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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA NELSON BORGES NETO PLANO DE INTERVENÇÃO: como minimizar a baixa adesão da população ao tratamento clínico e medicamentoso da hipertensão arterial BOM DESPACHO– MINAS GERAIS 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAO EM ATENO BSICA EM SADE DA FAMLIA

NELSON BORGES NETO

PLANO DE INTERVENO: como minimizar a baixa adeso da

populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial

BOM DESPACHO MINAS GERAIS

2014

NELSON BORGES NETO

PLANO DE INTERVENO: como minimizar a baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso

arterial

Trabalho de Concluso do Curso de Especializao em

Ateno Bsica em Sade da Famlia, Universidade Federal de

Minas Gerais para obteno do certificado de especialista.

Orientador: Professor Edison Jos Corra

BOM DESPACHO MINAS GERAIS

2014

NELSON BORGES NETO

PLANO DE INTERVENO: como minimizara baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso

arterial

Banca Examinadora

Prof. Edison Jos Corra - orientador

Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Arajo - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte, em ___/___/2014

AGRADECIMENTOS

Agradeo a toda equipe e colegas do Programa de Valorizao

do Profissional da Ateno Bsica (PROVAB), em especial aos

colegas Provabianos do municpio de Par de Minas.

A toda equipe do Nescon pelo suporte.

Ao municpio e Coordenao da Ateno Bsica de Par de

Minas.

Ao amigo Alisson que me informou sobre o programa

PROVAB.

Ao Professor Edison Jos Corra, que se disps a exercer a

funo de orientador, tornando a elaborao deste trabalho

possvel.

E a toda a equipe e populao da Unidade Bsica de Sade Gro Par.

RESUMO

O controle da hipertenso arterial um dos principais alvos da ateno bsica de sade e seu tratamento envolve no s a teraputica e propedutica adequada, mas tambm uma boa adeso e conhecimento da doena por parte da populao. Aps uma anlise situacional da rea de abrangncia do Programa de Sade da Famlia Gro Par, foi identificado como problema prioritrio em sade a baixa adeso ao tratamento de hipertenso. Sobre ele foi elaborado plano de interveno, que incorpora trs problemas intermedirios ou ns crticos: (1) O baixo nvel de conhecimento da populao sobre a hipertenso arterial. (2) A necessidade de criao, implantao e implementao de grupo operativo sobre hipertenso arterial para pessoas hipertensas ou com fatores de risco residentes na rea de abrangncia da Unidade de Sade do Gro Par. E, por fim, (3) propor mecanismos de atualizar o conhecimento de todos os membros da equipe de Sade da Famlia e do Ncleo de Apoio em Sade da Famlia sobre hipertenso arterial, sua preveno, autocuidados e tratamento clnico e medicamentoso. Palavras-chave: Hipertenso. Presso Arterial. Sade da famlia. Adeso medicao. Educao em Sade.

ABSTRACT

The control of hypertension is a major target of basic health care and its treatment involves not only the proper workup and therapy, but also a good adherence and knowledge of the pathology among the population. After a situational analysis of the area covered by the Family Health Program Gro Par, was identified as a priority health problem the poor adherence to treatment of hypertension. Upon him is the intervention plan developed that incorporates three intermediate problems or critical nodes: (1) The low level of awareness of the population on hypertension. (2) The need of the creation, deployment and implementation of operational group on hypertension to people with hypertension or with risk factors resident in the catchment area of the Health Unit of the Gro Par, and finally, (3) propose mechanisms for updating knowledge of all team members of the Family Health and Support Center for Family Health on hypertension, prevention, self-care and clinical and drug treatment. Keywords: Hypertension. Blood pressure. Medication adherence. Family health. Health education.

SUMRIO

1 INTRODUO 8

2 JUSTIFICATIVA 10

3 OBJETIVOS 11

4 METODOLOGIA 12

5 REVISO BIBLIOGRFICA 13

5.1 Hipertenso arterial: conceito e epidemiologia 13

5.2 Fatores de risco 13

5.3 Preveno, abordagem clnica e medicamentosa 15

5.4 Adeso ao tratamento 15

5.5Grupo operativo 16

6 PROPOSTA DE INTERVENO 18

7 CONSIDERAES FINAIS 22

REFERNCIAS 23

8

1 INTRODUO

Par de Minas o municpio onde atuamos e para o qual esse Plano de Interveno

apresentado. Fica no estado de Minas Gerais, a 73 quilmetros da capital, Belo

Horizonte. Atualmente o municpio tem uma rea de 551 km2, populao de 84.215,

em 2010, e estimada para 2013 em 89.418 habitantes, Densidade populacional de

155,9 hab./km, o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,725,em 2010, um

Produto Interno Bruto (PIB) de R$1.725.386.000 mil e um PIB per capita de

R$ 20.286,41, dados do ano de 2011 (BRASIL, 2014a).

O municpio tem como pilar da economia as atividades de agroindstria, sendo a

primeira cidade do estado de Minas Gerais na produo de frangos, a segunda na

produo de sunos e a quarta cidade produtora de hortifrutigranjeiros, com

destaque para a produo de tomate, pimento e abbora, alm de desenvolver

atividades promissoras nos setores txteis, de minerao e siderurgia. A cidade de

Par de Minas proporciona coleta de esgotos da cidade que est disponvel a

93,94% da populao, recolhimento do lixo feito diariamente recolhido pela

empresa prestadora de servio e encaminhado ao Aterro Sanitrio, e gasta 20

milhes de metros cbicos de gua por dia (BRASIL, 2014).

O municpio tem a taxa decrescimento da populao de 0,91, em 2010,

analfabetismo em maiores de 15 anos de 8,69%, em 2009, proporo da populao

acima de 15 anos, com mais de oito anos de estudo de 50,62% (em 2009), grau de

urbanizao 93,1%, em 2005. (BRASIL, 2014).

O municpio conta com dezessete Unidades Bsicas de Sade (UBS), espalhadas

em seu territrio, uma policlnica, com vrias especialidades mdicas e, tambm, um

Pronto Atendimento Municipal, uma Santa Casa destinada principalmente a

internaes, e o Centro de Ateno a Sade da Mulher e das Crianas (CASMUC)

centro especfico para gestantes de alto risco, casos ginecolgicos de maior

complexidade e casos peditricos mais complexos. O municpio tambm tem um

Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS) e seu primeiro Ncleo de

http://pt.wikipedia.org/wiki/Real_(moeda)http://pt.wikipedia.org/wiki/Real_(moeda)http://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Geraishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metros_c%C3%BAbicos

9

Apoio a Sade da Famlia (NASF) est em processo de implantao (PAR DE

MINAS, 2013).

A Unidade de Sade da Famlia (USF) do Gro Par, qual pertencemos, atende a

uma populao adstrita de 6.273 pessoas, 1.772 famlias, sendo na grande maioria

usurios do Sistema nico de Sade. A USF est localizada em uma rea urbana

do municpio, servida com saneamento bsico em todo o territrio adstrito. (PAR

DE MINAS, 2013).

Aps uma anlise situacional da sade no territrio da UBS onde atuo, com

levantamento dos problemas que enfrentados na Unidade, destacamos as doenas

crnicas e priorizamos a hipertenso arterial. Assim, foi definido como problema

prioritrio a baixa adeso ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso

arterial, sobre o que esse trabalho apresenta um plano de interveno.

Considerando a orientao do mdulo Planejamento e avaliao das aes em

sade (CAMPOS, FARIA e SANTOS, 2010), as aes de interveno foram

definidos os ns crticos, ou seja, problemas intermedirios que, resolvidos, atenuam

ou resolvem, tambm, o problema principal ou primordial.

10

2 JUSTIFICATIVA

Aps uma anlise situacional da populao da rea de abrangncia da Unidade

Bsica de Sade do Gro Par, identificamos como problema prioritrio de sade a

baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso

arterial.

Como comorbidade que diariamente encontramos em vrias UBS e na Unidade do

Gro-Par, avaliamos que, apesar da maioria dos pacientes j ter um diagnstico

estabelecido, e muitas vezes tambm uma prescrio adequada, com vrias classes

de medicaes anti-hipertensivas, nas consultas reservadas a atendimentos de

doenas crnicas, como o caso da hipertenso, encontramos valores pressricos

elevados que, eventualmente, tm que ser at mesmo encaminhadas a unidades de

maior complexidade, podendo exigir, at mesmo, a internao hospitalar.

Um plano de interveno sobre esse problema se justifica por propor formas de

ampliar o conhecimento da populao, e mesmo da equipe de Sade da Famlia,

sobre hipertenso arterial, seus fatores de riscos, comorbidades, como a obesidade

e o diabetes mellitus, e estabelecer formas educacionais de inter-relao com a

comunidade.

11

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Propor um plano de interveno sobre a baixa adeso da populao ao

tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial.

3.2 Especficos

Propor medidas para aumentar o nvel de conhecimento da populao sobre

a Hipertenso Arterial.

Propor as bases para implantao e implementao de Grupo Operativo

sobre hipertenso arterial.

Propor mecanismos de atualizar o conhecimento de todos os membros da

equipe de Sade da Famlia e do Ncleo de Apoio em Sade da Famlia

sobre hipertenso arterial, sua preveno, autocuidados e tratamento clnico

e medicamentoso.

12

4 METODOLOGIA

Para a elaborao desse trabalho foi utilizado o mtodo de Planejamento

Estratgico Situacional simplificado, de acordo com as orientaes do mdulo

Planejamento e avaliao das aes em sade (CAMPOS, FARIA e SANTOS,

2010).

Para a reviso conceitual de definies, processos de classificao, normas

operacionais, protocolos, foram pesquisadas as evidncias cientficas em artigos e

publicaes acessveis na Biblioteca Virtual em Sade (BVS).

Os termos de referncias foram selecionados segundo os Descritores em Cincias

da Sade (DeCS), disponveis em . (BRASIL, 2014b).

Como base para as propostas sobre organizao de Grupo Operativo foi utilizado o

mdulo Prticas pedaggicas em Ateno Bsica Sade. Tecnologias para

abordagem ao indivduo, famlia e comunidade (VASCONCELOS; GRILLO;

SOARES, 2009) e, para normalizao do texto, citaes e referncias foi utilizado o

mdulo Iniciao metodologia: textos cientficos (CORRA; VASCONCELOS;

SOUZA, 2013).

http://decs.bvs.br/

13

5 REVISO BIBLIOGRFICA

Abordaremos, a seguir, alguns aspectos que devem ser bem compreendidos

pela equipe de Sade da Famlia e na sua interao educativa com a

comunidade:

Hipertenso arterial: conceito e epidemiologia

Fatores de risco

Preveno, abordagem clnica e medicamentosa

Conceito sobre adeso ao tratamento

Definio de grupo operativo

5. 1 Hipertenso arterial: conceito e epidemiologia A Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) um problema grave de sade pblica

no Brasil e no mundo. Ela um dos mais importantes fatores de risco para o

desenvolvimento de doenas cardiovasculares, cerebrovasculares e renais,

sendo responsvel por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular

cerebral, por 25% das mortes por doena arterial coronariana e, em

combinao com o diabete, 50% dos casos de insuficincia renal terminal

(BRASIL, 2006).

Com o critrio atual de diagnstico de hipertenso arterial (PA 140/90 mmHg),

a prevalncia na populao urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%,

dependendo da cidade onde o estudo foi conduzido (BRASIL, 2006).

5.2Fatores de risco So componentes que quando presentes podem levar doena ou contribuir

para o risco de adoecimento e manuteno dos agravos de sade (PEREIRA,

2007, p. 8).

14

No caso da Hipertenso Arterial, segundo a VI Diretrizes Brasileira de

Hipertenso (2010) temos como principais fatores de risco:

Idade: Existe relao direta e linear da PA com a idade, sendo a prevalncia de HAS superior a 60% na faixa etria acima de 65 anos.

Entre metalrgicos do RJ e de SP a prevalncia de HAS foi de 24,7% e a

idade acima de 40 anos foi a varivel que determinou maior risco para

esta condio.

Gnero e Etnia: A prevalncia global de HAS entre homens e mulheres semelhante, embora seja mais elevada nos homens at os 50 anos,

invertendo-se a partir da quinta dcada. Em relao cor, a HAS duas

vezes mais prevalente em indivduos de cor no branca. Estudos

brasileiros com abordagem simultnea de gnero e cor demonstraram

predomnio de mulheres negras com excesso de HAS de at 130% em

relao s brancas. No se conhece, com exatido, o impacto da

miscigenao sobre a HAS no Brasil.

Excesso de peso e Obesidade: O excesso de peso se associa com maior prevalncia de HAS desde idades jovens. Na vida adulta, mesmo

entre indivduos fisicamente ativos, incremento de 2,4 kg/m2 no ndice de

massa corporal (IMC) acarreta maior risco de desenvolver hipertenso. A

obesidade central tambm se associa com PA.

Ingesto de sal: Ingesto excessiva de sdio tem sido correlacionada com elevao da PA. A populao brasileira apresenta um padro

alimentar rico em sal, acar e gorduras. Em contrapartida, em

populaes com dieta pobre em sal, como os ndios brasileiros

Yanomami, no foram encontrados casos de HAS. Por outro lado, o efeito

hipotensor da restrio de sdio tem sido demonstrado.

15

Ingesto de lcool: A ingesto de lcool por perodos prolongados de tempo pode aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral. Em

populaes brasileiras o consumo excessivo de etanol se associa com a

ocorrncia de HAS de forma independente das caractersticas

demogrficas.

Sedentarismo: Atividade fsica reduz a incidncia de HAS, mesmo em indivduos pr-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de Doenas

Cardiovasculares.

Fatores socioeconmicos: A influncia do nvel socioeconmico na ocorrncia da HAS complexa e difcil de ser estabelecida. No Brasil a

HAS foi mais prevalente entre indivduos com menor escolaridade.

Gentica: A contribuio de fatores genticos para a gnese da HAS est bem estabelecida na populao. Porm, no existem, at o momento,

variantes genticas que, possam ser utilizadas para predizer o risco

individual de se desenvolver HAS.

Outros fatores de risco cardiovasculares: os fatores de risco cardiovascular frequentemente se apresentam de forma agregada, a

predisposio gentica e os fatores ambientais tendem a contribuir para

essa combinao em famlias com estilo de vida pouco saudvel.

5.3 Preveno, abordagem clnica e medicamentosa.

O controle da hipertenso arterial inicia desde o abandono ou controle dos

fatores de riscos, como os citados no tpico anterior, como mudanas

comportamentais como a prtica de atividades fsicas regularmente, pois alm

de diminuir a presso arterial, o exerccio pode reduzir consideravelmente o

risco de doena arterial coronria e de acidentes vasculares cerebrais e a

mortalidade geral, facilitando ainda o controle do peso (BRASIL, 2006).

16

Para o tratamento da HAS, quando necessrio existem as medicaes anti-

hipertensivas que visam promover a reduo no s dos nveis tensionais

como tambm a reduo de eventos cardiovasculares fatais e no fatais.

Sendo que eles exercem sua funo teraputica atuando em vrios

mecanismos que interferem na fisiopatologia da Hipertenso Arterial(BRASIL,

2006).

5.4 Adeso ao tratamento

Adeso pode ser caracterizada como a extenso em que o comportamento do

indivduo, em termos de tomar o medicamento, seguir a dieta, realizar

mudanas no estilo de vida e comparecer as consultas mdicas, coincide com

o tratamento de sade. (HORWITZ; HORWITZ, 1993). Vrios so os fatores

que interferem no processo de adeso e podem estar relacionados a

caractersticas do paciente, que incluem as biossociais, crenas de sade,

hbitos de vida e aspectos culturais; alm das relativas s doenas e ao

tratamento (PIERIN, 2004).

5.5 Grupo operativo

So grupos de pessoas centrados em uma tarefa (cura se for teraputico;

aquisio de conhecimentos se for um grupo de aprendizagem). Tem como

objetivos, mobilizar um processo de mudana, que passa fundamentalmente

pela diminuio dos medos bsicos da perda e do ataque. Assim, fortalece o

grupo, levando-o a uma adaptao ativa realidade, rompendo esteretipos,

redistribuindo papis, elaborando lutos e vencendo a resistncia a mudanas.

(RITTER; OLSCHOWSKY; LAPIS e KOHLRAUSCH, 2014).

O grupo operativo , antes de tudo, uma abordagem terica, fundamentada na psicologia social de Pichon-Rivire, centrada no processo de insero do sujeito no grupo, no vnculo e na tarefa. Essa abordagem terica tem sido muito utilizada, por exemplo, para trabalhar com pessoas que precisam ser preparadas para o autocuidado no manejo de enfermidades crnicas. Para Pichon-Rivire, o grupo operativo cumpre uma funo teraputica, pois se caracteriza por se centrar explicitamente

17

em uma tarefa, a qual constitui sua finalidade ou objetivo, que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnstico de dificuldades etc. Ele definiu grupo como um conjunto de pessoas ligadas no tempo e espao, articuladas por sua mtua representao internas, que se propunham explcita ou implicitamente a uma tarefa, interatuando para isso em uma rede de papis, com o estabelecimento de vnculos entre si (PICHON-RIVIRE, 2000, apud VASCONCELOS, GRILLO e SOARES, 2009, p. 45).

18

6 PROPOSTA DE INTERVENO

A proposta desse trabalho apresentar algumas propostas para resolver ou

minimizar problema prioritrio baixa adeso da populao ao tratamento

clnico e medicamentoso da hipertenso arterial. Para esse problema, foram

definidos trs ns crticos, ou seja, situaes que, executadas a contento,

ajudam a resolver ou minimizar o problema prioritrio:

Baixo nvel de conhecimento da populao sobre a hipertenso arterial.

Necessidade de criao, implantao e implementao de grupo

operativo sobre hipertenso arterial para pessoas hipertensas ou com

fatores de risco na rea de abrangncia da Unidade de Sade do Gro

Par.

Necessidade de propor mecanismos para atualizar o conhecimento de

todos os membros da equipe de Sade da Famlia e do Ncleo de

Apoio em Sade da Famlia sobre hipertenso arterial, sua preveno,

autocuidados e tratamento clnico e medicamentoso.

Cada um deles est detalhado nos quadros 1 a 3, a seguir.

19

Quadro 1 - Plano de interveno sobre problema prioritrio na Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, em Par de Minas, Minas Gerais, 2014. Atuao sobre o n crtico 1: baixo nvel de conhecimento da populao sobre a hipertenso arterial Problema priorizado

Baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial.

N crtico 1 Baixo nvel de conhecimento da populao sobre a hipertenso arterial.

Projeto Minha presso.

Operao Estabelecer mecanismos de informao e de resoluo de dvidas sobre hipertenso arterial.

Resultados esperados

Maior conhecimento da populao sobre a hipertenso arterial. Conhecimento dos nveis pressricos individuais. Auto identificao de fatores de risco para hipertenso. Adeso a prticas de vida saudvel e autocuidado. Conhecimento pela populao do processo de trabalho da Unidade de Sade para pacientes hipertensos ou pessoas com fatores de risco.

Produtos Um mecanismo de apoio ao tratamento da Hipertenso Arterial: Informao.

Aes estratgicas

Elaborar discusses, psteres, cartazes e folders sobre a Hipertenso Arterial, de forma ilustrada e com linguagem simples.

Responsvel Toda a Equipe do Programa Sade da Famlia do Gro Par.

Prazo Aproximadamente seis meses para implantar, organizar e estabelecer.

Acompanhamento e avaliao

Rever, mensalmente, se a Unidade Bsica de sade est trabalhando de forma integrada, com o apoio da gesto municipal de sade. Corrigir dificuldades.

Viabilidade O projeto Minha Presso, foi aceito pelos membros da unidade do Programa Sade da Famlia do Gro Par, e j est em discusso com a gesto municipal de sade.

20

Quadro 2 - Plano de interveno sobre problema prioritrio na Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, em Par de Minas, Minas Gerais, 2014. Atuao sobre n crtico 2: Necessidade de criao, implantao e implementao de grupo operativo sobre hipertenso arterial para pessoas hipertensas ou com fatores de risco na rea de abrangncia da Unidade de Sade do Gro Par. Problema priorizado

Baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial.

N crtico 2 Necessidade de criao, implantao e implementao de um grupo operativo sobre hipertenso arterialpara pessoas hipertensas ou com fatores de risco na rea de abrangncia da Unidade de Sade do Gro Par.

Projeto Grupo Operativo Hipertenso Arterial.

Operao Criar, implantar e implementar o Grupo Operativo de Hipertenso Arterial.

Resultados esperados

Correo do uso inadequado das medicaes, dvidas sobre o uso das mesmas esclarecidas. Entendimento, pela populao sobre a importncia de seguir uma prescrio adequada.

Produtos Diminuio da demanda de pacientes com picos pressricos. Reduo de complicaes como urgncias hipertensivas e internaes que poderiam ser prevenidas se o paciente estivesse fazendo uso adequado das medicaes.

Aes estratgicas

Conseguir a adeso do gestor local e da equipe de Sade da Famlia. Agendamento vivel de dias, horrios e periodicidade. Estabelecer discusses atrativas e com linguagem simples.

Responsvel: Toda a Equipe do Programa Sade da Famlia do Gro Par.

Prazo Aproximadamente seis meses para implantar, organizar e estabelecer o grupo operativo.

Acompanhamento e avaliao

Rever, mensalmente, se a Unidade Bsica de sade est trabalhando de forma integrada, com o apoio da gesto municipal de sade. Corrigir dificuldades.

Viabilidade A implantao do Grupo de Hipertensos j foi autorizada pela gesto municipal de Sade, um local adequado j foi disponibilizado.

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Quadro 3 - Plano de interveno sobre problema prioritrio na Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, em Par de Minas, Minas Gerais, 2014. Atuao sobre n crtico 3: Propor mecanismos de atualizar o conhecimento de todos os membros da equipe de Sade da Famlia e do Ncleo de Apoio em Sade da Famlia sobre hipertenso arterial, sua preveno, autocuidados e tratamento clnico e medicamentoso. Problema priorizado

Baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial.

N crtico 3 Propor mecanismos de atualizar o conhecimento de todos os membros da equipe de Sade da Famlia e do Ncleo de Apoio em Sade da Famlia sobre hipertenso arterial, sua preveno, autocuidados e tratamento clnico e medicamentoso.

Projeto Educao Permanente em Sade.

Operao Realizar reunies entre os membros da equipe de Sade da Famlia sobre a hipertenso arterial, promovendo aumento do conhecimento sobre a Hipertenso Arterial, troca de experincias entre os participantes, e discutindo novas abordagens para o tratamento da doena e melhorias na adeso do tratamento.

Resultados esperados

Melhora nas prticas profissionais dos membros da unidade de Sade da Famlia em relao ao tratamento da Hipertenso Arterial.

Produtos Melhorada organizao do trabalho e nas prticas de ensino sobre a Hipertenso Arterial.

Aes estratgicas

Organizar as reunies, elaborar propostas de discusso sobre todo o acompanhamento da Hipertenso Arterial.

Responsvel: Toda a Equipe do Programa Sade da Famlia do Gro Par.

Prazo Aproximadamente seis meses para implantar, organizar e estabelecer.

Acompanhamento e avaliao

Rever, mensalmente, se a Unidade Bsica de sade est trabalhando de forma integrada, com o apoio da gesto municipal de sade. Corrigir dificuldades.

Viabilidade O projeto de Educao Permanente em Sade j foi aceito pelos membros da unidade do Programa Sade da Famlia do Gro Par, e sua implantao j est em discusso com a gesto municipal de sade.

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7 CONSIDERAES FINAIS

A importncia do controle adequado da hipertenso arterial algo que faz parte

do foco do trabalho de qualquer unidade de Sade. O objetivo deste trabalho

foi de elaborar estratgias sobre como minimizar a baixa adeso da populao

ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial, identificado

como o principal problema da Unidade de Sade da Famlia do Gro Par.

Aps a anlise situacional da populao adstrita da Unidade de Sade da

Famlia do Gro Par, foi possvel a identificao de trs ns crticos, que, bem

resolvidos, devem resolver ou minimizar o problema prioritrio, tratado neste

trabalho.

Para a resoluo destes ns crticos foi elaborado o Projeto de Interveno e

com a sua implantao visamos no apenas desfazer esses ns, mas deixar na unidade onde o presente trabalho foi elaborado, projetos que

possivelmente iro melhorar em vrios aspectos o tratamento da hipertenso

arterial.

23

REFERNCIAS

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Cidades@MinasGerais. Par de Minas. [online], 2014a. Disponvel em: .Acesso em: 26 jan. 2014.

BRASIL. Ministrio da Sade. Biblioteca Virtual em Sade. Descritores em Cincias da Sade. [online], 2014b. Acessvel em: . Acesso em: 26 jan. 2014.

Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Hipertenso arterial sistmica para o Sistema nico de Sade / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Departamento de Ateno Bsica. Braslia : Ministrio da Sade, 2006. 58 p. (Cadernos de Ateno Bsica; 16) (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos). Disponvel em: . Acesso em 23 jan. 2014.

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CORRA, E. J.; VASCONCELOS, M.; SOUZA, M. S. L. Iniciao metodologia: textos cientficos. Belo Horizonte: Nescon/UFMG Curso de Especializao em Ateno Bsica em Sade da Famlia, 2013. Disponvel em:. Acesso em:23 jan. 2014.

HORWITZ, R.I.; HORWITZ, S.M. Adherence to treatment and health outcomes. Arch Intern Med.; v.153, n.16, p. 1863-8, 1993. Review. Disponvel em:

24

PEREIRA, S. D.(Org. Rev.). Conceitos e definies em epidemiologia importantes para Vigilncia Sanitria, So Paulo [online], 2007. Disponvel em: . Acesso em01 fev. 2014.

PIERIN, A.M.G.; STRELEC, M.A.A.M.; MION JR. O desafio do controle da hipertenso arterial e a adeso ao tratamento. In: PIERIN, A.M.G., coord. Hipertenso arterial: uma proposta para o cuidar. Barueri: Manole; 2004. cap 16.

RITTER, T.; OLSCHOWSKY, A.; LAPIS,B. R.; KOHLRAUSCH, E. Grupos Operativos Pichn - Rivire (1907-1977). Apresentao do PowerPoint. [online], 2014. Disponvel em: .Acesso em: 26 jan. 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA / Sociedade Brasileira de Hipertenso / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertenso. Arq. Bras. Cardiol.v. 95, Supl.1, p.1-51, 2010. Disponvel em: Acesso em: 20 jan. 2014.

VASCONCELOS, M.; GRILLO, M. J. C.;SOARES, S. M. Prticas pedaggicas em Ateno Bsica Sade. Tecnologias para abordagem ao indivduo, famlia e comunidade. NESCON/UFMG - Curso de Especializao em Ateno Bsica em Sade da Famlia. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009. Disponvel em:. Acesso em: 23 jan. 2014.

http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/epid_visa.pdfhttp://www.famema.br/ensino/capacdoc/docs/gruposoperativos.pdf%3e.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISCURSO DE ESPECIALIZAO EM ATENO BSICA EM SADE DA FAMLIABOM DESPACHO MINAS GERAISBOM DESPACHO MINAS GERAIS2014Banca ExaminadoraAprovado em Belo Horizonte, em ___/___/2014AGRADECIMENTOSAgradeo a toda equipe e colegas do Programa de Valorizao do Profissional da Ateno Bsica (PROVAB), em especial aos colegas Provabianos do municpio de Par de Minas.A toda equipe do Nescon pelo suporte.Ao municpio e Coordenao da Ateno Bsica de Par de Minas.Ao amigo Alisson que me informou sobre o programa PROVAB.Ao Professor Edison Jos Corra, que se disps a exercer a funo de orientador, tornando a elaborao deste trabalho possvel.

O controle da hipertenso arterial um dos principais alvos da ateno bsica de sade e seu tratamento envolve no s a teraputica e propedutica adequada, mas tambm uma boa adeso e conhecimento da doena por parte da populao. Aps uma anlise ...Palavras-chave: Hipertenso. Presso Arterial. Sade da famlia. Adeso medicao. Educao em Sade.

ABSTRACTThe control of hypertension is a major target of basic health care and its treatment involves not only the proper workup and therapy, but also a good adherence and knowledge of the pathology among the population. After a situational analysis of the ar...Keywords: Hypertension. Blood pressure. Medication adherence. Family health. Health education.SUMRIO1 INTRODUOPar de Minas o municpio onde atuamos e para o qual esse Plano de Interveno apresentado. Fica no estado de Minas Gerais, a 73 quilmetros da capital, Belo Horizonte. Atualmente o municpio tem uma rea de 551 km2, populao de 84.215, em 2010, ...O municpio tem como pilar da economia as atividades de agroindstria, sendo a primeira cidade do estado de Minas Gerais na produo de frangos, a segunda na produo de sunos e a quarta cidade produtora de hortifrutigranjeiros, com destaque para a p...O municpio tem a taxa decrescimento da populao de 0,91, em 2010, analfabetismo em maiores de 15 anos de 8,69%, em 2009, proporo da populao acima de 15 anos, com mais de oito anos de estudo de 50,62% (em 2009), grau de urbanizao 93,1%, em 2005...O municpio conta com dezessete Unidades Bsicas de Sade (UBS), espalhadas em seu territrio, uma policlnica, com vrias especialidades mdicas e, tambm, um Pronto Atendimento Municipal, uma Santa Casa destinada principalmente a internaes, e o Ce...A Unidade de Sade da Famlia (USF) do Gro Par, qual pertencemos, atende a uma populao adstrita de 6.273 pessoas, 1.772 famlias, sendo na grande maioria usurios do Sistema nico de Sade. A USF est localizada em uma rea urbana do municpio, ...2 JUSTIFICATIVAAps uma anlise situacional da populao da rea de abrangncia da Unidade Bsica de Sade do Gro Par, identificamos como problema prioritrio de sade a baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial.Como comorbidade que diariamente encontramos em vrias UBS e na Unidade do Gro-Par, avaliamos que, apesar da maioria dos pacientes j ter um diagnstico estabelecido, e muitas vezes tambm uma prescrio adequada, com vrias classes de medicaes an...Um plano de interveno sobre esse problema se justifica por propor formas de ampliar o conhecimento da populao, e mesmo da equipe de Sade da Famlia, sobre hipertenso arterial, seus fatores de riscos, comorbidades, como a obesidade e o diabetes m...3 OBJETIVOS3.1 Geral Propor um plano de interveno sobre a baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial.3.2 Especficos Propor medidas para aumentar o nvel de conhecimento da populao sobre a Hipertenso Arterial. Propor as bases para implantao e implementao de Grupo Operativo sobre hipertenso arterial. Propor mecanismos de atualizar o conhecimento de todos os membros da equipe de Sade da Famlia e do Ncleo de Apoio em Sade da Famlia sobre hipertenso arterial, sua preveno, autocuidados e tratamento clnico e medicamentoso.

81 INTRODUO4 METODOLOGIAPara a elaborao desse trabalho foi utilizado o mtodo de Planejamento Estratgico Situacional simplificado, de acordo com as orientaes do mdulo Planejamento e avaliao das aes em sade (CAMPOS, FARIA e SANTOS, 2010).Para a reviso conceitual de definies, processos de classificao, normas operacionais, protocolos, foram pesquisadas as evidncias cientficas em artigos e publicaes acessveis na Biblioteca Virtual em Sade (BVS).Os termos de referncias foram selecionados segundo os Descritores em Cincias da Sade (DeCS), disponveis em . (BRASIL, 2014b).Como base para as propostas sobre organizao de Grupo Operativo foi utilizado o mdulo Prticas pedaggicas em Ateno Bsica Sade. Tecnologias para abordagem ao indivduo, famlia e comunidade (VASCONCELOS; GRILLO; SOARES, 2009) e, para normali...5 REVISO BIBLIOGRFICAAbordaremos, a seguir, alguns aspectos que devem ser bem compreendidos pela equipe de Sade da Famlia e na sua interao educativa com a comunidade: Hipertenso arterial: conceito e epidemiologia Fatores de risco Preveno, abordagem clnica e medicamentosa Conceito sobre adeso ao tratamento Definio de grupo operativo5. 1 Hipertenso arterial: conceito e epidemiologiaA Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) um problema grave de sade pblica no Brasil e no mundo. Ela um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenas cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsvel por pelo...Com o critrio atual de diagnstico de hipertenso arterial (PA 140/90 mmHg), a prevalncia na populao urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%, dependendo da cidade onde o estudo foi conduzido (BRASIL, 2006).5.2Fatores de riscoSo componentes que quando presentes podem levar doena ou contribuir para o risco de adoecimento e manuteno dos agravos de sade (PEREIRA, 2007, p. 8).No caso da Hipertenso Arterial, segundo a VI Diretrizes Brasileira de Hipertenso (2010) temos como principais fatores de risco: Idade: Existe relao direta e linear da PA com a idade, sendo a prevalncia de HAS superior a 60% na faixa etria acima de 65 anos. Entre metalrgicos do RJ e de SP a prevalncia de HAS foi de 24,7% e a idade acima de 40 anos foi a varivel que det... Gnero e Etnia: A prevalncia global de HAS entre homens e mulheres semelhante, embora seja mais elevada nos homens at os 50 anos, invertendo-se a partir da quinta dcada. Em relao cor, a HAS duas vezes mais prevalente em indivduos de cor ... Excesso de peso e Obesidade: O excesso de peso se associa com maior prevalncia de HAS desde idades jovens. Na vida adulta, mesmo entre indivduos fisicamente ativos, incremento de 2,4 kg/m2 no ndice de massa corporal (IMC) acarreta maior risco de ... Ingesto de sal: Ingesto excessiva de sdio tem sido correlacionada com elevao da PA. A populao brasileira apresenta um padro alimentar rico em sal, acar e gorduras. Em contrapartida, em populaes com dieta pobre em sal, como os ndios bras... Ingesto de lcool: A ingesto de lcool por perodos prolongados de tempo pode aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral. Em populaes brasileiras o consumo excessivo de etanol se associa com a ocorrncia de HAS de forma independente d... Sedentarismo: Atividade fsica reduz a incidncia de HAS, mesmo em indivduos pr-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de Doenas Cardiovasculares. Fatores socioeconmicos: A influncia do nvel socioeconmico na ocorrncia da HAS complexa e difcil de ser estabelecida. No Brasil a HAS foi mais prevalente entre indivduos com menor escolaridade. Gentica: A contribuio de fatores genticos para a gnese da HAS est bem estabelecida na populao. Porm, no existem, at o momento, variantes genticas que, possam ser utilizadas para predizer o risco individual de se desenvolver HAS. Outros fatores de risco cardiovasculares: os fatores de risco cardiovascular frequentemente se apresentam de forma agregada, a predisposio gentica e os fatores ambientais tendem a contribuir para essa combinao em famlias com estilo de vida pou...5.3 Preveno, abordagem clnica e medicamentosa.O controle da hipertenso arterial inicia desde o abandono ou controle dos fatores de riscos, como os citados no tpico anterior, como mudanas comportamentais como a prtica de atividades fsicas regularmente, pois alm de diminuir a presso arterial...Para o tratamento da HAS, quando necessrio existem as medicaes anti-hipertensivas que visam promover a reduo no s dos nveis tensionais como tambm a reduo de eventos cardiovasculares fatais e no fatais. Sendo que eles exercem sua funo ter...5.5 Grupo operativoSo grupos de pessoas centrados em uma tarefa (cura se for teraputico; aquisio de conhecimentos se for um grupo de aprendizagem). Tem como objetivos, mobilizar um processo de mudana, que passa fundamentalmente pela diminuio dos medos bsicos da ...

6 PROPOSTA DE INTERVENOA proposta desse trabalho apresentar algumas propostas para resolver ou minimizar problema prioritrio baixa adeso da populao ao tratamento clnico e medicamentoso da hipertenso arterial. Para esse problema, foram definidos trs ns crticos, ... Baixo nvel de conhecimento da populao sobre a hipertenso arterial.Cada um deles est detalhado nos quadros 1 a 3, a seguir.Quadro 1 - Plano de interveno sobre problema prioritrio na Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, em Par de Minas, Minas Gerais, 2014. Atuao sobre o n crtico 1: baixo nvel de conhecimento da populao sobre a hipertenso arterialQuadro 2 - Plano de interveno sobre problema prioritrio na Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, em Par de Minas, Minas Gerais, 2014. Atuao sobre n crtico 2: Necessidade de criao, implantao e implementao de grupo operativo sobre hipe...Quadro 3 - Plano de interveno sobre problema prioritrio na Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, em Par de Minas, Minas Gerais, 2014. Atuao sobre n crtico 3: Propor mecanismos de atualizar o conhecimento de todos os membros da equipe de Sa...7 CONSIDERAES FINAISA importncia do controle adequado da hipertenso arterial algo que faz parte do foco do trabalho de qualquer unidade de Sade. O objetivo deste trabalho foi de elaborar estratgias sobre como minimizar a baixa adeso da populao ao tratamento cln...Aps a anlise situacional da populao adstrita da Unidade de Sade da Famlia do Gro Par, foi possvel a identificao de trs ns crticos, que, bem resolvidos, devem resolver ou minimizar o problema prioritrio, tratado neste trabalho.Para a resoluo destes ns crticos foi elaborado o Projeto de Interveno e com a sua implantao visamos no apenas desfazer esses ns, mas deixar na unidade onde o presente trabalho foi elaborado, projetos que possivelmente iro melhorar em vri...

REFERNCIASVASCONCELOS, M.; GRILLO, M. J. C.;SOARES, S. M. Prticas pedaggicas em Ateno Bsica Sade. Tecnologias para abordagem ao indivduo, famlia e comunidade. NESCON/UFMG - Curso de Especializao em Ateno Bsica em Sade da Famlia. Belo Horizonte...