria por trecho

% MÉDIA

CATEGORIA KM

104 45 816

CAT

1

CAT

2-8

CA

T 9

CAT

1

CA

2-8

CA

9

CAT

1

CA

2-8

CA

9

CAT

1

CA

2-8

CA

9

74,5

7%

23,96

%

1,46

%

81,1

4%

18,0

1%

0,85

%

72,0

1%

26,0

9%

1,90

%

70,5

7%

27,7

9%

1,64

%

Os volumes médios diários dos segmentos homogêneos, disponíveis nesta análise,

encontram-se em totais bidirecionais de veículos das diversas categorias.

Para a avaliação do nível de serviço são necessárias as transformações destes valores em

unidades de carro de passeio, unidirecionais para cada região homogênea, de modo que

se possam aplicar os fatores de equivalência de veículos de passeio sugeridos pelo HCM

2000.

A tabela a seguir contém os dados de VDM´s convertidos em VDM(UCP) para o trecho

sob concessão, ponderados pelos fatores de equivalência em UCP e pelo fator

VDM/UCP de 7,2%, característico da rodovia. Estes fluxos em VPH são bidirecionais e

necessitam serem convertidos em unidirecionais para fins de se determinar o nível de

serviço por segmento.

162

Tabela 23 – VPH bidirecional (UCP)

CATEGORIA VDM/VPH –

7,2%

Trecho VDM CAT

1

CAT

2-8

CAT

9

FATOR DE

CORREÇÃO

VDM

(UCP)

VPH

1 8000 5966 1917 117 2,5 10759 775

2 10000 7457 2396 146 2,5 13448 968

3 12000 8949 2876 176 2,5 16138 1162

4 14000 10440 3355 205 2,5 18828 1356

5 12000 8949 2876 176 2,5 16138 1162

6 10000 7457 2396 146 4,5 18241 1313

7 12000 8949 2876 176 4,5 21889 1576

8 14000 10440 3355 205 4,5 25538 1839

9 18000 13423 4314 263 4,5 32834 2364

10 24000 17897 5751 351 4,5 43779 3152

11 30000 22372 7189 439 2 36750 2646

12 60000 44743 14379 878 2 73501 5292

13 80000 59658 19172 1171 2 98001 7056

14 80000 59658 19172 1171 2 98001 7056

15 40000 29829 9586 585 2 49000 3528

5.4 Conversão dos VPH´s Bidirecionais em Unidirecionais

Do terceiro relatório de tráfego extraem-se os valores do VMD de onde se podem obter

por ponderação aos valores de VMD médios por trecho adjacente às praças de pedágio,

os valores de ponderação bidirecionais a fim de obterem-se os valores de VPH em UCP

por segmento homogêneo monodirecionais, como se deseja.

163

Tabela 24 – Fatores direcionais de VMD (JF/RJ)

Volume Diário Médio

Mês/Ano JF RJ

Km 104 Km 45 Km 816 Km 104 Km 45 Km 816

jan/10 13.714 6.024 6.349 13.057 5.530 5.674

fev/10 12.725 5.232 5.555 12.670 5.264 5.433

mar/10 12.345 4.524 4.910 12.384 4.683 4.871

abr/10 12.629 5.012 5.436 12.418 4.959 5.209

mai/10 12.611 4.597 5.053 12.704 4.735 5.003

jun/10 12.800 4.678 4.997 12.809 4.760 4.916

jul/10 13.462 5.262 5.677 13.689 5.294 5.569

ago/10 12.536 4.901 5.224 12.804 5.085 5.216

set/10 13.280 5.114 5.428 13.361 5.230 5.365

out/10 13.628 5.271 5.667 13.418 5.357 5.757

nov/10 12.898 4.991 5.105 13.187 5.169 5.075

dez/10 14.367 5.003 5.703 14.908 5.831 5.716

Média 13.083 5.051 5.425 13.117 5.158 5.317

JF/RJ 0,997 0,979 1,020

Considerando-se a tabela 25 contendo as características de cada trecho podemos

determinar o nível de serviço.

164

5.4.1 Divisão dos Trechos em Segmentos Homogêneos de rodovias multi-faixas

De acordo com Paniz (2009), entende-se segmento homogêneo como sendo segmento

de rodovia em seus trechos e subtrechos, que apresenta uniformidade de VDM em toda

a sua extensão e que, pelas características geométrica, topográfica e outras, dependendo

da análise a que se destina, é selecionado para análise de tráfego, análise de capacidade,

determinação dos níveis de serviço, além de outros estudos rodoviários, como

pavimentos, sinalização, etc.

Uma rodovia pode ser dividida em subtrechos homogêneos de, por exemplo, 30 km, em

função do número de pistas, topografia, zona urbana ou rural, e do VDM, sendo a sua

terminologia designada pelas classes de segmentação:

SUP, simples, urbana e plana;

SUO, simples, urbana e ondulada;

SUFO, simples, urbana e fortemente ondulada;

SUM, simples urbana e montanhosa;

SRP, simples, rural e plana;

SRO, simples, rural e ondulada;

SRFO, simples, rural e ondulada;

SRM, simples, rural e montanhosa;

Fonte: DNER, (1988).

Esta etapa do estudo foi desenvolvida a partir da divisão da rodovia em segmentos

homogêneos, com metodologia adaptada do HCM 2000, incluindo na classificação as

áreas semi-urbanas. Sugere-se ainda que tal metodologia seja complementada

considerando-se aspectos complexos de regiões metropolitanas, como os descritos a

seguir:

- Classificação orográfica (plano; montanhosa; ondulada);

- Intensidade de tráfego (intenso; médio; pouco intenso);

-Extensão: Max 60 km (considerando 0,5h de percurso em região plana com tráfego

leve);

165

- Classificação de uso do solo (urbana; semi-urbana; rural);

- Tipo de pavimento: Rígido; flexível;

- Balanço dos fluxos de entrada e saída unidirecional;

- Quantidade de acessos e contribuições em VHP nos mesmos;

-Clima: Índices pluviométricos;

A adequação dos segmentos homogêneos, para efeito da avaliação do nível de serviço

de operação do tráfego, deve ser avaliada em função das condições físicas e

operacionais da rodovia.

A verificação da adequação da divisão em segmentos homogêneos adotada pela

Concessionária considerou os preceitos definidos pelo HCM, (2000) onde se definem os

critérios para o tratamento das rodovias de múltiplas (tópico “segmentação da rodovia

em segmentos homogêneos”).

Assim, sempre que houver alteração significativa nas condições físicas ou operacionais

de um trecho das rodovias, deve ser analisada a conveniência de desmembramento.

Quando a divisão adotada não se mostrar adequada, poderá ser considerada a

possibilidade de fusão de dois ou mais segmentos, ou seu desdobramento.

Na tabela 25 é apresentada a divisão da rodovia em segmentos homogêneos e, na tabela

26 os valores de VPH em UCP por segmento homogêneo, mono direcionais.

166

Tabela 25 – Segmentos Homogêneos Nº de Faixas

BRUF

IdentificadorLocal de Início

Local de Fimkm inicial

km finalExtensão

GeometriaRelevo

PavimentoVDM

Localização

Local de Instalação

dos Contadores

Ambos os Sentidos

(Km)

40MG

1ENTR ANT UNIÃO E INDÚSTRIA (B. TRIUNFO)

ENTR BR-267(A)773,5

781,37,8

Pista DuplaM

ontanhosoCBUQ FLEX

8.000,0Rural

773,0

40MG

2ENTR BR-267(A)

ENTR. JUIZ DE FORA781,3

799,017,7

Pista DuplaM

ontanhosoCBUQ FLEX

10.000,0Rural

799,0

40MG/RJ

3ENTR. JUIZ DE FORA

ENTR. BR-393 (A) (TRÊS RIOS)799,0

21,751,4

Pista DuplaM

ontanhosoCBUQ FLEX

12.000,0Semi-Urbano

21,0

40RJ4

ENTR. BR-393 (A) (TRÊS RIOS)ENTR. BR-393 (B) (TREVO M

OURA BRASIL)21,7

22,50,8

Pista DuplaM

ontanhosoCBUQ FLEX

14.000,0Semi-Urbano

22,0

40RJ5

ENTR BR-393(B) (TREVO MOURA BRASIL)

ENTR BR-492(A) (TREVO P/ AREAL)22,5

39,016,5

Pista DuplaM

ontanhosoCBUQ FLEX

12.000,0Semi-Urbano

39,0

40RJ6

ENTR BR-492(A) (TREVO P/ AREAL)ENTR BR-492(B) (PEDRO DO RIO)

39,051,7

12,7Pista Dupla

Montanhoso

CBUQ FLEX10.000,0

Semi-Urbano51,0

40RJ7

ENTR BR-492(B) (PEDRO DO RIO)ACESSO BR-495 (ITAIPAVA)

51,758,0

6,3Pista Dupla

Montanhoso

CBUQ FLEX12.000,0

Semi-Urbano58,0

40RJ8

ACESSO BR-495 (ITAIPAVA)TREVO P/ PETRÓPOLIS (BONSUCESSO)

58,062,5

4,5Pista Dupla

Montanhoso

CBUQ FLEX14.000,0

Semi-Urbano62,0

40RJ9

TREVO P/ PETRÓPOLIS (BONSUCESSO)ACESSO BINGEN

62,582,9

20,4Pista Dupla

Montanhoso

CBUQ FLEX18.000,0

Semi-Urbano82,0

40RJ10

ACESSO BINGEN ACESSO XERÉM

82,9102,1

19,2Pista Dupla

SerraConcreto

24.000,0Semi-Urbano

102,0

40RJ11

ACESSO XERÉMENTR BR-116(A)/493/RJ-109

102,1108,8

6,7Pista Dupla

BaixadaCBUQ FLEX

30.000,0Travessias Urbanas

108,0

40RJ12

ENTR BR-116(A)/493/RJ-109REDUC

108,8114,0

5,2Pista Dupla

BaixadaCBUQ FLEX

60.000,0Travessias Urbanas

114,0

40RJ13

REDUCENTR RJ-103

114,0117,0

3,0Pista Dupla

BaixadaCBUQ FLEX

80.000,0Travessias Urbanas

117,0

40RJ14

ENTR RJ-103ENTR RJ-071/081 (LINHA VERM

ELHA)117,0

124,07,0

Pista DuplaBaixada

CBUQ FLEX80.000,0

Travessias Urbanas124,0

40RJ15

ENTR RJ-071/081 (LINHA VERMELHA)

ENTR BR-116(B)/101(A) (TREVO DAS MISSÕES)

124,0125,2

1,2Pista Dupla

BaixadaCBUQ FLEX

40.000,0Travessias Urbanas

125,0

167

A tabela 17 apresentou o critério para a determinação do nível de serviço para uma

rodovia multi-faixas em função da máxima densidade, velocidade média e, máxima

Tabela 26 – Valores de VPH em UCP por segmento homogêneo, mono direcionais

relação entre volume e capacidade, de acordo com o HCM, (2000).

TRECHO VPHtot. VPH-JF Faixas VPH-RJ Faixas

(UCP) (UCP) (UCP)

1 775 406 2 369 2

2 968 507 2 461 2

3 1162 609 2 553 2

4 1356 711 2 645 2

5 1162 610 2 552 2

6 1313 649 2 664 2

7 1576 780 2 796 2

8 1839 909 2 930 2

9 2364 1169 2 1195 2

10 3152 1559 2 1593 2

11 2646 1332 2 1314 2

12 5292 2663 3 2629 3

13 7056 3550 4 3506 4

14 7056 3550 3 3506 3

15 3528 1775 2 1753 2

168

5.5 Determinação dos Níveis de Serviço nos Segmentos Homogêneos no Trecho sob

Concessão

Analisando-se os dados obtidos e comparando os resultados com os critérios do HCM

para a determinação dos níveis de serviço podemos determinar os níveis de serviço do

ano base de 2010, de acordo com as suas características geométricas e operacionais,

atualisando a análise do relatório 4 com a inclusão das séries de dados de tráfego de

março e abril de 2011. As velocidades de fluxo livre foram estimadas em 72,5 km/h a

favor da segurança.

5.6 Determinação da 50ª Hora.

Projetar uma rodovia em condições ideais consiste em planejá-la com características

para atender à máxima demanda horária prevista para o ano de projeto, geralmente

considerado como décimo ano após a conclusão das obras programadas. Em tal

situação, em nenhuma hora do ano ocorreria congestionamento. Em contrapartida, o

empreendimento seria antieconômico, pois a rodovia ficaria superdimensionada durante

as demais horas do ano.

Assim, o dimensionamento da rodovia deve prever certo número de horas

congestionadas e a decisão de qual número é aceitável para a adoção do Volume

Horário de Projeto (VHP).

Tabela 27– Determinação do Nível de Serviço

TRECHO VPHtot. VPH-

JF

NFaixas NS VPH-

RJ

NFaixas NS

(UCP) (UCP) (UCP)

1 775 406 2 A 369 2 A

2 968 507 2 A 461 2 A

3 1162 609 2 A 553 2 A

4 1356 711 2 A 645 2 A

5 1162 610 2 A 552 2 A

6 1313 649 2 A 664 2 A

7 1576 780 2 A 796 2 A

8 1839 909 2 A 930 2 A

9 2364 1169 2 B 1195 2 B

10 3152 1559 2 B 1593 2 B

11 2646 1332 2 B 1314 2 B

12 5292 2663 3 * 2629 3 *

13 7056 3550 4 * 3506 4 *

14 7056 3550 3 * 3506 3 *

15 3528 1775 2 * 1753 2 *

Obs.: Velocidade de fluxo livre considerada de 72,5 Km/h.

* Não se aplica. Necessita diagrama de fluxo de saturação.

169

Quando se dispõe de contagens horárias contínuas de uma rodovia, que abranjam um

período de um ano inteiro, pode-se determinar o volume horário a ser usado no projeto

através do critério denominado “curva da enésima hora”. Esta curva consiste na

ordenação decrescente de todos os volumes horários anuais, expressos em percentagem

do Volume Médio Diário (VMD), designado como fator K.

A Figura 1 mostra a relação entre o Volume Horário de Tráfego medido como

percentagem do VMD e o Número de Horas no Ano em que esse volume é excedido.

Essa relação foi determinada para rodovias rurais norte-americanas e, apesar de não

corresponder exatamente às condições brasileiras, permite avaliar a grande

uniformidade do comportamento do tráfego, já que vem se mantendo através dos anos

com muito pequenas alterações.

A figura 1 permite concluir que a curva de ordenação horária tem uma peculiaridade

importante, qual seja, sofre uma mudança rápida de declividade (joelho) por volta da

30ª Hora. O volume correspondente a esta hora tem fortes razões para ser escolhido

como Volume Horário de Projeto, já que um aumento substancial de seu valor implicará

em que poucas horas mais sejam atendidas adequadamente pelo projeto e uma redução

relativamente pequena resultará na exclusão de um número significativo de horas.

Figura 1 – Volume Horário de Tráfego

170

Por conseguinte, o critério da “enésima hora” sugere que se escolha como valor de K a

se usar no projeto, aquele fornecido pelo trecho onde a curva muda rapidamente de

declividade. Cabe observar que esta mudança de direção não é precisa, permitindo certa

variação na escolha da hora de projeto, o que possibilita ao técnico melhor adequar seu

estudo. Admite-se a utilização para o tráfego futuro de um fator K determinado com

base em dados disponíveis por ocasião dos levantamentos, o que significa aceitar que a

forma da curva em questão não se altera com o passar do tempo.

No Brasil tem-se sido mais tolerante na escolha do Volume Horário de Projeto,

chegando-se a adotar o Volume da 50ª Hora, nos locais em que se dispõe de contagens

mecanizadas permanentes. Os mesmos critérios se aplicam também a áreas urbanas.

Contudo, onde as flutuações do tráfego forem claramente diferentes das

correspondentes às rodovias rurais, outras horas do ano devem ser consideradas como

base para o projeto, DNER, (2005).

A seguir são apresentadas as figuras contendo os gráficos da 50ª. Hora na rodovia BR-

040 nos trechos imediatamente adjacentes às praças de pedágio.

O objetivo dessa análise é a determinação da curva da n-ésima hora.

A CONCER forneceu dois conjuntos de dados que possibilitaram esta análise. As

planilhas com os volumes de veículos diários para cada sentido em cada praça de

pedágio e outra, com os VHP´s de todos os dias do ano em ambos os sentidos em todas

as praças de pedágio.

Foi selecionada a segunda planilha, com os VHPs, pela exatidão dos dados do volume

na hora de maior fluxo de cada dia, ao contrário da transformação que deveria ser feita

nas outras planilhas para a estimativa do VHP.

Em seguida, cada VHP foi separado nas categorias de 1 a 9, com os dados

(porcentagens) do último relatório e então as unidades foram convertidas para UCP.

Para cada praça de pedágio em cada sentido, os dados do VHP foram ordenados em

ordem decrescente, o que possibilitou a determinação dos gráficos da 50ª hora, como

apresentados a seguir.

171

CAT 1 CA 2-8 CA 9

81,14% 18,01% 0,85%

VHP

Figura 2: Km 104, sentido JF: Dias do ano, 2010

CAT 1 CA 2-8 CA 9

81,14% 18,01% 0,85%

VHP

Figura 2: Km 104, sentido RJ: Dias do ano, 2010

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

172

CAT 1 CA 2-8 CA 9

72,01% 26,09% 1,90%

VHP

Figura 3: Km 45, sentido JF: Dias do ano, 2010

CAT 1 CA 2-8 CA 9

72,01% 26,09% 1,90%

VHP

Figura 4: Km 45, sentido RJ: Dias do ano, 2010

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

173

CAT 1 CA 2-8 CA 9

70,57% 27,79% 1,64%

VHP

Figura 5: Km 816, sentido JF: Dias do ano, 2010

CAT 1 CA 2-8 CA 9

70,57% 27,79% 1,64%

VHP

Figura 6: Km 816, sentido RJ: Dias do ano, 2010

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

174

As informações contidas nos gráficos contrastam os volumes de tráfego direcionais em

VHP(UCP) com os dias do ano. A partir da observação dos gráficos de 1 a 6,

verificamos o “joelho” característico da 30ª. Hora, como definido em DNER, (2005) e

podemos obter o volume da 50ª. Hora, para o ano de 2010, como estabelecido nos

objetivos do presente projeto e, apresentadas a seguir:

Tabela 28– Volume da 50ª hora para o ano de 2010

Sentido / km VHP(UCP) 50ª.hora

JF /104 1517

RJ /104 1542

JF /45 1055

RJ /45 951

JF /816 668

RJ /816 642

5.7 Conclusão

Os níveis de serviço dos segmentos homogêneos na Baixada não puderam ser

determinados pela metodologia de fluxo livre, pois há indícios de saturação nas horas de

pico e, sendo assim, demandam de estudos específicos de fluxo de saturação e a

determinação dos relativos histogramas.

Isto demanda estudos de contagens e levantamento de velocidades médias e tempos de

retardos (tempo de viagens com fluxo livre x saturado) e a divisão em segmentos

homogêneos direcionais entre acessos com contribuições significativas, em tono de 10%

do VHP, o que implicaria em possível mudança do nível de serviço para o segmento.

São ainda necessárias contagens classificadas direcionais para cada trecho homogêneo,

em um total de 15 (em cada direção) para se definir com precisão os níveis de serviço

dos referidos segmentos. Sugere-se que a localização dos contadores seja feita nos

pontos imediatamente a jusante dos principais acessos e entroncamentos para permitir a

análise de contribuição do tráfego nestes acessos.

A determinação da 50ª. Hora possibilita a projeção do tráfego para o ano de projeto,

sugere-se 10 anos, e a priorização de investimentos para a manutenção das condições

estabelecidas no PER.

175

BIBLIOGRAFIA

1. Traffic & Highway Engineering, Garber, N.J., Hoel, L.A. Brooks/Cole Ed.,

2002.

2. Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, 1999, DNER.

3. Manual de Projeto de Interseções, 2005, DNER.

4. Procedimentos Básicos Para a Operação de Rodovias, 1997. DNER 699/80.

5. TRB (2000) Highway Capacity Manual. Special Report 209. Cap. 12, 13, 21 e

23.

6. A Police on Geometric Design of Highways and Streets, AASHTO, 2001.

7. Manual de Análise, Diagnóstico, Proposição de Melhorias e Avaliações

Econômicas dos Segmentos Críticos, 1988, DNER.

8. Manual de Estudo de Tráfego, DNER.

9. Panitz, M. A. Segmentos Homogêneos. Consultado em Setembro de 2011. Em

http://pt.scribd.com/doc/21301822/2-Palestra-Prof-Panitz-Segmentos-

Homogeneos-marco-09.

10. Setti, J.R.A., Análise de Capacidade e Nível de Serviço de Rodovias.

11. Setti, J. R.; Bessa Jr. , J. E. ; Egami, C. Y. ; Mon-Ma, M. L. . Adaptação do

HCM2000 para análise da capacidade e do nível de serviço em rodovias de pista

simples no Brasil. Transportes (Rio de Janeiro), v. 19, p. 66-78, 2011.

12. Campos, V.B.G, Metodologia para Cálculo da Capacidade de Rodovias de Duas

Faixas e Rodovias de Multiplas Faixas com base no HCM 2000. Em

http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/vania/. Consultado em Novembro de

2011.

176

ANEXOS

1. Capacidade Teórica das Vias

Tabela 1 - Capacidade Teórica das Vias

TIPO DE VIA CAPACIDADE TEÓRICA

Via com várias faixas de tráfego 2.000 UCP por hora e por faixa.

Via de duas faixas de tráfego e com duas

mãos de direção

2.000 UCP por hora, total em ambas as

direções.

HCM (TRB, 2000)

É muito importante o conhecimento do valor da Capacidade, pois ela dá o valor limite

do número de veículos que poderá passar por uma dada seção. Porém, além desse valor,

devem-se levar em conta as condições de operação da via. Para medir as diversas

condições de operação, desenvolveu-se o conceito de Níveis de Serviço.

2. Níveis de Serviço

O conceito de Nível de Serviço está associado às diversas condições de operação de

uma via, quando ela acomoda diferentes volumes de tráfego.

É uma medida qualitativa do efeito de uma série de fatores, tangíveis e intangíveis, que

para efeito prático é estabelecido apenas em função da velocidade desenvolvida na via e

da relação entre o volume de tráfego e a capacidade da via (V/C).

Qualquer seção de uma via pode operar em diferentes níveis de serviço, dependendo do

instante considerado. De acordo com o “Highway Capacity Manual”, (HCM, 2000)

foram classificados 6 níveis de serviço, desde o A (condições ideais de escoamento

livre) até o F (congestionamento completo). Os diversos níveis de serviço são assim

definidos:

177

NÍVEL A:

Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. A

densidade do tráfego é baixa, com velocidade controlada pelo motorista dentro dos

limites de velocidade e condições físicas da via. Não há restrições devido à presença de

outros veículos. Na Figura 07 apresenta-se o correspondente ao Nível A.

Figura 07: Nível de Serviço “A” (Fonte: TRB, 2000)

NÍVEL B:

Fluxo estável, com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de

tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm

condições de ultrapassagem. Veja Figura 08.

Figura 08: Nível de Serviço “B” (Fonte: TRB, 2000)

178

NÍVEL C:

Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo

alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher

faixa e velocidade. É a situação da via apresentada na Figura 09.

Figura 09: Nível de Serviço “C” (Fonte: TRB, 2000)

NÍVEL D:

Próximo à zona de fluxo instável, com velocidades de operação toleráveis, mas

consideravelmente afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e

as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação.

Observe Figura 10.

Figura 10: Nível de Serviço “D” (Fonte: TRB, 2000)

179

NÍVEL E:

É denominado também de Nível de Capacidade. A via trabalha a plena carga e o fluxo é

instável, sem condições de ultrapassagem. Uma via operando em Nível de Serviço “E”

pode ser representada pelo que está mostrado na Figura 11.

Figura 11: Nível de Serviço “E” (Fonte: TRB, 2000)

NÍVEL F:

Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes abaixo da

capacidade da via. Formam-se extensas filas que impossibilitam a manobra. Em

situações extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. A Figura12 mostra uma

via operando em Nível “F”.

Figura 12: Nível de Serviço “F” (Fonte: TRB, 2000)

180

3. Rodovias de Múltiplas Faixas

(Texto extraído de Campos, (2007) na íntegra)

“Rodovias de Múltiplas Faixas (RMF) são aquelas que possuem duas ou mais faixas por

sentido e podem ser divididas ou não. As divididas apresentam uma divisão central

separando os dois sentidos de fluxo. (Figuras 1 e 2).

A metodologia do HCM considera as rodovias de múltiplas faixas como aquelas que

possuem, geralmente, limites de velocidade de 70 a 100 km/h. Estas vias têm

normalmente de 4 a 6 faixas e estão tipicamente localizadas em áreas urbanas ou em

áreas rurais, com grandes volumes de tráfego, conectando importantes centros de

desenvolvimento gerando um número significante de viagens diárias.

Semáforos podem ser encontrados ao longo de tais vias, embora quando espaçados de

em menos de 3 km, podem adquirir características de vias arteriais urbanas, neste caso

considera-se fluxo descontínuo e para análise de capacidade deve-se considerar as

interseções sinalizadas.

O volume de tráfego varia bastante, porém deve ser tipicamente de 15.000 a 40.000

veículos por dia. A principal diferença entre estas vias e as freeways é que as RMF não

têm um controle total de acesso e algumas vezes não possuem divisão e, portanto,

recebem influência do fluxo oposto, o que somado a ocupação do solo ao longo da via

pode levar a problemas de acesso e de mudança de faixas.

A capacidade de uma rodovia de múltiplas faixas sob condições básicas é 2.200 cp / h /

faixa para rodovias com fluxo livre com VFL igual 100 km / h.

1- CARACTERÍSTICAS

Uma das mais importantes características de uma rodovia de múltiplas faixas é a

velocidade de fluxo livre que é a velocidade de tráfego quando o volume é baixo e a

densidade se aproxima de zero. Praticamente é a velocidade em que os motoristas se

sentem confortáveis viajando sob as condições físicas, ambientais e de controle de

tráfego existente num segmento não congestionado.

181

Figura 13 - RMF Divididas. Fonte :HCM 2000.

Figura 14 – RMF não divididas. Fonte :HCM 2000.

182

A importância da velocidade no fluxo livre é ser o parâmetro básico para análise de

capacidade e nível de serviço para condições de fluxo contínuo.

De acordo com alguns estudos, a determinação da VLF no campo é possível, quando o

volume é baixo e inferior a 1400cp/h/f.

Quando não for possível utilizar dados de campo ou de uma rodovia similar, uma

estimativa se faz necessária baseada em dados existentes, experiência e consideração de

vários fatores que tem influência na VFL. A velocidade limite, por exemplo, é um fator

que afeta a VFL.

Consideram-se como em condições ideais as Rodovias de Múltiplas faixas que

apresentam as seguintes características:

Largura de faixa de no mínimo 3,60 m.

Largura total de afastamento de 3,60 m num sentido

Somente caros de passeio no tráfego

Sem acessos diretos na rodovia

Divisão central

elocidade de fluxo livre maior que 100 km / h”

4. Nível de Serviço Para Rodovias Multi-Faixas

Quaisquer duas das três variáveis fundamentais do fluxo de tráfego possibilitam a

análise de desempenho e podem descrever o nível de serviço (NS) para uma rodovia

multi-faixas:

V: taxa de fluxo (UCP/h/faixa)

S: velocidade média dos carros de passeio, (km/h)

D: densidade (número de carros de passeio por quilômetro por faixa.

A inter-relação entre estas três características de desempenho pode ser obtida pela

fórmula: D = V/S

183

Tabela 2 - Critério Equivalente de carro de passeio (UCP) para caminhões e ônibus

para rodovias multi-faixas.

Tipo de Terreno

Plano Ondulado montanhoso

Ônibus e caminhões 1,5 2,5 4,5

Veículos de turismo 1,2 2,0 4

Fonte: HCM 2000, apud .Traffic & Highway Engineering, Garber & Hoel, 2002.

5. Planilhas de Dados de Tráfego

1. VDM Janeiro - Dezembro 2010.xlsx

2. Volume de Tráfego Diário por sentido Janeiro – Dezembro 2010.xls

3. VPH 2010.xlsx