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PLANO DE MANUTENÇÃO EM UM LATICÍNIO Marislaine Cunha Costa (IFMG) [email protected] Rayane Cristina Moreira Rezende (IFMG) [email protected] Poliane Cassia dos Santos Lopes (IFMG) [email protected] Dessyrre Aparecida Peixoto da Silva (IFMG) [email protected] rodrigo herman da silva (IFMG) [email protected] Com a crescente expansão das indústrias e prestadores de serviços tornou-se mais difícil para as mesmas permanecerem no mercado, assim a melhor solução para a competitividade é buscar ferramentas de gerenciamento que as direcionem para uma maior produtividade de seus produtos, processos e serviços. Desta forma a manutenção tem sido uma das ferramentas mais utilizadas pelas organizações. Este trabalho tem por objetivo analisar e propor planos de manutenções dentro de uma fábrica de processamento de leite pasteurizado em um laticínio que produz em média 100 litros de leite por dia, enfatizando a importância da manutenção e quando usar cada tipo. A manutenção pode ser entendida como sendo o conjunto de ações conduzidas com o fim de manter em condição aceitável as instalações e o equipamento fabril de forma a assegurar a regularidade da produção, a sua qualidade e a segurança com o mínimo de custos totais. Desta forma pesquisou, avaliou e verificou os tipos de manutenções nas indústrias da região e efetuou-se um plano de manutenção para a empresa analisada, através de manuais de manutenção relacionados: a caldeira, a envasadora, o compressor e o pasteurizador. Assim verificou-se que mesmo havendo a manutenção preventiva na caldeira e no compressor de amônia é inevitável a ocorrência da manutenção corretiva, devido ao uso constante que causa desgaste nas peças. A empresa não possui um plano de manutenção, relatório de inspeção e manual das máquinas, sendo esses requisitos muito importantes para um bom funcionamento. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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PLANO DE MANUTENÇÃO EM UM LATICÍNIO

Marislaine Cunha Costa (IFMG)

[email protected]

Rayane Cristina Moreira Rezende (IFMG)

[email protected]

Poliane Cassia dos Santos Lopes (IFMG)

[email protected]

Dessyrre Aparecida Peixoto da Silva (IFMG)

[email protected]

rodrigo herman da silva (IFMG)

[email protected]

Com a crescente expansão das indústrias e prestadores de serviços tornou-se

mais difícil para as mesmas permanecerem no mercado, assim a melhor

solução para a competitividade é buscar ferramentas de gerenciamento que

as direcionem para uma maior produtividade de seus produtos, processos e

serviços. Desta forma a manutenção tem sido uma das ferramentas mais

utilizadas pelas organizações. Este trabalho tem por objetivo analisar e

propor planos de manutenções dentro de uma fábrica de processamento de

leite pasteurizado em um laticínio que produz em média 100 litros de leite

por dia, enfatizando a importância da manutenção e quando usar cada tipo.

A manutenção pode ser entendida como sendo o conjunto de ações

conduzidas com o fim de manter em condição aceitável as instalações e o

equipamento fabril de forma a assegurar a regularidade da produção, a sua

qualidade e a segurança com o mínimo de custos totais. Desta forma

pesquisou, avaliou e verificou os tipos de manutenções nas indústrias da

região e efetuou-se um plano de manutenção para a empresa analisada,

através de manuais de manutenção relacionados: a caldeira, a envasadora, o

compressor e o pasteurizador. Assim verificou-se que mesmo havendo a

manutenção preventiva na caldeira e no compressor de amônia é inevitável a

ocorrência da manutenção corretiva, devido ao uso constante que causa

desgaste nas peças. A empresa não possui um plano de manutenção,

relatório de inspeção e manual das máquinas, sendo esses requisitos muito

importantes para um bom funcionamento.

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

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Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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Palavras-chave: Produção, ferramentas, prevenção

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1. Introdução

Com a crescente expansão das indústrias e prestadores de serviços tornou-se mais difícil para

as mesmas permanecerem no mercado, se tornaram dependentes de fatores como rapidez de

inovação e capacidade de efetuar melhorias contínuas.

A melhor solução para tal competitividade é buscar ferramentas de gerenciamento que as

direcionem para uma maior competitividade através da qualidade e produtividade de seus

produtos, processos e serviços (KARDEC, 2004).

Desta forma, a manutenção tem sido uma das ferramentas mais utilizadas pelas organizações.

Ela é responsável direta pela disponibilidade dos ativos tendo importância nos resultados da

empresa.

Um setor que a cada ano cresce no Brasil é a indústria de leite, desta maneira as pequenas,

médias e grandes empresas deste setor buscam se diferenciar da concorrência, reduzindo

custos na produção e oferecendo um produto de alta qualidade, assim sendo, elas encontram

na manutenção, seja ela preventiva ou corretiva uma das formas de destaque no mercado.

2. Objetivos

2.1. Objetivo geral

Analisar e propor planos de manutenções dentro de uma fábrica de processamento de leite

pasteurizado em um laticínio que produz em média 100 litros de leite por dia, enfatizando a

importância da manutenção.

2.2. Objetivos específicos

Efetuar um plano de manutenção para a empresa analisada.

3. Referencial teórico

3.1. Gestão da manutenção

A manutenção pode ser entendida como sendo o conjunto de ações conduzidas com o fim de

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manter em condição aceitável as instalações e o equipamento fabril de forma a assegurar a

regularidade da produção, a sua qualidade e a segurança com o mínimo de custos totais.

Ela tem procurado novos modos de pensar, técnicos e administrativos, já que as novas

exigências de mercado tornaram visíveis as limitações dos atuais sistemas de gestão

(MOUBRAY, 1996).

Algumas empresas ainda acreditam que a manutenção se resume apenas em custo, a gestão da

manutenção mostra como é possível minimizar os impactos dos gastos com estratégias que

refletem diretamente nos resultados da organização.

Os principais objetivos são:

Redução dos custos.

Evitar paragem com perda de produção.

Diminuir tempos de imobilização.

Reduzir tempos de intervenção através de uma boa preparação do trabalho.

Reduzir emergências e número de avarias.

Melhorar qualidade de produção.

Aumentar a segurança.

Aumentar o output da produção.

Aumentar o tempo de vida das máquinas.

3.2. Manutenção corretiva

A manutenção corretiva visa corrigir, restaurar, recuperar a capacidade produtiva de um

equipamento ou instalação, que tenha cessado ou diminuído sua capacidade de exercer as

funções às quais foi projetado.

Tendo em vista que uma máquina parada compromete toda a produção, a manutenção

corretiva é a primeira atitude tomada para que esta produção volte à normalidade. Ou seja, a

manutenção corretiva é uma técnica de gerência reativa que espera pela falha da máquina ou

equipamento, antes que seja tomada qualquer ação de manutenção.

Além disso, é o método mais caro de gerência de manutenção. Os maiores valores em

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dinheiro associados com este tipo de gerência de manutenção são: alto custo de estoques de

peças sobressalentes, altos custos de trabalho extra, elevado tempo de paralisação da máquina,

e baixa disponibilidade de produção. Também gera a diminuição da vida útil das máquinas e

das instalações, além de serem necessárias paradas para manutenção em momentos aleatórios,

e muitas vezes inoportunos por serem em épocas de ponta de produção, correndo o risco de

ter que fazer paradas em períodos de cronograma apertado, ou até em épocas de crise geral.

3.3. Manutenção preventiva

Trata-se de atuação realizada de maneira a reduzir ou evitar a falha ou a queda no

desempenho do equipamento, obedecendo a um plano de manutenção preventiva previamente

elaborada, baseado em intervalos definidos de tempo, isso é manutenção baseada no tempo.

Qualquer ativo físico solicitado para realizar uma determinada função estará sujeito a uma

variedade de esforços. Estes esforços gerarão fadiga e isto causará a deterioração deste ativo

físico reduzindo sua resistência à fadiga. Esta resistência reduzir-se-á até um ponto no qual o

ativo físico pode não ter mais o desempenho desejado, em outras palavras, ele pode vir a

falhar (MOUBRAY, 1997).

Utilizando dados estatísticos de arquivos ou históricos disponíveis nas empresas procura-se

determinar o tempo provável em que ocorrerá a falha, pois sabe-se que esta poderá ocorrer

mas não se pode determinar exatamente quando. Pode-se, ainda, reduzir a probabilidade de

falhas pelo fato de a manutenção ser programada com antecedência, sendo o ônus desta

paralisação substancialmente baixo.

A manutenção preventiva caracteriza-se pelo trabalho sistemático para evitar a ocorrência de

falhas procurando a sua prevenção, mantendo um controle contínuo sobre o equipamento. A

manutenção preventiva é considerada como o ponto de apoio das atividades de manutenção,

envolvendo tarefas sistemáticas tais como: as inspeções, substituição de peças e reformas

(PATTON JR., 1983).

3.4. Manutenção preditiva

Como a manutenção preditiva tem muitas definições. Para os mecânicos, a manutenção

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preditiva monitora a vibração da maquinaria rotativa numa tentativa de detectar problemas

incipientes e evitar falha catastrófica. Para os eletricistas, é o monitoramento das imagens

infravermelhas de circuitos, de chaves elétricas, motores, e outros equipamentos elétricos para

detectar problemas em desenvolvimento.

A premissa comum da manutenção preditiva é que o monitoramento regular da condição

mecânica real, o rendimento operacional, e outros indicadores da condição operativa das

máquinas e sistemas de processo fornecerão os dados necessários para assegurar o intervalo

máximo entre os reparos. Ela também minimizaria o número e os custos de paradas não

programadas criadas por falhas da máquina.

3.5. Processo de pasteurização do leite

O leite recebido passa por uma análise de PH dentro de um tanque de inox, em seguida é

refrigerado pelo compressor de amônia. O leite é bombeado para o conjunto de pasteurização

onde é pré-aquecido, pasteurizado, refrigerado e estocado. O envase é feito pela máquina

envasadora, empilhado em caixotes pelos funcionários do laticínio e conduzido para a câmara

fria.

O controle é realizado em todas as fases do processo. Começa com a chegada do leite ao

laticínio até a estocagem do produto final, com o objetivo de assegurar a qualidade do produto

no tocante ao aspecto, o sabor e características microbiológicas.

Esse processo pode ser resumido através do seguinte fluxograma.

Figura 1- Processo de pasteurização do leite

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Fonte: Os autores (2014)

4. Resultados e Discussão

4.1. Caldeira

4.1.1. Descrição da máquina

Figura 1 Caldeira

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Fonte: Os autores (2014)

- Heat master S.A Wood fired Boiler;

- 30 Hp caldeiras e equipamentos;

- Capacidade 400 kg/h;

- Número de operadores: 1;

- Tipo de manutenção utilizada: Preventiva anual.

4.1.2. Função no processo

Caldeira é um recipiente cuja função é, entre muitas, a produção de vapor através do

aquecimento da água. As caldeiras produzem vapor para alimentar máquinas térmicas,

autoclaves para esterilização de materiais diversos, cozimento de alimentos e de outros

produtos orgânicos, calefação ambiental e outras aplicações do calor utilizando-se o vapor.

Como a pasteurização necessita de altas temperaturas para aquecer o leite a caldeira se torna

essencial no processo, fornecendo o calor necessário para o funcionamento pleno do mesmo.

4.1.3. Manutenção da máquina

- Primeiramente deve ser feito o isolamento da caldeira, sinalizando o local para evitar

acidentes;

- Deve ocorrer uma verificação preliminar de limpeza da caldeira, para observar as

possíveis incrustações, obstruções e depósitos excessivos;

- É recomendável que em casos de vazamentos na caldeira, a execução de um teste de

estanqueidade na mesma no inicio da parada;

- Os tubos devem ser examinados visualmente com foco em corrosão, erosão, abrasão,

desalinhamento, deformações, amassamento, empolamento, inchamento, porosidade,

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trincas, rupturas, descoloração, alterações da textura do material, etc.;

- É necessária uma inspeção periódica da qualidade da água de alimentação;

- Deve ser feita uma inspeção cuidadosa na estrutura, tirantes de sustentação,

isolamento térmico, invólucros, portas, visores, instrumentos, caixas de ar, funis de

cinzas, suportes de tubulações, sinalização etc.;

- Alguns testes são importantes de serem realizados, como: testes hidrostáticos e teste

das válvulas de segurança.

- A caldeira encontrada na empresa passa por revisões anuais já que segundo normas

técnicas no Brasil, as caldeiras de qualquer tipo devem ser inspecionadas com

regularidade.

4.2. Compressor

4.2.1. Descrição da máquina

Figura 2 - Compressor

Fonte: Os autores (2014)

- Compressor de amônia Sabroe – São Paulo;

- Tipo de máquina: SMC 4 65;

- Número da máquina: 465882;

- Refrigerante: NH3;

- Pressão de trabalho: máxima 15atm;

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- Número de operadores: 1;

- Tipo manutenção utilizada: Preventiva anual, no entanto, já ocorreu a manutenção

corretiva, fazendo a produção parar por 4 dias;

- Última manutenção: Maio/2013;

- Motivo da manutenção: Troca do anel.

4.2.2. Função no processo

Um compressor de amônia é um equipamento mecânico que cria refrigeração através da

remoção de calor de objetos ou espaços. Os sistemas de compressão são usados em aparelhos

refrigeradores por modificar um fluido refrigerante, como a amônia, vários tipos de Freon, e

outros gases, de um estado líquido para o estado gasoso e, posteriormente, mudando

novamente as substâncias para o estado líquido. É comumente usado em laticínios,

frigoríficos, pistas de gelo e em outras aplicações comerciais.

Geralmente, um compressor industrial comprime o gás amônia, que esquenta quando é

pressurizado. Ao atingir uma temperatura mais quente, os vapores quentes se dissipam por

meio de serpentinas de refrigeração localizadas na parte de trás de uma geladeira, dissipando

o calor. Enquanto o gás esfria nas serpentinas, a amônia se condensa em um líquido que ainda

está em alta pressão. Este líquido flui através da válvula de expansão. A queda de pressão faz

com que o gás ferva e evapore imediatamente, havendo queda na temperatura de -32,8 °

Celsius, o que cria o efeito de refrigeração.

4.2.3. Manutenção da máquina

- O operador deve ter conhecimento com relação à manutenção preventiva dos vários

componentes do sistema;

- Cada componente requer uma rotina de inspeção, limpeza ou ajuste interno e, se

necessário, a substituição;

- O óleo lubrificante deve ser inspecionado e substituído conforme a periodicidade e

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requisitos do fabricante do compressor;

- Os filtros devem ser limpos ou substituídos conforme recomendação do fabricante;

- Caso seja necessário realizar manutenções com maior frequência, pode ser um

indicativo de problemas relacionados à qualidade e pureza da Amônia no sistema;

- Os controles de segurança devem ser inspecionados e testados através de operação

manual para garantir que os mesmos estão funcionando corretamente. Quando em

falha, deverão ser substituídos imediatamente;

- As válvulas de bloqueio devem ser verificadas quanto à vedação completa através de

manobras periódicas de inspeção de cada válvula. O castelo deve estar livre de pintura

ou ferrugem e o corpo da válvula livre de vazamento;

- As válvulas de controle automático devem ser verificadas através da sua operação

manual. Componentes defeituosos tais como bobinas de solenóides, pilotos e as partes

internas (mecânicas) devem ser imediatamente substituídos. Filtros de linha antes das

válvulas devem ser limpos, especialmente se for verificado alguma perda de

capacidade;

- Os drenos de óleo devem ser verificados e o excesso de óleo deve ser removido com a

frequência necessária. Se houver um aumento da frequência de drenagem de óleo é um

sintoma que há arraste excessivo de óleo dos compressores para o sistema;

- As válvulas de expansão devem ser verificadas quanto ao ajuste correto. Em caso de

válvulas eletrônicas os sensores de pressão e temperaturas deverão ser calibrados

periodicamente;

- Os manômetros e termômetros de Campo, Sensores de Temperatura e Transdutores de

Pressão devem possuir um programa de calibração periódico;

- Os visores de nível devem ser mantidos limpos e desobstruídos. Devem ser protegidos

de maneira adequada. Tubos de vidro devem ser evitados e substituídos por visores

blindados com proteção externa;

- As bombas de refrigerante devem ser verificadas quanto ao desempenho através de

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medições constantes das pressões de sucção e descarga e da corrente dos motores.

Devem ser revisadas conforme a periodicidade e requisitos do fabricante;

- A tubulação de amônia e suportes da tubulação devem ser inspecionados quanto à

vibração. O isolamento térmico também deve ser verificado em toda sua extensão

quanto a danos ou rompimento da barreira de vapor, condensação ou congelamento no

revestimento externo;

- Vazamentos: Uma boa instalação de Amônia não deve ter vazamentos. Caso sejam

verificados traços de óleo em conexões flangeadas ou próximo a válvulas se perceber

o odor de Amônia, os mesmos devem ser verificados. É importante uma verificação

periódica nos vários pontos sujeitos a vazamentos na instalação.

4.3. Pasteurizador

4.3.1. Descrição da máquina

Figura 3 - Pasteurizador

Fonte: Os autores (2014)

- Pasteurizador Brasholanda Indústria Brasileira;

- Manutenção Utilizada: Corretiva;

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- Última manutenção: Ano 2011;

- Motivo da manutenção: Painel de controle;

- Motivo da manutenção: Painel de controle.

4.3.2. Função no processo

Um pasteurizador é um equipamento que pasteuriza e trata um produto alimentício para matar

organismos causadores de doenças, como bactérias. O leite é um dos alimentos mais

pasteurizados, mas os modelos de pasteurizadores também podem ser usados com uma

variedade de outros líquidos, e alguns outros alimentos podem ser pasteurizados também. A

pasteurização é aproveitada para tornar os alimentos mais seguros, de modo que possam ser

vendidos comercialmente sem a preocupação de que as pessoas ficarão doentes se

consumirem. As pessoas também podem pasteurizar alimentos em casa durante o

processamento de cozimento.

Os tipos de pasteurizadores trabalham de uma série de maneiras diferentes. Alguns modelos

de equipamentos de pasteurização operam em um curto período de tempo, mas sob alta

temperatura, a fim de matar as bactérias antes do resfriamento rápido do produto. Os

pasteurizadores também podem ser utilizados para a pasteurização de ultra tratamento térmico

e pasteurização de alta pressão.

Em todos os casos, um pasteurizador precisa ser mantido em boas condições. Os

pasteurizadores podem manipular alimentos em lotes ou continuamente, dependendo do

design. Um pasteurizador de lote é uma opção mais comum para uso doméstico, enquanto a

pasteurização contínua é utilizada em instalações, como laticínios, onde há um fornecimento

constante de líquidos requerendo tratamento em um pasteurizador. Se qualquer parte do

pasteurizador tornar-se contaminado, ele pode contaminar com organismos os alimentos

supostamente pasteurizados, e eles se reproduzem no interior dos alimentos.

4.3.3. Manutenção da máquina

- Observar se o circuito de água industrial para que os equipamentos que se destinam ao

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armazenamento, resfriamento à temperatura ambiente, circulação de água para o

resfriamento do pasteurizador e refrigeração do compressor está funcionando

adequadamente, em caso de alterações precisa-se para o sistema;

- É necessário treinamento para manusear o painel de controle destinado ao comando de

todo o sistema e ao registro da temperatura de pasteurização.

- O pasteurizador precisa ser mantido em boas condições. Se qualquer parte do

pasteurizador tornar-se contaminado, ele pode contaminar com organismos os

alimentos supostamente pasteurizados, e eles se reproduzem no interior dos alimentos.

- São projetados sistemas de monitoramento para manter a segurança no seu

funcionamento.

4.4. Envasadora

4.4.1. Descrição da máquina

Figura 4 – Máquina envasadora

Fonte: Os autores (2014)

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- Capacidade de 1 a 1000 ml;

- Produção nominal de até 15000 emb/hora;

- Construção em aço inox AISI 304(salvo a base SAE 1020 pintada) materiais plásticos

nobres;

- Conjunto de envase (camisas, pistões e bicos);

- Painel elétrico com CLP, através de interface homem/maquina;

- Velocidade regulável de produção;

- Regulável em altura de um frasco para outro;

- Equipamento robusto;

- Dinamismo em troca de um frasco para outro;

- Aceita diversos tipos de embalagens, sejam elas plásticas, metálicas e vidros;

- Numero de operadores: 1;

- Última manutenção: Setembro/2013;

- Motivo da manutenção: Rompimento do selo.

4.4.2. Função no processo

A máquina envasadora, recebe o leite por meio de um tubo de inox em condições apropriadas

para ser embalada, assim ela embala envazando em saquinhos plásticos. O funcionário do

laticínio embilha os saquinhos em caixotes e os conduz a câmara fria.

4.4.3. Manutenção na máquina

- Adotar peças pneumáticas;

- Pode ser alterado para multi-bico evitando ruptura e tipo de enchimento de inundação

definida;

- Uma peça sobressalente interessante seria a resistência, assim a parada para

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manutenção não seria tão prolongada.

5. Conclusão

Com a realização deste, verificou-se que mesmo havendo a manutenção preventiva na

caldeira e no compressor de amônia é inevitável a ocorrência da manutenção corretiva, devido

ao uso constante que causa desgaste nas peças. Observou-se que a empresa não possui um

plano de manutenção, relatório de inspeção e manual das máquinas, sendo esses requisitos

muito importantes para um bom funcionamento.

A empresa deve elaborar um programa de inspeção documentada, detalhado e individual de

cada máquina da linha de produção, levando em conta diferenças de idade, condições de

operação e outras particularidades. Isso deve ser continuamente revisado e atualizado, levando

em consideração novas observações e experiências.

A cada vistoria é importante que haja histórico de cada inspeção, é fundamental para futuras

referências. Para evitar atrasos nas trocas de peças durante as manutenções, seria interessante

a empresa possuir peças sobressalentes.

Caso a empresa opte por contratar pessoas externas ou os próprios operários forem realizar as

manutenções é importante que sejam agentes qualificados e habilitados. Para uma revisão

completa é interessante que haja exame interno, exame externo e testes complementares.

Referências

KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção Função Estratégica, 2ª edição. Editora Quality Mark, Rio de

Janeiro, Coleção Manutenção, Abraman, 2004.

MOUBRAY, John. Introdução à Manutenção Centrada na Confiabilidade. São Paulo: Aladon, 1996.

MOUBRAY, John. Reliability centred maintenance. 2 ed. Oxford: Butterworth- Heinemann, 1997.

PATTON, Jr Joseph D. Preventive Maintenance. Instrument Society of America, 1983.