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Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira Relatório Dezembro 2005 Índice INSTITUTO DA ÁGUA DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE UTILIZAÇÕES DO DOMÍNIO HÍDRICO DIVISÃO DE ORDENAMENTO E PROTECÇÃO PLANO DE ORDENAMENTO DA ALBUFEIRA DE AGUIEIRA 4ª FASE RELATÓRIO ÍNDICE DE PORMENOR 1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................1 2. ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO...........................................................................................2 2.1 Domínios Prioritários de Intervenção .................................................................................2 2.1.1 Salvaguarda dos Usos Principais da Albufeira ........................................................2 2.1.2 Protecção de Valorização dos Ecossistemas ..........................................................6 2.1.3 Definição e Compatibilização dos Usos Secundários da Albufeira ........................18 2.2 Síntese das Intervenções Propostas ...............................................................................30 ANEXO Pontos de Amostragem Mapa com Localização dos Pontos de Amostragem Lisboa, Dezembro de 2005 ____________________ ________________________ Eng.º Rui Coelho Dr.ª Margarida Sousa e Silva (Chefe de Projecto) (Coordenação)

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Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira Relatório Dezembro 2005 Índice

INSTITUTO DA ÁGUA DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE UTILIZAÇÕES DO DOMÍNIO HÍDRICO

DIVISÃO DE ORDENAMENTO E PROTECÇÃO

PLANO DE ORDENAMENTO DA ALBUFEIRA DE AGUIEIRA

4ª FASE

– RELATÓRIO –

ÍNDICE DE PORMENOR 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1 2. ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO...........................................................................................2

2.1 Domínios Prioritários de Intervenção.................................................................................2 2.1.1 Salvaguarda dos Usos Principais da Albufeira ........................................................2 2.1.2 Protecção de Valorização dos Ecossistemas ..........................................................6 2.1.3 Definição e Compatibilização dos Usos Secundários da Albufeira ........................18

2.2 Síntese das Intervenções Propostas ...............................................................................30

ANEXO

• Pontos de Amostragem

• Mapa com Localização dos Pontos de Amostragem

Lisboa, Dezembro de 2005 ____________________ ________________________ Eng.º Rui Coelho Dr.ª Margarida Sousa e Silva (Chefe de Projecto) (Coordenação)

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INSTITUTO DA ÁGUA DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE UTILIZAÇÕES DO DOMÍNIO HÍDRICO

DIVISÃO DE ORDENAMENTO E PROTECÇÃO

PLANO DE ORDENAMENTO DA ALBUFEIRA DE AGUIEIRA

4ª FASE

– RELATÓRIO – 1. INTRODUÇÃO

O presente documento corresponde ao “Relatório”, documento que fundamenta as principais medidas, indicações e disposições adoptadas no Plano e que faz parte integrante, da 3ª Fase de elaboração do Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira (POAA) a qual foi entregue, em Abril de 2005. Posteriormente, e no âmbito da fase de apreciação dos elementos entregues, e na sequência das reuniões realizadas a 24 de Maio (em Tábua) e a 10 de Novembro (no INAG) foram introduzidas algumas rectificações que resultaram em alterações pontuais nos elementos entregues e, nomeadamente, no presente Relatório. O Relatório que agora se apresenta, corresponde a esse documento revisto, passando a fazer parte, assim como todos os restantes elementos revistos (Planta Síntese, Planta Actualizada de Condicionantes, Regulamento, Programa de Execução/Plano de Financiamento) da 4ª Fase de elaboração do POAA.

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2. ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO

2.1 Domínios Prioritários de Intervenção

Os aspectos programáticos da estratégia proposta foram estruturados através da identificação dos domínios prioritários de intervenção e da definição das áreas de desenvolvimento estratégico; Esses Domínios prioritários de intervenção correspondem a:

Salvaguarda dos usos principais da Albufeira

Neste domínio identifica-se a “recuperação e prevenção da qualidade da água” como área de desenvolvimento estratégico

Protecção e Valorização dos Ecossistemas Onde se destaca uma área de desenvolvimento estratégico mais abrangente relacionado com a “promoção da qualidade dos ecossistemas e da biodiversidade, em geral” e uma área de desenvolvimento estratégico mais localizada associada à “conservação de habitats e espécies de interesse conservacionista”.

Definição e Compatibilização dos usos secundários da Albufeira Onde se identifica como área de desenvolvimento estratégico a definição e promoção de actividades associadas ao recreio, lazer e turismo e em particular, associadas ao usufruto do plano de água com destaque para a criação de zonas de recreio e lazer (zonas de lazer, zonas de recreio balnear e zonas de apoio às actividades de náutica de recreio) e zonas de desenvolvimento turístico.

2.1.1 Salvaguarda dos Usos Principais da Albufeira A barragem da Aguieira corresponde a um empreendimento hidráulico de fins múltiplos, cujas principais finalidades são: controlo de cheias, produção de energia eléctrica e o abastecimento de água para rega, para a indústria e para o sector doméstico e público. A nível local, a água da albufeira da Aguieira constitui-se como um importante recurso para o abastecimento das populações e um recurso estratégico indutor do desenvolvimento sustentável que se pretende para a área em estudo.

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A recuperação da qualidade da água e das zonas húmidas poderá vir a constituir-se como um importante factor de atracção das populações, para além do que representa em si mesma como elemento de qualidade de vida e de preservação do ambiente. Ao mesmo tempo será possível a afirmação de uma mais valia dos recursos do território na esfera do ambiente e nas infraestruturas, equipamentos e serviços associados. Pretende-se pois, adoptar uma política de preservação e gestão da água que vise a recuperação e a prevenção da qualidade da água, promovendo a regressão trófica da albufeira e a recuperação de troços afluentes onde se detectou degradação das condições ambientais. Para tal, é essencial o controlo das fontes poluentes da bacia de drenagem da albufeira, e, sendo as principais fontes de poluição de origem doméstica, significa que com a melhoria das condições de saneamento básico na bacia será possível atingir melhorias consideráveis a curto/médio prazo. É neste contexto que se defende a introdução de uma maior disciplina na utilização do plano de água e das zonas marginais, a melhoria da cobertura do território com infraestruturas de despoluição e um melhor controlo do funcionamento dos sistemas de tratamento de efluentes. Assim, em termos da recuperação e prevenção da qualidade da água, e tendo em vista a resolução dos problemas diagnosticados na área em estudo, estabelecem-se os seguintes objectivos:

Identificação das fontes poluição dos recursos hídricos Existe uma grande lacuna ao nível dos tratamentos de águas residuais existentes na bacia drenante da albufeira da Aguieira, e que justificam a degradação da qualidade da água existente. Esta situação é tanto mais preocupante quanto, com o aumento da utilização dos espelhos de água para praias fluviais e outras utilizações de lazer, se pode estar a contribuir para um acréscimo de risco de contaminação das mesmas. É por esse motivo necessário proceder-se a uma identificação profunda das fontes de poluição tanto ao nível da área de intervenção do POAA como da bacia drenante e avançar com a implementação de tratamentos adequados, não só em quantidade como em nível de tratamento, adequados à qualidade bacteriológica da água que se pretende.

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Aumento dos níveis de cobertura e da eficiência das redes de abastecimento de água

Apesar da grande maioria da população dispor de ligações à rede de abastecimento domiciliário, o abastecimento é por vezes feito com bastante dificuldade quer do ponto de vista quantitativo, quer do ponto de vista qualitativo. De facto, os concelhos da área envolvente da albufeira estão dependentes de muitas captações locais (foram identificadas perto de 150 captações nos 6 concelhos), algumas fornecendo pequenos caudais e várias sem tratamento eficaz, não sendo possível garantir em muitos sistemas de abastecimento público a qualidade de água exigida pelo Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto e da Directiva Comunitária n.º 79/440/CEE, do Conselho de 16 de Junho. A dispersão de sistemas e captações aumenta a dificuldade de operação e de controlo destes sistemas, e consequentemente de garantia da qualidade da água abastecida às populações. Para a ETA da Aguieira, a ETA da Franca e ETA de Tábua, foram ainda diagnosticadas algumas insuficiências nos respectivos esquemas de tratamento instalados.

Aumento dos níveis de cobertura e da eficiência dos sistemas de recolha e tratamento de águas residuais domésticas e industriais

Como síntese e do ponto de vista de diagnóstico global, observam-se ainda carências infraestruturais, sendo necessária a construção de novas redes de drenagem e infraestruturas de tratamento específicas adequadas nos aglomerados ainda não servidos (Chamadouro, Vale do Couço, Oveiro em Santa Comba Dão e Póvoa do Lobo no Concelho de Tondela) desviando sempre que possível, o ponto de descarga das águas residuais das zonas sensíveis para zonas menos problemáticas do ponto de vista ambiental e sanitário. É ainda necessário remodelar e/ou ampliar as ETAR já existentes que por uma razão ou outra têm o seu funcionamento comprometido, não permitindo obter efluentes com o nível de qualidade mínimo exigido para cada situação específica, pelo que os seus objectivos expectáveis – e consequentes benefícios para a qualidade dos meios hídricos – ainda não estão totalmente atingidos. Verifica-se ser necessário dotar parte das fossas sépticas existentes dos meios complementares de tratamento e destino final que poderão ser poços absorventes, filtros de areia, trincheiras filtrantes ou lagoas de macrófitas e refira-se também a necessidade de controlar adequadamente a entrada nas redes de colectores de efluentes de indústrias situados na malha urbana, nomeadamente através de adequados regulamentos de descarga e do controlo do seu cumprimento.

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Delimitação de perímetros de protecção das captações superficiais e subterrâneas

A delimitação de perímetros de protecção constitui-se como uma medida preventiva para assegurar a protecção das águas subterrâneas e das águas superficiais destinadas ao consumo humano. Nessas zonas de protecção, estabelecem-se restrições ao seu uso. Para as captações superficiais deverá ser delimitada uma zona, através da colocação de bóias de sinalização, com um raio de 100 metros, delimitado a partir da captação. Para as captações subterrâneas deverá ser delimitada uma zona com um raio de 70 metros delimitado a partir da captação.

Acções de sensibilização do uso de fertilizantes químicos e de boas práticas agrícolas e florestais

Dado que a qualidade da água está também dependente das actividades agrícola e florestais que se desenvolvem na envolvente, torna-se importante a implementação de um programa de sensibilização e formação dos agricultores para as práticas compatíveis com a manutenção da qualidade da água na albufeira.

Plano de Monitorização da qualidade da água A importância e os usos da Albufeira da Aguieira justificam que seja implementado um programa de monitorização da qualidade da água que permita a identificação do impacte dos diversos usos existentes e previstos incluindo as principais bacias drenantes. Esta caracterização permitirá de forma faseada, introduzir medidas correctivas assegurando a aplicação dos recursos de acordo com as prioridades identificadas e interpretar a evolução da qualidade da água na Albufeira. No âmbito do POAA, deverão ser integradas as acções já em curso no âmbito do SNIRH e no âmbito da própria gestão do ponto de vista hídrico e hidroeléctrico. São assim definidos um conjunto de pontos a montante da Albufeira, nos principais cursos de água de modo a caracterizar as águas afluentes das bacias drenantes e um conjunto de pontos intermédios relacionados com as concentrações urbanas, os empreendimentos existentes e previstos e algumas ocupações existentes que constituem áreas de risco de poluição. Estas avaliações intermédias permitirão avaliar contribuições específicas e assim identificar prioridades.

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Os pontos são definidos em função dos três cursos de água principais (Mondego, Dão e Criz) sendo os pontos designados para cada um deles com o prefixo M, D e C e numerados de montante para jusante (ver Anexo I). As localizações são indicativas, devendo ser ajustadas em função das condições reais de recolha das amostras e devendo ser na primeira amostragem georeferenciadas de modo a manterem-se os mesmos pontos de referência em relação às amostragens seguintes. O plano de monitorização deverá ser ajustado em função dos resultados e da evolução das ocupações previstas. Os parâmetros a aplicar em cada um dos pontos deverão ser os definidos na Directiva Quadro Água, naturalmente ajustados progressivamente aos mais significativos, conforme o desenvolvimento das campanhas de monitorização. As campanhas deverão incluir a estimativa de caudais e referenciar as características gerais climatológicas no período antecedente.

Monitorização do estado de conservação das ETAR’s existentes Pela necessidade de se proceder a uma avaliação do estado de conservação das ETAR’s existentes e a uma avaliação periódica do seu funcionamento. 2.1.2 Protecção de Valorização dos Ecossistemas Esta análise teve como pressupostos a preservação e manutenção dos recursos naturais existentes e a promoção do aumento da qualidade ecológica da albufeira numa perspectiva de desenvolvimento sustentável. Deste modo, as acções propostas não se limitam á preservação das zonas de interesse conservacionista mas também abrangem vários tipos de acção que promovam a qualidade geral da biodiversidade e dos ecossistemas em presença. É necessário realçar que o ordenamento deste tipo de empreendimento está também dependente do correcto ordenamento da sua bacia de drenagem. Sem a noção da importância deste tipo de ordenamento mais abrangente, a maior parte das acções propostas terão um efeito menor do que o esperado. Este relatório foi dividido em duas partes, de modo a discriminar dois tipos de acções de ordenamento (abrangentes e locais).

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As acções de ordenamento mais abrangentes são necessárias para a preservação e promoção da qualidade dos ecossistemas e da biodiversidade em geral. Estas acções são prioritárias para a conservação da qualidade da água a longo prazo e permitirão a correcta implementação das acções locais. As acções de ordenamento locais, permitirão preservar as zonas ou espécies mais representativas da biodiversidade existente bem como promover o seu aumento. ⇒ Acções de Ordenamento Abrangentes Todos os factores descritos em fases anteriores do plano exercem a sua influência a uma larga escala e devem ser tomados em conta, a longo prazo, para a manutenção ecológica da qualidade da albufeira. É também de realçar a sua importância para o sucesso da maior parte das acções locais que são analisadas neste relatório. Neste contexto, propõe-se as seguintes acções abrangentes:

Implantação de povoamentos de espécies autóctones e conservação das espécies existentes nas zonas de vegetação ripícola

Implantação de espécies autóctones como os Carvalhais e conservação das espécies existentes nas zonas de vegetação ripícola como o Quercus robur e outras espécies como Quercus faginea, Quercus pyrenaica, Quercus rotundifolia, amieiros (Alnus glutinosa), freixos (Fraxinus angustifolia), ulmeiros (Ulmus minor), o abrunheiro bravo (Prunus spinosa) e silvas (Rubus ulmifolius), entre outros.

Controle e eliminação dos povoamentos de Acácia (Acácia sp.)

É preocupante a presença de povoamentos de Acacia Acacia sp., um grupo de espécies exótica invasora, ao longo da zona da zona ribeirinha da albufeira e em outros locais da zona em estudo. Esta espécie apresenta uma elevada fertilidade quando comparadas com as espécies nativas das comunidades invadidas, e uma capacidade de dispersão muito elevada, sendo a sua erradicação muito difícil. O corte geralmente não tem eficácia já que rebenta vigorosamente de touça. Somente a aplicação de herbicidas sistémicos na superfície de corte dá bons resultados, mas exige concentrações bem determinadas e aplicação rigorosa.

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A predominância destas espécies promove a redução da biodiversidade terrestre, uma vez que estes tipos de habitat apresentam valores de biodiversidade mais reduzidos que outros tipos de produções florestais (e.g. Carvalhais). Isto deve-se à menor capacidade deste tipo de habitat de permitir o estabelecimento da maior parte das espécies que ocorrem nas zonas de maior biodiversidade. Este tipo de produções florestais apresentam também uma elevada lexiviação e uma rotatividade mais elevada que outras produções florestais e promovem também a erosão dos solos e o aumento da sedimentação na albufeira. Para além destes factores ecológicos, ocorre também uma diminuição do valor paisagístico devido á uniformidade visual inerente a este tipo de povoamentos.

Implementação de medidas de prevenção e combate a fogos florestais e promoção de campanhas de sensibilização junto à população local

A presença de uma mancha florestal desta dimensão torna importante que se promova a implantação de estruturas adequadas à vigilância, detecção e combate a incêndios florestais, nomeadamente, torres de vigia, caminhos, corta-fogos e aceiros e que se promovam campanhas de sensibilização para a limpeza de matos e caminhos e para a adopção de medidas preventivas. ⇒ Acções de Ordenamento Locais Este tipo de acção tem objectivos muito definidos, que envolvem a conservação de habitats e espécies com interesse conservacionista. Neste contexto, propõe-se as seguintes acções:

Recuperação e conservação de povoamentos de espécies autóctones nas zonas identificadas como de interesse conservacionista

Na 1ª Fase do POAA (“Estudos de Base”) obteve-se uma perspectiva global do estado dos ecossistemas existentes na área em estudo. Esta contextualização permitiu estabelecer, na 2ª Fase, uma ordenação das espécies ou grupos taxonómicos que necessitam de acções de ordenamento mais prioritárias. Foram discriminados vários locais com povoamentos de carvalhos que correspondem a espécies de grande interesse conservacionista, que advêm do facto de possuírem uma biodiversidade elevada em comparação com os outros povoamentos florestais presentes.

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Na área de intervenção do POAA, destacam-se 3 locais, sendo o primeiro local (Papízios) considerado como prioritário, em termos do desenvolvimento das acções propostas:

• Papízios (Concelho de Carregal do Sal)

Esta zona compreende a maior extensão de carvalhal existente na zona em estudo. Embora esteja rodeado de outros povoamentos florestais mais recentes, possui ainda uma extensão razoável.

Não é uma zona homogénea, tendo no seu interior outros povoamentos

recentes. É aconselhável a reconversão destes povoamentos. • Perto de Rego de Água – Rio Criz (Concelho de Santa Comba Dão)

Este carvalhal apresenta um acesso fácil ao plano de água e encontra-se implantado numa zona muito perto de Santa Comba Dão.

É um carvalhal de reduzidas dimensões que se destaca claramente dos

povoamentos circundantes. • Póvoa de Midões – Rio Mondego (Concelho de Tábua)

Esta zona apresenta um povoamento de carvalhos e outras espécies autóctones. Localiza-se próximo da estrada EM635 e na proximidade de uma zona de desenvolvimento turístico proposta no âmbito do POAA.

Dada a sua sensibilidade, foi estabelecida uma área de protecção de 50 metros em redor de cada uma destas zonas e estabelece-se a necessidade de recuperação e manutenção desses povoamentos e a introdução de restrições à reconversão dos povoamentos florestais autóctones, de modo a impedir a degradação dessas zonas.

Recuperação e conservação da vegetação ripícola nas zonas identificadas como de interesse conservacionista

Verificou-se na 1ª Fase do POAA, a existência de várias galerias ripícolas bem desenvolvidas. A sua importância conservacionista provêm do facto de constituírem um importante recurso natural com várias funções ambientais e que controlam vários processos ecológicos fundamentais para a sustentabilidade dos ecossistemas ribeirinhos. O facto da maior parte destas zonas se referirem a vales fluviais e serem de dimensões reduzidas, faz com que fiquem bastante vulneráveis a qualquer acção efectuada junto aos seus limites. Por esta razão foi estabelecida uma área de protecção de 50 metros em redor de cada zona.

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Foram discriminados vários locais e destes, destacam-se 3 locais (Póvoa do Lobo, Ribeira da Azenha e Ribeira de São Paio) onde as acções propostas são mais prioritárias:

• Póvoa do Lobo (Concelho de Tondela)

Esta zona compreende o segmento do rio Criz que se encontra entre a albufeira e o limite da área em estudo. Engloba um vale de declive acentuado, com uma galeria ripícola e um leito fluvial bem preservado. A sua posição de interface entre águas correntes e a albufeira tornam esta zona muito importante para a ictiofauna.

• Ribeira da Azenha (Concelho de Carregal do Sal)

Possui uma galeria ripícola bem desenvolvida e apresenta na zona mais próxima da albufeira, condições óptimas para a reprodução de várias espécies de anfíbios. A existência de acessos fáceis ao local e a presença de um prado de dimensões razoáveis nesta zona permite que seja utilizada com frequência, sobretudo por pescadores. Por estas razões, qualquer acção de conservação deve ter em conta esta situação de modo que o local possa continuar a ser utilizado pela população local, evitando-se no entanto, situações de maior uso.

• Ribeira de São Paio (no limite entre o Concelho de Penacova e Concelho de Tábua)

Esta zona compreende os segmentos fluviais que se encontram entre a albufeira e o limite da área em estudo. Engloba dois cursos de água que são acompanhados nesta zona pela estrada EM529. Deste modo, é facilmente acessível. Compreende uma zona de galeria ripícola bastante desenvolvida e uma zona fluvial pouco profunda na parte adjacente à albufeira, fundamental para a reprodução de anfíbios e da ictiofauna.

Foram, no entanto, identificadas outras zonas de interesse conservacionista. Todas apresentam uma pequena dimensão e por isso estão muito vulneráveis a ameaças externas.

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Deste modo, temos:

• Rio Milheiro – Costa (limite entre o Concelho de Mortágua e Tondela) Zona ripícola bem definida, que se encontra a jusante de vários campos agrícolas. A sua localização na foz do rio Mau, na zona de interface entre a albufeira e o rio, torna-a importante também para a reprodução de anfíbios e da ictiofauna. É por esta razão uma zona frequentemente utilizada para a pesca.

• Rio Criz – Vale Mosteiros (Concelho de Santa Comba Dão)

Zona ripícola bem definida, rodeada de povoamentos de Eucalipto.

• Rio Criz – Perto do Vale do Zebro (Concelho de Mortágua)

Zona ripícola bem definida, rodeada de povoamentos de Eucalipto. Apresenta uma extensão razoável e um bom estado de conservação.

• Rio Criz – Vale dos Lobatos (Concelho de Mortágua)

Zona ripícola bem definida, rodeada de povoamentos de Eucalipto.

• Rio Criz – Perto de Freixeiro (Concelho de Mortágua) Zona ripícola bem definida, rodeada de povoamentos de Eucalipto.

• Vale de Paredes (Concelho de Mortágua)

Zona ripícola bem definida.

• Ilha – a Norte de S. Vicente (Concelho de Santa Comba Dão)

Pequena ilha que está numa zona frequentada por Águia pesqueira. Apresenta pouca vegetação.

• Vale do Lagar (Concelho de Santa Comba Dão)

Zona ripícola bem definida, rodeada de povoamentos de Eucalipto.

• Ilha – a SW do Alto de Carrizes/Chamadouro (Concelho de Santa Comba Dão)

Esta pequena ilha encontra-se situada na zona de maior perturbação. No entanto, durante o Inverno e migrações, é utilizada por várias espécies de aves, nomeadamente a Águia pesqueira e o Corvo Marinho.

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• Rio Mondego – Quinta da Ribeira (Concelho de Tábua) Zona ripícola bem definida, rodeada de povoamentos de Eucalipto e Pinheiro.

• Rio Cavalos (Concelho de Tábua)

Zona ripícola bem definida, com uma extensão razoável.

• Rio Mondego – Espadanal (Concelho de Tábua) Zona ripícola bem definida.

• Ribeira de São Simão (Concelho de Tábua)

Zona ripícola bem definida.

• Ribeira do Ventinho (Concelho de Santa Comba Dão)

Pequena zona ripícola bem definida.

• Rio Dão – Póvoa de João Dias (Concelho de Santa Comba Dão) Zona ripícola bem definida, que possui um pequeno charco onde foi confirmada a presença de Pato-real, possuindo condições para a reprodução de várias espécies de anfíbios.

• Ribeira de Basto (Concelho de Carregal do Sal)

Zona ripícola bem definida e relativamente bem conservada.

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Quadro 1 – Áreas com Interesse Conservacionista na Área de Intervenção do POAA

Prioridade

(*) Nome Habitat

1 Póvoa do Lobo Galeria ripícola

1 Papízios Carvalhal

1 Ribeira da Azenha Galeria ripícola

1 Ribeira de São Paio Galeria ripícola

4 Rio Mondego - Póvoa de Midões Galeria ripícola

2 Rio Milheiro – Costa Galeria ripícola

4 Rio Criz - Vale Mosteiros Galeria ripícola

2 Rio Criz - Perto do Vale do Zebro Galeria ripícola

4 Rio Criz - Vale dos Lobatos Galeria ripícola

4 Rio Criz - Perto de Freixeiro Galeria ripícola

2 Rio Criz - Carvalhal perto de Rego de Água Carvalhal

4 Vale de Paredes Galeria ripícola

3 Ilha (a Norte de S. Vicente) Ilha

4 Vale do Lagar Galeria ripícola

3 Ilha (a SW do Chamadouro) Ilha

4 Rio Mondego - Quinta da Ribeira Galeria ripícola

2 Rio Cavalos Galeria ripícola

4 Rio Mondego - Espadanal Galeria ripícola

2 Ribeira de São Simão Galeria ripícola

4 Ribeira do Ventinho Galeria ripícola

2 Rio Dão - Póvoa de João Dias Galeria ripícola

2 Ribeira de Basto Galeria ripícola Nota: (*) Uma escala de 1 (mais importante) a 4 (sem importância) permite avaliar a importância de cada zona

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Acções de Conservação da Ictiofauna A conservação da ictiofauna existente depende principalmente da manutenção das zonas que reúnem as condições adequadas para a sua reprodução. A maior parte destas zonas necessita de possuir várias características, entre as quais se destacam:

- Pouca profundidade

- Poucas flutuações do nível da água

- Leitos de plantas submersos ou vegetação ripícola

Foi possível durante a 1ª Fase do POAA identificar várias destas zonas que, pela suas qualidades potenciais, deveriam ser alvo prioritário de acções de ordenamento de modo a condicionar várias actividades humanas (ex.: navegabilidade) e permitir desenvolver condições óptimas de desova e de reprodução da ictiofauna e herpetofauna. Foram identificadas quatro zonas que correspondem às zonas mais a montante na albufeira e que são utilizadas como zonas de protecção e alimento para os membros mais jovens das espécies autóctones. Os afluentes que desaguam na albufeira mantêm ainda regime de caudais e características lóticas e por isso proporcionam condições ecológicas muito favoráveis para a reprodução, contribuindo assim para a manutenção das populações adultas na albufeira. Essas zonas correspondem a:

• Zona superior do Rio Criz e Rio Mau Localizada no extremo norte da albufeira, não possui vegetação ripícola considerável a não ser nos últimos dois quilómetros da albufeira. No entanto apresenta vários meandros com vegetação ripícola. É uma zona que possui condições, em vários locais, para a reprodução da ictiofauna.

• Zona superior do rio Dão Esta zona, não obstante a considerável pressão humana que condiciona a qualidade biológica da água, possui características muito atractivas para a reprodução de anfíbios e peixes, na medida que possui vários charcos e zonas de declive suave com macrófitas e zonas arenosas ou de pedras. Inclui zonas acessórias muito importantes na ribeira da Azenha e outros pequenos ribeiros que proporcionam charcos ou pequenos lagos. Também proporciona condições favoráveis para outras espécies, como por exemplo, a lontra.

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• Zona superior do rio Mondego Esta zona, embora o curso principal seja profundo, possui várias ribeiras nomeadamente a ribeira de São Paio, ribeira do Covelo, ribeira de São Simão e rio Cavalos, que apresentam uma profundidade reduzida e vegetação ripícola mais desenvolvida.

• Zona inferior do rio Mondego Pela sua importância, estas zonas estão sujeitas a medidas de ordenamento de modo a prevenir a sua degradação.

Redução dos factores de perturbação, recuperação de populações-presa e aumento de locais propícios para pouso da Águia-pesqueira Pandion haliaetus

Esta espécie de ave de rapina é comum na área de estudo durante o Inverno e durante as passagens migratórias. Utiliza principalmente as zonas do plano de água com maior densidade de peixes. No entanto, também utiliza as margens, nomeadamente para o manuseio das presas e para descanso. É importante referir que, embora toda a zona inferior do Rio Mondego esteja muito degradada do ponto de vista das comunidades biológicas, localiza-se aí uma das ilhas que existem na albufeira (atrás já referida) que é utilizada por corvos-marinhos durante o inverno e pode proporcionar local de repouso para águias-pesqueiras. Por estas razões, as acções de ordenamento focam-se na redução dos factores de perturbação (nomeadamente introduzindo uma área de protecção de 50 metros em redor de cada uma destas zonas e introduzindo restrições à navegabilidade), no aumento da disponibilidade e qualidade das presas (através do maneio dos habitats e de repovoamentos) e no aumento da disponibilidade de locais propícios para pouso. A criação de novos locais é realizada com a implantação de postes em locais pouco profundos do plano de água. Esta acção deve ainda ser acompanhada de sensibilização junto dos utentes do plano de água para evitar a perturbação destes locais. A importância da conservação desta espécie foi recentemente confirmada pelos resultados preliminares do Livro Vermelho dos Vertebrados que a classifica na categoria “Em perigo”. ⇒ Promoção da Educação Ambiental Ao nível da Protecção e Valorização dos Ecossistemas torna-se ainda importante promover acções ao nível da Educação Ambiental, de onde se destacam:

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Acções de sensibilização da população residente e turista Pretende-se o desenvolvimento de acções de sensibilização da população residente e turista através da promoção de campanhas de sensibilização e divulgação chamando a atenção e sensibilizando a população para os recursos existentes e para a necessidade da sua preservação.

Implantação de sinalização informativa e interpretativa Deverá ainda ser implementada sinalização informativa e interpretativa nas zonas de interesse conservacionista prioritárias, nos caminhos recuperados, nas zonas de recreio e lazer e zonas e interesse turístico de forma a divulgar os recursos existentes na albufeira e chamar a atenção para a necessidade da sua preservação, restrições adoptadas e usos previstos no âmbito do POAA.

Instalação de um Centro de Interpretação e de Observação da Natureza Pretende-se com este centro promover o conhecimento e divulgação do património natural e cultural existente na área de intervenção do POAA e concelhos abrangidos. Esse Centro de Interpretação e de Observação da Natureza, a localizar no futuro Parque da Natureza (em Carregal do Sal) deverá constituir-se como um local privilegiado para a informação e divulgação ambiental, permitindo o desenvolvimento de actividades de educação ambiental e interpretação da natureza e a participação da população na salvaguarda desse património. Deverá ainda articular-se com o percurso arqueológico dolménico já existente no Concelho.

Recuperação de caminhos Na área em estudo existem caminhos que se desenvolvem ao longo das margens e que possuem potencialidades para o desenvolvimento de uma série de iniciativas associadas ao recreio e lazer e ao turismo. A sua recuperação corresponde a uma iniciativa essencial para permitir a protecção, recuperação e valorização ambiental dessas faixas ribeirinhas e simultaneamente, uma aproximação da população residente e população turista ao plano de água. A sua proximidade a zonas de recreio e lazer e a zonas de desenvolvimento turístico vai ainda permitir, complementar e diversificar o tipo de iniciativas que aí se propõe, nomeadamente, com o desenvolvimento de trilhos e percursos ambientais e de percursos de lazer e de descoberta e de percursos temáticos e de interpretação.

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Os caminhos a recuperar, tal como identificados na Planta Síntese, correspondem aos seguintes:

a) Caminho marginal entre a zona do Crafuncho e a zona de recreio balnear de Valongo/Breda (Concelho de Mortágua);

b) Caminho marginal entre a zona da zona de recreio balnear de Valongo/Breda e a Ribeira do Gaivato (Concelho de Mortágua);

c) Caminho marginal entre o IP3/Stª Comba Dão e o aglomerado do Granjal (Concelho de Santa Comba Dão);

d) Caminho marginal entre o aglomerado do Granjal e a antiga estação ferroviária do Treixedo (Concelho de Santa Comba Dão);

e) Antigo traçado do ramal ferroviário entre o aglomerado do Vimieiro e a antiga estação ferroviária do Treixedo, com reposição da travessia sobre o Rio Dão (Concelho de Santa Comba Dão);

f) Caminho marginal entre a zona do Parque de Merendas e o Parque da Natureza (Concelho de Carregal do Sal).

Na área de intervenção do POAA, poderão ainda vir a ser estabelecidos outros percursos desde que corresponda à recuperação de caminhos ribeirinhos existentes. Esses caminhos deverão ser recuperados para ciclovia, circulação pedonal e equestre devendo a circulação automóvel ser condicionada. Deverão integrar nos seus extremos, parques de estacionamento e ao longo desses percursos, deverão existir locais de paragem e repouso devidamente infraestruturados e integrar sinalização informativa e interpretativa. Deverão ainda ter uma largura máxima de 3 metros, deverão integrar piso permeável ou semi-permeável e serem dotados de uma faixa de protecção em talude em relação ao plano de água constituída por vegetação predominantemente ribeirinha de forma a diminuir a erosão e criar um efeito de tampão e integrar valas de drenagem laterais permeáveis, com caixas de recepção das afluências de modo a fazer a retenção de sólidos em suspensão, antes da descarga na Albufeira.

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Plano de Monitorização das acções de manutenção e recuperação dos principais habitats e espécies de interesse conservacionista

Qualquer acção de ordenamento proposta terá de ser validada de modo a verificar a sua utilidade para os objectivos propostos. Neste caso, pretende-se uma avaliação do efeito das medidas apontadas no POAA em termos de manutenção e recuperação dos principais habitats e espécies de interesse conservacionista identificadas na zona de intervenção do POAA. A validação de cada uma destas acções deverá ser analisada mediante a elaboração de uma campanha de monitorização no futuro, de modo a comparar os seus resultados com a situação identificada neste estudo. A monitorização da biodiversidade e ecossistemas deverá ter uma periodicidade regular. 2.1.3 Definição e Compatibilização dos Usos Secundários da Albufeira De acordo com a caracterização e diagnóstico efectuados na 1ª e 2ª fases do POAA, e o exposto nos pontos anteriores deste relatório, identificaram-se um conjunto de áreas com potencialidades para o desenvolvimento de iniciativas de âmbito turístico, de lazer e actividades similares. Essas áreas correspondem a: ⇒ Zonas de Recreio e Lazer As zonas de recreio e lazer correspondem a áreas, normalmente contíguas ao plano de água, onde se prevê o ordenamento desse espaço para uso público e consequentemente, a instalação de equipamentos, estruturas, infraestruturas e serviços de apoio às actividades de turismo e lazer. Dependendo da vocação e das potencialidades detectadas, essas áreas subdividem-se em:

Zonas de lazer – zonas que, pelas características que apresentam, pela sua localização privilegiada junto ao plano de água e/ou pelo facto de já serem tradicionalmente utilizadas para esse efeito, poderão vir a constituir-se como locais de estadia, recreio e lazer, potenciando o usufruto e contacto com o rio e a sua envolvente natural.

Para os concelhos integrados na área em estudo, estão previstas as seguintes áreas:

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√ Zona ribeirinha de Falgaroso do Maio (Concelho de Mortágua) Dado o notável enquadramento da totalidade desta zona pretende-se a sua recuperação através do desenvolvimento de vários projectos e intervenções que deverão considerar, de forma articulada e integrada, a criação de um campo de golfe, a recuperação e consequente expansão do aglomerado urbano de Falgaroso do Maio e a recuperação da zona ribeirinha adjacente. Para essa zona ribeirinha, que se tem vindo a constituir como um local com tradição de uso, está prevista e além da sua recuperação e arranjo paisagístico, um espaço destinado ao recreio balnear e recreio náutico e integrar, além de outros equipamentos e estruturas a definir em projecto próprio, um Centro Náutico. √ Parque de Merendas da Srª da Ribeira (Concelho de Carregal do Sal) Corresponde a uma zona com tradição de uso (local de romaria à capela da Srª da Ribeira) mas que não possui infraestruturas de apoio. Em cerca de 7 hectares, pretende-se vir a criar uma zona de repouso e estadia e integrar, além de outros equipamentos e estruturas a definir em projecto próprio, um parque de merendas e um parque infantil. √ Parque Aventura (Concelho de Tábua) A sua localização privilegiada junto ao plano de água e na proximidade de áreas tradicionalmente utilizadas para a prática desportiva (turismo aventura) deixa antever que esta área se possa vir a constituir como um pólo aglutinador desse tipo de actividades as quais, carecem de um espaço próprio que as promova e apoie. Este espaço, com cerca de 25 hectares, poderá vir a integrar três vertentes complementares: um espaço destinado a recreio balnear, um espaço destinado ao recreio náutico com embarcações a remos, à vela e a pedal e um espaço destinado ao turismo de aventura centrado no exercício de várias actividades desportivas. Assim, e para além de uma zona recreativa associada ao plano de água (piscina/praia fluvial, local para acostagem de embarcações à vela, a remos e a pedal) deverão concentrar-se aí, algumas das actividades já praticadas nesta zona como as “multiactividades” onde se poderão conjugar as actividades associadas ao plano de água (canoagem, kayak), com caminhadas, orientação, BTT (bicicletas todo-o-terreno), actividades de tiro (paintball e tiro ao alvo), actividades com cordas (rappel, slide, pontes flutuantes…). Esta zona deverá ser complementada com um restaurante, parque de merendas e outro tipo de equipamento de apoio.

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√ Parque da Natureza (Concelho de Carregal do Sal)

Este Parque deverá integrar em cerca de 22 hectares, além de outros equipamentos e estruturas a definir em projecto próprio, um Centro de Interpretação e de Observação da Natureza (atrás já referido), trilhos ambientais e outros percursos de lazer e descoberta, devendo ainda integrar uma zona de estadia com um estabelecimento de restauração ou de bebidas;

√ Zona Verde/Parque Termal (Concelho de Santa Comba Dão)

O projecto do parque termal prevê-se a recuperação do espaço florestal adjacente (cerca de 10 hectares) para criar uma zona de enquadramento, non aedificandi. Esta zona poderá vir a ser objecto de recuperação para estadia, recreio e lazer.

Zonas de recreio balnear – Correspondem a zonas com vocação privilegiada para estadia, banhos e natação. Implicam ainda, que se defina no plano de água, uma zona de protecção a essas actividades.

Essas zonas deverão ser complementadas com outro tipo de equipamentos e estruturas (ex.: locais de acostagem para embarcações a remos, à vela e a pedal) que estimulem a animação e o usufruto dessa zona. Assim temos, e para os concelhos integrados na área em estudo:

√ A zona de recreio balnear de Valongo-Breda (Mortágua)

√ A requalificação da zona de recreio balnear da Sr.ª da Ribeira (St.ª Comba Dão)

√ A zona de recreio balnear de Tábua (Tábua)

√ Outras zonas balneares integradas nas Zonas de Lazer e nas Zonas de Desenvolvimento Turístico previstas para esta área e que deverão localizar-se em:

- São Vicente (St.ª Comba Dão);

- Falgaroso do Maio (Mortágua);

- Almacinha (Mortágua);

- Chamadouro/Alto dos Carrizes (St.ª Comba Dão);

- Travanca do Mondego (Penacova);

- Lapa (St.ª Comba Dão);

- Covelo (Tábua).

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Apesar de existirem na Albufeira outros locais susceptíveis de serem utilizados como zona de recreio balnear (ou praia fluvial) estas, deverão corresponder, a praias infraestruturadas e equipadas para prestar apoio aos utentes.

Infraestruturas de Apoio ao Recreio Náutico

As infraestruturas e equipamentos de apoio ao recreio náutico fazem parte integrante das zonas de recreio e lazer e das zonas de desenvolvimento turístico. Correspondem a três tipologias as quais integram níveis de infraestruturação e de serviços distintos e correspondem a:

√ Porto de Recreio;

√ Centro Náutico;

√ Embarcadouro.

Os Portos de Recreio deverão possuir capacidade para atracação simultânea de 100 a 150 embarcações, devendo incluir parqueamento para um mínimo de duas embarcações marítimo-turísticas e deverão integrar as seguintes infraestruturas e serviços:

- Posto de combustível para as embarcações;

- Abastecimento público de água e energia às embarcações;

- Acesso das embarcações ao plano de água através de meios mecânicos de alagem ou rampa de varadouro;

- Acesso viário à estrutura flutuante;

- Parque de estacionamento regularizado para automóveis e autocarros a localizar fora da zona reservada;

- Zona destinada à manutenção de embarcações de recreio equipadas com sistemas eficazes de recolha das águas residuais e outros resíduos resultantes das operações de manutenção e lavagens das embarcações de recreio;

- Instalações sanitárias e balneários em construção amovível ou ligeira;

- Posto de socorros e vigilância/comunicações;

- Sistema de segurança contra incêndios.

Na área em estudo está prevista a localização de dois portos de recreio: no empreendimento turístico do Vale D’Aguieira (Crafuncho) que corresponde a uma iniciativa de âmbito privado, integrada nesse conjunto e na Sr.ª da Ribeira.

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Os Centros Náuticos deverão possuir uma capacidade para atracação simultânea de 50 a 75 embarcações, devendo incluir parqueamento para uma embarcação marítimo-turística. Deverão integrar as seguintes infraestruturas e serviços:

- Abastecimento público de água e energia às embarcações;

- Acesso das embarcações ao plano de água através de meios mecânicos de alagem ou rampa de varadouro;

- Acesso viário ao à estrutura flutuante;

- Parque de estacionamento regularizado para automóveis e autocarros a localizar fora da zona reservada;

- Zona destinada à manutenção de embarcações de recreio equipadas com sistemas eficazes de recolha das águas residuais e outros resíduos resultantes das operações de manutenção e lavagens das embarcações de recreio;

- Instalações sanitárias e balneários em construção amovível ou ligeira;

- Posto de socorros e vigilância/comunicações;

- Sistema de segurança contra incêndios.

Na área em estudo está prevista a localização de três Centros Náuticos: em Falgaroso do Maio, Chamadouro/Alto dos Carrizes e no lugar da Barragem da Aguieira (este último de iniciativa privada a desenvolver no âmbito desse plano). O embarcadouro a localizar em Tábua deverá possuir capacidade máxima para 20 embarcações, estando incluído o parqueamento de uma embarcação marítimo-turística e deverá integrar as seguintes infraestruturas e serviços:

- Acesso das embarcações ao plano de água através de meios mecânicos de alagem ou rampa de varadouro;

- Acesso viário ao embarcadouro;

- Parque de estacionamento regularizado para automóveis e autocarros a localizar fora da zona reservada;

- Posto de socorros e vigilância/comunicações;

- Sistema de segurança contra incêndios.

Deste modo, e para a área em estudo, e atendendo-se à possibilidade de se implantarem dois portos de recreio, três centros náuticos e um embarcadouro, prevê-se a possibilidade de parqueamento de 370 embarcações a motor. No caso dessas infraestruturas atingirem a sua capacidade máxima prevê-se um total de 545 embarcações motorizadas estacionadas na Albufeira. Quanto às embarcações não motorizadas (à vela, a remos e a pedal), deverão existir, e associadas às zonas de recreio e lazer e às zonas de desenvolvimento turístico, locais para acostagem e recolha dessas embarcações.

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Recuperação de Espaços Urbanos As características do aglomerado de Falgaroso do Maio (Concelho de Mortágua) e do Granjal (Concelho de St.ª Comba Dão) e a exiguidade desses espaços urbanos, revelam-se incompatíveis com os investimentos (campo de Golfe e Parque Termal, respectivamente) e objectivos de ordenamento previstos para essas áreas. Por esse motivo, torna-se indispensável promover a recuperação, revitalização e ampliação desses espaços urbanos, para que se possam vir a integrar na requalificação prevista para essas zonas. Igualmente, a proximidade do aglomerado de Póvoa de João Dias (Concelho de St.ª Comba Dão) aos investimentos previstos para a zona da antiga estação ferroviária do Treixedo e envolvente imediata colocam-no em posição privilegiada para que possa vir a beneficiar, acompanhar e complementar os investimentos previstos para esta área. Por esse motivo, prevê-se a sua recuperação. Para esses espaços está prevista a elaboração de planos de pormenor.

Definição de Espaços com Vocação Urbanizável Os espaços com vocação edificável, identificados na planta síntese, correspondem a espaços contíguos aos aglomerados de Falgaroso do Maio (Concelho de Mortágua) e Granjal (Concelho de Santa Comba Dão) que reúnem condições para a expansão desses aglomerados.

Para esses espaços, deverão ser elaborados Planos de Pormenor, os quais na sua elaboração deverão obedecer aos índices e parâmetros urbanísticos definidos nos respectivos planos directores municipais e ao estipulado no Regulamento do presente POAA.

Zonas de Desenvolvimento Turístico As zonas de desenvolvimento turístico correspondem a zonas que, pelas características que possuem, pela sua localização privilegiada ou pela presença de intenções de investimento nesse âmbito, se considera que possuem condições para a implantação de empreendimentos turísticos. Na área em estudo, ao nível da oferta de alojamento turístico, e em termos de investimentos já iniciados e concretizados, distinguem-se três situações distintas:

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- Em funcionamento: existe uma unidade de Turismo no Espaço Rural, em Santa Comba Dão (a “Quinta do Rio Dão/Quinta da Abelenda”) com capacidade para 22 camas e o empreendimento turístico da Pedra da Sé, em Tábua, com capacidade para 48 camas.

- em construção: integrados no Plano de Pormenor do Crafuncho (Concelho de

Santa Comba Dão) está prevista a construção de uma Estalagem (80 camas) e de um Aparthotel (120 camas) e a futura unidade do “Monte Rio Aguieira” (165 camas), totalizando uma oferta de 365 camas. O empreendimento turístico do Vale D’Aguieira integra ainda, 291 fogos destinados a habitação.

- em projecto: O Plano de Pormenor da Barragem da Aguieira (concelho de

Penacova), aprovado recentemente (a 2 de Março de 2005) prevê ainda, e além de 238 fogos destinados a habitação, uma unidade hoteleira com capacidade para 60 camas.

Ao nível do POAA e tendo em atenção investimentos previstos, compromissos já existentes e a presença de áreas com potencialidades para a implantação de alojamento turístico detectou-se um conjunto de áreas que poderão vir a constituir-se como zonas de desenvolvimento turístico, passando a integrar empreendimentos turísticos ou parques de campismo, conforme a opção de investimento. Essas zonas de desenvolvimento turístico, tal como delimitadas na Planta Síntese, correspondem a:

- Granjal/Parque Termal

Em cerca de 4 hectares, e correspondendo a uma intenção já antiga da câmara municipal, prevê-se a construção de um parque termal, com áreas de equipamento, balneários e hotel, aproveitando a presença de uma nascente de água sulfúrea sódica normalmente associada ao tratamento de doenças das vias respiratórias e a doenças do foro reumatismal. O projecto do parque termal prevê-se ainda, a recuperação do espaço verde adjacente criando-se uma zona de enquadramento, non aedificandi. Esse projecto deverá ainda considerar a recuperação do caminho marginal que se pretende desenvolver entre o viaduto do IP3, o aglomerado do Granjal e a antiga estação ferroviária do Treixedo, para ciclovia e circulação pedonal e equestre.

- São Vicente (Santa Comba Dão);

- Falgaroso do Maio/Campo de Golfe

Em cerca de 60 hectares, pretende-se a criação do campo de golfe de 18 buracos, o qual deverá integrar um conjunto de equipamentos e estruturas a definir em projecto próprio, nomeadamente um empreendimento turístico.

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- Almacinha (Concelho de Mortágua);

- Chamadouro/Alto dos Carrizes (Santa Comba Dão);

- Travanca do Mondego (Penacova);

- Sr.ª da Ribeira (Santa Comba Dão);

- Lapa (Santa Comba Dão);

- Covelo (Tábua);

- Ázere (Tábua);

Os empreendimentos turísticos deverão corresponder, de um modo geral, a unidades de baixa densidade, integradas na paisagem e com uma capacidade máxima para 150 utentes. Deverão ainda possuir as condições exigidas para a categoria de 3 estrelas nos termos da legislação específica em vigor. Exceptua-se o caso dos parques de campismo, os quais deverão possuir as condições exigidas para a categoria de 4 estrelas nos termos da legislação específica em vigor e integrar uma capacidade máxima de 200 utentes por parque. Para a ZDT de Falgaroso do Maio (Campo de Golfe) e a ZDT do Granjal (Parque Termal), a capacidade (número de camas) dos empreendimentos turísticos que integrar, deverá ser avaliada no âmbito de um Plano de Pormenor, em função da viabilidade económica do empreendimento. Ao nível do alojamento turístico torna-se ainda necessário considerar a presença de alguns imóveis isolados com boas características para virem a ser integrados em investimentos no âmbito do Turismo no Espaço Rural. Dada a especificidade desses investimentos não se define a sua capacidade de alojamento (número de camas). Todas essas unidades de alojamento não deverão ser encaradas como investimentos isolados, devendo ser complementadas com outro tipo de investimentos e equipamentos, estruturas e infraestruturas de apoio à utilização do plano de água (ex.: zonas de recreio balnear, infraestruturas de apoio ao recreio náutico), de forma a ampliar as opções e o leque de utilizadores dessas zonas. ⇒ Recuperação de Áreas Degradadas As áreas degradadas existentes na área de intervenção do POAA correspondem a espaços devolutos, que resultaram do abandono da actividade ferroviária e mineira, dando origem a zonas degradadas, com situações de solos alterados e edifícios degradados, imprimindo um impacte negativo na paisagem.

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Correspondem às seguintes áreas:

Recuperação do edifício da antiga estação ferroviária do Treixedo, edifício anexo e recuperação paisagística da envolvente imediata (Concelho de St.ª Comba Dão).

Com a recuperação deste espaço pretende-se que se realizem obras de recuperação do edifício da antiga estação de Treixedo e edifício anexo para criar um posto de informação, um pequeno estabelecimento de restauração e de bebidas, instalações sanitárias e posto de socorros. Pretende-se, igualmente, a recuperação paisagística da zona envolvente criando uma zona de estadia e de apoio aos percursos que se prevê que venham a confluir nesta zona e que correspondem:

Caminho marginal entre o IP3/Stª Comba Dão/aglomerado do Granjal e a antiga estação ferroviária do Treixedo (Concelho de Santa Comba Dão);

Antigo traçado do ramal ferroviário entre o aglomerado do Vimieiro e a antiga estação ferroviária do Treixedo, com reposição da travessia sobre o Rio Dão (Concelho de Santa Comba Dão);

Recuperação da Pedreira do Pinheirinho (Concelho de St.ª Comba Dão)

A recuperação desta área tem como objectivo a criação de uma zona de apoio às actividades desportivas que aí já se desenvolvem como a escalada e manobras com cordas.

Concretização das propostas previstas para a recuperação das antigas áreas mineiras do Vale da Abrutiga e de Mondego Sul (Concelho de Tábua)

Corresponde a uma iniciativa privada que se encontra em curso e que não se integra no âmbito do POAA. Corresponde, no entanto, a uma iniciativa fundamental para a viabilidade da ZDT de Ázere para a qual se estabelece que o seu desenvolvimento fica condicionado ao projecto de recuperação ambiental da antiga área mineira de Mondego Sul. Qualquer iniciativa a desenvolver nesse espaço só poderá ser implementada após a sua concretização e após confirmação de não existirem condicionantes de segurança e ambientais. Ainda e no âmbito do POAA, para essa própria área e após o processo de recuperação ambiental e da respectiva avaliação dessas áreas, poderão vir a ser admitidos outros usos, desde que estes se revelem compatíveis com as restantes propostas e actividades previstas no POAA e desde que se revelem socialmente úteis.

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⇒ Ordenamento das Zonas de Navegação Para o exercício da navegação delimitaram-se, no plano de água, três zonas distintas:

√ Zonas de Navegação Livre Correspondem a zonas do Plano de Água que, pelas suas condições naturais, possuem aptidão para a navegação com embarcações motorizadas e não motorizadas e para livre prática de desportos náuticos motorizados e não motorizados.

√ Zonas de Navegação Restrita Correspondem a faixas de segurança que se desenvolvem no plano de água, ao longo das margens e a zonas do plano de água onde, e pela presença de obstáculos no leito do rio se impõem algumas restrições à navegação. Essa Zona integra as seguintes áreas, tal como delimitadas na Planta Síntese:

- uma faixa que se desenvolve ao longo das margens, no Plano de Água, com

uma largura aproximada de 50 metros contada a partir do limite exterior do plano de água e variável consoante o nível de armazenamento de água da albufeira;

- nos locais onde existem pontes, corresponde a uma faixa de protecção, com

uma largura de 50 metros para cada lado da projecção da ponte sobre o plano de água, variável consoante o nível de armazenamento de água da albufeira.

Estão nesta última situação:

- a ponte sobre o Rio Criz (EN324);

- o viaduto do caminho de ferro, a sul dessa estrada, no atravessamento do rio Criz e do rio Dão;

- o IP3, no atravessamento da Albufeira;

- As duas pontes sobre o rio Mondego em Ázere (CM1573) e Pedra da Sé (EN234-6).

Nessas zonas apenas é permitida a navegação com embarcações motorizadas desde que naveguem a velocidade reduzida suficiente apenas para governar a embarcação e a navegação com embarcações não motorizadas. É proibida a realização de competições desportivas motorizadas.

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√ Zonas de Navegação Interdita Correspondem a zonas do plano de água onde por razões ambientais, de segurança e/ou de protecção se interdita a navegação a motor e em casos pontuais, a navegação com embarcações não motorizadas. Nestas zonas apenas é permitida:

a) a circulação de embarcações não motorizadas;

b) a circulação de embarcações motorizadas desde que se destinem a acções de socorro, vigilância e manutenção das embarcações;

c) a circulação de uma embarcação marítimo-turística, em cada uma dessas zonas, desde que inserida na modalidade de passeios marítimo-turísticos, com programa previamente estabelecido e organizado, de acordo com a legislação específica em vigor.

Nessas zonas interdita-se a navegação nos locais que correspondem às zonas de protecção às infraestruturas hidráulicas e às zonas de captação de água para abastecimento público. Essas zonas correspondem: - à zona de protecção da barragem e dos órgãos de segurança e utilização da

Albufeira, correspondendo a uma faixa a montante do paredão da Barragem com uma largura mínima de 200 metros;

- à zona de Protecção às captações superficiais, correspondendo a uma área com

um raio de 100 metros a partir dessa captação; - à zona superior dos Rios Criz, Dão e Mondego que pelas suas características,

apresentam condições óptimas de desova e reprodução da ictiofauna e herpetofauna. Aí também se detectaram alguns obstáculos à navegação como elevações de terreno (não visíveis quando a Albufeira atinge o NPA), afloramentos rochosos e construções no leito do rio;

- zona envolvente às duas ilhas, correspondendo a uma faixa de 50 metros

delimitada em seu redor. Essa faixa foi delimitada não só por razões ambientais (pela sua importância para a avifauna) mas também por questões de segurança pois detectou-se a presença de elevações de terreno (não visíveis quando a Albufeira atinge o NPA) que podem pôr em risco a navegação.

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Como forma de prevenir situações conflituosas entre estas diferentes zonas e os diferentes usos permitidos, apontam-se como medidas indispensáveis a adoptar, a introdução de sinalização de apoio às diferentes praticas de recreio náutico permitidas e a implementação de fiscalização de forma a fazer cumprir o estipulado no POAA relativamente à náutica de recreio.

Sinalização e Acções de Manutenção da Sinalética de Apoio às Zonas de Navegação

O zonamento estabelecido cria necessidade de se introduzir sinalização em terra e no plano de água. Quando possível, e no plano de água deverão ser colocadas bóias de sinalização de forma a demarcar as diferentes zonas de navegação, em especial as zonas mais conflituosas. Em terra em locais próprios a definir e em outros locais estratégicos (ex.: pilares das pontes ou no próprio tabuleiro da ponte) deverão ser colocadas placas informativas relativamente aos usos permitidos, condicionados e interditos e sinalética própria das actividades de náutica de recreio.

Fiscalização da Actividade de Náutica de Recreio O facto de se terem estabelecido três zonas de navegação com condicionantes próprias, leva à necessidade de introduzir medidas de fiscalização da actividade de náutica de recreio. Essa fiscalização torna-se sobretudo importante para evitar conflitos de uso no plano de água nomeadamente entre os usos primários (ex.: captações de água para consumo humano) e os usos secundários (ex.: navegação) ⇒ Divulgação e Promoção Turística Ao nível da Divulgação e Promoção Turística aponta-se como principais medidas:

Edição de mapas e folhetos de promoção turística

Face à presença do recurso “albufeira” com enormes potencialidades de desenvolvimento e face ao ordenamento previsto para a albufeira no âmbito do POAA onde se identificam zonas com vocação para o recreio e lazer e zonas preferenciais para o desenvolvimento turístico, torna-se importante proceder à sua divulgação como forma de captar tanto utentes como investidores.

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Essa divulgação e promoção turística assume um papel fundamental numa primeira fase de implementação do POAA e deverá corresponder à concepção e edição de mapas e folhetos de promoção turística (desdobráveis e cartazes) a serem distribuídos nas direcções gerais de turismo (ex.: Lisboa, Porto, Coimbra) e a nível local nos postos de turismo, empreendimentos turísticos, cafés e restaurantes existentes nos concelhos em causa. Dados os meios informáticos actualmente ao dispôr da população em geral essa divulgação e promoção turística poderá ainda corresponder a uma página de divulgação na Internet.

Concepção e implementação de sinalética informativa e interpretativa

Essa divulgação do produto “albufeira” atrás referida deverá ser complementada, no terreno, com a implementação de sinalética informativa e interpretativa em locais estratégicos da albufeira.

Implantação de três postos de turismo

A divulgação e promoção turística desta zona deverá ainda ser complementada com a implantação de três quiosques complementares entre si, a localizar em Stª Comba Dão, Mortágua e Tábua que correspondem aos concelhos com maior envolvimento no POAA. Esses postos de turismo correspondem a estruturas vocacionadas para prestar informações turísticas, disponibilizando mapas e folhetos turísticos e todo o tipo de informação turística sobre a albufeira e os concelhos envolvidos. Trata-se de um espaço estruturado para a divulgação das potencialidades turísticas. 2.2 Síntese das Intervenções Propostas

Em síntese, face ao exposto, propõe-se a criação e implementação da seguinte grelha de Programas e Projectos para sustentar as diferentes tipologias de Propostas de Ordenamento apresentadas:

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1. SALVAGUARDA DOS USOS PRINCIPAIS DA ALBUFEIRA

PRO

POST

AS

D

E O

RD

ENA

MEN

TO

Programa 1.1 – Recuperação e Prevenção da Qualidade da Água

Projecto 1.1.1 – Identificação das fontes de poluição dos recursos hídricos

Projecto 1.1.2 – Aumento dos níveis de cobertura e da eficiência das redes de abastecimento de água

Projecto 1.1.3 – Aumento dos níveis de cobertura e da eficiência dos sistemas de recolha e tratamento de águas residuais domésticas e industriais

Projecto 1.1.4 – Delimitação de perímetros de protecção das captações subterrâneas e captações superficiais para consumo humano

Projecto 1.1.5 – Acções de sensibilização do uso de fertilizantes químicos e de boas práticas agrícolas e florestais

Programa 1.2 – Plano de Monitorização

Projecto 1.2.1 – Monitorização da qualidade da água

Projecto 1.2.2 – Monitorização do estado de conservação das ETAR’s existentes

2. PROTECÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS

PRO

POST

AS

D

E O

RD

ENA

MEN

TO

Programa 2.1 – Promoção da Qualidade dos Ecossistemas e da Biodiversidade em Geral

Projecto 2.1.1 – Implantação de espécies autóctones e das espécies existentes nas zonas de vegetação ripícola)

Projecto 2.1.2 – Acções de controle e eliminação de povoamentos de Acácia (Acácia sp)

Projecto 2.1.3 – Implementação de medidas de prevenção e combate a fogos florestais e promoção de campanhas de sensibilização junto à população local

Programa 2.2 – Conservação de Habitats e Espécies de Interesse Conservacionista

Projecto 2.2.1 – Recuperação e conservação de povoamentos de espécies autóctones nas zonas identificadas como de interesse conservacionista

Projecto 2.2.2 – Recuperação e conservação da vegetação ripícola nas zonas identificadas como de interesse conservacionista

Projecto 2.2.3 – Acções de conservação da ictiofauna

Projecto 2.2.4 – Redução dos factores de perturbação, recuperação de populações-presa e aumento de locais propícios para pouso da Águia pesqueira

Programa 2.3 – Promoção da Educação Ambiental

Projecto 2.3.1 – Acções de sensibilização da população residente e turista

Projecto 2.3.2 – Implantação de Sinalização informativa e interpretativa

Projecto 2.3.3 – Instalação de um Centro de Interpretação e de Observação da Natureza

Projecto 2.3.4 – Recuperação de caminhos

Programa 2.4 – Plano de Monitorização

Projecto 2.4.1 – Monitorização das acções de manutenção e recuperação dos principais habitats e espécies de interesse conservacionista

(cont.)

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(cont.)

3. DEFINIÇÃO E COMPATIBILIZAÇÃO DOS USOS SECUNDÁRIOS:

PRO

POST

AS

D

E O

RD

ENA

MEN

TO

Programa 3.1 – Criação e Requalificação de Zonas de Recreio e Lazer

Projecto 3.1.1 – Recuperação da zona ribeirinha de Falgaroso do Maio (Mortágua)

Projecto 3.1.2 – Parque de Merendas da Sr.ª da Ribeira (Carregal do Sal)

Projecto 3.1.3 – Parque Aventura (Tábua)

Projecto 3.1.4 – Parque da Natureza (Carregal do Sal)

Projecto 3.1.5 – Zona Verde/Parque Termal (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.1.6 – Zona de recreio balnear de Valongo-Breda (Mortágua)

Projecto 3.1.7 – Zona de recreio balnear de Tábua (Tábua)

Projecto 3.1.8 – Requalificação da zona de recreio balnear da Sr.ª da Ribeira (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.1.9 – Centro Náutico de Falgaroso do Maio (Mortágua)

Projecto 3.1.10 – Porto de Recreio da Sr.ª da Ribeira (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.1.11 – Centro Náutico do Chamadouro (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.1.12 – Embarcadouro de Tábua (Tábua)

Programa 3.2 – Recuperação de Espaços Urbanos

Projecto 3.2.1 – Elaboração do Plano de Pormenor de Falgaroso do Maio (Mortágua)

Projecto 3.2.2 – Elaboração do Plano de Pormenor do Granjal (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.2.3 – Elaboração do Plano de Pormenor de Póvoa de João Dias (St.ª Comba Dão)

Programa 3.3 – Definição de Espaços com vocação edificável

Projecto 3.3.1 – Elaboração do Plano de Pormenor / Falgaroso do Maio (Mortágua)

Projecto 3.3.2 – Elaboração do Plano de Pormenor / Granjal (St.ª Comba Dão)

Programa 3.4 – Zonas de Desenvolvimento Turístico

Projecto 3.4.1 – ZDT’s de Granjal/Parque Termal, São Vicente, Falgaroso do Maio, Almacinha, Chamadouro, Travanca do Mondego, Srª da Ribeira, Lapa, Covelo, Ázere

Programa 3.5 – Recuperação de Áreas Degradadas

Projecto 3.5.1 – Recuperação do edifício da antiga estação do Treixedo, edifício anexo e recuperação paisagística da envolvente imediata (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.5.2 – Recuperação da Pedreira de Pinheirinho (St.ª Comba Dão)

Projecto 3.5.3 – Concretização das propostas previstas para a recuperação das antigas áreas mineiras do Vale da Abrutiga e Mondego Sul (Tábua)

Programa 3.6 – Ordenamento das zonas de navegação

Projecto 3.6.1 – Sinalização e acções de manutenção da sinalética de apoio às zonas de navegação

Projecto 3.6.2 – Fiscalização da actividade de náutica de recreio

Programa 3.7 – Divulgação e Promoção Turística

Projecto 3.7.1 – Edição de mapas e folhetos de promoção turística

Projecto 3.7.2 – Concepção e implementação de sinalização informativa e interpretativa

Projecto 3.7.3 – Implantação de três postos de turismo – Mortágua, St.ª Comba Dão e Tábua

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ANEXO

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PONTOS DE AMOSTRAGEM

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PONTOS DE AMOSTRAGEM

Rio Designação Descrição

M1 no Rio, a montante da albufeira e da ponte da EM635 M2 a montante da EN234-6 M3 no curso principal, a montante da ponte do CM1573 M4 na Ribeira de S. Simão, antes do regolfo M5 na margem esquerda, na foz da Ribeira de S. Simão M6 na Ribeira do Covelo, antes do regolfo M7 na Ribeira de S. Paio, antes do regolfo M8 na margem esquerda do Rio Mondego, a montante da praia fluvial de

Tábua M9 na Ribeira do Ventinho, antes do regolfo

M10 na margem direita do Rio Mondego, a jusante da praia fluvial da Srª da Ribeira

M11 na Ribeira da Bogueira, antes do regolfo M12 na Ribeira da Pesqueira, antes do regolfo M13 na Ribeira do Salgueiro, antes do regolfo M14 no Valeiro da Bica da Telha, antes do regolfo M15 na margem direita, na foz da Ribeira do Valeiro da Bica da Telha

Mondego

M16 pontos de amostragem antes do paredão (LABELEC), a 3 profundidades D1 no Rio, a montante da Albufeira D2 a montante da antiga travessia ferroviária do Rio D3 a montante do IP3 e da captação superficial de água D4 a jusante de Stª Comba Dão D5 na margem direita da foz do Rio Criz D6 na Ribeira do Valeiro do Vale, antes do regolfo

Dão

D7 na margem direita, a montante do IP3 C1 no Rio, a montante da Albufeira C2 a montante da Ribeira da Barroca de S. Miguel C3 a montante da EN324 C4 no Vale da Ribeira, antes do regolfo C5 na Ribeira próximo da Costa da Pedreira, antes do regolfo C6 na margem direita da foz do Rio Criz C7 na Ribeira existente entre Frágua e Lameira, antes do regolfo C8 na margem direita, na foz da Ribeira anterior (C7)

Criz

C9 na Ribeira a Norte de Almacinha, antes do regolfo

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MAPA COM LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM