planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de...

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO FAED DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DA INFORMAÇÃO MARIA CAROLINA CARLOS PINTO PLANEJAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO: PROPOSTA DE TRÊS SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA. FLORIANÓPOLIS, SC 2009

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Monografia apresentada ao Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Biblioteconomia – Habilitação em Gestão da Informação da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

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Page 1: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO – FAED

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DA

INFORMAÇÃO

MARIA CAROLINA CARLOS PINTO

PLANEJAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE

INFORMAÇÃO:

PROPOSTA DE TRÊS SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.

FLORIANÓPOLIS, SC

2009

Page 2: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

MARIA CAROLINA CARLOS PINTO

PLANEJAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE

INFORMAÇÃO:

PROPOSTA DE TRÊS SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.

Monografia apresentada ao Curso de

Biblioteconomia como requisito parcial para

obtenção do Grau de Bacharel em

Biblioteconomia – Habilitação em Gestão da

Informação da Universidade do Estado de

Santa Catarina – UDESC.

Orientadora: Ana Maria Pereira, Dra.

Co-orientador: Rodrigo Garcia Rother, Ms.

FLORIANÓPOLIS, SC

2009

Page 3: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

P659s

Pinto, Maria Carolina Carlos

Planejamento e identificação das necessidades de informação:

proposta de três sistemas de inteligência competitiva / Maria Carolina

Carlos Pinto. 2009.

62 f. ; 30 cm.

Orientação: Ana Maria Pereira ; Coorientação: Rodrigo Garcia

Rother

Monografia (graduação) – Universidade do Estado de Santa

Catarina, Centro de Ciências Humanas e da Educação,

Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação,

Florianópolis, 2009.

Inclui referências.

1. Inteligência competitiva. 2. Sistema de Inteligência Competitiva.

I. Pereira, Ana Maria II. Rother, Rodrigo Garcia III. Título.

CDU 658.04

Page 4: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

MARIA CAROLINA CARLOS PINTO

PLANEJAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE

INFORMAÇÃO:

PROPOSTA DE TRÊS SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.

Monografia apresentada ao Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação como

requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Biblioteconomia – Habilitação em

Gestão da Informação da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

Banca Examinadora

Orientador: ______________________________________

(Profª. Dra. Ana Maria Pereira)

Universidade do Estado de Santa Catarina

Co-orientador: ______________________________________

(Ms. Rodrigo Garcia Rother)

Knowtec

Membro: ______________________________________

(Profª. Dra. Aline França de Abreu)

Universidade Federal de Santa Catarina

Florianópolis, 03 de dezembro de 2009.

Page 5: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

Aos meus pais, José Antônio Carlos Pinto e

Regina Célia Carlos Pinto, e ao meu anjo,

Anderson Martins.

Page 6: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

AGRADECIMENTOS

Aos meus orientadores Ana Maria e Rodrigo Rother, por terem acreditado e confiado

em meu trabalho e acima de tudo por suas dedicações e amizades. Vocês além de orientadores

são mestres e meus amigos.

À minha família, especialmente pais e irmãos, por compreender os muitos momentos

em que estive ausente, mas que sempre me apoiaram e ampararam nos momentos mais

difíceis.

Às minhas amigas Aline, Daiana, Irene e Tatiana, pois foram vocês que estiveram ao

meu lado nesses quatro anos, seja nos momentos bons ou ruins.

Aos amigos Robson Formoso e Paula Carina pela ajuda e “divagação” acerca dos

assuntos que norteiam essa monografia e, acima de tudo, por suas amizades.

Aos amigos Cinara Beatriz, Maria Carolina Sá, Paulo Pacheco, Leila Ramos,

Guilherme Pinter, Marcelo Santos, Paula Winter e Ana Paula, pela força e motivação ao longo

de minha caminhada.

Às empresas por oportunizarem a realização dessa pesquisa, em especial ao Luiz A.

Ferla, ao Giancarlo Proença, à Geisi Ana Ferla, à Rita Guarezi e ao Guilherme Ferla.

Aos professores do curso, em especial à Lani Lucas, Fernanda de Sales e Delsi Davok,

pois ao longo dos anos me apoiaram e incentivaram.

À Deus, por estar sempre comigo.

Em especial a uma pessoa que não se encontra mais presente fisicamente, mas que está

ao meu lado todos os dias, Anderson Martins (meu anjo).

E a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização dessa

monografia, minha profunda gratidão e carinho.

Page 7: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

“É o uso da informação, não sua simples

existência, que permite aos gestores tomar

decisões melhores, aprender com clientes e

concorrentes e monitorar os resultados ...

Nosso fascínio pela tecnologia nos faz

esquecer do objetivo principal da informação:

informar.”

T. H. Davenport

Page 8: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo realizar o planejamento e a identificação das necessidades de

informação das três empresas estudadas. A fundamentação teórica concentrou-se nas áreas de

informação e inteligência, inteligência competitiva, sistema de inteligência competitiva,

planejamento estratégico e gestão do conhecimento. Como metodologia foi utilizada a

pesquisa multimétodo, pois possibilitou a combinação de três técnicas de coleta de dados. Foi

elaborado um projeto visando à implantação do SIC nas três empresas, e no setor Corporativo

– nome dado à reunião dos setores financeiro, recursos humanos, jurídico, contábil e

administrativo. Após a apresentação do projeto aos decisores das empresas, foi iniciada a

atividade de identificação das necessidades de informação de cada empresa; a proposta de

implantação do SIC. Como resultado dessa atividade, obteve-se quatro árvores de

inteligência, que serão utilizadas como instrumentos para as demais etapas dos SICs: coleta,

tratamento, análise, disseminação das informações, bem como a avaliação dos produtos

oferecidos.

Palavras-chave: Inteligência Competitiva. Sistema de Inteligência Competitiva.

Page 9: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Os três modelos de uso da informação organizacional ............................................ 18

Quadro 2 Evolução da Inteligência Competitiva ..................................................................... 22

Quadro 3 Matriz SWOT ............................................................................................................ 31

Quadro 4 Comparação: Atividades de IC X Competências dos bibliotecários ....................... 35

Figura 1 Criação do valor do sistema de inteligência.............................................................. 20

Page 10: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRAIC Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva

DHO Desenvolvimento Humano e Organizacional

DRE Demonstração do Resultado de Exercício

EaD Educação à Distância

GC Gestão do Conhecimento

IC Inteligência Competitiva

KIQ Key Intelligence Question

KIT Key Intelligence Topic

MM Monitoramento de Mídias

NIT National Intelligence Topic

OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

PE Planejamento Estratégico

P&D Pesquisa & Desenvolvimento

RH Recursos Humanos

SC Santa Catarina

SCIP Society of Competitive Intelligence Professionals

SI Sistema de Informação

SIC Sistema de Inteligência Competitiva

SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats

TI Tecnologia de Informação

TICs Tecnologias de Informação e Comunicação

Page 11: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11

1.1 Problema de pesquisa ...................................................................................................... 12

1.2 Objetivos ......................................................................................................................... 12

1.2.1 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 13

1.3 Justificativa ..................................................................................................................... 13

1.4 Estrutura da Monografia ................................................................................................. 15

2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 17

2.1 Informação e Inteligência ................................................................................................ 17

2.2 Inteligência Competitiva ................................................................................................. 20

2.3 Sistema de Inteligência Competitiva ............................................................................... 25

2.4 Modelos e Técnicas de Inteligência Competitiva ........................................................... 28

2.5 SIC aliado ao Planejamento Estratégico e à Gestão do Conhecimento .......................... 32

2.6 Bibliotecário como profissional de Inteligência Competitiva ......................................... 35

3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 37

3.1 Classificação e tipologia da pesquisa .............................................................................. 38

3.2 Técnicas e instrumentos de coleta de dados .................................................................... 41

3.3 Tabulação, análise e interpretação dos dados .................................................................. 44

4 DESCRIÇÃO DOS CASOS ESTUDADOS ..................................................................... 46

4.1 Descrição da organização ................................................................................................ 46

4.2 Planejamento dos SICs .................................................................................................... 46

4.3 Identificação das necessidades de informação ................................................................ 48

4.4 Resultados ....................................................................................................................... 50

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES FUTURAS ................................. 53

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 55

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 1 ................................................................... 60

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 2 .................................................................. 61

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 3 .................................................................. 62

APÊNDICE D – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 4 .................................................................. 63

APÊNDICE E – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DA EMPRESA B .... 64

APÊNDICE F – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DA EMPRESA C .... 67

APÊNDICE G – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D ... 71

APÊNDICE H – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DO CORPORATIVO

73

APÊNDICE I – ETAPA 7 - CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D ......................................................................................... 77

APÊNDICE J – ETAPA 7 – CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D ......................................................................................... 79

APÊNDICE K – ETAPA 7 – CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D ......................................................................................... 82

APÊNDICE L – ETAPA 7 – CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DO CORPORATIVO ................................................................................... 85

Page 12: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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1 INTRODUÇÃO

No atual contexto corporativo, as empresas buscam cada vez mais informações sobre

mercado, fornecedores, concorrentes e clientes, pois é extremamente importante que os

decisores das organizações saibam tudo o que acontece no ambiente no qual sua empresa está

inserida.

Entretanto, com o grande número de informações encontradas nos diversos meios de

informação e comunicação, é comum que essas pessoas encontrem-se “perdidas”, sem saber

quais fontes são confiáveis e quais informações são realmente relevantes para sua atuação à

frente da organização.

Beuren (1998, p.43) afirma que “a informação é o motor que move os gestores [e que]

na ausência de um fluxo de informações constante, os gestores sentem-se impotentes para

qualquer coisa”. Os atuais problemas da informação encontram-se no paradoxo qualidade X

quantidade, em que se tem um volume muito grande de informações disponíveis, porém, com

baixo controle de veracidade e autenticidade. Situação essa que, segundo Beuren (1998), a

tecnologia ajudou a criar e que agora tenta organizar.

Para minimizar os impactos causados pelo grande número de informações disponíveis

e monitorar o ambiente externo à organização pode-se utilizar a Inteligência Competitiva (IC).

Por IC entenda-se uma ferramenta de apoio à tomada de decisão, obedecendo a um processo

formal de monitoramento e disseminação de informações estratégicas para a organização,

com o objetivo de proporcionar vantagem competitiva (GOMES; BRAGA, 2001; FULD,

2007; ROTHER et. al., 2007).

Com o intuito de tornar mais eficientes e eficazes os processos de IC, o Sistema de

Inteligência Competitiva (SIC) visa a desenvolver as etapas da IC de forma sistemática. O

principal objetivo de um SIC é subsidiar os decisores da organização com informações

corretas, para as pessoas certas, em tempo hábil, para que a ação a ser executada seja a mais

correta e eficaz (GOMES; BRAGA, 2001; CARDOSO JÚNIOR, 2007).

Durante o desenvolvimento desta pesquisa, foi implantado um SIC em três empresas

distintas, com o objetivo de propor suporte informacional aos decisores das organizações e,

assim, deixá-las à frente de seus concorrentes; melhorar seu relacionamento com os

fornecedores; e contribuir para o desenvolvimento de produtos/serviços inovadores. Em suma,

essas informações estratégicas proporcionam maior vantagem competitiva para as empresas.

Page 13: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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Por se tratar de informações estratégicas das empresas e para pode mostrar o resultado

final dessa pesquisa será atribuído nomes fictícios as empresas, aqui tratadas por B, C e D, e a

organização que delas é composta, chamada de BCD.

1.1 Problema de pesquisa

As três empresas estudadas fazem parte de uma única organização e atuam em

mercados completamente distintos: educação à distância; inteligência competitiva e

monitoramento de mídias; e comunicação digital. Dessa forma, é possível perceber que a

diversidade e a quantidade de informações circulantes são vastas.

A partir de uma pesquisa inicial, pôde-se observar que havia no nessa organização uma

pequena forma de busca, tratamento, análise e disseminação de informações; um incompleto

mapeamento e estudo de seus concorrentes; e um baixo monitoramento do ambiente externo à

organização. Assim, não há como considerar essas informações pertinentes e confiáveis a

ponto de os decisores da organização utilizarem-nas em momentos decisivos.

Tendo como base o contexto descrito acima e considerando que esse é o atual

ambiente vivido pela BCD, o tema dessa pesquisa deve responder ao seguinte problema:

Como planejar e identificar as necessidades de informação das empresas que constituem a

organização BCD para o posterior desenvolvimento dos Sistemas de Inteligência

Competitiva?

1.2 Objetivos

Informações estratégicas são bens cada vez mais valiosos dentro de uma organização e

capazes de colocar uma empresa à frente de seus principais concorrentes. A depender da

decisão tomada, podem determinar a sua permanência ou não no mercado. Deste modo, com

o mercado cada vez mais competitivo entre as empresas, detalhes podem se tornar grandes

diferenciais nas organizações.

Com o intuito de proporcionar um diferencial competitivo para o BCD e de subsidiar

seus decisores com informações estratégicas de forma sistemática, a presente pesquisa tem

como objetivo planejar e identificar as necessidades de informação das empresas que

constituem a organização BCD para o posterior desenvolvimento dos Sistemas de

Inteligência Competitiva.

Page 14: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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1.2.1 Objetivos Específicos

Para alcançar o objetivo geral proposto, foram traçadas as seguintes atividades:

Identificar os modelos e técnicas de processos de Inteligência Competitiva;

Identificar as etapas da metodologia a ser utilizada no SIC das empresas da

BCD;

Planejar um SIC para as empresas da BCD;

Identificar as necessidades de informação da BCD;

Apontar as diferenças das necessidades de informação de cada empresa da

BCD.

1.3 Justificativa

As três empresas estudadas estão inseridas no segundo setor da economia1,

caracterizando-se como empresas privadas, e pertencentes ao setor terciário da atividade

econômica2

― que são empresas que realizam atividades de comércio e de prestação de

serviços. Ainda que pertencendo ao mesmo setor da economia e ao mesmo setor de atividade

econômica, cada uma das empresas atua em mercados distintos.

A empresa B é uma OSCIP3 que oferece produtos e serviços de Educação à Distância

(EaD ou e-learning) e foi a primeira criada entre as três. Com atuação nesse mercado desde

1996, a empresa B é um centro de soluções na área de EaD, desenvolvendo projetos em

parceria com instituições do Brasil e do exterior, promovendo programas de formação,

produtos didáticos para e-learning e consultorias, além de cursos e seminários presenciais e à

distância.

A empresa C, segunda empresa fundada, surgiu de projetos desenvolvidos pela

empresa B, mas que não eram compatíveis com seu foco principal de atuação. Os primeiros

1

Segundo ARRUDA (2005), os setores da economia são constituídos por três segmentos: governo, empresas

privadas e as organizações não-governamentais; correspondendo respectivamente ao primeiro, segundo e

terceiro setor. 2 Segundo ARRUDA (2005), a atividade econômica é o resultado da organização das empresas e dos

trabalhadores separadas em três grupos: setor primário, que “congrega as atividades agrícola, pecuária e de

extração”; setor secundário, que é constituído pela “indústria de transformação e [pela] indústria da construção”;

e setor terciário, que é formado por empresas ligadas a “atividades de comércio e prestação de serviços”. 3 OSCIP - Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. É um título fornecido pelo Ministério da

Justiça do Brasil, cuja finalidade é facilitar parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos

públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas

no imposto de renda (SEBRAE-MG, 2009).

Page 15: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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projetos dessa empresa tinham como objetivo atender às demandas de Monitoramentos de

Mídia (MM), por meio de clipagem. Com o passar dos anos – e visando a atender às novas

necessidades do mercado –, a empresa C foi criando novos produtos e serviços, buscando se

transformar e se consolidar como uma empresa do ramo de Inteligência Competitiva.

A empresa D, empresa mais recente da organização, foi criada em 2008 como uma

consequência dos projetos desenvolvidos pelas empresas B e C. Consolidando-se no mercado

de comunicação e marketing digital, a empresa D já criou grandes campanhas on-line, com as

mais variadas ferramentas de socialização, relação e compartilhamento de informações que se

têm disponíveis atualmente. Sites atrativos e interativos, redes sociais e campanhas

publicitárias na web são suas especialidades.

Com a descrição das empresas que formam a BCD, é possível compreender a

abundância e a diversidade de informações que circulam nesse meio. No entanto, uma

conversa com o coordenador de projetos da empresa C identificou que não há nas empresas

um processo de IC sistemático e um SIC, que mantenha os decisores dessas organizações

informados sobre o que está acontecendo no mercado.

Tendo em vista que, na economia atual, a informação é considerada fundamental para

o “apoio às estratégias e processos de tomada de decisão, bem como no controle das

operações empresariais” (BEUREN, 1998, p.43), a presidência da BCD – juntamente com os

diretores e gerentes de cada uma das empresas – decidiram desenvolver um projeto de

Inteligência Competitiva para o grupo.

A empresa C, que atua nesse mercado, ficou responsável por elaborar, propor,

implantar e operacionalizar esse projeto. Por já trabalhar com IC, a autora dessa pesquisa foi

convidada a participar do desenvolvimento desse projeto institucional. No entanto, este

projeto não será desenvolvido somente pela autora, mas contará com a participação de outros

colaboradores da empresa C.

A necessidade de um SIC justifica-se por:

tornar sistemático o monitoramento do ambiente externo, como economia,

legislações, regulamentações e fontes de financiamento, antecipando-se às

mudanças;

mapear e monitorar os concorrentes de cada empresa, agindo antes de suas

Page 16: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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ações;

identificar os melhores fornecedores;

monitorar as novas tecnologias que podem ser adotadas;

desenvolver melhores produtos para os seus clientes; e

auxiliar no suporte às tomadas de decisão.

Além dos itens acima, Gomes e Braga (2001) apontam que a utilização de um SIC:

auxilia no momento de abertura – ou definição – de um novo empreendimento; e no aumento

da qualidade de fusões, aquisições e parcerias, pois propicia informações mais precisas sobre

as empresas.

Trabalhar com Inteligência Competitiva é estar todo o tempo à procura da melhor

informação para os decisores da organização. Por ser a informação insumo de trabalho

também dos bibliotecários, a escolha desse tema de pesquisa proporcionará aos profissionais

da Biblioteconomia uma visão específica dos processos de IC, além de oportunizar uma visão

de o quanto este campo de trabalho pode ser explorado por esses profissionais.

1.4 Estrutura da Monografia

Para alcançar o objetivo proposto acima (p.9), esta pesquisa está estruturada em sete

capítulos. No primeiro são apresentados os objetivos geral e específicos, o problema de

pesquisa e a justificativa para escolha do tema.

O segundo capítulo é composto pela revisão de literatura, que abordada os seguintes

assuntos: a) informação e inteligência; b) inteligência competitiva; c) sistema de inteligência

competitiva; d) planejamento estratégico e gestão do conhecimento; e) modelos e técnicas de

inteligência competitiva; f) atuação do bibliotecário como profissional de inteligência

competitiva.

O terceiro capítulo é composto pela descrição da metodologia que foi utilizada na

presente pesquisa, descrevendo abordagem, classificação, tipologia da pesquisa, técnicas e

instrumentos de coleta, tabulação, análise e interpretação dos dados.

O estudo de caso está relatado no capítulo quatro. Nele estão descritas as seguintes

etapas: 1) sensibilização e apresentação do projeto de IC junto à presidência, diretorias,

gerências e coordenações; 2) identificação das necessidades de informações; e 3) construção e

Page 17: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

16

validação da árvore de inteligência.

O quinto capítulo aborda as considerações finais da pesquisa, as contribuições desta

para a área da Biblioteconomia e as propostas para pesquisas futuras.

Page 18: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

17

2 REVISÃO DE LITERATURA

A tomada de decisão é um processo que ocorre a todo o momento dentro de uma

organização e é nessa ação que se decide o rumo e o futuro da empresa. Compete ao decisor

da organização estar consciente da sua função e seguro das decisões que irá tomar.

A tomada de decisão nas organizações é um processo racional que exige um cuidadoso

estudo das questões relevantes e o maior número de informações a respeito das consequências

e impactos da medida adotada (MILLER, J., 2002; CHOO, 2003). Além disso, Miller,

Hickson e Wilson (2004) afirmam que tomar decisão é um processo sequencial e linear que

exige dos decisores a identificação do problema a ser solucionado, a coleta e seleção de

informações que sejam soluções potenciais e a opção pela melhor delas.

Para que os decisores tomem decisões bem fundamentadas, com um entendimento

adequado do potencial de oportunidades e riscos que existem, é preciso que haja nas

organizações uma operação eficaz e sistemática de coleta e análise de informações (MILLER,

2002). Com a aplicação das modernas tecnologias de informação e comunicação, além de

sistematizar, é possível agilizar – e até automatizar – essas etapas.

Com a preocupação de auxiliar os decisores das organizações, foram criados os

processos de Inteligência Competitiva. Todavia, para abordar sobre a IC e seus processos, é

necessário estabelecer uma breve contextualização a respeito da importância da informação

nas organizações.

2.1 Informação e Inteligência

A informação é a matéria-prima da IC, por isso é importante não confundir o seu

conceito com o de dado, conhecimento e inteligência. Para compreender de uma forma

simples a diferença entre cada uma dessas palavras, pode-se dizer que: os dados, quando

organizados e contextualizados, tornam-se informações; as informações, após serem

analisadas e internalizadas, tornam-se conhecimento; e quando a pessoa pratica uma ação ou

toma uma decisão baseada em seu conhecimento, obtêm-se a inteligência (GOMES; BRAGA,

2001; McGREE; PRUSAK, 1994; NEPOMUCENO, 2009).

Porter (1999) afirma que a revolução da informação transformou a economia e mudou

a forma de competição entre as organizações de três maneiras: 1) alterou a estrutura setorial e,

Page 19: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

18

assim, modificou as regras de competição; 2) gerou vantagem competitiva ao proporcionar às

empresas novos modos de superar o desempenho dos concorrentes; e 3) facilitou a

disseminação de negócios inteiramente novos.

Assim, a informação tornou-se essencial para apoiar as estratégias, controlar as

operações e suportar as tomadas de decisão. Seu uso representou uma mudança nos processos

de gestão, podendo inclusive ocasionar mudança organizacional (BEUREN, 1998).

Nas organizações existem três modelos de uso da informação, segundo Choo (2003):

1) para a criação de significado; 2) para a construção do conhecimento; e, 3) para a tomada de

decisão. De acordo com o autor, o modelo para tomada de decisão é o mais influente e

aplicado nas empresas devido ao fato de ser racional, se comparado com os demais. Com a

finalidade de esclarecer melhor o que cada um desses modelos propõe, apresenta-se o quadro

n. 1.

Modelo Idéia central Resultados Principais conceitos

Criação de

significado

Organização interpretativa:

mudança ambiental → Dar sentido

aos dados ambíguos por meio de

interpretações. A informação é

interpretada.

Ambientes interpretados

e interpretações

partilhadas para criar

significado.

Interpretação, seleção,

retenção.

Construção do

conhecimento

Organização aprendiz:

Conhecimento existente → Criar

novos conhecimentos por meio da

conversão e da partilha dos

conhecimentos. A informação é

convertida.

Novos conhecimentos

explícitos e tácitos para a

inovação

Conhecimento tácito.

Conhecimento explícito.

Conversão do

conhecimento.

Tomada de

decisões

Organização racional: Problema →

Buscar e selecionar alternativas de

acordo com os objetivos e

preferências. A informação é

analisada.

Decisões levam a um

comportamento racional

e orientado para os

objetivos.

Racionalidade limitada.

Premissas decisórias.

Regras e rotinas.

Quadro 1 Os três modelos de uso da informação organizacional

(Fonte – CHOO, 2003, p.46)

A informação é um ativo que precisa ser administrado. Isso decorre do seu potencial,

por ser infinitamente reutilizável, e do desafio que é administrá-la e/ou gerenciá-la. (MCGEE;

PRUSAK, 1999). Para os autores, existem três perspectivas sob as quais a informação pode

ser examinada:

Informação e definição estratégica: as informações sobre o ambiente

competitivo e sobre a organização auxiliam os executivos a identificarem as

ameaças e oportunidades para a empresa e criam o cenário de uma resposta

competitiva eficaz;

Page 20: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

19

Informação e execução da estratégia: a tecnologia da informação propicia

novas alternativas para o desenvolvimento de produtos e serviços;

Informação e integração: o feedback da informação sobre o desempenho é

fundamental para a criação de uma organização flexível, na qual exista um

constante aprendizado.

Entretanto, em meio à sobrecarga de informações e ao grande volume de trabalho da

maioria dos executivos, tornou-se difícil para esses profissionais monitorar informações sobre

os seus concorrentes, fornecedores e sobre o mercado em que sua empresa está inserida.

Segundo J. Miller (2002), é exatamente nesse estágio que se deve iniciar um processo

de inteligência, pois o mesmo se baseia no fato de que os decisores devem estar sempre bem

informados formal e sistematicamente sobre as questões básicas de seu negócio.

Os objetivos do processo de inteligência são, geralmente, determinados pelo foco do

processo de tomada de decisão. J. Miller (2002) apresenta quatro tipos de inteligência:

1) Inteligência estratégica, que coloca em destaque o relacionamento com a

tomada de decisão estratégica e com o desenvolvimento e/ou venda de produtos;

2) Inteligência do mundo dos negócios, que incorpora a monitoração de fatos

novos ao longo do mercado externo à organização;

3) Inteligência competitiva, que se concentra nas perspectivas atuais e potenciais

e nas atividades de organizações que tenham produtos e/ou serviços similares; e

4) Inteligência concorrente, que serve para traçar o perfil de uma organização

específica.

Ao definir os objetivos do processo de inteligência, é preciso definir quem serão os

atores envolvidos. Um processo de inteligência deve envolver diversos profissionais, com as

mais variadas formações, o que na literatura é denominado de interdisciplinaridade4. A figura

n. 1 retrata a participação de cada um dos atores no sistema de criação da inteligência e suas

4 Interdisciplinaridade: implica uma axiomática comum a um grupo de disciplinas conexas A, B, C e D, cujas

relações são definidas a partir de um nível hierárquico superior, ocupado por uma delas (no caso, D). Esta última,

geralmente determinada por referência à sua proximidade da temática comum, atua não somente como

integradora e mediadora da circulação dos discursos disciplinares, mas, principalmente, como coordenadora do

campo disciplinar (ALMEIDA FILHO, 1997, p.8).

Page 21: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

20

funções: os pesquisadores vasculham as fontes secundárias, como bancos de dados, fontes

impressas e websites, enquanto os pesquisadores especialistas entram em contato com

pessoas, normalmente por meio de pesquisa e levantamento de opinião. Após a pesquisa, os

analistas compilam e estudam essas informações para gerar uma informação mais elaborada,

que permita aos decisores entrarem em ação (MILLER, 2002).

Figura 1 Criação do valor do sistema de inteligência

(Fonte – MILLER, 2002, p.39)

Os construtores de dados coletam, organizam e tornam acessíveis as inúmeras

informações textuais e gráficas das fontes internas e externas. Os construtores de sistemas

disponibilizam tecnologias e serviços necessários para produzir, acessar e distribuir os

produtos de inteligência. Os construtores de conhecimento pesquisam novos modelos e

limites para uma gestão cada vez mais eficaz da função de inteligência (MILLER, 2002).

A construção de um sistema de inteligência nas organizações é capaz de modificar a

cultura da tomada de decisões, pois os decisores passam a agir com base em informações

pertinentes para obterem vantagem competitiva. O uso da inteligência com essa finalidade é

denominado de Inteligência Competitiva.

2.2 Inteligência Competitiva

De acordo com Prescott (1999), existem três correntes de Inteligência Competitiva. A

primeira tem sua origem no século IV a.C, que é conhecida como Inteligência Competitiva

Militar. Esta vertente encontra-se junto com um dos primeiros registros que se tem sobre o

Page 22: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

21

assunto e foi desenvolvida pelo estrategista chinês Sun Tzu5, que aborda a estratégia nos

campos de batalha, com o objetivo de conquistar vantagem competitiva sobre seus

adversários.

Na Idade Média, Gêngis-Khan6 também utilizava agentes de inteligência para

conhecer o ambiente que iria conquistar, servindo-se de informações estratégicas sobre os

mais diversos tipos de pessoas (CARDOSO JÚNIOR, 2007).

A segunda corrente é a da atividade de inteligência sob o enfoque da segurança

nacional, mas como uma questão política, não mais como militar, embora tenha suas raízes na

II Guerra Mundial. Durante essa época, desenvolveu-se o hábito de troca de embaixadores

entre os principais Estados da Europa, com o objetivo de obter informações estratégicas e de

conhecimento explícito sobre seus possíveis adversários (CARDOSO JÚNIOR, 2007).

A terceira corrente traz as organizações no seu centro. Esta corrente foi gerada pelo

acelerado avanço da circulação e disseminação das informações – apoiadas pelas mais

diversas tecnologias da informação e comunicação (TICs) – e pela grande competitividade do

mercado. Desta forma, a “adoção dos princípios e instrumentos de inteligência competitiva

para a criação de um direcionamento estratégico” visa a suprir com efetividade as

necessidades identificadas nos seus processos. Isso faz com que os decisores utilizem a

informação como insumo básico para a tomada de decisão (ROEDEL, 2006).

Ainda segundo Roedel (2006), os fatores pelo qual as empresas estão utilizando a IC

são:

ritmo acelerado dos negócios;

sobrecarga de informações;

aumento da competitividade;

mudanças políticas afetando-as diretamente;

rápidas mudanças tecnológicas;

Para ilustrar melhor a evolução da IC nas organizações, Prescott (1999, p.39) elaborou

5 Sun Tzu foi um general chinês que viveu no século IV a.C e comandou o exército real de Wu, que teve

inúmeras vitórias. Era um profundo conhecedor das estratégias militares e escreveu o famoso livro A Arte da

Guerra, sobre estratégias de guerra e táticas de combate. (FIGUEIREDO, 2009) 6 Gêngis-Khan foi um importante imperador e conquistador mongol que viveu entre 1162 e 1227. Ficou

conhecido como um déspota sanguinário por ter conquistado a maior extensão territorial contínua: Ásia

Central, Afeganistão e Pérsia.

Page 23: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

22

um quadro n. 2, descrito abaixo:

Evolução da Inteligência Competitiva

Período Pré-1980 1980-1987 1988- Dias atuais Futuro

Estágio Recolha de dados

da concorrência

Análise da indústria e

concorrentes

Inteligência

Competitiva

Inteligência

Competitiva com um

Núcleo de

competências

Evento-chave Livro de Porter, em

1980,

Estratégia

Competitiva

Criação da Sociedade

dos Profissionais de IC

(SCIP)

Surgimentos de

publicações, revistas

de IC.

Cursos de IC

ministrados em escolas

de todo o mundo.

Atributos:

Grau de

formalização

Informal Surgimento das

unidades formais

Formal Integração do formal

com o informal

Orientação Tática Tática Mista Estratégica

Análises Pouca ou nenhuma Limitada: quantitativa Quantitativa e

Qualitativa

Ênfase no qualitativo

Atenção da alta

gerência

Baixa Limitada Moderada Muita

Ligação com

processo de

tomada de

decisão

Pouca Fraco Forte Diretamente

Localização:

Principal

localização dos

profissionais de

IC

Biblioteca;

Marketing.

Planejamento;

Marketing.

Marketing;

Planejamento;

Unidade de IC.

Unidade de IC;

Planejamento;

Marketing.

Quadro 2 Evolução da Inteligência Competitiva

(Fonte – Prescott, 1999, p.39, tradução nossa)

Analisando a tabela elaborada por Prescott e comparando-a com a atual situação da

Inteligência Competitiva, pode-se verificar que já estamos vivendo no período de tempo

“Futuro” previsto pelo autor. Isso porque já existem cursos de IC ministrados em níveis de

Pós-Graduação, como Especializações, Mestrados e Doutorados, bem como núcleos formais

de IC – dentro de empresas – onde o trabalho das equipes interdisciplinares contribui e

influencia diretamente no momento das tomadas de decisão.

A Inteligência Competitiva tem sido conceituada por diversos autores ao logo dos anos

(MILLER, J., 2002; PRESCOTT, 1999; HERRING, 2002). Gomes e Braga (2001, p.26)

compilaram alguns conceitos sobre IC, abaixo descritos:

Kahhaner (1996): programa institucional e sistemático para garimpar e analisar

informação sobre as atividades da concorrência e as tendências do setor específico e

do mercado em geral, com o propósito de levar a organização a atingir seus

Page 24: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

23

objetivos e metas.

Jacobiak (1997): atividade de gestão estratégica da informação que tem como

objetivo permitir que os tomadores de decisão: se antecipem às tendências dos

mercados e à evolução da concorrência; e detectem e avaliem ameaças e

oportunidades que se apresentem em seu ambiente de negócio para definirem as

ações ofensivas e defensivas mais adaptadas às estratégias de desenvolvimento da

organização.

Coelho (1997): coleta ética e o uso da informação pública e publicada disponível

sobre tendências, eventos e atores, fora das fronteiras da organização. Identificar as

necessidades de informação da organização; coletar, sistematicamente, a informação

relevante e, em seguida, processá-la analiticamente, transformando-a em elemento

para a tomada de decisão.

De acordo com Prescott (1999, tradução nossa) a Inteligência Competitiva é definida

como um processo de desenvolvimento do foresight7, acionado a partir da dinâmica

competitiva – evolução da indústria ou de uma empresa às ações e reações dos concorrentes

(reais e potenciais), fornecedores, clientes e parceiros – e dos não-fatores de mercado –

regulamentações do governo, tarifas e cultura de um país –, que podem ser utilizados para

reforçar a vantagem competitiva.

Para Gomes e Braga (2001, p.28) a Inteligência Competitiva “[...] é o resultado da

análise de dados e informações coletados do ambiente competitivo da empresa que irão

embasar a tomada de decisão”. Todavia, para que isso aconteça é necessário que as

informações estejam disponíveis às pessoas certas, nos momentos certos e em tempo hábil.

Trabalhar com inteligência competitiva, mais que coletar e disseminar informações, é analisar

essas informações. E é exatamente a análise que diferencia a informação da inteligência.

Segundo J. Miller (2002, p.35) “a inteligência competitiva concentra-se nas

perspectivas atuais e potenciais quanto a pontos fortes, fracos e nas atividades de

organizações que tenham produtos ou serviços similares de um setor da economia”. Embora o

foco principal da inteligência competitiva seja o monitoramento de informações, deve-se

ressaltar a questão ética, para que a IC não seja confundida com atividades de espionagem.

Para Gomes e Braga (2001, p.27) a IC “[...] lida com informações públicas sobre a

competição e sobre os competidores para auxiliar a empresa a ganhar vantagem competitiva

através de decisões estratégicas alinhadas com o negócio”.

Com a finalidade de estabelecer limites éticos aos profissionais de IC, a Sociedade dos

7 O technology foresight “é uma forma de executar e interpretar estudos do futuro, que utiliza muitas ferramentas

usuais da prospecção tecnológica, mas as coloca a favor da criação de coordenação e compromisso de diferentes

atores chaves, para viabilizar inovações” (CANONGIA; SANTOS; ZACKIEWICZ, 2004, p.232).

Page 25: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

24

Profissionais de Inteligência Competitiva (SCIP8) publicou um código de ética (2009), com os

seguintes princípios:

Esforçar-se continuamente para aumentar o reconhecimento e o respeito da

profissão.

Cumprir todas as leis aplicáveis, nacionais e internacionais.

Divulgar com precisão todas as informações relevantes, incluindo sua

identidade e organização, antes de todas as entrevistas.

Evitar conflitos de interesses no cumprimento de sua missão.

Proporcionar recomendações e conclusões honestas e realistas, no exercício das

suas funções.

Promover este código de ética dentro da empresa, com terceiros, empreiteiros e

em toda a profissão.

Aderir fielmente e respeitar as políticas, objetivos e orientações da empresa.

No Brasil, a Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva

(ABRAIC9) também publicou um código de ética, com os princípios éticos:

I. exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os direitos,

bens e interesse de clientes, instituições e sociedades sem abdicar de sua

dignidade, prerrogativas e independência profissional;

II. manter sigilo sobre tudo o que souber em função de sua atividade profissional;

III. conservar independência na orientação técnica de serviços e órgãos que lhe

forem confiados;

IV. emitir opiniões, expender conceitos e sugerir medidas somente depois de estar

seguro das informações que tem e da confiabilidade dos dados que obteve;

V. assegurar, quando investido em cargos ou funções de direção, as condições

mínimas para o desempenho ético-profissional;

VI. informar e orientar o cliente, com respeito à situação real da empresa a que

serve;

8 SCIP – Society of Competitive Intelligence Professionals (http://www.scip.org)

9 ABRAIC (http://www.abraic.org.br).

Page 26: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

25

Assim, os analistas de IC devem trabalhar com informações públicas. Porém, essas

informações não estão obrigatoriamente publicadas. As informações podem ser encontradas,

além dos jornais, revistas e internet, em documentos como balancetes, relatórios, circulares,

rumores ou até mesmo nos fornecedores (Gomes e Braga, 2001).

O trabalho da equipe de inteligência da organização consiste em reunir todas essas

informações, elaborar hipóteses e cenários, com fundamento e disseminá-las aos decisores

corretos. Tudo isso dentro dos padrões éticos, tanto da empresa quanto da associação dos

profissionais de inteligência.

Devido ao importante papel organizacional que a IC assumiu dentro das organizações,

sendo o alicerce para as tomadas de decisões, tornou-se necessário padronizar e sistematizar

seus processos. Com essa finalidade é que são construídos os Sistemas de Inteligência

Competitiva.

2.3 Sistema de Inteligência Competitiva

A inteligência que os decisores precisam no momento da tomada de decisão lhes é

proporcionada no momento que uma informação, identificada pelo profissional de IC, for

filtrada e analisada. Para que esse processo de identificação, filtragem e análise ocorra de uma

forma sistêmica, foram criados os Sistemas de Inteligência Competitiva (SICs).

Na literatura, o Sistema de Inteligência Competitiva é descrito como uma forma

sistemática de realização dos processos da IC, um ciclo composto por etapas ordenadas e

interdependentes e apoiado em tecnologias de informação e comunicação (TICs) (GOMES;

BRAGA, 2001; MILLER, 2002; CARDOSO JÚNIOR, 2007).

Esse ciclo, dependendo da organização e de suas necessidades, pode ter mais ou

menos etapas. Para Gomes e Braga (2001), o SIC contém cinco etapas: 1) identificação das

necessidades de informação; 2) coleta de informações; 3) análise das informações; 4)

disseminação; e 5) avaliação.

Para J. Miller (2002), o ciclo de inteligência tem quatro etapas: 1) identificação dos

responsáveis pelas principais decisões e suas necessidades; 2) coleta de informações; 3)

análise da informação e sua transformação em inteligência; e 4) disseminação da inteligência

entre os responsáveis pela decisão.

Page 27: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

26

No entanto, mesmo variando o nome e número das etapas, a função de um SIC é única

e consiste basicamente em:

1) Planejamento e coordenação – definir a metodologia de IC a ser utilizada;

elaborar um projeto de IC; e identificar as necessidades de informação;

2) Coleta, processamento e armazenamento – coletar as fontes de informação;

captar as informações nas fontes mapeadas; e organizar essas informações nas

ferramentas tecnológicas adotadas de acordo com a classificação escolhida;

3) Análise – etapa realizada por um especialista (analista) da área, que recebe as

informações coletadas e as complementam com seu conhecimento. Essa fase pode

ocorrer de diferentes formas, dependendo da metodologia escolhida para a análise

de IC;

4) Disseminação e utilização – envio dos produtos de inteligência aos decisores

da organização, que deverá ocorrer da forma com que foi combinada na etapa do

planejamento. Todavia, essa etapa só se consolida com a utilização da inteligência

na tomada de decisão. Caso o processo termine na disseminação, a empresa terá

adquirido somente conhecimento, pois para que o processo de inteligência

aconteça é necessária a ação da empresa, que deve tomar suas decisões com base

nos resultados do processo de análise proposto pelo SIC;

5) Avaliação e feedback – avaliar se o sistema criado foi eficiente do ponto de

vista da produção dos produtos de inteligência e quanto a sua eficiência para o

decisor. Identificar junto ao usuário do sistema quais foram os resultados práticos

obtidos e coletar sugestões para melhorias e correções do sistema.

Para que a realização dessas etapas seja mais eficaz “faz-se necessário às organizações

dispor de um processo de inteligência competitiva com o apoio das tecnologias pertinentes

que darão suporte à coleta, ao monitoramento, ao armazenamento, à análise e à distribuição

das informações” (ANGELONI et. al, 2001). Por meio das ferramentas de IC é possível

organizar o fluxo da informação, recuperar mais rapidamente informações necessárias e

disseminar adequadamente os produtos de inteligência, permitindo melhorar a

competitividade da empresa (HOHHOF, 2002; STOLLENWERK, 2000; REZENDE;

ABREU, 2003).

Segundo Hohhof (2002), as tecnologias devem concentrar-se nas seguintes funções da

inteligência:

Page 28: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

27

alertar antecipadamente o surgimento de ameaças e oportunidades;

subsidiar o processo de tomada de decisão;

avaliar e monitorar os concorrentes, setores de mercado e tendências políticas e

sociais;

subsidiar o planejamento estratégico do processo; e

desenvolver, distribuir e arquivar os produtos de inteligência.

De acordo com a descrição das funções de tecnologias para os processos de IC, pode-

se verificar que existe uma variedade de produtos de inteligência competitiva que são

disseminados aos decisores. Segundo Stollenwerk (2000), Gomes e Braga (2007) e Hohhof

(2002), os principais produtos de inteligência são:

Alertas – análises rápidas e breves motivadas por eventos inesperados, porém

relevantes. São produtos curtos e com foco bem definido para decisões rápidas.

Análises situacionais – sintetizam os aspectos estratégicos de uma situação de

impacto para a empresa, contendo análise detalhada que suporta os relatórios

especiais de inteligência;

Avaliações ou Projeções estratégicas – análises abrangentes de questões de

longo prazo, que incluem tendências, previsões e implicações futuras.

Boletins de notícias ou Newsletters – composto de informações relevantes de

fontes internas e externas sobre o ramo do negócio e as forças macroambientais

que influenciam a atuação da empresa.

Fichas de impacto estratégico – se assemelham aos boletins mensais de

notícias, porém, com uma indicação dos sinais de impacto estratégico ou tático do

evento;

Perfis dos concorrentes – contêm informação geral sobre concorrentes;

Relatórios Analíticos – análises profundas de um único tópico, como, por

exemplo, tecnologia, novos produtos, etc;

Relatórios especiais de inteligência – composto de uma a duas páginas sobre

uma questão estratégica, incluindo recomendações e sumarizando as análises; e

Relatórios de Inteligência – destacam itens estratégicos e notícias relacionadas

a esses itens. Incluem sumários executivos, que são análises e considerações sobre

as implicações para o negócio. São gerados principalmente a partir das fontes

secundárias;

Page 29: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

28

Seja qual for o produto de inteligência disseminado, as informações devem estar bem

estruturadas e ser relevantes e estratégicas, bem como estar de acordo com as necessidades de

informações da organização (etapa 1 do SIC).

Para transformar informação em inteligência, é fundamental realizar a etapa de

análise. Ao longo dos anos, alguns modelos e técnicas de análise foram desenvolvidas e

adaptadas. No item a seguir encontram-se descritos alguns desses.

2.4 Modelos e Técnicas de Inteligência Competitiva

Ao longo dos anos, estudiosos e analistas desenvolveram modelos e técnicas para

transformar a informação em inteligência, ou seja, de analisar essas informações. Para realizar

essa análise, é fundamental que o analista conheça a empresa e o setor no qual a organização

está inserida, para que dessa maneira possa gerar um produto de efetivo de inteligência

(SANDMAN, 2002; HERRING, 2002).

Todavia, não basta conhecer a empresa e o mercado para realizar uma análise de

informação. É necessário que o analista tenha conhecimento e esteja baseado em algum

modelo ou utilize alguma técnica de IC.

Um dos modelos existentes é o das Cinco Forças (Figura n. 2), de Michael Porter

(1986) publicado em seu livro Estratégia Competitiva. Esse modelo é considerado um grande

instrumento de análise setorial e de desenvolvimento de questões com relação à

competitividade. Porter identificou que as forças competitivas são determinadas pela

identificação das características estruturais das organizações, e o conjunto dessas forças que

determina o potencial do lucro final da empresa.

Page 30: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

29

Figura 2 Modelo das Cinco Forças

(Fonte: PORTER, 1986, p.23)

Segundo Porter (1986, p.24), criador do modelo, “todas as forças competitivas em

conjunto determinam a intensidade da concorrência na indústria, bem como a rentabilidade,

sendo que a força ou as forças mais acentuadas predominam e tornam-se cruciais do ponto de

vista da formulação de estratégias.” Assim, cada empresa terá uma ou mais forças que mais

influenciam e/ou ameaçam seu negócio.

Porter (1986) define de maneira detalhada cada uma das forças, descritas abaixo:

1) Ameaça de novos entrantes – são empresas que entram para um mercado

trazendo novas capacidades, desejo de ganhar mercado e consideráveis recursos.

Como resultado, pode haver queda nos preços e inflação dos custos dos demais

participantes;

2) Rivalidade entre as empresas existentes – pode ocorrer devido a uma ou mais

empresas do ramo se sentirem ameaçadas ou perceberem uma oportuna melhora

de condição. Pode acarretar em uso de táticas como concorrência de preços,

batalha de publicidade, lançamento de novos produtos e aumento das garantias ao

cliente;

3) Ameaça de produtos ou serviços substitutos – todas as empresas concorrem,

indiretamente, com outras que oferecem produtos ou serviços substitutos aos seus.

Os substitutos reduzem os retornos potenciais de uma empresa, colocando um teto

Page 31: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

30

nos preços praticados. Quanto mais atrativa a alternativa, mais forte será a pressão

sobre os lucros;

4) Poder de negociação dos compradores – os compradores competem com a

indústria jogando os preços para baixo, barganhando por melhor qualidade ou

mais serviços, forçando os concorrentes a ficarem uns contra os outros;

5) Poder de negociação dos fornecedores – os fornecedores podem exercer poder

de negociação sobre os participantes de um mercado ameaçando elevar os preços

ou reduzir a qualidade dos bens e/ou serviços. Dessa forma, podem sugar a

rentabilidade de uma empresa incapaz de repassar os aumentos dos custos aos

clientes.

O equilíbrio dessas forças proporciona à organização uma estabilidade competitiva.

Mas, caso uma organização comece a agir mais poderosamente sobre a empresa, é preciso

tomar as medidas cabíveis para que a situação financeira e de posicionamento de mercado não

seja alterada.

Segundo J. Miller (2002, p.96), “do ponto de vista da inteligência competitiva, é

extremamente importante conseguir enxergar além da batalha com concorrentes. É preciso

reconhecer até que ponto as cinco forças externas influem sobre as decisões das empresas nos

respectivos setores”.

Embora a afirmação Miller seja pertinente, a força „concorrentes‟ é, normalmente, a

mais preocupante dentro das organizações, pois ela pode influenciar todas as outras. Para

poder monitorar e realizar uma análise melhor dos concorrentes pode-se utilizar, também, a

Análise SWOT10

.

SWOT é uma metodologia para analise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

de uma organização, e corresponde à análise dos ambientes externo e interno. Araújo Jr.

(2005) define cada um desses quatro elementos:

Forças – características internas que proporcionam amplas condições para a

organização cumprir sua missão e atingir seus objetivos;

Fraquezas – características internas que representam as debilidades da

organização, que ocasionam obstáculos no cumprimento da missão e dos

10

SWOT é a sigla de: strengths, weaknesses, opportunities e threats.

Page 32: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

31

objetivos;

Oportunidades – condições ambientais externas que podem ajudar a

organização a cumprir com efetividade sua missão e objetivos;

Ameaças – condições ambientais externas que impedem o cumprimento da

missão e dos objetivos.

As informações do ambiente interno que compõe essa grade devem ser captadas por

meio de questionário ou outras técnicas e metodologias como Delphi11

ou Brainstorming12

.

As informações do ambiente externo serão listadas e justificadas com argumentos claros e

convincentes e as possíveis incoerências são eliminadas após um julgamento criterioso

(ARAÚJO JR., 2005).

Após esse levantamento, as informações são dispostas em uma matriz, conforme o

quadro n. 3. Desta maneira, é possível que os decisores tenham um panorama geral da

situação da organização e possam julgar e agir corretamente frente aos acontecimentos.

Diagnóstico Externo

Oportunidades Ameaças Oportunidade 1 Oportunidade „n‟ Ameaça 1 Ameaça „n‟

Interno Forças

Fraquezas Quadro 3 Matriz SWOT

(Fonte - ARAÚJO JR., 2005, apud Silveira, 2001)

A metodologia de Análise SWOT pode ser adaptada à realidade de cada organização,

uma vez que as especificidades devem ser respeitadas para que, desta maneira, os resultados

obtidos estejam de acordo com as expectativas.

Além do modelo das Cinco Forças e da metodologia de Análise SWOT, pode ser

utilizada a técnica de Tópicos Chave de Inteligência (KITs13

), proposta por Herring (2002),

para identificar as necessidades de informação. A técnica para identificação das necessidades

11

Delphi – técnica de prospecção que se vale de um processo de consenso entre um painel de especialistas em

questões que envolvem julgamentos de valor. Isto não significa, contudo, que seja necessário produzir uma única

resposta como produto de prognósticos. Não há tentativa de se obter unanimidade (TARAPANOFF; MIRANDA;

ARAÚJO JR. apud .ARAÚJO JR., 2005). 12

Brainstorming – técnica de geração de idéias na qual são estimuladas respostas criativas em um grupo de

pessoas, através de uma coleta espontânea de idéias, a fim de obter a resolução de problemas específicos. O

termo brainstorming, mais utilizado em seu original em inglês, é traduzido para o português como tempestade de

idéias. (TARAPANOFF; MIRANDA; ARAÚJO JR. apud .ARAÚJO JR., 2005). 13

Key Intelligence Topics

Page 33: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

32

de informação denominada Tópicos Nacionais de Inteligência (NIT14

) surgiu a partir do

trabalho desenvolvido por Herring como responsável pelo setor de inteligência nacional para

ciência e tecnologia do governo dos Estados Unidos. Ele a utilizava para organizar seu

trabalho e atribuir prioridades ao que deveria ser monitorado, ele criou o que ficou conhecido

por.

Ao deixar o governo norte americano, Herring foi para a Motorola Inc. com a

finalidade de elaborar um programa de inteligência empresarial. Neste novo trabalho, adaptou

os NITs ao mundo corporativo, transformando-os em Tópicos Chave de Inteligência (KIT), e,

por conseguinte, desenvolvendo as chamadas Questões Chave de Inteligência (KIQ15

). Com

os processos KIT e KIQ, é possível “identificar e classificar segundo a prioridade as principais

necessidades de inteligência da alta gerência da organização” (HERRING, 2002, p. 277).

Uma vez que os KITs e os KIQs são identificados e organizados por categorias de

negócio e/ou função, é possível constatar que as necessidades de inteligência de uma

organização podem ser enquadradas em três “categorias funcionais”: a) decisões e ações

estratégicas; b) tópico de alerta antecipado; e c) descrição dos principais atores. “Esta

categorização pode ser muito útil para o gestor da IC, porque diferentes tipos de KIT exigem

diferentes tipos de operação de inteligência” (HERRING, 2002, p. 279).

No entanto, para que a organização possa obter um maior e melhor aproveitamento do

SIC, o ideal é que ele esteja alinhado com o Planejamento Estratégico (PE) e com os

processos de Gestão do Conhecimento (GC) da organização.

2.5 SIC aliado ao Planejamento Estratégico e à Gestão do Conhecimento

As chaves para o sucesso de um SIC são sua proximidade com o alto escalão da

organização e a sua integração com o processo de Planejamento Estratégico. Essa integração

permitirá que as necessidades de informação da empresa sejam identificadas com

objetividade. (STOLLENWERK, 2000).

O Planejamento Estratégico é uma forma de sistematizar o pensamento estratégico da

organização, “formalizando processos e procedimentos para que a empresa saiba exatamente

14

National Intelligence Topic 15

Question Intelligence Topic

Page 34: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

33

os caminhos a seguir” (FERNANDES; BERTON, 2005, p.11) para alcançar seus objetivos e

metas. Para a elaboração do plano estratégico pode-se aplicar diferentes metodologias, mas,

segundo Born (2007), ele deve conter os seguintes itens:

a) Análise da empresa – analisar as potencialidades e fraquezas da empresa-objeto

e descrever suas estratégias correntes. Deve conter: histórico, recursos e

resultados, princípios norteadores (negócio, visão, missão e valores), cadeia de

valores e fatores-chave de sucesso;

b) Análise estratégica – identificar as oportunidades e ameaças à organização.

Deve conter: análise macroambiental (oportunidades e ameaças), análise de

cenários, análise da indústria (Cinco Forças Competitivas – Porter), grupos

estratégicos, matriz de competitividade, análise de mercado (qualitativa e

quantitativa), segmentação e matriz SWOT;

c) Formulação estratégica – descrever os objetivos, estratégias e programas de

ação a longo prazo. Deve conter: objetivos estratégicos, estratégias empresariais,

ações estratégicas, cronograma e orçamentos e controles estratégicos;

d) Análise financeira – realizar as projeções à luz do planejado, permitindo,

assim, uma avaliação do custo/benefício do plano. Deve conter: caracterização da

empresa, Demonstração do Resultado de Exercício (D.R.E.), projeção do balanço

patrimonial, análises horizontal e vertical e cálculo do retorno sobre investimento.

Após a implantação do PE, torna-se evidente que o volume de informações reunidas e

armazenadas é grande e que, além disso, é imprescindíveis para a sobrevivência da empresa,

pois define a atual e traça a futura situação da organização. Todavia, para que a empresa

alcance seus objetivos e metas é preciso tomar as decisões corretas, e é nesse momento que o

SIC irá auxiliar.

Para alcançar uma forma sincronizada com o PE organizacional o SIC deverá

subsidiar os decisores com informações estratégicas em tempo hábil para a tomada de decisão

acerca dos objetivos e metas da empresa. De acordo com Roedel (2006), a utilização dessas

informações pela equipe de IC permite que as empresas acumulem o máximo de

entendimento sobre as rápidas mudanças do ambiente externo, disseminando uma informação

com alto valor agregado para a tomada de decisões.

O objetivo da IC, de subsidiar os decisores da organização com informação

Page 35: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

34

estratégica, serve aos propósitos identificados no PE, pois o objetivo do núcleo de IC deve ser

orientação das estratégias da empresa. Mais especificamente, o SIC pode auxiliar o PE no que

tange ao subsidio de informações externas à organização.

O SIC deve estar alinhado às questões estratégicas da empresa e utilizar a Gestão do

Conhecimento como apoio, além de alimentar-se dela. Pois diferentemente do PE, a GC “está

voltada principalmente para as informações e conhecimentos que são gerados e acumulados

internamente à organização, mas que podem estar sendo subaproveitados na ausência de

processos sistemáticos para sua codificação, compartilhamento e uso” (TERRA; ALMEIDA,

[s.d], p.2).

Segundo Barclay e Kaye (2002, p.187) fazem a seguinte diferenciação entre a missão

dos encarregados pela IC e pela GC nas organizações:

A missão dos encarregados das funções de inteligência em uma organização inclui a

aquisição, análise, interpretação e encaminhamento das informações aos executivos.

Já a missão dos encarregados das funções da gestão do conhecimento concentra-se

em identificar, classificar, organizar e encaminhar conhecimentos úteis às áreas da

organização responsáveis pela tomada de decisões, análise das necessidades do setor

e solução dos problemas.

Ainda, segundo os autores, existem várias formas da GC auxiliar e se inter-relacionar

com as funções de IC, de forma a complementar seus processos. Dois desses auxílios podem

ser:

Identificação de experts em assuntos: também conhecido como “páginas

amarelas”, consiste em mapear e capturar o conhecimento de seus colaboradores,

clientes e fornecedores, a fim de saber tudo que se pode saber sobre a organização

e saber quem sabe sobre o quê.

Identificação das fontes de capital intelectual: reside nos bens não-duráveis

produzidos pela organização, como patentes, copyrights e marcas. Sua

disseminação horizontal pela organização pode evitar retrabalhos e ajudar a

identificar outros ativos de conhecimento.

Com o PE norteando os processos de IC e a GC agregando valor aos produtos de

inteligência, compreende que o SIC pode ser efetivo na organização, pois proporciona aos

decisores informações estratégicas observando os aspectos internos e externos à organização.

Uma vez que prestar serviços informacionais com o foco no usuário é inerente à profissão dos

Page 36: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

35

bibliotecários, acredita-se que é possível a esse nicho de profissionais atuar no campo da IC.

2.6 Bibliotecário como profissional de Inteligência Competitiva

A Biblioteconomia é a ciência que estuda a coleta, tratamento, uso e disseminação da

informação, além de planejar e administrar a informação em bibliotecas, banco de dados,

sistemas de informações e centros de documentação. Neste âmbito, o bibliotecário é o

profissional que possui habilidades e conhecimentos para trabalhar com tudo o que essa

ciência necessita, com o conhecimento em: atividades técnicas de processamento e tratamento

da informação (catalogação, classificação), fontes de informação; e habilidades em TICs,

como: internet, bancos de dados, portais, redes de computadores, repositórios digitais e

sistemas de informações.

A área de estudo da Biblioteconomia vai ao encontro das atividades que são propostas

pela Inteligência Competitiva. Todavia, além das habilidades e dos conhecimentos

bibliotecários, o profissional de IC deverá estar preparado para trabalhar com as

especificidades dessa área, como ter a capacidade de analisar e conectar informações.

Para visualizarmos a estreita relação das atividades da IC com a profissão do

bibliotecário, foi elaborado o quadro n. 4, apresentado abaixo:

Atividades da IC Competência básica do bibliotecário

Identificar as necessidades de informação dos

decisores.

Entrevistar o seu usuário a fim de obter todas as

informações necessárias sobre o que ele deseja saber.

Coletar e tratar informações. Adquirir informações registradas nos mais diversos

suportes, além de organizar, descrever, indexar,

armazenar e recuperar.

Analisar informações. Avaliar, das informações coletadas, quais respondem

pertinentemente às questões do seu usuário.

Disseminar produtos de inteligência. Distribuir a informação em sua forma original ou

através de produtos elaborados a partir dela.

Quadro 4 Comparação: Atividades de IC X Competências dos bibliotecários

(Fonte: O autor)

Dessa maneira, nota-se claramente que os bibliotecários estão aptos a desenvolverem e

participarem das atividades do processo de Inteligência Competitiva, pois poucos são os

cursos, como a Biblioteconomia, que ensinam a tratar a informação tão bem e tão

amplamente, desde sua concepção até a sua disseminação.

O Quadro n. 2 (p.19) retrata a evolução da IC e apresenta um detalhe interessante: no

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36

período anterior a 1980, um dos locais onde se encontravam os profissionais de inteligência

competitiva era a biblioteca. Isto se devia ao “estágio” em que a IC se encontrava: o de ser

baseado na recolha de dados dos concorrentes. Dentro deste contexto, verifica-se que o

bibliotecário está apto para exercer essa atividade, uma vez que essas e outras atividades de

IC são inerentes à profissão.

Destaca-se, ainda, que durante a vida acadêmica do curso de Biblioteconomia, nos

currículos atuais, os alunos têm disciplinas como Planejamento estratégico, Estudos de

usuários da informação, Fontes de informação, Serviços de referência, Gestão de estoques

informacionais e Teorias da administração, Gestão da informação, Tecnologias de informação

e comunicação, dentre outras (UNIVERSIDADE, 2008).

Essa diversidade de disciplinas durante a graduação em Biblioteconomia possibilita

aos futuros profissionais um conhecimento teórico e prático (por meio dos estágios, pesquisas

e programas de extensão), para a sua atuação como profissional integrante de uma equipe

interdisciplinar de, visto que gerenciar informação é inerente à profissão de bibliotecário.

Page 38: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

37

3 METODOLOGIA

De acordo com a literatura estudada, a pesquisa científica pode ser classificada de

acordo com quatro critérios: abordagem, objetivos, procedimentos de coletas de dados e

técnicas de coleta de dados.

Segundo Pinto (1979, p.425), “a pesquisa científica não constitui uma atividade

acidental de procedimento humano, mas uma forma de ação que lhe é natural, porque realiza

uma exigência de sua essência, a de se aperfeiçoar, a de progredir no desenvolvimento de sua

humanização [...]”.

Durante o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizados vários métodos, técnicas e

instrumentos de coleta de dados – denominado de multimétodos –, o que permitiu à

pesquisadora uma ampla visão do caso estudado. Para Ramos (2005, p.112), “cada vez mais

investigadores usam perspectivas multimétodos para obter resultados melhores e mais

amplos. Esta perspectiva multimétodos permite ao investigador utilizar, no mesmo estudo,

diferentes métodos em diferentes combinações”.

Dois princípios levam um pesquisador a utilizar o multimétodos: o primeiro é o fato de

“reconhecer e respeitar o referencial teórico primário e aderir às suas suposições

metodológicas”; e o segundo é o fato de reconhecer o papel do componente secundário, que é

o de “buscar uma perspectiva ou dimensão que não pode ser acessada pela primeira

abordagem, refinar a descrição, ou permitir exploração mais profunda [...]” (DRIESSNACK;

SOUSA; MENDES, 2007, p.181a).

Além desses dois princípios, o investigador pode utilizar a combinação de dois ou

mais métodos. Existem cinco objetivos principais para se pesquisar dessa forma:

1) Expansão – é o aumento geral do escopo, amplitude ou alcance de um estudo

(DRIESSNACK; SOUSA; MENDES, 2007, p.182b).

2) Triangulação – refere-se “à convergência ou corroboração dos dados coletados

e interpretados a respeito do mesmo fenômeno. A abordagem ou forma de coletar

dados e/ou interpretar podem variar” (DRIESSNACK; SOUSA; MENDES, 2007,

p.181b). Para Denzin & Lincoln (2006, p. 128a) o emprego da triangulação

“reflete uma tentativa de assegurar uma interpretação em profundidade do

fenômeno em questão”. Assim, segundo Ramos (2005, p.113), reduz-se o risco

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38

das conclusões do estudo se refletir “enviesamentos ou limitações próprios de um

método”.

3) Complementaridade – segundo Driessnack, Sousa & Mendes (2007, p.181b),

“vai além da triangulação a medida que não foca apenas na sobreposição ou

convergência dos dados, mas também nas diferentes facetas do fenômeno,

fornecendo uma gama maior de insight e perspectiva.”

4) Iniciação – envolve a análise intencional de novas perspectivas para estudar um

fenômeno de interesse (DRIESSNACK; SOUSA; MENDES, 2007, p.182b).

5) Desenvolvimento – utiliza os resultados de uma investigação de determinado

fenômeno para elaborar outro método de investigação. Como por exemplo, a

focus group pode ser utilizada para obter um feedback de um questionário que foi

aplicado anteriormente (DRIESSNACK; SOUSA; MENDES, 2007).

Para a realização dessa pesquisa, utilizou-se a triangulação e a complementaridade,

pois permitiram que os dados coletados de diferentes formas se complementassem e

convergissem, proporcionando uma visão mais ampla e multifocal da implantação de um SIC

– de forma teórica, prática e localizada.

3.1 Classificação e tipologia da pesquisa

A presente pesquisa se classifica, quanto a sua abordagem, como qualitativa, pois

“envolve uma abordagem naturalista, interpretativa para o mundo, o que significa que seus

pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender, ou interpretar

os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem” (DENZIN;

LINCOLN, 2006, p.17b). No presente caso, “a coisa estudada” será a implantação de um

SIC no BCD, que é o seu “cenário natural”.

De acordo com Godoi e Balsini (2006), a ênfase da pesquisa qualitativa está nos

processos e nos significados e seu objetivo é interpretar esses significados e as intenções de

seus atores. As autoras afirmam ainda (p.91) que a “pesquisa qualitativa é um conceito

'guarda-chuva', que abrange várias formas de pesquisa e nos ajuda a compreender e explicar

melhor um fenômeno social com o menor afastamento possível do ambiente natural.

O fato de a pesquisadora ser colaboradora de uma das empresas do grupo

proporcionou uma melhor execução dessa pesquisa, pois, segundo Godoi e Balsini (2006,

p.97), as pesquisas de cunho qualitativo exigem do pesquisador “uma imersão no contexto

Page 40: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

39

que será analisado. As análises do passado e presente são cruciais para que haja maior isenção

do investigador para com o fenômeno social que se pretende desvendar”.

Para Denzin e Lincoln (2006, p.17b), “a pesquisa qualitativa envolve o estudo do uso e

a coleta de variados materiais empíricos”, como: estudo de caso; entrevista; experiência

pessoal; textos; produções culturais; entre outras; que possibilitam, assim, sua maior

compreensão sobre o assunto estudado.

Do ponto de vista de seus objetivos, a presente pesquisa é enquadrada como

exploratória, pois visa a proporcionar ao pesquisador maior familiaridade com o problema,

neste contexto a implantação de um SIC no BCD. Segundo Santos (2007, p.28), a pesquisa

exploratória visa à familiarização com um tema para que se compreenda a “real importância

do problema” e “o estágio em que encontram as informações já disponíveis a respeito do

assunto”.

Por ter um caráter diferenciado, a pesquisa multimétodos utiliza-se de alguns

procedimentos metodológicos, abaixo relacionados e explicados.

Um dos procedimentos metodológicos utilizados foi a pesquisa bibliográfica, pois sua

finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com o que foi escrito sobre o assunto e

oferecer “[...] meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como

também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente”

(MANZO apud LAKATOS, 1990, p.179). Lakatos (1990) complementa Manzo (1973),

afirmando que a pesquisa bibliográfica não é apenas uma repetição do que já foi escrito sobre

o tema, mas propicia a investigação do objeto sob novo enfoque ou abordagem.

No presente trabalho, a pesquisa bibliográfica tem por finalidade identificar os

processos de Inteligência Competitiva nas mais diversas fontes e suportes informacionais,

como: livros, artigos de periódico, teses, dissertações, monografias e Anais de eventos. A

pesquisa bibliográfica para a revisão de literatura deste trabalho compreenderá publicações

dos anos de 1990 a 2009, e alguns clássicos específicos da área de IC.

O segundo procedimento metodológico adotado foi a pesquisa documental, que se

constitui em uma fonte de coleta de dados restrita a documentos das empresas a serem

estudada, como relatórios anuais, declarações sobre sua missão, visão, políticas de marketing

e recursos humanos, documentos legais, manuais de procedimentos, comunicados, atas e

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40

documentos de apresentações, entre outros tantos. (LAKATOS, 1990).

Para Roesch (2007, p.166), “[...] documentos têm um valor em si mesmo –

representam sistemas e estruturas da organização. Sua análise permite o entendimento de

situações; permite conceituar a organização com base em uma visão de dentro [...]”. A

pesquisa documental forneceu, neste caso, informações sobre a metodologia de IC utilizada

pela empresa C, bem como as atividades de seus processos.

Outros dois procedimentos metodológicos utilizados, além dos dois citados acima,

foram: o estudo de caso e a pesquisa-ação.

O emprego da pesquisa-ação teve por finalidade propor a utilização da teoria visando à

interferência na sociedade estudada, na qual a pesquisadora não foi apenas uma observadora,

mas também um ator junto aos colaboradores do BCD. Segundo Denzin e Lincoln (2006,

p.44a), “juntos, colaboradores e pesquisadores envolvidos na pesquisa-ação criam um

conhecimento pragmaticamente útil”.

Thiollent (2007, p.16) afirma que a pesquisa-ação é

[...] um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em

estreita associação com uma ação ou com uma resolução de um problema coletivo e

no qual os pesquisadores participantes representativos da situação ou do problema

estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

Assim, é importante diferenciar a pesquisa-ação da pesquisa participante, em que a

maior distinção é justamente a participação do pesquisador. A “pesquisa-ação envolve o

pesquisador no trabalho com os membros de uma organização sobre um assunto que seja de

genuíno interesse e no qual há uma intenção dos membros da organização em agir com base

na intervenção” (CLEGG; HARDY; NORD, 2001, p.94a). E a pesquisa participante

possibilita que o pesquisador seja apenas observador e nem sempre há uma ação planejada, e

o resultado da pesquisa fica no consciente das pessoas.

A pesquisa-ação, além de proporcionar uma associação entre as teorias e a prática,

possibilita ao pesquisador intervir na situação da organização. Para isto, utilizou-se, também,

o estudo de caso, que permitiu um estudo das decisões executadas durante a aplicação da

pesquisa-ação.

Segundo Yin (2005, p.20), “o estudo de caso permite uma investigação para se

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41

preservar as características holísticas e significativas dos acontecimentos da vida real”. Dessa

forma, o estudo de caso permitiu estudar um fenômeno contemporâneo, de forma profunda,

em seu próprio ambiente, possibilitando o seu mais abrangente e minucioso conhecimento.

De acordo com Schramm (1971 apud YIN, 2005, p.31), “a essência do estudo de caso,

a principal tendência em todos os tipos de estudo de caso, é que ela tenta esclarecer uma

decisão ou um conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram

implementadas e com quais resultados”.

Para Gil (2002, p.54), o estudo de caso tem por finalidade:

explorar situações de vida real;

preservar o caráter unitário do objeto estudado; e

descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada

investigação;

Assim, o estudo de caso permitiu uma descrição da situação no contexto informacional

da BCD, preservando sua singularidade como organização, e uma exploração da sua situação

real para o planejamento do SIC e a identificação das necessidades de informação das

empresas. Além disso, foi possível discorrer sobre o contexto de cada tomada de decisão.

3.2 Técnicas e instrumentos de coleta de dados

Neste item, são apresentadas as técnicas e os instrumentos de coleta de dados

utilizados na presente pesquisa. Para o desenvolvimento desse estudo, foram identificadas as

seguintes técnicas: entrevista (em profundidade e focus group), observação (participante) e

questionário; e os seguintes instrumentos: roteiros e questionários semiestruturados. A

utilização desses vários recursos da pesquisa qualitativa se deve ao fato de que as

metodologias de Inteligência Competitiva contêm diversos e diferentes processos.

Lakatos e Marconi (1990, p.163) validam a utilização de diversos instrumentos

quando dizem que é “[...] importante o perfeito entrosamento das tarefas organizacionais e

administrativas com as científicas [...]”. Os autores completam dizendo que quanto mais

planejamento, melhor, porque evita desperdícios, e que é preciso obedecer aos prazos,

orçamento e preparo de pessoal.

De acordo com Lakatos e Marconi (1990, p.190), a entrevista, se bem executada, pode

ser uma excelente técnica de coleta de dados. Seu principal objetivo é “[...] a obtenção de

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42

informações do entrevistado, sobre determinado assunto ou problema”. Dentre as vantagens

da técnica de entrevista apontadas por Lakatos e Marconi (1990) apresentam-se algumas

relacionadas com esta pesquisa:

a) Maior flexibilidade para esclarecimentos, pois foi possível à entrevistadora

repetir ou clarificar perguntas, formulando-as de diferentes maneiras;

b) Maior oportunidade para avaliar atitudes e condutas, podendo observar o

entrevistado no que ele diz, como diz e quais suas reações;

c) Maior quantidade de dados obtidos, pois existem informações que não estão

documentadas, mas que podem ser significativas; e

d) Informações mais precisas e que possam ser comprovadas imediatamente.

Roteiros semiestruturados foram utilizados, nesta pesquisa, como instrumentos de

coleta de dados para auxiliar durante as entrevistas realizadas com os decisores da BCD para a

descoberta de suas necessidades. Os tipos de entrevistas escolhidos, como citado no início

deste tópico, foram: a entrevista em profundidade e a focus group.

Segundo Roesch (2007, p.159), a entrevista em profundidade é fundamental para uma

pesquisa qualitativa e o seu objetivo “[...] é entender o significado que os entrevistados

atribuem a questões e situações em contextos que não foram estruturados anteriormente a

partir da suposição do entrevistador”.

A focus group, de acordo com Oliveira e Freitas (2006, p.326) “é um tipo de entrevista

em profundidade realizada em grupo, cujas reuniões têm características definidas quanto à

proposta, ao tamanho, à composição e aos procedimentos de condução”. Os autores ainda

completam dizendo que os entrevistados “[...] influenciam uns aos outros pelas respostas às

idéias e colocações durante a discussão, estimulados por comentários ou questões fornecidas

pelo moderador (pesquisador) [...]”.

Como características da focus group, destacam-se: participação de pessoas; reuniões

sucessivas; homogeneidade entre os interesses dos participantes e da pesquisa; geração de

dados; e discussão focada em um tópico, determinado pelo pesquisador. A principal vantagem

que essa técnica pode trazer a essa pesquisa é a oportunidade de coletar os dados através da

interação dos participantes (OLIVEIRA; FREITAS, 2006).

Ressalta-se que tanto na modalidade em profundidade quanto na focus group, as

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43

entrevistas foram padronizadas, semiestruturadas. Por entrevista estruturada entende-se que,

de acordo com Lakatos e Marconi (1990, p.191), “é aquela em que o entrevistador segue um

roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são pré-determinadas. [...]

O motivo da padronização é obter, dos entrevistados respostas às mesmas perguntas,

„permitindo que elas sejam comparadas‟ [...]”.

Outra técnica utilizada foi a observação, que, segundo Lakatos e Marconi (1990,

p.186), é uma “técnica de coleta de dados para conseguir informações que utiliza os sentidos

na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas

também examinar os fatos ou fenômenos que se desejam estudar”.

Dentre as seis formas de observação identificadas na literatura – assistemática,

sistemática, não participante, participante, individual e de equipe – utilizou-se a observação

participante. Essa forma de observação “consiste na participação real do pesquisador com a

comunidade ou grupo. Ele se incorpora ao grupo, confunde-se com ele” (LAKATOS;

MARCONI, 1990, p.188). A participação da pesquisadora foi aberta, que “[...] ocorre quando

o pesquisador tem permissão para realizar sua pesquisa na empresa e todos sabem a respeito

de seu trabalho” (ROESCH, 2007, p.162).

Por ter um caráter participativo, a pesquisadora não ficou apenas observando, mas

interagiu com os demais colaboradores da BCD e ofereceu ajuda sempre que pôde. Segundo

Yin (2005, p.121), a observação participante cria algumas oportunidades interessantes para o

estudo de caso: a de o pesquisador ter a possibilidade de participar de eventos ou discussões

que seriam inacessíveis à investigação científica; “e a oportunidade de perceber a realidade do

ponto de vista de alguém de 'dentro' do estudo de caso”.

A técnica do questionário também foi utilizada nessa pesquisa, com a finalidade de

conhecer “opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc”.

(GIL, 1999, p.128). Nessa pesquisa, os questionários, assim como as entrevistas, têm por

objetivo identificar as necessidades de informação do BCD.

O questionário como instrumento de coletada de dados, foi elaborado de forma

semiestruturada, contendo questões abertas, ou seja, apresentava uma pergunta para o

entrevistado responder de forma livre.

Com a pesquisa multimétodos e por meio das técnicas e instrumentos de coletas de

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dados identificados acima é que a pesquisadora abordou o planejamento do SIC e a

identificação das necessidades de informação da BCD.

3.3 Tabulação, análise e interpretação dos dados

Este tópico abordará as formas de tabulação, análise e interpretação dos dados

coletados, atividades distintas, porém, altamente interligadas. Por tabulação entende-se que é

o processo de agrupar os dados coletados e contar quantitativamente os casos que estão nas

várias categorias de análise (GIL, 1999).

O agrupamento dos dados coletados por meio da entrevista, da observação e dos

questionários foi realizado por meio de categorias, que correspondiam aos processos de IC. A

tabulação desses dados ocorreu de forma qualitativa, uma vez que a maior parte dos dados

coletados necessitou de interpretação.

Por análise entende-se que “é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o

fenômeno estudado e outros fatores” e que acontece em três níveis: 1) interpretação,

verificação das relações entre as variáveis a fim de se ampliar os conhecimentos sobre o

fenômeno; 2) explicação, esclarecimento sobre a origem das variáveis; 3) especificação,

explicitação sobre até que ponto as relações entre as variáveis são válidas (LAKATOS;

MARCONI, 1990).

Os dados coletados durante a pesquisa-ação foram analisados de acordo com a Análise

dos resultados obtidos, de Dionne (2007). Segundo o autor, a pesquisa-ação é uma técnica de

intervenção e a análise é atividade mais importante, pois permite que se conheçam os

resultados obtidos de acordo com a mudança desejada. Além disso, possibilita que se dê

continuidade à ação, se preciso.

Para o estudo de caso, existem três estratégias gerais para ajudar a produzir conclusões

analíticas convincentes e eliminar interpretações alternativas; e cinco técnicas específicas de

analisar os dados do estudo de caso. A estratégia adotada nessa pesquisa foi a descrição do

caso, pois “pretende-se desenvolver uma estrutura descritiva a fim de organizar o estudo de

caso” (YIN, 2005).

Quanto à técnica de análise dos dados do estudo de caso, optou-se pela construção da

explanação, pois, ao realizar a análise dos dados, se pretende explicar como o caso se

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45

desenvolveu. Deve-se deixar claro que com a explanação não se pretende concluir o estudo,

mas sim abrir caminhos para novos estudos (YIN, 2005).

Por interpretação entende-se que é “a atividade intelectual que procura dar um

significado mais amplo às respostas, vinculando-as a outros conhecimentos” (LAKATOS;

MARCONI, 1990, p.165). Nesta etapa da pesquisa verificou-se quais foram as principais

diferenças entre os processos em cada uma das empresas.

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4 DESCRIÇÃO DOS CASOS ESTUDADOS

O presente capítulo tem como objetivo apresentar a descrição dos casos estudados, o

planejamento do SIC e a identificação das necessidades de informação. Nos itens seguintes

estão expostos: 1) descrição da instituição estudada; 2) projeto e metodologia adotada para o

SIC da BCD; 3) planejamento e identificação das necessidades de informação das empresas

da BCD.

4.1 Descrição da organização

A BCD, conforme descrito no item 1.3 desta pesquisa é uma organização composta

por três empresas e sua estrutura organizacional é composta por cinco níveis hierárquicos:

presidência, diretorias, gerências, coordenações e colaboradores.

A presidência do BCD é de responsabilidade de uma única pessoa. As diretorias

(cinco) são divididas em: 1) diretoria técnica de Educação à Distância (empresa B); 2)

diretoria técnica de Inteligência Competitiva (empresa C); 3) diretoria técnica de

Comunicação Digital (empresa D); 4) diretoria Financeira; e 5) diretoria de Desenvolvimento

Humano e Organizacional (DHO). As diretorias de n. 4 e 5 pertencem concomitantemente às

três empresas do grupo. Cada uma dessas diretorias possui abaixo os demais níveis

organizacionais.

A empresa B possui uma equipe com 61 colaboradores, sendo um diretor, dois

gerentes e cinco coordenadores. Na empresa C trabalham 43 colaboradores, sendo um diretor

e dois coordenadores. A empresa D tem 19 colaboradores, com dois diretores, quatro gerentes

e seis coordenadores. O chamado Corporativo, formado pelas diretorias, Financeira e DHO,

possui dois diretores, um gerente, um coordenador e 13 colaboradores.

Para o planejamento e identificação das necessidades de informação, essa pesquisa

contou com a colaboração dos decisores dessas três organizações, além do trabalho do

coordenador de projetos e de uma pesquisadora, ambos da empresa C.

4.2 Planejamento dos SICs

O início do projeto de planejamento e identificação das necessidades de informação do

SIC da BCD ocorreu com a realização uma reunião de sensibilização. Nessa reunião,

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estiveram presentes a presidência e as diretorias da organização, com o objetivo de apresentar

o conceito e a importância da Inteligência Competitiva e o projeto para desenvolvimento e

implantação do SIC elaborado para a BCD.

O projeto apresentado foi elaborado pelo coordenador de projetos da empresa C e

contemplava as seguintes etapas: 1) Introdução; 2) Objetivos; 3) Metodologia de

planejamento; 4) Metodologia de operação/desenvolvimento; 5) Produtos de inteligência; 6)

Equipe; e 8) Orçamento.

Na apresentação da etapa introdutória, houve a partilha de informações sobre o

conceito de IC e sua importância no atual cenário competitivo empresarial. Na etapa n. 2,

foram descritos os objetivos e benefícios, a curto e longo prazo, para as empresas com o

desenvolvimento e implantação do projeto.

Na Metodologia de planejamento, foi abordado de que forma seriam encaminhadas as

etapas do projeto, com quais finalidades seriam realizadas as reuniões de planejamento e de

que maneira seria feito o planejamento das ferramentas de IC.

Durante a etapa de Metodologia de operação/desenvolvimento, foi descrita a forma

com que seria desenvolvido o projeto dentro da organização. Para a execução do projeto,

dividiu-se o SIC da BCD em quatro SICs interdependentes: 1) SIC para a empresa B; 2) SIC

para a empresa C; 3) SIC para a empresa D; e 4) SIC para o Corporativo. Essa divisão ocorreu

devido ao fato das áreas de atuação das empresas serem distintas, conforme descrito no item

1.3 desta pesquisa. Além dessas informações, foi abordado, detalhadamente, de que forma

seriam realizados os processos de coleta, organização e análise das informações.

A metodologia de IC adotada para o desenvolvimento dos SICs foi a que a empresa C

utiliza com seus clientes. Deve-se isso a dois fatores: 1) comprovar e validar a própria

metodologia; e 2) identificar possíveis falhas ou ajustes necessários para seu aprimoramento.

Todavia, por questões estratégicas, ficou definido que os produtos serão entregues sem a etapa

de análise, pois contempla a análise de um especialista da área. A análise será realizada pelos

próprios decisores das empresas. Porém, as informações entregues terão uma análise primária,

realizada pela equipe do projeto.

Em sua metodologia, a empresa C distribuiu as etapas da seguinte maneira: 1)

planejamento do SIC; 2) identificação das necessidades de informação; 3) coleta e

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organização de informações; 4) análise de informações; 5) disseminação dos produtos de

inteligência; e 6) avaliação e feedback.

A empresa C desenvolveu uma metodologia própria de IC, baseada em técnicas e

modelos de IC existentes e reconhecidos, tanto na literatura quanto no mundo corporativo.

Sua metodologia está baseada no modelo das Cinco Forças e utiliza as metodologias de

Análise SWOT e dos Tópicos Chave de Inteligência.

Na etapa n. 5, foram apresentados os produtos de inteligência que serão entregues

durante a execução do projeto: a) relatórios de pesquisa, periodicidade de um por mês por

SIC; b) relatórios ad-hoc, confeccionado sob demanda, mas com prazo de 15 dias para

entrega; e c) alertas, com periodicidade diária, porém, enviados conforme surgimento da

necessidade.

Durante a sexta etapa, apresentou-se a equipe que participará no seu desenvolvimento.

Os envolvidos compõem o quadro de colaboradores da empresa C, constituído de: um gestor

de projeto e dois pesquisadores, sendo um deles a autora dessa pesquisa. As questões

orçamentárias não serão descritas nesse estudo de caso, mas estavam previstas na

apresentação da etapa sete do projeto.

A fase de identificação das necessidades de informação, pertencente à etapa de

planejamento e coordenação, foi realizada individualmente com cada um dos SICs e está

descrita no item seguinte.

4.3 Identificação das necessidades de informação

A fase de identificação das necessidades de informação visa a mapear todas as

questões que são necessárias para auxiliar os decisores das empresas saberem no momento da

tomada de decisão. Essa fase é composta de sete atividades:

1) Identificar, com base na técnica de análise SWOT (p.27), as forças e fraquezas

de cada uma das empresas da BCD (Apêndice A);

2) Identificar os KITs de cada uma das empresas da BCD (Apêndice B);

3) Identificar os KIQs de cada uma das empresas da BCD (Apêndice C);

4) Indicar as fontes de informação que possam ajudar os pesquisadores a

responder os KIQs (Apêndice D);

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5) Consolidar as informações da árvore de inteligência de cada uma das empresas

da BCD (Apêndices E, F, G e H);

6) Validar a árvore de inteligência junto à Presidência e Diretorias; e

7) Calcular as prioridades dos KITs e KIQs (Apêndices I, J, K e L).

A primeira empresa a participar das atividades n. 1, 2, 3 e 4 dessa fase foi a empresa C,

seguida do Corporativo, da empresa B e, por último, pela empresa D. A ordem de início das

atividades foi estabelecida de acordo com a disponibilidade de agendamento das reuniões.

As quatro primeiras atividades da empresa C foram realizadas em dois dias (23 e

27/07/2009), com a participação, no primeiro: do diretor de IC, do coordenador de projetos e

do coordenador de TI. Juntou-se a esses no segundo dia de reunião a coordenadora de

pesquisas, que vai comandar as pesquisas de informação durante o desenvolvimento do

projeto.

As quatro primeiras atividades do Corporativo foram realizadas em dois dias (7 e

11/08/2009), com a presença, no primeiro dia, dos diretores do DHO e do financeiro; gerente

de Recursos Humanos (RH); gerente financeiro; e coordenador do DHO. No segundo dia de

reunião estavam presentes: o presidente da BCD; o coordenador jurídico; e o coordenador de

inovação.

As quatro primeiras atividades da empresa B foram realizadas em um dia (18/08/2009)

e estavam presentes: diretor de EaD; gerente de TI; gerente de EaD; coordenador de TI; e

outros quatro coordenadores técnicos de EaD.

Para a realização das quatro primeiras atividades com os decisores da empresa D, foi

realizada uma adaptação na metodologia adotada, pois os decisores dessa encontram-se em

cidades distintas: Florianópolis, São Paulo e Brasília. Não houve reunião presencial e os

questionários – adaptados para serem respondidos eletronicamente – que foram enviados

para: diretor de Comunicação Digital; gerentes de planejamento, negócios, projetos e

operações; e coordenadores de projetos, arquitetura de informação, TI, criação e mídias

sociais.

Após a coleta desses dados, foi realizada a digitalização e a consolidação das

informações obtidas por meio dos questionários. Essa atividade consiste em reunir numa

planilha eletrônica, por SIC:

Page 51: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

50

1) as forças e fraquezas identificadas – eliminando repetições;

2) os KITs identificados – eliminando repetições;

3) os KIQs elaborados – escrevendo-os da maneira mais explícita possível, de

acordo com o que foi escrito e discutido durante a primeira atividade; e

4) as fontes que foram sugeridas.

Após essas informações serem consolidadas, iniciou-se a atividade de validação. Essa

atividade consistiu em levar para aprovação da presidência e suas respectivas diretorias as

planilhas com as informações consolidadas. Esses decisores verificaram se os KITs e KIQs

são realmente pertinentes à organização e se estão alinhados ao Planejamento Estratégico da

empresa. Após essa avaliação, foi realizada a priorização dos tópicos e das questões são,

atribuindo-lhes notas (de 1 a „n‟), de acordo com seu grau de relevância para a atuação da

organização.

Após concluir a validação, foi dado início a outra atividade: o cálculo das prioridades.

Por meio de uma fórmula, elaborada pela empresa C, foi realizado o cálculo das notas que

foram atribuídas aos KITs e KIQs, para que assim possa-se chegar a ordem de prioridade.

Ao final da fase de identificação de necessidades de informação, obteve-se como

resultado final, a árvore de inteligência, para, desta maneira, poder dar início às etapas

posteriores de um SIC: coleta, processamento e armazenamento; análise; disseminação e

utilização; e avaliação e feedback. Essas demais etapas estão sendo desenvolvidas pela equipe

da empresa C e alguns produtos de inteligência já foram entregues, como: alertas e relatórios

de inteligência. Espera-se que com a entrega desses produtos os decisores das três empresas e

do Corporativo consigam tomar as melhores decisões e atingir o objetivo de um projeto de IC,

que é obter vantagem competitiva.

4.4 Resultados

Esta pesquisa teve como objetivo identificar quais as necessidades informacionais das

empresas que formam a BCD e dar início ao processo de implantação de um Sistema de

Inteligência Competitiva.

O processo de implantação dos SICs da BCD teve um único planejamento. No

entanto, cada SIC é conduzido de forma interdependente. Isto quer dizer que as medidas

adotadas quanto à metodologia e produtos valem para os quatro SICs implantados, porém, as

Page 52: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

51

demais atividades serão realizadas de acordo com as necessidades de cada um.

Durante o planejamento dos SICs e a identificação das necessidades de informação das

empresas, foi possível observar algumas diferenças. A primeira observada foi com relação ao

conhecimento do que é IC por parte dos decisores envolvidos: nem todos tinham esse

conhecimento. Esse problema foi sanado com a realização da reunião de sensibilização.

As demais diferenças referem-se às necessidades de informação de cada uma das

empresas e do Corporativo. Observou-se, primeiramente, que as variáveis (KITs e KIQs) estão

de acordo com o negócio da empresa e que suas prioridades correspondem ao momento

empresarial de cada organização.

Na empresa B, houve a identificação de nove KITs, que vão desde educação à

distância, fornecedores e tecnologia até legislação, mercado e fontes de financiamento. Como

prioridades, os KITs que receberam as maiores notas foram: fornecedores, mercado e fontes

de financiamento. Pela eleição desses três itens como prioritários, pode-se afirmar que, pelo

fato de estar no mercado há 13 anos, a empresa B vem buscando manter-se informado com

relação aos fornecedores, visando à substituição ou a exigência de melhores produtos e/ou

serviços entregues por eles. Um KIT que chama a atenção na árvore de inteligência da

empresa B – embora não esteja entre os mais prioritários – é o tecnologia, com 15 KIQs

identificados. Isso porque essa empresa, ao longo dos anos, busca inovar suas ferramentas de

educação, objetivando estar à frente de seus concorrentes.

Na empresa C, houve a identificação de dez KITs, que vão desde gestão, recursos

humanos e legislação até mercado, concorrentes e clientes. Os três KITs prioritários foram:

clientes, mercado e concorrência. Isso se deve ao fato de a empresa C estar expandindo sua

área de atuação, que era apenas de Monitoramento de Mídia, para inteligência competitiva.

Momento empresarial diferente das demais.

A empresa D, que ainda não completou dois anos de existência, identificou 20 KITs e

64 KIQs, focando-os principalmente nas informações a respeito dos produtos e serviços que

oferecem, como os prioritários: conteúdo para web, design de interação, governo eletrônico e

mídias sociais.

O Corporativo, que atende as três empresas da BCD nos setores financeiro, pessoal,

contábil, jurídico e administrativo, elaborou uma árvore de inteligência com oito KITs e 93

Page 53: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

52

KIQs. O foco dos KITs são exatamente assuntos os que envolvem a gestão de uma

organização: gestão de pessoas, fornecedores, tecnologias, gestão financeira e legislação,

entre outros.

Com todas essas necessidades de informações identificadas e priorizadas, cabe à

equipe de desenvolvimento do projeto de IC para a BCD dar continuidade às demais

atividades de coleta, tratamento, análise e disseminação de informação, bem como manter em

constante avaliação sua metodologia e produtos, adaptando-os quando necessário.

Page 54: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES FUTURAS

A revolução da informação está modificando toda a economia e nenhuma empresa

consegue escapar de seus efeitos. Desta forma, os decisores das organizações perceberam que

as tecnologias de informação não devem ser mais exclusividade dos departamentos de

sistemas de informação (SI) e pesquisa e desenvolvimento (P&D). As organizações passaram

a se interessar e utilizar essas tecnologias em favor de suas empresas, objetivando maior

vantagem competitiva perante seus concorrentes. (PORTER; MILLAR, 1999).

Entretanto, assim como as tecnologias de informação ajudaram no processo de acesso

à informação, elas também proporcionaram um “caos” informacional, com o excesso de

informação disponível. Em meio a essas mudanças, como um presidente, diretor ou gerente,

além de suas inúmeras atribuições empresarial, pode manter-se atualizado com relação a tudo

que acontece no ambiente externo à sua organização?

Nesse contexto, a inteligência competitiva tem assumido um importante papel

estratégico no processo de obtenção de um conhecimento contínuo, e cada vez mais preciso,

do ambiente externo à organização. Esse ambiente é composto por diversas variáveis, como:

política, economia, social, tecnológica e governamental, dentre outras. (GOMES; BRAGA,

2006).

Acredita-se que esse projeto de inteligência competitiva oferecerá aos decisores das

empresas do BCD um maior respaldo para suas tomadas de decisão, além de mantê-los

sempre informados do que está acontecendo ou prestes a acontecer no ambiente de negócios

externo às empresas.

A informação certa, no momento certo, para o decisor certo é a premissa de um

sistema de inteligência competitiva, pois isso possibilitará uma maior vantagem competitiva e

poderá deixar as empresas à frente de seus concorrentes. Essa premissa do SIC pode ser

comparada com três das cinco leis da Biblioteconomia elaboradas por Ranganathan16

, que

são: todo leitor tem seu livro, todo livro tem seu leitor, poupe o tempo do leitor.

16

Shiyali Ramamrita Ranganathan, nascido em Madras na Índia, é considerado o pai da Biblioteconomia por ter

três grandes contribuições: introduzir três níveis distintos de classificação; contribuição analítico-sintética para a

identificação dos assuntos; e estabelecimento de 18 princípios que podem ser considerados como um

instrumento para avaliação de sistemas de classificação.

Page 55: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

54

A realização dessa pesquisa objetivou demonstrar a importância dos bibliotecários

atuarem nas mais diversas etapas de um SIC, como: planejamento e identificação das

necessidades de informação, e não somente na coleta, tratamento e disseminação da

informação.

Como sugestão de trabalho futuro, acredita-se ser importante comprovar e validar as

demais etapas da metodologia utilizada, para, dessa maneira, validar a metodologia num todo.

Outra sugestão de pesquisa futura é verificar se a inteligência que foi repassada aos decisores,

quanto posta em prática, gerou ou não vantagem competitiva à organização.

Page 56: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

55

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Page 61: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

60

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 1

Nome:

ETAPA 1

Nesta primeira etapa, vamos definir o principal ponto forte e a principal fraqueza do ambiente de inteligência competitiva e monitoramento de mídia. Para isso, responda, com seus parceiros, os questionamentos que seguem.

Questões Prioridade

Quais as principais qualidades do setor, ordenando-as (cite entre dois a quatro)?

1. ____________________________________________________________________

2. ____________________________________________________________________

3. ____________________________________________________________________

4. ____________________________________________________________________

Quais os principais problemas do setor, ordenando-os (cite entre dois a quatro)?

1. ____________________________________________________________________

2. ____________________________________________________________________

3. ____________________________________________________________________

4. ____________________________________________________________________

Page 62: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

61

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 2

ETAPA 2

O segundo passo é descobrir o que os diretores, gerentes e coordenadores da empresa querem saber para tornar seu negócio mais competitivo. Nesse exercício vamos definir quais os assuntos que gostaríamos de ver monitorado pelo projeto de Inteligência Competitiva.

Assuntos a serem monitorados Prioridade Novos assuntos

1. Ambiente tecnológico; 2. Regulatório / Legislação; 3. Econômico (fontes de financiamento); 4. Político; 5. Social; 6. Ambiental 7. Gestão; 8. Mercado; 9. Concorrência; 10. Fornecedores.

1. _______________________ 2. _______________________ 3. _______________________ 4. _______________________ 5. _______________________ 6. _______________________ 7. _______________________ 8. _______________________ 9. _______________________ 10. _______________________

Page 63: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

62

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 3

ETAPA 3

Agora, vamos usar os tópicos (assuntos) já selecionados pelo grupo para definir questões específicas para as quais a equipe de IC irá buscar as respostas. Lembre-se que muitas vezes uma única pergunta pode abranger mais de um tópico. Não se preocupem com isso, os profissionais de informação do IC se encarregarão de organizar as questões. Liste pelo menos duas perguntas para cada um dos tópicos apontados pelo grupo.

Tópico Questão

1.

2.

3.

4.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

1.

2.

3.

4.

Page 64: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

63

APÊNDICE D – QUESTIONÁRIO DA ETAPA 4

ETAPA 4

Com base no que foi definido pelo grupo, vamos tentar definir algumas fontes de informação que possam ajudar a responder as questões levantadas. Para isso, use o formulário abaixo, relacionando as questões expostas na apresentação ou quadro e as suas respectivas fontes. Coloque nomes, telefones, endereços de e-mail, sites e todos os dados que você conseguir lembrar sobre cada uma das fontes. Mas não se preocupe caso falte algum dado: ainda assim indique as referências.

Número da Questão

Fonte de informação Quais fontes têm acesso

1. SIM NÃO

2. SIM NÃO

3. SIM NÃO

4. SIM NÃO

1. SIM NÃO

2. SIM NÃO

3. SIM NÃO

4. SIM NÃO

1. SIM NÃO

2. SIM NÃO

3. SIM NÃO

4. SIM NÃO

1. SIM NÃO

2. SIM NÃO

3. SIM NÃO

4. SIM NÃO

Page 65: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

64

APÊNDICE E – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DA EMPRESA B

ETAPA 1 - PONTOS FORTES E FRACOS DO SETOR

Pontos Fortes

1 Soluções completas e customizadas

2 Capacidade técnica

3 Foco no cliente

4 Credibilidade no Instituto

Pontos Fracos

1 Pesquisa e desenvolvimento

2 Capacidade gerencial (controle financeiro)

3 Infra-estrutura

4 Segurança da informação

5 Política de MKT e vendas

ETAPA 2 - TÓPICOS DE

INTELIGÊNCIA (KIT)

1 Educação e EaD

2 Mercado

3 Concorrência

4 Ambiente tecnológico

5 Fontes de financiamento

6 Político

7 Eventos

8 Fornecedores

9 Regulatório / Legislação

ETAPA 3 - QUESTÕES DE INTELIGÊNCIA (KIQ)

1 Educação e EaD

Quais as pesquisa científicas em EaD?

Quais as tendências em EaD?

Como se avalia EaD?

Quais as pesquisas cientificas concluídas em EaD no ano corrente?

Quais as novidades sobre Second Life em EaD?

Quais os métodos de avaliação em EaD e o que é aplicado?

Quais as metodologias em gestão de EaD?

Quais os processos e procedimentos em EaD?

Quais as concepções pedagógicas e andragógicas em EaD?

2 Mercado

Qual o "Share" da empresa no mercado?

Quais as atuais licitações no mercado sobre EaD, CRM, curós, conteúdo, e-learning?

Quais as demandas para EaD no Brasil?

3 Concorrência

Quais as empresas no atual mercado?

Quais as notícias sobre Webaula?

Quais os novos concorrentes no mercado?

Quais as empresas venceram licitações em EaD?

Quais as novidades em Web Conferência?

Quais as novas tecnologias aplicadas em TIC aplicadas a EaD?

Quais as novidades sobre linguagens de programação?

Quais as tecnologias e ferramentas aplicadas a redes sociais?

Page 66: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

65

Quais as novidades sobre Frame Works para programação em PHP, Java e Ruby?

Quais as novidades sobre metodologias ágeis?

Quais as novidades sobre o PMI?

Quais as novidades sobre infra-estrutura de redes de computadores?

Quais as novidades sobre cluster?

Quais as novidades sobre Virtualização de servidores?

Quais as novidades sobre a internet brasileira?

Quais as novidades sobre links de internet?

Quais as novidades sobre produtos do Google?

Quais as vantagens de desenvolvimento para mobile?

Educação à distância no uso de Smartphones é possível?

Quais são as tendências sobre Ginga, Móbile e TV Digital em celulares?

O que é cloud computing?

Existe hoje, no Brasil, um serviço confiável de cloud computing?

Quais as soluções de segurança mais utilizadas em redes sem fio?

Quais as novidades sobre banco de dados?

Quais as novas aplicações de prototype, json, ajax?

Como estão as aplicações de redes sociais no EaD?

Como está o mercado nacional e internacional de EaD?

Quais são os perfis dos novos usuários de sistemas de EaD?

Quais os resultados de integração entre Redes Sociais e sistemas de EaD ?

Quais as novidades em Business Intelligence, Data Warehousing e Data Mining?

Quais as novidades por aplicações feitas em Adobe Flex? Qual o seu impacto em um projeto

?

Quais as novidades em segurança de aplicações web?

Quais as novidades em otimização de servidores web ?

Quais as novidades sobre desenvolvimento para Android, iPhone e Windows Móbile?

Quais as técnicas, novidades, tendências e ferramentas sobre garimpagem de dados (Data

Mining)?

Quais as técnicas, novidades, tendências e ferramentas sobre banco de dados?

Quais as técnicas, novidades, tendências e ferramentas sobre modelagem de dados e

normalização de dados?

5 Econômico / Fontes de

financiamento

Quais as fontes de investimento em EaD?

Quais as fontes de investimento em TIC?

6 Político Quais as novas medidas para educação e TIC?

Quais as discussões sobre educação e TIC?

7 Eventos Quais os principais eventos sobre EaD, educação, TIC, LMS, CRM?

Quais os prêmios sobre EaD, educação, TIC, LMS, CRM?

8 Fornecedores

Quem são os fornecedores de conteúdo e/ou TIC?

Quais as características dos fornecedores segundo: tempo, numero de clientes, reincidência

dos clientes, diversidade de serviços e localização?

9 Regulatório /

Legislação

Quais as novas regulamentações sobre EaD em discussão?

Quais as novas regulamentações sobre EaD em homologadas?

Page 67: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

66

ETAPA 4 - FONTES DE INFORMAÇÃO

MEC

ICDE

ABED

CNPQ

CAPS

ELARNING EUROPA

IBMEC

UFSC TESES E DISSERTAÇÕES

UFRS

FGV

UNB

MICROPOWER

ABRAEAD

INEP

Page 68: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

67

APÊNDICE F – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DA EMPRESA C

ETAPA 1 - PONTOS FORTES E FRACOS DO SETOR

Pontos Fortes

1 Mercado altamente potencial

2 Grande interesse pelo assunto na academia e nas empresas

3 Informação estratégica é essencial nas organizações, demanda processo sistematizado de

IC

4 Convergência entre os concorrentes

5 Nível razoável de associativismo

6 Poucos players no Brasil e no mundo em IC

7 Auxilia as organizações a conhecer melhor o meio onde está inserida

8 Fomenta melhoria operacional das organizações

9 Pouca concorrência

Pontos Fracos

1 Não entendimento do que é um processo de IC

2 Baixo preço nos serviços de MM

3 Falta de treinamento no setor

4 Compreensão de que informação é "de graça"

5 Metodologias (ou processos) ainda não sedimentadas

6 Falta de ferramentas tecnológicas para IC, que estejam no mesmo framework

7 Profissionais com experiência na área (mão-de-obra)

8 Mensurar resultado de IC (financeiro) – rastreabilidade

9 Pouco difundido

ETAPA 2 - TÓPICOS DE

INTELIGÊNCIA (KIT)

1 Ambiente tecnológico

2 Clientes

3 Concorrência

4 Eventos

5

Fontes de

financiamento

6 Fornecedores

7 Legislação

8 Mercado e produtos

9 Recursos Humanos

ETAPA 3 - QUESTÕES DE INTELIGÊNCIA (KIQ)

1 Ambiente

tecnológico

Já existem patentes para ferramentas de IC?

Quais as novas tecnologias disponíveis no mercado?

Quais as tendências tecnológicas?

Quais tecnologias podem ser usadas? Elas permitem integrar todo o processo de IC?

Quais os custos X benefícios da tecnologia?

Como as tecnologias de relacionamento podem auxiliar a coleta de informação?

Quem são os fornecedores/concorrentes de tecnologias para IC?

Quais são os softwares existentes no mercado nacional e internacional que suportem o

monitoramento e coleta de informações?

Page 69: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

68

Quais as tecnologias que podem ser agregadas a um sistema de IC e aos processos?

Existem softwares que suportem as análises de produtos de inteligência competitiva?

Como desenvolver ferramentas e métodos inovadores de IC?

Usamos os mais modernos e eficientes recursos tecnológicos da área de atuação?

Precisamos de mais máquinas ou pessoas capacitadas para o ambiente da tecnologia?

2 Clientes

Qual o item mais relevante para o cliente (preço, qualidade,...)?

Qual a imagem da empresa perante seus clientes antigos e atuais (serviços, produtos,

profissionais)? Qual seu grau de satisfação?

Quais os atuais, antigos e possíveis clientes?

Como a empresa pode realizar novos negócios, para ela ou para as outras empresas do IKT,

com os atuais clientes?

Quais as ações para termos em nosso portfólio clientes que figurem nas Fortune Global 500

Quais instituições nacionais têm interesse em IC?

Quais empresas já utilizam IC, de que forma (institucional ou terceirizada)?

Quais as ações para reter nossos clientes?

3 Concorrência

Quais os concorrentes e seus produtos?

No que temos que melhorar para sermos melhores que os concorrentes?

Como os concorrentes aplicam a metodologia de IC?

Qual o marketshare das empresas de IC?

Em quais mercados os concorrentes atuam?

Qual o preço praticado pelos concorrentes?

Quais os possíveis entrantes no mercado de IC?

Quais as estratégias de comercialização dos concorrentes?

Que metodologias são usadas em outras empresas/projetos?

Em qual período do ano seria preciso um monitoramento mais intensivo sobre a concorrência?

Quais informações serão necessárias levantar?

4 Eventos

Quais os principais e mais importantes eventos de IC? Nacional e internacional.

Quais os principais e mais importantes eventos de GC?

Quais os principais e mais importantes eventos de Inovação?

Quais os principais e mais importantes eventos de Gestão, Planejamento e Liderança?

Em quais eventos podem ser encontrados os clientes em potenciais?

Como fomentar negócios em eventos da área?

Quais são os prêmios em IC, nacionais e internacionais?

Existem benefícios fiscais? Quais são?

Quais organismos, nacionais e internacionais, financiam as empresas BCD?

Como montar projetos qualificados para financiamentos governamentais?

Quais instituições financiam inovação?

Quais são os principais recursos de bancos de desenvolvimento disponíveis?

Page 70: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

69

6 Fornecedores

Quais os movimentos estratégicos dos fornecedores?

Temos os melhores fornecedores? Como é a qualidade de seus produtos? Que vantagem nos

oferece?

Quais são os fornecedores de informação, notícias e clippagem, consultores?

Quais os melhores fornecedores de equipamentos (hardware)?

Quais os melhores preços em passagens e hotéis?

Como avaliar os fornecedores de serviços?

Há possibilidade de parceria com algum fornecedor?

7 Legislação

Como a lei de licitações aprovadas influência nos atuais e futuros clientes?

Que tipo de informação é pública, e qual é privada?

Quais as normas e leis que regem os direitos autorais das fontes de informação?

Quem poderia ser responsável para nos fornecer consultoria na área de direito da tecnologia da

informação?

Que leis regem a atuação da empresa C e que impactos elas geram na empresa?

8 Mercado

Quais são os mercados que a se pode atuar?

Como a metodologia e as técnicas de IC vêm evoluindo no meio acadêmico?

Existe mercado para ofertar palestras, consultorias e cursos de IC?

Quais os produtos de IC existem no mercado nacional? São suficientes?

Qual a percepção do mercado sobre a IC ("moda")?

Existe mais espaço no mercado atual?

Quais ações precisamos tomar para termos uma divulgação mais efetiva?

Como vem sendo a atuação da Empresa C no seu mercado de atuação?

Quais são e onde estão os mercados com mais oportunidades?

Qual o potencial do mercado de IC na Europa, EUA, Ásia, América Latina e Brasil?

Potencial de consultoria para implantação de núcleo X terceirização de IC?

Quais as novidades na área (metodologia, cases)?

Existe mercado potencial para venda de partes do processo de IC?

9 Recursos

Humanos

Quais as melhores universidades para obter novos colaboradores?

Quais os melhores profissionais nas áreas de atuação dos atuais e possíveis clientes?

Quais escolas formam profissionais para IC, ou o mais próximo para atuação nessa área?

Quais universidades desenvolvem pesquisa na área de IC, nacional e internacional?

Como qualificar melhor a equipe? E quais as ferramentas para isso?

Quanto os concorrentes pagam para seus analistas e pesquisadores?

Que banco de talentos pode ser usado no recrutamento e seleção?

Quais as capacitações necessárias para capacitação de líderes?

Page 71: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

70

Quais cursos capacitam pesquisadores e analistas de IC?

Existem cursos de IC no Brasil? Quais são?

Qual o perfil necessário de um profissional de IC?

10 Gestão

Como alcançar a excelência em gestão e resultados?

Como obter competência em negociação?

Como manter e encontrar profissionais criativos e engajados?

Como conseguir líderes focados em resultados?

Quais seriam os melhores requisitos para uma avaliação eficientes pós-entrega?

Como chegar a excelência em um sistema de garantia de qualidade? Quais as ações

necessárias?

Como criar e implementar uma política agressiva de mkt, comunicação e vendas?

Como desenvolver ações de P&D&I?

Como fomentar parcerias com Universidades?

ETAPA 4 - FONTES DE INFORMAÇÃO

Nenhuma fonte foi sugerida

Page 72: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

71

APÊNDICE G – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D

ETAPA 1 - PONTOS FORTES E FRACOS DO SETOR

Pontos Fortes

1 Mercado da comunicação digital em crescimento

2 Novas ferramentas surgem a todo o momento

3 Demanda da área pública aumenta

4 Estamos em ano pré-eleitoral

5 Oportunidades para emplacar projetos pioneiros

6 Grande possibilidade de integração com outros setores do mercado

7 Alto potencial de aproximação com o público-alvo devido à uma crescente mudança de hábitos dos

cidadãos, cada vez mais conectados

8 Dinâmico e em constante mutação

9 Competitivo - os mesmos recursos que uma grande agência tem estão disponíveis a pequenos grupos

10

Diverge da prestação de serviços comum, e os diferenciais estão nas pessoas que fazem parte da

organização

11 Deficiente de bons players e com crescimento acima da média do mercado

12 Inovação permanente

13 Agilidade

14 Baixo custo frente aos outros meios

15 Criatividade na busca de soluções

Pontos Fracos

1 Carência de mão de obra

2 Pouco de conhecimento do meio por parte dos clientes

3 "Picaretas" que vendem o que não tem

4 Velocidade das mudanças

5 Falta de regulamentação e profissionalismo

6 Difícil de ser mensurado / percebido

7 Dependente de fatores como motivação, liderança e moderação para que os produtos tenham qualidade e

êxito ( fator humano )

8 Despotismo do mercado. Clientes têm a postura do “se você não quer fazer do meu jeito, ta cheio de

agência que faz”.

9 Existe uma crise de identidade: Não se sabe muito bem se uma agência web é uma mera executora (T.I.)

ou se é pensadora (planejamento)

10 Concorrência especializada e focada como agencia

11 Desconhecimento da marca

ETAPA 2 - TÓPICOS DE INTELIGÊNCIA (KIT)

1 Comunicação Digital

2 Mídias e redes sociais

3 Publicidade

4 Marketing e Mobile Mkt

5 Governo Eletrônico

6 CRM

7 Monitoramento de imagem / i-Brand

8 Comunicação Institucional

9 Internet e usuários

10 Recursos Humanos

11 Mercado

12 Inclusão digital

13 Política

Page 73: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

72

14 Design de Interação

15 Eng. De Produção / Metodologias

16 Visualização de Informação

17 Mídias / Jornalismo / Conteúdo

18 Economia

19 Concorrência

20 Regulatório

ETAPA 4 - FONTES DE INFORMAÇÃO

Propmark On-line

www.ccsp.com.br

Folha On-line

Exame On-Line

Estadao.com

Valor Econômico

NY Times

Meio & Mensagem

Service Design Network http://www.service-design-network.org/

Womma http://www.womma.org

Marketing Professionals http://www.marketingprofs.com/

Nielsen

Ibope

Informações enviadas pela comunidade pelo Twitter

www.wikipedia.org

http://adaptivepath.com/

IBOPE

Datafolha

NIC.BR

Teses, estudos, pesquisas e publicações independentes

Meio e Mensagem - www.mmonline.com.br

Blue Bus - www.bluebus.com.br

Propaganda e Marketing - www.propmark.com.br

Brainstorm 9 e outros sites independentes

Mídia em geral

Comentários em blogs e redes sociais

IBOPE/Datafolha

Pesquisas, teses

Você S.A.

Época Negócios

Meio e Mensagem

Page 74: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

73

APÊNDICE H – CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE INTELIGÊNCIA DO

CORPORATIVO

ETAPA 1 - PONTOS FORTES E FRACOS DO SETOR

Pontos Fortes

1 Comprometimento

2 Pronto atendimento (clientes internos e externos)

3 Sinergia

4 Pontualidade

5 Abundância de Informação.

6

Informações comentadas à exaustão, possibilitando apropriar-se de cases, seguir

exemplos.

7 Possibilidade de acesso a praticamente tudo de que se precise. Mas dificultando acesso

às fontes básicas, onde "bebe" toda a indústria da Gestão de pessoas e Organização

8 Atendimento ao cliente interno.

9 Profissionais bons, equipe.

10 Operacional (prazos e entregas).

11 Interesse por novidades (novas idéias de empresas divulgadas).

12 Encontra-se em momento de mudança/estruturação em acordo com a fase do Grupo.

13 Aberto a sugestões inovadoras.

14 Busca por aprimoramento constante.

15 Pontualidade

16 Comprometimento, engajamento

17 Flexibilidade

18 Inovação

19 Valor agregado nos produtos e serviços

20 Parcerias

21 Financiamento

22 Visão do todo

23 Pensamento estratégico

24 Censo prioridade

Pontos Fracos

1 Sistema ERP (resultados para análise não são imediatos)

2 Falta de planejamento (como orçamento, investimentos, etc)

3 Integração de processos com as Unidades de negócio e o DHO

4 Benchmark

5 Excesso de informação

6 Oferta de informações acessórias, não essenciais - que promovam reflexão, debate e

inovação

7 Modismos / "empurroterapia"

8 Ferramenta (Portal RH: colaboradores tenham acesso) para melhorar comunicação

9 Planilha de horas (melhor para atender ao Grupo)

10 Conhecer os principais concorrentes e indicar as principais fontes / fornecedores

11 Executar o Planejamento Estratégico

12 Dificuldade de colocar em prática certas ações

13 Resistência a mudanças

14 As sugestões / novidades são buscadas, mas não são absorvidas na prática

15 Muitos colaboradores envolvidos no mesmo projeto / função

16 Dispersão

17 Unificação de modelos

18 Cumprimento de mates pelo corporativo e empresas

19 Falta de metas

Page 75: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

74

20 Falta de maturidade (produtos e serviços)

21 Falta de mão-de-obra capacitada

22 Mercado com dificuldades de perceber os benefícios trazidos pelos produtos

23 Altos custos

24 Compartilhamento de informações (sistema que trouxesse todas as informações)

ETAPA 2 - TÓPICOS DE INTELIGÊNCIA (KIT)

1 Gestão

2 Gestão de Pessoas

3 Ambiente tecnológico

4 Econômico (Fontes de financiamento)

5 Regulatório / Legislativo / Político

6 Mercado

7 Fornecedores

8 Socioambiental

Tópico Questão

Gestão

Quais são as premissas de uma boa gestão financeira?

Qual é a estrutura ideal de um setor financeiro de serviços?

Como mapear processos de um setor financeiro?

Quais as boas práticas de elaboração e controle de orçamento?

Indicadores de empresas no mercado (benchmark).

Sistemas de melhoria de gestão.

Tendências.

Quais as melhores práticas de gestão para a inovação?

Quais as melhores práticas de gestão de operações?

Como estão os indicadores estratégicos do BCD?

Como criar um bom gestor? Quais suas funções?

Como promover a gestão do conhecimento?

Como promover a gestão da informação?

Como incentivar a pesquisa e inovação?

Quais as políticas de P, D & I existentes e mais utilizadas?

Quais as melhores práticas de gestão de projetos?

Quais as competências / perfil profissional?

Novas estratégias / práticas.

Quais os modelos de gestão que mais agregam valor para o cliente?

Quais os cases de Gestão destacados no ano nas melhores empresas para se trabalhar?

Quais os conceitos por trás das práticas de gestão das "Melhores para se trabalhar"?

"As melhores para se trabalhar" são as mais bem-sucedidas no mercado - rentabilidade, satisfação de

clientes?

Quais as mais relevantes pesquisas disponíveis no tema Gestão estratégicas ou de RH? Quais suas

instituições (empresa ou academia) e quais os pesquisadores?

Estratégias organizacionais.

Gestão de

Pessoas

Novidades existentes na área de RH.

Modelos de gestão de RH das melhores empresas para se trabalhar.

Que práticas são implementadas que auxiliam em melhor comunicação entre empresa-colaborador?

Page 76: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

75

Quais são as novidades implementadas em outras empresas na área de RH?

Quais as melhores empresas para se trabalhar com o nosso perfil - faturamento, número de

empregados, setor, etc?

Quais as tendências, teoria e prática, em atração de talentos, obtenção, incentivos, carreira,

responsabilidade social, treinamento e desenvolvimento, avaliação de resultados, grau de satisfação,

processos e ferramentas?

Como buscar pessoas talentosas?

Treinamentos, capacitação, na área de RH.

Quem são os autores e as bibliografias dessa área?

Qual o perfil dos colaboradores que trabalham em empresas de EaD, IC e CD?

O que há em termos de treinamento e capacitação nas áreas de RH, IC, EaD e CD?

Quais as mais relevantes pesquisas disponíveis no tema Gestão de pessoas? Quais suas instituições

(empresa ou academia) e quais os pesquisadores?

O grupo aplica boas práticas em termos de Legislação Trabalhista?

Novidades tecnológicas na área de RH.

Ferramentas (principais utilizadas em empresas de RH).

Os salários e benefícios praticados pelo grupo são compatíveis com as estratégias do grupo e com a

realidade do mercado?

Cases de sucesso das melhores empresas para se trabalhar.

Quais as práticas de saúde são novidade? Elas incluem filosofias de vida, exercício e alimentação?

Assuntos referentes a melhora na qualidade de vida das pessoas nas empresas e fora delas.

Quais os principais eventos (congressos, seminários, cursos), presenciais e à distância, de RH /

Gestão?

Qual a periodicidade dos eventos?

Quais os principais palestrantes de RH?

Ambiente

tecnológico

Quais os sistemas mais usados de ERP e BI?

Quais integrações tecnológicas realizadas com sistemas bancários?

Que ferramentas existem e o que é novidade, que auxiliariam os trabalhos realizados nas áreas de Rh,

IC, EaD, e CD?

Quais as principais ferramentas de comunicação?

Tendências.

Quais as novidades em internet?

Detectar avanços tecnológicos nos equipamentos que necessitamos.

Quais as novidades em TV Digital?

Econômico

(Fontes de

financiamento)

Quais as maiores instituições de fomento para o 3° setor?

Quais as principais instituições de fomento na nossa área de atuação?

Painel de indicadores financeiros.

Benefícios e incentivos dos governos federal, estadual e municipal

Tendências.

Quais as fontes de crédito barato?

Regulatório /

Legislativo /

Político

Quais os movimentos / tendências na política internacional, nacional e regional, em especial as que

podem afetar o cenário de negócios (foco econômico/social)

Mudanças de governos.

Tendências.

Temas relevantes para nossa atuação.

Mudanças na legislação política.

Principais alterações na legislação da OSCIP?

Quais os riscos que o BCD deve tentar minimizar ou que corremos?

Page 77: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

76

Quais as leis trabalhistas que regulamentam os trabalhos realizados nas áreas de RH, IC, EaD e CD?

Atualização das leis do trabalho: lei de estágios, contrato de trabalho, direito do trabalhador,

obrigações dos empregados.

Impostos e taxas.

Atualizações de direito tributário: impostos e tributos.

Mercado

Quais as tendências de mercado que vão afetar o "mercado de trabalho"?

Investimento em marketing.

Internet, mobile, EaD, IC, CD.

Estratégia de venda.

Como está o mercado de trabalho nos locais onde atuamos?

Quais são os principais concorrentes das empresas do grupo? Quais seus produtos?

Quais são os clientes dos principais concorrentes das empresas do grupo?

Como é feita a divulgação dos produtos e serviços dos principais concorrentes das empresas do

grupo?

Como está a situação financeira dos principais concorrentes das empresas do grupo?

Como está a demanda por produtos / serviços do BCD no Brasil, América Latina, EUA e Europa.

Quais são os tipos de clientes a serem prospectados pelas empresas do grupo no Brasil, América

Latina, EUA e Comunidade Européia?

Fornecedores

Que fornecedores precisamos (informática, equipe, escritório, mat. expediente)

Quais são os melhores fornecedores?

Há possibilidade de fazer convênio com universidades? Quais?

Quais universidades desenvolvem cursos nas áreas pertinentes a nossa área de trabalho?

Quais os principais fornecedores de informações de RH?

Quais os principais fornecedores de plano de saúde / odontológico?

Preços e qualificação.

Socioambiental

Qual o balanço social de médias e grandes empresas?

O que empresas de EaD, IC e CD estão fazendo na área de responsabilidade social?

Ações sociais de empresas

O que é tendência na questão "Consciência Ambiental"?

O que há de novo em ações de consciência ambiental praticadas por empresas?

Page 78: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

77

APÊNDICE I – ETAPA 7 - CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D

Item Tópico Questão Prioridade

1 Educação e

EaD

Quais as pesquisa científicas em EaD? 2°

Quais as tendências em EaD? 1°

Como se avalia EaD? 3°

Quais as novidades sobre Second Life? 2°

Quais os processos e procedimentos em EaD? 2°

Quais as concepções pedagógicas e andragógicas em EaD? 2°

6º KIT a ser monitorado

2 Mercado

Qual o "Share" da empresa no mercado? 2°

Quais as atuais licitações no mercado sobre EaD, CRM, cursos, conteúdo, e-

learning? 1°

Quais as demandas para EaD no Brasil? 1°

2º KIT a ser monitorado

3 Concorrência

Quais as empresas de EaD no atual mercado? 1°

Quais as notícias sobre Webaula? 2°

Quais as empresas venceram licitações em EaD? 3°

7º KIT a ser monitorado

Quais as novas tecnologias aplicadas em TIC aplicadas a EaD? 1°

Quais as novidades sobre produtos das maiores empresas de TI (Google, Yahoo,

Microsoft, etc) para EaD? 3°

Quais são as tendências sobre Ginga e TV Digital em celulares? 3°

Quais os melhores serviços de data center no Brasil? 3°

Quais as aplicações mais utilizadas em redes sociais para EaD? 1°

Como está o mercado nacional e internacional de EaD? 1°

Quais são os perfis dos novos usuários de sistemas de EaD? 1°

Quais os resultados de integração entre Redes Sociais e sistemas de EaD ? 1°

Quais as novidades em Business Intelligence, Data Warehousing e Data Mining

em EaD? 2°

Qual a tendência para o uso da internet em dispositivos móveis? 3°

Qual o dispositivo móvel mais adequado a EaD? 1°

5º KIT a ser monitorado

5

Econômico /

Fontes de

financiamento

Quais as fontes de investimento em EaD? 1°

Quais as fontes de investimento em TIC? 2°

4º KIT a ser monitorado

6 Político Quais as discussões sobre EaD e TIC? 3°

9º KIT a ser monitorado

7 Eventos Quais os principais eventos sobre EaD, educação, TIC, LMS, CRM? 1°

Quais os prêmios sobre EaD, educação, TIC, LMS, CRM? 2°

3º KIT a ser monitorado

Page 79: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

78

8 Fornecedores Quais são os fornecedores e suas características segundo: tempo, numero de

clientes, reincidência dos clientes, diversidade de serviços e localização? 1°

1º KIT a ser monitorado

9 Regulatório /

Legislação

Quais as novas regulamentações sobre EaD em discussão? 2°

Quais as novas regulamentações sobre EaD homologadas? 2°

8º KIT a ser monitorado

Page 80: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

79

APÊNDICE J – ETAPA 7 – CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D

Item Tópico Questão Prioridade

1 Ambiente

tecnológico

Já existem patentes para ferramentas de IC? 5º

Quais as novas tecnologias disponíveis no mercado? 3º

Quais as tendências tecnológicas? 3º

Quais tecnologias podem ser usadas? Elas permitem integrar todo o processo de

IC? 3º

Quais os custos X benefícios da tecnologia? 2º

Como as tecnologias de relacionamento podem auxiliar a coleta de informação? 1º

Quem são os fornecedores/concorrentes de tecnologias para IC? 1º

Quais são os softwares existentes no mercado nacional e internacional que

suportem o monitoramento e coleta de informações? 2º

Quais as tecnologias que podem ser agregadas a um sistema de IC e aos

processos? 4º

Existem softwares que suportem as análises de produtos de inteligência

competitiva? 2º

Como desenvolver ferramentas e métodos inovadores de IC? 4º

Usamos os mais modernos e eficientes recursos tecnológicos da área de atuação? 3º

Precisamos de mais máquinas ou pessoas capacitadas para o ambiente da

tecnologia? 4º

6º KIT a ser monitorado

2 Clientes

Qual o item mais relevante para o cliente (preço, qualidade,...)? 4º

Qual a imagem da empresa perante seus clientes antigos e atuais (serviços,

produtos, profissionais)? Qual seu grau de satisfação? 1º

Quais os atuais, antigos e possíveis clientes? 1º

Como a empresa pode realizar novos negócios, para ela ou para as outras

empresas do IKT, com os atuais clientes? 3º

Quais as ações para termos em nosso portfólio clientes que figurem nas Fortune

Global 500 5º

Quais instituições nacionais têm interesse em IC? 2º

Quais empresas já utilizam IC, de que forma (institucional ou terceirizada)? 4º

Quais as ações para reter nossos clientes? 2º

1º KIT a ser monitorado

3 Concorrênci

a

Quais os concorrentes e seus produtos? 1º

No que temos que melhorar para sermos melhores que os concorrentes? 1º

Como os concorrentes aplicam a metodologia de IC? 2º

Qual o marketshare das empresas de IC? 3º

Em quais mercados os concorrentes atuam? 2º

Qual o preço praticado pelos concorrentes? 2º

Quais os possíveis entrantes no mercado de IC? 3º

Quais as estratégias de comercialização dos concorrentes? 1º

Page 81: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

80

Que metodologias são usadas em outras empresas/projetos? 3º

Em qual período do ano seria preciso um monitoramento mais intensivo sobre a

concorrência? Quais informações serão necessárias levantar? 4º

3º KIT a ser monitorado

4 Eventos

Quais os principais e mais importantes eventos de IC? Nacional e internacional. 2º

Quais os principais e mais importantes eventos de GC? 6º

Quais os principais e mais importantes eventos de Inovação? 7º

Quais os principais e mais importantes eventos de Gestão, Planejamento e

Liderança? 5º

Em quais eventos podem ser encontrados os clientes em potenciais? 1º

Como fomentar negócios em eventos da área? 1º

Quais são os prêmios em IC, nacionais e internacionais? 3º

8º KIT a ser monitorado

Existem benefícios fiscais? Quais são? 2º

Quais organismos, nacionais e internacionais, financiam empresas como nossa? 3º

Como montar projetos qualificados para financiamentos governamentais? 5º

Quais instituições financiam inovação? 4º

Quais são os principais recursos de bancos de desenvolvimento disponíveis? 3º

4º KIT a ser monitorado

6 Fornecedo

res

Quais os movimentos estratégicos dos fornecedores? 2º

Temos os melhores fornecedores? Como é a qualidade de seus produtos? Que

vantagem nos oferecem? 1º

Quais são os fornecedores de informação, notícias e clippagem, consultores? 1º

Quais os melhores fornecedores de equipamentos (hardware)? 4º

Quais os melhores preços em passagens e hotéis? 4º

Como avaliar os fornecedores de serviços? 3º

Há possibilidade de parceria com algum fornecedor? 3º

5º KIT a ser monitorado

7 Legislação

Como a lei de licitações aprovadas influência nos atuais e futuros clientes? 3º

Que tipo de informação é pública, e,qual é privada? 4º

Quais as normas e leis que regem os direitos autorais das fontes de informação? 2º

Quem poderia ser responsável para nos fornecer consultoria na área de direito da

tecnologia da informação? 4º

Que leis regem a atuação da Empresa C e que impactos elas geram na empresa? 1º

10º KIT a ser monitorado

8 Mercado

Quais são os mercados que a se pode atuar? 2º

Como a metodologia e as técnicas de IC vêm evoluindo no meio acadêmico? 7º

Existe mercado para ofertar palestras, consultorias e cursos de IC? 6º

Page 82: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

81

Quais os produtos de IC existem no mercado nacional? São suficientes? 2º

Qual a percepção do mercado sobre a IC ("moda")? 5º

Existe mais espaço no mercado atual? 5º

Quais ações precisamos tomar para termos uma divulgação mais efetiva? 2º

Como vem sendo a atuação da Empresa C no seu mercado de atuação? 5º

Quais são e onde estão os mercados com mais oportunidades? 1º

Qual o potencial do mercado de IC na Europa, EUA, Ásia, América Latina e

Brasil? 3º

Potencial de consultoria para implantação de núcleo X terceirização de IC? 2º

Quais as novidades na área (metodologia case)? 4º

Existe mercado potencial para venda de partes do processo de IC? 3º

2º KIT a ser monitorado

9 Recursos

Humanos

Quais as melhores universidades para obter novos colaboradores? 5º

Quais os melhores profissionais nas áreas de atuação dos atuais e possíveis

clientes? 6º

Quais escolas formam profissionais para IC, ou o mais próximo para atuação

nessa área? 3º

Quais universidades desenvolvem pesquisa na área de IC, nacional e

internacional? 1º

Como qualificar melhor a equipe? E quais as ferramentas para isso? 4º

Quanto os concorrentes pagam para seus analistas e pesquisadores? 6º

Que banco de talentos pode ser usados no recrutamento e seleção? 6º

Quais as capacitações necessárias para capacitação de líderes? 4º

Quais cursos capacitam pesquisadores e analistas de IC? 2º

Existem cursos de IC no Brasil? Quais são? 3º

Qual o perfil necessário de um profissional de IC? 5º

7º KIT a ser monitorado

10 Gestão

Como alcançar a excelência em gestão e resultados? 1º

Como obter competência em negociação? 1º

Como manter e encontrar profissionais criativos e engajados? 3º

Como conseguir líderes focados em resultados? 1º

Quais seriam os melhores requisitos para uma avaliação eficiente pós-entrega? 1º

Como chegar a excelência em um sistema de garantia de qualidade? Quais as

ações necessárias? 2º

Como criar e implementar uma política agressiva de marketing, comunicação e

vendas? 1º

Como desenvolver ações de P&D&I? 4º

Como fomentar parcerias com Universidades? 4º

9º KIT a ser monitorado

Page 83: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

82

APÊNDICE K – ETAPA 7 – CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DA EMPRESA D

Item Tópico Questão Prioridade

1 Comunicação

Digital

O que existe de novidade em comunicação digital? 1º

Como a Comunicação Digital influencia a vida das pessoas? 2º

Como as pessoas consomem comunicação digital? 1º

Como fazer um planejamento de comunicação on-line? 4º

Qual investimento o setor recebe no Brasil e no Mundo? 3º

10º KIT a ser monitorado

2 Mídias e

Redes Sociais

Quais os hábitos dos usuários de mídias sociais? 2º

Como estão sendo utilizadas as mídias sociais na comunicação de empresas e

instituições? 3º

Qual a distribuição geográfica dos grupos ativos de mídias sociais no Brasil? 3º

Quais as práticas mais eficazes para projetos em Mídias Sociais? 1º

4º KIT a ser monitorado

4

Marketing e

Mobile

Marketing

Quais as mudanças no marketing das grandes companhias? 3º

Quais são as tendências em serviço ao consumidor? 3º

Quais as tendências do marketing na era digital? 2º

Como o celular está sendo utilizado no marketing on-line? 1º

12º KIT a ser monitorado

5 Governo

Eletrônico

Quais as leis que norteiam o uso da internet em campanhas políticas no Brasil e no

Mundo? 4º

Que governos se destacam por suas iniciativas no mundo online? 3º

Que serviços públicos as pessoas mais demandam pela internet? 2º

Como os governos estão adotando o governo eletrônico? 1º

1º KIT a ser monitorado

6 Recursos

Humanos

Práticas de RH do setor 2º

Políticas de salários/benefícios 1º

Informações sobre capacitação/cursos/eventos (nacionais e internacionais) 1º

13º KIT a ser monitorado

7 Mercado

Quantos internautas o Brasil tem? 2º

Quais os principais meio-locais de acesso? 1º

O que as pessoas fazem online? 1º

Como faremos para que clientes voltem a confiar numa etapa de planejamento? 3º

Como os mercados estrangeiros tratam o planejamento sem entregar o ouro? 3º

11º KIT a ser monitorado

8 Monitoramen

to de imagem

Qual o método para um monitoramento de imagem digital eficiente? 2º

Como é possível estabelecer métricas para o monitoramento digital? 1º

Page 84: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

83

/ i-Brand De que forma o monitoramento digital se transforma em estratégia? 3º

6º KIT a ser monitorado

9 Comunicação

Institucional

Quais as necessidades das empresas no que se refere à comunicação Institucional? 2º

O que as instituições estão dispostas a fazer para melhorar a sua imagem? 1º

O que as instituições já estão fazendo em termos de comunicação institucional? 3º

19º KIT a ser monitorado

10 Internet e

usuários

Como as novas gerações consomem informação, se relacionam e se comportam na

web no Brasil e no mundo? 1º

Quais as tendências da internet em termos de plataforma de navegação? 3º

Em relação à outras mídias, onde está posicionada à Internet? 2º

7º KIT a ser monitorado

11 Inclusão

digital

Números de acessos públicos, LAN Houses, Escolas, Faculdades, Universidades,

pontos públicos 2º

O que os novos usuários esperam da rede? 2º

Quem promove com sucesso projetos de inclusão digital - Melhores práticas 1º

16º KIT a ser monitorado

12 Política

O que as pessoas falam dos políticos? 1º

O que o público espera dos governos em relação aos serviços eletrônicos? 1º

Há entendimento que a Internet representa mais transparência e proximidade com

o setor público / político? 2º

5º KIT a ser monitorado

13 Design de

Interação

Quais são as novas tecnologia e tendências do design de interação 2º

Qual é o estado do desenvolvimento de aplicações mobile no mundo? E no

Brasil? 1º

Como realizar pesquisas e entender pessoas e suas necessidades? 3º

Qual é o comportamento dos usuários brasileiros na web e nas redes sociais? 1º

2º KIT a ser monitorado

14

Eng. De

Produção /

Metodologias

Como as principais agências e consultorias precificam / quantificam trabalhos

intelectuais? 1º

Quais são os métodos de pesquisa e design adotados? 2º

Como está o desenvolvimento e a integração de metodologias ágeis com

experiência do usuário 2º

17º KIT a ser monitorado

Page 85: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

84

15

Visualização

de

Informação

Que empresas estão criando negócios baseados exclusivamente em visualização

diferenciada de dados? 1º

Como os principais executivos e educadores usam recursos visuais para explicar

coisas? 2º

18º KIT a ser monitorado

16

Mídias /

Jornalismo /

Conteúdo

Storytelling – Roteiros - como usar, quando e técnicas para usar nos negócios 2º

Estratégias de conteúdo, content marketing, cross media, transmedia 1º

Comportamento do consumidor em relação ao consumo de conteúdo / informação 1º

9º KIT a ser monitorado

17 Economia

Que tendências estão pervertendo as escolas econômicas? 3º

Economia de experiência, economia de rede, etc, etc. 1º

Que negócios tem obtido sucesso com modelos econômicos “freemium”, doações,

e etc? 2º

14º KIT a ser monitorado

18 Concorrência

O que nossos concorrentes estão entregando? 1º

Que tipo de serviços oferece? 1º

Quais são os investimentos médios de projetos? 1º

Quem está entrando/saindo do mercado ou perdendo/ganhando contas 1º

3º KIT a ser monitorado

19 Regulatório O que pode ser feito em interfaces de TV digital? 2º

O que pode ser feito em interfaces móveis? 1º

15º KIT a ser monitorado

20 CRM Quais as formas mais eficazes para um bom CRM? 1º

Que projetos de CRM mais se destacam no mercado? 1º

8º KIT a ser monitorado

Page 86: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

85

APÊNDICE L – ETAPA 7 – CALCULO DAS PRIORIDADES DA ÁRVORE DE

INTELIGÊNCIA DO CORPORATIVO

Item Tópico Questão Prioridade

1 Gestão

Quais são as premissas de uma boa gestão financeira? 2

Qual é a estrutura ideal de um setor financeiro de serviços? 3

Como mapear processos de um setor financeiro? 2

Quais as boas práticas de elaboração e controle de orçamento? 1

Indicadores de empresas no mercado (benchmark). 3

Sistemas de melhoria de gestão. 2

Tendências. 2

Quais as melhores práticas de gestão para a inovação? 2

Quais as melhores práticas de gestão de operações? 2

Como estão os indicadores estratégicos do BCD? 1

Como criar um bom gestor? Quais suas funções? 1

Como promover a gestão do conhecimento? 1

Como promover a gestão da informação? 1

Como incentivar a pesquisa e inovação? 2

Quais as políticas de P, D & I existentes e mais utilizadas? 2

Quais as melhores práticas de gestão de projetos? 1

Quais as competências / perfil profissional? 2

Novas estratégias / práticas. 1

Quais os modelos de gestão que mais agregam valor para o cliente? 1

Quais os cases de Gestão destacados no ano nas melhores empresas para se

trabalhar? 2

Quais os conceitos por trás das práticas de gestão das "Melhores para se

trabalhar"? 1

"As melhores para se trabalhar" são as mais bem-sucedidas no mercado -

rentabilidade, satisfação de clientes? 2

Quais as mais relevantes pesquisas disponíveis no tema Gestão estratégica ou de

RH? Quais suas instituições (empresa ou academia) e quais os pesquisadores? 3

Estratégias organizacionais. 2

5º KIT a ser monitorado

2 Gestão de

Pessoas

Novidades existentes na área de RH. 2

Modelos de gestão de RH das melhores empresas para se trabalhar. 2

Que práticas são implementadas que auxiliam em melhor comunicação entre

empresa-colaborador? 2

Quais as novidades implementadas em outras empresas na área de RH? 2

Quais as melhores empresas para se trabalhar com o nosso perfil - faturamento,

número de empregados, setor, etc? 2

Quais as tendências, teoria e prática, em atração de talentos, obtenção, incentivos,

carreira, responsabilidade social, treinamento e desenvolvimento, avaliação de

resultados, grau de satisfação, processos e ferramentas? 2

Como buscar pessoas talentosas? 2

Treinamentos, capacitação, na área de RH. 2

Page 87: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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Quem são os autores e as bibliografias dessa área? 2

Qual o perfil dos colaboradores que trabalham em empresas de EaD, IC e CD? 1

O que há em termos de treinamento e capacitação nas áreas de RH, IC, EaD e

CD? 1

Quais as mais relevantes pesquisas disponíveis no tema Gestão de pessoas? Quais

suas instituições (empresa ou academia) e quais os pesquisadores? 2

O grupo aplica boas práticas em termos de Legislação Trabalhista? 1

Novidades tecnológicas na área de RH. 2

Ferramentas (principais utilizadas em empresas de RH). 2

Os salários e benefícios praticados pelo grupo são compatíveis com as estratégias

do grupo e com a realidade do mercado? 1

Cases de sucesso das melhores empresas para se trabalhar. 1

Quais as práticas de saúde são novidade? Elas incluem filosofias de vida,

exercício e alimentação? 2

Assuntos referentes a melhora na qualidade de vida das pessoas nas empresas e

fora delas. 2

Quais os principais eventos (congressos, seminários, cursos), presenciais e à

distância, de RH / Gestão? 1

Qual a periodicidade dos eventos? 3

Quais os principais palestrantes de RH? 2

7º KIT a ser monitorado

3 Ambiente

tecnológico

Quais os sistemas mais usados de ERP e BI? 1

Quais integrações tecnológicas realizadas com sistemas bancários? 1

Que ferramentas existem e o que é novidade, que auxiliariam os trabalhos

realizados nas áreas de Rh, IC, EaD, e CD? 2

Quais as principais ferramentas de comunicação? 3

Tendências. 3

Quais as novidades em internet? 3

Detectar avanços tecnológicos nos equipamentos que necessitamos. 3

Quais as novidades em TV Digital? 2

6º KIT a ser monitorado

4 Econômico (Fontes

de financiamento)

Quais as maiores instituições de fomento para o 3° setor? 1

Quais as principais instituições de fomento na nossa área de atuação? 1

Painel de indicadores financeiros. 2

Benefícios e incentivos dos governos federal, estadual e municipal 1

Tendências. 1

Quais as fontes de crédito barato? 1

1º KIT a ser monitorado

5

Regulatório /

Legislativo /

Político

Quais os movimentos / tendências na política internacional, nacional e regional,

em especial as que podem afetar o cenário de negócios (foco econômico/social) 2

Mudanças de governos. 2

Tendências. 2

Temas relevantes para nossa atuação. 1

Mudanças na legislação política. 1

Principais alterações na legislação da OSCIP? 1

Page 88: Planejamento e identificação das necessidades de informação: proposta de três sistemas de inteligência competitiva

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Quais os riscos que o BCD deve tentar minimizar ou que corremos? 1

Quais as leis trabalhistas que regulamentam os trabalhos realizados nas áreas de

RH, IC, EaD e CD? Atualização das leis do trabalho: lei de estágios, contrato de

trabalho, direito do trabalhador, obrigações dos empregados. 1

Impostos e taxas. 1

Atualizações de direito tributário: impostos e tributos. 1

3º KIT a ser monitorado

6 Mercado

Quais as tendências de mercado que vão afetar o "mercado de trabalho"? 2

Investimento em marketing. 2

Internet, mobile, EaD, IC, CD. 1

Estratégia de venda. 1

Como está o mercado de trabalho nos locais onde atuamos? 2

Quais são os principais concorrentes das empresas do grupo? Quais seus

produtos? 1

Quais são os clientes dos principais concorrentes das empresas do grupo? 1

Como é feita a divulgação dos produtos e serviços dos principais concorrentes das

empresas do grupo? 1

Como está a situação financeira dos principais concorrentes das empresas do

grupo? 2

Como está a demanda por produtos / serviços do BCD no Brasil, América Latina,

EUA e Europa. 1

Quais são os tipos de clientes a serem prospectados pelas empresas do grupo no

Brasil, América Latina, EUA e Comunidade Européia? 1

4º KIT a ser monitorado

7 Fornecedores

Que fornecedores precisamos (informática, equipe, escritório, mat. expediente) 1

Quais são os melhores fornecedores? 1

Há possibilidade de fazer convênio com universidades? Quais? 2

Quais universidades desenvolvem cursos nas áreas pertinentes a nossa área de

trabalho? 1

Quais os principais fornecedores de informações de RH? 2

Quais os principais fornecedores de plano de saúde / odontológico? 1

Preços e qualificação. 1

2º KIT a ser monitorado

8 Socio-

Ambiental

Qual o balanço social de médias e grandes empresas? 2

O que empresas de EaD, IC e CD estão fazendo na área de responsabilidade

social? 2

Ações sociais de empresas 1

O que é tendência na questão "Consciência Ambiental"? 2

O que há de novo em ações de consciência ambiental praticadas por empresas? 2

8º KIT a ser monitorado