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PLANO DE ATIVIDADES 2018

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PLANO DE ATIVIDADES 2018

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Título:

Plano de atividades 2018

Elaboração:

Conselho de Administração

Departamento de Estudos e Projetos

Departamento de Análise Jurídica

Departamento de Engenharia – Águas

Departamento de Engenharia – Resíduos

Departamento de Análise Económica e Financeira

Departamento da Qualidade da Água

Departamento de Tecnologias de Informação

Departamento Administrativo e Financeiro

Edição:

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

Data:

Setembro de 2017

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ÍNDICE

1. Mensagem do Conselho de Administração ................................................................................. 7

2. Enquadramento regulatório ........................................................................................................ 8

3. Principais atividades e Modelo de regulação .............................................................................. 9

4. Modelo organizacional da ERSAR ................................................................................................ 12

5. Enquadramento estratégico ........................................................................................................ 14

6. Atividades a desenvolver (ou objetivos operacionais) ................................................................ 18

6.1. Regulação estrutural dos setores ..................................................................................... 18

Organização e regulamentação dos setores ............................................................. 18

Informação e capacitação do setor .......................................................................... 22

6.2. Regulação comportamental dos setores .......................................................................... 25

Regulação legal e contratual .................................................................................... 25

Regulação económica ............................................................................................... 26

Regulação da qualidade dos serviços de águas e de resíduos .................................. 30

Regulação da qualidade da água para consumo humano ........................................ 31

Regulação da interface com os consumidores ......................................................... 33

Outras atividades ...................................................................................................... 34

7. Recursos humanos ...................................................................................................................... 37

8. Orçamento .................................................................................................................................. 39

ANEXOS…………………………………………………………………………………………………………………………………………41

ANEXO I – Orçamento para 2018…………………………………………………………………………………………..……..43

ANEXO II – Nota justificativa ao Orçamento para 2018………………………………………………………….……..55

ANEXO III – Mapa de Pessoal para 2018…………………………………………………………………………….………….73

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1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O plano de atividades deve refletir os grandes objetivos que irão nortear a atuação da ERSAR no ano de 2018, constituindo um precioso instrumento que enquadra a organização e o desenvolvimento do trabalho interno da ERSAR, e contribuindo, também, para evidenciar, junto dos intervenientes e interessados no universo da regulação, os grandes objetivos a atingir e que devem merecer particular atenção para que no esforço e atuação conjunta possam ser alcançados.

Atenta a natureza e as finalidades deste plano é absolutamente imperioso que a sua elaboração decorra com a participação e contributos das estruturas internas da ERSAR, mas que também possa integrar as sugestões e propostas dos destinatários da atividade desta entidade reguladora, ou seja, dos consumidores, das entidades gestoras de serviços de águas e de resíduos e de outros interessados, o que será assegurado através da audição do Conselho Consultivo onde estão representados os intervenientes referidos.

Para o ano de 2018, a ERSAR enfrentará vários desafios, de natureza interna e externa, que visam dar passos seguros no desenvolvimento do modelo de regulação em todas as suas vertentes, tendo sempre em vista a melhor prossecução do interesse público na prestação de serviços de águas e de resíduos de qualidade e alinhados com as melhores práticas.

Assim, e ao nível interno, pretende-se concretizar a reorganização da estrutura da ERSAR que possa assegurar a centralização orgânica da interação da ERSAR com cada entidade gestora definida em função da titularidade e do modelo de gestão destas entidades.

Esta opção, que implicará a criação de estruturas interdisciplinares, permitirá evitar a dispersão dos procedimentos por diversas estruturas e identificar para cada tipo de entidade gestora o seu principal ponto de contacto com a ERSAR, clarificando também, a nível interno, as tarefas e responsabilidades das estruturas envolvidas.

Trata-se, naturalmente, de uma visão inovadora que exigirá um especial esforço de adaptação, mas que, no entendimento deste Conselho de Administração, trará, certamente, benefícios, ao nível procedimental e ao nível do aprofundamento do conhecimento técnico, que justificarão a opção tomada.

No plano externo, a ERSAR centralizará os seus esforços no aperfeiçoamento do modelo de regulação através da implementação da alteração do Regulamento Tarifário dos Serviços de Gestão de Resíduos Urbanos atualmente em vigor e, principalmente, através da aprovação de um Regulamento Tarifário dos Serviços de Águas.

Dará, ainda, particular importância à simplificação dos procedimentos regulatórios através do desenvolvimento de metodologias que harmonizem a intervenção ao nível das tarifas e que assegurem a sistematização do ciclo de regulação económica das entidades, bem como da aplicação do Regulamento de Procedimentos Regulatórios, que entrará em vigor no final deste ano.

Será, ainda, dado especial enfoque ao desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que permitam valorizar o acervo de dados e de informação estatística disponível, potenciando, desse modo, a definição de políticas públicas e a tomada de decisões com sustentação em dados com acrescido rigor e fiabilidade, bem como a partilha dessa informação com outras entidades interessadas.

Pretende-se, igualmente, continuar a aposta de aproximação e informação aos consumidores dos serviços dos setores regulados, reforçando os mecanismos de proteção dos seus direitos, promovendo o cumprimento pelas entidades gestoras das regras previstas no Regulamento de Relações Comerciais, a aprovar ainda neste ano de 2017, e da restante legislação em vigor, nomeadamente em matéria de prestação de informação, resposta a reclamações, contribuindo, desta forma, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos utilizadores dos serviços públicos essenciais.

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No que concerne à missão de autoridade competente para a qualidade da água destinada ao consumo humano, destaca-se o início, no ano de 2018, da implementação de um novo regime jurídico que abrange a avaliação do risco nos sistemas de abastecimento de água em linha com a legislação europeia e com as recomendações internacionais.

Será dedicado grande esforço e empenho na discussão e acompanhamento do processo legislativo referente a vários projetos legislativos elaborados no decurso deste ano de 2017, para que, com a sua eventual entrada em vigor, possam contribuir para introduzir alterações importantes na organização do setor e também na sua regulação económica.

Ainda neste contexto, a ERSAR pretende concluir a definição de um novo modelo de concessões que possa beneficiar da experiência entretanto obtida no acompanhamento dos processos de reequilíbrio das concessões existentes e que venha a consagrar novos mecanismos de atribuição e/ou distribuição do risco inerentes à atividade, flexibilidade na gestão do plano de investimentos, revisão da rentabilidade em função das condições de mercado e de partilha dos ganhos operacionais entre a tarifa e o operador.

O Conselho de Administração está firmemente empenhado na concretização deste plano de atividades que reflete o processo de reflexão desenvolvido em conjunto pelos departamentos internos da ERSAR e que se entende poder constituir um contributo para a evolução do setor e do próprio regulador.

2. ENQUADRAMENTO REGULATÓRIO

A ERSAR tem por missão a regulação dos setores dos serviços de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos e o exercício de funções de autoridade competente para a coordenação e fiscalização do regime da qualidade da água para consumo humano, abrangendo todo o território de Portugal continental.

A ERSAR visa garantir, através da sua atividade de regulação, a proteção dos interesses dos utilizadores dos serviços de águas e resíduos, promovendo o acesso ao serviço em condições de elevada qualidade, prestado em condições de eficiência produtiva e a preço adequado, bem como a salvaguarda da sustentabilidade económica e financeira das entidades gestoras.

A atuação da ERSAR deverá pautar-se pelos princípios de competência, responsabilidade, isenção e transparência.

De acordo com os seus estatutos, a ERSAR é uma entidade administrativa independente com funções de regulação e de supervisão, dotada de autonomia de gestão, administrativa e financeira e de património próprio e que se encontra adstrita ao ministério com atribuições na área do ambiente, não se encontrando sujeita a superintendência ou tutela governamental no exercício das suas funções.

A ERSAR rege-se pelo disposto na lei, nos seus estatutos e no direito internacional e europeu, pelos regulamentos internos e disposições que lhe sejam especificamente aplicáveis e, em matéria de gestão financeira e patrimonial, no que por aqueles não for previsto ou com aqueles não for incompatível, pelas normas aplicáveis às entidades públicas empresariais, sendo-lhe ainda aplicável o Sistema de Normalização Contabilística.

O pessoal da ERSAR está sujeito ao regime jurídico do contrato individual de trabalho, com as ressalvas previstas nos estatutos e na Lei-quadro das Entidades Reguladoras, sendo a organização interna, o regime de carreiras, os cargos dirigentes, o estatuto remuneratório, o sistema de avaliação de desempenho, o processo de recrutamento e seleção e a organização e disciplina no trabalho definidos em regulamentos internos aprovados pelo Conselho de Administração.

O âmbito de intervenção da ERSAR tem vindo a sofrer alterações significativas, com um alargamento das suas atribuições de regulação, atingindo atualmente cerca de quatro centenas de Entidades

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Gestoras na regulação estrutural, económica e de qualidade de serviço, bem como na regulação da qualidade da água para consumo humano.

A elaboração do orçamento para 2018 e o plano de atividades proposto tiveram por base o pressuposto de que o projeto de portaria que cria as taxas de regulação aplicáveis às entidades municipais em gestão direta e em gestão delegada será, entretanto, publicado, permitindo, desse modo, fazer face ao acréscimo de custos decorrentes do alargamento do universo regulado e do significativo incremento da intervenção regulatória exigido.

3. PRINCIPAIS ATIVIDADES E MODELO DE REGULAÇÃO

A ERSAR desenvolve a sua atividade no enquadramento legislativo que lhe é fornecido pela Lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privado, público e cooperativo, Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto e respetivas alterações, pelos seus Estatutos, bem como pelos regimes jurídicos dos serviços multimunicipais e municipais, consagrados nos Decretos-Leis n.ºs 92/2013, de 11 de julho, 96/2014, de 25 de junho, decreto-lei 195/2009, de 20 de agosto que republica os Decretos-lei n.ºs 379/93, de 5 de Novembro, 294/94, de 16 de Novembro, 319/94, de 24 de Dezembro e 162/96, de 4 de Setembro, decreto-lei n.º 90/2009, de 9 de abril, e 194/2009, de 20 de agosto, e ainda no regime da qualidade da água destinada ao consumo humano constante do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, e do Decreto-Lei n.º 23/2016, de 3 de junho.

As atribuições e competências da ERSAR definidas nos diplomas acima identificados compreendem a regulação estrutural do sector, a regulação comportamental das entidades titulares, das entidades gestoras e das entidades prestadoras dos serviços em geral, assim como a elaboração e divulgação de informação e o apoio técnico aos agentes dos sectores regulados.

A atividade da ERSAR visa, por um lado, promover o aumento da eficiência e eficácia da prestação dos serviços em causa assegurando a respetiva sustentabilidade económica e financeira e, por outro lado, garantir, em simultâneo, a proteção dos direitos e interesses dos respetivos utilizadores.

Quanto à primeira vertente, regulação estrutural, a atividade da ERSAR passa, no essencial, por garantir a verificação de condições de igualdade e transparência no acesso e no exercício da atividade de serviços de águas e resíduos nos diferentes modelos de gestão e nas respetivas relações contratuais, mas também por assegurar a existência de condições que permitam a obtenção de equilíbrio económico e financeiro por parte das atividades dos sectores regulados exercidos em regime de serviço público.

Esta componente da atividade da ERSAR materializa-se na cooperação para a formulação de melhores políticas públicas, designadamente através de propostas legislativas e regulamentares e emissão de recomendações e regulamentos com eficácia externa, visando a racionalização e resolução de disfunções respeitantes aos serviços regulados e maximizando as perspetivas da eficiência e eficácia.

Materializa-se, também, na monitorização das estratégias nacionais adotadas para os setores de águas e resíduos, acompanhando a sua implementação e reportando com periodicidade as suas evoluções e condicionamentos, na recolha, validação, sistematização e divulgação de informação acessível e rigorosa sobre o setor e respetivos intervenientes, contribuindo, desta forma, para consolidar uma cultura de informação concisa, credível e de fácil interpretação por todos, assim garantindo o direito fundamental de acesso à informação e, ainda, no apoio técnico que disponibiliza às entidades gestoras diretamente ou, indiretamente, através de publicações técnicas, da realização de seminários e conferências, e, sobretudo, do apoio e promoção da investigação e desenvolvimento do setor.

Em termos da segunda vertente referida, de proteção dos direitos dos utilizadores dos serviços, a atividade da ERSAR visa sobretudo garantir e controlar a qualidade dos serviços públicos prestados, a efetividade do direito público à informação sobre o sector e sobre cada uma das entidades gestoras e

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assegurar a supervisão e o controlo das tarifas praticadas atendendo ao modelo de monopólio, legal ou natural, em que estes serviços públicos essenciais são prestados.

Este grande objetivo, nas suas múltiplas perspetivas, é materializado através do ciclo de revisão tarifária, da emissão de pareceres e recomendações dirigidas a todas as entidades do setor e de instruções vinculativas nos casos aplicáveis e quando se justifique, da elaboração de normas regulamentares, da recolha e divulgação de informações relativas aos níveis de serviço e da elaboração de relatórios de síntese comparativos da qualidade do serviço prestado pelas entidades sujeitas à intervenção reguladora da ERSAR.

Em matéria de abastecimento de água, a ERSAR desempenha ainda, no quadro da legislação europeia e nacional, uma função de autoridade competente para a qualidade da água destinada ao consumo humano assegurando, ainda, a par daquela atribuição, as referentes às vertentes de regulação, estrutural e comportamental.

Na vertente da qualidade da água para consumo humano, a ERSAR pretende continuar a garantir aos consumidores uma água da torneira segura intensificando a sua ação fiscalizadora e desenvolvendo o apoio técnico prestado às entidades gestoras, designadamente através da elaboração de planos de ação individualizados.

A ERSAR pretende, com a sua ação, contribuir para a promoção da regulação como instrumento moderno de intervenção do Estado em setores de atividade económica essencial às populações, com vista ao seu bom funcionamento e à defesa do interesse público, visando, como macro objetivos:

A sustentabilidade do setor, através de uma adequada estratégia nacional, de um bom enquadramento legal, da existência de informação e de um permanente esforço de inovação (I&D);

A sustentabilidade social, através da acessibilidade física e económica ao serviço, da qualidade do serviço e da qualidade da água para consumo humano;

A sustentabilidade das entidades gestoras, nomeadamente nas perspetivas económica, infraestrutural e de recursos humanos;

A sustentabilidade ambiental, na utilização de recursos ambientais e na prevenção da poluição.

O modelo de regulação da ERSAR assenta numa abordagem integrada para os serviços de águas e resíduos procurando balancear adequadamente as diferentes perspetivas do interesse público presente na prestação destes serviços essenciais.

A abordagem regulatória integrada para os serviços de águas e resíduos consubstancia-se em dois grandes planos de intervenção, como a seguir se descrevem:

Um primeiro plano, designado por regulação estrutural, visa assegurar uma melhor organização dos setores, a clarificação das suas regras de funcionamento, o desenvolvimento das suas capacitações através da inovação, formação, divulgação regular da informação disponível sobre o estado do setor e a sua evolução, correspondendo a uma macro intervenção regulatória.

Um segundo plano, designado regulação comportamental, consiste nas vertentes de monitorização legal e contratual ao longo do ciclo de vida das entidades gestoras, engloba a regulação económica, a qualidade do serviço, a qualidade da água para consumo humano e a interface com os utilizadores, correspondendo a uma micro intervenção regulatória, que incide sobre cada uma das entidades gestoras.

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Figura 1. Modelo regulatório ARIT-ERSAR

A salvaguarda das condições de continuidade e universalidade destes serviços, prestados em regime de monopólio natural ou legal, recomendam complementaridade desses dois planos da intervenção do regulador.

Para o ano de 2018, a ERSAR perspetiva desenvolver a sua atividade dando especial enfoque aos seguintes eixos de atuação:

A continuidade da aplicação do modelo de regulação a todo o universo de entidades gestoras de serviços de águas e de resíduos, independentemente do modelo de gestão, de acordo com a legislação aplicável, bem como o aperfeiçoamento do mesmo, quer através da alteração do Regulamento Tarifário dos Serviços de Gestão de Resíduos Urbanos em vigor quer, principalmente, através da aprovação de um Regulamento Tarifário dos Serviços de Águas.

Simplificação dos procedimentos regulatórios através do desenvolvimento de metodologias que harmonizem a apreciação ou fixação das tarifas pela ERSAR, consoante o caso, e assegurem a sistematização do ciclo de regulação económica das entidades, e, também, através da aplicação do novo Regulamento de Procedimentos Regulatórios, a aprovar brevemente.

Continuação da aposta na área de proteção dos consumidores, prosseguindo os objetivos de aproximação e informação, reforçando os mecanismos de proteção dos seus direitos, promovendo o cumprimento pelas entidades gestoras das regras previstas no Regulamento de Relações Comerciais, a aprovar em 2017, e da restante legislação em vigor, nomeadamente em matéria de prestação de informação e resposta a reclamações.

Aprofundamento dos instrumentos de obtenção e tratamento de dados relevantes da atividade dos setores regulados, de modo a valorizar a informação disponível, colocando-a ao serviço das entidades gestoras, utilizadores e intervenientes no setor para, desse modo, contribuir para o estabelecimento de melhores políticas públicas e, consequentemente, obter melhores práticas e melhor qualidade dos serviços.

Acompanhamento do processo legislativo de vários projetos de diploma elaborados pela ERSAR no ano de 2017 e que, a merecerem aprovação, poderão alterar de modo significativo o

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funcionamento estrutural do setor, bem como a regulação na sua vertente económica, aqui se incluindo o desenvolvimento de um novo modelo de concessões.

Reorganização da estrutura interna da ERSAR visando a criação de um ponto focal entre a ERSAR e cada entidade gestora através do estabelecimento de departamentos multidisciplinares criados em função da titularidade e modelo de gestão daquelas entidades, evitando, desse modo, a dispersão dos processos por várias unidades orgânicas e assim, assegurando o aprofundamento dos conhecimentos técnicos e a eficiência interna.

4. MODELO ORGANIZACIONAL DA ERSAR

A profunda evolução das atribuições da ERSAR, ocorrida nos últimos anos, bem como a experiência recente conduziram à necessidade de ajustar a estrutura da ERSAR no sentido de potenciar uma maior eficiência entre os meios humanos disponíveis e a exigente missão que compete à ERSAR, enquanto entidade reguladora.

Esta necessidade de ajustamento orgânico foi evidenciada pelos colaboradores da ERSAR, e foi igualmente partilhada pelo Conselho de Administração, o qual desenvolveu um processo de reflexão, com contributos de todos os departamentos da ERSAR, no sentido de concretizar, previsivelmente, no início de 2018 o referido processo de reestruturação.

O novo modelo organizacional, a ficar definido até ao final do corrente ano e a concretizar em 2018, tem como objetivos:

A criação de estruturas multidisciplinares que evitarão a "deslocação dos processos" entre os diversos departamentos, em virtude de convocarem, para a sua análise, diversas valências do conhecimento;

A especialização da estrutura em função da titularidade de entidades gestoras e do modelo de gestão permitindo agrupar, numa mesma estrutura departamental, processos semelhantes e assegurando alguma especialização e aprofundamento dos conhecimentos técnicos;

A inclusão, nas novas estruturas organizativas a criar, de todas, ou quase todas, as interações entre regulador e regulados, assegurando uma clarificação das responsabilidades departamentais e a identificação do departamento interlocutor de cada entidade gestora que assegurará grande parte dos processos que lhe dizem respeito.

Verifica-se, assim, uma mudança de paradigma que procura contribuir para a melhoria da eficiência e da motivação dos colaboradores.

De facto, é entendimento do Conselho de Administração que a reestruturação a efetuar constitui, por um lado, uma oportunidade para aperfeiçoar a intervenção da ERSAR enquanto regulador e, por outro lado, uma oportunidade para desenvolver as capacidades e motivação do principal ativo da organização, ou seja, os seus colaboradores.

Posteriormente à definição da nova estrutura organizacional deverá proceder-se à reformulação e adaptação, na medida do necessário, dos regulamentos internos, a esta data, aprovados.

Embora, como referido, esteja identificada a necessidade de alterar alguns regulamentos internos, o ano de 2018 corresponderá ao segundo ano de aplicação plena de alguns destes regulamentos, e.g. do Regulamento de Carreiras e Remunerações, do Regulamento de Avaliação de Desempenho e do Regulamento de Organização e Disciplina no Trabalho e ao primeiro ano de aplicação plena do novo Regulamento de Organização Interna e dos Cargos Dirigentes atentas as regras e normas constantes da Lei-quadro das entidades reguladoras, na sua redação atual, e dos Estatutos da ERSAR.

Ainda neste âmbito, prevê-se que, sequencialmente à aprovação da nova estrutura orgânica, se promovam e concluam os processos de recrutamento para os cargos dirigentes da ERSAR, de forma a

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dotar esta Entidade Reguladora dos recursos humanos necessários à prossecução plena e eficiente das atribuições previstas nos seus estatutos.

O atual modelo organizacional e funcional da ERSAR encontra-se descrito na Figura 2.

Figura 2. Modelo organizacional e funcional da ERSAR

Cada uma das estruturas atualmente existentes na ERSAR pode ser consultada com maior detalhe em www.ersar.pt.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um presidente e dois vogais, sendo os seus membros nomeados por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do membro do Governo responsável pela área do ambiente.

As nomeações são precedidas de audição da comissão competente da Assembleia da República, a pedido do Governo, acompanhado da fundamentação das respetivas escolhas e do parecer da Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública relativo à adequação do perfil às funções a desempenhar, incluindo o cumprimento das regras de incompatibilidade e impedimentos aplicáveis.

O Conselho de Ministros nomeou, através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 24/2015, de 2 de abril, o atual Conselho de Administração da ERSAR, com efeitos a partir de 20 de abril de 2015.

A atual composição do Conselho de Administração da ERSAR é a seguinte:

Dr. Orlando Borges, presidente;

Dra. Ana Barreto Albuquerque, vogal;

Dr. Paulo Lopes Marcelo, vogal.

Ao Conselho de Administração incumbe a definição e implementação da atividade da ERSAR, bem como a direção dos respetivos serviços, em conformidade com a lei e os Estatutos ERSAR.

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Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo é o órgão de consulta na definição das linhas gerais de atuação da ERSAR, garantindo a participação de representantes dos principais interesses envolvidos nas atividades dos setores regulados dos serviços de águas e resíduos.

Incumbe-lhe a emissão de pareceres sobre as matérias incluídas nas atribuições da ERSAR, devendo ser obrigatoriamente ouvido sobre o plano e o relatório anual de atividades, bem como sobre o modelo regulatório.

O Conselho Consultivo da ERSAR é presidido por uma personalidade de reconhecido mérito, atualmente o Eng.º José Tomás Veiga Frade, que foi nomeado pelo Despacho n.º 6631/2015 do Ministro do Ambiente, Ordenamento de Território e Energia de 12 de junho de 2015.

Conselho Tarifário

O Conselho Tarifário é o órgão de consulta específico relativamente a matérias referentes a tarifas e a preços

As suas competências e composição encontram-se previstas nos artigos 37.º e 38.º da Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprovou os Estatutos da ERSAR.

Este órgão dispõe do mesmo presidente que o Conselho Consultivo, atualmente o Eng.º José Tomás Veiga Frade.

Fiscal Único

O Fiscal Único é o responsável pelo controlo da legalidade e da regularidade e eficiência da gestão financeira e patrimonial da ERSAR e pelo exercício de competências consultivas neste domínio. Compete-lhe acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis, a execução orçamental, a situação económica, financeira, patrimonial e contabilística da ERSAR e exercer as demais competências atribuídas nos termos da Lei, nomeadamente a emissão de pareceres sobre o orçamento, o plano de atividades na perspetiva da sua cobertura orçamental, o relatório e contas do exercício.

O Fiscal Único da ERSAR, nomeado por despacho conjunto n.º 8489/2015, de 4 de agosto, da Ministra de Estado e das Finanças e do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, é a Baker Tilly, PG & Associados, SROC, S.A. (SROC 235), representada por Dr. Luis Guilherme de Noronha e Távora Pinheiro Torres.

Áreas operativas

Nas áreas operativas, que desenvolvem atividades fundamentais de regulação e supervisão dos serviços de águas e de resíduos, a ERSAR dispõe dos Departamentos de Análise Económica e Financeira, de Engenharia-Águas, de Engenharia-Resíduos, de Análise Jurídica e da Qualidade da Água.

Áreas de apoio

Nas áreas de apoio, que desenvolvem atividades fundamentais de suporte técnico transversal a toda a organização e asseguram, igualmente, o apoio logístico necessário, a ERSAR dispõe dos Departamentos de Estudos e Projetos, de Tecnologias de Informação, Administrativo e Financeiro, bem como do Núcleo de Assessoria ao Conselho de Administração e do Secretariado.

5. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO

O setor regulado dispõe de documentos estratégicos, Estratégia para o Setor de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais – PENSAAR 2020 - e Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos –

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PERSU 2020 - que definem, para o período 2014/2020, para os serviços de águas e para o serviço de resíduos, respetivamente, as grandes linhas de atuação e os principais objetivos nacionais a prosseguir.

A ERSAR tem um papel importante na implementação de medidas que assegurem o cumprimento dos objetivos estabelecidos nestes planos estratégicos através do desenvolvimento de políticas e práticas de regulação que assegurem que o setor e as entidades gestoras evoluem em sentido favorável ao cumprimento das metas definidas.

Também a avaliação da qualidade do serviço, efetuada pela ERSAR, desempenha um papel importante na monitorização destes planos na medida em que os indicadores e dados recolhidos pela ERSAR, e auditados anualmente, são utilizados para a verificação do cumprimento das metas estabelecidas.

O PENSAAR 2020 estabeleceu cinco grandes eixos de intervenção estratégica representados na Figura 3.

Figura 3. PENSAAR 2020 – os cinco grandes eixos da intervenção estratégica

O PERSU 2020, por seu lado, aposta na definição de metas específicas para cada sistema de gestão de resíduos urbanos com vista a assegurar, no seu todo, o cumprimento nacional das metas europeias.

Na Figura 4 estão identificadas as medidas constantes do PERSU 2020 que requerem o envolvimento da ERSAR, constando a cor azul aquelas em que tem responsabilidades de coordenação e a cor cinzenta aquelas em que participa na execução.

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Figura 4. PERSU 2020 – os cinco grandes eixos da intervenção estratégica

Estas estratégias encontram-se perfeitamente alinhadas com o Compromisso para o Crescimento Verde, plano estratégico multissetorial que visa aliar o crescimento económico a comportamentos ambientais responsáveis, que tem por base a necessidade de trazer para o plano económico os incentivos necessários a uma melhor performance ambiental, assegurando ao mesmo tempo maior crescimento da economia e o aproveitamento de recursos escassos e de grande valor económico.

Neste âmbito o setor dos resíduos constitui uma área temática muito relevante neste documento, reconhecendo-se o elevado potencial deste setor e da sua contribuição para o objetivo global de estabelecimento de uma economia circular.

Neste contexto, identificam-se as seguintes iniciativas, enquadradas, designadamente no Plano Nacional de Gestão de Resíduos, no PERSU 2020 e, no caso da valorização de lamas, no PENSAAR 2020 que devem nortear a atuação da ERSAR:

Aplicar a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) de forma a incentivar a redução/prevenção na produção de resíduos, reforçar o desincentivo às operações de eliminação de resíduos e favorecer as operações de valorização de resíduos, incluindo a valorização energética e a recuperação de materiais para reciclagem;

Incentivar a utilização de resíduos na produção de novos produtos;

Promover as parcerias industriais que envolvem a transação de resíduos e de subproduto, incluindo o mercado de resíduos;

Dinamizar a reciclagem de resíduos urbanos e a recolha seletiva;

Aumentar a eficiência operacional dos sistemas de tratamento de resíduos urbanos;

Promover o aumento da valorização das lamas de Estação de Tratamento de Águas e Estação de Tratamento de Águas Residuais através da promoção e potenciação da diversificação dos seus destinos finais;

Projeto de divulgação “Pôr a economia a circular”.

Dada a sua relevância estratégica para o setor, destaca-se, ainda, o “Pacote Economia Circular” adotado pela Comissão Europeia (COM) em dezembro de 2015 que tem em vista uma utilização mais sustentável dos recursos. Com este pacote pretende-se fechar o ciclo de vida dos produtos através do aumento da

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reutilização e da reciclagem, abrangendo a produção, o consumo, a gestão dos resíduos e o mercado das matérias-primas secundárias.

A Estratégia para a Economia Circular prevê nomeadamente a introdução de objetivos mais ambiciosos de reciclagem e desvio de aterro, tais como:

Reciclar 65 % dos resíduos urbanos até 2030;

Reciclar 75 % dos resíduos de embalagens até 2030;

Reduzir a deposição em aterro a um máximo de 10 % de todos os resíduos até 2030;

Proibir a deposição em aterro de resíduos submetidos a recolha seletiva.

De entre as medidas previstas para alcançar os referidos objetivos, a COM refere a adoção, pelos Estados-Membros, de instrumentos económicos, entre os quais os mecanismos PAYT, eficazes para a mudança de comportamentos com vista à aplicação da hierarquia de resíduos urbanos, a nível nacional e local.

Ainda ao nível estratégico e em alinhamento com o PENSAAR, salienta-se o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), que tem como principal objetivo a promoção do Uso Eficiente da Água em Portugal, especialmente nos setores urbano, agrícola e industrial, contribuindo para minimizar os riscos de escassez hídrica e para melhorar as condições ambientais nos meios hídricos, sem pôr em causa as necessidades vitais e a qualidade de vida das populações, bem como o desenvolvimento socioeconómico do país.

No PNUEA está previsto um cruzamento com objetivos definidos noutros instrumentos de gestão, nomeadamente o PENSAAR (Nova Estratégia para o Setor de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais), cujo Grupo de Apoio à Gestão (GAG) é atualmente acompanhado e apoiado pela ERSAR através do fornecimento de informação relevante sobre o setor das águas.

Na atividade da ERSAR são consideradas as ações previstas no PNUEA, nomeadamente documentação, formação e apoio técnico relativos ao setor urbano, através da publicação de guias técnicos e recomendações, da realização de ações de formação/workshops e da continuação da atribuição do "Selo de eficiência quanto ao uso da água" às entidades gestoras dos serviços de águas.

Finalmente, importa referir que estas estratégias poderão beneficiar certamente da alavancagem proporcionada pelos fundos comunitários disponíveis no novo quadro comunitário de apoio que foi desenvolvido no sentido de favorecer candidaturas que promovam o cumprimento dos objetivos definidos nessas estratégias.

A ERSAR tem, neste âmbito, um papel importante em particular no que respeita ao Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos – POSEUR, contribuindo para a definição dos indicadores a utilizar pelo POSEUR como critérios para elegibilidade na atribuição dos fundos.

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6. ATIVIDADES A DESENVOLVER (OU OBJETIVOS OPERACIONAIS)

6.1. REGULAÇÃO ESTRUTURAL DOS SETORES

Organização e regulamentação dos setores

Atividades

Monitorização, acompanhamento e reporte da implementação dos Planos Estratégicos dos setores das águas e dos resíduos, criando as condições necessárias para garantir, nas matérias da sua competência, o cumprimento das medidas que vierem a ser adotadas no decorrer desse processo

Colaboração na definição estratégica, de licenciamento de entidades gestoras de fluxos específicos e na definição e revisão dos valores de contrapartida, no setor de gestão de resíduos

No âmbito da produção normativa a ERSAR irá acompanhar, através da discussão dos projetos e inclusão de eventuais alterações daí decorrentes, o processo legislativo dos seguintes diplomas cujo projeto elaborou e/ou alterou no ano de 2017:

Regime jurídico dos serviços municipais de águas e resíduos (Decreto‐Lei n.º 194/2009);

Regime jurídico dos serviços multimunicipais de águas e resíduos (Decreto‐Lei n.º 195/2009);

Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais (Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 27 de agosto);

Regime da qualidade da água destinada ao consumo humano (Decreto‐Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, pela transposição da Diretiva 2015/1787, da Comissão de 6 de outubro;

Regime Geral Sancionatório dos Serviços de Águas e Resíduos.

Ainda neste âmbito, da produção normativa, a ERSAR propõe-se aprovar e/ou implementar em 2018:

A revisão do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos;

O Regulamento Tarifário dos Serviços de Águas;

O Regulamento de Qualidade de Serviço;

O Regulamento de Relações Comerciais dos Serviços de Águas e Resíduos;

O Regulamento de Procedimentos Regulatórios.

A Recomendação "Ordens de serviço – Procedimentos de registo";

A Recomendação “Instrumentos de medição de caudais em sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais”;

A Recomendação "Utilização de água residual tratada”.

Desenvolvimento dos trabalhos de conceção de um novo modelo para as concessões municipais

No âmbito dos planos estratégicos nacionais para o setor das águas e dos resíduos, a ERSAR irá dar continuidade à monitorização, acompanhamento e reporte da implementação daqueles planos.

Essa monitorização materializar-se-á na publicação de um documento de avaliação da implementação de cada plano na perspetiva do regulador, contendo recomendações que visem uma melhor execução das medidas previstas e contribuam para assegurar o cumprimento das respetivas metas.

No âmbito da colaboração na definição estratégica de licenciamento de entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos e na definição e revisão dos valores de contrapartida, a ERSAR colabora, nos termos de legislação específica e no quadro das suas atribuições, com as demais entidades reguladoras

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nacionais, designadamente com a Autoridade da Concorrência e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA)emitindo parecer, sempre que solicitado, quanto às diversas matérias em causa nos diversos fluxos específicos de resíduos, e em particular nos mais diretamente relacionados com o setor dos resíduos urbanos.

Neste âmbito importa, ainda, fazer referência à participação da ERSAR nos trabalhos da Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos (CAGER), como elemento do seu Conselho Consultivo, entidade que tem como missão o "apoio técnico à formulação, acompanhamento e avaliação de políticas sustentáveis de gestão de resíduos, em particular dos fluxos específicos de resíduos, com vista a uma gestão mais eficiente dos recursos, que promova uma efetiva transição de uma economia linear para uma economia circular", assegurando igualmente a participação nos diversos grupos de trabalho específicos criados no âmbito da CAGER.

A ERSAR deve contribuir para a formulação de melhores políticas públicas competindo-lhe, nesse eixo de atuação, apresentar ao Governo, em matéria legislativa, os projetos de diploma que entenda serem necessários para a melhoria do setor e dos serviços prestados.

Ainda no mesmo âmbito, incumbe-lhe, a emissão de parecer, quando lhe seja solicitado, sobre projetos legislativos da iniciativa do Governo ou da Assembleia da República.

A este nível a ERSAR fez um esforço, no decurso do ano de 2017, para elaborar e ou rever as seguintes propostas legislativas:

Regime jurídico dos serviços municipais de águas e resíduos (Decreto‐Lei n.º 194/2009)

Regime jurídico dos serviços multimunicipais de águas e resíduos (Decreto‐Lei n.º 195/2009)

Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais (Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto)

Regime da qualidade da água destinada ao consumo humano (Decreto‐Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto);

Revisão do Regime Geral Sancionatório dos Serviços de Águas e Resíduos.

Com o projeto de revisão do regime jurídico dos serviços municipais (revendo o Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, e incorporando no mesmo as regras relativas às parcerias Estado/municípios atualmente constantes do Decreto-Lei n.º 90/2009, de 9 de abril) pretende-se melhorar e clarificar as regras comuns e específicas a cada modelo de gestão e permitir uma melhor articulação com as competências da ERSAR em matéria de regulação económica, designadamente no que respeita à aprovação de regulamentos tarifários. Pretende-se a clarificação das regras relativas à intervenção das freguesias na gestão dos serviços, ao financiamento dos sistemas de pluviais e à possibilidade de cooperação entre entidades gestoras, designadamente através da partilha de infraestruturas e o aperfeiçoamento do modelo das concessões.

Com o projeto de revisão das bases das concessões de sistemas multimunicipais (republicadas pelo Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de agosto) pretende-se harmonizar o regime aplicável a todas as concessões de sistemas de abastecimento e saneamento, por um lado, e a todas as concessões de sistemas multimunicipais de resíduos urbanos, por outro. Esta revisão é ainda necessária para permitir a aplicação das regras dos regulamentos tarifários da ERSAR a todas as concessionárias.

Com a revisão do Decreto Regulamentar n.º 23/95 pretende-se operar uma mudança de paradigma dando um enfoque especial na gestão dos sistemas de abastecimento e saneamento ao invés de, como atualmente, tratar-se, quase exclusivamente, das questões relacionadas com a conceção e construção daqueles sistemas.

Nesta nova perspetiva, assumem em particular relevância as questões relativas às influências indevidas, ao controlo da origem das águas pluviais e também à previsão de sistemas simplificados de saneamento

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que permitam com menores custos assegurar a prestação do serviço em situações economicamente não viáveis.

Por seu turno, no que respeita ao projeto de novo regime sancionatório, propõe-se o alargamento do catálogo de contraordenações já constante do Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, a todo o universo de entidades reguladas (atualmente limitado às entidades gestoras de sistemas de titularidade municipal), bem como a simplificação e flexibilização das regras atuais do procedimento sancionatório.

Continuará, durante o ano de 2018, todo o procedimento de discussão e acompanhamento do processo legislativo de cada um dos projetos acima referidos.

Ainda no âmbito normativo, cuja competência de aprovação lhe incumbe, a ERSAR pretende, no ano de 2018, desenvolver os seguintes projetos de regulamentos e/ou recomendações:

A revisão do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos, cuja entrada em vigor ocorreu em 2014 tendo a sua implementação sido efetuada imediatamente antes do 1º ciclo regulatório (2016-2018) das concessões de resíduos objeto de privatização. Na sequência desse processo, e considerando a experiência entretanto adquirida pela ERSAR na regulação destes serviços nos termos do modelo regulatório aplicável, considerou-se necessário efetuar um conjunto de ajustamentos a este regulamento.

As linhas orientadoras dessa revisão podem, sucintamente, descrever-se do seguinte modo:

Uma das preocupações subjacentes à revisão do RTR foi a sua simplificação geral procurando-se, desse modo, ir ao encontro de críticas e sugestões efetuadas pelos vários intervenientes, que apontavam ao regulamento em vigor uma complexidade excessiva.

Manutenção do modelo de regulação baseado na determinação de proveitos permitidos, com determinação de tarifas em função da estimativa de quantidades/volumes de resíduos;

Estrutura de regulação única aplicável a todo o setor, independentemente da titularidade do sistema e sem prejuízo das especificidades de cada modelo de gestão;

Introduziu-se a possibilidade explícita de os municípios (tal como qualquer entidade titular) subsidiarem tanto os investimentos como a operação dos sistemas, devendo, contudo, fazê-lo de forma clara e transparente;

Considerando o atual estado de desenvolvimento dos sistemas em Portugal, bem como a evidente necessidade de maximizar a eficiência dos investimentos, um objtivo principal da ERSAR é fomentar a partilha de infraestruturas – tanto existentes (e parcialmente ociosas), como a construir;

Um dos princípios gerais do RTR é garantir a estabilidade regulatória e das tarifas. Nesse sentido e relativamente ao impacto de novos investimentos nas tarifas optou-se por permitir o seu alisamento, se estritamente necessário, através da constituição, reforço ou utilização de um Saldo Regulatório.

O Regulamento Tarifário dos Serviços de Águas, cujo projeto foi elaborado em 2013, tem sido objeto de um amplo processo de discussão com intervenção de múltiplas entidades externas (e.g. AEPSA - Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente, Águas de Portugal, Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e do qual resultou, evidente, a necessidade de elaboração de um novo projeto que a ERSAR se encontra a desenvolver e que será, também ele, colocado a discussão pública. O desenvolvimento destes trabalhos amplamente participados tem sido efetuado em simultâneo com o projeto de alteração do

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Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de agosto atenta a profunda interação substantiva entre os dois projetos.

As linhas essenciais em que assenta o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido são, sinteticamente, as seguintes:

Implementação de um modelo de regulação diferenciado para os serviços de AA e para os serviços de AR.

Princípios da partilha de riscos entre a tarifa e o operador.

Metodologia de segmentação de custos das atividades reguladas transversal para AA e AR), com segregação entre custos fixos e custos variáveis e criação de uma nova abordagem de apuramento de custos dos serviços regulados.

Incentivo à expansão das atividades através de uma partilha de ganhos entre o acionista e a tarifa.

Novo RTA aplicável aos STE e STM, excluindo-se as concessões municipais contratadas

O Regulamento de Qualidade de Serviço, que irá definir níveis mínimos de qualidade para os aspetos que estão diretamente relacionados com a qualidade do serviço prestado aos utilizadores e por eles sentidos diretamente, bem como as compensações devidas em caso de incumprimento.

Recomendação "Ordens de serviço - Procedimentos de registo", que define as linhas orientadoras para a implementação de um procedimento de registo em Ordens de Serviço por parte das entidades gestoras relativamente às intervenções na rede pública;

Recomendação "Instrumentos de medição de caudais em sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais", dirigida às entidades gestoras dos sistemas multimunicipais e municipais de saneamento de águas residuais urbanas por forma a promover a adoção de boas práticas no âmbito da medição de caudais, nomeadamente com vista à faturação dos serviços e gestão de perdas de água nos sistemas de abastecimento e de afluências indevidas aos sistemas de águas residuais;

Recomendação "Utilização de água residual tratada", dirigida às entidades gestoras dos sistemas multimunicipais e municipais de saneamento de águas residuais urbanas por forma a promover a utilização de águas residuais tratadas e a salvaguardar a saúde pública e o ambiente.

Por fim, e relativamente ao modelo atual de regulação das concessões municipais que se baseia no cumprimento dos contratos em vigor, maioritariamente anteriores à aplicação do Decreto-Lei n.º 194/2009, entende-se que, fruto da experiência da ERSAR no acompanhamento dos processos de reequilíbrio destas concessões, seria relevante criar condições que permitissem melhorar algumas regras concursais e regulatórias neste tipo de modelo de gestão, propondo-se esta entidade reguladora apresentar um projeto de revisão da atual legislação aplicável no sentido de estabelecer mecanismos efetivos de gestão do risco atribuindo-os à entidade em melhores condições para os gerir, flexibilidade na gestão do plano de investimentos (dada a incerteza de investimentos a 30 anos), revisão da rentabilidade em função das condições de mercado e de partilha dos ganhos operacionais entre a tarifa e o operador.

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Informação e capacitação do setor

Atividades

Desenvolvimento do sistema de informação (Portal ERSAR) com vista à otimização dos procedimentos de recolha, validação e disponibilização de informação.

Introdução de novas funcionalidades no sítio eletrónico da ERSAR, com informação relevante e apelativa para os consumidores.

Realização de ações de sensibilização e capacitação para as entidades gestoras, nomeadamente privilegiando a disponibilização de recursos online.

Realização de seminários dirigidos às entidades gestoras para discutir as alterações aos sistemas de indicadores dos serviços de resíduos, sinergias existentes na integração da recolha seletiva e indiferenciada de resíduos e na partilha das infraestruturas e serviços de gestão e resíduos e implementação de sistemas tipo PAYT.

Elaboração do relatório anual do setor (RASARP).

Conclusão dos trabalhos relativos ao Guia técnico sobre "Uso eficiente de energia nos serviços de águas - Gestão eficiente dos consumos de energia e auditorias energéticas (Volume 1)", em parceria com a ADENE.

Realização de ações de formação online sobre “Eficiência energética para o sector das águas – auditorias energéticas a instalações elevatórias e de tratamento”, em parceria com a ADENE.

Desenvolvimento dos trabalhos conducentes à Elaboração do Guia técnico sobre "Uso eficiente de energia nos serviços de águas - Nexus água energia (Volume 2)".

Desenvolvimento dos trabalhos conducentes à elaboração do Guia técnico sobre "Afluências indevidas a sistemas de águas residuais".

Conclusão do segundo volume do curso técnico sobre "Tratamento de água residuais" e início da elaboração do terceiro e último volume.

Continuação da realização de ações de promoção institucional e de sensibilização dos utilizadores através da elaboração de cadernos de sensibilização e material publicitário.

Conclusão do estudo para a tipificação dos custos de referência de infraestruturas dos serviços de águas.

Conclusão do estudo para a tipificação dos custos de referência operacionais para os serviços de águas.

Estudo sobre sinergias na integração da recolha seletiva e indiferenciada de resíduos e na partilha das infraestruturas e serviços de gestão e resíduos, incorporando resultado da consulta ao setor.

Elaboração de guia técnico relativo à implementação de sistemas tipo PAYT, de suporte às entidades gestoras, incorporando resultado da consulta ao setor.

Desenvolvimento dos trabalhos relativos à elaboração de um guia técnico relativo à gestão de ativos físicos no setor de gestão de resíduos.

Elaboração de uma aplicação com o cadastro dos ecopontos à escala nacional.

Manutenção das iniciativas de prevenção de incidentes nos sistemas de abastecimento de água.

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Atividades

Preparação de uma ferramenta em suporte informático para apoio à ERSAR e às entidades gestoras na análise e avaliação do risco nos sistemas de abastecimento de água.

Ações de suporte à implementação do Regulamento tarifário dos Serviços de Águas.

Divulgação e implementação do guia de indicadores de desempenho económico e financeiro.

Iniciativa "Prémios e Selos dos Serviços de Águas e Resíduos" destinada a distinguir as entidades gestoras pela qualidade e boas práticas no setor.

Apoio aos municípios nos processo de reorganização e agregação.

Integração da informação reportada pelas entidades reguladas no âmbito da avaliação da qualidade do serviço no Portal da ERSAR

Sessões de formação para revisores oficiais de contas das entidades gestoras de sistemas municipais com vista à certificação de contas reguladas

Desenvolvimento no Portal da ERSAR de sistemas de custeio regulatório para águas e resíduos de titularidade estatal

A ERSAR disponibiliza e divulga regularmente informação rigorosa e acessível sobre o setor a todos os intervenientes, promovendo um maior interesse público na sua consulta e garantindo o direito fundamental de acesso à informação que assiste a todos os utilizadores e à sociedade em geral.

Nesse sentido, é fundamental assegurar, no âmbito da informação recolhida e tratada pela ERSAR, que as entidades reguladas estejam capacitadas para preparar e obter dados mais fiáveis de suporte à informação reportada à ERSAR.

Para esse efeito prevê-se um conjunto de iniciativas de capacitação a entidades de todo o país, com vista a tornar mais eficiente o processo de recolha e validação de informação pela ERSAR e a melhorar a qualidade da informação disponibilizada, a qual serve de suporte, entre outros, à formulação de políticas públicas e à elaboração e monitorização dos planos estratégicos para o setor.

A melhoria da fiabilidade dos dados beneficia ainda a atividade regulatório nas suas demais componentes e é uma peça fundamental para a tomada de decisão tendo em vista a melhoria da qualidade do serviço prestado e a garantia da sustentabilidade económica e-financeira pelas/das entidades gestoras.

A realização de ações de capacitação para as entidades gestoras abrangerá a aplicação do sistema de indicadores da avaliação da qualidade do serviço, gestão patrimonial de infraestruturas, levantamento de cadastro, metrologia e contadores de água e sessões de esclarecimento sobre regulação económica, entre outros.

De modo a facilitar a formação de um maior número de técnicos, por todo o País, a ERSAR procurará continuar a desenvolver tutoriais online, para além de um conjunto de ações regionais abertas a todas as entidades gestoras e de ações locais cujo programa será definido em função das solicitações recebidas. Estas ações permitirão o apoio a um número maior de técnicos do setor na recolha e reporte de informação para fins regulatórios, com óbvios benefícios para todos os intervenientes.

A capacitação do setor concretiza-se também através da elaboração de publicações técnicas em parceria com centros de conhecimento, da promoção e apoio à realização de seminários e conferências, da realização de estudos e de inquéritos de opinião e da promoção da I&D, motivando para isso, parceiros da área académica.

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No que se refere à evolução da capacitação do setor, importa realçar que os serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos em Portugal têm evoluído muito positivamente nas últimas décadas.

Este incremento de desempenho traduziu-se no aumento substancial da qualidade da água para consumo humano, maior eficácia e eficiência do setor, aumento da cobertura e do acesso por parte da população aos serviços e na redução da poluição que as atividades humanas geram no ambiente.

Conscientes desta trajetória é igualmente necessário manter o foco no grande esforço que continuamente há que fazer para continuar a evoluir positivamente, pelo que importa estimular patamares de exigência elevados e reconhecer, distinguir e divulgar os casos de boas práticas no setor.

Neste contexto, a ERSAR irá promover uma iniciativa de distinção das entidades gestoras dos serviços, intitulada "Prémios e Selos dos Serviços de Águas e Resíduos", assim contribuindo para identificar, distinguir e divulgar casos portugueses de referência relativos à prestação dos serviços regulados.

Na área da recolha e utilização da informação disponível, a ERSAR continuará a apostar na ferramenta Portal ERSAR, fundamental para melhorar as práticas de regulação. Serão desenvolvidas funcionalidades que permitam o alargamento do acesso ao Portal ERSAR por parte de todas as entidades parceiras e outras entidades da administração pública que beneficiariam em larga medida de permissões de consulta e descarregamento de informação. Também serão aprofundados mecanismos de integração e troca de informação com entidades parceiras, nomeadamente decorrentes da existência de áreas com responsabilidades repartidas entre entidades da administração pública. Continuará também a ser uma prioridade, em termos de sistema de informação, a otimização de processos e a integração entre os vários módulos do Portal ERSAR de modo a agilizar a recolha e o tratamento de informação sobre o setor.

Ainda nesta vertente, e no que se refere ao sítio institucional da ERSAR, impõe-se continuar a melhorar as formas de comunicação com o público, constituindo ações prioritárias a criação de conteúdos interativos e tratamento de informação georreferenciada para disponibilização no sítio da internet, a edição de publicações de sensibilização dos consumidores e a introdução de melhorias na aplicação móvel da ERSAR.

Será publicado o Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos (RASARP) de 2018, com informação relativa a 2017, que se constitui como a referência de informação sobre este setor em Portugal continental.

Serão publicados os estudos e guias técnicos elaborados ou concluídos em 2017 e 2018.

Finalmente, destacam-se alguns inquéritos a realizar/concluir para melhoria do conhecimento do setor:

Inquérito de satisfação dos utilizadores dos serviços a nível nacional (Portugal Continental) para um subconjunto de entidades gestoras e elaboração de relatório com os resultados;

Avaliação da satisfação das entidades gestoras com o serviço prestado em alta e elaboração de relatório com os resultados;

Inquérito de avaliação da qualidade do serviço prestado pela ERSAR em 2016 e elaboração de relatório com os resultados.

A ERSAR continuará a desenvolver a sua atividade de apoio técnico aos municípios nos processos de reorganização/agregação nomeadamente facultando informação de suporte e prestando os esclarecimentos que lhe sejam solicitados ou ainda, mediante elaboração das simulações necessárias à adoção de decisões.

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6.2. REGULAÇÃO COMPORTAMENTAL DOS SETORES

Regulação legal e contratual

Atividades

Emissão de pareceres sobre os contratos atinentes aos diversos modelos de gestão e respetivas peças pré-contratuais.

Verificação do cumprimento contratual das entidades gestoras, nomeadamente através da realização de auditorias.

Análise e aprovação de projetos de engenharia elaborados pelas entidades gestoras dos sistemas multimunicipais.

Análise e emissão de parecer sobre os regulamentos de serviço elaborados pelas entidades gestoras de águas e resíduos.

Fiscalização do cumprimento das normas legais sob responsabilidade da ERSAR, processando as contraordenações que lhe compete, sempre que se justifique, para que sejam sanadas as irregularidades de que a ERSAR tenha conhecimento.

Acompanhamento e monitorização da execução dos planos de investimento bem como da aptidão funcional dos equipamentos e infra estruturas.

O objetivo da regulação legal e contratual é assegurar que todo o ciclo de vida das entidades gestoras, desde a conceção, eventual processo concursal, contratualização, gestão do serviço, alteração do contrato e extinção, decorre no estrito cumprimento da legislação, assegurando a ERSAR a monitorização legal e contratual das referidas entidades gestoras, nomeadamente através da análise de processos de concurso e contratualizações, modificação dos contratos, resolução dos contratos e reconfigurações e fusões de sistemas, fazendo ainda o acompanhamento da execução dos contratos e intervindo quando necessário na conciliação entre as partes.

A análise efetuada pela ERSAR, incide não apenas sobre a legalidade das peças analisadas, mas também sobre a razoabilidade técnica e financeira dos pressupostos definidos. De igual forma, a ERSAR apoia as entidades titulares no estabelecimento de condições concursais e contratuais que lhes permitam tomar a melhor decisão na escolha do futuro delegatário ou concessionário, se for essa a opção, otimizando as condições de exploração do serviço e salvaguardando os direitos das entidades gestoras.

Sobre as condições concursais a que estão sujeitas as concessões municipais, é de referir que a ERSAR iniciou o desenho de um novo modelo de concessão, incluindo matriz de riscos, prazo, remuneração, condições de rescisão, incluindo definição do comparador do setor público; identificação de critérios de seleção; identificação dos requisitos a incluir nas propostas; modelos económico-financeiros tipo, sendo expectável a conclusão deste processo em 2018.

A ERSAR contribui, assim, para a garantia do interesse público e da legalidade, constituindo eixo fundamental da sua atuação nesta vertente não só o acompanhamento do ciclo de vida das entidades gestoras, mas também a gestão de conflitos e a introdução continuada de melhorias nos sectores.

É importante que a ERSAR adote procedimentos específicos, racionais e claros, constantes do Regulamento de Procedimentos Regulatórios, de forma a permitir um acompanhamento eficaz de cada entidade gestora ao longo do seu ciclo de vida.

Um dos exemplos particulares desta intervenção prende-se com o acompanhamento e monitorização da execução dos planos de investimento, salvaguardando que os mesmos são suficientemente fundamentados e adequados ao definido nos planos estratégicos em vigor do setor das águas e dos

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resíduos, bem como ao cumprimento dos objetivos de serviço público contratualizados com cada uma das entidades gestoras.

De igual forma a ERSAR procede ao acompanhamento dos relatórios de aptidão funcional, segurança, estado de conservação das principais infraestruturas e equipamentos necessários à prestação sustentável dos serviços, que atestam o cumprimento dos planos de manutenção, indicam as medidas executadas, bem como as necessárias para resolução dos problemas identificados e que evidenciem uma adequada capacidade de processamento.

A intervenção da ERSAR ao nível da regulação legal e contratual permite ainda recolher elementos relevantes para outras vertentes regulatórias, nomeadamente ao nível da organização e regulamentação do sector (identificando eventuais necessidades de alterações legislativas).

Regulação económica

Atividades

Aplicação do Regulamento Tarifário dos Serviços de Gestão de Resíduos Urbanos revisto.

Aprovação e ações preparatórias para aplicação do Regulamento Tarifário dos Serviços de Águas.

Verificação do cumprimento contratual das entidades gestoras nomeadamente através da análise de processos de reequilíbrio económico financeiro de concessões municipais.

Verificação do cumprimento dos Regulamentos Tarifários e recomendações da ERSAR, nomeadamente através da análise da sustentabilidade económica dos serviços, da validação dos tarifários aprovados e sua divulgação.

A definição e aplicação de uma metodologia com vista à certificação de contas reguladas das entidades gestoras de sistemas municipais, envolvendo Revisores Oficiais de Contas.

A missão principal do ciclo de regulação económica é garantir a prática de preços que resultem de custos eficientes, permitam a sustentabilidade dos serviços e ainda a acessibilidade económica dos utilizadores aos serviços de águas e resíduos.

O ciclo da regulação económica, que abrange atualmente cerca de 400 entidades gestoras dos serviços de águas e resíduos, ocorre de forma programada ao longo do ano e apresenta as seguintes etapas mais relevantes, consoante a titularidade dos serviços:

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Entidades gestoras de titularidade estatal

Figura 5 ciclo de regulação económica – titularidade estatal

Para as entidades gestoras de sistemas de titularidade Estatal (atualmente 22), o modelo de determinação das tarifas implementado para o serviço de gestão de resíduos (11), e cujo primeiro período regulatório se reporta a 2016-2018, baseia-se na definição de proveitos permitidos (revenue cap). A preparação do próximo período regulatório 2019-2021 ocorrerá em 2018 e já no âmbito Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos revisto.

Para o sistema de titularidade Estatal gerido pela Braval será ainda aplicado o modelo regulatório cost plus enquanto não for revisto o diploma que o rege, o mesmo se passando com os serviços de águas (10).

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Entidades gestoras de titularidade municipal

Figura 6. Entidades que operam em modelo de gestão direta (câmaras municipais e serviços municipalizados)

Figura 7. Entidades que operam em modelo de gestão concessionada (concessões municipais e intermunicipais)

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Figura 8. Entidades que operam em modelo de gestão delegada (que inclui empresas municipais e parcerias)

No que respeita às entidades gestoras de sistemas municipais (355), a ERSAR procede à validação do reporte de contas entre maio e junho, tendo por base contas certificadas e auditadas por amostragem. A definição das entidades gestoras a auditar assenta numa análise de risco, tendo em conta, por exemplo, aspetos como os resultados dos indicadores de anos anteriores, a dimensão da entidade gestora, o sistema de contabilidade implementado, o seu relacionamento com os utilizadores e o grau de cumprimento das normas legais e contratuais.

A partir de setembro e até final de dezembro, serão analisadas as propostas de revisão tarifárias para 2019, para que as tarifas sejam aplicadas a partir de 1 de janeiro de 2019.

Constituem, igualmente, atividades de regulação económica, a verificação do cumprimento dos Regulamentos Tarifários e recomendações da ERSAR, nomeadamente através da análise da sustentabilidade económica dos serviços em 2017, da validação dos tarifários aprovados para 2018 e sua divulgação.

Estes ciclos são materializados com o desenvolvimento das várias fases indicadas, sendo os resultados divulgados através da publicação anual “Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal” e da respetiva divulgação.

Por último, são igualmente desenvolvidas atividades regulatórias numa perspetiva integrada - regulação económica, qualidade do serviço e regulação legal e contratual - nomeadamente em processos de avaliação de investimentos, de autorização para o exercício de atividades complementares e acessórias, de análise de contratos de concessão e de delegação, análise de reequilíbrios económico-financeiros de concessões, análise de regulamentos de serviços, análise de reclamações e de pedidos de esclarecimento e ainda realização de auditorias a entidades gestoras.

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Regulação da qualidade dos serviços de águas e de resíduos

Atividades

Implementação do ciclo de avaliação da qualidade do serviço prestado aos utilizadores promovendo a melhoria dos níveis de serviço praticados.

Criação de indicadores chave para a caracterização do setor dos resíduos, tendo por base os diversos dados atualmente reportados.

Contratualização e coordenação de equipas externas para as ações de sensibilização e capacitação que garantam a fiabilidade dos dados submetidos no âmbito do sistema de indicadores da avaliação da qualidade do serviço e realização de ações específicas de capacitação a essas equipas.

Realização e/ou acompanhamento de auditorias no âmbito do processo de avaliação da qualidade de serviço e de apoio técnico das entidades gestoras.

Implementação plena da 3ª geração do sistema de indicadores de desempenho do serviço de gestão de resíduos urbanos alinhado com o PERSU 2020.

O objetivo principal da regulação da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras é a promoção da melhoria dos níveis de serviço, avaliando o desempenho dessas entidades, comparando as entidades entre si e premiando casos de referência.

Para tal é essencial a obtenção de dados fiáveis, com base nos quais as entidades gestoras possam ser comparadas, estimulando uma melhoria na qualidade do serviço prestado e a identificação de boas práticas e entidades de referência.

O ciclo da regulação da qualidade de serviço abrange todas as entidades gestoras (263 na atividade de abastecimento de água, 266 na atividade de saneamento de águas residuais e 278 na atividade de gestão de resíduos) e ocorrerá de forma programada ao longo do ano, de acordo com o esquema apresentado na Figura 9.

Figura 9. Ciclo de regulação da avaliação da qualidade de serviço

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De acordo com o ciclo supra, as entidades gestoras reguladas procedem, até ao final do mês de março ou do mês de abril, consoante se trate de entidades gestoras em alta ou em baixa, i) à recolha dos dados internos e externos necessários, tendo presente os indicadores de avaliação da qualidade do serviço que lhes são aplicáveis, consoante os sistemas sejam em alta ou em baixa, ii) à autoavaliação da qualidade dos dados, em termos de banda de exatidão dos mesmos e de banda de fiabilidade da fonte de informação, de acordo com os critérios definidos pela ERSAR, e iii) à entrega dos dados à ERSAR, via internet, através do seu sítio.

Subsequentemente, a ERSAR procede à validação dos dados das entidades gestoras, através da validação cruzada dos dados por elas fornecidos, do esclarecimento de dúvidas, nomeadamente, relativas a eventuais insuficiências de dados, e da realização de auditorias, precedidas de ações de capacitação realizadas junto das entidades gestoras.

Terminada esta fase, a ERSAR efetua, para cada uma das entidades gestoras, o processamento dos dados e procede à interpretação dos resultados através de cálculo dos indicadores, análise da sua evolução temporal (histórica) e sua interpretação, atendendo aos valores e intervalos de referência, aos indicadores das restantes entidades gestoras e aos fatores de contexto.

A ERSAR promove um período de contraditório, permitindo a confirmação pelas entidades gestoras dos indicadores e dos fatores de contexto utilizados, efetuando de seguida a validação dos respetivos indicadores.

Por último, a ERSAR processa os dados e interpreta os resultados para o conjunto das entidades gestoras, através da sua agregação em grupos (por tipo de serviço prestado e por sistemas em alta e em baixa), comparando-os, e analisa a evolução da média dos indicadores de avaliação da qualidade do serviço.

Regulação da qualidade da água para consumo humano

Atividades

Coordenação da aplicação do regime legal do controlo da qualidade da água destinada ao consumo humano.

Ação de fiscalização à implementação do regime legal de controlo da qualidade da água pelas entidades gestoras.

Promoção da implementação de metodologias de gestão e avaliação do risco em sistemas de abastecimento de água.

Acompanhamento da situação europeia relativa aos esquemas de aprovação dos produtos em contacto com a água.

Realização de um estudo que permita construir um mapa de risco para o controlo da radioatividade na água destinada ao consumo humano.

Coordenação dos trabalhos de definição de objetivos e identificação de indicadores a utilizar em Portugal para dar cumprimento à implementação do Protocolo Água e Saúde.

A regulação da qualidade da água para consumo humano tem como principal objetivo assegurar de uma forma continuada, o fornecimento, pelas entidades gestoras, de água de qualidade adequada para consumo humano, nos termos da legislação aplicável, e em benefício da saúde pública.

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O ciclo da regulação da qualidade da água, que abrange cerca de 400 entidades gestoras, nas quais estão incluídas as que têm vindo a ser identificadas no âmbito de competências delegadas, ocorrerá de forma programada ao longo do ano e apresenta as seguintes etapas mais relevantes

Figura 10):

Figura 10. Ciclo de regulação do controlo da qualidade da água para consumo humano

A missão principal do ciclo de regulação da qualidade da água é garantir a adequada implementação da legislação comunitária (Diretiva 98/83/CE, do Conselho de 3 de novembro, Diretiva 2013/51/EURATOM, do Conselho de 22 de outubro e Diretiva (UE) 2015/1787, da Comissão de 6 de outubro) e da legislação nacional (Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e Decreto-Lei n.º 23/2016, de 3 de junho), relativas à água destinada ao consumo humano.

Este ciclo está implementado em Portugal desde 2004, o que lhe confere uma estabilidade muito grande ao longo dos anos, com a vantagem de todos os intervenientes conhecerem bem os seus papéis neste processo.

A publicação da Diretiva (UE) 2015/1787, da Comissão de 6 de outubro, que vem rever os anexos II e III da Diretiva 98/83/CE, do Conselho de 3 de novembro, deve entrar em vigor no direito nacional até 27 de outubro de 2017, pelo que em 2018 a ERSAR manterá a sua atividade de coordenação e fiscalização da implementação do regime jurídico da qualidade da água destinada ao consumo humano.

Em 2018, das atividades já inseridas nas rotinas da ERSAR destacam-se as que constam dos parágrafos seguintes.

As fiscalizações às entidades gestoras são uma atividade essencial na validação do cumprimento das normas legais em vigor relativas à qualidade da água destinada ao consumo humano. Refira-se que a definição das entidades gestoras a fiscalizar assenta numa análise de prioridades, tendo em conta, por exemplo, aspetos como os resultados do controlo da qualidade da água, a dimensão da entidade gestora, o seu relacionamento com os utilizadores e o grau de cumprimento das normas legais.

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Relativamente aos produtos em contacto com a água destinada ao consumo humano, a ERSAR continuará em 2018 a acompanhar o processo de harmonização europeia dos esquemas de aprovação deste tipo de produtos no âmbito da revisão da Diretiva 98/83/CE, do Conselho de 3 de novembro.

No que concerne às restantes atividades constantes do ciclo de regulação da qualidade da água, a ERSAR continuará a avaliar os cerca de 400 PCQA submetidos para apreciação da sua conformidade com os requisitos legais, bem como a apreciar as credenciais dos laboratórios responsáveis pelo controlo legal (supervisão). Este processo de supervisão continuará a ser efetuado em estreita articulação com o Instituto Português de Acreditação.

Em 2018, além das fiscalizações in situ para verificar a adequada implementação dos PCQA aprovados, a ERSAR manterá a análise e acompanhamento das situações de incumprimentos dos valores paramétricos comunicadas, tendo como objetivo, designadamente, a identificação das causas destas ocorrências e a verificação da eficácia das medidas corretivas implementadas.

O principal output do ciclo de regulação da qualidade da água, o relatório anual, será elaborado com a informação dos dados da qualidade da água relativos ao ano de 2017. Refira-se ainda que, para dar cumprimento a uma exigência da Diretiva 98/83/CE, do Conselho de 3 de novembro, em 2018 será elaborado e enviado à Comissão Europeia o relatório trienal referente ao controlo da qualidade da água no período de 2014 a 2016.

Regulação da interface com os consumidores

Atividades

Analisar e dar resposta a todos os pedidos de esclarecimento e reclamações recebidos na ERSAR por parte dos utilizadores dos serviços de águas e resíduos e das entidades prestadoras desses serviços.

Identificação de oportunidades de melhoria nos processos de análise e resposta às reclamações e pedidos de esclarecimento por parte dos consumidores dos serviços de águas e resíduos

Continuar a apoiar a melhoria da Plataforma on line do Consumidor, em colaboração com a Direção-Geral do Consumidor e com as restantes entidades reguladoras dos serviços públicos essenciais.

Aplicar o Regulamento de Relações Comerciais, a aprovar ainda em 2017, dando apoio e esclarecendo dúvidas referentes ao mesmo apresentadas pelos consumidores e pelas entidades gestoras.

Celebrar protocolos de colaboração com os centros de arbitragem para resolução de conflitos de consumo que vão integrar a Rede de Arbitragem de Consumo, no âmbito dos serviços de águas e resíduos

Contribuir para a uniformização das decisões tomadas pelos tribunais arbitrais, evitando desigualdade de tratamento para com os consumidores.

Organizar ações de formação nas respetivas áreas de competência, aos árbitros, mediadores e funcionários dos centros de arbitragem que prestam atendimento ao público.

A regulação da interface com os consumidores tem como principal objetivo assegurar a proteção dos direitos dos utilizadores, promovendo o cumprimento, pelas entidades gestoras, da legislação sobre defesa dos utilizadores, nomeadamente em matéria de prestação de informação, e a apreciação de reclamações, contribuindo, desta forma, para a melhoria da qualidade do relacionamento das entidades gestoras com os utilizadores.

Cabe à ERSAR assegurar que é disponibilizada aos utilizadores informação-chave sobre a prestação do serviço, promover a existência de regras claras em relação à interface das entidades gestoras com os utilizadores e acompanhar e apoiar a resolução das reclamações dos utilizadores quer sejam registadas

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na Plataforma Única do Consumidor, nos livros de reclamações das entidades gestoras, e também as que os utilizadores lhes apresentem diretamente por qualquer outro meio, ou as que lhes sejam reenviadas por outras entidades como, por exemplo, associações de defesa dos utilizadores.

Para além de contribuir para uma resolução alternativa e voluntária dos conflitos subjacentes às reclamações apresentadas pelos utilizadores, a intervenção da ERSAR permite ainda, através da análise estatística das reclamações recebidas, identificar eventuais necessidades de melhoria ou correção dos procedimentos das entidades gestoras, bem como disfunções no quadro legal e contratual de atuação das entidades gestoras, contribuindo para a organização e regulamentação do sector e para a regulação legal e contratual.

Outras atividades

Para além das atividades descritas nos anteriores subcapítulos, mais relacionadas com a atividade de regulação das entidades gestoras, a ERSAR desenvolve ainda um conjunto de outras atividades que, por não serem enquadráveis no modelo de regulação da ERSAR, são incluídas nesta secção.

Atividades de articulação da ERSAR com o exterior

Atividades

Relacionamento com outras entidades nacionais.

Participação em organizações e redes internacionais de reguladores, designadamente: WAREG, OCDE, NER, WGI, UNECE, ADERASA, IWA, ISWA, OMS, Endware, RegNet.

Reforço dos mecanismos de cooperação e estabelecimento de protocolos com diversos reguladores no contexto dos países de língua oficial portuguesa.

Produção e apresentação de estudos técnicos e comunicações, a nível nacional e internacional, no âmbito dos serviços de águas e resíduos.

No âmbito das relações institucionais com entidades nacionais na área de atuação da ERSAR, continuará a ser promovido, em 2018, o desenvolvimento de trabalho conjunto com as entidades gestoras do setor e associações de utilizadores, bem como com órgãos da administração pública, associações profissionais e económicas, e ainda reuniões de cooperação bilateral e de partilha de experiências com reguladores de outros setores.

A ERSAR considera fundamental o desenvolvimento das relações de trabalho com autoridades reguladoras congéneres, nacionais e estrangeiras, destacando-se nas nacionais a Autoridade da Concorrência (AdC), a Entidade Reguladora do Setor Elétrico (ERSE) e a Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM).

Para além do relacionamento com o membro do Governo responsável pela área do Ambiente, e com o Parlamento, vai continuar a ser dada uma particular atenção à articulação da ERSAR com a administração pública, nomeadamente em termos de clarificação de competências e de articulação de atividades. São exemplos os departamentos da administração pública com responsabilidades na área do ambiente, a Direção-Geral de Saúde, a Direção-Geral do Consumidor, a Direção-Geral de Energia e Geologia, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA-GNR) , as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), os Programas Operacionais Regionais (POR) e outros (Instituto Português da Qualidade, etc.).

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Salienta-se que a articulação com a APA envolve quer matérias relacionadas com as origens de água para consumo humano, designadamente o cruzamento da informação existente no sistema de licenciamento desta agência ambiental e a informação constante do Portal da ERSAR nos modelos de regulação da qualidade do serviço e da qualidade da água destinada ao consumo humano, como matérias relacionadas com a gestão dos resíduos urbanos e acompanhamento das respetivas entidades gestora em geral e com os fluxos específicos em particular.

No que concerne à ASAE, destaca-se o papel fiscalizador que esta entidade tem para garantir nos sistemas de abastecimento particular o cumprimento do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto.

Uma parceria importante a destacar é a estabelecida com o Instituto Nacional de Estatística (INE), que visa a recolha, validação, tratamento e disponibilização de informação para fins estatísticos nacionais. Esta parceria tem também permitido, através de trabalho conjunto com o INE, assegurar o aumento da fiabilidade e exatidão da informação gerida pela ERSAR.

Vai também ser dada continuidade ao reforço da ligação com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, com associações de consumidores de âmbito nacional (ex. DECO), com associações representativas de atividades económicas, com ONG de ambiente (ex. ABEA), com associações técnico-científicas do setor (APRH, APESB, APDA, AEPSA e SMART WASTE PORTUGAL), e outras entidades e grupos que promovem estudos e análises relevantes para o setor.

A ERSAR irá manter a representação nos conselhos de região hidrográfica (CRH) do Norte, do Centro, do Tejo, do Alentejo e do Algarve, a participação na Comissão Técnica de Acompanhamento (CTA) do “Plano Nacional da Água 2010”, o acompanhamento dos trabalhos das Comissões Técnicas CT 90 (Sistemas de saneamento básico), Subcomissão SC3 (Reutilização de águas residuais) na preparação de normas ISO TC282 sobre “Irrigation” (TC/SC1), “Urban areas” (TC/SC2), “Risk and Performance” (TC/SC3) e ISO TC 224 "Service activities relating to drinking water supply systems and wastewater systems - Quality criteria of the service and performance indicators" e irá continuar a colaborar no desenvolvimento do projeto PNUEA - Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água.

Continuarão a ser procuradas sinergias com as instituições e as associações técnicas e científicas mais relevantes do setor em termos de estudos, iniciativas de divulgação e formação, auditorias e edições conjuntas, nomeadamente com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, o Instituto Superior Técnico, a Nova School of Business and Economics, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a Universidade Católica Portuguesa, o CEDIPRE - Centro de Estudos de Direito Público e Regulação, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, a Agência para a Energia (ADENE), no âmbito de protocolos ou trabalhos em curso.

Ao nível internacional a ERSAR continuará a ter uma participação ativa, nas várias organizações internacionais de reguladores:

WAREG: Rede de Reguladores Europeus dos Serviços de Águas

ADERASA: Associação de Reguladores América do Sul (como membros convidados) e no FIAR - Forum Ibero-americano de Reguladores

NER (OCDE): Rede de Reguladores Económicos da OCDE, na qual a ERSAR é membro do Bureau

Também na área específica do controlo da qualidade da água para consumo humano será mantida uma presença ativa da ERSAR nas redes:

RegNet: promovida pela Organização Mundial de Saúde

ENDWARE: que agrega os reguladores da qualidade da água para consumo humano da União Europeia

A ERSAR participará ainda com regularidade em 2 iniciativas muito importantes sobre boa governança no setor da água:

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WHO/UNECE - Protocolo Água e Saúde à Convenção de 1992 da Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas (UNECE) relativa à Proteção e Utilização dos Cursos de Água Transfronteiriços e dos Lagos Internacionais, através da participação em iniciativas promovidas pela UNECE – a ERSAR é parte do respetivo Bureau

Water Governance Initiative (OCDE) abrangendo, essencialmente, as boas práticas no setor das águas

A ERSAR continuará a colaborar com diversas entidades internacionais com quem já formalizou protocolos, nomeadamente com o Brasil, Cabo Verde, Itália, Geórgia, Albânia e Palestina.

Pretende, também neste âmbito, reforçar os mecanismos de cooperação com diversos reguladores no contexto dos países de língua oficial portuguesa.

Existem, neste momento, solicitações para celebração protocolos com Angola, Moçambique, Timor e Curitiba (Brasil).

A ERSAR, a pedido do Banco Mundial, irá apoiar os Conselhos de Administração de várias entidades reguladoras e colaborará, também, na capacitação dos técnicos de várias organizações do setor.

Neste âmbito há, neste momento, solicitações para colaboração técnica com o Perú e as Maurícias

A ERSAR também continuará a estabelecer contactos e encontros com diversos reguladores internacionais de serviços de águas, designadamente um conjunto de organizações em Angola, Moçambique, Inglaterra, País de Gales, Irlanda, Escócia, Kosovo, Tanzânia, Bulgária, Senegal, França, República Checa, Bélgica, Arábia Saudita, Marrocos, Guiné Bissau e S. Tomé e Príncipe.

Ainda no plano internacional destaca-se a colaboração com a International Water Association (IWA), com a European Union of National Associations of Water Suppliers and Waste Water Services (Eureau), com a European Water Association (EWA) e a adesão, em final de 2017, à International Solid Waste Association (ISWA).

A ERSAR continuará a produzir e apresentar estudos técnicos e comunicações, a nível nacional e internacional, no âmbito dos serviços de águas e resíduos.

Atividades de organização interna

Atividades

Gestão, implementação e acompanhamento do processo de faturação e cobrança resultante da aplicação da Portaria relativa à cobrança de Taxas no âmbito da atividade da ERSAR, das coimas e penalizações por processos de contraordenação, bem como de toda a informação relativa a contribuintes e aos processos em causa

Gestão de todos os contratos e procedimentos de aquisição de bens e serviços

Gestão das instalações, equipamentos e da frota automóvel da ERSAR

Execução de todos os trabalhos contabilísticos e acompanhamento contínuo da gestão orçamental, financeira e patrimonial atenta a legislação em vigor aplicável à ERSAR

Gestão das várias bases de dados e de processos diversos relativos a recursos humanos, à gestão financeira, patrimonial e orçamental, à contratação pública, entre outras

Preparação, análise e reporte, interno e externo, de toda a informação de recursos humanos, financeira e administrativa, incluindo orçamento, prestação de contas, balanço social, formação, entre outras

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Atividades

Acolhimento de estagiários académicos e/ou profissionais e acompanhamento da produção de relatório final sobre temas relacionados com o setor

Realização periódica de seminários internos sobre temas relacionados com a atividade da ERSAR

Implementação da nova estrutura organizacional da ERSAR

Otimização de processos identificados como mais relevantes para a organização

Consolidação da implementação dos regulamentos internos aprovados pelo Conselho de Administração

Gestão de candidaturas a fundos comunitários no âmbito do programa de capacitação e de modernização administrativa, cujo objetivo consiste em prestar melhores serviços e informação aos utilizadores finais dos serviços e uma maior capacitação do sector regulado

Conclusão do projeto de suporte ao disaster recovery e business continuity

Desenvolvimento e implementação de uma ferramenta informática de apoio à aplicação do Regulamento de Avaliação de Desempenho

Implementação do Regulamento Geral de Proteção de Dados em conformidade com as normas europeias

As atividades de organização interna têm como objetivo um desempenho mais eficiente e eficaz por parte da ERSAR, enquanto Entidade Reguladora, visando por isso o desenvolvimento de atividades cujo foco seja a própria organização, trabalhadores, sistemas e processos. Importa referir que grande parte das atividades aqui referenciadas são recorrentes por se tratarem de atividades inerentes ao bom e correto funcionamento de qualquer organização.

Com a implementação da nova estrutura organizacional pretende-se ganhos de eficiência no tratamento dos vários processos analisados pela ERSAR, uma vez que a existência de departamentos multidisciplinares irá, sem qualquer dúvida, trazer o foco para o processo em si com as vantagens dai decorrentes.

Na sequência da aprovação pelo Conselho de Administração, no ano de 2016, do Regulamento de Avaliação de Desempenho e passado cerca de ano e meio sobre a sua implementação considera-se prudente, face aos objetivos de eficiência e eficácia pretendidos, o desenvolvimento de uma ferramenta informática de apoio ao processo de avaliação de desempenho, de forma a desmaterializar o mesmo e a torná-lo mais user friendly.

No que respeita ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), a sua implementação visa garantir a conformidade com as normas europeias que serão transpostas diretamente para o quadro legal nacional a partir de 25 de maio p.f.. Neste sentido, à data, a ERSAR tem definido um plano de implementação do RGPD que culminará na elaboração de um Regulamento Interno que representa o compromisso da ERSAR com o respeito e conformidade com as regras legais.

7. RECURSOS HUMANOS

Com a Lei-Quadro das entidades reguladoras e com os Estatutos da ERSAR, entre outras alterações, é aplicável a todos os trabalhadores o regime do contrato individual de trabalho. Esse novo enquadramento jurídico implicou a elaboração e aprovação de um novo mapa de pessoal da ERSAR, a avaliação e o reposicionamento de todos os trabalhadores e a preparação e a aprovação pelo Conselho de Administração dos seguintes regulamentos internos da ERSAR:

Regulamento de Carreiras e Remunerações;

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Regulamento de Avaliação de Desempenho;

Regulamento de Recrutamento e Seleção de Pessoal;

Regulamento de Organização Interna e dos Cargos Dirigentes;

Regulamento de Organização e Disciplina do Trabalho.

O Regulamento de Organização Interna e dos Cargos Dirigentes será, com toda a certeza, no âmbito da redefinição da estrutura organizacional da ERSAR, à data em curso, alvo de alterações a aprovar pelo Conselho de Administração. Pretende-se promover uma maior autonomia, flexibilidade e responsabilidade na prestação do trabalho por parte dos trabalhadores da ERSAR, que constituem o principal ativo da organização, bem como contribuir para a melhoria da eficiência dos mesmos.

Paralelamente, a ERSAR tem como principais preocupações nesta área para o ano de 2018: (i) a consolidação do número total de trabalhadores com o preenchimento da totalidade dos lugares do seu mapa de pessoal, num total de 95 efetivos, conseguindo manter o conhecimento captado para o desempenho cabal das suas atribuições, (ii) a consolidação da nova estrutura organizacional; (iii) reforçar as competências técnicas e organizacionais da ERSAR, por via da formação profissional dos trabalhadores; (vi) focalização no desenvolvimento profissional e na carreira de cada um dos trabalhadores da ERSAR e (v) garantir o alinhamento com os objetivos estratégicos desta Entidade Reguladora através da implementação consolidada do sistema de avaliação de desempenho consagrado no respetivo regulamento.

A consolidação da nova estrutura organizacional, com consequências diretas sobre as funções e atividades desenvolvidas pelos trabalhadores, constitui-se muito importante, na medida em que se pretende uma melhor e maior capacidade de resposta por parte desta Entidade Reguladora às exigências e competências a si cometidas pela Lei-Quadro e pelos Estatutos.

Conforme referido oportunamente, a consolidação da implementação dos regulamentos internos, bem como a elaboração de novos regulamentos específicos de funcionamento, indispensáveis à boa gestão e organização da Entidade Reguladora, constituem-se como atividades fundamentais a dar continuidade em 2018. Neste sentido, pretende-se desenvolver e manter uma estabilidade interna indispensável ao bom e correto funcionamento da Entidade Reguladora e, consequentemente, a focalização em outros aspetos relativos a recursos humanos e não menos importantes, como por e.g. a formação, o desempenho, a motivação, a retenção do capital humano, entre outros.

A ERSAR vai continuar a apostar no desenvolvimento das competências dos seus trabalhadores e no reforço da sua cultura organizacional, fatores essenciais para um desempenho focado na excelência, na pro-atividade e no compromisso com a organização, permitindo a esta Entidade Reguladora uma maior e melhor capacidade de resposta ao sector e ao respetivo meio envolvente.

A focalização no desenvolvimento profissional e na carreira de cada um dos trabalhadores da ERSAR, tem em vista a promoção e a retenção de talentos, uma avaliação justa e compensadora do mérito, contribuindo para uma maior satisfação global dos trabalhadores, sendo dada especial atenção à mobilidade interna como meio de promover, desenvolver e alargar novos conhecimentos.

Pretende-se, finalmente, continuar o processo de celebração de parcerias com universidades e centros de investigação tendo em vista a realização de um conjunto de estudos e projetos específicos a desenvolver pela ERSAR. Neste contexto, com vista a manter a promoção da aproximação do regulador ao universo académico, por via da realização de programas de estágios profissionais e curriculares, com o objetivo de desenvolver e valorizar os jovens licenciados e introduzi-los na vida profissional, resultando desta interação um ganho substancial no que se refere a novas ideias, novas experiências e novos métodos.

Apresenta-se em anexo, a título informativo, o atual mapa de pessoal da ERSAR.

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8. ORÇAMENTO

Os recursos financeiros devem naturalmente provir dos rendimentos e consequentemente das fontes de receitas que estão atribuídas à ERSAR, praticamente na totalidade por via da cobrança de taxas pelos serviços de regulação estrutural e de regulação comportamental prestado às entidades gestoras (concessionárias, de gestão delegada e de gestão direta), e pela cobrança de taxas a todas as entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água relativas à regulação da qualidade da água para consumo humano, enquanto autoridade competente para a qualidade da água para consumo humano. Os rendimentos provenientes destes dois tipos de taxas, que têm uma base de incidência diferente e correspondem à prestação de dois serviços distintos, serão afetos às duas vertentes da missão ERSAR (de regulador e de autoridade competente), de modo a assegurar um alinhamento entre os gastos associados a cada uma das vertentes e os rendimentos de cada uma das taxas.

A cobrança de taxas às entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água para consumo humano é assegurada pela Portaria n.º 175/2010, de 23 de março, tendo-se procedido à atualização, à taxa de inflação prevista pelo Banco de Portugal, das taxas praticadas para esta vertente da missão ERSAR para o ano de 2017.

Atenta a necessidade de consolidar a capacidade da ERSAR para poder responder às numerosas solicitações decorrentes do exercício das suas competências, procedeu-se, por um lado, à atualização, à taxa de inflação prevista pelo Banco de Portugal, das taxas praticadas para a missão de regulação para o ano de 2017, regulamentadas presentemente pela Portaria n.º 160/2010, de 15 de março, e, por outro, considerou-se o rendimento, e consequente receita, que vier a resultar da aprovação do projeto de portaria relativa às taxas a praticar para a missão de regulação sobre as entidades gestoras de gestão delegada e de gestão direta que a partir de agosto de 2011 passaram a estar abrangidas pela atividade da ERSAR.

Para concretização dos rendimentos projetados e orçamentados, bem como das consequentes receitas orçamentadas considera-se fundamental que o projeto de portaria relativo às taxas de regulação acima referido venha a ser aprovado e aplicado no início de 2018.

Assumindo esse pressuposto, considerou-se estarem reunidas as condições necessárias e suficientes para a obtenção dos rendimentos e das receitas indispensáveis ao desenvolvimento da atividade da ERSAR, tendo presente o atual contexto desta Entidade Reguladora.

Sem prejuízo das regras aplicáveis a esta Entidade Reguladora no quadro das alterações decorrentes da publicação da Lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privado, público e cooperativo e dos Estatutos da ERSAR, tendo em consideração a contenção orçamental imposta ao nível da Administração Pública bem como as regras de execução orçamental e os objetivos estabelecidos pela política orçamental que vierem a ser definidos na Lei do Orçamento de Estado para 2018 dirigidas às entidades de regulação e supervisão, poderão impor-se à ERSAR alguns constrangimentos de natureza orçamental e financeira.

Tendo em vista colmatar os constrangimentos que poderão surgir, em 2018 continuarão a ser implementadas ações de eficiência interna e de racionalização de gastos, dando continuidade às ações que neste sentido foram encetadas nos anos transatos, sendo de realçar as relativas às aquisições de bens e serviços na perspetiva de redução de gastos. Destaca-se, ainda, a ação relativa à manutenção das atuais instalações, sem recurso ao arrendamento de mais ¼ de piso e com a, consequente, readaptação do atual espaço existente face ao número total de efetivos (95), situação esta apresentada como sendo a economicamente mais vantajosa para a ERSAR.

Por outro lado, acresce referir que a ERSAR submeteu, até à presente data, três candidaturas a fundos comunitários, uma das quais, aprovada e em execução e as restantes em fase de aceitação/audiência prévia e de apreciação/análise. Foi perspetivado, ainda, submeter, até ao final do ano de 2017, outro projeto de candidatura a fundos comunitários. Todos os projetos em causa decorrem no âmbito da

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capacitação e modernização administrativa, tendo em vista a implementação de ferramentas que possibilitem a disponibilização de informação ao cidadão e a capacitação das entidades gestoras. O grande objetivo destas candidaturas é estabelecer a ERSAR como entidade reguladora de referência, em termos da modernização administrativa e redução da carga burocrática, mas também com vista a uma melhoria e simplificação legislativa, através da revisão da legislação existente e capacitação das entidades reguladas, e da própria ERSAR, com vista a racionalizar os pedidos de informação regulatória e a diminuir o tempo de resposta às solicitações.

Ao exposto anteriormente acresce a candidatura apresentada ao Fundo Ambiental do MAMB, por aprovar, cujo projeto visa a promoção da eficiência energética no sector das águas, através da capacitação dos profissionais dos setores regulados para uma gestão mais eficiente dos consumos de energia e para a realização interna de auditorias energéticas nas infraestruturas das suas entidades gestoras.

A aprovação ou não das referidas candidaturas, bem como os termos de aprovação das mesmas irá condicionar necessariamente o plano de rendimentos e, consequentemente, de gastos desta Entidade Reguladora. Este facto terá impacto no desenvolvimento de algumas das atividades que a ERSAR se propõe levar a cabo durante o ano de 2018, e que constam do atual plano de atividades. A não aprovação dos projetos candidatados conforme previsto nas candidaturas comprometerá total ou parcialmente a realização das atividades abaixo descritas:

Atividade Condicionado a fundos comunitários

Desenvolvimento do Módulo sobre Gestão de Reclamações Totalmente

Desenvolvimento do Módulo do Diretório Totalmente

Criação de um módulo para infraestruturas e custos Totalmente

Segunda fase dos sub-módulos de análise de contas reguladas previsionais, base de ativos regulados, OPEX, contas reguladas reais, etc.

Totalmente

Atualização do Modelo de Regulação da Qualidade da Água Totalmente

Criação de ferramenta informática para gestão de processos de contraordenação Totalmente

Gestão Documental - Automatização da entrada de e-mails no Portal ERSAR Totalmente

Elaboração de um mapa de risco para a radioatividade na água Totalmente

Disseminação do conhecimento sobre o novo modelo de regulação da ERSAR, através de vídeos/tutoriais online (para EG).

Totalmente

Reporting das Entidade Reguladas à ERSAR Parcialmente

Implementação do projeto de business intelligence Totalmente

Consultoria para implementação do RTA Totalmente

Neste enquadramento, é possível que durante o ano de 2018, no decorrer da execução orçamental, sejam efetuados os ajustamentos que se demonstrarem necessários face às alterações efetivadas, redefinindo-se prioridades e ajustando-se o orçamento em função das atividades a desenvolver em cumprimento da missão ERSAR.

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Pese embora o exposto, considera-se que o valor projetado dos gastos e consequentemente o valor orçamentado de despesa para o ano de 2018 irá assegurar à ERSAR a possibilidade de atingir o grau de eficácia e eficiência pretendido para o cabal cumprimento da sua missão em cada uma das suas vertentes.

Importa, contudo, relembrar que à ERSAR se aplica o sistema de normalização contabilística devendo esta Entidade Reguladora preparar e elaborar o seu orçamento de acordo com as regras aí definidas, carecendo o mesmo de aprovação prévia, no prazo de 60 dias, após a sua receção, por parte dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e pela área do ambiente. Desta forma, o orçamento da ERSAR foi preparado e elaborado de acordo com o novo enquadramento a que esta Entidade está sujeita.

Nos valores orçamentados estão naturalmente incluídos todos os gastos com o pessoal incluindo as remunerações do Conselho de Administração definidas pela Comissão de Vencimentos e, consequentemente, a remuneração do Fiscal Único, os gastos com as aquisições de bens e serviços necessários ao cabal cumprimento da missão ERSAR e ao desenvolvimento da atividade de Regulação e de Autoridade Competente, bem como o valor a transferir para a Autoridade da Concorrência, o qual foi calculado tendo por base a taxa de 6,25% e as receitas cobradas no ano de 2016, correspondente ao último ano com contas fechadas.

Os gastos com pessoal foram calculados tendo em consideração o preenchimento da totalidade do mapa de pessoal da ERSAR, num total de 95 efetivos, os níveis remuneratórios resultantes do posicionamento dos trabalhadores adquirido face à transição oportunamente efetuada nos termos da legislação em vigor (LQER e Estatutos da ERSAR) e das regras consagradas no Plano de Transição dos Trabalhadores da ERSAR para as novas carreiras, categorias e níveis de progressão, aprovado pelo Conselho de Administração, o regulamento de recrutamento e seleção de pessoal, o regulamento de carreiras e remunerações, o regulamento de avaliação de desempenho, o regulamento de organização interna e dos cargos dirigentes e o regulamento de organização e disciplina do trabalho.

O orçamento de investimentos da ERSAR para 2018 centra-se na continuação do processo de renovação e modernização das infraestruturas informáticas essenciais ao desenvolvimento da missão ERSAR, no qual se inclui a continuidade do processo relativo ao plano data center, no processo de desenvolvimento e implementação de uma ferramenta informática de suporte ao sistema de avaliação de desempenho da ERSAR e dos trabalhadores consagrado em regulamento interno, bem como no decorrente do normal funcionamento da organização.

À semelhança do sucedido em anos transatos e atenta a necessidade de readaptação do espaço das instalações da ERSAR face o número de efetivos previsto no mapa de pessoal para o ano orçamentado, perspetivou-se a continuidade do processo de realização de obras já iniciado em 2017, sem recorrer ao alargamento do espaço arrendado. Neste sentido foi igualmente prevista a aquisição de mobiliário e equipamento administrativo de forma a assegurar as condições necessárias ao funcionamento da organização.

Em termos globais, atentas as necessidades da ERSAR, o nível de investimentos da ERSAR em 2018 aumenta face ao orçamentado para 2017.

O orçamento para 2018 apresenta um resultado líquido positivo e uma variação nula de caixa e seus equivalentes.

Por fim, apresentam-se em anexo, a título informativo, o plano de rendimentos, o plano de gastos e o plano de investimentos, bem como o Balanço, a Demonstração de Resultados por natureza, o Mapa de fluxos de caixa e o plano de tesouraria e que constituem os elementos da proposta de orçamento da ERSAR para o ano de 2018.

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Lisboa, setembro de 2017

O Conselho de Administração

Paulo Lopes Marcelo

(Vogal)

Orlando Borges

(Presidente)

Ana Barreto Albuquerque

(Vogal)

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Anexos

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ANEXO I – ORÇAMENTO PARA 2018

(un:€)

PLANO DE GASTOS

ORÇAMENTO 2018

Vertente Regulação Vertente Autoridade

Competente Total

Valor c/IVA incluído Valor c/IVA incluído Valor c/IVA incluído

PLANO DE GASTOS - TOTAL 7.804.516,46 1.881.475,34 9.685.991,80

Gastos com bens de consumo imediato e com serviços prestados por terceiros

62 Fornecimentos e Serviços Externos 3.243.910,48 759.612,00 4.003.522,49

Trabalhos efetuados por terceiros no âmbito do objeto da entidade

621 Subcontratos 0,00 0,00 0,00

Serviços prestados por terceiros que não estão relacionados com a atividade

principal da entidade (e.g. análises laboratoriais, estudos e pareceres,

advogados, sistemas de informação, trabalhos tipográficos ..)

622 Serviços especializados 2.677.410,32 549.056,68 3.226.467,00

6221 Trabalhos especializados 2.332.177,32 442.489,68 2.774.667,00

62211 Estudos 210.667,00 2.583,00 213.250,00

62212 Pareceres 54.320,00 14.430,00 68.750,00

62213 Projetos 968.151,00 259.755,00 1.227.906,00

62214 Consultoria 772.884,66 64.655,34 837.540,00

62215 Serviços Especializados 326.154,66 101.066,34 427.221,00

622151 De natureza informática 37.920,00 10.080,00 48.000,00

622152 Outros 288.234,66 90.986,34 379.221,00

Todos os gastos relacionados com publicidade e propaganda (e.g.

produção de folhetos, anúncios nos media, brindes, catálogos, ..)

6222 Publicidade e propaganda 11.960,00 3.170,00 15.130,00

Gastos com compras de material de vigilância e segurança e com serviços de

vigilância e segurança prestados por terceiros

6223 Vigilância e segurança 17.178,00 7.362,00 24.540,00

Compreende as remunerações atribuídas aos trabalhadores

independentes 6224 Honorários 39.429,00 7.291,00 46.720,00

Gastos com os materiais de conservação e reparação adquiridos, bem como os serviços de conservação e reparação

prestados por terceiros

6226 Conservação e reparação 252.202,00 70.048,00 322.250,00

62261 Contratos de Assistência Técnica - Equipamento Informático 3.041,00 809,00 3.850,00

62262 Contratos de Assistência Técnica - Software Informático 228.263,00 60.677,00 288.940,00

62263 Contratos de Assistência Técnica - Outros 7.228,00 1.922,00 9.150,00

62265 Material de transporte - peças 300,00 200,00 500,00

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62266 Outro material - Peças 395,00 105,00 500,00

62267 Outros materiais e outros serviços de conservação e reparação 12.975,00 6.335,00 19.310,00

Gastos com a realização de seminários, exposições, similares e reuniões

promovidos pela entidade (e.g. aluguer de salas, catering do seminário, entre

outros)

6227 Seminários, Exposições, Similares e Reuniões 21.279,00 17.331,00 38.610,00

Todos os gastos com serviços especializados que não se encontrem previstos nas contas anteriormente

identificadas

6228 Outros 3.185,00 1.365,00 4.550,00

Gastos com a aquisição de equipamento, cuja vida útil não exceda,

em condições de utilização normal, o período de um ano.

623 Materiais 89.354,00 24.086,00 113.440,00

6231 Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 1.604,00 426,00 2.030,00

Gastos com a aquisição de livros e documentação técnica para ser utilizada

na entidade 6232 Livros e documentação técnica 54.988,00 14.952,00 69.940,00

Gastos para consumo imediato de material de escritório (e.g. canetas,

borrachas, dossiers…) 6233 Material de escritório 13.857,00 3.683,00 17.540,00

Gastos com os bens adquiridos especificamente para oferta.

6234 Artigos para oferta 8.508,00 2.262,00 10.770,00

Gastos com bens honoríficos e de decoração que não devam ser

reconhecidos como ativos 6235 Artigos honoríficos e de decoração 1.185,00 315,00 1.500,00

Gastos com material de educação, cultura e recreio que não devam ser

reconhecidos como ativos 6236 Material de educação, cultura e recreio 395,00 105,00 500,00

Todos os gastos com bens que não se encontrem previstos nas contas

anteriormente identificadas

6238 Outros 8.817,00 2.343,00 11.160,00

62381 Produtos Químicos e Farmacêuticos 198,00 52,00 250,00

62382 Material de Consumo Clínico 198,00 52,00 250,00

62383 Outros Bens 8.421,00 2.239,00 10.660,00

Gastos com energia elétrica (iluminação, aquecimento, entre outra)

624 Energia e fluidos 39.213,00 18.327,00 57.540,00

6241 Eletricidade 23.926,00 10.254,00 34.180,00

Gastos com combustíveis (sólidos, líquidos, gasosos).

6242 Combustíveis 10.002,00 6.668,00 16.670,00

Gastos com a água consumida pela entidade

6243 Água 5.285,00 1.405,00 6.690,00

Todos os gastos não incluídos anteriormente

6248 Outros 0,00 0,00 0,00

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Gastos com deslocações e estadas fora do local de trabalho (viagens,

alojamentos, gastos com transporte de pessoal de natureza eventual - táxis,

autocarros, comboios, deslocações em carro do pessoal mediante pagamento de um montante por quilómetro, entre outros - refeições do pessoal ao serviço da entidade não cobertas por ajudas de

custo)

625 Deslocações, estadas e transportes 49.447,00 13.143,00 62.590,00

6251 Deslocações e estadas 47.511,00 12.629,00 60.140,00

Gastos de transportes com carácter de permanência, destinados à deslocação dos trabalhadores de e para o local de

trabalho ou em serviço (aluguer permanente de veículos, subsídios concedidos ao pessoal para cobrir gastos de transporte, aquisição de

passes, entre outros).

6252 Transportes de pessoal 1.936,00 514,00 2.450,00

Gastos de transporte de bens não armazenáveis comprados, nas situações

em que não se imputa esse gasto na respetiva conta divisionária

6253 Transportes de mercadorias 0,00 0,00 0,00

Todos os gastos não incluídos anteriormente

6258 Outros 0,00 0,00 0,00

Gastos com locações operacionais podendo incluir locação de edifícios ou

parte destes e locação de equipamentos (de escritório, entre outros)

626 Serviços diversos 388.486,16 154.999,32 543.485,49

6261 Rendas e alugueres 286.290,10 125.128,62 411.418,72

62611 Locação de edifícios 228.724,10 98.024,62 326.748,72

62612 Locação Material Informática 593,00 157,00 750,00

62613 Locação Material de transporte 12.192,00 8.128,00 20.320,00

62614 Locação Outros bens 972,00 258,00 1.230,00

62615 Contratos de depósito 1.319,00 351,00 1.670,00

62616 Despesas de condomínio 42.490,00 18.210,00 60.700,00

Gastos de comunicação da entidade (telefones, telemóveis, internet, faxes,

correios, entre outras)

6262 Comunicação 67.306,00 15.234,00 82.540,00

62621 Internet 10.000,00 0,00 10.000,00

62622 Comunicações fixas de dados 3.444,00 916,00 4.360,00

62623 Comunicações fixas de voz 1.090,00 290,00 1.380,00

62624 Comunicações móveis 40.582,00 10.788,00 51.370,00

62625 Outros serviços conexos de comunicações 340,00 90,00 430,00

62626 Outros serviços de comunicações 11.850,00 3.150,00 15.000,00

6263 Seguros 2.452,06 1.634,71 4.086,77

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Gastos com seguros que não sejam relativos a pessoal e órgãos sociais,

compras de inventário ou de investimentos

62631 Seguros Viaturas 2.452,06 1.634,71 4.086,77

Gastos com Royalties devidos a terceiros por licenças, Know-how,

marcas, patentes, entre outros. 6264 Royalties 0,00 0,00 0,00

Gastos com tribunais, cartórios notariais, repartições de Registo

Comercial, entre outras. Não engloba os gasto com multas

6265 Contencioso e notariado 0,00 0,00 0,00

Gastos suportados com receções, refeições, viagens, passeios e

espetáculos oferecidos no país ou estrangeiro a clientes ou a fornecedores ou ainda a quaisquer outras pessoas ou

entidades.

6266 Despesas de representação 3.950,00 1.050,00 5.000,00

Gastos com a prestação de serviços de limpeza, higiene e conforto, bem como os gastos com as compras de artigos de

limpeza, higiene e conforto

6267 Limpeza, higiene e conforto 26.908,00 11.532,00 38.440,00

62671 Produtos de limpeza, higiene e conforto 1.995,00 855,00 2.850,00

62672 Serviços de limpeza, higiene e conforto 24.913,00 10.677,00 35.590,00

Inclui os serviços não considerados nas contas anteriores, e.g. anúncios, publicações oficiais, entre outras

6268 Outros serviços 1.580,00 420,00 2.000,00

Todos os gastos com os órgãos sociais e o pessoal (remunerações, subsídios,

ajudas de custo, horas extraordinárias, entre outros)

63 Gastos com o pessoal 4.087.997,11 1.085.546,41 5.173.543,52

631 Remunerações dos órgãos sociais 507.080,00 134.800,00 641.880,00

6311 Remunerações do Conselho de Administração 469.176,00 124.724,00 593.900,00

63111 Remunerações Base 275.540,00 73.250,00 348.790,00

63111 Remunerações Base Comparticipação SAMA 16.250,00 4.320,00 20.570,00

63112 Subsídio de Férias e Natal 48.632,00 12.928,00 61.560,00

631121 Subsídio de Férias 24.316,00 6.464,00 30.780,00

631122 Subsídio de Natal 24.316,00 6.464,00 30.780,00

63113 Vencimento de Férias 0,00 0,00 0,00

63114 Despesas de representação 122.861,00 32.659,00 155.520,00

63115 Outras remunerações 5.893,00 1.567,00 7.460,00

631151 Ajudas de custo 5.893,00 1.567,00 7.460,00

6312 Remunerações do Fiscal Único 34.981,00 9.299,00 44.280,00

63121 Remunerações Base 34.981,00 9.299,00 44.280,00

6313 Remunerações do Conselho Consultivo 2.923,00 777,00 3.700,00

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63131 Senhas de Presença 2.923,00 777,00 3.700,00

63132 Ajudas de custo 0,00 0,00 0,00

632 Remunerações do pessoal 2.747.370,97 730.313,29 3.477.684,26

6321 Remunerações do pessoal do quadro 2.747.370,97 730.313,29 3.477.684,26

63211 Remunerações Base 1.984.355,03 527.486,75 2.511.841,78

63211 Remunerações Base - Comparticipação SAMA 117.029,00 31.109,00 148.138,00

63212 Subsídio de Férias e Natal 366.531,94 97.432,54 463.964,48

632121 Subsídio de Férias 193.047,94 51.316,54 244.364,48

632122 Subsídio de Natal 173.484,00 46.116,00 219.600,00

63213 Vencimento de Férias 0,00 0,00 0,00

63214 Despesas de representação/Subsídios de Direção 0,00 0,00 0,00

63215 Outras remunerações 279.455,00 74.285,00 353.740,00

632151 Ajudas de custo 11.495,00 3.055,00 14.550,00

632152 Horas Extraordinárias 0,00 0,00 0,00

632153 Subsídio de refeição 140.114,00 37.246,00 177.360,00

632155 Prémios de desempenho 127.846,00 33.984,00 161.830,00

6322 Remunerações do pessoal em qualquer outra situação 0,00 0,00 0,00

63221 Remunerações Base

63222 Subsídio de Férias e Natal 0,00 0,00 0,00

632221 Subsídio de Férias

632222 Subsídio de Natal

63223 Vencimento de Férias

63224 Despesas de representação/Subsídios de Direção

63225 Outras remunerações 0,00 0,00 0,00

632251 Ajudas de custo

632252 Horas Extraordinárias

632253 Subsídio de refeição

Gastos com as indemnizações pagas aos órgãos sociais e pessoal aquando da

cessação do contrato de trabalho

634 Indemnizações 2.500,00 2.500,00 5.000,00

6341 Indemnizações órgãos sociais 0,00 0,00 0,00

6342 Indemnizações pessoal 2.500,00 2.500,00 5.000,00

Todos os encargos sobre remunerações da responsabilidade da entidade

patronal

635 Encargos sobre remunerações 710.184,25 188.782,01 898.966,26

6351 ADSE 0,00 0,00 0,00

6352 Caixa Geral de Aposentações (CGA) 245.918,61 65.370,77 311.289,38

6353 Segurança Social (SS) 462.258,64 122.878,25 585.136,88

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6354 Outras 2.007,00 533,00 2.540,00

Gastos relativos ao seguro de acidentes de trabalho (obrigatório por lei) e todos

os gastos com doenças profissionais

636 Seguro de acidentes no trabalho e doenças profissionais 7.735,10 2.055,90 9.791,00

6361 Seguro de acidentes no trabalho 7.735,10 2.055,90 9.791,00

Gastos de ação social

637 Gastos de ação social 47.457,00 12.615,00 60.072,00

6371 Serviços sociais da administração pública (SSAP) 6.378,00 1.695,00 8.073,00

6372 Assistência médica e medicamentosa (Seguro de saúde) 41.079,00 10.920,00 51.999,00

Gastos com formação do pessoal

638 Outros gastos com pessoal 65.669,80 14.480,20 80.150,00

6381 Formação 60.929,80 13.220,20 74.150,00

63811 Formação em TIC 0,00 0,00 0,00

63812 Formação Outros 60.929,80 13.220,20 74.150,00

Gastos com o recrutamento de pessoal 6382 Recrutamento e Seleção de pessoal 2.543,80 676,20 3.220,00

Gastos com os serviços de medicina, higiene e segurança

6383 Medicina, Higiene e Segurança no Trabalho 2.196,20 583,80 2.780,00

Gastos de depreciação dos activos fixos tangíveis

64 Gastos de Depreciação e de Amortização 124.785,87 33.170,93 157.956,79

642 Ativos fixos tangíveis 101.028,42 26.855,65 127.884,07

643 Ativos intangíveis 23.757,45 6.315,27 30.072,72

Gastos com impostos e taxas. As taxas são normalmente pagas a entidades

oficiais e instituições diversas, em decorrência da atividade da entidade,

incidindo sobre vendas, produção consumos, etc.

68 Outros Gastos e Perdas 347.428,00 3.041,00 350.469,00

681 Impostos 343.489,00 2.100,00 345.589,00

6811 Impostos Diretos 0,00 0,00 0,00

6812 Impostos indiretos 7.900,00 2.100,00 10.000,00

6813 Taxas 335.589,00 0,00 335.589,00

Gastos com quotizações e outros não especificados.

688 Outros 3.939,00 941,00 4.880,00

6883 Quotizações 3.544,00 836,00 4.380,00

6888 Outros não especificados 395,00 105,00 500,00

Gastos com financiamento

69 Gastos e perdas de financiamento 395,00 105,00 500,00

691 Juros Suportados 395,00 105,00 500,00

6918 Outros juros 395,00 105,00 500,00

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(un:€)

PLANO DE INVESTIMENTOS Vertente Regulação

Vertente Autoridade Competente

Total

Valor c/IVA incluído Valor c/IVA incluído Valor c/IVA incluído

PLANO DE INVESTIMENTOS - TOTAL 187.632,06 65.341,94 252.974,00

Gastos com a aquisição de equipamento, instalações e outros

bens

43 Activos fixos tangíveis 156.996,26 57.197,74 214.194,00

433 Equipamento básico 94.500,00 40.500,00 135.000,00

Gastos com a aquisição de equipamento de transporte

434 Equipamento de transporte 0,00 0,00 0,00

Gastos com a aquisição de equipamento administrativo,

incluindo-se aqui o mobiliários da entidade, os artigos de conforto e

decoração, o equipamento de escritório, o equipamento social,

entre outro

435 Equipamento administrativo 62.298,26 16.645,74 78.944,00

4351 Mobiliário e artigos de decoração 33.084,06 8.879,94 41.964,00 43511 Equipamento Administrativo - mobiliário e equipamento

diverso 32.559,06 8.654,94 41.214,00

43512 Artigos e objetos de valor 525,00 225,00 750,00

4352 Equipamento de escritório 27.634,20 7.345,80 34.980,00

43521 Equipamento de informática - comunicações 11.660,40 3.099,60 14.760,00

43522 Equipamento de informática - outros 13.603,80 3.616,20 17.220,00

43523 Software Informático de Comunicação 0,00 0,00 0,00

43524 Software Informático Outros 0,00 0,00 0,00

43525 Equipamento Administrativo - comunicações 0,00 0,00 0,00

43526 Equipamento Administrativo - outros 0,00 0,00 0,00

43527 Ferramentas e Utensílios 2.370,00 630,00 3.000,00

4353 Equipamento social 1.580,00 420,00 2.000,00

43531 Ferramentas e Utensílios 1.580,00 420,00 2.000,00

Gastos com outros activos fixos, designadamente ferramentas e

utensílios cujo período de vida útil é superior a 1 ano

437 Outros activos fixos tangíveis 198,00 52,00 250,00

4371 Outros investimentos 198,00 52,00 250,00

Gastos com activos intangíveis, designadamente programas de computadores e propriedade

intelectual

44 Activos intangíveis 30.635,80 8.144,20 38.780,00

443 Programas de computador 29.356,00 7.804,00 37.160,00

444 Propriedade intelectual/ direitos de autor 1.279,80 340,20 1.620,00

(un:€)

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PLANO DE RENDIMENTOS

ORÇAMENTO 2018

Vertente Regulação Vertente Autoridade

Competente Total

PLANO DE RENDIMENTOS - TOTAL 7.692.638,76 2.061.137,50 9.753.776,26

Esta conta respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objetivos

ou finalidades principais da entidade

72 Prestações de Serviços 7.038.497,77 1.881.378,50 8.919.876,27

721 Taxas 7.036.497,77 1.859.378,50 8.895.876,27

7211 Regulação 7.036.497,77 0,00 7.036.497,77

7212 Autoridade Competente 0,00 1.859.378,50 1.859.378,50

722 Juros Mora 2.000,00 2.000,00 4.000,00

7221 Regulação 2.000,00 0,00 2.000,00

7222 Autoridade Competente 0,00 2.000,00 2.000,00

723 Coimas e Penalidades por Contraordenações 0 20.000,00 20.000,00

7231 Contraordenações 0 20.000,00 20.000,00

Esta conta diz respeito aos subsídios recebidos que se destinem a compensar a

entidade por gastos realizados

75 Subsídios à exploração 646.141,00 171.759,00 817.900,00

752 Subsídios de outras entidades 646.141,00 171.759,00 817.900,00

Esta conta de natureza residual, regista os rendimentos da entidade não

compreendidos nas contas 71 a 77 e que não sejam rendimentos de financiamentos (conta

79)

78 Outros Rendimentos e Ganhos 6.500,00 6.500,00 13.000,00

781 Rendimentos suplementares 3.500,00 3.500,00 7.000,00

7813 Estudos, projetos e assistência tecnológica 500,00 500,00 1.000,00

7816 Outros rendimentos suplementares 3.000,00 3.000,00 6.000,00

788 Outros 3.000,00 3.000,00 6.000,00

7883 Subsídios ao investimento 0,00

7888 Outros não especificados 3.000,00 3.000,0 6.000,00

Esta conta respeita a rendimentos de depósitos e outras aplicações,

financiamentos concedidos, dividendos obtidos e outros

79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares 1.500,00 1.500,00 3.000,00

7912 De outras aplicações de meios financeiros líquidos 1.500,00 1.500,00 3.000,0

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Balanço Previsional a 31.12.2018

Un: Euro

RUBRICAS DATA

31.12.2018

ACTIVO

Ativo não corrente

Ativo fixos tangíveis 519.517,43

Ativos intangíveis 26.500,49

546.017,92

Ativo corrente

Contribuintes 1.459.702,57

Outros créditos a receber 2.148.217,71

Diferimentos 404.727,32

Caixa e depósitos bancários 12.926.078,65

16.938.726,24

Total do Ativo 17.484.744,16

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Reserva Legal

Outras Reservas 16.783.343,16

Outras variações no capital próprio

Resultados Transitados 0,00

16.783.343,16

Resultado Líquido do período 67.784,46

Total do Capital Próprio 16.851.127,62

Passivo

Passivo não Corrente

Provisões 0,00

0,00

Passivo Corrente

Fornecedores

Outras dívidas a pagar 633.616,54

633.616,54

Total do Passivo 633.616,54

Total do Capital Próprio e do Passivo 17.484.744,16

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Demonstração de Resultados por Natureza Previsional em 31.12.2018

Un: Euro

RENDIMENTOS E GASTOS Período

2018

Vendas e serviços prestados 8.919.876,27

Subsídios à exploração 817.900,00

Fornecimento e serviços externos -4.003.522,49

Gastos com pessoal -5.173.543,52

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)

Outros Rendimentos 13.000,00

Outros Gastos -350.469,00

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 223.241,26

Gastos/Reversões de depreciação e amortização -157.956,79

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 65.284,46

Juros e rendimentos similares obtidos 3.000,00

Juros e gastos similares suportados -500,00

Resultado Líquido do Exercício 67.784,46

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Entidade: Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)

Demonstração de Fluxos de Caixa Previsional em 31.12.2018

Un: Euro

RUBRICAS PERÍODO

2018

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Recebimento de clientes 8.900.653,00

Pagamentos a fornecedores -4.055.237,00

Pagamentos a pessoal -5.066.753,00

Caixa gerada pelas operações -221.337,00

Outros recebimentos/pagamentos 471.811,00

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 250.474,00

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis -214.194,00

Ativos intangíveis -38.780,00

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis

Juros e rendimentos similares 3.000,00

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) -249.974,00

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Pagamentos respeitantes a:

Juros e gastos similares -500,00

Fluxo de caixa das atividades de financiamento (3) -500,00

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 0,00

Caixa e seus equivalentes no início do período 12.926.078,65

Caixa e seus equivalentes no fim do período 12.926.078,65

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Entidade: Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)

Plano de Tesouraria em 31.12.2018

Un: Euro

Designação Período

2018

Saldo do ano anterior 12.926.078,65

Recebimentos

Rendimentos de exploração 8.900.653,00

Rendimentos provenientes de subsídios 817.900,00

Rendimentos provenientes de investimentos 3.000,00

Total de recebimentos 9.721.553,00

Pagamentos

Financiamento 500,00

Investimento 252.974,00

Exploração 7.072.327,95

Entregas ao Estado 2.395.751,05

Total dos pagamentos 9.721.553,00

Disponibilidades 12.926.078,65

0,00

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ANEXO II – NOTA JUSTIFICATIVA AO ORÇAMENTO PARA 2018

Nota Prévia

Com a publicação da Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprova os Estatutos da ERSAR, esta entidade passou a ser uma pessoa coletiva de direito público, entidade administrativa independente com funções de regulação e de supervisão, dotada de autonomia de gestão, administrativa e financeira e de património próprio e que se encontra adstrita ao ministério com atribuições na área do ambiente.

No exercício de funções a ERSAR não se encontra sujeita a superintendência ou tutela governamental, não lhe sendo aplicáveis as regras da contabilidade pública, o regime dos fundos e serviços autónomos, nomeadamente, as normas relativas à autorização de despesas, à transição e utilização dos resultados líquidos de exercício e às cativações de verbas na parte que não dependam de dotações do orçamento do Estado.

Na sequência do enquadramento legal resultante da Lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privado, público e cooperativo (Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, na sua redação atual) esta Entidade Reguladora viu serem alargados e reforçados os seus poderes como regulador.

Plano de Rendimentos

Conforme estabelecido nos Estatutos, a ERSAR tem por missão a regulação e a supervisão dos setores dos serviços de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, abreviadamente designados por serviços de águas e resíduos, incluindo o exercício de funções de autoridade competente para a coordenação e a fiscalização do regime da qualidade da água para consumo humano.

O cumprimento da sua missão, em cada uma das duas vertentes supra identificadas – regulação e autoridade competente –, comporta atividades de elevada complexidade técnica e envolvem a interação sistemática com um universo de entidades de natureza diversa e geograficamente dispersas. Estas duas vertentes da missão ERSAR correspondem a funções distintas, necessitando cada uma de meios próprios e especializados. Por essa razão, as duas vertentes são tratadas, tanto quanto possível, de forma autónoma, o mesmo acontecendo com os respetivos orçamentos, sem prejuízo da forte interação entre elas.

Em face do exposto e tendo em consideração as principais fontes de rendimentos da ERSAR – Taxa de Regulação e Taxa de Controlo da Qualidade da Água -, o orçamento da ERSAR está estruturado segundo cada uma das vertentes:

A vertente de “regulador” e supervisor dos serviços de águas, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos;

A vertente de “autoridade competente” para a qualidade da água para consumo humano junto de todas as entidades gestoras de abastecimento de água.

Na vertente de regulação, a ERSAR deve assegurar a regulação estrutural, económica e de qualidade de serviço do sector de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, enquanto na vertente de autoridade competente para a qualidade da água para consumo humano, a atividade da ERSAR centra-se na aplicação da legislação respetiva, designadamente por meio da fiscalização aos sistemas de abastecimento e da supervisão dos laboratórios de análises da água para consumo humano.

Tem sido preocupação da ERSAR assegurar uma gestão rigorosa dos recursos disponíveis, procurando afetar a cada uma das vertentes da missão ERSAR - de regulação e de autoridade competente - os meios próprios adequados ao desenvolvimento das respetivas atividades.

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No âmbito das suas atribuições, a ERSAR deve estabelecer ainda relações de cooperação com instituições congéneres, nacionais e estrangeiras, e fomentar a normalização técnica no domínio da regulação, incluindo a defesa do consumidor.

Nos últimos anos verificaram-se alterações profundas ao universo de entidades reguladas, o qual passou a abranger, na regulação dos serviços, todas as entidades gestoras de serviços de águas e de resíduos, independentemente da natureza jurídica do prestador do serviço e do modelo de gestão em que os serviços são prestados (gestão direta, delegada e concessionada).

Este significativo alargamento do universo de entidades reguladas (cerca de 400) obriga a um enorme esforço, que se vem a sentir desde o último trimestre de 2011, o qual passa pela necessidade da ERSAR reforçar a sua capacidade de intervenção em termos de recursos financeiros, humanos e de suporte.

Acresce referir que outros fatores vieram conferir maior complexidade à intervenção da ERSAR, designadamente a diversidade de modelos de gestão e as condições de exploração existentes, os constrangimentos de natureza económica e financeira que afetaram algumas entidades gestoras e o maior acesso a informação por parte das populações, traduzindo-se em níveis de exigência na capacidade de resposta do regulador cada vez mais elevados e envolvendo um permanente esforço de inovação e atualização técnica.

As alterações verificadas exigem do regulador uma adequada capacidade de intervenção junto das entidades reguladas, com base num quadro regulatório reajustado às caraterísticas do universo regulado, que garanta, simultaneamente, clareza e transparência das regras de regulação, e a salvaguarda dos interesses e direitos dos operadores e dos utilizadores.

Assim, atento o exposto anteriormente, o referido no Plano de Atividades para 2018 em conjugação com o quadro legal aplicável a esta Entidade Reguladora, na elaboração do Plano de Rendimentos da ERSAR para 2018 foram tomadas em consideração algumas situações relevantes, nomeadamente:

Reforço da utilização de dados históricos, resultantes da experiência adquirida no desempenho das duas vertentes da missão da ERSAR, para aperfeiçoar a projeção dos rendimentos.

Sendo os rendimentos da ERSAR provenientes, essencialmente, da aplicação da Taxa de Regulação e da Taxa de Controlo da Qualidade da Água, não havendo rendimentos provenientes do Orçamento de Estado, pode-se afirmar que esta Entidade Reguladora continuará a ser financiada, a este nível, exclusivamente por receitas próprias, pelo que a experiência adquirida, sendo decisiva para a elaboração do orçamento, não permite evitar alguns fatores de incerteza do lado dos rendimentos com consequências sobre as receitas daí resultantes:

- Uma parte muito significativa dos rendimentos está associada ao nível de atividade das entidades gestoras (componente variável das taxas).

- Dado que o sector de atividade regulado (águas e resíduos) está dependente de fatores externos incertos, designadamente de natureza meteorológica e macroeconómica, e se encontra numa fase de reestruturação, também esta dependente de alguns fatores incertos, é inevitável a existência de alguma incerteza associada à previsão dos rendimentos da ERSAR.

- Na sequência do alargamento da atividade da ERSAR a todas as entidades gestoras dos serviços de águas e resíduos, pese embora esteja em curso o processo para aprovação do projeto de Portaria que irá permitir o rendimento e receita correspondente à taxa de regulação a aplicar às novas entidades reguladas que passarão a estar sujeitas à mesma, considerou-se, para efeitos da presente proposta de orçamento, que a aplicação da referida taxa estaria assegurada.

- O montante dos rendimentos foi calculado tendo presente os pressupostos do projeto de Portaria supracitado em conjugação com o facto de se perspetivar que a referida Portaria será aplicada à totalidade do ano de 2018, não esquecendo os critérios de prudência e razoabilidade adotados na sua determinação.

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As três candidaturas já apresentadas a fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020 e enquadradas no sistema de apoio à modernização e capacitação da administração pública, a saber:

1.ª Candidatura – Aprovada e em execução (POCI-02-0550-FEDER-022108 REGS-Sistemas para

uma regulação simplificada)

Esta candidatura visa o desenvolvimento de sistemas para uma regulação simplificada assentando, por isso, em três grandes projetos:

- Reengenharia, simplificação e desmaterialização de processos;

- Desenvolvimento e integração dos sistemas e infraestruturas tecnológicas de suporte aos novos modelos de atendimento;

- Mecanismos que assegurem a interoperabilidade entre os vários sistemas de informação da administração pública, em particular através da integração na iAP e no âmbito da implementação da regra only once.

2.ª Candidatura – Submetida e em fase de contratualização do financiamento (POCI-05-5762-FSE-

000061)

A candidatura em causa visa a capacitação das entidades gestoras e, consequentemente, dos cidadãos aos quais estas prestam serviços públicos no sector das águas e dos resíduos tendo, igualmente, impacto na capacitação da Entidade Reguladora. A referida candidatura está, por isso, organizada em 3 eixos de atuação:

- Revisão normativa e regulamentar e apoio às entidades gestoras reguladas;

- Simplificação processual e gestão por processos;

- Disseminação do conhecimento e sensibilização.

3.ª Candidatura – Submetida (Ref.ª provisória T502270137-00042670)

Esta candidatura pretende promover uma administração em rede, através do desenvolvimento de um projeto contínuo de modernização e simplificação administrativa, que visa a criação de um novo modelo de regulação mais simples, mais próximo das entidades reguladas, e promotor da eficiência e da transparência.

Assim, e com a intenção de contribuir para a melhoria do acesso às TIC e a sua utilização e qualidade, esta operação pretende concluir as atividades não submetidas na candidatura da ERSAR em execução - POCI-02-0550-FEDER-022108 REGS-Sistemas para uma regulação simplificada, assentando, por isso, em 5 atividades, a saber:

- Portal ERSAR- desenvolvimento de novos módulos;

- Comunicação de dados da regulação;

- Desenvolvimento do modelo de regulação promotor da "economia verde";

- Divulgação das novas formas de regulação;

- Acompanhamento no terreno dos novos modelos de regulação.

A candidatura a fundos comunitários enquadrada no Portugal 2020 e que se perspetiva vir a apresentar, até ao final do corrente ano

A candidatura apresentada ao Fundo Ambiental do MAMB, submetida a 31.7.2017 e, por aprovar, cujo projeto visa a promoção da eficiência energética no sector das águas, através da capacitação dos profissionais dos setores regulados para uma gestão mais eficiente dos

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consumos de energia e para a realização interna de auditorias energéticas nas infraestruturas das suas entidades gestoras. Neste sentido este projeto integra dois objetivos principais, assentes numa abordagem orientada para a prática e inovação, com valor acrescentado e elevada utilidade para as entidades gestoras do sector das águas e demais destinatários do sector em referência, e que a seguir se identificam:

- Desenvolvimento de um "Guia Técnico sobre o Uso Eficiente de Energia nos Serviços de Águas";

- Curso de Gestão de Energia no Sector das Águas.

Atento o estado das candidaturas supramencionadas, a ERSAR, pese embora a razoabilidade com que elaborou o seu orçamento, depara-se necessariamente com os fatores de incerteza associados, por um lado, à aprovação das mesmas e, por outro, à maior ou menor celeridade da receita cofinanciada arrecadada e, consequente, reconhecimento do rendimento inerente às despesas financiadas por fundos europeus e por fundos nacionais.

Contudo, para a previsão dos rendimentos foram assumidos cinco pressupostos fundamentais:

A ausência de recurso a qualquer forma de endividamento, como foi sempre prática desta Entidade Reguladora.

O financiamento das atividades da ERSAR realizado pela via dos rendimentos resultantes da atividade desenvolvida pela ERSAR, decorrentes da Taxa de Regulação (atualmente aplicadas apenas às entidades gestoras concessionárias de sistemas de águas e resíduos - aproximadamente 60), bem como da Taxa de Controlo da Qualidade da Água (a qual incide sobre cerca de 300 entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água para consumo humano).

A publicação da nova Portaria da Taxa de Regulação, a qual irá permitir os rendimentos da Taxa de Regulação que irão incidir sobre todas as entidades gestoras (de gestão direta e de gestão delegada) que passaram a estar abrangidas pela ERSAR em resultado do alargamento e da universalização da sua atividade.

A atualização do valor unitário das taxas de acordo com a taxa de inflação prevista para 2017 pelo Banco de Portugal no valor de 1,4 %.

O financiamento decorrente, por um lado, da aprovação das candidaturas a fundos comunitários e, por outro, na celeridade da receita cofinanciada arrecadada.

O financiamento decorrente, por um lado, da aprovação da candidatura a fundos nacionais e, por outro, na celeridade da receita cofinanciada arrecadada.

As receitas necessárias à execução da atividade de Regulação decorrem, a esta data, quase exclusivamente, da cobrança de taxas às entidades gestoras concessionárias de sistemas multimunicipais e municipais de abastecimento de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos, de acordo com a Portaria n.º 160/2010, de 15 de março.

Desta forma, a estimativa dos rendimentos provenientes das taxas a pagar à ERSAR pelas entidades gestoras concessionárias foi obtida considerando os volumes de água e águas residuais e as quantidades de resíduos reportados por essas entidades gestoras concessionárias nos seus projetos de orçamento para 2017, com os ajustamentos considerados adequados tendo por base os dados reais dos anos transatos, as estimativas para o ano em curso obtidas a partir dos reais reportados até à presente data, a expectativa de alterações para 2018, a taxa de inflação prevista pelo Banco de Portugal para o ano de 2017 e os rendimentos a reconhecer atenta a especialização do exercício no âmbito das regras do Sistema de Normalização Contabilística (SNC).

Ao valor dos rendimentos provenientes das taxas devidas à ERSAR pelas entidades gestoras concessionárias temos de acrescer os rendimentos provenientes da aplicação das taxas às entidades gestoras de gestão delegada e direta abrangidas pelo alargamento da atividade desta Entidade

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Reguladora, cujo valor projetado ascende a € 1.699.453 e tem por base os pressupostos e os dados, com as necessárias adaptações, de suporte ao Projeto de Portaria.

Com a publicação da Portaria n.º 966/2006, de 8 de junho de 2006, revogada pela Portaria n.º 175/2010, de 23 de março, ficaram assegurados os rendimentos resultantes da aplicação de taxas às entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água para consumo humano, com efeitos a partir do dia 1 de janeiro de 2007. Assim, os valores dos rendimentos orçamentados para financiar os gastos e os investimentos inerentes a esta vertente da missão ERSAR em 2018 correspondem, no essencial, a uma estimativa de cálculo dos rendimentos gerados com base na aplicação da referida Portaria e na experiência resultante da sua implementação no decurso de 2007 a 2017.

Para efeitos de estimativa dos rendimentos provenientes da TCQA, foram considerados os volumes reportados pelas entidades gestoras concessionárias (EGC) bem como pelas entidades gestoras de sistemas de abastecimento público de água (EG), para efeitos de cálculo da taxa de controlo da qualidade de água (TCQA) para o referido ano, com os ajustamentos considerados adequados de acordo com a expectativa de alterações verificadas e com base na taxa de inflação prevista pelo Banco de Portugal. Foram excluídas do cálculo as entidades que possuem faturação anual de água de abastecimento público com volume inferior a 100.000 m3.

O valor global estimado de rendimentos é:

Un: Euro

RENDIMENTOS Período

2018

Taxas de Regulação 7 036 498

Taxas de Autoridade Competente 1 859 378

Juros de Regulação 2 000

Juros de Autoridade Competente 2 000

Contraordenações 20 000

Total 8 919 876

Tendo em consideração o disposto no Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, em conjugação com o disposto nos Estatutos da ERSAR foram ainda estimados os rendimentos resultantes da aplicação de coimas e penalidades por contraordenações às entidades gestoras de sistemas de titularidade estadual e municipal de água para consumo público, tendo por base a execução das ações de fiscalização e o facto de se poder levantar vários processos de contraordenação às entidades gestoras, resultantes de incumprimentos legais. O rendimento daqui resultante, pese embora a prudência utilizada no cálculo do valor a orçamentar para 2018, foi calculado tendo por base os últimos dados históricos (2015 a 2017).

Considera-se que estes rendimentos são os suficientes para assegurar em 2018 o desenvolvimento da missão e, consequentemente, da atividade da ERSAR. Contudo, a vertente de Regulação da missão da ERSAR poderá não ser desenvolvida em pleno face ao previsto se a nova Portaria não vier a ser publicada com reflexos evidentes ao nível da execução orçamental desta Entidade Reguladora.

Prevê-se ainda, em ambas as vertentes, os rendimentos, embora com pouca expressão, resultantes da aplicação de juros de mora às entidades gestoras, mantendo-se estes nos mesmos valores que o ano transato.

Un: Euro

RENDIMENTOS Período

2018

Subsídios à Exploração 817 900

Total 817 900

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Em resultado das candidaturas a fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020 e da candidatura ao Fundo Ambiental, bem como da calendarização dos projetos a desenvolver e da percentagem cofinanciada não afeta a ativos tangíveis ou intangíveis, perspetivou-se o rendimento para o ano a orçamentar, refletido na conta de subsídios à exploração. A esta data, é expectável que o recebimento do subsídio decorrente das referidas candidaturas ocorra, efetivamente, no ano de 2017 e seguintes em consonância com a calendarização dos projetos de cada uma das candidaturas. Dá-se nota, especificamente para as candidaturas já submetidas e que estão previstas submeter até final de 2017, que os subsídios provenientes dos fundos comunitários ou nacionais e reconhecidos em rendimentos no ano de 2018, procedem à cobertura de parte dos gastos que se perspetivam ocorrer em 2018, relativos a estas mesmas candidaturas.

Un: Euro

RENDIMENTOS Período

2018

Outros Rendimentos 13 000

Total 13 000

Os valores projetados em outros rendimentos e ganhos, embora pouco significativos, foram estimados para ambas as vertentes da missão ERSAR de acordo com o que se prevê serem os rendimentos decorrentes da disponibilização de livros e documentação técnica, outros bens, estudos, pareceres, projetos e consultoria, bem como da realização de seminários e ações de formação, custas de processos administrativos e outros rendimentos não especificados, considerando-se que os mesmos se situam nos níveis consagrados nos orçamentos dos anos transatos atentas as normas constantes da Circular Série A n.º 1387 da Direção-Geral do Orçamento (DGO), datada de 3 de agosto.

Un: Euro

RENDIMENTOS Período

2018

Juros e Rendimentos Similares Obtidos 3 000

Total 3 000

Em juros e rendimentos similares obtidos foram projetados os juros decorrentes de aplicações financeiras na Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública, IGCP E.P.E., em conformidade com as normas constantes da Circular Série A n.º 1387 da DGO.

Nestes termos, os rendimentos globais previstos para 2018 ascendem a € 9.753.776, sujeitos a alteração no decorrer da respetiva execução orçamental em face dos fatores de incerteza mencionados anteriormente e com as condicionantes resultantes dos mesmos.

Plano de Gastos

Na elaboração do seu Plano de Gastos, e à semelhança dos anos transatos, a ERSAR considerou a prossecução das duas vertentes da missão ERSAR, individualizando, tanto quanto possível, os gastos inerentes a cada uma das vertentes em referência, sendo que a ausência da publicação da nova Portaria da Taxa de Regulação poderá implicar que a vertente de regulação da missão ERSAR seja desenvolvida com acrescido esforço para esta Entidade Reguladora e com restrições financeiras, o que poderá conduzir, em sede de execução orçamental, à necessidade de utilização de um plano alternativo face aos recursos existentes, o qual deve ter em consideração as regras que àquela data estejam em vigor.

Para a elaboração da proposta de orçamento para 2018 foi tido em conta o novo quadro legal aplicável à ERSAR, bem como as orientações gerais e específicas do Conselho de Administração em conformidade com o planeado e perspetivado em termos futuros para a ERSAR como Entidade Reguladora.

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A atividade da ERSAR será desenvolvida no quadro das suas atribuições, constantes dos seus Estatutos, e das que decorrem dos principais diplomas legais aplicáveis ao setor, e ainda as que decorrem das linhas estratégicas definidas para o sector constantes da estratégia para o sector de abastecimento de água e saneamento de águas residuais – PENSAAR 2020 e do plano estratégico para os resíduos urbanos - PERSU 2020.

Ao exposto anteriormente, acrescem as regras constantes do Regulamento de Recrutamento e Seleção de Pessoal, do Regulamento de Carreiras e Remunerações, do Regulamento de Avaliação de Desempenho, do Regulamento de Organização Interna e dos Cargos Dirigentes e do Regulamento de Organização e Disciplina do Trabalho, aprovados pelo Conselho de Administração em 25 de janeiro de 2016, 14 de abril de 2016, 30 de maio de 2016 e 6 de abril p.p., respetivamente, permitindo a esta Entidade Reguladora a sua consideração para efeitos da elaboração da proposta de Orçamento para 2018.

Para os trabalhadores, a esta data, pertences ao mapa de pessoal da ERSAR foram considerados os níveis remuneratórios resultantes do posicionamento adquirido face à transição oportunamente efetuada nos termos da legislação em vigor (LQER e Estatutos da ERSAR) e das regras consagradas no Plano de Transição dos Trabalhadores da ERSAR para as novas carreiras, categorias e níveis de progressão, aprovado pelo Conselho de Administração.

Relativamente aos trabalhadores a recrutar, teve-se em consideração a experiência obtida nos últimos recrutamentos efetuados no decurso de 2016, com efeitos sobre o ano de 2017 e seguintes. As regras e as condições de recrutamento e seleção de pessoal encontram-se definidas no regulamento respetivo, pelo que as projeções efetuadas a este nível atendem ao estipulado.

Sobre estas matérias é, igualmente, importante tomar em consideração, por um lado, o disposto na Lei-quadro das Entidade Reguladoras (LQER), aprovada pela Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto e alterada pela Lei n.º 12/2017, de 2 de maio e, por outro, nos Estatutos da ERSAR, aprovados pela Lei n.º 10/2014, de 6 de março, bem como o regulamento que define a prestação e disciplina do trabalho.

Não será demais relembrar que a ERSAR se rege pelo disposto no direito internacional e europeu, pelos seus estatutos, pelos regulamentos internos e disposições que lhe sejam especificamente aplicáveis e, em matéria de gestão financeira e patrimonial, no que por aqueles não for previsto ou com aqueles não for incompatível, pelas normas aplicáveis às entidades públicas empresariais.

O pessoal da ERSAR está sujeito ao regime jurídico do contrato individual de trabalho, com as ressalvas previstas nos estatutos, na Lei-quadro das Entidades Reguladoras e nos regulamentos internos já aprovados. O recrutamento de trabalhadores segue o procedimento de tipo concursal e os trabalhadores são inscritos no regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, salvo o direito de opção pela manutenção de inscrição na Caixa Geral de Aposentações por trabalhadores com relação jurídica de emprego público. Os trabalhadores que exerçam funções públicas, bem como quaisquer trabalhadores, quadros ou administradores de empresas públicas ou privadas, podem desempenhar funções na ERSAR ou em qualquer dos seus órgãos através do recurso aos meios legalmente aplicáveis em termos de mobilidade.

Na sequência das alterações entretanto operadas, a ERSAR perspetiva implementar em 2018 um novo modelo organizacional com reflexos sobre o organograma da Entidade Reguladora, não se antevendo, a esta data, uma alteração no número de efetivos perspetivados face ao número de efetivos do mapa de pessoal aprovado para 2017, sendo expectável a necessária adaptação de algum dos regulamentos internos entretanto aprovados.

Face ao exposto, a ERSAR encontra-se, em 2018, ainda numa fase de consolidação das mudanças operadas, por via da publicação da Lei-quadro das entidades reguladoras, dos novos estatutos, dos regulamentos internos anteriormente mencionados, do reforço dos poderes do regulador, bem como do alargamento do âmbito de intervenção do mesmo, facto que continua a ser refletido no orçamento

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para 2018, sendo que neste enquadramento os gastos, no valor total de € 9.685.992, estão dentro dos limites definidos pelos rendimentos projetados e consequentemente das receitas próprias previstas.

Tendo presente o alargamento das atribuições e competências referidas apresenta-se para 2018 um orçamento com um resultado líquido positivo no montante de € 67.784 e uma variação nula de caixa e seus equivalentes.

Os gastos com pessoal foram projetados tendo em consideração a dimensão previsível do mapa de pessoal da ERSAR para o ano de 2018, incluindo-se no número de efetivos orçamentados o pessoal em efetividade de funções (83), o pessoal a ser admitido em resultado da autorização para o recrutamento externo concedida pelo Ministro do Ambiente (3), o pessoal a exercer funções fora da ERSAR (8) em regime de cedência de interesse público e em regime de mobilidade e, por último, o pessoal em regime de licença sem retribuição (1), na medida em que o mesmo poderá vir a regressar à ERSAR. É previsível que até ao final do presente ano, um dos trabalhadores atualmente em efetividade de funções, possa sair sob o regime de mobilidade para outro organismo da administração pública.

Importa referir que o número de efetivos da ERSAR para 2018 é o número apresentado no mapa de pessoal para o ano em referência, no âmbito da sua proposta de orçamento e corresponde a um total de 95 efetivos, incluindo os membros do Conselho de Administração em número de três e excluindo o Fiscal Único e o Conselho Consultivo.

Pese embora as dificuldades sentidas, nos últimos anos, no recrutamento de novos recursos humanos, dá-se nota que a ERSAR encetou, durante o ano de 2016, os processos de recrutamento externo, devidamente autorizados pelo MAMB, os quais permitiram preencher em 2017, 18 dos 20 lugares disponíveis do seu mapa de pessoal, com reflexos sobre o orçamento em curso e os orçamentos subsequentes. Mais se considera que até ao final do presente ano a ERSAR perspetiva recrutar mais 3 trabalhadores para a carreira Técnica Especialista, com reflexos na sua proposta de orçamento para 2018.

Ainda que se considere ser importante salientar o número de efetivos a exercer funções fora da ERSAR (9 trabalhadores) e, por isso, em número superior ao verificado nos anos transatos, tal situação não tem um impacto sobre uma possível redução dos gastos e das despesas com pessoal, uma vez que os referidos trabalhadores podem regressar à ERSAR a qualquer momento, ou não regressando, devem ser os mesmos substituídos, tendo-se efetuado a sua reflexão em termos de proposta de orçamento para 2018 em cumprimento das regras e orientações constantes da Circular Série A n.º 1387 da DGO.

No que respeita às remunerações dos membros do Conselho de Administração da ERSAR teve-se em consideração a deliberação sobre estas efetuada pela Comissão de Vencimentos em conjugação com a Lei-quadro das Entidade Reguladoras (LQER), na sua redação atual, e com os Estatutos da ERSAR.

Ao número de efetivos orçamentados – pessoal em exercício de funções, a recrutar ou a regressar constante do mapa de pessoal aprovado para 2018, mencionado anteriormente, importa acrescentar o Fiscal Único (Revisor Oficial de Contas) da ERSAR. Desta forma, o Fiscal Único da ERSAR foi considerado como um efetivo a orçamentar, atentas as normas constantes da Circular Série A n.º 1387 da DGO (n.º 42 sob o título Orçamentação das despesas com pessoal do capítulo V – Instruções para a Orçamentação), pese embora o mesmo não conste do mapa de pessoal desta Entidade Reguladora.

A remuneração do Fiscal Único foi calculada com base nos Estatutos da ERSAR, pelo que se considerou que a dita remuneração é paga 12 vezes no ano correspondendo a mesma a ¼ do vencimento mensal fixado para o presidente do Conselho de Administração.

Foi igualmente orçamentado para 2018, nos gastos com pessoal, os decorrentes da existência do Conselho Consultivo na ERSAR. Os gastos projetados com os membros do Conselho Consultivo, designadamente com o Presidente e com os especialistas dos sectores de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos, os quais são nomeados por despacho do membro do Governo responsável pela área de atividade económica sobre a qual incide a atuação da ERSAR, foram calculados tendo em conta o quadro legal aplicável à ERSAR. Assim, o exercício do cargo

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de presidente do Conselho Consultivo e dos especialistas - em número não superior a 3 - é remunerado através de senhas de presença, em valor a definir em regulamento interno, o qual não pode ultrapassar o limite de dois abonos correspondentes ao abono de ajudas de custo atribuídas pela respetiva Entidade Reguladora por deslocação em território nacional.

No plano de gastos com pessoal estão incluídos todos os gastos relativos aos órgãos sociais, ao pessoal propriamente dito, a indeminizações, aos encargos sobre remunerações, ao seguro de acidentes no trabalho e doenças profissionais, ao seguro de doença e acidentes pessoais, aos gastos de ação social e aos outros gastos com pessoal. Os gastos com os órgãos sociais incluem os gastos com o Conselho de Administração, designadamente os relativos a remunerações base, subsídio de férias e de natal, despesas de representação e outras remunerações – ajudas de custo. Nestes gastos foram igualmente considerados os relativos ao Fiscal Único (remuneração base) e ao Conselho Consultivo (senhas de presença). No que respeita aos gastos com o pessoal, propriamente dito, considerou-se a remuneração base e, consequentemente, as alterações decorrentes de possíveis progressões e promoções no âmbito das regras estabelecidas no Regulamento de Carreiras e Remunerações e no Regulamento de Avaliação de Desempenho, o subsídio de férias e de natal e outras remunerações – ajudas de custo, subsídio de refeição e prémios de desempenho, estes últimos passíveis de atribuição em resultado da avaliação de desempenho e da execução orçamental que se perspetiva vir acontecer. Quanto aos gastos relativos aos encargos sobre remunerações, estes referem-se aos encargos para a Caixa Geral de Aposentações, para a Segurança Social e para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS).

Ainda a este respeito, pese embora o quanto referido na alínea vi. do ponto 39 da Circular n.º 1387 da DGO, refere-se que à ERSAR não é aplicável a eventual reposição progressiva das progressões nas carreiras, porquanto todos os efetivos desta Entidade Reguladora se encontram posicionados nos níveis de progressão, nas categorias e nas carreiras definidas em regulamento interno próprio, o qual define regras específicas a serem aplicadas aos trabalhadores da ERSAR. Recorda-se que os trabalhadores em funções públicas, do mapa de pessoal da ERSAR I.P., que se encontravam integrados nas carreiras gerais de técnico superior, assistente técnico e assistente operacional, transitaram para a carreira da ERSAR – Técnica Especialista ou Assistente, sendo que de acordo com o regime jurídico aplicável só poderá haver uma carreira, no caso específico, a da ERSAR. Acresce mencionar que o regime de avaliação de desempenho do pessoal da ERSAR deverá ser aplicado de forma igual e integral a todos os seus trabalhadores, isto é, quer àqueles cuja relação jurídica contratual seja desde o início regulada pelo regime de contrato individual de trabalho, quer àqueles que tenham, por força da legislação, transitado para tal regime. Por fim, os trabalhadores em funções públicas que transitaram para as carreiras da ERSAR, perderam a sua carreira de origem, pelo que, uma eventual promoção ou progressão na carreira só pode ser na carreira da ERSAR, não tendo qualquer efeito na anterior carreira, ou seja, na carreira de origem, uma vez que esta deixou de existir.

Todos os gastos com pessoal para o total de efetivos previstos e acima mencionados, foram considerados a 14 meses, com exceção dos gastos relativos com despesas de representação que foram considerados apenas a 12 meses conforme decorre da legislação em vigor. Para apuramento dos referidos gastos, a ERSAR, tendo presente os vencimentos estimados para dezembro de 2017 e os regulamentos internos supra elencados, perspetivou os gastos de pessoal, considerando que estes se encontram dentro dos limites do razoável e do expectável. Ao exposto, concorrem, de igual forma, os gastos resultantes dos pressupostos anteriormente referidos e as instruções contempladas na Circular n.º 1387 da DGO e aplicáveis à ERSAR. Por fim, importa referir que se teve em conta a periodização económica a efetuar nos termos do SNC.

Os encargos resultantes da contribuição da entidade patronal para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) ou para a Segurança Social (SS), refletidos nas contas respetivas foram calculados para cada efetivo subscritor da CGA ou da SS tendo por base a percentagem de 23,75% e a massa salarial considerada para efeitos de tributação. O gasto relativo ao CPAS foi calculado com base nas regras estabelecidas no Regulamento da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/2015, de 29 de junho.

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Para estimar os gastos relativos a ajudas de custo para a atividade Regulação, foi considerado o número previsto de auditorias técnicas e de auditorias de verificação/coordenação a realizar pelos técnicos da ERSAR às entidades gestoras, quer no âmbito do processo de avaliação da qualidade de serviço, quer no âmbito das atividades inerentes a cada departamento, levadas a cabo essencialmente pelos Departamentos de Engenharia - Águas (DEN - Águas) e de Engenharia - Resíduos (DEN - Resíduos) com a colaboração do departamento de Análise Jurídica (DAJ). Foi tido, igualmente, em consideração as visitas técnicas e as auditorias a efetuar pelo Departamento de Análise Económica e Financeira (DEF) em cumprimento das atribuições específicas do mesmo.

Por seu turno, o valor de ajudas de custo estimado para a atividade Autoridade Competente foi calculado tendo em consideração o número previsto de visitas técnicas e de fiscalizações a efetuar às entidades gestoras, a supervisão de laboratórios a realizar no âmbito do cumprimento da referida atividade, bem como as ajudas de custo resultantes do desenvolvimento e cumprimento da atividade em causa.

Considerou-se ainda, para ambas as atividades, um montante para ajudas de custo correspondentes a deslocações a efetuar no âmbito da realização de seminários, conferências, workshops e ações de formação a realizar pela ERSAR com vista à formação e sensibilização das entidades gestoras e do sector em geral. O valor a orçar teve, igualmente, em consideração as deslocações a efetuar, no país e no estrangeiro, resultantes da participação da ERSAR em reuniões, seminários, conferências ou outros assuntos de seu interesse, destacando-se os contactos a realizar com outros reguladores nacionais e internacionais ou no cumprimento de obrigações de participação em grupos de trabalho internacionais.

Para o cálculo do valor refletido nas contas de ajudas de custo teve-se, ainda, em consideração as ajudas de custo resultantes das deslocações efetuadas pelos trabalhadores (incluindo o Conselho de Administração) no âmbito da formação geral e especifica prevista nesta proposta de orçamento. Os princípios e as regras de abono e ajudas de custo do pessoal da ERSAR por deslocações em serviço em território nacional e no estrangeiro ainda se encontram regulamentados de acordo com o Regulamento ERSAR n.º 1/2010, considerando-se para efeitos de cálculo do valor a orçamentar os montantes diários das ajudas de custo atualmente em vigor, uma vez que o Regulamento de Organização e Disciplina do Trabalho (RODT) refere no seu artigo 19.º que "O trabalhador da ERSAR que se desloque em serviço tem direito ao pagamento de ajudas de custo, de acordo com a legislação aplicável, nos termos a definir pelo Conselho de Administração" e que, de acordo com o artigo 42.º do mesmo documento legal, as regras sobre as deslocações em serviço são aprovadas pelo CA, após consulta da Comissão de Trabalhadores (CT), constituindo instruções complementares ao referido regulamento. Assim, ainda não tendo sido aprovadas as instruções complementares ao RODT, considerou-se o Regulamento ERSAR n.º 1/2010 que versa sobre a matéria em causa.

O valor orçamentado para subsídio de refeição teve por base os valores praticados em 2017, tendo sido considerado para efeitos de cálculo o abono em 11 meses, 22 dias úteis por mês, com a respetiva dedução dos dias referentes aos gastos com ajudas de custo considerados para efeitos de cálculo do montante considerado na conta em referência.

O montante projetado para prémios de desempenho teve por base as regras constantes no regulamento de avaliação de desempenho em articulação com o disposto no regulamento de carreiras e remunerações e no regulamento de organização interna e dos cargos dirigentes, tendo-se considerado que cerca de 49 trabalhadores estariam elegíveis para a sua atribuição - em face do cumprimento das quotas definidas - e valores médios para os demais pressupostos.

Quanto ao valor projetado para as progressões e promoções atenderam-se às regras que constam dos regulamentos internos da ERSAR que dispõem quanto à matéria em apreço, sendo que apenas 3 trabalhadores estariam elegíveis para progressão e 1 trabalhador elegível para promoção.

Os gastos constantes na conta de Seguro de acidentes no trabalho e doenças profissionais dizem respeito ao seguro que de acordo com a legislação em vigor terá de ser efetuado para proteção dos trabalhadores sob o vínculo do contrato individual de trabalho. Conforme, oportunamente referido, à

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ERSAR, após a entrada em vigor dos atuais Estatutos, passou a aplicar-se o regime do contrato individual de trabalho, pelo que obrigatoriamente este seguro terá de ser contratualizado. Relativamente ao gasto com o seguro de doença e acidentes pessoais previsto em sede de RODT, o mesmo foi calculado com base nos elementos recolhidos junto dos prestadores do serviço em referência.

Relativamente aos gastos de ação social, estes referem-se aos gastos decorrentes do número de beneficiários inscritos nos Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP) tendo em conta a capitação a aplicar para o ano a orçamentar. Nestes termos foram considerados 51 benificiários inscritos e a capitação comunicada pela referida entidade, no valor de € 13,19/mensais, para o ano a orçamentar.

Nos outros gastos com pessoal consideram-se os gastos resultantes da aplicação do plano de formação da ERSAR para o ano de 2018, os gastos relativos a recrutamento e seleção de pessoal, bem como os gastos relativos aos serviços de medicina, higiene e segurança no trabalho, em conformidade com a obrigatoriedade legal.

Nas restantes contas não referidas especificamente, os gastos projetados foram efetuados com base nos valores históricos e nos possíveis gastos resultantes da atividade desenvolvida quer na vertente de Regulação quer na de Autoridade Competente.

Un: Euro

GASTOS Período

2018

Gastos com pessoal 5 173 544

Total 5 173 544

Importa realçar que as despesas com gastos com pessoal representam 53,41% do Plano de Gastos desta Entidade Reguladora e, por isso, abaixo do valor projetado na proposta de orçamento para 2017. Esta situação resulta essencialmente do facto de terem sido, por um lado, publicados os regulamentos internos indispensáveis ao seu cálculo, o que permitiu um maior rigor na sua determinação ainda que existam fatores de natureza incerta e que poderão influenciar o valor dos mesmos e, por outro, no preenchimento de quase todos os lugares vagos do mapa de pessoal desta Entidade Reguladora. Acresce referir que a ERSAR optou por reforçar os princípios de prudência indispensáveis nestas matérias.

Os gastos projetados relativos a fornecimento e serviços externos tiveram por base os valores históricos da ERSAR, corrigidos com base em critérios de razoabilidade, face à sua natureza, as necessidades específicas de cada departamento e da atividade prevista para 2018, a dimensão previsível do mapa de pessoal da ERSAR, os critérios de imputação definidos de acordo com a natureza das despesas em causa e os contratos celebrados ou a celebrar, plurianuais ou não, e a vigorar durante o ano de 2018. Nos cálculos efetuados tomou-se ainda como referência, sempre que necessário, a taxa de inflação prevista para o ano de 2017 pelo Banco de Portugal e a periodização económica, sempre que aplicável. O seu cálculo foi igualmente influenciado pelo valor correspondente aos projetos cofinanciados por fundos europeus ou nacionais no âmbito das candidaturas referidas no presente documento e considerados para efeitos de proposta de orçamento para 2018 na medida em que se perspetiva que parte da sua realização venha a ocorrer no referido ano face à calendarização apresentada aquando da submissão da candidatura ou da recalendarização submetida em sede de execução da mesma. Conforme instruções emitidas na Circular n.º 1387 da DGO, os gastos projetados objeto de análise classificaram-se, em termos orçamentais, em respeito da classificação económica adotada para a despesa, desagregando-se em alíneas e subalíneas de acordo com a sua natureza.

Na conta de serviços especializados, designadamente em trabalhos especializados consideraram-se os estudos, os pareceres, os projetos e as consultorias (informáticos, jurídicos, económico-financeiros e outros) a manter e/ou a realizar em 2018 e indispensáveis ao cumprimento da missão ERSAR, bem como todos os outros serviços especializados (informáticos, de patrocínio judiciário e outros) associados à

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atividade da ERSAR. Assim, os gastos aqui projetados tiveram por base as prestações de serviço contratadas ou a contratar, os contratos plurianuais ou não, a vigorar durante o ano de 2018, com outras entidades prestadoras de serviços, bem como os projetos, os pareceres e os estudos diversos a adjudicar ou adjudicados a entidades de reconhecida competência, bem como a aquisição de serviços para apoio às diferentes áreas, nomeadamente consultores externos e prestadores de serviço direcionados para os fins em causa (outsourcing) (e.g. auditorias e outras ações às entidades gestoras no âmbito da avaliação da qualidade de serviço, trabalhos a desenvolver no âmbito da regulação económica, trabalhos a desenvolver de natureza jurídica, trabalhos a desenvolver no âmbito do departamento administrativo e financeiro e trabalhos a desenvolver no âmbito do controlo da qualidade da água para consumo humano), para o apoio em geral a todos os departamentos da estrutura organizacional da ERSAR.

Os serviços relativos ao patrocínio judiciário, os serviços específicos prestados por escritórios de advogados/advogados, os serviços para apoio aos centros de arbitragem, os serviços para melhoria do portal não considerados no âmbito das candidaturas ao Portugal 2020, os serviços de desenvolvimento informático para desenvolvimento e implementação do sistema de avaliação de desempenho da ERSAR e dos trabalhadores consagrado em regulamento interno, os serviços informáticos de apoio ao departamento de tecnologias de informação não considerados no âmbito das candidaturas a fundos comunitários, bem como os serviços de tradução, design gráfico, paginação e produção gráfica de guias técnicos e outros documentos têm igualmente influência na conta em causa em ambas as vertentes da missão ERSAR. A estes serviços temos de acrescer os gastos resultantes dos serviços prestados para melhoria do sistema de digitalização da ERSAR considerados no âmbito do Plano Data Center, os serviços especializados relativos à implementação do sistema de comunicações VoIP, os serviços especializados de análises laboratoriais previstos realizar no decorrer da atividade de controlo da qualidade da água para consumo humano e outros serviços de natureza diversa, os quais contribuem para o valor orçamentado na conta de serviços especializados com impacto sobre as duas vertentes da missão ERSAR.

A conta de publicidade e propaganda reflete os gastos estimados pela ERSAR em comunicação e imagem, no âmbito das suas atividades de Regulação e de Autoridade Competente, para o ano a orçamentar estando previsto, a inserção de informação em revistas e jornais da especialidade e a participação em eventos nos quais se divulga e consolida a imagem da ERSAR enquanto entidade e organização.

Na conta de vigilância e segurança foram orçamentados todos os gastos relativos aos serviços de vigilância e segurança indispensáveis à boa segurança das instalações, bens e pessoal da ERSAR, contratados ou a contratar, com reflexos em 2018, bem como todos os bens desta natureza que se esperam vir adquirir atentas as normas legais em vigor sobre esta matéria.

Quanto aos gastos com conservação e reparação, incluem-se nestes os gastos resultantes de contratos celebrados ou a celebrar com impacto sobre o ano de 2018 relativos a assistência técnica propriamente dita, designadamente contratos de assistência técnica a equipamentos informáticos, a software informático e a outros bens e equipamentos. Foram aqui considerados todos os gastos com a aquisição de bens indispensáveis às reparações a efetuar e adquiridos pela ERSAR diretamente, bem como todos os serviços não contratualizados por via de contratos de assistência técnica que digam respeito a conservação e reparação, destacando-se os serviços de conservação e reparação da frota automóvel da ERSAR, de equipamentos e instalações, entre outros.

A conta de seminários, exposições, similares e reuniões reflete os gastos com a realização de seminários, conferências e workshops no âmbito das vertentes de regulação e de autoridade competente da missão ERSAR. Nestes gastos enquadraram-se as reuniões realizadas pelo Conselho Consultivo e pelo Conselho Tarifário da ERSAR atentas as competências dos referidos órgãos, os gastos decorrentes da montagem e desmontagem do stand ERSAR em eventos nos quais esta Entidade Reguladora se fará representar, os gastos resultantes da realização de seminário para ponto de situação e lançamento da consulta ao

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sector do estudo relativo ao guia técnico de implementação de sistemas pay-as-you-throw (PAYT) e do estudo de avaliação de sinergias da integração da recolha seletiva com a indiferenciada e a partilha de infraestruturas e serviços, os gastos decorrentes das ações de formação sobre os regulamentos de eficácia externa, os gastos a incorrer com a realização de seminários para apresentação do novo regime da qualidade da água, entre outros.

Foram previstos ainda os gastos com outros serviços especializados não referidos anteriormente sendo o seu valor de pouca monta.

Quanto à conta de materiais, esta reflete os gastos com ferramentas e utensílios de desgaste rápido, livros e documentação técnica, material de escritório, artigos para oferta, artigos honoríficos e de decoração, material de educação, cultura e recreio e outros, nos quais se incluem os bens não mencionados anteriormente de forma específica. Estes gastos foram projetados, no seu geral, tendo em consideração o histórico da ERSAR, com as exceções inerentes às especificidades de cada conta.

Os gastos relativos a energia e fluídos são resultantes dos consumos e, consequentemente, dos gastos efetuados em termos de eletricidade, combustíveis, água e outros, pelo que no geral o seu apuramento foi feito com base nos dados históricos da ERSAR em conjugação com o aumento do número de efetivos, sempre que justificável. Relativamente aos gastos com combustíveis, para além do referido teve-se ainda em consideração a dimensão da frota automóvel da ERSAR e as deslocações em serviço, em território nacional a efetuar no âmbito missão ERSAR. Para o valor a orçamentar concorrem também os gastos com combustíveis inerentes às deslocações realizadas pelos trabalhadores no âmbito de reuniões de natureza diversa e da formação geral e específica de cada departamento, bem como os que resultam das deslocações no âmbito da realização de seminários, conferências, workshops e ações de formação a realizar pela ERSAR com vista à formação e sensibilização das entidades gestoras e do sector em geral.

Os gastos constantes da conta de deslocações, estadas e transportes englobam as deslocações e estadas propriamente ditas, os gastos de transporte de pessoal, os gastos de transporte de mercadorias e outros. Os gastos em causa tiveram em consideração as viagens a efetuar no país e no estrangeiro na sequência de contactos a realizar com outros reguladores e da participação em reuniões, seminários, conferências, workshops ou outros assuntos de interesse para o Organismo. Importa ainda referir as despesas inerentes às deslocações e estadas no âmbito da realização de seminários, conferências, workshops e ações de formação a realizar pela ERSAR com vista à formação e sensibilização das entidades gestoras e do sector em geral e, de alguma forma, relacionadas com os seminários a desenvolver e já anteriormente mencionado. Ao nível das despesas de deslocação e estadas volta-se a referir que as regras a aplicar nas deslocações em serviço em território nacional e estrangeiro são as atualmente em vigor, na medida em que, de acordo com o artigo 42.º do Regulamento de Organização e Disciplina do Trabalho (RODT), as regras sobre as deslocações em serviço são aprovadas pelo CA, após consulta da Comissão de Trabalhadores (CT), constituindo instruções complementares ao RODT. Assim, ainda não tendo sido aprovadas as instruções complementares ao RODT, considerou-se o Regulamento ERSAR n.º 1/2010 que versa sobre a matéria em causa. Para o cálculo do valor a inscrever na conta em referência teve-se, ainda, em consideração as despesas com alojamento e viagem resultantes das deslocações efetuadas pelos trabalhadores (incluindo o Conselho de Administração) no âmbito da formação geral e especifica prevista na presente proposta de orçamento. Para os gastos aqui considerados concorrem também os resultantes da realização de visitas técnicas, das fiscalizações às entidades gestoras, da supervisão de laboratórios, das deslocações no âmbito do controlo da qualidade da água para consumo humano, das auditorias técnicas e específicas e das auditorias de verificação/coordenação a realizar pelos técnicos da ERSAR às entidades gestoras em cumprimento da missão ERSAR em ambas as vertentes.

Por fim, os serviços diversos englobam os gastos com rendas e alugueres, comunicação, seguros, despesas de representação, limpeza higiene e conforto e outros gastos de montante reduzido e anteriormente não especificados. Mais uma vez, estes gastos foram apurados tendo em conta o

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histórico ERSAR, o número de efetivos a atingir quando aplicável, a frota automóvel da ERSAR quando aplicável, os contratos celebrados e/ou a celebrar com reflexos no ano de 2018, bem como o que se espera vir a desenvolver no próximo ano com impacto na referida conta.

Desta forma, em rendas e alugueres consideraram-se os gastos com o arrendamento das instalações ERSAR, bem como os que vierem a resultar do arrendamento de mais espaço para estacionamento, se for o caso, os gastos com a locação de material informático, os gastos com a locação operacional de três veículos pertencentes à frota automóvel desta Entidade Reguladora, os gastos com a locação de outros bens resultantes, essencialmente, da utilização de plataformas eletrónicas, os gastos com o contrato de depósito do stand ERSAR e os gastos inerentes às despesas de condomínio no âmbito dos contratos de arrendamento.

Relativamente aos gastos com comunicações, considerou-se para efeitos de valor a orçamentar os gastos com os acessos à internet, com as comunicações fixas de voz e dados, com as comunicações móveis de dados e voz, com outros serviços conexos de comunicações e ainda com os gastos postais decorrentes da expedição de todo o tipo de correio e correspondência da ERSAR.

Os gastos com seguros refletem unicamente os gastos de seguros de veículos automóveis, já que os restantes gastos de seguros se referem a pessoal e, por isso, ai considerados.

Os gastos apurados de limpeza e higiene englobam os serviços de limpeza contratados ou a contratar a terceiras entidades, bem como os produtos de limpeza adquiridos e necessários à boa manutenção das condições de higiene das instalações e bens da ERSAR.

Os gastos de depreciação e amortização foram calculados de acordo com a legislação em vigor tendo em conta as taxas a aplicar e a respetiva classificação dos ativos. Assim, teve-se em consideração os ativos adquiridos no passado, bem como os adquiridos no corrente ano e os que se perspetivam vir a adquirir em 2018 e que constituam bens de investimento/capital.

Quanto aos outros gastos e perdas, considerou-se aqui o valor a transferir para a Autoridade da Concorrência, o qual foi calculado tendo por base as receitas cobradas no ano de 2016, correspondente ao último ano com contas fechadas, bem como a taxa de 6,25% para efeitos do referido cálculo. Foram, igualmente, consideradas as quotizações da ERSAR, os impostos e taxas (e.g. imposto de selo decorrente das aplicações financeiras, emolumentos diversos) e outros gastos não especificados, estes últimos de valor reduzido.

No plano de gastos para 2018 foram ainda previstos os juros a suportar, sendo os mesmos pouco expressivos no total dos gastos previsto para o ano a orçamentar.

Un: Euro

GASTOS Período

2018

Fornecimento e serviços externos 4 003 522

Outros Gastos 350 469

Gastos/Reversões de depreciação e amortização 157 957

Juros e gastos similares suportados 500

Importa referir que a ERSAR, conforme exposto no presente documento e no Plano de Atividades, elaborou o seu Plano de Gastos tendo em conta os recursos financeiros disponíveis em 2018, sem prejuízo de poder vir a ajustar o mesmo, no decorrer da sua execução orçamental, uma vez que existem condicionalismos, que a ERSAR não controla nem domina, relativamente ao Plano de Rendimentos, designadamente à nova Portaria da Taxa de Regulação a aplicar às entidades gestoras abrangidas pelo alargamento da atividade da ERSAR.

Não será demais referir que caso a 3.ª ou 4.ª candidatura a fundos comunitários não venham a ser aprovadas ou os termos da sua aprovação sejam substancialmente diferentes dos termos ora

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projetados, o Plano de Gastos desta Entidade Reguladora será necessariamente influenciado e, consequentemente, alterado em sede de execução orçamental. De igual forma, caso a 1.ª candidatura e a 2.ª candidatura venham, durante a sua execução, a ser alvo de ajustamentos face ao perspetivado, o presente Plano de Gastos será necessariamente ajustado. O exposto no presente parágrafo é igualmente aplicável à candidatura submetida ao Fundo Ambiental do MAMB.

Atenta a legislação em vigor, bem como o enquadramento legal aplicável a Entidade Reguladora, procedeu-se nos mesmos moldes dos orçamentos correspondentes aos últimos anos no que respeita à instrução emanada no ponto 31, 33 e 34 da Circular n.º 1387, da DGO.

Por fim, salienta-se que poderá haver a necessidade de realocar e redefinir as prioridades da ERSAR face às necessidades decorrentes do desenvolvimento da sua missão e da sua atividade, as quais deverão ser ajustadas em função do rendimento efetivo para o referido ano.

Plano de Investimentos

Na elaboração do seu plano de investimentos, a ERSAR teve em linha de conta as necessidades gerais da Entidade Reguladora, bem como as que são específicas de cada uma das vertentes da missão ERSAR, regulação e autoridade competente, tendo sido identificadas para cada departamento associado a estas, tomando-se por base, sempre que justificável, o número de trabalhadores/efetivos. O referido plano foi assente em pressupostos que dão continuidade ao processo de renovação e modernização das infraestruturas informáticas essenciais ao desenvolvimento da missão ERSAR, no qual se inclui a continuidade do processo relativo ao Plano Data Center.

À semelhança do sucedido em anos transatos e atenta a necessidade de readaptação do espaço das instalações da ERSAR face ao número de efetivos previsto no seu mapa de pessoal para o ano a orçamentar, foi perspetivado dar continuidade ao processo de realização das obras já iniciado em 2017, prevendo-se também a aquisição de mobiliário e equipamento administrativo de forma a assegurar as condições necessárias ao funcionamento da organização.

Os restantes investimentos relativos a equipamento de escritório e equipamento social resultam das necessidades correntes da ERSAR e indispensáveis a um funcionamento mais eficiente e eficaz, bem como na satisfação das condições consideradas indispensáveis e necessárias para os trabalhadores.

Por fim, os investimentos em outros ativos fixos tangíveis foram projetados tendo em consideração o histórico ERSAR e o colmatar de alguma situação que surja a este nível.

Os ativos intangíveis orçamentados decorrem das necessidades previstas pela ERSAR a este nível, bem como da continuidade do já referido Plano Data Center e do processo de desenvolvimento informático do sistema de avaliação de desempenho da ERSAR oportunamente referenciado neste documento. Acresce referir os ativos intangíveis decorrentes dos direitos de propriedade intelectual/direitos de autor relativos ao fee sobre os prémios ERSAR.

Em termos globais, o plano de investimentos da ERSAR para 2018 ascende a € 252.974.

Ao exposto na presente nota justificativa, salienta-se que a ERSAR apresentou, até à presente data, três candidaturas a fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020, no valor de € 3.094.934 e tem a intenção de apresentar, se possível ainda no ano de 2017, outro projeto de candidatura a fundos comunitários, no valor de € 1.000.000, podendo o seu orçamento em face das candidaturas apresentadas e aprovadas sofrer os ajustamentos necessários à consideração das mesmas conforme mencionado anteriormente ao longo deste documento.

Os projetos em referência visam dotar esta Entidade Reguladora de meios para a melhoria das condições de funcionamento interno e eficácia externa, esta última, com particular ênfase no que ao consumidor final diz respeito. Com efeito no contexto de qualquer candidatura ao SAMA, a mesma, tem de ser fundamentada com objetivos que visem, em última análise, a relação e melhores condições de acesso e informação com o consumidor final que se quer cada vez mais privilegiada.

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A 1.ª candidatura insere-se no sistema de apoio à modernização e capacitação da administração pública, encontrando-se a esta data, aprovada e em execução, tendo por objetivo o desenvolvimento de sistemas para uma regulação simplificada assentando, assim, em três projetos:

Reengenharia, simplificação e desmaterialização de processos;

Desenvolvimento e integração dos sistemas e infraestruturas tecnológicas de suporte aos novos modelos de atendimento;

Mecanismos que assegurem a interoperabilidade entre os vários sistemas de informação da administração pública, em particular através da integração na iAP e no âmbito da implementação da regra only once.

Numa perspetiva de melhoria continua, a ERSAR identifica regularmente oportunidades de melhoria do serviço por si prestado que prioriza em função do custo e beneficio associado, existindo atualmente 5 eixos de intervenção em que considera prioritário intervir no curto prazo e que constituem o plano da operação proposta na referida candidatura:

Otimização da Comunicação com o Cidadão/Consumidor

Processos internos e de troca de informação com as entidades gestoras e outras entidades parceiras

Conhecimento do grau de satisfação dos cidadãos/consumidores quanto aos serviços prestados

Segurança e garantia dos níveis de serviço relativos aos sistemas de informação

Análise à realidade operacional e suporte tecnológico da ERSAR

Nestes termos a candidatura em causa irá enquadrar as componentes de investimento infra elencadas:

Enriquecimento funcional do Portal ERSAR;

Enriquecimento funcional do Portal ERSAR – análise funcional e testes;

Implementação do sítio da ERSAR na internet;

Avaliação da satisfação ao cidadão/consumidor;

Solução de Segurança e Recuperação de Informação em caso de Desastre e

Reengenharia de Processos.

A 2.ª candidatura, a esta data, submetida e em fase de contratualização do financiamento, tem por objetivo a capacitação das entidades gestoras e, consequentemente, dos cidadãos aos quais estas prestam serviços públicos no sector das águas e dos resíduos tendo, igualmente, impacto na capacitação da Entidade Reguladora. A referida candidatura está, por isso, organizada em 3 eixos de atuação:

Revisão normativa e regulamentar e apoio às entidades gestoras reguladas;

Simplificação processual e gestão por processos;

Disseminação do conhecimento e sensibilização.

Nestes termos a candidatura em causa irá enquadrar as componentes de investimento infra elencadas:

Análise e proposta de regulamento tarifário das águas;

Consultoria para elaboração do novo modelo de concessões privadas e suporte às entidades titulares em contratos de concessão privados;

Estudos sobre os custos de referência de infraestruturas;

Estudos sobre os custos de referência operacionais;

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Consultoria para implementação do RTA;

Definição dos parâmetros específicos para 1º período regulatório de acordo com RTR;

Documento complementar ao RTR para definição das contas reguladas reais;

Revisão DR 23/95 - Águas residuais e pluviais;

Revisão DR 23/95 - Abastecimento de água;

Análise e otimização de soluções alternativas de agregação de sistemas de abastecimento e saneamento e de análise da integração da atividade de gestão de águas residuais pluviais nas atribuições genéricas da ERSAR;

Consultoria de Gestão de Sistemas Municipais de abastecimento de água e saneamento e criação e funcionamento de Sistemas de Parceria Pública;

Elaboração de regulamentos de qualidade de serviço, relações comerciais e procedimentos regulatórios.

No que respeita à 3.ª candidatura, submetida no passado dia 9 de agosto, pretende promover uma administração em rede, através do desenvolvimento de um projeto contínuo de modernização e simplificação administrativa, que visa a criação de um novo modelo de regulação mais simples, mais próximo das entidades reguladas, e promotor da eficiência e da transparência.

Assim, e com a intenção de contribuir para a melhoria do acesso às TIC e a sua utilização e qualidade, esta operação pretende concluir as atividades não submetidas na candidatura da ERSAR, em execução, identificada POCI-02-0550-FEDER-022108 REGS-Sistemas para uma regulação simplificada, assentando, por isso, em 5 atividades, a saber:

Portal ERSAR- desenvolvimento de novos módulos;

Comunicação de dados da regulação;

Desenvolvimento do modelo de regulação promotor da "economia verde";

Divulgação das novas formas de regulação;

Acompanhamento no terreno dos novos modelos de regulação.

Esta candidatura irá enquadrar as componentes de investimento infra elencadas:

Desenvolvimento do Módulo Reclamações;

Desenvolvimento do Módulo do Diretório;

Criação de um módulo para infraestruturas e custos;

Segunda fase dos sub-módulos de análise de contas reguladas previsionais, base de ativos regulados, OPEX, contas reguladas reais, etc.;

Atualização do Modelo de Regulação da Qualidade da Água;

Criação de ferramenta informática para gestão de processos de contraordenação;

Gestão Documental - Automatização da entrada de e-mails no Portal ERSAR;

Business Intelligence (BI);

Elaboração de dois guias no âmbito dos resíduos;

Elaboração de um mapa de risco para a radioatividade na água;

Disseminação do conhecimento sobre o novo modelo de regulação da ERSAR, através de vídeos/tutoriais online (para EG);

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Reporting das Entidade Reguladas à ERSAR.

Quanto à futura candidatura a submeter no âmbito do Portugal 2020, os projetos previstos focalizam-se, previsivelmente, na capacitação.

A ERSAR submeteu, ainda, em 31.7.2017, uma candidatura ao Fundo Ambiental do MAMB, no valor de € 39.600, cujo projeto visa a promoção da eficiência energética no sector das águas, através da capacitação dos profissionais dos setores regulados para uma gestão mais eficiente dos consumos de energia e para a realização interna de auditorias energéticas nas infraestruturas das suas entidades gestoras. Neste sentido este projeto integra dois objetivos principais, assentes numa abordagem orientada para a prática e inovação, com valor acrescentado e elevada utilidade para as entidades gestoras do sector das águas e demais destinatários do sector em referência, e que a seguir se identificam:

Desenvolvimento de um "Guia Técnico sobre o Uso Eficiente de Energia nos Serviços de Águas";

Curso de Gestão de Energia no Sector das Águas.

A candidatura em causa encontra-se assim, por aprovar.

As candidaturas aos fundos comunitários, supra identificados, bem como a candidatura ao fundo ambiental anteriormente mencionada, foram considerados no orçamento de 2018, em função dos valores cofinanciados e da calendarização programada e perspetivada, espelhada no quadro infra:

(Un: Euro)

CANDIDATURAS FUNDOS COMUNITÁRIOS - PORTUGAL 2020

IDENTIFICAÇÃO 2016 2017 2018 2019 Total

1ª candidatura 236.166,97 € 434.122,56 € 300.622,29 € 124.107,14 € 1.095.018,96 €

ERSAR 103.913,47 € 191.013,93 € 132.273,81 € 54.607,14 € 481.808,34 €

FUNDOS COMUNITÁRIOS 132.253,50 € 243.108,63 € 168.348,48 € 69.500,00 € 613.210,62 €

2.ª candidatura 440.182,33 € 428.065,87 € 131.751,81 € 0,00 € 1.000.000,00 €

ERSAR 189.498,49 € 184.282,35 € 56.719,15 € 0,00 € 430.500,00 €

FUNDOS COMUNITÁRIOS 250.683,84 € 243.783,51 € 75.032,65 € 0,00 € 569.500,00 €

3.ª candidatura 0,00 € 55.804,83 € 485.260,31 € 458.849,39 € 999.914,53 €

ERSAR 0,00 € 24.554,13 € 213.514,53 € 201.893,73 € 439.962,39 €

FUNDOS COMUNITÁRIOS 0,00 € 31.250,70 € 271.745,77 € 256.955,66 € 559.952,13 €

4.ª candidatura 0,00 € 100.000,08 € 600.000,48 € 300.000,24 € 1.000.000,80 €

ERSAR 0,00 € 50.000,04 € 300.000,24 € 150.000,12 € 500.000,40 €

FUNDOS COMUNITÁRIOS 0,00 € 50.000,04 € 300.000,24 € 150.000,12 € 500.000,40 €

Total 676.349,30 € 1.017.993,34 € 1.517.634,88 € 882.956,77 € 4.094.934,29 €

ERSAR 293.411,96 € 449.850,45 € 702.507,74 € 406.500,99 € 1.852.271,13 €

FUNDOS COMUNITÁRIOS 382.937,34 € 568.142,89 € 815.127,15 € 476.455,78 € 2.242.663,15 €

CANDIDATURAS FUNDO AMBIENTAL - MAMB

Total 0,00 € 35.640,00 € 3.960,00 € 0,00 € 39.600,00 €

ERSAR 0 € 10.692 € 1.188 € 0 € 11.880 €

FUNDO AMBIENTAL 0 € 24.948 € 2.772 € 0 € 27.720 €

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ANEXO III – MAPA DE PESSOAL EM VIGOR

Mapa de Pessoal para 2018

MAPA RESUMO

ORÇAMENTO 2018

Mapa Resumo dos postos de trabalho por cargo/carreira/categoria

Cargo/Carreira/Categoria N.º de postos de trabalho Observações (a); (b)

Presidente do Conselho de Administração (Lei n.º 67/2013, na sua versão atual e Lei n.º 10/2014, de 6 de março)

1

Vogal do Conselho de Administração (Lei n.º 67/2013, na sua versão atual e Lei n.º 10/2014, de 6 de março)

2

Diretor (Em conformidade com o disposto no Regulamento de Organização Interna e dos Cargos Dirigentes desta Entidade Reguladora, datado de 30 de maio de 2016, na Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, na sua versão atual e na Lei n.º 10/2014, de 6 de março)

7

Coordenador (Em conformidade com o disposto no Regulamento de Organização Interna e dos Cargos Dirigentes desta Entidade Reguladora, datado de 30 de maio de 2016, na Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, na sua versão atual e na Lei n.º 10/2014, de 6 de março)

3

Carreira Técnica Especialista - Técnico Especialista/Técnico Sénior/Técnico (Em conformidade com o disposto no Regulamento de Carreiras e Remunerações desta Entidade Reguladora, datado de 14 de abril de 2016, na Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, na sua versão atual e na Lei n.º 10/2014, de 6 de março)

66

Carreira Assistente - Assistente Sénior/Assistente Administrativo/Assistente (Em conformidade com o disposto no Regulamento de Carreiras e Remunerações desta Entidade Reguladora, datado de 14 de abril de 2016, na Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, na sua versão atual e na Lei n.º 10/2014, de 6 de março)

16

Total 95

(1) identificar diploma legal que criou o cargo (a) - mencionar número de postos de trabalho a preencher com relação jurídica por tempo determinado (b) - mencionar número de postos de trabalho a tempo parcial

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