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03 Revista O Girolando

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Revista da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

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04 Revista O Girolando

Por que fi nanciar aagricultura familiaré bom pra todos?

Porque, se por um lado, aumenta a produtividade no campo, por meio do Pronaf, do Governo Federal, por outro, incentiva o comércio e melhora a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.E isso é bom pra todos.

Danielle PedrosoCliente da Agência Sto. Antônio da Platina (PR)

Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Defi ciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088

@bancodobrasil bb.com.br/bompratodos /bancodobrasil

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Por que fi nanciar aagricultura familiaré bom pra todos?

Porque, se por um lado, aumenta a produtividade no campo, por meio do Pronaf, do Governo Federal, por outro, incentiva o comércio e melhora a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.E isso é bom pra todos.

Danielle PedrosoCliente da Agência Sto. Antônio da Platina (PR)

Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Defi ciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088

@bancodobrasil bb.com.br/bompratodos /bancodobrasil

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Magnólia Martins da Silva1ª vice-presidente

Jônadan Hsuan Min MaPresidente

Nelson Ariza2º vice-presidente

João Domingos G. dos Santos3º vice-presidente

Olavo de Resende B. Júnior4º vice-presidente

José Antônio da S. Clemente1º diretor-administrativo

Jorge Luiz M. Sampaio2º diretor-administrativo

Luiz Carlos Rodrigues1º diretor-financeir

Odilon de R. Barbosa Filho2º diretor-financeiro

Ronan Rinaldi de S. SalgueiroRelações Inst. e comerciais

Queremos iniciar a primeira mensagem da Direto-ria, triênio 2014/2016, aos nossos Associados e Amigos da Girolando, com duas expressões que

brotam do fundo dos nossos corações:“Muito obrigado pela confiança em nós depo-

sitada!”“Precisamos de vocês, pois é por vocês que tra-

balharemos nos próximos três anos!”Vivenciamos um momento único ao final de 2013,

quando participamos da maior eleição da história da As-sociação Brasileira dos Criadores de Girolando, em um pleito aberto e democrático, em que mais de 1.200 asso-ciados atenderam aos pedidos das chapas concorrentes, ouviram, avaliaram as propostas e votaram no que acre-ditavam ser o melhor para o futuro da Girolando.

Com o fim das eleições, as “disputas” dentro da nossa Associação terminaram. Devemos guardar essa página de nossa vitoriosa história e seguirmos juntos e unidos em prol da raça Girolando e da nossa Associação.

A união de nosso trabalho fará cumprir nosso grande objetivo: promover ações que melhorem a vida do criador de Girolando, que valorizem o associado, nos-sos colaboradores e parceiros e, enfim, todos que traba-lham com essa raça, a qual, além de gerar renda, alimen-ta uma grande paixão de todos que a conhecem.

Trabalharemos juntos numa gestão Forte, Presen-te e Participativa.

Forte, porque a raça só seguirá com força se o associado seguir fortalecido;

Presente, porque estaremos onde o produtor mais precisa: do lado dele!

Participativa, porque o associado deverá partici-

par da vida da Associação e dos seus rumos, tendo-a como a extensão de sua própria casa.

A partir de hoje, teremos pela frente menos de 34 meses. Nesse espaço de tempo, como uma equipe coe-sa e comprometida, faremos o possível (e o impossível), para colocar a Girolando no patamar mais alto das raças leiteiras do Brasil e, por que não, do mundo.

Temos dezenas de projetos para serem implanta-dos, que certamente serão desenvolvidos ao longo des-te mandato, sujeitos, é claro, às restrições do tempo, es-trutura física, de pessoas e condições financeiras, porém com a segurança de que serão trabalhados para que esta gestão seja marcada não só pelos feitos, mas principal-mente por atender os anseios e os ideais de nossos mais de três mil associados.

Por isso, conclamamos a todos os nossos leitores, associados, colaboradores, parceiros e amigos da Giro-lando, a fim de que, unidos, trabalhemos na concretiza-ção deste ideal, que agora é de todos nós: fazer da Giro-lando uma raça e uma Associação da qual possamos nos orgulhar e deixar como legado às próximas gerações.

Neste ano, assim como torceremos para que o Brasil seja campeão da Copa do Mundo, também já entramos em campo para trabalhar e queremos contar com a torcida de todos vocês, para que esse campeona-to seja conquistado pela Girolando.

Aguardamos oportunamente a sua visita em nos-sa sede social e nos nossos Escritórios Técnicos Regio-nais, onde serão muito bem-vindos!

Recebam nosso forte abraço, repleto de Saudações Girolandistas!

A Diretoria

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Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira - [email protected] • Dep-to. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9133-0808 - [email protected] • Design gráfico, ilustrações e arte: Jamilton Souza (34) 9187-0365, Yuri Silveira • Fotos: Jadir Bison • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Conselho editorial: Jônadan Ma, Nelson Ariza, Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro, Olavo de Resende Barros, Leandro Paiva,Consuelo Mansur Pereira Farah, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Girolando, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000 • Assinaturas: [email protected] - Telefax (34) 3336-8888 - Walkiria Souza

EXPEDIENTE

O ano de 2014 terá as comemorações do Jubileu de Prata da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. O princi-pal palco da festa será a 11ª Megaleite, que neste ano terá

início no dia 13 de julho (final da Copa do Mundo no Brasil) e vai até 20 de julho. Este ano a feira vai mostrar aos visitantes o progresso obtido por todos os elos da cadeia produtiva do leite ao longo dos últimos anos e de que forma isso reflete positivamente na mesa do consumidor. Com isso, a Megaleite irá além da genética bovina e também será uma vitrine tecnológica, com novidades para peque-nos, médios e grandes produtores. Em breve, o site da feira estará no ar.

O grande destaque da revista é o projeto para 2014/2016 da nova diretoria da Girolando. As ações foram planejadas com base nas reivindicações feitas por criadores de todo o Brasil durante o período em que o atual presidente Jônadan Ma percorreu o país como candidato. Algumas medidas já estão sendo implantadas, como vocês vão ver na matéria de capa desta edição. Como as reu-niões com os associados nos estados já começaram, novas ações devem ser implantadas para tornar a Girolando cada vez mais Forte, Presente e Participativa.

Outros destaques desta edição são o crescimento da raça Gi-rolando no Nordeste, os cuidados com a parte sanitária do rebanho, o segredo do sucesso reprodutivo em fazendas leiteiras, avaliação genética das vacas e uma entrevista com o presidente da Associa-ção Brasileira dos Criadores de Zebu, Luiz Claudio Paranhos.

Estamos estreando também o novo visual da revista, desen-volvido por Jamilton Souza. Espero que gostem.

Larissa [email protected]

Larissa VieiraEditora

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Matéria de CapaNova gestão da Girolando quer

fortalecer associado

EntrevistaLuiz Cláudio Paranhos

2ª Pré-Seleção de Touros terá avaliação de temperamento

Desempenho do Girolando nos rebanhos do nordeste do Brasi

Mensagem da Diretoria 04Editorial 06Novos Associados 10Qual o segredo do sucesso reprodutivo em fazendas leiteiras? 26Rio Pomba investe em genética 36Leite instável não ácido (Lina) 38Vírus da Língua Azul em Ruminantes 40Eu uso, Eu confio, Eu recomendo!!! 432ª Pré-Seleção de Touros terá avaliação de temperamento 44Colostro 45Giro Lácteo 46Controle Leiteiro 47Contatos Girolando 78

ÍND

ICE

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Nº CRIADOR MUNCÍPIO7489 Antônio Fernando Barbosa Gonzaga Mirassol D’Oeste - MT7530 Aluysio de Almeida Rocha Filho Rio de Janeiro - RJ7529 Ademir Novo Agropecuária Ltda São Paulo - SP7536 Adelino Junqueira Franco Neto Redenção - PA7537 Aroldo Teodoro Campos Belo Horizonte - MG7523 Antônio Carlos Gallo Areado - MG7514 Adriano Heleno Henriques Lagoa da Prata - MG7515 Ayrton Gomes de Mello Filho Uberaba - MG7433 Agropecuária Terra Real Ltda Belo Horizonte - MG7493 Carlos Emanuel de Carvalho Miranda Rio de Janeiro - RJ7437 Condomínio Irmãos Dutra Manhuaçu - MG7486 Claudio Cunha Melo M. dos Santos Belo Horizonte - MG7487 Elizeth Maria da Cunha Valle Lima Duarte - MG7496 Eduardo Ritz Mendonça Nova Lima - MG7517 Eduardo Augusto Querino Nova Serrana - MG7507 Flávio Daniel Alves Pinto Gouveia - MG7501 Gil Wadson Moura Goiânia - GO7528 Gilberto Ferreira de Castro Conceição do Rio Verde - MG7543 Helena Delfina de Faria Monte Alegre de Minas - MG7525 Hélio Thomaz de Aquino Neto Colider - MT7535 Iraci Antônio de Oliveira Goiânia - GO7510 Isnei José Garcia Faria Martinho Campos - MG7538 José Alberto Oliveira Murta Uberaba - MG7522 José Gouveia Franco Neto Ituiutaba - MG7506 José Helidey Ferreira de Oliveira Serro - MG7508 José Roberto da Costa Araxá - MG7355 João Viannay Silva da Cunha Santa Rita da Sapucai - MG7546 Juliano Silva Melo Leite Palmeiras dos Índios - AL 7495 Júlio Braz Serra Machado Pompéu - MG7488 Kátia Aparecida Valladares Serfiotis Porto Real - RJ7547 Luciano Correa de Araújo Recife - PE7545 Leonni Dascani Zini Moreira Guaçuí - ES7531 Leandro Alves Lima Rio de Janeiro - RJ7527 Leandro Batista Fernandes Conceição do Rio Verde - MG7554 Luiz Antônio Morais Soares Petrópolis - RJ 7520 Luiz Altamiro Garcia Nogueira Niteroí - RJ7526 Leonardo Jamel Saliba de Souza Sete Lagoas - MG7483 Lamar Agropecuária Ltda Belo Horizonte - MG7521 Marcos de Moraes Furtado Uberaba - MG7518 Marcos Augusto Pontes Nogueira Rio das Ostras - RJ7436 Marcelo Marques Gontijo Bom Despacho - MG7491 Marcelo Mello Mascarenhas Viana Belo Horizonte - MG7513 Maria Inez Buosi Hachich São José do Rio Preto - SP7500 Milton Résio Netto Anápolis - GO7497 Mário Lúcio Zumpano Belo Horizonte - MG7540 Onofre Eustáquio Ribeiro Paraopeba - MG7544 Osmar de Oliveira Tosta Monte Alegre de Minas - MG7549 Osnir Yoshime Watanabe Cravinhos - SP7516 Paulo Fernando Ematne Aiuruoca - MG7485 Paulo Roberto Dutra / Outros S. Sebastião do Paraíso - MG7503 Rodrigo Silva Toledo Muriaé - MG7555 Robertson Carlos de Menezes Pancas - Es7519 Ronim Emilio Onibene de Oliveira São Francisco do Glória - MG7498 Ricardo Heitor Brenner Lins - SP7505 Ricardo da Eira Peixoto Santa Maria do Suaçuí - MG7349 Ricardo Martins Ribeiro Belo Horizonte - MG7490 Saulo Marcondes Gomes Júnior Sacramento - MG7524 Silas Vicente Barbosa Júnior Cuiaba - MT7512 Sandra Prado Nogueira São Caetano do Sul - SP7542 Teotônio Donizete Sabino Itapagipe - MG7502 Thaueny Moura Stival Tucumã - PA7539 Valpadana Produtos Lácteos Ltda Irecê - BA7499 Vera Sidnei Corrêa Belo Horizonte - MG7548 Wendell de Farias Cortez Natal - RN7541 Weber Luís da Cunha Ituiutaba - MG7533 Wellington Rodrigues da Cunha Ituiutaba - MG 7534 Wilson de Matos Silva Maringá - PR

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE DEZEMBRO DE

2013 E JANEIRO DE 2014.Presidente: Jônadan Hsuan Min Ma 1º Vice-Presidente: Magnólia Martins da Silva 2º Vice-Presidente: Nelson Ariza 3º Vice-Presidente: João Domingos G. dos Santos 4º Vice-Presidente: Olavo de Resende B. Júnior 1º Diretor-Administrativo: José Antônio da S. Clemente 2º Diretor-Administrativo: Jorge Luiz M. Sampaio 1º Diretor-Financeiro: Luiz Carlos Rodrigues 2º Diretor-Financeiro: Odilon de Rezende B. FilhoRelações Inst. e Comerciais:Ronan Rinaldi de S. Salgueiro

Associação Brasileira dos Criadores de GirolandoTriênio 2014-2016

AL – Domicio José Gregorio A. Silva AL – Marcos Ramos Costa BA – Ângelo Lucciola Neto BA – Luiz Hage Rebouças (Rep) BA – Valdemir Acácio Osório (Rep) CE – Francisco Teógenes Sabino DF – Cézar Mendes DF – Geraldo de Carvalho Borges DF – Rúbio Fernal Ferreira e Souza DF – Walter Alves de Queiroz ES – Elimário Perterle Fiório GO – Itamir Antônio Fernandes Vale GO – Luiz Fernando Della Corte GO – Thiago Araujo Dias da Costa MG – Ângelo André F. Júnior MG – Breno Barbosa Costa MG – Emílio Afonso F. Fontoura MG – Fabiano Rodrigues Lopes MG – Fabrício Siqueira MG – Fernando Peres Nunes MG – Gustavo Frederico Burger Aguiar MG – Horácio Moreira Dias MG – João Machado Prata Júnior MG – Jorge Papazoglu MG – José Afonso Mota Ronzani MG – Luciano Gouveia Filgueiras MG – Luiz Fernando Reis MG – Luiz Paulo Levate MG – Márcio Luiz Mendonça Alvim MG – Maria Cristina Alves Garcia MG – Minoro Hélio Maurício Y. Júnior MG – Paulo Henrique Machado Porto

Conselho Fiscal:Thiago Bianchi Silveira Alexandre Honorato Ricardo Miziara Jreige Suplentes Conselho Fiscal:Afonso Celso de Resende Eire Ênio de Freitas Roberto Almeida Oliveira Conselho Consultivo:Everardo Leonel Hostalácio Renato Cunha Oliveira José Geraldo Vaz Almeida Roberto Antônio P. de M. Carvalho Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Consultivo:Aurora Trefzger Cinato Real Silvío de Castro Cunha Júnior Leonardo Xavier Gonçalves José Ricardo Fiuza Horta Guilherme Marques de Resende

MG – Paulo Melo Salomão Gonçalves MG – Paulo Roberto Andrade Cunha MG – Plácido Borges Campos MG – Rodrigo Ribeiro Inácio MS – Adão Paes Sandim MS – Anísio Manoel da Silva MS – Nilo Alves Ferras MT – Aylon Neves (Rep) MT – João Nilson Pinto de Barros MT – Luciano Lacerda Nunes PA – José Luiz Dantas PE – Alexandre Saraiva de Moraes PE – Gustavo Alberto Concentino de Miranda PE – José Adilson da Slva PE – Waldemar de Brito Cavalcanti Filho PR – Ronald Rabbers RJ – Jean Vic Mesabarba RJ – José Gabriel Souza Machado RJ – Roberto Pimentel de Mesquita RS – Carlos Jacob Wallauer SP – Danilo Carvalho Michelin SP – Eduardo Lopes de Freitas (Rep) SP – Fructuoso Roberto de Lima Filho SP – Guilherme Ribeiro Meirelles SP – João Carlos de Andrade Barreto SP – João Eduardo Reis Benini SP – Lauro Teixeira Pena SP – Mateus Ribeiro Abdal SP – Miltom Okano SP – Paulo Yamamoto SP – Virgílio Pittom SP – Waldir Junqueira de Andrade

Conselho de Repr. Estaduais:

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De olho napecuária comercial

Há quase um ano ele aceitou o desafio de comandar uma das associações de criadores mais respeitadas no Brasil e no mundo, com a promessa de desen-

volver ações voltadas para a melhoria da produtividade e da competitividade da pecuária comercial brasileira. Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira, de 45 anos, preside a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), enti-dade com 20 mil associados e mais de 600 mil registros efetuados em 2014. Nascido no Rio de Janeiro e formado em Zootecnia, Paranhos é criador de nelore, nelore mocho e brahman, na Fazenda Jaraparanduba, em Muquem de São Francisco/BA. Em entrevista à revista O Girolando, ele fala sobre os projetos à frente da ABCZ, sobre possíveis parce-rias com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, mercados interno e externo, e vários outros assuntos.

Girolando - A ABCZ comemora 80 anos em 2014. Quais os principais projetos que estão sendo desenvolvidos em sua gestão?Luiz Claudio de Souza Paranhos Ferreira - Estamos tra-balhando em duas direções. Uma delas é o aprimoramento constante dos serviços prestados pela ABCZ. Estamos in-tensificando as ações que possam imprimir mais qua-lidade e segurança ao nosso programa de evolução contínua, que tem como foco o registro genealógico e o melhoramento genético. Para isso, promovemos treinamentos constantes dos nossos colaborado-res, dos colaboradores dos nossos associados e divulgamos novas tecnologias por meio de cur-sos técnicos, Dias de Campo, vídeos-treinamen-to e cartilhas educativas sobre melhoramento genético e manejo correto de pastagem. Ou-tra prioridade é o PMGZ, o maior programa de melhoramento genético de zebuínos do mundo. Sabemos que somente com reba-nhos bovinos de melhor qualidade gené-tica teremos condição de contribuir efeti-vamente para o aumento da produção de

Luiz Claudio ParanhosPresidente da ABCZ

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carne e leite no nosso país, sem a necessidade de abrir no-vas áreas de pastagem. Já em relação à pecuária comercial, a prioridade é fazer com que esta genética que vem sendo rapidamente melhorada chegue a um número maior de produtores, de forma prática e acessível financeiramente. Atenção também a nossa comunicação: pretendemos es-cutar mais e entender melhor as demandas dos produtores, indo até eles, aumentando o número de encontros em to-dos os Estados. Tornar a gestão da entidade cada vez mais profissionalizada, focada em resultados. Estes são grandes desafios em que estamos concentrando esforços.

Girolando - Como criador e presidente da ABCZ, como o senhor vê uma raça zebuína (Gir Leiteiro) fazer parte da formação do Girolando, raça que produz 80% do leite no Brasil?Paranhos - Um caso de sucesso, sem dúvida alguma. Na formação da raça Girolando as características de rusticidade e adaptabilidade provenientes da raça Gir são fundamen-tais. Através do Gir, o Girolando conseguiu se estabelecer como uma raça de significativa importância na produção do leite no Brasil. A seleção do Gir para produção de leite vem dando ao Girolando cada vez mais opções de animais melhoradores, incrementando suas possibilidades de cru-zamento e consequentemente aumentando produtividade.

Girolando - Como a ABCZ pode fortalecer a parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando nos aspec-tos técnicos de produção de genética e no avanço da cadeia produtiva do leite?Paranhos - A ABCZ é parceira de toda e qualquer iniciati-va que vise buscar aumento de produtividade na produção de carne ou de leite. Entendemos que a ABCZ tem um pa-pel fundamental na melhoria da produtividade da pecuária nacional e trabalharemos junto com nossos parceiros em busca deste objetivo. Com o Girolando é possível desen-volver projetos na área do melhoramento genético, tão importante na seleção. Ações de melhorias nos concursos leiteiros, nas avaliações de sumários po-dem e devem ser alinhadas entre as associações.

Girolando - A Megaleite, a maior exposição de ra-ças leiteiras do Brasil, é realizada no Parque Fernan-do Costa - como esta exposição pode ser mais bem aproveitada ou explorada para o produtor de leite e de genética, independente das raças?Paranhos - A Megaleite é uma ação da associação do Girolando e tem o apoio logístico da ABCZ, que disponibiliza o Parque Fernando Costa. Não tenho dúvidas de que podemos aproveitar ainda mais esta exposição que a cada ano vem se destacando. As políticas para o setor, a busca por novos mer-

cados, os rumos do melhoramento genético, são assuntos que devem estar sempre na nossa pauta e este evento que reúne grandes criadores é uma ótima oportunidade para podermos debater sobre tudo isso.

Girolando - O criador das raças zebuínas de corte também está investindo em leite, como alternativa de renda e me-lhor fluxo de caixa. Como o senhor vê esta diversificação de atividades nas fazendas brasileiras? Paranhos - Uma diversificação natural e necessária. Precisa-mos trabalhar para melhorar a produtividade e consequen-temente a lucratividade do nosso negócio de pecuária. Al-ternativas são inúmeras, portanto, é importante buscá-las. Introdução de núcleos de produção alternativos como pro-dução leiteira numa fazenda de gado de corte, ou mesmo engorda e confinamento em uma fazenda de seleção gené-tica, são exemplos de opções altamente viáveis.

Girolando - Há perspectiva para melhorar o mercado de leite no Brasil? Onde os produtores de leite de Girolando e de Gir Leiteiro podem explorar melhores oportunidades de mercado?Paranhos - Nosso mercado interno é muito grande. Preci-samos evoluir bastante na nossa produção para podermos atender cada vez melhor e buscar a expansão do merca-do. Talvez ações específicas nas regiões Norte e Nordeste possam nos mostrar novas oportunidades de mercado. São regiões que devem crescer bastante e que sem dúvida de-mandarão pecuária leiteira. Também a exportação de pro-dutos lácteos sempre deve ser uma meta a ser buscada.

Girolando - A ABCZ já conquistou muitos mercados para as raças zebuínas no exterior. Que sugestões o senhor daria para a Girolando também conquistar o mercado interna-cional?Paranhos - Acho que o caminho é o de fortalecer os me-

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canismos e as ferramentas que temos hoje como fomenta-dores do comércio internacional. Um bom exemplo, e que com muito sucesso, é o projeto BrazilianCattle, desenvolvido pela ABCZ com apoio da APEX-Brasil, agência que promo-ve a exportação de produtos brasileiros no exterior. Desde que foi implantado há 10 anos, o projeto conseguiu ampliar as exportações das empresas associadas. Iniciado em 2003, quando obteve o volume de US$5 milhões em negociações, alcançou em 2012 cifra superior a US$400 milhões, totali-zando crescimento de quase 8.000%. Este número engloba as negociações realizadas por todos os parceiros do Bra-zilianCattle, que promove o zebu e os produtos pecuários brasileiros na faixa tropical do globo. O BrazilianCattle, ao longo destes dez anos, articulou também, junto ao Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, a revisão e a elaboração de protocolos sanitários entre o Brasil e diversos países. Recentemente foi aberto protocolo para exportação de sêmen bovino para a Costa Rica. Estes protocolos bilaterais são o primeiro instrumento necessário para possibilitar a exportação de animais vivos, sêmen ou embriões a determinado país.

Girolando - Um dos problemas da pecuária, na atualidade, tem sido a dificuldade de encontrar mão de obra qualifica-da. O que a ABCZ tem feito para amenizar este problema?Paranhos - Realmente este é um dos nossos maiores pro-blemas. Precisamos dar muita atenção a este tema. A ABCZ vem desenvolvendo, nos últimos anos, diversos programas de treinamento e capacitação para os colaboradores dos seus associados. No último ano capacitamos mais de oito mil pessoas em todo o Brasil, através dos cursos promovi-dos pela própria ABCZ e também por seus parceiros. Parti-cipamos, também, de um projeto junto com o Canal Rural e com a Fazu [Faculdades Associadas de Uberaba], de ensino a distância: o Agrocurso. O objetivo do Agrocurso é ofere-cer conhecimento teórico e prático sobre temas relativos às

atividades ligadas ao agronegócio. São vídeoaulas aos sá-bados, das 6h às 7h, com reprise aos domingos, no mesmo horário. Os temas são variados e vão desde manejo de bo-vinos, recuperação de pastagem, integração lavoura-pecuá-ria-floresta até planejamento e gestão da fazenda. Estamos conseguindo atingir um grande número de profissionais do setor e produtores rurais. As aulas podem ser assistidas por todos, mas o aluno devidamente matriculado no Agrocurso recebe o certificado de conclusão do curso.

Girolando - O que a ABCZ tem feito na área de pesquisa e melhoramento genético, visando aumentar a confiabilidade dos testes de progênies, em comparação com o nível já al-cançado pelas raças taurinas?Paranhos - Nosso departamento técnico/científico tem prioridade absoluta na nossa gestão. Estamos investindo muito em qualificação dos nossos colaboradores, em asses-sorias e consultorias externas, em máquinas e softwares de última geração. A ordem é desenvolver o que há de melhor em melhoramento genético e seus produtos. A própria feira ExpoGenética foi criada para ser um momento de reflexão sobre os rumos do melhoramento genético, e tem se pres-tado para tal. Também são realizados Dias de Campo pelo país, para esclarecer aos criadores a melhor forma de utilizar o PMGZ [Programa de Melhoramento Genético de Zebu-ínos] e as avaliações genéticas de seus rebanhos geradas pelo programa.

Girolando - Em relação ao pequeno produtor, como a ABCZ tem atuado? Paranhos - Desde 2006, a ABCZ vem facilitando a aquisi-ção de touros PO por pequenos produtores, por meio do programa Pró-Genética. É uma forma de democratizarmos a genética de ponta. Com o Pró-Genética, pequenos e mé-dios produtores introduzem em seus rebanhos touros de alta qualidade genética para melhorar a produção de carne e leite. Os criadores podem financiar as compras em bancos ou cooperativas de crédito, utilizando uma baixa taxa de juros e um tempo maior de carência. Mas muitos compram a vista porque sabem que logo terão retorno quando nas-cerem os primeiros filhos desses touros melhoradores. Os touros são vendidos geralmente nas feiras do Pró-Genética, mas também em leilões chancelados pelo programa e até mesmo na venda direta, na porteira. O programa começou em Minas Gerais, através da parceria com o Governo do Es-tado, mas hoje está implantando em outros Estados, que são: Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Goiás, Pará, além do Distrito Federal. Acabamos de ter mais duas ade-sões em 2014, que são os Estados, Rondônia e Rio Grande do Norte. Em breve, assinaremos convênio com os gover-nos de Mato Grosso, Tocantins e Paraíba.

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A valorização do associado e da raça está entre as prio-ridades da nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, que tomou posse no dia 24

de janeiro. Foram estabelecidos dez pontos principais de atu-ação para o triênio 2014/2016. Além da valorização da raça, dos associados, técnicos e colaboradores, o projeto inclui a participação ativa em todos os segmentos da cadeia, o for-talecimento do Programa de Melhoramento Genético Giro-lando, maior agilidade nos serviços prestados e abertura de novos mercados, dentre outras ações. “Na maior eleição da história da Girolando foi plantado o ideal de transformação e de colocar a raça no patamar mais alto das raças leiteiras no Brasil e difundi-la para todo o mundo. Neste momento, conclamo a todos vocês associados, colaboradores, parceiros e amigos da Girolando, para que unidos trabalhemos para concretizar este ideal, que agora é de todos nós”, afirmou o presidente da Girolando, Jônadan Ma, em seu discurso de posse.

Os planos de ação da nova diretoria da Girolando fo-

ram traçados durante dois dias. Participaram das reuniões os diretores e membros dos Conselhos Fiscal, de Representan-tes Estaduais e Consultivo. Foram analisadas as reivindica-ções feitas por criadores de todo o Brasil durante o período da campanha eleitoral e definidas quais são viáveis para se-rem implantadas.

Uma das medidas adotadas durante o primeiro mês de gestão foi a contratação da empresa BDO para auditar as demonstrações contábeis do exercício finalizado em 31 de dezembro de 2013. Também serão revistos os procedi-mentos fiscais e trabalhistas e analisada a estrutura de Tec-nologia da Informação da entidade. A contratação de uma auditoria independente foi acordada em dezembro de 2013 pelos membros da equipe de transição, que era composta por diretores da gestão anterior e da atual. De acordo com o presidente da Girolando Jônadan Hsuan Min Ma, trata-se de um procedimento de praxe nas organizações empresa-riais, que ocorre no final da gestão. O resultado da auditoria será apresentado durante a Assembleia Geral Extraordinária,

fortalecer associadoNova gestão da Girolando quer

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agendada para o dia 14 de março, na sede da Associação, em Uberaba (MG). No mesmo dia, serão eleitos a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal - triênio 2014/2016 do Instituto Brasileiro Científico-Cultural Girolando (IBCG).

Outra medida implantada foi a reformulação da Ouvi-doria da Girolando, que passa a se chamar “Fale Conosco”. O objetivo é tornar a comunicação em geral mais fácil e objetiva com o associado, profissionais do setor e criadores. Esta co-municação passará a ter um novo formato. Serão três canais de atendimento: telefone, internet (Sistema WEB) e e-mail. As demandas seguirão para o setor responsável: Diretoria, Su-perintendência Técnica, Superintendência de Tecnologia da Informação, Superintendência Financeira ou Comunicação e Marketing.

O projeto Genoma, desenvolvido em conjunto com a Embrapa Gado de Leite, está sendo avaliado para melhor en-gajamento dos parceiros da entidade. Outro projeto reajus-tado é o Campo Novo, coordenado pelo Governo de Minas Gerais. O intuito é torná-lo mais abrangente para atender um número maior de criadores.

Estão sendo feitos, também, o mapeamento das ne-cessidades dos associados em todo o Brasil e a finalização do zoneamento técnico para garantir atendimento mais rápido

e eficiente ao associado. “Estamos trabalhando para realizar uma gestão Forte, Presente e Participativa. Forte, porque a raça só será forte com um associado forte. Presente, porque estaremos ao lado do produtor. Participativa, porque o as-sociado deverá participar da vida da Associação e dos seus rumos tendo-a como a sua própria casa”, destacou o presi-dente Jônadan Ma.

Pelo BrasilPara conhecer a realidade dos criadores e ouvir suas

reivindicações, a diretoria da Girolando iniciou uma série de encontros com os associados nos estados que contam com escritórios regionais (ETRs). A primeira reunião aconteceu em Jacareí (SP) no dia 27 de fevereiro e contou com a presença do presidente da Girolando, do vice-presidente Nelson Ari-za, dos diretores José Clemente e Luiz Carlos Rodrigues e do superintendente Técnico Leandro Paiva. Eles apresentaram as propostas de ação para 2014 aos colaboradores do ETR de Jacareí e conheceram como funciona a unidade. Logo em se-guida ocorreu a reunião com os associados para apresentar o plano de ação e ouvir as sugestões e as reivindicações para melhoria dos serviços prestados na região.

A segunda visita está agendada para o dia 5 de março,

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A posse da diretoria da Girolando e dos conselheiros ocorreu no dia 24 de janeiro, no Centro de Eventos Rômulo Kardec de Camargos, em Uberaba (MG). Quase 500 pesso-as, entre criadores e autoridades participaram da solenidade, dentre elas: o secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais, José Silva; o prefeito de Uberaba, Paulo Piau; os depu-tados estaduais Adelmo Carneiro Leão, Antônio Lerin, João Bosco e Tony Carlos; o deputado federal Marcos Montes; re-presentando o presidente da Câmara Municipal de Uberaba, o vereador Marcelo Borjão; o presidente da Associação Bra-sileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Claudio Paranhos, além de diversos prefeitos de outras cidades, vereadores e lideranças do agronegócio. Natural de São Paulo, Jônadan Ma, engenheiro agrô-nomo de 54 anos, é diretor Executivo do Grupo Boa Fé - Ma

Posse Shou Tao, em Conquista (MG), e criador de Girolando, Holan-dês e Gir Leiteiro. É associado da Girolando há 28 anos. Ou-tros cargos que ocupa são: vice-presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais do Triângulo e Alto Paranaíba (Cotrial); diretor da Associação dos Empresários Canavieiros do Vale do Rio Grande, e presidente do Instituto Boa Fé de Apoio ao Combate ao Câncer. Além do presidente Jônadan Ma integram a atual di-retoria: 1º vice-presidente: Magnólia Martins da Silva; 2º vice-presidente: Nelson Ariza; 3º vice-presidente: João Domingos Gomes dos Santos; 4º vice-presidente: Olavo de Resende Barros Júnior; 1º diretor-administrativo: José Antônio da Sil-va Clemente; 2º diretor-administrativo: Jorge Luiz Mendon-ça Sampaio; 1º diretor-financeiro: Luiz Carlos Rodrigues; 2º diretor-financeiro: Odilon de Rezende Barbosa Filho; Relações Institucionais e Comerciais: Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro.

no ETR de Belo Horizonte (MG), com as presenças do presi-dente Jônadan Ma, dos diretores Luiz Carlos e Olavo de Re-sende e Leandro Paiva. Já no dia 6 de março a reunião será no ETR de Itaperuna (RJ) e terá a participação do diretor Odilon, do presidente e do superintendente Técnico.

A diretoria definiu que cada ETR terá um diretor res-ponsável, sendo:ETR Campo Grande - Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro

ETR Recife - A definirETR Belo Horizonte - Olavo de Resende Barros JúniorETR Jacareí - Nelson ArizaETR Itaperuna - Odilon de Rezende BarbosaFilhoETR Goiânia - João Domingos Gomes dos Santos

A lista completa dos conselhos está disponível na página 10

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ParticipeDe 13 a 20 de julho

Parque Fernando Costa - Uberaba (MG)

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Domício Gregório, Jônadan e Marcos Ramos Costa

Olavo de Rezende e esposa

Carlinhos Barreto, Roberto Almeida e Virgílio Pitton

José Clemente, Jônadan e Marcelo Borges

Renato da Cunha Oliveira e esposa Ilza Kefalás

Nelson, Jônadan e Luiz Carlos José Angelo Júnior e esposa Odilon de Rezende Barbosa Filho

Ênio e família João Domingos e esposa Maria Helena Ricardo Miziara e família

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Mais de 400 pessoas participaram da posse

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Ronan, Fábio Sandim, Gustavo e Nilo Ferraz

Prefeito de Uberaba Paulo Piau e esposa Daniel, Magnólia e Daniela

Ângela Ma e Magnólia Nelson Ariza, José Silva, Jônadan, Luiz Henrique, Luiz Carlos e Ostalácio

Rivaldo, Cau, Marcos Montes e Jônadan

Deputado Estadual Antônio Lerin, presidente da ABCZ Luiz Claudio Paranhos e Romeu Borges Júnior

Guilherme, Luiz Carlos, Gustavo, Jônadan, deputado Bosco e Alexandre Honorato

Magnólia, Jônadan e Nelson

Jônadan e Eugênio Deliberato Mesa solene

Diretores e conselheiros

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Desempenho do Girolando nos rebanhos do nordeste do Brasil

Ary Ferreira de FreitasPesquisador aposentado da Embrapa Gado de Leite

Professor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - SUPREMA

Marta Fonseca MartinsPesquisadora da Embrapa Gado de Leite

Wagner ArbexAnalista da Embrapa Gado de Leite

Katia Cristina Lage dos SantosAnalista da Embrapa Gado de Leite

Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da SilvaPesquisadora da Embrapa Gado de Leite

Segundo os criadores mais antigos, a raça Girolando surgiu por volta das décadas de 1940 e 1950, no sul do Estado de Minas Gerais, quando um touro da raça

Gir invadiu uma pastagem vizinha e cobriu algumas vacas da raça Holandês, que predominava nos rebanhos daquela re-gião. Ao nascerem os produtos desses cruzamentos, os cria-dores observaram que eram animais totalmente diferentes dos animais tradicionais daquela época. Com o tempo esses animais foram demonstrando várias características interes-santes, como a rusticidade, a precocidade e principalmente a produção de leite.

Essa prática foi difundida para outras regiões e bacias leiteiras do Brasil, acelerando cada vez mais com o passar dos anos, ganhando também a admiração de criadores de outras raças, produtores de leite e pesquisadores, que co-meçaram a desenvolver técnicas e selecionar os melhores animais visando aprimorar o desempenho zootécnico do cruzamento, que na época já era considerado muito satis-fatório. Atualmente a raça Girolando é utilizada em todo o território nacional como pode ser visto nos relatórios da As-sociação de Criadores da Raça Girolando (Girolando).

Neste artigo iremos destacar a região Nordeste. Os rebanhos do Nordeste controlados pela Girolando en-contram-se em diversas regiões dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco. A duração média de 2.670 lactações foi 264 ± 98 dias, a produção de leite em 305 dias e a produção total na lactação tiveram médias de 3.889 ± 1.835 kg e 4.094 ± 2.100 kg de leite, respectivamente. A PTA (Capacidade Prevista de Transmissão) para produção de leite nesses rebanhos teve média de 52,67 ± 322, com con-fiabilidade média de 72 ± 8,6 %.

A Figura 1 mostra a evolução da produção de leite nos rebanhos do Nordeste ao longo dos anos de 2001 a 2012. Observa-se que a produção aos 305 dias variou de 2.600 kg de leite nos anos próximos a 2000 para acima de 4.000 kg, nos últimos anos do estudo (perto do ano 2010). Houve melhoras no manejo e alimentação nesses rebanhos, mas também houve melhoras no nível genético das vacas, como se pode ver na Figura 2 a seguir. Pode-se observar que houve grande evolução do nível genético das vacas desses rebanhos, desde a década de 1980, com média de PTA Leite abaixo de 50 kg e muitas vezes até médias nega-

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tivas, para valores próximos a 100 kg nos anos 2000. Mais recentemente houve um salto maior para médias acima de 130 kg e 230 kg, nos últimos anos (2009 e 2010). Isso, sem dúvida, reflete maior cuidado dos criadores do Girolando no Nordeste em escolher melhor os touros a serem usados em seus rebanhos.

A Tabela 1, ao lado, mostra os desempenhos dos di-versos graus de sangue das vacas nos rebanhos do Nordes-te. De um modo geral os desempenhos foram bons (acima de 3.000 kg em 305 dias de lactação), exceto o do grupo de 3/8 Hol: 5/8 Gir, que foi menor em tudo; entretanto, foi um grupo pequeno (somente 53 animais foram ava-liados). A maior duração de lactação foi das vacas 5/8 Hol: 3/8 Gir com 278 dias, que foi muito bom, lembrando que a média geral da raça Girolando foi de 290 dias de lactação. O maior nível produtivo foi do grupo meio sangue, tanto em 305 dias quanto na lactação completa, mostrando a resistência desses animais, herdada da raça Gir.

Os tipos de touros mais comuns utilizados nos rebanhos do Nordeste estão na Tabela 2, ordenados pelo

Figura 1 - Evolução da produção de leite, em 305 dias e total, no decorrer dos anos.

Figura 2 - Ganho genético nos rebanhos do Nordeste (PTA Leite kg)

número de filhas que eles possuem. Observa-se que foram usados touros Girolando provados, detentores de altas PTA Leite. Como exemplo, o touro Millenium Hortência da Boa Fé, deixou 48 filhas nos rebanhos. As médias de produção de suas filhas foram 3.969 kg e 3.614 kg de leite na produção total e em 305 dias. Suas filhas tiveram lactações de 306 dias em média.

A seguir temos o touro C A Sansão (Gir) e o Rokla-ne Blackstar Zeke (Holandês) com 34 filhas cada um deles. As filhas do Sansão produziram 4.978 kg de leite em 305 dias e 5.076 kg na lactação total, com duração média de 256

dias. Já as filhas do Roklane Blackstar Zeke tiveram média de 3.996 kg e 4.570 kg para as produções em 305 dias e na total, respectivamente. O touro 110 Billy Fancy Paul Y (Girolando) deixou nos rebanhos 24 filhas que produziram 4.510 kg em 305 dias, 4.623 kg na lactação completa com duração média de 280 dias.

De maneira geral, os touros usados no Nor-deste tiveram filhas cuja produção de leite total va-riou de 7.028 kg a 3.022 kg e a produção em 305 dias ficou entre 6.367 kg e 2.818 kg, sendo as du-rações de lactação de 320 a 262 dias. Esses desem-penhos podem ser considerados muito bons para a região de abrangência deste estudo.

Tabela 1 - Desempenho das vacas Girolando no Nordeste.

Tabela 2 - Tipos de sêmen utilizados nos rebanhos do Nordeste.

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Qual o segredo do sucesso reprodutivoem fazendas leiteiras?

Marcelo Hentz RamosPhD diretor 3rlab, Consultor Rehagro

Anualmente, a Revista Americana Hoard´s Dairyman realiza uma competição e seleciona as melhores fazendas em determinadas categorias. Nesta en-

trevista, foram selecionadas cinco fazendas com melhores desempenhos reprodutivos. Confira, abaixo, as ferramentas utilizadas por essas fazendas para atingirem o nível de ex-celência.

Fazenda A – 3.000 vacas Holandesas em produção, com média de 44 quilos. Algumas recomendações do ge-rente da fazenda: “Mantenha tudo simples e conheça as pessoas envolvidas em cada atividade, sabendo por que ela precisa ser realizada.” “Tenha certeza de que o confor-to das vacas está acima do adequado. Vacas confortáveis são vacas felizes. Elas produzem leite e emprenham muito bem.” “Tenha certeza de que as dietas das vacas secas e em transição estão corretas. Essas vacas são o futuro da fazen-da. Coloque-as como prioridade”.

Fazenda B – 620 vacas Holandesas em produção, com média de 41 quilos. “Faça exatamente o que o pro-grama de sincronização pede, nem uma hora a mais nem uma hora a menos.” “Sem bons funcionários é impossível alcançar bons resultados.”

Fazenda C – 1.500 vacas cruzadas no leite, com média de 40 quilos. “Empregue bons funcionários, que se preocupem com a sua atividade.” “Os programas de sincro-nização devem ser realizados pelas pessoas que são res-ponsáveis pela inseminação.”

Fazenda D – 625 vacas com média de 43 quilos. “Entendemos que conforto animal, saúde dos cascos, res-friamento, nutrição e cuidado com a vaca recém-parida são essenciais para o sucesso do programa reprodutivo.” “Outro grande motivo para o nosso sucesso reprodutivo é que não colocamos mais vacas do que o nosso free-stall suporta.”

Fazenda E – 90 vacas em sistema de pastejo rota-cionado.

Quando vocês iniciam a inseminação dos ani-mais?

Fazenda A – Após 71 dias pós-parto. Novilhas com

350 quilos ou 12,5 meses.Fazenda B – Após 72 dias pós-parto. Novilhas com

12 meses de idade.Fazenda C – Após 60 dias pós-parto. Novilhas com

13 meses de idade.Fazenda D – Após 70 dias pós-parto para vacas e 80

dias pós-parto para primíparas. Novilhas com 14 meses de idade.

Fazenda E – Utilizamos estação de monta por ser um sistema que depende muito do pasto. Nossas vacas co-meçam a parir no período de fevereiro a abril. Dessa ma-neira, não temos um período obrigatório para inseminação no pós-parto. Nós iniciamos a inseminação em 1º de maio.

Vocês utilizam algum programa de pré-sincroni-zação de cio?

Fazenda A – Sim. Nós iniciamos a sincronização aos 35 DEL (dias em lactação). Utilizamos um programa com duas doses de prostaglandina. Depois, as vacas continuam no ovsynch.

Fazenda B – Sim. Utilizamos uma pré-sincronização que inicia aos 34 DEL com uma dose de prostaglandina. Depois, injetamos mais uma dose no dia 48 e no dia 62.

Fazenda C – Sim. Utilizamos uma pré-sincronização que inicia aos 32 DEL com prostaglandina. Depois, nova-mente aos 46 e 60 DEL.

Fazenda D – Não. Todos os animais recebem pros-taglandina entre 21 e 24 DEL para ajudar a limpar o útero. Não utilizamos um programa formal de pré-sincronização.

Fazenda E – Não.

Vocês utilizam algum programa de sincronização de cio?

Fazenda A – Sim. Depois da pré-sincronização utili-zamos o ovsynch para inseminar todas as vacas entre 71 e 76 DEL. Com isso, temos uma taxa de concepção de 50% ao primeiro serviço e 85% do rebanho prenhe aos 150 DEL.

Fazenda B – Sim. Depois da pré-sincronização inicia-mos o ovsynch, que inclui GnRH, prostaglandina no dia 69, GnRH às 18h no dia 71 e IATF às 10h no dia 72. São che-cadas às sextas-feiras; se estiverem abertas são colocadas

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novamente no ovsynch nas segundas. Todas as vacas são checadas com ultrassom aos 28 dias.

Fazenda C – Sim. Após a pré-sincronização utiliza-mos o ovsynch, que inclui GnRH, prostaglandina aos 67; aos 69 DEL GnRH de manhã; aos 69 DEL inseminamos à tar-de e aos 70 DEL inseminamos de manhã. Temos uma taxa de sincronização de 61%. Todas as vacas abertas durante a checagem do veterinário são colocadas novamente no programa de pré-sincronização e sincronização. As novi-lhas são inseminadas utilizando observação de cio.

Fazenda D – Sim. Todas as vacas em lactação são inseminadas com ovsynch no primeiro serviço. As vacas ini-ciam o programa aos 60 DEL e as primíparas aos 70 DEL. O GnRH é aplicado nos animais na terça-feira de manhã, a prostaglandina sete dias após, na terça-feira de manhã também, e o GnRH é aplicado novamente 48 horas após, na quinta-feira de manhã. A inseminação é realizada na quinta-feira, oito horas após a aplicação de GnRH. Vacas abertas no momento da checagem são ressincronizadas. Se um corpo lúteo estiver presente, o ovsynch é iniciado novamente. Se um corpo lúteo não estiver presente, apli-camos GnRH e iniciamos ovsynch sete dias após. Com estes métodos temos uma taxa de prenhez de 37%, com taxa de concepção de 52%. Aproximadamente 57% das nossas

inseminações são sincronizadas com taxa de concepção de 51%.

Fazenda E – Sim. Iniciamos IATF nas novilhas em 2000, e nas vacas em 2001. CIDR são inseridos nas vacas por um período de 14 dias. Após 19 dias da remoção do CIDR, as vacas são tratadas com prostaglandina; 56 depois, com GnRH e inseminadas 16 horas após. Novilhas funcio-nam da mesma maneira, exceto que encurtamos o interva-lo do CIDR para prostaglandina para 16 dias. Temos taxa de prenhez para as novilhas de 70% a 75% com IATF, e para as vacas, de 55% a 62%.

Como as vacas são observadas em cio?Fazenda A – Todos os lotes que possuem vacas pas-

síveis de entrarem em cio são observados a cada duas ho-ras, por um funcionário.

Fazenda B – Todos os funcionários que trabalham no free-stall possuem uma baia específica e um bloco de anotações para anotar cios. Pintamos as vacas que estão em aberto. Se a tinta for removida é um grande indicador de que o animal está em cio.

Fazenda C – Detecção de cio visual e tinta na cauda até os 200 DEL. O gerente do rebanho anda nos lotes toda manhã e toda tarde para observação de cio. A taxa de de-

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tecção de cio é de 75% no rebanho.Fazenda D – Também pintamos a cauda das vacas

para ajudar na detecção de cio. Nas novilhas utilizamos um plástico que é colado na cauda e este explode, marcando-as quando estão em cio.

Fazenda E – Observamos os animais visualmente para detecção de cio. Depois que as vacas saem da orde-nha e vão para o pasto, uma pessoa observa os animais por uma hora, para detecção de cio.

Vocês utilizam sêmen sexado?Fazenda A – Utilizamos sêmen sexado em 20% do

rebanho. São as melhores vacas. Novilhas são inseminadas duas vezes com sêmen sexado; depois, passam a receber sêmen convencional. Temos uma média de 2.1 serviços por concepção nas novilhas. Primíparas são inseminadas uma vez, com sêmen sexado.

Fazenda B – Utilizamos sêmen sexado nas três pri-meiras tentativas com as novilhas e no primeiro serviço com primíparas. Nas primíparas temos taxa de concepção de 41% com sêmen sexado, contra 52% com sêmen comum. Nas novilhas 44% com sêmen sexado e 55% com sêmen comum.

Fazenda C – Não utilizamos sêmen sexado na fazen-da.

Fazenda D – Utilizamos sêmen sexado nas novilhas nas primeiras duas tentativas. Não utilizamos sêmen sexado nas vacas. Temos taxa de concepção de 48% com sêmen sexado e 64% com sêmen comum nas novilhas.

Fazenda E – Não utilizamos sêmen sexado.

Como vocês determinam prenhes na fazenda?Fazenda A – Vacas são palpadas pelo veterinário a

partir de 42 dias pós-inseminação.Fazenda B – O veterinário passa o ultrassom entre os

dias 29 a 35 pós-inseminação. Também checamos aos 60 e 180 dias.

Fazenda C – Vacas são checadas por ultrassom pelo veterinário entre 35 e 42 dias pós-inseminação.

Fazenda D – Aos 33 dias pós-inseminação o veteri-nário utiliza o ultrassom para detecção de prenhes.

Fazenda E – Iniciamos o ultrassom entre 30 e 32 dias pós-inseminação.

O que vocês fazem com as vacas que têm dificul-dade de emprenhar?

Fazenda A – Vacas-problema recebem GnRH no mo-mento da inseminação. Vacas em aberto no diagnóstico do veterinário recebem CIDR. Desistimos das vacas quando elas atingem um nível de produção que não é rentável.

Fazenda B – Tentamos manter as vacas-problema abaixo de 10% do rebanho. Não temos regras para essas

vacas.Fazenda C – Vacas com cisto recebem CIDR. Qual-

quer vaca com DEL maior que 200 entram em uma lista de “não inseminar”. O descarte desses animais é determinado pela produção.

Fazenda D – Em vacas-problema utilizamos sêmen barato. Utilizamos CIDR em vacas com cisto crônico. Tam-bém temos uma lista de “não inseminar” para vacas em aberto com mais de 200 DEL. Quando a produção destas fica abaixo de 32 quilos elas são consideradas para descarte.

Fazenda E – Não temos muitas vacas-problema. Em geral, temos de 5% a 7% de vacas vazias no final da lacta-ção.

Neste conjunto de perguntas para fazendas com su-cesso em desempenho reprodutivo, mesmo com média aci-ma de 40 quilos, é possível notar alguns pontos em comum:

- as novilhas estão sendo inseminadas mais cedo, aos 12, 13 meses.

- todas as fazendas ou utilizam protocolo para pré-sincronizar ou utilizam protocolo para sincronizar o cio dos animais.

- existe um foco grande em qualidade de mão de obra, principalmente para realização de tarefas relacionadas à reprodução.

É importante destacar que este desempenho repro-dutivo das fazendas entrevistadas acontece por décadas, o que dá ainda mais força para pensar um pouco mais sobre estas ferramentas e aplicar nas fazendas brasileiras.

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A qualidade genética das vacas é fundamental para promover o melhoramento genético do rebanho. No sumário “Avaliação Genética de Vacas” constam informa-ções de mil fêmeas com melhores avaliações para produ-ção de leite. Foram utilizados todos os registros zootéc-nicos, com informações de controle leiteiro e genealogia, disponibilizados pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, oriundos dos criatórios com rebanhos su-pervisionados pelo Serviço de Controle Leiteiro. Os registros de desempenho produtivo de todas as lactações das vacas (85.179 lactações) foram editados para idade ao parto (18 a 240 meses), ano de nascimento (1993 a 2010), ano de parto (1997 a 2012), composição

racial (1/4 a 3/4 H:G, sendo H e G) denotando as raças Holandesa e Gir, respectivamente, causas de encerramen-to da lactação, tamanho do rebanho e grupo contem-porâneo de rebanho-ano de parto, com no mínimo três lactações e a utilização de, pelo menos, dois touros por rebanho-ano. O documento traz ainda o desempenho produtivo das vacas Girolando, controladas em 562 rebanhos colabo-radores do Teste de Progênie, no período de 1997 a 2012. A média geral da produção de leite em até 305 dias foi de 4.265 kg, enquanto as médias de produção total de leite e de duração da lactação foram, respectivamente, 4.592 kg e 290 dias. A idade média ao parto foi de 65 meses.

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Rio Pomba investe emgenética

Larissa Vieira

Para quase 400 pequenos produtores rurais da cida-de mineira de Rio Pomba, a Inseminação Artificial (IA) com sêmen de touros provados para leite tem ajuda-

do a elevar os índices de produtividade das fazendas, mas sem elevar custos. Os criadores recebem gratuitamente as doses de sêmen, que são distribuídas pela Secretaria de Agropecuária e Abastecimento de Rio Pomba. O programa trabalha com touros de várias raças leiteiras, incluindo Giro-lando, e a escolha da genética a ser utilizada fica por conta do produtor. “É uma decisão que precisa ser baseada no tipo de pecuária desenvolvida na propriedade. No caso do Gi-rolando, temos à disposição sêmen de vários graus de san-gue”, explica o secretário de Agropecuária e Abastecimento, Alarcon Mendes Gomes.

Os criadores também recebem assistência técnica para aplicação da IA. A capacitação de novos inseminado-res elevou as taxas de prenhez nos rebanhos assistidos pelo programa. O treinamento envolveu profissionais da região, além de produtores e seus filhos, que receberam equipa-mentos necessários para trabalhar com a tecnologia. Segun-do o secretário, a medida também teve como objetivo a re-dução do êxodo rural, principalmente entre os jovens.

O projeto coloca os pecuaristas de Rio Pomba no res-trito grupo de usuários da IA. Atualmente no Brasil somente 10% do rebanho nacional é inseminado, apesar da técnica estar disponível no mercado interno desde a década de 70. Na raça Girolando, as vendas de sêmen vêm crescendo a cada ano, apresentando evolução de mais de 80% entre 2010 e 2012. Além de padronizar características do rebanho, a inseminação permite o melhoramento genético do plantel de forma mais rápida e a baixo custo, através da utilização de sêmen de reprodutores provados para a produção de leite. Outras vantagens são: controle de doenças, controle zootécnico do rebanho, redução da dificuldade em partos e aumento do número de descendentes de um touro. En-quanto por monta natural um touro pode ter de 120 a 400 filhos, durante sua vida útil, com a inseminação o número de

filhos pode superar os 100.000. No caso de Rio Pomba, o secretário Alarcon Mendes

Gomes garante que o melhoramento genético do rebanho municipal é visível. “Criamos até um certificado de genealo-gia para os animais, para atestar a qualidade genética dos rebanhos assistidos pelo programa. A fêmea recebe uma tatuagem na orelha, com número sequencial. Também são tiradas fotos do bezerro, da mãe e do pai para incluir no cer-tificado. Essa medida foi tomada porque algumas pessoas estavam vendendo animais de má qualidade e alegando que eram do projeto. O próximo passo será registrar os animais na Girolando”, diz Gomes. Segundo ele, a Associação dos Produtores do Vale do Rio Pomba deve se associar à Girolan-

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do ainda neste ano.Paralelo ao programa de insemina-

ção, a prefeitura subsidia a produção de alimento para o gado. O plantio de milho para silagem é feito na área do produtor, mas ele paga apenas 25% do valor do alu-guel do trator. A outra parte é paga pela prefeitura. A compra da semente de milho para plantio e de adubos ainda é feita de forma coletiva para reduzir custos. Um téc-nico da Emater/MG presta assistência téc-nica aos produtores para garantir o plantio correto do milho. Outra ajuda é na parte sanitária. A vacinação das bezerras contra brucelose é gratuita e um médico veteriná-rio presta assistência no manejo sanitário dos rebanhos.

Outra forma de melhorar a assistên-cia técnica na região foi a parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet). Alunos do Ifet auxiliam os produtores na adoção de técnicas que per-mitem aumentar a qualidade do leite pro-duzido, especialmente em relação à parte sanitária.

Neste ano Rio Pomba terá sua in-dústria do leite ampliada. Será instalada na cidade uma unidade dos Laticínios Porto Alegre, com capacidade para produzir 70 mil litros de leite por dia. Há expectativa de que o aumento da concorrência pelo leite dos produtores locais promova melhora do preço do leite pago na região.

Secretário de Agricultura de Rio Pomba, Alarcon Mendes Gomes

Área de plantio de milho usado para silagem do gado

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Leite instável não ácido (Lina)

Priscilla Fernandes de FariaPrograma de Pós-graduação em Prod. Animal – Univ. Federal do Rio Grande do Norte

Adriano Henrique do Nascimento RangelLaboleite – Univ. Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Kivya Dias de AndradePrograma de Pós-graduação em Produção Animal – Univ. Federal do Rio Grande do Norte

Rodrigo Coutinho MadrugaPrograma de Pós-graduação em Produção Animal – Univ. Federal do Rio Grande do Norte

Rayssa Maria BezerrilLaboleite – Univ. Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Dorgival Morais de Lima JúniorUniv. Federal de Alagoas – Campus Arapiraca

O conhecimento da composição do leite é essencial para a determinação da sua qualidade, pois defi-ne várias propriedades sensoriais e industriais. Os

parâmetros de qualidade são cada vez mais utilizados para detecção de falhas nas práticas de manejo, servindo como referência na valorização da matéria-prima.

A indústria laticinista está munida de diferentes mé-todos para medir a qualidade do leite. Alguns testes de plataforma, como a prova do álcool 72% e o teste de Aliza-rol são utilizados para identificar leites com propriedades físico-químicas alteradas.

O teste do álcool é utilizado pelas indústrias lácte-as para avaliar a estabilidade térmica da caseína do leite. A baixa estabilidade da caseína apresenta implicações nos processamentos térmicos (como pasteurização e esteriliza-ção) bem como na produção de derivados como queijos e

iogurtes.Resultados positivos ao teste do álcool levam à for-

mação de grumos no leite, que correspondem à precipi-tação da caseína e podem ocorrer devido à redução de pH do leite. Em leites de baixo padrão de higiene (elevada contagem bacteriana total) ou armazenados por longos períodos em tanques de expansão, a redução no pH é de-rivada da ação microbiana sobre a lactose, convertendo-a em ácido lático. A queda no pH do leite altera o ponto isoelétrico das caseínas, tornando essas proteínas menos termoestáveis.

O fato é que nem todo leite reprovado no teste do álcool apresenta risco microbiológico, ou seja, possui aci-dez proveniente da ação microbiana; este é o caso do leite instável não ácido (Lina). O Lina é definido, portanto, como o leite que apresenta perda da estabilidade da caseína ao

Figura 1 - Reação negativa (esquerda) e positiva (direita) ao teste do álcool.

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teste do álcool, sem apresentar alteração no pH. Esta ocor-rência causa significativos prejuízos a toda cadeia produti-va, pois o leite é rejeitado ou subvalorizado pela indústria, visto que não é considerado apto ao processo de benefi-ciamento, levando a um baixo rendimento quando usado em laticínios (Oliveira et al., 2011).

Devido essa miríade de fatores, o Lina é bastante prevalente. Estudos nacionais relatam incidência que varia de 30% a 68%, sendo valores mais elevados associados a rebanhos do sul e sudeste do Brasil (Zanela et al., 2006).

Diante deste problema, objetivou-se tecer alguns comentários sobre o Lina, a fim de reduzir sua prevalência e alertar a cadeia produtiva do leite.

Causas do LinaOs produtores comumente não compreendem o que

reduz a estabilidade do leite e, erroneamente, a associam apenas à acidez excessiva. O Lina apresenta causas multi-fatoriais que não estão completamente elucidadas, sendo conhecidas as relacionadas ao manejo (alimentação, clima, relação homem-animal), ao animal (suscetibilidade ao es-tresse, potencial produtivo, estádio da lactação, sanidade, problemas digestivos e metabólicos, frações da caseína) entre outros (Zanela et al., 2009). Contudo, os estudos têm mostrado que os fatores nutricionais são os de maior im-portância na ocorrência de Lina.

Diversos fatores nutricionais podem ser apontados como predisponentes à ocorrência do Lina, a saber: dietas ricas em cálcio, mudanças bruscas na alimentação, restri-ção alimentar, desequilíbrios nutricionais. Todos estes fato-res são recorrentes, em maior ou menor escala, em fêmeas bovinas no pós-parto e em pico de lactação, justificando a elevada prevalência do Lina em fêmeas em terço inicial de lactação.

Além dos fatores nutricionais, temos que os proces-sos inflamatórios da glândula mamária aumentam a con-centração de plasmina no leite, cuja ação catalítica sobre a caseína leva à diminuição da estabilidade do leite.

Além disso, sabe-se que a ocorrência de leite instá-vel não ácido é maior em bovinos com alto potencial gené-tico. No contexto de raças, Botaro et al. (2007) registraram maior predisposição de Lina na raça Girolando em compa-ração a animais da raça Holandesa.

Efeitos do Lina na composição do leiteA composição do leite sofre efeitos intrínsecos e ex-

trínsecos. Os resultados de alteração na composição do lei-te pelo fenômeno do Lina são pouco consistentes.

A gordura, por exemplo, apresenta médias significa-tivamente maiores no leite instável não ácido que no leite normal. Enquanto para a lactose, o Lina apresenta teores mais baixos. Quanto aos níveis de proteína, pode haver re-dução ou aumento dos teores no Lina em relação ao leite normal. Acredita-se que a diminuição da proteína esteja associada à redução da caseína do leite, devido a menor disponibilidade de nutrientes da dieta.

As diferenças nas concentrações médias de compo-nentes do leite também podem estar associadas às alte-rações nas concentrações dos ácidos graxos voláteis pro-duzidos no rúmen, causadas por variações na ingestão de volumosos ou devido a alterações na proporção concen-trado/volumoso.

Apesar de serem citadas algumas alterações físico-químicas em estudos com Lina, nenhum aponta valores dos constituintes do leite fora dos padrões exigidos pela legisla-ção (IN 62) e, portanto, não há justificativa para a rejeição do leite instável não ácido pelas indústrias ou a penalização dos produtores que fornecerem este tipo de amostra.

Referências bibliográficas

BOTARO, B.G.; LIMA, Y.V. R.; AQUINO, A.A.; et al. Polimorfismo da beta lactoglobulina não afeta as características físico químicas e a estabilidade do leite bovino. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, p.747 753, 2007.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n˚62, de 29 de dezembro de 2011. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 30 dez. 2011. Seção 1.

OLIVEIRA, C.A. F.; LOPES, L.C.; FRANCO, R.C.; et al. Composição e características físico‑químicas do leite instável não ácido recebido em laticínio do Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.12, n.2, p.508-515, abr/jun, 2011.

ZANELA, M. B.; FISCHER, V.; RIBEIRO, et al. Leite instável não‑ácido e composição do leite de vacas Jersey sob restrição alimentar. Pesquisa Agro-pecuária Brasileira, v.41, p.835-840, 2006.

ZANELA, M.B.; RIBEIRO, M.E.R.; FISCHER, V.; et al. Ocorrência do leite instável não ácido no noroeste do Rio Grande do Sul. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.61, p.1009-1013, 2009.

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Dra. Poliana de Castro MeloProfª Doenças Infecciosas e Parasitárias UESC

Médica VeterináriaJurada Efetiva Girolando e ABCZ

[email protected]írus da Língua Azul em RuminantesA Língua Azul é uma doença re-emergente que causa

aborto em vacas, queda do desempenho reprodu-tivo, perda de condição corporal e redução na pro-

dução de leite. A ocorrência dessa doença está relacionada à presença de vetores transmissores. No Brasil, apesar da existência de poucos estudos sobre a ocorrência dos vetores dessa doença, levantamentos sorológicos indicam a circula-ção do vírus da Língua Azul em rebanhos bovinos.

A Língua Azul (LA) é uma enfermidade viral transmis-sível que afeta os ruminantes domésticos e selvagens, cujos vetores são hematófagos, do gênero culicoides (“mosquito-pólvora”). Caracteriza-se por estomatite catarral, rinite, ente-rite e claudicação devida à inflamação das bandas coronárias e das lâminas sensoriais dos cascos. Até hoje, 25 sorotipos do vírus foram reportados em vários países localizados nas áreas tropicais e subtropicais.

A primeira descrição da enfermidade foi feita na Áfri-ca do Sul, no ano de 1876, e foi denominada, por Hurtcheon, em 1881, “Epizootia catarral das ovelhas” (Erasmus, 1975). A sintoma-tologia clínica observada nos ruminantes é: inflamação e congestão das muco-sas, cianose, edema e ulceração. Em 1902, ainda sem conhecer a etiologia, Spreull propôs o nome Língua Azul para esta entidade patológica devido à inflamação da língua e da mucosa oral que apresentam uma coloração roxa escura ou azulada.

Agente etiológicoO vírus da Língua Azul (BTV)

é um Orbivirus da família Reoviridae. O genoma do BTV é constituído por 10 segmentos de RNA fita dupla: sete codifi-cam proteínas estruturais e três codificam proteínas não es-truturais. São mundialmente reconhecidos 24 sorotipos do BTV sorologicamente distintos, denominados BTV-1 a BTV-24, e não se sabe exatamente como os diferentes sorotipos se manifestam clinicamente. Em países onde a doença é in-comum, normalmente um único sorovar é reconhecido em um surto, porém em áreas onde a doença é

comum, podem ser encontrados diferentes sorotipos em um mesmo surto (Gibbs & Greiner, 1994; Osburn, 1994a; Breard et al., 2004; Aradaib et al., 2005).

A incidência da doença clínica é altamente variável. A taxa de mortalidade e a severidade dos sinais clínicos são influenciadas pela espécie, raça e idade do animal infectado, pelo status imunológico do animal, pelo sorotipo e amostra do BTV e por interações com o meio ambiente. O BTV pode causar doença severa em certas raças de ovinos e em alguns cervídeos, mas raramente causa doença em bovinos, capri-nos e na maioria dos ruminantes selvagens.

Em bovinos os surtos são esporádicos, a morbidade variável (geralmente em torno de 5%) e a mortalidade muito baixa ou nula (Lobato, 1999). Entretanto, as principais con-sequências da infecção pelo BTV, tanto para bovinos quanto para ovinos, são as perdas indiretas devido ao aborto, à que-

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da do desempenho reprodutivo, à perda de condição corporal e à queda na produção de leite (para bovinos) ou convalescença prolongada (para ovinos). A restrição internacional de movimentação animal e seus germo-plasmas é outra causa importante de perda econômica relacionada ao BTV.

Sinais clínicosQuando se observam sinais clínicos nos bovinos,

estes são menos graves do que nos ovinos e se caracte-rizam por febre, salivação, edema dos lábios, corrimen-to nasal com lesões ulcerativas da língua e cavidade oral Infecção aguda em touros é associada com infertilidade transiente (Osburn, 1994 a, b).

Laender (2002) menciona a seguinte disposição de sintomas mais frequentemente registrados em sur-tos de Língua Azul, em bovinos: manqueira, febre, foci-nho com secreções ou crostas, salivação excessiva, hipe-remia ou cianose nos lábios, língua ou focinho, queda na produção de leite, lacrimejamento, hiperemia podal, edema nas patas, úlceras podais, pêlos secos, perda de pêlos, feridas nas tetas, olhos hiperêmicos ou inflama-dos, tetas hiperêmicas, olhos manchados ou ulcerados, edema na língua, desprendimento dos cascos. A autora cita ainda que a forma aguda da doença em bovinos apresenta sintomatologia semelhante à da Febre Aftosa e, ao contrário dos ovinos, a distribuição das lesões na mucosa, causadas pelo BTV em bovinos, não pode ser utilizada para diferenciar a Língua Azul da Febre Aftosa.

Muitos bovinos acometidos também apresentam lesões ulcerativas na língua, lábios, coxim dentário e fo-cinho. Coronite grave, algumas vezes com esfacelo do casco, pode ocorrer. Algumas vacas apresentam foto-dermatite e lesões nas tetas. Exsudado serossanguino-lento pode aparecer nas narinas e um corrimento nos olhos. Contração da infecção durante o início da gesta-ção pode causar abortamento ou deformidades congê-nitas, como hidranencefalia, microcefalia, curvatura dos membros, cegueira e deformidade da mandíbula.

DiagnósticoNos bovinos, a baixa morbilidade faz com que o

diagnóstico clínico seja praticamente impossível. Além disso, para diferenciá-la de outras enfermidades com características clínicas similares é necessária a confirma-ção laboratorial. Um diagnóstico conclusivo de Língua Azul requer estudos sorológicos e o isolamento e iden-tificação do agente.

Controle da doença e prevençãoAs medidas de controle para a Língua Azul ba-

seiam-se na ação sobre o vetor, na vacinação e nas bar-reiras criadas para evitar a movimentação de animais e de sémen, óvulos/embriões e materiais patológicos contaminados.

Tentativas de controle por meio da redução da

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infecção consistem em reduzir o risco de exposição a culicoi-des infectados e reduzir o número de culicoides. Nenhuma é particularmente eficaz. A redução do risco de exposição é tentada pulverizando bovinos e ovinos com repelentes e inseticidas e confinando os ovinos à noite.

Por causa da preferência de certos culicoides pelos bovinos como hospedeiros, os bovinos que vivem em pro-ximidade íntima com ovinos atuam com iscas do vetor. O ciclo vetor-bovino geralmente é mantido, porém, quando a população do vetor cresce muito, a infecção é transmitida a outras espécies, como por exemplo, os ovinos.

A pulverização disseminada para o controle de culi-coides não é geralmente prática e apresenta apenas um efeito em curto prazo. Há uma alta mortalidade nos culicoi-des que se alimentam nos bovinos tratados com uma dose anti-helmíntica padrão de ivermectina e por um efeito lar-vicida no esterco transferido para 28 dias seguintes para os culicoides que se reproduzem no esterco.

A vacinação é o único procedimento de controle sa-tisfatório, uma vez que a doença tenha sido introduzida em uma área. A vacinação não elimina a infecção, mas é bem sucedida em manter as perdas a um nível muito baixo, desde que a imunidade a todas as cepas locais do vírus seja atingi-da. As vacinas atuais são vacinas de vírus polivalente atenua-do, estando em uso na África do Sul e Israel, sendo, também, disponíveis em outros países. As reações a vacina são leves, mas os ovinos não devem ser vacinados dentro de três se-manas de cruzamento, visto que frequentemente resulta em anestro. A revacinação anual um mês antes da ocorrência esperada da doença é recomendada. A imunidade está pre-sente dez dias após a vacinação; desta forma, a vacinação precoce durante um surto pode, substancialmente, reduzir as perdas. Os cordeiros de mães imunes podem ser capazes de neutralizar o vírus atenuado e falhar em serem imuniza-dos, e cepas a campo podem superar a imunidade passiva. Por isso, nas áreas enzoóticas, ela pode ser necessária para adiar o parto, até passar o maior perigo da doença, e os cordeiros não devem ser vacinados até duas semanas após o desmame. Os carneiros devem ser vacinados antes do pe-ríodo de acasalamento.

As vacinas vivas atenuadas não devem ser usadas nas ovelhas prenhes por causa do risco de deformidade nos cor-deiros ou de morte embrionária. O período de maior risco

é entre a quarta e a oitava semanas de gestação, ocorrendo a incidência mais alta de deformidades quando a vacinação é realizada nas ovelhas prenhes por cinco a seis semanas. A incidência de deformidades pode chegar até 13%, com mé-dia de 5%. Os abortamentos não ocorrem, embora alguns cordeiros nasçam mortos.

A preparação e o uso de vacinas atenuadas contra o VLA são problemáticos. Os epítopos neutralizantes são al-tamente conservados em alguns sorotipos, sendo, porém, bastante maleáveis sobre os outros (MacLachlan et al, 1992). Por isso, é necessário monitorar continuamente a identidade e a prevalência dos sorotipos que precisam fazer parte da vacina.

Referências bibliográficasCOSTA, J.R.R.; LABATO, Z.I.P.; HERRMANN, G.P.; LEITE, R.C.; HADDAD, J.P.A. Prevalência de anticorpos contra o vírus da língua azul em bovinos e ovinos do sudoeste e sudeste do Rio Grande do Sul. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.58, n2, p. 273-275, 2006.LAENDER, J.O. Língua azul em rebanhos de ovinos e caprinos em três mesorregi-ões de Minas Gerais: análise da evidência clínica e sorológica e identificação de Culicoides sp. 2002, 92p. Dissertação (Mestrado) – Univ. Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002.MURRAY, P.K.; EATON, B.T. Vaccines for bluetongue. Australian Veterinary Journal, v.73, n.6., p.207-210, 2006.OIE - Office International des Epizooties. Manual of standards for diagnostic tests and vaccines, 2000. 4 ed. Disponível em:html://www.oie.int/esp/normes/mcode/E_summry.htm>. Acesso em: outubrode 2002.RADOSTITS, O.M.; GAY, C.C.; BLOOD, D.C.; HINCHCLIFF, K.W. ClínicaVeterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equi-nos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1737p.TOMICH, R.G.P et al. Epidemiologia do Vírus da Língua Azul em Rebanhos Bovinos. Em-brapa, Corumbá-MS. Disponível em: www.cpap.embrapa.br. Acessado em: 08/09/2013.

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Marcello A. R. CembranelliCoordenador Operacional do PMGG

Eu uso, Eu confio, Eu recomendo!!!

Em continuidade com a divulgação dos touros, com sêmen disponível e prova-do pelo Sumário de Touros Girolando/Embrapa Gado de Leite. Nesta edição apresentamos mais três importantes reprodutores da raça, onde procuramos

de uma forma simples e didática, auxiliar nossos criadores sobre a utilização do touro Girolando Provado em seu rebanho. É importante que o criador conheça e utilize os touros provados em seu rebanho, ou na maior parte dele, e deixe uma pequena porcentagem do rebanho para os touros que ainda se encontram em processo de avaliação.

A ordem de divulgação será de acordo com o Sumário de touros. Esta inicia-tiva tem o apoio do Fundo de Investimento do Teste de Progênie.

Ocidente London do Morro - RGD nº 1065 - Touro 5/8 Hol + 3/8 Gir, provado, pertencente ao 8º grupo do teste de pro-gênie, filho de Londondale Lman Magnum ET, touro Holandês provado. Sua mãe Sevi-lha Ocidente do Morro, vaca 1/4 Hol + 3/4 Gir, possui lactação de 6.978,58 Kg de leite em 365 dias e PTA Leite de 393 Kg com confiabilidade de 91%. Produz filhas com boa profundidade e

comprimento corporal, garupas altas, compridas e largas. Oci-dente possui PTA leite de 237 kg.

Índio Windstar Ser-tão - RGD nº 0955 - Touro 5/8 Hol + 3/8 Gir, provado, per-tencente ao 8º grupo do teste de progênie, com PTA Leite de 83 Kg e confiabilidade de 80%. Índio é filho de Dupasquier Win-

dstar, um dos principais reprodutores da raça holandesa e que muito contribuiu na formação do Girolando. Sua mãe Angra Sertão, vaca 1/4 Hol + 3/4 Gir, possui lactação de 5.900,61 Kg de leite em 365 dias, e avaliação positiva para produção de leite de 472 kg com 74% de confiabilidade. Índio produz filhas com excelente profundidade torácica e bom comprimento corporal, apresentam garupas largas, com úbere posterior alto e tetos curtos.

Diamante Billy da Cacá – RGD nº 0754 - Touro 3/4 Hol + 1/4 Gir, provado, perten-cente ao 8º grupo do teste de progênie, com PTA leite de 235 Kg. Diamante é filho

do reprodutor Billy Fancy Paul Y touro Girolando 3/4 Hol + 1/4 Gir provado para leite e que muito contribuiu para raça. Sua mãe Lira Boagy da Cacá, matriz Girolando 3/4 Hol + 1/4 Gir, que possui lac-tação de 10.728,95 Kg de leite em 365 dias e PTA Leite de 1055 Kg e confiabilidade de 88%. As filhas de Diamante apresentam ótima capacidade e pro-fundidade corporal, garupa comprida e com boa largura, úberes posteriores altos e largos.

Para outras informações e acasalamentos consulte sempre os técnicos da Girolando. Nas pró-ximas edições, iremos falar um pouco sobre as ca-racterísticas dos touros em avaliação e com sêmen disponível. Aguardem!

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2ª Pré-Seleção de Touros terá avaliação de temperamento

Com a expectativa de novo crescimento nas vendas de doses de sêmen da raça Girolando, os produto-res de touros trabalham para ampliar, em 2014, a

oferta de animais com avaliação genética positiva. Neste ano a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando teve de ampliar o número de animais participantes da segunda edição da Pré-Seleção de Touros para suprir a grande pro-cura por uma vaga na prova. Participam 76 reprodutores pertencentes a fazendas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia.

A entrada dos animais ocorreu em fevereiro. A pro-va, que acontece no Centro de Performance Girolando, em Uberaba (MG), vai até junho. Todos os touros serão ava-liados em relação à fertilidade e temperamento. Apenas aqueles com melhor desempenho poderão seguir para o Teste de Progênie, prova zootécnica que avalia se o re-produtor consegue transmitir à progênie a capacidade de produzir leite em grande quantidade e com qualidade. O resultado será divulgado em julho, durante a MEGALEITE 2014.

A novidade da segunda edição da Pré-Seleção é a realização de testes de temperamento para avaliar a influ-ência desta característica no desempenho reprodutivo dos bovinos. A pesquisa é conduzida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo ETCO) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp Jaboticabal, sob a coordenação do professor Mateus Para-nhos. Entre as medições que serão realizadas, estão o nível de estresse no momento da coleta de sêmen e o compor-tamento dos reprodutores.

Os touros ainda passarão por avaliações de fertili-

dade. Na parte reprodutiva, será verificada a capacidade de congelamento e descongelamento do sêmen, a quanti-dade de espermatozóide produzido e se algum apresenta defeito. Na parte de sanidade, será testado se o animal tem alguma doença reprodutiva. Além disso, serão observados: libido, desempenho do ganho médio diário, temperamen-to, aptidão reprodutiva, termotolerância. Todos passarão por exames andrológicos e mensuração de Perímetro Es-crotal, que serão conduzidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). A entidade tam-bém ficará a cargo do manejo da pastagem da área onde os touros estão alojados. As avaliações genéticas dos da-dos coletados ficarão a cargo da Embrapa Gado de Leite.

Marketing do touro Girolando

O Comitê Gestor do Fundo de Investimento do Teste de Progênie se reuniu em fevereiro, para definir o planejamento para 2014. Serão feitas no-vas ações de marketing para divulgar a qualidade dos touros Girolando no mercado nacional, como: a produção de um vídeo institucional e a confecção de materiais promocionais (bonés, camisetas, cane-tas, etc.) para distribuição. Ficou definido, também, que serão contratados um técnico e uma secretária para atender o Teste de Progênie e será adquirido um veículo para distribuição de sêmen. Durante a reunião foi feita a prestação de contas de 2013, do Fundo. Entre os investimentos realizados no ano passado estão o Centro de Per-formance Girolando, onde ocorre a Pré-Seleção de Touros e os materiais promocionais.

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Informações Importantes!

Regimento Interno do Colégio de Jurados da Raça Girolando (CJRG) – Versão 2013

A Associação Brasileira dos Criadores de Giro-lando, no início de fevereiro deste ano, rece-beu um comunicado do Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apro-vando o novo Regimento Interno do Colégio de Jurados da Raça Girolando (CJRG) – Versão 2013, documento que foi atualizado pelo Con-selho Deliberativo Técnico (CDT), gestão 2011-2013, em sua última reunião, realizada em 07 de novembro de 2013. O novo documento foi elaborado pelo CDT com muito critério, promovendo a modernização de conceitos e procedimentos, visando valorizar o jurado e, principalmente, as exposições oficializadas pela Girolando, além de dar mais credibilidade e visibilidade aos trabalhos realizados. Com a aprovação do documento, foi promovida pela Superintendência Técnica uma atualização do

Regulamento de Exposições Oficializadas da Raça Girolando, Ranking 2013-2014, contemplando todas as modificações realizadas no Regimento Interno do CJRG. As novas versões do Regimento Interno e do Regulamento de Ex-posições Oficializadas estão disponíveis no site www.girolando.com.br.

4º Seminário de Revisão, Atualização e Harmonização dos Critérios de Julgamento da Raça Girolando

A cada dois anos a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, através do seu Colégio de Jurados, promove o Seminário de Revisão, Atualização e Harmonização dos Critérios de Julgamento da Raça Girolando. Em 2014, será realizada a 4ª edição do Seminário, nos dias 11 e 12 de março, em Ubera-ba-MG. Participam do evento todos os jurados efetivos credenciados pelo CJRG, que atuam em várias regiões do país. O principal objetivo do evento é padronizar cada vez mais os critérios de julgamento e promover a moder-nização dos conceitos técnicos de seleção, fazendo com que os resultados sejam cada vez mais utilizados pelos criadores nos rebanhos, não como uma ferramenta de seleção, mas como forma de orientação ao trabalho que está sendo desenvolvido no campo. Mais informações sobre o Seminário do CJRG poderão ser obtidas através do telefone (34) 3331-6000, junto ao Departa-mento Técnico da Girolando.

Atualização Técnica Nacional do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando – 2014

Como de costume, logo após o Seminário do CJRG, a Girolando irá promover nos dias 13 e 14 de março, também em Uberaba-MG, a Atualização Técni-ca Nacional do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando – 2014. Estarão presentes no evento todos os técnicos responsáveis por executar os registros genealógicos em todo o país. Neste ano, os assuntos abordados te-rão como objetivos melhorar a qualidade dos atendimentos técnicos, ampliar os serviços prestados e os registros realizados, além de promover a informa-tização total dos procedimentos para registro dos animais no campo. Após a Atualização, todos os registros genealógicos realizados pelos técnicos da Girolando serão executados em equipamentos do tipo tablet, dando mais agilidade e credibilidade ao registro genealógico. Mais informações sobre a Atualização Técnica poderão ser obtidas através do telefone (34) 3331-6000, junto à Superintendência Técnica da Girolando.

Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico da Girolando

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Girolando na ColômbiaA Fazenda San Marcos, localizada na Colômbia, registrou o nascimento de animais com a genética Girolando, oriunda do Brasil. Em janeiro, nasceu a primeira filha de THOR FIV da Prata JAC 5/8, touro de propriedade de José Antônio da Silva Clemente. Segundo o gerente de Produto Leite Tropi-cal da Semex, Christian Milani, este é o resultado da grande procura pela genética brasileira. “Já faz algum tempo que os criadores da América Latina perceberam a importância de investir no Girolando. A utilização da raça vem aumentando muito e já é realidade em várias fazendas da Colômbia.”

PerdaFaleceu no dia 10 de janeiro de 2014 Roberto Junqueira Afonso, pai do técnico da Girolando André Nogueira Jun-queira. Ele tinha 54 anos e vivia na cidade de Oliveira (MG).

Soro do leiteO soro do leite de vaca é uma alternativa eficaz e mais ba-rata para alimentação dos rebanhos de ovinos no Ceará. É o que comprova o trabalho que pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) têm feito na região de Mo-rada Nova, distante 167 km de Fortaleza. De acordo com a

pesquisadora Luciana Shiotsuki, o soro, que é um subpro-duto rico em proteína, porém muitas vezes descartado pela indústria leiteira, tem sua utilização na dieta dos cordeiros e pode reduzir os custos de produção.

Mapa da produçãoDe 1980 a 2012, a produção brasileira de leite quase tri-plicou. Em 1980, havia alta concentração da produção no Sudeste e os principais Estados produtores eram Minas Ge-rais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em 2012, a liderança de Minas Gerais continuou inalterada, mas a segunda e a terceira posições ficaram com Rio Grande do Sul e Paraná, respectivamente. A produção por região está mais equilibra-da, com maior participação do Norte (5,1%), Sul (33,2%) e Centro-Oeste (14,9%) e queda do Sudeste (35,9%) e Nor-deste (10,8%).

RBCOs touros da raça Girolando vem comprovando sua evolu-ção genética. Exame andrológico feito pelo médico veteri-nário, Fernando José R. Cardoso, em tourinho da marca RBC apontou dados excelentes de fertilidade. Segundo ele, os dados de fertilidade do Girolando ¾ RBC ELMO foi o melhor andrológico de que se lembra nos últimos anos. No laudo emitido no final do ano passado, consta que o animal tinha: Idade de 32 meses. Consistência testicular (1 a 5): 5. Volume: 11 ml. Concentração (espermatozoides / ml): 510 milhões. Motilidade : 100%. Turbilhonamento (0 a 5): 5. Vigor (0 a 5): 5. Total de anormalidades: 9%. O RBC Elmo foi vendido em feira do Pró-Genética, em Itapagipe, no final de 2013.

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Nome Cargo e/ou Setor Email Telefone

Leandro Paiva Zootecnista - Superintendente Técnico do SRGRG [email protected] (34) 3331-6000Marcello Cembranelli Médico Veterinário - Sup. Técnico Substituto do SRGRG [email protected] Coordenador Operacinal do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Euclides Prata Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-3965Fernando Boaventura Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9248-0302Jesus Lopes Júnior Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9134-8666José Renes Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-7882Juscelino Ferreira Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9978-2237Limírio Bizinotto Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-2820Edivaldo Júnior Técnico Agrícola - Técnico do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Maurício Bueno Zootecnista - Técnico do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Gustavo Gonçalves Zootecnista - Técnico do PMGG [email protected] (34) 3331-6000Sérgio Esteves Eng. Agrônomo - Departamento de Exposições e Ranking [email protected] (34) 3331-6000Edlaine Boaventura Coordenadora Operacional da STA [email protected] (34) 3331-6000

Setor E-mailSecretaria Executivo da Diretoria [email protected] Secretaria Executiva [email protected] [email protected] Executiva do Departamento Técnico [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]ógico [email protected] Executiva [email protected] Leiteiro [email protected] / Teste de progênie [email protected]ência Administrativo e Financeiro [email protected] [email protected] [email protected] a pagar [email protected]ça [email protected] [email protected] Humanos [email protected] [email protected]ência de Tecnologia da Informação [email protected] Girolando [email protected]

ETR-BH (Belo Horizonte) Avenida Amazonas, 6020 – Parque da Gameleira – Belo Horizonte/MG – CEP 30510-000Jesus Lopes Júnior Coordenador Técnico [email protected] (34) 9134-8666André Junqueira Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (37) 9964-8872Nilo do Valle Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (31) 9954-7789Gislaine Ribeiro Secretária [email protected] (31) 3334-5480

ETR-RJ/ES (Itaperuna) Avenida Presidente Dutra, 1099 – Cidade Nova – Itaperuna/RJ – CEP 28300-000Fernando Boaventura Coordenador Técnico [email protected] (34) 9248-0302Érico Ribeiro Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (28) 9939-1501Lucas Facury Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (22) 9862-8480Ariane Fernandes Secretária [email protected] (22) 3822-3255

ETR-SP (Jacareí) Av. Nove de Julho, 745 – Jardim Pereira do Amparo – CEP 12327-682Euclides Prata Coordenador Técnico [email protected] (34) 9972-3965Samuel Bastos Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (12) 8120-0879Márcia Keli Secretária [email protected] (12) 3959-7292

ETR-GO/DF (Goiânia) Rua 250, s/n – Sala 5 – Setor Nova Vila – Goiânia/GO – CEP 74653-200Limírio Bizinotto Coordenador Técnico [email protected] (34) 9972-2820Bruno Viana Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (62) 8212-2984Wanessa Silva Secretária [email protected] (62) 3203-5813

ETR-MS (Campo Grande) Rua Américo Carlos da Costa, 320 – Jardim América – Campo Grande/MS – CEP 79080-170Juscelino Ferreira Coordenador Técnico [email protected] (34) 9978-2237Dagmar Rezende Médico Veterinário [email protected] (67) 9679-3440Paola Rodrigues Secretária [email protected] (67) 3342-9287

ETR-NE (Recife) Rua Costa Maia, 300 – Sala 114 – Cordeiro – Recife/PE – CEP 507011-360Pétros Medeiros Méd. Veterinário - Técnico do SRGRG [email protected] (81) 9938-0070Janaina Santos Secretária [email protected] (81) 3032-3981

ETR-BA (Feira de Santana)Gabriel Khoury Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 3331-6000

Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: [email protected]

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