plano de desenvolvimento são gonçalo

140

Upload: david-amiel

Post on 23-Mar-2016

240 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Programa Vale Mais | sustainable development plan city of Resplendor for Vale do rio doçe

TRANSCRIPT

Page 1: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 2: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 3: plano de desenvolvimento são gonçalo

São Gonçalo do Rio Abaixo

Page 4: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendorAgência 21

Plano de desenvolvimento sustentável: Programa Vale Mais -

São Gonçalo do Rio Abaixo 2006-2026 / Agência 21. Rio de Janeiro: Agência 21, 2006

144p., 21X26cm

1. Desenvolvimento sustentável 2.Sustentabilidade 3.Economia 4. Sociedade

CDU 332.146.2

Page 5: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendorPROGRAMA vAle MAis

2 0 0 6 | 2 0 2 6

Page 6: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 7: plano de desenvolvimento são gonçalo

APReseNt AçãO

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

7

Que Município é este? Quem Somos? O futuro tem muitas perguntas que levarão anos, talvez décadas, para serem respondidas. Mas podemos antecipar parte desta trajetória, tentar fazer planos, buscar o melhor projeto para a cidade como um todo. Para construir este novo ideal precisamos conhecer o lugar, suas características, sua gente, sua realidade local, a dinâmica da região.

A metodologia do Programa Vale Mais parte do princípio do diálogo, da participação direta de todos os segmentos que representam o município de alguma forma, promovendo a troca de idéias entre os diversos setores. Esta parceria, este fazer conjunto é a base para o que queremos construir. Como se todo o município procurasse solidificar seus sonhos em uma forma única, consensual. Poder público, iniciativa privada, sociedade civil, gente impor-tante, gente comum, todos com o mesmo espaço para expor suas opiniões. Durante este processo, um dos nossos primeiros passos é o de conhecer essa realidade local, sua terra, sua gente, sua economia, suas características mais fortes. A partir daí tentamos em conjunto compor um esboço de futuro que contenha em seu horizonte as oportunidades e os desafios atuais. A visão é trabalhada então para desenhar um plano de ação para todo o município. Começamos a pensar numa estrutura de gestão, numa forma de transformar esta visão num planejamento que permita estabelecer as bases para as estratégias adequadas, temas principais e suas respectivas ações. Partindo destas diretrizes principais estabelecidas, nos dividimos em grupos de trabalho para detalhar as estratégias e ações relacionadas a cada um destes temas convocantes. Para consolidarmos este plano final, é preciso então estabelecer um novo compromisso entre os participantes. Necessitamos do consentimento de todos para validar este documento final. Com os acertos e inclusões finais feitas pelos participantes do programa, ele passa a ser um compromisso para o futuro. Não basta tê-lo, é preciso que esta construção mantenha sua solidez. A estrutura de gestão democrática tem que estar pronta para implantar e fiscalizar esse plano, para que sua trajetória siga livre e sem impedimentos. É hora de mobilizar, unir e colocar em prática o que imaginamos. Este Plano passa a ser de todos, do município, de cada esquina, cada casa, de qualquer habitante da região. É um momento decisivo, pois estamos falando de muitos futuros, do destino de milhares de habitantes, de gerações que anseiam por uma melhor qualidade de vida. A chama precisa continuar acesa, mantendo o espírito de transformação e esperança que tomou conta do município desde a primeira reunião. O futuro é aqui e agora, e tem que ser construído com as próprias mãos de seus cidadãos.

Page 8: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendor

Page 9: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendoro compromisso

Page 10: plano de desenvolvimento são gonçalo

10

TRAZENDO LUZ

Joanez Rodrigues dos Santos

Cidadão de Resplendor

Page 11: plano de desenvolvimento são gonçalo

uem quiser criar novos espaços em sua cidade, deve urgentemente tomar iniciativas, pois o século XXI com suas nuances está aí, e aquele que tiver perspectivas futuras com certeza sofrerá juntamente com toda comunidade. Deve-se investir em novos ciclos culturais, sociais e econômicos, permitindo um porvir melhor para todos. É comum ver os interesses particulares sobre-pondo o coletivo. Atentemos para com o atual sistema político partidário vigente no país, onde nossos governantes se deixam corromper á luz do dia sem o menor escrúpulo, e deitam conscientes do dever cumprido.

Neste contexto da turbulência vivida pelo país, nos é colocada uma proposta onde podemos antever o futuro, e no hoje começar a planejar, para ser executado e amanhã atingirmos o futuro. Esta pro-posta nos chegou com através da Agencia 21 com o Programa Vale Mais da Cia. Vale do Rio Doce, que propõe um primeiro desenvolvimento calcado nos elementos de hoje, sob forma de novas pre-missas e teses que, sem serem fáceis de serem executadas, não são inviáveis de serem alcançadas. Cada um pode concebê-la à maneira de enxergar o que é melhor para nossa comunidade, pois sua idéia faz parte de um geral e nos permite diversas interpretações, permitindo assim adequá-la ao proposto, fazer com que nossa cidade e região engajem de fato no processo produtivo atual.

O que importa de fato é cada um se situar dentro desse processo e firmar com clareza o que se espera dos próximos ciclos, sem o quê não se pode discutir, avaliar e executar.

Um ciclo dentro de um processo global é apenas um meio de nos adequarmos para solução de pro-blemas futuros, que ao ser trabalhado estará trazendo luz, clarividência e novos atores para o pro-cesso, assim dinamizando o crescimento de uma região.

Acreditamos que o futuro passa necessariamente por todos os atores de hoje, porque somos nós os responsáveis em deixar resultados, que permiti-rão gerações futuras a continuarem nossas obras, que o século XXI não seja um fardo espinhoso tal qual recebemos o final do século XX, nossos filhos, netos enfim toda geração futura necessita e merece melhores dias, que com certeza passam pelas nossas ações nos dias de hoje.

Q

11

Page 12: plano de desenvolvimento são gonçalo

12

TRAVESSIA RESPLENDOR

José Luiz MozzerCidadão de Resplendor

Page 13: plano de desenvolvimento são gonçalo

Em idos de 1800, com as campanhas para libertação dos escravos nos ca-fezais do vale do Rio Paraíba do Sul e nos canaviais do norte Fluminense, houve muitas fugas de negros em direção ao norte, a procura das sonhadas terras da Bahia e da decantada República dos Palmares.

Essa fuga seguia quase sempre o curso dos rios, descendo o Paraíba do Sul, subindo o Muriaé, acompanhando o Manhuaçú, vinham dar no Rio Doce.

Essa era uma região de trânsito proibido pela Coroa Imperial devido à fuga do ouro das Minas Gerais, cujas taxas eram cobradas no Rio de Janeiro. Ao subirem margeando o Rio Doce, encontravam uma barreira intransponível, os ferozes Krenaques, tendo que atravessá-lo em direção ao Norte. Este é um dos fatos que deu origem ao povoado que teve o nome de Travessia.

Nestas paragens se deram muitas lutas entre os Krenaques e seus inimigos, também ferozes guer-reiros, os índios aimorés, que viviam na região do encontro dos Rios Manhuaçú e Guandu com o Rio Doce. Essas lutas perduraram até o trabalho de implantação dos trilhos da estrada de ferro já em 1900, quando as tropas regulares fortemente armadas conseguiram quebrar a resistência dos temidos índios.

Grandes fazendas de café instaladas no município, impulsionadas principalmente pelos colonos do norte do estado do Rio de Janeiro e pela força do braço imigrante italiano e alemão, tornaram-se os maiores produtos do estado de Minas na década de 40.

O nome Resplendor surgiu, primeiramente, nos mapas de aviadores que, sobrevoando a região, no-tavam o brilho que refletia na montanha rochosa, cujo cume era coberto de floresta e deixava escor-rer uma fina camada de água que mantinha a face molhada e espelhada da pedreira.

A construção da Hidrelétrica que veio modificar toda a região na sua geografia deve provocar também transformações econômicas para a população em torno do lindo lago formado pela represa.

Esse é o nosso objetivo, criar e alavancar projetos visando melhorias para todos

Esta é a maior aspiração da REDE REUNIR.

E

13

Page 14: plano de desenvolvimento são gonçalo

14

PARcERIA PARA O DESENVOL-VImENTO

Almir de Souza MunizPrefeito Municipal

Page 15: plano de desenvolvimento são gonçalo

construção do presente, em especial, e do futuro

começa a existir entre nós.

A Fundação Vale do Rio Doce, cumprindo seu papel

social, proporciona a Resplendor a oportunidade ímpar de, reunidos todos os

atores locais, efetuadas as parcerias, conseguir planejar o nosso dia a dia, com

vistas a um futuro promissor, nas diversas áreas das atividades humanas, em

última análise.

A

1�

Page 16: plano de desenvolvimento são gonçalo

16

PARcERIA VITORIOSA

Olinta Cardoso Diretora-Superintendente da Fundação Vale do Rio DoceSérgio Leite Diretor do Departamento de Ferrosos Sul da Companhia Vale do Rio DoceSilmar Magalhães Silva Gerente Geral das Minas Centrais da Companhia Vale do Rio Doce

Page 17: plano de desenvolvimento são gonçalo

17

Page 18: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendor

Page 19: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendora construção do plano

Page 20: plano de desenvolvimento são gonçalo

20 21

Nossa Metodologia

Page 21: plano de desenvolvimento são gonçalo

20 21

FutuRO eM COnStRuçãO

Que Município é este? Quem Somos? O futuro tem muitas perguntas que levarão anos, talvez décadas, para serem

respondidas. Mas podemos antecipar parte desta trajetória, tentar fazer planos, buscar o melhor projeto para a cidade como um todo.

Para construir este novo ideal precisamos conhecer o lugar, suas características, sua gente, sua realidade local, a dinâmica da região. A metodologia do Programa Vale Mais parte do princípio do diálogo, da participação direta de todos os segmentos que representam o município de alguma forma, promovendo a troca de idéias entre os diversos setores.

Esta parceria, este fazer conjunto é a base para o que queremos construir. Como se todo o município procurasse solidificar seus sonhos em uma forma única, consensual. Poder público, iniciativa privada, sociedade civil, gente importante, gente comum, todos com o mesmo espaço para expor suas opiniões.

Durante este processo, um dos nossos primeiros passos é o de conhecer essa realidade local, sua terra, sua gente, sua economia, suas características mais fortes. A partir daí tentamos em conjunto compor um esboço de futuro que contenha em seu horizonte as oportunidades e os desafios atuais.

A visão é trabalhada então para desenhar um plano de ação para todo o município. Começamos a pensar numa estrutura de gestão, numa forma de transformar esta visão num planejamento que

permita estabelecer as bases para as estratégias adequadas, temas principais e suas respectivas ações.

Partindo destas diretrizes principais estabelecidas, nos dividimos em grupos de trabalho para detalhar as estratégias e ações relacionadas a cada um destes temas convocantes.

Para consolidarmos este plano final, é preciso então estabelecer um novo compromisso entre os participantes. Necessitamos do consentimento de todos para validar este documento final. Com os acertos e inclusões finais feitas pelos participantes do programa, ele passa a ser um compromisso para o futuro.

Não basta tê-lo, é preciso que esta construção mantenha sua solidez. A estrutura de gestão democrática tem que estar pronta para implantar e fiscalizar esse plano, para que sua trajetória siga livre e sem impedimentos. É um esforço que envolve a participação de muitas pessoas.

É hora de mobilizar, unir e colocar em prática o que imaginamos. Este Plano passa a ser de todos, do município, de cada esquina, cada casa, de qualquer habitante da região. É um momento decisivo, pois estamos falando de muitos futuros, do destino de milhares de habitantes, de gerações que anseiam por uma melhor qualidade de vida.

A chama precisa continuar acesa, mantendo o espírito de transformação e esperança que tomou conta do município desde a primeira reunião. O futuro é aqui e agora, e tem que ser construído com as próprias mãos de seus cidadãos.

Page 22: plano de desenvolvimento são gonçalo

23

01 | orgaNização do trabalho

“É muito importante ter o Programa Vale Mais na nossa cidade porque poderá gerar oportunidades em diversas áreas e detectar a mais adequada para ser explorada econômica e socialmente.” Raul Itaboraí

MUITOS CORAÇõES E UM RITMO Só

Tempo de recomeçar, nascer de novo. Reconhecer Resplendor, sua atmosfera regional e o ritmo da vida de seus cidadãos. Entender sua população, cultura e costumes para perceber as aspirações do lugar. Reunir lideranças e representantes de todos os setores de Resplendor para discutir a cidade e mostrar que é possível planejar um futuro para ela. Mostrar que, se quiserem, podem caminhar juntos num novo passo com ritmo forte, adrenalina, transparecendo a vontade de fazer da cidade um exemplo de qualidade de vida, de pessoas e de gestão democrática. É a hora de puxar pela emoção e pelo sentimento que une todos à sua cidade. Todos traçando e planejando juntos um futuro de crescimento e desenvolvimento da cidade, com uma nova identidade de união, produção, crescimento econômico e qualidade de vida e de pessoal. Neste momento todos começam a sentir uma nova batida compassada, batendo no mesmo ritmo. O coração de Resplendor começa a bater mais forte a partir de agora.

22

Page 23: plano de desenvolvimento são gonçalo

23

“Este projeto é muito necessário para o município. Sabia que esse projeto trabalha com um envolvimento grande

da comunidade, por isso acreditei que seria mais proveitoso.

São pessoas qualificadas que estão nos orientando no Programa, uma equipe nova sempre disposta a trabalhar. Deve-se partir de ações com pessoas que realmente querem trabalhar para que haja resultados melhores.

Tenho a esperança de que o Programa Vale Mais será importante apesar de ter participado de outros que não foram adiante.

Acho importante acreditar que as coisas que fazemos vão dar certo. Eu acredito muito num trabalho com a participação de todos”

44

Os números da fase

3Atividades Realizadas

Atores Mobilizados

Joanez Rodrigues

Page 24: plano de desenvolvimento são gonçalo

02 | coNheciMeNto estratégico

“Através desta iniciativa, o nosso sonho de fazer brilhar a estrela de Resplendor fica mais perto, positivo e vivifica o sonho de dias melhores.” – Liomar dos Santos

OUVIR E CONHECERA história da cidade é uma outra forma de conhecê-la. Captar a palavra das pessoas, os sons da cidade, tudo isso é necessário para entender a sabedoria do lugar e perceber tudo o que o município tem a dizer. Não é uma tarefa fácil. Principalmente quando se quer construir um conhecimento a partir dos relatos daqueles que vivenciam o cotidiano local e usar este conhecimento como base para uma transformação do futuro.O Programa Vale Mais convocou jovens nas escolas da região para realizar esse trabalho de pesquisa local. Ele foram treinados e receberam uma capacitação para aplicar as pesquisas de campo. E com , sua energia e os ouvidos atentos, foram pesquisar e conhecer os lugares mais distantes do município, ouvir as histórias das pessoas de lá e recolher informações muito importantes para o Programa.Com todas essas informações do centro e dos subúrbios do município, começou a se construir um retrato mais detalhado de Resplendor. A partir dele, Destes sons e palavras que fazem a voz da cidade, podemos discutir um novo futuro de melhorias para toda a população e para a região.

24

Page 25: plano de desenvolvimento são gonçalo

10

Os números da fase

72Pesquisas com Entidades (Entidades Sociais. Poder Público e Empresas)

Número de Jovens Pesquisadores

199

7Atividades Realizadas

Pesquisas com Moradores

Jamily Abreu Brunette, jovem pesquisadora

2�

“Conheci o Programa Vale Mais – Resplendor através da escola. Fomos chamados para uma reunião de um

trabalho social voluntário, onde foi falado sobre o Programa e o que faríamos nele. Com a realização do projeto aqui, percebemos que o município é muito mais capaz do que imaginávamos. Resplendor tem muito mais coisa a mostrar. Acho que o grande potencial de Resplendor está no turismo, com o lago, a barragem. Acredito que esse investimento vai gerar muito emprego e tornar a cidade mais atrativa.

A visão dos pesquisadores em relação ao projeto foi de esperança, para o futuro da cidade melhorar. Tanto que a gente viu a carência do município e a gente teve o olhar de que ainda tem solução para os problemas e que depende da gente. Acredito no projeto porque acho que a gente tem que ter esperança e sonhar com um futuro melhor. Depois, porque aqui é uma cidade tranqüila e boa para viver, tem um potencial muito grande para crescer e isso depende muito da gente. As pessoas estão empolgadas e vêem nesse projeto uma esperança.”

Page 26: plano de desenvolvimento são gonçalo

27

03 | visão de futuro

“Queremos que nosso município cresça e que nele haja aplicação de recursos com benefícios para todos, exatamente o que resumimos por desenvolvimento sustentável.” Sandra Cristina Freitas Laia

DE OLHOS ABERTOSDepois de ouvir, apreender as histórias e pesquisar, nos mais variados lugares da cidade e com moradores de realidades distintas, é hora de reunir todas essas informações e, a partir daí, enxergar as ações que poderão construir um futuro melhor para todos. Devemos analisar os pontos fortes e fracos relacionados aos temas de desenvolvimento sustentável local, sabendo vislumbrar as possibilidades de crescimento de Resplendor.A integração entre os representantes dos diferentes setores da sociedade e o olhar focado nas reais condições do município e suas potencialidades são fundamentais para se discutir estratégias e metas para a construção de um novo tempo, com desenvolvimento e susutentabilidade para Resplendor. A união de todas estas idéias, olhares e aspirações no mesmo olhar para o desenvolvimento local, é a proposta do Programa Vale Mais, realizar a parttir de agora o futuro imaginado, com um horizonte comum para todos.

26

Page 27: plano de desenvolvimento são gonçalo

27

44Atores Mobilizados

Os números da fase

1Atividades Realizadas

Uildes Vilarine Ferreira

“F ui convidado para fazer parte do

Programa Vale Mais – Resplendor por

estar envolvido com trabalhos sociais

pela comunidade. Conheci o Programa através

de faixas, carros de som e dos mobilizadores.

Questionava se ele seria mais uma justificativa dos

grandes empreendedores e fiquei na expectativa

do que poderia oferecer de bom, mas tenho certeza

que nós, em breve, estaremos construindo projetos

importantes para o desenvolvimento de Resplendor.

Espero que as potencialidades discutidas e

apontadas nas reuniões tornem-se projetos e que

estes sejam realmente colocados em prática”.

27

Page 28: plano de desenvolvimento são gonçalo

29

04 | plaNo de ação

“Vê-se necessária uma mobilização comunitária em torno de um bem comum para gerar melhorias que trarão benefícios para todos.” Rodrigo da Costa Brum

FUTURO EM MENTE

28

O cérebro é a parte do corpo que nos permite planejar estratégias para atingir nossos objetivos, articulando-as a ações e colocar em prática o que imaginamos para transformarmos nosso cotidiano.Nesta fase de Plano de Ação do Programa Vale Mais, a população do município, após discutir as idéias e olhares de todos sobre a cidade, torna-se a grande autora de um programa de ações concretas para alavancar o processo de desenvolvimento sustentável. Todas as informações levantadas, o conhecimento construído com a realidade local, a identificação das redes sociais do município e as oportunidades existentes em função dos cenários possíveis moldam a forma viva, que no seu conjunto começa a definir as ações possíveis para uma nova realidade local.É como se começasse a funcionar a estrutura fundamental do corpo de uma nova cidade. Onde todos os participantes são órgãos vitais para o bom funcionamento desse organismo em prol do desenvolvimento sustentável. Os participantes do Programa Vale Mais são importantes para o funcionamento dessa estrutura, que agora pensa o futuro da cidade de forma conjunta , mas é necessário também o apoio de toda a população e todos aqueles interessados no desenvolvimento e crescimento de Resplendor.

Page 29: plano de desenvolvimento são gonçalo

29

O Planejamento Estratégico de Resplendor vem em um momento de contribuir pela visão geral do município, em sua economia, na educação, na mudança de comportamento de sua gente nas questões ambientais, na educação e na cultura. Com a formação do lago pela barragem da Usina de Aimorés e a chegada da Universidade, Resplendor tem vivido uma transformação onde poucos municípios tem esta oportunidade. Todos querem olhar para frente, em viver tudo novo, novos desafios para o desenvolvimento de uma cidade para o seu nome: Resplendor.Henrique Lobo – Analista de Comunicação da CVRD

“A primeira impressão foi de que o Programa

Vale Mais era muito interessante e viável

para ser realizado no município, pois

se tratava de uma proposta de desenvolvimento

e crescimento local, a partir da participação e

integração de todos os setores da sociedade de

Resplendor. Acredito que com todos os levantamentos

e diagnósticos realizados durante o projeto serão

gerados muitos benefícios para a nossa comunidade.

Este Plano é ótimo para a nossa cidade. Estávamos

precisando de algo novo na região e as coisas estão

começando a acontecer desde que o Programa Vale

Mais começou no nosso município. A partir daí é que

as coisas começaram a clarear.

Espero que este projeto tenha continuidade e

permaneça com o apoio que tem recebido para que

as transformações aconteçam aqui, principalmente

na geração de emprego e renda, no aquecimento do

turismo local e na qualificação da mão-de-obra”.

27Atores Mobilizados

Os números da fase

1Atividades Realizadas

Silvio Martins Fagundes, comerciante e radialista

Page 30: plano de desenvolvimento são gonçalo

05 | gestão coMpartilhada

“O Plano de Desenvolvimento Sustentável é muito importante porque promover a comunhão de idéias e erguer uma bandeira traz o envolvimento das pessoas.” Depoimento de participante

COM AS MÃOS UNIDAS

É fundamental o bom funcionamento de todas as partes de um corpo para que este tenha uma vida de qualidade. Mas, para este beneficiar a si, aos outros dos arredores e fazer crescer sua região, através de suas ações, é interessante que todos dêem suas mão para unidos compartilharem de um mesmo objetivo. Esse é o sentido de união e trabalho que deve permanecer na gestão do Programa Vale Mais. Só através da participação democrática de todos é possível administrar e realizar o conjunto de ações necessárias para que este desenvolvimento sustentável tenha a cara do povo de Resplendor.A gestão compartilhada proposta pelo Programa pretende uma organização da sociedade para criar uma associação que, através de parcerias, tenha o compromisso de acompanhar tudo o que foi visto e planejado durante os encontros. Essa gestão é de todos, e ela é quem vai determinar os resultados do que foi proposto em termos de ações e prioridades e suas realizações. Quanto mais unidas as mãos e maior o sentimento de compromisso com o município, maior a energia e força disponíveis para realizar este trabalho e conquistar um novo futuro para todos.

30

Page 31: plano de desenvolvimento são gonçalo

52Atores Mobilizados

Os números da fase

4Atividades Realizadas

“P ercebi, desde o início, que o Programa

Vale Mais era um projeto muito

interessante com uma proposta boa e uma

equipe muito competente e séria. Foi uma proposta

inédita com um estudo abrangendo as áreas política,

econômica e social, que só podia redundar em algo

interessante.

Acho que todas as propostas feitas durante os

encontros do Programa têm que ser colocadas em

prática juntas para trazer efetivos benefícios para

o município. Para mim, Resplendor tem grandes

potencialidades, principalmente na área turística,

devido a presença do lago, dos 7 salões e de tribos

indígenas, além disso tem uma grande variedade

de minerais, uma ótima cooperativa de leite e um

bom comércio de granito. Essas áreas devem ser

dinamizadas com o Programa Vale Mais e alavancar a

economia de Resplendor.

Dr. Hélio Salgueiro, Presidente da OAB de Resplendor

31

Page 32: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 33: plano de desenvolvimento são gonçalo

o plano

Page 34: plano de desenvolvimento são gonçalo

34

visão de futuro

Page 35: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

3�

crescimento e qualidade de vida, construÍdos Por lideranÇas conscientes

Page 36: plano de desenvolvimento são gonçalo

Diagrama de Construção

Temas

DO P

lANO e

stRutuRA D

O P

lANO e

stRutuRA D

O P

lANO e

stRutuRA D

O P

lANO e

stRutuRA D

O P

lANO e

stRutuRA D

O P

lANO e

stRutuRA D

O

36

Page 37: plano de desenvolvimento são gonçalo

37

Page 38: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 39: plano de desenvolvimento são gonçalo

PROGRAMA VALE MAIS

2 0 0 6 | 2 0 2 6

ResPleNDOR

o território

Page 40: plano de desenvolvimento são gonçalo

ASPeCtOS hiStóRiCOS

Localizado na Região do Médio Rio Doce, na porção leste do estado de Minas Gerais, o muni-cípio de Resplendor é banhado pelo Rio Doce, que divide a sede municipal em duas partes. O pequeno povoado do século XIX passou a dis-trito em 1911, e foi considerado município em 1938, quando se desmembrou de Aimorés.

As terras que compõesm hoje o município começaram a ser desbravadas no final do século XIX. Até então, eram habitadas pelos índios Aimorés que ficaram conhecidos por sua grande resistência ao processo de colo-nização. Quando o franês Guido Marlière foi nomeado inspetor as divisões militares do Rio Doce, a Coroa autorizou a construção de quartéis e aldeamentos para a militarização da área, a captura e escravização dos indí-genas, a catequese religiosa e a doação de sesmarias nas terras conquistadas.

Do ponto de vista das políticas de desenvolvimento, o território é o espaço de atuação por excelência. Além de abrigar os insumos e estruturas – físicas, econômicas e sociais – necessários à produção, o território é o lugar onde emergem as novas formas de interação, parceria e cooperação entre os agentes sociais.

Por volta de 1880, o Coronel Manoel Gonçal-ves de Morais Carvalho obteve sesmarias às margens do Córrego do Pião e, juntamente com outros pioneiros, homens dinâmicos e experimentados, edificaram fazendas e ne-gócios. As principais atividades giravam em torno da agricultura, pecuária e indústria de beneficiamento de produtos agrícolas.

Mais tarde, a Estrada de Ferro Vitória-Minas veio como fator decisivo para o povoamen-to da região, já que seus trilhos cortaram as terras locais e, sobretudo, determinaram a localização de uma estação em um lugar que os engenheiros da estrada denominaram Resplendor, em face de existir perto do local uma pedra que, exposta ao sol, refletia luz em profusão; foi em torno dessa estação que a cidade começou a desenvolver-se.

d i a g n ó s t i c o

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

40

Page 41: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

41

Page 42: plano de desenvolvimento são gonçalo

ASPeCtOS deMOgRáFiCOS

Resplendor é o município com maior grau de ur-banização na microrregião de Aimorés. Dos seus cerca de 17.000 habitantes, 78% moram em con-dição urbana. Isso se deve em grande parte à drás-tica redução de sua população rural que se inicia na década de 1970 e que se mantém até hoje. Some-se a isso um crescimento moderado (0,95% ao ano), mas constante de sua população urbana, ainda que bastante inferior à média de crescimen-to do estado de Minas Gerais (2,48% ao ano) na última década. Ambos os processos contribuíram para uma redução significativa da população total do município que, na última década, apresentou taxas de decréscimo de 0,38% ao ano, em con-traste com o crescimento anual de 1,44% de todo o estado.

A evolução da composição etária da população de Resplendor entre 1970 e 2000 mostra, no en-tanto, tendências semelhantes às estaduais e às nacionais. Houve uma substancial diminuição da faixa etária de crianças e jovens de até 15 anos que passou de 48% da população municipal em 1970 para 28% em 2000, resultado sobretudo de uma sensível redução das taxas de fecundidade. Ao mesmo tempo observa-se que a pirâmide se tornou mais longa e menos afunilada, o que indica um aumento considerável da expectativa de vida e da participação da população idosa na popula-ção municipal. Tais mudanças devem ser contem-pladas com políticas públicas e iniciativas priva-das que ofereçam uma adequação do município às necessidades específicas de sua população no que concerne à educação, à saúde e ao mercado de trabalho.

Evolução da População (70/00)

Fonte: IBGE

Fonte: IBGE

Resplendor: Pirâmides Etárias – 1970 e 2000

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

O t

eRRit

ÓRiO

42

Page 43: plano de desenvolvimento são gonçalo

MiC

RORR

egiã

O d

e A

iMO

RÉS:

ind

iCA

dO

ReS

deM

Og

RáFi

COS

Conhecer a população de um município, suas tendências de crescimento e sua com-posição por idades é fundamental para conhecer um território. Não só esses dados subsidiam uma aplicação mais eficiente dos recursos em políticas públicas (nas áreas de educação, saúde e previdência, entre ou-tras), como ajudam a entender a dinâmica econômica de um lugar e as oportunida-des que se colocam para a mão-de-obra.

Microregião de AimorésTaxa Média Geométrica de Crescimento Anual da População – 1991/2000

Microregião de AimorésPopulação Rural e Urbana – 2000

Page 44: plano de desenvolvimento são gonçalo

44

Page 45: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

4�

PROGRAMA VALE MAIS

2 0 0 6 | 2 0 2 6

ResPleNDOR

lideranças conscientes

Page 46: plano de desenvolvimento são gonçalo

46

Para analisar o vetor denominado gestão democrática, no município de Resplendor foram realizadas uma série de pesquisas quantitativas e qualitativas que permitiram coletar informações sobre: a) a atuação, pa-pel e trajetória das entidades sociais presen-tes no município; b) as instâncias de partici-pação existentes e a sua eficiência; c) o grau de participação dos moradores nos âmbitos políticos de caráter participativo.

Para facilitar o construção do diagnóstico e oferecer subsídios para a construção da visão de futuro, os estudos realizados tiveram o propósito de mapear tanto as iniciativas exis-tentes e as principais conquistas, como os obstáculos e dificuldades presentes no pro-cesso de construção da gestão democrática.

AS entidAdeS SOCiAiS eM ReSPLendOR

O estudo das entidades sociais atuantes no município foi desenvolvido através de uma pesquisa de campo realizada com jovens pesquisadores.

Nessa ocasião foram realizadas 18 entrevis-tas (selecionadas a partir de uma amostra estatística representativa) com entidades que desenvolvem atividades e ações sociais no município. Desse universo, 83,3% são sem fins lucrativos, sendo que 33% deste grupo são associações.

Trajetória e atuação

Em linhas gerais pode-se afirmar que a as entidades sociais atuantes no município de Resplendor tem uma trajetória histórica de média duração, já que 16,7% delas tem uma existência dentre 2 e 5 anos, e a maior parte (72,2%) atua há mais de 10 anos.

Também, observa-se que 27,8% das en-tidades correspondem respectivamente a organizações profissionais de classe ou sindicatos e a entidades religiosas, e 16,7% atuam nas áreas de educação e pesquisa, e na mesma proporação em assistência e pro-moção social.

d i a g n ó s t i c o

Aciliquip euisisisi tatem nullaoreet augait velit, vent ad dio commod duisiscincin veriuscincin hent nullandrem eliquat alis autat, quiscidunt aute dolumsan exer si bla con ulluptat lan hent deliquatetum zzrit lor sis nons at vulluptat, sustie magnissequis nostisim accummo dignim iustrud dignismolut adit vulluptat am iriure et at, consed ming eugait nis alit aut

tRANsPARÊNCiA

e A

CessO À

iNFORMAçãO · D

eseNvOlviM

eNtO e

FORtAleCiM

eNtO D

As iNstÂNCiA

s D

e P

ARtiC

iPAçãO ·

DeseNvOlviM

eNtO e

FORtAleCiM

eNtO D

As O

RGANiZ

AçÕes e

suAs l

iDeRANçAs · P

ROtAGONis

MO J

uveNil

Page 47: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

47

Em Resplendor, 14% das entidades desen-volve atividades de formação através de palestras e cursos, e também nessa mesma proporção na área de assistência familiar. A maior parte das atividades realizadas por es-sas entidades (72%) são oferecidas à popu-lação local de forma gratuita.

Público atendido

A maior parte das entidades definiu tanto a população feminina como a masculina como seu público alvo (82%). Chama a atenção que 35% das organizações tem como foco o aten-dimento de crianças, 26% a população adul-ta, e 17% jovens. Por sua vez, a população de baixa renda (53%) e as classes médias (26%) também constituem públicos destacado para as entidades sociais do município.

Com relação à escala de atuação (quantida-de de pessoas atendidas) observa-se que 21,4% das organizações do município atende um público dentre 11 a 50, e 200 a 500 pes-soas, respectivamente. Também, 42% das entidades abrange uma população dentre 500 a 5000 habitantes. Levando em conside-ração a população total do município (16.975 habitantes) pode-se afirmar que a escala de atuação destas entidades sociais é baixa.

Recursos financeiros, humanos e infra-estrutura

Com relação aos recursos financeiros geri-dos pelas entidades sociais, observa-se que 97% dos recursos é de origem nacional. É interessante observar que 40% das entida-des declararam não gerar recursos próprios e, em contraponto, 46,7% declararam serem responsáveis pela sua geração. Para as enti-dades do município de Resplendor a receita provêm de fontes diversas, sendo que 13,4% é de contribuições de associados, 10% de do-

ações de pessoas físicas, 9% de pessoas jurí-dicas e 7,4% de convênios com governos.

As entidades sociais de Resplendor desenvol-vem as suas atividades contando com equi-pes remuneradas conformadas por 44% de profissionais e 33% de funcionários adminis-trativos. Apenas 22% das organizações decla-raram contar com estruturas de voluntários.

As organizações sociais de Resplendor de-senvolvem seus trabalhos contando com infra-estruturas precárias, já que 35% não possui equipamentos informáticos, 47% dis-ponibiliza dentre 1 e 5 computadores e 53% das entidades do município não tem cone-xão à Internet.

Relacionamento, comunicação e informação

Certamente, a construção de redes sociais e institucionais contribui para ampliar o po-tencial de desenvolvimento socioeconômico de uma comunidade, possibilitando a oti-mização de recursos e a articulação de po-líticas de caráter transversal. Para medir o capital social de um território é fundamental mapear a natureza das parcerias e relacio-namentos, e os instrumentos de informação e comunicação utilizados pelas entidades existentes.

O estudo realizado indica que os relacio-namentos entre as entidades sociais do município se estabelecem através da orga-nização eventos de forma conjunta (36%) e através de parcerias para realização de projetos (34%).

Em Resplendor, 56% das entidades sociais estão filiadas a alguma rede nacional e/ou internacional, e 47% manifestaram ter inte-resse em iniciar relacionamentos com orga-nizações sem fins lucrativos.

Page 48: plano de desenvolvimento são gonçalo

48

tRANsPARÊNCiA

e A

CessO À

iNFORMAçãO · D

eseNvOlviM

eNtO e

FORtAleCiM

eNtO D

As iNstÂNCiA

s D

e P

ARtiC

iPAçãO ·

DeseNvOlviM

eNtO e

FORtAleCiM

eNtO D

As O

RGANiZ

AçÕes e

suAs l

iDeRANçAs · P

ROtAGONis

MO J

uveNil

Com relação aos instrumentos de comuni-cação utilizados pelas entidades sociais do município, observa-se que os mais freqüentes são aqueles que implicam baixos custos (in-vestimentos) tais como cartazes (14,2%), rá-dio e mídia alternativa (9%) e o “boca a boca” (21,4%). Embora esses instrumentos possam ser eficientes para divulgação local, eles apre-sentam limites na visibilidade/projeção das entidades para além do município (no nível regional, estadual, nacional e/ou internacio-nal). De fato, são muito poucas as organiza-ções que divulgam as suas atividades na mí-dia, já que 44% dos entrevistados declararam que isso acontece ocasionalmente.

Expectativas

De modo geral pode-se afirmar que a maior parte dos entrevistados manifestou ter boas expectativas e em alguns casos mostraram-se otimista com relação ao processo de desen-volvimento e à melhoria da qualidade de vida do Município. Neste sentido, é interessante ressaltar que 75% das entidades contam com ações planejadas para os próximos anos.

geStãO PARtiCiPAtivA

A gestão participativa diz respeito ao pro-cesso de participação da sociedade civil na formulação, execução e fiscalização de pro-gramas de projetos de caráter público.

No Brasil, pode se reconhecer a presença de diversas instâncias (tais como associa-ções, institutos, fundações, movimentos, etc.) e instrumentos e mecanismos de caráter participativo. Embora eles come-çaram a ganhar visibilidade e protagonis-mo político desde finais da década de 80,

atualmente estão presentes nos diversos municípios do país.

Os estudos realizados no município apontam tanto para o desconhecimento da população sobre as políticas e instâncias de participa-ção comunitária existentes, como para o bai-xo grau de participação da população local.

Na pesquisa com moradores, aproximada-mente 79% dos entrevistados manifestaram desconhecer a existência de conselhos, e 69% dos consórcios municipais e regionais. Deste universo, 87% declarou não conhecer a experiência do orçamento participativo, 86% desconhece qualquer encaminhamen-to de ações para o Ministério Público e 72% não possui conhecimentos sobre as audiên-cias públicas.

Por sua vez, 80% dos entrevistados decla-raram desconhecer a existência de movi-mentos sociais, e 84% deste grupo nunca atuou em manifestações de mobilização popular, situação que segundo os respon-dentes está também ligada à falta de co-nhecimento/informação.

Chama a atenção que 68% dos moradores de-clararam não estarem interessados em parti-cipar de alguma prática de caráter participa-tivo, porém é interessante salientar que 76% dos entrevistados manifestaram que, caso fosse participar, o interesse estaria centrado em melhorar a situação da comunidade. Na maior parte dos casos, a não participação está diretamente ligada à falta de informação ou desconhecimento sobre a existência de práticas ou instâncias de participação. Outro dado interessante é que 20% dos entrevista-dos declararam que consideram as audiência públicas dentre as instâncias mais eficientes.

Page 49: plano de desenvolvimento são gonçalo

Avaliação dos instrumentos de gestão participativa em Resplendor

Políticas/instâncias Participativas

Existência No Município Observaçõessim não

Ouvidorias Públicas x

Ministério Público xMinistério Público: importante para a defesa da sociedade e funciona como uma ouvidoria. O problema maior é a alta rotatividade dos promotores e também a questão dos substitutos, que diante da recorrente falta do titular, tem que suprir as demandas da cidade.

Consócios Municipais ou Regionais x

Consórcio de saúde abrange 6 municípios da região e tem Resplendor pólo, já que a cidade tem o melhor hospital.

Aproveitamento de profissionais especializados e atenção à população de baixa renda. Necessidade de ampliação do atendimento (qualidade e quantidade)

Orçamento Participativo x

Foram realizados em 2000 e 2005.

No OP de 2000, a população sentiu que suas prioridades não foram atendidas.

O OP de 2005 foi realizado envolvendo os moradores da sede do Município e também dos distritos.

Conselhos Municipais x

Existem 9 ou 10 Conselhos Municipais que funcionam muito bem tais como: Saúde, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública, Assistência Social, Bem Estar, CODEM, bolsa família, etc.

O Conselho da Terceira Idade está em fase de implantação.

Destaca-se o de saúde, que funciona ha 10 anos e tem sido eficaz na fiscalização das contas da prefeitura, no incentivo e auxilio da administração municipal, na organização dos serviços e concretização de ações (principalmente na gestão atual) e no relacionamento com Conselho Tutelar.

Falta de participação popular, de articulação entre os conselhos e de divulgação das suas ações

Agenda 21 x O Município busca se integrar com as premissas previstas na Agenda 21. Exemplo: revitalização do Córrego Santana.

Estatuto da Cidade x Muitas das normas instituídas pelo Estatuto são cumpridas na cidade como, por exemplo, a legislação de ocupação do solo urbano que foi feita de acordo com as prescrições do Estatuto.

Plano Diretor x Não há divulgação. Grande parte da população desconhece totalmente a sua existência.

PPA’s x Houve alguns problemas na implementação dos PPA`s passados, mas no atual foram realizadas audiências públicas.

PPP’s x Não há nenhum caso de PPP.

Fórum Deliberativos xO município tem a cultura de gerar debates acerca de vários assuntos como no caso da instalação de um campus da UNIVALE, situação em que foram organizados grupos para discutir os efeitos positivos e negativos do empreendimento.

Audiências Públicas x

2 ou 3 para obtenção da licença de operação da UHE-Aimorés.

No caso dos PPA`s foram feitas audiências públicas.

Falta de divulgação da sua existência.

Organizações sem fins lucrativos com visibilidade no Município

x

Ongs e OSCIP`s desenvolvem trabalhos nas comunidades para atendimento das necessidades da população.

Associações de moradores: Bairro Nossa Senhora de Fátima, ADECELI, CECBASS, Maria Rainha da Paz, Distrito de Nicolândia.

Ausência de intercâmbio entre as associações.

A Associação de Artesanato (funciona há 7 anos na região) e a Associação de Bordadeiras (distrito de Nicolândia).

Associação dos Ribeirinhos muito atuante, organizando movimentos populares e reivindicando melhorias, fiscalizando o atendimento do direito dos moradores, etc.

APAE, Alcoólicos Anônimos e Maçonaria

Pastorais. Oferecem apoio aos carcerários, na área da saúde às gestantes, às crianças e aos jovens e suas famílias.

Reivindicação pela devolução do terreno de uma escola que foi invadido pelo consórcio

Grupo da Terceira Idade (Bairro Nossa senhora de Fátima) Referência importante para o município

Page 50: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

�0

Boletim Informativo da Prefeitura

descriçãoDivulgação por informativo próprio de informações relacionadas ao poder público municipal

envolvidosPMR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2Informação e Controle

descriçãoCriação de um grupo que acompanhe a atuação dos Conselhos e do Poder Público

envolvidosSociedade civil

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Divulgação das Entidades

descriçãoDivulgação por todos os meios de mídia, inclusive por informativo próprio, das atividades realizadas pelas entidades

envolvidosEntidades, TVR, Rádio, Internet

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

TRANSPARÊNCIA E ACESSO À INFORMAÇÃO

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 51: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

�1

DESENVOLVIMENTO E FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇÃO

2

PROGRAMAs e PROJetOs

Cooperativismo e associativismo

descriçãoIncentivo e fortalecimento ao cooperativismo e associativismo

envolvidosEntidades existentes e Sebrae

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Fórum de debates

descriçãoCriação de um Fórum de debates para desenvolvimento e fortalecimento das entidades (ex: oficinas de cidadania: desenvolvimento da auto estima do povo)

envolvidosAssociações, Entidades existentes, escolas

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Page 52: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

�2

DESENVOLVIMENTO E FORTALECIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES E SUAS LIDERANÇAS

2Capacitação de Liderança

descriçãoCriação de oficinas periódicas para a capacitação das lideranças

envolvidosEntidades, Sindicatos, Sebrae, Senar, etc.

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 53: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

�3

2Cursos Técnicos

descriçãoCapacitação da mão de obra jovem com oficinas e cursos de especialização

envolvidosPoder Público e Sistema S

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

“Primeiro Emprego”

descriçãoImplantação do programa “Primeiro Emprego” no município

envolvidosEscolas, Poder Público, Empresas

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Complexo da Juventude

descriçãoCriação de um complexo juvenil para o desenvolvimento de atividades esportivas, culturais, educacionais e tecnológicas

envolvidosJovens, CVRD, CHA

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROTAGONISMO JUVENIL

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 54: plano de desenvolvimento são gonçalo

�4

Page 55: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

��

PROGRAMA VALE MAIS

2 0 0 6 | 2 0 2 6

ResPleNDOR

qualidade de vida

Page 56: plano de desenvolvimento são gonçalo

�6

O MeiO uRBAnO

A rápida urbanização das cidades brasileiras acarretou o surgimento de diversos problemas sócio-espaciais e comprometeu a qualidade de vida das populações. Na ausência de um pla-nejamento urbano preocupado em estabele-cer estratégias para o controle do crescimento e da expansão urbana, as cidades crescem de forma desordenada, potencializando questões como segregação sócio-espacial e fragmen-tação de seu tecido urbano, e com isso nada contribuem para a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. O crescimento eco-nômico e o desenvolvimento de novas tecno-logias são refletidos no crescimento urbano, fazendo com que as cidades cresçam em to-das as direções absorvendo alguns problemas, gerando outros, e modificando radicalmente a paisagem pelo processo de (re) produção e (re) organização do espaço urbano.

Os centros das cidades são bons exemplos destes processos. São lugares que tradicio-

Planejar e ordenar o crescimento de uma cidade não significa congelar o desenvolvimento, mas sim buscar maneiras de conciliar o crescimento econômico com evolução urbana e garantir qualidade de vida para os cidadãos.

nalmente oferecem os mais variados servi-ços, possuem a melhor infra-estrutura e os espaços mais qualificados. São também lo-cais de grande importância simbólica para a população, pois neles se concentra, na maioria das vezes, grande parcela do patri-mônio histórico, arquitetônico e cultural; correspondendo ao local de surgimento dos primeiros núcleos que povoaram a cidade, em torno do qual e a partir do qual a cidade foi se expandindo.

O que se percebe nas cidades atualmente, sejam elas grandes, médias ou pequenas, é que as áreas centrais vêm sofrendo proces-sos de degradação, ou pelo enfraquecimento de sua potencialidade, ou pela contínua per-da de qualidade em sua paisagem urbana. O crescimento desmesurado e sem controle já gerou nas principais cidades brasileiras tam-bém problemas de outras ordens, tais como: aumento da demanda por serviços urbanos e de seus custos, proliferação de áreas de fa-

d i a g n ó s t i c o

iFiC

AçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO

Page 57: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

�7

velização, marginalidade social, agravamen-to da criminalidade e deterioração ambiental em índices elevados. Desta forma percebe-mos que se o crescimento das cidades não for controlado ou se não forem pensadas soluções anterior-mente, este pode acarretar di-versos problemas.

O grande desafio dos planeja-dores e administradores urba-nos atualmente é o de desenvolver cidades sustentáveis. Para isso precisamos ter em mente que o meio urbano é formado por as-pectos econômicos, sociais e ambientais. As atividades econômicas e sociais são de fun-damental importância para a qualidade dos espaços públicos e as cidades dependem da existência delas no seu conjunto. Além des-tas, atividades culturais e de lazer configu-ram outras formas de relacionamento com a cidade e com outros cidadãos, e também se tornam possibilidades econômicas. Igual-mente é importante conhecer as formas de impacto ao meio ambiente, mesmo que essas atuem de maneira indireta e muitas vezes sem o propósito final de degradação, para que se identifique o que precisa ser modifi-cado com o intuito de viabilizar um ambiente urbano com verdadeira qualidade.

Mesmo com o desenvolvimento da cidade, Resplendor ainda tem a marca de sua histó-ria em suas ruas, seus prédios e sua gente. O pequeno povoado - inicialmente chamado de Santaninha - teve sua ocupação impulsiona-da pela movimentação de mercadorias que circulavam pelo vale do rio Doce. A implan-tação da ferrovia EFVM e a construção da estação foram fatores decisivos na ocupação e desenvolvimento do território e resultaram em composições distintas em cada uma das margens do rio.

O crescimento permitiu a abertura de vias e a construção de importantes edificações, repletas de detalhes artísticos pertinentes ao seu tempo. A evolução desta dinâmica

favoreceu a reformulação da cidade, a mudança na paisa-gem e a configuração de no-vos espaços no mesmo terri-tório. Contudo, seus cidadãos sentem que o município hoje carece de melhorias intra-ur-

banas, de uma reformulação paisagística e de novos desenhos, para que a cidade real-mente possa ser um componente positivo na qualidade de vida de sua sociedade.

PLAneJAMentO, LegiSLAçãO e PARtiCiPAçãO

A ordenação do espaço urbano se faz por meio da aplicação eficaz de legislações (fe-deral, estadual e municipal). A Constituição Federal de 1988 em seus artigos 182 e 183 subordinou o cumprimento da função social da propriedade urbana às exigências da or-denação das cidades. O Estatuto da Cidade, lei Federal 10.257 de 2001, regulamentou os artigos constitucionais citados, estabeleceu diretrizes gerais da política urbana e previu a instrumentalização dos cidadãos para que es-tes possam participar da gestão das cidades.

De acordo com a pesquisa do Perfil dos Mu-nicípios Brasileiros referente à Gestão Pú-blica, feita em 2004 pelo IBGE, em Resplen-dor não existe ainda Plano Diretor, mas já existem leis específicas para o planejamento urbano, como a Lei de Parcelamento, uso e ocupação do solo e o Código de Posturas. Contudo, a mesma nem sempre é cumprida ou respeitada. A sociedade civil reconhece a presença de loteamentos irregulares, ainda que tenham sido aprovados pela prefeitura. É também o caso de diversas áreas nas en-

Resplendor ainda tem a marca de sua história

em suas ruas, seus prédios, sua gente.

Page 58: plano de desenvolvimento são gonçalo

�8

costas dos morros, que estão sendo ocupa-das sem qualquer tipo de regulamentação.

Além da legislação referente ao planejamen-to urbano em si, a pesquisa do IBGE também destaca a presença de leis orçamentárias (Orçamento anual e Diretrizes). Segundo a Fundação João Pinheiro, em sua recente publicação denominada “Índice Mineiro de Responsabilidade Social”, em Resplendor, os gastos com infra-estrutura e meio ambiente vêm diminuindo com o passar dos anos. De acordo com estes dados, o gasto per capita nestes itens passou de R$ 172,91 em 2000 para R$ 152,76 em 2004. A participação des-tes itens no orçamento municipal também decresceu no período, mas voltou ao pata-mar inicial em 2004 (25%).

Diversas são as possibilidades de partici-pação social no planejamento e gestão dos municípios. O Brasil tem em sua história re-cente algumas experiências positivas a esse respeito, como é o caso do orçamento parti-cipativo, da Agenda 21, dos conselhos muni-cipais, entre outras. Algumas destas experi-

ências nos indicam que é possível alcançar uma participação popular com qualidade, legitimidade e que gere importantes resulta-dos. Mostram-nos ainda que o poder público não é o único capaz de ser agente do plane-jamento das cidades e explicitam, sobretu-do, a capacidade da sociedade, protagonista da produção social do espaço, de contribuir para o planejamento das cidades não apenas com críticas, mas também com estratégias, visões e conhecimento da realidade.

Resplendor já conta com alguns espaços for-malizados que permitem a participação da sociedade nas discussões acerca do desen-volvimento do município, como é o caso dos conselhos municipais (saúde, assistência social, segurança pública e desenvolvimento econômico) e das associações de morado-res, que por si só já constituem um ativo do território, porém contam com escassa parti-cipação comunitária e pouca integração en-tre as mesmas.

Durante a elaboração do Plano de Desen-volvimento Sustentável os cidadãos de Res-plendor deixaram clara a sua vontade de participar da tomada de decisões e dos de-bates sobre o futuro do município, seja pela adesão e pelo envolvimento com o Programa Vale Mais, ou pela atuação qualificada dos participantes. Além disso, importantes es-tratégias foram criadas para a ampliação das formas de participação e da própria consci-ência a respeito da cidadania participativa.

PRinCiPAiS PROBLeMAS eM ReSPLendOR

A pesquisa feita com moradores de Resplen-dor, durante a fase de conhecimento estraté-gico do Programa Vale Mais, buscou identificar e avaliar, segundo a percepção dos mesmos, a qualidade de vida no município, investigando

Resplendor: Porcentagem do esforço orçamentário com infra-estrutura e meio-ambiente (2000 - 2004)

Fonte: IMRS – FJP

iFiC

AçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO

Page 59: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

�9

aspectos relativos às condições de moradia, serviços públicos de consumo coletivo e prin-cipais problemas do meio urbano.

Os 199 entrevistados pelos Jovens Pesqui-sadores foram convidados a apontar os três principais problemas que eles e suas famí-lias enfrentam (ou enfrentavam no momen-to da pesquisa) no município. Percebe-se que além dos problemas relacionados à in-fra-estrutura da cidade, problemas sociais e ambientais, como a falta de emprego, a qua-lidade do atendimento dos serviços de saú-de e a poluição do meio ambiente também preocupam a população.

Principais problemas do município(% de respondentes)

Principais Problemas do município %

Qualidade de ruas, avenidas e estradas 51%

Falta de Emprego 40%Falta de lazer, esportes, eventos culturais 39%

Qualidade de atendimento nos hospitais e postos de saúde 29%

Abastecimento de água e esgoto 29%Drogas 26%Falta de praças, parques e jardins 22%Segurança Pública 21%Poluição do meio-ambiente 13%Recolhimento de lixo 12%Qualidade do ensino nas escolas 5%Transporte coletivo e trânsito 7%Falta de obras contra enchentes 3%Energia elétrica, iluminação pública 3%

Falta de programas de habitação 1%

QuALidAde de vidA e inFRA-eStRutuRA

O conceito de qualidade de vida não se refere apenas ao padrão de vida, relacionado com a situação econômica da população. Quan-do falamos em qualidade de vida estamos nos referindo à satisfação do conjunto das necessidades humanas, tanto as materiais básicas, como saúde, moradia, alimentação e trabalho, quanto as “não-materiais”, como educação, cultura e lazer. Para alcançar este objetivo é necessária uma “infra-estrutura” capaz de atuar em benefício do bem comum, manter o meio limpo e adequado ao desenvolvi-mento da sociedade e da própria cidade, respeitar os recursos na-turais, e servir de insumo para o crescimento econômico. Devido a esta importância deve constar em qualquer agenda que envolva a discussão sobre me-tas sociais. Uma infra-estrutura adequada é condição necessária (embora não suficiente) para o desenvolvimento.

As questões de infra-estrutura também têm relações diretas com as questões ambientais e com a saúde da população. A poluição e as-soreamento dos rios é um bom exemplo dos efeitos de uma rede de saneamento básico deficitária sobre o meio ambiente. O mesmo problema pode ter efeitos devastadores so-bre a saúde dos habitantes de uma cidade, ampliando a incidência de infecções parasi-tárias e diarréicas, entre outras.

A pesquisa com os moradores permitiu o mape-amento das questões que influem diretamente na qualidade de vida nos bairros e nos distritos do município. Além de verificar a existência e a condição dos serviços básicos como abas-tecimento de água, coleta de lixo adequada e tratamento apropriado de esgoto, o estudo levantou as deficiências de serviços de trans-

Uma infra-estrutura adequada é condição necessária (embora

não suficiente) para o desenvolvimento.

(note-se que o somatório dos percentuais não é igual a 100 pois esta pergunta admitia respostas múltiplas)

Fonte: Pesquisa com moradores - Programa Vale Mais – 2005

Page 60: plano de desenvolvimento são gonçalo

60

porte coletivo, telefonia, pavimentação das vias, drenagem de águas pluviais, limpeza das vias (varrição e capina) e iluminação pública. Através dos resultados podemos perceber que as maiores carências de Resplendor estão em João Ricardo, Bom Pastor, Nossa Senhora de Fátima, Calixto, Campo Alegre de Minas, An-tônio Matos, São Sebastião e Nicolândia.

COndiçÕeS de MORAdiA

A pesquisa do Perfil Municipal, realizada pelo IBGE, averiguou carências, programas e ações na área habitacional. Na pesquisa de 2002 a questão habitacional foi tratada ape-nas no âmbito do levantamento de carências. Em Resplendor foi indicada a existência de favela (ou assemelhado) e de loteamento clandestino, porém não foram identificados cadastros desses grupamentos.

Já em 2004, na continuação da pesquisa, o IBGE abordou a questão habitacional pelo viés de programas e/ou ações executados, com especial atenção à iniciativa do poder público local. Em Resplendor não foram identificados programas habitacionais de construção de unidades, de urbanização de assentamentos, de oferta de material de construção e ofer-ta de lotes, e nem regulariza-ção fundiária. Neste quesito, o levantamento aponta a exis-tência de cadastro de famílias interessadas em participar de programas habitacionais.

Um aspecto bastante desta-cado em Resplendor, e que requer especial atenção, diz respeito à questão da regulari-zação fundiária. De acordo com informações do Ministério das Cidades, cerca de 12 mi-lhões de domicílios brasileiros, de um total próximo de 44 milhões, estão irregulares.

Durante as reuniões temáticas do Programa Vale Mais, a necessidade de instrumentos que possibilitem à regularização fundiária aliada a provisão de infra-estrutura vieram à tona a ponto de se tornarem projetos priori-tários para a transformação da realidade so-cial do município. Isso se deve à existência de loteamentos irregulares provenientes de projetos inadequados e aprovados pelo poder público, aliados à falta de recursos da gestão local para a regularização dos mesmos. Na situação de irregularidade, o diagnóstico in-tegrado da área de entorno do reservatório do UHE Aimorés aponta os loteamentos Na-talina, do Belo e Hugo Campos, nos quais se-gundo o referido documento já estão sendo executadas ações de regularização; e ainda os loteamentos Osmar Dietrich Mattos, que fica às margens da rodovia, e o loteamento Flávio Leal, ainda desocupado.

Um programa nesta matéria tem inegável im-portância, uma vez que a titulação de posse além de garantir a permanência dos mora-dores em seus locais de residência, propicia segurança jurídica a quem o recebe, consti-tuindo acima de tudo um ato de cidadania. Sabe-se também que a regularização fundiá-

ria colabora com a diminuição de uma gama de problemas da-queles que não detêm a posse legal de seu imóvel, bem como dos próprios assentamentos que passam a ser integrados à cidade formal.

A pesquisa aplicada pelos Jo-vens Pesquisadores de Res-

plendor também ressaltou a questão habitacio-nal. Porém, procurou abordar a percepção dos moradores sobre as condições físicas de suas residências, os principais problemas existentes e a carência de serviços públicos de consumo coletivo em sua rua, bairro ou distrito.

De acordo com informações do Ministério das Cidades, cerca de 12

milhões de domicílios brasileiros, de um total próximo de 44 milhões,

estão irregulares.

iFiC

AçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO

Page 61: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

61

Convidados a refletir sobre suas condições de moradia, grande parte dos entrevistados as apontaram como de boa qualidade (51%) ou satisfatória (39%). De acordo com os respon-dentes, as localidades que oferecem melhores condições de moradia são: Nicolândia, João Ricardo, Nossa Senhora de Fátima e Cen-tro. Já as que indicaram oferecer condições mais deficientes são: Bom Pastor e Eucalipto. Aqueles que padecem de condições ruins de moradia, se queixam sobretudo de falta de espaço (16%) e da poluição atmosférica cau-sada pelo tráfego ou por indústrias (12%).

Contudo são os serviços de consumo público coletivo que mais afetam a qualidade de vida dos moradores. No estado de Minas Gerais, cerca de 33% dos domicílios não conta com instalações adequadas de esgoto, e aproxi-madamente 23% não possui abastecimento de água. Em Resplendor, aproximadamen-te 34% não possui tratamento apropriado de esgoto e um percentual semelhante não conta com coleta de lixo adequada.

Cerca de 29% da população urbana brasilei-ra vive simultaneamente sem abastecimen-to de água, esgoto e coleta de lixo (Radar Social – 2005 / IPEA). Em Minas Gerais, a maior carência simultânea também se refere

Condição de ocupação Urbana % Rural % Total %

Próprio, já pago 2.675 53,45 523 10,45 3.198 63,9Próprio, ainda pagando 36 0,72 5 0,1 41 0,82Alugado 824 16,46 5 0,1 829 16,56Cedido por empregador 25 0,5 329 6,57 354 7,07Cedido de outra forma 408 8,15 97 1,94 505 10,09Outra condição 9 0,18 69 1,38 78 1,56Total 3.977 79,46 1.028 20,54 5.005 100

Domicílios particulares permanentes, segundo condição de ocupação

a esses três serviços básicos. A microrregião de Aimorés (da qual Resplendor faz parte) apresenta o mesmo problema.

Dos 199 domicílios entrevistados em Res-plendor, 1% indicou viver sem abastecimen-to de água, tratamento adequado de esgoto e coleta de lixo; e aproximadamente 3% vive ao mesmo tempo sem abastecimento de água e coleta de lixo. Bom Pastor é a localidade que apresenta maior carência simultânea de abastecimento de água e coleta de lixo.

Resplendor: Principais problemas existentes nos domicílios (% de respondentes)

Principais Problemas %

Não existem problemas 43%Pouco espaço 16%

Poluição ou problemas ambientais causados pelo trânsito ou pela indústria 12%

Ruas ou vizinhos barulhentos 9%Fundação, paredes ou chão úmidos 8%Outros tipos de problemas 8%Casa escura 3%Violência ou vandalismo 1%

Fonte: IBGE – 2000

Fonte: Pesquisa com moradores – Programa Vale Mais 2005

Page 62: plano de desenvolvimento são gonçalo

62

eSPAçO PÚBLiCO

O espaço público de um determinado territó-rio urbano é aquele de uso comum e “posse” coletiva, que pode ser desfrutado por toda população sem restrições. As ruas são espa-ços públicos por excelência. Nelas a vida ur-bana acontece, as dinâmicas sociais são mais claras e fortes. Não basta apenas existir o “es-paço físico” é preciso que nele se teçam rela-ções sociais diversas. Os cidadãos devem po-der usufruir destes espaços e da relação com o próprio meio urbano de maneira segura e fácil. Devem poder se apropriar de espaços de qualidade, e poder participar das interven-ções planejadas para estes.

Para 51% dos entrevistados pelos Jovens Pesquisadores a qualidade das ruas, estradas e avenidas é um dos princi-pais problemas do município. Diversos aspectos levantados reforçam este idéia, como: a pavimentação precária em de-terminadas localidades (44%) ou inexistente (13%), a falta de sistema de drenagem / es-coamento de águas pluviais (24%) e a falta de iluminação pública em vários bairros, so-bretudo nos distritos. Já a limpeza das vias foi considerada boa ou satisfatória por 68% dos respondentes e apenas 3% destes manifestou a inexistência deste serviço em suas ruas.

As políticas focadas em vias públicas inter-vêm tanto na apropriação da cidade quanto nos melhoramentos resultantes desta pelos seus moradores. Por isso, quando se pensa em ações para o sistema viário deve-se ter em mente que muito mais que tampar buracos, plantar novas árvores e abrir vias de maior movimento, as políticas viárias também tra-tam de cidadania e distribuição de benefícios.

Para os participantes do Programa Vale Mais, as obras que a hidrelétrica está realizando comprometeram os aspectos urbanísticos do município (ruas e calçadas), mas há uma expectativa de melhoria substancial destes aspectos com a conclusão da obra.

O entorno do lago criado pela Usina Hidre-létrica Eliezer Batista é um dos ambientes que demandam atenção imediata neste as-pecto. Os cidadãos de Resplendor acredi-tam que o projeto de urbanização do lago pode transformá-lo em um ambiente qua-lificado, com condições de vivência urba-na digna e que favoreça o fortalecimento

das relações sociais. Outras áreas intra-urbanas também poderão se beneficiar da recuperação do mobiliário urbano, arborização e pavi-mentação, ações que devem contemplar a acessibilidade de todos os cidadãos.

Também são importantes as-pectos de um sistema viário a sua capacidade de permitir os deslocamentos e seus meios

de transporte. Por muito tempo no Brasil se privilegiou o transporte individual ao cole-tivo. Esta opção além de aumentar o trans-torno de um trânsito problemático, excluiu boa parcela da população do seu direito de mobilidade.

Há visível carência de transporte coletivo no município. Cerca de 65% dos entrevistados relatam a inexistência deste em sua rua ou bairro e 7% consideram o trânsito e o trans-porte coletivo como um dos principais pro-blemas do município. Os participantes das reuniões temáticas destacaram a necessida-de de recuperar e manter estradas vicinais não apenas com o propósito de facilitar o

(...) quando se pensa em ações para ruas, avenidas e estradas deve se ter em

mente que muito mais que tampar buracos, plantar

novas árvores, e abrir vias de maior movimento, as políticas viárias também

tratam de cidadania e distribuição de benefícios.

iFiC

AçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO

Page 63: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

63

transporte escolar, mas também para viabi-lizar o escoamento da produção do campo. Outra ação prioritária envolve a educação para o trânsito que poderá ser realizada através de oficinas nas escolas e associações comunitárias e religiosas.

SeguRAnçA PÚBLiCA

A preocupação com a segurança pública vem se tornando um dos pontos mais de-batidos nas discussões sobre qualidade de vida. O crescimento da violência urbana no Brasil é nítido e requer muita atenção.

Os municípios são os territórios que sofrem diretamente com a criminalidade e com a violência. Mesmo sendo esta questão de responsabilidade dos estados e da União, o município pode oferecer inúmeras con-tribuições. Políticas educacionais, de gera-ção de emprego e renda, e de assistência social têm grandes impactos na redução da incidência de jovens na criminalidade, quando bem elaboradas e executadas. Do mesmo modo, é no município que a socie-dade se integra e interage, podendo assim participar da construção de projetos de segurança pública que considerem a iden-tidade do local.

Ainda que o grau de violência seja conside-rado médio (52%) e a maior parte da popu-lação se sinta segura no município (75%), uma série de problemas relativos à seguran-ça pública apareceu nas reuniões temáticas. O aumento vertiginoso da violência é asso-ciado pelos participantes com o início das obras da hidrelétrica, o que é respaldado pelo aumento da taxa de homicídios no pe-ríodo. A forte presença do tráfico de drogas e a existência de uma “cultura” de utilização de armas de fogo são outros fatores que in-comodam a população.

O aparato e o efetivo da polícia também estão na pauta de suas preocupações. De acordo com os participantes das reuniões temáticas, o efetivo policial é insuficiente na sede municipal e inexistente nos distri-tos. Os entrevistados se ressentem também da falta de viaturas e do estado pre-cário em que se encontra a cadeia local. Entre os pro-jetos delineados durante o Programa Vale Mais, estão a reestruturação do Con-selho de Segurança Reativa da Guarda Mirim e a criação de uma Brigada de Incêndio Municipal. A despeito destas di-ficuldades, 59% dos entrevistados considera o atendimento policial eficiente.

Para 21% dos entrevistados, a segurança pública é um dos principais problemas do município, mas os gastos com este setor cresceram pouco nos últimos anos e não se observa um aumento significativo do esfor-ço orçamentário para torná-lo mais efetivo. Nota-se na tabela da página seguinte um au-mento significativo na taxa de homicídios e na taxa de crimes contra o patrimônio.

COMuniCAçãO

Os instrumentos de comunicação além de servirem a ampliação do conhecimento atu-am como fontes importantes para o exercí-cio da cidadania.

Resplendor conta com uma rede básica de comunicação, com cobertura das principais TVs abertas do país. Os serviços de telefo-nia fixa são prestados pela Telemar e os de telefonia móvel são oferecidos pela Telemig e pela Claro. Os participantes das reuniões temáticas relataram a existência de um pro-vedor de internet e das estações de rádio FM

Políticas educacionais, de geração de emprego e renda, e de assistência

social têm grandes impactos na redução

da incidência de jovens na criminalidade.

Page 64: plano de desenvolvimento são gonçalo

64

ReSP

Len

dO

R: in

diC

Ad

ORe

S u

RBA

nO

S

Domicílios sem acesso a infra-estrutura básica

Fonte: IBGE - 2000

Resplendor e Vida Nova FM, além de alguns informativos locais de periodicidade variável como O Liberal, o Informativo Capel e a Re-vista Brasil América.

Embora não possua site institucional, a Pre-feitura Municipal publica quinzenalmente o informativo “Resplendor é possível”, veículo em que divulga informações relativas a com-pras municipais, fornecedores e eventuais campanhas de vacinação, entre outros. Os únicos serviços de atendimento ao público à distância são telefone e e-mail.

Segundo dados do Censo de 2000, em Res-plendor, 16,7% dos domicílios possuíam li-nha telefônica instalada, e cerca de 2% da população tem acesso a computadores na residência. Na pesquisa aplicada pelos Jo-vens Pesquisadores 9% dos entrevistados indicaram a falta de telefonia no domicílio ou na rua (telefones públicos). As localida-des que manifestaram maior carência foram os bairros de João Ricardo e Antonio Matos.

O município conta com uma agência dos Correios, localizada no Centro da cidade. Aproximadamente 71% dos entrevistados afirmaram utilizar este serviço e 96% o con-sideram de boa qualidade.

A melhoria do setor de comunicação é um ponto chave para a população de Resplen-dor, não só pelo seu desejo de promover a inclusão digital de sua população, mas so-bretudo por seu intuito de fortalecer as re-lações entre as suas organizações sociais, o poder público e a comunidade. Nesse senti-do, os participantes do Programa Vale Mais consideram prioritária a criação de um site e de um banco de dados com informações de diversos setores do município.

Para a construção das taxas de homicídio e de crimes contra o patrimônio, o cálculo do Índice Mineiro de Responsabilidade Social utiliza o número de registros em Boletins de Ocorrência da polícia militar, dividido pela população total e multiplicado por 100.000.

Indicadores de Segurança Pública em Resplendor

Fonte: IMRS - FJP

Ano 2000 2001 2002 2003 2004

Taxa de Homicídios (por 100 mil hab) 5,89 35,48 23,74 11,91 53,82

Taxa de Crimes Contra o Patrimônio (por 100 mil hab)

0,00 35,48 5,93 35,74 23,92

Gasto municipal per capita com Segurança Pública (R$ de 2004)

0,14 0,28 0,38 0,46 0,44

Esforço orçamentário com Segurança Pública (%)

0,02 0,04 0,05 0,08 0,07

iFiC

AçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO u

RBANA R

eQuAliF

iCAçãO

Page 65: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

6�

Porcentagem do esforço orçamentário nos principais setores de atuação municipal (2000-2004)

Oferta de serviços públicos de consumo coletivo e localidades com maiores percentuais de carência

Fonte: IMRS – FJP

Fonte: Pesquisa com moradores - Programa Vale Mais 2005

Serviços Não existe Bairros / Distritos que apresentaram maiores carências

Transporte coletivo 65% Bairros: Antônio Matos, Eucalipto, Centro, São Sebastião, Nossa Senhora de Fátima, João Ricardo Distrito: Calixto

Drenagem/escoamento de águas pluviais 24% Bairro: João Ricardo

Rede de coleta de esgoto 14% Bairros: Nossa Senhora de Fátima, São Sebastião Distritos: Bom Pastor, Calixto, Nicolândia, Campo Alegre de Minas

Pavimentação das vias 13% Bairros: João Ricardo, Nossa Senhora de Fátima, São Vicente Distritos: Bom Pastor, Calixto, Nicolândia, Campo Alegre de Minas

Telefonia 9% Bairros: João Ricardo, Antônio Matos

Limpeza das vias 3% Bairros: João Ricardo, Antônio Matos, Nossa Senhora de Fátima Distrito: Bom Pastor

Coleta de lixo 3% Distritos: Bom Pastor, Campo Alegre

Serviço de abastecimento de água 3% Distritos: Bom Pastor, Calixto

Fornecimento de energia elétrica 1% Bairro: São Sebastião

Iluminação pública 0% Nenhuma localidade

Page 66: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

66

REQUALIFICAÇÃO URBANA

2Melhoria paisagística intra-urbana

descriçãoMelhoria da qualidade do ambiente urbano, com arborização, pavimentação, recuperação, implantação de mobiliário urbano e iluminação, com desenhos que permitam a acessibilidade de todos

envolvidosPMR, Câmara, Consórcio CHA, Associação Comercial, Associações Religiosas, ONG’s, CVRD

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Brigada de Incêndio Municipal

descriçãoCriação de Brigada de Incêndio Municipal com equipamentos de qualidade para seu funcionamento (caminhão pipa de combate a incêndio)

envolvidosPMR, Câmara, Cooperativas (CREDI e CAPEL), Associação Comercial, Corpo de Bombeiros (Gov. Valadares)

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2

2

Urbanização de Loteamentos

descriçãoRegularização fundiária, implantação de infra-estrutura e urbanização nos loteamentos irregulares e precários existentes no município (ex: loteamento Hugo Campos-Bairro N.S. de Fátima)

envolvidosPMR, CHA, COPASA, CEMIG, Depto de Obras

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Urbanização do Lago

descriçãoUrbanização do entorno com a criação de áreas de lazer, espaços de eventos, quiosques e “transitolândia”; e criação de infra-estrutura para práticas esportivas e regulamentação dos esportes aquáticos

envolvidosCHA, PMR, CVRD, ONG’s, Associações, Marinha

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 67: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

67

REQUALIFICAÇÃO URBANA

PROERD

descriçãoImplantação do programa PROERD no município

envolvidosPolícia Militar, PMR, Escolas, Igrejas, Conselho de Segurança Pública (CONSEP)

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Educação no Trânsito e Meio Ambiente

descriçãoOficinas de educação no trânsito e educação ambiental nas escolas, associações de moradores e associações religiosas

envolvidosPolícia Militar, Escolas, UNIVALE, SME

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Site e Banco de Dados

descriçãoCriação de Site e Banco de Dados com informações de diversos setores do município

envolvidosHotéis, Empresas de Turismo, Secretarias, PMR, Governo do Estado, IBGE, UNIVALE

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 68: plano de desenvolvimento são gonçalo

68

çãO C

ultuRAl R

evit

AliZ

AçãO C

ultuRAl R

evit

AliZ

AçãO C

ultuRAl R

evit

AliZ

AçãO C

ultuRAl R

evit

AliZ

AçãO C

ultuRAl R

evit

AliZ

AçãO

A utiLiZAçãO dOS eQuiPAMentOS CuLtuRAiS, de eSPORte e LAZeR nO MuniCÍPiO

Nas entrevistas realizadas pelos Jovens Pes-quisadores, 13% dos moradores apontaram a falta de opções de lazer, esportes e eventos culturais como um dos principais problemas do município. A falta de praças, parques e jardins foi assinalada por 7% dos entrevista-dos. Na mesma pesquisa, os moradores ava-liaram a qualidade dos equipamentos exis-tentes e indicaram o seu local de utilização.

O resultado da pesquisa mostrou a baixa freqüência dos moradores em atividades

A cultura é fruto do meio social e também formador deste. Assim como o esporte e o lazer que estão intimamente ligados na sociedade atual, pois o esporte se tornou um dos principais conteúdos do lazer, e ambos se referem a bens sociais de direitos dos cidadãos.

d i a g n ó s t i c o

culturais. O equipamento cultural mais uti-lizado no município é a biblioteca (24% dos entrevistados afirmaram freqüência). Entre-tanto, a demanda por novos equipamentos culturais fica clara quando observamos o percentual de moradores que declarou fre-qüentar espaços culturais fora do município. A despeito da baixa freqüência e oferta, to-dos os equipamentos culturais são avaliados majoritariamente como bons.

Com relação aos equipamentos de esporte e la-zer, sobressai a utilização expressiva de praças nos próprios bairros (28% afirmaram freqüên-

Equipamento Utilização Localização Avaliação

no bairro no Centro em outro distrito em outro município bomBiblioteca 24% 17% 79% 4% 79%Cinema 4% 100% 100%Museu 1% 100% 100%Teatro 1% 100% 100%Centro Cultural 1% 100% 100%Casa de Cultura 1% 100% 100%

Resplendor – Utilização de Equipamentos Culturais

Fonte: Pesquisa com Moradores – Programa Vale Mais, 2005

Page 69: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

69

cia). Campos de futebol e quadras poliesporti-vas também são utilizadas assiduamente, nos bairros e no centro da cidade, respectivamente.

Entre os entraves apontados para o desen-volvimento do esporte no município, estão: a falta de estrutura física para a prática esportiva e recreativa e a falta de projetos de esporte e lazer voltados para crianças e jovens. Algumas estratégias foram traçadas pelos participantes do Programa Vale Mais para lidar com estas dificuldades. Entre es-tas, vale citar a criação de um Centro de In-tegração Cultural e Esportiva, a capacitação de profissionais voltados para o setor e a im-plantação de equipamentos esportivos e de lazer nos bairros e nos distritos. O Departa-mento Municipal de Esportes e Lazer, recém criado, pretende estabelecer convênios com clubes esportivos do estado. Outra questão premente é a criação de fundos para cultura e esporte que tornem estas ações possíveis.

gRuPOS, MOviMentOS CuLtuRAiS e O PAtRiMÔniO hiStóRiCO MuniCiPAL

Além de ser um fator de aglutinação de comu-nidades e grupos, os movimentos culturais são responsáveis pela promoção da diversidade e pela divulgação da imagem dos lugares para outras regiões. A despeito da enorme riqueza cultural da região, a participação dos morado-res em movimentos culturais é ínfima: dentre

os entrevistados, 96% jamais estiveram envol-vidos em atividades de grupos culturais locais.

Resplendor possui alguns programas e ativi-dades culturais como os eventos realizados pelas escolas em datas comemorativas e a cavalgada realizada anualmente pelo Sindi-cato dos Produtores Rurais. Além disso, al-guns grupos desenvolvem atividades volun-tárias de esporte e lazer, como o Grupo da Terceira Idade e o Grupo da Capoeira, este voltado para crianças e jovens. A presença da Associação de Artesanato (que funciona há 7 anos na região) e da Associação de Bordadei-ras no distrito de Nicolândia também foram assinaladas. Estas manifestações constituem um rico patrimônio imaterial para o municí-pio, pois refletem um modo de fazer coletivo e enraizado socialmente e que, portanto, de-vem ser valorizados e divulgados.

O patrimônio municipal, embora de inegá-vel valor histórico e cultural ainda é subes-timado. É certo que a cidade se renovou, surgindo assim construções mais modernas e contemporâneas. Porém, alguns marcos referenciais notáveis permanecem e foram citados no Diagnóstico Integrado da Usina, como a Igreja Matriz de Santana, a Estação Ferroviária e a Praça Engenheiro Pedro No-lasco. De acordo com o mesmo diagnóstico, nenhuma edificação ou sítio é protegido pelo instrumento do tombamento.

Equipamento Utilização Localização Avaliação

no bairro no centro em outro município bom ou satisfatórioPraças 28% 64% 35% 2% 84%Campos 19% 61% 37% 3% 73%Quadra Poliesportiva 17% 33% 67% 5% 7%Piscinas 8% 47% 53% 0 100%Clubes 7% 50% 43% 7% 92%Ginásios 6% 9% 8% 9% 100%

Resplendor – Utilização de Equipamentos de Esporte e Lazer

Fonte: Pesquisa com Moradores – Programa Vale Mais, 2005

Page 70: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

70

2Equipamentos Esportivos

descriçãoImplantação de equipamentos esportivos e de lazer nos bairros (praças e quadras)

envolvidosGoverno do Estado, Depto de Esporte e Lazer, CHA, CVRD, PMR, Câmara

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Capacitação de profissionais

descriçãoCapacitação de profissionais para esportes e cultura

envolvidosSINE, PMR, Associações de Moradores, Associações Comerciais, UNIVALE, ONG’s, Marinha

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2

Fundos para Cultura e Esporte

descriçãoCriação de fundos para cultura e esporte que garantam investimentos nas atividades

envolvidosCVRD, FVRD, PMR, ONG’S, CAPEL, CREDI, Bancos (BB, Itaú)

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Centro de Integração Esportivo Cultural

descriçãoCriação de um complexo onde o público prioritário é a juventude, para o desenvolvimento de atividades esportivas, culturais, educacionais e tecnológicas

envolvidosPMR, CHA, CVRD, Depto de Esporte e Lazer, Bancos

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

REVITALIZAÇÃO CULTURAL

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 71: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

71

Divulgação

descriçãoCriação de mecanismos de divulgação permanente dos projetos culturais existentes em Resplendor

envolvidosRádio, TV, Jornais, Igrejas, Escolas

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Pesca (esportiva e comercial)

descriçãoRegulamentação da atividade pesqueira (esportiva e comercial)

envolvidosAssociação de Pescadores, Depto de Esportes, EMATER, PMR, IBAMA, Marinha

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Cidadania e Conscientização

descriçãoCampanhas educativas para a divulgação do código de posturas, leis X fiscalização, cidadania, etc.

envolvidosPMR, Câmara, Associações, Igreja, Polícia Militar

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

REVITALIZAÇÃO CULTURAL

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 72: plano de desenvolvimento são gonçalo

72

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

SuStentABiLidAde SOCiO-AMBientAL

A preservação do meio ambiente e a sus-tentação de seus recursos são temas fun-damentais dos processos de planejamento. Passa-se a falar então em “sustentabilidade sócio-ambiental”, que além da preservação dos recursos naturais se refere à cidade não apenas como base material ou suporte técnico de acumulação de capital, mas sim como o território das relações sociais, e cuja evolução não deve resultar na destruição do meio ambiente nem em exclusão de grupos sociais. De maneira semelhante, este con-ceito evoca a necessidade de se enfrentar os problemas derivados de processos de ur-banização desordenados, que privilegiaram apenas uma pequena parcela da população e, além disso, geraram diversos impactos ao meio ambiente.

Destes impactos podemos citar, por exem-plo, a diminuição da vegetação que gera alterações nos ciclos hidrológicos, aumento de temperatura, além de deslizamentos de

A construção de uma sociedade que proteja seus recursos naturais e mantenha baixos níveis de degradação depende não apenas da atuação do poder público, mas também do exercício dos direitos e deveres do conjunto dos cidadãos.

d i a g n ó s t i c o

encostas. Este último pode estar relaciona-do com a ocupação de áreas de proteção, na maior parte das vezes por população de bai-xa renda. O próprio crescimento das cidades com sua crescente demanda por ampliação da oferta de infra-estrutura urbana agrava e amplia os impactos ambientais.

Dos processos excludentes resultantes de urbanização e que acarretam degradação ambiental podemos mencionar, a questão do saneamento ambiental. Populações sem rede de coleta de esgoto ou sem coleta de lixo estão mais vulneráveis a doenças como infecções parasitárias, diarréicas etc, e tam-bém contribuem consideravelmente para a degradação ambiental.

MeiO AMBiente e PLAneJAMentO

A existência de órgãos de planejamento e fiscalização ambiental é fundamental para a proteção e preservação dos recursos na-turais do território. Resplendor possui um Departamento Municipal de Meio Ambien-

Page 73: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

73

te, que atua de forma integrada com o De-partamento de Fazenda do município. Seu desempenho poderá se beneficiar de um processo de estruturação interna, da criação de um fundo municipal e da incorporação de profissionais capacitados na área técnica. O Conselho Municipal de Meio Ambiente é ou-tro fórum importante do setor, mas alguns entraves dificultam sua atuação, como a fal-ta de articulação com os outros conselhos municipais e a baixa participação da popula-ção em suas reuniões.

As organizações ambientalistas desenvol-vem ações de prestígio, como é o caso da Associação dos Pescadores do Rio Doce (APERDOCE), da Associação dos Ribeiri-nhos, da Associação de Defesa Ecológica de Resplendor (ADERE) e da Cipe Rio Doce. Seu papel na negociação das ações de miti-gação e compensação dos impactos causa-dos pela Usina Hidrelétrica Eliezer Batista foi destacado nas reuniões temáticas do Programa Vale Mais. Porém, alguns fatores como a dificuldade de mobilização da socie-dade e a falta de visibilidade de grande parte de seus esforços prejudicam a ampliação de seus serviços.

OS ReCuRSOS nAtuRAiS de ReSPLendOR

Uma nova atitude frente à exploração dos recursos naturais é responsabilidade tanto dos governantes como da própria socieda-de. Por isso, é necessário conhecer diver-sos aspectos relativos aos recursos, como: as pressões sofridas, o estado resultante destas pressões, o efeito produzido na vida dos habitantes do território e as ações que visam atenuar ou prevenir os impactos ne-gativos. Desta maneira, avalia-se também a capacidade destes elementos de atuarem no desenvolvimento. Para que estes objeti-

vos sejam alcançados é fundamental que a sociedade esteja consciente da importância de conservar seus recursos naturais como permanentes fontes de riqueza.

Para o conhecimento da realidade do meio ambiente natural de Resplendor foram feitos diversos levantamentos de dados. As entre-vistas realizadas pelos Jovens Pesquisadores e os grupos temáticos foram essenciais para a montagem de um quadro amplo dos pro-blemas e ativos ambientais do município.

Nas entrevistas os moradores foram convi-dados a avaliar determinados aspectos do meio ambiente de acordo com sua qualida-de. Na percepção dos moradores, os recur-sos hídricos são os recursos cuja qualidade é pior avaliada.

Resplendor: Avaliação da qualidade ambiental (% de respondentes)

Aspectos BOA RUIM

Conforto acústico 76 24

Qualidade do ar 71 29

Qualidade do Solo 62 38

Áreas verdes 50 50

Recursos hídricos 39 61

Fonte: Programa Vale Mais, 2005 - Pesquisa com Moradores

A degradação ambiental é apontada por ape-nas 13% dos moradores entrevistados como um dos três principais problemas do municí-pio. Entretanto, problemas ligados ao acesso a serviços de consumo coletivo como abas-tecimento de água e esgoto têm impactos diretos sobre os recursos ambientais, em es-pecial os recursos hídricos. Esta questão foi apontada por 29% dos entrevistados como um dos principais problemas do município.

Page 74: plano de desenvolvimento são gonçalo

74

Os moradores foram também perguntados acerca das principais causas para as altera-ções ambientais observadas em Resplendor. As práticas de despejo de esgoto e resíduos e a disposição inadequada de resíduos sólidos (lixo) apresentam-se com os maiores graus de importância, significando, na percepção dos moradores, uma correlação mais signifi-cativa com a alteração dos recursos ambien-tais. Esta informação está de acordo com a avaliação dos moradores acerca da degra-dação dos recursos hídricos do município. As queimadas constantes também foram apontadas com um alto grau de importância (0,73), demonstrando a preocupação dos entrevistados com os impactos da atividade agropecuária sobre o meio ambiente.

Outro problema relacionado à sustenta-ção de recursos é a falta de visibilidade das ações governamentais ligadas à gestão am-

Resplendor: Principais causas das alterações ambientais (por grau de importância*)

biental. Na pesquisa realizada com os mora-dores, 88% dos entrevistados afirmou não conhecer nenhuma ação do poder público ligada ao meio ambiente.

Recursos Hídricos

O rio Doce é o principal corpo hídrico do município de Res-plendor e divide a cidade em duas porções que se espraiam a partir de suas margens. Sua bacia tem grande importância para o território nacional, pois compreende 228 municípios, total ou parcialmente. Destes, 202 são muni-cípios mineiros e 26 são capixabas. A Bacia tem importante expressão na economia dos dois estados com suas atividades siderúrgi-cas, industriais e agropecuárias. Além disso, destaca-se o seu potencial de geração de energia. Os diversos conflitos de uso de suas águas levaram à criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, do qual Resplen-dor faz parte.

Além da importância econômica, o rio Doce tem uma importância simbólica para a popu-lação, por sua relação direta com a formação da cidade, de sua memória e mesmo de seus cidadãos. Outros corpos hídricos podem ser destacados como o córrego do Pião e o San-taninha, em cujas margens se instalaram as primeiras fazendas e negócios das terras que compõem hoje o município.

Na pesquisa aplicada pelos Jovens Pesquisa-dores, os moradores de Resplendor revelaram preocupação com seus recursos hídricos. Sua qualidade foi apontada como ruim por 61% dos entrevistados. Contudo, vale ressaltar que esta avaliação difere de acordo com os bairros e áreas urbanas dos distritos. Apenas nos bairros de Antonio Matos e Eucalipto me-

Além da importância econômica, o rio Doce tem uma importância

simbólica para a população, por sua

relação direta com a formação da cidade, de sua memória e mesmo

de seus cidadãos.

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

Page 75: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

7�

nos de 50% dos entrevistados consideraram a qualidade dos recursos hídricos ruim.

O crescimento urbano desordenado aliado à falta de infra-estrutura básica, principal-mente de saneamento, contribuiu para a degradação dos rios do município. Apesar de uma parcela representativa dos domicí-lios possuir rede de coleta de esgoto (cerca de 65% em 2000), grande parte ainda lan-ça seus dejetos diretamente nos rios, sem qualquer tipo de tratamento. Além disso, no Rio Doce também são lançados resíduos in-dustriais e agrícolas (agrotóxicos) que com-prometem bastante os usos diversos que se pode fazer do rio.

Os desmatamentos acelerados corrobora-ram para os processos erosivos das encostas e de assoreamento dos rios. A profundidade média do Rio Doce que nos anos 60 e 70 era de 2,5 metros, atualmente chega a 80 centí-metros. A perda constante das matas cilia-res, cuja presença permitiria que a água das chuvas fosse infiltrada no solo, acaba por liberar um volume ainda maior para os rios, provocando enchentes.

A implantação da Usina Hidrelétrica Elie-zer Batista - cujas obras foram iniciadas em 2001 e finalizadas em 2005 – também provo-cou alterações da paisagem local. Para sua instalação, foi necessário desviar um trecho do Rio Doce e criar um lago de 30Km² para funcionar como reservatório. Parte da popu-lação municipal, diretamente afetada, teve que ser transferida para um novo bairro. Alguns prédios e áreas públicas foram relo-cados. Uma série de medidas foram tomadas relativas à drenagem pluvial e à construção de diques, entre outros.

Diversas medidas compensatórias, mitiga-doras e condicionantes foram determinadas durante o processo de licenciamento do em-

preendimento. Além destas, o processo de diálogo com a comunidade fez surgir outras questões a serem debatidas e equaciona-das. No que diz respeito ao rio Doce, dois aspectos importantes para a retomada deste símbolo da cidade foram levantados pelos participantes do Programa Vale Mais: a ur-banização da orla do rio, com a construção de infra-estrutura adequada e a criação de áreas de lazer.

Vegetação e Paisagem

Resplendor, assim como toda a região do Médio Rio Doce, é um reflexo claro de um longo período de violenta exploração dos re-cursos naturais e do uso de técnicas pouco apropriadas para sua utilização. Toda a Bacia do Rio Doce era originalmente coberta por Mata Atlântica. Na região, este importante bioma está praticamente reduzido ao Parque Estadual do Rio Doce (localizado nos muni-cípios de Timóteo, Mariléia e Dionísio); e em Aimorés está sendo recuperado na Fazenda Bulcão do Instituto Terra. Algumas estima-tivas apontam que menos de 7% da área da Bacia possui atualmente cobertura vegetal, e que destes, menos de 1% correspondam à vegetação primária.

Um importante vetor de ocupação do terri-tório contribuiu para a degradação ambiental da região. A construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas precisou de muita lenha, acele-rando os desmatamentos. As fagulhas libera-das pelas locomotivas provocaram incêndios. As próprias atividades econômicas ocuparam o território de maneira pouco preocupada com a sustentação dos recursos naturais. A Agência Nacional de Águas (ANA) apresenta um dado da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC) que diz que 95% das terras da bacia hidrográfica do Rio Doce são formadas por pastos e capoeiras.

Page 76: plano de desenvolvimento são gonçalo

76

Segundo a ANA as espécies vegetais que compõem a paisagem da região da bacia hidrográfica do Rio Doce na formação das pastagens são o capim gordura (Melinis mi-nutiflora) em áreas acima da cota de 800 m e o capim colonião (Panicum maximum) em altitudes menores.

De acordo com a pesquisa com os morado-res, 50% dos entrevistados atribuíram bai-xa qualidade às áreas verdes do município, especialmente nos bairros de São Vicente e João Ricardo e nos distritos de Independên-cia e Calixto.

Solo

O parcelamento e o uso do solo são atividades que têm impactos diretos na qualidade am-biental de um território e na qualidade de vida da população. Podemos citar, por exemplo, casos de desabamentos de moradias, enchen-tes, assoreamento de corpos d´água, redução de cobertura vegetal, dificuldades de acesso a serviços, equipamentos e infra-estrutura básica. O poder público municipal tem papel fundamental no controle do parcelamento e uso de seu território, pois esta é uma compe-tência tradicionalmente municipal.

Embora haja grande variação entre locali-dades, a qualidade do solo foi considerada majoritariamente boa (62%) pelos morado-res entrevistados. Em Resplendor é interes-sante notar que a expansão de ocupações irregulares e o desempenho das atividades econômicas não foram apontados como processos importantes para a ocorrência de alterações ambientais. Esta informação contrasta com a percepção dos participantes da reunião temática sobre sustentação de recursos ambientais, para os quais a ocupa-ção irregular do solo, a extração mineral e o uso de agrotóxicos encontram-se entre os

principais fatores de alteração da qualidade ambiental do solo municipal. Como forma de prevenir as práticas agrícolas nocivas ao solo e a outros recursos ambientais do mu-nicípio, os participantes do Programa Vale Mais ressaltaram a importância de promover campanhas de conscientização do produtor rural, além de assegurar o cumprimento da legislação ambiental.

De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais sobre Meio Ambiente, publicada em 2002 pelo IBGE, em Resplen-dor, as condições do solo foram afetadas por uma série de fatores, entre eles: a atividade agropecuária; a geração de chorume; a pre-sença de sumidouros; a disposição inade-quada de resíduos de unidades de saúde e o uso de fertilizantes e agrotóxicos. Por outro lado, o mesmo estudo aponta que a compac-tação, erosão e esgotamento do solo causa-ram prejuízo ao desempenho da atividade agropecuária.

Ar

A poluição do ar tem origem em fontes fixas, como atividades industriais, produção de energia, mineração, etc; e/ou fontes móveis, como os veículos automotores, a queima de resíduos sólidos, odores de lixões, quei-madas, vias não pavimentadas e atividades agropecuárias. Os poluentes atmosféricos são substâncias que podem tornar o ar pre-judicial à saúde da população, à fauna e à flora, quando em quantidades superiores àquelas as quais o meio ambiente é capaz de absorver. Além da concentração de ativida-des potencialmente poluidoras, a localiza-ção geográfica, a topografia e as condições climáticas, principalmente em relação à in-tensidade, constância e direção dos ventos, também influem na qualidade do ar.

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

Page 77: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

77

Para a população, os impactos mais recor-rentes causados por este tipo de poluição são as doenças respiratórias e as sensações de ardência nos olhos, nariz e garganta. Sabe-se também que altas concentrações de poluen-tes podem agravar doenças cardíacas. Crian-ças e idosos são os que mais sofrem devido à fragilidade de seus organismos. No caso de Resplendor, os participantes das reuniões temáticas apontaram um aumento recente do número de internações por Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) em decorrência da poluição do ar.

Os resultados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais sobre Meio Ambiente publicada em 2002 pelo IBGE apontam que 22% dos municípios brasileiros informaram, através de seus gestores ambientais, a ocor-rência de poluição atmosférica. Para Res-plendor, a pesquisa não indica nenhum fator poluente do recurso. Tampouco a qualidade do ar foi avaliada como ruim pela maioria dos moradores entrevistados pelos Jovens Pesquisadores (apenas 29%). No entanto, esta informação contrasta com a percepção do grupo que participou da reunião temática sobre a sustentação de recursos, para o qual as olarias e curtumes, assim como os trens que atravessam a cidade pela Estrada de Ferro Vitória-Minas, geram impactos signifi-cativos à qualidade do ar. Os mesmos cida-dãos também reconheceram a relevância da prática de queimadas para o compro-metimento da qualidade do ar, atribuindo a este aspecto grau de importância 0,73.

SAneAMentO AMBientAL

Por saneamento ambiental entende-se o conjunto de

ações integradas e articuladas que buscam promover e assegurar a salubridade do meio ambiente e gerar condições de vida digna para a população. Dentro deste conceito estão envolvidos os aspectos referentes ao abastecimento de água, esgotamento sanitá-rio, drenagem, gestão de resíduos sólidos, e controle de vetores.

No Brasil existem diversos tipos de proble-mas ligados à habitação, dentre os quais podemos destacar: o crescimento de as-sentamentos informais e precários, a se-gregação espacial da população de renda mais baixa, o elevado preço da moradia e o déficit de infra-estrutura básica – como o saneamento.

Cerca de 29% da população urbana brasilei-ra vive simultaneamente sem abastecimen-to de água, esgoto e coleta de lixo (Radar Social – 2005 – IPEA). O estado de Minas Gerais, e mesmo a microrregião de Aimorés onde Resplendor se insere, apresentam a mesma carência simultânea.

Em Minas Gerais, cerca de 33% dos domicí-lios não contam com instalações adequadas de esgoto e, aproximadamente 23% não pos-sui abastecimento de água. Em Resplendor, cerca de 16% dos domicílios não possui tra-tamento adequado de esgoto, 17% não pos-sui coleta de lixo e cerca de 9% não possui

abastecimento de água (IBGE, 2000).

Uma das questões prioritárias indicadas pelos participantes do Programa Vale Mais refe-re-se à importância da univer-salização do acesso a redes de saneamento, com serviços de qualidade, tanto na área urbana quanto na zona rural.

Em Resplendor, cerca de 16% dos domicílios não possui tratamento adequado de esgoto,

17% não possui coleta de lixo e cerca de 9% não

possui abastecimento de água (IBGE, 2000).

Page 78: plano de desenvolvimento são gonçalo

78

Abastecimento de água

O atendimento à demanda por água de boa qualidade vem se consolidando como um dos maiores desafios mundiais.

A água própria para consumo deve obede-cer a padrões de potabilidade. Se apresentar substâncias que alteram estes padrões, ma-téria orgânica e/ou resíduos sólidos, a água é considerada como poluída. O tratamento da água é um processo in-dustrial, que exige ações de produção, reserva, distribui-ção e controle. Os avanços conquistados neste processo têm contribuído para a me-lhoria da qualidade de vida da população, como por exemplo, através da redução de doenças, promoção de hábi-tos higiênicos e limpeza pública. Porém, um grande percentual da população urbana ain-da vive sem este importante recurso. No Bra-sil, cerca de 16,4 milhões dos residentes em áreas urbanas vivem sem abastecimento de água tratada (Radar Social – 2005 / IPEA).

O fornecimento e tratamento da água ofe-recida a Resplendor são feitos pela empresa COPASA. Para 82% dos moradores entre-vistados o serviço prestado é bom ou satis-fatório. Entre os respondentes da pesquisa aplicada pelos Jovens Pesquisadores, cerca de 3% indicaram a não existência de abaste-cimento de água em seus domicílios, sendo os distritos de Calixto e Bom Pastor os de maior carência.

Um dos maiores problemas apontados pelos participantes do Programa Vale Mais refere-se à falta de conscientização da população para a importância e o uso racional do recurso.

Esgotamento Sanitário

Esgotamento sanitário e tratamento ade-quado são fundamentais para a qualidade de vida da população, principalmente nos aspectos de saúde e para minimização da degradação ambiental. Da mesma forma, são importantes para redução dos custos para o

No Brasil, cerca de 16,4 milhões dos residentes

em áreas urbanas vivem sem abastecimento

de água tratada.

Origem do abastecimento Canalização Nº de domicílios %

Rede geralCanalizada em pelo menos um cômodo 3.788 75,7Canalizada só na propriedade ou no terreno 256 5,1Total 4.044 80,8

Poço ou nascente (na propriedade)

Canalizada em pelo menos um cômodo 743 14,9Canalizada só na propriedade ou no terreno 101 2,0Não canalizada 52 1,0Total 896 17,9

Outra

Canalizada em pelo menos um cômodo 30 0,6Canalizada só na propriedade ou no terreno 7 0,1Não canalizada 28 0,6Total 65 1,3

Resplendor: Formas de abastecimento de água dos domicílios particulares permanentes

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

Fonte: IBGE - 2000

Page 79: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

79

tratamento da água e diminuição da impossi-bilidade de uso do recurso, evitando aspecto ruim, mau cheiro, presença de vetores, e a depreciação dos patrimônios.

De acordo com dados do IBGE do ano 2000, cerca de 8% dos domicílios de Resplendor lançam seu esgoto em rios, lagos ou valas. Entre os entrevistados pelos Jovens Pesqui-sadores cerca de 14% indicaram a inexis-tência de rede de coleta de esgoto em seus domicílios. As áreas que apontaram maior carência foram: Nossa Senhora de Fátima, São Sebastião, Bom Pastor, Nicolândia e Campo Alegre de Minas.

Como parte das medidas compensatórias e mitigadoras da Usina Hidrelétrica Eliezer Batista, o sistema principal de esgoto do mu-nicípio está sendo refeito e duas estações fo-ram construídas, sendo que uma delas já se encontra em funcionamento. Ainda assim, os participantes das reuniões temáticas sentem falta de informações mais detalhadas sobre a destinação final do esgoto. Esta foi considera-da uma questão central para os moradores na pesquisa realizada pelo Programa Vale Mais, já que estes atribuíram ao despejo de esgoto o maior grau de importância (0,81) no que se refere às causas de degradação ambiental.

Resplendor: Formas de esgotamento sanitário dos domicílios particulares permanentes

Formas de esgotamento Nº de domicílios %

Rede de esgoto ou pluvial 3356 67,05Fossa séptica 11 0,22Fossa rudimentar 462 9,23Vala 488 9,75Rio, lago ou mar 397 7,93Outro escoadouro 50 1,00Não tinham banheiro nem sanitário 241 4,82Total 5005 100,00Fonte: IBGE - 2000

Drenagem

Os sistemas de drenagem urbana têm a fun-ção de coletar e escoar as águas de chuvas nas cidades. Estes sistemas têm inúmeros vínculos com o desenvolvimento urbano e não podem ser pensados isoladamente. Os impactos que ocorrem na drenagem urba-na são resultados diretos do uso do solo, do intenso processo de urbanização e da for-ma como a infra-estrutura é implementada e controlada.

As redes de esgotamento também inter-ferem diretamente no gerenciamento da drenagem de águas pluviais. Os sistemas de esgotamento urbano podem ser unitários (esgoto e águas pluviais em um mesmo duto) ou separadores (esgoto e águas pluviais em dutos dife-rentes). A escolha entre es-ses sistemas depende de vá-rios fatores, principalmente dos relacionados a aspectos históricos e ambientais. Os maiores malefícios causados diretamente à população devido a uma má conservação dos sistemas de drenagem ou a não exis-tência dos mesmos são as enchentes, que além de prejuízos materiais trazem diver-sos danos à saúde.

Em Resplendor, 24% dos entrevistados afir-mam não existir sistema de drenagem em suas ruas, e aproximadamente 44% dos en-trevistados que são privilegiados pela exis-tência do sistema em sua rua consideram o serviço bom ou satisfatório.

Com a implantação da Usina Hidrelétrica Eliezer Batista, foi implantado um sistema de drenagem pluvial através de tanques de acumulação e bombeamento das águas das chuvas e uma rede para controle da eleva-ção do lençol freático.

Os impactos que ocorrem na drenagem urbana

são resultados diretos do uso do solo, do intenso

processo de urbanização e da forma como a infra-

estrutura é implementada e controlada.

Page 80: plano de desenvolvimento são gonçalo

80

Gestão de Resíduos

A gestão dos resíduos sólidos pode ser en-tendida como um conjunto de atividades, in-cluindo a geração, o armazenamento, a cole-ta, o transporte, o tratamento e a disposição final de resíduos, conforme suas caracterís-ticas (domésticos, industriais, de saúde).

Quando relacionada a outros indicadores sócio-ambientais, a questão do lixo torna-se também uma referência à avaliação da qua-lidade de vida em um território, das ativida-des dependentes do solo e das águas, bem como das políticas públicas de saneamento.

A coleta adequada possibilita melhorias à qualidade ambiental das áreas beneficiadas, mas sozinha não é capaz de suprimir os efei-tos ambientais negativos da destinação ina-dequada, como por exemplo, a contamina-ção do solo e das águas pelo chorume.

O IBGE considera como destino adequado do lixo a sua disposição final em aterros sa-nitários, em estações de triagem, reciclagem e compostagem e sua incineração através de equipamentos e procedimentos próprios. Em oposição, considera como destino inade-quado o lançamento bruto em vazadouros a céu aberto, locais não fixos e queima sem nenhum tipo de equipamento. De acordo com estes critérios, o Índice de Desenvolvi-mento Sustentável – 2002 (IBGE), baseado nos dados de 2000, averiguou que 62% do lixo coletado no estado de Minas Gerais tem destinação inadequada.

Resplendor: Tipo de destino do lixo dos domicílios particulares permanentes, por situação do domicílio - 2000

Destino do lixo Urbano (%)

Rural (%)

Total (%)

Coletado 65,47 1,08 66,55

Jogado em rio, lago ou mar 0,12 0,04 0,16

Jogado em terreno baldio 3,84 2,92 6,76

Queimado ou enterrado 9,89 16,30 26,19

Tem outro destino 0,14 0,20 0,34

Total 79,46 20,54 100,00

Fonte: IBGE 2000.

No âmbito do Programa Vale Mais – Res-plendor, o tema gestão de resíduos sólidos se fez presente nos debates ocorridos nas reuniões temáticas e também nas pesquisas realizadas com os moradores. Conforme os dados da pesquisa, 74% dos entrevistados consideram o serviço de coleta oferecido no município como bom ou satisfatório, e 3% in-dicaram não serem favorecidos pelo mesmo. As áreas que apresentaram maior carência foram os distritos de Bom Pastor e Calixto.

A limpeza das vias também é um serviço que não pode ser dispensado quando se pen-sa na gestão de resíduos. Cerca de 3% dos moradores entrevistados indicaram a não existência deste serviço, sendo as áreas com maiores carências: os bairros de João Ricar-do, Antônio Matos e Nossa Senhora de Fáti-ma e o distrito de Bom Pastor.

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

GestãO A

MBie

NtAl P

lANeJAMeNtO e

Page 81: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

81

De acordo com os participantes das reuni-ões temáticas, os instrumentos e transportes utilizados na coleta de lixo são insuficientes. Tal situação é potencializada pelo desrespei-to aos horários de coleta por parte da popu-lação, o que propicia o acúmulo de lixo nas vias públicas e gera um ambiente favorável à proliferação de vetores.

Uma das reivindicações prioritárias das co-munidades urbanas e rurais refere-se ao tra-tamento dos resíduos sólidos e à premência de implantar um sistema de coleta seletiva de lixo. Outra questão importante concerne à destinação do lixo, especialmente dos resí-duos hospitalares, uma vez que os incinera-dores existentes estão desativados e o ater-ro sanitário ainda não está em operação.

eduCAçãO AMBientAL

A construção de uma sociedade que proteja seus recursos naturais e mantenha baixos níveis de degradação depende não apenas da atuação do poder público, mas também do exercício dos direitos e deveres do con-junto dos cidadãos. Exercer cidadania pelo viés ambiental significa ter posse de um conjunto de instrumentos que permitam a atuação efetiva na defesa do meio ambien-te. Dentre estes instrumentos podemos destacar: a conscientização, a mobilização social, a educação e a formação de uma cul-tura política.

Em pesquisa recente, o Ministério da Meio Ambiente divulgou um aumento do número

de brasileiros capazes de identificar e ques-tionar os problemas ambientais. O estudo também mostra o domínio por parte da po-pulação de temas complexos como biodiver-sidade e efeito estufa. Contudo, a pesquisa aplicada pelos Jovens Pesquisadores em Resplendor levantou que 88% da popula-ção entrevistada não tinha conhecimento de qualquer ação do poder público voltada para a prevenção, proteção ou preservação ambiental.

Além da atuação política e consciente é im-portante que toda esta postura faça parte da educação dos cidadãos. A educação ambien-tal se destaca neste contexto, pois é capaz de atingir adultos e crianças de maneira sim-ples e permanecer no cotidiano das pessoas envolvidas, inserindo uma consciência críti-ca sobre a problemática ambiental. Pensan-do nisso, os participantes do programa Vale Mais desejam implementar um amplo pro-jeto de conscientização ambiental, que não apenas inclua o tema no currículo escolar, mas que leve à criação de um centro onde sejam promovidos cursos e oficinas extensi-vas ao conjunto dos cidadãos.

A educação ambiental é avaliada pelos cida-dãos de Resplendor como formidável instru-mento para a melhoria tanto da qualidade ambiental do município quanto da própria qualidade de vida da população. A articulação entre diversos atores faz-se necessária para implantação da educação ambiental em diver-sos níveis educacionais e de acesso a todos.

Page 82: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

82

2

Produtor rural X legislação ambiental

descriçãoCampanhas de conscientização e apoio ao produtor rural para o cumprimento da legislação ambiental

envolvidosIEF, Polícia Ambiental, Sindicato rural, CODEMA, Capel, Câmara, SEMAD, CMDRS e UNIPAC

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Centro de educação ambiental (APA)

descriçãoCriação de um centro para a promoção de cursos e/ou oficinas de educação/conscientização ambiental

envolvidosIEF, PMR, Câmara Municipal, Polícia Ambiental, Ministério Público, Sindicato do produtor rural, Adere e UNIPAC

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Educação Ambiental no currículo escolar municipal

descriçãoInclusão de Educação Ambiental no currículo escolar municipal

envolvidosDepartamento de Educação, Meio Ambiente, Conselho de Educação e CODEMA

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 83: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

83

2

2Coleta seletiva

descriçãoImplantação da coleta seletiva, oficina de reciclagem, e do conceito dos 3R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) em Itueta e Resplendor

envolvidosCODEMA, Associações, Adere, Escolas, Igrejas, CHA, PMR, PMI, Capel, Hospital, Crediresplendor e UNIPAC

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Departamento Municipal de Meio Ambiente

descriçãoEstruturação do Departamento Municipal do Meio Ambiente (setor de fiscalização, administrativo e Fundo Municipal de Meio Ambiente)

envolvidosPMR, Câmara Municipal e CODEMA

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Resíduos sólidos tratados

descriçãoTratamento de resíduos na zona rural e urbana

envolvidosCODEMA, Associações, Sindicato rural, Conselho de saúde, FUNASA, Meios de comunicação, Escolas, Igrejas, CAPEL e UNIPAC

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 84: plano de desenvolvimento são gonçalo

84

sAúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO

O QuAdRO dA SAÚde nO MuniCÍPiO: PRinCiPAiS indiCAdOReS

As condições de vida e saúde têm melhorado continuamente na maioria dos países graças a progressos políticos, sociais e aos próprios avanços da saúde pública e da medicina. Po-rém, as importantes organizações ligadas ao setor indicam que mesmo com a incontestá-vel melhora ainda persistem grandes desi-gualdades entre regiões e grupos sociais.

Resplendor não foge à regra. O município possui um histórico de relativa melhora dos principais indicadores de saúde. O IDH lon-gevidade apresentou crescimento na última década (de 0,709 para 0,750, uma variação de quase 6% entre 1991 e 2000). E embora seja superior à média nacional (0,727), si-tua-se um pouco abaixo da média do estado (0,759). Ainda assim, o crescimento do indi-cador foi mais significativo em outros muni-cípios de sua microrregião, pois Resplendor caiu da primeira para a quarta posição no ano 2000.

A relação entre saúde e qualidade de vida é amplamente estudada e divulgada. A distribuição de renda, o baixo grau de escolaridade e as condições precárias de habitação têm impactos diretos tanto nas condições de vida quanto na saúde dos cidadãos.

d i a g n ó s t i c o

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000

Resplendor: IDH Longevidade (1991 e 2000)

Para a dimensão longevidade do IDH utiliza-se o indicador esperança de vida ao nascer – o número de anos que se espera que um recém nascido venha viver, com base nos padrões correntes de mortalidade. No cálculo desta variável, emprega-se como limites os valores mínimo e máximo de 25 e 85 anos, respectivamente.

Page 85: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

8�

Outro indicador importante para avaliar as con-dições de saúde é a taxa de mortalidade infan-til. As causas deste tipo de mortalidade estão ligadas a diversos fatores, mas na maioria dos casos estão diretamente relacionadas às con-dições de pobreza e dificuldades de acesso a serviços de saúde de boa qualidade e de sanea-mento básico. Em Resplendor, esta taxa obteve uma queda pouco expressiva (6,6%), sobretudo se comparada ao decréscimo que a taxa obteve nos casos nacional (31%) e estadual (40%). A esperança de vida ao nascer também melhorou, mas obteve apenas um pequeno crescimento: 2,43 anos entre 1991 e 2000.

Parte da explicação pode es-tar na distribuição dos inves-timentos em saúde feitos no município. Nos últimos 4 anos, de acordo com a prestação de contas de Resplendor, a participação dos gastos com saúde no orçamento manteve-se estável. Note-se que o mesmo ocorreu com os gastos na área de infra-estrutura e meio ambiente, que tem desdobramentos para as condições de saúde e que experimentou uma trajetória descendente no mesmo período.

OFeRtA, ACeSSO e A QuALidAde dOS SeRviçOS de SAÚde MuniCiPAiS

Durante a fase de planejamento do Programa Vale Mais, foram realizadas pesquisas quanti-tativas e qualitativas para avaliar as condições de saúde no município. A participação dos moradores nas pesquisas aplicadas pelos Jo-vens Pesquisadores e nos grupos focais temá-ticos permitiu a composição de um panorama que reflete a percepção dos cidadãos em rela-ção aos serviços que o município oferece.

Com relação à gestão do setor, os participan-tes destacaram a existência dos Conselhos Municipais de Saúde, Assistência Social, Bem

Estar, Terceira Idade (em implantação) e do Conselho Tutelar. A atuação do Conselho Mu-nicipal de Saúde recebeu destaque, tanto por sua eficácia no auxílio e fiscalização da admi-nistração municipal, como pelo seu bom rela-cionamento com o Conselho Tutelar. Contudo, a atuação dos conselhos carece de uma maior participação da população nas reuniões, que por sua vez, não está consciente das ações promovidas pelos conselhos, já que estas não são divulgadas. A inexistência de articulação entre os diversos conselhos existentes tam-bém foi assinalada como um entrave.

No âmbito da infra-estrutura de saúde encontram-se tam-bém alguns entraves significa-tivos. Quase 30% dos entrevis-tados consideram a qualidade do atendimento no hospital e

nos postos de saúde como um dos principais problemas do município.

Resplendor conta com um hospital, 4 equipes do Programa Saúde da Família, um Centro de Saúde de Busca Ativa e uma Unidade Básica de Saúde em cada distrito. O Hospital, man-tido pela irmandade São Camilo, é conve-niado ao SUS e provê atendimento de média complexidade ao município e à região de seu entorno, o que vem acarretando sobrecarga no atendimento e um déficit mensal muito alto. Além disso, de acordo com os grupos de pesquisa, faltam médicos de algumas es-pecialidades e recursos para a aquisição de equipamentos para exames. O atendimento nas outras unidades também apresenta pro-blemas. É considerado impessoal e apressado nas Unidades Básicas de Saúde e é prejudica-do pela alta rotatividade dos médicos no caso do PSF. Com esse problema em mente, os participantes do Programa Vale Mais, preten-dem viabilizar a implantação no município do

Tumsandrem ing et exeros nonse mod

magnim vullan velesecte mod modo odiamco

Page 86: plano de desenvolvimento são gonçalo

86

sAúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A s

AúDe u

Niv

eRsAliZ

AçãO

projeto Humaniza do SUS. Outra questão pre-mente diz respeito à estrutura física dos pos-tos de saúde, que é deficitária nos distritos.

No tocante à saúde preventiva, sobressaem os programas de prevenção e combate à hiperten-são, à tuberculose e à hanseníase. Para as mu-lheres, são promovidas campanhas de preven-ção e combate ao câncer de mama, fruto de uma iniciativa do hospital com apoio da Secretaria Municipal de Saúde. A atuação eficiente da vigi-lância sanitária também recebeu destaque.

ASSiStÊnCiA SOCiAL e O AtendiMentO AOS gRuPOS vuLneRáveiS

Em Resplendor, existem entidades e progra-mas sem fins lucrativos voltados para o aten-dimento e promoção social de grupos vulne-ráveis. Dentre estes, se destacam a Pastoral da Criança, a Pastoral do Carcerário, o grupo Alcoólicos Anônimos e os Programas de Saú-de da Mulher e de Prevenção à Tuberculose, Hanseníase e Hipertensão.

Foram identificados também os principais serviços de assistência social utilizados no município, por meio de entrevistas realiza-das por Jovens Pesquisadores em todas as localidades do município. Todos os equipa-mentos de assistência social (creche, centro social, clubes de serviço, etc) foram bem avaliados, mas apresentam percentual de utilização muito baixo (inferior a 2%).

Nos debates e pesquisas realizados, os mora-dores expressaram sua preocupação princi-palmente com o aumento do uso de drogas, a incidência de gravidez na adolescência e a falta de cuidados com os idosos.

Segundo os moradores o número de usuários de drogas vem crescendo em Resplendor. Esse é um dos principais problemas do município para 26% dos entrevistados pelos Jovens Pes-

quisadores. Para lidar com o problema, foram pensadas algumas estratégias, como a implanta-ção do programa PROERD (iniciativa da Polícia Militar) e a criação de uma estrutura de apoio aos dependentes químicos e às suas famílias.

Outra vertente de atuação inclui a realização de oficinas e a organização de campanhas, que ofereçam informação não só sobre os efeitos do uso e abuso de drogas, mas tam-bém sobre a transmissão de DSTs e as con-seqüências da gravidez na adolescência.

Atualmente no Brasil, cerca de 20% das crian-ças que nascem a cada ano são filhas de ado-lescentes. A gravidez na adolescência ocorre em todas as classes sociais, mas é maior e mais grave nas classes de renda mais baixas. Os fatores que influenciam este fenômeno vão desde a ausência de opções de lazer à fal-ta de orientação sexual. Muitas destas novas mães abandonam seus estudos e modificam o curso de suas vidas. De acordo com dados do IPEA, em 1991, 8,5% das adolescentes (entre 15 e 17 anos) de Resplendor possuíam filhos. Já no ano de 2000, este percentual apresen-tou decréscimo, chegando a 6%.Ainda assim, ações corretas de prevenção se fazem neces-sárias para diminuir a ocorrência de gravidez na adolescência. As adolescentes grávidas ou que já são mães também precisam de atenção e de alternativas que permitam a continuida-de de seus estudos e a garantia do seu pró-prio sustento e de seu filho.

Outra população que cresce cada vez mais no município e precisa de atenção especial são os idosos. Em 2000, o Censo do IBGE contabilizou a população com 60 anos ou mais no município em 2.161 pessoas. Como dito anteriormente, a expectativa de vida em Resplendor obteve aumento entre 1991 e 2000, passando de 67,6 anos para 70 anos. Isso nos indica a necessida-de de políticas eficazes focadas nos idosos.

Page 87: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

ind

iCA

dO

ReS

de

SAÚ

de

Microrregião de Aimorés: IDH Longevidade 1991 e 2000

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

Resplendor: Esperança de vida ao nascer (2000)

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil.

Para a dimensão longevidade do IDH utiliza-se o indicador esperança de vida ao nascer – o número de anos que se espera que um recém nascido venha viver, com base nos padrões correntes de mortalidade. No cálculo desta variável, emprega-se como limites os valores mínimo e máximo de 25 e 85 anos, respectivamente.

Resplendor: Taxa de Mortalidade Infantil (1991 e 2000)

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil.

Ano

Gasto per capita com saúde (R$ de 2004)

Esforço orçamentário

em saúde (%)

Gasto per capita com infra-estrutura e meio

ambiente (R$ de 2004)

Esforço orçamentário em infra-estrutura e meio

ambiente (%)

2000 93,36 13,45 172,91 24,92

2001 84,81 12,58 148,88 22,08

2002 113,33 16,25 130,23 18,67

2003 90,94 15,71 118,66 20,49

2004 87,90 14,39 152,76 25,00

Resplendor: Investimentos Municipais em Saúde, Infra-estrutura e Meio Ambiente (2000-2004)

Ambos indicadores foram obtidos na prestação de contas do município e mostram a participação dos gastos com saúde no orçamento municipal.

Fonte: IMRS - FJP

Page 88: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

88

UNIVERSALIZAÇÃO DA SAÚDE

Melhoria do setor alimentício

descriçãoCursos de capacitação de profissionais sanitaristas e comerciantes, e campanhas de conscientização, para a melhoria do setor alimentício

envolvidosDepartamento de Saúde, Vigilância Sanitária e ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Plano de Saúde da Família

descriçãoConscientização das pessoas quanto ao uso do Plano de Saúde da Família

envolvidosConselho Municipal de Saúde, Departamento de Saúde, Associações, Meios de comunicação, Igrejas e agente de saúde

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

“Projeto Humaniza” - SUS

descriçãoEfetivação do Projeto Humaniza do SUS

envolvidosDepartamento de Saúde, Conselho, Hospital e CONSARDOCE

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 89: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

89

UNIVERSALIZAÇAO DA SAÚDE

2

2Atendimento ao jovem

descriçãoAtendimento e orientação de adolescentes e jovens através de oficinas ou campanhas para difusão de informações sobre drogas, gravidez, DST’s etc

envolvidosConselho da criança e do adolescente, Departamento de Educação e Saúde, Conselho Tutelar e Saúde, Ministério Público e Conselho de Segurança

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Apoio às famílias de dependentes químicos

descriçãoCriação de uma “estrutura” que possa oferecer apoio e orientação às famílias de depentes químicos

envolvidosDepartamento de Saúde, AA, Conselho: Saúde, Educação, Tutelar Criança e adolescente, Ministério Público, Igrejas e Departamento de Assistência Social

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Aumento do número de especialistas

descriçãoAtração de profissionais de saúde de diversas especialidades para suprir a carência atual existente

envolvidosDepartamento de Saúde, Hospital e profissionais da área de saúde

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 90: plano de desenvolvimento são gonçalo

90

O QuAdRO eduCACiOnAL nO MuniCÍPiO: indiCAdOReS SintÉtiCOS

O índice internacionalmente utilizado para avaliar a educação, o IDH educação, mede a realização de um dado território quanto à esco-larização fundamental, média e superior, bem como à escolarização de adultos. Segundo este indicador, Resplendor é classificado como mu-nicípio de médio desenvolvimento (0,785) e figura na 497º colocação no ranking do estado de Minas Gerais – que inclui 853 municípios. E ainda que se situe abaixo das médias estadual (0,850) e do país (0,849), cresceu bastante no período analisado (1991-2000).

As taxas de analfabetismo também são con-sideradas como indicadores sintéticos, pois demonstram o quão efetivo é o esforço no sentido de universalizar o acesso à educação em um dado território.

O IBGE considera analfabeta a pessoa que não sabe ler ou escrever um simples bilhete no idioma que conhece. Em Resplendor, 19,6% das pessoas com 15 anos e mais encontra-se nesta situação (dados de 2000).

Instrumento básico para a inclusão social, a educação se tornou, nas últimas décadas, um dos principais focos dos debates acerca das políticas públicas brasileiras e internacionais relativas ao desenvolvimento social. As discussões atuais envolvem tanto questões relativas à universalização do acesso à educação como direito básico do cidadão, como à qualidade do ensino ofertado.

Atualmente, outro indicador que vem sendo utilizado para avaliar o nível educacional de determinado território é o analfabetismo fun-cional. Este parâmetro expressa o percentual de pessoas que possuem, ou não, a capacidade de utilizar as habilidades de escrita e leitura diante das demandas de seu contexto social e continuar aprendendo. O IBGE considera como analfabetos funcionais aquelas pessoas com menos de quatro anos de estudos con-cluídos. Ao analisarmos esses dados para Res-plendor percebemos uma forte diferença en-tre o analfabetismo simples e funcional. Isto indica a necessidade de ações voltadas para a universalização do acesso à educação, não apenas ao ensino fundamental e médio, mas também com foco em grupos vulneráveis e de aperfeiçoamento e capacitação profissional.

O município de Resplendor quando compara-do à sua microrregião apresenta uma situação educacional relativamente boa. A taxa de anal-fabetismo funcional do município está entre as quatro menores de sua microrregião (39,4%), embora seja bem mais alta do que a taxa da ca-pital mineira (12,5%). Já a taxa de analfabetis-

d i a g n ó s t i c o

RsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO

Page 91: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

91

mo simples é a segunda menor da microrregião (19,6%), mas é bem superior aos percentuais estadual (12,0%) e nacional (13,6%).

É importante destacar a diferença existente entre o nível de escolaridade em função da si-tuação de domicílio da população, e também dos diversos grupos etários. Tradicionalmente o Brasil apresenta uma taxa de analfabetismo maior na zona rural do que nas áreas urbanas. Embora o mesmo aconteça em Resplendor, nota-se um hiato menor entre as duas situa-ções do que o observado nos casos nacional e estadual.

Com relação à faixa etária, o analfabetismo em Resplendor aumenta conforme o grupo de idade. Isto também reflete uma tendência nacional, e demonstra que os avanços na edu-cação não contemplaram os adultos, o que faz com que surjam demandas por políticas espe-cíficas para este grupo. Embora o programa estadual EJA esteja presente, os participantes se ressentem da ausência do programa federal “Brasil Alfabetizado”.

OFeRtA, ACeSSO e A QuALidAde dOS SeRviçOS eduCACiOnAiS

Com relação à oferta de serviços educacio-nais básicos, Resplendor conta com oito es-colas públicas de ensino fundamental e duas escolas privadas de ensino fundamental e médio, uma destas conveniada ao Instituto Pitágoras de Belo Horizonte. Estas unidades oferecem o número de vagas suficiente para atender a demanda destes dois segmentos da Educação Básica.

A atuação dos professores é um importante ativo da educação municipal, pois estes criam e estimulam práticas alternativas ligadas à educação artística e ao esporte. Ainda assim, os participantes do Programa Vale Mais apon-taram para a falta de incentivo municipal para

a capacitação e para a falta de ambientes vol-tados para a prática esportiva e para a recre-ação nas escolas. O município também carece de laboratórios e equipamentos técnicos, so-bretudo nos distritos, onde a deterioração da infra-estrutura física é mais contundente.

No campo da educação especial, a atuação da APAE local foi destacada nas reuniões temá-ticas, tanto pela qualidade de sua estrutura física, como pela qualidade da assistência que oferece aos alunos portadores de necessida-des especiais.

Outro fator positivo é a instalação prevista de um campus da Univale no município de forma a suprir a demanda por ensino superior que hoje é atendida por municípios vizinhos. De acordo com os participantes do Programa Vale Mais, serão inicialmente oferecidos os cursos de direito, pedagogia e administração rural, mas a proposta é de oferecer novos cur-sos em anos subseqüentes de acordo com o crescimento da demanda.

No âmbito da gestão municipal, os participan-tes enalteceram a autonomia do Conselho Mu-nicipal de Educação, que está sendo resgatada pelo Departamento de Educação. Além disso, o município participa do FUNDEF e destina 25% de sua receita para a área de educação.

Segundo dados do IBGE, das crianças entre 7 e 14 anos de Resplendor apenas 6,3% estão fora da escola. Porém, 57,96% das entre 4 e 5 anos estão na mesma condição. Isso fica explí-cito nos resultados da pesquisa realizada pelos Jovens Pesquisadores que apontam que em apenas 3% dos domicílios pesquisados existem crianças freqüentando creches. A necessidade de ampliar a oferta de creches nos bairros e distritos carentes foi uma das demandas dos participantes das reuniões temáticas.

Com relação às faixas etárias mais velhas per-cebemos que há um certo abandono da vida

Page 92: plano de desenvolvimento são gonçalo

92

escolar. Cerca de 18% da população entre 15 e 17 anos (faixa etária em que se espera que a pessoa esteja cursando nível médio) está fora da escola. De acordo com os participantes do Programa Vale Mais, a negligência familiar e as dificuldades de transporte escolar estão no cerne da questão. O problema do transpor-te escolar incide sobre a área rural de forma mais acentuada, devido às más condições das estradas, mas na área urbana também é difi-cultado pela ausência de transporte coletivo regular. Outros fatores dizem respeito ao estí-mulo que não é oferecido aos alunos pela falta de áreas de lazer e recreação, de projetos de educação não-formal, bem como de laborató-rios e equipamentos.

O combate à evasão escolar deverá ser objeto de políticas públicas que privilegiem, entre ou-tros a erradicação do trabalho infantil, que no caso de Resplendor ocorre no campo (cultura do café) e na cidade (comércio). Os alunos do campo também padecem da baixa oferta de serviços educacionais, que deve ser objeto de um estudo de viabilidade e logística, que leve em consideração a distribuição geográfica da população jovem no município.

Cabe ressaltar que uma das mais graves li-mitações apontadas pelos participantes do Programa Vale Mais no campo da educação se refere ao ensino profissionalizante. A enorme carência de escolas técnicas reflete-se direta-mente nas oportunidades reduzidas, especial-mente para os jovens, de acesso ao mercado de trabalho. Para sanar o problema, foram tra-çados projetos para a realização de cursos de capacitação e qualificação profissional através da criação do SINE e da utilização da estrutu-ra de escolas já existentes no município. Atu-ar nesta vertente é um passo prioritário para vencer os desafios do desenvolvimento que a população assumiu.

Resplendor: Taxa de Analfabetismo por faixa etária (2000)

Fonte: INEP

Faixa etária Taxa de Analfabetismo

10 a 14 anos 3,515 a 19 anos 2,520 a 29 anos 6,230 a 44 anos 12,945 a 59 anos 31,460 anos e mais 47,0

ind

iCA

dO

ReS

edu

CACi

On

AiS

Microrregião de Aimorés: IDH Educação 1991 e 2000

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

RsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO D

A e

DuCAçãO u

Niv

eRsAliZ

AçãO

Page 93: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

93

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000

Simples Funcional

BRASIL 13,6 27,8MINAS GERAIS 12,0 26,7BELO HORIZONTE 4,6 12,5Aimorés 19,7 35,1Alvarenga 24,8 47,6Conceição de Ipanema 23,6 44,6Conselheiro Pena 20,8 39,1Cuparaque 25,9 45,3Goiabeira 27,6 46,1Ipanema 19,1 40,2Itueta 20,5 35,5Mutum 22,9 45,0Pocrane 24,4 46,0Resplendor 19,6 39,4Santa Rita do Itueto 23,3 48,6Taparuba 22,6 40,4

Microrregião de Aimorés: Taxas de Analfabetismo simples e funcional (2000)

Resplendor: IDH Educação 1991 e 2000

Fonte: INEP

Faixa etária %

4 a 5 anos 57,965 a 6 anos 28,337 a 14 anos 6,3010 a 14 anos 6,9915 a 17 anos 18,64

Resplendor: Percentual de crianças, adolescentes e jovens fora da escola por faixa etária (2000)

Fonte: IBGE, 2000

O índice da educação mede a realização relativa de um país, estado ou município, tanto na alfabetização de adultos como na escolarização bruta combinada do ensino fundamental, médio e superior. A esses índices combinados, atribui-se uma ponderação de dois terços para a alfabetização de adultos, e um terço à escolarização.

Resplendor: Taxa de analfabetismo por situação de domicílio (2000)

Fonte: IBGE, 2000

Page 94: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

94

UNIVERSALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Conselho de Segurança Reativa da guarda mirim

descriçãoReestruturação do Conselho de Segurança Reativa da guarda mirim

envolvidosDepartamento de Assistência Social, Ministério Público, ACIAR, Polícia Civil e Polícia Militar

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Estruturação do SINE

descriçãoEstruturação do SINE para a realização de cursos de capacitação e qualificação profissional

envolvidosSINE, ACIAR, CHA, Estado, CIEE, Sistema S

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2

2

Cursos técnicos nas escolas

descriçãoCursos técnicos profissionalizantes aproveitando a estrutura já existente das escolas

envolvidosSindicato do produtor rural, ACIAR, CAPEL, Escola Estadual e Departamento Municipal de Educação

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Creches nos bairros e distritos

descriçãoConstrução de creches nos bairros e distritos carentes de tal serviço

envolvidosAssociação de bairros e distritos, Igrejas, Departamento de Educação e Departamento de Assistência Social

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 95: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

9�

UNIVERSALIZAÇAO DA EDUCAÇÃO

2

EJA

descriçãoImplantação do Ensino de Jovens e Adultos

envolvidosDepartamento de Educação e ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Ensino fundamental e médio na zona rural

descriçãoEstudo de viabilidade e logística para a implantação do ensino fundamental e médio na zona rural

envolvidosDepartamento de Educação, Delegacia de Ensino, Associações e Sindicato rural

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Escola comunidade

descriçãoEnvolvimento dos pais e de toda a comunidade com a escola e desenvolvimento de lideranças estudantis

envolvidosConselho Tutelar, Ministério Público e Associações

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 96: plano de desenvolvimento são gonçalo

96

Page 97: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

97

PROGRAMA VALE MAIS

2 0 0 6 | 2 0 2 6

ResPleNDOR

crescimento econômico

Page 98: plano de desenvolvimento são gonçalo

98

Um dos principais pilares do Desenvolvimen-to Sustentável é o Crescimento Econômico. O crescimento econômico pode ser definido como o aumento das riquezas geradas nas atividades produtivas (agricultura, pecuária, indústria e serviços) em um determinado território. O crescimento, assim como o de-crescimento econômico, é mensurado pelas variações verificadas no Produto Interno Bruto (PIB). O PIB é um indicador utiliza-do para representar em valores monetários a soma de todas as riquezas produzidas em uma região (município, estados, países) du-rante um período de tempo.

O crescimento econômico geralmente é ca-racterizado por um ciclo virtuoso de criação de riquezas e de acumulação de capital em um determinado território, sendo uma condi-ção necessária, mas não suficiente, para a me-lhoria nas condições de vida da população.

O município de Resplendor apresentou um crescimento econômico mediano no período recente. Entre 1996 e 2002 o PIB cresceu 44%, um pouso acima da média de cresci-mento estadual (27%), passando de 48 mi-lhões em 1996 para 69 milhões em 2002. A renda per capita (PIB dividido pela popula-ção) cresceu 48% no mesmo período, este crescimento foi motivado tanto pelo aumen-to do PIB quanto pela redução da população de Resplendor, principalmente a população rural, verificada entre 1996 e 2002.

O crescimento econômico gerou poucos im-

O crescimento econômico é condição necessária

mas não suficiente para a melhoria nas condições

de vida da população.

Resplendor: PIB por setor de Resplendor - 2002

pactos sobre a renda da população. Ocor-reu um aumento no número de pessoas vivendo em situação de pobreza: os pobres que representavam 35% da população em 1991 passaram a representar 37% em 2000. Além disso, a renda das famílias mais ricas é 20 vezes superior ao das famílias mais pobres. Segundo o IBGE, apenas 6,6% da população vive com uma renda superior a cinco salários mínimos por mês.

Outro fator a se considerar são os significativos impactos ambientais recentes, como: a poluição e assoreamento dos recursos hídricos, a contami-nação e empobrecimento do

o c r e s c i m e n t o e c o n ô m i c o

Page 99: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

99

solo e os impactos sobre a vegetação e fau-na nativas.

A partir desta rápida análise inicial, pode-se questionar a validade sócio-econômica do modelo recente de desenvolvimento econô-mico de Resplendor. Percebe-se que este não implicou em uma distribuição eqüitativa dos benefícios do crescimento econômico, também não possibilitou a sustentação dos recursos naturais locais.

A partir deste quadro sobre o desenvolvi-mento sócio-econômico recente de Resplen-dor, algumas perguntas vieram à tona: Quais os caminhos para o desenvolvimento econô-mico futuro de Resplendor? Como evitar a estagnação econômica com o consequente aumento da pobreza da população? Quais as estratégias devem ser adotadas para gerar um crescimento econômico sustentável?

Durante o processo de construção do Plano de Desenvolvimento Sustentável do muni-cípio estas questões foram apresentadas e debatidas com empresários, poder público e sociedade local. As discussões e debates realizados foram marcados pela partici-pação entusiástica e pelo otimismo com o processo de planejamento estratégico, in-dicando alguns caminhos e possibilidades de construção de uma nova realidade le-vando ao desenvolvimento sustentável do município.

Os atores de Resplendor perceberam a ne-cessidade de mobilizar e preparar as forças produtivas locais para gerar novos ciclos de expansão, gerando condições institucionais, políticas e de infra-estrutura que possibili-tem o desenvolvimento econômico com in-clusão social e sustentabilidade ambiental.

Resplendor: Renda Média da população em 2003

Page 100: plano de desenvolvimento são gonçalo

100

isMO s

usteNtÁvel e

MPReeNDeDORis

MO s

usteNtÁvel e

MPReeNDeDORis

MO s

usteNtÁvel e

MPReeNDeDORis

MO s

usteNtÁvel e

MPReeNDeDORis

MO

O Programa de Empreendedorismo Susten-tável tem como meta o desenvolvimento do espírito empreendedor local com o acesso a capacitação, informação e conhecimento, fo-mentando o desenvolvimento das empresas locais e a criação de novas empresas.

Este Programa está diretamente relaciona-do ao Programa Economia Urbana. Estes dois programas, agindo em sinergia, podem ser vitais para o desenvolvimento das forças produtivas do município.

É fato conhecido que muitos empreendi-mentos não conseguem sobreviver muito tempo após a sua fundação. Pesquisas do SEBRAE-SP mostram que cerca de 58% das empresas de pequeno porte abertas em São Paulo não passam do terceiro ano de exis-tência. O fracasso pode estar ligado à ausên-cia de crédito, escassez de recursos, entra-da de novos concorrentes e mudanças das políticas do governo. Mas, uma das causas

O conceito de empreendedorismo sustentável tem como base a formação de empreendedores, com o desenvolvimento de suas competências para o desenvolvimento de negócios com responsabilidade social, conscientes da importância do desenvolvimento e bem-estar da comunidade e do meio ambiente no qual estão inseridos.

mais freqüentes do fracasso está ligada aos próprios empreendedores, isto é, à sua falta de habilidade administrativa, financeira, tec-nológica e mercadológica. Portanto as ações de fortalecimento e desenvolvimento de em-preendimentos devem estar sempre aliados à geração de mecanismos de aprendizado e difusão de conhecimentos empresariais.

As principais estratégias levantadas durante o processo de planejamento estão ligadas a necessidade de se criarem condições institu-cionais, políticas e de infra-estrutura que pos-sibilitem o desenvolvimento do empreendedo-rismo local. Neste sentido foram consideradas importantes as seguintes ações: fortalecimen-to da associação comercial buscando a inte-gração e articulação da associação comercial com o empresariado local; o desenvolvimento de cursos de capacitação para os empresários e empreendedores; a criação de uma estrutu-ra de incubação de novas empresas (agro-ne-gócio, comércio, serviços e indústria).

d i a g n ó s t i c o

Page 101: plano de desenvolvimento são gonçalo

PROGRAMAs e PROJetOs

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

101

2Fortalecer a ACIAR e Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável

descriçãoIntegração e articulação para melhor suporte da associação para com seus membros, e também na atuação e relacionamento com parceiros

envolvidosEmpresários, PMR, ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Qualificação profissional

descriçãoImplantação de cursos de capacitação profissional

envolvidosEmpresários, PMR, ACIAR, Universidades, SEBRAE e SENAC

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Incubadora de empresas

descriçãoCriação de uma incubadora de empresas que forneça auxílio, apoio e orientação às novas empresas

envolvidosEmpresários, PMR, ACIAR, Universidades, SEBRAE e SENAC

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL

Page 102: plano de desenvolvimento são gonçalo

102

Segundo informações das nossas pesquisas, a extração de minerais na região é caracteriza-da pelo uso intensivo de mão-de-obra (baixa mecanização) o que garante muitos postos de trabalho. As condições de trabalho, em geral, são precárias e insalubres, as relações de tra-balho são predominantemente informais, sem direitos trabalhistas e benefícios sociais.

Uma característica da atividade é o seu im-pacto sobre o meio ambiente. Segundo de-poimentos, existem carências na fiscalização e não há o cumprimento das normas de pre-servação ambiental. Consequentemente a ati-vidade gera impactos consideráveis ao meio ambiente local como o assoreamento de rios e córregos, desmatamentos, alterações no solo e na paisagem. Portanto, as ações deste pro-grama visam estimular a criação de mecanis-mos de redução dos impactos ambientais da atividade, a utilização de tecnologias ecologi-camente sustentáveis e o aproveitamento dos subprodutos e resíduos.

As principais estratégias levantadas para ga-rantir o desenvolvimento sustentável da ativi-dade foram: o mapeamento e prospecção de

A extração mineral, rocha, areia e granitos, é uma das principais atividades secundárias de Resplendor. O município possui uma formação geológica propícia para a extração destes minérios, principalmente do granito.

todo o potencial geológico do município, a re-gularização das atividades, aumento na fiscali-zação, utilização de novas técnicas e inovações nas práticas da atividade extrativista. Estas ações foram destacadas para desenvolver o potencial econômico da atividade com susten-tabilidade dos recursos locais.

A efetivação destas ações pode ser facilitada por parcerias com os governos federal e es-tadual que vêm desenvolvendo programas de apoio às atividade mineradoras, principalmen-te aos APLs de extração de rochas. Por exem-plo, existe um programa de Departamento Nacional de Política Mineral (DNPM), órgão do Ministério de Minas e Energia, que vem de-senvolvendo atividades de regularização das pequenas mineradoras em regiões com poten-cial para o desenvolvimento de APLs de Base Mineral. Esta política está baseada no cadas-tramento, controle ambiental e segurança técnica operacional com objetivos de reduzir a informalidade, facilitar a captação de recur-sos para o pequeno e médio minerador, capa-citar e qualificar a mão-de-obra, aumentar a eficiência e a produtividade e a conscientiza-ção sobre a legislação ambiental.

d i a g n ó s t i c o

ivis

tAs C

OM s

usteNtAçãO A

tiv

iDADes e

XtRAtiv

istAs C

OM s

usteNtAçãO A

tiv

iDADes e

XtRAtiv

istAs C

OM s

usteNtAçãO A

tiv

iDADes e

XtR

Page 103: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

103

PROGRAMAs e PROJetOs

2Fortalecimento da atividade extrativista

descriçãoRegularização, fiscalização e inovação das práticas da atividade extrativista (areia)

envolvidosCHA, ARTTA, CODEMA, DEMANDER, Polícia Ambiental

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Mapeamento e prospecção geológica

descriçãoIdentificação do potencial geológico do município

envolvidosPMR, CODEM, DEMANDER e DNPM

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

ATIVIDADES EXTRATIVISTAS COM SUSTENTAÇÃO

Page 104: plano de desenvolvimento são gonçalo

iA C

OM v

AlOR A

GReGADO A

GRiC

ultuRA e

PeCuÁRiA

COM v

AlOR A

GReGADO A

GRiC

ultuRA e

PeCuÁRiA

COM v

AlOR A

GReGADO A

GRiC

ultuRA e

104

O PAnORAMA dO SetOR AgROPeCuáRiO de ReSPLendOR

Apesar de sua importância social, histórica e cultural, no aspecto estritamente econômico as atividades ligadas ao setor primário local (agricultura e pecuária) podem ser carac-terizadas como pouco diversificadas, pou-co verticalizadas e com baixa agregação de valor e de conhecimentos a sua produção. As atividades com maior expressão comer-cial estão concentradas na pecuária leiteira (com a presença de um industria de laticí-nios), pecuária de corte e na cafeicultura. A pouca diversificação e a dependência destas atividades levam a uma maior instabilidade frente aos ciclos econômicos, quebras de safra e choques de oferta (redução/aumento nos preços destes produtos).

A pouca verticalização e agregação de valor são características marcantes da produção rural de Resplendor. Gran-de parte da produção local é comercializada “in natura”

O desenvolvimento econômico de Resplendor esteve historicamente baseado nas atividades primárias que foram a base da economia durante as últimas décadas. Atualmente, Resplendor ainda é um município de forte tradição rural, as atividades ligadas ao setor tem um forte peso econômico, político, cultural e social no município.

para outros municípios que dominam as ca-deias de produção agroindustriais.

Predominam no município as pequenas e mé-dias propriedades Estas, apresentam carên-cias comuns como: dificuldade de acesso ao crédito, baixo nível de participação em ações cooperativas ou associativas, dificuldade/re-sistência na aplicação de novas tecnologias, baixa agregação de valor/conhecimento à produção e baixa produtividade por hectare.

A pouca diversificação e a pequena agre-gação de valor à produção local leva o setor primário a gerar apenas uma pequena parce-la da riqueza municipal (PIB municipal). As atividades primárias (agricultura, extração vegetal, silvicultura e criação animal) são responsáveis pela geração de apenas 17% do PIB de Resplendor, enquanto a indústria e os serviços geram, respectivamente, 30% e 53%. No entanto, as atividades primárias ainda são

importantes geradoras trabalho e renda para a população local, em 2002 empregavam 30% da

d i a g n ó s t i c o

A pouca verticalização e agregação de valor

são características marcantes da produção

rural de Resplendor.

Page 105: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

10�

mão de obra de Resplendor, além disso, a ren-da do campo gera importantes desdobramen-tos na economia da cidade principalmente no comércio e nos serviços.

Estrutura Econômica

PIB empregoAgricultura, Pecuária, Silvicultura 17% 30%Indústria e Extração Mineral 30% 37%Serviços e Comércio 53% 34%

Fonte: IBGE - 2202

AS AtividAdeS PROdutivAS

Pecuária

A pecuária leiteira é a principal atividade agropecuária de Resplendor, seguida pela pecuária de corte. Segundo o IBGE o reba-nho bovino de Resplendor soma 74 mil cabe-ças, sendo 10,2 mil vacas leiteiras.

A produção anual de leite soma 13,2 milhões de litros de leite, a produtividade é de 1.290 litros de leite ao ano por animal, uma produ-tividade inferior a média do estado de Minas Gerais que chega a 1.337 litros de leite ao ano por animal. Este fato é um indicador de baixa qualidade do rebanho e/ou de técnicas ultrapassadas de manejo.

Grande parte da produção leiteira do muni-cípio e de municípios vizinhos é beneficiada localmente, existindo na cidade uma grande cooperativa na cidade (CAPEL). A coopera-tiva é agregador de valor a produção do leite sendo um importante elo da cadeia produtiva do leite no município. No entanto, na pecu-ária de corte verifica-se a carência de ações associativas entre os produtores o que im-pede a obtenção de melhores condições de estocagem, transporte e comercialização da produção. Como não existe abatedouro ou frigorífico na cidade grande parte da produ-

ção é comercializada “in natura” para outros municípios e estados.

Durante o planejamento estratégico, as ati-vidades de criação de ovinos e caprinos fo-ram destacadas como potencialidades para a criação animal no município, principal-mente devido às características rústicas dos animais, sua facilidade de manejo e o poten-cial de geração de renda nas pequenas pro-priedades rurais. Segundo o IBGE, em 2002 existiam aproximadamente 1.000 cabeças (entre ovinos e caprinos) no municípo.

As principais dificuldades e ameaças para o desenvolvimento das atividades ligadas a pecuária (bovina, ovinos e caprinos) são: as pastagens degradadas e de má qualidade; a baixa qualidade genética dos rebanhos; a baixa produtividade da pecuária leiteira; o baixo valor do leite no mercado; a falta de verticalização da produção; a utilização de técnicas de manejo inadequadas; a baixa qualificação técnica dos produtores e a falta de assistência técnica ao produtor.

Cafeicultura

A cafeicultura é uma das atividades mais tradicionais do município. Em 2002 era a 2ª maior geradora de renda no campo, o valor da produção chegou a R$ 1,1 milhões. Ape-sar do valor gerado localmente, a produção municipal não tem relevância a nível regio-nal nem estadual.

Produção de café

valores em R$MG 1.540.637.000Microrregião de Aimorés 54.455.000Resplendor 1.106.000Aimorés 3.390.000Itueta 5.421.000

Fonte: IBGE - 2002

Page 106: plano de desenvolvimento são gonçalo

iA C

OM v

AlOR A

GReGADO A

GRiC

ultuRA e

PeCuÁRiA

COM v

AlOR A

GReGADO A

GRiC

ultuRA e

PeCuÁRiA

COM v

AlOR A

GReGADO A

GRiC

ultuRA e

106

Os principais gargalos e desafios para a cafei-cultura são as carências de assistência técni-ca de capacitação e crédito para o produtor, em consequência, verifica-se a baixa produ-tividade e qualidade do café, o manejo inade-quado do solo, uso intensivo de agrotóxicos.

Fruticultura

A fruticultura foi considerada pelos atores que participaram do processo de planeja-mento uma excelente opção para diversifi-cação agrícola, devido ao seu potencial de geração de emprego/renda, agregação de valor e incentivos a novos empreendimen-tos. A atividade é uma alternativa economi-camente viável para a agricultura familiar, adequando-se perfeitamente às técnicas de produção orgânica, que reduz drasticamente os impactos sobre o meio ambiente e ganha valor com a certificação do produto.

A cultura de frutas tropicais é a atividade agrícola que mais cresce no Brasil e no mun-do. Segundo dados do IBGE, em algumas re-giões do país de 1987 a 1996, houve aumento de até 44% de consumo per capita de frutas “in natura”. A fruticultura apresenta uma maior produtividade por hectare que outras culturas agrícolas. Em média a fruticultura proporciona uma receita de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00/ha, enquanto que a produção de grãos é de R$ 300,00 a R$ 600,00/ha.

O valor da produção frutífera de Resplen-dor foi de R$ 361 mil em 2002, os principais produtos locais são: banana, coco, laranja e manga. No setor agro-industrial, o proces-samento de sucos de fruta está em franca expansão, ocupando papel de relevância no agronegócio nacional. A proximidade com indústrias produtoras de suco pode garan-tir a demanda necessária para a produção local de frutas, potencializando o agrone-gócio fruticultura, podendo impactar posi-tivamente no desenvolvimento da atividade em Resplendor. Os principais obstáculos ao desenvolvimento da atividade estão ligados a necessidades de elevados investimentos na produção (manejo, assistência técnica, equi-pamentos e tecnologia).

Mamona e Biodiesel

O biodiesel é um novo combustível, de ori-gem vegetal, que foi recentemente agregado a matriz energética brasileira pela Lei 11.097 de 2005. O biodiesel é considerado um com-bustível limpo, sua produção não gera efei-tos degradantes sobre o meio ambiente e sua queima gera menores níveis de poluentes do que os combustíveis fósseis.

A Lei 11.097/05 estabelece a obrigatoriedade da adição de 2% de biodiesel no diesel comum à partir de 2008. Os impactos desta lei pode-rão ser consideráveis. Como o consumo atual de diesel no Brasil é de aproximadamente 40

fruticultura banana coco laranja manga abacate mamão goiaba limão tangerina

MG 397.826 193.196 16.756 148.522 9.326 2.294 4.670 3.365 2.525 17.172Microrregião de Aimorés 4.313 1.747 863 834 637 69 75 22 20 46Resplendor 361 91 87 79 70 17 9 4 2 2Aimorés 893 405 137 179 111 13 34 5 4 5Itueta 356 130 148 50 20 3 3 0 1 1

Fonte: IBGE -

Fruticultura - valor da produção

Valores em mil R$

Page 107: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

107

bilhões de litros anuais, cria-se um mercado de 800 milhões de litros de biodiesel.

A produção de biodiesel representa uma fonte de demanda por produtos agrícolas oleaginosos (por exemplo: mamona, soja e babaçu) que servem de matéria prima a sua produção. Segundo estudos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) a região de Res-plendor possui condições edafoclimáticas (solo e clima) para o desenvolvimento da produção mamona. A produção pode re-presentar uma fonte extra de renda para os pequenos produ-tores, devido ao alto valor agre-gado da mamona, também exis-te a possibilidade de consorciar a mamona com outros produtos como o feijão, mandioca, legu-minosas, etc.

O Projeto Pró-mamona pode ser viabilizado pelo incentivo de empresas como a JR Bio-gerais que vem demonstrando o interesse de desenvolver um projeto de fomento a cultu-ra da mamona (ricinicultura) em Resplendor e em outras cidades do Vale do Rio Doce. Este projeto pretende garantir capacitação e assistência técnica ao pequenos produto-res (através de uma parceria com a UFLA) garantindo ainda a compra da produção da mamona por um preço mínimo. A CVRD também pode desempenhar um papel chave neste processo, como demandante final do biodiesel já que a companhia demonstrou in-teresse em adicionar o biodiesel ao combus-tível utilizado em suas locomotivas.

Diversificação e Fortalecimento Institucional

A diversificação da produção rural de Res-plendor foi um dos itens que despertou maior atenção dos atores locais. A apicultu-

ra, a piscicultura e a produção de cachaça foram citadas como atividades potenciais para diversificar a produção das pequenas e médias propriedades.

A apicultura é uma atividade de grande po-tencial de geração de renda, principalmente quando consorciada a silvicultura e a fruti-cultura. Atualmente Resplendor possui um produção de mel relevante, em 2002 a pro-dução chegou a 1,5 toneladas de mel, umas das maiores produções de sua região.

A piscicultura está entre os setores primários de maior expansão, tanto em termos econômicos (lucratividade, geração de renda/empre-gos e agregação de valor) quanto em termos técni-

cos. O lago da UHA e o Rio Doce oferecem condições propícias para o desenvolvimen-to da atividade.

Outro fator, considerado uma prioridade para os atores locais, é o desenvolvimento institucional. Existe a necessidade de agre-gar produtores, associações, cooperativas e o poder público em torno dos projetos de desenvolvimento da atividade rural. Uma instituição fortalecida poderia, por exemplo, realizar um zoneamento rural em Resplen-dor, para servir de guia para um diagnóstico preciso das propriedades rurais locais, sua produção, as condições sócio-econômicas de sua população e os impactos ambientais da atividade rural.

O fortalecimento institucional possibilita a atuação sinérgica de produtores e organiza-ções, ampliando o potencial de crescimento das micros, pequenas e médias proprieda-des rurais, aliando desenvolvimento rural com desenvolvimento social e sustentabili-dade ambiental.

Os sistemas produtivos adotados na apicultura e na piscicultura, além

do grande potencial econômico, geram poucos

custos ambientais.

Page 108: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

108

AGRICULTURA E PECUÁRIA COM VALOR AGREGADO

2

Pró - mamona

descriçãoProdução consorciada, aumento da produtividade e suporte técnico

envolvidosBiogerais, CVRD e Municípios

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Bovinocultura

descriçãoFortalecimento da bovinocultura (leite e pecuária de corte) através da melhoria da atividade

envolvidosProdutores, CAPEL, PMR, EMATER e Sindicatos

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Caprino-ovinocultura

descriçãoDifusão de tecnologia para caprino-ovinocultura

envolvidosProdutores, CAPEL, PMR, EMATER e Sindicatos

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (social e agropecuária)

descriçãoCriação de uma Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e implantação do instrumento de zoneamento agropecuário

envolvidosPMR, Associações, Empresas, Sindicatos, EMATER, PMR, CAPEL, CMDRS, SEBRAE e SENAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Cachaça com qualidade

descriçãoImplantação de novas tecnologias e certificação da cachaça produzida no município

envolvidosProdutores e instituições

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 109: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

109

AGRICULTURA E PECUÁRIA COM VALOR AGREGADO

Cafeinocultura

descriçãoRecuperação da cafeinocultura através de ações que garantam e aumentem a qualidade, a produtividade e implantação de novas tecnologias

envolvidosProdutores, CAPEL, PMR, EMATER e Sindicatos

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Fruticultura

descriçãoIntegração entre produtores, visando a capacitação, comercialização, beneficiamento, e implantação de tecnologia de produção

envolvidosProdutores, CAPEL, PMR, EMATER e Sindicatos

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Apicultura

descriçãoFortalecimento da atividade pela integração entre produtores, visando a capacitação, comercialização, beneficiamento, e implantação de tecnologia de produção

envolvidosProdutores, CAPEL, PMR, EMATER e Sindicatos

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Fomento à Pisicultura

descriçãoApoio às atividades visando seu desenvolvimento através de linhas de crédito, difusão de novas tecnologias e informações para os envolvidos

envolvidosIBAMA, EMATER, Comitê da Bacia e Associação dos pescadores

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 110: plano de desenvolvimento são gonçalo

MiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA

110

Durante os debates, pesquisas, entrevistas e reuniões realizadas na fase de planeja-mento definiram-se alguns caminhos para o crescimento econômico sustentável. Um dos caminhos apontados foi o desenvolvimento da economia urbana de Resplendor, princi-palmente através do fortalecimento das suas micro e pequenas empresas e dos seus Ar-ranjos Produtivos Locais – APLs.

É um fato comprovado que as ações de pla-nejamento, de apoio e promoção desempe-nham papéis fundamentais no fortalecimen-to das empresas ligadas à indústria e aos serviços. Cada vez mais as políticas de de-senvolvimento produtivo e regional, realiza-das e fomentadas por instituições públicas e privadas (BNDES, SEBRAE, Governos esta-duais e municipais, Ministério das Cidades)

O processo de dinamização e desenvolvimento da economia urbana de Resplendor pode aumentar consideravelmente a capacidade de: fortalecer a estrutura produtiva e a economia local, gerar renda e empregos de qualidade no município, atrair novos investimentos, fortalecer as micros, pequenas e médias empresas e aumentar o nível de capacitações produtivas locais.

d i a g n ó s t i c o

Pode-se definir uma APL como o conjunto de agentes econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território (município, região, estado), desenvolvendo atividades econômicas correlatas e que apresentam vínculos expressivos de produção, interação, cooperação e aprendizagem1. O conceito de Arranjo Produtivo Local (APL) parte da idéia geral de que onde houver produção de bem ou serviço haverá sempre um arranjo produtivo em torno desta produção, existindo outras empresas em atividades relacionadas: fornecimento de matérias primas, máquinas e insumos, clientes, etc.1Ver em www.ie.ufrj.br/Redesist diversos estudos de casos sobre sistemas produtivos e inovativos locais.

Page 111: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

111

vêm mudando o seu foco de ação, passando a concentrar os esforços na promoção e no in-centivo às micro e pequenas empresas, prin-cipalmente aquelas localizadas em APLs.

Um plano de desenvolvimento da economia urbana geralmente inclui o fortalecimento das empresas locais e suas cadeias produti-vas (produtores, fornecedores, prestadores de serviços, comercializadoras, clientes), das organizações econômicas e sociais relaciona-das (cooperativas, associações, sindicatos, federações e representações) e demais ins-tituições de formação de recursos humanos, informação, pesquisa, desenvolvimento e engenharia, promoção e financiamento.

PeRFiL dO eMPReSáRiO de ReSPLendOR

Durante a fase de planejamento foram re-alizadas pesquisas com os empresários de Resplendor. Desta forma, criaram-se subsí-dios para o desenvolvimento dos programas ligados ao desenvolvimento da Economia Urbana e do Empreendedorismo. Foram en-trevistadas 54 micros e pequenas empresas em Resplendor, sendo 89% das empresas do setor de serviços/comércio e 11% das em-presas do setor industrial.

Alguns fatores caracterizam a estrutura em-presarial de Resplendor:

O primeiro fator é a falta de capacitação dos empresários, caracterizada pela sua baixa qualificação técnica e baixa escolaridade. No que tange à escolaridade, apenas 22% dos empresários entrevistados possuem curso superior completo ou incompleto. Na tabela a seguir pode-se observar que os conheci-mentos adquiridos com a experiência pro-fissional e com familiares são considerados mais importantes, na condução do negócio, do que os conhecimentos formais e técni-

cos adquiridos em cursos de capacitação e qualificação e em outras fontes como livros, eventos comerciais, seminários e feiras de negócios. Este fato indica uma tendência a estagnação das práticas empresariais com implicações diretas no desempenho e com-petitividade das empresas.

TÍTULO

Fontes de conhecimento Índice de Importância

Experiência profissional 0,75

Conhecimentos empresariais adquiridos com familiares 0,74

Conhecimento formal (livros, revistas, eventos comerciais, feiras, congressos) 0,62

Conhecimento formal (universidades, faculdade, curso técnico, pós-graduação) 0,58

Fonte: Pesquisa com Empresas - Programa Vale Mais - 2005

Índice de Importância (ii): 1,00 máximo e 0,00 mínimo

O segundo fator característico é a carência de qualificação técnica de empregados e da mão-de-obra local. Neste aspecto, segundo depoimento dos empresários, a principal di-ficuldade na operação da empresa é a con-tratação de empregados qualificados, como demonstra a tabela a seguir. Essa dificuldade decorre da baixa escolaridade da população e da carência do sistema de formação técni-ca e profissional da cidade. A baixa qualifica-ção da mão-de-obra gera outros tipos de di-ficuldades como as relacionadas à qualidade da produção, do atendimento aos clientes e a comercialização da produção.

O terceiro fator está relacionado às dificul-dades financeiras. Na tabela abaixo perce-be-se a relevância dada pelos empresário às dificuldades relacionadas ao investimento, capital de giro e pagamento de juros. A au-sência de crédito em um momento macroe-

Page 112: plano de desenvolvimento são gonçalo

MiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA e

CONOMiA

uRBANA

112

conômico marcado por altas taxas de juros impede o investimento e a modernização dos empreendimentos, reduzindo a compe-titividade e dificultando o desenvolvimento das empresas locais.

Importância das fontes de conhecimento para o aprendizado e capacitação do empresário

Fontes de conhecimento Índice de Importância

Contratar empregados qualificados 0,78

Custo ou falta de capital para investimentos 0,63

Pagamento de juros de empréstimos ou cheque especial 0,62

Custo ou falta de capital de giro 0,62

Adquirir novos conhecimentos para aplicar na sua empresa 0,61

Produzir/ Atender com qualidade 0,58

Pagamento de empréstimos 0,56

Pagamento de credores e fornecedores 0,54

Dificuldades de comercialização/ venda 0,45

Fonte: Pesquisa de Campo

Índice de Importância (ii): 1,00 máximo e 0,00 mínimo

Um quarto ponto seria o baixo nível de asso-ciativismo e a cooperação entre as empresas locais. A pesquisa identificou a ausência de ações cooperativas relevantes entre os empresários. Também são escassas as interações/relações com organizações locais. A cooperação e o associativismo são con-siderados importantes mecanismos para o desenvolvimento empresarial, principalmen-te quando realizados por grupos de micro e pequenas empresas. A cooperação possibilita a obtenção de economias de escala e de escopo; a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; a diminuição de riscos, cus-tos, tempo de produção e favorece o apren-dizado/criação de capacitações produtivas. Portanto, a pesquisa buscou avaliar o nível de cooperação entre as empresas de Res-plendor, assim como entre estas empresas e as organizações locais (poder público, coo-perativas, sindicatos, faculdades, ONGs, etc).

Finalmente, o quinto fator que caracteriza a estrutura empresarial de Resplendor estaria relacionado à carência de infra-estrutura em geral. Como, por exemplo: a infra-estru-tura física (melhorias em estradas, sinaliza-ção, urbanização, energia e comunicações),

Page 113: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

113

infra-estrutura institucional (educação, for-talecimento das cooperativas, associações, sindicatos patronais, sistema S, poder pú-blico) e infra-estrutura de geração e difusão de conhecimentos (carência de instituições que promovam a capacitação técnica e pro-fissional da mão-de-obra voltada aos empre-endimentos comerciais e de serviços).

Estes cinco fatores associados criam gargalos econômicos expressivos para o desenvolvi-mento das atividades empresariais resplendo-renses, implicando em um baixo dinamismo, competitividade e criando obstáculos para o

desenvolvimento das micro e pequenas em-presas e de novas empresas na cidade.

As estratégias desenvolvidas durante o pla-nejamento para o desenvolvimento da econo-mia urbana de Resplendor foram: incentivo ao desenvolvimento das atividades produ-tivas locais (principalmente com o apoio às micro e pequenas empresas, ao artesanato e ao desenvolvimento de empresas familiares), desenvolvimento institucional (diagnóstico, legalização de empresas, apoio e parceria com a Sudene e o Sebrae) e projetos de ca-pacitação profissional e empresarial.

Políticas Índice de importância

Melhorias na educação básica 0,89Programas de capacitação profissional e treinamento técnico 0,89Obras de infra-estrutura: estradas, energia, comunicação, etc. 0,85Linhas de crédito e outras formas de financiamento 0,84Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) 0,80Incentivos fiscais 0,75Programas de estímulo ao investimento 0,74Programas de acesso a consultoria técnica 0,73Políticas de estímulo à exportação 0,45

Fonte: Pesquisa de Campo

Índice de Importância (ii): 1,00 máximo e 0,00 mínimo

Políticas que mais poderiam contribuir para o desenvolvimento das empresas locais

Page 114: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

114

ECONOMIA URBANA

2

Capacitação e qualificação

descriçãoCapacitação e qualificação para empresários do setor de indústria, comércio e serviços

envolvidosSEBRAE e ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Micro, pequena e média empresa

descriçãoApoio, fomento e incentivo à abertura de micro, pequenas e médias empresas, atividades visando seu desenvolvimento comercial do município, através de linhas de crédito, difusão de novas tecnologias e informações para os envolvidos

envolvidosSEBRAE e ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Diagnóstico do setor terciário

descriçãoRealização de levantamento sobre as carências e potencialidades dos serviços, comércios e produção rural

envolvidosSEBRAE e ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Legalização de atividades informais

descriçãoIncentivos a legalização de atividades informais

envolvidosSEBRAE e ACIAR

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 115: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

11�

ECONOMIA URBANA

Inclusão na SUDENE

descriçãoInclusão da região na área da SUDENE

envolvidosxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2

Balcão SEBRAE

descriçãoImplantação do Balcão SEBRAE no município

envolvidosACIAR e SEBRAE

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Economia familiar urbana

descriçãoDesenvolvimento da economia familiar urbana com atividades ao exemplo de artesanatos, doce, etc.,para geração de trabalho e renda

envolvidosFundo de Amparo ao Trabalhador - FAT

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 116: plano de desenvolvimento são gonçalo

O turismo está entre as atividades econômicas de maior crescimento nas últimas décadas. O aumento da atividade turística em uma região gera um efeito multiplicador positivo na demanda e na oferta local (ou seja, estima-se que para cada 1R$ gasto por um turista, aproximadamente 3R$ circulam na economia local).

d i a g n ó s t i c o

tuRis

MO D

iFeReNCiA

DO t

uRis

MO D

iFeReNCiA

DO t

uRis

MO D

iFeReNCiA

DO t

uRis

MO D

iFeReNCiA

DO t

uRis

MO D

iFeReNCiA

DO t

uRis

MO D

iFeRe

116

Os atores locais consideram o desenvolvi-mento do turismo em Resplendor uma al-ternativa importante para o fomento e di-namização da economia local. Os impactos positivos do turismo sobre a economia re-caem principalmente nos serviços: comér-cio, serviços de alimentação, hospedagem, transporte, serviços pessoais, lazer e cul-tura. O turismo também gera impactos sobre pequenas in-dústrias formais e informais como as confecções, móveis, artesanato e alimentos. Em alguns casos, o turismo tam-bém dinamiza a economia rural, sendo o agroturismo e o ecoturismo uma alternativa rentável para muitas pequenas e médias proprie-dades. Estes efeitos combinados levam ao

aumento na geração de empregos, renda e arrecadação de impostos nas regiões onde o turismo se desenvolve com vigor.

As regiões com grande fluxo de turistas ge-ralmente são dinâmicas e com crescimento econômico acelerado, apresentando aumen-tos na renda média da população e redução das taxas de desemprego.

Resplendor tem como principal ativo turístico o lago da UHA que pode ser uma alternativa importan-te ligada ao turismo fami-liar (casas de veraneio, camping, casas de cam-

po), esportivo (esportes aquáticos e pesca), ecoturismo e agroturismo. Para isso é ne-cessário viabilizar do uso turístico/de lazer

Regiões com grande fluxo de turistas geralmente apresentam aumentos

na renda média da população e redução das

taxas de desemprego

Page 117: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

117

das áreas impactadas pelo lago, com a sua urbanização, sinalização e desenvolvimento de infra-estrutura de acesso. Outros ativos turísticos importantes são o Parque Nacio-nal Sete Salões e a Aldeia Krenak.

Entre as principais estratégias levantadas para o desenvolvimento do turismo no mu-nicípio estão: a criação de uma estrutura de gestão das atividades turísticas que integre

o poder público, a sociedade e a iniciativa privada; ações de desenvolvimento do trans-porte e infra-estrutura (estradas, aeroporto, sinalização, urbanização, etc.); aproveita-mento, regulamentação de usos, e criação de infra-estrutura às margens do lago e seu en-torno imediato; ações de marketing turístico para o município; qualificação para a mão de obra relacionada à atividade turística.

Page 118: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

118

TURISMO DIFERENCIADO

2

Conscientização da comunidade

descriçãoCampanhas de conscientização da comunidade sobre a importância da atividade turística para o município

envolvidosEscolas e Secretaria de Educação

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Acessos

descriçãoManutenção das estradas de acesso à cidade e dos atrativos turísticos - sete salões, cachoeiras, etc; e construção de um novo trevo de acesso à cidade

envolvidosPMR, CVRD, DNIT

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2

2Órgão Gestor e Plano de marketing turístico

descriçãoCriação de um órgão gestor para o turismo e elaboração de um plano de marketing e divulgação dos atrativos turísticos de Resplendor e Santa Rita do Itueto, que contemple a criação de um portal (virtual/internet) com informações sobre o município, e implantação de sinalização turística

envolvidosPMR, associações, setor empresarial, Órgão Gestor e Agência 21

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Mão de obra qualificada

descriçãoCursos de qualificação para a mão de obra relacionada a atividade turística (hotéis, lojas, restaurantes, etc)

envolvidosÓrgão gestor e SEBRAE

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 119: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

119

TURISMO DIFERENCIADO

Centro de treinamento

descriçãoImplantação de um centro de treinamento em área próxima (ao lado) do lago

envolvidosPMR e Consórcio “CHA”

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

2

Atrativos com infra-estrutura

descriçãoCriação de atrativos turísticos com infra-estrutura adequada e de qualidade

envolvidosPMR e empresários

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Urbanização do Lago

descriçãoUrbanização, uso regulamentado da área do lago e seu entorno imediato

envolvidosPMR, CHA, CEMIG

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 120: plano de desenvolvimento são gonçalo

úDe C

OMO N

eGÓCiO

eDuCAçãO e

sAúDe C

OMO N

eGÓCiO

eDuCAçãO e

sAúDe C

OMO N

eGÓCiO

eDuCAçãO e

sAúDe C

OMO N

eGÓCiO

eDuCAçãO e

sA

120

O desenvolvimento das atividades privadas e públicas de educação e da saúde em um município, além do evidente caráter social, apresenta um caráter fortemente econômico devido ao seu potencial de dinamização da economia local.

d i a g n ó s t i c o

O Programa Educação e Saúde como Ne-gócio pretende desenvolver em Resplen-dor uma estrutura empreendedora ligada às áreas de saúde e educação. O objetivo é atrair investimentos e empreendedores para o município, aumentar o nível de co-nhecimentos e o capital humano da cidade e propiciar um melhor acesso aos serviços de saúde para a população local.

O desenvolvimento destes empreendimen-tos gera efeitos indutores positivos sobre o crescimento econômico local. Esta dina-mização se dá pela geração de empregos e renda, tanto na implantação quanto na operação das unidades educacionais e de saúde, pelo gasto efetuado localmente pe-los profissionais atraídos para o território (professores, médicos, enfermeiros, téc-nicos, etc.); e, finalmente pelos gastos da população local e de outros centros que se deslocam para usufruir dos serviços exis-tentes no território.

Os mecanismos indutores agem fomen-tando o mercado imobiliário, os serviços de hospedagem, alimentação, transporte, cultura e lazer, aumentando a demanda e o faturamento no comércio local, gerando mais renda, empregos e ampliando a arre-cadação municipal.

As principais estratégias do programa são: atração (via fomento, incentivos e bus-ca de parcerias público-privadas) de uma faculdade com cursos de administração, biologia, direito, agronomia e turismo no município; parceria com a CVRD para a implantação de um Núcleo de Universi-dade Federal em Resplendor; construção de um centro de convenções, exposições, treinamento e capacitação profissional; atração de investimentos, empresários e profissionais qualificados bem como com oferta de cursos de extensão (formação continuada) e o fortalecimento do consór-cio intermunicipal de saúde

Page 121: plano de desenvolvimento são gonçalo

Projetos Prioritários; N/A= não se aplica; B = baixa; M = média; A = alta.2

121

2

Universidade Univale

descriçãoInstalação da Universidade Univale (Patronato) com cursos de Administração, Biologia, Direito; e incentivo a criação de cursos de Agronomia e Turismo

envolvidosPMR e Univale

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Centro de Convenções e Capacitações

descriçãoConstrução de um centro de convenções, exposições, treinamento e capacitação profissional

envolvidosPMR, CVRD e Usina Hidrelétrica

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Consórcio Intermunicipal de Saúde

descriçãoFortalecimento do CIS ( Consórcio Intermunicipal de Saúde ) e adesão de novos municípios

envolvidosPrefeituras e sociedade

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Profissionais de Saúde

descriçãoAtração de profissionais de saúde de diversas especialidades para atendimento da população

envolvidosPMR, Hospital e CIS

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

Núcleo de Universidade Federal

descriçãoCriação de uma parceira com a CVRD para a implantação de um Núcleo de Universidade Federal em Resplendor

envolvidosCVRD

Abrangência: B M A

Facilidade de Execução: B M A

Integração Regional: N/A B M A

EDUCAÇÃO E SAÚDE COMO NEGÓCIO

PROGRAMAs e PROJetOs

Page 122: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendor

Page 123: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendorgestão compartilhada

Page 124: plano de desenvolvimento são gonçalo

estãO M

ODelO D

e G

estãO M

ODelO D

e G

estãO M

ODelO D

e G

estãO M

ODelO D

e G

estãO M

ODelO D

e G

estãO M

ODelO D

e G

estãO M

ODelO D

e G

estãO

124

O planejamento estratégico de Res-plendor, feito a partir do programa Vale Mais, foi a oportunidade para o município mostrar uma de suas ca-

racterísticas mais marcantes: a união de todos. Isso ficou claro desde a primeira reunião. De-zenas de pessoas aproveitando a oportunidade para conversar, botar o papo em dia, e também saber um pouco mais sobre o programa que es-tava chegando na cidade com a proposta de criar projetos focados no desenvolvimento sustentá-vel. Desde o início ficou claro que a participação da sociedade seria fundamental para o sucesso e sustentabilidade do programa. E eles enten-deram direitinho! Vieram às oficinas, reuniões, aos almoços, sempre mostrando a cidade como é hoje, e também apresentando o Resplendor de amanhã. Ao mesmo tempo que iam surgindo no-vas idéias para o futuro, as pessoas também per-

cebiam a importância de cada um na realização daqueles projetos. Ficou claro que o resultado desse trabalho seria do tamanho da participa-ção de todos. Surgia então o embrião da Gestão Compartilhada, que crescia a medida que as pes-soas se reconheciam como parte de um mesmo conjunto, falando a mesma língua e avistando o mesmo horizonte. O resultado dessa união foi o Plano de Desenvolvimento Sustentável de Res-plendor, conjunto de programas e projetos que contempla todas as áreas importantes ao desen-volvimento do município. Com isso conclui-se a etapa de Planejamento Estratégico, tendo início a Dinamização.

A dinamização é justamente a oportunidade de realizar o que foi sonhado até então, retirando do papel os projetos prioritários e garantindo que eles gerem os benefícios esperados. A partici-

Page 125: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

12�

pação das pessoas continua sendo fundamental para continuidade do Vale Mais - Resplendor, e base para o sucesso da Dinamização. Porém, pe-las características dessa nova etapa, foi preciso dar mais organização formando uma estrutura a partir da união de todos que já fazem parte do programa, e também daqueles que ainda virão participar. Questões importantes como captação de recursos, contratação de profissionais, e for-mação de parcerias, levaram à formação de uma associação civil sem fins lucrativos. O nome não poderia ser outro: Rede UNIR.

Para conciliar a participação aberta e plural da-quelas pessoas interessadas na transformação de Resplendor, com a necessidade de uma gestão dinâmica e atuante, necessária para a realização dos projetos do Plano, a Rede UNIR foi dividida internamente da seguinte forma:

1) Assembléia Geral;

2) Conselho Diretor;

3) Conselho Fiscal;

4) Secretaria Executiva;

Assembléia Geral: é o órgão supremo e congre-gador da Rede UNIR. A ela compete, generica-mente, a gestão global da entidade, a estipulação de suas regras administrativas e de suas altera-ções, cabendo-lhes todos os poderes e delibera-ções que entender na administração direta ou indireta da associação.

Conselho Diretor: Atuará na gestão estratégica e acompanhamento mais direto das atividades da Rede UNIR. Sua composição conta com 7 conse-lheiros titulares e 4 suplentes, ficando responsá-vel por avaliar a celebração de convênios e con-tratos, acompanhar as atividades da associação, etc. O Presidente, o Vice-Presidente, o Primeiro e o Segundo Secretários serão eleitos dentre os componentes do Conselho Diretor.

Conselho Fiscal: Será o responsável pela fisca-lização das contas da entidade. Ao todo conta com três conselheiros fiscais titulares e três su-plentes. Cabe a esse conselho:

I. Acompanhar sempre que considerar oportuno, quaisquer operações econômicas ou financeiras da Rede UNIR;

II. Emitir parecer sobre propostas orçamentá-rias, balanços e relatório de contas em geral, a serem submetidas ao Conselho Diretor pela Se-cretaria Executiva.

Secretaria Executiva: A gestão da vida cotidia-na da Rede UNIR ficará a cargo deste órgão, que será encabeçado por um Secretário Executivo, responsável por dar suporte às suas atividades, garantindo, com isso, a realização de todos os projetos liderados pela associação. Uma de suas principais funções será gerenciar os recursos fi-nanceiros, além do corpo técnico-profissional da Rede UNIR.

Page 126: plano de desenvolvimento são gonçalo

126

Estes são os cidadãos que com sua participação e entusiasmo tornaram-se os autores principais deste documento. Suas mãos, idéias e sentimentos conceberam este Plano para um município unido e forte:

PARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes

AbidiAs AbrAhAn Muniz de MAtos • AdAir LeMos CysuCre • AdALton dos sAntos • Adão CArLos LAurinoLo • Adão MottA GArCiA • AdeLones CArLos dA siLvA rAposo • AdeLson Júnior • AdoLfo fAbriCi • AdriAnA ALves diAs • AdriAnA frAGA AvAnCini • AeCio • AfrAnio José stALinGue • AGnALdo • AGnALdo poLito • AGuines ALMeidA souzA • Aide LiMA dietriCh • Airton bonisson Junior • ALAiLton de Assis MArques • ALbA vALériA dA siLvA • ALCino GoMes sobrinho • ALCione dAMACeno dos AnJos • ALdeMir de oLiveirA Leite • ALdiCéiA CipriAno dos sAntos • ALéCio José de souzA • ALfredo ALves neto • ALfredo de souzA boy • ALiCe roGAni tAvAres duArte • ALMir de sousA Muniz • ALtivo José fiLho • ALviLino Antunes • ALvino Lopes • AMAndA vitt Mutz • AMiLCAr de MorAis Antunes • AnA do CArMo pereirA de souzA • AnA MAriA • AnA MAriA pAuLino • Andre GiviGi • AndréiA bArbosA dA siLvA LeAL • AnGeLA MAriA toMAs • AnGeLA pétALA Couto • Antônio de freitAs rodriGues • Antônio José ferreirA • Antônio José pAivA • ApAreCidA dA siLvA fiLhA • ArLete dos sAntos CunhA Muniz • ArnALdo CAús • ArnALdo hoLz • AureA borGes dA siLvA • AuréLio Medeiros

de souzA • bernArdete CAMpos ALMeidA • brAuLi CorreA MAduro • CACiLdA CArneiro dos sAntos • CAMiLA • CAMiLA CArdos ALves • CAMiLA fernAndes Medeiros • CAMiLA MArtins rosA • CArLos Justino MiGueL • CArLos roberto dos AnJos • CArLos terrA henriques • CArMeM pinheiro GoMes • CAroLinA CAMpos deLL horto MorGAdo • CéLiA • CéLiA vieirA • CéLio Luiz • CezAr roMero • ChArLiAne Mozzer dos sAntos • ChiCão • ChrystiA GArCiA de souzA • CidáLiA de MAtos • CLAudio MAnoeL MorGAdo • CLéber AuGusto fernAndes • CLeidiAne MAteus • CreMiLdA dA siLvA AndrAde • CristiAne MACedo siLvA CAMpos • dAMiAnA siMões • dAnieL ferreirA de souzA • dAnieLA CoeLho • dAnieLLA MAteus oLiveirA • dAnieLLe GuiMArães de AndrAde • dAniLo zAn •

Page 127: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

127

dArCi brás de Assis • dArLy GArCiA bossAneLLi • denise dietriCh • derLy teresinhA LiMA bitenCourt • deuvAnir A dA siLvA • deuzA de oLiveirA souzA MAduro • diLzinho • dinALvA veLAsques GonçALves dA siLvA • dioney fAriA • dodALMA Lírio ALves • dorvALinA de oLiveirA • edMArA MAduro CeCiLier • edson de ArAúJo freitAs • edson MArCos CoeLho • edson MirAndA CAMpos • eduArdo LAurindo nAsCiMento • edvâniA dA siLvA • eLiAne ApAreCidA ALves trindAde • eLieL CArvALho ribeiro • eLiMir Lopes de pAivA • eLinéiA boArAto • eLis reGinA CAbrAL de oLiveirA • eLizânGeLA MAriA GonçALves siLvA • eLMA • eLMA MAriA de oLiveirA • eLzA MAriA stein LirA • eLzA stein LirA • eLzi ALves neves • eMA bonisson Abreu brunetti • eMAnueLA de Jesus do CArMo • eMíLiA oLiveirA • eris teixeirA bArros • ernesti diniz dA siLvA brito • esdrAs de freitAs LeAL • euniCe frAnCisCA pereirA • evA de pAuLA vieirA • everALdo boy MArtins • everton riCArdo AMAnCio • fAbríCio siqueirA veLAsCo • fernAndA oLiveirA bACeLAr • fernAndA rosA bArbosA • fernAndo • fernAndo burAndino • fernAndo CALdAs sAndinhA • fernAndo duArte • fLávio Antonio CorreA • fLávio José Leite LeAL • fLávio LuCio brosteL • fLoriAno nAdAi • frAnCisCo bArbosA do CArMo • frAnCisCo LiMA f. Assis • freidiAne veLAsCo • Geni pAuLinA • GerALdo benevides • GerALdo CézAr boneLA • GerALdo Mendes souzA • GerALdo p JAques de ALMeidA •

GiLberto CAús • GiLCinéiA diAs de pAuLA • GiLMAr CorreA • GiLMAr Lopes náGiMA • GisLAine donAto boteLho • GisLAine rodriGues ferreirA • GLeide MAriA poLito • GrACiAno CorreA dos sAntos • GrACieLe de souzA rodriGues • hALex pevidor Lopes • heLio siLvA sALGueiro • heLLen • honoriCA MAriA GuiMArães de AndrAde • huGo CAMpos • iLdA GAbieste • iLvA CostA • ione bonifáCio • irene dos sAntos do CArMo • irene MArtins • iris GoMes • isAir eMAnoeL nAsCiMento • iteLvinA firMe siLveirA • ivAn ferreirA bruM • ivAnete MAriA de souzA e siLvA • JAiLson Mendes siLvA • JAir José pinto vieirA • JAMiLy bonisson Abreu brunetti • JAques dA siLvA • JAquiLAne GonçALves MeirA • JArbAs LuCiAno CALdeirA de souzA • JAyMe AndrAde ferreirA • Jeferson José ton • Jefferson AGuiAr LAurindo • JessiLo Antonio de ArAuJo • JoAnA de CAstro dAMACeno • JoAnA stein • JoAnez rodriGues dos sAntos • João bAtistA do CArMo • João bAtistA LAndiM • João bAtistA Mento vAniL • João bAtistA MoreirA dA siLvA • João fernAndes MoreirA • João Jose de sousA • João Luis Mozer • JoAquíM siLvA LousAdA • JoAres de souzA LiMA • Job viCente rodriGues • JonAs siverino • JorGe ALMeidA sAntos

Page 128: plano de desenvolvimento são gonçalo

128

• JorJinA Lopes LiMA • José AMAnCio • José Antunes • José boneLA • José CArLos dA siLvA • José CArLos de LiMA • José CArLos de oLiveirA • José CostALonGA • José do CArMo • José frAnCisCo dA siLvA • José Luiz boneLA • José Luiz Mozzer • José niLton de CArvALho siMões • José osMAni CAMpos deLLorto • José ribeiro dA siLvA • José toLedo • JoseLinA sCArAbeLLi Júnior • JosiAs niCo • JosieL resende de MAtos • JuCiLene ferreirA MACedo • JuLiAnA ferreirA LuCiAno • KAtuisCiA fAriA • KeiLLA dAnGeLA dALfior • Kennedy MArCeLo ALves ferreirA • LAís siLvA fAriA • LAndiM • LArA Antunes sAntos • LArA CAMiLA freitAs de pAuLA • LArissA tAvAres duArte • LAurA bAsíLio dA siLvA • LeAndro rezende MArtins • LeidiAne Cezini LAurindo nAsCiMento • LenirA sAMpAio MoreirA de souzA • LeonCio vALAdão de souzA • LiLiAn boteLho CunhA oLiveirA • LiLiAne viLeLA de souzA • LioMAr dos sAntos • Liude GoMes boteLho • LorenA LorrAyne b ALves • LorrAinny Couto GoMes • LuCAs • LuCAs bernArdus poLito • LuCAs Loures dos AnJos • LúCiA roGériA Couto GoMes • LuCiAnA seixAs sAMpAio MorGAdo • LuCiMAr dA siLvA • LuCiMAr de Azevedo • LuCiMAr MAriA de CArvALho • LuCiMAr Mozer feLipe • Luiz CésAr beniCá • LuziAne CArLA pereirA • MAiLzA rosA de oLiveirA • MAnoeL Antônio sexto ALexAndre • MAnueL MAuro LAdeirA • MArCeLA ALves Lopes • MArCeLo tAvAres duArte • MArCiA ApAreCidA ALves • MArCiA dA CostA reGo LAndiM • MArCiAne Medeiros dA siLvA • MArCio • MárCio José Cruz • MárCio José MAGri • MArCo Antonio Mendes

MorGAdo • MArCo AureLio GoMes • MArCo CAetAno • MArCos Mozzer • MArCos prAtes • MArCos tAvAres duArte • MAriA ALves dos AnJos GonçALves • MAriA ApAreCidA dA siLvA CAstro • MAriA ApAreCidA ferreirA rApique • MAriA ApAreCidA soAres • MAriA ApAreCidAde resende GArCiA • MAriA bessA niCoLine • MAriA dA penhA Lopes viGo diAs • MAriA de souzA • MAriA do CArMo de MeLo • MAriA do CArMo fAriA • MAriA fiLoMenA dA siLvA Muniz • MAriA isAbeL CAsAGrAnde • MAriA José ferreirA • MAriA oLiveirA MAtiAs • MAriA pAuLino de oLiveirA • MAriA pereirA Justino • MAriA sAúde de MAttos • MAriA siLvA de souzA MeLo • MAriA siLvA souzA • MAriA terezA texeirA de sá • MAriA yAsi dA siLvA • MAriAnA pereirA pAuLino • MAriAno r. s. teixeirA de freitAs • MArinA ALves porto de souzA • MArio bossAneLi fiLho • MArise dA siLvA náGiMe • MArize de MAtos bAtistA • MArize fAGundes frAnCo dos sAntos • MArJorye CAroLinA MeneGussi de oLiveirA • MArLi diAs dA siLvA •

Page 129: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

129

MArLi MoreirA CorreA viAnA • MArLon Luiz nAsCiMento • MArLuz de fátiMA dA Cruz CostA • Meire eLen Mozer • MiLton AnACLeto • MinervinA ALves diAs • MiriAM oLiveirA • MoACir Moreno • neide ApAreCidA GuiMArães • neide MAriA CArriJo de oLiveirA • neLCiMAr Lírio dA siLvA ALves • néLio rodriGues fernAndes • neLMA reis rodriGues do CArMo • neMrod MArCedo bArreto • neuzeLinA MAriA neves MottA • ney • neyde Medeiros Mozer • nídiA rodriGues dos sAntos • niLCiAne souzA • niLson dA siLvA diAs • niLton Lopes • níriA fAriA • nivALdo José ferreirA storK • norMA siLMA furtAdo LiMA AndrAde • obAdiA CorrêA Lourenço • orMi dutrA dA CostA pereirA • osAiAs beniCio • osiAs Lopes CArdoso • osório ferreirA siLvA • otíLiA riCArdo • ozeLiA rosA de souzA siLvA • pAbLo de Jesus dorneLAs • pAtriCiA soAres MArtins • pAuLo • pAuLo CezAr de ALMeidA • pAuLo sérGio de souzA • pAuLo terCio queres • penhA MArtins • poLiAnA Lopez de oLiveirA • priCiLA • prisCiLA CArdoso queiroz • rAfAeLe MArtins Antunes • rAfAeLLA GuiMArães de AndrAde • rAiKA rAisse tAvAres Coutinho • rAiMundo dorneLAs fiLho • rAqueL CorrêA • rAuL Gervásio senrA itAborAí • reGinA LúCiA Antunes dutrA • reinALdo José do nAsCiMento • reJAyne de oLiveirA • renAtA • renAtA bonfiM pACheCo • renAtA fernAndes sChMidt • renAto bALdon • reudiMAr • riCArdinA MAriA fAriA teixeirA LAdeiA • ritA MAriA Abreu • roberto ALves CunhA • robson sCherre bonisson • rodriGo dA CostA bruM • roGériA de oLiveirA • roGério CostA dos reis • roGério LirA • rondon • roniCéiA

bernArdo GArCiA • rosA AMeLiA • rosAnA dA siLvA ferreirA • rosãnGeLA do CArMo • rosãnGeLA MArtins furtAdo Antunes • rosãnGeLA Mendes s. nunes • rosiLene izídio dA siLvA • rossAnA fideLis viCeConte • rudiMArA ALves dA siLvA • ruideMAr ALves dA siLvA • rute protA diAs • sAMueL ronALdo bAiA • sAndrA ALiCe bArCeLos de Aquino • sAndrA ApAreCidA dA siLvA • sAndrA CristinA freitAs LAiA • sAndro freitAs • sChAyLene diniz fuMACK • sebAstiAnA CArvALhAis de freitAs souzA • sebAstiAnA MAriA de Jesus • sebAstião bernArdo • sebAstião rodriGues de oLiveirA • sebAstião soAres MoreirA • siLviA biAnCh • siLvio MArtins fAGundes • siMone dA siLvA oLiveirA • siMone Leite • siMone reGinA de oLiveirA • sirLene sodré de Assis vieirA • stephâniA MAGri Mozzer • sueLi fAtiMA de oLiveirA • tAtiAnA CArLA dos sAntos souzA • terezA frutAs ArAnte • terezA ribeiro pereirA • terezinhA dA siLvA • terezinhA de fátiMA GoMes MArtins soAres • terezinhA de LiMA rodriGues • terezinhA Monique siMões • thAyAnne CAuís • thAyMArA piMenteL tintureirA • theodoLo CArLos fAriA • thiAGo JuLiAno siLvA diAs • vALberto ALves MArtins • vALdinéiA ribeiro ALves • vALteir de souzA reis • vALviMAr portuGAL MoreLLAto • vAnessA CostALonGA de AveLAr • vAnessA vALiM pereirA • vAniLdA ArrudA Mozzer • virGíLio Jose onetA • WAnderLey fAriA • WeLLinGton dA siLvA • WeMerson dos sAntos • WiLdes viLArino ferreirA • WiLLiAM ALves xAvier • WiLson CAsteLAr LuGão • ziCre dAs ChAGAs viAnA • ziLdA estevão GArCiA • ziLMA MAriA dos sAntos nAsCiMento • zorionáriA dA siLvA ânJos CAetAno

Page 130: plano de desenvolvimento são gonçalo

130

As instituições, empresas e entidades sociais do território desempenham um papel fundamental, na articulação das ações, legitimando, organizando e dando suporte a todos atores envolvidos no processo de construção e implantação do Plano:

PARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes P

ARtiC

iPANtes

AdministrAção PúblicA: CâMArA MuniCipAL de respLendor • CAMpAnhA nACionAL de esCoLAs dA CoMunidAde (CneC) • CAsA de sAude de respLendor •depArtAMento MuniCiCAL de Meio AMbiente de respLendor • depArtAMento MuniCipAL de eduCAção e CuLturA de respLendor • depArtAMento MuniCipAL de obrAs de respLendor • e.M. oLíMpio ALves MAChAdo • eMAter de AiMores • eMAter de respLendor • esCoLA estAduAL CoMendAdor nAsCiMento nunes LeAL • fóruM dr. AMériCo MArtins dA CostA • hospitAL nossA senhorA do CArMo • poLíCiA CiviL de respLendor • poLíCiA MiLitAr AMbientAL de respLendor • poLíCiA MiLitAr de MinAs GerAis • prefeiturA MuniCipAL de respLendor • seCretAriA MuniCipAL de eduCAção de respLendor • seCretAriA MuniCipAL de sAúde de respLendor EntidAdEs EmPrEsAriAis: A fAntástiCA • A indiAnA teCidos LtdA • A prediLetA • A venCedorA • AGrovete CoMérCio de MáquinAs e irriGAção LtdA • Aquino JoALheriA • AssoCiAção respLendorense de tirAdores e trAnsportAdores de AreiA - ArttA • Auto peçAs bossAneLi • AutoMotive nAssiAn • Az ContAbiLidAde • bAnCo dA terrA AGênCiA de respLendor • bAnCo itAú s/A AGênCiA de respLendor • bonini dieseL • CAsA bArros • CAsA dos ventiLAdores • CAsA Lopes • CiA do Corpo • CoMpAnhiA de sAneAMento de MinAs GerAis (CopAsA) de respLendor • CoMpAnhiA vALe do rio doCe

(Cvrd) • ConfeCções trindAde LtdA • CooperAtivA AGropeCuáriA de respLendor LtdA. (CApeL) • CrediLeste respLendor • droGAriA fAzoLLo & fArMáCiA AMériCA do suL • droGAriA respLendor • feirão dAs ConfeCções • feirão respLendor • fLoriCuLturA toque verde • GhM LtdA • GiLMAr hoteL • GriMALdi ConfeCções • hoteL brAsíLiA • KGb e CiA • KGd MinerAção de respLendor • L.G. Móveis ModuLAdos • LAb Med CLíniCAs LtdA • LAborAtório de pAtoLoGiA CLíniCA respLendor • LAisA Móveis • LAzer soM LtdA • Leo fotoGrAfiA • LesteWeb provedor de internet • LiLiCA festAs • MAdureirA beniCá • MAriA izAbeL CAsAGrAnde • MeCâniCA boneLA • Menino i MeninA • MerCAdinho dois irMãos • MerCeAriA do didi • Mini MerCAdo vitóriA • Mister biKe • Moto MinAs • Moto sCArton • nutripLus CoMérCio de rAção • o botiCário LoJA de respLendor • o pAuListão • ótiCA respLendor • otto ConfeCções LtdA • pApeLAriA AtuAL CoMérCio e

Page 131: plano de desenvolvimento são gonçalo

pr

og

ra

ma

va

le m

ais

- re

sp

len

do

r

131

representAções LtdA • piAGos • pLAnAter ConsuLtoriA LtdA • rei dA roçA AGropeCuáriA LtdA • restAurAnte ideAL • sACoLão hortiLirA • sACoLAs LuCAs e CArLos • sAid AdvoGAdo • sALão AvenidA • sALGApão • serrALheriA esperAnçA • sorveteriA sAboreAr • superMerCAdo o Cestão • superMerCAdo vâniA • tititi LAnChes • trAnsporte boniCenhA • tt MAGAzine e pApeLAriA LtdA • zooLândiA EntidAdEs sEm Fins lucrAtivos: AsseMbLéiA de deus de respLendor • AssoCiAção AdCeu • AssoCiAção CoMerCiAL de respLendor • AssoCiAção CoMerCiAL industriAL AGropeCuáriA e de serviços de respLendor (ACiAr) • AssoCiAção CoMunitáriA de niCoLândiA • AssoCiAção CoMunitáriA LArAnJeirAs • AssoCiAção de defesA eCoLóGiCA de respLendor (Adere) • AssoCiAção de desenvoLviMento CoMunitário de euCALipto (AdeCei) • AssoCiAção de MorAdores do bAirro de são viCente • AssoCiAção de MorAdores do bAirro ribeirinhos de respLendor • AssoCiAção de pAis e AMiGos dos exCepCionAis (ApAe) de respLendor • AssoCiAção de pesCAdores (AperdoCe) • AssoCiAção de pesCAdores de respLendor • AssoCiAção dos

MorAdores do distrito de boM pAstor • CArtório de respLendor • Centro CoMunitário bAirro são sebAstião • CoLéGio inteGrAL CenetistA de respLendor • ConseLho de desenvoLviMento rurAL sustentáveL de respLendor • ConsórCio de respLendor • CreChe Antônio de páduA bArbosA • fisK - instituto CuLturAL são José • Jovens unidos de são (Jusp) • LoJA MAçôniCA respLendor unido • MitrA dioCesAnA de GovernAdor vALAdAres • MoviMento dos trAbALhAdores rurAis seM terrA (Mst) • ordeM dos AdvoGAdos do brAsiL - 60A. subseção (oAb) • pAstorAL dA CriAnçA de respLendor • pAstorAL dA Juventude de respLendor • pAstorAL dA sAúde respLendor • priMeirA iGreJA presbiteriAnA de respLendor • renAsCer • sindiCAto dos produtores rurAis de respLendor • sindiCAto dos trAbALhAdores rurAis de respLendor • sítio de AssistênCiA A infânCiA desAMpArAdA • soCiedAde benefiCiente são CAMiLo (sbsC) mídiA: JornAL LiberAL • rádio difusorA de respLendor LtdA 92 fM • rádio respLendor • tv respLendor

Page 132: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendor

Page 133: plano de desenvolvimento são gonçalo

resplendoração emblematica

Page 134: plano de desenvolvimento são gonçalo

134

O sucesso de um Plano depende da realização de suas metas e ações. E no momento da implementação os primeiros passos são decisivos. É hora de reafirmar o comprometimento dos atores envolvidos, ampliar a mobilização da sociedade e dar legitimidade ao modelo de gestão constituído.

A ação emblemática marca o lançamento efetivo do Programa Vale Mais em um determinado município ou região. Nela estão reunidos projetos de alto impacto, selecionados a partir de todos os programas que compõem o Plano de Desenvolvimento Sustentável. As iniciativas convergem para um tema diretamente ligado ás expectativas e anseios do município. Para São Gonçalo do Rio Abaixo o tema escolhido foi :

Reunidos em torno deste tema, atores do Poder Público, Iniciativa Privada e Sociedade Civil formarão uma rede de parceiros capaz de mobilizar recursos e promover sinergias visando a implantação das ações prioritárias.

A partir de agora o Plano deixa de ser apenas um documento. Seus resultados vão ganhar as ruas, abrindo caminhos para a transformação do município e do toda a população local.

O P

lANO e

M A

çãO

ação emblemática: crescimento ordenado

Page 135: plano de desenvolvimento são gonçalo

13�

ação emblemática: crescimento ordenado

TRANSPARÊNCIA E ACESSO À INFORMAÇÃOInformação e Controle

REQUALIFICAÇÃO URBANAUrbanização de LoteamentosUrbanização do LagoMelhoria paisagística intraurbana

ATIVIDADES EXTRATIVISTAS COM SUSTENTAÇÃOFortalecimento da atividade extrativista

DESENVOLVIMENTO E FORTALECIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES E SUAS LIDERANÇASCapacitação de Liderança

UNIVERSALIZAÇAO DA SAÚDEApoio às famílias de dependentes químicosAumento do número de especialistas

TURISMO DIFERENCIADOÓrgão Gestor e Plano de marketing turísticoMão de obra qualificadaAcessosUrbanização do Lago

EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVELIncubadora de empresas

DESENVOLVIMENTO E FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇÃOCooperativismo e associativismo

PROTAGONISMO JUVENILComplexo da Juventude

REVITALIZAÇÃO CULTURALFundos para Cultura e EsporteCentro de Integração Esportivo Cultural

PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTALEducação Ambiental no currículo escolar municipalDepartamento Municipal de Meio AmbienteResíduos sólidos tratados

UNIVERSALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃOCursos técnicos nas escolas

AGRICULTURA E PECUÁRIA COM VALOR AGREGADOConselho de Segurança Reativa da guarda mirim

ECONOMIA URBANAMicro, pequena e média empresaEconomia familiar urbana

EDUCAÇÃO E SAÚDE COMO NEGÓCIOCentro de Convenções e Capacitações

Page 136: plano de desenvolvimento são gonçalo

136

C R É D I T O S

companhia vale do rio doce

Roger AgnelliPresidente

José Carlos Martins Diretor Executivo de Ferrosos - ES

Marconi Tarbes ViannaDiretos do Departamento de Pelotização - ES

Luiz SoresiniCoordenador de Relações Institucionais - ES

Fundação vale do rio doce

Olinta Cardoso CostaDiretora Superintendente

Sérgio José Leite DiasGerente Geral

Silmar Magalhães SilvaGerente Geral das Minas Centrais da Companhia Vale do Rio Doce

Coordenação de Economia Local Guilherme Quentel Maria Alice dos Santos Christiana Costa

conselho de curadores da Fundação vale do rio doce

Carla Grasso Gabriel Stoliar Pedro Aguiar de Freitas Sergio Marcio de Freitas Leite José Carlos Gomes Soares Orlando Góes Pereira Lima Eduardo Beauclair Adriana Bastos Marconi Tarbes Viana Marcio Luis Silva Godoy

equipe de trabalho agência 21

Marcio Calvão MouraDiretor executivo

Planejamento Estratégico e Gestão de Programas:Antônio ParentePaulo RomaiGustavo Meurer MuricyBeatriz Fialho

Estudos e Pesquisas:Leticia ParenteCarla SancheVicente GuimarãesRebeca Steiman

Gestão Compartilhada:Graciela HopsteinVinícius Ferreira

Consultores dos Grupos de Trabalho:Márcio CalvãoLiane FreireAntônio ParenteLeticia ParenteVinícius FerreiraCarla SancheVicente GuimarãesMarcela de Magalhães CostaJosé Candido MuricyManuela dos Santos NevesLuciano Martins SantanaPatrícia DarosRafaela DarosEduardo Murad

Banco de Dados e Cadastro de Atores:Gustavo MuricySérgio CoutoRodrigo Guimarães Silva

Comunicação e Marketing:Flavia DominguesJoana ErlacheJoana Alimonda

Criação e Linguagem:Roberto TostesDavid AmielDiana AcselradLeonardo Calvão

Page 137: plano de desenvolvimento são gonçalo

137

Paulo César Marques

Edição:Roberto Tostes Leticia Parente Carla Sanche

Projeto Gráfico: David Amiel, Diana Acselrad

Documentação:Mario Junior

Equipe Local:Alissandra Nazareth de CarvalhoRaquel de Cássia Torres de Araújo

Apoio voluntário:Odete Rodrigues

Fotos:

Fotos do Arquivo de Trabalho da Agência 21

Fotos de São Gonçalo do Rio Abaixo e da Mina de Brucutu:Léo CalvãoJoanna AlimondaVinícius Ferreira

Fotos de reuniões de trabalho:José AlvesWilk Oliveira

Jovens Pesquisadores do Programa vale mais – são Gonçalo do rio abaixo

Douglas Dias de SouzaPlínio de Souza RodriguesGiselle Oliveira dos SantosLorena Gonçalves FigueiredoVanilda das Dores de SouzaLeilamara Marques da SilvaLetícia Soares de SouzaTamiris Barcelos da CostaLuiza Grasiela de Souza SilvaLuiz Antônio Souza Duarte

Pro

jeto

Grá

fic

o:

Da

vid

Am

iel

& D

ian

a A

cs

elr

ad

Page 138: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 139: plano de desenvolvimento são gonçalo
Page 140: plano de desenvolvimento são gonçalo