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Nova Petrópolis 2015 FACULDADE CENECISTA DE NOVA PETRÓPOLIS – FACENP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CARINE REISNER PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DO REGIME TRIBUTÁRIO PARA A EMPRESA HORTIFRUTI

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Nova Petrópolis 2015

FACULDADE CENECISTA DE NOVA PETRÓPOLIS – FACENP

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CARINE REISNER

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DO REGIME TRIBUTÁRIO PARA A

EMPRESA HORTIFRUTI

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Nova Petrópolis 2015

Carine Reisner

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DO REGIME TRIBUTÁRIO PARA A EMPRESA HORTIFRUTI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis da Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Esp. Márcio Schumann dos Santos

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CARINE REISNER

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DO REGIME TRIBUTÁRIO PARA A EMPRESA HORTIFRUTI

Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis no Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis.

Data de Aprovação: 09/12/2015 Banca Examinadora: ___________________________________________ Prof. Esp. Márcio Schumann dos Santos Orientador Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis ___________________________________________ Prof. Ma. Gisela Schaffer Presidente da Banca Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis ___________________________________________ Prof. Esp. Gustavo Fantoni Secretário da Banca Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis

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DEDICATÓRIA

A minha família, base da vida, especialmente aos meus pais, Sérgio e

Neusa, que estão sempre presentes e não mediram esforços para que

eu alcançasse esse objetivo.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus, que me deu força e coragem para persistir e

concluir essa etapa.

Aos meus pais, Sérgio e Neusa, pelo amor incondicional, incentivo,

apoio e por sempre acreditarem no meu potencial.

À minha família e amigos, pela compreensão e carinho.

Aos meus colegas e amigos da Exata Contabilidade, que

acrescentaram esperança e iluminaram a minha caminhada.

Aos meus amigos da FACENP, pela convivência que tanto auxiliou

no meu amadurecimento.

Ao professor e orientador, Márcio Schumann dos Santos, pelos

ensinamentos, pela paciência, confiança e todo suporte durante a

minha jornada acadêmica, em especial no desenvolvimento deste

trabalho.

Aos professores e demais funcionários da FACENP, pelo ambiente

dinâmico, criativo e amigável. Assim, como a instituição, por todas as

ferramentas que me permitiram ter a oportunidade de crescimento

para concluir o valioso ciclo de maneira satisfatória.

E a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para concretizar

essa conquista.

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“Existe só uma maneira de se evitar as críticas: não fazer nada, não dizer nada e não ser nada.”

Aristóteles

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RESUMO

Diante da alta carga tributária no Brasil e as frequentes alterações da legislação, o que torna o Sistema Tributário Nacional complexo, as empresas percebem cada vez mais a necessidade de buscar meios legais para reduzir a sua carga tributária, adotando o planejamento tributário. Este trabalho de conclusão de curso teve como principal objetivo apurar e analisar o planejamento tributário e verificar qual o regime de tributação mais vantajoso para a empresa Hortifruti. O referencial teórico aborda temas relevantes para a execução do planejamento tributário, explicando o seu funcionamento e proporcionando conceitos e aspectos sobre os tributos envolvidos nas operações da empresa, bem como os regimes tributários mais utilizados e as obrigações acessórias, com a intenção de servir como base para o correto desenvolvimento do planejamento tributário. Esta pesquisa classifica-se como bibliográfica, documental e experimental realizada através do estudo de caso em uma empresa atacadista comercial e ainda com a aplicação de uma entrevista, para avaliar os conhecimentos desta sobre o assunto tema do trabalho, assim como fornecer informações necessárias para aplicação do planejamento tributário, como projeções de faturamento e despesas. Os dados obtidos foram expostos em planilhas e os montantes relativos aos tributos foram detalhados em tabelas. A análise foi realizada sobre o planejamento tributário para os anos de 2016, 2017 e 2018. E para os anos de 2013, 2014 e 2015 foi realizada uma comparação entre os regimes tributários efetivos e como que seria o resultado por meio de outro. Através da análise de dados, conclui-se que o Lucro Presumido é o regime tributário mais vantajoso para a empresa Hortifruti, sendo o menos oneroso para todos os períodos propostos no presente estudo.

Palavras-chave: Planejamento Tributário. Regimes Tributários. Tributos.

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ABSTRACT

Faced with the high tax burden in Brazil and the frequent changes in legislation, which makes the National Tax System complex, companies increasingly realize the need to seek legal means to reduce their tax burden, adopting tax planning. This course conclusion work aimed to investigate and analyze the tax planning and find what the most advantageous tax regime for the Company Hortifruti. The theoretical framework addresses issues relevant to the implementation of tax planning, explaining their operation and providing concepts and aspects of the taxes involved in company operations as well as the most used tax regimes and ancillary obligations, intended to serve as a basis for the correct development of tax planning. This research is classified as bibliographical, documentary, experimental, conducted through case study in a commercial wholesale company and with the application of an interview, to assess the knowledge of this on the subject theme of the work, as well as provide information needed to implementation of tax planning, as revenue projections and spending. The data were exposed in spreadsheets and the amounts relating to taxes are detailed in tables. The analysis was conducted on the tax planning for the years 2016, 2017 and 2018. And for the years 2013, 2014 and 2015 was carried out a comparison between the effective tax regimes and how the outcome would be through another. Through data analysis, it is concluded that the deemed profit is the most advantageous tax regime for Hortifruti company, being the least costly for all periods proposed in this study.

Keywords: Tax Planning. Tax regimes. Taxes.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Gráfico comparativo do Simples Nacional dos anos de 2016, 2017 e 2018 ......... 72

Gráfico 2 – Gráfico comparativo do Lucro Presumido dos anos de 2016, 2017 e 2018 .......... 82

Gráfico 3 – Gráfico comparativo do Lucro Real dos anos de 2016, 2017 e 2018 ................... 89

Gráfico 4 – Gráfico comparativo entre os regimes tributários dos anos de 2016, 2017 e 2018 .................................................................................................................................................. 91

Gráfico 5 – Gráfico da composição da carga tributária no Simples Nacional ......................... 95

Gráfico 6 – Gráfico da composição da carga tributária no Lucro Presumido .......................... 95

Gráfico 7 – Gráfico da composição da carga tributária no Lucro Real .................................... 96

Gráfico 8 – Gráfico Simples Nacional x Lucro Presumido x Lucro Real – 2013 e 2014 ........ 98

Gráfico 9 – Gráfico Lucro Presumido x Simples Nacional x Lucro Real – 2015 .................... 99

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Funções e atividades da contabilidade tributária. .................................................. 24

Quadro 2 – Classificação dos impostos. ................................................................................... 28

Quadro 3 – Exemplos de taxas de serviços e poder de polícia. ................................................ 30

Quadro 4 – Situações ICMS aplicáveis ao estudo de caso ....................................................... 40

Quadro 5 – Critérios para classificação do Planejamento Tributário ....................................... 45

Quadro 6 – Percentuais de Presunção Lucro Presumido .......................................................... 54

Quadro 7 – Principais obrigações acessórias ............................................................................ 58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – PROJEÇÃO SIMPLES NACIONAL PARA 2016, 2017 E 2018 .......................... 71

Tabela 2 – PROJEÇÃO IRPJ LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018 ................. 73

Tabela 3 – PROJEÇÃO CSLL LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018 ............... 74

Tabela 4 – PROJEÇÃO PIS E COFINS LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018 . 76

Tabela 5 – PROJEÇÃO ICMS LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018 ............... 78

Tabela 6 – PROJEÇÃO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018 ................................................................................ 80

Tabela 7 – PROJEÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018 .............................................................................................................................. 81

Tabela 8 - PROJEÇÃO DE DÉBITOS DE PIS E COFINS LUCRO REAL PARA 2016, 2017 E 2018 ....................................................................................................................................... 83

Tabela 9 – PROJEÇÃO DE CRÉDITOS DE PIS E COFINS NA SISTEMÁTICA NÃO-CUMULATIVA ....................................................................................................................... 85

Tabela 10 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE PIS E COFINS LUCRO REAL PARA OS ANOS DE 2016, 2017 E 2018 ............................................................................................................. 86

Tabela 11 – PROJEÇÃO IRPJ E CSLL LUCRO REAL PARA 2016, 2017 E 2018 .............. 87

Tabela 12 – PROJEÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA LUCRO REAL PARA 2016, 2017 E 2018 .......................................................................................................................................... 88

Tabela 13 – COMPARATIVO DA CARGA TRIBUTÁRIA ENTRE SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ............................................................................... 90

Tabela 14 – COMPARATIVO POR TRIBUTO REFERENTE ANO 2016, 2017 E 2018 ..... 92

Tabela 15 – COMPARATIVO DOS TRIBUTOS BASEADO NA MÉDIA POR REGIME TRIBUTÁRIO .......................................................................................................................... 93

Tabela 16 – TRIBUTOS RECOLHIDOS EM 2013 E 2014 – SIMPLES NACIONAL .......... 97

Tabela 17 – COMPARAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA 2013 E 2014 .................. 97

Tabela 18 – COMPARAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA 2015 .............................. 99

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ART – Artigo

CF – Constituição Federal

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPP - Contribuição Previdenciária Patronal

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

CTN – Código Tributário Nacional

DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional

DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

DEFIS - Declaração Única e Simplificada de Informações Socioeconômicas e Fiscais

DIRF - Declaração do Imposto sobre a Renda na Fonte

ECD - Escrituração Contábil Digital

ECF – Escrituração Contábil Fiscal

EFD – Escrituração Fiscal Digital

EPP - Empresas de Pequeno Porte

FAP - Fator Acidentário de Prevenção

FPAS - Fundo de Previdência e Assistência Social

GIA - Guia de Informação e Apuração do ICMS

GIA - SN - Guia Mensal de Apuração do Diferencial de Alíquota e da Substituição

Tributária de Contribuintes do Simples Nacional

ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

IN RFB – Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

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IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano

IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica

ISS - Imposto sobre Serviços

LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real

LC – Lei Complementar

ME - Microempresas

PIB - Produto Interno Bruto

PIS/PASEP - Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do

Servidor Público

RAT - Riscos Ambientais de Trabalho

RIR/99 - Regulamento do Imposto de Renda

RS - Rio Grande do Sul

SAT - Seguro Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SEFAZ – Secretaria da Fazenda

SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC - Serviço Social do Comércio

SESI - Serviço Social da Indústria

SPED - Sistema Público de Escrituração Digital

SRF – Secretaria da Receita Federal

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA/ORGANIZAÇÃO ................................... 18

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................. 19

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 20

1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 20

1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 20

1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 21

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 23

2.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ...................................................................... 23

2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO ....................................................................................... 24

2.2.1 Fontes do Direito Tributário ................................................................. 25

2.2.2 Legislação Tributária ............................................................................ 25

2.3 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ................................................................ 25

2.3.1 Conceituação de Tributos...................................................................... 26

2.3.2 Espéciede Tributos ................................................................................. 27

2.3.2.1 Impostos .................................................................................... 28

2.3.2.2 Taxas ......................................................................................... 29

2.3.2.3 Contribuição de Melhoria ......................................................... 30

2.3.2.4 Empréstimo Compulsório ......................................................... 31

2.3.2.5 Contribuição Social ................................................................... 31

2.3.3 Classificação de Tributos ...................................................................... 32

2.3.4 Elementos Fundamentais de Tributos ................................................. 33

2.3.4.1 Fato Gerador.............................................................................. 33

2.3.4.2 Contribuinte ou Responsável .................................................... 34

2.3.4.3 Base de Cálculo ......................................................................... 34

2.3.4.4 Alíquota ..................................................................................... 34

2.4 TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS ...................................................... 34

2.4.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ ........................................... 35

2.4.2 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL .......................... 36

2.4.3 PIS e COFINS ........................................................................................ 36

2.4.4 ICMS ....................................................................................................... 38

2.4.5 Contribuição Previdenciária Patronal ................................................. 40

2.5 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ........................................................................ 42

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2.5.1 Elisão, Evasão Fiscal e Elusão Tributária ........................................... 43

2.5.2 Classificação do Planejamento Tributário .......................................... 45

2.5.3 Tipos de Planejamento Tributário ....................................................... 46

2.5.4 Elaboração do Planejamento Tributário ............................................. 47

2.5.5 Papel do Profissional Contábil no Planejamento Tributário ............. 48

2.6 REGIMES TRIBUTÁRIOS ................................................................................... 49

2.6.1 Simples Nacional .................................................................................... 49

2.6.1.1 Microempresas e Empresas de Pequeno Porte .......................... 50

2.6.2 Lucro Presumido .................................................................................... 52

2.6.3 Lucro Real .............................................................................................. 55

2.6.4 Obrigações Acessórias ........................................................................... 57

3 MÉTODO ............................................................................................................................. 61

3.1 TIPO DE PESQUISA À NATUREZA ................................................................... 61

3.2 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS ............................................ 61

3.3 TIPO DE PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM ............................................ 62

3.4 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS MEIOS ..................................................... 63

3.5 COLETA DOS DADOS ......................................................................................... 65

3.6 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 65

4 ANÁLISE DE DADOS ........................................................................................................ 67

4.1 ANÁLISE DA ENTREVISTA ............................................................................... 67

4.2 ANÁLISE DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O PERÍODO DE 2016,

2017 E 2018 .................................................................................................................. 69

4.2.1 Cálculo dos tributos através do Simples Nacional para os anos de 2016, 2017 e 2018 ............................................................................................. 69

4.2.2 Cálculo dos tributos através do Lucro Presumido para os anos de 2016, 2017 e 2018 ............................................................................................. 72

4.2.2.1 Apuração do IRPJ no Lucro Presumido .................................... 73

4.2.2.2 Apuração da CSLL no Lucro Presumido .................................. 74

4.2.2.3 Apuração do PIS e COFINS no Lucro Presumido .................... 75

4.2.2.4 Apuração do ICMS no Lucro Presumido .................................. 77

4.2.2.5 Apuração da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) ....... 78

4.2.2.6 Carga tributária do Lucro Presumido ........................................ 81

4.2.3 Cálculo dos tributos através do Lucro Real para os anos de 2016, 2017 e 2018 ....................................................................................................... 82

4.2.3.1 Apuração do PIS e COFINS no Lucro Real.............................. 83

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4.2.3.2 Apuração do IRPJ e CSLL no Lucro Real (Trimestralmente) .. 86

4.2.3.3 Carga tributária do Lucro Real .................................................. 88

4.2.4 Comparação entre Simples Nacional x Lucro Presumido x Lucro Real ................................................................................................................... 89

4.2.4.1 Comparação dos regimes tributários - por período ................... 89

4.2.4.2 Comparação dos regimes tributários - por tributos ................... 91

4.3 ANÁLISE COMPARATIVA PARA OS ANOS DE 2013, 2014 E 2015 ............. 96

4.3.1 Comparação dos regimes tributários para o ano de 2013 e 2014 ...... 96

4.3.2 Comparação dos regimes tributários para o ano de 2015 .................. 98

4.4. DEMAIS CONSIDERAÇÕES ............................................................................ 100

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 102

5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ............................................................................... 104

5.2 PESQUISAS FUTURAS ...................................................................................... 105

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 106

ANEXO 1 – TABELA SIMPLES NACIONAL – ANEXO I - COMÉRCIO .................. 111

ANEXO 2 – SIMPLES NACIONAL – TABELA DE DESCONTOS DE ICMS ............ 112

APÊNDICE 1 – ROTEIRO DA ENTREVISTA APLICADA A EMPRESA ................. 113

APÊNDICE 2 – PROPORÇÕES DE PIS E COFINS NAS SAÍDAS .............................. 114

APÊNDICE 3 – PROPORÇÕES DAS SITUAÇÕES DE ICMS NAS ENTRADAS SAÍDAS ................................................................................................................................. 115

APÊNDICE 4 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS PARA 2016, 2017 E 2018 ........... 116

APÊNDICE 5 – PROPORÇÕES DE PIS E COFINS NAS ENTRADAS ....................... 117

APÊNDICE 6 – PROJEÇÃO DO DRE PARA OS ANOS DE 2016, 2017 E 2018 ......... 118

APÊNDICE 7 – IRPJ E CSLL - LUCRO PRESUMIDO PARA 2013 E 2014 ............... 119

APÊNDICE 8 – PIS E COFINS - LUCRO PRESUMIDO PARA 2013 E 2014 ............. 120

APÊNDICE 9 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS PARA 2013 E 2014 ..................... 121

APÊNDICE 10 – CPP - LUCRO PRESUMIDO PARA 2013 E 2014.............................. 122

APÊNDICE 11 – PIS E COFINS - LUCRO REAL PARA 2013 E 2014 ......................... 123

APÊNDICE 12 – DRE UTILIZADO PARA O CÁLCULO DO IRPJ E CSLL COM BASE NO LUCRO REAL PARA 2013 E 2014 ................................................................. 124

APÊNDICE 13 – IRPJ E CSLL - LUCRO REAL PARA 2013 E 2014 ........................... 125

APÊNDICE 14 – IRPJ, CSLL, PIS, COFINS – LUCRO PRESUMIDO E CPP 2015 .. 126

APÊNDICE 15 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS PARA 2015 ................................ 127

APÊNDICE 16 – PIS E COFINS - LUCRO REAL PARA 2015 ..................................... 128

APÊNDICE 17 – IRPJ E CSLL - LUCRO REAL PARA 2015 ....................................... 129

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APÊNDICE 18 – TABELA ANEXO I SIMPLES NACIONAL LC 123 E REDUÇÃO ICMS RS ................................................................................................................................ 130

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17

1 INTRODUÇÃO

Diante dos altos custos tributários e das exigências fiscais, as empresas percebem a

necessidade em buscar uma maneira eficaz de aumentar a sua lucratividade. A realização de

um planejamento tributário deixou de ser questão de luxo e passou a ser necessidade dentro

das organizações. Atualmente os gestores estão buscando cada vez mais orientação sobre esta

prática.

A necessidade das empresas efetuarem seus planejamentos, observando a legislação vigente para encontrar mecanismos que lhe permitam diminuir o desembolso financeiro com o pagamento de tributos, está ficando cada vez mais subentendida nas administrações (OLIVEIRA, 2009, p. 206).

O impacto da elevada carga tributária afeta diretamente os resultados do negócio, pois

representa uma fatia significativa de seus custos. O valor correspondente aos tributos é

embutido na formação de preço do produto e, consequentemente, repassado ao consumidor.

Esse fato pode comprometer a competitividade no mercado e será mais difícil de estabilizar e

superar a concorrência. Varandas (2014) menciona que, em média, 33% das receitas auferidas

pelas empresas são reservadas para o recolhimento dos tributos.

No ano de 2013 a carga tributária apresentou novo crescimento, correspondendo a

35,95% do Produto Interno Bruto (PIB) contra 35,86% em 2012, conforme dados

disponibilizados pela Receita Federal do Brasil (2015). Na América Latina, o Brasil ocupa o

1º lugar no ranking de arrecadação de tributos, sendo o país que mais arrecada aos cofres

públicos, seguido pela Argentina com 31,2% do seu PIB, enquanto os países desenvolvidos

tiveram, aproximadamente, 34,1% de carga tributária no mesmo período (EASY WAY DO

BRASIL, 2015). Através dessa informação, confirma-se o peso da cobrança de tributos e esse

fato gera preocupação para os contribuintes, especialmente as pessoas jurídicas.

Além da alta incidência de tributos, as empresas se deparam com frequentes alterações

na legislação, bem como a criação de novas normas, regulamentos e afins. De acordo com

estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (2015), desde que a

Constituição Federal foi publicada, em 1988, foram editadas 320.343 normas tributárias,

sendo criadas quase 50 normas tributárias por dia útil. Este excesso de leis e as constantes

modificações tornam o Sistema Tributário Nacional complexo.

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No Brasil, atualmente, existem as seguintes opções de tributação: MEI

(Microempreendedor), Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado.

Como não existe uma regra geral para descobrir qual é o melhor método de apuração e

recolhimento dos tributos, é preciso realizar uma avaliação minuciosa, considerando as

características e peculiaridades de cada entidade. Com base nas legislações vigentes é possível

fazer o levantamento de qual a melhor alternativa para determinada empresa.

A realização do planejamento tributário surge como um diferencial competitivo para a

empresa, pois permite que a administração tenha conhecimento e melhor controle no

recolhimento de seus tributos. Com este estudo, pretende-se identificar os impactos e

benefícios decorrentes da implantação de um planejamento tributário na empresa, assim como

definir qual o regime tributário deve ser aplicado na entidade.

Neste contexto, nota-se a necessidade de executar um estudo que tem como finalidade

explorar as modalidades de tributação disponíveis no país, a fim de contribuir para a evolução

da empresa onde será aplicada a pesquisa. Assim, serão expostos conceitos e fundamentos

relacionados ao planejamento tributário para proporcionar embasamento para a análise dos

regimes tributários e, consequentemente, atender aos objetivos apresentados.

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA/ORGANIZAÇÃO

Com a intenção de resguardar as informações da entidade, será utilizado um nome

fictício para denominar a empresa que será utilizada no estudo de caso. A mesma será

nominada como empresa Hortifruti.

A empresa Hortifruti foi fundada por dois sócios, sendo estes responsáveis pela

administração do negócio. Está situada na cidade de Nova Petrópolis, no estado do Rio

Grande do Sul e possui como atividade o comércio de atacado de frutas, verduras, raízes,

tubérculos, hortaliças e legumes. As atividades foram iniciadas em 19 de março de 2013 e

aderiu como regime tributário o Simples Nacional – Anexo I, desde a sua constituição.

A expansão do negócio está relacionada, especialmente, pelo alto consumo

destes produtos. A empresa Hortifruti adquire suas mercadorias de terceiros, sendo a maioria

de fornecedores do Estado. A gama de clientes é composta por supermercados pertencentes à

região da Serra Gaúcha.

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A sazonalidade das vendas é um aspecto relevante do negócio, já que deve ser levado

em consideração que as frutas, verduras e legumes possuem épocas específicas de safra. Além

da sazonalidade, é importante ressaltar que tratam-se de produtos perecíveis, portanto o prazo

de validade destes alimentos é curto.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Perante a competitividade acirrada e a globalização da economia, tornam-se cada vez

mais necessárias estratégias para a continuidade operacional dos empreendimentos. Algumas

empresas não conseguem superar as inúmeras exigências fiscais e tributárias e, por esse

motivo, acabam encerrando as suas atividades em pouco tempo. Pesquisa realizada pelo

Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas –SEBRAE (2013) aponta que

em média 75,6% das empresas brasileiras criadas em 2007 sobrevivem até dois anos. Mais

especificamente, no comércio atacadista de hortifrutigranjeiros foram constituídas 843

empresas e 77% sobreviveram aos dois anos no mercado.

Quando a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 entrou em vigor, os

micros e pequenos empresários acreditavam que este seria o melhor método de tributação,

pois se trata de um sistema menos burocrático e mais simplificado, já que o montante de

vários tributos estariam incluídos em uma única guia de arrecadação. Perante essa situação, os

líderes de empresas solicitavam o enquadramento nesta opção sem ao menos fazer uma

simulação da apuração através de outro método tributário. E com essa visão muitas empresas

acabavam escolhendo por um regime tributário que pode ser mais caro e que pode não

oferecer os benefícios esperados e até mesmo “prometidos”.

O alto índice de tributos e a complexidade da legislação despertam muitas dúvidas

sobre qual deve ser o enquadramento tributário ideal. A maioria dos empresários faz o

recolhimento dos seus tributos, mas nem sempre possui o conhecimento da composição da

carga tributária. Outra dificuldade é em relação às obrigações acessórias exigidas pelo Fisco.

Segundo Streinbruch (2015), atualmente, existem mais de sessenta tributos em vigor no país e

praticamente cem obrigações acessórias que devem ser entregues pelas empresas, e enfatiza

que existe um custo para cumprir todas essas exigências. Estima-se que 1,5% do faturamento

é destinado apenas para o cumprimento das mesmas (STREINBRUCH, 2015).

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Para garantir a competitividade e manter-se no mercado, a empresa tem necessidade

de gerar bons resultados e buscar a melhor forma de maximizar os seus lucros. A redução da

carga tributária é uma das maneiras indicadas para enfrentar a concorrência acirrada, já que os

tributos são relevantes na formação do preço final do produto. Com as opções de regimes

tributários existentes, busca-se, através do planejamento tributário, a forma que apresentar a

melhor economia fiscal para a organização.

Com base nesse pressuposto, esta pesquisa visa examinar o seguinte questionamento:

Qual a importância do planejamento tributário na empresa Hortifruti, assim como os

impactos provocados pela adesão desta prática dentro da organização?

1.3 OBJETIVOS

A seguir são descritos os principais objetivos que se almejam alcançar com o presente

trabalho.

1.3.1 Objetivo Geral

Com base no problema de pesquisa, o objetivo geral deste trabalho é apurar e analisar

o planejamento tributário da empresa entre os seguintes regimes de tributação: Simples

Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

1.3.2 Objetivos Específicos

Para desenvolver este estudo, são elencados os seguintes objetivos específicos:

• Definir os principais conceitos que estão relacionados ao planejamento tributário;

• Expor e analisar as legislações, os aspectos gerais e as peculiaridades dos regimes

de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real;

• Identificar se a empresa possui conhecimento quanto aos aspectos da legislação e

do planejamento tributário, assim como seus reflexos; e

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• Elaborar comparativos dos resultados encontrados da análise tributária, com a

aplicação dos regimes de tributação, utilizando como base períodos passados e,

ainda, projeção dos próximos anos.

1.4 JUSTIFICATIVA

O presente estudo justifica-se pela importância da efetivação de um planejamento

tributário para as empresas em geral, pois a realização deste procedimento pode amenizar, de

forma lícita, a sua carga tributária. A redução do valor dos tributos reflete em um lucro maior

e, desta forma, interfere diretamente nos resultados e no fluxo de caixa da empresa.

Apesar de a empresa estar atuando no mercado há pouco tempo, verificou-se a

necessidade de aplicar um planejamento tributário na entidade, principalmente pelo fato de

possuir clientes fixos, assim como um faturamento considerável.

É evidente que o planejamento tributário é uma ferramenta que pode proporcionar

resultados positivos para a entidade, gerando uma estratégia competitiva dentro do contexto

empresarial. Com isso a entidade tem a possibilidade de ter um diferencial perante outras

empresas do mesmo ramo de atividade.

Oliveira (2009) afirma que para realizar um bom planejamento tributário será preciso

analisar cada tributo de forma isolada. Essa verificação será efetuada sobre todos os tributos

que estão envolvidos na operação da empresa. Contudo, é fundamental que as informações

relacionadas à empresa sejam precisas e confiáveis, facilitando assim a busca da redução do

ônus fiscal. Para esse estudo, é primordial a aplicação das bases legais tributárias, portanto é

imprescindível a correta interpretação do que está disposto na legislação.

Galvão (2015) destaca que uma contabilidade mal feita, assim como resultados mal

interpretados e ainda conclusões mal formuladas podem ameaçar a continuidade operacional

da empresa e, ainda, enfatiza a importância da implantação do planejamento tributário dentro

da entidade e alerta que a não realização deste planejamento poderá comprometê-la, levando-a

até mesmo a falência.

Sendo assim, este trabalho propõe à empresa Hortifruti não apenas buscar a melhor

forma de apuração e recolhimento dos tributos, mas também tem o propósito de amenizar os

impactos da elevada carga tributária e fazer com que a organização obtenha vantagens

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competitivas e financeiras. Tudo isso sem ferir a legislação e realizar operações que possam

ser consideradas ilícitas, o que poderia gerar, por exemplo, punições com multas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão abordados conceitos e teorias sobre planejamento tributário e

demais assuntos relacionados a partir de livros, artigos e revistas que proporcionam

fundamentação teórica para a elaboração do presente trabalho.

2.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Segundo Oliveira et al. (2010), a contabilidade tributária é a área da contabilidade que

tem como principal objetivo o estudo dos tributos que estão vinculados a determinadas

atividades de uma organização e, ainda, adaptar a empresa às obrigações tributárias com base

nos princípios e normas básicas ditadas pela legislação tributária.

Conforme Fabretti (2009a), o objetivo da contabilidade tributária é averiguar o

resultado econômico de determinado exercício, com precisão e clareza, para em seguida

aplicar o que está previsto na legislação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da

Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL), a fim de determinar a base de cálculo fiscal e

realizar as provisões dos tributos cabíveis. Fabretti (2009) afirma ainda que para alcançar este

objetivo é necessário estudar, registrar e controlar os atos e os fatos econômicos que

interferem no patrimônio, consequentemente, o resultado econômico positivo ou negativo

(lucro ou prejuízo), resultante da escrituração contábil da empresa.

Fabretti (2009b) destaca que o método de contabilidade tributária se resume em:

• Planejamento tributário apropriado, isto é, que obriga o entendimento da legislação

tributária;

• Relatórios contábeis bem elaborados, nos quais é apresentada a situação pontual das

contas do patrimônio e resultado, que obriga o conhecimento de contabilidade.

No Quadro 1, desenvolvido por Oliveira et al. (2010), são destacadas as principais

funções e atividades da contabilidade tributária:

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Funções e Atividades da Contabilidade Tributária

Escrituração e Controle Orientação Planejamento Tributário

Escrituração fiscal das atividades do dia a dia da empresa e dos livros fiscais. Apuração dos tributos a recolher, preenchimento das guias de recolhimento e remessa para o Departamento de Contas a Pagar Controle sobre os prazos para os recolhimentos. Assessoria para a correta apuração e registro do lucro tributável do exercício social, conforme os princípios fundamentais de contabilidade. Assessoria para o correto registro contábil das provisões relativas aos tributos a recolher.

Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários do setor de impostos. Orientação fiscal para as demais unidades da empresa (filiais, fábricas, departamentos) ou das empresas controladas e coligadas, visando padronizar procedimentos.

Estudo das diversas alternativas legais para a redução da carga fiscal, tais como: Todas as operações em que for possível o crédito tributário, principalmente em relação aos chamados impostos não cumulativos ICMS e IPI; Todas as situações em que for possível o diferimento (postergação) dos recolhimentos dos impostos, permitindo melhor gerenciamento do fluxo de caixa; Todas as despesas e provisões permitidas pelo fisco como dedutivas da receita.

Quadro 1 – Funções e atividades da contabilidade tributária. Fonte: Oliveira et al. (2010, p. 34)

2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO

Segundo Fabretti (2009a), a receita que se refere à cobrança de tributos (impostos,

taxas e contribuições) tornou-se cada vez mais complexa, sendo necessário criar um ramo

específico do direito, conhecido como direito tributário.

De acordo com Cassone (2010) o direito tributário está relacionado ao direito

financeiro, pois analisa as ligações jurídicas entre o Estado (Fisco) e os particulares

(contribuintes), quanto à instituição, arrecadação, fiscalização e extinção do tributo. Já

Martins (2010) ressalta que o direito tributário possui princípios próprios.

Ainda, conforme Martins (2010), o objeto do direito tributário é examinar as relações

do Estado quanto ao seu poder de tributar, assim como, a criação de tributos, arrecadação e a

fiscalização dos mesmos.

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2.2.1 Fontes do Direito Tributário

Fabretti (2009a) explica que as fontes de direito servem para demonstrar onde são

criadas e produzidas as normas e os princípios jurídicos. As fontes principais ou primárias são

as que podem criar, alterar ou extinguir ordens legais, enquanto as fontes secundárias não

possuem esta característica, ou seja, são as responsáveis por esclarecer, interpretar e fornecer

detalhes daquilo que está descrito nas fontes principais. As fontes podem ser:

• Primárias: Lei constitucional, Lei complementar, Lei ordinária, Lei delegada,

Medida provisória, Decretos legislativos e Resoluções.

• Secundárias: Decretos e regulamentos, Instrução ministeriais, Circular, Portaria,

Ordem de serviço, Ato normativo e Decisão administrativa.

2.2.2 Legislação Tributária

Conforme o artigo 96 do Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966) “a expressão

‘legislação tributária’ compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os

decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e

relações jurídicas a eles pertinentes”.

2.3 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

De acordo com Oliveira (2009, p. 56) o sistema tributário é entendido como o

“conjunto estruturado e lógico dos tributos que compõem o ordenamento jurídico, bem como

das regras e princípios normativos relativos à matéria tributária”.

Conforme o artigo 2º do Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966), o sistema

tributário nacional é

[...] regido pelo disposto na Emenda Constitucional n.º 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

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Conforme Martins (2010), os sistemas tributários podem ser rígidos ou flexíveis.

Destaca que quando o sistema é rígido “não há possibilidade de o legislador ordinário

estabelecer regras diferenciadas do previsto na Constituição, que disciplina integralmente o

sistema. É o que ocorre no sistema brasileiro” (MARTINS, 2010, p. 124). Quanto ao sistema

flexível, Martins (2010) afirma que poderá o legislador ordinário modificar a discriminação

de rendas tributárias.

Segundo Martins (2010), a competência tributária se resume no poder concedido pela

Constituição Federal ao agente público para ordenar o recolhimento dos tributos cabíveis.

2.3.1 Conceituação de Tributos

O Código Tributário Nacional, em seu artigo 3º (BRASIL, 1966), define o tributo

como “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa

exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada”. Portanto, tributo é uma obrigatoriedade

devido ao ente público (União, Estado e Município) e instituído por legislação.

Oliveira et al. (2010) esclarecem detalhadamente a definição trazida pelo CTN:

a) Prestação pecuniária: a quitação dos tributos deverá ocorrer em moeda corrente

nacional, descartando a possibilidade do pagamento através de bens ou prestação de

serviços;

b) Compulsória: obrigatoriedade independe da vontade do contribuinte;

c) Que não constitua sanção de ato ilícito: o recolhimento de tributo é consequência de

um ato realizado dentro da lei. As multas e penalidades pecuniárias não se

enquadram como tributos;

d) Instituída em lei: a obrigação do recolhimento de tributos deverá estar previsto na

legislação;

e) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade

administrativa deve ter como base normas para cobrar o tributo, ou seja, não possui

liberdade para determinar quem ou quanto tributar.

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O Código Tributário Nacional, no seu artigo 4º (BRASIL, 1966), dispõe sobre a

natureza jurídica do tributo:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a distinção legal do produto da sua arrecadação.

Desta forma, o tributo é gênero, enquanto impostos, taxas e contribuições são espécies.

Assim, Fabretti (2009a, p. 21), afirma que:

De acordo com os incisos I e II dos art. 4º, a natureza jurídica específica do tributo, ou seja, se é imposto, taxa ou contribuição é determinada por seu fator gerador. Este é a concretização de determinada hipótese prevista na lei que faz nascer (gera) a obrigação de pagar o tributo.

2.3.2 Espécie de Tributos

Conforme o artigo 5º do CTN (BRASIL, 1966): “Os tributos são impostos, taxas e

contribuições de melhoria”.

Já no artigo 145 da Constituição Federal (BRASIL, 1988a) foram discriminadas as

espécies tributárias, como:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Segundo Oliveira (2009), a Constituição Federal amplia as espécies tributárias,

inserindo ainda empréstimo compulsório e as contribuições sociais.

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2.3.2.1 Impostos

De acordo com Oliveira et al. (2010, p. 9), os impostos são os “que decorrem de

situação geradora independente de qualquer contraprestação do Estado em favor do

contribuinte”.

Ou ainda, o conceito de imposto está descrito no artigo 16 do CTN (BRASIL, 1966):

“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de

qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.

Oliveira (2009) menciona que a principal característica do imposto é que ao realizar o

pagamento, o contribuinte não terá nenhuma contraprestação do Estado, ou seja, trata-se de

um tributo não vinculado, uma vez que existe a obrigação do recolhimento do tributo, mesmo

que não se utilize o serviço público.

A União poderá instituir, conforme o artigo 154 da CF (BRASIL, 1988a):

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

No Quadro 2 é apresentada a classificação do imposto:

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

Os impostos podem ser

Reais: quando recaem sobre a coisa, como os impostos sobre a propriedade, independentemente de quem é o dono da coisa. Não são considerados

condições pessoais ou a totalidade da renda da pessoa.

Exemplo: IPTU, IPVA

Pessoais: quando incidem sobre as pessoas.

Exemplo: imposto de renda - incide sobre a renda da pessoa.

a) sobre o comércio exterior - imposto de importação/exportação

Relação à natureza b) sobre o patrimônio (IPTU, IPVA) e a renda

econômica de seu c) sobre a produção (IPI) e a circulação (ICMS, ISS)

fato gerador d) impostos especiais. Quadro 2 – Classificação dos impostos. Fonte: Adaptado de Martins (2010, p. 88 e 89).

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2.3.2.2 Taxas

Conforme Oliveira (2009), a taxa é um tributo vinculado, diferente do imposto, pois

quando acontece o seu recolhimento, ocorre uma contraprestação ao contribuinte, ou seja, o

Estado retorna com algum serviço público ou através do exercício do poder de polícia.

No artigo 77 do Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966) está descrito que:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Oliveira (2009) enfatiza que os serviços públicos citados no artigo acima são

considerados serviços que geram benefícios ou vantagens a um grupo específico, isto é, o

contribuinte sabe para qual finalidade é o recolhimento do mesmo. Conforme destacado no

artigo 79 do CTN (BRASIL, 1966):

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Segundo Martins (2010), as taxas podem ser classificadas em: polícia ou de serviços.

A taxa de polícia “é decorrente do poder de polícia da Administração Pública” e a taxa de

serviços “é a dependente do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte”

(MARTINS, 2010, p. 93).

Sobre o poder de polícia, o artigo 78 do Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966)

menciona que:

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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

No Quadro 3 são apresentados alguns exemplos de taxas cobradas pela prestação de

serviços e taxas cobradas pelo exercício do poder de polícia:

EXEMPLOS DE TAXAS

Taxas cobradas pela prestação de serviços Taxas cobradas pelo exercício do poder de

polícia

Taxa de coleta de lixo Taxa de fiscalização de estabelecimentos Taxa de combate a incêndios Taxa de controle e fiscalização ambiental Taxa de conservação e limpeza pública Taxa de fiscalização de anúncios Taxa de emissão de documentos Taxa de fiscalização de vigilância sanitária Taxa de licenciamento para funcionamento Taxa de fiscalização de localização, instalação e Taxa de registro do comércio Funcionamento Taxa de água e esgoto Taxa de expediente

Quadro 3 – Exemplos de taxas de serviços e poder de polícia. Fonte: Adaptado de Oliveira (2009, p. 67 e 68).

2.3.2.3 Contribuição de Melhoria

Conforme Martins (2010), contribuição de melhoria é o tributo que tem como

finalidade financiar obras públicas que têm origem de valorizações de um imóvel. A

competência da contribuição de melhoria é da União, Estados, Distrito Federal ou dos

municípios.

O artigo 81 do CTN (BRASIL, 1966) relata:

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

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O mesmo autor destaca que “responde pelo pagamento da contribuição de melhoria o

proprietário do imóvel ao tempo de seu lançamento, e essa responsabilidade transmite-se aos

adquirentes e aos sucessores, a qualquer título, do domínio do imóvel” (MARTINS, 2010, p.

100).

2.3.2.4 Empréstimo Compulsório

No artigo 148 da Constituição Federal (BRASIL, 1988a) está estabelecido que:

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Conforme Oliveira (2009), os empréstimos compulsórios são tributos que podem ser

estabelecido pela União, por meio de lei complementar em situações de guerra, calamidade

pública ou algum investimento urgente. É classificada como tributo, ainda que seja uma

receita tributária que deve ser reavida, ou seja, deve ocorrer o retorno a sua origem em prazo

determinado.

2.3.2.5 Contribuição Social

Segundo Martins (2010), a finalidade da arrecadação da contribuição social é financiar

atividades que são específicas e não são pertinentes à função do Estado. Porém, Fabretti

(2009a) explica que apesar desta espécie de tributos ter caráter específico, na realidade são

arrecadadas pela Receita Federal e, consequentemente, acabam sendo utilizados para suprir as

despesas relacionadas ao Tesouro Nacional.

O artigo 195 da CF (BRASIL, 1988a) dispõe alguns aspectos da contribuição social:

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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro;

No artigo 149 da Constituição Federal (BRASIL, 1988a) está disposto sobre as

espécies da contribuição social:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

2.3.3 Classificação de Tributos

Conforme Oliveira (2009) existem várias maneiras de classificar os tributos,

dependendo de suas características ligadas ao Sistema Tributário Nacional. Oliveira (2009)

menciona ainda que os tributos podem ser instaurados apenas por um ente federativo – União,

Estados ou Municípios.

Martins (2010) destaca que os tributos podem ser vinculados ou não vinculados em

relação à atividade do Estado. Quando a destinação da arrecadação é para uma finalidade

específica são classificados como tributos vinculados, caso contrário, isto é, quando não existe

finalidade específica e o destino da arrecadação é para o interesse da coletividade, são

determinados como tributos não vinculados.

Em relação à função dos tributos, Martins (2010) cita que podem ser divididos em

fiscais, extrafiscais e parafiscais. Ainda conforme Martins (2010), os tributos fiscais são

aqueles em que o Estado recebe os valores referentes dos mesmos para o bem geral. Os

impostos podem ser classificados como tributos fiscais. No caso dos tributos extrafiscais,

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Oliveira (2009) descreve que estes tributos são estabelecidos para que o Estado realize a

função de controle econômico, assim como menciona que o imposto sobre produtos

industrializados é um exemplo de tributo extrafiscal. Já os tributos parafiscais, segundo

Martins (2010, p. 81), “são os tributos vinculados à satisfação de certas situações que não são

características do Estado”. Oliveira (2009) destaca como exemplo de tributos parafiscais, as

contribuições previdenciárias.

Segundo Martins (2010) os tributos são classificados como diretos, quando o

contribuinte de direito arca com o ônus tributário, ou seja, não é repassado para terceiros,

como é o caso do imposto de renda, enquanto que nos tributos indiretos o valor dos tributos é

repassado para o contribuinte de fato, como é o exemplo do ICMS.

2.3.4 Elementos Fundamentais de Tributos

Conforme Fabretti (2009a), os tributos são caracterizados pelos seguintes elementos

fundamentais: obrigação tributária, fato gerador, contribuinte ou responsável e base cálculo.

Já o elemento complementar do tributo é a alíquota.

2.3.4.1 Fato Gerador

De acordo com Fabretti (2009a), o fato gerador é conhecido ainda como fato

imponível, isso porque é a ocorrência de uma situação necessária e suficiente que dá origem à

obrigação tributária, conforme previsto em lei.

De forma complementar, Oliveira et al. (2010) afirmam que fato gerador da obrigação

principal é a situação prevista em lei como necessária e suficiente para sua ocorrência, isto é,

“o fato” é entendido como aquele que gera a obrigação de pagar o tributo.

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2.3.4.2 Contribuinte ou Responsável

Segundo Oliveira et al. (2010), as partes que compõe uma obrigação tributária são o

sujeito ativo, que é o ente público – União, Estado ou Município – responsável pela criação

do tributo e o sujeito passivo. O sujeito passivo, por sua vez, pode ser contribuinte que é

aquele onde a relação da situação do fato gerador é direta, ou ainda pode ser o responsável,

que é aquele que possui a obrigação tributária originar por força de disposições legais.

2.3.4.3 Base de Cálculo

Conforme Fabretti (2009a), a base de cálculo é conhecida também como base

imponível, é o montante determinado pela legislação, onde é aplicada a alíquota para

encontrar o valor do tributo a pagar.

Oliveira et al. (2010) afirmam que a base de cálculo, segundo a Constituição Federal,

deve ser determinada em lei complementar e sua mudança condicionada aos princípios da

legalidade (alteração somente por outra lei), da anterioridade (a lei deve ter vigência antes da

ocorrência do fato gerador) e o princípio da irretroatividade (norma não pode interferir em

fatos do passado).

2.3.4.4 Alíquota

Segundo Oliveira et al. (2010), a alíquota é o percentual determinado pela lei que será

aplicado sobre a base de cálculo para encontrar o valor do tributo devido.

2.4 TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS

As empresas, de modo geral, estão sujeitas a incidência de vários tributos, no entanto

para a entidade utilizada neste estudo de caso estão envolvidos os seguintes tributos: IRPJ,

CSLL, ICMS, PIS, COFINS e a CPP.

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2.4.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ

Conforme Oliveira et. al (2010), o IRPJ é classificado como um tributo direto, o

cálculo é sobre a renda da entidade e é realizado de acordo com o regime tributário que a

empresa está enquadrada.

De acordo com Oliveira (2009), nos casos das pessoas jurídicas, o fato gerador

acontece em decorrência da obtenção de lucros, isto é, resultados positivos auferidos pela

empresa e, ainda, os acréscimos patrimoniais relacionados ao ganho de capital (receitas não

operacionais).

O artigo 43, da Lei 5.172 (BRASIL, 1966) determina sobre o IRPJ:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.

Fabretti (2009a) explica este artigo mencionando que a disponibilidade econômica está

relacionada ao recebimento da renda, isto é, regime de caixa, enquanto a disponibilidade

jurídica está relacionada ao regime de competência, ou seja, o direito do recebimento da

renda.

Segundo Oliveira (2009) o recolhimento do IRPJ é realizado através do Documento de

Arrecadação de Receitas Federais (DARF), pois trata-se de um tributo competente à União. O

mesmo autor relata que o pagamento deste tributo, em quota única, será até o último dia do

mês subsequente ao do trimestre encerrado. E destaca que a empresa tem a opção de efetuar o

recolhimento em três quotas mensais iguais e sucessivas, sendo vencíveis no último dia útil

dos três meses subsequentes ao encerramento do trimestre.

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Quanto à base de cálculo, Fabretti (2009a) cita que o valor do imposto de renda poderá

ser apurado através do montante real, arbitrado ou presumido. A base de cálculo e apuração

do IRPJ será detalhada junto com o embasamento teórico sobre os regimes tributários.

2.4.2 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL

Segundo Oliveira et al. (2010) a CSLL é de competência da União e foi instituída em

1988 através da Lei nº 7.689.

Conforme Oliveira (2009) esta contribuição tem como objetivo financiar a seguridade

social através dos lucros obtidos pelas pessoas jurídicas, bem como entidades equiparadas

pela legislação do imposto de renda.

De acordo com Oliveira (2009), o recolhimento da CSLL é efetuado por meio de

DARF, com seu respectivo código, em quota única ou até três quotas iguais, assim como o

IRPJ.

Oliveira (2009) ressalta que o fato gerador deste tributo são os lucros auferidos no

exercício e que, assim como o IRPJ, a base de cálculo e apuração será explicada junto com o

embasamento teórico dos regimes tributários.

2.4.3 PIS e COFINS

Conforme Oliveira (2009) PIS e COFINS são tributos que incidem sobre o

faturamento, já que suas respectivas alíquotas são aplicadas sobre as receitas assim que ocorre

a entrega de bens ou serviços, simultâneos à emissão das notas fiscais.

O PIS – Programa de Integração Social foi instituído pela LC nº 7, de 7 de setembro

de 1970, enquanto o PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público foi

criado pela LC nº 8, de 3 de dezembro de 1970.

Segundo o artigo 2º da Lei nº 9.715/98 (BRASIL, 1998a), a contribuição para o

PIS/PASEP será apurada mensalmente:

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I - pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, com base no faturamento do mês; III - pelas pessoas jurídicas de direito público interno, com base no valor mensal das receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas.

A COFINS – Contribuição Social sobre o Faturamento – foi criado pela LC nº 70, de

30 de dezembro de 1991. Segundo Oliveira et al. (2010) o objetivo da COFINS é o

financiamento da seguridade social. O autor destaca que a seguridade social tem a intenção de

assegurar os direitos relacionados à saúde, à previdência e à assistência social.

De acordo com o artigo 1º da LC nº 70/91 (BRASIL, 1991b), são contribuintes da

Contribuição Social sobre o Faturamento (COFINS) as pessoas jurídicas inclusive as a elas

equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às despesas com

atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social.

Oliveira (2009) menciona que estes tributos são de competência da União e sua

fundamentação encontra-se no artigo 195 da Constituição Federal (BRASIL, 1988a):

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; (OLIVEIRA, 2009, p. 153 e 154).

Para realizar o cálculo mensal do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre o

faturamento, Oliveira (2009) cita que existem duas sistemáticas, sendo a cumulativa, que é

aplicada para as pessoas jurídicas em geral, e a não-cumulativa que destina-se às pessoas

jurídicas do Lucro Real.

Segundo Fabretti apud Bündchen (2011) a sistemática cumulativa enquadra-se pela

incidência do PIS e da COFINS sobre a receita, não sendo permitida a utilização de créditos,

enquanto que na sistemática não-cumulativa existe o aproveitamento de créditos. Portanto, os

créditos, na sistemática não-cumulativa, podem ser abatidos do valor devido.

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No regime de incidência cumulativa, conforme Oliveira et al. (2010), utiliza-se as

alíquotas de 0,65% para o PIS e 3% para COFINS. A base de cálculo é composta pelo total

das receitas, sem considerar deduções relacionados aos custos, despesas e encargos.

Segundo Fabretti (2009a), o PIS e a COFINS passaram a ser tributos não cumulativos

através da Lei 10.637/02 e Lei 10.833/03, respectivamente. Neste sistema, houve um aumento

nas alíquotas, passando o PIS para 1,65%e a COFINS para 7,6%.

2.4.4 ICMS

De acordo com Cassone (2010) o ICMS é um tributo de competência estadual, assim

cada Estado possui o seu respectivo regulamento, onde constam regras específicas e

condições gerais sobre o imposto. O mesmo autor relata que este imposto é sobre operações

relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual

e intermunicipal e de comunicação.

Oliveira (2009) cita que a Constituição Federal imputou aos Estados e ao Distrito

Federal a competência para regulamentar o ICMS, seguindo as regras gerais descritas pela Lei

Complementar nº 87/96, também chamada de Lei Kandir, e pelos convênios fixados entre os

Estados.

Cunha (2013) descreve que o ICMS é regulado pelas seguintes legislações: artigo 155,

II e § 2º da CF/88, Lei Complementar nº 87/96, onde estão estipuladas as normas gerais sobre

a cobrança deste imposto, sendo válida para todos os Estados, Lei nº 8.820/89, que determina

regras do imposto no Estado do Rio Grande do Sul e, ainda, o Decreto nº 37.699/97 que

aprovou o Regulamento do ICMS do Rio Grande do Sul.

Segundo Fabretti (2009a) o ICMS é um tributo que pode ser classificado como

indireto, pois a cada fase econômica são repassados para o preço da mercadoria.

Fabretti (2009a) destaca que o ICMS é um imposto não-cumulativo, conforme artigo

155, §2º, inciso I da CF, isso significa que o valor do imposto devido em determinada

operação será compensado do montante pago na fase anterior.

São contribuintes de ICMS, conforme artigo 4º da LC nº 87/96 (BRASIL, 1996):

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Qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

De acordo com o artigo 12 da LC nº 87/96 (BRASIL, 1996), o fato gerador ocorre no

momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior; VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:

Nos casos das saídas de mercadorias, Cunha (2013) cita que compõe a base de cálculo,

o valor da operação das mercadorias. O detalhamento da base de cálculo consta no artigo 13

§1º da LC 87/96 (BRASIL, 1996).

Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo: I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição; b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.

Na empresa objeto do presente estudo, ocorrem as seguintes situações relacionadas ao

ICMS: isenção, substituição tributária, base de cálculo reduzida e integral. No Quadro 4

seguem as características sobre as situações de ICMS mencionadas anteriormente.

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Situação Descrição

Isenção caracteriza-se quando acontece a dispensa legal do recolhimento do tributo, ou seja, o fato gerador ocorre, no entanto o sujeito ativo da obrigação está impedido de exigir o pagamento do tributo.

Substituição Tributária

é um instituto com fundamento constitucional que prevê a transferência da responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária, para contribuinte diverso daquele que, efetivamente, praticou o fato gerador

Base de Cálculo Reduzida

benefício fiscal que visa reduzir a carga tributária do tributo incidente em determinadas operações. Trata-se de uma regra de diminuição de tributação, determinado através de norma estadual, reduzindo em determinado percentual o valor que serve como base para o cálculo do ICMS.

Base de Cálculo Integral

ocorre quando identificada perfeitamente com o valor pecuniário do respectivo “bem tributável” ou “objeto da incidência”. É a regra geral na apuração do tributo.

Quadro 4 – Situações ICMS aplicáveis ao estudo de caso Fonte: elaborado pela própria autora com base em Martins (2003) e Cunha (2013).

O artigo 10 da Lei nº 8.820 (RIO GRANDE DO SUL, 1989) determina que a base de

cálculo poderá ser reduzida em 58,333% (cinquenta e oito inteiros e trezentos e trinta e três

milésimos por cento), do valor da operação, nas mercadorias que compõe a cesta básica. Este

artigo cabe para o caso da base reduzida para a empresa representada neste estudo.

2.4.5 Contribuição Previdenciária Patronal

Para as microempresas e empresas de pequeno porte que são enquadradas no Simples

Nacional, o percentual que é destinado para a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) ou

INSS patronal está incluído na alíquota do Simples Nacional, que vai depender do

faturamento dos últimos doze meses da empresa, conforme LC nº 123/2006 (BRASIL, 2006).

Os empregadores das empresas que tributam pelo Lucro Presumido ou Lucro Real, de

acordo com Fabretti (2009a), possuem as seguintes obrigações sobre a folha de salários: 20%

(vinte por cento) destinados ao INSS; para o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT),

dependendo se o risco é leve, médio ou grave, 1% (um por cento), 2% (dois por cento) ou 3%

(três por cento), respectivamente; 5,8% (cinco vírgula oito por cento) para as contribuições de

terceiros (Sebrae, Senai ou Senac, Incra, Salário-Educação, Sesi ou Sesc).

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Segundo Bündchen (2011), deve ser considerado ainda o Fator Acidentário de

Prevenção (FAP), sendo um multiplicador variável dentro de um intervalo de 0,5 a 2 aplicado

com quatro casas decimais sobre a alíquota RAT, dependendo do desempenho da empresa e

sua atividade econômica.

Bündchen (2011) ainda explica que as alíquotas do RAT também dependem da

atividade da empresa, conforme a IN RFB 971/09 e que cada atividade possui um código

FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social), que pode ser pesquisado na mesma

instrução normativa. Este código determina qual é o percentual de RAT que a empresa deverá

considerar para o recolhimento das contribuições.

O artigo 22 da Lei nº 8.212 (BRASIL, 1991a), de 24 de julho de 1991 descreve sobre a

contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social:

I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego - PPE, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

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2.5 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Segundo Oliveira et al. (2010), enquanto não ocorrer uma reforma no sistema

tributário no país, é aconselhável que as empresas elaborem um planejamento tributário

criterioso para proteger o seu patrimônio e resguardar os seus direitos.

Entende-se por planejamento tributário uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte (OLIVEIRA et al., 2010, p. 35).

Para Oliveira (2009, p. 201) o planejamento tributário “deve designar tão só a técnica

de organização preventiva de negócios, visando a uma legítima economia de tributos,

independente de qualquer referência aos atos ulteriormente praticados”.

De acordo com Oliveira et al. (2010), independente do regime tributário que a empresa

optar, pode-se verificar que a ausência do planejamento tributário pode prejudicar a entidade

para realização de investimentos futuros, já que poderá impactar nas suas disponibilidades.

A redução dos custos é uma necessidade a todas as empresas brasileiras que estão em condições de alta competitividade; algo que se impõe de forma ainda mais premente no que tange aos custos tributários, dado seu fortíssimo incremento nos últimos anos e sua característica de não gerar benefícios diretos às organizações (OLIVEIRA, 2009, p. 189).

Fabretti (2009a) enfatiza que existem meios legais que são válidos para empresas

maiores, mas que não são viáveis para as médias e pequenas empresas, já que os custos para a

realização do planejamento podem ser bastante elevados. Ou seja, não existem regras gerais

para execução do planejamento, é preciso analisar as características e peculiaridades de cada

entidade.

Oliveira et al. (2010) menciona que para alcançar o objetivo do planejamento

tributário, isto é, a economia de tributos de forma lícita, é fundamental que o contador tenha

os seguintes conhecimentos:

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• Entender das situações que permitem o crédito tributário, especialmente com

relação aos impostos não cumulativos (ICMS e IPI);

• Saber avaliar as situações relacionadas quanto a postergação da arrecadação dos

impostos, refletindo um melhor gerenciamento do fluxo de caixa;

• Conhecer todas as despesas e provisões autorizadas pelo Fisco como dedutíveis da

receita;

• Estar atualizado de acordo com as legislações, sendo oportuno e aproveitar as

lacunas deixadas pelas leis.

Conforme Oliveira et al. (2010) o planejamento tributário não pode ser confundido

com sonegação fiscal, já que o planejamento tributário possibilita para a empresa a escolha,

entre formas lícitas, da forma de tributação que gere impacto de maior economia fiscal, ou

seja , o que resulte no menor recolhimento de tributos. No caso da sonegação, Oliveira et al.

(2010) destacam que a redução da tributação é resultado de meios ilegais, tais como fraude e

simulações que permitem que a empresa não realize o recolhimento de determinados tributos.

“Entende-se ainda por sonegação toda a ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou a

retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária da

ocorrência do fato gerador da obrigação principal” (OLIVEIRA et al., 2010, p. 36).

2.5.1 Elisão, Evasão Fiscal e Elusão Tributária

De acordo com Oliveira (2009) é necessário distinguir as diferenças de elisão fiscal,

evasão fiscal e elusão tributária para poder entender o planejamento tributário e definir que a

principal diferença está no fato da licitude das maneiras em que o contribuinte busca a

economia no recolhimento dos valores que são destinados aos cofres públicos.

Segundo Fabretti (2009b), o planejamento tributário antes do acontecimento do fato

gerador do tributo ocasiona a elisão fiscal, ou seja, a diminuição da carga tributária dentro dos

meios legais, por isso é visto como planejamento preventivo. Sobre o fato gerador, Oliveira

(2009, p. 193) descreve que “[...] buscando com que o fato gerador: a) não ocorra; b) ocorra

em dimensão menor do que aquela em que poderia se verificar; ou c) tenha sua exigência

postergada”.

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Portanto, a elisão fiscal é uma forma de buscar uma economia legal no recolhimento

dos tributos da empresa, sendo visto como o procedimento que obedece a legislação, isto é, de

maneira lícita.

Dessa forma, a elisão fiscal pressupõe a licitude de comportamento do contribuinte que objetive identificar as conseqüências fiscais de uma decisão, resultando em uma economia de tributos, haja vista que, dentro do direito de se auto-organizar, está inserida a liberdade do contribuinte organizar seus negócios do modo menos oneroso sob o aspecto fiscal (OLIVEIRA, 2009, p. 193).

Conforme Oliveira (2009), a evasão fiscal ocorre quando o contribuinte busca reduzir

ou retardar o cumprimento de suas obrigações tributárias através de meios ilegais, além de

demonstrar a intenção de fraudar o Fisco.

Assim, Oliveira (2009, p. 192) cita que “[...] a evasão ocorre quando o contribuinte

não transfere ou deixa de pagar integralmente ao Fisco uma parcela a título de imposto,

considerada devida por força de determinação legal”.

A elusão tributária:

[...] consiste em usar negócios jurídicos atípicos ou indiretos desprovidos de “causa” ou organizados como simulação, ou fraude à lei, com a finalidade de evitar a incidência de norma tributária impositiva, enquadrar-se em regime fiscalmente mais favorável ou obter alguma vantagem fiscal específica. (TÔRRES apud OLIVEIRA, 2009, p. 194).

De acordo com Oliveira (2009), pode-se considerar a elusão tributária, um fato

transparente para o Fisco, já que segue os requisitos formais e materiais que são ordenados.

Oliveira (2009) ainda ressalta que a elusão tributária não se caracteriza como evasão porque

seus atos não são desconhecidos ou encobertos e nem como elisão, uma vez que ao optar pela

elusão, “[...] o contribuinte – procurando evitar a ocorrência do fato gerador ou colocá-lo em

subsunção com uma norma menos onerosa - assume o risco pelo resultado, usando meios

atípicos” (OLIVEIRA, 2009, p. 195).

Oliveira (2009) afirma que definir como evasão, elisão ou elusão tributária vai

depender da ocorrência dos atos ou negócios jurídicos da empresa, avaliando sua idoneidade,

adequação e licitude e examinar se o contribuinte buscou a economia fiscal de modo

permitido pela legislação.

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2.5.2 Classificação do Planejamento Tributário

De acordo com Oliveira (2009) a classificação do planejamento tributário varia

conforme preceitos e o ponto de vista do observador. Desta forma, para classificar o

planejamento tributário é preciso respeitar alguns critérios relacionados as áreas de atuação e

objetivo, conforme exposto no Quadro 5:

Áreas atuação

Administrativo por interferências diretas no sujeito ativo. Exemplo: consulta fiscal.

Judicial pelo pleito de tutela jurisdicional, como em ação declaratória de inexistência de débito fiscal.

Interno as ações realizadas dentro da própria organização, como o Comitê de Planejamento Tributário.

Contribuições Especiais Considerações Gerais.

Objetivo

Anulatório aplicar estruturas e formas jurídicas com a intenção de impedir a concretização da hipótese de incidência da norma.

Omissiva ou evasão imprópria

simples abstinência da realização da hipótese de incidência; por exemplo: importação proibitiva de mercadorias com altas alíquotas.

Induzido quando a própria lei favorece, por motivos extrafiscais, a escolha de uma forma de tributação, por intermédio de incentivos e isenções.

Optativo escolher a melhor fórmula elisiva entre as opções dadas pelo legislador, por exemplo: opção entre IR pelo lucro real ou presumido.

Interpretativo ou lacunar onde o agente aproveita as lacunas e imprevisões do legislador.

Metamórfico ou transformativo

maneira atípica que se utiliza da transformação ou mudança dos caracteres do negócio jurídico, a fim de alterar o tributo incidente ou aproveitar-se de um benefício legal.

Quadro 5 – Critérios para classificação do Planejamento Tributário Fonte: Adaptado de Oliveira (2009 p. 203).

Segundo Amaral apud Oliveira (2009) a economia lícita de tributos pode atuar em três

esferas:

• No âmbito da própria entidade, através de medidas gerenciais que interfiram na

não ocorrência do fato gerador do tributo, na redução do valor devido ou na

postergação do seu vencimento.

• No âmbito da esfera administrativa que arrecada o tributo, buscando através da

legislação vigente, meios que possibilitem uma redução legal do ônus tributário.

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• No âmbito do Poder Judiciário, por meio de medidas judiciais, com o fim de

interromper o recolhimento, redução da base de cálculo ou alíquotas e contestação

quanto à legalidade da cobrança.

2.5.3 Tipos de Planejamento Tributário

Oliveira (2009) menciona que empresa de qualquer atividade poderá desenvolver um

planejamento tributário, desde uma organização de pequeno porte até uma empresa de grande

porte. O autor ressalta que quanto maior e mais dinâmica for a entidade, mais elaborado

deverá ser o seu planejamento fiscal. No enfoque empresarial, existem os seguintes tipos de

planejamento tributário:

• Operacional: relacionado aos processos formais estabelecidos pelas normas e

costumes, isto é, considera-se a forma específica de contabilizar as operações e

transações, sem modificar suas características básicas; e

• Estratégico: relacionado a alguma alteração de características estratégicas da

organização, como por exemplo, a localização ou estrutura de capital da empresa.

No enfoque jurídico, Oliveira (2009) cita três tipos de planejamento tributário,

conforme descritos abaixo:

• Preventivo: ocorre continuamente por meio de orientações, manuais de

procedimentos e segue, especialmente, os princípios e o cumprimento da legislação

tributária nas obrigações principais e acessórias;

• Corretivo: busca alternativas para corrigir algum erro detectado, geralmente, não é

aplicado esta modalidade para empresas que adotam o tipo preventivo;

• Especial: é aplicada pela ocorrência de algum fato específico, como por exemplo,

aquisição ou alienação da empresa.

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2.5.4 Elaboração do Planejamento Tributário

Nascimento e Reginato (2009) afirmam que a eficácia na elaboração do planejamento

tributário é obtida diante da interação dos departamentos e as unidades envolvidas, ou seja,

deve haver uma forma coordenada e harmônica entre os departamentos da empresa.

Nascimento e Reginato (2009) descrevem que o processo de elaboração de um

planejamento tributário possui cinco etapas, sendo:

• A pesquisa e análise do fato objeto do planejamento tributário;

• Estudo e articulação das questões fiscais oriundas do fato pesquisado;

• Análise dos aspectos jurídico-fiscais relacionados com as questões decorrentes

do fato pesquisado;

• Conclusão da viabilidade do planejamento tributário;

• Divulgação e formalização do planejamento elaborado num expediente técnico

funcional.

Em um primeiro momento, segundo Borges apud Hazan Junior (2004), é preciso

realizar o levantamento de dados referente à atividade da empresa. Nesta etapa é necessário

considerar, por exemplo, a estrutura e as atividades operacionais da empresa e demais

peculiaridades do estabelecimento. O autor ainda cita que este levantamento poderá ser feito

por meio de entrevistas com colaboradores do negócio e, ainda, com a verificação de

documentos e livros fiscais.

Após realizado o levantamento de dados, o mesmo autor cita que a próxima etapa é a

definição da característica do planejamento tributário, isto é, os pontos que o planejamento

tributário irá solucionar e ainda analisar os aspectos jurídicos, através de um estudo sobre as

legislações pertinentes.

E a última etapa para a elaboração do planejamento tributário é a conclusão. Nesta

etapa, conforme Borges apud Hazan Junior (2004) são elencadas todas as respostas dos

questionamentos das etapas anteriores e a formalização do planejamento tributário.

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2.5.5 Papel do Profissional Contábil no Planejamento Tributário

Oliveira (2009) descreve que o contador é o profissional capaz de desenvolver

planejamentos com o objetivo de reduzir a carga de tributos do empreendimento e, assim, não

é visto apenas como um “registrador de fatos”. O mesmo autor ainda destaca que este

profissional, se bem qualificado e conhecedor das formas de arrecadação e, ainda, se for

oportuno e souber aproveitar as lacunas da legislação, terá participação relevante no

desenvolvimento do planejamento tributário.

Romani Junior (2012) descreve o quanto a atuação do contador é importante dentro

das organizações e afirma que “ao conhecer profundamente a empresa, o contador é chamado

não somente para evidenciar o que já aconteceu, mas também para dar opinião do futuro da

empresa e responder que caminho deve ser seguido”. E ainda, menciona que o profissional

contábil é peça importante para a sobrevivência da entidade.

A contribuição do profissional contábil dentro das empresas vai muito além do que

apenas apurar impostos, Lopes (2014) destaca essa mudança de paradigma e afirma que este

profissional está se tornando cada vez mais completo. E, além de atender na área fiscal,

contábil e departamento pessoal, ainda atua na produção de informações relevantes para a

empresa, auxiliando seus gestores na tomada de decisões e contribuindo para alavancar o

negócio.

A valorização do profissional da Contabilidade pela classe empresarial passa necessariamente pela sua mudança de atitude. Na medida do possível, ele deve extrapolar os serviços que lhe são confiados, oferecendo caminhos para a diminuição de custos. Assim, por meio desse procedimento, passa a ser peça cada vez mais importante na busca do objetivo principal das empresas: o lucro (OLIVEIRA, 2009, p. 207).

Behlau (2014) declara que o profissional da contabilidade se depara com desafios

constantes, pois lida com informações e seu trabalho é voltado para o patrimônio das

empresas, portanto o contador tem a obrigação de buscar melhores alternativas para seus

clientes, diante de uma realidade e uma legislação complexa e mutável.

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2.6 REGIMES TRIBUTÁRIOS

No Brasil os principais regimes tributários disponíveis para que as pessoas jurídicas

apurem seus tributos são: o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Simples Nacional.

2.6.1 Simples Nacional

Com a intenção de incentivar as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o

Governo criou, através da LC nº 123/2006, o Simples Nacional, onde estão relacionadas

normas gerais que visam um tratamento diferenciado e favorecido para estas empresas, a qual

entrou em vigor a partir de 01/07/2007. O Simples Nacional originou-se do Simples Federal,

que foi aprovado pela Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996.

O Simples Nacional surge com o objetivo de simplificar a apuração e o recolhimento

dos tributos, caracterizando-se como um regime tributário de arrecadação única, sendo

coordenado pela União, Estados e Municípios. De acordo com a LC nº 123/2006 (BRASIL,

2006), o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) possui competência para regulamentar

o Simples Nacional.

Conforme o artigo 13 da LC nº 123/2006 (BRASIL, 2006), o recolhimento do Simples

Nacional é efetuado mensalmente mediante documento único, Documento de Arrecadação do

Simples Nacional (DAS), e estão incluídos os seguintes impostos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II - Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI [...] III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; IV - Contribuições para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS [...] V - Contribuições para PIS/PASEP [...] VI - Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica [...] VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS. (LC 123/2006 BRASIL, 2006, art. 13).

O artigo 18 da LC nº 123/2006 (BRASIL, 2006) trata das alíquotas e da base de

cálculo e define que o montante devido mensalmente é calculado através da aplicação de

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determinada alíquota sobre a receita bruta auferida no mês. As alíquotas variam conforme a

faixa de faturamento e estão descritas nas tabelas dos Anexos I a VI da mesma Lei

Complementar, sendo que se utiliza como base para identificar a alíquota cabível a sua receita

bruta acumulada dos últimos doze meses.

Algumas empresas estão impedidas de optarem pelo Simples Nacional, segundo o

artigo 17 da LC nº 123/2006 (BRASIL, 2006), não poderão recolher seus tributos neste

regime tributário as microempresas e empresas de pequeno porte:

I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X - constituída sob a forma de sociedade por ações. XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade (LC 123/2006, art. 3º, § 4º, incisos I a XI, BRASIL, 2006).

2.6.1.1 Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) possuem uma

participação significativa na economia do país. De acordo com estudo divulgado pelo

SEBRAE (2014), estas empresas correspondem a 27% do PIB no ano de 2011 e no comércio

são estas empresas que geram mais riqueza para o Brasil, representando 53,4% do PIB neste

setor.

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O Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte foi constituído

pela Lei Complementar nº 123/2006 (Lei Geral), sendo ali descritos todos os aspectos,

características e benefícios relacionados a estas empresas, conforme detalhado em seu artigo

1º (BRASIL, 2006):

Art. 1º. Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Lei Complementar (LC) nº 123/2006, art. 3º incisos I a IV, BRASIL, 2006).

A definição de ME e EPP está no artigo 3º da Lei Geral (BRASIL, 2006), e podem ser

entendidas como:

Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

Conforme Fabretti (2007) a receita bruta é denominada ainda como faturamento.

Segundo o §1º do artigo 3º da LC nº 123/2006 (BRASIL, 2006) entende-se como receita bruta

o montante derivado da venda de bens ou serviços nas operações de conta própria, o valor dos

serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, no entanto, não são

consideradas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

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2.6.2 Lucro Presumido

Conforme Oliveira (2009) o Lucro Presumido é uma alternativa de tributação

simplificada do IRPJ e CSLL, desde que, no ano-calendário, as empresas não estejam

obrigadas à apuração dos tributos pelo Lucro Real. Fabretti (2009, p. 219) menciona que este

regime tributário é “capaz de apurar o resultado antes do último dia útil do mês subsequente

ao encerramento do trimestre”.

As orientações da tributação através do Lucro Presumido encontram – se nos artigos

516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) – Decreto 3.000/99, no qual estão

disponíveis todas as informações necessárias para as pessoas jurídicas que podem optar por

este regime tributário.

A apuração dos tributos através do Lucro Presumido, segundo Oliveira et al. (2010), é

realizada trimestralmente: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de

cada ano-calendário.

Com base no artigo 13 da Lei nº 9.718/98 (BRASIL, 1998b), poderão optar pelo Lucro

Presumido:

A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. (Redação dada pela Lei nº 12.814, de 2013).

No artigo 14 da nº 9.718/98 (BRASIL, 1998b) estão relacionados os impedimentos

para a opção do Lucro Presumido, ou seja, aquelas que serão obrigadas a optar pelo Lucro

Real ou outro regime tributário, as pessoas jurídicas que:

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 12.814, de 2013) (Vigência)

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II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)

Está descrito no artigo 223 do RIR/1999 (BRASIL, 1999) que o Lucro Presumido é

encontrado mediante aplicação de um percentual sobre a receita bruta. Os percentuais variam

dependendo da atividade econômica da empresa.

No Quadro 6 seguem os percentuais de presunção de lucro aplicados sobre a base de

cálculo, para apurar o valor do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social

Sobre o Lucro Líquido.

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Atividade da empresa Percentuais (%)

Sobre a receita bruta auferida mensalmente deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos;

IRPJ: 8% CSLL: 12%

Receita proveniente da revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

IRPJ: 1,6% CSLL: 12%

Receita proveniente das atividades de: - prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa; - intermediação de negócios; - administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; - prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); - prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço público.

IRPJ:32% CSLL:32%

Receita proveniente da prestação de serviços de: - transporte (exceto de cargas); - prestação de serviços com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00.

IRPJ:16% CSLL: 12%

Quadro 6 – Percentuais de Presunção Lucro Presumido Fonte: Adaptado de Fabretti (2009a, p. 219), complementado pelos arts. 15 e 20 da Lei nº 9.249/95 (BRASIL, 1995).

De acordo com Oliveira et al. (2010) a base de cálculo do IRPJ e da CSLL através do

Lucro Presumido é composto pela receita bruta originada da atividade da pessoa jurídica e,

ainda, dos ganhos de capital, ganhos líquidos decorrentes de aplicações financeiras, entre

outras receitas e resultados positivos não originados da atividade. O mesmo autor

complementa afirmando que enquadra-se como receita bruta o produto das vendas de bens e

serviços nas operações de conta própria, dos serviços prestados, assim como o resultado

auferido nas operações de conta alheia.

Oliveira (2009) explica que para apurar o valor do IRPJ é necessário aplicar a alíquota

de 15% (quinze por cento) sobre o Lucro Presumido. Segundo o artigo 542 do RIR/99

(BRASIL, 1999), a parcela do Lucro Presumido que ultrapassar o montante resultante da

multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses de determinado

período de apuração, sujeita-se a incidência de um adicional de 10% (dez por cento) no

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imposto. Portanto, na apuração trimestral, o adicional cabível será sobre o que exceder R$

60.000,00 (sessenta mil reais).

Conforme Fabretti (2009a), o valor a ser recolhido referente à Contribuição Social

Sobre o Lucro Líquido será determinado através da aplicação da alíquota de 9% (nove por

cento) sobre a presunção do lucro. Para a CSLL não há incidência de tributação sobre o valor

excedente, assim como ocorre no IRPJ.

2.6.3 Lucro Real

Conforme artigo 247 do RIR/1999 (BRASIL, 1999), o Lucro Real é o lucro líquido

apurado em determinado período, sendo ajustado pelas adições, exclusões ou compensações

determinadas pelo Regulamento do Imposto de Renda. De forma complementar, Oliveira

(2009) destaca que é o resultado líquido do período de apuração e este levantamento deve

constar em livro próprio, denominado Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).

O lucro líquido está conceituado no artigo 248 do RIR/1999 (BRASIL, 1999) e

entende-se como “a soma algébrica do lucro operacional[...], dos resultados não operacionais

[...], e das participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei

comercial”.

Fabretti (2009a) cita que as adições são às despesas contabilizadas pela entidade, no

entanto são limitadas ou não admitidas pela lei. As adições estão citadas no artigo 249 do

RIR/1999 (BRASIL, 1999), conforme segue:

I - os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, devam ser computados na determinação do lucro real.

As exclusões, conforme Fabretti (2009a) referem-se aos valores que podem ser

abatidos do lucro líquido, permitidos pela legislação, para efeito fiscal. O mesmo autor

explica as compensações: “podem ser compensados os prejuízos fiscais dos períodos-base

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anteriores” (FABRETTI, 2009a, p. 215). No artigo 250 do RIR/1999 (BRASIL, 1999) estão

listadas as exclusões e compensações, conforme descritos abaixo:

I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Decreto e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam computados no lucro real; III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a compensação a trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste Decreto, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação, observado o disposto nos arts. 509 a 515 (Lei nº 9.065, de 1995, art. 15 e parágrafo único, BRASIL, 1999).

Segundo Oliveira et al. (2010) o Lucro Real é obtido pela contabilidade, tendo como

base a completa escrituração contábil fiscal, obedecendo os princípios fundamentais da

contabilidade e demais normas.

No artigo 14 da Lei nº 9.718/98 (BRASIL, 1998b), estão relacionadas às pessoas

jurídicas que estão obrigadas a fazer a apuração através do Lucro Real:

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010).

Segundo Oliveira et al. (2010), a apuração do IRPJ e da CSLL poderá ser trimestral ou

anual, conforme determinado pelo contribuinte. Caso seja trimestral, o lucro é determinado

em: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, considerando o resultado

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líquido de cada trimestre. Se optar pela apuração anual, o Lucro Real deverá ser apurado em

31 de dezembro de cada ano, sendo o recolhimento por estimativa.

De acordo com Fabretti (2009a) utiliza-se como base de cálculo para apuração do

Lucro Real, o resultado contábil de determinado período, podendo ser positivo (lucro) ou

negativo (prejuízo). Desta forma, o autor menciona a importância da escrituração contábil

regular e mensal.

Para apurar o valor do IRPJ devido é necessário aplicar a alíquota de 15% (quinze por

cento) sobre o Lucro Real, de acordo com o artigo 541 do RIR/1999 (BRASIL, 1999). O

artigo 542 do Regulamento do Imposto de Renda (BRASIL, 1999) trata do adicional e

descreve que a parcela do Lucro Real que exceder o valor resultante da multiplicação de R$

20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-

se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).

Desta forma, o montante a recolher referente ao IRPJ será originado da aplicação da

alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o Lucro Real, além do adicional de 10% (dez por

cento) sobre o que ultrapassar o limite trimestral de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Para determinar o valor da CSLL, segundo o artigo 3º da Lei nº 7.689/88 (BRASIL,

1988b), a alíquota de 9% (nove por cento) deverá ser aplicada sobre o resultado ajustado.

2.6.4 Obrigações Acessórias

De acordo com o artigo 113, §2, do CTN (BRASIL, 1966) “a obrigação acessória

decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela

previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos”.

As obrigações acessórias têm como finalidade transmitir informações ao Fisco, que

por sua vez verifica se houve o cumprimento da obrigação principal, conforme previsto na

legislação, de acordo com Fabretti apud Bündchen (2011).

No Quadro 7 estão elencadas algumas das principais obrigações acessórias que as

empresas estão condicionadas, conforme segue:

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Obrigação Obrigatoriedade Periodicidade S

PE

D

EFD – Contribuições Lucro Presumido/Lucro Real Mensal

EFD – Fiscal Lucro Presumido/Lucro Real Mensal

ECF Lucro Presumido/Lucro Real Anual

ECD Lucro Presumido/Lucro Real Anual

e-Lalur Lucro Real Anual

DEFIS Simples Nacional Anual

DIRF Simples Nacional/Lucro

Presumido/Lucro Real

Anual

DCTF Lucro Presumido/Lucro Real Mensal

GIA/GIA-SN Simples Nacional/Lucro

Presumido/Lucro Real

Mensal

Quadro 7 – Principais obrigações acessórias Fonte: Elaborado pela própria autora

As empresas optantes pelo Simples Nacional deverão apresentar, anualmente, para à

Secretaria da Receita Federal do Brasil, a declaração única e simplificada de informações

socioeconômicas e fiscais (DEFIS), conforme artigo 25 da LC nº 123/2006 (BRASIL, 2006).

Através desta declaração o Fisco terá conhecimento sobre o cumprimento das obrigações

tributárias que as micro e pequenas empresas estão sujeitas durante o ano-calendário.

Conforme Nascimento apud Hansen (2015), o Sistema Público de Escrituração Digital

(SPED), instituído em 2007, surgiu para aprimorar a relação entre o contribuinte e o Fisco,

tornando o envio das informações à Receita Federal de forma moderna e eficaz. O artigo 1º,

§2, do Decreto nº 6.022/07 (BRASIL, 2007), define SPED como:

Instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

A EFD – Contribuições, de acordo com sítio do SPED, é a declaração que abrange as

pessoas jurídicas de direito privado na escrituração do PIS/PASEP e da COFINS (não

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cumulativo e cumulativo), utilizando como base as receitas e, ainda, custos, despesas e

compras geradoras de créditos de tributos.

Conforme Ando apud Hansen (2015), nos arquivos da EFD Fiscal, disponibilizam-se

informações relacionadas aos documentos fiscais (notas de entrada e saída de mercadorias),

estoques e demais operações da empresa, mas especialmente as apurações e detalhamento do

ICMS e IPI (créditos e débitos).

A ECF (Escrituração Contábil Fiscal) trata-se da obrigação onde as pessoas jurídicas

informam as operações que interferem a composição da base de cálculo e o montante devido

do IRPJ e da CSLL, conforme Reolon (2014).

De acordo com o sítio do SPED, a ECD (Escrituração Contábil Digital) é a

escrituração transmitida em arquivo dos seguintes livros: livro Diário, livro Razão, livro

Balancetes Diários e Balanços, substituindo a escrituração em papel.

O e-Lalur é o Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda

e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das empresas optantes pelo Lucro Real,

conforme disponibilizado no sítio do SPED.

Conforme a Receita Federal, a DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda na Fonte

é a declaração realizada pela fonte pagadora, cujo o objetivo é informar à Secretaria da

Receita Federal do Brasil:

- Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País, inclusive os isentos e não tributáveis nas condições em que a legislação especifica; - O valor do imposto sobre a renda e/ou contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários; - O pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados noexterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero; - Os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo empresarial (RECEITA FEDERAL, 2015).

A DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais é destinada para à

Receita Federal e tem por objetivo informar os débitos e créditos de tributos/contribuições de

âmbito federal, e, ainda, informar se os tributos e contribuições estão devidamente pagos, se

existe parcelamento, bem como créditos e compensações.

A Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA) é uma declaração onde constam os

valores relativos às operações de entradas e saídas, assim o Estado recebe a informação sobre

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os créditos e débitos do ICMS, as operações estaduais e interestaduais e as que tem condição

de substituição tributária.

A GIA–SN é a Guia Mensal de Apuração do Diferencial de Alíquota e da Substituição

Tributária de Contribuintes do Simples Nacional, esta declaração é destinada para todas as

micro e pequenas empresas que possuem inscrição estadual e são optantes do Simples

Nacional. Conforme descrito no SEFAZ/RS, a GIA–SN serve para informar as operações de

compra que estão sujeitas a diferença de alíquota e substituição tributária.

Ressalta-se que as obrigações acessórias mencionadas anteriormente são as principais,

no entanto, existem muitas outras que são estabelecidas pela legislação. A obrigatoriedade das

obrigações acessórias depende de qual regime de tributação a empresa estará inserida.

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3 MÉTODO

Neste capítulo será abordada a metodologia utilizada para a elaboração do presente

trabalho. Tem como objetivo relatar os métodos e as técnicas utilizadas para a realização da

pesquisa, o levantamento de dados e a análise dos resultados obtidos. Para Marconi e Lakatos

(2007), para existir ciência é preciso à aplicação de métodos científicos.

Prodanov e Freitas (2013, p. 24) afirmam que “o método científico é um conjunto de

procedimentos adotados com o propósito de atingir conhecimento”. Marconi e Lakatos (2007)

definem o método como:

[...] o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 83).

3.1 TIPO DE PESQUISA À NATUREZA

Como o presente trabalho tem o objetivo de produzir conhecimentos sobre as formas

de tributação disponíveis e, consequentemente, aplicados para oferecer melhores resultados na

empresa, a natureza da pesquisa caracteriza-se como aplicada. Segundo Gil (2010, p. 27) a

pesquisa aplicada enquadra-se como “aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação

numa situação específica”.

De modo complementar, Marconi e Lakatos (2010) destacam que a pesquisa aplicada

tem a intenção de colocar em prática os resultados encontrados, a fim de solucionar

determinadas questões ou problemas da realidade.

3.2 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS

Quanto aos objetivos, o tipo de pesquisa pode ser exploratória, descritiva ou explicativa.

Gil (2010) menciona que cada pesquisa possui objetivos específicos, isto é, diferenciam-se uma

das outras.

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A pesquisa exploratória tem a finalidade de proporcionar maiores informações sobre

assuntos relacionados ao tema através do levantamento bibliográfico. Conforme Prodanov e

Freitas (2013), a pesquisa exploratória visa, em sua fase inicial, buscar uma visão mais ampla

sobre o tema abordado. Para Gil (2010, p. 27), pesquisas exploratórias “têm como propósito

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a

construir hipóteses”.

Na pesquisa descritiva, segundo Prodanov e Freitas (2013) os fenômenos examinados

são registrados, sem que haja interferência do pesquisador. Sobre pesquisa descritiva, Gil

(2010) cita que têm como finalidade descrever as características de certa população. E, ainda,

podem ser elaboradas com o objetivo de identificar possíveis relações entre variáveis.

Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordenadados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas [...] (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 52).

Portanto, para os objetivos deste trabalho, o estudo é de cunho predominantemente

exploratório e descritivo, pois faz-se necessário buscar maiores informações e conceitos sobre

assuntos relacionados ao planejamento tributário, ou seja, na etapa exploratória existe a

intenção de investigar o assunto de maneira ampla, proporcionando maior compreensão sobre

o problema disposto no trabalho. Em seguida, na fase descritiva, o pesquisador registra,

observa e avalia as características identificadas nos regimes tributários abordados neste

estudo.

3.3 TIPO DE PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM

Na abordagem da pesquisa, é utilizada tanto a análise qualitativa, quanto a análise

quantitativa. Prodanov e Freitas (2013) destacam que o tipo das abordagens utilizadas

dependerá dos objetivos do pesquisador e, ainda, do tipo de estudo que será elaborado. Porém,

ainda mencionam que as abordagens qualitativas e quantitativas estão ligadas e

complementam-se.

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Segundo Prodadov e Freitas (2013), nas análises quantitativas as informações são

expostas por meio de números e estatísticas. No desenvolvimento da pesquisa de natureza

quantitativa, “devemos formular hipóteses e classificar a relação entre as variáveis para

garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no processo de análise e

interpretação” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 70).

Este trabalho classifica-se como qualitativo quanto a sua abordagem, pois será

realizada uma pesquisa descritiva sobre assunto baseado em autores da área tributária e afins.

A análise qualitativa, conforme Prodanov e Freitas (2013) possui uma ligação entre o mundo

real e o sujeito que não é traduzido através de números. Neste tipo de análise é posto em

evidência a interpretação e os significados básicos da pesquisa.

Também enquadra-se como quantitativo, pois será realizada análise para verificar qual

dos regimes tributários será menos oneroso para a empresa, ou seja, será feita a comparação

baseado em resultados numéricos e percentuais.

3.4 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS MEIOS

Segundo Gil (2010), a qualidade dos resultados obtidos em uma pesquisa está

diretamente relacionada à maneira como os dados foram obtidos. Quanto aos meios de

pesquisa foi do tipo: bibliográfica, documental, experimental, estudo de caso e, ainda,

aplicação de entrevista sobre o planejamento tributário.

A pesquisa bibliográfica, segundo Marconi e Lakatos (2010) abrange toda bibliografia já

existente e pública sobre o assunto da pesquisa, podendo ser desde publicações escritas ou ainda

disponíveis em meios de comunicação orais ou audiovisuais. Ainda conforme os autores, o

objetivo desta pesquisa é ter contato com aquilo que já foi abordado sobre determinado assunto.

Conforme Gil (2010, p. 29) esta pesquisa “é elaborada com base em material já existente”. Nesta

etapa enquadram-se as fontes que forneceram fundamentação teórica, por exemplo, as

legislações pertinentes que oferecem base legal para cada regime de tributação abordado no

presente estudo.

Gil (2010) destaca que a pesquisa documental possui semelhança com a pesquisa

bibliográfica, já que nos dois métodos utilizam dados já existentes. No entanto, o autor, afirma

que a maior diferença entre estas modalidades está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa

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bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre

determinado assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam ainda

um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da

pesquisa (GIL apud PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 55). A empresa objeto do estudo

concedeu as informações necessárias para a realização do planejamento tributário através de

documentos, como por exemplo, as demonstrações contábeis.

Classifica-se como pesquisa experimental “quando determinamos um objeto de

estudo, selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as formas de

controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto" (PRODANOV;

FREITAS, 2013, p. 56).

Este estudo é atribuído como experimental, pois é efetuada a apuração dos impostos

para cada regime de tributação, a fim de reconhecer a forma que proporcionará maior

economia fiscal para a empresa. Para fazer o levantamento dos valores, foram elaboradas

planilhas e tabelas, conforme dados a serem coletados na pesquisa documental.

Enquadra-se como estudo de caso, pois será realizado um estudo para verificar qual é

o melhor sistema de tributação para ser aplicado na empresa, ou seja, a realização do

planejamento tributário. Entende-se como estudo de caso:

É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade etc. São necessários alguns requisitos básicos para sua realização, entre os quais, severidade, objetivação, originalidade e coerência (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 60).

Ou ainda, segundo Yin apud Prodanov e Freitas (2013) um estudo de caso é uma

investigação empírica que visa verificar um fenômeno contemporâneo está inserido em

determinado contexto, especialmente nos casos onde os limites entre o fenômeno e contexto

não estão definidos claramente.

De acordo com Marconi e Lakatos (2010), a entrevista tem como objetivo gerar

informações sobre determinado assunto. Os mesmos autores reforçam afirmando que este

processo é utilizado para realizar uma investigação social para o levantamento de dados ou

auxiliar na análise ou tratamento de um certo problema. A entrevista pode ser classificada como

padronizada (estruturada) ou despadronizada (não estruturada).

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Segundo Marconi e Lakatos (2010), a entrevista padronizada ou estruturada é aquela

onde o entrevistador obedece um roteiro planejado, isto é, os questionamentos são previamente

estabelecidos. Já na entrevista despadronizada ou não estruturada, o entrevistador possui

liberdade de direcionar seus questionamentos, conforme necessidade, ou seja, poderá explorar o

assunto e desenvolvê-lo da maneira que considerar mais adequada.

Neste trabalho, a entrevista será despadronizada (ou não estruturada), pois será elaborado

o questionário com determinadas perguntas, no entanto, se houver necessidade, a entrevista será

direcionada para buscar maiores esclarecimentos através de novas perguntas.

3.5 COLETA DOS DADOS

Neste ponto será abordado o modo como será executada a coleta de dados desta

pesquisa. Conforme Marconi e Lakatos (2010, p. 18) esta é a “etapa da pesquisa em que se

inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar

a coleta dos dados previstos”.

A coleta de dados é baseada em documentos fornecidos pela empresa, especialmente

em relatórios contábeis, onde constam os principais registros e dados necessários para o

desenvolvimento do planejamento tributário. Será realizada uma entrevista sobre

planejamento tributário com os proprietários da empresa, da qual pretende-se adquirir

algumas informações sobre o assunto no ponto de vista da empresa.

Através dos livros e demonstrações contábeis disponibilizados pela entidade é possível

ter acesso a informações essenciais que servem como base para o desenvolvimento do estudo,

como por exemplo, o faturamento da empresa, seus custos, suas despesas, folha de

pagamento, entre outros.

3.6 ANÁLISE DOS DADOS

Com o objetivo de avaliar qual é a melhor opção de tributação para a empresa, serão

analisados e interpretados os dados a serem coletados. Para visualizar qual a alternativa mais

viável, serão elaborados comparativos, em forma de tabelas e planilhas, apresentando o montante

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dos tributos devidos com base nos regimes tributários citados neste estudo: Simples Nacional,

Lucro Presumido e Lucro Real, considerando as peculiaridades e legislações pertinentes a cada

uma das sistemáticas de tributação supracitadas.

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4 ANÁLISE DE DADOS

Neste capítulo será desenvolvido, com base no referencial teórico, a análise de dados

de um estudo de caso que visa elaborar um planejamento tributário para os anos de 2016,

2017 e 2018 e avaliar qual o regime tributário mais vantajoso para a empresa, isto é, qual a

forma de tributação menos onerosa. Desta forma, realiza-se o levantamento da carga tributária

com base no Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, assim como compará-los

entre si e identificar qual o regime tributário que gerará maior economia fiscal para a

entidade, objeto do estudo.

Em relação aos anos de 2013, 2014 e 2015 será demonstrado o montante de tributos

recolhidos nestes anos e ainda demonstrar como seria composta a carga tributária através de

outros regimes de tributação, baseado nas receitas auferidas no período, assim como os dados

da folha de pagamento, compras e despesas incorridas nestes períodos.

A empresa que é do setor comercial atua no mercado atacadista de hortaliças e frutas e

possui, atualmente, em seu quadro de colaboradores uma pessoa responsável pelo setor

administrativo, três funcionários encarregados dos serviços gerais, além de dois sócios. A

empresa iniciou suas atividades no ano de 2013 como optante do Simples Nacional, porém

em 2015 ocorreu alteração no regime de tributação e passou a tributar pelo Lucro Presumido.

Para atender os objetivos propostos no presente trabalho, houve a necessidade de

coletar informações sobre a empresa, sendo extraídos por meio das demonstrações contábeis

e, ainda, a realização de entrevista com uma colaboradora da empresa, a fim de prestar

informações úteis para a elaboração do planejamento tributário.

4.1 ANÁLISE DA ENTREVISTA

A entrevista foi realizada de forma eletrônica, sendo os questionamentos

encaminhados por correio eletrônico e as respostas foram retornadas da mesma forma, já que

houve uma limitação de tempo por parte da empresa para a entrevista presencial. A

entrevistada é auxiliar administrativa da empresa e é responsável pelos procedimentos que

envolvem os tributos, como por exemplo, a emissão de notas fiscais.

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Para atender ao objetivo específico, que visa identificar se a empresa possui

entendimento sobre planejamento tributário e seu impacto, questionou-se sobre a adesão deste

sistema tributário, assim como o conhecimento sobre o mesmo.

Tendo em vista que a empresa foco do estudo não possui entendimento sobre o

planejamento tributário e não adota esta prática, viu-se a necessidade de apresentar a proposta

de implantação do planejamento tributário, bem como o levantamento dos tributos com base

nos regimes tributários disponíveis para proporcionar benefícios financeiros e torná-la mais

competitiva no mercado.

Em relação ao objetivo específico que aborda sobre os aspectos e peculiaridades dos

regimes tributários – Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real – a empresa salienta

que possui conhecimento superficial sobre estes métodos e o funcionamento dos mesmos,

sendo insuficientes para a elaboração de um planejamento tributário. A empresa ainda destaca

que possui escrituração contábil regular, porém não a utiliza para acompanhar a evolução da

carga tributária.

A entrevistada destaca que a empresa busca acompanhar a composição tributária de

seus produtos e menciona que grande parte de seus produtos são isentos de ICMS e possuem

alíquota zero de PIS e COFINS e, ainda, informa que os itens que possuem maior

representatividade no faturamento são a maçã, o tomate, a cebola e a banana.

Sobre os tributos e alíquotas em que está sujeita e sobre as obrigações tributárias

acessórias, a colaboradora enfatiza que busca auxílio da assessoria contábil para estes

assuntos, assim como informações sobre a legislação tributária e suas alterações,

especialmente para a emissão correta de notas fiscais.

A assessoria contábil é o meio que a empresa mais utiliza para obter informações

sobre os tributos e legislações. A colaboradora cita que solicita o auxílio do profissional

contábil nas seguintes situações: optar pelo regime tributário para o próximo exercício,

auxiliar no processo do planejamento tributário, identificar a carga tributária sobre receitas e

produtos e analisar o acompanhamento fiscal no decorrer do ano.

Desta forma identifica-se a conformidade do que é descrito no referencial teórico

sobre a importância do papel do contador para o planejamento dos tributos e a contribuição do

profissional contábil para adesão desta prática.

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Em relação ao faturamento, a entrevistada menciona que existe uma expectativa de

aumento de 10% (dez por cento) em cada ano, já nas despesas espera-se um aumento de 5%

(cinco por cento) em cada ano, considerando o mesmo aumento para a folha de pagamento e

as compras. Esta projeção será utilizada para os anos de 2016, 2017 e 2018.

4.2 ANÁLISE DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O PERÍODO DE 2016, 2017 E 2018

Com a perspectiva de expansão do negócio, notou-se a necessidade de projetar um

cenário para os próximos anos. Assim será desenvolvido o planejamento tributário sobre os

períodos de 2016, 2017 e 2018, a fim de estimar o montante de tributos, possibilitar uma

avaliação e fazer um comparativo entre o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

Como base de valores foi aplicada a projeção passada pela empresa, ou seja, o

aumento de 10% (dez por cento) no faturamento/receitas e os 5% (cinco por cento) nas

despesas/compras/folha de pagamento, sobre o ano anterior (dividido por trimestres).

4.2.1 Cálculo dos tributos através do Simples Nacional para os anos de 2016, 2017 e 2018

Conforme abordado no referencial teórico, o Simples Nacional é o regime de

tributação simplificado, pois o recolhimento dos tributos é efetuado por meio de uma única

guia de arrecadação e a apuração do valor devido é realizada através da aplicação da alíquota

sobre a receita bruta. A alíquota depende do faturamento dos últimos doze meses e está

descrita no Anexo I da LC 123/2006, no qual enquadra-se empresas do ramo do comércio,

que consta no Anexo 1 do presente trabalho.

É importante ressaltar que existem percentuais de redução de ICMS para as empresas

comerciais, que estão enquadradas neste regime tributário. Estas reduções de alíquotas são

estabelecidas pelo Estado, por meio da Lei nº 14.042 e aparecem detalhadas no Anexo 2 deste

trabalho. No Apêndice 18 é apresentada a tabela com as alíquotas reduzidas, ou seja, os

percentuais determinados pela LC nº123/2006 abatidos do desconto de ICMS, conforme a Lei

nº 14.042 (RIO GRANDE DO SUL, 2012).

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Na Tabela 1 são apresentadas as receitas brutas dos anos de 2016, 2017 e 2018, bem

como o valor do faturamento acumulado dos últimos doze meses que serve como base para

definir a alíquota a ser utilizada para o levantamento dos tributos devidos. É demonstrado

ainda, o valor correspondente ao Simples Nacional para cada mês.

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Tabela 1 – PROJEÇÃO SIMPLES NACIONAL PARA 2016, 2017 E 2018

VALOR DO

Faturamento do mês Acumulado 12 meses SIMPLES

jan/16 160.754,35R$ 1.979.355,07R$ 9,27% 14.901,93R$ fev/16 189.653,37R$ 1.996.596,29R$ 9,38% 17.789,49R$ mar/16 232.279,98R$ 2.017.712,65R$ 9,38% 21.787,86R$ abr/16 173.778,41R$ 2.033.510,69R$ 9,38% 16.300,41R$ mai/16 161.144,91R$ 2.048.160,22R$ 9,38% 15.115,39R$ jun/16 162.996,56R$ 2.062.978,09R$ 9,38% 15.289,08R$ jul/16 180.101,26R$ 2.079.350,93R$ 9,38% 16.893,50R$

ago/16 180.101,26R$ 2.095.723,78R$ 9,38% 16.893,50R$ set/16 180.101,26R$ 2.112.096,62R$ 9,38% 16.893,50R$ out/16 180.101,26R$ 2.128.469,46R$ 9,38% 16.893,50R$ nov/16 180.101,26R$ 2.144.842,30R$ 9,38% 16.893,50R$ dez/16 180.101,26R$ 2.161.215,14R$ 9,53% 17.163,65R$

TOTAL 2016 2.161.215,14R$ - - 202.815,30R$

jan/17 176.829,79R$ 2.177.290,58R$ 9,53% 16.851,88R$ fev/17 208.618,70R$ 2.196.255,92R$ 9,53% 19.881,36R$ mar/17 255.507,98R$ 2.219.483,91R$ 9,53% 24.349,91R$ abr/17 191.156,25R$ 2.236.861,75R$ 9,53% 18.217,19R$ mai/17 177.259,40R$ 2.252.976,25R$ 9,53% 16.892,82R$ jun/17 179.296,21R$ 2.269.275,90R$ 9,53% 17.086,93R$ jul/17 198.111,39R$ 2.287.286,03R$ 9,53% 18.880,02R$

ago/17 198.111,39R$ 2.305.296,15R$ 9,53% 18.880,02R$ set/17 198.111,39R$ 2.323.306,28R$ 9,53% 18.880,02R$ out/17 198.111,39R$ 2.341.316,41R$ 9,65% 19.117,75R$ nov/17 198.111,39R$ 2.359.326,53R$ 9,65% 19.117,75R$ dez/17 198.111,39R$ 2.377.336,66R$ 9,65% 19.117,75R$

TOTAL 2017 2.377.336,66R$ - - 227.273,38R$

jan/18 194.512,77R$ 2.395.019,64R$ 9,65% 18.770,48R$ fev/18 229.480,57R$ 2.415.881,51R$ 9,65% 22.144,88R$ mar/18 281.058,78R$ 2.441.432,31R$ 9,65% 27.122,17R$ abr/18 210.271,87R$ 2.460.547,93R$ 9,65% 20.291,24R$ mai/18 194.985,34R$ 2.478.273,87R$ 9,65% 18.816,09R$ jun/18 197.225,84R$ 2.496.203,49R$ 9,65% 19.032,29R$ jul/18 217.922,53R$ 2.516.014,63R$ 9,65% 21.029,52R$

ago/18 217.922,53R$ 2.535.825,77R$ 9,81% 21.378,20R$ set/18 217.922,53R$ 2.555.636,91R$ 9,81% 21.378,20R$ out/18 217.922,53R$ 2.575.448,05R$ 9,81% 21.378,20R$ nov/18 217.922,53R$ 2.595.259,19R$ 9,81% 21.378,20R$ dez/18 217.922,53R$ 2.615.070,32R$ 9,81% 21.378,20R$

TOTAL 2018 2.615.070,32R$ - - 254.097,67R$

MÊSSIMPLES NACIONAL

ALÍQUOTA

Fonte: própria autora, de acordo com projeção de faturamento da empresa e aplicação da alíquota conforme anexo I da LC 123/2006 (BRASIL, 2006).

Observa-se que no ano de 2016, na maioria dos meses, a empresa possui perspectiva

de faturamento entre R$ 1.980.000,01 a R$ 2.160.000,00, sendo cabível a alíquota de 9,38%

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(nove vírgula trinta e oito por cento). Desta forma, para este ano, apura-se o valor total de R$

202.815,30 de Simples Nacional. Já no ano de 2017, a empresa permanece com a mesma

alíquota nos três primeiros trimestres, 9,53% (nove vírgula cinquenta e três por cento), o que

representa o faturamento acumulado entre R$ 2.160.000,01 a R$ 2.340.000,00. Apenas no

último trimestre a faixa de faturamento é alterada e a alíquota passa a ser de 9,65% (nove

vírgula sessenta e cinco por cento). Para o ano de 2017 é calculado o valor total de R$

227.273,38 de Simples Nacional. No ano de 2018 é estimado que as alíquotas permaneçam

entre 9,65% (nove vírgula sessenta e cinco por cento) e 9,81% (nove vírgula oitenta e um por

cento), atingindo o montante de R$ 254.097,67 de tributos a pagar no ano.

Com base na projeção repassada pela empresa, constata-se uma tendência de aumento

no valor do Simples Nacional a recolher, conforme apresentado no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Gráfico comparativo do Simples Nacional dos anos de 2016, 2017 e 2018 Fonte: própria autora

4.2.2 Cálculo dos tributos através do Lucro Presumido para os anos de 2016, 2017 e 2018

No Lucro Presumido, ao contrário do que ocorre no Simples Nacional, o recolhimento

do IRPJ, CSLL, ICMS, PIS, COFINS e da Contribuição Patronal Previdenciária (INSS

patronal) é realizado através de guias separadas, isto é, cada tributo é gerado em uma guia

específica, assim como a apuração dos valores a recolher, pois cada tributo possui a sua

respectiva alíquota.

2016 2017 2018

SIMPLES NACIONAL R$ 202.815,30 R$ 227.273,38 R$ 254.097,67

R$ -

R$ 50.000,00

R$ 100.000,00

R$ 150.000,00

R$ 200.000,00

R$ 250.000,00

R$ 300.000,00

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4.2.2.1 Apuração do IRPJ no Lucro Presumido

Para encontrar a base de cálculo e apurar o IRPJ pelo Lucro Presumido, aplica-se o

percentual de presunção do lucro, no caso do comércio é de 8% (oito por cento) sobre a

receita bruta, acrescido do ganho de capital e outras receitas, neste caso, são utilizadas as

receitas financeiras, originadas dos rendimentos da aplicação financeira e sobre este montante

aplica-se a alíquota de 15% (quinze por cento), resultando no valor do IRPJ a recolher. Cabe

aplicar o adicional de 10% (dez por cento) nos períodos, no caso trimestre, em que a base de

cálculo ultrapassar o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), este adicional é aplicável

sobre o valor que exceder este limite.

Na Tabela 2 segue o levantamento estimado do IRPJ com base no Lucro Presumido

para os períodos de 2016, 2017 e 2018.

Tabela 2 – PROJEÇÃO IRPJ LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018

RECEITA COM PRESUNÇÃO DO RENDIMENTOS LUCRO IRPJ DEVIDO

VENDAS LUCRO (8%) APLICAÇÕES PRESUMIDO 15%

1º Trim. 2016 582.687,70R$ 46.615,02R$ 602,53R$ 47.217,54R$ 7.082,63R$ 2º Trim. 2016 497.919,88R$ 39.833,59R$ 1.497,44R$ 41.331,03R$ 6.199,65R$ 3º Trim. 2016 540.303,78R$ 43.224,30R$ 1.049,98R$ 44.274,29R$ 6.641,14R$ 4º Trim. 2016 540.303,78R$ 43.224,30R$ 1.049,98R$ 44.274,29R$ 6.641,14R$ Total 2016 2.161.215,14R$ 172.897,21R$ 4.199,93R$ 177.097,14R$ 26.564,57R$

1º Trim. 2017 640.956,47R$ 51.276,52R$ 662,78R$ 51.939,30R$ 7.790,89R$ 2º Trim. 2017 547.711,86R$ 43.816,95R$ 1.647,19R$ 45.464,13R$ 6.819,62R$ 3º Trim. 2017 594.334,16R$ 47.546,73R$ 1.154,98R$ 48.701,71R$ 7.305,26R$ 4º Trim. 2017 594.334,16R$ 47.546,73R$ 1.154,98R$ 48.701,71R$ 7.305,26R$ Total 2017 2.377.336,66R$ 190.186,93R$ 4.619,93R$ 194.806,86R$ 29.221,03R$

1º Trim. 2018 705.052,12R$ 56.404,17R$ 729,06R$ 57.133,22R$ 8.569,98R$ 2º Trim. 2018 602.483,05R$ 48.198,64R$ 1.811,90R$ 50.010,55R$ 7.501,58R$ 3º Trim. 2018 653.767,58R$ 52.301,41R$ 1.270,48R$ 53.571,89R$ 8.035,78R$ 4º Trim. 2018 653.767,58R$ 52.301,41R$ 1.270,48R$ 53.571,89R$ 8.035,78R$ Total 2018 2.615.070,32R$ 209.205,63R$ 5.081,92R$ 214.287,54R$ 32.143,13R$

PERÍODO

IRPJ - LUCRO PRESUMIDO

Fonte: própria autora, de acordo com projeção de receitas da empresa

Através da Tabela 2, estima-se que o valor referente Imposto de Renda Pessoa Jurídica

que a empresa deverá recolher será de R$ 26.564,57 para ao ano de 2016, R$ 29.221,03 para

2017 e R$ 32.143,13 para o ano de 2018.

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4.2.2.2 Apuração da CSLL no Lucro Presumido

Para apurar a CSLL será utilizada a mesma base de cálculo do IRPJ, no entanto o

coeficiente a ser utilizado é de 12% (doze por cento), pois trata-se de uma empresa comercial.

Da mesma forma, como na formação da base do IRPJ, a este valor são acrescidos os ganhos

de capital e outras receitas. Sobre o Lucro Presumido apurado aplica-se o percentual de 9%

(nove por cento), gerando o resultado de CSLL a pagar.

Na Tabela 3, é detalhada a apuração da CSLL, demonstrando a base de cálculo e o

valor do tributo devido para o período de 2016, 2017 e 2018, conforme segue.

Tabela 3 – PROJEÇÃO CSLL LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018

RECEITA COM PRESUNÇÃO DO RENDIMENTOS LUCRO CSLL DEVIDA

VENDAS LUCRO (12%) APLICAÇÕES PRESUMIDO 9%

1º Trim. 2016 582.687,70R$ 69.922,52R$ 602,53R$ 70.525,05R$ 6.347,25R$ 2º Trim. 2016 497.919,88R$ 59.750,39R$ 1.497,44R$ 61.247,83R$ 5.512,30R$ 3º Trim. 2016 540.303,78R$ 64.836,45R$ 1.049,98R$ 65.886,44R$ 5.929,78R$ 4º Trim. 2016 540.303,78R$ 64.836,45R$ 1.049,98R$ 65.886,44R$ 5.929,78R$ Total 2016 2.161.215,14R$ 259.345,82R$ 4.199,93R$ 263.545,75R$ 23.719,12R$

1º Trim. 2017 640.956,47R$ 76.914,78R$ 662,78R$ 77.577,55R$ 6.981,98R$ 2º Trim. 2017 547.711,86R$ 65.725,42R$ 1.647,19R$ 67.372,61R$ 6.063,53R$ 3º Trim. 2017 594.334,16R$ 71.320,10R$ 1.154,98R$ 72.475,08R$ 6.522,76R$ 4º Trim. 2017 594.334,16R$ 71.320,10R$ 1.154,98R$ 72.475,08R$ 6.522,76R$ Total 2017 2.377.336,66R$ 285.280,40R$ 4.619,93R$ 289.900,32R$ 26.091,03R$

1º Trim. 2018 705.052,12R$ 84.606,25R$ 729,06R$ 85.335,31R$ 7.680,18R$ 2º Trim. 2018 602.483,05R$ 72.297,97R$ 1.811,90R$ 74.109,87R$ 6.669,89R$ 3º Trim. 2018 653.767,58R$ 78.452,11R$ 1.270,48R$ 79.722,59R$ 7.175,03R$ 4º Trim. 2018 653.767,58R$ 78.452,11R$ 1.270,48R$ 79.722,59R$ 7.175,03R$ Total 2018 2.615.070,32R$ 313.808,44R$ 5.081,92R$ 318.890,36R$ 28.700,13R$

CSLL - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

Fonte: própria autora, de acordo com projeção de receitas da empresa

De acordo com a Tabela 3, se optante pelo regime tributário Lucro Presumido, o total

de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido a ser recolhido nos anos de 2016, 2017 e 2018

será de aproximadamente R$ 23.719,12, R$ 26.091,03 e R$ 28.700,13, respectivamente.

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4.2.2.3 Apuração do PIS e COFINS no Lucro Presumido

No Lucro Presumido, as contribuições de PIS e COFINS são apuradas pela sistemática

cumulativa, portanto no PIS é aplicada a alíquota de 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por

cento) e 3% (três por cento) de COFINS sobre as vendas e não gera direito a créditos, ou seja,

a empresa não terá direito de recuperar os valores correspondentes a estas contribuições nas

entradas de mercadorias e despesas.

No entanto, a incidência destas contribuições ocorre apenas em alguns produtos, sendo

que a maior parte dos itens equivale a alíquota zero de PIS e COFINS. Para aplicar nos anos

propostos para o planejamento tributário, foi necessária a seguinte base: utilizam-se as saídas

efetivas de janeiro a junho de 2015, separando-se o que é sujeito à tributação de PIS e

COFINS e o que não tem incidência destas contribuições, sendo que deste resultado constata-

se que aproximadamente 1% (um por cento) das saídas sofre tributação de PIS e COFINS.

Desta maneira, para calcular as projeções das contribuições para os anos de 2016, 2017 e

2018, destinou-se 1% (um por cento) das saídas para incidência do PIS e COFINS, conforme

tabelas apresentadas no Apêndice 2.

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Tabela 4 – PROJEÇÃO PIS E COFINS LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018

PERÍODO SAÍDAS TRIBUTADAS ALIQUOTA 0 PIS 0,65% COFINS 3%

jan/16 160.754,35R$ 1.607,54R$ 159.146,81R$ 10,45R$ 48,23R$

fev/16 189.653,37R$ 1.896,53R$ 187.756,83R$ 12,33R$ 56,90R$ mar/16 232.279,98R$ 2.322,80R$ 229.957,18R$ 15,10R$ 69,68R$ abr/16 173.778,41R$ 1.737,78R$ 172.040,62R$ 11,30R$ 52,13R$ mai/16 161.144,91R$ 1.611,45R$ 159.533,46R$ 10,47R$ 48,34R$

jun/16 162.996,56R$ 1.629,97R$ 161.366,59R$ 10,59R$ 48,90R$

jul/16 180.101,26R$ 1.801,01R$ 178.300,25R$ 11,71R$ 54,03R$

ago/16 180.101,26R$ 1.801,01R$ 178.300,25R$ 11,71R$ 54,03R$ set/16 180.101,26R$ 1.801,01R$ 178.300,25R$ 11,71R$ 54,03R$ out/16 180.101,26R$ 1.801,01R$ 178.300,25R$ 11,71R$ 54,03R$

nov/16 180.101,26R$ 1.801,01R$ 178.300,25R$ 11,71R$ 54,03R$ dez/16 180.101,26R$ 1.801,01R$ 178.300,25R$ 11,71R$ 54,03R$

Total 2016 2.161.215,14R$ 21.612,15R$ 2.139.602,99R$ 140,48R$ 648,36R$

jan/17 176.829,79R$ 1.768,30R$ 175.061,49R$ 11,49R$ 53,05R$

fev/17 208.618,70R$ 2.086,19R$ 206.532,51R$ 13,56R$ 62,59R$

mar/17 255.507,98R$ 2.555,08R$ 252.952,90R$ 16,61R$ 76,65R$

abr/17 191.156,25R$ 1.911,56R$ 189.244,69R$ 12,43R$ 57,35R$ mai/17 177.259,40R$ 1.772,59R$ 175.486,80R$ 11,52R$ 53,18R$ jun/17 179.296,21R$ 1.792,96R$ 177.503,25R$ 11,65R$ 53,79R$

jul/17 198.111,39R$ 1.981,11R$ 196.130,27R$ 12,88R$ 59,43R$

ago/17 198.111,39R$ 1.981,11R$ 196.130,27R$ 12,88R$ 59,43R$ set/17 198.111,39R$ 1.981,11R$ 196.130,27R$ 12,88R$ 59,43R$

out/17 198.111,39R$ 1.981,11R$ 196.130,27R$ 12,88R$ 59,43R$ nov/17 198.111,39R$ 1.981,11R$ 196.130,27R$ 12,88R$ 59,43R$ dez/17 198.111,39R$ 1.981,11R$ 196.130,27R$ 12,88R$ 59,43R$

Total 2017 2.377.336,66R$ 23.773,37R$ 2.353.563,29R$ 154,53R$ 713,20R$

jan/18 194.512,77R$ 1.945,13R$ 192.567,64R$ 12,64R$ 58,35R$

fev/18 229.480,57R$ 2.294,81R$ 227.185,77R$ 14,92R$ 68,84R$

mar/18 281.058,78R$ 2.810,59R$ 278.248,19R$ 18,27R$ 84,32R$

abr/18 210.271,87R$ 2.102,72R$ 208.169,15R$ 13,67R$ 63,08R$

mai/18 194.985,34R$ 1.949,85R$ 193.035,48R$ 12,67R$ 58,50R$

jun/18 197.225,84R$ 1.972,26R$ 195.253,58R$ 12,82R$ 59,17R$

jul/18 217.922,53R$ 2.179,23R$ 215.743,30R$ 14,16R$ 65,38R$ ago/18 217.922,53R$ 2.179,23R$ 215.743,30R$ 14,16R$ 65,38R$

set/18 217.922,53R$ 2.179,23R$ 215.743,30R$ 14,16R$ 65,38R$ out/18 217.922,53R$ 2.179,23R$ 215.743,30R$ 14,16R$ 65,38R$

nov/18 217.922,53R$ 2.179,23R$ 215.743,30R$ 14,16R$ 65,38R$

dez/18 217.922,53R$ 2.179,23R$ 215.743,30R$ 14,16R$ 65,38R$ Total 2018 2.615.070,32R$ 26.150,70R$ 2.588.919,62R$ 169,98R$ 784,52R$

PIS E COFINS - LUCRO PRESUMIDO (SISTEMÁTICA CUMULATIVA)

Fonte: própria autora, de acordo com projeção do faturamento da empresa

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Na Tabela 4 são apresentados os valores de PIS e COFINS caso a empresa fosse

optante do Lucro Presumido, sendo assim, os resultados atribuídos foram: para o ano de 2016

R$ 140,48 de PIS e R$ 648,36 de COFINS, no ano de 2017 chega-se ao montante de R$

154,53 de PIS e R$ 713,20 de COFINS e 2018 R$ 169,98 de PIS e R$ 784,52 de COFINS.

4.2.2.4 Apuração do ICMS no Lucro Presumido

Para realizar o levantamento do valor a recolher do ICMS, tributo de competência

estadual, é necessário apurar a diferença entre os débitos deste tributo, que incidem sobre as

saídas de mercadorias e os créditos, que refletem sobre as entradas de produtos. A diferença

entre os débitos e os créditos resultará no montante a recolher ou se a empresa obtiver mais

créditos do que débitos, não terá obrigação de recolher em certo mês, pois significa que o

valor a recuperar é maior do que o montante a pagar.

É importante destacar que no caso da empresa objeto do estudo, a maioria dos

produtos é isento de ICMS, de acordo com RICMS/RS, Livro I, Artigo 9º, XIX. A entidade

trabalha também com produtos que são tributados integralmente, sujeitos a base reduzida e

sujeitos à substituição tributária. Tributados integralmente são aqueles que sofrem a tributação

sobre o valor integral com a alíquota disposta pela legislação, neste caso 17% (dezessete por

cento). Quando ocorrem situações com redução de base de cálculo, aplica-se 12% (doze por

cento) sobre a nova base. Para encontrar esta base reduzida, aplica-se 58,333% (cinquenta e

oito inteiros e trezentos e trinta e três milésimos por cento) sobre os itens. Se o ICMS é

cobrado anteriormente, ocorre a situação da substituição tributária.

Perante essas definições, para apurar os valores de ICMS para os anos de 2016, 2017 e

2018, observou-se, com base nas declarações do SPED Fiscal de janeiro a junho de 2015, que

em média, 96% (noventa e seis por cento) das saídas são isentas de ICMS, 3,59% (três vírgula

cinquenta e nove por cento) com base reduzida e menos de 1% (um por cento) é tributado

integralmente. Nas entradas, aproximadamente 82% (oitenta e dois por cento) são isentas,

pouco além de 4% (quatro por cento) são base reduzida e, assim como nas saídas, menos de

1% (um por cento) sofre tributação integral. A explicação da projeção está no Apêndice 3 e

será aplicada para apurar o ICMS neste estudo.

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A Tabela 5 demonstra os valores de débitos e créditos de ICMS referentes os anos de

2016, 2017, 2018. Os períodos estão divididos por trimestres, conforme abaixo.

Tabela 5 – PROJEÇÃO ICMS LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018

PERÍODO DÉBITO CRÉDITO ICMS A PAGAR

1º Trimestre 2016 1.840,70R$ 1.094,13R$ 746,57R$

2º Trimestre 2016 1.572,92R$ 884,30R$ 688,62R$ 3º Trimestre 2016 1.706,81R$ 989,21R$ 717,60R$ 4º Trimestre 2016 1.706,81R$ 989,21R$ 717,60R$

Total 2016 6.827,25R$ 3.956,86R$ 2.870,39R$

1º Trimestre 2017 2.024,77R$ 1.148,84R$ 875,94R$ 2º Trimestre 2017 1.730,21R$ 928,51R$ 801,70R$

3º Trimestre 2017 1.877,49R$ 1.038,68R$ 838,82R$

4º Trimestre 2017 1.877,49R$ 1.038,68R$ 838,82R$ Total 2017 7.509,97R$ 4.154,70R$ 3.355,27R$

1º Trimestre 2018 2.227,25R$ 1.206,28R$ 1.020,97R$

2º Trimestre 2018 1.903,24R$ 974,94R$ 928,30R$

3º Trimestre 2018 2.065,24R$ 1.090,61R$ 974,63R$

4º Trimestre 2018 2.065,24R$ 1.090,61R$ 974,63R$ Total 2018 8.260,97R$ 4.362,44R$ 3.898,53R$

ICMS - LUCRO PRESUMIDO

Fonte: própria autora, de acordo com projeção do faturamento e compras

Os débitos são provenientes das saídas de mercadorias, enquanto que os créditos são

oriundos das entradas, conforme o Apêndice 4.

De acordo com a Tabela 5, através do regime de tributação Lucro Presumido, a

empresa, em todos os anos apresentados, obteve débitos maiores que os créditos, sendo que

em 2016, o tributo totaliza R$ 2.870,39 a recolher, enquanto que no ano de 2017, soma a

quantia de R$ 3.355,27 e em 2018 resulta R$ 3.898,53 a pagar.

4.2.2.5 Apuração da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP)

No Lucro Presumido, o INSS patronal (Contribuição Previdenciária Patronal) é

apurado sobre a folha de pagamento, e na guia de INSS são embutidos os seguintes valores:

20% (vinte por cento) sobre as remunerações dos sócios e empregados, o percentual conforme

os Riscos Ambientais de Trabalho (RAT), que varia conforme atividade da empresa e

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calculado sobre as remunerações dos empregados e, ainda, as contribuições a terceiros, que é

a aplicação da alíquota de 5,8% (cinco vírgula oito por cento) pelas remunerações dos

empregados.

Na Tabela 6 são apontados os valores apurados para a Contribuição Previdenciária

Patronal. Para a remuneração dos empregados e dos sócios é considerado o aumento de 5%

(cinco por cento) em comparação ao ano anterior, conforme questionamento da entrevista, já

para o RAT será considerado o percentual de 3% (três por cento), além de uma estimativa

para o décimo terceiro salário e férias.

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Tabela 6 – PROJEÇÃO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018

Fonte: própria autora, de acordo com projeção da folha de pagamento da empresa

Na Tabela 6 estão discriminados os valores referentes à Contribuição Previdenciária

Patronal, sendo os seguintes resultados: para o ano de 2016 estima-se o valor de R$

38.114,77, para 2017 o valor de R$ 40.020,50 e para o ano de 2018 espera-se

aproximadamente R$ 42.021,53 a título de CPP.

EMPRESA: 20%REMUNERAÇÃO RAT: 3% REMUNERAÇÃO CONTRIBUINTES TOTAL

EMPREGADOS TERCEIROS: 5,8% SÓCIOS 20% INSS PATRONAL

jan/16 3.962,11R$ 1.141,09R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 2.464,93R$ fev/16 4.723,90R$ 1.360,48R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 2.684,32R$ mar/16 4.187,03R$ 1.205,87R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 2.529,71R$

abr/16 4.557,53R$ 1.312,57R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 2.636,41R$ mai/16 5.961,84R$ 1.717,01R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.040,85R$

jun/16 7.327,54R$ 2.110,33R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.434,17R$ jul/16 6.143,31R$ 1.769,27R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.093,11R$ ago/16 6.580,52R$ 1.895,19R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.219,03R$

set/16 6.361,92R$ 1.832,23R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.156,07R$ out/16 6.361,92R$ 1.832,23R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.156,07R$

nov/16 6.361,92R$ 1.832,23R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.156,07R$ dez/16 6.361,92R$ 1.832,23R$ 6.619,20R$ 1.323,84R$ 3.156,07R$

13º Salário 6.361,92R$ 1.832,23R$ -R$ -R$ 1.832,23R$

Média Férias 1.929,57R$ 555,72R$ -R$ -R$ 555,72R$

TOTAL 2016 77.182,94R$ 22.228,69R$ 79.430,40R$ 15.886,08R$ 38.114,77R$

jan/17 4.160,22R$ 1.198,14R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 2.588,17R$ fev/17 4.960,09R$ 1.428,51R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 2.818,54R$ mar/17 4.396,38R$ 1.266,16R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 2.656,19R$ abr/17 4.785,40R$ 1.378,20R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 2.768,23R$ mai/17 6.259,93R$ 1.802,86R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.192,89R$

jun/17 7.693,92R$ 2.215,85R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.605,88R$ jul/17 6.450,47R$ 1.857,74R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.247,77R$ ago/17 6.909,54R$ 1.989,95R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.379,98R$

set/17 6.680,01R$ 1.923,84R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.313,88R$ out/17 6.680,01R$ 1.923,84R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.313,88R$

nov/17 6.680,01R$ 1.923,84R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.313,88R$

dez/17 6.680,01R$ 1.923,84R$ 6.950,16R$ 1.390,03R$ 3.313,88R$ 13º Salário 6.680,01R$ 1.923,84R$ -R$ -R$ 1.923,84R$

Média Férias 2.026,05R$ 583,50R$ -R$ -R$ 583,50R$

TOTAL 2017 81.042,09R$ 23.340,12R$ 83.401,92R$ 16.680,38R$ 40.020,50R$

jan/18 4.368,23R$ 1.258,05R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 2.717,58R$

fev/18 5.208,10R$ 1.499,93R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 2.959,47R$ mar/18 4.616,20R$ 1.329,47R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 2.789,00R$ abr/18 5.024,67R$ 1.447,11R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 2.906,64R$

mai/18 6.572,93R$ 1.893,00R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.352,54R$ jun/18 8.078,61R$ 2.326,64R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.786,17R$

jul/18 6.773,00R$ 1.950,62R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.410,16R$ ago/18 7.255,02R$ 2.089,45R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.548,98R$ set/18 7.014,02R$ 2.020,04R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.479,57R$

out/18 7.014,02R$ 2.020,04R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.479,57R$ nov/18 7.014,02R$ 2.020,04R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.479,57R$

dez/18 7.014,02R$ 2.020,04R$ 7.297,67R$ 1.459,53R$ 3.479,57R$ 13º Salário 7.014,02R$ 2.020,04R$ -R$ -R$ 2.020,04R$

Média Férias 2.127,36R$ 612,68R$ -R$ -R$ 612,68R$

TOTAL 2018 85.094,19R$ 24.507,13R$ 87.572,02R$ 17.514,40R$ 42.021,53R$

CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PREVIDENCIÁRIA - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

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4.2.2.6 Carga tributária do Lucro Presumido

Na Tabela 7 consta o resumo da carga tributária através do regime do Lucro

Presumido prevista para os anos propostos neste estudo, sendo detalhados por tributo, ou seja,

IRPJ, CSLL, COFINS, PIS, ICMS e CPP.

Tabela 7 – PROJEÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA LUCRO PRESUMIDO PARA 2016, 2017 E 2018

TRIBUTO 2016 2017 2018

IRPJ 26.564,57R$ 29.221,03R$ 32.143,13R$ CSLL 23.719,12R$ 26.091,03R$ 28.700,13R$

COFINS 648,36R$ 713,20R$ 784,52R$ PIS 140,48R$ 154,53R$ 169,98R$

ICMS 2.870,39R$ 3.355,27R$ 3.898,53R$ CPP 38.114,77R$ 40.020,50R$ 42.021,53R$

TOTAL 92.057,69R$ 99.555,56R$ 107.717,82R$

CARGA TRIBUTÁRIA - LUCRO PRESUMIDO

Fonte: elaborado pela própria autora

Através da tabela resumo é possível verificar que se a empresa optar pelo Lucro

Presumido, no final de 2016 ela terá recolhido aproximadamente R$ 92.057,69 de tributos,

sendo que no ano de 2017 haverá um aumento em torno de 10% (dez por cento) na sua

tributação e em 2018 existe uma previsão que totaliza R$ 107.717,82 de tributos.

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Esse aumento, apresentado no Gráfico 2, pode ser reflexo da perspectiva do aumento

de 10% (dez por cento) que a empresa prevê, comparado a um aumento de 5% (cinco por

cento) das suas despesas/folha de pagamento/compras.

2016 2017 2018

LUCRO PRESUMIDO R$ 92.057,69 R$ 99.555,56 R$ 107.717,82

R$ 80.000,00

R$ 85.000,00

R$ 90.000,00

R$ 95.000,00

R$ 100.000,00

R$ 105.000,00

R$ 110.000,00

Gráfico 2 – Gráfico comparativo do Lucro Presumido dos anos de 2016, 2017 e 2018 Fonte: própria autora

4.2.3 Cálculo dos tributos através do Lucro Real para os anos de 2016, 2017 e 2018

Como abordado no referencial teórico do presente trabalho, o Lucro Real é o regime

tributário que visa apurar os valores do IRPJ e da CSLL com base no lucro contábil e os

ajustes previstos pela legislação. Por isso, é de grande importância que a empresa que optar

por este sistema de tributação mantenha uma escrituração contábil fiscal regular e completa.

Da mesma forma que no Lucro Presumido, os tributos são recolhidos por meio de guias

específicas.

O levantamento do IRPJ e da CSLL pode ser, no Lucro Real, efetuado

trimestralmente, método utilizado para este estudo, ou anualmente, sendo que neste último

citado, ocorre por meio de estimativas mensais.

A apuração do ICMS e da Contribuição Previdenciária Patronal é realizada no Lucro

Real, da mesma forma que no Lucro Presumido, assim os valores destes tributos permanecem

iguais em ambas as formas de tributação.

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83

4.2.3.1 Apuração do PIS e COFINS no Lucro Real

A apuração e recolhimento das contribuições federais do PIS e da COFINS ocorrem

pelo regime não-cumulativo, isto é, quando há aproveitamento de créditos destes tributos,

porém, as alíquotas neste sistema se diferem do sistema cumulativo, o percentual do PIS é de

1,65% (um vírgula sessenta e cinco por cento) e da COFINS é de 7,6% (sete vírgula seis por

cento).

Para apurar os débitos destas contribuições aplicam-se as alíquotas determinadas sobre

a base de cálculo, composta pela receita bruta. Na Tabela 8 estão discriminadas as

perspectivas de débitos correspondentes às contribuições de PIS e COFINS (por trimestres),

conforme segue.

Tabela 8 - PROJEÇÃO DE DÉBITOS DE PIS E COFINS LUCRO REAL PARA 2016, 2017 E 2018

PERÍODO SAÍDAS TRIBUTADAS ALIQUOTA 0 PIS 1,65% COFINS 7,6%

1º Trim. 2016 582.687,70R$ 5.826,88R$ 576.860,82R$ 96,14R$ 442,84R$

2º Trim. 2016 497.919,87R$ 4.979,20R$ 492.940,67R$ 82,16R$ 378,42R$ 3º Trim. 2016 540.303,79R$ 5.403,04R$ 534.900,75R$ 89,15R$ 410,63R$ 4º Trim. 2016 540.303,79R$ 5.403,04R$ 534.900,75R$ 89,15R$ 410,63R$ Total 2016 2.161.215,14R$ 21.612,15R$ 2.139.602,99R$ 356,60R$ 1.642,52R$

1º Trim. 2017 640.956,47R$ 6.409,56R$ 634.546,90R$ 105,76R$ 487,13R$

2º Trim. 2017 547.711,86R$ 5.477,12R$ 542.234,74R$ 90,37R$ 416,26R$

3º Trim. 2017 594.334,16R$ 5.943,34R$ 588.390,82R$ 98,07R$ 451,69R$

4º Trim. 2017 594.334,16R$ 5.943,34R$ 588.390,82R$ 98,07R$ 451,69R$ Total 2017 2.377.336,66R$ 23.773,37R$ 2.353.563,29R$ 392,26R$ 1.806,78R$

1º Trim. 2018 705.052,12R$ 7.050,52R$ 698.001,59R$ 116,33R$ 535,84R$ 2º Trim. 2018 602.483,05R$ 6.024,83R$ 596.458,22R$ 99,41R$ 457,89R$

3º Trim. 2018 653.767,58R$ 6.537,68R$ 647.229,91R$ 107,87R$ 496,86R$

4º Trim. 2018 653.767,58R$ 6.537,68R$ 647.229,91R$ 107,87R$ 496,86R$

Total 2018 2.615.070,32R$ 26.150,70R$ 2.588.919,62R$ 431,49R$ 1.987,45R$

PIS E COFINS - LUCRO REAL (SISTEMÁTICA NÃO-CUMULATIVA)

Fonte: própria autora, de acordo com projeção do faturamento da empresa

Da mesma forma que no Lucro Presumido (sistema cumulativo), no Lucro Real

também se utilizou a proporção de 1% (um por cento) das saídas como tributadas de PIS e

COFINS. O cálculo desta proporção consta no Apêndice 2.

Seguindo o sistema da não-cumulatividade, que é regra geral do Lucro Real,

encontram-se os débitos de R$ 356,60 de PIS e R$ 1.642,42 de COFINS para o ano de 2016.

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84

Em 2017 a estimativa de débitos destas contribuições é de R$ 392,26 para o PIS e R$

1.806,78 para COFINS e para 2018 os valores são de R$ 431,49 e R$ 1.987,45 para PIS e

COFINS, respectivamente.

Os créditos permitidos neste método são provenientes das entradas de mercadorias e

ainda sobre algumas despesas, conforme critérios estabelecidos pela legislação. É necessário

considerar que os créditos nas entradas de mercadorias são apenas sobre os itens tributados de

PIS e COFINS, portanto, apuraram-se os produtos que sofrem incidência das contribuições no

período de janeiro a junho de 2015, bem como o valor correspondente as compras destes

produtos no mesmo período e calculou-se o quanto que representa em relação às compras

totais do período base, conforme planilha apresentada no Apêndice 5.

Desse modo, o coeficiente a ser utilizado para denominar o montante das compras que

geram direitos a créditos de PIS e COFINS será de 0,75% (zero vírgula setenta e cinco por

cento). Para as despesas será utilizado o mesmo critério de rateio das compras, ou seja, os

créditos são calculados sobre 0,75% (zero vírgula setenta e cinco por cento) e não sobre o

valor bruto da despesa. Vale destacar que estes créditos podem ser calculados apenas sobre as

despesas que são registradas na contabilidade e previstas pela legislação, sendo neste caso

consideradas apenas sobre as compras e despesas de energia elétrica e combustíveis,

conforme especificado na Tabela 9 a seguir.

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Tabela 9 – PROJEÇÃO DE CRÉDITOS DE PIS E COFINS NA SISTEMÁTICA NÃO-CUMULATIVA

TOTAL DAS DESPESAS QUE BASE CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS

COMPRAS GERAM CRÉDITOS 0,75% PIS 1,65% COFINS 7,6%

1º Trim. 2016 312.788,77R$ 15.299,13R$ 2.460,66R$ 40,60R$ 187,01R$

2º Trim. 2016 252.802,35R$ 7.872,67R$ 1.955,06R$ 32,26R$ 148,58R$

3º Trim. 2016 282.795,56R$ 11.585,90R$ 2.207,86R$ 36,43R$ 167,80R$ 4º Trim. 2016 282.795,56R$ 11.585,90R$ 2.207,86R$ 36,43R$ 167,80R$ Total 2016 1.131.182,24R$ 46.343,60R$ 8.831,44R$ 145,72R$ 671,19R$

1º Trim. 2017 328.428,21R$ 16.064,09R$ 2.583,69R$ 42,63R$ 196,36R$

2º Trim. 2017 265.442,46R$ 8.266,30R$ 2.052,82R$ 33,87R$ 156,01R$

3º Trim. 2017 296.935,34R$ 12.165,19R$ 2.318,25R$ 38,25R$ 176,19R$

4º Trim. 2017 296.935,34R$ 12.165,19R$ 2.318,25R$ 38,25R$ 176,19R$ Total 2017 1.187.741,35R$ 48.660,77R$ 9.273,02R$ 153,00R$ 704,75R$

1º Trim. 2018 344.849,62R$ 16.867,29R$ 2.712,88R$ 44,76R$ 206,18R$

2º Trim. 2018 278.714,59R$ 8.679,62R$ 2.155,46R$ 35,57R$ 163,81R$

3º Trim. 2018 311.782,11R$ 12.773,45R$ 2.434,17R$ 40,16R$ 185,00R$ 4º Trim. 2018 311.782,11R$ 12.773,45R$ 2.434,17R$ 40,16R$ 185,00R$ Total 2018 1.247.128,42R$ 51.093,82R$ 9.736,67R$ 160,66R$ 739,99R$

PERÍODO

CRÉDITOS PIS E COFINS - COMPRAS DE MERCADORIAS E DESPESAS

Fonte: elaborado pela própria autora, de acordo com projeção de compras e despesas da empresa

Em relação aos créditos do PIS e COFINS, na Tabela 9 são detalhadas as projeções

das compras e despesas que oferecem créditos das contribuições, assim, apurou-se que, em

2016, a empresa poderá recuperar em média R$ 145,72 de PIS e R$ 671,19 de COFINS. No

ano de 2017 estes valores aumentam para R$ 153,00 de PIS e R$ 704,75 de COFINS e em

2018 terá créditos de aproximadamente R$ 160,66 de PIS e R$ 739,99 de COFINS.

Na Tabela 10 segue o confronto entre os débitos e créditos de PIS e COFINS,

consequentemente apresenta-se a situação destas contribuições.

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Tabela 10 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE PIS E COFINS LUCRO REAL PARA OS ANOS DE 2016, 2017 E 2018

PERÍODO DÉBITO CRÉDITO SITUAÇÃO DÉBITO CRÉDITO SITUAÇÃO

1º Trim. 2016 96,14R$ 40,60R$ 55,54R$ 442,84R$ 187,01R$ 255,83R$

2º Trim. 2016 82,16R$ 32,26R$ 49,90R$ 378,42R$ 148,58R$ 229,83R$ 3º Trim. 2016 89,15R$ 36,43R$ 52,72R$ 410,63R$ 167,80R$ 242,83R$ 4º Trim. 2016 89,15R$ 36,43R$ 52,72R$ 410,63R$ 167,80R$ 242,83R$

TOTAL 2016 356,60R$ 145,72R$ 210,88R$ 1.642,52R$ 671,19R$ 971,33R$

1º Trim. 2017 105,76R$ 42,63R$ 63,13R$ 487,13R$ 196,36R$ 290,77R$ 2º Trim. 2017 90,37R$ 33,87R$ 56,50R$ 416,26R$ 156,01R$ 260,25R$

3º Trim. 2017 98,07R$ 38,25R$ 59,81R$ 451,69R$ 176,19R$ 275,51R$ 4º Trim. 2017 98,07R$ 38,25R$ 59,81R$ 451,69R$ 176,19R$ 275,51R$

TOTAL 2017 392,26R$ 153,00R$ 239,26R$ 1.806,78R$ 704,75R$ 1.102,03R$

1º Trim. 2018 116,33R$ 44,76R$ 71,57R$ 535,84R$ 206,18R$ 329,66R$ 2º Trim. 2018 99,41R$ 35,57R$ 63,84R$ 457,89R$ 163,81R$ 294,07R$ 3º Trim. 2018 107,87R$ 40,16R$ 67,71R$ 496,86R$ 185,00R$ 311,87R$

4º Trim. 2018 107,87R$ 40,16R$ 67,71R$ 496,86R$ 185,00R$ 311,87R$

TOTAL 2018 431,49R$ 160,66R$ 270,83R$ 1.987,45R$ 739,99R$ 1.247,47R$

DÉBITOS X CRÉDITOS PIS E COFINS COM BASE NO LUCRO REAL

PIS COFINS

Fonte: elaborado pela própria autora

Analisando a Tabela 10, observa-se que em todos os anos a empresa possui valores de

débitos maiores que de créditos. O total previsto para a empresa recolher, em 2016, é de R$

210,88 de PIS e R$ 971,33 de COFINS. No ano de 2017 a previsão é de que ainda deverá

recolher o montante próximo a R$ 239,26 de PIS e R$ 1.102,03 de COFINS e em 2018 o

valor de R$ 270,83 de PIS e R$ 1.247,47 de COFINS.

4.2.3.2 Apuração do IRPJ e CSLL no Lucro Real (Trimestralmente)

Pelo Lucro Real, a base de apuração do IRPJ e da CSLL surge do lucro líquido da

empresa, ajustados pelas adições, exclusões e compensações ditadas pela legislação.

Detectou-se que a empresa representada neste trabalho não possui valores que se enquadram

como adições ou exclusões, assim como não se obteve compensações derivadas de prejuízos

anteriores.

Da mesma forma que no Lucro Presumido, a CSLL é obtida com a aplicação de 9%

(nove por cento) sobre a base de cálculo, assim como o IRPJ é obtido através da aplicação da

alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a mesma base e caso esta ultrapassar o limite de R$

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60.000,00 (sessenta mil reais) no trimestre, no Lucro Real também terá o adicional de 10%

(dez por cento) no IRPJ sobre o excedente da base.

O lucro líquido, considerado no LALUR, é o confronto das receitas com as despesas

da empresa. As projeções das Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE) dos anos de

2016, 2017 e 2018 estão mencionadas no Apêndice 6, detalhando a forma da apuração do

lucro.

Com base nestas informações, os resultados projetados para o IRPJ e CSLL nos

períodos de 2016, 2017 e 2018 são apresentados na Tabela 11.

Tabela 11 – PROJEÇÃO IRPJ E CSLL LUCRO REAL PARA 2016, 2017 E 2018

ANO 2016 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

LUCRO LÍQUIDO 201.591,63R$ 153.366,40R$ 172.382,15R$ 317.547,75R$

(+) Adições - - - -(-) Exclusões - - - -(=) Base de cálculo IRPJ e CSLL 201.591,63R$ 153.366,40R$ 172.382,15R$ 317.547,75R$ IRPJ (15%) 30.238,74R$ 23.004,96R$ 25.857,32R$ 47.632,16R$ Adicional IRPJ (exceder 60.000,00) 141.591,63R$ 93.366,40R$ 112.382,15R$ 257.547,75R$ Adicional IRPJ 10% 14.159,16R$ 9.336,64R$ 11.238,21R$ 25.754,78R$

Total IRPJ 44.397,91R$ 32.341,60R$ 37.095,54R$ 73.386,94R$

Total CSLL 18.143,25R$ 13.802,98R$ 15.514,39R$ 28.579,30R$

ANO 2017 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

LUCRO LÍQUIDO 240.741,07R$ 185.915,59R$ 207.976,61R$ 311.666,81R$

(+) Adições - - - -

(-) Exclusões - - - -

(=) Base de cálculo IRPJ e CSLL 240.741,07R$ 185.915,59R$ 207.976,61R$ 311.666,81R$ IRPJ (15%) 36.111,16R$ 27.887,34R$ 31.196,49R$ 46.750,02R$ Adicional IRPJ (exceder 60.000,00) 180.741,07R$ 125.915,59R$ 147.976,61R$ 251.666,81R$ Adicional IRPJ 10% 18.074,11R$ 12.591,56R$ 14.797,66R$ 25.166,68R$

Total IRPJ 54.185,27R$ 40.478,90R$ 45.994,15R$ 71.916,70R$ Total CSLL 21.666,70R$ 16.732,40R$ 18.717,90R$ 28.050,01R$

ANO 2018 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

LUCRO LÍQUIDO 284.754,96R$ 222.580,33R$ 248.048,34R$ 303.316,00R$ (+) Adições - - - -

(-) Exclusões - - - -(=) Base de cálculo IRPJ e CSLL 284.754,96R$ 222.580,33R$ 248.048,34R$ 303.316,00R$ IRPJ (15%) 42.713,24R$ 33.387,05R$ 37.207,25R$ 45.497,40R$

Adicional IRPJ (exceder 60.000,00) 224.754,96R$ 162.580,33R$ 188.048,34R$ 243.316,00R$ Adicional IRPJ 10% 22.475,50R$ 16.258,03R$ 18.804,83R$ 24.331,60R$

Total IRPJ 65.188,74R$ 49.645,08R$ 56.012,09R$ 69.829,00R$ Total CSLL 25.627,95R$ 20.032,23R$ 22.324,35R$ 27.298,44R$

IRPJ E CSLL - LUCRO REAL TRIMESTRAL

Fonte: elaborado pela própria autora

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A partir da Tabela 11, o montante devido de IRPJ e CSLL, baseando-se no Lucro Real

trimestral, no ano de 2016 será de R$ R$ 187.221,99 e de R$ 76.039,92, respectivamente.

Para o ano de 2017, estima-se o valor de R$ 212.575,02 de IRPJ e R$ 85.167,01 de CSLL. No

ano de 2018 a expectativa de IRPJ a pagar é de R$ 240.674,91 e CSLL de R$ 95.282,97.

A alta diferença de valores que constam no último trimestre de cada ano é em função

dos valores do estoque inicial/final, pois foram considerados nos custos das mercadorias

vendidas. O valor do levantamento do estoque foi calculado com a aplicação da margem de

lucro de 45,10% (quarenta e cinco vírgula dez por cento), contudo vale ressaltar que a

apuração realizada desta forma não interfere nos resultados anuais dos tributos.

4.2.3.3 Carga tributária do Lucro Real

A carga tributária estimada para os anos de 2016, 2017 e 2018, com base no Lucro

Real, é apresentada na Tabela 12, os valores aparecem detalhados por tributos.

Tabela 12 – PROJEÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA LUCRO REAL PARA 2016, 2017 E 2018

TRIBUTO 2016 2017 2018IRPJ 187.221,98R$ 212.575,02R$ 240.674,91R$ CSLL 76.039,91R$ 85.167,01R$ 95.282,97R$

COFINS 971,33R$ 1.102,03R$ 1.247,47R$ PIS 210,88R$ 239,26R$ 270,83R$

ICMS 2.870,39R$ 3.355,27R$ 3.898,53R$ CPP 38.114,77R$ 40.020,50R$ 42.021,53R$

TOTAL 305.429,27R$ 342.459,09R$ 383.396,24R$

CARGA TRIBUTÁRIA - LUCRO REAL

Fonte: elaborado pela própria autora

Avaliando a Tabela 12, verifica-se que os valores referentes o ICMS e da Contribuição

Previdenciária Patronal permanecem os mesmos que no Lucro Presumido, no entanto, o IRPJ

e a CSLL apresentam uma diferença significativa se comparados ao Lucro Presumido, já que

no Lucro Real estes tributos são calculados sobre o lucro líquido (e ajustes) da empresa,

portanto se apresentar um lucro elevado, o reflexo aparecerá na apuração de ambos os

tributos.

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O crescimento da carga tributária para os anos de 2016, 2017 e 2018 é ilustrado

através do Gráfico 3.

Gráfico 3 – Gráfico comparativo do Lucro Real dos anos de 2016, 2017 e 2018 Fonte: própria autora

4.2.4 Comparação entre Simples Nacional x Lucro Presumido x Lucro Real

Com a finalidade de atender ao objetivo específico que sugere um comparativo entre

os regimes tributários destacados neste estudo, segue a comparação da carga tributária entre o

Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real para os períodos de 2016, 2017 e 2018.

4.2.4.1 Comparação dos regimes tributários - por período

Para melhor detectar as diferenças de valores entre o Simples Nacional, Lucro

Presumido e Lucro Real, seguem na Tabela 13 as comparações tabuladas por período.

2016 2017 2018

LUCRO REAL R$ 305.429,27 R$ 342.459,09 R$ 383.396,24

R$ -

R$ 50.000,00

R$ 100.000,00

R$ 150.000,00

R$ 200.000,00

R$ 250.000,00

R$ 300.000,00

R$ 350.000,00

R$ 400.000,00

R$ 450.000,00

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Tabela 13 – COMPARATIVO DA CARGA TRIBUTÁRIA ENTRE SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL

REGIME TRIBUTÁRIO 2016 2017 2018

SIMPLES NACIONAL 202.815,30R$ 227.273,38R$ 254.097,67R$

LUCRO PRESUMIDO 92.057,69R$ 99.555,56R$ 107.717,82R$

LUCRO REAL 305.429,27R$ 342.459,09R$ 383.396,24R$

COMPARAÇÃO DOS REGIMES TRIBUTÁRIOS

Fonte: elaborado pela própria autora, com base nos resultados obtidos na análise de dados

A Tabela 13, desenvolvida de acordo com os resultados obtidos na análise, comprova

que a sistemática mais vantajosa para a empresa é o Lucro Presumido para todos os anos.

Em 2016 a estimativa total de tributos, através do Simples Nacional é de R$

202.815,30, no Lucro Presumido seria de R$ 92.057,69 e Lucro Real o montante de R$

305.429,27. Constata-se que, comparado ao Simples Nacional, o Lucro Presumido apresenta a

menor carga tributária em aproximadamente 55% (cinquenta e cinco por cento) e se

comparado ao Lucro Real, esta diferença atinge a quantia de R$ 213.371,58 no ano.

Para o ano de 2017, verifica-se que a previsão para o Lucro Presumido continua sendo

a menor dentre as cargas tributárias, alcançando o valor de R$ 99.555,56, no Simples

Nacional a previsão é de R$ 227.273,38 e no Lucro Real de R$ 342.459,09. A economia do

Lucro Presumido em relação ao Simples Nacional é de R$ 127.717,82 em 2017, e

aproximadamente 70% (setenta por cento) menor do que o Lucro Real.

No ano de 2018 o resultado do total dos tributos é de R$ 254.097,67 para o Simples

Nacional, R$ 107.717,82 para o Lucro Presumido e R$ 383.396,24 para o Lucro Real. A

diferença entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido é de R$ 146.379,85 e do Lucro

Presumido para o Lucro Real é de R$ 276.898,07 no ano.

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91

Abaixo seguem ilustradas as comparações dos regimes tributários para o período de

2016, 2017 e 2018:

R$ -

R$ 50.000,00

R$ 100.000,00

R$ 150.000,00

R$ 200.000,00

R$ 250.000,00

R$ 300.000,00

R$ 350.000,00

R$ 400.000,00

R$ 450.000,00

2016 2017 2018

SIMPLES NACIONAL

LUCRO PRESUMIDO

LUCRO REAL

Gráfico 4 – Gráfico comparativo entre os regimes tributários dos anos de 2016, 2017 e 2018 Fonte: própria autora

O Gráfico 4 permite visualizar a diferença significativa da carga tributária dentro dos

períodos estudados e confirma que o Lucro Presumido é a opção que gera maior economia

fiscal, tanto para o ano de 2016, quanto para os anos de 2017 e 2018.

O aumento gradativo da tributação pode ser ocasionado pelo aumento do faturamento

esperado pela empresa, estimado em 10% (dez por cento), comparado a um aumento menor

das despesas, 5% (cinco por cento).

4.2.4.2 Comparação dos regimes tributários - por tributos

É importante evidenciar a composição da carga tributária da empresa, isto é, quanto é

designado para cada obrigação tributária, até mesmo como forma de acompanhamento isolado

sobre determinado tributo e buscar alternativas para possíveis reduções de valores.

Nesta etapa serão comparados os valores específicos apurados para o IRPJ, a CSLL,

COFINS, PIS, ICMS e CPP em cada regime tributário/período.

Na Tabela 14 estão desmembrados os totais referentes a cada tributo, correspondentes

aos períodos de 2016, 2017 e 2018:

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92

Tabela 14 – COMPARATIVO POR TRIBUTO REFERENTE ANO 2016, 2017 E 2018

TRIBUTO SIMPLES NACIONAL % LUCRO PRESUMIDO % LUCRO REAL %

IRPJ 9.959,60R$ 4,91% 26.564,57R$ 28,86% 187.221,98R$ 61,30%

CSLL 9.959,60R$ 4,91% 23.719,12R$ 25,77% 76.039,91R$ 24,90%

COFINS 30.042,82R$ 14,81% 648,36R$ 0,70% 971,33R$ 0,32%

PIS 7.132,01R$ 3,52% 140,48R$ 0,15% 210,88R$ 0,07%

ICMS 59.533,15R$ 29,35% 2.870,39R$ 3,12% 2.870,39R$ 0,94%

CPP 86.188,12R$ 42,50% 38.114,77R$ 41,40% 38.114,77R$ 12,48%

TOTAL 202.815,30R$ 100,00% 92.057,69R$ 100,00% 305.429,26R$ 100,00%

TRIBUTO SIMPLES NACIONAL % LUCRO PRESUMIDO % LUCRO REAL %

IRPJ 11.173,48R$ 4,92% 29.221,03R$ 29,35% 212.575,02R$ 62,07%

CSLL 11.173,48R$ 4,92% 26.091,03R$ 26,21% 85.167,01R$ 24,87%

COFINS 33.401,58R$ 14,70% 713,20R$ 0,72% 1.102,03R$ 0,32%

PIS 7.904,64R$ 3,48% 154,53R$ 0,16% 239,26R$ 0,07%

ICMS 68.051,26R$ 29,94% 3.355,27R$ 3,37% 3.355,27R$ 0,98%

CPP 95.568,93R$ 42,05% 40.020,50R$ 40,20% 40.020,50R$ 11,69%

TOTAL 227.273,38R$ 100,00% 99.555,56R$ 100,00% 342.459,09R$ 100,00%

TRIBUTO SIMPLES NACIONAL % LUCRO PRESUMIDO % LUCRO REAL %

IRPJ 12.399,79R$ 4,88% 32.143,13R$ 29,84% 240.674,91R$ 62,77%

CSLL 12.399,79R$ 4,88% 28.700,13R$ 26,64% 95.282,97R$ 24,85%

COFINS 37.242,96R$ 14,66% 784,52R$ 0,73% 1.247,47R$ 0,33%

PIS 8.891,24R$ 3,50% 169,98R$ 0,16% 270,83R$ 0,07%

ICMS 76.926,65R$ 30,27% 3.898,53R$ 3,62% 3.898,53R$ 1,02%

CPP 106.237,23R$ 41,81% 42.021,53R$ 39,01% 42.021,53R$ 10,96%

TOTAL 254.097,67R$ 100,00% 107.717,82R$ 100,00% 383.396,24R$ 100,00%

COMPARAÇÃO POR TRIBUTO - ANO 2016

COMPARAÇÃO POR TRIBUTO - ANO 2017

COMPARAÇÃO POR TRIBUTO - ANO 2018

Fonte: elaborado pela própria autora, com base nos resultados obtidos na análise de dados

Dependendo do regime tributário em que a empresa se enquadrará, a composição da

carga tributária difere-se, para realizar esta análise de forma geral e representá-la

graficamente, são utilizadas as médias dos tributos dos anos de 2016, 2017 e 2018 para cada

sistemática de tributação, conforme apresentado na Tabela 15:

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93

Tabela 15 – COMPARATIVO DOS TRIBUTOS BASEADO NA MÉDIA POR REGIME TRIBUTÁRIO

TRIBUTO SIMPLES NACIONAL % LUCRO PRESUMIDO % LUCRO REAL %

IRPJ 11.177,62R$ 4,90% 29.309,58R$ 29% 213.490,64R$ 62,10%

CSLL 11.177,62R$ 4,90% 26.170,09R$ 26,23% 85.496,63R$ 24,88%

COFINS 33.562,45R$ 14,72% 715,36R$ 0,72% 1.106,94R$ 0,32%

PIS 7.975,96R$ 3,50% 155,00R$ 0,16% 240,32R$ 0,07%

ICMS 68.170,35R$ 29,89% 3.374,73R$ 3,38% 3.374,73R$ 0,98%

CPP 95.998,10R$ 42,09% 40.052,27R$ 40,14% 40.052,27R$ 11,65%

TOTAL 228.062,12R$ 100,00% 99.777,03R$ 100,00% 343.761,53R$ 100,00%

MÉDIA DOS TRIBUTOS - 2016, 2017 E 2018

Fonte: elaborado pela própria autora, com base nos resultados obtidos na análise de dados

No IRPJ, se apurado pelo Simples Nacional, considerando as médias para cada regime

tributário, é o método em que o valor a ser recolhido é o menor, enquanto que pelo Lucro

Real é o tributo que possui maior representatividade, correspondendo aproximadamente 62%

(sessenta e dois por cento) da composição tributária. Esse valor elevado explica-se pelo fato

da empresa auferir valor considerável de receitas e em compensação apresentar despesas em

valores menores, já que o IRPJ é calculado com base no lucro líquido da entidade e, além, de

recolher a alíquota cabível do IRPJ, 15% (quinze por cento), ainda estará sujeita ao adicional

de 10% (dez por cento), uma vez que a base de cálculo ultrapassa o limite. Pelo Lucro

Presumido é o segundo tributo com maior representatividade, em média 29% (vinte e nove

por cento) dos tributos arrecadados.

A CSLL possui variações similares a do IRPJ, no Simples Nacional, por exemplo, a

média é a mesma e representa quase 5% (cinco por cento) do montante de tributos. No Lucro

Real quase 25% (vinte e cinco por cento) da tributação é destinada para a CSLL, destaca-se

que a base de cálculo é a mesma que o IRPJ, mas não está sujeita ao adicional e no Presumido

compõe um pouco mais de 26% (vinte e seis por cento) da carga tributária.

No caso da COFINS é possível identificar a diferença significativa entre a apuração

pelo Simples Nacional e os demais regimes tributários. No Simples Nacional, esta

contribuição representa quase 15% (quinze por cento) da carga tributária, já no Lucro

Presumido e no Lucro Real não atinge 1% (um por cento) dos tributos.

Os reflexos do PIS são semelhantes aos da COFINS, pois o sistema que apresenta a

maior fatia da carga de tributos é o Simples Nacional, com pouco mais de 3% (três por cento),

enquanto que no Presumido e Real não alcança 1% (um por cento) do total de tributos

devidos.

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94

É preciso considerar que pelo Lucro Presumido e no Lucro Real, as bases de cálculo

para PIS e COFINS são sobre os produtos que sofrem tributação destas contribuições nas

entradas e destaca-se que a maioria dos itens possui alíquota zero. Considera-se, ainda, no

Lucro Real, o sistema não-cumulativo, portanto, há aproveitamento de créditos sobre as

compras de mercadorias e algumas despesas, gerando abatimento nos débitos de PIS e

COFINS, porém pelo Lucro Real, mesmo com os direitos de créditos, o valor devido é maior

que no Presumido, pois as alíquotas são maiores.

O ICMS é determinante na comparação isolada dos tributos, pois a diferença entre os

regimes tributários é bastante significativa. A Tabela 15 demonstra que pelo Simples

Nacional, a média do ICMS é de R$ 68.170,35, praticamente 30% (trinta por cento) do total

de tributos. A média de valor para Lucro Presumido e Lucro Real é idêntica, sendo R$

3.374,73, porém no Presumido representa pouco mais de 3% (três por cento) da carga

tributária, e no Lucro Real, atinge quase 1% (um por cento) dos tributos.

O ICMS é um dos fatores mais influentes na comparação dos métodos tributários, pois

a maior parte dos produtos é isento deste tributo ou base reduzida, sendo que a menor parcela

dos itens sofre tributação integral. Tanto no Lucro Presumido, quanto no Lucro Real há

direitos de recuperar ICMS nas compras, porém estes créditos originam-se apenas dos itens

que sofrem alguma tributação deste imposto nas entradas.

Tanto no Simples Nacional, quanto no Lucro Presumido o que possui maior

representatividade é a Contribuição Previdenciária Patronal, atingindo mais de 40% (quarenta

por cento) da carga tributária em ambos os regimes tributários. Mesmo que no Lucro

Presumido e no Real o montante devido seja igual (média de R$ 40.052,27), no Real a CPP é

a terceira maior representatividade neste método, representando um pouco mais de 10% (dez

por cento).

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95

Nos Gráficos 5, 6 e 7 estão ilustradas como as cargas tributárias do Simples Nacional,

Lucro Presumido e Lucro Real são compostas, detalhando qual a representatividade de cada

tributo dentro de cada sistema de tributação.

IRPJ

5%CSLL

5%

COFINS

15%PIS

3%

ICMS

30%

CPP

42%

Simples Nacional

Gráfico 5 – Gráfico da composição da carga tributária no Simples Nacional Fonte: própria autora

IRPJ

29%

CSLL

26%

COFINS

1%

PIS

0%

ICMS

4%

CPP

40%

Lucro Presumido

Gráfico 6 – Gráfico da composição da carga tributária no Lucro Presumido Fonte: própria autora

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Gráfico 7 – Gráfico da composição da carga tributária no Lucro RealFonte: própria autora

4.3 ANÁLISE COMPARAT

No ano de 2013 e 2014 a empresa iniciou suas atividades e efetuou o recolhimento de

seus tributos através do Simples Nacional. Em 2015, a empresa alterou a sua forma de

tributação, aderindo ao Lucro Presumido.

Neste tópico serão desenvolvidas as análises de como seria a carga tributária nas

condições de outro regime tributário para os anos de 2013, 2014 e 2015.

4.3.1 Comparação dos regimes tributários para o ano de 2013 e 2014

Na Tabela 16 estão relacionados os faturamentos mensais e os valores que

efetivamente foram recolhidos pela empresa no ano de 2013 e 2014. A empresa passou a

obter receitas no mês de agosto de 2013

deste mês.

COFINS

Lucro Real

Gráfico da composição da carga tributária no Lucro Real

4.3 ANÁLISE COMPARATIVA PARA OS ANOS DE 2013, 2014 E 2015

No ano de 2013 e 2014 a empresa iniciou suas atividades e efetuou o recolhimento de

seus tributos através do Simples Nacional. Em 2015, a empresa alterou a sua forma de

erindo ao Lucro Presumido.

Neste tópico serão desenvolvidas as análises de como seria a carga tributária nas

condições de outro regime tributário para os anos de 2013, 2014 e 2015.

4.3.1 Comparação dos regimes tributários para o ano de 2013 e 2014

la 16 estão relacionados os faturamentos mensais e os valores que

efetivamente foram recolhidos pela empresa no ano de 2013 e 2014. A empresa passou a

obter receitas no mês de agosto de 2013, consequentemente começou a pagar tributos

IRPJ

62%

CSLL

25%

COFINS

0% PIS

0%

ICMS

1%

CPP

12%

96

2013, 2014 E 2015

No ano de 2013 e 2014 a empresa iniciou suas atividades e efetuou o recolhimento de

seus tributos através do Simples Nacional. Em 2015, a empresa alterou a sua forma de

Neste tópico serão desenvolvidas as análises de como seria a carga tributária nas

condições de outro regime tributário para os anos de 2013, 2014 e 2015.

4.3.1 Comparação dos regimes tributários para o ano de 2013 e 2014

la 16 estão relacionados os faturamentos mensais e os valores que

efetivamente foram recolhidos pela empresa no ano de 2013 e 2014. A empresa passou a

, consequentemente começou a pagar tributos a partir

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97

Tabela 16 – TRIBUTOS RECOLHIDOS EM 2013 E 2014 – SIMPLES NACIONAL

PERÍODO FATURAMENTO MENSAL SIMPLES NACIONAL

ago/13 14.964,54R$ 411,52R$ set/13 68.825,90R$ 1.892,71R$ out/13 88.118,18R$ 2.423,25R$ nov/13 104.842,70R$ 3.784,82R$ dez/13 142.813,86R$ 8.311,77R$

TOTAL 419.565,18R$ 16.824,08R$

jan/14 158.265,04R$ 9.211,03R$ fev/14 164.851,44R$ 10.682,37R$ mar/14 184.103,77R$ 12.684,75R$ abr/14 125.945,71R$ 9.395,55R$ mai/14 129.743,31R$ 9.678,85R$ jun/14 119.233,89R$ 9.204,86R$ jul/14 142.275,36R$ 11.211,30R$

ago/14 140.297,71R$ 11.795,19R$ set/14 145.613,72R$ 12.318,92R$ out/14 161.103,66R$ 13.806,58R$ nov/14 151.278,63R$ 12.964,58R$ dez/14 185.991,14R$ 15.939,44R$

TOTAL 1.808.703,38R$ 138.893,41R$

TRIBUTAÇÃO EFETIVA DE 2013 E 2014

Fonte: elaborado pela própria autora, baseado na escrita fiscal da empresa

A Tabela 16 demonstra que a empresa recolheu o total de R$ 16.824,08, como optante

do Simples Nacional, de agosto a dezembro de 2013 e o montante de R$ 138.893,41 no ano

de 2014 por meio do mesmo regime tributário.

A fim de avaliar se o Simples realmente foi a melhor opção nestes períodos, segue a

Tabela 17 com a comparação entre os regimes tributários.

Tabela 17 – COMPARAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA 2013 E 2014

REGIME TRIBUTÁRIO 2013 2014

SIMPLES NACIONAL 16.824,08R$ 138.893,41R$

LUCRO PRESUMIDO 16.255,81R$ 66.343,19R$

LUCRO REAL 33.995,65R$ 266.476,62R$

COMPARAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL COM LUCRO PRESUMIDO E REAL

Fonte: elaborado pela própria autora, baseado na escrita fiscal da empresa e nos resultados obtidos na análise de dados

Comparando os resultados encontrados através da apuração dos regimes tributários,

confirma-se que para os anos de 2013 e 2014 a melhor alternativa de tributação também seria

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o Lucro Presumido. Como nestes períodos a empresa apurou e recolheu seus tributos pelo

Simples Nacional, estima-se que em 2013 a empresa tenha pago aproximadamente R$ 570,00

a mais de tributos. Em 2014 a empresa recolheu um valor considerável a mais de tributos

como optante do Simples Nacional, caso estivesse enquadrada no Lucro Presumido teria

recolhido R$ 66.343,19, comparado a R$ 138.893,41 no Simples Nacional. O Gráfico 8

permite visualizar com clareza a diferença entre as sistemáticas de tributação:

R$ -

R$ 50.000,00

R$ 100.000,00

R$ 150.000,00

R$ 200.000,00

R$ 250.000,00

R$ 300.000,00

2013 2014

SIMPLES NACIONAL

LUCRO PRESUMIDO

LUCRO REAL

Gráfico 8 – Gráfico Simples Nacional x Lucro Presumido x Lucro Real – 2013 e 2014 Fonte: própria autora

O detalhamento referente à origem dos tributos acima supracitados encontra-se

discriminados nos Apêndices 7, 8, 9 e 10 referente ao Lucro Presumido e nos Apêndices

11,12 e 13 para o Lucro Real, considerando que para calcular o PIS, COFINS e ICMS foram

aplicados os mesmos critérios dos cálculos para os anos de 2016, 2017 e 2018. Para o ICMS e

a CPP são aplicadas as mesmas regras do Lucro Presumido e no Lucro Real, portanto, o valor

de ambos os regimes tributários são os mesmos.

4.3.2 Comparação dos regimes tributários para o ano de 2015

No ano de 2015 a empresa alterou a forma de apuração e recolhimento de seus tributos

e passou a tributar pelo Lucro Presumido. Portanto, neste tópico serão apresentados os totais

dos tributos recolhidos até o mês de junho de 2015 e uma projeção da carga tributária até o

final do ano, assim como uma estimativa de quanto à empresa pagaria se tributasse pelo

Simples Nacional ou Lucro Real.

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Para o ano de 2015, utiliza-se para as receitas e despesas os dados reais referente

janeiro a junho, e a partir de julho utilizou-se a média do primeiro semestre do ano, já para a

folha de pagamento utiliza-se os valores reais até o mês de setembro do ano corrente, servindo

como referência para o restante do ano, ou seja, de outubro a dezembro baseia-se pelo mesmo

valor de setembro.

Tabela 18 – COMPARAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA 2015

REGIME TRIBUTÁRIO 2015

LUCRO PRESUMIDO 85.175,00R$

SIMPLES NACIONAL 181.288,61R$ LUCRO REAL 271.945,49R$

COMPARAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO COM SIMPLES NACIONAL E LUCRO REAL

Fonte: elaborado pela própria autora, baseado na escrita fiscal da empresa e nos resultados obtidos na análise de dados

R$ -

R$ 50.000,00

R$ 100.000,00

R$ 150.000,00

R$ 200.000,00

R$ 250.000,00

R$ 300.000,00

LUCRO PRESUMIDO SIMPLES NACIONAL LUCRO REAL

Gráfico 9 – Gráfico Lucro Presumido x Simples Nacional x Lucro Real – 2015 Fonte: própria autora

No ano de 2015 a empresa já recolheu R$ 40.432,20 de tributos e a previsão é que

ainda recolha aproximadamente R$ 44.742,80, totalizando R$ 85.175,00 de carga tributária.

Para este mesmo período, pagaria em tributos o valor de R$ 181.288,61 pelo Simples

Nacional e de R$ 271.945,49 pelo Lucro Real. O Gráfico 9 demonstra a diferença entre as

formas de tributação.

Os desdobramentos dos cálculos dos tributos acima mencionados estão disponíveis

nos Apêndices 14 a 17, sendo que para calcular o PIS, COFINS e ICMS foram aplicados os

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100

mesmos critérios dos cálculos para os anos de 2016, 2017 e 2018. E os resultados de ICMS e

CPP do Lucro Real são os mesmos que do Presumido.

4.4. DEMAIS CONSIDERAÇÕES

Além de comparar os resultados quantitativos gerados por meio de cada regime

tributário, é válido fazer uma análise para verificar quais são as obrigações acessórias que

cada sistemática de tributação impõe. No Simples Nacional, por exemplo, as empresas estão

condicionadas a declaração anual (DEFIS), sendo este o regime tributário com menos

obrigatoriedades e exigências ditadas pelo Fisco.

As empresas optantes pelo Lucro Presumido ou Lucro Real estão sujeitas a transmitir

uma série de declarações ao SPED, enquanto que as empresas enquadradas no Simples

Nacional estão dispensadas, tais como: EFD Contribuições, EFD Fiscal que são de caráter

mensal e, ainda, a ECF que é uma declaração anual, além de atender outras obrigações para

estar de acordo com o Fisco.

Diante destas avaliações, nota-se que mesmo que o Lucro Presumido ou o Lucro Real

gerem maior economia financeira para a organização, são também os regimes de tributação

mais rigorosos, pois a empresa deverá ter controles internos bem elaborados e detalhados e

para otimizar estes controles é preciso adequações, como por exemplo, possuir um sistema de

informação capaz de suprir as necessidades impostas pelo Fisco.

De acordo com o referencial teórico, para a empresa exposta neste estudo, no enfoque

jurídico, o planejamento tributário é de caráter preventivo, pois acontece com frequência

através de orientações, principalmente por meio de normas, legislações, princípios, tanto nas

obrigações tributárias, quanto nas obrigações acessórias.

Sob a análise de enfoque empresarial, os tipos de planejamentos tributários adotados

pela empresa são o operacional e o estratégico. É operacional porque atende as formas

específicas de registrar as operações e transações, mantendo as características básicas; e é

estratégico porque a empresa adota o planejamento tributário como forma de prevenção para

gerir os tributos.

Para traduzir qual a melhor direção tributária que a empresa deve seguir, é de suma

importância, o auxílio do profissional da área contábil, conforme tratado no referencial

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101

teórico. Este profissional deve estar devidamente qualificado e capaz de visualizar as lacunas

deixadas pelas leis, isto é, ter conhecimento sobre o que a legislação dispõe sobre aquilo que

está relacionado à empresa para identificar qual o melhor método a ser adotado.

Para realizar um planejamento tributário eficaz e coerente, a empresa necessita da

ajuda do profissional contábil, pois este deve possuir conhecimento, especialmente, das

peculiaridades dos tributos e daquilo que envolve o planejamento tributário.

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102

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como no Brasil a carga tributária é elevada, assim como o Sistema Tributário é

complexo, as empresas precisam buscar maneiras de acompanhar e encarar estas situações

para se manterem ativas no mercado e, principalmente, preservar o seu patrimônio.

Para reduzir os gastos com os tributos é indicado que as empresas adotem um

planejamento tributário, pois este procedimento permite que a administração tenha um melhor

controle sobre a carga tributária da entidade e, desta forma, consiga aderir ao regime tributário

menos oneroso.

Desenvolver um planejamento tributário pode ser uma vantagem competitiva para a

empresa, já que por meio desta prática é possível avaliar e identificar os tributos que estão

envolvidos no negócio. Conforme descrito neste trabalho, os tributos possuem grande

representatividade nos custos da empresa, portanto o uso desta ferramenta refletirá na

estrutura de preço dos seus produtos.

Apurar e analisar o planejamento tributário e certificar qual é o regime tributário mais

adequado para a empresa Hortifruti, ou seja, o que proporciona maior benefício financeiro em

tributos foi o objetivo deste trabalho.

Com intuito de atender a esse objetivo, foi realizado o embasamento teórico, no qual

foram descritos esclarecimentos conceituais e características sobre os assuntos relevantes no

planejamento tributário, tais como: a contabilidade tributária, o direito tributário, o Sistema

Tributário Nacional, os tributos em que a empresa está sujeita, e, ainda, os regimes tributários

e as obrigações acessórias. Dentro do referencial teórico, houve destaque para o planejamento

tributário, apresentando informações sobre o funcionamento desta ferramenta, além da

interferência do profissional contábil neste processo.

Após a exposição sobre os conceitos determinantes do planejamento tributário e das

características de cada regime tributário avaliou-se qual seria a melhor maneira de tributação

para a empresa Hortifruti. Como tal empresa não possui nenhum impedimento legal, o estudo

foi realizado com as seguintes opções tributárias: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro

Real, sendo que os tributos abrangidos na empresa foram avaliados de forma individual.

Para desenvolver o estudo deste caso, foram coletadas as informações necessárias,

sendo os dados extraídos das demonstrações contábeis e livros fiscais relativos aos períodos

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mencionados neste trabalho. Os dados obtidos foram organizados em planilhas para facilitar

as comparações e evitar equívoco nos valores. Houve a realização de uma entrevista, da qual

os questionamentos foram relacionados com o objetivo geral e com os objetivos específicos

descritos neste trabalho e que serviu de base para o desenvolvimento dos cálculos.

Na análise, primeiramente foram descritas as informações obtidas na entrevista, para

identificar qual a relação existente entre a empresa com o planejamento tributário e demais

aspectos. Após foi desenvolvida a análise dos regimes tributários para os anos propostos,

através da comparação quantitativa oriundas de cálculos e, por fim, foram registradas algumas

considerações influentes deste assunto, atingindo-se, assim, aos objetivos específicos.

Através da entrevista constatou-se que a empresa Hortifruti não realiza o planejamento

tributário, pois possui conhecimentos insuficientes sobre este método e das legislações

pertinentes, sendo que costuma buscar o auxilio do profissional contábil para esclarecimentos

sobre os assuntos tributários ou para identificar qual meio mais vantajoso para a apuração e

recolhimento dos seus tributos. No entanto, a empresa entende da importância da adesão do

planejamento tributário e dos impactos e benefícios que este pode gerar para a entidade.

Com base nas projeções passadas pela empresa, foram realizados os cálculos dos

tributos relacionados ao negócio, através do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro

Real, para os anos de 2016, 2017 e 2018.

No ano de 2016 o montante dos tributos apurados, com base no Lucro Presumido, é de

R$ 92.057,69, enquanto que no Simples Nacional é de R$ 202.815,30 e no Lucro Real, R$

305.429,27. Estes resultados mostram que se optar pelo Lucro Presumido, a empresa

economizará R$ 110.757,61 no ano, aproximadamente 55% (cinquenta e cinco por cento) e

em comparação com o Lucro Real, esta diferença aumenta para R$ 213.371,58, sendo, em

média, 70% (setenta por cento) de variação.

Em 2017, a diferença entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido é de R$

127.717,82, sendo que o valor total apurado dos tributos é de R$ 227.273,38 e R$ 99.555,56,

respectivamente, representando uma diferença de quase 57% (cinquenta e sete por cento). Já,

entre o Lucro Presumido e Lucro Real existe uma diferença de R$ 242.903,53.

Através dos cálculos para 2018 foram obtidos os seguintes resultados: Simples

Nacional gerou o total de R$ 254.097,67, Lucro Presumido apresentou o montante de R$

107.717,82 e no Lucro Real, R$ 383.396,24. A diferença é em torno de 60% (sessenta por

cento) do Lucro Presumido para o Simples Nacional (R$ 146.379,85). Entre o Lucro

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Presumido e o Lucro Real, a variação é aproximadamente 72% (setenta e dois por cento), ou

seja, R$ 275.678,42.

Por meio desta análise foi possível concluir que o Lucro Presumido é a melhor

alternativa de tributação para todos os períodos, pois apresenta grande diferença quantitativa

se comparado com o Simples Nacional e o Real, especialmente na análise individual dos

tributos, pois confirma-se que o ICMS e a CPP são determinantes nesta diferença.

Para os anos de 2013, 2014 e 2015, foi apresentada a análise a fim de confirmar se o

regime tributário adotado na época era a melhor opção. Em 2013 e 2014 a empresa foi optante

do Simples Nacional e verificou-se que para estes anos a melhor forma de tributar também

teria sido o Lucro Presumido. Em 2015 a empresa passou a tributar pelo Lucro Presumido,

com base em dados concretos até junho deste ano e aplicando a média do primeiro semestre

para o restante do ano, há previsão de que o Lucro Presumido seja o método que oferecerá

maior economia no pagamento de tributos.

O objetivo geral disposto neste trabalho foi atendido, uma vez que realizou-se a

apuração e a análise do planejamento tributário, de forma detalhada para os regimes

tributários dispostos: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, sendo apurados as

informações quantitativas destes métodos, assim como apresentados alguns aspectos inerentes

aos mesmos.

Sugere-se que a empresa mantenha um planejamento tributário regular, principalmente

para acompanhar a evolução da carga tributária e possibilitar estudos de qual a melhor

maneira de apurar e recolher os seus tributos e, consequentemente, usufruindo de impactos

positivos.

Concluiu-se que a realização do planejamento tributário é de importância para a

empresa Hortifruti, principalmente pela grande variação quantitativa encontrada de um regime

tributário para o outro. Portanto é indicado que a organização busque essa redução da carga

tributária por meio da elisão fiscal, obtendo resultados benéficos para o seu negócio.

5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Ao longo do estudo, atribuíram-se as seguintes limitações:

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• As bases de valores para os períodos futuros foram estimadas em médias e

projeções;

• Ainda que o Lucro Presumido seja o regime tributário que gere maior

economia fiscal, o cumprimento das obrigações acessórias pode influenciar na

escolha do sistema de tributação, pois existem muitas obrigatoriedades

distintas de um regime tributário para o outro;

• O Lucro Arbitrado não é tratado neste trabalho, pois é imposto pelo Fisco, por

algum motivo especial;

• O Lucro Real foi tratado trimestralmente e não por estimativa mensal;

• Foram utilizados os períodos de 2016, 2017 e 2018, pois como ocorrem

constantes alterações na legislação, torna-se não recomendável trabalhar com

períodos muito distantes.

5.2 PESQUISAS FUTURAS

As obrigações acessórias que cada regime tributário deve apresentar influenciam na

escolha do sistema de tributação a ser adotado e, ainda, exige que a empresa sofra adequações

para conseguir atender a estas obrigações. Desta forma, sugere-se como tema de pesquisa

futura, o aprofundamento sobre como estas adequações impactam na empresa.

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ANEXO 1 – TABELA SIMPLES NACIONAL – ANEXO I - COMÉRCIO

Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006

(vigência: 01/01/2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio

Fonte: Lei Complementar 123/2006

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ANEXO 2 – SIMPLES NACIONAL – TABELA DE DESCONTOS DE ICMS

RECEITA BRUTA ACUMULADA NOS 12 MESES ANTERIORES (Em R$)

REDUÇÃO DO ICMS

De 360.000,01 a 540.000,00 43,78%

De 540.000,01 a 720.000,00 41,41%

De 720.000,01 a 900.000,00 27,52%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 29,08%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 22,54%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 19,86%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 18,57%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 17,74%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 20,12%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 19,35%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 17,39%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 16,67%

de 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,50%

de 2.700.000,01 a 2.880.000,00 13,61%

de 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,68%

de 3.060.000,01 a 3.240.000,00 9,79%

de 3.240.000,01 a 3.420.000,00 6,65%

de 3.420.000,01 a 3.600.000,00 3,79%Fonte: (Tabela alterada pela Lei nº 14.042 de 06.07.2012 - DOE RS de 09.07.2012)

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113

APÊNDICE 1 – ROTEIRO DA ENTREVISTA APLICADA A EMPRESA

1 – A empresa tem entendimento sobre Planejamento Tributário? Comente.

2 – A empresa adota algum Planejamento Tributário? Se sim, como é realizado?

3 – A empresa possui conhecimento sobre os regimes tributários disponíveis e o

funcionamento dos mesmos? Comente.

4 – A empresa possui escrituração contábil regular e utiliza as suas demonstrações contábeis

para acompanhar a evolução tributária?

5 – A empresa já alterou a sua forma de tributação? Por que? E quais foram os resultados?

6 – A empresa tem conhecimento sobre a composição da carga tributária de seus produtos?

Quais os grupos de produtos possuem maior carga tributária ou benefícios fiscais?

7 – Quais são os produtos (ou grupos) com maior representatividade no faturamento?

8 – Qual a expectativa de variação percentual do faturamento para os próximos anos (2016,

2017, 2018)? Informe percentual para cada ano.

9 – Qual a previsão de variação percentual dos custos e despesas para o mesmo período?

Informe percentual para cada ano.

10 – A empresa sabe quais são os tributos e alíquotas que está sujeita? Se sim, quais?

11 – A empresa possui conhecimento sobre o cumprimento das obrigações acessórias? Se

sim, quais?

12 – A empresa busca periodicamente informações sobre à legislação tributária e suas

alterações? Por que?

13 – Quais são as principais fontes de pesquisa que a empresa utiliza para obter

conhecimentos sobre os tributos e suas alterações?

14 – O auxílio do profissional contábil é solicitado para:

a) Optar pelo regime tributário para o próximo exercício? b) Auxiliar no processo do planejamento tributário? c) Identificar a carga tributária sobre receitas e produtos? d) Orientar na formação do preço de venda de seus produtos? e) Analisar o acompanhamento fiscal no decorrer do ano?

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114

APÊNDICE 2 – PROPORÇÕES DE PIS E COFINS NAS SAÍDAS

2015 SAÍDAS TRIBUTADAS ALIQUOTA 0

Janeiro 146.140,32R$ 1.662,00R$ 144.478,32R$

Fevereiro 172.412,15R$ 1.478,50R$ 170.933,65R$ Março 211.163,62R$ 1.981,10R$ 209.182,52R$

Abril 157.980,37R$ 1.032,00R$ 156.948,37R$ Maio 146.495,37R$ 3.316,50R$ 143.178,87R$

Junho 148.178,69R$ 819,40R$ 146.359,29R$ Total 982.370,52R$ 10.289,50R$ 971.081,02R$

Proporção 100% 1,05% 98,95%

PROPORÇÃO PIS E COFINS - SAÍDAS

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115

APÊNDICE 3 – PROPORÇÕES DAS SITUAÇÕES DE ICMS (ENTRADAS/SAÍDAS)

SITUAÇÃO DO SAIDAS 529.716,09R$ ENTRADAS 297.894,07R$

ICMS Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMSIsenta 514.125,53R$ -R$ 270.462,37R$ -R$

Tributação Integral 17% 500,00R$ 85,00R$ -R$ -R$ Saídas base reduz. 15.014,56R$ 9.025,70R$

Base Reduzida 58,333% 8.758,49R$ 5.264,96R$ Substituição Tributária 76,00R$ -R$ -R$ -R$ Outros (Diferimento) -R$ -R$ 18.406,00R$ -R$

REUSLTADO DÉBITOS 1.136,02R$ CRÉDITOS 631,80R$

DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS SPED FISCAL - PERÍODO: JANEIRO A JUNHO/2015

1º TRIMESTRE DE 2015

1.051,02R$ 631,80R$

SITUAÇÃO DO SAIDAS 452.654,43R$ ENTRADAS 240.764,14R$

ICMS Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMSIsenta 429.008,31R$ -R$ 170.000,04R$ -R$

Tributação Integral 17% 3.280,40R$ 557,67R$ 2.100,00R$ 357,00R$ Saídas base reduz. 20.218,72R$ 12.766,10R$

Base Reduzida 58,333% 11.794,19R$ 7.446,85R$ Substituição Tributária 147,00R$ -R$ -R$ -R$ Outros (Diferimento) -R$ -R$ 55.898,00R$ -R$

REUSLTADO DÉBITOS 1.979,35R$ CRÉDITOS 1.250,62R$

1.415,30R$ 893,62R$

2º TRIMESTRE DE 2015

PROJEÇÃO DA

SITUAÇÃO DO

ICMS 982.370,52R$ % 538.658,21R$ %

Isenta 943.133,84R$ 96,01 440.462,41R$ 81,77

Tributação Integral 17% 3.780,40R$ 0,38 2.100,00R$ 0,39

Base Reduzida 58,333% 35.233,28R$ 3,59 21.791,80R$ 4,05

Substituição Tributária 223,00R$ 0,02 -R$ 0,00

Outros (Diferimento) -R$ 0,00 74.304,00R$ 13,79

ESTIMATIVAS (Base: janeiro a junho 2015)Saídas Entradas

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APÊNDICE 4 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS PARA 2016, 2017 E 2018

SITUAÇÃO ICMS

PARA O ANO DE SAIDAS 2.161.215,15R$ ENTRADAS 1.131.182,24R$

2016 Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMS

Isenta 2.074.982,67R$ -R$ 924.967,72R$ -R$ Trib. Integralmente 17% 8.212,62R$ 1.396,14R$ 4.411,61R$ 749,97R$ Saídas base reduz. 77.587,62R$ 45.812,88R$ Base Reduzida 58,333% 45.259,19R$ 26.724,03R$ Substituição Tributária 432,24R$ -R$ -R$ -R$ Outros -R$ -R$ 155.990,03R$ -R$

DÉBITOS ICMS 6.827,25R$ CRÉDITOS ICMS 3.956,86R$

SITUAÇÃO ICMS

PARA O ANO DE SAIDAS 2.377.336,66R$ ENTRADAS 1.187.741,35R$

2017 Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMS

Isenta 2.282.480,93R$ -R$ 971.216,10R$ -R$ Trib. Integralmente 17% 9.033,88R$ 1.535,76R$ 4.632,19R$ 787,47R$ Saídas base reduz. 85.346,39R$ 48.103,52R$ Base Reduzida 58,333% 49.785,11R$ 28.060,23R$ Substituição Tributária 475,47R$ -R$ -R$ -R$ Outros -R$ -R$ 163.789,53R$ -R$

DÉBITOS ICMS 7.509,97R$ CRÉDITOS ICMS 4.154,70R$

SITUAÇÃO ICMS

PARA O ANO DE SAIDAS 2.615.070,32R$ ENTRADAS 1.247.128,42R$

2018 Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMS

Isenta 2.510.729,02R$ -R$ 1.019.776,91R$ -R$ Trib. Integralmente 17% 9.937,27R$ 1.689,34R$ 4.863,80R$ 826,85R$ Saídas base reduz. 93.881,02R$ 50.508,70R$ Base Reduzida 58,333% 54.763,62R$ 29.463,24R$ Substituição Tributária 523,01R$ -R$ -R$ -R$ Outros -R$ -R$ 171.979,01R$ -R$

DÉBITOS ICMS 8.260,97R$ CRÉDITOS ICMS 4.362,44R$

ORIGEM DOS DÉBITOS E CRÉDITOS DO ICMS 2016

5.431,10R$ 3.206,88R$

ORIGEM DOS DÉBITOS E CRÉDITOS DO ICMS 2017

5.974,21R$ 3.367,23R$

ORIGEM DOS DÉBITOS E CRÉDITOS DO ICMS 2018

6.571,63R$ 3.535,59R$

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APÊNDICE 5 – PROPORÇÕES DE PIS E COFINS NAS ENTRADAS

COMPRAS 2015

JANEIRO A JUNHO

ALECRIN TRIBUTADO 39,00R$ GENGIBRE TRIBUTADO 2.295,17R$ LOURO FOLHA TRIBUTADO 30,00R$ OREGANO TRIBUTADO -R$

AMENDOIM BRANCO TRIBUTADO -R$

AMENDOIM VERMELHO TRIBUTADO 90,00R$

DOCES CRISTALIZADOS TRIBUTADO 84,00R$ AMENDOIM COM CASCA TRIBUTADO -R$ AMENDOIM SALSA E CEBOLA TRIBUTADO 249,00R$

AMENDOIM CROCANTE CHURRASCO TRIBUTADO 249,00R$ AMENDOIM C/ SAL TRIBUTADO 249,00R$

AMENDOIM CROCANTE PICANTE TRIBUTADO 249,00R$

AMENDOIM JAPONES TRIBUTADO 249,00R$

AMENDOIM CROCANTE TRIBUTADO 249,00R$

SOJA NATURAL C/ SAL TRIBUTADO -R$

GENGIBRE IMP DESIDRATADO TRIBUTADO -R$ COENTRO TRIBUTADO -R$ FUNCHO TRIBUTADO -R$

LARANJA EMBALADA - em conserva TRIBUTADO -R$ 4.032,17R$

Proporção 0,75%

PROPORÇÃO TRIBUTADOS PIS E COFINS - ENTRADAS

R$ 538.658,21 (100%)

TOTAL DAS COMPRAS DE JANEIRO A JUNHO/2015

DESCRIÇÃO DOS ITENS PIS/COFINS

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APÊNDICE 6 – PROJEÇÃO DO DRE PARA OS ANOS DE 2016, 2017 E 2018

PROJEÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO

RESULTADO DO EXERCÍCIO ANO 2016 1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 582.687,70R$ 497.919,87R$ 540.303,79R$ 540.303,79R$ (-)Tributos s/ Vendas 2.379,69-R$ 2.033,50-R$ 2.206,59-R$ 2.206,59-R$ (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 580.308,01R$ 495.886,37R$ 538.097,20R$ 538.097,20R$

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 323.058,13-R$ 270.044,13-R$ 301.648,00-R$ 153.609,59-R$ (=) LUCRO BRUTO 257.249,88R$ 225.842,25R$ 236.449,20R$ 384.487,60R$ (-) DESPESAS OPERACIONAIS 56.144,86-R$ 72.709,40-R$ 64.427,13-R$ 67.299,93-R$

(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 201.105,02R$ 153.132,85R$ 172.022,07R$ 317.187,67R$ (+)Receitas Não Operacionais 486,61R$ 233,55R$ 360,08R$ 360,08R$

(=) RESULTADO OPERACIONAL 201.591,63R$ 153.366,40R$ 172.382,15R$ 317.547,75R$

(=) RESULTADO ANTES DO IR E CSLL 201.591,63R$ 153.366,40R$ 172.382,15R$ 317.547,75R$

PROJEÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DORESULTADO DO EXERCÍCIO ANO 2017 1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 640.956,47R$ 547.711,86R$ 594.334,16R$ 594.334,16R$ (-)Tributos s/ Vendas 2.617,66-R$ 2.236,85-R$ 2.427,25-R$ 2.427,25-R$ (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 638.338,81R$ 545.475,01R$ 591.906,91R$ 591.906,91R$ (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 339.211,03-R$ 283.546,33-R$ 316.730,40-R$ 210.023,76-R$ (=) LUCRO BRUTO 299.127,78R$ 261.928,68R$ 275.176,51R$ 381.883,15R$ (-) DESPESAS OPERACIONAIS 58.921,98-R$ 76.269,99-R$ 67.595,99-R$ 70.612,43-R$ (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 240.205,80R$ 185.658,69R$ 207.580,52R$ 311.270,72R$ (+)Receitas Não Operacionais 535,27R$ 256,91R$ 396,09R$ 396,09R$ (=) RESULTADO OPERACIONAL 240.741,07R$ 185.915,59R$ 207.976,61R$ 311.666,81R$

(=) RESULTADO ANTES DO IR E CSLL 240.741,07R$ 185.915,59R$ 207.976,61R$ 311.666,81R$

PROJEÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DORESULTADO DO EXERCÍCIO ANO 2018 1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 705.052,12R$ 602.483,05R$ 653.767,58R$ 653.767,58R$ (-)Tributos s/ Vendas 2.879,42-R$ 2.460,53-R$ 2.669,98-R$ 2.669,98-R$ (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 702.172,69R$ 600.022,51R$ 651.097,60R$ 651.097,60R$ (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 356.171,59-R$ 297.723,65-R$ 332.566,92-R$ 274.132,01-R$ (=) LUCRO BRUTO 346.001,11R$ 302.298,87R$ 318.530,68R$ 376.965,60R$ (-) DESPESAS OPERACIONAIS 61.834,94-R$ 80.001,13-R$ 70.918,04-R$ 74.085,30-R$ (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 284.166,17R$ 222.297,73R$ 247.612,65R$ 302.880,30R$ (+)Receitas Não Operacionais 588,79R$ 282,60R$ 435,70R$ 435,70R$ (=) RESULTADO OPERACIONAL 284.754,96R$ 222.580,33R$ 248.048,34R$ 303.316,00R$ (=) RESULTADO ANTES DO IR E CSLL 284.754,96R$ 222.580,33R$ 248.048,34R$ 303.316,00R$

PERÍODO

PERÍODO

PERÍODO

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APÊNDICE 7 – IRPJ E CSLL - LUCRO PRESUMIDO PARA 2013 E 2014

RECEITA COM PRESUNÇÃO DO RENDIMENTOS LUCRO IRPJ DEVIDO

VENDAS LUCRO (8%) APLICAÇÕES PRESUMIDO 15%

3º Trim. 2013 83.790,44R$ 6.703,24R$ 0,68R$ 6.703,92R$ 1.005,59R$

4º Trim. 2013 335.774,74R$ 26.861,98R$ 27,92R$ 26.889,90R$ 4.033,48R$ Total 2013 419.565,18R$ 33.565,21R$ 28,60R$ 33.593,81R$ 5.039,07R$

1º Trim. 2014 507.220,25R$ 40.577,62R$ 278,18R$ 40.855,80R$ 6.128,37R$

2º Trim. 2014 374.922,91R$ 29.993,83R$ 598,29R$ 30.592,12R$ 4.588,82R$

3º Trim. 2014 428.186,79R$ 34.254,94R$ 665,73R$ 34.920,67R$ 5.238,10R$

4º Trim. 2014 498.373,43R$ 39.869,87R$ 863,97R$ 40.733,84R$ 6.110,08R$ Total 2014 1.808.703,38R$ 144.696,27R$ 2.406,17R$ 147.102,44R$ 22.065,37R$

RECEITA COM PRESUNÇÃO DO RENDIMENTOS LUCRO CSLL DEVIDA

VENDAS LUCRO (12%) APLICAÇÕES PRESUMIDO 9%

3º Trim. 2013 83.790,44R$ 10.054,85R$ 0,68R$ 10.055,53R$ 905,00R$ 4º Trim. 2013 335.774,74R$ 40.292,97R$ 27,92R$ 40.320,89R$ 3.628,88R$ Total 2013 419.565,18R$ 50.347,82R$ 28,60R$ 50.376,42R$ 4.533,88R$

1º Trim. 2014 507.220,25R$ 60.866,43R$ 278,18R$ 61.144,61R$ 5.503,01R$ 2º Trim. 2014 374.922,91R$ 44.990,75R$ 598,29R$ 45.589,04R$ 4.103,01R$ 3º Trim. 2014 428.186,79R$ 51.382,41R$ 665,73R$ 52.048,14R$ 4.684,33R$

4º Trim. 2014 498.373,43R$ 59.804,81R$ 863,97R$ 60.668,78R$ 5.460,19R$ Total 2014 1.808.703,38R$ 217.044,41R$ 2.406,17R$ 219.450,58R$ 19.750,55R$

CSLL - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

IRPJ - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

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APÊNDICE 8 – PIS E COFINS - LUCRO PRESUMIDO PARA 2013 E 2014

PERÍODO SAÍDAS TRIBUTADAS ALÍQUOTA 0 PIS 0,65% COFINS 3%

ago/13 14.964,54R$ 149,65R$ 14.814,89R$ 0,97R$ 4,49R$

set/13 68.825,90R$ 688,26R$ 68.137,64R$ 4,47R$ 20,65R$

out/13 88.118,18R$ 881,18R$ 87.237,00R$ 5,73R$ 26,44R$

nov/13 104.842,70R$ 1.048,43R$ 103.794,27R$ 6,81R$ 31,45R$

dez/13 142.813,86R$ 1.428,14R$ 141.385,72R$ 9,28R$ 42,84R$ TOTAL 2013 419.565,18R$ 4.195,65R$ 415.369,53R$ 27,27R$ 125,87R$

jan/14 158.265,04R$ 1.582,65R$ 156.682,39R$ 10,29R$ 47,48R$

fev/14 164.851,44R$ 1.648,51R$ 163.202,93R$ 10,72R$ 49,46R$

mar/14 184.103,77R$ 1.841,04R$ 182.262,73R$ 11,97R$ 55,23R$

abr/14 125.945,71R$ 1.259,46R$ 124.686,25R$ 8,19R$ 37,78R$

mai/14 129.743,31R$ 1.297,43R$ 128.445,88R$ 8,43R$ 38,92R$

jun/14 119.233,89R$ 1.192,34R$ 118.041,55R$ 7,75R$ 35,77R$

jul/14 142.275,36R$ 1.422,75R$ 140.852,61R$ 9,25R$ 42,68R$ ago/14 140.297,71R$ 1.402,98R$ 138.894,73R$ 9,12R$ 42,09R$

set/14 145.613,72R$ 1.456,14R$ 144.157,58R$ 9,46R$ 43,68R$

out/14 161.103,66R$ 1.611,04R$ 159.492,62R$ 10,47R$ 48,33R$ nov/14 151.278,63R$ 1.512,79R$ 149.765,84R$ 9,83R$ 45,38R$ dez/14 185.991,14R$ 1.859,91R$ 184.131,23R$ 12,09R$ 55,80R$

TOTAL 2014 1.808.703,38R$ 18.087,03R$ 1.790.616,35R$ 117,57R$ 542,61R$

PIS E COFINS - LUCRO PRESUMIDO (SISTEMÁTICA CUMULATIVA)

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121

APÊNDICE 9 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS PARA 2013 E 2014

PERÍODO DÉBITO CRÉDITO ICMS A PAGAR

3º Trim. 2013 264,69R$ 231,98R$ 32,71R$

4º Trim. 2013 1.060,71R$ 736,50R$ 324,21R$ Total 2013 1.325,40R$ 968,48R$ 356,92R$

1º Trim. 2014 1.602,31R$ 860,04R$ 742,27R$

2º Trim. 2014 1.184,38R$ 716,06R$ 468,31R$

3º Trim. 2014 1.359,21R$ 1.156,07R$ 203,14R$

4º Trim. 2014 1.574,35R$ 1.096,55R$ 477,81R$ Total 2014 5.720,25R$ 3.828,72R$ 1.891,53R$

ICMS LUCRO PRESUMIDO

SITUAÇÃO SAIDAS 419.565,18R$ ENTRADAS 276.868,72R$

ICMS 2013 Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMS

Isenta 402.824,53R$ -R$ 226.395,55R$ -R$ Trib. Integralmente 17% 1.594,35R$ 271,04R$ 1.079,79R$ 183,56R$ Saídas base reduz. 15.062,39R$ 11.213,18R$ Base Reduzida 58,333% 8.786,34R$ 6.540,99R$ Substituição Tributária 83,91R$ -R$ -R$ -R$ Outros -R$ -R$ 38.180,20R$ -R$

DÉBITOS ICMS 1.325,40R$ CRÉDITOS ICMS 968,48R$

SITUAÇÃO SAIDAS 1.808.703,38R$ ENTRADAS 1.094.551,90R$

ICMS 2014 Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMS

Isenta 1.738.535,13R$ -R$ 895.015,09R$ -R$ Trib. Integralmente 17% 6.873,07R$ 1.168,42R$ 4.268,75R$ 725,69R$ Saídas base reduz. 64.932,45R$ 44.329,35R$ Base Reduzida 58,333% 37.877,05R$ 25.858,64R$ Substituição Tributária 361,74R$ -R$ -R$ -R$ Outros -R$ -R$ 150.938,71R$ -R$

DÉBITOS ICMS 5.713,67R$ CRÉDITOS ICMS 3.828,72R$

1.054,36R$ 784,92R$

ORIGEM DOS DÉBITOS E CRÉDITOS DO ICMS 2013 E 2014

4.545,25R$ 3.103,04R$

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122

APÊNDICE 10 – CPP - LUCRO PRESUMIDO PARA 2013 E 2014

EMPRESA: 20%

REMUNERAÇÃO RAT: 3% REMUNERAÇÃO CONTRIBUINTES TOTAL

EMPREGADOS TERCEIROS: 5,8% SÓCIOS 20% CPPago/13 - - 5.424,00R$ 1.084,80R$ 1.084,80R$

set/13 - - 5.424,00R$ 1.084,80R$ 1.084,80R$

out/13 - - 5.424,00R$ 1.084,80R$ 1.084,80R$

nov/13 1.200,00R$ 345,60R$ 5.424,00R$ 1.084,80R$ 1.430,40R$

dez/13 1.200,00R$ 345,60R$ 5.424,00R$ 1.084,80R$ 1.430,40R$

13º Salário 200,00R$ 57,60R$ - - 57,60R$

TOTAL 2013 2.600,00R$ 748,80R$ 27.120,00R$ 5.424,00R$ 6.172,80R$ jan/14 1.200,00R$ 345,60R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.504,00R$

fev/14 1.200,00R$ 345,60R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.504,00R$ mar/14 1.426,67R$ 410,88R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.569,28R$

abr/14 2.418,81R$ 696,62R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.855,02R$

mai/14 2.467,35R$ 710,60R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.869,00R$ jun/14 2.404,08R$ 692,38R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.850,78R$

jul/14 2.433,89R$ 700,96R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.859,36R$

ago/14 2.260,00R$ 650,88R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.809,28R$

set/14 2.333,71R$ 672,11R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.830,51R$

out/14 2.422,84R$ 697,78R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.856,18R$

nov/14 2.481,96R$ 714,80R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.873,20R$

dez/14 2.806,19R$ 808,18R$ 5.792,00R$ 1.158,40R$ 1.966,58R$ 13º Salário 2.181,88R$ 628,38R$ - - 628,38R$

TOTAL 2014 28.037,38R$ 8.074,77R$ 69.504,00R$ 13.900,80R$ 21.975,57R$

CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PREVIDENCIÁRIA - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

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123

APÊNDICE 11 – PIS E COFINS - LUCRO REAL PARA 2013 E 2014

DÉBITOS

PERÍODO SAÍDAS TRIBUTADAS ALÍQUOTA 0 PIS 1,65% COFINS 7,6%

3º Trim. 2013 83.790,44R$ 837,90R$ 82.952,54R$ 13,83R$ 63,68R$ 4º Trim. 2013 335.774,74R$ 3.357,75R$ 332.416,99R$ 55,40R$ 255,19R$

TOTAL 2013 419.565,18R$ 4.195,65R$ 415.369,53R$ 69,23R$ 318,87R$

1º Trim. 2014 507.220,25R$ 5.072,20R$ 502.148,05R$ 83,69R$ 385,49R$ 2º Trim. 2014 374.922,91R$ 3.749,23R$ 371.173,68R$ 61,86R$ 284,94R$ 3º Trim. 2014 428.186,79R$ 4.281,87R$ 423.904,92R$ 70,65R$ 325,42R$

4º Trim. 2014 498.373,43R$ 4.983,73R$ 493.389,70R$ 82,23R$ 378,76R$ TOTAL 2014 1.808.703,38R$ 18.087,03R$ 1.790.616,35R$ 298,44R$ 1.374,61R$

PIS E COFINS - LUCRO REAL (SISTEMÁTICA NÃO-CUMULATIVA)

CRÉDITOS

TOTAL DAS DESPESAS QUE BASE CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS

COMPRAS GERAM CRÉDITOS 0,75% PIS 1,65% COFINS 7,6%

3º Trim. 2013 66.319,10R$ - 497,39R$ 8,21R$ 37,80R$

4º Trim. 2013 210.549,62R$ - 1.579,12R$ 26,06R$ 120,01R$ TOTAL 2013 276.868,72R$ - 2.076,52R$ 34,26R$ 157,82R$

1º Trim. 2014 245.868,00R$ 8.275,02R$ 1.906,07R$ 31,45R$ 144,86R$ 2º Trim. 2014 204.707,76R$ 10.221,98R$ 1.611,97R$ 26,60R$ 122,51R$ 3º Trim. 2014 330.496,40R$ 4.074,30R$ 2.509,28R$ 41,40R$ 190,71R$ 4º Trim. 2014 313.479,74R$ - 2.351,10R$ 38,79R$ 178,68R$

TOTAL 2014 1.094.551,90R$ 22.571,30R$ 8.378,42R$ 138,24R$ 636,76R$

PERÍODO

CRÉDITOS PIS E COFINS - COMPRAS DE MERCADORIAS E DESPESAS

PERÍODO DÉBITO CRÉDITO SITUAÇÃO DÉBITO CRÉDITO SITUAÇÃO

3º Trim. 2013 13,83R$ 8,21R$ 5,62R$ 63,68R$ 37,80R$ 25,88R$ 4º Trim. 2013 55,40R$ 26,06R$ 29,35R$ 255,19R$ 120,01R$ 135,18R$

TOTAL 2013 69,23R$ 34,26R$ 34,97R$ 318,87R$ 157,82R$ 161,05R$

1º Trim. 2014 83,69R$ 31,45R$ 52,24R$ 385,49R$ 144,86R$ 240,63R$ 2º Trim. 2014 61,86R$ 26,60R$ 35,26R$ 284,94R$ 122,51R$ 162,43R$ 3º Trim. 2014 70,65R$ 41,40R$ 29,25R$ 325,42R$ 190,71R$ 134,72R$ 4º Trim. 2014 82,23R$ 38,79R$ 43,44R$ 378,76R$ 178,68R$ 200,08R$

TOTAL 2014 298,44R$ 138,24R$ 160,19R$ 1.374,61R$ 636,76R$ 737,85R$

DÉBITOS X CRÉDITOS PIS E COFINS COM BASE NO LUCRO REAL

PIS COFINS

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APÊNDICE 12 – DRE UTILIZADO PARA O CÁLCULO DO IRPJ E CSLL COM BASE NO LUCRO REAL PARA 2013 E 2014

RESUMO DA DEMOSNTRAÇÃO DO

RESULTADO DO EXERCICIO ANO 2013 1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM

RECEITA OPERACIONAL BRUTA - - 83.790,44R$ 335.774,74R$

(-) Tributos s/ Vendas - - 342,20-R$ 1.371,30-R$

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA - - 83.448,24R$ 334.403,44R$

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - - 66.133,13-R$ 206.649,19-R$

(=) LUCRO BRUTO - - 17.315,12R$ 127.754,25R$

(-) DESPESAS OPERACIONAIS - - 13.793,72-R$ 32.578,75-R$

(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO - - 3.521,40R$ 95.175,50R$

(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS - - 131,00R$ 99,02R$

(=) RESULTADO OPERACIONAL - - 3.652,40R$ 95.274,52R$

(=) RESULTADO ANTES DO IR E CSLL - - 3.652,40R$ 95.274,52R$

RESUMO DA DEMOSNTRAÇÃO DO

RESULTADO DO EXERCICIO ANO 2014 1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 507.220,25R$ 374.922,91R$ 428.186,79R$ 498.373,43R$

(-) Tributos s/ Vendas 2.071,49-R$ 1.531,18-R$ 1.755,29-R$ 2.035,35-R$

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 505.148,76R$ 373.391,73R$ 426.431,50R$ 496.338,08R$

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 245.488,61-R$ 209.181,94-R$ 334.258,56-R$ 43.633,47-R$

(=) LUCRO BRUTO 259.660,15R$ 164.209,79R$ 92.172,94R$ 452.704,61R$

(-) DESPESAS OPERACIONAIS 44.957,18-R$ 50.888,81-R$ 61.684,78-R$ 38.795,92-R$

(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 214.702,97R$ 113.320,98R$ 30.488,16R$ 413.908,69R$

(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS -R$ -R$ -R$ 403,58R$

(=) RESULTADO OPERACIONAL 214.702,97R$ 113.320,98R$ 30.488,16R$ 414.312,27R$

(=) RESULTADO ANTES DO IR E CSLL 214.702,97R$ 113.320,98R$ 30.488,16R$ 414.312,27R$

PERÍODO

PERÍODO

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APÊNDICE 13 – IRPJ E CSLL - LUCRO REAL PARA 2013 E 2014

ANO 2013 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

LUCRO LÍQUIDO - - 3.652,40R$ 95.274,52R$ (+) Adições - - - -

(-) Exclusões - - - -(=) Base de cálculo IRPJ e CSLL - - 3.652,40R$ 95.274,52R$ IRPJ (15%) - - 547,86R$ 14.291,18R$ Adicional IRPJ (exceder 60.000,00) - - - 35.274,52R$

Adicional IRPJ 10% - - - 3.527,45R$ Total IRPJ - - 547,86R$ 17.818,63R$

Total CSLL - - 328,72R$ 8.574,71R$

ANO 2014 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

LUCRO LÍQUIDO 214.702,97R$ 113.320,98R$ 30.488,16R$ 414.312,27R$

(+) Adições - - - -

(-) Exclusões - - - -(=) Base de cálculo IRPJ e CSLL 214.702,97R$ 113.320,98R$ 30.488,16R$ 414.312,27R$

IRPJ (15%) 32.205,45R$ 16.998,15R$ 4.573,22R$ 62.146,84R$

Adicional IRPJ (exceder 60.000,00) 154.702,97R$ 53.320,98R$ -R$ 354.312,27R$ Adicional IRPJ 10% 15.470,30R$ 5.332,10R$ -R$ 35.431,23R$

Total IRPJ 47.675,74R$ 22.330,25R$ 4.573,22R$ 97.578,07R$ Total CSLL 19.323,27R$ 10.198,89R$ 2.743,93R$ 37.288,10R$

IRPJ E CSLL - LUCRO REAL TRIMESTRAL

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APÊNDICE 14 – IRPJ, CSLL, PIS, COFINS – LUCRO PRESUMIDO E CPP 2015

RECEITA COM PRESUNÇÃO DO RENDIMENTOS LUCRO IRPJ DEVIDO

VENDAS LUCRO (8%) APLICAÇÕES PRESUMIDO 15%

3º Trim. 2015 491.185,26R$ 39.294,82R$ 954,53R$ 40.249,35R$ 6.037,40R$

4º Trim. 2015 491.185,26R$ 39.294,82R$ 954,53R$ 40.249,35R$ 6.037,40R$ Total 2015 982.370,52R$ 78.589,64R$ 1.909,06R$ 80.498,70R$ 12.074,81R$

RECEITA COM PRESUNÇÃO DO RENDIMENTOS LUCRO CSLL DEVIDA

VENDAS LUCRO (12%) APLICAÇÕES PRESUMIDO 9%

3º Trim. 2015 491.185,26R$ 58.942,23R$ 954,53R$ 59.896,76R$ 5.390,71R$ 4º Trim. 2015 491.185,26R$ 58.942,23R$ 954,53R$ 59.896,76R$ 5.390,71R$ Total 2015 982.370,52R$ 117.884,46R$ 1.909,06R$ 119.793,52R$ 10.781,42R$

IRPJ - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

CSLL - LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO

PERÍODO SAÍDAS TRIBUTADAS ALÍQUOTA 0 PIS 0,65% COFINS 3%

jul/15 163.728,42R$ 1.637,28R$ 162.091,14R$ 10,64R$ 49,12R$ ago/15 163.728,42R$ 1.637,28R$ 162.091,14R$ 10,64R$ 49,12R$ set/15 163.728,42R$ 1.637,28R$ 162.091,14R$ 10,64R$ 49,12R$ out/15 163.728,42R$ 1.637,28R$ 162.091,14R$ 10,64R$ 49,12R$ nov/15 163.728,42R$ 1.637,28R$ 162.091,14R$ 10,64R$ 49,12R$ dez/15 163.728,42R$ 1.637,28R$ 162.091,14R$ 10,64R$ 49,12R$

TOTAL 2015 982.370,52R$ 9.823,71R$ 972.546,81R$ 63,85R$ 294,71R$

PIS E COFINS - LUCRO PRESUMIDO (SISTEMÁTICA CUMULATIVA)

EMPRESA: 20%

REMUNERAÇÃO RAT: 3% REMUNERAÇÃO CONTRIBUINTES TOTAL

EMPREGADOS TERCEIROS: 5,8% SÓCIOS 20% CPP

jul/15 5.850,77R$ 1.685,02R$ 6.304,00R$ 1.260,80R$ 2.945,82R$

ago/15 6.267,16R$ 1.804,94R$ 6.304,00R$ 1.260,80R$ 3.065,74R$

set/15 6.058,97R$ 1.744,98R$ 6.304,00R$ 1.260,80R$ 3.005,78R$ out/15 6.058,97R$ 1.744,98R$ 6.304,00R$ 1.260,80R$ 3.005,78R$

nov/15 6.058,97R$ 1.744,98R$ 6.304,00R$ 1.260,80R$ 3.005,78R$ dez/15 6.058,97R$ 1.744,98R$ 6.304,00R$ 1.260,80R$ 3.005,78R$

13º Salário 6.058,97R$ 1.744,98R$ - - 1.744,98R$

Média Férias 1.837,69R$ 529,25R$ - - 529,25R$ TOTAL 2015 44.250,47R$ 12.744,14R$ 37.824,00R$ 7.564,80R$ 20.308,94R$

CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PREVIDENCIÁRIA

PERÍODO

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127

APÊNDICE 15 – DÉBITOS E CRÉDITOS DE ICMS PARA 2015

PERÍODO DÉBITO CRÉDITO ICMS A PAGAR

1º Trim. 2015 1.136,02R$ 631,80R$ 504,22R$

2º Trim. 2015 1.972,97R$ 1.250,62R$ 722,34R$

3º Trim. 2015 1.551,65R$ 942,11R$ 609,54R$ 4º Trim. 2015 1.551,65R$ 942,11R$ 609,54R$ Total 2015 6.212,28R$ 3.766,63R$ 2.445,64R$

ICMS LUCRO PRESUMIDO

SITUAÇÃO ICMS SAIDAS R$ 982.370,52 ENTRADAS R$ 538.658,21

3º E 4º TRIMESTRE 2015 Base de Cálculo ICMS Base de Cálculo ICMS

Isenta R$ 943.173,94 R$ - R$ 440.460,82 R$ -

Trib. Integralmente 17% R$ 3.733,01 R$ 634,61 R$ 2.100,77 R$ 357,13

Saídas base reduz. R$ 35.267,10 R$ 2.468,68

R$ 21.815,66 R$ 1.527,09

Base Reduzida 58,333% R$ 20.572,36 R$ 12.725,73

Substituição Tributária R$ 196,47 R$ - R$ - R$ -

Outros R$ - R$ - R$ 74.280,97 R$ -

DÉBITOS ICMS R$ 3.103,29 CRÉDITOS ICMS R$ 1.884,22

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APÊNDICE 16 – PIS E COFINS - LUCRO REAL PARA 2015

DÉBITOS

PERÍODO SAÍDAS TRIBUTADAS ALÍQUOTA 0 PIS 1,65% COFINS 7,6%

1º Trim. 2015 529.716,09R$ 5.297,16R$ 524.418,93R$ 87,40R$ 402,58R$

2º Trim. 2015 452.654,43R$ 4.526,54R$ 448.127,89R$ 74,69R$ 344,02R$

3º Trim. 2015 491.185,26R$ 4.911,85R$ 486.273,41R$ 81,05R$ 373,30R$ 4º Trim. 2015 491.185,26R$ 4.911,85R$ 486.273,41R$ 81,05R$ 373,30R$

TOTAL 2015 1.964.741,04R$ 19.647,41R$ 1.945.093,63R$ 324,18R$ 1.493,20R$

CRÉDITOS

TOTAL DAS DESPESAS QUE BASE CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS

COMPRAS GERAM CRÉDITOS 0,75% PIS 1,65% COFINS 7,6%

1º Trim. 2015 297.894,07R$ 14.570,60R$ 2.343,49R$ 38,67R$ 178,10R$

2º Trim. 2015 240.764,14R$ 7.497,78R$ 1.861,96R$ 30,72R$ 141,51R$

3º Trim. 2015 269.329,11R$ 11.034,19R$ 2.102,72R$ 34,69R$ 159,81R$

4º Trim. 2015 269.329,11R$ 11.034,19R$ 2.102,72R$ 34,69R$ 159,81R$ TOTAL 2015 1.077.316,42R$ 33.102,57R$ 8.410,90R$ 138,78R$ 639,23R$

PIS E COFINS - LUCRO REAL (SISTEMÁTICA NÃO-CUMULATIVA)

CRÉDITOS PIS E COFINS - COMPRAS DE MERCADORIAS E DESPESAS

PERÍODO

PERÍODO DÉBITO CRÉDITO SITUAÇÃO DÉBITO CRÉDITO SITUAÇÃO

1º Trim. 2015 87,40R$ 38,67R$ 48,74R$ 402,58R$ 178,10R$ 224,48R$

2º Trim. 2015 74,69R$ 30,72R$ 43,97R$ 344,02R$ 141,51R$ 202,51R$

3º Trim. 2015 81,05R$ 34,69R$ 46,35R$ 373,30R$ 159,81R$ 213,49R$

4º Trim. 2015 81,05R$ 34,69R$ 46,35R$ 373,30R$ 159,81R$ 213,49R$ TOTAL 2015 324,18R$ 138,78R$ 185,40R$ 1.493,20R$ 639,23R$ 853,97R$

DÉBITOS X CRÉDITOS PIS E COFINS COM BASE NO LUCRO REAL

PIS COFINS

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APÊNDICE 17 – IRPJ E CSLL - LUCRO REAL PARA 2015

RESUMO DA DEMOSNTRAÇÃO DO

RESULTADO DO EXERCICIO ANO 2015 1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 529.716,09R$ 452.654,43R$ 491.185,26R$ 491.185,26R$

(-) Tributos s/ Vendas 1.626,01-R$ 2.398,05-R$ 2.005,99-R$ 2.005,99-R$

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 528.090,08R$ 450.256,38R$ 489.179,27R$ 489.179,27R$

(-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 308.084,64-R$ 256.738,95-R$ 287.283,81-R$ 104.138,68-R$

(=) LUCRO BRUTO 220.005,44R$ 193.517,43R$ 201.895,46R$ 385.040,59R$

(-) DESPESAS OPERACIONAIS 53.497,38-R$ 69.311,87-R$ 61.404,63-R$ 64.140,63-R$

(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 166.508,06R$ 124.205,56R$ 140.490,83R$ 320.899,96R$

(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 442,37R$ 212,32R$ 327,35R$ 327,35R$

(=) RESULTADO OPERACIONAL 166.950,43R$ 124.417,88R$ 140.818,18R$ 321.227,31R$

(=) RESULTADO ANTES DO IR E CSLL 166.950,43R$ 124.417,88R$ 140.818,18R$ 321.227,31R$

PERÍODO

ANO 2015 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

LUCRO LÍQUIDO 166.950,43R$ 124.417,88R$ 140.818,18R$ 321.227,31R$

(+) Adições - - - -

(-) Exclusões - - - -(=) Base de cálculo IRPJ e CSLL 166.950,43R$ 124.417,88R$ 140.818,18R$ 321.227,31R$

IRPJ (15%) 25.042,56R$ 18.662,68R$ 21.122,73R$ 48.184,10R$

Adicional IRPJ (exceder 60.000,00) 106.950,43R$ 64.417,88R$ 80.818,18R$ 261.227,31R$

Adicional IRPJ 10% 10.695,04R$ 6.441,79R$ 8.081,82R$ 26.122,73R$ Total IRPJ 35.737,61R$ 25.104,47R$ 29.204,54R$ 74.306,83R$

Total CSLL 15.025,54R$ 11.197,61R$ 12.673,64R$ 28.910,46R$

IRPJ E CSLL - LUCRO REAL TRIMESTRAL

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APÊNDICE 18 – TABELA ANEXO I SIMPLES NACIONAL LC 123 E REDUÇÃO ICMS RS

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS ICMS RED. AL.RED.

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 2,75%De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 3,61%De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 1,31% 5,82%De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 1,50% 6,48%De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 1,87% 6,89%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 2,00% 7,46%De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 2,20% 7,72%De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 2,30% 7,88%De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 2,50% 8,46%De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 2,55% 8,57%De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 2,70% 9,27%De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 2,75% 9,38%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 2,85% 9,53%De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 2,90% 9,65%De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 3,00% 9,81%De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 3,30% 10,71%De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 3,40% 10,87%De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 3,50% 11,04%De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 3,65% 11,25%De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 3,80% 11,46%