plano de desenvolvimento integrado … 19 – goiânia e brasil - projeção do pib, em r$ bilhões...
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL
PDITS GOIÂNIA
PRODUTO 6
VERSÃO FINAL
Revisão
Abril/2012
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FICHA TÉCNICA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
PREFEITO DE GOIÂNIA
Paulo Garcia
SECRETÁRIO DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Sebastião Augusto Barbosa Neto
DIRETOR MUNICIPAL DE TURISMO
José Luiz Uzêda
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO E INFRAESTRUTURA TURÍSTICA
Humberto Antônio Mendes
CHEFE DA DIVISÃO DE PROJETOS - Cristiane Ricci Mancini (Gestora em Turismo)
EQUIPE TÉCNICA
Amanda Ferreira Silva - Tecnóloga em Planejamento Turístico
Christian Macedo - Turismólogo
Fernanda Andrade Souza - Administradora em Turismo
APOIO TÉCNICO
Mário Crístian do Carmo - Chefe da Divisão de Marketing e Eventos (Administrador)
Fernando Magalhães Filho - Diretor do Fundo Municipal de Turismo (Turismólogo)
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FICHA TÉCNICA - MTUR
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidente: Dilma Vana Rousseff
Vice Presidente: Michel Miguel Elias Temer
MINISTÉRIO DO TURISMO
Ministro: Gastão Dias Vieira
DIRETOR MUNICIPAL DE TURISMO
José Luiz Uzêda
SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Secretário: Fábio Dias Mota
DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Diretor: Carlos Henrique Menezes Sobral
COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS
Claudio Corrêa Vasques - Coordenador
Ana Carla Fernandes Moura – Técnica Nível Superior
Marina Neiva Dias - Técnica Nível Superior
Miranice Lima Santos - Técnica Nível Superior
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FICHA TÉCNICA TCBR
COORDENADOR GERAL
Joaquim Soutinho
ESPECIALISTA EM PROJETOS DE INFRAESTRUTURA
Luiz Fernando de Oliveira
ESPECIALISTA EM URBANISMO
Adriana Papaleo
ESPECIALISTA EM FORTALECIMENTO DA GESTÃO MUNICIPAL
César Prado
ESPECIALISTA EM PROGRAMAÇÃO E MONITORAMENTO
Márcio Tagliari
ESPECIALISTA EM PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Ana Carolina Canuto
ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE
Cláudia Mendes
ESPECIALISTA EM TURISMO
Ivy Góis
ESPECIALISTA EM ESTUDOS E ANÁLISE DE VIABILIDADE
Adriano Rodrigues
NÚCLEO DE APOIO TÉCNICO
Marcela Martin - Arquiteta
Juliana Oliveira - Arquiteta
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SUMÁRIO ANEXOS .................................................................................................................................................................. 7 LISTA DE TABELAS ................................................................................................................................................................... 8 LISTA DE GRÁFICOS .............................................................................................................................................................. 10 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................................................. 12 LISTA DE MAPAS ...................................................................................................................................................................... 13 LISTA DE QUADROS ............................................................................................................................................................... 14 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 21 1 OBJETIVOS DO PDITS GOIÂNIA ........................................................................................................................... 28
2 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE GOIÂNIA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS ......................... 31
2.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GERAL DE GOIÂNIA ................... 31 2.2 MERCADO TURÍSTICO ............................................................................. 34
2.2.1 Análise da Demanda Turística Atual .................................................... 34 2.2.2 Análise da Demanda Turística Potencial ............................................. 61 2.2.3 Comportamento do valor agregado do turismo na área turística – Incremento esperado da receita do turismo, renda derivada, impostos e empregos gerados ............................................................................................. 75 2.2.4 Oferta Turística .................................................................................... 93
2.3 INFRAESTRUTURA BÁSICA E SERVIÇOS GERAIS .............................. 173 2.3.1 Rede Viária e Principais Acessos ...................................................... 173 2.3.2 Sistema de abastecimento de água ................................................... 190 2.3.3 Sistema de esgotamento sanitário ..................................................... 195 2.3.4 Sistema de limpeza urbana................................................................ 198 2.3.5 Rede de drenagem pluvial ................................................................. 202 2.3.6 Sistema de transporte urbano ............................................................ 205 2.3.7 Sistemas de comunicação ................................................................. 213 2.3.8 Iluminação pública e energia ............................................................. 215 2.3.9 Serviços de saúde ............................................................................. 217 2.3.10 Segurança Pública ............................................................................. 222 2.3.11 Principais Conclusões ........................................................................ 225
2.4 QUADRO INSTITUCIONAL ...................................................................... 227 2.4.1 Gestão do Turismo ............................................................................ 227 2.4.2 Gestão ambiental ............................................................................... 250
2.5 ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS ............................................................ 266 2.5.1 Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais Causados pela Atividade Turística ............................................................................................ 266 2.5.2 Gestão ambiental pública .................................................................. 277 2.5.3 Gestão ambiental nas empresas privadas ......................................... 279 2.5.4 Instrumentos de planejamento e controle territorial ........................... 285 2.5.5 Participação e inclusão dos diferentes grupos de interesse no desenvolvimento turístico ................................................................................. 292
2.6 CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO .......................... 293 2.6.1 Segmentos de Turismo Atuais e Potenciais ...................................... 293 2.6.2 Identificação de áreas críticas de intervenção ................................... 294 2.6.3 Posição atual da Área no mercado turístico X posicionamento potencial 297 2.6.4 Matriz SWOT ..................................................................................... 298
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3 VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ........................................... 301
3.1 IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS..................................... 301 3.1.1 Metodologia para Hierarquização dos Atrativos de Goiânia .............. 302 3.1.2 Resultados da Hierarquização ........................................................... 304
3.2 ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE ................................................... 312 3.3 NÍVEL DE USO ATUAL OU POTENCIAL ................................................. 317 3.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E SERVIÇOS BÁSICOS ...................................... 320 3.5 QUADRO INSTITUCIONAL ...................................................................... 321 3.6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES – VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA DE GOIÂNIA .................................................................................... 323
4 ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO PARA GOIÂNIA ......................................... 327 4.1 POSICIONAMENTO TURÍSTICO DESEJÁVEL PARA GOIÂNIA E ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO NECESSÁRIAS PARA SUA CONSOLIDAÇÃO ................................................................................................ 327 4.2 ESTRATÉGIA GERAL E ESTRATÉGIAS SETORIAIS ............................. 328 4.3 PORTFÓLIO ESTRATÉGICO, SELEÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS E VALORIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS ................ 331 4.4 INFRAESTRUTURAS E OS SERVIÇOS BÁSICOS ................................. 336 4.5 QUADRO INSTITUCIONAL E MECANISMOS DE APOIO ....................... 337 4.6 DIRETRIZES SOCIOAMBIENTAIS ........................................................... 338
5 PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS ............................ 340 5.1 VISÃO GERAL E AÇÕES PREVISTAS .................................................... 340
5.1.1 Matriz de alinhamento estratégico ..................................................... 340 5.2 DETALHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO ................................................ 344 5.3 DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL ................................ 386 5.4 SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES .............................................. 392
5.4.1 Metodologia para Priorização das Ações ........................................... 392 5.4.2 Matriz de Investimento do PRODETUR Nacional Goiânia ................. 398
5.5 DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA........................................................................................... 404 5.6 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS ............................... 437
6 MECANISMOS DE FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA ............................................................................................................................................................. 455
6.1 PLANO PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA........................................................................................... 455
6.1.1 Objetivos ............................................................................................ 455 6.1.2 Produtos Esperados .......................................................................... 456
REFERÊNCIAS... 478
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ANEXOS
ANEXO 1 – METODOLOGIA, FORMULÁRIOS E ANÁLISE DAS PESQUISAS COM
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS
ANEXO 2 – UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, EM 2010
ANEXO 3 – FREQUENCIA SEMANAL DE VÔOS – AEROPORTO SANTA
GENOVEVA
ANEXO 4 – RELATÓRIO DE PONTOS DE ALAGAMENTO
ANEXO 5 – MARCO CONCEITUAL DO PLANO PARA ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA
ANEXO 6 – ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO EX-POST
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Goiânia- Fluxo Turístico Total: 2008 e 2010 ............................................ 35 Tabela 2 – Goiânia- estimativa do Fluxo Turístico hoteleiro: 2008 e 2010 ................ 36 Tabela 3 – Goiânia- Tempo de existência dos hotéis, 2008 ...................................... 37 Tabela 4 – Goiânia - Origem do Fluxo Turístico, 2008 .............................................. 38 Tabela 5 – Resultados da Análise de Regressão de Desembarques de Passageiros nos Aeroportos Brasileiros em Função do PIB per Capita ........................................ 66 Tabela 6 – Crescimento Econômico Mundial e Brasileiro – 2003/09 (em % ao ano) 67 Tabela 7 – Brasil - Projeção do Crescimento Econômico - 2010/2020 ..................... 68 Tabela 8 – Brasil – Chegadas de Turistas Estrangeiros - 2008-2014 ....................... 69 Tabela 9 - Brasil – Cenários de Crescimento de Turistas Estrangeiros – 2009/20020 .................................................................................................................................. 69 Tabela 10– Goiânia – projeção de Fluxo Turístico 2009-2020 .................................. 70 Tabela 11 – Região centro oeste e Brasil: Gasto Médio Individual ao Dia, GMID, e Permanência Média, PM ........................................................................................... 76 Tabela 12 – Porto alegre - Fluxo Turístico Estrangeiro – Gasto Médio Individual Dia, GMID, e Permanência Média Dia, PMD .................................................................... 77 Tabela 13 – Goiânia: Permanência média ................................................................ 77 Tabela 14–Goiânia: Receita Turística Direta do Fluxo Nacional, 2009/2020 ............ 79 Tabela 15 – Goiânia: Receita Turística Direta do Fluxo Estrangeiro, 2009/20 .......... 80 Tabela 16 – Goiânia – Projeção da Receita Turística 2009-2010 ............................. 81 Tabela 17 – Goiânia: Projeção da Renda Derivada da Receita Turística 2009-2020, em R$ milhões .......................................................................................................... 83 Tabela 18 – Goiânia, Estado de Goiás e Brasil – PIB, Em R$ milhões (preços de 2009) ......................................................................................................................... 85 Tabela 19 – Goiânia e Brasil - Projeção do PIB, Em R$ Bilhões - Preços de 2009 .. 85 Tabela 20 – Goiânia: Projeção do Impacto da Renda do Turismo no PIB municipal 86 Tabela 21 – Brasil - Distribuição dos Gastos Turísticos, Em 2002 ............................ 87 Tabela 22 – Brasil - Distribuição do Gasto dos Turistas de Pacotes, em 2007 e 2009 .................................................................................................................................. 88 Tabela 23– Goiânia - Renda Turística - Em R$ Milhões 2009/2020 - cenário moderado .................................................................................................................. 88 Tabela 24 – Brasil –Carga Tributária por Entidade Federativo, 2007-09 .................. 89 Tabela 25 – Goiânia - Renda Turística e Arrecadação Tributária Total, Em R$ Milhões 2009-20 ........................................................................................................ 89 Tabela 26 – Goiânia -Arrecadação Fiscal Turística Municipal Total e por Atividades em R$ Milhões e Impacto Fiscal ............................................................................... 90 Tabela 27 – Goiânia – Impacto Fiscal do Turismo na Arrecadação Municipal - Em 2009 .......................................................................................................................... 91 Tabela 28 – Goiânia – Projeção de Unidades Habitacionais e Empregos Incrementais no Período 2009 a 2020 ...................................................................... 92 Tabela 29 – Goiânia e Estado de goiás – empregos diretos nas atividades características do turismo 2009 ................................................................................. 93 Tabela 30 – Eventos captados e apoiados pelo GC&VB – 2001/2009 ..................... 98 Tabela 31 – Eventos previstos pelo GC&VB – 2011/2012 ........................................ 98 Tabela 32 – Oferta de UHs e Leitos 2008/2010 ...................................................... 123 Tabela 33 – Brasil - Principais Tipos de Hospedagem Utilizados na Principal Viagem Doméstica, em 2001 e 2005.................................................................................... 135
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Tabela 34– Goiânia – Projeção de Unidades Habitacionais 2009-2020 – Cenário Moderado ................................................................................................................ 136 Tabela 35 – Goiânia – Oferta Hoteleira 2010 .......................................................... 137 Tabela 36 – Estado de Goiás e Goiânia – Oferta Hoteleira 2010 ............................ 137 Tabela 37 – Oferta de espaços para eventos em Goiânia ...................................... 153 Tabela 38- Pontos de Iluminação Pública por região – Goiânia, 2010 .................... 215 Tabela 39 - Frota do Corpo de Bombeiros de Goiânia ............................................ 222 Tabela 40 - Ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiânia - 2009 ........................................................................................................................ 222 Tabela 41 - Número de viaturas do Corpo de Bombeiros Militar existentes em Goiânia - 2010 ......................................................................................................... 222 Tabela 42 - Contingente da Polícia Civil em Goiânia .............................................. 223 Tabela 43 - Índice de Área Verde de Goiânia, em m²/hab ...................................... 269 Tabela 44 – Matriz de Hierarquização dos Atrativos de Goiânia ............................. 304
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Goiânia – Tipo de hospedagem utilizado pelo turista 2008 .................... 36 Gráfico 2 - Viajou Acompanhado (%). ....................................................................... 39 Gráfico 3 - Faixa de Renda (em %) ........................................................................... 39 Gráfico 4 - Valor gasto por dia em Reais (em %) ...................................................... 40 Gráfico 5 - Cidade de origem dos turistas de Goiânia ............................................... 41 Gráfico 6 – Principais estados emissores para o estado de Goiás ........................... 42 Gráfico 7 - Grau de Instrução. ................................................................................... 42 Gráfico 8 - Meio de Transporte utilizado para chegar em Goiânia. ........................... 43 Gráfico 9 - Motivação ................................................................................................ 44 Gráfico 10 - Frequência de Viagens .......................................................................... 45 Gráfico 11 - Permanência em Goiânia. ..................................................................... 45 Gráfico 12 – Produtos comprados ............................................................................. 51 Gráfico 13 – Locais de Compra ................................................................................. 52 Gráfico 14 - Índice de satisfação com a infraestrutura de Goiânia ............................ 55 Gráfico 15 – Índice de satisfação com a infraestrutura turística de Goiânia .............. 56 Gráfico 16 – O que menos gostou em Goiânia ......................................................... 57 Gráfico 17 – atrativos que se destacam .................................................................... 58 Gráfico 18– Goiânia - Projeção do Crescimento do Fluxo Turístico 2009-2010 ....... 71 Gráfico 19 – Goiânia: Projeção da Receita Turística 2009-2020, em R$ 1.000,00 ... 82 Gráfico 20 – Goiânia: Projeção da Renda Derivada da Receita Turística 2009-2020, Em R$ Milhões .......................................................................................................... 84 Gráfico 21 – Categoria dos Empreendimentos Hoteleiros ...................................... 121 Gráfico 22 – Categoria dos empreendimentos hoteleiros associados a ABIH ........ 123 Gráfico 23 – Total de UHs e leitos ........................................................................... 124 Gráfico 24 – Tipo de diária praticada ...................................................................... 124 Gráfico 25 – Infraestrutura e serviços oferecidos .................................................... 125 Gráfico 26 – Tempo de funcionamento do estabelecimento ................................... 126 Gráfico 27 – Formas de Pagamento ....................................................................... 127 Gráfico 28 – Valor médio das diárias por categoria ................................................. 128 Gráfico 29 – Permanência dos hóspedes na alta temporada .................................. 129 Gráfico 30 – Permanência dos hóspedes na baixa temporada ............................... 129 Gráfico 31 – Taxa de ocupação nos meios de hospedagem 2006-2009 ................ 130 Gráfico 32 – Pessoas ocupadas por categoria 2008-2010 ...................................... 131 Gráfico 33 – Brasil - Principais Tipos de Hospedagem Utilizados na Principal Viagem Doméstica, em 2001 e 2005.................................................................................... 136 Gráfico 34 – Tipo de Estabelecimento .................................................................... 143 Gráfico 35 – Atua no Turismo Emissivo .................................................................. 143 Gráfico 36 – Atua no Turismo Receptivo ................................................................. 144 Gráfico 37 – Serviços Oferecidos ............................................................................ 144 Gráfico 38 – Tipo de Imóvel .................................................................................... 145 Gráfico 39 – Tempo de Funcionamento .................................................................. 145 Gráfico 40 – Sistema de Certificação ...................................................................... 145 Gráfico 41 – Formas de Pagamento Aceitas ........................................................... 146 Gráfico 42 – Parcerias no Trade ............................................................................. 146 Gráfico 43 – Utilização de Serviços Terceirizados .................................................. 147 Gráfico 44 – Tempo de Permanência dos Empregados .......................................... 148 Gráfico 45 – Proporciona Treinamento ................................................................... 149
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Gráfico 46 – Necessidade de Capacitação para o Turismo .................................... 149 Gráfico 47 – Hospedagem ...................................................................................... 149 Gráfico 48 – Alimentação ........................................................................................ 149 Gráfico 49 – Transporte Rodoviário ........................................................................ 149 Gráfico 50 – Qualificação dos Serviços de Entre- tenimento e Lazer ..................... 150 Gráfico 51 - Distribuição das Ocorrências Policiais no Município de Goiânia....... 223
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização de Goiânia ............................................................................ 31 Figura 2 – Setor Central de Goiânia ........................................................................ 104 Figura 3 - Prato típico da região – Arroz com Pequi ................................................ 138 Figura 4 – Percurso Preliminar do Circuito do Ônibus Turístico de Goiânia ........... 159 Figura 5 - Zoneamento da Bacia do João Leite....................................................... 165 Figura 6 - Localização do Parque Mutirama ............................................................ 168 Figura 7 - Projeto de obras de arte especiais para integração dos Parques Mutirama, Botafogo e Vila Nova. .............................................................................................. 170 Figura 8 - Rodovias federais e estaduais pavimentadas no estado de Goiás ......... 177 Figura 9 - Condições do pavimento nas rodovias do estado de Goiás ................... 178 Figura 10 - Fluxograma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) ...................... 201 Figura 11 - Erosão e assoreamento – ocupação irregular ...................................... 203 Figura 12 - Projeto do Parque Linear Macambira-Anicuns ...................................... 205 Figura 13 - Estrutura Organizacional da Gestão Socioambiental Integrada do PDITS de Goiânia ............................................................................................................... 451 Figura 14 – Sistema de Acompanhamento e Avaliação do PRODETUR Nacional Goiânia .................................................................................................................... 458
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LISTA DE MAPAS
Mapa 1 – Atrativos Turísticos Naturais .................................................................... 106 Mapa 2 – Atrativos Turísticos Culturais ................................................................... 110 Mapa 3 – Atividades Econômicas ........................................................................... 116 Mapa 4 – Oferta de Serviços e Equipamentos de Hospedagem ............................. 134 Mapa 5 – Oferta de Serviços e Equipamentos de Gastronomia.............................. 142 Mapa 6 – Oferta de Serviços e Equipamentos de Agenciamento ........................... 151 Mapa 7 – Oferta de Serviços e Equipamentos para Eventos .................................. 155 Mapa 8 – Localização do Goiânia 3º Milênio ........................................................... 163 Mapa 9 - Rede viária de Goiânia ............................................................................. 182 Mapa 10 -Intervenções urbanas na rede viária ....................................................... 183 Mapa 11 -localização das ETAs – Goiânia .............................................................. 193 Mapa 12 - Sistema de Abastecimento de água de Goiânia .................................... 194 Mapa 13 - Localização das ETES de Goiânia ......................................................... 197 Mapa 14 - Rede Estrutural de Transporte Coletivo de GoIãnia ............................... 208 Mapa 15 - Distribuição espacial das Unidades de Saúde ....................................... 221 Mapa 16 – Hierarquização dos atrativos de Goiânia ............................................... 311 Mapa 17 - Principais vias de acesso aos atrativos turísticos de Goiânia ................ 316 Mapa 18 – Concentração da Oferta de Serviços e Equipamentos Turísticos e de Atrativos .................................................................................................................. 326 Mapa 19 – Áreas prioritárias para investimentos do PRODETUR Nacional ........... 335
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1– Perfil da Demanda Nacional Atual para Goiânia ..................................... 48 Quadro 2– Perfil da Demanda Internacional Atual para Goiânia ............................... 48 Quadro 3 – Modalidades turísticas, demanda atual e fragilidades ............................ 54 Quadro 4 – Perfil do Turista Potencial Desejado – Internacional e Nacional ............ 64 Quadro 5–Atrativos Turísticos de Goiânia ................................................................. 94 Quadro 6 – Calendário de eventos de goiânia 2010 ............................................... 100 Quadro 7 – Feiras de Confecções em Goiânia ....................................................... 101 Quadro 8 - UCs de Goiânia que possuem Planos de Manejo ................................. 156 Quadro 9 – Associações de prestadores de serviços turísticos .............................. 160 Quadro 10 – Objetivos específicos do Projeto Goiânia 3º Milênio .......................... 161 Quadro 11 - Evolução do Movimento Operacional do Aeroporto internacional Santa Genoveva ................................................................................................................ 174 Quadro 12 - informações sobre o Aeroporto internacional Santa Genoveva .......... 175 Quadro 13 - Estado de Goiás e Goiânia: frota de veículos cadastrados por habitantes – 2007 .................................................................................................... 179 Quadro 14 - Série histórica abastecimento de água – Goiânia ............................... 190 Quadro 15 - Informações sobre o sistema de abastecimento de água de Goiânia . 191 Quadro 16 - Série histórica esgotamento sanitário – Goiânia ................................. 195 Quadro 17 - Situação da coleta de resíduos sólidos no município de Goiânia. ...... 199 Quadro 18 - informações lixo reciclável .................................................................. 200 Quadro 19 - Canais de televisão aberta - Goiânia .................................................. 214 Quadro 20 - Estações de Rádio - Goiânia ............................................................... 214 Quadro 21 - Programa Reluz - Goiânia ................................................................... 216 Quadro 22 - Número de hospitais e leitos – Goiânia ............................................... 218 Quadro 23 - Distribuição das unidades de saúde do SUS e rede conveniada ao SUS, segundo a natureza e as esferas administrativas – Goiânia ................................... 219 Quadro 24 - Unidades da Policia Militar nos Municípios do Pólo ............................ 223 Quadro 25 - Macro programas e Programas Afetos ao Ministério do Turismo ....... 236 Quadro 26 – Programas e Projetos previstos e em implantação em Goiânia– Âmbito Estadual .................................................................................................................. 240 Quadro 27 – Programas e Projetos no Plano Municipal de Turismo de Goiânia..... 242 Quadro 28– Programas e Projetos Relativos a SETURDE ..................................... 242 Quadro 29 - Legislação Turística ............................................................................ 245 Quadro 30 – Composição do SISNAMA ................................................................. 251 Quadro 31 – Diagnóstico/Síntese Analítica ............................................................. 295 Quadro 32 – Análise SWOT .................................................................................... 300 Quadro 33 –Atrativos Hierarquizados ..................................................................... 301 Quadro 34 – Aspectos da Hierarquização dos Atrativos ......................................... 302 Quadro 35 – Atratividade Comprometida ................................................................ 305 Quadro 36 – Atratividade Mantida ........................................................................... 306 Quadro 37 - Distância de Goiânia às principais capitais brasileiras ........................ 313 Quadro 38 – Distância rodoviária de Goiânia a outras cidades turísticas de Goiás 313 Quadro 39 – Custo por ação do componente Produto Turístico ............................. 356 Quadro 40 – Custo por ação de comercialização .................................................... 361 Quadro 41 – Custo por ação de Fortalecimento Institucional .................................. 376 Quadro 42 – Custo por ação de Infraestrutura e Serviços Básicos ......................... 382 Quadro 43 – Custo por ação de Gestão Socioambiental ........................................ 385
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Quadro 44 – Dimensionamento dos investimentos totais ....................................... 386 Quadro 45 – Critérios para Hierarquização das Ações ........................................... 392 Quadro 46- Impactos Potenciais das Ações do PDITS Goiânia .............................. 437 Quadro 47 - Parâmetros a serem usados como indicadores dos impactos e efeitos avaliados ................................................................................................................. 452 Quadro 48 – Linha de Base do Marco Lógico do Plano de Acompanhamento e Avaliação ................................................................................................................. 460 Quadro 49 – Estrutura do Marco Lógico de Plano de Acompanhamento e Avaliação ................................................................................................................................ 466
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SIGLAS
ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagem
ABES-GO - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção Goiás
ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
ABLA - Associação Brasileira de Locadora de Automóveis/GO
ABRAJET - Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo
ABRASEL - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
ACIEG - Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás
AGETOP - Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas
AGICON - Associação Goiana da Indústria de Confecções e Correlatas
AGR - Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos
AMMA - Agência Municipal de Meio Ambiente
AMOB - Agência Municipal de Obras
AMT - Agência Municipal de Trânsito
ANAMMA - Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente
APA - Área de Proteção Ambiental
APP - Área de Preservação Permanente
ARIE - áreas de relevante interesse ecológico
AVTO - Atestados de Viabilidade Técnica de Água
BASA – Banco da Amazônia
BB - Banco do Brasil
BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNB - Banco do Nordeste
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAF - Corporação Andina de Fomento
CAT – Centros de Atendimento ao Turista
CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia
CEF - Caixa Econômica Federal
CEFET/GO - Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás, atual IFGoiás
CELG - Companhia Energética de Goiás
CEMAm - Conselho Estadual de Meio Ambiente
CET/UnB - Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília
CMN - Conselho Monetário Nacional
CODEFAT - Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador
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COMTUR – conselho municipal de turismo
COMURG - Companhia de Urbanização de Goiânia
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
CREA-GO - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Goiás
CVM - Comissão de Valores Mobiliários
DEAT – Delegacia Estadual de Atendimento ao Turista
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EE - estações ecológicas
EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto
FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás
FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador
FCO - Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste
FEMA - Fundo Estadual do Meio Ambiente
FETAEG - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás
FGV - Fundação Getúlio Vargas
FICFIDC - Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
FIEG - Federação das Indústrias do Estado de Goiás
FIPE/USP - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
FN - Florestas nacionais
FNE - Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste
FNO - Fundo Constitucional de Financiamento do Norte
FONATUR - Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo
FUNGETUR - Fundo Geral de Turismo
GC&VB - Goiânia Convention & Visitors Bureau
GECRE – Gerência de Contenção e Recuperação de Erosões e Afins
GERUC/AMMA - Gerência de Unidades de Conservação da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia
GMID - Gasto Médio Diário
GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global)
IAV - índice de área verde
18
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICCA - International Congress & Convention Association (Associação Internacional de Congressos e Convenções)
ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IFGoiás - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
IGP-M - Índice Geral de Preços-Mercados
INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
INVTUR- Inventário da Oferta Turística
IPHAN - Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IPTur/GO - Instituto de Pesquisa Turística de Goiás
LGT - Lei Geral do Turismo
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MN - monumentos naturais
MTUR - Ministério do Turismo
OAB/GO - Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás
OMT - Organização Mundial de Turismo
ONU - Organização das Nações Unidas
OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
P+L - Produção Mais Limpa -
PDITS - Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável
PEV - Pontos de Entrega Voluntária
PIB – Produto Interno Bruto
PLGA - Produção Mais Lima e Sistemas de Gestão Ambiental
PMD - Permanência Média Diária
PN - Parques Nacionais
PNAP - Plano Nacional de Áreas Protegidas
PNE - Portadores de Necessidades Especiais
PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente
PNMT - Programa Nacional de Municipalização do Turismo
PNT - Plano Nacional de Turismo
PRODETUR - Programa de Desenvolvimento do Turismo
PROGER - Programa de Geração de Emprego e Renda
PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
PRT - Programa de Regionalização do Turismo
19
PUC/GO - Pontifícia Universidade Católica de Goiás
RB- Reservas Biológicas
RDS- Reservas de Desenvolvimento Sustentável
RESEX - Reservas Extrativistas
RF - Reservas de Fauna
RMG - Região Metropolitana de Goiânia
RMTC - Rede Metropolitana de Transportes Coletivos
RPPN - Reservas Particulares Do Patrimônio Natural
RVS- Refúgios De Vida Silvestre
SANEAGO – Empresa de Saneamento de Goiás S/A
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SECOM – Secretaria Municipal de Comunicação
SEDEM - Secretária de Desenvolvimento Econômico do Município, atual SETURDE
SEMARH - Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
SEMMA - Secretaria Municipal do Meio Ambiente, atual AMMA
SEMTUR – Secretaria Municipal de Turismo de Goiânia, atual SETURDE
SENAC/GO - Serviço Nacional do Comércio de Goiás
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SEPIN – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação do Estado de Goiás
SEPLAM – Secretaria Municipal de Planejamento
SEPLAN – Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás
SESI - Serviço Social da Indústria
SETURDE – Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia
SEUC - Sistema Estadual de Unidades de Conservação
SGMU - Sistema de Gestão das Metas de Universalização
SINDEGTUR/GO - Sindicato Estadual dos Guias de Turismo de Goiás
SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente
SMS - Secretaria Municipal de Saúde
SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SNT - Sistema Nacional de Turismo
SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação
SUS - Sistema Único de Saúde
TECBAN – Tecnologia Bancária S.A.
TELETUR - Telefone de Informações Turísticas
20
TLP – Trabalhadores de Limpeza Pública
UC – Unidade de Conservação
UFG - Universidade Federal de Educação Goiás
UH - Unidades Habitacionais
ZEE - Zoneamento Ecológico Econômico
ZEIT - Zonas Turísticas Especiais de Interesse Turístico
21
INTRODUÇÃO
O turismo é uma atividade em crescimento ao longo das últimas décadas e que
apresenta perspectivas promissoras para os próximos anos. Segundo a Organização
Mundial de Turismo – OMT, algumas tendências devem nortear o desenvolvimento
do turismo, quais sejam:
■ Os destinos turísticos serão ecologicamente corretos e planejados;
■ As viagens anuais serão mais numerosas e terão curta distância, fortalecendo
o turismo regional;
■ As viagens não terão apenas uma motivação. A conjunção de atrativos
diferenciados num destino determinará sua demanda;
■ A viagem passará de mero deslocamento para uma experiência que
proporcione além do descanso, enriquecimento cultural;
■ O turista tem se tornado cada vez mais informado e consciente, importando-se
com a qualidade do produto adquirido, mas também com o reflexo positivo que
sua visita terá na comunidade visitada.
Apesar das boas expectativas, houveram alguns problemas que impactaram
negativamente a atividade, segundo os levantamentos realizados pela OMT e pelo
World Travel & Tourism Council – WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo),
a crise econômica de 2008 teve grandes impactos negativos sobre o turismo
internacional no mundo até o final do primeiro semestre de 2009. Outro fator que
influenciou o fluxo turístico negativamente foi a epidemia do vírus Influenza A. Foi
estimado pela OMT que a receita do turismo no mundo tenha reduzido 6% em 2009.
Devido à crise econômica, o Produto Interno Bruto– PIB mundial caiu 2,1%. Os países
desenvolvidos, que são os principais emissores de turistas, foram os mais afetados
por ela. Consequentemente, o PIB mundial do turismo foi reduzido e cerca de 5
milhões de pessoas perderam o emprego na área.
Durante a crise, os consumidores tenderam a fazer viagens mais próximas da cidade
de residência e, em vários lugares, o turismo doméstico sobreviveu à crise ou até
mesmo cresceu. Dentre esses países estão a China, o Brasil e a Espanha, que
22
geralmente têm uma parcela significativa da demanda turística preenchida pelo
turismo doméstico.
O Brasil tem se apresentado como destino líder na América do Sul, uma das regiões
que após a recente crise da economia mundial, apresentou menor índice de queda do
crescimento do turismo, 1% contra uma média de 5% nos números globais.
Segundo as estimativas da WTTC, o Brasil deverá ter a décima maior indústria de
turismo e viagens do mundo em 2010. Em termos absolutos, o País deve gerar mais
de 5 milhões de empregos em 2010, aparecendo em sétimo lugar no ranking mundial,
e subir para a quinta posição em 2020, com quase 8 milhões de empregos, direta ou
indiretamente, relacionados ao setor do turismo. O País também figura no ranking dos
dez países que mais possuem empregos diretos na área: 5º lugar em 2010 (2,2
milhões de pessoas) e projeção de 2,9 milhões de pessoas em 2009 (4º lugar). Apesar
de possuir uma quantidade grande de pessoas empregadas na área, o Brasil não
aparece no ranking em termos relativos (percentual da população total do País com
emprego direto ou indireto no turismo).
No Brasil, a realização de dois grandes eventos esportivos, a Copa do Mundo FIFA
2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Verão em 2016, consolidarão a
posição do País como destino líder dentro do mercado turístico da América do Sul,
uma vez que esses eventos cooperam para o desenvolvimento e crescimento do País.
São vários os exemplos de países que impulsionaram suas economias,
transformaram suas cidades, melhoraram suas imagens como destinos turísticos a
partir de sua longa exposição em função de serem sedes de tais mega eventos.
A WTTC prevê que o Brasil ganhe maior destaque em relação aos emissores de
turistas internacionais até 2020, com 9,6% de crescimento ao ano. Com base no que
está sendo feito atualmente com as políticas de turismo no País, estima-se, ainda, que
o Brasil seja o 9º colocado com relação aos investimentos realizados no setor entre
2010 e 2020, em termos absolutos, o que faz com que o país ocupe a 5ª posição no
ranking relativo ao aumento do capital investido em turismo e viagens em 2010 (6,1%).
Para o período de 2010 a 2020, a projeção é de 9,8% ao ano (4º lugar no ranking).
23
Quanto aos aspectos normativos o Setor Turístico no Brasil, este é regido pela lei n°
11.771/08, de setembro de 2008. Intitulada como Lei Geral do Turismo dispõe sobre
a Política Nacional de Turismo assim como define as atribuições do Governo Federal
no planejamento, desenvolvimento e estímulo do setor turístico. Além disso, esta lei
disciplina a prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização
dos prestadores de serviços turísticos.
Segundo esta lei, a Política Nacional do Turismo é regida por um conjunto de leis e
normas, voltadas ao planejamento e ordenamento do setor, e por diretrizes, metas e
programas definidos no Plano Nacional do Turismo – PNT, estabelecido pelo Governo
Federal.
A partir da criação do Ministério do Turismo – MTUR no Brasil e o lançamento do PNT,
uma nova política para o setor teve início. Adotou-se um modelo de gestão e
estruturação da oferta descentralizada e participativa, onde produtos turísticos
segmentados são priorizados.
Um dos mais importantes programas em andamento na esfera federal, o Programa
de Desenvolvimento do Turismo - PRODETUR Nacional surgiu a partir do interesse
de diversos estados brasileiros em obter o financiamento para o desenvolvimento
turístico a fim de alcançar as metas do Plano Nacional de Turismo.
O objetivo geral do PRODETUR Nacional é proporcionar o alcance das metas do PNT,
de forma a ampliar o papel desempenhado pelo setor no processo de
desenvolvimento do país e reduzir a desigualdade de renda da população.
A partir dessa linha de financiamento, oriundos principalmente do Banco
Interamericano de Desenvolvimento - BID os investimentos serão direcionados aos
componentes elegíveis, quais sejam:
■ Estratégia de produto turístico;
■ Estratégia de comercialização (informação, distribuição e promoção);
■ Fortalecimento institucional;
■ Infraestrutura e serviços básicos; e
24
■ Gestão ambiental.
Para se dar início às ações do PRODETUR Nacional, os estados e municípios que
aprovaram suas cartas-consulta devem elaborar o Plano de Desenvolvimento
Integrado do Turismo Sustentável – PDITS.
O PDITS é, assim, um instrumento de planejamento e gestão do desenvolvimento do
turismo em sua área de abrangência, de maneira integrada entre as diversas
instituições envolvidas com o turismo, tendo em vista a exploração racional dos
recursos turísticos, respeitando o meio ambiente natural e construído e a identidade
cultural das populações residentes no local em que o turismo acontece.
Neste contexto e com o objetivo de obter financiamento do PRODETUR Nacional, o
município de Goiânia apresenta o PDTIS para a área turística do município de Goiânia.
O documento é composto pelos seguintes capítulos:
Objetivos do PDITS Goiânia – enumera os objetivos gerais e específicos para o
PDITS Goiânia.
Diagnóstico Estratégico de Goiânia – apresenta a análise do mercado turístico, da
infraestrutura básica e dos serviços gerais de Goiânia, do quadro institucional e dos
aspectos socioambientais da Cidade.
Validação da Seleção da Área Turística – constituída pela análise da importância
dos atrativos turísticos, da acessibilidade e conectividade, do nível de uso atual e
potencial, das condições físicas e serviços básicos e do quadro institucional e
aspectos legais da Área Turística. Este capítulo apresenta claramente as áreas
prioritárias para recepção de investimentos no município de Goiânia.
Estratégias de Desenvolvimento Turístico para Goiânia – engloba a definição das
estratégias de turismo para Goiânia, levando em conta a valorização e a exploração
dos principais atrativos; a posição de Goiânia quanto ao desenvolvimento turístico e
sua relação com as ações a serem propostas; o posicionamento turístico desejável e
estratégias de comercialização; a geração de mecanismos de apoio; as infraestruturas
e serviços básicos requeridos; o quadro institucional e as diretrizes socioambientais.
25
Plano de Ação – apresenta a visão geral do conjunto de ações e projetos de
investimento a serem realizados para o alcance dos objetivos do PDITS Goiânia; traz
também o quadro onde são indicados os investimentos totais a serem realizados no
Município; a metodologia utilizada para priorização das ações e a Matriz de
Investimento do PRODETUR Nacional; quadros descritivos das ações elegíveis para
realização durante os dezoito primeiros meses do Programa; identifica os impactos
ambientais positivos e negativos que poderão surgir a partir da implementação das
ações propostas; e apresenta o programa de gestão ambiental;
Mecanismos de Feedback: Acompanhamento e Avaliação do PDITS - indica os
atores e os mecanismos necessários para promover o monitoramento da evolução da
situação do turismo em Goiânia, a avaliação dos resultados, bem como da revisão do
PDITS.
A metodologia adotada para a elaboração deste documento segue a estrutura e
conteúdo constantes nos Termos de Referência para a sua consecução e se baseia
em pesquisas primárias e secundárias de natureza quantitativa e qualitativa. Entre as
pesquisas secundárias utilizadas ressalta-se:
■ Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás – CEFET/GO - Análise do
perfil do turista que visita a cidade de Goiânia, 2008;
■ MTUR - Estudo da Demanda Turística Internacional 2004-2008;
■ MTUR - Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil
2003-2007 – dados referentes à Região Centro-Oeste;
■ SEBRAE/GO e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH/GO - Censo
Hoteleiro 2010 Goiânia-GO, 2010;
■ Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR/ Fundação Getúlio Vargas - FGV-
Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil, 2010.
A utilização destas pesquisas possibilitou grande vantagem ao componente analítico
que permeia o trabalho em função da possibilidade da caracterização de tendências,
uma vez que foram aplicadas em, pelo menos, um espaço temporal de quatro anos
subsequentes. Ademais, tais pesquisas são recentes e sua utilização possibilita o
nivelamento com outros estudos de natureza governamental e privada.
26
As pesquisas primárias realizadas foram direcionadas aos serviços e equipamentos
turísticos, bem como aos atrativos turísticos.
No que tange aos serviços e equipamentos turísticos foram aplicados formulários de
pesquisa no universo que compreende os associados das principais entidades
representativas do trade turístico de Goiânia.
Para a caracterização e a avaliação dos atrativos turísticos foi realizada pesquisa in
loco, seguindo a metodologia proposta nos formulários de pesquisa do Inventário da
Oferta Turística, do Ministério do Turismo.
Ao longo do documento foram utilizados os conceitos constantes nos Manuais de
Segmentação do MTUR1, a saber:
TURISMO CULTURAL “compreende as atividades turísticas relacionadas à
vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e
cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e
imateriais da cultura”.
TURISMO DE SAÚDE “constitui-se das atividades turísticas decorrentes da
utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos”.
TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS “compreende o conjunto de atividades
turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo,
institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social”.
Incluída nesta segmentação está o “TURISMO DE COMPRAS”, subentendido
nos Manuais do MTUR como “relações comerciais associadas a transações de
compra e venda de produtos e serviços”.2
Permeando as segmentações consideradas estão as atividades de Recreação e
Entretenimento que envolve as atividades realizadas em empreendimentos
diversionais tais como parques urbanos, parques de diversões, centros culturais,
shoppings centers, casas de shows e que se relacionam de forma positiva com todos
1http://www.turismo.gov.br/turismo/o_ministerio/publicacoes/cadernos_publicacoes/14manuais.html
2 Ressalta-se, no entanto, que devido as diferenças de perfil de demanda e de oferta o Turismo de Negócios e Eventos e o sub- segmento Turismo de Compras serão tratados separadamente.
27
os segmentos, promovendo o aumento do gasto médio diário e aumento de
permanência do turista no destino. Estes possuem complementaridade e sinergia com
segmentações importantes para Goiânia, destacando-se o Turismo de Negócios e
Eventos.
28
1 OBJETIVOS DO PDITS GOIÂNIA
Para a determinação dos objetivos do PDITS Goiânia, selecionou-se como horizonte
de curto prazo o período de 2011 a 2012 que antecede ao período de realização das
Copas - Confederações e do Mundo - e que também será o período de implantação
das ações prioritárias do PRODETUR Nacional. Como médio prazo foi considerado o
período de 2012 a 2014 e como longo prazo 2014 a 2020, alinhando as previsões do
presente trabalho às estatísticas procedentes dos principais organismos
internacionais a exemplo da WTCC e OMT.
Sendo assim, têm-se como OBJETIVOS GERAIS:
■ Fortalecer o núcleo do produto turístico goianiense, através da qualificação e
diversificação das atividades de lazer e entretenimento;
■ Preparar Goiânia para se tornar um importante destino no segmento de
eventos de negócios.
■ Tornar Goiânia, de fato, o portão de entrada do estado de Goiás;
■ Proporcionar a Goiânia uma marca de imagem turística forte;
■ Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população de Goiânia.
Como OBJETIVOS ESPECÍFICOS, têm-se:
NO CURTO PRAZO (2011-2012):
■ Incentivar o turista nacional de negócios e eventos para a prática do lazer e
recreação;
■ Implantar novos equipamentos de lazer e recreação, desenvolvendo oferta
técnica de alta atratividade;
■ Promover a atração de investimentos privados;
■ Incorporar um modelo de gestão do turismo de base participativa e
compartilhada;
29
■ Dotar a administração pública e o trade turístico de dirigentes e gerentes
capacitados para a gestão do turismo;
■ Aperfeiçoar e expandir os serviços de atendimento ao turista;
■ Promover a educação comunitária e do turista para o turismo e meio ambiente;
■ Viabilizar a ação integrada do município de Goiânia com municípios localizados
em seu entorno;
■ Viabilizar a utilização turística dos parques instalados em Goiânia. Estruturar
os parques urbanos para o turismo.
NO MÉDIO PRAZO (2012-2014)
■ Consolidar Goiânia como portão de entrada do estado de Goiás
■ Viabilizar a oferta técnica de alta atratividade, com a instalação de novos
equipamentos de lazer e recreação;
■ Estruturar o turismo de negócios, com enfoque no turismo de compras;
■ Consolidar o segmento de Turismo de Eventos;
■ Ampliar as condições de acessibilidade via aérea a Goiânia;
■ Conferir melhores condições de mobilidade urbana sustentável;
■ Melhorar a infraestrutura urbana do Centro Histórico;
■ Incentivar a implantação de novos empreendimentos voltados ao turismo
sustentável.
■ Promover a sustentabilidade ambiental das áreas naturais de atração turística.
NO LONGO PRAZO (2014-2020)
30
■ Consolidar Goiânia como destino turístico relevante para o Turismo Nacional
nos segmentos negócios e eventos, saúde e cultural.
■ Qualificar Goiânia para o turismo internacional fortalecendo o produto turístico
e o marketing.
31
2 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE GOIÂNIA E DAS ATIVIDADES
TURÍSTICAS
2.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GERAL DE GOIÂNIA
Goiânia é a capital do estado de Goiás e localiza-se na Região Centro-Oeste do Brasil.
Seu território é limitado ao norte pelos municípios de Inhumas, Santo Antônio de
Goiás, Nerópolis e Goianápolis; ao sul, pelo de Aparecida de Goiânia; a leste, pelo de
Senador Canedo; e a oeste, pelos de Trindade, Abadia de Goiás e Aragoiânia.
FIGURA 1 – LOCALIZAÇÃO DE GOIÂNIA
Fonte: TCBR
Abrange uma área de 739 Km² e possui população de 1.281.975 habitantes, segundo
estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010), sendo o
décimo terceiro município mais populoso do País.
Goiânia desenvolveu-se a partir de um plano urbanístico, tendo sido construída com
o propósito de desempenhar a função de centro político e administrativo do estado de
Goiás. Foi fundada em 24 de outubro de 1933, absorvendo, em 1937, da Cidade de
32
Goiás, a função de Capital do Estado. Foi a segunda capital de estado no Brasil a ser
implantada conforme um projeto urbanístico previamente concebido.
Boa parte das primeiras edificações de grande porte do centro de Goiânia foi
construída no estilo art déco, entre as décadas de 1930 e 1940, e constituem um
acervo significativo do ponto de vista da história da arquitetura brasileira. Por esta
razão, em 2003, partes do núcleo central de Goiânia, bem como do bairro de
Campinas, foram incorporadas oficialmente ao patrimônio histórico e artístico nacional
brasileiro.
Goiânia integra uma Região Metropolitana que engloba treze municípios. É conhecida
como “Grande Goiânia”, que é a região mais expressiva do estado com 34% da
população estadual e aproximadamente 60% de seu Produto Interno Bruto - PIB.
Constitui também o maior mercado gerador de trabalho de Goiás, conferindo-lhe o
status de território mais concentrado economicamente, com destaque especial ao
município de Goiânia. Com um PIB de mais de 17 bilhões (IBGE, 2007), Goiânia é o
município mais rico do estado de Goiás, ajudando-o a estabelecer a posição de
décimo segundo estado mais rico da União.
A Cidade possui uma economia bastante dinâmica devido a sua localização
estratégica no centro de uma grande área agropecuária, integrando o eixo econômico
Goiânia-Anápolis-Brasília. Os setores econômicos em que mais se destaca são o
comércio varejista, as indústrias de alimentos e de confecções e os serviços. É uma
das cidades com menor índice de pobreza e com um dos menores índices de
desemprego do País.
Além dos fatores econômicos, a conservação do meio ambiente contribui para a
qualidade de vida na capital goiana. A Cidade possui taxa de arborização de cerca de
30% do seu território e conta com 209 Unidades de Conservação – UC criadas, de
acordo com informações da Agência Municipal de Meio Ambiente - AMMA, 2010.
Todos estes fatores são favoráveis ao desenvolvimento do turismo. Esta atividade
econômica desponta em Goiânia como uma importante atividade para o
desenvolvimento econômico e social, comprovado pela sua dinâmica.
33
Um dos polos prioritários para investimento em Goiás é o Polo de Negócios e Eventos,
no qual Goiânia está inserida e onde aparece como principal município indutor por ser
considerado hoje como local de concentração de negócios e decisões do Centro-
Oeste e possuir infraestrutura turística e urbana mais consolidada. O governo
municipal também está engajado e acredita no desenvolvimento turístico em Goiânia.
Prova disso foi a elaboração do Plano Municipal de Turismo 2009-2012, desenvolvido
em 2009, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE Goiás, ao qual este PDITS está alinhado.
Diversas são as vantagens competitivas que tornam a Cidade um local de referência,
destacando-se a sua localização: distante 200 km de Brasília e 900 km de São Paulo,
no eixo da Rodovia Belém-Brasília e conectada a sete estradas federais. Por
transporte aéreo, Goiânia tem a distância média mais curta dentre todas as capitais.
O segmento hoteleiro, a infraestrutura de locais para eventos e as parcerias entre as
instituições e entidades representativas do setor também colaboram para o destaque
do Município no cenário nacional.
A cozinha típica goiana se destaca por estar presente em uma ampla rede de
estabelecimentos de alimentação.
Uma grande atratividade que também merece ser destacada em Goiânia está no
turismo de compras oriundo do Pólo de Confecções que atrai compradores em âmbito
regional. Relata-se também a existência do turismo de saúde em Goiânia, cidade que
constitui referência nacional em neurologia, dermatologia, oncologia, oftalmologia e é
bastante procurada para tratamentos médicos em nível nacional.
Mesmo diante deste cenário, o município de Goiânia, ainda, comparece como destino
a se consolidar e que possui tímida participação no panorama nacional, pois recebe
atualmente apenas 1,2% do fluxo doméstico brasileiro (MTUR/FIPE, 2009), mas está
dotado de um grande potencial a ser desenvolvido.
A atividade turística atual em Goiânia está basicamente calcada no segmento de
negócios e eventos, com nítida predominância da motivação “negócios”.
34
Com relação à sua visão no mercado turístico, Goiânia ainda não consegue atingir o
público potencial de visitantes (nacional e internacional) como opção de destinação
turística, visto que não obtém este reconhecimento no momento atual.
O Município, no entanto, está inserido no planejamento de desenvolvimento turístico
estadual e federal e tem sido objeto de tratamento diferenciado, reconhecendo-se o
seu potencial, conforme previsto no PNT 2007-2010, onde Goiânia está apontado
como um dos 65 destinos indutores do turismo.
2.2 MERCADO TURÍSTICO
O Planejamento desenvolvido no âmbito do PRODETUR NACIONAL - enquanto
programa de desenvolvimento do turismo -, está balizado em estudos de demanda
real e potencial, além de contextualizar a competitividade dos produtos de cada área
turística no cenário regional, nacional e internacional.
Tais estudos integram o rol de informações necessárias à efetivação de propostas e
contemplam indicativos de competitividade e variáveis mercadológicas que propiciam
embasamento às análises e proposições que integram o escopo do PDITS e estão
desenvolvidos neste capítulo.
Conforme recomendação do MTUR, portanto, a análise do mercado turístico de
Goiânia foi realizada em função das suas vocações principais, traduzida nos tipos de
turismo e linhas de produto com maior perspectiva e inserção mercadológica.
2.2.1 Análise da Demanda Turística Atual
A análise da demanda turística atual e potencial para o município de Goiânia foi
baseada em pesquisas de dados secundários realizada em documentos oriundos de
órgãos oficiais nos três níveis governamentais e pesquisas primárias de natureza
qualitativa realizadas em agências e operadoras turísticas.
Deve ser ressaltado que o fato de Goiânia não constituir portão de entrada do turismo
internacional, limita de certa forma, os dados disponíveis no que tange à demanda
estrangeira. Não obstante, e tendo em vista que a demanda para Goiânia é
predominantemente de Turismo de Negócios e Eventos, foram inferidas algumas
35
informações, com base na Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos
Internacionais no Brasil para suprir as informações não disponíveis.
A) TENDÊNCIAS NO PERFIL QUANTITATIVO DOS VISITANTES ATUAIS
O fluxo turístico estimado para a Capital do estado de Goiás cresceu entre 2008 e
2010, anos em que se dispõe de estatísticas, a uma média de 4,9% ao ano. Em maio
de 2010, o fluxo anualizado total de turistas em Goiânia alcançou a cifra de 2.506,9
mil, contra 2.279,2 mil em 2008, o que representou para o período um crescimento de
10%, conforme se observa na Tabela seguinte.
Tabela 1 – Goiânia- Fluxo Turístico Total: 2008 e 2010
ANO FLUXO TOTAL
FLUXO TURÍSTICO POR MEIO DE HOSPEDAGEM, EM MILHARES
CASA DE PAR/AMIG
HOTEL POUS. ALOJAM CASA DE APOIO
OUTROS NENHUM
2008 2.279,2 1.002,9 980,1 22,8 91,2 45,6 45,6 91,2 2010 2.506.9 1.103,0 1.077,9 25,1 100,3 50,1 50,1 100,3 Variação no período
10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
Variação anual
4,9% 4,9% 4,9% 4,9% 4,9% 4,9% 4,9% 4,9%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR. Fontes primárias Sebrae-GO e ABIH (2010) e CEFET-GO (2008)
Como se desconhece qualquer estatística sobre contagem de fluxo turístico em
Goiânia, a estimativa deste fluxo se baseou em duas pesquisas, a saber: i) Censo
Hoteleiro 2010 Goiânia-GO (SEBRAE-GO e ABIH, 2010); e ii) Análise do perfil do
turista que visita a cidade de Goiânia (CEFET-GO, 2008).
Empregando-se as estatísticas hoteleiras daquele Censo - oferta de unidades
habitacionais, UH, taxa de ocupação, permanência média, mostradas na Tabela a
seguir - e uma média de 1,75 hóspedes por UH – média de ocupação padrão, obteve-
se, inicialmente, o fluxo turístico hoteleiro de cada ano levantado pelo Censo. Em
seguida, foi calculado o fluxo turístico total da Capital, a partir do percentual de turistas
que se hospedam em hotéis. Finalmente, aplicando-se sobre este total o percentual
de hospedagem de cada meio obteve-se seu respectivo fluxo. Os percentuais de
hospedagens utilizados pelos turistas em Goiânia estão mostrados no Gráfico 1.
36
TABELA 2 – GOIÂNIA- ESTIMATIVA DO FLUXO TURÍSTICO HOTELEIRO: 2008 E 2010
CATEGORIA 2008 2010
UHS TX.OCU
P. PERMAN.
FLUXO TURÍSTICO
UHS TX.OCUP. PERMAN. FLUXO
TURÍSTICO
Simples 2.007 57,0% 2,5 287.498
2.379 57,0% 2,4 361.907
Econômicos 1.452 61,0% 2,5 222.592
1.834 65,0% 2,4 318.156
Turísticos 1.003 58,0% 2,5 146.198
636 61,0% 2,4 103.542
Superior 1.323 76,0% 2,5 252.689
1.204 68,0% 2,4 218.506
Luxo 410 69,0% 2,5 71.096
384 74,0% 2,4 75.839
Total
6.195 64,2% 2,5 980.072
6.437
65,0% 2,4 1.077.949
Considerando-se 1,75 hóspede por UH Fonte: Calculado pela Altran TCBR. Fonte primária Sebrae-GO (2010)
GRÁFICO 1 – GOIÂNIA – TIPO DE HOSPEDAGEM UTILIZADO PELO TURISTA 2008
Fonte: Elaborado pela Altran TCBR. Fonte Primária: CEFET-GO (2008)
Este crescimento deve-se, certamente a uma conjunção de fatores favoráveis como a
estabilidade de preços e o aumento do poder aquisitivo das classes sociais de renda
no País. Estudo recente da Fundação Getúlio Vargas - FGV estimou que, desde 2003,
a renda per capita no País teve um aumento médio de 5,3% ao ano, enquanto a
proporção de brasileiros vivendo abaixo da linha da miséria caiu 43%. Também não
se pode preterir a capacidade empresarial do setor privado em responder ao
crescimento da demanda com a estruturação e ampliação da oferta de equipamentos
44%
43%
1%
4%
2%
2%
4%
Casa de Parentes/Amigos
Hotel
Pousada
Alojamento
Casa de Apoio
Outros
Nenhum
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Participação
37
turísticos, mesmo durante a vigência da crise financeira internacional iniciada no
último trimestre de 2008. Entre 2008 e 2010, a oferta de UH em Goiânia passou de
6.195 para 6.437, representando um crescimento médio de aproximadamente 4% no
período.
Uma estatística que ajuda a mostrar desempenho do setor hoteleiro em Goiânia no
passado mais distante é o tempo de existência dos 152 hotéis levantados e
pesquisados no Censo Hoteleiro 2010 (ibidem), cujos percentuais estão reproduzidos
na Tabela abaixo.
TABELA 3 – GOIÂNIA- TEMPO DE EXISTÊNCIA DOS HOTÉIS, 2008
ANO % ACUMULADO, %
Até 1 6% 6%
1 a 2 5% 11%
3 a 5 16% 27%
6 a 10 26% 53%
11 a 20 27% 80%
Mais de 20 20% 100%
Total 100% Fonte: Elaborado pela Altran TCBR. Fonte primária Sebrae-GO e ABIH (2010)
Percebe-se que 53% do perfil hoteleiro de Goiânia têm menos de 10 anos, o que
significa um crescimento exponencial anual de 4,34% na última década, que fica
acima do crescimento médio do País neste período, 3,1% ao ano.
Considerando-se a inexistência de estatísticas sobre o fluxo turístico estrangeiro em
Goiânia, empregaram-se mais uma vez os dados das duas pesquisas mencionadas
para estimar esse fluxo. E como a pesquisa do CEFET-GO inquiriu sobre a
procedência do turista, a simples multiplicação do percentual de turista estrangeiro
sobre o fluxo total de turista naquela Capital resulta no fluxo, que aparece na Tabela
4, referente ao ano da realização da pesquisa, 2008, onde também são reproduzidos
os percentuais de origem do fluxo turístico doméstico dos principais estados
emissores.
38
TABELA 4 – GOIÂNIA - ORIGEM DO FLUXO TURÍSTICO, 2008
ORIGEM PARTICIPAÇÃO FLUXO TURÍSTICO, MILHARES
Doméstico 98% 2.233,7 Goiás (interior) 33% 752,1
São Paulo 18% 410,3 Mato Grosso 8% 182,3
Tocantins 6% 136,8 Brasília 6% 136,8
Minas Gerais 5% 114,0 Rio de Janeiro 4% 91,2 Outros Estados 18% 410,3
Estrangeiro 2% 45,6
Total 100% 2.279,2 Fonte: Elaborado pela Altran TCBR. Fonte primária CEFET-GO (2008)
B) PERFIL ATUAL DO TURISTA
O Brasil vem conquistando nos últimos anos um novo patamar no mercado turístico
internacional em virtude da priorização conferida ao setor turismo nas políticas
nacionais.
Diante deste cenário, o município de Goiânia comparece como destino ainda por se
consolidar, com baixa participação no panorama nacional, mas que está dotado de
um grande potencial a ser desenvolvido.
Conforme já ressaltado, atividade turística atual em Goiânia está basicamente calcada
no segmento do Turismo de Negócios e Eventos, com predominância da
motivação “negócios”.
Com relação à sua posição no mercado turístico, Goiânia ainda não consegue atingir
o público potencial de visitantes (nacional e internacional) como opção de destinação
turística, visto que não obtém este reconhecimento no momento atual como atesta a
Pesquisa de Demanda empreendida pelo CEFET, 2008. Esta situação pode estar
atrelada à ausência de uma marca de imagem, bem como de atrativos de forte apelo
capazes de conferir força ao núcleo de atratividade turística goianiense.
Embora reconhecendo o potencial turístico local, Goiânia ainda não transformou este
potencial em atratividade e constitui um destino turístico incipiente, se comparado a
outras destinações nacionais e internacionais.
39
O perfil atual do turista de acordo com a pesquisa realizada pelo CEFET em 2008
revela um equilíbrio quanto ao sexo dos turistas pesquisados, uma vez que 57% são
do sexo feminino e 43% masculino.
O levantamento mostrou também que 55% dos turistas viajam sozinhos e os outros
45% acompanhados por familiares, amigos, companheiro ou grupos/excursão,
distribuídos percentualmente conforme o gráfico a seguir. Este perfil, provavelmente,
se justifica pela quantidade de estudantes, comerciantes, vendedores e
representantes de empresas, dentre outros profissionais que a cidade recebe para
congressos, negócios e eventos.
GRÁFICO 2 - VIAJOU ACOMPANHADO (%).
Fonte: CEFET-GO (2008)
No que se refere à renda salarial, o gráfico a seguir evidencia que a maioria dos
entrevistados (43,8%) ganha de 1 a 3 salários mínimos. Outros 19,6% recebem um
percentual de 3 e 5 salários e aqueles que recebem entre 6 a 10 salários totalizam
16,1% dos pesquisados. Já 8,8% dos turistas têm renda mensal de 11 a 20 salários.
Somente 11% desses turistas ganham acima de 20 salários.
GRÁFICO 3 - FAIXA DE RENDA (EM %)
8
17
4
7
9
55
Amigos
Família
Família e Amigos
Grupo / Excursão
Companheiro
Só
0 10 20 30 40 50 60
%
40
Fonte: CEFET-GO (2008)
Verifica-se uma estreita relação entre a renda salarial e os valores consumidos na
cidade. Com base no gráfico a seguir, observa-se que grande parte dos visitantes
(53,4%) gasta de R$10,00 até R$100,00 por dia, correspondendo a um gasto médio
diário de R$58,64 (cinquenta e oito reais e sessenta e quatro centavos). O valor gasto
durante a permanência em Goiânia se resume a compras, ao transporte urbano e a
alimentação.
GRÁFICO 4 - VALOR GASTO POR DIA EM REAIS (EM %)
Fonte: CEFET-GO (2008)
43,8
19,6
16,1
8,6
11,0
0,7
Até 3 Salários
3 a 5
6 a 10
11 a 20
Acima de 20
Não Informou
Faixa de Renda
9,3
7,3
14,6
22,2
11,0
8,8
7,6
5,1
5,4
8,8
Até 10,00
11,00 - 20,00
21,00 - 50,00
51,00 - 100,00
101,00 - 150,00
151,00 - 200,00
201,00 - 300,00
301,00 - 500,00
Mais de 500,00
Não Respondeu
Gasto Diário (%)
41
No tocante ao local de origem do turista, o gráfico abaixo leva a considerar que o
turismo em Goiânia é predominantemente doméstico: 34 % dos turistas são
provenientes do interior do Estado de Goiás e 65,2% vieram de vários outros estados
do Brasil, sendo os principais emissores São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso
e Tocantins.
GRÁFICO 5 - CIDADE DE ORIGEM DOS TURISTAS DE GOIÂNIA
Fonte: CEFET-GO (2008)
Complementarmente, segundo estudo divulgado pela Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo – FIPE/USP em setembro de
2006- Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil, os
principais estados emissores de turistas para o estado de Goiás são SP, GO e MG.
34%
9%
6%5%
2%2%
11%
8%
6%
4%
3%
2,1% 2%
4%
2%Interior de GoiásInterior de SPTOMGMAACSP - CapitalMTBrasília/DFRJBAPAPROutrosExterior
42
GRÁFICO 6 – PRINCIPAIS ESTADOS EMISSORES PARA O ESTADO DE GOIÁS
Fonte: FIPE (2006)
O gráfico a seguir indica que o turista que visita Goiânia, em sua maior parte, está
cursando ou já concluiu algum curso superior (42%). Outra parcela praticamente igual
(40%) tem nível médio, revelando um bom grau de instrução. O restante dos
entrevistados (18%) possui ensino fundamental, incluindo aqueles apenas
alfabetizados.
GRÁFICO 7 - GRAU DE INSTRUÇÃO.
Fonte: CEFET-GO (2008)
Dentre os turistas que vieram a Goiânia via transporte terrestre, 44% utilizaram ônibus
de empresas de linha estadual-interestaduais. Outros 18% utilizaram carro e os 8%
restantes fizeram uso de ônibus de excursão ou fretado, táxi, ambulâncias e/ou vans
32%
29%
22%
8%
3%
2%1%
1% 1% 1%
SP
GO
MG
DF
PR
TO
MT
RJ
BA
RS
42%
40%
18%Superior
Médio
Fundamental
43
de prefeituras de cidades próximas. Com relação ao transporte aéreo (30% do total
pesquisado) foram englobados todos os tipos, tantos vôos comerciais, vôos
domésticos, vôos particulares e fretados. Lembrando que Goiânia ainda não recebe
vôos internacionais.
GRÁFICO 8 - MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO PARA CHEGAR EM GOIÂNIA.
Fonte: CEFET-GO (2008)
A motivação da viagem do turista que visita Goiânia é fortemente orientada para o
turismo de negócios, representando 34% do total de turistas pesquisados. No entanto,
a visita a parentes e amigos também atrai grande parte (24%) desses visitantes. Outra
motivação relevante para 16% dos entrevistados é a participação em Convenções e
Congressos.
Uma motivação importante que também merece destaque é do turismo de saúde com
12% dos entrevistados. De fato, o segmento de Turismo Médico e de Saúde está se
firmando mundialmente e Goiânia vem conferindo especial atenção a esta modalidade
turística. Goiânia possui grande potencial no Turismo de Saúde e constitui referência
regional e nacional na área de saúde em varias especialidades médicas,
principalmente nas áreas de: Cirurgia Bariátrica (Obesidade), Oftalmológicas
Odontológicas, Cirurgia Plástica, Oncologia, Fisioterapia e Neurologia. Em outubro de
2011 ocorreu o 4º Congresso Mundial de Turismo Médico e Saúde Global com a
presença do EMBRATUR e representantes das cidades de Recife, Belo Horizonte,
18%
30%44%
8%
Carro
Avião
Ônibus
Outro
44
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Ribeirão Preto e Goiânia, considerados os
expoentes brasileiros neste setor.3
A infraestrutura oferecida pela cidade, com uma rede hoteleira e gastronômica
diversificada, espaços para eventos, e uma localização privilegiada da cidade no
Centro-Oeste do País, explica a relevância destas motivações.
GRÁFICO 9 - MOTIVAÇÃO
Fonte: CEFET-GO (2008)
O gráfico seguinte indica que um número expressivo de pesquisados já visitou Goiânia
mais de 3 vezes. Isto demonstra algum tipo de relação com a Cidade, podendo ser
comercial, familiar ou de lazer, dentre outras motivações.
3 http://portalturismogoias.com.br,acesso em dezembro de 2011
5%
3%
6%
12%
16%
34%
24%
Recreação e Férias
Compras
Outros
Saúde
Convenções e Congressos
Negócios
Visita a Parentes e Amigos
45
GRÁFICO 10 - FREQUÊNCIA DE VIAGENS
Fonte: CEFET-GO (2008)
No que tange ao tempo de permanência do indivíduo em Goiânia, o gráfico abaixo
demonstra que a maioria dos pesquisados permanecem na cidade entre 3 a 4 dias.
Além desses, um percentual considerável de turistas (9,5%) ficam na cidade por mais
de 20 dias. A permanência média do turista está em torno de 9 dias.
GRÁFICO 11 - PERMANÊNCIA EM GOIÂNIA.
Fonte: CEFET-GO (2008)
De acordo com pesquisas comparativas empreendidas para a realização do presente
estudo, as estatísticas de turismo doméstico mais recente de gasto médio individual
15%
10%
12%63%
1
2
3
Mais de 3 vezes
13,8
17,1
16,4
13,8
7,1
12,1
7,4
2,9
9,5
1 dia
2 dias
3 dias
4 dias
5 dias
6 a 10 dias
11 a 15 dias
16 a 20 dias
mais que 20 dias
Permanência em Goiania
46
diário – GMID, e permanência média diária – PMD, mais adequadas à cidade de
Goiânia são as que correspondem a região Centro-Oeste, levantadas no estudo do
MTUR, 2006, referentes aos anos de 2001 e 2005. Para se chegar a um valor atual,
os dados de 2001 e de 2005 foram atualizados pelo Índice Geral de Preços-Mercados
- IGP-M, da FGV, para valores de 2009 e, em seguida, tomou-se o valor médio de
ambos, resultando num GMID de R$ 58,64 para a região Centro-Oeste e de R$ 45,88
para o Brasil, considerando uma PMD de 9,9 dias.
Quanto ao turista internacional, conforme já ressaltado, observa-se que apenas 2%
da demanda turística para Goiânia é proveniente do exterior. Essa demanda tem como
principal emissor os Estados Unidos, o que corrobora com a Pesquisa do Impacto
Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil (EMBRATUR/FGV, 2010) que aponta
como principal emissor também os Estados Unidos. A motivação principal, tanto em
Goiânia como na pesquisa nacional é o segmento de Negócios e Eventos.
Em função da não disponibilidade de dados para traçar o perfil do visitante
internacional de Goiânia e levando-se em consideração que o principal emissor para
a pesquisa retro mencionada é o mesmo apontado nas pesquisas do CEFET,
considerar-se-á aqui as mesmas características da Pesquisa do Impacto Econômico
dos Eventos Internacionais no Brasil (EMBRATUR/FGV, 2010) no que tange ao perfil
do turista estrangeiro.
Como já salientado, os principais mercados emissores de turistas internacionais para
os eventos no Brasil são os Estados Unidos com 10,84%, seguido pela Argentina
(8,12%), Alemanha (4,29%) e Inglaterra (4,25%). De acordo com o Anuário Estatístico
da EMBRATUR (2008), os 5 principais países emissores de turistas para o Brasil são:
Argentina, EUA, Itália, Alemanha, Chile e Portugal, em ordem crescente. Neste
sentido, é possível avaliar a importância desses mercados - principalmente dos EUA,
Alemanha e Argentina - para o desenvolvimento do turismo brasileiro.
Com relação ao perfil, os entrevistados são, em sua maior parte, do gênero masculino
(65,34%) e casado (60,82%). A faixa etária de 28,96% dos entrevistados é de 35 a 44
anos, seguido de 26,21% com idade entre 45 a 54 anos. Quanto ao grau de instrução,
estes possuem elevado nível de formação: 26,11% possuem curso de mestrado,
enquanto 24,82% concluíram o curso de doutorado.
47
A faixa de renda concentra-se entre US$ 4.001,00 (quatro mil e um dólares) e US$
6.000,00 (seis mil dólares) o que indica o alto do poder aquisitivo dos turistas que
participam de eventos internacionais no Brasil.
Verifica-se que 39,68% têm interesse em permanecer mais dias na cidade-sede no
pré ou pós-evento com uma média de 3,1 dias de desejo de permanência
complementar. Dos entrevistados,76,37% têm intenção de retornar à cidade sede do
evento e92,57% ao Brasil - sendo que 47,13% desejam fazê-lo em até 2 anos.
A maior parte dos turistas pesquisados utilizou o hotel como meio de hospedagem
(96,31%) e 34,83% utilizaram agência de viagens para organizara viagem, enquanto
34,77% deles organizaram a viagem por conta própria, sem pacotes. Observa-se essa
tendência com o uso da internet.
Verifica-se, também, que apenas 61,69% dos entrevistados receberam informações
turísticas detalhadas antes da viagem. Nessa questão, a internet é vista como a fonte
de informação mais consultada (33,71%). Além disso, o organizador do evento
também se destaca como uma importante fonte de informação aos turistas deste
segmento (30,62%).
As atividades pessoais realizadas durante a viagem foram compras e serviços
pessoais (64,70%) e passeios turísticos (40,90%).
Para complementar o perfil fluxo turístico estrangeiro, e suprir a lacuna da incipiência
de dados disponíveis para Goiânia, tomou-se como referência a cidade de Porto
Alegre, por apresentar um perfil semelhante à capital de Goiás em termos
populacionais, cerca de 1,5 milhões de habitantes e, principalmente, por ser
preponderante o turismo de negócios, eventos e convenções.
Os dados de Gasto Médio Diário - GMID e de Permanência Média Diária - PMD de
Porto Alegre foram obtidos do “Estudo de Demanda Turística Internacional”, MTUR
(2009), referentes aos anos de 2004 a 2008. O mesmo procedimento de atualização
monetária foi aplicado ao GMID do turista estrangeiro depois de sua conversão ao
real. Para o período 2004-2008, obteve-se, então, um GMID de R$ 138,58 e uma PMD
de 13,26 dias como inferências para Goiânia.
48
O quadro a seguir sistematiza as características da demanda nacional atual para
Goiânia.
QUADRO 1– PERFIL DA DEMANDA NACIONAL ATUAL PARA GOIÂNIA
INDICADOR CARACTERÍSTICAS
Procedência Predominantemente doméstico (32,8 % do interior do Estado de Goiás e 65,2% de outros estados do Brasil);
Gênero Equilíbrio: (57% são do sexo feminino e 43% masculino); Acompanhamento 55% dos turistas viajam sozinhos
Idade Predominantemente na faixa etária entre 36-45 anos; Grau de instrução 42% está cursando ou já concluiu algum curso superior;
Faixa de Renda 43,8% ganha de 1 a 3 salários mínimos; Apenas11% ganham acima de 20 salários
Principais Emissores Nacionais São Paulo, Brasília, Mato Grosso e Tocantins;
Tipode transporte Predominante Transporte rodoviário (70%)
Hospedagem Preferência pela casa de parentes e amigos na hospedagem principal (44%);
Utilização dos equipamentos de hospedagem
Serviços e equipamentos de hospedagem são utilizados por 43% dos turistas;
Segmentação O turismo de negócios e eventos representa 34% do total
Motivação da Viagem 24%Visita a parentes e amigos, 34% negócios, 16% congressos e convenções; 12% saúde; 4% compras.
Número de visitas Um número expressivo de pesquisados já visitou Goiânia mais de 3 vezes;
Permanência Média A maioria dos turistas hospedados em hotéis permanece na Cidade entre 3 a 4 dias;
Planejamento da Viagem As agências de receptivo foram utilizadas por apenas19% dos pesquisados;
Percepção do Turista
65% reclamam da falta de locais para visitar ou de agências que promovam estes passeios; Afirmam que procuram os atrativos, mas quando se deparam com os mesmos não os consideraram como o tal.
Informações Eminentemente obtidas de amigos e de parentes Gasto Médio Diário R$ 58,64
Sazonalidade
A baixa estação ocorre no contra-fluxo nacional, em janeiro e fevereiro o que pode indicar que Goiânia ainda não está associada às férias tradicionais do brasileiro. Existe oferta ociosa nos finais de semana em virtude da predominância do turismo de negócios
Fonte: elaborado pela Altran TCBR. Fonte primária CEFET-GO (2008) e EMBRATUR/FGV, 2010
O Quadro a seguir sistematiza as características da demanda internacional atual
(tendo como base a Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no
Brasil (EMBRATUR/FGV, 2010) e CEFET/2008.
QUADRO 2– PERFIL DA DEMANDA INTERNACIONAL ATUAL PARA GOIÂNIA
INDICADOR CARACTERÍSTICAS Procedência/ Principais
Emissores Maior parte dos turistas reside nos EUA (10,84%) e na Argentina (8,12%)
49
INDICADOR CARACTERÍSTICAS
Gênero
Maior parte dos entrevistados é do gênero masculino (65,34%), contudo em eventos de “educação, social e esporte” é possível perceber que o público feminino representou quase 50%
Acompanhamento A maioria dos turistas (63,98%) viajou sozinha para participar dos eventos
Idade 28,96% dos entrevistados é de 35 a 44 anos, seguido de 26,21% com idade entre 45 a 54 anos
Grau de instrução 26,11% possuem curso de mestrado, enquanto 24,82% concluíram o curso de doutorado;
Faixa de Renda Concentra-se entre US$ 4.001 e US$ 6.000
Tipode transporte Predominante Avião Hospedagem/ Utilização dos
Serviços de Hospedagem A maior parte dos turistas pesquisados utilizou o hotel como meio de hospedagem (96,31%)
Segmentação Turismo de eventos e negócios
Motivação da Viagem Participação em eventos e negócios
Permanência Média 13,26 dias
Planejamento da viagem 34,83% utilizaram agência de viagens para organizar a viagem,
Percepção do Turista
No caso em que os turistas desejaram permanecer mais tempo noBrasil, o principal motivo esteve relacionado a lazer (65,45%) Para 44,92% dos entrevistados, a imagem em relação à cidade sede do evento melhorou após a viagem, e para 34,22% permaneceu a mesma A maioria deles (76,37%) têm intenção de retorno à cidade sede do evento e 92,57 % têm intenção de retornar ao Brasil; Dentre os principais motivos de retornar ao Brasil, destacam-se o lazer (75,62%) e os negócios (28,97%)
Informações Eminentemente obtidas da internet e dos organizadores de eventos
Gasto Médio Diário R$ 138,58
Sazonalidade
Em virtude da demanda internacional ser predominantemente oriunda do turismo de negócios e eventos não há uma sazonalidade definida. As viagens não se concentram em períodos de alta temporada ( janeiro , fevereiro e julho).
Fonte: elaborado pela Altran TCBR. Fonte primária CEFET-GO (2008) e EMBRATUR/FGV, 2010
C) TENDÊNCIAS DO COMPORTAMENTO E HÁBITOS DE COMPRA DA VIAGEM
Como se observou nos quadros referentes ao Perfil da Demanda Atual, o turista
nacional tem como principal fonte de informação para realização de viagens os amigos
e parentes, já o turista internacional tem na internet sua principal fonte de informações
seguida por informações advindas dos organizadores de eventos.
50
Dos turistas internacionais 34,83% utilizaram agência de viagens para organizar a
viagem, enquanto apenas 19% da demanda nacional planejam as suas viagens por
meio de agências.
A maioria das informações que os turistas nacionais recebem a respeito dos atrativos
turísticos da cidade parte de amigos ou de parentes. Os hotéis estão em terceiro lugar
como meio de informação mais apontado e constituem os únicos componentes do
trade turístico responsáveis pela divulgação da cidade. Diante desses dados, deve ser
apontada a falta de informações de origem profissional que possam revelar o potencial
local.
D) TENDÊNCIA DA ESTRUTURA DO GASTO TURÍSTICO
Conforme a Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil
(EMBRATUR/FGV, 2010) hospedagem, compras, alimentos, cultura e transporte são
os principais responsáveis pelo gasto individual médio diário do turista estrangeiro de
eventos no Brasil, que foi de US$ 285,10. O número é bem superior à média de gastos
de turistas que vêm ao País a negócios (US$ 112,90) e a lazer (US$ 73,40), segundo
estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP), encomendado
pela EMBRATUR, (2007). O gasto médio diário calculado pela ALTRAN TCBR para a
demanda internacional com base em inferências é R$ 138,58.
De acordo com a pesquisa empreendida pelo CEFET, 2008, a maior parte dos turistas
nacionais tem seus gastos relacionados a compras de pequeno valor, ao transporte
urbano e a alimentação.
Conforme já ressaltado no item relativo ao perfil da demanda atual, o gasto médio
diário da demanda nacional é de R$ 58,64.
Quando se refere à questão compras, grande parte dos turistas pesquisados pelo
CEFET 2008 declara ter feito compras na cidade e a maioria deles salientou os preços
baixos e a variedade de produtos em Goiânia. O restante dos pesquisados afirmou
não ter feito compras por falta de tempo, mas que gostariam de retornar com
disponibilidade para essa atividade. Dentre os locais de compras eleitos pelos turistas
em Goiânia destacam-se, os Shoppings da capital, principalmente o Shopping
Flamboyant, e as feiras especiais. As feiras mais citadas pelos entrevistados são Feira
51
Hippie, da Lua, do Sol e Mercado Aberto da Av. Paranaíba. As lojas de roupas e de
calçados fora dos shoppings também foram destacadas pelos pesquisados. As
informações sobre esses locais de compras, assim como as demais informações
obtidas pelos turistas partiram, principalmente, de amigos e de parentes. Nos gráficos
apresentados a seguir, observa-se que os produtos mais comprados pelos turistas
são as confecções e calçados e que os principais locais de compras são os shoppings
seguidos pelas feiras.
GRÁFICO 12 – PRODUTOS COMPRADOS
64%
13%
4%
3%
3% 3%
1%
9%
Roupas/ Calçados
Artesanato
Móveis e Eletro
Equip. Informática
Acessórios e Brinquedos
Comida
Automóvel
Outros
Fonte: CEFET-GO (2008)
52
GRÁFICO 13 – LOCAIS DE COMPRA
26%
22%
11%
7%
6%
5%
5%
5%
2%1% 1%8,9%
Shopping
Feira Aberta
Lojas de Roupas/ Calçados
Campinas
Centro
Fama
Rodoviária e Entorno
Supermercados
Centro de Convenções
Av. 85
Comércio Informal
Outros
Fonte: CEFET-GO (2008)
Com relação à demanda internacional, as atividades de hospedagem e alimentação
foram as mais beneficiadas, absorvendo aproximadamente 61%dos gastos dos
visitantes. Também merece destaque a atividade comercial, com 12% do total dos
gastos realizados pelos turistas. O transporte recebeu 8% dos gastos, os mesmos da
Cultura e Lazer.
Em ambas as demandas - tanto nacional quanto internacional - ressaltam-se a baixa
participação das atividades de entretenimento, lazer e cultura na composição dos
gastos, não obstante a sua grande importância para uma destinação turística. Um
estudo, atualmente em elaboração pelo departamento de economia do Centro de
Excelência em Turismo da Universidade de Brasília – CET/UnB, sob a
responsabilidade da Professora Maria de Lourdes Mollo, demonstra serem estas
atividades responsáveis por altos impactos na geração de postos de trabalho e
desenvolvimento de outras atividades econômicas correlatas - considerando-se 84
atividades relacionadas - perdendo apenas para o item transporte - aéreo e rodoviário
- e alimentação, os quais não dependem apenas da atividade turística.
E) CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL QUALITATIVO DOS SEGMENTOS ATUAIS
A partir das informações destacadas quanto ao perfil da demanda e da oferta pode-
se elencar os segmentos turísticos principais de Goiânia que estão alinhados com a
oferta existente.
53
TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS - Constitui a principal base em que está
assentada a oferta turística do Município expressa por meio de hotéis verticalizados
com características executivas e de localização eminentemente urbana. A “motivação”
negócios é responsável hoje por cerca de 80% da demanda para o segmento de
eventos e negócios, enquanto os eventos respondem apenas por 20%, demonstrando
um potencial a ser explorado; Ainda neste segmento insere-se a atividade de
COMPRAS que motiva a visitação de fluxo considerável de turistas em função do Pólo
de Modas de Goiânia. No entanto, esta última fatia de demanda possui baixa
qualificação, pois, mesmo utilizando-se dos meios de hospedagem existentes no
entorno do pólo de confecções, promovem baixa utilização dos demais elementos da
cadeia produtiva do turismo.
Complementarmente observam-se as seguintes segmentações secundárias:
TURISMO DE SAÚDE - movimenta número considerável de visitantes em busca de
tratamento médico, mas em função de suas especificidades também possui baixo
impacto na cadeia produtiva local.
TURISMO CULTURAL - representado pelo centro histórico, onde se observa um
conjunto patrimonial expressivo característico do movimento art déco, mas que possui
hoje baixa atratividade no que tange ao turismo. Ressalta-se que Goiânia possui 21
edificações e monumentos públicos neste estilo tombados pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
No que tange ao segmento de turismo de saúde, observa-se que este já é uma
segmento consolidado em Goiânia, mas suas perspectivas em termos de geração de
gastos médios diários e impactos na cadeia produtiva do turismo são baixas e por esta
razão não foi considerado um segmento prioritário a ser incentivado nas estratégias
do município.
O quadro apresentado a seguir traz um resumo dos segmentos turísticos atuais, e
suas características em termos qualitativos:
54
QUADRO 3 – MODALIDADES TURÍSTICAS, DEMANDA ATUAL E FRAGILIDADES
MODALIDADE TURÍSTICA
POTENCIAL PONTOS FRACOS IDENTIFICADOS
DEMANDA ATUAL
NEGÓCIOS E EVENTOS (incluindo atividades de COMPRAS)
• 9ª Cidade do País em volume de turismo de negócios crescentes;
• Investimentos na hotelaria neste segmento;
• Número de empresas ligadas a este segmento triplicou em 2006
• Existência de grande pólo de confecções (Campinas e Bernardo Sayão);
• Feiras especiais de repercussão nacional.
• Estruturação do produto deficiente em oferta de equipamentos de lazer e entretenimento;
• Baixa permanência; • Aeroporto não comporta a
chegada de vôos internacionais.
• Baixa utilização da cadeia produtiva do turismo;
• Baixa oferta de estacionamentos e tratamento urbanístico próximos às feiras e lojas.
Regional, nacional e internacional
TURISMO DE SAÚDE
• Pólo Médico de atratividade nacional
• Baixo impacto na cadeia produtiva do turismo.
Regional e Nacional
TURISMO CULTURAL
• Relevante acervo arquitetônico e urbanístico art déco
• Segmentação de baixa representatividade ainda;
• Edificações deterioradas pela ação do tempo;
• Ausência de estacionamentos;
• Acesso viário conturbado; • Deficiência de
equipamentos para portadores de necessidades especiais
Regional e nacional
Fonte: elaborado pela Altran TCBR
F) TENDÊNCIAS DA VALORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA OFERTA ATUAL E DETERMINAÇÃO
DA IMAGEM PERCEBIDA
As imagens percebidas pelos turistas, segundo Kotler, 2006 apresentam-se como a
simplificação de várias associações e informações ligadas à destinação turística.
Constituem, portanto, produto das mentes que tentam processar e “tirar a essência”
de uma série de dados sobre um local.
Neste sentido cabe salientar que a avaliação da maioria dos turistas entrevistados
pelo CEFET, 2008 ainda não associa Goiânia à atividade turística, denotando uma
ausência de identidade ou marca (branding) ou de imagem turística.
Por outro lado, o índice de satisfação com relação à infraestrutura da cidade relatado
na pesquisa supracitada, apresenta uma percepção positiva dos pesquisados,
principalmente no que tange à limpeza urbana, à segurança e à telefonia, uma vez
55
que a grande maioria dos turistas (69%), como evidencia o gráfico abaixo considera
satisfatórios esses serviços urbanos.
GRÁFICO 14 - ÍNDICE DE SATISFAÇÃO COM A INFRAESTRUTURA DE GOIÂNIA
23%
46%
18%
8%5% Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Não utilizei
Fonte: CEFET-GO (2008)
Em contrapartida, a sinalização da cidade apesar de ter sido avaliada como
satisfatória pela maioria (63,47%) dos entrevistados, sofreu várias reclamações
relacionadas principalmente às diferentes denominações atribuídas às ruas e praças
da cidade. Já o trânsito da capital teve o pior desempenho na avaliação do turista.
Entre os entrevistados, (49,88%) declararam-se insatisfeitos com o número de
automóveis nas ruas e com o comportamento dos motoristas.
A pesquisa considerou também o olhar do visitante quanto à infraestrutura turística
tomando como variáveis investigadas, as agências de turismo, os bares e
restaurantes, as informações turísticas, o artesanato/souvenires, as casas diversões
noturnas, a rede hoteleira, os passeios/city-tours, e os guias de turismo.
As pesquisas demonstraram um relevante grau de satisfação de 50% dos turistas com
relação ao setor hoteleiro. Dos entrevistados, 69% também se declararam satisfeitos
com os bares e restaurantes. Já no que se refere às diversões noturnas da capital,
constata-se que 58% dos turistas não usam este equipamento, justificando não dispor
de tempo. Entre aqueles (42%) que utilizam esses serviços, 38% deles demonstram
um relevante grau de satisfação.
56
GRÁFICO 15 – ÍNDICE DE SATISFAÇÃO COM A INFRAESTRUTURA TURÍSTICA DE GOIÂNIA
11%
21%
6%
1%
61%
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Não utilizei
Fonte: CEFET-GO (2008)
Outros serviços tipicamente turísticos tais como os guias de turismo não foram
utilizados por 88% dos turistas. As agências de receptivo foram procuradas por
apenas 19% dos pesquisados e uma porcentagem considerável de turistas (65,06%)
afirmou não ter utilizado qualquer tipo de informação turística. Em decorrência, 65%
dos visitantes declararam que não se interessaram por passeios/city tours e reclamam
da falta de locais para visitar ou de agências que promovam estes passeios. Vários
entrevistados afirmaram que procuram os atrativos, mas ao se deparar com estes não
os consideraram como o tal.
As atratividades da cidade - sua história, objetos, monumentos e tradições que
constroem a identidade local - ainda não são aproveitadas a contento, ou nem mesmo
entendidas e divulgadas como elementos essenciais para a atividade turística.
Esse dado é preocupante e demonstra a forma equivocada de consumo do produto
turístico atual revelando o baixo interesse e atratividade dos atrativos turísticos da
cidade (estreitamente relacionados às qualidades e informações sobre os mesmos),
que por sua vez impactam diretamente nas receitas da localidade receptora.
Os atrativos mais visitados foram os parques e as praças, seguidos dos shoppings e
das diversas feiras especiais, que se distribuem no espaço urbano de Goiânia. O
Zoológico e o Parque Mutirama tiveram os mesmos índices de preferência seguidos
pela Praça Cívica, pelo Centro Histórico e os Museus da cidade.
Esse resultado pode, por um lado, revelar que os atrativos mais procurados como
parques, shopping centers e feiras são os que se sobressaem nos meios de
57
divulgação e promoção da cidade e entre as opções de passeios registradas em guias
ou revistas ligadas ao turismo e lazer. Por outro lado, mostram que o Centro Histórico
e o patrimônio edificado art déco, muitas vezes não exercem atração sobre moradores
e, no entanto, podem apresentar grande interesse para turistas que se encantam com
esse estilo de arquitetura.
No sentido de compreender a satisfação dos pesquisados com a Capital Goiana, os
turistas foram pesquisados sobre o que eles mais gostaram. Neste quesito merecem
destaque a receptividade local além do comércio presente nas Feiras e pólos como
Avenida 24 de Outubro e Avenida Bernardo Sayão. Todavia, parte dos turistas afirmou
que não gostou de nada na cidade.
Ainda em relação à satisfação dos visitantes, cabe destacar o que eles não gostaram
cujas informações estão presentes no gráfico abaixo. Embora uma boa parcela tenha
respondido que não há nada que não tenham gostado, o trânsito e o transporte
coletivo se destacam entre os aspectos que o turista menos gostou na cidade.
Na seqüência, os entrevistados opinaram sobre o que pode ser melhorado. A maior
parte dos entrevistados considera que não há o que ser melhorado. Entretanto, uma
parcela dos pesquisados apontou a necessidade de melhoria no trânsito e na
infraestrutura turística, seguidos do transporte coletivo e aeroporto.
GRÁFICO 16 – O QUE O TURISTA MENOS GOSTOU EM GOIÂNIA
58
39%
21%
9%
9%
6%
6%
4%2%
2% 1% 1%
0,5%
Nada
Trânsito/ Sinalização
Clima
Transporte Coletivo
Infraestrutura
Infraestrutura Turística
Outros
Atendimento no comércio/ ReceptividadeEstrutura Aeroporto/ Rodoviária
Gastronomia e Cultura
Dinâmica da Capital
Infraestrutura Médico-hospitalar
Fonte: CEFET-GO (2008)
Quanto aos atrativos que os turistas destacariam em Goiânia, não foram apontados
atrativos na cidade que tenha sobressaído ao olhar dos visitantes (gráfico seguinte).
Tal fato pode estar indicando um núcleo do produto turístico fraco e/ou a ausência de
uma estratégia de marketing efetiva que gere interesse e atratividade ao destino.
GRÁFICO 17 – ATRATIVOS QUE SE DESTACAM
59
36%
16%10%
9%
9%
7%
4%
4%
2% 1% 1%
0,5%
Nenhum
Parques e Praças
Outros
Praça Cívica, Centro Histórico e MuseusShopping
Bares/ Restaurantes e Boates
Feira Aberta
Zôo e Mutirama
Serra Dourada
Hotéis
Supermercado
Mercado
Fonte: CEFET-GO (2008)
Não obstante, denota-se potencial para o desenvolvimento do turismo uma vez que
71% dos entrevistados afirmaram que indicariam Goiânia como destino turístico.
Assim, percebe-se que os visitantes gostam da cidade, manifestam vontade de voltar,
mas não vêem Goiânia como um destino turístico e muitas vezes não entendem a
amplitude da atividade turística e confundem o turismo com “férias, lazer e
entretenimento”, que são possibilidades dentro da atividade turística.
G) BALANÇO DAS CAMPANHAS DE PROMOÇÃO
A Secretaria Municipal de turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia -
SETURDE realiza campanhas de promoção, assim como a Goiás Turismo que atua
no âmbito estadual. As campanhas realizadas são nacionais e internacionais e seu
material promocional é trilíngue. Participam também de eventos tais como ABAV,
Salão do Turismo, Festival de Gramado, Barcelona Meeting Point, Centro-Oeste Tur,
entre outros eventos do setor turismo.
Não existem pesquisas ou quais quer outro tipo de registros que permitam a medição
da eficácia das mensagens emitidas nas campanhas de promoção dos últimos três
anos.
60
Ademais a SETURDE possui mapa turístico do município. Observa-se que o
município, ainda, não trabalha a promoção segmentada e tampouco estabelece
hierarquias para a sua promoção e comercialização realizando-a de forma
homogênea para todo o mercado.
Ainda não são realizadas, também, pesquisa nos eventos, mas existe um projeto em
elaboração para criar um instituto de pesquisas estadual denominado Instituto de
Pesquisas Turística de Goiás – IPTur do qual a SETURDE fará parte e que decerto
estabelecerá um novo patamar em termos de informações disponíveis para subsidiar
os esforços de marketing municipais.
H) IDENTIFICAÇÃO DO PORTFÓLIO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS
TURÍSTICOS/SEGMENTOS ATUAIS DE DEMANDA
A partir das informações destacadas quanto ao perfil da demanda e da oferta pode-
se elencar os segmentos turísticos principais de Goiânia que possuem maior potencial
de mercado.
O Turismo de Negócios e Eventos tem como principal característica a permanência
em Goiânia para a realização de reuniões de trabalho e atividades de negócios
diversos. Importante salientar que os turistas que se dirigem a Goiânia pela motivação
negócios são um público potencial para o turismo de eventos. Atualmente, os eventos
que ocorrem em Goiânia têm baixo alcance internacional, o que necessita ser alterado
para se promover um maior gasto médio diário e consequentemente, um impacto mais
efetivo na cadeia produtiva do turismo. Ainda no segmento de Negócios e Eventos
destaca-se o Turismo de Compras, que possui características diferenciadas de
demanda e oferta, mas que também possui participação considerável no fluxo turístico
de Goiânia.
Como segmento-alvo futuro para Goiânia, portanto, têm-se o Turismo de Negócios
e Eventos, de forma a manter o Turismo de Negócios em si, a consolidar o Turismo
de Eventos e a qualificar o Turismo de Compras.
Ressalta-se, no entanto que o segmento do Turismo de Negócios e Eventos está
diretamente conectado à capacidade da destinação em oferecer atrativos da oferta
diferencial ou técnica de alta atratividade, uma vez que a seleção da sede para
61
realização de eventos está atrelada tanto à sua estrutura receptiva (infraestrutura
turística) quanto as seus diferenciais mercadológicos em termos de atratividade.
Assim sendo, a consolidação de Goiânia como um destino de eventos passa pela
busca do fortalecimento da sua oferta de lazer e entretenimento, onde pode ser
aproveitado o potencial existente das UCS entre outras possibilidades.
Por outro lado, o desenvolvimento desse núcleo forte de atividades de entretenimento
e lazer poderá não apenas motivar a permanência e a viagem acompanhada dos
turistas de eventos e negócios, mas também poderá contribuir, por si só, na geração
de fluxos majoritários para Goiânia, o que também auxiliará como âncora na criação
de uma marca de imagem efetiva para Goiânia.
Como segmentos complementares do Portfólio Turístico de Goiânia têm-se o Turismo
Cultural e o Turismo de Saúde. O Turismo Cultural ainda possui baixa
representatividade, mas tem potencial de desenvolvimento e o Turismo de Saúde já é
um segmento efetivo, no entanto, possui um baixo impacto na cadeia produtiva do
turismo devido suas peculiaridades.
Assim, o Portfólio de Goiânia pode ser expresso como:
2.2.2 Análise da Demanda Turística Potencial
A) PERFIL DO TURISTA POTENCIAL
62
O perfil desejado de turista para Goiânia parte de duas premissas, quais sejam:
■ Goiânia pode desenvolver um núcleo de produto forte capaz de motivar fluxos
majoritários;
■ O turista de negócios e eventos deve ser mantido e qualificado, uma vez que
possui potencial para realizar pré-tours e pós-tours, motivados pela oferta de
entretenimento e lazer, desde que sejam oferecidos produtos e atividades
motivadoras através de uma competente estratégia mercadológica (de acordo
com a Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais
Realizados no Brasil – 2007/2008, encomendado pelo EMBRATUR à FGV,
mais de 60% dos turistas de eventos internacionais estão dispostos a
despender mais tempo na localidade receptora desde que tenham atividades
a realizar).
Neste sentido, deve ser fortalecido e reestruturado o mercado atual de turismo de
negócios e eventos (com fortalecimento dos eventos e qualificação do turismo de
compras) buscando-se visitantes de perfil de renda mais elevado proveniente de
emissores tradicionalmente mais qualificados e que esteja disposto a estender sua
estadia para a prática de outras atividades. Por outro lado, devem ser oferecidos
produtos novos a mercados novos, visando à introdução de oferta melhor estruturada
de atividades de entretenimento e lazer, com opções complementares no segmento
cultural e de saúde.
De acordo com a Pesquisa do Turismo Doméstico (FIPE/EMBRATUR/MTUR, 2007)
o perfil médio do brasileiro que integra a demanda potencial para viagens domésticas,
viaja em período de férias e possuem as praias brasileiras como destinos preferidos.
Estes correspondem a 38,3% da demanda potencial nacional. A duração de sua
viagem seria de até uma semana. Grande parte destes possíveis viajantes é oriunda
da própria região e apenas 4,7% teriam como destino a Região Centro-Oeste
enquanto Goiás seria o receptor de 2% desta demanda.
Quanto às atividades pretendidas, os passeios para conhecer pontos turísticos estão
na preferência da demanda potencial nacional com 35% do total, seguido de
programas noturnos, bares/restaurantes/discotecas/boates, conhecer pratos e
63
comidas típicas e atividades culturais. Quando a investigação se restringe à principal
viagem dos indivíduos no último ano, a parcela devida a atividades de Lazer como
motivação principal é ainda maior (80,3%). Interessante notar que a motivação Lazer,
mesmo com a restrição de tratar-se da principal viagem, cresce com a renda: passa
de 76,7% na 1ª classe de renda para 85,7% na última, diferença de quase 10 pontos
percentuais.
Por outro lado, reconhecendo que o turismo de eventos é um segmento característico
de rendas altas somado à informação anterior sobre a motivação relativa à atividades
de lazer, depreende-se que os turistas potenciais nacionais para Goiânia devem ser
buscados dos estados brasileiros com maior renda per capita, quais sejam: São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, com destaque para São Paulo e
Distrito Federal que integram tanto a demanda predominante atual para Goiânia como
para o estado de Goiás.
Atenção especial deve ser conferida ao Distrito Federal, uma vez que reúne não
apenas as motivações requeridas, mas também as condições em termos de renda
esperada. Considerando-se as isócronas que englobam a demanda regional em uma
viagem de no máximo 3 horas (que predomina em 70% das viagens mundiais e
nacionais também), Brasília se situaria em sua zona quaternária, ou seja, constitui
uma área com uma demanda reprimida e qualificada para a prática de atividades de
lazer e entretenimento com alta possibilidade de captação. Cabe salientar que as
atividades de lazer e entretenimento também possuem forte ancoragem na população
local, o que lhe confere maior viabilidade e sustentabilidade além de serem
complementares e sinérgicas com o segmento de Negócios e Eventos, foco principal
de Goiânia.
Por outro lado, o turismo de negócios está alicerçado em oportunidades oferecidas
pelo setor privado em virtude da economia da localidade turística receptora e assim é
menos influenciado pelas ações públicas de incentivo ao desenvolvimento do turismo
em geral.
Os eventos profissionais também se destacam neste grupo de motivações das
viagens de negócios. Tais eventos têm sido frequentemente alvo de ações públicas
de desenvolvimento do turismo, incentivando sua realização nas destinações
64
trabalhadas. Contudo, a atração destes eventos apóia-se em dois aspectos principais:
os negócios e o lazer. Neste particular, cumpre salientar que Goiânia, ainda, não
consolidou produtos específicos para esta demanda (negócios/eventos) em especial,
buscando uma motivação para se fazer viajar acompanhado, aumentar seu gasto
médio diário e promover um uso dos equipamentos mais intensivo.
Eventos bem organizados, aliados a uma programação turística opcional, pré e pós-
evento, podem ampliar o número de participantes e acompanhantes. Por outro lado,
o evento em si gera turismo, pois, sendo também atrativo turístico, cria fluxo turístico
por ocasião do retorno do turista ou pela propagação da imagem positiva do lugar,
que pode gerar a vinda de outros turistas. Em termos mundiais, a captação e a
promoção de eventos vêm sendo consideradas as atividades que mais retorno
econômico e social às localidades que os sediam.
Observa-se, portanto, que o turista de eventos é um mercado-meta a ser buscado por
Goiânia, em virtude de suas características específicas em termos de hábitos de
viagem (utilização de hotéis) e gasto médio alto, comparativamente com os outros
segmentos.
A seguir, apresenta-se o quadro comparativo entre o perfil da demanda atual e da
demanda potencial desejada ressaltando-se que não há dados mais precisos para
qualificar, atualmente, a demanda internacional, o que constitui um quesito
fundamental para a futura composição de demanda Goianiense.
QUADRO 4 – PERFIL DO TURISTA POTENCIAL DESEJADO – INTERNACIONAL E NACIONAL
65
TURISTA INTERNACIONAL TURISTA NACIONAL
CARACTERÍSTICA DA VIAGEM
PROCEDÊNCIA Principais países emissores de turistas para eventos no Brasil foram os Estados Unidos, seguidos por Argentina, Alemanha e Inglaterra.
Maiores rendas per capita nacionais e relações de proximidade e demanda atual (São Paulo, Distrito Federal)
PERMANÊNCIA
MÉDIA (DIAS) 13,26 dias (2014) 8,3 dias (2014)
GASTO MÉDIO
DIÁRIO PER
CAPITA
R$ 196,34 (2014) R$ 77,43 (2014)
MOTIVO DA
VIAGEM
Negócios, eventos e convenções (com interesse por lazer)70% Outras motivações: 30%
Negócios, eventos e convenções (com interesse por lazer)60% Outras motivações: 40%
TIPO DE
ALOJAMENTO Hotel/Pousada/Resort 100% Hotel/Pousada/Flat/Resort 60%
Casa de amigos/parentes 40%
MEIO DE
TRANSPORTE Avião 100% Ônibus de linha 40%
Avião 60%
COMPOSIÇÃO
DO GRUPO Preferencialmente grupo de amigos ou famílias
Preferencialmente grupo de amigos ou famílias
ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM FONTE DE
INFORMAÇÃO Principal: Ações de MKT do destino Principal: Ações de MKT do destino
UTILIZAÇÃO DE
AGÊNCIA Pelo menos por 60% da demanda Pelo menos por 40% da demanda
PERFIL SOCIOECONÔMICO GÊNERO Indiferente Indiferente
GRUPO DE
IDADE
PRIORITÁRIO Superior a 30 anos Superior a 30 anos
GRAU DE
INSTRUÇÃO Superior e Pós graduação Superior e Pós graduação
RENDA MÉDIA
MENSAL
FAMILIAR Acima de US$ 10.000,00 Acima de 10 salários mínimos
Fonte: elaborado pela Altran TCBR
B) PREVISÕES DE COMPORTAMENTO FUTURO DA DEMANDA
Como a estabilidade de preços já é uma conquista definitiva da sociedade brasileira,
o crescimento econômico passa, então, ser a variável predominante na determinação
66
do fluxo turístico interno do país. Além do mais, considerando-se que mais de 2/3 da
demanda turística total do estado de Goiás é de procedência doméstica, este estudo
estimou a elasticidade-renda da demanda turística no país, a fim de calcular o impacto
do incremento da renda futura na projeção do fluxo turístico do Estado, tomando-se
com base a estrapolação das taxas de crescimento turístico verificadas no período
estudado.
Para o cálculo da elasticidade-renda da demanda turística, foram empregados dados
de cross section4 para as 27 unidades da federação, em que, por meio da técnica de
análise de regressão, buscou-se estimar uma função entre número de desembarques
totais de passageiros (nacionais e estrangeiros) e PIB per capita dos estados,
referente ao ano 2007. Os resultados da regressão estão ilustrados na tabela a seguir.
TABELA 5 – RESULTADOS DA ANÁLISE DE REGRESSÃO DE DESEMBARQUES DE
PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS BRASILEIROS EM FUNÇÃO DO PIB PER CAPITA
Coefficients
MODEL UNSTANDARDIZED
COEFFICIENTS STANDARDIZED COEFFICIENTS
T SIG.
B STD. ERROR BETA
(Constant) 11,198 0,793 14,124 0,000 LNPPC 1,351 0,422 0,540 3,205 0,004
A Dependent Variable: LNFT
Model Summary
MODEL R R SQUARE ADJUSTED R
SQUARE STD. ERROR OF THE
ESTIMATE
1 0,540(a) 0,291 0,263 1,08638
Descriptive Statistics
N MINIMUM MAXIMUM MEAN STD. DEVIATION
FT 27 101327,00 13780904 1851943,3 2874750,33298
PPC 27 2,67 23,29 7,0057 4,25037
Valid N (listwise) 27
Fonte: Calculado pela Altran TCBR
4Dados cross section são dados de corte
67
Como teoricamente esperado, o poder de explicação, determinado pelo coeficiente de
determinação, R² ajustado, para dados em painéis usualmente são baixos, cabendo-
se avaliar a robustez do modelo pelo sinal esperado dos parâmetros estimados e pelo
teste t de Student. Como, para a estimação do modelo, os dados foram transformados
em logaritmos (LNPPC, logaritmo natural do PIB per capita, e logaritmo natural dos
Desembarques, LNFT), o coeficiente B, no valor de 1,351, corresponde então à
estimativa da elasticidade-renda de demanda turística. Cabendo destacar que, dados
os baixos valores da significância (sig 0,000 para a constante e 0,004 para o
coeficiente angular B), a hipótese nula (H0: B1=0) para ambos parâmetros deve ser
rejeitada.
Tomando-se os desembarques como uma variável próxima da demanda turística, que
no caso do estado de Goiás essa proximidade é quase perfeita – uma vez que o
transporte aéreo é a principal via de acesso do turista (73,4% para o fluxo estrangeiro,
segundo dados da EMBRATUR, 2009), então a estimativa da elasticidade-renda da
demanda indica que um crescimento de 10% no PIB per capita conduz uma elevação
de 13,5% no fluxo turístico demandado.
Foi visto que, entre 2008 e maio de 2010, o fluxo turístico total em Goiânia cresceu a
uma taxa geométrica anualizada de 4,9%, um desempenho que, em média, fica acima
do crescimento econômico mundial e do País neste período, que fora afetado pela
Crise Financeira Mundial de 2008, conforme ilustra a tabela a seguir.
Tabela 6 – Crescimento Econômico Mundial e Brasileiro – 2003/09 (em % ao ano)
DISCRIMINAÇÃO
CRESC. MÉDIO
1995/2002
2003 2004 2005 2006 2007 200
8 2009
CRESC. MÉDIO
2003/2008
Mundo 2,94 2,62 3,90 3,38 4,04 3,78 1,84 -1,40 3,21 Brasil 2,32 1,15 5,72 2,94 3,69 5,41 5,10 -0,20 4,00
Fonte: Até 2008: USDA’s International Macroeconomic Data Set, Disponível em:
http://www.ers.usda.gov/Data/Macroeconomics/. Para 2009: Banco Mundial-FMI e IBGE.
Considerando-se haver um consenso generalizado de que a economia brasileira
logrará nos próximos anos um desempenho, ainda, superior ao verificado nos últimos
anos, impulsionada pelo crescimento das economias emergentes como a China e a
Índia e pelas monções favoráveis de investimentos no Brasil, com os adventos da
68
Copa 2014 e das Olimpíadas Rio-2016, é quase certo que a demanda doméstica
turística crescerá a um ritmo pelo menos igual ao verificado nos últimos anos.
Para calcular o impacto do crescimento econômico futuro do país na sua demanda
turística doméstica foram construídos três cenários econômicos. Os dois primeiros,
denominados conservador e moderado, seguiram uma trajetória de crescimento
decrescente no tempo (do tipo y=xb, com o expoente b<1 e domínio de x>16) em
observância ao princípio básico de exaustão das economias de escalas. De posse
dessa trajetória, foi definido como cenário conservador o equivalente a 70% da taxa
obtida no cenário moderado. Para o cenário otimista, foram adotadas as projeções do
PIB do Governo brasileiro (Ministério da Fazenda e Pesquisa Focus do Banco Central)
de 6,5 % em 2010 e de 5,5% a.a. a partir de 2011, e a expectativa de crescimento do
PIB mundial do corrente ano, de 4,2% a.a. Os resultados projetados de crescimento
do PIB do País de acordo com os cenários imaginados estão apresentados na tabela
abaixo.
TABELA 7 – BRASIL - PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO - 2010/2020
ANO CENÁRIOS
CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
2009(*) -0,002 -0,002 -0,002
2010 5,5% 6,5% 7,0% 2011 4,2% 6,0% 5,5% 2012 4,0% 5,7% 5,5% 2013 3,7% 5,3% 5,5% 2014 3,5% 5,0% 5,5% 2015 3,3% 4,8% 5,5% 2016 3,2% 4,5% 5,5% 2017 3,0% 4,3% 5,5% 2018 2,9% 4,1% 5,5% 2019 2,8% 3,9% 5,5% 2020 2,6% 3,8% 5,5%
Fontes: (*) Observado: IBGE. Projeção: calculada pela Altran TCBR
A partir da projeção do PIB, foi estimada a demanda turística para cada um dos três
cenários, levando-se em consideração a elasticidade-renda da demanda, de 1,35, a
ser aplicada sobre o crescimento incremental do PIB, em relação à média dos anos
2003-2008, e a taxa de crescimento do turismo no Município entre 2008 e 2010, de
4,9%, a ser aplicado ao fluxo turístico doméstico. A tabela abaixo ilustra a demanda
turística resultante desse procedimento.
69
Para a projeção do fluxo estrangeiro no período 2011-14 foram levadas em
consideração as expectativas de chegadas de turistas estrangeiros no País do estudo
do MTUR, (MTUR, 2010). Para os anos 2015 e 2016, em função das Olimpíadas Rio
2016, foram adotadas as mesmas taxas dos anos pré-Copa 2014, e a partir de 2017,
a taxa esperada para 2011. A tabela a seguir reproduz as mencionadas expectativas
do MTUR, assim como as taxas de crescimento derivadas.
TABELA 8 – BRASIL – CHEGADAS DE TURISTAS ESTRANGEIROS - 2008-2014
ANO 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fluxo (milhões) 5,05 4,8 5,1 5,44 5,76 6,18 7,21 Crescimento -5,0% 6,3% 6,7% 5,9% 7,3% 16,7%
Fonte: MTUR (2010)
As taxas resultantes daquele procedimento – mostradas na tabela acima - serão
utilizadas para projetar o cenário otimista do fluxo de turistas estrangeiros em Goiânia.
Para os cenários moderado e conservador, foram adotados os percentuais de 85% e
70%, respectivamente, da taxa otimista.
TABELA 9 - BRASIL – CENÁRIOS DE CRESCIMENTO DE TURISTAS ESTRANGEIROS –
2009/20020
ANO CENÁRIOS
CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA 2009(*) -5,0% -5,0% -5,0% 2010 4,4% 5,3% 6,3% 2011 4,7% 5,7% 6,7% 2012 4,1% 5,0% 5,9% 2013 5,1% 6,2% 7,3% 2014 11,7% 14,2% 16,7% 2015 5,1% 6,2% 7,3% 2016 11,7% 14,2% 16,7%
2017 4,4% 5,3% 6,3%
2018 4,4% 5,3% 6,3%
2019 4,4% 5,3% 6,3% 2020 4,4% 5,3% 6,3%
Fonte: MTUR (2010)
Finalmente, apresenta-se na tabela seguinte a projeção do fluxo turístico em Goiânia
para o horizonte até 2020, segmentado por fluxo doméstico e estrangeiro e por cada
um dos cenários considerados. Pelo cenário moderado, o fluxo total de turistas da
capital goiana passará de um patamar de 2.390,3 mil para 4.456,6 mil entre 2009 e
70
2020, o que implica numa taxa de crescimento anual da ordem de 5,8%, com o fluxo
estrangeiro crescendo a uma média de 7% ao ano, em função dos eventos Copa 2014
e Olimpíadas Rio 2016. Esse desempenho mais elevado permitirá que, no horizonte
de 20 anos, o fluxo estrangeiro aumente sua participação no fluxo turístico da Capital
de 2% para 2,3%, o suficiente para dobrar o fluxo.
TABELA 10– GOIÂNIA – PROJEÇÃO DE FLUXO TURÍSTICO 2009-2020
ANO
NACIONAL ESTRANGEIRO TOTAL
CONSER. MODER. OTIMIST
. CONSER. MODERA OTIMISTA
CONSER.
MODER. OTIMIS
T.
2009* 2.342,5 2.342,5 2.342,5 47,8 47,8 47,8 2.390,
3 2.390,3 2.390,3
2010 2.456,7 2.456,7 2.456,7 50,1 50,3 50,8 2.506,
9 2.507,1 2.507,5
2011 2.584,2 2.644,3 2.626,1 52,5 53,2 54,2 2.636,
6 2.697,5 2.680,3
2012 2.709,0 2.832,8 2.807,2 54,6 55,9 57,4 2.763,
6 2.888,7 2.864,6
2013 2.831,3 3.022,0 3.000,8 57,4 59,3 61,6 2.888,
8 3.081,3 3.062,4
2014 2.951,3 3.211,8 3.207,7 64,1 67,7 71,8 3.015,
4 3.279,5 3.279,6
2015 3.068,9 3.402,0 3.429,0 67,4 71,9 77,0 3.136,
3 3.473,9 3.506,0
2016 3.184,4 3.592,5 3.665,4 75,3 82,1 89,9 3.259,
6 3.674,6 3.755,3
2017 3.297,7 3.783,2 3.918,2 78,6 86,5 95,5 3.376,
2 3.869,7 4.013,7
2018 3.408,8 3.974,0 4.188,4 82,0 91,1 101,5 3.490,
8 4.065,1 4.289,8
2019 3.518,0 4.164,8 4.477,2 85,6 95,9 107,8 3.603,
6 4.260,7 4.585,0
2020 3.625,2 4.355,6 4.785,9 89,3 101,0 114,6 3.714,
6 4.456,6 4.900,5 Relaçã
o 2020/0
9
1,5 1,9 2,0 1,9 2,1 2,4 1,6 1,9 2,1
Tx.Cresc a.a 4,0% 5,8% 6,7% 5,8% 7,0% 8,3% 4,1% 5,8% 6,7%
Fonte: Elaborado por Altran TCBR; Fonte Primária: CEFET-GO (2008) e SEBRAE-GO (2010)
71
GRÁFICO 18– GOIÂNIA - PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO DO FLUXO TURÍSTICO 2009-2010
Fontes: (*) Observado: IBGE e CEFET; Projeção: calculada pela Altran TCBR
C) IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS CRÍTICOS QUE INFLUEM NO PROCESSO DE TOMADA
DE DECISÕES DE COMPRA POR SEGMENTO POTENCIAL E NÍVEL DE EXPECTATIVAS
DOS DIFERENTES SEGMENTOS POTENCIAIS
De acordo com Lage e Milone (2000) alguns fatores são decisivos na motivação da
demanda turística e exercem influência no consumo de um produto turístico. Desta
forma, a demanda não se apresenta de uma única forma, existe uma variação de
acordo com o que é ofertado e segundo a oferta turística (elasticidade, sensibilidade
e sazonalidade).
Com base nesta acepção e partindo do princípio de que Goiânia tem condições de
motivar, além de uma demanda de eventos e negócios outras motivações de
deslocamento, algumas questões observadas podem explicar o porquê do baixo
quantitativo de demanda atual, entre as quais se destaca:
■ A oferta hoteleira existente está quase que totalmente voltada ao perfil
de negócios ou para o turismo de compras; são incipientes os hotéis
estruturados para atividades de lazer e entretenimento;
-
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Mil
ha
res
Nacional Estrangeiro Total
72
■ Existem poucas agências especializadas em receptivo. Algumas
agências de emissivo trabalham com receptivo, mas este equivale a, no
máximo, 10% das vendas totais;
■ Não há marketing direcionado para mercados-meta ou sequer uma
priorização nas comercializações realizadas;
■ De um modo geral, observa-se que os atrativos estudados em Goiânia
não possuem relevância o bastante para caracterizar um produto
turístico forte, de forma a impulsionar o turismo na cidade.
Um dos fatores que contribuem para a baixa captação de eventos, de acordo com a
ex-Coordenadora de Captação do Goiânia Convention & Visitors Bureau - GC&VB
(atual Diretora do Departamento de Qualificação e Pesquisa Turística da SETURDE),
Thatyana Betla, é que a oferta hoteleira atual só comporta eventos simultâneos de, no
máximo, seis mil pessoas em virtude da falta de UHs a serem disponibilizadas. Por
outro lado esta oferta hoteleira não pode sobreviver apenas de eventos, sendo
indicados outros segmentos para atrair demandas diferenciadas e inclusive diminuir a
baixa utilização dos fins de semana. Outro entrave destacado por Tathyana é a malha
aérea deficiente para Goiânia que conta com vôos diretos apenas para São Paulo e
Brasília, mas tal lacuna já está sendo suprida pela Empresa Azul que elegeu Goiânia
como um de seus Hubs5 com 14 vôos diários para capitais brasileiras o que de certo
modificará o cenário de acesso à demanda nacional. Outro grande potencial
vislumbrado para Goiânia refere-se à possibilidade de ser uma sub-sede do Distrito
Federal para a Copa 2014, disponibilizando sua oferta hoteleira, bem como os
atrativos atuais e novos. Esta é uma chance ímpar em termos de planejamento de
marketing que não pode ser desperdiçada.
A oferta turística depende de uma série de fatores como: o preço do produto turístico;
os preços dos fatores de produção; a tecnologia e a qualidade dos serviços ofertados.
No tocante aos preços dos bens e serviços turísticos em Goiânia, observa-se que os
insumos do produto turístico de Goiânia têm preços acessíveis diante de outras
opções turísticas nacionais e internacionais, o que leva a crer que há problemas na
5 Hub é a localidade centralizadora de conexões de vôos.
73
composição do Produto Turístico, bem como ausência de estratégias de
promoção, comercialização e distribuição.
A elasticidade é uma medida da resposta de compradores ou de vendedores a
mudanças nas condições do mercado. A elasticidade-preço da demanda, por sua vez,
mensura a sensibilidade da quantidade demandada de um bem a variações em seu
preço. Quanto à elasticidade-preço de demanda, verifica-se que a demanda nacional
potencial para Goiânia é elástica, ou seja, tem variações negativas em função do
aumento de preços. Não obstante, como a motivação para o lazer do turista potencial
brasileiro cresce em função da renda e este as atividades de lazer e entretenimento
integrarão produtos novos para mercados novos, deve-se, portanto, focar em
mercados emissores de rendas superiores para chegar nesta segmentação com maior
segurança.
A demanda estrangeira específica para Goiânia que encontra na América do Norte,
América do Sul e Europa como principais emissores também são elásticas no que se
refere ao preço. No entanto, o preço não constitui um entrave para o desenvolvimento
do turismo no município, pois embora existam poucos produtos na prateleira
efetivamente para comercialização, os insumos locais (links do produto) não são caros
comparados com similares nacionais.
A sensibilidade por sua vez, mede o nível de aceitabilidade da demanda com relação
aos itens que compõem a experiência de viagem. Conforme já verificado, existe uma
parcela de sensibilidade negativa da demanda atual e potencial principalmente
nacional com relação à infraestrutura de apoio ao turismo, ressaltando-se os
transportes urbanos como principal item negativo. Quanto à infraestrutura turística é
clara a sensibilidade à ausência de programação turística atrativa na cidade.
Complementarmente é importante ressaltar que existe uma grande expectativa da
demanda nacional com relação á atividades de entretenimento e lazer, e, ainda,
existem poucos destinos preparados para este público.
Quanto á sazonalidade cumpre destacar que Goiânia possui um excelente clima,
tendendo mais para um clima quente e com poucas chuvas (outubro a abril), que não
74
concorre com a alta temporada de “sol & mar” brasileira e tem possibilidades de
atividades diversas durante todo o ano.
D) HÁBITOS DE INFORMAÇÃO DE COMPRA DOS SEGMENTOS POTENCIAIS
De acordo com a Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no
Brasil (EMBRATUR/FGV, 2010) 33,71% dos turistas de eventos tiveram a internet
como fonte de informação e 30,62% buscaram o organizador do evento no Brasil para
ter estas informações, além do que 34,8% organizam e adquirem sua viagem através
de agências.
No que tange aos hábitos de informação e compra do mercado nacional as agências
de receptivo são utilizadas por apenas19% da demanda atual e para a demanda
potencial é necessário considerar que o turista brasileiro planeja suas viagens com
antecedência, mas efetiva a compra em cima da hora e prefere montar seus roteiros
sozinhos.
E) CONHECIMENTO E INTERESSE DA DEMANDA POTENCIAL
Goiânia ainda possui pouca força mercadológica quando a motivação sai do campo
“turismo de eventos e negócios“.
Não obstante, está presente hoje nas destinações que o brasileiro mais visita (em
décimo segundo lugar), bem como naquelas que a demanda nacional potencial deseja
visitar (2% da demanda potencial nacional deseja visitar o estado de Goiás).
Por parte da demanda nacional, de uma forma geral, também, já foi demonstrado que
existe interesse que cresce com a renda na prática de atividades de entretenimento e
lazer, desde que sejam oferecidos produtos atraentes e bem planejados. Os turistas
do segmento de negócios e eventos também possuem interesse em estender sua
estadia, caso a oferta turística do destino conte com atrativos voltados ao lazer e
entretenimento.
Não se pode deixar de ressaltar, também, que o estado de Goiás possui alguns
destinos consolidados e em consolidação que já exercem grande atratividade e
podem ser vinculados a Goiânia, fortalecendo sua imagem de Portão de Entrada
Estadual que hoje não é efetiva. Atrativos como a Região das Águas Quentes,
75
Pirenópolis, Cidade de Goiás e a Chapada dos Veadeiros já exercem grande força de
atração regional e nacional, sendo que a Pousada do Rio Quente já considerada um
atrativo internacional. Neste sentido, a intensificação do desejo de viagem para
Goiânia, aproveitando também o fato da cidade ser o novo Hub da empresa aérea
Azul, consiste em um trabalho de marketing que passa pela reconceituação do
portfólio de produtos a serem oferecidos, assim como novas estratégias de acesso
aos mercados-meta, promoção, distribuição e comercialização.
F) IDENTIFICAÇÃO DOS DESTINOS COMPETIDORES
No que tange ao turismo de eventos e negócios o maior expoente nacional e, portanto,
o maior competidor com relação a Goiânia é também o estado de São Paulo, seguido
pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Brasília, também, vem se
notabilizando pela captação de eventos e exerce competitividade direta em função de
sua proximidade devendo ser considerada também como destino competidor á
Goiânia. Porto Alegre, em função de seu porte e características, também compete
diretamente com Goiânia.
Sem dúvida este o mercado de eventos e negócios é um mercado bastante
competitivo e de difícil inserção. No entanto, Goiânia pode se diferenciar por atrativos
de alta qualidade agregados aos eventos, além da cultura tradicional do Centro-oeste
brasileiro com sua culinária característica e receptividade da população local.
Complementarmente, existe na cidade uma tradição no turismo de negócios bem
como serviços de medicina de renome internacional o que auxilia na atratividade de
eventos desta natureza que são predominantes no Brasil. Ao analisar todos os
eventos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR/ Fundação
Getúlio Vargas - FGV na Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais
no Brasil/2010 observa-se que a maior parte deles pertence ao segmento médico
(28%), de tecnologia (17%) e biotecnologia (11%). Observa-se que a cidade do Rio
de Janeiro sediou, em sua maioria, eventos de tecnologia e biotecnologia, enquanto
São Paulo sediou, principalmente, eventos de medicina e educação.
2.2.3 Comportamento do valor agregado do turismo na área turística –
Incremento esperado da receita do turismo, renda derivada, impostos
e empregos gerados
76
A) COMPORTAMENTO FUTURO DO TURISTA QUANTO AO GASTO E ESTADIA MÉDIA
O objetivo aqui é apresentar o volume dos gastos e o tempo de permanência média
dos turistas que visitam a cidade de Goiânia com vistas à determinação da receita
turística e dos impactos macroeconômicos nos médios e longos prazos.
As estatísticas de turismo domésticos mais recentes de gasto médio individual diário
– GMID, e permanência média diária – PMD, mais adequadas à cidade de Goiânia
são as que correspondem a região Centro-Oeste, levantadas no estudo do MTUR
(2006), referentes aos anos de 2001 e 2005. Na tabela a seguir, foram reproduzidas
as estatísticas referentes à Região e ao País como um todo.
Para o cálculo da receita turística do fluxo doméstico a ser apresentado mais à frente
para os anos de 2009 e seguintes, os GMID de 2001 e de 2005 foram atualizados pelo
Índice Geral de Preços-Mercados - IGP-M, da FGV, para valores de 2009 e, em
seguida, tomou-se o valor médio de ambos, resultando num GMID de R$ 58,64 para
a região Centro-Oeste e de R$ 45,88 para o Brasil.
TABELA 11 – REGIÃO CENTRO OESTE E BRASIL: GASTO MÉDIO INDIVIDUAL AO DIA, GMID,
E PERMANÊNCIA MÉDIA, PM
DISCRIMINAÇÃO REGIÃO CENTRO-OESTE BRASIL
2001 2005 MÉDIA 2001 2005 MÉDIA
Gasto Médio Total (R$) 829,47 973,93 901,70 902,55 855,64 879,10 Gasto Médio Individual (R$) 354,47 414,42 384,45 292,09 328,04 310,07
GMID 34,15 44,21 39,18 25,47 36,52 31,00 IGP-M, Ano-base 2009* 53,44 82,82 68,13 53,44 82,82 68,13
GMDI a preços 2009 (R$) 63,90 53,38 58,64 47,66 44,10 45,88 PM (dias) 10,40 9,40 9,90 11,50 9,00 10,25
Fontes: Ministério do Turismo: Caracterização e dimensionamento do turismo doméstico no Brasil
2002 e 2005, FIPE, (*) IPEA-Data, disponível em http://www.ipeadata.gov.br, acessado em
25/04/2010.
Para o fluxo turístico estrangeiro, também não há estatísticas oficiais de turismo para
Goiânia em razão da Cidade ainda não ser considerada um portão de entrada de
turismo receptivo. Para suprir esta lacuna, tomou-se como referência a cidade de
Porto Alegre, por apresentar um perfil semelhante à capital Goiânia em termos
populacionais, cerca de 1,5 milhões de habitantes e, principalmente, por ser
preponderante o turismo de negócios, eventos e convenções. Na tabela a seguir,
77
foram postados os dados de GMID e de PMD de Porto Alegre, obtidos do “Estudo de
Demanda Turística Internacional”, MTUR (2009), referentes aos anos de 2004 a 2008.
O mesmo procedimento de atualização monetária foi aplicado ao GMID do turista
estrangeiro depois de sua conversão ao real. Para o período 2004-2008, obteve-se,
então, um GMID de R$ 138,58 e uma PMD de 13,26 dias a ser empregados no cálculo
da receita turística de 2009 e nas suas projeções para os anos seguintes.
TABELA 12 – PORTO ALEGRE - FLUXO TURÍSTICO ESTRANGEIRO – GASTO MÉDIO
INDIVIDUAL DIA, GMID, E PERMANÊNCIA MÉDIA DIA, PMD
DISCRIMINAÇÃO 2004 2005 2006 2007 2008 MÉDIA 2004-08
GMID (US$) 52,23 56,92 47,75 62,25 50,47 53,92 Taxa de Câmbio * 2,92 2,41 2,17 1,93 1,83 2,25
GMID a preços correntes (R$) 152,36 137,32 103,52 120,14 92,54 121,18
IGP-M, Ano-base 2009* 81,83 82,82 85,99 92,66 101,75 89,01 GMID a preços 2009 (R$) 186,19 165,80 120,38 129,66 90,95 138,59
PMD 12,80 12,60 19,60 10,60 10,70 13,26 Fonte: Ministério do Turismo: Estudo da demanda turística internacional 2004-2008. MTUR (2010) (**)
IPEA-Data, com disponível em http://www.ipeadata.gov.br, acessado em 25/04/2010
Em relação à permanência média do turista em Goiânia, os números apresentados de
9,9 dias para o fluxo doméstico e de 13,26 dias para o estrangeiro podem parecer
maiores do que o esperado para o tipo de turismo desejado para essa Capital, em que
juntando negócios, incluindo compras, e convenção/congresso respondem por 53%
dos motivos do turista que visitam a Cidade.
No entanto, a adequação desses valores pode ser demonstrada a partir dos números
de permanência do turista em Goiânia dessa mesma pesquisa, apresentados na
tabela a seguir. Considerando-se 60 dias como o ponto médio da última faixa do
estudo- mais que 20 dias - resulta numa permanência média de 10 dias, o que
corrobora com os 9,9 dias permanência levantado pelo estudo do MTUR (2006) para
a região Centro-Oeste.
TABELA 13 – GOIÂNIA: PERMANÊNCIA MÉDIA
DIAS (A) FREQ. (B) PRODUTO C=A.B
1 13,8% 0,138
2 17,1% 0,342
3 16,4% 0,492
78
4 13,8% 0,552
5 7,1% 0,355
8 12,1% 0,968
12 7,4% 0,888
18 2,9% 0,522
60 9,5% 5,7
Média (dias) 10,0
Fonte: Elaborado pela Altran /TCBR- Fonte Primária: CEFET-GO(2008).
Para a permanência do turista estrangeiro, procedeu-se, ainda, o cotejamento entre
as estatísticas do MTUR (2009) entre Porto Alegre - a Cidade tomada como referência
para Goiânia - e a capital paulista, ambas apresentando o turismo de negócios,
convenções, congressos e férias como o principal do planejamento estratégico do
turismo. Enquanto que para a Capital gaúcha, a permanência média do turista
estrangeiro resultou em 13,26 dias entre 2004 e 2008, em São Paulo essa média é de
11 dias, mas de 13,34 dias no Brasil como um todo.
B) A RECEITA TURÍSTICA DIRETA
A receita turística direta é simplesmente calculada multiplicando-se o fluxo turístico,
obtido anteriormente, pelo gasto médio individual diário e pela permanência média.
Como foram desenhados três cenários distintos de projeção de fluxo para o período
2010-20, então a receita turística também será estimada para cada um desses
cenários, conforme ilustrada na tabela a seguir:
79
TABELA 14–GOIÂNIA: RECEITA TURÍSTICA DIRETA DO FLUXO NACIONAL, 2009/2020
ANO GMID/MODERADO, R$ PMD RECEITA TURÍSTICA DIRETA, R$ 1.000,00
CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA 2009 58,64 9,90 1.359.979 1.359.979 1.359.979 2010 62,44 9,56 1.466.132 1.466.132 1.466.132 2011 66,22 9,23 1.578.869 1.615.641 1.604.518 2012 69,98 8,91 1.688.491 1.765.676 1.749.723 2013 73,71 8,60 1.794.637 1.915.501 1.902.060 2014 77,43 8,30 1.897.009 2.064.442 2.061.852 2015 81,13 8,01 1.995.363 2.211.889 2.229.433 2016 84,81 7,74 2.089.505 2.357.291 2.405.149 2017 88,48 7,47 2.179.282 2.500.151 2.589.360 2018 92,13 7,21 2.264.581 2.640.028 2.782.439 2019 95,77 6,96 2.345.324 2.776.528 2.984.770 2020 99,39 6,72 2.421.460 2.909.303 3.196.756
Relação 2020/09 1,69 0,68 1,78 2,14 2,35
Tx.Cresc. 4,91% -3,46% 5,38% 7,16% 8,08% Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do MTUR (2006).
Em primeiro lugar, ressalta-se que o valor inicial do GMID, de R$ 58,64, foi atualizado
pela mesma taxa de crescimento do PIB do País, deduzida na seção relativa às
previsões do comportamento futuro da demanda, para levar em conta, de um lado, a
expectativa de crescimento econômico mais acentuado do País e, de outro, uma
provável subestimação do GMID, em função de que sua determinação, a partir da
média dos valores levantados em 2001 e 2005, ocorreu, coincidentemente, em dois
anos de queda expressiva na taxa de crescimento da economia brasileira, quando
comparada ao ano antecedente. Em 2001, o PIB do País cresceu apenas 1,31%,
contra 4,31% em 20006, já em 2005, esta taxa foi de 3,16%, contra 5,71% no ano
anterior.
Em segundo lugar, para considerar uma das tendências mundiais de comportamento
no segmento de turismo de lazer, que é o encurtamento da permanência média em
função do aumento da preferência do gozo de férias em dois períodos, permitido na
legislação trabalhista brasileira, foi aplicada uma taxa de decaimento aos 9,90 dias de
PM inicial, observada na região Centro-Oeste, de modo a levá-la ao final do horizonte
de planejamento, 2020, para um nível de 6,72, que se aproxima da média de
permanência do turismo de negócios, eventos e convenções. Essa tendência favorece
mais ainda o turismo por que, se de um lado diminui a permanência média em alguns
6IPEA, disponível em www.ipeadata.gov.br
80
dias, por outro, duplica a frequência de viagens a lazer do turista, conforme já
ressaltado.
Salienta-se que para os dois primeiros anos da série, as receitas de R$ 1.360 milhões
e de R$ 1.466 milhões são iguais para os três cenários, por se referirem,
respectivamente, aos fluxos observados de turistas dos anos 2009 e 2010 (anualizada
até maio-10). Em termos de crescimento no período e considerando-se como
referência o cenário moderado, a relação entre 2020 e 2009 é de 2,14 vezes e a taxa
de crescimento exponencial no período, de 7,16%,
O cálculo da receita turística decorrente do fluxo estrangeiro está reproduzido na
tabela a seguir para os três cenários, obtidos do produto entre fluxo, GMID e PMD.
Dada a maior taxa de crescimento do fluxo turístico internacional em relação ao fluxo
nacional, a receita turística internacional também crescerá mais do que a nacional,
observada na tabela anterior.
Tomando-se mais uma vez o cenário moderado, ter-se-á em 2014, ano da Copa, uma
receita turística advinda do fluxo receptivo internacional em Goiânia da ordem de R$
176,3 milhões, equivalente a cerca de US$ 100,76 milhões para a cotação atual de
R$/US$ 1,75 (27.08.2010); receita essa que alcançará R$ 392,15 milhões em 2020,
equivalente a 4,46 vezes a observada em 2009, decorrente de uma taxa de
acumulação de 14,6% a.a.
TABELA 15 – GOIÂNIA: RECEITA TURÍSTICA DIRETA DO FLUXO ESTRANGEIRO, 2009/20
ANO GMID/MODERADO, R$ PM, DIAS RECEITA TURÍSTICA DIRETA, R$ 1.000,00
CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
2009 138,59 13,26 87.858 87.858 87.858 2010 145,96 13,26 97.036 97.441 98.308 2011 154,23 13,26 107.319 108.797 110.804 2012 161,94 13,26 117.325 119.949 123.188 2013 171,98 13,26 130.956 135.278 140.362 2014 196,34 13,26 166.951 176.322 186.955 2015 208,51 13,26 186.348 198.856 213.019 2016 238,05 13,26 237.568 259.189 283.730 2017 250,69 13,26 261.135 287.459 317.478 2018 264,01 13,26 287.039 318.813 355.241 2019 278,04 13,26 315.513 353.587 397.495 2020 292,81 13,26 346.812 392.153 444.775
81
ANO GMID/MODERADO, R$ PM, DIAS RECEITA TURÍSTICA DIRETA, R$ 1.000,00
CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
Relação 2020/09 2,11 1,00 3,93 4,46 5,06
Tx.Cresc. 7,04% 0,00% 13,25% 14,57% 15,89%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do MTUR (2010).
Finalmente, aporta-se na tabela abaixo a soma das receitas doméstica e internacional.
Em conjunto e considerando-se o cenário moderado, espera-se que a receita turística
direta na capital Goiânia cresça a uma taxa de 7,8% a.a, fazendo que, entre 2009 e
2020, essa receita seja multiplicada por 2,28 vezes. As evoluções dessa receita e das
outras duas associadas aos cenários conservador moderados e otimista estão
ilustradas na tabela e gráfico a seguir.
TABELA 16 – GOIÂNIA – PROJEÇÃO DA RECEITA TURÍSTICA 2009-2010
ANO RECEITA TURÍSTICA TOTAL, R$ 1.000,00
CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
2009 1.447.837 1.447.837 1.447.837 2010 1.563.168 1.563.573 1.564.440 2011 1.686.188 1.724.438 1.715.323 2012 1.805.816 1.885.625 1.872.912 2013 1.925.593 2.050.779 2.042.423 2014 2.063.960 2.240.764 2.248.807 2015 2.181.711 2.410.745 2.442.452 2016 2.327.073 2.616.480 2.688.879 2017 2.440.416 2.787.611 2.906.839 2018 2.551.620 2.958.841 3.137.679 2019 2.660.837 3.130.115 3.382.265 2020 2.768.272 3.301.457 3.641.531
Relação 2020/09 1,91 2,28 2,52
Tx.Cresc. 6,06% 7,78% 8,75% Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do MTUR (2010).
82
GRÁFICO 19 – GOIÂNIA: PROJEÇÃO DA RECEITA TURÍSTICA 2009-2020, EM R$ 1.000,00
Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do MTUR (2010).
C) RENDA DERIVADA
A estimativa da renda derivada da receita turística e dos investimentos foi calculada
através da multiplicação entre a receita turística direta e o multiplicador de gastos
turísticos, calculado no estudo de Ferreira e Aécio7. Considerando-se 1996 como ano-
base, os autores desse estudo estimaram que para cada R$1,00 de receita direta
gerada pela atividade turística no estado do Ceará, resultava numa receita indireta
R$0,34, ou seja, num multiplicador de gastos de 1,34 para 1996. Para os anos
seguintes, 1997 a 2001, os multiplicadores calculados no respectivo estudo foram:
1997=1,43; 1998=1,53; 1999=1,64; 2000=1,75 e 2001=1,75.
Embora a estrutura econômica do Ceará seja bastante diferenciada da estrutura do
estado de Goiás, espera-se que, do ponto de vista turístico, não haja diferenciais
significativos no espraiamento dos impactos turísticos intersetoriais da economia.
Lembrado que o estudo da OMT/EMBRATUR estimou em 1,75 o valor do multiplicador
de gastos totais do País resultante de cada real em gastos diretos.
7InFERREIRA, Assuério e OLIVEIRA, Aércio. Estruturação da Matriz de Insumo – Produto do turismo do Ceará, Fortaleza, março de 1996
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022
Conservador Moderado Otimista
83
Ressalta-se ainda que, como os multiplicadores estimados por aquele estudo tiveram
um alcance de apenas cinco anos, foi aplicado ao valor do multiplicador inicial, de
1,34, um fator de acumulação que, ao final do horizonte de planejamento deste estudo,
igualará ao seu limite superior, de 1,75.
Para a derivação de renda derivada da receita direta com fluxo estrangeiro, foi
empregado o multiplicador de renda estimado no estudo da FIPE (2001), de 2,85. Os
novos valores desses multiplicadores, denominados “efeito renda”, conjuntamente
com os resultados da renda derivada da receita turística domestica e estrangeira estão
ilustrados na tabela abaixo.
TABELA 17 – GOIÂNIA: PROJEÇÃO DA RENDA DERIVADA DA RECEITA TURÍSTICA 2009-
2020, EM R$ MILHÕES
ANO
RENDA TURÍSTICA NACIONAL RENDA TURÍSTICA ESTRANGEIRA*
EFEITO RENDA
CONSERV. MODERA
DO OTIMISTA CONSER. MODERADO OTIMISTA
2009 1,34 1.822 1.822 1.822 250 250 250 2010 1,37 2.013 2.013 2.013 277 278 280 2011 1,41 2.221 2.273 2.257 306 310 316 2012 1,44 2.433 2.545 2.522 334 342 351 2013 1,48 2.650 2.828 2.809 373 386 400 2014 1,51 2.870 3.123 3.119 476 503 533 2015 1,55 3.093 3.429 3.456 531 567 607 2016 1,59 3.318 3.744 3.820 677 739 809 2017 1,63 3.546 4.068 4.213 744 819 905 2018 1,67 3.775 4.401 4.639 818 909 1.012 2019 1,71 4.006 4.742 5.098 899 1.008 1.133 2020 1,75 4.238 5.091 5.594 988 1.118 1.268
Relação 2020/09 1,31 2,33 2,79 3,07 3,95 4,46 5,06
Tx.Cresc. 2,46% 7,97% 9,79% 10,73% 13,29% 14,57% 15,89%
Fonte: Elaborada pela Altran TCBR. (*) Considerando-se o multiplicador de 2,85 (FIPE, 2001).
Na sequência, ilustra-se no gráfico o comportamento da renda turística ao longo do
período planejado para os dois segmentos de turismo, considerando-se apenas o
cenário moderado.
84
GRÁFICO 20 – GOIÂNIA: PROJEÇÃO DA RENDA DERIVADA DA RECEITA TURÍSTICA 2009-
2020, EM R$ MILHÕES
Fonte: Elaborada pela Altran TCBR
D) IMPACTO FISCAL DOS IMPOSTOS GERADOS
O Impacto Econômico do Turismo no PIB
Denominando-se renda turística como o produto do multiplicador de renda turística
pela receita turística direta, a relação entre renda turística e PIB representará, então,
o impacto da atividade turística no PIB de Goiânia. Na sequência apresenta-se o PIB
do período 2003 a 2009 e, em seguida, a sua projeção para o horizonte 2010-2020,
para efeito do cálculo do impacto.
A tabela abaixo retrata nas primeiras três colunas o PIB de Goiânia e os do estado de
Goiás e do Brasil. Nas duas colunas seguintes, é postada a participação do PIB de
Goiânia em relação ao Estado e ao País, enquanto a última mostra a do Estado em
relação ao Brasil.
No período, observa-se certa constância da participação do PIB da Capital em relação
ao Estado, variando entre 25,12%, em 2003, a 28,71%, em 2008. Em relação ao País,
essa participação evoluiu de 0,63% para 0,67% entre 2003 e 2006, mantendo-se
estável a partir daí.
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022
Nacional Estrangeira
85
TABELA 18 – GOIÂNIA, ESTADO DE GOIÁS E BRASIL – PIB, EM R$ MILHÕES (PREÇOS DE
2009)
ANO GOIÂNIA,
GYN GOIÁS, GO BRASIL, BR GYN/GO GYN/BR GO/BR
2003 15.758 62.734 2.490.186 25,12% 0,63% 2,52% 2004 16.770 65.111 2.632.433 25,76% 0,64% 2,47% 2005 17.100 63.910 2.715.609 26,76% 0,63% 2,35% 2006 18.942 67.979 2.823.067 27,86% 0,67% 2,41% 2007 20.108 73.386 2.995.032 27,40% 0,67% 2,45% 2008* 22.153 77.155 3.148.858 28,71% 0,67% 2,45% 2009* 21.101 77.012 3.143.015 27,40% 0,67% 2,45% Média - - - 27,00% 0,65% 2,44%
Rel 2009/03 1,34 1,23 1,26 1,09 1,06 0,97
Tx Cresc. 5,0% 3,5% 4,0% 1,5% 1,0% -0,5%
Fontes: Calculados a partir de estatísticas do IBGE e IPEA-Data. (*) O PIB de Goiânia e o do
Estado, para 2008 e 2009 foram estimados a partir da participação no PIB do país no ano de
2007.
A tabela seguinte apresenta o PIB de Goiânia para o horizonte de planejamento,
estimado a partir da projeção do PIB do País. Além do crescimento econômico
esperado para o País, foi incorporada à projeção do PIB de Goiânia uma taxa de
crescimento da participação do PIB da Cidade, de modo a passar de 0,67%,
observada em 2009, para 1%, em 2020. Isso significará que, considerando-se o
cenário moderado, o PIB da capital goiana crescerá, entre 2009 e 2020, à taxa de
9,7% a.a., contra 5,0% a.a verificada no período 2003-09.
TABELA 19 – GOIÂNIA E BRASIL - PROJEÇÃO DO PIB, EM R$ BILHÕES - PREÇOS DE 2009
ANO GOIÂNIA, GOI BRASIL, BR
GOI/BR, MODERADO CONSERVADOR
MODERADO
OTIMISTA CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
2009* 21,1 21,1 21,1 3.143,0 3.143,0 3.143 0,67% 2010 23,1 23,3 23,4 3.315,9 3.346,7 3.363,0 0,70% 2011 24,9 25,6 25,6 3.456,3 3.549,1 3.548,0 0,72% 2012 26,9 28,1 28,0 3.593,5 3.750,4 3.743,1 0,75% 2013 28,9 30,7 30,6 3.727,8 3.950,6 3.949,0 0,78% 2014 31,1 33,4 33,5 3.859,4 4.149,9 4.166,2 0,80% 2015 33,3 36,3 36,7 3.988,5 4.348,2 4.395,3 0,83% 2016 35,6 39,3 40,1 4.115,3 4.545,6 4.637,1 0,87% 2017 38,0 42,5 43,9 4.239,8 4.742,1 4.892,1 0,90% 2018 40,6 45,9 48,0 4.362,3 4.937,9 5.161,2 0,93% 2019 43,2 49,5 52,5 4.482,9 5.132,9 5.445,1 0,96% 2020 46,0 53,3 57,4 4.601,7 5.327,2 5.744,5 1,00%
86
ANO GOIÂNIA, GOI BRASIL, BR
GOI/BR, MODERADO CONSERVADOR
MODERADO OTIMISTA CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
Relação 2020/09 2,18 2,52 2,72 1,46 1,69 1,83 1,49
Tx.Cresc. 8,11% 9,70% 10,53% 3,89% 5,42% 6,22% 4,06%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do IPEA-Data/IBGE.
Finalmente, a tabela a seguir reproduz o impacto da renda turística sobre o PIB de
Goiânia para o período de planejamento.
Novamente, tomando-se o cenário moderado, espera-se que nesse período a
participação da renda turística seja multiplicada por 1,19 vezes, passando de 9,82%,
em 2009, para 11,66%, em 2020. Para o País como um todo, o estudo Economia do
Turismo (IBGE, 2006) estimou que, em 2006, as atividades características do turismo
respondiam por 3,6% da economia brasileira.
TABELA 20 – GOIÂNIA: PROJEÇÃO DO IMPACTO DA RENDA DO TURISMO NO PIB MUNICIPAL
ANO CONSERVADOR MODERADO OTIMISTA
2009(*) 9,82% 9,82% 9,82% 2010 9,92% 9,83% 9,79% 2011 10,13% 10,08% 10,05% 2012 10,29% 10,28% 10,25% 2013 10,45% 10,48% 10,47% 2014 10,77% 10,86% 10,89% 2015 10,89% 11,01% 11,08% 2016 11,22% 11,40% 11,54% 2017 11,28% 11,49% 11,66% 2018 11,32% 11,56% 11,77% 2019 11,35% 11,62% 11,87% 2020 11,36% 11,66% 11,95%
Relação 2020/09 1,16 1,19 1,22
Tx.Cresc. 1,45% 1,72% 1,98%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir dos dados disponíveis em tabelas anteriores.
O Impacto Fiscal dos Impostos Gerados
O cálculo do impacto fiscal dos impostos gerados pelas atividades turísticas no PIB
da cidade de Goiânia foi realizado a partir dos passos descritos a seguir.
87
O primeiro consistiu na desagregação da renda turística entre as principais atividades
características do turismo a partir das estatísticas de distribuição dos gastos turísticos
entre essas atividades.
No segundo, foi calculada a arrecadação total de impostos sobre estas atividades
turísticas, tomando-se como referência a estimativa do percentual da carga tributária
sobre o PIB do País.
No terceiro, foi calculado o volume de impostos municipais a partir da estimativa da
participação do Município na carga tributária do País. Dividindo-se o volume de
arrecadação municipal pelo PIB municipal, obtém-se o impacto fiscal do turismo na
economia local.
E por último, foi apresentada a arrecadação total de Goiânia referente ao ano de 2009,
a fim de se deduzir o impacto da receita tributária do turismo na arrecadação fiscal do
Município naquele ano. A distribuição dos gastos turísticos está ilustrada na tabela
seguinte, obtida do estudo da FIPE, referente ao ano 2002. Em função da defasagem
temporal desses dados, foi verificada, a partir da pesquisa Hábitos de Consumo do
Turismo Brasileiro (MTUR, 2007 e 2009), se aquela distribuição ainda se mantinha
válida. Considerando-se que transportes, alimentação e hospedagem são as três
atividades econômicas mais relacionadas ao turismo, observa-se pela pesquisa da
FIPE que essas atividades absorveram 71,2% dos gastos turísticos médios, contra
66,4% verificados no estudo do MTUR.
TABELA 21 – BRASIL - DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS TURÍSTICOS, EM 2002
DISTRIBUIÇÃO DO
GASTO SEM PACOTE COM PACOTE TOTAL
Transporte 43,9% 1,7% 35,6% Alimentação 28,9% 11,6% 25,5% Hospedagem 12,4% 1,0% 10,1%
Pacotes 0,0% 71,1% 14,3% Compras 8,2% 9,2% 8,1% Outros 6,6% 5,4% 6,4%
Fonte: FIPE/USP, 2002
88
TABELA 22 – BRASIL - DISTRIBUIÇÃO DO GASTO DOS TURISTAS DE PACOTES, EM 2007 E
2009
DISTRIBUIÇÃO DO GASTO 2007 2009 VAR. 2009/07
Gasto Total 100,0% 100,0% 0,0% Hospedagem/transporte 48,0% 49,0% 2,0%
Alimentação 17,4% 17,4% 0,1% Passeios turísticos 11,8% 11,8% -0,1%
Presentes 13,1% 11,2% -14,4% Deslocamentos Locais 9,7% 10,6% 9,4%
Fonte. Calculado pela Altran TCBR a partir de dados da Pesquisa de Hábitos 2007-09 do MTUR
De posse dos percentuais de distribuição de gastos turísticos por atividades, calculou-
se o quanto cada uma dessas atividades absorve do total da renda turística, conforme
ilustrado na tabela abaixo.
TABELA 23– GOIÂNIA - RENDA TURÍSTICA - EM R$ MILHÕES 2009/2020 - CENÁRIO
MODERADO
ANO RENDA
TURÍSTICA
DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS E DA RENDA POR ATIVIDADES DO TURISMO
TRANSPORTE ALIMENTAÇÃO HOSPEDAG
EM PACOTES COMPRAS
OUTROS
35,6% 25,5% 10,1% 14,3% 8,1% 6,4%
2009 1.940,1 690,7 494,7 196,0 277,4 157,1 124,2 2010 2.146,7 764,2 547,4 216,8 307,0 173,9 137,4 2011 2.425,7 863,5 618,5 245,0 346,9 196,5 155,2 2012 2.717,6 967,4 693,0 274,5 388,6 220,1 173,9 2013 3.028,2 1.078,0 772,2 305,8 433,0 245,3 193,8 2014 3.390,0 1.206,8 864,4 342,4 484,8 274,6 217,0 2015 3.736,7 1.330,3 952,9 377,4 534,4 302,7 239,2 2016 4.155,3 1.479,3 1.059,6 419,7 594,2 336,6 265,9 2017 4.535,8 1.614,7 1.156,6 458,1 648,6 367,4 290,3 2018 4.932,7 1.756,0 1.257,8 498,2 705,4 399,5 315,7 2019 5.346,4 1.903,3 1.363,3 540,0 764,5 433,1 342,2 2020 5.777,5 2.056,8 1.473,3 583,5 826,2 468,0 369,8 Relação 09/020 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98
Tx.Cresc 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43
%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR. Fonte Primária: MTUR (2007-09) e FIPE (2002)
Como a distribuição da renda apresentada está medida a preços de mercado –
também dito a preços finais – uma vez que essa renda foi deduzida a partir dos gastos
diretos dos turistas, os quais incluem todos os impostos indiretos, então, para
determinar essa renda a custo de fatores, ou seja, sem a incidência da carga tributária,
89
basta dividir a renda a preços finais pelo fator de 1,35, que representa a alíquota média
da carga tributária sobre o PIB do País de 35%, verificada entre 2007 e 2008,
conforme ilustrado na tabela a seguir8.
TABELA 24 – BRASIL –CARGA TRIBUTÁRIA POR ENTIDADE FEDERATIVO, 2007-09
ESFERA PARTICIPAÇÃO NO PIB PARTICIPAÇÃO NA CARGA
2007 2008 MÉDIA 2007 2008 MÉDIA
União 24,4% 24,3% 24,4% 70,0% 69,2% 69,6%
Estados 8,9% 9,3% 9,1% 25,6% 26,4% 26,0%
Municípios 1,5% 1,6% 1,6% 4,4% 4,5% 4,5% Total 34,8% 35,2% 35,0% 100,0% 100,1% 100,1%
Fonte: RFB e CEF para a União e Cotepe p/ estados e Estimativa para municípios
(*) Estimativa preliminares do Ministério da Fazenda
A tabela a seguir ilustra o resultado do procedimento anteriormente mencionado, a fim
de determinar o valor da arrecadação tributária total (federal, estadual e municipal) no
Município e por atividade, a partir da simples diferença entre renda a preços finais e
renda a preços de fatores. Essa diferença está mostrada na última coluna desta
tabela.
TABELA 25 – GOIÂNIA - RENDA TURÍSTICA E ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA TOTAL, EM R$
MILHÕES 2009-20
ANO
RENDA A PREÇOS FINAIS
TRANSPORTE
ALIMENTAÇÃO
HOSPEDAGEM
PACOTES
COMPRAS
OUTROS RENDA A CUSTO DE FATORES
ARRECAD. TOTAL
A 35,6% 25,5% 10,1% 14,3% 8,1% 6,4% B C=A-B 2009 1.940,1 511,6 366,5 145,1 205,5 116,4 92,0 1.437,1 503,0 2010 2.146,7 566,1 405,5 160,6 227,4 128,8 101,8 1.590,1 556,5 2011 2.425,7 639,7 458,2 181,5 256,9 145,5 115,0 1.796,8 628,9 2012 2.717,6 716,6 513,3 203,3 287,9 163,1 128,8 2.013,0 704,6 2013 3.028,2 798,5 572,0 226,6 320,8 181,7 143,6 2.243,1 785,1 2014 3.390,0 894,0 640,3 253,6 359,1 203,4 160,7 2.511,1 878,9 2015 3.736,7 985,4 705,8 279,6 395,8 224,2 177,1 2.768,0 968,8 2016 4.155,3 1.095,8 784,9 310,9 440,1 249,3 197,0 3.078,0 1.077,3 2017 4.535,8 1.196,1 856,8 339,3 480,5 272,1 215,0 3.359,8 1.175,9
8Não se empregou a alíquota estimada em 2009 em função das desonerações fiscais concedidas pelo Governo Federal nesse ano para minimizar a crise financeira internacional no país.
90
ANO
RENDA A PREÇOS FINAIS
TRANSPORTE
ALIMENTAÇÃO
HOSPEDAGEM
PACOTES
COMPRAS
OUTROS RENDA A CUSTO DE FATORES
ARRECAD. TOTAL
A 35,6% 25,5% 10,1% 14,3% 8,1% 6,4% B C=A-B 2018 4.932,7 1.300,8 931,7 369,0 522,5 296,0 233,8 3.653,8 1.278,8 2019 5.346,4 1.409,9 1.009,9 400,0 566,3 320,8 253,5 3.960,3 1.386,1 2020 5.777,5 1.523,6 1.091,3 432,2 612,0 346,7 273,9 4.279,7 1.497,9 Rel.
09/020
2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98
Tx.Cresc 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados citados nos quadros anteriores.
Para determinar o quanto dessa receita tributária total fica com o Município, basta
aplicar sobre a mesma a participação média da carga tributária municipal, de 4,5%.
Este procedimento resultou nos dados postados na tabela seguinte, com a primeira
coluna desse quadro mostrando a soma das arrecadações tributárias que vão para o
município e que são oriundas das atividades características do turismo. Finalmente,
obtém-se o impacto dos tributos na economia municipal pela simples razão entre a
arrecadação municipal advinda do turismo e o PIB municipal, mostrado na última
coluna da referida tabela. O crescimento acelerado das atividades turísticas,
anteriormente admitido, explicam o motivo da duplicação do impacto do turismo no
período de planejamento, de 0,64% em 2009 para 0,75% em 2020.
TABELA 26 – GOIÂNIA -ARRECADAÇÃO FISCAL TURÍSTICA MUNICIPAL TOTAL E POR
ATIVIDADES EM R$ MILHÕES E IMPACTO FISCAL
ANO
ARRECAD. DO
TURISMO
TRANSPORTE
ALIMENTAÇÃO
HOSPEDAGEM
PACOTES COMPRA
S OUTRO
S PIB
MUN. IMPACTO FISCAL
A 35,6% 25,5% 10,1% 14,3% 8,1% 6,4% B C=A/B 2009 134,3 22,4 22,4 22,4 22,4 22,4 22,4 21.101 0,64% 2010 148,6 24,8 24,8 24,8 24,8 24,8 24,8 23.297 0,64% 2011 167,9 28,0 28,0 28,0 28,0 28,0 28,0 25.618 0,66% 2012 188,1 31,4 31,4 31,4 31,4 31,4 31,4 28.069 0,67% 2013 209,6 34,9 34,9 34,9 34,9 34,9 34,9 30.658 0,68% 2014 234,7 39,1 39,1 39,1 39,1 39,1 39,1 33.393 0,70% 2015 258,7 43,1 43,1 43,1 43,1 43,1 43,1 36.279 0,71% 2016 287,6 47,9 47,9 47,9 47,9 47,9 47,9 39.325 0,73% 2017 314,0 52,3 52,3 52,3 52,3 52,3 52,3 42.538 0,74% 2018 341,4 56,9 56,9 56,9 56,9 56,9 56,9 45.928 0,74% 2019 370,1 61,7 61,7 61,7 61,7 61,7 61,7 49.503 0,75%
2020 399,9 66,7 66,7 66,7 66,7 66,7 66,7 53.272 0,75% Rel.
2020/ 09
2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,98 2,52 1,18
91
ANO
ARRECAD. DO
TURISMO
TRANSPORTE
ALIMENTAÇÃO
HOSPEDAGEM
PACOTES COMPRA
S OUTRO
S PIB
MUN. IMPACTO FISCAL
A 35,6% 25,5% 10,1% 14,3% 8,1% 6,4% B C=A/B Tx.Cresc 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 10,43% 8,78% 1,51%
Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados citados nas tabelas anteriores.
Finalmente, tem-se na tabela abaixo a demonstração do impacto da receita tributária
do turismo na arrecadação fiscal do Município, referente ao ano de 2009. Ou seja,
nesse ano, a arrecadação municipal com as atividades turísticas correspondeu a 6,6%
de toda a arrecadação municipal e a 22,2% da receita própria, o que mostra a
importância do turismo na economia da Capital goiana.
TABELA 27 – GOIÂNIA – IMPACTO FISCAL DO TURISMO NA ARRECADAÇÃO MUNICIPAL - EM
2009
ARRECADAÇÃO
TOTAL * RECEITA
TRIBUTÁRIA TRANSFERÊNCIAS OUTRAS
REC.CORRENTES REC. DE CAPITAL
CORRENTES OUTRAS Receita, R$
Milhões 2.027,40 605,93 1.193,70 189,30 74,70 49,50
Participação da Arrec. Turística
6,6% 22,2% 11,3% 70,9% 179,8% 271,3%
Fonte: Receita: Prefeitura de Goiânia - disponível em Fonte: Receitas: Prefeitura de Goiânia, disponível em: http://www.goiania.go.gov.br/Download/transparencia/orcamento/LOA_Receitas/receitasarrecadadas.pdf
Participação: Calculada pela Altran TCBR a partir dos dados da tabela anterior.
E) INCREMENTO DOS EMPREGOS GERADOS
Para calcular o incremento de empregos no período considerado serão utilizados
como referência os parâmetros estimados pela FIPE, segundo os quais cada unidade
habitacional gera 1,5 empregos diretos e 5,5 empregos indiretos. Parâmetros esses
que vêm sendo consensualmente empregados em estudos de planejamento turístico
no País. Por conta disso, esta seção tomou como base os dados trabalhados no Item
“Incremento das Unidades Habitacionais e dos Investimentos Derivados” que trata da
dedução da quantidade de unidades habitacionais da capital goiana referentes ao
período 2009-2010, e da projeção até 2020, a partir das estatísticas de pernoites e de
taxa de ocupação constantes nos estudos do SEBRAE-GO (2010) e do CEFET-GO
(2008).
92
Como já mencionado, de posse da projeção de UHs, a geração de empregos diretos
resulta da simples multiplicação do fator 1,5 pelo número de UHs, enquanto o total de
empregos nas atividades características do turismo advém da aplicação do fator 5,5
sobre o número de empregos diretos. Para o horizonte total, espera-se que sejam
gerados 61.196 novos postos de trabalhos, com quase 2/3 sendo criados nos anos
2014 e 2016, conforme se deduz a partir da última coluna da tabela abaixo.
TABELA 28 – GOIÂNIA – PROJEÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS E EMPREGOS
INCREMENTAIS NO PERÍODO 2009 A 2020
ANO FLUXO
TURÍSTICO PM, DIAS
TX. OCUPAÇÃO
UNID. HABITACIONAIS
EMPREGOS
DIRETOS TOTAIS INCREMENTAIS
2.009 1.027.846 2,47 64,6% 6.146 9.220 50.708 - 2.010 1.078.039 2,73 66,6% 6.924 10.386 57.124 6.417 2.011 1.159.942 3,03 68,7% 8.002 12.003 66.018 8.894 2.012 1.242.135 3,35 70,8% 9.204 13.806 75.934 9.916 2.013 1.324.977 3,71 73,0% 10.545 15.818 86.999 11.065 2.014 1.410.187 4,11 82,0% 11.072 16.608 91.346 4.347 2.015 1.493.774 4,11 64,6% 11.072 16.608 91.346 - 2.016 1.580.073 4,11 75,0% 13.564 20.346 111.904 20.557 2.017 1.663.954 4,11 64,6% 13.564 20.346 111.904 - 2.018 1.747.980 4,11 64,6% 13.564 20.346 111.904 - 2.019 1.832.117 4,11 64,6% 13.564 20.346 111.904 - 2.020 1.916.334 4,11 64,6% 13.564 20.346 111.904 -
Total de empregos gerados 61.196 Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do SEBRAE-GO, CEFET-GO, FIPE e MTUR.
Para efeito de demonstração da robustez da metodologia de determinação de
emprego, cabe comparar a relação entre o número de empregos gerais nas atividades
características do turismo de Goiânia com este número para o estado obtido da
pesquisa do IPTUR (2010) e mostrado na tabela abaixo. Por essa relação, Goiânia
emprega 28,8% total da mão-de-obra empregada nas atividades turísticas do estado
de Goiás. Relação esta que muito se aproxima dos percentuais de participação de
Goiânia na oferta hoteleira do Estado: 27,3% da oferta de UHs e 28,8% do número de
leitos.
93
TABELA 29 – GOIÂNIA E ESTADO DE GOIÁS – EMPREGOS DIRETOS NAS ATIVIDADES
CARACTERÍSTICAS DO TURISMO 2009
DISCRIMINAÇÃO GOIAS, GO GOIANIA, GYN RELAÇÃO GYN/GO
Empregos 31.960 9.220 28,8% Fontes: (*):Elaborado por Altran TCB. Fonte Primária: Goiás: IPTUR (2010) e Goiânia SEBRAE
(2010)
2.2.4 Oferta Turística
A oferta turística é composta por um conjunto de atrativos turísticos e serviços e
equipamentos de alojamento, de alimentação, de recreação e lazer, de caráter
artístico e cultural, social e de outros tipos, capaz de atrair e manter numa determinada
região e por um período determinado de tempo, um público visitante.
O produto turístico é o resultado da junção dos elementos da oferta, ou seja, o
conjunto de bens e serviços, agregados aos atrativos, que estão unidos por uma
relação de interação e interdependência. A característica mais marcante deste tipo de
produto é o fato dele ser imaterial (intangível), pois o que resta após o seu uso é
apenas a experiência vivenciada.
A fim de diagnosticar a situação atual da oferta turística de Goiânia, são analisados a
seguir todos os elementos que compõem esta oferta de acordo com a terminologia
utilizada pelo Ministério do Turismo, no projeto Inventário da Oferta Turística9.
A) ATRATIVOS TURÍSTICOS
Os atrativos turísticos são o conjunto dos recursos naturais e culturais que, em sua
essência, constituem a matéria prima da atividade turística, pois são esses que
provocam o deslocamento de turistas até o destino. A esse conjunto agregam-se os
serviços e equipamentos que são produzidos para dar consistência ao seu consumo,
9 Metodologia apresentada em Inventário da Oferta Turística, Instrumento de pesquisa, publicado pelo Ministério do Turismo, em 2006.
94
os quais compõem os elementos que integram a oferta no seu sentido amplo, numa
estrutura de mercado.
Para a caracterização dos atrativos turísticos de Goiânia foram realizados inicialmente
levantamentos em fontes secundárias com o propósito de definir uma listagem
preliminar dos atrativos constantes na Cidade. Após este levantamento preliminar foi
realizada uma pesquisa in loco, que teve como principal objetivo a avaliação dos
principais atrativos, indicados pela SETURDE, de acordo com o formulário de
pesquisa do Inventário da Oferta Turística, conforme já ressaltado.
Os atrativos visitados tiveram seus pontos de localização marcados no Sistema de
Posicionamento Global (Global Positioning System – GPS), para, posteriormente,
serem transferidos para uma base cartográfica, a fim de fundamentar a compreensão
do espaço geográfico de forma integrada e sistêmica utilizando a tecnologia de
geoprocessamento. Além disso, os atrativos e áreas foram fotografados para registro
dos seus aspectos paisagísticos.
No quadro a seguir, apresenta-se a listagem dos atrativos turísticos de Goiânia
separados por tipos e subtipos. Os atrativos escritos em negrito foram os visitados e
avaliados de acordo com a metodologia do Ministério do Turismo.
QUADRO 5–ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
TIPOS SUBTIPOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
ATRATIVOS NATURAIS
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
1. Bosque dos Buritis;
2. Parque Flamboyant;
3. Parque Mutirama;
4. Parque Vaca Brava;
5. Jardim Botânico;
6. Parque Areião.
ATRATIVOS CULTURAIS SÍTIO HISTÓRICO
7. Praça Cívica (Palácio das Esmeraldas; Edifício da SEPLAN Estadual; Monumento às Três Raças; Museu Zoroastro Artiaga; Coreto; e Centro Cultural Marieta Teles Machado);
8. Avenida Goiás: (Relógio; Obeliscos com luminárias; Grande Hotel - Centro de Memória e Referencia de Goiânia; Monumento ao Bandeirante; Estação Ferroviária);
95
TIPOS SUBTIPOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
9. Rua 20, Centro - conhecida como a primeira Rua de Goiânia;
10. Árvore Moreira: Local de assinatura dos primeiros atos administrativos de Goiânia;
11. Avenida Tocantins (Centro de Cultura e Convenções de Goiânia , Teatro Goiânia);
12. Rua do Lazer.
EDIFICAÇÕES
13. Prédio da Feira de Goiânia (art déco);
14. Palácio das Esmeraldas;
15. Grande Hotel;
16. Centro Cultural Marieta Teles Machado;
17. Colégio Estadual Lyceu de Goiânia;
18. Prédio do IF Goiás;
19. Edifício da SEPLAN Estadual;
20. Estação Ferroviária;
21. Mercado Popular;
22. Catedral Metropolitana de Goiânia;
23. Praça do Avião;
24. Praça do Cruzeiro;
25. Casa da Memória da Justiça Federa/ Sede Provisória do Palácio do Governo.
ATRATIVOS CULTURAIS
OBRAS DE ARTE
26. Monumento às Três Raças;
27. Monumento ao Bandeirante;
28. Monumento à Paz;
29. Museu ao Ar Livre;
30. Viaduto Latif Sebba;
31. Viaduto T-63.
INSTITUIÇÕES CULTURAIS
32. Centro Cultural Marieta Telles Machado (escritório do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Instituto Goiano do Livro, o Cine Cultura, o Museu da Imagem e do Som, a Biblioteca Estadual Pio Vargas, a Biblioteca Braille, a Gibiteca Jorge Braga e Conselho Estadual de Cultura);
33. Museu Goiano Zoroastro Artiaga;
34. Grande Hotel (Centro de Memória e Referencia de Goiânia);
35. Museu de Arte Contemporânea (Parthenon Center);
36. Museu Pedro Ludovico;
37. Museu de Arte de Goiânia;
38. Museu de Ornitologia;
96
TIPOS SUBTIPOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
39. Centro Cultural Oscar Niemeyer;
40. Memorial do Cerrado;
41. Instituto Cultural José Mendonça Teles;
42. Centro Cultural Goiânia Ouro;
43. Museu Antropológico;
44. Centro Cultural Jesco Puttkamer;
45. Instituto Goiano de Pré-história e Arqueologia – IGPA UCG.
FEIRAS E MERCADOS
46. Mercado Municipal de Goiânia – Mercado Central;
47. Mercado Popular;
48. Mercado de Campinas;
49. Mercado da Vila Nova;
50. Mercado Setor Pedro Ludovico;
51. Mercado Centro-oeste.
ATIVIDADES ECONÔMICAS INDÚSTRIAS
52. Polo de Moda Av. Bernardo Sayão;
53. Polo de Moda da Rua 44 – Entorno da Rodoviária;
54. Mercado aberto;
55. Goiás Center Modas;
56. Estação Goiânia;
57. Avenida 85 – Setor Marista
58. Feira Cora Coralina (Rua do Lazer);
59. Feira Hippie;
60. Feira da Lua;
61. Feira do Sol;
62. Feira das Nuvens;
63. Feira do Entardecer;
64. Feira do Cerrado.
ATRAÇÕES TÉCNICAS,
CIENTÍFICAS OU ARTÍSTICAS
PLANETÁRIO 65. Planetário da Universidade Federal de Goiás.
EVENTOS PERMANENTES
FEIRAS E EXPOSIÇÕES 66. Expovestir.
REALIZAÇÕES DIVERSAS
67. Curta Goiânia por Inteiro;
68. Goiânia Canto de Ouro;
97
TIPOS SUBTIPOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
69. Festival Bananada;
70. Goiânia em Cena;
71. Revirada Cultural
72. Goiânia Mostra Curtas;
73. Goiânia Noise Festival;
74. Exposição Agropecuária de Goiás.
Fonte: elaborado pela Altran TCBR. Fonte primária SETURDES , 2010
No geral, a oferta turística presente em Goiânia atende a três segmentos, quais sejam:
■ Turismo de Negócios e Eventos, incluindo atividades de Compras;
■ Turismo Cultural; e
■ Turismo de Saúde.
O segmento de Negócios e Eventos é a principal base do turismo em Goiânia.
Percebe-se sua importância ao analisar a oferta hoteleira principal que é constituída
de meios de hospedagem verticalizados com características executivas e de
localização, eminentemente, urbana.
De acordo com pesquisa do CEFET, 2008, a motivação ”Negócios e Eventos” são
responsáveis por 53% da demanda turística, sendo que desses 64,1% são motivados
por negócios e 30,3% por eventos e 5,6% pelos pólos de confecções.
Goiânia é o município indutor e centralizador do Polo dos Negócios e Eventos definido
no planejamento turístico do estado de Goiás. Além de eventos ligados ao comércio
e indústria (confecções), a cidade sedia congressos e convenções, principalmente
ligados às áreas agropecuária, acadêmica, farmoquímico e de saúde. A oferta de
produtos turísticos ligados aos eventos e negócios em Goiânia se dá, principalmente,
pela dinâmica econômica da cidade e pela possibilidade de sediar e organizar eventos
nacionais e internacionais de médio e grande porte.
Segundo informações fornecidas pelo GC&VB, Goiânia conta com mais de 90.000m²
em espaços para eventos com capacidade para 65.000 pessoas. A oferta de serviços
e equipamentos para eventos em Goiânia será tratada mais a frente.
98
Uma das funções do GC&VB é estimular o incremento do fluxo turístico e a captação
de eventos nacionais e internacionais para Goiânia. Desde o início da atuação do
GC&VB, em 2001, foram captados 64 eventos para Goiânia, sendo 55 nacionais
(86%) e 9 internacionais (14%), conforme apresentado na tabela a seguir.
TABELA 30 – EVENTOS CAPTADOS E APOIADOS PELO GC&VB – 2001/2009
ANO NACIONAL INTERNACIONAL TOTAL
2001 7 1 8
2002 4 2 6
2003 11 1 12
2004 4 - 4
2005 5 - 5
2006 6 1 7
2007 5 - 5
2008 4 2 6
2009 4 2 6
2010 5 5
TOTAL 55 9 64 Fonte: Goiânia Convention & Visitors Bureau, 2010
Até o ano de 2012 são 12 eventos previstos com um público estimado de 34.500
pessoas.
TABELA 31 – EVENTOS PREVISTOS PELO GC&VB – 2011/2012
NACIONAL INTERNACIONAL TOTAL PÚBLICO ESTIMADO
2011 9 9 22.000 pessoas
2012 2 1 3 12.500 pessoas
TOTAL 11 1 12 34.500 pessoas Fonte: Goiânia Convention & Visitors Bureau, 2010
Fazendo-se a relação da capacidade de espaços para eventos na cidade e da
quantidade de eventos captados ou a serem captados, pode-se perceber que este
nicho de mercado ainda possui grande potencial de crescimento, ainda mais se for
considerado que esta modalidade de turismo independe de condições climáticas, o
que favorece a chegada do turista durante todo o ano. No entanto, ressalta-se que um
dos fatores que contribuem para a baixa captação de eventos, é que a oferta hoteleira
atual só comporta eventos, de no máximo, seis mil pessoas, simultaneamente.
99
Uma das ações importantes a ser implementada em Goiânia seria o desenvolvimento
de um plano de captação de eventos, onde deveriam ser identificados esses e outros
gargalos do mercado e definidas metas e estratégias, além de indicar uma estrutura
organizada para captação de maior número de eventos para Goiânia. Seria importante
também a elaboração de um Projeto de Fortalecimento Institucional do GC&VB a fim
de melhorar sua capacidade de atuação.
Com relação aos eventos permanentes, destaca-se a Exposição Agropecuária de
Goiás, por ser uma das mais tradicionais feiras agropecuárias do Brasil. Este evento
acontece todos os anos, no mês de maio, no Parque Exposições Agropecuárias de
Goiânia. Este equipamento, no entanto, deverá ser desativado e está prevista a
implantação de um novo equipamento com os mesmos fins, em área próxima a
barragens do Ribeirão João Leite. As obras ainda não começaram, mas o projeto está
em andamento e constitui-se em investimento da iniciativa privada e do setor público,
segundo a SETURDE. Ressalta-se aqui a força da cultura sertaneja existente em
Goiânia.
Goiânia também possui um calendário de eventos. Para 2010 integraram o calendário
vinte e dois eventos, sendo que 15 aconteceram no 1º semestre e sete para
acontecerem no 2ª semestre. Um dos eventos, o Expovestir, acontece duas vezes,
conforme quadro abaixo.
100
QUADRO 6 – CALENDÁRIO DE EVENTOS DE GOIÂNIA 2010
EVENTO DATA LOCAL
6ª Edição Curta Goiânia por Inteiro Janeiro e Fevereiro Vários locais
Goiânia Canto de Ouro 14 de Janeiro a 10 de Abril Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro
Trash – 5ª Mostra Goiana de Filmes Independentes 15 a 18 de Abril Centro Cultural Goiânia Ouro
Mostra Internacional de Dança Paralelo 21 a 28 de Fevereiro
Teatro Madre Tereza Esperança Garrido (Colégio
Santo Agostinho)
21° Expovestir 18 de Março Centro de Convenções de Goiânia
Goiânia Capital Fitness 25 a 28 de Março Centro de Convenções de Goiânia
15ª Festa da Fantasia 24 de Abril Goiânia Arena
Festival Bananada 22 a 24 de Maio Centro Cultural Martim Cererê
Circuito de Corridas CAIXA 2009 – Etapa Goiânia Maio Parque Areião
Só para mulheres 28 a 30 de Maio Centro de Convenções de Goiânia
65º Exposição Agropecuária do Estado de Goiás e 24° Exposição Internacional de Animais.
14 a 30 de Maio Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia
19º Centro-Oeste Tur-Goiânia 09 de Abril Centro de Convenções de Goiânia
Festival Brasil Sabor 2010 15 de Abril a 22 de Maio Bares e Restaurantes de Goiânia e Interior de Goiás
3° Especialidades – Congresso e Feira Centro- Oeste de Hotelaria, Bares e
Restaurantes. 1 e 2 de Junho Castro’s Park Hotel
22ª Expovestir 10 a 14 de Março e 19 a 23 de Agosto
Centro de Convenções de Goiânia
Goiânia em Cena - Festival Internacional de Artes Cênicas 16 a 26 de Outubro Goiânia Ouro/ Parques e
Praças.
10º Goiânia Mostra Curtas 10 de Setembro Cine Cultura
16º Goiânia Noise Festival 15 a 21 de Setembro Centro Cultural Oscar Niemeyer
Rally Internacional dos Sertões 10 a 21 de Agosto. Área em frente ao Shopping Flamboyant
Micarê Goiânia 2010 Setembro Ginásio Goiânia Arena
Liquida Goiânia 20 de Agosto a 10 de Setembro Em várias lojas
Fonte: SETURDE , 2010
No que diz respeito às atividades de Compras, Goiânia destaca-se como detentora
de um dos principais pólos confeccionistas do Brasil. Segundo dados da Associação
Goiana da Indústria de Confecções e Correlatas – AGICON, Goiânia possui 2,2 mil
101
empresas do ramo de confecções. Produzindo mais de 5 milhões de peças por mês,
o setor se divide entre os segmentos de moda feminina, moda praia, lingerie, moda
infantil e jeanswear. Esta produção diversificada vem conquistando espaço no
mercado nacional e até internacional. Goiânia recebe cerca de 200 ônibus por
semana, ou seja, quase 8 mil pessoas que chegam para comprar roupas para serem
revendidas em cidades do interior goiano ou até mesmo em outros estados. Além
disso, são feitas exportações para outros estados e até outros países.
Além dos Pólos de Confecções – Campinas e Bernardo Sayão – os produtos de
confecção produzidos em Goiânia podem ser adquiridos nas 29 feiras existentes na
Cidade, conforme quadro abaixo.
QUADRO 7 – FEIRAS DE CONFECÇÕES EM GOIÂNIA
FEIRA
ENDEREÇO DIA HORÁRIO NÚMERO DE
BANCAS
St. Sudoeste (Família) Praça C-8 com C-69 Terça 16-22hs 81 St. Bueno T-14 com T38 Quarta 16-22hs 222 Cidade Jardim Praça Abel Coimbra Quarta 16-22hs 510
Estrelas Av. Eng° José M. Filho, St. Novo Horizonte Quarta 16-22hs 290
St. União Rua U-55, com Av. dos Alpes Quinta 16-22hs 221 Cepal Jardim América Praça C-108, Cepal Quinta 16-22hs 300 Felicidade Av. Transbraziliana Quinta 16-22hs 57 Requinte Vila Canaã Sexta 16-22hs 190 Do Amor Al. Moisés Santana, Vl. Redenção Sexta 16-22hs 100 Entardecer Rua 115, Cepal do St. Sul Sexta 16-22hs 240 Monte Cristo Av. Dom Eduardo, St. São José Sexta 16-22hs 200 Jacaré Praça Dom Prudêncio Sexta 16-22hs 107
Imigrantes Praça dos Imigrantes Italianos, Jd. América Sexta 16-22hs 250
Girassóis Av. Circular, St. Pedro Ludovico Sexta 16-22hs 293 Padrão Av. Roma, Jd. Europa Sexta 16-22hs 490 Vera Cruz II Av. Gercina Borges Sexta 16-22hs 145 Vila Nova Av. Cel. Gomes c/ Rua 208 e Av. A Sábado 16-22hs 200 Lua Pça. Tamandaré Sábado 16-22hs 1250 Parque Amazônia Pça. Sem. J. Rodrigues Sábado 16-22hs 170 Feira das Rosas Av. Liberdade, Conj. Riviera Sábado 16-22hs 150 Dos Namorados Av. Gercina B. Teixeira, Vera Cruz I Sábado 16-22hs 200 Cora Coralina Rua 8 (do Lazer) Sábado 08-14hs 30 Hippie Pça. do Trabalhador Domingo 07-14hs 6960 Nuvens Av. Perimetral - St. Coimbra Domingo 16-22hs 524 Sol Pça. Do Sol Domingo 16-22hs 222 Setor Universitário Pça. Universitária Domingo 16-22hs - Feira da Família Pça. C-08 c/ C-69, Sudoeste Domingo 16-22hs 200
102
FEIRA
ENDEREÇO DIA HORÁRIO NÚMERO DE BANCAS
Parque das Laranjeiras Pq. Das Laranjeiras Domingo 16-22hs 150 Mercado Aberto Av. Paranaíba Semanal 09-18hs 1300
Fonte: SETURDE, 2010
As feiras mais famosas pela diversidade de produtos e pelo baixo preço são a do Sol,
da Lua e a feira Hippie, esta última a que possui o maior número de barracas. Nestas
feiras, os mesmos produtos vendidos nos Pólos de Campinas e Bernardo Sayão,
podem ser encontrados por preços menores.
Os grandes problemas encontrados nestas áreas de compras são a falta de
estacionamentos e de segurança. Necessita-se, também de tratamento urbanístico
próximos às feiras e lojas.
Quanto ao Segmento Cultural, Goiânia possui um relevante acervo arquitetônico em
art déco. O conjunto de edificações data das décadas de 30 e 40 e em 18 novembro
de 2003, por meio da portaria de número 507, foram tombados pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, um conjunto de 21 edificações e
monumentos públicos de Goiânia em art déco:
1. Coreto da Praça Cívica;
2. Fontes luminosas;
3. Fórum e Tribunal de Justiça;
4. Residência de Pedro Ludovico Teixeira;
5. Edifício do antigo Departamento Estadual de Informação (atual Museu Zoroastro
Artiaga);
6. Obeliscos com luminárias;
7. Palácio das Esmeraldas;
8. Edifício do antigo Fórum e Tribunal de Justiça (atual sede da SEPLAN)
9. Edifício da antiga Delegacia Fiscal;
10. Edifício da antiga Chefatura de Polícia;
103
11. Edifício da antiga Secretaria geral;
12. Torre do Relógio;
13. Edifício do Tribunal Regional Eleitoral;
14. Edifício do Colégio Estadual Lyceu de Goiânia;
15. Edifício do Grande Hotel;
16. Edifício do Teatro de Goiânia;
17. Edifício da antiga Escola Técnica de Goiânia;
18. Edifício da antiga Estação Ferroviária;
19. Mureta e Trampolim do Lago das Rosas;
20. Edifício do antigo Palace Hotel;
21. Edifício da antiga Subprefeitura e Fórum de Campinas;
Além desses, são tombados o centro original e o traçado viário dos núcleos urbanos
pioneiros de Goiânia.
O Setor Central ou Centro é considerado o setor mais antigo de Goiânia, depois do
Setor Campinas, que já era uma cidade antes de Goiânia e que agora é um bairro. No
Setor Central está a praça mais importante do estado, a Praça Cívica, onde localiza-
se a residência oficial do Governador de Goiás – o Palácio das Esmeraldas.
104
FIGURA 2 – SETOR CENTRAL DE GOIÂNIA
Fonte: Googlemaps, 2011
Além das edificações citadas como tombadas pelo IPHAN, existem inúmeras outras
edificações em art déco que se encontra em estado de deterioração ou escondidas
por letreiros comerciais. Muitas dessas edificações (tanto tombadas como não
tombadas) encontram-se sem uso ou subutilizada, como é o caso da antiga estação
ferroviária.
Para o aproveitamento turístico dessas edificações, percebe-se a necessidade da
revitalização do Centro de Goiânia através de ações de restauração dos prédios
históricos e da criação de instrumentos que incentivem um uso compatível com a
atividade turística – hotéis, restaurantes, centros culturais, etc. – de forma a valorizar
e de conservar o patrimônio histórico goiano.
De acordo com uma avaliação realizada para os 65 destinos indutores do turismo,
realizada pelo MTUR, pela FGV e pelo SEBRAE, as principais fragilidades
encontradas em Goiânia, em termos de turismo, são o marketing e os atrativos
turísticos, este último, avaliado 10 pontos a menos que a média dos atrativos do
Brasil como um todo.
105
De um modo geral, observa-se que os atrativos destacados em Goiânia não possuem
relevância o bastante para caracterizar um produto turístico forte, de forma a
impulsionar o turismo na cidade.
Ressalta-se, também, o potencial de Goiânia no que diz respeito aos serviços e
equipamentos para o lazer e entretenimento. Quanto a isto, destaca-se estudo em
realização pelo CET/UnB, que demonstra o alto impacto das atividades de lazer
(recreativas e culturais) na economia do turismo:
■ É a atividade que mais gera empregos;
■ É a 1ª geradora de rendimentos do trabalho assalariado e autônomo; e
■ É a 2ª geradora de valor adicionado ao PIB.
Portanto, o fortalecimento e a diversificação deste tipo de serviço e equipamento
também devem ser prioritários para Goiânia.
A seguir, são apresentados os mapas dos atrativos turísticos mais relevantes, por tipo,
com a localização de cada um deles por bairro e apresentam-se, também, as fichas
de atrativos turísticos onde estão sistematizadas as informações coletadas em campo
e onde consta a numeração de identificação de cada atrativo localizado nos mapas.
106
MAPA 1 – ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS
107
FICHAS DE ATRATIVOS NATURAIS 1
108
FICHAS DE ATRATIVOS NATURAIS 2
109
FICHAS DE ATRATIVOS NATURAIS 3
110
MAPA 2 – ATRATIVOS TURÍSTICOS CULTURAIS
111
FICHAS DE ATRATIVOS CULTURAIS 1
112
FICHAS DE ATRATIVOS CULTURAIS 2
113
FICHAS DE ATRATIVOS CULTURAIS 3
114
FICHAS DE ATRATIVOS CULTURAIS 4
115
FICHAS DE ATRATIVOS CULTURAIS 5
116
MAPA 3 – ATIVIDADES ECONÔMICAS
117
FICHAS DE ATIVIDADES ECONÔMICAS 1
118
FICHAS DE ATIVIDADES ECONÔMICAS 2
119
FICHAS DE ATIVIDADES ECONÔMICAS 3
120
B) AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS EXISTENTES
Em conjunto com os atrativos turísticos foi também realizada a avaliação dos
equipamentos e serviços turísticos existentes, com o propósito de determinar se a
oferta existente é capaz de satisfazer à demanda atual e potencial.
Esta análise foi realizada referindo-se às diversas segmentações turísticas atuais e
potenciais trabalhadas em Goiânia, onde foram considerados os seguintes
subsetores:
■ Hospedagem;
■ Alimentação;
■ Agenciamento;
■ Transporte;
■ Eventos;
■ Entretenimento e lazer; e
■ Outros serviços e equipamentos turísticos.
Para a avaliação dos serviços e equipamentos turísticos de Goiânia foram procedidos
levantamentos secundários na internet e em órgãos municipais e estaduais. Além
disso, foram aplicadas pesquisas junto a esses empreendimentos com o objetivo de
caracterizar e avaliá-los quantitativa e qualitativamente. A metodologia, os resultados
e os formulários utilizados encontram-se no ANEXO 1 deste documento.
Ao final de cada análise são apresentados mapas ilustrativos de concentração dos
serviços e equipamentos turísticos.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM
121
A avaliação dos serviços e equipamentos de hospedagem teve como base o Censo
Hoteleiro, 2010 – Goiânia, elaborados pela Associação Brasileira da Indústria de
Hotéis – ABIH Goiás em parceria com o SEBRAE. Além desse estudo, a avaliação,
também, foi embasada nos resultados da pesquisa com a oferta turística empreendida
especificamente para o PDITS Goiânia.
Ressalta-se, no entanto, que o campo de análise do Censo Hoteleiro 2010 envolveu
152 estabelecimentos, sendo 12 hotéis de rede, e o campo de análise da pesquisa do
PDITS envolveu apenas aqueles empreendimentos associados a ABIH Goiás, 21 dos
38 no total. Todos os empreendimentos estão localizados em área urbana da cidade
de Goiânia.
De acordo com a pesquisa empreendida para o PDITS, 74% dos empreendimentos
entrevistados são hotéis e 24% são apart-hotel ou flat.
Quanto a categoria dos empreendimentos, segundo o Censo, 2010, 61% são de
categoria simples, 23% categoria econômica e 16% estão divididos nas demais
categorias, conforme gráfico abaixo.
GRÁFICO 21 – CATEGORIA DOS EMPREENDIMENTOS HOTELEIROS
61,18%
23,03%
5,92% 7,89%
1,97%0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Simples(*) Econômico(**) Turístico(***) Superior(****) Luxo(*****)
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010(ABIH/SEBRAE)
Fazendo o cruzamento da informação quanto às categorias com a informação dos
setores com maior concentração de estabelecimentos hoteleiros - Norte Ferroviário
(28%) e Centro (20%) – podem-se inferir que boa parte dos estabelecimentos de
122
categoria simples atendem, principalmente, ao público do turismo de Compras
(Turismo de Negócios e Eventos).
Segundo os dados apresentados no Censo, 2010, a média de Unidades Habitacionais
- UHs e leitos por estabelecimento de cada categoria hoteleira é a seguinte:
■ Categoria simples: média de 25,5 UHs e 63 leitos por estabelecimento;
■ Categoria econômica: média de 52,4 UHs e 132,6leitos por
estabelecimento;
■ Categoria turística: média de 70,6 UHs e 165,3 leitos por estabelecimento;
■ Categoria superior: média de 100,3 UHs e 236leitos por estabelecimento;
e
■ Categoria luxo: 128 UHs e 271,3 leitos por estabelecimento.
Portanto, os meios de hospedagem existentes nesses bairros, Norte Ferroviário e
Centro, e que atendem ao público de Compras são estabelecimentos, em sua
maioria, de pequeno porte, com baixa oferta de UHs e leitos. Possuem administração
familiar.
No que diz respeito aos estabelecimentos pesquisados exclusivamente para o PDITS,
onde todos são associados a ABIH, percebe-se uma grande diferença quanto a
quantificação por categoria, sendo que 46% são da categoria econômica, quase 30%
da categoria superior, 13,5% da categoria turística, 8,11% luxo e 2,7 simples. Todos
os meios de hospedagem das categorias luxo e superior são associados a ABIH.
123
GRÁFICO 22 – CATEGORIA DOS EMPREENDIMENTOS HOTELEIROS ASSOCIADOS A ABIH
2,70%
45,95%
13,51%
29,73%
8,11%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Simples(*) Econômico(**) Turístico(***) Superior(****) Luxo(*****)
Fonte: ABIH, 2010
Quanto ao número total de UHs e leitos ofertados em Goiânia, observou-se um
crescimento entre 2008 e 2010, de 3,9% e 18% respectivamente, conforme tabela
abaixo.
TABELA 32 – OFERTA DE UHS E LEITOS 2008/2010
2008 2010 CRESCIMENTO % Leitos 13.215 15.626 18,2% UHs 6.195 6.437 3,9%
Fonte: Base de dados do Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
O censo revela que 482 UHs não possuem banheiro privativo, dispondo esses
estabelecimentos de banheiros coletivos.
Em relação a oferta de UHs adaptadas a Portadores de Necessidades Especiais –
PNE, o Censo, 2010, contabiliza 124 estabelecimentos que afirmam não possuir UHs
desse tipo e 28 estabelecimentos que possuem ao menos 1 UH adaptada. A relação
entre o total de UHs ofertadas em Goiânia e o total de UHs adaptadas é de 0,74%.
Observa-se, no entanto, que as adaptações existentes são básicas, ou seja, rampas,
portas alargadas e outras.
124
GRÁFICO 23 – TOTAL DE UHS E LEITOS
6.437
5.955
15.626
48
152
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000
Total de UH´s
Total de UH´s com banheiro
Total de leitos
Total de Uhs PNE
Total de Hotéis em Goiania
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
Quanto as facilidades e equipamentos oferecidos nas UHs, os mais citados foram:
chuveiro quente (92% ), TV (70%), ventilador (69%), ar condicionado (65%), TV a cabo
(50%), internet wireless (47%) e telefone (47%), segundo o Censo, 2010.
No que diz respeito ao tipo de diária praticada, 92% disseram incluir o café da manhã
no valor da diária, segundo o Censo, 2010, conforme gráfico abaixo. Já na pesquisa
empreendida para o PDITS 100% dos que responderam, afirmaram incluir o café da
manhã na diária.
GRÁFICO 24 – TIPO DE DIÁRIA PRATICADA
92,11%
6,58%
0,00% 0,00% 1,32%0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
Com Café Sem Café Meia Pensão Pensão Completa
NS/NR
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
125
Com relação à infraestrutura e serviços oferecidos no meio de hospedagem, segundo
os resultados das pesquisas para o PDITS, boa parte dos entrevistados respondeu
dispor de internet sem fio (95,2%), fax e estacionamento (90,48%) e sala para
reuniões (85,71%). Todos esses bem característicos de meios de hospedagem com
perfil voltado a negócios e eventos, conforme gráfico a seguir.
GRÁFICO 25 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS OFERECIDOS
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
Percebe-se que esses empreendimentos, a partir da infraestrutura e dos serviços
oferecidos, estão mais voltados ao perfil do turismo de Negócios e Eventos. É
importante lembrar que a pesquisa do PDITS só abrangeu o universo dos
empreendimentos associados a ABIH, ou seja, 26% da oferta total de meios de
hospedagem. O Censo, 2010 afirma que 70% dos meios de hospedagem não
possuem área de lazer e informa, também, que o perfil predominante dos hóspedes é
o turista de negócios, advindos principalmente de outros estados.
Quanto ao tempo de funcionamento dos estabelecimentos, 47% possuem mais de 10
anos e 6% possuem até 1 ano de funcionamento, de acordo com o Censo, 2010. De
33,3%71,4%
9,5%76,2%76,2%
71,4%90,5%
9,5%95,2%
28,6%4,8%
28,6%38,1%
85,7%9,5%
57,1%14,3%
42,9%61,9%61,9%
90,5%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
BarRestaurante
Cafeteria/LanchoneteRoom Service
LavanderiaCentral Telefônica
FaxInternet discadaInternet Sem fio
Sala de TVSalão de Jogos
Salão de FestasCentro de Convenções
Salas para ReuniõesLojas
PiscinaBar de Piscina
SaunaSala de Ginástica
ManobristaEstacionamento Próprio
126
acordo com a pesquisa do PDITS, 62% das empresas possuem mais de 10 anos, 19%
entre 1 e 5 anos e 19% entre 6 e 10 anos.
GRÁFICO 26 – TEMPO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO
5,92%4,61%
15,79%
26,32%27,63%
19,74%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
Até 12 meses
1 a 2 anos 3 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 20 anos Acima de 20 anos
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
Fonte: Fonte: elaborados pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
As formas de pagamento mais aceitas são dinheiro e cartões visa e mastercard.
19%
19%62%
1 a 5 anos
de 6 a 10 anos
Mais de 10 anos
127
GRÁFICO 27 – FORMAS DE PAGAMENTO
100%
51%
32%
42%
32%
16%
30%
20%
10%
0%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
Moeda Brasileira
Cartões Visa
Faturamento
Cartões Mastercard
Cheque
Moeda Estrangeira
Cartões Diners
Cartões American Express
Hipercard
Outros
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
92% dos estabelecimentos atuam de forma integrada com os demais integrantes do
trade, ressaltando-se principalmente as agências de viagens, transportes e
gastronomia.
Não foram relatados nas pesquisas quaisquer conflitos oriundos dos demais agentes
do trade turístico ou de operadoras de cartões de crédito.
Com relação ao tipo de imóvel que ocupam, 95,2% dos associados a ABIH,
responderam ocupar imóvel próprio.
Segundo o Censo, 2010, apenas 26% dos estabelecimentos possuem registro no
CADASTUR que é o sistema nacional de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que
atuam no setor de turismo, executado pelo Ministério do Turismo. No universo dos
associados a ABIH este número sobe para 95%.
O cadastramento dos serviços e equipamentos turísticos no CADASTUR é obrigatório
em todo o Brasil.
O perfil do empresariado do setor hoteleiro de Goiânia, associados a ABIH é 90% do
sexo masculino, 62% com mais de 50 anos e 85% com nível superior completo.
128
No que diz respeito a estratégias de marketing, 89% dos associados a ABIH disseram
possuir plano de marketing próprio, 86% possuem parcerias no trade turístico
(operadoras e GC&VB foram os mais citados), 95,2% possuem site e os canais de
divulgação mais utilizados são mala direta e revistas. Além disso, as principais
promoções realizadas são tarifas diferenciadas (85,7%) e pacotes especiais (76,2%).
Com relação ao valor da diária, a média praticada é de R$61,92, sendo a menor e a
maior cobrada R$8,70 e R$120,00, respectivamente (Censo, 2010). Já a pesquisa
feita apenas com os associados a ABIH detectou uma diária média de R$138,00,
sendo a menor cobrada no valor de R$65,00 e a maior no valor de R$200,00.
As médias de diárias por categoria apresentadas abaixo foram retiradas do Censo
Hoteleiro, 2010.
GRÁFICO 28 – VALOR MÉDIO DAS DIÁRIAS POR CATEGORIA
93
35
9 123
R$ 35,88
R$ 73,51
R$ 102,44
R$ 154,18R$ 166,17
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Simples Econômica Turística Superior Luxo
Número de Hotéis/ Categoria
Média do Valor da Diária
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
O tempo médio de permanência dos hóspedes é de 2,5 (Pesquisa PDITS), sendo que
na alta temporada é de 3 dias e na baixa temporada de 1,6 dias (Censo, 2010).
129
GRÁFICO 29 – PERMANÊNCIA DOS HÓSPEDES NA ALTA TEMPORADA
11%
27%
35%
11%
5%
11%
0%
6%
22%
45%
10%8% 8%
1%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Apenas 1 diaAté 2 dias Até 3 dias Até 4 dias Até 5 diasMais de 5 dias NS/NR
2008
2010
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
GRÁFICO 30 – PERMANÊNCIA DOS HÓSPEDES NA BAIXA TEMPORADA
36%38%
17%20%
1%
7%
0%
56%
26%
13%
3%0% 1% 1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Apenas 1 dia Até 2 dias Até 3 dias Até 4 dias Até 5 diasMais de 5 dias NS/NR
2008
2010
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
Pelos gráficos acima, percebe-se que entre 2008 e 2010, houve um aumento na
permanência média dos hóspedes na alta temporada, enquanto na baixa a
permanência média caiu consideravelmente.
130
O período de alta temporada é considerado entre agosto e novembro e a baixa
temporada é nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
Quanto às taxas de ocupação por categoria, percebe-se que a categoria luxo possui
a maior taxa entre todas as categorias e no período entre 2008 e 2009 essa taxa teve
aumento de 5 pontos percentuais. A categoria econômica e a turística também
sofreram aumento na taxa de ocupação neste mesmo período. Já a categoria simples
manteve a taxa de ocupação e a categoria superior teve uma queda em 8 pontos
percentuais.
GRÁFICO 31 – TAXA DE OCUPAÇÃO NOS MEIOS DE HOSPEDAGEM 2006-2009
55% 54%58%
70%66%
58%61% 60%
69%65%
57%61%
58%
76%
69%
57%
65%61%
68%
74%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Simples Econômica Turística Superior Luxo
2006
2007
2008
2009
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
No que diz respeito aos investimentos realizados nos últimos anos, de acordo com a
pesquisa para o PDITS, os mais citados foram: reformas gerais, modernização do
estabelecimento, adequação de espaços para eventos e troca de mobiliário e de
outros equipamentos. Quanto aos investimentos previstos para os próximos anos, os
mais citados foram: reformas e melhoria nos apartamentos, troca dos aparelhos de ar
condicionado, modernização dos apartamentos, ampliação do centro de convenções
e reformas das fachadas.
131
O faturamento médio mensal dos estabelecimentos de hospedagem é de
R$200.636,00 de acordo com a pesquisa empreendida para o PDITS.
Com relação aos recursos humanos, os 152 meios de hospedagem pesquisados pelo
Censo, 2010, empregam um total de 2.441 pessoas, com a seguinte média por
categoria:
■ Categoria simples: média de 5,9 empregados por estabelecimento;
■ Categoria econômica: média de 16,2 empregados por estabelecimento;
■ Categoria turística: média de 31,7 empregados por estabelecimento;
■ Categoria superior: média de 59 empregados por estabelecimento; e
■ Categoria luxo: média de 107 empregados por estabelecimento.
Portanto, quanto maior a categoria do hotel, maior o número de empregados.
GRÁFICO 32 – PESSOAS OCUPADAS POR CATEGORIA 2008-2010
449394 410
816
310
554 570
286
709
322
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Simples Econômico Turístico Superior Luxo
2008
2010
Fonte: Censo Hoteleiro, 2010 (ABIH/SEBRAE)
Entre 2008 e 2010 houve um pequeno aumento no número de empregados dos
estabelecimentos hoteleiros, no entanto, percebe-se que o aumento de contratações
se deu, principalmente nas categorias simples e econômica. As categorias turísticas
132
e superiores diminuíram o número de empregados e a categoria luxo, praticamente
manteve o mesmo número.
O total de empregados lotados em cargos gerenciais é de 290, ou 11,8% do total e
nos cargos operacionais é de 2.151, ou 88,2% do total.
Os benefícios concedidos aos colaboradores basicamente se resumem em vale
transporte e refeição. Cerca de 13% dos estabelecimentos não proporcionam
qualquer benefício a seus empregados.
Quanto à utilização de serviços terceirizados, 94 estabelecimentos afirmaram sua
utilização, sendo que os serviços mais contratados são de lavanderia (84%) e de
manutenção (32%), de acordo com o Censo, 2010.
No que diz respeito à oferta de programa de capacitação a colaboradores, apenas
28% responderam que sim (Censo, 2010). Já na pesquisa específica para o PDITS
que abrangeu os associados à ABIH, a oferta de treinamento foi confirmada por 86%
dos estabelecimentos e os cursos mais disponibilizados são: atendimento,
motivacional e qualidade. Além disso, os hotéis de rede oferecem treinamento padrão
obrigatórios.
Percebe-se, no geral, que não existe a preocupação de se capacitar a mão-de-obra
empregada nos estabelecimentos hoteleiros e, no entanto, essa falta de qualificação
é um dos principais problemas identificados em todo o setor turístico no país.
Ainda com relação à pesquisa para o PDITS, os empreendedores foram indagados
quanto a necessidade de capacitação de mão-de-obra para o turismo, 63%
responderam que sim e muitos destacaram a falta de mão-de-obra de qualidade no
mercado em todos os setores, mas principalmente no setor de Alimentos e Bebidas.
Essa afirmação também é confirmada pelo Censo, 2010. Quando perguntados quais
as dificuldades mais relevantes enfrentadas pelo setor, a falta de mão-de-obra
qualificada foi a segunda mais citada (32%). A mais citada foi o excesso de cargas
tributárias (51%).
O Censo 2010 também traz um levantamento de investimentos em novos meios de
hospedagem para Goiânia para o segundo semestre de 2010 e para 2011.
133
No total são 4 novos hotéis previstos que ofertarão 392 novas UHs e 802 novos leitos.
Serão mais dois hotéis na categoria superior e mais dois na categoria econômica. No
geral, isto significará um incremento de 2,6% no número de hotéis, 6% no total de UHs
e 5,1% no total de leitos.
Algumas cadeias internacionais /nacionais com marca própria reconhecidas possuem
unidades em Goiânia. São 12 hotéis de rede de médio porte (categorias
econômica/executiva) voltados ao turista de negócios e eventos, que visam oferecer
um bom nível de atendimento, com preços de diária mais acessíveis. Assim existem
unidades do Sleep inn, do Best Western, Plazza inn e Nobile Suites, entre outros.
É importante destacar a existência de uma demanda reprimida de investidores,
inclusive locais, com expectativas e alta disposição para realização de novos
investimentos em turismo na cidade. Prova disto é a implantação “Centro de
Exposição do Agronegócio”, que substituirá o atual Parque Agropecuário. Portanto,
novas oportunidades de investimento devem ser geradas com o objetivo de atender
ao mercado de investidores e impulsionar a atividade turística em Goiânia.
Além disso, há uma grande oportunidade surgindo com a COPA 2014 que será
sediada por Brasília. Goiânia poderá funcionar como suporte hoteleiro, já que está
distante há apenas 2 horas da capital federal. No entanto, o produto turístico
goianiense deverá ser trabalhado de forma diversificada com maior ênfase na oferta
de serviços e equipamentos de entretenimento e lazer, que conforme já falado, têm
um alto impacto econômico na atividade turística e é um segmento que contribui para
a manutenção da oferta turística nos destinos.
134
MAPA 4 – OFERTA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM
135
Projeção de UHs
Para efeito de projeção das UHs no período, além do desempenho observado entre
2008-2009, foram consideradas algumas tendências turísticas e os impactos dos
eventos Copa 2014 e Olimpíadas Rio-2016 no comportamento turístico da capital
Goiânia. Uma dessas tendências consiste no aumento do segmento hotel, pousadas
e resorts entre os diversos tipos de hospedagem utilizados pelo fluxo turístico
doméstico constatado na pesquisa do MTUR (2006).
As participações, entre 2001 e 2005, dos diversos meios de hospedagem estão
reproduzidas na tabela e gráfico a seguir, onde se observa um “crescimento do turismo
interno ou externo” de 3,1% do segmento hotel, pousada e resorts, o que leva a crer
que a permanência média poderá responder positivamente ao aumento da demanda
bem como aos objetivos de diversificar e consolidar os atrativos turísticos da Capital
com os investimentos planejados. Por conta disso, é aplicado aos 4,19 dias de
permanência em meios de hospedagem o fator de 0,6% a.a. na projeção 2010-2020,
sendo que para os anos 2014 e 2016 alonga-se para 7 e 6 dias respectivamente.
TABELA 33 – BRASIL - PRINCIPAIS TIPOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS NA PRINCIPAL
VIAGEM DOMÉSTICA, EM 2001 E 2005
2001 2005 RELAÇÃO
2005/01 TAXA DE CRESC.
Casa de Amigos e Parentes 62,2% 60,2% 96,8% -0,8% Hotel, Pousada e Resorts 22,2% 25,1% 113,1% 3,1% Imóvel Alugado 5,7% 6,4% 112,3% 2,9% Imóvel Próprio 4,7% 4,3% 91,5% -2,2% Outros 5,3% 4,0% 75,5% -6,8% Fonte: MTUR: Caracterização e dimensionamento do Turístico Doméstico no Brasil 2002-06- FIPE
136
GRÁFICO 33 – BRASIL - PRINCIPAIS TIPOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS NA PRINCIPAL
VIAGEM DOMÉSTICA, EM 2001 E 2005
Fonte: MTUR: Caracterização e dimensionamento do Turístico Doméstico no Brasil 2002-06- FIPE
Também foram aumentadas as taxas de ocupação hoteleira, de uma média 64,6%,
verificada em 2009, para 82% e 75%, respectivamente para 2014 e 2016. A partir
dessa simulação e do fluxo turístico anteriormente projetado, obteve-se então a
demanda de UHs para o período planejado, ilustrada na tabela abaixo.
TABELA 34– GOIÂNIA – PROJEÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS 2009-2020 – CENÁRIO
MODERADO
ANO FLUXO
TURÍSTICO,MILHARES PMD (DIAS) TX. OCUPAÇÃO UNID. HABITACIONAIS
2009 1007,3 2,47 64,6% 6.146 2010 1056,4 2,73 66,6% 6.924 2011 1137,1 3,03 68,7% 8.002 2012 1218,1 3,35 70,8% 9.204 2013 1299,5 3,71 73,0% 10.545 2014 1381,1 4,11 82,0% 11.072 2015 1462,8 4,11 64,6% 11.072 2016 1544,8 4,11 75,0% 13.564 2017 1626,8 4,11 64,6% 13.564 2018 1708,8 4,11 64,6% 13.564 2019 1790,9 4,11 64,6% 13.564 2020 1872,9 4,11 64,6% 13.564 Fonte: Calculado pela Altran TCBR a partir de dados do SEBRAE-GO (2010) CEFET-GO (2008)
62,2%
22,2%
5,7%
4,7%
5,3%
Casa de Amigos e Parentes
Hotel Pousada e Resorts
Imóvel Alugado
Imóvel Próprio
Outros
0,0% 10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%
2005
2001
137
De acordo com o estudo do SEBRAE-GO (2010), existiam, em maio de 2010, 152
estabelecimentos hoteleiros em Goiânia, que totalizavam 6.437 UHs e 15.626 leitos.
A tabela abaixo mostra esses números por classificação assim como por participação.
TABELA 35 – GOIÂNIA – OFERTA HOTELEIRA 2010
CATEGORIA QUANTIDADES PARTICIPAÇÃO
ESTABELECIMENTO UHS LEITOS ESTABELECIMENTO UHS LEITOS
Simples 93 2.379 5.850 61,2% 37,0% 37,4%
Econômicos 35 1.834 4.641 23,0% 28,5% 29,7%
Turísticos 9 636 1.488 5,9% 9,9% 9,5%
Superior 12 1.204 2.833 7,9% 18,7% 18,1%
Luxo 3 384 814 2,0% 6,0% 5,2%
Total 152 6.437 15.626 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: Calculado pela Altran TCBR. Fonte primária: Censo Hoteleiro de Goiânia 2010 - SEBRAE-GO
Em 2008 esta oferta era de 132 hotéis, 6.195 UHs e 13.215 leitos, que comparada
com os números de 2010, mostrados na tabela a seguir, representou uma evolução
respectivamente de 15,15%; 3,9%; e 18,2%.
Comparando-se ainda a oferta hoteleira de Goiânia com a oferta total do estado de
Goiás, percebe-se que, em relação ao ano de 2008, a Capital respondia por 27,3%
das UHs, 28,8% dos leitos e 59,6% dos meios de hospedagem.
TABELA 36 – ESTADO DE GOIÁS E GOIÂNIA – OFERTA HOTELEIRA 2010
DISCRIMINAÇÃO GOIÁS, GO GOIÂNIA, GYN RELAÇÃO GYN/GO
UHs 23.558 6.437 27,3%
Leitos 54.183 15.626 28,8%
MH 255 152 59,6%
Fontes: Elaborada pela Altran TCBR. Fonte Primária:(*), Goiás: IPTUR (2010) e Goiânia SEBRAE
(2010)
138
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA
Segundo a classificação oficial adotada pelo Ministério do Turismo, os serviços e
equipamentos de gastronomia são os serviços remunerados, prestados por
estabelecimentos que oferecem ao turista, refeições, lanches ou bebidas e demais
serviços complementares.
Existem em Goiânia, atualmente, 141 equipamentos de gastronomia cadastrados na
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL.
A gastronomia é rica e está presente em diversificados bares e restaurantes que
pontuam a Capital de Goiás. A cozinha típica de Goiânia se notabiliza não apenas
pela influência da cozinha mineira e baiana, mas também pelo aproveitamento de
frutos do cerrado na culinária. Os itens mais famosos de sua gastronomia são o
empadão goiano, a pamonha, a galinhada, o arroz com pequi e o peixe na telha.
FIGURA 3 - PRATO TÍPICO DA REGIÃO – ARROZ COM PEQUI
Fonte: www. viagemesabor.com.br
Goiânia também conta com o Pólo Gastronômico do Setor Marista. A região concentra
35 empreendimentos e por mês estima-se que 1 milhão de pessoas passam pelo local.
(Abrasel-GO). Os maiores problemas/necessidades da região são: estacionamentos,
segurança, vias de acessos congestionadas (são vias de mão dupla e o leito
carroçável é estreito para o fluxo).
139
A análise dos serviços e equipamentos de gastronomia abrange as respostas de 48
empreendimentos do segmento em Goiânia. Este total equivale a 34,4% da amostra
pretendida para serviços e equipamentos de gastronomia que equivalia a 141
empreendimentos, todos associados a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
- ABRASEL.
Dos estabelecimentos pesquisados, 72,9% disseram funcionar como restaurante,
39,5% como bar e outros tipos foram citados em menor quantidade. Ressalta-se, no
entanto, que 13 estabelecimentos responderam ser de mais de um tipo.
No que diz respeito a categoria, 37,5% respondeu trabalhar com cozinha nacional,
27% cozinha regional e 10,4% churrascaria. Seis estabelecimentos estão em mais de
uma categoria.
Quanto ao tipo de serviço oferecido, a maioria trabalha com serviço à la carte (66,6%),
Buffet (27%), por quilo (16,6) e delivery (14,5%). e/ou por quilo (35%). Observa-se
que 15 estabelecimentos oferecem mais de um serviço.
Com relação à capacidade do estabelecimento, 88% afirmaram possuir mais de 47
lugares.
Dos pesquisados, 54% responderam possuir estacionamento próprio para carro e
apenas 4% possui estacionamento próprio para ônibus.
Quanto a adaptação e facilidades disponíveis para Portadores de Necessidades
Especiais – PNE, 81% responderam possuir, sendo que os mais citados foram:
rampas de acesso e adaptações nos banheiros
Os imóveis que abrigam os estabelecimentos de gastronomia são, em sua maioria,
alugados (75%).
Quanto ao tempo de funcionamento do estabelecimento, 47% existem há mais de 10
anos; e 92% funcionam permanentemente. O turno de funcionamento em que mais
estabelecimentos estão abertos é à noite. Ressalta-se que 13 estabelecimentos
funcionam nos três turnos.
140
Dos pesquisados, 56% responderam não estar registrados no órgão oficial de turismo
do estado.
Quanto a sistemas de certificação 54% disseram não possuir.
Com relação a forma de pagamento, quase todos aceitam dinheiro e cartão de débito
e crédito.
No que diz respeito ao perfil do empresariado dos serviços e equipamentos de
gastronomia, 71% é do sexo masculino, 34% possui mais de 41 anos e 54% possui
até o nível médio completo.
Dos equipamentos de gastronomia pesquisados 6% não possuem nenhuma parceria
com o trade turístico de Goiânia.
No que diz respeito à divulgação do empreendimento, a maioria utiliza o próprio site,
além de revistas e participação em eventos.
Com relação a promoções realizadas, 33,3% dizem trabalhar com pacotes especiais
e 31,2% trabalham com tarifas diferenciadas.
Quanto ao nível de preços praticados a maioria (49%) diz ser entre R$21,00 e
R$50,00.
Observa-se que os meses de maior procura por estabelecimentos de gastronomia são
em novembro e dezembro e os meses de menor procura é em fevereiro.
No que diz respeito aos investimentos realizados nos últimos 5 anos, os mais citados
foram: reformas em geral e aquisição de equipamentos, sendo que o gasto médio por
estabelecimento foi de R$276.600,00. Quanto aos investimentos previstos, os mais
citados foram reformas e ampliações no estabelecimento e o gasto médio é de
R$81.800,00 por estabelecimento.
O faturamento médio mensal dos equipamentos de gastronomia é de cerca de
R$133.766,00.
141
Os estabelecimentos de gastronomia possuem em média 19,6 empregados fixos e
5,6 empregados temporários, sendo que o principal período de contratação dos
temporários é nos meses de novembro, dezembro e janeiro.
Quanto a utilização de serviços terceirizados, 44% fazem uso, sendo que os mais
utilizados são de lavanderia, motoboy e serviços contábeis.
O tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos é de 1 a 3
anos, em 49% dos casos.
Quanto ao treinamento da mão-de-obra, 79% proporcionam e 60% acham que esse
tipo de ação é necessária para o turismo.
142
MAPA 5 – OFERTA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA
143
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO
Serviços e equipamentos de agenciamento são serviços remunerados prestados por
estabelecimentos comerciais, organizados com o objetivo de desenvolver, com
exclusividade, as atividades de produzir, vender ou intermediar a venda e a reserva
de transporte, hospedagem, alimentação e eventos para fins considerados turísticos.
Podem ser sob a forma de excursões, individuais ou em pacotes.
As agências de viagem atuam basicamente em três áreas: assessoramento
(informação e orientação o cliente, levando em consideração o destino, duração,
época de viagem, meios de transporte e hospedagem e excursões); organização de
viagens (individual ou em grupo); e promoção (promoção das localidades e demais
insumos que compõem o pacote turístico, com objetivo de satisfazer o cliente na busca
de lazer) (Beni, 1998).
A análise dos serviços e equipamentos de agenciamento abrange as respostas de 23
empreendimentos do segmento em Goiânia. Este total equivale a 38,3% da amostra
pretendida para serviços e equipamentos de agenciamento que equivalia a 60
empreendimentos, todos associados a Associação Brasileira de Agentes de Viagem -
ABAV.Dos estabelecimentos pesquisados, 74% são agências de viagem e 26% são
agências de viagem e turismo, ou operadores turísticos; 100% atuam no turismo
emissivo e 35% atua também no turismo receptivo.
GRÁFICO 34 – TIPO DE ESTABELECIMENTO
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
74%
26%AV
AVT
144
GRÁFICO 35 – ATUA NO TURISMO EMISSIVO
GRÁFICO 36 – ATUA NO TURISMO
RECEPTIVO
Fonte: elaborados pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
Ressalta-se que em Goiânia, a cultura do agenciamento é, basicamente, emissiva.
Não existem agências exclusivas para o receptivo e as que trabalham com receptivo
tem neste, no máximo, até 20% de participação na comercialização geral.
Quanto aos serviços oferecidos, os que obtiveram mais respostas foram: emissão de
passagens internacionais e reserva em hotéis (100%) e emissão de passagens
nacionais (65,65%) e aluguel de veículos (91,3%). Nos serviços tipicamente de
receptivo a oferta é baixa.
GRÁFICO 37 – SERVIÇOS OFERECIDOS
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
4% 4%
92%
Nacional
Internacional
Nac./Inter.
35%
65%
Sim
Não
34,78%
26,09%
13,04%
21,74%
100,00%
91,30%
95,65%
100,00%
39,13%
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00%
Vis. Parques
Vis. Feiras
Câmbio
Guias Bil
Res Hotéis
Al. Veículos
Passagens A.Nacionais
Passagens A Internacionais
City Tour
145
Dos serviços e equipamentos pesquisados 100% possuem registro no órgão oficial do
Estado, a Goiás Turismo; 78% estão em funcionamento há mais de 10 anos; e 78%
funcionam em imóvel alugado.
Dos que responderam possuir algum sistema de certificação (17%), os citados foram
ISO 9000 e ISO 9001.
GRÁFICO 38 – TIPO DE IMÓVEL
GRÁFICO 39 – TEMPO DE FUNCIONAMENTO
GRÁFICO 40 – SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO
Fonte: elaborados pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
Quanto às formas de pagamento as mais citadas foram dinheiro (91,3%), cartão de
crédito (86,9%), cheque (82,6%) e pagamento por faturamento (78,2%).
Não foram relatados nas pesquisas conflitos com operadoras de cartões de crédito.
22%
78%
Próprio
Alugado
5%
13%
78%
4%1 a 5 anos
de 6 a 10 anos
Mais de 10anos
Nãoresponderam
70%
17%
13%
Não
Nãoresponderam
146
Também não foram relatados conflitos com os demais integrantes da cadeia produtiva
do turismo.
GRÁFICO 41 – FORMAS DE PAGAMENTO ACEITAS
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
No que diz respeito ao perfil do empresariado dos serviços e equipamentos de
agenciamento, 61% é do sexo masculino, 71% possui até o nível superior completo e
a idade é bem variada a partir dos 30 anos.
A maioria das agências afirma não possuir parcerias no trade turístico de Goiânia
(50%). Das que possuem (36%) as parcerias mais citadas foram com transportadoras,
sindicato guias, outras agências e hotéis.
GRÁFICO 42 – PARCERIAS NO TRADE
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
91,30%
82,61%
30,43%
86,96%
78,26%
26,09%
4,35%
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
Dinheiro
Cheque
Cartão de Débito
Cartão de Crédito
Faturamento
Voucher
Não responderam
50%
14%
36%
Não
Nãoresponderam
Sim
147
No que diz respeito à divulgação do empreendimento, a maioria faz utilização do
próprio site (73,9%) e de mala direta (60,8%).
São utilizadas como formas de promoção pacotes especiais e pacotes por temporada
(52,7%) e tarifas diferenciadas (47,8%).
Observa-se que a procura por agências em Goiânia é bem equilibrada durante o ano,
com pico de maior procura em novembro e menor procura em janeiro e fevereiro.
Com relação aos investimentos realizados nas agências nos últimos 5 anos os mais
citados: compra e reforma de equipamentos, reformas em geral e marketing. A média
dos investimentos foi de R$46.428,00 por agência.
Quanto a previsões de investimentos, os mais citados foram: compra de sistemas,
implantação de sites, reformas e marketing. A média dos investimentos previstos é de
R$46.200,00 por agência.
O faturamento médio mensal das agências é de R$310.763,80.
A média de empregados fixos dos estabelecimentos de agenciamento é de 8,3
pessoas.
Apenas 21,7% das agências responderam trabalhar com empregados temporários,
uma média de 2,6 temporários por empresa, sendo que o principal período para
contratação de temporários é entre outubro e novembro.
Quanto a utilização de serviços terceirizados, 52% afirmaram que os utilizam, sendo
que os mais procurados são: motoboys, veículos, boys, transporte terrestre e serviços
contábeis.
GRÁFICO 43 – UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
148
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
O tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos é de 1 a 3
anos, em 35% dos casos, entre 4 a 6 anos em 31% e mais de 6 anos em 30%..
GRÁFICO 44 – TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
Quanto ao treinamento da mão-de-obra, 74% proporcionam e 70% acha que esse tipo
de ação é necessária para o turismo. Os tipos de treinamento citados foram: qualidade
em atendimento, cursos para operação dos sistemas de emissão (Amadeus), fantours
e workshops.
39%
9%
52%
Não
NãoResponderam
Sim
35%
31%
30%
4%
de 1 a 3 anos
de 4 a 6 anos
Mais de 6 anos
Não Responderam
149
GRÁFICO 45 – PROPORCIONA
TREINAMENTO
GRÁFICO 46 – NECESSIDADE DE
CAPACITAÇÃO PARA O TURISMO
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
Todos os itens propostos na avaliação do destino Goiânia foram avaliados como bom
pelos empreendedores de agências de turismo locais.
GRÁFICO 47 – HOSPEDAGEM
GRÁFICO 48 – ALIMENTAÇÃO
22%
4%
74%
Não
NãoResponderam
Sim
17%
13%
70%
Não
NãoResponderam
Sim
13%
69%
9%9%
Ótimo
Bom
Ruim
Nãoresponderam
30%
57%
4%9%
Ótimo
Bom
Ruim
Nãoresponderam
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
150
GRÁFICO 49 – TRANSPORTE RODOVIÁRIO
GRÁFICO 50 – QUALIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
ENTRE- TENIMENTO E LAZER
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base em Pesquisa de Campo
56%35%
9%
Bom
Ruim
Nãoresponderam
56%35%
9%Bom
Ruim
Nãoresponderam
151
MAPA 6 – OFERTA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO
152
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
Segundo o Inventário da Oferta Turística do MTUR, os serviços para organização de
eventos dizem respeito à infraestrutura e serviços específicos para a realização de
congressos, convenções, exposições, feiras, shows e outros.
A pesquisa do CEFET, 2008, aponta que os eventos motivam16% da demanda
turística para Goiânia. Esse número demonstra a importância desse segmento
turístico com potencial de crescimento já que Goiânia é o município indutor e
centralizador do Pólo de Negócios e Eventos definido no planejamento turístico do
Estado de Goiás.
Goiânia oferece ao todo 37 opções de espaços para eventos em hotéis da cidade
(Censo, 2010), além do Centro de Convenções que possui 51.000 m² e tem
capacidade para até 40.000 pessoas por dia.
A Associação Brasileira das Empresas para Eventos de Goiás – ABEOC/GO possui
17 associados em Goiânia, sendo que desses 59% são de empresas organizadoras
e promotoras de eventos, 35% constituem espaços para eventos e 6% são empresas
que fornecem infraestrutura para eventos.
Goiânia também conta com o GC&VB, que conforme já citado anteriormente, tem
como missão “Promover o desenvolvimento turístico sustentado de Goiânia, através
da captação e geração de eventos e viagens de lazer, atuando de forma articulada
com os setores públicos e privados”. Desde o início da atuação do GC&VB, em 2001,
foram captados 64 eventos para Goiânia, sendo 55 nacionais (86%) e 9 internacionais
(14%), e mais 12 eventos estão em processo de captação até 2012.
O GC&VB possui 92 mantenedores, sendo 30 deles meios de hospedagem que
disponibilizam espaços para eventos.
A tabela abaixo traz o levantamento do GC&VB quanto a oferta de espaços para
eventos em Goiânia.
153
TABELA 37 – OFERTA DE ESPAÇOS PARA EVENTOS EM GOIÂNIA
ESPAÇO TAMANHO (M2) CAPACIDADE (PESSOAS) Oliveiras Place 3318 2000
San Marino Hotel 250 450 Adress West Side Hotel 206 300
Sleep Inn Hotel 104 160 Augustus Hotel 203 370
Blue Tree Towers Hotel 193 250 Best Western Tamandaré
Plaza 75 90
Bristol Evidence 204 300 Centro de Convenções 51000 40.000
Castelo Plaza Hotel 290 310 Comfort Suítes Flamboyant 200 300
Crystal Plaza Hotel 184 250 Garden Hotel 91 130
Clube Jaó 5806 4000 Goiânia Arena 22000 13000
Hotel Serras de Goyas 286 500 Hotel Rio Vermelho 128 80 Oeste Plaza Hotel 81 80
Plaza Inn Executive 430 Plaza Inn Flat 230
Plaza Inn San Conrado 240 Papillon Hotel 300 430
Master Hall 1889 1200 Teatro João Alvez de Queiroz 676 370
TOTAL 87.484 65.470 Fonte: Goiânia Convention & Visitors Bureau, 2010
Levando em conta que foram levantados o tamanho e capacidade de apenas 23 hotéis
e que, segundo o Censo, 2010, Goiânia possui 37 meios que hospedagem que
possuem espaços para eventos, e considerando, ainda que dos espaços levantados
3 não forneceram o tamanho disponibilizado para eventos, pode-se afirmar que
Goiânia possui muito mais de 90.000 m² em espaços para eventos e a capacidade
em número de pessoas ultrapassa as 65.470.
De acordo com o Censo Hoteleiro, 2010, 24% dos hotéis de Goiânia possuem espaços
para eventos e oferecem, no total, 133 salas, com capacidade para 10.082 pessoas
simultaneamente em formato auditório. Com relação a disponibilização de serviços
especializados nos eventos, 86% disponibilizam serviços de alimentos e bebidas,
sendo que desses 65% são serviços próprios e 24% terceirizados. Quanto a
equipamentos para eventos, 86% desses estabelecimentos os disponibilizam, mas
esses equipamentos são, na maioria das vezes, terceirizados, 74%.
154
Além dos espaços para eventos já existentes, prevê-se a implantação de um novo
equipamento, o Centro de Exposição do Agronegócio, que se encontra em fase de
projeto. Este equipamento fará parte do complexo do Goiânia 3º Milênio,
empreendimento a ser detalhado mais a frente.
155
MAPA 7 – OFERTA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
156
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA ENTRETENIMENTO E LAZER
Goiânia apresenta possui boa oferta de entretenimento e lazer, geralmente utilizado
pela população local e muito pouco utilizado por turistas.
A Cidade conta com 209 UCs municipais, principalmente na categoria de Parques
Municipais. Esses parques funcionam, atualmente, como equipamentos urbanos, não
atendendo ao contingente de turistas que vão a Goiânia. O ANEXO 2 apresenta uma
listagem com todas as UCs de Goiânia e principais informações e um mapa de
localização.
Ressalta-se que apenas 4 dessas UCs possuem Plano de Manejo, conforme quadro
abaixo.
QUADRO 8 - UCS DE GOIÂNIA QUE POSSUEM PLANOS DE MANEJO
REGIÃO UC ÁREA (M²)
Sul Parque Areião 240.000 Parque Vaca Brava 77.760
Central Bosque dos Buritis 124.800 Oeste Parque Taquaral 109.655
Fonte: AMMA – Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia. Parques e Bosques. Disponível em: <http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/parquesebosques.shtml>. Acesso em: <17 nov. 2010,
18:30>
Apesar dos Parques configurarem-se como UCs, eles são equipamentos de
entretenimento e lazer já que estão estruturados como Parques Urbanos, e não estão
equipados para o segmento do ecoturismo.
Os parques com maior potencial para o turismo são o Bosque dos Buritis; o Parque
Vaca Brava; o Parque Flamboyant; o Lago das Rosas; o Parque Mutirama e o Jardim
Botânico. Esses quatro últimos não possuem plano de manejo.
Faz-se necessária uma readequação destes parques para o turismo e sua inserção
em roteiros e rotas turísticas comercializáveis, a fim de incentivar a permanência do
turista em Goiânia para outros fins que não negócios e eventos e compras.
Um desses parques já está passando por um processo de requalificação, o Parque
Mutirama, o qual será tratado mais a frente.
157
Além dos parques, existe também opções diversificadas de locais para compras,
principalmente de produtos de confecções, conforme já ressaltado, e, também
shoppings com lojas-âncora de expressividade nacional. São ao todo 18 shoppings.
A programação noturna da Capital de Goiás é possibilitada pela ampla rede de bares
e restaurantes existentes. A cidade possui também diversas opções culturais, tais
como museus, teatros, cinemas, além de escolas de formação artística e musical e
centros culturais.
Além da requalificação do Parque Mutirama, outra ação encontra-se em curso com o
objetivo de diversificar e requalificar os serviços e equipamentos de entretenimento e
lazer em Goiânia: o Projeto Goiânia 3º Milênio, o qual será descrito mais a frente.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE
De acordo com a Associação Brasileira de locadoras de Automóveis, no estado de
Goiás como um todo, em 2009, havia 44 locadoras de automóveis, 34% do total de
locadoras existentes na Região Centro-Oeste.
Quanto a outros tipos de equipamentos para transporte em Goiânia não foram
disponibilizadas informações, sabe-se, no entanto, da existência de muitas
transportadoras turísticas e de cooperativas de táxi.
Uma iniciativa que está sendo considerada em Goiânia, a implantação de um Circuito
de Ônibus Turístico. Apesar das discussões ainda estarem no início, já existe um
estudo preliminar de um percurso por onde o ônibus deverá passar.
O trajeto inclui importantes atrativos turísticos da cidade, segundo informações
fornecidas pela SETURDE: Praça Cívica, Parque Mutirama, Praça do Trabalhador,
Araguaia Shopping, Casa do Turista e Centro de Convenções, Teatro Goiânia, Museu
Pedro Ludovico, Bosque dos Buritis, Lago das Rosas, Shopping Bougainville, bares e
restaurantes do Alto do Bueno, Goiânia Shopping, Parque Vaca Brava, Shopping
Buena Vista; Goiás Esporte Clube, Parque Areião, bares e restaurantes do Alto do
Marista, Parque Flamboyant, Paço Municipal e Estádio Serra Dourada.
158
Os estudos estão sendo desenvolvidos pela própria SETURDE, no entanto necessita-
se de estudos complementares para estruturação dos pontos de parada bem como
recursos para a estruturação física dos mesmos.
A figura a seguir apresenta o trajeto preliminar.
159
FIGURA 4 – PERCURSO PRELIMINAR DO CIRCUITO DO ÔNIBUS TURÍSTICO DE GOIÂNIA
Fonte: SETURDE
160
OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS
Goiânia, segundo a SETURDE, possui três Centros de Atendimento ao Turista – CAT
em funcionamento. Estes equipamentos são administrados pela própria SETURDE e
estão localizados no Bosque dos Buritis - aberto de segunda a sexta, das 08hs às
18hs; na rodoviária – aberto de segunda a sábado das 10hs às 22hs e aos domingos,
das 11hs às 19hs; e Aeroporto – aberto todos os dias das 07hs às 23hs - sendo este
último administrado também pela GOIÁS TURISMO.
O CAT possui funcionários da SETURDE e materiais de divulgação com principais
eventos e pontos turísticos da região. Não obstante observa-se que não há um
planejamento estratégico para funcionamento dos CAT ou uma ação mais orientada
que possibilite um maior espectro de atendimento ao turista. O CAT se circunscreve
a uma ação pontual de entrega de material ao turista, quando é demandado, mas
poderia ter uma ação bem mais expressiva mediante o planejamento e requalificação
de suas funções
Quanto à sinalização turística na cidade, já existe parte de um projeto implementado.
A maioria dos recursos são originados do Ministério do Turismo, por meio do
Programa Turismo Social no Brasil e intermediados pela SETURDE com o apoio
técnico da Agência Municipal de Trânsito – AMT. O valor total do contrato é de R$
403.612,51. Já foram instaladas 91 placas e está sendo preparada licitação para
instalação de mais 52.
As associações de prestadores de serviços turísticos presentes em Goiânia, estão
listadas no quadro a seguir.
QUADRO 9 – ASSOCIAÇÕES DE PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS
ASSOCIAÇÃO PRESIDENTE ENDEREÇO Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH/GOIÁS
Sr. José Luiz Uzeda Av. Araguaia, 821 - Centro CEP: 74030-100 - Goiânia-GO - Fone: (62) 3223-0831
Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV/GOIÁS
Sr. Carlos Alberto Andrade Oliveira
Av. Goiás, 174, Ed.São Judas Tadeu, sala 406 - Centro Goiânia - Goiás CEP: 74010-010 TEL (62) 3212-7151
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL/GO
Sr. Rafael Campos Carvalho
Rua 247 nº40 Qd.35 Lt76E Sl.11 - Setor Coimbra Goiânia - Goiás - CEP: 74530-530 Tel./fax (62) 3293 5493
161
ASSOCIAÇÃO PRESIDENTE ENDEREÇO Associação Brasileira de Empresas de Eventos - ABEOC
Srª. Rachel Araújo Campos Ramos
Rua 53 nº 70 lt 20 qd b-23 Jardim Goiás Cep.: 74810-210 Tel: 3241-3939
Fonte: SETURDE
De acordo com informações disponibilizadas pelo Departamento de Desenvolvimento
e Infraestrutura Turística Diretoria de Turismo da SETURDE existem em Goiânia
8.899 guias nacionais e 128 guias regionais.
PROJETOS EM ANDAMENTO PARA QUALIFICAÇÃO DA OFERTA TURÍSTICA
Goiânia 3º Milênio
Buscando consolidar a oferta de novos produtos turísticos, vem sendo pleiteado para
Goiânia a implantação do Projeto ”Goiânia 3º Milênio”.
O “Goiânia 3º Milênio” tem como objetivo principal conservar uma área
ambientalmente frágil localizada na APA do Ribeirão João Leite, conferindo-lhe o uso
sustentável de seus recursos, através da implementação de equipamentos turísticos
e de lazer, gerando, assim, trabalho e renda e qualidade de vida para a população de
Goiânia.
O projeto foi previsto no componente Estratégia do Produto Turístico do PRODETUR
Nacional Goiânia com a intenção de promover a ocupação sustentável do entorno do
reservatório da barragem do Ribeirão João Leite criada para abastecer o município de
Goiânia e sua Região Metropolitana.
Os objetivos específicos do Goiânia 3º Milênio, segundo o Plano Municipal de Turismo
de Goiânia, são descritos no quadro a seguir.
QUADRO 10 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO GOIÂNIA 3º MILÊNIO
AMBIENTAIS SOCIAIS TURÍSTICOS • Conservar os recursos
naturais e paisagísticos do entorno do reservatório;
• Preservar o reservatório; • Evitar a expansão urbana
desordenada de Goiânia e a degradação ambiental
• Contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e espacial do município;
• Gerar trabalho e renda para a população;
• Promover o investimento privado;
• Conferir a Goiânia maior atratividade turística;
• Estruturar Goiânia como um destino turístico de qualidade;
• Aumentar o fluxo de turistas e sua
162
AMBIENTAIS SOCIAIS TURÍSTICOS da área, através do uso sustentável;
• Garantir recursos para a conservação e para o uso sustentável do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco;
• Desenvolver um programa de educação ambiental.
• Potencializar a parceria entre iniciativa pública e privada;
• Promover o desenvolvimento econômico e social local de forma sustentável.
permanência de forma sustentável;
• Preparar o produto turístico local para o mercado nacional e internacional;
• Definir padrões de qualidade para os serviços e equipamentos turísticos.
Fonte: Diagnóstico Ambiental da Bacia Hidrográfico do Ribeirão João Leite, 2009
A seguir apresenta-se o mapa de localização do Goiânia 3º Milênio.
163
MAPA 8 – LOCALIZAÇÃO DO GOIÂNIA 3º MILÊNIO
164
Para viabilização deste projeto e com o objetivo de definir áreas passíveis de uso
turístico na Bacia Hidrográfica do João Leite foi elaborado um Diagnóstico Ambiental
encomendado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de
Goiás – ACIEG, 2008.
O trabalho ressaltou a importância da análise locacional, dos estudos de caráter
ambiental, urbanísticos e de infraestrutura e indicou as potencialidades e restrições
da área de interesse, estabelecendo as metragens disponíveis em termos de áreas
livres para implementação do conjunto de empreendimentos pretendidos após o
devido desconto das áreas de proteção ambiental e demais legislações pertinentes.
Os terrenos pertencentes ao município de Goiânia dentro da Bacia abrangem a porção
sul com terras situadas a montante e a jusante do lago do João Leite e cobrem uma
área de 9.771 hectares.
A Bacia Hidrográfica do Ribeirão João Leite, portanto, foi dividida em 3 zonas
especiais de interesse turístico, destacando que essas 3 áreas estão compreendidas
no município de Goiânia, a saber (ver figura a seguir):
■ Zona Especial de Interesse Turístico 1 (ZEIT1)
■ Zona Especial de Interesse Turístico 2 (ZEIT2)
■ Zona Especial de Interesse Turístico 3 (ZEIT3)
165
FIGURA 5 - ZONEAMENTO DA BACIA DO JOÃO LEITE
Fonte: Diagnóstico Ambiental da Bacia Hidrográfico do Ribeirão João Leite, 2009
Ressalta-se que a criação dessas zonas turísticas está prevista no Plano Municipal
de Turismo de Goiânia como um dos Programas definidos e o Goiânia 3º Milênio com
um dos projetos constantes neste programa.
De acordo com o estudo realizado (Altran TCBR, 2008), entende-se que nas áreas
destacadas passíveis de uso é admissível a implantação de empreendimentos
turísticos que levem em consideração a sustentabilidade do ponto de vista econômico,
legal e ambiental.
Sendo assim, para a ZEIT 1, a regulamentação do art. 79 do Plano Diretor, abre
possibilidades para que sejam admitidos usos com implantação de projetos ou
empreendimentos sustentáveis nos seus múltiplos aspectos. O uso e ocupação do
solo nesta Zona devem ser de características rurais e de alto controle e restrição.
Para a ZEIT 2, que é inserida em área rural, ainda não existe uma lei específica que
defina quais atividades e usos que podem ser desenvolvidas.
166
O Plano Diretor art. 79 diz: “lei municipal específica, de iniciativa do Poder Executivo,
deverá, no prazo máximo de 1 ano, ser aprovada com o fito de definir quais as
atividades e empreendimentos poderão ser desenvolvidos ou construídos nas
macrozonas rurais”.
Esta Zona tem como principal característica ser uma área de transição entre a área
urbana e rural e servirá como um tampão de proteção para o reservatório. O uso e
ocupação do solo devem ser controlados. Os usos de características eminentemente
urbanas não são desejáveis
Embora estes usos não estejam definidos pelo novo Plano Diretor, de acordo com a
legislação anterior (LC nº 031/94), era admissível a instalação de equipamentos com
características rurais, a exemplo do parque agropecuário e do zoológico.
Estes equipamentos têm prazos legais de transferência dos locais onde se encontram
atualmente para outros mais adequados, conforme artigos 213 e 215 do novo Plano
Diretor, respectivamente. De acordo com a lei, portanto, estes equipamentos
poderiam ser admitidos na ZEIT 2.
Na ZEIT 3, o uso admitido é aquele estabelecido no Plano Diretor de Goiânia – LC nº
171/2007, para as Zonas Urbanas: “admitem-se parcelamentos de alta densidade
(zona de adensamento básico com três pavimentos indiscriminadamente e
verticalização ao longo dos principais eixos viários)”.A principal característica desta
Zona é que, por ser, área urbana, admite um uso mais intensivo do solo.
A três zonas definidas possuem acessibilidade através das rodovias federais BR -153
e BR-060 e das rodovias estaduais GO – 080/GO - 433 Goiânia – Nerópolis – Ouro
Verde, GO – 222 Nerópolis – Goialândia – Anápolis, GO-330 Ouro Verde – Campo
Limpo – Anápolis.
Do ponto de vista técnico, as possibilidades de usos acima devem equacionar
aspectos como sustentabilidade econômica (não onerar o poder público), controle de
lançamento de efluentes, da drenagem urbana e rural, dentre outros, tendo como
metas a proteção da bacia hidrográfica de abastecimento público.
167
Importante ressaltar que os usos listados não são os definitivos já que, atualmente,
está sendo elaborado um estudo de mercado para a área do Goiânia 3º Milênio que
definirá empreendimentos baseados em um estudo de viabilidade econômico-
financeira.
A fim de garantir o desenvolvimento turístico em Goiânia seria de suma importância a
elaboração de um estudo propondo a revisão do Plano Diretor Urbano da cidade com
o objetivo de incluir as zonas especiais de interesse turístico em seu zoneamento
principal, atendendo não só a área do projeto Goiânia 3º Milênio, mas também outras
importantes áreas turísticas da cidade.
Parque Mutirama
O Parque Mutirama nasceu de uma proposta do Prefeito Iris Rezende em seu primeiro
mandato como Prefeito de Goiânia no final da década de 1960 criado pela lei nº 4178
de 14 de agosto de 1969. Foi pensado e estruturado como uma proposta futurista,
tornando-se uma referência na área de lazer e entretenimento para a população de
Goiânia.
Localizado na área central da cidade, o Mutirama forma, em conjunto com os parques
Botafogo e Vila Nova, uma das principais áreas verdes e de preservação do centro. O
parque está margeado pela Avenida Contorno, e cortado pela Alameda Marginal
Botafogo e pela Avenida Araguaia, na qual se encontra a entrada principal.
168
FIGURA 6 - LOCALIZAÇÃO DO PARQUE MUTIRAMA
Fonte: elaborado pela Altran TCBR com base no Googlemaps ( 2010)
Ao longo dos anos o Parque sofreu pouquíssimas intervenções no sentido de sua
conservação e manutenção, assim como não houve renovação de seus equipamentos
e atrativos para a população usuária. Atualmente, encontra-se em condições ruins de
utilização, com brinquedos obsoletos, apresentando precária manutenção. Esta
situação configura risco para a segurança de seus usuários, a maioria crianças e
adolescentes, e seus servidores.
Na intenção de solucionar problemas estruturais e resgatar a imagem de um
importante marco lúdico para a cidade, o município vem propondo mudanças
estruturais para incorporar novas perspectivas de modernidade e inovação, com obras
de reconstrução e ampliação do Parque Mutirama, colocando-o, novamente, no roteiro
de lazer dos moradores e, também, atraindo frequentadores de outras regiões à
cidade.
A proposta consiste em reconstruir, ampliar e modernizar o Parque Mutirama com a
aquisição de novos brinquedos, a reestruturação dos espaços, internos e arredores,
criando um ambiente saudável e seguro ao desenvolvimento infantil, levando em
Setor Leste
Vila
Nova
Setor
Central
169
consideração as necessidades específicas de cada faixa etária do público alvo, com
a perspectiva de atender crianças, jovens e adultos.
Considerando a existência de áreas municipais limítrofes ao parque que estão
subaproveitadas, especificamente o Parque Botafogo e Vila Nova, a Prefeitura vem
buscando integração, operacional e física, de todas elas. O novo Complexo de
Entretenimento e Esportes Mutirama englobará os três parques, com funções distintas
porém complementares, garantindo a sociedade, em especial ao público infanto-
juvenil, um novo parque muito maior que o original dotado do que há de mais moderno
em termos de equipamentos de diversão e entretenimento, infraestrutura esportiva e
possibilidade de acesso ao saber, com a implementação de inovadoras concepções
sócio educativas aliando o lúdico ao conhecimento.
O Complexo de Entretenimento e Esportes Mutirama será composto pelas
seguintes áreas:
■ Área 1: Parque de Diversões Mutirama. Está área está destinada à
implantação dos brinquedos pagos;
■ Área 2: Bosque de Entretenimento e Bem Estar. Está área está destinada
à implantação de brinquedos de uso gratuito, com espaços de convivência para
a família;
■ Área 3: Parque Esportivo. Área destinada à implantação de equipamentos
esportivos.
Estas áreas serão interligadas por obras de arte especiais, segundo os estudos
volumétricos apresentados na figura a seguir. Pretende-se criar uma passarela
elevada sobre a Av. Araguaia, ligando em nível os Parques Mutirama e Botafogo. E,
completando a integração, seria feita uma passarela ligando o Parque Botafogo e o
Vila Nova. Com isso, seria feita a união dos três parques, formando o Complexo de
Entretenimento e Esportes Mutirama.
170
FIGURA 7 - PROJETO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS PARA INTEGRAÇÃO DOS PARQUES
MUTIRAMA, BOTAFOGO E VILA NOVA.
Fonte: AMOB, Município de Goiânia, 2010
O Planejamento do novo Parque de Diversões Mutirama leva em consideração tanto
as particularidades culturais e geográficas locais, quanto os princípios analíticos que
foram utilizados e testados na prática em outros parques de sucesso, buscando a
capacidade ocupacional tanto permanente quanto temporal e os indicadores como
fator de equilíbrio em sua funcionalidade.
O seu planejamento privilegiou a união orgânica da natureza e da técnica num
conjunto unificado. Para tanto, se buscou soluções especiais de arquitetura e de
paisagem os estudadas individualmente e em conjunto.
O componente da natureza foi enriquecido com opções de diversão e lazer,
respeitando-se a legislação ambiental vigente.
O projeto foi idealizado após pesquisa histórica, a fim de trazer das raízes regionais a
inspiração e resgatar valores e acontecimentos históricos de Goiânia e Goiás,
garantindo assim o conhecimento às futuras gerações.
Como um dos objetivos, pretende-se a criação de um equipamento que seja de fato
importante na indústria do turismo regional, para isso optou-se pelo investimento em
brinquedos e equipamentos diferenciados, efetivamente importantes, com grande
171
capacidade de atendimento, e com atratividade demonstrada em todos os outros
parques do gênero espalhados pelo mundo.
O projeto de reestruturação garantirá o atendimento aos objetivos dos espaços
públicos e de lazer que são justamente os de proporcionar diversão e atividades não
laborais, tanto para a comunidade local, como para frequentadores de outras regiões.
Esses espaços agregam valores culturais, históricos e sociais, por estarem em
posição relativamente estratégicas e serem pontos atrativos, constituindo
equipamentos urbanos privilegiados para o convívio e integração social, o Complexo
de Entretenimento e Esportes Mutirama garantirá tais aspectos a toda população
usuária.
Devido a essa reestruturação, no entanto, é necessário que se vislumbre um modelo
de gestão que seja exitoso para o parque. Sendo assim, é imprescindível que seja
realizado um estudo com o detalhamento do modelo mais recomendado, de forma
que o mesmo possa ser adotado pela Prefeitura, para o sucesso do empreendimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Encontraram-se grandes dificuldades na aplicação das pesquisas com serviços e
equipamentos turísticos de Goiânia. A baixa receptividade do empresariado local
provocou a utilização de três métodos diferenciados de aplicação dos formulários –
internet, telefone e in loco, o que alongou o tempo e os custos das pesquisas. Embora
tais problemas tenham ocorrido, os mesmos foram sanados e a amostra de
estabelecimentos pesquisados foi de 42% dos listados inicialmente.
Com relação aos resultados das pesquisas em si, pode-se observar alguns fatores já
diagnosticados e que foram confirmados com as análises realizadas, como:
A baixa oferta de infraestrutura e equipamentos nos meios de hospedagem voltados
para o lazer e entretenimento;
O perfil dos serviços e equipamentos de hospedagem de Goiânia está eminentemente
voltado para o turismo de negócios e eventos. Isto pode ser percebido pela
infraestrutura oferecida nos meios de hospedagem e pela relação entre o número de
172
leitos e UHs que é baixo, uma média de 2 leitos/UH, o que praticamente inviabiliza a
estada de grupos familiares.
É importante a adequação dos serviços e equipamentos de hospedagem e da oferta
turística geral de Goiânia a fim a carência por atividade de lazer e entretenimento.
Necessidade de priorização na adoção de medidas sustentáveis
O Instituto de Hospitalidade criou “Programa de Certificação em Turismo Sustentável
– PCTS” que teve a sua primeira fase desenvolvida e implementada pelo IH, de 2002
a 2006. De abrangência nacional que visou aprimorar a qualidade e a competitividade
das micro e pequenas empresas de turismo — responsáveis por mais de 90% dos
empreendimentos do setor. Por meio de oficinas, visitas e assistência técnica, o PCTS
apoiou os empreendedores no sentido de melhorar o desempenho de suas
organizações nas dimensões econômica, ambiental e sociocultural, contribuindo para
o desenvolvimento sustentável do país e a melhoria da imagem do Brasil no exterior.
Este programa contribuiu para a criação da NBR 15401 – Meios de Hospedagem –
Sistema de Gestão – Requisitos para a Sustentabilidade, publicada pela ABNT.
Seria interessante a criação de selos de qualidade para os serviços e equipamentos
turísticos de Goiânia.
Baixa Institucionalização de parcerias entre o trade turístico
As pesquisas demonstraram também a baixa articulação entre o empresariado do
setor quando o assunto são parcerias oficiais. São poucos os empreendimentos que
possuem parcerias institucionalizadas dentro do trade turístico de Goiânia.
Não obstante observa-se que a maioria dos estabelecimentos (mais de 90%) relata
trabalhar em parceria informal com outros representantes do trade turístico,
principalmente no que tange aos serviços de hospedagem, de alimentação, de
agenciamento e transportes.
Cabe também salientar que mais da metade dos estabelecimentos utiliza serviços
terceirizados, demonstrando o impacto do turismo na economia Goiana e sua
importância no contexto local.
173
Sendo assim, o relacionamento entre o empresariado local deve ser consolidado e as
parcerias devem ser realizadas e fortalecidas a fim de gerar benefícios para o setor
turístico e aos turistas que se utilizam desses serviços.
2.3 INFRAESTRUTURA BÁSICA E SERVIÇOS GERAIS
A abrangência das redes de infraestrutura urbana é fundamental para o
desenvolvimento das atividades turísticas e conseqüente aumento do fluxo de
visitantes.
Para a análise foi realizada, a princípio, uma coleta de dados secundários por meio
de informações fornecidas pelos órgãos e empresas reguladoras dos serviços em
questão. Em seguida foram levantados dados primários em campo por meio de
rigorosa visita na qual foram realizados registros fotográficos e documentadas as
observações por meio de textos e planilhas.
2.3.1 Rede Viária e Principais Acessos
A seguir á apresentada uma análise da rede viária de acesso à Goiânia e a rede viária
urbana, considerando as condições de acesso aos atrativos turísticos. Por meio de
um diagnóstico são apresentadas as condições atuais e as perspectivas futuras diante
de investimentos previstos para a infraestrutura viária e aeroviária.
Para melhor caracterizar a rede viária de acesso à Goiânia e seus principais atrativos
turísticos o tema foi dividido em duas abordagens. A primeira explora os aspectos da
macro acessibilidade, ou seja, as principais ligações e conexões de Goiânia com
outras cidades. Num segundo momento, são abordadas as características da micro
acessibilidade, que trata das possibilidades de acesso, através das vias intra-urbanas,
aos atrativos turísticos, considerando as condições de trafegabilidade, sinalização,
segurança e condições adversas em geral.
174
A) MACRO ACESSIBILIDADE
AEROPORTO
Goiânia possui um aeroporto internacional, o Santa Genoveva, situado a 8 km do
centro com acesso pelo próprio bairro de Santa Genoveva. O aeroporto encontra-se
com a capacidade de atendimento defasada para o fluxo atual de passageiros, visto
que em 2009, embarcaram e desembarcaram 1,7 milhões de passageiros, conforme
demonstrado no quadro a seguir, e sua capacidade instalada era para 600.000
passageiros/ano.
QUADRO 11 - EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO OPERACIONAL DO AEROPORTO INTERNACIONAL
SANTA GENOVEVA
ANO AERONAVES
(QUANTIDADE) CARGA AÉREA (QUANTIDADE)
PASSAGEIROS (QUANTIDADE)
2002 44.054 7.213.838 937.901 2003 35.601 5.798.337 861.522 2004 39.236 6.419.594 991.607 2005 37.729 5.668.624 1.236.466 2006 42.610 5.360.694 1.376.383 2007 43.136 5.484.132 1.546.476 2008 46.564 6.160.844 1.554.000 2009 52.584 6.381.157 1.772.424 2010 64.678 5.779,057 2.348.648 2011 70.128 6.514.000 2.802.002
Fonte: INFRAERO, 2010
Atualmente, a capacidade do terminal de passageiros é de 1,4 milhões de
passageiros/ano após a instalação da nova sala de embarque que foi inaugurada em
24 de outubro de 2011.
A nova sala de embarque possui área de 1.200 m², dimensionada para atender a:
800.000 pax/ano. O custo da obra foi de R$ 2.400.000,00. Ressalta-se que essa nova
área é uma solução temporária até ficar pronto o novo aeroporto.
Atualmente, o aeroporto passa por obras com previsão para conclusão em maio de
2012. O novo Terminal de Passageiros contará com uma área aproximada de 27.160
m² aumentando sua capacidade de atendimento para 2,1 milhões de passageiros/ano
e passando o acesso principal para a BR 153. O projeto prevê uma ampliação em
175
módulos com possibilidade de expansão para até 12 milhões de passageiros/ano até
2014. O novo Terminal passará por um processo de modernização prevendo inclusive
um aeroshopping com praça de alimentação. As obras foram paralisadas em 2006 e
após rescisão de contrato com a empresa executora, o projeto será retomado, para
tanto, contará com investimentos na ordem de R$ 339 milhões oriundos do Programa
de Aceleração do Crescimento – PAC, sendo que 34% deste montante foram
investidos nas obras já executadas.
O pátio de aviação comercial do Santa Genoveva, opera com 6 posições para
aeronaves e diariamente saem em média 63 voos do aeroporto. Operam no aeroporto
as seguintes companhias aéreas Azul, Gol, Passaredo, Sete, TAM, Total e Trip. O
número de voos diários e os principais destinos estão apresentados no ANEXO 3.
As informações gerais sobre o aeroporto estão apresentadas no quadro seguinte.
QUADRO 12 - INFORMAÇÕES SOBRE O AEROPORTO INTERNACIONAL SANTA GENOVEVA
SÍTIO AEROPORTUÁRIO
Área 3.967.365,04
PÁTIO DAS AERONAVES
Área 11.000 m²
PISTA
Dimensões(m): 2.500 x 45
TERMINAL DE PASSAGEIROS
Área 7.650 ESTACIONAMENTO
Capacidade: 450 vagas
ESTACIONAMENTO DE AERONAVES
Nº de Posições 30 posições Fonte: INFRAERO, 2010
*as posições podem ser alteradas conforme o mix de aeronaves
Vem sendo implementado o Programa Estadual Voe Goiás, pela Goiás Turismo, o
qual tem estimulado o interesse de empresas aéreas em investir no estado. A Azul
Linhas Aéreas Brasileiras, por exemplo, anunciou que Goiânia será transformada em
sua base operacional (HUB) ainda em 2010.
Buscando facilitar o acesso ao aeroporto vem sendo construído um viaduto na BR–
153 na altura da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas - AGETOP. A obra
176
é fruto de um convênio com o DNIT. Ainda com o mesmo objetivo, deve ser duplicada,
com recursos da prefeitura, a Avenida do Papa ou Rua da Divisa.
A reestruturação do Aeroporto de Goiânia exige a reformulação da rede viária de seu
entorno, sendo necessário viabilizar parcerias e recursos necessários para a
implantação das obras. Assim, a implantação do Corredor Leste Oeste fará ligação
com a BR 153 facilitando o acesso ao aeroporto.
RODOVIAS
O principal acesso terrestre para Goiânia é por meio da BR 153, conhecida como
Belém-Brasília. Essa é uma das principais rodovias do país, ligando o sudeste ao norte
do Brasil. A BR-153 corta a periferia da cidade, conectando-a ao norte e ao sul do
país. Goiânia situa-se a 209 km de Brasília via BR-060.
As principais rodovias estaduais permitem o acesso direto até Goiânia, o que garante
boa conectividade ao restante das regiões do Estado de Goiás.
O transporte rodoviário intermunicipal faz-se a partir do Terminal Rodoviário de
Goiânia, situado no Centro, além do Terminal Rodoviário de Campinas, e outros com
porte menor.
Partindo de Goiânia existem linhas terrestres para os principais destinos brasileiros o
que confere uma boa conectividade rodoviária. A infraestrutura rodoviária é
complementada pelo terminal rodoviário de Goiânia, que foi construído para substituir
o antigo terminal que não comportava mais o grande fluxo de passageiros. O terminal
permite o acesso fácil de turistas a diversos pontos da cidade. No local está instalado
o Araguaia Shopping e um supermercado.
177
FIGURA 8 - RODOVIAS FEDERAIS E ESTADUAIS PAVIMENTADAS NO ESTADO DE GOIÁS
Fonte: seplan.go.gov.br, acesso em dezembro de 2011
É possível observar na figura apresentada a seguir, segundo parâmetros da
International Roughness Índex – IRI, que a BR 0-60 encontra-se em bom estado de
conservação desde Brasília até o entroncamento com as rodovias BR -153 e a BR –
364 no município de Jataí. Já a BR – 153 apresenta trechos variando entre bom
regular e ruim (GOIÁS, 2010).
178
FIGURA 9 - CONDIÇÕES DO PAVIMENTO NAS RODOVIAS DO ESTADO DE GOIÁS
Fonte: Plano de Desenvolvimento dos Transportes do Estado de Goiás-2007 (GOIÁS, 2010)
B) MICROACESSIBILIDADE
Atualmente a malha viária está dimensionada em 4.649.538.77m, segundo dados da
Diretoria de Projetos (Setor de Geoprocessamento) da Agência Municipal de Trânsito,
Transportes e Mobilidade (AMT, 2006 apud Goiás, 2010).
Apesar de Goiânia dispor de varias vias de circulação rápida, como o Eixo
Anhanguera, a Marginal Botafogo e a Marginal Cascavel, o trânsito de veículos ainda
sofre com congestionamentos em várias regiões da capital no horário de pico.
O excesso de veículos nas vias urbanas contribui para os congestionamentos. A frota
de veículos cadastrados em Goiânia corresponde a cerca de 40% da frota do estado
de Goiás, conforme demonstrado no quadro a seguir. Além disso, a taxa de ocupação
veicular é de aproximadamente 1,62 habitantes/veículo.
179
QUADRO 13 - ESTADO DE GOIÁS E GOIÂNIA: FROTA DE VEÍCULOS CADASTRADOS POR
HABITANTES – 2007
ESPECIFICAÇÃO FROTA DE VEÍCULOS (1) POPULAÇÃO (HAB) VEÍCULOS / 100 HAB.
ESTADO DE GOIÁS 1.816.134 5.647.035 32,16
GOIÂNIA 768.697 1.244.645 61,76
Fonte: DETRAN/GO
A realidade descrita acima afeta diretamente as condições de mobilidade urbana,
ocasionando congestionamentos, além da redução da qualidade do ar, visual e
sonora.
A rede viária de Goiânia possui 455 cruzamentos semaforizados equipados com 373
controladores eletrônicos que gerenciam o trânsito. Existem em operação 82
semáforos eletromecânicos, que são equipamentos limitados para a realidade
goianiense.
Parte do Anel Rodoviário encontra-se implantado, tendo como objetivos reduzir o
tráfego de cargas na cidade, integrar a Região Metropolitana e ligar as rodovias de
acesso a todas as regiões do Estado.
A conformação urbana de Goiânia é marcada pelo uso do solo por atividades de
comércio e serviços ao longo das vias principais e de maior fluxo de veículos. As
atividades não afetam o trânsito diretamente, mas indiretamente, por meio de
irregularidades como paradas em locais proibidos, parada em fila dupla e acesso ao
estacionamento de veículo no recuo de 5 metros frontal. Outro fator que compromete
o trânsito são os Polos Geradores de Tráfego, que interferem drasticamente na
mobilidade urbana.
As intervenções na rede viária urbana ainda necessitam de investimentos para que se
minimizem os pontos de estrangulamento.
A Avenida Leste/Oeste deve se tornar um eixo importante de estruturação urbana
além de permitir uma ligação alternativa para Trindade (Basílica). Para isso estão
previstas obras para a implantação de trechos que restam para sua integralização. O
denominado Tramo Oeste, que vai da Praça do Trabalhador até a Av. Castelo Branco,
já foi licitado e prevê a retirada de invasões e reassentamento dos habitantes.
180
Fazendo também parte desse trecho, foi licitado o viaduto na Av. Anhanguera. Outros
2 viadutos necessários para a conclusão do Tramo Oeste ainda não foram licitados.
Foi solicitada à Corporação Andina de Fomento (CAF) os recursos necessários à
implantação do Tramo Leste, da Praça do Trabalhador até Senador Canedo.
Existem também recursos previstos por Emendas Parlamentares da União e do
Ministério das Cidades:
■ Tramo Leste - 140 milhões
■ Tramo Oeste – 40 milhões
A Avenida Goiás, que hoje se caracteriza como o principal eixo de integração
Norte/Sul, possui recursos do município para a duplicação do trecho que vai do
Balneário Meia Ponte, passando pelo Estrela D´Alva e para a implantação do trecho
de prolongamento até a GO-070, na altura do Conjunto Primavera.
Existe a previsão, também para a Avenida Goiás de implantação de Corredor
Exclusivo de Transporte Coletivo (Norte/Sul), com estações de transferência na
Anhanguera e na Leste/Oeste. O Corredor se iniciará no Terminal do Cruzeiro do Sul
e terminará no fim da Avenida Goiás.
A Marginal Botafogo é hoje uma das vias de maior importância para o escoamento do
tráfego no sentido norte/sul, recebendo em média 100 mil veículos ao dia. No entanto,
a Marginal ainda encontra-se inacabada.
Segundo informações da COMURG, Goiânia tem um projeto de revitalização e
sinalização de vias com o objetivo de melhorar o trânsito Marginal que serve de
alternativa para desafogar o trânsito nas vias consideradas Eixos do sistema, como a
Marginal Botafogo, que recebeu uma sinalização mais eficaz para orientar o motorista.
A Agência Municipal de Trânsito - AMT conta com uma empresa privada contratada
em 2004 por meio de processo licitatório para realizar a manutenção das sinalizações
no município. Constantemente a AMT vem realizando mudanças de vias e
implantando novas sinalizações verticais e horizontais a fim de proporcionar melhores
condições de tráfego para a população.
181
O Governo do estado de Goiás identificou a necessidade da criação de um Anel
Rodoviário de caráter metropolitano no entorno da capital, com o objetivo de conter o
tráfego de veículos pesados (carga) no município de Goiânia. O Anel Rodoviário
encontra-se parcialmente implantado entre o trevo de Aparecida de Goiânia e a BR-
060. O trecho localizado ao leste da BR-153 foi licitado e o trecho ao norte, que passa
pela APA da Ribeirão João Leite, encontra-se em fase de projeto. Ressalta-se aqui,
que esta área constitui-se de grande interesse turístico – área do projeto Goiânia 3º
Milênio - e, portanto, este anel rodoviário deverá ser de fato implantado para dar
possibilidade de acesso ao local. Além do anel será necessária a implantação de
infraestrutura básica como saneamento, esgotamento sanitário, etc.
Na década de 1980 foi planejada a implantação da Avenida Perimetral Norte, hoje
reconhecida como Contorno de Goiânia da BR-060. Essa via integra as rodovias da
região oeste/sudoeste à BR-153, a leste do município. Há necessidade de se construir
10 viadutos ao longo do trecho. Os recursos necessários à implantação das obras
giram em torno de 160 milhões. Os projetos já existem e foram realizados pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, mas a licitação deve
ser feita novamente. Ainda não há fonte de recursos para a implantação das obras.
A prefeitura de Goiânia elaborou em 2007 o Plano Diretor de Transporte Coletivo
Urbano da Grande Goiânia, se apresentando como um importante instrumento de
planejamento para a condução das ações para o transporte coletivo na região para
um horizonte de 15 a 20 anos.
182
MAPA 9 - REDE VIÁRIA DE GOIÂNIA
183
MAPA 10 -INTERVENÇÕES URBANAS NA REDE VIÁRIA
184
C) REDE VIÁRIA DE ACESSO AOS PRINCIPAIS ATRATIVOS
A seguir são apresentadas as condições de acessibilidade aos atrativos de Goiânia
quanto à rede viária, Transporte público, sinalização e adaptação a pessoas com
necessidades especiais.
Praça Cívica - Grande parte dos atrativos culturais de Goiânia se encontra no sítio
histórico localizado no centro da cidade e adjacências. O centro da rede viária radial
de Goiânia coincide com a Praça Cívica e com trecho da Av. Goiás, por isso, ela será
considerada como ponto de referência para medir a distância aos principais atrativos
turísticos.
Os principais acessos à Praça Cívica são no sentido leste/oeste a Av. Anhanguera, e
no sentido norte/sul a Av. Goiás. Visto que, a maioria dos equipamentos de hotelaria
se localiza nas proximidades da área central, num raio de 2,5 km, a acessibilidade à
Praça Cívica através da rede viária e transporte coletivo pode ser considerada boa. A
sinalização geral e turística da Praça Cívica ainda é satisfatória.
Na Praça Cívica localizam-se os seguintes atrativos:
■ Palácio das Esmeraldas;
■ Biblioteca Braile;
■ Centro Cultural Marieta Telles Machado;
■ Museu da Imagem e do Som;
■ Monumento às Três Raças;
■ Museu Zoroastro Artiaga;
■ Obeliscos com luminárias;
■ Edifício da SEPLAN; e
■ Coreto.
185
Todos os edifícios e monumentos podem ser acessados a pé com facilidade a partir
da Praça Cívica, no entanto não são adaptados à pessoas com deficiência. Existe
sinalização indicativa em frente a cada um dos atrativos, com exceção do Coreto. Na
Praça o excesso de vagas de estacionamento obstrui a circulação de pedestres em
determinados pontos e desvaloriza o espaço público. Há pontos de parada de
transporte coletivo na praça e ponto de táxi.
Avenida Goiás – localizada no Setor Central de Goiânia é uma das principais vias da
cidade e estrutura o tecido urbano desde a construção da capital de Goiás. A avenida
possui o sentido norte/sul e conecta a Praça Cívica à área do Terminal Rodoviário,
onde se localizam a Estação Ferroviária e a Feira-Hippie.
A Avenida Goiás é bastante acessível uma vez que conta com faixa preferencial para
ônibus, pontos de táxis e uma ampla rede de calçadas arborizadas adaptadas a
pessoas com deficiência. A Av. Goiás possui calçada ampla com canteiro central onde
é possível caminhar e contemplar a cidade, mesmo em horários nos quais o tráfego
de veículos é intenso.
A Avenida Goiás abriga, além de seu traçado urbano, os seguintes atrativos turísticos:
■ Relógio;
■ Grande Hotel - Centro de Memória e Referência de Goiânia;
■ Monumento ao Bandeirante;
■ Estação Ferroviária.
O Grande Hotel, o primeiro edifício construído na cidade, não possui sinalização
turística que possibilite sua localização. As fachadas art déco encontram-se muitas
vezes obstruídas por letreiros e propagandas, o que prejudica sua visualização.
A Estação Ferroviária localiza-se na Praça do Trabalhador, nas proximidades do
Terminal Rodoviário de Goiânia. Não possui sinalização turística eficiente, no entanto
localiza-se num sítio que lhe profere visibilidade no tecido urbano. O edifício é
adaptado para pessoas com deficiência. A distância da Estação à Praça Cívica é de
2,5 km.
186
Rua do Lazer – o atrativo está localizado no Setor Central e seu acesso se dá por
meio de rede viária pavimentada. O local é atendido por transporte público coletivo e
podem ser utilizadas as linhas de ônibus que passam pela Avenida Anhanguera, a
qual possui corredor de uso exclusivo para ônibus. A Rua 8 é um calçadão de acesso
exclusivo para pedestres adaptado para portadores de necessidades especiais. Não
há sinalização turística na malha urbana indicando o atrativo.
Centro Cultural Goiânia Ouro - o atrativo pode ser acessado por meio de transporte
público coletivo com facilidade ou por meio de transporte individual motorizado, no
entanto, não existe estacionamento. Não existe sinalização turística que permita
acessar com facilidade o atrativo. O edifício não é adaptado à pessoas com
necessidades especiais.
Prédio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – o
atrativo localiza-se nas proximidades do Parque Mutirama e pode ser acessado por
rede viária pavimentada e transporte público coletivo. No entanto a sinalização é
insuficiente e não permite o acesso autônomo do turista ao local. Por se tratar de um
polo gerador de viagens, uma vez que ali funciona diariamente atividade de ensino, o
local não possui estacionamento suficiente para veículos privados. O atrativo localiza-
se a 2,3 km da Praça Cívica.
Mercado Popular – O mercado está localizado na Rua 74 no Setor Central de
Goiânia, a 2,3 km da Praça Cívica, e possui acesso por via pavimentada. Existem dois
pontos de ônibus e um ponto de táxi num raio de 150 m do atrativo. A Rua 74 possui
duas faixas por sentido e calçadas nos dois lados. O edifício não é adaptado para
portadores de necessidades especiais.
Museu de Ornitologia - o atrativo está localizado na Avenida Pará no Setor
Campinas. Sua distância, em termos absolutos, da Praça Cívica é de 4,8 km. O
acesso ao atrativo se dá por meio de via pavimentada, no entanto, a via onde está
localizado não possui estacionamento para veículos automotores. Além disso, não há
sinalização que permita acessar o museu com facilidade. Existem pontos de ônibus
nas proximidades, num raio de 150 m do atrativo. A via na qual se localiza o museu é
dotada de uma pista de mão única com estacionamento nas laterais e calçadas de 2
metros dos dois lados. Por se tratar de um bairro antigo, o Setor Campinas, possui
187
muita de suas ruas de mão única com calçada estreita e ocupação de uso comercial
intenso ao longo das vias.
Centro Cultural Oscar Niemeyer – o atrativo encontra-se desativado e está
localizado na rodovia GO-020 no setor Alto da Glória. O acesso até o edifício se dá
por meio de vias pavimentadas e pode ser utilizado o transporte público coletivo para
tal. Existem dois pontos de parada num raio de 150m do atrativo. O edifício é
parcialmente adaptado para pessoas com necessidades especiais.
Memorial do Cerrado – o atrativo está localizado dentro da Universidade Católica,
na Avenida Bela Vista, km 02 e pode ser acessado pela GO-020, rodovia
pavimentada. O atrativo se encontra a 10,7 km da Praça Cívica e é possível chegar
até lá por meio de transporte público coletivo. Os edifícios que compõem o Memorial
do Cerrado não são adaptados para pessoas com necessidades especiais. A
sinalização turística para o atrativo é precária.
Autódromo – o atrativo localiza-sena rodovia GO-020 e, assim como os atrativos
acima citados, pode ser acessado por via pavimentada utilizando ônibus do sistema
de transporte público coletivo. O atrativo não é adaptado para pessoas com
necessidades especiais e a sinalização para acessá-lo é inadequada e ineficiente.
Bosque dos Buritis – o atrativo se localiza na Rua 01, Av. Assis Chateaubriand,
Alameda dos Buritis, no Setor Central. O acesso se dá por meio de vias pavimentadas
e sinalizadas. Para acessar o Bosque dos Buritis é necessário passar por locais com
alto volume de tráfego, o que pode impor restrições à acessibilidade. A infraestrutura
do Bosque está parcialmente adaptada a pessoas com necessidades especiais.
Parque Flamboyant – este parque localiza-se no Setor Jardim Goiás e o acesso se
dá por meio de vias pavimentadas. A distância do Parque à Praça Cívica é de 3,8 km.
Pode-se utilizar o transporte público coletivo para chegar ao local. Existe sinalização
turística para o Parque. O Parque é adaptado para circulação de pessoas com
necessidades especiais.
Parque Mutirama – o atrativo está localizado no Setor Central entre as Avenidas
Araguaia, Independência e Contorno. O acesso ao local se dá por meio de vias
pavimentadas. A sinalização turística para o atrativo é deficiente. O atrativo está sendo
188
objeto de projeto de requalificação que deverá transformá-lo em um Parque de
Esporte e Lazer de abrangência Regional. O atrativo será reformulado considerando
as normas de desenho universal.
Parque Vaca Brava – O Parque está localizado a 4,2 km da Praça Cívica, nas
Avenidas T-3, T-5, T-10, T-15 e Rua 66, entre o Setor Bueno e o Jardim América. O
acesso ao local se dá por meio de vias pavimentadas e sinalizadas. O Parque é
adaptado para circulação de pessoas com necessidades especiais.
Bio Parque Jaó – O atrativo está localizado na Alameda Paranã, Chácara 3 no Setor
Jaó. A distância até a Praça Cívica é de 6,5 km e até o aeroporto é de 2 km. O acesso
até o Parque se dá por meio de vias pavimentadas que não possuem nenhum tipo de
sinalização indicativa do atrativo. O Parque não é adaptado para pessoas com
necessidades especiais.
Polo de Moda Av. Bernardo Sayão – o atrativo corresponde a toda Avenida de
mesmo nome localizada no Setor Fama a 5,2 km da Praça Cívica. O acesso ao
atrativo se dá por via pavimentada com sinalização precária. O acesso por transporte
coletivo é possível é bastante fácil, em função da localização da Avenida com relação
ao Terminal Rodoviário. A Avenida Bernardo Sayão possui uma faixa por sentido e
calçada de aproximadamente 2 m de cada lado, o que não é suficiente para atender
à visitação. Faltam também locais para estacionamento. A via não é adaptada para
pessoas com necessidades especiais.
Polo de Moda da Rua 44 – O Polo de Moda da Rua 44 está localizado no entorno do
Terminal Rodoviário a 3,1 km da Praça Cívica. A Rua possui duas faixas por sentido
e canteiro central, no entanto a estrutura das calçadas é insuficiente e não é adaptada
para portadores de necessidades especiais. O acesso ao local pode se dar por meio
de veículos particulares, táxis ou transporte público coletivo, no entanto não existem
vagas de estacionamento suficientes para atender a demanda atual.
Mercado aberto de Goiânia ou Feira Especial – o atrativo se localiza na Avenida
Paranaíba no Setor Central de Goiânia a 1,8 km da Praça Cívica. O acesso ao local
se dá por meio de vias pavimentadas e sinalizadas, no entanto a sinalização turística
voltada ao atrativo é deficiente. Não há área de estacionamento no local, por isso os
189
meios de transporte mais adequados para visitar o local são táxi e ônibus do sistema
de transporte público coletivo. O local é adaptado para circulação de pessoas com
necessidades especiais.
Estação Goiânia – o atrativo localiza-se no entorno do Terminal Rodoviário de
Goiânia e está a 3,0 km da Praça Cívica. O acesso ao atrativo se dá por meio de vias
pavimentadas e sinalizadas, no entanto não existe sinalização turística suficiente para
localizar o atrativo. O edifício onde se encontra não é adaptado para pessoas com
necessidades especiais. O local possui estacionamento próprio.
Feira Hippie – a feira é um evento temporário que funciona na Praça do Trabalhador
todos os domingos. A distância da feira à Praça Cívica é de 2,5 km. O local não possui
infraestrutura adequada para estacionamento mas possui alta acessibilidade em
função de sua localização no entorno do Terminal Rodoviário. A sinalização da feira é
ineficiente e o espaço não é adaptado para receber pessoas com necessidades
especiais.
Feira da Lua – o atrativo é uma estrutura temporária montada todos os sábados na
Praça Tamandaré no Setor Oeste. Sua localização, próxima a muitos hotéis facilita o
acesso a pé. A Praça localiza-se a 1,4 km da Praça Cívica e pode ser acessada por
vias pavimentadas utilizando transporte individual, táxi ou ônibus. A Praça localiza-se
a uma quadra do Bosque dos Buritis, o que facilita o acesso aos dois atrativos.
Feira do Sol – localizada na Praça do Sol no Setor Oeste a 1,9 km da Praça Cívica,
a feira do Sol acontece todas as tarde de domingo. O atrativo pode ser acessado a
pé, por transporte individual, táxi ou ônibus do sistema de transporte público coletivo.
O Setor Oeste possui infraestrutura viária pavimentada com amplas calçadas dos dois
lados das vias, o que facilita o deslocamento a pé. A feira não é sinalizada nem
adaptada a pessoas com necessidades especiais.
Complexo turístico Goiânia Terceiro Milênio – o novo complexo turístico que vem
sendo pleiteado para Goiânia está localizado ao Norte da Macrozona Urbana de
Goiânia a aproximadamente 15 km da Praça Cívica. O acesso ao local pode se dar
pela BR-153. Futuramente o acesso poderá acontecer internamente à área urbana,
190
por meio da duplicação e implantação de vias de acesso. O Anel Viário, em execução
também possibilitará o acesso ao complexo.
Parque de Exposições Agropecuárias – em fase de transferência para o Complexo
Turístico Goiânia Terceiro Milênio.
Jardim Zoológico – atualmente desativado e com possibilidade de ser transferido
para o Goiânia 3º Milênio.
2.3.2 Sistema de abastecimento de água
A distribuição e o tratamento da água em Goiânia são operados pela SANEAGO,
Sociedade de economia mista com administração pública.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS,
Goiânia apresenta altos índices de cobertura de abastecimento de água com 92% dos
habitantes urbanos atendidos.
A extensão da rede de abastecimento de água é de 5.378.779 km e existem 364.638
ligações (SEPIN, 2009), conforme demonstrado no quadro a seguir. A Demanda atual
do sistema é de aproximadamente 3.835 L/s (SANEAGO, 2008).
QUADRO 14 - SÉRIE HISTÓRICA ABASTECIMENTO DE ÁGUA – GOIÂNIA
ANO 2001 2002 2003 2004 2005
ÁGUA-EXTENSÃO DE
REDES (M) 4.240.697 4.259.087 4.475.965 4.669.457 4.930.200
ÁGUA-LIGAÇÕES (Nº) 234.239 248.764 259.997 271.494 283.508
ANO 2006 2007 2008 2009
ÁGUA-EXTENSÃO DE
REDES (M) 5.041.724 5.185.461 5.282.749 5.378.779
ÁGUA-LIGAÇÕES (Nº) 298.353 321.109 342.641 364.638
Fonte: SEPIN, 2010
Diante dos dados apresentados acima se percebe que a SANEAGO vem aumentando
o número de ligações, no entanto, a capacidade instalada ainda não é suficiente para
atender à demanda e os mananciais necessitam ampliação, conforme se constata no
quadro a seguir.
191
QUADRO 15 - INFORMAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE GOIÂNIA
DIAGNÓSTICO DA OFERTA DE ÁGUA
MANANCIAIS SISTEMA PARTICIPAÇÃO NO ABASTECIMENTO
DO MUNICÍPIO
SITUAÇÃO (ATÉ 2015)
OUTROS MUNICÍPIOS ATENDIDOS
Rio Meia Ponte Sistema Meia Ponte 52%
Requer ampliação do
sistema
Aparecida de Goiânia, Trindade
Ribeirão João Leite
Sistema João Leite 48%
Requer ampliação do
sistema
Aparecida de Goiânia, Trindade
Ribeirão Samambaia ETA Samambaia <1%
Requer ampliação do
sistema _
Poços Goiânia Poços Goiânia <1% Requer novo manancial _
PLANEJAMENTO DA OFERTA DE ÁGUA
MANANCIAIS SISTEMA PROPOSTA R$ MIL (JUL 2008) OUTROS
MUNICÍPIOS ATENDIDOS
Barragem no rio João Leite
Ampliação João Leite Novo sistema 210.500 Aparecida de
Goiânia, Trindade Fonte: SANEAGO, 2008
A maior parte da água que abastece a cidade vem da Estação de Tratamento de Água
do rio Meia Ponte - ETA Meia Ponte, situada no rio de mesmo nome, que se localiza
próximo à barra do ribeirão São Domingos, na Região Noroeste de Goiânia e da ETA
do João Leite, afluente do rio Meia Ponte, situado na Região Norte de Goiânia (ver
mapas a seguir).
Encontra-se em fase final de construção a ETA do João Leite, situada na Bacia
Hidrográfica de mesmo nome. A perspectiva é de que esta ETA abasteça a Região
Metropolitana de Goiânia até 2025.
192
FOTO 1 - BARRAGEM DO RESERVATÓRIO JOÃO LEITE
Fonte: Leoiran, 2010.
Quanto aos sistemas de qualidade da água, desde 1998, a Saneamento de Goiás S.A
vem trabalhando na implantação do Sistema de Gestão com base nas normas ISO
Série 9000.
O primeiro sistema que recebeu o Certificado foi o Sistema Produtor do Meia Ponte
em 1998. Desde então, a SANEAGO obteve a certificação para os sistemas
produtores de Anápolis, Goiás – Sistema do Córrego Bacalhau, o Sistema João Leite
e os Laboratórios de Coleta e Análise de Água, bem como o de Coleta e Análise de
Esgotos. Posteriormente certificaram-se os Sistemas de Santa Helena, Goiatuba,
Itumbiara e Formosa.
Atualmente a empresa vem trabalhando na implantação de um Sistema Integrado de
Gestão, com base na NBR ISO 9001, NBR ISO 14001 e OHSAS 18001, para se
submeter ao processo de nova Certificação. O objetivo é adotar um modelo de gestão
sustentável para os processos, produtos e serviços prestados.
Para o norteamento do trabalho foi estabelecida uma Política de Gestão da
SANEAGO, Política esta que é divulgada para todos os empregados através de
treinamentos, intranet e outros meios de comunicação.10
10 http://www.saneago.com.br/site/?id=programas3&tit=programas3, consulta em janeiro de 2012
193
Mapa 11 -localização das ETAs – Goiânia
194
MAPA 12 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE GOIÂNIA
195
2.3.3 Sistema de esgotamento sanitário
Goiânia pode ser considerada uma cidade privilegiada em virtude de seus elevados
índices de coleta de esgotos sanitários (cerca de 80%). Hoje, o sistema coletor de
esgotos atende a uma população aproximada de um milhão de habitantes.
O sistema de esgotos sanitários de Goiânia atende a 265.143 ligações e possui mais
de 2.793.818 metros de rede coletora (quadro a seguir), a qual descarrega os esgotos
em interceptores implantados às margens dos principais cursos d’água da cidade. São
dotados de interceptores o ribeirão Anicuns e João Leite, e os córregos Macambira,
Vaca Brava, Cascavel, Capim Puba, Botafogo, Palmito, Água Branca e Barreiro, com
diâmetros variando de 200 a 2.000 mm (SEPIN, 2010).
QUADRO 16 - SÉRIE HISTÓRICA ESGOTAMENTO SANITÁRIO – GOIÂNIA
ANO 2001 2002 2003 2004 2005
EXTENSÃO DE REDE DE
ESGOTO (M)
2.555.794 2.583.093 2.626.997 2.633.669 2.641.616
LIGAÇÕES DE ESGOTO
(NÚMERO)
180.227 188.018 197.469 206.565 215.819
ANO 2006 2007 2008 2009
EXTENSÃO DE REDE DE
ESGOTO (M)
2.685.717 2.723.872 2.766.250 2.793.818
LIGAÇÕES DE ESGOTO
(NÚMERO)
225.318 238.662 252.044 265.143
Fonte: SEPIN, 2010
A cidade conta com três Estações de Tratamento de Esgotos - ETE em operação.
Na região leste de Goiânia, estão situadas a ETE Aruanã e a ETE Parque Atheneu,
que se encontram em operação há mais de 16 anos.
A ETE Goiânia, denominada “Dr. Hélio Seixo de Britto”, com capacidade para tratar
75% do esgoto coletado em Goiânia, tem como bacias de contribuição, o ribeirão
Anicuns e seus afluentes (Macambira, Cascavel, Vaca Brava, Capim Puba e
Botafogo) e os córregos Caveirinha e Fundo, e o Ribeirão João Leite.
A Região Noroeste é a que apresenta maior carência quanto aos serviços de coleta e
tratamento de esgoto, principalmente a bacia hidrográfica do ribeirão Caveirinhas. Ali
196
os dejetos ainda são jogados in natura na rede de drenagem natural, contribuindo
assim para a poluição do rio Meia Ponte. O mesmo acontece com outras regiões
periféricas como a Região Leste e Região Sudeste.
Objetivando atingir o índice de tratamento de esgoto de 100% em Goiânia, outras
estações de tratamento estão sendo planejadas para implantação nas regiões norte e
sudeste de Goiânia.
197
MAPA 13 - LOCALIZAÇÃO DAS ETES DE GOIÂNIA
198
2.3.4 Sistema de limpeza urbana
A limpeza urbana consiste nas atividades de varrição das ruas, capina manual e com
tratamento químico, roçagem, limpeza de feiras, limpeza de córregos, e coleta de
resíduos sólidos (domicílios e comércio).
A varrição de ruas e praças é realizada pelos Trabalhadores de Limpeza Pública– TLP
que todos os dias cobrem o correspondente a 50 mil quilômetros lineares de vias. A
região central é a que recebe maior frequência de varrição, por se tratar de uma área
muito movimentada de uso comercial.
A capina é realizada manualmente ou por meio de produto químico, o glifosato NA
(não agrícola). A roçagem, que consiste no corte de mato e ervas daninhas, é
realizada mecanicamente sempre no segundo s emestre de cada ano.
As feiras são atividades econômicas não permanentes que geram grande quantidade
de resíduos sólidos após a desmontagem das barracas. Assim, é realizada sempre
ao final de cada feira, a limpeza do local.
Os córregos da cidade são vítimas de acúmulo de resíduos, o que causa mau cheiro
e infestação de insetos. Entre os meses de abril e agosto acontece uma operação
para antecipar o combate aos focos de mosquitos, com a parceria das Secretarias
Municipais de Saúde, Meio Ambiente, Ação Integrada, Vigilância Sanitária, Agência
Municipal de Obras -AMOB e o Zoológico de Goiânia, Delegacia Estadual de Meio
Ambiente e a SANEAGO.
A coleta de resíduos sólidos gerados por domicílios, comércio e vias públicas é
realizada pela Companhia de Urbanização de Goiânia - COMURG. Os resíduos
sólidos dos serviços de saúde, indústrias e construção civil são de responsabilidade
de quem os gera.
Os resíduos da construção civil representam de 40 a 70% da massa dos resíduos
sólidos urbanos, e cerca de 50% dos mesmos são dispostos irregularmente. Os
impactos negativos causados por essa grande quantidade de resíduos gerados e pelo
descarte irregular constituem um dos problemas mais graves enfrentados pela
Administração Pública. Esses impactos causam o esgotamento das áreas de
199
disposição de resíduos, a degradação de mananciais e a proliferação de vetores de
doenças, além de ocasionar grandes gastos à municipalidade. (COMURG, 2010)
Segundo informações fornecidas pela COMURG, a coleta convencional é realizada
em todo o município, ou seja, a cobertura é de 100%. Para a coleta são utilizados 54
caminhões compactadores, com frequência que varia entre 2 vezes na semana, 3
vezes na semana ou diária, conforme quadro a seguir.
QUADRO 17 - SITUAÇÃO DA COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.
Taxa de cobertura da coleta
Ano de referência
População atendida declarada População atendida, segundo a freqüência
Total Do município
Diária 2 ou 3 vezes por semana
1 vez por semana
habitante habitante % % %
100,00 2006 1.220.412 1.220.412 40,00 60,00 0,00 Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS – Diagnóstico do Manejo dos
Resíduos Sólidos - *IBGE/SIDRA
Existe na cidade o Programa Goiânia Coleta Seletiva, que teve início no ano de 2008
e tem avançado gradativamente quanto à sua eficiência e eficácia. O decreto que criou
o Programa é o de Nº 754 e foi assinado no dia 28 de março de 2008. A COMURG é
responsável pela coleta e triagem dos resíduos que são destinados às 8 cooperativas
de catadores que estão em atividade em Goiânia.
Inicialmente a coleta era realizada apenas nos Pontos de Entrega Voluntária - PEV
No entanto, hoje já existem três tipos de coleta, nos PEVs, porta-a-porta e em grandes
geradores de resíduos.
São coletadas aproximadamente 1.000 toneladas mensais de materiais recicláveis.
A tabela abaixo demonstra a quantidade de lixo reciclável que é coletada,
encaminhada e a porcentagem do lixo que é efetivamente reciclado.
200
QUADRO 18 - INFORMAÇÕES LIXO RECICLÁVEL
Quantidade de lixo encaminhado ao aterro (t/mês) 32.000 Quantidade de materiais recicláveis coletados (t/mês) 1.000 Total 33.000 Porcentagem de recicláveis 3%
Fonte: COMURG, 2010
A cidade conta com 129 PEVs instalados. Estes equipamentos auxiliam a coleta de
materiais (ver foto a seguir).
FOTO 2 - PONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA – PEV - PRAÇA
CÍVICA
Fonte: ALTRAN TCBR, 2011
A disposição final dos resíduos coletados por meio da coleta convencional é o Aterro
Sanitário de Goiânia. Esta unidade é devidamente licenciada e encontra-se em fase
de ampliação. Ao final destas obras esta unidade terá sua vida útil prolongada em
mais 20 anos.
201
O Aterro Sanitário de Goiânia está situado na rodovia GO-060 (saída para Trindade),
Chácara São Joaquim, Km 03.
Essa área era utilizada para a disposição de resíduos desde 1983, mas somente em
1993 foi iniciada sua adequação para funcionar como um Aterro Sanitário.
O Aterro Sanitário de Goiânia é do tipo suspenso e o seu maciço (massa de resíduos
compactados e recobertos) ocupa 56% da área do mesmo.
Os resíduos coletados que chegam ao Aterro são compactados e posteriormente
recobertos, o que elimina a proliferação de vetores, reduz a exalação de odores,
impede a catação, permite o tráfego de veículos sobre o aterro, elimina a queima de
resíduos e a saída descontrolada do biogás.
O chorume é captado através de drenos e encaminhado à Estação de Tratamento de
Efluentes - ETE, que é composta de: grades, medidores de vazão, duas lagoas
anaeróbias, uma facultativa e um sistema de recirculação do efluente tratado,
conforme o fluxograma abaixo.
FIGURA 10 - FLUXOGRAMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES (ETE)
Fonte: ALTRAN TCBR, com base em fonte primária da SANEAGO, 2010
202
2.3.5 Rede de drenagem pluvial
A gestão dos sistemas de drenagem pluvial urbana, planejamento, projetos e
execução de obras, são de responsabilidade da prefeitura, em especial da AMOB. A
Agência Municipal de Meio Ambiente - AMMA promove técnicas para resolver os
problemas de drenagem urbana por meio da Gerência de Contenção e Recuperação
de Erosões e Afins - GECRE.
A GECRE realizou em 2010, um relatório técnico no qual estão identificados os
principais pontos de alagamento na cidade. O Relatório está apresentado no ANEXO
4 deste documento.
A drenagem urbana é um sistema que deve ser tratado de forma multidisciplinar,
interligado às outras áreas do saneamento, abastecimento de água, esgotamento
sanitário e resíduos sólidos, conforme determina a lei n°11.445/07.
O quadro atual da drenagem urbana na cidade está marcado pelo intenso processo
de urbanização. Nesse processo foram ocupadas muitas Áreas de Preservação
Permanente -APP próximas aos cursos d´água o que ocasionou uma série de
impactos que hoje são sentidos pela população.
Goiânia possui dois períodos definidos em relação às chuvas, um seco, que vai de
maio a setembro e outro chuvoso. No período das chuvas são observados diversos
pontos de inundação e alagamentos (ver ANEXO 4).
A impermeabilização decorrente do processo de urbanização aumenta os picos de
vazões resultantes de chuvas intensas, ocasionando inundações, erosões,
assoreamentos e sobre elevação do nível dos córregos. A ocupação desordenada do
solo urbano em Goiânia está diretamente associada a processos erosivos do tipo “em
sulcos”, que podem evoluir para ravinas e voçorocas (GOIÂNIA, 2006).
O assoreamento dos corpos d´água, diretamente relacionado às erosões, reduz a
capacidade de carga do leito, ocasionando alagamentos das vias e moradias, em
função do extravasamento da água. As galerias pluviais urbanas estão sujeitas ao
mesmo fenômeno, que é agravado pelo depósito de lixo e entulho nas ruas e bueiros.
203
FIGURA 11 - EROSÃO E ASSOREAMENTO – OCUPAÇÃO IRREGULAR
Fonte: ALTRAN TCBR
Os altos níveis de impermeabilização do solo urbano é um dos problemas mais
visíveis na capital goiana, principalmente quando ocorrem os picos de chuva. O
sistema de drenagem pluvial, diante desse quadro, torna-se incapaz de escoar toda a
água. Muitos pontos críticos podem ser observados no Centro, Campinas, Setor
Bueno, Setor Pedro Ludovico e outros.
O Setor Central, em especial a área de ocupação mais antiga, apresenta sérios
problemas de drenagem, em função da idade da rede, que não foi projetada à época
para atender à demanda crescente de vazão ocasionada pela impermeabilização do
solo urbano.
As possíveis soluções encontradas para o Setor Central são duas. A primeira
alternativa é a construção de poços de infiltração, que seria mais viável do que refazer
todo o sistema de drenagem. A segunda opção, que vem sendo estudada pela AMOB,
é ofertar incentivos fiscais (descontos no IPTU, por exemplo) aos moradores e
proprietários de imóveis da área central para que reaproveitem as águas pluviais,
reduzindo assim o volume lançado nas vias públicas.
A porção Sul de Goiânia apresenta grande número de ocorrência de inundações uma
vez que a área apresenta altos níveis de ocupação. As principais ocorrências de
inundação são relacionadas aos córregos Macambira, Cascavel e Botafogo.
Em setembro de 2006 houve uma chuva de 109 mm que inundou a Avenida T-9 na
baixada do Córrego Vaca Brava e, em janeiro de 2007, outra inundação foi registrada
na mesma Avenida e nas margens do ribeirão Anicuns. Segundo os cálculos que
basearam a elaboração do Plano Diretor de Drenagem de Goiânia, as micro bacias
204
que formam as cabeceiras do Ribeirão Anicuns deveriam ter ocupação tipicamente
rural e de baixa densidade.
Outro problema encontrado em Goiânia é o lançamento de esgoto clandestinamente
na rede de drenagem, essa prática compromete a eficiência dos sistemas de
drenagem e de tratamento de esgoto, além de causar mau cheiro em determinados
pontos da cidade, como no Córrego Capim Puba acima da Avenida Independência.
Os projetos e programa previstos para a melhoria da rede de drenagem pluvial são:
■ Programa Urbano Ambiental Macambira/Anicuns (PUAMA) (figura abaixo)
– Financiamento do BID para a construção do Parque Linear Macambira
Anicuns que atenderá a 120 bairros de Goiânia com obras de infraestrutura
urbana (drenagem, pavimentação, iluminação, escolas, postos de saúde
etc). O programa beneficiará diretamente cerca de 300.000 habitantes;
■ Canalização do Córrego Vaca Brava - obra de saneamento e
reurbanização, que possui projeto mas não os recursos necessários para
sua implantação, que estão estimados em R$ 30 milhões;
■ Foram licitadas em 28/09/2010 obras de pavimentação e drenagem de 21
bairros utilizando recursos da prefeitura na ordem de R$ 121 milhões;
■ A Vila Lobo nas proximidades do Estádio Serra Dourada tem bacias de
retenção idealizadas, mas sem projeto executivo;
205
FIGURA 12 - PROJETO DO PARQUE LINEAR MACAMBIRA-ANICUNS
Fonte: SEPLAM, 2010.
2.3.6 Sistema de transporte urbano
O serviço de transporte público coletivo de passageiros de Goiânia é realizado pela
Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC, que atende, além de Goiânia,
todos os outros municípios que integram sua Região Metropolitana.
A RMTC representa todas as questões afetas aos deslocamentos da população pelos
meios coletivos de transporte - na sua dimensão físico-espacial (vias, terminais,
corredores); logística (linhas, trajetos, horários, meios e forma de integração); de
modelo de operação e de acesso dos passageiros ao serviço (tarifas, forma de
pagamento, forma de controle), assegurando a universalidade, a acessibilidade e a
mobilidade da população servida pela Rede que abrange os 18 municípios atendidos.
206
Ao todo são 259 linhas de ônibus, com um modelo de integração físico-tarifária entre
elas, estruturada através de 20 terminais de integração e de centenas de pontos de
conexão eletrônica – a uma distância máxima de 1.000 metros de qualquer área
residencial. Além dessas linhas 259 linhas, outras 10 linhas são operadas na RMTC
pelo serviço complementar diferenciado, designado CITYBUS, cujas linhas formam
uma rede que tem como ponto de encontro e ponto de integração de todas as linhas
a Praça Cívica, no centro histórico de Goiânia.
São mais de 5.000 os pontos de parada de ônibus para embarque e desembarque de
passageiros.
O sistema viário que serve de berço à operação dos serviços da RMTC, abrangendo
trechos de linhas urbanas e trechos de linhas intermunicipais de características
urbanas (linhas semi-urbanas), é totalmente revestido de pavimentação asfáltica, e
suporta o tráfego compartilhado de veículos de transporte individual e coletivo, não
havendo tratamento preferencial aos ônibus da RMTC. Possui vias secundárias, nos
bairros periféricos, por onde circulam os ônibus das linhas alimentadoras; vias arteriais
por onde trafegam os ônibus das linhas de eixo; e rodovias, que são percorridas pelos
ônibus das linhas semi-urbanas.
É nas vias arteriais que estão inseridos corredores de transporte coletivo, dentre os
quais destacam-se: Corredor Estrutural Leste-Oeste, desenvolvido na Avenida
Anhanguera; Corredor Estrutural Norte-Sul, desenvolvido nas avenidas Goiás, 84, 90,
4ª Radial e Rio Verde; Corredores das avenidas T-7, T-9, 85, Mutirão, dentre outros.
A Rede conta com 5 concessionárias: Rápido Araguaia, HP Transportes, Viação
Reunidas, Cootego e Metrobus.
A média mensal de viagens realizadas pela RMTC é de aproximadamente 393 mil
viagens. As linhas alimentadoras e semi-urbanas respondem por 50% da oferta,
sendo a outra metade ofertada em linhas estruturais, predominantemente nas linhas
de eixo, com 45% das viagens.
Na média, nos dias úteis são ofertadas aproximadamente 14,6 mil viagens. Nos
sábados, 11,2 mil e nos domingos 9,0 mil viagens.
207
A rodagem média mensal é de 8.712.235 km.
A frota patrimonial atual do conjunto das concessionárias é de 1.478 ônibus, sendo
igual a 1.354 ônibus, nos dias úteis, a frota operacional.
O mapa a seguir apresenta a Rede Estrutural de Transporte Coletivo de Goiânia.
208
MAPA 14 - REDE ESTRUTURAL DE TRANSPORTE COLETIVO DE GOIÂNIA
209
A) PDTU – PLANO DIRETOR DE TRANSPORTES URBANOS
Estudo iniciado em 1983 mediante convênio AGLURB/GOIÂNIA firmado entre o
Governo Federal, Governo do Estado de Goiás e Prefeitura Municipal de Goiânia com
interveniência da Empresa Brasileira de transportes Urbanos – EBTU.
Os trabalhos foram executados em duas etapas, sendo a primeira entregue em 1985,
com Recomendações para Implantação a Curto Prazo e a Segunda, entregue em
1989, com Recomendações Para implantação a Médio Prazo para o Horizonte de
1995.
A abrangência do PDTU compreende o Aglomerado Urbano de Goiânia composto
pelos 11 municípios e a Área de Estudo foi definida como a Região do Aglomerado
correspondente à área conurbada de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade, na
qual se concentravam 90% da população.
B) CARACTERIZAÇÃO DO CORREDOR ANHANGÜERA (LESTE –OESTE)
O Projeto de Remodelação do Corredor Anhangüera, implantado na década de 90,
constitui a última e mais importante intervenção no Sistema de Transporte Público
Coletivo de Goiânia, que culminou na criação da empresa METROBUS, responsável
pela operação do Eixo. O Projeto de Modernização do corredor consistiu basicamente
nas seguintes medidas de cunho físico-operacionais:
■ Criação de pista exclusiva para ônibus, de forma a segregá-los do tráfego
de veículos particulares;
■ Implantação de 18 novos pontos de parada em forma de “Estações”,
situadas ao centro das pistas exclusivas, com plataformas elevadas, que
contam com bilheterias e catracas;
■ Tratamento das interseções de forma a priorizar o movimento dos ônibus,
e dos pedestres usuários do sistema, mediante a implantação de faixas de
pedestres e recuperação/substituição dos semáforos;
■ Renovação da frota de ônibus substituindo os Padrons por Articulados com
portas do lado esquerdo;
210
■ Recuperação e remodelação dos terminais de integração do corredor -
Padre Pelágio, Dergo, Praça A, Bíblia e Novo Mundo.
O corredor Anhanguera, atualmente principal eixo estruturador do sistema, possui
uma extensão de 13,5 km corta transversalmente a área urbanizada do município de
Goiânia no sentido Leste – Oeste, servindo diretamente o núcleo central da cidade e
o núcleo de Campinas. O corredor conta com 5 terminais de integração, sendo: Padre
Pelágio; Dergo; Praça A; Praça da Bíblia e Novo Mundo, e com 18 estações para o
atendimento da demanda lindeira. O corredor opera basicamente com duas linhas
troncais, sendo a Linha 001 – Eixo Anhangüera, que corre de ponta a ponta e interliga
todos os terminais e a Linha 012 – Manobrinha, que opera no trecho entre o Terminal
Padre Pelágio e o Terminal Praça A.
Os terminais de maior contribuição para o sub-sistema Anhangüera são:
■ Terminal Padre Pelágio, localizado na extremidade oeste do corredor,
recebe as linhas alimentadoras que servem os municípios de Goianira,
Trindade e Brazabrantes, bem como as alimentadoras dos bairros
periféricos localizados a noroeste do município de Goiânia, como Jardim
Curitiba, Parque Tremendão, Chácara São Joaquim, Conjunto Vera Cruz,
Vila Finsocial e outros;
■ Terminal Novo Mundo, localizado na extremidade leste do corredor, atende
às linhas alimentadoras que servem os municípios de Bonfinópolis e
Senador Canedo, bem como as alimentadoras dos bairros a nordeste e
leste do município, como Parque Alvorada, Setor Palmito, Santo Hilário,
Matinha, Recanto das Minas Gerais, Jardim Novo Mundo e outros.
O corredor Anhangüera possui ainda, em sua área de influencia, os seguintes
terminais:
■ Terminal Dergo, localizado no tramo oeste da avenida, no Bairro dos
Aeroviários. Recebe linhas alimentadoras intermunicipais de Abadia de
Goiás e Guapó, e linhas alimentadoras de bairros localizados na porção
oeste do município de Goiânia, como Parque Oeste Industrial, Parque
Industrial João Braz e outros;
211
■ Terminal Praça A, localizado no tramo oeste da avenida, no Setor dos
Funcionários, atende basicamente às linhas alimentadoras que servem os
bairros situados na porção centro-norte do município, como Vila Santa
Helena, Setor Perimetral e Bairro Santo Antônio;
■ Terminal da Bíblia, localizado no tramo leste da avenida, no Setor
Universitário, atende às linhas alimentadoras que servem os municípios de
Nerópolis, Senador Canedo, Bela Vista de Goiás, Aparecida de Goiânia e
Hidrolândia, bem como algumas linhas alimentadoras de bairros
localizados ao centro-nordeste de Goiânia, como Conjunto Caiçara, Bairro
Feliz, Vila Yate e outros.
C) CARACTERIZAÇÃO DO CORREDOR NORTE – SUL
O crescimento urbano e populacional verificado na Região Metropolitana de Goiânia
nas últimas décadas registrou os maiores índices na área sul, notadamente na cidade
de Aparecida de Goiânia, que chegou a apresentar taxa de crescimento anual da
ordem de 10%. No município de Goiânia, também apresentaram altos índices de
crescimento populacional, as regiões norte, noroeste e sudoeste.
Esse crescimento acelerado gerou em curto espaço de tempo uma demanda
significativa no eixo Norte-Sul, com interesse na área central, já equiparando este eixo
ao corredor Anhanguera. As projeções existentes demonstram que a médio e longo
prazo deverá ser o principal eixo de transporte da cidade.
A via preferencial para ônibus, implantada em um trecho da via 84/90, consistiu no
principal investimento na área dos transportes públicos no eixo sul, entretanto por não
atender as áreas de maior atratividade do corredor, ainda hoje opera com ociosidade
e não chegou a consolidar a via 84 como corredor de transporte de massa.
Destaca-se ainda que parte da demanda que seria atendida pelo corredor Norte-Sul,
atualmente é desviada para o corredor Anhanguera, que após a implantação do
projeto de remodelação, passou a apresentar tempo de viagem mais atrativo. Essa
situação evidencia a necessidade de reavaliar o modelo físico-operacional implantado
no eixo Norte-Sul e posterior implantação de um sistema de transporte de massa, com
condições de absorver adequadamente a demanda existente.
212
Os terminais de integração do eixo são:
■ Terminal Cruzeiro do Sul, localizado no limite com o município de Aparecida
de Goiânia, junto a Av. Rio Verde. Opera com 4 (quatro) linhas troncais,
sendo duas de ligação com a área central de Goiânia e duas de ligação
com Campinas;
■ Terminal Vila Brasília, localizado no município de Aparecida de Goiânia,
junto a Av. São Paulo. Opera com 2 (duas) linhas troncais, sendo a Linha
007 – Vila Brasília – Centro e a Linha 011 – Vila Brasília – Campinas. As
linhas alimentadoras do terminal são todas do município de Aparecida de
Goiânia;
■ Terminal Izidória, localizado ao sul do município, no Setor Pedro Ludovico.
Opera com 2 (duas) linhas troncais, sendo a Linha 002 – Eixo Norte-Sul de
ligação com a área central da cidade e a Linha 014 – Vila Redenção –
Campinas, de ligação com o núcleo de Campinas. Recebe basicamente as
linhas alimentadoras dos bairros localizados na porção sudeste do
município;
■ Terminal Balneário, localizado na porção norte do município de Goiânia, no
Jardim Balneário – Meia Ponte, que opera apenas a Linha 170 – Balneário
Meia Ponte – Centro.
O Sistema Integrado da Região Metropolitana de Goiânia dispõe, ainda, do Terminal
das Bandeiras, localizado na porção oeste do município, no bairro Jardim Europa. A
partir do Estudo Conceitual de Alternativas para o Transporte de Massa em Goiânia,
verifica-se que este terminal opera com 3 (três) linhas troncais, sendo duas (Linha 003
– Eixo T-7 e Linha 004 – Eixo T-9) de ligação com a área central e uma (Linha 005 –
Eixo Pio XII) de ligação com o núcleo de Campinas. Este terminal recebe linhas
alimentadoras do município de Aragoiânia e dos bairros periféricos localizados na
porção sudoeste do município;
O restante do sistema de transporte coletivo de Goiânia é complementado por linhas
diretas, que atendem em sua maioria os bairros localizados no quadrante centro norte
213
do município de Goiânia permitindo o acesso predominantemente para as áreas de
maior interesse, como o núcleo de Campinas, a Área Central e o Setor Universitário.
2.3.7 Sistemas de comunicação
O Município de Goiânia conta com o um grande número de pontos de acessos,
segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Na sede são
11.583 acessos públicos (TUP) distribuídos pela cidade e 355.282 é o total de
telefones fixos instalados. (Fonte: Sistema de Gestão das Metas de Universalização
– SGMU/ANATEL)
Segundo a ANATEL, as operadoras de telefonia móvel operantes nos municípios são:
OI CELULAR; CLARO S.A.; CTBC Celular S.A.; TIM CELULAR S.A.; e VIVO S.A.
Os principais jornais de Goiânia em circulação são: O Popular, Diário da Manhã, Jornal
Daqui, Hoje, e os de circulação nacional, O Globo, O Estadão, Folha, etc.
Hoje estão disponíveis na cidade de Goiânia 17 canais abertos de televisão, sendo
que dois deles estão disponíveis em alta definição High Definition - HDTV, conforme
demonstrado no quadro abaixo. Cinco canais estão em vias de implantação sendo
três deles com a tecnologia HDTV.
214
QUADRO 19 - CANAIS DE TELEVISÃO ABERTA - GOIÂNIA
SINAL VHF SINAL UHF UHF DIGITAL EM IMPLANTAÇÃO
• 02 - TV Anahanguera
• 04 – Record GO (Record);
• 05 – Fonte TV (SESC TV);
• 09 – TV Serra Dourada (SBT);
• 11 – TV Goiânia (Band);
• 13 – TV Brasil Central (Cultura);
• 14 – TV UFG (TV Brasil);
• 24 – UCG TV (TV Aparecida);
• 29 – Boas Novas • 32 – TV Capital
(Rede Minas); • 35 – REDE 21 (TV
Igreja Mundial); • 38 – Gazeta; • 43 – RIT; • 49 – VTV Goiânia
(Rede TV); • 59 – Rede Vida;
• 18 – Record GO HD;
• 34 – TV Anahnguera HD;
• 20 – TV Serra Dourada HD;
• 30 – TV Goiânia HD;
• 31 – TV Brasil Central HD;
• 51 – TV Shop Tour;
• 57 – Rede Vida;
Fonte: www.wikipedia.com.br, acesso em janeiro de 2010
Os provedores de internet disponíveis em Goiânia são: OI, GVT, NET, TIM,
EMBRATEL, CLARO e VIVO.
Goiânia conta com 20 emissoras de rádio FM e 10 AM, conforme apresentado no
quadro seguinte.
QUADRO 20 - ESTAÇÕES DE RÁDIO - GOIÂNIA
FM AM
• 87,9 MHz - radiodifusão comunitária • 89,5 MHz - Paz FM • 90,1 MHz - RBC FM • 90,7 MHz - Luz da Vida FM • 91,9 MHz - Vinha FM • 92,7 MHz - Executiva • 93,9 MHz - Sara Brasil • 94,9 MHz - Interativa • 97,1 MHz - CBN • 98,3 MHz - Sucesso • 98,9 MHz - Rádio Positiva FM • 99,5 MHz - 99,5 FM • 102,9 MHz - Rádio Mil FM • 103,3 MHz - Rádio Band FM (Goiás) • 103,7 MHz - Fonte da Vida • 104,3 MHz - Rádio Terra FM (Goiânia) • 105,3 MHz - Rede Aleluia(Inhumas) • 106,1 Mhz - Rádio Mania FM • 106,7 MHz - Jovem Pan 2 • 107,3 MHz - Rádio 107 FM (Aparecida de
Goiânia)
• 540 KHz - Rádio Riviera AM • 640 KHz - Rádio Difusora AM (Goiânia) • 730 KHz - Rádio 730 • 820 KHz - Rádio Jornal • 870 - Rádio Universitária • 930 KHz - Rádio Caraíba AM • 1050 KHz - Rádio Jornal de Inhumas AM
(Inhumas) • 1.090 KHz - Rádio Aliança AM • 1.230 KHz - Rádio Daqui • 1.270 KHz - Rádio Brasil Central
Fonte: www.wikipedia.com.br, acesso em janeiro de 2010
215
2.3.8 Iluminação pública e energia
A) ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A iluminação pública é essencial à qualidade de vida nos centros urbanos, atuando
como instrumento de cidadania, permitindo aos habitantes desfrutar, plenamente, do
espaço público no período noturno.
A empresa responsável pela Iluminação Pública em Goiânia é a COMURG, através
da Diretoria de Iluminação Pública.
O município de Goiânia conta atualmente com 139.214 pontos de iluminação pública,
distribuídos em 10 regiões, conforme indicado na tabela a seguir.
TABELA 38- PONTOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA POR REGIÃO – GOIÂNIA, 2010
REGIÃO PONTOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Noroeste 14.851 Vale do Meia Ponte 8.911 Sudeste 6.604 Sul 21.172 Medanha 12.179 Leste 11.605 Campinas 14.207 Centro 8.086 Norte 11.314 Macambira Cascavel 30.285 Total 139.214
Fonte: COMURG, 2010
O rápido crescimento de Goiânia exige agilidade do poder público para atender as
necessidades de melhoria nos bairros que surgem a todo o momento, sem descuidar
da manutenção dos serviços de iluminação já existentes nos setores mais antigos.
De acordo com o corpo técnico da prefeitura de Goiânia, é necessário implantar o
sistema de iluminação na Marginal Botafogo, que é uma via de suma importância para
a integração urbana e vem enfrentando problemas quanto à segurança.
A COMURG substitui, todo mês, 3 mil lâmpadas e 4 mil relês em toda a cidade, em
média. A reposição de peças, realizada diariamente, depende, em parte, das
informações e reclamações dos moradores.
216
Segundo a COMURG, são muito raras as interrupções do fornecimento de energia.
Observa-se assim, que este não é um item que impacta a alta temporada turística no
município.
A Prefeitura de Goiânia vem sofrendo prejuízos ocasionados por furtos de cabos de
energia. Tal prejuízo já ultrapassou R$ 1 milhão, desde que esse tipo de crime
começou a ocorrer, no início de 2002. Só no primeiro semestre de 2004, a COMURG
estimou em cerca de R$ 250 mil os prejuízos, com a subtração de aproximadamente
20 mil metros de cabos e 13 ocorrências policiais registradas. Os furtos têm se
verificado com mais frequência na BR-153 e região.
A ação de vândalos também faz com que, das três mil lâmpadas que são substituídas
todo mês, algo em torno de 30% sejam destruídas.
Desde fevereiro de 2003, o trecho urbano da BR-153 (cerca de 20 quilômetros), entre
a Ceasa e a divisa com o município de Aparecida de Goiânia, conta com moderno
sistema de iluminação pública.
O Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficiente -
Reluz está financiando a melhoria do sistema de iluminação pública de Goiânia. O
Programa, que integra o Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente, visa
substituir 118.172 pontos de iluminação na cidade, o que equivale a cerca de 85% de
todo o sistema da capital. Os pontos restantes já dispõem da nova iluminação (vapor
de sódio).
O projeto já proporcionou uma economia de 25.062 MWh/ano e, ainda, deve
proporcionar uma economia adicional de 8.206 MWh/ano, por meio da instalação de
mais 30.926 pontos de iluminação. O quadro seguinte demonstra o andamento das
obras do Programa Reluz.
QUADRO 21 - PROGRAMA RELUZ - GOIÂNIA
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA N° DE
PONTOS CATEGORIA DO PROJETO
% DO AVANÇO FÍSICO
ENERGIA CONSERVADA
MWH/ANO
DEMANDA EVITADA
(KW) Concluído FURNAS 87.246 Melhoria - 25.062 5.722 Em Execução
FURNAS 30.926 Melhoria 31% 8.206 1.874
Fonte: Eletrobrás/PROCEL, 2010
OBS: O avanço físico tem por base a comprovação feita pela Eletrobrás, da execução da obra.
217
Em Goiânia, a implantação do projeto vai proporcionar uma economia de 29% no
consumo de energia na iluminação pública, a redução corresponde a cerca de R$ 500
mil, do total de R$ 1,5 milhão mensais gastos pelo serviço. Ao mesmo tempo, com a
substituição de lâmpadas de mercúrio pelas de vapor de sódio de alta pressão, nos
logradouros da cidade, a eficiência de luminosidade será bastante significativa.
B) ENERGIA ELÉTRICA
A Companhia Energética de Goiás - CELG é a empresa responsável pela distribuição
e comercialização de energia elétrica na cidade de Goiânia.
Segundo os técnicos da CELG e dados do Relatório Técnico do Plano Diretor de
Goiânia (GOIÂNIA, 2008b) toda a área urbanizada possui rede de distribuição de
energia elétrica com capacidade de suporte necessária e com facilidade de ampliação
de atendimento em caso de adensamento populacional. A dificuldade encontrada pela
concessionária é, em caso de necessidade, de aquisição de áreas para a implantação
de novas subestações.
O consumo de energia elétrica na capital é de aproximadamente 2,3 milhões de MWh.
Quanto à qualidade no fornecimento de energia, segundo dados da CELG, Goiânia
registrou tanto duração como frequência do fornecimento de energia elétrica dentro
da meta planejada para 2008.
2.3.9 Serviços de saúde
Goiânia é reconhecida, nacional e internacionalmente, pelo desenvolvimento de áreas
médicas como a oftalmologia, a cardiologia, a neurologia e o tratamento de
queimaduras. Por essa razão o município se consolidou como um polo de tratamento
de alto custo, atraindo não só pessoas do interior do Estado, mas também das regiões
Norte e Nordeste do Brasil.
A cidade conta, atualmente, com 112 estabelecimentos de saúde e possui
disponibilidade de 6.290 leitos. O quadro abaixo demonstra a evolução no número de
hospitais e leitos em Goiânia desde o ano 2000. Goiânia conta também com 36
Unidades de Emergência, segundo dados do DATASUS (2009).
218
QUADRO 22 - NÚMERO DE HOSPITAIS E LEITOS – GOIÂNIA
ANO 2000 2001 2003 2006 2007 2009
Hospitais (nº) 67 68 60 106 103 112
Leitos (nº) 6.549 6.611 6.037 6.274 6.280 6.290 Fonte: SEPIN, 2010
O número de leitos para internação em Goiás teve redução de 6,4% em quatro anos.
É o que revelou a Pesquisa de Assistência Médico Sanitária, divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011. Goiânia acompanha esta
tendência, com uma redução de 3,9% em oito anos (2100-2009)..
Segundo o IBGE, isto pode ser atribuído ao fechamento de áreas de internação. Todas
as áreas de internação que foram fechadas são referentes à rede particular
conveniada. Na rede pública de saúde houve um acréscimo de oito leitos.
Em contrapartida, Goiânia ganhou no mesmo período 45 novos estabelecimentos
hospitalares.
Para o supervisor de pesquisas do IBGE Goiás, Alessandro Siqueira Arantes, novos
estabelecimentos foram construídos no Estado sem leitos de internação, o que seria
uma tendência nacional.11
Segundo a fonte supacitada, a melhoria nas condições do atendimento, a evolução
tecnológica com relação aos equipamentos de saúde e o baixo valor repassado aos
hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) influenciaram nessa
redução.
A prestação de serviços de assistência à saúde da população pela Prefeitura
Municipal de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde - SMS, obedece às
diretrizes recomendadas pelo Sistema Único de Saúde - SUS: a universalidade, a
hierarquização e a descentralização do atendimento. Assim, a regionalização é
realizada com base nas divisões administrativas de Goiânia. Essas regiões são
denominadas Distritos Sanitários e hoje são 12.
11 http://www.ohoje.com.br/cidades/20-11-2010-leitos-hospitalares-tem-queda-de-6-4-em-4-anos/,acesso em 21 de janeiro de 2011
219
A prestação de serviços de assistência à saúde em Goiânia se organiza conforme a
complexidade do atendimento. Assim, o sistema conta com unidades de Atenção
Básica, Média e de Alta Complexidade. Existem na rede unidade públicas,
filantrópicas, privadas conveniadas ao SUS e unidades privadas não conveniadas.
A Atenção Básica representa a porta de entrada dos serviços e foi construída a partir
das Unidades Básicas de Saúde, nas quais se incluem as Unidades de Atenção
Básica à Saúde da Família.
Atendimentos de alta complexidade são realizados nas unidades convencionadas,
como o Hospital de Doenças Tropicais e o Hospital de Urgências de Goiânia, ou ainda,
nas unidades próprias, parceiras e conveniadas.
QUADRO 23 - DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES DE SAÚDE DO SUS E REDE CONVENIADA AO
SUS, SEGUNDO A NATUREZA E AS ESFERAS ADMINISTRATIVAS – GOIÂNIA
NATUREZA E ESFERA ADMINISTRATIVA
REDE DO SUS
Público Federal 01 Hospital Universitário/ UFG - Hospital das Clínicas
Público Estadual
01 Hospital Anuar Auad (antigo Hospital de Doenças Tropicais - HDT)
01 Hospital de Urgências de Goiânia – HUGO
03 Hospitais-maternidades: Hospital Materno Infantil, Maternidade Dona Íres e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes
01 Hospital Dermatologia Sanitária (Colônia Santa Marta)
01 Hospital de Terapia Alternativa
01 Hospital Geral Dr. Alberto Rassi (HGG)
01 Hemocentro
01 Centro Integrado Médico-Pedagógico (CIMP)
01 Laboratório de Saúde Pública (LACEN)
01 Central Odontológica
01 Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma - SIAT (Corpo de Bombeiros Militar de Goiás)
Público Municipal
09 Sedes de Distritos Sanitários
31 Centros de Saúde
10 Centros de Assistência Integrada à Saúde – CAIS
04 Centros Integrados de Assitência Médico-Sanitária - CIAMS
39 Unidades Básicas DE Saúde da Família – UABSF
01 Ambulatório de Saúde Mental
06 Centros de Apoio Psicossocial – CAPS
03 Residências Terapêuticas
01 Centro de Referência em Diagnóstico e Terepêutica - CRDT
01 Maternidade Nascer Cidadão
220
NATUREZA E ESFERA ADMINISTRATIVA
REDE DO SUS
01 Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc (antigo Hospital Psiquiátrico Prof. Adauto Botelho)
01 Centro de Zoonoses
01 Serviço de verificação de Óbitos – SVO
01 Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia
01 Ambulatório de Queimados
01 SAMU
Filantrópicas
01 Hospital Referência em Oncologia - Hospital Araújo Jorge (Associação de Combate ao Câncer de Goiás)
01 Hospital Geral - Santa Casa da Misericórdia de Goiânia
02 Sanatórios: Sanatório Espírita Eurípides Barsanulfo e Sanatório Espírita Batuira
01 Clínica Espírita de Repouso
01 Associação de Saude Mental Infantil de Goiás (Asmigo)
01 Fundação Banco de Olhos de Goiás
01 APAE Goiânia
01 Instituto Pestallozi-Renascer
01 Hospital Memorial Batista do Centenário
Outros: 12
Privados Conveniados
Unidades Hospitalares Conveniadas aos SUS: 50 unidades, sendo:
• 28 Hospitais • 06 Maternidades • 13 Clínicas Hospitalares • 03 Unidades de Pronto Atendimento/ Pronto Socorro
Unidades de Saúde Ambulatoriais Conveniadas aos SUS: 92 unidades, sendo:
• 49 Clínicas Médicas Associações Sindicais • 36 Unidades de Imaginologia • 07 Unidades Sindicais – Odontologia
Fonte: Plano Diretor de Goiânia, Relatório Técnico, 2007
O mapa a seguir ilustra a distribuição espacial das unidades de saúde de Goiânia
221
MAPA 15 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS UNIDADES DE SAÚDE
222
2.3.10 Segurança Pública
O quantitativo efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás - CBMGO em Goiânia
é de 2.118 Bombeiros Militares. Os demais números são apresentados nas tabelas
abaixo.
TABELA 39 - FROTA DO CORPO DE BOMBEIROS DE GOIÂNIA
CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADE Automóvel/Administrativa 103 Automóvel/Operacional/Salvamento/Emergências Médicas 01 Caminhão/ Apoio 4 Caminhão/Operacional/ Combate a Incêndio 28 Caminhão/ Operacional/ Combate a Incêndio/ Florestal 2 Caminhão/ Operacional/ Combate a Incêndio/ Outros 7 Caminhão/ Operacional/ Salvamento 22 Caminhão/ Operacional/ Salvamento/ Altura 2 Caminhonete e Camioneta/ Apoio 8 Caminhonete e Camioneta/ Operacional/ Salvamento 70 Caminhonete e Camioneta/ Operacional/ Salvamento/ Emergências Médicas 113 Caminhonete e Camioneta/ Operacional/ Salvamento/ Terrestre/ 13 Motocicletas/ Administrativa 39 Motocicletas/ Operacional/ Salvamento/ Emergências Médicas 9 Ônibus e Microônibus/ Apoio 5 Reboque e Semirreboque/ Apoio 32 Reboque e Semirreboque/ Operacional/ Combate a Incêndio 7 TOTAL GERAL 465
Fonte: Secretaria de Segurança Pública/ Corpo de Bombeiros Militar Comando de Apoio Logístico
TABELA 40 - OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE GOIÂNIA
- 2009
NATUREZA TOTAL Resgate 19.660 Busca e Salvamento 1.658 Incêndio 1.291 Ações Preventivas 390 TOTAL GERAL 22.999
Fonte: Secretaria de Segurança Pública/ Corpo de Bombeiros Militar. Centro Estadual de Atendimento
Operacional de Bombeiros – 2010
TABELA 41 - NÚMERO DE VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR EXISTENTES EM
GOIÂNIA - 2010
NATUREZA TOTAL Resgate 12 Busca e Salvamento 17 Incêndio 9 TOTAL 38
Fonte: Secretaria de Segurança Pública/ Corpo de Bombeiros Militar. Centro Estadual de Atendimento
Operacional de Bombeiros – 2010
223
A Polícia Civil de Goiânia conta com 41 delegacias, 153 delegados de Polícia e 429
escrivães. Além disso, possui um contingente de 974 agentes de polícia. A tabela a
seguir demonstra o contingente atual da Polícia Civil de Goiânia.
TABELA 42 - CONTINGENTE DA POLÍCIA CIVIL EM GOIÂNIA
DELEGACIA DELEGADOS DE POLÍCIA ESCRIVÃO DE
POLÍCIA AGENTE DE POLÍCIA
TOTAL DE
POLICIAIS
41 153 429 974 1.376
Fonte: Secretaria de Segurança Pública da Polícia Civil
Goiânia conta com o policiamento da Guarda Municipal, considerada a terceira maior
do Brasil, com efetivo operacional composto por 1.850 profissionais. Presente em 07
Unidades de Comando Regional, distribuídas por toda a cidade, contando ainda com
a Divisão de Guarda Ambiental, com contingente de mais de 250 guardas realizando
a segurança dos parques urbanizados e o monitoramento das áreas verdes da capital.
O Grupo de Proteção ao Cidadão - GPC é responsável pelo apoio aos postos e faz
rondas nas imediações dos próprios municípios de forma preventiva e comunitária.
As unidades da Polícia Militar de Goiânia estão listadas no quadro seguinte.
QUADRO 24 - UNIDADES DA POLICIA MILITAR NOS MUNICÍPIOS DO PÓLO
COMANDO UNIDADE/ SEDE
1° Comando Regional da Polícia Militar
1° BPM - Sede: Goiânia – Centro
7° BPM - Sede: Goiânia - Jardim Europa
9° BPM - Sede: Goiânia - Setor Goiânia 2
13° BPM - Sede: Goiânia - Jardim Curitiba III
1° CIPM - Sede: Goiânia - Setor dos Funcionários
6° CIPM - Sede: Goiânia - Parque Atheneu
9° CIPM - Sede: Goiânia – Centro
15° CIPM - Sede: Goiânia - Senador Paranhos
28° CIPM - Sede Goiânia - Residencial Grajaú
29° CIPM - Sede Goiânia - Conjunto Vera Cruz I
RPMon - Sede: Goiânia - Nova Vila
BPMEsc - Sede: Goiânia - Jardim Europa
BPMTran - Sede: Goiânia - santa Genoveva
BPMRv - Sede: Goiânia – Aeroviário
BPMChoque - Sede: Goiânia - Pedro Ludovico
GRAER - Sede: Goiânia - Pedro Ludovico
2° Comando Regional da Polícia Militar
8° BPM - Sede: Aparecida de Goiânia
22° BPM - Sede: Trindade
8° CIPM - Sede: Aparecida de Goiânia (CPP e CEPEN)
224
16° CIPM - Sede: Madre Germana - Aparecida de Goiânia
3° Comando Regional da Polícia Militar
4° BPM - Sede: Anápolis
24° CIPM - Sede: Anápolis
Fonte: Sitio da Polícia Militar do Estado de Goiás, 2010.
GRÁFICO 51
DISTRIBUIÇÃO DAS OCORRÊNCIAS POLICIAIS NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Fonte: Polícia Militar, Segunda Seção de Estado Maior, Goiânia 2011
No gráfico 51 verificamos as áreas com maior incidência de ocorrências policiais em
Goiânia segundo dados da Polícia Militar de Goiânia. Assim sendo é possível
visualizar que o Setor Central é aquele que possui o maior número de casos, seguido
pelos setores Bueno e Jardim América. Salienta-se que o Setor Central possui um
conjunto significativo de atrativos turísticos e é relevante melhorar as condições de
segurança para garantir o usufruto da atividade turística.
Ressalta-se aqui que Goiânia não possui policiamento específico para atendimento
de turistas.
Em 2008, foi criada por decreto do estado de Goiás a Delegacia Estadual de
Atendimento ao Turista – DEAT. A função da DEAT seria a de investigar crimes
13%
11%
11%
9%
9%8%
8%
7%
6%
6%
6%5,8%
St. Central
Jd. América
St. Bueno
Jd. Novo Mundo
St. Pedro Ludovico
St. Campinas
St. Universitário
St. Marista
Jd. Goiás
Pq. Amazonas
St. Norte Ferroviário
St. Oeste
225
cometidos em todo o Estado contra turistas residentes ou não em Goiás, com sede
em Goiânia. No entanto, esta Delegacia ainda não foi efetivada.
2.3.11 Principais Conclusões
Goiânia é uma cidade relativamente nova além de constituir um sítio urbano planejado
e por esta razão possui uma conformação privilegiada além de boas condições em
termos de infraestrutura de uma forma geral.
Conforme foi amplamente verificado no diagnóstico realizado, enquanto destino
turístico, Goiânia necessita fortalecer os seus atrativos bem como criar novos atrativos
que possam motivar deslocamentos turísticos relevantes.
Um destes atrativos é o Parque Mutirama, que se encontra defasado enquanto
equipamento turístico, além de obsoleto e inseguro, comprometendo sua
performance.
Esse equipamento também possui deficiências de infraestrutura quanto ao seu acesso
e não possui integração com seu entorno, podendo ser mais bem aproveitado para o
turismo.
Complementarmente a APA do ribeirão João Leite, embora dotada de potencial para
recepção de empreendimentos turísticos, também possui infraestrutura incipiente,
principalmente no que se refere ao sistema viário de acesso, iluminação pública e
saneamento básico, o que limita a sua atratividade atual.
No que concerne à macro acessibilidade do destino Goiânia, o Aeroporto Internacional
Santa Genoveva possui estrutura física e operacional incompatível com a dinâmica
turística. Não obstante as últimas intervenções referentes à nova sala de embarque,
a condição geral do equipamento está muito aquém das necessidades de Goiânia.
Quanto à micro acessibilidade, a rede estrutural de transporte urbano da Grande
Goiânia também apresenta deficiências, conforme foi apontado no Plano Diretor da
Cidade e há também necessidade de reestruturações pontuais no seu sistema viário.
Estas deficiências devem ser sanadas uma vez que a mobilidade turística depende
diretamente da rede de transportes existentes. É importante que as diretrizes do Plano
Diretor sejam postas em prática para que se garanta o exercício da mobilidade urbana
226
de forma sustentável Seria oportuno também se estudar formas alternativas de
transporte turístico dissociadas do sistema de transportes públicos de forma a se
oferecer melhores condições à mobilidade turística da cidade.
Alguns serviços encontram-se em bom nível de qualidade e com boa cobertura tais
como o fornecimento de água, energia elétrica e os serviços de saúde.
Um item preocupante, entretanto, refere-se à segurança pública, uma vez que o maior
relato de ocorrências policiais observado na cidade é exatamente em seu Setor
Central, onde se encontra grande parte dos atrativos turísticos existentes. A Secretaria
de Segurança do Estado, no entanto, já está se mobilizando para o enfrentamento
desta questão através de um Plano de Segurança Pública.
Quanto à infraestrutura de apoio aos atrativos turísticos, foi possível observar que a
grande maioria não está dotada de passeios, iluminação pública e mobiliário urbano
adequados ao seu correto usufruto. Encontram-se nesta condição a Praça do
Trabalhador e os eixos que compõem os roteiros do turismo de compras tais como a
Av. Bernardo Sayão, assim como o Polo Gastronômico do Setor Marista.No Centro
Histórico, e no Setor Central como um todo, foram detectados problemas quanto à
infraestrutura de drenagem de águas pluviais, o que, nos dias de chuva intensa
ocasiona retenção de água em diversos pontos. Esse tipo de ocorrência repercute
negativamente na atividade turística e por isso deve ser mitigada
Além disso, existem alguns equipamentos que estão sem uso e devem ser
adequadamente estudados para que possam ser inseridos na dinâmica turística e
aumentar a oferta de atrativos dotados de vitalidade. Este é o caso da Praça do
Trabalhador e da antiga estação ferroviária.
Alguns atrativos turísticos encontram-se também sem acesso universal a portadores
de necessidades especiais como é o caso do Centro Histórico, das Feiras da Av.
Bernardo Sayão e dos Parques Flamboyant, Vaca Brava, Areião e Lago das Rosas.
O Parque Mutirama embora tenha algumas adaptações à acessibilidade deverá ser
totalmente remodelado e necessitará de novas obras para este fim. O Bosque dos
Buritis, por sua vez, também possui algumas intervenções para a acessibilidade, mas
estas não são suficientes e não atendem à todos os grupos necessários (idosos,
crianças, cegos, etc.) e portanto, devem ser ampliados.
227
Os Parques Ecológicos são, sem dúvida, um diferencial da cidade de Goiânia,
entretanto salienta-se que é e necessário promover uma maior integração entre os
mesmos de forma a propiciar uma visitação integrada. Desta forma será possível
otimizar o seu uso.
Em termos de recuperação predial as fachadas do acervo arquitetônico art déco do
Centro Histórico necessitam intervenções urgentes em função da falta de
padronização de letreiros, o que dificulta a sua apreensão visual enquanto patrimônio
histórico. Várias fachadas deste acervo patrimonial se encontram em más condições,
o que compromete sua atratividade. Insere-se neste caso o Mercado Central da
cidade, entre outras edificações deste importante conjunto.
2.4 QUADRO INSTITUCIONAL
O diagnóstico institucional relacionado à gestão do turismo no Município de Goiânia
abrange também a gestão do meio ambiente, dada a interrelação entre os dois
setores, ambos considerados como áreas elegíveis para investimentos no âmbito do
PRODETUR Nacional.
Para a análise do quadro institucional do turismo são caracterizados e representados
a seguir os órgãos envolvidos, as políticas públicas vigentes, os planos e programas
previstos, em desenvolvimento e de recente implantação e a legislação em vigor,
relativa à gestão e à regulação do setor de turismo, considerando as instâncias de
governo federal, estadual (Estado de Goiás) e municipal (Município de Goiânia).
2.4.1 Gestão do Turismo
A) ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES DO SETOR DE TURISMO
ORGANISMO ESTADUAL DE GESTÃO DO TURISMO
No Estado de Goiás, o órgão oficial ao qual compete a gestão do turismo é a Agência
Estadual de Turismo - GOIÁS TURISMO que até a reforma administrativa de maio de
2008 era denominada AGETUR.
Instituída pela Lei n.º 13.550 de 11 de novembro de 1999, a Goiás Turismo é uma
instituição autárquica com autonomia administrativa, financeira e patrimonial e está
jurisdicionada à Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás.
228
À Goiás turismo compete a promoção de ações que visem o fortalecimento e o
crescimento do turismo no Estado de Goiás, buscando intensificar sua contribuição
para a geração de renda, a ampliação do mercado de trabalho e a valorização do
patrimônio cultural, natural e técnico-científico.
A Goiás Turismo conta com um quadro de pessoal com 120 funcionários para
desempenhar atividades que promovam o desenvolvimento do turismo no estado,
entre as quais se destacam a promoção de eventos regionais,- a divulgação do estado
em exposições nacionais e internacionais, promoção do Rally Internacional dos
Sertões e do Salão do Turismo Goiano e o Viaje Goiás.
Os mecanismos institucionalizados de participação e controle social para a gestão
estadual do turismo no estado de Goiás estão representados sob a forma de um
Fórum Estadual de Turismo.
ORGANISMO MUNICIPAL DE GESTÃO DO TURISMO
No município de Goiânia, o órgão gestor do turismo é a Secretaria Municipal de
Turismo e Desenvolvimento Econômico - SETURDE, em substituição a antiga
Secretaria Municipal do Turismo – SEMTUR.
A SETURDE foi criada pela Lei Complementar nº 214, de 24 de janeiro de 2011, que
dispõe sobre alterações na estrutura organizacional do Poder Executivo do Município
de Goiânia e dá outras providências.
Segundo o Art.21 da referida Lei “A Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Econômico passa a denominar-se Secretaria Municipal de Turismo e
Desenvolvimento Econômico, ficando acrescida às suas finalidades e competências
a execução de políticas, planos, programas e projetos relativos à área de turismo no
âmbito do Município de Goiânia.” Além disso, esse mesmo Art. vincula à “Secretaria
Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico o Fundo Municipal de Turismo,
instituído pela Lei n.º 8.815, de 19 de junho de 2009, mantido nos termos da legislação
em vigor o Conselho Municipal de Turismo.
229
A SETURDE conta atualmente com uma equipe composta por 417 profissionais,
dentre os quais 97 são cargos comissionados, 17 são estagiários e os demais são
efetivos da Secretaria (entre estatutários e CLT).
Em função de sua reestruturação agravada pelo fato de já ser anteriormente uma
secretaria nova ressalta-se que a SETURDE é dotada de poucos recursos para a
gestão municipal do turismo, seja em termos de recursos materiais tais como a
situação física de sua sede, parque de informática, veículos e mobiliário ou em termos
de recursos humanos, tendo em vista que a maioria dos colaboradores nunca recebeu
treinamentos específicos para a gestão integrada do turismo.
No que concerne à necessidade de qualificação de seus colaboradores atualmente
vislumbra-se a necessidade da qualificação profissional destinada aos gestores e
técnicos que fazem parte da SETURDE nas seguintes áreas: Planejamento turístico,
gestão de projetos em turismo, gestão financeira/execução e prestação de contas e
ferramentas de planejamento e gestão de projetos (tais como MS PROJECT).
Ressalta-se que existem unidades avançadas da SETURDE para atendimento ao
turista. Os turistas que passam pelo Terminal Rodoviário de Goiânia, no Araguaia
Shopping bem como no Aeroporto Santa Genoveva têm à sua disposição um Centro
de Atendimento ao Turista (CAT), que possui funcionários da SETURDE e materiais
de divulgação com principais eventos e pontos turísticos da região. Não obstante
,ressalta-se que não há um planejamento estratégico para funcionamento dos CAT ou
uma ação mais orientada que possibilite um maior espectro de atendimento ao turista.
O CAT se circunscreve a uma ação pontual de entrega de material ao turista quando
é demandado mas poderia ter uma ação bem mais expressiva mediante o
planejamento e requalificação de suas funções
O município de Goiânia conta como Conselho Municipal de Turismo– COMTUR,
além do Fundo Municipal de Turismo.
O Conselho Municipal de Turismo de Goiânia - COMTUR foi criado pelo Decreto
n.º 7.843 de 14 de setembro de 1998 e atualizado pelo Decreto nº 3.325 de 26 de
agosto de 2009.
230
A Lei n.º 8815 de 19 de junho de 2009 cria o Fundo Municipal de Turismo–
FUMTUR.
O COMTUR tem por finalidade orientar e emitir sugestões para o desenvolvimento do
turismo no município de Goiânia e é constituído por 23 membros, nomeados pelo
Prefeito de Goiânia; seu presidente é o Secretário Municipal de Turismo e seus
membros representam as seguintes instituições:
MEMBROS DO COMTUR ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE VIAGENS – ABAV/GO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HOTÉIS - ABIH/GO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOCADORA DE AUTOMÓVEIS – ABLA/GO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE JORNALISTAS DE TURISMO - ABRAJET/GO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES - ABRASEL/GO ASSOCIAÇÃO COMERCIAL INDUSTRIAL E DE SERVIÇOS DO ESTADO DE GOIÁS - ACIEG AGÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - AMMA BANCO DO BRASIL CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CÂMARA MUNICIPAL CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS – CDL/GO GOIÂNIA CONVENTION E VISITORS BUREAU - GC&VB INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - IFGOIÁS ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - OAB/GO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO S MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE/GO SECRETARIA MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO - SECOM SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - SETURDE SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL - SENAC / GO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI / GO SINDICATO DE GUIAS DE TURISMO – SINDGETUR/GO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC/GO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG
Fonte: ALTRAN TCBR
O FUMTUR tem como finalidade “prover recursos para o desenvolvimento e a
execução de ações necessárias a uma adequada gestão do turismo em Goiânia e sua
consolidação como importante fator de desenvolvimento sustentável, distribuição de
renda, geração de emprego, e da conservação do patrimônio [...]”.
O Art. 2º desta lei define onde os recursos serão aplicados:
• desenvolvimento e implantação de planos, programas e projetos;
• aquisição de materiais permanentes e de consumo, destinados aos projetos e
programas;
231
• pelo menos 50% do Fundo aplicado em captação, promoção, organização,
apoio, participação e/ou realização de eventos;
• divulgação das potencialidades turísticas do município;
• programas e projetos de qualificação e aprimoramento profissional dos serviços
turísticos;
• na implantação de projetos, planos e ações governamentais ou não
governamentais.
A GESTÃO ARTICULADA DO TURISMO - GOVERNO FEDERAL, GOVERNO DO ESTADO DE
GOIÁS E GOVERNO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Ao organizar os poderes do Estado brasileiro, a Constituição Federal de 1988 instituiu
uma nova forma de repartição de competência entre a União, os estados e os
municípios. Nesse novo modelo federativo, o cidadão recebe influências de três
esferas de atuação governamental: uma local, uma regional e outra federal.
Este é o principal enfoque da federação, que pressupõe a descentralização política e
a sinergia entre os entes federativos, que se transformam em entidades autônomas,
com suas competências delimitadas pela Constituição Federal e pela legislação
complementar.
O estado e o município assim, na condição de entes federativos, têm, segundo a
Constituição, a responsabilidade de ordenar o seu desenvolvimento social e garantir
o bem-estar de seus habitantes, formulando e executando políticas públicas.
Diante desses preceitos institucionais cabe analisar o ambiente institucional do
turismo sob a perspectiva de um sistema articulado, que envolve as instâncias federal,
estadual e municipal, ainda que se tenha como foco a instância de gestão municipal.
Cabe aos Estados a responsabilidade pela articulação e coordenação dos
investimentos federais e pelo desenvolvimento de programas e projetos próprios de
turismo em seus municípios. E, tendo em vista a restrita capacidade de gestão de
grande parte dos municípios turísticos, também coube aos Estados a execução das
ações inerentes ao PRODETUR em seu território.
232
Ainda que seja bem mais amplo o papel das Secretarias Estaduais de Turismo na
definição das ações e projetos setoriais nos Estados, é preciso reconhecer que a
estruturação do SNT, a implantação do processo de planejamento e a regionalização
do turismo – por meio da criação dos pólos e dos PDITS – fortaleceram o setor na
estrutura estadual de governo. Esse processo estimulou os governos a reestruturar
ou criar secretarias setoriais e a institucionalizar na estrutura de governo instâncias
de participação, por meio da criação dos Conselhos Estaduais de Turismo.
O fortalecimento dessas estruturas de gestão nos Estados tem sido um passo
importante no processo de consolidação do SNT.
Na visão sistêmica de gestão do turismo no país, os municípios representam a linha
de frente, onde as atividades turísticas efetivamente acontecem e as políticas e os
investimentos se materializam. As ações estratégicas definidas pela Lei Geral do
Turismo são dirigidas a todos os órgãos e entidades que compõem o SNT, observadas
as respectivas áreas de competência. Dentre elas, as citadas a seguir são próprias à
instância municipal de governo:
■ Promover os levantamentos necessários ao inventário da oferta turística e
ao estudo de demanda turística no município, com vistas a estabelecer
parâmetros que orientem a elaboração e execução da política nacional do
turismo;
■ Proceder estudos e diligências voltados à quantificação, caracterização e
regulamentação das ocupações e atividades, no âmbito gerencial e
operacional, do setor turístico e à demanda e oferta de pessoal qualificado
para o turismo no município;
■ Articular, perante os órgãos competentes, a promoção, o planejamento e a
execução de obras de infraestrutura no município, tendo em vista o seu
aproveitamento para finalidades turísticas;
■ Promover o intercâmbio com entidades regionais, nacionais e
internacionais vinculadas direta ou indiretamente ao turismo;
233
■ Propor o tombamento e a desapropriação por interesse social de bens
móveis e imóveis, monumentos naturais, sítios ou paisagens cuja
conservação seja de interesse público, dado seu valor cultural e de
potencial turístico;
■ Propor aos órgãos ambientais competentes a criação de ucs, considerando
áreas de grande beleza cênica e interesse turístico; e município e, quando
necessário, restritivo, utilizando linguagem visual padronizada
nacionalmente, observados os indicadores de sinalização turística
utilizados pela omt.
Além dessas competências registradas em Lei, somam-se ainda outras que dizem
respeito à ação municipal de incentivo e articulação, em parceria com os agentes não
governamentais, tais como a promoção da capacitação de recursos humanos para
atendimento ao mercado e da educação comunitária voltada para o turismo.
B) IMPACTOS E LIMITAÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E DA CAPACIDADE DE GESTÃO
PÚBLICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Até recentemente, o turismo, em sua orientação nacional, era direcionado pela
autogestão. A influência das políticas nacionais e o início das mudanças no setor se
deram com a implementação do Programa Nacional de Municipalização do
Turismo — PNMT. O PNMT, considerado o grande divisor de águas na história do
turismo nacional, foi responsável, nos últimos dez anos, pela sensibilização de
comunidades locais e pela descentralização da gestão da atividade turística, tendo
sido substituído pelo Programa de Regionalização do Turismo — PRT.
Assim, a criação do Ministério do Turismo, em janeiro de 2003, denota uma nova
postura governamental no que diz respeito à atividade turística no Brasil, que passa a
ser tratada de forma diferenciada em relação às políticas de esporte e lazer,
consideradas afins até então. Com esta atitude, o governo federal pretendeu dar
destaque ao turismo como política pública, como atividade econômica sustentável e
como alternativa relevante na geração de trabalho e renda.
A valorização do turismo foi reforçada com a sanção da Lei n.º 11.771, de 17 de
setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo - PNT, definindo
234
as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao
setor turístico. A promulgação da Lei Geral do Turismo - LGT, nome pelo qual o
diploma legal passou a ser conhecido, demonstra o avanço das discussões referentes
à importância do setor turismo no desenvolvimento nacional. Esta Lei foi
regulamentada pelo Decreto nº 7.381 de 02 de dezembro de 2010.
A Política Nacional do Turismo, segundo a lei, deve obedecer aos princípios da livre
iniciativa, da descentralização, da regionalização e do desenvolvimento econômico
justo e sustentável.
A lei institui o SNT, cujo objetivo mais amplo é promover o desenvolvimento das
atividades turísticas de forma sustentável, pela coordenação e integração das
iniciativas oficiais com as do setor produtivo.
São objetivos específicos do SNT:
■ atingir as metas do Plano Nacional de Turismo - PNT;
■ estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em
regime de cooperação com órgãos públicos, entidades de classe e associações
representativas voltadas à atividade turística;
■ promover a regionalização turismo, mediante o incentivo à criação de
organismos autônomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor,
descentralizando a sua gestão; e
■ promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no
país.
Para apoiar a estruturação e organização do setor, a Lei regula e disciplina a
prestação de serviços turísticos, bem como o cadastro, classificação e fiscalização de
prestadores de serviço.
A Lei Geral do Turismo define que o financiamento ao setor turístico deve ser
viabilizado por meio dos seguintes mecanismos de canalização de recursos:
■ lei orçamentária anual, mediante recursos alocados ao Ministério do
Turismo e à EMBRATUR;
235
■ Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR;
■ linhas de crédito de bancos e instituições federais;
■ agências de fomento ao desenvolvimento regional;
■ lei orçamentária de estados, Distrito Federal e municípios;
■ organismos e entidades nacionais e internacionais; e
■ securitização de recebíveis originários de operações de prestação de
serviços turísticos, por intermédio da utilização de Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios - FIDC) e de Fundos de Investimento em Cotas de Fundos
de Investimento em Direitos Creditórios - FICFIDC, observadas as normas do
Conselho Monetário Nacional - CMN e da Comissão de Valores Mobiliários -
CVM.
Ainda segundo a Lei Geral do Turismo, o poder público federal pode viabilizar
mecanismos de investimentos privados no setor turístico.
O Fundo Gestor do Turismo - FUNGETUR, criado pelo Decreto-Lei n.º 1.191, de 27
de outubro de 1971, tem por objetivo fomentar e prover recursos para o financiamento
de atividades turísticas, mediante o financiamento de:obras para modernização,
reforma e ampliação de empreendimentos; e máquinas e equipamentos novos e
serviços de finalidade ou de interesse do turismo nacional, assim definidos pelo
MTUR.
A gestão do FUNGETUR é do Ministério do Turismo, tendo como agentes financeiros
das linhas de crédito para o turismo: Banco da Amazônia - BASA; Banco do Brasil -
BB;Banco do Nordeste- BNB; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social- BNDES; e Caixa Econômica Federal- CEF.
A Política Nacional de Turismo é executada pelo Sistema Nacional do Turismo, que é
composto por:
■ Ministério do Turismo;
■ EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo;
236
■ Conselho Nacional de Turismo; e
■ Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo -
FONATUR.
Podem ainda integrar o SNT:
■ fóruns e conselhos estaduais de turismo;
■ órgãos estaduais de turismo; e
■ instâncias de governança macrorregionais, regionais e municipais.
C - ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO DO TURISMO –
PLANOS E PROGRAMAS DE ÂMBITO FEDERAL
Em 2003 foi lançado pelo Ministério do Turismo o PNT baseado nos pressupostos de:
(i) parceria e gestão descentralizada; (ii) distribuição de renda por meio da
regionalização, interiorização e segmentação da atividade turística; (iii) diversificação
dos mercados, produtos e destinos turísticos; (iv) inovação dos arranjos produtivos;
(v) visão estratégica por meio de planejamento integrado; (vi) incremento do turismo
interno; e (vii) desenvolvimento do turismo sustentável.
As ações que integram o PNT são importante instrumento indutor do desenvolvimento
e da inclusão social. Foram fixadas para o quadriênio 2007-2010 as seguintes metas:
criar 1,7 milhões de novos empregos e ocupações; gerar U$ 7,7 bilhões em divisas;
promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno; estruturar
sessenta e cinco destinos turísticos com padrão de qualidade internacional, dentre os
quais inclui-se o município de Goiânia.
Segue-se um quadro resumo dos Macro programas e dos Programas que expressam
as linhas de atuação do Ministério do Turismo.
QUADRO 25 - MACRO PROGRAMAS E PROGRAMAS AFETOS AO MINISTÉRIO DO TURISMO
MACROPROGRAMAS PROGRAMAS
1. Planejamento e Gestão
Programa de Implementação e Descentralização da Política Nacional de Turismo Programa de Avaliação e Monitoramento do Plano Nacional de Turismo Programa de Relações Internacionais
2. Informação e Estudos Turísticos Programa Sistema de Informações do Turismo
237
MACROPROGRAMAS PROGRAMAS Projeto Inventário da Oferta Turística Programa de Competitividade do Turismo Brasileiro
3. Logística de Transportes Programa de Ampliação da Malha Aérea Internacional Programa de Integração da América do Sul Programa de Integração Modal nas Regiões Turísticas
4. Regionalização do Turismo
Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil Programa de Planejamento e Gestão da Regionalização Programa de Estruturação dos Segmentos Turísticos
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Regional do Turismo
5. Fomento à Iniciativa Privada Programa de Atração de Investimentos Programa de Financiamento para o Turismo
6. Infraestrutura Pública Programa de Articulação Interministerial para Infraestrutura de Apoio ao Turismo Programa de Apoio à Infraestrutura Turística
7. Qualificação dos Equipamentos e Serviços Turísticos
Programa de Normatização do Turismo Programa de Certificação do Turismo Programa de Qualificação Profissional
8. Promoção e Apoio à Comercialização
Programa de Promoção Nacional do Turismo Brasileiro Programa de Apoio à Comercialização Nacional Programa de Promoção Internacional do Turismo Brasileiro Programa de Apoio à Comercialização Internacional
Programa Turismo Sustentável & Infância
Fonte: Ministério do Turismo – 2008
Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil
O Programa guia-se pelas orientações contidas no PNT e visa promover o
planejamento integrado e participativo do desenvolvimento turístico regional. As
diretrizes do Programa incorporam o conceito de Arranjo Produtivo Local - APL,
referindo-se à promoção e ao apoio à comercialização, ao desenvolvimento das
relações de mercado e à interação entre os atores da cadeia produtiva do turismo.
O Programa é coordenado pelo Ministério do Turismo, com o apoio do Conselho
Nacional de Turismo/Câmara Temática de Regionalização. Canais de interlocução
são estabelecidos com as unidades federadas, por meio dos órgãos estaduais de
turismo, apoiados pelos Fóruns Estaduais de Turismo/Câmaras Temáticas de
Regionalização Estaduais. Os órgãos governamentais de turismo estaduais, por sua
vez, relacionam-se com as regiões turísticas por meio das Instâncias de Governança
Regionais, instaladas ou em instalação, e com os municípios, mediante os órgãos e
dos conselhos municipais de turismo. Os conselhos municipais são os mecanismos
locais para a concretização de canais de participação social e de representação dos
interesses comunitários.
238
A implementação do Programa orienta-se pela cooperação e parceria de agentes
públicos e privados, nos âmbitos federal, estadual e municipal, com o intuito de
promover a diversificação da oferta turística, a estruturação dos destinos turísticos, a
qualificação profissional e a maximização da competitividade do produto turístico no
mercado internacional, com foco na sustentabilidade, no que diz respeito à
preservação e conservação dos recursos naturais e histórico-culturais, à inclusão
social e à revitalização das tradições e dos costumes de cada localidade.
Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo são programas que visam
a estruturação da atividade turística de forma sustentável em áreas prioritárias
selecionadas pelos estados. O modelo de financiamento das ações dos
Programas contam com três fontes distintas de recursos:
■ financiamento internacional, obtido junto ao Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID,
■ recursos de contrapartida federal, Ministério do Turismo e
■ contrapartida estadual.
PRODETUR Nacional - Programa de Desenvolvimento do Turismo
O Programa constitui uma linha de ação estratégica da Política Nacional do Turismo.
Por meio do PRODETUR são realizados investimentos relativos ao Programa de
Apoio ao Desenvolvimento Regional do Turismo, que integra o Macro programa
de Regionalização do Turismo. O PRODETUR visa:
■ dar qualidade ao produto turístico;
■ diversificar a oferta turística;
■ estruturar os destinos turísticos;
■ ampliar e qualificar o mercado de trabalho;
■ aumentar a inserção competitiva do produto turístico no mercado
internacional;
■ ampliar o consumo do produto turístico no mercado nacional.
239
O Programa tem abrangência nacional, sendo que os estados e municípios, com mais
de um milhão de habitantes, poderão solicitar recursos diretamente ao BID de acordo
com suas capacidades de endividamento e critérios do MTUR e do BID.
O PRODETUR Nacional está estruturado de forma a agilizar o acesso às linhas de
crédito e aos recursos financeiros, sem o comprometimento prévio de recursos e nem
a necessidade de um agente financeiro. Os Estados e municípios podem se
comprometer com mais de um financiamento junto à linha de crédito, além de
contarem com o apoio técnico do Ministério do Turismo na elaboração das propostas
e com o apoio financeiro na alocação de contrapartida federal ao programa.
As ações a serem desenvolvidas são selecionadas a partir do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS – elaborado de
forma participativa junto ao trade turístico e à comunidade. O PDITS é, assim, um
instrumento de planejamento e gestão do desenvolvimento do turismo em sua área
de abrangência, de maneira integrada entre as diversas instituições envolvidas com o
turismo, tendo em vista a exploração racional dos recursos turísticos, respeitando o
meio ambiente natural e construído e a identidade cultural das populações residentes
no local em que o turismo acontece.
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO DO TURISMO – PLANOS
E PROGRAMAS DE ÂMBITO ESTADUAL – ESTADO DE GOIÁS
Elaborado em 2007 em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE o Plano Estadual de Turismo – Goiás no Caminho da Inclusão
estabelece as ações estratégicas de fortalecimento do turismo local para o período de
2008 a 2011 em consonância com as diretrizes do Plano Nacional. O Plano Estadual
de Turismo de Goiás constitui-se uma ferramenta de dimensionamento do turismo no
Estado. O documento estabelece 46 municípios turísticos, oito roteiros turísticos e
nove regiões turísticas foram diagnosticadas pelo Plano no Estado:
■ Agro-ecológica,
■ Vale do Araguaia,
■ Vale da Serra da Mesa,
■ Reserva da Biosfera Goyaz,
240
■ Engenho, Águas,
■ Nascentes do Oeste,
■ do Ouro, e
■ dos Negócios e Eventos, nesta inserida como município centralizador
Goiânia.
O Plano identifica ainda a tipologia do turismo potencial em Goiás- saúde, negócios
e eventos, cultural/religioso, rural e ecoturismo -, os mercados prioritários e a
identidade turística de Goiás. O documento estabelece as metas qualitativas a serem
alcançadas até 2011 por meio de um conjunto de ações. Estão entre elas a
implantação do Instituto de Estatística e Pesquisa Turística, a criação de oito
coordenações regionais de turismo, a viabilização do Programa de Desenvolvimento
do Turismo - PRODETUR-GO e a criação do Programa de Aceleração do Crescimento
do Turismo de Goiás, já alcançadas. Entre outros projetos específicos que
contemplam o município de Goiânia estão previstos: implantação da Vila Cultural em
Goiânia, a Casa do Turismo e o Programa Carbono Zero.
O estado de Goiás, por meio da GOIÁS TURISMO, está vinculado a programas e
projetos referentes ao turismo, em âmbito federal e estadual, conforme quadro a
seguir.
QUADRO 26 – PROGRAMAS E PROJETOS PREVISTOS E EM IMPLANTAÇÃO EM GOIÂNIA–
ÂMBITO ESTADUAL
ESTRATÉGIA DO PRODUTO TURÍSTICO
Goiânia
Implantar o Centro de Exposição do Agronegócio.
Requalificar o autódromo internacional de Goiânia.
Revitalizar a Praça Cívica Pólo Negócios Implantar Sinalização Turística de Nível Internacional
ESTRATÉGIA DA COMERCIALIZAÇÃO
Pólo Negócios
Desenvolver Plano Estratégico de Marketing para o Estado de Goiás englobando os 5 Pólos, envolvendo o poder público e iniciativa privada. Plano focado no Pólo de Negócios e Eventos. Criar e produzir material promocional turístico (folheteria e digital)
FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
241
Pólo Negócios
Implantar sistema integrado de informações turísticas (IPTUR - Instituto de Pesquisas Turísticas).
Fonte: GOIÁS TURISMO, 2010
No que diz respeito a um sistema de informação para gestão do turismo, o estado
conta com o Instituto de Pesquisa Turística de Goiás - IPTur/GO, entidade coordenada
pela Goiás Turismo, que desenvolve pesquisas no setor com o intuito de estabelecer
uma base para a formulação das estratégias tanto na esfera governamental como por
universidades, associações e entidades ligadas ao turismo. Criado em 16 de
novembro de 2009, por convênio firmado com a Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Goiás (Fapeg), o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT e os 23
municípios integrantes - Rio Quente, Caldas Novas, São Miguel do Araguaia, São
Simão, Lagoa Santa, Pirenópolis, Serranópolis, Cidade de Goiás, Goiânia, Nova
Crixás, Itumbiara, Mineiros, Anápolis, Colinas do Sul, Abadiânia, Inaciolândia,
Mossâmedes, São Domingos, Alto Paraíso, Formosa, Britânia, Três Ranchos e
Porangatu. O IPTur/Go está alinhado ao sistema federal de informações do Ministério
do Turismo.
ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO DO TURISMO – PLANOS
E PROGRAMAS DE ÂMBITO MUNICIPAL – MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Goiânia conta com o Plano Municipal de Turismo de Goiânia 2009-2012,
instrumento de planejamento norteador de ações relativas à operacionalização para o
desenvolvimento do turismo local, visando estabelecer o município de Goiânia como
destino turístico de negócios e destino regional do entretenimento e lazer, delineando
uma política para o turismo da Prefeitura de Goiânia.
Elaborado a partir de consultas e discussões amplas junto ao trade turístico, o
Conselho Municipal de Turismo - COMTUR e representantes de trabalhadores e
entidades da sociedade civil organizada, a SETURDE contou com a colaboração do
Sebrae-GO, que desenvolveu oficinas, da Fundação Getúlio Vargas - FGV, que
promoveu a pesquisa Goiânia como Destino Indutor da Competitividade do Turismo
Regional e o Seminário de Competitividade, com o objetivo de colocar a Cidade nos
eixos de investimentos a serem promovidos pelo MTUR; e a OSCIP Bioma Brasil.
O Plano prevê suas ações a partir de 6 programas e 20 projetos, conforme quadro a
seguir.
242
QUADRO 27 – PROGRAMAS E PROJETOS NO PLANO MUNICIPAL DE TURISMO DE GOIÂNIA
PROGRAMAS PROJETOS
FOMENTO Á ECONOMIA DO TURISMO
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
CRIAÇÃO DO FUNDO MUNICPAL DE TURISMO – FUMTUR
FORMAÇÃO DE PARCERIAS
INCENTIVO À CRIAÇÃO DE REDES DE FORNECEDORES
INCREMENTO DO TURISMO DOMÉSTICO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – PDITIS
ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA TURÍSTICA
SINALIZAÇÃO DOS DESTINOS TURÍSTICOS ADEQUAÇÃO E CRIAÇÃO DE ESPAÇOS TURÍSTICOS ADEQUAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ACESSIBILDAIDE E SEGURANÇA COORDENAÇÃO DE EVENTOS E LOGÍSTICA DE TURISMO
QUALIFICAÇÃO DO DESTINO TURÍSTICO
DESENVOLVIMENTO E ATUALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TURÍSTICAS DESENVOLVIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA TURÍSTICA CONSCIENTIZAÇÃO ESCOLAR PARA O TURISMO IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO ESTRATÉGICA ORIENTADA PARA RESULTADOS
CRIAÇÃO DE ZONAS TURÍSTICAS ESPECIAIS DE
INTERESSE TURÍSTICO – ZEITs
GOIÃNIA TERCEIRO MILÊNIO
MODERNIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA
PROMOÇÃO GOIÂNIA COMO DESTINO TURÍSTICO
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS PROMOÇÃO DA IMAGEM DE GOIÂNIA COMO DESTINO TURÍSTICO AUMENTO DO TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS VISITANTES
MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE E INSTITUIÇÕES SENSIBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE E INSTITUIÇÕES
Fonte: Plano Municipal de Turismo de Goiânia 2009-2012
A seguir, quadro com os programas e projetos relativos à SETURDE, seus objetivos,
justificativas e situação:
QUADRO 28– PROGRAMAS E PROJETOS RELATIVOS A SETURDE
PROGRAMAS/PROJETOS OBJETIVO JUSTIFICATIVA SITUAÇÃO
Prodetur Nacional/BID Financiar projetos e fortalecer a gestão do Turismo em Goiânia
Integrar Goiânia ao cenário nacional e internacional como destino indutor do Turismo
Em andamento
Plano Municipal de Desenvolvimento
do Turismo
Estimular projetos que revertam em melhoria dos
serviços e atividades ligadas ao Turismo
Estabelecer uma política clara de criação de empregos e renda a
partir do desenvolvimento do Turismo na Capital
Em andamento
243
PROGRAMAS/PROJETOS OBJETIVO JUSTIFICATIVA SITUAÇÃO
Fundo Municipal do Turismo (FUMTUR
Prover recursos para a implantação de ações
destinadas a uma adequada gestão do Turismo em
Goiânia, de forma a garantir um desenvolvimento
integrado e sustentável
Permitir o planejamento de custos para a
realização de eventos e promoções de
marketing do Turismo em Goiânia
Em andamento
Centros de Atendimento aos Turistas (CATs)
Estabelecer pontos de atendimento preparados
para responder as demandas por informações turísticas. Previsão de CAT no Bosque dos Buritis e no
Aeroporto de Goiânia, numa parceria com a Infraero
Recepcionar e orientar os turistas em pontos estratégicos para que
tenham mais segurança
Concluído
Banco de Dados/ Inventário da Oferta
Turística (Invtur)
Identificar toda infraestrutura turística e não turística da
Cidade, numa parceria com o MTUR e Goiás Turismo
Formatar um diagnóstico confiável de
informações para orientação de políticas
Em andamento
Turismo na Escola
Formar alunos da rede pública no sentido de
despertar o interesse dos jovens para o Turismo, numa parceria com o Sebrae/GO e
SME
Trabalhar com a juventude escolar
resulta em um trabalho construtivo de
multiplicação de conhecimento
Em andamento
Roteiro Citytour
Oferecer aos turistas opções de
roteiros, provendo itinerários com serviços qualificados, numa parceria com o trade
turístico
Apresentar Goiânia aos turistas de forma
organizada e atrativa
Em andamento
Sinalização turística
Instalar placas de orientação aos turistas no
perímetro urbano da Cidade e nos locais de atrativos turísticos, numa parceria
com o MTUR
Identificar e sinalizar, conforme padrões internacionais, os
principais roteiros e sítios turísticos de
Goiânia
Em andamento
Estudo de Competitividade de
Goiânia como Destino Indutor do Turismo
Pesquisar e propor soluções para tornar Goiânia mais competitiva, nacional e
internacionalmente, numa parceria com a Fundação Getúlio Vargas, MTUR e
Sebrae.
Realizar diagnóstico e seminários com a participação de representantes
das esferas municipal, estadual e federal, e do
trade turístico.
Concluído
Reestruturação do Parque Mutirama em
Goiânia
Contratação de empresa especializada em elaboração de estudos prévios (estudo mercadológico, avaliação
financeira, definição final do empreendimento, Masterplan
e projeto básico) pra reestruturação do Parque
Mutirama em Goiânia.
- Em andamento.
Lyceu (Reforma e construção do Largo do
Colégio Lyceu de Goiânia)
Prestação de serviços de obras e engenharia para
execução de serviços referente a reforma e
-- Paralisado
244
PROGRAMAS/PROJETOS OBJETIVO JUSTIFICATIVA SITUAÇÃO construção do Largo do
Colégio Lyceu de Goiânia.
Projeto de Fortalecimento
Institucional e Estudo de Mercado Projeto 3º
milênio
Prestação de serviços para elaboração do projeto de
fortalecimento institucional da gestão municipal de
Goiânia e elaboração de estudo de mercado para o projeto Goiânia 3º Milênio
- Em andamento
Circuito da Melhor Idade
Incentivar e desenvolver o turismo em Goiânia, promovendo a divulgação dos parques ambientais, atrativos históricos e culturais, compras e outros. Visando r
Parcerias junto a outras secretarias municipais,
além de veículos de comunicação e
entidades ligadas ao turismo, como por
exemplo o Sindegtur (Sindicado dos Guias de
Turismo)
Adesão ao Programa Viaja Mais Melhor Idade
do Mtu
Em andamento
Fonte: SETURDE, 2010
No que diz respeito a um sistema de informação para gestão do turismo, o município
não tem a prática de realização de pesquisas em sua gestão e faz uso dos indicadores
de turismo da GOIÁS TURISMO por meio do Instituto de Pesquisa Turística de
Goiás - IPTur/GO como base para fixação de diretrizes para o desenvolvimento
turístico municipal.
Observa-se assim a necessidade de se instituir um sistema de informações turísticas
municipais que podem estar inseridos no âmbito de seu planejamento de marketing.
Com relação às informações para os turistas, a SETURDE disponibiliza o serviço de
um telefone de informações turísticas – TELETUR pelo número 62 – 3524.1010.
No que tange programas e projetos de educação para o atendimento do turista, o
município conta com o Programa de Conscientização Escolar para o Turismo.
Instituído em agosto de 2009, o programa foi elaborado pela SETURDE, em
colaboração com a Secretaria Municipal de Educação e o SEBRAE-GO, com o intuito
de estabelecer políticas públicas por meio da educação.
C) LEGISLAÇÃO TURÍSTICA
245
Os principais instrumentos legais de âmbito federal, estadual e municipal nos quais se
embasa a Gestão do Turismo nessas instâncias encontram-se relacionados no quadro
a seguir:
QUADRO 29 - LEGISLAÇÃO TURÍSTICA
FEDERAL
� Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo,
define as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor
turístico, institui o Sistema Nacional de Turismo – SNT;
� Lei 6.505/77 – Regulamentação do Turismo;
� Lei 8.623/93 – Regulamentação da Profissão de Guia de Turismo;
� Deliberação Normativa 416/00 – EMBRATUR - Cadastro das empresas turísticas;
� Deliberação Normativa 161/85 – EMBRATUR – Contratos com Agências de Turismo;
� Deliberação Normativa 246/88 – Registro e classificação de empresas de transporte turístico;
� Decreto 84.934 – Agências de Turismo;
� Decreto 84.910/80 – Regulamentação dos Meios de Hospedagem;
� Decreto 87.348/82 – Regulamentação do Transporte Turístico;
� Decreto 136/84 – Serviços de Agências de Turismo;
� Decreto 89.707/84 – Organização de congressos, convenções, seminários ou eventos
congêneres;
� Decreto 5.406/05 – Regulamentação do cadastro obrigatório para fins de fiscalização das
sociedades empresariais, das sociedades simples e dos empresários individuais que prestam
serviços turísticos remunerados;
� Decreto nº7381/10 – Regulamenta a Lei Geral do Turismo.
ESTADUAL
Lei n.º 13.550 de 11 de novembro de 1999, que dispõe sobre a criação da GOIÁS TURISMO
MUNICIPAL
� Lei Complementar n.º 214, de 24 de janeiro de 2011 que cria a Secretaria Municipal de Turismo
e Desenvolvimento Econômico - SETURDE, órgão executivo integrante do Sistema
Administrativo Municipal; e extingue a Secretaria Municipal de Turismo – SEMTUR.
� Decreto nº 1822, de 01/06/2011, que aprova o Regimento Interno da SETURDE
� Lei n.º 7.843 de 14 de setembro de 1998, que dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de
Turismo de Goiânia;
� Decreto n.º 239 de 11 de fevereiro de 200, aprova o regimento Interno e dá competências ao
Conselho Municipal de Turismo;
� Lei municipal n.º 8271 de 15 de julho de 2004 cria o Fundo Municipal de Turismo de Eventos
� Projeto de Lei n.º2010/20 que institui a Linha de Turismo em Goiânia;
� Lei n.º 8815 de 19 de junho de 2009 que cria o Fundo Municipal de Turismo– FUMTUR;
246
� Decreto nº1822/11 – aprova o Regimento Interno da SETURDE.
Fonte: ALTRAN TCBR, com base em fontes diversas
D) QUADRO DOS INCENTIVOS PARA O INVESTIMENTO PRIVADO TURÍSTICO
LINHAS DE CRÉDITO PARA O TURISMO
As linhas de crédito para o turismo estabelecidas por meio de parceria entre o
Ministério do Trabalho e Emprego, Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador - CODEFAT, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo, são as listadas
a seguir:
Microcrédito - empreendedor popular
Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, objetivando sua integração ao
setor produtivo formal da economia.
Beneficiários: disponível às pessoas físicas atuantes, exclusivamente, no setor
informal.
BNDES – Programa de Turismo
O programa de Turismo é uma parceria entre o BNDES e o Ministério do Turismo e,
tem por objetivo apoiar empreendimentos do setor do Turismo nas localidades que
apresentem potencial para esta atividade, contribuindo para o desenvolvimento e
competitividade do setor no país.
Beneficiários: empresas de qualquer porte, nacionais ou estrangeiras.
PARCERIA ENTRE A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E O MINISTÉRIO DO TURISMO - PROGRAMA
CAIXA TURISMO - CAPITAL DE GIRO
Empréstimo destinado a antecipar o fluxo de caixa da empresa, mediante o desconto
de títulos para sua emissão, ou cheques pré-datados de terceiros, entregues para
cobrança na CAIXA, ou cheques eletrônicos pré-datados provenientes de convênio
com a TECBAN – Tecnologia Bancária SA e creditados na CAIXA.
Beneficiários: empresas com faturamento anual ilimitado, porém com foco de atuação
para empresas com faturamento anual de até R$ 5 milhões.
247
Giro-CAIXA Instantâneo para o Turismo
Crédito rotativo com Limites Flutuantes, em uma mesma conta-corrente, para
antecipação dos recebíveis (cheques pré-datados, cheques eletrônicos pré-datados,
duplicatas de venda mercantil, duplicatas de prestação de serviços e aplicações
financeiras), cuja prioridade de utilização será da menor para a maior taxa de juros
dentre as modalidades que contiverem estoque de recebíveis.
Beneficiários: empresas com faturamento anual de até R$ 35 milhões.
PARCERIA ENTRE O MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL E O MINISTÉRIO DO TURISMO
Fundos Constitucionais de Financiamento
O Governo Federal criou em 1989 os Fundos Constitucionais de Financiamento do
Centro Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO), com o objetivo de contribuir
para o desenvolvimento econômico e social dessas Regiões.
Beneficiários: Microempresa Empresa de pequeno, médio e grande porte
PARCERIA ENTRE O MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, CODEFAT, BANCO DO BRASIL
E O MINISTÉRIO DO TURISMO
PROGER- Turismo – Investimento
Financiamento de projetos de investimento e capital de giro associado, voltado para
implantação, ampliação e modernização de empreendimentos no setor turístico
brasileiro.
Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo com faturamento
bruto anual de até R$ 5 milhões e cadastradas no MTUR.
PROGER- Turismo – Capital de Giro
Antecipação de créditos de vendas realizadas com cartão de crédito ou desconto de
cheques pré-datados.
248
Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo, e cadastradas no
MTUR
PARCERIA ENTRE O MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, BANCO DO BRASIL E O
MINISTÉRIO DO TURISMO.
PRONAF – Turismo Rural
O Programa tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos em
propriedades familiares, tais como pousadas, restaurantes, locais de “pesque e
pague” e cafés coloniais.
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “C” e “D” (*), que
possuam renda bruta anual acima de R$ 2 mil e até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80%
proveniente da atividade agropecuária e não agropecuária assim considerados os
serviços e atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio
familiar e com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra
até 6 módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.
PRONAF Agregar
O Programa visa apoiar projetos de investimento que contribuam para a agregação
de renda à propriedade rural familiar, tais como a exploração do turismo rural, o
desenvolvimento de produtos artesanais, bem como o beneficiamento, o
processamento e a comercialização da produção agropecuária.
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “B”, “C” e “D” (*),
que possuam renda bruta anual de até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80% proveniente
da atividade agropecuária e não agropecuária assim considerados os serviços e
atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e
com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra até 6
módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.
VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA O INVESTIMENTO PRIVADO TURÍSTICO NO MUNICÍPIO DE
GOIÂNIA
249
A expansão da base produtiva industrial Goiana passou de seu estado incipiente para
outro patamar, que expressa o crescimento de Goiás de forma acelerada e continuada
chamando a atenção dos outros Estados. Isto muito se deve aos incentivos à
produção agrícola, carro-chefe da economia estadual.
Para investidores privados o Estado de Goiás oferece INCENTIVOS FISCAIS E
FINANCEIROS tais como o PROGRAMA PRODUZIR criado através da Lei 13.591,
de 18 de janeiro de 2000 e o Fundo Constitucional do Centro-Oeste - FCO. Ambos
incluem incentivos ao setor turismo.
O PROGRAMA PRODUZIR conta também com o reforço da Lei nº 13.213, de 29 de
dezembro de 1997, que dispõe sobre a concessão de prazos especiais para
pagamento de ICMS para atividades inseridas no referido Programa.
O Programa de Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Produzir) foi criado
para contribuir com a expansão, modernização e diversificação do setor industrial de
Goiás, estimulando a realização de investimentos, a renovação tecnológica e o
aumento da competitividade estadual. Propicia a redução do custo de produção da
empresa, através do financiamento de até 73% do ICMS devido pelo período de até
15 anos. O Produzir conta com as seguintes versões:
� Microproduzir (incentivo às microempresas),
� Teleproduzir (incentivo à implantação de call-centers),
� Centroproduzir (incentivo à instalação de centrais únicas de distribuição),
� Logproduzir (incentivo às empresas operadoras de logística) e
� Comexproduzir (Incentivo às operações de comércio exterior)
Em novembro de 2011 foi criado o Fundo de Desenvolvimento de Atividades
Industriais – FUNPRODUZIR visando Financiar projetos e ações complementares
considerados de interesse do desenvolvimento do Estado de Goiás.
Além desses programas de incentivo, Goiânia conta ainda com recursos do Fundo
Constitucional do Centro-Oeste (FCO). O FCO foi criado em 1988 com o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Centro-Oeste brasileiro. O
aporte permanente dos recursos do Fundo, pela União, (29% para Goiás, 29% para
Mato Grosso, 23% para Mato Grosso do Sul e 19% para o Distrito Federal) possibilita
250
financiamentos de longo prazo para os setores econômicos, gerando novas
perspectivas de investimentos para o empresariado.
Em 2010 o FCO em Goiás financiou investimentos da ordem de R$ 1,583 milhão.
Desse aporte, 44,6% foram direcionados para a modalidade empresarial e 55,4% para
financiamento de atividades rurais.
Além dos incentivos financeiros, as principais vantagens competitivas e
potencialidades de Goiânia decorrem do fato de:
� Ser centro de influência regional;
� Ter localização geográfica estratégica;
� Possuir base econômica diversificada;
� Capacidade de geração de emprego;
� Ser polo universitário;
� Ter descentralização industrial e,
� Possuir infraestrutura para transporte de cargas.
As desvantagens ocorrem em função de ainda não existirem mecanismos de incentivo
para investimentos turísticos privados em nível municipal.
2.4.2 Gestão ambiental
A) ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES DO MEIO AMBIENTE
A gestão ambiental no Brasil tem como arcabouço legal básico a Lei n.°6.938, de 31
de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. A lei
institui o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente, composto pelos órgãos
e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como
pelas fundações responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
Órgãos, Entidades e Fundações do SISNAMA Órgão Superior: Conselho de Governo; Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente - MMA; Órgão Executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBIO; Órgãos Seccionais: órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; Órgãos Locais: órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.
251
Órgãos, Entidades e Fundações do SISNAMA
Fonte: ALTRAN TCBR, com base em dados do MMA, 2010
A atuação do SISNAMA se dá mediante articulação coordenada dos órgãos e
entidades que o constituem, observado o acesso da opinião pública às informações
relativas às agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma
estabelecida pelo CONAMA.
Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios a regionalização das medidas
emanadas do SISNAMA, elaborando normas e padrões supletivos e complementares.
Quadro 30 – Composição do SISNAMA
GOVERNO FEDERAL GOVERNO ESTADUAL GOVERNO MUNICIPAL
ÓRGÃOS GESTORES/EXECUTORES MMA/IBAMA/ICMBIO Órgãos Estaduais de
Meio Ambiente
Órgãos Municipais de Meio Ambiente
ÓRGÃOS DE CONTROLE SOCIAL CONAMA Conselhos
Estaduais Conselhos Municipais
Fonte: ALTRAN TCBR, com base em dados do MMA, 2010
252
ÓRGÃOS ESTADUAIS DO SISNAMA
No âmbito do Estado de Goiás é a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos - SEMARH que atua como órgão seccional, coordenador do SISNAMA em
nível estadual e que integra o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos
Hídricos.
A SEMARH, instituída pela Lei nº 12.603, de 07 de abril de 1995, com alterações
introduzidas pela Lei nº 13.456, de 16 de abril de 1999, e, posteriormente, pela Lei nº
14.383, de 31 de dezembro de 2002, constitui-se em um órgão da administração direta
do Poder Executivo.
As competências da SEMARH estão divididas em um formato de agendas de trabalho,
onde três Superintendências são responsáveis pela execução do programa ambiental.
Agenda Verde - Superintendência de Biodiversidade e Florestas - temas relativos à
biodiversidade, política de proteção florestal e fauna, e ainda do Sistema Estadual de
Unidades de Conservação.
Agenda Azul - Superintendência de Recursos Hídricos – temas relativos à política de
recursos hídricos e promoção da outorga de água.
Agenda Marrom- Superintendência de Gestão e Proteção Ambiental - promoção do
desenvolvimento sustentável, recuperação de áreas degradadas e a política estadual
para controle da poluição e degradação ambiental.
Agenda Institucional - Superintendência de Administração e Finanças - atividades
diretamente ligadas ao Gabinete do Secretário - Programa de Ações Ambientais
Integradas e a Gerência Executiva de Recuperação da Bacia do Rio Meia Ponte -
atividades de apoio à Superintendência de Biodiversidade e Florestas,
Superintendência de Recursos Hídricos e Superintendência de Gestão e Proteção
Ambiental.
Conforme o Artigo 5º do Regulamento da SEMARH jurisdiciona-se à Secretaria do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, a Agência Goiana do Meio Ambiente e a
Agência Goiana de Águas.
253
Agência Goiana do Meio Ambiente - Criada pela Lei n.º 13.550, de 11 de Novembro
de 1999, regulamentado pelo Decreto n.º 5.142, de 11 de Novembro de 1999, a
Agência Goiana do Meio Ambiente é uma entidade autárquica estadual, dotada de
personalidade jurídica de direito público interno, com autonomia administrativa,
financeira e patrimonial jurisdicionada à Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos.
Sua missão é garantir a qualidade ambiental por meio do monitoramento, da
fiscalização e do licenciamento das atividades potencialmente poluidoras. È de sua
competência a execução de levantamento geológico de recursos hídricos e de solos
e pela realização de estudos relativos à gestão territorial e ao zoneamento econômico-
ecológico do Estado.
A Agência Goiana de Águas, também vinculada à SEMARH, foi criada pela Lei nº
14.475, de 16 de julho de 2003, é uma autarquia a quem é atribuída, pelo prazo de
30 anos, prorrogável por igual período, a competência constitucionalmente conferida
ao Estado sobre toda água bruta de domínio do Estado de Goiás, nos termos das
Constituições Federal e Estadual. É a Agência Goiana de Regulação, Controle e
Fiscalização de Serviços Públicos - AGR a entidade autorizada a exercer a
fiscalização associada ao cumprimento das outorgas de uso de recursos hídricos no
Estado.
O Conselho Estadual de Meio Ambiente - CEMAm, vinculado à SEMARH foi
instituído pela Lei nº 12.603, de 7 de abril de 1995, previsto pela lei 13.456 de 16/04/99
e regulamentado pelo Decreto nº 5.805, de 21 de julho de 2003. É um órgão colegiado,
consultivo e deliberativo, integrante da Secretaria do Meio Ambiente.
A finalidade do CEMAm é deliberar sobre normas regulamentares e técnicas, padrões
e outras medidas de caráter operacional para a preservação e a conservação do meio
ambiente e dos recursos ambientais. e acompanhar a implantação e gestão do
Sistema Estadual de Unidades de Conservação.
O Fundo Estadual do Meio Ambiente – FEMA está vinculado à SEMARH. Foi criado
pela Lei nº 12.603 de 07 de abril de 1995, regulamentado pela Lei Complementar nº
254
20 de 10 de dezembro de 1996, alterado pela Lei Complementar n º 22 de 29 de
dezembro de 1997 e pelo Decreto n º 4.470 de 19 de junho de 1995.
O FEMA é administrado por uma junta de administração, destina-se a carrear recursos
para a proteção e a conservação do meio ambiente. Os recursos do FEMA destinam-
se aos órgãos estaduais executivos incumbidos da realização das atividades de
conservação, recuperação, proteção, melhoria, pesquisa, controle e fiscalização
ambiental, inclusive da articulação intersetorial. O FEMA tem como função prover
recursos para equipar os órgãos supramencionados para que possam executar
satisfatoriamente suas atribuições no meio ambiente.
ÓRGÃOS MUNICIPAIS DO SISNAMA
De acordo com o SISNAMA, os órgãos ou entidades municipais são responsáveis
pelo controle e fiscalização das atividades consideradas de impacto sobre o meio
ambiente, nas suas respectivas áreas de jurisdição. Assim, os Municípios, observadas
as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar normas
locais.
O órgão reponsável pela gestão ambiental em Goiânia é a Agência Municipal do
Meio Ambiente – AMMA. Criada pela Lei nº 8537 de 20 de junho de 2007, e em
substituição a extinta SEMMA - Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a AMMA é
uma autarquia municipal, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, que
integra a estrutura administrativa indireta da Prefeitura de Goiânia e é jurisdicionada
à Secretaria de Governo.
Pelo Decreto nº 527, de 29 de fevereiro de 2008, foi aprovado o Regimento Interno da
Agencia. Municipal do Meio Ambiente - AMMA que tem por finalidade formular,
implementar e coordenar a execução da Política Municipal do Meio Ambiente,
voltada para o desenvolvimento sustentável, no âmbito do território municipal; a
política não se estabelece por meios de um documento específico, decreto ou
regulamento, está contemplada nas competências designadas e distribuidas nas
diversas diretorias, assessorias e gerências de acordo com a Lei nº 8537 de criação
da AMMA nos artigos 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34.
255
Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente - ANAMMA
Centro Oeste
Trata-se de uma entidade civil, sem fins lucrativos ou vínculos partidários,
representativa do poder municipal na área ambiental, com o objetivo de fortalecer os
Sistemas Municipais de Meio Ambiente para implementação de políticas ambientais
que venham a preservar os recursos naturais e melhorar a qualidade de vida dos
cidadãos.
Instituída em 1986, em Curitiba/PR, a ANAMMA tem desenvolvido ações voltadas
para o fortalecimento municipal, ocupando lugar de destaque no Conselho Nacional
do Meio Ambiente - CONAMA.
A ANAMMA tem contatos regionais em todo o Brasil; no centro oeste há
representações no estado de Goiás, em Goiânia e no Mato Grosso, em Cuiabá e
representa uma força de articulação do poder público municipal nas questões
ambientais.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Goiânia está formalmente constituído,
mas não se encontra ativado.
Da mesma forma, inexiste o Fundo Municipal de Meio Ambiente, mecanismo que
viabiliza recursos para a atuação do poder público no setor, dentro de suas
competências legais.
Educação Ambiental
A educação ambiental no município conta com uma Gerência na estrutura
organizacional da AMMA; a Gerência de Educação Ambiental tem por finalidade
promover e coordenar as ações voltadas para a educação ambiental, formal e informal
da população tais como:
■ Divulgar informações técnico-científicas sobre o meio ambiental;
■ Elaborar e executar projetos e programas de educação ambiental;
256
■ Desenvolver campanhas educativas, seminários e outros eventos,
objetivando informar e despertar a consciência da população para a
necessidade de proteger, conservar e recuperar o meio ambiente;
■ Coordenar e orientar os programas de educação ambiental desenvolvidos
nas escolas;
■ Elaborar materiais didáticos, tais como cartilhas, “folders”, painéis, mapas,
vídeos e outros;
■ Incentivar e acompanhar as iniciativas da comunidade no que se refere à
participação no processo de preservação ambiental.
■ Desenvolver a educação ambiental no processo de gestão junto às
empresas, associações e as demais organizações da comunidade do
município de goiânia;
■ Desenvolver programas integrados de recuperação ambiental e educativo
em áreas verdes e unidades de conservação do município de goiânia.
A educação ambiental é efetivada nos municípios a partir das seguintes práticas:
■ Atendimento Escolar: informação e sensibilização, por meio de palestras,
oficinas, exposições, contação de historias, encenações, dramatizações.
■ Atendimento Empresarial: informação, por meio de palestras, exposições.
■ Atendimento nos Parques: Posse Responsável, Trilhas Ecológicas,
Oficinas, Colônia de Ferias/ Ferias nos Parques, Inaugurações realizando
Educação Ambiental;
■ Atendimento em Eventos: Oficinas, Palestras, Educação ambiental de
acordo com o publico e com os espaços existentes.
257
Ecomóvel
Trata-se de um ônibus especialmente equipado para a realização de atividades de
educação ambiental itinerante por meio de palestras e filmes relativos a temas
ambientais.
Sala Verde
Localizada e implantada na AMMA em dezembro de 2006, trata-se de uma biblioteca
especializada em meio ambiente, que conta com um acervo de aproximadamente 800
livros sobre temas relacionados ao meio ambiente, disponíveis para consulta ao
público interno e externo.
Vila Ambiental
Localizada no Parque Areião, a Vila Ambiental é um espaço planejado com a proposta
de atender à população, da criança a melhor idade, com as questões relativas à
educação ambiental, por meio de atividades como trilha ecológica, oficinas de
reaproveitamento de resíduos sólidos e atividades diversas de arte, música, jogos,
leitura, dinâmicas, teatro nas casas temáticas.
Telefone Verde
Trata-se de uma central de atendimento informatizada, com equipes de fiscalização
que viabilizam um serviço ambiental com funcionamento 24 horas de plantão, sete
dias por semana.
O número 161 possibilita que sejam solicitadas informações e serviços, feitas
denúncias sobre qualquer questão ambiental de responsabilidade da Agência
Municipal do Meio Ambiente (AMMA), em todo o município de Goiânia.
A cada ligação é originado um protocolo ao cidadão que assim, pode acompanhar o
andamento da denúncia ou solicitação relativa aos temas:
■ Arborização - denúncia de corte irregular de árvores em ruas, praças e
áreas verdes;
258
■ Áreas verdes - solicitação de serviços e denúncias de depredação em
parques, áreas verdes e fundos de vale;
■ Erosões - denúncias de erosões e de assoreamento de córregos e
nascentes;
■ Queimadas - denúncias e pedidos de providências em parques, áreas
verdes e em áreas de preservação ambiental;
■ Poluição da água - denúncia de contaminação de mananciais e lençóis
freáticos por ligação ilegal de esgoto e vazamento de produtos tóxicos;
■ Poluição do ar - detectar a emissão de gases e partículas por
escapamentos de veículos e outras fontes poluidoras;
■ Poluição do solo - despejo irregular de lixo, detritos, resíduos e entulho;
■ Poluição sonora – detectar e apreender fontes emissoras de ruídos, em
bares, residências, automóveis.
Atividades lúdico-pedagógicas
Teatro, palestras, oficinas de reaproveitamento, trilhas e informações sobre o meio
ambiente, oferecidas à população por meio de atividades tais como:
■ Educação nos parques;
■ Oficinas de reaproveitamento de resíduos sólidos;
■ Palestras com temática ambiental: Cerrado, Água, Coleta Seletiva, Bacia
do Rio Meia Ponte, Aquecimento Global e conceitos básicos de educação
ambiental.
■ Exposição de matérias recicláveis.
No Jardim Botânico e no Zoológico há o atendimento às escolas, educação formal e
não-formal e à população. O zoológico desenvolve alguns projetos:
■ Tarde no Zôo - observação dos hábitos diurnos dos animais
259
■ Noite no Zôo- observação dos hábitos noturnos dos animais
■ Adubo orgânico e compostagem
Fiscalização e Licenciamento Ambiental
A fiscalização ambiental é objeto do Decreto Municipal nº 527/2008 que aprova o
Regimento Interno da AMMA e que,tem no Artigo 43, previstas as atribuições relativas
à Fiscalização Ambiental.
Para tais atividades a AMMA possui unidade específica em sua estrutura
administrativa, a Diretoria de Fiscalização Ambiental, responsável pela fiscalização de
todas as infrações cometidas contra o Meio Ambiente no município. Para tanto a
legislação ambiental sob a forma do Código de Posturas do Município de Goiânia e
as Instruções Normativas da AMMA são alguns instrumentos legais existentes que
garantem tais atribuições.
Para o licenciamento ambiental a AMMA possui uma Diretoria de Licenciamento e
Qualidade Ambiental com 2 gerências: de Avaliação e Licenciamento Ambiental e de
Monitoramento Ambiental. A Gerência disponibiliza informações a respeito da
documentação necessária para o licenciamento bem como do acompanhamento dos
processos em tramitação pelo site da Agência e por telefone específico.
Não contam com procedimentos manualizados para o licenciamento, tampouco para
a fiscalização ambiental.
B) PLANOS E PROGRAMAS RELATIVOS AO MEIO AMBIENTE
ÂMBITO FEDERAL
Plano Nacional de Áreas Protegidas (PNAP)
O PNAP do Ministério do Meio Ambiente é o instrumento norteador de planejamento
e gestão, dinâmico e flexível que define princípios, diretrizes, objetivos e estratégias
para o estabelecimento, até 2015, de um sistema abrangente de áreas protegidas,
ecologicamente representativas e efetivamente manejadas, bem como para promoção
260
de acesso e repartição justa e eqüitativa dos custos e benefícios advindos da
conservação da natureza.
O PNAP parte do reconhecimento da necessidade de se estabelecer uma política
intersetorial para as áreas protegidas que possa contribuir para implementação, numa
abordagem ecossistêmica, de ações que assegurem a conservação e o uso da
biodiversidade nas unidades do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza (SNUC), nas Terras Indígenas e Quilombolas e nos demais espaços
especialmente protegidos, como as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as
reservas legais. Também, são consideradas pelo PNAP as áreas brasileiras com
reconhecimento internacional, que, devido às suas características naturais, recebem
títulos ou selos de reconhecimento atribuídos por secretariados ou comissões de
assessoria aos tratados intergovernamentais.
ÂMBITO MUNICIPAL
Plano Diretor de Arborização Urbana
Contempla os métodos, diretrizes e políticas a serem desenvolvidas pela Prefeitura
Municipal de Goiânia, por meio da AMMA e da Companhia de Urbanização de Goiânia
– COMURG, visando a arborização planejada e adequada para as vias públicas no
meio urbano.
O Plano apresenta um diagnóstico preciso da arborização presente nas vias públicas
de Goiânia, um inventário das espécies mais presentes e determina as diretrizes para
o plantio, a poda, o monitoramento e a retirada de árvores nessas áreas, quando se
fizer necessário.
Plante a Vida
Programa institucional de rearborização da cidade de Goiânia implantado desde 2005,
que consiste na distribuição de mudas de espécies nativas do cerrado para a
população por meio de plantios voluntários, devidamente orientados por técnicos da
AMMA, e que visa o resgate da valorização do cerrado por meio da produção de
mudas das espécies deste ecossistema, da recuperação ambiental de APP - Áreas
de Preservação Permanente e Parques. O Programa contempla várias etapas, da
261
coleta de sementes, produção das mudas, limpeza da área a ser reflorestada, ao
plantio.
O Viveiro da Agência Municipal de Meio Ambiente é referência na produção de mudas
de espécies nativas do Cerrado com uma produção de 400.000 mudas/ano, cultivando
cerca de 70 espécies. As mudas são distribuídas em Mutirões nos Bairros, Mutirões
Verdes, Inaugurações, Eventos técnico-científicos e outras ações que a AMMA vem
participando. Ao receber a muda junto a uma cartilha educativa de orientações e
cuidados, um termo de compromisso é assinado para garantir seu plantio.
Projeto Político-Pedagógico - PPP Sócio-Ambiental
O PPP da Gerencia de Educação Ambiental é um conjunto de princípios orientadores
do planejamento pedagógico de sua gestão bem como consiste na elaboração e
implementação de projetos com a finalidade de atender as demandas relativas às
questões ambientais, de acordo com as competências da Agência e em consonância
e integração com outras diretorias e gerencias da AMMA.
C) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
A gestão ambiental no Brasil é regida por um conjunto de leis que derivam da Lei
n.°6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente - PNMA, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Esta lei cria o
SISNAMA– Sistema Nacional do Meio Ambiente, composto pelos órgãos e entidades
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como as fundações
instituídas pelo poder público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental.
A legislação brasileira em geral é considerada como atual, completa e de qualidade,
demandando a sua aplicação para atingir a eficácia desejada. Em sua maioria, as leis,
decretos e instrumentos normativos pertinentes à gestão ambiental têm origem no
âmbito federal e estadual de governo, ainda que constituam também instrumentos
regulatórios do meio ambiente no âmbito municipal e busquem fortalecer a gestão
ambiental local.
262
A seguir encontram-se citados os principais instrumentos legais de âmbito federal,
estadual e municipal nos quais se embasa a Gestão do Meio Ambiente nessas
instâncias:
PRINCIPAIS LEIS E DECRETOS FEDERAIS RELATIVOS À GESTÃO AMBIENTAL
■ Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 - institui o Código Florestal.
■ Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967 - dispõe sobre a proteção à fauna.
■ Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 - institui a Política Nacional de Meio
Ambiente.
■ Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 - disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e turístico.
■ Lei nº 7.754, de 14 de abril de 1989 – estabelece medidas para proteção
das florestas existentes nas nascentes dos rios.
■ Lei nº 7.804, de 18 de julho de 1989 - altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e aplicação, a lei nº 7.735, de 22 de fevereiro
de 1989, a Lei nº 6.803, de 2 de junho de 1980, a Lei nº 6.902, de 21 de
abril de 1981.
■ Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997- institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e
altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a
Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
■ Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 - dispõe sobre as sanções penais
e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente.
263
■ Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 – institui a Política Nacional de
Educação Ambiental.
■ Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 - regulamenta o art. 225, § 1º, incisos
I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza.
■ Decreto nº 3.834, de 05 de junho de 2001 – regulamenta o art.55 da lei
9.985/2000 e delega competência ao Ministro de Estado do Meio Ambiente
para a prática do ato que menciona.
■ Decreto n° 99.274, de 6 de junho de 1990 - regulamenta a Lei n° 6.902, de
27 de abril de 1981, e a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, que
dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas
de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
■ Decreto 4.281, de 25 de junho de 2002 – regulamenta a lei nº 9.795, de 27
de abril de 1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental
■ Decreto 4.340, de 22 de agosto de 2002 – regulamenta artigos da lei 9.985
de 18 de julho de 2000 que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação – SNUC.
■ Decreto Nº 6.514, de 22 de julho de 2008 – dispõe sobre as infrações e
sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo
administrativo federal para apuração destas infrações.
No que tange à gestão ambiental na instância municipal, merecem destaque as
resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, listadas a seguir,
por sua relação com as atividades de gestão ambiental de responsabilidade dos
municípios:
■ Resolução nº 1 de 23 de janeiro de 1986 – dispõe sobre a elaboração do
Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto sobre o
Meio Ambiente.
264
■ Resolução nº 6, de 24 de janeiro de 1986 - aprova os modelos de
publicação de pedidos de licenciamento de quaisquer de suas
modalidades, sua renovação e a respectiva concessão, e aprova os novos
modelos para publicação de licenças.
■ Resolução nº 20, de 18 de junho de 1986 - estabelece critérios para a
classificação das águas segundo seus usos preponderantes.
■ Resolução nº 13, de 06 de dezembro de 1990 – dispõe sobre a área
circundante, num raio de 10 (dez) quilômetros, das Unidades de
Conservação.
■ Resolução nº 2 de 18 de abril de 1996 – Dispõe sobre a implantação de
uma unidade de conservação para fazer face à reparação dos danos
ambientais causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas.
■ Resolução nº 237 de 19 de dezembro de 1997 – dispõe sobre os
procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, e
respectivos instrumentos de gestão ambiental.
■ Resolução nº 303, de 20 de março de 2002 - dispõe sobre parâmetros,
definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.
■ Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002 - estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.Resolução
nº 369, de 28 de março de 2006, em atendimento à Lei 4.771, de 15 de
setembro de 1965, altera pela MP 2.166/2001 - dispõe sobre os casos
excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto
ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em
Área de Preservação Permanente (APP).
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
■ Lei nº 12.603, de 07 de abril de 1995, com alterações introduzidas pela Lei
nº 13.456, de 16 de abril de 1999, e, posteriormente, pela Lei nº 14.383, de
31 de dezembro de 2002 de criação da Secretaria do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos – SEMARH.
265
■ Lei nº 12.603 de 07 de abril de 1995, regulamentado pela Lei
Complementar nº 20 de 10 de dezembro de 1996, alterado pela Lei
Complementar n º 22 de 29 de dezembro de 1997 e pelo Decreto n º 4.470
de 19 de junho de 1995, dispõe sobre a criação do Fundo Estadual do Meio
Ambiente – FEMA.
■ Lei n.º 13.550, de 11 de Novembro de 1999 e pelo Decreto n.º 5.142, de 11
de Novembro de 1999 dispõe sobre a Agência Goiana do Meio Ambiente.
■ Lei nº 14.475, de 16 de julho de 2003 que dispõe sobre a criação da
Agência Goiana de Águas também vinculada à SEMARH.
■ Lei nº 12.603, de 7 de abril de 1995, previsto pela lei 13.456 de 16/04/99 e
regulamentado pelo Decreto nº 5.805, de 21 de julho de 2003 dispõem
sobre a criação do Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEMAm.
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
■ Lei nº 8537 de 20 de junho de 2007 criação da Agência Municipal do Meio
Ambiente – AMMA, e em substituição a extinta SEMMA.
■ Lei nº. 8.617, de 09.01.2008 - dispõe sobre a regulamentação do controle
das atividades não residenciais e dos parâmetros urbanísticos
estabelecidos para a Macrozona.
■ Lei nº. 8.646, de 23.07.2008 - dispõe sobre o Estudo de Impacto de
Vizinhança - EIV e respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV.
■ Decreto Municipal nº. 2149, de 12.08.2008 - dispõe sobre as infrações e
sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo
administrativo municipal para apuração destas infrações e dá outras
providências.
■ Instrução normativa nº 005 de 03 de outubro de 2006 de 1991 -
regulamenta os procedimentos de substituição de árvores localizadas nas
vias públicas de Goiânia.
266
■ Instrução normativa nº 017 de 15 de agosto de 2006 - que institui os
procedimentos necessários para a retirada de árvores em áreas
particulares e as devidas compensações ambientais.
2.5 ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS
A procura do homem contemporâneo pelo contato com a natureza está expressa na
fuga das pressões urbanas em direção a ambientes naturais para vivenciar uma nova
realidade e em um ritmo diferenciado, propiciando um encontro consigo mesmo e com
a natureza da qual faz parte. Ao mesmo tempo, tais intervenções na natureza causam
tensões e conflitos inerentes ao próprio uso do espaço e dos recursos disponíveis.
Com base nessa acepção, a possibilidade de aumentar o fluxo turístico em Goiânia a
partir das intervenções do PRODETUR Nacional, deverá colocar a conservação do
patrimônio cultural e ambiental como foco de atenção e centro de interesse por parte
de governos, instituições não-governamentais e da sociedade como um todo. Essa
compreensão leva à reflexão sobre a importância de resguardar esses patrimônios,
compatibilizando a sua conservação com a atividade turística no Município, de acordo
com os preceitos que regem o desenvolvimento sustentável, visando a manutenção
dos atrativos existentes para as gerações futuras.
Neste caso, é importante ressaltar que a degradação ambiental é produto da forma
como o turismo é realizado e não da atividade turística em si.
Desta forma, é essencial um planejamento adequado e o enfoque na gestão e
educação ambiental, social e cultural ao turismo nas localidades receptoras, para que
se possa orientar a atividade a um desenvolvimento equilibrado, gerando impactos
positivos e minimizando os impactos negativos.
2.5.1 Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais Causados pela
Atividade Turística
Os principais problemas e impactos socioambientais do município de Goiânia estão
relacionados, como na maioria das capitais e metrópoles brasileiras, ao processo de
como se deu a sua evolução urbana, pressionada, em todo país, por fortes fluxos
migratórios do campo para cidade – no caso de Goiânia principalmente a partir da
segunda metade da década de 1960 – e da forma como o Planejamento e a Gestão
Urbana reagiram e comportaram.
267
É inegável que há uma interação das questões mais amplas de planejamento e gestão
urbana com as atividades turísticas.
Assim, cabe dizer que os problemas de cunho socioambiental estão basicamente
relacionados:
■ Ao desmatamento excessivo da cobertura vegetal original, na zona rural
por causa da agricultura e da pecuária e na zona urbana pelo parcelamento
urbano mal planejado. Estima-se que restam menos de 5% da cobertura
vegetal primitiva no território do município e a maioria das unidades de
conservação ou áreas protegidas ainda não têm um sistema de gestão
integrado e eficaz;
■ À poluição dos corpos d’água, principalmente, os que drenam a malha
urbana por causa da falta de tratamento dos esgotos industriais e
domésticos. Essa situação foi sensivelmente amenizada com a
implantação da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia, mas ainda
persistem problemas como os esgotos clandestinos que são
descarregados nas galerias pluviais e nos corpos d’água que cortam a
malha urbana e como as parcelas da cidade que não são integradas a ETE,
sobretudo as áreas periféricas das regiões Noroeste, Leste, Sudoeste e
outras;
■ À ocupação desordenada do Solo Urbano e à conseqüente formação de
espaços segregados desprovidos de saneamento, galerias pluviais e
equipamentos urbanos;
■ À proliferação de áreas de risco que provoca o agravamento de processos
erosivos e de assoreamentos;
■ Aos freqüentes alagamentos das vias da malha urbana consolidada devido
aos altos índices de impermeabilização do solo, às galerias pluviais sub
dimensionadas ou assoreadas e ao aumento de área de captação
provocada pela expansão urbana;
268
■ Às alterações climáticas que provocam a formação de ilhas de calor nas
regiões mais densamente povoadas e impermeabilizadas;
■ À poluição atmosférica resultante das inversões térmicas ocasionadas pela
considerável quantidade de poluentes na atmosfera, sobretudo monóxido
de carbono proveniente do grande volume de veículos e tráfego intenso;
■ À poluição visual causada pela quantidade excessiva de propaganda
impressa em outdoors, placas, faixas etc., sobretudo na porção central da
cidade, que detém um importante acervo de arquitetura “art déco”;
■ Ao intenso tráfego de veículos na malha urbana e aos inúmeros pontos
críticos de engarrafamento, que limitam cada dia mais a mobilidade e a
acessibilidade.
A ausência de cobertura vegetal natural, principalmente a retirada de mata ciliar das
drenagens, potencializa os processos erosivos e de assoreamentos. Isso contribui
para desmoronamentos de barrancos de drenagens taludes e o alagamento de
margens. Assim, criam-se áreas de risco, sobretudo porque é comum a ocupação das
áreas lindeiras e de fundos de vales do perímetro urbano, por moradores de baixa
renda.
A diminuição das áreas verdes contribui para reduzir os índices de umidade e
aumentar o desconforto da população. Dados estatísticos confirmam que ocorreu em
Goiânia um decréscimo de 3% na umidade do ar entre 1970 e 1990, ou seja, 1% a
cada dez anos.
Essa tendência de diminuição das áreas verdes começou a ser revertida a partir da
década de 1990, e, principalmente, a partir da década de 2000 com a política de
implantação de parques urbanos na cidade.
De acordo com dados fornecidos pela Gerência de Unidades de Conservação da Agência
Municipal do Meio Ambiente de Goiânia – GERUC/AMMA existem 209 (duzentos e nove)
unidades de conservação no município, considerando-se os processos de parcelamento
e uso do solo, o que resulta numa área total de 17.177.193,74 m².
269
As unidades de conservação são uma categoria de espaços livres, definidos como áreas
não edificadas com potencial para se transformarem em áreas verdes. A tabela 43,
elaborada de acordo com a AMMA, fornece a classificação e quantificação dos espaços
livres de Goiânia, que totaliza 115,3 milhões de metros quadrados. O quociente entre
área verde total e a população, fornece o índice de área verde - IAV, que é um dos
indicadores da qualidade de vida urbana, relacionado ao caráter do desenvolvimento
urbano, em particular do uso do solo e da produção e apropriação do espaço urbano.
Cada cidadão goianiense dispõe de 94,51 metros quadrados de área verde, efetiva ou
potencialmente implantada. Contudo, de acordo com Martins Júnior (2007), ocorre um
acentuado processo de degradação do patrimônio ambiental, pois, em relação aos
processos de parcelamento e uso do solo, constata-se uma redução de 17,68% no IAV.
TABELA 43 - ÍNDICE DE ÁREA VERDE DE GOIÂNIA, EM M²/HAB
CATEGORIA DE ESPAÇOS LIVRES ÁREA (M²) Praça* 3.306.781,00 Parque ** 17.177.193,74
Parque Linear* 7.305.050,00 Verde viário* 2.774.957,00
Espaço livre público* 3.382.289,00 Área verde particular* 50.932.867,00 Equipamento Público* 20.211.864,00
Jardim de representação/outros* 1.826.866,00 Áreas públicas parceladas* 8.419.228,00
Somatório total* 115.337.095,77 Número de habitantes* 1.220.412
Índice de Área Verde (IAV) 94,51 m²/hab
Fonte: Martins Júnior, 2010**
As áreas legalmente protegidas e as áreas verdes em geral sofrem um processo
contínuo de degradação ambiental. Algumas já estão totalmente invadidas. Como
nem todas essas áreas estão sob a jurisdição do poder público municipal, há
dificuldades em administrá-las de forma única e integrada. A maioria das unidades de
conservação não conta com um plano de manejo para sua adequada utilização.
Outro problema é que essas áreas protegidas estão quase totalmente dentro das
atuais zonas Urbana e de Expansão Urbana. Como o poder público municipal, na
prática, nunca legislou ou gerenciou o espaço rural, a atual Zona Rural do município
carece de unidades de conservação, com uma exceção, o Parque Altamiro Moura
Pacheco (UC estadual).
270
A falta de interação entre os órgãos tradicionais voltados a análise e aprovação dos
parcelamentos e os responsáveis pela fiscalização do meio ambiente faz com que
muitas áreas destinadas a parques e à proteção ambiental fiquem submetidas apenas
a acordos do empreendedor com o órgão de planejamento, sem a devida
implementação pelo órgão ambiental ou por serem decretadas Unidades de
Conservação com dimensões inadequadas para a preservação. Essa questão
também vem se modificando a partir do início da década de 2000.
Um bom exemplo de implantação de parque linear, no município de Goiânia, é o
Parque Macambira Anicuns com financiamento do BID.
Em relação à água potável, pode-se considerar que a população de Goiânia é
relativamente bem servida. Segundo dados da SANEAGO, 92% das pessoas contam
com serviço de abastecimento de água tratada.
A água que abastece a capital é de superfície e vem, na sua maior parte, da ETA Meia
Ponte, situada no rio homônimo, próximo à barra do ribeirão São Domingos, na Região
Noroeste de Goiânia, e da ETA do João Leite, afluente do rio Meia Ponte, situada na
Região Norte de Goiânia.
É de fundamental importância que se divulgue o significado desses corpos d’água e
os locais de captação de água para abastecimento público para a qualidade ambiental
e de vida da população, pois a consciência de seus significados poderá ajudar em
muito a preservação dos mesmos.
A Região Noroeste de Goiânia, onde está inserida a ETA Meia Ponte, é caracterizada
por loteamentos de alta densidade para baixa renda, hoje conurbados com outro
parcelamento, de características semelhantes, no município limítrofe de Goianira.
O processo de uso e ocupação do solo dessa área é a grande preocupação em
relação à vida útil da ETA do Meia Ponte porque ela é umas das regiões de Goiânia
que não estão integradas à Estação de Tratamento de Esgoto.
Assim, faz-se urgente disciplinar o uso desse solo, visando proteger o ponto de
captação de água do Meia Ponte, bem como aprovar e implementar a Área de
271
Preservação Ambiental - APA da bacia hidrográfica do ribeirão São Domingos,
abrangendo terras dos municípios de Goiânia e de Goianira.
A ETA do João Leite está situada em uma bacia hidrográfica mais conservada e conta
com instrumento legal de proteção aprovado, a APA do João Leite. Sua Barragem
está concluída, já tendo alcançado seu nível máximo. A adutora está em fase de
construção. Essa ETA deverá abastecer Goiânia e sua Região Metropolitana até
2025.
A poluição dos corpos d’água que cortam a malha urbana de Goiânia se dá,
principalmente, pelos dejetos domiciliares e industriais. Esse é um dos principais
problemas ambientais da capital, pois a maior parcela dos detritos é jogada in natura
nos afluentes do rio Meia Ponte que drenam a malha urbana do município.
Esse problema foi parcialmente solucionado pela implantação do sistema da Estação
de Tratamento de Esgoto - ETE, situada nas imediações do Bairro Goiânia II, Região
Norte da Cidade. Ela vem tratando os esgotos provenientes da margem direita do rio
Meia Ponte, a mais intensamente urbanizada da capital.
A ETE de Goiânia, entretanto, trata aproximadamente 60% dos dejetos gerados na
capital e não coleta os que são gerados na margem esquerda do rio Meia Ponte.
Isso ocorre, sobretudo, na bacia hidrográfica do ribeirão Caveirinhas, Região Noroeste
da capital com uma população em torno de 150 mil habitantes, onde os dejetos ainda
são lançados in natura na rede de drenagem natural, contribuindo para poluição do
rio Meia Ponte. O mesmo acontecendo em outras regiões periféricas como a Região
Leste, Região Sudoeste e outras.
Outros problemas agravam a degradação do rio Meia Ponte. O assoreamento natural
devido à ocupação desordenada do solo urbano da capital e um grande volume de
entulhos e lixo que para ele são canalizados por serem depositados nos fundos de
vale de seus fluentes. Isto sem falar no fato de que o tratamento de esgoto feito na
referida ETE é de fase primária de apenas 30%, sendo feita apenas à remoção de
sólidos grosseiros, areia e outros sedimentos o que termina ainda contribuindo para
poluição do rio com a diluição dos afluentes tratados neste corpo d’água.
272
O destino dos resíduos sólidos da construção civil, ou entulhos da construção civil é
outro problema identificado. Como não existe espaço reservado para eles, são
despejados nos terrenos baldios, fundos de vale ou, em menores percentagens,
levados para o aterro sanitário.
Algumas iniciativas vêm surgindo no sentido de promover parcerias do poder público
municipal, indústria da construção civil e empresas transportadoras, visando diminuir
o volume de rejeitos nas construções, reaproveitá-los e dar uma destinação adequada
para as sobras.
Em relação a reciclagem dos resíduos, merecem referências a prática, implantada
pela Universidade Católica, hoje PUC/Goiás, de reaproveitamento dos resíduos
domésticos no bairro Dom Fernando na Região Leste da cidade. A administração
Municipal em seu Programa de Reciclagem de lixo em fase de consolidação tem
fomentado a organização de várias cooperativas com catadores de lixo.
Quanto à ocupação desordenada do solo urbano, além das dificuldades
socioambientais relacionados e as ocupações de baixa renda descritas, pode-se
alinhar problemas associados aos processos erosivos do tipo “em sulcos”, que podem
evoluir para ravinas e voçorocas.
Essas erosões põem em risco as moradias de muitas pessoas, no centro e na
periferia, causam grandes prejuízos com a destruição de equipamentos urbanos e
tornam-se áreas de despejos de entulhos da construção civil, de lixo e de esgotos,
constituindo-se verdadeiros focos irradiadores de poluição ambiental e doenças.
Associado à erosão está o assoreamento dos corpos d’água que, com a capacidade
de carga de seu leito reduzida, extravasam suas águas para fora, provocando
alagamento de vias, moradias etc. No mesmo sentido trabalha o assoreamento da
rede de galeria pluvial, na maioria das vezes agravado pelo fato da população jogar
lixo e entulho de construção dentro dos bueiros.
Entupidas as galerias, é impossível escoar os grandes volumes das águas
provenientes das áreas impermeabilizadas por asfalto, residências, prédios, grandes
estacionamentos etc., provocando alagamentos e potencializando mais ainda os focos
erosivos dentro do sistema de macro drenagem.
273
Os altos índices de impermeabilização do solo urbano da capital também diminuem a
recarga do lençol freático, já bastante impactado pelo grande número de poços
artesianos perfurados, a maioria das vezes de forma clandestina, tornando-se agentes
de contaminação do lençol de água subterrânea.
Além dos altos níveis de impermeabilização do solo urbano, outro grande problema
da capital é a incapacidade do sistema de drenagem pluvial escoar toda a água que
escorre nos dias de chuvas intensas. Existem inúmeros pontos críticos, principalmente
no Centro, Campinas, Setor Bueno, Setor Pedro Ludovico e outros. Se não forem
feitos investimentos em drenagem, em curto prazo, a situação só tende a se agravar,
transformando os pontos críticos em áreas de risco.
As áreas ocupadas consideradas de risco são aquelas que expõem seus habitantes
a péssimas condições de moradia em função de sua localização, de particularidades
físico-ambientais e do padrão construtivo de baixa renda, gerando insalubridade e,
principalmente, apresentando riscos reais de acidentes, ameaçando a vida das
pessoas.
Sabe-se que o aumento de temperatura na área urbanizada agrava para a ocorrência
de fortes chuvas devido à condensação da umidade contida em ventos portadores de
material particulado, próprio de aglomerações urbanas que atuam como núcleos de
condensação.
Essas tempestades têm causado danos às habitações, sobretudo às das famílias de
baixa renda, cujo padrão construtivo é precário, potencializado os processos erosivos,
os assoreamentos e alagamentos na malha urbana.
A poluição visual se caracteriza pela excessiva concentração de publicidade em
luminosos, letreiros, outdoors, back-ligths, front-ligths, painéis, placas, publicidades
em veículos etc. Está concentrada principalmente no Centro, Campinas e outros
bairros movimentados, pelos quais circulam pessoas de bom poder aquisitivo,
sobretudo nas proximidades de grandes equipamentos urbanos como o Shopping
Flamboyant, localizado na Região Sul.
A grande frota e o intenso tráfego de veículos na malha urbana de Goiânia trazem
como conseqüência imediata a poluição do ar. Sua qualidade tem diminuído e os
274
resultados obtidos com o monitoramento, feito desde 1999, são preocupantes, se
comparados com a resolução 03/90 CONAMA, principalmente no período de estiagem
em função da concentração de poluentes e menor dispersão eólica.
A poluição sonora causa distúrbios emocionais, provoca a surdez e tem aumentado,
sobretudo, por causa do barulho provocado pelo grande tráfego de veículos
automotores, pelas igrejas e pelos bares. O primeiro causa um grande stress na
população em função da movimentação morosa e da baixa mobilidade em freqüentes
grandes engarrafamentos. Os dois últimos desrespeitam o sossego público,
contribuindo substancialmente para deterioração da qualidade ambiental da cidade e
devida dos moradores.
O problema do trânsito moroso só será solucionado por meio da mudança do perfil do
transporte de massa, levando a população usuária de automóveis a utilizar os
transportes coletivos, diminuindo o número de veículos e, conseqüentemente, o
volume do tráfego nas ruas de Goiânia.
O enfrentamento dessa questão se dará pela melhoria da infraestrutura das vias, com
implantação de outros eixos de tráfego mais adequados e oferecimento de transporte
urbano de massa de melhor qualidade (esses eixos viários estão previstos no atual
Plano Diretor, Lei Complementar 171 de 29 de maio de 2007).
Outra providência necessária é a implantação, pelo poder público municipal, de
programas de educação e divulgação de práticas que visem minimizar o uso do carro
particular, mudando os hábitos da população.
Em relação especificamente ao turismo cabe levantar que os espaços livres e,
especialmente, as Unidades de Conservação do Município, se constituem num rico e
diversificado patrimônio ambiental, com significativo potencial turístico.
Todos esses impactos elencados interagem diretamente com os atrativos turísticos
potenciais agrupados no Patrimônio Cultural Ambiental representado pelo acervo
arquitetônico e urbanístico de art déco do Plano Original da Capital goianiense, pelos
museus e pelos os parques consolidados da cidade; no Patrimônio Natural Geral
representado pelo conjunto das 209 Unidades de Conservação Municipais distribuídos
em toda Zona de Expansão Urbana do município; com o Patrimônio Natural Espacial
275
representado pelos Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco –PEAMP situado na
zona rural, Programa Macambira-Anicuns e Programa 3º Milênio e a outros com
características científica e ambiental como o Memorial do Cerrado e o Museu de
Ornitologia.
Dessa forma, é perceptível a necessidade de tratamento, ordenamento, gestão e
educação ambiental nas principais áreas turísticas de Goiânia, haja vista que a Cidade
está situada numa esfera muito próxima de Brasília, que receberá um fluxo
considerável de turistas nacionais e internacionais no período da Copa FIFA 2014,
transbordando para capital goianiense.
Não obstante, cabe salientar que o Município encontra-se dotado de instrumentos
essenciais para o planejamento e gestão tais como o seu Plano Diretor Urbano
basicamente estruturando o espaço do município através de suas bacias hidrográficas
e contendo importantes diretrizes e intervenções através de programas, projetos e
ações visando o seu ordenamento urbano, turístico e ambiental; Lei Orgânica com
capítulo especifico sobre a Questão Ambiental, Código de Posturas, Código de Obras
e Edificações com recomendações específicas referentes a manutenção de índices
significativos de áreas permeáveis no âmbito das edificações, Leis de Estudo de
Impacto de Vizinhança e Estudo de Impacto de Trânsito e Zoneamento Ecológico
Econômico do Município.
Paralelamente, importantes ações estão previstas ou em curso como é o caso do
Programa Macambira Anicuns, um grande programa de recuperação de áreas
degradas, contenção de erosões, implantação de infraestrutura, construção de
equipamentos urbanos, recuperação de mata ciliar envolvendo 25 Km ao longo de
dois dos principais corpos d’água que drenam a malha urbana consolidada
representados pelos ribeirões Anicuns e seu afluente Macambira, implementado pelo
Governo Municipal, através de financiamento do BID.
Cabe acrescentar que já estão sendo feitos estudos patrocinados pela iniciativa
privada, que visam viabilizar empreendimentos na prática totalmente sustentáveis,
com preocupação na implantação de controles rígidos no tratamento de efluentes
visando, sobretudo, a proteção dos mananciais hídricos, onde está a grande parte das
209 UCs referidas anteriormente. Os estudos que estão sendo feitos no âmbito do
276
Programa 3º Milênio são bem emblemáticos para externar a preocupação do
segmento empresarial com projetos sustentáveis.
Entretanto, é necessário que regras expressas na legislação urbanística e ambiental
municipal que disciplinam o uso e ocupação do solo sejam cada vez mais claras e
aprimoradas. Uma lacuna que ainda pode ser detectada, por exemplo, é a ausência
de planos de manejo para grande parte das áreas protegidas gerando dúvidas que
levam a usos indevidos, desmatamentos e manejo inadequado de importantes
recursos naturais locais.
A prática do turismo para estar realmente baseada na sustentabilidade deve ser
integrada a outros setores econômicos capazes de se beneficiar da atividade turística,
bem como de assegurar fontes de renda locais. O turismo assim, não se caracteriza
como uma atividade independente e, portanto, dinamiza um conjunto de atividades
sociais e econômicas da região beneficiada. No que tange a estas questões, alguns
problemas podem ser verificados em diversas regiões brasileiras, assim como em
Goiânia:
■ Existência de empreendimentos privados com lacunas na definição de critérios
ambientais e sociais;
■ Baixa certificação sócio-ambiental dos empreendimentos;
■ Áreas protegidas ameaçadas por pressão de visitação associada à carência de
recursos humanos, técnicos e financeiros para se garantir o lazer, a segurança
do visitante e a integridade das UCs;
■ Baixa capacidade técnica e financeira de pequenas e médias empresas de
turismo e de comunidades nos destinos;
■ Ausência de diretrizes, códigos de ética e conduta no meio empresarial e
profissional.
Cabe salientar, que além das iniciativas locais no âmbito do município de Goiânia
tanto do poder público quanto da iniciativa privada, já existem iniciativas brasileiras
que vêm colaborando com esse controle, tais como a criação do Conselho Brasileiro
de Turismo Sustentável - CBTS, destinado a promover o turismo sustentável por meio
da certificação independente.
277
A certificação é uma iniciativa que vem assegurando a melhoria dos serviços e
equipamentos turísticos, em especial aqueles ligados aos meios de hospedagem. O
Instituto de Hospitalidade - IH, em parceria com o CBTS, apoiado do Banco
Interamericano de Desenvolvimento - BID e pela Agência de Promoção de
Exportações do Brasil - APEX/Brasil, é responsável pelo Programa de Certificação do
Turismo Sustentável - PCTS, que teve início no ano de 2002.
Esse programa já possui uma norma específica para os meios de hospedagem
lançada em 2004: “NIH-54: 2004 - Meios de hospedagem - requisitos para a
sustentabilidade”. Em 2006, o PCTS lançou a série “Gestão do Turismo Sustentável
– Meios de Hospedagem”.
Observa-se também, a necessidade do treinamento e a educação permanente de
todos os atores envolvidos na atividade turística, incluindo empresários, autoridades,
trabalhadores e consumidores. As agências de viagem, os operadores, os
acompanhantes e guias de turismo ficam na ponta, em contato direto com a população
local e os turistas, e têm, assim, grande poder de influência sobre os comportamentos
e a sustentabilidade da atividade turística.
Salienta-se, portanto, a importância de utilizar meios para o envolvimento desses
atores nos processos de transformação promovidos pelos planejadores e gestores do
turismo. Um exemplo efetivo desse processo é a implantação do Programa Roteiros
do Brasil, do Ministério do Turismo, no qual se realiza um trabalho de sensibilização,
entendendo a mesma como uma forma de propiciar meios e procedimentos para que
cada pessoa possa decidir e enfrentar as mudanças e as transformações necessárias
para adoção de uma nova postura. Estas iniciativas devem ser replicadas nas
instâncias estaduais e municipais, bem como no setor privado por meio de parcerias,
salutares a todos os entes envolvidos.
2.5.2 Gestão ambiental pública
Os problemas socioambientais em Goiânia, como em outras capitais brasileiras, deve-
se em grande parte a política de gestão pública historicamente limitada por fatores
impeditivos que dificultam o alcance das metas desejáveis, emperrando a ação
conjunta dos governos e limitando muito as ações, mesmo que isoladas, no sentido
278
da proteção e preservação do meio ambiente e da melhoria ou manutenção da
qualidade de vida da população.
Alguns desses fatores são:
■ Desconsideração do meio ambiente como parâmetro básico do
planejamento e das políticas gerais de desenvolvimento, levando a questão
ambiental a ser tratada isoladamente, sem conexão com as demais áreas,
confinando-a a uma secretaria ou agência que, via de regra, não tem
influência sobre as outras políticas setoriais. A política ambiental não
permeia todos os segmentos da administração pública e da sociedade. Em
Goiânia essa situação vem paulatinamente se modificando, principalmente
a partir da década de 2000, mas ainda carece de uma internalização efetiva
na administração pública.
■ A falta de articulação entre as diversas esferas do poder público
responsáveis pela questão ambiental nos âmbitos municipal, estadual e
federal. No caso da administração da capital, é visível a desarticulação tanto
interna, de uma secretaria para outra ou de um órgão para outro, quanto
externa, com os demais órgãos ou instituições na região metropolitana, no
Estado, na União e nas organizações não governamentais.
■ A fragilidade e descontinuidade dos programas de educação e de
conscientização da comunidade. Esse trabalho é fundamental, pois uma
comunidade consciente exige fiscalização, reforçando a ação do órgão
ambiental. Além disso, os cidadãos conscientes podem impedir que
programas e projetos bem sucedidos sofram interrupção com a mudança de
governo. De modo geral, as escolas possuem programas de educação
ambiental desarticulados com a comunidade, dificultando a formação da
consciência crítica dos alunos.
■ A falta de capacitação técnica e operacional dos órgãos ambientais, que têm
seu poder de ação enfraquecido por seu quadro de recursos humanos
insuficiente. Embora disponha de técnicos competentes, e tenha sido feito
um esforço bastante significativo, principalmente a partir da segunda metade
279
da década de 2000 com a criação da Agência Municipal de Meio Ambiente-
AMMA ainda existem carências que precisam ser sanadas, especialmente
no que diz respeito especializações, que são pouco variadas, dificultando a
elaboração de abordagens, multi e interdisciplinares, necessárias para a
solução dos diversos problemas, que se apresentam.
■ A inexistência de um esquema eficaz e ágil de fiscalização ambiental, que
permita a tomada de providências rápidas para a solução dos problemas
detectados. Dificilmente o poder público age preventivamente. Sua atuação
sempre está a reboque dos fatos, na esfera da remedição. Isso inviabiliza o
controle efetivo e enfraquece a gestão do poder público sobre as questões
de uso e ocupação do solo e socioambientais.
Informações quanto à estrutura da gestão ambiental pública foram apresentadas
anteriormente no item que trata do Quadro Institucional de Goiânia.
2.5.3 Gestão ambiental nas empresas privadas
Apesar de esforços das empresas turísticas do município de Goiânia, não existe um
destaque pertinente à certificação de qualidade dos serviços prestados e ou produtos
apresentados ao mercado. Esse é um problema que se detecta não só em relação ao
segmento empresarial ligado ao turismo, mas sim nas relações empresariais apesar
de alguns esforços e iniciativas pontuais, em especial da Federação das Indústrias do
Estado de Goiás - FIEG como se verá mais adiante.
Quanto aos empreendimentos turísticos, notadamente os empreendimentos
hoteleiros, os seus processos de implantação e gestão nem sempre são sustentáveis,
ressaltando-se os seguintes pontos negativos que são observados de maneira
recorrente:
■ Utilização indevida e sem monitoramento de recursos naturais e culturais;
■ Ausência de metodologias adequadas para utilização e gestão desses
recursos;
■ Forma de gestão não sustentável das atividades fins e meio;
280
■ Ausência de gestão dos resíduos gerados bem como de tecnologias limpas
para o consumo de água e de energia.
Ressalta-se, entretanto, como se disse anteriormente que essa consciência vem
aumentando, principalmente em relação aos empreendimentos imobiliários.
Entretanto, ainda não se constitui uma rotina, por exemplo, a implantação de Sistemas
de Gestão Ambiental – SGA, através de auditorias ambientais. Só grandes empresas
como Petrobrás, Usinas de Álcool, normalmente situadas fora do município
goianiense, como por exemplo, a empresa Jalles Machado, produtoras de embutidos
como a Perdigão têm tido essa preocupação em implantar sistemas de SGA ou
semelhantes como Selo Verde.
A gestão ambiental privada na área turística de Goiânia pode ser caracterizada pela
existência de estruturas institucionais das entidades de representação das empresas
turísticas na promoção de ações, formação e discussão dos problemas e
representação da iniciativa privada nos órgãos colegiados que tratam das políticas
públicas e privada deste setor.
A FIEG possui conselhos temáticos de Meio Ambiente e de Responsabilidade Social
voltados para estimular e discutir ações de desenvolvimento sustentável no estado e
na área turística de Goiânia, em particular.
O Conselho Temático de Meio Ambiente é composto por 16 (dezesseis)
representantes (pessoas físicas) dos diversos segmentos empresariais do estado. O
conselho possui os seguintes objetivos: discutir as questões relacionadas com a
elaboração e execução das políticas ambientais de âmbito federal, estadual, e
municipal; propor ações e desenvolver articulações em benefício da atividade
industrial quando necessário; definir e orientar as políticas e estratégias de trabalho
das instituições do Sistema FIEG, em temas relacionados com o Meio Ambiente;
colaborar para o desenvolvimento da cultura de Desenvolvimento Sustentável nas
indústrias; representar a FIEG perante as instituições públicas e privadas, em
questões relacionadas com o Meio Ambiente.
Os principais projetos e ações desenvolvidos pelo conselho são: coordenação do
Prêmio Goiás de Gestão Ambiental; organização de Conferências, Seminários,
281
Palestras, Workshops; desenvolver os Programas de Produção Mais Limpa (P+L) e
de Educação Ambiental; discutir as Políticas de Meio Ambiente; participação nos
Conselhos Temáticos de Meio Ambiente Estadual, Municipal e da CNI – Confederação
Nacional da Indústria; participar da Agenda 21 Estadual; participar do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Meia Ponte; participar de Conferencias de Meio
Ambiente; participar da Comissão do Meio Ambiente da FAEG – Federação da
Agricultura do Estado de Goiás.
O Programa de Produção Mais Limpa - P+L desenvolvido pela FIEG consiste na
aplicação contínua de uma estratégia ambiental integrada e preventiva a processos,
produtos e serviços, com a finalidade de aumentar a eficiência e reduzir riscos aos
seres humanos e ao meio ambiente.
Os objetivos do P+L são: reduzir o uso de recursos naturais; prevenir na fonte a
poluição; reduzir a geração de resíduos na fonte; reduzir os riscos aos seres humanos
e ao meio ambiente; promover a melhoria continua dos processos industriais, produtos
e serviços.
As técnicas aplicáveis ao alcance destes objetivos são: reduzir a perda de matéria-
prima e de produto; melhorar o monitoramento das operações e a
manutenção; programar a produção; treinar os funcionários; melhorar a gestão de
estoques de matéria-prima e de produtos; avaliar o contrato de fornecimento de
energia elétrica com a concessionária; aumentar a eficiência da logística de resíduos;
utilizar materiais reciclados; utilizar matérias-primas de melhor qualidade; reduzir ou
eliminar o uso de matérias-primas perigosas, entre outras.
A FIEG desenvolve, desde 2004, por meio de convênio assinado com o órgão público
estadual de formulação e controle da política ambiental, atualmente a SEMARH, o
programa de Produção Mais Lima e Sistemas de Gestão Ambiental - PLGA. Um dos
objetivos específicos deste programa é a realização modular de cursos de capacitação
para multiplicadores em tecnologia da Produção Mais Limpa, oferecidos a técnicos e
gestores empresariais goianos.
A Bolsa de Resíduos do Estado de Goiás é uma parceria do Sistema FIEG, do
SEBRAE/GO e da SEMARH. Seu objetivo principal é proporcionar às empresas um
282
espaço gratuito de divulgação de ofertas de compra e venda de resíduos recicláveis,
no ambiente eletrônico, com a intenção de promover a livre negociação entre as
indústrias, conciliando ganhos econômicos com ganhos ambientais a partir da troca
de informações sobre os resíduos disponíveis.
A Bolsa de Resíduos é uma estratégia recomendada pela Agenda 21 Nacional, para
desenvolvimento sustentável, no âmbito de macro-políticas federais, estaduais e
municipais de estímulo ao aproveitamento de resíduos urbanos e industriais e à sua
reciclagem. Este programa é um importante instrumento de formação de um banco de
informações sobre os aspectos quantitativos e qualitativos dos resíduos gerados no
Estado de Goiás, além de contribuir para o planejamento de um desenvolvimento
industrial sustentado.
O Programa de Educação Ambiental da FIEG busca a inserção da conscientização
ambiental nas ações de educação, saúde, cultura e esportes entre outras atividades,
desenvolvidas pelo Serviço Social da Indústria - SESI, com foco prioritário nos
trabalhadores das indústrias e seus dependentes. Ainda que de maneira não
sistemática, o SESI tem promovido oficinas, seminários, ciclos de debates, palestras,
cursos, campanhas de mobilização. Os resultados são ainda tímidos, pois uma das
metas propostas pela FIEG, a criação do núcleo de educação ambiental, não se
concretizou.
O Conselho Temático de Responsabilidade Social é composto por 46 (quarenta e seis)
representantes (pessoas físicas) de empresas e organizações empresariais, como os
seguintes objetivos: discutir as questões relacionadas com a elaboração e execução
das políticas de responsabilidade social empresarial em âmbito federal, estadual e
municipal; propor ações e desenvolver articulações em benefício da atividade
industrial quando necessário; definir e orientar as políticas e estratégias de trabalho
das instituições do Sistema FIEG, em temas relacionados com a responsabilidade
social empresarial; colaborar para o desenvolvimento da cultura e prática da
Responsabilidade Social empresarial nas indústrias; representar a FIEG perante as
instituições públicas e privadas, em questões relacionadas com a responsabilidade
social empresarial.
283
Os principais projetos e ações do conselho são: desenvolver Seminários, Encontros e
Palestras visando conscientizar e sensibilizar as indústrias, quanto às boas práticas
de Responsabilidade Social; desenvolver pesquisas de Responsabilidade Social nas
empresas goianas; desenvolver Competências Internas ou Externas, capacitando o
profissional para atuar no mercado e também na própria empresa; estimular a
realização de ações de Responsabilidade Social nas empresas; divulgar experiências
bem-sucedidas na prática da Responsabilidade Social; promover a aproximação das
indústrias com as organizações governamentais e do terceiro setor, voltadas ao
trabalho de Responsabilidade Social; apoiar e orientar as empresas na
implementação da Responsabilidade Social; estimular a realização de parcerias para
o desenvolvimento de projetos e ações de Responsabilidade Social.
A Pesquisa sobre o Estágio Atual da Prática sobre a Responsabilidade Social nas
Empresas Goianas, desenvolvida pelo Departamento Regional de Goiás do SESI,
mostra que 36% das indústrias goianas pesquisadas apresentam conhecimento do
que é Responsabilidade Social, mas não aplicam esta política na empresa. Apenas
11% afirmaram saber o que é Responsabilidade Social e têm experiência de aplicação
na empresa.
Para 67% das empresas consultadas, a busca pela responsabilidade social se deve à
relação ética e de qualidade com todos os seus públicos de relacionamento; enquanto
que, para 15%, a responsabilidade social empresarial se esgota no pagamento de
impostos, geração de empregos e oferta de produtos de qualidade ao mercado.
Ainda de acordo com a pesquisa citada, a linha de ação das empresas indicou como
prioridade a solução dos problemas sociais por meio da discussão com o poder
público e com as organizações da sociedade civil, objetivando firmar parcerias para
apresentar soluções e pressionar as autoridades para resolvê-los. Outras linhas de
ação apontadas são: pressionar autoridades públicas para que elas resolvam os
problemas sociais; identificar e apoiar as entidades de interesse social e apoiar seus
empregados para que se envolvam em ações comunitárias.
A formação e educação profissional para implantação de tecnologia de produção mais
limpa, gestão ambiental e responsabilidade social são desenvolvidas pelo Serviço
Nacional da Indústria em Goiás – SENAI/GO, através de cursos técnicos, de
284
graduação e de pós-graduação. O Núcleo SENAI de Meio Ambiente busca contribuir
para o alinhamento do segmento industrial aos requisitos legais e mercadológicos
ambientais. A título de exemplo, a Faculdade de Tecnologia SENAI de
Desenvolvimento Gerencial - FATESG oferece regularmente o Curso de MBA e pós
graduação Lato Sensu em Gestão de Responsabilidade Socioambiental.
O Serviço Nacional do Comércio de Goiás – SENAC/GO, por meio da Faculdade de
Tecnologia, desenvolve a formação e educação voltada ao atendimento das
demandas da modernidade tecnológica e do mundo do trabalho. São exemplos os
Programas de Extensão como Atendimento e Elaboração de Roteiros Turísticos para
Melhor Idade, os Cursos de Graduação de Gestão em Turismo e de Gestão Ambiental
e Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, tanto Presenciais, como Empreendimentos
Turísticos e Eventos, tanto a Distância, como a Distância, como Educação Ambiental.
A área turística de Goiânia integra o Fórum Regional do Turismo, que representa o
Pólo de Negócios e Eventos em Goiás. Este pólo é constituído também pelos
municípios de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade e Hidrolândia.
O SEBRAE/GO, por meio da Diretoria de Turismo, tem a incumbência de desenvolver
consultoria, cursos, palestras e demais ações de gestão sustentável do turismo.
Pelo exposto, a gestão ambiental empresarial na área turística possui estrutura
institucional estabelecida e apta a desenvolver políticas de gestão sustentável.
Entrementes, a atuação ainda é marcada pela segmentação e desarticulação das
ações desenvolvidas, caracterizada pela ausência de planos, programas e projetos
integrados, capazes sistematizar os esforços, promover a sinergia necessária ao
alcance de metas comuns. Um exemplo é a certificação de qualidade dos serviços
prestados e/ou produtos turísticos.
Os empreendimentos turísticos, seus processos de implantação e de gestão carecem
de sustentabilidade, observando-se os seguintes aspectos: usos indevidos e sem
monitoramento dos recursos naturais e culturais; adoção de metodologias
inadequadas de gestão das atividades turísticas; insuficiente adoção de programas
de produção mais limpa e gestão ambiental, sobretudo no consumo de água e de
energia, e na geração de resíduos decorrentes das atividades turísticas.
285
2.5.4 Instrumentos de planejamento e controle territorial
O Município de Goiânia tem como principais instrumentos de planejamento e gestão
territorial urbana o Plano Diretor e o Zoneamento Ecológico Econômico do Município.
Assim pode-se dizer, o município de Goiânia está dotado dos instrumentos
necessários ao planejamento e gestão territorial urbana, necessitando, ainda, de
colocar em prática as ações preconizadas nestes instrumentos.
A) PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
O Plano Diretor do Município de Goiânia foi elaborado a luz do Estatuto da Cidade
(Lei Federal 10.527/2001) tendo sido aprovado em maio de 2007 (Lei Complementar
171 de 29 de maio de 2007).
O referido Plano foi estruturado através de 07 grandes eixos estratégicos:
Sustentabilidade Socioambiental, Mobilidade e Transporte, Ordenamento Físico
Territorial, Desenvolvimento Econômico, Sociocultural, Gestão Urbana e Atualização
Normativa.
Interessa aqui, particularmente, os aspectos socioambientais abordados no Eixo
Estratégico de Sustentabilidade Socioambiental.
Visando melhorar as condições socioambientais do município de Goiânia, foi proposta
uma estratégia priorizando o desenvolvimento local, integrado e sustentável,
privilegiando a qualidade do Patrimônio Ambiental, que abrange os Patrimônios
Cultural e Natural por meio do uso racional e sustentável dos recursos naturais e
construídos, visando a proteção, a recuperação e a manutenção dos aspectos
paisagísticos, históricos, arqueológicos e científicos.
Definiu-se como integrante do Patrimônio Natural os elementos como o ar, a água, o
solo, o subsolo, a fauna e a flora, assim como, as amostras significativas do
ecossistema do cerrado remanescente no Município, considerados indispensáveis à
manutenção da biodiversidade para assegurar as condições de equilíbrio ambiental e
qualidade de vida em todo seu território.
286
Definiu-se como o Patrimônio Cultural, o conjunto de bens imóveis de valor
significativo, edificações isoladas ou não, enquadradas como art déco, os parques
urbanos e naturais, as praças, os sítios e paisagens, assim como manifestações e
práticas culturais e tradições que conferem identidade a estes espaços.
Para atingir o objetivo proposto foram definidas as diretrizes (listadas no quadro a
seguir), os programas e os projetos que, a medida que forem implantados, modificarão
positivamente o manejo dos recursos naturais e construídos e propiciarão bem-estar
e melhoria das condições de vida da população, inclusive criando condições para o
alavancamento de atividades turísticas voltadas para a exploração sustentável do
potencial ambiental e natural do município.
As Diretrizes do Patrimônio Natural serão viabilizadas através de estratégias
específicas quanto:
AS ÁREAS VERDES: � Criar a Rede Verde no território através do Sistema Municipal de Unidade de Conservação -
SMUC, incluindo um Sistema Ambiental de gerenciamento de Parques e demais unidades de conservação; identificar no território as áreas de reserva legal estabelecidas em legislação específica com a finalidade de sua proteção e recuperação, e aquelas áreas verdes identificadas no levantamento aerofotogramétrico de 1980;
� Revigorar a paisagem da ambiência urbana com intervenção específica nos espaços abertos, ruas, praças, parques, com a finalidade de melhoria do conforto ambiental;
� Criar condições necessárias para implantação de parques lineares com o objetivo de resgatar os fundos de vale para a cidade e a população.
OS ECOSSISTEMAS HÍDRICOS: � Preservar, recuperar e controlar os recursos hídricos com a finalidade da melhoria da qualidade
de água, do sistema de drenagem formado pela Bacia do rio Meia Ponte inserido na Região Metropolitana de Goiânia;
� Elaborar e implantar plano de manejo das sub-bacias hidrográficas do rio Meia Ponte (o Plano Diretor estruturou o Município goianiense em macrozonas através das sub-bacias hidrográficas pertencentes ao rio Meia Ponte) com a finalidade de desenvolver atividades econômicas compatibilizando o uso e ocupação do solo;
� Implantar o Plano Diretor de macro drenagem urbana que leve em consideração os espaços naturais e construídos;
� Ajustar as condições de uso e ocupação das áreas públicas e privadas, inseridas nas áreas de preservação permanente;
� Viabilizar o Sistema de Esgotamento Sanitário, complementando por tecnologias alternativas nas regiões estratégicas que não estejam interligadas ao Sistema de Tratamento de Esgoto de Goiânia - ETE;
� Implantar o Plano Diretor de Resíduos Sólidos por meio do Sistema de Gerenciamento Seletivo dos Resíduos Domésticos, hospitalares, industriais e da construção civil, com o intuito de controlar a contaminação e degradação ambiental.
AS CONDIÇÕES GEOLÓGICAS: � Promover a permanente atualização da Carta de Risco do Município de Goiânia; � Implantar um cadastro georeferenciado das erosões do município de Goiânia com atualização
contínua e permanente, com objetivo de monitorar a evolução dos processos erosivos e implantar medidas de estabilização dos mesmos;
287
� Promover um programa de reforço para a regularização, o licenciamento, o monitoramento e a fiscalização das atividades e empreendimento poluidores e causadores de impacto ambiental.
AS CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS: � Estabelecer a institucionalização de procedimentos científicos e tecnológicos que visem o
controle efetivo das condições atmosféricas; � Esclarecer a população sobre a relação de emissão de gases e poluição do ar; � Controlar as emissões veicular, por meio da inspeção e medição de veículos, no sentido de
substituir a frota de transporte coletivo por veículos que utilizam tecnologia limpa; � Reforçar a ação de controle de poluição sonora por meio de mecanismos institucionais
eficientes. A GESTÃO AMBIENTAL:
� Revisar a legislação ambiental do Município, compatibilizando-a com a legislação estadual e federal;
� Implantar o Código Ambiental do Município; � Criar e implantar regiões administrativas com o objetivo de cadastrar, fiscalizar e monitorar as
ações do poder público no que se refere à preservação do patrimônio natural e cultural do Município;
� Efetivar parcerias, cooperativas com organizações governamentais, iniciativa privada visando à implementação de um Sistema de Gestão dos resíduos sólidos e destino final do lixo.
À EDUCAÇÃO AMBIENTAL: � Implantar Programas de Educação Ambiental, com o objetivo de articular a educação formal e
informal; � Sensibilizar e capacitar cidadãos em defesa do meio ambiente; � Desenvolver e incentivar programas e projetos de combate ao desperdício e incentivo ao reuso
da água, tanto nos empreendimento privados, quanto nos órgãos públicos e residências; � Investir na capacitação e aperfeiçoamento do quadro permanente de técnicos da administração
pública, para atividades de avaliação, licenciamento, fiscalização e elaboração de projetos, e diagnósticos socioambientais.
As Diretrizes do Patrimônio Cultural serão viabilizadas através de estratégias
específicas como:
■ Caracterizar o Patrimônio Cultural como elemento significativo de
valorização da paisagem e da estruturação dos espaços públicos;
■ Levantar e mapear o estado de conservação dos edifícios, planos e sítios,
assim como seu grau de conservação;
■ Criar e instituir instrumentos legais e mecanismos de incentivos, que
estimulem parcerias entre poder público e iniciativa privada na
recuperação, revitalização e restauração dos espaços significativos, e na
preservação do patrimônio cultural.
As estratégias específicas dos Patrimônios Natural e Cultural que compõem a
estratégia de sustentabilidade socioambiental serão viabilizadas através dos
seguintes programas:
288
■ Programa de Valorização do Patrimônio Natural que objetiva o
desenvolvimento econômico associado ao uso sustentável, a conservação
dos recursos naturais visando a preservação e conservação dos
ecossistemas florestais, a melhoria da finalidade da água e doar, o controle
das condições geológicas e o tratamento dos resíduos sólidos;
■ Programa de Valorização do Patrimônio Cultural objetivando identificar e
classificar elementos de valor cultural, definindo diretrizes e desenvolvendo
projetos, com vistas a resgatar a memória cultural,restaurando,
revitalizando e potencializando áreas significativas e criando instrumentos
para incentivar a preservação;
■ Programa de Implantação e Preservação de Áreas Verdes objetivando a
manutenção permanente dos parques, praças, reservas florestais,
arborização dos passeios públicos e a criação de incentivos à arborização
e ao ajardinamento em áreas privadas;
■ Programa de Gestão Ambiental objetivando a elaboração de diretrizes a
partir dos planos setoriais, de esgotamento sanitário, abastecimento de
água, drenagem urbana, gerenciamento dos resíduos sólidos, poluição
ambiental com vistas à articulação e qualificação das ações e a redução
dos custos operacionais no âmbito das bacias hidrográficas;
■ Programa de Preservação e Controle da Poluição, objetivando o
monitoramento permanente da qualidade da água, ar, solo e dos espaços
ocupados visando o controle e a finalização das atividades poluidoras,
considerando as condições e a degradação do meio ambiente;
■ Programa de Educação Ambiental, objetivando sensibilizar e conscientizar
a população em relação ao significado da educação ambiental e a defesa
do Patrimônio Natural e Cultural, bem como a sensibilização e capacitação
do quadro técnico e operacional da Administração Pública.
O Plano Diretor do Município de Goiânia em relação à Sustentabilidade
Socioambiental estabeleceu um cenário desejado para o município de Goiânia no
sentido de haver disponibilidade de água de melhor qualidade para o abastecimento
289
público, com sensível diminuição de seus índices de poluição em especial no ponto
de Captação da ETA do Rio Meia Ponte; melhorar as condições ambientais das
drenagens que cortam a malha urbana, tornando-as menos poluídas e degradadas;
incentivar o aumento dos índices de cobertura de vegetação nativa, tanto na
Macrozona Construída (Zona Urbana e de Expansão Urbana do município), com
implantação de parque lineares, a exemplo do Parque Macambira-Anicuns, quanto
nas Macrozonas Rurais, incentivando e a implantação de novas Unidades de
Conservação; ampliar os índices de permeabilidade do solo na Macrozona
Construída, favorecendo a recarga do lençol freático e eliminando e ou minimizando
os pontos críticos de alagamentos; implementar uma gestão dos resíduos sólidos
(domésticos, hospitalares, industrial e entulhos da construção civil), melhorando o
manejo e os índices de limpeza urbana principalmente nos bairros mais periféricos;
diminuir a poluição e degradação ambiental e melhorar a qualidade de vida da
população e da paisagem urbana local; ampliar o sistema de esgotamento sanitário,
estendendo os serviços aos bairros periféricos que hoje estão fora do sistema,
fiscalizar os pontos nas galerias pluviais e nos córregos que drenam a malha urbana;
fiscalizar e controlar as atividades de exploração mineral para construção civil
(sobretudo a exploração de areia lavada na bacia hidrográfica do rio Meia Ponte), as
atividades agroindustriais objetivando amenizar os índices de poluição e degradação
ambiental no município; tornar a Macrozona Construída menos poluída, com ar
respirável mais puro, com menos barulho e menor poluição visual, melhorando a
qualidade ambiental e de vida de seus cidadãos.
Finalmente, o cenário desejável para o município de Goiânia, estabelecido em seu
Plano Diretor, adota como premissa de garantia a implementação de um programa de
educação ambiental que vise tornar a população mais consciente da importância de
desenvolver atividades econômicas à luz da sustentabilidade, compatibilizando
geração de riqueza, conservação ambiental e criação de emprego e renda.
B) ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO - ZEE DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
O ZEE do Município de Goiânia foi elaborado no ano de 2008, portanto após a
elaboração e aprovação do Plano Diretor. Seu objetivo geral do ZEE foi subsidiar a
premissa básica contida no Plano Diretor do Município de implantar uma política de
Desenvolvimento Sustentável do município de Goiânia, entendido como aquele
290
desenvolvimento que compatibiliza as atividades econômicas com a preservação e
conservação dos recursos naturais, do meio ambiente natural e construído, a
eqüidade social e a qualidade de vida da população, tanto das gerações atuais como
das futuras.
Além do objetivo geral o ZEE estabeleceu alguns objetivos específicos como:
■ Subsidiar o ordenamento do território municipal com foco principal nas
Macrozonas Rurais, atendendo Diretrizes do Estatuto das Cidades;
■ Subsidiar a busca do desenvolvimento de atividades sócio-econômicas,
revistas pelo Plano Diretor, em bases sustentáveis, ou seja, conciliação das
atividades socioeconômicas com a conservação do meio ambiente e a
eqüidade social;
■ Subsidiar a formulação de políticas e a tomada de decisões de
planejamento e gestão do território do município de Goiânia;
■ Subsidiar a Regulamentação do Artigo 79 da Lei Complementar 171 de 29
de maio de 2007(Plano Diretor) que diz: “Lei Municipal específica de
iniciativa do Poder Executivo deverá, no prazo máximo de 1 (um) ano, ser
aprovada com o fito de definir quais atividades e empreendimentos poderão
ser desenvolvidas ou construídas nas macrozonas rurais;”.
■ Indicar as atividades econômicas a serem preferencialmente estimuladas
em cada Macrozona Zona Rural a luz do desenvolvimento sustentável;
■ Identificar os problemas ambientais emergentes e fornecer recomendações
que poderão ser utilizadas, com vistas à conservação ou à reabilitação dos
recursos naturais e do meio ambiente;
■ Fornecer informações sobre áreas predispostas à erosão e assoreamento
e subsídios a planos de conservação e uso da terra visando à preservação
da quantidade e qualidade das águas;
■ Auxiliar e subsidiar os planos de monitoramento e fiscalização em relação
ao uso e ocupação do solo com foco especial na vegetação natural.
291
O cenário desejável para o Uso e Ocupação do Solo estabelecido pelo ZEE para as
Macrozonas Rurais do Município de Goiânia é de: Proteção e Preservação Ambiental;
Agroecologia; Agroturismo;Agropecuária; Silvicultura e Uso Especial.
As atividades voltadas a Agroecologia compreendem a agricultura de base ecológica
e/ou sustentáveis como: horticultura orgânica, fruticultura (produção de frutas nativas
do cerrado), criação de galinhas caipiras, ovino caprino cultura, apicultura, sistemas
agro florestais, entre outras.
As atividades voltadas ao Agroturismo ou turismo rural entendido no ZEE como
qualquer atividade turística e de lazer realizada no meio rural: ecoturismo, turismo
verde, turismo cultural e turismo esportivo.
A proposta de áreas com aptidão para o Uso Agroturístico levou em consideração:
■ Indicadores ambientais (clima, relevo, recursos hídricos, vegetação
natural);
■ Critérios de preservação ambiental;
■ Indicadores turísticos (infraestrutura de hospedagem malha viária, atrativos
turísticos).
■ Ações de fomento e a ampliação da gama de atividades turísticas
desenvolvidas no meio rural.
A definição para áreas favoráveis ao Agroturismo levou em conta os seguintes
critérios:
■ Declividade da área;
■ Vegetação remanescente;
■ Áreas de Preservação Permanente;
■ Imediações de Aterros Sanitários;
■ Susceptibilidade erosiva;
292
■ Áreas de Recarga do lençol freático.
As atividades voltadas para Agropecuária contemplaram a aptidão para o Uso
Agropecuário, concebidas pelo ZEE como aquelas relacionadas a qualquer trabalho
relacionado às explorações agropecuárias, ou seja: cultivo do solo com culturas
permanentes ou temporárias, inclusive hortaliças e flores; criação, recria ou engorda
de animais domésticos de grande, médio e pequeno porte (bovinos, suínos, aves,
peixes, crustáceos e moluscos) e de animais silvestres (como jacarés, avestruzes,
perdizes, capivaras, catetos, queixadas e outros); bem como a exploração de matas
e florestas (nativas ou plantadas).
O município de Goiânia já apresenta áreas com criações agropecuárias bem
estabelecidas, tanto no âmbito da pecuária extensiva como na pecuária intensiva, pois
algumas destas criações são bastante tradicionais.
A atividade voltada para Sivicultura, entendida pelo ZEE como o estudo dos métodos
naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos florestais (relacionada
à cultura madeireira). Auxiliar na recuperação das florestas através do plantio de
espécies nativas, de forma a ampliar as possibilidades de manutenção dos biomas
locais visando à recuperação de recursos hídricos e manutenção de biodiversidade.
As Áreas de Uso Especial na compreensão do ZEE constituem as faixas de proteção
das Rodovias, Ferrovias e o Anel Rodoviário Metropolitano, que cortam ou limitam o
Município de Goiânia.
O ZEE do Município de Goiânia ainda não foi institucionalizado na forma de lei. Este
documento na nossa concepção tem um caráter eminente técnico e restritivo em
relação ao uso e ocupação do solo na zona rural, e, como todo ZEE, principalmente
no processo de institucionalização, deverá ser discutido com a Sociedade Civil
organizada para que o mesmo seja melhor adequado a realidade do município
goianiense.
2.5.5 Participação e inclusão dos diferentes grupos de interesse no
desenvolvimento turístico
293
O desenvolvimento do turismo no município de Goiânia se realiza mediante
participação e inclusão dos agentes locais, instituições e empresas, tanto públicos
quanto privados, no Conselho Municipal de Turismo de Goiânia – COMTUR, criado
pela Lei nº 7.843, de 14/09/1998 e cujo regimento interno foi aprovado pelo Decreto
nº 239, de 11/02/2000, assunto este já tratado no item referente ao Quadro
Institucional.
2.6 CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
2.6.1 Segmentos de Turismo Atuais e Potenciais
Como segmento-alvo futuro para Goiânia, portanto, têm-se o Turismo de Negócios
e Eventos, de forma a manter o Turismo de Negócios em si, a consolidar o Turismo
de Eventos e a qualificar o Turismo de Compras.
Ressalta-se, no entanto que o segmento do Turismo de Negócios e Eventos está
diretamente conectado à capacidade da destinação em oferecer atrativos da oferta
diferencial ou técnica de alta atratividade, uma vez que a seleção da sede para
realização de eventos está atrelada tanto à sua estrutura receptiva (infraestrutura
turística) quanto a seus diferenciais mercadológicos em termos de atratividade. Assim
sendo, a consolidação de Goiânia como um destino de eventos passa pela busca do
fortalecimento da sua oferta de lazer e entretenimento, onde pode ser aproveitado o
potencial existente das Unidades de Conservação – Ucs entre outras possibilidades.
Por outro lado, o desenvolvimento desse núcleo forte de atividades de entretenimento
e lazer poderá não apenas motivar a permanência e a viagem acompanhada dos
turistas de eventos e negócios, mas também poderá contribuir, por si só, na geração
de fluxos majoritários para Goiânia, o que também auxiliará como âncora na criação
de uma marca de imagem efetiva para Goiânia.
Como segmentos complementares do Portfólio Turístico de Goiânia têm-se o Turismo
Cultural e o Turismo de Saúde. O Turismo Cultural ainda possui baixa
representatividade, mas tem potencial de desenvolvimento e o Turismo de Saúde já é
um segmento efetivo, no entanto, possui um baixo impacto na cadeia produtiva do
turismo devido suas peculiaridades.
Assim, o Portfólio de Goiânia pode ser expresso como:
294
2.6.2 Identificação de áreas críticas de intervenção
Conforme apresentado ao longo do diagnóstico, a imagem percebida pelos turistas
em Goiânia, não está associada à atividade turística, demonstrando uma ausência de
identidade ou marca de imagem turística. Este fato indica tanto a necessidade de
fortalecimento do produto turístico local, criando-se novos produtos para mercados
potenciais em crescimento atuais ou novos, como também a necessidade de
elaboração de um Plano de Marketing direcionado aos produtos prioritários e
mercados-meta identificados.
Por outro lado, o índice de satisfação pesquisados nos visitantes com relação à
infraestrutura da cidade considera insatisfatórios os serviços urbanos ao trânsito, o
transporte coletivo a infraestrutura turística e o aeroporto. O diagnóstico elaborado
também confirma estas indicações, corroborando para o fato de que Goiânia necessita
fortalecer equipamentos existentes para transformá-los de fato em produtos turísticos
bem como precisa incentivar o surgimento de novas áreas para receber equipamentos
turísticos voltados a públicos específicos dos mercados-meta pretendidos.
O diagnóstico ainda aponta alguns pontos relevantes, quais sejam:
■ A oferta hoteleira existente está quase que totalmente voltada ao perfil de
negócios ou para o turismo de compras; não existem hotéis estruturados para
o turismo de lazer;
295
■ Não existem agências especializadas em receptivo. Algumas agências de
emissivo trabalham com receptivo, mas este equivale a, no máximo, 20% das
vendas totais;
■ Não há marketing direcionado para mercados-meta ou sequer uma
priorização nas comercializações realizadas;
■ De um modo geral, observa-se que os atrativos destacados em Goiânia não
possuem relevância o bastante para caracterizar um produto turístico forte, de
forma a impulsionar o turismo na cidade.
■ Há problemas na composição do Produto Turístico, bem como ausência de
estratégias de promoção, comercialização e distribuição o que caracteriza um
grave problema no que se refere ao marketing turístico.
De acordo com uma avaliação realizada para os 65 destinos indutores do turismo,
realizada pelo MTUR, pela FGV e pelo SEBRAE, as principais fragilidades
encontradas em Goiânia, em termos de turismo, são o marketing e os atrativos
turísticos, este último, avaliado 10 pontos a menos que a média dos atrativos do
Brasil como um todo.
A título de síntese do diagnóstico elaborado, analisando-se as principais indicações
contidas nesta fase de trabalho, apresenta-se a seguir um quadro contendo as áreas
críticas de intervenção, segmento turístico correlacionado e as ações necessárias em
termos de infraestrutura e serviços básicos, área institucional, gestão sócio-ambiental
e atores a serem mobilizados:
QUADRO 31 – DIAGNÓSTICO/SÍNTESE ANALÍTICA
ÁREAS CRÍTICAS DE INTERVENÇÃO
(ÁREA GEOGRÁFICA)
POTENCIAL RELACIONADO
INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
NECESSÁRIOS
ÁREA INSTITUCIONAL
CORRELACIONADA/ GESTÃO SÓCIO-
AMBIENTAL/
ATORES A SEREM MOBILIZADOS
Região do Projeto Terceiro Milênio (Bacia do Ribeirão João Leite)
Todos os segmentos turísticos, além de serviços e equipamento de
� Urbanização � Micro
acessibilidade � Drenagem � Iluminação Pública
� Mudança do plano Diretor- Criação das ZEIT – Zonas Especiais de Interesse Turístico
� SETURDE � Setor Privado � SEPLAM � AMOB � AMMA
296
ÁREAS CRÍTICAS DE INTERVENÇÃO
(ÁREA GEOGRÁFICA)
POTENCIAL RELACIONADO
INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
NECESSÁRIOS
ÁREA INSTITUCIONAL
CORRELACIONADA/ GESTÃO SÓCIO-
AMBIENTAL/
ATORES A SEREM MOBILIZADOS
entretenimento e lazer
� Portfólio de Negócios e estudo de mercado para captação de investimentos privados.
� Criação de Incentivos ao Investimento Privado – Fomentar Turismo
� Elaboração de Novo Plano de Manejo e Plano de Uso
Área dos Parques
Serviços e equipamentos de entretenimento e lazer
� Requalificação � Adaptação ao
turismo, Implementação de atividades
� fiação subterrânea, iluminação cênica passeios, tratamento urbanístico e estacionamentos
� Recuperação e reurbanização da atual área do zoológico
� Criação de Incentivos ao Investimento Privado – Fomentar Turismo
� Elaboração de Plano de Manejo e de Uso
� SETURDE � Setor Privado � AMOB � AMMA
Região Central
Todos os segmentos turísticos, além de serviços e equipamento de entretenimento e lazer
� Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a feira hippie
� Adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
� Microacessibilidade
� Sinalização Turística e Urbana, Mobiliário Urbano e Adaptação à PNE
� Criação de Incentivos ao Investimento Privado – Fomentar Turismo
� AMT � AMOB � Empresários
das Confecções
� SETURDE
Aeroporto Todos os segmentos
� Novo Terminal de Passageiros � INFRAERO
297
Fonte: ALTRAN TCBR
2.6.3 Posição atual da Área no mercado turístico X posicionamento
potencial
A atividade turística atual em Goiânia está basicamente calcada no segmento de
Negócios e Eventos, com predominância da motivação “Negócios”. O Turismo
de negócios está bem alicerçado e compreende um mercado já consolidado para o
município.
Seus segmentos potenciais mais promissores em termos mercadológicos, no entanto
(Turismo de Eventos e Turismo de Compras) necessitam de diversas intervenções no
sentido de serem fortalecidos e conquistar novos mercados.
Com relação à sua posição no mercado turístico, Goiânia ainda não consegue atingir
o público potencial de visitantes (nacional e internacional) como opção de destinação
turística.
Embora reconhecendo o potencial turístico local, deve ser apontado que Goiânia
necessita de um novo posicionamento estratégico com relação à atividade turística
uma vez que a sua posição no mercado e imagem atuais não lhe conferem diferenciais
competitivos necessários para atuar no mercado frente aos destinos competidores e
alcançar o seu potencial.
Em ambas as demandas, tanto nacional quanto internacional, ressaltam-se a baixa
participação do item entretenimento, lazer e cultura na composição dos gastos, não
obstante a sua grande importância para uma destinação turística.
O perfil desejado de turista para Goiânia parte de duas premissas, quais sejam:
■ Goiânia pode desenvolver um núcleo de produto forte capaz de motivar fluxos
majoritários;
■ O turista de negócios e eventos deve ser mantido e qualificado, uma vez que
possui potencial para realizar pré-tours e pós-tours, desde que sejam
oferecidos produtos atrativos através de uma competente estratégia
mercadológica.
298
Neste sentido, deve ser buscado um turista de negócios e eventos (com fortalecimento
dos eventos) com perfil de renda mais elevado, proveniente de emissores
tradicionalmente mais qualificados e que esteja disposto a estender sua estadia para
a prática de outras atividades. Por outro, lado devem ser oferecidos produtos novos a
mercados novos, visando a diversificação e qualificação dos serviços e equipamentos
de entretenimento e lazer.
Considerando o perfil médio do brasileiro que integra a demanda potencial para
viagens domésticas, o Lazer como Motivação principal é alto (80,3% na 1ª classe de
renda) apontando-se este público como importante foco de marketing para Goiânia.
Observa-se também que o turista de eventos é um mercado-meta a ser buscado por
Goiânia, em virtude de suas características específicas em termos de hábitos de
viagem (utilização de hotéis) e gasto médio alto, comparativamente com os outros
segmentos.
2.6.4 Matriz SWOT
O modelo SWOT é também conhecido como o modelo de Harvard. SWOT constitui a
junção das iniciais (em inglês) dos quatro elementos-chave desta análise estratégica,
a saber:
■ STRENGHTS - pontos fortes: vantagens internas de Goiânia em relação aos
destinos concorrentes;
■ WEAKNESSES - pontos fracos: desvantagens internas de Goiânia em relação
aos destinos concorrentes;
■ OPPORTUNITIES - oportunidades: aspectos positivos com o potencial de fazer
crescer a vantagem competitiva de Goiânia;
■ THREATS - ameaças: aspectos negativos com o potencial de comprometer a
vantagem competitiva de Goiânia.
A idéia é a de avaliar, através de uma reflexão aprofundada, quais são estes
elementos-chave, tendo em vista que previamente, foram consideradas informações
internas (para os pontos fortes e fracos) e externas (para as oportunidades e
ameaças).
299
A matriz SWOT constitui uma importante ferramenta para a montagem das estratégias
e planos de ação, apresentando uma avaliação das oportunidades e ameaças
cruzadas com os pontos fortes e fracos dos aspectos/ temas relevantes para o turismo
na região. Isto permitirá incorporar a análise dos potenciais impactos e definir
estratégias de desenvolvimento do turismo com base sustentável.
Estão incluídos na matriz SWOT os aspectos levantados e analisados nos capítulos
anteriores, permitindo assim incorporar a análise do potencial de Goiânia como
destino atual e futuro.
300
QUADRO 32 – ANÁLISE SWOT
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Fluxo já consolidado para eventos e negócios – item 2.1 pág. 33 Existência de áreas de grande apelo paisagístico /ambiental propícias a investimentos turísticos – 2.1 pág.32 Cultura tradicional do Centro-oeste brasileiro (culinária e receptividade da população) – 2.1 pág.34/57 Presença de parques com potencial para o turismo – item F - pág. 56 Município indutor e centralizador do Pólo de Negócios e Eventos (Estado de Goiás) – pág. 33 Boa conectividade de Goiânia pela rede rodoviária às principais cidades do Brasil – 2.1 – pág. 33 209 unidades de conservação (com potencial turístico) – ítem 2.5.1 pág. 275 Pólo de confecções – 2.1 – pág. 33
Deficiência de marketing (imagem turística; posicionamento, direcionamento aos mercados-meta, comercialização) – 2.2.1 F pág.58 Atrativos goianos atuais não conseguem caracterizar produto turístico forte e população local não vê Goiânia como um destino turístico; - 2.2.1 B – pág. 59 Baixa utilização por parte dos turistas de serviços tipicamente turísticos – 2.2.1 F pág.61 Ausência de planejamento estratégico para funcionamento dos CAT ou ação mais orientada que possibilite um maior espectro de atendimento ao turista. -2.2.10- pág 160 Mercado Central representativo da cultura tradicional com baixo preparo para o turismo – 2.3.11 pág.227 Parques não estão estruturados para o turismo (estrutura e pessoal) –pág. 156 Zoológico com inserção urbana problemática; - págs.56/190 Secretaria de Turismo Municipal recente e carente de estruturação – 2.4.1 A pág.228 Existência de equipamentos turísticos obsoletos e como baixa magnitude de demanda (Parque Mutirama) – 2.2.1 pág.170 Baixa oferta de equipamentos de apoio, estacionamentos e de segurança no entorno das feiras e pólos confeccionistas –3.1.2 pág.310 Áreas protegidas sem plano de manejo – págs.259/267 Empreendimentos e atrativos sem adaptação aos PNE. -item 2.2.4 págs. 106 a 123 Poucos meios de hospedagem oferecem infraestrutura para lazer. – item 2.2.4 pág. 121
Investimentos do PRODETUR Nacional – pág. 23 Proximidade do Distrito Federal – Cidade-sede da COPA 2014 e mercado-alvo para o turismo de entretenimento e lazer – 2.2.2 C pág.68 Interesse do setor privado local em investir no turismo - 2.2.2 C pág.76 Empresa Aérea Azul elegeu Goiânia como Hub;item 2.2.2 pág.75 Goiás possui destinos consolidados e em consolidação que já exercem grande atratividade e que podem ser vinculados a Goiânia; - pág. 33 Possibilidade de controle da expansão urbana desordenada por meio do planejamento urbano/turístico item 2.2.4 pág. 202 Implantação do Centro de Exposição do Agronegócio – 2.2.2 C pág.133 Construção do Reservatório do João Leite com formação de lago em área de grande apelo turístico/ambiental – 2.3.2 C pág.161
Ocupação desordenada do Solo Urbano no entorno do Reservatório João Leite12 Perda de eventos para outros destinos; Descontinuidade dos programas de investimento em nível federal; Possíveis epidemias e pandemias (dengue, por exemplo); Complexidade do exercício da gestão ambiental aumentada pela prática de atividades turísticas em ambientes naturais no que diz respeito ao manejo e à capacidade de suporte dos Parques.
12 Todos os itens da MATRIZ SWOT estão referenciados a um item do diagnóstico, com exceção das ameaças previstas em virtude das mesmas estarem presentes no ambiente externo ( sociedade, meio político, mercado), fora do controle do ambiente interno aonde se circunscrevem os pontos fortes e fracos diagnosticados e terem uma maior magnitude de ação. São assim, fatores passíveis de ocorrer ,mas que possuem ligação indireta com os itens diagnosticados.
301
3 VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA
3.1 IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
Os atrativos turísticos são o conjunto dos recursos naturais e culturais que, em sua
essência, constituem a matéria prima da atividade turística, pois são esses que
provocam o deslocamento de turistas até o destino.
No entanto, a potencialidade turística de um destino não deve ser avaliada apenas
pela quantidade de atrativos existentes, mas pelo valor qualitativo que os mesmos
representam. Sendo assim, e para contribuir com a identificação das áreas prioritárias
para a recepção de investimentos em Goiânia, foi realizada uma hierarquização que
permite a classificação de cada atrativo relevante, de acordo com uma escala pré-
estabelecida, e assim, fornecer subsídios para a diferenciação objetiva das suas
características e os graus de importância entre eles.
A lista dos atrativos que foram hierarquizados está no Quadro 33.
QUADRO 33 –ATRATIVOS HIERARQUIZADOS
TIPOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
ATRATIVOS NATURAIS
1. Bosque dos Buritis; 2. Parque Flamboyant; 3. Parque Mutirama; 4. Parque Vaca Brava; 5. Parque Areião; 6. Jardim Botânico;
ATRATIVOS CULTURAIS
7. Praça Cívica (Palácio das Esmeraldas; Edifício da SEPLAN Estadual; Monumento às Três Raças; Museu Zoroastro Artiaga; Coreto; e Centro Cultural Marieta Teles Machado; Obeliscos com luminárias);
8. Avenida Goiás: (Relógio;Grande Hotel – Centro de Memória e Referencia de Goiânia; Monumento ao Bandeirante; Estação Ferroviária);
9. Rua do Lazer.
10. Palácio das Esmeraldas; 11. Grande Hotel; 12. Centro Cultural Marieta Teles Machado; 13. Colégio Estadual Lyceu de Goiânia; 14. Prédio do IF Goiás; 15. Edifício da SEPLAN Estadual; 16. Estação Ferroviária; 17. Museu Goiano Zoroastro Artiaga; 18. Museu de Ornitologia; 19. Memorial do Cerrado; 20. Centro Cultural Goiânia Ouro; 21. Mercado Municipal de Goiânia – Mercado Central; 22. Mercado Popular.
302
TIPOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
ATIVIDADES ECONÔMICAS
23. Polo de Moda Av. Bernardo Sayão; 24. Polo de Moda da Rua 44 – Entorno da Rodoviária; 25. Mercado aberto; 26. Estação Goiânia; 27. Feiras (Hippie; da Lua e do Sol).
Fonte: ALTRAN TCBR
A metodologia para hierarquização dos atrativos é apresentada a seguir.
3.1.1 Metodologia para Hierarquização dos Atrativos de Goiânia
Especificamente para caracterização e hierarquização dos atrativos turísticos de
Goiânia foi realizada pesquisa de campo. Sendo assim, foram visitados e fotografados
os principais atrativos turísticos de Goiânia, listados no Quadro 33 apresentado
anteriormente.
Foram avaliados os seguintes aspectos e considerada uma escala de 1 a 4 para
julgamento dos parâmetros definidos:
QUADRO 34 – ASPECTOS DA HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS
ASPECTOS AVALIADOS DESCRIÇÃO ESCALA (PARÂMETROS)
Acessibilidade Situa o atrativo com relação à facilidade de acesso.
1 – Acessibilidade difícil 2 – Acessibilidade mediana 3 – Boa acessibilidade 4 – Excelente acessibilidade
Singularidade
Situa a força do atrativo por meio de suas qualidades estéticas e o qualifica em relação ao potencial turístico, comparado aos demais atrativos da área de estudo.
1 – Vulgar 2 – Comum 3 – Atraente 4 – Excepcional
Estado de Conservação Situa as condições do ambiente original no qual se encontra o atrativo.
1 – Degradado 2 – Pouco conservado 3 – Conservado 4 – Preservado
Infraestrutura
Situa as condições de infraestrutura turística que atende ao atrativo (agências de receptivo, hospedagem, alimentação, etc.).
1 – Insuficiente 2 – Mediana 3 – Satisfatório 4 – Boa
Período Favorável para Uso
Situa a disponibilidade do atrativo em tempo, determinada pela possibilidade de uso durante a semana.
1 – Sem uso 2 – Aberto só durante a semana 3 – Aberto só aos finais de semana 4 – Aberto todos os dias da semana
303
Grau de Interesse da Demanda Local
Situa o atrativo com relação a preferência da demanda local.
1 – Nenhum 2 – Baixo 3 – Médio 4- Alto
Grau de Interesse da Demanda Nacional
Situa o atrativo com relação a preferência da demanda nacional.
1 – Nenhum 2 – Baixo 3 – Médio 4 – Alto
Grau de Interesse da Demanda Internacional
Situa o atrativo com relação a preferência da demanda internacional.
1 – Nenhum 2 – Baixo 3 – Médio 4 – Alto
Fonte: ALTRAN TCBR
A classificação indica o grau de interesse de cada atrativo, atribuindo um valor
quantitativo às suas características, baseados na intensidade da sua atratividade, o
que estabelece uma ordem quantitativa para priorizar seu desenvolvimento para o
turismo. Sendo assim, o somatório das notas atribuídas aos parâmetros define a
situação atual de cada atrativo.
Para tanto, tem-se a seguinte classificação, de acordo com a faixa de nota no
processo de hierarquização:
Atratividade comprometida: notas entre 8 e 18 (laranja)
Atratividade mantida: notas entre 19 e 26 (verde)
Atratividade alta: notas entre 27 e 32 (Azul)
A análise destes aspectos foi consolidada em uma matriz de avaliação que permitiu
uma visão integrada do macro potencial turístico de cada atrativo, como se apresenta
na Tabela 44 a seguir.
304
3.1.2 Resultados da Hierarquização
TABELA 44 – MATRIZ DE HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS DE GOIÂNIA
ATRATIVO
PONTUAÇÃO
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Bosque dos Buritis 3 2 3 3 4 4 2 1 22
Parque Flamboyant 3 2 3 3 4 3 2 1 21
Parque Mutirama 3 2 1 1 1 4 2 1 15
Parque Vaca Brava 3 2 3 3 4 4 2 1 22
Parque Areião 3 2 3 3 4 3 2 1 21 Jardim Botânico 2 3 3 1 4 2 1 1 17 Praça Cívica (Palácio das Esmeraldas; Edifício da SEPLAN Estadual; Monumento às Três Raças; Museu Zoroastro Artiaga; Coreto; e Centro Cultural Marieta Teles Machado)
4 3 3 4 4 3 3 1 25
Avenida Goiás: (Relógio; Obeliscos com luminárias; Grande Hotel - Centro de Memória e Referencia de Goiânia; Monumento ao Bandeirante; Estação Ferroviária)
4 2 3 3 4 4 2 1 23
Rua do Lazer 3 2 3 3 4 4 2 1 22
Palácio das Esmeraldas 4 3 3 4 1 2 1 1 19
Grande Hotel 4 3 2 3 3 4 2 1 22 Centro Cultural Marieta Telles Machado (escritório do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Instituto Goiano do Livro, o Cine Cultura, o Museu da Imagem e do Som, a Biblioteca Estadual Pio Vargas, a Biblioteca Braille, a Gibiteca Jorge Braga e Conselho Estadual de Cultura)
4 3 3 4 3 3 2 1 23
Colégio Estadual Lyceu de Goiânia 2 2 3 1 1 2 1 1 13
Prédio do IF Goiás 2 2 3 1 1 2 1 1 13
Edifício da SEPLAN Estadual 4 3 3 4 1 2 1 1 19
Estação Ferroviária 4 3 3 3 1 3 2 1 20
Museu Goiano Zoroastro Artiaga 4 3 3 4 4 4 2 1 25
Museu de Ornitologia 2 3 2 2 4 3 1 1 18 Memorial do Cerrado 2 3 3 4 4 4 2 1 23
Centro Cultural Goiânia Ouro 2 1 2 2 4 4 2 1 18 Mercado Municipal de Goiânia – Mercado Central 4 2 2 2 4 4 3 1 22
Mercado Popular 3 3 3 3 4 4 2 1 23
Polo de Moda Av. Bernardo Sayão 4 3 2 2 4 4 4 1 24
305
ATRATIVO
PONTUAÇÃO
AC
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Polo de Moda da Rua 44 – Entorno da Rodoviária 4 2 2 2 4 4 3 1 22
Mercado aberto 4 1 3 3 4 4 1 1 21
Estação Goiânia 4 2 2 3 4 4 3 1 23
Feiras (sol, lua e hippie) 4 3 2 2 3 4 4 1 23
Fonte: ALTRAN TCBR
QUADRO 35 – ATRATIVIDADE COMPROMETIDA
ATRATIVO PONTUAÇÃO Parque Mutirama 14 Jardim Botânico 15 Museu de Ornitologia 18 Colégio Estadual Lyceu de Goiânia 13 Prédio do IF Goiás 13 Centro Cultural Goiânia Ouro 18
Fonte: ALTRAN TCBR
Os atrativos avaliados com atratividade comprometida caracterizaram-se
basicamente pela infraestrutura insuficiente e pelo baixo interesse da demanda
nacional e internacional (Quadro 35).
Um fator de restrição à atratividade do Parque Mutirama e do Jardim Botânico é a
infraestrutura insuficiente, tanto urbanística quanto para o turismo. Nenhuma dessas
áreas está preparada para a recepção de turistas e atende, basicamente, a população
local.
O Museu de Ornitologia apesar de possuir um rico acervo de dezenas de milhares de
exemplares da avifauna e da fauna autóctone e exótica, carece com urgência de um
programa sistemático de cadastramento da coleção científica, de exposição, visitação
e educação museológica, além de uma estrutura para melhor atender seus visitantes.
O Colégio Lyceu e o Prédio do IF Goiás apesar da fachada em art déco não possuem
uso turístico e, portanto, não geram da demanda turística.
306
Já o Centro Cultural Goiânia Ouro além de ser de difícil localização não é adequado
para o uso turístico.
FOTO 3 – COLÉGIO LYCEU
Fonte:www. jvillavisencio.blogspot.com
FOTO 4 – MUSEU ZOROASTRO
ARTIAGA
QUADRO 36 – ATRATIVIDADE MANTIDA
ATRATIVO PONTUAÇÃO
Bosque dos Buritis 22
Parque Flamboyant 21
Parque Vaca Brava 22
Parque Areião 21
Praça Cívica (Palácio das Esmeraldas; Obeliscos com luminárias; Edifício da SEPLAN Estadual; Monumento às Três Raças; Museu Zoroastro Artiaga; Coreto; e Centro Cultural Marieta Teles Machado)
25
Avenida Goiás: (Relógio; Grande Hotel - Centro de Memória e Referencia de Goiânia; Monumento ao Bandeirante; Estação Ferroviária)
23
Palácio das Esmeraldas 19
Grande Hotel 22 Centro Cultural Marieta Telles Machado (escritório do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Instituto Goiano do Livro, o Cine Cultura, o Museu da Imagem e do Som, a Biblioteca Estadual Pio Vargas, a Biblioteca Braille, a Gibiteca Jorge Braga e Conselho Estadual de Cultura)
23
Edifício da SEPLAN Estadual 19
Estação Ferroviária 20
Mercado Popular 23
Museu Goiano Zoroastro Artiaga 25
Rua do Lazer 22
Polo de Moda Av. Bernardo Sayão 24
Fonte: www.bestday.com.br
307
ATRATIVO PONTUAÇÃO
Polo de Moda da Rua 44 – Entorno da Rodoviária 22
Mercado aberto 21
Estação Goiânia 23
Feiras (sol, lua e hippie) 23
Memorial do Cerrado 23
Mercado Municipal de Goiânia – Mercado Central 22 Fonte: ALTRAN TCBR
Como pode ser percebido, 75% dos atrativos de Goiânia se encontram na categoria
de atratividade mantida. Esses atrativos possuem características de singularidade
entre comum e atraente e obtiveram avaliação positiva das suas demais
características, sobretudo o prolongado período favorável para uso durante o
ano, a boa acessibilidade e a satisfatória infraestrutura (Quadro 36).
Os atrativos naturais deste grupo - Bosque dos Buritis, Parque Flamboyant, Parque
Vaca Brava, Parque Areião - são unidades de conservação que possuem plano de
manejo e infraestrutura urbanística e são de grande relevância para o turismo em
Goiânia. Apesar de ainda não serem estruturados para o turismo, possuem grande
potencial para a atividade já que são locais agradáveis e onde pode ser motivado o
uso turístico de forma a aumentar o interesse da demanda nacional.
Os atrativos culturais enquadrados neste grupo fazem parte do expressivo acervo
arquitetônico em art déco existente e que foram construídos nos primeiros anos da
fundação da Cidade, nas décadas de 30 e 40. Alguns deles compõem um conjunto de
edificações que, juntamente com o traçado urbano original da cidade constituem-se
em Patrimônio Cultural e Ambiental Nacional. Os atrativos com hierarquia mais alta e
que se enquadram nesta tipologia são o Museu Goiano Zoroastro Artiaga e a Praça
Cívica que é composta pelas seguintes edificações: Palácio das Esmeraldas; Edifício
da SEPLAN Estadual; Monumento às Três Raças; Museu Zoroastro Artiaga; Coreto;
e Centro Cultural Marieta Teles Machado.
Esses atrativos já despertam algum interesse da demanda nacional mais pelo uso que
pelo estilo arquitetônico. Ressalta-se, no entanto, que algumas edificações em art
déco encontram-se sem uso ou subutilizadas, como é o caso da antiga estação
ferroviária. Para o aproveitamento turístico dessas edificações, percebe-se a
necessidade da revitalização do Centro de Goiânia através de ações de restauração
dos prédios históricos e da criação de instrumentos que incentivem um uso compatível
308
com a atividade turística – hotéis, restaurantes, centros culturais, etc – de forma a
valorizar e de conservar o patrimônio histórico goiano.
Outro conjunto de atrativos de grande relevância que pertence ao grupo de atrativos
com atratividade mantida engloba as atividades econômicas, composto pelas feiras e
polos de confecções goianos.
Os grandes problemas encontrados nestas áreas de compras são a falta de
estacionamentos e segurança. Necessita-se, também de tratamento urbanístico
próximos às feiras e lojas.
FOTO 5 – BOSQUE DOS BURITIS Fonte: www.oyo.com.br
FOTO 6 FEIRA HIPPIE Fonte: www. curtamais.com.br
FOTO 7 – ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Fonte:www. mp.go.gov.br
Percebe-se que nenhum atrativo existente em Goiânia foi classificado como de
“Atratividade Alta”. Isso se deve, principalmente, ao fato de Goiânia não possuir atrativos
de relevância o bastante para caracterizar um produto turístico forte, de forma a
impulsionar o turismo na cidade.
No entanto, há diversas ações em curso para requalificar, reestruturar ou estruturar
áreas de interesse turístico existentes que possam mudar essa realidade. Essas áreas
são:
■ Zoológico/Lago das Rosas;
309
■ Parque Mutirama;
■ Área de entorno ao Projeto Macambira-Anicuns; e
■ Área de Entorno da Bacia do Ribeirão João Leite (Goiânia 3º Milênio).
O Zoológico/Lago das Rosas e o Parque Mutirama são unidades de conservação do plano
original de Goiânia que estão em processo de reestruturação e requalificação e que, após
estas intervenções serão atrativos com maior alcance de demanda turística.
A requalificação do Parque Mutirama visa solucionar problemas estruturais e resgatar a
imagem de um importante marco lúdico para a cidade. Sendo assim, são propostas
mudanças estruturais para incorporar novas perspectivas de modernidade e inovação,
com obras de reconstrução e ampliação, colocando-o, novamente, no roteiro de lazer
dos moradores e, também, para atração de turistas.
O Macambira-Anicuns é um programa caracterizado por investimentos intensivos de
recursos públicos, que visa a recuperação ambiental do fundo de vale do ribeirão Anicuns,
onde se projeta um parque linear com a extensão de 16 quilômetros. Esse parque será um
dos mais importantes atrativos de Goiânia.
A área de Entorno da Bacia do Ribeirão João Leite onde se pretende implementar o
Projeto “Goiânia 3º Milênio”é uma área de alto interesse para o turismo, visando o
desenvolvimento do turismo sustentável na bacia hidrográfica do ribeirão João Leite.
Ressalta-se aqui que a requalificação dos atrativos existentes é de suma importância
para Goiânia, mas a criação de um produto diferenciado é o que dará força para que
o turismo se desenvolva e se consolide na Cidade.
O “Goiânia 3º Milênio” tem como objetivo principal conservar uma área
ambientalmente frágil localizada na APA do Ribeirão João Leite, conferindo-lhe o uso
sustentável de seus recursos, através da implementação de equipamentos turísticos
e de lazer, gerando, assim, trabalho e renda e qualidade de vida para a população de
Goiânia. O projeto foi previsto no componente Estratégia do Produto Turístico do
PRODETUR Nacional Goiânia com a intenção de promover a ocupação sustentável
do entorno do reservatório da barragem do Ribeirão João Leite criada para abastecer
o município de Goiânia e sua Região Metropolitana. Para o Goiânia 3º Milênio já está
310
prevista a implantação de um anel viário para facilitar o acesso, e como
empreendimento está prevista a implantação do Centro de Exposição do Agronegócio,
em fase de projeto.
A área de interesse turístico do Goiânia 3º Milênio margeia o Parque Altamiro Moura
Pacheco, outro importante atrativo goiano, mas que não foi considerado na
hierarquização por encontrar-se fechado a época do levantamento de campo. No
entanto, este Parque possui excelente acesso pela Rodovia BR 153 que liga Goiânia
a Anápolis. Mesmo possuindo um patrimônio ambiental bastante significativo e
potencial em relação ao turismo (para o ecoturismo, principalmente), sua
infraestrutura está bastante degradada carecendo de investimentos. O Parque é
aberto à visitação pública, embora nos últimos quatro anos tenha ficado fechado por
ausência de gestão por parte do governo estadual. Nas entrevistas realizadas, no
entanto, foi explicitado que o Parque deverá ser reaberto em breve.
O Mapa 16 a seguir destaca as áreas onde se concentram a maior parte dos atrativos
relevantes de Goiânia.
311
Mapa 16 – Hierarquização dos atrativos de Goiânia
312
3.2 ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE
Antes de iniciar a análise da acessibilidade aos atrativos turísticos, é importante
esclarecer o conceito utilizado para acessibilidade. A acessibilidade, segundo Projeto
de Lei Nº 1.687/2007 de 6 de julho de 2006, do Ministério das Cidades que Institui as
diretrizes da política de mobilidade urbana e dá outras providências, é a facilidade, em
distância, tempo e custo, de se alcançar, com autonomia, os destinos desejados na
cidade (Art. 4º, Inciso X). Assim, o local será mais atrativo quanto maior for a sua
acessibilidade.
A acessibilidade aos atrativos tratados no presente documento é aqui considerada em
termos de macro e micro acessibilidade. Esses dois conceitos definem a
acessibilidade quanto à sua escala sendo que a macro acessibilidade trata da
facilidade de acesso aos diversos destinos, quanto à disponibilidade de vias e meios
de transporte, e a Micro acessibilidade se baseia na maior ou menor facilidade de
acesso real direto aos atrativos.
Goiânia possui uma localização estratégica no território nacional, sendo possível aos
turistas acessá-la via terrestre ou aérea. As rodovias que conectam Goiânia aos
principais focos emissores, apresentada no Capítulo 2, são em sua maioria
pavimentadas e sinalizadas. No entanto, o transporte aéreo é hoje um dos principais
meios de acesso à Goiânia para turistas oriundos de outros estados e países.
Como elucidado no Diagnóstico, o aeroporto internacional Santa Genoveva encontra-
se com capacidade de atendimento defasada e já foram iniciadas as obras para
mitigar o problema.
Segundo pesquisa da CEFET/GO (2008), 33% dos turistas que visitam Goiânia são
oriundos do próprio estado de Goiás e o acesso mais utilizado são as rodovias.
Goiânia encontra-se conectada à maioria dos municípios do estado de Goiás o que
garante perfeita conectividade, tanto entre os focos emissores e Goiânia, quanto entre
Goiânia a outros atrativos do estado de Goiás. Em segundo lugar, em termos de
visitação está o estado de São Paulo, com 18% dos visitantes. A distância rodoviária
da capital paulista à Goiânia é de 936 km. Da capital do Mato Grosso é de 934 Km,
de Belo Horizonte Minas Gerais é de 874 km e de Brasília 210 km, conforme
demonstrado no quadro a seguir
313
QUADRO 37 - DISTÂNCIA DE GOIÂNIA ÀS PRINCIPAIS CAPITAIS BRASILEIRAS
CIDADE DISTÂNCIA RODOVIÁRIA (KM) DISTÂNCIA AÉREA (KM) São Paulo 936 810 Campo Grande 877 705 Cuiabá 934 740 Belo Horizonte 874 666 Brasília 210 173 Rio de Janeiro 1.338 937
Fonte: DER, 2010
Em função da alta conectividade por rodovias de Goiânia aos outros municípios do
estado de Goiás, devem ser estimulados roteiros turísticos que incluam as cidades
turísticas de Alto Paraíso, Pirenópolis e Rio Quente. Abaixo o quadro demonstra as
distâncias absolutas por rodovia às cidades citadas.
QUADRO 38 – DISTÂNCIA RODOVIÁRIA DE GOIÂNIA A OUTRAS CIDADES TURÍSTICAS DE
GOIÁS
CIDADE DISTÂNCIA RODOVIÁRIA (KM) Alto Paraíso de Goiás 421 Pirenópolis 128 Rio Quente 186
Fonte: DER, 2010
A área urbana de Goiânia se estrutura em grandes eixos viários que permitem
conexões importantes dentro da cidade. Esses corredores assumem uma
configuração radial, possibilitando alta acessibilidade às áreas centrais da cidade.
A rede viária de Goiânia é composta basicamente de:
■ Rodovias municipais, estaduais, federais e o Anel Rodoviário Metropolitano,
que se encontra em fase de implantação;
■ Rede estrutural de transporte coletivo, composta pelos corredores exclusivos
e preferenciais;
■ Macro rede viária básica.
No que se refere ao sistema de circulação e tráfego observa-se que os problemas
encontrados estão diretamente relacionados à estrutura do sistema viário do
município.
O sistema viário implantado em estrutura radioconcêntrica, a partir do plano original
da cidade, cresceu inicialmente em direção à Campinas, por intermédio da formação
314
do eixo Leste – Oeste (Av. Anhangüera) principal eixo de desenvolvimento da cidade.
O segundo vetor de crescimento (Av. Goiás e Rua 84) surgiu posteriormente em
direção sul do município. O desenvolvimento desses corredores e a repetição do
modelo radioconcêntrico no desenvolvimento da rede viária do município vêm
ocasionando uma sobrecarga na malha viária central que já apresenta fortes sinais de
saturação.
Por outro lado os acessos rodoviários ao município têm se configurado como indutores
de ocupação, configurando-se em grandes avenidas que se integram à malha urbana
de forma pontual, obrigando um fluxo de passagem pela rede viária urbana que
dificulta o escoamento do tráfego geral.
Apesar do sistema viário da cidade estar estruturado em vias de boa capacidade,
muitas vezes não existe conexão entre o acesso viário local e a rede viária principal,
além disso, vários eixos de escoamento de tráfego não apresentam continuidade,
criando locais de sobrecarga e estrangulamento do tráfego.
A Av. Anhangüera, conforme descrita anteriormente, conta com faixa exclusiva para
ônibus, representando o principal eixo do sistema integrado de Goiânia. Apesar do
tratamento preferencial adotado para o transporte coletivo, recebe também
significativos tráfegos de veículos de passeio e de carga decorrentes das atividades
comerciais do eixo e do traçado contínuo que permite a transposição da cidade no
sentido leste-oeste. As pistas reservadas ao tráfego geral perdem sua capacidade de
escoamento na medida em que são permitidos os estacionamentos de veículos nas
faixas laterais junto às calçadas. O sistema de circulação no corredor apresenta
conflitos decorrentes dessa superposição de funções, dificultando o tráfego geral
periférico ao eixo e prejudicando o sistema troncal do transporte coletivo, devido às
interferências com o tráfego local.
Esse fenômeno ocasiona o aumento do número de automóveis em circulação na
cidade, o que se reflete negativamente na atividade turística, uma vez que o turista
necessita despender muito tempo para se deslocar na área central da cidade,
utilizando o transporte coletivo ou mesmo o automóvel individual ou táxi.
315
Além da forte concorrência pela utilização da malha viária, quer seja pelo transporte
coletivo como pelo transporte privado, as limitações físicas do sistema viário acabam
por agravar mais ainda os problemas citados anteriormente.
Os grandes eixos viários da cidade são formados pela conjunção de duas ou mais
avenidas, que juntas formam um traçado irregular para as grandes ligações, à exceção
da Av. Anhanguera, que corta toda a área urbanizada na direção leste-oeste, e que
atualmente prioriza o Sistema de Transporte Coletivo,
Nesse caso são assinalados os corredores Independência/24 de Outubro, que serve
aos movimentos da direção leste-oeste, Castelo Branco/Mutirão que corta a cidade
na direção noroeste - sul e os corredores Assis Chateaubriand/T-7 e 85/T-9 que
paralelamente cruzam a malha urbana na direção nordeste - oeste.
Os eixos viários operam em duplo sentido de tráfego, com pistas separadas por
canteiros centrais, que geralmente estreitos comportam ainda diversos retornos.
A rede viária do centro histórico apresenta calçadas dos dois lados, sendo que a Rua
do Lazer possui calçadão com acesso exclusivo de pedestres. A Avenida Goiás,
principal via do Centro histórico, possui calçadão central com rampas de acesso para
deficientes físicos e calçadas amplas em ambos os lados da via.
316
MAPA 17 - PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO AOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE GOIÂNIA
317
3.3 NÍVEL DE USO ATUAL OU POTENCIAL
Devido ao seu potencial de crescimento e por ser produto que somente pode ser
consumido in loco, o turismo tem importante e estratégico papel no desenvolvimento
local. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2004), o turismo é
uma atividade que favorece o desenvolvimento local; gera emprego, aumento de
renda dos trabalhadores, investimentos de capital em novas oportunidades de
negócio, cria novas organizações, incluindo pequenas e médias empresas, além de
outras vantagens. O desenvolvimento do turismo pode trazer também muitos impactos
negativos na sustentabilidade econômica, social e ambiental da comunidade, tais
como a poluição sonora, da água e visual, invasão de áreas protegidas, especulação
imobiliária, crescimento da violência, perda da identidade e cultura local, alterações
de padrão de consumo, entre outros.
A atividade turística em Goiânia concentra-se, atualmente, na área central e bairros
circunvizinhos. É onde se localiza boa parte dos serviços e equipamentos turísticos e
também a grande maioria dos atrativos de maior relevância como as feiras e os polos
de confecções, os parques que possuem maior apelo turístico e o acervo art déco.
Na área central o Patrimônio Cultural e Ambiental é constituído pelo acervo
arquitetônico de art déco e urbanístico do Plano Original de Atílio Correia Lima,
representado pelo centro original da cidade que compreende o espaço urbano
delimitado pelas Avenidas Tocantins, Araguaia e Paranaíba.
Em relação ao patrimônio de art déco localizado no centro histórico da cidade o
principal problema encontrado, que diminui sua visibilidade com conseqüente reflexo
em sua atratividade turística é a poluição visual causada pela quantidade excessiva
de propaganda impressa em outdoors, placas, faixas etc.
A poluição visual se caracteriza pela excessiva concentração de publicidade em
luminosos, letreiros, outdoors, backligths, front ligths, painéis, placas, publicidades em
veículos etc. Além da poluição visual, outros problemas que diminuem a atratividade
turística do núcleo original da capital, portador do patrimônio de art déco, é a baixa
mobilidade desse espaço urbano caracterizado por um tráfego intenso de veículos e
pela ausência de transporte de massa que atenda de forma adequada e dê acesso à
população.
318
Outra questão que é importante levantar sobre o Centro Histórico é em relação ao
sistema de galerias pluviais. Esse sistema é bastante antigo está obsoleto e necessita
de recuperação sob pena de serem cada vez mais freqüentes os alagamentos nas
vias.
Ainda sobre o Centro Histórico devem ser feitas, também, referências com relação à
poluição sonora e poluição atmosférica.
Faz parte desse patrimônio Cultural e Ambiental, também, os parques naturais que
apresentam um significativo patrimônio ambiental, e que embora não estejam
fisicamente localizados dentro do centro histórico do Plano Original da capital se
integram ao mesmo e se localizam no que se convencionou chamar Centro Expandido
de Goiânia, que abrange o núcleo original da cidade e bairros como o Setor Sul, Setor
Oeste, Setor Marista, Setor Popular, Jardim Goiás, Setor Marista, Setor Bueno, Vila
Nova e outros.
Em relação ao Centro Expandido da capital, onde na esfera imediata encontram-se
os parques naturais, existem problemas semelhantes ao do Centro Histórico que
ocasionam a diminuição da atratividade e/ou dificultam o acesso do turista aos
mesmos.
Estes problemas também estão relacionados à poluição visual, a mobilidade, poluição
sonora, poluição atmosférica e a obsolescência das galerias pluviais, embora neste
último caso num nível não tão grave como em relação ao Centro Histórico.
A poluição visual, como no centro histórico se caracteriza pela excessiva
concentração de publicidade em luminosos, letreiros, outdoors, etc. Está concentrada
principalmente nos bairros movimentados, pelos quais circulam pessoas de bom
poder aquisitivo, sobretudo nas proximidades de grandes equipamentos urbanos
como o Shopping Flamboyant, Supermercados Carrefour, Wall Mart localizados no
Jardim Goiás e Shopping Bouganville localizado no Setor Sul/Marista.
Os parques (Mutirama, Flamboyant, Bosque dos Buritis, Vaca Brava e o Lago das
Rosas – onde se localizava o antigo zoológico) possuem um grande potencial, mas
apresentam problemas a serem superados tanto no que diz respeito à falta de planos
de manejo e de uso, quanto nos espaços urbanos em que estão inseridos. Esses
319
equipamentos carecem ainda de investimentos maciços em infraestrutura e de uma
reestruturação para que se tornem parques para o uso turístico.
As áreas de feiras e dos polos de confecções estão voltadas para o turismo de
compras, subsegmento do Turismo de Negócios e Eventos. Essas áreas sofrem pelo
excesso de lixo produzido, pela poluição visual, pelo intenso trafego de veículo e pela
falta de estacionamentos, principalmente nos finais de semana.
No caso de Goiânia, apesar de não haver pressão devido à atividade turística, podem
ser observados diversos problemas de caráter urbano, mas que têm impacto direto no
turismo. Sendo assim, é perceptível a necessidade de tratamento, ordenamento,
gestão, educação ambiental e melhoria da segurança em suas principais áreas
turísticas.
Conforme já explicitado, os atrativos turísticos existentes em Goiânia ainda não
possuem força o suficiente para motivar deslocamentos turísticos relevantes, porém
apresentam potencial de crescimento, caso sejam realizadas intervenções e
investimentos para a efetiva estruturação da atividade turística no Município.
O Projeto Goiânia 3º Milênio será um dos motivadores da demanda turística para
Goiânia. Este projeto visa conferir a Goiânia maior atratividade turística; estruturar
Goiânia como um destino turístico de qualidade; aumentar o fluxo de turistas e sua
permanência de forma sustentável; preparando o produto turístico local para o
mercado nacional e internacional e qualificando Goiânia como alternativa turística aos
visitantes oriundos de Brasília durante o período da Copa de 2014.
O referido Projeto está em desenvolvimento e encontra-se em fase de estudo de
mercado e avaliação.
Para dar suporte a ao Goiânia Terceiro Milênio também estão previstas modificações
na legislação urbanística através do Projeto de Adequação do Perímetro de Expansão
Urbana com a criação de Zonas Especiais de Interesse Turístico na região de
abrangência do Projeto, bem como pela regulamentação dos Usos do Solo do Espaço
rural de acordo com o previsto no artigo 79 da Lei Complementar 171 de 29 de maio
de 2007, que “definirá quais as atividades e empreendimentos poderão ser
desenvolvidos ou construídos nas macrozonas rurais do município de Goiânia”.
320
Outra importante intervenção que já está em curso é a requalificação do Parque
Mutirama, importante equipamento de lazer existente na Cidade.
A proposta consiste em reconstruir, ampliar e modernizar o Parque Mutirama com a
aquisição de novos brinquedos, a reestruturação dos espaços, internos e arredores,
criando um ambiente saudável e seguro ao desenvolvimento infantil, levando em
consideração as necessidades específicas de cada faixa etária do público alvo, com
a perspectiva de atender crianças, jovens e adultos.
O Planejamento do novo Parque de Diversões Mutirama leva em consideração tanto
as particularidades culturais e geográficas locais, quanto os princípios analíticos que
foram utilizados e testados na prática em outros parques de sucesso, buscando a
capacidade ocupacional tanto permanente quanto temporal e os indicadores como
fator de equilíbrio em sua funcionalidade.
Como um dos objetivos, pretende-se a criação de um equipamento que seja de fato
importante na indústria do turismo regional, para isso optou-se pelo investimento em
brinquedos e equipamentos diferenciados, efetivamente importantes, com grande
capacidade de atendimento e atratividade turística.
Todas essas ações em andamento contribuirão substancialmente para o
desenvolvimento do turismo em Goiânia.
3.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E SERVIÇOS BÁSICOS
Goiânia não apresenta, a priori, elementos como clima, natureza do solo, topografia e
estabilidade das encostas tendentes a ocorrência de desastres naturais graves. Deste
ponto de vista, as condições físicas da área turística não são fatores impeditivos que
desaconselhem às áreas dos atrativos indicados para o desenvolvimento turístico.
Quanto aos serviços básicos, Goiânia possui ampla cobertura no que diz respeito a
abastecimento de água e coleta e lixo. O esgotamento sanitário atende cerca de 80%
da população, o que pode ser considerado um índice de cobertura elevado. Os
efluentes são tratados por Estações de Tratamento de Esgotos (ETES), no entanto
essa cobertura pode ser ampliada para melhor atender a bacia do rio Caveirinhas,
localizada na Região Noroeste.
321
Com a transferência do Parque agropecuário e futura implantação do Complexo
Turístico do Programa Goiânia Terceiro Milênio, por exemplo, será necessária a
implantação de toda a infraestrutura relacionada aos serviços básicos na bacia do
ribeirão João Leite, passando pela implantação de rede viária, iluminação pública,
rede de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto.
É sabido que essas questões devem ser devidamente avaliadas no instrumento
adequado de estudo e relatório de impacto ambiental – EIA/RIMA, através dos quais,
serão apresentadas, desenvolvidas e aprovadas as soluções adequadas para a
drenagem, o abastecimento de água ou de energia, os serviços sanitários ou a
segurança da construção e os custos dos equipamentos turísticos.
3.5 QUADRO INSTITUCIONAL
A análise destaca o desempenho do órgão gestor do turismo de Goiânia no que tange
a adequação da estrutura organizacional, a organicidade, funcionalidade e
convergência das competências e atribuições da administração, e suas interfaces de
atuação com as demais unidades administrativas intervenientes na gestão do turismo
bem como o planejamento, a implementação, a gestão e o monitoramento da
atividade turística, tida como resultante da atuação conjunta entre o governo, a
iniciativa privada e a sociedade. Sob o ponto de vista da gestão municipal do turismo,
pode-se considerar os seguintes pontos críticos:
■ A estrutura administrativa para a gestão do turismo em Goiânia configura-se
adequada às condições atuais da atividade turística do município, entretanto
observa-se que a atuação da SETURDE ocorre de forma pouco sistematizada
e pouco articulada com os agentes setoriais, sejam públicos ou privados frente
à oferta de atrativos turísticos consolidados como produtos comercializáveis
no município.
■ O desenho organizacional atual da SETURDE em sua composição
(especificamente ao que atende a pasta turismo) – Diretoria Municipal de
Turismo formada por 4 departamentos – Relações Institucionais, Qualificação
e Pesquisa Turística; Desenvolvimento e Infraestrutura Turística e Promoção
e Incentivo ao Turismo – caracteriza-se por uma certa inadequação no que
diz respeito a distribuição de competências, dos quadros em quantidade e
322
qualidade, evidenciadas pela defasagem entre estrutura formal e de fato e
pela existência de vazios e superposições organizacionais.
■ Goiânia não conta com uma política própria para o setor de turismo e enfrenta
dificuldades, motivadas fundamentalmente pela desarticulação
interinstitucional. É restrita a articulação da ação municipal nas áreas de
turismo e meio ambiente, cultura, esporte e lazer e outras.
■ Os Parques, principais atrativos naturais do município, não possuem plano de
manejo adequado para uso turístico; desta forma, a integração da ação
municipal no meio ambiente e no turismo é premissa para a sustentabilidade
da atividade turística nesses locais.
■ Goiânia conta com um Conselho de Turismo criado e instituído, entretanto
observa-se que sua atuação é restrita frente às possibilidades de uma gestão
compartilhada almejada e de acordo com a Política Nacional de Turismo.
■ Não existem incentivos fiscais ou tributários para a instalação de novos
empreendimentos turísticos no município de Goiânia.
■ Inexistem estudos e dados consolidados que configurem o inventário turístico
do município, tampouco um sistema de informação para gestão do turismo
que possibilitem a análise de dados e instrumentos necessários para fixação
de diretrizes e linhas de ação para o desenvolvimento turístico e para
avaliação da demanda atual e potencial turística do município.
■ Não existem instrumentos de fiscalização das atividades turísticas, nem
programas ou projetos formalizados de educação para o atendimento ao
turista ou mesmo a realização sistemática de pesquisa sobre a satisfação do
turista e sobre a qualidade dos serviços prestados.
Diante da análise realizada constata-se, fundamentalmente, a necessidade estruturar
a administração local para que o município possa desenvolver um turismo sustentável,
articulado com os setores de meio ambiente, cultura, lazer e esporte, bem como em
sintonia com a gestão territorial, e ainda, para que o setor público local seja capaz de
coordenar e mediar os diversos interesses dos mais diferentes agentes visando o
323
benefício principalmente da população local, a promoção da melhoria das condições
de vida da população e adequação aos novos caminhos que vem sendo apontados
pelos Projetos em elaboração - Goiânia 3º Milênio e PDITS Goiânia.
No que se refere à gestão do meio ambiente, a administração municipal de Goiânia
conta com uma Agência Municipal de Meio Ambiente – AMMA, suficientemente
instalada e organizada, provida dos recursos humanos basicamente necessários e
dos instrumentos legais requeridos, que cumpre, de forma geral, as competências que
lhe cabem no âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente no nível municipal.
As carências quanto à gestão do meio ambiente, até então evidenciadas, dizem
respeito, fundamentalmente, à melhoria do atual sistema de informações gerenciais e
ao aperfeiçoamento e melhoria das condições de cumprimento das competências
relativas à educação ambiental. Ressalte-se ainda a incipiente inter-relação entre a
gestão do meio ambiente e a gestão do turismo, evidenciada, em uma de suas faces,
pela desconexão entre o significativo número de parques ambientais já instalados e a
instalar em Goiânia e o seu uso turístico, fato é que o modelo adotado para o
gerenciamento de tais parques não os considera como atrativos turísticos e não prevê
procedimentos para tratamento desta questão específica.
3.6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES – VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA DE
GOIÂNIA
No que tange aos seus atrativos Goiânia possui 75% deles inseridos na categoria de
atratividade mantida. Esses atrativos possuem características de singularidade entre
comum e atraente e obtiveram uma avaliação positiva das suas demais características
devido ao prolongado período favorável ao uso turístico durante o ano, a boa
acessibilidade e a satisfatória infraestrutura. Ainda não existem na cidade atrativos de
singularidade excepcional, ou seja, aqueles, que por si só motivam o deslocamentos
de fluxos majoritários.
De um modo geral, observa-se que os atrativos destacados em Goiânia possuem
baixa relevância para caracterizar um produto turístico forte, de forma a impulsionar o
turismo na cidade.
324
A oferta de atrativos e de serviços e equipamentos turísticos existentes em Goiânia
concentram-se basicamente, na área central e seus arredores, conforme apresentado
no Mapa 18. Os investimentos do PRODETUR Nacional deverão ser dirigidos para
esta área específica e para a área do entorno do Ribeirão João Leite, com grande
potencial para o desenvolvimento do turismo e onde já estão previstos investimentos
privados.
Percebem-se dificuldades na composição do Produto Turístico, bem como ausência
de estratégias de promoção, comercialização e distribuição o que caracteriza um
entrave no que se refere a essa atividade econômica.
Tais conclusões estão alinhadas com a avaliação realizada para os 65 destinos
indutores do turismo (MTUR, FGV, SEBRAE,) que aponta como as principais
fragilidades encontradas em Goiânia para a atividade turística, o marketing e os
atrativos turísticos, este último, avaliado 10 pontos a menos que a média dos
atrativos do Brasil como um todo.
Embora reconhecendo o potencial turístico local, deve ser apontado que Goiânia
necessita de um novo posicionamento estratégico com relação à atividade turística
uma vez que a sua posição no mercado e imagem atuais não lhe conferem diferenciais
competitivos necessários para atuar no mercado frente aos destinos competidores e
desenvolver o seu real potencial.
O segmento prioritário a ser trabalhado em Goiânia é o Turismo de Negócios e
Eventos.
O turismo de negócios – desmembrado do turismo de eventos - funciona como
mantenedor do turismo em Goiânia, mas possui baixo potencial de crescimento e de
geração de novas riquezas, tendo, no entanto, importância vital na atividade turística
por prover a sustentação da oferta atual e também por não necessitar de grandes
investimentos para ter continuidade. O Turismo de Eventos, por outro lado constitui
um segmento de alto valor agregado e que atrai uma demanda de maior potencial por
suas características intrínsecas, mas necessitará de investimentos e de um trabalho
de marketing. O Turismo de Compras deve ser melhor qualificado para o ideal
atendimento a demanda turística.
325
No que tange aos segmentos complementares, têm-se o turismo de saúde e o turismo
cultural estes são interligados respectivamente a uma clientela de valor estratégico,
mas hoje mantém uma parte da oferta e pelas suas características devem ser alvo de
investimentos complementares que beneficiarão também o destino de uma forma
geral, mas não são prioritários.
Finalmente deve ser apontado que a imagem percebida pelos turistas em Goiânia não
está associada à atividade turística, indicando tanto a necessidade de fortalecimento
do produto turístico local, como também a necessidade de elaboração de um Plano
de Marketing direcionado aos produtos prioritários e mercados-meta identificados.
Goiânia também necessita fortalecer equipamentos turísticos existentes para
transformá-los de fato em produtos turísticos bem como incentivar o surgimento de
novas áreas para o desenvolvimento do turismo.
Com relação aos serviços e equipamentos turísticos existentes: a oferta hoteleira está
quase que totalmente voltada ao perfil de negócios ou para o turismo de compras; não
existem hotéis estruturados para o turismo de lazer ou agências especializadas em
receptivo.
Em ambas as demandas, nacional e internacional, ressalta-se a baixa participação do
item entretenimento, lazer e cultura na composição dos gastos, não obstante a sua
grande importância para uma destinação turística.
Deve ser buscado um turista de negócios e eventos (com fortalecimento dos eventos)
com perfil de renda mais elevado, proveniente de emissores tradicionalmente mais
qualificados e que esteja disposto a estender sua estadia para a prática de outras
atividades, como as de lazer e entretenimento.
326
MAPA 18 – CONCENTRAÇÃO DA OFERTA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS E DE
ATRATIVOS
327
4 ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO PARA GOIÂNIA
4.1 POSICIONAMENTO TURÍSTICO DESEJÁVEL PARA GOIÂNIA E ESTRATÉGIAS DE
COMERCIALIZAÇÃO NECESSÁRIAS PARA SUA CONSOLIDAÇÃO
Conforme verificado no diagnóstico, Goiânia deve buscar desenvolver um novo perfil
de atratividade que permita a recepção de fluxos majoritários. Neste sentido é
necessário que busque o desenvolvimento de vantagens competitivas.
Em marketing turístico vantagem competitiva constitui uma posição advinda de
características intrínsecas de um destino frente a seus concorrentes no mercado, com
base em competências diferenciadas no negócio em que participa, no caso específico,
o turismo.
O posicionamento de uma destinação turística é definido considerando a existência
de um mercado, regido por forças competitivas e dinâmicas, onde os concorrentes
estão sempre em busca de vantagens que os diferenciem dos demais. Com base
nesta premissa, observa-se que uma oferta de marketing só logrará êxito se conseguir
proporcionar valor ao seu mercado-meta. Valor pode ser definido como a razão entre
tudo aquilo que o turista recebe e tudo que despende ao adquirir um produto turístico
e sua experiência de viagem.
O posicionamento deve ser planejado de acordo com o ambiente de mercado em que
se atua, lembrando-se de que o cliente está sempre optando entre diferentes ofertas
de valor, e escolherá sempre aquela que lhe oferecer a melhor relação
custo/benefício. A satisfação do cliente será diretamente proporcional ao aumento do
desempenho do produto/serviços adquiridos com relação às suas expectativas. Caso
o desempenho seja superior às suas expectativas, o cliente ficará satisfeito e se
tornará fiel à medida que este desempenho for suficiente para encantá-lo. A estratégia
de posicionamento de um destino turístico, para se sobressair e fidelizar clientes no
mercado pode estar baseada nos seguintes instrumentos:
■ Liderança com base em custos: consiste em situar-se à frente de um setor
de mercado, oferecendo como vantagem competitiva o preço mais baixo.
328
■ Diferenciação: o destino concentra seus esforços na consecução de um
elemento altamente avaliado pelos clientes, apoiando sua estratégia neste
elemento.
■ Enfoque: a empresa se dirige a um segmento de mercado muito concreto e
dentro dele se adota uma estratégia de liderança em custos ou de
diferenciação
Propõe-se a Goiânia que a sua vantagem competitiva seja o enfoque e a liderança
com base em custos, comparativamente aos demais destinos de eventos. Deve-se
trabalhar prioritariamente o segmento de Negócios e Eventos e priorizar a
diversificação e qualificação das atividades de lazer e entretenimento, com base
em uma nova oferta de atrativos diferenciados que de forma agregada possibilitem
um aumento de sua atratividade.
Observa-se que o oferecimento de áreas com diversos atrativos funcionando de forma
integrada constitui uma tendência do mercado atual, uma vez que o tempo destinado
às viagens se limita a um curto período e as opções de lazer que apresentam maior
demanda são as que oferecem o máximo de diversão e realização em menor tempo.
A liderança em custo também pode ser uma vantagem inicial de Goiânia, visto que, a
proximidade com os principais emissores nacionais permite a adoção inicial de
pacotes com um custo mais acessível.
4.2 ESTRATÉGIA GERAL E ESTRATÉGIAS SETORIAIS
A conclusão do diagnóstico elaborado, tanto do destino (ambiente interno) como do
entorno (ambiente externo) e, sobretudo, de sua inter-relação, nos oferece
informações preciosas sobre o estado inicial que deve ser transformado. A construção
da estratégia para promover esta transformação está baseada na implementação de
mudanças na situação diagnosticada. Como metodologia, primeiramente, optou-se
por realizar um extrato dos pontos mais relevantes da matriz swot, visando fornecer
elementos para a decisão da opção estratégica a adotar, como pode ser observado
abaixo:
329
PONTOS FORTES OPORTUNIDADES
• Fluxo já consolidado para eventos e negócios;
• Existência de áreas de grande apelo paisagístico /ambiental propícias a investimentos turísticos;
• Cultura tradicional do Centro-oeste brasileiro (culinária e receptividade da população);
• Boa conectividade de Goiânia pela rede rodoviária às principais cidades do Brasil.
• Investimentos do PRODETUR Nacional; • Proximidade do Distrito Federal – Cidade-sede
da COPA 2014 • Interesse do setor privado local em investir no
turismo • Empresa Aérea Azul elegeu Goiânia como Hub
PONTOS FRACOS AMEAÇAS
• Deficiência de marketing (imagem turística; posicionamento, direcionamento aos mercados-meta, comercialização)
• Atrativos goianos atuais não conseguem caracterizar produto turístico forte;
• Existência de equipamentos turísticos obsoletos e com baixa magnitude de demanda
• Ocupação desordenada do Solo Urbano no entorno do Reservatório João Leite;
• Descontinuidade dos programas de investimento em nível federal;
• Possíveis epidemias e pandemias (dengue, por exemplo);
• Expansão urbana desordenada no entorno do Ribeirão João Leite
Para se chegar à estratégia geral, com base na matriz swot, considera-se que existem
diversas opções estratégicas derivadas do cruzamento dos quadrantes referentes às
forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, a saber:
1. Maximização forças/Maximização de oportunidades: estratégia ofensiva
(Maxi-maxi)
2. Maximização forças/Minimização de ameaças: estratégia defensiva (Maxi-
mini)
3. Minimização fraquezas/Maximização de oportunidades: estratégia
adaptativa (Mini-maxi)
4. Minimização fraquezas /Minimização ameaças: estratégia de sobrevivência
(Mini-mini)
As opções estratégicas para o desenvolvimento turístico podem ser selecionadas com
base no estágio atual do destino (e sua possibilidade de enfrentar o mercado) e no
nível de correlação existente entre forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
Assim sendo, a estratégia maxi-maxi é usualmente utilizada por destinos turísticos
fortes com boa inserção mercadológica e situação de crescimento de demanda
estável, o que já lhe permite adotar uma estratégia ofensiva maximizando suas forças
X
330
ao mesmo tempo em que se apóia nas oportunidades oferecidas. Neste caso o
quadrante de forças se relaciona melhor com as oportunidades.
A estratégia maxi-mini ou estratégia defensiva é utilizada por um destino
competitivamente também forte, mas que está ameaçado por tendências ou pela
concorrência. A relação forças-ameaças é a mais forte, portanto.
A estratégia mini-max se aplica corretamente em um destino que possui diversas
fragilidades, mas que se insere em um ambiente externo propício e pode aproveitar
bem as oportunidades e, finalmente a estratégia mini-mini ou de sobrevivência,
caracteriza um destino frágil e que ainda está sendo pressionado pelo ambiente
externo, não lhe restando outra opção senão uma estratégia de sobrevivência.
No caso de Goiânia observa-se uma forte relação entre as fraquezas e as
oportunidades caracterizadas por um ambiente bastante propício para os segmentos
em que se pretende atuar mais fortemente.
Neste sentido, como estratégia geral se adotará a opção adaptativa (mini-maxi),
partindo-se do princípio que, dirimindo os pontos fracos será possível aproveitar as
oportunidades oferecidas pelo mercado. Esta estratégia pode ser expressa da
seguinte forma:
FIRMAR GOIÂNIA COMO DESTINO TURÍSTICO, ATRAVÉS DE INVESTIMENTOS EM ATRAÇÃO,
DIVERSIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES DE LAZER E ENTRETENIMENTO,
APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES GERADAS PELA COPA 2014 PARA FORTALECER A SUA
POSIÇÃO COM RELAÇÃO AOS FLUXOS DE EVENTOS E NEGÓCIOS, BUSCANDO ASSIM SUA
EFETIVAÇÃO COMO O PORTÃO DE ENTRADA DO ESTADO DE GOIÁS.
A seguir são apresentadas as estratégias setoriais ou por cada componente do
programa, em consonância com a Estratégia Geral:
331
ESTRATÉGIAS: COMPONENTE ESTRATÉGIA DE PRODUTO TURÍSTICO
• Diversificar a oferta de produtos e serviços turísticos do Município a partir da estruturação dos serviços e equipamentos e das atividades de lazer e entretenimento;
• Fortalecer o segmento do turismo de Negócios e Eventos, criando áreas para investimentos que possibilitem a atração de eventos de médio e grande porte.
ESTRATÉGIA: COMPONENTE ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO
• Desenvolver Estratégia de Marketing Turístico, buscando um novo posicionamento mercadológico.
ESTRATÉGIA: COMPONENTE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
• Fortalecer a Gestão do Turismo no município de Goiânia, mediante a adoção de bases participativas e inovações tecnológicas, tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos e das condições de Gestão Ambiental como fator inter-relacionado ao desenvolvimento do turismo, em busca de resultados que beneficiem a população local e promovam o desenvolvimento sustentável do município.
ESTRATÉGIA: COMPONENTE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
• Melhorar da infraestrutura turística e dos serviços básicos do município de Goiânia
ESTRATÉGIA: COMPONENTE GESTÃO AMBIENTAL
• Melhorar da qualidade ambiental da Área Turística de Goiânia
4.3 PORTFÓLIO ESTRATÉGICO, SELEÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS E VALORIZAÇÃO E
EXPLORAÇÃO DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS
O posicionamento competitivo de um destino turístico realiza-se através da seleção
dos mercados-meta, ou seja, da definição do nicho onde o destino irá competir
somado à vantagem diferencial /competitiva, ou seja, da escolha de como o destino
irá competir. Neste sentido as bases do posicionamento são:
■ A definição dos mercados-alvo por meio da segmentação; e
■ A estratégia para alcançar estes mercados de forma competitiva.
Através da estratégia é definido o posicionamento requerido para o destino e que irá
lhe conferir competitividade frente a seus concorrentes.
332
O Portfólio Estratégico para Goiânia engloba os principais segmentos turísticos
potenciais para o Destino, os quais estão apresentados na figura a seguir, por ordem
de importância.
A pirâmide estratificada onde se posiciona o portfólio de produtos turísticos, expressa
a sua hierarquização no que tange ao foco de marketing e ações de estruturação do
produto. Neste sentido, o Turismo Cultural e o Turismo de Saúde deverão atuar
na base de sustentação do destino, sendo para estes segmentos, direcionados
esforços complementares de marketing. O Turismo de Negócios e Eventos, com
ênfase em Eventos, e incluindo o Turismo de Compras comparece como o
produto-estrela do destino, devendo não apenas integrar sua imagem, mas também
ser o carro-chefe da sua promoção e comercialização.
Cabe salientar que o portfólio proposto está plenamente ancorado nas perspectivas
mercadológicas e tendências mundiais observadas, uma vez que o Turismo de
Negócios e Eventos, com especial ênfase nos eventos, além de constituir-se como o
principal sustentáculo da oferta instalada no destino Goiânia, ainda desponta como
um dos segmentos mais diferenciados em virtude de características próprias tais
como:
■ possibilidade de planejamento das atividades para que ocorram na baixa
estação, independente de condições climáticas;
333
■ geração maior de renda para a localidade, já que o turista de negócios e
eventos possui maior gasto médio;
■ contribui diretamente para o aumento da demanda nas atividades de outros
segmentos turísticos com as visitas realizadas por esses turistas em seus
horários livres e em retornos futuros com familiares e amigos.
Ressalta-se, no entanto, que para integrar os segmentos propostos, tanto o prioritário
como os complementares, é importante que se diversifique e qualifique os serviços e
equipamentos de entretenimento e lazer, de forma a motivar o aumento da
permanência média diária e do gasto médio diário do turista em Goiânia. Segundo a
Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil –
2007/2008, encomendado pelo EMBRATUR à FGV, mais de 60% dos turistas de
eventos internacionais estão dispostos a despender mais tempo na localidade
receptora desde que tenham atividades a realizar.
Outro ponto a ser destacado é que as atividades que perfazem o lazer e
entretenimento são responsáveis por altos impactos na geração de postos de trabalho
e desenvolvimento de outras atividades econômicas correlatas, perdendo apenas
para o item transportes (aéreo e rodoviário) e alimentação, os quais não dependem
apenas da atividade turística, segundo estudo em elaboração pelo CET/UnB.
Com base nos segmentos prioritários e complementares definidos para Goiânia é que
se elencou as áreas com maior necessidade de investimentos para o desenvolvimento
da atividade turística no destino. Além disso, tomaram-se como diretrizes para escolha
das áreas de intervenção aquelas áreas que:
■ Concentram a maior parte da oferta turística e de atrativos classificados como
de atratividade mantida;
■ Tenham maior interface com o desenvolvimento do turismo;
■ Possuam potencial de desenvolvimento;
■ Ainda não possuem uso definido em Goiânia e/ou que podem ter como principal
uso o turístico.
334
De acordo com as diretrizes definidas e conforme indicado no Mapa 19 a seguir, têm-
se como áreas prioritárias:
■ Área prioritária 1 – Área do Projeto Goiânia 3º Milênio que engloba o
desenvolvimento de todos os segmentos turísticos prioritários e completares e
constitui-se alvo de investimentos privados no turismo atualmente.
■ Área prioritária 2 – Aeroporto que influencia em todos os segmentos turísticos
prioritários e complementares por ser um importante equipamento para o acesso
da demanda turística a Goiânia.
■ Área prioritária 3 - Área Central e Entorno que concentra a maioria dos
atrativos e da oferta de equipamentos e serviços de Goiânia e possui relação
direta com todos os segmentos turísticos prioritários e complementares.
Conforme explicitado a maioria dos atrativos que possuem atratividade mais relevante
no município estão localizados na Área Prioritária 3. Esses atrativos são constituídos
pelos atrativos naturais representados pelos parques Flamboyant, Vaca Brava e pelo
Bosque dos Buritis, além do Parque Mutirama e o Lago das Rosas classificado como
de atratividade baixa atualmente; são constituídos também por atrativos culturais
como as edificações em art déco, os museus, o mercado popular e o mercado central;
e pelas atividades econômicas traduzidas nos polos de confecções e nas feiras.
Além da reestruturação e da qualificação dos atrativos já existentes é necessária a
implementação de um atrativo que se consolide como um produto forte em Goiânia
de forma a induzir a entrada de uma nova demanda de turistas na Cidade. O
empreendimento Goiânia 3º Milênio poderá apresentar todas essas características
importantes e atenderá aos segmentos prioritários e complementares previstos no
portfólio estratégico de Goiânia e está localizado na Área prioritária 1.
335
MAPA 19 – ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INVESTIMENTOS DO PRODETUR NACIONAL
336
4.4 INFRAESTRUTURAS E OS SERVIÇOS BÁSICOS
Apresenta-se a seguir as estratégias que devem ser seguidas a fim de consolidar
ações voltadas à melhoria da infraestrutura e dos serviços básicos para o
desenvolvimento sustentável da atividade turística em Goiânia.
ESTRATÉGIA: COMPONENTE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Melhorar a infraestrutura turística e dos serviços básicos do município de Goiânia
DIRETRIZES ESTRATÉGICAS
• Promover a melhoria das condições físicas e operacionais do Aeroporto Santa Genoveva;
• Promover a melhorias nas condições gerais de infraestrutura do Centro Histórico;
• Incentivar a implantação de empreendimentos de caráter turístico por meio da implantação de infraestrutura viária e serviços básicos na área da APA do Ribeirão João Leite;
• Buscar soluções para melhorar da conectividade entre os Parques Urbanos, promovendo a circulação de pedestres e de pessoas com deficiência.
O Aeroporto Santa Genoveva apresenta defasagem na capacidade de atendimento
da demanda. Dessa maneira devem ser previstos investimentos visando a melhoria
da estrutura física e operacional bem como a melhoria da rede viária e da sinalização
de acesso ao aeroporto.
O Centro Histórico possui pontos de alagamento nos períodos de chuva e deve ter
sua infraestrutura de drenagem de águas pluviais redimensionada, ou então,
caminhos alternativos para o problema devem ser buscados, como a implantação de
poços de infiltração ou incentivo fiscal aos moradores para o reaproveitamento das
águas das chuvas para uso interno à edificação.
A área destinada à implantação do projeto Goiânia Terceiro Milênio deve ser
contemplada com investimentos que visem a implantação de infraestrutura e serviços
básicos como rede viária, drenagem urbana, iluminação pública, esgotamento
sanitário e abastecimento de água, de modo a garantir a sustentabilidade ambiental
da área. Faz-se necessária, portanto, a implantação do Anel Viário no trecho em
questão assim como a duplicação e implantação de vias de acesso à área.
337
As ações que surgirem como desdobramentos das diretrizes estratégicas propostas
acima devem considerar a necessidade de controle dos impactos negativos que
podem ser causados ao meio ambiente e na sociedade. A implantação de projetos de
urbanização como os do Projeto Goiânia Terceiro Milênio, deve prever o licenciamento
prévio e acompanhamento das implicações ambientais, antecipando danos e
propondo ações mitigadoras, seguindo o modelo proposto no Manual de Gestão
Socioambiental do PRODETUR Nacional.
4.5 QUADRO INSTITUCIONAL E MECANISMOS DE APOIO
Com base na análise do quadro institucional da gestão do turismo no município de
Goiânia e considerando a gestão integrada e sistêmica da instância municipal com as
instâncias estadual e federal de governo, conforme orienta a Lei Geral do Turismo,
segundo a qual o município representa o ambiente em que as atividades turísticas
efetivamente acontecem, foram definidas diretrizes estratégicas para a promoção do
fortalecimento da gestão municipal do turismo, indicando o caminho a seguir para a
concretização das ações que, nesse sentido compõem o PDITS/Goiânia.
ESTRATÉGIA: COMPONENTE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Fortalecer a estrutura administrativa municipal de Gestão do Turismo
DIRETRIZES ESTRATÉGICAS
• Promover a concepção e estimular a adoção de um modelo de gestão do turismo de base participativa e compartilhada, no qual a Administração Municipal e a cadeia produtiva do turismo assumam efetivamente as suas funções e papéis em direção ao turismo sustentável no município de Goiânia.
• Promover a melhoria das condições legais, organizacionais, materiais e de tecnologia de informação necessárias à administração pública municipal para gerenciamento das políticas públicas de turismo no município de Goiânia.
• Instituir e consolidar a política municipal de desenvolvimento do turismo e criar mecanismos de fomento e incentivo ao desenvolvimento do turismo sustentável.
• Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a gestão do turismo no âmbito da administração pública e do trade turístico;
• Incentivar e promover a educação comunitária e do turista para o turismo
Quanto às linhas de financiamento e fomento para o turismo em Goiânia, aponta-se
que deve haver uma maior divulgação, esclarecimento e consultoria técnica com visão
338
empreendedora para os empresários do turismo sobre estas fontes de financiamento
e suas características visto que o seu conhecimento e acesso hoje são deficientes.
Outro fator importante é a criação de uma política de incentivo e fomento diferenciada.
É necessário que haja uma percepção do setor público para desenvolver incentivos
fiscais ou criar um fundo de turismo voltado a investidores, principalmente aqueles
que se dedicam ao turismo sustentável, como parte da estratégia de consolidação do
turismo no Município.
4.6 DIRETRIZES SOCIOAMBIENTAIS
As diretrizes socioambientais aqui elencadas estão compatibilizadas com a Lei
Complementar 171 de 29 de maio de 2007, que dispõem sobre o Plano Diretor e o
Processo de planejamento urbano do Município de Goiânia.
Assim, a Estratégia de Sustentabilidade Socioambiental está expressa no Capítulo II
da referida Lei Complementar 171/2007 (Plano Diretor do Município de Goiânia) que
diz:
Art. 9º A estratégia de sustentabilidade socioambiental prioriza o
desenvolvimento local de forma sustentável para todo o Município de
Goiânia, privilegiando a qualidade do Patrimônio Ambiental que abrange
os Patrimônios Cultural e Natural, visando à proteção, a recuperação e
a manutenção dos aspectos paisagísticos, históricos, culturais,
arquitetônicos e científicos.
Art. 12. Constituem estratégias de sustentabilidade socioambiental do
Município:
I – valorização do Patrimônio Natural;
II – valorização do Patrimônio Cultural;
III – Gestão Ambiental;
IV – Educação Ambiental;
V – Incentivo aos que colaborarem com a preservação
ambiental.
339
Sendo assim e a partir da análise da realidade institucional vigente no município de
Goiânia e considerando a interface que se estabelece entre a gestão do meio
ambiente e a gestão do turismo são apontadas, a seguir as diretrizes estratégicas que
conduzirão a ações no campo da gestão socioambiental a serem contempladas como
investimento do PDITS/Goiânia.
ESTRATÉGIA: COMPONENTE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Melhorar a qualidade ambiental da Área Turística de Goiânia
DIRETRIZES ESTRATÉGICAS
• Dinamizar o processo de gerenciamento e de operacionalização das áreas naturais de Goiânia consideradas como atrativos turísticos atuais ou potenciais.
340
5 PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS
5.1 VISÃO GERAL E AÇÕES PREVISTAS
5.1.1 Matriz de alinhamento estratégico
O quadro a seguir apresenta a matriz-resumo de alinhamento estratégico para o PDITS Goiânia.
ESTRATÉGIA GERAL: FIRMAR GOIÂNIA COMO DESTINO TURÍSTICO, ATRAVÉS DE INVESTIMENTOS EM ATRAÇÃO, DIVERSIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES DE LAZER E ENTRETENIMENTO, APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES GERADAS PELA COPA 2014 PARA FORTALECER A SUA POSIÇÃO COM RELAÇÃO AOS FLUXOS DE EVENTOS E NEGÓCIOS, BUSCANDO ASSIM SUA EFETIVAÇÃO COMO O PORTÃO DE ENTRADA DO ESTADO DE GOIÁS.
COMPONENTE SITUAÇÃO DIAGNOSTICADA ESTRATÉGIAS OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS
1.
PR
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O T
UR
ÍST
ICO
■ Goiânia apresenta baixa atratividade quando seus atrativos são comparados aos dos demais municípios indutores do turismo;
■ Os serviços e equipamentos turísticos de Goiânia estão estruturados para o Turismo de Negócios e Eventos (incluindo o Turismo de Compras);
■ O Turismo de Eventos, especificamente, possui grande potencial de crescimento;
■ A oferta de serviços e equipamentos de lazer e entretenimento não está estruturada para o turismo;
■ Goiânia possui UCs que possuem potencial para o turismo, mas que, atualmente, só atendem a população local se caracterizando como parque urbano;
■ A Cidade também conta com áreas de grande apelo paisagístico /ambiental propícias a investimentos turísticos;
■ Existe uma demanda reprimida de investidores, inclusive locais, com expectativas e alta disposição para realização de novos investimentos em turismo na cidade;
■ Há uma grande oportunidade surgindo com a COPA 2014 que será sediada por Brasília.
■ Diversificar a oferta de produtos e serviços turísticos do Município a partir da estruturação dos serviços e equipamentos e das atividades de lazer e entretenimento;
■ Fortalecer o segmento do turismo de Negócios e Eventos, criando áreas para investimentos que possibilitem a atração de eventos de médio e grande porte.
■ Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população;
■ Qualificar Goiânia para o turismo internacional;
■ Incentivar o turista nacional de negócios e eventos para a prática do lazer e recreação;
■ Tornar Goiânia, de fato, o portão de entrada do estado de Goiás;
■ Viabilizar a oferta técnica de alta atratividade, com a instalação de novos equipamentos de lazer e recreação;
■ Promover a atração de investimentos privados;
■ Estruturar o turismo de negócios, enfatizando o turismo de compras;
■ Consolidar o segmento de Turismo de Eventos;
■ Estruturar os parques urbanos para o turismo.
■ Elaboração do PDITS Goiânia; ■ Reestruturação do Parque Mutirama; ■ Elaboração de Projeto Básico e
Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos;
■ Elaboração de estudos prévios para a reestruturação do Parque Mutirama
■ Elaboração de Plano de Captação de Eventos;
■ Elaboração de Projeto Básico e Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico;
■ Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista;
■ Elaboração de Projeto Básico e Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão;
■ Implantação de sinalização turística indicativa de padrão internacional no Município;
■ Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico;
■ Revitalização do Mercado Central; ■ Elaboração de Projeto Executivo e
adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais;
■ Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG;
■ Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo Verde;
■ Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3° Milênio;
■ Elaboração e implementação de plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável.
■ Gerar maior permanência dos turistas em Goiânia e aumentar seus gastos diários;
■ Criar um produto turístico forte capaz de motivar o deslocamento turístico para Goiânia;
■ Adequar Goiânia para funcionar como suporte hoteleiro na COPA 2014;
■ Diversificada a oferta turística de Goiânia com maior ênfase nas atividades de lazer e entretenimento.
341
COMPONENTE SITUAÇÃO DIAGNOSTICADA ESTRATÉGIAS OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS ■ Elaboração de Estudos básicos para a
criação e implementação de Zonas Especiais de Interesse turístico
■ Elaboração de Pórtifólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3° Milênio
■ Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de Goiânia
■ Revitalização do Lago das Rosas ■ Requalificação da Avenida 26 – Rua
Gercina Borges ■ Qualificação dos atrativos do Circuito
do Ônibus Turístico ■ Elaboração de proposta de revisão do
PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
2.
CO
ME
RC
IAL
IZA
ÇÃ
O
■ Goiânia ainda não consegue atingir o público potencial de visitantes como opção de destinação turística, pois não obtém este reconhecimento no momento atual;
■ Inexistência de imagem turística.
■ Desenvolver Estratégia de Marketing Turístico, buscando um novo posicionamento mercadológico.
■ Posicionar Goiânia como destino turístico.
■ Elaboração e implementação de Plano de Marketing Estratégico e Operacional.
■ Obtenção de uma marca de imagem efetiva para Goiânia;
■ Detectar as oportunidades de mercado, selecionar e atrair corretamente o público-alvo;
■ Obter maior eficácia da comercialização turística.
342
COMPONENTE SITUAÇÃO DIAGNOSTICADA ESTRATÉGIAS OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS 3.
F
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CIM
EN
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INS
TIT
UC
ION
AL
■ Necessidade de um conjunto de ações de fortalecimento essenciais para que o município possa implementar as recomendações e ações dos demais componentes do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS.
■ Fortalecer a Gestão do Turismo no município de Goiânia, mediante a adoção de bases participativas e inovações tecnológicas, tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos e das condições de Gestão Ambiental como fator interrelacionado ao desenvolvimento do turismo, em busca de resultados que beneficiem a população local e promovam o desenvolvimento sustentável do município.
■ Promover a atração de investimentos privados;
■ Incorporar um modelo de gestão do turismo de base participativa e compartilhada;
■ Dotar a administração pública e o trade turístico de dirigentes e gerentes capacitados para a gestão do turismo;
■ Aperfeiçoar e expandir os serviços de atendimento ao turista;
■ Promover a educação comunitária e do turista quanto ao turismo e meio ambiente;
■ Viabilizar a ação integrada do município de Goiânia com municípios localizados em seu entorno;
■ Viabilizar a utilização dos parques instalados em Goiânia como locais de atração turística.
■ Suprimento de Equipamentos para a SETURDE e a UCP e para Secretaria de Meio Ambiente
■ Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional
■ Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais
■ Elaboração de estudo para melhoria e enriquecimento dos serviços dos CAT
■ Elaboração e implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
■ Elaboração e implantação de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo
■ Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia
■ Elaboração e implementação de Planos de Capacitação
■ Plano de estruturação de arrecadação de receita turística
■ Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente no Município de Goiânia
■ Elaboração do Modelo de Gestão Participativa do Turismo
■ Reorganização e fortalecimento do COMTUR
■ Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de parcerias
■ Elaboração de estudos para Planejamento, formação e implementação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
■ Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo
■ Desenvolvimento e implantação de sistema de informações para a gestão do turismo
■ Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico
■ Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal
■ Gestão municipal do turismo fortalecida
343
COMPONENTE SITUAÇÃO DIAGNOSTICADA ESTRATÉGIAS OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS 4.
- I
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TR
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A E
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ÁS
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S
■ Necessidade de reestruturações pontuais no seu sistema viário;
■ É importante que as diretrizes do Plano Diretor sejam postas em prática para que se garanta o exercício da mobilidade urbana de forma sustentável;
■ No Centro Histórico, e no Setor Central como um todo, foram detectados problemas quanto à infraestrutura de drenagem de águas pluviais, o que, nos dias de chuva intensa ocasiona retenção de água em diversos pontos. Esse tipo de ocorrência repercute negativamente na atividade turística e por isso deve ser mitigada.
■ A área da APA do ribeirão João Leite, já diagnosticada como adequada para a implantação de empreendimentos de turismo sustentável.
■ Melhorar a infraestrutura turística e dos serviços básicos do município de Goiânia
■ Ampliar as condições de acessibilidade via aérea a Goiânia;
■ Conferir melhores condições de mobilidade urbana sustentável;
■ Melhorar a infraestrutura urbana do Centro Histórico;
■ Incentivar a implantação de novos empreendimentos voltados ao turismo sustentável.
■ Elaboração de Projeto Básico, Executivo e Implantação rede cicloviária e para pedestres entre os parques de maior visitação
■ Elaboração de Projeto Básico, Executivo para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
■ Ampliação e reestruturação do Aeroporto Internacional Santa Genoveva
■ Implantação da rede estrutural de transporte urbano
■ Goiânia qualificada para o aumento do fluxo turístico.
5.
GE
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ÃO
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AM
BIE
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AL
■ Deve ser dada ênfase às ações de conservação e recuperação ambiental, bem como às ações voltadas para o ambiente social, uma vez que o desenvolvimento turístico somente poderá ser bem sucedido se associado à melhoria da qualidade de vida da população
■ Melhorar a qualidade ambiental da Área Turística de Goiânia
■ Promover a sustentabilidade ambiental das áreas naturais de atração turística.
■ Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística;
■ Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos, institucionais e legais;
■ Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia;
■ Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica.
■ Maximizar a relação entre o turismo e o meio ambiente em Goiânia.
344
5.2 DETALHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
ESTRATÉGIAS: Diversificar a oferta de produtos e serviços turísticos do Município a partir da estruturação dos serviços e equipamentos e das atividades de lazer e entretenimento; e fortalecer o segmento do turismo de Negócios e Eventos, criando áreas para investimentos que possibilitem a atração de eventos de médio e grande porte.
Objetivos Específicos
■ Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população;
■ Qualificar Goiânia para o turismo internacional;
■ Incentivar o turista nacional de negócios e eventos para a prática do lazer e
recreação;
■ Tornar Goiânia, de fato, o portão de entrada do estado de Goiás
■ Viabilizar a oferta técnica de alta atratividade, com a instalação de novos
equipamentos de lazer e recreação;
■ Promover a atração de investimentos privados;
■ Estruturar o turismo de negócios, enfatizando o turismo de compras;
■ Consolidar o segmento de Turismo de Eventos;
■ Estruturar os parques urbanos para o turismo.
Justificativa
Goiânia possui como segmento turístico prioritário do segmento de Negócios e
Eventos, com ênfase no turismo de eventos, e como segmentos complementares o
Turismo de Saúdee o Turismo Cultural.
A oferta de produtos turísticos ligados aos Negócios e Eventos em Goiânia se dá,
principalmente, pela dinâmica econômica da cidade e pela possibilidade de sediar e
organizar eventos nacionais e internacionais. Esse segmento constitui-se no
sustentáculo da oferta instalada no destino Goiânia.
345
Goiânia é o município indutor e centralizador do Polo dos Negócios e Eventos definido
no planejamento turístico do Estado de Goiás. Além de eventos ligados ao comércio
e indústria (confecções), a cidade sedia congressos e convenções, principalmente
ligados às áreas agropecuária, acadêmica, farmoquímico e de saúde. Ressalta-se, no
entanto, que o turismo de eventos, especificamente, pode ser mais bem explorado.
Fazendo-se a relação da capacidade de espaços para eventos na cidade e da
quantidade de eventos captados ou a serem captados, percebe-se que este nicho de
mercado ainda possui grande potencial de crescimento, ainda mais se for considerado
que esta modalidade de turismo independe de condições climáticas, o que favorece a
chegada do turista durante todo o ano. No entanto, um dos fatores que contribuem
para a baixa captação de eventos é a baixa atratividade goianiense em termos de
oferta de serviços, equipamento e atividades de lazer e entretenimento, formatadas
para a atividade turística.
Ainda dentro do Turismo de Negócios e Eventos, tem-se o Turismo de Compras, onde
Goiânia se destaca Goiânia como detentora de um dos principais polos
confeccionistas do Brasil. As feiras mais famosas pela diversidade de produtos e pelo
baixo preço são a do Sol, da Lua e a feira Hippie, esta última a que possui o maior
número de barracas. Nestas feiras, os mesmos produtos vendidos nos Polos de
Campinas e Bernardo Sayão, podem ser encontrados por preços menores.
Quanto ao Turismo Cultural, Goiânia possui um dos mais relevantes acervos
arquitetônicos em art déco do país. O conjunto de edificações data dos primeiros anos
da fundação da cidade, décadas de 30 e 40, sendo que um conjunto de 21 edificações
e monumentos públicos de Goiânia são tombados pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN: No entanto, muitas edificações em art déco
encontram-se em estado de deteriorização ou escondidas por letreiros comerciais e
estão sem uso ou subutilizadas, como é o caso da antiga estação ferroviária. Outro
ícone da cultura local é o Mercado Central que é um centro de comercialização de
ingredientes e de degustação de pratos típicos goianos que não se encontra
devidamente qualificado para a atividade turística.
346
Outro segmento turístico existente em Goiânia é o da Saúde, por sua referência
nacional em neurologia, oncologia, oftalmologia, e dermatologia. Na capital o fluxo de
visitantes que buscam tratamento de saúde é considerável, mas, apesar disso, esse
tipo de turismo, em função de suas especificidades, possui baixo impacto na cadeia
produtiva local.
Um Estudo de Competitividade dos 65 municípios indutores do turismo, realizado pela
Fundação Getúlio Vargas e o Ministério do Turismo, revela que em Goiânia, as
pontuações estão acima da ‘média Brasil’ na maioria dos aspectos importante para a
atividade turística analisados. Em infraestrutura, o destaque é ainda maior. Enquanto
a média nos 65 municípios indutores ficou em 63,3 pontos, Goiânia computou 72,8
pontos. Os serviços e equipamentos turísticos da capital goiana também estiveram
entre os melhores, uma vez que a média das capitais indutoras esteve em 56,1 pontos
e Goiânia recebeu a pontuação 57,8. Para a pesquisa, não é só o turismo goianiense
que se apresenta como promissor, mas também sua economia, que recebeu a
pontuação 62, enquanto a média dos outros pesquisados totalizou apenas 56,7
pontos. Uma justificativa para esta força econômica pode estar na capacidade
empresarial, outro aspecto abordado pelo estudo: Goiânia recebeu 76,5 pontos, muito
além da pontuação nos 65 municípios (51 pontos).
No entanto, segundo o Estudo, a cidade perde no quesito atrativos turísticos: são 48,7
contra 57,6 pontos da média ‘Brasil’. Goiânia também está aquém dos demais
indutores no que diz respeito ao marketing da cidade (21,4 contra 46,3).
Mesmo apresentando pontuação abaixo nos atrativos turísticos, com o turismo de
negócios consolidado na cidade e com o turismo de eventos com grande potencial de
crescimento, além das demais tipologias existentes, é possível criar formas de motivar
uma maior permanência dos turistas em Goiânia e aumentar seus gastos diários
através da estruturação e diversificação da oferta de serviços, equipamentos e
atividades de lazer e entretenimento e através da criação de um produto turístico forte
capaz de motivar o deslocamento turístico para Goiânia.
Segundo a Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados
no Brasil – 2007/2008, encomendado pelo EMBRATUR à FGV, mais de 60% dos
347
turistas de eventos internacionais estão dispostos a dispender mais tempo na
localidade receptora desde que tenham atividades a realizar.
Goiânia conta com inúmeras Unidades de Conservação – UC bem estruturadas que
possuem potencial para o turismo, mas que, atualmente, só atendem a população
local se caracterizado como parque urbano. No entanto, boa parte dessas UC não
possui plano de manejo e/ou plano de uso que possibilitem a implementação de
equipamentos públicos e privados para o turismo e necessitam de estruturação e
requalificação, além da adequação para portadores de necessidades especiais.
A Cidade também conta com de áreas de grande apelo paisagístico /ambiental
propícias a investimentos turísticos. Destaca-se aqui a existência de uma demanda
reprimida de investidores, inclusive locais, com expectativas e alta disposição para
realização de novos investimentos em turismo na cidade. Prova disto é a implantação
“Centro de Exposição do Agronegócio”, que substituirá o atual Parque Agropecuário.
Portanto, novas oportunidades de investimento devem ser geradas com o objetivo de
atender ao mercado de investidores e impulsionar a atividade turística em Goiânia.
Não se pode deixar de ressaltar, também, que o estado de Goiás possui alguns
destinos consolidados e em consolidação que já exercem grande atratividade e que
podem ser vinculados a Goiânia, fortalecendo sua imagem de Portão de Entrada
Estadual que hoje não é efetiva. Atrativos como a Região das Águas Quentes,
Pirenópolis, Cidade de Goiás e a Chapada dos Veadeiros já exercem grande força de
atração regional e nacional, sendo a Pousada do Rio Quente já considerada um
atrativo com força internacional.
Além disso, há uma grande oportunidade surgindo com a COPA 2014 que será
sediada por Brasília. Goiânia poderá funcionar como suporte hoteleiro, já que está
distante há apenas 2 horas da capital federal. No entanto, o produto turístico
goianiense deverá ser trabalhado de forma diversificada com maior ênfase nas
atividades de lazer e entretenimento que podem ser aproveitadas em todos os
segmentos turísticos, e que tem um alto impacto econômico na atividade turística,
contribuindo para a manutenção da oferta turística nos destinos.
348
Sendo assim, serão propostas intervenções no sentido de maximizar as
potencialidades existentes e de dirimir as problemáticas apontadas são de extrema
importância para a qualificação de Goiânia como destino turístico.
Descrição do conjunto de ações
A efetividade dos objetivos deste componente possui grande dependência com ações
dos demais componentes.
Sendo assim, para complementar as demais ações previstas, faz-se necessária a
estruturação e diversificação dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
de forma a motivar a maior permanência do turista em Goiânia e aumentar seu gasto
médio diário, além de reestruturar os atrativos turísticos existentes de forma a
fortalecer Goiânia como destino turístico.
A seguir apresenta-se a descrição de todas as ações que possuem interface com os
problemas apresentados, tanto as ações que terão recursos provenientes do
PRODETUR Nacional quanto as demais ações que possuem outras fontes de
recursos.
Produtos/ Resultados Esperados
Ação 1 - Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável – PDITS Goiânia
A elaboração do PDITS Goiânia é obrigatória para a execução do PRODETUR
Nacional Goiânia.
Ação 2 - Reestruturação do Parque Mutirama
O projeto de reestruturação garantirá o atendimento aos objetivos dos espaços
públicos e de lazer que são justamente os de proporcionar diversão e atividades não
laborais, tanto para a comunidade local, como para frequentadores de outras regiões.
Esses espaços agregam valores culturais, históricos e sociais, por estarem em
posição relativamente estratégicas e serem pontos atrativos, constituindo
equipamentos urbanos privilegiados para o convívio e integração social, o Complexo
349
de Entretenimento e Esportes Mutirama garantirá tais aspectos a toda população
usuária.
Esta ação encontra-se em curso.
Ação 3 e 4 – Elaboração de Projeto Básico e Revitalização da Praça do
Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga
estação ferroviária para realização de eventos
A Praça do Trabalhador necessita de intervenções de forma a torná-la mais receptiva
a turistas já que abriga uma das principais e maior feira de confecções de Goiânia – a
feira hippie, entre elas:
■ Melhoria de calçadas e travessias de pedestres;
■ Melhoria do sistema de iluminação pública, valorizando o conjunto urbano e os
elementos arquitetônicos;
■ Organização da feira; e
■ Colocação de lixeiras em pontos estratégicos.
Além disso, deve-se verificar a necessidade de dar um uso turístico à antiga estação
ferroviária que pode ser melhor aproveitada sediando eventos culturais locais,
aproveitando sua privilegiada localização.
Ação 5 - Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação
financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico)
para a reestruturação do Parque Mutirama
O projeto de reestruturação garantirá o atendimento aos objetivos dos espaços
públicos e de lazer que são justamente os de proporcionar diversão e atividades não
laborais, tanto para a comunidade local, como para frequentadores de outras regiões.
Esses espaços agregam valores culturais, históricos e sociais, por estarem em
posição relativamente estratégicas e serem pontos atrativos, constituindo
equipamentos urbanos privilegiados para o convívio e integração social, o Complexo
350
de Entretenimento e Esportes Mutirama garantirá tais aspectos a toda população
usuária.
Esta ação encontra-se em curso.
Ação 6 – Elaboração de Plano de Captação de Eventos
O Turismo de Eventos é um dos maiores geradores de receita na atividade turística e
um dos segmentos prioritários para Goiânia. Sendo assim, deve-se elaborar um plano
estratégico de captação de eventos para a cidade, levando em conta o quanto esse
mercado gera de incremento econômico a fim de definir indicadores, metas e
estratégias, além de indicar uma estrutura organizada para captação de maior número
de eventos para Goiânia.
Ação 7 e 8 – Elaboração de Projeto Básico e Requalificação das fachadas do
acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
O centro histórico de Goiânia necessita intervenções urgentes em seu acervo
arquitetônico art déco, incluindo a padronização de letreiros e recuperação de
fachadas de edifícios em art déco.
Ação 9 e 10 – Elaboração de Projeto Básico e Requalificação urbana do Polo
Gastronômico do Setor Marista
O Polo Gastronômico do Setor Marista reúne muitos bares e restaurantes de diversos
tipos e necessita de uma requalificação urbana para um melhor aproveitamento da
população e dos turistas. Essa requalificação consiste em urbanismo, embutimento
de fiação, melhoramento das calçadas e do mobiliário urbano, etc.
Ação 11 e 12 – Elaboração de Projeto Básico e Requalificação do Setor Fama –
Avenida Bernardo Sayão
A Avenida Bernardo Sayão abriga o maior polo de confecções de Goiânia e deve
passar por uma requalificação urgente em sua infraestrutura urbana e de segurança
ao pedestre, portanto devem ser previstas:
■ Fiação subterrânea;
351
■ Calçadas;
■ Tratamento urbanístico;
■ Tratamento visual das fachadas das lojas;
■ Colocação de lixeiras em áreas estratégicas; e
■ Estacionamento.
Ação 13 - Implantação de sinalização turística indicativa de padrão
internacional no Município
Quanto à sinalização turística na cidade, já existe um projeto que está sendo
implementado. A maioria dos recursos são originados do Ministério do Turismo, por
meio do Programa Turismo Social no Brasil e intermediados pela SETURDE com o
apoio técnico da AMT. O valor total do contrato é de R$ 403.612,51. Já foram
instaladas 91 placas e está sendo preparada licitação para instalação de mais 52.
Ação 14 – Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque
Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico
É um imperativo que todos os atrativos turísticos naturais sejam dotados de planos de
manejo, como instrumentos de gestão e fiscalização para restringir e disciplinar os
usos possíveis e viabilizar o turismo sustentável nestas áreas.
As ações de educação ambiental tanto para os guias e demais trabalhadores quanto
para os turistas deverão estar incluídas como subprodutos dos planos de manejo dos
atrativos naturais.
Outro subproduto imprescindível dos planos de gestão são os estudos de capacidade
de carga de cada UC, como estratégia de controle do fluxo de visitantes. Trata-se de
um instrumento de manejo quantitativo do número de visitantes e do tempo de
visitação, de maneira a minimizar os impactos físicos e sociais sobre os espaços
naturais.
Ação 15 – Revitalização da fachada do Mercado Central
352
O Mercado Central é um importante atrativo cultural de Goiânia, mas sua estrutura
encontra-se deteriorada necessitando de uma revitalização.
Ação 16 e 17 - Elaboração de Projeto Executivo e adequação dos atrativos
turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro
Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant,
Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
É importante que os atrativos turísticos sejam amplamente democráticos e permitam
a visitação por pessoas com necessidades especiais, assim é necessário que se
adequem os atrativos turísticos às exigências da NBR 9050 por meio de:
■ Sinalização dos atrativos para PNEs (braile, pisos táteis, entre outros);
■ Implantação de rampas de acesso aos atrativos;
■ Adaptação de sanitários; auditórios e estacionamentos nos atrativos.
Ação 18 – Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG
Deverão ser realizadas pesquisas anuais para alimentação do SIG proposto no
componente de fortalecimento institucional. Estas pesquisas devem abordar aspectos
relativos a demanda e oferta turística do município.
Ação 19 – Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo
Verde
No que concerne à garantia dos produtos prestados no setor de turismo, tem-se como
ferramenta a adoção da Certificação em Turismo Sustentável, o chamado Selo Verde
para o turismo.
A criação dessa ferramenta permite agregar valores ao produto, melhoria do
atendimento, melhoria da qualidade de vida da comunidade receptora, combinados à
conservação ambiental.
A sustentabilidade no turismo é fundamentada por um conjunto de princípios, onde
são citados:
353
■ Respeito à legislação vigente;
■ Garantia dos direitos das populações locais;
■ Conservação do ambiente natural e da biodiversidade;
■ Consideração dos patrimônios culturais e dos valores locais;
■ Estímulo do desenvolvimento social e econômico dos destinos turísticos;
■ Garantia da qualidade dos produtos e processos;
■ Estabelecimento do planejamento e da gestão responsável.
Baseado nisso, os hotéis e demais entidades que servem aos turistas deverão ser
incentivados a se enquadrar-se nesta certificação.
Ação 20 – Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3º Milênio
O Estudo de mercado para o Goiânia 3º Milênio consiste no desenvolvimento das
seguintes etapas:
■ Descrição da concepção geral da proposta;
■ Conceituação do empreendimento;
■ Análise do mercado potencial e projeção da demanda futura;
■ Avaliação do empreendimento; e
■ Definição final do empreendimento (zoneamento, lay out e plano de massas).
Esta ação já se encontra em curso.
Ação 21 e 22 - Elaboração de plano de capacitação e implementação de
capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável
354
Esta ação consiste na elaboração de documento técnico indicando as principais
necessidades para capacitação para o turismo para prestadores de serviços turísticos,
e na execução e avaliação de resultados das ações de capacitação previstas. O plano
deve prever também a educação profissional voltada ao menor aprendiz e à melhor
idade para exercer postos de trabalho na atividade turística, de forma a promover a
inserção social desses grupos.
Ação 23 – Elaboração de estudos básicos para a criação e implementação de
Zonas Especiais de Interesse Turístico
Deverão ser elaborados estudos a fim de definir indicadores e parâmetros para uso e
ocupação do solo de áreas identificadas como passíveis de recepção de
investimentos turísticos em Goiânia, em função de suas fragilidades, características
ambientais e paisagísticas. Além disso, deve ser elaborado um mecanismo legal
(projeto de lei municipal) que crie as Zonas Especiais de Interesse Turístico em
Goiânia e que regule esses tipos de uso e ocupação definidos.
Ação 24 – Elaboração de Portfólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3º
Milênio
Deve ser elaborado um portfólio de negócio para o Projeto Goiânia 3º Milênio onde
constarão as oportunidades de investimentos a fim de buscar investidores privados
para os empreendimentos apontados pelo estudo de mercado.
Ação 25 - Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de Goiânia
(Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava, Parque
Areião e Bosque dos Buritis)
Deve ser elaborado um plano para identificação das oportunidades de negócios e
captação de investimentos privados para os parques de Goiânia que possuem maior
apelo turístico – Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava
e Bosque dos Buritis.
Ação 26 – Revitalização do Lago das Rosas
355
Esta ação tem como objetivo a recuperação e conservação ambiental desta UC e o
resgate ao uso comum da população de uma área que encontrava-se degradada e
sem a devida utilização. Ação em curso, de responsabilidade da AMMA.
Ação 27 e 28 – Elaboração de Projeto Básico e Requalificação da Avenida 26 –
Rua Gercina Borges
A Avenida 26 interliga dois importantes atrativos turísticos de Goiânia - o Bosque dos
Buritis e a Praça Cívica. Nela está o Museu Pedro Ludovico. A Rua também é
conhecida como Rua Dna. Gercina Borges. Ela possui uma "ilha" larga que está
destruída e que poderia ser requalifica e melhor utilizada, a exemplo da Avenida
Goiás.
29- Elaboração de Estudo para Estruturação do Circuito do Ônibus Turístico
Deverá ser realizado estudo visando à estruturação do Circuito do Ônibus Turístico
de Goiânia ainda em projeto, a fim de levantar suas principais necessidades, definir
uma marca imagem, além de outras ações necessárias para a perfeita implementação
do Circuito.
Ação 30 – Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama
Deverá ser definido o melhor modelo de gestão para o novo parque Mutirama que
está passando por reestruturação e conta com pesados investimentos.
Ação 31 – Estruturação do Circuito do Ônibus Turístico
Deverá ser implementada a estruturação do Circuito do Ônibus Turístico de Goiânia
com ações como colocação dos marcos e marca de imagem do circuito no seu trajeto,
estruturação de abrigos e mobiliário urbano.
Ação 32 – Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade
turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
Hoje o PDU de Goiânia não leva em consideração a atividade turística como
importante setor econômico da cidade. Isso dificulta o crescimento do setor e afasta
356
investidores. Sendo assim, esta ação tem como objetivo rever o PDU atual de forma
a dar maior ênfase ao desenvolvimento da atividade turística na Cidade.
Custo Estimado
O custo estimado total para as ações do Componente Produto Turístico é de
R$73.864.327,81 (setenta e três milhões, oitocentos e sessenta e quatro mil, trezentos
e vinte e sete reais e oitenta e um centavos), e a distribuição destes recursos por ação
é apresentada no quadro a seguir.
QUADRO 39 – CUSTO POR AÇÃO DO COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
1 - Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Goiânia R$ 237.354,03 PRODETUR Nacional
2 - Reestruturação do Parque Mutirama R$ 49.470.052,14 PRODETUR Nacional
3 – Elaboração de Projeto Básico para Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
R$ 500.000,00 PRODETUR Nacional
4 – Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
R$ 1.500.000,00 PRODETUR Nacional
5 - Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama
R$ 349.999,98 PRODETUR Nacional
6 – Elaboração de Plano Estratégico de Captação de Eventos R$ 200.000,00 PRODETUR Nacional
7 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
R$ 900.000,00 PRODETUR Nacional
8 – Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico R$ 4.450.000,00 PRODETUR Nacional
9 – Elaboração de Projeto Básico Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista R$ 500.000,00 PRODETUR Nacional
10 – Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista R$ 1.500.000,00 PRODETUR Nacional
11 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão
R$ 1.000.000,00 PRODETUR Nacional
12 – Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão R$ 4.000.000,00 PRODETUR Nacional
13 - Implantação de sinalização turística indicativa de padrão internacional no Município R$ 504.515,63
MTUR/Prefeitura de Goiânia (AMT e
SETURDE)
357
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
14 – Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico
R$ 320.000,00 PRODETUR Nacional
15 – Revitalização do Mercado Central R$ 700.000,00 Outras fontes
16 - Elaboração de Projeto Executivo para adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
R$ 500.000,00 PRODETUR Nacional
17 - Adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
R$ 750.000,00 PRODETUR Nacional
18 – Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG R$ 200.000,00 PRODETUR Nacional
19 – Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo Verde R$ 1.228.406,03 PRODETUR Nacional
20 - Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3° Milênio R$ 220.000,00 PRODETUR Nacional
21 - Elaboração de plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
22 - Implementação de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável R$ 400.000,00 PRODETUR Nacional
23 - Elaboração de Estudos básicos para a criação e implementação de Zonas Especiais de Interesse turístico
R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
24 - Elaboração de Portfólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3° Milênio R$ 300.000,00 PRODETUR Nacional
25 - Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de Goiânia (Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava, Parque Areião e Bosque dos Buritis)
R$ 200.000,00 PRODETUR Nacional
26 – Revitalização do Lago das Rosas R$ 1.500.000,00 Prefeitura de Goiânia (AMMA)
27 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges R$ 250.000,00 PRODETUR Nacional
28 – Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges R$ 500.000,00 PRODETUR Nacional
29 – Elaboração de Estudo para estruturação do Circuito do ônibus Turístico R$ 250.000,00 PRODETUR Nacional
30 - Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama R$ 84.000,00 PRODETUR Nacional
31 – Estruturação do Circuito do Ônibus Turístico R$ 1.000.000,00 PRODETUR Nacional
32 - Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
R$ 150.000,00 PRODETUR Nacional
358
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
TOTAL (R$) 73.864.327,81 TOTAL (US$)
Cotação dólar comercial: R$1,684 (07/01/2011) 43.862.427,44
Os recursos a serem disponibilizados pelo PRODETUR Nacional neste componente
é de R$ 71.159.812,18 (setenta e um milhões, cento e cinquenta e nove mil,oitocentos
e doze reais e dezoito centavos).
COMPONENTE 2:COMERCIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS: Desenvolver Estratégia de Marketing Turístico, buscando um novo posicionamento mercadológico.
Objetivos Específicos
■ Posicionar Goiânia como destino turístico.
Justificativa
A atividade turística atual em Goiânia está basicamente calcada no segmento de
negócios e eventos, com predominância da motivação “negócios”.
Com relação à sua posição no mercado turístico, Goiânia ainda não consegue atingir
o público potencial de visitantes (nacional e internacional) como opção de destinação
turística, visto que não obtém este reconhecimento no momento atual. Esta situação
pode estar atrelada à ausência de uma marca de imagem, bem como de atrativos de
forte apelo capazes de conferir força ao núcleo de atratividade turística goianiense.
Embora reconhecendo o potencial turístico local, Goiânia ainda não transformou este
potencial em atratividade e constitui um destino turístico a se consolidar, se
comparado a outras destinações nacionais e internacionais.
Conforme verificado no diagnóstico, Goiânia deve buscar desenvolver um novo perfil
de atratividade. Neste sentido é necessário que busque o desenvolvimento de
vantagens competitivas. Sendo assim, ressalta-se a necessidade de desenvolvimento
de um núcleo forte de entretenimento e lazer que possa não apenas motivar a
permanência e a viagem acompanhada dos turistas de eventos e negócios, mas tenha
359
a força também de gerar por si só fluxos majoritários para Goiânia. Por outro lado,
este núcleo pode também auxiliar como âncora na criação de uma marca de imagem
efetiva para Goiânia.
No entanto, o complexo processo de criação de imagem requer esforços de marketing
que integrem verticalmente todas as questões implicadas na atividade turística. É
necessário detectar as oportunidades de mercado, selecionar e atrair corretamente o
público-alvo, bem como é importante que as agências de viagem, operadoras,
fornecedores de serviços, entidades do trade e a administração pública trabalhem
conjuntamente para criar e reforçar tal imagem.
Complementarmente os materiais promocionais são genéricos e de baixa
identificação com os mercados-meta, observando-se, ainda, a necessidade de se criar
novos canais promocionais e de comercialização para uma maior eficácia da
comercialização turística.
Descrição do conjunto de ações
A ação proposta no componente COMERCIALIZAÇÃO constitui-se em ação de
planejamento, sem caráter físico. Consubstancia assim, estudos que visam dar
suporte ao posicionamento requerido para Goiânia.
Produtos/ Resultados Esperados
Ação 1 e 2 - Elaboração e Implementação do Plano de Marketing Estratégico e
Operacional
O Plano de Marketing na nova realidade mundial é imprescindível para definir a
atratividade de um destino turístico, promovendo a orientação para o consumidor e
desenvolvendo propostas de valor. O marketing estratégico se baseia na análise
sistemática e permanente das necessidades de mercado, desenvolvendo produtos
destinados a mercados-meta específicos e que apresentem vantagens distintivas que
os diferenciam dos concorrentes imediatos. No nível operacional, o marketing busca
viabilizar os recursos humanos, financeiros e produtivos necessários para a
implantação das estratégias
360
Portanto, deverá ser desenvolvido um Plano de Marketing Estratégico e Operacional
para Goiânia com estratégias de horizonte de curto, médio e longo prazo, contendo o
estudo de posicionamento mercadológico de Goiânia, a definição de sua marca de
imagem e a estratégia de promoção e comercialização do destino, bem como o
detalhamento dos demais instrumentos de marketing necessários ao novo
posicionamento almejado para Goiânia.
Deverá ser elaborado e produzido material de divulgação impresso e em mídia
eletrônica, considerando a compatibilização com o portfólio turístico principal e
complementar de Goiânia, mercados-meta visados e estratégias de comercialização,
de acordo com o padrão de qualidade requerido.
No mundo moderno e globalizado, onde a utilização da internet é cada vez mais
massiva é fundamental que os destinos turísticos divulguem e promovam seus
produtos turísticos através de websites. No caso específico de Goiânia foi registrada
no diagnóstico a crescente busca de informações da demanda atual por meio da
internet, reforçando a necessidade do município ter um site próprio, alinhado com suas
estratégias mercadológicas. É importante que o site seja leve, tenha uma boa
aparência e seja fácil de navegar. O site pode ter ainda links para empresas parceiras
funcionando também como um Portal de comercialização.
Os seguintes produtos devem ser previstos
■ Desenvolvimento de Marca de Imagem e Posicionamento Mercadológico
Detalhado;
■ Desenvolvimento de Estratégia de Comercialização;
■ Desenvolvimento de Estratégia de Promoção nos mercados-meta;
■ Previsão de desenvolvimento de novo material promocional;
■ Previsão de Planejamento, Implantação e Gestão de Website/ Portal de Turismo.
Custos
361
O custo total do componente referente à Comercialização é de R$ 1.800.000,00 (um
milhão e oitocentos mil reais).
QUADRO 40 – CUSTO POR AÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
1. Elaboração do Plano de Marketing Estratégico e Operacional R$ 500.000,00 PRODETUR Nacional
2. Implementação do Plano de Marketing Estratégico e Operacional R$ 1.300.000,00 PRODETUR Nacional
TOTAL (R$) 1.800.000,00 TOTAL (US$)
Cotação dólar comercial: R$1,684 (07/01/2011) 831.353,92
Estas ações terão recursos do PRODETUR Nacional.
COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIA: Fortalecer a Gestão do Turismo no município de Goiânia, mediante a adoção de bases participativas e inovações tecnológicas, tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos e das condições de Gestão Ambiental como fator inter-relacionado ao desenvolvimento do turismo, em busca de resultados que beneficiem a população local e promovam o desenvolvimento sustentável do município.
Objetivos
■ Promover a atração de investimentos privados;
■ Incorporar um modelo de gestão do turismo de base participativa e
compartilhada;
■ Dotar a administração pública e o trade turístico de dirigentes e gerentes
capacitados para a gestão do turismo;
■ Aperfeiçoar e expandir os serviços de atendimento ao turista;
■ Promover a educação comunitária e do turista quanto ao turismo e meio
ambiente;
■ Viabilizar a ação integrada do município de Goiânia com municípios localizados
em seu entorno;
362
■ Viabilizar a utilização dos parques instalados em Goiânia como locais de atração
turística.
Justificativa
Diagnóstico recente da situação institucional da gestão do turismo e do meio ambiente
de Goiânia leva à constatação de um conjunto significativo de ações de fortalecimento
essenciais para que o município possa implementar as recomendações e ações dos
demais componentes do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
- PDITS para o município. Os investimentos em infraestrutura ou no provimento de
condições materiais ou metodológicas para o desenvolvimento do turismo seriam
inócuos se não fossem precedidos da melhoria do quadro institucional instalado, com
ênfase para a gestão integrada e com a participação efetiva dos segmentos da
sociedade atuantes no setor.
O panorama atual indica ainda que os investimentos em fortalecimento se dirijam não
só para a administração pública municipal, mas também à capacitação e ao
desenvolvimento do empreendedorismo no setor de turismo e na instalação do
ambiente de gestão integrada e compartilhada entre estes e o poder publico local.
Os pontos de vulnerabilidade detectados por meio do diagnóstico avançam também
para investimentos no desenvolvimento institucional do setor de meio ambiente, no
que respeita à sua interface com o desenvolvimento do turismo, com destaque para a
gestão dos parques municipais considerados como atrativos turísticos, para a
melhoria do sistema de informações para gestão do meio ambiente e para a educação
ambiental.
Diante dos cenários atual e futuro desenhados para o turismo local, caberá ao
município implantar mudanças de porte no modelo de gestão setorial hoje adotado, e
os recursos provenientes do PRODETUR Nacional no âmbito do PDITS serão a
alavanca que permitirá a Goiânia enfrentar tal desafio no campo institucional.
Descrição do conjunto de ações
363
O conjunto das ações propostas voltadas para o fortalecimento institucional inclui
investimentos próprios à Gestão do Turismo, bem como à Gestão do Meio Ambiente
no município de Goiânia. As ações são detalhadas a seguir.
Produtos/Resultados Esperados
Ação 1 – Suprimento de equipamentos de informática, mobiliário e veículos
para a SETURDE e a UCP
As intervenções a serem consideradas são:
• Reforma da sede própria;
• Aquisição de mobiliário;
• Aquisição de equipamentos e softwares de tecnologia da informação; e
• Aquisição de automóveis.
Ação 2 e 3- Elaboração e Revisão do Projeto de Fortalecimento Institucional da
Gestão Municipal de Goiânia
A elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de
Goiânia deve seguir as orientações do Regulamento Operacional do
PRODETUR/Nacional e deve abranger, prioritariamente, as áreas de Gestão do
Turismo e Gestão do Meio Ambiente. Neste Projeto são analisadas as necessidades
e as possibilidades de investimento no fortalecimento institucional das áreas de gestão
territorial e de gestão fiscal e financeira do Município.
Esta ação encontra-se em curso e as ações propostas neste componente já são
resultado do Projeto desenvolvido.
Ação 4 - Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a
implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
364
O Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento
de empreendimentos turísticos no município de Goiânia prevê a contratação de
consultoria técnica especializada para coordenação e execução de diferentes etapas
de trabalho, em cooperação com os órgãos municipais envolvidos, dentre as quais:
■ Realização de pesquisa documentada visando identificar experiências exitosas
similares em outras capitais e cidades brasileiras, a serem consideradas
benchmarking para o projeto a elaborar;
■ Realização de estudos jurídicos, indicação dos institutos legais apropriados e
elaboração das peças jurídicas a serem adotadas especificamente pelo
município de Goiânia;
■ Indicação e detalhamento dos processos organizacionais e administrativos para
implantação efetiva do Projeto, incluindo metodologia de acompanhamento,
monitoramento e avaliação de resultados advindos do Projeto, bem como
diretrizes para o adequado gerenciamento de sua implantação;
■ Apresentação e discussão dos conteúdos indicados com os agentes públicos e
privados interessados;
■ Elaboração de Projeto de Lei Municipal de Incentivo Fiscal para a implantação e
desenvolvimento de empreendimentos turísticos;
■ Assessoramento à administração municipal nas fases iniciais de implementação
do Projeto.
Ação 5 - Elaboração de estudo visando a melhoria e enriquecimento dos
serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT
Busca-se nesta ação de fortalecimento, rever, adequar e enriquecer os serviços de
atendimento ao turista prestados pelos CAT hoje instalados em Goiânia, de forma a
construir, desta forma, um modelo de atuação que deverá balizar a instalação de
novos CAT para atendimento à demanda atual e à demanda futura, pautada no
desenvolvimento do turismo no município. O modelo de atuação deverá contemplar a
finalidade, os objetivos, as diretrizes e normas de funcionamento dos Centros, os
365
instrumentos de trabalho, bem como o dimensionamento da demanda de
atendimento, os parâmetros para localização, o mobiliário padrão, os equipamentos
necessários, a caracterização, o conteúdo e utilização do sistema de informação para
atendimento ao turista e do material de divulgação destinado ao turista, a equipe
padrão a ser alocada em cada CAT, com funções de coordenação e supervisão e
funções operacionais e administrativas (perfil requerido para o ocupante de cada
cargo/função típicos).
Superando os CAT enquanto instalações físicas situadas em pontos estratégicos da
cidade, o estudo em referência deverá apontar e detalhar formas alternativas de
atendimento ao turista no município, incluindo as características de site na Internet
específico para tal fim (conteúdos necessários e indicação de formas de
relacionamento virtual com o turista), terminais em hotéis e atrativos turísticos
principais, dentre outras.
O estudo deverá considerar, ainda, competências complementares a serem
assumidas pelos CAT, tais como: instância para levantamento continuado de
informações sobre o perfil dos turistas, sobre a opinião do turista sobre os serviços a
ele ofertado e sobre o seu nível de satisfação e suas expectativas para estadias
futuras. Deverá, por fim, apresentar diretrizes e procedimentos metodológicos
detalhados para acompanhamento dos serviços prestados pelos CAT e para
avaliação dos resultados por eles alcançados.
Serviços especializados de consultoria serão contratados para coordenação e
execução das etapas inerentes à ação descrita, em trabalho cooperativo com a equipe
da SETURDE. A consultoria encarregar-se-á da concepção do modelo de
funcionamento e organização dos CAT, bem como procederá à sua implantação
efetiva em, pelo menos dois CAT em funcionamento em Goiânia. A capacitação da
equipe gerencial e técnica da SETURDE, bem como dos profissionais em exercício
nos CAT será atividade obrigatória.
A aquisição de equipamentos de informática e de equipamentos multimídia
necessários aos CAT em funcionamento, bem como a concepção e a produção de
arte final de peças informativas em mídia eletrônica ou impressa a serem utilizadas
366
nos Centros também serão contempladas, se necessário, dentro dos limites de
recursos financeiros disponibilizados para esta ação de fortalecimento.
Ação 6 e 7 – Elaboração e implantação de Sistema de Informações Gerenciais
do PRODETUR Nacional Goiânia
A construção de um sistema automatizado de gestão das informações possibilitará,
além do acompanhamento e avaliação dos projetos, difundir pesquisas e boas
práticas, aumentar a eficiência e evitar a superposição e falta de coordenação entre
as iniciativas governamentais e privadas.
O acompanhamento e a avaliação do Programa estarão estruturados em um sistema
automatizado, que vai gerenciar uma base de informações necessárias para a
elaboração de uma série de relatórios.
A base de informações será continuamente alimentada com dados referentes ao ciclo
de vida dos projetos: elaboração, análise, licitação, execução e operação.
Ação 8 e 9 - Elaboração e Implantação de programa integrado de educação
comunitária e do turista para o turismo
Implica em elaborar e implantar um Plano de Educação Comunitária e do Turista, com
ênfase ao atendimento de grupos comunitários organizados, escolares nos diversos
níveis de ensino, associações e outras entidades representativas da sociedade
goianense, bem como para abordagem a grupos de turistas. A execução do Plano
deve ser prevista para um período máximo de seis meses e as atividades a serem
implementadas devem limitar-se aos recursos financeiros estimados.
Inclui também a avaliação de resultados das atividades educativas executadas, de
forma que o Plano implantado sirva de base e de experiência piloto para a sua
reedição, como ação continuada a cargo da administração pública municipal –
SETURDE.
Prevê-se a contratação de consultoria técnica especializada para, por meio de equipe
multidisciplinar de especialistas, coordenar e assessorar a elaboração do Plano e a
execução das atividades nos limites estipulados.
367
Também dentro dos recursos financeiros alocados neste PDITS, poderão ser
adquiridos equipamentos de informática e multimídia e elaborados materiais didáticos,
para uso virtual ou impresso, para apoio às ações educativas da comunidade e do
turista.
Ação 10 – Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia
Esta ação tem como objetivo prestar orientação a SETURDE e apoio nas atividades
referentes ao PRODETUR Nacional Goiânia de forma a facilitar sua execução no
município.
Ação 11 e 12 – Elaboração e implementação de Plano de Capacitação de
dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão
municipal do meio ambiente
Implica na elaboração de plano de capacitação continuada de equipes da
administração municipal para gestão do meio ambiente, de forma seqüencial e
continuada, com ênfase no atendimento às necessidades de funções e cargos de
dirigentes, gerentes e técnicos.
Ação 13 e 14 – Elaboração e Implementação de Plano de Capacitação de
dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão
financeira e fiscal
Elaboração de plano de capacitação continuada de equipes da administração
municipal para gestão financeira e fiscal, de forma seqüencial e continuada, com
ênfase no atendimento às necessidades de funções e cargos de dirigentes, gerentes
e técnicos.
Ação 15 - Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do
Fundo Municipal de Turismo de Goiânia – Plano de estruturação de
arrecadação da receita turística
368
Deve-se analisar as atuais bases legais e técnicas em que se assenta o atual Fundo
Municipal de Turismo instituído para Goiânia (e ainda não operante), tendo em vista a
revisão e a implantação das mudanças necessárias em sua constituição, com
destaque para o estudo, indicação e operacionalização de fontes de recursos
financeiros viáveis para a sua alimentação e para as diretrizes e normas para sua
gestão.
A concepção e implantação do Fundo Municipal de Turismo de Goiânia exigirá o
conhecimento da configuração e do funcionamento real de outros fundos municipais
de turismo, tidos como benchmarking, bem como a elaboração dos instrumentos
legais necessários à sua efetiva implantação.
Ação 16 - Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão
do meio ambiente no Município de Goiânia
Esta ação inclui a obtenção de informações / atualização das informações existentes,
de forma a constituir uma base de dados informatizada com os conteúdos prioritários
para o exercício do monitoramento e da gestão ambiental por parte da AMMA.
Ação 17 - Elaboração de Modelo de Gestão Participativa do Turismo
Como primeiro passo para a instituição de uma Política Municipal de Turismo que
oriente os rumos da organização e do desenvolvimento do turismo em Goiânia, deverá
ser consolidado um modelo de gestão do turismo para o município. Tal modelo,
considerando o turismo como um fator primordial para alavancagem da economia
local, será construído a partir de bases participativas, privilegiando a parceria
constante entre o poder público e a iniciativa privada, com destaque para o trade
turístico e para os demais segmentos representativos da cadeia produtiva do turismo
e da sociedade goianiense como um todo. Deverá, desta forma, estabelecer diretrizes,
processos e mecanismos de interação entre os agentes envolvidos, suas
competências e interfaces.
No que tange ao ambiente interno à administração pública municipal, deverá definir
formas e arranjos que propiciem a articulação institucional entre o órgão público de
gestão do turismo e os demais organismos municipais voltados, principalmente para
369
a gestão do meio ambiente, da cultura, da gestão territorial, da gestão fiscal, do
esporte e lazer, considerando o turismo como matéria multidisciplinar, enquanto
política pública municipal. Privilegiará ainda a articulação com as instâncias estadual
e federal, em abordagem sistêmica, bem como a qualidade do atendimento ao turista,
considerado em seu perfil e suas necessidades.
O Modelo assim configurado será concebido com a participação dos diferentes atores
públicos e privados envolvidos, por meio de Oficinas, Fóruns de Debates, Pesquisa
de Opinião e outros meios, resultando em documento técnico elaborado com a
assessoria de consultores especialistas contratados.
Ação 18 - Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal
de Turismo de Goiânia
Trata-se de analisar a eficácia e a efetividade do COMTUR, em sua configuração atual
e planejar/implantar as mudanças cabíveis que permitam que o Conselho atue de
forma adequada, gerando resultados que incluem, dentre outros, os pertinentes às ao
papel do Conselho perante a implantação, monitoramento e avaliação do
PDITS/Goiânia, em sintonia com a Unidade de Coordenação do Programa
PRODETUR/Goiânia – UCP.
Esta ação incluirá, como produto, a revisão e o aperfeiçoamento do Regimento Interno
do COMTUR, a elaboração de material de divulgação e informação relativo às suas
competências, composição e funcionamento (para veiculação junto aos setores
interessados da sociedade local), bem como a realização de ações de capacitação de
seus membros, por meio de treinamento específico, mesas redondas, vivência da
atuação de Conselhos de Turismo Estaduais e em municípios assemelhados a
Goiânia.
Ação 19 - Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos
da cadeia do turismo e formação de parcerias
Tendo em vista o impacto significativo da implantação das demais ações de
fortalecimento afetas a este Componente do PDITS/Goiânia, tais como um novo
modelo de gestão do turismo, a consolidação da Política Municipal do Turismo, e
370
ainda, os investimentos previstos em infraestrutura e outros que, em seu conjunto,
deverão imprimir nova dinâmica ao turismo local, torna-se necessário um esforço
concentrado de mobilização dos atores envolvidos para a promoção e dinamização
dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e a formação de uma rede de parcerias
que envolva os setores público e privado, a sociedade civil e o terceiro setor.
Prevê-se que esse movimento se dê sob a coordenação de uma entidade de
reconhecida capacidade técnica – tal como o SEBRAE ou outra equivalente, que já
atuem especificamente com o objeto explicitado.
O produto desta ação será constituído pela realização de um conjunto significativo de
eventos devidamente programados tais como reuniões comunitárias setoriais,
seminários, mesas de negociação, atividades específicas de capacitação, publicação
e distribuição de material didático e informativo específicos para os diferentes
segmentos, dentre outros, que ocorrerão intensivamente pelo período estimado de
seis meses contínuos.
Os esforços de mobilização e os conteúdos e produtos informativos e didáticos assim
gerados serão objeto de relatórios técnicos a serem divulgados para todos os agentes
envolvidos.
Ação 20 e 21 - Elaboração de estudos para Planejamento, formação e para
implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios
de seu Entorno
Goiânia está inserida em uma microrregião na qual localizam-se diversos municípios,
pertencentes à Região Metropolitana, que apresentam atrativos turísticos e
manifestações culturais tradicionalmente reconhecidas por seu significado, tanto para
o Estado de Goiás quanto para um ambiente expandido. Tais atrações são variadas,
com características religiosas, gastronômicas, folclóricas, ou ligadas ao mundo rural
ou ao meio ambiente natural.
Trata-se, nesta ação de fortalecimento, de mapear tais municípios e caracterizar as
atrações hoje exploradas e as atrações potenciais, de forma a compor, com as
371
características vocacionais para o turismo próprias de Goiânia, um conjunto de
atrativos que reforcem a demanda turística.
A partir desses estudos, deve-se especificar os institutos legais, com ênfase para a
possibilidade de celebração de Consórcio Intermunicipal, bem como um modelo de
gestão compartilhada que viabilize a exploração integrada dos potenciais turísticos
identificados. Prevê-se ainda, nesta ação, a mobilização dos municípios envolvidos
para conhecimento e negociação, finalizando com a elaboração e a celebração do
instrumento legal pertinente e de um plano de ação para início seqüente. ´
Todo esse processo e os produtos resultantes demandarão a contratação de
consultoria especializada e a pesquisa de casos de sucesso similares em outras
regiões brasileiras.
Ação 22 - Elaboração de parâmetros e implementação das condições
organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo
Lei Municipal de janeiro de 2011 introduziu mudanças na estrutura administrativa do
poder executivo de Goiânia, extinguindo a Secretaria Municipal de Turismo e alocando
as competências relativas à gestão do setor na Secretaria Municipal de Turismo e
Desenvolvimento Econômico – SETURDE - Diretoria de Turismo. Foram então criados
nesta Diretoria os Departamentos de (i) Qualificação e Pesquisa Turística, (ii)
Desenvolvimento e Infraestrutura Turística, (iii) Promoção e Incentivo ao Turismo. A
Lei remete para definição posterior, em Regimento Interno, a organização dessas
unidades, incluindo suas respectivas atribuições.
Assim, faz-se necessário investir na concepção dos parâmetros e na implementação
das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do
turismo, a partir das decisões explicitadas no texto legal. Necessário também se faz
definir, internamente, as bases de relacionamento da Diretoria e da Secretaria como
um todo com outros organismos públicos e externamente com o trade turístico e com
a sociedade. A partir dos investimentos previstos no PDITS para os próximos anos, e
com o impulso por eles gerados quanto à demanda turística em Goiânia, torna-se
importante a adoção de um modelo de gestão setorial inovador, tendo em vista o
desenvolvimento do turismo e o alcance de resultados efetivos.
372
Esta ação de fortalecimento volta-se, assim, prioritariamente, para a definição das
competências e para a distribuição das atribuições respectivas pelas unidades
administrativas da Diretoria de Turismo, bem como para o desenho e a definição dos
processos e procedimentos de trabalho a serem por ela adotados. Resta também
proceder ao redimensionamento qualitativo e quantitativo da força de trabalho
demandada na administração pública para o setor de gestão do turismo.
Serão produtos desta ação a definição e o detalhamento das condições
organizacionais para a adequada atuação da Diretoria de Turismo, no âmbito da
Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, em busca de níveis
excelentes de desempenho.
Complementarmente e não menos importante, esta ação trata de dimensionar, nos
aspectos quantitativos e qualitativos, a força de trabalho necessária ao órgão de
gestão do turismo, incluindo os perfis profissionais requeridos para os diferentes
cargos e funções e as diretrizes para a gestão de pessoas, configurando um sistema
de administração de pessoal inovador e baseado na avaliação estratégica de
desempenho por resultados.
Merecerão trabalho específico de mapeamento, ajuste e detalhamento, os processos
de trabalho, os procedimentos e os fluxos respectivos, relativos à atuação do órgão
gestor de turismo, buscando a sua racionalização, registro e normatização.
A concretização desta ação de fortalecimento institucional da gestão do turismo, em
toda a sua dimensão, exigirá a contratação de consultoria especializada para
coordenação e assessoramento à administração municipal quanto ao processo de
criação de alternativas técnicas, de discussão e construção coletiva das soluções e
de registro, em detalhes, de todos os conteúdos assim gerados, bem como para a
efetiva implantação dos mecanismos e instrumentos acordados.
Ação 23 e 24 - Desenvolvimento e implantação de sistema de informações para
a gestão do turismo
Neste campo, como diagnosticada, a carência de informações para a gestão do
turismo no município de Goiânia, é quase completa. Assim é que, um dos objetivos
373
específicos deste Componente configura-se como “Criar e implantar um sistema
integrado de informações turísticas, acessível aos diferentes atores públicos e
privados, incluindo os empreendedores locais, de forma a obter os subsídios
necessários ao planejamento e à gestão do turismo, bem como ao atendimento ao
turista”.
O desenvolvimento e implantação do SIG/Turismo resultará nos seguintes Produtos:
■ Projeto de Sistema Integrado de Informações Turísticas;
■ Provimento de recursos de tecnologia da informação – software e hardware;
■ Tratamento de informações para alimentação de banco de dados, a partir de
estudos, levantamentos a serem realizados, contemplando, dentre outros, os
seguintes conteúdos: inventário turístico; oferta turística; impactos do turismo na
economia do município; registros administrativos (cadastros de
estabelecimentos, Ficha Nacional de Registro de Hóspedes - FNRH e do Boletim
de Ocupação Hoteleira – BOH, entre outros); acessibilidade ao município e aos
atrativos e produtos turísticos existentes; infraestrutura de apoio ao turista -
compreendendo: dados dos sistemas de transporte, comunicação, segurança,
saúde, bancário disponíveis; atendimento, divulgação e informação ao turista;
indicadores do turismo em Goiânia; capacidade de carga dos atrativos.
■ Capacitação de equipes para gestão do sistema e para usuários.
Ação 25 e 26 - Elaboração e implementação de Plano de Capacitação de
dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão
municipal do turismo
Implica na elaboração de plano de capacitação continuada de equipes da
administração municipal para gestão do turismo, dimensionado para execução no
prazo máximo de 18 meses, de forma seqüencial e continuada, com ênfase no
374
atendimento às necessidades de funções e cargos de dirigentes, gerentes e técnicos,
a partir de insumos gerados pelo processo de reorganização do órgão gestor
municipal do turismo, do modelo participativo de gestão elaborado e dos demais
conteúdos consolidados na Política Municipal do Turismo. A elaboração do Plano
pressupõe a caracterização detalhada da clientela a ser atendida e o levantamento
das necessidades de capacitação, considerando o cenário atual e o cenário futuro do
desenvolvimento do turismo nacional, regional e local.
Inclui também a execução e a avaliação de resultados das atividades de capacitação
previstas no citado Plano, considerados os limites de tempo e de recursos financeiros
alocados para esta ação de fortalecimento, como parte do PDITS/Goiânia.
Prevê-se a contratação de consultoria técnica especializada para, por meio de equipe
multidisciplinar de especialistas, coordenar e assessorar a elaboração do Plano de
Capacitação e a execução das atividades nos limites estipulados.
Ação 27 e 28 - Elaboração e implementação de Plano de Capacitação de
dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos
no município
Esta ação de fortalecimento tem como público alvo os empreendedores atuais e
potenciais relativos ao trade turístico de Goiânia e envolve:
■ a elaboração de plano de capacitação de empreendedores atuais e potenciais
relativos ao trade turístico de Goiânia, dimensionado para execução no prazo
máximo de 12 meses, de forma seqüencial e continuada, considerando o cenário
atual e o cenário futuro de do desenvolvimento do turismo nacional, regional e
local. A elaboração do Plano pressupõe a caracterização detalhada da clientela
a ser atendida e o levantamento das necessidades de capacitação, nos
parâmetros indicados.
■ a execução e a avaliação de resultados das atividades de capacitação previstas
no citado Plano, considerados os limites de tempo e de recursos financeiros
alocados para esta ação de fortalecimento, como parte do PDITS/Goiânia.
375
Prevê-se a contratação de consultoria técnica especializada para, por meio de equipe
multidisciplinar de especialistas, coordenar e assessorar a elaboração do Plano de
Capacitação e a execução das atividades nos limites estipulados.
Ação 29 - Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de
Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico
Trata-se de elaborar/adequar, com a cooperação e efetiva participação dos órgãos
gestores do turismo e do meio ambiente da administração municipal, o modelo de
gestão para os parques já instalados e a instalar em Goiânia, de forma que possa
atender, a contento, ao caso dos parques tidos como atrativos turísticos e apropriados
para o uso turístico.
O Modelo de gestão a elaborar/adequar deverá incluir, em acordo com a legislação e
as normas vigentes de proteção ambiental, a elaboração de um Código de Conduta
de Visitantes, diretrizes e indicativos para atividades de interesse dos turistas, para a
implantação de sinalização turística e interpretativa, para adequação dos recursos de
infraestrutura e serviços a disponibilizar, para controle e monitoramento da
capacidade de carga dos parques, dentre outros.
Para realização de tais estudos e indicações, cujos resultados devem ser amplamente
debatidos e validados pelas instâncias pertinentes, deverão ser contratados serviços
de consultoria especializada.
Ação 30 - Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos
para os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura
Com a aquisição de equipamentos de informática, de mobiliário e de veículos, os
serviços de licenciamento e fiscalização ambiental prestados pela AMMA terão
supridas as suas necessidades básicas para atuação nesses setores, com eficiência
e eficácia. Tais investimentos virão complementar as iniciativas já implantadas e em
andamento, de racionalização e informatização dos processos de trabalho relativos
ao licenciamento e à fiscalização. As condições organizacionais demandadas se
376
completam na medida em que a AMMA conta hoje com quadro profissional em número
e perfil adequado para as demandas atuais.
Ação 31 - Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal
Esta ação tem como foco a identificação e a inserção dos atores sociais em uma rede
integrada de educação fiscal, de forma a desenvolver a consciência contributiva dos
cidadãos goianienses.
Custo Estimado
O custo total do componente referente ao Fortalecimento Institucional é de
R$7.112.002,33 (sete milhões, cento e doze mil, dois reais e trinta e trinta e três
centavos), divididos por ação, conforme quadro abaixo.
QUADRO 41 – CUSTO POR AÇÃO DE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
1 – Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para a SETURDE e a UCP R$ 1.160.000,00 PRODETUR Nacional
2 - Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia R$ 148.816,73 PRODETUR Nacional
3 - Revisão do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia R$ 87.593,97 PRODETUR Nacional
4 - Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
R$ 160.000,00 PRODETUR Nacional
5 - Elaboração de estudo visando a melhoria e enriquecimento dos serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT
R$ 200.000,00 PRODETUR Nacional
6 – Elaboração de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
7 – Implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia R$ 300.000,00 PRODETUR Nacional
8 - Elaboração de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo R$ 50.000,00 PRODETUR Nacional
9 - Implantação de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo R$ 150.000,00 PRODETUR Nacional
10 – Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia R$ 2.000.000,00 PRODETUR Nacional
11 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente
R$ 70.000,00 PRODETUR Nacional
12 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente
R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
377
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
13 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
R$ 50.000,00 PRODETUR Nacional
14 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
R$ 120.000,00 PRODETUR Nacional
15 - Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia – Plano de estruturação de arrecadação de receita turística
R$ 60.000,00 PRODETUR Nacional
16 - Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente no Município de Goiânia
R$ 150.000,00 PRODETUR Nacional
17- Elaboração do Modelo de Gestão Participativa do Turismo R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
18 - Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Goiânia R$ 70.000,00 PRODETUR Nacional
19 - Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de parcerias
R$ 80.000,00 PRODETUR Nacional
20 - Elaboração de estudos para Planejamento, formação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
R$ 30.000,00 PRODETUR Nacional
21 - Implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno R$ 50.000,00 PRODETUR Nacional
22 - Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo
R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
23 - Desenvolvimento de sistema de informações para a gestão do turismo R$ 270.000,00 PRODETUR Nacional
24 - Implantação de sistema de informações para a gestão do turismo R$ 420.000,00 PRODETUR Nacional
25 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
R$ 80.000,00 PRODETUR Nacional
26 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
27 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município
R$ 80.000,00 PRODETUR Nacional
28 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município
R$ 500.000,00 PRODETUR Nacional
29 - Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico
R$ 100.000,00 PRODETUR Nacional
30 - Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura
R$ 135.591,63 PRODETUR Nacional
31 - Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal R$ 90.000,00 PRODETUR Nacional
TOTAL (R$) 7.112.002,33
378
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
TOTAL (US$) Cotação dólar comercial: R$1,684 (07/01/2011)
4.223.279,29
Este componente completo terá recursos do PRODETUR Nacional.
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Melhorar a infraestrutura turística e dos serviços básicos do município de Goiânia
Objetivos
■ Ampliar as condições de acessibilidade via aérea a Goiânia;
■ Conferir melhores condições de mobilidade urbana sustentável;
■ Melhorar a infraestrutura urbana do Centro Histórico;
■ Incentivar a implantação de novos empreendimentos voltados ao turismo
sustentável.
Justificativa
Um dos fatores determinantes para o desenvolvimento do turismo é a acessibilidade,
uma vez que possibilita ao turista atingir o destino. Foram diagnosticados na cidade
de Goiânia dois gargalos no sistema de transporte, um deles se refere às condições
da macro acessibilidade, que diz respeito à possibilidade de o turista atingir o destino
(Goiânia), e outro à micro acessibilidade, diretamente relacionado à mobilidade intra-
urbana e acesso interno aos atrativos turísticos. Este depende, em grande medida,
dos sistemas de transporte disponíveis na Cidade e das condições físicas das vias,
calçadas e sinalização.
Desse modo, Goiânia necessita de intervenções no sentido de ampliar as condições
de acessibilidade aérea, para que possa se consolidar enquanto portão de entrada do
estado de Goiás. Hoje, a malha aérea encontra-se defasada bem como a estrutura
física e operacional do aeroporto internacional Santa Genoveva. Por isso, apesar da
379
localização estratégica da cidade frente ao território brasileiro, não existe uma
condição favorável para acessá-la via aérea.
Com relação à micro acessibilidade por transporte terrestre, a Cidade necessita de
reestruturações pontuais no seu sistema viário, uma vez que o acesso aos atrativos
deve se dar de maneira eficiente. É importante ainda que a partir do aeroporto seja
possível acessar os atrativos turísticos de Goiânia com segurança e autonomia. A
rede viária bem como o sistema de transporte público coletivo e por táxis devem ser
preparados para atender à demanda turística que se pretende estimular.
Sabe-se que o deslocamento urbano por meio de transporte público coletivo, a pé e
por bicicleta é incentivado pelo Ministério das Cidades, uma vez que esse é um
requisito para a sustentabilidade urbana das grandes cidades. O Plano Diretor de
Goiânia prevê uma série de corredores exclusivos e preferenciais para o transporte
público e uma rede de ciclovias. Dessa maneira, é importante que as diretrizes do
Plano sejam postas em prática para que se garanta o exercício da mobilidade urbana
de forma sustentável.
Diante da hierarquização dos atrativos ficou clara a importância dos parques urbanos
enquanto atrativos de grande potencial. Hoje, muitos desses parques possuem
infraestrutura adequada à utilização turística, no entanto, precisam ser conectados
entre si, de modo a potencializar sua utilização garantindo melhor distribuição dos
fluxos entre eles. Para tal, são necessárias ações que garantam infraestrutura
adequada ao pedestre e ciclista bem como incentivo e educação da população para
sua utilização.
O Centro Histórico de Goiânia possui acervo arquitetônico art déco significativo.
Atualmente muitos exemplares encontram-se subutilizados e em mau estado de
conservação. Para reverter esse quadro e possibilitar a fruição dos bem pelos turistas
são necessárias ações que busquem mitigar os problemas detectados.
Ainda no Centro Histórico, e no Setor Central como um todo, foram detectados
problemas quanto à infraestrutura de drenagem de águas pluviais, o que, nos dias de
chuva intensa ocasiona retenção de água em diversos pontos. Esse tipo de ocorrência
repercute negativamente na atividade turística e por isso deve ser mitigada.
380
Foi diagnosticado que a cidade é carente de atrativos que possibilitem a permanência
do turista na cidade.
A área da APA do ribeirão João Leite, já diagnosticada como adequada para a
implantação de empreendimentos de turismo sustentável (ALTAN TCBR, 2008), deve
ser contemplada por ações que visem a implantação de infraestrutura e serviços
básicos como rede viária, drenagem urbana, iluminação pública, esgotamento
sanitário e abastecimento de água. Dessa maneira pretende-se estimular o
investimento do setor privado em equipamentos e serviços relacionados ao segmento
do ecoturismo, turismo rural e de aventuras bem como hotelaria, gastronomia e
correlatos.
É sabido que o Parque de Exposições Agropecuárias e o Jardim Zoológico devem ser
transferidos para a APA do Ribeirão João Leite (este último ainda não confirmado),
assim, entende-se que são necessárias ações de planejamento para definir a melhor
forma de se ocupar o solo e os usos plausíveis para área a fim de garantir a
sustentabilidade ambiental e econômica da APA.
Descrição do conjunto de ações
As ações propostas neste componente constituem em sua maioria ações de
intervenção no ambiente físico da cidade. Abrangem um conjunto de obras de
melhoria viária, de sinalização e adequação de infraestruturas e serviços existentes
para pessoas com necessidades especiais. Algumas intervenções estão diretamente
relacionadas à requalificação de equipamentos urbanos existentes e implantação de
novas estruturas físicas de apoio aos atrativos turísticos.
Abaixo se apresentam as descrições de todas as ações que possuem interface com
os problemas apresentados, tanto as ações que terão recursos provenientes do
PRODETUR Nacional quanto demais ações que possuem outras fontes de recursos.
Produtos/ Resultados Esperados
Ação 1, 2 e 3 – Elaboração de Projeto Básico, Elaboração de Projeto Executivo
e Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de maior
visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o
Parque Mutirama)
381
Deve ser possível acessar diversos parques utilizando caminhada ou bicicleta, como
forma de incentivar a mobilidade urbana sustentável, através da criação de circuitos
de pedestres e rede cicloviária. Dessa forma devem ser empreendidas as seguintes
ações:
■ Criação de circuito de pedestres
■ Adequação dos atrativos turísticos para pessoas com deficiência.
Ação 4 e 5 – Elaboração de Projeto Básico e Projeto Executivo para
Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
Esta ação consiste em viabilizar, através da implantação de infraestrutura básica e de
acesso, a recepção de investimentos privados na área do João Leite.
Ação 6 - Ampliação e reestruturação do Aeroporto Internacional Santa
Genoveva
O Aeroporto Internacional Santa Genoveva deve ser alvo de:
■ Execução de obras civis conforme projeto existente, para readequação da
estrutura física e operacional do atual aeroporto, que possui estrutura física
antiga e inadequada para recepcionar os turistas;
■ Execução de obras viárias na via Contorno de Goiânia da BR 060, localizada no
entorno do aeroporto internacional Santa Genoveva – 10 viadutos ao longo do
trecho
Ação 7 - Implantação da rede estrutural de transporte urbano
Para garantir as condições de mobilidade urbana sustentável são necessárias obras
viárias e intervenções no sistema de transporte público como implementação da rede
estrutural de transporte urbano previstos no Plano Diretor de Transporte Coletivo
Urbano da Grande Goiânia
Esta ação já possui recurso previsto pela Prefeitura de Goiânia de R$ 241.112.000,00
(duzentos e quarenta e um milhões e cento e doze mil reais) e recurso da iniciativa
382
privada de R$ 376.443.000,00 (trezentos e setenta e seis milhões e quatrocentos e
quarenta e três mil reais).
Custos
O custo total do componente referente à Infraestrutura e Serviços Básicos é de R$
1.130.255.000,00 (um bilhão, cento e trinta milhões e duzentos e cinquenta e cinco
mil reais) divididos por ação, conforme quadro abaixo.
QUADRO 42 – CUSTO POR AÇÃO DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
1 – Elaboração de Projeto Básico para Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de maior visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o Parque Mutirama)
R$ 300.000,00 Prefeitura de Goiânia
2 – Elaboração de Projeto Executivo para Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de maior visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o Parque Mutirama)
R$ 300.000,00 Prefeitura de Goiânia
3 – Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de maior visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o Parque Mutirama)
R$ 1.500.000,00 Prefeitura de Goiânia
4 – Elaboração de Projeto Básico para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite R$ 300.000,00 PRODETUR Nacional
5 – Elaboração de Projeto Executivo para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite R$ 300.000,00 PRODETUR Nacional
6 - Ampliação e reestruturação do Aeroporto Internacional Santa Genoveva R$ 510.000.000,00
Ministério da Defesa. Lei nº 11.206, 15 de dezembro de 2005/
Prefeitura de Goiânia
7 - Implantação da rede estrutural de transporte urbano R$ 617.555.000,00 Prefeitura de Goiânia
/Investimento Privado
TOTAL (R$) R$ 1.130.255.000,00
TOTAL (US$) Cotação dólar comercial: R$1,684 (07/01/2011)
671.172.802,85
Os recursos do PRODETUR Nacional para este componente são de R$ 356.294,54
(trezentos e cinquenta e seis mil, duzentos e noventa e quatro reais e cinquenta e
quatro centavos).
383
COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
ESTRATÉGIA:Melhorar da qualidade ambiental da Área Turística de Goiânia
Objetivos
■ Promover a sustentabilidade ambiental das áreas naturais de atração turística;
Justificativa
Deve ser dada ênfase às ações de conservação e recuperação ambiental, bem como
às ações voltadas para o ambiente social, uma vez que o desenvolvimento turístico
somente poderá ser bem sucedido se associado à melhoria da qualidade de vida da
população.
Descrição do conjunto de ações
As ações propostas no componente GESTÃO SOCIOAMBIENTAL abrangem planos
e programas de gestão socioambiental e planos de recuperação de áreas degradadas.
Produtos/ Resultados Esperados
Ação 1 - Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS
Goiânia
O Plano de Gestão Ambiental constitui o instrumento para gerenciamento e
monitoramento ambiental do PDITS. Suas atividades serão desenvolvidas pela
Prefeitura de Goiânia, que disporá de ferramentas para planejar, executar e avaliar
seus próprios procedimentos, bem como para acompanhar e avaliar os demais
agentes responsáveis por tudo o que se refere a meio ambiente do PDITS.
Seus objetivos são:
384
■ Manter um sistema de avaliação ambiental permanente do PDITS;
■ Realizar a gestão das licenças ambientais;
■ Realizar a gestão das condicionantes ambientais;
■ Manter um sistema de correção;
Consolidar relatórios de resultados e encaminhá-los.
Ação 2 - Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica
A Avaliação Ambiental Estratégica constitui um processo contínuo de avaliação da
qualidade do meio ambiente e das eventuais conseqüências ambientais do
desenvolvimento de uma área ou região.
A aplicação efetiva da Avaliação Ambiental Estratégica fornece dados precisos e
atualizados para tomadas de decisão que envolve aspectos ambientais e de
desenvolvimento, avaliando o envolvimento de agentes sociais relevantes e as
alternativas mais sustentáveis.
A avaliação define os procedimentos que devem ser incorporados a políticas públicas,
planos e programas governamentais para assegurar a integração efetiva dos aspectos
físicos, bióticos, econômicos, sociais e políticos.
A elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica do PDITS Goiânia é uma exigência
do Ministério do Turismo para todos os projetos do PRODETUR nacional, portanto os
projetos elencados no PDITS Goiânia só poderão ser executados após essa
avaliação.
Ação 3 e 4 - Elaboração e implementação de Plano de Conservação e
Recuperação de áreas naturais de atração turística
Quando se planeja a atividade turística em áreas naturais, a primeira preocupação
deve estar relacionada à conservação de tais áreas para a manutenção da qualidade
e da atratividade do turismo.
385
O Plano a ser elaborado deverá envolver o diagnóstico das necessidades de
conservação e/ou recuperação das áreas naturais com potencial turístico, a
elaboração dos orçamentos para as medidas a serem tomadas, a identificação e
captação das fontes de recursos, culminando na execução das medidas de
conservação ou recuperação, além de prever a destinação de parcela da renda
gerada pelo turismo para a implantação de medidas.
Ação 5 - Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e
limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos,
socioeconômicos, institucionais e legais
Deve ser realizado estudo de caracterização de todas as UCs a fim de identificar quais
as possibilidades e as limitações existentes para exploração da atividade turística.
Custo Estimado
O custo total do componente referente à Gestão Socioambiental é de R$ 3.528.185,49
(três milhões, quinhentos e vinte e oito mil, cento e oitenta e cinco reais e quarenta e
nove centavos) divididos por ação, conforme quadro abaixo.
QUADRO 43 – CUSTO POR AÇÃO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
AÇÃO CUSTO (R$) ORIGEM DO RECURSO
1 - Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia R$ 250.000,00 PRODETUR Nacional
2 - Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica R$ 328.185,49 PRODETUR Nacional
3 - Elaboração de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística R$ 400.000,00 PRODETUR Nacional
4 - Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística R$ 1.800.000,00 PRODETUR Nacional
5 - Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos, institucionais e legais
R$ 750.000,00 PRODETUR Nacional
TOTAL (R$) R$ 3.528.185,49
TOTAL (US$) Cotação dólar comercial: R$1,684 (07/01/2011)
2.095.122,02
386
Todas as ações propostas terão recursos do PRODETUR Nacional.
5.3 DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL
Apresenta-se a seguir o Quadro de Investimentos Totais previstos para no PDITS
Goiânia.
QUADRO 44 – DIMENSIONAMENTO DOS INVESTIMENTOS TOTAIS
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
R$ 73.864.327,81 $43.862.427,44
1 - Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável – PDITS Goiânia
R$ 237.354,03 $140.946,57 PRODETUR Nacional
2 - Reestruturação do Parque Mutirama
R$ 49.470.052,14 $29.376.515,52 PRODETUR Nacional
3 – Elaboração de Projeto Básico para Revitalização da Praça do
Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga
estação ferroviária para realização de eventos
R$ 500.000,00 $296.912,11 PRODETUR Nacional
4 – Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga
estação ferroviária para realização de eventos
R$ 1.500.000,00 $890.736,34 PRODETUR Nacional
5 - Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação
financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e
Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama
R$ 349.999,98 $207.838,47 PRODETUR Nacional
6 – Elaboração de Plano Estratégico de Captação de Eventos
R$ 200.000,00 $118.764,85 PRODETUR Nacional
7 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação das fachadas do
acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
R$ 900.000,00 $534.441,81 PRODETUR Nacional
8 – Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do
Centro Histórico
R$ 4.450.000,00 $2.642.517,81 PRODETUR Nacional
9 – Elaboração de Projeto Básico Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista
R$ 500.000,00 $296.912,11 PRODETUR Nacional
10 – Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista
R$ 1.500.000,00 $890.736,34 PRODETUR Nacional
387
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
11 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação do Setor Fama –
Avenida Bernardo Sayão
R$ 1.000.000,00 $593.824,23 PRODETUR Nacional
12 – Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão
R$ 4.000.000,00 $2.375.296,91 PRODETUR Nacional
13 - Implantação de sinalização turística indicativa de padrão
internacional no Município
R$ 504.515,63 $299.593,60 MTUR/Prefeitura de Goiãnia (AMT
e antiga SEMTUR)
14 – Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque
Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico
R$ 320.000,00 $190.023,75 PRODETUR Nacional
15 – Revitalização do Mercado Central
R$ 700.000,00 $415.676,96 Outras fontes
16 - Elaboração de Projeto Executivo para adequação dos atrativos
turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama,
Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das
Rosas)
R$ 500.000,00 $296.912,11 PRODETUR Nacional
17 - Adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de
necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama,
Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das
Rosas)
R$ 750.000,00 $445.368,17 PRODETUR Nacional
18 – Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG
R$ 200.000,00 $118.764,85 PRODETUR Nacional
19 – Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável -
Selo Verde
R$ 1.228.406,03 $729.457,26 PRODETUR Nacional
20 - Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3°
Milênio
R$ 220.000,00 $130.641,33 PRODETUR Nacional
21 - Elaboração de plano de capacitação de mão-de-obra para o
turismo sustentável
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
22 - Implementação de capacitação de mão-de-obra para o turismo
sustentável
R$ 400.000,00 $237.529,69 PRODETUR Nacional
23 - Elaboração de Estudos básicos para a criação e implementação de
Zonas Especiais de Interesse turístico
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
388
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
24 - Elaboração de Pórtifólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3°
Milênio
R$ 300.000,00 $178.147,27 PRODETUR Nacional
25 - Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de
Goiânia (Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava, Parque Areião e Bosque dos
Buritis)
R$ 200.000,00 $118.764,85 PRODETUR Nacional
26 – Revitalização do Lago das Rosas
R$ 1.500.000,00 $890.736,34 Prefeitura de Goiânia (AMMA)
27 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação da Avenida 26 –
Rua Gercina Borges
R$ 250.000,00 $148.456,06 PRODETUR Nacional
28 – Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges
R$ 500.000,00 $296.912,11 PRODETUR Nacional
29 - Elaboração de Estudo para estruturação do Circuito do ônibus
Turístico
R$ 250.000,00 $148,45 PRODETUR Nacional
30 – Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama
R$ 84.000,00 $49.881,24 PRODETUR Nacional
31 - Estruturação dos pontos integrantes do Circuito do Ônibus
Turístico
R$ 1.000.000,00 $593.824,23 PRODETUR Nacional
32 - Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade
turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
R$ 150.000,00 $89.073,63 PRODETUR Nacional
COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO
R$ 1.300.000,00 $890.736,34
1. Elaboração do Plano de Marketing Estratégico e Operacional R$ 1.000.000,00 $593.824,23 PRODETUR
Nacional
2. Implementação do Plano de Marketing Estratégico e Operacional
R$ 500.000,00
$296.912,11 PRODETUR
Nacional
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL R$ 7.112.002,33 $4.223.279,29
1 – Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para
a SETURDE e a UCP
R$ 1.000.000,00 $593.824,23 PRODETUR Nacional
2 - Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia
R$ 148.816,73 $88.370,98 PRODETUR Nacional
3 - Revisão do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia
R$ 87.593,97 $52.015,42 PRODETUR Nacional
4 - Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a
implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
R$ 160.000,00 $95.011,88 PRODETUR Nacional
389
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
5 - Elaboração de estudo visando a melhoria e enriquecimento dos
serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT
R$ 200.000,00 $118.764,85 PRODETUR Nacional
6 – Elaboração de Sistema de Informações Gerenciais do
PRODETUR Nacional Goiânia
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
7 – Implantação de Sistema de Informações Gerenciais do
PRODETUR Nacional Goiânia
R$ 300.000,00 $178.147,27 PRODETUR Nacional
8 - Elaboração de programa integrado de educação comunitária e do turista
para o turismo
R$ 50.000,00 $29.691,21 PRODETUR Nacional
9 - Implantação de programa integrado de educação comunitária e
do turista para o turismo
R$ 150.000,00 $89.073,63 PRODETUR Nacional
10 – Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia
R$ 2.000.000,00 $1.187.648,46 PRODETUR Nacional
11 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal
para a gestão municipal do meio ambiente
R$ 70.000,00 $41.567,70 PRODETUR Nacional
12 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal
para a gestão municipal do meio ambiente
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
13– Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal
para a gestão financeira e fiscal
R$ 50.000,00 $29.691,21 PRODETUR Nacional
14– Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal
para a gestão financeira e fiscal
R$ 120.000,00 $71.258,91 PRODETUR Nacional
15 - Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do
Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de
Goiânia – Plano de estruturação de arrecadação de receita turística
R$ 60.000,00 $35.629,45 PRODETUR Nacional
16 - Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e
gestão do meio ambiente no Município de Goiânia
R$ 150.000,00 $89.073,63 PRODETUR Nacional
17 - Elaboração do Modelo de Gestão Participativa do Turismo
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
390
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
18 - Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal de
Turismo de Goiânia
R$ 70.000,00 $41.567,70 PRODETUR Nacional
19 - Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de
parcerias
R$ 80.000,00 $47.505,94 PRODETUR Nacional
20 - Elaboração de estudos para Planejamento, formação de Consórcio
Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
R$ 30.000,00 $17.814,73 PRODETUR Nacional
21 - Implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre
Goiânia e municípios de seu Entorno
R$ 50.000,00 $29.691,21 PRODETUR Nacional
22 - Elaboração de parâmetros e implementação das condições
organizacionais da administração pública municipal para a gestão do
turismo
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
23 - Desenvolvimento de sistema de informações para a gestão do turismo
R$ 270.000,00 $160.332,54 PRODETUR Nacional
24 - Implantação de sistema de informações para a gestão do turismo
R$ 420.000,00 $249.406,18 PRODETUR Nacional
25 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
R$ 80.000,00 $47.505,94 PRODETUR Nacional
26 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
27 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de
serviços turísticos no município
R$ 80.000,00 $47.505,94 PRODETUR Nacional
28 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de
serviços turísticos no município
R$ 500.000,00 $296.912,11 PRODETUR Nacional
29 - Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de
Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico
R$ 100.000,00 $59.382,42 PRODETUR Nacional
30 - Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para
os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura
R$ 135.591,63 $80.517,60 PRODETUR Nacional
31 - Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal
R$ 90.000,00 $53.444,18 PRODETUR Nacional
391
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
COMPONENTE 4 - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
BÁSICOS R$ 1.130.255.000,00 $671.172.802,85
1 – Elaboração de Projeto Básico para Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de
maior visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o Parque
Mutirama)
R$ 300.000,00 $178.147,27 Prefeitura de Goiânia
2 – Elaboração de Projeto Executivo para Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de
maior visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o Parque
Mutirama)
R$ 300.000,00 $178.147,27 Prefeitura de Goiânia
3 – Implantação da rede cicloviária para pedestres entre os parques de
maior visitação (Vaca brava, Flamboyant, Lago das Rosas e Bosque dos Buritis e o Parque
Mutirama)
R$ 1.500.000,00 $890.736,34 Prefeitura de Goiânia
4 – Elaboração de Projeto Básico para Urbanização de área da APA do
ribeirão João Leite R$ 300.000,00 $178.147,27 PRODETUR
Nacional
5 – Elaboração de Projeto Executivo para Urbanização de área da APA do
ribeirão João Leite R$ 300.000,00 $178.147,27 PRODETUR
Nacional
6 - Ampliação e reestruturação do Aeroporto Internacional Santa
Genoveva R$ 510.000.000,00 $302.850.356,29
Ministério da Defesa. Lei nº 11.206, 15 de dezembro de
2005/ Prefeitura de Goiânia
7 - Implantação da rede estrutural de transporte urbano R$ 617.555.000,00 $366.719.121,14
Prefeitura de Goiânia
/Investimento Privado
COMPONENTE 5 - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL R$ 3.528.185,49 $2.095.122,02
1 - Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS
Goiânia R$ 250.000,00 148.456,06 PRODETUR
Nacional
2 - Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica R$ 328.185,49 194.884,50 PRODETUR
Nacional
3 - Elaboração de Plano de Conservação e Recuperação de
áreas naturais de atração turística R$ 400.000,00 237.529,69 PRODETUR
Nacional
392
COMPONENTE/AÇÃO INVESTIMENTOS TOTAIS
FONTE DOS RECURSOS R$ 1.000,00 US$ 1.000,00*
4 - Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de
áreas naturais de atração turística R$ 1.800.000,00 1.068.883,61 PRODETUR
Nacional
5 - Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e
limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos,
institucionais e legais
R$ 750.000,00 445.368,17 PRODETUR Nacional
TOTAL R$ 1.216.559.515,63 $722.422.515,22
* Cotação dólar comercial = R$1,684 Data: 07/01/2011
5.4 SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES
5.4.1 Metodologia para Priorização das Ações
Todas ações cujos recursos são provenientes do PRODETUR Nacional foram
julgadas para definição da priorização das mesmas no Programa.
Para priorização das ações do PDITS Goiânia foram considerados 6 (seis) critérios e
uma escala de 1 a 3 para julgamento dos critérios definidos:
QUADRO 45 – CRITÉRIOS PARA HIERARQUIZAÇÃO DAS AÇÕES
CRITÉRIOS ESCALA
A Relação com a estratégia do destino 1 – Baixa 2 – Média 3 – Alta
B Interface e interdependência com outras ações 1 – Baixa 2 – Média 3 – Alta
393
CRITÉRIOS ESCALA
C Nível de impacto positivo no destino 1 – Baixo 2 – Médio 3 – Alto
D Amplitude dos benefícios gerados 1 – Baixa 2 – Média 3 – Alta
E Tempo para implantação 1 – Longo prazo 2 – Médio prazo 3 – Curto prazo
F Visibilidade da ação 1 – Baixa 2 – Média 3 – Alta
A classificação indica o grau de prioridade de cada ação, atribuindo um valor
quantitativo à sua importância para o desenvolvimento do turismo em Goiânia. Sendo
assim, o somatório das notas atribuídas aos critérios define àquelas ações
preferenciais a serem implantadas.
Para tanto, tem-se:
Prioridade I: notas entre 16 e 18
Prioridade II: notas entre 13 e 15
Prioridade III: notas entre 6 e 12
A análise destes aspectos por ação foi consolidada na matriz apresentada abaixo
que revela as ações prioritárias para o PRODETUR Nacional Goiânia, destacadas
em vermelho.
394
MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA
COMPONENTE/AÇÃO A B C D E F TOTAL PRIOR.
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
1 - Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Goiânia 3 3 3 3 3 2 17 I
2 - Reestruturação do Parque Mutirama 3 3 3 3 2 3 17 I
3 – Elaboração de Projeto Básico para Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos 2 2 2 2 3 2 13 II
4 – Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos 2 2 2 2 2 3 13 II
5 - Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama 3 3 3 3 3 1 16 I
6 – Elaboração de Plano de Captação de Eventos 3 3 3 3 3 1 16 I
7 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico 2 2 2 2 3 1 12 III
8 – Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico 2 2 2 2 2 2 12 III 9 –Elaboração de Projeto Básico para Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista 2 2 2 2 3 1 12 III
10 – Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista 2 2 2 2 2 2 12 III 11 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão 2 2 2 2 3 2 13 II
12 – Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão 2 2 2 2 2 3 13 II
13 – Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico 2 1 2 2 3 2 12 III
14 - Elaboração de Projeto Executivo para adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
2 3 2 2 3 2 14 II
15 - Adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
2 3 2 2 2 3 14 II
395
COMPONENTE/AÇÃO A B C D E F TOTAL PRIOR.
16 – Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG 3 3 3 3 2 2 16 I 17 – Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo Verde 3 3 2 2 2 3 15 II 18 - Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3° Milênio 3 3 2 2 3 3 16 I 19 - Elaboração de plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável 3 3 3 3 3 2 17 I
20 - Implementação de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável 3 3 3 3 2 3 17 I
21 - Elaboração de Estudos básicos para a criação e implementação de Zonas Especiais de Interesse turístico 3 3 2 3 2 2 15 II
22 - Elaboração de Pórtifólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3° Milênio 3 3 3 3 2 3 17 I
23 - Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de Goiânia (Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava, Parque Areião e Bosque dos Buritis) 1 1 1 1 3 1 8 III
24 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges 1 2 1 1 3 1 9 III
25 – Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges 1 2 1 1 2 2 9 III
29 – Elaboração de Estudo para estruturação do Circuito do ônibus Turístico 3 3 2 3 3 3 17 I
26 - Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama 3 3 2 3 3 2 16 I
27 – Estruturação dos pontos integrantes do Circuito do Ônibus Turístico 3 3 3 2 3 3 17 I
29 - Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade 3 3 3 3 3 3 18 I
COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO
1. Elaboração do Plano de Marketing Estratégico e Operacional 3 3 3 3 3 1 16 I 2. Implementação do Plano de Marketing Estratégico e Operacional 3 3 3 3 2 3 17 I
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
1 – Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para a SETURDE e a UCP 3 3 3 3 3 2 17 I 2 - Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia 3 3 3 3 3 1 16 I
3 - Revisão do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia 3 3 2 3 3 2 16 I
4 - Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos 3 3 3 3 2 2 16 I
5 - Elaboração de estudo visando a melhoria e enriquecimento dos serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT 3 3 2 2 3 2 15 II
396
COMPONENTE/AÇÃO A B C D E F TOTAL PRIOR.
6 – Elaboração de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia 3 3 3 3 3 1 16 I 7 – Implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia 3 3 3 3 2 2 16 I 8 - Elaboração de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo 3 2 2 3 3 1 14 II
9 - Implantação de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo 3 2 2 3 1 3 14 II
10 – Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia 3 3 3 3 3 3 18 I
11 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente 3 2 3 3 3 2 16 I
12 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente 2 3 3 3 2 3 16 I
13 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal 2 2 3 3 3 3 16 I
14 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal 3 2 3 3 3 3 17 I
15 - Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia – Plano de estruturação de arrecadação de receita turística
3 3 3 3 3 3 18 I
16 - Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente no Município de Goiânia 3 2 2 2 2 3 14 II
17 - Elaboração do Modelo de Gestão Participativa do Turismo 3 3 3 3 2 3 17 I
18 - Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Goiânia 3 3 2 2 2 3 15 II
19 - Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de parcerias 2 3 3 3 2 2 15 II
20 - Elaboração de estudos para Planejamento, formação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno 3 2 2 1 2 1 11 III
21 - Implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno 3 2 3 3 1 3 15 II
22 - Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo 3 3 3 3 2 3 17 I
23 - Desenvolvimento de sistema de informações para a gestão do turismo 3 3 3 3 2 1 15 II 24 - Implantação de sistema de informações para a gestão do turismo 3 3 3 3 2 3 17 I 25 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo 3 3 3 3 3 2 17 I
397
COMPONENTE/AÇÃO A B C D E F TOTAL PRIOR.
26 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo 3 3 3 3 2 3 17 I
27 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município 2 2 2 2 2 1 11 III
28 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município 2 2 3 3 1 3 14 II
29 - Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico 3 3 3 3 3 3 18 I
30 - Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura 3 2 3 3 3 3 17 I
31 - Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal 3 2 3 3 3 3 17 I
COMPONENTE 4 - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
1 – Elaboração de Projeto Básico para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
2 – Elaboração de Projeto Executivo para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite 2 1 2 2 2 3 12 III COMPONENTE 5 - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
1 - Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia
2 - Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica 3 3 3 3 3 2 17 I
3 - Elaboração de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística 3 3 3 2 3 2 16 I
4 - Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística 3 3 3 3 2 3 17 I
5 - Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos, institucionais e legais 3 2 2 3 3 3 16 I
COMPONENTE/AÇÃO A B C D E F TOTAL PRIOR.
398
5.4.2 Matriz de Investimento do PRODETUR Nacional Goiânia
Apresenta-se a seguir, a Matriz de Investimento do PRODETUR Nacional Goiânia, onde constam a prioridade, o ano de execução e o recurso a ser destinado a cada uma das ações elencadas. Nesta
Matriz aparecem apenas as ações que terão recursos provenientes do PRODETUR Nacional, sendo que as ações prioritárias deverão ser implementadas nos 18 primeiros meses de execução do
Programa.
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO 50.141.406,15 29.775.181,80 4.920.000,00 2.921.615,20 7.328.406,03 4.351.785,05 7.720.000,00 4.584.323,04 1.050.000,00 623.515,44 71.159.812,18 42.256.420,53
1 - Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Goiânia
I 237.354,03 140.946,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 237.354,03 140.946,57
2 - Reestruturação do Parque Mutirama I 49.470.052,14 29.376.515,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 49.470.052,14 29.376.515,52
3 – Elaboração de Projeto Básico para Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
II 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
4 – Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
II 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17 750.000,00 445.368,17 1.500.000,00 890.736,34
5 - Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama
I 349.999,98 207.838,47 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 349.999,98 207.838,47
6 – Elaboração de Plano de Captação de Eventos I 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85
7 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 900.000,00 534.441,81 0,00 0,00 900.000,00 534.441,81
8 – Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
III 0,00 0,00 1.450.000,00
861.045,13 3.000.000,00 1.781.472,68 0,00 0,00 0,00 0,00 4.450.000,00 2.642.517,81
9 –Elaboração de Projeto Básico para Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista
III 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
10 – Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.500.000,00 890.736,34 0,00 0,00 1.500.000,00 890.736,34 11 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão
II 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
12 – Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão II 0,00 0,00 0,00 0,00 2.000.000,00 1.187.648,46 2.000.000,00 1.187.648,46 0,00 0,00 4.000.000,00 2.375.296,91
13 – Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 320.000,00 190.023,75 0,00 0,00 320.000,00 190.023,75
14 - Elaboração de Projeto Executivo para adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
II 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
15 - Adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
II 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17
16 – Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG I 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 50.000,00 29.691,21 50.000,00 29.691,21 50.000,00 29.691,21 200.000,00 118.764,85
17 – Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo Verde II 0,00 0,00 0,00 0,00 478.406,03 284.089,09 750.000,00 445.368,17 0,00 0,00 1.228.406,03 729.457,26
18 - Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3° Milênio I 0,00 0,00 220.000,00 130.641,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 220.000,00 130.641,33
19 - Elaboração de plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
20 - Implementação de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 21 - Elaboração de Estudos básicos para a criação e implementação de Zonas Especiais de Interesse turístico
II 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
22 - Elaboração de Pórtifólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3° Milênio I 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
23 - Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de Goiânia (Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava, Parque Areião e Bosque dos Buritis)
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85
24 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06
399
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
25 – Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 250.000,00 148.456,06 500.000,00 296.912,11
26 – Estudo para Reestruturação dos Pontos integrantes do Circuito do Ônibus Turístico
I 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06
27 - Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama I 84.000,00 49.881,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 84.000,00 49.881,24
28 – Estruturação dos pontos integrantes do Circuito do Ônibus Turístico I 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
29 - Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
I 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63
COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO 400.000,00 237.529,69 1.000.000,00 593.824,23 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 1.800.000,00 1.068.883,61
1. Elaboração do Plano de Marketing Estratégico e Operacional I 500.000,00 296,912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 593.824,23
2. Implementação do Plano de Marketing Estratégico e Operacional I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 400.000,00 237.529,69 500.000,00 296,912,11 0,00 0,00 1.300.000,00 771.971,49
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL 736.410,70 437.298,52 4.265.591,6
3 2.533.011,66 2.030.000,00 1.205.463,18 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 7.112.002,33 4.223.279,29
1 – Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para a SETURDE e a UCP
I 0,00 0,00 1.160.000,00
593.824,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
2 - Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia I 148.816,73 88.370,98 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 148.816,73 88.370,98
3 - Revisão do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia
I 87.593,97 52.015,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 87.593,97 52.015,42
4 - Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
I 0,00 0,00 160.000,00 95.011,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 160.000,00 95.011,88
5 - Elaboração de estudo visando a melhoria e enriquecimento dos serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT
II 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85
6 – Elaboração de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
7 – Implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
I 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
8 - Elaboração de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo
II 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21
9 - Implantação de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo
II 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63
10 – Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia I 500.000,00 296.912,11 750.000,00 445.368,17 750.000,00 445.368,17 0,00 0,00 0,00 0,00 2.000.000,00 1.187.648,46 11 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente
I 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70
12 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
13 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
I 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21
14 – Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
I 0,00 0,00 120.000,00 71.258,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 120.000,00 71.258,91
15 - Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia – Plano de estruturação de arrecadação de receita turística
I 0,00 0,00 60.000,00 35.629,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 60.000,00 35.629,45
16 - Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente no Município de Goiânia
II 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63
17 - Elaboração do Modelo de Gestão Participativa do Turismo I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 18 - Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Goiânia
II 0,00 0,00 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70 0,00 0,00 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70
19 - Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de parcerias
II 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94
20 - Elaboração de estudos para Planejamento, formação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.000,00 17.814,73 0,00 0,00 30.000,00 17.814,73
21 - Implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
II 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21
22 - Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
23- Desenvolvimento de sistema de informações para a gestão do turismo II 0,00 0,00 270.000,00 160.332,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 270.000,00 160.332,54 24 - Implantação de sistema de informações para a gestão do turismo I 0,00 0,00 420.000,00 249.406,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 420.000,00 249.406,18
400
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
25- Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
I 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94
26 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
27 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município
III 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94
28 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município
II 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
29 - Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
30 - Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura
I 0,00 0,00 135.591,63 80.517,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 135.591,63 80.517,60
31 - Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal I 0,00 0,00 90.000,00 53.444,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 90.000,00 53.444,18
COMPONENTE 4 - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 600.000,00 356.294,54
1 – Elaboração de Projeto Básico para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
III 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
2 – Elaboração de Projeto Executivo para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
COMPONENTE 5 - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL 0,00 0,00 2.128.185,49
1.263.768,11 800.000,00 475.059,38 600.000,00 356.294,54 0,00 0,00 3.528.185,49 2.095.122,02
1 - Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia I 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06
2 - Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica I 0,00 0,00 328.185,49 194.884,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 328.185,49 194.884,50
3 - Elaboração de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística
I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69
4 - Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística
I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 800.000,00 475.059,38 600.000,00 356.294,54 0,00 0,00 1.800.000,00 1.068.883,61
5 - Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos, institucionais e legais
I 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17
TOTAL 51.277.816,85 30.450.010,01 11.877,12 7.015.307,07 10.858.406,03 6.447.984,58 9.200.000,00 5.463181,90 1.050.000,00 623.515,44 84.200.000,00 50.000.000,00
* Cotação dólar comercial = R$1,684
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO 50.141.406,15 29.775.181,80
4.920.000,00 2.921.615,20 7.328.406,03 4.351.785,05 7.720.000,00 4.584.323,04 1.050.000,00 623.515,44 71.159.812,18 42.256.420,53
1 - Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Goiânia
I 237.354,03 140.946,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 237.354,03 140.946,57
2 - Reestruturação do Parque Mutirama I 49.470.052,14 29.376.515,5
2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 49.470.052,14 29.376.515,52
3 – Elaboração de Projeto Básico para Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
II 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
4 – Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos
II 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17 750.000,00 445.368,17 1.500.000,00 890.736,34
5 - Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama
I 349.999,98 207.838,47 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 349.999,98 207.838,47
6 – Elaboração de Plano de Captação de Eventos I 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85
7 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 900.000,00 534.441,81 0,00 0,00 900.000,00 534.441,81
8 – Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
III 0,00 0,00 1.450.000,00 861.045,13 3.000.000,00 1.781.472,68 0,00 0,00 0,00 0,00 4.450.000,00 2.642.517,81
401
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
9 –Elaboração de Projeto Básico para Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista
III 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
10 – Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.500.000,00 890.736,34 0,00 0,00 1.500.000,00 890.736,34 11 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão
II 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
12 – Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão II 0,00 0,00 0,00 0,00 2.000.000,00 1.187.648,46 2.000.000,00 1.187.648,46 0,00 0,00 4.000.000,00 2.375.296,91
13 – Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas e Jardim Botânico
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 320.000,00 190.023,75 0,00 0,00 320.000,00 190.023,75
14 - Elaboração de Projeto Executivo para adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
II 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
15 - Adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e Av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis, Parque Areião e Lago das Rosas)
II 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17
16 – Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG I 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 50.000,00 29.691,21 50.000,00 29.691,21 50.000,00 29.691,21 200.000,00 118.764,85 17 – Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo Verde
II 0,00 0,00 0,00 0,00 478.406,03 284.089,09 750.000,00 445.368,17 0,00 0,00 1.228.406,03 729.457,26
18 - Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3° Milênio I 0,00 0,00 220.000,00 130.641,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 220.000,00 130.641,33
19 - Elaboração de plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
20 - Implementação de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável
I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69
21 - Elaboração de Estudos básicos para a criação e implementação de Zonas Especiais de Interesse turístico
II 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
22 - Elaboração de Pórtifólio de Negócios para o Projeto Goiânia 3° Milênio I 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
23 - Elaboração de Plano de Investimento para os Parques de Goiânia (Parque Mutirama, Parque Flamboyant, Lago das Rosas, Vaca Brava, Parque Areião e Bosque dos Buritis)
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85
24 – Elaboração de Projeto Básico para Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06
25 – Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 250.000,00 148.456,06 500.000,00 296.912,11
26 - Elaboração de Projeto Básico para Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges
I 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06
27 - Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama I 84.000,00 49.881,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 84.000,00 49.881,24
28 – Estruturação dos pontos integrantes do Circuito do Ônibus Turístico I 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
29 - Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
I 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63
COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO 400.000,00 237.529,69 1.000.000,00 593.824,23 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 1.800.000,00 1.068.883,61
1. Elaboração do Plano de Marketing Estratégico e Operacional I 400.000,00 237.529,69 600.000,00 356.294,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
2. Implementação do Plano de Marketing Estratégico e Operacional I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 800.000,00 475.059,38
COMPONENTE 3 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL 736.410,70 437.298,52 4.265.591,63 2.533.011,66 2.030.000,00 1.205.463,18 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 7.112.002,33 4.223.279,29
1 – Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para a SETURDE e a UCP
I 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000.000,00 593.824,23
2 - Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia
I 148.816,73 88.370,98 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 148.816,73 88.370,98
3 - Revisão do Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia
I 87.593,97 52.015,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 87.593,97 52.015,42
4 - Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
I 0,00 0,00 160.000,00 95.011,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 160.000,00 95.011,88
5 - Elaboração de estudo visando a melhoria e enriquecimento dos serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT
II 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 118.764,85
6 – Elaboração de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
7 – Implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
I 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
402
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
8 - Elaboração de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo
II 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21
9 - Implantação de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo
II 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63
10 – Gerenciamento do PRODETUR Nacional Goiânia I 500.000,00 296.912,11 750.000,00 445.368,17 750.000,00 445.368,17 0,00 0,00 0,00 0,00 2.000.000,00 1.187.648,46 11 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente
I 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70
12– Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do meio ambiente
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
13 – Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
I 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21
14– Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
I 0,00 0,00 120.000,00 71.258,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 120.000,00 71.258,91
15 - Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia – Plano de estruturação de arrecadação de receita turística
I 0,00 0,00 60.000,00 35.629,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 60.000,00 35.629,45
16 - Atualização da base de dados necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente no Município de Goiânia
II 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63 0,00 0,00 0,00 0,00 150.000,00 89.073,63
17 - Elaboração do Modelo de Gestão Participativa do Turismo I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
18- Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Goiânia
II 0,00 0,00 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70 0,00 0,00 0,00 0,00 70.000,00 41.567,70
19 - Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de parcerias
II 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94
20 - Elaboração de estudos para Planejamento, formação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.000,00 17.814,73 0,00 0,00 30.000,00 17.814,73
21 - Implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
II 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21 0,00 0,00 50.000,00 29.691,21
21 - Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública municipal para a gestão do turismo
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
23- Desenvolvimento de sistema de informações para a gestão do turismo II 0,00 0,00 270.000,00 160.332,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 270.000,00 160.332,54 24 - Implantação de sistema de informações para a gestão do turismo I 0,00 0,00 420.000,00 249.406,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 420.000,00 249.406,18 25 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
I 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94
26 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
27 - Elaboração de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município
III 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94 0,00 0,00 0,00 0,00 80.000,00 47.505,94
28 - Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município
II 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11 0,00 0,00 0,00 0,00 500.000,00 296.912,11
29 - Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico
I 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 59.382,42
30 - Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura
I 0,00 0,00 135.591,63 80.517,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 135.591,63 80.517,60
31 - Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal I 0,00 0,00 90.000,00 53.444,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 90.000,00 53.444,18
COMPONENTE 4 - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 600.000,00 356.294,54
1 – Elaboração de Projeto Básico para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
III 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
2 – Elaboração de Projeto Executivo para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
III 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27 0,00 0,00 300.000,00 178.147,27
COMPONENTE 5 - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL 0,00 0,00 2.128.185,49 1.263.768,11 800.000,00 475.059,38 600.000,00 356.294,54 0,00 0,00 3.528.185,49 2.095.122,02
1 - Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia
I 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 250.000,00 148.456,06
2 - Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica I 0,00 0,00 328.185,49 194.884,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 328.185,49 194.884,50
3 - Elaboração de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística
I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69
403
COMPONENTE/AÇÃO PRI
CUSTO / ANO DE EXECUÇÃO TOTAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 R$ US$
R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$
4 - Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística
I 0,00 0,00 400.000,00 237.529,69 800.000,00 475.059,38 600.000,00 356.294,54 0,00 0,00 1.800.000,00 1.068.883,61
5 - Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos, institucionais e legais
I 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 750.000,00 445.368,17
TOTAL 51.277.816,85 30.450.010,0
1 12.313.777,12 7.312.219,19 10.858.406,03 6.447.984,58 8.700.000,00 5.166.270,78 1.050.000,00 623.515,44 84.200.000,00 50.000.000,00
* Cotação dólar comercial = R$1,684
Data: 07/01/2011
404
5.5 DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA
Apresenta-se, a seguir, fichas de detalhamento das ações de fortalecimento institucional do PDITS Goiânia para realização durante os
dezoito primeiros meses de financiamento pelo PRODETUR NACIONAL.
Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS
Objetivo Elaborar o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS – para o município de Goiânia – GO.
Justificativa A elaboração do PDITS/Goiânia pautará a proposta de ações a serem desenvolvidas com a Operação Individual a ser contratada pelo Município junto ao PRODETUR Nacional. Segundo orientações do Programa, expressas em seu Regulamento Operacional, recomenda que a elaboração do PDITS seja priorizada na preparação da citada Operação.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Operação Individual a ser firmada pelo Município com o PRODETUR Nacional fundamentada conforme exigências, de forma que Goiânia disponha dos recursos financeiros necessários para a promoção do desenvolvimento do turismo em seu território.
Benefícios Município provido de recursos financeiros para desenvolvimento do turismo.
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população local e o turista
Descrição da ação O PDITS deverá ser elaborado por meio da contratação de empresa de consultoria especializada, de forma a contemplar as etapas mínimas exigidas em edital.
Responsável pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$ 237.354,03 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de realização das ações classificadas de prioridade I (Nº.de ações de Prioridade I Realizadas / Nº. de ações de Prioridade de I Previstas).
Relação com outras ações quanto ao cronograma
A elaboração do PDITS deverá preceder à negociação da Operação Individual a ser firmada com o PRODETUR Nacional.
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
405
Reestruturação do Parque Mutirama Objetivo Reestruturar o Parque Mutirama para que o mesmo possa configurar-se em Parque Regional.
Justificativa Dar condições ao Parque de receber turistas.
Efeito esperado Aumentar o número de visitantes/ano e proporcionar uma área de lazer estruturada para a população local.
Benefícios Aumentar o número de visitantes/ano e proporcionar uma área de lazer estruturada para a população local.
Beneficiários População, cadeia produtiva e turistas
Descrição da ação O projeto de reestruturação garantirá o atendimento aos objetivos dos espaços públicos e de lazer que são justamente os de proporcionar diversão e atividades não laborais, tanto para a comunidade local, como para frequentadores de outras regiões. Esses espaços agregam valores culturais, históricos e sociais, por estarem em posição relativamente estratégicas e serem pontos atrativos, constituindo equipamentos urbanos privilegiados para o convívio e integração social, o Complexo de Entretenimento e Esportes Mutirama garantirá tais aspectos a toda população usuária.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$49.470.052,14 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
Venda de ingressos
Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei Plano de Manejo
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama
Nível de avanço: Projeto básico
Sim Projeto executivo Sim Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
406
Elaboração de estudos prévios (Estudo mercadológico, Avaliação financeira, Definição final do empreendimento, Masterplan e Projeto Básico) para a reestruturação do Parque Mutirama Objetivo Embasar a reestruturação do Parque Mutirama para que o mesmo possa configurar-se em Parque Regional.
Justificativa Dar condições ao Parque de receber turistas.
Efeito esperado Aumentar o número de visitantes/ano e proporcionar uma área de lazer estruturada para a população local.
Benefícios Aumentar o número de visitantes/ano e proporcionar uma área de lazer estruturada para a população local.
Beneficiários População, cadeia produtiva e turistas
Descrição da ação O projeto de reestruturação garantirá o atendimento aos objetivos dos espaços públicos e de lazer que são justamente os de proporcionar diversão e atividades não laborais, tanto para a comunidade local, como para frequentadores de outras regiões. Esses espaços agregam valores culturais, históricos e sociais, por estarem em posição relativamente estratégicas e serem pontos atrativos, constituindo equipamentos urbanos privilegiados para o convívio e integração social, o Complexo de Entretenimento e Esportes Mutirama garantirá tais aspectos a toda população usuária.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$349.999,98 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
Venda de ingressos
Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei Não se aplica
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Reestruturação do Parque Mutirama
Nível de avanço: Projeto básico
Não Projeto executivo Não Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
407
Elaboração de Plano de Captação de Eventos Objetivo Definir estratégias para maior captação de eventos para Goiânia
Justificativa O Turismo de Eventos é um dos maiores geradores de receita na atividade turística e um dos segmentos prioritários para Goiânia. Sendo assim, deve-se elaborar um plano estratégico de captação de eventos para a cidade, levando em conta o quanto esse mercado gera de incremento econômico a fim de definir indicadores, metas e estratégias, além de indicar uma estrutura organizada para captação de maior número de eventos para Goiânia.
Efeito esperado Aumentar o número de eventos captados
Benefícios Maior número de eventos captados e maior geração de renda e impostos ao município
Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo
Descrição da ação Elaboração de um plano estratégico de captação de eventos para a cidade, levando em conta o quanto esse mercado gera de incremento econômico a fim de definir indicadores, metas e estratégias, além de indicar uma estrutura organizada para captação de maior número de eventos para Goiânia.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$200.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Participação do segmento turismo de eventos, negócios e convenções em relação ao fluxo turístico total cresce em relação ao ano-base.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
-
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
408
Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG Objetivo Aplicar pesquisas anuais para atualização e alimentação do SIG
Justificativa O SIG deve estar sempre atualizado para facilitar o acesso às informações turísticas do município.
Efeito esperado Facilidade de acesso a informações atualizadas
Benefícios Informações atualizadas e acessíveis Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo, População Local,
Administração local e turistas
Descrição da ação Aplicação de pesquisas anuais de demanda e oferta turística para atualização do SIG
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$200.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução do número de acessos ao sistema de informações pelos órgãos de gestão do turismo da administração municipal, pelo trade turístico e outros agentes envolvidos.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Desenvolvimento e implantação do SIG
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração de estudo de mercado para o projeto Goiânia 3º Milênio Objetivo Definir a estruturação do empreendimento de acordo com o mercado turístico existente. Ação em andamento.
Justificativa O estudo de mercado é imprescindível para definição de um empreendimento viável e adequado ao mercado turístico.
Efeito esperado Empreendimento viável e que atenda ás necessidades mercadológicas
Benefícios Aumento do gasto médio diário, geração de empregos e aumento na arrecadação de impostos
Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo, População Local e Turistas
409
Descrição da ação Descrição da concepção geral da proposta; Conceituação do empreendimento; Análise do mercado potencial e projeção da demanda futura; Avaliação do empreendimento; e Definição final do empreendimento (zoneamento, lay out e plano de massas).
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$220.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Relação com todas as ações do 3º milênio
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e implementação de plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável Objetivo Levantar as principais necessidades ´para capacitação para o turismo, considerando a educação profissional voltada ao
menor aprendiz e a melhor idade
Justificativa Um dos principais problemas detectados no setor turismo é a falta de capacitação dos profissionais que lidam diretamente com o turista em Goiânia.
Efeito esperado Qualificação da mão-de-obra para o turismo e inclusão social
Benefícios Geração de empregos e inclusão social Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo, População Local e
Turistas
Descrição da ação Elaboração de documento técnico indicando as principais necessidades para capacitação para o turismo para prestadores de serviços turísticos, e na execução e avaliação de resultados das ações de capacitação previstas. O plano deve prever também a educação profissional voltada ao menor aprendiz e à melhor idade para exercer postos de trabalho na atividade turística, de forma a promover a inserção social desses grupos.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$100.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
410
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Relação com todas as ações
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
411
Elaboração de portfólio de negócios para o Projeto Goiânia 3º Milênio Objetivo Reunir e detalhar as oportunidades de negócios que serão gerados pelo projeto Goiãnia 3º milênio a fim de facilitar a busca
por investidores privados.
Justificativa O Goiânia 3º milênio será um empreendimento de grande magnitude que dependerá de recursos privados para sua viabilização.
Efeito esperado Empreendimento viabilizado por investidores privados.
Benefícios Novo produto turístico para Goiãnia, geração de empregos e aumento na arrecadação de impostos
Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo, População Local, Investidores e Turistas
Descrição da ação Elaboração de um portfólio de negócio para o Projeto Goiânia 3º Milênio onde constarão as oportunidades de investimentos a fim de buscar investidores privados para os empreendimentos apontados pelo estudo de mercado.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$300.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Relação com demias ações do 3º milênio
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração do modelo de gestão para o Parque Mutirama Objetivo Detalhar o modelo de gestão mais adequado ao Parque.
Justificativa Os investimentos no Parque Mutirama são grandes, portanto, deve-se garantir sua viabilidade aplicando o melhor modelo de gestão possível..
Efeito esperado Mutirama com modelo de gestão definido
Benefícios Aumento da arrecadação com o parque Beneficiários Administração pública, População Local e Turistas
412
Descrição da ação Detalhamento do modelo de gestão mais recomendado para o Parque Mutirama, em Goiânia. Este detalhamento deverá estar baseado nos indicativos dos possíveis modelos constantes no último produto do contrato original e em discussões a serem realizadas com interessados.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$84.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Todas as ações referentes ao Mutirama
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
413
Estudo para Estruturação dos pontos integrantes do Circuito do Ônibus Turístico Objetivo Promover os estudos necessários para estruturar os pontos de parada do ônibus Turístico de Goiânia.
Justificativa Para que o ônibus turístico possa funcionar efetivamente, deve ter seus pontos de para estruturados para embarque e desembarque dos turistas e para que esta estruturação aconteça de forma correta devem ser estudados e planejadas as intervenções a serem efetuadas.
Efeito esperado Circuito do ônibus turístico planejado
Benefícios Aumento do gasto médio diário, geração de empregos e aumento na arrecadação de impostos
Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo, População Local e Turistas
Descrição da ação Elaboração de estudo visando a estruturação do Circuito do Ônibus Turístico de Goiânia para complementar o projeto em andamento, a fim de levantar suas principais necessidades, definir uma marca imagem, além de outras ações necessárias para a perfeita implementação do Circuito.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$250.000,00 Gastos estimados de
operação Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
-
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da cidade Objetivo Elaborar proposta para revisão do Plano Diretor Urbano a fim de incluir a atividade turística na dinâmica urbana da cidade.
Justificativa Hoje o PDU de Goiânia não leva em consideração a atividade turística como importante setor econômico da cidade.
Efeito esperado Definição de zonas especiais de interesse turístico.
Benefícios Melhor organização urbana e criação de incentivos ao desenvolvimento da atividade turística.
Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo, População Local, Administração local e Turistas
414
Descrição da ação Elaboração de proposta para revisão do PDU de Goiânia visando dar maior ênfase ao desenvolvimento da atividade turística na Cidade
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$150.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Número de unidades habitacionais do município cresce mais rápido do que no período-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Todas as ações
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e Implementação do Plano de Marketing Estratégico e Operacional Objetivo Definir o patamar de atratividade requerido para Goiânia, promovendo a orientação para as demandas-meta através de
estratégias específicas para reorientação mercadológica do destino
Justificativa O Plano de marketing é imprescindível para que se alcance os resultados esperados em termos de qualificação de produto e da demanda.
Efeito esperado Qualificação da demanda turística atraindo nichos com renda e gasto médio diário superiores, novo posicionamento competitivo e aumento na comercialização do produto turístico
Benefícios Aumento do gasto médio diário, geração de empregos e aumento na arrecadação de impostos
Beneficiários Cadeia produtiva do Turismo e População Local
Descrição da ação Elaboração de diagnóstico estratégico, definição do posicionamento mercadológico esperado, diretrizes, metas, estratégia geral, tática e operacional, desenvolvimento do produto, estratégias de preço, promoção e comercialização, seleção e indicação dos parceiros-alvo privilegiados para promoção e comercialização, previsão de custos e prazos de implantação.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$1.800.000,00 Gastos estimados de
operação Fonte de financiamento BID/Contrapartida
415
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Marketing-share de Goiânia no turismo receptivo do país aumenta em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Com todas as ações
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para a SETURDE e a UCP Objetivo Suprir a SETURDE e a UCP de infraestrutura necessária ao serviço que realizam, de forma a agilizar e melhorar os níveis atuais de
desempenho.
Justificativa O órgão responsável pelo turismo conta atualmente com as condições inadequadas as suas necessidades.
Efeito esperado SETURDE suprida de equipamentos de informática, do mobiliário e do veículo necessários ao trabalho, de forma a aumentar os níveis de qualidade e de desempenho.
Benefícios Aumento da agilidade, confiabilidade, mobilidade e qualidade
Beneficiários Administração pública municipal, e cidadãos goianenses.
Descrição da ação As intervenções a serem consideradas são: Reforma da sede própria; Aquisição de mobiliário; Aquisição de equipamentos e softwares de tecnologia da informação; e Aquisição de automóveis.
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$ 1.160.000,00 Gastos estimados de
operação Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Avaliação institucional das condições instaladas para a execução e controle do PRODETUR- Nacional Goiânia
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Com todas
416
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia NÃO Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e Revisão do Plano de Fortalecimento Institucional para a Gestão Municipal de Goiânia
Objetivo Elaborar Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Municipal de Goiânia
Justificativa A elaboração do Plano de Fortalecimento constitui documento técnico exigido pelo PRODETUR Nacional para aporte dos recursos financeiros necessários à implantação de ações consideradas prioritárias, tendo em vista a implantação do PDITS elaborado para Município e para a implantação de medidas de melhoria das condições para a gestão municipal.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Plano de Fortalecimento elaborado conforme exigências do PRODETUR Nacional e município de Goiânia provido de recursos para implantação de melhorias no processo de gestão municipal.
Benefícios Gestão Municipal fortalecida. Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do
turismo e população local.
Descrição da ação A elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional será contratada a empresa de consultoria especializada, seguindo orientações do Regulamento Operacional do PRODETUR/Nacional – Anexo C. Deverá abranger, prioritariamente, as áreas de Gestão do Turismo e Gestão do Meio Ambiente. Conforme o referido Regulamento, serão também analisadas as necessidades e as possibilidades de investimento no fortalecimento institucional das áreas de gestão territorial e de gestão fiscal e financeira.Para elaboração do Plano devem ser cumpridas as seguintes etapas de trabalho: 1. Diagnóstico da Gestão Municipal do Turismo; 2. Estratégias e Plano de Ação e Implementação; 3. Elaboração dos Termos de Referência para implantação das ações prioritárias e consolidação do Plano de Fortalecimento.
Responsável pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$ 236.410,70 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Plano de Fortalecimento elaborado de acordo com as especificações técnicas e qualidade exigida pelo PRODETUR e expressas em seu Regulamento Operacional – Anexo C. Produto final aprovado pelo MTUR.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
A elaboração do Plano de Fortalecimento deverá preceder à negociação da Operação Individual a ser firmada com o PRODETUR Nacional, de forma que as ações prioritárias a serem contempladas pelo Programa estejam contempladas no PDITS – Município de Goiânia.
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
417
Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
Objetivo Implantar mecanismos de fomento e instrumentos legais de incentivo fiscal ao desenvolvimento do turismo sustentável municipal e elaborar Projeto de Lei Municipal de Incentivo Fiscal para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
Justificativa
Para a gestão do turismo efetiva e para o desenvolvimento de novos produtos e instalação de novos empreendimentos turísticos é fundamental viabilizar e instituir mecanismos de fomento, a partir de recursos externos, e de incentivo fiscal, por parte do município, para desenvolvimento sustentável do turismo local, de forma complementar aos incentivos previstos em lei estadual pertinente.
Efeito esperado
Promoção do desenvolvimento do turismo sustentável, considerando a realidade imediata e cenários futuros, de médio e longo prazos, de forma integrada com a política estadual e federal de turismo no que tange a implantação de novos produtos e empreendimentos turísticos.
Benefícios Ações municipais de desenvolvimento do turismo orientadas pelo Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, empreendedores e população local
Descrição da ação
Contratação de consultoria técnica especializada para coordenação e execução de diferentes etapas de trabalho, dentre as quais: realização de pesquisa documentada para identificar experiências exitosas similares em outras cidades brasileiras, a serem consideradas benchmarking; realização de estudos jurídicos, indicação dos institutos legais apropriados e elaboração das peças jurídicas a serem adotadas especificamente pelo município de Goiânia; indicação e detalhamento dos processos organizacionais e administrativos para implantação efetiva do Projeto, incluindo metodologia de acompanhamento, monitoramento e avaliação de resultados advindos do Projeto, bem como diretrizes para o adequado gerenciamento de sua implantação; apresentação e discussão dos conteúdos indicados com os agentes públicos e privados interessados; elaboração de Projeto de Lei Municipal de Incentivo Fiscal para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos; assessoramento à administração municipal nas fases iniciais de implementação do Projeto.
Responsáveis pela Execução
SETURDE Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE
Custo estimado
R$ 160.000,00 Gastos estimados de operação
R$ 150.400,00 Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e
Projeto Municipal de Fomento e Incentivos Fiscais elaborado e consolidado em documento
418
fonte de verificação
Relação com outras ações quanto ao cronograma
O planejamento e implantação de mecanismos de fomento e de incentivos fiscais para o desenvolvimento do turismo, a par de sua importância, devem ser desencadeada em período posterior, depois da definição da política geral de turismo para o município
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
Objetivo Dotar a Unidade de Coordenação do PRODETUR/Goiânia dos recursos de tecnologia da informação necessários, sob a forma de um Sistema de Informações Gerenciais, tendo em vista o gerenciamento da implantação dos investimentos previstos no respectivo PDITS, que serão objeto de Operação Individual a ser contratada pelo município junto ao PRODETUR Nacional.
Justificativa O SIG para gerenciamento da implantação do PRODETUR/Goiânia constitui instrumento indispensável para que a administração municipal, por meio da UCP/SETURDE mantenha o controle sobre as intervenções previstas/realizadas e para que possam ser atendidas as exigências do PRODETUR Nacional e do BID quanto ao planejamento, execução, acompanhamento, monitoramento e avaliação do Programa no município.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
PRODETUR/Goiânia dotado das condições de tecnologia da informação necessárias para implantação das intervenções previstas. Desenvolvimento do turismo no município de Goiânia promovido de acordo com os parâmetros traçados no PDITS respectivo.
Benefícios Investimentos em desenvolvimento turístico no município de Goiânia geridos com eficiência e eficácia.
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população local e o turista
Descrição da ação Elaboração e implantação de Sistema de Informações Gerenciais do PRODETUR Nacional Goiânia
Responsável pela Execução
SETURDE – UCP Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE – UCP
Custo estimado R$ 400.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
419
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Investimentos prioritários previstos no PDITS/Goiânia implantados e concluídos na forma prevista e de acordo com os parâmetros ditados pelo PRODETUR Nacional e pelo BID.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
A concepção e a implantação do Sistema de Informações Gerenciais para gerenciamento do PRODETUR/Goiânia deverão ocorrer imediatamente após a negociação da Operação Individual respectiva, de forma que o SIG esteja disponível a partir do primeiro dia de implantação do Programa no município de Goiânia.
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Gerenciamento PRODETUR Nacional Goiânia
Objetivo Orientar e apoiar a UCP no desenvolvimento das atividades referentes ao PRODETUR Nacional
Justificativa Para o melhor aproveitamento do Programa em Goiãnia a UCP necessita de apoio técnico e orientação.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
PRODETUR/Goiânia implementado
Benefícios Investimentos em desenvolvimento turístico no município de Goiânia geridos com eficiência e eficácia. Benefíciários
Administração Pública, População, Turistas
Descrição da ação
Contratar consultoria técnica para orientar e apoiar a UCP no desenvolvimento das atividades referentes ao PRODETUR Nacional
Responsável pela Execução
UCP/SETURDE Responsável pela Execução
UCP/SETURDE
Custo estimado R$ 2.000.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
420
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Investimentos prioritários previstos no PDITS/Goiânia implantados e concluídos na forma prevista e de acordo com os parâmetros ditados pelo PRODETUR Nacional e pelo BID.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Com todas as demais ações
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e implementação de Plano de capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão do meio ambiente
Objetivo Dotar a administração pública do Município de Goiânia de gerentes e pessoal técnico/operacional com o domínio adequado de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao desempenho eficiente, eficaz e efetivo das funções de gestão do meio ambiente.
Justificativa A AMMA conta com quadro técnico e operacional razoavelmente adequado ao exercício de suas competências. Entretanto, principalmente no que se refere aos quadros gerenciais, técnicos e operacionais dos setores de licenciamento, fiscalização e educação ambiental, são poucas ou quase nulas as oportunidades de capacitação, aperfeiçoamento e atualização profissional.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Gestão ambiental otimizada, repercutindo na preservação do meio ambiente e na criação de ambiente propício ao desenvolvimento do turismo sustentável e ao aumento da qualidade de vida da população.
Benefícios Equipes capacitadas e com maior nível de desempenho no campo da gestão ambiental; meio ambiente com aumento dos níveis de conservação.
Beneficiários Administração pública municipal, população local e o turista
Descrição da ação
Elaboração de plano de capacitação continuada de equipes da administração municipal para gestão do meio ambiente, de forma seqüencial e continuada, com ênfase no atendimento às necessidades de funções e cargos de gerentes e pessoal técnico/operacional.
Responsável pela Execução
AMMA – Agência Municipal de Meio Ambiente
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
AMMA
421
Custo estimado R$ 170.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Percentual de gerentes e pessoal técnico-operacional atendidos em eventos de capacitação/ano em relação ao universo de dirigentes e gerentes da administração pública em Goiânia; Consolidação da opinião dos participantes ao final de cada evento de capacitação; Estudos avaliativos junto a amostra dos participantes abrangidos, seis meses após a capacitação – depoimento sobre melhorias implantadas.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Os investimentos relativos a esta ação deverão ocorrer já no primeiro mês do período previsto para o fortalecimento institucional no bojo do PDITS Goiânia até que seja encerrado seu prazo de execução, previsto para até dezoito meses.
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
422
Elaboração e implementação de Plano de capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão financeira e fiscal
Objetivo Dotar a administração pública do Município de Goiânia de dirigentes ,gerentes e técnicos com o domínio adequado de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao desempenho eficiente, eficaz e efetivo das funções de gestão financeira e fiscal.
Justificativa A SEFIN conta com quadro gerencial e técnico adequado. Composto em sua maioria por pessoal efetivo. Entretanto, são poucas ou quase nulas as oportunidades de capacitação, aperfeiçoamento e atualização desses profissionais. Desta forma, faz-se necessário elaborar um plano de capacitação e aperfeiçoamento profissional continuados, bem como proceder à execução das ações pertinentes e à avaliação dos resultados alcançados.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Gestão financeira e fiscal otimizadas, repercutindo no aumento da arrecadação municipal e no desenvolvimento de uma cultura contributiva e transparente no município de Goiânia.
Benefícios Aumento da arrecadação fiscal em benefício de Goiânia, coadunando-se com o desenvolvimento do turismo, como forma de geração de divisas para o município.
Beneficiários Profissionais que atuam na administração municipal financeira e fiscal; SEFIN e população de Goiânia.
Descrição da ação
Elaboração de plano de capacitação continuada de equipes da administração municipal para gestão financeira e fiscal, de forma seqüencial e continuada, com ênfase no atendimento às necessidades de funções e cargos de dirigentes, gerentes e técnicos. Caracterização detalhada da clientela a ser atendida e levantamento das necessidades de capacitação, considerando o cenário atual e o cenário futuro do desenvolvimento municipal e das práticas de gestão financeira e fiscal. Execução das atividades de capacitação previstas, no prazo de 18 meses contínuos.
Responsável pela Execução
SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças
Custo estimado R$ 170.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Percentual de dirigentes, gerentes e técnicos atendidos em eventos de capacitação/ano em relação ao universo de dirigentes e gerentes da administração pública em Goiânia; Consolidação da opinião dos participantes ao final de cada evento de capacitação; Estudos avaliativos junto a amostra dos participantes abrangidos, seis meses após a capacitação – depoimentos sobre melhorias de desempenho.
Relação com outras ações
Os investimentos relativos a esta ação deverão ocorrer já no primeiro mês do período previsto para o fortalecimento institucional no bojo do PDITS Goiânia até que seja encerrado seu prazo de execução, previsto para até dezoito meses.
423
quanto ao cronograma
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração de estudo para a remodelagem e implementação do Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Goiânia
Objetivo Analisar as atuais bases legais e técnicas em que se assenta o atual Fundo Municipal de Turismo instituído para Goiânia (e ainda não operante), tendo em vista a revisão e a implantação das mudanças necessárias em sua constituição.
Justificativa Dotar o município de Goiânia de um instrumento de captação e aplicação de recursos, com vistas a atender aos encargos decorrentes da ação do Município na área do turismo.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Fortalecimento institucional da gestão do turismo no município de Goiânia em âmbito público e privado
Benefícios Maior viabilidade na captação de recursos junto ao Governo Federal, órgãos não governamentais e agências de cooperação e fomento; efetividade na gestão do turismo de base participativa e compartilhada
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo e população local
Descrição da ação
Ativar o Fundo Municipal de Turismo e rever as regras de sua concepção, implantação e operacionalização por meio do conhecimento da configuração e do funcionamento real de outros fundos municipais de turismo, tidos como benchmarking, bem como a elaboração dos instrumentos legais necessários à sua efetiva implantação. com destaque para o estudo, indicação e operacionalização de fontes de recursos financeiros viáveis para a sua alimentação e para as diretrizes e normas para sua gestão.
Responsáveis pela Execução
SETURDE Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE
Custo estimado R$ 60.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
424
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução patrimonial do Fundo a partir do ano de início de operação
Relação com outras ações quanto ao cronograma
A implementação do Fundo impacta diretamente no fortalecimento do COMTUR que por sua vez direciona a aplicação e o desenvolvimento do modelo de gestão do turismo de base participativa e compartilhada , sendo assim alvo de investimentos imediatos
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração do modelo de gestão participativa do turismo Objetivo Incorporar um modelo de gestão do turismo de base participativa e compartilhada, no qual a Administração Municipal e a cadeia produtiva do
turismo assumam efetivamente as suas funções e papéis em direção ao turismo sustentável
Justificativa Para a instituição de uma Política Municipal de Turismo que oriente os rumos da organização e do desenvolvimento do turismo em Goiânia, deverá ser consolidado um modelo de gestão do turismo para o município.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Fortalecimento institucional da gestão do turismo no município de Goiânia em âmbito público e privado e melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos
Benefícios Ações municipais de desenvolvimento do turismo orientadas por um modelo de gestão participativa e compartilhada.
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo e população local
Descrição da ação
Definir formas e arranjos que propiciem a articulação institucional entre o órgão público de gestão do turismo e os demais organismos municipais (voltados, principalmente para a gestão do meio ambiente, da cultura, da gestão territorial, da gestão fiscal, do esporte e lazer, considerando o turismo como matéria multidisciplinar, enquanto política pública municipal. Privilegiará ainda a articulação com as instâncias estadual e federal, em abordagem sistêmica, bem como a qualidade do atendimento ao turista, considerado em seu perfil e suas necessidades.
Responsáveis pela Execução
SETURDE Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE
Custo estimado R$ 100.000,00 Gastos estimados de - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
425
operação
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei
NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução do número de atores em audiências e reuniões de planejamento do turismo aumenta em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
O modelo de gestão resultante constitui a base para o desenvolvimento turístico. Assim, a ação de fortalecimento voltada para a sua elaboração e efetivação é considerada alvo de investimentos imediatos.
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública para a gestão do turismo
Objetivo Dimensionar, nos aspectos quantitativos e qualitativos, a força de trabalho necessária ao órgão de gestão do turismo, incluindo os perfis profissionais requeridos para os diferentes cargos e funções e as diretrizes para a gestão de pessoas.
Justificativa A atual estrutura, forma de atuação e as equipes existentes na administração pública municipal para a gestão do turismo em Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Turismo e dos Centros de Atendimento ao Turista hoje instalados, bem como as bases de relacionamento interno com outros organismos públicos e externamente com o trade turístico e com a sociedade, estão a exigir um grande movimento de mudanças junto ao órgão gestor – a SETURDE
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Otimização dos processos de trabalho, dos procedimentos e dos fluxos respectivos, relativos à atuação do órgão gestor de turismo, buscando a sua racionalização, registro e normatização.
Benefícios Fortalecimento institucional da gestão do turismo em Goiânia Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do
turismo
426
Descrição da ação
Revisão e melhoria da estrutura organizacional da SETURDE, dos processos e procedimentos de trabalho por ela adotados, bem como para o redimensionamento qualitativo e quantitativo da força de trabalho hoje disponível na administração pública para o setor de gestão do turismo. Serão produtos desta ação uma nova configuração organizacional para a SETURDE a estrutura administrativa e o organograma resultantes do novo modelo, o Regimento Interno do novo órgão, com o detalhamento das competências organizacionais e da composição dos cargos de confiança respectivos.
Responsáveis pela Execução
SETURDE Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE
Custo estimado R$ 100.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução da relação metas realizadas/metas planejadas da SETURDE, baseada na avaliação estratégica de desempenho por resultados, a partir do ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
A contratação de consultoria especializada para coordenação e assessoramento à administração municipal quanto ao processo de criação de alternativas técnicas, de discussão e construção coletiva das soluções e de registro, bem como da efetiva implantação dos mecanismos e instrumentos acordados tem interdependência com as demais ações e independência quanto ao início dos investimentos respectivos.
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
427
Implantação de sistema de informações para a gestão do turismo
Objetivo Criar e implantar um sistema integrado de informações turísticas, acessível aos diferentes atores públicos e privados, incluindo os empreendedores locais, de forma a obter os subsídios necessários ao planejamento e à gestão do turismo, bem como ao atendimento ao turista.
Justificativa Inexistência de um sistema de informações turísticas consolidado
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Fortalecimento institucional da gestão do turismo no município de Goiânia em âmbito público e privado e melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos
Benefícios Município provido das informações necessárias para gestão do turismo municipal eficaz
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população local e o turista
Descrição da ação
Criação e implantação de Sistema Integrado de Informações Turísticos que resultará nos produtos: Projeto de Sistema Integrado de Informações Turísticas; Provimento de recursos de tecnologia da informação – software e hardware; Tratamento de informações para alimentação de banco de dados, a partir de estudos, levantamentos a serem realizados.
Responsáveis pela Execução
SETURDE Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE
Custo estimado R$ 400.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução do número de acessos ao sistema de informações pelos órgãos de gestão do turismo da administração municipal, pelo trade turístico e outros agentes envolvidos
Relação com outras ações quanto ao cronograma
A disponibilidade de informações é condição indispensável para o planejamento e a gestão compartilhada do turismo. Desta forma, a implantação do Sistema constitui requisito importante para o alcance dos resultados previstos nas demais ações de fortalecimento institucional previstas para o PDITS.
428
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo
Objetivo Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a gestão do turismo no âmbito da administração pública
Justificativa A competência técnica e gerencial da administração pública para a gestão municipal do turismo é condicionante para o desenvolvimento do turismo sustentável no município e para a otimização e implementação das ações de fortalecimento institucional e melhoria da qualidade da atividade turística municipal.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Excelência na gestão do turismo municipal por meio de dirigentes, gerentes e técnicos capacitados com as melhores e inovadoras práticas de administração em consonância com a preservação ambiental e a promoção social que a atividade turística promove.
Benefícios Dirigentes, gerentes e técnicos capacitados para a gestão eficaz e efetiva do turismo municipal
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, empreendedores e população local
Descrição da ação
Elaboração de plano de capacitação continuada de equipes da administração municipal para gestão do turismo, de forma seqüencial e continuada, com ênfase no atendimento às necessidades de funções e cargos de dirigentes, gerentes e técnicos, a partir de insumos gerados pelo processo de reorganização do órgão gestor municipal do turismo, do modelo participativo de gestão elaborado e dos demais conteúdos consolidados na Política Municipal do Turismo. Caracterização detalhada da clientela a ser atendida e o levantamento das necessidades de capacitação, considerando o cenário atual e o cenário futuro do desenvolvimento do turismo nacional, regional e local. Execução das atividades de capacitação previstas, considerado o período de dezoito meses contínuos.
Responsáveis pela Execução
SETURDE Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SETURDE
Custo estimado R$ 80.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Percentual de gestores e técnicos atendidos em eventos de capacitação/ano em relação ao total desse pessoal na administração pública em Goiânia, a partir do ano-base. Consolidação da opinião dos participantes ao final de cada evento de capacitação, a partir do ano-base.
429
Relação com outras ações quanto ao cronograma
As ações de capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos devem ter início no primeiro mês do período total de 18 meses para a implantação das ações prioritárias de fortalecimento institucional, de forma contínua até o último mês. Esta orientação é importante na medida em que os eventos de capacitação, além de seus objetivos específicos, têm a finalidade de manter mobilizados e participantes da gestão do turismo no que concerne a todas as intervenções previstas no PDITS.
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista seu uso turístico
Objetivo Viabilizar a utilização dos parques instalados em Goiânia como locais de atração turística, adotando um modelo de gestão que considere a sua sustentabilidade ambiental.
Justificativa O Município de Goiânia dispõe hoje de cerca de duas dezenas de parques urbanos, de fácil acesso, alguns deles tidos como área de preservação ambiental. Diversos dentre eles possuem potencial para o turismo, podendo ser explorados como atrativos turísticos naturais. Entretanto, a par de investimentos recentes e da administração sobre eles exercida pela AMMA.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Administração municipal de Goiânia dotada de recursos metodológicos para gestão dos parques municipais, considerando o seu uso turístico; turistas com acesso aos parques, desfrutando do lazer e dos demais benefícios que proporcionam.
Benefícios Exploração dos parques municipais de Goiânia como atrativo turístico, atendendo à população e aos turistas.
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população local e o turista
Descrição da ação
Trata-se de elaborar/adequar, com a cooperação e efetiva participação dos órgãos gestores do turismo e do meio ambiente da administração municipal, o modelo de gestão para os parques já instalados e a instalar em Goiânia, de forma que possa atender, a contento, ao caso dos parques tidos como atrativos turísticos e apropriados para o uso turístico.
Responsável pela Execução
AMMA em conjunto com a SETURDE
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
AMMA, em parceria com a SETURDE.
Custo estimado R$ 100.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
430
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Os investimentos relativos a esta ação deverão ocorrer a partir do 6º. Mês da etapa de implantação do Plano de Fortalecimento, pelo prazo de 4 meses corridos, tendo em vista a elaboração do modelo em questão.
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Suprimento de equipamentos de informática, mobiliário e veículos para os setores de licenciamento e fiscalização do setor de postura
Objetivo Suprir as unidades da AMMA responsáveis diretas pelo exercício do licenciamento e da fiscalização ambiental dos equipamentos de informática, de mobiliário e de veículo necessários ao serviço que realizam, de forma a agilizar e melhorar os níveis atuais de desempenho.
Justificativa Para o exercício do licenciamento e da fiscalização ambiental no município de Goiânia a AMMA conta atualmente com as condições suficientes em termos de recursos humanos técnicos e operacionais, da descrição e normatização de procedimentos, bem como com sistema informatizado de controle e tramitação de processos. Entretanto, os equipamentos de informática e o mobiliário disponível não atendem, a contento, as necessidades: os primeiros, estão obsoletos e em pequeno número e o mobiliário é inadequado frente à dimensão da equipe e ao grande número de processos existentes.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Unidades organizacionais da AMMA que têm por competência direta o licenciamento e a fiscalização ambiental supridas de equipamentos de informática, do mobiliário e do veículo necessários ao trabalho, de forma a aumentar os níveis de qualidade e de desempenho.
Benefícios Aumento da agilidade, confiabilidade, mobilidade e qualidade no processamento do licenciamento e fiscalização ambiental.
Beneficiários Administração pública municipal, e cidadãos goianenses.
Descrição da ação
Levantamento das necessidades atuais das unidades de licenciamento e fiscalização da AMMA no que concerne a equipamentos de informática, veículos e mobiliário; Especificação técnica, aquisição, montagem e instalação dos bens adquiridos.
Responsável pela Execução
AMMA – Agência Municipal de Meio Ambiente, em conjunto com a SETURDE
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
AMMA
431
Custo estimado R$ 135.591,63 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Avaliação das condições instaladas para exercício do licenciamento e da fiscalização ambiental pelas unidades organizacionais responsáveis no âmbito da AMMA, comparando a situação antes e depois dos investimentos realizados.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Os investimentos relativos a esta ação deverão ocorrer a partir do 5º. mês do período previsto para o fortalecimento institucional no bojo do PDITS Goiânia, no prazo previsto de seis meses, concomitantes à realização das demais ações de fortalecimento para a gestão ambiental.
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM – especificação técnica
Reconhecimento retroativo
NÃO
Planejamento e implantação de ações e Educação Fiscal
Objetivo Desenvolver, junto aos cidadãos de Goiânia uma consciência contributiva, de forma que, percebendo seus direitos e deveres frente à municipalidade, compreendam a importância do exercício do controle social sobre as contas municipais e do pagamento dos tributos por eles devidos.
Justificativa O exercício da Gestão Fiscal no município de Goiânia baseia-se em uma Secretaria dotada de estrutura, equipes, tecnologia de informação adequados, com atendimento presencial e virtual ao contribuinte. Os processos e procedimentos de trabalho estão razoavelmente claros e manualizados. Os índices de arrecadação efetiva de impostos e taxas municipais são coerentes com outros municípios do mesmo porte, mas demonstram larga possibilidade de melhoria.
Efeito esperado no desenvolvimento do turismo
Cidadãos conscientes de seus direitos e deveres frente à municipalidade e satisfeitos com a melhoria da qualidade de vida que usufruem. Assim, toda a municipalidade se torna beneficiária das ações educativas, por ter a arrecadação aumentada em função da contribuição de todos.
432
Benefícios Aumento da arrecadação fiscal em benefício de Goiânia, coadunando-se com o desenvolvimento do turismo, como forma de geração de divisas para o município.
Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo, população local
Descrição da ação
Buscando estabelecer e implementar estratégias para aumento da arrecadação municipal, esta ação leva à adoção de estratégias de promoção da consciência contributiva junto aos munícipes. O planejamento e a implementação de tais ações deverá exigir a contratação de serviços especializados de consultoria na área fiscal e tributária, bem como em tecnologia educacional.
Responsável pela Execução
SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção do serviço
SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças
Custo estimado R$ 90.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mec. de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Quantitativo de pessoas abrangidas pelas atividades de educação fiscal; número de entidades representativas da sociedade mobilizado Avaliação da opinião dos participantes e dos agentes multiplicadores quanto às atividades desenvolvidas; comparação dos índices de inadimplência na arrecadação municipal antes e depois das ações educativas desenvolvidas durante os oito meses de prazo previsto.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
O início desta ação de fortalecimento está previsto para o 5º. Mês do período previsto para implantação do Plano de Fortalecimento Institucional, prolongando-se por 8 meses consecutivos, dos quais pelo menos 5 meses devem ser reservados à implementação das ações prioritárias de educação fiscal e à avaliação dos resultados alcançados.
Nível de avanço:
Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo
NÃO
433
Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia Objetivo Manter um sistema de avaliação ambiental permanente do PDITS; Realizar a gestão das licenças ambientais; Realizar a gestão das
condicionantes ambientais; Manter um sistema de correção; Consolidar relatórios de resultados e encaminhá-los
Justificativa Esta avaliação é obrigatória para a implementação das ações do PRODETUR Nacional em Goiânia.
Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na sustentabilidade.
Benefícios Melhoria da qualidade de vida urbana e acompanhamento das ações do PDITS
Beneficiários População da cidade, o meio ambiente e turistas
Descrição da ação O Plano de Gestão Ambiental constitui o instrumento para gerenciamento e monitoramento ambiental do PDITS. Suas atividades serão desenvolvidas pela Prefeitura de Goiânia, que disporá de ferramentas para planejar, executar e avaliar seus próprios procedimentos, bem como para acompanhar e avaliar os demais agentes responsáveis por tudo o que se refere a meio ambiente do PDITS.
Responsáveis pela Execução SETURDE/UCP Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE/UCP
Custo estimado R$250.000,00 Gastos estimados de
operação Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Interrelação com todas as ações do Programa
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
434
Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica Objetivo Elaborar a Avaliação Ambiental Estratégica das ações do PRODETUR Nacional.
Justificativa Esta avaliação é obrigatória para a implementação das ações do PRODETUR Nacional em Goiânia.
Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na sustentabilidade.
Benefícios Melhoria da qualidade de vida urbana e acompanhamento das ações do PDITS
Beneficiários População da cidade, o meio ambiente e turistas
Descrição da ação Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica para observação dos possíveis impactos positivos e negativos que podem advir das ações propostas no PDITS
Responsáveis pela Execução SETURDE Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE
Custo estimado R$328.185,49 Gastos estimados de
operação Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Interrelação com todas as ações do Programa
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração e Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística Objetivo Identificar as necessidades de conservação e/ou recuperação das áreas naturais com potencial turístico.
Justificativa Quando se planeja a atividade turística em áreas naturais, a primeira preocupação deve estar relacionada à conservação de tais áreas para a manutenção da qualidade e da atratividade do turismo
Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na sustentabilidade.
Benefícios Melhoria da qualidade de vida urbana e acompanhamento das ações do PDITS
Beneficiários A população da cidade, o meio ambientel e turistas
435
Descrição da ação O Plano a ser elaborado deverá envolver o diagnóstico das necessidades de conservação e/ou recuperação das áreas naturais com potencial turístico, a elaboração dos orçamentos para as medidas a serem tomadas, a identificação e captação das fontes de recursos, culminando na execução das medidas de conservação ou recuperação, além de prever a destinação de parcela da renda gerada pelo turismo para a implantação de medidas.
Responsáveis pela Execução SETURDE/AMMA Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE/AMMA
Custo estimado R$2.200.000,00 Gastos estimados de
operação Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução do número de ações de conservações e recuperação de áreas turísticas , a partir do ano-base:
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Interrelação com todas as ações do Programa
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia Objetivo Caracterizar as UCs a fim de identificar quais as possibilidades e as limitações existentes para exploração da atividade turística
Justificativa A atividade turística deve gerar o menor impacto possível em áreas de conservação ambiental, seguindo as premissas do desenvolvimento sustentável.
Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na sustentabilidade.
Benefícios Melhoria da qualidade de vida urbana e acompanhamento das ações do PDITS
Beneficiários População da cidade, o meio ambiente e turistas
Descrição da ação Elaboração de estudo de caracterização de todas as UCs a fim de identificar quais as possibilidades e as limitações existentes para exploração da atividade turística
Responsáveis pela Execução SETURDE/AMMA Entidade responsável pela
implantação/operação/manutenção do serviço SETURDE/AMMA
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Custo estimado R$750.000,00 Gastos estimados de
operação - Fonte de financiamento BID/Contrapartida
Mecanismos de recuperação de custos
NÃO SE APLICA Normas de licenciamento ambiental exigidas pela lei NÃO SE APLICA
Indicadores de resultado e fonte de verificação
Evolução do número de visitantes a UCs de Goiânia, a partir do ano-base.
Relação com outras ações quanto ao cronograma
Interrelação com todas as ações do Programa
Nível de avanço: Projeto básico
NÂO Projeto executivo NÃO Termo de referencia SIM Reconhecimento retroativo NÃO
437
5.6 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS
A) AVALIAÇÃO PRELIMINAR DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS
Apresenta-se a seguir um quadro dividido por componente com a avaliação preliminar
dos impactos socioambientais para cada uma das ações elencadas no PDITS
Goiânia.
QUADRO 46- IMPACTOS POTENCIAIS DAS AÇÕES DO PDITS GOIÂNIA
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
AÇÃO 1: ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: Diretrizes gerais do PDITS a luz dos princípios da sustentabilidade, canalização de investimentos públicos e privados em empreendimentos sustentáveis, atração de empreendimentos auto-sustentáveis, geração de emprego e renda e criação de novas oportunidades de trabalho, interação com outros setores da economia alavancando-os, possibilidades de recuperação de áreas degradadas na implantação de novos empreendimentos, investimentos na estrutura da administração pública voltada para o controle e licenciamento do uso e ocupação do uso do solo
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras; diretrizes a luz dos princípios de sustentabilidade compatibilizando a atividade econômica a conservação dos recursos naturais e a equidade social gerando emprego e renda tendo em mente um horizonte de futuro para as próximas gerações. Definição das Zonas de interesse Turístico, o licenciamento ambiental por empreendimentos através de Estudos Ambientais específicos (EIA/RIMAs, PGAs, PRADs)
AÇÃO 2 E 5: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E REESTRUTURAÇÃO DO PARQUE MUTIRAMA
Impactos Negativos: na execução da obra poder-se-á ter impactos com movimentação de terra, com o corte de algumas árvores, com a interrupção das vias públicas e incômodo a vizinhança mais próxima.
Impactos Positivos: resgate de um dos principais equipamentos urbanos que está no imaginário do goianiense, melhorias de caráter urbano no entorno do equipamento, melhor controle do patrimônio ambiental e área verde do parque.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes para os projetos a luz dos princípios de sustentabilidade e com a preocupação de não prever obras que envolvam grandes movimentações de terra, uso de madeiras certificadas, reuso de água e outros.
AÇÃO 3 E 4: ELABORAÇÃO DE PROJETO E REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA DO TRABALHADOR
Impactos Negativos: nenhum impacto na fase de elaboração de Projeto
Impactos Positivos: resgate de um dos principais equipamentos urbanos que está no imaginário do goianiense, melhorias de caráter urbano no entorno do equipamento, melhor controle do patrimônio cultural do parque.
438
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: adotar princípios e diretrizes que levem em conta que a Praça do Trabalhador e um marco urbanístico importante da capital goianiense e que nela está localizada a Estação Férrea patrimônio de art déco tombada pelo IPHAN. Atentar para o fato da existência da Feira Hippie nos domingos compatibilizando as funções e usos.
AÇÃO 6: ELABORAÇÃO DE PLANO DE CAPTAÇÃO DE EVENTOS
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de condições objetivas para aumentar o número de eventos captados para Goiânia
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: -
AÇÃO 7 E 8: ELABORAÇÃO DE PROJETO E REQUALIFICAÇÃO DAS FACHADAS DO ACERVO ART DÉCO
Impactos Negativos: na elaboração do projeto nenhum impacto, na execução o principal impacto será em relação a mobilidade e acessibilidade da região, bem como os transtornos dos usuários das lojas e dos comerciantes.
Impactos Positivos: Maior visibilidade do acervo art déco de Goiânia.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: Comunicação prévia aos usuários das lojas e comerciantes e sinalização das obras.
AÇÃO 9 E 10: ELABORAÇÃO DE PROJETO E REQUALIFICAÇÃO URBANA DO POLO GASTRONÔMICO DO SETOR MARISTA
Impactos Negativos: na elaboração do projeto nenhum impacto, na execução o principal impacto será em relação a mobilidade e acessibilidade da região, bem como os transtornos aos usuários e proprietários dos equipamentos de alimentação.
Impactos Positivos: Melhor mobilidade e acessibilidade aos usuários, facilidades de acesso evitando-se os engarrafamentos constantes
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes para os projetos a luz dos princípios de sustentabilidade e com a preocupação de não prever obras que envolvam grandes movimentações de terra, uso de madeiras certificadas etc.
AÇÃO 11 E 12: ELABORAÇÃO DE PROJETO E REQUALIFICAÇÃO DO SETOR FAMA
Impactos Negativos: na elaboração do projeto nenhum impacto, na execução o principal impacto será em relação a mobilidade e acessibilidade da região entorno da Av. Bernardo Sayão, bem como os transtornos dos usuários das lojas de confecções e dos comerciantes.
Impactos Positivos: Melhor mobilidade e acessibilidade aos usuários, facilidades de acesso evitando-se os engarrafamentos constantes
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes para os projetos a luz dos princípios de sustentabilidade e com a preocupação de não prever obras que envolvam grandes movimentações de terra, uso de madeiras certificadas etc.
AÇÃO 13: ELABORAÇÃO DE PLANO DE MANEJO DOS PARQUES DE GOIÂNIA
439
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
Impactos Negativos: nenhum impacto na fase de elaboração de projetos
Impactos Positivos: na fase de elaboração de projetos criação de uma expectativa positiva para recuperação e requalificação dos parques com expectativa de que os mesmos possam se transformar concretamente em atrativos turísticos para o município.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes para os projetos a luz dos princípios de sustentabilidade e com a preocupação de não prever obras que envolvam grandes movimentações de terra, uso de madeiras certificadas, reuso de água e outros.
AÇÃO 14 E 15: ELABORAÇÃO DE PROJETO E ADEQUAÇÃO DOS ATRATIVOS AO ACESSO DE PNE
Impactos Negativos: na elaboração do projeto nenhum impacto
Impactos Positivos: melhoria do acesso aos portadores de necessidades especiais, a terceira idade melhor democratizando a freqüência a esses espaços
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 16: APLICAÇÃO DE PESQUISAS ANUAIS PARA ALIMENTAÇÃO DO SIG
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: Organização, agilização e democratização das informações voltadas para as atividades turísticas criando novas oportunidades de instalação de empreendimentos e geração de emprego e renda.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO 17: CRIAÇÃO DE PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO EM TURISMO SUSTENTÁVEL – SELO VERDE
Impactos Negativos: Dificuldades de certificação por possível burocracia e custos
Impactos Positivos: Garantia e excelência nos produtos e serviços turísticos, em consonância com os conceitos de desenvolvimento sustentável; Mudança de paradigma para uma melhor aceitação dos produtos e serviços sustentáveis; Harmonização com outros sistemas de rotulagem (certificação); Melhoria da imagem perante as vendas de serviços turísticos; Aumento de vendas nos produtos e serviços, com potencialização de lucros e vantagens socioambientais; Uso sustentável dos recursos naturais; Integração entre a ONG’s, sistema privado e público.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: Promover a divulgação do turismo certificado no âmbito regional e nacional; Integrar os setores sem fins lucrativos, privados e públicos na acreditação dos produtos e serviços; e Promover a participação pública na acreditação.
AÇÃO 18: ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE MERCADO PARA PROJETO 3º MILÊNIO
Impactos Negativos: incorporação de novas áreas dentro da APA do Ribeirão João Leite, hoje não ocupadas e com baixa densidade de ocupação ao mercado imobiliário
Impactos Positivos: definição de um “menu” empreendimentos sustentáveis, subsídios econômicos aos investimentos privados em projetos sustentáveis e geradores de emprego e renda
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: -
440
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
AÇÃO 19 E 20: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE PLANO DE CAPACITAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA PARA O TURISMO SUSTENTÁVEL
Impactos Negativos: na elaboração do plano nenhum impacto
Impactos Positivos: melhoria substancial no atendimento aos turistas que visitam a capital, criação de novas oportunidades de trabalho, disseminação para práticas sustentáveis em relação ao desperdício de água, matérias primas e energia.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 21: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS BÁSICOS PARA ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE TURÍSTICO
Impactos Negativos: incorporação de novas áreas hoje não ocupadas e com baixa densidade de ocupação ao mercado imobiliário
Impactos Positivos: Definição e adequação do território aos eventuais perfis de empreendimentos, criação de arcabouço legal e jurídico que propicie a canalização de recursos do governo federal para atividades de turismo sustentável, normas claras e definição de espaços destinados a investimentos privados em turismo sustentável,
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras; SINTONIA COM O Plano Diretor e e O Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE do município
AÇÃO 22: ELABORAÇÃO DE PORTFÓLIO DE NEGÓCIOS PARA PROJETO 3º MILÊNIO
Impactos Negativos: incorporação de novas áreas dentro da APA do Ribeirão João Leite, hoje não ocupadas e com baixa densidade de ocupação ao mercado imobiliário
Impactos Positivos: maior divulgação das oportunidades de negócios com projetos sustentáveis de cunho turísticos atraindo investimentos privados,
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes a luz dos princípios de sustentabilidade compatibilizando a atividade econômica à conservação dos recursos naturais e a equidade social.
AÇÃO 23: ELABORAÇÃO DE PLANO DE INVESTIMENTO PARA OS PARQUES DE GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto na fase de elaboração de projetos
Impactos Positivos: na fase de elaboração de projetos criação de uma expectativa positiva para melhor aproveitamento turístico dos parques.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: -
AÇÃO 24 E 25: ELABORAÇÃO DE PROJETO E REQUALIFICAÇÃO DA AV. 26
Impactos Negativos: na elaboração do projeto nenhum impacto, na execução o principal impacto será em relação a mobilidade e acessibilidade da região.
Impactos Positivos: Melhor mobilidade e acessibilidade aos usuários, facilidades de acesso evitando-se os engarrafamentos constantes
441
COMPONENTE 1 - PRODUTO TURÍSTICO
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes para os projetos a luz dos princípios de sustentabilidade e com a preocupação de não prevê obras que envolvam grandes movimentações de terra, uso de madeiras certificadas etc.
AÇÃO 26: ELABORAÇÃO DE PROPOSTA DE REVISÃO DO PDU
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: maior divulgação das oportunidades de negócios com projetos sustentáveis de cunho turísticos atraindo investimentos privados,
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: diretrizes a luz dos princípios de sustentabilidade compatibilizando a atividade econômica a conservação dos recursos naturais e históricos, a atividade turística e a equidade social.
COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO
AÇÃO 1 E 2: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO E OPERACIONAL
Impactos Negativos: na elaboração do plano nenhum impacto
Impactos Positivos: divulgação dos atrativos turísticos dos município, prospecção de novas potencialidades turísticas no município, visão de médio e longo prazo, otimização da operacionalidade de empreendimentos a luz dos princípios da sustentabilidade
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
AÇÃO1: SUPRIMENTO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA, MOBILIÁRIO E VEÍCULOS PARA A SETURDE E A UCP
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: melhoria das condições objetivas do desempenho das funções do órgão responsável pelo turismo em Goiânia.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO2 E 3: ELABORAÇÃO E REVISÃO DO PROJETO DE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DA GESTÃO MUNICIPAL DE GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: melhor aprimoramento dos recursos humanos, dos equipamentos, e das condições gerais do poder público municipal planejar, gerir e fiscalizar o território do município goianiense não em relação às atividades turísticas, mas em relação a toda forma de uso e ocupação do solo urbano e rural
442
COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO 4: ELABORAÇÃO DE PROJETO DE FOMENTO E INCENTIVOS FISCAIS PARA A IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: geração de recursos para atividade turísticas atraindo novos empreendedores e investidores na atividade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO 5: ELABORAÇÃO DE ESTUDO VISANDO A MELHORIA E ENRIQUECIMENTO DOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO TURISTA PRESTADOS PELOS CAT
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: Melhor atendimento ao turista, melhor divulgação dos atrativos turísticos no município.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO 6 E 7: ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: Organização, agilização e democratização das informações voltadas para as atividades turísticas criando novas oportunidades de instalação de empreendimentos e geração de emprego e renda.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO 8 E 9: ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA INTEGRADO DA EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA E DO TURISTA PARA O TURISMO
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de uma sinergia e uma pro atividade entre a comunidade e o turista facilitando as relações recíprocas e uma visão mútua de sustentabilidade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 10: GERENCIAMENTO DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: implementação do programa mais efetiva com acompanhamento e avaliação profissional.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
443
COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
AÇÃO 14 E 15: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE PLANO DE CAPACITAÇÃO DE DIRIGENTES, GERENTES E TÉCNICOS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL PARA A GESTÃO FINANCEIRA E FISCAL
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de uma massa crítica e especializada que possa ter uma capacidade de gerir as questões financeiras e fiscais com eficiência e efetividade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 16: ELABORAÇÃO DE ESTUDO PARA A REMODELAGEM E IMPLEMENTAÇÃO DO FUNDO MUNICIPAL DE TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de condições objetivas para ampliação de recursos.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 17: ATUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS NECESSÁRIA AO MONITORAMENTO E GESTÃO DO MEIO AMBIENTE NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: fiscalização mais eficiente, possibilidade de trabalhar no preventivo e não só na remediação, detectar problemas de degradação ambiental no nascedouro e não a posteriori.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 18: ELABORAÇÃO DE MODELO DE GESTÃO PARTICIPATIVA DO TURISMO
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de uma melhor sinergia e pro atividade nos empreendimentos turísticos criando condições mais objetivas de se imprimir os princípios da sustentabilidade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 19: REORGANIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DO COMTUR – CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO DE GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: maior representatividade dos diversos segmentos envolvidos com o turismo, criação de condições para ampliação dos recursos no Fundo, melhor capacitação para exercer seu papel deliberativo nas atividades turísticas da cidade, maior democratização e participação nas decisões de políticas públicas voltadas para o turismo
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 20: MOBILIZAÇÃO PARA A PROMOÇÃO E DINAMIZAÇÃO DOS ARRANJOS PRODUTIVOS DA CADEIA DO TURISMO E FORMAÇÃO DE PARCERIAS ENTRE OS SETORES PÚBLICO E PRIVADO, A SOCIEDADE CIVIL E O TERCEIRO SETOR.
444
COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: Criação do APL específico de Turismo fortalecendo a atividade, criando condições para implementação de empreendimentos mais sintonizados com a realidade socioeconômica local, sinergia na otimização de recursos humanos condições financeiros, e criação de melhores condições para se imprimir o princípio de sustentabilidade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 21 E 22: ELABORAÇÃO DE ESTUDO PARA PLANEJAMENTO, FORMAÇÃO E PARA IMPLANTAÇÃO DE CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE TURISMO ENTRE GOIÂNIA E MUNICÍPIOS DE SEU ENTORNO.
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: Ampliação dos atrativos turísticos contemplando atratividades de outros municípios, tratamento de alguns espaços como a bacia hidrográfica do João Leite de forma integrada, maior peso político nas reivindicações junto aos governos estadual e federal,
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 23: ELABORAÇÃO DE PARÂMETROS E IMPLEMENTAÇÃO DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: melhor aprimoramento dos recursos humanos, dos equipamentos, e das condições gerais da SETURDE desempenhar o seu papel, na formulação da política, dos planos, programas, projetos voltados para a melhoria da qualidade do turismo sustentável.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 24 E 25: DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA A GESTÃO DO TURISMO
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos; O Sistema de Informação Georeferenciada para Gestão do Turismo, propiciará a maior acumulação e divulgação de dados e informações de forma a dinamizar as atividades turísticas no município.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: Sintonizar as ações voltadas para o turismo ao sistema geral do SIG existente na Secretaria de Planejamento e Urbanismo – SEPLAM e COMDATA
AÇÃO 26 E 27: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE PLANO DE CAPACITAÇÃO DE DIRIGENTES E TÉCNICOS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL PARA A GESTÃO MUNICIPAL DO TURISMO
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de uma massa crítica e especializada que possa ter uma capacidade de gerir as políticas públicas com competência, eficiência e efetividade e a luz da sustentabilidade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
445
COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
AÇÃO 28 E 29: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE PLANO DE CAPACITAÇÃO DE DIRIGENTES E GERENTES DOS EMPREENDIMENTOS PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS NO MUNICÍPIO
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: criação de uma massa crítica e especializada que possa ter uma capacidade de gerir os empreendimentos com competência, eficiência e efetividade e a luz da sustentabilidade.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO 30: ELABORAÇÃO/ADEQUAÇÃO DE MODELO DE GESTÃO PARA OS PARQUES DE GOIÂNIA, TENDO EM VISTA O SEU USO TURÍSTICO.
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: aumento da atratividade turística dos parques, diminuição dos impactos relacionados a visitação e melhor conservação dos equipamentos no médio e longo prazo e reflexo positivo nos sistemas hídricos e bióticos, pois grande parte dos parques goianienses estão associados a fundos de vales e fragmentos de matas de galeria.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras
AÇÃO31: SUPRIMENTO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA, MOBILIÁRIO E VEÍCULOS PARA SETORES DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: melhoria das condições objetivas do desempenho das funções do dia do servidor público não só das voltadas para as atividades turísticas.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
AÇÃO 32: PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO FISCAL
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo
Impactos Positivos: possibilidade de gerar atratividade para empreendimentos através do bom uso de instrumentos fiscais.
Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras:-
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
AÇÃO 1 E 2: ELABORAÇÃO DE PROJETO BÁSICO E ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO PARA URBANIZAÇÃO DE ÁREA DA APA DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE
Impactos Negativos: Na fase de elaboração de projetos não haverá impactos a não ser alguma especulação quanto ao valor da terra que pode inflar o mercado, na fase de implantação poderá atrair ocupações irregulares (moradias, pequenos comerciantes) no entorno dos empreendimentos maiores, pressão para ocupações mais intensivas dentro da APA do João Leite a montante do reservatório de água. Impactos Positivos: Criação de um “cordão” com empreendimentos sustentáveis e de baixa densidade de ocupação, que possam servir como uma área tampão de isolamento entre o
446
COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
reservatório de água e as áreas mais intensamente urbanizadas da capital, evitando-se parcelamentos irregulares e não sustentáveis, definição de usos claros dentro da linha “ocupar de forma adequada para preservar” Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: Definição das Zonas Especiais de Interesse Turístico na região, atualização do Plano de Manejo da APA do Ribeirão João Leite, Regulamentação do artigo 79 da Lei Complementar 171 de 29 de maio de 2007 (Plano Diretor do Município de Goiânia), implantação do tramo norte do Anel Viário.
447
COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
AÇÃO 1: IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL PARA O PDITS
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo Impactos Positivos: Monitoramento e avaliação ambiental de todas as ações propostas no PDITS; desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade. Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: atendimento a todas as normas ambientais vigentes no município.
AÇÃO 2: ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo Impactos Positivos: Monitoramento e avaliação ambiental de todas as ações propostas no PDITS; desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade. Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: atendimento a todas as normas ambientais vigentes no município.
AÇÃO 3 E 4 : ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS NATURAIS DE ATRAÇÃO TURÍSTICA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo Impactos Positivos: Auxílio na preservação e conservação das áreas naturais Medidas Mitigadoras ou Otimizadora:s Criar um programa de fiscalização para evitar ações de impactos negativos.
AÇÃO 5: ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DAS UCS DE GOIÂNIA
Impactos Negativos: nenhum impacto negativo Impactos Positivos: Desenvolvimento turístico pautado na sustentabilidade. Medidas Mitigadoras ou Otimizadoras: levantamento e atendimento a todas as normas ambientais vigentes no município.
B) AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS CUMULATIVOS DO CONJUNTO DE
ATIVIDADES E PROJETOS A SEREM DESENVOLVIDOS
As intervenções previstas para o PDITS Goiânia são, em geral de pequeno porte, e
terão impactos muito mais positivos que negativos, e, não vão, diretamente, degradar
recursos naturais significativos. Os impactos negativos serão localizados e, em sua
maioria, ocorrerão apenas durante as instalações previstas, cessando ao final das
mesmas.
Estes impactos também serão de pequena magnitude e, obedecidos os
licenciamentos ambientais vigentes, a maior parte desses impactos negativos será
reversível e todos, com certeza, serão mitigáveis ou passíveis de compensação.
Os impactos negativos estarão muito mais relacionados a intensificação da atividade
turística em áreas naturais (parques urbanos normalmente associados aos fundos de
vales das drenagens), de uma forma geral, podendo acarretar em ameaças à
448
sustentabilidade dos ecossistemas hídricos, alterando hábitos da fauna e paisagens
naturais, além de aumentar os níveis de poluição sonora, do ar e da água. Dessa
maneira, qualquer atividade turística em área natural, deverá ser monitorada,
considerando as capacidades de carga de cada área, na tentativa de minimizar mais
intensamente os impactos inerentes às atividades procedidas. Na elaboração dos
planos de manejo dessas UCs estes aspectos serão previstos.
C) AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO SOBRE A QUALIDADE DE
VIDA E AS CARACTERÍSTICAS CULTURAIS DA POPULAÇÃO DE GOIÂNIA
Esta avaliação é feita com propriedade por Ruschmann (1999), a qual cita, dentre
outros impactos advindos do desenvolvimento do turismo, os seguintes que podem
ser refletidos em Goiânia, considerando o diagnóstico social realizado:
■ o abandono de atividades primárias pelas populações locais para a busca de
empregos no setor turístico;
■ a inflação e aumento abusivo de preços, além da especulação imobiliária, o que
marginaliza a população local, em especial os mais carentes;
■ a sazonalidade da atividade turística, que provoca transtornos e desemprego nos
períodos de baixa ocupação;
■ necessidade de importação de mão-de-obra qualificada e produtos específicos
para atendimento dos turistas (aqui deverá ser dada especial atenção à
necessidade de forte investimento para qualificar e capacitar as pessoas tão logo
se inicie o PDITS, considerando as deficiências locais);
Como impactos positivos/benefícios sociais, podem ser citados:
■ geração de emprego e renda (consequentemente, melhoria da qualidade de
vida);
■ aumento de vendas de produtos e serviços, com potencialização de lucros e
vantagens socioambientais;
■ aumento do empreendedorismo;
449
■ valorização da herança cultural;
■ interação cultural e compreensão mútua entre os povos;
■ aumento na arrecadação de impostos e do PIB local.
D) IDENTIFICAÇÃO DE OUTROS IMPACTOS ESTRATÉGICOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO
É evidente que a intensificação das atividades turísticas em um município será
precursora de uma série de outras atividades secundárias e terciárias, as quais
poderão gerar mudanças na forma de exploração econômica da região, voltando-se
para a prestação de serviços aos turistas. O papel do turismo no desenvolvimento
local, nesse contexto, é relevante, principalmente pelas características naturais e
culturais de grande potencial no Município.
Entretanto, se por um lado, isso aumenta o leque de oportunidades de geração de
renda para os habitantes, por outro lado pode ocasionar o já mencionado no item
anterior, que é o abandono de atividades primárias pelas populações na busca de
empregos no setor turístico. Isto pode significar benefícios, mas também, malefícios
se as pessoas abandonam atividades já por elas dominadas, por atividades novas,
com as quais poderão não se identificar e não conseguir progredir, gerando frustração
e mesmo desemprego.
No que concerne a conflitos por uso dos recursos naturais, é sabido que o equilíbrio
entre a atividade econômica e a sustentabilidade socioambiental é um ponto crucial
para o desenvolvimento do turismo sustentável, uma vez que não raro ocorrem
conflitos sociais causados pela maior pressão sobre o uso dos recursos naturais. O
turismo sustentável é um negócio que pode ser lucrativo, mas arriscado do ponto de
vista dos investimentos. Só é viável sob o ponto de vista econômico se as regras de
mercado forem seguidas, como todo e qualquer negócio, e só será sustentável
ambientalmente, se equilibrar as dimensões econômicas, sociais e ambientais
(FILHO, 2005).
O turismo sustentável em Goiânia, principalmente o voltado para o uso do potencial
ambiental, poderá ocasionar algum conflito no que diz respeito a capacidade de
suporte a visitação das UCs, bem como com os moradores do entorno imediato.
450
Entretanto, esses conflitos deverão está previstos nos planos de manejo. Conflitos
com relação aos usos das áreas naturais, Lavini e Rabinovici (2005) recomendam,
dentre outros: Educação Ambiental e sensibilização dos turistas; Cooperação com os
setores públicos e privados; Integração das comunidades diretamente envolvidas no
planejamento das atividades por meio de um planejamento representativo e
participativo; Incentivo à integração e colaboração entre os agentes participantes das
atividades turísticas; Intercâmbio de informações entre atores de projetos locais,
regionais e globais
E) PLANO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL PARA O PLANO DE AÇÃO DO PDITS GOIÂNIA
O Plano de Gestão Ambiental constitui o instrumento para gerenciamento e
monitoramento ambiental do PDITS. Suas atividades deverão ser desenvolvidas pela
Prefeitura Municipal de Goiânia, que deverá dispor de ferramentas para planejar,
executar e avaliar seus próprios procedimentos, bem como para acompanhar e avaliar
os demais agentes responsáveis pelas ações socioambientais do PDITS.
O estabelecimento de um sistema de planejamento e gestão ambiental integrados
necessita de um referencial físico e institucional, de amplo conhecimento e acesso
para todos os envolvidos na implantação do PDITS.
Diante disto, será operacionalizada uma Coordenação de Gestão Ambiental Integrada
do PDITS de Goiânia, de caráter permanente, onde e por onde todas as informações
relacionadas aos aspectos socioambientais da implantação do PDITS serão
encaminhadas, consolidadas e disseminadas, com os seguintes objetivos:
■ Manter um sistema de avaliação socioambiental permanente do PDITS;
■ Realizar a gestão das licenças ambientais;
■ Realizar a gestão das condicionantes socioambientais;
■ Manter um sistema de correção;
■ Consolidar relatórios de resultados e encaminhá-los.
451
Assim, dentro dessa estrutura, caberá à Prefeitura Municipal de Goiânia coordenar as
ações propostas no Plano de Ação do presente documento.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Estrutura Organizacional da Gestão Socioambiental Integrada do PDITS de Goiânia
obedece ao modelo ilustrado na figura seguinte.
FIGURA 13 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA GESTÃO SOCIOAMBIENTAL INTEGRADA DO
PDITS DE GOIÂNIA
Fonte: Altran TCBR
A Gestão Socioambiental Integrada se efetivará por meio de uma estrutura de
Coordenação, de Gerenciamento da Interface, de Desenvolvimento das Ações e de
Monitoramento, para a execução de todas as ações ambientais pertinentes.
O Gerenciamento da Interface se encarregará da articulação com os atores envolvidos
no processo – entidades e órgãos públicos e privados, inclusive os órgãos ambientais,
viabilizando o competente licenciamento ambiental, desde a abertura dos processos,
até a emissão das licenças.
Coordenaçãoda Gestão Ambiental do PDITS
Gerenciamento da Interface
Equipe de Monitoramento
Ambiental
Desenvolvimento das Ações
Gestão Socioambiental
Infraestrutura
Fortalecimento Institucional
Comercialização
Produto Turístico
452
O Monitoramento Ambiental e o Desenvolvimento das Ações executarão todos os
procedimentos necessários à gestão socioambiental integrada do PDITS de Goiânia.
ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO E MELHORIA
Apuração de Indicadores
As ações de execução da Gestão Socioambiental Integrada, as atividades de
acompanhamento, avaliação e melhoria contínua se darão por meio da apuração dos
parâmetros a serem usados indicadores previstos no quadro seguinte.
QUADRO 47 - PARÂMETROS A SEREM USADOS COMO INDICADORES DOS IMPACTOS E EFEITOS
AVALIADOS
SÍNTESE DOS IMPACTOS INDICADORES DOS IMPACTOS AÇÕES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
NE
GA
TIV
OS
Relacionados às obras: modificação da paisagem, geração de efluentes líquidos, geração de resíduos sólidos, possível contaminação de corpos d’água e do solo, impermeabilização do solo, geração de poeiras (material particulado), aumento de ruídos e supressão de vegetação.
• Números de Não Conformidades geradas pela gestão e fiscalização das obras
• Seguir estritamente todos os passos do licenciamento ambiental;
• Elaborar e executar Plano Ambiental para Construção – PAC, seguindo estritamente todas as recomendações e medidas.
Abandono de atividades primárias pelas populações para a busca de empregos no setor turístico
• Relação empregos formais na atividade turística/Relação de empregos formais totais nos municípios
• Acompanhar os índices de desemprego
Inflação e aumento abusivo de preços, além da especulação imobiliária
• Índice de inflação • Acompanhar o índice de inflação
Sazonalidade da atividade turística
• Índice de desemprego • Relação empregos formais
na atividade turística/Relação de empregos formais totais nos municípios
• Taxa de ocupação hoteleira
• Acompanhar os índices
Alteração de princípios de moralidade tradicionais • Índices de criminalidade
• Acompanhar os índices de criminalidade
453
SÍNTESE DOS IMPACTOS INDICADORES DOS IMPACTOS AÇÕES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
Necessidade de importação de mão-de-obra qualificada e produtos específicos para atendimento dos turistas
• Número de vagas/Tempo de disponibilidade
• Elaborar pesquisa específica para acompanhamento das vagas qualificadas e preenchimento das mesmas
PO
SIT
IVO
S
Melhoria da qualidade do turismo
• Taxa de ocupação hoteleira • Fluxo turístico anual • Movimento nos aeroportos • Receita gerada pelo turismo
• Acompanhar os
índices
Aumento de vendas de produtos e serviços, com potencialização de lucros e vantagens socioambientais
• Receita gerada pelo turismo • Acompanhar os índices
Aumento do empreendedorismo • Abertura de empresas • Acompanhar os números
Valorização do artesanato • Preço dos produtos artesanais • Monitorar o mercado
Geração de emprego e renda • Número de empregos
turísticos totais • PIB per capta
• Acompanhar os índices
Melhoria da qualidade de vida
• Índice de desenvolvimento econômico
• Índice de desenvolvimento social
• Relação de beneficiários de baixa renda/beneficiários totais
• Acompanhar os índices
Fonte: Altran TCBR
Análise Crítica do Sistema de Gestão Socioambiental
A coordenação da Gestão Socioambiental Integrada do PDITS de Goiânia analisará
os resultados do gerenciamento da interface, considerando as discrepâncias
observadas e necessidade de definir novos objetivos e metas.
A periodicidade desta análise crítica considerará:
■ A não efetividade das ações propostas;
■ Obtenção de resultados insatisfatórios;
■ Falha na comunicação externa.
Monitoramento Ambiental
454
Toda e qualquer informação e ação ambiental no âmbito da execução das ações do
PDITS será objeto da equipe de Monitoramento Ambiental, a qual orientará todas as
atividades para obedecer à legislação ambiental vigente, monitorará as ações
guardando o perfeito atendimento à legislação, consolidará relatórios e os emitirá aos
órgãos ambientais, quando necessário, e ao Coordenador da Gestão Socioambiental
Integrada.
Estimativa dos Custos para a Gestão Socioambiental
A estimativa de custo total para a gestão socioambiental do PDITS é, em média, R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
455
6 MECANISMOS DE FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
DO PRODETUR NACIONAL GOIÂNIA
6.1 PLANO PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PRODETUR NACIONAL
GOIÂNIA
Pela natureza, complexidade e abrangência do PRODETUR Nacional, é importante
realizar constantes e sistemáticas análises de acompanhamento e avaliação dos
resultados das ações e investimentos realizados, buscando-se sempre a sua eficácia,
eficiência e efetividade, como forma de se atingir os objetivos propostos.
Sendo assim, o presente capítulo tem como objetivo apresentar um plano para
acompanhamento e avaliação dos componentes de investimentos do Programa em
Goiânia, a ser implementado pela Unidade de Coordenação do Programa - UCP.
6.1.1 Objetivos
O objetivo geral do Plano de Acompanhamento e Avaliação do PRODETUR Nacional
Goiânia é criar mecanismos que possibilitem o acompanhamento do Programa em
termos de implementação das ações, correção e avaliação dos resultados, efeitos e
impactos no Município.
Espera-se dos mecanismos desenhados para o acompanhamento e avaliação do
programa o atendimento das seguintes demandas:
i. Avaliação do grau de realizações físico-financeiras do programa, a ser
condensada no Relatório Anual de Progresso e replicada a cada dois
anos no Marco Lógico do Programa, que será apresentado mais a frente;
ii. Avaliação da eficácia das ações e a eficiência na alocação dos recursos
através do acompanhamento da evolução do nível de elaboração,
análise e licitação dos projetos aprovados no Município, a ser integrada
no Relatório de Avaliação Ex-post;
iii. Acompanhamento de indicadores turísticos, socioeconômicos,
ambientais, de gestão turística, de participação comunitária e de
capacitação previamente selecionados em cada um dos componentes
456
do Programa, com vistas a alimentar a cada dois anos o Marco Lógico e
o Relatório de Avaliação Ex-post;
iv. Mensuração dos impactos econômicos, sociais e fiscais dos
investimentos do Programa no Município, a ser incorporada no Relatório
de Avaliação Ex-post;
v. Acesso aos gestores governamentais, co-executores e a sociedade civil
das informações sobre a evolução e o desempenho dos investimentos
do Programa;
vi. Desenho e implementação, com base nas informações produzidas, de
mecanismos de potencialização das ações bem sucedidas e de correção
daquelas que se desviaram dos seus objetivos;
vii. Ensejar um processo de aprendizagem quanto à formulação, execução,
acompanhamento e avaliação de projetos e programas;
viii. Justificativa para negociação de novas etapas do Programa e de outras
iniciativas que venham somar os esforços de desenvolvimento
socioeconômico de Goiânia e do Estado de Goiás.
O Marco Conceitual do presente Plano encontra-se no ANEXO 5 deste documento.
6.1.2 Produtos Esperados
Para atender à metodologia proposta sugere-se que o plano contemple as seguintes
etapas no seu desenvolvimento:
■ Desenvolvimento de Sistema de Informações Gerenciais;
■ Coleta de Informações
■ Elaboração de Relatórios de Acompanhamento e Avaliação do Programa;
■ Implantação da Biblioteca Virtual para Disseminação de Informações.
457
A) LINHA DE BASE
As linhas de base ou de partida dos indicadores propostos para o acompanhamento
da atividade turística em Goiânia encontram-se indicadas no quadro 48 – Linha de
Base do Marco Lógico do Plano de Acompanhamento e Avaliação.
B) SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
A construção de um sistema automatizado de gestão das informações possibilitará,
além do acompanhamento e avaliação dos projetos, difundir pesquisas e boas
práticas, aumentar a eficiência e evitar a superposição e falta de coordenação entre
as iniciativas governamentais e privadas.
O acompanhamento e a avaliação do Programa estarão estruturados em um sistema
automatizado, que vai gerenciar uma base de informações necessárias para a
elaboração de uma série de relatórios.
A base de informações deverá ser continuamente alimentada com dados referentes
ao ciclo de vida dos projetos: elaboração, análise, licitação, execução e operação. O
diagrama a seguir ilustra a concepção esperada do sistema.
Fonte:Altran TCBR
ESTATISTICAS EX-POST
SECUNDÁRIAS
INFORMAÇÕES
EX-ANTE
ESTATÍSTICAS EX-POST
PRIMÁRIAS
RELATÓRIO DO
MARCO
LÓGICO
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO EX-
POST
INFORMAÇÕES FISICO-
FINANCEIRAS
RELATORIOS DE PROGRESSO E
DE MANUTENÇÃO
BIBLIOTECA VIRTUAL
458
FIGURA 14 – SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PRODETUR NACIONAL
GOIÂNIA
C) COLETA DE INFORMAÇÕES
Nesta etapa, as informações serão continuamente coletadas, iniciando-se antes
mesmo da execução do Programa, com vistas a formar a base de dados (baseline)
para efeitos de comparação e análise desses dados ao longo do tempo. São
informações coletadas a partir de fontes primárias e secundárias e classificadas como
seguem.
Informações Ex-Ante
Estas informações deverão ser colhidas pelos técnicos da UCP por ocasião da análise
do PDITS e de apresentação dos projetos. Durante a execução e a partir da entrada
em operação dos projetos, a UCP deverá fornecer os dados efetivamente realizados.
Todas as informações serão registradas em formulários eletrônicos, de acordo com
as especificidades de cada tipo de projeto.
As informações armazenadas nesta base de dados deverão ser utilizadas para a
confecção dos relatórios de Progresso, de Avaliação Ex-Post e para a atualização do
Marco Lógico.
Informações físico-financeiras do Programa
Estas informações deverão ser coletadas a partir dos dados orçados nas licitações,
dos instrumentos contratuais, das vistorias aos projetos e dos desembolsos. Estas
informações constituem insumos básicos para o Relatório Anual de Progresso e da
Avaliação Ex-post. Serão informados e analisados os seguintes itens:
■ Valor orçado
■ Valor aprovado
459
■ Valor licitado/contratado
■ Valor ajustado
■ Valor desembolsado
■ Valor da contrapartida
■ Quantidade de Projetos (por componente, status, área)
■ Comentários do projeto
■ Percentual previsto e percentual realizado da execução dos projetos.
Estatísticas socioeconômicas primárias
Neste módulo serão armazenadas as informações coletadas pela UCP através de
pesquisas de campo efetuadas no Município. As informações que compõem este
módulo estão listadas no quadro de indicadores apresentados a seguir.
460
QUADRO 49 – LINHA DE BASE DO MARCO LÓGICO DO PLANO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
INDICADORES VALOR DO ANO BASE ANO BASE
PERÍODO DE ACOMPANHA
MENTO UNIDADE FONTE DIMENSÃO
RESPONSÁVEL
PERIODICIDADE
FINALIDADE
1. Empregos diretos permanentes em atividades diretas do turismo
8.465 13.286 14.055 15.579 14.700 21.450
2005 2006 2007 2008 2009 2010
2011-15
Taxa
RAIS E e GOIAS TURISMO/Boletim
dados do turismo de Goiás
Impacto UCP anual
2. Arrecadação do ISSQN
120.808 192.566 206.007 233.211 254.023 307.898
2005 2006 2007 2008 2009 2010
2011-15
R$ milhares
Secretaria Municipal de Finanças. Impacto UCP anual
3. Arrecadação do IPTU
181.515 161.123 189.810 205.626 214.925 228.040
2005 2006 2007 2008 2009 2010
2011-15
R$ Milhares
Secretaria Municipal de Finanças Impacto UCP anual
4. Participação da Receita do Turismo no PIB do município
9,82%
2009
2011-15 Taxa UCP e IBGE Impacto UCP anual
5. PIB per capita do município
14.258 15.504 16.155 16.673 16.336 18.065
2005 2006 2007 2008 2009 2010
2011-15
R$ 1,00 UCP e IBGE Impacto UCP anual
461
INDICADORES VALOR DO ANO BASE ANO BASE
PERÍODO DE ACOMPANHA
MENTO UNIDADE FONTE DIMENSÃO
RESPONSÁVEL
PERIODICIDADE
PROPÓSITO 1. Fluxo Turístico: o total de embarque
e desembarques no Aeroporto Nacionais Internacionais
1.553 1.771 2.347
1,33 1,14 2,08
2008 2009 2010
2008 2009 2010
2011-15
milhares
CEFET-GO,MTUR e Infraero Efeito UEP Anual
2. Movimento de voos: o total de voos regulares e charters no Aeroporto
Nacionais Internacionais
46.299 52.337 64.287
265 247 391
2008 2009 2010
2008 2009 2010
2011-15
unidades MTUR e Infraero Efeito UEP anual
3. Número de unidades habitacionais do município 6.195 2008
2011-15 milhares
ABIH-GO e Secretaria de
Turismo de Estado. Efeito UCP anual
4. Marketing-share de Goiânia no turismo receptivo do país
0,995% 1,20%
2008 2010
2001-1 % MTUR e Infraero Efeito MTUR anual
5. Gasto médio diário individual do turista, GMDI 58,64 2008
2011-15 R$
CEFET-GO E Pesquisa de
demanda turística Efeito SETURD
E bianual
462
INDICADORES VALOR DO ANO BASE ANO BASE
PERÍODO DE ACOMPANHA
MENTO UNIDADE FONTE DIMENSÃO
RESPONSÁVEL
PERIODICIDADE
6. Permanência média do turista em hotéis 2,5 2008
2011-15 dias
CEFET-GO E Pesquisa de
demanda turística Efeito SETURD
E bianual
7. Número de pernoites gerados 6.949 2008 2011-15 dias
CEFET-GO E Pesquisa de
demanda turística Efeito SETURD
E bianual
8. Receita gerada pelo turismo 1.447.837 2008 2011-15 R$ milhares
CEFET-GO E Pesquisa de
demanda turística Efeito SETURD
E bianual
9. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidade:
Muito Satisfeito Satisfeito Insatisfeito Muito Insatisfeito
A realizar 2012 2011-15 unidades Pesquisa de demanda turística Efeito SETURD
E bianual
10. Grau de satisfação (muito satisfeito
+ satisfeito) dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos
Meio de Hospedagem Serviços de Alimentação (restaurantes, bares, etc) Receptivo/transporte local Entretenimento/lazer Serviços de apoio (comércio local, compras, bancos)
74,5
85,0
78,0
74,8
81,9
2009
2011-15 percentual
Pesquisa de demanda turística Efeito
IPTUR/Goiás/SETU
RD bianual
463
INDICADORES VALOR DO ANO BASE ANO BASE
PERÍODO DE ACOMPANHA
MENTO UNIDADE FONTE DIMENSÃO
RESPONSÁVEL
PERIODICIDADE
Rodoviária/Aeroporto Rodovias de acesso à Goiânia Transporte para ir a Goiânia
60,2
72,1
84,5
11. Número de empresas certificadas (selo verde/ qualidade) aumenta em relação ao ano base.
A realizar 2012 2011-15 unidades
Programa de Certificação em Turismo Sustentável (PCTS),
Efeito SETURDE bianual
464
Estatísticas Secundárias Básicas
Para subsidiar a avaliação dos resultados do programa deverão ser inseridas na base
de dados do SIG estatísticas socioeconômicas, turísticas e ambientais do município.
As estatísticas que comporão esta base constam na linha de base apresentada no
quadro anterior.
Estas estatísticas deverão ser coletadas pela UCP junto às entidades responsáveis
pela produção das mesmas.
D) RELATÓRIOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
A análise dos Indicadores de Acompanhamento e Avaliação do Programa deverá ser
condensada nos seguintes relatórios:
■ Relatório do Marco Lógico;
■ Relatório de Progresso;
■ Relatório de Manutenção;
■ Relatório e Avaliação ex-post.
Relatório Consolidado do Marco Lógico do Programa
O marco lógico é definido como sendo uma ferramenta para a conceituação, desenho,
execução e avaliação dos projetos. Sua finalidade é permitir uma estrutura para o
processo de planejamento e transmitir a informação essencial do projeto. Seu método
enfatiza a clareza de objetivos, definição de responsabilidades e a possibilidade de
medir resultados. Os passos para a elaboração do Marco Lógico são apresentados a
seguir.
■ Identificação dos grupos de interesses;
■ Identificação e análise do problema;
■ Estabelecimento dos objetivos;
■ Seleção dos Indicadores e construção da linha de base;
465
■ Especificação dos pressupostos e dos riscos;
■ Formulação das ações;
■ Estabelecimento dos produtos e meta das ações;
■ Elaboração do Relatório Consolidado do Marco Lógico do Programa.
A fim de alimentar a base de dados com as estatísticas mencionadas no Marco Lógico
advindas de pesquisa de campo, a UCP formatará a estruturas destas pesquisas com
vistas à sua padronização e sistematização. Caberá à UCP a execução e custeio das
mencionadas pesquisas, as quais deverão ser financiadas com recursos do Programa
ou comporem a contrapartida local.
A estrutura do Marco Lógico encontra-se no quadro a seguir.
466
QUADRO 50 – ESTRUTURA DO MARCO LÓGICO DE PLANO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS FINALIDADE
Melhorar a qualidade de vida da população residente do município
1. Empregos diretos permanentes em atividades diretas do turismo (hospedagem, alimentação, agenciamento, locação, entretenimento e lazer) crescem mais rápido do que no período-base:
RAIS/MTE
Turismo como indutor do desenvolvimento socioeconômico. Empresas turísticas conseguem a maior parte de seus empregados entre a população residente do município.
2. Arrecadação do ISS cresce a uma taxa maior que no período-base:
Secretaria Municipal de Finanças
Há disposição política para cobrar o ISS. Admite-se que o incremento de Arrecadação municipal é utilizado para beneficiar a população de baixa renda.
3. Arrecadação do IPTU cresce a uma taxa maior que no período-base:
Secretaria Municipal de Finanças
Há disposição política para cobrar o IPTU. Admite-se que o incremento de Arrecadação municipal é utilizado para beneficiar a população de baixa renda.
4. Participação da receita do turismo no PIB do município cresce mais do que no período-base: UCP e IBGE
5. PIB per capita do município cresce mais do que no período-base: UCP e IBGE
PROPÓSITO PROGRAMA
467
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS
1. O turismo no município cresce de maneira sustentável.
1. Fluxo Turístico: o total de embarque e desembarques no Aeroporto Santa Genoveva - cresce mais do que no período-base:
MTUR e Infraero.
2. Movimento de voos: o total de voos regulares e charters no Aeroporto Santa Genoveva - cresce mais do que no período-base:
MTUR e Infraero.
3. Número de unidades habitacionais do município cresce mais rápido do que no período-base:
ABIH-GO e SETURDE.
Empresas turísticas conseguem a maior parte de seus empregados entre a população residente do município.
4. Gasto médio diário individual (GMDI) do turista cresce mais rápido do que no período-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
5. Permanência média do turista em hotéis cresce mais rápido do que no período-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
6. Receita gerada pelo turismo cresce mais rápido do que no período-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
2. Qualidade do produto turístico
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
468
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS
2. Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
PROPÓSITOS COMPONENTES
PROPOSITO COMPONENTE1 Produto Turístico
1. Gasto médio diário individual (GMDI) do turista cresce mais rápido do que no período-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Haverá cobrança de ingresso do visitante.
PROPOSITO COMPONENTE 2 Comercialização
1. Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
O Plano de Marketing é implementado como planejado..
2. Marketing share de Goiânia no turismo receptivo do país aumenta em relação ao ano-base:
MTUR.
PROPÓSITO COMPONENTE 3: Fortalecimento Institucional
1. Percentual de investimento em Fortalecimento Institucional realizado em relação ao investimento planejado.
Relatório de Progresso e Plano de Ação do PDITS.
PROPOSITO COMPONENTE 4: Infraestrutura e serviços básicos
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
COMPONENTE 5: Gestão ambiental
1. Evolução do número de servidores municipais capacitados e atuando na gestão turismo, patrimônio natural e cultural aumenta em relação ao ano-base.
Relatório de Progresso e levantamento de dados secundários.
PROJETOS PROJETOS DE COMPONENTE 1 - Produto Turístico
469
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS
Elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Goiânia
1. Grau de realização das ações classificadas de prioridade I (Nº.de ações de Prioridade I Realizadas / Nº. de ações de Prioridade de I Previstas).
Relatório de Progresso e levantamento de dados secundários.
Desenvolvido e implantado o SIG-RODETUR/Goiânia.
Elaboração de estudos básicos para a criação e implementação de Zonas Especiais de Interesse Turístico no Município
1. Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE
Elaboração de Estudo de Mercado e do Portfólio para o Projeto Goiânia 3º Milênio
1. Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE
Elaboração de Plano de Manejo do Parque Mutirama, Parque Flamboyant e do Lago das Rosas.
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.:
Reestruturação do Parque Mutirama. 1. Grau de satisfação dos turistas com os serviços
proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Revitalização da Praça do Trabalhador em consonância com a Feira Hippie e adequação da antiga estação ferroviária para realização de eventos.
1. Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Requalificação do Setor Fama – Avenida Bernardo Sayão.
1. Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
470
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS Adequação dos atrativos turísticos ao acesso de portadores de necessidades especiais (Centro Histórico, Feiras e av. Bernardo Sayão e Parques – Mutirama, Flamboyant, Vaca Brava, Bosque dos Buritis e Lago das Rosas).
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidade melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual
Elaboração e implementação do plano de capacitação de mão-de-obra para o turismo sustentável.
1. Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Elaboração de Plano de Captação de Eventos
1. Participação do segmento turismo de eventos, negócios e convenções em relação ao fluxo turístico total cresce em relação ao ano-base.
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Requalificação das fachadas do acervo arquitetônico art déco do Centro Histórico
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual
Requalificação Urbana do Pólo Gastronômico do Setor Marista
1. Grau de satisfação dos turistas com os serviços proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Aplicação de pesquisas anuais para alimentação do SIG
1. Evolução do número de acessos ao sistema de informações pelos órgãos de gestão do turismo da administração municipal, pelo trade turístico e outros agentes envolvidos.
UCP/SIG-PRODETUR Goiânia
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
471
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS
Criação de Programa de Certificação em Turismo Sustentável - Selo Verde
1. Número de empresas certificadas (selo verde/ qualidade) aumenta em relação ao ano base.
Pesquisa bianual ser realizada pela SETURDE
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Elaboração de Estudo de Mercado para o Projeto Goiânia 3° Milênio
1. Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE
2. Número de Pernoites gerados por canais de venda (operadoras) aumenta, em relação ao ano-base:
Requalificação da Avenida 26 – Rua Gercina Borges
2. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual
Elaboração do Modelo de Gestão para o Parque Mutirama 1. Grau de satisfação dos turistas com os serviços
proporcionados pelos equipamentos e serviços turísticos melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Estruturação do Circuito do Ônibus Turístico 1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública,
sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual
Elaboração de proposta de revisão do PDU buscando a atividade turística na dinâmica de desenvolvimento da Cidade
1. Número de unidades habitacionais do município cresce mais rápido do que no período-base:
ABIH-GO e SETURDE.
Empresas turísticas conseguem a maior parte de seus empregados entre a população residente do município.
PROJETOS DE COMPONENTE 2 - Comercialização Plano de Marketing Estratégico e Operacional.
1. Marketing-share de Goiânia no turismo receptivo do país aumenta em relação ao ano-base:
MTUR/UCP
Admitindo-se que o plano seja implementado
PROJETOS DE COMPONENTE 3 - Fortalecimento Institucional
472
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS
Elaboração do Projeto de Fortalecimento Institucional para a Gestão Municipal de Goiânia.
1. Plano de Fortalecimento elaborado de acordo com as especificações técnicas e qualidade exigida pelo PRODETUR, expressas em seu Regulamento Operacional e aprovado pelo MTUR.
UCP/SIG-PRODETUR Goiânia
Elaboração de Modelo de Gestão Participativa do Turismo.
2. Evolução do número de atores em audiências e reuniões de planejamento do turismo aumenta em relação ao ano-base. UCP/SETURDE
Reorganização e fortalecimento do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Goiânia.
1. Evolução do número de eventos (audiências, reuniões, oficinas, etc) realizados com a participação efetiva do COMTUR em ações compartilhadas com a SETURDE, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
Elaboração de Estudos para Remodelagem e Implementação do Fundo Municipal de Turismo.
1. Evolução patrimonial do Fundo a partir do ano de início de operação. UCP/SETURDE.
Mobilização para a promoção e dinamização dos arranjos produtivos da cadeia do turismo e formação de parcerias.
1. Evolução do número de parcerias firmadas e estabelecidas entre o setor público e privado, a sociedade civil e o terceiro setor, a partir do ano-base.
UCP/ SETURDE
Planejamento, formação e implantação de Consórcio Intermunicipal de Turismo entre Goiânia e municípios de seu Entorno
1. Evolução do número de ações implementadas voltadas para o fortalecimento e desenvolvimento do turismo de Goiânia e municípios envolvidos, a partir do ano de inicio de operacionalização.
UCP
Elaboração de parâmetros e implementação das condições organizacionais da administração pública
1. Evolução da relação metas realizadas/metas planejadas da SETURDE, baseada na avaliação estratégica de desempenho por resultados, a partir do ano-base
UCP/SETURDE.
Elaboração e implantação de sistema de informações gerenciais, SIG-PRODETUR Goiânia.
1. Evolução do número de acessos ao sistema de informações pelos órgãos de gestão do turismo da administração municipal, pelo trade turístico e outros agentes envolvidos.
UCP/SIG-PRODETUR Goiânia
Melhoria e enriquecimento dos serviços de Atendimento ao Turista prestados pelos CAT.
1. Nível de qualidade dos serviços prestados aos turistas nos CAT, aferidos por meio de pesquisa de opinião realizada no ato do atendimento e/ou pesquisa de demanda turística bianual, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
473
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS Elaboração de Projeto de Fomento e de Incentivos Fiscais para a implantação e desenvolvimento de empreendimentos turísticos.
1. Evolução do número de empreendimentos turísticos beneficiados pela Política de Fomento e de Incentivos Fiscais do município, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
Elaboração e Implementação de Plano de Capacitação de dirigentes, gerentes e técnicos da administração municipal para a gestão municipal do turismo.
1. Percentual de gestores e técnicos atendidos em eventos de capacitação/ano em relação ao total desse pessoal na administração pública em Goiânia, a partir do ano-base.
2. Consolidação da opinião dos participantes ao final de cada evento de capacitação, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
Elaboração e implementação de Plano de Capacitação de dirigentes e gerentes dos empreendimentos prestadores de serviços turísticos no município.
1. Percentual de dirigentes e gerentes atendidos em eventos de capacitação/ano em relação ao universo de dirigentes e gerentes de empreendimentos turísticos no município de Goiânia, a partir do ano-base.
2. Consolidação da opinião dos participantes ao final de cada
evento de capacitação, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
Elaboração e implantação de programa integrado de educação comunitária e do turista para o turismo.
1. Avaliação de resultados dos eventos educacionais realizados nos meses de execução desta ação, por meio de pesquisa da opinião dos cidadãos e turistas participante, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
Elaboração/adequação de modelo de gestão para os parques de Goiânia, tendo em vista o seu uso turístico.
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para os setores de Licenciamento e Fiscalização do setor de postura.
1. Avaliação das condições instaladas para exercício do licenciamento e da fiscalização ambiental pelas unidades organizacionais responsáveis no âmbito da AMMA, comparando a situação antes e depois dos investimentos realizados, a partir do ano-base.
UCP/SETURDE
Planejamento e implantação de ações de Educação Fiscal.
1. Quantitativo de pessoas abrangidas pelas atividades de educação fiscal, a partir do ano-base. UCP/SETURDE
474
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS Suprimento de Equipamentos de Informática, Mobiliário e Veículos para a SETURDE e a UCP.
1. Avaliação institucional das condições instaladas para a execução e controle do PRODETUR- Nacional Goiânia UCP/SETURDE
Elaboração e implantação do sistema de informações para a gestão do turismo
1. Evolução do número de acessos ao sistema de informações pelos órgãos de gestão do turismo da administração municipal, pelo trade turístico e outros agentes envolvidos.
UCP/SIG-PRODETUR Goiânia
PROJETOS DE COMPONENTE 4 - Infraestrutura e serviços básicos 1 – Elaboração de Projeto Básico para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
2 – Elaboração de Projeto Executivo para Urbanização de área da APA do ribeirão João Leite
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
PROJETOS DE COMPONENTE 5 - Gestão Ambiental
Implementação do plano de gestão socioambiental para o PDITS Goiânia.
1. Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica
Grau de satisfação dos turistas com a limpeza pública, sinalização turística, qualidade ambiental e acessibilidades melhora, em relação ao ano-base:
Pesquisa bianual de demanda turística a ser realizada pela SETURDE.
Metodologia padronizada pelo órgão de turismo estadual.
Elaboração de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística.
1. Evolução do número de ações de conservações e recuperação de áreas turísticas , a partir do ano-base:
UCP/órgão ambiental/ONGs.
Implementação de Plano de Conservação e Recuperação de áreas naturais de atração turística.
1. Evolução do número de atividades dentro das áreas de proteção ambiental que divergem das recomendações do zoneamento diminuem em relação ao ano-base:
UCP/órgão ambiental/ONGs.
475
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO SUPOSTOS Elaboração de estudo de caracterização das potencialidades e limitações das UCs de Goiânia, considerando seus aspectos biológicos, socioeconômicos, institucionais e legais.
1. Evolução do número de visitantes a UCs de Goiânia, a partir do ano-base. UCP/SETURDE.
Fonte: Elaborado pela Altran TCBR
476
Relatório de Progresso
Este relatório objetiva oferecer informações que evidenciem o andamento da
execução e operação dos Projetos nos Pólos bem como nortear a tomada de medidas
corretivas ou preventivas durante essas fases. Terá como base as informações
constantes no módulo das informações físico-financeiro do Projeto acumuladas nos
seis meses anteriores à posição do Relatório.
A responsabilidade pela confecção deste relatório será da UCP Este relatório terá
periodicidade semestral.
Relatório de Manutenção
O propósito deste relatório é apresentar informes anuais sobre o estado das obras e
equipamentos financiados pelo Programa, objetivando garantir a eficiência e eficácia
dos investimentos realizados.
Caberá à UCP a preparação e envio deste relatório ao agente financeiro. A
periodicidade da emissão do relatório é anual, devendo o primeiro plano anual
corresponder ao exercício fiscal seguinte ao da entrada em operação da primeira das
obras do Programa. O Relatório será elaborado durante o período de execução do
Programa e até três anos depois de concluída a execução da última obra.
Relatório de Avaliação Ex-post
O objetivo do relatório ex-post, a partir de indicadores selecionados no Marco Lógico
para o município, é proceder a avaliação consolidada do Programa quanto a sua
concepção, execução e operação.
A responsabilidade pela confecção deste relatório será da UCP. Embora a
alimentação da base de dados seja permanente, a emissão deste relatório será
realizada a cada dois anos, em função da periodicidade das pesquisas de campo,
previstas no Marco Lógico do Programa.
477
E) BIBLIOTECA VIRTUAL
Na Biblioteca virtual serão disponibilizados todos os relatórios, estudos e pesquisas
sobre o PRODETTUR Nacional Goiânia. Para tanto, será criado no portal da Internet
da Prefeitura de Goiânia um link que levará à página desta biblioteca.
Responsabilidades
Ficará sob responsabilidade da UCP a coordenação geral de obtenção e
administração dos dados referentes aos indicadores para acompanhamento de
avaliação do Programa, bem como o armazenamento em base de dados, a
compilação e o processamento dos dados além da elaboração dos relatórios
retromencionados.
Será atribuição da UCP a obtenção dos dados colhidos por meio de Pesquisas de
Campo, os dados gerados por todos os órgãos municipais e estaduais.Os dados aqui
mencionados, após coletados, deverão ser inseridos na base de dados do SIG para
acompanhamento do PRODETUR/NACONAL GOIÂNIA. Ressalte-se, contudo, que
para a avaliação serão considerados como base principal os indicadores da Linha de
Base, o que não omite a possibilidade de utilização de outros indicadores adicionais
ou metodologias alternativas para avaliação do programa.
F) ATORES E MECANISMOS PROPOSTOS NECESSÁRIOS PARA PROMOVER O
MONITORAMENTO DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO DO TURISMO EM GOIÂNIA
Conforme apresentado no Quadro 49, os atores propostos para as ações de
monitoramento da evolução do turismo em Goiânia são a SETURDE, a futura UCP
(que deverá estar inserida na SETURDE) e a AMA, Agência de Meio Ambiente do
Município de Goiânia.
Os mecanismos a serem adotados para o monitoramento serão a elaboração de
pesquisas sendo a maioria de caráter bianual (quadro 49) que alimentarão o SIG -
Sistema de Informações Gerenciais do Programa, análise das pesquisas e emissão
de relatórios com os seus resultados. A partir destes relatórios será possível avaliar o
progresso do Programa e fazer possíveis correções, caso necessário.
478
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