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Pilaes de contraventamenoTRANSCRIPT
Exercício retirado do livro de Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado – de José Milton de Araújo . Disciplina : Métodos Computacionais (1083)–Novembro_2007
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CÁLCULO DE PILARES DE CONTRAVENTAMENTO (de acordo com NBR-6118). Exemplo numérico do livro “Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado”, de José Milton Araújo.
Exemplo de Cálculo do pilar P2
O pilar P2 é um pilar de extremidade pertencente à subestrutura de
contraventamento. Conforme pode se observar na planta de forma do andar
tipo, o pilar é um apoio intermediário para a viga V202, segundo a direção
x. Logo, os momentos decorrentes do carregamento vertical, transmitidos
por essa viga, podem ser desprezados. Como o pilar é um apoio de
extremidade para a viga V227, deve-se considerar os momentos
transmitidos para essa viga, segundo a direção y.
Entretanto, o pilar está submetido aos momentos fletores segundo a
direção x, devidos à ação do vento. Assim, o pilar está em uma situação de
projeto de flexo-compressão oblíqua, de forma análoga a um pilar de canto.
Na figura 1, apresenta-se o modelo de cálculo para obtenção dos
momentos transmitidos pela viga V227, devidos ao carregamento vertical. A
viga é carregada com a carga total p=g+q.
Figura 1 – Modelo para cálculo dos momentos transmitidos pela viga
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Momento de engastamento perfeito:
mkNxp
M vigaeng .16,9
1294,272,12
12
22
=== �
Momento de inércia da viga:
43
6400012
4012cm
xI viga ==
Coeficiente de rigidez da viga:
38712946400044
cmxI
rviga
vigaviga ===
�
Momento de Inércia dos pilares:
43
3333312
2050cm
xI p ==
Coeficiente de rigidez dos pilares:
37142803333366
cmxI
rp
pp ===
�; rsup = rinf = rp
Momentos iniciais nos pilares:
mkNx
xr
rMM
vigarp
pengp .84,2
8717142714
16,92
=+
=+
=
Os momentos iniciais no pilar, devidos à ação do vento segundo a direção x,
são dados na figura 2 para os diversos andares do edifício. Observa-se que
esses momentos são muito maiores que o momento Mp = 2,84 kN.m,
decorrente do carregamento vertical. Desse modo, pode-se desconsiderar o
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momento transmitido pela viga V227 e dimensionar o pilar em flexo-
compressão normal, apenas para os momentos iniciais devidos à ação do
vento segundo a direção x. A flexo-compressão oblíqua será significativa
apenas nos andares superiores, mas os momentos são muito pequenos e o
dimensionamento deverá resultar em armadura mínima nesses andares.
Considerando, por exemplo, o momento M xk = 118 kNm na base do pilar no
nível do térreo (ver figura 3) e o momento M yk = 2,84 kNm transmitido pela
viga V227, os momentos reduzidos de primeira ordem são dados por:
22,052,150)2050(
118004,11 ===
xxxx
hAM
cdxc
xdx σ
µ
01,052,120)2050(
2844,11 ===
xxxx
hA
M
cdyc
ydy σ
µ
Figura 2 – Momentos fletores nos pilares do pórtico 1 da direção x (devidos a Wk)
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Devido à grande diferença entre os momentos reduzidos, pode-se considerar
01 =yµ e dimensionar a seção em flexo-compressão normal segundo a direção
x. Desse modo o Pilar P2 será dimensionado considerando-se apenas os
momentos devidos ao vento segundo a direção x. Esses momentos são
indicados na figura 4, para o andar térreo.
As forças normais nos pilares são dadas nas tabelas 1 e 2, para o
carregamento vertical e para ação do vento, respectivamente.
Considerando o nível do pilar P2 no nível do térreo, essas forças valem Fk1 =
692 kN (devido ao carregamento vertical) e Fk2 = kN29± (devido ao vento). O
sinal de Fk2 depende do sentido considerado para o vento.
Desse modo, a força normal de serviço no pilar P2 varia entre
663 kN ≤ Fk ≤ 721 kN. Devido á proximidade dos valores, o
dimensionamento pode ser feito apenas para a força máxima Fk = 721 kN.
kNF
kNF
F
k
k
k
66329592
72129692
29692
=−==+=
±=
Figura 3 – Seção transversal e momentos iniciais de serviço no pilar P2 no nível do térreo
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Tabela 1 – Forças normais nos pilares decorrentes do vento segundo a direção x (em kN)
Tabela 2 – Forças normais nos pilares decorrentes do carregamento vertical (kN)
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Primeira situação de cálculo: Força norma no eixo x
a) Índice de esbeltez:
1912.50280
12 ===x
exx h
�λ
b) Excentricidades Iniciais:
Para obter as excentricidades iniciais, basta dividir os momentos iniciais de serviço pela força normal de serviço.
cmFM
ek
iaia 4,16
72111800 === ; cm
FM
ek
iaib 6,13
7219800 −=−==
c) Excentricidade acidental:
cmee eayax 7,0
400280
400====
�
d) Excentricidade mínima: cmexhe xxx 0,35003,05,103,05,1 min,1min,1 =�+=+=
Seção de Extremidade:
{
cmee
eee x
x
axiax 1,17
0,3
1,177,04,16
min,1
=����
==+=+
≥
e) Excentricidade inicial na seção intermediária:
���
==+=−+=+
≥cmx
cmxee
eia
eibiaix 6,64,164,04,0
4,4)6,13(4,04,166,04,06,0
Logo, cmeix 6,6=
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f) Excentricidade de segunda ordem:
56,079,12050
7214,1.
===xx
xfA
F
cdc
doν
( ) ( ) cmh
ex
exx 74,0
505,056,0005,0
10280
5,0005,0
10
2
0
2
2 =+
=+
=ν
�
g) Excentricidade de fluência: 0=cxe cm, porque 90�λ (de acordo com a NBR 6118).
Seção Intermediária:
cmee
eee x
ix
axixx 3,7
0,3
3,77,06,61
min,1 =�
���
==+=+
≥
cmeeeee xcxxxx 04,8074,03,721 =�++=++=
Conclui-se que a seção crítica é a seção de extremidade, pois é a que
apresenta a maior excentricidade. Assim, deve-se dimensionar a seção de
extremidade com uma excentricidade e ex=17,1 cm. Os esforços de cálculo
para o dimensionamento à felxo-compressão normal são os seguintes:
kNxN d 10097214,1 == ; cmkNxeNdMd .172541,171009. ===
Como a seção tem um lado com dimensão maior que 40 cm, não é possível
adotar disposição mais econômica para as barras (com apenas duas
camadas de armadura). Isto ocorre porque o espaçamento máximo entre
eixos das barras longitudinais, junto ao contorno da peça, é igual a 40 cm
ou duas vezes a menor dimensão da seção transversal, conforme exigência
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da NBR-6118. Se fosse adotada a disposição em duas camadas, o
espaçamento entre os eixos das barras, paralelamente ao lado maior, seria
de 42 cm, aproximadamente. Assim, Considera-se a seção indicada na
figura 4, para o dimensionamento na primeira situação de cálculo.
Empregando as tabelas, obtém-se a área de aço As = 16,2 cm2. Logo pode
ser armada com 6 barras de 20 mm, ficando com uma área total de aço
igual a 18,85 cm2.
Segunda situação de cálculo: Força normal no eixo Y
4812.20
28012 ===
y
eyx h
�λ
cmee eayax 7,0
400280
400====
�
cmecmexhe yxyy 1,21,22003,05,103,05,1 1min,1min,1 =�=�+=+=
( ) ( ) cmh
ey
eyx 85,1
205,056,0005,0
10280
5,0005,0
10
2
0
2
2 =+
=+
=ν
�
0=cxe cm, porque 90�λ (de acordo com a NBR 6118). cmeeeee xcyyyy 95,3085,11,221 =�++=++= .
Figura 4 – Seção para o dimensionamento na primeira situação de cálculo.
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Os esforços de cálculo para o dimensionamento à flexo-compressão normal
são:
kNN d 1009= ; cmkNxM d .398695,31009 ==
Figura 5 – Armaduras do pilar P2 no térreo.
Para o dimensionamento segundo a direção y, a seção possui apenas duas
camadas de armadura, conforme figura 5. Realizado o dimensionamento,
resulta a armadura mínima As = 4 cm2. Logo, prevalece o resultado obtido
na primeira situação de cálculo, isto é, a seção do pilar será armada com 6
barras de 20 mm com disposição indicada na figura 5.