plano de manejo da arie parque das figueiras

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 1 Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTRELA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO BÁSICO (SMMASB) PLANO DE MANEJO DA ARIE “PARQUE DAS FIGUEIRAS” Estrela 2011

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTRELA

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO BÁSICO

(SMMASB)

PLANO DE MANEJO DA ARIE

“PARQUE DAS FIGUEIRAS”

Estrela 2011

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

EQUIPE DE TRABALHO

Coordenação:

Ângela Maria Schossler (Bióloga)

Responsáveis técnicos:

Alexandre Rücker (Biólogo, Mestre em Botânica)

Emerson Luís Musskopf (Biólogo, Mestre em Botânica)

William Heberle (Biólogo)

SETOR RESPONSÁVEL

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

APRESENTAÇÃO

A Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) “Parque das Figueiras”

é a segunda Unidade de Conservação (UC) instituída no município de Estrela.

Além desta, o município, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e

Saneamento Básico (SMMASB), administra também o Monumento Natural

Cascata Santa Rita e o Parque Municipal da Lagoa. A criação e gestão de

áreas especialmente protegidas tem sido atualmente uma das principais

estratégias dos governos para a proteção da biodiversidade. A conservação

dessa área, além de propiciar a proteção do meio ambiente, proporcionará

atividades de educação ambiental.

De acordo com a Lei no 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação (SNUC), ARIE é uma área em geral de pequena

extensão, constituída por terras públicas ou privadas, com pouca ou nenhuma

ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga

exemplares raros da biota regional, tendo como objetivo manter os

ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso

admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-la com os objetivos de

conservação da natureza.

O presente plano de manejo é o resultado de um trabalho subsidiado

pela Prefeitura Municipal de Estrela, sendo elaborado pela Secretaria Municipal

de Meio Ambiente e Saneamento Básico. É ele que estabelece o diagnóstico

ambiental da área e as diretrizes básicas para o manejo da Unidade de

Conservação.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL ........................................................................ 6

2.1 Ficha Resumo............................................................................................. 6

2.2 Situação Legal ............................................................................................ 7

2.3 Localização e Acesso ................................................................................ 7

2.4 Histórico...................................................................................................... 8

2.5 Origem do Nome ........................................................................................ 8

2.6 Uso Atual da Área e Problemas Urgentes................................................ 9

2.7 Fatores Ambientais .................................................................................. 11

2.7.1 Geologia, geomorfologia, solos e hidrografia ............................. 11

2.7.2 Clima ............................................................................................... 14

2.7.3 Flora ................................................................................................ 14

2.7.4 Fauna............................................................................................... 25

2.8 Caracterização da Área do Entorno e Possibilidades de Expansão.... 33

2.9 Possibilidades de Conectividade............................................................ 35

3. PLANEJAMENTO........................................................................................ 35

3.1 Objetivos ................................................................................................... 35

3.2 Zoneamento .............................................................................................. 36

3.2.1 Zona de Uso Especial .................................................................... 37

3.2.2 Zona de Recuperação .................................................................... 38

3.2.3 Zona de Proteção ........................................................................... 39

4. PROGRAMAS DE MANEJO ....................................................................... 40

4.1 Programa de Manejo Ambiental .............................................................. 40

4.1.1 Subprograma de manejo das espécies exóticas invasoras ....... 40

4.1.2 Subprograma de manejo da Zona de Recuperação .................... 41

4.1.3 Subprograma de proteção............................................................. 424.2 Programa de Interpretação e Educação Ambiental............................... 42

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 43

6. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS............................................................. 44

7. SITES CONSULTADOS .............................................................................. 45 

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

1. INTRODUÇÃOAntes de qualquer tomada de decisão envolvendo ações na Área de

Relevante Interesse Ecológico “Parque das Figueiras”, foi elaborado o plano de

manejo. Este é entendido como um documento técnico, que, usando como

base os objetivos gerais de uma UC, estabelece o seu zoneamento e asnormas que devem nortear e regular o uso que se faz da área e o manejo dos

recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à

gestão da UC (Lei nº 9.985/2000, Artigo 2º, Inciso XVII). O planejamento de

uma UC caracteriza-se por ser um processo contínuo, gradativo e flexível.

Contínuo, pois não há como agir sem planejar, ou seja, para toda a ação há um

planejamento anterior; gradativo, por se aprofundar nas decisões à medida que

se aumenta o conhecimento da área que se quer manejar e flexível por admitir mudanças a partir de novos conhecimentos (Ferreira et al ., 2004). Assim,

algumas informações que não foram contempladas neste plano de manejo,

poderão ser acrescentadas num outro momento, tornando-o cada vez mais

completo.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL

2.1 Ficha Resumo

Nome ARIE “Parque das Figueiras”

Unidade gestora Prefeitura Municipal de Estrela/Secretaria

Municipal de Meio Ambiente e Saneamento

Básico – SMMASB.

Endereço: Rua Júlio de Castilhos, 380, Centro.

CEP: 95880-000

Telefone: (51) 3981-1000

E-mail: [email protected] 

Área 7,84 ha

Município Estrela

Estado Rio Grande do Sul

Bioma Mata Atlântica (Floresta Estacional Decidual)

Coordenadas geográficas

UTM (Zona 22J e Datum

WGS-84)

409012,323 E; 6732598,272 N

Lei Criação – Lei Municipal nº 4.322, de 11 de

outubro de 2006.

Confrontantes Norte: Propriedade de viúva de Luiz Wagner;

Nordeste: Empresa Parmalat;

Sul: Propriedade de Roque Durayski;

Sudoeste: Propriedade de Renato Wagner;

Oeste: Propriedade de Francisco Werle;

Leste: Estrada Municipal da Linha Santa Rita.

Atividades conflitantes Canil municipal, lixo, espécies exóticas

invasoras e atropelamento de fauna silvestre.

Atividades de uso público Atividades sócio-educativas e de interpretação

ambiental envolvendo moradores do entorno,

estudantes das redes pública e privada e a

sociedade em geral.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.2 Situação LegalA ARIE “Parque das Figueiras” é uma Unidade de Conservação de Uso

Sustentável, conforme a Lei Federal nº 9.985/2000. Ela foi criada pela Lei

Municipal nº 4.322, de 11 de outubro de 2006, com área superficial de 7,84 ha.

2.3 Localização e AcessoA ARIE “Parque das Figueiras” está localizada no município de Estrela

(409012,323 E; 6732598,272 N), na localidade de Linha Santa Rita,

abrangendo uma área de 7,84 ha.

O acesso se dá através da BR-386, no município de Estrela, entrando na

rodovia Trans Santa Rita, seguindo a estrada municipal Leopoldo Armindo

Horn (Fig. 1).

Figura 1: Acesso a ARIE “Parque das Figueiras”.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.4 HistóricoA ARIE “Parque das Figueiras”, como é conhecida esta unidade de

conservação municipal, foi criada oficialmente em 11 de outubro de 2006,

através da Lei Municipal n°4.322/2006, porém seu histórico conservacionista

teve início em 2001, quando a área foi objeto de projeto de recuperação de

área degradada.

A implantação deste projeto florestal de compensação ambiental era

referente a uma intervenção para a ampliação do Aeródromo de Estrela. A

ARIE “Parque das Figueiras” foi declarada como “não edificanti” , no ano de

2002, sendo averbada em sua matrícula esta restrição ao uso da área.

Apesar de estas ações conservacionistas terem iniciado em 2001, a área

pertencia ao Município de Estrela desde junho de 1994, quando foi adquirida.

Antes de tornar-se pública a área pertencia a particulares que faziam uso

agropecuário de baixa intensidade, bem como o plantio de eucaliptos.

Após sua aquisição, a área foi utilizada pela Secretaria de Agricultura do

Município de Estrela, sendo utilizada para cultivo de hortifrutigranjeiros e

produção de mudas arbóreas, tendo apresentado este uso até 1997, quando as

benfeitorias lá existentes foram utilizadas pela “Fazenda Libertadora”, uma

atividade social de reintegração de meninas envolvidas com tráfico de drogas,

atividade essa encerrada em 2000.No ano de 2000 a agosto de 2001 a área permaneceu abandonada,

passando posteriormente por um processo de enriquecimento florestal através

do plantio de 5.000 mudas arbóreas nativas. Em 2005 a área teve melhorias no

sentido de receber o horto florestal municipal, ativo até os dias atuais e com um

acervo de aproximadamente 20.000 mudas arbóreas de espécies nativas.

Além disso, em 2006 as benfeitorias remanescentes receberam

alterações estruturais para utilização temporária como abrigo de cãesabandonados, sendo que estas instalações serão removidas até o final do

primeiro semestre de 2011.

2.5 Origem do NomeA denominação “Parque das Figueiras” é devido à presença de vários

exemplares de diferentes espécies nativas do gênero Ficus, árvores

consideradas imunes ao corte pela legislação florestal, de grande interesse

preservacionista e que apresentam acentuada importância ecológica e

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

paisagística, interferindo positivamente na constituição dos ecossistemas

locais.

2.6 Uso Atual da Área e Problemas UrgentesA maior parcela da ARIE “Parque das Figueiras” é utilizada atualmente

para fins preservacionistas. No local, também se encontra atualmente o viveiromunicipal, onde são produzidas mudas nativas para arborização urbana e

recuperação de áreas degradadas do município.

As antigas benfeitorias presentes são hoje utilizadas como canil

municipal. As fezes dos cães não têm uma destinação adequada e sabe-se

que estes animais podem ser fonte de doenças para espécies da fauna

silvestre, necessitando serem removidos para outro local mais adequado fora

da UC.Em vários pontos, observa-se a presença de espécies de plantas

exóticas invasoras, que ocasionam perda da biodiversidade e descaracterizam

fisionomicamente a vegetação original. Entre estas se destacam: eucalipto

(Eucaliptus sp.), sempre-verde (Ligustrum japonicum), canela-cheirosa

(Cinnamomum zeilanicum), uva-japonesa (Hovenia dulcis) e acácia-negra

(  Acacia mearnsii ). Para melhor controle das mesmas, será implantado um

projeto de manejo das espécies arbóreas exóticas invasoras.

Outra problemática é o lixo encontrado em diferentes zonas da ARIE

“Parque das Figueiras”. Em alguns locais o lixo encontra-se agregado em

montes, já em outros espalhados na área de recuperação, devendo ser 

recolhido e ter uma destinação adequada para os mesmos.

Nas estradas próximas a ARIE “Parque das Figueiras”, principalmente

na RS-129 (Trans Santa Rita) é notável os casos de atropelamento de

espécies da fauna silvestre. Tais locais são necessários à colocação de placas

informativas, relativa à travessia de animais silvestres. Muitas das espécies de

fauna da ARIE “Parque das Figueiras” e área de expansão, só tiveram registros

em função do grande número de exemplares atropelados.

Em alguns locais da ARIE “Parque das Figueiras” e área de expansão,

foram identificados pontos de caça de animais silvestres, sendo que,

armadilhas para captura de pequenos mamíferos foram encontradas e

removidas da UC (Fig. 2).

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

A mata adjacente a ARIE “Parque das Figueiras” vem sofrendo pressões

por se localizar em área de expansão do município. Casos irregulares de

supressão da vegetação foram registrados (Fig. 2).

Figura 2: (A) Atropelamento de animais silvestres nas estradas proximais; (B) Graxaim

(Cerdocyon thous) atropelado; (C) Armadilhas de captura e caça de animais silvestres; (D)

Canil municipal; (E) Vista parcial de área desmatada no entorno a ARIE; (F) Eucaliptus sp.,

espécie exótica a ser suprimida.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.7 Fatores Ambientais

2.7.1 Geologia, geomorfologia, solos e hidrografiaO município de Estrela localiza-se à margem esquerda do rio Taquari, na

porção basal do que se denomina a Encosta Inferior do Planalto Meridional

(Maluf  et al., 1994) ou, segundo IBGE (1986), Patamares da Serra Geral. É

composto por duas formações geológicas distintas: Formação Serra Geral,

constituída basicamente por basaltos, e Formação Botucatu, constituída por 

arenito. A Formação Serra Geral é a que predomina no município, sendo

observados também, em alguns pontos, afloramentos da Formação Botucatu

(IBGE, 1986).

A região da encosta inferior do Planalto Meridional é caracterizada por 

escarpamento acentuado pela dissecação provocada pelo curso inferior de rios

como o Taquari, formando assim pontos de aclive acentuado, porções com os

típicos morros testemunhos, como é o caso do Roncador e Roncadorzinho, e

também com porções de planícies que se espremem entre a encosta do

planalto e o rio.

Os solos que constituem o município são: Terra Roxa Estruturada e

Planossolo Eutrófico. Terra Roxa Estruturada: solos profundos, bem drenados,

geralmente com textura muito argilosa. Planossolo Eutrófico: solos típicos de

áreas baixas, onde o relevo permite excesso de água permanente ou

temporário. Possui superfície eluvial de textura arenosa ou média que contrasta

com o horizonte B, de elevada concentração de argila (IBGE, 1986).

A ARIE “Parque das Figueiras” pertence à Bacia Hidrográfica Taquari-

Antas, porção Taquari. A hidrografia da mesma consiste basicamente em um

reservatório artificial, três nascentes e um córrego (Fig. 3 e Fig. 4).

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Figura 3: Hidrografia da ARIE “Parque das Figueiras”.

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Figura 4: (A) Nascente; (B) Reservatório artificial (açude); (C) Córrego.

A

B

C

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.7.2 ClimaO macroclima da região é do tipo “Cfa” (subtropical úmido), do sistema

de Köppen, com temperatura média anual de 19,5°C e precipitação anual de

1.347 mm, distribuída de forma relativamente uniforme ao longo do ano

(Moreno, 1961). O diagrama ombrotérmico da estação de Porto Alegre (Fig. 5),

que dista aproximadamente cerca de 100 km do Parque, mostra que, na

realidade, existe um ligeiro decréscimo da precipitação nos meses mais

quentes do ano.

0

5

10

15

20

25

30

J A S O N D J F M A M J

   T  e  m  p  e  r  a   t  u  r  a

   (   º   C   )

0

25

50

75

100

125

150

   P  r  e  c   i  p   i   t  a  ç   ã  o   (  m  m   )

 

Figura 5: Diagrama climático de Porto Alegre (30º02’S, 51º22’W, 47m), no

período de 1961 a 1990 (segundo INMET), a cerca de 100 km

aproximadamente da ARIE “Parque das Figueiras”, Estrela-RS (círculos =

precipitação, quadrados = temperatura).

2.7.3 Flora2.7.3.1 Caracterização da vegetação regional

O Estado do Rio Grande do Sul caracteriza-se por apresentar diversas

formações vegetais, o que representa uma ampla riqueza biológica, tanto da

flora quanto da fauna. Essas formações vegetais fazem parte do Bioma Mata

Atlântica e do Bioma Pampa (Fig. 6).

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 6: Mapa de localização dos Biomas existentes no RS (IBGE 2007).

Pelas características e delimitações estabelecidas no mapa do IBGE(Fig. 6), a vegetação do município de Estrela fica sendo um anexo do Bioma

Mata Atlântica, de acordo com a Lei n° 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

A vegetação do município de Estrela está inserida na Região

Fitogeográfica da Floresta Estacional Decidual (Fig. 7), que segundo Teixeira &

Neto (1986), ocupa a maior parcela da vertente sul do Planalto Meridional ou

Formação Serra Geral.

Com a colonização européia, teve início um contínuo processo desubstituição das formações nativas originais por outros usos, promovendo um

quadro de degradação da vegetação, ficando a maior parte dos remanescentes

florestais nativos nas encostas e nos fundos dos vales, locais com dificuldade

de acesso ou baixa aptidão agrícola.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 7: Regiões Fitogeográficas do RS, destacando a formação vegetal do

município de Estrela (Radam Brasil).

A Floresta Estacional Decidual caracteriza-se por duas estações

climáticas bem demarcadas. No RS, embora o clima seja ombrófilo, possui

uma curta época muito fria e que ocasiona, provavelmente, a estacionalidade

fisiológica da floresta.

Esta formação ocorre na forma de disjunções florestais apresentando o

estrato dominante predominantemente caducifólio, com mais de 50% dosindivíduos despidos de folhas no período frio.

Os elementos da Floresta Estacional Decidual que mais se destacam

são: Parapiptadenia rigida (angico-vermelho), Luehea divaricata (açoita-

cavalo), Myrocarpus frondosus (cabreúva), Cabralea canjerana (canjerana),

Cordia americana (guajuvira), Cedrela fissilis (cedro), Ocotea puberula (canela-

guaicá) e Nectandra megapotamica (canela-preta).

De acordo com o Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul,atualmente a Floresta Estacional Decidual abrange uma área de 11.762,45

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

km², o que representa 4,16% da cobertura florestal do estado (Rio Grande do

Sul, 2002).

2.7.3.2 Caracterização da vegetação da ARIE “Parque das

Figueiras”

A vegetação local pode ser caracterizada como sendo de área de

abandono agrícola, com a atual formação vegetal secundária em estágio inicial

de regeneração (capoeira) em sua maior parte, áreas de vegetação mista de

exóticas e nativas, com intenso predomínio de Eucalyptus sp. e uma pequena

faixa de mata em estágio médio a avançado de regeneração no entorno de um

córrego.

Na área agrícola abandonada, há alguns anos, foi realizado o plantio de

5.000 mudas de espécies arbóreas nativas provenientes de compensação

ambiental municipal. Esse plantio vem acelerando visivelmente o processo de

regeneração da formação florestal como um todo. Acredita-se que algumas das

espécies arbóreas nativas (Tab. 1), não são encontradas naturalmente no local

e sim por causa das compensações realizadas através de plantios, o que

acabou enriquecendo a diversidade arbórea local. Destacam-se na vegetação

o timbó, ingá-feijão, aroeira-vermelha, grandiúva, sendo espécies de

crescimento rápido, algumas já tendo alcançado mais de seis metros de altura.

Nas áreas com predomínio de eucaliptos, ao passar dos anos,

desenvolveu-se a vegetação nativa no sub-bosque, estando a mesma

atualmente em estágio secundário médio de regeneração natural. As espécies

predominantes neste local são: capororoca, mamica-de-cadela, canela-

ferrugem, chá-de-bugre e camboatá-vermelho, alguns exemplares alcançando

até dez metros de altura.

Ao norte da UC, encontra-se uma faixa de mata que acompanha umcórrego, encontrando-se atualmente em estágio médio a avançado de

regeneração. À medida que se avança ao norte, adentrando a mata adjacente

a da UC, esta se encontra cada vez mais preservada. O dossel é bastante

fechado, alcançando no entorno de 12 metros de altura, composto

principalmente por canela-ferrugem, açoita-cavalo, jerivá e figueira-do-brejo. O

sub-bosque é composto por alguns arbustos como Psychotria cf. brachyceras e

Piper aduncum, além de algumas arvoretas, como Guarea macrophylla,Miconia pusilliflora, entre outras.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Em áreas úmidas, próximas a corpos hídricos, foram encontradas

espécies características desse tipo de ambiente, como: tucaneira, figueira-do-

brejo, salseiro e branquilho.

Em toda a ARIE há a ocorrência de espécies exóticas invasoras

arbóreas, com predominância de Eucalyptus sp. (eucalipto), Cinnamomum

zeilanicum (canela-cheirosa) e Hovenia dulcis (uva-japonesa), o que tende a

aumentar a competição, diminuindo assim a diversidade arbórea nativa.

Ocorrem também espécies invasoras herbáceas, como o  Asparagus sp. e a

Brachiaria sp.. A primeira desenvolve-se mais no sub-bosque e a última em

áreas mais abertas, cobrindo, em alguns pontos, grandes parcelas de solo,

impedindo assim a regeneração natural.

Tabela 1: Espécies arbóreas nativas levantadas na ARIE “Parque das

Figueiras” e seu entorno (área de expansão).

Família Nome científico Nome popular 

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius aroeira-vermelha

Aquifoliaceae Ilex paraguariensis*  erva-mate

Aquifoliaceae Ilex sp.*  caúna

Araliaceae Schefflera morototoni *  caixeta

Araucariaceae  Araucaria angustifolia araucária

Arecaceae Bactris setosa*  tucum

Arecaceae Syagrus romanzoffiana gerivá

Bignoniaceae Jacaranda micrantha caroba

Bignoniaceae Tabebuia chrysotricha**  ipê-amarelo

Bignoniaceae Tabebuia heptaphylla ipê-roxo

Boraginaceae Cordia americana guajuvira

Boraginaceae Cordia ecalyculata maria-pretaBoraginaceae Cordia trichotoma louro-pardo

Cannabaceaea Trema micrantha grandiúva

Cyatheaceae Cyathea sp.*  xaxim-de-espinho

Erythroxylaceae Erythroxylum deciduum cocão

Euphorbiaceae  Alchornea triplinervia tanheiro

Euphorbiaceae Gymnanthes concolor  laranjeira-do-mato

Euphorbiaceae Sapium glandulosum pau-leiteiro

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana branquilho

Euphorbiaceae Tetrorchidium rubrivenium canemuçu

Fabaceae  Apuleia leiocarpa*  grápia

Fabaceae  Ateleia glazioviana timbó

Fabaceae Bauhinia forficata pata-de-vaca

Fabaceae Inga marginata ingá-feijão

Fabaceae Inga vera ingá-banana

Fabaceae Machaerium stipitatum farinha-seca

Fabaceae Mimosa bimucronata maricá

Fabaceae Parapiptadenia rigida angico-vermelho

Fabaceae Schizolobium parahyba**  guapuruvu

Lamiaceae  Aegiphila sellowiana gaioleira

Lamiaceae Vitex megapotamica tarumã

Lauraceae Nectandra megapotamica canela-preta

Lauraceae Nectandra oppositifolia canela-ferrugem

Lauraceae Ocotea puberula canela-guaicá

Malvaceae Luehea divaricata açoita-cavalo

Melastomataceae Miconia pusilliflora pixirica

Meliaceae Cabralea canjerana canjerana

Meliaceae Cedrela fissilis cedro

Meliaceae Guarea macrophylla pau-de-arco

Meliaceae Trichilia claussenii *  catiguá

Meliaceae Trichilia elegans*  pau-de-ervilha

Moraceae Ficus adhatodifolia figueira

Moraceae Ficus cestrifolia figueira-de-folha-miúda

Moraceae Ficus luschnathiana figueira

Moraceae Maclura tinctoria tajuvaMoraceae Sorocea bonplandii *  cincho

Myrsinaceae Myrsine coriacea capororoquinha

Myrsinaceae Myrsine cf. lorentziana capororoca

Myrsinaceae Myrsine cf. umbellata capororoca

Myrtaceae Calyptranthes grandifolia*  guamirim

Myrtaceae Calyptranthes sp.  guamirim

Myrtaceae Campomanesia rhombea guavirobinha

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Myrtaceae Campomanesia xanthocarpa guabirobeira

Myrtaceae Eugenia involucrata cerejeira

Myrtaceae Eugenia pyriformis uvaia

Myrtaceae Eugenia rostrifolia*  batinga

Myrtaceae Eugenia uniflora pitangueira

Myrtaceae Myrciaria sp.  camboim

Myrtaceae Plinia trunciflora  jaboticabeira

Myrtaceae Psidium cattleianum araçá

Nyctaginaceae Guapira opposita*  maria-mole

Proteaceae Roupala brasiliensis carvalho-brasileiro

Rubiaceae Faramea montevidensis*  café-do-mato

Rutaceae Zanthoxylum fagara mamica-de-cadela

Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium mamica-de-cadela

Salicaceae Banara parviflora farinha-seca

Salicaceae Casearia sylvestris chá-de-bugre

Salicaeae Salix humboldtiana salseiro

Sapindaceae  Allophylus edulis chal-chal

Sapindaceae Cupania vernalis camboatá-vermelho

Sapindaceae Matayba elaeagnoides camboatá-branco

Solanaceae Solanum mauritianum fumo-bravo

Verbenaceae Citharexylum myrianthum tucaneira

* Encontradas apenas na área do entorno

** Nativa do Brasil

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 8: (A) Ficus luschnathiana (figueira); (B) Nectandra oppositifolia (canela-

ferrugem); (C) Citharexylum myrianthum (tucaneira).

C

B

A

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Tabela 2: Espécies arbóreas exóticas levantadas na ARIE “Parque das

Figueiras”.

Família Nome científico Nome popular 

Bignoniaceae Tecoma stans sabugueiro

Fabaceae  Acacia mearnsii  acácia-negra

Lauraceae Cinnamomum zeilanicum canela-cheirosa

Meliaceae Melia zedarach cinamomo

Moraceae Morus nigra amoreira

Myrtaceae Eucaliptus sp.  eucalipto

Myrtaceae Psidium guajava goiabeira

Myrtaceae Syzygium jambolanum  jambolão

Oleaceae Ligustrum japonicum sempre-verde

Oleaceae Ligustrum sinense ligustrinho

Pinaceae Pinus elliotis pinus

Rhamnaceae Hovenia dulcis uva-japonesa

Rosaceae Eriobotrya japonica nespereira

Tabela 3: Espécies arbustivas nativas levantadas na ARIE “Parque das

Figueiras” e seu entorno (área de expansão).

Família Nome científico Nome popular 

Acanthaceae Justicia brasiliana  junta-de-cobra-vermelha

Asteraceae Baccharis sp.  vassoura

Fabaceae Calliandra foliolosa angiquinho

Malvaceae Pavonia sepium -

Piperaceae Piper aduncum pariparoba

Rubiaceae Psychotria carthagenensis cafezinho-do-mato

Rubiaceae Psychotria cf. brachyceras cafezinho-do-mato

Solanaceae Cestrum strigillatum coerana

Tabela 4: Espécies das famílias Bromeliaceae, Cactaceae e Orchidaceae

levantadas na ARIE “Parque das Figueiras” e seu entorno (área de expansão).

Família Espécie Situação

Bromeliaceae  Ananas bracteatus -

Bromeliaceae Tillandsia aeranthos -

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Bromeliaceae  Tillandsia geminiflora VU

Bromeliaceae  Tillandsia recurvata  -

Bromeliaceae Tillandsia stricta -

Bromeliaceae Tillandsia tenuifolia  VU

Cactaceae Lepismium cruciforme  -

Cactaceae Lepismium lumbricoides  -

Cactaceae Rhipsalis teres -

Orchidaceae Campylocentrum aromaticum  -

Orchidaceae Cattleya cernua -

Orchidaceae Cattleya intermedia  VU

Orchidaceae Corymborkis flava -

Orchidaceae Isochilus linearis  -

Orchidaceae Lankesterella ceracifolia  -

Orchidaceae Polystachya concreta -

Orchidaceae Prescottia sp.  -

Orchidaceae Sacoila lanceolata -

Orchidaceae Sarcoglottis ventricosa -

Orchidaceae Trichocentrum pumilum  -

Obs.: Algumas espécies encontram-se na lista das espécies ameaçadas de

extinção do Rio Grande do Sul (VU – vulnerável).

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 9: (A) Tillandsia aeranthos; (B) Lepismium cruciforme; (C) Corymborkis

flava.

C

B

A

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.7.4 FaunaA ARIE “Parque das Figueiras” e área de expansão, bem como, outras

áreas adjacentes, constituem em verdadeiros refúgios de diferentes grupos

faunísticos, que no local encontram abrigo e alimentação.

Foi registrada até o momento da elaboração do Plano de Manejo, a

ocorrência de 12 espécies silvestres de mamíferos, 72 espécies silvestres de

aves, cinco espécies silvestres de répteis, três espécies silvestres de anfíbios e

sete espécies silvestres de peixes. Provavelmente esses números não são

definitivos, sendo que trabalhos futuros poderão acrescentar novas ocorrências

em relação à fauna local.

Segue abaixo a caracterização dos diversos grupos da fauna silvestre

encontrados na ARIE “Parque das Figueiras” e sua área de expansão.

2.7.4.1 Mamíferos

Em termos de mastofauna, a ARIE “Parque das Figueiras” apresenta

incidência confirmada por visualização direta de Akodon azarae (rato-do-chão),

Cavia aperea (preá), Cerdocyon thous (graxaim), Coendou villosus (ouriço),

Didelphis albiventris (gambá-de-orelha-branca), Galictis vittata (furão),

Herpailurus yaguarondi (gato-mourisco), Myocastor coypus (ratão-do-banhado)

e Procyon cancrivorus (mão-pelada). Ocorrem também, registros indiretosatravés de vestígios (pegadas, tocas e fezes) a incidência de Dasypus

novemcinctus (tatu-galinha), Euphractus sexcinctus (tatu-peludo) e Felis tigrina 

(gato-do-mato-pequeno).

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 10: (A) Cerdocyon thous (graxaim); (B) Herpailurus yaguarondi  (gato-

mourisco); (C) Procyon cancrivorus (mão-pelada).

C

B

A

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.7.4.2 Aves

A avifauna é o grupo faunístico de vertebrados com maior diversidade de

espécies na ARIE “Parque das Figueiras”.

As espécies de aves foram encontradas em saídas a campo

desenvolvidas nos mais diferentes locais da ARIE “Parque das Figueiras” e

área de expansão (Fig. 14), registrando-as através de avistamento direto,

vocalizações e vestígios.

Cabe salientar que tal diversidade é favorecida pelos diferentes

ecótonos encontrados na área, caracterizados pela presença de um

reservatório artificial (açude), um fragmento florestal e uma área de banhado, o

que gera a presença de grupos específicos para cada um deles.

Tabela 5: Aves nativas levantadas na ARIE “Parque das Figueiras” e seu

entorno (área de expansão).

Família Nome científico Nome popular 

Accipitridae Elanoides forficatus gavião-tesoura

Accipitridae Rupornis magnirostris gavião-carijó

Alcedinidae Chloroceryle amazona martim-pescador-verde

Alcedinidae Megaceryle torquata martim-pescador-grande

Ardeidae  Ardea alba garça-branca-grande

Ardeidae Butorides striata socozinho

Ardeidae Egretta thula garça-branca-pequena

Cardinalidae Cyanoloxia brissonii  azulão

Cardinalidae Habia rubica tiê

Cathartidae Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha

Cathartidae Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta

Charadriidae Vanellus chilensis quero-queroCoerebidae Coereba flaveola cambacica

Columbidae Columbina picui  rolinha-picuí

Columbidae Columbina talpacoti  rola-café

Columbidae Leptotila verreauxi   juriti-pupu

Columbidae Zenaida auriculata rolinha

Cracidae Ortalis guttata aracuã

Cuculidae Crotophaga ani  anu-preto

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Cuculidae Guira guira anu-branco

Cuculidae Piaya cayana alma-de-gato

Emberizidae Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei

Emberizidae Sicalis flaveola canário-da-terra

Emberizidae Sporophila caerulescens coleirinho

Emberizidae Zonotrichia capensis tico-tico

Falconidae Caracara plancus caracará

Falconidae Milvago chimachima carrapateiro

Fringillidae Euphonia chalybea tangará

Fringillidae Euphonia chlorotica fim-fim

Fringillidae Euphonia pectoralis ferro-velho

Fringillidae Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro

Furnariidae Furnarius rufus  joão-de-barro

Furnariidae Synallaxis spixi   joão-teneném

Hirundinidae Progne tapera andorinha-do-campo

Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa

Hirundinidae Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco

Icteridae Cacicus chrysopterus tecelão

Icteridae Molothrus bonariensis vira-bosta

Jacanidae Jacana jacana  jaçanã

Mimidae Mimus saturninus sabiá-do-campo

Parulidae Basileuterus culicivorus pula-pula

Parulidae Basileuterus leucoblepharus pula-pula-assobiador 

Parulidae Geothlypis aequinoctialis pia-cobra

Parulidae Parula pitiayumi  mariquita

Picidae Colaptes campestris pica-pau-do-campo

Psittacidae Myiopsitta monachus caturritaRallidae  Aramides cajanea saracura

Rallidae Gallinula chloropus frango-d'água-comum

Strigidae  Athene cunicularia coruja-buraqueira

Thamnophilidae Thamnophilus caerulescens choca-da-mata

Thraupidae Tangara seledon saíra-sete-cores

Thraupidae Saltator similis trinca-ferro

Thraupidae Tersina viridis saí-andorinha

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Thraupidae Thraupis bonariensis sanhaçu-papa-laranja

Thraupidae Thraupis sayaca sanhaçu-cinzento

Trochilidae Hylocharis chrysura beija-flor-dourado

Trochilidae Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco

Trochilidae Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta

Troglodytidae Troglodytes musculus carruira

Trogonidae Trogon surrucura surucuá

Turdidae Turdus amaurochalinus sabiá-poca

Turdidae Turdus leucomelas sabiá-barranco

Turdidae Turdus rufiventris sabiá-laranjeira

Tyrannidae Empidonomus varius peitica

Tyrannidae Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata

Tyrannidae Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro

Tyrannidae Megarynchus pitangua neinei

Tyrannidae Pitangus sulphuratus bem-te-vi

Tyrannidae Tyrannus melancholicus siriri

Tyrannidae Tyrannus savana tesourinha

Tyrannidae  Xolmis irupero noivinha

Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitaguari

Os registros mais valiosos deste levantamento foi a visualização em uma

ocasião de Euphonia violacea (gaturamo-verdadeiro) e Tangara seledon (saíra-

sete-cores), duas espécies de aves presentes na lista de espécies ameaçadas

de extinção do Rio Grande do Sul (Marques et al , 2002).

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 11: (A) Butorides striata (socozinho); (B) Gallinula chloropus (frango-

d'água-comum); (C) Tyrannus melancholicus (siriri).

C

B

A

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.7.4.3 Répteis

Este grupo teve apenas contatos diretos durante as atividades de

campo, através da visualização de Bothrops alternatus (cruzeira), Bothrops

 jararaca (jararaca), Helicops infrataeniatus (cobra-d’água), Philodryas olfersii  

(cobra-verde) e Tupinambis merianae (lagarto-teiú).

Figura 12: (A) Philodryas olfersii  (cobra-verde); (B) Tupinambis merianae 

(lagarto-teiú).

2.7.4.4 Anfíbios

Este grupo foi o de menor número de contatos visuais durante as

atividades de campo, sendo que, foi observado através de avistamento direto o

Bufo spp. (sapo-cururu), Hyla faber  (perereca) e Phrynohyas mesophaea 

(perereca-grande) (Fig. 13).

A

B

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 13: (A) Bufo spp. (sapo-cururu); (B) Hyla faber  (perereca); (C)

Phrynohyas mesophaea (perereca-grande).

A

B

C

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

2.7.4.5 Peixes

A hidrologia da ARIE “Parque das Figueiras” é representada por 

nascentes, córrego e um reservatório artificial (açude) (Fig. 4). O levantamento

foi realizado exclusivamente no açude, local esse, propício para o

desenvolvimento da ictiofauna local.

Tabela 6: Ictiofauna levantada na ARIE “Parque das Figueiras”.

Família Nome científico Nome popular 

Characidae  Astyanax fasciatus lambari-de-rabo-vermelho

Cichlidae Crenicichla lepidota  joana

Cichlidae Geophagus brasiliensis cará

Cichlidae Gymnogeophagus gymnogenys cará

Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra

Heptapteridae Rhamdia sp.   jundiá

Synbranchidae Synbranchus marmoratus muçum

2.8 Caracterização da Área do Entorno e Possibilidades de ExpansãoA ARIE “Parque das Figueiras” está localizada em uma zona de

expansão do município de Estrela. Próximo a ela localizam-se a BR-386 e a

rodovia Trans Santa Rita, além de outras estradas secundárias. Há tambémalgumas empresas no entorno da ARIE – a norte e nordeste deste –, como a

Minuano, Postes Indasul, Transportadora Tomasi, Parmalat e o Depósito

Judicial, localizadas bastante próximas. No entanto, na sua maioria, o entorno

da ARIE é composto principalmente por propriedades rurais. Algumas destas

propriedades são compostas por pastagens e por cultura de eucalipto e/ou

acácia. Parte de algumas destas propriedades vizinhas apresentam áreas

bastante preservadas, como é o caso daquelas que fazem divisas a norte e

oeste da ARIE “Parque das Figueiras”.

Essas propriedades possuem consideráveis áreas de mata nativa (Fig.

14), com vegetação bem preservada, estando em estágio avançado de

regeneração. São áreas que, em sua maioria, foram preservadas ao longo do

tempo por estarem localizadas no entorno de nascentes, córregos e banhados,

sendo de grande importância ecológica. Nestes locais, foram encontradas

várias espécies vegetais importantes não avistadas na ARIE “Parque das

Figueiras”, como grápia, xaxim-de-espinho, batinga, laranjeira-do-mato, cincho,

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

tucum, entre outras (Tab. 1), algumas delas indicando o estágio avançado de

regeneração da mata. Além disso, foram avistados vestígios de fauna e muitos

animais atropelados no entorno, indicando que estes locais são utilizados como

refúgio, sendo um dos poucos remanescentes florestais bem preservados do

município.

É de extrema importância que se avalie incluir parte destas propriedades

como sugestão de ampliação da ARIE “Parque das Figueiras”. Não somente

ajudaria na proteção e manutenção dos recursos hídricos, flora e fauna nativas,

como também possibilitaria que muitos outros animais que precisam de áreas

maiores para sobreviver, como alguns mamíferos, pudessem continuar 

utilizando o local para refúgio, alimentação e reprodução. Na figura 14, está

localizada a área que futuramente poderá vir a fazer parte da ARIE “Parque

das Figueiras”. A parte que não possui mata densa na zona de expansão da

UC, também foi incluída, pois muitos dos córregos que nascem no interior das

áreas de mata passam por ela, sendo esta de grande importância ecológica.

Praticamente toda a zona de expansão demarcada localiza-se em área de

preservação permanente. Seria uma área com um custo relativamente baixo de

desapropriação por não incluir nenhuma benfeitoria e apenas uma pequena

parcela dela ser produtiva. Outra vantagem é que nenhum produtor precisaria

ser remanejado para outro local do município.

Enquanto não adquirida, essa área do entorno da UC deverá ser 

especialmente fiscalizada pelo município para que não ocorra mais caça e

desmatamento.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 14: Sugestão para expansão da ARIE “Parque das Figueiras”, Estrela-

RS.

2.9 Possibilidades de ConectividadeA principal forma de conectividade entre a ARIE “Parque das Figueiras”

e outras áreas preservadas são através de corredores ecológicos. O principal

corredor poderá ser a mata ciliar do córrego que passa dentro da UC e que

continua fora desta, alcançando outras áreas preservadas. No entanto, nota-se

que esta mata ciliar encontra-se um tanto defasada fora da ARIE “Parque das

Figueiras”, necessitando que a área de preservação permanente (APP) no

entorno do córrego, prevista na legislação, seja respeitada pelos proprietários

adjacentes e cobrada pelo órgão fiscalizador. O exemplo mais clássico de

desrespeito é o cultivo de eucalipto e acácia até a beira deste e outros córregos

nas proximidades. Pequenos fragmentos de mata ainda existentes naspropriedades e áreas a serem averbadas como reserva legal, com orientação e

cobrança do poder público, também podem servir como corredores ou ainda

como trampolins ecológicos.

3. PLANEJAMENTO

3.1 ObjetivosOs objetivos gerais de uma Unidade de Conservação são dados pela

legislação. A Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Conservação determina que as Áreas de Relevante Interesse Ecológico têm

como objetivo geral manter os ecossistemas naturais de importância regional

ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo

com os objetivos de conservação da natureza.

Os objetivos específicos da ARIE “Parque das Figueiras” são:

- Conservar a biodiversidade local; 

- Conservar os recursos hídricos através da proteção e recuperação da mata

ciliar;

- Recuperar e preservar a vegetação local;

- Tornar a área um refúgio para a fauna local, propiciando condições para que

muitas espécies de animais possam se reproduzir;

- Estabelecer atividades de pesquisa e monitoramento;

- Promover o desenvolvimento de atividades ligadas à interpretação e

educação ambiental;

- Desenvolver mudas que servirão para recuperação da vegetação da ARIE

“Parque das Figueiras” e de outras áreas degradadas, além da arborização

urbana.

3.2 ZoneamentoO zoneamento é uma técnica de ordenamento territorial, usada para

atingir melhores resultados no manejo de uma UC, pois estabelece usos

diferenciados para cada espaço, segundo seus objetivos, potencialidades e

características encontradas no local. Identificando e agrupando áreas com as

qualificações citadas, elas vão constituir zonas específicas, que terão normas

próprias. Dessa forma, o zoneamento torna-se uma ferramenta que vai

contribuir para uma maior efetividade na gestão da UC (IBAMA, 2004).

A ARIE “Parque das Figueiras”, diferentemente de outras unidades de

conservação, não possui nenhuma área que esteja bastante conservada.

Nesse sentido, o seu zoneamento não incluirá nenhuma zona intangível,

apenas áreas de maior ou menor restrição quanto ao seu uso. Assim, a ARIE

“Parque das Figueiras” foi dividida em três zonas (Fig. 15).

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

Figura 15: Zoneamento da ARIE “Parque das Figueiras”, Estrela-RS.

3.2.1 Zona de Uso EspecialConstitui-se como área que possuirá obras e infra-estruturas utilizadas

para a recreação, educação ambiental, pesquisa científica, segurança e outros

serviços. Esta área deverá ser mantida de forma harmoniosa com seu entorno,

evitando ao máximo a geração de impactos negativos sobre o ambiente natural

da UC. Na ARIE “Parque das Figueiras” compreende a área onde atualmente

encontra-se a estrada de acesso, viveiro e o canil municipal, zona onde deverá

ser implantado o centro de educação ambiental (Fig. 15).

Normas:

- Será permitido o acesso de pessoas e veículos autorizados pela SMMASB;

- Fica proibido caçar, fumar e acessar a área com animais domésticos;

- O lixo encontrado no local e aquele que será gerado deverão ser recolhidos e

destinados para a Usina de Tratamento de Lixo (UTL) de Estrela;

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

- Será permitida a instalação de novas obras prediais além da reforma e

ampliação das já existentes, com autorização da SMMASB;

- Deverá ser construído um Centro de Educação Ambiental;

- Será permitido o uso do Centro de Educação Ambiental para cursos,

palestras, eventos e exposições relacionados ao tema “meio ambiente” com

avaliação da SMMASB;

- O viveiro de mudas deverá ser reformado e ampliado para poder continuar 

suprindo a demanda da arborização urbana e de áreas de recuperação

ambiental municipal, inclusive da própria UC;

- O canil municipal localizado nessa zona deverá ser desativado e relocado

para outro local fora da UC;

- A estrada de acesso a UC, que adentra esta zona deverá receber calçamento

permeável, conforme projeto desenvolvido pelo setor responsável e autorizado

pela SMMASB;

- Deverá ser feito o manejo das espécies exóticas invasoras, de acordo com o

“Programa de Manejo Ambiental”.

3.2.2 Zona de RecuperaçãoPossui áreas com significativo grau de alteração, a critério da visão do

planejamento. Nesse caso, o plano de manejo definirá ações de recuperação.

A recuperação poderá ser espontânea (deixada ao acaso) ou induzida, feita a

partir da indicação de pesquisas e estudos orientados. Esta zona permite

visitação, desde que as atividades não comprometam a sua recuperação. Ela é

temporária, pois, uma vez recuperada, deve ser reclassificada como

permanente (IBAMA, 2004).

Compreende praticamente grande parcela da UC, com exceção das

áreas que correspondem à Zona de Uso Especial e à Zona de Proteção (Fig.

15). É uma área com histórico de degradação ambiental evidente, que vem se

recuperando ao longo dos anos, merecendo atenção especial quanto à sua

recuperação. Alguns plantios de mudas já foram realizados nessa zona,

iniciando este processo de recuperação, que necessita ser continuado e

melhorado através do “Programa de Manejo Ambiental”.

Normas:

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

- A circulação de pessoas estará restrita à fiscalização, pesquisa,

monitoramento ambiental e a trilhas de interpretação ambiental, regradas por 

normas da SMMASB;

- A abertura de trilhas deverá restringir-se ao mínimo possível e só será

permitida quando necessária à fiscalização, pesquisa ou atividades de uso

público previamente definido e avaliado;

- O uso público deverá ser restrito a atividades de educação ambiental de baixo

impacto, limitado a pequenos grupos e acompanhados por um guia autorizado

pela SMMASB;

- Fica proibido pescar, caçar, fumar, acessar a área com animais domésticos

ou qualquer tipo de veículo;

- Poderá ser instaladas infra-estruturas de baixo impacto ambiental, necessária

para recreação e educação ligadas ao meio ambiente;

- O lixo encontrado no local deverá ser recolhido e destinado para a Usina de

Tratamento de Lixo (UTL) de Estrela;

- A recuperação da área deverá ser acelerada por técnicas de nucleação e/ou

pelo plantio de mudas de espécies nativas, conforme necessidade;

- Deverá ser feito o manejo das espécies exóticas invasoras, de acordo com o

“Programa de Manejo Ambiental”.

3.2.3 Zona de ProteçãoÉ aquela que contém áreas naturais ou que tenham recebido grau

mínimo de intervenção humana, onde podem ocorrer pesquisa, estudos,

monitoramento, proteção, fiscalização e formas de visitação de baixo impacto

(também chamada visitação de forma primitiva). Será permitida nessa zona a

colocação de infra-estrutura, desde que estritamente voltada para o controle e

a fiscalização (IBAMA, 2004).

Descrição: compreende a área de mata secundária em estádio médio a

avançado de regeneração localizada na parte norte do UC (Fig. 15). Um

córrego localiza-se no interior dessa zona.

Normas:

- A circulação de pessoas estará restrita à fiscalização, pesquisa,

monitoramento ambiental e eventualmente a trilhas de interpretação ambiental,

regradas por normas da SMMASB;

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

- A abertura de trilhas deverá restringir-se ao mínimo possível e só será

permitida quando necessária à fiscalização, à pesquisa ou às atividades de uso

público previamente definido e avaliado;

- O uso público deverá ser sempre em baixos níveis de intensidade e restrito a

pequenos grupos, acompanhados por um guia autorizado pela SMMASB;

- Deverá ser feito o manejo das espécies exóticas invasoras, de acordo com o

“Programa de Manejo Ambiental”.

4. PROGRAMAS DE MANEJOOs programas de manejo permitem definir ações que visem

principalmente assegurar a proteção da UC, bem como orientar seu uso. As

ações de manejo da ARIE “Parque das Figueiras” estão organizadas em dois

programas básicos.

4.1 Programa de Manejo AmbientalVisa o manejo e proteção do meio ambiente da UC, de forma a garantir 

a evolução natural dos ecossistemas, permitindo o enriquecimento da

biodiversidade. Visa também, quando necessário, intervenções no ambiente,

corrigindo algumas ações praticadas no passado e facilitando a restauração

das condições originais.

Este programa está subdividido em: subprograma de manejo dasespécies exóticas invasoras, subprograma de manejo da Zona de Recuperação

e subprograma de proteção.

4.1.1 Subprograma de manejo das espécies exóticas invasorasPara fins previstos nesse Plano de Manejo, entende-se por “espécies

exóticas”, aquelas que não são nativas da região e que foram introduzidas por 

ações direta ou indiretamente relacionadas ao homem. Também podem ser 

conhecidas como não autóctones. As espécies exóticas invasoras

normalmente possuem alto poder reprodutivo e de crescimento, ocupando

rapidamente o espaço de espécies nativas, podendo até mesmo provocar a

extinção local. As espécies invasoras são consideradas a segunda maior causa

de perda da biodiversidade mundial.

As espécies de plantas exóticas invasoras na ARIE “Parque das

Figueiras” estão relacionadas na tabela 2.

Diretrizes e recomendações:

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

- Remoção das espécies exóticas invasoras da UC, trabalho que deverá ser 

efetuado por pessoas habilitadas, instituídas pela SMMASB, que deverá

conduzir os trabalhos de modo a minimizar os impactos causados pela

remoção;

- As árvores de espécies exóticas invasoras de maior porte poderão ser 

removidas ou aneladas, para que não continuem as disseminações. A árvore

morta por anelamento poderá servir ainda como poleiro para a avifauna, o que

faz aumentar a regeneração natural no entorno da antiga árvore, sendo

considerada uma técnica de nucleação bastante eficiente;

- As plântulas exóticas invasoras deverão ser removidas manualmente através

de mutirões;

- Os moradores do entorno deverão ser orientados pela SMMASB a não

plantarem espécies exóticas invasoras e a suprimirem as que já estão em suas

propriedades;

- O monitoramento ambiental deverá avaliar o impacto causado pela remoção

das espécies exóticas invasoras.

4.1.2 Subprograma de manejo da Zona de Recuperação- Qualquer tipo de lixo presente no local deverá ser removido para a UTL do

município;

- A recomposição do ambiente deverá ser natural ou induzida através do

plantio de mudas;

- Nos locais onde não existem mudas plantadas deverão ser feitos novos

plantios;

- O plantio deverá ser feito preferencialmente com espécies nativas pioneiras

encontradas no levantamento florístico deste plano de manejo;

- A regeneração natural poderá ser acelerada através de técnicas de

nucleação, como: poleiros naturais e artificiais, colocação de fios entre uma

árvore e outra, amontoamento de galhos, transposição de solo com

propágulos, etc.;

- Alguns exemplares de espécies de árvores exóticas localizadas nesta zona

deverão ser anelados para formarem poleiros naturais;

- O monitoramento ambiental deverá avaliar a regeneração da vegetação na

área em questão.

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

4.1.3 Subprograma de proteção- A proteção deverá ser incentivada, de forma que todos a promovam, através

da educação ambiental;

- A fiscalização deverá ser compartilhada entre todos os interessados e em

especial com órgãos oficiais, sendo de grande importância que sejam firmados

termos de cooperação entre a Prefeitura e outras esferas de poder;

- A SMMASB tem o poder de autuar e notificar sempre que flagrarem pessoas

infringindo as leis ambientais;

- A UC deverá ser cercada nas divisas leste e sul, para delimitação do mesmo

e para evitar a entrada de animais domésticos, veículos e coibindo também a

entrada de pessoas não autorizadas;

- Deverá ser uma prioridade na SMMASB, elaborar ações de educação

ambiental com os moradores do entorno da UC;

- Na Zona de Uso Especial, a partir da entrada principal, deverão existir placas

informativas nas quais deverão estar descritos os principais regramentos da

ARIE “Parque das Figueiras” e da Legislação Ambiental;

- Torres de observação deverão ser instaladas em pontos estratégicos para

que seja possível avistar a UC.

4.2 Programa de Interpretação e Educação AmbientalVisa à interação com o ambiente natural e sua compreensão,

promovendo ações de proteção e preservação. O uso público regrado é

permitido e interessante para a manutenção desta Unidade de Conservação,

pois a contemplação leva as pessoas a entender o grande valor da

preservação.

Diretrizes e recomendações:

- A educação ambiental deverá estar sempre presente, por meio de sinalização

e pela comunicação entre a comunidade e os educadores ambientais da

SMMASB, podendo ser realizada através de palestras e visitação orientada

para pequenos grupos mediante agendamento;

- O agendamento para as visitas orientadas deverá ser feito por telefone ou

pessoalmente na SMMASB;

- As trilhas interpretativas poderão ocorrer em todas as zonas da ARIE “Parque

das Figueiras”;

- Os grupos agendados não deverão ultrapassar o número de 20 pessoas,sendo o número ideal 10 pessoas. Os grupos maiores poderão ser divididos

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Plano de Manejo da ARIE “Parque das Figueiras” 

em subgrupos, se houver disponibilidade de funcionários, monitores ou guias

para acompanhá-los;

- O monitoramento do impacto causado pelos visitantes poderá modificar o

limite de pessoas por grupo e a frequência das visitações;

- Deverá ser feito um trabalho específico de educação ambiental com a

população do entorno da ARIE “Parque das Figueiras”, com o objetivo de

informá-la sobre a criação desta UC e de conscientizá-la, mobilizando-a para a

conservação da área e arredores.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRASIL. Lei Federal nº. 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225,

§ 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial[da] República Federativa do Brasil, Brasil, DF, 18 jul. 2000. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm> Acesso em: 06 jan.

2011.

BRASIL. Lei Federal nº. 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a

utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras

providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasil, DF,

22 dez. 2006. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-

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Geomorfologia, Pedologia, Vegetação, Uso Potencial da Terra. Folha SH.

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Rio Grande do Sul. Estado do Rio Grande do Sul, Secretaria da Agricultura e

Abastecimento, Centro Nacional da Pesquisa do Trigo. Porto Alegre.

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213 p.

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