páginas 3, 6 e 7 querida amazônia diocese · 2020. 7. 14. · missão mostra o que é possível...

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O VERBO Ano 23 | Nº 537 - 1ª Fevereiro | Diocese de Jundiaí - SP Campanha da Fraternidade Páginas 3, 6 e 7 As comemorações dos 80 anos das Missionárias de Cristo Única Congregação nascida em território diocesano, a Congregação das Irmãs Missio- nárias de Cristo completa neste mês de feve- reiro 80 anos de fundação. Tempo de festa e reconhecimento por sua presença e seu in- cansável trabalho missionário. Página 5 A Igreja no Brasil, por meio da Campanha da Fraternidade (CF) 2020, exorta os cristãos católicos brasileiros a reverem e corrigirem o seu comporta- mento e ações que não estão em sintonia com a Boa-Nova de Je- sus. A CF 2020 apresenta o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” ( Lc 10,33-34), e por meio de uma reflexão da Parábola do Bom Samaritano faz um alerta e um convite ao serviço: a cuidar do outro, a cuidar da nossa Ca- sa-Comum, como pede o Papa Francisco, a transformarmos hostilidade em ternura, carinho e aproximação. Página 4 Foi publicada a mais nova Exortação Apóstolica pós- -sinodal do Papa Francisco. QUERIDA Amazônia DIOCESE Página 12 Presbíteros iniciam missão no ofício de párocos e vigá- rios. Igreja no Brasil pede revisão e correção de nossas ações

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Page 1: Páginas 3, 6 e 7 QUERIDA Amazônia DIOCESE · 2020. 7. 14. · missão mostra o que é possível fazer--se, se se unem o frescor da juventude e a força de Deus. Uma donzela judia,

O VERBOAno 23 | Nº 537 - 1ª Fevereiro | Diocese de Jundiaí - SPCampanha da Fraternidade

Páginas 3, 6 e 7

As comemorações dos 80 anos das Missionárias de CristoÚnica Congregação nascida em território

diocesano, a Congregação das Irmãs Missio-nárias de Cristo completa neste mês de feve-reiro 80 anos de fundação. Tempo de festa e reconhecimento por sua presença e seu in-cansável trabalho missionário.

Página 5

A Igreja no Brasil, por meio da Campanha da Fraternidade (CF) 2020, exorta os cristãos católicos brasileiros a reverem e corrigirem o seu comporta-mento e ações que não estão em sintonia com a Boa-Nova de Je-sus.

A CF 2020 apresenta o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” ( Lc 10,33-34), e por meio de uma re� exão da Parábola do Bom Samaritano faz um alerta e um convite ao serviço: a cuidar do outro, a cuidar da nossa Ca-sa-Comum, como pede o Papa Francisco, a transformarmos hostilidade em ternura, carinho e aproximação.

Página 4

Foi publicada a mais nova Exortação Apóstolica pós--sinodal do Papa Francisco.

QUERIDA Amazônia

DIOCESE

Página 12

Presbíteros iniciam missão no ofício de párocos e vigá-rios.

Igreja no Brasil pede revisão e correção de nossas ações

Page 2: Páginas 3, 6 e 7 QUERIDA Amazônia DIOCESE · 2020. 7. 14. · missão mostra o que é possível fazer--se, se se unem o frescor da juventude e a força de Deus. Uma donzela judia,

Retirar-se um pouco faz bemEditorial EXPEDIENTE

Diretor ResponsávelDom Vicente CostaBispo Diocesano

Diretores FundadoresDom Roberto Pinarello de AlmeidaDom Amaury Castanho(In memoriam)

Editor-chefePe. Milton Rogério VicenteCoordenador AdministrativoRodrigo SantanaJornalista Responsável (Redação e diagramação): Jussane Cristina da S. C. Rodrigues - MTB 26.006Jornalista (Redação): Deborah Figuei-redo - MTB 0083712- SPDesigner Grá� co: Guilherme Monico

O VERBOANO 23 - Nº 537 - 1ª Fevereiro/2020Redação: Cúria DiocesanaRua Roberto Mange, 400 - Anhanga-baú - CEP 13.208-200 - Jundiaí - SP Fone: (11) 4583-7474, Ramal 7496 E-mail: [email protected]: www.dj.org.br

ImpressãoEmpresa Editora O Liberal Ltda.Publicação da Diocese de Jundiaí. Registrado sob o nº 88.757, Lei 6015/73. Tiragem: 14.000 exemplares.

Pe. Milton Rogério VicenteEditor-chefe

Enquanto nossa equipe tra-balha preparando a edição 537 d’O VERBO, os presbíte-

ros da Diocese de Jundiaí estamos em nosso Retiro Espiritual Anual, cumprindo a prescrição canônica e atendendo as orientações de Nos-so Senhor: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pou-co” (Mc 6,31). E como é desa� ador aceitar o convite do Senhor. Nossas

atribuições são muitas, e passamos alguma parte do nosso tempo preo-cupados com o próprio tempo. Às vezes, somos sugados de tal forma, que, até o tempo para � carmos a sós com Deus � ca comprometido, pois são numerosas as atribuições e co-branças. O fundador das Equipes de Nossa Senhora, o sacerdote francês Henri Ca� arel, a� rmou certa vez: “Ocupar-se com Deus jamais signi-� ca esquecer os nossos; o que damos a Deus nunca é tirado dos outros”. E mais, o Papa Bento XVI, na con-clusão do Ano Sacerdotal, no dia 10 de junho de 2010, num diálogo com sacerdotes do mundo inteiro, disse: “No breviário, a 4 de Novembro, le-mos um bonito texto de São Carlos Borromeu, grande pastor, que se en-tregou verdadeiramente a si mesmo, e que nos diz a nós, a todos os sacer-dotes: ‘não descuides a tua alma: se a tua própria alma for descuidada, também não podes dar aos outros quanto deverias. Por conseguin-te, também deves ter tempo para ti

mesmo, para a tua alma’, ou, por ou-tras palavras, a relação com Cristo, o diálogo pessoal com Cristo é uma prioridade pastoral fundamental, é condição para o nosso trabalho para os outros! E a oração não é algo marginal: a ‘pro� ssão’ do sacerdote é precisamente rezar, também como representante do povo que não sabe rezar ou não encontra tempo para o fazer. A oração pessoal, sobretudo a Oração das Horas, é alimento funda-mental para a nossa alma, para toda a nossa ação. E, por � m, reconhecer os nossos limites, abrir-nos também a esta humildade... Também isto é trabalho – diria – pastoral: encon-trar e ter a humildade, a coragem de repousar”.

Portanto, os diocesanos de Jun-diaí estão agraciados nestes dias, pois seus pastores estão cuidando da alma, para melhor cuidar de seus � éis. Todos nós, caríssimos, deve-mos pensar nesta possibilidade de parar um pouco para � car a sós com o Senhor... faz bem, e muito bem.

1ª Fevereiro/2020 - Nº 537 | 23 ANOS O VERBO2

exortação apostólica

Vamos respigar alguns tesouros da Sagrada Escritura, onde várias vezes se fala de jovens e do modo como o Senhor vai ao seu encontro.

No Antigo Testamento

Numa época em que os jovens contavam pouco, alguns textos mos-tram que Deus vê com olhos diferen-tes. Por exemplo, vemos José que era quase o mais novo da família (cf. Gn 37, 2-3) e, todavia, Deus comunicou--lhe em sonho coisas grandes e supe-rou todos os seus irmãos em cargos importantes quando tinha cerca de vinte anos (cf. Gn 37 – 47).

Em Gedeão, reconhecemos a sin-ceridade dos jovens, que não costu-mam dulci� car a realidade. Quando lhe foi dito que o Senhor estava com ele, retorquiu: “Se o Senhor está co-nosco, então por que é que nos acon-teceu tudo isto?” (Jz 6, 13). Mas Deus

não se aborreceu com esta censura e redobrou a aposta nele: “Vai com toda a tua força, e salva Israel” (Jz 6, 14).

Samuel era um adolescente insegu-ro, mas o Senhor comunicava com ele. Graças ao conselho dum adulto, abriu o seu coração para escutar a chamada de Deus: “Fala, Senhor; o teu servo es-cuta” (1 Sm 3, 9-10). Por isso, foi um grande profeta que interveio em mo-mentos importantes da sua pátria. O rei Saul também era um jovem, quando o Senhor o chamou para cumprir a sua missão (cf. 1 Sm 9, 2).

Quando o rei Davi foi escolhido, era ainda rapaz. O profeta Samuel andava à procura do futuro rei de Israel, e um homem apresentou-lhe, como candidatos, os seus � lhos mais velhos e mais experientes. Mas o pro-feta disse que o escolhido era Davi, o rapaz que cuidava das ovelhas (cf. 1 Sm 16, 6-13), porque “o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o co-ração” (16, 7). A glória da juventude está mais no coração do que na força física ou na impressão que provoca nos outros.

Salomão, quando teve de suceder a seu pai, sentiu-se perdido e dis-se a Deus: “Eu não passo de um jo-vem inexperiente que não sabe ainda como governar” (1 Re 3, 7). No entan-to, a audácia da juventude impeliu-o a pedir a Deus a sabedoria e entregou--se à sua missão. Algo parecido acon-teceu com o profeta Jeremias, chama-do a despertar o seu povo quando era

ainda muito jovem. Temeroso, disse: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, pois ainda sou um jovem” (Jr 1, 6). Mas o Senhor pediu-lhe para não fa-lar assim (cf. Jr 1, 7), acrescentando: “Não terás medo diante deles, pois Eu estou contigo para te livrar” (Jr 1, 8). A entrega do profeta Jeremias à sua missão mostra o que é possível fazer--se, se se unem o frescor da juventude e a força de Deus.

Uma donzela judia, que estava a serviço do militar estrangeiro Naa-man interveio com fé para o ajudar a curar da sua doença (cf. 2 Re 5, 2-6). A jovem Rute foi um exemplo de ge-nerosidade ao � car na companhia da sua sogra, que acabara viúva e só (cf. Rt 1, 1-18), e mostrou também a sua audácia para triunfar na vida (cf. Rt 4, 1-17).

Cristo viveCapítulo 1 - Que diz a Palavra de Deus sobre os jovens?

Exortação Apostólica Christus Vivit

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A Campanha da Fraternidade 2020

O VERBO 1ª Fevereiro/2020 - Nº 537 | 23 ANOS 3

palavra do pastor

Dom Vicente CostaBispo Diocesano

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10-33-34).

Prezados irmãos e irmãs da Igre-ja de Deus que se faz presente na Diocese de Jundiaí:

A Campanha da Fraternidade (CF) é uma grande dádiva da graça de Deus, pela qual a Igreja no Bra-sil vivencia a Quaresma, tempo de preparação para a celebração da Se-mana Santa, na qual revivemos os Mistérios da Paixão, Morte e Ressur-reição do Senhor Jesus. Seguindo os passos de Jesus, que se retirou para o deserto durante 40 dias e lá enfren-tou e venceu várias tentações, assim cada cristão, discípulo do Mestre, é convidado a buscar fortalecer, nes-te tempo quaresmal, sua vida de fé, de oração e de conversão. Portanto, vivenciar a Quaresma é fazer uma viagem para dentro de si mesmo e, a partir dela, marcar presença e atuar na vida familiar, comunitária, social como também ecológica, a � m de descobrir aí quais são as tentações que precisam ser enfrentadas, quais as situações de morte que precisam ser transformadas em situações de vida e buscar, de forma mais autên-tica e profunda, o crescimento no se-guimento a Jesus.

Esta busca de viver a pureza e a profundidade da vivência com Jesus Cristo, o Cruci� cado, o Ressuscita-do, o Vencedor da morte, no mais profundo espírito quaresmal não pode prescindir de ir ao encontro de Cristo no irmão, principalmente o mais sofredor e carente de vida ple-na. No Juízo Final esperamos que o Senhor nos diga: “Em verdade, vos digo: todas as vezes que � zestes isso

a um destes mais pequenos que são meus irmãos, foi a mim que o � zes-tes!” (Mt 25,40).

Surge espontaneamente então a pergunta: “Por que somos tão indife-rentes para com o sofrimento alheio? Por que estamos perdendo, cada vez mais, o sentido mais profundo da vida, buscando a felicidade de for-ma individualista e consumista?”. Eis o apelo da Quaresma dentro da CF: converter-se a Deus a partir da con-versão ao irmão!

A CF deste ano já está na sua 58ª edição e tem como tema: “Fraterni-dade e Vida: Dom e Compromisso”, e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). A pa-rábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37) é a referência da Campa-nha deste ano. A mensagem da pa-rábola de Jesus é bem clara: ao ser questionado por um doutor da Lei, a partir da Antiga Aliança, isto é, de textos do Antigo Testamento (cf. Dt 6,5 e Lv 19,18), qual o caminho a seguir para herdar a vida eterna; e ainda não sendo satisfeito pela resposta de Jesus, o doutor da Lei ainda questiona: “E quem é o meu próximo?” (Lc 10,29), Jesus propõe uma nova perspectiva e uma nova possibilidade completamente novas para o sentido de quem é o próximo. Para Jesus, a Nova Aliança exige que o próximo não seja apenas alguém com quem se tem relacionamentos, alguém do nosso círculo, às vezes restrito, de amigos e conhecidos, mas todo aquele de quem nos aproxima-mos, todo aquele que sofre diante de nós. A fé em Deus, Pai de todos, nos leva necessariamente à ação, à frater-nidade e à caridade.

Interessante observar que, na his-tória narrada por Jesus, o homem, vítima de assaltantes, deixado quase morto à beira da estrada não é socor-rido por nenhum dos dois viajantes que chegam por primeiro vindos do culto religioso realizado no Tempo de Jerusalém: o sacerdote, respon-sável pelos sacrifícios, e nem pelo levita, responsável pela animação da liturgia, pois os dois seguiram sua viagem passando “adiante pelo outro lado” (Lc 10,32). É justamente um

“Deus, nosso Pai, fonte da vida e princípio do bem viver, criastes o ser huma-

no e lhe con� astes o mundo como um jardim a ser cultivado com amor.

Dai-nos um coração acolhedor para assumir a vida como dom e compromisso.

Abri nossos olhos para veras necessidades dos nossos irmãos e irmãs, sobretudo dos mais po-bres e marginalizados.

Ensinai-nos a sentir verdadeira compaixão expressa no cuidado fraterno, próprio de quem reconhece no próximo o rosto do vosso Filho.

Inspirai-nos palavras e ações para sermos construtores de uma nova sociedade, reconciliada no amor.

Dai-nos a graça de vivermosem comunidades eclesiais missionárias, que, compadecidas,vejam, se aproximem e cuidemdaqueles que sofrem, a exemplo de Maria, a Senhora da Conceição Aparecida, e de Santa Dulce dos Pobres, Anjo Bom do Brasil.

Por Jesus, o Filho amado,no Espírito, Senhor que dá a vida.Amém!

Oração da Campanha da Fraternidade 2020

“samaritano”, pertencente a um povo discriminado e odiado pelos judeus, considerado por eles como homem cismático e até pagão, que olha, vê o homem moribundo, sente compai-xão, dele se aproxima, faz os cuida-dos práticos emergenciais e garante que o assaltado seja levado a uma hospedaria até a sua plena recupera-ção, comprometendo-se por todas as despesas.

Nesta perspectiva o apelo da CF 2020 é bem direto e provocador. So-mos todos convidados a cultivar a compaixão, a nos solidarizar com o próximo, estendendo-lhe a mão, tor-nando-nos próximos dele, a exemplo de Jesus Cristo, o Bom Samaritano. Deste modo a nossa vida torna-se essencialmente samaritana: não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos nossos irmãos e irmãs.

O Texto-Base da CF 2020, prepa-rado para animar e dinamizar a vi-vência desta Campanha, compõe-se de três partes:

1ª O olhar de Jesus − atenção aos outros: Se o olhar de Jesus é aten-cioso, misericordioso e compassivo, muitas vezes nosso olhar é de indi-ferença que gera ameaças à vida e os males que bem conhecemos.

2ª Compaixão de Jesus – romper com a indiferença: Só a compaixão é capaz de romper a indiferença e in-fundir em nosso coração a caridade e a justiça que dão sentido à nossa vida. Pois o bem que fazemos ao pró-ximo nos torna mais felizes e saudá-veis.

3ª O cuidar de Jesus – disposição em servir: Quais as ações concretas voltadas ao cuidado com a vida dos que mais sofrem que devemos prati-car no nosso cotidiano, em comuni-dade e em sociedade?

O cartaz da CF 2020 nos apresen-ta Santa Dulce dos Pobres cercada por pessoas vulneráveis que clamam por vida em plenitude. A escolha des-ta santa é certamente uma das mais eloquentes representações de Jesus, o Bom Samaritano dos nossos tempos. Que a CF 2020 nos ajude a tornar a vida dom e compromisso, perma-necendo junto dos mais carentes da nossa sociedade e comprometendo--nos com eles. Como disse Jesus ao doutor da Lei, ele também nos diz: “Ide e fazei o mesmo” (cf. Lc 10,37).

E a todos abençoo, particular-mente aqueles que assumirão, de verdade, o compromisso da CF 2020.

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VOZ DE ROMAOs “cansados e oprimidos” atraem o olhar e o coração de Jesus

Papa Francisco lança a Exortação Apostólica pós-sinodal

“Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei

de aliviar-vos” (Mt 11, 28).

Queridos irmãos e irmãs!1. Estas palavras ditas por Jesus

exprimem a solidariedade do Filho do Homem, Jesus Cristo, com a humanidade a� ita e sofredora. Há tantas pessoas que sofrem no cor-po e no espírito! A todas, convida a ir ter com Ele – “vinde a Mim” –, prometendo-lhes alívio e recu-peração.

No 28º Dia Mundial do Doente,

Jesus dirige este convite aos doentes e oprimidos, aos pobres cientes de dependerem inteiramente de Deus para a cura de que necessitam sob o peso da provação que os atingiu. A quem vive na angústia devido à sua situação de fragilidade, sofri-mento e fraqueza, Jesus Cristo não impõe leis, mas, na sua misericór-dia, oferece-Se a Si mesmo, isto é, a sua pessoa que dá alívio.

2. Porque tem Jesus Cristo estes sentimentos? Porque Ele próprio Se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai. Na ver-dade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro.

3. Queridos irmãos e irmãs en-fermos, a doença coloca-vos de modo particular entre os “cansados e oprimidos” que atraem o olhar e o coração de Jesus. Convida-vos a ir ter com Ele: “Vinde”. Com efeito,

n’Ele encontrareis força para ultra-passar as inquietações e interroga-tivos que vos surgem nesta “noite” do corpo e do espírito.

Nesta condição, precisais cer-tamente dum lugar para vos resta-belecerdes. A Igreja quer ser, cada vez mais e melhor, a “estalagem” do Bom Samaritano que é Cristo (cf. Lc 10, 34), isto é, a casa onde po-deis encontrar a sua graça, que se expressa na familiaridade, no aco-lhimento, no alívio.

4. Queridos pro� ssionais da saúde, qualquer intervenção diag-nóstica, preventiva, terapêutica, de pesquisa, tratamento e reabilita-ção há de ter por objetivo a pessoa doente, onde o substantivo “pes-soa” venha sempre antes do adjeti-vo “doente”. Por isso, a vossa ação tenha em vista constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos de nature-za eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem mes-

mo se for irreversível o estado da doença.

Quando vos defrontais com os limites e possível fracasso da pró-pria ciência médica perante casos clínicos cada vez mais problemá-ticos e diagnósticos funestos, sois chamados a abrir-vos à dimensão transcendente, que vos pode ofere-cer o sentido pleno da vossa pro-� ssão.

5. Neste 28º Dia Mundial do Doente, dirijo-me às instituições sanitárias e aos governos de todos os países do mundo, pedindo-lhes que não sobreponham o aspecto econômico ao da justiça social.

À Virgem Maria, Saúde dos Enfermos, con� o todas as pessoas que carregam o fardo da doença, juntamente com os seus familiares, bem como todos os pro� ssionais da saúde. Com cordial afeto, asse-guro a todos a minha proximidade na oração e envio a Bênção Apos-tólica.

Papa Francisco

Publicamos, a seguir, os principais trechos da mensagem do Santo Padre para o 28º Dia Mundial do Doente, celebrado em 11 de fevereiro de 2020.

QUERIDA AMAZÔNIA

Foi publicada em 12 de feverei-ro a Exortação Apostólica pós-si-nodal do Papa Francisco “Querida Amazônia”, resultado da Assem-bleia Especial do Sínodo dos Bis-pos para a região Pan-Amazônica, celebrada em Roma de 6 a 27 de outubro de 2019.

Trata-se de um texto de 25 pá-ginas estruturado em quatro partes e uma conclusão em que o Pontí� -ce, conforme assegura ele mesmo, deseja “oferecer um breve quadro de re� exão que encarne na realidade amazônica uma síntese de algumas grandes preocupações já manifesta-das por mim em documentos ante-riores, que ajude e oriente para uma

recepção harmoniosa, criativa e fru-tuosa de todo o caminho sinodal”.

A Exortação procura sugerir ca-minhos para que a Igreja se encar-ne na Amazônia: “Deve encarnar--se a pregação, deve encarnar-se a

espiritualidade, devem encarnar-se as estruturas da Igreja. Por isso, nesta breve Exortação, ouso humil-demente formular quatro grandes sonhos que a Amazônia me inspi-ra”.

Esses quatro grandes sonhos, ou blocos temáticos que dão es-trutura à Exortação são: o sonho social, o sonho cultural, o sonho ecológico e o sonho eclesial.

“Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e

na qual brilha de maneira tão va-riada a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosa-mente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas � ores-tas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços ama-zônicos”, diz o Papa.

É possível ler o texto integral acessando: http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-

francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html

Fonte: ACI Digital.

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O VERBO 1ª Fevereiro/2020 - Nº 537 | 23 ANOS 5

VIDA RELIGIOSAIrmãs Missionárias de Cristo:

oito décadas de alegria missionária

A Congregação das Irmãs Mis-sionárias de Cristo celebrou os seus 80 anos de fundação,

no dia 3 de fevereiro, mesma data em que, no ano de 1940, o decreto da criação do noviciado foi assinado pelo então Arcebispo de São Pau-lo, Dom José Gaspar de A� onseca e Silva, na casa paroquial da Catedral Nossa Senhora do Desterro. Monse-nhor Arthur Ricci, à época, o Cura da Catedral, testemunhou esse ato.

Trata-se da única Congregação nascida no território da Diocese de Jundiaí.

Retiro iniciou as comemorações

Foram quatro dias, com assem-bleia, formação, espiritualidade, in-gresso de quatro aspirantes, nove postulantes, quatro noviças. No úl-timo dia, em 2 de janeiro, o Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, e vários presbíteros celebraram a missa em ação de graças, com rito de votos temporários da irmã Milena Ferraz; e votos perpétuos de pobreza, obediên-cia e castidade das irmãs Luzia Go-mes e Luciana Mattos. Participaram � éis, familiares das irmãs, amigos e benfeitores da Congregação.

Para irmã Luciana, a celebração dos votos trouxe um enorme senti-mento de gratidão: “Por mais belas que fossem as palavras, nenhuma de-las seria capaz de expressar este mo-mento tão importante para nós, nossas famílias e nossa Congregação das Mis-sionárias de Cristo. Mas gratidão nos de� ne: Gratidão a Deus por nossa vida e vocação; gratidão às nossas famílias que desde o princípio nos apoiaram e estiveram conosco neste dia tão espe-cial; gratidão a todos os nossos amigos

de perto e de longe que se dispuseram estar conosco nesta grande festa; grati-dão a todos que colaboraram na músi-ca, ornamentação, cozinha... En� m, a todos, Deus lhes pague”.

E as comemorações seguiram no dia 3, memória da fundação, ocasião em que as religiosas peregrinaram até a cripta da Catedral da Sé, no centro de São Paulo, para agradecer na Euca-ristia, junto ao túmulo do fundador. Em seguida, visitaram o Mosteiro São Bento onde foram acolhidas por Dom Mathias Tolentino Braga, OSB, Abade do Mosteiro, e comunidade beneditina, para a oração da Hora Média. Seguiu-se um almoço festivo para as Missionárias.

Para essa visita, as religiosas foram acompanhadas por Dom Dionísio Fernandes Calheiros, OSB, capelão do Mosteiro de São Bento de Jundiaí.

“Nossa eterna gratidão aos benedi-tinos pois também eles fazem parte da nossa história, e procuramos manter a parceria em nossa atuação social”, declarou irmã Alcinda Primon, em nome das religiosas.

E para � nalizar, no dia 4 de feve-reiro, as irmãs peregrinaram ao San-tuário Nacional, em Aparecida (SP),

As religiosas celebraram com alegria os 80 anos de fundação. Com Dom Vicente e padres, as Irmãs Milena, Luzia e Luciana professaram votos.

Na Casa da Mãe, participaram da missa em ação de graças.No Mosteiro São Bento, as Irmãs foram acolhidas pela comunidade beneditina.

Algumas religiosas com o Padre Carlos Aparecido Marquesani, capelão das irmãs.

para agradecer a intercessão da Vir-gem, por seu modelo de espiritua-lidade no seguimento de Jesus e na busca em fazer sempre a vontade do Pai. Neste local, as religiosas também recordaram o carinho de seu funda-dor pela Virgem Mãe. Dom José Gas-par de A� onseca e Silva foi um dos idealizadores da construção do San-tuário Nacional de Aparecida.

A Congregação hoje

Atualmente a Congregação está presente:

* Na Diocese de Jundiaí: em Louveira (residência das Irmãs); em Jundiaí, na Casa Geral; Casa de For-mação; e em entidades � lantrópicas como: Aprendizado Dom José Gas-par e Casa da Criança Nossa Senhora do Desterro; e na direção da Escola Diocesana de Formação do Laicato e assessoria da Comissão Missionária Diocesana (COMIDI).

* Em três paróquias na Diocese de Marabá (PA).

* Em duas paróquias na Diocese de Ipameri (GO).

* Na Paróquia de Pirapozinho,

em Presidente Prudente (SP) e no Centro de recuperação de usuários adolescentes.

* Na Arquidiocese de Lanciano (Itália).

* Na Paróquia de Simonésia na Diocese de Caratinga (MG), a par-tir do dia 17 de fevereiro de 2020.

* Mantém duas equipes itineran-tes de irmãs que atuam nas Missões Populares. A primeira opera em par-ceria com os Missionários Reden-toristas e a segunda equipe atua nas Missões Volantes em diversas paró-quias das dioceses.

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1ª Fevereiro/2020- Nº 537 | 23 ANOS6

Fraternidade e Vida: Dom e Compromissocampanha da fraternidade (CF) 2020

Anunciar a Palavra e a sal-vação realizada por Cristo, esse é o primeiro serviço que

a Igreja deve prestar ao mundo. Com o Concílio Vaticano II,

aprendemos que o diálogo entre a Igreja e a sociedade se dá por meio da missão de servir, com vistas à promoção do bem, da justiça, da verdade, da paz, da defesa da vida.

Assim, se colocar a serviço é

“sair” de nós mesmos e ir ao encon-tro do outro; é colocar o outro no centro das atenções e no conjunto da sociedade, é espelhar-se no Se-nhor que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por todos.

As Campanhas da Fraternidade são um verdadeiro caminho de con-versão quaresmal e pretendem aju-dar os cristãos a viverem a fraterni-

dade por meio de ações concretas, provocando, ao mesmo tempo, a re-novação da vida da Igreja e a trans-formação da sociedade.

Neste ano, o tema nos traz a pos-sibilidade de aprofundar esse com-promisso cristão, de despertar cada pessoa para o serviço e, frente aos desafios de nosso tempo, aperfei-çoar o próprio modo que toda Igreja tem de servir. A CF deseja conscien-

tizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como dom e com-promisso, que se traduz em relação de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade e tam-bém na sociedade. Por essas razões, Irmã Dulce dos Pobres foi escolhida como um ícone do bom samaritano, que estimula também a caminhada missionária da Igreja. “Vida doada e vida santificada!”.

Os cristaõs devem buscar a transformação social na promoção do bem comum.

Servir é compromisso do cristãoIMAGEM DA INTERNET1- O cuidar de Jesus

• Cultivar a criação.• Resgatar o sentido do viver a fé cristã proclamando a beleza da vida.• Iniciar processos de construção de uma autêntica fraternidade.• Ter a coragem da fé.• Seguir adiante para ir ao encontro ao outro.• Empregar nossos melhores recursos, humanos, materiais e espirituais.• Proclamar que a vida, dom e compromisso, é essencialmente samaritana.• Testemunhar e estimular a solidariedade.• Fortalecer a revolução do cuidado, da ternura e da fraternidade.• Agir em favor da vida do Salvador.• Colocar em atitudes a beleza de uma Igreja em saída.• Ousar e criar, dedicar e se comprometer, a fim de que a vida

seja valorizada em todas as suas formas e expressões.• Anunciar que o sentido da Vida se encontra no amor.• Ofertar a própria vida.• Dedicar tempo aos apelos do Evangelho, para transformar.• Cuidar dos mais frágeis da Terra.• Buscar os que não têm mais forças para chegar até nós.• Promover a solidariedade com os sofredores.• Gerar experiências de solidariedade e inclusão.• Comprometer-se com todos os que sofrem.• Buscar compreender as causas do flagelo.• Falar da beleza da vida.• Resgatar gestos e ações de fraternidade.• Colocar o amor em ação.• Renovar nosso compromisso com a vida.

2- Um compromisso com a vida

• Favorecer o encontro com Deus.• Reconhecer a Deus e ser missionário.• Reconhecer a ação do Espírito.

3- Um compromisso pessoal

• Buscar a conversão pessoal.• Cuidar e valorizar a vida.

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O VERBO 1ª Fevereiro/2020 - Nº 537 | 23 ANOS 7

Fraternidade e Vida: Dom e Compromissocampanha da fraternidade (CF) 2020

Nosas ações devem ser conheci-das, pois elas devem servir de estí-mulo às pessoas e provocar inúme-ras outras atitudes de serviço.

No tempo da Quaresma, que este ano começa na Quarta-Feira de Cinzas, em 26 de fevereiro, todo cristão católico é chamado a refletir sobre o que tem feito pelos seus se-melhantes e o que ainda pode fazer.

Na Diocese

Cerca de 50 agentes paroquiais, representantes de 10 das 11 Regiões Pastorais Diocesanas, estiveram re-unidos para preparar as ações da CF 2020. O centro da reflexão foi o de apresentar pistas do Agir na CF.

Nas Paróquias, os Grupos de Rua utilizarão o subsídio produzido pela Diocese de Jundiaí e, nas celebrações,

a Oração da CF será rezada semanal-mente. Estão previstos encontros para apresentação do tema da CF para as pastorais paroquiais, Retiros quares-mais aos sábados, brincadeiras com as crianças para reflexão do tema, palestras com temas diversos para a comunidade, ações de solidariedade social, como campanhas de arrecada-ção de alimentos e roupas.

A Região Pastoral 5 realizará uma

caminhada espiritual e de confra-ternização com os agentes CF. E nas paróquias da Região 6, da cidade de Várzea Paulista, haverá Formação de agentes em Defesa da Vida e Fórum em Defesa da Vida.

Apresentação do Texto-Base nas Câmaras Muncipais

Outra ação prevista é a Apresenta-ção do tema da CF 2020 nas Câmaras das 11 cidades do território diocesa-no.

Em Salto, a iniciativa aconteceu no dia 11 de fevereiro.

Os cristaõs devem buscar a transformação social na promoção do bem comum.

E já estão confirmadas as seguintes cidades:

*Louveira – 28 de fevereiro, às 19h.

*Itupeva – 05 de março, às 19h.

*Pirapora do Bom Jesus – 16 de março, às 12h.

Várzea Paulista – 20 de março, às 19h.

A coordenação diocesana recorda ainda que a cerimônia de Lançamen-to do Texto-Base para autoridades do território diocesano, clero, agentes de pastorais e sociedade em geral está marcada para o dia 21 de fevereiro, às 19h, na Cúria Diocesana, e contará com a presença do Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa.

E como acontece em todo o Bra-sil, a cerimônia de Abertura da Cam-panha da Fraternidade 2020 será na Quarta-Feira de Cinzas em todas as paróquias.

Servir é compromisso do cristãoIMAGEM DA INTERNET • Cultivar boas amizades.

• Redescobrir o valor dos vizinhos.• Cuidar da própria saúde, do lazer, do descanso.• Não descuidar da solidariedade.• Não permitir que nos roubem a esperança.• Agir com o coração.

4- Uma renovação familiar

• Acolher e proteger a família.• Reafirmar o valor da família. • Organizar a Pastoral Familiar.• Cuidar da vida em família.• Potencializar todos os serviços pastorais em favor da família.• Visitar as famílias.• Motivar grupos de apoio e de suporte às famílias necessitadas.• Organizar a formação de grupos de famílias missionárias pela vida.• Influenciar as políticas públicas sociais e os meios de comunicação em

favor dos direitos da instituição familiar.

5- Comunidades Eclesiais Missionárias

• Evangelizar.• Não separar a vida em comunidade da ação missionária.• Tonar-se comunidade que é lar: casa da Palavra, do Pão, da Caridade e

da Ação Missionária.• A comunidade precisa ser um oásis de misericórdia.

• A comunidade-casa deve ser lugar de afeto, da ternura, do abraço, do encontro fraterno em torno da Palavra e da Eucaristia, que geram vida.

• A comunidade deve gerar vida pela proclamação da Palavra e pela vi-vência da fraternidade.

• A comunidade deve ser lugar de reconciliação, de perdão e de resiliên-cia.

• A comunidade-casa deve promover ações concretas de solidariedade e de inclusão.

• Reconhecer o outro e buscar o seu bem.• Atuar no mundo em saída.• Abrir espaços de apoio às vítimas de todo o tipo de violência.

Montagem produzida a partir do Texto-Base.

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Centro Diocesano de Formação para o Laicato está commatrículas abertas para cursos nos Núcleos

ITUNúcleo Teológico São Paulo Apóstolo oferece dois cursos:TEOLOGIA PARA LEIGOS, com duração de 4 anos.Horário das aulas: às segundas--feiras das 19h30 às 22h.

CATECISMO DA IGREJA CA-TÓLICA, com duração de 1 ano.Horário das aulas: às terças-feiras das 19h30 às 21h.No dia 2 de março, às 19h30, se-rão dadas informações sobre os cursos. As aulas começam no dia 9 de março de 2020, no Colégio Divino Salvador, na Praça Divino

Salvador, s/n Bairro Jardim Paraí-so, Itu. - Telefone (11) 998223140.Idade Mínina: 16 anos.Inscrições R$ 25,00. Mensalidade: R$ 55,00.Inscrições pelo e-mail: [email protected], telefone 99822-3140.

JUNDIAÍNúcleo Teológico Dom Gabriel oferece os cursos de TEOLOGIA PARA LEIGOS, com duração de 4 anos.Horário das aulas: às quartas-fei-ras das 19h30 às 21h45.

AS MULHERES NA BÍBLIA – DE EVA A MARIA, com duração de 1 ano.Horário das aulas: às quartas-fei-ras das 20h às 21h30. Aulas quin-zenais, exceto no mês de abril, com aulas em todas as quartas-feiras.

VIDA, MISSÃO E ESPIRITUA-LIDADE DE DOM GABRIEL, com duração de 1 ano.Horário das aulas: às quintas-fei-ras das 20h às 21h30. Aulas quin-

zenais.Idade Mínina: 16 anos.Inscrições R$ 25,00. Mensalidade: R$ 55,00.No dia 4 de março, às 19h30, serão dadas informações sobre os cur-sos. As aulas começam no dia 5 de março de 2020.Inscrições na Cúria Diocesana – Edifício Cristo Rei, localizada na Rua Engenheiro Roberto Mange, 400, Anhangabaú, pelo Telefone: (11) 4583-7474 – Ramal 7484 ou pelo e-mail: [email protected]

SALTONúcleo Teológico São Tomás de Aquino oferece CURSO DE TEO-LOGIA PARA LEIGOS, com du-ração de 4 anos.Horário das aulas: às terças-feiras: das 19h30 às 22h.

Missa e Aula Inaugural para todas as turmas: 3 de março de 2020, na Escola Sagrada Família, localizada na Avenida Dom Pedro II, 804, no Centro de Salto (Entrada pela Rua dos Expedicionários Saltenses),

mesmo local onde serão realiza-das as aulas.Inscrições até 10 de março de 2020. Mensalidade R$30,00. Inscrições e informações nas se-cretarias das paróquias da cida-de, pelo e-mail: [email protected].

SANTANA DE PARNAÍBANúcleo Teológico Santo Agosti-nho oferece CURSO DE TEO-LOGIA PARA LEIGOS, com duração de 4 anos.Horário das aulas: às quartas-fei-ras das 19h30 às 21h45.No dia 4 de março, às 19h30, se-rão dadas informações sobre os cursos. As aulas começam no dia 5 de março de 2020, na Paróquia Santa Ana, localizada na Praça da matriz, s/n., centro de Santana de Parnaíba.Idade Mínina: 16 anos.Inscrições R$ 25,00. Mensalidade: R$ 55,00.Inscrições pelo Telefone: (Fone: (11) 4154-2401, email: [email protected]

Seminaristas iniciam experiência missionáriaMISSÃO

Os seminaristas diocesanos já es-tão nos territórios para os quais foram enviados para a expe-

riência missionária neste semestre.Fábio Gentille, João Fava e Luís Gra-

cio foram recebidos por Dom Manoel Ferreira dos Santos Junior, Bispo Dioce-

sano de Registro (SP), e já partiram para as cidades onde permanecerão.

E os seminaristas Eduardo Belão e Wellington Felício já se encontram nas cidades de São João da Baliza e Caroebe, Boa Vista (RR), onde realizarão a expe-riência missionária, juntamente com os

padres Adeilson Rodrigues dos Santos e Edmilson Abreu Silva e com o diácono Paulo Morais de Oliveira e sua esposa, Vera.

Um dos objetivos do estágio pasto-ral dos seminaristas é despertar o espí-rito missionário, capaz de impulsionar

a ação evangelizadora e missionária da Igreja, por meio de ações de evangeliza-ção em outras realidades.

A previsão é que retornem para a Diocese de Jundiaí em seis meses, para dar continuidade à formação para a Or-denação Sacerdotal.

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O pilar da caridadenúcleo cáritas

Cristina Castilho de Andrade

As novas diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil aprovada pela CNBB na

57ª Assembleia em 2019, apresen-ta essa ação da Igreja comparando com uma casa, que tem como sus-tentação quatro pilares: pão, pala-vra, caridade e missão.

Sem um dos quatro a casa � ca “capenga”, ou seja, não se sustenta, não se mantém � rme, em pé. Cada um dos pilares tem sua importân-cia e são indispensáveis para a vida do discipulado, de todo aquele que se propõe a seguir Jesus Cristo.

O Senhor é o fundamento de toda construção e os pilares par-tem dele. Ele é o alimento que forti� ca, renova as forças para a caminhada. Ele é o verdadeiro co-nhecimento que instrui, orienta, o pastor que conduz. Ele é o amor inefável que move ao ser discípulo, a se compadecer, a cuidar e a amar. Ele é o Senhor que envia a cada

batizado em missão, para anunciá--lo ao mundo. O cristão existe em Cristo, Ele é o fundamento da casa, somente Nele e por ele se é capaz de viver seu discipulado e vocação.

Aqui está o diferencial de como se exerce a caridade cristã. Aquele que ajuda o seu próximo, o faz por amor a Cristo, e por obediência a seu mandato: “Vai tu e fazes o mes-mo”.

No documento 109 da CNBB “Diretrizes Gerais da Ação Evan-gelizadora” somos motivados a: “Aguçar a atenção às inúmeras e novas formas de sofrimento e ex-clusão, nem sempre acolhidas pela ação caritativa e sociotransfor-madora até então desenvolvida. É preciso ousar ainda mais e trans-formar o acolhimento e a fraterni-dade da vida de comunidade, em apoio à resiliência e encontro de novos rumos para a vida”. (DGAE 175).

De forma concreta somos cha-mados ao exercício da Caridade, com o tema proposto pela CNBB para a Campanha da Fraternidade 2020, “Fraternidade e Vida: Dom e compromisso”. Cuidar da vida é um ato de caridade, é proteger a dignidade da pessoa humana, de seu início ao seu � m natural. É olhar para cada pessoa, lembran-do-se sempre que ela é digna por ser imagem de Deus. Que Deus mesmo é a origem de todo ser hu-mano. Cada pessoa, ainda que es-teja des� gurada pelas feridas dos pecados, não perde a sua origina-lidade no divino que a criou.

Por isso a Caridade nos impul-siona, de forma livre e espontânea, a olhar para cada pessoa, especial-mente as mais sofridas e vê-las pelo que realmente são e sentir compaixão, e se colocar a serviço para delas cuidar.

O Papa Francisco em sua exor-

tação apostólica Gaudete et exsul-tate, sobre a santidade no mundo atual, diz que: “A comunidade, que guarda os pequenos detalhes do amor e na qual os membros cui-dam uns dos outros e formam um espaço aberto e evangelizador, é lugar da presença do Ressuscita-do, que a vai santi� cando segundo o projeto do Pai. Sucede às vezes, no meio destes pequenos detalhes, que o Senhor, por um dom do seu amor, nos presenteie com consola-doras experiências de Deus”. (GeE 145).

E como nos ensina o apóstolo João em sua primeira carta, no ca-pítulo 3: “Filhinhos não amemos com palavras e nem com a língua, mas por atos e em verdade”.

Dolaine Regina Coimbra SantosNúcleo Cáritas “Caridade, Justiça e Paz”

Meninas diminuídasEXCLUSÃO

O jornal “Folha de São Paulo”, em 29 de dezembro, comentou sobre o concurso de beleza “Miss Teen/ Infantil Brasil”, com � nal num resort em Natal e abrangen-do quatro categorias: mirim (4 a 7 anos), infantil (8 a 10 anos) pré--teen (11 a 13 anos) e teen (14 a 18 anos).

Segundo a matéria, na faixa ca-çulinha, algumas crianças que per-deram choraram e pediram a mãe. Questiono sobre o mérito desses concursos para as menores de idade. Além da preocupação com padrão de beleza, de acordo com o Dr. Ênio de Andrade, psiquiatra infantil do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, as crian-ças podem desenvolver de ansie-dade a depressão e segundo a pro-curadora Ana Maria Villa Real, da Coordenadoria Nacional de Com-bate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, há casos em que essas crianças estão sujei-tas à erotização e a sexualização precoces, a desgastes emocionais, constrangimentos. Isso sem falar nos olhos pedó� los.

A outra matéria, do mesmo jor-

nal, em 5 de janeiro, “Com decreta-ções nas redes sociais, assassinato de meninas dispara no CE”, como resultado da ação de facções cri-minosas. Meninas de 10 a 19 anos, consideradas caguetas, vagabun-das, safadas... As decretações de que serão mortas são divulgadas nas redes sociais. A tortura ante-cede a morte. São retirados sím-bolos da feminilidade: os cabelos são raspados e os seios cortados. Enquanto, na primeira matéria, as meninas expostas pelo corpo são de poder aquisitivo su� ciente para se hospedar em um resort, pagar maquiagem e usar vestidos na faixa de dois mil reais, no segundo caso são � lhas de vulnerabilidades que compõem o cenário periférico cea-rense como a� rma a psicóloga Da-niele Negreiros e enumera: evasão

escolar, gravidez na adolescência, experimentação precoce de drogas, insu� ciência do atendimento so-cioeducativo, falta de oportunida-de de trabalho formal e renda e a violência armada.

E do lado de cá? Como vão as nossas menininhas interessadas em books para fazer propaganda disto ou daquilo? Qual o acompa-nhamento e o discernimento dos responsáveis sobre os ganhos e os riscos?

Como vão as nossas meninas, evadidas da escola, expostas nas proximidades dos bares, à espera?

Importo-me com as de famílias “ingênuas” e com as de famílias da-ni� cadas pela violência. São meni-nas diminuídas, vistas apenas pelo uso.

Que o Céu olhe por elas!

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Congregações

Diocese presente no 1º Congresso Mundial da Pessoa Idosa“A riqueza dos anos é riqueza

das pessoas, de cada pessoa que tem muitos anos de vida, experiência e história. É o tesouro precioso que toma forma no percurso da vida de cada homem e mulher, qualquer que seja a sua origem, proveniên-cia, condição social ou econômica. A vida é um dom, e quando é lon-ga é um privilégio, para si e para os outros. Por isso, agradeço a todos que dedicam energias pastorais às pessoas Idosas. Não tenha medo, tome iniciativas, ajude seus Bispos e dioceses a promover o serviço pas-toral dos Idosos e aos idosos. Não desanime, vá em frente! O Dicas-tério para Leigos, Família e Vida, continuará a acompanhá-lo neste trabalho!”. Este foi um trecho do discurso do Papa Francisco, na audiência de encerramento do 1º Congresso Mundial da Pessoa Idosa, realizado no Vaticano, entre os dias 29 e 31 de janeiro de 2020, com o tema: “A Riqueza dos Anos”.

Participaram do evento bis-pos, padres, religiosos, religiosas e agentes pastorais de mais de 50 países, num total de 550 pessoas, sendo que, só do Brasil, eram 169 agentes. A Diocese de Jundiaí en-viou o assessor diocesano da Pas-toral da Pessoa Idosa (PPI), o Diá-cono Permanente Mauro Nunes da Silva.

Para o diácono Mauro, “O Con-gresso foi muito rico em conteúdo, com momentos de grande troca de

experiências e confraternização”, declarou.

O encerramento aconteceu na manhã do dia 31 de janeiro, du-rante a Santa Missa na Basílica de São Pedro. Após a celebração, o Papa Francisco recebeu os con-gressistas em audiência e fez ques-tão de cumprimentar a todos, um por um.

A PPI na Diocese

A Pastoral Diocesana da Pes-soa Idosa tem por coordenadora Alzira Aparecida Martins. Está instalada em 10 paróquias, onde atualmente conta com o traba-lho generoso e voluntário de 90 agentes e cerca de 280 idosos são assistidos. Está presente ainda nos Conselhos dos Direitos da Pessoa Idosa nos municípios de Jundiaí, Santana de Parnaíba, Várzea Pau-lista, e em fase de implantação no Conselho de Cajamar.

24º Dia Mundial da Vida Consagrada

Antecipando a festa litúrgi-ca da Apresentação do Se-nhor no Templo, no dia 1º

de fevereiro, Dom Vicente Costa reuniu-se, na Capela do Carmelo de São José, em Jundiaí, com as re-ligiosas presentes na diocese para celebrarem o 24º Dia Mundial da Vida Consagrada. Concelebrou o Padre Robinson Adolfo Verone-zze, assessor da Conferência dos Religiosos (as) - Núcleo Diocesa-no.

Nesse dia, em todo o mundo, os consagrados renovaram seu com-promisso de ser “luz do mundo e sal da terra”, de trabalhar pela paz e pela fraternidade, acolhendo o convite do Pontí� ce para serem homens e mulheres que iluminam o futuro.

Para os Institutos de Vida Con-

sagrada e as Sociedades de Vida Apostólica foi um dia de oração pelas vocações e de ação de gra-ças ao Senhor pelo dom de tantos consagrados e consagradas que, em terras de missão e no trabalho cotidiano, vivendo tantas vezes em contextos difíceis, cuidam dos úl-

timos e mais vulneráveis, testemu-nhando e anunciando a presença de Deus no mundo.

No Vaticano, o Papa Francisco disse a cerca de 300 de religiosas contemplativas, “que a vida consa-grada desabrocha e � oresce na Igre-ja”. Essas religiosas estavam em

Roma e foram convocadas pelo Dicastério, para re� etir sobre o tema da gestão dos bens.

Fonte: vaticannews.va

PASTORAL

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CAUSAs DOS SANTOSPapa reconhece virtudes heroicas de carmelita ituana

No dia 24 de janeiro, o Papa Francisco aprovou a pro-mulgação do Decreto das

Virtudes Heroicas da Serva de Deus Madre Maria do Carmo da Santíssi-ma Trindade, religiosa da Ordem das Carmelitas Descalças nascida em Itu (SP) em 25 de novembro de 1898 e falecida em 13 de julho de 1966.

Em 3 de novembro de 2009, a San-ta Sé autorizou a abertura do proces-so de canonização de Madre Maria do Carmo da Santíssima Trindade, que passou a receber o título de “Serva de Deus”. A partir de então iniciou--se a primeira etapa do processo que é o da veri� cação das virtudes ou do martírio (no caso dos mártires). Para Madre Carminha essa etapa do pro-cesso não foi tão longa como costuma ser e foi comprovado que ela viveu as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e as virtudes cardeais (pru-dência, justiça, fortaleza e temperan-ça) em grau heroico, passando agora a ser chamada de “Venerável”.

A próxima etapa será a aprova-ção de um milagre por intercessão da Venerável Madre Carminha. Se isso ocorrer, ela poderá ser Beati� cada.

Biogra� a

A Venerável Madre Maria do Car-mo da Santíssima Trindade nasceu em Itu (SP), em 25 de novembro de 1898, Festa de Santa Catarina de Ale-xandria, sendo batizada com o nome de Carmem Catarina Bueno.

Filha de Teotônio Bueno e Maria do Carmo Bauer Bueno (que devido à pouca idade ao dar à luz a Carmem, 15 anos, � cou com a saúde abalada),

foi criada pela avó paterna, Dona Ma-ria Justina Camargo Bueno (conheci-da como “Nhá Cota”), em Campinas, onde teve por amigo de infância o futuro bispo de Taubaté (SP), Dom Francisco Borja do Amaral.

Em 1916, moraram por algum tempo na Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, trans-ferindo-se no ano seguinte para São Paulo, onde a Venerável passou a es-tudar no Colégio Nossa Senhora de Sion.

Em 23 de setembro de 1917, ao se tornar Filha de Maria, sentiu o cha-mado do Senhor para consagrar-se inteiramente a Ele, dando então o seu “Sim”. Tendo um grande amor por Jesus e pela Igreja desde a juventu-de, sua piedade se tornava cada vez mais profunda. O seu grande amor era a Cruz de Cristo, o seu lema era ser humilhada como ele. Dedicava muito tempo à formação intelectual. Falava e escrevia em francês, escreveu pequenas obras literárias e aprendeu a arte da pintura.

Depois de ter lido o livro “História de uma Alma”, de Santa Teresinha de Lisieux, decidiu ser carmelita, esco-lhendo como diretor espiritual Dom Francisco de Campos Barreto, que a direcionou a viver cada vez mais uma vida de amor a Deus e cheia de vir-tudes.

Em 21 de abril de 1926, aos 27 anos, ingressou no Carmelo São José, no Rio de Janeiro, e em 24 de outu-bro de 1926 recebeu o Santo Hábito e o nome religioso de Irmã Maria do Carmo da Santíssima Trindade. Para buscar viver perfeitamente a humil-dade como meio de santi� cação, se-guindo a orientação do seu diretor

espiritual, fez o voto de mansidão.Depois dos primeiros anos no

mosteiro passou a exercer o Ofício de mestra de noviças, sub-priora e por � m priora. Como religiosa sempre demonstrou uma delicadeza e humil-dade especiais. Era a primeira a fazer os trabalhos mais humildes e a dar o exemplo de paciência e caridade para todas as monjas.

Em 1949 voltou a ser mestra de noviças, época em que começaram seus graves problemas de saúde. Em 1952 voltou a dirigir o Carmelo, quando nasceu a ideia de fundar um novo mosteiro, o Carmelo da Santa Face e Pio XII, que foi erigido na Dio-cese de Taubaté, cujo Bispo era Dom Francisco Borja do Amaral.

Com sua permissão, em 24 de agosto de 1953 partiram entre lágri-mas as seis primeiras irmãs, dirigidas por Madre Carminha e a cofundado-ra, Madre Antonieta Maria. A Vene-rável era considerada por todos uma santa e muitas pessoas pediam para serem acompanhadas espiritualmen-te por ela.

Em 7 de julho de 1966 sofreu um derrame cerebral e entrou em coma profundo. Após uma semana de so-frimento, em 13 de julho, entregou santamente sua alma a Deus.

Já em vida a Venerável gozava de uma grande fama de santidade, o que se tornou ainda maior após sua mor-te.

Muitíssimos � éis visitavam conti-nuamente o seu túmulo, pedindo sua intercessão junto a Deus. Em vista da supressão do Carmelo de Tremembé e de sua transferência para Mairin-que, São Paulo, no sexto aniversário da morte da Venerável, foi feita a exu-mação dos seus restos mortais e nes-sa ocasião o seu corpo foi encontra-do intacto, inclusive suas vestes e as � ores secas e, nem mesmo mau odor exalou de sua sepultura.

Sua missão, seu ensinamento e seu legado são: adorar a Sagrada Face de Cristo e reparar os ultrajes cometi-dos contra ela. Também fortalecer no coração dos � éis o sensus Ecclesiae e a imolação constante pelo Pontí� ce reinante, mediante a oração quoti-diana da Via Crucis e de uma vida de entrega total a Deus, na simplicidade, humildade e caridade, para atingir o seu ápice na união dos � éis, como

ela amava dizer: Congregavit nos in unum Christi amor!

Missa em Ação de Graças

Em 2 de fevereiro aconteceu no Carmelo da Santa Face e Pio XII de Tremembé (SP), a Missa em Ação de Graças pela aprovação da promul-gação do Decreto para as Virtudes Heroicas de Madre Carminha, que contou com a presença da Irmã Ma-ria Madalena de Jesus Cruci� cado, OCD, piora do Carmelo de São José de Jundiaí.

“Para a Ordem das Carmelitas Descalças é uma grande graça, porque foi reconhecida a santidade de mais uma de suas � lhas, apesar de ainda não ter sido concluído o processo. Mas, não é o processo de canonização que torna alguém santo ou santa, mas sua vida de � delidade ao seu Batismo e à sua vocação especí� ca.

E no momento histórico em que vivemos, de tanta agitação, de tanto ativismo e correria, o reconhecimento das virtudes heroicas e santidade de uma monja de vida contemplativa, que viveu uma vida muito simples no seu Mosteiro, vem nos chamar a atenção que o essencial não é o que fazemos, mas o que somos. É o nosso ser que dá valor às nossas ações e essas só tem sentido se nascerem de um verdadeiro amor a Deus e aos irmãos”, celebra Irmã Maria Madalena.

No Carmelo São José de Jundiaí encontram-se santinhos e relíquias da Venerável Madre Maria do Carmo da Santíssima Trindade (Avenida Dom Pedro I, 531, Vila Loyola).

Fonte: www.vaticannews.va

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presbíterosRumo a novos desa� os da missão sacerdotal

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E seguem, neste mês de fevereiro, as celebrações de início de missão de

presbíteros diocesanos. De 31 de janeiro a 5 de fe-

vereiro, Dom Vicente Costa,

Bispo Diocesano, visitou as Pa-róquias São Francisco de Assis, em Campo Limpo Paulista, São Roque e Nova Jerusalém, am-bas em Jundiaí, Nossa Senhora da Candelária, em Itu, e Paró-

Foto 1 - 31 de janeiro: Início de Mis-são de Pároco do Padre Antônio Carlos Gonçalves, na Paróquia São Francisco de Assis, em Campo Limpo Paulista.

Foto 2 - 1º de fevereiro: Início de Missão de Pároco do Padre Wagner Ferreira Pereira, na Paróquia São Ro-que, em Jundiaí.

Foto 3 - 2 de fevereiro: Apresenta-ção de Vigário Paroquial, Padre Adria-

no Francisco da Silva, IVE, na Paróquia Nossa Senhora da Candelária, em Itu.

Foto 4 - 3 de fevereiro: Apresenta-ção de Vigário Paroquial, Padre Cristia-no Roberto Campelo, SDB, na Paróquia Nova Jerusalém, em Jundiaí.

Foto 5 - 5 de fevereiro: Apresenta-ção de Vigário Paroquial, Padre Jair Euclides da Silva, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Salto.

quia Nossa Senhora Aparecida, em Salto.

Os fiéis pertencentes a es-sas comunidades acolheram seus novos Párocos e Vigários Paroquiais, na certeza de que

na mesa da comunhão e na vi-vência nos grandes e pequenos grupos paroquiais sempre es-tará presente o Senhor, pois o amor é a identidade natural da nossa Igreja.