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Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento 16

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Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento

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Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento

Rodrigo de Castro Albuquerque, Hugo Henriques Alvim e Luís Fernando Morgan

�® Introdução

Restaurar dentes tratados endodonticamente é, sem

G~YLGD�� XP� SURFHGLPHQWR� FRPSOH[R��7DO� GL¿�FXOGD�de pode ser percebida na literatura pela busca in-

FHVVDQWH�GR�FRQKHFLPHQWR�FLHQWt¿�FR�FRP�¿�QDOLGDGH�de elucidar as hipóteses e nortear os procedimentos

clínicos. Para perceber quantas dúvidas esse tema

suscita entre os cirur giões-dentistas, basta partici-

par de palestras ou conferências nos mais diversos

HQFRQWURV�FLHQWt¿�FRV��2V�TXHVWLRQDPHQWRV�DFHUFD�GH�procedimentos, técnicas e materiais empregados são

IUHTXHQWHV��2V�DWXDLV�HVWXGRV�UHODFLRQDGRV�WrP�SUR�curado responder à clássica pergunta: qual é a técni-

ca mais indicada para restaurar dentes despolpados?

Tal pergunta até o momento, infelizmente, não pôde

ser respondida precisamente, pois, mesmo em face

de uma con tí nua produção do conhecimento, princi-

palmente em relação aos materiais e técnicas utiliza-

dos, dúvidas ainda perduram.

Dentes tratados de modo endodôntico são reco-

nhecidamente mais frágeis.1 A perda de dentina de-

corrente de fraturas, lesões cariosas e não cariosas e o

tratamento endodôntico diminuem a resistência mecâ-

nica comparativamente com os dentes hígidos. Portan-

to, preservar ao máximo a estrutura dentária sadia faz

SDUWH� GR� DWXDO� SDUDGLJPD�GD�2GRQWRORJLD� H� GHYH� VHU�SUDWLFDGR�SRU�SUR¿�VVLRQDLV�HP�WRGRV�RV�WUDWDPHQWRV�

Para reabilitar dentes tratados endodonticamen-

te, um dos principais fatores é prover meios de reten-

ção para a futura restauração. Por esta razão, preconi-

zou-se a inserção de um pino de madeira no interior

do conduto radicular exatamente com o objetivo de

aumentar a retenção.2 Desde então, a evolução destes

procedimentos levou ao desenvolvimento de diversas

alternativas, como núcleos metálicos fundidos e pinos

pré-fabricados, além de diferentes tipos de materiais e

técnicas para cimentação. Estão descritas na literatu-

ra, como vantagens dos núcleos metálicos fundidos,

a larga experiência clínica e a boa adaptação.3 Como

desvantagens podem-se destacar o acen tuado desgaste

de estrutura dentária sadia e o surgimento de elevadas

tensões ao longo da raiz. É nesse ínterim que, hoje, os

SLQRV�SUp�IDEULFDGRV�HP�¿�EUD�DVVRFLDGRV�DRV�Q~FOHRV�de preenchimento em resina composta têm ganhado

espaço, pois propiciam menor desgaste dentário e têm

módulo de elasticidade próximo ao da dentina.4,5

Em relação às funções dos pinos intrarradicula-

res associados aos núcleos de preenchimento, duas in-

dicações estão descritas na literatura. A primeira delas

é a função de reter o material de preenchimento, con-

ceito unânime entre todos os pesquisadores, que ora

SRGH� UHSUHVHQWDU� D� UHVWDXUDomR�¿�QDO�� RUD� SRGH� VHUYLU�como reconstrução para receber o preparo e a restau-

ração indireta. Já a segunda função seria a de reforçar

a estrutura dentária remanescente, porém é causa de

inquietações e controvérsias.6-10

Não obstante toda a controvérsia sobre as fun-

ções dos pinos intrarradiculares, os estudos sobre os

benefícios de seu uso também originam dúvidas. Há

resultados que mostram que os pinos aumentam, não

interferem, ou ainda, diminuem a resistência da es-

trutura dentária remanescente.3,11-15�2V� FRQFHLWRV� TXH�regem o comprimento ideal do pino, o material, a for-

ma anatômica e a técnica de cimentação também não

estão claros.

Existe uma grande variedade de pinos pré-fa-

bricados com diferentes materiais, formatos anatômi-

FRV� H� FRQ¿�JXUDo}HV� GH� VXSHUItFLH� �)LJXUD� ������8 Da

mesma maneira, inúmeros são os materiais e técnicas

para cimentação desses pinos e confecção de núcleos

de preenchimento. Para o sucesso do procedimento

restaurador é fundamental que haja um correto diag-

QyVWLFR��TXH�R�SUR¿�VVLRQDO�FRQKHoD�HVVHV�PDWHULDLV�H�domine a técnica de cimentação.

Este capítulo tem por objetivo apresentar e dis-

cutir os sistemas de pinos intradentinários e intrarra-

diculares disponíveis, assim como os cimentos e ma-

teriais de reconstrução, salientando as técnicas e as

manifestações clínicas referentes à sua utilização.

16

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662� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 663

�® Dentes tratados endodonticamente

8P�GHQWH�DFRPHWLGR�SRU�FiULH�RX�IUDWXUD�¿FD�PDLV�IUi-gil em razão da perda extensa de dentina, da preparação

cavitária, do acesso e da instrumentação radi cular.10 A

perda de estruturas dentárias estratégicas como faces

proximais em dentes anteriores, cristas marginais e

ponte de esmalte em posteriores e o teto da câmara

SXOSDU�FRQ¿JXUDP�GLPLQXLomR�GD�UHVLVWrQFLD�j�PHGL-da que estas perdas se somam.16 Por esse moti vo, as

restaurações devem ser cercadas de cuidados que vão

desde o planejamento, passando pela seleção dos ma-

teriais e técnicas, até a confecção propriamente dita.

Também como possível fator causador da dimi-

nuição da resistência do dente, há a hipótese de que

a remoção da polpa dentária acarretaria redução da

umidade dentinária, e esta, por sua vez, resultaria na

alteração da resiliência da dentina, tornando-a mais

friá vel.17,18 Entretanto, estudos contrários19,20 mostram

que a perda de umidade por um dente despolpado é de

DSHQDV���D�����LQÀXHQFLDQGR�SRXFR�D�UHVLVWrQFLD�j�IUD-tura e ao cisalhamento.1 Ainda, a diminuição da resis-

tência do dente está mais relacionada com a perda de

estrutura dentária,20 e esta é maior conforme aumenta

o número de faces perdidas.16� 2XWUD� SRVVtYHO� FDXVD�que contribui para a elevação da incidência de fratu-

ras em dentes tratados endodonticamente é a perda do

mecanismo proprioceptivo21 e o aumento do limiar de

tolerância a dor nesses dentes.22 Essa condição poderia

provocar descontrole na pressão de mastigação exerci-

da nesses dentes, levando à fratura dentária.

(P�IDFH�GH� WDLV�SDU�WLFXODULGDGHV��¿FD�FODUR�TXH�o mais importante é ser conservador nas manobras

de preparo cavitário e preservar estrutura dental sa-

dia,6,23,24 tendo em mente que nenhum material restau-

rador substitui à altura o tecido dental. É importante

também a correta seleção do material e da técnica para

UHVWDXUDU�RV�GHQWHV�YLVDQGR�DR�REMHWLYR�¿QDO��TXH�p�UHV-tabelecer as funções do dente.

�® Núcleos metálicos fundidos

&RP�JUDQGH�H[SHULrQFLD�GH�XWLOL]DomR�HP�2GRQWROR-

gia, os núcleos metálicos fundidos ganharam populari-

dade a partir de 1907, quando foi desenvolvido o pro-

cesso de fundição por meio de pressão pneumática.25

A literatura atribui a esta técnica de reconstrução para

dentes despolpados vantagens como resistência, ver-

satilidade e boa adaptação ao conduto radicular.3,15,26,27

Apesar de ser uma técnica largamente utilizada e mui-

to popular para construção de núcleos, quando compa-

rada com as reconstruções com pinos pré-fabricados

e núcleos de resina, há algumas desvantagens como

rigidez, maior número de sessões clínicas, custo mais

elevado, manchamento da estrutura dentária remanes-

FHQWH��)LJXUD�����$���HQYROYLPHQWR�GH�SURFHGLPHQWRV�laboratoriais e, principalmente, necessidade de maior

desgaste de estrutura dental, o que a torna uma técnica

mais invasiva. Elevada perda da estrutura dental sa-

dia é necessária para que a porção coronária do núcleo

abrace a raiz cerca de 1 a 2 mm, exercendo assim o

chamado efeito férula que nada mais é do que um des-

gaste circunferencial ao redor do remanescente radicu-

lar.28,29 Tal procedimento visa diminuir a incidência de

fraturas radiculares.29,30

2V�Q~FOHRV�PHWiOLFRV�IXQGLGRV�WrP�XP�DOWR�PyGX-

lo de elasticidade. Essa rigidez transmite mais tensões

j�UDL]��R�TXH�MXVWL¿FD��SHOR�PHQRV�SDUFLDOPHQWH��R�HOH-YDGR�tQGLFH�GH�IUDWXUDV�UDGLFXODUHV�FDWDVWUy¿FDV8 como

SRGH� VHU� REVHUYDGR� QD� )LJXUD� ����%�� 3RU� WDO� UD]mR��acredita-se que esse tipo de reconstrução não seja ideal

para as necessidades dos dentes despolpados.31

2�DGYHQWR�GRV�SLQRV�SUp�IDEULFDGRV�¿EURUUHVLQR-

sos associados aos núcleos em resina composta provo-

cou redução do uso dos núcleos metálicos fundidos.

Isso porque inúmeras são as vantagens que o empre-

go dessas novas técnicas pode prover. Entretanto, os

núcleos metálicos são, e con ti nuarão a ser por algum

tempo, uma boa alternativa para a reconstrução de

dentes tratados endodonticamente.

Figura 16.1 Exemplos de pinos pré-fabricados encontrados no mercado: (1) Radix Anker (Maillefer), (2) FKG (FKG), (3) Radix RS (Maillefer), (4) Tenax (whalledent), (5) Unimetric (Maillefer), (6) Dentatus (Dentatus), (7) Exacto (Angelus), (8) UMC Post (Bisco), (9) Reforpost fibra de vidro (Angelus), (10) Reforpost fibra carbono (Angelus), (11) Light Post (Bisco), (12) C-Post (Bis-co), (13) Rebilda Post (Voco), (14) Cosmo Post (Ivoclar Vivadent), (15) White Post DC (FGM).

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662� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 663

Figura 16.2A-B Incisivo superior fraturado por causa do efeito cunha de um núcleo metálico fundido.

A B

�® Núcleos de preenchimento2V�GHQWHV�GHVSROSDGRV�WrP�VXD�PRUIRORJLD�FRPSUR-

metida em razão das diversas lesões já descritas nes-

te capítulo. Para restabelecer a função desses dentes

é preciso devolver a forma anatômica, com restaura-

ções diretas ou indiretas. Quando se trata de restau-

rações diretas o núcleo de preenchimento deve assu-

PLU�D�IRUPD�DQDW{PLFD�¿QDO�GR�GHQWH��DWHQGHQGR�DRV�princípios de oclusão e desoclusão dentária. Já para

as restaurações indiretas, o núcleo de preenchimento

tem a função de criar condições de retenção e esta-

bilidade para a futura coroa, propiciando preparos

com características que atendam a tais princípios,

uma vez que esses fatores são determinantes para o

sucesso do tratamento restaurador.32-35 Para isso, os

espaços coronários antes ocupados pela dentina de-

vem ser preenchidos com algum material substituto

�)LJXUD� ��������� (VWD� WpFQLFD� GHQRPLQD�VH� FRQIHF-

ção de núcleos de preenchimento.

Confeccionados com materiais de inserção

direta, os núcleos de preenchimento podem ser de

amálgama, cimento de ionômero de vidro ou resina

composta. Esta técnica é considerada promissora por

ser simples e atender aos objetivos aos quais elas

VH�SUHVWDP��2V�Q~FOHRV�GH�SUHHQFKLPHQWR�SRGHP�VHU�confeccionados com o auxílio retentivo dos pinos in-

tradentinários, intrarradiculares, ou ainda conforme

a necessidade, sem o uso de pinos.23 Comparativa-

mente com os núcleos metálicos fundidos, o núcleo

de preenchimento apresenta vantagens como preser-

vação de estrutura dental sadia, menor tempo clínico

para confecção, baixo custo, boa resistência, melhor

HVWpWLFD��FRP�R�HPSUHJR�GDV�UHVLQDV�FRPSRVWDV�H�GR�FLPHQWR� GH� LRQ{PHUR� GH� YLGUR��� DOpP�GH� GLVSHQVDU�procedimentos laboratoriais.

A despeito das possíveis limitações no que se

refere à resistência dos dentes despolpados, é plausí-

vel acreditar que o maior benefício advindo dos nú-

cleos de preenchimento seja a conservação de estru-

tura dentária sadia, pois o desgaste para o preparo do

dente a receber o preenchimento limita-se à remoção

de tecido cariado e restaurações antigas e ao acesso

ao conduto radicular.

2V�Q~FOHRV�GH�SUHHQFKLPHQWR�SRVVLELOLWDP�RE-

ter forma de retenção adequada para futuras restau-

rações indiretas. Estes núcleos, por sua vez, podem

necessitar de um meio adicional de retenção ao den-

WH�� 2V� SLQRV� SUp�IDEULFDGRV� LQWUDGHQWLQiULRV� RX� LQ-

trarradiculares atendem, dentro de suas indicações,

satisfatoriamente a este requisito. Dessa maneira, o

sucesso de cada caso depende da correta seleção e

emprego dos pinos e núcleos de preenchimento, do

conhecimento e da correta execução da técnica.

Materiais para preenchimento9iULRV�PDWHULDLV�WrP�VH�PRVWUDGR�H¿FLHQWHV�QD�FRQVWUX�ção de núcleos de preenchimento. Técnicas que empre-

gam amálgama, resina composta ou cimento de ionôme-

ro de vidro têm sido largamente descritas na literatura.36

Amálgama2�SULPHLUR�PDWHULDO�HPSUHJDGR�IRL�R�DPiOJDPD��TXH�apresenta, como vantagens, boa estabilidade dimen-

VLRQDO��PHQRU�PLFURLQ¿OWUDomR�PDUJLQDO� H� ERD� UHVLV-WrQFLD�j�WUDomR�H�FRPSUHVVmR��2XWUD�YDQWDJHP�GR�XVR�do amálgama é o seu contraste em relação à estrutura

dentária, o que facilita muito a execução do preparo

cavitário. Como desvantagens registra-se a ausência

de estética e a falta de adesão à estrutura dental. Ao

selecionar o amálgama para o preenchimento é im-

portante avaliar qual liga será empregada na futura

restauração metálica fundida. Não se deve indicar um

metal que não tenha compatibilidade quí mica com o

PDWHULDO�VHOHFLRQDGR�SDUD�UHFRQVWUXomR��2XWUR�LQFRQ-

veniente do amálgama é que, para que ele tenha uma

adequada resistência mecânica, deve-se aguardar a sua

cristalização, situação que contraindica um preparo

cavitário na mesma sessão. Ainda, ele é considerado

um material frágil por necessitar de maior volume e

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664� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 665

ser enfraquecido pela presença de pinos.37 Com a gran-

de popularidade alcançada pela odontologia estética, a

escolha do amálgama como material de preenchimen-

to tem sido cada vez mais restrita, pois, em alguns ca-

VRV��HOH�SRGH�LQÀXHQFLDU�D�FRORUDomR�GRV�GHQWHV�RX�GRV�materiais restauradores estéticos cimentados sobre ele.

Resinas compostas2XWUR�PDWHULDO�TXH�JDQKRX�PXLWD�SRSXODULGDGH�PDLV�recentemente, graças principalmente à evolução dos

procedimentos adesivos à dentina, é a resina compos-

ta. Como vantagens podemos relacionar sua fácil ma-

nipulação, polimerização imediata, ótima resistência

mecânica,23,38-40 além de adesão à estrutura dentária41

e excelente estética. Por outro lado, as desvantagens

estão relacionadas com sua instabilidade dimensio-

nal, que possibilita a contração de polimerização e o

FRH�¿FLHQWH�GH�H[SDQVmR�WpUPLFD�GLIHUHQWH�GD�HVWUXWXUD�dental. Muitos clínicos têm se queixado de perda de

restaurações cimentadas convencionalmente sobre nú-

FOHRV�GH�UHVLQD��2�IDWRU�TXH�SRGH�LQWHUIHULU�QD�UHWHQomR�de restaurações indiretas pode ser a absorção de água

do cimento de fosfato de zinco ou de ionômero de vi-

dro, muito empregados na cimentação. Este problema

está ligado à expansão higroscópica das resinas, que

poderia absorver umidade dos cimentos possibilitando

D�GLVVROXomR�GHVWHV��2��LGHDO��DR�VH�LQGLFDU�HVVH�mate-

rial, seria a reconstrução de todo o dente com ele, man-

tendo-o como restauração provisória. Assim, a resina

empregada como preenchimento sofreria contato com

a umidade do ambiente bucal, o que possibilitaria pelo

menos alguma expansão higroscópica da resina, pos-

tergando o preparo cavitário para dias depois.

No preenchimento para o qual se escolheu a resi-

na composta, esta pode ser de polimerização quí mica

ou física. Em dentes posteriores, em que porventura

haja dúvidas em relação ao acesso da luz fotoativado-

ra, podem-se empregar resinas quimicamente polime-

rizáveis nos primeiros incrementos, terminando com

resina composta fotopolimerizável nos últimos, o que

IDFLOLWD��LQFOXVLYH��D�HVFXOWXUD�¿QDO�42

Deve-se tomar cuidado especial com o término

FDYR� VXSHU¿FLDO�� SULQFLSDOPHQWH� QD� SDUHGH� JHQJLYDO�da caixa proximal. Muitas vezes, ao se empregar uma

UHVLQD�FRP�FRU�VHPHOKDQWH�j�GR�GHQWH��¿FD�GLItFLO�GH�VH�distinguir entre material restaurador e estrutura dentá-

ria. Pode ser interessante empregar um compósito com

uma cor contrastante em relação ao dente para facilitar

R�DFDEDPHQWR��2�WpUPLQR�FDYR�VXSHU¿FLDO�GHYH�VHU�HP�dente e não em material de preenchimento.

Cimento de ionômero de vidroA partir do princípio da década de 1970, outro material

passou a ser indicado para reconstrução com núcleos

GH� SUHHQFKLPHQWR�� 2� FLPHQWR� GH� LRQ{PHUR� de vidro

foi desenvolvido após estudos de Wilson e Kent.43

Apresenta propriedades interessantes, como adesão

à estrutura dental, relativa biocompatibilidade com a

SROSD��FRH¿FLHQWH�GH�H[SDQVmR�WpUPLFD�VHPHOKDQWH�DR�GR�WHFLGR�GHQWDO��DOpP�GD�OLEHUDomR�GH�À~R�U��(QWUHWDQWR��alguns artigos têm sido cautelosos quanto à indicação

desse material, principalmente em reconstruções maio-

res, pois ele tem baixas propriedades mecânicas no que

diz respeito à sua resistência à tração. Por tal motivo,

Huysmans et al.44 salientam que o seu uso deve ser

FULWHULRVR�H�%UDQGDO�et al.45 o contraindicam a dentes

anteriores. Portanto, talvez a indicação do cimento de

ionômero de vidro se restrinja a dentes posteriores que

tenham pelo menos 40% de estrutura dentária sadia,

conforme proposto por Anusavice e Phillips.4

2�PDWHULDO� GH� SUHHQFKLPHQWR� GHYH� VHU� TXLPL-camente compatível com o pino pré-fabricado uti-

OL]DGR��2�DPiOJDPD�GHYH�VHU�SUHIHUHQFLDOPHQWH�DV-sociado aos pinos pré-fabricados metálicos, sejam

HOHV�LQWUDGHQWLQiULRV�RX�LQWUDUUDGLFXODUHV��2�PRGR�GH�retenção proporcionado pelos pinos pré-fabricados

metálicos é exclusivamente mecânico graças às suas

FRQ¿JXUDo}HV�VXSHU¿FLDLV��-i�PDWHULDLV�j�EDVH�GH�UH-

sina composta podem ser associados a qualquer tipo

de pino quanto à composição. A Tabela 16.2 mostra

as possíveis combinações entre tipo de pino e mate-

rial de preenchimento.

�® Pinos intradentináriosRestaurações extensas em amálgama apresentavam

problemas clínicos em relação à sua retenção, uma

vez que esse material não é adesivo. Markley46 propôs

então o uso de pinos intradentinários para melhorar a

retenção. Dessa maneira, essas restaurações poderiam

ainda servir como base para coroas, ou mesmo como

UHWHQWRUHV�GH�SUyWHVHV�¿[DV�2V�SLQRV�LQWUDGHQWLQiULRV�PHWiOLFRV�VmR�URVTXHD-

dos ou cimentados em localizações estratégicas da den-

tina remanescente. Para tanto é preciso haver área de

GHQWLQD�VDGLD�VX¿FLHQWH�SDUD�SRVVLELOLWDU�VXD�DGHTXDGD�instalação. Esta situação é mais observada em dentes

polpados. Nos dentes despolpados geralmente a quan-

tidade de dentina remanescente é menor e mais fragiliza-

da, o que resulta, por motivos óbvios, na indicação mais

frequente de pinos intrarradiculares. Sob essa óptica é

que Shillingburg et al.10�D¿UPDUDP�TXH�D�LQGLFDomR�GRV�pinos intradentinários depende de uma dentina sólida

H�YROXPRVD�R�VX¿FLHQWH�SDUD�HYLWDU�IUDWXUDV�GHQWLQiULDV�ou ainda invadir a polpa ou o ligamento periodontal.

Caputo e Standlee14 e Dawson47 corroboram a opinião

de que dentes despolpados não devem receber estes

SLQRV��SRLV�YHUL¿FDUDP�TXH�DV�HOHYDGDV�FRQFHQWUDo}HV�de tensão podem induzir a um alto índice de microfra-

turas na dentina. Em face das evidências, acredita-se

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664� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 665

que a indicação destes pinos seja mais oportuna a den-

tes vitais, nos quais o tecido dentinário na maioria das

vezes está presente em maior volume e qualidade. De

qualquer modo, não consideramos que seja absoluta a

contraindicação a dentes tratados endodonticamente.

Em casos nos quais, por alguma razão, pinos intrarra-

diculares não possam ser utilizados, é possível indicar

os pinos intradentinários. Para isso, uma minuciosa ava-

liação e seleção do local a ser preparado minimiza os

riscos de fratura e, portanto, de insucesso.

2V� SLQRV� LQWUDGHQWLQiULRV� PDLV� XWLOL]DGRV� KRMH�VmR�RV�PHWiOLFRV�URVTXHi�YHLV��)LJXUD��������&RP�ORQ-

JD�XWLOL]DomR�FOtQLFD��H[HUFHP�GH�PRGR�FRQ¿i�YHO�VXD�função como meio auxiliar de retenção a restaurações

diretas e núcleos de preenchimento. Como desvanta-

gens pode-se citar que, pelo fato de serem rosqueá veis,

produzem certa tensão na dentina e, quando utilizados

HP�GHQWHV�DQWHULRUHV��p�QHFHVViULR�XWLOL]DU�RSDFL¿FDGR-

res para mascarar sua coloração e impedir alterações

GH�FRU�QD�UHVWDXUDomR�¿QDO�5HFHQWHPHQWH��SLQRV�LQWUDGHQWLQiULRV�HP�¿EUD�GH�

YLGUR� IRUDP� LQWURGX]LGRV� QR�PHUFDGR� �)LJXUD� �������Eles foram desenvolvidos para melhorar os dois as-

pectos negativos dos pinos metálicos rosqueados em

dentina: estética e produção de tensões na dentina.

&RQIHFFLRQDGRV� HP� ¿EUD� GH� YLGUR�� WrP� FRORUDomR�branca, não necessitando de nenhum artifício para

seu mascaramento. Diferentemente dos pinos me-

tálicos rosqueá veis, estes são cimentados na dentina

sem provocar tensões. Além disso, após tratamentos

VXSHU¿FLDLV� SRVVXHP�DGHVmR� j� HVWUXWXUD� GHQWDO� H� DRV�PDWHULDLV� GH� SUHHQFKLPHQWR��2� DVSHFWR� GHVIDYRUiYHO�¿FD�SRU�FRQWD�GH�SRXFDV�HYLGrQFLDV�FLHQWt¿FDV�H�H[SH-riência de utilização clínica.

Técnica para utilização dos pinos intradentinários

Ɣ Passo 1: planejamento��5DGLRJUD¿DV�SHULDSLFDLV�H� LQWHUSUR[LPDLV� �SDUD� GHQWHV� SRVWHULRUHV�� GH�qualidade. Traumatismos dentários requerem

XPD�UDGLRJUD¿D�SHULDSLFDO�SDUD�DYDOLDU�D�UHJLmR�GH�iSLFH�UDGLFXODU��-i�DV�UDGLRJUD¿DV�LQWHUSUR[L-mais auxiliam a mensuração de espaço biológico

e volume pulpar. Exames clínicos de sensibilida-

de auxiliam o diagnóstico pulpar.

Ɣ Passo 2��9HUL¿FDGD�D�VD~�GH�SXOSDU��VHJXH�VH�FRP�R� SODQHMDPHQWR� GR� Q~PHUR� H� ORFDOL]DomR� GR�V��SLQR�V�� LQWUDGHQWLQiULR�V��� 3DUD� D� UHVWDXUDomR� GH�áreas extensas em dentes anteriores, em que a

estrutura dentária remanescente, sobretudo o

esmalte, após o preparo cavitário, não for consi-

GHUDGD�VX¿FLHQWH�SDUD�UHWHU�D�IXWXUD�UHVWDXUDomR��devem-se empregar pinos intradentinários. Cabe

DR�SUR¿VVLRQDO�ID]HU�HVVH�MXOJDPHQWR�SUpYLR�SDUD�indicar ou não o uso de um ou mais pinos. Par-

tindo do princípio de que está indicado e de que

há espaço para recebê-lo, deve-se empregar um

pino para cada ângulo próximo-incisal perdido

�)LJXUD� �������� (P� GHQWHV� SRVWHULRUHV�� VHPSUH�TXH�R�SUR¿VVLRQDO�MXOJDU�QHFHVViULR�XP�PHLR�DX-

xiliar de retenção para o núcleo de preenchimento

e houver espaço, deve-se lançar mão desses pi-

nos. Para cada cúspide perdida um pino deve ser

URVTXHDGR��)LJXUDV������D��������4XDQWR�DR�SR-

sicionamento, os pinos devem ser posicionados

no mínimo a 0,5 mm da junção amelodentinária

�)LJXUDV�������H���������6XD�LQFOLQDomR�GHYH�VHU�paralela à respectiva face externa para evitar o

Figura 16.4 Pinos em fibra de vidro para cimentação intra-dentinária e sua respectiva broca (Micropin, Angelus).

Figura 16.3 Pino metálico rosqueá vel intradentinário e sua respectiva broca e haste adaptadora (Retopin, Edenta).

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risco de perfurações radiculares e de atingir a

SROSD�GHQWDO� �)LJXUDV�������H���������$�SURIXQ-

didade de rosqueamento é determinada pelo pre-

paro padronizado rea li zado pela fresa espiral que

acompanha cada kit de pinos e que tem cerca de

2 mm. Essa broca não possibilita desgastes em

profundidade além dos 2 mm por causa do an-

WHSDUR� �OLPLWDGRU� GH� SHQHWUDomR�� ORJR� DSyV� VXD�SRQWD�DWLYD��)LJXUD���������$�SHUIXUDomR�GHYH�VHU�feita em movimento único e rápido para impedir

que a broca alargue demasiadamente o orifício, o

que provocaria o risco de o pino não travar.

Ɣ Passo 3: rosqueamento ou cimentação dos pinos intradentinários.

– Rosqueá veis metálicos. Estes pinos podem

ser rosqueados nos orifícios produzidos pela

fresa espiral de dois modos: por meio de con-

tra-ângulo e sua respectiva haste adaptado-

UD� �)LJXUD�������� RX�SRU� GLVSRVLWLYRV�PD�QXDLV��)L�JXUD���������2V�PDQXDLV�VmR�SUHIHULGRV�SRU�possibilitarem um rosqueamento mais sutil;

portanto, têm menor possibilidade de causar

WULQFDV�HP�GHQWLQD�H�HVPDOWH��2�URVTXHDPHQWR�deve ser feito até que a região estrategicamen-

te localizada e propositalmente mais frágil fra-

WXUH��)LJXUD���������$SyV�R�URVTXHDPHQWR��R�V��SLQR�V��GHYH�P��VHU�FXUYDGR�V���)LJXUD���������Dependendo do comprometimento estético,

pode ser preciso o mascaramento do pino,

que pode ser obtido com resinas opacas ou

pigmentos apropriados. Em seguida, são rea-

li zados os procedimentos adesivos e restaura-

GRUHV�FRQYHQFLRQDLV��$V�)LJXUDV�������D�������H[HPSOL¿FDP�HVVDV�VLWXDo}HV�FOtQLFDV�

– &LPHQWDGRV� HP� ¿EUD� GH� YLGUR�� &RP� SRXFRV�HVWXGRV� SXEOLFDGRV�� SDUHFH� LQWHUHVVDQWH� ¿[DU�esses pinos com cimentos resinosos autoade-

VLYRV��2�GLPLQXWR�GLk�PH�WUR�GD�SHUIXUDomR�SUR-

porcionada pelas fresas espirais torna difícil a

hibridização interna nesse orifício. Portanto,

SDUD�¿[i�ORV��GHYH�VH�DSHQDV�SURPRYHU�DVVHS-

sia e silanização do pino, manipular o cimento

e levá-lo à superfície do pino no orifício pre-

parado, aguardar o tempo inicial de reação de

presa, fotoativar por 20 s e seguir com os pro-

cedimentos adesivos e restauradores conven-

FLRQDLV��$V� )LJXUDV� ������ D� ������ PRVWUDP��passo a passo, a técnica de utilização.

Figura 16.5 Esquema que simula a situação clínica de perda da cúspide mesiovestibular (A), posicionamento do orifício (B) para receber o pino (C-D) e o pino após rosqueamento (E-F).

A

D

B

E

C

F

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Figura 16.6 Esquema que simula a situação clínica de perda das cúspides mesiovestibular e mediovestibular (A), posiciona-mento do orifício (B) para receber o pino (C-D) e o pino após seu rosqueamento (E-F).

A

D

B

E

C

F

Figura 16.7 Esquema que simula a situação clínica de perda das cúspides mesiovestibular, mediovestibular e distovestibular (A), posicionamento do orifício (B) para receber o pino (C-D).

A

D

B C

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Figura 16.8 Esquema que simula a situação clínica de perda das cúspides mesiovestibular, mediovestibular, distovestibular e distolingual (A), posicionamento do orifício (B) para receber o pino (C-D).

A

D

B C

Figura 16.9 Esquema que simula a situação clínica de perda das cúspides mesiovestibular, mediovestibular, distovestibular, distolingual e mesiolingual (A), posicionamento do orifício (B) para receber o pino (C-E).

A

D

B

E

C

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Figura 16.10 Profundidade dos pinos rosqueá veis em den-tina definida pela penetração padrão da broca em 2 mm.

Figura 16.11 Haste de adaptação do pino (em sua parte inferior) e em contra-ângulo ou rosqueadores manuais (em sua parte superior) (Edenta).

Figura 16.12 Haste adaptada ao seu rosqueador manual (Edenta).

Figura 16.13 Pino metálico rosqueá vel intradentinário. Note seu ponto in ter me diá rio onde ocorrerá a fratura após atingir o torque final de rosqueamento.

Figura 16.14 Dobradura dos pinos por meio de instrumento específico (A-B) e aspecto dos pinos devidamente dobrados (C-D).

A

D

B C

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Figura 16.15 Após o bisel, acabamento com instrumentos cortantes manuais complementam o preparo do dente.Figura 16.16 Dente pronto para receber o pino intradentinário.Figura 16.17 Localização planejada para a confecção do orifício do pino respeitando a distância de 0,5 mm da junção ame-lodentinária.Figura 16.18 Pino adaptado ao dispositivo de rosqueamento manual que acompanha o kit e posicionado imediatamente ao lado esquerdo do seu orifício, por motivos didáticos.Figura 16.19 Aspecto do pino (Retopin, Edenta) após ser rosqueado.Figura 16.20 Detalhe do pino após ser curvado com o objetivo de melhorar a retenção ao material restaurador.Figura 16.21 Proteção dos dentes vizinhos com tiras metálicas para o condicionamento com ácido fosfórico a 37%.Figura 16.22 Condicionamento ácido por 30 s em esmalte e 15 s em dentina.Figura 16.23 Após a remoção do ácido, lavagem e secagem, aplica-se o sistema adesivo.Figura 16.24 Fotopolimerização por 20 s.Figura 16.25 Aplicação do agente opacificador.Figura 16.26 Aspecto da resina fluida opacificadora aplicada para o mascaramento do pino na restauração final.

Figura 16.15

Figura 16.18

Figura 16.21

Figura 16.24

Figura 16.16

Figura 16.19

Figura 16.22

Figura 16.25

Figura 16.17

Figura 16.20

Figura 16.23

Figura 16.26

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Figura 16.15 Figura 16.16 Figura 16.17

Figura 16.21 Figura 16.22 Figura 16.23

Figura 16.24 Figura 16.25 Figura 16.26

Figura 16.18 Figura 16.19 Figura 16.20

Figura 16.27 Aspecto inicial do dente. Note a restauração extensa em resina composta de inserção direta com anatomia ina-dequada, rugosidade superficial e infiltração marginal. O dente tem vitalidade pulpar.Figura 16.28 Estrutura dentária sadia remanescente depois da remoção do material restaurador. A cúspide distolingual foi perdida.Figura 16.29 Forramento da cavidade com cimento de ionômero de vidro.Figura 16.30 Perfuração pela broca spiral drill. Note a manutenção do espaço de 0,5 mm da junção esmate/dentina. Um único pino é suficiente, já que uma cúspide foi perdida.Figura 16.31 Aspecto do pino (Retopin, Edenta) depois do rosqueamento na dentina.Figura 16.32 Procedimento de encurvamento do pino com instrumento específico. Dessa maneira, aumenta-se a capacidade retentiva ao material restaurador.Figura 16.33 Aspecto do pino encurvado.Figura 16.34 Condicionamento ácido do dente em dois tempos, 15 s em esmalte.Figura 16.35 …e mais 15 s em dentina, perfazendo um total de 30 s em esmalte.\Figura 16.36 Remoção do ácido com jatos de água.Figura 16.37 Aspecto da cavidade seca sem desidratação, pronta para receber o sistema adesivo.Figura 16.38 Aplicação do sistema adesivo.

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Figura 16.39 Fotopolimerização por 20 s.Figura 16.40 Posicionamento da matriz para receber o material restaurador.Figura 16.41 Restauração concluí da.Figura 16.42 Aspecto imediato após a remoção do isolamento absoluto.Figura 16.43 Aspecto da restauração depois de 1 ano.

Figura 16.44 Aspecto inicial do sorriso da paciente com fratura do dente 11. Vista frontal.

Figura 16.42 Figura 16.43

Figura 16.39 Figura 16.40 Figura 16.41

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Figura 16.45 Vista lateral da fratura do dente 11.

Figura 16.46 Vista intrabucal da fratura do dente 11.

Figura 16.47 Detalhes da fratura.

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Figura 16.50 Seleção das cores.

Figura 16.48 Vista palatina.

Figura 16.49 Vista incisal.

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Figura 16.51 Isolamento absoluto do campo operatório.

Figura 16.52 Vista palatina. Note a extensão da fratura.

Figura 16.53 Vista incisal.

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Figura 16.54 Vista lateral. Note a irregularidade das margens de es-malte.

Figura 16.55 Correto posiciona-mento da ponta adiamantada nú-mero 1.111  para confecção do bisel.

Figura 16.56 Aspecto do dente após o biselamento dos ângulos cavo-superficiais. Note ainda as irregularidades de borda.

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Figura 16.57 Acabamento com ins-trumento cortante manual.

Figura 16.58 Aspecto do dente de-pois do preparo.

Figura 16.59 Broca spiral drill para confecção do orifício do pino e detalhe de seu correto posiciona-mento em relação à face externa do dente. Vista frontal.

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Figura 16.60 Vista lateral oblíqua. Verifique que a perfuração será a 0,5 mm da junção esmalte-den-tina, evitando fraturas do esmalte e lesões à polpa.

Figura 16.61 Vista palatina do correto posiciona-mento da broca.

Figura 16.62 Orifício confeccionado.

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Figura 16.63 Apreensão do pino in-tradentinário em fibra de vidro (Mi-cropin, Angelus) com o auxílio de pinça clínica especialmente desen-volvida para este pino (Maximus).

Figura 16.64 Detalhe do encaixe entre a pinça e o pino. Esta pinça possibilita a apreensão adequada para uma precisa inserção do pino.

Figura 16.65 Note que o remanes-cente dentinário impediu o correto assentamento do pino.

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Figura 16.66 Após pequenos desgastes com uma ponta esférica adiamantada 1.014 na dentina, o pino pôde ser corre-tamente assentado. Vista frontal.

Figura 16.67 Vista palatina da prova do pino.

Figura 16.68 Pino logo após sua inserção com cimento resinoso autoadesivo.

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Figura 16.69 Após a remoção dos exces-sos, fotopolimerização por 40 s.

Figura 16.70 Vista frontal do pino cimentado.

Figura 16.71 Vista palatina do pino cimentado.

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Figura 16.72 Vista lateral do pino cimentado.

Figura 16.73 Barreira em silicona confeccionada a partir de encera-mento prévio.

Figura 16.74 Proteção dos dentes vizinhos com tiras de poliestireno.

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Figura 16.75 Condicionamento com ácido fosfórico a 37% do es-malte e da dentina, por 30 e 15 s, respectivamente.

Figura 16.76 Remoção do ácido com jatos de ar e água.

Figura 16.77 Aspecto do dente após o condicionamento ácido seco, porém não desidratado.

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Figura 16.78 Aplicação do sistema adesivo convencional de dois passos.

Figura 16.79 Após a fotopolime-rização inicia-se a inserção da re-sina composta com o auxílio da barreira em silicona.

Figura 16.80 Obtenção da muralha palatina em resina composta trans-lúcida.

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Figura 16.81 Vista frontal da dispo-sição dos incrementos de dentina.

Figura 16.82 Vista lateral da dispo-sição dos incrementos de dentina.

Figura 16.83 Vista frontal dos in-crementos de resina translúcida no terço incisal da restauração entre os mamelos de dentina.

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Figura 16.84 Aspecto da restau-ração após a aplicação da resina de corpo ou de opacidade in ter-me diá ria entre as de esmalte e de dentina.

Figura 16.85 Aspecto da restaura-ção após os incrementos finais de esmalte.

Figura 16.86 Vista lateral depois da finalização da inserção da resina composta.

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Figura 16.87 Vista palatina da res-tauração finalizada.

Figura 16.88 Fotopolimerização fi-nal por 40 s em cada face.

Figura 16.89 Aspecto da restaura-ção logo após a remoção do isola-mento absoluto.

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Figura 16.90 Aspecto final da res-tauração em outra sessão depois do polimento. Vista palatina.

Figura 16.91 Vista frontal da restau-ração finalizada.

Figura 16.92 Detalhe da restaura-ção finalizada.

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Figura 16.93 Vista lateral. Note detalhe da textura obtida.

Figura 16.94 Note o sorriso da paciente externando alegria.

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�® Pinos intrarradiculares

(P� 2GRQWRORJLD� UHVWDXUDGRUD�� SRXFRV� DVVXQWRV� VmR�WmR� GLQkPLFRV� GR� SRQWR� GH� YLVWD� FLHQWt¿FR� TXDQWR� D�UHFRQVWUXomR�GH�GHQWHV�GHVSROSDGRV��7DO�IDWR�p�MXVWL¿-

cável pela enorme quantidade de dúvidas e incertezas

associadas, bem como pelo elevado arsenal de mate-

riais e técnicas disponíveis.

Como descrito anteriormente, os núcleos de preen-

chimento ou restaurações diretas extensas em geral

precisam de um meio auxiliar de retenção. Quando

indicado o emprego de materiais de preenchimento

para confecção dos núcleos, os pinos pré-fabricados

intrarradiculares têm sido recomendados.

Com base em levantamentos atuais, esses pinos

apresentam três funções:

Ɣ Proporcionar retenção para o material de preen-

FKLPHQWR�RX�UHVWDXUDomR�GLUHWD�¿QDO Ɣ Diminuir a ocorrência de fraturas radiculares8,10,23

Ɣ Minimizar a complexidade de fraturas coroná-

ULDV�HP�GHQWHV�DQWHULRUHV��SLQRV�GH�¿EUD��

Plasmans et al.27�DYDOLDUDP�D�H¿FiFLD�UHWHQWLYD�GRV�pinos e, apesar de concluí rem ser esta indiferente esta-

tisticamente para os núcleos em resina composta, con-

sideraram que seu uso pode ser necessário. Atualmen-

te é bem relatado e unânime na literatura que os pinos

intrarradiculares exercem importante papel na retenção

GH�Q~FOHRV�GH�SUHHQFKLPHQWR�RX�UHVWDXUDo}HV�GLUHWDV�¿-

nais, tanto que grande parte das pesquisas mais recentes

visa melhorar a retenção desses pinos ao conduto radicu-

lar por meio dos procedimentos de cimentação.

2V�PHVPRV�DXWRUHV��HQWUHWDQWR��FKDPDP�D�DWHQ-

ção para o fato de que um pino pode causar uma fra-

tura dental não passível de ser reparada. Em razão de

suas características quí micas e mecânicas, como alto

módulo de elasticidade e elevada rigidez, os pinos

metálicos e cerâmicos podem aumentar a incidência

de fratura radicular.5�$�SDUWLU�GH�������SLQRV�GH�¿EUD�GH�carbono e vidro começaram a ser estudados e utiliza-

dos. Sua proposta de inovação se deu exatamente por-

que apresentam vantagens como melhor distribuição

de tensões durante os esforços mastigatórios, visto que

seu módulo de elasticidade é próximo ao da dentina

�SRUWDQWR��PHQRV�UtJLGR���RULJLQDQGR�PHQRV�WHQV}HV�j�dentina radicular8 e diminuindo o risco de fraturas ra-

GLFXODUHV��7DEHOD�������Em relação à possibilidade de os pinos intrarradi-

culares reforçarem ou não a estrutura dental, trabalhos

laboratoriais e clínicos, dentre eles os de Albuquerque

et al.,23 Guzy e Nicholls13 e Ross,48 concluí ram que

eles não aumentam a resistência de tais dentes. Trope

et al.49 mostraram ainda que o preparo de um canal

radicular para receber um pino enfraquece seriamente

a raiz, o que não é recompensado pela sua cimentação.

Tabela 16.1 Características mecânicas de diferentes pinos pré-fabricados, dentina, esmalte e resina composta.

Material Resistência flexural MPa* Módulo de elasticidade/GPa* Diâmetro das fibras (!m)*

White Post DCTM (FGM) No mínimo 800 (normalmente entre 1.100 e 1.300)

20 a 50 (normalmentede 35 a 50)

13

Cosmo PostTM (Ivoclar Vivadent)

> 800 210 N/A

FRC Postec PlusTM (Ivoclar Vivadent)

1.050 MPa ± 50 48 ± 2 14

D.T. Light PostTM (Bisco) ND ND ND

C-PostTM (Bisco) ND ND ND

Exacto TranslúcidoTM** (Angelus)

700 a 1.015 13,2 a 26,7 50 a 70

ExactoTM (Angelus) 856 40 10 a 13

Reforpost MixTM (Angelus) 950 40 10 a 13

ReforpostTM (Angelus) 856 40 10 a 13

Dentina N/A 20 N/A

Esmalte N/A 94 N/A

Resina composta N/A 17 N/A * Valores médios a partir dos resultados de Galhano et al.,54 Stewardson et al.56 e informações dos fabricantes. ** Valores considerando características dos pinos de números 1, 2 e 3.

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690� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 691

Já a porção coronária de dentes despolpados debili-

WDGRV�SRGH�VHU�EHQH¿FLDGD�SHOR�UHIRUoR�TXH�RV�SLQRV�podem promover na região, conduzindo parte das ten-

sões recebidas pela coroa às raí zes, diminuindo os ris-

cos de uma fratura coronária.50,51

Quanto a uma provável terceira função descrita

para um pino, a de minimizar a complexidade de fratu-

ras coronárias em dentes anteriores, pode-se dizer que

essa é menos estudada, portanto mais questionável. Aos

ROKRV�GRV�FRQFHLWRV�GD�PHFkQLFD� �SRQWR�GH� IXOFUR�RX�HIHLWR�DODYDQFD��p�TXH�HVVH�DVSHFWR�SRGH�WHU�IXQGDPHQ-

to. Um dente anterior tratado endodonticamente tem o

seu ponto de fulcro no nível da crista óssea. No caso de

traumatismo mecânico, esse dente tende a fraturar no

nível da crista óssea, invadindo o espaço biológico. A

partir do momento em que um pino é cimentado den-

tro do conduto radicular, o ponto de fulcro muda au-

tomaticamente para a extremidade coronária do pino.

Teoricamente, dessa maneira as fraturas tendem a ser

supragengivais, o que torna a resolução do caso muito

menos complexa, havendo melhor prognóstico estéti-

co e funcional. Para que esta hipótese seja elucidada

são necessários estudos de acompanhamento clínico.

Contudo, para que a teoria do ponto de fulcro tenha

sucesso, é preciso atender rigorosamente aos princípios

que regem o posicionamento ou extensão radicular e

coronária dos pinos. A retenção do pino ao conduto ra-

dicular e ao núcleo de preenchimento também depende

GHVVHV�SULQFtSLRV��)LJXUD������$��3RU�¿P��SDUD�LQGLFDU�FRUUHWDPHQWH�XP�SLQR�SUp�ID-

bricado intrarradicular, devemos criteriosamente ava liar,

SHORV�H[DPHV�FOtQLFR�H� UDGLRJUi¿FR�� D� HVWUXWXUD�GHQWDO�UHPDQHVFHQWH��)LJXUD������%���D�TXDOLGDGH�GR�WUDWDPHQ-

to endodôntico e as condições da raiz. A necessidade e

os riscos no preparo de um canal radicular para receber

um pino também devem ser levados em consideração

para a decisão de utilizá-lo ou não.

Pinos intrarradiculares em dentes anterioresA complexa dinâmica da mastigação pode ser compreen-

dida a partir do momento em que se conhecem os con-

ceitos da física sobre vetores de forças aplicados ao

sistema estomatognático e os princípios biológicos e

estruturais dentários. A estabilidade oclusal, ou seja, a

Figura 16.95 A. Conduto radicular após a desobstrução da guta percha mantendo os 4 mm apicais. Note que a maior altura incisal foi mantida respeitando um mínimo de 2 mm, espaço este que garante forma de resistência ao material restaurador e, em se tratando de preenchimento, ele deve atravessar todo o material do núcleo. Note ainda que o braço de resistência (in-serção do pino na raiz) é maior que o braço de potência (altura inicisal do pino), separados por motivos didáticos. B. Estrutura dental remanescente de 2 mm representa condição clínica favorável à utilização dos pinos pré-fabricados intrarradiculares.

A B

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692� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 693

correta oclusão e desoclusão, possibilitam compreen-

der como os dentes suportam as forças mastigatórias

funcionais que variam de 890 kg, em dentes anterio-

res, até 8.900 kg, nos posteriores.4 Além da intensi-

dade da força incidida o seu direcionamento também

varia em dentes anteriores e posteriores.

Nos dentes anteriores, incisivos e caninos, as

cargas que incidem durante o processo mastigatório

são predominantemente de cisalhamento.6,12,52 Essas

forças sobre a coroa dentária podem provocar o deslo-

camento da restauração protética e, ao mesmo tempo,

fraturar dentes com grande perda de estrutura sadia e

enfraquecidos pelo tratamento endodôntico. Somado

ao tipo de força incidente, o conhecimento das indi-

cações e as razões de utilização dos pinos intrarradi-

culares são fundamentais para entender por que seu

uso é mais frequente em dentes anteriores. Estes têm

menor presença de estrutura dental e menor volume

de câmara pulpar, o que é uma importante va riá vel

no auxílio da retenção do material de preenchimento

quando comparados com os dentes posteriores. Sob a

premissa de retenção, decidir sobre a necessidade ou

não da colocação do pino na maioria das vezes somen-

te será possível após se ter removido todo o tecido

cariado e/ou restaurações antigas e, dessa maneira,

analisar quantidade e qualidade de estrutura dental re-

manescente, e determinar se o futuro núcleo de preen-

chimento exigirá um meio adicional de retenção.

Pinos intrarradiculares em dentes posterioresA carga mastigatória que incide sobre os molares é

predominantemente de compressão.52 Em relação à re-

tenção, isso por si só já é mais favorável por causa da

menor possibilidade de deslocamento do material de

preenchimento. Além disso, como nesses elementos

dentais é maior a presença de estrutura dental e maior

volume de câmara pulpar comparativamente com os

dentes anteriores, a indicação desses pinos é menos

frequente. Diante da necessidade dos pinos, nos den-

tes superiores o canal de escolha é o palatino e, nos

molares inferiores, o canal distal é eleito com mais

fre quência. Estas escolhas são ba sea das em acesso e

amplitude desses canais radiculares. Quando indicado,

VRPHQWH�XP�SLQR��QD�PDLRULD�GDV�YH]HV��p�VX¿FLHQWH��entretanto, mais de um pode ser utilizado, respeitando-

se obviamente canais atrésicos e curvos com desobs-

truções menos profundas do que os preparos radicula-

UHV�FRQYHQFLRQDLV��)LJXUD��������Duas situações em dentes posteriores merecem

atenção especial. A primeira é reconstruir dentes des-

polpados, cujo planejamento determina o pino como

futuro apoio para uma prótese parcial removível.

Além das cargas de compressão, as de cisalhamento

também incidem nessa situação. Deveremos, portan-

to, sempre empregar os pinos.53 A segunda refere-se à

Figura 16.96 Quando mais de um pino intrarradicular for necessário, o preparo do conduto radicular do segundo pino geralmente é menos profundo por causa dos canais atrésicos e curvos. Os condutos de eleição na primeira escolha são, na maioria das vezes, mais amplos e retos (p. ex., distal de molares inferiores e palatino de molares e pré-molares, quando se aplica, nos superiores).

par ticularidade anatômica dos pré-molares. Seu colo

cervical é mais estreito em relação à coroa clínica,

além de ter uma câmara pulpar pouco ampla. Soma-

das a isso, forças de cisalhamento também estão as-

sociadas às de compressão, tornando, de certo modo,

um pouco mais polêmico o critério utilizado para se

indicar ou não um pino. Assim, o uso do pino é mais

frequente em pré-molares que em molares.54

�® Classificação dos pinos pré-fabricados

É enorme a variedade de pinos pré-fabricados quanto

j� FRPSRVLomR�� WLSR�� IRUPD� DQDW{PLFD� H� FRQ¿JXUDomR�VXSHU¿FLDO��7DEHOD��������&DGD�WLSR�GH�SLQR�WHP�FDUDF-WHUtVWLFDV�SUySULDV��SRUWDQWR�p�LPSRUWDQWH�FODVVL¿Fi�ORV�SDUD�IDFLOLWDU�VXD�VHOHomR��7DEHOD�������

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692� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 693

Composição dos pinos%DVLFDPHQWH��RV�SLQRV�SUp�IDEULFDGRV�LQWUDUUDGLFXODUHV�H� LQWUDGHQWLQiULRV� SRGHP� VHU� FODVVL¿FDGRV� HP�PHWi-OLFRV�H�QmR�PHWiOLFRV��2V�SLQRV�PHWiOLFRV�SRGHP�VHU�GH�WLWkQLR�RX�DoR�LQR[LGiYHO��2V�QmR�PHWiOLFRV�SRGHP�VHU�VXEFODVVL¿FDGRV�HP�¿EURUUHVLQRVRV�RX�GH�GLy�[LGR�GH�]LUF{QLR��2V�¿EURUUHVLQRVRV�SRGHP�VHU�DLQGD�VXE-

FODVVL¿FDGRV�HP�HVWpWLFRV�±�¿EUD�GH�YLGUR�H�¿EUD�GH�FDUERQR�UHYHVWLGD�GH�¿EUD�GH�YLGUR�±�H�QmR�HVWpWLFRV�±�FRPSRVWRV�GH�¿EUD�GH�FDUERQR�

Recentemente, foram desenvolvidos pinos in-

WUDUUDGLFXODUHV�GH�¿EUD�GH�YLGUR�WUDQVO~FLGRV��6HX�RE-

jetivo é transmitir luz até as re giões mais profundas

do canal radicular para polimerizar cimentos resinosos

TXH�QHFHVVLWHP�GH�OX]��$VVLP��XPD�QRYD�FODVVL¿FDomR�p�QHFHVViULD��7DEHOD��������2V�SLQRV�HP�¿EUD�GH�YLGUR�podem ser designados, então, como opacos ou con-

YHQFLRQDLV��H�WUDQVO~FLGRV��)LJXUD���������6REUH�D�UHDO�capacidade de transmitir luz, estudos recentes não têm

mostrado bons resultados; entretanto, estes aspectos

serão oportunamente discutidos.

Pinos metálicos2V� SLQRV� PHWiOLFRV� WrP� EDL[R� FXVWR�� QmR� UHTXHUHP�WpFQLFDV�QHP�FLPHQWRV�HVSHFLDLV�QD�VXD�¿[DomR�H�FRQ-

WDP� FRP� DPSOD� H[SHULrQFLD� FOtQLFD�� 2XWUD� SURSULH-dade que também se pode destacar é sua excelente

Tabela 16.2 Tipo e composição quí mica de diferentes pinos de diferentes fabricantes.

Material Fabricante Tipo Composição quí mica

White Post DCTM FGM Produtos Odontológicos

Translúcido Fibra de vidro (80%-+5), resina epóxi (20%-+5), carga inorgânica (sílica), silano e promotores de polimerização

D.T. Light PostTM Bisco, INC. Translúcido Fibras de quartzo e matriz resinosa

FRC Postec PlusTM Ivoclar Vivadent Translúcido Trietilenoglicoidimetacrilato (7,6%), uretanodimetacrilato (18,3%), dió xido de silício (0,9%), fluoreto de térbio (11,4%), catalisadores e estabilizadores (< 0,3%)

Cosmo PostTM Ivoclar Vivadent Convencional Zircônio (> 99% em peso)

Fibrekor PostTM Pentron Clinical Technologies, LLC.

Translúcido BISGMA, UDMA, HDDMA, bário, vidros, sulfato de bário, fibras de vidro. Iniciadores: DEAEMA, BHT, agentes foto e termopolimerizáveis, absorventes UV, agente de união silano. Contém alumina

Aesthet PlusTM Bisco,Inc. Convencional Fibras de quartzo (60%), resina epóxi (40%)

C-PostTM Bisco Convencional 100% fibra de carbono

ExactoTM Angelus Convencional Fibras de vidro (87%), resina epóxi (13%), filamento interno em aço inoxidável

Reforpost MixTM Angelus Convencional Fibras de carbono (5%), fibras de vidro (80%), resina epóxi (15%)

ReforpostTM Angelus Convencional Fibras de vidro (quartzo) (85%),resina epóxi (15%)

Exacto translúcidoTM

Angelus Translúcido Resinas fenólicas e não fenólicas, catalisadores de ação térmica, óleos graxos e seus derivados (20%), e fibras de vidro (80%)

Figura 16.97 Pino translucente.

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694� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 695

radiopacidade, importante para avaliações de sua

DGDSWDomR�H�SURVHUYDomR�FOtQLFD��1D�)LJXUD�������SR-

de-se notar, comparativamente, a radiopacidade dos

pinos de aço inoxidável e titânio em relação aos pinos

¿EURUUHVLQRVRV� �)LJXUD���������6XDV�GHVYDQWDJHQV�¿-

cam por conta da ausência de estética, da possibilidade

de sofrerem corrosão, pelo fato de não possibilitarem

adesão aos cimentos e materiais de preenchimento re-

sinosos e, principalmente, pelo alto módulo de elasti-

cidade, sendo altamente rígidos.

Pinos de fibra de carbono2V�SLQRV�FRQIHFFLRQDGRV�HP�¿EUD�GH�FDUERQR�DSUHVHQ-

tam adesão aos materiais resinosos, resistência à cor-

rosão, maior facilidade de ser removidos do conduto

radicular quando necessário, se comparados com os de

¿EUD�GH�YLGUR��H�SULQFLSDOPHQWH�PyGXOR�GH�HODVWLFLGD-de próximo ao da dentina, propriedade esta que torna

possível melhor distribuição das forças mastigatórias

ao longo da raiz, minimizando a possibilidade de fra-

tura. Como desvantagens podem-se citar a ausência de

estética, devida à sua cor escura, e menor radiopacida-

GH��)LJXUDV������H���������1D�PDLRULD�GRV�FDVRV��HP�especial nas restaurações indiretas, a coloração escura

não interfere no resultado estético. Contudo, o proble-

ma relacionado com a descoloração destes pinos foi

parcialmente solucionado a partir do revestimento de-

OHV� FRP�TXDUW]R� RX�¿EUDV� GH� YLGUR�� R� TXH�PHOKRURX�as características ópticas sem perder suas vantagens.

Nota-se hoje uma tendência do mercado a abolir o uso

deste tipo pino em virtude de possível prejuí zo do re-

VXOWDGR�HVWpWLFR�¿QDO�

Quando consideramos as características mecâni-

FDV�GH�SLQRV�PHWiOLFRV�H�¿EURUUHVLQRVRV��SRU�WRGRV�RV�aspectos já discutidos, são perfeitamente compreensí-

veis os padrões ou tipos de falha observadas clinica-

PHQWH�H�PRVWUDGDV�SRU�WUDEDOKRV�ODERUDWRULDLV��2�WLSR�de falha mais comum com pinos metálicos ou núcleos

metálicos fundidos é a fratura radicular denominada

FDWDVWUy¿FD��)LJXUD�������R�TXH��QD�PDLRULD�GDV�YH]HV��condena o dente à exodontia. Já as falhas observadas

FRP�SLQRV�¿EURUUHVLQRVRV�H�Q~FOHRV�GH�SUHHQFKLPHQWR�em resina composta são, na maioria, fraturas do pino

ou deslocamento do conjunto pino/núcleo de preen-

FKLPHQWR��)LJXUD���������(VVDV�IDOKDV�SRVVLELOLWDP�XP�reparo ou uma nova restauração.55

Figura 16.98 Radiografia que mostra as diferentes radiopacidades dos materiais utilizados em pinos pré-fabricados: aço inoxi-dável – 2 e 6; titânio – 1, 3, 4 e 5; fibra de carbono – 8, 10 e 12; fibra de vidro – 7, 9, 11, 13 e 15; dió xido de zircônio – 14.

Figura 16.99 Característica da maioria das falhas observa-das com pinos fibrorresinosos e núcleos de preenchimento em resina composta. O conjunto pino/núcleo se deslocou em um único bloco. A integridade radicular foi mantida, possibilitando a confecção de um novo pino/núcleo de preenchimento.

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694� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 695

Pinos de fibra de vidroSão, atualmente, os mais utilizados por causa da es-

tética. Embora apresentem propriedades mecânicas

satisfatórias, estas são um pouco inferiores compa-

UDWLYDPHQWH�FRP�RV�SLQRV�GH�¿EUD�GH�FDUERQR56� �7D-EHOD� �������$� SURPHVVD� GH� WUDQVPLVVmR� GH� OX]� SHORV�fabricantes tem contribuí do, erroneamente, para im-

pulsionar ainda mais seu uso. Morgan et al.57 avalia-

ram, em um estudo laboratorial, a quantidade de ener-

gia luminosa transmitida através de diversos pinos de

¿EUD�WUDQVO~FLGRV��(P�FRQFRUGkQFLD�FRP�RXWURV�HVWX-

dos,58-63 concluiu-se que os pinos translúcidos trans-

mitem, sim, a luz até as re giões mais profundas do

conduto, entretanto, as quantidades são extremamente

EDL[DV�H�SDUHFHP�LQVX¿FLHQWHV�SDUD�D�DGHTXDGD�SROL-merização de cimentos resinosos fotopolimerizáveis

ou de dupla polimerização. Calculou-se ainda nesse

estudo, a partir dos valores obtidos, quanto tempo de

ativação seria necessário para polimerizar os cimen-

tos que dependem da luz no seu processo de reação

de polimerização nos terços cervical, médio e apical,

resultando em 90, 200 e 570 s, respectivamente. Esse

tempo pode tornar mais complexa a prática clínica.

Na mesma linha de estudos, os autores rea li zaram

novas avaliações quantitativas de transmissão de luz,

microdureza dos cimentos resinosos após simulação

do processo de cimentação e resistência ao desloca-

PHQWR� �push-out���7RGRV�RV� WUDEDOKRV� WLYHUDP�FRPR�va riá vel os efeitos da transmissão de luz. Não sur-

preendentemente, os achados mostraram que a quan-

tidade de luz transmitida através do pino, no tempo

clínico indicado pelos fabricantes, não tem nenhuma

LQ�ÀXrQ�FLD�QD�PLFURGXUH]D�GR�FLPHQWR�QHP�QD�UHVLV-tência ao deslocamento.64 De modo algum tais estu-

GRV�FRQWUDLQGLFDP�R�XVR�GHVVHV�SLQRV��2�TXH�HOHV�VX-

gerem é que os pinos não devem ser cimentados com

adesivos e/ou cimentos que dependam da luz em seu

processo de polimerização, fato bem esclarecido pelo

estudo de Abou-Id et al.,65 no qual foram avaliados di-

ferentes adesivos e cimentos resinosos quanto ao tipo

de reação quí mica e à qualidade da camada híbrida.

Esse trabalho mostrou que a associação entre o adesi-

vo e o cimento resinoso autopolimerizáveis apresen-

tou os melhores resultados. Quando um adesivo que

depende da energia luminosa, fotopolimerizável ou

dual, foi associado ao cimento autopolimerizável, os

UHVXOWDGRV�IRUDP�LQIHULRUHV��3RU�¿P��D�DVVRFLDomR�HQ-

tre o adesivo e o cimento fotopolimerizáveis mostrou

os piores resultados. Portanto, se a técnica escolhida

para a cimentação dos pinos for a adesiva por hibridi-

zação, recomendamos materiais autopolimerizáveis,

uma vez que efeitos indesejáveis da incompleta po-

limerização incluem toxicidade, piores propriedades

mecânicas e adesivas.66-70

Pinos de dió xido de zircônio

Estes pinos têm excelente estética, radiopacidade, não

sofrem corrosão e podem ser utilizados pela técnica

direta, por meio dos pinos pré-fabricados, e indireta

associados às cerâmicas fundidas e injetadas. Quanto

às desvantagens, salientamos o alto módulo de elastici-

dade, que é maior que o dos pinos metálicos. Embora

seja considerada uma vantagem por alguns autores, tal

característica lhes confere um comportamento clínico

VHPHOKDQWH�DR�GRV�SLQRV�PHWiOLFRV��)UDWXUDV�FDWDVWUy¿-

FDV�WDPEpP�SRGHP�VHU�FRPXPHQWH�YHUL¿FDGDV�HP�VXDV�IDOKDV��$LQGD�FRPR�GHVYDQWDJHQV�SRGHP�VH�FLWDU�D�GL¿-

FXOGDGH�GH�VHU�FRUWDGRV��)LJXUD���������RX�SUHSDUDGRV��e de ser removidos do canal caso seja necessário, o alto

FXVWR�H�QmR�VHUHP�SDVVtYHLV�j�DomR�GR�iFLGR�ÀXRUtGULFR��portanto proporcionam menor adesão a materiais resi-

nosos empregados como núcleo de preenchimento. Por

tais características e limitações, estes pinos têm sido

pouco utilizados pelos cirur giões-dentistas.

Figura 16.100 Por causa de sua elevada dureza, os pinos de zircônia são difíceis de ser cortados.

Forma anatômicaUm pino intrarradicular pode ser dividido em duas

porções: radicular e coronária. A porção coronária terá,

geralmente, a forma cilíndrica. Esta porção é a respon-

sável por interagir e reter o material de preenchimen-

to. Já a porção intrarradicular tem o objetivo de prover

retenção ao canal. A íntima adaptação do pino à raiz é

hoje considerada o aspecto mais importante de retenti-

vidade.71 Além dos diferentes ângulos de conicidades,

os pinos podem ser: de dupla conicidade, cilíndricos,

cilíndricos com dois estágios e cilíndricos com ex-

WUHPLGDGH�F{QLFD��2V�GLIHUHQWHV�SHU¿V�GRV�SLQRV�SUp�fabricados podem ser vistos com maiores detalhes na

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696� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 697

)LJXUD� ������$� HVFROKD� GR� GLk�PH�WUR� �)LJXUD� ���������FRQLFLGDGHV�HVSHFLDLV��)LJXUD���������H�GH�XP�IRUPDWR�RX�RXWUR��)LJXUD�������GHYH�VHPSUH�OHYDU�HP�FRQVLGH-UDomR�D�DQDWRPLD�GR�FRQGXWR�UDGLFXODU��)LJXUD���������

Por motivos óbvios, os pinos cilíndricos promo-

vem maior retenção intrarradicular do que os cônicos.

Entretanto, para receber um pino cilíndrico os prepa-

ros radiculares exigem maior desgaste de estrutura

dental, havendo adelgaçamento das paredes do terço

DSLFDO��)LJXUD���������72�3LQRV�FLOtQGULFRV��RX�SDUDOH-ORV��FRP�H[WUHPLGDGH�F{QLFD�H�FLOtQGULFRV�GH�GRLV�HV-WiJLRV�IRUDP�GHVHQYROYLGRV�D�¿P�GH�UHGX]LU�R�GHVJDVWH�da dentina radicular no terço apical, onde o diâ me tro

radicular é menor.

É sob o paradigma conservador que os pinos

têm, em especial os mais recentemente desenvolvi-

dos e lançados, a porção radicular na forma cônica.

A conicidade da porção radicular dos pinos possi-

bilita a adaptação às paredes internas do conduto,

respei tando a anatomia radicular, preservando maior

quantidade de dentina principalmente no terço apical

�)LJXUD� ��������� 6XD� SULQFLSDO� YDQWDJHP�p� D�PHOKRU�adaptação à maioria dos canais radiculares, ao passo

que as desvantagens são menor retenção e efeito cunha

SURGX]LGR�QD�UDL]��2�HIHLWR�FXQKD�DXPHQWD�D�LQFLGrQ-

cia de fraturas radiculares causadas pela concentração

de tensões. Entretanto, com os pinos atualmente con-

IHFFLRQDGRV�FRP�PDWHULDLV�¿EURUUHVLQRVRV�H�R�XVR�GH�cimentação adesiva, estas desvantagens associadas ao

emprego de pinos com comprimento adequado podem

ser minimizadas.

Figura 16.101 Pinos de diferentes diâ me tros (da esquerda para a direita números 0,5, 1, 2, 3, 4, White Post DC, FGM).

Figura 16.102 Comparação visual de pinos com diferentes conicidades. Em A um pino específico para canais com co-nicidade excessiva e em B um pino para condutos com conicidade menos acen tuada.

Figura 16.103 Prova de diferentes pinos no canal radicu-lar excessivamente cônico. Note que em A há notável de-sadaptação do pino às paredes radiculares; já em B uma íntima relação do pino e paredes do canal foi obtida com a utilização de um pino cujo diâ me tro dos terços médio e cervical é maior.

A B

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696� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 697

Configuração superficial2V� SLQRV� LQWUDUUDGLFXODUHV� SRGHP� VHU� URVTXHi�YHLV��VHUULOKDGRV�RX�OLVRV��2V�URVTXHi�YHLV�VmR�FRQVLGHUDGRV�pinos ativos. Este tipo de pino promove retenção su-

perior aos demais, que são considerados passivos. Sua

indicação recai sobre dentes com alguma limitação de

comprimento do preparo intrarradicular. Por ser um

pino cuja técnica exige rosqueamento na raiz, origina

tensões na dentina. Por esse motivo, a técnica preconi-

za retornar um quarto de volta após o travamento para,

dessa maneira, minimizar a tensão residual sobre as

estruturas dentárias. Em virtude de tal limitação e de

serem metálicos, eles estão em desuso.

Figura 16.104 Prova de um pino cilíndrico no conduto ra-dicular. Este tipo de pino exigiria maior desgaste no terço apical do espaço do pino para conseguir um adequado as-sentamento. Entretanto, em caninos e incisivos inferiores ele pode ser uma boa opção, já que estes canais geralmen-te são cilíndricos.Figura 16.105 Prova de pinos cônicos no conduto radicular. Forma anatômica mais próxima da anatomia do conduto.

Figura 16.104 Figura 16.105

Tabela 16.3 Combinações recomendadas entre tipos de pinos quanto à composição, ao tipo de cimento e ao material de confecção do núcleo de preenchimento.

Pino Cimento Núcleo

Metálico Fosfato de zincoCimento de ionômero de vidro

AmálgamaIonômero de vidroResina composta

Zircônio Fosfato de zincoCimento de ionômero de vidroCimento resinoso

Ionômero de vidroResina compostaCerâmica injetada

Fibra de carbono Cimento de ionômero de vidroCimento resinoso

Ionômero de vidroResina composta

Fibra de vidro Cimento de ionômero de vidroCimento resinoso

Ionômero de vidroResina composta

2V�VHUULOKDGRV�H�OLVRV�HVWmR�GLVSRQtYHLV�HP�PD-

WHULDLV�¿EURUUHVLQRVRV�RX�FHUkPLFRV��3RU�QmR�LQGX]L-rem tensões à dentina radicular, são de fácil inserção

e, considerando todos os outros fatores já discutidos,

reforçam sua preferência de utilização em detrimen-

WR� GRV� URVTXHi�YHLV�� 2� IDWRU� SUHSRQGHUDQWH� SDUD� R�sucesso dos pinos serrilhados e lisos é atender aos

conceitos que regem suas indicações. Contudo, au-

PHQWDU�D�UXJRVLGDGH�VXSHU¿FLDO�GR�SLQR�FRP�R�MDWR�GH�y[LGR�GH�DOXPtQLR�����PLFU{PHWURV��SRGH�DXPHQ-

tar sua retenção.73

A Tabela 16.4 mostra os diferentes parâmetros de

FODVVL¿FDomR�GRV�SLQRV�SUp�IDEULFDGRV�

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Tabela 16.4 Diferentes parâmetros de classificação dos pinos pré-fabricados.

Parâmetros Classificação

Forma anatômica Conicidade única

Dupla conicidade

Cilíndricos (paralelos)

Cilíndricos com dois estágios

Cilíndricos com extremidade cônica

Configuraçãosuperficial

Lisos

Serrilhados

Rosqueá veis

Material deconfecção

Metálicos Titânio

Aço inoxidável

Não metálicos Dió xido de zircônio

Não estéticos Fibras de carbono

Estéticos Fibras de vidro ou quartzo Opacos ou convencionais

Translúcidos

Fibras de carbono revestidas de vidro ou quartzo

Cimentação dos pinos intrarradiculares pré-fabricadosPosto que o objetivo principal do pinos intrarradicula-

res é reter o material de preenchimento ou restauração

¿QDO�H�TXH�D�FLPHQWDomR�UHSUHVHQWD�XP�LPSRUWDQWH�SD-pel nesse aspecto para o sucesso dos procedimentos,

é preciso conhecer e entender os diferentes cimen-

tos, técnicas de cimentação, limites e possibilidades

de cada um, e sua interação com outros materiais e o

substrato dentinário.74,75 Estas va riá veis têm impacto

direto na qualidade da cimentação do pino.3-85

A partir das considerações até aqui discutidas, qual

cimento é mais indicado a cada tipo de pino consi de rando

R�PDWHULDO�GH�FRQIHFomR"�4XDLV�DV�YDQWDJHQV�H�MXVWL¿FD-tivas para utilizar um ou outro cimento? Estas e outras

perguntas serão respondidas no decorrer desta seção.

Para a cimentação dispomos hoje do cimento de

fosfato de zinco, ionômero de vidro e dos cimentos

UHVLQRVRV��3DUD�¿[DomR�GH�SLQRV�PHWiOLFRV��H�DTXL�VH�incluem os pré-fabricados e os núcleos metálicos fun-

didos, o cimento de fosfato de zinco e o de ionômero

de vidro podem ser utilizados com segurança. No que

se refere ao fosfato de zinco, vantagens como baixo

custo e a longa história de sucesso em uso clínico fa-

lam a seu favor. Contudo, este cimento, além de não

ser adesivo, tem módulo de elasticidade diferente do

GRV�SLQRV�¿EURUUHVLQRVRV�H��SRU�HVVD�UD]mR��GHVDFRQ-

VHOKD�VH�VXD�DVVRFLDomR�D�HVWHV�SLQRV��7DEHOD�������82

2�FLPHQWR�GH�LRQ{PHUR�GH�YLGUR�VXUJLX�QD�Gp-

cada de 1970 com melhores propriedades dos que

os disponíveis.43 Portanto, destaca-se o ionômero de

vidro, quando comparado com o fosfato de zinco,

para cimentação de pinos metálicos, tendo como

vantagens a adesão ao esmalte e à dentina, liberação

GH�À~R�U�H�R�FRH¿FLHQWH�GH�H[SDQVmR�WpUPLFD�VHPH-

lhante ao dente.

2V� FLPHQWRV� UHVLQRVRV� WrP� JDQKDGR� SRSXOD-

ridade e são, hoje, os mais estudados e utilizados

para cimentação graças às propriedades de esté-

tica, insolubilidade ao meio bucal e melhores pro-

priedades mecânicas. Mesmo que os benefícios da

cimentação adesiva sejam muito atrativos, a gran-

de variedade de tipos de polimerização e técnicas

disponíveis promove grande controvérsia e inquie-

tação entre clínicos e pesquisadores, uma vez que

UHVXOWDGRV� FRQWUDGLWyULRV� SRGHP� VHU� YHUL¿FDGRV� QD�literatura. A grande problemática que gira em tor-

no das cimentações adesivas com sistemas resinosos

convencionais começa pelas características do subs-

trato dentinário radicular. As variações de densidade

e orientação dos túbulos dentinários existentes nos

diferentes terços da dentina radicular são considera-

das um dos fatores responsáveis por menores valores

GH�IRUoD�DGHVLYD��)LJXUDV��������H����������$�PDLRU�densidade dos túbulos dentinários no terço cervical

proporciona maiores valores de adesão nessa região,

seguida pelos terços médio e apical que apresentam

menos túbulos dentinários respectivamente.74 Além

disso, o condicionamento ácido, o acesso dos pincéi s

tipo microbrush��)LJXUDV��������H���������H�D�WUDQV-missão de luz às re giões mais profundas do conduto

são limitados.

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2�WLSR�GH�SROLPHUL]DomR�GRV�FLPHQWRV�UHVLQRVRV�merece discussão à parte. Três são os tipos de cimento

disponíveis no mercado: autopolimerizável, fotopo-

limerizável e de dupla polimerização. A adequada

SROLPHUL]DomR�GHVVHV�FLPHQWRV�UHÀHWH�QDV�GXDV�LQWHU-faces adesivas: pino/cimento e cimento/substrato radi-

cular, que dependem diretamente da polimerização dos

cimentos resinosos que, por sua vez, depende da trans-

PLVVmR�GH�OX]�DWUDYpV�GR�SLQR��TXH�p�LQVX¿FLHQWH�SDUD�este propósito.57,83 Portanto, se a escolha para cimen-

tação de um pino intrarradicular recair sobre adesivos

e cimentos resinosos convencionais, recomendamos

que ambos sejam autopolimerizáveis. Exemplos de

DGHVLYRV� DXWRSROLPHUL]iYHLV��$OO� %RQG� ,,TM� �%LVFR���6FRWK%RQG�0XOWL�3XUSRVH�3OXVTM� ��0�(63(���$OOR\�%RQGTM ou LokTM��6',��H�R�)XVLRQ�'XUDOLQNTM��$QJH-OXV��� H�FLPHQWRV�DXWRSROLPHUL]iYHLV��&%�&HPHQWTM

e HiXTM��%LVFR���&HPHQW�3RVWTM��$QJHOXV���0XOWLOLQN�SpeedTM��,YRFODU�9LYDGHQW���&DVRV�FOtQLFRV�FXMD�WpFQL-ca de cimentação utiliza adesivos e cimentos resinosos

convencionais autopolimerizáveis estão detalhados

QDV�)LJXUDV��������D��������

Figura 16.106 Microscopia eletrônica de varredura da re-gião cervical de dentina radicular, túbulos em maior den-sidade e diâ me tro.

Figura 16.107 Microscopia eletrônica de varredura da re-gião apical de dentina radicular, túbulos em menor densi-dade e diâ me tro.

Figura 16.108 Pincel tipo microbrush tamanho ultrafino, adequado para conseguir acesso às re giões mais profundas do espaço do pino.

Figura 16.109 Pincel tipo microbrush tamanho regular, ina-dequado para conseguir acesso às re giões mais profundas do espaço do pino.

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Figura 16.110 Sorriso inicial do pa-ciente que mostra a fratura do den-te 21. Caso clínico rea li zado em conjunto com a aluna do mestrado em Dentística da Universidade Fe-deral de Minas Gerais, Dra. Adria-na Vieira Martins.

Figura 16.111 Vista intrabucal. Note a fratura na altura do terço cervical do dente.

Figura 16.112 Detalhe da fratura em vista frontal.

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700� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 701

Figura 16.113 Vista incisal. Note a extensão palatina da fratura.

Figura 16.114 Fragmento dentário. Note que as margens estão regulares.

Figura 16.115 Vista posterior do fragmento.

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702� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 703

Figura 16.116 Radiografia periapical que mostra a adequada quantidade de de-sobstrução do conduto, respeitando os 4 mm de remanescentes de guta percha.

Figura 16.117 Isolamento absolu-to do campo operatório. Note o afastamento do tecido gengival e a exposição satisfatória do dente.

Figura 16.118 Instrumento aque-cido iniciando a desobstrução da guta percha. 

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702� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 703

Figura 16.119 Após usar brocas de largo, segue-se a formatação do conduto com as pontas próprias do pino (White Post DC, FGM).

Figura 16.120 Desobstrução de acordo com a profundidade plane-jada controlada pelo cursor devi-damente posicionado.

Figura 16.121 Medição do pino de acordo com a quantidade de deso-bstrução, considerando o extremo incisal do mesmo dente como re-ferência.

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704� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 705

Figura 16.122 Prova do assenta-mento do pino.

Figura 16.123 Abertura coronária do fragmento na região correspon-dente à câmara pulpar e abertura endodôntica, espaço este destina-do ao pino.

Figura 16.124 Prova do fragmento com o pino em posição.

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704� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 705

Figura 16.125 Prova do fragmen-to com o pino em posição. Dessa maneira o fragmento será transfi-xado pelo pino.

Figura 16.126 Limpeza do pino com ácido fosfórico a 37% por 1 m.

Figura 16.127 Após a lavagem do ácido, procede-se à aplicação de silano e ao sistema adesivo auto-polimerizável (Lok, SDI).

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706� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 707

Figura 16.128 Condicionamento ácido do esmalte por 15 s.

Figura 16.129 Condicionamento da dentina, inclusive a intrarradicular, por 15 s, totalizando 15 s em den-tina e 30  s em esmalte. Note que a aplicação em dentina radicular deve ser iniciada pelo terço apical.

Figura 16.130 À medida que se des-peja o ácido, a ponta aplicadora deve ser recuada no sentido cervi-cal, aplicando-se o condicionador de modo que toda a extensão do espaço do conduto preparado para receber o pino receba o ácido.

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706� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 707

Figura 16.131 Secagem com cones de papel absorvente.

Figura 16.133 Volatilização do primer com suaves jatos de ar por 20 s. Figura 16.134 Aplicação do adesivo propriamento dito.

Figura 16.132 Aplicação do primer do sistema adesivo au-topolimerizável.

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Figura 16.135 Condicionamento do fragmento com ácido fosfórico a 37%.

Figura 16.136 Aplicação do mes-mo sistema adesivo no fragmento.

Figura 16.137 Após o cimento resi-noso autopolimerizável ser manipu-lado, ele é inserido no conduto ra-dicular por meio de pontas lentulo.

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708� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 709

Figura 16.139 Na se quência, insere-se o pino no conduto radicular.

Figura 16.138 Pincela-se o cimento no pino.

Figura 16.140 Pino em posição depois de cimentado.Figura 16.141 Simultaneamente, insere-se o cimento no orifício confeccionado no fragmento.

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Figura 16.145 Aspecto do fragmento imediatamente após sua fixação e remoção dos excessos.

Figura 16.142 Leva-se o fragmento em posição no rema-nescente dentário.

Figura 16.143 Transfixa-se o pino no fragmento.

Figura 16.144 Removem-se os excessos de cimento com auxílio de um pincel tipo microbrush. Não é preciso foto-polimerizar, pois o sistema adesivo e o cimento resinosos utilizados são autopolimerizáveis.

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710� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 711

Figura 16.147 Vista intrabucal pa-latina após a remoção do isola-mento absoluto.

Figura 16.146 Vista palatina depois da cimentação.

Figura 16.148 Vista intrabucal frontal depois do polimento. Note a maior altura incisal do fragmento em conse quência do seu posicio-namento original antes da ocor-rência da fratura.

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Figura 16.149 Detalhe do frag-mento fixado evidenciando a boa adaptação vestibular.

Figura 16.150 Aspecto do sorri-so do paciente. Em seguida, ele foi encaminhado para tratamento ortodôntico.

Figura 16.151 Paciente com den-te 11 com tratamento endodônti-co, alteração de cor e restauração inadequada.

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Figura 16.152 Após a consulta ini-cial, a paciente retornou com o dente 11 fraturado.

Figura 16.153 Depois do retrata-mento endodôntico (feito pelo Dr. Wilson Bambirra Júnior) iniciou-se a fase restauradora. Como a pa-ciente apresentava remanescente com mais de 2 mm de estrutura, foi indicado o pino pré-fabricado de fibras de vidro.

Figura 16.154 Isolamento absoluto e visua lização do conduto radicular.

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Figura 16.155 Adequação do ca-nal radicular com broca específica para o pino selecionado.

Figura 16.156 Prova do pino antes da cimentação.

Figura 16.157 Aplicação de ade-sivo autocondicionante quimica-mente ativado (Multilink – Ivoclar Vivadent).

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714� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 715

Figura 16.159 Reconstrução mor-fológica com resina composta opaca, simulando a dentina.

Figura 16.158 Pino cimentado com cimento quimicamente ativa-do (Multilink – Ivoclar Vivadent).

Figura 16.160 Aspecto final do preparo, pronto para cimentação.

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Figura 16.161 Condicionamento ácido por 15 s.

Figura 16.162 Lavagem do ácido an-tes da aplicação do sistema adesivo.

Figura 16.163 Cimentação de co-roa de porcelana pura em IPS Em-press Esthetic – TPD Telmo Rodri-gues Santos – Coterc.

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Figura 16.164 Vista frontal do sorriso após cimentação.

Figura 16.165 Vista lateral da coroa e dos dentes naturais.

Cimentos obturadores endodônticos que conte-

nham eugenol são desaconselháveis se o posterior

planejamento de cimentação do pino envolver siste-

PDV� UHVLQRVRV��2� HXJHQRO� UHPDQHVFHQWH� GR� FLPHQWR�obturador pode prejudicar o condicionamento ácido

da dentina e interferir negativamente no grau de poli-

merização do cimento resinoso. É necessário, então,

utilizar, ou planejar com o endodontista, um cimen-

WR�REWXUDGRU�OLYUH�GH�HXJHQRO��FRPR�07$�)LOODSH[TM

�$QJHOXV��� $+� 3OXVTM e Sealer 26TM� �'HQWVSO\��� H�SealapexTM��.HUU��

2XWUR�DVSHFWR�TXH�GHYH�VHU�OHYDGR�HP�FRQVLGH-ração para indicação desta técnica é que sua interface

adesiva parece degradar com o passar do tempo, le-

vando à diminuição gra dual da força de união, logo à

retenção do pino. Por tudo isso, a técnica adesiva con-

YHQFLRQDO� p� FRQVLGHUDGD� GHVD¿DGRUD� H� FRPSOH[D� SRU�ter etapas sensíveis e pelo grande número de passos

clínicos. Por tal razão, materiais que mantenham a es-

tabilidade da união entre o pino e o substrato radicular

estão sendo investigados.

Impulsionado pelas limitações e complexidade

da técnica dos cimentos resinosos, o cimento de io-

nômero de vidro voltou a ser estudado para a cimen-

tação. Testes de resistência de união que comparam o

cimento de ionômero de vidro com cimentos resinosos

convencionais mostram que, nos momentos iniciais

pós-cimentação, a força de união é maior para os ma-

teriais resinosos. Com o passar do tempo, as avalia-

ções mostraram redução da resistência de união dos

cimentos resinosos e aumento da adesão do material

LRQRPpULFR�� (VVH� UHVXOWDGR� SRGH� VHU� MXVWL¿FDGR� SHOD�expansão higroscópica sofrida pelo cimento de ionô-

mero de vidro dentro do conduto radicular.84 Além dis-

so, o menor custo e a simplicidade da técnica quando

comparado com os materiais resinosos são vantagens

que nos fazem considerar os materiais ionoméricos

uma opção interessante para cimentação de pinos in-

WUDUUDGLFXODUHV��)LJXUDV��������D���������

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718� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 719

Figura 16.166 Aspecto inicial do sorriso.

Figura 16.167 Vista intrabucal do caso inicial.

Figura 16.168 Note o evidente man-chamento, sinais clínicos de infil-tração marginal e forma inadequada das restaurações.

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718� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 719

Figura 16.169 Vista palatina após isolamento absoluto e desobstru-ção dos condutos radiculares con-forme planejamento prévio.

Figura 16.171 Prova da adaptação dos pinos ao conduto em vista in-cisal. Os pinos devem estar bem adaptados, pois uma boa adapta-ção é o fator preponderante em sua retenção.

Figura 16.170 Prova da quantidade de inserção radicular dos pinos de fibra de carbono (Reforpost, Ange-lus) em vista frontal.

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720� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 721

Figura 16.172 Cimentação dos pi-nos com cimento de ionômero de vidro (Ketac Cem, 3M ESPE).

Figura 16.173 Reconstrução dos dentes com resina composta. Note a manutenção da maior altura in-cisal dos pinos objetivando o pla-nejamento restaurador final com coroas totais.

Figura 16.174 Vista frontal dos pre-paros para coroas totais.

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Figura 16.175 Vista incisal dos preparos. Note que os pinos atra-vessam todo o material de preen-chimento. Desse modo obtém-se máxima retenção do material do núcleo de preenchimento ao pino.

Figura 16.176 Detalhe das coroas em porcelana (IPS Empress II, Ivo-clar Vivadent) – TPD Telmo Rodri-gues (COTERC-BH).

Figura 16.177 Aspecto final.

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Figura 16.178 Sorriso da paciente que evidencia um resultado final satisfatório.

&RP� EDVH� QD� LGHLD� GH� VLPSOL¿FDU� D� WpFQLFD� GH�cimenta ção, diminuindo os passos clínicos e a possi-

bilidade de erros por parte do operador, foram desen-

volvidos os materiais resinosos autoadesivos. Estes

materiais têm se mostrado promissores para cimen-

tação, pois apresentam bons resultados iniciais,27 téc-

nica simples e adesão à estrutura dentária; além dis-

so, têm características mecânicas semelhantes às dos

cimentos resinosos convencionais, sendo, portanto,

superiores aos ionoméricos. Apresentam insolubili-

GDGH�� UHVLVWrQFLD� ÀH[XUDO� H� ERD� DGHVmR� DVVLP� FRPR�

os materiais resinosos convencionais, porém sem a

necessidade de condicionamento ácido da dentina ou

de aplicação de um adesivo dental. Dentre as marcas

comerciais disponíveis podem-se citar Rely-X Unice-

mTM, Rely-X U-100TM e Rely-X U-2TM� ��0�(63(���seTTM��6',��H�%L¿[�6(TM��9RFR���(VWXGRV�FLHQWt¿FRV�clínicos e laboratoriais precisam ser desenvolvidos

para avaliação do seu comportamento ao longo dos

anos. A se quência clínica de cimentação com cimento

UHVLQRVR�DXWRDGHVLYR�SRGH�VHU� �YLVXD�OL]DGD�QDV�)LJX-

ras 16.179 a 16.203.

Figura 16.179 Aspecto ini-cial do caso. Note a co-loração do dente 11 que, obviamente, não satisfazia a paciente.

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722� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 723

Figura 16.180 Vista frontal intra-bucal. Além do escurecimento e excessos de resina no dente 11, podem-se notar placa e inflama-ção gengival.

Figura 16.181 Após raspagens e remoção inicial dos excessos de resina, observa-se significativa me-lhora no quadro gengival.

Figura 16.182 Isolamento absoluto do campo operatório.

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724� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 725

Figura 16.183 Remoção do pino metálico para o retratamento en-dodôntico rea li zado pelo Dr. Wil-son Bambirra Júnior.

Figura 16.184 Desobstrução da guta percha com brocas de largo.

Figura 16.185 Na se quência, for-matação do conduto com a bro-ca que acompanha o kit do pino Rely X Fiber Post (3MESPE).

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724� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 725

Figura 16.186 Prova do pino, quantidade de inserção radicular e adaptação ao conduto.

Figura 16.187 Vista palatina da prova do pino e depois de sua sec-ção cervical. Note a manutenção da maior altura incisal.

Figura 16.188 Condicionamento do pino com ácido fosfó-rico a 37%, por 1 min, para limpeza. Figura 16.189 Após a remoção do ácido aplica-se o silano.

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Figura 16.190 Inserção do cimento autoadesivo com a ponta aplicadora Elongation tip (Rely X Unicem, 3M).

Figura 16.192 Condicionamento com ácido fosfórico a 37% do den-te, por 15 s.

Figura 16.191 Aspecto do pino ci-mentado depois da remoção dos excessos.

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726� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 727

Figura 16.193 Vista palatina do aspecto final da reconstrução do dente com resina composta.

Figura 16.194 Vista frontal do den-te após a reconstrução.

Figura 16.195 Aspecto do dente após o preparo para coroa total.

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Figura 16.196 Coping confeccio-nado em cerâmica (In-Ceram YZ, VITA) – TPD Telmo Rodrigues (CO-TERC-BH).

Figura 16.197 Coping pronto para prova em boca.

Figura 16.198 Detalhe da prova do coping.

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728� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 729

Figura 16.199 e 200 Aplicação da porcelana de recobrimento (Vita VM9) – TPD Telmo Rodrigues (CO-TERC-BH).

Figura 16.199

Figura 16.200

Figura 16.201 Aspecto final da restauração.

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Figura 16.202 Sorriso da paciente. Note a harmonia e a naturalidade finais.

Não obstante toda essa discussão técnico-cien-

Wt¿FD��R� IDWRU�SUHSRQGHUDQWH�QD� UHWHQomR�GH�XP�SLQR�con ti nua a ser a retenção friccional. Uma boa adap-

tação do pino con ti nua sendo primordial para o su-

cesso restaurador. A função do cimento é tão somente

preencher os espaços entre o pino e o canal radicular,

favorecendo a retenção friccional. Deve-se lembrar,

SRU� ¿P�� TXH� QHQKXP� FLPHQWR� WHP� D� FDSDFLGDGH� GH�compensar preparos intrarradiculares em comprimen-

to inadequado ou um pino mal adaptado.52

Se quência de seleção, preparo e cimentação de pino intrarradicularA seguir serão descritos, passo a passo, a técnica clí-

nica e os detalhes associados, desde a seleção até a

cimentação de um pino intrarradicular.

Ɣ Passo 1: planejamento��5DGLRJUD¿DV�SHULDSLFDO�e interproximal de qualidade. Avalie a qualida-

de do tratamento endodôntico e a anatomia do

conduto radicular que receberá o pino. A radio-

JUD¿D� SHULDSLFDO� DX[LOLD� WDPEpP�QD� HVFROKD� GR�pino quanto a diâ me tro, comprimento e forma do

FDQDO�UDGLFXODU��)LJXUD����������3DUD�LVVR��DOJXQV�fabricantes disponibilizam até mesmo um gaba-

ULWR�TXH��SRVLFLRQDGR�VREUH�D�UDGLRJUD¿D�HP�XP�negatoscópio, orienta a seleção correta. A impor-

tância desse passo é ressaltada pelas evidências

de que a retenção dos pinos depende de uma ade-

quada adaptação e comprimento.71,85-87

Ɣ Passo 2: adaptação do pino. Selecione, dentre os

diferentes diâ me tros de pinos, o que melhor se

adapta ao conduto radicular em cada caso. Utili-

ze preferencialmente pinos cujo sistema disponi-

bilize a respectiva fresa para formatar o conduto

GH�DFRUGR�FRP�R�SLQR�D�VHU�FLPHQWDGR��2V�SLQRV�não devem ser desgastados para possibilitar seu

assentamento. Alguns kits vêm com fresas para

RV�SUHSDURV�LQLFLDO�H�¿QDO��1mR�GHL[H�GH�XWLOL]i�las na se quência correta, pois as brocas iniciais

somente desobstruem o conduto, enquanto as

Figura 16.203 Detalhes obtidos de textura semelhantes aos dentes na-turais da paciente.

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Figura 16.204 Preparo do conduto com brocas de largo.Figura 16.205 Formatação do conduto com brocas especí-ficas que acompanham seus respectivos pinos.

¿QDLV�FRQIHUHP�DR�FDQDO�UDGLFXODU�D�IRUPDWDomR�adequada para receber o respectivo pino. Nunca

se deve alargar demasiadamente o canal com o

objetivo de colocar um pino de maior diâ me tro.

2V�SUHMXt�]RV�FDXVDGRV�SHOD�SHUGD�GH�GHQWLQD�VDX-

dável se sobrepõem aos benefícios de um pino

mais resistente

Ɣ Passo 3: desobstrução do canal radicular. Ava-

OLH��QD�UDGLRJUD¿D�SHULDSLFDO��R�GLUHFLRQDPHQWR�GR�conduto a ser preparado em relação aos dentes vi-

zinhos. Recomenda-se iniciar este passo utilizando

um instrumento endodôntico aquecido, removendo

D�SRUomR�GH�JXWD�SHUFKD�GR� WHUoR�FHUYLFDO� �)LJX-

UD����������'HVVD�PDQHLUD��R�SUySULR�FDQDO�VHUYLUi�como guia para a fresa de preparação, diminuindo

os riscos de perfuração. Em seguida, use uma bro-

FD�GH�ODUJR��)LJXUD���������PDLV�¿QD�SDUD�GHVREV-truir o comprimento planejado com movimentos

intermitentes e sutis, penetrando posteriormente

XPD�EURFD� HVSHFt¿FD�GR�kit do pino selecionado

�)LJXUD����������1D�OLWHUDWXUD�SRGHP�VH�HQFRQWUDU�três diferentes teorias em relação ao comprimen-

to ideal de um pino: dois terços do comprimento

da raiz, porção apical localizada além da metade

da distância entre a crista óssea e o ápice radicular

e comprimento da porção radicular do pino igual

ou maior que a altura da coroa clínica do dente.9

Contudo, seria interessante empregar o pino mais

comprido possível para aumentar a retenção, além

de distribuir melhor as tensões ao longo de maior

extensão da raiz, respeitando 4 mm de material ob-

WXUDGRU�QR�iSLFH� UDGLFXODU� �)LJXUD������$���(VVH�cuidado visa manter selados os canais delta apicais

e, assim, evitar alterações periapicais. Em dentes

multirradiculares, selecione o conduto de maior

diâ me tro e menos curvo. Se nestes dentes, por al-

guma razão clínica, for preciso mais de um pino,

os mesmos critérios de seleção devem ser aplica-

dos; entretanto, ao se deparar com canais curvos,

por exemplo, esse segundo pino deve ser mais cur-

to. Sempre que houver dúvidas durante essa etapa,

IDoD� XP�QRYR� H[DPH� UDGLRJUi¿FR� SDUD� DYDOLDU� D�extensão e o direcionamento do preparo do condu-

to radicular

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Ɣ Passo 4: prova do pino. Insira o pino no conduto

SUHSDUDGR�FRP�R�REMHWLYR�GH�YHUL¿FDU�VHX�DVVHQ-

tamento, ou seja, se ele está inserido com a quan-

tidade planejada e desobstruí da do canal. Neste

PRPHQWR��FRP�R�DX[tOLR�GH�XPD�UDGLRJUD¿D��GH-YH�VH�YHUL¿FDU�WDPEpP�VH�R�SLQR�HVWi�EHP�DGDS-

tado às paredes laterais do conduto, o que favore-

ce sua retenção friccional, cuja importância está

bem esclarecida.88�$LQGD�QR�H[DPH�UDGLRJUi¿FR�deve-se observar se há re sí duos de material ob-

turador ao longo do canal radicular. Após a afe-

rição, sugere-se determinar a altura incisal ou

RFOXVDO� GRV� SLQRV��PDUFi�ORV� �)LJXUD� �������� H�cortá-los sob refrigeração. Recomenda-se que o

FRUWH�GR�SLQR�VHMD�IHLWR�DQWHV�GD�¿[DomR��1RV�PR-

mentos iniciais, os diversos cimentos que podem

ser utilizados não completaram ainda sua reação

de polimerização, portanto, manobras como o

corte dos pinos por fresas ou pontas adiamanta-

das podem promover vibração, causando algum

dano à sua retenção

Ɣ Passo 5: WUDWDPHQWRV�VXSHU¿FLDLV�GR�SLQR�H�FRQ-duto radicular. Primeiramente, faça a assepsia

dos pinos seguindo as recomendações do fa-

bricante. Podem-se empregar condicionamento

FRP� iFLGR� IRVIyULFR� �)LJXUD� �������� RX� HVIUH-gaço com ál cool. Na se quência, recomendam-se

os tratamentos adesivos na superfície do pino

FRPR�VLODQR�H�R�DGHVLYR�SURSULDPHQWH�GLWR��)L-JXUD� ��������� FDVR� R� FLPHQWR� HOHLWR� VHMD� XP�resinoso convencional. Quando o pino estiver

pronto para ser cimentado é que se devem fazer

RV�WUDWDPHQWRV�VXSHU¿FLDLV�QR�FRQGXWR�UDGLFXODU��Sua assepsia pode ser com clorexidina a 2% por

2 min, exceto para os cimentos Rely-X Unice-

mTM, U-100TM, U-2TM���0�(63(���SRLV��VHJXQGR�o fabricante, pode comprometer sua efetiva po-

limerização. Par ticularmente para o cimento de

fosfato de zinco, uma boa alternativa é o Cavi-

dry®� �3DUNHOO��89 Quando for utilizada a técnica

adesiva convencional, a dentina radicular deve-

rá receber condicionamento com ácido fosfóri-

FR�SRU��QR�Pi[LPR����� V� �)LJXUD��������� H� VHU�

Figura 16.206 Marcação do pino para corte determinando a altura incisal, que deve ser a maior possível respeitando o espaço de 2 mm para o material restaurador.

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732� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 733

lavada, removendo-se, em seguida, os excessos

GH�XPLGDGH��)LJXUD����������H�GHYHUmR�VHU�DSOL-cados o primer e o adesivo. Haverá variações no

número de passos para hibridização da dentina

radicular conforme a estratégia adesiva: se se

remove ou incorpora a smear layer e de acordo

FRP�D�VLPSOL¿FDomR�GH�FDGD�VLVWHPD�DGHVLYR�HP�par ticular. Se utilizado o cimento de ionômero

de vidro, deve-se apenas promover a limpeza do

pino e condicionar a dentina radicular com ácido

poliacrílico a 8 a 12%, cuja técnica de aplicação

é ativada por meio de esfregaço por 20 s, seguida

de lavagem e secagem. Aplicam-se ácido e ade-

VLYR��TXDQGR� UHTXHULGRV��2�FRQGXWR� UDGLFXODU�p�reconhecidamente uma região de difícil acesso,

especialmente seu terço apical. Para o condicio-

namento ácido deve-se iniciar a deposição do

terço apical para o cervical. Pontas metálicas lon-

JDV�IDFLOLWDP�HVWH�SURFHGLPHQWR��)LJXUDV����������������H����������-i�SDUD�D�DSOLFDomR�GR�primer

e/ou adesivo, um microbrush GR� WLSR� H[WUD¿QR�UHD�OL�]D�PHOKRU�WDO�WDUHID��)LJXUD����������5HPR-

va o ácido inicialmente com spray de ar e água

intermitentes em abundância e, na se quência,

utilize pontas de irrigação endodôntica para efe-

tivamente lavar os terços médio e apical. Após a

lavagem, remova os excessos de umidade com

auxílio de cones de papel absorvente

Figura 16.207 Ponta metálica para aplicação do ácido dentro do conduto radicular. Este tipo de ponta geralmente acompanha a seringa do ácido.Figura 16.208 Ponta alongadora do Rely-X Unicem possibilita bom acesso até as re giões mais profundas do conduto.Figura 16.209 Ponta alongadora do Rely-X Unicem possibilita a deposição uniforme do cimento ao longo do conduto.

Figura 16.207 Figura 16.208 Figura 16.209

Ɣ Passo 6: inserção do cimento. Alguns cimentos,

cuja apresentação comercial é na forma encapsu-

lada, têm pontas plásticas alongadoras próprias

�)LJXUD���������±�SRU�H[HPSOR�5HO\�;�8QLFHPTM

��0�(63(��±��TXH�SRVVLELOLWDP�D�GHSRVLomR�XQL-forme do cimento desde o terço apical até o ter-

oR�FHUYLFDO� �)LJXUD����������3DUD�RV�GHPDLV�FL-mentos podem-se usar pontas metálicas do tipo

&HQWUL[�� �&HQWUL[�� DGHTXDGDV� �)LJXUDV� �������H����������$SHVDU�GH� FRQWUDLQGLFDGR�SRU�YiULRV�fabricantes, acreditamos que a ponta espiral tipo

lentulo para inserção do cimento no conduto é

XPD� DOWHUQDWLYD� GH� DSOLFDomR� �)LJXUDV� ���������������H����������2�SRVVtYHO�FDORU�SURGX]LGR�QR�cimento por conta do uso desta ponta pode ser

minimizado com a redução do número de rota-

ções por minuto do contra-ângulo, evitando-se

acelerar o processo de presa do cimento. Pincelar

o cimento no pino imediatamente antes de sua

inserção melhora o contato entre eles. Após in-

serir o pino, deve-se aguardar o tempo de presa

inicial antes da confecção do núcleo de preenchi-

PHQWR�RX�UHVWDXUDomR�¿QDO��WHPSR�HVWH�TXH�YDULD�dependendo do cimento utilizado.

A Tabela 16.5 sumariza os passos operatórios ne-

cessários para cimentação dos pinos com os diversos

cimentos disponíveis.

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Figura 16.210 Ponta tipo Centrix com haste metálica alongadora possibilita acesso (A) e deposição uniforme do cimento ao longo do conduto (B-C).

A B C

Tabela 16.5 Passos operatórios necessários para cimentação dos pinos.

Pino Dente

Cimento Limpeza do pino Silano Adesivo Condicionamento ácido

Primer Adesivo

Cimento de ionômero de vidro Exige x x Exige x x

Cimento resinoso convencional Exige Exige Exige Exige Exige Exige

Cimento resinoso autoadesivo Exige x x x x x

Considerações importantes:

Ɣ 9HUL¿TXH� VH� DV� EURFDV� D� VHUHP� XWLOL]DGDV� HVWmR�girando de modo cêntrico e se o contra-ângulo

HVWi�EHP�UHJXODGR��%URFDV� WRUWDV�RX�DPDVVDGDV�e contra-ângulos com vibração excessiva podem

alargar desnecessariamente o conduto radicular,

GL¿FXOWDQGR�XPD�ERD�DGDSWDomR�GR�SLQR�H�UHVXO-tando em menor retenção

Ɣ Pinos cimentados devem ser, preferencialmente,

empregados por técnicas adesivas por todas as

razões já discutidas

Ɣ Deve-se empregar isolamento absoluto sem-

pre que possível, pois melhora a visua lização

e o acesso ao campo de trabalho, dá segurança

ao paciente quanto à aspiração ou deglutição

de brocas ou pinos, além de diminuir o risco de

contaminação por saliva ou sangue do canal, do

material de cimentação e de preenchimento

Ɣ Para a cimentação adesiva convencional, cujos

sistemas requerem a aplicação conjunta do ade-

sivo e do cimento resinoso tanto no canal quanto

no pino, recomenda-se o trabalho a quatro mãos.

Dessa maneira, pode-se evitar que o pino não

seja adequadamente assentado por causa da poli-

merização do adesivo

Ɣ Jateamento cuidadoso com óxido de alumínio

����PP��QD�VXSHUItFLH�GRV�SLQRV�SRGH�VHU� UHFR-

mendável para aumentar a área de superfície

disponível e, assim, proporcionar maior embri-

camento dos cimentos

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734� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 735

Figura 16.213 Ponta lentulo possibilita deposição uniforme do cimento ao longo do conduto.

Figura 16.212 Ponta lentulo possibilita acesso adequado às re giões mais profundas do conduto.

Figura 16.211 Ponta tipo Centrix com formato (A) ou diâ me tro (B) inadequados para acesso às re giões mais profundas do espaço do pino.

A B

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736� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 737

Ɣ Respeito integral aos procedimentos adesivos

de hibridização em suas diversas técnicas, assim

como nos adesivos restauradores convencionais

Ɣ 2� FLPHQWR� GHYH� ¿FDU� FRQ¿QDGR� DSHQDV� QR� LQ-

terior do conduto radicular. Excessos podem

SUHMXGLFDU�D� UHVLVWrQFLD�¿QDO�GD� UHVWDXUDomR�H�D�adesão DR�SLQR�GR�Q~FOHR�GH�SUHHQFKLPHQWR��2V�excessos devem ser removidos com pincéis des-

cartáveis antes que o cimento tome presa

Ɣ Para a cimentação de pinos metálicos, o cimento

de fosfato de zinco, desde que manipulado correta-

PHQWH��FRQIHUH�ÀXLGH]�DGHTXDGD�H�ERDV�SURSULHGD-des mecânicas. Desse modo, con ti nua sendo uma

boa alternativa à cimentação desse tipo de pino

Ɣ Pinos pré-fabricados metálicos rosqueá veis es-

tão em desuso, em virtude da tensão nas paredes

radiculares. No entanto, se por alguma razão o

SUR¿VVLRQDO� IRU� XWLOL]DU� HVVH� WLSR� GH� SLQR�� DSyV�rosqueamento e travamento deve-se retornar um

quarto de volta para que ele não seja cimentado

sob tensão, o que poderia, no futuro, provocar

uma fratura radicular.

�® Pino anatômico2V� FRQGXWRV� UDGLFXODUHV� SRGHP� DSUHVHQWDU�VH� FRP�formas ovoides, com conicidade e expulsividade

exagerada ou, mesmo, com a luz do conduto dema-

siadamente alargada por causa do tratamento endo-

dôntico. Graças a essa grande diversidade anatômica

e de situações clínicas, estão disponíveis pinos com

GLIHUHQWHV�GLk�PH�WURV�H�FRQ¿JXUDo}HV�VXSHU¿FLDLV�HV-SHFLDLV��)LJXUDV��������H����������$�JUDQGH�YDULHGD-

GH�DQDW{PLFD�GRV�SLQRV�LQWUDUUDGLFXODUHV�p�MXVWL¿FD-

da pela evidência de que a boa adaptação do pino às

paredes do canal radicular é o fator preponderante

para sua retenção.

Entretanto, mesmo com toda essa gama de

disponibilidade de pinos, em algumas situações

clínicas pode ainda não haver uma boa adapta-

omR� GHVVHV� UHWHQWRUHV� DR� FRQGXWR� UDGLFXODU� �)L-JXUD� ��������90 Esgotadas as possibilidades das

formas originais de pinos, os futuros problemas

advindos da desadaptação das partes podem ser

solucionados por meio dos pinos anatômicos.89 A

técnica consiste em melhorar a adaptação do pino

às paredes do conduto mediante reembasamento do

pino com resina composta ou resina fluida. Após

definido e provado diretamente no canal radicular,

o pino deverá receber tratamento superficial com

DVVHSVLD� FRP� iFLGR� IRVIyULFR� �)LJXUD� ��������� OD-

vagem e secagem, aplicação de silano e do adesi-

YR�SURSULDPHQWH�GLWR� �)LJXUD��������� VHJXLGRV�GH�fotopolimerização. Depois de executado o trata-

mento superficial do pino, deve-se preparar a raiz,

aplicando-se um lubrificante tipo gel solúvel em

iJXD� �)LJXUD� ��������� (VVH� OXEULILFDQWH� REMHWLYD�isolar a dentina radicular dos materiais adesivos,

facilitando a posterior remoção do pino após seu

reembasamento. Vaselina não deverá ser utili-

zada em hipótese alguma. Isolado o conduto ra-

dicular, deve-se inserir a resina composta e/ou

fluida por meio de espátulas ou pontas metáli-

FDV� �)LJXUD� �������� H�� QD� VH�TXrQFLD� LPHGLDWD�� R�SLQR� �)L�JXUD� ��������� (VWDQGR� HVWH� GHYLGDPHQWH�posicionado no sentido mesiodistal e vestibulo-

lingual, segue-se a fotopolimerização por 1 min

�)LJXUD� ��������� (VVH� WHPSR� GH� IRWRDWLYDomR� QmR�é suficiente para polimerização adequada através

do pino, especialmente no terço apical, no entanto,

é suficiente para possibilitar que o conjunto pino e

resinas de reembasamento seja removido do condu-

WR�GH�XPD�~QLFD�YH]��)LJXUD����������$�SDUWLU�GHV-se momento, deve-se complementar a fotopolime-

rização do pino reembasado fora da raiz por mais

��PLQ� �)LJXUD���������� ODYDU�H� VHFDU�FRP� MDWRV�GH�ar. Em seguida, remove-se da raiz o gel lubrificante

com jatos de ar e água intermitentes, seca-se com

cones de papel absorvente. Depois deste passo, o

tratamento do substrato dentinário deve concordar

com a técnica de cimentação escolhida. Lembre-se

de que, para cimentos autoadesivos, nenhum tra-

tamento adicional deve ser rea li zado. Simultanea-

mente, insere-se no conduto o cimento com dis-

positivos próprios, pontas tipo Centrix® ou brocas

tipo lentulo e no pino com pincéis. Leva-se o pino

reembasado no conduto radicular e, após o tempo de

reação de presa inicial, rea li zam-se os procedimen-

tos para confecção dos núcleos de preenchimento

�)LJXUDV��������D����������'HVVD�PDQHLUD��SRGH�VH�rea li zar um adequado preenchimento do canal radi-

cular, melhorando a adaptação,89-91 logo a retenção

do pino e, por sua vez, do núcleo de preenchimento.

Em sua tese de doutorado, Clavijo92 demonstrou que

pinos reembasados apresentaram maiores valores

de união ao conduto radicular quando comparados

com os pinos sem reembasamento, independente-

mente da técnica adesiva empregada. Vale lembrar

que não se deve alterar por desgaste a forma ana-

tômica original dos pinos na tentativa de obter me-

lhor assentamento no conduto.

Essa técnica pode ser usada em dentes anteriores

e posteriores. Seu uso é mais comum em dentes ante-

riores e pré-molares. Em dentes posteriores, mesmo

que seja necessário, por alguma razão, utilizar mais

de um canal, ainda que divergentes, a técnica pode

ser usada para receber os pinos. Para tanto, deve-se

reembasar e cimentar um pino por vez no seu respec-

tivo canal e assim criar uma condição extremamente

favorável para a retenção do núcleo e dos próprios

pinos no canal radicular.

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736� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 737

Figura 16.214 Dente 23 com gran-de perda de estrutura dental.

Figura 16.215 Fotografia que mostra ampla abertura do canal radicular.

Figura 16.216 Isolamento absoluto do campo operatório e acesso ao conduto radicular.

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738� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 739

Figura 16.217 Prova do pino de fi-bra de vidro (White Post DC, FGM) no conduto. Apesar de estar bem adaptado na porção apical, existe um grande espaço a ser preenchi-do nos terços médio e coronário. O cimento não é o melhor material para esse preenchimento, por isso indica-se a técnica de reembasa-mento do pino com resina com-posta (pino anatômico).

Figura 16.218 Limpeza do pino com ácido fosfórico a 37% por 60 s.

Figura 16.219 Após lavagem do ácido, aplicação de agente de união silano e sistema adesivo.

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738� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 739

Figura 16.221 Inserção de resina composta opaca no conduto.

Figura 16.220 Aplicação de um lu-brificante hidrossolúvel à base de glicerina no interior do conduto.

Figura 16.222 Inserção do pino.

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740� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 741

Figura 16.223 Fotopolimerização por 60 s da resina composta e sistema adesivo através do pino trans-lúcido.

Figura 16.224 Remoção do pino já reembasado do canal e fotopolimerização complementar por 60  s pelas faces vestibular e lingual.

Figura 16.225 O pino é levado novamente ao ca-nal para construção da porção coronária com resina composta.

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740� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 741

Figura 16.226 Fotopolimerização da porção coronária já reconstruí da.

Figura 16.227 Pino anatômico finalizado.

Figura 16.228 Remoção do pino para os procedimentos de limpeza e cimentação.

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Figura 16.229 Condicionamento do pino anatômico com ácido fosfóri-co a 37%, por 60 s, para limpeza.

Figura 16.230 Lavagem do pino.

Figura 16.231 Aplicação de agente de união silano. Como foi escolhi-da a técnica com cimento autoade-sivo, não é necessária a aplicação de um adesivo.

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Figura 16.233 Cimento Rely-X Unicem sendo levado ao interior do conduto com ponta específica Elongation tip.

Figura 16.232 Lavagem abundan-te, com água, do conduto radicu-lar para remoção do lubrificante à base de glicerina e remoção do excesso de umidade com cones de papel absorvente.

Figura 16.234 Cimentação do pino anatômico.

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744� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 745

Figura 16.235 Remoção do exces-so de cimento com pincel tipo mi-crobrush.

Figura 16.236 Fotopolimerização do cimento autoadesivo.

Figura 16.237 Vista incisal do pino após cimentação.

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744� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 745

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746� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 747

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746� _� 2GRQWRORJLD�5HVWDXUDGRUD�±�)XQGDPHQWRV�H�3RVVLELOLGDGHV Capítulo 16 | Pinos Pré-fabricados e Núcleos de Preenchimento | 747

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